notícias do jardim são remo

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São Remo Notícias do Jardim Dezembro de 2012 ANO XIX nº 8 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA www.eca.usp.br/njsaoremo São Reminho pág. 5 Moradores e alunos protestam contra ocupação da PM e ameaça de despejo IVANE/ IMPRENSA SINTUSP Mulheres São Remano Entrevista com Inezita Barroso, do “Viola, Minha Viola” Dicas de como se alimentar de maneira saudável Papo Reto Saiba como economizar com os gastos de fim de ano pág. 10 pág. 9 pág. 7 Manifestação da S. Remo na USP

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Dezembro/2012

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Page 1: Notícias do Jardim São Remo

São RemoNotícias do Jardim Dezembro de 2012 ANO XIX nº 8

DISTRIBUIÇÃO GRATUITAwww.eca.usp.br/njsaoremo

São Reminho

pág. 5Moradores e alunos protestam contra ocupação da PM e ameaça de despejo

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São RemanoEntrevista com Inezita Barroso, do “Viola, Minha Viola”

Dicas de como se alimentar de maneira saudável

Papo RetoSaiba como economizar com os gastos de fim de ano

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Manifestação da S. Remo na USP

Page 2: Notícias do Jardim São Remo

Notícias do Jardim São Remo

São Remo

debate

Publicação do Departamento de Jornalismo e Editoração da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. Reitor: João Grandino Rodas. Diretor: Mauro Wilton de Sousa. Chefe de departamento: José Coelho Sobrinho. Professores responsáveis: Dennis de Oliveira e Luciano Guimarães. Edição, planejamento e diagramação: alunos do primeiro ano de jornalismo. Secretária de Redação: Fernanda Maranha. Secretária Adjunto: Ariane Alves. Secretária Gráfico: Gabriela Domingues Fachin. Editoras de Imagens: Giovanna Gheller, Lara Freitas. Editores: Aldrin Jonathan, Ana Paula Souza, Bárbara D’Osualdo, Fernanda Drumond, Fernando Gabriel Pivetti, Luiza Maranhão. Suplemento infantil: Ana Beatriz Brighenti, Bruna de Alencar. Repórteres: Ana Luiza Tieghi, Bruna Rodrigues, Erica Lima, Fabio Ruivo Manzano, Gabriella Feola, Gabriela Malta Felix, Jéssica Soler, Lucas Coelho, Patricia Batista Figueiredo, Ricardo Kuraoka, Rogério Geraldo, Rúvila Magalhães, Sofia Calábria, Susana Berbert, Thiago Salles, Valdir Ribeiro Junior. Correspondência: Av. Prof. Lúcio Martins Rodrigues, 443-Bloco A. Cidade Universitária CEP 05508-990. Fone: 3091-1324. E-mail: [email protected] Impressão: Gráfica Atlântica. Edição Mensal: 1500 exemplares.

“Não tem porque excluir Deus”JOANA DAMACENO,

MORADORA DA SÃO REMO

SR discute a permanência da frase “Deus seja louvado”

Religião em notas de realO p i N i à O

www.eca.usp.br/njsaoremo

Ana Luiza Tieghi

Notícias do Jardim

por um Estado neutro

O Brasil é um país com Estado laico, ou seja, que não possui nenhuma religião ofi-cial. Com a separação de Estado e Igreja assegurada na constituição brasileira de 1988, está garantida a liberdade religiosa e cultural, e todas as crenças e suas manifes-tações devem ser respeitadas.

A presença da frase “Deus seja louvado” nas cédulas existe desde 1986 – nas notas de cruzados, e atualmente nas de reais. Esta é uma manifestação religiosa do Es-tado, fato que não é compatível com a sua laicidade. Mesmo que a maioria da popu-lação brasileira acredite em Deus, esta ex-pressão gravada nas notas significa des-respeitar brasileiros que cultuam outros deuses, ou até mesmo os que são ateus.

Pela forte presença do catolicismo no Brasil, muitos traços do cristianismo per-maneceram enraizados em instituições do governo, tornando difícil, atualmente, a concepção de um Estado laico. Ainda hoje, sociedades religiosas não pagam diversos impostos e recebem subsídio do governo e o ensino religioso está presente no currí-culo das escolas públicas. Esses são outros aspectos que desrespeitam a liberdade reli-giosa e, por isso, devem ser mudados.

Esta é a última edição do ano do Notícias do Jardim São Remo. O jornal volta a circu-lar em março de 2013 com uma nova turma de repórteres. A atual redação se despede dos moradores e agradece o carinho com o qual a equipe foi recebida na comunidade. Boas festas a todos e feliz ano novo.

Fabio Manzano

Pode passar despercebido para muitas pes-soas, mas, nas notas de real, está escrito “Deus seja louvado”. Uma ação promovida pelo Mi-nistério Público Federal quer retirar esta ex-pressão das cédulas, porque o Brasil é um país laico – que não possui religião oficial – e por isso não deve privilegiar uma única crença.

A frase que é invisívelMuitos dos moradores da comunidade, quan-

do questionados sobre esta possível mudança, se espantaram quando descobriram a existên-cia dessa frase nas cédulas. Esse foi o caso de Antônio Jacinto, que, após verificar em suas notas, disse que a frase não deveria ser muda-da, já que não traria alterações relevantes.

Paulo Lima e Valter Ribeiro, ao serem abor-dados pela reportagem, também foram surpre-endidos pela existência desta expressão. Eles concordaram que a alteração das notas de real

não mudaria em nada na prática, mas mesmo assim se posicionaram contra a retirada da fra-se. “Deixa como está”, disse Paulo.

Entre aqueles que discordam da retirada da expressão das notas, também encontramos a senhora Joana Damaceno. Segundo ela, a frase presente nas cédulas do real seria uma forma de incluir Deus na vida das pessoas, “não tem porque excluir Deus”, afirma.

As opiniões se divergemA grande maioria dos moradores se mostrou

favorável à permanência da frase. O seu uso, além de já estar incorporado à tradição, é de-fendido por atrair junto a si uma instituição re-ligiosa, mas essa não seria a forma de sobrepor a religião cristã às outras?

A vendedora Ingrid Cordeiro, que se decla-rou católica, discorda dos outros entrevistados e acredita que o correto seja a retirada da fra-se das notas. Seu argumento é que não se deve misturar religião e dinheiro. Ela também acre-dita que a presença da expressão nas cédulas de real não é correta pois há aqueles indivídu-os que não acreditam na existência de Deus, ou que compartilham de outras religiões, e isso não seria justo com essas pessoas.

Por quase não ser notada, os esforços do Mi-nistério para realizar a retirada da frase das cédulas podem ser vistos como medidas des-necessárias. Entretanto, um país laico precisa garantir a convivência entre os diferentes cre-dos e fornecer um tratamento igualitário para as diferentes religiões e crenças presentes no Brasil, seguindo o princípio da laicidade.

A Justiça Federal está analisando o pedido do Ministério Público. Se a medida for aprova-da, as novas notas de real que forem impressas não mencionarão mais o nome de Deus.

Fernanda Maranha

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Dezembro de 2012

Page 3: Notícias do Jardim São Remo

entrevista

Cenas da São Remo

Professor da Unesp discute a separação entre Estado e religião e as suas consequências

Valdir Ribeiro Junior

A laicidade é garantia da diversidade

“O poder público tem obrigação constitucional de tratar todas as manifestações da mesma forma”JuArez tAdeu de pAulA xAvier, prOfessOr dA unesp de BAuru

Veja a íntegra no site www.eca.usp.br/njsaoremo

ROBERTO

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Temos hoje, em atuação, polí-ticos que usam, por exemplo, o termo “pastor” como parte inte-grante de seus nomes públicos. Há como a laicidade do Estado realmente prevalecer nesse caso?

O Estado laico não pode impe-dir as pessoas de se denominarem conforme suas tradições – princí-pios dos direitos à imanência e transcendência – religiosas: iya-lorisa, babalorisa, pastor, padre, freira, rabino. A laicidade assegu-ra o direito a essa nominação, des-de que não implique intolerância a outras nominações e manifesta-ções tradicionais ou religiosas.

Existem iniciativas, públicas ou privadas, para a difusão do pensamento laico de governo?

Inúmeras. Uma delas é a OLÉ (Observatório da Laicidade do Estado – www.nepp-dh.ufrj.br/ole/equipe.html), que desenvolve uma trabalho excelente.

A recente ação do Ministério Público Federal, que solicita que as novas cédulas de real sejam produzidas sem a frase “Deus seja louvado”, ressaltou uma impor-tante questão: a laicidade do Es-tado, que é a separação entre Es-tado e religião. Juarez Tadeu de Paula Xavier, doutor em Comuni-cação e Cultura pela USP e profes-sor da Unesp (Universidade Esta-dual Paulista) em Bauru, falou ao NJSR sobre o assunto.

NJSR – Por que a laicidade do Estado? Qual sua importância?

Juarez Tadeu – Esse é um lega-do da racionalização das funções do Estado, proposto pela Repúbli-ca (todas e todos são iguais peran-te o Estado). No Brasil, a separa-ção se deu com a proclamação da República. A laicidade do Estado garante respeito legal à diversi-dade religiosa e cultural, e não as-segura direitos específicos a uma determinada ordem religiosa, por interesse do Estado ou do gover-no. Ela assegura isonomia – igual-

dade civil e política – e igualdades ante o Estado, como valor univer-sal, garantido para todos.

Se o Estado é laico, qual a razão dos incentivos fiscais oferecidos às instituições religiosas?

Política! Essa ação infringe o princípio da equidade e da racio-nalidade republicana.

De que maneira a laicidade do Estado brasileiro garante uma maior eficiência do poder públi-co como um todo?

Todas e todos tornam-se iguais ante o Estado, sem privilégios re-ligiosos, na distribuição dos servi-ços públicos, no acesso aos direi-tos constitucionais e na garantia das liberdades individuais e co-letivas. Ninguém poderá ser per-seguido por professar uma deter-minada religião, desde que essa não afete o Estado democrático de direito. Assim, a violência con-tra as tradições de matrizes africa-nas e indígenas não afetam essas comunidades, mas sim o Estado democrático de direito, que pro-íbe qualquer manifestação que propague a intolerância religiosa e cultural. O Estado, então, inibe as ações violentas contra as matri-zes sagradas não hegemônicas (as que não são baseadas no cristia-nismo catolicismo, evangelismo, pentecostal ou neo pentecostal). Dessa forma, o poder público tem obrigação constitucional de tratar todas as manifestações culturais e religiosas da mesma forma.

Todos são iguais ante o Estado

dezembro de 2012 notícias do Jardim são remo

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Page 4: Notícias do Jardim São Remo

comunidade“Os alunos se divertem

tanto preparando quanto participando do evento”

ROSÂNGELA DOS SANTOS COSTA,COORDENADORA DO ALAvANCA

4 Notícias do Jardim São Remo Dezembro de 2012

CEI terá mudanças

O CEI (Centro de Educa-ção Infantil) Girassol deixa-rá de atender crianças de até 5 anos de idade a partir de 2013. Com o rompimento do convênio com a prefeitura, o CEI, que será chamado Espa-ço Girassol, passará a atender somente crianças na faixa etá-ria de 6 até 10 anos. No novo esquema, as crianças irão per-manecer no projeto por cinco anos, com atividades diárias, paralelas às escolares, e que durarão 4 horas.

O CEI Girassol mantinha convênio com a Prefeitura de São Paulo, que era res-ponsável por parte da verba necessária para o seu funcio-namento. Mas a parceria di-minuía a faixa etária dos alu-nos: apenas crianças de 2 e 3 anos eram frequentadoras do Centro de Educação Infantil.

Com a mudança, 24 alunos irão para outras creches. O remanejamento das crianças está sendo feito pela Dele-gacia Regional de Ensino do Butantã. Elbio Miyahira, membro da diretoria da ins-

Girassol deixará de atender crianças pequenas

Festa de Natal na SREvento para as crianças distribuirá presentes

Thiago Salles

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O Projeto Alavanca realizará festa de natal para suas crian-ças no dia 17 de dezembro na sua sede, na Rua Aquianés, 35. A festa começará às 16 horas e irá distribuir brinquedos arre-cadados de doações aos alunos do projeto. O evento também contará com alimentos doados pela Faculdade de Química da USP e guloseimas, decorações, além de cartões feitos pelas próprias crianças.

Segundo Rosângela dos San-tos Costa, coordenadora geral do projeto, a festa reunirá as crianças que participam do Projeto Alavanca. Ao todo se-rão 72 meninos e meninas com idades variantes entre quatro e doze anos. A coordenadora ressaltou que as crianças mais velhas só receberão cartões de natal, porque já passaram da idade de receber brinquedos.

Rosângela disse ainda que o volume de doações está peque-no. Quando perguntada se as arrecadações são fracas todo

ano, ela afirmou que “não, va-ria muito de ano para ano na verdade”. Em 2010, por exem-plo, o projeto recebeu tantos brinquedos que pode até doar uma parte deles para Dona Fa-tinha, organizadora da festa das crianças na São Remo. Já em 2011 a arrecadação foi tão baixa que faltaram brinquedos para todas as crianças. Obser-vando o volume de doações até o momento, Rosângela pre-vê que 2012 também será um ano com baixa arrecadação.

Alimentos doados pela Fa-culdade de Química da USP irão complementar a festa. A decoração, os cartões de natal que serão trocados e algumas guloseimas como cookies se-rão feitos por alunos duran-te suas atividades dentro do Alavanca. “Eles se divertem tanto preparando quanto par-ticipando do evento” diz Ro-sângela que também afirma que “o retorno das crianças é ótimo. Todos estão realmente empolgadas com o projeto, eles adoram a festa de natal”.

tituição, garante que a equipe do Girassol será solidária: “Es-taremos acompanhando este processo e dando todo o apoio que as famílias de nossos alu-nos precisarem.”

O desejo da direção do CEI é que os alunos permaneçam no espaço por mais tempo para que seja desenvolvido um trabalho de apoio mais dura-douro, tanto com as crianças quanto com a família delas. O encerramento do convênio com a Prefeitura permitirá que esse objetivo seja alcançado.

Segundo Elbio, as mudanças permitirão aumento no núme-ro de crianças atendidas. “Atu-almente, atendemos 63 crian-ças de 2 e 3 anos. Com o novo projeto atenderemos 100 crian-ças de 6 a 10 anos.”

Além do aumento no número de crianças atendidas, a nova faixa etária trará diversos be-nefícios para a comunidade. As crianças atendidas estarão cur-sando o Ensino Fundamental I em apenas meio período nas escolas da região e o tempo que elas teriam livre será gasto em atividades educacionais dentro do Espaço Girassol.

Rúvila Magalhães

Quer ajudar o Projeto Alavanca a continuar as suas atividades em 2013?

Você pode ser um colaborador e fazer a sua doação. A forma de doação é aberta à escolha de cada pessoa.

As doações físicas devem ser entregues na sede do Projeto Alavanca

Endereço: R. Aquianés, nº35 – Jardim São Remo – Butantã – SPTelefone: (11) 3714-1566

e-mail: [email protected]

CEI Girassol que, em 2013, passará a se chamar Espaço Girassol

Page 5: Notícias do Jardim São Remo

comunidade“Comunidade unida jamais será vencida”val, morador do jardim São remo e militante

dezembro de 2012 notícias do jardim São remo .5

Cidade Universitária recebeu ato contra a violência e em defesa do direito à moradia

Um Ato Unificado contra a ocupação militar e a ameaça de despejo dos moradores da São Remo foi realizado no dia 22 de novembro. A manifestação par-

Projeto promove exames contra a AIDS

São remanos fazem protesto na USPtiu, por volta das 16 horas, da entrada da comunidade, na Rua da Prefeitura do Campus com destino à Reitoria da USP, onde chegou uma hora e meia depois.

O Ato havia sido proposto em uma reunião ocorrida na sede do

Sintusp (Sindicato dos trabalha-dores da USP), no dia 5 de no-vembro, e levado a discussão à comunidade no dia 11, em uma reunião da Associação dos Mo-radores. Além do Sintusp e da Associação, participaram da or-ganização da atividade o DCE--Livre da USP, militantes, estu-dantes preocupados com esta situação e moradores.

O protesto surgiu da necessi-dade de resposta às ações poli-ciais das quais a comunidade foi vítima no dia 31 de outubro. A defesa da moradia e o repúdio à violência policial no Jardim São Remo são as principais reivin-dicações da comunidade. A co-brança é pela maior atenção por parte da universidade nos as-suntos que dizem respeito aos direitos dos cidadãos.

Outra exigência dos morado-res era a divulgação do plano de reurbanização que a Univer-

sidade tem para a São Remo. O responsável deste é o diretor da FAU (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo), Marcelo Rome-ro. Os moradores ainda não têm muitas informações sobre ele. “Desde que ele foi para super-visão do Romero não se tem no-tícias”, afirmou uma aluna do curso de Arquitetura e Urbanis-mo. Durante a passagem pelo prédio da FAU, os manifestan-tes gritaram palavras de ordem e exigiram explicações de Rome-ro, mas o diretor não apareceu para esclarecer a situação.

Os moradores encontram-se bastante apreensivos com a si-tuação, mas mostram-se engaja-dos na luta para defender seu di-reito de moradia. “A São Remo não vai comer o prato feito do governo, não” foi o que afirmou Helena, moradora da comuni-dade. Ela disse ainda que a co-munidade vai resistir até o final.

Rúvila Magalhães

Moradores, alunos e membros de entidades em frente à reitoria

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Primeiro de dezembro é o Dia Mundial de Luta contra a AIDS. Por causa disso, em todo o es-tado, exames que normalmente são realizados em um único lo-cal estão disponíveis em todos os Postos de Saúde até essa data.

Essa ação faz parte da Cam-panha Fique Sabendo 2012. Ela tem o objetivo de buscar uma maior conscientização a respei-

to do tema e os testes de preven-ção contra o vírus HIV.

Esse exame é realizado com apenas uma gota de sangue re-tirada do dedo. O resultado sai em aproximadamente 30 minu-tos. Caso a pessoa apresente o vírus da AIDS, ela será encami-nhada para o tratamento.

Após o término dessa cam-panha, os locais indicados para a realização desse teste são os Centros de Testagem e Aconse-

lhamento (CTA). Eles são servi-ços de saúde que realizam ações de diagnóstico e prevenção, gra-tuitamente, de doenças sexual-mente transmissíveis, tudo com muito sigilo. O CTA mais próxi-mo da São Remo está localizado na Avenida Corifeu de Azeve-do Marques, 3.596, no bairro do Butantã. O telefone para contato desse CTA é (11)3768 1523.

O HIV atinge hoje milhares de pessoas e muitas delas ainda não

sabem como se prevenir. Vale ressaltar que o melhor e mais se-guro método de prevenção con-tra a AIDS e outras doenças se-xualmente transmissíveis (DST) é a utilização dos preservati-vos, seja o feminino ou o mascu-lino. Os modelos de camisinha são distribuídos gratuitamente em toda a rede de saúde públi-ca e em algumas escolas parcei-ras do projeto Saúde e Preven-ção nas Escolas.

Bruna Rodrigues

Testes fazem parte da Campanha Fique Sabendo 2012 que acontece até 1º de dezembro

Page 6: Notícias do Jardim São Remo

comunidade“[Morar sozinho]

Pra mim, é uma vitamina”

João Xavier, Morador

6 Notícias do Jardim São remo dezembro de 2012

ecopontos recebem pequenos entulhosMóveis velhos, podas de árvores e materiais recicláveis também podem ser entregues nesses espaços

Cresce número de idosos que moram sozinhos

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Patrícia Figueiredo

Jéssica Soler

Idosos possuem mais riscos de acidentes domésticos; especialista dá dicas de prevenção

O número de idosos que moram sozinhos vem aumen-tando no país. De acordo com o IBGE, esta quantidade já re-presenta 14% dentre as pessoas com mais de 60 anos. O risco de acidentes domésticos nesta faixa etária é grande e devem--se tomar alguns cuidados. João Xavier de Oliveira é mo-rador da comunidade, tem 64 anos e mora sozinho há seis. Segundo ele, o único proble-ma disto é que devido a um derrame cerebral ocorrido em junho deste ano, possui ain-da uma pequena dificuldade para andar, e por isso, a su-bida da Rua Aquianés, onde

mora, torna-se um pouco mais lenta. No entanto, João Xavier faz questão de frisar que isto não é um empecilho. “[Morar sozinho] Pra mim, é uma vitamina e a vantagem é que ninguém me perturba”. João Xavier, porém, é quase uma exceção à regra. De acor-

do com Rosamaria Rodrigues Garcia, fisioterapeuta docente da Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), muitas vezes isso ocorre por falta de opção. O idoso per-de o cônjuge, e não tendo al-ternativas, já que os filhos podem morar longe ou não ter um local adequado para recebê-lo, acaba “morando sozinho na residência em que foi casado e criou os filhos”. Um grave problema que pode ser decorrente desta situ-ação são as quedas. Como ex-plica Garcia, geralmente elas estão associadas à alteração de visão, desgaste das articu-lações, fraqueza muscular, uso de alguns medicamentos, se-

Mesmo sozinho, João é sorridente

Ecopontos são locais de en-trega voluntária de resíduos de grande porte. Criados pela prefeitura de São Paulo e dis-poníveis em todas as regiões da capital, eles recebem prin-cipalmente pequenos volumes de entulho (até 1m3). Além de entulho, podem ser descarta-dos também grandes objetos, como móveis e podas de árvo-re, além de material reciclável. O lixo lá depositado é reco-lhido periodicamente pela pre-feitura e destinado a um local apropriado a sua natureza.

Esse tipo de material que os Ecopontos recebem não é re-tirado pelas empresas de cole-ta de lixo. Ele deve ser levado até o local pelo cidadão e en-tão depositado em caçambas específicas para cada tipo de resíduo. Levando seu entulho

até um Ecoponto você evita descartá-lo na rua, em terre-nos baldios ou praças, o que provocaria grandes problemas ambientais à comunidade. No ano passado, a quantidade to-tal de resíduos recolhidos nos Ecopontos foi de 223.809,90m3.

dentarismo, etc. Mas, segundo ela, o espaço físico onde reside o idoso também contribui con-sideravelmente para as quedas. A fisioterapeuta dá algumas di-cas de prevenção (veja box).

Não apague as lâmpadas dos corredores à noite.

Não tome banho descalço.

Retire tapetes e objetos que atrapalhem a passagem.

Faça limpeza com sapato fechado.

Instale barras de apoio no box e próximo ao vaso sanitário.

Evite encerar o chão.

Mantenha a casa bem iluminada.

Todo esse resíduo poderia ter sido abandonado na rua, pro-vocando alagamentos, mau cheiro e atraindo animais e insetos. A Prefeitura de São Paulo planeja aumentar o nú-mero de unidades do serviço em breve. Atualmente, exis-tem 57 Ecopontos na cidade. O mais próximo da São Remo é o Ecoponto Jardim Maria do Carmo, que fica na rua Cami-nho de Engenho, 800, Vila Sô-nia. Funciona de segunda à sábado das 6h às 22h e domin-gos e feriados das 6h às 18h. Para mais informações ligue para o telefone 0800-7777156.

resíduos removidos nos ecopontos

26,9%

67,9%

5,29%

Recicláveis

Entulho

Volumosos

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Briela Fa

cHiN

FoNTe: PreFeiTUra De sÃo PaUlo

Page 7: Notícias do Jardim São Remo

papo reto“Uma prestação mais baixa pode significar um juro mais alto”francisco fernandes, sócio da ferata

dezembro de 2012 notícias do Jardim são remo

saiba como planejar as suas despesas Com a chegada do final do ano, organizar os gastos ajuda a evitar sufocos na hora de pagar

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O final do ano é uma época de muitas alegrias e festividades, mas pode criar muitos proble-mas sem um planejamento fi-nanceiro consciente. Os gastos acumulados de impostos, pre-sentes, material escolar podem pegar de surpresa quem não se preparar adequadamente para essa época. Francisco Carlos Fernandes, sócio da empresa de contabilidade Ferata dá al-gumas dicas para começar um 2013 com pé direito.

Mantenha registro das contas Uma boa maneira de não se surpreender com as contas no final do ano é olhar para o que foi gasto no ano ante-rior. Existem gastos previs-tos e não previstos. Imposto de Renda, IPTU, IPVA, mate-rial de escola, são gastos peri-ódicos e que devem entrar no planejamento financeiro do fi-nal do ano. Gastos imprevis-tos, como acidentes, também devem ser considerados para o caso de uma emergência.

O décimo terceiro é o limiteTer algum dinheiro a mais

no final do ano pode dar a fal-sa impressão de que existe um poder muito maior de compra. O décimo terceiro, no entanto, deve ser considerado como o li-mite a não ser ultrapassado. É preciso lembrar que dele tam-bém é recolhido o INSS e que esse dinheiro pode ser o respi-ro do final do ano caso ocorra algum gasto imprevisto.

Antecipe os gastosPlanejar o que será gasto

no final do ano, alguns me-ses, antes evita o consumo excessivo. Alguns produtos encarecem na época do Na-tal e podem ser comprados anteriormente. Para aque-les que necessariamente pre-cisam ser comprados perto do final do ano, vale prever no planejamento economi-zar dinheiro para que pos-sam ser comprados à vista. Não existe promoção milagrosa

É preciso tomar cuidado com as promoções de final de ano. Existem muitas promes-sas de pagamento e a compra só deve ser feita consideran-do o preço total a ser pago. A Black Friday, por exem-plo, foi um dia promocional em que muitas lojas abaixa-ram os preços de seus produ-tos. No entanto, muitos dos descontos divulgados eram muito baixos ou enganosos.

Ricardo Kuraoka

como calcular a taxa de juros de finaciamento

Se uma mercadoria de R$1.000,00 for financiada em 10 vezes de R$120,00 com entrada de R$200,00:

Subtraia o valor da mercadoria pela entrada R$1.000,00 – R$200,00 = R$800,00 (A)

Multiplique o número de parcelas restantes por seu valor: 10 x 120,00 = 1.200,00 (B)

Divida o valor B pelo valor A 1.200,00 ÷ 800,00 = 1,5

ou seja, 50% é o total de juros pago no financiamento.

É preciso fazer concessõesDificilmente no planejamen-

to financeiro é possível ficar totalmente satisfeito com os resultados. Muitos sacrifícios precisam ser feitos para que não se perca o controle do di-nheiro. Pode ser necessário gastar tempo com pesquisas e anotações, mas essas ações ga-rantem que não se comece o ano de maneira insatisfeita.

Normalmente, quando o consu-midor vai comprar uma merca-doria financiada, presta atenção somente ao valor da prestação. Tome cuidado! Às vezes, uma prestação mais baixa pode signi-ficar um juro mais alto.

Abaixo, o NJSR explica como cal-cular os juros dentro de um finan-ciamento. É importante que o con-sumidor também compare as taxas na hora de pesquisar preços.

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Page 8: Notícias do Jardim São Remo

são remano“Os moradores se reconhecem

e por isso essa produção é tão importante”

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notícias do jardim são remo

Saraus enriquecem o cotidiano da comunidade

Iniciativas buscam envolver moradores da favela na produção de filmes para a comunidade

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a redescoberta da periferia no cinema

Rogério Geraldo

Gabriela Malta

Dezembro de 2012

As periferias sofrem com a pri-vação do acesso à cultura. Não há investimentos públicos nem privados para construção de es-paços de convivência e cultura, como teatros e cinemas. A po-pulação também sofre com os elevados preços cobrados pelas grandes redes de cinema.

Mas existem indivíduos que vol-taram sua atenção para esse proble-ma. O Cineb, projeto realizado pela Brazucah Produções em parceria com o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e regiões é um circuito alternativo que já exibiu produções cinematográficas nacio-nais na comunidade, por exemplo.

O Circo-Escola também já pro-duziu mostras sobre cinema na São Remo. Mas esses projetos, boa parte das vezes, exibem ape-nas conteúdos que não foram fei-tos pela periferia, nem para ela. Para Thiago Borges, jornalista e idealizador do projeto Periferia em Movimento, quem tem recur-sos para fazer cinema não nasceu nem foi criado na periferia.

Segundo a antropóloga e pes-quisadora Rose Hikiji, a periferia é distorcida no cinema por ser um olhar “de fora”. Em sua pes-quisa, moradores criticaram as representações centradas na vio-lência, como em Cidade de Deus. Isso despertou neles o desejo de fazer os próprios filmes.

O Cinema da QuebradaO cinema produzido pela co-

munidade é diferente. “De fato os filmes produzidos pelos mo-radores geralmente se situam nos bairros, ou trazem situações que só quem mora lá pode trazer. Eles conhecem o lugar, as formas de organização social, as vielas. Os moradores se reconhecem e por isso essa produção é tão im-portante”, comenta Hijiki. Essa é uma oportunidade de driblar a cobertura estereotipada das fa-velas, mostrando um olhar diver-sificado. O Festival Internacional de Curta-Metragens de São Paulo, por exemplo, realiza uma sessão que exibe filmes produzi-dos nas comunidades.

O Sarau da Remo é um espaço aberto para que a comunidade se manifeste em toda a sua diversi-dade. Ele também abre oportuni-dades para que projetos e traba-lhos de outras localidades sejam expostos, enriquecendo o cenário artístico com visões de realidades externas ao Jardim São Remo.

Exemplo disso está no Sarau da Cesta, que surgiu dentro da USP. Cláudio Laureatti, um de seus idea-lizadores, afirma que o projeto nas-ceu da idéia de parar de reclamar e fazer algo. Sua forma de trabalho é reunir artistas da periferia para dis-cutir o acesso à universidade.

Janeide Silva, uma das respon-sáveis pela realização do Sarau da Remo, relata a diversidade de pes-

soas que se apresentam no evento, como evangélicos que cantam hi-nos, moradores que falam de pro-blemas individuais ou manifes-tam seus descontentamentos com ocorrências dentro e fora do bair-ro, crianças que cantam músicas e contam histórias, etc.

Em meio a este ambiente multi-cultural, Laureatti recita seus poe-mas e apresenta seus ideais de in-clusão, os quais Janeide considera muito importantes para as crian-ças e jovens que estão presentes no local. Além de gerar interes-se pelo conhecimento e discussão, essas inovações ampliam o hori-zonte de interesses relacionados a assuntos como direitos e oportu-nidades que a comunidade preci-sa ir de encontro.

Participação de criançasO Sarau da Remo é resultado da

parceria de amigos que visualiza-ram o interesse dos moradores por este tipo de evento. Muitos visita-vam saraus de comunidades vizi-nhas, mas tinham dificuldade por-que a maior parte deles se realizava durante a semana. Assim, resolve-ram aproximar o sarau da comuni-dade, sendo surpreendidos com a quantidade de crianças.

Aproveitando a situação, Janeide leva livros para incentivá-las à lei-tura, além de trabalhar o repertó-rio musical que trazem, na tentativa de envolvê-los com outros gêneros musicais , além do funk, que é mui-to popular. Para ela, o sarau, além de entreter, motiva as crianças a busca-rem conhecimentos diversos.

AlternativasPara Sueli Carneiro, que, além

de ser jornalista, é também idealizadora do Periferia em Movimento, existem muitos mo-radores da própria periferia que já entenderam há bastante tem-po que ela não é aquilo que se mostra na televisão ou no cine-ma. Isso despertou nelas a von-tade de reproduzir o que é real de verdade. Essas pessoas vêm produzindo graças ao apoio de oficinas oferecidas por ONG’s, como os Oficinas Kinoforum, por exemplo. Existe também uma alternativa oficial, o progra-ma VAI, da prefeitura, que apoia financeiramente as diversas pro-duções de culturas.

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ÉRIO G

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Page 9: Notícias do Jardim São Remo

Roda de samba em São Mateus

com a “Comunidade Maria Cursi”

sábados, 20h às 23h, na Av. Maria Cursi, 799

Samba de Olaria na Vila Alpina

sábados, a partir das 18h, no Bar do Tião,

R. Gaspar Barreto, 387

Notícias do Jardim São Remo

são remano

Érica Lima

Inezita Barroso terá especial na televisão

“O caipira gosta de música alegre, genuína, simples.” INEZITA BARROSO, cANTORA

Dezembro de 2012 9

Nos dias 23 e 30 de dezembro, serão exibidos pela TV Cultura os especiais de final de ano do programa “Viola, Minha Viola”, apresentado por Inezita Barroso. No dia 23, vai ao ar o especial de Natal e, no dia 30, o de ano novo, com reprise nos dias 29 de de-zembro e 5 de janeiro.

Há 32 anos seguidos na TV, o “Viola, Minha Viola” é o mais an-tigo programa musical da televi-são brasileira. Comandado pela cantora, atriz, instrumentista e professora de Folclore, Inezita Barroso, o programa é um espaço de reconhecimento e valorização da música caipira.

Inezita, nascida no bairro da Barra Funda, São Paulo, filha de uma família tradicional paulis-tana, tomou gosto pelo universo rural desde a infância, durante suas viagens para o interior. No início da década de 1950, come-çou sua carreira profissional. Hoje com 86 anos, Inezita é um

dos maiores nomes da divulga-ção da música caipira e do folclo-re brasileiro.

Inezita conversou com o NJSR a respeito de seu programa e so-bre os especiais de final de ano.

O “Viola, Minha Viola” está no ar há 32 anos e é um enorme sucesso. A que a senhora atribui a longevidade do programa?

O programa começou com meus amigos Moraes Sarmen-to, que era um grande radialista aqui de São Paulo, e o Nonô Ba-sílio, grande compositor e pes-quisador da cultura caipira. Eu atribuo o sucesso do programa à simplicidade. O caipira gosta da música autêntica, genuína, sim-ples. E essa poesia e essa alegria que o contagia. Em nossa plateia, há telespectadores que são as-síduos há quase 30 anos, desde que o programa começou a ter auditório. Isso não é para qual-quer programa. A fidelidade de-les é emocionante.

O que os telespectadores po-dem esperar dos especiais do “Viola, Minha Viola” neste ano?

Teremos quatro especiais de final de ano. Um será uma repri-se de peso de um programa que gravamos em agosto com a famí-lia do violeiro Almir Sater. Tam-bém teremos uma inédita roda de viola e cantoria com grandes representantes da música caipi-

ra: Léu, Juliana Andrade e Juci-mara, Irmãs Barbosa, Roberto Correa, Badia Medeiros e Dudu da Viola. No começo de próxi-mo ano, ainda faremos nosso tradicional programa de folia de reis, saudando uma das mani-festações mais comuns de nosso período natalino. E ainda vamos ter um quarto especial surpresa para todos. Vai ser coisa fina!

Como os fãs podem fazer para assistir à gravação do programa?

A plateia do “Viola, Minha Viola” é feita por caravanas com cerca de 30 pessoas e inscrições individuais feitas por telefone. Os grupos já estão fechados até o final do ano e as inscrições por telefone são feitas somente às segundas a partir das 14h pelo telefone 2182-3462. As inscrições são gratuitas. A procura é muito grande, então só podemos ins-crever por ordem de ligação.

O “Viola, Minha Viola” é apre-sentado, às 9h, com reprise aos sábados, às 20h.

Com o final de ano, programa da TV Cultura “Viola, Minha Viola” exibirá edição natalina

Com as férias se aproximando, o SESC Pinheiros oferece atividades para todos. Uma delas é a “Ofici-na de Construção de Tambor de PVC”. A partir de materiais reci-clados, esta oficina promove con-tato com a música e percurssão. A atividade é voltada para famílias e acontece dia 28/12, das 11h30 às 16h30. Ainda no SESC Pinhei-

ros, até o dia 16/12 está em cartaz a peça “A Volta ao Mundo em 80 Dias”, aos domingos e feriados, às 15h e às 17h. No SESC Osasco, acontece até 16/12 a atividade “Jo-gos de Tabuleiro”, com emprésti-mo e orientação das regras de jo-gos de tabuleiro, com supervisão dos monitores do SESC. A cidade também ganha atrações para co-memorar o Natal. A iluminação especial em pontos de São Paulo,

como a decoração da Praça de Na-tal da Av. Paulista e os shows de águas dançantes do lago do Par-que Ibirapuera, valem a visita.

Gabriela Malta

SESC PinheirosMúsica e percussão:Oficina de construção de tambor de PVCdia 28/12, das 11h30 às 16h30

Peça:A Volta ao Mundo em 80 diasdomingos e feriados, às 15h e 17haté o dia 16/12

Final de ano traz diversas atividades

agenda cultural de fim de ano

agenda cultural de fim de ano

CEDO

C - TV CU

LTURA

Page 10: Notícias do Jardim São Remo

mulheresA melhor dieta é estar em equilíbrioPara especialistas, o caminho para um corpo saudável é conciliar boa alimentação e exercícios

“O que realmente funciona é fazer uma alimentação equilibrada”

DEVANIR MAGNI, PROFESSORA DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Sofia Calabria

10 Notícias do Jardim São Remo Dezembro de 2012

O erro não está no corpo, mas na menteOs transtornos alimentares são distúrbios relacionados à visão distorcida do próprio corpo

Seu corpo, sua alma

Independentemente de você ser gordinha ou magri-nha, ame-se! Não existe isso de “mulher perfeita”, pa-drões de beleza são pura bobagem! Não precisamos ser todas iguais esteticamente. Você é linda do jeito que é e não deve prejudicar seu corpo para atingir esse ideal de físico. Devemos sim ter hábitos saudáveis, mas para manter a saúde, que é o que importa. Ame seu tipo de corpo: use roupas que combinem com ele e projete sua personalidade na sua aparência. Uma autoestima eleva-da é essencial para uma mulher confiante.

los, pés, resultando em artroses. Outro fator que merece atenção é o aparecimento de doenças tais como diabetes, hipertensão e do-enças cardiovasculares”, comple-ta Devanir. Assim, não basta ficar em forma; é preciso também estar atenta à saúde.

Devido aos padrões de bele-za, muitas mulheres acabam mu-dando suas posturas em relação à aparência que possuem. Para atingirem o corpo desejado, às vezes acabam por recorrer às fa-mosas dietas, como as da sopa, do carboidrato, da proteína.

Por focarem em somente um tipo de alimento, estas dietas po-dem ser muito perigosas. Quando há um desequilíbrio de nutrien-tes, o emagrecimento pode vir acompanhado de uma saúde de-ficiente. “O que realmente funcio-na é fazer uma alimentação equili-brada, ingerindo todos os tipos de alimentos (proteínas, frutas, ver-duras açúcares e amidos). O im-portante é não comer em excesso,

pois nosso corpo precisa de todos esses alimentos”, diz a professora de Educação Física, Devanir Mag-ni. Outro ponto que se destaca é o efeito passageiro de uma dieta mal feita, o qual acaba por criar o chamado “efeito sanfona”.

Nutricionistas ressaltam que ficar muito tempo sem comer também resulta em acúmulo de gordura. “É bom fazer de 5 a 6 re-feições ao dia, retirar os excessos nas porções e alimentos ricos em gorduras, açúcar e sal. E todos de-vem evitar o sedentarismo, exer-citando-se ao menos três vezes por semana”, recomenda a nu-tricionista Silvia Cunha. O ato de mastigar muito bem os alimentos ingeridos também é importante, pois ajuda na digestão e dá uma maior sensação de saciedade.

Caso seja detectado um quadro de obesidade, é necessário procu-rar por acompanhamento tanto médico quanto nutricional, pois ela pode causar tanto problemas motores como enfermidades. “As articulações ficam sobrecarrega-das, tais como joelhos, tornoze-

Implicar demais com o próprio corpo e passar a comer cada vez menos podem ser sintomas de transtornos alimentares. Mais fre-quentes em adolescentes, são do-enças ligadas à psicologia e à psi-quiatria. Os mais comuns são a Anorexia e a Bulimia. Podem ser difíceis de perceber por causa das alterações emocionais comuns na adolescência. “Por qualquer coisa que eu chorava eu já pensava em comer mundos de comida. Muitas vezes voltava da escola ou do tra-balho pensando no que ia comer,

e nada em pouca quantidade. De-pois batia a culpa e eu ia vomitar tudo”, diz a estudante Letícia Eloi,

que já teve bulimia. Esses distúr-bios estão relacionados à Dismor-fia Corporal, que consiste na vi-são distorcida do próprio corpo.

A Anorexia caracteriza-se pela compulsão pela perda de peso. O doente tem a impressão constante de estar acima do peso, e passa a ingerir cada vez menos alimentos. Com o desenvolvimento da Ano-rexia, o aspecto de magreza acaba por torna-se extremo.

Já o bulímico tem a tendência de ingerir muitos alimentos alta-mente calóricos, em pouco tempo. Após ingerí-los, é acometido de um sentimento de culpa, e assim

Sofia Calabria SOFIA

CALA

BRIA

provoca vômitos ou faz uso de la-xantes para eliminar os alimen-tos. Pode também haver a prática intensa de atividade física, como compensação para os excessos.

Iniciam-se com dietas, mas com o tempo se agravam e podem le-var à morte. Ambas apresentam como característica uma preocu-pação excessiva com o peso. Isso se torna uma compulsão e cau-sa sofrimento. Junto à desnutri-ção grave, vêm outras doenças como osteoporose, anemia. Al-terações emocionais as acompa-nham como mudança de humor, ansiedade e depressão.

Page 11: Notícias do Jardim São Remo

“Eu me sinto bem. Acho que todo mundo deve fazer exercício” odEtE fErnAndEs ribEiro, AposEntAdA E AlunA do cEpE-usp

As dificuldades para entrar no JogoPara além da fama, a verdadeira realidade de um menino que queria jogar bola

CEPE-USP oferece atividades para a terceira idade

Gabriella Feola

esportesnotícias do Jardim são remo 11dezembro de 2012

Susana Berbert

Na terceira idade, atividades fí-sicas são importantes para a ma-nutenção da autonomia e saúde do indivíduo. Com o avanço dos anos, os acidentes e perdas de fun-cionalidades motoras aumentam, pois a força muscular, e a massa óssea diminuem.

Ricardo Linares, professor de Atividade Física para terceira idade no Centro de Práticas Es-portivas da USP (CEPE), diz que praticar exercícios auxilia na recu-peração dessas capacidades: “As atividades diminuem os efeitos da idade. A segurança ao caminhar e a respiração aeróbica melhoram”.

Ele ressalta que resultados emo-cionais podem ser percebidos: “As pessoas ficam mais confiantes e atentas; as conversas tornam-se mais dinâmicas”.

Cecilia Kasay faz exercícios com o grupo há três anos: “Eu gosto muito, a gente fica mais viva”, de-clarou. Maria da Penha Lorenza-no, 75 anos, é aluna e atleta.

Neste ano, Maria foi campeã Su-lamericana nos 400 metros com 1,55 segundos: “Ano que vem pre-tendo estar no Campeonato Mun-dial Master com a mesma disposi-ção e saúde que a atividade física me deu. A gente adquire um con-dicionamento muito bom”.

Correção postural também é re-sultado da prática de atividades físicas. Eulina de Souza sentia do-res nas costas, que melhoraram quando começou a fazer exercí-cios frequentemente.

O ambiente dinâmico da aula é outro fator bastante importan-te: “Eu adoro aqui, o professor é muito bom e nós fazemos amiza-des”, diz Eulina.

O CEPE oferece cursos para a terceira idade, como Atividades Físicas, Yoga, Musculação, Gi-nástica, Alongamento e Resistên-cia Localizada. As inscrições estão programadas para o final de Feve-reiro. Para realizá-las, é necessá-rio levar uma foto 3x4 e um exa-me médico recente. Uma taxa de 50 reais é cobrada referente ao se-mestre de aula.

O valor pode ser parcelado, re-duzido e até mesmo anulado de acordo com a renda do aluno.

Tantos garotos sonham em ser um jogador de futebol rico e fa-moso, assim como seus ídolos, mas nem tudo é glamour e luxo. Os meninos que são contratados muito cedo para se transforma-rem craques do futuro enfrentam muitas dificuldades no caminho.

Samuel Balbino é um desses. Começou a jogar bola aos sete anos de idade, aos dez, foi trei-nar pelo São Paulo Futebol Clu-be. Samuel morava em Bauru e é filho único de uma família hu-milde. No início, continuou mo-rando e estudando na sua cidade natal e viajava algumas semanas para o centro de treinamento. Ele contou que faltava na escola por

causa disso, mas conseguia ates-tado para eliminar suas faltas. Para ele, ficar longe de casa foi a maior dificuldade que enfrentou.

Aos treze anos, Samuel teve pro-blemas de crescimento. Apesar de o São Paulo ter dado assistência médica, o garoto foi demitido por não acompanhar o crescimento de seus colegas de equipe.

Depois de sair do São Paulo, foi chamado para jogar no Paraná Clube. Mudou-se para lá e ficou morando no centro de treinamen-to. Samuel conta que não tinha salário. O time oferecia estudo, alimentação moradia e uma aju-da de custo. “As pessoas acham que você está jogando bola e está ganhando dinheiro, mas só você sabe como que é lá dentro”.

Quando o Paraná Clube enfren-tou problemas administrativos, os garotos acabaram ficando sem as-sistência. “Eu passei fome umas duas semanas, por isso que eu saí de lá”. Apesar das dificuldades, Samuel não se arrepende.

Depois de sair do Paraná, foi contratado pelo Noroeste, aos 16 anos, foi quando começou a ga-nhar salário. Aconselha os garo-tos que sonham com a carreira a serem persistentes, estudarem sempre, ouvirem os conselhos de quem está acima e principal-mente respeitarem os pais.

Samuel está feliz jogando no Noroeste e já é considerado uma revelação pelo diretor executivo. Agora ele vai disputar o Campe-onato Paulista da série A-2.

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Exercícios recuperam a saúde

Susana Berbert

Page 12: Notícias do Jardim São Remo

Arbitragem cometeu vários erros no jogo

entre Puera e Areão

Copa SR aproxima das oitavas de finalCom vitória no fim de semana, Unidos da Esther garante primeira colocação no grupo D

Lucas Coelho

esportes

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12 Notícias do Jardim São Remo Dezembro de 2012

A Copa São Remo teve mais uma rodada no domingo, dia 25. Alguns times já garantiram seus lugares nos jogos das oitavas de final.

São Remo 1 X 2 Unidos da EstherEm jogo truncado e de poucas

chances, o Unidos da Esther ven-ceu marcando gol no último lance da partida e garantiu a primeira co-locação para o time no grupo D.

A partida começou equilibrada, com as duas equipes procurando o ataque, mas sem conseguir criar muitas chances. O São Remo ficava mais com a bola, mas errava muitos passes. Já o Unidos da Esther tenta-va definir as jogadas rapidamente, aproveitando a velocidade dos seus atacantes. Começaram a acontecer muitas faltas e reclamações, e o ár-bitro mostrou cartões amarelos.

O segundo tempo começou mais acelerado e numa boa tabela entre os atacantes do Unidos da Esther, Samuel fez o gol de cabeça após cruzamento da direita, antes dos 5

minutos. O Unidos da Esther che-gou a perder um gol embaixo da li-nha e sem goleiro, quando o atacan-te chutou a bola no travessão. O São Remo não mostrava forças para re-agir, seus atacantes ficavam isola-dos e a equipe não levava perigo, mas, após cruzamento da esquer-da a bola foi desviada na primeira trave e Rogério empatou a partida, faltando pouco para o fim do jogo.

Quando tudo parecia decidido, Samuel apareceu novamente para marcar e garantir a vitória e o 1º lu-gar do grupo ao Unidos da Esther.

Puera 2 X 0 AreãoPuera conseguiu vitória para

abrir vantagem na zona de classi-ficação em relação ao Vila Nova, que empatou com o Paradão. Com a derrota, o Areão perdeu a chance de assumir a liderança do grupo C.

O Puera começou o jogo mais li-gado que o Areão, criando boas chances desde o início. O árbitro já começou a partida distribuindo cartões amarelos. A situação piorou para o Areão após perder um joga-

dor expulso por colocar a mão na bola. Na cobrança da falta, a primei-ra polêmica do dia: um gol muito mal anulado do Puera por impedi-mento. O primeiro tempo terminou cheio de faltas e com o Puera sem aproveitar o jogador a mais.

No segundo tempo, o juiz conti-nuou a distribuir cartões para tentar acalmar os jogadores e evitar confu-sões. O Puera abriu o placar quando Ezequiel marcou de cabeça.

De repente a partida mudou. Os dois times começaram a criar chan-ces e perderam gols incríveis. Quan-

do o jogo ficava bom, o árbitro fez mais uma lambança: em jogada de ataque do Areão, o atacante sofreu a falta, mas o time levou vantagem.

O atacante que seguiu a jogada acabou sofrendo pênalti. O juiz de-morou em apitar e, quando o fez, resolveu marcar a primeira falta, que havia sido fora da área. Depois disso, quase não teve mais jogo.

O Areão ainda teve mais um jo-gador expulso com o segundo car-tão amarelo. No final, Luis ainda fez mais um para a equipe do Pue-ra, fechando o placar.

Grupo APontos Vitórias Saldo

MultirãoUé Qui FoiNova AliançaUnião J. P.Atlético

Grupo BCatumbí

FavelaParaíba

Jogos

Barueri1º do Oeste

Grupo CParadãoAreãoBarçaPueraVila Nova

SaldoJogos VitóriasPontosCopa São Remo

6 4 1 2

Grupo DU. da EstherArsenalCansaçãoSão RemoPão de Queijo

6 4 114 3 1 -12 2 0 01 3 0 -2

10 4 3 1110 4 3 54 4 1 -54 4 1 -40 4 0 -8

8 4 2 36 4 2 -14 4 1 -24 3 1 12 3 0 -1

12 4 4 86 3 2 -12 3 0 02 4 0 -22 4 0 -4

São Remo perdeu mais uma partida e continua sem vitórias na Copa

lucas Coelho

Page 13: Notícias do Jardim São Remo

Parte integrante do Notícias do Jardim São Remo - DEZEMBRO DE 2012

Super Remo e o cão Reminho,

já estão em clima de Natal,

e você?

Page 14: Notícias do Jardim São Remo

Olá amiguinho,

Resolvi escrever para agradecer por todos esses anos que você tem escrito para mim. Apesar de gostar muito de países quentes como o seu, eu tenho que trabalhar no Pólo Norte, mas sempre passo minhas férias nas praias do Brasil.

Eu tenho um segredo para contar: você sabia que ninguém nasce Papai Noel? As pessoas se tornam Papai Noel. Ser Papai Noel sempre foi meu sonho então eu me dediquei e me esforcei o máximo para que ele se realizasse – e você deve fazer o mesmo com os seus sonhos.

E não pense que eu uso a mesma roupa o ano todo não. Eu sou um Papai Noel limpinho, essa roupa é meu uniforme porque lá no céu é bem frio, mas quando estou no Brasil prefiro usar camisetas e shorts.

Bom, caso você tenha mais dúvidas sobre a rotina de um Papai Noel, por favor, me escreva e eu responderei a sua carta. Não se esqueça de obedecer seus pais e tomar banho, hein? Seja uma boa criança.

Abraços do seu amigo, Papai NoelHo Ho Ho

Page 15: Notícias do Jardim São Remo

LIGUE OS PONTOS

vamos costurar a roupa do papai Noel?

Ligue os pontos e termine o desenho.

O Papai Noel perdeu 5 presentes nas páginas

do São Reminho:

uma bola, uma boneca, um carrinho, uma bicicleta,

e um ursinho de pelúcia.

Ajude o Super Remo a encontrar os brinquedos!

Page 16: Notícias do Jardim São Remo

JOGO DOS 7 ERROS

•as bolas de natal representam os primeiros enfeites feitos nos

pinheiros e carvalhos: pedras e maçãs?

• ”Bate o sino” foi a primeira música cantada no espaço, no dia 16 dezembro

de 1965?

• antigamente, o Natal não tinha uma data certa, pois não se sabia

o dia do nascimento de Jesus? Só no século IV que 25 de dezembro

foi estabelecido como data oficial de comemoração.

Obrigado por encontrar os presentes!

Um Feliz Natal e ótimo Ano Novo!

VOCÊ SABIA QUE...