notícias do jardim são remo

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São Remo Notícias do Jardim Novembro de 2012 ANO XIX nº 7 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA www.eca.usp.br/njsaoremo Esportes Gaby Amarantos fala para a comunidade São Reminho Polêmicas marcam quarta rodada da Copa São Remo pág. 8 pág. 12 DANIEL MORBI São Remano pág. 6 DIVULGAÇÃO Moradores se revoltam com ação da PM. Assembleia na comunidade acontece dia 11/11 às 10 horas Realidade Invadida Realidade Invadida IMAGENS DA REDAÇÃO

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novembro/2012

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Page 1: Notícias do Jardim São Remo

São RemoNotícias do Jardim Novembro de 2012 ANO XIX nº 7

DISTRIBUIÇÃO GRATUITAwww.eca.usp.br/njsaoremo

Esportes

Gaby Amarantos fala para a comunidade

São Reminho

Polêmicas marcam quarta rodada da Copa São Remo

pág. 8 pág. 12

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São Remano pág. 6

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Moradores se revoltam com ação da PM. Assembleia na comunidade acontece dia 11/11 às 10 horas

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Page 2: Notícias do Jardim São Remo

Notícias do Jardim São Remo Novembro de 2012

São Remo

debate

Publicação do Departamento de Jornalismo e Editoração da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. Reitor: João Grandino Rodas. Diretor: Mauro Wilton de Sousa. Chefe de depar-tamento: José Coelho Sobrinho. Professores responsáveis: Dennis de Oliveira e Luciano Guimarães. Edição, planejamento e diagramação: alunos do primeiro ano de jornalismo. Secretário de Redação: Fernando Gabriel Pivetti. Secretário Adjunto: Patrícia Batista Figueiredo. Secretários Gráficos: Luiza Maranhão, Ricardo Kuraoka. Editora de Imagens: Gabriela Malta Felix. Editores: Bárbara D’Osualdo, Daniel Morbi, Gabriela Domingues Fachin, Jéssica Soler, Rogério Geraldo, Sofia Calábria, Valdir Ribeiro Júnior. Suplemento infantil: Ana Luiza Tieghi, Gabriella Feola. Repórteres: Aldrin Jonathan, Ana Beatriz Brighenti, Ana Paula Souza, Ariane Alves, Bruna de Alencar, Bruna Rodrigues, Erica Lima, Fabio Ruivo Manzano, Fernanda Drumond, Fernanda Maranha, Giovanna Gheller, Lara Deus, Lucas Co-elho, Rúvila Magalhães, Susana Berbert, Thiago Salles. Correspondência: Av. Prof. Lúcio Martins Rodrigues, 443-Bloco A. Cidade Universitária CEP 05508-990. Fone: 3091-1324. E-mail: [email protected] Impressão: Gráfica Atlântica. Edição Mensal: 1500 exemplares.

“É muito importante uma leicomo essa entrar em vigor”

LENICE MARCELINO, MORADORA DA SÃO REMO

Projeto de lei aprovado pelo Senado é discutido na SREnsino superior a todosO P I N I Ã O

www.eca.usp.br/njsaoremo

Ariane Alves

Notícias do Jardim

Entre direitos e deveres

Em meio a debates e programas de inclu-são, as periferias brasileiras ainda sofrem com as desigualdades e a falta de auxílio dos governantes e da sociedade. Enquan-to a discussão sobre as cotas nos vestibu-lares segue viva, muitos jovens carentes não conseguem sequer frequentar regur-larmente a escola de educação primária.

É verdade que projetos como os de in-clusão universitária têm ajudado no aces-so dos mais pobres aos direitos básicos de todo cidadão. Porém essas ações ainda são muito pequenas diante das discriminações e dificuldades sofridas por quem mora nas áreas mais carentes das cidades.

O Jardim São Remo não fica de fora des-sa regra e os recentes episódios que ocor-reram na comunidade comprovam essa situação. Durante as ações da Polícia Mili-tar, parte dos moradores, por causa da in-segurança, não levaram seus filhos à esco-la. Com isso, toda a rotina de estudos das crianças foi modificada e os pais que traba-lham também foram prejudicados.

Ora, se buscamos uma sociedade mais justa, devemos questionar o motivo da PM não ter ajudado no acesso seguro dos jovens da São Remo às aulas naque-le dia. Se nem a ida para as escolas de base é garantida a toda população, en-tão não podemos discutir ideias como as cotas nas universidades. Mais uma vez, os mais pobres sofreram com o precon-ceito e tiveram que abrir mão dos seus di-reitos em favor dos deveres da sociedade.

Susana Berbert

Ingressar em uma grande universidade, principalmente em uma pública, é uma tare-fa difícil. O vestibular, da forma como é re-alizado hoje, divide opiniões. Enquanto al-gumas pessoas acham que ele não avalia os conhecimentos de forma eficaz, outras acre-ditam que essa é a melhor forma de selecio-nar os melhores estudantes dentre todos os que desejam estar na faculdade.

O que pouca gente consegue negar é o ca-ráter desigual do vestibular. Quem conquis-ta a tão sonhada vaga na universidade é, na maioria das vezes, o estudante que veio de uma boa – e cara – escola particular ou aquele que pode pagar um bom cursinho. Assim, a entrada no ensino superior torna-se um obs-táculo complicado para os estudantes com dificuldades financeiras.

Desigualdade diminuídaO Senado aprovou recentemente um pro-

jeto de lei que reserva 50% das vagas em uni-versidades e escolas técnicas federais a quem cursou todo o ensino médio em escola públi-ca. Assim, esses estudantes não teriam mais que competir com os que puderam estar em uma escola particular. “É muito importan-te uma lei como essa entrar em vigor, pois agora os estudantes terão oportunidades. Eu não estudo porque não tenho condições. Quem sabe agora eu não consigo?”, declarou Lenice Marcelino, moradora da São Remo.

O projeto também faz com que 25% das va-gas para quem vem de escola pública sejam reservadas a negros, pardos e índios. Isso é necessário porque há muito mais estudantes brancos no ensino superior.

“O projeto foi bem elaborado e sua aprova-ção é importante para diminuir a desigual-dade no país”, disse a são remana Josefa da Silva. A lei concede oportunidades aos estu-dantes que não tiveram acesso à educação de qualidade, reduzindo a desproporção histó-rica entre ricos e pobres nas universidades. A aprovação demonstra, também, uma ten-tativa de compensar os cidadãos que foram afetados pela segregação racial.

As cotas são vistas como incentivo aos jo-vens: “O projeto é muito bom e dá força de vontade aos estudantes. Se fosse na minha época, eu, com certeza, teria me animado para estudar. É uma pena já ser tarde.”, co-mentou Maria do Carmo. Raquel Francisca, outra moradora da São Remo, também apre-sentou satisfação ao saber da lei e afirmou es-tar contente por ver a população mais humil-de ser favorecida: “É bom ver a aprovação de algo em favor dos mais pobres.”

Fernando Pivetti

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Page 3: Notícias do Jardim São Remo

entrevista

Cenas da São Remo

Coordenadora do Núcleo de Consciência Negra da USP discorre sobre a política de cotas

Érica Lima

Reserva de vagas e o movimento negro

“O Estado tem como tarefa corrigir injustiças históricas”MARIA JOSÉ MENEZES, BIÓLOGAE COORDENADORA DO NCN

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Veja a íntegra no site www.eca.usp.br/njsaoremo

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foi adotado, o que se falava é que as instituições iriam acabar dimi-nuindo sua qualidade. Esse é um pensamento racista, pois quer di-zer que o negro é intelectualmen-te inferior e, por isso, ele vai dimi-nuir a qualidade do ensino.

E com relação ao mercado de trabalho, a política de cotas tam-bém se faz necessária?

Claro. Quando pensamos em políticas afirmativas, pensamos em políticas voltadas para setores da sociedade que sofreram algum tipo de restrição e que não conse-guem uma posição digna na so-ciedade. O povo negro foi, e ainda é, excluído dos serviços públicos por conta do racismo. O Estado tem como tarefa corrigir injustiças históricas e dar possibilidade para que esses setores tenham acesso à educação. As políticas afirmativas vêm nesse sentido. A gente tem que ter reserva de vagas na edu-cação e no mercado de trabalho.

Maria José Menezes é bióloga, técnica do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, e coordena-dora do Núcleo de Consciência Negra da universidade (NCN). O NCN é um espaço onde desenvol-vem-se diversas atividades cultu-rais e onde se milita em prol da inclusão racial. O NCN luta para que sejam implementadas na USP inciativas como a aprovação da lei que obriga as universidades fede-rais a reservar metade de suas va-gas a alunos de escolas públicas, assim como para negros e índios.

NJSR: Como você analisa a si-tuação do debate sobre a política de cotas raciais dentro da USP?

Maria José: Eu acho que a dis-cussão na universidade está mui-to difícil. Nós temos muita re-sistência. Por mais que a gente busque dialogar com os vários segmentos, essa conversa não tem sido leal, não tem sido sincera. O que a gente quer é que a USP, de fato, reabra essa discussão, por-que uma universidade, no século

21, que não discute a questão de inclusão racial é, realmente, uma instituição na qual a civilidade está muito distante.

O sistema de cotas raciais sur-giu nos Estados Unidos, na déca-da de 1960. Aqui no Brasil, esse movimento é recente?

É, mas o movimento negro orga-nizado vem do começo do século 20. Nós nunca fomos desorgani-zados. A sociedade negra, desde a época da escravatura, sempre rei-vindicou liberdade e direitos, em-bora essa história não seja conta-da. A verdade é que nós, negros, não somos e nunca fomos alheios às nossas questões. Nós temos

noção do quão segregacionista é a sociedade brasileira e sempre foi. Então, já nas décadas de 1920 e 1930, a Frente Negra Brasileira já falava da exclusão racial.

Você acha que a implementa-ção de cotas nas universidades, representaria o início de uma re-paração histórica para com o ne-gro na sociedade brasileira?

Nós sabemos que o sistema de reserva de vagas para negros não vai reparar isso. Mas ele minimi-za o problema e dá a possibilida-de de nós, negros e negras, elabo-rarmos políticas públicas e, assim, trazermos para a universidade o nosso conhecimento, quebrando, assim, alguns paradigmas.

Como você vê o posicionamen-to daqueles que condenam a im-plementação da política de cotas raciais com o argumento de que haverá um acirramento das rela-ções inter-raciais?

Isso é uma bobagem que nunca se provou em momento algum. Quando o sistema de reserva de vagas nas instituições públicas

“Nós temos muita resistência”

Novembro de 2012 Notícias do Jardim São Remo

Page 4: Notícias do Jardim São Remo

comunidade“Em 2011, cerca de 15%

dos trabalhadores temporários foram efetivados.”

ASSERTTEM

4 Notícias do Jardim São Remo Novembro de 2012

Olho vivo no futuro

Aldrin Jonathan

O Enem (Exame Nacional do Ensi-no Médio) foi realizado nos dias 3 e 4 deste mês por mais de 5 milhões de candidatos. Por meio do Sisu (Siste-ma de Seleção Unificada), estudantes que participaram do Enem poderão concorrer a vagas em universidades federais que usam a nota do exame como critério único de seleção. Para isso, o candidato deve acessar o site do Ministério da Educação (MEC) no período de inscrições e optar pelo curso e universidade que deseja.

O estudante também possui a op-ção de se inscrever no ProUni (Pro-grama Universidade para Todos), que tem como finalidade a conces-são de bolsas integrais ou parciais em cursos de graduação e pós-gra-duação. Para estudantes que conclu-íram o ensino médio a partir do ano letivo de 2010, é obrigatória a parti-pação no Enem caso queiram solici-tar o FIES (Fundo de Financiamento Estudantil), programa do MEC cria-do para conceder financiamento a es-tudantes regularmente matriculados em curso superior não gratuito.

Para quem sonha com o curso su-perior, mas não tem condições de

ProUni, Sisu e cursinho são meios para faculdade

SOFIA

CALA

BRIA

pagar uma universidade particular e encontra dificuldades para bancar um curso pré-vestibular, uma boa opção é procurar um cursinho po-pular. A comunidade da USP pos-sui cursos pré vestibulares sem fins lucrativos como o cursinho da FEA (Faculdade de Economia, Adminis-tração e Contabilidade), que é um projeto social com isenção de men-salidades. O projeto é gerido por es-tudantes da USP e oferece vagas a candidatos de camadas populares, cobrando apenas uma taxa de ma-trícula. Como não consegue atender a todos, realiza um processo de sele-ção pautado em dois critérios: entre-vista socioeconômica (o mais impor-tante) e aplicação de prova para os concorrentes. Há outros cursinhos populares na USP, como o da Psico, do grêmio da Poli, do NCN (Núcleo Consciência Negra) e o MedEnsina.

Cursinho da FEAwww.cursinhofeausp.com.br/

Fone: 3091 - 5896

Mais informações sobre cursinhos populares

www.redeemancipa.org.br/

Aluno do cursinho da FEA tira dúvida durante aula de Física

Vagas de fim de ano Saiba os direitos dos empregos temporários

Fernanda Maranha

Nos meses de novembro e de-zembro as vendas aumentam por conta das festas de fim de ano e, consequentemente, as ofertas para trabalhos temporários, tan-to nas indústrias quanto no co-mércio, também crescem.

Os empregos temporários são uma forma de trabalho regulamen-tada pela lei e caracterizada pela sua pouca duração, que pode ser de até três meses. Eles têm a fun-ção de substituir ou complementar a mão-de-obra pessoal requisitada para as épocas de aumento do nú-mero de consumidores.

Muitos dos direitos do traba-lhador temporário são iguais ao da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas): Ele deverá receber o mesmo salário dos demais em-pregados da empresa, ter jornada de trabalho de até oito horas, re-pouso semanal remunerado, fé-rias proporcionais, adicional no-turno (quando for o caso), seguro acidente de trabalho e proteção previdenciária. Trabalhando até o final do período estabelecido em seu contrato, o empregado

temporário tem direito de retirar o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Esse tipo de trabalho é uma ótima oportuni-dade para quem está desempre-gado. Em 2011, cerca de 15% dos trabalhadores, contratados ape-nas para um pequeno período, foram efetivados. Tal efetivação depende em grande parte do de-sempenho do profissional nesse período trabalhado.

Centro de Apoio ao Trabalho (CAT) O CAT é um órgão da prefeitura

que consiste em uma rede de pos-tos de atendimento direcionados a trabalhadores que buscam entrar no mercado de trabalho. Ele ofere-ce desde cursos para qualificação até mesmo intermediação de mão de obra, encaminhando o traba-lhador para uma vaga de trabalho.

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Mais informações sobre trabalhos temporários

www.cst.org.br www.asserttem.com.br

CAT: 3397-1507

Page 5: Notícias do Jardim São Remo

comunidade“Os moradores não têm informações de como usar com segurança a eletricidade e o fogo”SÉRGIO CECCARELLI, ESPECIALISTAEM SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS

Novembro de 2012 Notícias do Jardim São Remo 5

Falta de instruções para moradores de como evitar fogo facilitam incidência de acidentes

Ana Beatriz Brighenti

Acidentes domésticos são a maior causa de incêndio nas cida-des. Segundo o anuário estatístico do corpo de bombeiros de São Pau-lo, junho é o mês campeão em noti-ficações de incêndio. Porém, é pre-ciso estar atento em todas as épocas do ano para evitar acidentes. Preve-nir e conscientizar a população são as melhores opções para que não aconteçam desastres.

O maior problema é a falta de in-formação. Para Sérgio Ceccarelli, especialista em segurança contra incêndios, “precisamos de cam-panhas para ensinar os morado-res. Os incêndios domésticos são mais frequentes, porque os mora-dores não têm uma instrução de como utilizar com segurança a ele-tricidade e o fogo”. Ceccarelli cita como exemplos os “gatos”, o gás,

Cursos gratuitos de línguas na regiãoFabio Manzano

Com as necessidades do merca-do e a projeção do Brasil no cenário mundial, o conhecimento de mais de um idioma é de extrema impor-tância para o sucesso em qualquer carreira. Na região do Butantã, é possível encontrar opções gratui-tas ou com preços bastante reduzi-dos de cursos completos.

O Projeto Alavanca oferece du-rante todo o ano um curso de in-glês ministrado por professores voluntários. As turmas são volta-

das à conversação e têm no má-ximo 14 alunos. As inscrições são divulgadas no início de cada se-mestre pelo site do projeto e cada aluno precisa pagar uma pequena quantia para as cópias dos mate-riais de aula.

Curso também no JaguaréNo inicio do próximo semestre,

iniciam-se as inscrições para os cursos de idiomas do Centro Edu-cacional (CEDUC) da Paróquia São Francisco de Assis, localiza-do na Av. Gen. Mac. Arthur, 113. É

possível estudar Inglês, Espanhol e Francês por 15 reais por mês - valor que os alunos inscritos pagam pelo material utilizado em aula.

Oportunidades de cursos onlineA Secretaria da Educação do Es-

tado de São Paulo encerrará as ins-crições de seu programa de inglês online no próximo dia 12 de no-vembro. São mais de 60 mil vagas disponíveis para inscrição pelo site do programa. A lista de seleciona-dos será publicada logo no dia 14, no Portal da Educação. O curso,

Cuidados simples previnem incêndios

composto por oito módulos, além de ser gratuito, tem previsão de quatro meses de duração - entre fevereiro e junho de 2013.

Opções de onde estudar inglês e outros idiomas nas proximidades da São Remo

que deveria ser fechado à noite ou quando os moradores saem de casa, fósforos ao alcance de crian-ças e estruturas precárias ou irre-gulares de madeira e papelão, que são materiais que ajudam a propa-gar incêndios com facilidade.

Com atenção e cuidado é possí-vel evitar que incidentes ocorram. Confira no infográfico acima algu-mas dicas importantes de seguran-

ça. Em caso de incêndio, desligue o gás e a rede elétrica da residên-cia, abandone o local o mais rápi-do que puder e ligue para o 193 para entrar em contato com o Cor-po de Bombeiros.

Incêndios atingem comunidades

Segundo o Corpo de Bombei-ros, houve incêndios em 69 fa-velas de São Paulo desde o iní-cio de 2012. O Ministério Público do Estado de São Paulo iniciou investigações, pois há suspeitas de que os incêndios tenham sido provocados. As favelas atingidas ficam em locais onde há valori-zação imobiliária.

Em 2010, foi criado pela pre-feitura o Programa de Prevenção Incêndio em Assentamentos Pre-cários (Previn). O projeto prevê a nomeação de um zelador comu-nitário, instalação de hidrantes e extintores de incêndio e reti-rada de “gatos” de energia. Po-rém, o programa foi implantado em apenas 3% das aproximada-mente 1633 favelas de São Pau-lo. A São Remo foi contemplada com o Previn.

Para mais informações acessewww.corpodebombeiros.sp.gov.br

Em caso de emergência, ligue 193

Projeto AlavancaFone: 3714-1566

Inscrições: Janeiro 2013

CEDUC [email protected]

Inscrições: Fevereiro 2013

Inglês Online – Secretaria da EducaçãoInscrição: goo.gl/PmUpt, até 12 de

Novembro de 2012

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Page 6: Notícias do Jardim São Remo

comunidade“Tinha até

helicóptero” Dona Eva

moraDora Do bairro

6 notícias do Jardim São remo novembro de 2012

Pm ocupa São remo e causa transtornosMoradores organizam assembleia no dia 11/11 para discutir ação truculenta da polícia no bairro

Grandes jornais defendem ação policial

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Circo-Escola fechado devido ao pânico gerado pela ação da polícia

A ação do dia 31 de outubro na São Remo chamou a atenção de jor-nais e programas de TV de todo o país. Nas matérias da grande mí-dia, foi possível ver muitas expli-cações a respeito do motivo de a PM ter entrado no local. Também muitas linhas foram dedicadas ao que os militares declararam existir

lá. Nos jornais que o Brasil intei-ro vê, não apareceram declarações dos cidadãos da comunidade, di-retamente afetados pelo ocorrido.

Um morador que preferiu não ser identificado diz que o tipo de abordagem que foi dado ao fato ocorrido na São Remo vem da ne-cessidade da mídia de fabricar he-róis. Para ele, “as grandes mídias omitem a realidade. Na corpora-ção podem existir heróis, mas exis-

te um grande número de pesso-as mal intencionadas que vestem suas fardas e adentram nas comu-nidades barbarizando”.

A população da São Remo tem diversos problemas que precisam da visibilidade da imprensa para serem resolvidos. O caso das con-tas de energia altas e os desabriga-dos do Riacho Doce são dois deles que nunca apareceram nas man-chetes dos grandes jornais. Tam-

bém acontecem na comunidade projetos culturais que necessitam de apoio, como o projeto Alavan-ca. O caso da ação policial, no en-tanto, foi altamente divulgado, su-gerindo para o resto do Brasil que a periferia paulistana se resume a isso. O mesmo morador comenta que a São Remo “é um bairro co-mum e, assim como nas áreas no-bres, tem pessoas boas e más. Dro-gas existem em todos os bairros”.

Por volta de 5h30 da manhã do dia 31 de outubro, cerca de 120 policiais chegaram à comunida-de para uma operação de busca a suspeitos. Nessa ação, entraram nas casas dos moradores e, muitas vezes, bagunçaram seus pertences enquanto dormiam ou se apronta-vam para o trabalho.

Antes mesmo de o sol nascer, a operação policial se instaurou na

comunidade e os moradores, in-cluindo crianças, presenciaram a violência indiscriminada dentro das suas próprias casas. Havia po-liciais em todas as ruas, até mesmo nos estabelecimentos comerciais. A respeito do túnel encontrado pelos policiais, moradores disse-ram que se trata de apenas um bu-raco no muro e que estava fechado já havia algum tempo.

Toda a rotina foi abalada devido à ação policial. As forças desloca-das para o local incluíam 20 viatu-

ras da Rota e mais 30 agentes da Polícia Civil, segundo a Secretaria de Segurança Pública. Uma mora-dora contou que os policiais pro-meteram voltar 18h e, por isso, muitos pais optaram por não man-dar as crianças à escola, já que ha-via o receio de violência no horário de volta das crianças. O Circo-Es-cola suspendeu as atividades até a sexta-feira da semana.

Uma professora de uma esco-la estadual que atende crianças da São Remo, conta que os alunos es-tavam assustados e tentou ajudá--los levando-os para casa. Ela dis-se que “diante da apreensão dos alunos, relatando a violência, con-tando sobre a ação dos policiais que entraram de forma violenta nas suas casas, quebrando móveis, agredindo moradores e apontan-do fuzis, inclusive para as crian-ças, nós decidimos nos juntar aos alunos na saída da aula e acompa-nhá-los até a a comunidade”.

Na segunda-feira, dia 5 de no-vembro, o Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP) sediou

uma reunião que teve como tema central a ação violenta da polícia na São Remo. Ela contou com al-guns moradores da comunidade e outras pessoas dispostas a discu-tir a questão. Givanildo Santos, da Associação dos Moradores, apon-ta a agressividade policial com tra-balhadores, que foram abordados ao saírem para o trabalho.

São abusos policiais a invasão de domicílio sem mandado judicial e nem consentimento do morador e as agressões que não sejam para defesa do policial.

Para denunciar esses casos, o cidadão deve ligar para 0800-7706190 quando se tratar de Polí-cia Militar. Se o excesso decorrer da ação de um policial civil, o te-lefone para denúncia é (11) 3231- 5536. Não é preciso se identificar ao comunicar o abuso.

Lara Freitas Rúvila Magalhães

Lara Freitas Rúvila Magalhães

assembleia dos Moradores para discutir a ação

policial no dia 11/11/2012 às 10h no Circo-escola

Page 7: Notícias do Jardim São Remo

papo reto“Os trabalhadores devem estar atentos para que não haja qualquer supressão aos seus direitos ”HumbertO bersani advOgadO

novembro de 2012 notícias do Jardim são remo

Conheça alguns direitos do trabalhador O desconhecimento das leis do trabalho faz com que muitos funcionários sejam prejudicados

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Posto de atendimento ao trabalhador

R. Martins Fontes, 119 – República Tel. 3150-8172

ministério e delegacia regional do trabalho

R. Afonso Sardinha, 201 – Lapa Tel. 3835-4378

Lara FreitasRúvila Magalhães

No Brasil o desrespeito às leis trabalhistas é algo grave. Segun-do o advogado Humberto Bersa-ni, as principais violações são “a ausência de registro na Carteira de Trabalho e Previdência Social, o desrespeito à jornada de tra-balho, ao intervalo para refeição e descanso, às férias, o atraso no pagamento de salários, descontos salariais indevidos”.

Para evitar esses abusos é neces-sário conhecer os direitos do tra-balhador e reivindicá-los, seja no sindicato da categoria ou no Minis-tério do Trabalho, se necessário.

Registro em Carteira de trabalho O registro é obrigatório e o fun-cionário deve fazer apenas o que sua função exige. Toda alteração no contrato deve ser atualizada na car-teira de trabalho.

Férias

O empregado, devidamente re-gistrado, tem direito a um mês de férias a cada ano trabalhado. Além do descanso, o funcionário tem di-reito a receber um terço do salário, como adicional. Caso trabalhe por comissão, o valor é obtido a partir a média de últimos 12 meses.

Vale-transporte

O desconto de 6% do salário do funcionário garante que ele receba todos os valores necessários para seu transporte de casa para o traba-lho e do trabalho para casa. Caso re-sida perto, ou achar que o descon-to não compensa, pode assinar um termo abrindo mão do benefício.

Licença maternidade e paternidadeA licença maternidade dura 120

dias e o salário da funcionária passa a ser pago pelo INSS nesse tempo. Durante a gestação, a trabalhadora pode se ausentar no trabalho para consultas médicas sem descon-tos, assim como mudar de função, caso necessário. Depois da licença há um período de 150 dias de es-tabilidade no trabalho. O pai tam-bém tem direito a licença obrigató-ria, porém de apenas 10 dias úteis.

Hora extra

O funcionário que faz hora extra deve receber um adicional corres-pondente a 50% do valor da hora trabalhada em dias úteis e sába-dos e 100% quando a hora extra for no domingo ou feriado. Duas ho-

ras é o limite diário para horas ex-tras. Há também a possibilidade de se fazer um banco de horas, depen-dendo de acordos entre as partes. Lembrando que a jornada de traba-lho deve ser de 8 horas diárias ou 44 horas semanais, desde que não haja acordo pré estabelecido.

Demissão

No momento da demissão, o tra-balhador tem direito ao salário e décimo-terceiro salário proporcio-nais, férias vencidas, multa de 40% sobre o FGTS e aviso prévio. A de-

missão por justa causa impede que o funcionário saque o FGTS e rece-ba o valor referente às férias.

Empregados domésticos

Todo empregado doméstico tem direito a registro em carteira assim como férias e décimo terceiro, se-melhante a qualquer outro traba-lhador. “A remuneração deve obe-decer o salário mínimo, podendo ser igual ou maior que ele, não sen-do permitido a redução do salário, chamada de irredutibilidade sala-rial”, afirma Bersani.

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A carteira de trabalho assinada é um dever do empregador e garante o respeito aos direitos trabalhistas

Page 8: Notícias do Jardim São Remo

são remano “O ensino de teatrofaz com que as crianças

fiquem mais desinibidas”alexandre augustO, educadOr

notícias do Jardim são remo

Opções acessíveis de passeio em São Paulo

Destinadas a pessoas de 7 a 17 anos, aulas ajudam a desenvolver potenciais e a expressar-se

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circo escola apresenta cursos de teatro

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Giovanna Gheller

Bruna de Alencar

novembro de 2012

São Paulo está entre as cidades mais caras do mundo, e o turismo que recebe é predominantemente voltado para a área de negócios. A capital paulista, no entanto, sedia com frequência inúmeros eventos culturais a custo zero. Dentre eles, encontram-se ativi-dades para todas as faixas etárias.

No dia 5 deste mês foi celebra-do o dia nacional da cultura. Para comemorar, a Ticket está promo-vendo a 6ª Semana Ticket Cultura & Esporte. Iniciada no dia 5, vai até dia 18 deste mês, e conta com mais de 300 atividades totalmente gratuitas, incluindo desde obras ao vivo realizadas por artistas ur-banos até visitas ao MASP (Mu-seu de Arte de São Paulo Assis

Chateaubriand). Os eventos estão espalhados por diversos pontos da cidade, em locais de grande circulação, e apresentam um le-que bem variado de horários.

A exposição Vias do Coração, pela segunda vez na cidade, é parte do projeto “Ciência Mó-vel – Vida e Saúde para Todos”, que promove a popularização da ciência por meio de exposições multimídias interativas. Instalada na Estação Ciência, até 31 de mar-ço do ano que vem, a mostra visa explicar um pouco o funciona-mento do coração e do aparelho circulatório humano em geral. A visita é grátis no primeiro sába-do e no terceiro domingo de cada mês. Agendamentos de grupos são possíveis nos demais dias, com entradas a preços acessíveis.

Há também passeios que po-dem ser feitos em qualquer época do ano. No Campus Cidade Uni-versitária da USP encontra-se um dos edifícios do Museu de Arte Contemporânea (MAC), que re-cebe obras conceituais e contem-porâneas. O funcionamento é de terça e quinta das 10h às 20h e de-mais dias até as 18h, e a entrada é

gratuita para todos. O museu não abre às segundas-feiras.

Aos fins de semana, um bilhete de metrô é tudo o que se precisa para participar de um tour pela cidade. O serviço, criado pela São Paulo Turismo em parceria com a Companhia do Metropolitano de São Paulo, cobra três reais e ofere-ce cinco tipos de roteiros distintos, todos acompanhados por guias turísticos: Liberdade, Sé, Luz, Pau-lista e Theatro Municipal.

Programe-se e desfrute do que a cidade tem de melhor a oferecer a baixos ou nulos custos.

Engana-se quem pensa que as aulas de teatro são destinadas so-mente aos futuros atores. Por sua dinâmica, o teatro é de grande ajuda para quem quer desenvol-

ver potenciais até então escondi-dos. Os alunos aprendem a se sol-tar, a se comunicar melhor e até a perder o medo que têm de ouvir “não”. O Enturmando Circo Es-cola São Remo oferece aulas de teatro para pessoas de 7 a 17 anos.

De acordo com especialistas, as aulas cênicas estimulam a per-cepção, a criatividade, a sentir o corpo e a cena. Além de ajudar o indivíduo a soltar o corpo e a se concentrar. Os exercícios são vol-tados tanto para o trabalho em grupo quanto para o desenvolvi-mento pessoal, autoconhecimen-to e autoaceitação. “O ensino do teatro faz com que as crianças fi-quem mais desinibidas e passem a se expressar melhor e a traba-lhar em grupo”, afirma o educa-dor social Alexandre Augusto.

No final do ano letivo, todos os alunos do projeto Circo Escola se juntam e escolhem um tema para as apresentações finais. Este ano,

os alunos das aulas de artes cêni-cas, escolheram o cinema.

Os interessados em participar das aulas de teatro devem com-parecer ao Circo Escola acom-panhados do responsável, docu-mentos pessoais e da declaração de escolaridade. As aulas são gratuitas e ocorrem às segundas e quartas-feiras, para as crianças, e as terças e quintas-feiras, para os adolescentes. Todas as aulas pos-suem turmas tanto no período da manhã e quanto no da tarde.

Cinema foi o tema escolhido para as apresentações do Circo Escola

Jey Sete Sete na 6ª Semana Ticket

Enturmando Circo Escola

Rua Aquianés, 13

Jardim São Remo, Butantã

Tel. 3765-0459

www.ticket.com.br/portal/semanaticketcultura

www.sanofi.com.br

www.spturis.com/turismetro

Mais informações:

Page 9: Notícias do Jardim São Remo

Notícias do Jardim São Remo

são remano

Ana Paula Souza

Gaby Amarantos: ícone do tecnobrega

“Ninguém pode baixara cabeça só porque nãovive nos chamados centros”GAby AmARANtoS, cANtoRA

Novembro de 2012 9

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o Gaby Amarantos é um dos no-mes mais importantes da atual cena musical brasileira. A cantora de tecnobrega, ritmo surgido em Belém do Pará, tem conquistado inúmeros prêmios e reconheci-mento internacional. Seu disco, “Treme”, foi um dos mais aguar-dados pela mídia em 2012. As músicas de seu repertório, como as animadas “Xirley” e “Ex-Mai Love” (tema da novela “Cheias de Charme”), são conhecidas no país inteiro e fazem sucesso entre diversos públicos, das periferias às baladas da classe média.

Gaby tem se tornado cada vez mais popular não apenas por seu tecnobrega, ritmo que até há pouco tempo não era muito co-nhecido fora do Pará, mas, prin-cipalmente, por ser uma cantora autêntica. Sua originalidade pode ser notada tanto em suas roupas, sempre com elementos muito cha-mativos e ousados, como também por sua postura enquanto artista.

Ela é assumidamente brega e não vê problemas em ser uma cantora que faz grande sucesso entre as camadas populares brasileiras.

Além disso, não nega suas ori-gens. Nascida e criada no Juru-nas, bairro da periferia da capital

paraense, a artista faz questão de lembrar em seus shows o nome de seu estado, de sua cidade, e afirma com orgulho que cresceu e que pertence à periferia. Gaby Amarantos concedeu a seguinte entrevista ao NJSR.

NJSR – Você veio da periferia

de Belém. O que isto representa para você e o que uma experiên-cia como essa lhe ensinou?

Gaby Amarantos – Foi onde eu nasci, onde eu aprendi a olhar a vida, a ser quem eu sou. Foi nela onde aprendi os valores que quero repassar para o meu filho, Davi. Aprendi a ser guerreira, a não abaixar a cabeça. Nada foi fácil para a minha família, mas nunca abaixamos a cabeça. Meus pais me ensinaram a enfrentar as adversidades de cabeça erguida, sem nunca me achar inferior. As-sim, aprendi que viver na perife-ria não é estar à margem da vida. Por isso, nunca deixei o Jurunas, bairro onde nasci e onde aprendi a dar valor às coisas.

Você tem um grande público nas periferias. Em função disso, você tem a preocupação de can-tar músicas voltadas para ele?

Acho que eu tenho que me co-municar da mesma forma com to-dos os públicos. Não posso fazer distinção entre as pessoas.

Você tem conquistado vários prêmios e tem sido indicada para outros de grande renome, como o 8º Prêmio BRAVO! e o Grammy Latino. A que você atribui o su-cesso de público e de crítica que você tem obtido recentemente?

Acho que se deve à verdade com que faço o meu trabalho. As pessoas percebem isso.

Você é muito querida no Jar-dim São Remo. Gostaria de dei-xar alguma mensagem direta-mente para os nossos leitores e seus ouvintes da comunidade?

As periferias não são invisí-veis. Ninguém pode abaixar a cabeça apenas porque não vive nos chamados centros.

Gaby posa na periferia de Belém

A artista paraense afirma que a periferia lhe ensinou a enfrentar as dificuldades da vida

Sessões populares de filmes nacionais e periféricosGiovanna Gheller

Na próxima segunda, dia 12, a rede de cinemas Cinemark pro-moverá sessões de filme nacional a 3 reais pelo 13º Projeta Brasil.

A iniciativa visa facilitar o aces-so da população à cultura, já que a entrada costuma custar em tor-no de 24 reais. Durante o dia, se-rão exibidos 28 filmes brasileiros em todas as salas da rede.

Acontece também até o dia 12 a 7ª edição do Festival Cine Favela (www.festivalcinefavela.com.br), projeto da Associação Cultural Ar-tística Cine Favela junto ao SESC--SP de importância para a divul-gação do cinema periférico.

O tema desta edição é “América Latina”. Receberão filmes Helió-polis, Paraisópolis, Capão Redon-do e Cidade Tiradentes, além de escolas públicas e estações de metrô.

13º Projeta BraSil: Programação cinemark raPoSo ShoPPing

À Beira do Caminho

12h30, 14h45, 17h, 19h15 e 21h30

As Aventuras de Agamenon, o Repórter12h50, 14h35 e 16h20

Até que a Sorte Nos Separe12h40, 14h55, 17h10, 19h25 e 21h40

E Aí... Comeu?

13h, 15h15, 17h30, 19h45 e 22h

Gonzaga, de Pai pra filho

12h20, 15h05, 17h50 e 20h35

O Diário de Tati18h05 e 20h10

Totalmente Inocentes11h20, 13h30, 15h50, 18h10, 20h15 e 22h20

Xingu10h50, 13h10, 15h25, 17h40 e 20h20

Rod. Raposo Tavarers, Km 14,5 - Butantã www.cinemark.com.br/projeta-brasil-2012

Page 10: Notícias do Jardim São Remo

mulheresHigienização nos salões de beleza é leiRegulamentação da ANVISA contém medidas para preservar a saúde dos clientes e dos profissionais

“O ideal é aplicá-lo (o protetor solar)a cada três ou quatro horas

e após o contato com a água”MARTA SHIMIZU, MÉDICA ASSISTENTE DO DEPARTAMENTO

DE DERMATOLOGIA DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS

Fernanda Drumond

10 Notícias do Jardim São Remo Novembro de 2012

Bronzeado de verão pode custar caroFernanda Drumond

A exposição ao sol em excesso e sem proteção pode causar, entre outros

males, o câncer de pele.Gonçalo, balconista de far-

mácia na São Remo, diz que os moradores “estão compran-

do muito” protetores solares. Contudo, ele conta que a ven-

da de óleos e bronzeadores tam-bém é alta, pois a população quer “queimar” a pele.

Marta Shimizu, médica assisten-te do Departamento de Dermato-logia do Hospital das Clínicas diz ser indispensável o uso do filtro solar de, no mínimo, fator 30. Bo-nés e chapéus ajudam, mas não o substituem. “O ideal é aplicá-lo a

cada três ou quatro horas e após o contato com a água”. Ela acres-centa que o uso de produtos como bronzeadores e óleos são prejudi-ciais à saúde nem tanto pela pró-pria substância, mas pela falta do uso do protetor.

No dia 24 de novembro, será realizada a Campanha contra o Câncer de Pele no Prédio dos Ambulatórios do Hospital das Clínicas. No evento, a população poderá tirar dúvidas, passar por um exame clínico e receber orientações sobre a preven-ção da doença.

Deixar o protetor solar de lado e utilizar óleos e bronzeadores aumenta o risco de doenças de pele

O equipamento para esterilizar utensílios é compacto e eficiente

A transmissão de doenças como Hepatite B e C, Tétano, AIDS e ou-tras infecções pode acontecer atra-vés de um simples sangramento, ocasionado, por exemplo, ao reti-rar a cutícula na manicure.

Com o aumento do número de salões de beleza, desde janeiro desse ano a lei nacional 12.592/12 reconhece os profissionais da área e torna obrigatório o seguimento das normas da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Anteriormente, somente as pre-feituras e governos dos estados fa-ziam a regulamentação. No muni-cípio de São Paulo, desde 1993 há leis para manicures e pedicuros.

Com a formação da COVISA (Coordenação de Vigilância em Saúde) em 2003 e a publicação do Código Sanitário da cidade em 2004, as regras passam a estender-

-se a todos os profissionais da área de beleza e estética.

Para orientar e esclarecer dúvi-das, a prefeitura de São Paulo lan-çou um guia técnico contendo as normas a serem seguidas.

A regulamentação engloba regras sobre a estrutura do lo-cal onde será fornecido o ser-viço, como abastecimento de água, esgoto, área do local e equipamentos. Além disso, hi-

giene pessoal, do ambiente e dos materiais, bem como a uti-lização de química e o atendi-mento ao cliente estão sob su-pervisão desses órgãos.

Os profissionais da São Remo parecem estar atualizados so-bre as obrigatoriedades. Mo-nique, proprietária de salão há cinco anos, alega nunca ter sido visitada por um fiscal. Ainda assim, ela mantém seu estabe-

lecimento dentro das regras, porque “as clientes reparam” e é importante para a saúde de-las. Ludja também nunca teve seu salão vistoriado, mas já rea-lizava a higienização dos uten-sílios antes da lei federal.

Os estabelecimentos que não ti-verem o Cadastro Municipal de Vigilância em Saúde (CMVS) e não seguirem as normas da AN-VISA e da COVISA estão sujeitos a multa que varia de acordo com a reincidência de violações. Qual-quer cidadão pode denunciar ir-regularidades.

DENUNCIE pelo Serviço de Atendimento ao Cidadão

Telefones: 3397- 8278, 3397- 8279 e 3397- 8280

ousac.prefeitura.sp.gov.br

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Page 11: Notícias do Jardim São Remo

“O objetivo é afastar as criançasdas drogas e das ruas”JOsé MarianO de santana, sObre O PrOJetO HU sãO reMinHO

brasil encanta em Mundial de FutsalContusões e problemas na camisa não impediram a seleção de alcançar oitavas de final

Dos campos da São Remo para os clubes do Brasil

Bruna Rodrigues

esportesnotícias do Jardim são remo 11novembro de 2012

O Mundial de Futsal, assim como a Copa do Mundo, ocorre de quatro em quatro anos. 2012 é o ano de mais um campeona-to, agora sediado na Tailândia. Essa edição é disputada por 24 seleções, que estão divididas em seis grupos. Os dois primeiros de cada chave possuem vaga nas oi-tavas de final, bem como os qua-tro melhores terceiros colocados. A competição que se iniciou no dia 1º de novembro terá sua deci-são no dia 18 do mesmo mês. Os jogos estão sendo transmitidos pelo canal aberto Bandeirantes e pelo canal pago SporTV.

O Brasil está no Grupo C, junto com Portugal, Japão e Líbia. Na estreia, contra a seleção japonesa, a equipe brasileira ganhou de 4 a 1. O saldo negativo dessa vitória foi a contusão do craque Falcão. O camisa 12 sentiu uma lesão na panturrilha esquerda e deixou a partida ainda no começo do jogo. Exames foram realizados, e o tempo de recuperação estimado é de 15 a 20 dias. Assim, Marcos Sorato, técnico da seleção, deci-diu pela permanência dele no grupo. Caso Falcão se reabilite, ele poderá jogar nas semifinais.

Um problema ofuscou a par-ticipação brasileira: o número de estrelas na camisa amarela.

Campeã em 1982, 1985, 1989, 1992, 1996 e 2008, o escudo bra-sileiro possui seis estrelas para representar cada vitória. Como a FIFA só assume a gestão do futsal a partir de 1989, ela exige a retirada de duas estrelas (de 82 e 85) por não reconhecer essas duas conquistas. A questão é que os uniformes já estavam prontos e foram pré-aprovados quando essa observação foi feita.

No dia 4, a seleção enfrentou a Líbia e venceu de 13 a 0. Mes-mo sem o ídolo Falcão e sem as duas estrelas no uniforme, o gru-po conseguiu se classificar junto com os portugueses para as oi-tavas. O último jogo dessa roda-

da foi contra Portugal, no dia 7, com o placar de 3 a 1 para o Bra-sil. Conquistando em definitivo o primeiro lugar do grupo C, a seleção mantém a esperança de mais um título seguido.

Thiago Salles

O Projeto HU São Reminho, conhecido como Escolinha do Mariano, tem como objetivo “afastar as crianças das drogas e das ruas” diz José Mariano de Santana, que iniciou a escolinha em 2004. A prática do esporte, segundo o professor, visa alcan-çar esse objetivo e não fabricar craques. No entanto, a iniciativa já encaminhou garotos para ca-tegorias de base de clubes como o São Paulo F. C., o Audax (Pão de Açúcar Esporte Clube) e o Clube América de Natal.

Entre os meninos que parti-cipam das aulas de futebol no campo da São Remo estão al-guns que se destacam dos de-

mais. Essa observação levou Mariano a buscar um futuro no esporte para esses garotos. Quando percebeu que Lucas, 12 anos, apresentava grande habili-dade com a bola, Mariano deci-

diu levá-lo para passar por uma peneira do São Paulo Futebol Clube. Hoje em dia, Lucas é o camisa 10 e capitão de seu time, treina três vezes por semana a 30 quilômetros da capital pau-lista no bairro Vila Montserrat em Cotia (no centro de forma-ção de atletas do SPFC) e já re-cebe uma ajuda de custo.

Há dois anos, Mariano or-ganizou uma peneira com os alunos da escolinha. Foram chamados 11 alunos para for-mar um time que foi observado por “olheiros”. Dos 11 garotos, cinco foram selecionados para começar a treinar pelo Audax. Desses cinco selecionados, três já foram dispensados por fal-ta de disciplina, motivação ou

até mesmo resultado. Os outros dois, Matheus da Cunha Meira (10) e Taylor (11), continuam no Audax e dizem que gostam de treinar pelo time mesmo não re-cebendo nada além do próprio treinamento e almoço gratuito.

O Projeto HU São Reminho já atendeu mais de 80 crianças e adolescentes, de 6 a 20 anos.

Matheus treina pelo AUDAX

Thia

go

SalleS

Jogadores sãorremanos brilham em outros estados

Érick “Leão”, 16 anos, foi inserido em um clube de Natal, RN

Bruno, de também 16 anos, foi encaminhado para o

Clube América de Natal, RN

Tailândia é sede pela prmeira vez

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o / FiFa

Page 12: Notícias do Jardim São Remo

“Coloca aí [no Notícias doJardim São Remo]: ‘jogo feio’”

Torcedores durante partida entre Barcelona e Poeira

Copa São Remo tem disputas agitadasDebaixo de forte calor, torcidas acompanharam expulsões, belas jogadas e polêmicas

Lucas Coelho

esportes

Da

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Paraíba X Primeiro do Oeste: primeiro jogo do dia foi equilibrado

12 Notícias do Jardim São Remo Novembro de 2012

guiu controlar a partida e sair com a vitória sem grandes sustos.

Barcelona 1 X 0 PoeiraBarcelona e Poeira fizeram um

jogo feio, com poucas chances. Mui-tos passes errados e faltas duras foi o que mais se viu. A partida come-çou com o Poeira um pouco melhor, jogando mais no ataque e ficando mais com a bola. Conforme a pres-são do Poeira aumentava, o nervo-sismo do Barcelona também crescia. Reclamação e pequenas confusões tomaram quase que o todo o pri-meiro tempo. O Barcelona final-mente conseguiu o gol num bate e rebate com o camisa 7, David. Ele acabou tomando cartão amarelo na comemoração por tirar a camisa.

Apesar da vitória parcial, no se-gundo tempo a equipe sãorremana continuava tensa. David foi expul-so após tomar o segundo amarelo. No mesmo lance, jogadores do Bar-celona e Poeira se estranharam e o juiz expulsou um de cada lado. A partida virou ataque contra defesa, com o Poeira botando pressão. O Barcelona se segurava como podia e ainda perdeu mais um jogador por contusão, depois que já havia feito todas as substituições. Mas por fim, o resultado do primeiro tempo pre-valeceu e o Barça saiu com a vitória.

A quarta rodada da primeira fase da Copa São Remo foi realizada no domingo, 4 de novembro. Seis par-tidas agitaram a comunidade du-rante todo o dia, das nove da manhã até o final da tarde. Com partidas de trinta minutos cada tempo, doze equipes entraram no campo da co-munidade buscando a classificação para a fase de mata-mata.

Paraíba 2 X 0 Primeiro do OesteA partida começou equilibrada,

sem grandes chances de gol. A equi-pe do Paraíba tomava mais a inicia-tiva do jogo, com o camisa 35, João Batista, levando mais perigo, orga-nizando o ataque do time com bons passes e lances individuais. Quase não houve chance clara de gol até o final do primeiro tempo, quan-do ocorreu a primeira polêmica do dia. Após cruzamento no ataque do Paraíba e cabeceio do atacante, a bola bateu na mão do zagueiro do Primeiro do Oeste em cima da linha do gol, mas o juiz mandou seguir. A partir daí o Paraíba cresceu na par-tida. Apesar da pressão, o primeiro tempo terminou empatado.

O segundo tempo nem bem co-meçou e o Paraíba abriu o placar. Em um cruzamento de bola parada, o goleiro espalmou o cabeceio, mas o centro-avante do Paraíba aprovei-tou o rebote. O panorama do jogo mudou: o Primeiro do Oeste saiu de trás e começou a ficar mais com a bola. O Paraíba só esperava a chan-ce de matar o jogo, e ela veio numa falha do zagueiro do Primeiro do Oeste: após chutão de trás, o defen-sor errou o domínio e a bola sobrou

limpa para o centro-avante do Para-íba marcar novamente.

Ué Que Foi 2 x 1 AtléticoDesde o início, o Ué Que Foi já se

impôs em campo. Mais organizado e com bons jogadores de frente, a equipe dominou as ações durante todo o primeiro tempo. Logo no co-meço, Renan fez linda jogada e ar-rancou pelo meio da zaga do Atléti-co. Quando tentou driblar o goleiro a bola escapou, mas o ataque apro-veitou a sobra e abriu o placar para o Ué Que Foi. Fabiano aumentou a vantagem com um belo gol de fora da área. Pelo lado do Atlético, o úni-co jogador que levava algum perigo era o camisa 10, Wellington. O time do Atlético estava nervoso em cam-

po, o que resultava em falhas da de-fesa, cartões amarelos e reclamações com o juiz. Apesar da partida ruim, o Atlético conseguiu diminuir em jogada de Wellington, que cruzou para o atacante Rodrigo marcar.

O segundo tempo começou com muita reclamação dos jogadores e com domínio do Ué Que Foi, que criava as melhores chances. O Atlé-tico não conseguiu levar perigo e o jogo foi ficando tenso. Ocorriam diversas confusões entre os jogado-res e faltas duras, o que resultou na expulsão do lateral esquerdo do Ué Que Foi, que após receber o cartão quase agrediu o juiz com uma cabe-çada. O Ué Que Foi ainda teve um gol aparentemente mal anulado por impedimento. Mesmo assim conse-

ResultadosAmistosos de sábado, 3 de novembro

São Remo 0 x 2 Muvuca 1010 Arsenal 0 x 2 Verdinho 1010

Copa São Remo (Quarta Rodada)Paraíba 2 x 0 Primeiro do Oeste

Ué Que Foi 2 x 1 AtléticoBarcelona 2 x 0 Poeira

Vila Nova 0 x 1 AreiãoUnidos do Estér 2 x 1 Pão de Queijo

Nova Aliança 0 x 2 Multirão

Page 13: Notícias do Jardim São Remo

Parte integrante do Notícias do Jardim São Remo - NOVEMBRO DE 2012

Proclamação da República15 de Novembro

Page 14: Notícias do Jardim São Remo

Tudo começou há muito tempo...Dom Pedro II já estava há 50 anos governando. Todos gostavam dele.

Então o senhor acha que

é o Marechal Deodoro da

Fonseca?

Depois disso, D. Pedro II não tinha mais apoio para governar

EU PROCLAMEI A REPÚBLICA!!!EU sou Deodoro

da Fonseca!

Uma Proclamação muito loucaEstamos aqui com

um homem que diz ser responsável por

proclamar a república.

Jack Jackeline - Ao Vivo

EU SOU, EU POSSO PROVAR!

Então as coisas começaram a mudar...

Estudiosos e pessoas importantes de grupos que queria a república se reuniram na GRANDE convenção de Itu.

Tá, mas quando o senhor entra na história?

Os Militares, Fazendeiros e membros da Igreja....

...acabaram brigando com D. Pedro II, e resolve-ram apoiar a república

Plantão d

e

Notícia

s

Page 15: Notícias do Jardim São Remo

Precisamos de al-guém pra isso. Mas quem?

Me disseram que o imperador vai te PRENDER antes da proclamação

Nós éramos amigos

Queremos a

República, mas

sem guerra!Foi aí que pensaram em mim!

GRANDE?! CLARO! Afinal, em Itu tudo é grande!

E você aceitou?

...Major Sólon Ribeiro

Oh Não! Temos que tirar o imperador do poder AMANHÃ!

Mas eu acei-tei pelo bem de todos.

O combinado era proclamar a República dia 14/11...

...mas aí, um Major fofo-queiro...

QUEM???

Mas se

você

es-

tava l

á em 18

89,

você d

ever

ia te

r

123 a

nos.

E isso

é

impo

ssíve

l!

Pra quem tem

imaginação, nada

é impossível!

Então, em 15 de novembro de 1889, foi Proclamada a República!

VIVAAAA!

Agora alguém tem que avisar o Impe-rador...

Page 16: Notícias do Jardim São Remo

Antes da proclamação da república, o BRASIL vivia em uma MONARQUIA, um tipo de GOVERNO onde quem manda é um rei ou IMPERADOR. O poder passa de pai para filho e dura por toda a vida do governante.Depois da proclamação, passamos para a REPÚBLICA, forma de governo na qual os políticos são eleitos pelo POVO, devem obedecer as leis que estão em um livro chamado CONSTITUIÇÃO e têm um período limitado de governo.

O que mudou com a Proclamação da República? Depois de aprender com o texto, encontre as palavras em destaque no caça-palavras!

O Cão Reminho levou a bandeira do Brasil! Ajude o Marechal Deodoro a encontrá-lo resolvendo o labirinto.