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NOTÍCIAS driving science & innovation 45 JUNHO 2017 trimestral OPINIÃO À conversa com: os Colaboradores do INEGI António Torres Marques Fernanda Sousa Bruno Silva Vanessa Santiso INOVAÇÃO Novo altar do Santuário de Fátima construído com o contributo do INEGI INEGI participa em projeto que pretende desenvolver a primeira impressora 3D de grande dimensão CONSULTORIA INEGI tem o primeiro Laboratório da Península Ibérica acreditado para avaliar as emissões de materiais COOPERAÇÃO PAIXÃO PELA INOVAÇÃO AMBIÇÃO ORIENTAÇÃO AO CLIENTE RESPONSABILIDADE 1986 > 2016 30º ANIVERSÁRIO

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NOTÍCIASdriving science & innovation 45

JUNHO 2017 trimestral

OPINIÃOÀ conversa com: os Colaboradores do INEGI António Torres MarquesFernanda SousaBruno SilvaVanessa Santiso

INOVAÇÃONovo altar do Santuário de Fátima construído com o contributo do INEGI

INEGI participa em projeto que pretende desenvolver a primeira impressora 3D de grande dimensão

CONSULTORIAINEGI tem o primeiro Laboratório da Península Ibérica acreditado para avaliar as emissões de materiais

COOPERAÇÃO

PAIXÃO PELA INOVAÇÃO

AMBIÇÃO

ORIENTAÇÃO AO CLIENTE

RESPONSABILIDADE

1986 > 2016

30º ANIVERSÁRIO

O SHaRe (System for Hand Rehabilitation in Dexterous Manipulation of Daily Objects) é um sistema desenvolvido para ajudar indivíduos a recuperar a destreza da mão. Pode ser usado em atividades de reabilitação como a terapia ocupacional ou a adaptação ao uso de próteses de mão e braço, entre outras aplicações. A tecnologia é capaz de fornecer feedback aumentado da força preensora, que é aplicada em cada instante, através de conteúdo audiovisual que permite ao paciente interpretar a informação do sistema e, consequentemente, reagir com rapidez.

“O controlo sobre a força preensora da mão é essencial para a execução das mais simples tarefas do dia a dia que envolvem pegar ou movimentar objetos como, por exemplo, beber um copo de água. Daí que este sistema represente um considerável valor acrescentado para pacientes e profissionais de saúde”, explica Teresa Restivo, investigadora do INEGI responsável pelo projeto.

O primeiro protótipo encontra-se atualmente em testes, na unidade de fisiatria do Instituto CUF, onde os pacientes o utilizam integrado num jogo, desenvolvido em ambiente virtual e integrado no sistema, que implica a manutenção de certos níveis de força durante períodos de tempo determinados.

Para facilitar a sua utilização, o SHaRe conta com uma aplicação informática, compatível com Windows, OS X e iOS, cujo objetivo é gerir a comunicação com o dispositivo que é manuseado pelos pacientes. A aplicação vai regis-tando a informação relevante e reproduzindo o modelo 3D com a deformação e orientação espacial corretas do dispositivo, bem como os movimentos e variações de força do utilizador, enquanto o dispositivo é manuseado. Tudo com rápida atualização em tempo real, o que representa um fator distintivo face às soluções já existentes, já que permite ao utilizador reagir ao estado do objeto enquanto assiste à reprodução do modelo 3D.

“A utilização de uma célula de carga, de muito baixa gama de medição, associada a um condicionamento de sinal de alta resolução, permite a deteção de força nos níveis desejados, proporcionando uma representação suficientemente rea-lista das deformações decorrentes do manuseamento de objetos de uso corrente”, salienta a investigadora do INEGI responsável pelo projeto, acrescentando que “a rigidez

INVESTIGAÇÃO

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INVESTIGADORES DO INEGI CRIAM TECNOLOGIA QUE AJUDA NA REABILITAÇÃO DE INDIVÍDUOS QUE PERDERAM A DESTREZA DE MOVIMENTO NA MÃO

deste modelo virtual é também controlável: alterando a relação força/deformação, podemos simular diferentes materiais e os seus comportamentos quando sujeitos a forças de manipulação”.

Por outro lado, a capacidade de sensorização do SHaRe permite enriquecer a informação fornecida pelo sistema, ampliando a aplicabilidade do dispositivo. É possível, por exemplo, reconhecer se o dispositivo associado ao paciente está sobre uma superfície ou a ser manuseado. O dispositivo está preparado para o funcionamento sem fios, dispondo para isso de uma bateria recarregável e de capacidades de comunicação MiWi ou Bluetooth.

INOVAÇÃO

O Santuário de Fátima construiu um novo altar no recinto de oração, que integra uma cobertura para a qual o INEGI deu o seu contributo, como responsável pelo projeto de especialidade e monitorização do processo produtivo dos componentes em material compósito, assegurando que estes têm as propriedades mecânicas desejadas, de acordo com o seu dimensionamento.

Com um design extremamente fino e uma dimensão de 20 metros por 30 metros, esta cobertura tornou o seu projeto num desafio, sendo necessário utilizar materiais compó-sitos de fibra de vidro devido às suas características particulares, como a elevada resistência específica e a facilidade de moldação para a geometria pretendida.

O INEGI acompanhou também a montagem dos compo-nentes no local do altar, de modo a assegurar que os cuidados de manuseamento dos materiais utilizados eram respeitados e que as ligações estavam de acordo com o projeto, isto é, capazes de manterem a integridade da estru-tura quando sujeita a condições climatéricas adversas.

O Santuário de Fátima iniciou a construção do novo altar do recinto de oração em março de 2015, para substituir o anterior, inaugurado em 1982 por ocasião da primeira visita do Papa João Paulo II a Fátima e que sempre foi assumido como provisório. Com capacidade para 120 concelebrantes, o novo altar desce 2,4 metros na escadaria face ao anterior, ficando mais perto da assembleia.

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INVESTIGADORES DO INEGI CRIAM TECNOLOGIA QUE AJUDA NA REABILITAÇÃO DE INDIVÍDUOS QUE PERDERAM A DESTREZA DE MOVIMENTO NA MÃO

O Presbitério é uma construção completamente nova, cujo projeto foi desenhado pelo arquiteto grego Alexandros Tombazis, o mesmo autor do projeto da Basílica da Santíssima Trindade de Fátima, e pela arquiteta Paula Santos.

Pretende-se que quer o conjunto, quer cada um dos elementos individualmente, sejam interpretados como uma obra de arte, com integração harmónica no espaço envolvente.

A construção do novo altar esteve a cargo da Mota Engil S.A., tendo sido a produção dos elementos compósitos subcontratada à Poliexport Lda..

NOVO ALTAR DO SANTUÁRIO DE FÁTIMA CONSTRUÍDO COM O CONTRIBUTO DO INEGI

INOVAÇÃO

Chama-se ADIRA SLM-XL e pretende ser capaz de criar um bem de equipamento para fabrico aditivo de peças, particularmente componentes metálicos de grandes dimensões, recorrendo à tecnologia laser para o processo de união dos pós metálicos.

O projeto pretende colmatar uma falha existente no campo das tecnologias de fabrico aditivo que é apontado como o maior problema na impressão 3D de materiais metálicos: o facto de os volumes de trabalho disponíveis continuarem a ser bastante limitados, permitindo apenas a produção de peças de pequena dimensão e taxas de produção baixas.

Para tal, o ADIRA SLM-XL compromete-se a apresentar a primeira impressora 3D de grande dimensão usando um processo revolucionário de “3D Printing” – o TLM (Tiled Laser Melting) – que permite o fabrico de peças com um volume maior que o da câmara de processamento. Este processo assenta no conceito de uma divisão da área de trabalho em pequenos segmentos (Tiles) que são processados sequencialmente por uma câmara de processamento móvel.

A equipa de I&D do projeto já concluiu um sistema expe-rimental físico, para validação dos módulos essenciais ao funcionamento da máquina de fabrico aditivo, que inclui a câmara de processamento, o sistema de venting e insuflação de gás para criar atmosfera inerte, a cuba de deposição, o sistema de deposição das camadas de pó, o doseador de pó metálico e toda a automação e controlo necessários para a integração dos sistemas.

O carácter inovador e disruptivo do equipamento em desenvolvimento valeu-lhe já uma distinção como Prémio Produto Inovação COTEC-ANI 2017, atribuído este ano aquando do 14.º encontro Nacional de Inovação COTEC.

Para o desenvolvimento do projeto ADIRA SLM-XL reuniu-se um conjunto alargado de valências técnico-científicas complementares, através da constituição de um consórcio que inclui copromotores do sistema científico e tecnológico nacional - INEGI, Instituto Superior Técnico/Universidade Técnica de Lisboa, Faculdade de Ciências e Tecnologia/Universidade Nova de Lisboa - e de consultoria internacional - Fraunhofer ILT, bem como as empresas envolvidas ADIRA MFS (Promotor Líder) e Manuel Conceição Graça, que possuem capacidades tecnológicas e experiência

comprovadas pelo seu longo historial, respetivamente, no desenvolvimento e industrialização de equipamentos avançados e no fabrico de componentes para setores de atividade exigentes.

As tecnologias de fabrico aditivo, também designadas “impressão 3D”, têm vindo a assumir um papel cada vez mais importante no rápido crescimento da indústria mundial. Estas tecnologias podem ser utilizadas para produzir diretamente a partir de um modelo CAD, modelos físicos, protótipos, ferramentas de produção, entre outros, nos mais diversos materiais, que podem ir dos plásticos aos metais, passando pelos materiais cerâmicos ou mesmo compósitos.

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COFINANCIAMENTO

INEGI PARTICIPA EM PROJETO QUE PRETENDE DESENVOLVER A PRIMEIRA IMPRESSORA 3D DE GRANDE DIMENSÃO

INOVAÇÃO

LightCyl é o nome do projeto I&D que está a ser realizado pela Tecnogravura – Gravuras Metálicas S.A., em parceria com o INEGI, com o objetivo de desenvolver cilindros de peso reduzido e mais verdes para a impressão por rotogravura.

Para tal, o projeto contempla a substituição do material de base dos cilindros por materiais mais leves e a trans-formação do processo de revestimento a jusante, de modo a acomodar as alterações do material da carcaça. “Os revestimentos já produzidos com recurso a estas técnicas revelam densidades elevadas, assim como uma boa adesão a diferentes materiais de substratos, permitindo preparar cilindros rapidamente e com grande flexibilidade”, salienta Fernando Serôdio, diretor geral da Tecnogravura e responsável pelo projeto.

A tecnologia em desenvolvimento no LightCyl tem permitido alcançar ganhos de produção, no que respeita ao tempo e à flexibilidade do processo produtivo. Estes avanços têm por base a troca do material dos cilindros por ligas mais leves, reduzindo mais de 50% do seu peso, não comprometendo o desempenho mecânico dos mesmos. Tipicamente, os cilindros para a impressão por rotogravura são produzidos em aço, o que, devido ao seu peso (60 a 80 quilos) tornam o seu manuseamento e transporte onerosos e difíceis. Além disso, o processo atualmente utilizado na Tecnogravura para revestimento dos cilindros é baseado na tecnologia de eletrodeposição que, além de envolver um processo demorado, desencadeia problemas ecológicos de tratamento de afluentes, que são de difícil resolução.

A Tecnogravura foi fundada em 1960 e tem como atividade a pré-impressão e gravação de cilindros para impressão por rotogravura. O conhecimento adquirido ao longo dos anos e os sucessivos investimentos em infraestruturas e sistemas avançados de produção permitem à empresa prestar atualmente um serviço completo, que inclui várias etapas da cadeia de valor, nomeadamente a pré-impressão, a construção de cilindros, a produção, a gravação e o controlo de qualidade da gravação dos mesmos.

O que é a rotogravura?A tecnologia de rotogravura define-se pela sua elevada capacidade de impressão com alta resolução. São utili-zados cilindros micro-perfurados que passam a tinta diretamente para o papel por pressão. Cada cilindro permite imprimir uma cor, pelo que, para a impressão de rótulos

multicoloridos, é necessário a utilização de conjuntos de vários cilindros. A sincronização, a precisão e os esforços desenvolvidos durante o processo de rotogravura elevam a fasquia técnica, onde o conhecimento aprofundado sobre os materiais e processos envolvidos na produção dos cilindros é fundamental.

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COFINANCIAMENTO

TECNOGRAVURA E INEGI PRETENDEM CRIAR CILINDROS DE IMPRESSÃO ECONÓMICOS, ECOLÓGICOS E DE BAIXO PESO

INOVAÇÃO

O recém criado SerQ – Centro de Inovação e Competências da Floresta atribuiu ao INEGI a missão de desenvolver um conjunto específico de equipamentos de ensaio, capazes de o dotar de meios adequados ao suporte da investigação e inovação, na área das madeiras, aplicada à construção de estruturas.

Coube ao INEGI a criação de uma infraestrutura laboratorial de grande dimensão capaz de realizar ensaios de diversas tipologias. Trata-se de sistemas de ensaio concebidos “à medida”, que têm a particularidade de serem modulares e de terem configuração flexível, além de serem totalmente automáticos, o que permite a aquisição de informações comportamentais essenciais para a sua aplicação na cons-trução civil.

“Um exemplo de equipamento de ensaio desenvolvido com caraterísticas singulares é uma Máquina de Tração, que permite o ensaio em tração de elementos de madeira até 3 metros de comprimento e uma carga máxima de 50 toneladas”, salienta Francisco Freitas, responsável pelo projeto no INEGI.

Foi ainda construída uma Prensa de Colagem de 10 tone-ladas por metro – para a colagem de lamelados de madeira – que constitui uma técnica construtiva em crescente utilização na indústria, para colagem de vigas de 0,5 a 6 metros de comprimento. O projeto contou também com o desenvolvimento de servoatuadores hidráulicos – com capacidades de força de 5, 10 e 50 toneladas – para ensaio de componentes, materiais e estruturas sob diversas solicitações em sistemas de ensaio.

Os recursos florestais, em particular a madeira, têm revelado uma crescente importância económica no país, especial-mente no setor da construção civil, razão que motivou a construção do SerQ, em 2016, no perímetro industrial da Sertã, tendo como parceiros a Câmara Municipal da Sertã, a Universidade de Coimbra e o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC).

As novas soluções de utilização da madeira como elemento estrutural em construção requerem estudos cada vez mais exigentes das suas propriedades, daí que as capacidades instaladas no SerQ tenham originado diversos trabalhos de doutoramento, de estudantes nacionais e internacionais, conduzidos em parceira entre o SerQ, a Universidade de Coimbra e o LNEC.

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NOVO CENTRO DE INOVAÇÃO E COMPETÊNCIAS DA FLORESTA EQUIPADO COM SISTEMAS DE ENSAIO PRODUZIDOS PELO INEGI

Sistema de Ensaio de 100 kN

Máquina de Tração de 500kN

Prensa de Colagem de 100 kN/m

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CONSULTORIA

O Laboratório da Qualidade do Ar Interior (LQAI) passou a ser, desde o dia 7 de fevereiro, o primeiro laboratório da Península Ibérica a ter a acreditação para avaliação das emissões de certos Compostos Orgânicos Voláteis por materiais de construção em câmaras de teste. Em concreto, a acreditação do método de emissão em câmara de teste abrange os compostos benzeno, tolueno, etilbenzeno, 2-etil-1-hexanol, limoneno e tridecano.

Este é um passo muito importante para o LQAI, pois encontra-se em condições de efetuar ensaios que exigiam a acreditação, ficando apto a responder a qualquer solici-tação no sentido de apoiar o desenvolvimento e classificar materiais, colaborando com um maior número de empresas e conferindo aos materiais e produtos portugueses melhores condições nos mercados nacional e internacional.

O LQAI, criado em 1996, é desde sempre um parceiro das empresas do setor automóvel e da indústria produtora de materiais de construção, no desenvolvimento de novos produtos. Desde o seu início que esteve envolvido, em articulação com laboratórios de diversos Estados Membros da União Europeia, no desenvolvimento de metodologias

INEGI TEM O PRIMEIRO LABORATÓRIO DA PENÍNSULA IBÉRICA ACREDITADO PARA AVALIAR AS EMISSÕES DE MATERIAIS

de qualificação/certificação de materiais que deram lugar às normas harmonizadas existentes no presente.

Para além dos ensaios em câmara de teste, o LQAI obteve também a acreditação na análise por desadsorção térmica e cromatografia gasosa com detetor seletivo de massa de diversos compostos orgânicos voláteis, em concreto: benzeno, tolueno, octano, etilbenzeno, acetato de 2-etoxietilo, 1,2,4-trimetilbenzeno, 2-etil-1-hexanol, limoneno, dodecano, 2-fenoxietanol e tridecano.

A meio da década de 90 iniciou-se uma parceria entre a Vulcano (atual Bosch Termotecnologia) e o INEGI que durou cerca de 14 anos, período durante o qual o INEGI apoiou a empresa de Aveiro no desenvolvimento de novos produtos, direcionados a diferentes mercados. No final do ano passado, estabeleceu-se uma nova parceria, com a realização de um novo projeto, que visou a procura de soluções inovadoras, respeitando limites de emissões gasosas e da eficiência de operação, definidos pela Bosch, para uma nova gama de esquentadores.

“No INEGI, este projeto contou com uma equipa multidisciplinar que testou, em laboratório, os equipamentos; recorreu a software de simulação numérica para estudar a viabilidade de implementação das diferentes soluções preconizadas, proje-tou-as, construiu protótipos e aferiu os seus resultados”, refere Vítor Ferreira, engenheiro de desenvolvimento de produto e membro da equipa do projeto do INEGI. Os resultados obtidos demonstraram ser possível continuar a reduzir emissões de gases poluentes sem interferir no desempenho e na qualidade de operação dos esquentadores.

BOSCH TERMOTECNOLOGIA E INEGI COLABORAM NO DESENVOLVIMENTO DE ESQUENTADORES GÁS-ÁGUA

BREVES

Em dezembro, o INEGI recebeu a visita do Secretário de Estado da Indústria, João Vasconcelos. O encontro pretendeu dar a conhecer a atividade desenvolvida pelo INEGI, assim como o seu papel como Centro de Interface Tecnológico (CIT) de apoio à indústria.

A visita decorreu numa altura em que o Ministério da Economia anunciou o lançamento de um fundo para apoiar os CIT entre empresas e universidades. Segundo afirmou Manuel Caldeira Cabral, Ministro da Economia, a importância deste programa de apoio reside no papel que os centros tecnológicos desempenham ao “criar valor na nossa indústria e ao reforçar a capacidade de exportação do país”.

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INEGI RECEBE VISITA DO SECRETÁRIO DE ESTADO DA INDÚSTRIA

Decorreu no final de novembro a 16ª edição da EMAF - Feira Internacional de Máquinas, Equipamentos e Serviços para a Indústria, onde o INEGI marcou presença, dando a conhecer as soluções que tem à disposição para a indústria; nomeadamente nas áreas de máquinas e equipamentos, sistemas produtivos e processos avançados de fabrico.

Na edição de 2016 estiveram presentes cerca de 430 empresas naquela que é considerada a grande mostra da indústria nacional. A EMAF reúne, principalmente, empresas ligadas à metalurgia e metalomecânica, a que se juntam as dos setores relacionados com a madeira, já que, em simultâneo, decorre também a FIMAP – Feira Internacional de Máquinas, Acessórios e Serviços para a Indústria da Madeira.

INEGI VOLTA A ESTAR PRESENTE NA EMAF – UM DOS MAIORES EVENTOS DO SETOR INDUSTRIAL REALIZADOS EM PORTUGAL

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BREVES

No 13.º Encontro Nacional de Inovação COTEC, que se realizou no final do mês de novembro, o stand do INEGI foi visitado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e houve oportunidade para registar o momento.

Este evento foi dedicado ao tema “Explorar a economia circular” e contou com a presença de líderes empresariais, académicos, representantes da sociedade civil e decisores públicos.

PRESIDENTE DA REPÚBLICA VISITA STAND DO INEGI NO 13.º ENCONTRO NACIONAL DE INOVAÇÃO COTEC

O INEGI fez parte do circuito de exibição do evento de lançamento da estratégia do Governo “Indústria 4.0 – Economia Digital”, com a qual se pretende catalisar a transformação digital da indústria portuguesa. No decorrer do circuito, o stand do INEGI foi visitado pela comitiva do Governo, nomeadamente o Primeiro-Ministro, António Costa, o Ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, e o Secretário de Estado da Indústria, João Vasconcelos.

Esta estratégia para a Indústria 4.0 contempla um conjunto de 60 medidas de iniciativa pública e privada que deverão ter impacto sobre mais de 50.000 empresas a operar em Portugal e, numa fase inicial, permitirão requalificar e formar mais de 20.000 trabalhadores em competências digitais. No âmbito das medidas Indústria 4.0, está previsto que sejam injetados na economia até 4,5 mil milhões de euros de investimento nos próximos 4 anos.

INEGI PARTICIPA NO LANÇAMENTO DO PROGRAMA DO GOVERNO “INDÚSTRIA 4.0 – ECONOMIA DIGITAL”

BREVES

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RECÉM CRIADA AEDCP – ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA PARA O CLUSTER DAS INDÚSTRIAS AERONÁUTICA, DO ESPAÇO E DA DEFESA CONTA COM O INEGI COMO ASSOCIADO FUNDADOR

O INEGI tornou-se Associado Fundador da AEDCP – Associação Portuguesa para o Cluster das indústrias Aeronáutica, do Espaço e da Defesa, constituída em novembro de 2016, e assumiu também uma das vice-presidências no Conselho de Administração deste Cluster, num mandato que tem a duração de dois anos.

A AEDCP tem como objeto promover e executar iniciativas e atividades tendentes à criação do Cluster e à sua afirmação enquanto cluster nacional de competitividade, inovação e tecnologia de vocação internacional e, bem assim, tendo presentes requisitos de qualidade e profissionalismo, promover e incentivar a cooperação entre as empresas, organizações, entidades do Sistema de Investigação e Inovação e entidades públicas, com vista ao aumento do respetivo volume de negócios, das exportações e do emprego qualificado, nas áreas económicas associadas aos sectores da aeronáutica, do espaço e de defesa.

Dando sequência ao seu plano de internacionalização, a Prewind abriu no Brasil, em 2016, a sua primeira delegação fora de Portugal, mais concretamente em Fortaleza - Estado do Ceará. Esta delegação tem como principal objetivo atender o mercado brasileiro, reforçando a relação de proximidade com os clientes, mas também acompanhar a evolução do mercado sul-americano – especificamente o aumento da capacidade instalada no fotovoltaico e na eólica. Uma pretensão que implica um conhecimento antecipado da evolução da geração de energia fotovoltaica e eólica, permitindo dessa forma a gestão otimizada da rede elétrica e a redução dos custos com a contratação do serviços de sistema.

A SPIN-OFF DO INEGI PREWIND EXPANDE-SE PARA O BRASIL

O investigador do INEGI José António Correia foi nomeado co-chair do comité Análise de Risco e Segurança de Grandes Estruturas e Componentes da Sociedade Europeia de Integridade Estrutural. Além deste cargo de projeção internacional, o investigador foi ainda nomeado membro do Comité Europeu de Normalização e da Convenção Europeia para Construções em Aço, sendo que a sua atividade nestas instituições se centrará nas áreas da Fadiga e da Fratura.

INVESTIGADOR DO INEGI NOMEADO PARA ORGANIZAÇÕES EUROPEIAS DE REFERÊNCIA NO DOMÍNIO DA INTEGRIDADE ESTRUTURAL

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À CONVERSA COM: OS COLABORADORES DO INEGI

Ao finalizar a série de edições especiais dedicadas ao 30º Aniversário do INEGI, o INEGI Notícias decidiu dedicar a rubrica “À Conversa Com” aos que, há mais ou menos tempo, constroem o INEGI no dia-a-dia: os seus colaboradores. Para tal, juntaram-se quatro perfis diferentes que, envoltos em enquadramentos e experiências distintas, nos deram a conhecer fragmentos dos seus pontos de vista como parte da equipa.

Nascido do que são hoje os Departamentos de Engenharia Mecânica (DEMec) e de Engenharia e Gestão Industrial da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, o INEGI surgia com uma ambição que desafiava a realidade académica da altura: conseguir dar uso ao conhecimento desenvolvido pela Universidade, tornando-o capaz de responder aos desafios enfrentados pela indústria.

O pontapé de saída

Em 1986, ano da criação do INEGI, António Torres Marques fazia já parte dos que acreditavam ser possível. Como Professor Universitário, partilhou sempre as visões e preocupações quer dos que se mantiveram do lado mais académico, quer dos que se dedicaram, maioritariamente, a desbravar os caminhos da transferência de tecnologia. “A criação do INEGI deve-se ao Professor Rui Guimarães e correspondeu a uma necessidade, identificada por um grupo de pessoas que na altura se doutoraram fora do país, de dinamizar as relações com a indústria”, recorda. Mas para que o projeto avançasse foi necessário muito trabalho. “Chegávamos a ir numa carrinha de seis, sete pessoas em busca de empresas em diferentes zonas do país, para tentarmos perceber o que é que as empresas precisariam, como é que o INEGI poderia ajudar, que desafios poderíamos lançar e vice-versa... Esse foi um exercício absolutamente necessário e difícil”. Ainda assim, como “o que não nos mata torna-nos mais fortes”, António Torres Marques acredita que as dificuldades também ajudaram a consolidar o projeto. “As pessoas que faziam parte da equipa acabaram por aumentar a sua resistência, persistência e foco no objetivo. O esforço foi muito grande mas quando se começaram a ver os primeiros resultados, nomeadamente o aumento da interlocução com a indústria, sentia-se que valia a pena”.

Fernanda Sousa também se recorda desta época. Comemorava o INEGI o primeiro ano de vida quando a Fernanda chega para secretariar a Secção de Mecânica Aplicada do DEMec, que, na prática, agregava as atividades do INEGI. “Era do DEMec no relacionamento com os alunos e docentes e do INEGI no relacionamento com os clientes, na presença em feiras, etc. Muitos docentes eram também investigadores do INEGI, pelo que também eles apareciam com esta dupla função”, conta. À data, o INEGI tinha poucos colaboradores contratados, por isso era importante ser-se “pau para toda a obra”. “Todos participávamos em múltiplas tarefas desde a elaboração de relatórios, à preparação de placards para exposições, ou no relacionamento com os clientes; o ambiente era de familiaridade, proximidade e polivalência”, acrescenta.

A perspetiva de quem acabou de chegar

Já para Vanessa Santiso, chegada ao INEGI 29 anos depois de Fernanda, o ambiente continua salutar. Embora tenha vindo parar ao INEGI por um acaso fruto do desejo de embarcar na aventura da transferência de tecnologia, Vanessa está satisfeita com a oportunidade que o destino lhe trouxe. “A minha expectativa era aprender e por isso aceitei a porta que me estavam a abrir e o voto de confiança que me estava a ser dado, apesar de não conhecer o INEGI. Estava cansada da rotina científica que me obrigava a estar constantemente à procura de novas bolsas e dependente de projetos temporários”. Com uma energia contagiante e uma determinação cravada no olhar, admite que não descarta voltar ao mundo da ciência, uma vez que é a área em que se especializou e domina; todavia, “gostava que esta experiência desse certo porque é aquilo que gosto de fazer”. Sobre o INEGI diz não poder falar muito por não ter ainda opinião formada e é-lhe difícil fazer comparações com os seus ambientes de trabalho anteriores, dado que as instituições por onde passou tinham “rotinas e estruturas muito diferentes”. Porém, refere que, daquilo que já pôde observar em determinados eventos externos, “o INEGI possui muito boa imagem para os profissionais do meio em que se integra”.

Construção de carreira no INEGI: de Bolseiro de Investigação a Gestor de Projetos

Bruno Silva está no INEGI desde o início da sua carreira. No mesmo ano em que acaba o curso – 2003 – surgem-lhe várias oportunidades mas acaba por optar pelo INEGI. “Era um desafio

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maior, numa área que, apesar de se falar sobre ela na Faculdade, era bastante nova. Na altura toda a gente falava de energia eólica, conseguíamos ter alguma perspetiva e, por isso, achei interessante e abracei o desafio”. Questionado sobre o que motiva um recém-licenciado a querer trabalhar no INEGI, Bruno diz acreditar que “o INEGI é visto como uma alavanca que vai permitir abrir portas e experiências noutras empresas. A imagem de marca do INEGI para os estudantes é sem dúvida essa, já o era na minha altura e continua a sê-lo”. Se é o local ideal para fazer carreira, pode ser discutível. “Eu fui ficando porque tive a possibilidade de trabalhar em diferentes áreas ligadas à energia eólica, foi-me atribuída cada vez maior responsabilidade e os desafios foram-se tornando maiores. No entanto, pode ser difícil fazer carreira no INEGI, pelo menos a longo prazo, porque hoje as pessoas mudam e as carreiras acabam por ser um acumular de experiências em diferentes empresas”, conclui.

Valorização do conhecimento

O certo é que, ao longo destes 30 anos de história, o INEGI tem realmente lançado muitos profissionais para a indústria. “Sempre houve gente com muita qualidade que as empresas identificam e vêm buscar. O INEGI forma muitos profissionais! Não só colaboradores do quadro, mas também estudantes que desenvolvem Programas de Mestrado e Doutoramento, o que também faz parte da sua missão”, afirma António Torres Marques. “No INEGI há liberdade para aprender, para trabalhar sobre determi-nadas áreas que numa empresa seria difícil, porque a conjuntura é outra. Aliás, muitas vezes as empresas contratam-nos porque sabem que vamos ser capazes de resolver problemas investigando e aprendendo”, acrescenta Bruno Silva.

António Torres MarquesÉ Professor Universitário, foi Presidente da Direção do INEGI de 1997 a 2000 e esteve envolvido na sua criação e evolução desde o primeiro momento.

Fernanda SousaEntrou como Secretária mas já há alguns anos que desenvolve funções de Comercial. Foi das primeiras funcionárias do quadro do INEGI.

Bruno SilvaEstá no INEGI desde que acabou o curso de Engenharia Mecânica, em 2003. Entrou como Bolseiro de Investigação para a equipa da Energia Eólica e por lá tem vindo a construir a sua carreira, agora como Gestor de Projeto.

Vanessa SantisoAcabou de completar meio ano de casa. É Galega, Licenciada em Física e Doutorada em Engenharia Eletrónica e veio para o INEGI porque queria trabalhar em transferência de tecnologia. Enquanto cientista, além de Espanha, passou pela Alemanha antes de rumar a Portugal.

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A relação com os clientes

Esta capacidade de, com afinco, cooperar com a indústria na busca de soluções para os seus problemas sempre fez parte do ADN do INEGI e sempre foi apreciada pelos seus clientes. Fernanda Sousa acredita também que “alguns dos clientes de longa data se fidelizaram pelo espírito de grupo e comprometimento com a instituição INEGI/DEMec iniciados num tempo em que a proximidade no relacionamento pessoal permitia ultrapassar as dificuldades que iam surgindo”. Já António Torres Marques salienta que é necessário aperfei-çoar esta relação com a indústria “criando condições para a manutenção de uma relação duradoura com os clientes, para a criação de parcerias efetivas e para o lançamento de desafios, à semelhança do que aconteceu com o projeto Vulcano, um projeto emblemático que decorreu nessa lógica já há 20 e tal anos”.

Perspetivando o futuro

Agora, 30 anos depois do pontapé de saída, António Torres Marques faz questão de realçar, com orgulho, aquilo que considera ser um ponto fulcral para a evolução e consolidação do INEGI de hoje: “nos diferentes Presidentes e Direções, manteve-se a mesma linha e não se virou tudo ao contrário como é muito típico acontecer em Portugal, sempre que muda a chefia”. Para o futuro, acredita que esta linha de coerência é determinante para alcançar sucesso, assim como “definir uma estratégia de longo prazo, pensar o que vamos ser daqui a 20 anos, que desafios serão colocados pela indústria e, face a isso, pensar em que áreas devemos apostar. E não é apostar hoje porque está na moda, é apostar porque vai ter um horizonte temporal com retorno económico. Tudo à escala global, não só em Portugal”.

Da esquerda para a direita: Vanessa Santiso, António Torres Marques, Fernanda Sousa e Bruno Silva.

Spin off

“TROUXEMOS DO INEGI UMA LÓGICA TECHNOLOGY-BASED QUE NOS TEM VALIDO VANTAGEM COMPETITIVA NO MERCADO” – HPS

A HPS Lda. foi criada em 2007 através da joint-venture entre a empresa alemã HPS GmbH e o INEGI, numa altura em que, para ambas, se juntou o útil ao agradável: “o INEGI queria potenciar ainda mais a sua atividade de investigação no espaço, nomeadamente através de projetos com a Agência Espacial Europeia (ESA), e a HPS GmbH estava à procura de parceiros para se desenvolver no mercado internacional, dado que a lógica do setor espaço é muito institucional e depende muito dos orçamentos dos países”, explica Celeste Pereira, Chefe Executiva de Operações da HPS em Portugal. Desde então, cresceu, consolidou-se e provou ao mercado que tinha vindo para ficar, tudo na casa que a viu nascer, ou não fosse o INEGI o local escolhido para ficar sediada.

Hoje, com um volume de negócios de cerca de 1,5 milhões de euros e 22 colaboradores, a HPS Portugal dedica-se ao desenvolvimento de produtos para o espaço, estando a sua atuação distribuída por três grandes áreas: o desenvolvimento de tecnologia – que dará origem a novos produtos –, os produtos de hardware mecânico – onde entram os compósitos e os equipamentos de apoio à montagem dos satélites (para os quais são feitos o projeto e os cálculos de engenharia) e os produtos de hardware térmico – o MLI (multi-layer insulation). “Neste momento as atividades de desenvolvimento de tecno-logia representam cerca de 40% do orçamento anual da empresa”, salienta a Chefe Executiva de Operações da HPS Lda.

“O que nos distingue no mercado é o facto de termos uma equipa com competências tecnológicas e de gestão fortes, muito devido à multidisciplinaridade aliada à eficiência e à flexibilidade. No mercado há outros que fazem o mesmo que nós, por isso nem sempre é o produto que se destaca, é o modo como o realizamos com o cliente”, realça, referindo que estas particularidades têm parte da sua origem no INEGI. “Trouxemos do INEGI uma lógica technology-based que nos tem valido vantagem competitiva no mercado”, admite e acrescenta “quando ainda era Investigadora no INEGI dizia muitas vezes que, para quem gosta de fazer investigação aplicada e desenvolver tecnologia, o INEGI é um sítio espetacular para se trabalhar”.

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Celeste Pereira - Chefe Executiva de Operações da HPS em Portugal

Thales Alenia Space, Airbus Defence and Space e OHB são alguns dos principais clientes desta empresa que entrou em força no mercado sem saber se estaria à altura do desafio, mas, como dita o saber popular, quem não arrisca não petisca e, assim sendo, só havia um caminho a seguir. Celeste Pereira está certa de que “a missão ExoMars foi, sem dúvida, o ponto de viragem da empresa, no final de 2012”. A HPS Lda. desenvolveu a tecnologia de fazer MLI com uma equipa onde, inicialmente, só uma pessoa sabia efetivamente transformá-la num produto. “Foi preciso treinar toda uma equipa e criar todas as condições necessárias para a produção de MLI com os mais exigentes padrões técnicos e de limpeza, mas pensámos: já fizemos uma pequena peça de hardware de voo com qualidade, por isso, por que não repetir o processo para um projeto muito maior?”. E assim foi. Arriscaram e petiscaram. Desde a missão ExoMars, esta spin-off do INEGI ganhou dimensão e reputação no mercado, o que lhe permitiu um crescimento acentuado nos anos subsequentes.

Nos próximos anos, a HPS Lda. pretende dar continuidade ao forte investimento no desenvolvimento de tecnologia para o espaço, todavia não descarta a possibilidade de se aventurarem noutros setores. “Embora a empresa ainda tenha muito para crescer dentro do setor espaço, começar a olhar para outros setores, onde as tecnologias que estamos a desenvolver se adaptem, faz também parte dos objetivos de médio-longo prazo”, esclarece Celeste Pereira.

INICIATIVAS REALIZADAS

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“Inovação de base Tecnológica e Competitividade” – foi este o tema da Conferência INEGI 2016 que juntou líderes e executivos dos setores da indústria, da energia e dos transportes, no dia 14 de novembro, na Alfândega do Porto, para partilharem a sua experiência com uma audiência de cerca de 300 profissionais a atuar nas áreas em debate. A organização do evento esteve a cargo do INEGI e integrou-se no âmbito da comemoração do seu 30º Aniversário.

Pretendeu-se com este encontro desvendar a evolução esperada para os próximos anos em matéria de inovação de base tecnológica e o seu impacto na competitividade das empresas, bem como perceber as estratégias que estão a ser delineadas por setores cruciais como a indústria, a energia e os transportes. Assuntos com impacto direto no desenvolvimento do tecido empresarial e da economia do país, que justificaram a presença de Manuel Caldeira Cabral, Ministro da Economia, na sessão de abertura.

O economista Augusto Mateus, Fundador e Presidente da Augusto Mateus & Associados e antigo Ministro da Economia e Secretário de Estado da Indústria, inaugurou o programa para falar sobre inovação, economia e desenvolvimento, numa perspetiva global.

Os painéis de debate começaram por se focar no setor da energia, reunindo à mesa António Costa Silva, Presidente Executivo da Partex Oil and Gas, Carlos Martins Andrade, Diretor de Inovação, Investigação e Tecnologia da GALPEnergia e Nuno Ribeiro da Silva, Presidente da ENDESA Portugal, sob a moderação de Álvaro Rodrigues, Professor da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.

CONFERÊNCIA INEGI 2016

LÍDERES DA INDÚSTRIA, DA ENERGIA E DOS TRANSPORTES REÚNEM-SE PARA DEBATER O FUTURO DOS SETORES EM MATÉRIA DE INOVAÇÃO

Já para discutir como está e para onde caminha a indústria, estiveram presentes Ângelo Ramalho, CEO da Efacec, Jorge Fesch, CEO da Sakthi Portugal e Mário Pais de Sousa, Presidente Executivo da Cabelte, conduzidos por Aníbal Campos, Presidente da AIMMAP - Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal.

O debate em torno do setor dos transportes foi moderado por Adolfo Silva, Diretor da AFIA - Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel e contou com o contributo de Ana Isabel Fernandes, Vice-Presidente Negócios de Aeroestruturas da OGMA, Jorge Cerqueira Pinto, CEO da CaetanoBus, Júlio Grilo, Diretor de Engenharia e Inovação do Grupo Simoldes, e de Manuel Nunes, CEO da Siemens Mobility.

“Acreditamos que esta Conferência foi uma excelente opor-tunidade para, com os 12 líderes empresariais presentes, debater quais as inovações tecnológicas com maior impacto na competitividade dos setores da energia, da indústria e dos transportes”, refere Alcibíades Paulo Guedes, Presidente do Conselho de Administração do INEGI.

Durante a conferência houve ainda oportunidade para conhecer alguns dos projetos mais emblemáticos desen-volvidos pelo INEGI ao longo dos seus 30 anos de história, que estiveram em exposição. Um legado que demonstra o contributo que tem vindo a ser dado para o conhecimento produzido em Portugal, assim como para o impulsionamento da inovação de base tecnológica do tecido empresarial.

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INICIATIVAS REALIZADAS

CONFERÊNCIA INEGI 2016

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OPEN DAY TEMÁTICO SOBRE ENERGIA

INICIATIVAS REALIZADAS

A 17 de janeiro realizou-se a última edição dos Open Day Temáticos no INEGI, enquadrados nas comemorações do 30º aniversário. Desta vez, o dia foi dedicado ao tema “Energia” e contou com a presença de cerca de 50 participantes provenientes de mais de 30 empresas. A sessão teve início com uma breve apresentação institucional do INEGI, seguida de uma intervenção intitulada “O INEGI e a Energia”. Posteriormente, houve uma visita às instalações para dar a conhecer Laboratórios e instalações experimentais de projetos relacionados com as temáticas “Energia e Ambiente Construído”, “Energias Renováveis” e “Tecnologias e Eficiência Energéticas”. A iniciativa culminou com uma sessão de debate que serviu para esclarecer dúvidas sobre a atividade do INEGI no setor da Energia, bem como projetar possíveis tendências de evolução.

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ESPAÇO EXPOSITIVO – 30 ANOS DE PROJETOS

INICIATIVAS REALIZADAS

A última exposição a estar patente no Espaço Expositivo do INEGI, promovida no âmbito do 30º aniversário, foi dedicada ao tema “30 anos de Projetos”. Na reta final das comemorações, entendeu-se que seria oportuno destacar alguns dos projetos que marcaram a história do INEGI até então.

Sabendo-se que no espaço expositivo não é possível apresentar, de uma forma suficientemente representativa, o percurso que tem vindo a ser construído com as competências da casa, os projetos realçados nesta terceira exposição pretendem demonstrar as conquistas tecnológicas alcançadas e dar a conhecer diversos parceiros que têm vindo a depositar a sua confiança no INEGI ao longo destes 30 anos.

O legado em exposição é prova do contributo que o INEGI tem vindo a dar para o conhecimento produzido em Portugal, assim como para o impulsionamento da inovação de base tecnológica do tecido empresarial.

Depois de um programa comemorativo que contou com quase duas dezenas de iniciativas, chegou a altura de findar com um momento totalmente dedicado à comunidade INEGI.

Nesse sentido, cerca de um ano depois do Brinde ao INEGI, que inaugurou o programa comemorativo do 30º Aniversário, houve lugar à Sessão de Encerramento das comemorações com uma Palestra Motivacional conduzida por Adelino Cunha, da empresa I Have The Power.

No final da palestra, decorreram as alocuções do Diretor da FEUP, Professor João Falcão e Cunha, e do Presidente do Conselho de Administração do INEGI, Professor Alcibíades Guedes, que falou sobre o futuro da instituição. O encerramento culminou com um Porto de Honra.

INICIATIVAS REALIZADAS

COMEMORAÇÕES DO 30º ANIVERSÁRIO DO INEGI CULMINAM COM SESSÃO MOTIVACIONAL

INEGI

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INEGI NOTÍCIAS Nº 45 - JUNHO 2017 Propriedade - INEGIEdição - INEGIDireção Editorial - Rui Sá, Diana SousaEquipa Editorial - Daniela Silva, Hugo Santos, Joana Pinto, Luís Pina, Margarida Machado, Paulo Tavares, Sara Fernandes, Sílvia EstevesDesign - Três Sentidos DesignPeriodicidade - TrimestralTiragem - 1200 exemplares

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