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ANNO XV DOMINGO 11 DE OUTUBRO DE 1868 N. 3103 Subscreva-se no escriptorio da Typographia Imparcial, Kuii da Imperatriz n. '27, para a capital i 128 rs. por anno. e 6fl rs. por so- mestre, e para fora a 1511 rs. por inno. A asstgnalurapóde começar em qualqoer dia do anno, mas acaba (iiiipre «m fiailll! Junho o Dezem- ro. PAGAMENTO ADIANTADO, runLicAçoia. Annnncios 100 'róis por linh» Publicações litterarias 50 rs. > Ditas particulares 100 rs. ¦¦» Noticias diversas 500 rs. » folha avulsa custa 200 rs. As correspondências e comtnu modos seiSo dirigidas em ò»rtl fechada ao escriptorio da redac- Ção. IDirector òa xzòatçãa t prff|irieíario òo cstabclectmeuici—0<MPINB tóÉ» M &8UW1M ffiíiÊ^il^^eroilabtiraíiotts tàoáim NOTICIÁRIO Datas notáveis—Fiz amanhã o.m anno qoe o ex-presidente José Tavares Bastos entregou a admuiis- tração da provincia ao 3 * vice-presidente coronel Joa- qnmi Floriano de Toledo. Guarda nacional—Por portaria da presidon- cia, do Iwiittim, foram suspensos do exercício do posto, por tempo indeterminado, os seguintes ,'düclaes: Batalhão de infantaria n. 32 de Batalaes Tenente-coronel conimandante—José 1'auhno Pinto Nizarlo. Batalhão de infantaria n. 6 de Porto Feliz c Capivary Tenente-coronel commandaiile José Pompou de Campes Piza. Batalhão de infantaria n. 39 do Tietê Tenente-coronel coiniuandanle—Francisco Corrêa de Moraes. —Foram nomeados para substituil-os: Ao 1 ° —o tenente Joaquim Antônio Pereira Lima. Ao 2 ° —o capitão Francisco Ferraz do Amaral Gur- gel. Ao 3 ° o major Custodio Manoel Alves.. Policia—Foi concedida a Joaquim Pio Pupo a exo- neração, que pediu, do cargo de Io snpplenle do sub delegado de policia da cidade do Amparo. Assassinato—Na madrugada de hontem deu-se na freguezia do Uraz um lamentivol assassinato. OcCorreram os factos pelo modo seguinte: Fortunato Roberto dos Santos, fazendeiro de Parahy- buna, o um sou camarada, Antônio Joaquim llueno, vieram ultimamente a esta capital em procura de um escravo do primeiro, do nomo Manoel, conhecido por Manduca, quo andava fugido. Na noute de ante-hontem, colhido ás mãos o escravo, foi seu senhor pousar em um quarto de aluguel na fre- guezia do Braz, dormindo também no mesmo recinto o camarada Bueno, outros indivíduos, e ainda o escravo, algemado e preso pòr uma corda a uma trave do ledo. A's 2 o meia da noile, porém, tendo o escravo cor- tado a corda com os dentes, apossou-se de tuna faca do camarada Bueno, abrlo a porta do quarto o fugio para a rua.. Nesse momento, acordando-se Roberto e Bueno, sabem no encalço do fugitivo e acercam-se delle a pe- quena distancia; o fazendeiro, que conseguira tomar a dianteira ao escravo, deita-lhe a máo, mas esto volta-so do costas para olle fazendo frente ao camarada Bueno que investia por esse lado, e recebo a esle na ponta da faca, tendo-a segura com as mãos algemadas e apoian- do-a ao peito pelo cabo. Desta arte enterra-se a faca inteira no ventro de Bueno, cabe este moribundo, e consegue o preto esca- par-se a desapparecer. Logo que amanheceu, seguio uma escolta em busca do escravo, mas em todo o correr do dia não nos consta quo tenha sido apanhado. Quanto ao camarada Bueno, apezar de soecorrido im- modi ata mento depois do facto, falleceu hontem ao meio dia mais ou menos. Bueno era casado, e deiia mulher e filhos. Direito administrativo—Temos em nosso A IHOKGADINIIA DOS CAMVIAES CHRONICA DA ALDEIA pon Júlio Diniz XI (Coníúiunccío) No momento, om que entramos, usava da palavra o brasileiro, qua estava sentado a porta da taberna, na mais limpa cadeira do estabelecimento. ¦ —Pois ô verdade: dizia ella ; fomos" todos da mesma creação. O conselheiro Manoel Berardo sahiu iPaqui para Llshoa ura anno depois de eu ir para o Brazil. Andamos ambos na mesma eschola, que era a do padre Joaquim, ali pelo sitio da Corredoura. Vocatnecô ha de ostar lembrado, sr. Luiz; accresoenlon, dirigindo-se com a affabilldade protectora que ocaracterisava, a um dos lavradores. —Ora se estou I muito bem.Era na casa, oro que hoje mon n Chico da Luciana. —E' verdade que sim. Pois alli andol en e o conse- lheiro e aquelle ratão do Vicente, herhanario, que ora ji rapaz taludo. Lembra-me, como se fosse hoje, da quando jogávamos todos três a pedra no terreiro da Cor- redoura. —Olha lá, hoinl diziam os dois lavradores com um sorriso cortezãonos lábios, entiio com que o sr. Saabra também jogava a pedr» I Eli I eh I eh I... —Ora, como um homem. Eu fui levadinho da breca. Boa lóva levei de minha mãe, por causa d'umas calças novas, que rompi. —Oravódesl diziam os outros. —Ai tempos, tempos I disso, suspirando, o hrasilei- ro. —Quem havia da dizer então ao que v.s.e o sr.con- selheiro tinham de chegar 1 notou llspngelramenle o sr. Bento Porlunlms. —Eu sim; respondeu com toda a sua modéstia abra- sileiro. A que cheguei eu ? Comi candeias accesas polo Brazil para arranjar um bocado de pão para o resto da vida; com isso me contento. Ornais, sou um pobre diabo, qne ninguém conhece, nm homem ignorante, sem princípios. Elle i outra coisa. poder, mas por falta do tompo daremos no seguinte numoro, um oscrlpto do distincto acadêmico, sr. Leon- cio de Carvalho, sobre mataria de direito administra- tivo, com o titulo—Revista de graça ospecialissima em matéria de presas. Theatro—Vae hoje, transferida de quarta-feira passada, a segunda representação da— «Alméo». Norte da provincia—Recebemos o «Paulista» de Taiibaló, a «Tribuna» da Aréas, o «Democrata» e o «Parahyba» de Giiaralinguelâ, alcançando as ultimas datas a 4 do corrente. Nem uma nolicia local referem de Interesse. Eutcrpe comnicrcial—Esta sociedade reuno- so hoje to 4 da tarde no theatro do Largo de Palácio, para deliborar sobro o projecto de mandar fazer um fardamento para a banJa, quando houver de sahir em corporação. E' louvável a idéa, e rovolao estado de prosparida- de em que vau aquella interessante sociedade. Vapor S. Vicente li' esporado em Santos, hoje, esle vapor, procedente da corte. Matadouro publico— Foram mortas no dia 9 do corrente, 19 rezes. Obituario Sepullou-so no dia 9 o cadáver da menor Veridiana, idade de 2 annos; de bichas. Filha do sr. Josuino José da Silva. Mercado de Santos—Hontom nada se fez a4i em café e algodão. LITERATURA FOLHETIM AO COMPRIDO O Filho de Timandro.—Hbtoria da política.— O porco s os cegos.—Atmosphera.—Thoalro.— Aimée.—i\o- ço Pobre.—Os srs. Josó Bonifácio e Silveira da Mpt ta.—O sr. Tronconi.—A nova pholographia dos srs. Carneiro o Gaspar.—Vida no campo.—Cigarras e formigas. Estou desconfiado de que tenho hoje de acotovelar- me com o Filho de Timandro, cousa esta que nao dei- xará de inconimod»r-me, sendo eu como ji declarei, tão adverso a tudo quo respira política. Mas que fazer? O jornal é uma espécie de hotel, aonde entram o solda- do, o padre, o cantor, o surdo, o guelpho e o gibelino. Enlram todos dechapéo na cabeçi, olham-se, ou nem olhiin-se o trata cada qual de comer. Por isso pôde o Filho de Timandro contar as suas historias, sem temor de oue eu o interrompa. Não entendo de política; prefiro uma noite do Alça- zar a uma sessão da câmara, e acredito mais nas memo- rias de Munkausen do que no programma ou relatório de um ministro. Ouvi contar um caso que me afliançaram ser histori- co: era na idade média, se não me engano; om certa festa, os habitantes faziam um circo, punham dentro um porco e chamavam qualro cegos, cada qual armado de um o.acótu, para matarem o porco, que partencia ao vktorioso. JA adivinham o que podia acontocor: os cegos princl plavam a dar pauladas de cigo uns nos outros, e o povo ia-se á braga solta. Quando lal historia me referiram, disse eu logo co- migoT eis ahi a discussão política, a luta dos partidos, a luta dosjornaos. Aquelle porco é o poder, os discuti- dores são os cegos do páu o em vez de darem no porco e do ganharem-no, dão em si mosmos, ao applauso do porco e do povo I Ora vale muito a pena, sondo assim, fazer política? Nada. Da minha parte, dispenso o porco e passo adiante. A Atmosphera nestas últimos dias lem estado de uma inconstância de moça do quinze annos. A's vezes são coitlnas de brumas: vem o sol a.-rega ça-as por um instante e espreita em um olhar de fogo e de lampejo.* NSo sendo moço, amotinam-me esta chuva e esto sol de um modo incrível. E' que no meu cérebro chove tambom e fiz sol, e se sabo portanto quo.apparcca a lua por sua vez. E' um incommodo. O nosso theatro não gósla tambom destas variações atmosphericas e lal foi o motivo, segundo disseram, de não lermos, lenão hoje, a segunda oxhibiçâo da Aiméc, quo lanto barulho fez no Gymnasio da corte. E' dizer que a curiosidade estimulou-se, julgando quo o sr. Furtado Coelho havia arranjado alguma Ins- lorla da diuo do Alcazar do mesmo nome, porém que nada tinha do pastora, a não ser que o seu rebanho delia, eiam homens, em vez de cabrlnbas. O povo con- correu portanto ao Gymnasio e viu que a Aimée aiinun- ciada era outra. Mas a curiosidade' conlfnúa e o nosso povo foi tam- bem ao S. José, ver o que era a peça quo tinha alvoro- çado os bons Iluminonsas. Aimée é um drama do paixões, portanto era justo que agradasse. O sr. Joaquim Augusto tavo as honras da noite, o que ó dizer tudo. Segundo li honlem em um jornal acadêmico, lemos em brove o Moço Pobre, ou melhor, vamos toro I'c//io Laroque, o trabalho artístico mais peifaito do sr. Joa qulm Augusto. Segundo o mesmo jornal, é a sra. Eu- genia Câmara quom se incumbo do papel da dama prin- cipal. A nolicia sorprehendeu-me, porque ainda no mou primeiro folhetim, fadando eu desse drama, apon tava-o como um daquelíes em que a sra. Julia revelava de modo Incontestável o seu talento. Porque pois a sra. Julia não representara o papel quo tantas vezes representou com applauso geral? Passo adiante. Este passo adiante é um passo difflcil em que estou. Como sempre, não sei como finalisar estas espécies de prosa chilra que tenho com os leitores. Mas como nâo ser assim ? Posso acaso ser mais fértil do que esla pro- prla cidade que em se lhe tirando a chuva e o sol, ó so- cegada e quieta como um convento? Ainda desla vez, chegaram dois hospedes que dão para fallar e um invento que merece attonção. Sabem todos que hospodos são. Um ó o guerreiro a quem a poesia do sr. José Bonifácio appellidou de Ba- rão da Frente, em homenagem a ter elle sido, o guer reiró, o primeiro affrontador da fabulosa llumaylá. Náo sei, mas quer parecer-me que o llluslro sr. Sil velra da Moita não veio a S. Paulo senão para agradecer ao donatário aqudle titulo digno d.a Historia. Parabéns a ambos. Talentos como o do sr. José Bo- nifaclo são generosos, e para homens como o sr. Silvei- ra da Moita cabem estas genorosidades. O segundo hospede ó um artista: o sr. Tronconi, qae —Não é tanto assim; insistiu Perlunhas; todossabem quês. s. se quizesse... —Olhe, meu caro amigo, eu conheço-me; se tivesse o juizo de muitos, que por ahi vejo figurando, enlão havia de mo vfjr na brecha ; porquo, niio ó por me ga bar, mas não motonho por menos do que muitos dei lei. —Or», pois não, não; disseram os lavradores, Pertu ilhas o o padre. —Alguns que alé ministros tem sido... —Por essa eslou ou... —O conselheiro mesmo... resmungou opadrefun- gando uma pitada jesuitiea... lim, aqui para nós... —Tanto não digo ; continuou o brasileiro, mas jisui- tioamente ainda. O conselheiro... vamos... Faça-se- lha justiça. Eu não quero dizer que elle seja uma coisa por ahi além... sim... Que diabo lem elle falto ali- nal ?... M»s... Não ó dos pelores, não édospelores. Faça-so-lbe justiça.Não é homem do grandes taienlos... isso, não ; nem mesmo de grande fundo. Sim..'.Deve- mos confessar quo esta ó a verdade.. .Mas... emfim, vamos andando...Cada um faz o que pode. Concluiu o braziloiro, depois de ter feito justiça ao cooselheiro. —No que ella tem andado mal é em promelter mais do quo pdde fazer, lia quantos annos nos anda a fallar na estrada, e ató hoje ainda nem palmo delia ; opinlou o Ptrtunhas. —Meu amigo, engana meninos e chupa-lhe o pão; diz o ditado ; ponderou o brasileiro. —Afallar a verdadeI... disse um dos lavradores... com a Influencia quo elle toro, podia... —Ora adeus I pilanfrorio; atalhou o padre, bem me fio eu na Influencia do conselheiro. —Ebl chi ohl respondeu o brasileiro/agradado do sceplicismo do padre, a aceroscentou com ura sorriso velhaco:—Não, ella diz que falia com os ministros, que Ul, que sim senhores, que domina o partido.Emfim... Elle o sabo. —Para mim é que elle vem de carrinho... —Eu não sei; concluiu com requinte de velhaquez o brasileiro. —Pois en cá.; disse o sr. JoUosinho, qne estivera be bendo em silencio, e descarregou um murro na banca, que fez lilintar os' copos. Eu disse; so os taes ho- mons das bandeirolas mo tornam a passar por as terras sempre lhes meço as costas com um marmeleiro, que tenho, o que me serviu para varrer a feira de Santo Estevão. Uns mariolas I... E como para desafogar o peso da sua amabilidado, despediu nm pontapé a um podengo, qoe sa lhe viera roçar por as pernas, a fel-o sahir ganindo. ó o Orpheu do Rio de Janeiro, tal 1 a magia quo elle sabo exlrahir da sua harpa, que parece ter sido achada noa combros da Grécia. Que seja próxima a oxblbição desse espectaculo: te- mos sede de harmonias, nesla cidade tão cheia do dis- putas. Resla-noB fallar do invento: ó da casa dos srs. Car- neiro e Gaspar, Os jornaes fadaram a respeito : tra- la-so de uma pholographia qno cores e que não se apaga com o lempo. agora muita gente não se desculpará do não tirar o retraio com o dizer: «Sanlo Deusl Fica-se com cara de defunto «Nem com cari do vinagre, respondem agora os srs. Gaspar e Carneiro : a nossa pholographia a cõr e pôde ató mentir, não haja susto.» Náo ha remédio senáo ir nm homem á Fhotographia Acadêmica da rua da Imperatriz e eslar por tudo que quizerom o sr. Gaspar e o sr. Militáo que são capazes de inventar pholographias que digam a idade... dlmi- nnlda dos photographados. Eis aqui mais ou menos agiupadas as noticias da se- mana I Consileraçõis contra a política, theatro, chega- das, Invenios e nada mais. Eis a vida desta cidade I Por isso também vivo afãs- tado delia. Aprazo-ma nos campos, é mais indepen- denlol Desperto ao alvorecer e atiro-me á água similhanle a um marreco, sorvo o ar ás toneladas, afogo os olhos do luz a passeio depois. ;jfc& Vou vendo as arvores. Noto que as parreiras es- tão vlrentes, que os peceguelros cobrem-so dello- res : eis o Natal, digo comigo, e o meu coração estreme- ce de alegria, parque o N.iul ó a lembrança da família, a oceasião das festas, dos pequenos presentes trocados, dos jantares entro amigos I Lio faço pela manhã. Ao entardecer, oiço as casua- rinas, os grillos e digo: nâo tardam as minhas boas cantoras, as cigarras, que são as bohemias do verão, feslivas, alegres, fortes como uma «irima-donua, o qua no inverno morrem pelas eslradas como Deothowan, arrebentam o peito, como uma rabeca as cordas em uma nota febril. Pobres raparigas I Míseras poetisas I Aos olhos dos homens positivos deste século vaieis monos ilo qno as formigas; estas se quizoiem entregar- se â publicidade, escreverão tratados de economia a nâo lhes faltarão editores, mas as pobres cigarras, nem um jornal quo lhes publique uma cantiga, nem uma costureira que lhes fie um vestido I Os homens positivos lóem razão e tanta razão que eu aqui paro, porque ou lambem sou a cigarra do domln- go, de quo elles nâo gostam nada, A cigarra portanto vfli, por boje. JUNIUS. —Dizem que vão principiar outra vez com os Iraba lhos das estradas, informou o taberneiro, enchendo do novo o copo ao sr. JoUosinho. —Pois qne vejam no que se mottem.Cautelinha com- migol resnínngou este. Faço como daquella vez, em que eu a a minha gente queimamos toda a papelada da câmara e do escrivão da fazenda. —Agora no inverno éque ellos hão do principiar com os trabalhos. Sempro se fia em boa! disse encolhendo os hombros, mestre Perlunhas. ²Vocemocé ó qua eslá a lór, voio-lhs á mão o bra- sileiro. Então nâo sabe que as eleições são em Fuverol ro "- C4 —Ai, é verdade I náo me tinha lembrado disso I ex- clamou o padre. —Também não sei como será desta vez essa historia das eleições; acudioosr. Joáosinho. ou o a minha gente inda estamos ,i vér no que param as coisas. Eu não ostou para ser logrado. Até agora tenho dado ao conselheiro a freguezia' em peso, sem pedir nada, ou se pedi foi o mesmo que não pedisse. Vou curar-me de tolo ; agora sempre havemos de entrar ahl n'uns ajus- tes. Sa o homem nâo estiver por umas conlns, não anda o filho de meu paa. —Ora adeosl disse o padre cura. O conselheiro tem arles para o levar. —A mim ? Está enganado. Não querendo eu ? Então você não me conheço.Em eu embirrando, sou como um borrego teimoso. ²Quando se falia em estradas, estou a tremer; disse um dos lavradoros. O que ellas voem fazor ó cortar-nos os campos, o afinal não sei para que ser- ,vem. —Isso não ó assim ; atalhou o brasileiro tomando uns ares cathedraticos, cheios de gravidade. Voceoiecó ó ignorante e por isso é qua falia desse modo. —Eu digo... lartaniudeou intimidado o lavrador. —Pois sim ; mas não deve metter-se a filiar em cou- ias que niio entendo. As estradas não servem para nadai As estradas são meioi de communicação o...facilitam o.. .o.. .o trafego commercial a augmentam por conse- guinte a riqueza das nações... Porque o trabalho ropre- senta um capital...sim senhores, mas...mas ura capi- tal...sim... nm capital morto... quero dizer... um capital quo...que náo vive...Quero dizer...sim... supponhamos : o credito pór exemplo...O credito... sim...ahl eslá o credito...Pois que óo credito ?... O credito ó...éo credito... depende de muitas coisas... Por outra, supponhamos.. .sa nós não tivéssemos estra- das.. .Uma sopposição...Partamos do um principio.A producção excede o consummo...Quero mesmo que 9 QUEM DA AOS POBRES EMPRESTA A DEOS (*) Eo, que a pobreza de meus pobres cantos Dai aos heroes... aos miseráveis grandes, Eu, que sou cego—mas peço luzos, Quo sou pequeno—mas'só fito os Andes, (') Esta poesia foi recitada no theatro da Bihia n'iini beneficio que a sociedade (Lilterarii e Portugue- za)—Gabinete da Leitura—deu em proveito dos or- pliãos da guerra no Paraguay. consummo exceda a produe;âo...Sim, qnero mesmo isso...Muito bom. ..D'ahi que resulta ? Ii-la claro que um desequilíbrio- E depois ?...Depois, boas noites... Não havendo estradas... Alli estaque se diz por ahi quo a livre exportação quo lal, quosim senhores...mais isto, mais aquillo...Pois não é assim, li' preciso que se attenda lambam ás condições econômicas dos povos. Sim...eu digo: O commercio deve ser livre. . .Muito bem...Em termos se sabo...Mas., .o commercio li- vre. ..a livra troca. ,.entendjmo-nos...E' preciso cia- rezado idé.s.. .Qaajido ou digo que...Ora supponha- mos qne nâo haviam eslradas... Os transportes eram mais difÜcéis a por tanlo mais caros...E se além disso os geneios fossem eicassos a...Diz vocemecé, para qua servem as estradas? Ora diga-mo uma ioisa, sr.Manoel supponhamos qua...os impostos lndirectos...não pre- cisamos d'ir longe.. .os impostos indirectos.. .Sempra queria que me dissesse o que havia de fazer ? Impostos, Deus me livre delles ? murmurou o la- vrador, cujos instlnctos trepidaram á palavra «impôs- tos.» j—Isso lambem não é assim... Deos ma livrei Não sa diz Deos me livre, porquo a riqueza...a riqueza... sim. ariqueza não está na terra...isto ó, a riqueza está na terra... mas é preciso o capital para a exportação.. Percebe ?...Ou... supponhamos... por exemplo... Náo... vamos por outro lado...Ha um déficit iwini orçamento.. .desce o preço das inscripções.. .Ora bem... Mas...supponhamos que ha boas eslradas ei ratara... A riqueza tende a augmentar...c...e.. .limliui qua as estradas sâo úteis; isso ó qoe não tem questão. Toda esta lenga-lcnga econômica foi oscutada pelo auditório com profunda altenção. O brazdeiro, assignante o leitor infallivel de varios jornaes políticos, conseguira, ã força de leitura, fixar na memória cortas phrases de artigos de fundo, e aca- bára por convencer-se do que possuía grandes noçõas de scioncia política. Em oceasiões como esta dava uma sacudidela ao intellocto o aquollas phrases, como os va- riados objeclos do interior de um kaleidoscopo, toma- vam uma disposição tal ou qual, mais ou menos regu- lar, e assim lhe sahia uma dlssertaçí), como essa qoe viram. Em permanente indigeslão econômica vivia esla portento.A doença não é das mais raras entre político n (Contínua),

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ANNO XV DOMINGO 11 DE OUTUBRO DE 1868 N. 3103

Subscreva-se no escriptorio daTypographia Imparcial, Kuii daImperatriz n. '27, para a capital i128 rs. por anno. e 6fl rs. por so-mestre, e para fora a 1511 rs. porinno.

A asstgnalurapóde começar emqualqoer dia do anno, mas acaba(iiiipre «m fiailll! Junho o Dezem-ro. PAGAMENTO ADIANTADO,

runLicAçoia.Annnncios 100

'róis por linh»

Publicações litterarias 50 rs. >Ditas particulares 100 rs. ¦¦»Noticias diversas 500 rs. »folha avulsa custa 200 rs.

As correspondências e comtnumodos seiSo dirigidas em ò»rtlfechada ao escriptorio da redac-Ção.

IDirector òa xzòatçãa t prff|irieíario òo cstabclectmeuici—0<MPINB tóÉ» M &8UW1M ffiíiÊ^il^^eroilabtiraíiotts tàoáim

NOTICIÁRIODatas notáveis—Fiz amanhã o.m anno qoe o

ex-presidente José Tavares Bastos entregou a admuiis-tração da provincia ao 3 * vice-presidente coronel Joa-qnmi Floriano de Toledo.

Guarda nacional—Por portaria da presidon-cia, do Iwiittim, foram suspensos do exercício do posto,por tempo indeterminado, os seguintes ,'düclaes:

Batalhão de infantaria n. 32 de BatalaesTenente-coronel conimandante—José 1'auhno Pinto

Nizarlo.Batalhão de infantaria n. 6 de Porto Feliz

c CapivaryTenente-coronel commandaiile — José Pompou de

Campes Piza.Batalhão de infantaria n. 39 do Tietê

Tenente-coronel coiniuandanle—Francisco Corrêa deMoraes.

—Foram nomeados para substituil-os:Ao 1 ° —o tenente Joaquim Antônio Pereira Lima.Ao 2 ° —o capitão Francisco Ferraz do Amaral Gur-

gel.Ao 3 ° — o major Custodio Manoel Alves..

Policia—Foi concedida a Joaquim Pio Pupo a exo-neração, que pediu, do cargo de Io snpplenle do subdelegado de policia da cidade do Amparo.

Assassinato—Na madrugada de hontem deu-sena freguezia do Uraz um lamentivol assassinato.

OcCorreram os factos pelo modo seguinte:Fortunato Roberto dos Santos, fazendeiro de Parahy-

buna, o um sou camarada, Antônio Joaquim llueno,vieram ultimamente a esta capital em procura de umescravo do primeiro, do nomo Manoel, conhecido porManduca, quo andava fugido.

Na noute de ante-hontem, colhido ás mãos o escravo,foi seu senhor pousar em um quarto de aluguel na fre-guezia do Braz, dormindo também no mesmo recinto ocamarada Bueno, outros indivíduos, e ainda o escravo,algemado e preso pòr uma corda a uma trave do ledo.

A's 2 o meia da noile, porém, tendo o escravo cor-tado a corda com os dentes, apossou-se de tuna facado camarada Bueno, abrlo a porta do quarto o fugiopara a rua..

Nesse momento, acordando-se Roberto e Bueno,sabem no encalço do fugitivo e acercam-se delle a pe-quena distancia; o fazendeiro, que conseguira tomar adianteira ao escravo, deita-lhe a máo, mas esto volta-sodo costas para olle fazendo frente ao camarada Buenoque investia por esse lado, e recebo a esle na ponta dafaca, tendo-a segura com as mãos algemadas e apoian-do-a ao peito pelo cabo.

Desta arte enterra-se a faca inteira no ventro deBueno, cabe este moribundo, e consegue o preto esca-par-se a desapparecer.

Logo que amanheceu, seguio uma escolta em buscado escravo, mas em todo o correr do dia não nos constaquo tenha sido apanhado.

Quanto ao camarada Bueno, apezar de soecorrido im-modi ata mento depois do facto, falleceu hontem ao meiodia mais ou menos.

Bueno era casado, e deiia mulher e filhos.

Direito administrativo—Temos em nosso

A IHOKGADINIIA DOS CAMVIAESCHRONICA DA ALDEIA

ponJúlio Diniz

XI

(Coníúiunccío)No momento, om que entramos, usava da palavra o

brasileiro, qua estava sentado a porta da taberna, namais limpa cadeira do estabelecimento.¦ —Pois ô verdade: dizia ella ; fomos" todos da mesmacreação. O conselheiro Manoel Berardo sahiu iPaquipara Llshoa ura anno depois de eu ir para o Brazil.Andamos ambos na mesma eschola, que era a do padreJoaquim, ali pelo sitio da Corredoura. Vocatnecô ha deostar lembrado, sr. Luiz; accresoenlon, dirigindo-secom a affabilldade protectora que ocaracterisava, a umdos lavradores.

—Ora se estou I muito bem.Era na casa, oro que hojemon n Chico da Luciana.

—E' verdade que sim. Pois alli andol en e o conse-lheiro e aquelle ratão do Vicente, herhanario, que oraji rapaz taludo. Lembra-me, como se fosse hoje, daquando jogávamos todos três a pedra no terreiro da Cor-redoura.

—Olha lá, hoinl diziam os dois lavradores com umsorriso cortezãonos lábios, entiio com que o sr. Saabratambém jogava a pedr» I Eli I eh I eh I...

—Ora, como um homem. Eu fui levadinho da breca.Boa lóva levei de minha mãe, por causa d'umas calçasnovas, que rompi.

—Oravódesl diziam os outros.—Ai tempos, tempos I disso, suspirando, o hrasilei-

ro.—Quem havia da dizer então ao que v.s.e o sr.con-

selheiro tinham de chegar 1 notou llspngelramenle o sr.Bento Porlunlms.

—Eu sim; respondeu com toda a sua modéstia abra-sileiro. A que cheguei eu ? Comi candeias accesas poloBrazil para arranjar um bocado de pão para o resto davida; com isso me contento. Ornais, sou um pobrediabo, qne ninguém conhece, nm homem ignorante, semprincípios. Elle i outra coisa.

poder, mas por falta do tompo só daremos no seguintenumoro, um oscrlpto do distincto acadêmico, sr. Leon-cio de Carvalho, sobre mataria de direito administra-tivo, com o titulo—Revista de graça ospecialissima emmatéria de presas.

Theatro—Vae hoje, transferida de quarta-feirapassada, a segunda representação da— «Alméo».

Norte da provincia—Recebemos o «Paulista»de Taiibaló, a «Tribuna» da Aréas, o «Democrata» e o«Parahyba» de Giiaralinguelâ, alcançando as ultimasdatas a 4 do corrente.

Nem uma nolicia local referem de Interesse.

Eutcrpe comnicrcial—Esta sociedade reuno-so hoje to 4 da tarde no theatro do Largo de Palácio,para deliborar sobro o projecto de mandar fazer umfardamento para a banJa, quando houver de sahir emcorporação.

E' louvável a idéa, e rovolao estado de prosparida-de em que vau aquella interessante sociedade.

Vapor S. Vicente — li' esporado em Santos,hoje, esle vapor, procedente da corte.

Matadouro publico— Foram mortas no dia 9do corrente, 19 rezes.

Obituario — Sepullou-so no dia 9 o cadáver damenor Veridiana, idade de 2 annos; de bichas. Filhado sr. Josuino José da Silva.

Mercado de Santos—Hontom nada se fez a4iem café e algodão.

LITERATURAFOLHETIM AO COMPRIDO

O Filho de Timandro.—Hbtoria da política.— O porcos os cegos.—Atmosphera.—Thoalro.— Aimée.—i\o-ço Pobre.—Os srs. Josó Bonifácio e Silveira da Mptta.—O sr. Tronconi.—A nova pholographia dos srs.Carneiro o Gaspar.—Vida no campo.—Cigarras eformigas.Estou desconfiado de que tenho hoje de acotovelar-

me com o Filho de Timandro, cousa esta que nao dei-xará de inconimod»r-me, sendo eu como ji declarei,tão adverso a tudo quo respira política. Mas que fazer?O jornal é uma espécie de hotel, aonde entram o solda-do, o padre, o cantor, o surdo, o guelpho e o gibelino.Enlram todos dechapéo na cabeçi, olham-se, ou nemolhiin-se o trata cada qual de comer. Por isso pôde oFilho de Timandro contar as suas historias, sem temorde oue eu o interrompa.

Não entendo de política; prefiro uma noite do Alça-zar a uma sessão da câmara, e acredito mais nas memo-rias de Munkausen do que no programma ou relatóriode um ministro.

Ouvi contar um caso que me afliançaram ser histori-co: era na idade média, se não me engano; om certafesta, os habitantes faziam um circo, punham dentroum porco e chamavam qualro cegos, cada qual armadode um o.acótu, para matarem o porco, que partencia aovktorioso.

JA adivinham o que podia acontocor: os cegos princl

plavam a dar pauladas de cigo uns nos outros, e o povoia-se á braga solta.

Quando lal historia me referiram, disse eu logo co-migoT eis ahi a discussão política, a luta dos partidos,a luta dosjornaos. Aquelle porco é o poder, os discuti-dores são os cegos do páu o em vez de darem no porcoe do ganharem-no, dão em si mosmos, ao applauso doporco e do povo I

Ora vale muito a pena, sondo assim, fazer política?Nada. Da minha parte, dispenso o porco e passoadiante.

A Atmosphera nestas últimos dias lem estado de umainconstância de moça do quinze annos.

A's vezes são coitlnas de brumas: vem o sol a.-regaça-as por um instante e espreita em um olhar de fogo ede lampejo. *

NSo sendo moço, amotinam-me esta chuva e esto solde um modo incrível. E' que no meu cérebro chovetambom e fiz sol, e jã se sabo portanto quo.apparcca alua por sua vez.

E' um incommodo.O nosso theatro não gósla tambom destas variações

atmosphericas e lal foi o motivo, segundo disseram, denão lermos, lenão hoje, a segunda oxhibiçâo da Aiméc,quo lanto barulho fez no Gymnasio da corte.

E' dizer que a curiosidade estimulou-se, julgandoquo o sr. Furtado Coelho havia arranjado alguma Ins-lorla da diuo do Alcazar do mesmo nome, porém quenada tinha do pastora, a não ser que o seu rebanhodelia, eiam homens, em vez de cabrlnbas. O povo con-correu portanto ao Gymnasio e viu que a Aimée aiinun-ciada era outra.

Mas a curiosidade' conlfnúa e o nosso povo foi tam-bem ao S. José, ver o que era a peça quo tinha alvoro-çado os bons Iluminonsas.

Aimée é um drama do paixões, portanto era justoque agradasse.

O sr. Joaquim Augusto tavo as honras da noite, oque ó dizer tudo.

Segundo li honlem em um jornal acadêmico, lemosem brove o Moço Pobre, ou melhor, vamos toro I'c//ioLaroque, o trabalho artístico mais peifaito do sr. Joaqulm Augusto. Segundo o mesmo jornal, é a sra. Eu-genia Câmara quom se incumbo do papel da dama prin-cipal. A nolicia sorprehendeu-me, porque ainda nomou primeiro folhetim, fadando eu desse drama, apontava-o como um daquelíes em que a sra. Julia revelavade modo Incontestável o seu talento.

Porque pois a sra. Julia não representara o papel quotantas vezes representou com applauso geral?

Passo adiante.Este passo adiante é um passo difflcil em que estou.

Como sempre, não sei como finalisar estas espécies deprosa chilra que tenho com os leitores. Mas como nâoser assim ? Posso acaso ser mais fértil do que esla pro-prla cidade que em se lhe tirando a chuva e o sol, ó so-cegada e quieta como um convento?

Ainda desla vez, chegaram dois hospedes que dãopara fallar e um invento que merece attonção.

Sabem todos que hospodos são. Um ó o guerreiro aquem a poesia do sr. José Bonifácio appellidou de Ba-rão da Frente, em homenagem a ter elle sido, o guerreiró, o primeiro affrontador da fabulosa llumaylá.

Náo sei, mas quer parecer-me que o llluslro sr. Silvelra da Moita não veio a S. Paulo senão para agradecerao donatário aqudle titulo digno d.a Historia.

Parabéns a ambos. Talentos como o do sr. José Bo-nifaclo são generosos, e para homens como o sr. Silvei-ra da Moita cabem estas genorosidades.

O segundo hospede ó um artista: o sr. Tronconi, qae

—Não é tanto assim; insistiu Perlunhas; todossabemquês. s. se quizesse...—Olhe, meu caro amigo, eu conheço-me; se tivesseo juizo de muitos, que por ahi vejo figurando, enlãohavia de mo vfjr na brecha ; porquo, niio ó por me gabar, mas não motonho por menos do que muitos deilei.

—Or», pois não, não; disseram os lavradores, Pertuilhas o o padre.—Alguns que alé ministros tem sido...

—Por essa eslou ou...—O conselheiro mesmo... resmungou opadrefun-

gando uma pitada jesuitiea... lim, aqui para nós...—Tanto não digo ; continuou o brasileiro, mas jisui-

tioamente ainda. O conselheiro... vamos... Faça-se-lha justiça. Eu não quero dizer que elle seja uma coisapor ahi além... sim... Que diabo lem elle falto ali-nal ?... M»s... Não ó dos pelores, não édospelores.Faça-so-lbe justiça.Não é homem do grandes taienlos...isso, não ; nem mesmo de grande fundo. Sim..'.Deve-mos confessar quo esta ó a verdade.. .Mas... emfim,vamos andando...Cada um faz o que pode. Concluiu obraziloiro, depois de ter feito justiça ao cooselheiro.

—No que ella tem andado mal é em promelter maisdo quo pdde fazer, lia quantos annos nos anda a fallarna estrada, e ató hoje ainda nem palmo delia ; opinlouo Ptrtunhas.

—Meu amigo, engana meninos e chupa-lhe o pão;diz o ditado ; ponderou o brasileiro.

—Afallar a verdadeI... disse um dos lavradores...com a Influencia quo elle toro, podia...

—Ora adeus I pilanfrorio; atalhou o padre, bem mefio eu na Influencia do conselheiro.

—Ebl chi ohl respondeu o brasileiro/agradado dosceplicismo do padre, a aceroscentou com ura sorrisovelhaco:—Não, ella diz que falia com os ministros, queUl, que sim senhores, que domina o partido.Emfim...Elle lá o sabo.

—Para mim é que elle vem de carrinho...—Eu não sei; concluiu com requinte de velhaquez o

brasileiro.—Pois en cá.; disse o sr. JoUosinho, qne estivera be

bendo em silencio, e descarregou um murro na banca,que fez lilintar os' copos. Eu cá já disse; so os taes ho-mons das bandeirolas mo tornam a passar por as terrassempre lhes meço as costas com um marmeleiro, que látenho, o que já me serviu para varrer a feira de SantoEstevão. Uns mariolas I...

E como para desafogar o peso da sua amabilidado,despediu nm pontapé a um podengo, qoe sa lhe vieraroçar por as pernas, a fel-o sahir ganindo.

ó o Orpheu do Rio de Janeiro, tal 1 a magia quo ellesabo exlrahir da sua harpa, que parece ter sido achadalá noa combros da Grécia.

Que seja próxima a oxblbição desse espectaculo: te-mos sede de harmonias, nesla cidade tão cheia do dis-putas.

Resla-noB fallar do invento: ó da casa dos srs. Car-neiro e Gaspar, Os jornaes já fadaram a respeito : tra-la-so de uma pholographia qno dá cores e que não seapaga com o lempo.

Já agora muita gente não se desculpará do não tiraro retraio com o dizer: «Sanlo Deusl Fica-se com carade defunto I»

«Nem com cari do vinagre, respondem agora os srs.Gaspar e Carneiro : a nossa pholographia já dá a cõr epôde ató mentir, não haja susto.»

Náo ha remédio senáo ir nm homem á FhotographiaAcadêmica da rua da Imperatriz e eslar por tudo quequizerom o sr. Gaspar e o sr. Militáo que são capazesde inventar pholographias que digam a idade... dlmi-nnlda dos photographados.

Eis aqui mais ou menos agiupadas as noticias da se-mana I Consileraçõis contra a política, theatro, chega-das, Invenios e nada mais.

Eis a vida desta cidade I Por isso também vivo afãs-tado delia. Aprazo-ma nos campos, é mais indepen-denlol

Desperto ao alvorecer e atiro-me á água similhanle aum marreco, sorvo o ar ás toneladas, afogo os olhos doluz a passeio depois. ;jfc &

Vou vendo as arvores. Noto que as parreiras es-tão já vlrentes, que os peceguelros cobrem-so dello-res : eis o Natal, digo comigo, e o meu coração estreme-ce de alegria, parque o N.iul ó a lembrança da família,a oceasião das festas, dos pequenos presentes trocados,dos jantares entro amigos I

Lio faço pela manhã. Ao entardecer, oiço as casua-rinas, os grillos e digo: nâo tardam as minhas boascantoras, as cigarras, que são as bohemias do verão,feslivas, alegres, fortes como uma «irima-donua, o quano inverno morrem pelas eslradas como Deothowan,arrebentam o peito, como uma rabeca as cordas emuma nota febril.

Pobres raparigas I Míseras poetisas IAos olhos dos homens positivos deste século vaieis

monos ilo qno as formigas; estas se quizoiem entregar-se â publicidade, escreverão tratados de economia anâo lhes faltarão editores, mas as pobres cigarras, nemum jornal quo lhes publique uma cantiga, nem umacostureira que lhes fie um vestido I

Os homens positivos lóem razão e tanta razão que euaqui paro, porque ou lambem sou a cigarra do domln-go, de quo elles nâo gostam nada,

A cigarra portanto vfli, por boje.JUNIUS.

—Dizem que vão principiar outra vez com os Irabalhos das estradas, informou o taberneiro, enchendo donovo o copo ao sr. JoUosinho.

—Pois qne vejam no que se mottem.Cautelinha com-migol resnínngou este. Faço como daquella vez, emque eu a a minha gente queimamos toda a papelada dacâmara e do escrivão da fazenda.

—Agora no inverno éque ellos hão do principiar comos trabalhos. Sempro se fia em boa! disse encolhendoos hombros, mestre Perlunhas.

Vocemocé ó qua eslá a lór, voio-lhs á mão o bra-sileiro. Então nâo sabe que as eleições são em Fuverolro - C4

—Ai, é verdade I náo me tinha lembrado disso I ex-clamou o padre.—Também não sei como será desta vez essa historiadas eleições; acudioosr. Joáosinho. Cá ou o a minhagente inda estamos ,i vér no que param as coisas. Eujá não ostou para ser logrado. Até agora tenho dado aoconselheiro a freguezia' em peso, sem pedir nada, ou sepedi foi o mesmo que não pedisse. Vou curar-me detolo ; agora sempre havemos de entrar ahl n'uns ajus-tes. Sa o homem nâo estiver cá por umas conlns, nãoanda o filho de meu paa.—Ora adeosl disse o padre cura. O conselheiro temarles para o levar.

—A mim ? Está enganado. Não querendo eu ? Entãovocê não me conheço.Em eu embirrando, sou como umborrego teimoso.

Quando se falia em estradas, já estou a tremer;disse um dos lavradoros. O que ellas voem cá fazor ócortar-nos os campos, o afinal não sei para que ser-,vem.

—Isso não ó assim ; atalhou o brasileiro tomandouns ares cathedraticos, cheios de gravidade. Voceoiecóó ignorante e por isso é qua falia desse modo.

—Eu digo... lartaniudeou intimidado o lavrador.—Pois sim ; mas não deve metter-se a filiar em cou-

ias que niio entendo. As estradas não servem para nadaiAs estradas são meioi de communicação o...facilitamo.. .o.. .o trafego commercial a augmentam por conse-guinte a riqueza das nações... Porque o trabalho ropre-senta um capital...sim senhores, mas...mas ura capi-tal...sim... nm capital morto... quero dizer... umcapital quo...que náo vive...Quero dizer...sim...supponhamos : o credito pór exemplo...O credito...sim...ahl eslá o credito...Pois que óo credito ?... Ocredito ó...éo credito... depende de muitas coisas...Por outra, supponhamos.. .sa nós não tivéssemos estra-das.. .Uma sopposição...Partamos do um principio.Aproducção excede o consummo...Quero mesmo que 9

QUEM DA AOS POBRES EMPRESTA ADEOS (*)

Eo, que a pobreza de meus pobres cantosDai aos heroes... aos miseráveis grandes,Eu, que sou cego—mas só peço luzos,Quo sou pequeno—mas'só fito os Andes,

(') Esta poesia foi recitada no theatro da Bihian'iini beneficio que a sociedade (Lilterarii e Portugue-za)—Gabinete da Leitura—deu em proveito dos or-pliãos da guerra no Paraguay.

consummo exceda a produe;âo...Sim, qnero mesmoisso...Muito bom. ..D'ahi que resulta ? Ii-la claro queum desequilíbrio- E depois ?...Depois, boas noites...Não havendo estradas... Alli estaque se diz por ahiquo a livre exportação quo lal, quosim senhores...maisisto, mais aquillo...Pois não é assim, li' preciso que seattenda lambam ás condições econômicas dos povos.Sim...eu digo: O commercio deve ser livre. . .Muitobem...Em termos jã se sabo...Mas., .o commercio li-vre. ..a livra troca. ,.entendjmo-nos...E' preciso cia-rezado idé.s.. .Qaajido ou digo que...Ora supponha-mos qne nâo haviam eslradas... Os transportes erammais difÜcéis a por tanlo mais caros...E se além dissoos geneios fossem eicassos a...Diz vocemecé, para quaservem as estradas? Ora diga-mo uma ioisa, sr.Manoelsupponhamos qua...os impostos lndirectos...não pre-cisamos d'ir longe.. .os impostos indirectos.. .Sempraqueria que me dissesse o que havia de fazer ?

— Impostos, Deus me livre delles ? murmurou o la-vrador, cujos instlnctos trepidaram á palavra «impôs-tos.»

j—Isso lambem não é assim... Deos ma livrei Nãosa diz Deos me livre, porquo a riqueza...a riqueza...sim. ariqueza não está na terra...isto ó, a riqueza estána terra... mas é preciso o capital para a exportação..Percebe ?...Ou... supponhamos... por exemplo...Náo... vamos cá por outro lado...Ha um déficit iwiniorçamento.. .desce o preço das inscripções.. .Ora bem...Mas...supponhamos que ha boas eslradas ei ratara...A riqueza tende a augmentar...c...e.. .limliui lá quaas estradas sâo úteis; isso ó qoe não tem questão.

Toda esta lenga-lcnga econômica foi oscutada peloauditório com profunda altenção.

O brazdeiro, assignante o leitor infallivel de variosjornaes políticos, conseguira, ã força de leitura, fixarna memória cortas phrases de artigos de fundo, e aca-bára por convencer-se do que possuía grandes noçõasde scioncia política. Em oceasiões como esta dava umasacudidela ao intellocto o aquollas phrases, como os va-riados objeclos do interior de um kaleidoscopo, toma-vam uma disposição tal ou qual, mais ou menos regu-lar, e assim lhe sahia uma dlssertaçí), como essa qoeviram. Em permanente indigeslão econômica vivia eslaportento.A doença não é das mais raras entre político n

(Contínua),

Page 2: NOTICIÁRIO - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/090972/per090972_1868_03703.pdf · mon n Chico da Luciana. ... Bento Porlunlms. —Eu sim; respondeu com toda a sua modéstia abra-

CORREIO PAULISTANO

Canto n'esl'hora, como o bardo aotlgoDas priscas eras quo bem longe vão,O grando nada dos heroes que dormemDo vasto pampa no funoreo chão.

Duas grandezas—neste Instante cruzam-se IDuas realezas—boja aqni.se abraçam IUm»—é um livro laureado em luzes.Outra—uma espada onde os laureis se enlaçam.Nem cora o livro de hombrear com o sabre,Nom cora o livro do chamal-o Irmão,Quando am loureiros so espcdaça o gladioDo vasto pampa no funereo chão.

E foram grandes teus herdes, ó pátria I—Mulher fecunda que não crôa escravos,Que ao troar da guerra soluçuste ao3 filhos :«Parti soldados—mas volhi-mc bravos».E qual Moôma desgronhada, altiva,Eis tua prole que so arroja enlãoDa um mar de glorias bipartiu lo as vaga3...Do vaslo pampa no funereo chão I

E esses Líandros do Hellespnnto novoSe resvalaram—foi no chão da historia,Sa tropeçiram—foi na eternidade,Se naufragaram—foi no mar da gloria IE boja o quo resta dos heroes extinctos ?Aqui os filhos qué vos pedem pão...Alem—a ossada quo branqutja a luaDo vasto pampa no funereo chão.

Ai I quantas vezos a criziiça. louraSeu pae procura pequenina e nua,E vae brincando com o vetusto sabreSentar-se á espera no portal da rua I.....Misera mãe I sobre teu peito aqueçaEsta avesinha que nib tem mais páo ISeu pae descança—fulminado cedro—Do vaslo pampa no funereo chão I

Mas já que as águias lá no sul tombaramE os filhos do águias o rontinesquece,E' grande, ó nobre, é gigantesco, é santo...Lnnçae a esmola a colliereis a prece IOh I dae a esmola I..que, do infante lindoPor entre os dedos da pequena má",Ella transborda e vae calílr nas covas...Do vasto pampa no funereo chão.

Ha duas coisas neste mundiMantas—O riralo infante,—o dcscüfçardo mcrto.O berço—é a barca qne encalhou na vida—A cova—a barca do siiléreo porto.

,'E vós dissestes para o berço «avante I»Emquanto os nautas que ao Eleroo vàoOs ossos deixam qual na praia as âncoras...Do vasto pampa no funereo chão.

E' grande o abraço em qne hoje aqui se estreitamDa heróicos troncos os rebentos novos...E' que sáo grandes dos heroes os filhosInda quo filhos de diversos povos.Sim I me parece quo n'esta hora augostaOs mortos saltam da feral mansão,E um bravo altivo de além-mar partindoRola do pampa no funereo chão I

Bahia—1806CASTRO ALVES.(Do Acadêmico).

VARIEDADE

A verdade é, que a terra é nada comparada á Immen-sidade do espaço, e ao numoro de mundos que o po-voam ; em lal comparação a lorra é um planeta prodi-«ciosamente insignificanteI A razão da creação datoU-lidado absolata, e o mysterio da sua existência, só per-lence á mcriíe Divina. A pliylosophia sobra esta ma-teria ó uma cliimera.

Ha um horisonta no espaço, além do qual a vistahumana nada podo conhecer; ha uni horisonto notempo, além do qual o estudo hão póJo remontar: osséculos fizera, que tal horisonto, seja o limite ondopôde chegar a razão. Nada nasce do nada; quandoadmiramos o monumento dos conhecimonlos astro-nomicos do actual século, devemos tar a certtza, queatuz delia existem oulros monumentos, uns conhe-cidos, outros totalmente perdidos p»la força do tempo,que lhe deram geração, e devamos ter a convicção queo principio de tal geração foi a palavra de Deus. Fiatlux.

Ha verdades bem conhecidas.O mundo pela lei do movimento lem um renova-

mento eterno, e pela mesma lei umn destruição perpetua de cousas. Tudo cao em ruinas depois de umcerto tempo de duração de vida, e tudo renasça dasruinas depois de uma duração de morte. «

Os impérios, os caslumoi, as idéas, as artes, as seiencias, as civilisações, não escapam á lei immutavel.

Peguei-lhe na mão, e com ardencia lhe disse:—ve-narando ancião! I sois um sábio I contai-me; contaime a vossa historia I

Itaspondeu-me:—men filho, poço-vos licença paradar-vos este nome divino, nome doca, consolador aocorcçâo do um velho decrépito, quo vivo ainda nomundo, sem, porém, pertencer a elle, e só ligado isua vid?. excêntrica palas recordações. Sábio II só emDeus é que existe a sabedoria I

O pensar ó a vida do homem, o n leitura ô um doselementos dessa vida: a leitura no silencio das paixões,na boa escolha dos livros, nos eleva, nos arrebata ápresença de Daus, o nos enche de sua infinita Graça;a fé e a razáo nos faz conceber as grandes virtudes—amar a Deus—ao próximo—a pátria—a familia—a hu-manidade. O pensamento é o gerador das grandesacções dos homens, é o gerador de toda a producçãonas artes, nas scienclas, rios interesses caros da pátria,da família e da humanidade; producção que lhe dávida ainda mesmo depois da morte, vida brilhante,cheia de gloria nas paginas da historia, e nas tradiçõesdos povos, emquanlo os séculos dilo licença para quese conheça essas historias, essas tradições.

No calor das paixões, na má escolha do estudo, opensamento nos arrasta a todos os crimes, nos preci-pita nos mais infames abusos da liberdade ; liberdade,lei do movimento d'alma, dom celeste, do qual os ho-meus abusam, porque o mundo ó o mundo das paixões.

Os interesses mesquinhos cobertos com diversosmantos de diversas córes, as vinganças, as calumnlas,ás ingratidões, as indiiíerenças, os grandes crimes e asgrandes virtudes, sáo o movimento, a vida, a historiada humanidade I

Si a anatomia podesse dissecar o espirito como dis-seca o corpo humano, ella em resultado de sua analysediria:—«no homem não ha sabedoria natural, ha otrabalho; suas idéas o pensamentos são tirados de oulrasidéas, de outros pensamentos, sua producção embora a-perfeiçoada, e melhor collocada, está ligada a outrasvelhas producções: Ciminha-se de soculos em séculosató chegar á verdade, oue é a sabedoria divina Irans-miltida aos homens pela revelação.

Todos almejamos a pureza da igreja fundada porChristo, quo nio pôde morrer,

Ilegnum Deispirituale iiifcrnitm et icícrnuui.»

Nápoles é um brilhante empório do luxo o dos pra-zeres, porém, tudo quanto ora bello só mo causava tns-tezal I—a alma sentia raelanc!i"llas, recordaçôasl Satidadesl—saudadcsll

Chorava, e loucamente fatiava e chamava — Lanra ILaura! '

O que eslás fazendo? Peço-to, rogote—uma so lngrl-ma da saudade II

Foge da cone, eschola da , ausenta-te para Tolo-do, para o teu nobre solar, o entre as tuas flores, comtristeza, pronuncia, repete, o nome daquelle que t«ama, quo te adora I

Lanra I Laura I a minha tristeza não tem limites, meucoração só por ti palpita, minha alma pede-me quo tornepara a pátria, qua ta vá adorar, e pedir-te a felicl.ladel

Viver ausente, viver ralado de zelosI...antes a iríorlo.Procuro nesta terra alguma cousa digna uo meu con-

tentamento, e só acho a solidão I Ooço ao longe,—mui-to distante,—o rumor do mundo, da gloria, e da poli ti-ca, despréso, porém o mundo, rio-mo da gloria, o aborreco a política,

FllANK.

Francisco Antonlo da Silva Molchior por náo ter dadoa registro umas terras qua possua no lugar denominado—Rio Novo—do município do Rotucatú.

—Ao commandante superior da Sanlos—Communl-cando qua, por despicho de 6 lo corrente, foram inda-feridos os requerimentos em que os guardas dessa com-mando superior, Ji.áoXivior da Silveira e Adilo Em-mericli, pulem, aquelle, isenção do serviço aclivo, aeste, passagom para a reserva. "

autos tmmEXPEDIENTE DO GABINETE DO PRESIDENTE

Dia 8 de Outubro de 1808—Ao commandanto do corpo policial—Em resposta

ao ollicio que vmc. ma dlriglo om data da hoje, com-municn-lhe que foram expedidas as convenientes orde,us para racolher-so ao corpo policial, sob sou com-mando, as praças destacadas na colônia militar doAvinhandava.

—A José Le|te Penteado—De ordem da s. exe. o sr.conselheiro presidente da provincia, communioo a v.s. que, em data da 3 do corrente, o mesmo exm. sr. affoclou ao exm. sr. ministro do Império, náo só a ma-teria dos oíGcius de v. s., do 31 de Aijoslo e 2] de Si-t-mbro, a que allude v. s. no seu ollicio de 5 desle mer.cumo a de outros, que tem relação com a matéria, Omesmo exm. sr. aguarda decisão do governo imperiala respeito.

—Ao inspector da obras publicas—Representando-me o engenheiro II. L. de Azevedo Marques quo até opresente não recebera os seus vencimentos do mez liodo por filia do attestado dassa inspeciona, qua se recu-sadal-o por não constar-lha em qua estava alio empragado.; declaro-lhe para sua sciencia e devidos offeitos,qua o referido engenheiro estava om commissão nosmunicípios de Santos e Jundiaby,

Política

Sou francez, era capitão do estado-maior do exercitopacificador, (1) estava em Madrid em 1823, e quiz vôru soberbo mosteiro dos monges do S. Jeronymo, celebropor ter sido a casa religiosa a qual Cailos v, imperadorda Allemanha, e rei do Hespanlia, por premedítaçáo caprlchosa, ou por moléstia, se recolheu, afastando-se domundo e da política. O mosteiro eslá distinta poucashoras da cidade de Placencia, noma que significa gosar,o se dlnva da formosura daqnellas paragens queridasda natureza, e nelle fui hospedado quatro dias comgrandeza, como ó de csluino om laes conventos naHespanlia.

No segundo dia, quando eu descia na nugestosa cs-cada de mármore, pela qual se vai para o jardim, en-contrei-me com um velho monge, que de certo tinhamais de setenta annos, e que com grande dificuldadetambém descia a procurar na solidão, entro as flores,respirar a elasticidade do ar, perfumado e tiiiio.

O velho monge era de pequena estatura, tinha os ca-bellos o a barba branca como a neve, symbolo dos in-vemos que tinha atravessado, rosto sepulchral, cobarlocom esses traços que demonstram inícios amargos davida, do espirito e do coração; curvado e tropego, ocorpo mostrava estar cançado da viver. Parei, e disse-lhe :—reverendissimo, quereis o mou braço para vosajudar a descer ?

Respondeu-me :—lendes compaixão de mim?Não ô compaixão, sr., é respeito; foi a minha res-

posta.O velho monge encaiou-me, lançou-mo uma vista

lisonha, e respondeu-me:—raspeitaes a sombra davida.—«Piiloií és.ctpulvcremreverlcris.t Encostou-seno meu braço e descemos.

No jardim tomámos assento em um banco de marmore, á sombra de uuia frondosa arvore. Tomei a pa-lavra:—«tendes razão, reverendissimo, e confesso queo homem ô nada sobre a terra, planeta que é em simesmo nada: é uai alomo existente em um ralo per-dido do sol. A natureza physica do homem ó menosque nada quanto á sua duração, é, porém, como bem«abeis, um elemenlo da lei do movimento; a matériacorrupta dos corpos mortos recebo de novo as influen-cias celestes, que reúne os elementos errantes, e os tornapróprios a uma nova geração,—os mortos em putrtfic-ção dao vida as plantas, e ás plantas dão vida aos ani-mães. (2) O homem, porém, como ser intelligente, seconfunde pela sua grandeza com a Divindade. O espi-rito eslá também sujeilo á lei do movimento, caminhano progresso, mas não murre, vôa, sim, á Bamavontu-rança.»

Os pequenos olhos pretos do monge animaram-se,tomaram a vida da vista da aguial Que olharI taesolhos, e taes olhares, mostravam a existência de umaalma ainda cheia o o fogo I

Respondeu-me :-joven (tinha 24 annos de idade),admiro a vossa erudição I—tendes razão, a lei do mo-vimento ó uai preceito absoluto, divino, que rege todaa natuieza creada. <Circulus aterni nioíits».

A vaidade humana ó grando, e ella já concebeu, quea terra ora um aíorao emanado, negro o"calclnado, dealgum vulcão do 8dl

(1) Intervenção franc za em Hespanha, ConstituiçãodeCadlx.

(2) Richerant tom, 2—Fim,

Quereis saber a minha historiai—medonha historiaiEu vos faço delia um resumo.

HISTORIANDO MONGEPrimogênito de uma das mais principaes casas titula-

res de Hespanlia, de sangue godo puro, favorocido pelafortuna, vencedor nos combates, bem olhado das damas,o meu orgulho augmentou-se com os annos, e a til pon-to, que na idade de dezeseis annos tinha-me esquecidodo Daosl

Sem educação malernal,*entregue emquanto meninoao cuidado de aias, mais seduetoras que muralisadas,mais corttzãs do que instruídas, caminhai, no principioda vida, á rédea solli, sem conhecer o dever, sem temorde Deos ou da autoridade palernal. Aos oito annos fuientregue a aios,'e a preceplores, meros cortezãos, o li-vessem ou não tivessem erudição, elles,!até para comi-go, eram baixos aduladoros.

Entrei no serviço da cô te, e'a côrlo offerccia-se-melão agradável e t»ntadora,rquo[do tudo me osqueci.

Os meus deveres foram—a corlezanlce, e a salisfaçãodos.mousívicios.

Na idade de dezeseis annos ou era uni|perfeito liber-tino, sem religião, mas, um hypocrita astucioso!

Aos 20 annos concebi e nutri, cegamente uma paixão;uma paixão criminosa 11

Amava loucamente, lomarariamente, uma noim dama;uma mulher a mais formosa do quantas hão existido, eque náo aposso descrever, náo a posso relralarsammingoa de sous encantos I

( O monge levantou-se, sua face estava banhada ompranto, bonzeu-sa, e recitou a seguinte oração: )

« Omnipolens sempiterno Deus, qui salvas omnes etnéminem vis perira; réspk-e ad án mas diabólica fraudedecéptas. »

EXPEDIENTE DA PRESIDÊNCIADia 8 de Outubro do 1888

DESPACHOS DA PRESIDÊNCIADia 10 de Outubro

Da Joaquim José Telles—Informado pele ar. ajudan-Ia (1'ordens, vá com visla ao sr. commandante superiorpara dizer

—Da Adão Emerick—Requeira pelos canaos compe-tontos.

—Do cipitáo Trislão da Cunha Cavalheiro—Comopade. • •

Alguns chefes,, ou que passam por taes, do partidoconservador propalam que o sr. coronel Paula Lopes,de Mogy das Cruzns, está com elles, lendo já prouietlidoa votação liberal á chapa conservadora.

Para convencerem a alguns incrédulos correligiona-rios dizem mais qua houve coni>ent'o, feito com o sr.R.drigo, o exm. Barão de Ilsüna, e que ali! no mesmodia em que jantaram juntos.

Ultimamente corre o boato da terem os conservdo-res de Mogy, e da villa de Santa Izabel protestado con-Ira o dito convênio.

Conhecendo a firmpza do caracler do sr. coronel Pau-Ia Lopes, e as apreciáveis qualidades dessa Paulistadistineto, e prestigioso liberal pedimos an publico quonão creia nessa historia, que parece ler sido levantadaunicamente para molestar o sr. Pauis Lopes.

Esta importante ri ia lão não ó homem para transac-ções, o nem a barriga é o seu Deus.

Sa nao estão contentes os conservadores—já tendocooseguido do governo a sua suspensão do exercício decommaiidante superior, lancem mão de outros maiospara incouimodal-o, mas não levem o seu arrojo aoponto de quererem fazar crer a seus correligionáriosque o sr. coronel é indivíduo, quo se guie por /an-íares.

Tal procedimento ó Inqualificável, e impróprio dohomens, que sa presam, o que téem obrigação de reco-nhecerem a sisudez daquelle Paulista embora adversa-rio.

Paramos aqui; promplos porém para o mais que no-cessario fór,

O.E.S. Paulo, 10 de Outubro de 1868.

tornou a assentar-so, eTomou animo, compòz-sacontinuou com a historia:—

A honra pedia reparo, nossas espadas, nobres a tilu-lares, deviam cruzar-se, um de nós devia morrer, euassim o queria, assim o esperava, assim o desejava.Vergonha das vergonhas para o conde! vis punhaes selevantaram contra mim na escuridão das trevas, meubraço, minha espada salvou-me tirando a vida aos as-sassinos.

Ella pediu-me, e eu obedeci: —disse-me—os vossosamores sáo meros galantelos da moda, sáo usanças dacôrlo, e os vossos botes d'espala por causa de taes amo-res sáo iriviaes aventuras dos jovens fidalgos, eu o re-conheço; mas, a minhajellcidade domestica vos pedeum sacrifício:—ausentai-vos por alguns annos do lios-panha.-Oser amada náoócrime; a vossa paixão nâome tira a honra, pois conheço o meu devor; a honra,porém, não tom realidade nos salões, quando a caluiu-nia a morde o despedaça I Seu angélico rosto tornou-secôr de carmlm, de seus formosos pretos olhos correramlagrimas, t rou do seio o seu retraio, e eu recebi-o dejoelhosI boijei"a sua divina mão, e fugi 11

1771 — Tinha já feito os meus 21 annos quando desemb irquni em Nápoles. Senti um vago desejo de a-bandonar para sempre o mundo, tão agitado e revolto,o no estado ecclesiaslico procurar a piz.

Tive medo das i.iéas do socnlo, da lula travada entrea igreja e os príncipes tamporaes; tive medo da projec-tada reforma da separar a igreja da nação. (3)

Na Itália se ouvia uma ló voz: —«a vossa tutela nameia idade foi civilisadora, foi necessária, mas agora afé, da intervenção da igreja na política temporal dosEstados, morreu.

Hojo domina os interesses, e Influencia dos reis, talvez, tenha de dominar a vontado dos povos.

(3) Canto Cent Ans, tom, 2 pag. 25.

—Ao commandante superior interino da guarda na-cional da capital—RepresenUndo-me o ajudante deordens da presidência, em ofüiio da boja, qua a forçadisponível não ósuffiilonle para o serviço diário daguarnição, como se deprehanda dos mappas que apresenloo, acerescendo qoe o contingente da guarda na-cional se tem diminuído por deserçõjs, moléstias, adispensas do serviço, ordeno a v. s. que, com urgênciafaça augmentar o referido contingente da guarda na-cional de seu commando, com o numero de trinla atrês praças.—Ao commandante interino do corpo policial—Ap-provando a providencia qua indica, relativamente a serdescarregado do corpo sob seu commando o fardamen-to do antigo uniforma, e feita ás respectivas praçascarga do constante da tabeliã—B—annexas ao regula-incuto do 16 de Março ultimo.

—Ao thosourc provincial—Communicando o actosupra.

—A1 thesouraria—Communicando que, por decretode 29 de Agosto findo, S. M. o Imperador houve porbam remover o juz do direito Jjáo Ignacio Silveira daMoita, da comarca de Jacarehy, de 2" entrancia, paraa da capital do Santa Calharina, como foi particlp idopor aviso de 2 de Setembro ultimo.

—Ao capilãi ajudante de ordens—Diterminando aexpedição das necessárias ordens para que as praçasdo destacamento do permanentes,- que marcharam emOulubro de 1866 para a colônia militar do Avanhanda-va.se recolham, com urgência, ao corpo, d'ondo estâo ha tanto tampo auaanlas, com prejuisa da dlsciplma do mesmo, visto que hoj-i nio torna-se maisne-cessaria a existência dellas na referida colônia.

—Ar, juiz do direito ila comarca do Ilio-Claro—De-claranlo qua tondo suspendido a Evaristo Balbmo Tal-xelra de Paiva do exercício em que se achava de juizmunicipal e de orpháis 2o supplenta do lermo dePirassununga, remetia-se a inclusa representação docu-mentada, que dirigio a esta presidência a câmara municipal daquella villa, alim de que, om visla delia edos documentos quo a instruem, promova a competan-Ia responsabilidade do mesmo Paiva, dando parta doresultado das diligencias a qne proceder a respeito.

—Ao dr. juiz da orpliãos de Parahybuua—Exigindoquo informe acerca do requerimento em qua o escrivãoüe orpliãos daquella termo, Flavio Anton-o de Aodradopede a nomeação da suecessor no mesmo ollicio ; con-vinlo que declara se a respeito do snpplicanta foramcumpridas as disposições do art. 2° do deerelo n,1,201 de 16 do Dezembro de 1853.

—Ao dr. chefe de policia—Declarando qua nSo tendoaoompanhado ao seu officlosob n, 7,472 do 20 de Agosto ultimo os documentos qua devem legalisar a despezaautorisada por essa reparliçlo, na importância de205|j000, para coinpr-a de movois de que necessitava ames.ua reparliçlo, convém que os faça colligir paraque, em vista delles possa ter lugar-j pagamento soli-citado no referido ollicio.

—Ao dr. juiz do orpliãos do Parahybuna—Em vislade sua informação de 28 do mez passado, o attendendoa que o escrrào interino desse juizo, João Vicente deMoraes, exerce lambim ahi o emprego de agente docorreio, cuja accumulação imporia a impossibilidade doser cada um dos referidos cargos desempenhado satis-facloriamenla, o por conseqüência a incompatibilidadecomprehendida na 3™ hypolhese do aviso n. 89 de 4de Junho de 1847, acerescendo nâo ter aquelle cidadãoalé hoje extraindo o titulo do sua nomeação, resnlvítxoneral-odo mencionado cargo de escrivão de orphânsinterino desse termo, a nomear para substituir, na fórma do decreto n. 1,294 de 16 de Dezembro do 1853.art. Io 2" parte, a João B.pliata de Andrade, porvmc. proposto em sou citado offisio; devendo o nomea-do solicitar o wpociivo titula na secretaria desta pra-sidencia.

Cainlulio de ferro u CampinasSorproderão- me, sr. redactor, as novidades ultimas

sobre o prolongamento do caminho de ferro ató Cam-pinas.

Com que, enlão, a companhia de Londres canta umsolemne de profanais sobre a explandida associaçãolevantada na província, passa atlestado de «dilo daimportuna defuneta, faz o governo chancellar o altes-tado, a xas... Impartiga-se adianto do governo, e livreda defuneta, declara qua eslá prompta a acceitar pro-postas para fazar a obra ? I...

Mas o governo geral devia ser por nós, emborasejamos míseros provincianos I

Nilo creio que as províncias devâo ser condemnadasao papel secundário e passivo de feitorias, nem quefosso olhada como criminosa ousadia o grandioso dese-jo que nutrimos de realisar um bello leito industrialpor nossas próprias forças.

Dizem e propalâo esla Idéa, ó verdade, dizem que ogoverno gorai nâo gosta que as províncias tonháoazas I

Applaudi sumtnamante, sr. redactor, a idéaque teveda chamar a attenção do exm. governo para tal fado,lembrando-lha qne ó mentlrosaa Idéa de que a com-panlua paulista está morta. Uma coisa ainda sa fazextranhavel, e sobre ella convém dirigir solhcitaçõe9ao governo, e é o seguinte—rogir-lho que publiquetudo quanto tem oceorrido e oceorrer sobre o projectoda obra.

Sa o negocio é nosso, com quo direito o governocentral sa quer arrogar o podor de pôr a dispor da em-preza, callidinho, como sa tratasse de bens de defunc-to sem herdeiro ?

Nâo senhor, não pólo ser assim: na publicidadefranca de tudo está a limpeza do negocio, o mais ófeio, muito embora seja da grande proveito â compa-nhia ingleza.

Matem, matem a ongeitaila companhia paulista, masfacão isso ao menos â luz do dia. Nada de caixas on-conradas I nada da trevas I

Sou um acoionistá da defuneta, mas ainda depoisde íníc-rrado heide gritar quo estou vivo.

Uh PAUMSTA.

¦i_-!3Uilgj>8giaHi—»

Palestra

Sr. do Pathetico, esperou-se a coincidência.Esteve tudo iôoco. Que patifaria I

O Club Indignado.

Carangueijoda

QuaiiJo chegará o faliz momento de vôr-vos e gosar-vos ?

Au I

PalestraA ordem do dia para segunda-faira é—Quil o futuro

do Brasil perante o século ?O sócio

Duque"de Lichnowsky.

EDITAL

EXPEDIENTE DO SECRETARIODia 8 do Outubro de 1868

—Ao delegado do director geral das terras publicas—Participando que, por despacho da presidência de 7do corrente, foi relevado da multa em quo incorreu

Secretaria da thesouraria de fazenda da pro-vincia de S. Paulo 5 de Outubro de 1868.

De ordem do illm. sr. inspector da thesoura-ria laço publico a circular do lhesouro nacio-nal n. 29 de \2 (Jo próximo passado, infratr-nscripta :

Circtilnr n. 29.—1." Secção.—Ministério dosNegócios da fazenda.—Rio de Janeiro em.12de Setembro de 1868.—O Visconde de ltabo-

Page 3: NOTICIÁRIO - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/090972/per090972_1868_03703.pdf · mon n Chico da Luciana. ... Bento Porlunlms. —Eu sim; respondeu com toda a sua modéstia abra-

CORREIO PAUUSTANO

rahy, presidonte do tribunal do thesouro na-cional, communicaaos srs.inspecloies das lhe-sourarias dc fazenda, para sua inlelligencia eexecuçüo, quo o praso para a substituição dasnotas de I JfrOOO e 2ÍÍ5O00 da 2." estampa, e10.35000 da 3.', de que tràti aciicular n. 10de 20 de Março de 1867, deve terminar no ul-limo de Dezembro deste anno; e o dás notasde 53)000 da 6." estampa, e de 10©000 da&.', a que se relerem as rirculares ns. 18 e 41de 22 dc Junho e 10 de Outubro do mesmo an-no, findará no ultimo de'.Junho de 1869; de-vendo começar dol." de Janeiro vindouro odesconto progressivo de 10 por cenlo, na fòr-ma da lei, para as primeiras das solueditas no-tas, e do I.° de Julho, para as iilliinas.'— Vis-conde dc Itaboraliy.

Conforme. Secretaria da llusoursrin de S.Paulo Sde Outubro de 1868.

O official maior,Joaquim Cândido dc Azevedo Marques 6=6

Escravo fugidoDo alferes Antônio de Oliveira Mattos resi-

dente na cidade de Sorocaba, fugiu o escravoJosé, que tem os signaes seguintes; mulato,hnixo, corpo grosso, bem barbado, poucos sig-nai-s de bexigas, e falia (lua. Quem o prendere levar ao seu senhor será gratificado com 59«gbrs., além das despezas da conducção, tendo amesma gratificação quem o entregar em cadèasegura. 3—3

'S&fDR.

I.Deposito ,le artigos bellicos no quartel delinha.No dia 13 do corrente pelas II) horas do dia

serão postas em hasta publica 130 meios de sol-Ia, uma porção de rothis para carro, baldes demadeira, machadinhus, espingardas dc caça,folhas de fiandres, fotices, machados, picaretas,pregos grandes e pequenos, e outros muitosobjectos que serão apresentados'; tudo seráarrematado a quem mais (lér, conforme as or-dens do exm. governo da provincia em pre-sença da respectiva cornmissão.

Quartel em S. Paulo aos 10 de Outubro de1868.

Antônio Rodrigues Vclloso Pimenta, presi-dente da cornmissão. 2—1

Escravo tapo2009000 DE GRATIFICAÇÃO

Da lazenda do alferes José de Barros Dias,em Campinas, fugio-lhe seu escravo de nomeManoel, tem os seguintes signaes: creoulo,idade IO annos, côr preta, testa grande, olhos

pequenos e muito vivos, pouca barba, tem odedo da mão direita áleij ido que não pôde fei-char, tem os dedos grandes dos pés bem torlos

parn dentro, levou uma grande faca, e umacamisa de baeta, e roupa nsva de algodão;

Este escravo foi encontrado na Franca.Quem o aprehendere entregar n seu senhor,

será gratificado com a quantia acima declarada,Campinas 14 de Setembro de 1868.

2-1

Alienei®Queijos do reino empelicados muito frescos

vende-se na rua do Commercio n. 42 a 4JÍO0Qcada um. 3-1

fislrada de FerroS. PauloLEILÃO

icí^aj»

É

P-nndicào de ferro ed

bronzeEM FRENTE DA ESTAÇÃO DA LUZ EM S PAULO

Os proprietários deste estabelecimento annuncião ao respeitável publico desta cidade edo interior, qde se acham habilitados á fundirqualquer peça de ferro ou bronze de forma etamanho desejado, e recebem desde já encom-mondas, prométtendo prompía cffectuação cmódicos preços: entre mais objectos de usogeral ennumeram.

Chapas de fogão de qualquer leilio e lama-niio—caldeiras para fabiico de assucar ou sa-hão— canos para aqucductòs—caixas paraexlingir formigueiros— gamellas para lavagemde pratos e louça-limpadores dc sapatos—vaisos para latrinas—coluiniins para construccãode edifícios—dcgráos de escada de apuradogosto—batentes livrados postiços para porta-(Ias—caixillios—rosetas para ventiliiar subter-ranços—grades dc sacadas de todos os gostos efeitios—monumentos— tumbas rasas e lavra-dos'—sepulturas cercadas—cruzes singelas oucom crucificado do tamanho qualquer e escrip-tnra—coluinnas de lampião das ruas—braçospara ditos—candelabros—cylindros para ma-cadamisar ruas—rodas para carrinhos demão—buxas de rodas—arados cultivadores—cylindros de engenho de assucar—rodas denta-das—pescoços e nnincaes— torradores de la-rinha—ternos de pesos—letras para firmas—portões de luxo e singelos ele—peças quebra-das de i qualquer ínaquinismo : aprompla-secom especial promplidüo devendo o dono man-dar o original, risco ou modelo bem exacto.

Para mais informações por cana ou pes-soalmentc dirijão-se aos abaixo assignados,que darüo toda explicação desejada.

S.Paulo 1 de Outubro de 1868.Hund 8c Roesch.

EM FRENTE DA ESTAÇÃO DA LUZ EM S.PAULO8-7

Leií&oO agente dc leilões José Elias de Paiva, au-

torisado pelo exm. sr. dr. juiz commercial des-ta cidade, faiá leilão, segunda-feira 12 do cor-ente mez, ás 10 horas da manhã, na casa n. 9Ia ma de Santa Thereza , do seguinte, perlen-

cente á massa fullidá de d. Josephina Mugnani:escravos, animaes, carroça, mobília, e muitosmoveis.

Os escravos de que se traia são os seguin-tes.-

Moleque Manoel, lula, com 12 annos.Preta, llenedicla, crioula, com 15 annos.Cabra, Bcncilicla, com 21) nnnos.Preta, Maria de nação, com 40 annos.Moleque, Bento, com 15 annos.Prelo, Giegorio, com 24 annos. 4—4

HORACIO TOWER FOGOCirurgião dentista

de'SS. MM.EAA. II.

Participa que se acha de volta de sua viagemao interior da provincia c pôde ser procuradono seu gabinete ás horas do costume.

Quintas-feiras todo o dia, e até ás 11 horasda manhã nr>s outros dias, reservando as maishoras para ir em casas particulares.

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incansável em promover e grangear o bom con ¦ceito quegosa de seus numerosos amigos ofreguezes, acaba de lazer grandes e importantesmelhoramentos em seu bem conhecido eslabe-Iceiiiicnto commercial, e bem assim de aug-montar o sortimento de fazendas dc algodão,lã,linho, seda, objectos dc armarinho, chapéos detodas as qualidades, para liomens, senhoras cmeoinos c outras muitas novidades : assim co-mo aniagém, algodão de Minas c da Bahia, tudocomprado a dinheiro nas principaes casas im-portadoras do Rio do Janeiro, de onde chegourecentemente, achando-se assim habilitado avender por preços módicos. Chama pois aatlenção de seus amigos e freguezes para oimportante sorlimenlo que acaba de trazer quecomo de costume será somente vendido

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Da.ER.ÍU0 VAUTIE.,

.. _i/»iFaço publico que, cm conformidade com o

art; 35 do regulamento em vigor, vender-se-ha

em leilão no dia 14 do correnle ás 2 horas da

tarde, e na estação de Santos, o coniheiido dc

uma caixa que fui apprehéndirJa na mesma es-

esteão, por ter sido despachada como contendoferragem, no entretanto verilicou-sc que o con-theudo delia era composto em parte dc infla-

maveis.S Paulo, 9 dc Outubro de 18(58.

D. M. Fox,3_2 Superintendente.SOLEDADE DE MUSICA EÜTER-

PE COMMERCIALDe ordem do sr. presidente, convido a to-

dos os srs. sócios, a comparecerem, no domin-

go, 11 do corrente, ás ires horas da tarde, na

sala da sociedade, no «theatro velho», no largode Palácio, para, em assembléa geral, tratar-sede negócios urgentes e ulcis a mesma.

O 1.° secretario,Guilherme Bakeuser. 2—2

Rü» ún SSosario cçqiBÜiua datravtvs§» do Collegio

Existe um grande e variado sortimento de

charutos legítimos da Havana os quaes se

vendem cm caixas e avarejo. Tinta muilo

superior, dila especial para copiar, do aflama-

do fabricante Eduardo Maurin.Na mesma casa enconlra se um grande

sorlimenlo de calçados para homens e twtjho-

ras, botinas para homens a 7»5O0 e»*;™"-

Na Água Rranca, junto á estação da estradade ferro, vende-so uma olaria com todos os

pertences da mesma, inclusive 4- carroças e10 animaes. Vende-se lambem um bem afre-

guezado negocio de seccos e molhados,ambas essas propriedades tem boa e excel-lente água de poço. O motivo da venda é porseu dono ter de retirar-se para a Euro-na. Para iratar á mesma olaria ou negocio.

__J5-1£_praça de uma Fazenda e escravos

Tem de ir á praça na cidade de Capivary emos dias 6, 7 e 8 de Novembro próximo, parapagamento de credores, uma excellente fazendaa 3 quartos de légua de distancia da mesmacidade, de 180 alqueires de terreno, contendocasas de morada, fabrica de assucar com ma-chinismo dc cylindro. grande extensão de ter-ras roxas de supeiior qualidade e altas, livresde geada, para mais de 00 mil pés de café,

parle em matio c parle com plantação dc cercade 20 mil de 3 para 4 awnos de idade ; ebeinassim 17 escravos de ambos os sexos e diffe-rentes idades, de bojn serviço e qualidade^—3

Código civil.poriiiguezAcompanhado do repertório alphabetico e

remissivo e acrescentado com a posterior le-

gislação publicada e com um Índice privativodo regulamento de registro predial.

Preço 7 ©000.k venda nesta typographia.

'cchincha e pechiãiciiaFrança e Sírazil

35—RUA DA IMPEHÀTiVlZ—35PEDRO BOURGAD

Participa a sens licgnezes c amigos que ten-do um grande sortimeato de roupa feita vendepor preço muito barato, como seja collctes debrim de linho ile Iodas as còrcs a 3JD500,palelols de alpaca de côr a 2,g)000, ditos aGfflOO», dilos de casimira a 20$ 000. Portanlo espera que seus amigos e freguezes seaproveitem da pechincha. 6—6

Ouro e prata em moedasOuro, prata velha e brilhantes; compra-se e

paga-se bem em casa de Worms, rua Direitan. 25. 10-3

MEDICO CIRURGIÃO DENTISTA DACAZA IMPERIAL.

Approvado pelas faculdades de medicinadoPariz o do Rio de Janeiro.

RUA DO ROSÁRIO N. 9.Dá consultas e tira dentes aos pobres gratul-tamentn todos os dias das 7 as 9 horas damanhã.

NA loja de jóias do José Worms, rua Direita n. 25, acaba de chegar em direitura de Pa-ris, mu grande sortimento de brilhantes, prata,relógios de ouro e de prata, dos melhores fa-bricantes, afiançados por um anno, com tampade crystal; relógios para senhoras, dos maishonitus que se acham; correntes de ouro mo-dernissimos; pince-nez de ouro, brincos com-pridos, do melhor gosto, e mais modernos, cuma infinidade de objectos, que seria longoenumerar. Vende-se mais barato do que cmqualquer outra parte. 10—3

il.CTci

Ao dr. Ezequiel de Paula Ramos, fugio o es-cravo Silvcrio, nfiicano, cosinheiro, dc regii-lar estatura, magro, com pouca barba noquei-xo e nenhuma nas faces, tem bons dentes, osolhos ligeiramente avermelhados pelo uso in-veterado de bebidas alcoólicas, e andar aba-lançaalo para diante. Desconlia-se que elle te-nha se dirigido á S. Paulo. Quem o aprehcn-der, e fizer entrega á seu seulmr, na cidade daLimeira, será gratificado.

Limeira 2 de Outubro de 1868. 12—4

Correio GeralCartas registradas que não foram entregues

por ignorar-se as resid iicias dos destinatários.Antônio José Fagundes,Domiciano César de Mello Fagundes.Raymuudo Alves de Souza.Administração do correio geral de S

8 de Outubro de 1868.O escripturario,

João de Paula Fernandes.

B1XAS HAMBURGUEZ.4SNa loja dc A. C. da Gama, também se appli-

cam venlosas. Rua do Conimcicio n. 38.5-6

Paulo,

3-3

N. 4-RUA DA IMPERATRIZ—N. 4Em casa dc Henrique Luiz Lcvy, compra-se

pedras de brilhantes, ouro e prata velha e pa-ga-se bem. 4—4

Theatro k S. JoséEmproza Eugenia Gamara

Domingo II de Outubro de »SGS

C.RAftDE ESPECTACULO

EaNTlU EM SCENA O PRIMEIRO ACTOR RRAZILEIUO

Joaquim Augusto Kilicii-o de Souzu

SEGUNDA REPRESENTAÇÃOdo sublime drama em 5 actos, ornado de

musica, composição do distineto aca-demico, o sr. Cardoso de Menezes:'

AtMÉEou

DENOMINAÇÃO D03 ACTOS

19 acto—O dosertor por amor2 o acto—A Faca.

3 o acto—Alraéo.#

*4° acto—O martyrio da innocencla.5o acto—0 assassinato da virgem.'

DENOMINAÇÃO DAS SCENAÍ)

Io acto—sala baixa da herdade dai sra. Doronville.2o > —A estalarem dos dois moinhos.3» > _mU no caslello do Granval.40 , —Herdada ata sra. Djrouville.5° > —Vista de campo, á noite.

Personagens: AcionEs:Francisco Renand Sr Joaquim Augusto,.Jarqnoi Fauvel Augusto Filho.Condo Henrique de Granval. » Primo da Costa.Caniiche;. Vaíqnes.Luiz de Beauchatiip » Silva Leal.Arthur de Marssy Eduardo.Sargento de policia Albuquerque.Orey. ..'. Ferreira.Mercador ambulante Pelil.llourgogne Confia.Almée Hillot..... D. Eugenia Câmara.Hortenci» Fauvol.. » Julia Azevedo.Sra. Dernüville'. Maria Vaalluli.Juliana Pichou Benedicta.H08a » D. Francisea.Ramalhetaira » Joven Eniilia.

[Mercadores, catnponezes e soldados.

Seguir-se-ha pelo actor liloy a poesia cômica:

O AMIGO BANANATerminará 0 espectaculo cengraçadisslmo duetlo:

0 MEIRÍNHO E A POBREcantado e dançado pela artista D. Eugenia Câmara e 0

actor Vasqnes.Óabllhetes acham-so á venal» no theatro..

Principiará ás horas do coslume.

Por ordem do sr. dr. delegado de policia, os especta-culos comejaráõ ás 8 horas em ponto.

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Lista das faltas dos estudantes dadas até o fim do mez de Setembro de 1868jPrimeiro anno

Ns. l.-C.ljAntonio Ribeiro dos Santos 1

Joaquim Augusto de AssumpçHo 13Hypolilo de Camargo —

A Eugênio de Paula Per rei ia 7João Ferreira de Mello Nogueira 3Luiz Alves Leite de Oliveira Bello IOJoão Pereira Monteiro Júnior 10Manoel Ferreira de Mello 2Manoel Coelho Barroso 2

10 J"ão do Souza Pereira 111 Francisco de Assis Peixoto Gomide 1112 Francisco Pires Nogueira da Gama A13 José Cesario da Silva Bastos 2214 José Evarislo Alves Cm/. A15 Anionio Pereira da Silva Barros 12j (j Tristão Antônio Nogueira 817 Américo Çaniidiano Nogueira 518 Francisco Xavier de Oliveira 12Hj José Gabriel Marcondes Uoilovalho 1920 Bento Coelho Barroso.... 52| Anlero Fernandes Cassallio de Oliveira.. •• 822 Cândido Fernandes da Cosia Guimarães J.or 362? Pedro Regalado Epifun.io Baptista 352« Fernando Luiz Osório 52q Pedro Alves da Cunha 1727 Brasilio Augusto Machado de Oliveira 132g Misáél Ferreira Penna 14g Joãn Egydio de Sousa Aranha 63q Terluliano Gonsalves de Sousa Portugal... 163j LeopoldoViciorDiiqiie-EsiiadadeFigueiredo 16g0 Luiz Auguslo Ferreira •. 16gg Antônio Augusto Nogueira da Gama Júnior 193. Amido Manoel Erichsòh 21

'

gr Anionio Marcellino de Carvalho 202g Crescencio José de Oliveira Cosia 21„7 Paulo Francisco da Costa Viunna 12

Anionio Manuel de- Freitas 29*q José Martins Bustos 36** Joaquim Augusto Ribeiro da Luz Filho.... 19yr Benediclo Cordeiro dos Campos Valbdures. 13f' Manoel Joaquim da Silva Pinto H:~ João Peregrino Veriato de Medeiros 28** José Vieira Maciel 32y* Joaquim José Soares 26*jj João José Frederico Ludovice 30™ Lucas Ani.° Monteiro Galvão de S.Mnrlinlio 26Al M.-1 José Monteiro Galvão de S. Martinlio. 28

Ns.123A5678910II121314-1516171819202122232425262728293031323334353637383940k[4243AA45

Ns.2.rtC. 6

713 8

9101112

12 13H1516

27 1718

25 1920

12 2|2223

18 2'!19 25

2610 2738 283(5 29

3016 3119 32'

3310 3413 3516 3il16 3722 3821 3925 4021 A\13 4230 43

. 35 4419 4515 4612 4735 4831 4932 5029 5133 523', 55

545556

.Segundo annol.raC. 2.fflC.

Leopoldino Cabral de Mello 11 5Eloy David Benediclo Oltoni '. —Miguel Thomaz Pessoa 9 9Octavio Pereira da Cunha 36 33 li

Francisco Antunes Maciel 6 5Hamiro Pereira de Abreo 7 6Joaquim José Teixeira de Carvalho Júnior. — 1Povlirio Abdajero Figueira de Aguiar .. 18 12Aureliano Pires de Campos 123 21José Ferreira Nobre 32 30Clnisliano de Mello Franco 11 8Eugênio Antônio de Moraes 27 27José Gonçalves Marques 15 9José Machado Pinheiro Lima J3 8Modesto Alves Pereira de Mello 17 Í5Theophilo Ribeiro de Rezende Júnior... 4 3João Alves Bubião Júnior 9 8Carlos Augusto de Carvalho 17 17Alberto da Rocha Miranda 19 18Accacio Policarpo Figueira de.Aguiar 12 12José Pereira Terra Júnior 8 7Anionio José Rodrigues de Oliveira Júnior 39 38 eFelippe Gabriel de Castro Vasconcellas. 18 12José Felippe do* Sanlos Júnior....*.,.» 16 11Padre Adelino Jorge Monlenegro 16 IIAntônio Ferreira de Castilho 4 2

João Coelho de Moraes 36 36João José de Andrade Bastos S* 8José Francisco de Freitas Júnior 25 19José de Queiroz Mattozo Ribeiro 39 39Theoloniu R.iymnndo de Brilto 20 18Melchiades José Alves Vieira 24 23J"oão Thomaz dc. Araújo ... 14 12Auguslo: Octaviano de Bossa _Joaquim Duarte Pimenta Bueno 30 22José Jacintho de Azevedo 6 6Tácito Corrêa 26 29Alfredo Carneiro Brandão 29 22José Fernandes Torres 19 \gJacintho do Nascimento Moura .... 23 17Anionio F. Cardozo de Menezes e Sousa. 36 35Tito Antônio da Cunha 33 30

Terceiro annoNs. 1.» C. 2."C.

Alberto Bezamat.. |Adolpho Elysio Teixeira Duarte. 39 39Pedro Gomes Pereira de Moraes 27 31José Ferreira de Mello.. 4Paulo Emygdio dos Santos Lobo .'. 34 34 '

l.«C.2.« C-Joaquim Victorino Ferreira Alves 33 li 35Felippe Sampaio Corrêa 13 18Affonso Auguslo Moreira Penna 25 29 CJoão Bapiista Galvão dc Moura Lacerda— 25 33Joaquim Gomes de Carvalho Drumond.... 12 14Felix José ilu Cosia eSouzi '»José Joaquim dos Santos Werneck 7 8Clnispim Jacqucs Bias Fortes 7 8Francisco de Paula Cordeiro de N. Lobato. 14 13 .Joaquim Mattozo Duque Eslrada Câmara.. 29 28Adriano Fortes de Bustamante 27 30Anionio José Pereira 15 16Affonso Peixoto de Abreu Lima 10 10Carlos Tito Callado 13 15Francisco de Assis Tavares 12 l»Francisco José Ferreira Baptista 18 23Sanclio de Barros Pimentel 1° 1"Francisco de Paula Rodrigues Alves 11Arlhur Teixeira Leite 32 35

Luiz Barbosa 31 31João Pires Nogueira da Gania 9Antônio Leme da Sijya Júnior *8 23José de Avellar Figueira 33 li 38Joaquim Pereira de Noronha 15 15

t Leopoldo Antunes Maciel ... 6'Thomé Pires d'Avila Netto 8 9

Epaminondas Piruiinino de Almeida 20 19Panlaleão Paulo Pereira 33 32Antônio Ribeiro Rosado Júnior ">Fiimiiio Estevão Pinheiro 7Brnzilio Inberé da Cunha 12Antônio José Vieira Ferraz AManoel Eustaquio Mariins de Andrade 16 10Luiz Gonzaga de Oliveira Costa 14 20João Francisco Leite Nunes 20 19João Baptista de Araújo Lopes 19 14José Pereira da Silva Guimarães 15 14Anionio Seraphim da Costa Porto 11 11Domingos Theodoro de Mendonça 38 37Etizebio Silveira da Molla 27 28Fernando Leite Ribeiro de Faria 29 28José Manoel de Arruda Alvim 15 27Aureliano de Souza e Oliveira Coutinho... 24 33Antônio Pedro de Alencastrc Júnior 27 34Antônio José Fcireira Braga Júnior 39 38Arlhur de Carvalho Moreira 17 15João Caetano de Souza 23 26Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo 37 38Joaquim Tavares Guerra 32 36Luiz de Souza Monteiro de Barros 39 37

Ns.123A5678910111213i*151617181920212223242526272829303132338435363738394041424344454647

Quarto anno

l."C. 2raíl.Malheus Marques de Moura' Leite 38 31João Pedro Morelzsohn 25 27Pedro de Alcântara Almeida Magalhães... 38 32Henrique Porchal de Assiz... 38 39Luiz Alves de Souza —Pedro P.hiIo de Souza Nogueira —Manoel Vieira da Cunha Brandão Júnior... 4Manoel José Murlinho 14Joaquim Alves Carneiro de Campos 34 31 .Júlio César de Freitas Coutinho 26 24José Pamplona de Menezes 19 17Baphael de Araújo Ribeiro Filho 29 2o cFeliciano Auguslo de Oliveira Penna 36 31Joaquim Coilinho de Araújo Malta 26 24Bernardino Pamplona de Menezes 25 24Francisco Vieira de Almeida 12 15João Pereira da Silva. Borges Fortes .... 33 li 30Belizario Francisco Caldas —Antônio Francisco Ribeiro 18 17Sebastião Pinto do. lícgo Sobrinho 23 c 15 cJoaquim Bento de Oliveira Júnior 30 c 27 cJosé Rodrigues Alves Barbozá Júnior 30 24João Evangelista Monteiro de Castro 31 37Pedro Rodrigues Soares de Meirelles... 36 h 36Luiz Henrique Pereira de Campos 35 3.4Salvador Furtado de Mendonça Drummond. 39 39Joaquim Simões Daltro c Silva 31 30Miguel Archanjo Pereira do Rego 13 8Tobias Antunes Franco do Siqueira Tollendal 18 17 cCarlos Frederico Pires Maciel 31 31Antônio Leite Ribeiro de Almeida 31 28Arsenio Gonçalves Marques ., 29 31João Antônio Segadas Vianna 28 c 20 cFrancisco de Paula Oliveira Borges 20 19

Eduardo Gonçalves Lima 32 23Augusto do Coulo Delgado 10Manoel Monteiro Chacim Drummond Júnior 25 c 21 cCarlos Frederico de Moura e Cunha .". 34 li 26João Evangelista Marcondes Varella. 38 28Francisco José Monteiro Júnior. 33 b 21Ildefonso de Assis Pinto 37 33Marlim Cabral Moreira dos Santos 38 38Faustino José de Oliveira Ribeiro 32 33José Pereira dos Santos 36 li 21Miguel José,de Moraes Castro 36 35Carlos Auguslo Cordozo dc Menezes ... 35 .32

Ns,i23456789

10II12131415161718192(12122232425262728293031323334353637383940414243444541)474849505152535455505758596061620364656667686970717273747576777879808182838485868788899091

Quinto anno

l.««C. 2. "C. 3. "C,João Cezario tios Santos 3 3Carlos Leoncio da Silva Carvalho... - —Joaquim Fernando de Barros 1° 13 11Meuundro Rodrigues Fontes 10 13 12Manoel Pereira Terra 8 7João Eniilio dc Rezende e Costa... $ 3Henrique João Dodswoith 12 20 13D. Francisco de Assis Mascarenhas. 12 13 13Vicente de Souza Queiroz Júnior.. 12 11 13Antônio Auguslo Bittencourt 13 10 12José Bento de Araújo 8 6João Baptista de Moiaes A b,Vicente Xavier de Toledo "3* 38' 35José Francisco Diana 12 10 11Francisco da Silva Tavares 14 14José Nicolau Vergueiro, 2S 25 22Carlos Marcondes de Toledo Lessa.. 30 33 28Antônio Arnaldo de Oliveira 6Antônio Cândido da Cunha Leilão. —Evarislo Rodrigues da S. Carvalho. 28 25 26Luiz Anionio de Souza Ferraz.... 13 10 9Miguel Lino de Moraes Abreu.. .. 13 10Joaquim Antônio do-Aniaral Gurgel. 3Pedro Augusto du Costa Silveira... 26 19 22 cHermogcneo Pereira de Q. c Silva. 14 17 14José Rubino de Oliveira 15 13 19Antônio Ferreira França 11 6Eduardo Ernesto da Gumn Cerqueira 26 26 25João Vicente da Silva Bueno 35 35 34Antônio Cândido de Azambuja ... 15 17 13 cCarlos Alberto de Bulhões Ribeiro. 13 13 14Francisco Paulino Soares de Souza. 9Juvencio da Silva Pereira c Souza.. 14 13 14Joaquim Gonçalves de Araújo 13 14 13Aureliano Miz. de Carvalho Mourão 22 22 26|1GTheotonio de Miranda Lima 37 37 3(JVentura José de Freilas e Albuq.0 28 29 24Aleixo Marinho dc Figueiredo 11 II 10Venancio de Oliveira Ayres II 23 19 cJoão Floriunò Martins de Toledo.. . 16 nJoão Pedro Bcllbrt Vieira......... 14 22 20 cJoaquim Augusto Guerreiro Lima.. 37 36 33Leopoldo César de A. Duque Eslrada 17 15 16Theodoro de Macedo Sodré 12 13 \\Alfredo Leite Ribeiro 28 24 29Gustavo Marcondes de Albuquerque 34 33 34Conrado Caetano Eiichseu 19 25José Custodio da Cunha Canlo —Anionio Benediclo dos S. Malheiros 15 8Luiz Siqueira da Silva Lima 26 29 26João Adolpho Ribeiro da Silva 29 24 25J.m Roberto d'Azevedo Marques Filho 1—2Anionio Alves Pereira 28 30 29 cJosé Manoel Freire Júnior 32 li c 30 29 cIgnacio Alves Pereira 34 27 29 cBento Rodrigues Freire 12 6 9Didimo Agapito da Veiga Júnior.. 25 22 21cErnesto Germack Possolo..-. 14 14 11Alfredo de Queiroz 12 14 8Melchiades da Boa Morte Trigueiro. 23 23 21Marcinio Josó C. d'Araujo Abranches 14hcl9 13Joaquim de Almeida Faria Sobrinho 28 29 23José Belisario Peixoto de Mello. ... 19 26 26João Bawden 16 16 16 cFrancisco Antônio de Sallcs 20 29 2lFrancisco de Paula Rabello e Silva. 21 20 22Frederico do Nascimento Moura... 32 34 37Álvaro Ernesto da Cunha 20 23 26André Martins de Andrade 22 30 28 cLuiz Gonzaga Pereira da Fonseca.. 14 14 14 cJoaquim de Assis Oliveira Borges. .29 28 28Guilherme Jorge Monlenegro —João Maria Lisboa 22 22 21João Francisco Nunes Filho 32 33 26 oAnionio Espiridião Gomes da Silva. 32 c' 34 31Joaquim Francisco de Toledo 22 21 25 cJacyiillio Pereira de Almeida 25 32 25Amador Alves da Silva 35 35 34João Henrique llamelung 26 28 21 hcVenuncio José Gomes da Costa Júnior 18 25 19Clemenlino José do Carmo Júnior. 19 30 23 oJoaquim de Vasc.sTcixeira da Moita 32 29 31Theotonio Fernandes da Costa Pereira 39 39 39Antônio Bento de Souza e Castro.. 22 25 24 cAnastácio Teixeira dc S. Bittencourt 18 19 21José Bcrnardes Marques Leite 26 33 30 cJoão Leme da Silva 16 26 20 cOlympio da Paixão 22 31 24Anionio Cândido de Almeida e Silva 28 29 29Francisco de Paula Azevedo e Souza 36 35 35Heliodoro Delphim Silva......... 28 30 28

isroxAsc Continua.II Uma falta neste mez nüo foi abonada.D Neste mez duas faltas não abonadas.Q Neste mez qualro faltas não abonadas.P Preterido.

Secretaria da faculdade dc direito da cidade de S. Paulo,7 de Outubro de 1868—/. M. de,A. BroterOj Secretario.

Typographia Imparcial.

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