noticiário 22 11 15

12
KANÁ MANHÃES Capital Nacional do Petróleo, Macaé acumula déficits nas principais receitas do orçamento POLÍTICA KAN´MANHÃES Avenida Rui Barbosa é um dos perímetros urbanos da cidade onde é registrado o maior volume de flagrantes de imprudências, geradas principalmente pela falta de educação ao volante Imprudência gera 80 mil flagrantes de infrações no trânsito de Macaé Inquérito Civil apura divulgação de vídeo A 1ª Promotoria de Justi- ça da Infância e Juventude do Ministério Público Estadual instaurou inquérito civil pú- blico para investigar a exibi- ção do vídeo do estudante de 7 anos envolvido no incidente registrado na Escola Municipal Paulo Freire, no Lagomar, no final de outubro. As imagens tiveram mais de 15 milhões de visualizações na internet. A ação está sendo acompanhada pela Promotora Dra. Regiane Cristina Dias Pinto e tem entre os objetivos identificar a pessoa responsável pela divulgação do vídeo. Ainda segundo Dra. Re- giane, também foi expedida ao You Tube, Google e Facebook notificações para que as ima- gens do menor sejam retiradas do ar em um prazo de 30 dias. No documento foram citados EDUCAÇÃO ARQUIVO Dra. Regiane Cristina Dias Em um ano, mais de dois mil acidentes de trânsito foram registrados no município em virtude da imprudência de motoristas. Quando conscientização não faz efeito, aplicação de multas é alternativa para coibir infrações PÁG. 10 os links, endereços virtuais das imagens com fundamento na lei que estabelece o marco civil da internet, e que deter- mina que, uma vez notificado, a medida não sendo cumprida, passa a incidir em penalidade administrativa. PÁG. 9 Arrecadação de Macaé alcança os R$ 2 bilhões Entre janeiro e a primeira quinzena de novembro, a Capital Nacional do Petróleo con- seguiu alcançar o patamar dos R$ 2 bilhões no recolhimento de impostos e recebimento de repasses governamentais. Apesar de expressi- vo, o volume de arrecadação apresenta também um déficit de cerca de R$ 200 milhões, número que representa o peso dos efeitos da crise das atividades offshore, neste ano. A contribuição da indústria do petróleo chegou ao patamar de R$ 919 milhões. PÁG. 3 Apenas com as contribuições da indústria do petróleo, município já recolheu R$ 919 milhões Programa promove capacitação no comércio Macaenses se destacam em etapa de Bicicross ÍNDICE TEMPO BAIRROS EM DEBATE ESPORTE POLÍTICA Pró-Atendimento vai formar turmas de comerciários nesta semana PÁG. 3 Atletas mirins brilharam em competição realizada em Minas Gerais PÁG. 11 KANÁ MANHÃES DIVULGAÇÃO Falta de pavimentação prejudica a acessibilidade Equipe conquistou medalhas Jardim Carioca II carece de infraestrutura Loteamento na Zona Norte sofre com a falta d'água, de áreas de lazer e com mosquitos PÁG. 8 EDITORIAL 4 PAINEL 4 GUIA DO LEITOR 4 ESPAÇO ABERTO 4 CRUZADINHA C2 HORÓSCOPO C2 CINEMA C2 AGENDA C2 Máxima 27º C Mínima 20º C Anuncie: (22) 2106-6060 (215) GERAL EDUCAÇÃO GERAL CADERNO DOIS FGV confirma início de MBA em Gestão UFRJ recebe Semana de Integração Brincando na Rua acontece domingo ‘O Pulo' ganha aplausos em Macaé Curso será ministrado a partir de 2ª feira na Fafima PÁG. 10 Evento acontece entre os dias 30 e 4 de dezembro PÁG. 9 Evento será realizado das 9h às 17h, no Cajueiros PÁG. 10 A pedidos, peça retornará a cartaz no dia 25 CAPA O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ www.odebateon.com.br Macaé (RJ), domingo, 22 e segunda- feira, 23 de novembro de 2015 Ano XL, Nº 8871 Fundador/Diretor: Oscar Pires KANÁ MANHÃES KANÁ MANHÃES facebook/odebate twiter/odebate issuu/odebateon IMBURO SOFRE COM AVANÇO DE CRIMES CONSUMIDOR DEVE FICAR ALERTA COM PROMOÇÕES TRANSPORTE UNIVERSITÁRIO É ALVO DE RECLAMAÇÃO R$ 1,50 POLÍCIA, PÁG.5 ECONOMIA, PÁG.6 EDUCAÇÃO, PÁG.9

Upload: o-debate-diario-de-macae

Post on 24-Jul-2016

230 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

 

TRANSCRIPT

Page 1: Noticiário 22 11 15

KANÁ MANHÃES

Capital Nacional do Petróleo, Macaé acumula déficits nas principais receitas do orçamento

POLÍTICA

KAN´MANHÃES

Avenida Rui Barbosa é um dos perímetros urbanos da cidade onde é registrado o maior volume de flagrantes de imprudências, geradas principalmente pela falta de educação ao volante

Imprudência gera 80 mil �agrantes de infrações no trânsito de Macaé

Inquérito Civil apura divulgação de vídeoA 1ª Promotoria de Justi-ça da Infância e Juventude do Ministério Público Estadual instaurou inquérito civil pú-blico para investigar a exibi-ção do vídeo do estudante de 7 anos envolvido no incidente registrado na Escola Municipal Paulo Freire, no Lagomar, no final de outubro. As imagens tiveram mais de 15 milhões de visualizações na internet. A ação está sendo acompanhada pela Promotora Dra. Regiane Cristina Dias Pinto e tem entre os objetivos identificar a pessoa responsável pela divulgação do vídeo. Ainda segundo Dra. Re-giane, também foi expedida ao You Tube, Google e Facebook notificações para que as ima-gens do menor sejam retiradas do ar em um prazo de 30 dias. No documento foram citados

EDUCAÇÃO

ARQUIVO

Dra. Regiane Cristina Dias

Em um ano, mais de dois mil acidentes de trânsito foram registrados no município em virtude da imprudência de motoristas. Quando conscientização não faz efeito, aplicação de multas é alternativa para coibir infrações PÁG. 10

os links, endereços virtuais das imagens com fundamento na lei que estabelece o marco civil da internet, e que deter-mina que, uma vez notificado, a medida não sendo cumprida, passa a incidir em penalidade administrativa. PÁG. 9

Arrecadação de Macaé alcança os R$ 2 bilhões

Entre janeiro e a primeira quinzena de novembro, a Capital Nacional do Petróleo con-seguiu alcançar o patamar dos R$ 2 bilhões no recolhimento de impostos e recebimento de repasses governamentais. Apesar de expressi-vo, o volume de arrecadação apresenta também um déficit de cerca de R$ 200 milhões, número que representa o peso dos efeitos da crise das atividades o�shore, neste ano. A contribuição da indústria do petróleo chegou ao patamar de R$ 919 milhões. PÁG. 3

Apenas com as contribuições da indústria do petróleo, município já recolheu R$ 919 milhões

Programa promove capacitação no comércio

Macaenses se destacam em etapa de Bicicross

ÍNDICETEMPO

BAIRROS EM DEBATE ESPORTEPOLÍTICA

Pró-Atendimento vai formar turmas de comerciários nesta semana PÁG. 3

Atletas mirins brilharam em competição realizada em Minas Gerais PÁG. 11

KANÁ MANHÃES DIVULGAÇÃO

Falta de pavimentação prejudica a acessibilidade Equipe conquistou medalhas

Jardim Carioca II carece de infraestruturaLoteamento na Zona Norte sofre com a falta d'água, de áreas de lazer e com mosquitos PÁG. 8

EDITORIAL 4

PAINEL 4

GUIA DO LEITOR 4

ESPAÇO ABERTO 4

CRUZADINHA C2

HORÓSCOPO C2

CINEMA C2

AGENDA C2

Máxima 27º CMínima 20º C

Anuncie: (22) 2106-6060 (215)

GERAL EDUCAÇÃO GERAL CADERNO DOIS

FGV confirma início de MBA em Gestão

UFRJ recebe Semana de Integração

Brincando na Rua acontece domingo

‘O Pulo' ganha aplausos em Macaé

Curso será ministrado a partir de 2ª feira na Fafima PÁG. 10

Evento acontece entre os dias 30 e 4 de dezembro PÁG. 9

Evento será realizado das 9h às 17h, no Cajueiros PÁG. 10

A pedidos, peça retornará a cartaz no dia 25 CAPA

O DEBATEDIÁRIO DE MACAÉ

www.odebateon.com.br

Macaé (RJ), domingo, 22 e segunda-feira, 23 de novembro de 2015Ano XL, Nº 8871Fundador/Diretor: Oscar Pires

KANÁ MANHÃES KANÁ MANHÃES

facebook/odebate

twiter/odebate

issuu/odebateon

IMBURO SOFRE COM AVANÇO DE CRIMES

CONSUMIDOR DEVE FICAR ALERTA COM PROMOÇÕES

TRANSPORTE UNIVERSITÁRIO É ALVO DE RECLAMAÇÃO

R$ 1,50

POLÍCIA, PÁG.5 ECONOMIA, PÁG.6 EDUCAÇÃO, PÁG.9

Page 2: Noticiário 22 11 15

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ2 Macaé (RJ), domingo, 22 e segunda-feira, 23 de novembro de 2015

CidadeEDIÇÃO: 302 PUBLICAÇÃO: 07 DE NOVEMBRO DE 1981

SEMANA EM DEBATE O DEBATE EM MEMÓRIA

Defensor Público lembra Mota Coqueiroe absolve acusado de matar Evaldo Costa

"Espero que os senhores não venham a cometer o mesmo erro judiciário que levou a cidade de Macaé aos anais da história com relação a injustiça praticada contra Mota Coqueiro". Fazendo referência a este fato e encerrando sua atuação no processo, o Defensor Pú-blico Dr. Maurício Hana Bader, assistido pelo Advogado William de Miranda Cooper, conseguiu a absolvição de Edemir Dias Pessanha, acusado de no dia 28 de março deste ano, ter matado o comerciante Evaldo Costa.

Diretório do Partido Popular cria Movimento Estudantil e Trabalhista

O ex-Presidente da Câmara Municipal de Macaé, Eduardo Zarour Pinheiro, que vem se destacando nas prévias eleitorais como candidato a Prefeito nas eleições de 1982, disse quinta-feira que vai iniciar nos próximos dias, uma série de reuniões visando ins-tituir os Movimentos Estudantil e Trabalhista, em cumprimento ao programa e estatuto do Partido Po-pular, do qual é Presidente do Diretório Municipal.

Prefeitura suplementa mais Cr$ 23 milhões por excesso de arrecadação

Foi recebida na Câmara Municipal, quinta-feira passada, mais uma mensagem do Prefeito enca-minhando projeto de lei, cuidando de abertura de

crédito suplementar na importância de Cr$ 23 milhões 558 mil e 500 com utilização do excesso de arrecadação e reestimativa do Fundo de Parti-cipação dos Municípios para o corrente exercício, conforme ofício da Secretaria de Planejamento e Coordenação Geral da Governadoria do Estado.

Novo Comandante da PMDiversas autoridades convidadas vão participar

segunda-feira da solenidade de posse do novo Coman-dante da Polícia Militar, Capitão Lenine de Freitas da Silva, na 3ª Cia. Independente, com sede na Estrada do Imburo - Barra de Macaé. A passagem do Comando está marcada para as 15 horas, com a presença do Co-ronel José Carlos Lemos e o Capitão Sidinei Ferreira da Silva vai comandar, a partir de quinta-feira a Cia. de Trânsito e Policiamento Ostensivo de Alcântara, em São Gonçalo, sede do 7º Batalhão da Polícia Militar.

O Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE/RJ) emitiu, em sessão realizada na terça-feira (17), um parecer prévio favorá-vel à aprovação de contas da administração financeira da Prefeitura de Macaé. O pro-cesso relativo ao exercício de 2014 será encaminhado agora pelo Tribunal para a Câmara dos Vereadores, onde o docu-mento será julgado.

De acordo com o Contro-lador do Município, Luís Carlos Cunha, o parecer do corpo técnico do TCE/RJ é um reconhecimento às bo-as práticas realizadas com a gestão dos recursos públicos em Macaé. "A análise reali-zada demonstra que estamos seguindo todas as normas existentes no que diz respei-to à Lei de Responsabilida-de Fiscal, lisura e os índices

constitucionais", afirmou o controlador.

A eficiência no gerencia-mento econômico da gestão municipal de Macaé tem sido alvo de destaque nacio-nal. Recentemente, a cidade foi premiada no Ranking das Melhores Cidades do Brasil, em uma pesquisa realizada pela Revista IstoÉ e a consul-toria Austin Ratings, sendo a melhor colocada em cinco ca-tegorias ligadas à economia e investimentos.

Outro aspecto que reforça a boa aplicação dos recursos públicos é a redução de gastos com licitações. Em dois anos e meio a economia é estima-da em cerca de R$ 76 milhões, de acordo com levantamento realizado pela Procuradoria Geral de Licitações, Contra-tos e Convênios da Prefeitura de Macaé.

TCE emite parecer favorável para contas de Macaé gestão 2014

O projeto de lei 015/2015 do Executivo, que prevê a redução de até 25% do Imposto Sobre Serviços (ISS) e isenção de 100% do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) para empresas prestadoras de serviços da cadeia de óleo e gás com sede própria em Macaé, foi aprovado, nesta quarta-feira (18), pela Câmara Municipal, sem emendas, por unanimidade.

NOTA

Mudança na Fesporte gera debate no Legislativo

Apesar de ser um ato atri-buído ao poder Executivo, a mudança na presidência da Fundação de Esporte (Fespor-te) provocou reações políticas entre vereadores que partici-param da sessão ordinária de ontem na Câmara.

Logo no início da reunião, análises sobre o período de um ano e cinco meses de trabalho desempenhado por Ricardo Sal-gado, exonerado ontem do pos-to de presidente da Fundação, e do desafio assumido por Thales Coutinho, escolhido pelo prefei-to Dr. Aluízio Júnior (PMDB) para comandar a Fesporte du-rante um ano e um mês, período que resta para o atual mandato, se estenderam no momento do grande expediente.

KANÁ MANHÃES

KANÁ MANHÃES

Page 3: Noticiário 22 11 15

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 22 e segunda-feira, 23 de novembro de 2015 3

PolíticaGESTÃO

Arrecadação de Macaé alcança os R$ 2 bilhõesApenas com as contribuições da indústria do petróleo, município já recolheu R$ 919 milhões em impostos. Mas ano de crise gera déficitMárcio [email protected]

Entre janeiro e a primeira quinzena de novembro, a Capital Nacional do

Petróleo conseguiu alcançar o patamar dos R$ 2 bilhões no recolhimento de impostos e re-cebimento de repasses governa-mentais. Apesar de expressivo, o volume de arrecadação apresen-ta também um déficit de cerca de R$ 200 milhões, número que representa o peso dos efeitos da crise das atividades offshore, neste ano.

Somada, a contribuição da indústria do petróleo - marcada principalmente pela incidência do Imposto Sobre Serviços (ISS) e do Imposto sobre a Circula-ção de Mercadorias e Serviços (ICMS) - chegou ao patamar de R$ 919 milhões, um volume ex-pressivo, mas também marcado pela retração de negócios e in-vestimentos para o segmento de óleo e gás.

Principal fonte orçamentária do município, o ISS assumiu, neste ano, a dianteira na geração de tributos para a administração municipal.

Segundo o Portal da Transpa-rência, R$ 602 milhões foram ar-recadados pelo município com o imposto, uma diferença de quase R$ 102 milhões a mais que o es-timado para ser consolidado na primeira quinzena de novem-bro: cerca de R$ 500 milhões.

O superávit do ISS foi capaz de superar a queda da arrecadação do ICMS, fruto da desaceleração das atividades do petróleo no Es-tado do Rio de Janeiro.

Prevendo recolher R$ 400 mi-lhões com os repasses do Estado com o ICMS, Macaé registrou em novembro a consolidação de R$ 316 milhões em receitas, gerando um déficit de mais de R$ 83 milhões.

As operações do petróleo, que provocaram uma queda de R$ 150 milhões nos repasses dos

royalties e da Participação Es-pecial, também pressionaram a queda na arrecadação do mu-nicípio com o Imposto de Pro-duto Industrializado (IPI) para exportação.

Esta fonte, gerada pela comer-cialização do petróleo produzido na Bacia de Campos, rendeu a Macaé uma arrecadação de R$ 6 milhões, enquanto o estimado era de R$ 9 milhões. O déficit so-ma R$ 208 milhões.

Nas receitas 'de casa', o muni-cípio registra comportamentos

distintos.Com o Imposto Predial Ter-

ritorial Urbano (IPTU) houve superávit de R$ 9,8 milhões con-tabilizado com a arrecadação de R$ 39 milhões, enquanto o esti-mado para este ano era de pouco mais de R$ 30 milhões.

Porém, diante de mais um efeito da crise do petróleo, enfra-quecendo o setor imobiliário e a construção civil, Macaé registra um déficit de R$ 7 milhões com o Imposto de Transferência de Bens Imóveis (ITBI), que ren-

deu uma arrecadação de R$ 12 milhões, enquanto o previsto era de R$ 20 milhões.

A cidade registrou também queda, quase que pela metade, na arrecadação prevista com o recolhimento de taxas públicas. Enquanto o volume de receitas estimadas era de R$ 12,5 mi-lhões, o consolidado foi de R$ 6,7 milhões.

Para este ano, Macaé espera-va arrecadar R$ 2,4 bilhões. Mas deve perder cerca de R$ 200 mi-lhões até dezembro.

KANÁ MANHÃES

Capital Nacional do Petróleo, Macaé acumula déficits nas principais receitas do orçamento

Imposto Arrecadação Previsão ComparativoISS R$ 602.174.024,00 R$ 500.000.000,00 R$ 102 milhões (Superávit)IPTU R$ 39.898.362,83 R$ 30.075.601,97 R$ 9,8 milhões (Superávit)ITBI R$ 12.979.423,97 R$ 20.247.464,93 R$ 7,2 milhões (Déficit)Taxas R$ 6.780.025,74 R$ 12.540.000,00 R$ 5,7milhões (Déficit)IPI Exportação R$ 6.938.650,43 R$ 9.813.684,07 R$ 2,8 milhões (Déficit)ICMS R$ 316.968.241,66 R$ 400.502.249,37 R$ 83 milhões (Déficit)IPVA R$ 21.675.613,97 R$ 27.687.122,33 R$ 6 milhões (Déficit)

ARRECADAÇÃO

Balanço de receitas correntes e repasses em 2015

Câmara de Vereadores aprovou nesta semana o projeto que prevê incentivos fiscais

NOTA

Pró-Atendimento forma turmas nesta semana

COMÉRCIO

Iniciativa garante apoio ao setor varejista para alavancar vendas no final do ano

Cerca de 90 profissionais, que atuam no setor varejista da cidade, participam do Programa Pró-Atendimento, uma inicia-tiva da secretaria municipal de Desenvolvimento Econômico, com objetivo de fomentar o fa-turamento do comércio, para as vendas de fim de ano.

Os profissionais foram divi-didos em duas turmas, e que participam dos módulos 'Ma-rketing em Vendas' e 'Técnicas de Negociação', ministradas por profissionais que possuem experiência no setor varejista de Cabo Frio e Armação dos Búzios - dois polos do turismo da Região dos Lagos.

Organizado pela subsecre-taria de Indústria, Comércio, Óleo e Gás, os cursos contam com a parceria da Associação Comercial e Industrial de Macaé (ACIM), que cedeu o auditório

da sua sede para a realização das aulas.

A turma do módulo 'Marke-ting em Vendas' concluirá o curso nesta terça-feira (24). Já as aulas de 'Técnicas em Negocia-ção' serão finalizadas na quarta-feira, dia 25.

Diante do sucesso da iniciati-va, a subsecretaria de Indústria

e Comércio promoverá a forma-ção de novas turmas. O procedi-mento pode ser feito na Casa do Empreendedor, na Rua Agenor Caldas, 261 - Imbetiba, ou pelo telefone (22) 2796-1277.

Os interessados podem procu-rar também a ACIM e a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) para obter maiores informações.

O Pró-Atendimento faz parte de uma série de medidas criadas pela secretaria municipal de Desenvolvimento Econômico, Tecnológico e Turismo, visando fomentar setores da economia de Macaé e contribuir com a res-truturação dos mercados ligados à cadeia o¬shore, principal voca-ção da cidade.

LUIZ AZEVEDO/SECOM

Turmas formadas pelo Pró-Atendimento lotam o auditório da Associação Comercial de Macaé

PONTODE VISTAA sabedoria popular nos ensina um refrão ouvido sempre quando há manifestação de qualquer tipo, e em qualquer lugar, no sentido de que “o povo unido jamais será vencido”.

Desde o início da atual legislatura, duas situações inu-sitadas incomodam os detentores de cargos impor-tantes em Brasília. A primeira, surgindo como uma bomba de efeito retardado, diz respeito à confissão da presidente Dilma Rousse¬, que admitiu as “peda-ladas fiscais” nas contas de 2014, sinalizando novas prováveis pedaladas em 2015.

Ainda não é uma contagem regressiva, mas já se passaram oito dias depois do último apelo, sendo que, até o momento, nenhum órgão responsável da prefeitura resolveu retirar da calçada da Avenida Atlântica, bem em frente à Igreja Prebisteriana (1384), um toco de árvore que atrapalha a passagem de pedestres, deficientes e cadeirantes. Mas lá continua ele, atrapalhando e servindo de apoio para descartes de lixo.

Já registramos aqui que seriam, pelo menos, cinco os candidatos de oposição para concorrer à prefeitura e tentar suceder Dr. Aluízio no cargo. Como ainda está indefinido o quadro político por causa das mudanças na legislação eleitoral, um passarinho contou que um deles não vai aceitar a proposta para apoiar apenas um candidato. Quer usar a rede (?) e lutar pelo poder.

Até domingo.

O prefeito, antes tarde do que nunca, acertou em conceder subsídios às grandes empresas para que permaneçam em Macaé. Até aí, tudo bem. Mas as pequenas e médias empresas também deveriam receber algum incentivo pois, sem dúvida, são as maiores empregadoras. A crise atinge, igualmente, os hotéis que pagam 5% de ISS. Os empresários da hotelaria reivindicam 2% igual a vários outros municípios.

Povo unido

Sai ou não sai?

Muitas vezes, o resultado positivo é alcançado, principalmente, quando não existe no meio nenhuma repre-sentação política. Isso aconteceu, por exemplo, em junho de 2013, quando ecoou pelo país afora uma manifes-tação espontânea, iniciada com o objetivo de exigir das autoridades a diminuição nas tarifas de transpor-tes públicos, e deu resultado. Depois, aconteceu a campanha eleitoral, e foram ouvidas promessas de todos os lados. No entanto, após a posse dos eleitos, os remédios amargos tiveram de ser tomados para tentar evitar o caos, situação que abalou os alicerces dos poderes constituídos em Brasília. Novas manifestações e, pelo menos em mais duas delas, a repercussão foi tão grande que levou os deputados e senadores a agir com cautela e dar respostas que pudessem acalmar os ânimos dos manifestantes. Mas - e não cansamos de repetir aqui - como Brasília parece ser mesmo a ilha da fantasia, por lá, todos esquecem que o Brasil existe e cuidam apenas dos próprios interesses, barganhando cargos e uma verdadeira disputa do toma lá dá cá, atos hoje acompanha-dos em tempo real pelos internautas do país inteiro, causando revolta aos eleitores mais humildes, que acredi-

taram nas falsas promessas. Além do ajuste fiscal anunciado pelo governo, o que vem travando a economia, os políticos se veem envolvidos também na Operação Lava-Jato que continua revelando novos escândalos de cor-rupção não só na Petrobras, como em outros setores do governo, cada qual sem guardar limites de que manter o poder a qualquer custo é o objetivo central. No parlamento, depois do deputado Eduardo Cunha ser eleito presidente da Câmara dos Deputados contra a vontade do governo, acabou apressando uma minirreforma polí-tica que não atende aos anseios dos brasileiros, a não ser os interesses dos próprios políticos. Com jeitinho, o ex-presidente Lula conseguiu mu-dar algumas peças no tabuleiro de xa-drez do governo federal, que alcança algumas metas e vê mantidos os ve-tos sugeridos em projetos polêmicos. Agora, enquanto o Natal não chega, vamos assistindo as Câmaras Munici-pais de vários municípios aprovarem aumento do número de vagas para ve-readores, revoltando quem paga em dia seus impostos. Pela frente, con-tinuaremos a ter manifestações de todos os tipos. Por quê? O povo ainda acredita no velho refrão que assegura: "unido jamais será vencido".

Com isso, o Tribunal de Contas da União, órgão de assessoramento ao Poder Legis-lativo, emitiu parecer contrário às contas do exercício passado, mesmo sob forte pressão de todos os lados, cabendo agora ao Congresso apreciar a matéria que ga-nhou o caminho da gaveta, e só Deus sabe quando haverá algum resultado a favor ou contra. Ainda, para piorar, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, segundo na linha de sucessão para assu-mir a Presidência da República, começou a receber vários pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff e, pasmem, a Secretaria Geral da Câmara informou que há 13 pedidos de impeachment pen-dentes de decisão, entre eles, os apresen-tados pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Junior, com o apoio da oposição e de movimentos da sociedade. Bem, de outro lado, o deputado Eduardo Cunha também acabou enrolado com suspeitas de ter contas em bancos suíços originados com dinheiro de propina no escândalo da Petrobras. Ele negou em depoimento na CPI da Petrobras, o que acabou em pizza. Agora, responde a processo na Comissão

de Ética da Câmara dos Deputados, po-dendo ter o mandato cassado e perder o cargo. Ele jura que não, que vai provar o contrário e, para salvar a própria pele, também não defere os pedidos de im-peachment da presidente Dilma. Ou seja, num “acordo” por tabela, o PT não vota contra ele, desde que ele não defira os pedidos de impeachment de Dilma. Quando o ex-presidente Lula declarou também que o ministro Joaquim Levy estava com o prazo de validade vencido, a presidente Dilma reforçou sua decisão, afirmando que ele, Joaquim Levy, não sai do governo. Afinal, o que o povo gostaria de entender é: quem sai ou não sai. Ago-ra, até a Ordem dos Advogados do Brasil informa que decide em 2 de dezembro (falta pouco) se apoiará, ou não, o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. O presidente Marcus Vinicius Furtado Coelho aguarda apenas o parecer de uma comissão de advogados que ana-lisa o caso, e que será apresentado até dia 29 deste mês. No dia 2, o Conselho Fede-ral da OAB votará o parecer. Fazer o que, senão esperar?

PONTADAS

Page 4: Noticiário 22 11 15

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ4 Macaé (RJ), domingo, 22 e segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Opinião NOTA

ESPAÇO ABERTO

EDITORIAL FOTO LEGENDA

Em um ano marcado pela redução de mais de 6 mil postos de trabalho, Macaé deve fechar 2015 com um déficit orçamentário superior aos R$ 200 milhões.

Ao que tudo indica, este será um dos melhores Black Fridays dos últimos tempos para os comerciantes. A crise econômica e o corte de gastos são fatores deter-minantes para esse movimento.

Números

Black Friday: como comprar

Com a aprovação, nesta semana, do projeto que prevê uma redução fis-

cal na ordem dos R$ 20 mi-lhões, será que as operações do mercado do petróleo, que movimentam a cadeia forma-da por 4,5 mil empresas, vão respirar melhor em 2016? Só o tempo dirá.

Por quase 2 horas, 15 dos 17 parlamentares que formam a atual composição da Câmara de Vereadores debateram à exaustão os 4 artigos que for-mam o projeto de lei comple-mentar 015/2015, elaborado pelo governo, com objetivo de promover um novo estímulo às 50 empresas-âncoras do setor de óleo e gás, baseadas na cidade.

Na defesa pela preserva-ção do texto original enviado pelo governo, os parlamen-tares derrubaram 3 emendas ao projeto, que expandiam a abrangência da proposta fo-cada na redução de 5% para 3,75% a incidência do Imposto Sobre Serviços (ISS) e a isen-ção do Imposto Predial Terri-torial Urbano (IPTU).

Para compreender o tama-nho da participação dessas receitas no orçamento muni-cipal, previsto para alcançar neste ano o patamar dos R$ 2,4 bilhões, é preciso acom-

panhar a evolução de arreca-dação desses impostos.

Apenas com o ISS, Macaé ar-recadou neste ano mais de R$ 602 milhões, o que representa um superávit de quase R$ 100 milhões dentro do volume de receitas estimadas pela prefei-tura, de acordo com a Lei Orça-mentária Anual (LOA).

Com o IPTU, a prefeitura re-colheu mais de R$ 39 milhões ao longo dos últimos 10 meses deste ano, alcançando um ex-cesso de arrecadação de quase R$ 10 milhões.

Abrir mão de parte des-ses recursos pode ser a saída para garantir a preservação de empregos ainda gerados pelo mercado do petróleo, já que o projeto elaborado pelo Executivo condiciona às em-presas do setor o acesso aos incentivos fiscais, a garantia de preservação de 60% de sua mão de obra formada por profissionais que residam em Macaé.

Sem sombra de dúvida, to-dos esses números represen-tam a relevância das opera-ções do petróleo na economia local, e toda a complexidade que envolve a restruturação do mercado, que ainda não apresenta condições neces-sárias para alcançar os tempos de prosperidade e de pujança.

Aquela troca de vestuário, eletrodoméstico ou mobi-liário antigo, que já nem de-

veriam mais fazer parte daquele ambiente, ainda permanece ali, firme e forte. Isso porque as pes-soas estão esperando a tradicio-nal sexta-feira com ofertas que chegam a 60%, 70% e 80% de desconto. De acordo com uma pesquisa realizada pela e-bit/Buscapé, cerca de 80% dos con-sumidores que costumam fazer compras pela internet têm a in-tenção de adquirir algum item na Black Friday neste ano.

Já li diversos artigos falando sobre como comprar, quais são os sites confiáveis e sobre apli-cativos que ajudam as pessoas a encontrar as melhores ofertas. Porém, não vi ninguém abor-dando, o que pra mim é o mais importante, a real necessidade de se comprar determinado produ-to. Será que você realmente ne-cessita gastar sem planejamento e acabar entrando em dívidas desnecessárias?

É sobre isso que quero falar neste artigo, sobre como é im-portante ter uma educação fi-nanceira, para não gastar apenas por gastar. Em tempos de perda de poder aquisitivo e aumento de índices de desemprego, não é bom ficar muito animado em apenas consumir produtos sem o planejamento necessário. E o que quero dizer com planejamento, é que o cliente faça uma planilha do que gostaria de comprar e de quanto tem para gastar, já pen-sando nos gastos de fim de ano e janeiro. A parcela pode caber no bolso do consumidor naquele mês, mas nos próximos, quando as dívidas comuns vierem (IPVA, IPTU, material escolar, etc), co-

mo ficará?Essa é a principal estratégia a

ser tomada. Quando for comprar, reflita melhor sobre os prós e contras da aquisição daquele pro-duto ou serviço. Lembre-se que o ambiente da loja já está todo maquiado para influenciar você a fechar uma compra. Pesquise preços, antes da data comemora-tiva chegar, e veja se realmente o desconto foi aplicado ao produto escolhido. Essas pequenas atitu-des farão você realmente econo-mizar e comprar somente o que for necessário.

Quero enfatizar uma coisa: se o consumidor está endividado, esqueça o Black Friday! É isso mesmo, o dia de promoções só irá fazer sua dívida crescer ainda mais, e você ficará em uma situa-ção preocupante. Saliento que as dívidas são como bolas de neve, elas vão aumentando aos poucos e quando você percebe já perdeu o controle da situação. Tenha em mente que promoções vêm e vão a todo o momento. Você terá ou-tras oportunidades, e quando es-tiver com as contas em dia, gasta-rá com mais alegria e consciência.

E já pensou que além de gastar você pode aproveitar a sexta-feira de descontos para ganhar dinhei-ro? Algumas corretoras estão ofe-recendo aplicações financeiras diferenciadas pra quem quiser investir. Basta pesquisar sobre o tema e escolher a melhor opção. Neste caso, além de economizar você ainda vai investir para apro-veitar futuras promoções. Sua vi-da financeira agradece.

Lélio Braga Calhau é Pro-motor de Justiça de Defesa do Consumidor do Ministério Públi-co de Minas Gerais.

WA

ND

ER

LE

Y G

IL

PAINEL

EXPEDIENTE GUIA DO LEITOR Telefones úteis

EJORAN - Editora de Jornais, Revistas e agências de Notícias

CNPJ: 29699.626/0001-10 - Registradona forma de lei.DIRETOR RESPONSÁVEL: Oscar Pires.SEDE PRÓPRIA: Rua Benedito Peixoto, 90 - Centro - Macaé - RJ.Confeccionado pelo Sistema de Editoração AICS e CTP (Computer to Plate).Impresso pelo Sistema Offset.

CIRCULAÇÃO: Macaé, Quissamã, Conceição de Macabu, Carapebus, Rio das Ostras, Campos dos Goytacazes e Casimiro de Abreu.

A direção do O DEBATE não se responsabiliza e nem endossa os conceitos emitidos por seus colaboradores em ações ou artigos assinados, sendo de total responsabilidade do autor.

Filiado à ADJORI-RJ - Associação dos Diretores de Jornais do Estado do Rio de Janeiro e à ABRAJORI - Associação Brasileira de Jornais do Interior. ANJ - Agência Nacional de Jornais. ADI Brasil - Associação dos Jornais Diários do Interior.

REPRESENTANTE: ESSIÊ PUBLICIDADE E COMUNICAÇÃO S/C LTDA.

SÃO PAULO: R. Abílio Soares, 227/8º andar - Conjunto 81 - CEP: 04005-000 Telefone: (11) 3057-2547 e Fax: (11) 3887-0071 • RIO DE JANEIRO: Av. Princesa Isabel, 323 - sala 608 - CEP: 22011-901 - Telefone: (21) 2275-4141 • BRASÍLIA: SCS Ed. Maristela, sala 610 / DF - CEP: 70308-900 - Telefone: (61) 3034-1745(61) 3036-8293.TEL/FAX: (22) 2106-6060, acesse: http://www.odebateon.com.br/, E-MAIL: [email protected], COMERCIAL: Ligue (22) 2106-6060 - Ramal: 215, E-MAIL: [email protected], classificados: E-mail: [email protected]

POLÍCIA MILITAR 190

POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL 191

SAMU 192

CORPO DE BOMBEIROS 193

DEFESA CIVIL 199

POLÍCIA CIVIL 123º DP 2791-4019

DISQUE-DENÚNCIA (POLÍCIA MILITAR) 2791-5379

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (24 HORAS) 2796-8330

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (OPERAÇÕES) 2796-8320

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (PASSAPORTE/VISTO) 2796-8320

CÂMARA DE MACAÉ 2772-2288

HPM 2773-0061

CEDAE: 2772-5090

AMPLA 0800-28-00-120

PREFEITURA MUNICIPAL 2791-9008

DELEGACIA DA MULHER 2772-0620

GUARDA MUNICIPAL 2773-0440

AEROPORTO DE MACAÉ 2763-5700

CARTÓRIO ELEITORAL 109º ZONA 2772-3520

CARTÓRIO ELEITORAL 254º ZONA 2772-2256

CORREIOS (SEDE) 2759-3390

CORREIOS CENTRO 2762-7527

CEG RIO 0800-28-20-205

RÁDIO TAXI MACAÉ 2772-6058

CONSELHO TUTELAR I 2762-0405/ 2796-1108 PLANTÃO: 8837-4314

CONSELHO TUTELAR II 2762-9971/ 2762-9179 PLANTÃO: 8837-3294

CONSELHO TUTELAR III (SERRA) 2793-4050/2793-4044 PLANTÃO: 8837-4441

Macaé possui uma das gasolinas mais caras da região. Preços cobrados nas bombas da cidade já chegam a R$ 4,04

AtendimentoNesta semana, 90 funcionários do comér-cio da cidade participaram dos dois cursos promovidos pela subsecretaria de Indústria e Comércio através do Programa Pró-Atendi-mento. Nestas terça (24) e quarta-feira (25), haverá a conclusão dos workshops que abor-daram temas ligados ao marketing em vendas e técnicas de negociação, importantes concei-tos para a fidelização de clientes, um passo necessário para recuperar o faturamento do setor varejista.

Eleições A presença de lideranças políticas em bair-ros e comunidades da cidade, especialmente Malvinas, Nova Holanda e Nova Esperança, já representa os primeiros passos para o iní-cio do processo eleitoral, que será definido em 2016. As redes sociais registram tudo, o que é real e o que é fake, situações difíceis de serem separadas. A verdade é que já tem vereador se sentindo incomodado com o as-sédio recebido por eleitores situados em seus 'currais eleitorais'.

Iluminação Aos poucos, a população aprimora o conheci-mento sobre a utilização do Portal da Transpa-rência, superando a fase de averiguação ape-nas de salários de servidores e comissionados. No site consta que, apenas neste ano, mais de R$ 12 milhões foram aplicados no sistema de iluminação pública. Esmiuçado, esse inves-timento aponta que apenas R$ 2,4 milhões foram pagos à Ampla. O restante foi pago a empresas que prestam o serviço de manuten-ção da rede.

ParticipativoO Portal da Transparência indica ainda que dos R$ 18,5 milhões previstos para serem aplicados no Orçamento Participativo, apenas R$ 400 mil foram gastos na implementação do projeto, neste ano. Parte desses recursos foram utilizados nas obras de construção de uma escola infantil na Serra. Cerca de R$ 10 milhões foram anulados através de suplemen-tação. Porém, R$ 8 milhões ainda podem ser garantidos para executar projetos definidos junto à população.

Contrato Ao estender o processo de implementação do ponto biométrico, a prefeitura já aplicou neste ano quase R$ 4 milhões em serviços de co-municação e informação internos, focados na realização do controle de acesso nas duas principais sedes administrativas do governo, si-tuadas na Rua da Praia. Os recursos são objeto de um contrato firmado através da política de modernização do sistema de acompanhamen-to do trabalho dos servidores e de atendimento ao cidadão.

Apreensões De acordo com dados divulgados pelo Institu-to de Segurança Pública (ISP) do Estado do Rio de Janeiro, 26 adolescentes foram apre-endidos em operações policiais em Macaé, apenas no mês de setembro. No trimestre compreendido entre julho e setembro, o nú-mero passa para 94 menores, contando os reincidentes. Os números comprovam que os jovens da cidade, principalmente os da perife-ria, acabam buscando o crime como a única alternativa de vida.

Educação No próximo dia 30, o Palácio Natálio Salvador Antunes receberá representantes do governo do Estado, da Assembleia Legislativa do Esta-do do Rio de Janeiro (Alerj) e da prefeitura para traçar estratégias que visam garantir melhorias no ensino da rede pública estadual. Juntas, as duas esferas dos poderes Executivo e Legis-lativa pretendem solucionar a deficiência do corpo docente registrada em algumas escolas na cidade. A preocupação está na formação dos alunos.

Alerta A queda acentuada do Índice de Desenvol-vimento da Educação Básica (IDEB) de Ma-caé, que obteve nota 5,2 em 2013, número considerado abaixo da média nacional, levou os Ministérios Públicos Estadual e Federal a firmarem parceria para implementar, a partir de 2016, o projeto 'Ministério Público pela Edu-cação'. O movimento contará com a adesão de voluntários e dos governos estadual e mu-nicipal com foco na recuperação da qualidade do ensino.

Trânsito Como pode uma cidade com frota domés-tica de cerca de 70 mil veículos, somadas às cerca de mil carretas que atendem à logística offshore, gerar em 10 meses um somatório de R$ 3 milhões em multas de trânsito? O montante surpreende e passa a ser objeto de questionamento por parte da população e dos motoristas. Vale ressal-tar que a imprudência ao volante alcança índices alarmantes na Capital Nacional do Petróleo.

Pauta de debates políticos na Câmara de Vereadores, o aumento da população em situação de rua na cidade já chega a índices alarmantes, não apenas no quantitativo de pessoas vivendo em condições subumanas, mas pela inércia da realização de políticas voltadas ao acolhimento e ao resgate da cidadania e da dignidade.

Page 5: Noticiário 22 11 15

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 22 e segunda-feira, 23 de novembro de 2015 5

PolíciaCONFLITOS

A Síria e a guerra que se alastra

O ser humano em pleno século XXI consegue avanços tecnológicos e científicos em todas as áreas, procura ex-plorar o solo de Marte, de-senvolve uma melhor quali-dade de vida em que a expec-tativa a cada ano aumenta. Porém, o mais importante que é conviver em harmonia com seu semelhante, não consegue. Prefere viver com guerras por interesses eco-nômicos e para demonstrar poder, levando pessoas ino-centes a pagar com a vida por esses interesses.

COMO VOCÊ ANALISA A SITUAÇÃO ATUAL DA SÍRIA?

Confesso que vejo como uma catástrofe mundial, um verdadeiro extermínio de se-res humanos; a ONU semana passada manifestou sua opi-nião julgando-se impotente, face os interesses antagôni-cos dos EUA e Rússia no con-flito, considerando o evento uma crise humanitária que pode chegar a proporções sem controle, pois na verda-de a Síria é apenas uma corti-na de fumaça, para esconder os verdadeiros autores que são duas grandes potências mundiais. Atualmente a po-pulação daquele país gira em torno de 22 milhões de habitantes, sendo que nos últimos 4 anos, 250 mil pes-soas foram mortas, 4 milhões refugiaram-se em outros pa-íses e 7 milhões deslocaram-se internamente de um local para outro, nos dois últimos casos em busca pela paz; imaginem como esta popu-lação sobrevive neste caos.

COMO AGEM OS REFUGIADOS?

Em primeiro lugar, temos que entender o que realmen-te é um refugiado de guerra, os meios de comunicação muitas vezes nos induzem a uma visão distorcida, em alguns casos nos faz pensar que são criminosos; na ver-dade é toda pessoa que em razão de fundados temores de perseguição devido a ra-ça, religião, nacionalidade, associação a determinados grupos sociais ou opinião política, encontra-se fora de seu país de origem, e que, por causa dos ditos temores, não pode ou não quer regressar. Mês passado tive a oportuni-dade de conhecer uma famí-lia de refugiados da Síria que está morando na Urca, bair-ro nobre do Rio de Janeiro. Eles eram empresários bem sucedidos, face a destruição, tinham que viver escondidos em abrigos antiaéreos, lar-garam de lado todos os ne-gócios da família, e hoje com menos recursos financeiros, encontraram a paz em nosso pais.

COMO É FEITA A VIAGEM DOS REFUGIADOS?

Todos eles pagam milhares de dólares a um traficante para atravessar o mar com sua família em uma frágil

Tenente-coronel Ramiro Campos explica sobre os refugiados e a ligação dos Estados Unidos - Rússia com a guerra da Síria

barca sem a mínima segu-rança, na verdade virou um negócio clandestino que vem dando lucro a muitas pessoas em detrimento de outros en-tregarem todo seu dinheiro para fugir. O caso do menino Aylan Kurdi, de 3 anos, que morreu afogado com sua fa-mília na praia de Bodrum, somente sobrevivendo seu pai; e o caso de Jean, que foi o único sobrevivente de um naufrágio onde morreram 35 pessoas, ficaram mundial-mente conhecidos, demons-trando a fragilidade como são feitas estas viagens.

O QUE GEROU ESTES CONFLITOS?

Parte do povo sírio quer a queda do poder de Bashar Al-Assad, um ditador que co-manda o país desde o ano de 2000, ele recebeu o cargo de seu pai Hefez El-Assad, que ficou no poder por mais de 30 anos. Tal fato inflamou-se com a chamada Primave-ra Árabe, que começou no final do ano de 2010, quan-do o ditador da Tunísia foi derrubado e incentivaram vários outros países a fazer o mesmo. Especificamen-te na Síria o governo reagiu usando o exército para tentar manter o poder, e grupos de oposição se armaram come-çando o combate contra o atual governante.

QUAL INTERESSE DA RÚSSIA NESTE CONFLITO?

Com seu crescente envol-vimento bélico na Síria, a Rússia trabalha para recu-perar a posição de potência mundial, tanto político como militar, que a antiga União Soviética ocupou durante a guerra fria. Depois da visita relâmpago e não anunciada do presidente sírio, Bashar Al-Assad, a Moscou convi-dado por Vladimir Putin; o exército sírio avança com o apoio da Rússia, a ofensiva aérea realizada por aviões russos, tem sido fundamen-tal para resistência do go-verno, contra os rebeldes que não aceitam o regime ditatorial.

QUAL O INTERESSE DOS ESTADOS UNIDOS NESTE CONFLITO?

O Estado Americano tem interesse por conta do en-volvimento de grupos terro-ristas no conflito, inimigos mortais dos Americanos pelos atentados de 2001; bem como por saber que seu maior rival que é a Rússia, apoia o governo sírio. Tam-bém sabemos que uma das maiores indústrias ameri-canas é a bélica, e precisa ser aquecida com estes conflitos, que infelizmente inocentes pagam com a vida. Dois dias após o ataque terrorista na França, foi divulgado pela imprensa que uma das armas recolhidas na mão dos ter-roristas, por sua numeração de fabricação era de origem americana, e possivelmen-te uma daquele lote de 50 toneladas de armas e muni-ções que o presidente Obama determinou que seus aviões despejassem para a força de resistência contra o governo; por analogia observamos que os maiores interessados são as grandes potências, que estão resolvendo suas diver-gências na casa dos outros.

Prefeitura instala 93% de rede coletora de esgoto direcionada à ETE Centro

NOTA

PATRULHAMENTO

Vítimas da violência cobram por segurança Moradores do Jardim Carioca II pedem à Polícia Militar mais atenção ao bairro

Ludmila [email protected]

Assaltos frequentes, medo, insegurança, ruas escu-ras, falta de policiamen-

to. Assim é a rotina dos cidadãos macaenses, de diferentes áreas da cidade. O problema da segu-rança pública no município tem sido destaque nas matérias do Jornal O DEBATE.

Dessa vez, os moradores do Jardim Carioca II são os que cobram da Polícia Militar (PM) um maior patrulhamento na região. Segundo os moradores, os assaltos a pedestres estão acontecendo diariamente, e os moradores que, rotineira-mente, estão indo ou voltando

do trabalho estão cansados da situação.

“O principal problema aqui é na Estrada do Imburo, já que por conta da demora dos ônibus somos obrigados a andar até o Terminal Cehab. Neste trajeto é que sofremos os assaltos. Como não há nenhum tipo de patru-lhamento, a Estrada fica livre para a ação dos bandidos. Além disso, à noite, a pouca ilumina-ção também favorece a ação dos marginais”, disse um morador, que prefere não ser identificado.

De acordo com a população local, os assaltos não têm hora para acontecer. E devido à falta de policiamento, os marginais agem tanto à luz do dia quanto à noite. Utilizam-se de motos e

andam em duplas, sempre ar-mados. Os alvos são as bolsas e os celulares das vítimas.

O problema na iluminação pública é um dos fatores apon-tados pelos moradores como pontual para a ação dos bandi-dos. A escuridão favorece nestes casos.

Segundo a Prefeitura, a equi-pe da Subsecretaria de Ilumina-ção Pública foi ao local checar as demandas e vai adotar as medi-das necessárias.

O Jardim Carioca II fica bem próximo ao Jardim Franco, ou-tro bairro no qual moradores recentemente pediram pelo patrulhamento policial, assim como por iluminação pública. Com a proximidade de ambos

os bairros, é possível perceber que o problema somente au-menta e soluções não são dadas pelo Poder Público.

Segundo informes do Institu-to de Segurança Pública (ISP), no mês de outubro houve uma queda de roubos a transeun-tes registrados na 123ª DP, em comparação com o mês de se-tembro. Os índices apontam que, em outubro, foram 36 ca-sos; em setembro 65 registros do mesmo crime.

A população espera que tais índices comecem a diminuir, e que a Polícia Militar adote me-didas para inibir a ação dos cri-minosos, o que acaba gerando uma onda de violência assusta-dora junto aos macaenses.

KANÁ MANHÃES

Estrada do Imburo, na altura do Jardim Carioca II, é a principal queixa dos moradores quanto ao número de assaltos

Page 6: Noticiário 22 11 15

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ6 Macaé (RJ), domingo, 22 e segunda-feira, 23 de novembro de 2015

EconomiaQUESTÃODE JUSTIÇA

Leandro Gama Alvitos Especialista em Direito Público

Leandro Gama Alvitos

NOTA

Definitivamente os “restaurantes sobre rodas” caíram no gosto dos brasileiros e agora chegam a Macaé na forma de festival, no 1° Food Truck. O evento acontece na orla da Praia de Imbetiba entre os dias 27 e 29.

O VOTO IMPRESSONa última quarta-feira,

dia 18 de novembro, o Se-nado manteve a derrubada do veto presidencial que re-tirava da reforma eleitoral (Lei 13.165/2015) o chama-do voto impresso.

O voto impresso nada mais é do que a emissão de um comprovante do voto realizado na urna eletrô-nica e o seu posterior de-pósito em uma urna física. Nos modelos de urna já desenvolvidos pela Justiça Eleitoral, o eleitor sequer retirará o comprovante da máquina para depositá-lo, tudo será feito de forma automática, ou seja, após a votação ser concluída a ur-na imprimirá um compro-vante similar a um extrato bancário contendo os votos realizados, que será exibido para conferência em uma espécie de compartimento de vidro da própria urna e, automaticamente, será encaminhado à urna física que se localizará atrás da urna eletrônica, devida-mente lacrada e selada.

A favor da manutenção do voto impresso foram, ao total, 368 votos na Câmara

dos Deputados e 56 no Se-nado Federal, que culmi-naram com a derrubada do veto presidencial. O texto agora vai à promulgação do Congresso Nacional, que comunica à Presidência so-bre a decisão.

Justificando seu veto, a presidente da Repúbli-ca Dilma Rousseff alegou que, segundo informações do Tribunal Superior Elei-toral, as despesas com a aquisição dos materiais e equipamentos para viabi-lizar a impressão dos votos seriam muito altas, alcan-çando a monta de R$ 1,8 bilhão de reais, e que o au-mento de tais despesas não teria vindo acompanhado das necessárias estimativas de impacto orçamentário e financeiro. Em apoio à pre-sidente, o senador petista José Pimentel defendeu a manutenção do veto da pre-sidente, afirmando que “co-mo estamos tomando uma série de medidas por conta da limitação de recursos públicos, entendemos que não temos condições de investir na impressão de votos”.

DA DERRUBADA DO VETOA votação no Senado le-

vou mais de uma hora, pois no momento existia uma dúvida entre os senadores da oposição com relação ao quórum mínimo para vota-ção. Para resolver o impasse, os senadores fecharam um acordo com o presidente do Senado, Renan Calheiros, para que a votação se esten-desse até que 65 senadores tivessem votado.

Tratando da derrubada do veto, o senador Cássio Cunha Lima afirmou que o objetivo principal do voto impresso é “assegurar ao eleitor uma contraprova do voto dado” e ponderou que “a urna eletrônica é, sem dúvida, um avanço, mas

não pode ficar estagnada no tempo”.

O senador João Capibe-ribe afirmou que: “A derru-bada deste veto não se trata de ser a favor ou contra o go-verno, se trata de dar trans-parência às eleições”.

Aécio Neves, senador derrotado na última dis-puta eleitoral para ocupar a presidência, reforçou a importância da derrubada do veto, afirmando que o voto impresso daria a pos-sibilidade de se investigar propriamente um pleito eleitoral. Rememore-se o fato da tentativa do PSDB de auditar as urnas das eleições de 2014 não ter sido bem su-cedida.

DA ANTERIORIDADEDe acordo com o princí-

pio da anualidade em ma-téria de eleições, também chamado de anterioridade eleitoral, é necessário que as normas que irão reger um determinado pleito eleito-ral estejam em vigor com um ano de antecedência do mesmo. Esse princípio en-contra-se expresso no artigo 16 da Constituição de 1988, para o qual “A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua pu-blicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.”

Ainda será necessário aguardar uma resolução acerca de a partir de quan-do a determinação do voto impresso estará valendo, se para o pleito que se avizinha em 2016, ou se somente pa-ra eleições futuras. Neste caso, decerto não se trata de uma simples alteração legal. Para implementação do vo-to impresso, deve ser avalia-do e disponibilizado todo o investimento a ser feito, de-vendo ser considerado ain-da o tempo necessário para que o sistema esteja pronto e testado para a utilização.

DA TRANSPARÊNCIATransparência, por óbvio,

é a palavra de ordem na atu-alidade, quando se discute o funcionamento dos proces-sos democráticos e das pró-prias instituições públicas.

Apesar do altíssimo in-vestimento necessário para a implantação do voto im-

presso, acreditamos que te-mos um perfeito equilíbrio na relação custo x benefício, uma vez que o que está em jogo é a segurança, a con-fiabilidade e possibilidade de controle do instrumento mais importante da demo-cracia: o voto.

COMÉRCIO

Lojistas antecipam Black Friday e especialista dá dicas para evitar maus negóciosCalçadão já está repleto de vitrines com anúncios da ação de vendas, principalmente na Rua Silva JardimGuilherme Magalhã[email protected]

Embora o “Black Friday” tenha sua realização ofi-cial programada apenas

para o próximo dia 27, muitos lojistas já estão usufruindo da popularidade da ação de vendas para atrair a clientela. O problema é que, de acordo com o coordenador do Pro-

con-Macaé e secretário de Defesa do Consumidor, Carlos Fioretti, os descontos e condi-ções de pagamento oferecidos em nome da campanha exigem alguns cuidados por parte do

cliente. No Centro, as vendas já começaram, e as vitrines com anúncios de desconto em até 70% tomam diversas lojas, principalmente na Rua Silva Jardim.

Segundo Fioretti, o fato da compra ser realizada em uma liquidação, ou promoção, não elimina os direitos do consu-midor, como o prazo de 30 dias para reclamações sobre pro-blemas de fácil constatação, no caso de produtos não du-ráveis; e de 90 dias para bens duráveis, contados a partir da constatação do problema.

“É importante salientar que nessas condições extra-ordinárias de transação, os consumidores mantenham sempre a precaução e se cer-tifiquem bastante em relação ao produto antes de efetuar o pagamento. E isso vale tanto para as compras presenciais quanto pela internet”, diz o especialista, ressaltando que o Código de Defesa do Consumi-dor (CDC) estabelece que pro-dutos importados adquiridos no Brasil seguem as mesmas regras dos nacionais.

Para os casos de compras pela internet, Fioretti ain-da orienta que os problemas mais comuns são entrega de produtos diferentes dos anun-ciados, ou com defeitos; falta de garantia; preços superiores aos já praticados e empresas fantasmas.

“É fundamental que, antes de comprar, o consumidor faça pesquisas, verifique a idoneidade da empresa e se certifique de que o site é de confiança”, resume o espe-cialista, acrescentando que os consumidores procurem identificar os lojistas com o se-lo de qualidade "Black Friday Legal", criado pela organiza-dora do evento para diminuir as chances de golpe.

“Nas compras feitas fora do estabelecimento comercial (por telefone, em domicílio, telemarketing, catálogos, in-ternet etc), o consumidor tem prazo de sete dias para desistir da compra, contados a partir da aquisição do produto ou do seu recebimento”, pontuou Fioretti.

Os organizadores do Black Friday Brasil projetam que, este ano, a ação de vendas pela internet movimente, aproxi-madamente, R$ 978 milhões, superando o recorde de R$ 872 milhões registrado ano passado. Os dados são da em-presa especializada em servi-ços ClearSale.

KANÁ MANHÃES

No Calçadão, muitas lojas prometem descontos por meio da ação de vendas

Page 7: Noticiário 22 11 15

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 22 e segunda-feira, 23 de novembro de 2015 7

Page 8: Noticiário 22 11 15

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ8 Macaé (RJ), domingo, 22 e segunda-feira, 23 de novembro de 2015

BAIRROS EM DEBATE Jardim Carioca II

Jardim Carioca II carece de infraestruturaLoteamento na Zona Norte sofre com a falta d'água, de áreas de lazer e a proliferação de mosquitos Marianna [email protected]

Ao longo das últimas déca-das, diversos loteamen-tos surgiram em Macaé.

Por conta disso, o município en-frenta nos dias de hoje o desafio de resolver problemas decor-rentes da falta de investimentos em infraestrutura.

A situação é mais crítica nos bairros periféricos, que care-cem de serviços básicos, como abastecimento de água e sane-amento. Um exemplo disso é o loteamento Jardim Carioca II, onde o Bairros em Debate este-ve essa semana.

“Temos rede, mas água na tor-neira é raridade. A população fica dependendo de caminhões pipa. Fizeram a tubulação há cerca de 18 anos, mas na época eram ape-nas 63 moradores, hoje são mais de mil”, conta João José.

Os moradores ressaltam que

KANÁ MANHÃES

Prefeitura diz que ainda não há prazo para urbanização do bairro

estão cansados de promessas e cobram do poder público so-lução para os problemas que fazem parte do cotidiano do bairro. Essa é a segunda vez que a nossa equipe vista o local nesse ano. Desde então, ao que tudo indica, nada mudou.

Entra ano, muda governo, e até agora a única certeza de quem mora ali é que a comuni-dade vive em completo estado de abandono. Problemas como a falta de pavimentação e de áreas de lazer, alagamentos, in-festação de mosquitos e sujeira são apenas algumas situações relatadas pelos moradores.

O Jardim Carioca II fica lo-calizado às margens do Canal Macaé-Campos, a poucos mi-nutos do Centro de Conven-ções e do Aeroporto de Macaé. A comunidade foi criada há cerca de 10 anos e atualmente estima-se que vivam cerca de 800 famílias ali.

Falta de pavimentação e alagamentosSe o acesso às ruas inter-nas do bairro é ruim em dias de sol, quando chove, entrar e sair do bairro é pratica-mente uma missão impos-sível. Os moradores contam que basta chover poucos mi-nutos para a situação ficar caótica.

Como as ruas não têm as-falto, diversos buracos vão se formando nas pistas de

barro. Os moradores dizem que, de vez em quando, fa-zem o serviço de manuten-ção, tapando os desníveis por conta própria.

“Como pode ver, a situação é bem crítica. Não tem para onde a água escoar, já que não temos galeria aqui na parte interna. Quando chove formam essas poças. Como não tem calçada, a gente tem

que meter o pé na lama. No meu caso é ainda pior por-que tenho que passar com o carrinho de bebê. Já prome-teram pavimentar isso aqui, mas a gente já está até desa-creditado. Todo ano é a mes-ma história de que vão fazer, mas resolver o problema que é bom, nada”, reclama uma moradora que pede para não ser identificada.

Falta de pavimentação prejudica a acessibilidade dos moradores

Crianças e jovens �cam pelas ruasQuando se trata de lazer no Jardim Carioca II, o direito pare-ce ter ficado apenas na Constitui-ção Brasileira de 1988. De acordo com o § 3º do Art. 217, cabe ao Poder Público incentivar o lazer, como forma de promoção social. Mesmo com a expansão do bair-ro nos últimos anos, a população não conta com uma praça ou um simples campo de futebol para as crianças e jovens.

De acordo com os morado-res, a única opção das crianças e adolescentes é a rua. “Não temos lazer. Nem mesmo uma praça ou campinho”, reclama Abrahão Al-fradique, morador há 15 anos.

Segundo a prefeitura, ela vem investindo em projetos de reur-banização e infraestrutura de diversos bairros da cidade, por exemplo, o Barramares, Lago-mar e Nova Holanda, onde os

moradores têm tido sua realida-de mudada por meio de obras que incluem pavimentação, drena-gem, saneamento, área de lazer, entre outros.

A projeção é de que toda a ci-dade seja beneficiada por esses trabalhos, logo, o Jardim Carioca II também será contemplado. No momento, só não é possível infor-mar uma previsão para o início do projeto no referido bairro.

Mosquitos lideram lista de reclamações

Na última semana, o jornal O DEBATE mostrou os transtornos gerados por conta da prolifera-ção de mosquitos em toda cidade. Quem vive no Jardim Carioca II sabe bem o que é isso. Um proble-ma que é antigo só tem piorado com o passar do tempo.

“Precisamos que o carro fumacê passe, pelo menos, uma vez na se-mana. É preciso também colocar algo no canal para matar as larvas. O pessoal tem reclamado muito aqui. De dia é ruim, mas à noite é pior ainda. Não tem como ficar na rua, senão os pernilongos te carre-gam”, conta João José, que mora no bairro há 20 anos.

Essa região sofre com uma grande incidência da espécie de mosquito culex (Culex quinque-fasciatus). Esse tipo de inseto apa-rece com mais frequência em áreas onde há água, já que seu criadouro preferencial é composto de depó-sitos artificiais, principalmente locais onde existe água misturada com matéria orgânica em decom-posição e detritos, apresentando aspecto sujo e mau cheiro, sempre próximo às habitações humanas.

O surgimento do mosquito também pode ser atribuído ao mato e entulhos que tomam os terrenos baldios.

Conforme foi anunciado pela prefeitura na semana passada, o Centro de Controle de Zoonoses tem intensificado as ações de com-bate ao Culex e ao Aedes aegypti. O CCZ explica que, além da utilização do carro fumacê em pontos estra-tégicos, o controle do mosquito está sendo feito com aplicação de

inseticida biológico nos canais e va-lões da cidade, entre eles, no canal Macaé-Campos.

Ele ressalta que nos dias 24 e 25 irá fazer visitas domiciliares para controle de mosquitos e roedores e mosquitos no bairro. Em caso de solicitações de serviços a população deve entrar em contato com o CCZ no telefone: (22) 2772-6461, para que os agentes agendem e realizem inspeção, orientação e tratamento nos locais solicitados.

Transporte ainda é alvo de reclamaçõesA maioria dos moradores utiliza o transporte público. Apesar de sempre ser incen-tivado o uso do ônibus, até mesmo como forma de me-lhorar a mobilidade e reduzir a emissão de gases poluentes, em Macaé isso acaba sendo cansativo.

“Os ônibus demoram muito para passar. Chegam a levar uma hora. Nos finais de se-mana acabam passando qua-se nunca. As pessoas ficam com medo de esperar o ôni-bus, porque é perigoso. Não sabem o que é pior, aguar-dar aqui ou ir até o Terminal Cehab, porque assaltam toda hora, principalmente as mu-lheres”, conta João José.

Segundo a prefeitura, a li-nha A63 (Terminal Cehab x Vila Badejo - via Nupem/UFRJ), que atende ao bairro Jardim Carioca II, funciona de segunda-feira a sábado com intervalos de hora em hora. Já aos domingos, pas-sa a funcionar a cada hora e meia. O aumento da frota

nesta linha depende do cres-cimento da demanda do lo-cal. No entanto, alternativas

serão estudadas para melho-ria constante no atendimen-to ao bairro.

Prefeitura diz que aumento na frota depende da demanda

População cobra construção de praça no bairro

CCZ vai fazer mutirão de combate ao mosquito e roedores

Page 9: Noticiário 22 11 15

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 22 e segunda-feira, 23 de novembro de 2015 9

Geral Macaé cobra celeridade no processo do novo Terminal Portuário. O secretário de Meio Ambiente, Gerson Martins, participou nesta quinta-feira (19), em Brasília, juntamente com o vereador Maxwell Vaz, de reunião com o presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Cláudio Maretti, para cobrar celeridade no processo de licenciamento prévio do Terminal Portuário (Tepor)

NOTA

Transporte Universitário na lista de reclamação

EDUCAÇÃO

De acordo com estudantes, houve corte nas linhas Macaé x Campos dos Goytacazes

Mais uma vez o serviço pres-tado pelo Programa de Trans-porte Social Universitário foi alvo de reclamação. De acordo com relatos de pais e alunos, houve corte nas linhas que atendem aos estudantes que se deslocam da cidade para estu-dar no município de Campos dos Goytacazes.

Segundo uma aluna que prefere não se identificar, an-tes eram três linhas Macaé x Campos e agora são apenas duas, o que tem prejudicado os estudantes. “Com essa situ-ação quem antes chegava em casa por volta de 00h30 agora está chegando à 01h30, ou seja com diferença de uma hora, que é o caso, por exemplo, de quem reside no Lagomar, Aeroporto e outros usuários da linha 3”, disse a aluna.

Uma mãe que também não quer ser identificada conta que sai de casa de madrugada para buscar a filha. “A cidade já não tem segurança durante o dia, quem dirá à noite. Os pontos de ônibus são distantes, an-tes minha filha ainda chegava por volta de meia noite e meia, agora chega quase duas horas da manhã. O ônibus que antes saía às 21h30 não tem mais, e sai apenas às 22h30”, relatou.

Procurada pela redação do Jornal, a Prefeitura informou que mesmo após o recadastra-

mento ter apontado a diminui-ção dos números de universitá-rios recadastrados, o órgão mu-nicipal vem mantendo todas as linhas para Campos e que como necessidade de otimizar o pro-cesso, a única alteração feita foi no horário não oficial de 21h30 que passou para as 22h30 res-peitando o horário original que, inclusive, consta nas carteiras dos estudantes.

Já com relação à linha 3, o órgão disse que continua aten-dendo ao pessoal do Lagomar e Aeroporto normalmente em seu horário original determi-nado pelo Transporte Social Universitário.

Conforme acompanhado pe-

la redação do Jornal O Debate, desde o início do ano, o Trans-porte Universitário vem sendo alvo de reclamação no muni-cípio. No primeiro semestre, a situação começou a se normali-zar após uma manifestação por parte dos estudantes univer-sitários, realizada no dia 9 de fevereiro em frente à sede da Prefeitura. Na epóca, os acadê-micos reivindicaram ampliação do número de ônibus gratuitos disponíveis.

E no início do segundo semes-tre foi muito diferente para alu-nos que decidiram ingressar no ensino superior. Os estudantes cobravam o edital referente ao processo seletivo, visando a

expectativa de tentar uma vaga no transporte, garantindo assim ida e volta para a faculdade sem a necessidade de arcar com as despesas.

O Transporte Social Uni-versitário, criado pela Lei n° 2.589/2005, é um programa da prefeitura desenvolvido pela Secretaria de Gestão Pública por meio da Secretaria Adjun-ta de Infraestrutura e Patrimô-nio, que oferece gratuitamente serviço de transporte intermu-nicipal para universitários que precisam estudar fora do muni-cípio. Para participar do TSU, os universitários devem preencher os requisitos estabelecidos pela Lei nº 2.882 de 2007.

KANÁ MANHÃES

Desde o início do ano o Programa vem sendo alvo de reclamação por parte dos usuários

EDUCAÇÃO

Promotoria abre inquérito civil para apurar divulgação de vídeoCaso envolvendo aluno de 7 anos está sendo apurado pelo Ministério Público Estadual Juliane Reis [email protected]

A 1ª Promotoria de Justiça da Infância e Juventude do Ministério Público

Estadual instaurou inquérito civil público para investigar a exibição do vídeo do estudante de 7 anos envolvido no incidente registrado na Escola Municipal Paulo Freire, no Lagomar, no final de outubro. As imagens tiveram mais de 15 milhões de visualizações na internet.

A ação está sendo acompa-nhada pela Promotora Dra. Re-giane Cristina Dias Pinto e tem entre os objetivos identificar a pessoa responsável pela divulga-ção do vídeo. “Quem divulgou as imagens deverá pessoalmente se responsabilizar com base no artigo 247 do Estatuto da Crian-ça e Adolescente (ECA)”, disse.

A promotora pontua ainda que a criança e a família estão sendo acompanhados pelo Conselho Tutelar e que o Mi-nistério Público estadual tem o papel de fiscalizar a atuação do Conselho. “Vamos acompanhar o tratamento da situação junto à família”, disse.

Ainda segundo Dra. Regiane, também foi expedida ao You Tube, Google e facebook no-tificações para que as imagens do menor sejam retiradas do ar em um prazo de 30 dias. No documento foi citado os links, endereços virtuais das imagens fundamentado na lei que esta-

belece o marco civil da internet e que estabelece que uma vez notificado, a medida não seja cumprida, passa incidir na pe-nalidade administrativa.

“A notificação já foi enviada. Vale destacar ainda que solici-

DIVULGAÇÃO

A ação está sendo acompanhada pela Promotora Dra. Regiane Cristina Dias Pinto

tamos à Secretaria Municipal de Educação (SEMED) que esclareça e identifique os fun-cionários que aparecem no ví-deo, pois eles serão notificados a comparecerem no Ministério Público. No entanto, gostaria de

deixar claro que também tenho um olhar sensível para as esco-las e profissionais. A gente sabe da dificuldade dos profissionais em resgatar esse papel de auto-ridade, os professores também têm suas necessidades”, disse.

O Art. 247 do ECA citado pe-la Promotora diz que divulgar, total ou parcialmente, sem au-torização devida, por qualquer meio de comunicação, nome, ato ou documento de procedi-mento policial, administrativo

ou judicial relativo a criança ou adolescente a que se atribua ato infracional, a pena é multa de três a vinte salários de refe-rência, aplicando-se o dobro em caso de reincidência.

Ainda segundo o documento, incorre na mesma pena quem exibe, total ou parcialmente, fotografia de criança ou adoles-cente envolvido em ato infracio-nal, ou qualquer ilustração que lhe diga respeito ou se refira a atos que lhe sejam atribuídos, de forma a permitir sua identi-ficação, direta ou indiretamente.

Já a lei que estabelece prin-cípios, garantias, direitos e de-veres para o uso da Internet no Brasil e determina as diretrizes para atuação da União, dos Es-tados, do Distrito Federal e dos Municípios em relação à maté-ria é a de Nº 12.965, DE 23 DE ABRIL DE 2014.

O vídeo com imagens do menor quebrando a sala dos professores da unidade onde estuda ganhou repercussão nacional no dia 28 de outubro, quando foi divulgado nas redes sociais. O secretário de Educa-ção disse na época que, apesar de o caso ter ocorrido na segun-da-feira (26), só tomou ciência do fato por volta das 11h30 do dia 28, esclarecendo que um inquérito administrativo junto à Procuradoria Geral do muni-cípio foi aberto para apurar os fatos que levaram à exibição e compartilhamento do vídeo nas redes sociais.

WANDERLEY GIL

A programação na Cidade Universitária vai contar com quatro atividades integradas

EVENTO

Semana de Integração Acadêmica (SIA)

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Cam-pus Macaé Professor Aloísio Tei-xeira vai realizar no final deste mês a 7ª Semana de Integração Acadêmica (SIA). O evento que já faz parte do calendário aca-dêmico da universidade tem como objetivo proporcionar a interação entre graduandos, pós-graduandos, professores, técnicos-administrativos, pes-quisadores, além da população local de modo a contribuir para a troca de saberes e estimular a produção e divulgação científica e extensionista em Macaé e inte-rior fluminense.

A programação tem como alvo não só a comunidade acadêmica, como também é aberta ao públi-co externo à UFRJ-Macaé, e vai contar com diversas atividades, entre elas palestras, mesas-re-dondas, minicursos, apresen-tação de trabalhos e momentos

Evento promovido pela UFRJ será realizado entre os dia 30 de novembro e 4 de dezembro

culturais.O evento é organizado por do-

centes, discentes e técnicos-ad-ministrativos e gerenciado pelas Coordenações de Pesquisa e de Extensão do Campus UFRJ-Ma-caé. Tem como principal objeti-vo promover a integração entre graduandos, pós-graduandos, técnicos-administrativos, do-centes e pesquisadores da UFRJ e de outras Instituições de Ensi-no e de Pesquisa, além da popu-lação local de Macaé e região.

As atividades serão realizadas entre os dias 30 de novembro e 4 de dezembro. Durante a Se-mana de atividades serão reali-zados ainda outros eventos, tais como a VII Jornada de Pesquisa e Extensão com apresentação de trabalhos de iniciação científica, pós-graduação, extensão e ini-ciação científica júnior, o 7º En-contro de Integração Científica: palestras e mesas-redondas de caráter multidisciplinar e cien-tífico, o IX Fórum Científico da Bacia de Campos: minicursos em diversas áreas do conheci-mento, e a 12ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia: tema - “Luz, Ciência, e Vida”.

Page 10: Noticiário 22 11 15

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ10 Macaé (RJ), domingo, 22 e segunda-feira, 23 de novembro de 2015

RISCOS

Imprudência gera 80 mil �agrantes de infrações no trânsito de MacaéMá educação de motoristas torna-se um dos principais efeitos de acidentes registrados no município

Marianna [email protected]

Falar no celular enquanto dirige, estacionar em local proibido ou sobre o passeio,

não utilizar itens de segurança (capacete e cinto), transitar pelo acostamento, avançar o semáforo, abusar dos limites de velocidade e não respeitar a sinalização. Essas são práticas comuns no cotidiano da cidade, uma postura que, apesar de parecer comum para o motorista infrator, representa grandes riscos à segurança no trânsito.

Para comprovar o tamanho do impacto da falta de educação e cida-dania ao volante, dados divulgados pela secretaria de Mobilidade Ur-bana apontam que cerca de 80 mil infrações foram registradas pelos agentes de trânsito e dispositivos em todo o município, entre janeiro e outubro deste ano.

Levantamento que traz um comparativo com o ano anterior mostra que, apesar disso, o índice de acidentes reduziu mais de 70%, caindo de 2.259 em 2014 para 598 em 2015. Isso comprova que as medidas adotadas pelo poder público estão alcançando efeitos mais contundentes com relação à segurança no trânsito.

As vias com mais ocorrências de acidentes registrados em Macaé são a Rodovia Amaral Peixoto (RJ-106), Avenida Lacerda Agostinho (Linha Azul), Avenida José Alves Machado (Linha Verde), Avenida Presidente Sodré e Avenida Rui Barbosa.

“O condutor habilitado tem total noção de que está sujeito o tempo todo às regras previstas no Códi-go de Trânsito Brasileiro. Quando descumpre, e comete algum tipo de infração, ele sabe que pode ser penalizado. A aplicação da multa é nada mais, nada menos, do que o resultado de alguma infração co-metida. Eu sempre digo que uma sociedade civilizada não arrecada multas”, explica o secretário de Mo-

bilidade Urbana, Evandro Esteves. O órgão vem, inclusive, priori-

zando parte do seu investimento em educação no trânsito. Entre os projetos está o Programa Circulado no Trânsito, voltado aos alunos da rede pública e particular de ensino, além de instituições e empresas instaladas na cidade.

Além das ações fixas ligadas ao programa “Circulando no Trânsi-to”, a Mobilidade Urbana também realiza ações pontuais com temas definidos (uso da faixa de pedestres, cuidados nas ciclovias e ciclofaixas, carona solidária, entre outros) ou voltadas a períodos específicos, co-mo o verão, carnaval, aniversário da cidade, Semana Nacional do Trânsi-to e mês das crianças, entre outros.

Ela também tem aderido a mo-vimentos e programas nacionais e globais, que têm como proposta mobilizar a sociedade para uma mudança de atitude (Maio Ama-relo, Seve Kids Lives, Ruas mais seguras, dentre outros).

“Trabalhar essa mudança de comportamento na sociedade pre-cisa ser constante. Temos focado bastante nisso. Claro que precisa-mos ser realistas e saber que apenas

isso não vai resolver o problema de trânsito. Precisamos de um engaja-mento da sociedade civil nesse pro-cesso, pois muitos condutores que cometem infrações têm total noção do que estão fazendo, mas mesmo assim insistem em desrespeitar as regras que são impostas pelo Códi-go de Trânsito Brasileiro. Quando o diálogo não resolve, é necessário aplicar punições. A multa, apesar de ser a nossa última opção, faz parte do processo pedagógico do cidadão”, explica o coordenador do setor de Educação para o Trânsito, Marcello Magalhães.

FISCALIZAÇÃO MAIS RIGOROSA

Somente em 2015, a aplicação de punições soma cerca de R$ 3,4 mi-lhões decorrentes de 79.418 multas. A secretaria de Mobilidade Urba-na explica que, comparando a anos anteriores, o aumento pode ser associado ao fato de o órgão estar investindo cada vez mais na fisca-lização eletrônica.

Isso inclui os radares para con-trole de velocidade e dispositivos de avanço de sinal. Além disso, houve uma modernização de recursos e

equipamentos de agentes de trân-sito e fiscais de transporte, como palmtops, tablets, sistema digital de comunicação por voz via rádio, novas viaturas etc.

A prefeitura destaca que o valor arrecadado com as multas é aplica-do, exclusivamente, em sinalização, engenharia de tráfego, de campo, fis-calização e educação de trânsito, con-forme determina o Art. 320 do CTB.

No município, algumas melho-rias vêm sendo feitas, como a im-plantação de sinalização semafóri-ca, em especial em locais de maior circulação de veículos e com maior potencial para a ocorrência de aci-dentes; sinalização horizontal e vertical em diversos bairros; ações de patrulhamento e formação de forças-tarefa; e implantação de ci-clovias e ciclofaixas.

Mais do que a possibilidade de ser penalizado, o motorista preci-sa entender que as imprudências podem terminar em acidentes, indo desde uma simples colisão até a morte de pessoas inocentes, o que resulta em um sofrimento incalculável de milhares de famí-lias que perdem seus entes víti-mas do trânsito.

KANÁ MANHÃES

A Avenida Rui Barbosa, no Centro, é uma das cinco vias onde há maior registro de infrações

CAJUEIROS

Brincando na Rua acontece neste domingo

As brincadeiras de rua eram muito populares nas décadas pas-sadas, mas desde o início dos anos 2000, isso tem se tornado cada vez mais uma raridade. Crianças presas dentro de casa e vizinhos que mal se cumprimentam, essas são cenas cada vez mais comuns, principal-mente nas grandes cidades. Esse sentimento de individualidade tem feito com que as pessoas interajam cada vez mais nas redes sociais e menos no seu cotidiano.

Buscando quebrar essa triste re-alidade, a Associação de Moradores do Cajueiros se tornou pioneira na cidade no que se diz respeito à convivência. Para tirar adultos e crianças do conforto de suas casas, foi criado o Projeto “Brincando na Rua”, que vem ganhando força a cada edição.

A 5ª edição já tem data e local pa-ra acontecer. Será no próximo do-mingo (22), das 9h às 17h, na Rua Maciel Alves Moreira, no Cajueiros. “É muito gratificante ver a propor-ção que o projeto vem tomando. Em vez de ficar dentro de casa, os mora-dores puderam relembrar aquelas brincadeiras antigas. Tivemos dan-

Evento será realizado das 9h às 17h, na Rua Maciel Alves Moreira

ça das cadeiras, corrida do saco, cor-rida de pneus, concurso de calouros, entre outras atividades. Depois que encerramos, eu fiz uma avaliação e percebi que cada vez mais o pesso-al está participando, aproveitando o dia com os vizinhos”, enfatiza a presidente da associação do bairro, Benedita Caetano.

Por isso, ela reforça o pedido de doações para a próxima edição. “Quem puder doar brinquedos, lan-ches, emprestar pula-pula, ou qual-quer outra contribuição, será muito bem-vindo. Cada morador, dentro das suas condições, está se propon-do a ajudar de alguma maneira. Eu tenho percorrido os comércios em busca de doações. Também esta-mos pedindo roupas infantis, novas ou usadas, para doarmos aos mais carentes. A nossa proposta é trazer alegria, mas ao mesmo tempo fazer o bem”, ressalta.

Quem quiser ajudar o proje-to, basta entrar em contato com a presidente da associação pelo telefone (22) 99963-7783. As doa-ções podem ser feitas de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h, no espaço da subprefeitura do bairro, situado na Rua Maciel Alves Moreira, nº 51 (em cima da farmácia), ou no pe-ríodo da tarde na Escola Estadual Municipalizada Polivalente Anísio Teixeira, na Costa do Sol.

DIVULGAÇÃO

Projeto da associação de moradores propõe tirar as pessoas de dentro de casa

ESPECIALIZAÇÃO

FGV con�rma início do MBA Executivo em Gestão Empresarial

A Fundação Getúlio Vargas inicia a 19ª Turma do MBA em Gestão Empresarial em 30 de novembro de 2105, na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Macaé - FAFIMA, às 18h10min. O curso oferece aos participan-tes a oportunidade de analisar, entender e debater, de uma for-ma dinâmica e aplicada, como administrar de maneira eficaz e eficiente as organizações que querem vencer no ambiente de negócios do século XXI.

O ambiente de negócios atu-al, que muitos autores da área de gestão empresarial caracte-rizam como de hiper-competiti-vidade, requer dos profissionais, de qualquer área, uma gama ca-da vez maior de habilidades e conhecimentos.

Temos que investir decidida-mente na educação. A educação é a chave para o futuro. Aprender, e também aprender a aprender, é o nosso grande diferencial, é a melhor resposta para os desafios que a vida nos impõe.

Os profissionais do mercado de trabalho precisam desenvol-ver os seus planejamentos pes-soais para a aquisição de novos conhecimentos e habilidades. Partindo de uma visão ampla da nossa preparação para agir num ambiente de mudança ca-da vez mais rápida e acentuada, a recomendação maior é a se-guinte: fazer um curso que nos dê uma visão global da atuação das organizações no ambiente de negócios. Sendo assim, o cur-so de Gestão Empresarial é uma

As aulas serão realizadas na sede da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Macaé (Fafima)

escolha natural para aqueles que querem desenvolver plenamente seu potencial como gestores.

Os objetivos do curso estão re-lacionados ao desenvolvimento de habilidades de visão estraté-gica e empresarial. Ao oferecer métodos e ferramentas de ges-tão, o curso permite ao parti-cipante o desenvolvimento de uma maior eficácia e eficiência no processo decisório. Buscamos atingir estes objetivos por meio de estudos de caso, dinâmicas e debates, para que o aluno se ca-pacite a analisar, estruturar e sin-tetizar as informações relaciona-das à área de administração, ao mesmo tempo que desenvolve suas habilidades pessoais em comunicação, planejamento e liderança. Para potencializar to-das estas capacitações, ao longo do curso o aluno vivencia a ela-boração um Plano de Negócio, colocando em prática os concei-tos apreendidos em sala de aula.

A FGV é a instituição líder nos cursos de pós-graduação no Bra-sil e do Mundo. O corpo docente possui excelente formação aca-dêmica e experiência profissional comprovada, adquirida por meio da vivência em empresas brasi-leiras e multinacionais.

A FGV também oferece uma grande variedade de módulos in-ternacionais de 40 horas (opcio-nais), com tradução simultânea e acompanhamento de um coorde-nador brasileiro. Aos alunos que participarem destes módulos será concedido um certificado de MBA EXECUTIVO INTERNA-CIONAL emitido pela FGV. Além disso, os cursos de MBA da FGV fazem parte de um exclusivo pro-jeto de "Ascensão Acadêmica", onde o aluno elimina créditos na obtenção da certificação de MBA Pleno, sem precisar se ausentar do país por dois anos.

Finalmente, o verdadeiro dife-rencial dos profissionais no mer-cado de trabalho é a habilidade em tomar decisões e implantá-las de forma eficaz. As pessoas são valorizadas pela sua capacidade em tomar as decisões corretas a cada situação que se apresenta, e isto dentro do prazo requerido para que as decisões geram pla-nos de ação que possam ser bem executados. O que realmente aprimora a capacidade de tomar decisões é a fundamentação conceitual. A fundamentação conceitual você encontra na instituição líder no segmento de pós-graduação no Brasil, a FGV. Invista no seu aprimoramento pessoal e profissional, desenvolva suas habilidades e conhecimen-tos, faça uma pós-graduação em Gestão Empresarial e comece a criar o seu futuro. Uma visão de futuro otimista e audaciosa, junto com ações consistentes, podem mudar o seu futuro.

“Foi de um enorme cresci-mento e amadurecimento pro-fissional ter feito o MBA em Gestão Empresarial da FGV aqui em Macaé. Além do alto nível dos “mestres” (professores), os jogos de negócios davam uma adrenalina e faziam com que o conhecimento adquirido fosse colocado em prática. Hoje, as decisões que tomamos diaria-mente em nosso ambiente de negócios e em momentos de cri-se como a atual são melhores ge-renciáveis após um MBA de GE da FGV. Posso garantir que parte do nosso crescimento advém de uma melhor gestão que me foi imposta após a conclusão do MBA em Gestão Empresarial da FGV aqui em Macaé”, disse Ge-sionildo Borges Nunes, Bacharel em Turismo / UNESA, Gestor de Politicas Publicas do Turismo / UFSC, MBA/GE/FGV.

Page 11: Noticiário 22 11 15

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 22 e segunda-feira, 23 de novembro de 2015 11

DIVULGAÇÃO

Os atletas trouxeram 13 medalhas para a cidade além de seis troféus do ranking

MEDALHAS

Macaenses se destacam em campeonato de BicicrossA competição foi realizada no último final de semana em Minas Gerais e reuniu atletas de diversos estados

Juliane [email protected]

Vender rifas e quentinhas para garantir a partici-pação no Campeonato

Mineiro de Bicicross e ainda conquistar lugar no pódio não é para qualquer um. Mas foi jus-tamente assim que aconteceu com atletas da Capital Nacional do Petróleo que participaram no último final de semana da fi-nal do 6º Campeonato Mineiro de BMX em Manhuaçu, Minas Gerais. Mesmo sem patrocínio e incentivo, os atletas mostra-ram do que são capaz e insis-tiram em seus sonhos. E só na última semana trouxeram para a cidade 13 medalhas e seis tro-féus do ranking mineiro.

“Ver os avanços e conquis-tas de nossos atletas é uma gratificação muito grande e

não tem preço, valendo qual-quer esforço. Infelizmente o esporte ainda é pouco valori-zado na cidade e a gente faz o que pode para ajudar nossos atletas. Para essa competição, por exemplo, elaboramos ven-da de rifas e quentinhas para garantir a participação deles no evento”, disse o coordena-dor da Associação Macaense de Bicicross (AMB), Daniel Pereira de Castro.

As medalhas foram obtidas por Guilherme Rocha Fontes, Clara Uchoa de Oliveira, Mi-guel Bernardo de Oliveira, Sa-muel Lessa Bernardo, Miguel de Oliveira dos Santos, Caiqui Abreu Andrade, Kayky Andra-de Lopes, Matheus Freitas Ro-digues, José Jerez Gonçalves Júnior, Daniel Azevedo Vieira, Vinicius Silva Rodrigues e Kauã Andrade Melo.

Os medalhistas por categoria

1-CATEGORIA DAMAS 11 ANOS

● MARIA Clara Uchoa de Oliveira

2-CATEGORIA ATÉ 6 ANOS

● MIGUEL Bernardo de Oliveira ● SAMUEL Lessa Bernardo ● MIGUEL de Oliveira dos Santos

3-CATEGORIA 8 ANOS● 1º Lugar - Caiqui Abreu Andrade

4-CATEGORIA 9 ANOS ● 2º Lugar - Kayky Andrade Lopes ● 3º Lugar - Matheus Freitas Rodrigues

5-CATEGORIA 10 ANOS ● 1º Lugar - José Jerez

Gonçalves Júnior ● 3º Lugar - Sillas Andrade

Alves da Silva

6-CATEGORIA EXPERT 11 ANOS

● 3º Lugar - Daniel Azevedo Vieira

7-CATEGORIA EXPERT 12 ANOS

● 1º Lugar - Vinicius Silva Rodrigues ● 3º Lugar - Kauã Andrade Melo

8-CATEGORIA 25 - 29 ANOS

● 1º Lugar - Guilherme Rocha Fontes

Page 12: Noticiário 22 11 15

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ12 Macaé (RJ), domingo, 22 e segunda-feira, 23 de novembro de 2015