noticiário 22 04 2016

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Crise já fechou mais de 13 mil postos de trabalho em Macaé Capital do Petróleo sofre maior impacto com a recessão do mercado offshore na região. Setores como o comércio e construção civil também reduziram o número de contratações entre 2015 e o início de 2016 Crianças voltam a ser flagradas atuando em semáforos do município O DEBATE Casos passam a ser analisados por secretaria em parceria com o Conselho Tutelar Principal efeito gerado pela redução dos negócios do setor de ex- ploração e produção de petróleo na Ba- cia de Campos, a geração de emprego mantém saldo negativo em Macaé. Somada às perdas de postos de traba- lho registradas ao longo de 2015, a Ca- pital das operações offshore registra o corte de mais de 13,6 mil vagas, um cenário desolador e ainda difícil de ser superado pelos próximos meses. Os números são calculados pelo Cadas- tro Geral de Emprego e Desemprego (Caged), do Ministério do Trabalho. E quando comparados, os dados de- monstram uma realidade ainda mais impactante para a cidade que um dia foi considerada como a "Eldorado das Oportunidades". De janeiro de 2015 a fevereiro de 2016, Macaé aponta a queda de exatos 13.605 empregos. O número é bem superior ao somatório das perdas de vagas contabilizadas por todos os outros municípios do Norte Fluminense. PÁG. 3 C enário não visto há tem- pos em Macaé, a atuação de crianças em semáforos, nos pontos mais movimentados do trân- sito da cidade, volta a ser uma dura realidade das ruas do município. Re- flexo dos efeitos da crise econômi- ca, que impacta diretamente famí- lias carentes, a situação vem sendo acompanhada pela secretaria mu- nicipal de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, em parceria com o Conselho Tutelar. Porém, apesar de oferecer esmolas e comprar doces, a população deve ajudar esses menores denunciando casos junto às autorida- des competentes. Além de trechos do trânsito da Rodovia Amaral Peixoto, a presença de crianças nas ruas é constatada também por quem cir- cula pela Praça Veríssimo de Melo e pelo Calçadão da Avenida Rui Bar- bosa. O trabalho infantil também é combatido pela justiça, através do Ministério Público e do Juizado Especial da Infância, Adolescência e Idoso. PÁG. 6 DURA REALIDADE DAS RUAS Legislativo abre debate sobre a Guarda ÍNDICE TEMPO ESPORTE POLÍTICA Vereadores apreciam projeto que prevê liberação de uso de armas não letais PÁG. 3 KANÁ MANHÃES WANDERLEY GIL Partida vai ser realizada no Estádio Cláudio Moacyr Welberth Rezende pretende apresentar emenda a projeto Serra vai estrear no Cariocão em casa Primeira partida, prevista para junho, será contra o Duquecaxiense PÁG. 2 EDITORIAL 4 PAINEL 4 GUIA DO LEITOR 4 ESPAÇO ABERTO 4 CRUZADINHA C2 HORÓSCOPO C2 CINEMA C2 AGENDA C2 Máxima 36º C Mínima 23º C Anuncie: (22) 2106-6060 (215) POLÍCIA EDUCAÇÃO POLÍTICA CADERNO DOIS Denúncias ajudam no combate a crime Crise ameaça novo concurso do IBGE Maxwell levanta novo debate sobre segurança Dupla Marcelo & Vinicius ganha Macaé Comando da PM mantém canal de captação de informação PÁG. 6 Concurso que oferecia 1,4 mil vagas foi suspenso PÁG. 7 Vereador critica ausência de políticas de inclusão social PÁG. 3 Artistas conquistam espaço na noite macaense CAPA GERAL WANDERLEY GIL Transporte escolar é cobrado por pais e alunos EDUCAÇÃO Moradores que residem no Assentamento Maria Amá- lia, localizado depois do Trevo dos 40 em direção a Campos dos Goytacazes, procuraram a redação do Jornal O Debate na última semana para relatar a precariedade do transporte es- colar na localidade. De acordo com relatos dos responsáveis, desde o início do ano letivo os alunos vêm sofrendo com a ine- ficiência do serviço. A prefeitura informou que foi disponibiliza- da uma van para atender os alu- nos. No entanto, os pais desta- cam que ainda assim o serviço continua precário, e que nem todos os dias o transporte passa para pegar os alunos. PÁG. 7 Escola atende assentamento O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ www.odebateon.com.br Macaé (RJ), sexta-feira 22 de abril de 2016 Ano XL, Nº 8999 Fundador/Diretor: Oscar Pires KANÁ MANHÃES WANDERLEY GIL facebook/odebate twiter/odebate issuu/odebateon COMBATE À VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NOVA LEI PODE BENEFICIAR INICIATIVAS MACAENSES PROJETO AUXILIA NO COMBATE AO AEDES R$ 1,00 POLÍCIA, PÁG.6 ECONOMIA, PÁG.5 POLÍTICA, PÁG.3

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Page 1: Noticiário 22 04 2016

Crise já fechou mais de 13 mil postos de trabalho em Macaé

Capital do Petróleo sofre maior impacto com a recessão do mercado offshore na região. Setores como o comércio e construção civil também reduziram o número de contratações entre 2015 e o início de 2016

Crianças voltam a ser flagradas atuando em semáforos do município

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Casos passam a ser analisados por secretaria em parceria com o Conselho Tutelar

Principal efeito gerado pela redução dos negócios do setor de ex-ploração e produção de petróleo na Ba-cia de Campos, a geração de emprego mantém saldo negativo em Macaé.

Somada às perdas de postos de traba-lho registradas ao longo de 2015, a Ca-pital das operações offshore registra o corte de mais de 13,6 mil vagas, um cenário desolador e ainda difícil de ser

superado pelos próximos meses. Os números são calculados pelo Cadas-tro Geral de Emprego e Desemprego (Caged), do Ministério do Trabalho. E quando comparados, os dados de-

monstram uma realidade ainda mais impactante para a cidade que um dia foi considerada como a "Eldorado das Oportunidades". De janeiro de 2015 a fevereiro de 2016, Macaé aponta a

queda de exatos 13.605 empregos. O número é bem superior ao somatório das perdas de vagas contabilizadas por todos os outros municípios do Norte Fluminense. PÁG. 3

Cenário não visto há tem-pos em Macaé, a atuação de crianças em semáforos, nos

pontos mais movimentados do trân-sito da cidade, volta a ser uma dura realidade das ruas do município. Re-flexo dos efeitos da crise econômi-ca, que impacta diretamente famí-lias carentes, a situação vem sendo

acompanhada pela secretaria mu-nicipal de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, em parceria com o Conselho Tutelar. Porém, apesar de oferecer esmolas e comprar doces, a população deve ajudar esses menores denunciando casos junto às autorida-des competentes. Além de trechos do trânsito da Rodovia Amaral Peixoto,

a presença de crianças nas ruas é constatada também por quem cir-cula pela Praça Veríssimo de Melo e pelo Calçadão da Avenida Rui Bar-bosa. O trabalho infantil também é combatido pela justiça, através do Ministério Público e do Juizado Especial da Infância, Adolescência e Idoso. PÁG. 6

DURA REALIDADE DAS RUAS

Legislativo abre debate sobre a Guarda

ÍNDICETEMPO

ESPORTE POLÍTICA

Vereadores apreciam projeto que prevê liberação de uso de armas não letais PÁG. 3

KANÁ MANHÃES WANDERLEY GIL

Partida vai ser realizada no Estádio Cláudio Moacyr Welberth Rezende pretende apresentar emenda a projeto

Serra vai estrear no Cariocão em casaPrimeira partida, prevista para junho, será contra o Duquecaxiense PÁG. 2

EDITORIAL 4

PAINEL 4

GUIA DO LEITOR 4

ESPAÇO ABERTO 4

CRUZADINHA C2

HORÓSCOPO C2

CINEMA C2

AGENDA C2

Máxima 36º CMínima 23º C

Anuncie: (22) 2106-6060 (215)

POLÍCIA EDUCAÇÃO POLÍTICA CADERNO DOIS

Denúncias ajudam no combate a crime

Crise ameaça novo concurso do IBGE

Maxwell levanta novo debate sobre segurança

Dupla Marcelo & Vinicius ganha Macaé

Comando da PM mantém canal de captação de informação PÁG. 6

Concurso que oferecia 1,4 mil vagas foi suspenso PÁG. 7

Vereador critica ausência de políticas de inclusão social PÁG. 3

Artistas conquistam espaço na noite macaense CAPA

GERAL

WANDERLEY GIL

Transporte escolar é cobrado por pais e alunos

EDUCAÇÃO

Moradores que residem no Assentamento Maria Amá-lia, localizado depois do Trevo dos 40 em direção a Campos dos Goytacazes, procuraram a redação do Jornal O Debate na última semana para relatar a precariedade do transporte es-colar na localidade. De acordo com relatos dos responsáveis, desde o início do ano letivo os alunos vêm sofrendo com a ine-ficiência do serviço. A prefeitura informou que foi disponibiliza-da uma van para atender os alu-nos. No entanto, os pais desta-cam que ainda assim o serviço continua precário, e que nem todos os dias o transporte passa para pegar os alunos. PÁG. 7

Escola atende assentamento

O DEBATEDIÁRIO DE MACAÉ

www.odebateon.com.br

Macaé (RJ), sexta-feira22 de abril de 2016Ano XL, Nº 8999Fundador/Diretor: Oscar Pires

KANÁ MANHÃES WANDERLEY GIL

facebook/odebate

twiter/odebate

issuu/odebateon

COMBATE À VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

NOVA LEI PODE BENEFICIAR INICIATIVAS MACAENSES

PROJETO AUXILIA NO COMBATE AO AEDES

R$ 1,00

POLÍCIA, PÁG.6 ECONOMIA, PÁG.5 POLÍTICA, PÁG.3

Page 2: Noticiário 22 04 2016

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ2 Macaé, sexta-feira, 22 de abril de 2016

CidadeNOVA CHANCE

Cães vítimas de maus-tratos recebem cuidados especiaisAo todo, onze animais foram resgatados, no início do mês, pela Polícia Civil junto à Mascote Animal Marianna [email protected]

Qualquer tipo de crime con-tra um animal deve ser de-nunciado. E foi graças à não

omissão que um caso exposto nas redes sociais teve um final feliz. No último dia 7, a Polícia Civil, acom-panhada do Grupo de Proteção Mascote Animal, realizou o resga-te de 11 cachorros, sendo três deles filhotes, de um imóvel localizado na Rua Vereador Manoel Braga, no Centro.

Os animais estavam em condi-ções de insalubridade. A maioria foi encontrada em uma laje sem nenhum tipo de proteção, comida, água e limpeza. Ao ser questionado pelo policial responsável pela ação, o dono, que é um funcionário pú-blico, alegou que estaria tomando conta da mãe, que é idosa e luta contra um câncer, e por isso não tinha condições de cuidar dos cães.

Após serem resgatados, eles fo-ram encaminhados para uma clí-nica veterinária para fazer exames e serem avaliados. De acordo com as protetoras, os cães também fo-ram submetidos a procedimentos de higienização, como banho e tosa.

“Eles fizeram hemograma, fo-ram vermifugados, tomaram diver-sos banhos para tirar o cheiro de fe-zes e foram tosados. Como estavam na laje, não tinham contato com nenhum outro animal, então, mes-mo sem estarem vacinados, não tinham nenhuma doença infecto-contagiosa. Em compensação, a pele deles é muito sensível e esta-va muita fina e delicada devido ao pelo embolado, quando pegavam chuva ficavam úmidos por mui-to tempo e a pele não tinha como respirar”, conta a protetora Rejane, ressaltando que o maior desafio foi conquistar a confiança dos cães. “O

maior problema deles mesmo é na parte psicológica, pois eles tinham muito medo de nós. Não tinham o hábito de receber carinho”, relata.

A ideia é de que, em breve, eles sejam colocados para adoção res-ponsável. “Todos os animais que resgatamos ficam em nossas pró-prias casas, pois não temos abrigo. Esses cães estão divididos nas resi-dências de três protetoras, que são a Iolanda, a Camila e eu. Na hora do resgate, nós já imaginávamos que, apesar de serem do porte que a maioria procura, eles seriam difí-ceis de doar pois tinham medo do próprio tutor. No dia seguinte ao resgate, eles ainda estavam apa-vorados e tentavam nos morder quando íamos pegá-los. Era tanto pavor que urinavam e defecavam quando pegávamos no colo. Por causa desse comportamento, re-solvemos dividi-los em grupos pe-quenos para não ser tão traumática toda essa mudança. Hoje, eles já es-tão bem mais sociáveis. Só precisa-vam mesmo era de atenção e amor.

DIVULGAÇÃO

Animais já apresentam outro comportamento após viverem em condições precárias

Até mesmo o animal que era con-siderado bravo já faz festa quando vou mexer com ele, adora um colo e está se tornando um 'rapazinho' bem ciumento, querendo carinho só para ele”, conta Rejane.

Ela relata que, enquanto não são encaminhados para seus novos la-res, a população pode ajudar com doações. “Precisamos muito de ração de boa qualidade e vermífu-gos. Também aceitamos ajuda em dinheiro, pois o nosso trabalho é voluntário e não contamos com ajuda do governo. Só para o básico, sem contar alimentação e vermí-fugo, o custo para tratar dos 11 ani-mais saí um pouco caro, já que são hemogramas, vacinas (1º e 2º do-se) e a castração de todos eles. Só esses procedimentos ficam em R$ 3.960. Então precisamos muito de ajuda para continuar ajudando, até porque nós temos outros animais resgatados além deles”, diz.

Quem tiver interesse em ajudar, ou adotar, basta entrar em contato com o grupo através do telefone:

(22) 99228-4774 ou pela página do Facebook (Mascote Animal).

POPULAÇÃO DEVE DENUNCIAR Por se tratar de um crime, o do-

no dos cachorros deverá responder judicialmente. “Ele havia pedido para continuar com os três que ficavam no térreo, pois os amava muito e sentiria falta, porém não quis mais a tutela quando falamos que só devolveríamos castrados, e que eles seriam monitorados pelo grupo. Acreditamos que ele res-ponderá, sim, já que neste caso foi feito o boletim de ocorrência. Ele foi intimado a ir até a delegacia. Maltratar animais de qualquer espécie é considerado crime am-biental”, alerta.

A protetora também explica à população como proceder nesse caso. Em Macaé, a Polícia Civil orienta que seja feito um Boletim de Ocorrência (BO) na Delegacia, ou que a situação seja comunicada a algum grupo de proteção animal, que tem contato direto com o de-

legado. “Se você presenciar algum ato de

violência contra algum bichinho, você deve chamar alguém para ser testemunha do ocorrido ou regis-trar o que aconteceu (por meio de fotos ou filmagens); anotar o maior número de dados para instrução do processo (data, local do fato, como aconteceu, quem estava envolvido, etc); e entrar em contato imedia-tamente com a polícia para lavrar um B.O. ou para pegar o agressor em flagrante. É interessante dizer à polícia que se trata de um crime ambiental, condenado pela art. 32 da Lei nº 9.605, para que ela tenha ciência de que está tratando com uma pessoa bem informada sobre os direitos dos animais”, explica.

Por fim, ela faz uma observação importante. “A pessoa deve ter cer-teza de que há uma agressão. Não basta apenas desconfiar de que alguém está judiando de um bichi-nho, uma vez que denunciar falso crime também tem implicações. Apesar de a pena contra esse crime ser muito branda, é extremamen-te importante que os responsáveis pelos maus-tratos sejam respon-sabilizados para que passem a ter antecedentes criminais e, ainda, para servirem de exemplos aos que acham que nada acontecerá contra quem faz isso. Não tenham medo de denunciar e fazer valer a lei”, finaliza. População deve denunciar

Por se tratar de um crime, o do-no dos cachorros deverá responder judicialmente. “Ele havia pedido para continuar com os três que ficavam no térreo, pois os amava muito e sentiria falta, porém não quis mais a tutela quando falamos que só devolveríamos castrados, e que eles seriam monitorados pelo grupo. Acreditamos que ele res-ponderá, sim, já que neste caso foi feito o boletim de ocorrência. Ele

foi intimado a ir até a delegacia. Maltratar animais de qualquer espécie é considerado crime am-biental”, alerta.

A protetora também explica à população como proceder nesse caso. Em Macaé, a Polícia Civil orienta que seja feito um Boletim de Ocorrência (BO) na Delegacia, ou que a situação seja comunicada a algum grupo de proteção animal, que tem contato direto com o de-legado.

“Se você presenciar algum ato de violência contra algum bichinho, você deve chamar alguém para ser testemunha do ocorrido ou regis-trar o que aconteceu (por meio de fotos ou filmagens); anotar o maior número de dados para instrução do processo (data, local do fato, como aconteceu, quem estava envolvido, etc); e entrar em contato imedia-tamente com a polícia para lavrar um B.O. ou para pegar o agressor em flagrante. É interessante dizer à polícia que se trata de um crime ambiental, condenado pela art. 32 da Lei nº 9.605, para que ela tenha ciência de que está tratando com uma pessoa bem informada sobre os direitos dos animais”, explica.

Por fim, ela faz uma observação importante. “A pessoa deve ter certeza de que há uma agressão. Não basta apenas desconfiar de que alguém está judiando de um bichinho, uma vez que denunciar falso crime também tem implica-ções. Apesar de a pena contra esse crime ser muito branda, é extre-mamente importante que os res-ponsáveis pelos maus-tratos sejam responsabilizados para que passem a ter antecedentes criminais e, ain-da, para servirem de exemplos aos que acham que nada acontecerá contra quem faz isso. Não tenham medo de denunciar e fazer valer a lei”, finaliza.

DIA 1º

Dia do Trabalhador terá comemoração no Cavaleiros

O feriado do Dia do Traba-lhador, comemorado no dia 1º de maio - data em que o jornal O DEBATE também completa 40 anos - será marcado por ativida-des no Espaço de Convivência do Cavaleiros. Segundo o coor-denador do local, Jorge Pereira da Silva (Ben Johnson), haverá programação para os adultos e também para as crianças.

“Esse espaço virou um ponto de encontro da população ma-caense, que viu aqui um am-biente familiar. Oferecemos atividades para quem quer manter a saúde em dia, lazer para as crianças e também atrações culturais. Diante dis-so, resolvemos prestigiar todos os trabalhadores do município com esse evento. Convidamos a todos para que compareçam no dia e comemorem essa data junto com a gente”, diz Jorge.

As atividades estão marcadas para ter início às 9h. A progra-mação vai contar com a anima-ção dos palhaços da Cia Chiru-lico, além de aulão de ginástica e serviço de massoterapia. Como toda festa não pode deixar de ter música, o Projeto Instrumental no Espaço traz novamente o ar-tista Wallace Manuel, que pro-mete transformar a orla em um ambiente animado ao som de

Espaço de Convivência prepara programação especial para adultos e crianças

Beatles tocado apenas no violão.“Esse projeto está caindo no

gosto dos frequentadores. As pessoas gostam de aproveitar o fim de tarde em um ambien-te familiar e, o melhor, ao som de música instrumental”, frisa Ben Johnson, ressaltando que outra conquista foi a aprovação da Câmara para fechar a orla aos domingos. “As crianças e jovens estão aproveitando para andar de patins e skate no local. Isso acaba refletindo no movimento aqui, que está cada vez maior”, comemora.

A grade de atividades conta com a prática do pilates (terças e quintas-feiras, às 8h - profes-sora Érica) e de funcional (ter-ças e quintas-feiras, a partir das 7h50 - professora Josiane;

a partir das 18h30 - professora Juliana).

Já para as crianças tem o Domingo da Família com pula-pula, piscina de bolinhas, car-rinho de pipoca, pintura facial, aluguel de moto elétrica, além da atração mais aguardada pela criançada: apresentação dos pa-lhaços da Cia Chirulico, e mui-tas outras atividades, sempre a partir das 8h.

Inaugurado no ano passado, o Espaço de Convivência tem se tornado um local para interação e prática de atividades físicas. É o ambiente perfeito para quem procura um espaço de descon-tração e bem-estar. O local dis-ponibiliza uma academia ao ar livre, além do requisitado par-quinho.

SÉRIE C

Serra Macaense estreia no Cariocão jogando em casa

O Serra Macaense estreia a temporada de 2016 da Série C do Campeonato Carioca jogan-do em casa. A primeira partida, prevista para o mês de junho, será no Estádio Cláudio Moacyr de Azevedo (Moacyrzão) contra o Duquecaxiense.

Segundo a Federação de Fute-bol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ), as 14 equipes que vão disputar já foram definidas. Ela também já anunciou a divisão dos grupos. O Serra está posi-cionado no Grupo A junto do Rio de Janeiro; Barcelona; Nova Cidade; Mesquita; Condor e São Gonçalo EC.

Primeira partida, prevista para junho, será contra o Duquecaxiense

Já o Duquecaxiente integra a equipe do Grupo B ao lado do Rio - São Paulo; Futuro Bem Próximo; Bela Vista; Juventus; Serrano e Arraial do Cabo. A FERJ irá lançar a tabela com-pleta em breve com as datas, locais e as partidas.

O time, que já está em ação na pré-temporada para o cam-peonato, espera contar com o apoio da população macaense nessa nova fase, após dois anos longe das competições. “Que-remos envolver toda a região de Macaé nos nossos jogos. O projeto é bastante abrangente. Vamos trabalhar para termos um grande público em todas as partidas", declarou Rodri-go dos Santos, gestor do Serra, que representou o clube no Arbitral.

"Estamos muito honrados

KANÁ MANHÃES

Partida vai ser realizada no Estádio Cláudio Moacyr de Azevedo

com a cessão do Moacyrzão por parte da Prefeitura. Vamos organizar grandes festas. Te-remos uma área especial para recepcionar parceiros, investi-dores, patrocinadores e autori-dades", falou Guilherme Kroll, coordenador executivo do Ser-ra Macaense, ressaltando que quer aproximar a torcida do time. “Vamos realizar ampla divulgação nas redes sociais e promover os jogos junto aos moradores dos arredores do estádio. Queremos os alunos da rede pública vestindo a camisa do Serra", completou.

Desde sua estreia, na sema-na passada, o Serra já enfren-tou três times fora de casa, onde garantiu duas vitórias (Duque de Caxias - 3 a 2; e Rubro - 5 a 1) e uma derrota (Nova Iguaçu- 3 a 0).

WANDERLEY GIL

Espaço fica localizado no final da Orla dos Cavaleiros, próximo à restinga

Alunos das escolas municipais Professora Letícia Peçanha de Aguiar e Professor Antônio Alvarez Parada visitaram o Mercado de Peixes. Acompanhados de docentes, eles conheceram e aprenderam um pouco mais sobre a história e a economia da cidade.

NOTA

Page 3: Noticiário 22 04 2016

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, sexta-feira, 22 de abril de 2016 3

PolíticaPERDAS

Crise já fechou mais de 13 mil postos de trabalho em MacaéCapital do Petróleo sofre maior impacto com a recessão do mercado offshore na região

Márcio [email protected]

Principal efeito gerado pe-la redução dos negócios do setor de exploração e

produção de petróleo na Bacia de Campos, a geração de em-prego mantém saldo negativo em Macaé. Somada às perdas de postos de trabalho registra-das ao longo de 2015, a Capital das operações o­shore registra uma queda de mais de 13,6 mil vagas, um cenário desolador e ainda difícil de ser superado pelos próximos meses.

Os números são calculados pelo Cadastro Geral de Em-prego e Desemprego (Caged), do Ministério do Trabalho. E quando comparados, os dados demonstram uma realidade ainda mais impactante para a cidade que um dia foi consi-derada como a "Eldorado das Oportunidades".

De janeiro de 2015 a feverei-ro de 2016, Macaé contabiliza a queda de exatos 13.605 empre-gos. O número é bem superior ao somatório das perdas de vagas contabilizadas por todos os outros municípios do Norte Fluminense.

Ou seja, em pouco mais de um ano, Macaé foi capaz de regis-trar perdas de postos de traba-lho maiores que a registrada em todos os demais municípios da região do petróleo juntos, uma análise que comprova o tama-nho do desafio e do impacto sentido pela economia da ci-dade, baseada principalmente pelas operações o­shore.

Para se ter ideia do tamanho do impacto da crise na geração

KANÁ MANHÃES

Sem sinais de recuperação, o mercado do petróleo ainda não garante a retomada do crescimento de postos de trabalho na cidade

de postos de trabalho em Ma-caé, basta fazer um compara-tivo individual com os demais municípios da região.

De 2015 a 2016, Macaé re-gistrou quase que o dobro de postos de trabalho fechados em Campos dos Goytacazes. Enquanto na Capital do Pe-tróleo foram encerradas 13 mil vagas, na cidade vizinha o número de perdas foi de 6,9 mil empregos.

Macaé perdeu mais em-pregos que São João da Barra (785), Quissamã (59), Casimi-ro de Abreu (604), Rio das Os-tras (2.291), Arraial do Cabo (275) e Cabo Frio (953).

Nesse período, apenas Cara-pebus e Armação dos Búzios registraram variação positiva e geração de empregos nesse período crítico da economia nacional, baseada nas opera-ções do petróleo.

De acordo com o Caged, de janeiro de 2015 a fevereiro de 2016, mais de 45 mil admis-sões foram homologadas pela agência do Ministério do Tra-balho no município. No mes-mo período, cerca de 59 mil demissões foram registradas.

E como o mercado do petróleo ainda não dá sinais de recupera-ção, a tendência é que as oportu-nidades de emprego ainda sejam escassas na cidade.

ARMA

Legislativo abre debate sobre nova atribuição da GuardaNesta semana, a Câmara de Vereadores começou a debater o projeto de lei 023/2015 en-viado pelo Executivo que dis-põe sobre a autorização para uso de armas não letais pela Guarda Municipal.

Ao entrar na sessão da última terça-feira (19), em primeira discussão, o projeto passa agora pelo período de apresentação de emendas, que podem ser sugeri-das pelos vereadores.

E, logo de início, a matéria já despertou pontos divergentes entre as análises dos vereadores.

"Nós precisamos ter o conhe-cimento pleno desta matéria, e da vontade do governo, para que possamos deliberar sobre este tema", disse Marcel Silva-no (PT).

Já Welberth Rezende (PPS) explicou que o projeto segue diretrizes do programa do go-verno federal: 'Crack é possível vencer'.

"Por enquanto, essa discus-são é relativa apenas aos equi-pamentos doados pelo gover-no federal referente ao crack. Ainda não estamos falando das novas atribuições da Guarda", disse Welberth, afirmando que apresentará uma emenda ao projeto do governo indicando que o uso das armas não letais seja permitido, à Guarda, em outras atividades oficiais.

WANDERLEY GIL

Maxwell afirmou que é preciso investir em políticas sociais

13.605Número exato de postos de trabalho fechados em Macaé desde o início da crise, em 2015

11.889Número de empregos fechados em todos os outros municípios da região Norte Fluminense

NÚMEROS

Legislativo aprova projeto que contribui com combate ao Aedes

SAÚDE

Projeto que prevê venda separada de tampas de caixa d'água deve ser sancionado

Após um mês de discussões, o projeto de lei nº 084/2015, que prevê a obrigatoriedade da ven-da separada de tampas de caixa d'água no comércio da cidade, foi aprovado nesta semana pe-la Câmara de Vereadores por unanimidade.

De iniciativa do vereador Igor Sardinha (PRB), o projeto repe-te uma proposta defendida pelo parlamentar como ferramenta de combate ao mosquito Aedes aegypti, o grande vilão da saúde pública em Macaé e em todo o país.

"Acreditamos que essa seja uma grande contribuição do Legislativo para a cidade, com o intuito de fortalecer as estra-tégias de combate ao mosquito, que tem gerado um sério risco à saúde pública, diante da pos-sibilidade do registro de casos de dengue, chikungunya e do temido zika vírus", disse Igor.

Há 15 dias, o projeto chegou a ser colocado em segunda dis-cussão e votação, no entanto, por estratégia do vereador au-tor, foi retirado para adequação em um dos seus artigos.

Durante a primeira votação, membros da bancada de gover-no se posicionaram contra o projeto, apontando que a pro-posta indicava multas pesadas para os estabelecimentos co-

merciais que descumprissem a regra, após ela ser sancionada.

Inicialmente, a multa para os estabelecimentos comerciais que se negassem a vender a tampa separada poderiam ser multados em cerca de R$ 2,5 mil, com casos de reincidência.

Porém, por sugestão do líder da bancada do PMDB na Câ-mara, Paulo Antunes (PMDB), Igor Sardinha alterou o projeto e reduziu a multa sugerida para R$ 500.

"É preciso, sim, colaborar com as ações de combate ao mosquito, mas não há como penalizar o proprietário de um comércio pequeno, de bairro, com uma multa tão pesada. Nós somos a favor da propos-

WANDERLEY GIL

Igor Sardinha comemorou a aprovação do projeto, que segue para ser sancionado pelo governo

ÍNDICES

Maxwell levanta novo debate sobre segurança pública

Ao promover nesta sema-na um discurso político na Câ-mara, o vereador Maxwell Vaz (SDD) propôs ao Legislativo e à sociedade macaense um novo olhar sobre as discussões que envolvem a segurança pública na cidade.

Ao apontar a importância das ações de repressão ao crime, realizadas pela Polícia Militar, Maxwell afirmou que um outro ponto é fundamental para re-duzir a insegurança da cidade: a prevenção.

E essa estratégia está direta-mente ligada a políticas públi-cas de inclusão social que, se-gundo ele, foram abandonadas pelo atual governo municipal.

"As pessoas que por algum problema pessoal ou social aca-bam caindo na marginalidade, não encontram no governo o

Segundo vereador, políticas públicas de inclusão social foram abandonadas na cidade

acolhimento através das políti-cas de inclusão social. Somente elas são capazes de evitar que nossos jovens e adolescentes caiam no crime. E essas polí-ticas diminuíram na cidade ao ponto que não as vemos mais", disse Maxwell.

O vereador fez um comparati-vo com outros governos muni-cipais que incentivavam a atu-ação do 'terceiro setor' nessas ações preventivas.

"A partir de 2013 teve um bas-ta na capilaridade de políticas de inclusão social na cidade. As instituições foram abandona-das, restando apenas as ações da secretaria de Desenvolvimento Social que não é capaz de resol-ver todos os problemas porque não tem orçamento para isso", apontou o vereador.

O parlamentar apontou ain-da que a falta de integração na estrutura do poder público pre-judica ainda mais a execução de políticas de inclusão social.

"O governo está falhando com a sua própria sociedade", disse.

ta, mas defendemos também a sobrevivência dos pequenos comerciantes", defendeu Paulo Antunes.

Na sessão da última terça-feira, dia 19, o projeto de lei nº 084/2015 voltou ao plenário para ser votado. Em seu teor foi anexada a alteração ao arti-go que previa a multa, confor-me solicitação da bancada do governo.

"Essa Câmara aprimora as relações democráticas ao mos-trar que é possível construir união em torno de uma pro-posta importante para a nossa sociedade, independente das posições políticas assumidas no plenário desta Casa", apon-tou Igor Sardinha.

O projeto foi aprovado em votação nominal e unânime, durante a sessão ordinária.

Em 2013, um projeto seme-lhante foi apresentado por Igor Sardinha no plenário do Legis-lativo, recebendo também vota-ção unânime da Casa.

Porém, ao ser enviado para ser sancionado, o projeto aca-bou sendo vetado pelo governo. Na época, a postura contrária do Executivo foi considerada por Igor como uma "ação política" contra a sua postura de oposi-ção. Mesmo assim, a Câmara optou por manter o veto.

Agora, após ser aprovado, o novo projeto já foi encami-nhado ao Executivo para ser sancionado.

WANDERLEY GIL

Welberth Rezende

Julinho do Aeroporto (PMDB) propôs que as contas do prefeito de 2015 sejam votadas na próxima semana

NOTA

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ4 Macaé, sexta-feira, 22 de abril de 2016

Opinião NOTA

ESPAÇO ABERTO

EDITORIAL FOTO LEGENDA

A mobilização popular é, mais uma vez, destaque em meio às principais discussões políticas ocorridas recentemente no país.

Mas a reação da sociedade diante de um dos momentos mais complexos da jovem democracia brasileira ainda não é prioridade nas ações conduzidas pelos políticos de mandato. Até isso acontecer, ainda serão precisos muitos panelaços, marchas e ocupações de prédios públicos.

A primavera é um período de festas em muitos países, pois simboliza o fim do inverno, mas no Canadá, por exemplo, há outra celebração. Nesta época, as focas grávidas abandonam as águas frias para dar à luz nas praias, onde encontram a morte.

Alerta

O grito dos inocentes

É preciso compreender, dentro de uma mes-ma ótica, o compor-

tamento da população em relação à desconstrução da imagem da política como um conceito real de repre-sentatividade social, onde o desenvolvimento socio-econômico, coletivo e sus-tentável são as premissas na condução das rédeas do poder.

Desde 2013, a sociedade brasileira sai em marcha pelas ruas do país, enfren-tando governos recém-eleitos, que repetiram as mesmas artimanhas escu-sas que sacrificam o bolso, o pensamento e a rotina da população.

De lá para cá, a propaga-ção do clima de insatisfa-ção nacional foi divulgada pelas redes sociais, apro-veitando a globalização da internet para inflar po-sicionamentos contrários a projetos de poder man-comunados por indivíduos que agem sob a sombra da impunidade, o primeiro conceito da escória da política que começa a ser

desconstruído.Se os partidos e políticos

de mandato não souberam ouvir as vozes das ruas, a justiça foi capaz de enten-der o momento de clamor por transformações sociais profundas, surgindo assim a Operação Lava-Jato, um termo bem aplicado para qualificar o processo que tem ajudado a levantar toda a sujeira gerada pela corrupção na Petrobras e no país. Mas o fato é que, sozinho, esse processo não vai ser capaz de purificar a política nacional.

O único jeito de con-cretizar o que as vozes das ruas estão dizendo é o mesmo que garantir poder aos 'lobos em pele de cordeiro'. O voto, um diamante que começa a ser caçado por políticos na cidade, é a única arma capaz de demolir projetos de poder, destituir tiranias da corrupção e varrer es-truturas que estão prestes a acabar com o que ainda resta da dignidade dessas potências chamadas Brasil e Macaé.

É uma tragédia incentivada pelo governo, onde as mães e suas crias são mortas de

maneira cruel por caçadores. São mais de 300 mil focas assas-sinadas durante cada primavera no Canadá, de uma forma cruel, com pauladas no crânio, com ta-cos de baseball, para não estra-gar as peles. A seguir as peles são arrancadas dos animais, muitas vezes ainda vivos, que ficam se debatendo até a morte.

O canadense Paul Watson, um dos fundadores do Gre-enpeace em 1970 e depois do Sea Shepherd (Guardiões do Mar), em 1977, disse que esta é uma das mais cruéis matanças do mundo selvagem. No Japão, a primavera é marcada com a caça aos golfinhos, onde milha-res destes dóceis animais são encurralados em baías e mor-tos com arpões e machadadas. Muitos são esquartejados ainda vivos e as águas ficam vermelhas pelo sangue dos inocentes. A Sea Shepherd filmou esta tragédia e seus membros foram classi-ficados como terroristas pelo governo japonês, por mostra-rem ao mundo esta crueldade. Ao mesmo tempo, nos parques aquáticos, os golfinhos são mostrados como animais inte-ligentes, amigáveis, curiosos e brincalhões.

Seguindo nossa viagem sobre o grito dos inocentes, chegamos à Dinamarca, no Atlântico Nor-te, onde acontece anualmente uma cerimônia macabra. É um ritual de iniciação dos jovens que comemoram a entrada na vida adulta, matando de forma selvagem, milhares de golfinhos. O povo se reúne nas praias, para

onde os golfinhos são atraídos; em seguida os jovens entram nas águas e matam os indefesos animais com golpes de arpões e facas. O mar torna-se verme-lho, o cheiro de sangue fresco percorre a multidão, que aplau-de o espetáculo dantesco. É um baile de debutantes demoníaco, onde no final do dia, milhares de corpos desfigurados ficam apo-drecendo nas águas. Eles matam só pelo prazer de matar e pela tradição.

Finalmente chegamos ao norte do Brasil, onde os botos ou golfinhos de água doce, tam-bém são mortos de forma desu-mana, para comercialização de seus olhos e dentes. Os barcos pesqueiros atraem e matam estes seres dóceis e tão citados em nosso folclore. Eles arpoam os bichos e arrancam os olhos e os dentes dos animais vivos; em seguida, são soltos para morre-rem nas águas, imaginem de que forma. Os dentes são comercia-lizados nas feiras e mercados de Porto Velho, Manaus, Belém do Pará e muitos outros, para con-fecção de colares. Os olhos são vendidos como amuletos para trazer dinheiro e mulheres pa-ra quem os carrega nos bolsos.

Isto é proibido no Brasil, mas a prática é tão comum que já foi até filmada e mostrada para todo o mundo. Existe até um processo do Instituto Sea She-pherd Brasil contra o IBAMA pela omissão sobre este mas-sacre que todos sabem existir e que muitas autoridades fingem não ver.

Célio Pezza é colunista, escri-tor e autor de diversos livros

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H1N1: vacinação busca imunizar 50 mil pessoas em Macaé

CidadaniaConforme o projeto de resolução aprovado nesta semana pela Câmara de Vereadores, a Tribuna Cidadã, criada pelo Legislativo para abrir espaço à sociedade local, passa a definir prazo para inscrições prévias. Quem quiser participar do encontro com os parlamentares deve se apresentar à Casa com 48 horas de antecedência à reunião, realizada regimental-mente nas manhãs das últimas quarta-feiras do mês. A iniciativa é interessante.

Contas Falando na Câmara, o Legislativo deve pro-mover o debate final sobre as contas do pre-feito, relativo à gestão em 2015, na próxima semana. Na discussão, os vereadores definirão se acatam, ou não, o parecer do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que aprovou os nú-meros executados pelo governo, porém com ressalvas. O debate deve ser duro, já que existe a expectativa de que as contas recebam voto contrário de, pelo menos, sete vereadores. A conferir.

Trânsito Já está na hora da secretaria municipal de Mobilidade Urbana promover análise e res-truturação do trânsito nos trechos da Avenida Atlântica que interligam as Praias Campista e dos Cavaleiros. A demarcação de vagas para estacionamento é um dos principais procedi-mentos a serem executados, com objetivo de amenizar os impactos no fluxo de carros. Em horários de rush, a situação fica ainda mais complicada, principalmente nos pontos pró-ximos a bares e restaurantes.

Restauração O monumento ao petróleo, situado nos cruza-mentos entre as Linhas Verde, Azul e a Estrada da Serra merece passar por reforma. A prefei-tura executa a limpeza e conservação do jar-dim da Praça das Bandeiras. Agora, é preciso trocar as placas que ornamentam a estrutura que simboliza a chama produzida pelo Terminal Cabiúnas. Além do patrimônio arquitetônico, o governo deveria promover também o recape-amento asfáltico dessas vias.

Descarte Lixões começam a se acumular em diversos pontos do município, o que contribui com a prática irregular de descarte de lixos e entu-lhos. Até resíduos de obras públicas, como as intervenções do saneamento básico, são deixados para trás, prejudicando a imagem de bairros e comunidades. No Novo Cavalei-ros, o cenário de destruição ainda é gritante, diante de galerias de águas pluviais danifica-das, além de terra escavada deixada sobre terreno da prefeitura.

Transporte O alerta já foi dado na Câmara, mas as solu-ções ainda não apareceram. Por lei, ônibus que trafegam por rodovias estaduais não podem transportar passageiros em pé. No entanto, os coletivos da SIT que atendem aos distritos e localidades da Serra só tran-sitam lotados pela RJ 168, causando riscos aos usuários do transporte. O perigo é ainda maior porque os ônibus atravessam a BR 101, através do novo trevo construído pela Auto-pista Fluminense.

Água Vivendo transtornos há semanas, moradores de diversos bairros da cidade ameaçam fazer protesto com objetivo de chamar a atenção da Nova Cedae sobre os problemas no abaste-cimento de água. Sem a garantia do serviço, famílias acabam tendo o orçamento compro-metido com o pagamento de caminhões-pipa. Diante de uma crise econômica sem prece-dentes na cidade, o povo ainda tem que pagar pela ineficiência do poder público.

Polícia A insegurança cresce e afeta a rotina de mi-lhares de macaenses. Em apenas um final de semana, oito assaltos foram registrados na orla da Praia de Imbetiba, casos que tornam Macaé uma cidade sitiada pelo medo. O es-forço do comando do 32º Batalhão da Polícia Militar (BPM) é grande, mas falta o compro-metimento e o apoio do governo do Estado. Enquanto isso não acontece, a população se protege como pode, mudando a rotina para evitar surpresas.

Serviço Recorrentes, os problemas relativos aos serviços de telefonia móvel superlotam a lista de reclamações dos usuários em Ma-caé. Em plena região central da cidade, são poucos os lugares onde se consegue a cobertura de sinal. Além disso, há inter-rupções no acesso a internet por celular e cobranças indevidas, casos que crescem à medida que a rotina da cidade depende da agilidade desses equipamentos eletrônicos. Até quando isso vai durar?

Balneário para milhares de moradores da região Norte da cidade, a Praia do Lagomar ainda não recebe a atenção que merece do poder público. Sem qualquer tipo de infraestrutura para oferecer conforto aos frequentadores e proteção ao meio ambiente, o trecho do litoral da cidade apresenta degradação através do descarte de lixo e entulhos, sem falar no esgoto.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, sexta-feira, 22 de abril de 2016 5

EconomiaSERVIÇO

Debate sobre internet �xa limitada segue repercutindo Enquanto entidades de defesa do consumidor são contra a ideia, Anatel tenta minimizar questão

Guilherme Magalhã[email protected]

Enquanto as entidades de defesa do consumidor seguem se posicionando

contra a ideia das operadoras de internet banda larga fixa em limitar o serviço por meio de pacotes de dados, a Agência Nacional de Telecomunica-ções (Anatel) tem procurado minimizar a polêmica. Em seu último posicionamento sobre o caso, o presidente da agência reguladora, João Rezende, afir-mou que impedir o limite da internet fixa pode acarretar em uma elevação considerável de preço do serviço.

Cobrada pela possibilidade de que as empresas prestado-ras acabem com a internet fixa ilimitada para o consumidor co-mum, segundo a Anatel, embora as operadoras ainda não estejam no seu direito devido à falta de regulamentação para reduzir as franquias de internet, logo poderão regulamentar o limite do serviço. Na última segunda-feira (18), depois de uma pressão oficial do Ministério das Comu-nicações, a agência reguladora publicou uma decisão cautelar no Diário Oficial da União que impede, temporariamente, as operadoras de internet fixa de reduzir a velocidade ou sus-pender a prestação do serviço de banda larga após o término da franquia prevista. O proble-ma é que a medida só vale até

que essas empresas forneçam aos consumidores ferramentas adequadas que permitam mo-nitorar os serviços prestados, o que não deve demorar muito tempo para acontecer.

“Para nós, o discurso mais fá-cil seria dizer que a internet tem de ser ilimitada. O problema é

KANÁ MANHÃES

Atualmente, contratos de diversas operadoras já permitem que seja estabelecida franquia de dados

que, desse modo, as empresas poderiam aumentar preços e reduzir a velocidade, e isso ter-minaria prejudicando o consu-midor. Temos de pensar na sus-tentabilidade do setor como um todo. Não podemos imaginar um serviço sempre ilimitado”, declarou o executivo ressaltan-

do que, atualmente, os contratos de diversas operadoras já permi-tem que seja estabelecida uma franquia de dados, mas, por es-tratégias de mercado, a maioria não impõe esses limites.

O OUTRO LADO DA MOEDAComo reação aos últimos

posicionamentos da Anatel, várias entidades como Procon, Idec (Insitituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) e OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) já se posicionaram con-tra a medida da agência regu-ladora que, na prática, acabou estabelecendo condições para

que as operadoras possam im-plantar o novo modelo para a prestação de serviços.

Em nota oficial, segundo o presidente da OAB Nacional, Claudio Lamachia, entendeu a medida como o último golpe que faltava para o estabeleci-mento do serviço limitado.

“É inadmissível que uma entidade pública destinada a defender os consumidores opte por normatizar meios para que as empresas os pre-judiquem. Na prática, a Anatel nada mais fez do que informar às telefônicas o que elas de-vem fazer para explorar mais e mais o cidadão”, disse.

Por sua vez, o Idec também considera que a estratégia das empresas em limitar a nave-gação na internet fixa força-ria os usuários a reduzir o uso de serviços como o Netflix e o Youtube, que consomem mui-tos dados. Não por acaso, a en-tidade já ingressou com uma ação contra os maiores prove-dores de internet do mercado nacional para tentar barrar a fixação de limite de tráfego de dados nos serviços de banda larga fixa.

Igualmente contrariada pela nova ideia, a Proteste Associa-ção de Consumidores lançou uma petição on-line contra o limite de uso de dados na internet de banda larga fixa. Até ontem (20), o documento já havia recebido mais de 140 mil adesões.

DINHEIRO

Presentes do Dia das Mães sofrerão com peso da in�ação

A pouco mais de duas sema-nas para o Dia das Mães, co-memorado no próximo dia 8, o resultado de um levantamento realizado pela BDO Auditoria pode chamar a atenção de quem já planejava esbanjar na compra de presentes. Segundo a pes-quisa da instituição, alguns dos produtos normalmente comer-cializados visando a data festiva poderão chegar a registrar até 79% de impostos embutidos.

Em números específicos, se-gundo a pesquisa, na lista de presentes mais comuns, a maior carga tributária encontrada foi

Produtos como perfumes têm impostos de quase 80% embutidos, aponta levantamento

a do perfume, com quase 79,5% de impostos embutidos em seu valor final. Logo em segui-da, praticamente empatados, constam os relógios de pulso, com 47,2% de impostos, e os smartphones com 42,2%.

Para aqueles que gostam de ostentar, é bom saber que 39,2% do preço final das joias de prata e 37,2% do preço final das bol-sas de couro também vão para os cofres públicos. Já na compra de roupas e sapatos, o consumi-dor pagará aproximadamente 27,2% em impostos.

Entre as opções mais eco-nomicamente viáveis, a conta do almoço em família em um restaurante deve ter aproxi-madamente 12,4% em tributos. Por sua vez, no caso do buquê de flores, a porcentagem é de 9,25%.

KANÁ MANHÃES

Em Macaé, atualmente existem cerca de 7 mil empreendedores individuaisHISTÓRICO DOS ÚLTIMOS ANOS

Conforme dados da CDL-Macaé, no ano passado houve uma estagnação técnica no per-centual de crescimento da ati-vidade comercial durante o Dia das Mães em comparação com 2014, quando as vendas teriam sido, pelo menos, 9% superiores em relação a 2013.

FACILITAÇÃO

Pequenos empreendedores já podem utilizar residência para sediar empresa

Desde a última terça-feira (19), os microempreendedores individuais (MEI) ganharam uma nova facilitação para tra-balhar. É que, a partir de agora, já é possível usar o endereço da própria residência como sede de suas pequenas empresas.

Sancionada pelo governo fe-deral, e já oficializada por meio da alteração da Lei Comple-mentar nº 123, de 14 de dezem-bro de 2006, é bom saber que a liberação só vale nos casos em que a atividade não precise de um local próprio para ser exer-cida, ou seja, que não requeira cuidados especiais com a pro-dução.

Segundo o texto alterado, a medida tem como principal objetivo facilitar a adesão dos microempreendedores ao Sim-ples Nacional - regime tributá-rio simplificado para empresas de pequeno e médio portes.

"É de conhecimento geral o fato de os pequenos empreen-dedores fazerem uso de suas próprias residências para o exercício de suas atividades profissionais, as quais, muitas vezes, não dependem de um local específico muito elabora-do ou sujeito a pré-requisitos operacionais”, diz o relatório do projeto da Lei Complementar.

Atualmente, a estimativa é que apenas no Norte Flumi-nense as pequenas empresas

Autorização só vale quando não for preciso local próprio para a atividade

(microempreendedor indivi-dual, microempresa e empresa de pequeno porte) totalizem 98,9% dos empreendimentos regulares. Especificamente, em Macaé, de acordo com a

prefeitura, existem aproxima-damente 7 mil empreendedores individuais, dos quais a maioria são mulheres atuando, princi-palmente, nas áreas de comér-cio e serviços.

KANÁ MANHÃES

No comércio da cidade, expectativa é que movimento não ultrapasse números do ano passado

SERVIÇO

Tributos embutidos● PERFUME: 79,5%● RELÓGIOS: 47,2%● SMARTPHONES: 42,2%● JOIAS de prata: 37,2%● SAPATOS e roupas: 27,2%● ALMOÇO em restaurante:

12,4%● BUQUÊ de flores: 9%

Tesouro Direto tem número recorde de novos investidores em março. Houve ingresso de 33,4 mil investidores e vendas somaram R$ 1,75 bilhão. Programa permite compra de títulos públicos pela internet, via corretoras.

NOTA

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ6 Macaé, sexta-feira, 22 de abril de 2016

PolíciaJUSTIÇA

Homicídio de mulheres ganha novas diretrizes de investigaçãoAs novas normas começam a ser postas em prática imediatamente em cinco EstadosLudmila [email protected]

Na última semana, o Go-verno Federal divulgou que as investigações de

mortes violentas de mulheres passarão a seguir critérios espe-cíficos, para que esses assassina-tos sejam julgados como crime de feminicídio.

As novas diretrizes envolvem regras para inquérito policial, perícia, coleta de provas, atuação do Ministério Público e procedi-mentos para juízes analisarem os assassinatos. Todo o trabalho de elaboração das Diretrizes Nacio-nais para Investigar, Processar e Julgar com Perspectiva de Gêne-ro as Mortes Violentas de Mu-lheres - Feminicídio foi realizado em parceria com a ONU Mulhe-res. As regras foram definidas com base na Lei 13.104/2015 e levou em consideração o cres-cente número de mulheres com mortes violentas.

Conforme os dados do Mapa da Violência de 2015, os casos de morte violenta de mulheres passaram de 1.353, em 1980, pa-ra 4.762, em 2013, ou seja, um aumento de 252% no período. O mapa também mostra que es-ses crimes ocorrem em número maior com mulheres negras e mulheres jovens.

As normas para a investiga-ção do assassinato de mulheres, visando à classificação desses casos como crime de feminicí-

dio, serão postas em prática por policiais militares, policiais civis, bombeiros, peritos, advogados, defensores públicos, promotores e juízes.

Entre as diretrizes consta, em primeiro lugar, que nos casos de morte violenta de mulheres deverá ser feito rápido ofício aos profissionais envolvidos na investigação. A partir disso, o inquérito policial deverá ser ágil, com rigor e esgotamento de elementos testemunhais. Na sequência da investigação, a pe-rícia deve ser criteriosa, visando à coleta de vestígios que sirvam de prova para a evidenciação

KANÁ MANHÃES

Em Macaé, mulheres vítimas de violência podem buscar atendimento no Ceam

do crime. As diretrizes deter-minam a verificação do local do assassinato, busca de pegadas, impressões digitais, suor, pelos, esperma, sangue e saliva. Os pe-ritos deverão avaliar se houve tortura e quais objetos foram usados no crime. Também deve-rão descrever as lesões e relatar, quando verificada, a ocorrência de ferimentos, estrangulamen-to, esganadura, enforcamento ou asfixia, detalhadamente. Ainda na fase da perícia, se necessário, deve ser feito exame de corpo de delito e necrópsia.

Já o Ministério Público, terá de verificar as motivações que

caracterizem o crime de femi-nicídio, se houve ou há danos causados à vítima direta ou víti-ma indireta (como familiares ou dependentes). Aos profissionais do Poder Judiciário caberá a ob-servação dos elementos dos au-tos na fase inquisitorial e de ação penal. Na averiguação devem ser usados, se necessários, busca e apreensão, interceptação telefô-nica e quebra de sigilo telefônico. Também, se necessário, poderão ser feitas prisões cautelares para garantia de coleta de provas.

Essas diretrizes começam a ser postas em prática imediata-mente por profissionais da área

policial e de investigação nos Estados do Rio de Janeiro, Santa Catarina, Maranhão, Piauí, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.

LEI 13.104/2015

Com a aprovação da Lei do Feminicídio, sancionada no dia 9 de março de 2015, o governo federal criou mais um instru-mento de proteção aos direitos e à integridade das mulheres e o Brasil passou a definir como cri-me hediondo a morte violenta de mulheres por razões de gênero.

Na lei, a pena prevista passou a ser de 12 a 30 anos de reclusão, podendo ser aumentada em um

terço até a metade se o crime for praticado durante a gestação ou nos três meses posteriores ao parto, contra a pessoa menor de 14 anos, maior de 60 ou com defi-ciência; ou ainda na presença dos pais ou filhos da vítima.

CEAMEm Macaé, mulheres vítimas

de violência podem buscar aten-dimento no Centro Especializa-do de Atendimento à Mulher (Ceam), vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Social. No local, as mulheres recebem apoio psicológico, jurídico e social. De janeiro a julho de 2015 foram atendidas 2.622 mulheres em Macaé. O Ceam trabalha em parceria com a Polícia Militar e o Núcleo de Atendimento à Mulher (Nuam), onde é reali-zado monitoramento dos casos de violência contra a mulher no município.

Nesta cooperação, o Nuam da 123ª DP encaminha ao Ce-am casos em que precisam ser feitos os acompanhamentos. O Fórum, a Defensoria Pública, a Delegacia e a Rede de Saúde do Município (Hospital Público Municipal, Unidades de Pronto Atendimento e outros) também enviam ocorrências para o Cen-tro Especializado.

O endereço do Ceam é Rua São João, 33, Centro, ao lado da 123ª DP. Mais informações podem ser obtidas pelo telefo-ne: (22) 2796-1045.

Trabalho infantil é �agrado pelo Centro

MENORES

De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente: “É proibido qualquer trabalho a me-nores de quatorze anos de idade, salvo na condição de aprendiz”. A equipe do Jornal O DEBATE tem flagrado cenas de crianças em se-máforos no Centro, que vai contra a Lei Federal.

O jornal tem denunciado, em diversas matérias, o problema. Mas, apesar de estarmos sempre noticiando o assunto, o problema parece estar cada vez mais fre-quente e o número de crianças e adolescentes exercendo a função cada vez maior.

Menores de idade são vistos com frequência trabalhando em semáforos ou com venda de pirataria

Um dos principais locais onde podem ser vistas essas crianças e adolescentes é na Praça Luiz Reid, em frente ao Habibb´s. Crianças de aproximadamente 10 anos abor-dam os veículos quando o semá-foro fica vermelho ou fazem ma-labarismos para conseguir algum dinheiro. Contudo, não é apenas neste local onde estas crianças estão expostas, na Praça Veríssi-mo de Melo e no Calçadão, onde flagramos um menor de idade cuidando de uma banca de mídias piratas, também podem ser obser-vadas cenas de trabalho infantil.

O ECA - Lei Federal nº 8.069/90 tem como principal objetivo prote-ger as crianças e adolescentes, im-pondo que todo menor de 18 anos tem o direito de ter o seu desen-volvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições

de liberdade e de dignidade. Ape-sar disso, infelizmente na prática o funcionamento dessa lei ainda dei-xa muito a desejar em todo o país.

De acordo com o Art. 67, que descreve que o “adolescente em-pregado, aprendiz, em regime fa-miliar de trabalho, aluno de escola técnica, assistido em entidade go-vernamental ou não governamen-tal, é vedado trabalho: noturno, re-alizado entre as vinte e duas horas de um dia e às cinco horas do dia seguinte; perigoso, insalubre ou penoso; realizado em locais pre-judiciais à sua formação e ao seu desenvolvimento físico, psíquico, moral e social e realizado em ho-rários e locais que não permitam a frequência à escola”.

E por fim, o Art. 98, que diz: “as medidas de proteção à criança e ao adolescente são aplicáveis

sempre que os direitos reconhe-cidos nesta Lei forem ameaçados ou violados: por ação ou omissão da sociedade ou do Estado e/ou por falta, omissão ou abuso dos pais ou responsável”.

Procuramos a Prefeitura pa-ra saber o que pode e está sendo feito em defesa dessas crianças e adolescentes na cidade e fomos informados que é realizado um trabalho integrado, entre a Secre-taria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos e o Conselho Tutelar, que vão até o local verifi-car a denúncia. Caso seja consta-tado algum tipo de problema com relação ao trabalho infantil, órgãos como Ministério Público e Juizado Especial da Infância, Adolescência e Idoso são comunicados para que possam atuar com as medidas le-gais cabíveis e sanar a questão.

DIVULGAÇÃO

A Prefeitura informou que há um trabalho integrado entre a secretaria de Desenvolvimento Social e o Conselho Tutelar que verificam as denúncias de trabalho infantil no município

População pode colaborar no combate à criminalidade32º BPM

Em entrevistas recentes em diferentes meios de comu-nicação locais, o comandante do 32º Batalhão de Polícia Militar (BPM), tenente-coronel Marco Aurélio Vollmer, tem enfatizado a importância das informações passadas pela população, via disque-denúncia da Policia Mi-litar (PM).

A ferramenta tem sido de

As informações passadas têm gerado diversos resultados positivos para a Polícia Militar

grande relevância nas operações da polícia. Através das denúncias realizadas, a polícia vem obtendo mais resultados positivos com a contribuição da população.

Segundo Vollmer, o disque-denúncia é uma das formas mais eficazes de combate à crimina-lidade.

“Com o policiamento osten-sivo, nós estamos trabalhando com a prevenção. Colocamos a viatura nos pontos mais crí-ticos, de acordo com a mancha criminal. Esse tipo de trabalho inibe a ação do bandido no pon-to onde está o policial. Contudo,

se a viatura sai para fazer ronda, o criminoso vai agir ou, então, mesmo com a viatura parada em determinado local, o crimi-noso age próximo dali. Por isso, o disque-denúncia funciona de forma mais assertiva, levando o policial diretamente ao local e combatendo com a prisão do meliante. Isso porque o policial está em posse de informações e são elas que levam a PM dire-tamente ao problema, obtendo resultados positivos”, disse em uma recente entrevista.

O comandante ressalta que durante uma denúncia não é

KANÁ MANHÃES

Disque-denúncia é aliado da Polícia Militar no combate à criminalidade

preciso se identificar e que a única coisa que a Polícia Militar deseja é a informação passada pela população.

Para realizar denúncias a po-pulação pode entrar em contato com o Disque-Denúncia da Po-lícia Militar, através do número 2765-7296. O telefone está à dis-posição da população 24 horas por dia.

Além das ligações, os cidadãos também podem passar informa-ções pelo WhatsApp, através do número 98168-2344. Ou por e-mail para: [email protected].

A linha T51 (Terminal Central x Terminal Parque de Tubos) passará por uma importante alteração em seu itinerário a partir do sábado (23). Os ônibus que atualmente seguem direto da Norte-Sul em direção à Rodovia Amaral Peixoto agora também passarão a atender ao bairro Imboassica.

NOTA

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, sexta-feira, 22 de abril de 2016 7

Geral Com o objetivo de incentivar e valorizar a história cultural da população indígena brasileira, escolas da rede municipal de ensino participaram na tarde desta quarta-feira (20) do I Festival de Dança Estudantil Indígena de Macaé.

NOTA

ASSENTAMENTO CELSO DANIEL

Pais denunciam precariedade no transporte escolar Prefeitura diz que o serviço foi normalizado no último dia 14, mas responsáveis ainda relatam problemas Juliane Reis [email protected]

Moradores que residem no Assentamento Maria Amá-lia, localizado depois do

Trevo dos 40 em direção a Cam-pos dos Goytacazes procuraram a redação do Jornal O Debate na última semana para relatar a pre-cariedade do transporte escolar na localidade. De acordo com relatos dos responsáveis, desde o início do ano letivo os alunos vêm sofrendo com a ineficiência do serviço.

“Já fui a Secretaria de Educação pedir o transporte, mas até o mo-mento não me deram nenhuma resposta, enquanto isso os alunos ou faltam aula, ou nós pais temos que custear com a passagem para levá-los. No entanto, o ônibus não vai até a escola e além de termos que andar cerca de 1 km para chegar até a pista para pegar o ônibus, ainda temos que enfrentar mais 340m a pé, seja debaixo de sol ou de chuva”, relatou Marco Antônio.

O responsável destaca que são oi-to alunos que antes contavam com o transporte, e que desde o início deste ano não estão mais recebendo

o serviço. “A Cooperativa não está mais colocando a Kombi para fazer o transporte das crianças e gente fica sem saber o que fazer. Nem to-dos os dias tem um responsável para levá-los e buscá-los. Já teve mês que os alunos ficaram uma semana sem estudar”, disse.

O acesso à unidade de ensino é por uma estrada de terra e não con-ta, sequer, com iluminação pública. “No caso dos alunos que estudam à tarde, do horário de saída até a che-gada à pista, o trajeto se torna ain-da mais perigoso, uma vez que está escurecendo cada vez mais cedo”, disse o pai.

A unidade antes chamada de Es-cola Municipal São Sebastião dos 40, recentemente passou a se cha-mar Escola Municipal Maria Cristi-na Castello Branco da Cruz, e fica lo-calizada no Assentamento Prefeito Celso Daniel. A troca do nome ocor-reu durante inauguração do espaço em 31 de março. Segundo o órgão municipal, as obras eram esperadas há cinco anos e toda comunidade aguardava ansiosa pela reforma e ampliação da unidade. Com as obras, a unidade ganhou sete salas de aulas, três banheiros, refeitório,

sala multifuncional, parquinho com grama sintética e brinquedoteca

Procurada pela redação do Jor-nal O Debate, a Prefeitura infor-mou que a Secretaria de Educação disse que em 14 de abril foi dispo-nibilizado uma van para atender esses alunos.

No entanto, os pais destacam que ainda assim o serviço conti-nua precário e que nem todos os dias o transporte passa para pegar os alunos.

“A van que está atendendo os alunos é uma que faz a linha para Engenho da Praia - pois tem uma aluna daqui que estuda lá. Mas ainda não sabemos se essa van vai continuar atendendo os alunos”, relatou o morador.

Já a Prefeitura disse ainda que é preciso esclarecer que essa ro-ta não existia, e que ela foi criada este ano com o surgimento da ne-cessidade. "A rede municipal de Educação recebeu 9 mil alunos e a demanda superou as expectati-vas dos anos anteriores em todos os setores. Por esta razão, houve adequação no transporte para que os alunos do local fossem contem-plados", disse o órgão.

WANDERELY GIL

A distância da pista, onde os alunos descem quando não há transporte, até a escola é de 340 metros

CRISE

Corte no orçamento leva IBGE a suspender concurso

Os candidatos que se prepa-raram para o concurso público do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) terão que espe-rar pelo próximo processo seletivo do órgão. É que, por meio de no-ta, o órgão comunicou na última segunda-feira (18) a suspensão do concurso que oferecia 1.409 vagas temporárias destinadas ao Censo Agropecuário, bem como das ativi-dades ligadas ao Censo Experimen-tal. Foram cerca de 124 mil inscritos e as provas estavam previstas para o próximo dia 22 de maio.

Os candidatos inscritos no pro-cesso seletivo terão os valores das inscrições reembolsados e a Ces-granrio (www.cesgranrio.org.br), empresa responsável pela organi-zação da seleção, informará sobre os procedimentos a serem adotados para tanto.

De acordo com nota publicada pelo órgão, os candidatos inscritos serão reembolsados

Segundo a nota, o orçamento pa-ra o ano de 2016, confirmado pelo Ministério do Planejamento, Orça-mento e Gestão (MP), inviabiliza a realização do Censo Agropecuário em 2017, conforme estava planeja-do e já havia sido anunciado.

O documento diz ainda que o or-çamento do Censo Agropecuário constante no Projeto de Lei Orça-mentária, de R$ 330.800.000, foi re-duzido para R$ 266.856.444 na Lei Orçamentária (LOA) aprovada pelo Congresso Nacional em 14/01/2016 e que a Direção do IBGE vinha ten-tando obter, junto ao Ministério do Planejamento, os recursos necessá-rios às atividades de preparação da operação censitária e à aquisição de equipamentos, previstas para este ano e essenciais à execução da pes-quisa no início de 2017. Entretanto, estas iniciativas de recomposição do orçamento não tiveram êxito.

No entanto, diante dessa realida-de, o Censo Agropecuário está adia-do, e uma nova data para sua reali-zação está condicionada à liberação dos recursos necessários em tempo

hábil à organização da operação. Já as demais atividades previstas para 2016 no plano de trabalho do IBGE estão, até o momento, preservadas.

O documento enviado pelo IBGE explica ainda que Censo Agrope-cuário é uma pesquisa de extrema relevância para o Brasil, pois se de-bruça sobre um setor fundamen-tal para a economia nacional. Seus resultados fornecem informações que permitem tratar de um am-plo espectro de assuntos atuais e importantes, indo da segurança alimentar e agricultura familiar, a questões macroeconômicas, como preço dos alimentos e balança co-mercial, passando necessariamente pelos temas relativos à sustentabi-lidade e à preservação ambiental.

O processo de seleção para con-tratação temporária oferecia 1.409 vagas e a remuneração salarial va-riava entre R$ 1.560 a R$ 7.166. No total erão 223 vagas para analista censitário (AC), 700 para agente censitário administrativo (ACA), 486 para agente censitário regio-nal (ACR).

RESPOSTA

Seeduc esclarece sobre casos de focos de dengue em escolas

Na última terça-feira (19) o Jornal O Debate veiculou uma re-portagem sobre possíveis focos de dengue encontrados nas escolas estaduais ocupadas por alunos em Macaé. Os casos foram denunciados à redação do Jornal por estudantes.

No Matias Neto, o criadouro está em uma calha que fica bem próxima a sala que está servindo de dormitórios para os estudantes que ocuparam o prédio. Já no Colégio Estadual Luiz Reid, um outro criadouro também foi encontrado por alunos. De acordo com estudantes o foco está em uma

De acordo com o órgão, ações de combate ao mosquito foram realizadas nas unidades este ano

sala que não é utilizada e que está abandonada.

Por meio de nota a Secretaria de Estado de Educação (SEEDUC) in-formou, na tarde de terça-feira (20), data em que a matéria foi publica-da que, neste ano, foram realizadas campanhas de ações preventivas de combate ao mosquito Aedes aegypti, nos Colégios Estaduais Mathias Neto e Luiz Reid, ambos em Macaé.

O órgão ressaltou anda que as ações de combate precisam de con-tinuidade para evitar proliferação de criadouros e focos e que no entanto, como as duas unidades estão ocu-padas, o trabalho de prevenção foi interrompido.

Vale lembrar que ambas as unida-des onde os focos foram encontrados pelos estudantes, foram ocupadas

nas duas últimas semanas e que nes-se período não foi registrado nenhu-ma chuva na cidade, o que leva à con-clusão de que os focos já estavam nas escolas antes da ocupação dos alunos.

Entre as medidas que devem ser adotadas por toda população para evitar a proliferação do mosquito estão: fazer o descarte adequado de tudo que acumula água, man-ter bem tampados tonéis e barris de água, manter as calhas, canos e ralos desentupidos, colocar areia nos vasos de plantas, virar garrafas e vasilhas, guardar pneus e outros objetos que podem acumular água tampados em locais cobertos, tam-par as caixas e lixeiras.

São ações que de acordo com o Mistério da Saúde podem ser feitas em apenas dez minutos por dia.

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