noticiário 21 02 2016

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ www.odebateon.com.br Macaé (RJ), domingo, 21 e segunda- feira, 22 de fevereiro de 2016 Ano XL, Nº 8947 Fundador/Diretor: Oscar Pires facebook/odebate twiter/odebate issuu/odebateon R$ 1,50 Macaé lidera ranking de arrecadação no Norte Fluminense Município deve consolidar neste mês R$ 257 milhões em receitas KANÁ MANHÃES Crise eleva a cidade ao topo da relação dos municípios com maior poder de arrecadação Apesar de prever uma redução de 25% no total de re- ceitas estimadas para serem ar- recadadas neste ano - R$ 2.081 bilhões -, Macaé assumiu, em meio à crise econômica e do pe- tróleo, o topo da lista dos muni- cípios com a maior arrecadação consolidada entre janeiro e a primeira quinzena de fevereiro deste ano. Apenas no primeiro mês de 2016, a Capital Nacional do Petróleo foi capaz de acumu- lar um total de R$ 162 milhões em recursos públicos, supe- rando todas as demais cidades que participam das operações offshore nacional, e que divi- dem também as angústias rela- cionadas à queda nos repasses dos royalties e da Participação Especial. De acordo com dados apurados pelo Impostômetro, sistema operado pela Associa- ção Comercial e Industrial de São Paulo, Macaé deve atingir a arrecadação total de R$ 257 milhões em fevereiro. PÁG. 3 POLÍTICA KANÁ MANHÃES Exército convoca jovens POLÍCIA O prazo para apresenta- ção ao Serviço Militar vai até o dia 30 de junho de 2016 e está aberto desde 1º de janeiro. Os jovens do sexo masculino, que completam 18 anos neste ano, precisam se apresentar na Junta de Serviço Militar (JSM) municipal para o alistamento obrigatório. As mulheres estão isentas do Serviço Militar obri- gatório, mas podem ingressar nas Forças Armadas mediante concurso público. O Ministério da Defesa esti- ma em 2 milhões o número de jovens que farão o alistamento em 2016, sendo que 100 mil de- vem ser incorporados ao serviço militar em um dos três ramos das Forças Armadas: Aeronáu- tica, Exército e Marinha. PÁG. 3 Neste ano, o disque-denún- cia da mulher, que funciona na Central de Atendimento a Mulher - Ligue 180 - registrou um aumento de 221% de pro- cura pelo serviço no carnaval de 2016 em relação ao de 2015. Em Macaé, mulheres vítimas de violência podem buscar atendimento no Centro Es- pecializado de Atendimento à Mulher (Ceam), PÁG. 5 Junta Militar fica na Praça Washington Luiz, no Centro POLÍCIA Violência contra a mulher cresce no Carnaval GLÓRIA REVIVE PROBLEMAS BAIRROS EM DEBATE Área nobre vive transtornos de obras de esgoto e aguarda promessa de revitalização S ituado na zona sul da cidade, em um ponto privilegiado, o Bairro da Glória teve o seu primeiro loteamento aprovado ainda na década de 50. Desde então passaram-se mais de 60 anos e muita coisa mudou. Apesar de rece- ber título de área nobre, ele coleciona alguns pro- blemas no seu cotidiano. Mesmo com um dos IP- TUs mais caros do município, essa área clama por melhorias, assim como qualquer outra localidade de Macaé. Vale ressaltar que o Imposto Sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana tem como objetivo gerar uma arrecadação de verbas para o município, sendo revertido em melhorias no local. Diante disso, os moradores reforçam o pedido de ajuda do poder público para resolver esses pequenos problemas. PÁG. 8 KANÁ MANHÃES População pede a urbanização do valão POLÍTICA ESPORTE WANDERLEY GIL Encontro reúne pescadores de toda a região Município participa de pauta nacional Praia Campista recebe competição Projeto que ganhou força na Brasil Offshore de 2015 pode reverter crise PÁG. 3 Cidade recebe etapa do Campeonato Estadual de Pesca PÁG. 9 ASSESSORIA Comitiva macaense apoia proposta de José Serra ÍNDICE TEMPO EDITORIAL 4 PAINEL 4 GUIA DO LEITOR 4 ESPAÇO ABERTO 4 CRUZADINHA C2 HORÓSCOPO C2 CINEMA C2 AGENDA C2 Máxima 35º C Mínima 23º C Anuncie: (22) 2106-6060 (215) POLÍCIA CIDADE ECONOMIA CADERNO DOIS Políticas Municipais de Segurança Mil motoristas têm carteiras suspensas Consulta ajuda a efetuar boa compra Jovens cantam o amor a Deus Debates ajudam a reforçar estratégias na cidade PÁG. 5 Detran analisa nova lista de suspensão de CNHs PÁG. 9 Análise deve ser feita antes de fechar negócio PÁG. 6 Banda Kativar divulga trabalho e pretende lançar Cd CAPA WANDERLEY GIL ASSESSORIA DOMINGO MARCA FIM DE HORÁRIO DE VERÃO MOBILIDADE REALIZA CADASTRO DE VEÍCULOS EDUCAÇÃO PREPARA NOVAS ESCOLAS GERAL, PÁG.10 ECONOMIA, PÁG.6 GERAL, PÁG.9 Cidade Arrecadação total Receitas por mês Macaé R$ 257 milhões R$ 140 milhões Niterói R$ 174 milhões R$ 95 milhões Rio das Ostras R$ 90 milhões R$ 50 milhões Cabo Frio R$ 61 milhões R$ 31 milhões São João da Barra R$ 56 milhões R$ 35 milhões Casimiro R$ 30 milhões R$ 17 milhões Quissamã R$ 28 milhões R$ 17 milhões Carapebus R$ 13 milhões R$ 4 milhões RECEITAS Consolidadas em fevereiro por municípios produtores

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Page 1: Noticiário 21 02 2016

O DEBATEDIÁRIO DE MACAÉ

www.odebateon.com.br

Macaé (RJ), domingo, 21 e segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016Ano XL, Nº 8947Fundador/Diretor: Oscar Pires

facebook/odebate

twiter/odebate

issuu/odebateon

R$ 1,50

Macaé lidera ranking de arrecadação no Norte FluminenseMunicípio deve consolidar neste mês R$ 257 milhões em receitas

KANÁ MANHÃES

Crise eleva a cidade ao topo da relação dos municípios com maior poder de arrecadação

Apesar de prever uma redução de 25% no total de re-ceitas estimadas para serem ar-recadadas neste ano - R$ 2.081 bilhões -, Macaé assumiu, em meio à crise econômica e do pe-tróleo, o topo da lista dos muni-cípios com a maior arrecadação consolidada entre janeiro e a primeira quinzena de fevereiro deste ano. Apenas no primeiro mês de 2016, a Capital Nacional do Petróleo foi capaz de acumu-lar um total de R$ 162 milhões

em recursos públicos, supe-rando todas as demais cidades que participam das operações offshore nacional, e que divi-dem também as angústias rela-cionadas à queda nos repasses dos royalties e da Participação Especial. De acordo com dados apurados pelo Impostômetro, sistema operado pela Associa-ção Comercial e Industrial de São Paulo, Macaé deve atingir a arrecadação total de R$ 257 milhões em fevereiro. PÁG. 3

POLÍTICA

KANÁ MANHÃES

Exército convoca jovens

POLÍCIA

O prazo para apresenta-ção ao Serviço Militar vai até o dia 30 de junho de 2016 e está aberto desde 1º de janeiro. Os jovens do sexo masculino, que completam 18 anos neste ano, precisam se apresentar na Junta de Serviço Militar (JSM) municipal para o alistamento obrigatório. As mulheres estão isentas do Serviço Militar obri-gatório, mas podem ingressar nas Forças Armadas mediante concurso público.

O Ministério da Defesa esti-ma em 2 milhões o número de jovens que farão o alistamento em 2016, sendo que 100 mil de-vem ser incorporados ao serviço militar em um dos três ramos das Forças Armadas: Aeronáu-tica, Exército e Marinha. PÁG. 3

Neste ano, o disque-denún-cia da mulher, que funciona na Central de Atendimento a Mulher - Ligue 180 - registrou um aumento de 221% de pro-cura pelo serviço no carnaval de 2016 em relação ao de 2015. Em Macaé, mulheres vítimas de violência podem buscar atendimento no Centro Es-pecializado de Atendimento à Mulher (Ceam), PÁG. 5

Junta Militar fica na Praça Washington Luiz, no Centro

POLÍCIA

Violência contra a mulher cresce no Carnaval

GLÓRIA REVIVE PROBLEMASBAIRROS EM DEBATE

Área nobre vive transtornos de obras de esgoto e aguarda promessa de revitalização

Situado na zona sul da cidade, em um ponto privilegiado, o Bairro da Glória teve o seu primeiro loteamento aprovado ainda

na década de 50. Desde então passaram-se mais de 60 anos e muita coisa mudou. Apesar de rece-ber título de área nobre, ele coleciona alguns pro-blemas no seu cotidiano. Mesmo com um dos IP-TUs mais caros do município, essa área clama por melhorias, assim como qualquer outra localidade de Macaé. Vale ressaltar que o Imposto Sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana tem como objetivo gerar uma arrecadação de verbas para o município, sendo revertido em melhorias no local. Diante disso, os moradores reforçam o pedido de ajuda do poder público para resolver esses pequenos problemas. PÁG. 8

KANÁ MANHÃES

População pede a urbanização do valão

POLÍTICA ESPORTEWANDERLEY GIL

Encontro reúne pescadores de toda a região

Município participa de pauta nacional

Praia Campista recebe competição

Projeto que ganhou força na Brasil Offshore de 2015 pode reverter crise PÁG. 3

Cidade recebe etapa do Campeonato Estadual de Pesca PÁG. 9

ASSESSORIA

Comitiva macaense apoia proposta de José Serra

ÍNDICETEMPO EDITORIAL 4

PAINEL 4

GUIA DO LEITOR 4

ESPAÇO ABERTO 4

CRUZADINHA C2

HORÓSCOPO C2

CINEMA C2

AGENDA C2

Máxima 35º CMínima 23º C

Anuncie: (22) 2106-6060 (215)

POLÍCIA CIDADE ECONOMIA CADERNO DOIS

Políticas Municipais de Segurança

Mil motoristas têm carteiras suspensas

Consulta ajuda a efetuar boa compra

Jovens cantam o amor a Deus

Debates ajudam a reforçar estratégias na cidade PÁG. 5

Detran analisa nova lista de suspensão de CNHs PÁG. 9

Análise deve ser feita antes de fechar negócio PÁG. 6

Banda Kativar divulga trabalho e pretende lançar Cd CAPA

WANDERLEY GIL ASSESSORIA

DOMINGO MARCA FIM DE HORÁRIO DE VERÃO

MOBILIDADE REALIZA CADASTRO DE VEÍCULOS

EDUCAÇÃO PREPARA NOVAS ESCOLAS

GERAL, PÁG.10 ECONOMIA, PÁG.6 GERAL, PÁG.9

Cidade Arrecadação total Receitas por mêsMacaé R$ 257 milhões R$ 140 milhõesNiterói R$ 174 milhões R$ 95 milhõesRio das Ostras R$ 90 milhões R$ 50 milhõesCabo Frio R$ 61 milhões R$ 31 milhõesSão João da Barra R$ 56 milhões R$ 35 milhõesCasimiro R$ 30 milhões R$ 17 milhõesQuissamã R$ 28 milhões R$ 17 milhõesCarapebus R$ 13 milhões R$ 4 milhões

RECEITAS

Consolidadas em fevereiro por municípios produtores

Page 2: Noticiário 21 02 2016

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ2 Macaé, domingo, 21 e segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

CidadeEDIÇÃO: 314 PUBLICAÇÃO: 19 DE DEZEMBRO DE 1981

SEMANA EM DEBATE O DEBATE EM MEMÓRIA

NOTA

Faculdade de Filosofia abre dia 28 inscrições para o vestibular de 82

As inscrições para o Concurso vestibular de 1982, da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Macaé estarão abertas a partir do dia 28 de dezembro, de segunda a sexta-feira, das 15 às 21 horas (aos sábados até às 17 horas), objetivando o acesso aos cursos de Pedagogia e Letras.

Empresa vai concluir serviços de capeamento da Vala dos Jesuítas

Em nota inserida nesta edição, o Presiden-te da Associação do Comércio, Indústria e Lavoura de Macaé, Sr. Armando Borges, informa que o reinício das obras de capea-mento da Vala dos Jesuítas, paralisadas há algum tempo, será em janeiro, com prazo para conclusão no mês de julho de 1982.

Deputados do PP são contra fusão ao PMDB

Todos os deputados estaduais do Parti-do Popular, além de vereadores, assinaram memorial para ser entregue ao Diretório

Nacional, firmando posição contrária à in-corporação ao PMDB, largamente anuncia-da nos últimos dias.

Professores terão concurso de ingresso ao Magistério

O Secretário de Educação e Cultura, Pro-fessor Arnaldo Niskier, afirmou que o con-curso para o ingresso ao Magistério deverá ser realizado no mês de fevereiro, frisando porém que não sabe o número de vagas, as-sunto que depende dos recursos que estão sendo estudados pela Secretaria de Plane-jamento do Estado.

Novas chuvas trazem os antigos problemas

Transporte Social Universitário retorna no dia 29

T ípicas do período do verão, as tempesta-des que voltaram

a ser registradas em Ma-caé nesta semana foram suficientes para provocar velhos transtornos, tam-bém comuns à rotina da população macaense.

Registrado entre o final da noite de quarta-feira (17) e a madrugada de ontem, o excesso de água, trazido pelas fortes chuvas seguidas por raios e tro-vões intensos, provocou alagamentos em diveros

bairros do município, em especial na área central da cidade, onde o acúmu-lo de um grande volume de chuvas nas ruas acabou entupindo bueiros, difi-cultando o escoamento das águas.

Para amenizar os estra-gos, moradores e comer-ciantes do local tentaram retirar o material que se acumulava nos bueiros. A medida foi realizada na Rua Teixeira de Gouveia, onde a água ameaçou en-trar em diversas lojas.

Tribunal de Justiça acolhe recurso dos servidores e mantém incorporaçõesEm julgamento realizado na tarde de ontem, os desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ) decidiram, por unanimidade, acolher o recurso impetrado pelo Sindicato dos Servi-dores Públicos Municipais de Macaé (Sindservi), contrário aos efeitos do decreto publicado pelo governo mu-nicipal no ano passado que suspen-deu o pagamento das incorporações.

Antes de analisar o recurso do Sindicato, o desembargador relator do processo Mario Assis Gonçalves rejeitou a petição apresentada pela Procuradoria Geral do Município com objetivo de adiar o julgamento da causa.

De acordo com a decisão publica-da no sistema digital do Tribunal de Justiça, o despacho do desembar-gador reverte a liminar concedida à prefeitura pela 2ª Vara Cível de Macaé, sustentando os efeitos do decreto 175/2015 publicado em ou-tubro do ano passado, que suspen-deu as vantagens previstas pela Lei Orgânica do município.

A Prefeitura Municipal de Ma-caé esclarece que a decisão profe-rida nesta quarta-feira (17) pelo Tribunal de Justiça do Rio de Ja-neiro (ação judicial nº 0062004-49.2015.8.19.0000), não produz efeitos imediatos, sendo mantida a suspensão do pagamento das incor-porações aos servidores municipais.

WANDERLEY GIL

Page 3: Noticiário 21 02 2016

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 21 e segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016 3

PolíticaANÁLISE

Macaé lidera ranking de arrecadação na regiãoCapital Nacional do Petróleo deve consolidar, até o final do mês, R$ 257 milhões em receitas, superando as demais cidades do Norte FluminenseMárcio [email protected]

Apesar de prever uma re-dução de 25% no total de receitas estimadas para

serem arrecadadas neste ano - R$ 2.081 bilhões -, Macaé assu-miu, em meio à crise econômica e do petróleo, o topo da lista dos municípios com a maior arreca-dação consolidada entre janeiro e a primeira quinzena de feve-reiro deste ano.

Apenas no primeiro mês de 2016, a Capital Nacional do Pe-tróleo foi capaz de acumular um total de R$ 162 milhões em re-cursos públicos, superando to-das as demais cidades que par-ticipam das operações o�shore nacional, e que dividem tam-bém as angústias relacionadas à queda nos repasses dos royal-ties e da Participação Especial.

De acordo com dados apu-rados pelo Impostômetro, sis-

tema operado pela Associação Comercial e Industrial de São Paulo, Macaé deve atingir a arrecadação total de R$ 257 milhões na primeira quinzena de fevereiro, número que ainda será consolidado pela secretaria municipal de Fazenda.

Pelos dados do Impostômetro, é possível perceber que a crise fez com que Macaé ocupasse o lugar de Campos dos Goytacazes que, nos últimos anos, configu-rou-se no topo da lista das cida-des com o maior orçamento no Estado, em virtude da força dos repasses dos royalties e da Par-ticipação Especial.

Porém, ao ser base de opera-ções de atividades essenciais à dinâmica de produção de petró-leo na Bacia de Campos, Macaé consegue manter um equilíbrio fiscal maior, em função do re-colhimento do Imposto Sobre Serviços (ISS), fonte geradora de superávit em janeiro.

Em um ano pautado por pre-visões pessimistas em relação ao desempenho do mercado offshore, Macaé vai conseguir gerar uma arrecadação três vezes maior que Rio das Ostras, Cabo Frio e Quissamã, cidades que enfrentam um verdadeiro caos administrativo em função da cri-se, recorrendo à Organização dos

Municípios Produtores de Pe-tróleo (Ompetro), solicitando o apoio necessário para conseguir, junto ao governo federal, autori-zação para consolidar a antecipa-ção das receitas do petróleo.

E nesta semana, todas as ci-dades do Norte Fluminense re-gistrarão o repasse da segunda parcela dos royalties.

KANÁ MANHÃES

Crise eleva a cidade ao topo da relação dos municípios com maior poder e volume de arrecadação, na região da Bacia de Campos

Cidade Arrecadação total Receitas por mêsMacaé R$ 257 milhões R$ 140 milhõesNiterói R$ 174 milhões R$ 95 milhõesRio das Ostras R$ 90 milhões R$ 50 milhõesCabo Frio R$ 61 milhões R$ 31 milhõesSão João da Barra R$ 56 milhões R$ 35 milhõesCasimiro R$ 30 milhões R$ 17 milhõesQuissamã R$ 28 milhões R$ 17 milhõesCarapebus R$ 13 milhões R$ 4 milhões

A ARRECADAÇÃO DE CAMPOS NÃO CONSTA NO SISTEMA

RECEITAS

Consolidadas em fevereiro

Projeto que ganhou força em Macaé pode reverter crise

FUTURO

Pauta que ganhou força em Macaé, ao conquistar a adesão da indústria do petró-leo durante a edição da Brasil Offshore do ano passado, ou seja, a proposta de revisão do posicionamento da Petrobras como operadora única do mer-cado de óleo e gás brasileiro, começa a ganhar corpo em Brasília, através de uma trégua política no eterno confronto entre o PT e o PSDB.

A medida busca recuperar a credibilidade das reservas do pré-sal junto ao mercado do petróleo internacional, retirando o posicionamento privilegiado da Petrobras nos futuros leilões de concessão de áreas no que foi qualificado como a maior descoberta de

Trégua em embate partidário pode mudar posição da Petrobras no mercado nacional

petróleo dos últimos tempos.A mudança das regras do

pré-sal nasceu a partir do pro-jeto elaborado pelo Senador José Serra (PSDB) que, em Macaé no ano passado, abriu a discussão sobre a dependência do mercado o�shore brasilei-ro pelos interesses políticos e administrativos da Petrobras.

Hoje, a abertura da concor-rência pela exploração do pré-sal brasileiro já é visto pelo Congresso como a alternativa para tirar o país da crise, o que passa a ser enxergado também pela União.

Para o secretário municipal de Desenvolvimento Econômi-co, Tecnológico e Turismo, Van-dré Guimarães, a participação de Macaé nessa discussão foi além da conferência realizada no Centro de Convenções Jor-nalista Roberto Marinho.

"Nós dividimos esse posi-cionamento com instituições que representam a indústria

do petróleo nacional e as gran-des empresas que participam da dinâmica o�shore no país. Entendemos que essa é uma alternativa para recuperar as movimentações da nossa ca-deia de óleo e gás, aproveitan-do o grande potencial do pré-sal", disse Vandré.

O secretário, que chegou a conversar com José Serra so-bre o projeto, durante a Brasil O�shore do ano passado, res-salta a importância do enten-

dimento político focado em buscar alternativas para rever-ter o cenário da crise nacional.

"O Brasil ainda concentra um potencial geológico impor-tante para o mercado interna-cional. E a Bacia de Campos é o berço dessas atividades, con-centra uma estrutura o�shore grande que pode dar suporte às operações do pré-sal. E espera-mos que, a partir de agora, es-te seja um novo cenário para o mercado", disse Vandré.

ASSESSORIA

Vandré Guimarães recepcionou José Serra na visita a Macaé

Câmara retomou nesta semana as sessões ordinárias do último ano do atual mandato

NOTA

PONTODE VISTA

Desde que a crise econômica e política se instalou nos go-vernos federal, estadual e municipal, sem encontrar caminhos para soluções a curto prazo, por absoluta falta de credibilidade junto à sociedade que cobra da classe política ajustes que pos-sam, de fato, contribuir para que o país retorne à normalidade, são muitos os setores da economia - principalmente o empre-sarial - que sugerem alternativas.

Ninguém é do mal. Ninguém deseja que o mal atinja a outra pessoa, salvo se for essa a intenção de quem pratica o ato.

Como o Congresso Nacional promulgou, na quinta-feira, a Emenda Constitucional que cria a “janela partidária da infidelidade”, está liberado o troca-troca de partidos sem a perda do mandato por 30 dias, sendo que o prazo vai até 19 de março. Agora, deputados federais, estaduais e vereadores poderão mudar de legenda sem punições. Você aí, sabe em quem votou na eleição passada? Olho vivo!

Não é a carta de Temer (PMDB), que causou rebuliço no governo de Dilma, quando ele resolveu deixar a coordenação política. Mas é a carta do PSDB ao prefeito municipal de Macaé rompendo o acordo para participar da administração. Os indicados tucanos estão fora e o PSDB pode até lançar candidato a prefeito nas eleições deste ano. Os tucanos pretendem “bicar” vagas em todos os municípios.

Até domingo.

Tem gente do governo municipal achando ruim quando a imprensa, porta-voz da população, atende aos apelos da sociedade e critica o monte de buracos, degradação do meio ambiente, lixo espalhado em muitos pontos da cidade e cobra providências do Poder Público. “Quem não rezar na cartilha do chefe” é sempre uma carta fora do baralho. Por isso, a campanha para... mudar de novo.

FIRJAN defende mudanças

Brincando com fogo

Uma das ações que poderia contribuir para mudar as regras do jogo, e fazer o país caminhar com mais celeridade, está ligada à indústria de petróleo e gás que, segundo informa o presidente da Firjan, Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, somente no ano passado foram extintos 24 mil postos de trabalho no setor de petróleo e indústria naval do Estado do Rio de Janeiro. Evidente que a crise vem sendo desenhada des-de 2007, quando foi anunciada a descoberta do pré-sal e a nova legislação estabelecendo que, no regime de partilha aprovada pelo Congresso, a Petrobras seja a única operadora para a explo-ração dos campos de petróleo. A decisão que demorou tanto tempo para ser tomada, quando o barril ainda era cotado a pouco mais de 100 dólares, e sem roda-da de licitações, além do sério escândalo ocorrido com a Pe-trobras ainda em investigação, a oferta no mercado levou à queda do preço em torno de 30 dólares, inviabilizando a exploração. Foi o projeto apresentado pelo Se-nador José Serra, mudando as

regras para que as empresas in-ternacionais que estão deixando o país, e causando desemprego, que fez os empresários observa-rem luz no 'fim do poço´, já que a Petrobras amargando enorme prejuízo não tem dinheiro para investir. A votação do projeto, que deveria ter sido aprovado na semana passada, foi obstruída pelo PT, e agora chegou a vez do PMDB, aliado do PT, apresentar Proposta de Emenda Constitu-cional mantendo a Petrobras co-mo operadora única. A nova pro-posta foi apresentada pela sena-dora Simone Tebet (PMDB-MS) e joga por terra a esperança de milhares de pessoas que aguar-dam a decisão para a geração de empregos. Parece brincadeira... e é. Não é à toa que o presidente da Firjan declarou quinta-feira que: “Não temos o direito moral de colocar obstáculos para que as pessoas recebam renda de uma riqueza que é de todos. A reto-mada da atividade desse setor é “emprego na veia”. Bem, caberá ao leitor escolher nas eleições próximas se quer votar nos can-didatos do PMDB e do PT.

E parece que, nos últimos três anos, são intencionais muitas medidas adotadas pela prefeitu-ra, e que vem atingindo milhares de pessoas, não só do quadro de servidores, como também de for-necedores e outras categorias. Ninguém é contra a prática da boa intenção, mas o poder, muitas ve-zes, sobe à cabeça e, como alguns imaginam que o poder é tudo, es-quecem que devem tratar todos bem enquanto estiver subindo, porque tornará a encontrá-los quando estiver descendo. O caso das incorporações dos servidores municipais, por exemplo, tem si-do uma ferida que, dificilmente, vai cicatrizar. E a decisão tomada pela prefeitura de cortar todos os bene-fícios, indistintamente, principal-mente em um período de grave cri-se pela qual o país atravessa - ajuste fiscal com aumento de impostos, aumento das tarifas de energia e água, fim do salário-desemprego e de pensões, aliado ainda às demis-sões praticadas pelas empresas, diminuindo a renda familiar - tem levado as pessoas à quase loucura para administrar a sobrevivência. Existem informações de que o qua-dro de procuradores, formado por

experientes e bons profissionais do Direito, está relegado a segundo plano, tratando apenas de casos ad-ministrativos, enquanto uma casta de talvez 15 consultores, nomeados para cargos comissionados, perce-bendo cerca de R$ 10 mil por mês, na sua grande maioria são 'de fora' e talvez não conheçam as leis mu-nicipais. Por exemplo, se os con-sultores procurarem no arquivo o Livro de Tombo número 04 vão saber que a Deliberação nº 207, de 09/12/1955, estabelece o benefício, mesma época em que foi editada a Deliberação nº 208, de 29/12, insti-tuindo o Adicional por Tempo de Serviço, seguindo-se à Deliberação nº 270, de 28/04/1958, e entender que não foi a Lei Complementar de 2011 que concedeu o benefício. Se assim o fosse, nenhum servi-dor teria atingido cinco anos para incorporar, pois apenas este ano estariam fazendo jus ao benefício. Devemos lembrar, ainda, que não fosse o alerta deste jornal sobre a ilegalidade da incorporação no início desta legislatura, o ex-prefeito Riverton Mussi teria in-corporado o valor dos subsídios ao seu salário de servidor. Quem não lembra disso?

PONTADA

Page 4: Noticiário 21 02 2016

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ4 Macaé, domingo, 21 e segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Opinião

ESPAÇO ABERTO

EDITORIAL FOTO LEGENDA

Um posicionamento tímido do governo federal é sufi-ciente para abrir uma lacuna importante nas previsões pessimistas relativas ao futuro do mercado do petróleo brasileiro. O que falta agora é garantir a abertura de um precedente importante na história política nacional.

A gravidez na adolescência é um dos principais fa-tores que leva os jovens brasileiros abandonar os estudos. Segundo a UNESCO, 25% das garotas que engravidam abandonam a escola. E assim, o sonho profissional de muitos jovens é adiado ou deixa de ser realizado. Só por essa questão, já temos motivo de sobra para olhar a gravidez na adolescência como um problema social a ser evitado. No entanto, hoje, temos mais um fator para aumentar a nossa atenção - o surto do zika vírus.

Restruturação

Gravidez em tempos de zika vírus

Apesar de ainda estar atre-lada a bandeiras partidárias, a discussão sobre o posicio-namento da Petrobras no fu-turo da estratégia econômica relativa à matriz energética mundial ganha um novo ca-pítulo no momento em que o Congresso e o Governo Fe-deral caminham para firmar uma aliança importante para o futuro, a médio e longo pra-zo, do país.

É fato que o projeto de resolução elaborado pelo Senador José Serra (PSDB) em 2015 ganhou uma im-portante adesão industrial em Macaé, ao ser o ponto principal da abertura das conferências programadas na edição da Brasil O�shore do ano passado.

Seguindo a mesma linha de pensamento e de discur-so, Serra foi capaz de atrair ao Centro de Convenções Jornalista Roberto Marinho representantes das princi-pais empresas do petróleo no mundo, uma participa-ção considerável diante das incertezas e até mesmo da desmotivação em relação ao mercado de negócios do pe-tróleo brasileiro, para os anos

seguintes.Ao levantar a voz para

questionar a capacidade da Petrobras em manter em crescimento a participação do Brasil na produção do petróleo mundial, o Senador fez ecoar nos corredores da “casa” da indústria o�shore nacional a alternativa viá-vel para recuperar negócios que movimentam a cadeia responsável pela pujança de Macaé e do país.

Mesmo com quase um ano de atraso, o que é muito diante da dinâmica voraz do mercado o�shore, a abertura das discussões sobre a retira-da da Petrobras da posição de operadora única do petróleo nacional já é suficiente para colocar, mais uma vez, o Bra-sil no centro das atenções das empresas que ainda preten-dem investir o segmento de óleo e gás.

Ao lançar uma luz sobre as trevas da crise, essa discussão precisa ser acompanhada de perto pelos representantes da Capital Nacional do Petróleo, que ainda apostam na restru-turação da atividade que re-presenta a principal vocação econômica de Macaé.

O aumento repentino no nú-mero de casos de microcefalia, uma condição neurológica rara identificada, em geral durante a gestação, vem alertando as autoridades médicas brasilei-ras. Segundo boletim epide-miológico divulgado no dia 15 de dezembro pelo Ministério da Saúde, enquanto em 2010 e 2014 foram registrados um total de 781 casos em todo país, durante o ano de 2015 já foram registrados 2.401 ca-sos da doença e 29 óbitos em 549 municípios do Brasil. A suspeita é que o número cres-cente de casos de microcefalia esteja relacionado à infecção de mulheres pelo zika vírus, pertencente à mesma família do vírus da dengue, e que tam-bém é transmitido pelo mos-quito Aedes aegypti.

A microcefalia é a má for-mação do cérebro que ocorre durante a gestação do bebê no útero, ou seja, ele não se desen-volve de maneira adequada. Neste caso, a criança nasce com a circunferência do crânio me-nor do que a esperada para sua idade, que é em média de 32cm. Esse problema congênito pode ser causado por vários fatores, como infecções que atinjam o bebê durante a gestação. O que parece ser o caso do zika vírus. A microcefalia compromete o desenvolvimento físico e inte-lectual da criança.

A melhor forma de prevenir os casos de microcefalia asso-ciados ao zika é evitar que as mulheres engravidem nesse momento. Embora conside-rada uma medida radical, para os médicos essa conduta pode evitar um desastre maior. “Não é o momento de engravidar, in-dependente do lugar onde se reside no Brasil. Há risco em potencial em toda gravidez”, disse o Dr. Thomaz Gallop, ginecologista e obstetra em entrevista ao Jornal Folha de S. Paulo.

Segundo o especialista em medicina fetal, a infecção por zika pode afetar o feto em qual-quer período da gravidez, em-bora, teoricamente, os três pri-meiros meses sejam de maior vulnerabilidade.

Estamos num momento on-de ainda não há um controle adequado do mosquito Aedes aegypti. Portanto, a prevenção da gravidez, principalmente na adolescência, deve ser consi-derada pelos casais. Ainda não temos vacina para prevenir e não existe tratamento para crianças com microcefalia, só terapia de suporte. Conse-quentemente, as sequelas nas crianças são para a vida toda.

Maria Helena Vilela é educa-dora sexual e coordenadora do Projeto Vale Sonhar do Instituto Kaplan

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PAINEL

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POLÍCIA MILITAR 190

POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL 191

SAMU 192

CORPO DE BOMBEIROS 193

DEFESA CIVIL 199

POLÍCIA CIVIL 123º DP 2791-4019

DISQUE-DENÚNCIA (POLÍCIA MILITAR) 2791-5379

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (24 HORAS) 2796-8330

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (OPERAÇÕES) 2796-8320

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (PASSAPORTE/VISTO) 2796-8320

CÂMARA DE MACAÉ 2772-2288

HPM 2773-0061

CEDAE: 2772-5090

AMPLA 0800-28-00-120

PREFEITURA MUNICIPAL 2791-9008

DELEGACIA DA MULHER 2772-0620

GUARDA MUNICIPAL 2773-0440

AEROPORTO DE MACAÉ 2763-5700

CARTÓRIO ELEITORAL 109º ZONA 2772-3520

CARTÓRIO ELEITORAL 254º ZONA 2772-2256

CORREIOS (SEDE) 2759-3390

CORREIOS CENTRO 2762-7527

CEG RIO 0800-28-20-205

RÁDIO TAXI MACAÉ 2772-6058

CONSELHO TUTELAR I 2762-0405/ 2796-1108 PLANTÃO: 8837-4314

CONSELHO TUTELAR II 2762-9971/ 2762-9179 PLANTÃO: 8837-3294

CONSELHO TUTELAR III (SERRA) 2793-4050/2793-4044 PLANTÃO: 8837-4441

Motoristas devem ficar atentos à realização de obras à margem da Rodovia Amaral Peixoto, no trecho próximo ao Terminal Cabiúnas. As intervenções são relativas à construção de um novo acesso a um parque industrial, que está sendo implantado na entrada da cidade.

ContribuiçãoEx-integrantes da alta cúpula da administra-ção municipal continuam prestando a sua contribuição com a cidade, utilizando as redes sociais para expor pensamentos e problemas encarados por todos os cidadãos comuns de Macaé. Mas, atuais membros do secretariado local não veem com bons olhos a atitude dos antigos colegas de governo, disparando ofen-sivas que chegam a classificar atos semelhan-tes como “terrorismo eleitoral”. Ao que parece, o pleito macaense está apenas começando.

Semana Iniciada com o episódio que envolveu a men-sagem do governo, a retirada à força de um servidor do plenário e as justificativas da Câmara de Vereadores, a semana política da cidade foi encerrada com os burburinhos relativos às exonerações de ocupantes de car-gos comissionados e funções gratificadas da prefeitura. Com a proposta de reduzir o peso da folha de pagamento, a medida aplicada pela prefeitura serviu também para gerar no-vas acomodações políticas/eleitorais.

Offshore Nasceu em Macaé, mais precisamento na edição do ano passado da Brasil Offshore, o movimento industrial em adesão ao proje-to elaborado pelo Senador José Serra que propõe a revisão do posicionamento da Pe-trobras como operadora única do petróleo nacional. Hoje, o governo federal começa a acatar a iniciativa da proposta que nasceu no berço político do PSDB. Porém, em se tratando de crise, a questão partidária pre-cisa ser um mero detalhe.

Concessão Com vencimento datado para setembro deste ano, não há garantia de que haja uma nova concessão do transporte público municipal no período antes das eleições. Apesar de estar relacionado a um serviço essencial para a di-nâmica da cidade, a exploração das linhas de ônibus torna-se o cerne das discussões po-líticas que dividem a oposição e o governo. Vale lembrar que os 10 anos da atual permis-são para a exploração da atividade venceram no ano passado.

Independência E, pelo posicionamento assumido nos últi-mos dias por lideranças políticas aguerridas, o PSDB deve trilhar o caminho da indepen-dência política nas eleições municipais deste ano. Histórico na cidade e com o maior nú-mero de militantes filiados, a legenda se res-trutura tendo à frente nomes que possuem peso no jogo político municipal, estadual e até federal. Não se espantem se Aécio Ne-ves e José Serra prestigiem um dos eventos do grupo nos próximos meses.

Aliança Dentro das surpresas que só a políti-ca pode proporcionar, há uma grande chance do PMDB e o PT recomporem as alianças políticas a nível estadual. Li-deranças dos dois partidos ensaiam essa aproximação primeiramente na esfera na-cional, um posicionamento que, através da reação em cadeia, poderá integrar as duas legendas em um mesmo grupo nas eleições de Macaé neste ano. É só espe-rar para ver e conferir!

Controle O Portal da Transparência, que colocou Macaé no topo nacional dos municípios que aplicaram as diretrizes estabelecidas pela Lei de Acesso à Informação, precisa ser uma ferramenta de constante análise e apreciação da população. Com base no controle social, o acompanhamento dos atos administrativos dos poderes Executivo e Legislativo ajudam a medir o grau de efeito entre o volume de recursos arrecadados e a qualidade dos serviços prestados.

Debates Até outubro, as sessões ordinárias da Câmara de Vereadores prometem ser quentes, turbulentas e movimentadas, não por atritos entre os parlamentares, mas sim pela tensão crescente entre a bancada de governo e o bloco de oposi-ção, grupo este que pretende reunir mais integrantes. O contraditório é o fator prin-cipal para garantir paridade nas relações políticas. Desde que os discursos man-tenham-se nas diretrizes democráticas.

VítimasO vereador Amaro Luiz (PSB) vai fundar a Associação das Famílias Vítimas de Erro Médico. A iniciativa foi criada após o parlamentar sentir na pele o problema, vivenciado pela sua esposa que faleceu em janeiro deste ano por complicações de saúde. O parlamentar pretende reunir pessoas que passaram pelo mesmo caso e oferecer suporte psicológico e jurídico. A iniciativa foi aplaudida pelos demais parlamentares do município.

NOTA

Senac oferece cursos em Macaé. Vagas são para a área técnica em turismo, segurança do trabalho e logística

Page 5: Noticiário 21 02 2016

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 21 e segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016 5

PolíciaCOLUNA

Políticas Municipais de Segurança

As políticas locais (muni-cipais) de segurança pública nos últimos anos emergiram como atores importantes no quadro da segurança do país, através de implementação e acompanha-mento de políticas públicas. Essa posição dos municípios é nova e surgiu face o esforço pa-ra conter a escalada da violência urbana e mais particularmente a criminalidade, sobretudo nas grandes cidades com suas pro-blemáticas periferias.

QUANDO SE COMEÇOU A PENSAR NO ASSUNTO?

O quadro era, por volta do co-meço da década de 1990, com-plicado, pois assinalava o incre-mento do domínio territorial de quadrilhas de criminosos, em estreita relação com o tráfico de drogas, com o contrabando de armas, com o desemprego de jovens e com as deficiências his-tóricas dos serviços públicos no Brasil. A presença do município na segurança também esteve di-retamente ligada às ideias dos governos estaduais, por inter-médio de cidadania participa-tiva e mais especificamente, de policiamento comunitário. De toda forma, esse processo ain-da é muito recente, mas já tem feito com que alguns Prefeitos comecem a ter outra ideia de seu papel junto à segurança pú-blica, e das possibilidades novas e mais dinâmicas de emprego das guardas municipais. Mesmo que ainda seja cedo para uma avaliação dos efeitos, já exis-tem normas pré-estabelecidas, como exemplo podemos citar: Identificação de "parceiros” (empresários e organizações de segurança), incluindo a so-ciedade civil. Diagnosticar os problemas que potencializam a violência municipal detalha-damente. Estipular responsa-bilidades para as Guardas Mu-nicipais no que tange o assunto e estratégias para atingi-las. Por fim sempre tendo como foco a pacificação social.

QUAL A IMPORTÂNCIA DOS "PARCEIROS"?

Os parceiros das políticas pú-blicas locais devem ter informa-ções para poder tomar posição diante das corresponsabilida-des assumidas. Por exemplo, é importante que a PM implante policiamento comunitário e que a Policia Civil e Federal tenham pleno apoio dos municípios pa-ra êxito em suas investigações. É importante que as questões sociais tenham um melhor en-caminhamento na cidade, por meio de programas de trans-ferência de renda e de apoio às faixas da população mais vul-neráveis. Os municípios podem buscar o auxílio da Secretaria de Estado de Justiça e da Defesa da Cidadania, bem como de Cen-tros Integrados de Cidadania. O estimulo ao acesso à justiça é fundamental e os Juizados Especiais Cíveis e Criminais precisam ser dinamizados por intermédio de parcerias; várias destas demandas judiciais sen-síveis quando não encaminha-das devidamente transformam-se em ocorrências policias. A iniciativa privada sempre foi um bom parceiro, pois tem in-teresse na prosperidade local.

QUAL O PAPEL DOS MUNICÍPIOS?

Certamente é o de maior im-portância, pois eles são os mais beneficiados, um município com níveis toleráveis de vio-lência, vislumbra-se prosperi-

dade e investimentos por parte de empresários. Lembrando-se que alguns questionamentos são fundamentais para início deste programa: Como anda a questão das drogas no municí-pio? Como andam as áreas de exclusão social? Qual é o en-gajamento da comunidade em projetos sociais? Como estão os dados demográficos da crimi-nalidade do município (mancha criminal)? Qual a anatomia dos crimes recentemente ocorri-dos? Essas questões e outras mais específicas dependem da amplitude dos projetos munici-pais e da força do engajamento social para resolução dos confli-tos no interior dos municípios.

QUEM DEVE ESTAR À FRENTE DESTE PROJETO?

O chefe do Executivo e a Câ-mara Municipal Legislativa possuem papel fundamental neste evento, precisam ser en-volvidos com o processo e de-vem estar dispostos a assumir os riscos de atitudes e decisões inovadoras, mesmo que inicial-mente tenham falhas. Nesse sentido a mobilização popular é uma importante forma para legitimar as ações e para au-mentar a consciência das pes-soas em relação ao assunto de segurança. Têm-se falado muito sobre algumas normas restriti-vas como fechamento noturno e consequente fiscalização de bares e boates; é uma medida bem-vinda, porém de forma moderada e com bom senso, porque é preciso controlar o uso e a comercialização de bebidas, sobretudo, em relação aos jo-vens. Quanto às drogas, é preci-so que a polícia passe a fazer um mapeamento dos pontos, para não só realizar a repressão, mas também fazer um trabalho, jun-to com outros atores, de cons-cientização dos pais e jovens quanto ao problema. É preciso lembrar sempre, e as pesquisas que abordam os novos referen-ciais das políticas locais apon-tam para isso, que o modelo de policiamento repressivo não traz efeitos duradouros. Mesmo que o policiamento repressivo seja indispensável em situações de áreas conflagradas, ele deve ser o mais brevemente possível substituído por formas mais su-tis de policiamento, como o po-liciamento comunitário e a ime-diata entrada do poder público através de uma força tarefa.

A POPULAÇÃO MIGRATÓRIA INFLUENCIA NA VIOLÊNCIA?

Este tema tem motivado a inquietação e insatisfação de alguns municípios, apontando para a adoção de medidas às vezes drásticas. Esta questão da migração interna no país sem-pre existiu, o afluxo de pessoas de regiões economicamente es-tagnadas para regiões de econo-mia mais dinâmica (migrações dentro do estado ou mesmo en-tre estados), é um tema contro-verso que deve ser explorado na perspectiva da inclusão e dos di-reitos de cidadania. As pessoas têm o direito de procurar opor-tunidades melhores onde elas existam. Não se deve efetuar medidas de expulsão velada de migrantes das cidades. É preci-so criar um sistema de recepção de migrantes, garantindo seus direitos, prestando informações e apoio. Por fim, a informação é sempre um ótimo meio de aces-sar a realidade social e arrefecer a violência; para isso, as políti-cas locais devem se voltar para o mapeamento das cidades. Os programas de georreferencia-mento colocam pontos no mapa e desta forma uma melhor visão dos problemas.

NOTA

Continua combate ao Aedes aegypti. Diariamente 150 agentes realizam visitas domiciliares com orientações sobre o controle do vetor, fazem aplicação de larvicida e controle mecânico, por meio da eliminação de depósitos que possam servir como criadouro.

O Tenente-coronel Ramiro Campos explica como funciona o projeto

SERVIÇO MILITAR

Jovens devem �car atentos ao prazo de alistamento militarO ato é obrigatório a todo jovem brasileiro do sexo masculinoLudmila [email protected]

O prazo para apresenta-ção ao Serviço Militar vai até o dia 30 de junho

de 2016 e está aberto desde 1º de janeiro. Os jovens do sexo masculino que completam 18 anos neste ano, precisam se apresentar na Junta de Serviço Militar (JSM) municipal para o alistamento obrigatório. As mulheres estão isentas do Ser-viço Militar obrigatório, mas podem ingressar nas Forças Armadas mediante concurso público.

O Ministério da Defesa esti-ma em 2 milhões o número de jovens que farão o alistamento em 2016, sendo que 100 mil de-vem ser incorporados ao serviço militar em um dos três ramos das Forças Armadas: Aeronáu-tica, Exército e Marinha.

No ato do alistamento, é necessária a apresentação de cópia e original dos seguintes documentos: uma foto 3x4 re-cente, certidão de nascimento ou casamento original, cédula de identidade, CPF e compro-vante de residência. Depois de realizado o alistamento, o jovem receberá um comunica-do referente à decisão se terá de servir aos serviços militares ou se foi dispensado.

Caso o convocado tenha fi-lhos, também é necessária a apresentação das certidões de nascimento das crianças. Pes-soas com deficiência precisam entregar atestado médico. To-dos os documentos necessitam ser apresentados em suas ver-sões originais.

Se o jovem perder o prazo de alistamento, é preciso compa-recer à JSM do município e pagar uma multa no valor de R$ 3,71 e assim realizar o alis-tamento. Caso o jovem não se apresente, ele fica impedido de

obter passaporte ou renovação de sua validade; assumir cargo público, mesmo se aprovado em concursos; se matricular no Ensino Superior; registro de diplomas de profissões li-berais, matrícula ou inscrição para o exercício de qualquer função e licença de indústria e profissão; recebimento de qualquer prêmio do governo federal, estadual, dos territó-rios ou municípios;

O adiamento do alistamen-to militar é diferenciado para

quem cursa faculdade de Me-dicina, Farmácia, Odontologia e Veterinária. Os estudantes podem solicitar o adiamento de incorporação até o término do curso e ficam, contudo, obriga-dos a participar do processo se-letivo para Estágio de Adapta-ção e Serviço (EAS) das Forças Armadas, destinado à formação de oficiais temporários.

No caso de jovens com ne-cessidades especiais ou defici-ência física ou mental é preciso comparecer à JSM e solicitar

o Certificado de Isenção (CI). É realizado exame médico nos casos em que a incapacidade fí-sica ou mental não é aparente.

Por fim, aqueles que se apre-sentam recebem um Certifi-cado de Alistamento Militar (CAM) que comprova que o brasileiro está em dia com as suas obrigações militares.

Em Macaé, a Junta de Ser-viço Militar fica localizada na Praça Washington Luiz, no Centro, de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 12h.

KANÁ MANHÃES

A Junta de Serviço Militar fica localizada na Praça Washington Luiz, no Centro

Denúncias contra a mulher aumentam durante carnaval

VIOLÊNCIA

Governo Federal divulga números entre 2015 e 2016

Neste ano, o disque-denúncia da mulher, que funciona na Central de Atendimento à Mulher - Ligue 180 registrou um aumento de 221% de procura pelo serviço no carnaval de 2016 em relação ao de 2015.

Segundo o governo federal, fo-ram 3.714 relatos de violência, entre os dias 1º e 9 de fevereiro. Já em 2015, o período de 10 a 18 de fevereiro foram registradas 1.158 denúncias.

De acordo com o levantamento, 1.901 dos registros em 2016 corres-ponderam à violência física; 1.056 à violência psicológica; 279 a cárcere privado; 266, violência moral; 124, violência sexual; 85, violência patri-monial e 3 a tráfico de pessoas.

Do total de relatos de violência em 2016, 50,94% (1.892) foram encaminhados para autoridades policiais e Ministério Público, a pe-dido das denunciantes. De acordo com a secretaria de Enfrentamen-to à Violência, os números são uma demonstração de que as mulheres a cada dia perdem o medo de de-nunciar.

LIGUE 180A Central de Atendimento à Mu-

lher tem como objetivo receber

denúncias ou relatos de violência, reclamações sobre os serviços da rede e de orientar as mulheres so-bre seus direitos e sobre a legislação vigente, encaminhando-as para os serviços quando necessário. É um serviço de utilidade pública gra-tuito e confidencial, oferecido pela Secretaria de Políticas para as Mu-lheres do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos. O atendimento é ofe-recido 24 horas por dia, todos os dias, inclusive, sábados, domingos e feriados.

CEAMEm Macaé, mulheres vítimas

de violência podem buscar aten-dimento no Centro Especializado de Atendimento à Mulher (Ceam), vinculado à Secretaria de Desen-volvimento Social. No local, as mulheres recebem apoio psico-lógico, jurídico e social. O Ceam trabalha em parceria com a Polícia Militar e o Núcleo de Atendimen-to à Mulher (Nuam), onde é rea-lizado monitoramento dos casos de violência contra a mulher no município.

Nesta cooperação, o Nuam da 123ª DP encaminha ao Ceam ca-sos em que precisam ser feitos os acompanhamentos. O Fórum, a Defensoria Pública, a Delegacia e a Rede de Saúde do Município (Hos-pital Público Municipal, Unidades de Pronto Atendimento e outros) também enviam ocorrências para o Centro Especializado.

O endereço do Ceam é na Rua São João, 33, Centro, ao lado da 123ª DP. Mais informações po-dem ser obtidas pelo telefone: (22) 2796-1045.

KANÁ MANHÃES

Além do Ligue 180, mulheres vítimas de violência em Macaé podem receber atendimento no Ceam

Page 6: Noticiário 21 02 2016

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ6 Macaé, domingo, 21 e segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Economia NOTA

Ompetro busca soluções para crise econômica e social dos municípios produtores

AUTOMÓVEL

Histórico de carros na internet ajuda motoristas a escolher melhor

Nem todos sabem, mas qualquer interessado na com-pra de um veículo usado pode consultar todo o histórico do veículo, antes de concretizar o negócio. A verificação é pos-sível por meio da ferramenta on-line "CertoCar" - um his-tórico com dados de veículos de pessoas físicas.

Criada pelo Boa Vista SCPC, a consulta, que custa individu-almente R$ 20, é muito práti-ca, bastando apenas informar a placa e a unidade federativa do veículo no site, que possui um grande número de dados referentes a carros, motos, ca-minhões e até ônibus.

A nível de exemplo sobre a efi-cácia da ferramenta, de acordo com o superintendente de pro-dutos da Boa Vista SCPC, Ale-xandre Xavier da Silva, em um levantamento realizado na base de dados do CertoCar, consta-tou-se que 76% dos veículos consultados apresentavam al-gum tipo de débito como, por exemplo multas, Imposto so-bre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e seguro por Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres (DPVAT). Em mais estatísticas, outros 44% dos veículos tinham algum tipo de restrição administra-tiva ou judicial; 24% possuí-am multas não quitadas; 19% apresentavam outros tipos de pendência (como registro de leilão, ou mandados de busca

Registro on-line permite saber sobre a situação do veículo

e apreensões, recuperações de financiamentos/sinistros); e 1% notificações de roubo e furto.

“Na prática, boa parte das pessoas preferem comprar o automóvel diretamente com o proprietário, já que sai mais barato. Contudo, esse tipo de negócio também gera mais cuidados, pois não se tem co-nhecimento da procedência exata do veículo. Para miti-gar esses riscos, por meio da ferramenta é possível veri-ficar informações de fontes oficiais”, afirmou Alexandre, ressaltando que a ferramenta se enquadra na Lei 13.111, em vigor desde maio do ano pas-sado, que determina a emissão de um relatório de regularida-de - chamado Nada Consta - em toda comercialização de veículo, para assegurar mais transparência na negociação.

“Em uma única consulta, esse relatório oferece todas as informações relevantes de qualquer veículo, sem neces-sidade de pesquisa em outros sites”, acrescentou.

Passo a passoPara obter o serviço, o inte-

ressado em comprar o veícu-lo precisa acessar o relatório “CertoCar SCPC - Histórico do Veículo Pessoa Física”. En-tre outros registros, o sistema informa se há adulterações de chassi, alertas de roubo e furto, alienações, restrições e impedimentos, multas e débi-tos, participações do veículo em leilões e até histórico de sinistro integral (evita golpes quando o veículo deu perda total, mas houve a recuperação do mesmo).

SERVIÇO

Processo de recadastramento de empresas e cooperativas começa esta semanaCalendário de vistoria anual garante certificado de verificação para este ano Guilherme Magalhã[email protected]

Com a meta de controlar me-lhor a qualidade dos serviços de transporte na cidade, de

acordo com a prefeitura, todas as “empresas e cooperativas que pres-tam serviços do tipo em regime de fretamento urbano, escolar e táxis no município” já devem estar aten-tas ao calendário de vistoria anual. Este ano, o processo está previsto para começar no próximo dia 25 de fevereiro para todas as categorias. Serão verificados itens de seguran-ça, documentação obrigatória, fun-cionamento do tacógrafo, sistema de iluminação, entre outros.

O valor das taxas de credencia-mento e de fiscalização do trans-porte de passageiros para o exer-cício de 2016 - que é de R$ 3.023 - é calculado de acordo com o valor da URM (Unidade de Referência Municipal).

“A medida vale para as empre-sas e cooperativas que já são ca-dastradas, possuem o selo de 2015 e desejam fazer o recadastramen-to. Além delas, as que desejam se cadastrar para a prestação de ser-viço nestas modalidades, e não fi-zeram o credenciamento até o momento, também devem seguir o mesmo calendário”, explicou em nota a prefeitura.

Segundo informações da se-cretária de Mobilidade Urbana, o recadastramento 2016 deverá

ser feito por meio de um processo protocolado no setor de Cadastro e Vistoria, que fica localizado no bairro da Virgem Santa. O atendi-mento deve ser agendado anteci-padamente pelo e-mail [email protected].

“O processo somente poderá ser protocolado pelo representan-te legal, ou seja, no caso de Pessoa Jurídica (fretamento, escolar e ur-bano), pelo sócio administrador ou procurador (nomeado através de procuração pública). Já no caso de Pessoa Física, pelo cooperado (escolar), permissionário (táxi) ou procurador (nomeado através de procuração pública, ambos os seg-mentos)”, explicou a prefeitura, ressaltando que o protocolo será emitido apenas mediante apre-

sentação de todos os documentos obrigatórios de acordo com cada segmento.

FORMAS DE PAGAMENTOAs empresas e cooperativas que

realizarão o recadastramento deste ano devem ficar atentas aos prazos estipulados ainda em novembro do ano passado, pois os contribuintes que optaram pelo parcelamento tinham até ontem (15) como data limite do vencimento da primeira parcela. Caso o recadastramento não tenha sido realizado até a da-ta, conforme o Código Tributário de Macaé, o pagamento deverá ser feito obrigatoriamente em parcela única, e estará sujeito à incidência de juros, multa e correção mone-tária. Enquanto isto, o pagamento

das demais parcelas deve ser reali-zado em 15 de março (2ª parcela); 15 de abril (3ª parcela) e 15 de maio (4ª parcela).

O calendário para 2016 seguirá até 25 de maio. Passado este pe-ríodo para vistoria, as empresas e cooperativas que não se regulari-zaram estarão sujeitas a penalida-des, que vão desde a apreensão do veículo até o pagamento de multa, que pode variar dependendo da gravidade da infração. Ano pas-sado, mais de 600 veículos foram aprovados com o selo de qualidade para circular em Macaé.

Outras informações podem ser obtidas no link “Cadastro e Vis-toria”, na página da Mobilidade Urbana no Portal da Prefeitura de Macaé.

KANÁ MANHÃES

Certificado garante qualidade dos veículos de serviço para 2016

Page 7: Noticiário 21 02 2016

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 21 e segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016 7

INADIMPLÊNCIA

Governo do estado anuncia que vai intensi�car protesto de dívidasInadimplentes poderão regularizar situação por meio do programa ‘QuitaRio’Guilherme Magalhã[email protected]

De acordo com o governo do Rio, a partir de agora, pessoas jurídicas ou físi-

cas inscritas na divida ativa do estado e suas autarquias por inadimplência no pagamento de débitos poderão ser protes-tadas pela PGE-RJ (Procura-doria Geral do Estado). Atual-

KANÁ MANHÃES

Pessoas e empresas devem estar atentas à lista da divida ativa

mente, conforme os dados do próprio governo, mais de 340 mil débitos estão nessa lista.

Como argumento para a me-dida, que deve ser intensificada nos próximos meses, em nota oficial, o governo cita o período de dificuldade econômica atu-al do estado, e propõe facilitar o pagamento de tais débitos. É que, ao longo de todo o mês de fevereiro, os inadimplentes

- pessoas físicas ou jurídicas - poderão regularizar sua situ-ação por meio do "QuitaRio", programa elaborado exclusi-vamente para facilitar a qui-tação dos débitos, por meio do oferecimento de reduções de juros/multas e parcelamento do valor em até 60 sessenta ve-zes, dependendo do caso.

“O prazo para regularização termina no fim de fevereiro.

Depois disso, além da per-da da possibilidade de pagar seus débitos com os benefí-cios mencionados, o cidadão ou a empresa correm o risco de sofrer o protesto do débito, com restrição de crédito junto a instituições financeiras ou de responder a um processo judicial de execução fiscal. Estamos abrindo essa frente de trabalho, facilitando o pa-gamento desses passivos. No pagamento à vista, o desconto é de 100% nos juros e nas mul-tas. Já para o parcelamento,

os descontos são de 80% nos juros e multas. A medida com-plementa o esforço de arreca-dação do estado”, explicou o subprocurador-geral Rodrigo Mascarenhas, ressaltando que as pessoas e empresas podem verificar sua situação por meio do site da Dívida Ativa (www.dividaativa.rj.gov.br).

Em números específicos, o valor total devido ao estado inscrito em Dívida Ativa ultra-passa R$ 58 bilhões. O maior montante recai sobre o Impos-to sobre Circulação de Merca-

dorias e Serviços (ICMS), que soma R$ 32,586 bilhões. Em seguida, estão as multas am-bientais aplicadas pelo Con-selho Estadual de Controle Ambiental (Ceca), totalizando R$ 705,925 milhões. O Im-posto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) é a terceira maior parcela da dívida: R$ 377,018 milhões. Já a taxa de incêndio tem um es-toque de R$ 105,834 milhões. E o Imposto sobre Transmissão (ITD) contabiliza R$ 80,311 milhões.

Page 8: Noticiário 21 02 2016

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ8 Macaé, domingo, 21 e segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

BAIRROS EM DEBATE Bairro da Glória

Área nobre aguarda solução para problemas antigosEntre as reivindicações no Bairro da Glória estão o reforço na segurança e a revitalização de praças

Marianna [email protected]

S ituado na zona sul da ci-dade, em um ponto privi-legiado, o Bairro da Glória

teve o seu primeiro loteamento aprovado ainda na década de 50. Desde então passaram-se mais de 60 anos e muita coisa mudou. Apesar de receber título de área nobre, ele coleciona alguns pro-blemas no seu cotidiano.

Mesmo com um dos IPTUs mais caros do município, essa área clama por melhorias, assim como qualquer outra localidade de Macaé. Vale ressaltar que o Imposto Sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana tem como objetivo gerar uma arrecadação de verbas para o município, sendo revertido em melhorias no local.

Diante disso, essa semana o Bairros em Debate retornou ao local para conversar com os moradores, que mais uma vez reforçam o pedido de ajuda do poder público para resolver es-ses pequenos problemas.

SEGURANÇA LIDERA A LISTADe acordo com os morado-

res, a falta de segurança lide-

FOTOS: WANDERLEY GIL

Rotina do bairro foi alterada por conta das obras de saneamento

ra a lista de reclamações. Esse problema foi inclusive retra-tado essa semana em uma re-portagem no jornal. Segundo a população, a maioria dos casos de violência no bairro é de assaltos à mão armada, seja a qualquer hora do dia.

“Diariamente, ficamos sa-bendo de relatos de mora-dores que foram roubados. Geralmente, o foco dos crimi-nosos são os celulares”, conta um morador que pede para não ser identificado, ressal-tando que a maioria está com medo de entrar e sair de casa. “Aqui era uma das áreas mais tranquilas para se viver. Hoje não posso dizer mais o mes-mo. Todo mundo fica com me-do. Precisamos de um reforço na segurança”, completa.

U m m o r a d o r r e s sa l t o u que, com o abandono que o bairro está enfrentando, a falta de iluminação pública tem contribuído para a ação dos criminosos. “É fato que esses bandidos agem inde-pendentemente de horários. Contudo, na parte da noite, os criminosos se aproveitam da escuridão para agir com mais liberdade”.

Praça é re�exo do abandono Outro fator importante que vem perturbando a ordem pública no local é a praça do bairro. O espaço está tomado por pessoas em situação de rua e alguns usuários de dro-gas. Segundo os moradores, a cabine do vestiário virou abri-go de mendigos, sendo que os banheiros são utilizados para o consumo de drogas.

“A nossa praça, infelizmen-te, foi tomada por mendigos. No vestiário, até máquina de lavar já foi instalada por eles; o banheiro está entupido e jorrando esgoto. Queremos transformar a nossa praça em um ambiente de festa para a nossa comunidade, onde os moradores possam voltar a frequentá-la sem medo”.

Entramos em contato com a Prefeitura para saber quais ações seriam tomadas pa-ra solucionar as principais questões relatadas, e fomos informados que a Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos está moni-

torando a situação e as devidas providências serão efetivadas em breve.

A respeito da questão de in-segurança, a Polícia Militar in-formou que realiza patrulha-mento diário pelo bairro, e que é preciso que os moradores sempre realizem o Registro de Ocorrência na DP, porque a polícia trabalha em cima da mancha criminal da cidade, identificando os pontos onde ocorrem mais roubos/furtos e aumentando o policiamen-to na área.

ESPAÇO PARA EVENTOS

A presidente da Associação de Moradores, Maria da Gra-ça Araújo Pinto, diz que já fez um requerimento à prefeitu-ra pedindo que as instalações ocupadas indevidamente por moradores de rua sejam transformadas em um espaço para os moradores realizarem eventos e até fazer uma biblio-teca pública. “A gente precisa

de atividades para a população do bairro. Seria uma forma de revitalizar essa área”, diz.

NOVO PARQUE INFANTIL

Além do medo, a praça principal do bairro está cada vez mais deserta e sem vida. Isso acontece porque o único parquinho foi retirado para as obras de ampliação da Escola Municipal Lions, situada na Rua Irene Meirelles.

“A praça fica muito abando-nada. Entramos com um pe-dido na prefeitura, pois o par-quinho, que era a única opção de lazer para as crianças, foi retirado. Os moradores estão reclamando muito e pedindo que um novo seja colocado ali”, ressalta a moradora Keila.

A única parte frequenta-da é o campo de futebol, que precisa de melhorias, como, por exemplo, a troca de alam-brados e pintura. Já na praça interna do bairro nem manu-tenção vem sendo feita. Vestiários viraram abrigo para moradores de rua

Barulho revolta moradores Um estabelecimento co-mercial na Rua Professora Ana Benedita tem tirado o sono dos vizinhos no entorno. Aberto em uma área residen-cial, o bar/restaurante ofere-ce aos clientes música ao vivo, apresentação de DJ e nenhum tipo de acústica de som.

“Isso está incomodando, pois as pessoas querem chegar em casa depois do trabalho e poder descansar. Quase todo dia tem alguma coisa ali. A vi-zinha do lado tem uma criança pequena e está tendo proble-mas para colocar o filho para dormir por causa disso. Quem está criticando os moradores geralmente são pessoas que frequentam o local e moram longe dali. E não é só o baru-lho da música que incomoda, tem também o volume alto das pessoas falarem, o trân-sito na porta, buzina tarde da noite. Agora, como a prefei-tura dá um alvará de funcio-namento para um comércio

desse tipo em área que só tem casas no entorno? Abrimos um protocolo mas até ago-

ra não tivemos retorno”, diz uma moradora que não quer ser identificada.

Problema está acontecendo na Rua Professora Ana Benedita

Canal do Capote e mosquitosSituado às margens do Ca-nal do Capote, na Linha Verde, moradores do Bairro da Glória sugerem que o valão seja tapa-do. “Seria bom se fosse tudo urbanizado. Quando chove o nível sobe, transborda tudo e a parte baixa fica alagada. E o pior, mistura água da chuva com es-se esgoto todo”, diz a moradora Ana Carla.

O problema dos mosquitos é inclusive uma reclamação antiga nas partes baixa e alta do bairro. Quando chove ou/e as temperaturas aumentam, o número de insetos também so-fre um crescimento significati-vo, gerando muitos transtornos para a população. Se de dia eles incomodam, à noite fica pratica-mente impossível ficar dentro ou fora de casa.

Essa região sofre com uma grande incidência da espécie de mosquito culex (Culex quin-quefasciatus). Ela é comum em Macaé, principalmente em áre-as onde há água, já que seu cria-

douro preferencial é composto de depósitos artificiais, prin-cipalmente locais onde existe matéria orgânica em decom-posição e detritos, apresentan-do aspecto sujo e mau cheiro, sempre próximo às habitações humanas.

O surgimento do mosquito

também pode ser atribuído aos matos e entulhos que tomam os terrenos baldios. É por isso que a colaboração da população também é fundamental. É dever dela evitar o descarte irregular, já que o lixo e os entulhos po-dem conter objetos que acumu-lam água, virando criadouros.

População pede a urbanização do valão

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 21 e segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016 9

GeralAMPLIAÇÃO

Rede de ensino abre 440 vagas após inauguração de duas escolasApenas, neste ano, cerca de nove mil novos alunos se cadastraram junto ao município

Nesta semana, números registrados pela secre-taria municipal de Edu-

cação representam duas rea-lidades distintas em relação ao atual cenário econômico e social do município, geradas principalmente pelos efeitos da crise do petróleo.

N o m e s m o p e r í o d o d a inauguração de duas novas escolas, no Parque Aeropor-to e na Piracema, abrindo 440 vagas para estudantes da educação infantil, a rede pública municipal contabi-lizou o cadastro de mais de 8,8 mil novos alunos, uma demanda que eleva para 41 mil o número de crianças e adolescentes inseridos nas mais de 100 unidades de en-sino de Macaé.

“Este é o grande desafio do município: adequar a rede pública à demanda gerada pelo novo cenário econômico regional”, apontou o secretá-rio municipal de Educação, Guto Garcia.

Na Piracema, a Escola Mu-nicipal de Educação Infantil Marlene Diniz Caldas vai ter capacidade para atender 200 crianças de dois a cinco anos em horário parcial.

O espaço fica atrás da Igre-ja Batista da Piracema, e con-ta com uma ampla área de pátio e quadra externa para desenvolvimento das práti-cas pedagógicas, seis salas de aulas, cozinha, secretaria, re-

ASSESSORIA

Nesta semana, Guto vai inaugurar mais duas unidades ampliadas da rede pública

feitório, sala da direção e ba-nheiros.

Já no Parque Aeroporto, a Es-cola Municipal de Educação In-fantil Maria de Maris Sarmento Torres vai receber, inicialmen-te, 240 estudantes.

A unidade foi criada a par-tir da restruturação de parte do prédio da Coordenadoria Extraordinária de Apoio ao Escolar (Cemeaes). Antes, a escola ficava em uma casa alugada no bairro Imbetiba, atendendo 49 alunos mora-dores do Aeroporto e bairros adjacentes, que se deslocavam com transporte escolar ofere-cido pelo município.

Dos 240 estudantes divi-didos em 12 turmas, 191 são novos, que já preencheram as vagas oferecidas. Os demais 49 estudantes estavam alo-cados no antigo espaço, que funcionava na Imbetiba. A prioridade do atendimento é para moradores do Aeroporto e adjacências. O espaço conta com seis salas de aula, secreta-ria, cozinha, refeitório, quatro banheiros, salas de leitura, ví-deo e informática.

Na próxima semana mais duas ampliações serão inau-guradas: na Escola Municipal de Imboassica, na terça-feira (23), às 16 horas, e na Esco-la Municipal de Educação Infantil Professora Esméria Pereira Reid dos Santos, na quinta-feira (25), às 16 horas, no Engenho da Praia.

Mil motoristas têm Carteiras suspensas pelo Dentran IRREGULAR

O Detran suspendeu as carteiras de habilitação de 1.198 motoristas que atingiram o limite de 20 pontos em mul-tas de trânsito, ou cometeram infrações que são, por si só, puníveis com a proibição do di-reito de dirigir - como conduzir sob o efeito de álcool e pilotar de moto sem capacete. A lista completa de CNH’s suspensas foi publicada no Diário Oficial de quinta-feira (18). Os notifica-dos devem entregar suas habili-tações em até dez dias, contados

Lista completa de CNH's suspensas foi publicada no Diário Oficial de quinta-feira (18)

a partir da data de publicação do edital no D.O.

Para reaverem as CNH’s, os condutores suspensos terão que se submeter a um curso de re-ciclagem de 30 horas e cumprir o tempo de suspensão estipula-do. Enquanto não cumprirem a punição, se forem flagrados di-rigindo sofrerão processo ten-dente à cassação da habilitação.

Além disso, o Detran abriu processo tendente à suspen-são do direito de dirigir contra outros 1.325 motoristas. Eles terão até 30 dias para apresen-tar suas defesas prévias junto ao Detran. Outros 600 tiveram suas defesas prévias indeferidas e também têm 30 dias para se defender nas Juntas Adminis-trativas de Recursos de Infração (JARIs).

WANDERLEY GIL

Detran analisa suspensão de mais 1,3 mil condutores no Estado

Praia Campista recebe etapa de Campeonato de Pesca

ESTADUAL

A primeira etapa do Cam-peonato Estadual de Pesca será realizada neste domingo (21), na Praia Campista, das 8 horas às 12h30min. O evento conta com apoio da prefeitu-ra e é organizado pelo Clube Macaé de Pesca. Participarão

Competição acontece neste domingo e reúne pessoas de várias partes da região

competidores do município, Saquarema, Barra de São João, Praia de Charitas e Maricá. Neste ano, a competição con-tará com uma equipe femini-na representando a cidade de Macaé. No total, serão cerca de 150 participantes.

De acordo com informações do vice-presidente do Clube Macaé de Pesca, Charles San-ti, o campeonato será realizado em cinco etapas e a previsão é de que a premiação aconteça

em dezembro, na sede da Fe-deração Estadual do Estado do Rio de Janeiro (Federj), locali-zada na Tijuca.

- Todas as pessoas que gos-tam de pesca podem procu-rar o Clube Macaé de Pesca para fortalecermos as ações em conjunto -, informou. Ele completa ainda que quem qui-ser mais informações poderá entrar em contato pelo email: [email protected] ou pelo celular: (22) 99845-8420.

As inscrições para o Processo Seletivo Simplificado para o preenchimento de vagas do Programa de Residência Médica de Macaé deste ano podem ser feitas até as 23h59 de hoje (21), via internet. A ficha de inscrição, o edital e o manual do candidato estão no site: http://www.macae.rj.gov.br/gestaopublica/conteudo/titulo/residencia-medica-2016.

NOTA

WANDERLEY GIL

Litoral macaense faz parte de circuito regional de provas de pesca

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ10 Macaé, domingo, 21 e segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

MUDANÇA

Fim do horário de verãoEsta foi a 40a edição do horário especial no país. A primeira vez ocorreu no verão de 1931/1932. O objetivo é estimular o uso racional e adequado da energia elétrica

O horário de verão termi-nou à 0h deste domin-go (21). Com isso, os

relógios voltam ao horário original, sendo atrasados em uma hora.

A medida vale para os es-tados das regiões Sudeste, Sul e Centro- Oeste do pa-ís: Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso e Mato Gros-so do Sul, além do Distrito Federal. O horário especial começou em 2015, à meia-noite do dia 18 de outubro. Esta foi a 40ª edição do ho-rário de verão no país.

O Operador Nacional do Sistema (ONS) anunciou nesta sexta-feira que a eco-nomia gerada foi de R$ 162 milhões. Em outubro, a pre-visão de diminuição de gastos era maior (R$ 240 milhões). Outra conta feita pelo ONS é da demanda de investimentos que foi evitada com a mudan-ça no relógio.

WANDERLEY GIL

Nesta edição, o período de horário de verão durou quatro meses

"Do ponto de vista estru-tural, a continuidade da apli-cação do Horário de Verão representa custo evitado de investimento no sistema elé-

trico de R$ 7,7 bilhões que seriam necessários caso não utilizássemos essa medida", informou o órgão em nota.

Segundo o Ministério de

Minas e Energia (MME), o horário de verão tem como objetivo principal a redução da demanda máxima do Sis-tema Interligado Nacional

no período de ponta, ou seja, quando mais pessoas, empre-sas e indústrias estão utili-zando a energia elétrica. Isso é possível porque a parcela

de carga de iluminação pas-sa a ser acionada mais tarde do que normalmente o seria, motivada pelo adiantamento do horário.

Falta de saneamento e degradaçãoambiental favorecem surto de zika

ZIKA

Martinho Santafé

Tanto os médicos brasi-leiros e argentinos quanto as associações de pesquisadores de ambos os países emitiram re-centemente notas técnicas con-cordando que a pobreza - o que inclui assentamentos urbanos sem a mínima infraestrutura de saneamento - é um fator-chave que está sendo negligenciado na epidemia de zika vírus em curso. A Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) condena o governo brasileiro por sua “ocultação deliberada” das causas econômicas e sociais e afirma que a doença está es-treitamente ligada à degradação ambiental: inundações causa-das pelo desmatamento e o uso massivo de herbicidas em plan-tações de soja (geneticamente modificadas) tolerantes a her-bicida. Em suma, “os impactos de indústrias extrativas”.

A noção de que a degradação ambiental pode ser um fator na difusão do zika encontra sustentação na visão de Dino Martins, Ph.D., entomologista queniano, que diz que “a explo-

Os locais favoritos para a reprodução dos mosquitos portadores da doença são contêineres de armazenamento de água parada, ou caixas d’água

são dos mosquitos em áreas ur-banas, que está levando adiante a crise do vírus da zika” é causa-da por uma “falta de diversidade natural que, do contrário, man-teria as populações de mosqui-to sob controle e também pela proliferação de resíduos e a fal-ta de locais apropriados para o despejo, fornecendo um habitat artificial para os mosquitos se reproduzirem”.

Os médicos argentinos acre-ditam que a melhor defesa con-tra o zika são “ações de base co-munitária”. Um exemplo de tais ações acontece em El Salvador.

Um dos locais favoritos para a reprodução dos mosquitos portadores da doença são con-têineres de armazenamento de água parada, ou caixas d’água. Os salvadorenhos começaram a manter peixes nesses ambien-tes; os peixes comem a larva do mosquito. Assim, a dengue se foi juntamente com o mosqui-to que transmite a doença. Até agora, não há nenhum caso de infecção do vírus da zika naque-le país.

Programas simples porém eficazes como esse correm o pe-rigo de serem negligenciados no Brasil em favor de programas de pulverização de pesticidas e da soltura de mosquitos genetica-mente modificados, iniciativas apoiadas por empresas. A prá-tica de pulverização ainda não foi comprovada, e os mosquitos geneticamente modificados

podem estar causando preju-ízos muito mais graves do que os mosquitos que estão sendo visados.

ALARMISMO É PREJUDICIAL

Este contexto alarmista, fo-cado em aspectos singulares - o “ataque” ao mosquito vetor, isolado de suas causas - favorece enfoques precários, errôneos e inclusive perigosos. Os pesqui-sadores citam, como exemplo, a empresa Oxitec, que fez con-trovertidos experimentos com mosquitos transgênicos, agora, promove-os como “solução” (na realidade como negócio) fren-te à expansão do vírus da zika, obviamente sem mencionar os riscos que acarreta e que os mosquitos, inclusive, poderiam piorar a situação.

A empresa Oxitec já realizou experimentos de liberação de mosquitos transgênicos nas Ilhas Cayman, Malásia,Panamá e Brasil. Tentou fazer o mesmo na Europa, que não deu permis-são por razões de biossegurança e estudos de impacto deficien-tes. Encontrou regulações “fle-xíveis” no Brasil, onde fez expe-rimentos no Nordeste, embora não tenha conseguido a autori-zação da ANVISA. Sua técnica é produzir Aedes Aegypti trans-gênicos manipulados com um gene letal condicional, que não se expressa, caso se aplique o antibiótico tetraciclina, o que fazem durante a reprodução. Em seguida, são liberados para cruzarem com mosquitos sel-vagens, que se não encontram o antibiótico, produzem des-cendência estéril.

A empresa Oxitec cita uma redução de 80-90% da popula-ção de mosquitos nas áreas de experimento. Porém, segundo documentados relatórios de Edward Hammond, da Rede do Terceiro Mundo e da GeneWa-tch - grupo sem fins lucrativos que monitora o desenvolvimen-

to das tecnologias genéticas de interesse público, direitos hu-manos, proteção animal e pers-pectiva de bem-estar animal - , a realidade é muito diferente.

MOSQUITO TRANSGÊNICO FUNCIONA?

Em um relatório de 2015, a GeneWatch explica que a di-minuição de mosquitos não está comprovada, porque os mosquitos selvagens podem simplesmente ter mudado para áreas próximas. Os resultados das Ilhas Cayman sugerem que a técnica é muito ineficaz, já que usaram 2,8 milhões de mosqui-tos, semanalmente, para com-bater uma população selvagem de 20.000 mosquitos e, de qual-quer forma, ainda que tenham informado uma baixa na área de liberação, houve um aumento da população de mosquitos em regiões vizinhas. Além disso, mesmo que provisoriamente tenha diminuído a quantidade de mosquitos, não existe evi-dência, em nenhuma parte do mundo, de que os mosquitos transgênicos tenham reduzido a incidência de dengue, nem de outras doenças.

Ao contrário, uma das preo-cupações sobre os impactos dos mosquitos transgênicos, parti-cularmente em regiões endê-micas, é que a diminuição tem-poral possa baixar a resistência cruzada a vários sorotipos da dengue que existe nessas po-pulações, favorecendo o avan-ço de formas mais agressivas como a dengue hemorrágica. Além disso, o deslocamento do Aedes Aegypti pode favorecer a expansão de transmissores ri-vais, no caso da dengue, do Ae-des albopictus, que é mais difícil de erradicar.

GeneWatch também consi-dera que a empresa Oxitec não apresentou provas de que a pro-teína que os mosquitos transgê-nicos expressam não produza

efeitos alergênicos ou tóxicos em animais e humanos, apesar de já se ter observado toxicida-de e neurotoxicidade em ratos.

Desde 2015, a empresa Oxi-tec passou a ser propriedade da Intrexon, empresa de biologia sintética estadunidense, razão pela qual poderia estar consi-derando o uso de tecnologias de biologia sintética com mosqui-tos, mais arriscadas, como o uso de condutores genéticos (gene drives) que poderiam modificar toda uma população de mosqui-tos em uma ou duas gerações. As consequências em modificar toda uma espécie teriam impli-cações imprevisíveis, incluindo sérios impactos potenciais no ecossistema e mutações nos agentes das doenças.

Já existem experimentos confinados de modificação de insetos com esta técnica em universidades dos Estados Uni-dos, o que motivou um alerta de cientistas sobre os altos riscos desta tecnologia, inclusive a res-peito de seu potencial uso como arma biológica (The Indepent, 02/08/2015). No entanto, tendo em vista a “emergência” pelo ví-rus da zika, aumentam a propa-ganda e pressões para usar esta tecnologia.

O QUE SE SABE SOBRE O VÍRUS

Da família Flaviviridae e do gênero Flavivirus, o vírus Zika provoca uma doença com sin-tomas muito semelhantes aos da dengue, febre amarela e chi-kungunya. De baixa letalidade, causa febre baixa, hiperemia conjuntival (olhos vermelhos) sem secreção e sem coceira, ar-tralgia (dores nas articulações) e exantema maculo-papular (manchas ou erupções na pele com pontos brancos ou verme-lhos), dores musculares, dor de cabeça e dor nas costas.

O vírus é transmitido, na maioria das vezes, pela picada

dos mosquitos da família Aedes (aegypti, africanus, apicoargen-teus, furcifer, luteocephalus e vitattus), encontrados nas regi-ões tropicais da América, Áfri-ca, Ásia e Oceania. A partir da picada infectada, a doença tem um período de incubação de aproximadamente quatro dias até os sintomas começarem a se manifestar. Os sinais e sinto-mas podem durar até sete dias. Há evidências de que a doença pode ser transmitida por meio do contato com o sêmen infec-tado durante relações sexuais. Grávidas infectadas também podem passar o vírus para o feto durante a gestação.

Como ainda não existe va-cina ou um medicamento específico contra o vírus, o tratamento feito serve ape-nas para aliviar os sintomas. Assim, o uso de paracetamol, sob orientação médica, é indi-cado nesses casos.

As medidas de prevenção e controle da doença são as mes-mas já adotadas para a dengue, febre amarela e chikungunya, como eliminar os possíveis criadouros do mosquito, evi-tando deixar água acumulada em recipientes como pneus, garrafas, vasos de plantas, fazer uso de repelentes, entre outros.

Ainda não há dados conso-lidados e precisos do número de casos da doença nos países que registraram a ocorrên-cia do vírus. De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), braço da Or-ganização Mundial da Saúde (OMS) nas Américas, entre 3 e 4 milhões de pessoas de-vem contrair o zika vírus em 2016 no continente america-no. Cerca de 1,5 milhão destes casos deve ocorrer no Brasil. O cálculo considera o número de infectados por dengue, doença transmitida pelo mesmo vetor, o mosquito Aedes aegypti, em 2015, e a falta de imunidade da população ao vírus.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 21 e segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016 11

ELEIÇÕES

Novos nomes surgem para renovar cenário políticoElvis do Amaral demonstra espontaneidade e humildade no jogo eleitoralMárcio [email protected]

A espontaneidade marcada em um episódio recente de briga antecipada pela

vaga de vice na possível chapa que será formada pelo governo para disputar a reeleição neste ano garantiu ao jovem Elvis do Amaral uma notoriedade ins-tantânea no cenário político e pré-eleitoral de Macaé.

Mas, engana-se aquele que jul-ga o presidente da militância da juventude do PMDB pela pouca idade ou inexperiência no jogo de xadrez que definirá o futuro político da Capital Nacional do Petróleo.

Mesmo com frases e pen-samentos comuns ao debate político, Elvis nutre uma visão peculiar e pessoal sobre o que significa a posição ocupada por aqueles que buscam representar a sociedade macaense, dando uma verdadeira lição aos que an-tecipam o processo de outubro deste ano e que seguem o que ele mesmo considera como a “velha política”.

“Política se faz todos os dias, e um projeto político se constroi no cotidiano de um bairro e de uma comunidade. Não adianta se apresentar apenas como um candidato sem conhecer as pes-soas e os problemas que marcam o seu dia a dia. As pessoas já re-conhecem aqueles que só apare-cem nos três meses anteriores às eleições. Isso não é ser político”, diz Elvis.

Cria do novo movimento po-

lítico que surgiu na cidade em 2008 e conquistou o poder qua-tro anos depois, Elvis se dedica a construir o seu próprio cami-nho desde os 16 anos, na cidade onde nasceu e dentro de uma das instituições que carrega, de forma histórica, a maior referên-cia política de Macaé: o Colégio Estadual Luiz Reid.

Em 2012, lançou-se candidato a vereador pelo PTN, partido es-colhido dentro das imprevisões comuns a qualquer jogo eleito-ral.

“Obtive 114 votos, sendo o segundo mais votado do meu partido. Para muitos pode até parecer um número baixo. Mas, dentro de uma campanha sem dinheiro e sem a experiência que eu tenho hoje, acredito que conquistei um espaço importan-te nas eleições da cidade”, disse.

KANÁ MANHÃES

Liderança da juventude, Elvis conquista espaço na política da cidade

Humildade não falta na visão daquele que, para surpresa de muitos, colocou o seu nome à disposição do governo para ocu-par a posição de pré-candidato a vice na chapa da reeleição, enca-rando figurões como o vereador Guto Garcia, atual secretário municipal de Educação.

“Não tenho vaidade de lan-çar meu nome como candidato a vice. Essa vaga é conquistada por quem precisa apoiar o go-verno. Ser vice não é só ter um cargo público. Hoje, o vice não é mais um coadjuvante e sim um protagonista que precisa saber o seu lugar na construção de um projeto para melhorar a cidade”, disse.

Intencional ou não, Elvis participou de dois momentos expressivos dentro do período pré-eleitoral da cidade.

Após sair do PTN, ele migrou para o PSB, na época em que o partido ainda fazia parte do blo-co de apoio ao governo. Lá ele estruturou o projeto de criação do núcleo de juventude, mas acabou desistindo após a inter-dição sofrida pelo diretório da legenda, que hoje caminha nos ventos da oposição.

Junto com nomes como o de Vandré Guimarães, secretário municipal de Desenvolvimen-to Econômico, Tecnológico e Turismo, Elvis assinou com o PMDB em setembro do ano passado, seguindo o calendário eleitoral antigo relativo à filiação partidária.

E, carregando a marca de uma

das mais fortes legendas do país, Elvis deixa mais um recado vá-lido até aos experientes do jogo do poder.

“Política, acima de tudo, é vo-cação. A pessoa precisa saber se quer estar a favor do povo. Não adianta brigar por vaga e não contribuir para mudar a reali-dade da cidade”, encerra Elvis.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ12 Macaé, domingo, 21 e segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016