noticiário 15a18 02 15

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Desfiles marcam Carnaval na Avenida do Samba Recursos próprios podem garantir equilíbrio de contas Horto aguarda atenção do governo Escolas dos Grupos de Acesso e Especial disputam títulos Macaé já perdeu R$ 12 milhões em repasses KANÁ MANHÃES KANÁ MANHÃES KANÁ MANHÃES www.odebateon.com.br Redução de receitas consolida efeitos da crise diante da queda do preço do petróleo Após a abertura oficial do Carnaval 2015 com o tradicio- nal desfile do “Boi Pintadinho”, neste domingo (15) as escolas do Grupo de Acesso se apresen- tam na Cidade do Samba. Na segunda-feira (16) é a vez das agremiações do Grupo Especial desfilarem na grande noite do Nem mesmo as áreas rurais do município estão livres do crescimento que Macaé vem sofrendo ao longo dos últi- mos anos. Um exemplo disso é o bairro do Horto, que ape- sar de distante do Centro vem sofrendo um forte aumento na sua população.Para se ter ideia, atualmente existem dois condomínios no bairro, cada um com uma média de 500 casas. Além disso, exis- tem as residências do lado de fora, a maioria beirando a Es- trada do Horto (antiga Macaé- Glicério). Ao mesmo tempo, o bairro ainda tem uma forte incidência de sítios, dando ao lugar um aspecto meio rural. Devido a tranquilidade, mui- ta gente tem optado por morar ali em busca de uma melhor qualidade de vida. PÁG. 8 Ao longo dos últimos 10 anos o fortalecimento das ati- vidades do petróleo, que atraí- ram empresas de várias partes do país e do mundo, possibilitou a Macaé reduzir a dependência das receitas do petróleo. No entanto, se a redução do preço do barril de óleo bruto ge- rou a queda nas receitas oriun- das da Bacia de Campos, a crise institucional enfrentada pela Petrobras pode impactar dire- tamente na forma tributária da Capital Nacional do Petróleo. Nos últimos dois anos, a com- panhia manteve a aplicação de cerca de R$ 9 bilhões em con- tratação de serviços e aquisi- ção de produtos diretamente nas empresas que integram a indústria do petróleo local. Com isso, a estatal manteve investimentos que movimenta- ram a cadeia offshore, influen- ciando assim na tributação de receitas como o Imposto Sobre Serviços (ISS) e o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ISS). PÁG. 3 Carnaval. Seis escolas disputam o titulo de Campeã do Carnaval de Macaé 2015, e cada uma de- las terá sessenta minutos para desfilar na Passarela do Samba. Além dos desfiles, o Carnaval de Macaé conta com a realiza- ção de shows em diversos pon- tos da cidade. PÁG. 10 Carros alegóricos fazem parte das atrações do Carnaval Cidade sente os efeitos da queda nas receitas do petróleo Manutenção de ponte deverá ser feita em breve M acaé e os demais municípios produtores de petróleo consoli- daram nesta semana novos efei- tos da crise internacional do petróleo: a queda no repasse relativo à Participação Especial na comercialização do óleo bru- to e do gás natural produzidos na Bacia de Campos. Somado à redução identifica- da na parcela dos royalties do mês passa- do, o déficit na arrecadação municipal já soma mais de R$ 12 milhões. E a expec- tativa é que os números sigam em ritmo de redução pelos próximos meses. Cal- culado com base em duas variáveis que mexem atualmente com a economia do país, a Participação Especial é uma das principais fontes de custeio do orçamen- to de municípios da região. PÁG. 3 Macaé (RJ), domingo, 15 a quarta- feira, 18 de fevereiro de 2015 Ano XXXIX, Nº 8633 Fundador/Diretor: Oscar Pires R$ 1,50 WANDERLEY GIL KANÁ MANHÃES BANCOS SÓ ABRIRÃO NA QUARTA-FEIRA DE CINZAS COMBATE A PEDOFILIA DEVE SER INTENSIFICADO ESPECIALISTA ANALISA FATORES QUE GERAM SECA ECONOMIA, PÁG.6 POLÍCIA, PÁG.5 GERAL, PÁG.7 facebook/odebate twiter/odebate issuu/odebateon Projeto já atendeu 400 pessoas em Macaé Cinema Ambiental registra inscrições ÍNDICE TEMPO POLÍCIA EDUCAÇÃO GERAL OdontoSesc promove serviço gratuito para moradores do Lagomar PÁG. 7 Curso é desenvolvido pela equipe de pesquisadores do Nupem PÁG. 7 KANÁ MANHÃES KANÁ MANHÃES Equipe atua no Posto 2 na orla da Praia dos Cavaleiros Equipes editam documentário Bombeiros garantem segurança nas praias Considerados como 'heróis', guarda-vidas são referência em segurança PÁG. 5 EDITORIAL 4 PAINEL 4 GUIA DO LEITOR 4 ESPAÇO ABERTO 4 CRUZADINHA C2 HORÓSCOPO C2 CINEMA C2 AGENDA C2 Máxima 37º C Mínima 23º C Anuncie: (22) 2106-6060 (215) POLÍCIA GERAL EDUCAÇÃO CADERNO DOIS Operação da PM atua em toda a cidade Bancos de leite pedem doações Jurubatiba de portas abertas para aula Princesinha leva beleza e muito samba Ação visa garantir fiscalização de veículos no município PÁG. 5 Unidades ajudam a atender crianças recém-nascidas PÁG. 10 Biodiversidade preservada é objeto de estudo PÁG. 7 Escola é um dos destaques no Carnaval de Macaé CAPA GERAL POLÍTICA POLÍTICA

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Page 1: Noticiário 15a18 02 15

O DEBATEDIÁRIO DE MACAÉ

Des�les marcam Carnaval na Avenida do Samba

Recursos próprios podem garantir equilíbrio de contas

Horto aguarda atenção do governo

Escolas dos Grupos de Acesso e Especial disputam títulos

Macaé já perdeu R$ 12 milhões em repasses

KANÁ MANHÃES

KANÁ MANHÃES

KANÁ MANHÃES

www.odebateon.com.br

Redução de receitas consolida efeitos da crise diante da queda do preço do petróleo

Após a abertura oficial do Carnaval 2015 com o tradicio-nal desfile do “Boi Pintadinho”, neste domingo (15) as escolas do Grupo de Acesso se apresen-tam na Cidade do Samba. Na segunda-feira (16) é a vez das agremiações do Grupo Especial desfilarem na grande noite do

Nem mesmo as áreas rurais do município estão livres do crescimento que Macaé vem sofrendo ao longo dos últi-mos anos. Um exemplo disso é o bairro do Horto, que ape-sar de distante do Centro vem sofrendo um forte aumento na sua população.Para se ter ideia, atualmente existem dois condomínios no bairro, cada um com uma média de

500 casas. Além disso, exis-tem as residências do lado de fora, a maioria beirando a Es-trada do Horto (antiga Macaé-Glicério). Ao mesmo tempo, o bairro ainda tem uma forte incidência de sítios, dando ao lugar um aspecto meio rural. Devido a tranquilidade, mui-ta gente tem optado por morar ali em busca de uma melhor qualidade de vida. PÁG. 8

Ao longo dos últimos 10 anos o fortalecimento das ati-vidades do petróleo, que atraí-ram empresas de várias partes do país e do mundo, possibilitou a Macaé reduzir a dependência das receitas do petróleo.

No entanto, se a redução do preço do barril de óleo bruto ge-rou a queda nas receitas oriun-das da Bacia de Campos, a crise institucional enfrentada pela Petrobras pode impactar dire-tamente na forma tributária da Capital Nacional do Petróleo.

Nos últimos dois anos, a com-panhia manteve a aplicação de cerca de R$ 9 bilhões em con-tratação de serviços e aquisi-ção de produtos diretamente nas empresas que integram a indústria do petróleo local.

Com isso, a estatal manteve investimentos que movimenta-ram a cadeia o�shore, influen-ciando assim na tributação de receitas como o Imposto Sobre Serviços (ISS) e o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ISS). PÁG. 3

Carnaval. Seis escolas disputam o titulo de Campeã do Carnaval de Macaé 2015, e cada uma de-las terá sessenta minutos para desfilar na Passarela do Samba.

Além dos desfiles, o Carnaval de Macaé conta com a realiza-ção de shows em diversos pon-tos da cidade. PÁG. 10

Carros alegóricos fazem parte das atrações do CarnavalCidade sente os efeitos da queda nas receitas do petróleo

Manutenção de ponte

deverá ser feita em

breve

Macaé e os demais municípios produtores de petróleo consoli-daram nesta semana novos efei-

tos da crise internacional do petróleo: a queda no repasse relativo à Participação Especial na comercialização do óleo bru-to e do gás natural produzidos na Bacia de Campos. Somado à redução identifica-da na parcela dos royalties do mês passa-

do, o déficit na arrecadação municipal já soma mais de R$ 12 milhões. E a expec-tativa é que os números sigam em ritmo de redução pelos próximos meses. Cal-culado com base em duas variáveis que mexem atualmente com a economia do país, a Participação Especial é uma das principais fontes de custeio do orçamen-to de municípios da região. PÁG. 3

Macaé (RJ), domingo, 15 a quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015Ano XXXIX, Nº 8633Fundador/Diretor: Oscar Pires

R$ 1,50

WANDERLEY GIL KANÁ MANHÃES

BANCOS SÓ ABRIRÃO NA QUARTA-FEIRA DE CINZAS

COMBATE A PEDOFILIA DEVE SER INTENSIFICADO

ESPECIALISTA ANALISA FATORES QUE GERAM SECA

ECONOMIA, PÁG.6 POLÍCIA, PÁG.5 GERAL, PÁG.7

facebook/odebate

twiter/odebate

issuu/odebateon

Projeto já atendeu 400 pessoas em Macaé

Cinema Ambiental registra inscrições

ÍNDICETEMPO

POLÍCIA EDUCAÇÃOGERAL

OdontoSesc promove serviço gratuito para moradores do Lagomar PÁG. 7

Curso é desenvolvido pela equipe de pesquisadores do Nupem PÁG. 7

KANÁ MANHÃES KANÁ MANHÃES

Equipe atua no Posto 2 na orla da Praia dos Cavaleiros Equipes editam documentário

Bombeiros garantem segurança nas praiasConsiderados como 'heróis', guarda-vidas são referência em segurança PÁG. 5

EDITORIAL 4

PAINEL 4

GUIA DO LEITOR 4

ESPAÇO ABERTO 4

CRUZADINHA C2

HORÓSCOPO C2

CINEMA C2

AGENDA C2

Máxima 37º CMínima 23º C

Anuncie: (22) 2106-6060 (215)

POLÍCIA GERAL EDUCAÇÃO CADERNO DOIS

Operação da PM atua em toda a cidade

Bancos de leite pedem doações

Jurubatiba de portas abertas para aula

Princesinha leva beleza e muito samba

Ação visa garantir fiscalização de veículos no município PÁG. 5

Unidades ajudam a atender crianças recém-nascidas PÁG. 10

Biodiversidade preservada é objeto de estudo PÁG. 7

Escola é um dos destaques no Carnaval de Macaé CAPA

GERALPOLÍTICA

POLÍTICA

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ2 Macaé (RJ), domingo, 15 a quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

CidadeEDIÇÃO: 262 PUBLICAÇÃO: 20 DE JUNHO DE 1981

SEMANA EM DEBATE O DEBATE EM MEMÓRIA

Rodoviária vai receber 45 mil passageiros

Contagem regressivaO sonho de conquistar o título de campeã do Carnaval de 2015 é o que move dezenas de pessoas que movimentam os barracões das agremiações que se prepa-ram para colocar na avenida as fantasias, enredo e a empolgação que marca uma das mais antigas tradições de Macaé. A poucos metros do 'palco da festa', os carros alegóricos, principais atrações do espetáculo, recebem os retoques finais para compor o projeto idealizado pelos car-navalescos ao longo de um ano, auxiliados por voluntários que ajudam a manter viva uma his-tória que supera as dificuldades do Carnaval nos tempos mo-dernos. Enquanto o ritmo den-tro dos barracões é frenético, na Avenida do Samba a prefeitura já iniciou a montagem da arqui-bancada que reunirá durante o sábado (14), o domingo (15) e a segunda-feira (16) o público que assistirá a passagem dos bois pintadinhos, das escolas do Gru-po de Acesso e das agremiações do Grupo Especial, estrutura que representa o investimento da Fundação de Esporte e Turis-mo de Macaé (Fesportur), com apoio da secretaria de Governo.

Cerca de 45 mil pessoas devem passar pela Rodo-viária de Macaé entre hoje (13) e a próxima terça-feira (17) por conta do feriado do Carnaval. Essa é a pre-visão feita pela SOCICAM, empresa que administra o terminal, que ressalta que o movimento maior será o de saída. Ao contrário da maioria dos municípios da região, os quais recebem um fluxo crescente de pessoas nesses períodos festivos, Macaé, por ser um polo in-dustrial, acaba tendo parte

da população deixando a cidade. Para hoje, o dia de maior movimento, são es-peradas uma média de 14 mil pessoas, sendo 8 mil deixando a cidade rumo a outros municípios do esta-do e do país. Dos 450 ônibus que vão passar pelo local no dia, 250 vão estar deixando a cidade e 200 chegando de vários lugares do país. O terminal macaense é uti-lizado como conexão para passageiros que seguem pa-ra o Rio de Janeiro e cidades da Região dos Lagos.

Suspeito de ter assassinado Evaldo Costa está preso

Desde quarta-feira, dia 17, encontra-se preso na Delegacia de Polícia de Macaé, Edemir Dias Peçanha, principal suspeito de ter assassinado Evaldo Costa na noite de 28 de abril, quando o comerciante, por volta das 23 horas, dirigia-se para sua residência.

Edemir Dias Peçanha responde a 5 inquéritos policiais: 740/78, incurso no Artigo 157 (roubo) combinado com 288 (formação de bando) em Campos; 106/73 incurso no Artido 155 (furto; 33/78 incurso no Artigo 121 combinado com 12 (tentativa de homicídio); entre outros.

Oitenta pessoas ficaram sem água durante quatro dias na plataforma

Dezenas de pessoas que desembarcaram sexta-fei-ra no Aeroporto de Macaé, muitos apresentando irri-tação por todo o corpo, reclamaram com veemência do tratamento dado aos tripulantes da Plaraforma SS-14, de responsabilidade da Transworld Perfurações Marítimas, onde vem ocorrendo várias irregularida-des, dentre as quais falta de frutos e de água potável.

Os trabalhadores, na sua maioria residentes em outros municípios, disseram que durante uma se-mana a Plataforma foi abastecida somente com água industrial, da qual eram obrigados a fazer uso para o banho diário.

Ladrão invade casa e rouba diversos objetos

A Srª Carmen Angela Maia lane, casada, residente à Avenida Nossa Senhora da Glória nº 2.247, Bair-ro Cavaleiros, compareceu à Delegacia de Polícia comunicando que por volta das 10,30 horas da ma-

nhã de quinta-feira, encontrava-se em sua casa com uma filha de três meses no colo, quando de repente deparou-se com um indivíduo que entrara sem ser notado e, sob ameaças do bandido, foi obrigada a entregar-lhe diversos objetos de valor.

Exposição Agro-Pecuária poderá voltar a ser realizada ainda este ano

O engenheiro Jonas de Siqueira Cesar, Chefe do Escritório local da EMATER-RJ, está convidando autoridades e proprietários rurais para participa-rem de uma reunião no dia 10 de julho, às 19 horas, na sede da Cooperativa Agro-Pecuária de Macaé, situada à Rua Governador Roberto Silveira, a fim de tentar constituir a Comissão Organizadora da EXPO-Macaé, realizada até o ano de 1976, quando era Prefeito o Sr. Alcides Ramos.

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) suspenderá, a partir da próxima quinta-feira (19), a comercialização de 70 planos de saúde de 11 operadoras, por desrespeito aos prazos máximos de atendimento.

NOTA

WANDERLEY GIL

Page 3: Noticiário 15a18 02 15

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 15 a quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015 3

PolíticaRECURSOS

Macaé já perdeu R$ 12 mi em repasses do petróleoRedução de receitas provenientes da Participação Especial consolida efeitos da crise diante da queda do preço do petróleo no mercado internacionalMárcio [email protected]

Macaé e os demais mu-nicípios produtores de petróleo consolidaram

nesta semana novos efeitos da crise internacional do petró-leo: a queda no repasse relativo a Participação Especial, na co-mercialização do óleo bruto e do gás natural produzidos na Bacia de Campos. Somado a redução identificada na parcela dos royalties do mês passado, o dé-ficit na arrecadação municipal já soma mais de R$ 12 milhões. E a expectativa é que os núme-ros sigam em ritmo de redução pelos próximos meses.

Calculado com base em duas variáveis que mexem atualmen-te com a economia do país, a queda pela metade do preço do barril do petróleo no mercado internacional e o aumento do preço do dólar em relação ao

real, a Participação Especial é uma das principais fontes de custeio do orçamento de muni-cípios como Campos dos Goyta-cazes e Rio das Ostras, cidades que mais sentiram os efeitos da queda dos recursos neste ano.

Com a Participação Espe-cial, Macaé perdeu exatos R$ 5.514.446,06, em comparação ao valor pago na segunda-feira (9) pela Secretaria de Tesouro Nacional (R$ 8.075.600,59), e a quantia repassada pelo órgão federal em fevereiro de 2014, R$ 13.590.046,61.

Macaé registrou queda na Participação Especial também em relação ao valor arrecadado e a quantia prevista pela prefei-tura, com base nas metas men-sais de arrecadação, através de decreto publicado no último dia 6 pelo governo. Nesta caso, o déficit foi de R$ 4.443.996,44.

Os primeiros efeitos da crise internacional do petróleo fo-

ram sentidos pela prefeitura em janeiro, quando foi liberada a primeira parcela dos royalties deste ano.

O atraso na liberação da par-cela gerou ainda mais expecta-tivas ao governo que registrou o repasse de R$ 33.029.359,28, cerca de R$ 6,3 milhões a menos calculados pela prefeitura para este ano, com base nas com-pensações previstas pelas leis 9478/97 e 7990/89.

Já no comparado a janeiro do ano passado, a primeira parce-la dos royalties de 2015 sofreu queda de R$ 7.009.529,13.

Já estimando a queda nos re-passes do petróleo diante do ce-nário internacional, a prefeitu-ra, com base em medidas adota-das pelas secretarias municipais de Fazenda e de Planejamento, pretende contingenciar cerca de R$ 50 milhões em despesas previstas pela Lei Orçamentá-ria Anual (LOA) deste ano, cuja

fonte de custeio são os royalties e a Participação Especial.

Macaé pode registrar redução de arrecadação com receitas próprias, em virtude dos efeitos da crise institucional da Petro-bras, que provoca a retração de negócios no segmento o£shore.

KANÁ MANHÃES

Município registrará efeitos da crise institucional da Petrobras que provoca a retração dos investimentos no setor offshore

R$ 8 miQuantia paga nesta semana pela Secretaria de Tesouro Nacional a Macaé com a Participação Especial

R$ 12,5 miRepasse previsto pela prefeitura para a Participação Especial

R$ 13,5 miParticipação Especial recebida por Macaé em fevereiro de 2014

NÚMEROS

Recursos próprios podem garantir equilíbrio de contas

GESTÃO

Ao longo dos últimos 10 anos o fortalecimento das ati-vidades do petróleo, que atraí-ram empresas de várias partes do país e do mundo, possibilitou a Macaé reduzir a dependência das receitas do petróleo, am-pliando a capacidade de arreca-dação de recursos oriundos de impostos cobrados pelo próprio governo, garantindo à adminis-tração municipal maior poder para promover o equilíbrio fi-nanceiro das contas públicas.

No entanto, se a redução do preço do barril de óleo bruto ge-rou a queda nas receitas oriun-das da Bacia de Campos, a crise institucional enfrentada pela Petrobras pode impactar dire-tamente na forma tributária da Capital Nacional do Petróleo.

Nos últimos dois anos, a com-panhia manteve a aplicação de cerca de R$ 9 bilhões em con-tratação de serviços e aquisi-

Município atua para reduzir efeitos da crise institucional da Petrobras

ção de produtos diretamente nas empresas que integram a indústria do petróleo local.

Com isso, a estatal manteve investimentos que movimenta-ram a cadeia o£shore, influen-ciando assim na tributação de receitas como o Imposto Sobre Serviços (ISS) e o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ISS).

Juntos, as duas fontes con-tribuíram para que o municí-pio registrasse em 2014, ano do início das crises do petróleo, um superávit que se aproximou da casa dos R$ 100 milhões.

Se o mesmo ritmo de investi-mentos da companhia na indús-tria local for mantido, Macaé registraria a redução do excesso de arrecadação, mas consegui-ria cumprir a previsão.

Um fator que favorece este cenário é a manutenção do rit-mo de produção do petróleo na Bacia de Campos, área que ga-rantiu os R$ 9 bilhões investi-dos pela Petrobras na indústria local em 2013 e em 2014.

O potencial geológico concen-trado na região, além da já exis-

WANDERLEY GIL

Comitê elaborou carta que solicita à Petrobras dados sobre plano

tência de unidades de explora-ção e produção em pontos onde já foram identificadas novas áreas de concentração de óleo, também favorece a recuperação do mercado o£shore.

No entanto, tudo depende de qual posição a Petrobras vai assumir a partir da mudança de sua presidência. O rumo dos in-vestimentos da companhia será definido com base no Plano de

Gestão e Negócios 2015/2019, que só deve ser anunciado pe-la companhia na metade deste ano.

O comitê formado pelos pre-feitos dos municípios do Norte Fluminense elaborou um pedi-do formal à Petrobras para que o plano seja apresentado ainda neste mês.

Resta saber se a companhia vai atender ao apelo.

Sessões da Câmara de Vereadores serão retomadas a partir da próxima terça-feira, dia 24

NOTA

PONTODE VISTATodo brasileiro que estava às voltas com os noticiários inten-sos voltados, em toda a mídia, para o caso da Operação Lava-Jato, vai ter uns dias de folga para fazer o que mais gosta.

Desde o momento em que a presidente Dilma Rousse£ foi consagrada nas urnas nas eleições do ano passado e, após seu primeiro pronunciamento, prometendo diálogo, em seguida “desaparecendo” publicamente e nomeando a equipe eco-nômica comandada pelo ministro Joaquim Levy, que tomou uma série de providências para estabilizar a economia, cor-tando vários benefícios dos trabalhadores, a classe política, inclusive os petistas de carteirinha, ficaram em polvorosa.

Pelo andar da carruagem e, pelo que se observa nas ações administrativas, parece que o projeto do VLT do governo Riverton Mussi vai voltar a ser tema de discussão. Parado na linha há mais de dois anos, os trens, que custaram quase R$ 30 milhões e iriam para o governo do Estado, parece que vão ficar por aqui. Quando andar na linha vai de Imboassica a Carapebus.

Passado o período de Carnaval, a agenda política vai tomar conta de

compromissos com os eleitores, cansados de velhas promessas. Os partidos

devem filiar seus pré-candidatos à sucessão de Dr. Aluízio (PV) até setembro,

um ano antes das eleições de 2016. Por enquanto a única mudança é a saída

de Guto do PT e a posse de Chico Machado (PMDB) na Assembleia.

Até domingo.

A taxa de Contribuição de Iluminação Pública, cobrada de todos os usuários da Ampla, teve um reajuste nada agradável. É assim: o governo dá subsídio para a SIT e paga mais de R$ 100 milhões por ano para o passageiro pagar R$ 1. Mas na conta de luz a contribuição paga por cada domicílio ultrapassa R$ 5,00. Ou seja, o governo dá com uma mão e tira com a outra.

Enfim, o Carnaval...

Mudanças de rumo

Fazer folia nos três dias de rei-nado de Momo. Lógico que em Macaé não teremos mais aquela alegria do passado porque está faltando ânimo para a formação dos blocos de rua que animavam o Carnaval macaense. Vai ser também uma folga da farta infor-mação do escândalo que envolve grandes empresas, empresários e a Petrobras, que já forma um blo-co nas celas da Polícia Federal em Curitiba, ali enclausurados por ordem de prisão do juiz Sérgio Moro. E como não existe mais em Macaé o Bloco das Piranhas, o Bloco do Bebê, os Bois Pintadi-nhos não deram as caras nas ruas no período que antecedeu o Car-naval, apenas as escolas de sam-ba vão disputar na Avenida do Samba, na Linha Verde, o título de campeã em várias categorias. A turma que não é de ferro come-çou desde quinta-feira passada a deixar a cidade para mais uma semana de folga. Até sexta-feira, pelo terminal rodoviário de Ma-caé, sem contar as escalas para linhas intermunicipais, a expec-tativa era de registro da saída de 46 mil passageiros. E quem não

foi de ônibus, preferiu o carro pa-ra se ausentar da cidade que não oferece nenhum entretenimento, salvo o desfile programado pela Liecam. O que deixa antever que o 'bairro chic' de Macaé (Arma-ção dos Búzios), local preferido pelos empresários, bem ou mais ou menos sucedidos, para um bom descanso e o encontro de sempre na Rua das Pedras, point daquele município que em vez de ter sido distrito de Cabo Frio, po-deria ser agregado de Macaé. São muitos os condomínios, casas de praia, hotéis e pousadas que vão abrigar o grande bloco de maca-enses que estarão aportados por lá até, no mínimo, quarta-feira de cinzas. Outros mais podero-sos poderão esticar até o domin-go seguinte, completando uma semana inteira de ócio. Enfim, é Carnaval. Não deixe a peteca cair. Caia na folia, mas atenção com as recomendações feitas pelas autoridades. Se for dirigir, não beba, porque a Lei Seca vai atuar e não vai ter perdão. Evite abusos de qualquer natureza. E, tomadas as precauções devidas, divirta-se!

Ela é acusada de ter feito exa-tamente tudo o que disse na campanha que não faria, “nem que a vaca tussa”. Pois é. Tossiu e espalhou escarros para todo lado, atingindo, inclusive, a base aliada no Congresso. Quando, no final de janeiro, nomeados todos os minis-tros, ela tentou através do toma-lá-dá-cá, eleger o petista Arlindo Chinaglia para presidir a Câmara dos Deputados, aí mesmo é que a coisa ficou feia. O antes líder do PMDB, Eduardo Cunha, que esta-va em campanha há dois anos, se sentiu ameaçado e, demonstrando habilidade fora do comum na atual conjuntura, quando o Congresso sempre esteve pautado pelo go-verno, conseguiu eleger-se e, ime-diatamente, virar o jogo e pautar o governo. Como? Ele está colocan-do em pauta os principais projetos de mudanças em regras considera-das “imexíveis” pelo PT, deixando a turma do Palácio do Planalto em polvorosa. A PEC do orçamento impositivo que o governo não que-ria já foi aprovada na Câmara e será promulgada. E para causar dor de

cabeça maior à presidente Dilma Rousseff, deixando os petistas vermelhos de raiva, é a apreciação da PEC da reforma política, com o fim do financiamento privado nas campanhas, fim das coligações, da reeleição para cargos executivos, dificuldades para criação de novos partidos, dentre outras propostas que voltam a fortalecer o PMDB. A eleição do deputado Leonardo Picciani (aecista) para a liderança do PMDB, também foi indigesta para o Planalto. Já foi aprovado o convite para que toda semana compareça um ministro para dar explicações da sua pasta. Também foi aprovada uma nova CPI da Pe-trobras, que será instalada depois do Carnaval e, o que mais assusta, é a PEC da bengala, proposta que amplia de 70 para 75 anos a idade máxima de permanência no servi-ço público. Se for aprovada, a pre-sidente Dilma perderá o direito de indicar cinco ministros do STF em seu segundo mandato. Tem muito para contar. Vamos deixar para depois do Carnaval. Mas tudo isso não é uma grande folia?

PONTADA

Page 4: Noticiário 15a18 02 15

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ4 Macaé (RJ), domingo, 15 a quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Opinião

ESPAÇO ABERTO

EDITORIAL FOTO LEGENDA

A instabilidade econômica gerou um clima de incer-tezas em todo o país no início de 2015. Porém, até a realização do Carnaval, os anúncios sobre reajustes, arrocho tributário e denúncias de corrupção servi-ram como base para manifestações irreverentes que marcam a festa que acontece nas ruas de todo o Brasil.

Para promover a organização do trânsito e melhorar o fluxo dos veículos, a secretaria municipal de Mobilidade Urbana implementou neste mês placas de sinalização em vários pontos do Lagomar. Bairro que concentra o maior número de habitantes do município, a área registra também o deslocamento de caminhões que atendem a empresas baseadas na parte Norte do município.

Os anos de “farra” do crédito fácil e barato iriam aca-bar em algum momento. As contas públicas não fe-chavam. Era uma situação que a grande maioria sabia que não se sustentaria no longo prazo.

Nova fase

Apertem os cintos: o crédito sumiu!

Quando passar a folia, ini-cia-se uma nova fase para o povo brasileiro.

Seja através de máscaras, fan-tasias e cartazes, temas como as denúncias de corrupção na Petrobras, a crise institucional da Petrobras e as mudanças do governo federal que ainda não emplacou, tornaram-se popu-lar, à medida que personagens desta terrível trama passaram a ser vistos como figuras caricatas, e não mais como membros de um caso que começa a pesar no bolso de todo cidadão brasileiro.

A cerveja, tão consumida nas ruas durante o Carnaval, a carne, principal item dos chur-rascos e o combustível, essen-cial para o deslocamento dos foliões, representam produtos que sofreram variações no pre-ço em função de todas as crises que se abateram sobre o país, em apenas dois meses do ano novo: a desvalorização do petróleo, o inferno astral da Petrobras e a escassez da água.

Os três fatores implicarão, ao longo deste ano, em medidas econômicas que tornarão ainda mais pesada a carga tributária carregada pela população que se vangloriou em conquistar um

alto poder aquisitivo, mas tem o seu poder de compra reduzido em função da 'mordida' dos im-postos cobrados pelo governo federal.

Durante os cinco dias de folia, temas como a elevação da con-ta de luz, o reajuste na gasolina e a elevação do preço de frutas, carne, hortaliças e grãos fazem parte da letra de marchinhas que ecoam nos quatro cantos do país. Mas, como será quando os foliões sentirem na pele esses efeitos?

Não há para onde correr. Para manter estruturas de um poder questionado, os reajustes serão necessários para que os efeitos de todas as crises não interfiram ainda mais na rotina de todos os cidadãos que buscam acesso a serviços como saúde, educação e assistência social.

Macaé, em virtude da sua importância para a economia nacional, sente efeitos próprios das crises. Passada a empol-gação, é preciso garantir que a pauta defendida pelo comitê dos prefeitos do Norte Flumi-nense seja mantida e ampliada para que a geração de emprego não seja mais um item escasso na rotina da região do 'emirado do petróleo'.

Um país não pode se manter indefinidamente apenas pelo consumo. E, pelo que estamos

vendo, chegou o fim dessa era.Graças à tradicional falta de visão

de médio e longo prazo dos nossos administradores públicos, a coisa é tocada, na maioria das vezes, do mesmo jeito nas três esferas. Privi-legia-se, quase que religiosamente, o curto prazo. O médio e o longo não garantem a eleição e, se algo der er-rado, empurra-se o problema para o próximo administrador. É só a gente olhar a questão da crise hídrica pa-ra ter certeza disso. Ela não surgiu do nada e nem começou ontem. Foi empurrada com a barriga e estou-rou, por “coincidência”, depois do resultado das eleições.

Então, pelo que se vê, não há nada mais a esconder. Chegou a hora do ajuste econômico também. O avião chamado Brasil vai ter que aterris-sar, pelo menos por algum tempo, para “manutenção”. O que vai ser feito pelo governo federal, eu não sei, mas torço para que dê certo. Mas, uma coisa estamos vendo, ire-mos pousar este avião "de barriga". Poderá haver grandes danos e preju-ízos para muita gente e o momento é de ação e prudência.

Pegar empréstimos agora é o me-nos recomendável. A não ser que você tenha uma estratégia muito definida, e não o use para o consumo, você deve evitar a todo o custo essa opção. Os juros subiram e poderão aumentar mais nos próximos meses.

Venda tudo que tenha de supér-fluo, corte ao máximo as despesas e prepare sua “reserva de emergên-cia. Não espere o perigo chegar pa-ra descobrir que você não tem um “paraquedas de emergência”. Tenha cautela ao gastar e lembre-se que, se a

economia piorar, podem ocorrer on-das de demissões e você ou parentes próximos podem ser afetados. Esteja preparado para isso.

Se você é um profissional focado em entregar resultados e resolver problemas, provavelmente, não será afetado. Ou, talvez, até promovido. Na época de crise, as empresas demitem quem não entrega resultado e pre-servam, no geral, os melhores para superar a época das “vacas magras”. Se você não está neste grupo de pes-soas focadas em resultados, há tempo ainda. Há excelentes cursos gratuitos na internet para melhorar a sua em-pregabilidade e, para quem está com o coração aberto para mudanças, uma crise pode ser a oportunidade de uma grande virada profissional na vida.

Enfim, vamos ter de reaprender (todos nós) agora a conviver com ju-ros mais altos e menos crédito, mas com dedicação e esforço de todos, do grupo familiar, inclusive, poderemos amadurecer financeiramente e tirar novas conclusões desta crise econô-mica (e de tantas outras que de forma recorrente ainda encontraremos pela frente). Crises vão, crises, vem. Esta não será a primeira e nem a última. Temos é que estar preparados finan-ceiramente para enfrentá-las. E não se esqueça que crise, para muitos, é sinal de “virada de mesa”. É como diz aquele ditado: “enquanto uns choram, outros vendem lenços”. De que lado você quer estar?

Lélio Braga Calhau é Promotor de Justiça de defesa do consumidor do Ministério Público de Minas Gerais. Graduado em Psicologia pela UNIVA-LE, é Mestre em Direito do Estado e Cidadania pela UFG-RJ e Coordena-dor do site e do Podcast "Educação Financeira para Todos".

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ConviteNão custa nada lembrar que a modalidade 'carta-convite', aplicada pela Petrobras na contratação de empresas investigadas pela operação Lava-Jato, que apura denúncias de corrupção na com-panhia, é o mesmo sistema de licitação feito pela estatal para a concorrência das operações por-tuárias, questionada pela prefeitura de Macaé na justiça. Sem anunciar quem venceu o processo, a empresa afirma que pretende assinar o contrato no primeiro dia até o fim do próximo mês.

PortoMesmo garantindo de forma agilizada o licencia-mento prévio, documento que emperra as obras do novo porto de Macaé, a construção do estaleiro de Barra do Furado, uma obra fruto da parceria entre Quissamã, Campos dos Goytacazes e o gover-no do Estado, segue em ritmo bastante lento. A Zona Especial de Negócios, criada pelo governo quissamaense, ainda não recebeu a instalação de uma empresa. No passado, a expectativa era que o projeto atraísse R$ 500 milhões em investimentos.

AmbienteO corte de árvores, sem a devida autorização da secretaria municipal de Ambiente, corre de forma discriminada na cidade. A vegetação é suprimida em locais onde há o crescimento imobiliário intenso. Por exemplo, no Parque Aeroporto e na Aroeira as plantas são derru-badas para dar espaço a garagens e até espaço para comércios. Até mesmo a poda pode com-prometer a estrutura e a saúde das árvores. A fiscalização precisa ser intensificada.

EconomiaCom a previsão de reajuste na tarifa de energia, tem gente em Macaé que se arrependeu de comprar aparelhos de ar-condicionado. É que, além da aquisição do produto, que chega a custar em média R$ 1 mil, ainda é preciso pagar pela instalação, que não sai por menos de R$ 500. Com a elevação da conta, o jeito é recorrer aos ventiladores portáteis ou de teto, que consomem a metade da energia. O reajuste deve pesar no bolso dos consumidores a partir de março.

PrivatizaçãoApós a realização da edição deste ano da Brasil Offshore e a conclusão das obras de reforma, um investimento total de R$ 14 milhões, o go-verno municipal poderia estudar a proposta de privatização do Centro de Convenções Jorna-lista Roberto Marinho. O espaço possui capaci-dade de receber eventos voltados a vários seg-mentos da economia da cidade, despertando o interesse empresarial que garantirá retorno ime-diato aos cofres públicos. Não é uma boa ideia?

Água O abastecimento em Macaé é uma questão que vai além da oferta de água nos Rios Macaé e São Pedro. Qualquer investimento planejado pela Nova Cedae para o setor precisa levar em consideração o atendimento a Rio das Ostras. Porém, apesar de atender a cidade vizinha, o sistema que é captado nas reservas situadas em território macaense não garante o retorno necessário ao município, que enfrenta o maior déficit entre as cidades do interior do Estado.

DrenagemEm dias de chuva, as pistas das Linhas Azul e Verde tornam-se escorregadias, o que compro-mete a segurança dos condutores. Em alguns pontos ocorrem a concentração de grandes vo-lumes de água, o que requer atenção redobrada dos motoristas. Apesar de contar com o esco-amento natural, as vias expressas poderiam receber também a manutenção dos bueiros e do sistema de drenagem, evitando o registro de acidentes graves.

EleiçãoEmbalado pelo efeito Marina Silva, lideranças que almejam conquistar vaga na futura com-posição da Câmara de Vereadores buscam espaço no diretório municipal do PSB, parti-do que acolheu a ex-senadora na disputa pela presidência da República, no ano passado. Se a nível federal ela ficou em terceiro, em Macaé, Marina conquistou a maioria dos votos por duas eleições seguidas, em 2010 e 2014. A legenda passa a ser encarada como uma 'nova via'.

NomeaçãoNesta semana, Antônio Vaz Capute foi anun-ciado como o novo secretário estadual de De-senvolvimento Econômico. Ele assume o lugar de Júlio Bueno que, em seu último dia como gestor da pasta, assinou a carta manifesto ela-borada pelos prefeitos do Norte Fluminense unidos no enfrentamento da crise do petró-leo. Bueno foi indicado pelo governo Pezão (PMDB) para assumir a secretaria estadual de Fazenda.

EXPEDIENTE

PAINEL

GUIA DO LEITORPOLÍCIA MILITAR: 190POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL: 191SAMU - SERV. AS. MED. URGÊNCIA: 192CORPO DE BOMBEIROS: 193DEFESA CIVIL: 199POLÍCIA CIVIL - 123ª DP: 2791-4019DISQUE-DENÚNCIA (POLÍCIA MILITAR): 2791-5379DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (24 HORAS): 2796-8330DEL. DE POL. FEDERAL (DISQUE DENÚNCIA): 2796-8326DEL. DE POL. FEDERAL (PASSAPORTE/VISTO): 2796-8320DISQUE-DENÚNCIA (CÂMARA DE MACAÉ): 2772-7262HOSPITAL PÚBLICO MUNICIPAL: 2773-0061AMPLA: 0800-28-00-120CEDAE: 2772-5090PREFEITURA MUNICIPAL: 2791-9008DELEGACIA DA MULHER: 2772-0620GUARDA MUNICIPAL: 2773-0440ILUMINAÇÃO PÚBLICA: 0800-72-77-173AEROPORTO DE MACAÉ: 2772-0950CARTÓRIO ELEITORAL 109ª ZONA: 2772-9214CARTÓRIO ELEITORAL 254ª ZONA: 2772-2256CORREIOS - SEDE: 2759-2405AG CORREIOS CENTRO: 2762-7527TELEGRAMA FONADO: 0800-5700100SEDEX: 2762-6438CEG RIO: 0800-28-20-205RADIO TAXI MACAÉ 27726058CONSELHO TUTELAR I 2762-0405 / 2796-1108 PLANTÃO: 8837-4314CONSELHO TUTELAR II 2762-9971 / 2762-9179 PLANTÃO: 8837-3294CONSELHO TUTELAR III 2793-4050 / 2793-4044 PLANTÃO: 8837-4441

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 15 a quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015 5

Polícia

Operação 'Rodando Legal' é de�agrada durante o carnaval

FISCALIZAÇÃO

A Polícia Militar do 32° BPM deflagra, nesses dias de folia, a Operação Rodando Le-gal em Macaé e Rio das Ostras. A corporação conta, desde a última sexta-feira (13), com o reforço de 12 reboques.

Segundo o Comandante, Jorge Fernando Pimenta, os principais alvos são as irregu-laridades de veículos e docu-mentação, além de uma ação de vasculhamento e busca por drogas e armas. “Os cri-minosos se fazem valer desta época de carnaval para refor-çar o armamento e o estoque de entorpecentes, trazendo carregamentos de outras ci-dades do Estado e do Rio de Janeiro. Os veículos usados nestas ações geralmente são roubados e descartados assim

Desta vez, a Polícia Militar conta com o reforço de 12 reboques

que servem aos propósitos”, relatou.

As atividades têm natureza dinâmica, não permanecendo nos mesmo locais de forma re-petitiva. O planejamento levou em consideração os estudos

KANÁ MANHÃES

Segundo o Comandante, Jorge Fernando Pimenta, os principais alvos são as irregularidades de veículos e documentação, além de uma ação de vasculhamento e busca por drogas e armas

feitos com base nas ocorrên-cias em determinadas locali-dades, como as áreas frontei-riças de bairros e municípios, por onde costumam entrar os materiais ilícitos.

O Rodando Legal tem pre-

visão de término apenas na quarta-feira (18). Até lá, vários pontos de Macaé e Rio das Os-tras são monitorados constan-temente. Além dos reboques, viaturas e motocicletas auxi-liam na fiscalização.

Pedo�lia: um mal silencioso que atinge famílias de todas as classes

CRIME

Um mal, que espreita silenciosa-mente as casas de muitas famílias brasileiras, continua aparecendo nas estatísticas criminosas divul-gadas pelas autoridades públicas: a pedofilia. Essa prática encontra terreno fértil em locais onde o silêncio reina absoluto e o único grito de socorro emitido, muitas vezes é a mudança de comporta-mento das vítimas. Pais, respon-sáveis, educadores e a sociedade em geral devem se empenhar para combater esse crime, que além de ferir fisicamente, deixa sequelas

A cidade de Macaé continua na luta contra esta prática criminosa e imoral

psicológicas e emocionais muitas vezes irreversíveis. Vale lembrar que a pedofilia se refere à prática ou abuso sexual com crianças e adolescentes até 14 anos de ida-de, além de envolver a produção, distribuição e posse de imagens com conteúdo sexual.

Neste cenário, faz-se necessá-rio tomar cuidados para evitar que uma tragédia aconteça. De acordo com Cíntia Carla da Silva Rasma, fundadora do Programa Macaé Contra a Pedofilia, fatores como a falta de informação dos pais e responsáveis, a dificulda-de de se comprovar a prática de determinados abusos sexuais e a falta de denúncia, contribuem di-retamente para uma situação que se perpetua. “Costumo dizer que

a pedofilia é um mal silencioso e quem não possui um bom olhar, uma boa intuição, dificilmente perceberá. Muitas vezes, a única mudança perceptível é no com-portamento das vítimas, que se afastam dos familiares e conheci-dos, preferindo a solidão e a quie-tude. Nas palestras que realizo em escolas, instituições públicas e privadas, como mãe de dois filhos e esposa, costumo fazer um apelo aos pais, educadores e a sociedade para que busquem dar uma aten-ção diferenciada a essa questão.”

No ambiente educacional, on-de boa parte da vida das crianças e adolescentes acontece, a respon-sabilidade também recai sobre os profissionais que o compõem. Para Kátia Valéria Magalhães, pesqui-

KANÁ MANHÃES

Manifestação do Programa Macaé Contra a Pedofilia realizada nas ruas da cidade. O evento contou com a presença de pais, filhos e vítimas

sadora e professora de História, a escola tem papel fundamental na disseminação do combate contra os abusos sofridos. “A instituição deve prezar pelo bem-estar e segu-rança dos seus alunos. Precisamos que campanhas educacionais, pa-lestras e principalmente a cons-cientização com o uso de cartilhas explicativas, vídeos e ferramentas de entretenimento sejam realiza-das de forma constante, para não cair no ostracismo. Porque o crime não cai.”

Ainda segundo a fundadora do Programa contra a pedofilia, uma boa forma de se diagnos-ticar o problema é o chamado olhar protetivo. “Chamo de olhar protetivo aquele que per-cebe uma nuance diferente, uma

mudança, mesmo que muito su-til, na forma como a criança ou adolescente passa a apresentar. Um silêncio repentino, um afas-tamento do contato com as pes-soas podem significar que algo está errado”, garante Cíntia.

Além de se dirigir aos agentes dos Conselhos Tutelares de ca-da cidade e delegacias de Polícia,

qualquer cidadão que desconfie de uma situação pode denunciar, de forma anônima, a suspeita de um crime pelo telefone Disque 100, que funciona 24 horas por dia. Apenas em 2013, de acordo com um relatório da Polícia Federal, o crescimento no número de prisões por pedofilia cresceu 127% em re-lação ao ano anterior.

BOMBEIROS

Heróis macaenses se destacam no salvamento de vítimas nas praias Série de reportagens aborda o trabalho dos guarda-vidas nas orlas da regiãoThuany [email protected]

Eles caminham pelas areias da praia usando camisetas vermelhas e sungas pretas.

Muitas vezes, estão com um apito no pescoço, alertando os banhistas para que não se aproximem de lo-cais críticos de mergulho ou fiscali-zando potenciais vítimas que o mar queira abocanhar. Em outras, arris-cam as próprias vidas para salvar a vida daqueles que, por descuidos, tentam enfrentar a correnteza e os perigos submersos nas águas das praias: eles são os guarda-vidas.

Em um trecho que compreende as cidades de Macaé, Rio das Ostras, Quissamã e Casimiro de Abreu, cerca de 60 homens patrulham as areias diariamente, debaixo de sol escaldante, enquanto as pessoas buscam refúgio e um pouco de diversão. É principalmente nos fi-nais de semana e nos feriados que englobam o verão que o número de afogamentos dá um salto nos índi-ces. E o trabalho dos guarda-vidas aumenta na mesma proporção.

Em Macaé, o 9° GBM possui a

chamada Subseção de Atividades Especiais (SSAE), coordenada pelo tenente Carlos Francisco. Na SSAE, estão agrupados os agentes da ca-tegoria de guarda-vidas, que se di-vide em três funções: guarda-vidas de areia, operador de embarcação e mergulhador. A principal dife-rença entre esses bombeiros para os demais é que, além de serem combatentes, são os únicos aptos a exercer atividades no mar. Para isso, recebem treinamentos espe-cíficos, de acordo com as exigências de cada ação.

No posto de atendimento da Praia dos Cavaleiros, o 2° Sargen-to Maurício de Melo Maia Júnior, ou apenas Sargento Maia, exerce o cargo há 16 anos. Atualmente com 38 anos, Maia afirma que o principal incentivo partiu de sua mãe. “Ela sempre me apoiou e me ajudou a chegar até aqui. Tive que me preparar durante quatro me-ses, praticando exercícios inten-samente, como natação e corrida, tudo para conseguir passar nos testes físicos. Depois de ter sido aprovado, entrei como comba-tente na corporação, onde fiquei

KANÁ MANHÃES

Parte da equipe que compõe a Subseção de Atividades Especiais (SSAE) em prontidão para atender os frequentadores da Praia dos Cavaleiros

por um ano. Após esse período, fiz o curso interno para guarda-vidas e estou na função até hoje”.

Na Praia dos Cavaleiros, os com-panheiros de ação do Sargento são a boia conhecida rescue tube (tubo de resgate, em inglês) e o pranchão de madeira, com mais de dois me-tros de comprimento. “A maioria das ocorrências costuma envolver

apenas uma pessoa. Neste caso, entro com o rescue tube, no qual envolvo a vítima, prendendo-a por um fecho e a puxo, utilizando uma corda acoplada à boia até alcançar a beira da praia. Quando duas ou mais pessoas se afogam, entra em ação o pranchão, que me auxilia no resgate. De qualquer forma, as condições do mar também in-

fluenciam na hora de decidir qual equipamento usar”, relata Maia.

Maia também tem a missão de percorrer toda a orla, com o apito em punho e orientar banhistas que se arriscam em pontos da praia que estão com a bandeira vermelha hasteada, ou seja, de-terminando que a proibição de mergulho naquele lugar é total. Enquanto ele patrulha as areias, seu companheiro de trabalho, o 1° Sargento Gecy Soares Chaves, acompanha a movimentação das pessoas com o uso do binóculo, função que também exerce junta-mente com o posto de supervisor operacional da Subseção. Gecy, um dos bombeiros mais antigos, com 25 anos de Corporação, atua como guarda-vidas desde 1990. “Meu trabalho consiste em orga-nizar e administrar os 63 homens que compõem o grupo de guarda-vidas, orientando-os quanto aos procedimentos e designando-os aos postos para atuação. Reporto todas as informações ao tenente Carlos Francisco que, posterior-mente, repassa-as ao comandan-te. Além dessas responsabilidades,

assumo também a posição como guarda-vidas na areia, auxiliando banhistas e frequentadores e en-trando no mar para salvamentos”, garante o sargento Gecy.

Ainda de acordo com ele, o tra-balho dura o ano todo, mesmo com as praias vazias em épocas como o outono e o inverno. Cada agente que chega ao posto se prepara com atividades físicas, justamente para manter o bom condicionamento físico. Entre os exercícios, estão a natação por quilômetros e corridas na parte fofa da areia. Já no verão, o ritmo de atendimentos aumenta bastante. “Chegamos a fazer mais de 100 resgates em apenas um dia. A época mais preocupante é o carnaval, com a orla lotada de mo-radores e turistas que frequentam a praia, mas não conhecem o me-lhor lugar para mergulhar ou não obedecem à sinalização. Atitudes simples podem salvar vidas e evi-tar tragédias. A principal delas é, assim que chegar com a família, buscar orientação com o guarda-vidas mais próximo. Nosso traba-lho é estar à disposição da socieda-de”, conclui Gecy.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ6 Macaé (RJ), domingo, 15 a quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Economia Redes hoteleira e de gastronomia recebem orientação sobre descarte de gordura

NOTA

QUESTÃODE JUSTIÇA

PEC da Bengala

Estudo de ImpactoA prorrogação em cinco

anos na idade-limite para aposentadoria compulsória iria impedir a renovação da administração pública, e a longa permanência dos mem-bros das instituições jurídicas teriam reflexo imediato na ju-risprudência, que precisa es-tar em constante evolução de forma a acompanhar as mu-danças de nossa sociedade.

Ademais, nada impede que aposentados possam con-tinuar a trabalhar de forma privada. Quem acompanha as notícias, sabe que a ex-Mi-nistra do STF Ellen Gracie está no Comitê Especial de Investigação da Petrobras, ou seja, em plena atividade profissional.

Sem dúvida todos corre-riam o risco de perder servi-dores dos mais brilhantes aos 70 anos, mas qual seria o im-pacto de uma Emenda Cons-titucional desta envergadura em todo país? Não dá para descobrir isso na prática!

É necessário um amplo debate na sociedade para que sejam analisados todos os aspectos da Proposta de Emenda Constitucional 457, que apesar de ter como prin-cipal alvo a possibilidade de permanência da alta cúpula do poder judiciário, poderá impactar todas as carreiras do Estado.

Além disso, a permanência dos Ministros do Supremo

Tribunal Federal e do Supe-rior Tribunal de Justiça vai na contramão do que acontece por todo o mundo, já que a tendência é estabelecer man-datos fixos para os juízes das Supremas Cortes. A emenda, se aprovada, poderá permitir que um Ministro ocupe a vaga por quase 40 anos.

Até 2018, cinco Ministros alcançarão a idade-limite: Celso de Mello que comple-ta 70 anos em novembro de 2015, Marco Aurélio Mello, que irá completar esta idade em julho de 2016, Ricardo Lewandowski, em maio de 2018, Teori Zavascki, agosto de 2018 e Rosa Weber em ou-tubro de 2018.

A PEC tramita há dez anos e temos, agora, uma nova composição parlamentar, o que por si só justificaria um novo estudo pela Congresso Nacional, que deveria reali-zar um amplo debate com a sociedade civil organizada, audiências públicas, estudos de impacto, cálculos atua-riais, para que se tenha um diagnóstico real do que advi-ria da aprovação da 'PEC da Bengala'.

A discussão não pode ter como foco a disputa política de quem indicará os novos Ministros dos Tribunais Su-periores, fato que motivou que a proposta fosse desen-terrada agora. O que está em jogo é o futuro do país.

ANDREA MEIRELLES [email protected]

Oxigenação do Judiciário

A P r o p o st a d e E m e n d a Constitucional (PEC) 457 que altera a idade da aposentado-ria compulsória de 70 para 75 anos de idade no serviço públi-co é conhecida de forma pejo-rativa como 'PEC da Bengala'.

A PEC é polêmica, pois pos-sibilitará, por exemplo, que os Ministros do Supremo Tribu-nal Federal (STF), do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Tribunal de Contas da União (TCU) permaneçam no cargo até os 75 anos, em vez de se retirarem aos 70 anos como acontece hoje.

A alteração constitucional foi proposta em 2005 pelo

então Senador Pedro Simon (PMDB-RS), e foi dirigida es-pecialmente aos Ministros dos Tribunais Superiores, pois pa-ra estes, a Emenda se aprovada entra em vigor de imediato, ao contrário dos demais servi-dores, que só terão direito à prorrogação da idade-limite após a elaboração de uma Lei Complementar.

Considerando que a Cons-tituição Federal de 1988 ainda tem artigos que esperam há 27 anos por Leis Complementa-res que lhe deem eficácia, a extensão do direito para os servidores comuns poderia demorar várias décadas.

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), a Associação dos Juízes Federais do Brasil (AJUFE) e a Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho (ANA-MATRA) defendem que, ape-sar do inegável aumento da expectativa de vida, a proposta implica em graves prejuízos ao interesse público e às carreiras do Ministério Público e do Ju-diciário, impedindo sua “oxi-genação”.

É provável que ocorra um

engessamento das carreiras, em razão da possibilidade ofe-recida de longa e desproporcio-nal permanência dos membros do judiciário nos órgãos de cú-pula e dos membros do Minis-tério Público que lá atuam.

A extensão da idade-limite para aposentadoria também poderá implicar no aumen-to das despesas com a previ-dência pública, em virtude do fomento às aposentadorias voluntárias diante da falta de perspectiva de ascensão na carreira.

Regra de TransiçãoNo caso de ocorrer apro-

vação da PEC no Congresso seria necessário a fixação de uma regra de transição. Imagi-ne a situação de uma eventual ação de inconstitucionalidade, proposta em razão da Emenda Constitucional onde os pró-prios Ministros que seriam

beneficiados decidiriam o seu destino?

Por isso, a importância que a PEC não diferencie o judiciário das demais carreiras, preven-do uma regra de transição, que não permita que a decisão tra-ga benefícios pessoais aos seus julgadores.

CARNAVAL

Funcionários do comércio têm direitos garantidos durante o CarnavalAlguns preferem abrir mão da festa para ganhar com as horas extras. Outros, não têm escolha

Guilherme Magalhã[email protected]

Prevendo um difícil 2015, muitas pessoas optaram por contrariar o antigo

ditado popular de que o ano só começa após o Carnaval e vão trabalhar durante a festa. Em Macaé são muitos os estabe-lecimentos que permanecem abertos no período, entre eles, postos de gasolina, supermer-cados, farmácias, padarias e até algumas grandes lojas de departamento. Dessa forma, o que diversos funcionários não sabem é que têm seus direitos garantidos em lei e devem es-tar cientes na hora de verificar o recebimento das horas extras trabalhadas durante a maior festa popular do Brasil.

De acordo com o Sindicato do Comércio em Macaé, com exce-ção de acordos coletivos entre patrões e empregados que pre-vejam outro tipo de compensa-ção, o trabalho em dia de feria-do não compensado dá direito a um pagamento em dobro na comparação com um dia nor-mal. Dessa forma, quem traba-lha no domingo (15) e no feriado de terça-feira (17) tem direito a receber 100% de hora extra (da abertura ao fechamento) e uma folga remunerada já para a se-mana seguinte. Por outro lado, o trabalho na segunda-feira de Carnaval e na quarta-feira de Cinzas não dá direito ao abono, já que, pela legislação, são con-siderados dias úteis. Além dis-

so, a determinação só vale para quem não trabalha em regime de escala.

Para Ivan Marins, atendente de um restaurante no Centro da cidade e garçom nas horas extras, a época é sempre oportu-na para arrecadar um dinheiro a mais.

“Gosto da festa, mas este ano, por exemplo, se eu trabalhar to-dos os dias, devo conseguir tirar até R$ 500 a mais para ajudar

nas contas de casa. Então es-tou pensando um pouco sobre deixar a folia de lado e focar no trabalho”, conta.

Já para Camila Figueiredo, que é caixa de supermercado e não teve seu pedido de liberação aceita pela gerência, o jeito é se conformar e também aproveitar para fazer um dinheiro extra.

“Dei azar esse ano porque ninguém quis pegar a hora ex-tra, e na escala a vez é minha. É

meio agonizante saber que cada pessoa que passa por você com as compras está se divertindo lá fora. Mas a população que permanece na cidade também precisa dos serviços básicos funcionando”, diz.

Concluindo com um final fe-liz após o drama, Camila pontua que à noite vai correr para casa e partir para Costa Azul, em Rio das Ostras para aproveitar o trio elétrico das 22h.

KANÁ MANHÃES

Supermercados são os principais estabelecimentos a permanecer em funcionamento durante o carnaval

Agências bancárias não funcionarão para atendimento segunda e terça

SERVIÇO

Serviço só volta a funcionar normalmente após às 12h da quarta-feira de cinzas. Clientes deverão recorrer a canais alternativos de atendimento para realizar operações bancárias

As agências bancárias estarão de portas fechadas pa-ra os serviços de atendimento nesta segunda-feira (16) e ter-ça-feira (17). De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o serviço só volta a funcionar normalmente após o meio-dia de quarta-feira (18).

Para evitar transtornos e prejuízos, os usuários de Ma-caé devem saber que contas de consumo, como, por exemplo, água, luz, telefone e TV a cabo, além dos carnês com prazo de vencimento durante o período, poderão ser pagas no dia útil seguinte sem a incidência de multa - neste caso, dia 18 de fe-vereiro (quarta-feira).

Já para realizar outras opera-ções, a população também pode utilizar os canais alternativos de atendimento, como caixas eletrônicos, Internet Banking, Mobile Banking, banco por te-lefone e correspondentes (casas lotéricas, agências dos Correios, redes de supermercados e ou-tros estabelecimentos comer-ciais credenciados).

WANDERLEY GIL

Serviço só volta a funcionar normalmente a partir do meio-dia da quarta-feira de cinzas

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 15 a quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015 7

Geral

BIODIVERSIDADE

Jurubatiba de portas abertas para aula de Educação Ambiental

Em meio ao início do ano letivo 2015, e com a finalidade de atender aos alunos e pro-fessores para aula de educação ambiental ao longo de todo ano, o Parque Nacional da Res-tinga de Jurubatiba segue com agenda aberta para atividades. As visitas à unidade podem ser agendadas pelo email [email protected]

O agendamento é uma de-terminação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio) pa-ra garantir maior participação possível dos interessados.

O agendamento deve ser fei-to com antecedência para que a unidade possa atender a todos. E de preferência nos turnos da

Parque é considerado umas das unidades de Conservação mais bem preservada do País

manhã, as visitas devem ser agendadas para o horário entre 8h e 11h, devido ao sol.

De acordo com o subchefe da unidade, Marcos César dos Santos, as próprias unidades de ensino deverão providenciar o transporte dos alunos e eles, assim como qualquer visitante, devem colocar trajes leves de caminhada como calças leves, camisetas, tênis, e os interessa-dos também podem levar má-quina fotográfica.

Ele lembra ainda que uma das grandes dificuldades do ICMbio ano passado para viabilizar as visitas foi a questão do trans-porte e que em função disso, o ICMbio já está licitando um veículo tipo van para que eles possam atender com mais co-modidade os visitantes.

Fazem parte do cronograma de visitas aula no auditório do Centro de Visitantes, acesso à Torre de observação de 15m,

WANDERLEY GIL

Orientação é para que as visitas sejam agendadas de preferência para o turno da manhã, entre 8h e 11h, devido ao sol

onde se pode ver a restinga de outro ângulo, caminhada na unidade mais preservada do país, entre outras atividades.

Criado em 1998, e localiza-do no norte do estado do Rio de Janeiro, o Parque engloba os municípios de Macaé (1%), Carapebus (34%) e Quissamã (65%), é composto por 44km de praias e 18 lagoas costeiras de rara beleza e ano passado passou a contar com um Cen-tro de Visitantes, localizado no Lagomar. Estende-se por uma área de aproximadamen-te 60 km de comprimento por 10 km de largura em planícies arenosas. E ao longo de toda sua extensão, esse pequeno espaço intocado é reduto de diversas espécies da fauna e da flora. Entre as vegetações encontradas na unidade estão moitas, aquática, pós-praia e florestas pantanosas e perio-dicamente inundadas.

NUPEM/ UFRJ

Últimas semanas de inscrição para o Curso de Cinema Ambiental

O Núcleo em Ecologia e De-senvolvimento Socioambiental de Macaé (Nupem) segue com as inscrições abertas para o 9º Curso de Cinema Ambiental (Cuca / Nupem- UFRJ). Os in-teressados podem se inscrever até o dia 26 de fevereiro, me-diante o preenchimento do for-mulário disponível no link: ht-tps://docs.google.com/forms/d/1zUSfr5y74kqiTxIVsJK-Pddk15bYFYuojuulaBbEyjo) ou na página www.cuca.bio.br .

O resultado do processo sele-tivo será divulgado no dia 27 de fevereiro pelo www.cuca.bio.br.

Prazo para inscrição encerra dia 26. Edital completo está disponível em www.cuca.bio.br

Já o curso vai acontecer entre os dias 9 e 13 de março, na sede do Nupem. Haverá ainda ativida-des no município de Carapebus.

O curso visa levar os partici-pantes (alunos, professores e técnicos da UFRJ e a comunida-de externa) a um contato direto com as técnicas e a metodologia da produção de um documentá-rio, utilizando o Parque Nacio-nal da Restinga de Jurubatiba como cenário.

Por meio dele, a ideia é pro-duzir durante uma semana de imersão, um registro estetica-mente simples e acima de tudo o mais próximo possível da rea-lidade e da vivência do persona-gem registrado.

Ao término do curso, todos os participantes que apresentarem frequência superior a 75% rece-berão um certificado totalizan-

WANDERLEY GIL

Curso já resultou na confecção de oito documentários com personagens do Parque Jurubatiba

do 40h. A iniciativa é um projeto em

experimentação desenvolvido pelo Laboratório de Cinema Ambiental do Núcleo de Arte, Mídia e Educação (AME) da UFRJ - Macaé, localizado no NUPEM e vinculado ao Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas. Um projeto interdis-ciplinar baseado na linguagem e gramática do cinema. As lentes focam pessoas e ambientes, em busca de novas formas de olhar a integração dos conhecimen-tos.

O projeto consiste ainda na realização de uma série de fil-mes documentários inéditos, tendo como pano de fundo as questões ambientais locais. O resultado do processo seletivo será divulgado no dia 27 de fe-vereiro pelo www.cuca.bio.br.

MEIO AMBIENTE

Cientista esclarece fatores que geram escassez de águaProfessor da UFRJ, Francisco Esteves, ressalta a importância da preservação das nascentes do Rio Macaé, manancial responsável por abastecer a cidade e região Juliane Reis [email protected]

Em meio à crise hídrica nacional registrada nos últimos meses, o cientis-

ta e professor da Universidade federal do Rio de Janeiro, Fran-cisco Esteves, ressalta que em Macaé a escassez da água está relacionada a três fatores. São eles: a degradação da bacia hídri-ca mais o aumento da demanda de consumo somado ainda à má gestão da Cedae.

“Há muito tempo nós, am-bientalistas, já falávamos dessa seca em Macaé. Observamos a destruição cada vez mais cres-cente das matas ciliares, os aterros, construções irregulares, tudo que é fundamental para a crise. Nos últimos meses, devido à falta de chuva, a seca no muni-cípio assim como em todo Brasil se tornou algo visível”, explica.

Ele conta ainda que vamos ter períodos de muitas secas e chu-vas intensas. E destaca que o consumo de água está crescendo e a tendência é aumentar cada vez mais e que, em virtude disso, medidas necessárias devem ser tomadas o quanto antes. “Con-tinuo batendo na tecla de que é necessário reflorestar as matas das galerias e preservar o que ainda existe. Não se pode mais autorizar fazendeiros a desma-tar florestas. É preciso preser-

var as nascentes do Rio Macaé e recuperar as áreas que ainda são possíveis de recuperação”, ressalta.

O cientista alerta também que

FOTOS WANDERLEY GIL

Cientista alerta que não podemos imaginar a economia do petróleo sem água

não podemos imaginar a econo-mia do petróleo sem água. “Ma-caé é uma cidade conhecida co-mo a Capital Nacional do Petró-leo e que recebe várias empresas,

e todas dependem de água, há gastos do recurso hídrico e sem água não há condições de man-ter e garantir investimentos. A água tem que se tornar uma po-

lítica de estado”, frisou. Recentemente, em outra en-

trevista concedida ao Jornal, Esteves lembrou que a sobre-vivência do Rio está nas mãos

do poder municipal e da popu-lação e que, se providências não forem tomadas o quanto antes, pode ser que em um futuro bem próximo o município tenha que importar água.

Para ele, o governo municipal deveria fazer como várias prefei-turas do Brasil, notadamente a do Estado de São Paulo: criar se-cretarias de Gestão de Recursos Hídricos com orçamento e com poder para promover a gestão racional dos recursos hídricos do município. “Macaé tem que tornar a gestão racional de seus recursos hídricos uma política de governo municipal, que te-nha poder e orçamento indepen-dente de gestão. Motivo: a água é um recurso estratégico para a população e para o qual não há substituto”, disse.

O docente ressalta ainda que, se continuarem os elevados ní-veis de degradação da mata de galeria e das matas protetoras das nascentes que abastecem a calha do Rio Macaé, sem contar com o elevado nível de degrada-ção da qualidade da água, será inevitável em curto tempo en-frentarmos a escassez de água doce para atender as crescentes demandas da população, seja para uso doméstico, irrigação, agropecuária, geração de ener-gia (termoelétricas), assim como para atender as demandas da ca-deia do petróleo.

Amvisa participa do segundo Encontro de Educação em Saúde na Baixada Fluminense

NOTA

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ8 Macaé (RJ), domingo, 15 a quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

BAIRROS EM DEBATE Horto

Moradores do Horto reivindicam algumas melhoriasSegundo eles, construção de área de lazer e conclusão de obra da UBS estão na lista de prioridadesMarianna [email protected]

Nem mesmo as áreas rurais do município estão livres do cres-

cimento que Macaé vem so-frendo ao longo dos últimos anos. Um exemplo disso é o bairro do Horto, que apesar de distante do Centro, vem sofrendo um forte aumento na sua população.

Para se ter ideia, atualmen-te existem dois condomínios no bairro, cada um com uma média de 500 casas. Além disso, também tem as re-sidências do lado de fora, maioria beirando a Estrada

do Horto (antiga Macaé-Glicério).

Ao mesmo tempo, o bairro ainda tem uma forte incidên-cia de sítios, dando ao lugar um aspecto meio rural. De-vido a tranquilidade, muita gente tem optado por morar ali em busca de uma melhor qualidade de vida.

Mas, assim com vem ocor-rendo em todo município, o bairro está crescendo sem infraestrutura. Diante disso, essa semana o Bairros em Debate retorna ao local para ver o que melhorou e o que continua da mesma forma.

Entre as reivindicações de quem vive ali estão a criação de

uma área de lazer, saneamento básico, pavimentação de algu-mas ruas, conclusão das obras da Unidade Básica de Saúde (UBS) e a duplicação da ponte da Estrada do Horto.

No caso da rede de esgoto, a Empresa Municipal de Sane-amento (Esane) explica que o bairro Horto faz parte do Subsistema Centro. A Ode-brecht Ambiental, conces-sionária responsável pelas obras, prevê a conclusão des-se subsistema até o final de 2016. Enquanto isso, a Esane vem realizando as manuten-ções preventivas e corretivas através das solicitações no tele-atendimento.

FOTOS KANÁ MANHÃES

Bairro situado em meio a área rural vem sendo alvo de expansão imobiliária

População cobra instalação de sinalização verticalSe por um lado o asfalto me-lhorou o acesso ao bairro, por outro também acabou aumen-tando os riscos de acidentes. Tudo isso se dá devido ao fa-to de que muitos motoristas trafegam acima dos limites de velocidade.

Muitos moradores recla-mam disso, inclusive, já foram presenciados vários acidentes envolvendo os veículos por conta da imprudência. Mas se por um lado a sinalização na pista foi feita, por outro faltam placas ao longo de to-da via.

Outro pedido é em relação à sinalização no acesso ao bairro. Apesar disso poder ser feito de duas maneiras, pela Linha Verde ou pela RJ-168, sendo a segunda opção a mais utilizada pelos moradores. Ao mesmo tempo ela é uma das mais perigosas, tudo isso por estar localizada próxima a uma curva.

Não bastasse a visibilidade prejudicada, os motoristas precisam contar com a boa vontade de quem trafega pela RJ-168, na maioria das vezes acima do limite de velocidade permitido.

Outra solicitação é em re-lação a ponte de madeira, por onde é possível passar apenas um veículo por vez. Segundo os moradores, acidentes ali são comuns por conta disso. “Temos vários fatores que acabam contribuindo, como a

falta de sinalização informan-do a existência da ponte e a ca-rência de iluminação pública à noite. Mas de dia também é perigoso, ainda mais quando tem neblina. Não há visibili-dade. A maioria passa em alta velocidade, muitas vezes não dá tempo de frear. Uma vez um conhecido estava de mo-to e não viu a ponte, bateu e voou longe. O ideal é construir uma de concreto e duplicada, já que se trata de uma estrada de duas mãos”, relata o mora-dor José Carlos.

A secretaria de Obras infor-mou que a obra de duplicação e construção da ponte está em fase de licitação. Já a secre-taria de Mobilidade Urbana disse que, recentemente, foi realizada a implantação da sinalização horizontal no bairro e a sinalização verti-cal também está implantada na Estrada Mc-81, indicando algumas curvas mais acentu-adas, o trecho da ponte e da entrada e saída do bairro no entroncamento com a RJ-168, por exemplo. No entanto, diante da solicitação, uma re-avaliação para levantamento da necessidade de reforço na sinalização será realizada até a próxima semana.

Já a Empresa Municipal de Iluminação Pública (Emip) enfatiza que existe um proje-to para ampliar a iluminação no local que está em fase de licitação.

Prefeitura diz que irá fazer novo estudo de sinalização

Buraco na pista em curva fechadaA alguns quilômetros da ponte, próximo a UBS, um enorme buraco na curva, na pista sentido Horto, coloca em perigo quem está ao vo-lante. “É uma curva fechada. O risco de bater ali e sofrer

um acidente é grande”, conta o morador.

Segundo a secretaria de Lim-peza Pública e de Manutenção, ela irá enviar uma equipe para verificar a situação e fazer o devido reparo.

Manutenção deverá ser feita nos próximos dias

Moradores cobram a inauguração de UBS Em parceria com o Governo Federal (Ministério da Saúde), a prefeitura está construindo uma nova Unidade Básica de Saúde (UBS), a primeira do bairro. Isso foi anunciado pela prefeitura ainda no início do segundo semestre de 2013.

De acordo com a placa do la-do de fora, a obra está orçada em R$ 242.491,60. Já o prazo de conclusão foi apagado com tinta preta.

Segundo o Ministério da Saúde, o objetivo da UBS é atender até 80% dos proble-mas de saúde da população, que muitas vezes são resolvi-dos nos hospitais, causando, consequentemente, o aumen-to na demanda e a demora nos atendimentos. Além de des-centralizar os atendimentos

de menos urgência nos hospi-tais, elas facilitam o acesso das pessoas, que não precisam se deslocar para locais mais dis-tantes.

Contudo, enquanto aguar-dam o retorno das obras, moradores precisam buscar alternativas quando preci-sam de atendimento médico. Apesar de o bairro contar com transporte público, a distância entre o bairro e outras UBS, acaba levando os moradores ao Hospital Público Munici-pal (HPM).

De acordo com a Prefeitura, a obra da UBS do Horto con-ta com recursos do Programa de Aceleração do Crescimen-to (PAC) e a previsão é que as ações sejam retomadas a partir do próximo mês de março. Obras da UBS retornam em março

Bairro não conta com área de lazerQuando se trata do Horto, lazer só para os moradores dos condomínios, que contam com áreas particulares com piscina, parquinho e quadras. Já quem não tem esse privilé-gio, o jeito é improvisar. Sem uma praça, crianças e jovens só contam com a rua para brincar nos momentos livres.

“Nosso bairro está abando-nado no que diz respeito ao lazer. Não temos nenhuma praça para levar as crianças”, conta o morador Edilson.

De acordo com informações passadas pela população, exis-te um terreno da prefeitura que seria destinado para isso. Eles reforçam que um projeto para construção de uma praça já existe, porém nunca saiu do papel.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 15 a quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015 9

EDITAL N°01/2015 PARA SELEÇÃO DE ALUNOS PARABOLSA AUXÍLIO AO ESTUDANTE DO COLÉGIO DE

APLICAÇÃO DA FUNEMAC - CAp

A Fundação Educacional de Macaé - FUNEMAC, vem por meio daSuperintendência Acadêmica, tornar público que estarão abertas, no perío-do de 23 de fevereiro de 2015 a 06 de março de 2015, as inscrições para oPROCESSO SELETIVO DE BOLSAS DE AUXÍLIO AO ESTUDANTEDO COLÉGIO DE APLICAÇÃO DA FUNEMAC - CAp, visando à seleçãode candidatos a alunos bolsistas, pelo período de 01 de abril de 2015 a 31 dedezembro de 2015, conforme Emenda Parlamentar Impositiva.

1. DA NATUREZA DA BOLSA AUXÍLIO:Voltada para atender alunos, regularmente matriculados no Colégio deAplicação da FUNEMAC que, de acordo com suas condições socioeconô-micas, possuam comprovada dificuldade para garantir sua permanência noEnsino Médio de horário integral.

2. DOS ITENS DE APOIO E RECURSOS FINANCEIROS:2.1 Poderão ser financiadas, desde que compatíveis com o objetivo dopresente Edital e dotação orçamentária, Bolsas de Auxílio ao Estudante,no valor de R$ 300,00 (trezentos reais) ao mês, pelo período de 01 de abrilde 2015 a 31 de dezembro de 2015, para até 50 alunos.

2.2 Os recursos alocados para financiamento do presente edital são daordem de R$ 135.000,00 (cento e trinta e cinco mil reais). Tais recursosserão pagos aos bolsistas divididos em 9 (nove) parcelas, pagos mensal-mente, definidos na programação orçamentária da FUNEMAC. Pode-se, acritério da FUNEMAC, incluir ou excluir recursos, dependendo da disponi-bilidade decorrente de alteração na citada programação.

3. DAS INSCRIÇÕES:3.1 Podem se inscrever para a seleção, de 23 de fevereiro a 06 de março de2015, das 8h às16h, no CAp, os alunos que:

3.1.1 Estejam devidamente matriculados no Colégio de Aplicação daFUNEMAC;

3.2 As entrevistas serão realizadas nos dias 9, 10, 11, 12 e 13 de março de2015, conforme o agendamento a ser proposto pela SuperintendênciaAcadêmica da FUNEMAC.

3.3 Só serão aceitas inscrições mediante a entrega do formulário preenchi-do, com a respectiva documentação comprobatória, abaixo relacionadanos itens 3.4 e 3.5, que deverá ser apresentada em original e cópia.Somente as cópias serão retidas.

3.3.1 - Para alunos menores de 18 anos, a inscrição e a entrevista deverãoser realizadas juntamente com o responsável legal.

3.4 Documentação Acadêmica:

"Declaração do CAp que o aluno se encontra matriculado.

3.5 Documentação Socioeconômica:Comprovantes de Rendimentos: dentre os documentos abaixorelacionados, apresentar aquele(s) que comprove(m) o(s) rendimento(s) declarado(s),relativo(s) ao mês de janeiro/2015, de todos os membros da família:

- Contra-cheque ou carteira profissional (com atualização do salário oudeclaração do empregador);

- Extrato bancário comprovando o valor do benefício do INSS para oscasos de aposentadoria, pensão, auxílio-doença, etc. Só serão aceitosextratos bancários onde conste o número do benefício;

- Declaração contábil de retirada de pró-labore, no caso de proprietários deempresa ou microempresa. Deverá, ainda, ser apresentada a declaração deimposto de renda pessoa jurídica;

- Declaração contendo a atividade e o rendimento médio mensal daspessoas que trabalharem por conta própria, assinada, também, por duastestemunhas, com número de identidade das mesmas. Deverá ser apresen-tada a Carteira de Trabalho para comprovar a inexistência de vínculoempregatício. Caso a pessoa contribua como autônomo, deverá anexar àdeclaração, a cópia do carnê de contribuição para o INSS;

- Recibos de aluguéis, no caso de a família possuir bens que estejam alugadosa terceiros;

- Documento comprobatório de pensão alimentícia (contra-cheque, extra-to bancário, etc.)..

Comprovantes de despesas: O aluno deverá comprovar suas despesas e asdo grupo familiar relativas ao mês de janeiro/2015:

- Habitação (prestação da casa, aluguel e condomínio);- Instrução (mensalidades escolares, cursos, etc.);- Saúde (convênios, planos);- Contas (luz, gás, telefone, água, IPTU);- Outras despesas mensais que possam ser comprovadas e que sirvam parajustificar a necessidade da bolsa.Obs.: Comprovada a inveracidade de qualquer informação, o aluno seráeliminado do processo seletivo.

4. DOS CRITÉRIOS:A seleção dos alunos far-se-á mediante a avaliação das condições socioe-conômicas do aluno e de sua família, sendo selecionado o aluno cuja renda médiaseja de até 2 salários mínimos por familiar. Tem-se como critério de desempate ocandidato que possuir menor renda, e em seguida a maior série - sendo terceira,segunda e primeira - e por fim, idade mais elevada. Os alunos serão classificadosconforme o grau de dificuldades socioeconômicas efetivamente comprovadas.

5. DA DIVULGAÇÃO FINAL DOS RESULTADOS:5.1 - A lista dos alunos selecionados para a bolsa auxílio será divulgada no dia16 de março de 2015 na Secretaria Acadêmica da FUNEMAC e no CAp.

5.2 - A partir da data de divulgação, os alunos terão até o dia 20 de marçode 2015, 8h às 16h, para comparecer à Secretaria Acadêmica da FUNE-MAC, Rua Aloizio da Silva Gomes, nº 50, Granja dos Cavaleiros - CidadeUniversitária, para fins de assinatura do Termo de Compromisso e apre-sentação da seguinte documentação: cópia da Identidade, do CPF, compro-vante de residência, dados bancários do Banco Itaú.

5.3 A entrega de todos os documentos elencados no item 5.2 é de inteiraresponsabilidade do bolsista e o não cumprimento desta, ou não comparecimentono período determinado, será considerado como desistência da Bolsa.

6. CRONOGRAMA23 de fevereiro a 06 de março de 2015 - Prazo de inscrição;09 a 13 de março de 2015 - período de entrevistas de avaliação;16 de março de 2015 - Divulgação dos resultados;16 a 20 de março de 2015 (de segunda a sexta) - Período de assinatura doTermo de Compromisso do Bolsista e entrega da documentação;

7. DISPOSIÇÕES GERAIS7.1 Somente serão aceitas as inscrições nos prazos definidos por este Edital.

7.2 Somente serão aceitas inscrições com documentação obrigatória completa.

7.3 A bolsa poderá ser cancelada a qualquer momento, através de solicita-ção fundamentada pelo responsável do CAp, ratificada pela Comissão deConcessão de Bolsas da FUNEMAC.

7.4 O bolsista poderá ser substituído ou a bolsa poderá ser cancelada aqualquer momento, através de solicitação fundamentada por escrito, pelaequipe pedagógica do CAp, seguindo critérios estipulados pelo colégio, eratificada pela Comissão de Concessão de Bolsas da FUNEMAC. No casode substituição do bolsista, o critério de convocação obedecerá o resultadoclassificatório da entrevista socioeconômica.

7.5 A qualquer tempo, o presente Edital poderá ser revogado ou anulado, no todoou em parte, inclusive quanto aos recursos a ele alocados, por decisão unilateral daFUNEMAC, por motivo de interesse público ou por exigência legal, sem que issoimplique direitos à indenização ou reclamação de qualquer natureza.

7.6 Os casos omissos serão resolvidos pela Comissão de Avaliação eConcessão de Bolsas em conjunto com o presidente da FUNEMAC.

Macaé, 13 de fevereiro de 2015.

Gleison Marinho GuimarãesPresidente da FUNEMAC

ESTADO DO RIO DE JANEIROPREFEITURA MUNICIPAL DE MACAÉFUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MACAÉ - FUNEMACSUPERINTENDÊNCIA ACADÊMICA

BIODIVERSIDADE

Novas regras para pesquisa da biodiversidade brasileiraAs mudanças simplificam legislação criada no início da década passadaMartinho Santafé

A Câmara dos Deputados aprovou esta semana no-va legislação sobre biodi-

versidade que facilita pesquisas a partir de recursos naturais brasileiros, mas que está sendo acusada por comunidades tradi-cionais de ameaçar seus direitos garantidos internacionalmente. As mudanças simplificam legis-lação criada no início da década passada, quando o governo bra-sileiro sofria grande pressão, in-clusive internacional, para com-bater a chamada biopirataria.

O projeto de lei (PL) enviado em regime de urgência pelo go-verno ao Congresso no ano pas-sado, em plena Copa do Mundo, regula o acesso ao patrimônio genético de animais, vegetais e microorganismos típicos do Brasil, assim como o uso de co-nhecimentos de comunidades tradicionais para gerar produ-tos a partir desses elementos, como, por exemplo, desenvolver medicamentos a partir de ervas.

Visto como prioritário para o governo, o PL 7735/2014 segue agora também em regime de urgência para o Senado - o que significa que se não for aprecia-do em 45 dias passa a trancar a pauta de votação.

Os principais pontos e polê-micas do projeto de lei são:

Contrato de repartição de be-nefícios - Ocorre se um produ-to é criado a partir de pesquisa genética da biodiversidade bra-sileira ou de um conhecimento tradicional. No primeiro caso, o limite é de 1% sobre o fatura-mento com a venda do produto e o dinheiro será gerido pela União; no segundo caso, caso seja possível identifcar a origem do conhecimento, os termos e valores serão diretamente ne-gociados com a comunidade. Os recursos devem ser investidos, principalmente, na preservação ambiental e na valorização dos grupos tradicionais.

Elemento principal de agre-gação de valor -Apenas produ-tos em que o conhecimento tra-dicional ou patrimônio genético for essencial para seu funciona-mento ou apelo mercadológico vão gerar compensações. O governo diz que objetivo é não desestimular uso de elementos da biodiversidade em pequena quantidade, que poderiam ser substituídos por itens sintéti-cos. Críticos reclamam que essa definição é subjetiva e ficará sob controle das empresas.

Isenções - Micro e pequenas empresas não precisarão re-partir benefícios caso gerem produtos comerciais e as com-pensações só serão pagas no caso de produtos finais (insu-mos intermediários que usem elementos da biodiversidade ou conhecimento tradicional ficarão isentos). Comunidades tradicionais dizem que isenções limitam muito suas compensa-ções. Já o setor privado argu-menta que pequenas empresas não teriam condições de arcar com esse pagamento e teriam seus negócios inviabilizados.

Lista - A repartição de benefí-cios incidirá apenas sobre pro-dutos que constem numa lista formulada por sete ministérios, entre eles MMA, Mdic e MCT. Comunidades tradicionais di-zem que empresas terão mais condições de influenciar na for-mulação da lista e são contra a restrição.

Regularização - A nova lei permite que a União faça acor-do com instituições multadas ou processadas, reduzindo em 90% o valor das penalidades. Empresas argumentam que is-so trará segurança jurídica, mas críticos consideram que isso é injusto com as empresas que agiram corretamente dentro das regras atuais.

As mudanças agradam far-macêuticas interessadas em de-senvolver produtos a partir da biodiversidade brasileira - uma das mais ricas do mundo -, pois entendem que a atual legislação dificulta a pesquisa científica e o

desenvolvimento de novos pro-dutos e patentes.

Porém, grupos tradicionais dizem ter sido excluídos do de-bate e criticam as novas regras. "O governo fez uma discussão de profundidade com as empre-sas e não ouviu os provedores de conhecimento tradicional. A proposta ignorou o outro lado", criticou Joaquim Belo, presi-dente do Conselho Nacional das Populações Extrativistas, orga-nização que representa grupos como seringueiros e extratores de óleo e plantas medicinais.

ATIVIDADES AGRÍCOLAS INCLUÍDAS

Uma novidade do relatório é a inclusão dos produtos agrícolas e pecuários nas novas regras. O texto especifica que o royalty será devido sobre a comerciali-zação do material reprodutivo (semente, por exemplo) no caso geral de acesso a patrimônio ge-nético ou conhecimento tradi-cional associado para atividades agrícolas.

Já a exploração econômica de produto acabado ou material reprodutivo oriundo do acesso ao patrimônio genético de es-pécies introduzidas no territó-rio nacional pela ação humana (soja, gado, cana-de-açúcar, por exemplo) será isenta do paga-mento de royalty.

A exceção é para a varieda-de tradicional local ou crioula, aquela tipicamente cultivada pelas comunidades tradicio-nais, indígenas ou agricultores tradicionais e diferente dos cul-tivares comerciais.

Para tentar assegurar maior representatividade da socieda-de civil, o relator Alceu Moreira propôs a reformulação do Con-selho de Gestão do Patrimônio Genético (CGen), dividindo sua composição entre órgãos fede-rais (com 60% dos membros) e setores empresarial e acadê-mico e populações indígenas, comunidades tradicionais e agricultores tradicionais (com 40% paritários). Prevê ainda a criação, pelo conselho, de câ-maras temáticas e setoriais pa-ra subsidiar as decisões de seu Plenário.

O projeto também transfor-ma 86 funções comissionadas técnicas (FCT) em 10 cargos em comissão do grupo DAS para re-estruturar o conselho.

A finalidade do projeto é re-solver a dificuldade de várias empresas de cumprir as regras atuais, o que as faz desistir de in-corporar produtos da biodiver-sidade brasileira em suas linhas de pesquisa ou substituir extra-tos e substâncias nativas por si-milares sintéticos ou plantas de outros países.

PROJETO PREVÊ MAIS RECURSOS

O texto aprovado do PL 7735/14 cria um programa que usará recursos do Fundo Nacio-nal de Repartição de Benefícios (FNRB) para proteger a biodi-versidade e os conhecimentos tradicionais, inventariar o patri-mônio genético, estimular o uso sustentável dessa biodiversida-de e manter sistemas de cultivo que favoreçam esse uso, entre outras ações.

Além dos valores da reparti-ção de benefícios, o FNBR con-tará com recursos de multas administrativas aplicadas em virtude do descumprimento da futura lei, de contribuições dos usuários de patrimônio genéti-co e de recursos financeiros de origem externa.

O dinheiro depositado no fun-do referente ao aproveitamento de conhecimento tradicional será destinado exclusivamente aos detentores desse conheci-mento aproveitado.

Quanto ao produto acabado originário do conhecimento tradicional associado cuja ori-gem for considerada não identi-ficável, o fabricante deverá, ne-cessariamente, pagar o royalty na modalidade monetária por meio de depósito diretamente no fundo sem acordo específico.

PROCESSOS ATUAISDe acordo com o texto, os pe-

didos pendentes de autorização ou de regularização de acesso e de remessa de patrimônio ge-nético ou conhecimento tra-dicional associado deverão ser reformulados pelo interessado como pedido de cadastro ou au-torização.

Já os que precisam regulari-zar seu acesso ou a remessa de amostra de patrimônio gené-tico terão de assinar um termo de compromisso, exceto se a finalidade foi unicamente para pesquisa científica.

O termo deverá prever o ca-dastro, a notificação do produ-to e a repartição de benefícios obtidos com a comercialização do produto desenvolvido após 30 de junho de 2000 (data de publicação da MP 2.186-16/01) até o limite de cinco anos ante-riores à assinatura.

COMUNIDADES TRADICIONAISO u t r a n o v i d a d e d o P L

7735/14 é a garantia de partici-pação das populações indígenas e das comunidades e agriculto-res tradicionais na tomada de decisões, em âmbito nacional, sobre assuntos relacionados à conservação e ao uso susten-tável de seus conhecimentos tradicionais associados ao pa-trimônio genético.

Embora o projeto estabeleça regras para o acesso ao patrimô-nio genético e ao conhecimento associado, fica de fora de qual-quer tipo de cadastro ou autori-zação o intercâmbio e a difusão desse patrimônio ou desse co-nhecimento entre as popula-ções indígenas, comunidades e agricultores tradicionais para seu próprio benefício.

O projeto estipula diversas penalidades para quem des-cumprir as regras, que vão desde advertência e multa (de R$ 10 mil a R$ 10 milhões para pessoa jurídica), até suspensão da venda do produto e interdi-ção do estabelecimento.

De acordo com o texto, a sus-pensão será temporária até a re-gularização. A fiscalização será de competência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Reno-váveis (Ibama) e do Comando da Marinha (plataforma conti-nental).

Quando a situação envolver acesso em atividades agrícolas, a fiscalização caberá ao Minis-tério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

ATRIBUIÇÕES DO CONSELHOA maior parte das atribuições

atuais do Conselho de Gestão do Patrimônio Genético (CGen), previstas na MP 2.186-16/01, continua valendo.

São acrescentadas, porém, outras como a criação e ma-nutenção de base de dados pa-ra os cadastros, autorizações, coleções de material genético e acordos de repartição; e a in-formação aos órgãos federais de proteção dos direitos de popula-ções indígenas e comunidades tradicionais sobre o registro de acesso a conhecimentos tradi-

cionais associados ao patrimô-nio genético.

REGRAS PARA CADASTRO DE ATIVIDADES

O texto aprovado que um regulamento do Conselho de Gestão do Patrimônio Genético (CGen) definirá os procedimen-tos para o cadastro de diversas atividades relacionadas à pes-quisa com biodiversidade.

Entre as atividades estão o acesso ao patrimônio genético ou ao conhecimento tradicional associado e a remessa de amos-tra ao exterior por pessoa jurídi-ca, pública ou privada, nacional ou sediada no exterior e por pes-soa natural brasileira. O acesso por pessoa natural estrangeira continua proibido.

Pessoa jurídica sediada no exterior associada a instituição nacional de pesquisa científica e tecnológica também poderá acessar esse patrimônio apenas com o cadastro prévio.

Para as instituições estran-geiras não associadas às bra-sileiras, o acesso ou a remessa deverá ocorrer por meio de uma autorização prévia, a ser concedida pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (para pesquisa) ou pelo CGen (para desenvolvimento tecno-lógico). O regulamento também definirá os requisitos.

Essa autorização será exigida ainda para o acesso em área de segurança nacional (fronteira, por exemplo) e nas águas juris-dicionais brasileiras.

ATIVIDADE AGRÍCOLA

No caso de variedade tradi-cional local ou crioula adaptada para atividade agrícola, o acesso ao patrimônio genético com-preende o que o texto chama de conhecimento tradicional associado não identificável e não depende de autorização da comunidade que cria ou desen-volve a variedade ou raça.

Esse conhecimento é clas-sificado de não identificável porque derivou de usos antigos sem possibilidade de vincular sua origem a pelo menos uma população indígena ou tradi-cional. As pesquisas sobre o pa-trimônio genético humano não entram nessas regras, pois estão sujeitas a legislação específica.

Se a pesquisa ou o conheci-mento tradicional acessado re-sultarem em um produto final, sua exploração econômica de-verá ser previamente notificada ao CGen. O fabricante deverá apresentar um acordo de re-partição de benefícios (royal-ties) decorrentes da agregação de valor ocorrida com o aces-so. O prazo para apresentar o acordo é de 365 dias, contados da notificação, exceto se envol-ver conhecimentos tradicionais associados.

Nesse caso, o acesso deve ser autorizado previamente pela comunidade, com a qual deverá ser negociado um acordo de pa-gamento, e a empresa deverá de-positar ainda um valor adicional no Fundo Nacional de Reparti-ção de Benefícios (FNRB).

DIVULGAÇÃO

Uma novidade do relatório é a inclusão dos produtos agrícolas e pecuários nas novas regras

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ10 Macaé (RJ), domingo, 15 a quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

SOLIDARIEDADE

Bancos de leite humano pedem doações

A Rede Brasileira de Banco de Leite Humano (RedeBLH-BR), coordenada pela Funda-ção Oswaldo Cruz (Fiocruz), está pedindo doações urgentes para os bancos de leite huma-no espalhados em todo o País. A necessidade surge devido aos estoques muito baixos para atender as demandas do Carnaval.

O leite materno é fonte na-tural de lactobacilos, bífido-bactérias e oligossacarídios e nenhum outro alimento ofe-rece as características imuno-lógicas semelhantes ao leite humano.

De acordo com a Organiza-ção Mundial de Saúde (OMS), a criança deve fazer aleitamen-to materno exclusivo até os seis meses de vida. Entretanto, nem todas as mulheres podem ofe-recer o aleitamento aos seus filhos e, por isso, existem os bancos de leite humano que disponibilizam o alimento para essas crianças, se for da vonta-de da família.

Porém, com as festividades e férias que envolvem o perío-do de dezembro a fevereiro, os estoques de leite humano cos-tumam ficar baixo. Em 2015, até o dia 10 de fevereiro, foram coletados apenas 7.075 litros de leite humano em todo o País, enquanto a média mensal do ano passado foi de 14.796 litros.

Para se ter uma ideia da re-

Período de festividades costuma provocar baixa no estoque

dução neste início de 2015, a média de 6.006 receptores por região no período apresentou queda de 42% se comparada à média mensal de 14.279 recep-tores em 2014.

Em Macaé, os bancos de Leite Humano mais próximos ficam situados em Campos dos Goytacazes (Hospital dos Plantadores de Cana) e em Nova Friburgo (Hospital Ma-ternidade de Nova Friburgo). Para as mães que desejarem contribuir existe o telefone gratuito 08000 268877 ou procurar o Banco de Leite Humano mais próximo da sua residência. A partir desse con-tato é feito um cadastro e uma inscrição.

Uma vez cadastrada como doadora, não há necessidade de ir ao Banco de Leite perio-dicamente. A coleta pode ser feita na residência uma vez por semana. O leite, nesse ca-

so, deve ficar armazenado no recipiente fornecido pelo pró-prio banco em pote de vidro com tampa de plástico. O leite materno coletado é destinado a alimentar bebês prematuros e/ou de baixo peso internados em UTIs neonatais durante todo o ano.

A única exigência é que a mãe esteja amamentando seu próprio filho. No caso de ela estar tomando algum medi-camento, isso deve ser infor-mado para que seja verificado se é possível fazer a doação. A mulher também recebe orientações e, se necessário, tratamentos para solucionar alguma dificuldade que tenha em relação à amamentação.

O leite doado serve para ali-mentar especialmente crianças que nascem com problemas sé-rios de desnutrição, quando as próprias mães não conseguem suprir a necessidade.

WANDERLEY GIL

Aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida é indicação da Organização Mundial da Saúde

SAÚDE BUCAL

SescOdonto já atendeu cerca de 400 pessoas

O consultório itineran-te da OdontoSesc está pres-tando atendimento à popula-ção do Lagomar desde 13 de janeiro. De acordo com a asses-soria do Sesc Regional Rio já foram atendidas cerca de 400 pessoas em 724 procedimen-tos clínicos diferentes e 1082 atendimentos de educação em saúde, orientações sobre escovação e uso do fio dental.

Foram disponibilizadas 500 vagas, 320 para atendimento imediato e 180 estão na fi-la de espera. Esta fila é para aguardar a alta dos pacientes que estão em tratamento, e só então novos pacientes se-rão chamados. Com isso, não há vagas, pois os inscritos na lista de espera ainda estão sen-do chamados de acordo com a abertura de novas vagas.

E st ã o s e n d o a t e n d i d o s crianças e adultos, a partir de 5 anos. Os serviços disponíveis são de obturação, remoção de tártaro, polimento, radio-grafias dentárias, escovação, aplicação de flúor e extração, quando necessário.

A unidade do OdontoSesc funciona em uma carreta com cinco metros de altura, 14 metros de comprimento e 2,5 metros de largura, onde funcionam quatro consultó-rios odontológicos completos para tratamentos de clínica

Moradores do Lagomar estão recebendo tratamentos dentários gratuitamente

geral. São quatro dentistas, cinco auxiliares de dentistas, uma supervisora, um artífice - pessoa que cuida dos apa-relhos - e um funcionário de serviços gerais.

De acordo com o Ministério da Saúde, as cáries atingem quase 90% da população bra-sileira. Manter a saúde bucal em dia é essencial para pre-venir não apenas doenças na boca, como também em outras partes do nosso organismo.

Especialistas alertam sobre a necessidade de ir ao dentis-

ta de seis em seis meses. Essas visitas são fundamentais para o controle das cáries. A cárie é uma das doenças mais comuns da boca e causa a deterioração do dente. Para evitar a cárie torna-se necessário adotar os seguintes hábitos: boa escova-ção dos dentes, utilização de fio dental, uso de creme den-tal com flúor, controle da dieta e ações educativas. A falta de dentes pode provocar proble-mas digestivos, lesões bucais, alterações na fala e perda da autoestima.

KANÁ MANHÃES

Unidade Móvel encontra-se no Lagomar desde janeiro

CARNAVAL

Escolas de samba disputam título de campeã de 2015Grupo de acesso será o primeiro a passar pela Cidade do Samba

Após a abertura oficial do Carnaval 2015 com o tra-dicional desfile do “Boi

Pintadinho”. Hoje, as escolas do Grupo de Acesso se apre-sentam na Cidade do Samba. O evento é promovido pela Fun-dação Municipal de Esporte e Turismo (Fesportur), em par-ceria com a Liga Independente das Entidades Carnavalescas de Macaé (Liecam) e conta com o apoio de diversos órgãos da gestão municipal.

A partir das 21h30 os foliões poderão prestigiar os desfiles das escolas. Cada uma terá 50 minutos para desfilar e a ven-cedora desse grupo passará a integrar o Grupo Especial do ano seguinte.

Na segunda-feira (16) é a vez das agremiações do Grupo Especial desfilarem na grande noite do Carnaval. Seis escolas disputam o titulo de Campeã do Carnaval de Macaé 2015, e cada uma delas terá sessenta minutos para desfilar na Pas-sarela do Samba.

Além do desfile, o carnaval de rua está com uma progra-mação intensa neste ano. Pon-tos estratégicos da cidade rece-bem uma programação variada com muito show e animação para a população. Os shows estão acontecendo a partir das 16h nos Cavaleiros, Bar do Co-co, Barra e Praça Veríssimo de Melo. Nos distritos da serra, o agito será a partir das 18h, com apresentações hoje em Glicé-rio; segunda e terça, no Frade e hoje em Córrego do Ouro.

Hoje e amanhã, o cantor Glauco Zulo leva ao públi-co sua micareta sertaneja no bairro Cavaleiros, que contará ainda com a animação do Trio Black e a bateria da Grande Rio, na terça-feira.

Todos os dias de folia as ban-das Pingos e Gotas, no Bar do Coco; Cia. Chirulico e Banda Tropical, na Praça Veríssimo de Melo; e a Banda Zé Carioca,

na Barra, animam a festa.Hoje em Glicério, a R. A.

Banda canta para os foliões. No Frade, quem dá o ritmo na segunda-feira de Carnaval é bateria da Viradouro; e na ter-ça, a Banda Conversa Comigo.

Em Córrego do Ouro, Glauco Zulo se apresenta hoje, a ban-da Conversa Comigo, nesta segunda (16) e a R.A. Banda, terça-feira (17).

Para proporcionar conforto, segurança, mobilidade e saúde aos foliões, a Prefeitura de Ma-caé está oferecendo diversos serviços no local. A Secretaria de Ordem Pública está com um efetivo de cem guardas muni-cipais e ambientais que irão atuar, diariamente, na Cidade do Samba, no Cavaleiros, Praça

WANDERLEY GIL

Desfiles das Escolas de Samba acontecem Domingo e Segunda a partir das 21h30

Veríssimo de Melo e, também, nas unidades de saúde com atendimento emergencial. Além disso, na serra, os guar-das ambientais realizarão um trabalho de orientação aos visitantes das cachoeiras de Bicuda, Glicério e Sana.

A Secretaria de Mobilidade Urbana está com 35 agentes de trânsito. A ideia é garantir a livre circulação, segurança vi-ária e orientação aos pedestres que comparecerem aos locais onde estão sendo realizados os eventos. Estão sendo utili-zados viaturas, motocicletas, caminhão- reboque e equipa-mentos de sinalização (blo-queios físicos). Já com relação ao transporte serão quatro fiscais atuando por noite. Além

dos ônibus em escala regular, mais coletivos estarão dispo-níveis no esquema de reforço para atender a ida e a volta do público aos locais das festivi-dades.

Os trabalhos de prevenção da coordenadoria de Defesa Civil permanecem. Durante todos os dias, dois agentes es-tarão na Cidade do Samba e em outros lugares, caso haja necessidade. Eles realizarão trabalhos de prevenção e vis-torias nos palcos. Na serra, três agentes estarão nas cachoeiras.

A Secretaria de Saúde estará com várias equipes de plantão na Cidade do Samba. As unida-des irão receber reforço, além de ambulâncias para ampliar e agilizar o atendimento de ur-

gência e emergência à popula-ção. Serão dois postos médicos e duas ambulâncias, com equi-pe formada por médico, enfer-meiro, técnico de enfermagem, maqueiro e motorista. Estarão disponíveis, ainda, o Hospital Público Municipal (HPM), Pronto Socorro Municipal de Imbetiba e Parque Aeroporto, Unidades de Pronto Atendi-mento (UPAs) da Barra e Lago-mar. Na serra, o atendimento tem ambulâncias, que serão referenciadas para as unida-des mais próximas do evento e os casos mais delicados para o Hospital da Serra, localizado no distrito do Trapiche.

Além de todo o trabalho de prevenção e cuidados com a população, a equipe da Secre-

taria de Limpeza Pública tem 360 pessoas para varrição, remoção de lixo e, em alguns locais, lavagem. Os trabalhos acontecem na Cidade do Sam-ba, Praça Veríssimo de Melo. Para a folia, diariamente, há cinco compactadores de lixo. Durante o período noturno, na passarela do samba, entre 18h e 5h, há uma equipe de 32 profissionais e cinco veículos.

A coordenadoria de Fis-calização de Posturas, com o intuito de coibir a ação de ambulantes não cadastrados realizará plantões diários na Cidade do Samba, Imbetiba, Cavaleiros e outros pontos itinerantes. No total serão 10 fiscais. Para todo o município, o órgão tem cerca de 500 am-bulantes cadastrados.

A apuração dos desfiles acontece na terça-feira (17), a partir das 10h, com a avaliação dos Bois Pintadinhos; a partir das 14h, a apuração do Desfile do Grupo de Acesso e, logo em seguida, será a vez da apuração do Grupo Especial.

SERVIÇO

Programação

Domingo● GRES Acadêmicos do

Lagomar.● GRES Castelo Imperial● GRES União do Miramar● GRES Unidos do Barreto● GRES Unidos da Vila● GRES Arco Íris Esplendor

do Lagomar

Segunda-feira● GRES Foliões das Malvinas● GRES Pulo do Gato● GRES Acadêmicos da

Aroeira● GRES Princesinha do

Atlântico● GRES Unidos dos Bairros● GRES Império da Barra

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