noticiário 02 08 15

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Macaé dá novos passos para se tornar a Capital da Inovação Criação do Parque Científico e Tecnológico chega à nova fase e ajuda a planejar futuro das operações offshore na Capital Nacional do Petróleo visando a restruturação do mercado através de investimentos em pesquisas Novo prédio pretende ampliar o atendimento e oferecer mais conforto para os pacientes WANDERLEY GIL Inauguração do espaço aconteceu durante a comemoração do 202º aniversário de Macaé Integrado aos investimentos consolidados para ampliar a infraestru- tura em logística da cidade, o desenvol- vimento do projeto de criação do Par- que Científico e Tecnológico (Techno Park) segue conduzido pela prefeitura, cujo objetivo é o de construir um novo marco na história de Macaé com sua principal vocação econômica: o petró- leo. Foco da reunião realizada nesta semana entre membros da secretaria municipal de Desenvolvimento Eco- nômico, Tecnológico e Turismo e do Instituto Macaé de Ciência e Tecno- logia (IMCT), a consolidação da nova etapa de criação do Parque garante ao município a proximidade na conquis- ta de uma nova referência: tornar-se a Capital Nacional da Inovação. Desen- volvido com base em modelos já conso- lidados no país, como no Rio de Janeiro, e em outros locais do mundo, o Parque Científico e Tecnológico de Macaé pos- sui como grande diferencial a relação histórica entre a cidade e as operações do petróleo no país. Em abril deste ano, a equipe do Techno Park divulgou o edi- tal para a escolha das empresas que irão participar da estrutura física do polo de inovação. Atualmente, a sede do IMCT já é utilizada como o centro de criação do Parque. O local sediou também em abril o workshop que reuniu 14 proje- tos selecionados pelo programa de pré- incubação. PÁG. 3 A inauguração foi no últi- mo dia 29, mas é nessa segun- da-feira (3) que a população macaense vai poder conhecer de per- to o novo prédio anexo do Hospital Público de Macaé (HPM) - Irmãs do Horto. Segundo o governo municipal, o objetivo é promover maior confor- to ao paciente, buscando acabar com um dos maiores problemas que ele enfrenta atualmente: a superlotação no corredor. Durante a solenidade no aniversário de 202 anos de Macaé, Dr. Aluízio ressaltou que a nova unidade conta com toda estrutura necessária para atender a necessidade da popu- lação. Outra medida é o município re- ceber repasses do governo do Estado para custear os procedimentos de alto risco. O prédio anexo conta com 100 novos leitos, sendo 20 UTIs. O recém- inaugurado espaço será destinado ao atendimento de emergência branca e a estrutura antiga à emergência verme- lha. No total foram investidos na obra R$ 12.426.537,50, fora os custos com mobiliários e equipamentos. PÁG. 7 HOSPITAL DE PORTAS ABERTAS Alunos de Medicina já planejam Residência Educação fortalece o ensino básico ÍNDICE TEMPO BAIRROS EM DEBATE GERAL EDUCAÇÃO Próximo passo é importante para a formação dos novos profissionais PÁG. 9 Projeto Entrelaçando Linguagens acontece nesta semana PÁG. 7 KANÁ MANHÃES WANDERLEY GIL Entulhos prejudicam a acessibilidade de pedestres na Aroeira Guto ministrará palestra Aroeira reforça apelo por obras Infraestrutura ainda é a principal demanda dos moradores do local PÁG. 8 EDITORIAL 4 PAINEL 4 GUIA DO LEITOR 4 ESPAÇO ABERTO 4 CRUZADINHA C2 HORÓSCOPO C2 CINEMA C2 AGENDA C2 Máxima 30º C Mínima 16º C Anuncie: (22) 2106-6060 (215) POLÍCIA EDUCAÇÃO POLÍTICA CADERNO DOIS Bombeiros prestam apoio a comerciantes Estado convoca novos profissionais Déficit é equilibrado por receitas próprias Patati Patatá faz a alegria da criançada Encontro tira dúvidas sobre regras estaduais PÁG. 5 Professores reforçam corpo docente da rede PÁG. 9 Fontes tributárias reforçam potencial da cidade PÁG. 3 Espetáculo encerra a programação da Expo Macaé 2015 CAPA CIDADE WANDERLEY GIL Câmara se prepara para retomar sessões POLÍTICA Após 30 dias de recesso das ati- vidades parlamentares no meio do ano, os 17 vereadores retor- nam, nesta semana, às sessões ordinárias no plenário Naciff Sa- lim Sélem, do Palácio Natálio Sal- vador Antunes. A primeira sessão após o fim do recesso acontece nesta terça-feira (4), às 10h. Além de dar continuidade ao trabalho focado nas demandas apresen- tadas por moradores de bairros, comunidades e distritos da cida- de, os 17 vereadores que formam a atual legislatura do parlamento municipal já possuem um com- plexo 'dever de casa': a apreciação do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) do Execu- tivo, referente a 2016. PÁG. 3 Dr. Eduardo preside a Câmara O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ www.odebateon.com.br Macaé (RJ), domingo, 2 e segunda- feira, 3 de agosto de 2015 Ano XL, Nº 8775 Fundador/Diretor: Oscar Pires KANÁ MANHÃES DIVULGAÇÃO facebook/odebate twiter/odebate issuu/odebateon ÁREA VIRA REFÚGIO PARA USUÁRIOS TELEFONIA LIDERA RANKING DE RECLAMAÇÕES MATSUDA CELEBRA IMIGRAÇÃO JAPONESA R$ 1,50 POLÍCIA, PÁG.5 ECONOMIA, PÁG.6 ESPORTE, PÁG.11

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Page 1: Noticiário 02 08 15

Macaé dá novos passos para se tornar a Capital da Inovação

Criação do Parque Científico e Tecnológico chega à nova fase e ajuda a planejar futuro das operações offshore na Capital Nacional do Petróleo visando a restruturação do mercado através de investimentos em pesquisas

Novo prédio pretende ampliar o atendimento e oferecer mais conforto para os pacientes

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Inauguração do espaço aconteceu durante a comemoração do 202º aniversário de Macaé

Integrado aos investimentos consolidados para ampliar a infraestru-tura em logística da cidade, o desenvol-vimento do projeto de criação do Par-que Científico e Tecnológico (Techno Park) segue conduzido pela prefeitura, cujo objetivo é o de construir um novo

marco na história de Macaé com sua principal vocação econômica: o petró-leo. Foco da reunião realizada nesta semana entre membros da secretaria municipal de Desenvolvimento Eco-nômico, Tecnológico e Turismo e do Instituto Macaé de Ciência e Tecno-

logia (IMCT), a consolidação da nova etapa de criação do Parque garante ao município a proximidade na conquis-ta de uma nova referência: tornar-se a Capital Nacional da Inovação. Desen-volvido com base em modelos já conso-lidados no país, como no Rio de Janeiro,

e em outros locais do mundo, o Parque Científico e Tecnológico de Macaé pos-sui como grande diferencial a relação histórica entre a cidade e as operações do petróleo no país. Em abril deste ano, a equipe do Techno Park divulgou o edi-tal para a escolha das empresas que irão

participar da estrutura física do polo de inovação. Atualmente, a sede do IMCT já é utilizada como o centro de criação do Parque. O local sediou também em abril o workshop que reuniu 14 proje-tos selecionados pelo programa de pré-incubação. PÁG. 3

A inauguração foi no últi-mo dia 29, mas é nessa segun-da-feira (3) que a população

macaense vai poder conhecer de per-to o novo prédio anexo do Hospital Público de Macaé (HPM) - Irmãs do Horto. Segundo o governo municipal, o objetivo é promover maior confor-to ao paciente, buscando acabar com

um dos maiores problemas que ele enfrenta atualmente: a superlotação no corredor. Durante a solenidade no aniversário de 202 anos de Macaé, Dr. Aluízio ressaltou que a nova unidade conta com toda estrutura necessária para atender a necessidade da popu-lação. Outra medida é o município re-ceber repasses do governo do Estado

para custear os procedimentos de alto risco. O prédio anexo conta com 100 novos leitos, sendo 20 UTIs. O recém-inaugurado espaço será destinado ao atendimento de emergência branca e a estrutura antiga à emergência verme-lha. No total foram investidos na obra R$ 12.426.537,50, fora os custos com mobiliários e equipamentos. PÁG. 7

HOSPITAL DE PORTAS ABERTAS

Alunos de Medicina já planejam Residência

Educação fortalece o ensino básico

ÍNDICETEMPO

BAIRROS EM DEBATE GERAL EDUCAÇÃO

Próximo passo é importante para a formação dos novos profissionais PÁG. 9

Projeto Entrelaçando Linguagens acontece nesta semana PÁG. 7

KANÁ MANHÃES WANDERLEY GIL

Entulhos prejudicam a acessibilidade de pedestres na Aroeira Guto ministrará palestra

Aroeira reforça apelo por obrasInfraestrutura ainda é a principal demanda dos moradores do local PÁG. 8

EDITORIAL 4

PAINEL 4

GUIA DO LEITOR 4

ESPAÇO ABERTO 4

CRUZADINHA C2

HORÓSCOPO C2

CINEMA C2

AGENDA C2

Máxima 30º CMínima 16º C

Anuncie: (22) 2106-6060 (215)

POLÍCIA EDUCAÇÃO POLÍTICA CADERNO DOIS

Bombeiros prestam apoio a comerciantes

Estado convocanovos profissionais

Déficit é equilibrado por receitas próprias

Patati Patatá faz a alegria da criançada

Encontro tira dúvidas sobre regras estaduais PÁG. 5

Professores reforçam corpo docente da rede PÁG. 9

Fontes tributárias reforçam potencial da cidade PÁG. 3

Espetáculo encerra a programação da Expo Macaé 2015 CAPA

CIDADE

WANDERLEY GIL

Câmara se prepara para retomar sessões

POLÍTICA

Após 30 dias de recesso das ati-vidades parlamentares no meio do ano, os 17 vereadores retor-nam, nesta semana, às sessões ordinárias no plenário Naci¥ Sa-lim Sélem, do Palácio Natálio Sal-vador Antunes. A primeira sessão após o fim do recesso acontece nesta terça-feira (4), às 10h. Além de dar continuidade ao trabalho focado nas demandas apresen-tadas por moradores de bairros, comunidades e distritos da cida-de, os 17 vereadores que formam a atual legislatura do parlamento municipal já possuem um com-plexo 'dever de casa': a apreciação do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) do Execu-tivo, referente a 2016. PÁG. 3

Dr. Eduardo preside a Câmara

O DEBATEDIÁRIO DE MACAÉ

www.odebateon.com.br

Macaé (RJ), domingo, 2 e segunda-feira, 3 de agosto de 2015Ano XL, Nº 8775Fundador/Diretor: Oscar Pires

KANÁ MANHÃES DIVULGAÇÃO

facebook/odebate

twiter/odebate

issuu/odebateon

ÁREA VIRA REFÚGIO PARA USUÁRIOS

TELEFONIA LIDERA RANKING DE RECLAMAÇÕES

MATSUDA CELEBRA IMIGRAÇÃO JAPONESA

R$ 1,50

POLÍCIA, PÁG.5 ECONOMIA, PÁG.6 ESPORTE, PÁG.11

Page 2: Noticiário 02 08 15

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ2 Macaé (RJ), domingo, 2 e segunda-feira, 3 de agosto de 2015

CidadeEDIÇÃO: 286 PUBLICAÇÃO: 12 DE SETEMBRO DE 1981

SEMANA EM DEBATE O DEBATE EM MEMÓRIA

Bicudo tem reservas de 5 milhões de barris e opera até final do ano

A Petrobrás acaba de encontrar mais petróleo na Bacia Macaé-Campos, no poço de Biculo, em pro-fundidade entre 2.205 e 2.577 metros, em lâmina d´água de 132 metros e a 85 quilômetros da costa. As eservas de Bicudo, medidas em junho deste ano, eram de 4 milhões 749 mil barris de petróleo, mas a empresa continua testando o poço, que vai produzir 10 mil diários em 1982.

RFFSA invadiu terrenos da União

A Rede Ferroviária Federal não poderia explu-sar os posseiros que residiam há cerca de 40 anos na Praia do Pecado - restinga entre a Praia dos Cavaleiros e a Lagoa de Imboassica - porque a área não lhe pertence, uma vez que se trata de área da Marinha. Cada família, para abandonar o local, foi indenizada com Cr$ 650 mil.

APAM faz reunião e avalia resultados de campanha

Por gentileza da Associação Comercial de Macaé, realizou-se dia 08 de setembro, às 20 horas, no Salão de Conferências, uma provei-tosa reunião da APAM, com a finalidade de se-rem apreciados os resultados dessa caridosa campanha em prol do Asilo de Macaé.

Costureira quer vender rim para sustentar três filhos

Desesperada e sem recursos para sustentar seus três filhos, a costureira Gilza Maria Ribeiro Viena, residente na Estrada do Morro Grande, 127, Bairro Visconde de Araújo, está disposta a vender um Costureira quer vender rim para comprar uma casa e poder sustentar as crianças. Informada de que a venda de órgãos humanos estaria proibida pelo Ministério da Saúde, ela disse que não importava com isso e que iria até as últimas consequências.

Inaugurações marcam festa no segundo ano do bicentenárioPoucas são as cidades brasi-leiras capazes de reunir tantos superlativos, mesmo que anta-gônicos, mas suficientes para re-escrever, pela terceira vez, a sua história de lutas, glórias e de tan-tas referências. Alçada ao posto de Capital Nacional do Petróleo, Macaé não sucumbe à crise que se instalou em todo o território nacional e chega aos 202 anos de emancipação política e adminis-trativa com motivação de sobra para fazer acontecer novos e tan-tos dias melhores. Maior que suas adversidades e que seus desafios, o município que abraça milhares de pessoas, se volta ao berço de toda a sua pujança para recompor as cin-zas geradas por disputas econômi-cas internacionais, apresentando à população novos projetos que visam garantir qualidade de vida. Mesmo não tão ex-

pressivos como nos últimos anos,

os repasses liberados ao longo desses sete meses de 2015, pela Secretaria de Tesouro Nacional, con-tribuem de forma signifi-cativa para a manutenção das metas planejadas pelo governo para alcançar o principal objetivo do pre-feito Dr. Aluízio Júnior (PMDB): proporcionar

mais qualidade de vida para todos os cidadãos do município. Apesar de todas as dificuldades que ainda impedem a res-truturação do segmen-to offshore, no país e no mundo, o petróleo con-tinua a representar uma parte importante da arre-cadação municipal, garan-tindo aos cofres públicos, neste ano, um montante de R$ 214.824.795,42.

Petróleo rende mais de R$ 214 mi em julho

A Campanha de Vacinação Nacional contra a Poliomielite vai começar mais cedo em Macaé. A partir de segunda-feira (3), os pais das crianças entre seis meses e quatro anos já podem levar os filhos à unidade de saúde mais próxima da residência

NOTA

KANÁ MANHÃES

KANÁ MANHÃES

Page 3: Noticiário 02 08 15

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 2 e segunda-feira, 3 de agosto de 2015 3

PolíticaFUTURO

Macaé dá novos passos de incentivo à inovaçãoCriação do Parque Científico e Tecnológico chega à nova fase, e ajuda a planejar futuro das operações offshore na Capital Nacional do PetróleoMárcio [email protected]

Integrado aos investimentos consolidados para ampliar a infraestrutura em logística

da cidade, o desenvolvimento do projeto de criação do Par-que Científico e Tecnológico (Techno Park) segue conduzido pela prefeitura, cujo objetivo é o de construir um novo marco na história de Macaé com sua principal vocação econômica: o petróleo.

Foco da reunião realizada nesta semana entre membros da secretaria municipal de Desenvolvimento Econômico, Tecnológico e Turismo e do Instituto Macaé de Ciência e Tecnologia (IMCT), a consoli-dação da nova etapa de criação do Parque garante ao município a proximidade na conquista de uma nova referência: tornar-se a Capital Nacional da Inovação.

Desenvolvido com base em modelos já consolidados no país, como no Rio de Janeiro, e em outros locais do mundo, o Parque Científico e Tecnológico de Macaé possui como grande diferencial a relação histórica entre a cidade e as operações do petróleo no país.

"Não vemos o petróleo apenas como uma vocação econômica, mas sim como um setor capaz de originar conhecimento, atra-vés do trabalho desenvolvido

por diversos profissionais, além das pesquisas já desenvolvidas por instituições de ensino se-diadas no município", destacou Vandré Guimarães, secretário municipal de Desenvolvimento Econômico.

Em abril deste ano, a equipe do Techno Park divulgou o edi-tal para a escolha das empresas que irão participar da estrutura física do polo de inovação.

Atualmente, a sede do IMCT já é utilizada como o centro de criação do Parque. O lo-

cal sediou também em abril o workshop que reuniu 14 pro-jetos selecionados pelo pro-grama de pré-incubação, onde iniciativas voltadas a áreas co-mo o petróleo, a biotecnologia, engenharia e sustentabilidade foram apresentadas.

"O Parque Tecnológico segue como uma prioridade para o governo devido ao seu poten-cial de estimular a inovação pa-ra o mercado do petróleo", disse Vandré.

Através da parceria firmada

como o Sebrae e a Fundação Educacional de Macaé (Fune-mac), o Techno Park já promo-ve o incentivo à criação de ideias empreendedoras, capazes de oferecer o suporte necessário para a evolução do mercado do petróleo em Macaé.

"Visamos agora garantir a consolidação da incubadora de empresas, um projeto em anda-mento no IMCT, e que utilizará a estrutura do Instituto para se-diar as primeiras ideias de ino-vação", informou Vandré.

KANÁ MANHÃES

Equipe do Techno Park já oferece suporte a iniciativas empreendedoras voltadas à inovação

Câmara de Vereadores se prepara para retomar sessões

PLENÁRIO

Após 30 dias das atividades parlamentares no meio do ano, os 17 vereadores retornam, nesta semana, às sessões ordi-nárias no plenário Naci� Salim Sélem, do Palácio Natálio Sal-vador Antunes.

A primeira sessão após o fim do recesso acontece nesta terça-feira (4), às 10h. Além de dar continuidade ao trabalho focado nas demandas apresen-tadas por moradores de bairros,

Após 30 dias de recesso, parlamentares voltam a ocupar cadeiras no plenário

comunidades e distritos da ci-dade, os 17 vereadores que for-mam a atual legislatura do par-lamento municipal já possuem um complexo 'dever de casa': a apreciação do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) do Executivo, referente a 2016.

A LDO aponta as metas de gestão do governo, discrimi-nando os programas de traba-lho que serão realizados por to-dos os setores da administração municipal, baseados na aplica-ção dos recursos públicos, cuja previsão de arrecadação será estipulada pela Lei Orçamentá-ria Anual (LOA), votada apenas em dezembro.

Segundo o regimento interno da Câmara, a LDO deve ser vo-tada até o dia 30 de agosto.

"Sabemos das complicações geradas pela queda na arre-cadação da cidade, diante da crise do petróleo. Portanto, a votação da LDO exigirá dos vereadores uma análise mais aprofundada", apontou o pre-sidente da Câmara, Dr. Eduar-do Cardoso (PPS).

Ao iniciar o segundo semes-tre, no terceiro ano da atual legislatura, a Câmara tem co-mo uma das principais tarefas definir a nova composição do Legislativo, para o mandato de 2017-2020.

WANDERLEY GIL

Dr. Eduardo Cardoso (PPS)

Vereadores entregaram honrarias durante a sessão solene que marcou os 202 anos de Macaé

NOTA

Dé�cit dos royalties é equilibrado por fontes das receitas próprias

RECURSOS

Ao alcançar nesta semana a arrecadação de mais de R$ 214 milhões em royalties e Partici-pação Especial, Macaé registra um novo perfil econômico e tributário, que evidencia ainda mais a força das fontes das re-ceitas próprias municipais.

Diferente de cidades como Campos dos Goytacazes, Rio das Ostras e Quissamã, cujas

Mudança em ritmo de arrecadação representa força tributária do município

administrações sucumbem à crise do petróleo, Macaé con-segue consolidar as previsões orçamentárias relativas às re-ceitas do Imposto Sobre Ser-viços (ISS) e do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (IMCS), o que permi-te ao município encerrar julho com uma receita total de R$ 950 milhões.

Dentro dos cerca de R$ 100 milhões não arrecadados pela cidade em função da crise do petróleo, no comparativo ao vo-lume de receitas obtidas pelos cofres públicos nos primeiros

sete meses do ano passado, R$ 91 milhões são relativos à que-da nos repasses dos royalties e da Participação Especial, um efeito tributário que depende, principalmente, da comerciali-zação do barril de óleo bruto no mercado internacional.

Ao exigir da administração municipal a criação de medidas austeras para equilibrar as con-tas públicas, a crise representa o grau elevado de eficiência do sistema tributário municipal, desenvolvido ao longo dos últi-mos 10 anos na cidade e aprimo-rado desde 2013.

KANÁ MANHÃES

Equilíbrio financeiro

PONTODE VISTAA semana passada começou cheia de novidades no mundo político, econômico e judiciário. Primeiro porque, ao anun-ciar a queda no índice do PIB brasileiro em 2,5%, a presidente Dilma Rousse� - como sempre conhecedora profunda da si-tuação crítica em que o país se encontra - atribuiu à Operação Lava-Jato, que investiga uma série de escândalos ocorridos não só na Petrobras, estendendo tentáculos para outras em-presas estatais, a queda de um ponto percentual.

Com a grave e profunda crise iniciada ano passado, quando o preço do barril de petróleo caiu pela metade, e todos os gover-nos começaram a se adequar à nova realidade, o prefeito de Macaé, Dr. Aluízio Júnior, começou a se preocupar - e muito - em como administrar uma cidade que não para de crescer, embora com o orçamento diminuindo.

Estão de parabéns os médicos Pedro Reis, secretário de Saúde, Márcio Bittencourt - Superintendente do HPM, Leandro Soares - diretor e toda a equipe de mil funcionários que, alavancados com a dinâmica de trabalho, mostravam-se felizes da vida por participarem de uma das mais belas festas já vistas no município, como foi a da inauguração do novo hospital. Um dos seus idealizadores, Renato Maciel Pinheiro, foi lembrado e exaltado por Pedro Reis.

E já que registramos aqui os bons momentos da administração e das solenidades, é bom lembrar que há muito tempo - bota tempo nisso - apenas três prefeitos deixaram legados bons para o município: Cláudio Moacyr, falecido em 1995, Alcides Ramos que, vivo, completou 95 anos, e Sylvio Lopes Teixeira, que transformou a cidade na Capital Brasileira do Petróleo. Agora, Dr. Aluizio se prepara para entrar na lista.

Até domingo.

Nas redes sociais é grande a adesão da população em geral que, liderada por alguns grupos sem cunho político, tem na mira exatamente a classe política. O dia 16 de agosto, data marcada para o povo ir às ruas, vai ser o tempero do que poderá acontecer na capital, Brasília, se os detentores do poder fizerem ouvidos de mercador. Em Macaé, as manifestações estão sendo organizadas. Falta o local da concentração ser divulgado.

Fala sério...

Macaé gigante

Revelação feita na segunda-feira, após a reunião com 12 ministros e o vice-presidente Michel Temer. Também co-brou o fim das traições na base política, referindo-se aos indi-cados para cargos de confiança, embora o governo não tenha ainda nomeado todos os nomes recomendados pela base aliada. A presidente deu um recado du-ro aos ministros. Mas como? O governo não pode gastar mais do que arrecada e, no entan-to, só aumenta a despesa!!! No mundo econômico, o ministro Joaquim Levy ainda trabalha quase sozinho para ver aprova-das as propostas do ajuste fiscal que, por enquanto, atingiu em cheio a classe trabalhadora e os pequenos empresários, que tiveram a carga tributária au-mentada. E grande parte, não suportando mais este peso, vai demitindo e fechando suas em-presas, enquanto as gigantes diminuem a produção, vendem menos, não pagam os impostos e também demitem aumentan-

do a crise. Para desespero de alguns grandes empresários foi desencadeada a 16ª Operação da Lava-Jato, com o juiz Sergio Moro aceitando a denúncia fei-ta pelos procuradores contra os mais importantes empresários da Odebrecht e Andrade Gu-tierrez - considerados os artífi-ces do escândalo de corrupção na Petrobras, e que pode chegar no BNDES - com o perigo de chegar aos pés de importantes figuras políticas, o que poderá fazer o chão tremer. Pior é que, presos preventivamente e, ago-ra, aguardando as sentenças que podem ser pesadas, acabou esti-mulando outros 12 importantes empresários envolvidos a admi-tir que podem "abrir o bico" para escapar das grades, indo para ca-sa com tornozeleira eletrônica. Apetrecho esse, aliás, que já vem causando inveja a quem aguar-da o fim da operação, prestes a chegar no Congresso Nacional, certamente respingando em importantes nomes do mundo político. Vem mais por aí.

Diferente de outros prefeitos que, a cada ano, podiam estimar altas receitas, principalmente porque o município se tornou a Capital Nacional do Petróleo, e com a Pe-trobras ampliando a produção, também os recursos dos royalties proporcionou uma excelente arre-cadação, onde o dinheiro em caixa chegou à casa de R$ 2 bilhões - cifra inimaginável por outros políticos. Mas qual o político que não se sente poderoso com uma caneta na mão, podendo fazer o que bem entende, loteando o governo sem obras, legado da última gestão? Dr. Aluízio, em diversas ocasiões já afirmou que seu nome é trabalho! Ele repetiu a frase dia 29 passado, quando Macae comemorou 202 anos. Na contramão dos que vivem reclamando, ele apenas colocou os pés no chão, assumiu a Ompe-tro - Organização dos Municípios Produtores de Petróleo, arrega-çou as mangas e foi à luta. Cortou na própria carne ao diminuir o salário do chefe do executivo e dos secretários, dando o bom exemplo. Colocou sua equipe para trabalhar

desde o primeiro dia de governo e, aos poucos, os ponteiros começa-ram a ser acertados. Quando Macaé começava a festejar os 202 anos, ele foi claro e objetivo: "Não vamos fazer festança. Não vamos gastar o que não podemos. Quero ver o po-vo feliz. Essa é a minha proposta". E dia 29 de julho, cumprindo uma programação tradicional, hastean-do as bandeiras no Paço Municipal, abrindo o desfile, inaugurando os espaços que homenagearam o historiador Antonio Alvarez Pa-rada e o ferroviário e ex-vereador Joserval Alves Soutinho (Lurufe, para quem não sabe), o restauran-te popular prato cheio que levou o nome de Andrea Meirelles e, por fim, o Hospital Público Municipal Irmãs do Horto, oferecendo mais 100 leitos na ampliação dos ser-viços de saúde, emocionado, ele declarou: "Eu quero um governo pequeno, mas uma Macae gigante". Bem, aí está o estilo não populista, mas sério, de um político que tem tudo para fazer de Macaé, realmen-te, um exemplo de boa administra-ção, o que poucos souberam fazer.

PONTADAS

Page 4: Noticiário 02 08 15

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ4 Macaé (RJ), domingo, 2 e segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Opinião

ESPAÇO ABERTO

EDITORIAL FOTO LEGENDA

A sintonia entre o número crescente de pessoas em deslocamento na cidade e a oferta de modais rela-tivos ao transporte público ainda é um dos maiores desafios encarados pela cidade.

A expansão das rotas elaboradas pelo Plano de Ciclomobilidade de Macaé torna-se um sistema funcional e efetivo, que visa permitir que a cidade possa alcançar o equilíbrio na mobilidade urbana local. Além de incentivar a população a adotar uma prática saudável e sustentável, as rotas auxiliam também no reordenamento urbano, devolvendo as calçadas para os pedestres, criando segurança aos ciclistas que, hoje, se aventuram em meios aos carros, em vias de tráfego intenso de veículos.

Não é de hoje que o Brasil vem sofrendo com gran-des estiagens geradoras de uma das maiores crises hídricas da história do país. A Região Sudeste é uma das áreas mais afetadas tendo São Paulo como o es-pelho da má utilização dos recursos naturais. A falta de chuva, o desmatamento das vegetações ribeirinhas e o abandono das nascentes fazem com que o poder público tenha mais do que nunca que pensar em me-didas sustentáveis que visem a proteção dos nossos recursos e o incentivo às novas práticas sustentáveis.

Equilíbrio

Hora de sair do discurso e partir para a prática

No entanto, propostas criadas pela iniciativa da própria sociedade

começam a modificar o perfil e a cultura de usuários desses sistemas, o que pode se tornar um fenômeno importante na história recente da Capital Nacional do Petróleo.

Seguindo tendências de sucesso criadas em grandes centros urbanos do país e do mundo, Macaé registra a dis-cussão da inclusão do Plano de Ciclomobilidade dentro do cotidiano de deslocamen-to da população, integrado aos sistemas de transporte público, com base nos ônibus e trânsito doméstico, condu-zido por veículos particulares, sem esquecer dos impactos gerados pelo transporte de cargas o�shore, baseado ho-je exclusivamente no modal rodoviário.

Nascida a partir da vontade de praticantes do ciclismo, a ideia de criação das ciclofai-xas logo foi abraçada pela Câ-mara de Vereadores que, por sua vez, promoveu o estímulo necessário junto à secretaria municipal de Mobilidade Urbana para que o projeto se concretizasse.

Hoje, mais importante que a criação das ciclofaixas que registram uma extensão de mais de 70 quilômetros, os in-

tegrantes do comitê respon-sável pela execução do Plano de Ciclomobilidade ajuda a criar um novo conceito na cultura da população maca-ense, baseada principalmente no modal rodoviário.

Construindo um conceito baseado no diálogo com a so-ciedade, o Plano quase caiu no discurso equivocado da políti-ca, mas recuperou seu curso de ser um projeto idealizado a partir da iniciativa de pessoas que buscam contribuir com a construção de nova qualidade de vida para toda a sociedade macaense.

Com a proposta de integrar os setores Norte e Sul da cida-de, a Ciclomobilidade torna-se também a criação da polí-tica pública mais democrá-tica do município, sento um sistema utilizado por pessoas que dependem do transporte para trabalhar ou estudar, as-sim como por praticantes de atividades físicas, que visam o bem-estar aproveitando as belezas naturais presentes em quase todos os cenários da Capital Nacional do Petróleo.

Rumo a uma nova cultura, Macaé faz história e torna-se referência de um projeto simples, mas funcional à dinâmica de uma cidade do interior, digna de uma verda-deira metrópole.

O vereador Maxwell Vaz, inclusive, trou-xe ao plenário da Câ-

mara de Vereadores vídeo mostrando o estado crítico do nosso Rio Macaé. Nesse sentido, o que vem sendo proposto no município de Macaé?

Nosso mandato vem tra-balhando incansavelmente na proposição de medidas que visem o incentivo da população ao uso de medi-das sustentáveis. Além de garantir melhorias reais ao uso das riquezas naturais, tais propostas garantem a conscientização ambiental à população.

Ainda em 2014 apresen-tamos um Projeto de Lei denominado Eco IPTU que tem como objeto incentivos fiscais em construções que utilizem tecnologias sus-tentáveis como captação da água de chuva, reuso da água, uso de energia solar, dentre outras formas. Com a redução dos valores no IPTU o macaense poderá ajudar o meio ambiente e

economizar no pagamento do tributo. Ano passado o governo municipal orien-tou pela rejeição do proje-to que reapresentamos em 2015.

E a prefeitura, o que fez sobre esse tema durante esses últimos anos? Qual medida prática para garan-tir o uso consciente da água e o incentivo às tecnologias sustentáveis? O que acon-teceu além das milionárias propagandas? A população não vê melhorias.

Na próxima terça-feira inicia o segundo semestre das sessões ordinárias da Câmara Municipal de Ma-caé. Solicitamos que esse projeto entre em discussão rapidamente, já que possui o parecer favorável de todas as comissões pertinentes, podendo ir à discussão dos vereadores. O tempo dos discursos já passou! É hora de partirmos para a prática.

Igor Sardinha, vereador do PRB, líder da bancada de opo-sição de Macaé.

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PagamentoAtravés de nota oficial, a prefeitura informou que a primeira parcela do 13º salário vai ser li-berada até a próxima sexta-feira, dia 7. A data foi marcada em função da necessidade de ade-quação da folha de pagamento dos servidores municipais, alterada em função da reforma ad-ministrativa, instituída no mês passado. A libe-ração dos vencimentos deste mês foi efetuada ao longo da semana passada.

FerroviaA prefeitura vai amadurecer, junto à secretaria estadual de Transportes, a ideia de construção de uma estação de transbordo em Macaé, in-tegrada ao sistema de deslocamento de cargas proposto pela Ferrovia Vitória-Rio. A inclusão da cidade na rota de terminais para operação do novo modal será definida em reunião agen-dada para este mês no município. As equipes das secretarias municipais de Mobilidade e de Desenvolvimento Econômico defendem a pro-posta para a Capital do Petróleo.

AeroportoTambém está agendada para este mês a pu-blicação do edital das obras de recuperação da pista de pouso e decolagem do Aeroporto de Macaé. Após encerrar a revisão do projeto estrutural e da proposta orçamentária, o pro-cesso foi enviado pela Infraero para a Secretaria de Aviação Civil, que custeará as intervenções com recursos já alocados no Fundo Nacional de Aviação Civil. A expectativa é que as obras sejam iniciadas em janeiro do próximo ano.

VoosA partir deste domingo (2), a Azul Linhas Aére-as suspende as operações de voos comerciais no Aeroporto de Macaé. A decisão é da pró-pria companhia e está baseada em questões de custos. Hoje, a secretaria municipal de Desen-volvimento Econômico trabalha para garantir as atividades dos voos comerciais, oferecendo apoio institucional a duas empresas que já de-monstraram interesse em atuar na rota regional: Macaé-Rio de Janeiro.

HotelariaA rede hoteleira de Macaé, a segunda maior do Estado, deve se beneficiar com a movimentação de turistas que pretendem participar da edição deste ano do Festival de Jazz e Blues, realizado pela prefeitura de Rio das Ostras. A crise orça-mentária enfrentada pela cidade vizinha chegou a ameaçar a realização do evento, que foi sal-vo graças a investimentos da iniciativa privada. Mesmo com a programação reduzida, o festival ocorrerá entre os dias 20 e 23 deste mês.

EmpreendedorismoEmpreendedores de Macaé, com o dom da arte culinária, estão investindo nos 'foods tru-cks', uma iniciativa que mistura gastronomia com praticidade. Empresas foram criadas na cidade para oferecer o serviço, que passa a ser contratado para festas e eventos corporativos. De olho na oportunidade criada pelas festas de fim de ano, empresários do ramo já buscam empresas locais para participar de convenções. A ideia é boa!

CulturaReligiões de matrizes africanas, como a Um-banda e o Candomblé, também foram repre-sentadas no desfile cívico em celebração dos 202 anos de emancipação política e adminis-trativa de Macaé. Hoje, a cidade é referência no número de espaços criados para o culto a entidades desses segmentos religiosos, cujos praticantes lutam contra o preconceito e a in-tolerância. O respeito à crença é uma das pre-missas da sociedade em geral.

PolíticaA chegada do mês de agosto cria mais expec-tativas para lideranças políticas que almejam disputar as eleições municipais do próximo ano. De acordo com as regras do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), quem quiser concorrer deve estar registrado em um partido até o final de setembro. Porém, apesar do prazo apertado, nada está definido no cenário político da cida-de. Pelo menos não para a disputa das futuras 19 cadeiras do Legislativo.

CicloviasHoje, Macaé já conta com cerca de 70 qui-lômetros de rota exclusiva para o tráfego de bicicletas. O número representa a consolida-ção do Plano de Ciclomobilidade, instituído através da iniciativa conjunta entre a Câmara de Vereadores e a prefeitura. Atualmente, no-vos pontos da cidade recebem a criação das 'rotas vermelhas', cor que sinaliza a área ex-clusiva para o tráfego e o incentivo ao modal cicloviário da cidade.

EXPEDIENTE

PAINEL

GUIA DO LEITORPOLÍCIA MILITAR: 190POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL: 191SAMU - SERV. AS. MED. URGÊNCIA: 192CORPO DE BOMBEIROS: 193DEFESA CIVIL: 199POLÍCIA CIVIL - 123ª DP: 2791-4019DISQUE-DENÚNCIA (POLÍCIA MILITAR): 2791-5379DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (24 HORAS): 2796-8330DEL. DE POL. FEDERAL (DISQUE DENÚNCIA): 2796-8326DEL. DE POL. FEDERAL (PASSAPORTE/VISTO): 2796-8320DISQUE-DENÚNCIA (CÂMARA DE MACAÉ): 2772-7262HOSPITAL PÚBLICO MUNICIPAL: 2773-0061AMPLA: 0800-28-00-120CEDAE: 2772-5090PREFEITURA MUNICIPAL: 2791-9008DELEGACIA DA MULHER: 2772-0620GUARDA MUNICIPAL: 2773-0440ILUMINAÇÃO PÚBLICA: 0800-72-77-173AEROPORTO DE MACAÉ: 2772-0950CARTÓRIO ELEITORAL 109ª ZONA: 2772-9214CARTÓRIO ELEITORAL 254ª ZONA: 2772-2256CORREIOS - SEDE: 2759-2405AG CORREIOS CENTRO: 2762-7527TELEGRAMA FONADO: 0800-5700100SEDEX: 2762-6438CEG RIO: 0800-28-20-205RADIO TAXI MACAÉ 27726058CONSELHO TUTELAR I 2762-0405 / 2796-1108 PLANTÃO: 8837-4314CONSELHO TUTELAR II 2762-9971 / 2762-9179 PLANTÃO: 8837-3294CONSELHO TUTELAR III 2793-4050 / 2793-4044 PLANTÃO: 8837-4441

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Com sorteio de brindes, prêmios, apresentações de dança e brincadeiras, o primeiro Festival de Pipas do Frade acontece neste domingo (2), no Campo Novo do Frade, de 13 às 17 horas

NOTA

Page 5: Noticiário 02 08 15

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 2 e segunda-feira, 3 de agosto de 2015 5

Polícia O Centro de Controle de Zoonoses dá continuidade ao trabalho de pulverização de bloqueio ao mosquito transmissor da dengue, Aedes aegypti. Na próxima semana, o carro fumacê atenderá aos bairros: Parque Aeroporto I, Novo Cavaleiros, Jardim Guanabara, Novo Horizonte e Jardim Maringá.

NOTA

SOCIAL

Mulher que vivia na Rodoviária migra para o Terminal Central

Desde março, o Jornal O Debate vem relatando o caso de uma senhora que aparentemen-te sofre de problemas psiquiá-tricos e vive nas ruas, sempre na região central da cidade.

A mulher vive em barraco de papelão feito por ela e até cerca de três meses atrás, tinha feito da Rodoviária de Macaé seu lar. Agora, ela pode ser vista dentro do Terminal Central, onde tam-bém já construiu seu barraco de papelão.

No início do ano, a empresa que administra o terminal, a SOCICAM, falou com a repor-tagem de O Debate do perigo que ela estava representando, aos funcionários do terminal rodoviário e até mesmo aos passageiros. Segundo um su-pervisor da empresa, a mulher sofre de desequilíbrio mental, constatado pela equipe da am-bulância do SAMU, acionada pelo próprio funcionário. Ele disse que a mulher estava ame-açando e agredindo os funcio-nários da rodoviária que tentam chegar perto dela e até mesmo

Com problemas psicológicos, mulher não aceita ajuda de secretarias e não quer sair das ruas

passageiros que chegaram de madrugada na rodoviária havia sofrido algum tipo de violência da mulher.

Na época, a Prefeitura nos in-formou que a mulher não pode ser retirada da rua, se não fosse do seu desejo e que o Núcleo de Saúde Mental estava acom-panhando o caso. Atualmente, a Política Nacional de Saúde Mental vigente no Brasil e ins-tituída por lei federal defende o atendimento dessas pessoas fora dos hospitais e enfatiza a necessidade de sua reabilitação psicossocial. Para que isso seja realizado de forma eficaz, é ne-cessária a implantação de medi-das de apoio não só ao paciente,

mas também à sua família.Contudo, a migração dela pa-

ra mais um local onde há grande circulação de pessoas, inclusive de crianças e adolescentes, po-de vir a gerar mais transtornos. O fato dela ter entrado em um local, no qual é preciso pagar e lá ter se instalado, não condiz com o acompanhamento no qual a Prefeitura diz ter com essa senhora.

Entramos em contato nova-mente com a Prefeitura para saber quais as medidas cabíveis para que essa senhora possa sair da rua ou, sair de dentro do Terminal Central e, até o fecha-mento desta edição não obtive-mos retorno.

KANÁ MANHÃES

Situação da senhora que sofre de problemas psiquiátricos e mora na rua vem se arrastando há vários meses

REUNIÃO

Comerciantes do Aeroporto tiram dúvidas com bombeiros

Na quinta-feira (30), a As-sociação Comercial e Industrial de Macaé (ACIM) promoveu um encontro entre os comer-ciantes do Parque Aeroporto e representantes do 9ª Grupa-mento de Bombeiro Militar. Em um acontecimento inédito os comerciantes locais puderam esclarecer suas dúvidas.

Durante a reunião, o Tenen-te Frederico Silva, que atua na Chefia de Análises de Projetos do 9º Grupamento de Bom-beiro, pôde esclarecer dúvidas em relação à legalização dos estabelecimentos comerciais. A presença do Tenente foi uma reivindicação dos próprios co-merciantes.

“Recebemos esta demanda em nossa última reunião, ocor-rida em junho, e enviamos um ofício solicitando a participa-ção de um representante do Corpo de Bombeiros. Nosso objetivo nesses encontros é sempre o de levar alguma no-vidade para os comerciantes e atender às solicitações que surgirem”, ressaltou Antonio Martius Gondim, presidente da ACIM.

A principal dúvida dos pro-prietários de comércios foi

Dúvidas dos comerciantes locais foram levadas para representantes do 9O Grupamento de Bombeiro Militar

esclarecida pelo Tenente Fre-derico Silva, que explicou que todo o estabelecimento precisa ter um laudo de certificação de aprovação, emitido pelo Corpo de Bombeiros.

“Segundo a legislação es-tadual, nenhum estabeleci-mento pode ter alvará de fun-cionamento sem o laudo do Bombeiro, principalmente se for do ramo de alimentação. No entanto, cada município tem sua lei orgânica e quando chegamos numa loja que nos apresenta o documento não fazemos interdição”, explicou.

O Tenente também explicou como é realizado o procedi-mento durante as vistorias do Corpo de Bombeiros aos esta-

belecimentos comerciais.“Nós do Corpo de Bombei-

ros não temos autonomia para pegar nenhuma documentação do empresário quando reali-zamos as vistorias. Damos um prazo para que o comerciante apresente os documentos exi-gidos e hoje isso já é feito de forma bastante simplificada”, informou o bombeiro.

Ao final da reunião, o repre-sentante do 9º GBM se colocou à disposição para atender no quartel os comerciantes que não puderam estar presentes. As reuniões da ACIM com o nú-cleo do Aeroporto acontecem sempre às últimas segundas-feiras de cada mês, sendo a pró-xima no dia 31 de agosto.

COMUNICAÇÃO ACIM

Reunião com Corpo de Bombeiros esclarece dúvidas sobre legalização de estabelecimentos comerciais

DENÚNCIA

Terreno abandonado vira refúgio de usuários de drogasConstruções irregulares já foram erguidas no local e pessoas relatam brigas constantes Ludmila [email protected]

Em um terreno abandona-do, nas margens da Linha Vermelha, na altura do

bairro Visconde de Araújo, ao lado de um estabelecimento comercial frequentemente são vistas pessoas que se utilizam de uma construção abandona-da para fazer uso de drogas. Ao lado, barracos já foram erguidos e várias elementos são vistos no local diariamente.

Moradores de um condomí-nio residencial que dá fundos ao terreno relatou o problema ao Jornal O Debate. Segundo as informações, são vistas dia-riamente pessoas circulando dentro do local e brigas são fre-quentes entre eles, com agres-sões físicas e verbais, marcando a desordem do local.

Os moradores relataram que durante as brigas eles circu-lam pela Linha Vermelha, que possui um alto movimento de veículos, podendo ocasionar acidentes. Além disso, os mora-dores dizem que essas pessoas aparentam estar sob o efeito de entorpecentes.

“Não tem dia, nem horário, eles começam a brigar, xingam um ao outro, usando palavras de baixo calão, gritam muito, pegam pedaços de paus e ficam indo e vindo na pista, colocando em risco não apenas a seguran-ça deles, como dos condutores e passageiros dos veículos”, disse Adrilander Rosa, moradora do condomínio.

Do outro lado do terreno exis-te um matagal que é utilizado por essas pessoas também pa-

KANÁ MANHÃES

Barracos podem ser vistos no terreno localizado na Linha Vermelha

ra dormir ou fazer uso de dro-gas. Moradores relatam que frequentemente é possível ver que eles estão embaixo dos pés das árvores, dentro do mato. No local, pode ser visto muito lixo, que eles deixam.

“Essa travessia do terreno até o mato que fica do outro lado da Linha Vermelha é que põe em risco a segurança das pessoas que passam pelo local. É muito comum entre eles, ficarem em-baixo das árvores neste mato aqui do lado. A gente percebe que eles ficam conversando, às vezes um sai de dentro do terreno vai pro meio da pista e fica conversando com quem está do outro lado no matagal. É um risco, é preciso ser feito al-guma coisa antes que aconteça algum acidente. Além disso, tem a questão dos barracos que es-tão sendo erguidos ali, mais um terreno sendo invadido e cons-truções irregulares subindo na cidade, espero que a Prefeitura possa tomar providências ime-diatas”, concluiu Adrilander.

Apesar de uma construção em mau estado de conservação dentro do terreno, ao lado es-tão sendo erguidos barracos de madeira. Outro índice de que o local está ocupado por famílias, são as roupas que estão sendo colocadas para secar no sol em cima da cerca de arame que di-vide o terreno.

De acordo com a Prefeitu-ra, por se tratar de um terreno particular, o caso foi repassado à Polícia Militar, para que possam tomar as medidas necessárias e cabíveis.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ6 Macaé (RJ), domingo, 2 e segunda-feira, 3 de agosto de 2015

EconomiaQUESTÃODE JUSTIÇA

O imposto sobre grandes fortunasNão é de hoje que ouvimos, le-

mos, ou assistimos acirrados de-bates acerca da questão da tributa-ção no Brasil. No semestre que se avizinha, a questão da tributação volta às pautas parlamentares. Congressistas da base do governo defendem uma reforma tributária que, além de tratar da distribuição dos recursos arrecadados, passe a dispor sobre o aumento da tribu-tação sobre a parcela mais rica da população, no intuito de equilibrar o ajuste fiscal para reduzir a desi-gualdade tributária.

Na Câmara dos Deputados existem diversas propostas que visam alterar as regras de tributa-ção sobre grandes fortunas, mas ainda sem muito sucesso. Para tratar do tema foi instituída, no final de julho, uma comissão es-pecial para analisar tais propostas relacionadas à reforma tributária

que tramitam na Casa Legislati-va. Segundo o Presidente da Ca-sa, Eduardo Cunha, o objetivo é fazer com que o tema seja uma das prioridades dos deputados no segundo semestre.

Uma das propostas que gera mais polêmica é a que trata do Imposto sobre Grandes Fortunas - IGF, previsto na Constituição Federal, mas até hoje não regula-mentado. As dificuldades na dis-cussão de tal proposta, no entanto, se apresentam desde a Assembleia Constituinte reunida para a elabo-ração da Constituição Federal de 1988. A título de exemplificação, enquanto outros impostos podem ser regulados por lei comum, co-mo o Imposto de Renda, o Impos-to sobre Grandes Fortunas precisa de uma lei complementar, que tem tramitação especial e mais dificul-tosa no Congresso.

Leandro Gama Alvitos, Especialista em Direito Público

O ajuste fiscalEm plenário, o tema foi defen-

dido pelo líder do governo, depu-tado José Guimarães, como sendo medida que se propõe garantir re-cursos para o governo em meio ao ajuste fiscal. Segundo o deputado “não é possível dar perenidade e qualidade nas políticas públicas nas diversas áreas sem garantir o financiamento”.

Flávio Dino, governador do Mara-nhão, apresentou ao Supremo Tri-bunal Federal uma Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão para que o imposto seja regulamen-tado, estando a demanda no tribunal desde março deste ano. A deputada Jandira Feghali também já defendeu a taxação como sendo uma saída possível para o ajuste fiscal.

A definição das grandes fortunasAo todo, na Câmara dos De-

putados, tramitam 14 propostas sobre o tema. A mais antiga é de 1989, e está desde dezembro do ano 2000 pronta para ser vo-tada em Plenário. O Projeto de Lei Complementar de número 202/89, de autoria do então sena-dor Fernando Henrique Cardoso, estabelece como grande fortuna um patrimônio superior a R$ 11,8 milhões, em valores atualizados.

O especialista em finanças públicas Amir Khair afirma que o imposto não foi regulamentado até hoje por falta de interesse dos parlamentares: “Ele não passa no Congresso pela alegação de várias razões. Mas a razão central é que ele atinge o bolso dos parlamentares”.

Segundo Khair, os argumentos apresentados contrários à regula-mentação do imposto, como bitri-butação, fuga de capitais e falta de poder de arrecadação do tributo não se sustentam. Para ele, o sis-tema tributário brasileiro é muito bom para quem tem muito dinhei-ro, ainda mais em relação à tribu-tação praticada em outros países.

De acordo com levantamento realizado pela Ernst & Young, o Imposto sobre Grandes Fortunas é praticado em seis países: Argen-tina, Espanha, França, Índia, No-ruega e Suíça, sendo que a Espa-nha é a que apresenta a maior das alíquotas aplicadas, sendo esta de 2,5% para fortunas acima de 700 mil euros.

Leandro Gama Alvitos

Bandeira tarifária segue vermelha em agosto, diz Aneel. Na prática, consumidores vão continuar pagando taxa extra na conta de luz.

NOTA

SERVIÇO

Empresas de telefonia seguem como as mais reclamadas de 2015 Segundo o Procon-Macaé, apenas no primeiro semestre foram registradas cerca de mil reclamações relativas à má prestação de serviços no municípioGuilherme Magalhã[email protected]

De acordo com o Procon-Macaé, até agora nos cinco primeiros lugares

do ranking de empresas mais reclamadas do ano, as compa-nhias de telefonia móvel so-mam juntas quase um quarto das reclamações registradas no município.

Com dados contabilizados desde o primeiro dia de janei-ro, a lista é enfática e representa um problema comum em toda a cidade: as quedas sem fim no si-nal das operadoras de telefonia móvel. Segundo Carlos Fioretti, os consumidores relatam ao ór-gão situações dos mais variados tipos, que vão desde falhas no atendimento, descaso por par-te dos atendentes da empresas designados para resolver os pro-blemas, até quedas operacionais por longos períodos de tempo.

“Na maior parte das vezes são casos de descumprimento do serviço prometido. E isso, de maneira mais grave, em cer-tas situações inclui dificuldade para cancelamento de planos”, explicou Fioretti em entrevista recente, ressaltando que, devido a diversas infrações referentes aos serviços de fixo e móvel, as

empresas do ramo que atuam na cidade já receberam juntas multas avaliadas em mais de R$ 4 milhões, somente este ano.

“Eles já foram notificados e sabem que os débitos não qui-

tados são inscritos em dívida ativa para cobrança posterior por meio de ações de execução fiscal”, pontuou.

Como exemplo de quanto o caso é antigo, em 2013, a Câma-

ra de Macaé chegou a promover uma audiência pública para dis-cutir os problemas das empre-sas de telefonia móvel da cidade. Como o Ministério das Comu-nicações e representantes das operadoras não compareceram, a discussão se tornou pratica-mente nula, ficando registradas apenas as reivindicações de me-lhorias pela população.

Já para quem depende da disponibilidade do serviço para trabalhar, o assunto é mais de-licado do que se imagina e pode provocar sérias consequências.

“Se você é microempresário, por exemplo, e tem pedidos a ser entregues ou despachados, essa falha costumeira do servi-ço de telefonia móvel durante o horário comercial pode custar um prejuízo razoável”, afirmou o empresário do ramo de bebi-das, Alexandre Lemos.

PROMESSA É DÍVIDAEm abril último, as principais

empresas de telefonia celular do estado (Claro, Oi, Tim e Vivo) firmaram o compromisso con-junto de elaborar uma pacote de medidas para aprimoramento da contratação de seus respecti-vos serviços e planos. Em docu-mento entregue ao Ministério das Comunicações, as empresas destacaram o compromisso de viabilizar várias ações de melho-ria incluindo a elaboração de um "código de conduta para a comu-nicação da oferta de internet mó-vel", no qual ficariam explicitas as condições que devem ser obser-vadas pelas operadoras para uma comunicação "mais clara, objeti-va e transparente" das ofertas de planos de internet.

Na época, de acordo com o Sindicato Nacional das Em-presas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (Sindi-telebrasil), a apresentação do código de conduta e a campa-nha de informação tinha prazo de 30 dias para ser divulgada, enquanto o aprimoramento das ferramentas para que o consu-midor pudesse acompanhar o uso dos dados móveis teria prazo de 60 dias.

WANDERLEY GIL

Em Macaé, este ano, empresas de telefonia já receberam, juntas, multas avaliadas em mais de R$ 4 milhões

SERVIÇO

Mais reclamadas

1. TELEMAR2. VIVO3. EMBRATEL 4. OI MÓVEL5. CLARO6. TIM7. NEXTEL

O argumento da bitributaçãoO argumento da bitributação

é defendido pelo renomado tri-butarista Ives Gandra Martins, segundo o qual o imposto é, sim, uma bitributação e acaba afetando a possibilidade de investimento de empresários, o que resultaria em redução da economia.

A mesma opinião é esposada pelo deputado Luiz Carlos Hauly, especialista em tributação. Segun-do o parlamentar, o Imposto sobre Grandes Fortunas é uma prática que caiu em desuso na maior parte dos países em que foi adotada.

Para o deputado, que apresentou uma proposta de reforma tributária

prevendo o fim da regra constitu-cional sobre o Imposto Sobre For-tunas, o encargo não deveria ser criado, mas a solução seria calibrar o sistema tributário brasileiro.

Ao contrário do entendimen-to de Hauly, o deputado Chico Alencar defende que a medida é necessária para tentar equilibrar a desigualdade social existente no país. Chico Alencar foi coautor da proposta de número 277/08, vi-sando regulamentar o texto cons-titucional e taxar todo patrimônio acima de R$ 2 milhões, chegando a 5% a alíquota em casos de patri-mônios acima de R$ 50 milhões.

O abismo tributárioUm estudo realizado em 2011, pe-

lo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, demonstra que quanto menor é a renda do trabalhador brasileiro mais tributos ele paga em relação ao total do que ganha. De acordo com o instituto, os 10% mais pobres contribuem para o Tesouro com 32% de seus rendimentos; en-quanto isso, os 10% mais ricos con-tribuem com apenas 21%.

Tendo em vista os diferentes ar-gumentos e teses defendidos pelos parlamentares, fica nítido que es-sa discussão ainda está distante de seu desfecho. Em se considerando

que, no ano de 2013, a carga tri-butária brasileira chegou a quase 36% de toda a riqueza produzida no Brasil, percebemos o tamanho e a importância dos recursos tribu-tários para nossa economia.

A par dessa longa discussão, pre-ferimos nos partidarizar do enten-dimento de que o foco para amplia-ção da disponibilidade financeira do governo não deve ser o da busca incessante por meios de ampliar a arrecadação, mas sim o de reduzir e otimizar os gastos públicos, em prol de uma maior eficiência na aplicação do erário.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 2 e segunda-feira, 3 de agosto de 2015 7

QUALIF IC AÇÃO

Macaé recebe encontro para pro�ssionais do ensino de base

A secretaria municipal de Educação está definindo os últimos detalhes para o 1º En-contro do Projeto Entrelaçando Linguagens, que vai acontecer quarta-feira (5), no Centro de Convenções Jornalista Roberto Marinho, a partir das 8h.

O objetivo do projeto é rece-ber os profissionais que atuam na Educação Infantil do 1º ao 5º ano das 104 escolas munici-pais. Cada escola vai encami-nhar dois representantes de cada ano.

O encontro voltado para a

Rede municipal promove Encontro do Projeto Entrelaçando Linguagens no Centro de Convenções com Bia Bedran

troca de experiências dos pro-fessores terá como palestran-tes profissionais renomados da área educacional. Entre eles está Bia Bedran, compositora, cantora, atriz e educadora musi-cal brasileira; referência em ar-te e educação, reconhecida por atuar em shows, peças de teatro infantil e palestras. Ela vai des-tacar o tema " A importância da leitura e brincadeira nas séries iniciais". A educadora Marilena Garcia será responsável pela abordagem da temática "A edu-cação no mundo". Além disso, o secretário de Educação, Guto Garcia, vai proferir a palestra " Inteligência se aprende".

O Encontro do "Entrelaçando Linguagens" faz parte da pro-posta do Governo Municipal, que prioriza o aprimoramento em prol da gestão democrática do ensino municipal. Segundo

WANDERLEY GIL

O secretário municipal de Educação, Guto Garcia, vai ministrar palestra durante encontro

Guto Garcia, o objetivo é pro-mover formação e reflexões sobre as práticas pedagógicas e atividades, que visam o desen-volvimento das ações executa-das pela comunidade escolar.

“O encontro já faz parte do ca-lendário municipal. Este dia se-rá a oportunidade para reforçar a formação continuada de todos os profissionais”, observou.

Já a subsecretária de Educa-ção na Saúde, Cultura e Espor-te, Andrea Martins, disse que a programação específica será um momento especial para compartilhar vivências e enri-quecer conhecimentos através de palestras com educadores que têm uma vasta experiência na área pedagógica. " Este será um momento voltado para re-novação em prol do trabalho neste segundo semestre letivo que se inicia", disse.

SAÚDE

Anexo do HPM passa a funcionar nesta segunda-feira Novo prédio pretende ampliar o atendimento proporcionando mais conforto para os pacientes Marianna [email protected]

A inauguração foi no últi-mo dia 29, mas é nessa segunda-feira (3) que a

população macaense vai poder conhecer de perto o novo prédio anexo do Hospital Público de Macaé (HPM) - Irmãs do Horto. Segundo o governo municipal, o objetivo é promover maior conforto ao paciente, buscan-do acabar com um dos maiores problemas que ele enfrenta atualmente: a superlotação no corredor.

Durante a solenidade no ani-versário de 202 anos de Macaé, Dr. Aluízio ressaltou que a nova unidade conta com toda estru-tura necessária para atender a necessidade da população. “Há 11 anos inauguramos o HPM, uma obra fantástica e agrade-

cemos a todas as pessoas que passaram por ali. Tenho certe-za que isso trará mais dignida-de, mais carinho e mais cuidado com a nossa população”, frisou Dr. Aluízio.

Além da ampliação da uni-dade, outros fatores são funda-mentais para promover um tra-tamento mais digno à popula-ção. Um deles é a humanização no atendimento, qualificando os profissionais que ali atuam. Outra medida é o município receber repasses do governo do Estado para custear os procedi-mentos de alto risco.

O prédio anexo conta com 100 novos leitos, sendo 20 UTIs. O recém-inaugurado espaço será destinado ao atendimento de emergência branca e a estrutura antiga à emergência vermelha (casos que envolvem sangue, como acidentes, por exemplo).

No total foram investidos na obra R$ 12.426.537,50, fora os custos com mobiliários e equi-pamentos.

Atualmente são realizados na unidade onze mil atendimen-tos por mês, distribuídos em 22 especialidades médicas. Para atender a demanda, a unidade conta com equipes de plantão 24h. São dois profissionais na UTI, um buco-maxilo, três ci-rurgiões gerais, um cirurgião plástico, um profissional para o setor de endoscopia, quatro médicos obstetrícios, quatro anestesistas, dois neurocirur-giões, dois ortopedistas, um of-talmologista, um otorrino, seis clínicos, três pediatras, entre outros. Com toda a demanda recebida o orçamento anual da unidade é de R$ 200 milhões, o equivalente a uma média de 16 milhões mensais.

KANÁ MANHÃES

Inauguração do espaço aconteceu durante a comemoração do 202º aniversário de Macaé

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ8 Macaé (RJ), domingo, 2 e segunda-feira, 3 de agosto de 2015

BAIRROS EM DEBATE Aroeira

Infraestrutura volta a ser solicitada no bairro AroeiraAlgumas reivindicações antigas feitas pelos moradores há alguns meses foram novamente destacadas essa semana

Marianna [email protected]

“Ninguém sobrevi-ve apenas de pro-messas e é preciso

muito mais do que elas nes-ta vida. Atitudes são funda-mentais.” Localizado em um ponto estratégico, a poucos minutos do Centro e das Li-nhas Verdes e Azul, essa se-mana o Bairros em Debate volta à Aroeira, que é um dos bairros mais tradicionais da cidade.

A última visita foi feita há alguns meses e essa semana a equipe de reportagem retor-na ao local para ver o que mu-dou e quais problemas ainda fazem parte do cotidiano dos moradores. De acordo com dados da Associação de Mo-radores do bairro, estima-se que vivem cerca de 1.800 fa-mílias no local. Ao contrário de áreas que vêm sofrendo crescimento acelerado, a Aro-

KANÁ MANHÃES

Apesar de estar recebendo algumas melhorias, infraestrutura ainda é motivo de reclamações

entulhos nas ruas e áreas de lazer em péssimo estado de conservação.

eira ainda possui caracterís-ticas de cidade de interior. A maioria dos moradores pas-

sou boa parte da vida, senão toda ela no bairro, que é tido como o “berço” de Macaé.

Mas assim como em qual-quer outro lugar, essa região também tem alguns proble-

mas que parecem fazer par-te da história local. Entre as reclamações estão lixos e

Moradores pedem revitalização de praçaUm dos principais pontos abordados nos últimos Bair-ros em Debate feitos na Aro-eira foi a situação da Praça Arlindo Mourão. Como sem-pre, a equipe vem relatando o péssimo estado em que ela, que é a principal área de lazer do bairro, se encontra.

Desde o ano passado a pre-feitura vem revitalizando al-gumas dessas áreas de lazer, mas, pelo visto, isso ainda não chegou à Aroeira.

O parquinho, que deveria ser um local seguro para as crianças brincarem, espe-ra pela instalação dos novos brinquedos. Na última visita, os antigos, que eram de fibra, estavam quebrados, colocan-

do em risco a segurança dos menores.

No início desse ano, a secre-taria de Manutenção infor-mou que aguardava a chegada dos novos brinquedos para instalação. O órgão ressaltou na ocasião que todos os par-ques infantis da cidade serão padronizados, de acordo com as normas de segurança. Al-guns meses depois, a situação permanece da mesma forma.

Já a Academia Popular, que foi reinaugurada há alguns meses, o pedido é para que seja colocada uma cobertura. A medida é, segundo os mo-radores, importante pois os alunos se exercitam debaixo de sol forte ou chuva.

Lazer é um dos pontos ressaltados por quem vive ali

Acessibilidade comprometidaAndar a pé pelas ruas da Aro-eira pode ser algo exaustivo e perigoso. Isso ocorre porque as calçadas estão despadronizadas, com buracos ou tomadas por entulhos. De acordo com Cel-so, um dos pontos críticos fica na Rua Juvenal Barreto.

“O problema dos entulhos acontece mais por causa de uma minoria. Diante disso, em nome da associação, eu peço a todos que colaborem não jo-gando em qualquer lugar. Não podemos colocar apenas a culpa na prefeitura se não fazemos a nossa parte como cidadão”, co-menta Celso.

Vale enfatizar que utilizar lo-

gradouros públicos da cidade, principalmente calçadas, como depósito de lixo doméstico, in-dustrial, hospitalar ou entulhos é considerado crime de acordo com a Lei municipal 3.371/2010.

Além de atrapalhar na acessi-bilidade, o lixo e o entulho são um dos grandes responsáveis pelo entupimento de bueiros e galerias pluviais, comprome-tendo o escoamento da água e gerando transtornos maiores, como alagamentos em épocas de grandes chuvas.

Já a manutenção das calçadas, a prefeitura informa que a res-ponsabilidade é dos proprietá-rios dos imóveis.

Terreno doado para a comunidadeNo último Bairros em De-bate, o presidente da Associa-ção de Moradores e Amigos do Bairro Aroeira (AMABA) e também da Federação das Associações de Moradores do Município de Macaé (FAM-MA), Celso Henrique da Silva, informou que uma área situ-ada na Avenida Vitória Régia, que até então era considerada pública, foi doada à associa-ção do bairro, que tem planos de revitalizar o espaço em prol

da comunidade.Celso diz que até o momen-

to aguarda uma documentação para legalizar a doação feita. “Esse terreno está cedido para a gente e estou esperando ser tudo regularizado para poder tomar uma providência do que iremos fazer aqui. Vamos ouvir os moradores para que, juntos, possamos tomar uma decisão que agrade a todos. Enquanto isso, eu peço que ninguém jo-gue lixo e entulho ali”, explica.

Entulhos prejudicam a acessibilidade de pedestres na Aroeira

Moradores pedem poda de árvores Um dos pedidos reforçados pela AMABA é para que a poda das árvores seja feita. Celso ex-plica que o serviço chegou a ser feito em algumas ruas do bairro, no entanto, em outras ainda não recebeu a visita da secretaria de Ambiente. Um exemplo disso é a Avenida Vitória Régis, onde os galhos já estão caindo dentro do Canal do Capote.

“Fizemos o pedido e eles atenderam apenas uma peque-na parte, mas ainda tem outros pontos necessitando do serviço. A gente procura o órgão res-ponsável, eles falam que vão vir vistoriar e resolver o problema, mas isso fica apenas na promes-sa. O nosso bairro recebe tudo de Macaé. Todos os ônibus que chegam do Rio passam aqui, é um dos principais acessos ao Centro, ou seja, a Aroeira po-deria ter melhores condições", explica Celso.

Segundo a secretaria de Am-biente, as podas das árvores seguem o cronograma de ações da secretaria de Ambiente, essas ruas serão atendidas em breve.

Em Macaé existe a Lei nº 3010/2007, que “disciplina o plantio, o replantio, a poda, a supressão, o transplante e o uso adequado e planejado da arborização urbana, e dá outras providências”.

De acordo com o Art. 6º, “as árvores que se mostrem inade-

quadas ao bem-estar da popula-ção, ou ao bom funcionamento dos equipamentos e mobiliários públicos, visando sua compati-bilização aos equipamentos existentes, poderão, mediante autorização da Coordenadoria Geral de Arborização e Paisagis-mo, ser submetidas às podas de

galhos, e eventualmente de raí-zes, desde que não comprome-tam a estabilidade da planta”.

A lei ressalta que a poda de ár-vores em logradouros públicos só será permitida nas seguin-tes condições: para condução, visando a sua formação; sob fiação, quando representarem riscos de acidentes ou de inter-rupção dos sistemas elétrico, de telefonia ou de outros serviços; para sua limpeza, visando so-mente a retirada de galhos se-cos, apodrecidos, quebrados ou com pragas e/ou doenças; quan-do os galhos estiverem causan-do interferências prejudiciais em edificações, na iluminação ou na sinalização de trânsito nas vias públicas; para a recupera-ção da arquitetura da copa.

De acordo com os Arts. 11 e 16, fica proibido ao munícipe a realização de podas em logra-douros públicos e o corte de árvores em áreas públicas e pri-vadas. “Em caso de necessidade, o interessado deverá solicitar a poda à secretaria de Ambiente, via Protocolo Geral”.

Rua Vitória Régia é um dos pontos que precisam de poda

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 2 e segunda-feira, 3 de agosto de 2015 9

Geral Enem 2015 terá 7,7 milhões de candidatos, 11% a menos que em 2014

NOTA

MÉDICOS

Formados pela UFRJ Macaé se preparam para a Residência MédicaO programa foi instituído pelo Decreto no 80.281, de 5 de setembro de 1977, e é uma modalidade de ensino de pós-graduação destinada a médicosJuliane Reis [email protected]

Após colação de grau rea-lizada na noite do último dia 21, os formandos de

Medicina da UFRJ Macaé se preparam para uma nova eta-pa da profissão. O ingresso no Programa de Residência Médi-ca - uma modalidade de ensino de pós-graduação destinada a médicos, sob a forma de curso de especialização instituída pelo Decreto nº 80.281, de 5 de setembro de 1977, e que funcio-na em instituições de saúde, sob a orientação de profissionais médicos de elevada qualifica-ção ética e profissional, sendo considerada o “padrão ouro” da especialização médica. Esse mesmo decreto criou a Comis-são Nacional de Residência Mé-dica (CNRM).

Para Macaé novas turmas es-tão prevista apenas para o pró-ximo ano. Natural de Macaé, o recém-formado Gabriel Deveza, que sempre se interessou pela área médica, pelo fato de poder ajudar o próximo, e além tam-bém do exemplo que teve em casa através de sua mãe, expli-ca que eles são formados como médicos generalistas. “Desde o dia da colação de grau, já pode-mos trabalhar, mas a residência funciona como um novo vesti-bular. As provas acontecem em novembro e dezembro, quem passar começa a residência no ano seguinte. Agora sigo estu-dando para fazer a residência

em pediatria, que foi uma área que me apaixonei durante a fa-culdade”, ressalta o médico.

Ele lembra também que al-guns dos formandos já pos-suem empregos certos no Rio, como plantões por exemplo, e devem começar a atuar a partir de agosto.

De acordo com informações institucionais do Ministério da Educação (MEC), o Programa de Residência Médica, cum-prido integralmente dentro de uma determinada especialida-de, confere ao médico residen-te o título de especialista e a expressão “residência médica” só pode ser empregada para programas que sejam creden-ciados pela Comissão Nacional de Residência Médica.

E com os formandos de Ma-caé não será diferente. O co-ordenador do curso, Dr Irnak Marcelo Barbosa, explica que a Residência Médica existe no Brasil inteiro, e em Macaé o grande estímulo para a criação do Programa foi o curso de Me-dicina da UFRJ. “Nos dois úl-timos anos de curso, os alunos - também chamados de inter-nos - devem estar em hospitais atuando no mesmo ambiente que os residentes. E após a for-matura eles devem ingressar nas unidades como residentes onde devem atuar por um pe-ríodo entre dois e cinco anos”, conta

Ainda segundo Irnak, em 2014 o município foi contem-plado com esse programa, um

LÍLIA VÍDEO

Ao longo de anos estudantes tornaram-se protagonistas da história da Faculdade de Medicina da UFRJ

ganho para toda cidade, estu-dantes e profissionais. A secre-taria municipal de Saúde co-meçou com o Programa de Re-sidência em Clinica e Pediatria. Já este ano deu inicio à Cirurgia Geral e os próximos programas já previstos são os de Ginecolo-gia e Obstetrícia e Medicina da Família.

“Com todos esses programas, o município ficará atualizado, assim como a maioria das cida-

des. E uma das características da Residência Médica é que ela fixa o médico na região. Quan-do participam do programa, os profissionais acabam criando um vinculo com toda unidade hospitalar, com o município, pacientes e profissionais, além de exercer a função para a qual foi qualificado. Dessa forma acaba ficando na região e quem ganha é o município e cidades vizinhas, que passam a contar

com profissionais qualificados mais perto “de casa”, enfatiza o coordenador.

PROTAGONISTAS DE UMCURSO RENOMADO

Ao longo de seis anos, os es-tudantes tornaram-se protago-nistas da história da Faculdade de Medicina da UFRJ, que tem como finalidade formar profis-sionais médicos, qualificados sob os pontos de vista técnico-

científico, ético e humanista, capazes de gerar e disseminar conhecimentos científicos e práticos, que expressem efetivo compromisso com a melhoria do atendimento às necessida-des de saúde da sociedade bra-sileira, e aptos a contribuir para o desenvolvimento de elevados padrões de excelência no exer-cício da medicina.

Ainda segundo dados institu-cionais, os médicos formados pela UFRJ-Macaé são também capacitados para pesquisa, ge-rência e planejamento de ações no campo da educação em saú-de, além de vivenciarem um currículo integrado com os cur-sos de Enfermagem e Nutrição.

A estrutura curricular con-templa a formação geral, tanto na área básica como na pro-fissionalizante, mantendo-se a preocupação de relacionar os conteúdos das disciplinas com o processo saúde-doença do indivíduo, da família e da comunidade, com a realidade epidemiológica e as questões ambientais locais e regionais.

Já a organização das discipli-nas é orientada pela comple-xidade do conhecimento, com inserção dos alunos desde o início do curso em práticas nos diferentes cenários de assistên-cia, de promoção da saúde e de prevenção de doenças. Os con-teúdos das disciplinas clínicas privilegiam a compreensão dos problemas que envolvem a saú-de coletiva e o papel do médico como agente transformador.

EDUCAÇÃO

Rede estadual volta às aulas convocando novos pro�ssionais

A rede estadual de ensino vai iniciar o segundo semestre nessa segunda-feira (3). E a previsão é a de que, ainda nesse semestre, os alunos passem a contar com novos docentes.

É que, de acordo com uma publicação feita no diário Ofi-cial no dia 22, o órgão convocou 1.018 professores aprovados no concurso para o cargo de pro-fessor Docente I do concurso de 2014. Desses, 551 são para carga horária de 16 horas semanais e 467 para 30 horas.

Procurada pela redação do Jornal, a Secretaria de Estado de Educação informou que os professores convocados ainda estão cumprindo os trâmites burocráticos necessários, e tão logo essa etapa seja concluída os servidores serão nomeados.

Para Macaé são 17 novos do-centes distribuídos nas disci-plinas de Física, Matemática, Química, Filosofia e Sociologia.

A relação completa com o no-me dos aprovados está disponí-vel em <http://www.rj.gov.br/web/seeduc>.

De acordo com o documento, os docentes deverão compare-cer à Coordenação de Gestão de Pessoas das respectivas Di-retorias Regionais, de acordo com a escala de convocação, portando documento de iden-tidade, CPF, Pis/Pasep, título de eleitor, carteira de trabalho, cer-

Órgão convocou 1.018 professores do concurso de 2014 e nomeou outros 47 de seleções anteriores

tificado de reservista, diploma de conclusão, histórico escolar, comprovante de residência e re-gistro no Conselho Regional de Educação Física (somente aos concorrentes dessa disciplina), entre outros.

De acordo com o órgão, os ha-bilitados pela Coordenação de Inspeção Escolar da Regional serão encaminhados à Supe-rintendência de Perícia Médica e Saúde Ocupacional, visando a perícia médica admissional, onde deverão apresentar os exames solicitados.

Ainda segundo a Seeduc, a se-leção, homologada no dia 26 de junho, visa ao preenchimento inicial de 1.697 vagas (982 para docentes com carga horária de 30 horas semanais e 715 para 16 horas). Entre as disciplinas con-templadas estão Matemática,

Língua Portuguesa/Literatu-ra, Inglês, Espanhol, Filosofia, Geografia, Sociologia, Ciências, Biologia, Física, Resolução de Problemas Matemáticos, Quí-mica, Artes e Educação Física.

A remuneração salarial é de R$ 2.211,25 (30 horas) e R$ 1.179,35 (16 horas). Além disso, os servidores contam com auxí-lio-transporte (entre R$ 66 e R$ 132, conforme a carga horária) e auxílio-alimentação (R$ 160).

Ainda na última semana foi publicada a nomeação de 47 candidatos, sendo 35 do concur-so de 2011 (16 horas) e 12 da se-leção de 2013.2 (16 horas). Esses docentes já passaram pelo pro-cesso admissional e entrarão em exercício em suas respec-tivas Regionais. A relação está disponível em <http://www.rj.gov.br/web/seeduc>.

KANÁ MANHÃES

De acordo com a Seeduc, os professores ainda estão cumprindo os trâmites burocráticos necessários, e tão logo essa etapa seja concluída serão nomeados

CONCURSO

Inscrição para processos seletivos da Marinha segue até agosto

A Diretoria de Ensino (DEnsM) segue com as inscri-ções abertas para o processo seletivo do Corpo Auxiliar de Praças da Marinha (CAP). No total, são 165 vagas destinadas a quem concluiu o curso técnico de nível médio e a taxa de inscri-ção é de R$ 25,00.

Os interessados podem se inscrever até 13 de agosto, pre-ferencialmente através do site da DEnsM ingressonamarinha.mar.mil.br ou em uma das Orga-nizações Militares da Marinha.

De acordo com o edital, estão sendo oferecidas vagas para dez especialidades: Contabilidade (14), Estatística (02), Gráfica (10), Marcenaria (10), Mecâni-ca (30), Metalurgia (40), Me-teorologia (10), Motores (40), Processamento de Dados (07) e Química (02).

Ainda segundo o documento, para concorrer a uma das vagas o candidato deve ser brasileiro nato ou naturalizado, de ambos os sexos, ter 18 anos completos e menos de 25 anos de idade (no primeiro dia do mês de janeiro de 2016), ter concluído o curso técnico de nível médio relativo à especialidade a que concorre e estar registrado no órgão fis-calizador da profissão, no caso quando existir.

O processo seletivo será re-alizado por meio de provas de

Órgão está oferecendo oportunidade para dois processos seletivos, sendo um com 165 vagas e outro na área da saúde com 100

conhecimentos profissionais e redação. E após ser aprovado em todas as etapas do concurso, o candidato será matriculado no Curso de Formação como Praça Especial, no grau hierárquico de Grumete. Após a sua aprovação no curso, será nomeado Cabo do CAP com remuneração (soldo mais gratificações) de cerca de R$ 2.500,00.

O órgão também está ofere-cendo vagas para interessados em seguir a carreira militar como médico na Marinha do Brasil. No total são cem vagas e as inscrições podem ser feitas até 07/08/2015 pelo www.in-gressonamarinha.mar.mil.br, ou via Organizações Militares da Marinha Responsáveis pela Divulgação (ORDI). A taxa de inscrição é de R$ 60,00.

Para concorrer a uma das va-gas é necessário ser brasileiro nato, ter menos de 36 anos de idade, estar registrado no órgão fiscalizador da profissão, dentre outros requisitos previstos em Edital.

As vagas são para as áreas de: Alergologia, Anestesiolo-gia, Cancerologia, Cardiologia, Cirurgia Cardíaca, Cirurgia Geral, Cirurgia Plástica, Clí-nica Médica, Dermatologia, Fisiatria / Medicina Física, Gastroenterologia, Geriatria, Ginecologia e Obstetrícia, In-fectologia, Medicina Intensiva, Medicina Legal, Neurocirur-gia, Neurologia, Oftalmologia, Ortopedia e Traumatologia, Otorrinolaringologia, Patolo-gia, Pediatria, Pneumologia, Psiquiatria, Radiologia e Ra-dioterapia.

Após aprovação em todas as etapas do concurso, os alunos realizarão o Curso de Forma-ção de Oficiais (CFO) na cida-de do Rio de Janeiro. E após a aprovação no CFO, os milita-res serão nomeados Oficiais da Marinha do Brasil no posto de Primeiro-Tenente e passarão a receber remuneração de cer-ca de R$ 8.800,00 (soldo mais gratificações), além de diver-sos benefícios.

WANDERLEY GIL

O processo seletivo será realizado por meio de provas de conhecimentos profissionais e redação

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ10 Macaé (RJ), domingo, 2 e segunda-feira, 3 de agosto de 2015

MEIO AMBIENTE

Produtores rurais podem receber incentivos para reposição �orestalO projeto que prevê incentivos fiscais para agricultores que promoverem o reflorestamentoMartinho Santafé

Está em discussão na Câ-mara o Projeto de lei (PL1465/15) que propõe

a redução do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR), do Imposto de Renda, de juros e de encargos financeiros incidentes sobre as operações de crédito rural para aqueles produtores que adotarem ações ambientais.

Pela proposta, a recuperação da cobertura florestal pode ocorrer com o plantio de espé-cies nativas ou não, mesmo nas áreas de preservação perma-nente (APP) e de reserva legal exigidas pelo Código Florestal brasileiro. Já o desassorea-mento pode ser feito em rios, córregos, cursos de água ou nascentes.

Autor do projeto, o deputa-do Augusto Carvalho (SD-DF) afirma que esses incentivos são uma tentativa de diminuir ou até mesmo reverter um ce-nário alarmante, que em mui-to tem afetado a vida de todos os brasileiros, em regiões com falta d’água, e em outras com enchentes decorrentes do desmatamento.

Augusto Carvalho também destaca a necessidade de moti-var os agricultores e ajudá-los a viabilizar financeiramente os custos dessas operações. “Tudo poderia ter reduções se tiver a atenção desse proprietário ru-ral na recomposição de matas que foram degradadas ou des-truídas, no reflorestamento das matas ciliares. Se a gente não cuidar das nossas nascentes, dos pequenos córregos, dos peque-nos cursos d’água, que estão em pequenas propriedades, algum dia sofreremos o impacto dessa loucura, dessa irracionalidade

do homem sobre o planeta.”Pedro Afonso de Mendonça,

fundador da ONG Florescer, elogia o projeto de lei. O espe-cialista reuniu a comunidade do morro São João, no Rio de Ja-neiro, e, com recursos próprios, reflorestou uma área suscetível a incêndios.

A experiência bem sucedida, segundo ele, poderia se multi-plicar por todo País. “Um pro-dutor rural que tem benefício fiscal, que tem isenção, qual-quer isenção, vai tirar das costas dele um peso muito grande e vai incentivá-lo. O benefício é esse, é estimular que seja feita mais essa ação rural.”

O projeto que prevê incen-tivos fiscais para agricultores que promoverem o refloresta-mento ou o desassoreamento de rios em suas propriedades será analisado em caráter conclusi-vo por quatro comissões da Câ-mara: Comissão de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural; de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Ci-dadania.

O PREÇO DA FLORESTA PRESERVADA

Quanto vale uma floresta em pé? Até bem pouco tempo atrás eram levados em consideração nesta conta apenas os valores referentes à exploração dos bens florestais presentes em um determinado local, como a madeira que pode ser extraída e vendida, os insumos flores-tais e a utilização da área em atividades agropecuárias ou comerciais. Porém, uma nova abordagem vem ganhando ca-da vez mais espaço nas agendas de governos de diversos países:

DIVULGAÇÃO

Sob a perspectiva dessa nova abordagem, uma floresta em pé é muito mais do que madeira para ser extraída e vendida

a de que devemos pagar, tam-bém, pelos chamados “serviços ambientais”.

Sob a perspectiva dessa nova abordagem, uma floresta em pé é muito mais do que madeira para ser extraída e vendida. Ela é também a fonte do oxigênio que respiramos, sumidouro de gás carbônico, protetora do solo e das águas, e mantenedora da diversidade biológica, funda-mental à manutenção de um ecossistema equilibrado. Todos estes “serviços” prestados pela floresta então, deveriam ser levados em consideração pelos proprietários de terras antes de optarem pela derrubada de áreas de floresta para dar espaço às atividades comerciais, teori-camente, mais rentáveis. Mas, para isso, é necessário transfor-

mar a preservação dessas áreas em algo financeiramente mais atrativo do que sua exploração. É aí que entram os Pagamen-tos por Serviços Ambientais, ou PSA.

Para que seja possível remu-nerar proprietários de terras pela conservação ambiental é necessário que se busquem recursos. Mas quem irá pagar por estes serviços, se todos nos beneficiamos deles? No Bra-sil os recursos são gerados em parte pela cobrança do uso da água, cujas verbas arrecadadas são destinadas para projetos que visem à proteção de bacias hidrográficas. Em alguns Esta-dos, como o RJ, parte do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) é desti-nada a projetos de conservação ambiental, é o chamado ICMS Ecológico. Existem projetos de lei que também visam aplicar parte do Imposto de Renda em projetos ambientais. Além de Fundos específicos como o Fundo Amazônia, o Fundo de Recursos Hídricos e o Fundo Clima, que ainda está em fase de aprovação e prevê a geração de R$900 milhões de reais por ano para o combate à desertificação na região nordeste.

Especialistas encaram o paga-mento por serviços ambientais como uma forma eficiente de incentivar a preservação am-biental uma vez que concilia atividades de preservação com geração de renda principalmen-te no meio rural onde, geral-mente, a manutenção de áreas preservadas é encarada como prejuízo pelos produtores que têm sua área produtiva diminu-ída pelas áreas de reserva legal e de preservação permanente. A ONU (Organização das Nações Unidas) publicou um relatório, em 2008, onde defende o PSA como principal maneira de evi-tar a pressão da agricultura, que tende a aumentar cada vez mais, sobre as áreas de florestas.

PROPOSTA AINDA É POLÊMICA

Por outro lado, há aqueles que defendem que não se deve pagar por algo que é uma obrigação de todos prevista em lei: preservar o meio ambiente. Estes ainda argumentam que há um enor-me risco em se remunerar os proprietários para que realizem a preservação de florestas na Amazônia, por exemplo, onde há uma grande quantidade de grileiros e madeireiros. Quem garante que eles realmente deixarão de destruir a floresta como tem feito até então ape-nas por receber por isso? Outro ponto polêmico do PSA é sobre quem deve receber os recursos.

Há quem defenda o PSA ape-nas para produtores que man-tiverem intactas suas áreas de florestas, ou seja, que estejam de acordo com a legislação. Porém, dessa forma, ficariam de fora do PSA produtores que poderiam realizar projetos de

recuperação de áreas e de re-florestamento, o que, segundo o Diretor-executivo do Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), Humberto Ditt, tornaria prati-camente nula a realização desse tipo de projeto em locais como o Estado de São Paulo, por exem-plo, onde restam apenas 8% da cobertura florestal original.

As primeiras iniciativas nes-te sentido surgiram na década de 90, na Costa Rica, que criou um sistema de taxação do com-bustível para, com os recursos arrecadados, remunerar pro-prietários de terras preservadas. Junto com a Costa Rica, apenas México e Equador possuem políticas públicas consolidadas de PSA, mas existem iniciativas neste sentido no mundo todo do Japão aos EUA.

No Brasil a idéia já vem geran-do frutos. O Programa Produtor de Água da Agência Nacional de Águas (ANA) já remunera pro-prietários de terras que preser-vam suas propriedades nas ba-cias hidrográficas do Rio Guan-du, no Rio de Janeiro, no sul de Minas Gerais, na bacia do Rio Jaguari que abastece o Sistema Cantareira, nas Microbacias do Rio Moinho e do Rio Cancã, em Joanópolis (SP) e Nazaré Pau-lista (SP), na Bacia do Ribeirão Piripau no Distrito Federal e no Espírito Santo, na bacia do Rio Benevente.

Neste último projeto, que tem previsão de expansão para todo o Estado, já são realizados paga-mentos no valor de R$36.966,10 por ano para 13 proprietários que respondem por uma área de 272,21 hectares preservados. Os recursos para o PSA, neste ca-so, vêm em parte de royalties do petróleo e gás natural (3% dos royalties) e de 100% da com-pensação ambiental de empre-endimentos hidrelétricos que são repassados ao Estado.

EM MACAÉ, PROJETO NÃO DECOLA

O decreto instituindo o Paga-mento por Serviços Ambientais (Prog-PSA) no município de Macaé foi concluído há cerca de quatro anos, mas até hoje não foi publicado pelo poder públi-co. O trabalho foi coordenado pela Câmara Permanente de Gestão (CPG), com a participa-ção das secretarias de Meio Am-biente, Agroeconomia e Fazen-da, do Plano Diretor, da Pesagro e do IFF Campus Macaé.

De acordo com fontes da pre-feitura, o andamento do proces-so foi travado ficou definido que a principal fonte de pagamento para os produtores rurais seria oriunda dos royalties do petró-leo. Atualmente a minuta do decreto está com todos os pa-receres prontos, mas continua engavetado na procuradoria geral do município.

De acordo com o decreto, o PSA macaense visa atender “a promoção da integridade e con-servação ambiental das bacias

hidrográficas, com inclusão so-cial da população rural em si-tuação de vulnerabilidade e da melhoria das condições de uso e ocupação do solo em áreas re-levantes para a conservação dos recursos naturais”.

O decreto considera serviços ambientais “as práticas e ini-ciativas prestadas por proprie-tários ou por quem detiver a propriedade e/ou posse a qual-quer título, priorizando áreas rurais, situadas no Município de Macaé, preferencialmente, que possuam nascentes em seus limites, que favoreçam a con-servação, distribuição, forneci-mento, manutenção, ampliação ou a restauração de benefícios propiciados aos ecossistemas”, que se enquadrem em uma das seguintes modalidades:

- conservação e recuperação da qualidade e da disponibilida-de das águas;

- conservação e recuperação da biodiversidade;

- conservação e recuperação das faixas marginais de prote-ção (FMP);

- permissão para forneci-mento e distribuição de água à população.

A adesão a qualquer iniciativa do PROG-PSA será voluntária e poderá ser formalizada me-diante à celebração de contrato, convênio, ou outro instrumen-to jurídico, a ser firmado entre o prestador do serviço ambiental e o órgão competente”.

Na época da conclusão dos trabalhos, o engenheiro agrô-nomo João Flores, da secreta-ria de Agroeconomia de Macaé, explicou que o PSA tem como conceito a transação contra-tual mediante a qual um be-neficiário/usuário de serviços ecossistêmicos transfere a um provedor desses serviços, recur-sos financeiros ou ainda outra forma de remuneração, em con-dições definidas, regulamenta-das e previamente pactuadas.

São considerados beneficiá-rios a população urbana, a pe-cuária e as criações em geral; e usuários as concessionárias de águas, empresas, termoelé-tricas, indústrias e indústrias, enquanto os provedores são os produtores rurais, proprietários rurais, arrendatários e parcei-ros, etc.

“O programa PSA-ÁGUA em Macaé terá como foco princi-pal estimular economicamen-te a manutenção, melhoria e aumento do fornecimento de água, visando o aumento po-pulacional, a demanda de em-presas e a previsível chegada de agroindústrias e indústrias de maior porte”, explica o agrô-nomo. Entre os principais usu-ários estão a Cedae, a Petrobras e as duas termelétricas.

Na avaliação de João Flores, o Programa propiciará muitos benefícios sociais, econômicos e ambientais para a população urbana e rural, tais como: me-lhoria da qualidade da água para a população urbana; ren-da econômica aos produtores rurais, em áreas até então con-sideradas sem perspectiva de produção/receitas; incentivo à fixação das populações ru-rais, minimizando os efeitos negativos do “êxodo rural”; uma nova fonte de receitas aos produtores rurais, possibili-tando aos mesmos, melhorias nas próprias unidades produ-tivas; redução dos gastos com tratamento de água servida à população; possível redução das taxas a serem cobradas pela concessionária de águas; geração de renda adicional aos provedores; áreas protegidas que poderão receber incenti-vos econômicos do mercado de Seqüestro de Carbono; pre-servação dos ecossistemas e das nascentes; melhoria e ma-nutenção das condições das águas das nascentes, tanto do ponto de vista quantitativo co-mo também e, principalmente qualitativo; e aumento da biodi-versidade nas áreas protegidas.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 2 e segunda-feira, 3 de agosto de 2015 11

EXPERIÊNCIA

Mestre ministra palestra na Federação de Judô do Rio

No último dia 25, o Mestre Shiro Matsuda proferiu pales-tra no centro de treinamento da Federação de Judô do Rio de Janeiro (FJRJ). A partici-pação foi promovida através de um convite feito pela dire-ção da Comissão Estadual de Graus da instituição, da qual ele também é membro.

Para atletas, treinadores e praticantes da arte marcial, Matsuda fez abordagem so-bre a linguagem e o signifi-cado dos Kanji, ideogramas da escrita japonesa que no-meiam as técnicas aplicadas no treinamento do judô. Esse sistema ainda é utilizado no país com objetivo de garantir a padronização dos ensina-mentos da arte marcial, foca-da na pronúncia das palavras e também na representação dos golpes aplicados pelos atletas.

A palestra foi ministrada pelo Mestre para um grupo de aproximadamente 150 candidatos a faixa marrom, aspirantes à shodan (faixa preta primeiro Dan) e tam-bém a uma equipe formada por cerca de 30 professores que pretendem subir de grau na técnica marcial.

“A palestra teve como obje-tivo aperfeiçoar e melhorar a qualidade do ensino da parte da linguagem desse nobre es-porte, que está crescendo mui-to, e tem reforçado a fama de ser um dos que mais tem tra-zido medalhas para nosso país em eventos desportivos inter-nacionais”, explicou Matsuda.

Anualmente, a Federação realiza cinco módulos para atletas que buscam uma no-va graduação. Cada treina-mento acontece em finais de semana, onde os candidatos têm a oportunidade de trocar experiências com professores graduados. Esses exercícios visam promover a padroniza-ção de técnicas e linguagens do judô, uma das poucas artes marciais no mundo unificada, sem estilos ou vertentes.

Shiro Matsuda apresentou detalhes sobre a técnica do Kanji durante encontro realizado na semana passada

“Preparei uma palestra com foco em expressar, mostrar e fazer entender aos candida-tos a faixas-preta, o significa-do de cada nome das quedas (golpes) e as linguagens que são utilizadas, para que, ao serem examinados ao final deste ano, conquistem com muita dignidade e méritos a sua tão sonhada faixa-preta. Junto com a sua nova faixa estarão capacitados a novas responsabilidades, pois se-rão mais que instrutores, se-rão formadores de cidadãos. Ensinarão a disciplina aos seus alunos, para que estes sejam bons cumpridores das regras. Aqueles que, na infân-cia, aprendem isso tornam-se homens cumpridores da lei”, declarou Matsuda.

O tema abordado por Mat-suda na Federação do Rio complementou a progra-mação especial sobre o judô realizada neste ano no país. Em São Paulo foi promovido o Workshop ministrado por representantes da Kôdôkan - Instituto Japonês responsá-vel pela criação das técnicas da arte marcial. Eles fizeram uma análise aprofundada so-bre o Kata do Judô, um mé-todo de estudo especial para transmitir a técnica, o espí-rito e a finalidade do esporte.

Os ensinamentos apresen-tados pelo Mestre compro-vam a sua eficácia através da relação de títulos e medalhas conquistadas pela Academia Matsuda de Judô, uma das mais vitoriosas e importan-tes do país.

“Criar campeões e atletas de destaque é apenas uma consequência. O nosso obje-tivo maior deve sempre ser mantido: melhorar a nossa sociedade como um todo. Para formar campeões na vida, dentro e fora dos tata-mes, o Judô é uma excelente ferramenta, pois traz em sua essência a superação, persis-tência, disciplina e garra”, afirmou o Mestre.

Matsuda mencionou tam-bém alguns princípios filosó-ficos do Judô, como 'Ju yoku go o Seisu' - “A suavidade domina a rigidez”, Seiryoku Zenyo - “Eficiência do uso da energia para o bem comum” e Jita Kyoei - “Eu e você pro-grediremos juntos”.

ACADEMIA

Matsuda celebra os 120 anos do Tratado de Amizade Brasil-JapãoMestre do judô promove aulão para relembrar momento histórico e responsável pela disseminação da cultura nipônica também em Macaé

Expoente das artes mar-ciais em Macaé, o Mestre Shiro Matsuda promo-

veu no último domingo (26) um aulão intensivo de judô. A atividade, como tantas outras promovidas por ele ao longo de quase meio século dedicado ao esporte, teve um cunho espe-cial: a abertura da programação de atividades voltadas à celebra-ção dos 120 anos da assinatura do Tratado de Amizade entre o Brasil e o Japão, que serão co-memorados no próximo dia 5 de novembro.

O aulão foi realizado na sede da Academia Municipal de Ju-dô, situada na Praça Mirante dos Navegantes, na Barra de Macaé. Além das crianças as-sistidas pela unidade criada pe-la prefeitura, a atividade contou também com a participação da equipe da Academia Matsuda, que há décadas mantém a pre-servação da cultura japonesa na cidade, através da arte marcial.

“Foi um momento de gran-de felicidade. Lembramos aos alunos que, graças a este trata-do assinado há 120 anos, eu vim para o Brasil como imigrante. A relação de amizade construída entre o meu país de origem e o meu país de coração me pro-porcionou a formação da minha família, através da minha espo-sa, dos meus três filhos e agora dos meus oito netos”, contou Matsuda.

Apesar de singela, a confra-ternização teve como objetivo destacar a dedicação e o trei-namento como ferramentas de sucesso no esporte, além de promover a integração entre os alunos e seus pais e respon-sáveis, um ambiente sadio e importante para o incentivo às artes marciais.

“Buscamos sempre promover e divulgar a cultura nipônica, como fizemos em 2008, quan-do realizamos uma inesquecível festa homenageando o cente-nário da imigração japonesa”, relembrou Matsuda.

Dando continuidade à pro-gramação festiva pelos 120 anos da assinatura do Tratado de Amizade entre o Brasil e o Japão, a Academia Matsuda realizará, durante a sua tradi-cional Festa de Primavera, um Festival Japonês, onde a cultura nipônica será o principal tema.

MIGRAÇÃO JAPONESA PRESENTE EM MACAÉ

No dia 5 de novembro de 1895, o Brasil e o Japão assina-ram o Tratado de Amizade, Co-mércio e Navegação, um passo importante para a dissemina-ção da cultura dos dois países em seus territórios.

Ambos os países estarão realizando diversos eventos culturais durante todo o ano, como festivais de musicas, feiras, eventos de culinária e desportivos voltados ao karatê

e ao Judô. As atividades serão promovidas pelas embaixadas japonesa e brasileira.

Já a imigração japonesa pa-ra o Brasil teve início em 1908, registrando a chegada dos pri-meiros japoneses no famoso navio Kasato Maru. Os novos moradores difundiram técni-cas de agricultura em vários cantos do país.

Em Macaé, grupos de ja-poneses deixaram marcas e legado como, por exemplo, a pedra de um túmulo anti-go, situado no Cemitério de Sant'Ana completamente es-crito em japonês. Segundo a história, muitos imigrantes viveram também em distri-tos e localidades da Serra de Macaé, local que ainda preserva alguns costumes nipônicos.

ASSESSORIA

Aulão foi realizado no último domingo (26), na Academia Municipal de Judô e contou com a participação de alunos da Academia do Mestre Shiro Matsuda

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ12 Macaé (RJ), domingo, 2 e segunda-feira, 3 de agosto de 2015