noticiário 04 10 15

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Município arrecada R$ 1,491 bi em 9 meses Apenas com o Imposto Sobre Serviços o município recolheu R$ 520 milhões Entre as prioridades estão o abastecimento de água, saneamento e construção de área de lazer WANDERLEY GIL KANÁ MANHÃES Município alcança a arrecadação mensal de R$ 165 milhões através de receitas próprias e repasses governamentais Terreno para praça serve de depósito de entulhos e móveis velhos Ao contabilizar um supe- rávit de mais de R$ 116 milhões com o Imposto Sobre Serviço (ISS) de qualquer natureza e um déficit que já supera a marca dos R$ 123 milhões com as receitas do petróleo, Macaé alcançou em setembro a arrecadação total de R$ 1.491 bilhão, números ex- pressivos diante de um cenário de incertezas ainda gerado pela crise econômica e do mercado do petróleo. Em nove meses, o município obteve uma média mensal de R$ 165 milhões em receitas gerais. PÁG. 3 H á exatamente um ano, o Bairros em Debate esteve mostrando a realidade do Bar- ra Sul, loteamento que vem crescendo de maneira acelerada e sem um plane- jamento. Desde a nossa última visita, os moradores contam que algumas melhorias vêm sendo feitas no local. Entretanto, algumas reclamações an- tigas parecem estar longe de serem resolvidas. Entre as pendências estão itens básicos que todo ser humano tem direito, como o acesso à água e ao sane- amento básico. PÁG. 8 EFEITOS DO PROGRESSO Já ganhou força em Ma- caé a mobilização contra a cor- rupção, iniciada há cerca de 20 dias pelo Ministério Público Federal na região. Através da adesão de instituições sociais da cidade, como também do jornal O DEBATE, a Procura- doria de República em Macaé, que abrange também Rio das Ostras, Carapebus, Casimiro de Abreu e Conceição de Macabu, ampliou a ação de recolhimen- to de assinaturas dos moradores da região, reforçando assim a formatação do projeto de ini- ciativa popular que visa agili- zar o julgamento de processos e endurecer punições a agentes públicos condenados pela mal- versação do dinheiro público. A meta é de recolher na cidade cinco mil assinaturas em apoio à iniciativa do MPF. PÁG. 3 A qualificação profissio- nal é considerada a principal porta de entrada para quem busca a inserção no mercado de trabalho. E apesar do momento de crise, em Macaé não é dife- rente. Uma prova é a procura pelos cursos superiores ofere- cidos pela Faculdade Municipal Miguel Ângelo da Silva Santos (Femass). Em apenas quatro dias de inscrição a instituição já havia registrado mais de mil ins- critos. Vale lembrar que a confir- mação só será efetivada após o pagamento da taxa no valor de R$ 70 que deve ser feito através de depósito identificado (com o número do CPF do candidato como código de identificação) em caixa presencial no Banco Itaú Unibanco S/A. Só nos três primeiros dias foram um mil candidatos inscritos. PÁG. 9 CIDADE EDUCAÇÃO WANDERLEY GIL Paralisação reuniu corpo docente da instituição Matsuda realiza 2ª Festa da Primavera Servidores do IFF encerram greve Neste ano evento celebra os 120 anos do tratado de amizade Brasil-Japão PÁG. 10 Após três meses, aulas no Instituto serão retomadas nesta segunda PÁG. 9 WANDERLEY GIL Mestre Shiro Matsuda é expoente do esporte e disseminador da cultura hipônica em Macaé ÍNDICE TEMPO EDITORIAL 4 PAINEL 4 GUIA DO LEITOR 4 ESPAÇO ABERTO 4 CRUZADINHA C2 HORÓSCOPO C2 CINEMA C2 AGENDA C2 Máxima 32º C Mínima 21º C Anuncie: (22) 2106-6060 (215) POLÍCIA GERAL GERAL CADERNO DOIS Drogas apreendidas em Rio das Ostras Malefícios do uso excessivo da internet Debate define metas para reduzir poluição Teatro Sesi/Macaé para todos os gostos PM mantém operação em área de atuação do tráfico PÁG. 5 Redes sociais podem trazer riscos para menores PÁG. 5 Cientistas aponta medidas para descarbonizar economia PÁG. 9 Teatro Sesi/Macaé tem nova programação CAPA POLÍTICA EDUCAÇÃO BAIRROS EM DEBATE Macaé apoia combate à corrupção Inscrições da Femass somam mil candidatos O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ www.odebateon.com.br Macaé (RJ), domingo, 4 e segunda- feira, 5 de outubro de 2015 Ano XL, Nº 8829 Fundador/Diretor: Oscar Pires facebook/odebate twiter/odebate issuu/odebateon R$ 1,50 WANDERLEY GIL WANDERLEY GIL CONSELHO TUTELAR REALIZA ELEIÇÃO INDÚSTRIA E GOVERNO PLANEJAM ESTRATÉGIAS PROJETO PRESERVA CORUJAS BURAQUEIRAS GERAL, PÁG.5 ECONOMIA, PÁG.6 GERAL, PÁG.9

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Page 1: Noticiário 04 10 15

Município arrecada R$ 1,491 bi em 9 mesesApenas com o Imposto Sobre Serviços o município recolheu R$ 520 milhões

Entre as prioridades estão o abastecimento de água, saneamento e construção de área de lazer

WANDERLEY GIL

KANÁ MANHÃES

Município alcança a arrecadação mensal de R$ 165 milhões através de receitas próprias e repasses governamentais

Terreno para praça serve de depósito de entulhos e móveis velhos

Ao contabilizar um supe-rávit de mais de R$ 116 milhões com o Imposto Sobre Serviço (ISS) de qualquer natureza e um déficit que já supera a marca dos R$ 123 milhões com as receitas do petróleo, Macaé alcançou em setembro a arrecadação total de

R$ 1.491 bilhão, números ex-pressivos diante de um cenário de incertezas ainda gerado pela crise econômica e do mercado do petróleo. Em nove meses, o município obteve uma média mensal de R$ 165 milhões em receitas gerais. PÁG. 3

Há e xatamente um ano, o Bairros em Debate esteve mostrando a realidade do Bar-

ra Sul, loteamento que vem crescendo de maneira acelerada e sem um plane-jamento. Desde a nossa última visita, os moradores contam que algumas

melhorias vêm sendo feitas no local. Entretanto, algumas reclamações an-tigas parecem estar longe de serem resolvidas. Entre as pendências estão itens básicos que todo ser humano tem direito, como o acesso à água e ao sane-amento básico. PÁG. 8

EFEITOS DO PROGRESSO

Já ganhou força em Ma-caé a mobilização contra a cor-rupção, iniciada há cerca de 20 dias pelo Ministério Público Federal na região. Através da adesão de instituições sociais da cidade, como também do jornal O DEBATE, a Procura-doria de República em Macaé, que abrange também Rio das Ostras, Carapebus, Casimiro de Abreu e Conceição de Macabu, ampliou a ação de recolhimen-to de assinaturas dos moradores da região, reforçando assim a formatação do projeto de ini-ciativa popular que visa agili-zar o julgamento de processos e endurecer punições a agentes públicos condenados pela mal-versação do dinheiro público. A meta é de recolher na cidade cinco mil assinaturas em apoio à iniciativa do MPF. PÁG. 3

A qualificação profissio-nal é considerada a principal porta de entrada para quem busca a inserção no mercado de trabalho. E apesar do momento de crise, em Macaé não é dife-rente. Uma prova é a procura pelos cursos superiores ofere-cidos pela Faculdade Municipal Miguel Ângelo da Silva Santos (Femass). Em apenas quatro dias de inscrição a instituição já havia registrado mais de mil ins-critos. Vale lembrar que a confir-mação só será efetivada após o pagamento da taxa no valor de R$ 70 que deve ser feito através de depósito identificado (com o número do CPF do candidato como código de identificação) em caixa presencial no Banco Itaú Unibanco S/A. Só nos três primeiros dias foram um mil candidatos inscritos. PÁG. 9

CIDADE EDUCAÇÃOWANDERLEY GIL

Paralisação reuniu corpo docente da instituição

Matsuda realiza 2ª Festa da Primavera

Servidores do IFF encerram greve

Neste ano evento celebra os 120 anos do tratado de amizade Brasil-Japão PÁG. 10

Após três meses, aulas no Instituto serão retomadas nesta segunda PÁG. 9

WANDERLEY GIL

Mestre Shiro Matsuda é expoente do esporte e disseminador da cultura hipônica em Macaé

ÍNDICETEMPO EDITORIAL 4

PAINEL 4

GUIA DO LEITOR 4

ESPAÇO ABERTO 4

CRUZADINHA C2

HORÓSCOPO C2

CINEMA C2

AGENDA C2

Máxima 32º CMínima 21º C

Anuncie: (22) 2106-6060 (215)

POLÍCIA GERAL GERAL CADERNO DOIS

Drogas apreendidas em Rio das Ostras

Malefícios do uso excessivo da internet

Debate define metas para reduzir poluição

Teatro Sesi/Macaé para todos os gostos

PM mantém operação em área de atuação do tráfico PÁG. 5

Redes sociais podem trazer riscos para menores PÁG. 5

Cientistas aponta medidas para descarbonizar economia PÁG. 9

Teatro Sesi/Macaé tem nova programação CAPA

POLÍTICA EDUCAÇÃOBAIRROS EM DEBATE

Macaé apoia combate à corrupção

Inscrições da Femass somam mil candidatos

O DEBATEDIÁRIO DE MACAÉ

www.odebateon.com.br

Macaé (RJ), domingo, 4 e segunda-feira, 5 de outubro de 2015Ano XL, Nº 8829Fundador/Diretor: Oscar Pires

facebook/odebate

twiter/odebate

issuu/odebateon

R$ 1,50

WANDERLEY GIL WANDERLEY GIL

CONSELHO TUTELAR REALIZA ELEIÇÃO

INDÚSTRIA E GOVERNO PLANEJAM ESTRATÉGIAS

PROJETO PRESERVA CORUJAS BURAQUEIRAS

GERAL, PÁG.5 ECONOMIA, PÁG.6 GERAL, PÁG.9

Page 2: Noticiário 04 10 15

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ2 Macaé (RJ), domingo, 4 e segunda-feira, 5 de outubro de 2015

CidadeEDIÇÃO: 295 PUBLICAÇÃO: 14 DE OUTUBRO DE 1981

SEMANA EM DEBATE O DEBATE EM MEMÓRIA

INAMPS despejado pelo Justiça paga aluguel de prédio vazio

Em sentença prolatada em dois processos movidos contra a Agência da Previdência Social em Macaé, o Juiz Federal da 7ª Vara, José Gregório Marques, decretou o despejo do INAMPS do prédio situado na Av. Rui Barbosa, nº 1.099, condenando o órgão a pagar ao autor da ação, Dr. Atillo Gabriel Moreiraq de Souza, as parcelas relativas às diferenças dos aluguéis vencidos e vencendo até a data da entrega das chaves ou da desocupação compulsória.

Prefeitura tenta embargar construção de doze salas de aula no Colégio Luiz Reid

A Prefeitura de Macaé tentando embargar constru-ção de doze salas de aula para atender 02 mil alunos do Colégio Estadual Luiz Reid, que cursam o 1º Grau. A no-tícia veiculada sábado passado na imprensa campista e na rádio local dava contaq de que o embargo da obra foi determinado quqando o secretário de Obras de Estado, engenheiro Emílio Imbrahim visitou este município na última sexta-feira.

Diretório do PTB ainda não decidiu para onde vai

Em face de ter o Tribunal Superior Eleitoral ter negado o registro definitivo ao Partido Trabalhista Brasileiro, surpre-

endendo os meios políticos do país, o Diretório de Macaé es-teve reunido nos últimos dias para analisar a situação, tendo decidido que o grupo permanecerá unido até que se esgotem todos os recursos anunciados para a manutenção da sigla.

FEEM coloca mais de 241 menores em empresas

A Fundação Estadual de Educação do Menor (FEEM), vinculada a Secretaria Estadual de Edu-cação e Cultura, está informando que dos 266 menores que concluíram o curso de formação de “Patrulehiros”, neste primeiro semestre, 241 já es-tão colocados em estágio laborativo e os restantes, 125 encontram-se em fase de organização de do-cumentos para serem também encaminhados ao mercado de trabalho.

Assistência mistaCom base no resultado da sin-dicância aberta em junho deste ano, a prefeitura anunciou ontem o encerramento do convênio com a Organização Social (OS) Espaço Produzir, assumindo a partir de hoje a gestão das duas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da Barra e do Lagomar, que pas-sarão a prestar assistência mista (emergência e ambulatorial).

A mudança foi anunciada on-tem pelo prefeito Dr. Aluízio Jú-nior (PMDB) e pelo secretário municipal de Saúde, Dr. Pedro Reis, em um encontro com a im-prensa realizado no gabinete do Executivo, no Centro de Conven-ções Jornalista Roberto Marinho.

A escolha do novo modelo de gestão das Unidades foi defini-do em julho, após o resultado da sindicância sobre a prestação de contas das UPAs referente a 2014. Segundo o prefeito, o le-vantamento apontou irregulari-dades que serão averiguadas em uma análise especial do Tribu-nal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Dr. Aluízio explicou que a sindicância apontou ir-regularidades como quebra de contrato, atrasos em pagamen-tos e a redução de atendimentos. Segundo o prefeito não há débi-tos quanto aos repasses para a gestão das unidades. O chefe do Executivo informou, ainda, que as irregularidades analisadas pela sindicância serão apuradas também pelo TCE.

Após a Petrobras anun-ciar na terça-feira (29) um novo reajuste nos

preços de compra da gasolina (6%) e do diesel (4%) para os revendedores, ontem (30), donos e gerentes de postos do município já previam um reajuste médio entre R$ 0,20 (gasolina) e R$ 0,15 (diesel) pelo litro para os dois tipos de combustível. Com exceção dos postos que ainda possuem estoques, a mudança deve ser

notada na maioria dos locais de abastecimento ainda esta semana. Para os proprietários de veículos, o jeito é pesquisar e garantir o abastecimento em postos que apresentem a me-nor variação no valor total do combustível, após a definição do preço já com o repasse do reajuste da Petrobras. Atual-mente, na cidade, é possível comprar gasolina entre R$ 3,74 e R$ 3,59, no valor pro-mocional.

Gasolina deve subir R$ 0,20 em Macaé

14ª Expo Flor Macaé, na Praça Veríssimo de Mello, segue até o dia 12 desse mês. A exposição tem cunho beneficente e é organizado pelo Lions Clube, com apoio da Prefeitura de Macaé

NOTA

WANDERLEY GIL

Preço do combustível vai subir nesta semana

Page 3: Noticiário 04 10 15

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 4 e segunda-feira, 5 de outubro de 2015 3

PolíticaRECEITAS

Macaé fecha setembro com arrecadação de mais de R$ 1.491 bilhãoApenas com o Imposto Sobre Serviços (ISS) o município recolheu R$ 520 milhões. Já com o petróleo as receitas somaram R$ 279 milhões Márcio [email protected]

Ao contabilizar um supe-rávit de mais de R$ 116 milhões com o Imposto

Sobre Serviço (ISS) de qual-quer natureza e um déficit que já supera a marca dos R$ 123 milhões com as receitas do pe-tróleo, Macaé alcançou em se-tembro a arrecadação total de R$ 1.491 bilhão, números ex-pressivos diante de um cenário de incertezas ainda gerado pela crise econômica e do mercado do petróleo.

Em nove meses, o municí-pio obteve uma média mensal de R$ 165 milhões em recolhi-mento de impostos e taxas, com repasses tributários e com o re-cebimentos de verbas governa-mentais, superando a maioria dos municípios do Norte Flu-minense.

As receitas próprias, geradas

por receitas sob a incidência da secretaria municipal de Fazen-da, garantiram ao município um total de R$ 648 milhões, tendo como principal destaque o ISS, que proporcionou à Capital Nacional do Petróleo um mon-tante de R$ 532 milhões, cerca de R$ 116 milhões a mais que o estimado pelo governo, através das metas mensais de arrecada-ção: R$ 416 milhões.

De acordo com os dados dis-poníveis no quadro 'receitas' do Portal da Transparência da prefeitura, o Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU), já garantiu ao município uma arrecadação total de mais de R$ 36 milhões, apresentando um superávit de R$ 5 milhões, de acordo com a estimativa de receitas fixadas na Lei Orça-mentária Anual (LOA): R$ 31 milhões.

Ainda no campo das receitas próprias, o município já reco-

lheu também R$ 11,4 milhões com o Imposto sobre a Trans-missão de Bens Imóveis (ITBI). A fonte tributária, diretamente ligada à dinâmica do mercado imobiliário e da construção civil, registra em nove meses um déficit de R$ 13 milhões, de acordo com a previsão da pre-feitura: R$ 24 milhões.

Com a transferência de re-ceitas recolhidas pela União, o município arrecadou em nove meses R$ 331 milhões, sendo R$ 29 milhões referentes ao Fundo de Participação dos Mu-nicípios (FPM), R$ 21 milhões relativos ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e R$ 279 milhões ga-rantidos por nove repasses dos royalties e quatro cotas da Parti-cipação Especial na exploração do petróleo.

Com transferências esta-duais, o município arrecadou R$ 297 milhões, sendo R$ 256

milhões relativos à cota-parte do Imposto sobre a Circula-ção de Mercadorias e Serviços (ICMS), R$ 21 milhões relativos ao Imposto de Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) recolhido na frota de carros emplacados na cidade e R$ 5,7 milhões sobre o Imposto de Produto Industrializado (IPI), cota calculada com base no vo-lume do petróleo produzido na Bacia de Campos, exportado para o mercado internacional.

Além dos setores da adminis-tração direta, o município acu-mula recursos também gerados pela gestão indireta.

Através do Fundo Municipal de Transporte, o município re-colheu neste ano R$ 5 milhões. Já os repasses registrados pelo Fundo Municipal de Saúde so-mam R$ 32,3 milhões.

Para este ano, a estimativa do governo era de arrecadar, até dezembro, R$ 2,4 bilhões.

WANDERLEY GIL

Neste ano, o município alcança a arrecadação mensal de R$ 165 milhões através de receitas próprias e repasses governamentais

Combate à corrupção conta com a adesão de macaenses

APOIO

Já ganhou força em Macaé a mobilização contra a corrup-ção, iniciada há cerca de 20 dias pelo Ministério Público Federal na região.

Através da adesão de insti-tuições sociais da cidade, como também do jornal O DEBATE, a Procuradoria de República em Macaé, que abrange também Rio das Ostras, Carapebus, Ca-simiro de Abreu e Conceição de Macabu, ampliou a ação de re-colhimento de assinaturas dos moradores da região, reforçan-do assim a formatação do pro-jeto de iniciativa popular que visa agilizar o julgamento de processos e endurecer punições a agentes públicos condenados pela malversação do dinheiro público.

População abraça iniciativa que visa reforçar punição contra crimes

Nesta semana, os três pila-res da iniciativa do Ministério Público Federal, Prevenção, Redução da Impunidade, além da Punição e Recuperação dos Recursos Desviados, foram re-forçados pelo Procurador da República, Flávio de Carvalho Reis, na ação realizada na terça-feira (29) no Calçadão da Aveni-da Rui Barbosa e na quarta-feira (30), durante a sua participação na sessão ordinária da Câmara de Vereadores.

"A participação da sociedade é fundamental para que pos-samos tornar mais eficiente o funcionamento do sistema judiciário brasileiro", apontou Flávio Reis.

A meta de recolher em Macaé cinco mil assinaturas até de-zembro deste ano foi abraçada por instituições como a Asso-ciação Comercial e Industrial de Macaé (ACIM), a própria Câmara de Vereadores e a Fun-dação Educacional de Macaé

(Funemac). "Registramos também uma

grande receptividade do cida-dão comum em contribuir com a formatação do projeto", expli-cou Flávio Reis.

Na área de atuação da Procu-radoria da República em Macaé,

MPF

10 medidas contra a corrupção ●CRIMINALIZAÇÃO do enri-quecimento ilícito de agen-tes públicos ●PREVENÇÃO à corrupção, transparência e proteção à fonte de informação ●RESPONSABILIZAÇÃO dos partidos políticos e crimina-lização do caixa 2 ●AUMENTO das penas e crime hediondo para a corrupção de altos valores ●REFORMA no sistema de

prescrição penal ●CELERIDADE nas ações de improbidade administrativa ●AUMENTO da eficiência e da justiça dos recursos no processo penal ●AJUSTES nas nulidades penais ●PRISÃO preventiva para assegurar a devolução do dinheiro desviado ●RECUPERAÇÃO do lucro de-rivado do crime

o Ministério Público espera contar com a adesão de 20 mil cidadãos.

No país, mais de 340 mil pes-soas já assinaram o projeto. Apenas no Estado do Rio de Janeiro, a proposta alcançou a adesão de 36 mil pessoas.

Câmara de Vereadores recebeu nesta semana o Procurador da República, Flávio de Carvalho Reis

NOTA

PONTODE VISTADesde o ano passado, quando os brasileiros tomaram conhecimento do resultado das eleições, considerando vitoriosa para a Presidência da Re-pública a candidata do PT/PMDB, Dilma Rousse«, o país vem vivendo um verdadeiro caos, que tinha como causa principal o descontrole da inflação e as crises escandalosas de corrupção na Petrobras, dentre muitas outras.

Se a população brasileira acompanha com lupa as ações do governo e do parlamento a nível federal e estadual nem tanto, o governo muni-cipal também continua mexendo em vespeiro e as medidas adotadas têm o objetivo de consertar a casa que continua bastante desarrumada.

Embora prometida, e até agora não realizada, a licitação para regularizar a situação do transporte coletivo, hoje prestado de forma irregular pela SIT, e que reúne três empresas, não saiu da gaveta. O subsídio de R$ 2 pagos para manter o preço pago pelo passageiro a R$ 1, é uma enorme conta que não fecha. Nem os fiscais de transporte conseguem trabalhar porque a SIT não deixa.

Em todo governo, por mais fraco ou forte que ele seja, sempre existirão pendengas e interesses contrariados, que mexem com quem é dono do poder. Por exemplo, a situação da construção do terminal portuário no Barreto, visando garantir a construção do anel viário de Santa Tereza, depende apenas de uma canetada. Se ficar o bicho come. Se correr o bicho pega. Situação complicada.

Até domingo.

Dr. Aluízio, agora comandando o PMDB no município e na região, tem tudo para fazer acontecer na sua gestão. A construção da nova pista do aeroporto, a construção do porto em São José do Barreto e próprios do governo federal para serem ocupados em Macaé. Todos os atos que dependem do governo federal, estão agora nas mãos dos ministros de Dilma, já que todos eles são do PMDB.

Você aí, acredita?

E por aqui?

Contrariando tudo o que prometera na cam-panha, a presidente reeleita praticamente virou as costas para o país, escolheu o econo-mista Joaquim Levy para ocupar o Ministé-rio da Fazenda, e os remédios amargos para combater a inflação e o necessário ajuste fiscal com o aumento de impostos, dentre outras medidas adotadas, atingiu de forma mais severa os trabalhadores, pensionistas e pequenos empresários que viram escor-rer pelos dedos os direitos conquistados ao longo dos anos. À medida que o escândalo do petrolão avançava, provocando vítimas em todas as esferas do governo e do congresso, foi instalada a crise política. Projetos co-nhecidos como pautas-bomba foram apro-vados e os parlamentares da oposição não acreditavam nas promessas dos ministros e do próprio governo. Três fatos, pelo me-nos nos primeiros meses de governo, não assustaram a presidente Dilma Rousse«: o pedido de investigação eleitoral no Tribunal Superior Eleitoral; a rejeição das contas de 2014 por causa das “pedaladas fiscais”; e os pedidos de impeachment registrados na Câmara dos Deputados, que caiu no colo do presidente Eduardo Cunha, algoz do Palá-cio do Planalto. Como o tempo é o senhor da razão, as manifestações espontâneas re-alizadas com grande repercussão pelo me-nos três vezes, e também através das redes sociais, foram ignoradas pelos parlamenta-res do Senado e da Câmara dos Deputados. Uma demonstração clara, principalmente indicada em pesquisas, é que os brasileiros não se sentem representados no Congresso Nacional, que virou balcão de barganha de todos os tipos para o “salve-se quem puder”. Com o ex-presidente Lula atuando nos bas-

tidores de duas maneiras - uma, colocando o PT contra as medidas econômicas adotadas; outra, negociando a composição de cargos para o PMDB aecista liderado por Leonardo Picciani - foi prometida a reforma política. Ou seja, para quem acompanha o desenrolar do mundo político, Dilma 'mordeu' o deputa-do Leonardo Picciani com a mosca azul, pro-metendo nos bastidores que ele poderá ser o sucessor de Eduardo Cunha na presidência da Câmara, razão que levou o parlamentar a negociar direto com Dilma, sem conside-rar o vice Michel Temer e outras lideranças. Conclusão: Eduardo Cunha, atingido pela denúncia de que recebeu US$ 5 milhões do “petrolão”, pode até renunciar para não ser acusado na Comissão de Ética, o cami-nho para Picciani fica mais curto. E como a negociação com o PMDB, que ganhou sete ministérios e um monte de cargos, garante os 270 votos mínimos para “barrar” o pedido de impeachment, na sexta-feira, a presiden-te anunciou a reforma administrativa. Vai cortar 3 mil cargos comissionados, o PMDB ganha sete ministérios, e 10 secretarias vão perder o status de ministério. Só isso? Todo mundo duvida, e muito. Ninguém até agora disse nada sobre a criação da CPMF, que mais uma vez vai atingir o povão, e muito menos sobre o impeachment. Enquanto isso, o Impostômetro até meio-dia de sexta-feira batia o recorde de arrecadação de impostos chegando a R$ 1,5 trilhão. E as promessas continuam, enquanto a gasolina sobe, es-tados e municípios também criam mais im-postos e a cadeia produtiva, aquela formada na economia pelos empresários industriais e comerciais, vai pagar o pato. Você aí, acredita em tudo que o governo anuncia?

O último caso foi o “escândalo das gratifica-ções”, instalado no governo passado, quan-do baseados nas leis municipais centenas de funcionários tiveram o salário engordado de maneira errada, segundo informa a prefeitu-ra, apenas beneficiando alguns apadrinhados políticos. Por exemplo, a lei federal estabe-lece que, ao ocupar o cargo por 10 anos ou mais, o ocupante terá acrescido no salário a gratificação. Em Macaé, este prazo foi dimi-nuído para 5 (cinco) anos. Embora muitos ocupantes de cargos de confiança tenham si-do beneficiados por terem permanecido nos oito anos do governo anterior, surgiu então a facilidade. O prefeito por ser “bonzinho” tratou das boas práticas políticas e, então, começou o abuso. Ou seja, um funcionário que estava próximo a se aposentar, “trocava a função, era nomeado e, por alguns meses, requeria o benefício, concedido pelo ex-pre-feito, sem que houvesse nenhuma contes-tação” - o que virou mania e se transformou num grande festival. O próprio ex-prefeito, no início da atual gestão, tentou incorporar o seu salário de prefeito ao cargo de profis-sional de Educação Física (???). Denunciada

a ilegalidade do ato, o mesmo foi revogado. Se perguntar não ofende, onde ele está tra-balhando? Quanto está ganhando? Quem é seu para-raios? Existem empresários por trás para manter o status atual? Não cabe aqui acusar, mas apenas torcer para que as informações estejam também disponíveis no Portal da Transparência. Bem, realizar uma auditoria para conhecer quais casos pode-riam ser revogados representaria uma boa medida, buscando a moralidade, a impes-soalidade e a economia. Mas a revogação no apagar das luzes pegou todo mundo de calça curta e, com certeza, vai gerar uma pendenga jurídica. No entanto, Dr. Aluízio deve, como vem fazendo, moralizar sim, e demonstrar que é capaz de administrar com poucos re-cursos, da mesma forma quando Macaé não recebia royalties. Agora, querem ver mais um tiro no pé? Vai ser o ato de buscar emprés-timo por conta da antecipação de receitas de até R$ 300 milhões. Se ele for reeleito, lá na frente vai encontrar dificuldades, pois a cidade cresce e vai exigir mais. Senão, será uma “bomba” para o sucessor administrar para que não exploda. Enfim...

PONTADAS

Page 4: Noticiário 04 10 15

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ4 Macaé (RJ), domingo, 4 e segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Opinião NOTA

ESPAÇO ABERTO

EDITORIAL FOTO LEGENDA

Apesar de dividirem os impactos proporcionados pela retração de negócios voltados ao segmento de exploração e produção de petróleo na Bacia de Cam-pos, os municípios da região ainda não conseguiram unificar o discurso referente ao desenvolvimento econômico do Norte Fluminense.

Ao concentrar um volume de óleo de boa qualidade, capaz de prospectar 16 bilhões de barris de petróleo ao longo dos próximos anos, a perspectiva sobre o futuro da dinâ-mica de atividades do petróleo em Macaé e no país não pode estar atrelada apenas aos efeitos da crise.

Geopolítica

Construindo caminhos

Ao contribuir com o fortale-cimento do discurso pro-movido pela Organização

dos Municípios Produtores de Petróleo (Ompetro), Macaé lan-ça propostas voltadas a atender as demandas da cadeia de em-presas responsáveis por alavan-car a economia do Estado, uma importância que precisa ser res-peitada por gestões de outras es-feras municipais, e também por estâncias superiores da política.

Hoje, o município ainda aguar-da e defende a consolidação do li-cenciamento prévio do Terminal Portuário de Macaé, a primeira de muitas outras etapas burocrá-ticas que precisam ser vencidas até que as primeiras pedras se-jam alocadas no trecho do litoral macaense, pertencente à área do São José do Barreto.

É retrógrada a ideia de que o novo terminal marítimo benefi-ciaria apenas as atividades eco-nômicas realizadas em Macaé. A consolidação do projeto criado pela iniciativa privada, com base na demanda crescente da logís-tica do petróleo, auxiliaria na recuperação das atividades que foram capazes de elevar o núme-ro de habitantes que passaram a viver em quase todas as cidades

que formam o Norte Fluminense.Afinal, para quem interessaria a

não-consolidação do projeto cuja execução geraria mais de dois mil postos de trabalho? A resposta es-tá, sim, em interesses geopolíticos.

Para especialistas e lideranças políticas, a ausência de uma no-va infraestrutura em logística na Capital Nacional do Petróleo se-ria suficientemente importante para transformar o Porto do Açu, com vocação para a exportação de minérios, em um terminal de ope-rações mistas, concentrando em São João da Barra um dos maiores terminais marítimos do mundo.

A proposta não seria audaciosa se não fosse a maneira pela qual esse projeto estrutural, e não se-ria de poder, estivesse sendo con-duzido, de maneira a beneficiar acordos políticos que precisam ser bem avaliados pela justiça.

A verdade é que não se tira de uma cidade a sua vocação natu-ral. E é isso que perpetuará em Macaé a sua importância para as operações do petróleo no pa-ís, mesmo com ataques geopolí-ticos, mesmo com a necessidade de manutenção de um sistema que, aos poucos, começa a ser desmembrado pela Operação Lava-Jato.

Sob o olhar da própria in-dústria, ainda há espa-ço para que a principal

vocação econômica da nossa cidade volte a gerar prospe-ridade e desenvolvimento econômico para todo o esta-do do Rio de Janeiro. E nós estamos preparando Macaé para atender à nova demanda do segmento o�shore.

Dinâmico, o mercado do petróleo vive a influência de fatores sensíveis a reações instáveis, tanto no campo in-ternacional, quanto em me-didas adotadas pelo governo federal, responsável por de-finir as regras que regem as operações de exploração e de produção das reservas já descobertas e homologadas pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).

É indubitável que as sur-presas registradas em deci-sões assumidas pela Orga-nização dos Países Expor-tadores de Petróleo (OPEP) evidenciaram a necessidade de modernização dos cri-térios relativos à produti-vidade e à competitividade do petróleo brasileiro, prin-cipal produto gerado pela indústria nacional, frente à política energética seguida em todo mundo.

Sem deixar de acompa-nhar as variações dos fato-res internacionais, a indús-tria nacional e os municípios que concentram a produção de 80% dos 2,69 milhões de barris de petróleo diários extraídos no país buscam o amadurecimento de um sistema que precisa ser tra-

balhado de forma conjunta, pelo poder público e a cadeia o�shore.

Reiterando a importância da construção de um novo ciclo para a indústria do pe-tróleo, mantivemos nesta se-mana uma agenda de reuni-ões com representantes das grandes empresas do setor, que enfrentam a atual fase de adversidade sem perder o foco em retomar, dentro de um fu-turo não muito distante, o rit-mo intenso de produtividade.

Além de dividir angústias, compartilhamos a aposta na restruturação do mercado, evidenciando o potencial da cadeia o�shore local em pro-porcionar ao país a retomada das operações que garanti-ram a certeza de manter o país como a nação que mais registrou descobertas de re-servas de óleo de boa quali-dade no mundo. Um marco obtido em 2010.

Se há ainda petróleo a ser explorado, há também a pers-pectiva de que, com a exper-tise adquirida ao longo de 40 anos, a infraestrutura já con-solidada em nossa cidade e o planejamento traçado pelo governo para expandir mo-dais de logística de cargas, Macaé será capaz de recupe-rar todos os seus índices posi-tivos de crescimento econô-mico, de geração de emprego e, principalmente, de mudar a realidade e a vida das pessoas.

Vandré Guimarães, secre-tário municipal de Desenvolvi-mento Econômico, Tecnológico e Turismo

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POLÍCIA MILITAR 190

POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL 191

SAMU 192

CORPO DE BOMBEIROS 193

DEFESA CIVIL 199

POLÍCIA CIVIL 123º DP 2791-4019

DISQUE-DENÚNCIA (POLÍCIA MILITAR) 2791-5379

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (24 HORAS) 2796-8330

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (OPERAÇÕES) 2796-8320

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (PASSAPORTE/VISTO) 2796-8320

CÂMARA DE MACAÉ 2772-2288

HPM 2773-0061

CEDAE: 2772-5090

AMPLA 0800-28-00-120

PREFEITURA MUNICIPAL 2791-9008

DELEGACIA DA MULHER 2772-0620

GUARDA MUNICIPAL 2773-0440

AEROPORTO DE MACAÉ 2763-5700

CARTÓRIO ELEITORAL 109º ZONA 2772-3520

CARTÓRIO ELEITORAL 254º ZONA 2772-2256

CORREIOS (SEDE) 2759-3390

CORREIOS CENTRO 2762-7527

CEG RIO 0800-28-20-205

RÁDIO TAXI MACAÉ 2772-6058

CONSELHO TUTELAR I 2762-0405/ 2796-1108 PLANTÃO: 8837-4314

CONSELHO TUTELAR II 2762-9971/ 2762-9179 PLANTÃO: 8837-3294

CONSELHO TUTELAR III (SERRA) 2793-4050/2793-4044 PLANTÃO: 8837-4441

A Prefeitura de Macaé conquistou o segundo lugar no Prêmio Brasil Sorridente, concedido anualmente pelo Conselho Federal de Odontologia, com apoio do Ministério da Saúde.

RealidadeAs redes sociais também podem ser um instru-mento disseminador da mobilização contra a corrupção, seguindo a proposta de incentivar seguidores ao contribuir com a formatação do projeto de iniciativa popular, elaborado pelo Ministério Público Federal, que estabe-lece novas medidas para a criminalização da malversação do dinheiro público. Resta saber quem será capaz de deixar o campo virtual e cumprir seu papel efetivo como cidadão, regis-trando nome, CPF e Título de Eleitor.

Doações Prossegue também a campanha para doação de sangue dos tipos O Negativo e B Negativo para o tratamento da colunista de O DEBATE e fotógrafa Lília Vídeo, que luta com bravura contra a leucemia. Voluntários devem seguir à sede do Hematologistas Associados, situada na Rua Conde do Irajá, Botafogo, no Rio de Janeiro, que atende ao Hospital da Unimed, na Barra da Tijuca, onde Lília segue internada. As visitas à paciente seguem restritas.

Aumento Já começa a pesar no bolso do motorista macaense o reajuste da gasolina e do diesel definido pelos postos da cidade, com base no aumento gerado pela Petrobras na venda do derivado do petróleo. Em alguns locais, o combustível pode chegar a R$ 3,94, um va-lor próximo aos R$ 4 praticado por bombas em postos situados no Rio de Janeiro. Com a gasolina mais cara da região, Macaé sente de perto os efeitos da crise administrativa da Petrobras.

Eleições Lideranças políticas da cidade ganharam mais seis meses para definir em qual partido trilhará projeto para as eleições municipais, em 2016. Com as novas regras da Refor-ma Política, as legendas terão até junho do próximo ano para montar as nominatas que serão lançadas na disputa por vagas na Câ-mara de Vereadores. Já os parlamentares de mandato terão até maio para definir a mu-dança de partido, dentro das regras relativas à fidelidade partidária.

Prestígio Enquanto o PRB, Rede Sustentabilidade, Solidariedade, PSB, PT do B e PR formam uma coalizão de frente à oposição ao governo municipal, o PPS surge como a legenda que dividirá com o PMDB a responsabilidade de construir um novo projeto político para Macaé, através da administração conduzida pelo pre-feito Dr. Aluízio Júnior. Com isso, o presidente da Câmara, Dr. Eduardo Cardoso, ganha des-taque no cenário político da cidade.

Esporte O fraco desempenho do Macaé Esporte na campanha da Série B do Campeonato Bra-sileiro tem desestimulado a torcida macaen-se a comparecer ao Estádio Cláudio Moacyr de Azevedo, aos jogos do Alvianil Praiano. A renda arrecadada na atuação do Leão na se-gundona do Brasileirão não é suficiente para garantir a manutenção da arena, que acaba recebendo aporte da administração munici-pal. A má fase parece que está longe de ser superada.

Incentivo A Fundação de Esporte (Fesporte) garantiu a liberação dos benefícios do Bolsa Atleta, assim que for finalizado o processo seletivo realizado no segundo semestre deste ano. Porém, os esportistas que atuam em dife-rentes modalidades só deverão ter acesso ao auxílio no próximo ano. Seguindo novos critérios, a seleção dos competidores de acordo com o grau de experiência é aguar-dada há dois anos por nomes fortes do es-porte macaense.

Inauguração Deve ocorrer no primeiro semestre de 2016 a en-trega das obras de construção do novo terminal de passageiros, do Aeroporto de Macaé. A inau-guração deve coincidir com o início do projeto de recuperação da pista de pousos e decolagens, medida essencial para garantir à base a ampliação dos voos comerciais. Os investimentos já foram garantidos pela Secretaria de Aviação Civil, na parceria com a Infraero, intermediada pela secre-taria municipal de Desenvolvimento Econômico.

Igualdade Macaé sediará a III Conferência Regional de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais (LGBT), que acontecerá no dia 13 de dezem-bro. O encontro reunirá lideranças de Trajano de Moraes, Santa Maria Madalena, Campos dos Goytacazes, Carapebus, Cardoso Mo-reira, Conceição de Macabu, Quissamã, São Fidélis, São Francisco de Itabapoana e São João da Barra. Juntos, os municípios criarão políticas públicas contra a discriminação e o preconceito.

Inaugurado em julho, o Restaurante Popular da Aroeira acolhe diariamente cerca de mil pessoas que têm acesso à refeição de qualidade por um preço simbólico de R$ 1. A unidade, que eterniza a memória da advogada Andrea Meirelles, tornou-se referência em política social na região. Devido ao aumento da demanda, o município já deve planejar a expansão da capacidade de atendimento do Restaurante Prato Cheio.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 4 e segunda-feira, 5 de outubro de 2015 5

PolíciaINTERNET

Malefícios do uso excessivo das redes sociais

Para o sociólogo Polonês Zyg-mut Bauman, vivemos os dias de hoje em um "Mundo Líquido", pois tudo muda muito rápido, não possuindo forma padrão; nada é feito para durar, para ser sólido, disso resulta a necessidade do ser humano, entre outras ques-tões, mostrar pelas redes sociais, cada momento uma versão de sua pessoa, mais perfeita, mostrar-se de formas diferentes, como um líquido, moldando-se cada mo-mento de uma maneira.

Nesta edição, o Tenente-coro-nel Ramiro Campos aborda um tema bastante atual que é o exces-so de exposição da vida particular nas redes sociais.

COMO COMPROVAR O VÍCIO PELAS REDES SOCIAIS, SEGUNDO A TESE DO "MUNDO LÍQUIDO" DE BAUMAN?

O Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universi-dade de São Paulo, afirma que ho-je 25%, de seus pacientes, buscam ajuda no tratamento para vícios em redes sociais, esclarecendo que existe uma previsão para que nos próximos 4 anos, este per-centual aumente para 50% dos pacientes. A Universidade es-tuda um módulo de tratamento específico para essa vertente de dependência da Internet, ou seja, um protocolo para atendimento e tratamento; para a Universidade nos dias de hoje o vício em redes sociais, é tão forte como o da de-pendência química. Da mesma forma que o viciado em drogas, com o passar do tempo precisa de doses maiores da substância, para ter efeito parecido com o obtido no primeiro contato; o viciado em redes sociais, também neces-sita se expor do jeito que melhor julgar, e ler as confissões alheias dos amigos, bem como saber das fofocas, mesmo não passando por um processo de filtragem, ou seja, independente de ser falsa ou ver-dadeira. Este, cada vez com mais frequência, necessita saciar sua curiosidade das coisas postadas na rede.

QUANDO COMPROVADO TAIS FATOS, O AFASTAMENTO IMEDIATO DAS REDES SOCIAIS PRODUZ ALGUM EFEITO?

Para o Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo, certamente como toda depen-dência, aparecerão sintomas de crise de abstinência, como alta ansiedade, falta de concentra-ção nas atividades cotidianas, mudanças de comportamento alternando raiva e mau humor, podendo por fim chegar a um quadro depressivo. Como exem-plo posso citar uma secretária que trabalhou comigo durante dois anos; quando esta aos finais de semana procedia para casa de sua mãe, que reside na zona rural de Campos dos Goytacazes, onde não tem computador, ou sinal pa-ra cobertura de internet móvel, na segunda feira pela manhã, ela che-gava altamente aflita, com claros sinais de abstinência virtual, e so-mente depois de acessar as redes sociais e saber dos fatos ocorridos no final de semana, que ela con-seguia trabalhar tranquilamente. Vale ressaltar que a faixa etária de maior incidência dos pacientes do Instituto, varia de 17 a 35 anos.

POR QUE AS PESSOAS SE VICIAM PELAS REDES SOCIAIS?

É muito simples o entendi-mento, a minha geração quando jovem, na década de 80, se apre-sentava para o mundo da forma que realmente éramos, indepen-dente de classe social ou poder aquisitivo. Na geração do "mundo líquido", que são os dias de hoje; as pessoas têm o domínio e contro-le absoluto sobre como querem se expor, as vidas são editadas para que só os melhores momentos

Como perceber se você já faz parte do grupo de pessoas que não consegue ficar longe da internet

apareçam, somente as mais be-las fotos e os detalhes mais inte-ressantes do dia a dia podem ser expostos. Na verdade é como se existisse um mundo paralelo, em que todos apresentam somente o que julgar ser sua versão ideal. Embora eu não seja seguidor de redes sociais, mas não me lembro de ter conhecimento de mulheres postarem fotos no momento que acabam de acordar, ainda com cabelos despenteados e sem ma-quiagem; muito menos quando estão na cama se torcendo com cólicas menstruais. Com relação aos homens, não tenho conheci-mento de postarem fotos ao lado de uma bela mulher, assumindo que na noite anterior tiveram um baixo desempenho sexual; bem como postar que está com depres-são por não conseguir emprego. Os exemplos citados, tanto para homem, como para mulher, são as verdades que não queremos que o mundo tenha conhecimento, embora sejam cotidianas e mais verdadeiras, do que aqueles falsos risos, bicos ou caras e bocas.

O VICIO DAS REDES SOCIAIS PROVOCA MALEFÍCIOS PARA A SAÚDE?

Certamente, foi realizado um estudo científico batizado de "Obcecados pelo Facebook", que concluiu que metade dos usuários das redes sociais faz o primeiro acesso do dia logo que acordam, ainda sem terem levantado da cama para sua higiene pessoal como escovação dentária e banho, e principalmente sua primeira alimentação; sendo que 18% dos entrevistados permanecem co-nectados 24 horas por dia, ou se-ja, mesmo durante a madrugada, no horário que deveriam estar em seu repouso biológico, permane-cem conectados, alternando mo-mentos de navegação virtual e pequenos minutos de descansos. Atualmente o Facebook tem mais de 1 bilhão de usuários no mundo, sendo que aproximadamente 50 milhões no Brasil, que é o segun-do País com maior participação na população do planeta. Desta for-ma os sinais dos malefícios para saúde logo aparecem, com baixos rendimentos seja na jornada de trabalho do dia seguinte, ou na escola; sem dizer os outros sinto-mas supramencionados.

EXISTE ALGUMA RECOMENDAÇÃO PARA EVITAR O VÍCIO DAS REDES SOCIAIS?

Temos que saber que os avan-ços tecnológicos, e o crescimento das redes sociais para uma glo-balização, devem ser utilizados de maneira moderada e com consciência, nunca para proje-ção pessoal, ou degradação de outra pessoa; muito menos para ações criminosas. Caso você não queira engrossar esta estatística dos viciados pelas redes sociais, apenas faça algumas mudanças de hábitos, certamente será mui-to salutar: 1- Organize seu dia virtual, como você organiza seu dia real, estabelecendo horários para navegação. 2- Estabeleça um dia por semana para desin-toxicação tecnológica, não na-vegue neste dia, procure outras formas de lazer como leituras, esportes ou passeios. 3- Navegue na Internet, quando estiver real-mente sem fazer nada, não faça em seu horário de serviço estu-dos ou qualquer outra forma de lazer, pois vai retirar totalmen-te sua concentração. 4- Nunca carregue aparelhos eletrônicos para ambientes que você dor-me, o sono tem que ser respeita-do. 5- No horário das refeições, não utilize redes sociais, este momento é sagrado, e deve ter a maior paz possível. 6- Pense bem antes de postar nas redes sociais detalhes de sua vida pessoal ou profissional. 7- Por fim se encon-trar dificuldades converse com sua família e amigos, peça para que policiem seu vício, se não der certo, procure profissionais especializados como psicólogos para uma melhor orientação.

Procon Macaé está à disposição dos consumidores no Centro Administrativo Luiz Osório (Cealo), situado na Avenida Presidente Sodré, 466 - térreo e 5º andar -, Centro. O atendimento é feito de segunda-feira a sexta-feira, das 8h às 17h. Os telefones são: 2762-0057 / 2796-1091 / 2796-1068

NOTA

RIO DAS OSTRAS

Drogas são apreendidas no Âncora

Após denúncia de tráfico em Rio das Ostras, policiais milita-res realizaram a apreensão de drogas no bairro Âncora.

Segundo as informações da PM, uma denúncia anônima levou os policiais militares à Rua das Camélias, com o ob-jetivo de verificar a ocorrência de tráfico de drogas na região. Com a chegada da guarnição, a equipe percebeu que indi-víduos correram, e imedia-tamente iniciaram buscas no local.

Os policiais tiveram êxito em encontrar 105 buchas de maconha no endereço. O ma-terial foi encaminhado para a 128ª DP para apreensão.

Suspeitos fugiram quando perceberam a aproximação dos policiais

DIVULGAÇÃO PM

No local foram encontradas 105 buchas de maconha

SOCIAL

Conselheiros Tutelares serão eleitos hojeCandidatos disputam eleição para composição do Conselho Tutelar 2016-2019

Ludmila [email protected]

O trabalho desenvolvido pe-los conselheiros tutelares é de extrema importância

para a sociedade. Esses profissio-nais lidam com o enfrentamento à negligência, à violência física e psicológica, à exploração sexual e a qualquer forma de violação de crianças e jovens.

Hoje (04), os macaenses irão 15 conselheiros tutelares entre 45 nomes. As eleições estarão acontecendo em todo o Brasil e, pela primeira vez, esses pro-fissionais serão escolhidos por meio do voto em uma eleição simultânea em todo o país.

O pré-requisito para votar é ser maior de 16 anos, apresentar título de eleitor e um documento com foto. A recomendação é que o eleitor compareça no local de votação das 8h às 17h.

O processo de campanha elei-toral dos candidatos foi conduzi-do pela Comissão Especial Elei-toral, do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDDCA), órgão ligado à secretaria de De-senvolvimento Social e Direitos Humanos, que segue regras do Conanda e da Secretaria de Di-reitos Humanos da Presidência da República.

Os candidatos foram avaliados em provas escritas, e tiveram de

confirmar com documentos seu trabalho prévio com jovens. To-dos os conselheiros tutelares recebem remuneração. O salário pode chegar a R$ 4,8 mil men-sais. A qualificação e orientação dos conselheiros pode ser feita tanto por órgãos governamen-tais quanto por entidades da so-ciedade civil.

Segundo a Secretaria de Di-reitos Humanos (SDH), o Brasil tem 5.956 conselhos tutelares instalados em 5.559 municípios. Para cumprir a lei que protege os direitos de crianças e adolescen-tes, o país tem o desafio de criar mais 600 conselhos. A recomen-dação é uma unidade com cinco conselheiros para cada grupo de 100 mil habitantes.

Já em Macaé existem três Conselhos Tutelares e cada um é composto por cinco integran-tes. Sendo um voltado para os setores Administrativo Azul, Amarelo, Verde, Vermelho, Be-ge, Laranja e Cinza; outro para os setores Vinho e Marrom; e um para atender aos setores do Distrito Serrano. Cada um deles será composto por cinco mem-bros, escolhidos pela população local para o mandato de quatro anos, a partir do dia 10 janeiro de 2016.

A votação ocorrerá nos seguin-tes locais: Colégio Municipal Prof.ª Maria Isabel Damasceno Simão (Rua Francisco Portela, 410. Centro), para quem é eleitor da 109ª Zona Eleitoral e mora na

área urbana; Escola Municipal Raul Veiga (Rua Lauro Gonçal-ves Pacheco, s/nº, Glicério), para o eleitor da 109ª Zona Eleitoral que reside na região serrana de Macaé e vota nas seções 45, 46, 47, 60, 62, 63, 120,121,122,123, 170, 178,199, 207, 228, 239, 240, 250, 292, 309, 328, 332, 339, 340, 354 e 377; e o Colégio Municipal Prof. Samuel Brust (Rua Justi-niano Vieira, s/n. Fronteira) para quem é eleitor da zona 254ª.

DENÚNCIASNo primeiro semestre de 2015,

o Disque 100 (Disque Direitos Humanos) recebeu 66.518 de-núncias de violações de direitos humanos, sendo 42.114 referen-tes à violência contra crianças e adolescentes (63,3% do total).

Em 76,3% das denúncias, a principal violação é a negligên-cia dos responsáveis, seguida pela violência psicológica (47,7% das chamadas), agressão física (42,6%) e abuso sexual (21,9%). Em 45% das denúncias, a víti-ma é do sexo feminino e 39% do masculino.

Mais da metade (51,5%) dos casos registrados pelo Disque 100 foram encaminhados dire-tamente ao Ministério Público, mas em 36,4% a SDH repassou as denúncias aos conselhos tutela-res, que têm o papel de orientar as famílias e proteger as crianças e os adolescentes.

WANDERLEY GIL

Para votar é preciso ser maior de 16 anos, apresentar título de eleitor e um documento com foto. O eleitor deve comparecer no local de votação das 8h às 17h

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ6 Macaé (RJ), domingo, 4 e segunda-feira, 5 de outubro de 2015

EconomiaQUESTÃODE JUSTIÇA

REFORMA ELEITORALNa última terça-feira dia 29, a pre-

sidente da República, Dilma Rousseff, sancionou o projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional, que traz ao ordena-mento jurídico a chamada reforma polí-tica. O projeto, agora convertido na Lei 13.165/2015, prevê inovações no regra-mento das eleições bastante interessan-tes. A presidente, porém, não sancionou o projeto em sua integralidade, vetando algumas modificações, tais como o finan-ciamento de campanhas eleitorais feito por pessoas jurídicas e o voto impresso em urnas eletrônicas.

DOS VETOSO veto presidencial com relação às

doações feitas por empresas guarda pa-ridade com o posicionamento adotado pelo Supremo Tribunal Federal, que em setembro declarou como inconsti-tucional o financiamento empresarial, em uma votação com oito votos favorá-veis à inconstitucionalidade contra três contrários. Em sua justificativa, Dilma Rousseff afirmou que foram ouvidos o Ministério da Justiça e a Advocacia-Geral da União e que “a possibilidade de doações e contribuições por pessoas ju-rídicas a partidos políticos e campanhas eleitorais, que seriam regulamentadas por esses dispositivos, confrontaria a igualdade política e os princípios repu-blicano e democrático, como decidiu o Supremo Tribunal Federal”.

Importante ressaltar que tal decisão da Corte Constitucional, agora reforçada pelo veto presidencial, já será aplicada ao pleito eleitoral de 2016, ou seja, já teremos um novo panorama de finan-ciamento eleitoral para as eleições que se avizinham.

Com a sanção da Lei 13.165/2015, o artigo 20 da lei 9504/97 passa a ter a seguinte redação: “O candidato a cargo eletivo fará, diretamente ou por inter-médio de pessoa por ele designada, a administração financeira de sua cam-panha usando recursos repassados pelo partido, inclusive os relativos à cota do Fundo Partidário, recursos próprios ou doações de pessoas físicas, na forma es-tabelecida nesta Lei.”

Com o veto, as doações de pessoas físicas ficam limitadas a 10% dos rendi-mentos brutos auferidos pelo doador no ano anterior à eleição. Porém, ficam fora do limite de 10% dos rendimentos bru-tos as doações estimáveis em dinheiro relativas à utilização de bens móveis ou imóveis de propriedade do doador, desde que o valor estimado não ultrapasse R$ 80.000,00.

Outra matéria vetada pela presiden-ta da República foi a instituição do voto impresso. No que se refere ao tema, Dil-ma Rousse¦ justificou o veto afirmando que a aquisição dos equipamentos para imprimir os votos resultaria em um gas-to expressivo, cerca de R$ 1,8 bilhão de reais, e que tal decisão foi tomada após consultar os ministérios da Justiça e do Planejamento.

DA PROPAGANDA ELEITORAL

Uma alteração bastante expressiva se deu no tocante à propaganda eleitoral. No ano de 2016, assim como nas eleições subsequentes, a propaganda somente será permitida após o dia 15 de agosto, e nos bens particulares a propaganda eleitoral só poderá ser feita ou afixada em adesivo ou papel que não exceda 0,5m2 (meio metro quadrado). Trata-se de alteração substancial, uma vez que, de acordo com o texto anterior, a propagan-da eleitoral era permitida por meio de fi-xação de faixas, placas, cartazes, pinturas ou inscrições, desde que não excedessem 4m2 (quatro metros quadrados).

DO PRAZO PARA FILIAÇÃO E JANELA DE MUDANÇA PARTIDÁRIA

De acordo com a nova regra, a filiação partidária deverá estar deferida pelo par-tido político no mínimo seis meses antes da data da eleição, e os detentores de car-gos eletivos poderão mudar de partido durante o período de 30 dias que ante-cede o prazo para a filiação.

DA EXIGÊNCIA DE VOTAÇÃO NOMINAL MÍNIMA

Com as novas regras, para que o vere-ador possa ser considerado eleito, além do número de vagas indicadas pelo quociente eleitoral partidário ele deve conseguir votação em número igual ou superior a 10% do quociente eleitoral.

DO PRAZO PARA REALIZAR AS COLIGAÇÕES E DO NÚMERO DE CANDIDATOS

Com as alterações impostas, as coliga-ções deverão ser realizadas no ano elei-toral, de 20 de julho a 5 de agosto, e em 2016, cada partido ou coligação poderá registrar até 150% do número de cadei-ras da Câmara Municipal, ressalvados os casos dos municípios que tenham até 100 mil eleitores, nos quais cada co-ligação poderá registrar até 200% do nú-mero de cadeiras da Câmara Municipal.

DOS RECURSOS DE FONTES VEDADAS OU NÃO IDENTIFICADAS

Uma vez que partido ou candidato te-nha recebido recursos oriundos de fon-tes vedadas deverá devolver tais valores, e no caso de não conseguirem identificar sua origem ou doador, deverá transferir o montante para a conta única do Tesou-ro Nacional.

Estas modificações são apenas al-gumas, destacadas dentre as várias mudanças impostas pelo texto da Lei 13.165/2015. A norma chega em boa hora e representa uma tentativa de moralizar os pleitos eleitorais, incumbida da difícil missão de evitar que o poder econômico detenha as rédeas dos resultados das ur-nas, seguindo em busca de um ideal de igualdade de forças, tão necessário para a manutenção da Democracia.

Leandro Gama Alvitos Especialista em Direito Público

Leandro Gama Alvitos

NOTA

FUTURO

Pacto para Desenvolvimento Integrado já tem novas ações marcadasDuas de três Câmaras de Diálogo previstas no programa acontecem ainda este ano

Guilherme Magalhã[email protected]

O Pacto para Desenvolvimen-to Integrado Macaé (PDI) segue a todo vapor e, ainda

este ano, pelo menos mais duas Câmaras de Diálogo para discutir propostas de fortalecimento da economia da cidade já estão com data marcada. De acordo com Ca-rolina Müller, gerente de projetos do Centro Integrado de Estudos e Programas de Desenvolvimen-to Sustentável (Cieds), a próxima ação acontece no dia 22 deste mês, em local a ser anunciado.

Assim como no encontro da 1ª Câmara de Diálogo - realizado em setembro último -, que contou com a presença de representantes de diversas empresas integradas à cadeia do petróleo local como Petrobras, National Oilwell Varco, Weatherford, Trelleborg, Bridon do Brasil e Gold Offshore, este mês, de acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Tecnológico e Turismo, Vandré Guimarães, na 2ª Câmara de Diá-logo serão discutidas proposições diretamente voltadas para o estí-mulo à indústria local.

O trabalho por conta própria é uma fonte de renda para cerca de 9.600 microempreendedores individuais (MEIs), em Macaé, segundo dados da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Tecnológico e Turismo.

“Além da crise institucional, o Brasil passa por um período eco-nômico bastante atribulado e, na-turalmente, como todos já sabem, os reflexos desse momento são sen-tidos em Macaé por meio da redu-ção de investimentos no mercado de petróleo, ainda mais impactado pela queda vertiginosa do valor do barril. Deste modo, entendendo que uma crise se enfrenta com trabalho, passaremos por esse momento com o foco que sempre tivemos, objetivando qualidade e buscando o apoio para trilharmos o melhor caminho. Por isso, a con-

tribuição da indústria no diálogo aberto pelo PDI é tão importante, pois fortalece a administração pú-blica de Macaé e nos motiva a bus-carmos órgãos situados em outras esferas públicas para avançarmos naquilo que planejamos e conti-nuaremos a planejar juntos”, disse Vandré em entrevista recente.

Segundo Müller, as pautas levan-tadas no próximo encontro terão como meta orientar o governo no andamento de diversas ações, dentre as quais estão o Anel Viário de Santa Tereza (parceria firmada pela Prefeitura junto ao Governo

do Estado); pavimentação urbana que integra o eixo da logística de cargas o¦shore; obras de ampliação do Aeroporto de Macaé, previstas para serem iniciadas no primeiro semestre de 2016; Nova Subestação da AMPLA, situada em Cabiúnas, com foco para ampliação da oferta de energia na cidade, permitindo a expansão de polos industriais na região Norte e desenvolvimento do CLIMA (Complexo Logístico e Industrial de Macaé).

“Já que dispomos de infraestru-tura e competência de parceiros e empresários que estão aqui há 40 anos, podemos dizer que Macaé é, sim, um destino privilegiado para as operações do petróleo, capaz de nos levar a um novo patamar de excelência ainda maior, como a principal base brasileira na produ-ção da maior matriz energética do mundo”, pontuou Müler.

O PDI

O PDI Macaé está sendo condu-zido pela secretaria de Desenvol-vimento Econômico, Tecnológico e Turismo, com execução técnica da Ong Cieds - Centro Integrado de Estudos e Programas de De-senvolvimento Sustentável. O pacto busca, através de uma rede de diálogos, fortalecer a união entre o poder público e o setor privado; desenvolver ações que incentivem o crescimento da ci-dade; recuperar os altos índices de empregabilidade; e aumentar os investimentos locais.

KANÁ MANHÃES

Cidade discute momento de mudanças importantes em várias esferas

SERVIÇO

Próximas ações

● 2ª Câmara de Diálogo para o Desenvolvimento Data: 22/10/2015

● 3ª Câmara de Diálogo para o Desenvolvimento Data: 10/12/2015

● 4ª Câmara de Diálogo para o Desenvolvimento Data: 16/02/2016

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 4 e segunda-feira, 5 de outubro de 2015 7

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ8 Macaé (RJ), domingo, 4 e segunda-feira, 5 de outubro de 2015

BAIRROS EM DEBATE Barra Sul

Barra Sul sofre os efeitos da falta de infraestruturaEntre as prioridades estão o abastecimento de água, saneamento e construção de área de lazerMarianna [email protected]

Há exatamente um ano, o Bairros em Debate es-teve mostrando a reali-

dade do Barra Sul, loteamento que vem crescendo de maneira acelerada e sem um planeja-mento. Desde a nossa última visita, os moradores contam que algumas melhorias vêm sendo feitas no local. Entre-tanto, algumas reclamações antigas parecem estar longe de serem resolvidas.

Entre as pendências estão itens básicos que todo ser humano têm direito, como o acesso à água e ao saneamento básico. Os moradores também cobram a implantação de uma área de lazer, a conclusão da pa-vimentação de algumas ruas, e também solicitam a ligação da rede elétrica de uma parte do loteamento, que ainda convive com ligações clandestinas.

Diante disso, a nossa equipe de reportagem voltou ao local, no decorrer dessa semana, para

ver de perto os transtornos que continuam atingindo quem vi-ve ali, aproveitando para con-versar com a população e saber quais são suas reivindicações.

É importante ressaltar que promover melhorias na cida-de não é um favor para a po-pulação, mas sim um direito de cada cidadão, previsto na Constituição Federal de 1988. Apesar da lei, na prática as coi-sas caminham, na maioria das vezes, na contramão.

Esse pequeno bairro fica si-tuado às margens da Rodovia Amaral Peixoto (RJ-106), a poucos minutos do Centro de Convenções. A precariedade do local preocupa os moradores, que temem a desvalorização da área devido aos problemas que apresenta.

“A situação do bairro está melhor, pois a prefeitura tem atendido os moradores nas pequenas coisas. No entanto, ainda existem pendências em infraestrutura”, frisa a presi-dente da Associação de Mora-dores, Daniele Silva.

WANDERLEY GIL

Prefeitura diz que a secretaria de Obras analisa o que pode ser feito no Barra Sul

O que diz a prefeitura

Procurada pela nossa equipe de reportagem, a prefeitura informou que a secretaria de Obras Públi-cas e Urbanismo está ana-lisando, técnica e juridica-mente, o que pode ser feito, já que o Barra Sul não cum-priu as normas contratuais.

Já a subsecretaria Muni-cipal de Iluminação Pública enviará uma equipe até o local para a realização dos serviços necessários.

Loteamento não tem redes de esgoto e águaUm dos principais proble-mas do bairro está escondido debaixo da terra. O lotea-mento não conta com rede de esgoto, situação que pode causar problemas ambien-tais e de saúde pública. Sem saneamento, os moradores

apelam para duas alternati-vas: ligações clandestinas na rede pluvial ou fossas.

A mesma situação ocorre quando se trata de abasteci-mento de água. Os morado-res contam com duas opções: poços artesanais ou compra

de caminhões-pipas. “Es-peramos resolver esse pro-blema logo. Eu já protocolei o pedido na Cedae. Quando estive em reunião com eles, informaram que não vai de-morar para o loteamento ser contemplado”, diz.

Trechos de vias precisam ser pavimentadasSe em muitos bairros o asfal-to não chegou, no Barra Sul ele foi feito pela metade. E mesmo assim o pouco que foi feito pre-cisa de melhorias.

A parte pavimentada do lo-teamento foi feita com pedras, muitas delas soltas e algumas desniveladas. Já onde não tem pedra, o barro é o grande vilão da história. Quando chove, moradores precisam enfren-tar a lama. Já quando faz sol a poeira invade as casas e gera problemas respiratórios para a população.

Para piorar ainda mais, bu-racos também tomam con-ta das ruas. Para sinalizar os motoristas e pedestres, prin-cipalmente à noite, foram co-locados pedaços de madeira. O problema atinge a Rua C e o

final das ruas Madureira, Gam-boa, Guaraí e Grajaú. “As ruas estão meio precárias. Desde o último "Bairros" eles vieram,

passaram a máquina uma vez, mas nós precisamos que o ser-viço seja feito regularmente”, explica Daniele.

Ruas precisam de pavimentação e manutenção

No Barra Sul a energia não é para todosEm pleno século XXI é difícil acreditar que pesso-as ainda vivam sem energia elétrica. No Barra Sul, um pequeno trecho do bairro ainda depende de ligações clandestinas para não ficar às escuras. Isso acontece porque essa parte ainda não foi contemplada com a rede elétrica.

No local existem apenas postes de madeira improvi-sados, enquanto, paralela-mente, o resto do loteamento já tem iluminação pública e energia regular em suas resi-dências. “Estamos buscando solução, inclusive abrimos um processo na Ampla fa-zendo a solicitação”, ressalta a presidente do bairro.

Escuridão aumenta a insegurança no loteamento

Área de lazer não saiu do papelApesar de contar com uma grande área que deveria ser des-tinada para a construção de uma praça, a situação que pode ser en-contrada é tudo, menos um espaço para que crianças e jovens possam utilizar nos momentos de lazer.

Ao todo são 10.274,19 m2, sendo que boa parte desse espaço é ocu-pado por uma lagoa. Os moradores dizem que sonham, um dia, ver um espaço urbanizado e bonito, com bancos, parquinho e quadras.

“Enquanto nada é feito ali, a situação do terreno só piora. Antes era o matagal, agora tem ainda o problema do descarte irregular. O pior é que a maioria das pessoas que joga os entulhos

e os móveis velhos ali nem são moradores. Canso de ver carro-ceiros despejando tudo ali. Essa

situação está contribuindo com a proliferação de ratos e mosqui-tos”, relata Daniele.

CRÉDITO

Terreno para praça serve de depósito de entulhos e móveis velhos

Moradores precisam colaborarNo primeiro "Bairros" feito no Barra Sul, o lixo era um dos problemas em desta-que. Apesar de a coleta ter si-do normalizada, o aspecto de sujeira continua. No entanto, isso ocorre por conta da falta de educação dos moradores.

“A prefeitura vem sempre nos dias e horários certos. Mas, infelizmente, muita gente aca-ba colocando o lixo para fora depois que o caminhão passa. Algumas pessoas até jogam entulhos nos terrenos baldios. Elas não estão respeitando. No caso do terreno da prefei-tura, eu queria até sugerir que, enquanto não é feito nada em

prol da comunidade, seja pro-videnciado o cercamento do local, visando evitar que con-

tinuem jogando entulhos lá. O povo reclama, mas não faz a sua parte”, desabafa Daniele.

CRÉDITO

Lixo deve ser colocado para fora apenas nos dias de coleta

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 4 e segunda-feira, 5 de outubro de 2015 9

Geral Começam, nesta segunda-feira (5), as aulas nas 11 turmas dos cursos da Agência de Trabalho, Educação Profissional e Renda (Agetrab), para as cerca de 350 pessoas que se inscreveram nas áreas de gestão, indústria, turismo e beleza.

NOTA

VESTIBULAR

Femass já registra mais de mil candidatos inscritos

A qualificação profissional é considerada a principal porta de entrada para quem busca a in-serção no mercado de trabalho. E apesar do momento de crise, em Macaé não é diferente. Uma prova é a procura pelos cursos superiores oferecidos pela Faculdade Munici-pal Miguel Ângelo da Silva Santos (Femass). Em apenas quatro dias de inscrição a instituição já havia registrado mais de mil inscritos.

Vale lembrar que a confirmação só será efetivada após o pagamen-to da taxa no valor de R$ 70,00 que deve ser feito através de depósito identificado (com o número do CPF do candidato como código de identificação) em caixa presencial no Banco Itaú Unibanco S/A.

De acordo com a diretora da fa-culdade, Larissa Frossard só nos três primeiros dias foram um mil candidatos inscritos. “Esse núme-ro corresponde a 50% da procura referente ao ano letivo de 2014 que teve um total de 2.200 candidatos inscritos. Essa procura nos deixa feliz. Em três dias tivemos a me-tade da procura do ano passado”, avaliou a diretora.

Na manhã de sexta-feira (2) o total de inscritos era de 1.062, sen-do o curso com maior procura o de

As vagas oferecidas são para os cursos de Administração, Engenharia de Produção e Sistemas de Informação e Licenciatura em Matemática

Engenharia de Produção com 465 inscritos, seguido de Administra-ção como 424, Sistema de Infor-mação com 117 e Licenciatura em Matemática com 56.

No total estão sendo oferecidas 400 vagas distribuídas nos quatro cursos, sendo 200 para cada se-mestre, um total de 100 vagas pa-ra cada curso, sendo 50 para cada semestre.

Os interessados em concorrer a uma das vagas devem se inscre-ver até o dia 26 de outubro pelo WWW.macae.rj.gov.br/funemac e devem ainda ficar atentos para o prazo do pagamento da taxa, tendo em vista a possível paralisação das agências bancárias a partir da pró-xima terça-feira (6).

Segundo o edital, o cartão de confirmação estará disponível en-tre os dias 12 e 20 de novembro e o processo seletivo está previsto para o dia 6 de dezembro, das 9h às 13h, na Cidade Universitária.

Para participar do processo se-letivo e concorrer a uma das vagas oferecidas para os quatro cursos, os interessados devem atender a

uma das seguintes situações: ter participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a partir do ano de 2012. É necessário ainda que a nota na prova tenha sido igual ou superior a 400 pontos em cada uma das áreas de conhecimento e média igual ou superior a 500 pon-tos em redação e/ou ter concluído ou estar regularmente matriculado no 3º ano do ensino médio, ou equi-valente, com previsão de conclusão para este ano.

E para quem não fez o Enem, o processo seletivo será realizado em uma única etapa por meio de prova objetiva e prova de redação de ca-ráter eliminatório e classificatório. Ainda segundo o edital, o candidato que optar pelo ingresso através do Enem, mas que não se classificar dentro das vagas, deverá participar do processo seletivo.

Das vagas oferecidas, 50% serão reservadas aos candidatos oriun-dos de escolas públicas e 50% para ampla concorrência, das quais 40% para candidatos que optarem pelo critério Enem e 60% para os de-mais candidatos.

KANÁ MANHÃES

“Em três dias tivemos a metade de inscritos da edição de 2014”, Larissa Frossard, diretora da Faculdade

EDUCAÇÃO

Após quase três meses de greve, aulas são retomadas no IFF Macaé

De acordo com nota emiti-da pelo Instituto Federal Flu-minense (IFF), os servidores do campus Macaé decidiram, em assembleia realizada no úl-timo dia 29 de setembro, o fim da greve e retorno imediato das aulas a partir desta quarta-feira (30/09). Segundo a diretora de ensino, Ana Paula Siqueira, nes-ta segunda-feira (5) será realiza-da uma reunião com a Reitoria para tratar das diretrizes do ca-lendário de reposição e a discus-são no campus deve acontecer em duas semanas.

O movimento de greve dos docentes teve início no dia 13 de julho. Além do campus Macaé aderiu à paralisação os campi Campos Centro, Guarus, Quis-samã, Cabo frio, São João da Barra, Bom Jesus do Itabapo-ana, Santo Antônio de Pádua, Maricá e UPEA/Rio Paraíba do Sul.

Entre os itens da pauta geral de reivindicações estão o rea-juste linear de 27,3%, data-base, isonomia de benefícios (auxílios alimentação, creche, saúde, etc) com o poder judiciário e servi-

Assembleia realizada na última terça-feira (29/09) determinou o retorno das atividades normais do campus a partir do dia 30 de setembro

dores do TCU, defesa do servi-ço público contra os cortes no orçamento, 10% do PIB para a Educação Pública e não às ter-ceirizações.

Já o eixo específico trata das reivindicações como a carreira única dos servidores da Educa-ção Federal com reestruturação das carreiras dos Técnicos Ad-ministrativos em Educação e dos docentes, democratização das Instituições Federais de En-sino, jornada de trabalho de 30 horas semanais para os TAE's (garantindo funcionamento ininterrupto das instituições nos três turnos de aula) e iso-nomia de tratamento entre os docentes da carreira do EBTT

- Ensino Básico, Técnico e Tec-nológico com os docentes do magistério superior.

De acordo com informações repassadas pelo IFF campus Macaé (em julho), no último dia 1º de julho foi realizada uma as-sembleia no campus Macaé do Instituto Federal Fluminense, que deliberou pelo início da greve em 13 de julho. A votação, segundo o órgão, contou com 50 votos a favor do movimento grevista e 40 contra, sendo os votantes professores e técnicos administrativos.

Com a greve, apenas alguns setores continuaram funcio-nando para atendimento ao público.

WANDERLEY GIL

No dia 15 de julho, alunos e professores participaram da primeira manifestação de greve da instituição

PRESERVAÇÃO

Projeto contribui com as corujas buraqueiras Na restinga da Praia Campista, as aves lutam para sobreviver, e desde o início desse ano contam com o carinho da ambientalista Jane da Conceição Juliane Reis [email protected]

Imagine pequenos seres vi-vos que precisam da ação e solidariedade humana para

que consigam usufruir de seu habitat. Assim são as corujas buraqueiras que residem na Restinga da Praia Campista, e que lutam dia após dia pela sobrevivência em uma cidade cuja principal fonte de riqueza é o petróleo, e a natureza pouco a pouco vai sendo desmatada dando lugar a prédios e cons-truções. Foi pensando em tudo isso e visando contribuir com a preservação em especial dessas aves de nome cientifico cuni-cularia (“pequeno mineiro”) é que a ambientalista Jane da Conceição há pouco menos de um ano deu início ao Projeto “Escola Viveiro a Céu Aberto” que consiste no despertar para a Preservação e Valorização da Vida.

E foi com esse projeto que ela teve a oportunidade de con-tribuir com o crescimento da família de corujas que habita o local. “A Escola Viveiro a Céu Aberto, deu filhotinhos, gra-ças a um trabalho que venho desenvolvendo desde janeiro deste ano. Com isso podemos observar o resultado de uma prática importantíssima para a nossa evolução como um todo. Cada dia as corujas nos ensinam lições com sua perseverança e lindos voos reais. Baseado em

Estudos, este projeto produz conhecimento em prol da pre-servação e conservação do ar que respiramos, a nossa vida”, ressalta Jane.

No entanto, em virtude do episódio ocorrido na última se-mana, em que homens faziam a limpeza da restinga com má-quinas roçadeiras danificando a restinga, Jane destaca que ci-dade é carente de participação por parte da população, que

WANDERLEY GIL

As aves se tornaram uma das principais paixões da ambientalista Jane da Conceição

vive para o trabalho. “Com isso deveria ser desafio dos nossos representantes fazerem com que a população participe, in-tegre, se relacione com o lugar em que vive. Da maneira como somos tratados, como vamos participar de alguma coisa? Eu estou gerenciando o meu Pro-jeto, que é um projeto vital para todos nós. É preciso que apren-damos a construir, contribuir e parar com a violência e destrui-

ção no que diz respeito à fauna e flora”, disse.

Jane conta ainda que por amor às corujas não divulgou na mídia os seus filhotinhos até chegarem as roçadeiras, máquinas da destruição. “Pen-sei em divulgar depois que eles voassem. Tenho observado a soberania e inteligência des-ta espécie tão rica de saberes, além de tão bela. E toda ação ocorrida na última semana me

deixou muito triste. Temos um banner denominado “Jane de-senvolvimento de pessoas” e alguns me perguntam o porquê do nome. Daí eu respondo que é exatamente isso que o mundo precisa. Eu trabalho nesse sen-tido e acredito na construção de um mundo melhor e o homem é a principal ferramenta para a construção do conceito de Sustentabilidade. Precisamos aprender a ocupar os espaços

com a consciência de que o mundo não é somente nosso. O mundo é de todos nós, todos os seres vivos, todos habitantes do mesmo planeta. Nós somos todos uma coisa só e devemos respeito à nossa mãe natureza, uma vez que ela já existia antes de nossa chegada por aqui”, res-salta.

A coruja é uma ave de nome cientifico cunicularia (“peque-no mineiro”) e tem esse nome por viver em buracos cavados no solo e também em campos, pastos, restingas, desertos, pla-nícies, praias e aeroportos.

Já o projeto “Viveiros a Céu Aberto” tem apoio da popula-cão de Macaé por meio de um abaixo assinado, e também da Secretaria de Educação, FAFI-MA, Agenda 21, Polícia Federal, Guarda Ambiental, Escola Alfa, Redes de Hotel, Secretaria de Turismo, Mobilidade Urbana, Polícia Militar, Guarda Munici-pal, CEPE (Clube dos Emprega-dos da Petrobras) e o presidente do Clube.

A idealizadora do Projeto des-taca que "acredita no ser huma-no como principal ferramenta para a construção do conceito de sustentabilidade e com este projeto abraçaremos todos os setores responsáveis pelo de-senvolvimento e segurança de Macaé, para um olhar amplo no sentido de que devemos nos tor-nar melhores pessoas”, pontua Jane.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ10 Macaé (RJ), domingo, 4 e segunda-feira, 5 de outubro de 2015

CULTURA

Imigração japonesa no Brasil começou em Macaé há 120 anosData será celebrada com Festa da Primavera que acontece neste domingo no Clube Cidade do Sol

Ex i st e m h i st ó r i a s n o município de Macaé que poucos macaenses

conhecem, e hoje (04) estará sendo realizada no Clube Ci-dade do Sol a comemoração dos 120 anos do Tratado de Amizade, Comércio e Navega-ção, assinado entre o Brasil e o Japão, ocorrido no dia 5 de no-vembro de 1895. A iniciativa é de Shiro Matsuda, que dia 30 do mês passado completou 74 anos, que promove um evento para marcar tão importante acontecimento. Tudo come-çou com um pequeno sonho e foi se transformando numa enorme rede de confraterni-zação, a ponto de reunir a par-tir das 11 horas deste domingo uma série de atividades que vão se transformar em outro fato histórico, com a presença do Consul Japonês.

Para quem não conhece a história da imigração japone-sa será uma oportunidade de ver as apresentações de Wa Daiko (Tambores Japoneses), Bom Odori (Dança Folclóri-ca), Origami/Ikebana, além de saborear comidas típicas (Sansai).

Duas exposições “A Imigra-ção Japonesa Começou Aqui” através de painéis e de Itens cedidos pelo Centro Cultu-ral e Informativo do Japão, com várias peças, incluindo a Armadura do Samurai, uma relíquia que vem do Centro Cultural Japonês para ser exposta. Está prevista ainda a coleção de itens pessoais de Shiro Matsuda, que procura

WANDERLEY GIL

Shiro Matsuda é um expoente do esporte local e disseminador da cultura hipônica na região

preservar a cultura oriental no Brasil.

O rufar dos tambores japo-neses - como se regulasse as batidas do coração - será um grande espetáculo. E dentro da programação, que teve o empenho sem limites de Lú-cia de Sá, distribuindo ener-gia positiva para toda a co-munidade, demonstra que os objetivos de comemorar tão importante data está sendo alcançada.

A imigração japonesa para o Brasil começou em 1908, registrando a chegada dos pri-meiros japoneses no navio Ka-sato Maru, quando aconteceu a chegada de Shiro Matsuda e, em Macaé, grupos de japone-ses deixaram marcas e legado como, por exemplo, a pedra de um túmulo antigo, situado no Cemitério de Sant´Ana, com-pletamente escrito em japo-nês. Segundo a história, muitos imigrantes viveram também em distritos e localidades da Serra em Macaé, onde ainda são preservados alguns costu-mes nipônicos.

Com entrada franca, o even-to começa às 11 horas e vai até às 18 horas deste domingo, e considerando que a imigração japonesa começou aqui em Macaé, talvez poucos saibam que no Brasil existem mais de um milhão de japoneses. En-fim, é o momento de grandes emoções, encontros e alegrias para continuar registrando os costumes japoneses, incenti-vados pelas embaixadas japo-nesa e brasileira.

QUALIDADE

Atividades físicas garantem qualidade de vida na melhor idade

Qualidade de vida não importa a idade. É isso que os moradores de Macaé têm e bus-cam nas manhãs de segunda a quinta-feira, a partir das 7h30, na praia da Imbetiba, com au-las de ginástica e natação. As atividades, promovidas pela Fundação de Esporte de Macaé (Fesporte), são voltadas para a melhor idade, mas atendem qualquer faixa etária.

A Fesporte vem investindo em diferentes esportes, alcan-çando vários locais da cidade e idades. Assim, o cidadão po-de escolher a atividade de sua preferência. Para o presidente,

Aulas realizadas pela Fesporte estimulam práticas saudáveis em Macaé

Ricardo Salgado, os projetos da fundação são importantes para atender a população. “Hoje, te-mos 12 polos de ginástica, com aulas de futebol, judô, tênis e outras modalidade. Agora, es-tamos com um novo projeto de esportes radicais”, comenta.

Para o senhor Aloízio Cunha, 74 anos, que participa de aulas de natação junto com sua es-posa, é muito importante esse projeto proporcionado pela prefeitura. “Nado aqui todos os dias. Para mim é ótimo. A pro-fessora é excelente. A prefeitura nos fornece saúde”, afirma.

Segundo a professora de nata-ção, Margareth Torelli, os exer-cícios buscam melhorar a saúde física e mental, além da autoes-tima e interação social dessas pessoas. “É uma troca mara-vilhosa. Traz benefícios para

MAURÍCIO PORÃO/SECOM

Equipe da Fesporte promove atividades na Imbetiba

ambas as partes. É um grupo que tem muita disposição. Isso só aumenta a qualidade de vida deles, sem contar as amizades que se desenvolvem aqui”, diz Margareth.

Reforçando a ideia, a profes-sora de ginástica, Andreia Car-naúba, conta que essas ativida-des físicas trazem melhorias para o corpo como um todo. Melhora a parte óssea e cardía-ca, diminui dores e cansaço.

Para participar, os interes-sados devem fazer as inscri-ções nos locais das aulas ou na sede da Fesporte, localiza-da no Ginásio Poliesportivo Engenheiro Maurício Soares Bittencourt, na Alameda Ma-noel Pereira Carneiro da Silva, s/n - Riviera Fluminense. Para mais informações, o telefone é 2773-4109.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 4 e segunda-feira, 5 de outubro de 2015 11MEIO AMBIENTE

Cientistas debatem metas do país para descarbonizar sua economiaUma das metas da INDC brasileira é fazer com que, até 2030, 45% da matriz energética brasileira seja composta por fontes renováveis

Martinho Santafé

Cientistas das áreas de mu-danças climáticas e de bio-energia consideraram am-

biciosas as metas de redução das emissões de gases de efeito estufa (INDC, na sigla em inglês) que o Brasil levará à 21ª Conferência das Partes da Convenção das Na-ções Unidas sobre Mudanças Cli-

máticas (COP 21), em dezembro, em Paris, apresentadas no domin-go passado pela presidente Dilma Rousse�.

No entanto, segundo os mes-mos especialistas, o objetivo es-tipulado de reduzir em 37% as emissões de gases de efeito estu-fa do país em 2025 e 2030, tendo como base o ano de 2005 - quando as emissões de CO2 no país atingi-

ram o pico de 2,1 GtCO2e - depen-derá de um redimensionamento da matriz energética brasileira, diminuindo a participação dos combustíveis fósseis.

“O tempo do corte barato das emissões de gases de efeito estu-fa pela redução do desmatamen-to está acabando”, disse Gilberto Câmara, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

(Inpe).“Agora, a redução das emissões

de gases de efeito estufa pelo Bra-sil dependerá da descarbonização da economia. E, para isso, será preciso fazer um grande esforço para reduzir as emissões do setor de energia”, apontou Câmara, que é membro da coordenação do Programa FAPESP de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Glo-

bais (PFPMCG).Uma das metas da INDC bra-

sileira é fazer com que, até 2030, 45% da matriz energética brasi-leira seja composta por fontes renováveis. Apesar de louvável, a meta é considerada conservadora. “A matriz energética brasileira é composta hoje por 40% de ener-gias renováveis, enquanto a média dos outros países é de 13%. A am-

bição do país, contudo, teria que ser atingir 60% em 2040”, apon-tou Câmara.

Uma das medidas estipuladas na INDC brasileira para atingir a meta de alcançar uma participa-ção estimada de 45% de energias renováveis na composição da matriz energética até 2030 é au-mentar a parcela de participação de fontes eólica, biomassa e solar no fornecimento de energia elé-trica para ao menos 23% até 2030.

Outra medida é incrementar a participação de bioenergia para, aproximadamente, 16%, expan-dindo o consumo de biocom-bustíveis, aumentando a oferta de etanol - inclusive por meio do aumento da parcela de biocom-bustíveis avançados (segunda geração) - e a parcela de biodiesel na mistura do diesel.

INCENTIVOS À BIOENERGIA

A participação da bioenergia na matriz energética brasileira, en-tretanto, poderia ser muito maior se houvesse incentivos econômi-cos e políticos adequados, avaliam pesquisadores da área.

“O Brasil poderia dobrar a ca-pacidade de produção de etanol a partir da cana-de-açúcar, por exemplo, porque o setor está com capacidade ociosa. Mas, para isso acontecer, são necessários incen-tivos adequados”, afirmou Gláucia Mendes de Souza, professora do Instituto de Química da Universi-dade de São Paulo (USP) e mem-bro da coordenação do Programa FAPESP de Pesquisa em Bioener-gia (BIOEN).

De acordo com Souza, a subs-tituição da gasolina por etanol da cana no Brasil possibilita hoje a mitigação de 50 milhões de toneladas de CO2 por ano. O aumento da participação do etanol de cana e de outras fontes de energia derivadas do uso de biomassa na matriz energética brasileira possibilitaria reduzir ainda mais as emissões totais do país, avaliou.

“Estamos perdendo uma gran-de oportunidade de aumentar e diversificar a matriz energética brasileira com opções de ener-gia derivadas de biomassa, que abrangem biocombustíveis, biogás e bioeletricidade. Não há muita alternativa para diversifi-car a matriz energética brasilei-ra que não seja o uso da biomas-sa, e o Brasil já está fazendo isso há muitos anos e é algo que sabe fazer”, avaliou.

Na avaliação de Câmara, o fato de o Brasil já ter um dos maiores e mais bem-sucedidos programas de biocombustíveis no mundo - incluindo a cogeração de energia elétrica a partir da biomassa -, pode facilitar o aumento da par-ticipação de fontes renováveis na matriz energética brasileira e con-tribuir para a “descarbonização” da economia do país.

Esse processo, contudo, será muito mais difícil do que a redu-ção do desmatamento da Amazô-nia porque o custo será mais alto, avaliou.

“O que será feito com o pré-sal, que tem a estimativa de produzir 6 milhões de barris de petróleo por dia em 2020, se quisermos descarbonizar a economia brasi-leira?”, apontou.

Na opinião de Paulo Artaxo, professor do Departamento de Física Aplicada do Instituto de Física da USP, para promover o redimensionamento da matriz energética brasileira e possibili-tar que a meta de redução de GEE estipulada pelo Brasil seja atingi-da, será preciso, além da alocação de recursos financeiros, a imple-mentação de políticas públicas eficientes.

“A meta brasileira é factível, mas dependerá de legislação forte e clara, privilegiando o uso de energias renováveis, como a eólica e solar”, afirmou. “Tam-bém será preciso aumentar a eficiência energética na indús-tria”, apontou o pesquisador, que também é membro da coor-denação do Programa FAPESP de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ12 Macaé (RJ), domingo, 4 e segunda-feira, 5 de outubro de 2015