O DEBATEDIÁRIO DE MACAÉ

Despesas do governo com contas de energia somam R$ 74 milhões em 3 anos

Materiais de obra abandonada acumulam água parada

No mesmo período, R$ 19 milhões foram arrecadados pela prefeitura com a contribuição da iluminação pública paga pela população PÁG. 3

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Macaé (RJ), sexta-feira15 de abril de 2016Ano XL, Nº 8993Fundador/Diretor: Oscar Pires

KANÁ MANHÃES WANDERLEY GIL

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EXECUTADO A TIROS NO CENTRO DA CIDADE

FIRJAN TEME QUE CORTES ENFRAQUEÇAM A ECONOMIA

AMARO LUIZ REFORÇA DISCURSO DE OPOSIÇÃO

R$ 1,00

POLÍCIA, PÁG.6 ECONOMIA, PÁG.5 POLÍTICA, PÁG.3

CIDADE

Burocracia prejudica a luta contra o câncer

ÍNDICETEMPO

COTAÇÃO DO DÓLAR

POLÍCIA CIDADE

Acesso a exames e laudos ainda é difícil para pacientes da cidade PÁG. 2

KANÁ MANHÃES WANDERLEY GIL

Marcelo Batalha, Alexandre Cursino e Fábio Riera na inauguração Marilene Ibraim ajuda Penha Elisabete que é amparada por Carlos

Marinha e Petrobras inauguram PatromoriaProjeto foi realizado em parceria na Delegacia da Capitania dos Portos PÁG. 6

EDITORIAL 4

PAINEL 4

GUIA DO LEITOR 4

ESPAÇO ABERTO 4

CRUZADINHA C2

HORÓSCOPO C2

CINEMA C2

AGENDA C2

Máxima 35º CMínima 23º C

Compra R$ 3,4745Venda R$ 3,4760 Anuncie: (22) 2106-6060 (215)

POLÍCIA EDUCAÇÃO POLÍTICA CADERNO DOIS

Suspeito de roubo é baleado no Lagomar

UFRJ vai formar turma de Nutrição

Vereador propõe novo acesso a lazer em praias

Banda Faya agita a noite em Macaé

Vítima foi atingida durante troca de tiros com a PM PÁG. 6

Solenidade de colação de grau será realizada nesta sexta PÁG. 7

Paulo Antunes sugere interdição de orlas PÁG. 3

Grupo cumpre agenda de shows na região CAPA

KANÁ MANHÃES

Iluminação pública é paga através de contribuição registrada na conta mensal da população

O preço pago por mo-toristas da cidade, pre-judicados pela redução

do atendimento no posto de vistorias do Detran, situado na Aroeira, diante do corte de ener-gia registrado na última quarta-feira (13), fruto de um impasse entre o governo municipal e o Estado, chama a atenção para o volume de despesas pagas pe-los cofres públicos da cidade em relação ao consumo de energia, entre todos os departamentos e setores que fazem parte da estrutura imobiliária do poder público local. E nesses três anos e três meses da atual gestão mais de R$ 74 milhões já foram pagos por esse serviço. De acordo com dados disponíveis no Portal da Transparência, só neste ano mais de R$ 11 milhões já foram pagos pela prefeitura à Ampla, concessionária responsável pelo fornecimento de energia elétri-ca no Estado do Rio de Janeiro. Com ou sem o posto de vistoria do Detran da Aroeira incluído no quadro de unidades, cujo consumo de energia é arcado pela prefeitura, as despesas do governo com esse tipo de servi-ço têm aumentado ao longo dos últimos dois anos, fruto de dois pontos distintos: o de ampliação da estrutura de atendimento à população e também aos úl-timos reajustes das tarifas de energia em todo o país. PÁG. 3

Vistorias no Detran estão prejudicadas por corte de redeGoverno do Estado e a prefeitura ainda não entraram em acordo sobre responsabilidade por pagamento de conta de luz do posto

ECONOMIAKANÁ MANHÃES

Ampla diz que desligamento de relógio foi solicitado pela prefeitura

O governo do Estado e a pre-feitura ainda não entraram em um acordo sobre a responsabi-lidade em relação ao pagamento da conta de consumo de ener-gia do posto do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) situado na Aroeira. O impasse causa prejuízos a motoristas devido ao comprometimento do serviço de vistorias.

Ontem, a direção do Departa-mento no Rio de Janeiro infor-mou ao jornal O DEBATE que as vistorias serão realizadas enquanto houver a incidên-

cia da iluminação natural. No entanto, os procedimentos de atendimentos realizados on-tem na unidade ocorreram de forma parcial. Apenas a análise visual dos veículos está sendo efetuada. Já a impressão da documentação só ocorrerá as-sim que o sistema de energia for restabelecido. A prefeitura informou que desde o mês pas-sado comunicou ao Detran a de-cisão de encerrar o pagamento das contas de energia do posto instalado em prédio do poder público municipal. PÁG. 5

KANÁ MANHÃES

Água parada e calor excessivo tornam-se uma ameaça à população

Na edição de ontem (14), o jornal O DEBATE publicou uma reportagem informando sobre a situação das obras do Consórcio Vale Encantado, que seguem há mais de um ano paralisadas. Mo-radores dos bairros que seriam contemplados com toda infra-estrutura estão se mobilizando em busca de respostas do poder público. No próximo dia 19, às 19h, eles vão realizar uma reu-nião em frente à Capela Nossa Senhora das Graças. PÁG. 2

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ2 Macaé, sexta-feira, 15 de abril de 2016

Cidade NOTA

Aeroporto de Macaé recebe visita de estudantes. A atividade fez parte do Programa “Meio Ambiente, Segurança, Saúde e Vocação vão à escola”.

WANDERLEY GIL

Penha Elisabete Ferreira conta com o apoio de Marilene Ibraim (esquerda) e do marido Carlos (à direita)

SAÚDE

Burocracia prejudica a luta contra o câncerEm Macaé, pacientes oncológicos relatam as dificuldades e o sofrimento para agendar exames importantesMarianna Fontesmarifontes@odebateon.com.br

“Eu não posso viver de promessa e sem pre-visão. O câncer não

espera. Cada dia que passa eu tenho menos tempo para lutar”. Esse é mais um desabafo feito por Penha Elisabete Ferreira, de 50 anos, paciente oncológica. Seu caso foi retratado pelo jornal O DEBATE no final de fevereiro, quando ela tentava realizar exa-mes para iniciar seu tratamento.

A sua triste história começou quando foi diagnosticada com câncer nas duas mamas. Após fazer o procedimento de mastec-tomia, ao invés da cura, veio outra notícia: a doença havia avançado e atacado os seus ossos. No dia 7 de outubro de 2015, a pedido dos médicos do Hospital Álvaro Alvim, em Campos dos Goyta-cazes, onde faz o tratamento, ela compareceu à Coordenadoria de Controle, Avaliação e Auditoria (0800) para dar entrada no pe-dido de exame de “RET.CI corpo inteiro”.

“Preciso fazer esse tipo de exame para tentar detectar se a doença já afetou outros órgãos, pois a tendência é começar a in-vadir outras partes do meu orga-

nismo. A médica me pediu esse exame no ano passado, quando dei entrada. Até agora nada, nem previsão a prefeitura dá. Na sema-na passada, quando o jornal divul-

gou o meu caso para a secretaria de Comunicação, eles entraram em contato comigo e disseram que iriam agilizar tudo imediata-mente, pois estava tudo certo. Me

informaram que eles, ou o 0800, iam entrar em contato comigo, mas aquilo é tudo mentira. O pes-soal do 0800 me pediu que fosse ao Álvaro Alvim para solicitar um

laudo médico. Fui até lá e pedi à médica, retornei a Macaé e entre-guei a eles. Quando meu marido perguntou à assistente social se estava tudo certo, ela respondeu

que não tinha agendado o exame antes porque faltou isso. Por que ela não me pediu isso quando dei entrada no ano passado? Falaram para o meu marido que só passou a contar no dia que entreguei o laudo. Isso é uma humilhação muito grande”, desabafa.

Penha relata a falta de um aten-dimento mais humanizado. “Sei que estou doente, cada vez mais debilitada, mas é tanta mentira e falta de respeito com os pacientes e as famílias que mostra como são pessoas despreparadas para traba-lhar em um setor público de saúde. Meu marido é sempre menospre-zado. No Álvaro Alvim, a realidade é outra. O tratamento a nós ofere-cido por lá é diferente. O carinho e amor que temos lá não encontro aqui em Macaé. Estou desacredita-da dessa prefeitura. Está faltando humanidade, porque eles não sen-tem na pele o que eu e muitos estão passando”, lamenta.

Ela também destaca o apoio que recebe do Projeto Mulheres em Luta. “A Marilene Ibraim luta pela causa dessas pacientes, mas ela não tem condição de fazer tu-do. Mas mesmo com dificuldades, ela tenta dar um jeito, pois faz is-so por amor ao próximo. Precisa-mos de mais pessoas como ela no mundo”, elogia.

Equipe de reportagem acompanha a lutaquem tem ajudado a pacien-te, Penha, a vencer esses obstácu-los é o seu marido, Carlos Ales-sandro Ferreira, que luta contra a burocracia. E foi através dele que o jornal teve conhecimento do caso. Desde então, temos acom-panhado de perto a sua história.

Na tarde de quarta-feira (13), a nossa equipe esteve com ele no 0800, onde pôde observar a tentativa de agendar o pro-cedimento e a maneira que foi tratado. Em um determinado momento, a assistente social chega a dizer que Carlos “tira

todo mundo do sério”. Após 20 minutos dentro da sa-

la, ele saiu de lá mais uma vez sem um prazo. “Eu quero resposta. A gente fica se sentindo impotente. Eu corro atrás de tudo, pois mi-nha esposa não tem condição de ficar andando de um lado para o outro para conseguir ter acesso a uma coisa que é direito dela. Ela está em casa gemendo de dor. Já tomou morfina, mas isso não tem aliviado seu sofrimento. Toda vez que procuro os setores da secre-taria de Saúde, eles me informam que não existe previsão. Agora, se minha mulher vier a falecer não venham me falar que foi por causa do câncer”, enfatiza.

O QUE DIZ A PREFEITURANa semana passada, quando o

jornal entrou em contato, a pre-feitura emitiu a seguinte nota: “O primeiro contato da senhora

Penha foi realizado em outubro de 2015. Na oportunidade, foi aberto processo e agendado o retorno da mesma para a en-trevista com a assistente social, uma vez que o exame não faz parte da lista do SUS, sendo necessária a compra pelo mu-nicípio. Na data da entrevista, a senhora Penha não compareceu e nem houve aviso por terceiros da não possibilidade de com-parecimento da mesma, que só retornou ao setor em fevereiro deste ano. Durante todo este tempo, o processo ficou parado, já que a entrevista faz parte das etapas burocráticas exigidas pe-lo Tribunal de Contas do Esta-do, e outros órgãos de controle, sendo este relatório anexado ao processo. (…) o processo segue os trâmites legais para que o exame possa ser adquirido e realizado”.

MARIANNA FONTES

Carlos saiu do 0800 apenas com um encaminha-mento para a Secretaria de Saúde

na edição de ontem (14), o jornal O DEBATE publicou uma reportagem falando sobre a situação das obras do Consór-cio Vale Encantado, que seguem há mais de um ano paralisadas. Moradores dos bairros que se-riam contemplados com toda infraestrutura estão se mobi-lizando em busca de respostas do poder público, que até então tem evitado se pronunciar so-bre o caso.

No próximo dia 19, às 19h, eles vão realizar uma reunião em frente à Capela Nossa Senhora das Graças, situada na Estrada Luís Carlos de Almeida, Granja dos Cavaleiros.

Orçadas em mais de R$ 54 mi-lhões, as obras de urbanização do Novo Cavaleiros, Granja dos Cavaleiros e Vale Encantado foram suspensas por conta de questões burocráticas envol-

Além dos transtornos, moradores alertam sobre o risco da situação virar um criadouro do Aedes aegypti

VALE ENCANTADO

Obra abandonada acumula água parada

vendo o consórcio responsável.Dando continuidade à repor-

tagem, além da incerteza se a obra irá ou não ter continuida-de, e quando isso vai acontecer, alguns membros da comissão, composta por moradores e representantes do poder legis-lativo, ressaltam também que existe um outro problema.

“Estive percorrendo toda a região da obra, e tem um trecho lá no Vale Encantado onde co-meçaram a implantar algumas manilhas da macrodrenagem. Só que, devido ao abandono, o barro desceu e quebrou al-gumas delas. Acredito que is-so possa ter comprometido o serviço que já foi executado, ou seja, vão ter que fazer tudo no-vamente”, diz o presidente da AMOGRANJA, Dirant Ferraz, que também é membro da Co-missão da obra.

No mesmo lugar, a nossa equipe de reportagem também encontrou manilhas com água parada, situação que contribui com a proliferação do Aedes ae-gypti. “A sorte é que aqui é uma área pouco habitada, mas quem trabalha nas firmas próximas fica com medo, pois sabe que o

perigo mora ao lado. Eu duvido que a prefeitura mande alguém aqui para colocar remédio, pois a obra está totalmente abando-nada”, diz um funcionário de uma empresa próxima que pede para não ser identificado.

Para se ter uma ideia, os ovos do mosquito Aedes ae-gypti, transmissor da doença, podem sobreviver por até um ano em ambiente seco. Para a larva eclodir é preciso que o ovo entre em contato com a água, mas se o local (criadou-ro) em que ele foi depositado não for eliminado, ele ficará ali esperando o momento propício (chuva) para dar origem a um novo inseto. Se a verificação e eliminação dos criadouros forem realizadas uma vez por semana, isso pode evitar o nascimento de novos insetos.

A nossa equipe entrou em contato com a prefeitura, no-vamente na manhã de quarta-feira, porém até o encerramen-to desta edição não teve respos-tas, assim como aconteceu em fevereiro, quando foi procurada para prestar esclarecimentos sobre o caso.

KANÁ MANHÃES

Água parada e calor excessivo tornam-se uma ameaça à população

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, sexta-feira, 15 de abril de 2016 3

PolíticaCÁLCULO

Despesas do governo com contas de energia somam R$ 74 milhões em três anosNo mesmo período, R$ 19 milhões foram arrecadados com contribuição paga pela população

Márcio Siqueiramarcio@odebateon.com.br

O preço pago por motoristas da cidade, prejudicados pela redução do atendi-

mento no posto de vistorias do Detran, situado na Aroeira, dian-te do corte de energia registrado na última quarta-feira (13), fruto de um impasse entre o governo municipal e o Estado, chama a atenção para o volume de despe-sas pagas pelos cofres públicos da cidade em relação ao consumo de energia, entre todos os departa-mentos e setores que fazem parte da estrutura imobiliaria do poder público local. E nesses três anos e três meses da atual gestão mais de R$ 74 milhões já foram pagos por esse serviço.

De acordo com dados disponí-veis no Portal da Transparência, só neste ano mais de R$ 11 mi-lhões já foram pagos pela pre-feitura à Ampla, concessionária responsável pelo fornecimento de energia elétrica no Estado do Rio de Janeiro.

Com ou sem o posto de visto-ria do Detran da Aroeira incluí-do no quadro de unidades, cujo consumo de energia é arcado pela prefeitura, as despesas do governo com esse tipo dee servi-ço tem aumentado ao longo dos últimos dois anos, fruto de dois pontos distintos: o de ampliação da estrutura de atendimento à população e também aos últimos reajustes das tarifas de energia em todo o país.

Em 2013, a Ampla recebeu da prefeitura um total de R$ 20,5 milhões pelo consumo de ener-gia. Desse total, R$ 15,4 milhões foram arcados pelos repasses

dos royalties do petróleo. Essa parte da conta está relacionada ao consumo de energia dos pré-dios públicos.

No mesmo ano, mais de R$ 5 milhões foram quitados pela pre-feitura junto à Ampla pelo consu-mo de energia do sistema público de iluminação. O mesmo valor foi arrecadado pelo governo através da contribuição paga por todos os munícipes através da sua própria conta de luz.

Em 2014, o consumo de ener-gia dos prédios públicos foi seme-lhante ao do ano anterior, assim como referente à iluminação da cidade.

Já em 2015, a despesa com o consumo de energia da prefei-tura subiu para R$ 24,7 milhões, ano em que ocorreram os reajus-tes das tarifas de energia.

No total, a prefeitura pagou R$ 74 milhões à Ampla nesses três anos e três meses.

Desse total, R$ 55,3 milhões fo-ram despesas executadas com ba-se na arrecadação dos royalties.

Já R$ 19 milhões foram arre-cadados no mesmo período re-lativamente à contribuição com o sistema de iluminação pública. Esse valor foi destinado ao paga-mento pelo consumo do serviço, junto à concessionária Ampla.

KANÁ MANHÃES

Desperdício de energia pode ser controlado pelo governo para reduzir o consumo de energia

OposiçãoE pelos atritos registrados nos bastidores da Câmara de Vereadores, o bloco de oposição pode passar a contar com nove membros, superando, pela primeira vez, a bancada de governo na atual legislatura.

PrestígioNovato entre os barões da política municipal, Ricardo Salgado deixou a vice-presidência da Fundação de Cultura e foi direto para 'as cabeças' da nominata do PMDB de Macaé, também com chances concretas de compor a chapa majoritária da reeleição.

ImpeachmentO vereador Marcel Silvano (PT) seguiu a linha do seu partido e mostrou-se indignado com o processo de impeachment discutido no Congresso. Para ele, o debate é uma afronta à democracia.

CURTAS

DIVULGAÇÃO

ACESSO

Vereador defende a ampliação de lazer em praias

A Câmara de Vereadores aprovou, nesta semana, dois requerimentos que defendem a ampliação do acesso ao lazer nos principais pontos do litoral do município.

De iniciativa do vereador Paulo Antunes (PMDB), o re-querimento 166/2016 indicou à secretaria municipal de Mobi-lidade Urbana o bloqueio para acesso de veículos no trecho da Avenida Atlântica, situado entre uma churrascaria até a altura do Hotel Comfort nos dias de final de semana e feriados.

Segundo Paulo Antunes, a me-dida auxiliaria o movimento de bares e restaurantes do Polo Gas-tronômico através de maior faci-lidade na circulação das pessoas.

"Eu acredito que esta seria uma maneira interessante de liberar o acesso das pessoas em um trecho que concentra bares e restaurantes. Assim, as crianças terão mais espaço para brincar e as pessoas poderiam transitar com tranquilidade", explicou o vereador.

Paulo Antunes solicitou ao governo o bloqueio das orlas da Imbetiba e dos Cavaleiros

Paulo Antunes chegou a in-dicar ao presidente da Câmara, Dr. Eduardo Cardoso (PPS), que apresentasse um requerimen-to solicitando a mesma medida para a Avenida Elias Agostinho, na orla da Praia da Imbetiba. A proposta também foi aprovada nesta semana.

"Agora, aguardamos a votação do requerimento que solicita o mesmo procedimento na rua do Bico da Coruja, um dos pon-tos tradicionais da cidade que também merece esse destaque", disse o vereador.

ANÁLISE

Amaro Luiz: "o momento é o de resgatar a dignidade"

"Falácias" é um termo pre-sente de forma constante nos discursos proferidos pelo ve-reador Amaro Luiz (PSB), no plenário do parlamento munici-pal. Remanescente da formação original do bloco contrário aos interesses políticos do governo, Amaro afirma não aceitar colei-ras e declara que a sua participa-ção na vertente de oposição visa defender o resgate da dignidade da população da cidade, e do po-lítico como um representante legítimo da sociedade.

Nesta semana, o vereador, que ao lado de Igor Sardinha (PRB) ajudou a fundar o bloco de oposição na Câmara, voltou a afirmar que a cidade vive, ho-je, um período de desgaste em virtude das "promessas não cumpridas".

"Uma cidade não vive só de promessas. Falta em Macaé o básico para um governo: a efici-ência de gestão. Nós vimos isso no trabalho que realizamos ao visitar as unidades públicas de Saúde. Constatamos que, além da má aplicação do dinheiro do povo, há a perseguição e o aban-

Vereador faz oposição à "política retrógrada" e defende renovação de papéis no Executivo

dono do servidor", disse Amaro.Atuante também nas redes

sociais, o vereador registrou sua análise sobre a atual discussão política da cidade, observando a aliança entre lideranças que participaram de governos pas-sados junto à gestão que pregou o discurso da mudança nas elei-ções de 2012.

"Agradeço a cada um pelo que conseguiu fazer. Até o prefeito merece respeito e reconhe-cimento pela coragem de ter tentado. Mas ganhar ou perder eleição não é um jogo particular de vaidade. Não é uma luta pelo poder. É acima de tudo receber

do seu povo a oportunidade de tornar a vida grande. Por que 'a vida é muito curta para ser pe-quena'", citou Amaro.

Ao manter-se na linha de oposição "até o fim", Amaro apontou que o caminho que se-rá seguido por ele no processo eleitoral deste ano será pela dis-cussão da renovação política, na esfera do Executivo.

WANDERLEY GIL

Amaro mantém-se na vertente de oposição dentro do Legislativo

“Ganhar ou perder uma eleição não deve ser uma simples luta pelo poder”

AMARO LUIZ, PSB

WANDERLEY GIL

Paulo Antunes (PMDB)

SALÁRIO

Welberth defende pauta de agentes de saúdeAtravés do requerimen-to 17/2016, aprovado durante a sessão ordinária da última quar-ta-feira (13), na Câmara, o vere-ador Welberth Rezende (PPS) voltou a solicitar ao governo a revisão do pagamento do piso salarial dos agentes comunitá-rios de saúde.

De acordo com o vereador, os vencimentos dos agentes são complementados pela adminis-tração municipal. No entanto, o piso salarial ainda está defasado em relação ao que preconiza a Lei Federal 12.994/2014.

"Quando ocorre o reajuste anual dos servidores, os agentes só recebem o dissídio de acordo com o piso. O reajuste não cobre também a parte paga pela prefei-tura como complementação do salário. Portanto, mais uma vez, nós tentamos alertar o governo para que corrija essa divergên-cia diante do que preconiza a lei 12.994", disse Welberth.

O vereador afirmou que novas reuniões já foram agendadas com o secretário municipal de Saúde, Pedro Reis, com o obje-tivo de discutir a adequação dos vencimentos.

Um novo encontro está agen-dado para a próxima semana.

WANDERLEY GIL

Welberth Rezende (PPS)

Presidente da Câmara, Dr. Eduardo (PPS) denunciou secretário do governo por campanha eleitoral atecipada

NOTA

55 milhõesDespesas com energia pagas pela prefeitura com dinheiro dos royalties

19 milhõesVolume da contribuição paga pelos macaenses na conta de luz

NÚMEROS

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ4 Macaé, sexta-feira, 15 de abril de 2016

Opinião NOTA

ESPAÇO ABERTO

EDITORIAL FOTO LEGENDA

Pelo que se discute no cenário político municipal nos últi-mos dias, a alta cúpula do governo segue na construção da estratégia que tem como objetivo claro garantir a reelei-ção do projeto 'da mudança' e, de quebra, conquistar es-paços na formação futura do Legislativo para secretários que ocupam posição de destaque na esfera administrativa municipal. O problema é que esqueceram de combinar isso com os vereadores que fazem parte da base aliada.

Passamos boa parte de nosso tempo negociando formas para conseguir realizar todas as tarefas dentro do prazo. Por isso, seja com seu chefe, colega de trabalho ou cliente é importante ter clareza do que é prioritário e deve ser feito, senão tudo vira urgente e você acaba se perdendo.

Institucional

Negociar prioridades

Ao que parece, há uma certa incompatibilidade sobre o ar-ranjo das alianças partidárias que estão sendo construídas pelo governo com o foco de perpetuar o projeto de poder, e ainda ampliá-lo, substituindo vereadores conquistados para integrar a base aliada por per-sonagens construídos dentro do próprio discurso da mudan-ça. Mas essa estratégia acaba tendo dois significados.

O primeiro é garantir às lide-ranças que se mostraram fiéis ao projeto de poder, instalado na ci-dade desde 2012, uma autono-mia política através da ocupação de vagas no plenário do Palácio Natálio Salvador Antunes, de modo a agraciar quem ajudou a construir o discurso de 'crimi-nalização' de antigos membros do cenário político local, criando lideranças que poderão até su-ceder o futuro governo, ou seja, uma expectativa ousada que ignora os comentários das ruas da cidade.

O segundo significado é su-focar e colocar para escanteio figurões da política local que se perpetuam em mandatos den-

tro do Legislativo flutuando, ora na vertente de oposição, ora na bancada de governo, dependen-do dos arranjos necessários para garantir a renovação dos man-datos dentro da Casa do Povo.

A verdade é que, de uma for-ma ou de outra, há a sensação de que medidas atropeladas passam a ser realizadas com base no desespero e pelo te-mor de perder as estruturas e todas as benesses proporcio-nadas pela máquina adminis-trativa, tanto por aqueles que possuem uma relação quase que umbilical com a política, quanto por outros que não possuem qualquer base e his-tórico partidário, mas tentam ganhar no grito o respeito e re-conhecimento através da for-ça proporcionada por cargos efêmeros, semelhantes à força proporcionada pelo poder.

E até que ocorram as conven-ções partidárias neste ano, mui-tos discursos inflamados serão ouvidos no plenário do Legisla-tivo e lido nas redes sociais. Mas há a expectativa de que, na ver-dade, o ritmo será cada um por si e Deus por todos.

Caso você seja uma pessoa que está tentando organizar o traba-lho e cumprir a sua agenda, uma dica é não se desesperar, pois é possível se organizar e colocar as tarefas em dia. Basta reservar um tempinho para se planejar e saber negociar as prioridades do seu dia. Assim, você conseguirá realizar as atividades dentro do prazo e sem estresse.

Para auxiliar nisso, selecionei cinco formas de você negociar e es-tabelecer prioridades na sua vida.

1 - Tenha controle do seu dia - Não adianta querer priorizar se você não tiver um planejamento, são coisas ligadas, mas que acon-tecem em uma ordem. Primeiro, eu preciso puxar da cabeça tudo que tenho para fazer, depois eu planejo isso nos próximos 3-5 dias, e aí eu priorizo diariamen-te o que deve ser feito primeiro e depois. Se você não sabe o que deve fazer, e ficar apenas rece-bendo e-mails ou lembranças te dando ordens do que fazer, você não vai conseguir priorizar de forma eficaz.

2 - Antecipe ao máximo - Sem-pre que possível não espere a prioridade virar urgência para fazer. Quanto mais antecedên-cia você tiver, mais flexibilidade terá na hora de definir o momen-to certo de execução. Adiar uma prioridade, que tem prazo para um momento de melhor perfor-mance pessoal, é super saudável. O problema é quando você tem de fazer a prioridade porque é o limite da entrega.

3 - Negocie prioridades antes de serem urgências - Se você sabe que algumas prioridades dependem de terceiros, não es-pere que eles lembrem da prio-ridade na ultima hora. Você não pode mudar o modo das pessoas se planejarem, mas o seu plane-

jamento pode contribuir para a boa produtividade da equipe. Pe-quenos e-mails de lembretes ou de oferecimento de ajuda ajudam a relembrar a tarefa.

4 - Negocie com seu chefe - Eu não aceito quando delego uma tarefa e a pessoa simplesmen-te retorna: “não dá para fazer”. Não dá por quê? Quais as priori-dades? É bem diferente quando eles chegam e falam: “eu estou com essas prioridades na se-mana, o que você acha que deve ser priorizado?”. O líder tem de saber o que é prioritário, juntos vocês podem negociar as prio-ridades e os prazos. Haverá dias em que vai precisar de “tempo extra”, mas na maior parte dos casos deverá ser possível ajustar.

5 - Negocie com base no re-sultado - Caso tenha dúvidas do que deve ser priorizado, eu sugiro “elevar” o questionamento para as metas, momento, visão ou missão da empresa. Precisa au-mentar o faturamento? Priorize as atividades de faturamento. Precisa aumentar a qualidade de serviço? Priorize o atendimento ao cliente. Priorizar significa dar uma ordem de execução, não es-quecer a atividade, por isso, saber o momento certo de fazer torna-se imprescindível nessa decisão.

Caso você perceba que sua agenda está ficando caótica com o excesso de prioridades, algo pode estar errado com a forma como tem planejado a sua vida. Em al-guns momentos, esse caos se tor-na inevitável, mas isso precisa ser passageiro, o que exige um período de dedicação para que tudo volte ao normal. O mais importante é saber usar o tempo com sabedoria.

Christian Barbosa - Maior espe-cialista no Brasil em administra-ção de tempo e produtividade

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CORPO DE BOMBEIROS 193

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DISQUE-DENÚNCIA (POLÍCIA MILITAR) 2791-5379

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DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (OPERAÇÕES) 2796-8320

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (PASSAPORTE/VISTO) 2796-8320

CÂMARA DE MACAÉ 2772-2288

HPM 2773-0061

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CORREIOS CENTRO 2762-7527

CEG RIO 0800-28-20-205

RÁDIO TAXI MACAÉ 2772-6058

CONSELHO TUTELAR I 2762-0405/ 2796-1108 PLANTÃO: 8837-4314

CONSELHO TUTELAR II 2762-9971/ 2762-9179 PLANTÃO: 8837-3294

CONSELHO TUTELAR III (SERRA) 2793-4050/2793-4044 PLANTÃO: 8837-4441

Obras de urbanização seguem paralisadas. Moradores de região contemplada pelo Consórcio Vale Encantado cobram respostas do poder público.

Batalha IO Sindicato dos Servidores Públicos Muni-cipais de Macaé (Sindservi) ainda mantém um discurso duro e pesado de críticas con-tra o governo, ao listar uma série de pautas relacionadas a antigas campanhas salariais ainda não contempladas pela prefeitura. E todo esse déficit atrasado pesará nas dis-cussões referentes ao dissídio coletivo de 2016, o último da atual administração mu-nicipal e que será decisivo para a disputa política deste ano.

Batalha IIPorém, várias pessoas orbitam em meio ao cenário bélico travado entre o Sindservi e o governo, na tentativa de lucrar às custas das negociações. Reeleita para seguir à frente da categoria, Rose Mary Gomes afirmou que não há interesses políticos nas pautas defendidas pelo Sindicato e listou a vitória sobre o retorno do pagamento das incor-porações como uma conquista legítima da força própria da instituição que representa o funcionalismo público municipal.

Racha Em reunião de lideranças, realizada no últi-mo final de semana, o diretório municipal do Partido dos Trabalhadores decidiu que não caminhará em qualquer projeto político con-duzido por lideranças do PMDB, uma rea-ção diante da batalha que ocorre em Brasília. Mas voltando a Macaé, essa posição torna-se complexa por um único motivo: uma das maiores figuras históricas da legenda verme-lha segue à frente da secretaria municipal de Educação. Como resolver isso?

AutoriaE dentro das realizações propagandeadas pelo atual governo municipal, mais uma obra proje-tada pela gestão do ex-prefeito Riverton Mussi volta a ganhar destaque em mídias financiadas pela prefeitura: o novo Restaurante Popular da Aroeira. O projeto também foi fruto de articu-lações de lideranças do PT junto ao governo federal, que buscaram parcerias e investimen-tos previstos por programa sociais da União. E não resta dúvidas que o Restaurante estará na futura campanha da reeleição.

Prato CheioMas hoje muitos profissionais do comércio e autônomos que atuam na área central da cidade sentem falta do Restaurante Popular Prato Cheio, que funcionava no prédio ao lado do Mercado de Peixes. Desativado há um ano, desde a inauguração do Restauran-te da Aroeira, a unidade passou a ser uma incógnita para quem circula pela região da Pororoca. Ainda há a esperança que refei-ções ao preço simbólico de R$ 1 voltem a ser servidas naquele espaço.

Agraciados Mais nomeações foram publicadas ontem pelo governo, de pessoas que passam a assumir cargos de assessoria dentro da ad-ministração municipal. Em apenas uma se-mana, mais de 50 profissionais ocuparam cargos comissionados e funções gratificadas, direcionados a atuar principalmente nas secre-tarias e autarquias que passaram a contar com novos gestores. As mudanças do quadro de assessores à disposição do governo tem re-lação também com o nepotismo.

Infrações Motoristas seguem cometendo infrações na região da Rodovia Amaral Peixoto próximo às Praias Campista e dos Cavaleiros. Os no-vos acessos à Avenida Nossa Senhora da Glória são violados, causando sérios trans-tornos e riscos a pedestres, assim como aos próprios condutores. Não seria o caso da prefeitura instalar câmeras de vigilância nessas áreas? O sistema ajudaria a elevar a segurança em um dos pontos mais conges-tionados do município.

Impasse É difícil de acreditar que o posto de vistoria do Detran suspendeu os atendimentos em virtude do corte de energia. Por mais que haja o impasse entre a prefeitura e o governo do Estado, a respeito da responsabilidade de pagamento da conta, o direito dos motoris-tas que levam meses para garantir o agenda-mento das vistorias deveria ser preservado, ainda mais no período em que as blitzen de fiscalização da documentação dos veículos voltam a ser realizadas na cidade.

Função Por mais que isso já tenha sido denun-ciado, diversas vezes, na Câmara de Ve-readores, ônibus do transporte público municipal ainda circulam com motoristas fazendo também a tarefa de cobradores. A medida tira o foco e a atenção do con-dutor que está à frente do volante, além de registrar dupla função em uma mesma atividade laboral e causar transtornos ao trânsito, já que o ônibus fica parado por mais tempo nos pontos.

Mesmo com contratos da prefeitura que preveem despesas de mais de R$ 70 milhões cada um, por ano, Macaé ainda sofre com problemas relacionados ao lixo e a entulhos. O registro representa um problema recorrente que depende também da educação e da consciência em cidadania dos moradores de bairros e comunidades da cidade. Mas, segundo vereadores da cidade, até o Disque Cata-Bagulho (2006-0219) não anda funcionando corretamente.

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, sexta-feira, 15 de abril de 2016 5

EconomiaOFFSHORE

Opep divulga novo relatório sobre mercado do petróleo

Em seu último relatório men-sal sobre as perspectivas do mer-cado de petróleo, publicado ontem (13), a Organização dos Países Ex-portadores de Petróleo (OPEP), da qual o país faz parte, declarou que a oferta mundial do insumo con-tinua “superabundante” e que a tendência para os próximos me-ses deve ser no sentido de reduzir o excedente. Para um município como Macaé, que ainda tem a cadeia offshore como sua maior fonte econômica, a previsão pode não ser tão positiva a médio prazo.

Levando em consideração que a notícia foi divulgada apenas qua-tro dias antes de uma reunião no Qatar entre os 13 países produto-res - que fazem parte da organiza-ção para defi nir os rumos do setor -, a expectativa é que o grupo redu-za consideravelmente a oferta de petróleo que vem desvalorizando os preços do barril há mais de um ano.

"A superabundância da oferta persiste e as reservas continuam altas", salienta o relatório em tre-cho.

Embora ainda não esteja con-fi rmado ofi cialmente, segundo es-pecialistas, uma nova redução na

Tendência é que grupo de países participantes da organização, incluindo Brasil, diminua produção

demanda de produção de petró-leo pode desacelerar ainda mais a médio prazo regiões produtoras do insumo como a Bacia de Cam-pos - responsável por aproxima-damente 80% de toda produção nacional.

“Partindo do pressuposto que esse temor em relação a uma des-valorização ainda maior do petró-leo é compartilhado por muitos, a tendência é que a Opep realmen-te reduza a previsão de demanda para os próximos meses. Caso isso aconteça, a preocupação pela sina-lização negativa da meta se justi-fi caria regionalmente já que, den-tro do efeito em cascata, também teria seu peso sobre a Petrobras. Por sua vez, embora a companhia venha assinalando a manutenção dos níveis de produção e, conse-quentemente, da maioria de seus contratos com empresas atuan-tes na região, poderia muito bem começar a mudar de ideia frente a um consenso internacional”, avaliou um especialista em eco-nomia, que lembra que, este ano, de acordo com dados da Agência Internacional do Petróleo (AIE), o país já voltou a ser um dos prin-cipais responsáveis pelo défi cit de produção mensal da Opep, com queda de 100 mil barris diários em janeiro.

Em números específi cos, segun-do a Opep, no primeiro trimestre o excedente foi de 2,52 milhões de barris diários (mbd).

Detran segue sem energia elétrica devido impasse com Prefeitura

SERVIÇO

Durante o dia de ontem, motoristas reclamavam de atraso dos serviços

No decorrer do dia de on-tem (14), o posto de atendimen-to do Detran na Aroeira per-maneceu sem luz durante todo o expediente. Desde a última quarta-feira, a energia elétrica no local foi desligada devido a um impasse entre a prefeitura e o órgão estadual.

Na última atualização sobre o caso, o Detran informou que a unidade permanece, de fato, sem energia elétrica devido a um pro-blema no registro de pagamento da conta de luz do terreno cedido pelo município.

“O Detran já está em contato com a prefeitura para solucionar a questão. Vale salientar que as vistorias serão realizadas até o horário em que houver ilumina-ção natural, de modo a permitir o atendimento. Os processos estão sendo protocolados e o documento será impresso as-sim que o fornecimento voltar à normalidade”, garantiu o órgão.

Em visita ao posto de atendi-mento ontem, a equipe de repor-tagem constatou que o serviço está sendo realizado, ironica-mente, de forma mais rápida.

“Está bem tranquilo, justa-

mente porque não tem aquela fi la para retirar a impressão do certifi cado de vistoria. Os moto-ristas devem completar o proce-dimento quando voltarem para receber o documento”, contou uma funcionária da unidade.

ENXUGANDO CUSTOSA interrupção de energia foi

executada a pedido da própria prefeitura (titular da conta), visando reduzir gastos e repas-

sar as contas do posto de aten-dimento do Detran para o Es-tado. Em ofi cio enviado, ainda no último dia 29, à diretoria do Detran, a gestão municipal teria solicitado providências imedia-tas sobre o processo de transfe-rência do registro do relógio de consumo de energia do local.

“A responsabilidade pelas contas do Detran junto à Am-pla é de responsabilidade do próprio órgão estadual, desde

abril deste ano. A prefeitura arcava com esse custo, porém, realizou comunicado ao órgão informando que, diante do ce-nário econômico por que passa não só a cidade, como todo o país, esta despesa não poderia mais ser assumida pelo governo municipal. Logo, não podemos responder pela falta de energia elétrica hoje no posto de aten-dimento", explicou a prefeitura em nota.

KANÁ MANHÃES

Posto do Detran está sem energia desde a última quarta-feira

INDÚSTRIA

Firjan teme queda de competitividade com corte de incentivos � scaisSegundo estimativas da federação, Estado pode perder mais de R$ 42 bilhões, caso novo projeto de lei seja aprovado na AlerjGuilherme Magalhãesguilherme@odebateon.com.br

Com o Rio atravessando uma crise fi nanceira cada vez mais grave, um novo

Projeto de Lei que visa impedir a concessão de incentivos fi scais a empresas em território esta-dual já coloca em alerta a Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro). De acordo com estimativas pre-liminares da instituição, caso a nova medida seja aprovada pela Alerj, o Estado poderá per-der cerca de R$ 42,6 bilhões em investimentos no decorrer dos próximos anos, comprometen-do a competitividade regional.

Em específico, o texto do Projeto de Lei nº 1.431/2016 proibiria o governo estadu-al de conceder qualquer tipo de financiamento, benefício, incentivo fiscal ou fomento econômico às empresas que queiram se instalar no estado do Rio durante os próximos quatro anos. Com o objetivo de ganhar celeridade e ajudar o Estado a arrecadar, a votação do projeto na Alerj estava pre-vista já para esta semana. No entanto, acabou sendo retirado da pauta de última hora e segue sem previsão de retorno.

Totalmente contrária à vali-dação da medida, em seu estudo sobre a ‘Política de incentivos à produção e ao emprego’, lança-do na última terça-feira (12), a Firjan argumentou os princi-pais pontos negativos do pro-jeto de lei.

“O que fi zemos foi mapear os investimentos programados pa-ra os municípios e setores que,

atualmente, possuem incenti-vos e, de acordo com o estudo, tais investimentos podem ser cancelados ou deslocados pa-ra estados que mantiverem os benefícios”, explicou em nota a instituição ressaltando que o fi m dos incentivos pode levar à mudança dessas empresas para outros estados, com benefícios similares, ocasionando perda de arrecadação, de empregos e de renda para o Estado.

Ainda segundo o estudo, os diversos segmentos industriais que possuem benefícios de in-centivo fiscal atualmente no Estado seriam importantes, tanto pelo número de empre-

gos formais que geram (cerca de 260 mil), quanto pela arreca-dação de ICMS (R$ 35 bilhões em 2015). Em contrapartida, o aumento da carga tributária para esses setores poderia colo-car em risco 31% dos empregos e 22% da arrecadação de ICMS de toda a indústria fl uminense. Ademais, o documento também afirma que, de 2008 a 2013, a concessão de benefícios através da Lei 5.636/2010 gerou um in-cremento de R$ 633 milhões na arrecadação do estado e a cria-ção de 90 mil empregos formais.

“O incentivo fiscal não re-presenta um desembolso por parte do estado, mas sim, pelo

contrário, ele gera arrecadação adicional. Neste sentido, em um ambiente de recessão, a solução para a recuperação da econo-mia e, consequentemente, das receitas governamentais não está em novos aumentos da já elevada carga tributária, pois esses aumentos e a criação de novos tributos têm o potencial de agravar ainda mais a situa-ção das empresas e do próprio governo”, acrecentou em nota a instituição, pontuando que já trabalha na elaboração de emendas para minimizar ao máximo os efeitos negativos da medida, caso esta venha a ser aprovada.

KANÁ MANHÃES

Em Macaé, falta de incentivos públicos poderia prejudicar a recuperação da indústria

Dólar fecha em queda e renova menor valor em quase oito meses. Atuação do BC fez moeda subir mais cedo, mas cotação mudou de direção. Moeda fechou em baixa de 0,10%, vendida a R$ 3,4760.

NOTA

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ6 Macaé, sexta-feira, 15 de abril de 2016

Polícia

PM

Suspeito de roubos é baleado no Lagomar

Uma guarnição da Polícia Militar (PM) realizava diligên-cias no bairro Lagomar quando, em uma troca de tiros, conseguiu acertar um homem suspeito de vários roubos no município.

De acordo com informações da própria polícia, a guarnição realizava patrulhamento na Rua W16, quando se deparou com um elemento armado que efetuou dois disparos contra a guarnição, vindo os policiais a revidarem tal agressão. O homem foi atingido no abdômen, sendo que, de ime-diato, os policiais conduziram o homem até o Hospital Público Municipal (HPM), onde foi aten-dido, mas veio a óbito em seguida.

De acordo com a guarnição, este elemento era conhecido no local por ter efetuado diver-sos roubos a carros de entregas (correios). Com ele, foi encon-trado um revólver de calibre 38, com duas munições deflagradas e três intactas.

Diante dos fatos, a equipe poli-cial seguiu até a 123ª DP, onde foi realizado o registro, verificando-se que o suspeito, Luiz Rodolfo dos Santos Fernandes, vulgo “Luizinho”, de 25 anos, tinha uma passagem pela polícia, porém a mesma não estava caracterizada.

Polícia realizava patrulhamento quando o elemento efetuou disparos contra a guarnição

DIVULGAÇÃO PM

Homem foi baleado e veio a óbito, após trocar tiros com a Polícia Militar, no bairro Lagomar

HOMICÍDIO

Homem é morto a tiros no Centro

No final da tarde de quinta-feira (14), por volta das 16h, um homem não identificado, foi morto a tiros, na Rua Jan-dira Perlingeiro, ao lado do supermercado Extra.

Vítima teria abandonado o carro e tentado fugir a pé

De acordo com as informa-ções, o homem estava em seu veículo quando dois elemen-tos em uma moto teriam re-alizado diversos disparos de arma de fogo contra o carro, vindo o homem a abandonar o automóvel na Rua Silva Jar-dim, em frente ao supermer-cado Extra, e corrido para se esconder atrás de outro veícu-

KANÁ MANHÃES

O corpo da vítima foi encontrado ao lado do supermercado Extra

lo estacionado, já na Rua Jan-dira Perlingeiro. Os suspeitos teriam seguido a vítima e ati-rado diversas vezes contra ele, que veio a óbito.

A Polícia Militar (PM) esteve no local para registrar o caso e peritos da Polícia Civil pericia-ram as cenas do crime. O corpo foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) de Macaé.

Polícias realizam operações e prendem 15 pessoasTRÁFICO DE DROGAS

Em uma operação conjunta de combate ao tráfico de drogas, rea-lizada pela Polícia Militar, Polícia Civil e Ministério Público resul-

Municípios de Rio das Ostras, Casimiro de Abreu, Tanguá e Campos dos Goytacazes foram os alvos

tou na prisão de 15 pessoas. Além disso, dois adolescentes também foram apreendidos.

Segundo as informações, um elemento foi detido no muni-cípio de Campos dos Goytaca-zes, um em Tanguá, um em Rio das Ostras e 14 em Casimiro de Abreu. Os suspeitos estão sendo acusados de homicídios, tráfico de drogas e associação para o trá-fico de drogas. Vale ressaltar que

a Polícia continua executando a Operação e pode haver mais pri-sões. A PM utilizou 12 agentes na ação e ressalta que a mesma é um sucesso absoluto.

LEGISLAÇÃOLei 11.343/06, Art. 33: “Impor-

tar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, ven-der, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer

consigo, guardar, prescrever, mi-nistrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gra-tuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar.” Pena: re-clusão de cinco a quinze anos e pagamento de multa.

Lei 11.343/06, Art. 35: “Asso-ciarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reitera-damente ou não, qualquer dos

crimes previstos nos Arts. 33 caput e § 1o, e 34 desta Lei”. Pe-na: reclusão, de três a 10 anos, e pagamento de multa.

Lei 2.848 (Código Penal), Art. 121, Homicídio Simples: Matar alguém. Pena: reclusão, de seis a vinte anos. Homicídio Qualifica-do: § 2° Se o homicídio é cometi-do: I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro mo-tivo torpe; II - por motivo futil; III

- com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou ou-tro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum; IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne im-possível a defesa do ofendido; V - para assegurar a execução, a ocul-tação, a impunidade ou vantagem de outro crime. Pena: reclusão, de doze a trinta anos.

33 ANOS

Marinha e Petrobras inauguram Patromoria da DelMacaéCompanhia também recebeu uma estrutura de garagem para abrigar materiais do CDA

Ludmila Fernandesludmila@odebateon.com.br

Na quinta-feira (14), dia em que foram comemorados os 33 anos da Delegacia da

Capitania dos Portos em Macaé (DelMacaé), foi realizada uma solenidade de inauguração da Pa-tromoria (local de atracação das embarcações da Delegacia Fluvial de determinado estado ou municí-pio), na Praia de Imbetiba.

O evento contou com a partici-pação do Capitão de Mar e Guer-ra, Alexandre Cursino de Oliveira, também Capitão dos Portos do Rio de Janeiro; o Delegado da DelMa-caé, Capitão de Fragata, Fábio dos Santos Riera; o Gerente Geral da Unidade de Operações de Ex-ploração e Produção da Bacia de Campos, da Petrobras, Marcelo Batalha, e demais convidados.

A cerimônia teve início às 8h com uma missa e após, às 11h, foi inaugurada a nova instalação. A Patromoria é o resultado de um

convênio firmado entre a Marinha do Brasil e a Petrobras, que tem co-mo objetivo firmar parcerias que beneficiem as instituições e pro-porcionem resultados à sociedade.

“Esta parceria entre a Marinha e a Petrobras é histórica. Temos o mar como a nossa principal área, por isso é de extrema importân-cia a sua preservação. O convênio possibilitou a construção desta área, que tem a infraestrutura necessária para dar agilidade em casos de emergências, e também em situações do dia a dia. É com muita satisfação que fazemos parte desta história”, constatou Marcelo Batalha.

O Capitão dos Portos do Rio de Janeiro, Alexandre Cursino, res-saltou a importância da inaugura-ção, não apenas para a DelMacaé como para a Petrobras, que ganhou uma estrutura de garagem para abrigar as embarcações, cabos e mangotes do Centro de Defesa Ambiental (CDA), que opera em pontos estratégicos, complemen-

KANÁ MANHÃES

Marcelo Batalha, da Petrobras, à esquerda; do lado direito da placa informativa, o Capitão dos Portos do Rio, Alexandre Cursino e o Delegado da DelMacaé, Fábio Riera

tando os planos de contingência nos terminais, refinarias e demais unidades da companhia.

“Essa inauguração é mais um presente para a DelMacaé, que hoje celebra 33 anos. Exemplo

de otimismo e motivação dessas duas instituições, que se uniram para dar um retorno de tudo que

a sociedade aguarda das institui-ções”, disse Alexandre.

Já o delegado da DelMacaé, Fá-bio Riera, frisou que a Patromoria vem possibilitar um atendimento mais rápido.

“É uma nova fase que se inicia na história da Delegacia. Essa estrutura, construída por meio do convênio com a Petrobras, vai permitir um atendimento mais rápido em situações emergen-ciais”, finalizou Riera.

A Patromoria é uma unidade de prontoatendimento da Marinha do Brasil, em Macaé, que visa a redução do tempo de lançamen-to das embarcações ao mar e do deslocamento de pessoal e ma-terial. Com isso, aumentam as chances de sucesso em situações de emergência. A estrutura inclui um muro de arrimo, garagens pa-ra as embarcações, guarita, oficina, escada de acesso à praia e rampa de lançamento para barcos, além da fundação do futuro prédio da nova sede da DelMacaé.

A Polícia Militar (PM) apreendeu dois adolescentes, de 16 anos, nas proximidades do Morro de Santana, no Centro, suspeitos de roubos a transeuntes. Com eles foi encontrada uma réplica de revólver, além de objetos que seriam provenientes das ações criminosas. Durante o andamento da ocorrência, nenhuma vítima apareceu.

NOTA

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, sexta-feira, 15 de abril de 2016 7

GeralNOTA

Morador alerta sobre riscos de vazamento. Segundo ele, ponto de ônibus na Télio Barreto foi feito em cima de área de tubulação.

EVENTO

UFRJ Macaé vai formar mais uma turma do curso de NutriçãoA solenidade de colação será realizada nesta sexta-feira (15), Centro de Convenções do Hotel Vilarejo, em Rio das Ostras

Juliane Reis Juliane@odebateon.com.br

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Campus Macaé Profes-

sor Aloísio Teixeira vai realizar nesta sexta-feira (15) a soleni-dade de formatura da quinta turma do curso de Nutrição. O evento será realizado às 18h no Centro de Convenções do Ho-tel Vilarejo, situado na Rodovia Amaral Peixoto 1.700 - Cidade Beira Mar, Rio das Ostras-RJ. Já o culto ecumênico foi realizado na noite de ontem no Polo Uni-versitário.

De acordo com a Professora Jane Capelli, a turma carinho-samente chamada de 'PIPAS' é composta por dezesseis for-mandos. O curso é coordenado pela Profª Laís Buriti de Barros. “Essa será a primeira vez que os formandos não farão a colação de grau dentro da universidade. A paraninfo da turma é a profes-sora Renata Amorim e patro-nesse Ana Paula Barreto”, disse.

A formanda Taylane explicou que a turma escolheu o nome 'Pipas' porque era assim cari-nhosamente chamada pela pro-

fessora de clínica Célia Ferreira, cujo nome é uma metáfora e significa, parafraseando Fran-cisca Paris: “A pipa é uma me-táfora perfeita do ciclo de vida do ser humano. Antes de ganhar o céu, por exemplo, ela precisa ser cuidadosamente fabricada, desde a escolha do bambu até a lapidação das varetas, o estica-mento da seda e para finalizar, o tamanho correto da rabiola. E nós, seres desenvolvidos dentro das memórias e regras de uma sociedade, antes de ganhar-mos o mundo, também somos cuidadosamente construídos, desde as influências familiares, passando pelo conceito da mo-ral e ética e formando, enfim, o caráter. E assim como a pipa vai refletir a destreza, o conhe-cimento e o cuidado do seu criador, nós seremos reflexo dos nossos pais e educadores”, ressalta a formanda.

A estudante acrescenta ainda que, quando pronta, a pipa po-derá ganhar o céu com suas co-res de alegria e dançar no ritmo dos ventos e que no alto encon-trará barreiras para se manter vistosa. “O vento vai mudar de direção, e outras pipas irão sur-

DIVULGAÇÃO

A turma carinhosamente chamada de 'PIPAS' será a primeira a realizar a colação fora do campus

gir para tentar derrubá-la. Con-tudo, apesar das diferentes di-reções do vento, da previsão das chuvas e tempestades, da luz do sol que derrete a visão am-pla, a pipa ainda está ligada ao seu criador por meio da linha, porque nossas boas influências e nosso aprendizado dentro de uma das melhores universida-des desse país, nos fará alcançar voos ainda maiores. E com tudo isso, a turma escolheu esse no-me para representá-la”, disse.

De acordo com dados insti-tucionais, o curso de graduação em Nutrição do Campus UFRJ-Macaé contempla um currícu-lo composto por disciplinas teóricas, práticas e por estágios supervisionados, além de ativi-dades em projetos de extensão e iniciação científica, cujo obje-tivo é conferir competência e habilidade para o exercício das atribuições do Nutricionista.

Com isso, seu Projeto Político Pedagógico (PPP) está funda-mentado nas Leis de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) e nas novas Diretrizes Curricula-res Nacionais (DCNs), estabele-cidas pelo MEC para os cursos de graduação em Nutrição.

● Ana Lúcia Muniz de Souza ● ·Chaiany Lopes Azeredo Silva ● ·Elisabeth Fang Alves ● ·Fernanda Machado Teles ● ·Felipe dos Santos Melo ● ·Ivie Ferreira de Azevedo ● ·Jady de Freitas Baptista Salles

Os formandos são: ● ·Luana Pereira Braga ● ·Luiz Fernando Miranda ● ·Mariah Fernandes da Silva Barcelos ● ·Mônica Volino Gonçalves Souza ● ·Natalia Silva de Mattos ● ·Nívia Espírito Santo Caetano ● ·Priscila Nazario Esteves ● ·Suelen Galante Inácio ● ·Taylane Fragoso de Freitas

Exame Nacional do Ensino Médio já tem data marcadaENEM 2016

em meio ao atual cenário de cri-se na educação pública estadual, o Ministério da Educação (MEC) anunciou na manhã de ontem (14) que as inscrições para o Exa-me Nacional do Ensino Médio (Enem) serão abertas no próximo dia 9 de maio e encerradas no dia 20 do mesmo mês.

Criado pelo Ministério da Educa-ção do Brasil (MEC), em 1998, com

As provas estão previstas para serem aplicadas nos dias 5 e 6 de novembro. As inscrições começam dia 9 de maio

o objetivo de avaliar a qualidade ge-ral do ensino médio no país, hoje o Enem é um mecanismo de demo-cratização do acesso às políticas públicas de educação, além de ser considerado a principal porta de entrada na educação superior em universidades públicas do país.

As provas estão previstas para serem aplicadas nos dias 5 e 6 de novembro e a taxa de inscri-ção subiu de R$ 65 para R$ 68 e poderá ser paga até às 21h59 do dia 25 de maio, por uma guia de recolhimento da União (GRU). O pagamento pode ser feito em qualquer agência bancária, casa lotérica ou agência dos Correios.

De acordo com as informações

do MEC, será isento da taxa o estu-dante que for concluir o ensino mé-dio este ano e estiver matriculado em escola pública, ou o estudante que se declarar carente. Participan-tes que obtiveram isenção no ano passado, mas não compareceram à prova, perdem esse direito na edi-ção deste ano. Ele pode apresentar uma justificativa 'de força maior' para a ausência, mas o MEC vai analisar caso a caso e poderá negar o recurso.

No dia 5 de novembro (sábado), os estudantes irão fazer as provas de ciências humanas e ciências da natureza. Já no dia 6, domingo, a prova aplicada inclui linguagens, códigos e suas tecnologias, reda-

ção e matemática. Segundo o mi-nistro da Educação, o exame foi adiado para novembro por causa das eleições, para que as provas sejam realizadas em um 'clima de tranquilidade'.

Nos dois dias, os portões serão abertos às 12h e se fecham às 13h. O início das provas será às 13h30. Como nos anos anteriores, o pri-meiro dia de prova dura 4h30 e o segundo, 5h30.

A nota na prova é o principal pré-requisito para quem deseja cursar uma graduação por meio do programa Universidade para Todos (ProUni), Fundo de Fi-nanciamento Estudantil (Fies), Programa Ciência sem Fronteiras e ingressar em vagas gratuitas dos cursos técnicos oferecidos pelo Sistema de Seleção Unificada da Educação Profissional e Tecnoló-gica (Sisutec).

No município, estudantes da rede estadual - que teve greve dos profissionais deflagrada no últi-

mo dia 2 de março - temem pelas notas. “Alguns professores estão em greve, outros, um ou dois se dispõe a dar aulas, mas não pre-cisamos de uma ou duas matérias para conseguir boa nota no Enem e garantir o acesso à universida-de pública. Por isso, em busca de melhorias na educação pública, decidimos pela ocupação do Co-légio Matias Neto”, disse uma estudante.

Além do Matias Neto, o Colégio Estadual Luiz Reid também foi ocupado pelos alunos que lutam por uma educação de qualidade. Em todo estado do Rio de Janeiro já são mais de dez unidades ocupadas.

A APLICAÇÃO DAS PROVAS O MEC informa ainda que os

sabatistas, estudantes que guar-dam o dia de sábado em função da religião, farão as provas às 19h no horário local - Acre, Amazo-nas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Roraima res-

peitarão o fuso diferenciado em relação a Brasília.

Já para autismo, dislexia, dis-calculia, deficiência intelectual, déficit de atenção e algumas outras situações, listadas pelo Código Internacional de Doen-ças (CID), é preciso que o aluno apresente um parecer assinado por um médico da área. Con-dições que são identificáveis clinicamente, como a cegueira, não requerem o laudo. Quem já apresentou o documento em anos anteriores não precisa repe-tir o procedimento.

E participantes que deseja-rem tratamento pelo nome so-cial deverão enviar documento de identificação entre os dias 1º e 8 de junho. Os cartões de con-firmação, mais uma vez, estarão disponíveis pela internet e não serão enviados pelos Correios. Segundo Mercadante, a experi-ência do ano anterior deu certo e está 'consolidada'.

OPORTUNIDADE

Procura por vagas de Brigadistas supera expectativas

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio) vai encerrar nesta sexta-feira (15) o prazo de inscrição para o processo seletivo de Brigadistas e Chefe de Esquadrão para atuar na prevenção e no combate a incên-dios florestais no Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba. O con-trato terá duração de seis meses. Ao contrário dos anos anteriores, a procura superou as expectativas. Em dois dias foram mais de 40 ins-critos para a disputa das 12 vagas oferecidas.

“Em edições anteriores, não tive-mos uma procura igual a deste ano, e pode ser que a demanda tenha aumentado devido ao alto índice de desemprego”, observou o subchefe e analista ambiental Marcos César dos Santos.

Para concorrer a uma das vagas, o candidato deve: ter entre 18 e 55 anos; residir, preferencialmente, no entorno da Unidade de Conser-

O prazo para inscrição termina hoje. Em dois dias foram 40 inscritos, número que supera as edições anteriores

vação (Macaé, Carapebus e Quis-samã); não exercer cargo/função/emprego público ou privado; veto válido inclusive para servidores afastados por licença sem venci-mentos.

Os interessados ainda podem se inscrever. Basta dirigir-se à sede do Parque Nacional da Restinga de Ju-rubatiba, localizado na intersecção da Avenida Atlântica com a Avenida MPM, s/nº, Lagomar das 9h às 12h e das 14h às 17h. Para realizar o pro-cedimento, é necessário apresentar os seguintes documentos: original e cópia da Carteira de Identidade; original e cópia do Cartão de Iden-tificação do Contribuinte - CPF; original do Atestado Médico; cópia do Comprovante de Residência (Conta de água, luz, telefone, etc.) ou declaração de residência assi-nada pelo candidato; original de Tipagem Sanguínea e Fator RH; e cópia da CNH - (apenas para a vaga de Chefe de Esquadrão).

No total serão oferecidas 12 va-gas, sendo dez para Brigadistas e duas para Chefe de Esquadrão. A remuneração salarial para a vaga de Chefe de Esquadrão é de 1,5 sa-lário mínimo mais auxílios. Já para Brigadista o salário é de um salário mínimo mais auxílios, e para con-

correr a uma das vagas oferecidas para Chefe de Esquadrão, os can-didatos deverão preferencialmente já ter sido brigadistas de incêndios florestais.

De acordo com o edital, após a seleção dos candidatos serão fei-tas duas convocações, sendo uma para a equipe que vai atuar entre os meses de junho a novembro; e outra que vai atuar entre julho e dezembro.

O processo de seleção dos can-didatos será realizado em duas etapas: sendo a primeira, a pré-seleção que vai consistir na ava-liação física e habilidades com o uso de ferramentas agrícolas. To-dos os inscritos serão submetidos à pré-seleção, sendo que apenas os 30 primeiros aprovados pode-rão participar do curso que será a segunda fase da seleção.

A primeira etapa do processo seletivo será realizada no dia 19 de abril, na sede do Parque, às 9h. Já o curso que corresponde à se-gunda etapa será realizado entre os dias 25 e 29, das 8h às 18h, na sede do Parque. A atividade terá duração de 40 horas. Serão apli-cadas provas aos participantes, cujos resultados vão determinar a classificação final dos candidatos.

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ8 Macaé, sexta-feira, 15 de abril de 2016