O DEBATEDIÁRIO DE MACAÉ

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Macaé (RJ), terça-feira3 de novembro de 2015Ano XL, Nº 8854Fundador/Diretor: Oscar Pires

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R$ 1,00

Royalties: dé�cit chega a R$ 138 milhõesQueda na arrecadação representa efeitos da crise internacional

KANÁ MANHÃES

De acordo com análise apresentada à Ompetro, Macaé vai alcançar déficit total de R$ 175 milhões

Na semana em que a cota-ção do barril do petróleo voltou a bater a marca dos US$ 40, re-presentando uma queda consi-derável em relação ao preço de US$ 100 comercializado há um ano, Macaé consolidou o déficit de R$ 138 milhões apenas com as receitas estimadas pelos royalties e a Participação Espe-cial. E em outubro Macaé atin-

giu a segunda maior diferença entre o volume de recursos esti-mados para serem arrecadados pela Lei Orçamentária Anual (LOA) e o repasse consolidado pela Secretaria de Tesouro Na-cional. De acordo com as metas fiscais de arrecadação, Macaé estimava arrecadar R$ 41,3 milhões com a 10ª parcela dos royalties do ano. PÁG. 3

POLÍTICA

WANDERLEY GIL

Vagas do CAp serão disputadas por 700 estudantes

EDUCAÇÃO

Um total de 736 estudantes vão disputar no próximo dia 8 de novembro as 70 vagas ofere-cidas pelo Colégio de Aplicação (CAp) em Macaé. Do total de vagas, 60 são para a primeira série do Ensino Médio e 10 pa-ra a segunda série, sendo que 80% das vagas são para alunos da rede municipal de ensino. O processo seletivo será realizado às 8h30, na Cidade Universitá-ria, e o gabarito será divulgado no dia 9 de novembro de 2015, a partir das 17 horas. A avalia-ção será composta por ques-tões com disciplinas do Ensino Fundamental e Ensino Médio de Língua Portuguesa, Matemá-tica e Redação, e terá duração de quatro horas. PÁG. 7

Presidente da Comissão Permanente de Meio Ambien-te e Saneamento da Câmara, o vereador Maxwell Vaz (SD) defendeu medida que visa pro-mover o enfrentamento à es-cassez da água do Rio Macaé. Maxwell propôs ao governo a aplicação do sistema de reúso de água para a execução de serviços de manutenção ur-bana da cidade. PÁG. 3

Instituição é referência na cidade

POLÍTICA

Vereador propõe ação sustentável

SEGURANÇA NO TRÂNSITOCIDADE

Moradores da Ajuda de Cima solicitaram instalação de redutores de velocidade

Essa semana, o jornal O DEBATE es-teve visitando o bairro Ajuda de Cima para saber dos moradores quais são as

melhorias necessárias. Entre as diversas rei-vindicações está a implantação de redutores de velocidade na Rua São José, conhecida como a principal. Apesar de ser estreita, ela tem um fluxo grande de veículos, inclusive de ônibus do transporte público municipal. O problema é que muitos abusam dos limites de velocidade, o que coloca em risco a vida de pedestres, que são muitas vezes obrigados a compartilhar o pouco espaço devido à falta de calçadas. A se-cretaria de Mobilidade Urbana informou que a solicitação já está registrada para posterior avaliação técnica. PÁG. 2

KANÁ MANHÃES

Apesar de estreita, via registra tráfego intenso de carros e coletivos do transporte público

CIDADE EDUCAÇÃOKANÁ MANHÃES

Avaliação medirá nova nota do Ideb de Macaé

Projeto Aves de Macaé lança portal

Estudantes se prepararam para a Prova Brasil

Projeto registra informações sobre espécies do ecossistema local PÁG. 2

Avaliação define regras de gestão da educação básica PÁG. 7

WANDERLEY GIL

Projeto já tem 448 espécies de aves registradas

ÍNDICE

TEMPOEDITORIAL 4

PAINEL 4

GUIA DO LEITOR 4

ESPAÇO ABERTO 4

CRUZADINHA C2

HORÓSCOPO C2

CINEMA C2

AGENDA C2

Máxima 33º CMínima 23º C

Anuncie: (22) 2106-6060 (215)

POLÍCIA CIDADE EDUCAÇÃO CADERNO DOIS

PM amplia curso de formação de agentes

Inea divulga novo boletim das águas

UFRJ dará boas-vindas aos novos estudantes

Lita Lopes se apresenta em Macaé

Capacitação ajuda na ampliação da segurança PÁG. 6

Macaé tem sete das nove praias liberadas para banho PÁG. 2

Evento acontece nesta terça na Cidade Universitária PÁG. 7

Show acontece nesta quarta no Teatro Municipal CAPA

WANDERLEY GIL WANDERLEY GIL

ESTUDANTES DO IFF PEDEM MAIS SEGURANÇA

COMPRA ANTECIPADA PODE GERAR ECONOMIA

CÂMARA JÁ ANALISA PROPOSTA DE INCENTIVO

POLÍCIA, PÁG.6 ECONOMIA, PÁG.5 POLÍTICA, PÁG.3

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ2 Macaé, terça-feira, 3 de novembro de 2015

CidadeMEIO AMBIENTE

Projeto Aves de Macaé lança portal Página on-line contém informações detalhadas sobre as espécies silvestres que habitam o município

Marianna Fontesmarifontes@odebateon.com.br

O Projeto Aves de Macaé vem realizando com muita seriedade um tra-

balho de pesquisa nos últimos anos em todo o município. Por conta disso, ele é hoje responsá-vel por um dos bancos de dados mais completos sobre as aves nativas da região. A iniciativa é do Tecnólogo em Gestão e Pla-nejamento Ambiental e Ornitó-logo, Paulo Tinoco, que resolveu transformar uma paixão em um trabalho sério.

Quem não tem a oportuni-dade de observar no dia a dia as espécies nativas do município e região pode conhecer mais sobre a fauna silvestre na in-ternet. O projeto inaugurou o novo site, recentemente, onde os apreciadores da natureza podem conhecer mais sobre as espécies e atividades desenvol-vidas por ele.

“Além das questões mais téc-nicas, quis fazer um site onde até a pessoa mais leiga possa vi-sitar e ver as fotos. Espero que sirva de espaço para a troca de informações, imagens e, princi-palmente, de conhecimento da riqueza de nossas aves, apesar do progresso”, explica Paulo.

Ele também ressalta que Macaé é o primeiro município do Estado do Rio no Wiki Aves. “Nesse local há mais de 20 mil pessoas de todo país que colo-cam fotos e áudio de aves em liberdade. Por conta da agili-dade e preferência de muitos, também criei o grupo no fa-cebook, como uma espécie de

espelho do que é publicado no site”, destaca.

O site do projeto é o www.avesdemacae.com. Já para acessar o conteúdo no Face-book basta digitar o link: ht-tps://www.facebook.com/groups/1662723453940154/. Entre as espécies estão algumas ameaçadas de extinção, como, por exemplo, Papagaio-chauá (Amazona rhodocorytha), Ga-vião-pombo-pequeno (Ama-donastur lacernulatus), Águia-cinzenta (Urubitinga coronata),

WANDERLEY GIL

Segundo o criador do projeto, Paulo Tinoco, site já tem 448 espécies de aves registradas

Apuim-de-costas-pretas (Touit melanonotus), Pixoxó (Sporo-phila frontalis) e Cigarra-verda-deira (Sporophila falcirostris).

“Infelizmente tanto o Pixoxó, quanto a Cigarra-verdadeira ainda são alvos de caçadores e passarinheiros, o que contribui para aumentar o risco de ex-tinção dessas espécies. Macaé tem, atualmente, 448 espécies registradas e várias dessas cons-tam em alguma lista de espécie ameaçada, que são três: uma Estadual, uma Nacional e uma

Internacional. Somando todas, temos cerca de 60 espécies que estão com o status de ameaçada de extinção”, lamenta Paulo.

O projeto Aves de Macaé sur-giu da paixão por observar as espécies em seu habitat natural. “Venho pesquisando a avifauna de Macaé em diversas localida-des desde 2008. Foi daí que eu resolvi criar o Projeto, que tem em sua base as informações re-sultantes dessa pesquisa, com-plementada com registros pon-tuais feitos por outros colegas.

Com esse trabalho, o município vem alcançando um número considerável de espécies docu-mentadas, proporcionando o conhecimento da avifauna que ocorre numa área tão grande como a que temos”, relata.

Paulo conta que o trabalho é feito em locais distintos e em horários diferentes. Ele tam-bém acredita que ainda possam ser descobertas novas espécies na região. “Sem dúvida é uma região que ainda pode apresen-tar muitas surpresas ornitoló-

gicas, face a aspectos relevantes para a área em questão: floresta montana com vegetação preser-vada e pouca ação antrópica, o que possibilita sua riqueza fau-nística. Macaé tem o privilégio de ter muitos ecossistemas e, juntamente com um ou outro amigo, estou sempre em pesqui-sa de campo, em locais remotos do município, seja em horário diurno ou mesmo noturno, on-de procuro as aves para docu-mentá-las. Apesar do número expressivo, ainda há muitas áreas a serem pesquisadas, pois essas pesquisas deman-dam longos períodos, uma vez que há uma área grande e a di-nâmica de muitas aves envolve migração, sazonalidade, sendo necessários estudos constantes nos diversos ecossistemas que temos”, ressalta.

MANTER ANIMAL SILVESTRE PRESO É CRIME

Apesar de serem vistos com muita frequência nos perí-metros urbanos, manter um animal silvestre em cativeiro é considerado crime ambiental. De acordo com o Art. 29 da Lei nº 9.605/98: “Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécies da fauna silvestre nativa ou em rota migratória sem a devida permissão, licença ou autoriza-ção da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida” prevê pena de seis meses a um ano e multa. Em casos de infra-ção, o indivíduo sofrerá as pena-lidades definidas na Lei Federal nº 9605/98 e na Lei Comple-mentar Municipal nº 027/2011.

AJUDA DE CIMA

Moradores solicitam redutores de velocidade

Essa semana, o jornal O DEBATE esteve visitando o bairro Ajuda de Cima para sa-ber dos moradores quais são as melhorias necessárias. Entre as diversas reivindicações está a implantação de redutores de velocidade na Rua São José, co-nhecida como a principal.

Apesar de ser estreita, ela tem um fluxo grande de veículos, in-clusive de ônibus do transporte público municipal. O problema é que muitos abusam dos limi-tes de velocidade, o que coloca em risco a vida de pedestres, que são muitas vezes obrigados a compartilhar o pouco espaço devido à falta de calçadas.

Com medo de um acidente, moradores construíram duas lombadas. No entanto, o vice-presidente do bairro diz que é preciso colocar mais algumas. Diante disso, eles pedem apoio

Segundo eles, veículos transitam acima dos limites permitidos na Rua São José

da secretaria de Mobilidade Ur-bana.

“Os ônibus são os que mais abusam aqui dentro. Passam correndo, colocando em peri-go as nossas vidas. Precisamos de mais redutores para evitar o pior. Como forma de nos pro-teger fizemos esses dois, mas não são suficientes”, frisa o vice-presidente da Associação de Moradores, Valdir de Aguiar.

A nossa equipe de reportagem entrou em contato com a secre-taria de Mobilidade Urbana, que informou que a solicitação para a instalação de redutores de velocidade na Rua São José já está registrada para posterior avaliação técnica. Além disso, a Fiscalização de Transporte também já foi informada para que verifique a velocidade dos ônibus que passam por esta via.

Vale ressaltar que a Resolução nº 39/98 do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), que estabelece os padrões e critérios para a instalação de ondulações transversais e sonorizadores nas vias públicas, “a implanta-

ção de ondulações transversais e sonorizadores nas vias públi-cas dependerá de autorização expressa da autoridade de trân-sito com circunscrição sobre a via, podendo ser colocadas após estudo de outras alternativas de engenharia de tráfego, quando estas possibilidades se mostra-rem ineficazes para a redução de velocidade e acidentes”.

É importante destacar que as ondulações transversais devem ser utilizadas em locais onde se pretenda reduzir a velocidade do veículo, de forma impera-tiva, principalmente naqueles onde há grande movimentação de pedestres.

O Art. 14 ressalta que, no caso do não cumprimento do expos-to anteriormente, a autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via deverá adotar as providências necessárias para sua imediata remoção. Em caso de descumprimento, o infrator estará sujeito às penalidades previstas no Código de Trânsito Brasileiro (CTB).

KANÁ MANHÃES

Secretaria de Mobilidade Urbana diz que vai analisar o problema para adotar as medidas necessárias

Nº 17

Inea divulga novoboletim de balneabilidade

Das nove praias em Ma-caé, sete estão liberadas para o banho, sendo uma delas com restrição. Esse é o resultado do último boletim divulgado pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) - o de número 17 - de 06 de outubro de 2015.

Para que a diversão não se torne um problema de saúde, é importante estar atento às con-dições da água. De acordo com o Inea estão liberadas as seguin-tes praias: Pecado, Cavaleiros, Campista, Aeroporto, Barreto, Lagomar e Imbetiba (Rua do Sacramento). O órgão também destaca que a Lagoa de Imboas-sica está balneável.

Já o trecho da Elias Agosti-nho, nº 500, na Imbetiba, Forte e Barra seguem impróprias pa-ra o banho. Essas duas últimas apresentam, na maioria das ve-zes, os piores índices da cidade

Segundo o órgão, Macaé tem sete das nove praias liberadas para o banho

por estarem localizadas onde o Rio Macaé - que sofre com a po-luição - desemboca.

Já em Rio das Ostras, muni-cípio vizinho, apenas o trecho próximo à Rua Boca da Barra, nº 248 da Praia do Cemitério, está impróprio. O Inea ressalta que não há restrições nas demais: Tartaruga, Centro, Joana, Areia Negra, Remanso, Costazul, Mar do Norte e Lagoa da Coca-Cola.

De acordo com o órgão, a co-leta de amostragem na água é feita, geralmente, no período que varia de 15 dias a um mês. Os testes de balneabilidade, regulados pela Lei Estadual nº 6.496/13, são feitos com base na Resolução nº 274/00 do Conse-lho Nacional do Meio Ambiente.

Os boletins são divulgados no site do órgão, e a prefeitura, atra-vés do setor de Biodiversidade, Gestão das Águas e Território, da secretaria de Ambiente, dispo-nibiliza placas informativas em pontos estratégicos em todas as praias da cidade. Através delas, a população pode saber se uma de-terminada praia está própria ou

imprópria para o banho.Vale ressaltar que o contato

com águas contaminadas por esgoto doméstico pode expor os banhistas a bactérias, vírus e protozoários.

O Inea também aconselha que evitem tomar banho de mar, mesmo nas praias com bons índices, nas 24 horas após as chuvas, pois tais mudanças climáticas podem interferir na qualidade da água. Os banhistas devem evitar entrar na água em pontos próximos à saída de ga-leria de águas pluviais ou canais de drenagem.

Em todo o estado, as praias são classificadas em três cate-gorias: ‘intensiva’,‘moderada’ e ‘baixa’, definidas de acordo com a frequência. Como forma de critério são avaliados os seguin-tes itens: presença de banhistas e o tempo de permanência deles no local ao longo do ano.

O município de Macaé entra no grupo das "moderadas", ou seja, registrando um movi-mento médio no decorrer de todo ano.

WANDERLEY GIL

Boletins servem para alertar os banhistas sobre a condição da água do mar

Curso gratuito de xadrez continua até o mês de dezembro na Funemac

NOTA

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, terça-feira, 3 de novembro de 2015 3

PolíticaRECEITAS

Royalties geram dé�cit superior a R$ 138 milhões ao orçamentoQueda na arrecadação representa efeitos da oscilação do preço do barril do petróleo no mercado internacional

Márcio Siqueiramarcio@odebateon.com.br

Na semana em que a cota-ção do barril do petróleo voltou a bater a marca

dos US$ 40, representando uma queda considerável em relação ao preço de US$ 100 comercia-lizado há um ano, Macaé conso-lidou o déficit de R$ 138 milhões apenas com as receitas estima-das pelos royalties e a Participa-ção Especial.

E em outubro Macaé atingiu a segunda maior diferença entre o volume de recursos estimados para serem arrecadados pela Lei Orçamentária Anual (LOA) e o repasse consolidado pela Secretaria de Tesouro Nacional.

De acordo com as metas fis-cais de arrecadação, discrimina-das na LOA de 2015, Macaé esti-mava arrecadar R$ 41,3 milhões com a 10ª parcela dos royalties do ano. Porém, o volume pago pela União foi de R$ 27,3 - o que gerou uma diferença negativa de mais de R$ 13,9 milhões.

O déficit contabilizado por Macaé apenas neste mês re-presenta, também, a média de queda na arrecadação com os royalties registrada pelo muni-cípio de janeiro a outubro deste ano.

O repasse deste mês configu-ra ainda um ritmo de queda nos repasses dos royalties realiza-dos pela Secretaria de Tesouro Nacional no último trimestre deste ano.

Em agosto e setembro, o mu-nicípio contabilizou a elevação nas parcelas do petróleo dentro do desempenho registrado em 2015, configurado através dos depósitos de R$ 29,7 milhões e R$ 29,9 milhões. Já em outubro, o município registrou queda de mais de R$ 2,5 milhões, ao rece-ber R$ 27,3 milhões.

De acordo com a Lei Orça-mentária deste ano, o municí-pio estimava arrecadar mais de

R$ 444 milhões com os repasses dos royalties e cotas da Partici-pação Especial entre janeiro e outubro. No entanto, os repas-ses feitos pela Secretaria de Te-souro Nacional somam pouco mais de R$ 306 milhões.

Apenas com os 10 repasses dos royalties, o município acu-mula mais de R$ 115 milhões em déficit. Já com três cotas da Par-ticipação Especial, Macaé soma perdas de R$ 22,6 milhões.

A previsão apresentada por especialistas em Economia, que prestaram consultoria para a Organização dos Municípios Produtores de Petróleo (Om-petro), é de que Macaé encerre 2015 com um déficit acumulado em mais R$ 175 milhões apenas com as receitas do petróleo.

A informação é aplicada na pauta sobre a proposta de ante-cipação de receitas do petróleo, com base em resolução federal, modificada neste ano pelo Se-nado com objetivo de oferecer aos municípios produtores de petróleo uma alternativa para equilibrar as contas públicas em meio ao cenário de redução de orçamentos.

A Ompetro mantém a discus-são junto aos municípios da re-gião e entidades representativas da sociedade.

KANÁ MANHÃES

De acordo com análise apresentada à Ompetro, Macaé vai alcançar déficit total de R$ 175 milhões

Pacote de incentivo �scal começa a tramitar na Câmara de Vereadores

AVANÇO

Apresentado na terça-feira passada, dia 27, pelo prefeito Dr. Aluízio Júnior (PMDB) a representantes de 20 das 50 empresas âncoras do processo produtivo do petróleo nacional, sediadas em Macaé, o pacote de incentivos fiscais que prevê redução tributária de R$ 20 milhões consignada à garan-tia de contratações para a mão de obra local deve começar a ser analisado pela Câmara de Vere-adores nesta semana.

A expectativa é que o pedido de urgência na tramitação do projeto, encaminhado pelo Exe-cutivo na semana passada, seja apreciado em votação no plená-rio da Casa em uma das sessões ordinárias do Legislativo agen-dadas para esta semana.

A proposta define novas alí-quotas de incidência do Im-posto Predial Territorial Urba-na (IPTU) e do Imposto Sobre Serviços (ISS) para empresas que atuam na cadeia offshore, sejam as grandes companhias internacionais quanto forne-

Legislativo precisa deliberar sobre iniciativa do Executivo para estimular geração de emprego

cedores do setor de óleo e gás.Por promover alterações no

Código Tributário, o projeto precisa passar pelo crivo do parlamento municipal. Ao ga-nhar tramitação especial, a de-liberação final sobre a matéria pode ocorrer dentro de 10 dias.

Mais que uma iniciativa de governo, o pacote de incentivo fiscal se transformou na princi-pal bandeira levantada pela in-dústria para trilhar o caminho de restruturação econômica, encarando efeitos da crise ain-da instalada sobre a Petrobras e o mercado o§shore nacional.

Os incentivos fiscais estão consignados à garantia de pre-servação de trabalhadores lo-cais no quadro efetivo de fun-cionários das grandes empresas sediadas na cidade.

Como contrapartida de aces-so à isenção do IPTU e à redu-ção do ISS, as empresas pre-cisam manter, em 60% do seu quadro funcional, profissionais do município.

Segundo o projeto, os incen-tivos fiscais terão efeito por três anos. Mas, de acordo com o go-verno, a redução tributária po-de ser mantida, de acordo com o comportamento da economia do petróleo nos próximos anos.

WANDERLEY GIL

Dr. Aluízio entregou minuta do projeto ao vereador Julinho do Aeroporto, líder da bancada de governo no parlamento municipal

FRASE

“O governo abraça a causa da indústria ao propor o pacote de incentivos fiscais”MARCELO REID, PRESIDENTE DACOMISSÃO MUNICIPAL DA FIRJAN

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ABASTECIMENTO

Vereador propõe ação sustentável

Presidente da Comissão Permanente de Meio Ambiente e Saneamento da Câmara, o ve-reador Maxwell Vaz (SD) defen-deu medida que visa promover o enfrentamento à escassez da água do Rio Macaé.

Ao defender na semana pas-sada a indicação 434/2015, Maxwell propôs ao governo a aplicação do sistema de reúso de água para a execução de ser-viços de manutenção urbana da cidade, realizadas pela se-cretaria municipal de Serviços Públicos.

A iniciativa proposta pelo parlamentar está direcionada à prática de manutenção de jar-dins em espaços públicos, além de obras de pequeno porte.

"Nós precisamos pensar em ações que possam promover o consumo consciente da água, principalmente em um mo-mento de crise hídrica. A nossa proposta já é aplicada em outras cidades do país que planejam ações para contornar este pro-blema", disse Maxwell.

A proposta do parlamentar foi

Maxwell apresenta alternativa para enfrentar escassez de água na cidade

destacada também pelo verea-dor Igor Sardinha (PRB), que apresentou expectativa sobre a regulamentação do projeto de lei que institui o EcoIPTU, aprovado no início do mês pelo Legislativo.

"Sabemos que essas medidas não resolvem a crise hídrica, mas representam iniciativas que podem gerar uma nova conscientização sobre o recur-so natural que torna-se escasso. Por isso, vivemos a expectativa do governo sancionar a lei apro-vada na semana passada pela Câmara", disse Igor.

WANDERLEY GIL

Maxwell Vaz (SD)

Queda de receitas reduz potencial de investimento

As receitas 'perdidas' por Macaé, através da queda do volume dos repasses dos royalties e da Participação Es-pecial, reduzem a capacidade do município de investir em infraestrutura de bairros e comunidades.

Entre 2013, 2014 e o primei-ro semestre de 2015, a prefei-tura aplicou mais de R$ 315 milhões de recursos destina-dos a obras de urbanização em bairros, melhorias na pa-vimentação de ruas, constru-ção de unidades habitacionais e na implantação do Hospital Irmãs do Horto e na nova sede do Mercado de Peixes.

Apesar de garantir a consoli-dação de excesso de arrecada-ção em receitas relacionadas a arrecadação própria, baseada em fontes como o Imposto So-bre Serviços (ISS) e o Imposto sobre a Circulação de Merca-dorias e Serviços (ICMS), a queda dos royalties compro-mete parte das despesas pro-gramadas pela administração municipal, neste ano.

Seguindo as diretrizes da Constituição Federal e da Lei de Responsabilidade Fiscal, as receitas do petróleo são destinadas a investimentos de infraestrutura.

Já as receitas próprias, ou re-ceitas correntes líquidas, só po-dem ser aplicadas no custeio fi-xo do município, como os inves-timentos em Saúde e Educação dentro do índice constitucional, assim como a sustentação da fo-lha de pagamento.

Meses Previsão Arrecadado DéficitJaneiro R$ 39.380.771,99 R$ 33.029.359,28 R$ 6.351.412,71

Fevereiro R$ 42.739.196,84 + R$ 12.519.597,03(Participação Especial)

R$ 30.177.439,84 + R$ 8.075.600,59(Participação Especial)

R$ 12.561.757,00 + R$ 4.486.156,41 (Participação Especial)

Março R$ 41.633.907,48 R$ 22.061.242,48 R$ 19.572.665,00

Abril R$ 39.334.481,15 R$ 25.406.194,59 R$ 13.928.286,56

Maio R$ 41.195.120,40 + R$ 11.875.696,48(Participação Especial)

R$ 30.177.439,84 + R$ 3.374.754,86 (Participação Especial)

R$ 11.017.680,56 + R$ 8.500.941,62(Participação Especial)

Junho R$ 37.685.405,93 R$ 29.698.176,10 R$ 7.987.229,83

Julho R$ 40.359.359,54 R$ 33.131.195,98 R$ 7.228.163,56

Agosto R$ 40.809.396,81 + R$ 14.158.177,93(Participação Especial)

R$ 29.720.005,78 +R$ 4.455.031,79(Participação Especial)

R$ 11.089.391,03 + R$ 9.703.146,14 (Participação Especial)

Setembro R$ 41.816.534,11 R$ 29.952.576,60 R$ 11.863.957,51

Outubro R$ 41.318.623,96 R$ 27.327.966,31 R$ 13.990.657,65

Total R$ 444.826.269,65 R$ 306.586.984,04 R$ 138.281.445,58

CENÁRIO

Balanço das receitas do petróleo de Macaé em 2015

444 milhõesVolume de receitas estimadas por Macaé através das receitas do petróleo para este ano

306 milhõesRepasses consolidados pelo município neste ano

138 milhõesVolume de receitas não arrecadadas por Macaé com o petróleo

NÚMEROS

Câmara de Vereadores realiza nesta terça-feira (3) sessão ordinária a partir das 10h

NOTA

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ4 Macaé, terça-feira, 3 de novembro de 2015

Opinião NOTA

ESPAÇO ABERTO

EDITORIAL FOTO LEGENDA

Cada vez mais esburacados, trechos da Rodovia Ama-ral Peixoto ameaçam ficar intransitáveis, situação que gera riscos iminentes de acidentes para milhares de motoristas que cruzam diariamente a via.

As alianças com a velha OAB parece que não terão fim, pois, a continuação dos feudos tornou-se um far-do para a classe dos advogados. Os integrantes das famílias que não querem largar o que a instituição lhes proporciona, estão de volta na chapa em que o Senhor Felipe Santa Cruz tenta uma reeleição fácil, vez que tem 70% das Subseções lhe apoiando.

Imobilidade

OAB - O Poder dos Privilegiados

A estrada é uma das rotas da logística de peças que são transportadas via aérea,

sendo desbaratadas no Aeropor-to Internacional de Cabo Frio. No entanto, apesar da proximi-dade com Macaé, o serviço ope-rado pelo terminal cabofriense torna-se caro e pouco eficiente paras as empresas sediadas na Capital Nacional do Petróleo, por um motivo bem simples.

Constantemente engarrafada, e sem perspectiva de passar por obras de duplicação, a RJ 106 impede que a logística do petró-leo atenda a dois pontos básicos: precisão e baixo custo. Para se ter uma ideia, é mais barato pro-mover esse tipo de transporte utilizando aeroportos do Rio de Janeiro e a BR 101.

Trazendo a questão para o dia a dia da população de Macaé, além de encarar buracos para vi-sitar praias que são destaque no cenário da Região dos Lagos, ou até mesmo para cumprir funções de trabalho, os motoristas pre-cisam temer ainda os inúmeros radares dispostos nos trechos onde há a maior concentração de veículos na Rodovia, uma dis-crepância que evidencia apenas uma situação: a ineficiência do governo estadual em transfor-mar a alta carga tributária paga por motoristas com veículos em-

placados no Rio de Janeiro, atra-vés do Imposto sobre a Proprie-dade de Veículos Automotores (IPVA), em melhorias efetivas na mobilidade urbana - um dé-ficit que mancha a imagem das cidades sediadas no ‘emirado do petróleo fluminense’.

Apesar desse ponto ser recor-rente, ainda não há novidade nos discursos de lideranças políticas eleitas para garantir uma solução para o impasse que se arrasta há anos. Macaé conseguiu aliviar, em seu território, o peso do trá-fego diário de milhares de veícu-los que chegam à cidade pela RJ 106. Mas e os demais municípios cortados pela estrada?

Enquanto não houver pressão política - a mesma que foi capaz de tirar do papel a duplicação da BR 101 -, as obras na RJ 106 não vão acontecer. Ou será que o abandono da estrada está dire-tamente ligado à possibilidade da sua privatização? Caso isso ocorra, vai pesar ainda mais no bolso do cidadão a estratégia de tornar a Rodovia Amaral Peixoto mais eficiente para a indústria do petróleo, assim co-mo para as milhares de pessoas que participam do cotidiano da região responsável por produzir uma significativa parcela do PIB (Produto Interno Bruto) do Es-tado e do país.

É incrível a quantidade de advogados com sobreno-mes que usam a OAB para

atingir o sucesso conseguido no Judiciário ou nos concorridos escritórios.

Se realmente são gabaritados, por que essa intermediação? A verdade é que a instituição serve de palco para determi-nados tipos de profissionais da advocacia atingirem objetivos variados, onde alguns querem mandatos eletivos para aquela vida mansa em Brasília ou na Assembleia Legislativa. E ou-tros, querem mesmo é mostrar que são importantes dentro da OAB e, com isso, transmitir para as grandes empresas que têm condições de solucionar qualquer demanda.

Por exemplo, o atual presi-dente da Seccional tornou-se grande correligionário do de-putado e forte Secretário Pedro Paulo, homem de frente do Pre-feito Eduardo Paes. Já é público e notório que o Dr. Santa Cruz vai concorrer no próximo ano a um mandato de deputado es-tadual, com a proteção das duas máquinas: OAB e Prefeitura. Isso, não é novidade dentro de nossa instituição. Os ex-presi-dentes Sergio Zveiter e Wadih Damous são deputados em Bra-sília e Nilo Batista chegou até ao governo do Estado.

O peso que a OAB represen-ta leva, às vezes, a confundir o Presidente nas decisões eleito-rais. Desta feita, o atual chefe da Seccional não se fez de rogado e manteve a tradição. Na sua lista de Conselheiros, consta o

nome do ilustre advogado Leo-nardo Pietro Antonelli, irmão da talentosa e linda atriz Giovanna Antonelli. Vê- se que o Presiden-te não procurou só contemplar a turma que manda no Judiciário, e sim abrir uma perspectiva de virar uma figura global. Com a cara de Bebê Johnson que tem, fica faltando pouco para contra-cenar com os Antonellis.

Velhos mandantes da Seccio-nal continuam dando as cartas, ao apresentarem nomes que nada contribuem para a classe. Aliás, a OAB de hoje virou casa para poucos se apoderarem de situações vantajosas com salá-rios de verdadeiros “marajás”, acreditando eles que ninguém tomou conhecimento da farra com o dinheiro dos advogados. A relação dos privilegiados de-tentores desta vergonhosa si-tuação virá à tona antes mesmo da realização do pleito em 16 de novembro.

Esta atual Chapa “NOVA OAB” (Azul) que pensava-se ter sido uma renovação, na verdade, manteve aqueles nomes e sobre-nomes cansativos e que nada trouxeram de significativo para os advogados. E o ex-Presiden-te e deputado Wadih Damous como está vendo o momento ridículo que o Senhor Felipe Santa Cruz levou a OAB? Claro, o criador é sempre responsável por sua criatura. Ou não?

O problema não é o que eles fazem, é o que deixamos eles fazerem!

Celio Junger Vidaurre é ad-vogado e cronista político

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DEFESA CIVIL 199

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DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (PASSAPORTE/VISTO) 2796-8320

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GUARDA MUNICIPAL 2773-0440

AEROPORTO DE MACAÉ 2763-5700

CARTÓRIO ELEITORAL 109º ZONA 2772-3520

CARTÓRIO ELEITORAL 254º ZONA 2772-2256

CORREIOS (SEDE) 2759-3390

CORREIOS CENTRO 2762-7527

CEG RIO 0800-28-20-205

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CONSELHO TUTELAR I 2762-0405/ 2796-1108 PLANTÃO: 8837-4314

CONSELHO TUTELAR II 2762-9971/ 2762-9179 PLANTÃO: 8837-3294

CONSELHO TUTELAR III (SERRA) 2793-4050/2793-4044 PLANTÃO: 8837-4441

Coral e orquestra da Emart preparam edição de Natal

Avarias Motoristas reclamam das imperfeições no as-falto da Estrada da Cancela Preta, importante acesso entre o Centro e o trecho Sul da cidade. A via passou por obras de saneamento, con-duzidas pela Odebrecht Ambiental. Os trechos onde foram assentados os canos de captação de esgoto receberam nova massa asfáltica. No entanto, como não houve nova terraplanagem há desníveis no meio da pista. Buracos não de-morarão a aparecer.

Orientação A secretaria municipal de Mobilidade Urbana deveria promover um trabalho de orientação junto a empresas situadas nos bairros que passam atualmente por obras de saneamen-to básico. É que o estacionamento de carretas atrapalha ainda mais a circulação dos morado-res em vias onde o trânsito foi interditado, em função das intervenções realizadas pela Ode-brecht Ambiental. Sem essa organização, as pessoas estão ficando literalmente sem saída.

Déficit Macaé deve amargar, até o fim do ano, uma queda de quase R$ 200 milhões nas recei-tas estimadas dos royalties e da Participação Especial. Em outubro, a cidade registrou um dos maiores déficits entre os repasses efe-tuados pela Secretaria de Tesouro Nacional, no comparativo a 2014. E se em 2016 o mu-nicípio registrar o mesmo comportamento orçamentário que 2015, estará no lucro. A previsão para o próximo ano é que a crise se acentue ainda mais.

Emendas A Câmara de Vereadores e o governo voltam a travar uma nova batalha sobre a implementação das chamadas Emendas Impositivas. O cumpri-mento das propostas estabelecidas pelos par-lamentares dentro da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2016 torna-se fundamental para a consolidação de projetos voltados à reeleição. O Legislativo reclama que Emendas antigas não foram cumpridas. Já o Executivo aponta a necessidade de padronização das propostas.

Empreendimentos Em 2016, o governo municipal deve registrar uma leve elevação nas receitas do Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI). A expectativa se deve ao grande volume de empreendimentos imobiliários previstos para serem concluídos ao longo dos próximos dois anos. O ITBI serve como termômetro para o de-sempenho do mercado imobiliário da cidade. Em 2015, esta fonte orçamentária registrará dé-ficit, representando o desaquecimento do setor.

Concessão A prefeitura terá dois meses para apresentar a nova proposta de concessão do transporte público municipal. Informações não oficiais dão conta de que a atual exploração do serviço completou 15 anos em 2015, o que representa, em lei, a necessidade de atualização do siste-ma. Diante de reclamações e denúncias que envolvem a SIT, o clamor da sociedade é que o sistema seja modificado, garantindo assim a redução da tarifa, acabando com o subsídio da passagem.

Turismo O feriadão de Finados ajudou a movimentar o turismo nas principais praias da Região dos Lagos. Apesar da crise, a rede hoteleira de ci-dades como Cabo Frio e Armação dos Búzios registraram índices positivos de ocupação, re-petindo o movimento do feriadão em homena-gem à Padroeira da Brasil. Focada no turismo de negócios, Macaé acabou sendo reduto para quem buscava paz e tranquilidade, aproveitan-do as belezas naturais da cidade.

Crimes Apesar das autoridades de segurança pública tentarem esconder fatos, o índice de crimina-lidade em Macaé tem crescido de forma ex-pressiva, levando em consideração os casos registrados na 123ª Delegacia de Polícia. Em uma mesma semana dois homicídios foram registrados na cidade. Fora isso há casos re-correntes de assaltos, sequestros-relâmpago e invasões de estabelecimentos comerciais. O Estado precisa se fazer presente em Macaé.

OportunidadesCom a baixa no movimento das vendas, as contratações temporárias do comércio deverá abrir menos vagas neste ano, com-parado a 2014. No entanto, a concorrência eleva a qualidade no trabalho de profissio-nais experientes, assim como a possibili-dade de formalização do emprego. Como dizem especialistas, a crise também é um ambiente para oportunidades. Quem se sair melhor pode começar 2016 com um novo emprego.

O andamento das obras de saneamento básico, previstas pela Parceria Pública Privada (PPP) do Esgoto, tem modificado o trânsito da cidade. Com isso, motoristas devem acompanhar as intervenções planejadas pela Odebrecht Ambiental junto à secretaria municipal de Mobilidade Urbana, visando garantir maior segurança.

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, terça-feira, 3 de novembro de 2015 5

EconomiaNOTA

Mobilidade sinaliza vagas de parada rápida. Medida ajuda a organizar tráfico de veículos próximo a escolas e farmácias.

DINHEIRO

Comprar itens da ceia natalina antecipadamente pode sair mais baratoSegundo especialista, tendência é que, até dezembro, dólar valorize ainda mais preço dos produtos importados

Guilherme Magalhãesguilherme@odebateon.com.br

Em um ano de preços in-flacionados como tem sido 2015, uma boa dica

aos consumidores pode ser adiantar as compras da ceia na-talina. Segundo especialistas e comerciantes, até dezembro, a tendência deverá ser o dólar valorizar ainda mais os preços dos produtos importados que compõem as mesas, tanto do Natal como do réveillon.

Para o economista Guilherme Carvalhido será inevitável que as mesas estejam menos fartas.

“As primeiras previsões dão conta de que a alta do dólar eleve os preços dos produtos impor-tados, como vinhos, frutas secas e até aves nobres entre 20% e 30% na comparação com 2014”, resumiu o especialista, lembran-do que, nos últimos 12 meses, a valorização da moeda americana acumula alta de 72,15%.

Há 18 anos trabalhando com a venda de pescado no municí-pio, o comerciante Paulo Mota aponta que o bacalhau deverá ser um dos itens mais afetados. Vindo principalmente da Eu-

ropa, o preço do produto já está 10% mais caro na comparação com o ano passado, e deve subir ainda mais até o fim deste mês.

“É claro que não podemos repassar um aumento absoluto para o consumidor, já que não venderíamos. Por outro lado, também não há como segurar sozinho, o que deve resultar num aumento entre dez e vinte reais até dezembro”, explicou o comerciante.

Por sua vez, ainda como efeito colateral da alta do dólar, as aves tradicionais da ceia também de-vem ficar um pouco mais salga-das nos seus preços de venda.

“Embora as principais fabri-cantes das aves tradicionais co-mo peru e chester sejam nacio-nais, é muito natural que, com a valorização da moeda ameri-cana, este tipo de indústria opte por dar preferência à exporta-ção, já que atualmente se vende mais caro lá fora do que em nos-so país. Como consequência, a baixa produção para o mercado nacional valoriza a lei da oferta e da procura, dando margem à ação de preços”, analisou Car-valhido, ressaltando que vinhos e frutas secas importados de ou-

KANÁ MANHÃES

Procura pelos alimentos que compõem a ceia começa a aumentar no fim de novembro

tros países da América do Sul e Portugal também devem ser impactados.

VISÃO DO COMÉRCIOHá sete anos em Macaé, Luiz

Braga, gerente de uma loja de especiarias na Avenida Rui Bar-bosa, espera o movimento mais fraco desde que abriu o estabe-lecimento.

“Em termos de encomendas, podemos considerar o próxi-mo Natal como o mais caro desde que inauguramos a loja. A perspectiva é de que também não haja grande evolução nas vendas”, disse.

Segundo Celso Lídio, geren-te de um dos principais hiper-mercados instalados no Cen-tro da cidade, há pouco menos de dois meses para o início das comemorações, a procura pelos alimentos especiais ainda é tí-mida.

“Por enquanto, a procura es-tá fraca, com os primeiros esto-ques encomendados para a data quase intactos. Geralmente, a movimentação neste período começa a aumentar nas duas úl-timas semanas que antecedem o Natal”, pontuou.

SERVIÇO

Procon-Macaé segue com programa de apoio a consumidores

Para auxiliar os consu-midores do município que não conseguem se desvencilhar das dívidas acumuladas, o Procon-Macaé segue com o Programa de Apoio aos Consumidores Su-perendividados para o fim deste ano. Totalmente gratuito, entre as principais características do serviço de orientação estão o acompanhamento dos casos de maneira individual para rene-gociar as cobranças.

De acordo com o secretário de Proteção e Defesa do Consumi-dor, Carlos Fioretti, basicamen-te podem ser considerados “su-perendividados” todos aqueles consumidores que contraiam dívidas comprometedoras do mínimo necessário para se manter com o orçamento fa-miliar mensal em dia. Divididos em duas categorias principais, são eles: endividados passivos (contraem dívidas depois dos

Para começar 2016 com o pé direito, consultoria gratuita auxilia a renegociar dívidas

chamados “acidentes da vi-da”, como desemprego, perda significativa de renda, doença grave na família ou qualquer outro evento que os levam a fazer empréstimo nos bancos e financiadoras) e os endivida-dos ativos (contribuem para o acúmulo de cobranças devido a impulsos consumistas).

“Muita gente acaba endividada por conta dos imprevistos e da falta de planejamento, mas não é só isso. Para quem precisa de di-nheiro, ver que o banco aumen-tou o limite do cheque especial ou oferece empréstimo pré-aprova-do é uma tentação. Neste sentido, os maiores vilões são os cartões de crédito, o cheque especial e o empréstimo consignado, em que as parcelas são descontadas dire-to da folha de pagamento”, disse Fioretti, ressaltando que, até o momento, o programa já realizou mais de oitenta atendimentos de pessoas em busca de ajuda para renegociar suas dívidas.

SOBRE O PROGRAMAO Programa de Apoio aos

Consumidores Superendivida-

dos atende dívidas vencidas ou a vencer decorrentes de emprés-timos com instituições financei-ras e de crédito, financiamentos, empréstimos consignados, con-tratos de crédito ao consumo, contratos de prestação de ser-viços e aquisição de produtos.

Podem participar do progra-ma maiores de idade com três credores ou mais, com qual-quer renda familiar - avaliada de acordo com a veracidade das informações prestadas. Já os consumidores com dívidas com menos de três credores também serão atendidos pelo Procon, mas não são conside-rados consumidores superen-dividados. Entretanto, não se encaixam nas diretrizes do serviço consumidores com dí-vidas contraídas por atividades profissionais, indenizações (de acidente, por exemplo), dívi-das alimentícias, dívidas fiscais (impostos, multas, taxas etc), trabalhistas e dívidas de crédito habitacional.

O Procon Macaé funciona na Avenida Presidente Sodré, 534 - Centro.

KANÁ MANHÃES

Segundo Fioretti, falta de organização é elemento crucial para acúmulo de dívidas

COMÉRCIO

Black Friday pode movimentar mais de R$ 900 milhões em 2015

Se no comércio das ruas as expectativas para o fim de ano não andam tão positivas as-sim, os organizadores do Bla-ck Friday Brasil projetam que este ano a ação de vendas pela internet movimente, aproxi-madamente, R$ 978 milhões, superando o recorde de R$ 872 milhões registrado ano passa-do - ou seja, uma expansão de 12,1%. Os dados são da empre-sa especializada em serviços ClearSale, e ainda indicam que o valor médio gasto pelos con-sumidores em 2015 deva ser de

Segundo organizadores, número representa alta de 12,1% em comparação com 2014

R$ 422,39. "As previsões mostram uma

expectativa de crescimento su-perior a 10% em relação a 2014. E isso pode ser considerado muito relevante em um ano economicamente mais com-plicado como tem sido 2015", diz Juliano Motta, diretor de operações do evento comercial.

No ano passado, em Macaé, as lojas que participaram do Black Friday na Rua Silva Jardim es-tiveram com um selo de iden-tificação da promoção em suas vitrines, durante os três dias de evento. Além disso, o calçadão e o shopping também tiveram boa movimentação. Contudo, no final das contas, a ação de vendas foi marcada por diversas reclamações dos consumidores, principalmente relacionadas a descontos irrisórios.

Entre as principais queixas registradas pelos consumido-res também estiveram a cha-mada “maquiagem de preços” (caracterizada pela elevação no valor dos produtos algumas semanas antes da ação, seguido de um mega desconto durante o decorrer da data); dificuldade no acesso aos sites; mudança no valor de produtos no momento de finalizar a compra e proble-mas no pagamento, incluindo a rejeição a cupons de descon-to. Ademais, com o objetivo de compensar o desconto no preço de alguns produtos, uma outra forma de ação muito reclama-da pelos consumidores foi a cobrança de um frete acima do comum.

Em 2015, a Black Friday será realizada no dia 27 de novem-bro.

WANDERLEY GIL

No ano passado, uma das principais queixas foram os descontos irrelevantes dos lojistas

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ6 Macaé, terça-feira, 3 de novembro de 2015

PolíciaNOTA

Curso gratuito de xadrez continua até dezembro. Iniciativa da Funemac atrai estudantes e corpo docente da instituição.

ASSALTOS

Estudantes pedem mais segurança próximo ao IFF

Problema tem acontecido em outras instituições de ensino na cidadeLudmila Fernandesludmila@odebateon.com.br

O conhecimento e o estudo são fundamentais à evo-lução dos seres humanos

e de suma importância para a formação de uma sociedade mais justa, além de outros im-portantes benefícios para os indivíduos.

Em Macaé, a falta de segu-rança tem levado estudantes de diferentes faculdades e es-colas a temerem quando che-gam ou deixam as instituições. A falta de policiamento são as principais queixas dos acadê-micos, que se veem impotentes perante o problema.

O Jornal O DEBATE já rela-tou a insegurança vivida pelos estudantes do Senai e de uma faculdade particular em um bairro nobre da cidade, na Praia Campista. Desta vez, são os alunos do Instituo Federal Fluminense (IFF), em Imbo-assica, que relatam a rotina de medo.

De acordo com os acadêmi-cos, constantemente acontece assaltos próximo à instituição. O policiamento na área já foi

solicitado várias vezes ao 32º BPM, a própria direção da ins-tituição pediu mais segurança, através de um ofício encami-nhado à Polícia Militar. Contu-do, os alunos informaram que apenas é disponibilizada, even-tualmente, uma viatura que passa pelo local fazendo uma ronda, mas, não é suficiente para solucionar ou amenizar a situação, que de acordo com os alunos, é critica.

"A gente não sabe a que horas a PM vai fazer a ronda, muitas vezes saímos tarde e não temos nenhum tipo de segurança. In-clusive, durante o período de greve em que vínhamos para o colégio para outras atividades, ocorreram assaltos na Amaral Peixoto, no ponto de ônibus. Após manifestações consegui-mos alguns avanços, mas ainda é pouco, tem muito a melhorar. Precisamos de segurança”, dis-se um dos alunos.

OUTROS CASOSOs alunos do Senai, localiza-

do na Estrada da Virgem Santa, no bairro Botafogo, comparti-lham da mesma insegurança que os estudantes do IFF. Os

WANDERLEY GIL

Alunos do IFF cobram por mais segurança próximo à instituição

relatos são de assaltos em di-ferentes turnos, mas na parte da noite, entre 21h e 22h, a vio-lência aumenta.

A ação dos bandidos é sem-pre a mesma, os roubos acon-tecem geralmente quando os alunos estão à espera do trans-porte público, nos pontos de ônibus. Sempre em motos e armados levam todos os per-tences das vítimas sempre sob ameaça de morte.

Um fato agravante no Senai, é o caminho até um dos pon-tos de ônibus que fica atrás da instituição. Segundo os es-tudantes o trajeto é deserto e escuro e é onde há mais índice de assaltos.

Já na Praia Campista, os acadêmicos relatam o mesmo problema, assaltos nos pontos de ônibus e falta de patrulha-mento da Polícia Militar. Um dos agravantes no caso desta instituição de ensino particu-lar é o ponto de ônibus que foi transferido para mais adiante da Faculdade, após uma obra na RJ-106. Contudo, após matéria vinculada no Jornal O DEBATE, no dia 11 de ou-tubro, a Prefeitura transferiu

novamente o ponto para frente da instituição.

Diante de vários pedidos de mais segurança em diferentes

instituições de ensino no mu-nicípio, percebe-se o quanto a rotina do medo acaba gerando mudanças no comportamento

dos cidadãos, que passam a to-mar medidas preventivas para não serem as próximas vítimas da violência na cidade.

FORMAÇÃO

Curso de formação para Polícia Militar é ampliado

Aqueles que pretendem ingressar na Polícia Militar (PM), a partir de janeiro de 2016 passarão por uma avalia-ção mais criteriosa durante o curso de formação de policiais.A partir de janeiro de 2016, o curso de formação será amplia-do para 12 meses de capacita-ção, sendo dez de aulas teóricas e dois de estágios supervisiona-dos em unidades operacionais da corporação.

O novo curso de formação contará com 32 disciplinas, sen-do cinco matérias novas e nove delas com aumento da carga horária. Entre as que recebe-ram aumento estão: Direitos Humanos (de 16 para 20 horas/aula); Imagem Institucional (de 8 para 10 horas/aula); Língua e Comunicação (de 24 para 30 horas/aula); Instruções Práticas de Ações Táticas I, II e III (de 70 para 114 horas/aula); Noções de

A duração da parte teórica será de 10 meses com mais dois de estágio supervisionado

Direito Administrativo (de 12 para 16 horas/aula); e Legisla-ção Processual Penal Comum (de 8 para 12 horas/aula).

Já as novas matérias incor-poradas ao novo currículo são: Tiro de Defesa I e II; Tecnolo-gia Não-Letal; Administração Institucional de Conflitos (téc-nicas) e Polícia de Proximida-de. Três estudos de caso serão abordados em cada disciplina para relacionar a teoria com as experiências vivenciadas por policiais já formados.

A secretaria de Segurança afirma que o objetivo é ofertar aos novos agentes instrumentos para que possam executar um modelo de polícia mais adequa-do à realidade das comunidades carentes. Além disso, é essencial que o policial formado tenha co-nhecimentos e habilidades para administrar conflitos, tendo a capacidade de realizar proces-sos decisórios. Neste caso, o policial militar está sendo pre-parado para atender às deman-das da população, tendo como último recurso a força letal.

Já os 1,5 mil policiais que es-tão em treinamento no Centro

de Formação e Aperfeiçoa-mento de Praças (CFAP) e que devem ser incorporados à PM neste mês e janeiro do ano que vem farão complementação para que já se adaptem aos no-vos padrões circulares. O curso será realizado durante duas se-manas.

NOVO CURRÍCULOA elaboração do novo currí-

culo do Curso de Soldados da Polícia Militar foi realizada por 100 profissionais, entre instru-tores, professores, especialistas e gestores. O processo ocorreu entre agosto de 2014 a fevereiro deste ano. O Centro de Forma-ção e Aperfeiçoamento de Pra-ças, com o apoio metodológico da Subsecretaria de Educação, Valorização e Prevenção coor-denou a atualização.

Foram organizados oito grupos de trabalho, nos quais os participantes analisaram e discutiam a abordagem do conteúdo nas salas de aulas, so-breposições de conteúdo entre as disciplinas afins e o cotidiano da execução das disciplinas no curso.

WANDERLEY GIL

Policiais militares passarão a ter curso de formação de 12 meses

CAPACITAÇÃO

Polícia investe em formação para policiais das UPPs

no dia 21 de outubro, 40 coman-dantes da Polícia Militar do Esta-do do Rio de Janeiro participaram da primeira Oficina Integrada de Segurança Pública e Rede de Pre-venção, Atenção e Políticas Públi-cas sobre Álcool e Drogas.

O curso tem como objetivo capacitar policiais militares que atuam em Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) para orien-tar à comunidade sobre como procurar ajuda nos serviços destinados a usuários de álcool e outras drogas. A capacitação é resultado da parceria entre a Secretaria de Estado de Pre-venção à Dependência Química

Em todo o Estado do Rio de Janeiro cerca de 400 policiais passarão por curso

(SEPREDEQ) e a Secretaria de Estado de Segurança (SESEG).

Nesta fase, a ação contempla 400 policiais de áreas pacifica-das de todo o Estado do Rio, en-tre outubro de 2015 e agosto de 2016. Ao final, a previsão é que 10 oficiais de cada UPP estejam capacitados.

O curso vai abordar questões como o funcionamento e os efeitos das drogas no organis-mo, além da diferença entre o uso, o abuso e a dependência química. Os policiais também serão instruídos sobre como encaminhar usuários de subs-tâncias psicoativas para a rede de atendimento mais próxima.

Segundo a SEPREDEQ, ou-tro objetivo da capacitação é aperfeiçoar a abordagem dos policiais aos usuários de dro-gas na comunidade. O acordo

entre os dois órgãos, SESEG e a SEPREDEQ, ajuda a melhorar a orientação à comunidade sobre o acesso aos serviços oferecidos aos usuários de drogas. Além disso, serão disponibilizados materiais personalizados de acordo com a localização de ca-da UPP para que o policial saiba quais os serviços oferecidos pela rede de atenção.

SECRETARIA DE ESTADODE PREVENÇÃO À DEPENDÊNCIA QUÍMICA

A SEPREDEQ tem como missão garantir a implantação de uma política pública eficaz voltada para os usuários de álcool e outras drogas. A rede complementar de atendimento conta hoje com 514 vagas para o público adulto e 440 vagas para crianças e adolescentes.

WANDERLEY GIL

Policiais de UPPs do Estado do Rio irão receber capacitação para orientar à comunidade sobre como procurar ajuda nos serviços destinados a usuários de álcool e outras drogas.

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, terça-feira, 3 de novembro de 2015 7

GeralAVALIAÇÃO

Estudantes já podem se preparar para a Prova BrasilAvaliação será aplicada este mês; a nota final é utilizada pelo MEC para calcular o IDEB Juliane Reis Juliane@odebateon.com.br

Será aplicada este mês, em todas as unidades da fede-ração, a Prova Brasil. Ava-

liação composta por questões de Língua Portuguesa e Mate-mática será realizada com alu-nos dos 5º e 9º anos do Ensino Fundamental e faz parte do Sis-tema de Avaliação da Educação Básica (SAEB). A data da prova ainda não foi divulgada, mas se-gundo o secretário de Educação do município, Guto Garcia, será no mês de novembro.

A prova é organizada pelo Ins-tituto de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e tem como principais objetivos: assinalar a real situ-ação do Sistema Educacional Brasileiro, a partir da avaliação de desempenho dos estudantes e levantamento de informações sobre a escola, os professores e os diretores. Para isso, os alu-nos também responderão a um

questionário social com ques-tões que destacam a realidade do estudante como moradia, família e comunidade onde vi-vem.

Por meio dessas avaliações e dos resultados de aprovação das escolas, é calculado o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB). Além desses indicadores, o IDEB também considera relevantes dados co-mo infraestrutura da unidade, índices de aprovação, evasão e distorção idade/série.

Para o secretário de Educa-ção, Guto Garcia, a prova é importante e fundamental para a avaliação do ensino como um todo. “A nota dessa prova é a base para o calcu-lo do Ideb, sendo que nosso objetivo é elevar essa nota. Recentemente, nossos alu-nos participaram do Sistema de Avaliação da Educação do Rio de Janeiro (Saerj), que funcionou como uma pre-paração para a Prova Brasil,

KANÁ MANHÃES

Recentemente, os estudantes participaram da avaliação do Saerj

cujo intuito é medir as habi-lidades e competências dos discentes, assim como mo-nitorar o padrão de qualida-de da educação e, por meio do diagnóstico, colaborar com o processo de ensino”, disse.

Guto assumiu a secretaria de Educação em abril deste ano, afirmando que elevar a nota do Ideb é uma das metas principais. Ele disse que os funcionários das escolas que atingirem a nota receberão um décimo quarto salário e gratificações proporcionais à elevação do Ideb conquistada por cada unidade de ensino.

“O Ideb do município não pode continuar 3,3. Para isso, apostilas de português e mate-mática já estão sendo elabora-das para treinar os alunos do 5º ao 9º ano para a Prova Brasil, sendo que a nota da Prova será colocada no quarto bimestre nas disciplinas de português e matemática”, disse quando as-sumiu a Pasta.

Mais de 700 estudantes vão disputar as vagas do CAp

ENSINO MÉDIO

O processo seletivo será realizado no próximo dia 8 e o gabarito divulgado no dia 9

Um total de 736 estudan-tes vão disputar no próximo dia 8 de novembro as 70 va-

gas oferecidas pelo Colégio de Aplicação (CAp) em Ma-caé. Do total de vagas, 60 são para a primeira série do En-sino Médio e 10 para a segun-da série, sendo que 80% das vagas são para alunos da rede municipal de ensino.

O processo seletivo será realizado às 8h30, na Cidade Universitária, e o gabarito

será divulgado no endereço eletrônico www.macae.rj.gov.br/funemac, no dia 9 de no-vembro de 2015, a partir das 17 horas.

A avaliação será composta por questões com discipli-nas do Ensino Fundamental e Ensino Médio de Língua Portuguesa, Matemática e Redação, e terá duração de

quatro horas. Segundo o cronograma, o

resultado final será divulga-do em 6 de janeiro de 2016, seguindo a ordem de classi-ficação de forma decrescente de notas. Estará disponível em www.macae.rj.gov.br/fu-nemac e também na sede do Colégio de Aplicação.

Já a matrícula dos alunos aprovados deverá ser feita na Secretaria do Colégio de Aplicação, entre os dias 18 e 29 de janeiro, das 8h às 12h, por meio da apresentação do histórico escolar, três fotos 3x4, certidão de nascimento (original e cópia), declaração escolar informando o núme-ro do INEP, comprovante de residência, CPF e identidade.

Outras informações refe-rentes ao processo seletivo podem ser obtidas no edital disponível em: www.macae.rj.gov.br/funemac.

O CAp é mantido pela Fun-dação Educacional de Macaé (Funemac), vinculado à Fa-culdade Miguel Ângelo da Sil-va Santos (FeMASS), pública municipal, em parceria com a Secretaria Municipal de Edu-cação (Semed). Está situado à Alameda Almirante Raimundo Corrêa, 151, bairro Novo Ca-valeiros. Atualmente, atende quase 200 alunos, tendo uma equipe de 25 professores, da 1ª a 3ª série do Ensino Médio. O colégio começou a funcionar em 2010 e a primeira turma se formou em 2012.

Este ano a instituição com-pletou cinco anos de funcio-namento. O resultado foi que, dos 164 alunos formados em três anos pelo CAp, 82 ingres-saram em universidades pú-blicas (UFF, UFRJ, UFRRJ, FeMASS, IFF, UENF, UERJ e Unicamp).

Para atender a demanda de alunos da Serra, a previsão da Secretaria de Educação é de que em breve a Escola Técni-ca Natálio Salvador Antunes seja transformado em CAp.

KANÁ MANHÃES

O processo seletivo será realizado na Cidade Universitária

GRADUAÇÃO

UFRJ dará boas-vindas aos novos estudantes

Nesta terça-feira (3) a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Campus Macaé Professor Aloísio Texeira dará as boas vindas aos novos estu-dantes do campus. A solenida-de está marcada para 13h30 no Auditório Claudio Ulpiano na Cidade Universitária.

De acordo com a instituição, os ingressantes e demais mem-bros do corpo social da Univer-sidade terão a oportunidade de ouvir palestras e apresentações sobre a estrutura e organização do Campus, além de temas im-portantes na vida acadêmica.

A recepção contará com a presença da Diretora do Cam-pus UFRJ-Macaé, Professora Arlene Gaspar, que receberá os

A programação vai contar com palestras, vídeos e apresentações dos cursos

novos alunos.De acordo com a programa-

ção, às 13h30 haverá o acolhi-mento institucional, às 14h vídeo institucional, às 14h30 palestra “Assistência à Saú-de no município e assistência estudantil na UFRJ”, às 15h apresentação dos cursos pelos coordenadores e alunos e às 16h, encerrando a programação, atividade com o grupo “Brinca que Melhora”.

Os cursos oferecidos na Universidade em Macaé são Ciências Biológicas (Bacha-rel e Licenciatura), Enfer-magem e Obstetrícia, En-genharia Civil, Engenharia Mecânica, Engenharia de Produção, Farmácia, Medici-na, Nutrição, e Química (Ba-charelado e Licenciatura). E os Programas de Pós-Gradu-ação em Ciências Ambientais e Conservação e em Produtos Bioativos e Biociências.

CRÉDITO

Solenidade será realizada nesta terça-feira (3) na Cidade Universitária

Medalha “Carucango” vai homenagear profissionais. Entre os contemplados com a medalha de Mérito Social está a professora da UFRJ, Rute Costa, coordenadora do projeto CulinAFRO

NOTA

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ8 Geral Macaé, terça-feira, 3 de novembro de 2015

SAÚDE

HPM amplia serviços de atendimento à população

O Centro Regional de In-formação sobre Medicamen-tos (CRIM) está funcionando no Hospital Público de Macaé (HPM). O projeto conta com a parceria da Universidade Fe-deral do Rio de Janeiro (UFRJ) e visa atender população, estu-dantes e profissionais de saúde no esclarecimento de dúvidas sobre medicamentos, além de gerar boletins de informações relacionadas.

O diretor superintenden-te do HPM, o médico Márcio Bittencourt, informa que o centro está instalado dentro das dependências do hospital e a equipe é composta por três farmacêuticos e dois profes-sores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). "O centro funciona, há 15 dias, e nossa intenção é ampliar as in-formações sobre medicamentos à população. A equipe também

Centro Regional de Informação sobre Medicamentos já funciona no hospital

ministra palestras sobre o as-sunto nos locais onde for soli-citado esse serviço", explica.

Uma das farmacêuticas da equipe, Fernanda Lacerda, con-ta que as dúvidas são bem va-riadas, mas em geral as pessoas querem obter mais informações sobre os efeitos adversos causa-dos por alguns medicamentos. "Outra dúvida constante é sobre a alimentação. Muitas pessoas ficam receosas em tomar remé-dio com água ou leite. Em alguns casos, a utilização do leite pode afetar no efeito de certos medica-mentos. O uso dos genéricos com relação a medicações de marcas, e ainda a utilização de medica-mentos com ingestão de bebidas alcoólicas também são dúvidas constantes", esclarece.

O Centro é o primeiro na re-gião, e antes funcionava há um ano e meio na UFRJ. Informa-ções e dúvidas podem ser obtidas pelo telefone: 2773-0061, ramal: 2219, das 9h às 16h. Ou no e-mail: crim.ufrj.macae@gmail.com ou pelo link: http://crimufrjmacae.blogspot.com.br/p/envie-aqui-sua-pergunta.html.

CRÉDITO

Através de central, a população pode tirar dúvidas sobre remédios

Projeto lança Atlas da bacia do Rio Macaé

AMBIENTE

Iniciativa patrocinada pela Petrobras é destinada à formação de alunos da rede municipal

o projeto Macaé Rio Sustentável, patrocinado pela Petrobras através do Programa Petrobras socio-ambiental, lança no dia 5 de novembro um atlas geográ-fico da bacia do rio Macaé para uso em sala de aula. O lançamento ocorrerá na Se-cretaria de Educação, quan-do serão entregues cerca de 2 mil volumes da publicação para distribuição às escolas.

O projeto contempla ain-da a capacitação de profes-sores da rede pública para o correto uso do Atlas em sala de aula e para maior apro-veitamento da publicação como ferramenta didática. Além do Atlas, o projeto de-senvolve um mapa tamanho grande da bacia do rio Macaé para fixação nas escolas. Es-tes produtos também serão disponibilizados em mídia Digital e através da Internet, proporcionando total aces-sibilidade a esses conteúdos.

O Coordenador Geral do Projeto, João Bandeira de Freitas, ressalta que o Atlas que está sendo produzido é uma ferramenta poderosa para a aprendizagem, não se limitando às áreas de ciências e história, mas podendo ser utilizado em todas as disci-plinas através da abordagem transversal que o professor propor. “Estamos muito feli-zes por estar entregando uma

publicação aos professores e alunos de Macaé, com con-teúdo local de qualidade”. E lembra: “Uma das missões do projeto Macaé Rio Sustentá-vel é promover uma maior consciência ambiental com foco na bacia hidrográfica do rio Macaé”.

REFLORESTAMENTO DO PONTAL

Outra frente de trabalho do projeto Macaé Rio Sus-tentável, é a recuperação am-biental do Pontal através do plantio de várias espécies de restinga, incluindo frutíferas como a Pitangueira e o Ingá-do-brejo, e outras suprimidas do local ao longo do tempo. Estão sendo plantadas cerca

de 3 mil mudas de 20 espé-cies diferentes, recuperando áreas degradadas por desma-tamento e fechando trilhas abertas recentemente.

A área pós-praia e junto ao muro do Iate Clube na entra-da do Pontal, também está sendo alvo de recuperação através da inclusão de novas espécies e reforço das espé-cies já presentes como o Fei-jão-da-praia e a Ipoméia. Já o espaço atualmente existente no centro do Pontal e que é utilizado pelas embarcações, também será mantido, porém terá suas bordas recuperadas, aumentando a área floresta-da no local.

Do total de 3 mil mudas previstas para plantio no Pontal, já foram plantadas

cerca de 1.500, estando pre-vista a finalização dos tra-balhos, ainda no mês de no-vembro deste ano, devendo prosseguir durante o mês de dezembro os trabalhos de manutenção.

O Projeto, em edições an-teriores reflorestou 17 ha de mata ciliar do rio Macaé, ministrou mais de 70 pales-tras para 3 mil alunos e três cursos para gestores com um total de 320 horas de capaci-tação, e fez um minucioso diagnóstico da bacia, in loco, da nascente à foz.

O projeto é apoiado pelo Iate Clube e pela Prefeitura de Macaé através das secreta-rias de Educação, Ambiente e Pesca, contando ainda com o apoio da Guarda Ambiental.

WANDERLEY GIL

Dados sobre o curso do Rio Macaé estão compilados em edição especial