notas de campo #4 efeitos da crise

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Efeitos da Crise

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Várias abordagens aos efeitos que a crise está a ter nos portugueses

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Page 1: Notas de Campo #4 Efeitos da Crise

A  Recolha  de  Alimentos  está  de  volta!                O   Núcleo   de   Estudantes   de   Antropologia,   em   parceria   com   a  Agir  pelos  Animais,  está  a  realizar  novamente  uma  recolha  de  ali-­‐mentos  e  bens  necessários  aos  nossos  amigos  de  4  patas!  Esta   iniciativa  surgiu  com  a   vontade  do  Núcleo   de  Estudantes  de  Antropologia  ajudar  os  animais  que  são  abandonados  diariamente,  e  ajudar  também  as  associações,  nomeadamente  a  Agir,  que  tratam  deles  todos  os  dias  e  arranjam  famílias.  Sabemos  que  se  torna  difí-­‐cil   para  as   associações,  nos   tempos  que  correm,   conseguirem  ali-­‐mento  para  todos  os  patudos  que  têm  ao  abrigo,  e  como  tal,  deci-­‐dimos  ajudar  como  podemos!  A  segunda   fase  desta  campanha  irá  decorrer   até   do   dia   22   de  Março   e   podes   ajudar   com:   alimentos,  mantas   (cobertores),   brinquedos,   donativos,   etc.,   e   podem  entre-­‐gar  tudo  isto  no  Núcleo  de  Estudantes  de  Antropologia  da  UC  (Edi-­‐fício  S.Bento).  

Para   mais   informações   contacta   o   NEA   através   de  [email protected]  

Vem  ajudar  os  nossos  amigos  patudos!    

Luisa Araújo -­‐Coordenadora  das  Saídas  Profissionais  NEA/AAC-­‐  

 

 Cartoon  

Fonte:      http://pergunteaooraculo.wordpress.com/2008/01/20/sobre-­‐o-­‐sentido-­‐da-­‐vida-­‐ou-­‐nao/  

 Efeitos    da    Crise  

Page 2: Notas de Campo #4 Efeitos da Crise

 

 

"Titãs da Internet" criam prémio milionário para as ciências da vida por  Ana  Dias  Cordeiro  in  publico.pt  

Fundadores do Facebook e Google junta-ram-se ao empresário e filantropo russo Yuri Milner para financiarem um prémio de excelência no valor de três milhões de dólares que melhore as perspectivas de tratamento de doenças como o cancro ou de Parkinson.

Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, Sergey Brin, co-fundador do Google, e o em-presário russo Yuri Milner que fez fortuna com o que investiu na área da Internet e se tem notabilizado pelas suas acções filantrópi-cas, juntaram-se para criar o mais valioso prémio do mundo na área da medicina e da biologia. Uma espécie de Nobel para as ciên-cias da vida, mas com mais do dobro do valor do Nobel e (pelo menos por agora) tendo os Estados Unidos como único destino dos premiados.

O Breakthrough Prize in Life Scien-ces (Prémio para os Avanços nas Ciências da Vida) vale três milhões de dólares (cerca de 2,3 milhões de euros) e os primeiros laurea-dos, todos de universidades ou institutos de investigação dos Estados Unidos, são conhe-cidos nesta quarta-feira: 11 ao todo, a receber cada um deles esse valor, e cujo trabalho está essencialmente virado para a genética do crescimento celular e de como as perturba-ções desses processos podem dar origem a cancros, escreve o The New York Times. A  ideia  foi  de  Yuri  Milner  que,  no  ano  passado,  lançou   um   prémio   de   excelência   na   área   da  Física,   também   no   valor   de   três   milhões   de  dólares.   Motivado   pela   sua   própria   história,  quis  este  ano  alargar  o  modelo  a  outras  áreas.  “Infelizmente   dois   familiares   próximos   têm  doenças  graves  e  um  deles  é  cancro.  Esta  é  em  

parte   a   minha   ligação   ao   prémio”,   disse  citado   pelo  The   Guardian.   Com   parte   da  sua   fortuna,   através   desta   recompensa   ,  Milner  gostaria  que  os   jovens  ganhassem  a  percepção  de  que  não  é   apenas  através  de  carreiras  no  desporto  e  no  espectáculo  que   é   possível   conquistar   o   reconheci-­‐mento  público.  Ele  e  os  outros  dois  rostos  desta  iniciativa,  Zuckerberg   e   Brin,   são   como   "os   aristo-­‐cratas   de   Silicon   Valley”   (The   Guardian)  ou   "uns   titãs  da   Internet"   (The  New  York  Times).  Graças  a  eles,  nos  últimos  anos,  o  panorama   das   tecnologias   e   da   Internet  mudou.  E  essa  mudança  também  fez  deles  milionários   que   querem   agora   procurar  nas   suas   fortunas   formas   de   apostar   na  investigação   molecular   e  genética,   para  melhorar   o   tratamento   de   doenças   curá-­‐veis   e   a   probabilidade   de   uma   vida   me-­‐lhor  e  mais  longa.      A   ideia   é   impulsionar   uma   nova   geração  de   biólogos   moleculares   e   geneticistas   e  estimular   a   investigação   que   previna   e  combata   doenças  como   a   diabetes   e   de  Parkinson   além   do   cancro.   Mas   também  recompensar   cientistas   que   “pensam   em  grande,   correm   riscos   e   causaram   um  impacto  nas  nossas   vidas”,   explicou,   cita-­‐da  pelo  NYT,  Anne  Wojcicki,  fundadora  da  empresa   de   análise   genética   23andMe   e  mulher   de   Sergey   Brin.   Também  ela   aju-­‐dou   a   criar   o   prémio.   Estes   cientistas,  acrescentou,   devem   ser   “heróis   na   socie-­‐dade”.  

 In  Jornal  Público  |acedido  a  10/03/2013|  

 Ficha  Técnica    Edição:  

Alexandra  Cordeiro    

 

 

Textos:  

Marta  Tavares  

Ana  Figueiredo  

Diana  Matos  

Luisa  Araújo  

Alexandra  Cordeiro  

 

Fontes:  

Jornal  de  Notícias  

 A  Cabra  

Público  

 

Edição  

Tendências    

&    

Saídas  Profissionais  

 

Propriedade  

Núcleo  de  Estudan-­‐

tes  de  Antropologia  

da  Associação  Aca-­‐

démica  de  Coimbra  

(NEA/AAC)  

 

Pelouro  da  Cultura  

e  Comunicação  

 

 

Março  2013        

Efeitos  da  Crise    

  Que  a  Crise  anda  a  influenciar  a  forma  como  vivemos  já  nós  sabíamos,  mas  sabias  que  o  suicídio  aumentou  dras-­‐ticamente  e  que  os   investigadores  acreditam  que  é  conse-­‐quência   da   crise?   O   governo   espanhol   já   foi   obrigado   a  mudar  a   lei  de  despejo  por  não  pagar  renda,  devido  a  vá-­‐rios  suicídios  em  público.    Mas  nem  tudo  são  más  notícias  e  a  crise  também  está  a  ensinar  os  portugueses  a  poupar  e  a  regressar  à   “moda  da  marmita”  Efeitos  da  crise  e  várias  abordagens  ao  tema.    

 

Alexandra Cordeiro

-­‐ Coordenadora  do  Pelouro  da  Cultura  e  Comunicação  do  NEA/AAC  -­‐  

Queremos  saber  aquilo  que  se  passa  na  tua  cabeça!  

Tens  algo  a  dizer  à  comunidade?  Viste  algum  artigo  interessan-­‐

te  que  queiras  partilhar?  O  NEA  quer  proporcionar-­‐te  um  espa-­‐

ço   onde   te   possas   expressar.   Envia-­‐nos   artigos   interessantes  

sobre  os  temas  que  entenderes  para  o  email    

[email protected]  e   terás  a  oportunidade  de  os  ver  pu-­‐

blicados  nos  próximos  Notas  de  Campo  e  no  facebook  do  NEA.  

Assembleia  Magna    

Relatório  e  Contas  da  DG/AAC  2012:  Ficam  Valores  por  explicar      Uma  análise   ao   relatório  da   DG/AAC   conta   com  prejuízo   em   relação   ao  ano   anterior   e   com   des-­‐pesas   que   ainda   geram  confusão   por   não   esta-­‐rem   discriminadas.   Con-­‐ta-­‐se   ainda   um   Fórum  AAC   que   teima   em   não  ser  em  Coimbra  e  valores  relativos   às   comunica-­‐ções   da   casa   que   conti-­‐nuam  por  explicar.    

|Artigo  na  íntegra  em    aCabra.net,    

por  Liliana  Cunha|            Mais  fiscalização  da  Praxe  Coimbrã João  Luís  Jesus  garante  que  a  praxe  da  UC  deve,  a  par  das  normas,  estar  principalmente  protegida  pela  não  perturbaçãoo  das  actividades.    

|Artigo  na  íntegra  em    aCabra.net|  

 

Page 3: Notas de Campo #4 Efeitos da Crise

 O

Próximos  eventos  do  NEA/AAC  

   

                   

   

   Efeitos  da  Crise  Algumas  abordagens  ao  tema  Crise    

EFEITOS  DA  CRISE  NO  ENSINO  SUPERIOR  

É  impossível  nos  dias  de  hoje  não  ouvir  falar  da  crise.  Esta  encontra-­‐se  presente  em  todas  as  facções  da  nossa  vida  quotidiana,  cada  vez  mais  nos  afecta  pessoal-­‐mente   e   nas   pessoas   que   nos   são   mais   próximas.   Todos   nós   já   ouvimos   falar  igualmente   nas   consequências   da   crise   no   ensino   superior,   contudo   nem   todos  nós  temos  a  total  noção  do  impacte  em  todas  as  vertentes:  cada  vez  menos  pes-­‐soas   se   candidatam   ao   ensino   superior,   cada   vez   mais   desistem   dele,   por  questões  económicas,  apesar  das  menos  bolsas,  devido  à   falta  de  emprego  cada  vez  mais  os  estudantes  seguem  para  o  mestrado  para  o  doutoramento.    

No  passado  ano  lectivo,  assistiu-­‐se  pela  primeira  vez  em  17  anos,  uma  descida  no  número  de  matrículas  no  ensino  superior  –  uma  queda  de  11%!  Os  números  dis-­‐ponibilizados   deste   ano   apenas   contabilizam   as   entradas   relativas   ao   concurso  nacional   de   acesso,   contudo   a   tendência   continua:  menos   2245   caloiros   deram  entrada   este  ano  apenas  no   sector  público.  Ainda   que  esta  diminuição  não   seja  unicamente   um   resultado   da   crise   –   a   distribuição   populacional   da   idade   ou   o  aumento   de   alunos   no   ensino   profissional   podem   igualmente   influenciar   esta  quebra   –   o   factor   económico   revela   ser   um   significante   entrave   à   entrada   de  alunos  nas  universidades  e  politécnicos.  

Por   esta   altura   no   ano   passado,   com   apenas   metade   das   universidades   conta-­‐bilizadas,   cerca   de   3300   alunos   já   tinham   cancelado   a   sua  matrícula   no   ensino  superior.   Os   responsáveis   académicos   reconhecem   que   as   dificuldades  económicas  estão  na  base  de  muitas  destas  desistências  e  as  associações  estudan-­‐tis   alertam   cada   vez  mais   para   as   dificuldades   de   acesso   às   bolsas.   Simultane-­‐amente  ao  aumento  de  desistências  cada  vez  mais  alunos  falham  o  pagamento  de  propinas  e  pedem  apoios  extraordinários.    

“Há   casos   em   que   os   alunos   pagam   a   primeira   prestação,   e   depois   desistem,  pedindo  mesmo  a  devolução  das  propinas,  o  que  nós  nem  podemos  fazer",  expli-­‐ca  João  Guerreiro,  reitor  da  Universidade  do  Algarve”.  

O  problema  da  crise  continua  a  muito  depois  do  trémito  dos  estudos  planejados.  Cada   vez  mais,   estudantes   candidatam-­‐se   a   bolsas   de   doutoramento,   caso   con-­‐trário  muitos  derrapam-­‐se  com  o  desemprego.  Tentando  fugir  deste  último,  estu-­‐dantes  cada  vez  mais  dedicam-­‐se  a  actividades  extracurriculares,  pois  nos  dias  de  hoje,  a  boa  nota  não  é  suficiente.  Muitos  utilizam  o  associativismo,  o  desporto,  o  teatro,  coros  ou  tunas  para  desenvolverem  soft  skills  exigidas  no  mercado  de  tra-­‐balho,   como   a   capacidade   de   liderança,   comunicação,   organização,   gestão   de  tempo,  gestão  de  conflitos.  

Marta Tavares -­‐  Pelouro  da  Cultura  e  Comunicação  -­‐  

O    NEA  sugere   Dias   31   de   Maio   e   !   de  

Junho   irá   realizer-­‐se   o   I  

BAM   -­‐   BioAnthropologi-­‐

cal   Meeting.   Vê   como   te  

inscreveres  no   Facebook  

do  evento.  

O  NEA  sugere    Visita   o   site     da   APA    

e   descobre   o   que   vai  

acontecendo   no  

mundo   da   Antropo-­‐

logia.    

 

http://www.apantro

pologia.org  

 

 

De   9   a   11   de   Setem-­‐

bro   de   NO  2013   rea-­‐

lizar-­‐se-­‐á   o   V   Con-­‐

gresso   da   Associação  

Portuguesa   de   An-­‐

tropologia   que   terá  

como  tema  “Antropo-­‐

logia   em   Contrapon-­‐

to”.   Até   ao   dia   20   de  

Dezembro   decorre   a  

chamada   para   apre-­‐

sentação   de   propos-­‐

tas  de  painéis.  

És  aluno  de  licenciatura?  Já  sabes  o  que   seguir   ?  O   NEA/AAC   está   a  organizar  duas  sessões  de  esclarec-­‐imento   sobre   os  estudos  de   segun-­‐do   ciclo  que  o  nosso  departamento  oferece   na   área   da   Antropologia.  A  1ª   Sessão   vai   ser   com   a   Prof.   Dra.  Eugénia   Cunha   (Coordenadora   do  Mestrado   em   Evolução   e   Biologia  Humanas   e   da   Pós-­‐Graduação   em  Antropologia   Forense).  Para   mais  informações:  [email protected]  

As   conversas   "Quarta   à   noite   com..."   são  uma   iniciativa   dos   núcleos   de   estudantes  da  FCTUC  que  estudam  no  pólo  I.  Serão   um   conjunto   de   conversas   com   ca-­‐rácter   informal   que   pretendem   transmitir  como   se   relacionam   as   nossas   áreas   do  saber   e   a   importância   da   multidiscipli-­‐naridade  nos  nossos  dias.  As   conversas   terão   início   às   21h15   e   uma  duração  aproximada  de  1h15:  27   de   Fevereiro   -­‐   Neurociências   e   In-­‐teligência  artificial    13  de  Março  -­‐  Ciências  Forenses  3  de  Abril  -­‐  Ciência  no  Espaço  17  de  Abril  -­‐  Optimização  Os  nossos   convidados   serão  Professores   e  terão  lugar  no  RÓMULO-­‐  Centro  de  Ciência  Viva   da   Universidade   de   Coimbra,   no   De-­‐partamento  de  Física.  Temos  o  prazer  de  contar  com  o  Professor  Doutor   Carlos   Fiolhais   (Director   da   RÓ-­‐MULO   e   Professor   do   DF-­‐FCTUC)   a   mod-­‐erar  as  quatro  conversas.  Será  um  espaço  de  debate  não  só  entre  os  oradores  mas  também  com  o  público.  Contamos  contigo,  Até  quarta  à  noite!  

Organização:   NEA/AAC;   NEB/AAC;  NEBIOQ/AAC;   NEDF/AAC;  NEQ/AAC;  NEMAT/AAC;  NG/AAC;  

Page 4: Notas de Campo #4 Efeitos da Crise

Em  Foco    Dia   28   de   Maio   de  

2013   vai   realizar-­‐se   o  

Field   Methods   in   Fo-­‐

rensic   Anthropology  

Course   na   Universida-­‐

de   do   Tennessee,  

Knoxville.   Tem   um  

custo   de   406   euros  

(525  dólares)   –  o  pre-­‐

ço  não  inclui  transpor-­‐

te  ou  alojamento  (este  

ultimo   tem   um   custo  

aproximado   de   26   eu-­‐

ros   por   noite).   Não  

existe   prazo   de   inscri-­‐

ção   mas   existe   limite  

de   vagas.   Este   curso  

tem   como   objectivo  

um  treino  intensivo  na  

área   forense   para   es-­‐

tudantes  de  licenciatu-­‐

ra   e   mestrado   em   an-­‐

tropologia   biológica.  

Os   principais   tópicos  

deste   curso   são   basi-­‐

camente   os   princípios  

da   arqueologia   e  oste-­‐

ologia,   técnicas   de   es-­‐

cavação   e   tecnologia  

geofísica.    

   

Em  Foco    

Dentro   do   mesmo  

âmbito,   na   mesma  

universidade,   vai   rea-­‐

lizar-­‐se   Outdoor   Re-­‐

covery   Workshop   de  

dia  3  a   7  de   junho  de  

2013   ou   de   dia   10   a  

14   de   junho   de2013,  

este   tem   um   custo  

aproximado   de   773  

euros   (não   incluindo  

transporte   ou   aloja-­‐

mento   –   tendo   este  

ultimo  um  custo  de  26  

euros).   Tem   a   dura-­‐

ção  de  40  horas  com  o  

objectivo   a   discussão  

o   processo   de   analise  

de   cenas   de   crime  

envolvendo   restos  

humanos.  

 

Para   mais   informa-­‐

ções   e   pormenores  

visitar   o   site  

http://fac.utk.edu/co

urses  ou  contactar  Dr.  

Dawnie   Steadman  

([email protected]).      

 

 

EFEITOS  DA  CRISE  NAS  REFEIÇÕES

Quarenta  por  cento  das  famílias  levam  marmita  para  o  trabalho  

 Em  2009,  29%  dos  lares  em  Portugal  preparavam  comida  para  levar  para  o  em-­‐prego.  

Em  2012,  40%  das   famílias  em  Portugal  prepararam  comida  para  levar  para  o  trabalho.  A  crise  obrigou  à  contenção  de  gastos  e  um  dos  primeiros  sinais  foi  a  transferência  do  consumo  de  fora  para  dentro  de  casa.  Em  vez  de  irem  ao  res-­‐taurante  almoçar   todos  os  dias,   os  portugueses  passaram  a   fazer   comida  para  consumir  no  local  de  trabalho.  Em  2009,  a  percentagem  de  famílias  a  preparar  marmita  era  29%.  Os  dados  da  Kantar  Worldpanel,  empresa  de  estudos  de  mercado,  dão  o  retrato  de  um  consumidor  mais  adepto  das  marcas  da  distribuição  e  a  apertar  o  cinto.  No  ano  passado,  entre  os  produtos  de  grande  consumo,  aumentaram  os  gastos  das  famílias  com  produtos  frescos  e  artigos  da  categoria  papel,  que  incluem  pa-­‐pel  higiénico,  guardanapos  ou  rolos  de  cozinha.  “Os  consumidores  estão  mais  tempo  em  casa  e  confeccionam  mais  comida”,  jus-­‐tifica   Sónia  Antunes,   directora  Kantar  Worldpanel   Portugal.   Bebidas,   produtos  lácteos  ou  de  drogaria  foram  menos  consumidos  o  ano  passado.  Os  dados  divulgados  esta   terça-­‐feira  pela  Kantar  mostram  ainda  que  27%  das  famílias  admitiram  ter  dificuldade  em  comprar  bens  essenciais  de  grande  con-­‐sumo.    

 

In  iOnline  |acedido  a  10/03/2013  

 

EFEITOS  DA  CRISE  NO  SUÍCIDIO    Estudo  revela  que  crise  financeira  fez  aumentar  taxas  de  suicídio  

em  nove  países  da  UE  

 Já  lhe  chamam  "a  depressão  da  recessão".  A  crise  financeira  que  rebentou  em  

2008   conduziu   a   um   aumento  das   taxas   de   suicídio   em  nove  de  dez  países  

europeus  analisados  num  estudo  publicado  hoje  na  revista  The  Lancet.  

A  investigação  preliminar,  conduzida  por  especialistas  dos  Estados  Unidos  e  

do  Reino  Unido,  detetou,  entre  2007  e  2009,  uma  subida  nas  taxas  de  suicídio  

de  pessoas  em   idade  ativa  (abaixo  dos  65  anos)  em  nove  dos  dez  países  da  

União  Europeia  analisados  -­‐  Áustria,  Finlândia,  Grécia,  Irlanda,  Holanda,  Rei-­‐

no  Unido,  República  Checa,  Lituânia  e  Roménia.  

Entre   2007   e   2009,   o   desemprego   aumentou   em   um   terço   nos   dez   países  

estudados  e   apenas   na   Áustria,   de   todos  os   países  o  menos  exposto   à   crise  

financeira,  as  taxas  de  suicídio  diminuíram.    

Dos   países   onde   o   suicídio   aumentou,   a   Finlândia   registou   a  menor   subida  

(cinco   por   cento),   enquanto   a   Grécia   (que   vive  momentos   de   tensão   social  

nas   ruas  das   cidades  desde  que   recorreu  à   assistência  do   Fundo  Monetário  

Internacional)   apresenta   o   pior   dos   registos   analisados   (17   por   cento),   se-­‐

guida  pela  Irlanda  (13  por  centro).  

Só   foram   analisados   estes   dez   países   por   serem   estes   os   únicos   da   União  

Europeia  a  27  que  dispõem  de  dados  atualizados.  

Os aumentos variam entre os cinco e os 17 por cento, aponta a equipa, que

usou dados da Organização Mundial de Saúde que indicavam um período

de diminuição das taxas de suicídio até 2007. "Houve uma completa revi-

ravolta. Os suicídios estavam a diminuir antes da recessão e depois come-

çaram a aumentar em quase todos os países europeus estudados. Quase de

certeza que estes aumentos estão ligados à crise financeira", resumiu à

BBC online David Stuckler, um dos investigadores.  Na opinião dos investigadores, o investimento em sistemas de apoio

social é a chave para fazer descer esta tendência e conceder benefícios,

por desemprego, por exemplo, não basta, sendo preciso facilitar o re-

gresso ao trabalho e promover políticas contra o desemprego.  Assinalando que tudo aponta para que venham a surgir outros efeitos

na saúde decorrentes dos problemas económicos, os investigadores

concluíram também que as mortes causadas por acidentes de viação

diminuíram – uma tendência que se explica com a diminuição do uso

dos veículos em tempos de dificuldades económicas.    

In  iOnline  |acedido  a  10/03/2013|  

Page 5: Notas de Campo #4 Efeitos da Crise

Em  Foco    Dia   28   de   Maio   de  

2013   vai   realizar-­‐se   o  

Field   Methods   in   Fo-­‐

rensic   Anthropology  

Course   na   Universida-­‐

de   do   Tennessee,  

Knoxville.   Tem   um  

custo   de   406   euros  

(525  dólares)   –  o  pre-­‐

ço  não  inclui  transpor-­‐

te  ou  alojamento  (este  

ultimo   tem   um   custo  

aproximado   de   26   eu-­‐

ros   por   noite).   Não  

existe   prazo   de   inscri-­‐

ção   mas   existe   limite  

de   vagas.   Este   curso  

tem   como   objectivo  

um  treino  intensivo  na  

área   forense   para   es-­‐

tudantes  de  licenciatu-­‐

ra   e   mestrado   em   an-­‐

tropologia   biológica.  

Os   principais   tópicos  

deste   curso   são   basi-­‐

camente   os   princípios  

da   arqueologia   e  oste-­‐

ologia,   técnicas   de   es-­‐

cavação   e   tecnologia  

geofísica.    

   

Em  Foco    

Dentro   do   mesmo  

âmbito,   na   mesma  

universidade,   vai   rea-­‐

lizar-­‐se   Outdoor   Re-­‐

covery   Workshop   de  

dia  3  a   7  de   junho  de  

2013   ou   de   dia   10   a  

14   de   junho   de2013,  

este   tem   um   custo  

aproximado   de   773  

euros   (não   incluindo  

transporte   ou   aloja-­‐

mento   –   tendo   este  

ultimo  um  custo  de  26  

euros).   Tem   a   dura-­‐

ção  de  40  horas  com  o  

objectivo   a   discussão  

o   processo   de   analise  

de   cenas   de   crime  

envolvendo   restos  

humanos.  

 

Para   mais   informa-­‐

ções   e   pormenores  

visitar   o   site  

http://fac.utk.edu/co

urses  ou  contactar  Dr.  

Dawnie   Steadman  

([email protected]).      

 

 

EFEITOS  DA  CRISE  NAS  REFEIÇÕES

Quarenta  por  cento  das  famílias  levam  marmita  para  o  trabalho  

 Em  2009,  29%  dos  lares  em  Portugal  preparavam  comida  para  levar  para  o  em-­‐prego.  

Em  2012,  40%  das   famílias  em  Portugal  prepararam  comida  para  levar  para  o  trabalho.  A  crise  obrigou  à  contenção  de  gastos  e  um  dos  primeiros  sinais  foi  a  transferência  do  consumo  de  fora  para  dentro  de  casa.  Em  vez  de  irem  ao  res-­‐taurante  almoçar   todos  os  dias,   os  portugueses  passaram  a   fazer   comida  para  consumir  no  local  de  trabalho.  Em  2009,  a  percentagem  de  famílias  a  preparar  marmita  era  29%.  Os  dados  da  Kantar  Worldpanel,  empresa  de  estudos  de  mercado,  dão  o  retrato  de  um  consumidor  mais  adepto  das  marcas  da  distribuição  e  a  apertar  o  cinto.  No  ano  passado,  entre  os  produtos  de  grande  consumo,  aumentaram  os  gastos  das  famílias  com  produtos  frescos  e  artigos  da  categoria  papel,  que  incluem  pa-­‐pel  higiénico,  guardanapos  ou  rolos  de  cozinha.  “Os  consumidores  estão  mais  tempo  em  casa  e  confeccionam  mais  comida”,  jus-­‐tifica   Sónia  Antunes,   directora  Kantar  Worldpanel   Portugal.   Bebidas,   produtos  lácteos  ou  de  drogaria  foram  menos  consumidos  o  ano  passado.  Os  dados  divulgados  esta   terça-­‐feira  pela  Kantar  mostram  ainda  que  27%  das  famílias  admitiram  ter  dificuldade  em  comprar  bens  essenciais  de  grande  con-­‐sumo.    

 

In  iOnline  |acedido  a  10/03/2013  

 

EFEITOS  DA  CRISE  NO  SUÍCIDIO    Estudo  revela  que  crise  financeira  fez  aumentar  taxas  de  suicídio  

em  nove  países  da  UE  

 Já  lhe  chamam  "a  depressão  da  recessão".  A  crise  financeira  que  rebentou  em  

2008   conduziu   a   um   aumento  das   taxas   de   suicídio   em  nove  de  dez  países  

europeus  analisados  num  estudo  publicado  hoje  na  revista  The  Lancet.  

A  investigação  preliminar,  conduzida  por  especialistas  dos  Estados  Unidos  e  

do  Reino  Unido,  detetou,  entre  2007  e  2009,  uma  subida  nas  taxas  de  suicídio  

de  pessoas  em   idade  ativa  (abaixo  dos  65  anos)  em  nove  dos  dez  países  da  

União  Europeia  analisados  -­‐  Áustria,  Finlândia,  Grécia,  Irlanda,  Holanda,  Rei-­‐

no  Unido,  República  Checa,  Lituânia  e  Roménia.  

Entre   2007   e   2009,   o   desemprego   aumentou   em   um   terço   nos   dez   países  

estudados  e   apenas   na   Áustria,   de   todos  os   países  o  menos  exposto   à   crise  

financeira,  as  taxas  de  suicídio  diminuíram.    

Dos   países   onde   o   suicídio   aumentou,   a   Finlândia   registou   a  menor   subida  

(cinco   por   cento),   enquanto   a   Grécia   (que   vive  momentos   de   tensão   social  

nas   ruas  das   cidades  desde  que   recorreu  à   assistência  do   Fundo  Monetário  

Internacional)   apresenta   o   pior   dos   registos   analisados   (17   por   cento),   se-­‐

guida  pela  Irlanda  (13  por  centro).  

Só   foram   analisados   estes   dez   países   por   serem   estes   os   únicos   da   União  

Europeia  a  27  que  dispõem  de  dados  atualizados.  

Os aumentos variam entre os cinco e os 17 por cento, aponta a equipa, que

usou dados da Organização Mundial de Saúde que indicavam um período

de diminuição das taxas de suicídio até 2007. "Houve uma completa revi-

ravolta. Os suicídios estavam a diminuir antes da recessão e depois come-

çaram a aumentar em quase todos os países europeus estudados. Quase de

certeza que estes aumentos estão ligados à crise financeira", resumiu à

BBC online David Stuckler, um dos investigadores.  Na opinião dos investigadores, o investimento em sistemas de apoio

social é a chave para fazer descer esta tendência e conceder benefícios,

por desemprego, por exemplo, não basta, sendo preciso facilitar o re-

gresso ao trabalho e promover políticas contra o desemprego.  Assinalando que tudo aponta para que venham a surgir outros efeitos

na saúde decorrentes dos problemas económicos, os investigadores

concluíram também que as mortes causadas por acidentes de viação

diminuíram – uma tendência que se explica com a diminuição do uso

dos veículos em tempos de dificuldades económicas.    

In  iOnline  |acedido  a  10/03/2013|  

Page 6: Notas de Campo #4 Efeitos da Crise

 O

Próximos  eventos  do  NEA/AAC  

   

                   

   

   Efeitos  da  Crise  Algumas  abordagens  ao  tema  Crise    

EFEITOS  DA  CRISE  NO  ENSINO  SUPERIOR  

É  impossível  nos  dias  de  hoje  não  ouvir  falar  da  crise.  Esta  encontra-­‐se  presente  em  todas  as  facções  da  nossa  vida  quotidiana,  cada  vez  mais  nos  afecta  pessoal-­‐mente   e   nas   pessoas   que   nos   são   mais   próximas.   Todos   nós   já   ouvimos   falar  igualmente   nas   consequências   da   crise   no   ensino   superior,   contudo   nem   todos  nós  temos  a  total  noção  do  impacte  em  todas  as  vertentes:  cada  vez  menos  pes-­‐soas   se   candidatam   ao   ensino   superior,   cada   vez   mais   desistem   dele,   por  questões  económicas,  apesar  das  menos  bolsas,  devido  à   falta  de  emprego  cada  vez  mais  os  estudantes  seguem  para  o  mestrado  para  o  doutoramento.    

No  passado  ano  lectivo,  assistiu-­‐se  pela  primeira  vez  em  17  anos,  uma  descida  no  número  de  matrículas  no  ensino  superior  –  uma  queda  de  11%!  Os  números  dis-­‐ponibilizados   deste   ano   apenas   contabilizam   as   entradas   relativas   ao   concurso  nacional   de   acesso,   contudo   a   tendência   continua:  menos   2245   caloiros   deram  entrada   este  ano  apenas  no   sector  público.  Ainda   que  esta  diminuição  não   seja  unicamente   um   resultado   da   crise   –   a   distribuição   populacional   da   idade   ou   o  aumento   de   alunos   no   ensino   profissional   podem   igualmente   influenciar   esta  quebra   –   o   factor   económico   revela   ser   um   significante   entrave   à   entrada   de  alunos  nas  universidades  e  politécnicos.  

Por   esta   altura   no   ano   passado,   com   apenas   metade   das   universidades   conta-­‐bilizadas,   cerca   de   3300   alunos   já   tinham   cancelado   a   sua  matrícula   no   ensino  superior.   Os   responsáveis   académicos   reconhecem   que   as   dificuldades  económicas  estão  na  base  de  muitas  destas  desistências  e  as  associações  estudan-­‐tis   alertam   cada   vez  mais   para   as   dificuldades   de   acesso   às   bolsas.   Simultane-­‐amente  ao  aumento  de  desistências  cada  vez  mais  alunos  falham  o  pagamento  de  propinas  e  pedem  apoios  extraordinários.    

“Há   casos   em   que   os   alunos   pagam   a   primeira   prestação,   e   depois   desistem,  pedindo  mesmo  a  devolução  das  propinas,  o  que  nós  nem  podemos  fazer",  expli-­‐ca  João  Guerreiro,  reitor  da  Universidade  do  Algarve”.  

O  problema  da  crise  continua  a  muito  depois  do  trémito  dos  estudos  planejados.  Cada   vez  mais,   estudantes   candidatam-­‐se   a   bolsas   de   doutoramento,   caso   con-­‐trário  muitos  derrapam-­‐se  com  o  desemprego.  Tentando  fugir  deste  último,  estu-­‐dantes  cada  vez  mais  dedicam-­‐se  a  actividades  extracurriculares,  pois  nos  dias  de  hoje,  a  boa  nota  não  é  suficiente.  Muitos  utilizam  o  associativismo,  o  desporto,  o  teatro,  coros  ou  tunas  para  desenvolverem  soft  skills  exigidas  no  mercado  de  tra-­‐balho,   como   a   capacidade   de   liderança,   comunicação,   organização,   gestão   de  tempo,  gestão  de  conflitos.  

Marta Tavares -­‐  Pelouro  da  Cultura  e  Comunicação  -­‐  

O    NEA  sugere   Dias   31   de   Maio   e   !   de  

Junho   irá   realizer-­‐se   o   I  

BAM   -­‐   BioAnthropologi-­‐

cal   Meeting.   Vê   como   te  

inscreveres  no   Facebook  

do  evento.  

O  NEA  sugere    Visita   o   site     da   APA    

e   descobre   o   que   vai  

acontecendo   no  

mundo   da   Antropo-­‐

logia.    

 

http://www.apantro

pologia.org  

 

 

De   9   a   11   de   Setem-­‐

bro   de   NO  2013   rea-­‐

lizar-­‐se-­‐á   o   V   Con-­‐

gresso   da   Associação  

Portuguesa   de   An-­‐

tropologia   que   terá  

como  tema  “Antropo-­‐

logia   em   Contrapon-­‐

to”.   Até   ao   dia   20   de  

Dezembro   decorre   a  

chamada   para   apre-­‐

sentação   de   propos-­‐

tas  de  painéis.  

És  aluno  de  licenciatura?  Já  sabes  o  que   seguir   ?  O   NEA/AAC   está   a  organizar  duas  sessões  de  esclarec-­‐imento   sobre   os  estudos  de   segun-­‐do   ciclo  que  o  nosso  departamento  oferece   na   área   da   Antropologia.  A  1ª   Sessão   vai   ser   com   a   Prof.   Dra.  Eugénia   Cunha   (Coordenadora   do  Mestrado   em   Evolução   e   Biologia  Humanas   e   da   Pós-­‐Graduação   em  Antropologia   Forense).  Para   mais  informações:  [email protected]  

As   conversas   "Quarta   à   noite   com..."   são  uma   iniciativa   dos   núcleos   de   estudantes  da  FCTUC  que  estudam  no  pólo  I.  Serão   um   conjunto   de   conversas   com   ca-­‐rácter   informal   que   pretendem   transmitir  como   se   relacionam   as   nossas   áreas   do  saber   e   a   importância   da   multidiscipli-­‐naridade  nos  nossos  dias.  As   conversas   terão   início   às   21h15   e   uma  duração  aproximada  de  1h15:  27   de   Fevereiro   -­‐   Neurociências   e   In-­‐teligência  artificial    13  de  Março  -­‐  Ciências  Forenses  3  de  Abril  -­‐  Ciência  no  Espaço  17  de  Abril  -­‐  Optimização  Os  nossos   convidados   serão  Professores   e  terão  lugar  no  RÓMULO-­‐  Centro  de  Ciência  Viva   da   Universidade   de   Coimbra,   no   De-­‐partamento  de  Física.  Temos  o  prazer  de  contar  com  o  Professor  Doutor   Carlos   Fiolhais   (Director   da   RÓ-­‐MULO   e   Professor   do   DF-­‐FCTUC)   a   mod-­‐erar  as  quatro  conversas.  Será  um  espaço  de  debate  não  só  entre  os  oradores  mas  também  com  o  público.  Contamos  contigo,  Até  quarta  à  noite!  

Organização:   NEA/AAC;   NEB/AAC;  NEBIOQ/AAC;   NEDF/AAC;  NEQ/AAC;  NEMAT/AAC;  NG/AAC;  

Page 7: Notas de Campo #4 Efeitos da Crise

 

 

"Titãs da Internet" criam prémio milionário para as ciências da vida por  Ana  Dias  Cordeiro  in  publico.pt  

Fundadores do Facebook e Google junta-ram-se ao empresário e filantropo russo Yuri Milner para financiarem um prémio de excelência no valor de três milhões de dólares que melhore as perspectivas de tratamento de doenças como o cancro ou de Parkinson.

Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, Sergey Brin, co-fundador do Google, e o em-presário russo Yuri Milner que fez fortuna com o que investiu na área da Internet e se tem notabilizado pelas suas acções filantrópi-cas, juntaram-se para criar o mais valioso prémio do mundo na área da medicina e da biologia. Uma espécie de Nobel para as ciên-cias da vida, mas com mais do dobro do valor do Nobel e (pelo menos por agora) tendo os Estados Unidos como único destino dos premiados.

O Breakthrough Prize in Life Scien-ces (Prémio para os Avanços nas Ciências da Vida) vale três milhões de dólares (cerca de 2,3 milhões de euros) e os primeiros laurea-dos, todos de universidades ou institutos de investigação dos Estados Unidos, são conhe-cidos nesta quarta-feira: 11 ao todo, a receber cada um deles esse valor, e cujo trabalho está essencialmente virado para a genética do crescimento celular e de como as perturba-ções desses processos podem dar origem a cancros, escreve o The New York Times. A  ideia  foi  de  Yuri  Milner  que,  no  ano  passado,  lançou   um   prémio   de   excelência   na   área   da  Física,   também   no   valor   de   três   milhões   de  dólares.   Motivado   pela   sua   própria   história,  quis  este  ano  alargar  o  modelo  a  outras  áreas.  “Infelizmente   dois   familiares   próximos   têm  doenças  graves  e  um  deles  é  cancro.  Esta  é  em  

parte   a   minha   ligação   ao   prémio”,   disse  citado   pelo  The   Guardian.   Com   parte   da  sua   fortuna,   através   desta   recompensa   ,  Milner  gostaria  que  os   jovens  ganhassem  a  percepção  de  que  não  é   apenas  através  de  carreiras  no  desporto  e  no  espectáculo  que   é   possível   conquistar   o   reconheci-­‐mento  público.  Ele  e  os  outros  dois  rostos  desta  iniciativa,  Zuckerberg   e   Brin,   são   como   "os   aristo-­‐cratas   de   Silicon   Valley”   (The   Guardian)  ou   "uns   titãs  da   Internet"   (The  New  York  Times).  Graças  a  eles,  nos  últimos  anos,  o  panorama   das   tecnologias   e   da   Internet  mudou.  E  essa  mudança  também  fez  deles  milionários   que   querem   agora   procurar  nas   suas   fortunas   formas   de   apostar   na  investigação   molecular   e  genética,   para  melhorar   o   tratamento   de   doenças   curá-­‐veis   e   a   probabilidade   de   uma   vida   me-­‐lhor  e  mais  longa.      A   ideia   é   impulsionar   uma   nova   geração  de   biólogos   moleculares   e   geneticistas   e  estimular   a   investigação   que   previna   e  combata   doenças  como   a   diabetes   e   de  Parkinson   além   do   cancro.   Mas   também  recompensar   cientistas   que   “pensam   em  grande,   correm   riscos   e   causaram   um  impacto  nas  nossas   vidas”,   explicou,   cita-­‐da  pelo  NYT,  Anne  Wojcicki,  fundadora  da  empresa   de   análise   genética   23andMe   e  mulher   de   Sergey   Brin.   Também  ela   aju-­‐dou   a   criar   o   prémio.   Estes   cientistas,  acrescentou,   devem   ser   “heróis   na   socie-­‐dade”.  

 In  Jornal  Público  |acedido  a  10/03/2013|  

 Ficha  Técnica    Edição:  

Alexandra  Cordeiro    

 

 

Textos:  

Marta  Tavares  

Ana  Figueiredo  

Diana  Matos  

Luisa  Araújo  

Alexandra  Cordeiro  

 

Fontes:  

Jornal  de  Notícias  

 A  Cabra  

Público  

 

Edição  

Tendências    

&    

Saídas  Profissionais  

 

Propriedade  

Núcleo  de  Estudan-­‐

tes  de  Antropologia  

da  Associação  Aca-­‐

démica  de  Coimbra  

(NEA/AAC)  

 

Pelouro  da  Cultura  

e  Comunicação  

 

 

Março  2013        

Efeitos  da  Crise    

  Que  a  Crise  anda  a  influenciar  a  forma  como  vivemos  já  nós  sabíamos,  mas  sabias  que  o  suicídio  aumentou  dras-­‐ticamente  e  que  os   investigadores  acreditam  que  é  conse-­‐quência   da   crise?   O   governo   espanhol   já   foi   obrigado   a  mudar  a   lei  de  despejo  por  não  pagar  renda,  devido  a  vá-­‐rios  suicídios  em  público.    Mas  nem  tudo  são  más  notícias  e  a  crise  também  está  a  ensinar  os  portugueses  a  poupar  e  a  regressar  à   “moda  da  marmita”  Efeitos  da  crise  e  várias  abordagens  ao  tema.    

 

Alexandra Cordeiro

-­‐ Coordenadora  do  Pelouro  da  Cultura  e  Comunicação  do  NEA/AAC  -­‐  

Queremos  saber  aquilo  que  se  passa  na  tua  cabeça!  

Tens  algo  a  dizer  à  comunidade?  Viste  algum  artigo  interessan-­‐

te  que  queiras  partilhar?  O  NEA  quer  proporcionar-­‐te  um  espa-­‐

ço   onde   te   possas   expressar.   Envia-­‐nos   artigos   interessantes  

sobre  os  temas  que  entenderes  para  o  email    

[email protected]  e   terás  a  oportunidade  de  os  ver  pu-­‐

blicados  nos  próximos  Notas  de  Campo  e  no  facebook  do  NEA.  

Assembleia  Magna    

Relatório  e  Contas  da  DG/AAC  2012:  Ficam  Valores  por  explicar      Uma  análise   ao   relatório  da   DG/AAC   conta   com  prejuízo   em   relação   ao  ano   anterior   e   com   des-­‐pesas   que   ainda   geram  confusão   por   não   esta-­‐rem   discriminadas.   Con-­‐ta-­‐se   ainda   um   Fórum  AAC   que   teima   em   não  ser  em  Coimbra  e  valores  relativos   às   comunica-­‐ções   da   casa   que   conti-­‐nuam  por  explicar.    

|Artigo  na  íntegra  em    aCabra.net,    

por  Liliana  Cunha|            Mais  fiscalização  da  Praxe  Coimbrã João  Luís  Jesus  garante  que  a  praxe  da  UC  deve,  a  par  das  normas,  estar  principalmente  protegida  pela  não  perturbaçãoo  das  actividades.    

|Artigo  na  íntegra  em    aCabra.net|  

 

Page 8: Notas de Campo #4 Efeitos da Crise

A  Recolha  de  Alimentos  está  de  volta!                O   Núcleo   de   Estudantes   de   Antropologia,   em   parceria   com   a  Agir  pelos  Animais,  está  a  realizar  novamente  uma  recolha  de  ali-­‐mentos  e  bens  necessários  aos  nossos  amigos  de  4  patas!  Esta   iniciativa  surgiu  com  a   vontade  do  Núcleo   de  Estudantes  de  Antropologia  ajudar  os  animais  que  são  abandonados  diariamente,  e  ajudar  também  as  associações,  nomeadamente  a  Agir,  que  tratam  deles  todos  os  dias  e  arranjam  famílias.  Sabemos  que  se  torna  difí-­‐cil   para  as   associações,  nos   tempos  que  correm,   conseguirem  ali-­‐mento  para  todos  os  patudos  que  têm  ao  abrigo,  e  como  tal,  deci-­‐dimos  ajudar  como  podemos!  A  segunda   fase  desta  campanha  irá  decorrer   até   do   dia   22   de  Março   e   podes   ajudar   com:   alimentos,  mantas   (cobertores),   brinquedos,   donativos,   etc.,   e   podem  entre-­‐gar  tudo  isto  no  Núcleo  de  Estudantes  de  Antropologia  da  UC  (Edi-­‐fício  S.Bento).  

Para   mais   informações   contacta   o   NEA   através   de  [email protected]  

Vem  ajudar  os  nossos  amigos  patudos!    

Luisa Araújo -­‐Coordenadora  das  Saídas  Profissionais  NEA/AAC-­‐  

 

 Cartoon  

Fonte:      http://pergunteaooraculo.wordpress.com/2008/01/20/sobre-­‐o-­‐sentido-­‐da-­‐vida-­‐ou-­‐nao/  

 Efeitos    da    Crise