nota técnica dieese empregos ind calçados na bahia

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GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA SECRETARIA DO TRABALHO, EMPREGO, RENDA E ESPORTE – SETRE DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICA E ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DA BAHIA - OBA DESEMPENHO DA INDÚSTRIA CALÇADISTA NA BAHIA INTRODUÇÃO A Indústria de calçados é um segmento da Indústria de transformação que tem um papel importante na desconcentração da matriz industrial do estado, porque está distribuída espacialmente em diversos municípios do interior, se tornando uma fonte efetiva de geração de emprego e renda e de estímulo da atividade econômica regional. O processo de atração dessas indústrias foi marcado por uma série de incentivos governamentais, envolvendo desde isenções fiscais, principalmente de ICMS, passando por cursos de qualificação, até investimentos públicos em infraestrutura (construção do galpão da unidade fabril, pavimentação do acesso e energia na sede do empreendimento, etc). Outro elemento relevante para a decisão de instalação das indústrias foi a extensiva e farta oferta de mão de obra. Com isso, uma série de indústrias se instalou na Bahia, formando um polo calçadista, que segundo notícia publicada na página da Secretaria estadual de Indústria, Comércio e Mineração (SICM) 1 , conta atualmente com 47 empresas de fabricação de calçados, por exemplo: Vulcabrás Azaléia (Itapetinga), Amazonas Calçados e Ramarim (Jequié), Calçados 1 Informação disponível em: http://www.sicm.ba.gov.br/Pagina.aspx? pagina=calcadosecouro . Acesso em 12 de dezembro de 2012. NOTA TÉCNIC A

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Page 1: Nota técnica DIEESE empregos ind calçados na Bahia

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIASECRETARIA DO TRABALHO, EMPREGO, RENDA E ESPORTE – SETREDEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICA E ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS – DIEESE/OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DA BAHIA - OBA

DESEMPENHO DA INDÚSTRIA CALÇADISTA NA BAHIA

INTRODUÇÃO

A Indústria de calçados é um segmento da Indústria de transformação que tem um papel

importante na desconcentração da matriz industrial do estado, porque está distribuída

espacialmente em diversos municípios do interior, se tornando uma fonte efetiva de geração

de emprego e renda e de estímulo da atividade econômica regional. O processo de atração

dessas indústrias foi marcado por uma série de incentivos governamentais, envolvendo desde

isenções fiscais, principalmente de ICMS, passando por cursos de qualificação, até

investimentos públicos em infraestrutura (construção do galpão da unidade fabril,

pavimentação do acesso e energia na sede do empreendimento, etc). Outro elemento relevante

para a decisão de instalação das indústrias foi a extensiva e farta oferta de mão de obra.

Com isso, uma série de indústrias se instalou na Bahia, formando um polo calçadista, que

segundo notícia publicada na página da Secretaria estadual de Indústria, Comércio e

Mineração (SICM)1, conta atualmente com 47 empresas de fabricação de calçados, por

exemplo: Vulcabrás Azaléia (Itapetinga), Amazonas Calçados e Ramarim (Jequié), Calçados

Pegadas do Nordeste (Ruy Barbosa), Calçados Malu (Alagoinhas), Calçados Bel Passo (São

Francisco do Conde), etc.

Ao longo de 2012, após sucessivas perdas de empregos, o subsetor vem enfrentando uma

forte crise, que inclui inclusive o fechamento de unidades fabris no estado. Um dos motivos

revelado pelos empresários para as dificuldades financeiras do negócio é a diminuição

acentuada de sua competitividade, causada pela excessiva entrada de produtos importados a

preços muito baixos. Diante desse contexto, serão examinados os dados recentes do Cadastro

Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho e Emprego

(CAGED/MTE), com o objetivo de identificar como o subsetor vem se comportando em

termos da geração de empregos ao longo do tempo e no território baiano.

NOTA METODOLÓGICA

1 Informação disponível em: http://www.sicm.ba.gov.br/Pagina.aspx?pagina=calcadosecouro. Acesso em 12 de dezembro de 2012.

NOTA TÉCNICA

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A partir de dezembro de 2010 o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) realizou uma

mudança metodológica na divulgação dos dados do Cadastro Geral de Empregados e

Desempregados (CAGED) que passam a requerer cautela na comparação com a série anterior

à mudança.

O MTE passou a divulgar os saldos de empregos obtidos a partir de declarações entregues

mensalmente, fora do prazo, juntamente com os acertos de declarações, desagregados por

Unidades da Federação e setores/subsetores de atividade econômica, procedimento que visa

reduzir a distância entre os dados divulgados com base na Relação Anual de Informações

Sociais (RAIS) e os oriundos do CAGED.

Dessa forma, a partir de janeiro de 2011 são disponibilizadas mensalmente as informações

relativas aos vínculos empregatícios declarados fora do prazo legal. A incorporação dessas

declarações no saldo acumulado do ano e em 12 meses impossibilita a comparabilidade da

série histórica.

Ao longo do estudo, será utilizado o saldo com a antiga metodologia, para permitir a

comparação com o período anterior.

GERAÇÃO RECENTE DE EMPREGOS CELETISTAS NA INDÚSTRIA CALÇADISTA BAIANA

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Observou-se que houve movimentação de trabalhadores (admissões e desligamentos) e, por

conseguinte, saldo de empregos em 50 dos 417 municípios baianos no ano de 2012 (janeiro a

outubro). Rui Barbosa destacou-se com o maior saldo de 500 empregos criados no ano,

seguido por Ipirá, com 423 postos e Sapeaçú (169 empregos), enquanto Itapetinga fechou

2.593 postos, registrando o menor saldo em igual período. Itaberaba teve o segundo menor

saldo (-314 empregos), embora a diferença para o saldo de Itapetinga seja bastante

significativa (Tabela 1). Certamente, a perda de postos de trabalho em Itapetinga teve uma

magnitude tão elevada que deprimiu todo o desempenho do subsetor calçadista no estado.

Ressalte-se que o saldo total do subsetor Indústria de calçados nos dez primeiros meses de

2012 foi -3.003 empregos, afetando o desempenho do saldo final de todos os setores do

estado, de 19.888 empregos.

TABELA 1Movimentação de trabalhadores e saldo de empregos celetistas na Indústria de

calçadosMunicípios baianos, acumulado de janeiro a outubro de 2012

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Adm. Deslig. Saldo

1 Ruy Barbosa 750 250 5002 Ipirá 652 229 4233 Sapeaçú 259 90 1694 Conceição do Almeida 237 133 1045 Serra Preta 202 123 796 Esplanada 141 64 777 Anguera 46 9 378 Amargosa 157 130 279 Salvador 35 9 2610 Porto Seguro 26 6 2011 Alagoinhas 40 30 1012 Teolândia 22 17 513 Coração de Maria 5 1 414 Maragogipe 5 3 215 Guanambi 1 0 116 Presidente Tancredo Neves 35 34 117 Riachão do Jacuípe 3 2 118 Ilhéus 0 1 119 Sátiro Dias 0 1 120 Castro Alves 92 94 221 Potiraguá 0 2 222 São Felipe 0 2 223 Itabuna 1 4 324 Feira de Santana 46 50 425 Itarantim 0 4 426 Irecê 2 8 627 Lauro de Freitas 17 23 628 Amélia Rodrigues 8 20 1229 Teixeira de Freitas 104 119 1530 Ubaíra 0 17 1731 Poções 1 19 1832 Caatiba 5 24 1933 Jacobina 108 131 2334 Santaluz 116 141 2535 Muritiba 38 73 3536 Vitória da Conquista 852 889 3737 Conceição do Jacuípe 54 94 4038 Cruz das Almas 150 217 6739 Itororó 110 185 7540 Macarani 60 153 9341 Serrinha 156 249 9342 Firmino Alves 43 144 10143 Itambé 28 133 10544 Valente 97 210 11345 Jequié 1.289 1.410 12146 Santo Antônio de Jesus 123 271 14847 Conceição do Coité 104 283 17948 Santo Estevão 942 1.157 21549 Itaberaba 283 597 31450 Itapetinga 445 3.038 2.593

Total 7.890 10.893 3.003Total do saldo estadual 651.945 632.057 19.888

ClassificaçãoTotal

Município-Bahia

Fonte: MTE-CAGEDElaboração: DIEESENota: Não incorpora as declarações fora de prazo

Especificando os 10 municípios baianos com maior e os 10 com menor saldo de empregos na

Indústria de calçados de janeiro a outubro de 2012, nos de saldos positivos, encontra-se em

Ipirá um desempenho mensal mais uniforme na geração de postos de trabalho, registrando

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saldos positivos em todos os meses, a exceção de outubro (-4 postos). Já Ruy Barbosa teve

diversos saldos negativos no decorrer do ano, apesar de pouco expressivos. O conjunto desses

municípios geraram 1.462 empregos no período (Tabela 2).

Dentre os 10 municípios baianos com os menores saldos, Itapetinga destaca-se muito dos

demais municípios, com um saldo de -2.593 empregos, formado por saldos negativos em

todos os meses até outubro de 2012. O conjunto desses municípios foram responsáveis pelo

fechamento de quase 4 mil postos de trabalho no ano.

TABELA 2Saldo de empregos celetistas no subsetor Indústria calçadista

Municípios baianos com maior e menor saldo no ano, janeiro-outubro 2012

jan/12 fev/12 mar/12 abr/12 mai/12 jun/12 jul/12 ago/12 set/12 out/12Ruy Barbosa 3 74 41 12 28 169 356 25 15 31 500Ipirá 43 69 26 32 18 112 32 24 71 4 423Sapeaçú 95 38 5 2 23 4 10 8 10 6 169Conceição do Almeida 1 27 1 2 12 29 69 27 3 5 104Serra Preta 12 59 11 32 2 9 10 9 10 19 79Esplanada 26 15 4 3 17 6 7 8 6 3 77Anguera 0 0 0 0 0 0 42 2 1 2 37Amargosa 1 16 11 12 14 8 39 3 10 17 27Salvador 0 1 1 5 2 1 3 0 5 10 26Porto Seguro 0 2 0 2 2 1 2 0 3 12 20

Total 173 247 8 74 86 321 550 34 50 65 1.462

jan/12 fev/12 mar/12 abr/12 mai/12 jun/12 jul/12 ago/12 set/12 out/12Serrinha 12 23 21 12 17 8 3 9 13 17 93Firmino Alves 2 31 16 0 16 9 5 13 21 20 101Itambé 2 7 8 1 12 8 20 21 35 7 105Valente 47 11 9 3 15 15 4 30 3 0 113Jequié 135 247 1 77 36 19 54 82 67 277 121Santo Antônio de Jesus 2 0 2 26 111 39 1 4 8 15 148Conceição do Coité 14 40 27 22 24 28 13 35 26 2 179Santo Estevão 41 10 98 26 37 181 10 70 65 129 215Itaberaba 23 55 8 41 41 187 64 15 12 2 314Itapetinga 91 500 406 167 185 281 228 292 169 274 2.593

Total 99 320 290 265 420 775 294 563 213 743 3.982

10 Municípios baianos com maior saldo

10 Municípios baianos com menor saldo

PeríodoTotal

TotalPeríodo

Fonte: MTE-CAGEDElaboração: DIEESENota: Não incorpora as declarações fora de prazo

Ao selecionar os cinco municípios baianos com saldos mais expressivos de empregos

celetistas no ano de 2012 (janeiro a outubro), tem-se que, em todos eles, o saldo do subsetor

Indústria de calçados é muito relevante para o saldo total de todos os subsetores de atividade

econômica. Este fato evidencia a importância que esse segmento industrial tem na dinâmica

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econômica dos referidos municípios, constituindo-se em uma forte alternativa de trabalho e

renda para a população, além de ter um real impacto em setores como Comércio e Serviços

(Gráfico 1).

GRÁFICO 1Saldo de empregos celetistas por subsetores de atividade econômica

Municípios baianos selecionados, janeiro-outubro de 2012

Fonte: MTE-CAGEDElaboração: DIEESENota: Não incorpora as declarações fora de prazo

Mais especificamente em outubro de 2012, pode se perceber que todos os municípios baianos

selecionados fecharam postos de trabalho na Indústria calçadista. Os resultados deste subsetor

influenciaram, principalmente, os saldos finais de empregos nos municípios de Ruy Barbosa,

Itapetinga e Itaberaba (Gráfico 2).

GRÁFICO 2Saldo de empregos celetistas por subsetores de atividade econômica

Municípios baianos selecionados, outubro de 2012

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Fonte: MTE-CAGEDElaboração: DIEESENota: Não incorpora as declarações fora de prazo

Deve-se ressaltar que Itapetinga, além de ser o município baiano com o menor saldo de

empregos celetistas da Indústria de calçados em 2012, registrou fechamento de postos nos dez

primeiros meses do ano, sobretudo em fevereiro (-500 empregos) e março (-406 empregos),

quando os saldos foram mais negativos. Ao verificar o comportamento desse subsetor em

Itapetinga no mesmo período do ano anterior, nota-se que o desempenho já era desfavorável

em 2011, com um saldo no acumulado de meses do ano da ordem de -2.285 empregos.

Novamente, há uma perda generalizada de postos de trabalho mensalmente, exceto em julho

(+20 postos). Dentre os meses que tiveram saldos negativos, fevereiro sobressaiu-se com -482

empregos e chama a atenção os resultados expressivos de fechamentos de postos nos meses

de abril a julho de 2011 (Tabela 3).

TABELA 3Movimentação de trabalhadores e saldo de empregos celetistas

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Município de Itapetinga-BA, 2011 e 2012 (janeiro-outubro)

Admitidos Desligados Admitidos DesligadosJaneiro 94 472 378 0 91 91Fevereiro 20 502 482 40 540 500Março 276 303 27 57 463 406Abril 43 445 402 85 252 167Maio 22 445 423 44 229 185Junho 30 430 400 22 303 281Julho 238 218 20 111 339 228Agosto 222 233 11 2 294 292Setembro 136 243 107 84 253 169Outubro 226 301 75 0 274 274Total 1.307 3.592 2.285 445 3.038 2.593

Período Movimentação de trabalhadores SaldoMovimentação de trabalhadoresSaldo

20122011

Fonte: MTE-CAGEDElaboração: DIEESENota: Não incorpora as declarações fora de prazo

Uma vez que em Itapetinga está situada a sede da indústria de calçados Vulcabrás Azaléia,

este município é o principal gerador de empregos celetistas, nesse segmento, no Território de

Identidade Médio Sudoeste da Bahia, ao qual faz parte. Diante da situação adversa que este

subsetor tem enfrentado, já é possível sentir os desdobramentos em sete dos 13 municípios2

que compõem o território nos dez primeiros meses de 2012 (Tabela 4).

TABELA 4Movimentação de trabalhadores e saldo de empregos celetistas da Indústria de

calçados

2 Os 13 municípios que integram o território Médio Sudoeste da Bahia são, em ordem alfabética: Caatiba, Firmino Alves, Ibicuí, Iguaí, Itambé, Itapetinga, Itarantim, Itororó, Macarani, Maiquinique, Nova Canaã, Potiraguá e Santa Cruz da Vitória.

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Municípios com saldo do Território Médio Sudoeste da Bahia, janeiro-outubro/2012

Admitidos Desligados

Itapetinga 445 3.038 2.593Itambé 28 133 105Firmino Alves 43 144 101Macarani 60 153 93Itororó 110 185 75Caatiba 5 24 19Itarantim 0 4 4Potiraguá 0 2 2

Municípios do Médio Sudoeste da Bahia com saldo na Indústria de calçados

SaldoMovimentação de trabalhadores

Fonte: MTE-CAGEDElaboração: DIEESENota: Não incorpora as declarações fora de prazo

No que se refere ao estoque de empregos celetistas da Indústria de Calçados em Itapetinga,

agora considerando uma série histórica maior, com início em janeiro de 2010, verifica-se que

assim como foi demonstrado acima, o desempenho do setor na geração de postos de trabalho

começa a declinar e reduzir de forma progressiva o seu ritmo de crescimento a partir de

janeiro de 2011, quando se registrou o maior estoque de 13.779 empregos, até outubro de

2012, atingindo um estoque de 8.397 empregos. De forma contrária, o ano de 2010 foi

marcado pelo crescimento do estoque de empregos (Gráfico 3).

GRÁFICO 3

NOTA TÉCNICA

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Evolução do estoque de empregos formais celetistas no subsetor da Indústria de Calçados

Município de Itapetinga-BA, janeiro/2010-outubro/2012

Fonte: MTE-CAGEDElaboração: DIEESENota: Não incorpora as declarações fora de prazo

A trajetória declinante do estoque de empregos celetistas da Indústria de calçados em

Itapetinga a partir de janeiro de 2011 é confirmada pela evolução da taxa de variação do

estoque, que no início do período era 15,8%, após quatro meses (em maio) passou a ser

negativa (-1,4%) e continuou diminuindo até outubro de 2012 com -26,9% (Gráfico 4).

NOTA TÉCNICA

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GRÁFICO 4Taxa de variação do estoque de empregos formais celetistas no subsetor da

Indústria de CalçadosMunicípio de Itapetinga-BA, janeiro/2011-outubro/2012

Fonte: MTE-CAGEDElaboração: DIEESENota: Não incorpora as declarações fora de prazo

A situação em que se encontra o subsetor da Indústria de calçados em Itapetinga é ainda

mais grave, porque além da redução da capacidade de geração de empregos, há um

processo contínuo de redução da participação relativa desse segmento na Indústria de

transformação durante o período, passando de 93,1%, em janeiro de 2011, para 88,7%, em

outubro de 2012 (Gráfico 5).

NOTA TÉCNICA

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GRÁFICO 5Participação (%) do subsetor da Indústria de Calçados no estoque de empregos

formais da Indústria de transformaçãoMunicípio de Itapetinga-BA, janeiro/2011-outubro/2012

Fonte: MTE. CagedElaboração: DIEESENota: (1) Não incorpora as declarações fora de prazo. (2) Por motivo de erro de registro o total não incorpora o estoque do subsetor Indústria de produtos minerais não metálicos

NOTA TÉCNICA