nota técnica nº 009 /2017 -asd /aneel processo n · experiência obtida durante os mais de três...

25
Nota Técnica nº 009/2017-ASD/ANEEL Em 30 de junho de 2017. *A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência. Processo n o 48500.002425/2017-03 Assunto: Proposta de abertura de Audiência Pública - AP com vistas a colher subsídios para aprimoramento da Norma de Organização ANEEL nº 40, que dispõe sobre a realização de Análise de Impacto Regulatório – AIR no âmbito da Agência. I - DO OBJETIVO 1. Fundamentar a instauração de Audiência Pública com vistas a colher subsídios para aprimoramento da Norma de Organização ANEEL nº 40, que dispõe sobre a realização de Análise de Impacto Regulatório – AIR no âmbito da Agência. II - DOS FATOS 2. Em 8 de abril de 2013, foi publicada a Resolução Normativa – REN nº 540, de 12 de março de 2013, a qual aprova a Norma de Organização – N.O. nº 040/2013-ANEEL que dispõe sobre a realização de Análise de Impacto Regulatório – AIR pela ANEEL. 3. Em seu art. 8º está prevista a realização de uma avaliação da Norma depois de decorridos 3 (três) anos de sua publicação. 4. A revisão da Norma foi incluída no Planejamento Estratégico da ANEEL para o Ciclo 2014-2017 como a etapa nº 8 da Iniciativa Estratégica 6.1.1, que consiste em “Racionalizar e harmonizar o estoque regulatório da ANEEL”. Essa iniciativa, com prazo de realização até o fim do ano de 2017, integra o Objetivo Estratégico nº 6, de “Ampliar a Coerência dos atos Regulatórios”. 5. Nesse contexto, o Grupo de Trabalho – GT-AIR composto por alguns membros da Comissão Técnica de Apoio à Análise de Impacto Regulatório – CT-AIR 1 e por servidores indicados pelas Superintendências de Regulação, deu início aos trabalhos de revisão da N.O. nº 040/2013-ANEEL. 1 Com atribuições e composição definidas por meio da Portaria nº 2.861, de 30 de setembro de 2013. CÓDIGO DE VERIFICAÇÃO: 3C6B2132003F907E CONSULTE EM http://sicnet2.aneel.gov.br/sicnetweb/v.aspx ANDRE LUCIO NEVES,HUGO LAMIN, JULIA SECHI NAZARENO PEDRO MELLO LOMBARDI,NATALIA ADDAS PORTO, FABRICIO BERNARDO PEREIRA ANDRE RAMON SILVA MARTINS,LUCIANA PEIXOTO GONCALVES DE OLIVEIRA, NARA RUBIA DE SOUZA ASSINADO DIGITALMENTE POR CARLOS MARCEL FERREIRA DA SILVA, HALDANE FAGUNDES LIMA Número: 48575.003566/2017-00

Upload: others

Post on 06-Jun-2020

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Nota Técnica nº 009 /2017 -ASD /ANEEL Processo n · experiência obtida durante os mais de três anos de aplicação da norma em caráter obrigatório. 10. Foram recebidas contribuições

Nota Técnica nº 009/2017-ASD/ANEEL

Em 30 de junho de 2017.

*A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Processo no 48500.002425/2017-03 Assunto: Proposta de abertura de Audiência Pública - AP com vistas a colher subsídios para aprimoramento da Norma de Organização ANEEL nº 40, que dispõe sobre a realização de Análise de Impacto Regulatório – AIR no âmbito da Agência.

I - DO OBJETIVO 1. Fundamentar a instauração de Audiência Pública com vistas a colher subsídios para aprimoramento da Norma de Organização ANEEL nº 40, que dispõe sobre a realização de Análise de Impacto Regulatório – AIR no âmbito da Agência. II - DOS FATOS 2. Em 8 de abril de 2013, foi publicada a Resolução Normativa – REN nº 540, de 12 de março de 2013, a qual aprova a Norma de Organização – N.O. nº 040/2013-ANEEL que dispõe sobre a realização de Análise de Impacto Regulatório – AIR pela ANEEL. 3. Em seu art. 8º está prevista a realização de uma avaliação da Norma depois de decorridos 3 (três) anos de sua publicação.

4. A revisão da Norma foi incluída no Planejamento Estratégico da ANEEL para o Ciclo 2014-2017 como a etapa nº 8 da Iniciativa Estratégica 6.1.1, que consiste em “Racionalizar e harmonizar o estoque regulatório da ANEEL”. Essa iniciativa, com prazo de realização até o fim do ano de 2017, integra o Objetivo Estratégico nº 6, de “Ampliar a Coerência dos atos Regulatórios”.

5. Nesse contexto, o Grupo de Trabalho – GT-AIR composto por alguns membros da Comissão Técnica de Apoio à Análise de Impacto Regulatório – CT-AIR1 e por servidores indicados pelas Superintendências de Regulação, deu início aos trabalhos de revisão da N.O. nº 040/2013-ANEEL.

1 Com atribuições e composição definidas por meio da Portaria nº 2.861, de 30 de setembro de 2013.

CÓDIGO DE VERIFICAÇÃO: 3C6B2132003F907E CONSULTE EM http://sicnet2.aneel.gov.br/sicnetweb/v.aspx

ANDRE LUCIO NEVES,HUGO LAMIN, JULIA SECHI NAZARENO

PEDRO MELLO LOMBARDI,NATALIA ADDAS PORTO, FABRICIO BERNARDO PEREIRA

ANDRE RAMON SILVA MARTINS,LUCIANA PEIXOTO GONCALVES DE OLIVEIRA, NARA RUBIA DE SOUZA

ASSINADO DIGITALMENTE POR CARLOS MARCEL FERREIRA DA SILVA, HALDANE FAGUNDES LIMA

Número: 48575.003566/2017-00

Page 2: Nota Técnica nº 009 /2017 -ASD /ANEEL Processo n · experiência obtida durante os mais de três anos de aplicação da norma em caráter obrigatório. 10. Foram recebidas contribuições

Página 2 da Nota Técnica nº 009/2017-ASD/ANEEL, de 30/06/2017.

*A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

6. Em paralelo, registra-se que, desde 6 de dezembro de 2016, tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei – PL nº 6.621/2016, que já passou pelo Senado Federal2, em cujo art. 6º está previsto que as propostas de criação ou alteração de atos normativos de interesse geral dos agentes econômicos, consumidores ou usuários dos serviços prestados serão, “nos termos do regulamento, precedidas da realização de Análise de Impacto Regulatório (AIR), que conterá informações e dados sobre os possíveis efeitos do ato normativo”.

7. Portanto, há a previsão de publicação de Decreto para regulamentar o dispositivo da futura Lei, o qual disporá sobre o conteúdo e a metodologia da AIR, sobre os quesitos mínimos a serem objeto de exame, bem como sobre os casos em que será obrigatória sua realização e aqueles em que poderá ser dispensada, além de outros detalhes.

8. Assim, com a possibilidade de breve emissão desses normativos hierarquicamente superiores à N.O. nº 040/2013-ANEEL, os trabalhos de revisão da referida norma poderão ser influenciados no seu decorrer. Não obstante, entendeu-se, no âmbito da CT-AIR, ser pertinente dar continuidade aos trabalhos de revisão da norma e conformá-la em acordo com a legislação em vigor, mas já buscando antecipar alguns pontos que deverão ser objeto de regulamentação, conforme identificado em reuniões sobre o tema realizadas pelas Agências Reguladoras e a Casa Civil.

9. Por meio da Nota Técnica nº 006/2017-ASD/ANEEL, instaurou-se Audiência Pública para o Público Interno – API 003/2017 no período de 16 de maio a 9 de junho de 2017 para tratar do tema, considerando a experiência obtida durante os mais de três anos de aplicação da norma em caráter obrigatório.

10. Foram recebidas contribuições de 12 (doze) servidores, as quais foram discutidas e analisadas pelo GT-AIR.

11. Em 9 de junho de 2017, foi realizada Reunião Técnica organizada pela CT-AIR, com representantes do Centro de Estudos de Regulação e Infraestrutura da Fundação Getúlio Vargas – CERI-FGV, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA, da Confederação Nacional da Indústria – CNI e da PSR Consultoria, com vistas a colher subsídios que permitam revisar e aprimorar a Norma. III - DA ANÁLISE III.1 Análise de Impacto Regulatório – AIR na ANEEL 12. A Análise de Impacto Regulatório – AIR é o procedimento ou ferramenta mediante o qual são previamente e sistematicamente analisados os custos e benefícios e as consequências esperadas de diferentes alternativas de disciplina normativa para um tema cuja regulação se cogita. 13. Conforme apresentado pelo Banco Mundial3, a regulação só é uma alternativa para maximizar o bem-estar social quando ela é efetiva, eficiente e transparente. Contudo, o impacto positivo ou negativo de

2 No Senado Federal o projeto tramitou sob o número PLS (Projeto de Lei do Senado) 52/2013. 3 The World Bank Group – “Better Regulation for Growth – Governance Frameworks and Tools for effective Regulatory Reform”, 2010.

CÓDIGO DE VERIFICAÇÃO: 3C6B2132003F907E CONSULTE EM http://sicnet2.aneel.gov.br/sicnetweb/v.aspx

ANDRE LUCIO NEVES,HUGO LAMIN, JULIA SECHI NAZARENO

PEDRO MELLO LOMBARDI,NATALIA ADDAS PORTO, FABRICIO BERNARDO PEREIRA

ANDRE RAMON SILVA MARTINS,LUCIANA PEIXOTO GONCALVES DE OLIVEIRA, NARA RUBIA DE SOUZA

ASSINADO DIGITALMENTE POR CARLOS MARCEL FERREIRA DA SILVA, HALDANE FAGUNDES LIMA

Número: 48575.003566/2017-00

Page 3: Nota Técnica nº 009 /2017 -ASD /ANEEL Processo n · experiência obtida durante os mais de três anos de aplicação da norma em caráter obrigatório. 10. Foram recebidas contribuições

Página 3 da Nota Técnica nº 009/2017-ASD/ANEEL, de 30/06/2017.

*A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

regulamentos nem sempre é evidente, especialmente quando se considera os efeitos no médio e longo prazos. Assim, decisões sobre a edição ou revisão de normas, frequentemente, são tomadas com base em informações limitadas ou sob determinado grau de viés. Por esse motivo, uma análise sistematizada é necessária para identificar e ponderar mais precisamente os efeitos da regulação. Somente dessa forma, pode-se avaliar, com maior confiança, que os efeitos positivos esperados de uma ação regulatória superam os eventuais efeitos negativos. 14. Após a implantação de AIR na ANEEL, por meio da REN nº 540, de 2013, foram produzidas na Agência 91 análises entre 2013 e 2016. Entretanto, foi identificado na ANEEL um número considerável de atos normativos sem AIR e sem a justificativa da impossibilidade da sua elaboração.

15. Visando contribuir para uma maior eficácia da aplicação da Norma e identificar eventuais pontos de aprimoramento, a CT-AIR com apoio dos servidores indicados pelas Superintendências de Regulação avaliaram os atos normativos expedidos pela Agência entre 2013 e 2016, bem como as AIR realizadas.

16. Nesse trabalho, constatou-se que 51 atos normativos foram emitidos sem a realização de AIR. Destes, 16 casos apresentaram alguma justificativa para dispensa da AIR e 35 atos normativos foram expedidos sem AIR e sem justificativa para sua dispensa. Ainda, dos 51 atos normativos em que não constaram AIR, 43 foram analisados pelo CT-AIR quanto a seu conteúdo, sendo registrado 28 casos nos quais a Nota Técnica trazia análise e fundamentos que poderiam constar de uma AIR4. 17. Resumidamente, dentre outros fatores analisados passíveis de aprimoramento, observou-se um número considerável de:

Atos normativos sem AIR e sem a justificativa da impossibilidade da sua elaboração;

Notas Técnicas com fundamentos que poderiam constar de uma AIR;

AIR sem detalhamento em relatório específico;

AIR dispensadas em razão de fatos supervenientes (simples adequação ou cumprimento de norma superior, indisponibilidade de prazo, correção de erro material etc); e

Descumprimento sistemático de dispositivos da norma de organização como, por exemplo, o previsto no art. 7º que previa a definição de prazo para avaliação futura dos efeitos de atos normativos.

18. O PL nº 6.621/2016, referido na seção anterior, incorpora a obrigação para que as Agências Reguladoras elaborem a AIR de forma prévia à edição de atos normativos, algo já tratado na norma da ANEEL. Também contém previsão de que Decreto Presidencial deverá regulamentar a elaboração de AIR com relação a seu conteúdo, metodologia, requisitos mínimos a serem examinados e casos obrigatórios e dispensáveis. 19. Nesse contexto, conforme mencionado anteriormente, a Casa Civil vem promovendo reuniões periódicas com as Agências Reguladoras desde janeiro de 2017 para subsidiar a elaboração desse Decreto.

4 O trabalho foi apresentado em reunião interna da CT-AIR (SIC nº 48574.001018/2017-00), o qual consta no âmbito do Processo nº 48500.005666/2011-19, o qual registra as atividades do CT-AIR da ANEEL.

CÓDIGO DE VERIFICAÇÃO: 3C6B2132003F907E CONSULTE EM http://sicnet2.aneel.gov.br/sicnetweb/v.aspx

ANDRE LUCIO NEVES,HUGO LAMIN, JULIA SECHI NAZARENO

PEDRO MELLO LOMBARDI,NATALIA ADDAS PORTO, FABRICIO BERNARDO PEREIRA

ANDRE RAMON SILVA MARTINS,LUCIANA PEIXOTO GONCALVES DE OLIVEIRA, NARA RUBIA DE SOUZA

ASSINADO DIGITALMENTE POR CARLOS MARCEL FERREIRA DA SILVA, HALDANE FAGUNDES LIMA

Número: 48575.003566/2017-00

Page 4: Nota Técnica nº 009 /2017 -ASD /ANEEL Processo n · experiência obtida durante os mais de três anos de aplicação da norma em caráter obrigatório. 10. Foram recebidas contribuições

Página 4 da Nota Técnica nº 009/2017-ASD/ANEEL, de 30/06/2017.

*A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Dado o impacto que tal ato pode ter sobre a aplicação da AIR na Agência, torna-se relevante indicar as principais conclusões apresentadas pela Casa Civil até o momento sobre o tema. 20. A partir de um mapeamento da situação em cada uma das Agências, o qual concluiu que todas utilizam elementos de AIR, mas em diferentes níveis de abrangência, aprofundamento e maturidade, a Casa Civil apresentou, no “Workshop Internacional sobre Análise de Impacto Regulatório (AIR): Desafios e Oportunidades para Implementação Efetiva no Brasil”, realizado em março de 2017, um resumo do estado da arte da AIR nas Agência Reguladoras Federais, destacando, como lições aprendidas os seguintes itens:

Importância da institucionalização da AIR;

Importância de o corpo diretor e técnico entenderem que a AIR é um instrumento de sistematização da reflexão que traz elementos para a decisão e não como a decisão em si;

Implementação da AIR deve ser gradual e progressiva: introdução com exigências muito complexas desincentiva e cria resistências junto ao corpo técnico;

Processos de tomada de subsídios e de consulta pública enriquecem as discussões e trazem informações importantes, além de aumentar a transparência;

Conflito entre o tempo necessário para a realização da AIR e o desejo de agilidade na regulamentação;

Importância do arranjo institucional para coordenação e acompanhamento das questões relacionadas à qualidade regulatória;

Importância do planejamento e da agenda regulatória;

Importância de capacitação com abordagem prática;

Capacitação sobre problematização é fundamental, pois se o problema não estiver bem definido, AIR perde seu propósito; e

Dificuldade no emprego de metodologias quantitativas e de monetização de custos e benefícios das normas.

21. Nessa mesma apresentação, a Casa Civil apresentou também considerações que julga importante para a regulamentação da AIR:

Necessidade de flexibilidade metodológica;

Necessidade de previsão de casos de dispensa de AIR com maior objetividade;

Importância da flexibilidade das ferramentas de participação social;

Necessidade de previsão de mecanismos de monitoramento e avaliação ex-post;

Consideração de que Agências têm graus de maturidade diferentes com relação à AIR; e

Necessidade de transparência e de simplicidade na regulamentação da AIR. 22. Algumas dessas questões já estão mais desenvolvidas na Norma de Organização da ANEEL, porém, outras, por carecer de melhor tratamento regulatório, foram discutidas no âmbito da API e da Reunião Técnica e devem ser agora endereçadas à AP.

CÓDIGO DE VERIFICAÇÃO: 3C6B2132003F907E CONSULTE EM http://sicnet2.aneel.gov.br/sicnetweb/v.aspx

ANDRE LUCIO NEVES,HUGO LAMIN, JULIA SECHI NAZARENO

PEDRO MELLO LOMBARDI,NATALIA ADDAS PORTO, FABRICIO BERNARDO PEREIRA

ANDRE RAMON SILVA MARTINS,LUCIANA PEIXOTO GONCALVES DE OLIVEIRA, NARA RUBIA DE SOUZA

ASSINADO DIGITALMENTE POR CARLOS MARCEL FERREIRA DA SILVA, HALDANE FAGUNDES LIMA

Número: 48575.003566/2017-00

Page 5: Nota Técnica nº 009 /2017 -ASD /ANEEL Processo n · experiência obtida durante os mais de três anos de aplicação da norma em caráter obrigatório. 10. Foram recebidas contribuições

Página 5 da Nota Técnica nº 009/2017-ASD/ANEEL, de 30/06/2017.

*A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

III.2 Recomendações e Propostas da Audiência Pública para o Público Interno – API 003/2017 e Reunião Técnica a) Sobre o rito do processo decisório 23. Conforme apresentado anteriormente, a AIR deve ser realizada previamente à regulamentação de um determinado tema, analisando os custos, benefícios e as consequências esperadas de diferentes alternativas de disciplina normativa, podendo constar entre elas inclusive a possibilidade de não se regulamentar. 24. Entre as conclusões apresentadas pela Casa Civil, está a de que a apresentação da AIR só é exigida no momento da consulta ou audiência pública ou no momento de apresentação da proposta à Diretoria Colegiada, o que pode ter como consequência sua realização muito tardiamente no processo normativo ou sua utilização apenas como justificativa para decisões regulatórias já tomada. 25. Em face dessa conclusão, uma alternativa para que a AIR não seja apenas uma etapa burocrática e direcionada para validação da alternativa regulatória escolhida seria a depender da complexidade do tema abordado, sua disponibilização para contribuições da sociedade anteriormente à elaboração da proposta de normativo.

26. Nesse sentido foi questionado na API 003/2017 e na Reunião Técnica realizada para subsidiar a revisão da norma de AIR “Em que momento deve ser apresentada a AIR para a sociedade, de forma conjunta com a proposta de normativo ou em momento anterior? Essa decisão depende ou independe do grau de complexidade da AIR ou de importância do assunto objeto do ato normativo?”

27. Na API 003/2017 as contribuições foram bem diversificadas. Dentre elas, 4 servidores indicaram que a AIR deveria ser discutida antes da apreciação da minuta da norma; 3 servidores indicaram que a AIR deveria ser apresentada em conjunto com a proposta do ato. Algumas propuseram que fosse realizada consulta interna ou a uma comissão; 4 servidores acham que depende da complexidade e da relevância do tema; 1 servidor acha que depende do nível de evolução do AIR e da disponibilidade de dados.

28. Além disso, algumas contribuições sugeriram que houvesse uma análise interna da ANEEL no caso da submissão da AIR em conjunto com o ato. Outro servidor também sugeriu que houvesse previsão de realização de consultas públicas para colher dados e informações antes da submissão da AIR em Audiência Pública.

29. Na Reunião Técnica, os participantes ressaltaram ser fundamental que a AIR seja discutida junto à sociedade antes de se discutir a norma que se origina dela, pois, caso contrário, restringe-se a avaliação por parte da sociedade da alternativa escolhida. Além disso, recomendou-se que os métodos de consulta pública sejam melhorados no sentido de fomentar uma maior participação social. Acrescentaram, ainda, o fato de que uma discussão prévia da AIR pode facilitar a elaboração da norma e fazer com que seja necessário menor tempo de discussão e de recebimento de contribuições quando esta for colocada em audiência pública, de maneira que esse encadeamento não tenha como consequência, necessariamente, o incremento do tempo de regulação.

CÓDIGO DE VERIFICAÇÃO: 3C6B2132003F907E CONSULTE EM http://sicnet2.aneel.gov.br/sicnetweb/v.aspx

ANDRE LUCIO NEVES,HUGO LAMIN, JULIA SECHI NAZARENO

PEDRO MELLO LOMBARDI,NATALIA ADDAS PORTO, FABRICIO BERNARDO PEREIRA

ANDRE RAMON SILVA MARTINS,LUCIANA PEIXOTO GONCALVES DE OLIVEIRA, NARA RUBIA DE SOUZA

ASSINADO DIGITALMENTE POR CARLOS MARCEL FERREIRA DA SILVA, HALDANE FAGUNDES LIMA

Número: 48575.003566/2017-00

Page 6: Nota Técnica nº 009 /2017 -ASD /ANEEL Processo n · experiência obtida durante os mais de três anos de aplicação da norma em caráter obrigatório. 10. Foram recebidas contribuições

Página 6 da Nota Técnica nº 009/2017-ASD/ANEEL, de 30/06/2017.

*A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

30. Pelo exposto, os GT-AIR e CT-AIR entendem que o relatório de AIR deve ser apresentado para a sociedade em momento anterior à proposta de Norma, via processo de participação social específico, o que contribuirá para uma discussão das alternativas de regulamentação em conjunto com os agentes, para posterior tomada de decisão. 31. Entretanto, a exigência de tal processo para qualquer proposta de ato normativo, independentemente do grau de complexidade da AIR ou da importância do assunto objeto de proposta de ato normativo, não é unânime. Por um lado, entende-se que incorporar novas etapas no processo decisório pode tornar o tempo de regulamentação mais longo e burocrático. Por outro, tal exigência pode fomentar a AIR no âmbito da Agência, contribuindo para a melhoria da qualidade regulatória, além de tornar mais simples a etapa seguinte de elaboração do ato normativo, uma vez que a alternativa regulatória já teria sido discutida anteriormente, restando o detalhamento de sua aplicação. 32. Assim, pretende-se que no âmbito da Audiência Pública aqui proposta as contribuições direcionem a opção mais adequada. Inicialmente, pela maioria entender que os benefícios (qualidade dos atos normativos) podem, de fato, superar os custos processuais, propõe-se que o relatório de AIR para qualquer proposta de ato normativo seja objeto de processo de participação social específico e, posteriormente, uma Audiência Pública traria minuta de Norma e relatório de AIR, com as contribuições acatadas, caso opte-se pela regulação do tema. b) Sobre a obrigatoriedade de AIR 33. A N.O. nº 040/2013-ANEEL dispõe, em seu art. 1º, sobre a obrigatoriedade de se fazer AIR previamente à expedição de qualquer ato normativo pela ANEEL, obrigação que, ao que tudo indica, será reproduzida na Lei e no Decreto que a regulamentará. 34. Tendo em vista o histórico de normas e AIR dispensadas com justificativa desde a vigência da N.O. nº 040/2013-ANEEL, colheu-se a percepção acerca da pertinência de se elencar alguns critérios, a serem preestabelecidos no regulamento, para dispensa de AIR, tais como correção de erro material, exiguidade de prazo ou simples reprodução de outros normativos.

35. A maioria das contribuições da API indica que devem ser estabelecidos critérios, porém não exaustivos. Além disso, foi sugerido que haja a possibilidade de dispensa de forma justificada. Somente um servidor sugeriu uma lista exaustiva de critérios, por motivo de segurança jurídica. Dois servidores sugeriram também que a exiguidade de prazo não deve ser aceita como justificativa.

36. Na Reunião Técnica foram dadas as seguintes contribuições:

Que o fato de determinado tema já estar previsto em lei não deveria ser utilizado como justificativa para a dispensa de elaboração da AIR, uma vez que um dos papéis da Agência é justamente demonstrar os seus impactos para a sociedade, apontando caminhos e vislumbrando consequências;

Que é mais vantajoso para a Agência definir uma lista positiva, ou seja, uma relação de temas em que a AIR seja necessária, segundo seu grau de importância e de acordo com o melhor retorno para o investimento público, para que os casos de dispensa sejam presumidos, considerados fora de escopo;

CÓDIGO DE VERIFICAÇÃO: 3C6B2132003F907E CONSULTE EM http://sicnet2.aneel.gov.br/sicnetweb/v.aspx

ANDRE LUCIO NEVES,HUGO LAMIN, JULIA SECHI NAZARENO

PEDRO MELLO LOMBARDI,NATALIA ADDAS PORTO, FABRICIO BERNARDO PEREIRA

ANDRE RAMON SILVA MARTINS,LUCIANA PEIXOTO GONCALVES DE OLIVEIRA, NARA RUBIA DE SOUZA

ASSINADO DIGITALMENTE POR CARLOS MARCEL FERREIRA DA SILVA, HALDANE FAGUNDES LIMA

Número: 48575.003566/2017-00

Page 7: Nota Técnica nº 009 /2017 -ASD /ANEEL Processo n · experiência obtida durante os mais de três anos de aplicação da norma em caráter obrigatório. 10. Foram recebidas contribuições

Página 7 da Nota Técnica nº 009/2017-ASD/ANEEL, de 30/06/2017.

*A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Possibilidade de sanar a lacuna deixada pela não realização de uma AIR em um caso de emergência, ou no caso em que uma lei superior reservou pouco espaço de atuação para a agência reguladora, com uma avaliação de impacto ex post; e

Nos casos em que não for possível elaborar a AIR, ou nos casos em que ela for feita em tempo exíguo, que não se espere longamente para fazer a avaliação dos impactos da emissão do regulamento, sinalizando, de antemão, a possibilidade de sua revisão no curto prazo. Foi relatado também que esta proposta pode fazer com que a norma não produza efeito, podendo gerar insegurança jurídica, a depender da expectativa gerada em seu público alvo, em razão do horizonte de alteração. Outra sugestão foi se não era mais indicado que tal avaliação fosse realizada pela academia, ou por algum agente que se sentir prejudicado, e não pela Agência, com vistas a evitar uma possível judicialização do tema.

37. Pelo exposto, os GT-AIR e CT-AIR concluem que, neste momento, alguns critérios podem ser preestabelecidos para dispensa de AIR. A proposta é que a AIR seja dispensável para atos normativos de natureza administrativa e para os que não alterem o mérito, tais como os atos voltados à correção de erro material, consolidação de outros atos normativos e adequações de texto e referências.

38. Para (i) atos normativos de notório baixo impacto, (ii) atos normativos voltados a disciplinar direitos ou obrigações definidos em Lei que não permitam a possibilidade de diferentes alternativas regulatórias e (iii) em casos de urgência, a AIR poderá ser dispensada, mediante justificativa e decisão da Diretoria. Para esses casos em que pode haver alguma subjetividade no critério de dispensa, a ideia da concordância da Diretoria é evitar que tais critérios entre as áreas técnicas divirjam entre si. 39. Com relação aos atos normativos de maior complexidade e impacto, também discutiu-se sobre a factibilidade de se elencar critérios, a serem preestabelecidos no regulamento, para a sua definição, que demandariam a realização da análise comparativa das alternativas de forma mais aprofundada e detalhada.

40. Tanto na API quanto na Reunião Técnica, as contribuições foram distintas.

41. As contribuições que indicaram que não é factível elencar tais critérios, foram justificadas pelo fato de que a própria elaboração da AIR é um instrumento para a avaliação da complexidade do impacto da edição do ato normativo, e que a definição dos critérios depende do nível de experiência adquirido pela Agência. Considerando a maturidade da Agência neste tema, é possível delinear apenas o nível de exigência mínimo. Por fim, foi sugerido que algum manual orientativo poderia balizar as áreas na avaliação do que seria, de fato, um normativo de alto impacto. 42. Outras contribuições indicaram a possibilidade de se elencar critérios para definição de atos normativos de alto impacto, tais como: afetação do orçamento ou da economia; parcela da população; custos para determinado setor, ou região; impactos na qualidade, sustentabilidade e concentração de mercado, entre outros.

43. Na Reunião Técnica, destacou-se também que impactos diferenciados demandam análises diferenciadas e que, neste momento de maior aprendizado sobre a AIR, seria interessante dar mais atenção

CÓDIGO DE VERIFICAÇÃO: 3C6B2132003F907E CONSULTE EM http://sicnet2.aneel.gov.br/sicnetweb/v.aspx

ANDRE LUCIO NEVES,HUGO LAMIN, JULIA SECHI NAZARENO

PEDRO MELLO LOMBARDI,NATALIA ADDAS PORTO, FABRICIO BERNARDO PEREIRA

ANDRE RAMON SILVA MARTINS,LUCIANA PEIXOTO GONCALVES DE OLIVEIRA, NARA RUBIA DE SOUZA

ASSINADO DIGITALMENTE POR CARLOS MARCEL FERREIRA DA SILVA, HALDANE FAGUNDES LIMA

Número: 48575.003566/2017-00

Page 8: Nota Técnica nº 009 /2017 -ASD /ANEEL Processo n · experiência obtida durante os mais de três anos de aplicação da norma em caráter obrigatório. 10. Foram recebidas contribuições

Página 8 da Nota Técnica nº 009/2017-ASD/ANEEL, de 30/06/2017.

*A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

aos temas que tenham maior impacto sobre os consumidores, já que a produção das análises não é uma tarefa trivial. 44. Pelo exposto, os GT-AIR e CT-AIR concluem ser arriscado estabelecer uma lista exaustiva de critérios para classificação de alto impacto neste momento. A própria AIR é o instrumento que direcionará a magnitude do impacto da edição do ato normativo. c) Sobre a efetividade da norma e a documentação da AIR 45. A N.O. nº 040/2013-ANEEL prevê, em seu §1º, art. 4º que cada unidade organizacional responsável pelo ato normativo preencha formulário de AIR, conforme modelo anexo à Norma. Tal formulário traz as exigências mínimas discriminadas nos incisos de I a VII do art. 4º. 46. Adicionalmente, o §2º, art. 4º dispõe que “Na hipótese de serem realizadas etapas de apresentação das opções aplicáveis e de análise destas opções, as informações referenciadas nos incisos I a VII do caput devem ser apresentadas de forma detalhada em relatório de AIR específico de forma complementar ao formulário”. 47. Entretanto, observou-se um número considerável de formulários preenchidos sem o detalhamento das informações exigidas e de Notas Técnicas que subsidiaram a expedição de atos normativos contemplando fundamentos e informações que poderiam ser apresentadas de forma detalhada e destacada em relatório de AIR específico. Em certas oportunidades, todo o conteúdo da AIR estava apresentado na Nota Técnica transformando o preenchimento do formulário em mero procedimento formal visando atender à obrigatoriedade de se fazer AIR, prevista no art. 1º da N.O. nº 040/2013-ANEEL.

48. Ou seja, a parte principal do trabalho de realização da AIR, de uma forma geral, é realizada, contudo há perceptível dificuldade em documentar essa ação, o que prejudica a visualização das possíveis alternativas não consideradas na análise.

49. Para tanto, questionou-se na API (i) de que forma a N.O. nº 040/2013-ANEEL pode ser aprimorada com vistas a tornar a AIR um instrumento efetivo do trabalho de criação ou alteração de atos normativos; (ii) se a obrigatoriedade do preenchimento do formulário anexo à norma de organização auxilia ou atrapalha a documentação da AIR; e (iii) se há sugestão de outro formato para a apresentação e documentação da AIR que possa trazer melhores resultados?

50. Houve diversas propostas para tornar a AIR um instrumento efetivo do trabalho de criação ou alteração de atos normativos, tais como: mapeamento de todo o processo regulatório; submissão de AIR à comissão específica; participação de todas as áreas afetas ao tema na elaboração da AIR; criação de guias/manuais; avaliação periódica do nível de qualidade pela CT-AIR; capacitação dos servidores; entre outras. Tais pontos não serão objetos de discussão no âmbito da AP aqui proposta, portanto, os GT-AIR e CT-AIR entendem pertinente que propostas para acompanhamento e aferição da qualidade das AIR elaboradas na Agência sejam avaliadas futuramente, bem como a elaboração de Manual de Boas Práticas de caráter exemplificativo e orientativo para elaboração das análises.

CÓDIGO DE VERIFICAÇÃO: 3C6B2132003F907E CONSULTE EM http://sicnet2.aneel.gov.br/sicnetweb/v.aspx

ANDRE LUCIO NEVES,HUGO LAMIN, JULIA SECHI NAZARENO

PEDRO MELLO LOMBARDI,NATALIA ADDAS PORTO, FABRICIO BERNARDO PEREIRA

ANDRE RAMON SILVA MARTINS,LUCIANA PEIXOTO GONCALVES DE OLIVEIRA, NARA RUBIA DE SOUZA

ASSINADO DIGITALMENTE POR CARLOS MARCEL FERREIRA DA SILVA, HALDANE FAGUNDES LIMA

Número: 48575.003566/2017-00

Page 9: Nota Técnica nº 009 /2017 -ASD /ANEEL Processo n · experiência obtida durante os mais de três anos de aplicação da norma em caráter obrigatório. 10. Foram recebidas contribuições

Página 9 da Nota Técnica nº 009/2017-ASD/ANEEL, de 30/06/2017.

*A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

51. Quanto à obrigatoriedade de preenchimento do Formulário, as contribuições sugerem que a padronização é importante, mas que é dispensável o Formulário padrão anexo à Norma, podendo a AIR ser incorporada à NT ou ser apresentada em documento específico. 52. Portanto, os GT-AIR e CT-AIR entendem que a AIR seja elaborada via Relatório de AIR, apartado da Nota Técnica, contendo assinatura dos responsáveis por sua elaboração. E, a fim de tornar a AIR um documento efetivo, propõe-se o afastamento do formulário padrão anexo à Norma. O Relatório de AIR, portanto, deverá conter, no mínimo, os quesitos obrigatórios a serem predefinidos na Norma. d) Da metodologia e das informações utilizadas d.1) Da metodologia 53. O § 3º, art. 4º da N.O. nº 040/2013-ANEEL prevê uma análise de custo-benefício para descrever e mensurar os custos e benefícios da regulação para os principais grupos afetados. Ao que parece, foi desejada uma padronização dos instrumentos metodológicos a serem aplicados nas AIR feitas pela ANEEL. 54. Entretanto, considerando recorrentes custos e benefícios não financeiros e não mensuráveis, parece razoável que se permita a utilização de metodologias alternativas a de custo-benefício. Neste ponto, questionou-se acerca da necessidade de imposição em norma da metodologia de custo benefício ou de outra metodologia para realização de AIR.

55. Na API, das 12 contribuições sobre esta questão apenas 2 servidores entendem necessária a definição da metodologia na norma.

56. Dentre as contribuições divergentes foi sugerido que seja definido preferencialmente metodologia de custo-benefício ou custo-efetividade, sendo que em caso de utilização de outro critério para avaliação, este deve ser justificado na própria AIR. Houve, ainda, uma contribuição em que o servidor entende que “a "imposição" da metodologia de custo benefício não só propiciará a padronização da avaliação, como também facilitará a definição desses custos por quem elabora a AIR”.

57. Na Reunião Técnica as contribuições das instituições foram no sentido de que não se deve definir a metodologia em norma, posto que existem diversos processos para avaliação de impacto regulatório e cada uma se adequa melhor a um determinado tipo de problema. A imposição de uma metodologia única limita o avaliador e, consequentemente, a análise.

58. Assim, os GT-AIR e CT-AIR entendem que para não limitar o avaliador, a definição de qual metodologia utilizar deve ser livremente escolhida, desde que explicada e justificada.

d.2) Das informações 59. Adicionalmente, entende-se que, para possibilitar a reprodutibilidade do método e a crítica dos resultados, das premissas e dos valores atribuídos a cada input do processo, deve-se submeter à sociedade, junto com a AIR, a memória de cálculo e todas as ferramentas e códigos utilizados na elaboração da Análise.

CÓDIGO DE VERIFICAÇÃO: 3C6B2132003F907E CONSULTE EM http://sicnet2.aneel.gov.br/sicnetweb/v.aspx

ANDRE LUCIO NEVES,HUGO LAMIN, JULIA SECHI NAZARENO

PEDRO MELLO LOMBARDI,NATALIA ADDAS PORTO, FABRICIO BERNARDO PEREIRA

ANDRE RAMON SILVA MARTINS,LUCIANA PEIXOTO GONCALVES DE OLIVEIRA, NARA RUBIA DE SOUZA

ASSINADO DIGITALMENTE POR CARLOS MARCEL FERREIRA DA SILVA, HALDANE FAGUNDES LIMA

Número: 48575.003566/2017-00

Page 10: Nota Técnica nº 009 /2017 -ASD /ANEEL Processo n · experiência obtida durante os mais de três anos de aplicação da norma em caráter obrigatório. 10. Foram recebidas contribuições

Página 10 da Nota Técnica nº 009/2017-ASD/ANEEL, de 30/06/2017.

*A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Contudo, a imposição da complexidade e detalhamento de dados e informações pode retirar o foco da discussão do que é mais relevante. 60. Isso também suscitou questionamento submetido à API e, as 12 contribuições, bem como as contribuições da Reunião Técnica, apontam que o grau de complexidade e detalhamento das informações devem ser definidos caso a caso.

61. Assim, os GT-AIR e CT-AIR corroboram com esse entendimento. Entretanto, é imprescindível que todo material utilizado para elaboração da AIR seja disponibilizado, salvo os de caráter sigiloso.

d.3) Das fontes de informação 62. Por fim, é importante destacar que os resultados de quaisquer análises quantitativas dependem fundamentalmente das fontes de informações ou dados utilizados. Por exemplo, o valor atribuído para estimativas de inflação, de preço da energia ou de taxas de juros, pode afetar o resultado da hierarquização de custos ou benefícios das alternativas em uma AIR.

63. Por isso, considerando que alguns impactos, positivos ou negativos, repetem-se em diversos processos normativos da Agência, discutiu-se com o público interno se seria desejável a padronização em norma de fontes de informação para alguns indicadores de referência a serem adotados em todas as AIR ou a simples transparência nas escolhas realizadas já seria suficiente para assegurar coerência entre as AIR produzidas na Agência.

64. As contribuições foram distintas, sendo que aproximadamente um terço dos contribuintes se manifestou no sentido de que não seria necessária uma padronização em norma de fontes de informações. Entre as justificativas apresentadas, destaca-se o fato de que as premissas e os indicadores já seriam objeto de avaliação pela sociedade, as necessidades dependem da complexidade da AIR e a transparência das fontes de informações seria suficiente. Foi ressaltado também que a padronização poderia não trazer benefícios em virtude de as necessidades normativas da Agência serem muito variadas.

65. Entre as demais contribuições, que foram favoráveis à padronização, parte significativa destacou que deveria haver também uma flexibilidade para que outras fontes pudessem ser usadas conforme a necessidade e que seria recomendável um guia ou repositório na intranet com a indicação das fontes preferenciais, que poderia inclusive ser administrado pela Comissão de AIR. Além disso, os indicadores e fontes deveriam ser detalhados e explicitados para garantir transparência da AIR. Nesse contexto, poderia ser inserido também um banco de AIR.

66. Na Reunião Técnica, foi destacado que poderiam ser utilizados parâmetros de referência, pois a definição de padronização é importante, mas não deveria ser obrigatória. Em linhas gerias, houve convergência para os argumentos favoráveis à padronização apresentados na API. 67. Diante do exposto, a conclusão dos GT-AIR e CT-AIR é que é desejável a padronização e poderá ser objeto de Manual de Boas Práticas (ex: fontes de informação, banco de dados, etc.). Entretanto, neste momento, as estratégias de coleta e de tratamento de dados não será objeto de definição na Norma, devendo ser mantida a transparência das escolhas realizadas na AIR.

CÓDIGO DE VERIFICAÇÃO: 3C6B2132003F907E CONSULTE EM http://sicnet2.aneel.gov.br/sicnetweb/v.aspx

ANDRE LUCIO NEVES,HUGO LAMIN, JULIA SECHI NAZARENO

PEDRO MELLO LOMBARDI,NATALIA ADDAS PORTO, FABRICIO BERNARDO PEREIRA

ANDRE RAMON SILVA MARTINS,LUCIANA PEIXOTO GONCALVES DE OLIVEIRA, NARA RUBIA DE SOUZA

ASSINADO DIGITALMENTE POR CARLOS MARCEL FERREIRA DA SILVA, HALDANE FAGUNDES LIMA

Número: 48575.003566/2017-00

Page 11: Nota Técnica nº 009 /2017 -ASD /ANEEL Processo n · experiência obtida durante os mais de três anos de aplicação da norma em caráter obrigatório. 10. Foram recebidas contribuições

Página 11 da Nota Técnica nº 009/2017-ASD/ANEEL, de 30/06/2017.

*A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

e) Da previsão de prazo após o qual serão avaliados os efeitos pretendidos com a norma 68. Outro ponto observado foi o elevado número de atos normativos nos quais não consta a previsão disposta no art. 7º da N.O. nº 040/2013-ANEEL, a saber, “prazo após o qual será avaliado se os efeitos pretendidos com a edição da norma foram alcançados”. 69. É sabido que o monitoramento da efetividade dos atos normativos é realizado regularmente pelas unidades organizacionais. Entretanto, o objetivo pretendido com tal dispositivo é que as áreas proponham efetivamente alternativas para acompanhamento formal dos efeitos do regulamento proposto, considerando, por exemplo, a previsão de elaboração de AIR ex-post para normativos de alto impacto.

70. Neste ponto, foi questionado de que forma a N.O. nº 040/2013-ANEEL poderia adequar-se para que ocorra, efetivamente, a avaliação a posteriori sobre o alcance dos efeitos pretendidos com uma norma.

71. As contribuições foram distintas, mas uma questão esteve presente em várias contribuições, a saber: a previsão de uma avaliação/revisão a posteriori pode causar instabilidade regulatória. Os argumentos foram de que é importante que haja avaliação a posteriori, mas essa previsão no ato normativo pode conduzir à interpretação de que o ato será revisado, como se tivesse uma data de vencimento, e não ao entendimento de que será avaliado, o que pode implicar ou não no aperfeiçoamento do ato.

72. Assim, uma contribuição foi categórica na defesa de que não deve constar no ato normativo dispositivo com essa previsão de avaliação, pois gera incertezas para os agentes afetados. Houve também a contribuição de que não há necessidade de adequação da norma para que ocorra avaliação a posteriori, pois há outros mecanismos práticos para promover a melhora do processo como a construção de um relatório de acompanhamento.

73. As demais contribuições focaram na discussão de que seria necessária uma AIR ex-post e como essa questão deveria ser estruturada. O prazo para realização da AIR ex-post deveria ser estabelecido a priori com a definição das premissas e critérios a serem utilizados, o que poderia incluir um relatório de análise custo benefício ou análise custo efetividade, com a definição de grupo de controle. Além disso, a AIR ex-post deveria possibilitar, no mínimo, a comparação com a AIR ex-ante para verificar as conclusões originais, o que permitiria às áreas de regulação aprenderem com os erros e acertos verificados. Ou seja, a AIR deve prever quando se dará a avaliação do ato normativo e a forma que esta avaliação será realizada, o que poderia ser acompanhado pela Diretoria Colegiada por meio da Auditoria Interna.

74. Na Reunião Técnica foram destacados os benefícios de uma avaliação ex-post, mas também que isso pode gerar risco regulatório.

75. Primeiramente, esclarece-se a diferenciação entre a previsão de revisão e a previsão de avaliação de ato normativo. É importante e deve ficar claro que a análise ex-post é uma Avaliação de Resultado Regulatório - ARR, o que não implica necessariamente na revisão do ato normativo. Sua avaliação é imprescindível, a qual pode ser realizada, por exemplo, ao fixar indicadores de monitoramento periódico na AIR ex-ante que estejam diretamente relacionados ao objetivo do ato normativo.

CÓDIGO DE VERIFICAÇÃO: 3C6B2132003F907E CONSULTE EM http://sicnet2.aneel.gov.br/sicnetweb/v.aspx

ANDRE LUCIO NEVES,HUGO LAMIN, JULIA SECHI NAZARENO

PEDRO MELLO LOMBARDI,NATALIA ADDAS PORTO, FABRICIO BERNARDO PEREIRA

ANDRE RAMON SILVA MARTINS,LUCIANA PEIXOTO GONCALVES DE OLIVEIRA, NARA RUBIA DE SOUZA

ASSINADO DIGITALMENTE POR CARLOS MARCEL FERREIRA DA SILVA, HALDANE FAGUNDES LIMA

Número: 48575.003566/2017-00

Page 12: Nota Técnica nº 009 /2017 -ASD /ANEEL Processo n · experiência obtida durante os mais de três anos de aplicação da norma em caráter obrigatório. 10. Foram recebidas contribuições

Página 12 da Nota Técnica nº 009/2017-ASD/ANEEL, de 30/06/2017.

*A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

76. Entende-se, portanto, a Avaliação de Resultado Regulatório – ARR como um instrumento de avaliação do desempenho do ato normativo adotado ou alterado, considerando o atingimento dos objetivos e resultados pretendidos, bem como demais impactos observados sobre o mercado e a sociedade, em decorrência de sua implementação.

77. Diante do exposto, conclui-se por afastar da norma a obrigatoriedade de “constar nos atos normativos a previsão de prazo após o qual será avaliado se os efeitos pretendidos com a edição da norma foram alcançados.” (art. 7º). Contudo, para os atos normativos dispensados de AIR em virtude de urgência e para os problemas de significativa complexidade ou de impactos significativos, conforme descrito no item b) desta Nota Técnica, recomenda-se a realização de ARR, em até 2 anos para os casos de urgência. f) Da qualidade das Análises de Impacto Regulatório (AIR) 78. Das avaliações realizadas, percebe-se que o índice de realização de AIR foi menor que o esperado e há a impressão de que algumas AIR poderiam ter tido melhor qualidade. Há justificativas para esses problemas, alguns dos quais passam por soluções não normativas, tais como intensificação das ações de capacitação e da realização de eventos específicos, bem como a contratação de consultorias que orientem e incentivem a qualidade no processo de elaboração das AIR. 79. Das contribuições recebidas a respeito, verifica-se a percepção de que a qualidade das AIR até então realizadas pela Agência está aquém da desejada, apresentando, muitas vezes análises superficiais e dedicadas a poucos cenários ou apenas àquele selecionado, além de não indicar formas de controle da efetividade do ato normativo após publicado.

80. A impressão colhida da API, da Reunião Técnica e dos exames feitos pelo GT é de que a maioria das AIR se limita ao preenchimento do formulário anexo à N.O. nº 040/2013-ANEEL e parece se destinar ao mero cumprimento da REN nº 540/2013 e à justificação da opção regulatória selecionada, o que vai contra à real finalidade do processo de análise de impacto.

81. Quanto à necessidade de se estabelecer em norma rito ou estrutura organizacional específica para aferição da qualidade, só foram recebidas 2 contribuições relacionadas à necessidade de prescrição normativa relacionada a isso, tendo os contribuintes opinado em não haver necessidade de prescrição.

82. Quanto ao rito ou à estrutura, especificamente, diversas foram as possibilidades aventadas pelos contribuintes na API: foco na capacitação do corpo técnico; criação de instância revisora (estrutura organizacional dedicada a isso); avaliação cruzada entre as superintendências de regulação; acesso a dados de qualidade; disponibilidade de ferramentas adequadas para a execução das análises; composição de grupo multidisciplinar para apurar a qualidade do AIR, composto por profissionais com conhecimentos relacionados ao problema técnico e outros qualificados em AIR (junta de avaliação); exigência de submissão da AIR a API; discussão da AIR em AP específica; e criação de check list para verificar a observância de todos os aspectos relevantes à análise.

83. Após análise, e considerando não haver na ANEEL maturidade em AIR suficiente para estabelecer a melhor forma de fomentar a qualidade das análises, conclui-se não ser adequado definir em norma quaisquer

CÓDIGO DE VERIFICAÇÃO: 3C6B2132003F907E CONSULTE EM http://sicnet2.aneel.gov.br/sicnetweb/v.aspx

ANDRE LUCIO NEVES,HUGO LAMIN, JULIA SECHI NAZARENO

PEDRO MELLO LOMBARDI,NATALIA ADDAS PORTO, FABRICIO BERNARDO PEREIRA

ANDRE RAMON SILVA MARTINS,LUCIANA PEIXOTO GONCALVES DE OLIVEIRA, NARA RUBIA DE SOUZA

ASSINADO DIGITALMENTE POR CARLOS MARCEL FERREIRA DA SILVA, HALDANE FAGUNDES LIMA

Número: 48575.003566/2017-00

Page 13: Nota Técnica nº 009 /2017 -ASD /ANEEL Processo n · experiência obtida durante os mais de três anos de aplicação da norma em caráter obrigatório. 10. Foram recebidas contribuições

Página 13 da Nota Técnica nº 009/2017-ASD/ANEEL, de 30/06/2017.

*A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

das soluções aventadas. Ademais, dado o caráter perene da norma, tal comando retiraria da ANEEL a liberdade de ajustar a sua organização interna com o objetivo de maximizar a qualidade das análises.

84. Assim, sugere-se um estudo sobre a necessidade de se estabelecer instância revisora. Diante da organização horizontal da ANEEL, a criação de estrutura formal se mostra de difícil concretização, razão pela qual conclui-se que uma opção seria a criação de um banco de servidores credenciados a proceder à análise, alternativa alinhada às contribuições apresentadas na Reunião Técnica destinada a avaliar a N.O. nº 040/2013-ANEEL:

Assemelha-se ao parecer técnico utilizado pelo IPEA para ampliar a qualidade dos textos para discussão por eles produzidos;

Favorece a constituição da advocacy comentada pelo representante da CNI, podendo assumir papel de destaque na gestão do conhecimento, de definição de padrões mínimos e de identificação de melhores práticas;

Por contar com um assessor da Diretoria em cada junta, o acesso às instâncias superiores é facilitado, o que é considerado como ideal pelo representante da CNI;

Favorece a disseminação da cultura de que AIR é etapa fundamental do processo decisório, fator chave apontado por representante da ANEEL;

É estrutura híbrida, composta por assessores e técnicos, conforme sugerido pelo representante do IPEA; e

Favorece o compartilhamento e a disseminação de conhecimento, fator indicado pelo representante da PSR como o mais importante.

85. E, finalmente, os GT-AIR e CT-AIR corroboram que a melhoria das análises de impacto regulatório depende de capacitação constante do corpo técnico da ANEEL. g) Das previsões estabelecidas no Projeto de Lei do Senado - PLS 86. Por fim, outros aspectos abordados no PLS e considerados relevantes também foram objeto de contribuições na API. g.1) De que forma e em que momento a diretoria colegiada manifestar-se-á em relação ao relatório de AIR? 87. Das 12 contribuições recebidas, apenas duas indicaram que a Diretoria só deve se manifestar no momento da instauração da Audiência Pública para avaliação da minuta do ato normativo. As demais, apesar de concordarem que a manifestação do Colegiado deve ser prévia, divergem quanto ao momento: na definição do problema e das alternativas; em Reunião Técnica anterior à publicação da AIR; no momento da deliberação da matéria; ou em reunião administrativa anterior à deliberação quanto à abertura de AP. 88. Os GT-AIR e CT-AIR entendem adequado que a manifestação da Diretoria em relação ao relatório de AIR se dê no momento da aprovação da abertura de audiência pública para discussão do tema em análise. Naturalmente, se trata de requisito mínimo, podendo a interação com a Diretoria ocorrer em momento anterior, a depender da avaliação da área técnica, tal qual já ocorre no processo de regulamentação hoje observado.

CÓDIGO DE VERIFICAÇÃO: 3C6B2132003F907E CONSULTE EM http://sicnet2.aneel.gov.br/sicnetweb/v.aspx

ANDRE LUCIO NEVES,HUGO LAMIN, JULIA SECHI NAZARENO

PEDRO MELLO LOMBARDI,NATALIA ADDAS PORTO, FABRICIO BERNARDO PEREIRA

ANDRE RAMON SILVA MARTINS,LUCIANA PEIXOTO GONCALVES DE OLIVEIRA, NARA RUBIA DE SOUZA

ASSINADO DIGITALMENTE POR CARLOS MARCEL FERREIRA DA SILVA, HALDANE FAGUNDES LIMA

Número: 48575.003566/2017-00

Page 14: Nota Técnica nº 009 /2017 -ASD /ANEEL Processo n · experiência obtida durante os mais de três anos de aplicação da norma em caráter obrigatório. 10. Foram recebidas contribuições

Página 14 da Nota Técnica nº 009/2017-ASD/ANEEL, de 30/06/2017.

*A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

g.2) Há necessidade de alteração ou complementação dos quesitos mínimos a serem objeto de exame na AIR, discriminadas no art. 4º da N.O. nº 040/2013-ANEEL? 89. De forma geral, as contribuições recebidas na API indicaram que os quesitos mínimos atualmente discriminados no art. 4º da N.O. nº 040/2013-ANEEL não precisam de alterações; alguns demandam apenas adequações textuais. No entanto os seguintes quesitos foram recomendados:

i) Avaliação da gravidade do problema (Matriz GUT, citada como exemplo); ii) Avaliação quanto à capacidade da ANEEL (dados seus recursos internos) para fazer cumprir e acompanhar as normas em análise; iii) Avaliação dos custos regulatórios administrativos impostos aos agentes; iv) Identificação de indicador de efetividade da norma em análise; v) Definição de metas; vi) Definição de público alvo.

90. Já na Reunião Técnica, a percepção dos participantes foi de que os requisitos são suficientes. 91. Discutindo as contribuições da API, e considerando a percepção dos participantes da Reunião Técnica, o GT-AIR ponderou que:

a sugestão i) trata de uma ferramenta de avaliação/diagnóstico/priorização dentre outras existentes. Considerando que não deve ser definida metodologia para elaboração de AIR, entende-se inadequado estabelecer tal requisito na norma. Ademais, entende-se que a avaliação de gravidade, urgência e tendência será feita em momento anterior à AIR, para que sejam priorizados os temas cujo tratamento é necessário, visto que os recursos da ANEEL são escassos. Por fim, tal avaliação tende a compor a justificativa da intervenção regulatória, quesito já prescrito no inciso II do artigo 4º da N.O. nº 040/2013-ANEEL;

as sugestões ii) e iii) se referem à aferição de dois custos específicos, dentre outros possíveis. Dessa forma, já estão abarcados no inciso V do artigo 4º da N.O. nº 040/2013-ANEEL e em seu anexo e já devem ser considerados nas AIR (além de quantificados nos casos de análises quantitativas);

a identificação de indicador de efetividade iv) e a definição de metas v) estão, na percepção do GT-AIR, abarcados no comando do inciso VII do artigo 4º da N.O. nº 040/2013-ANEEL; e

a identificação do público alvo (vi) já é parte do formulário apresentado em anexo à N.O. nº 040/2013-ANEEL.

92. Diante disso, restou a conclusão de que serão mantidos os requisitos hoje existentes na Norma. No entanto, sugere-se a exclusão do formulário, conforme apresentado anteriormente, alguns detalhamentos nele presentes passarão a compor o texto normativo.

g.3) Há outros atos na ANEEL, além de Resoluções Normativas, passíveis à obrigatoriedade de realização de AIR? 93. Algumas contribuições internas apontam situações diversas em que a AIR seria desejável, mas não apresentaram casos concretos. Por representar a essência das demais, replica-se a seguir uma contribuição específica: “Qualquer ação da ANEEL com potencial impacto social, público ou privado, deve ser objeto de AIR.

CÓDIGO DE VERIFICAÇÃO: 3C6B2132003F907E CONSULTE EM http://sicnet2.aneel.gov.br/sicnetweb/v.aspx

ANDRE LUCIO NEVES,HUGO LAMIN, JULIA SECHI NAZARENO

PEDRO MELLO LOMBARDI,NATALIA ADDAS PORTO, FABRICIO BERNARDO PEREIRA

ANDRE RAMON SILVA MARTINS,LUCIANA PEIXOTO GONCALVES DE OLIVEIRA, NARA RUBIA DE SOUZA

ASSINADO DIGITALMENTE POR CARLOS MARCEL FERREIRA DA SILVA, HALDANE FAGUNDES LIMA

Número: 48575.003566/2017-00

Page 15: Nota Técnica nº 009 /2017 -ASD /ANEEL Processo n · experiência obtida durante os mais de três anos de aplicação da norma em caráter obrigatório. 10. Foram recebidas contribuições

Página 15 da Nota Técnica nº 009/2017-ASD/ANEEL, de 30/06/2017.

*A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Exemplo disso são as alterações nas metodologias de fiscalização que tem potencial de impactar sobremaneira o setor elétrico”. 94. Inicialmente, destaca-se que o Grupo concorda com a opinião de que outros tantos atos ou ações da Agência poderiam ser objeto de AIR, considerando sua relevância ou impacto social e econômico. No entanto, da dificuldade daqueles que contribuíram na API em identificar concretamente tais casos, depreende-se o desafio que seria elencar tal rol de obrigatoriedade.

95. Ademais, entende-se que a subjetividade que reveste critérios genéricos como “potencial impacto social, público ou privado” confere pouca efetividade ao comando normativo, de tal forma que sua inclusão pode se mostrar inócua.

96. Assim, e considerando que a análise de impacto sempre será uma faculdade para todo e qualquer ato ou ação da ANEEL, quer seja por iniciativa do servidor, da unidade técnica ou da Diretoria, entende-se não haver necessidade de prescrição normativa a determinar a realização de AIR prévia à edição de quaisquer outros atos que não resoluções normativas. Reforça essa conclusão o fato de a classificação de resoluções adotada pela ANEEL já reservar às resoluções normativas a matérias de repercussão geral e, naturalmente, de grande impacto. III.3 A avaliação de impacto das mudanças e alternativas regulatórias 97. Ainda que a alteração da Norma de AIR não deva acarretar elevado impacto aos agentes interessados, como exercício o GT-AIR promoveu uma avaliação sobre os impactos deste trabalho de revisão da norma, seguindo as etapas prevista no formulário anexo à norma em vigor. O trabalho realizado consta em anexo à presente Nota Técnica. 98. Em resumo, após a definição do problema regulatório, das justificativas para a intervenção e dos objetivos perseguidos com a revisão da N.O. nº 040/2013-ANEEL, foram consideradas três alternativas de intervenção, quais sejam:

1) desregulamentar a matéria, revogando a N.O. nº 040/2013-ANEEL; 2) manter o status quo, mantendo o texto vigente da N.O. nº 040/2013-ANEEL; e 3) alterar a N.O. nº 040/2013-ANEEL, buscando ampliar sua efetividade.

99. Conforme avaliação constante no formulário, foi entendido que o aprimoramento da norma de organização (alternativa 3) é a que, potencialmente, traz maiores benefícios para a solução do problema verificado, de conferir maior efetividade às AIR, tanto em quantidade quanto em qualidade. 100. No entanto tal conclusão é superficial, visto que inúmeras são as possibilidades de alteração da Norma. Assim, fez-se o exame individualizado de cada uma das alterações possíveis, concluindo que a norma deveria considerar o seguinte:

Participação social específica para a AIR, prévia à preparação da minuta de regulamento;

CÓDIGO DE VERIFICAÇÃO: 3C6B2132003F907E CONSULTE EM http://sicnet2.aneel.gov.br/sicnetweb/v.aspx

ANDRE LUCIO NEVES,HUGO LAMIN, JULIA SECHI NAZARENO

PEDRO MELLO LOMBARDI,NATALIA ADDAS PORTO, FABRICIO BERNARDO PEREIRA

ANDRE RAMON SILVA MARTINS,LUCIANA PEIXOTO GONCALVES DE OLIVEIRA, NARA RUBIA DE SOUZA

ASSINADO DIGITALMENTE POR CARLOS MARCEL FERREIRA DA SILVA, HALDANE FAGUNDES LIMA

Número: 48575.003566/2017-00

Page 16: Nota Técnica nº 009 /2017 -ASD /ANEEL Processo n · experiência obtida durante os mais de três anos de aplicação da norma em caráter obrigatório. 10. Foram recebidas contribuições

Página 16 da Nota Técnica nº 009/2017-ASD/ANEEL, de 30/06/2017.

*A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Possibilidade de dispensa da AIR pela unidade técnica nas seguintes situações: (i) Atos normativos de natureza administrativa da ANEEL; (ii) Atos normativos destinados a correção de erros materiais em outros atos normativos; (iii) Atos normativos que se destinam exclusivamente à consolidação de outros atos normativos, sem quaisquer alterações de méritos; e (iv) Atos normativos que se destinam exclusivamente a adequações de texto e referências, sem quaisquer alterações de méritos.

Possibilidade de dispensa de AIR pela Diretoria nas seguintes situações: (i) Atos normativos de notório baixo impacto; (ii) Atos normativos voltados a disciplinar direitos ou obrigações definidas em Lei que oferecem pouca ou nenhuma possibilidade regulatória à ANEEL; e (iii) Casos de urgência.

Dispensa do preenchimento do formulário de AIR, mas necessidade de emissão do Relatório de AIR como um documento autônomo.

Prescrição normativa somente daqueles requisitos necessários aos objetivos fundamentais da AIR, sem determinação metodologia, bases de dados e parâmetros prioritários e nível de profundidade das AIR.

Importância de definição de rito processual de avaliação e controle da padronização e qualidade das AIR emitidas, porém sem imposição em norma.

Possibilidade de supressão da obrigatoriedade de previsão em cada ato normativo do prazo de avaliação de seus efeitos, sem prejuízo da efetiva realização dessa avaliação pela Agência.

Possibilidade de realização de ARR para os atos normativos dispensados em casos de urgência e para os problemas de significativa complexidade ou de impactos significativos.

III.4 Dos aprimoramentos na Norma de Organização ANEEL nº 40 101. A partir da análise das contribuições recebidas e das alternativas regulatórias explicitadas nas Seções anteriores, conclui-se pelo aprimoramento da norma com vistas a fomentar a realização de AIR na ANEEL. Passa-se, portanto, à exposição das alterações propostas. 102. O art. 2º deve contemplar a definição de Avaliação de Resultado Regulatório (ARR), além de complementar a definição de AIR de modo a alinhar o texto com a missão institucional da ANEEL, trazendo o compromisso do desenvolvimento do mercado de energia elétrica e, por conseguinte, o art. 3º deve contemplar que o titular da unidade organizacional também é responsável pela instauração e condução da ARR:

“Art. 2º Para os efeitos desta Norma, entende-se: I - Análise de Impacto Regulatório (AIR) é o procedimento por meio do qual são providas informações sobre a necessidade e as consequências da regulação que está sendo proposta e é verificado se os benefícios potenciais da medida excedem os custos estimados, bem como se, entre todas as alternativas avaliadas para alcançar o objetivo da regulamentação proposta, a ação é a mais benéfica para a sociedade e o desenvolvimento do mercado de energia elétrica brasileiro; e II – Avaliação de Resultado Regulatório (ARR) é um instrumento de avaliação do desempenho do ato normativo adotado ou alterado, considerando o atingimento dos objetivos e resultados

CÓDIGO DE VERIFICAÇÃO: 3C6B2132003F907E CONSULTE EM http://sicnet2.aneel.gov.br/sicnetweb/v.aspx

ANDRE LUCIO NEVES,HUGO LAMIN, JULIA SECHI NAZARENO

PEDRO MELLO LOMBARDI,NATALIA ADDAS PORTO, FABRICIO BERNARDO PEREIRA

ANDRE RAMON SILVA MARTINS,LUCIANA PEIXOTO GONCALVES DE OLIVEIRA, NARA RUBIA DE SOUZA

ASSINADO DIGITALMENTE POR CARLOS MARCEL FERREIRA DA SILVA, HALDANE FAGUNDES LIMA

Número: 48575.003566/2017-00

Page 17: Nota Técnica nº 009 /2017 -ASD /ANEEL Processo n · experiência obtida durante os mais de três anos de aplicação da norma em caráter obrigatório. 10. Foram recebidas contribuições

Página 17 da Nota Técnica nº 009/2017-ASD/ANEEL, de 30/06/2017.

*A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

pretendidos, bem como demais impactos observados sobre o mercado e a sociedade, em decorrência de sua implementação.

Art. 3º O titular da unidade organizacional é o responsável pela instauração e a condução da AIR e da ARR relacionadas com os atos propostos pela sua área.”

103. A redação atual do art. 4º deve contemplar os aprimoramentos anteriormente expostos. No entanto, propõe-se também a inclusão de elementos adicionais, conforme destaque, de forma a atender outros requisitos identificados no âmbito do GT-AIR, CT-AIR e reuniões sobre o tema realizadas com outras Agências Reguladoras e a Casa Civil.

“Art. 4º A AIR deverá ser apresentada em forma de relatório específico – Relatório de AIR, e conterá, no mínimo, informações relativas aos seguintes aspectos: I – sumário executivo, utilizando linguagem simples e acessível ao público em geral; II – identificação do problema que se quer solucionar, apresentando suas causas e extensão; III – identificação dos atores ou grupos afetados pelo problema regulatório identificado; IV – identificação da base legal que ampara a ação da Agência Reguladora no tema tratado; V – justificativas para a possível necessidade de intervenção da Agência; VI – objetivos desejados com a intervenção da Agência; VII – descrição das possíveis alternativas e seus impactos para o enfrentamento do problema regulatório identificado, considerando a opção de não ação e, sempre que possível, opções que não ensejam ato regulamentar; VIII – identificação de formas de acompanhamento e fiscalização dos resultados decorrentes do novo regulamento; IX – identificação de eventuais alterações ou revogações de regulamentos em vigor em função da edição do novo regulamento pretendido; X – considerações referentes às informações, contribuições e manifestações recebidas para a elaboração da AIR em eventuais processos de participação social ou outros processos de recebimento de subsídios de interessados no tema sob análise; e XI – prazo para início da vigência das alterações propostas. § 1º Caso o problema regulatório objeto da análise revista-se de significativa complexidade ou caso as alternativas identificadas para seu enfrentamento apresentem impactos significativos, o Relatório

CÓDIGO DE VERIFICAÇÃO: 3C6B2132003F907E CONSULTE EM http://sicnet2.aneel.gov.br/sicnetweb/v.aspx

ANDRE LUCIO NEVES,HUGO LAMIN, JULIA SECHI NAZARENO

PEDRO MELLO LOMBARDI,NATALIA ADDAS PORTO, FABRICIO BERNARDO PEREIRA

ANDRE RAMON SILVA MARTINS,LUCIANA PEIXOTO GONCALVES DE OLIVEIRA, NARA RUBIA DE SOUZA

ASSINADO DIGITALMENTE POR CARLOS MARCEL FERREIRA DA SILVA, HALDANE FAGUNDES LIMA

Número: 48575.003566/2017-00

Page 18: Nota Técnica nº 009 /2017 -ASD /ANEEL Processo n · experiência obtida durante os mais de três anos de aplicação da norma em caráter obrigatório. 10. Foram recebidas contribuições

Página 18 da Nota Técnica nº 009/2017-ASD/ANEEL, de 30/06/2017.

*A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

de AIR deverá promover a análise dos seguintes aspectos, adicionalmente àqueles elencados no caput: I - mapeamento da experiência nacional e internacional no tratamento do problema regulatório sob

análise;

II - mensuração dos possíveis impactos das alternativas de ação identificadas sobre os

consumidores ou usuários dos serviços prestados e sobre os demais principais segmentos da

sociedade afetados;

III - mapeamento dos riscos envolvidos em cada uma das alternativas consideradas.

§ 2º O Relatório de AIR deverá constar nome completo, cargo ou função e assinatura dos responsáveis pela elaboração. § 3º A metodologia a ser empregada poderá ser definida, justificadamente, de forma a se adequar ao caso concreto, em conformidade com as características e a complexidade da matéria objeto da análise e das informações e dados disponíveis, e deverá ser descrita de modo claro e objetivo.”

104. A redação atual do art. 5º explicita que a AIR deve ser submetida a Audiência Pública – AP juntamente com a proposta de ato normativo. Essa redação deve ser adequada para dispor que o Relatório de AIR, bem como todo o material utilizado para sua elaboração, deverão ser submetidos a processo de participação social específico anteriormente à elaboração de eventual minuta ou de proposta de alteração de ato normativo e, após análise das contribuições do processo, o Relatório de AIR bem como a proposta de ato deverão ser submetidos para deliberação da Diretoria:

“Art. 5º O Relatório de AIR deverá ser submetido a processo de participação social específico anteriormente à elaboração de eventual minuta ou de proposta de alteração de ato normativo. § 1º Todo o material utilizado para elaboração do Relatório de AIR também deve ser disponibilizado no processo de que trata o caput, ressalvado os de caráter sigiloso. § 2º Caberá à unidade organizacional responsável incorporar ao Relatório de AIR as contribuições acatadas após processo de que trata o caput e, junto à proposta de ato, submeter à deliberação da Diretoria da ANEEL.”

105. A redação do art. 6º dispõe que as áreas técnicas e demais agentes interessados poderão propor a revogação de um ou mais atos normativos em vigor, afetos à matéria, com os objetivos de não imputar ônus adicionais aos agentes regulados e de reduzir o volume de regulamentos. Entretanto, tal dispositivo deve ser suprimido por já estar contemplado no inciso IX, do art. 4º, da minuta de norma em discussão. 106. A redação do art. 7º dispõe que deverá constar nos atos normativos a previsão de prazo após o qual será avaliado se os efeitos pretendidos com a edição da norma foram alcançados. Entretanto, tal dispositivo deve ser suprimido. A diferenciação entre a previsão de revisão e a previsão de avaliação (ARR) da

CÓDIGO DE VERIFICAÇÃO: 3C6B2132003F907E CONSULTE EM http://sicnet2.aneel.gov.br/sicnetweb/v.aspx

ANDRE LUCIO NEVES,HUGO LAMIN, JULIA SECHI NAZARENO

PEDRO MELLO LOMBARDI,NATALIA ADDAS PORTO, FABRICIO BERNARDO PEREIRA

ANDRE RAMON SILVA MARTINS,LUCIANA PEIXOTO GONCALVES DE OLIVEIRA, NARA RUBIA DE SOUZA

ASSINADO DIGITALMENTE POR CARLOS MARCEL FERREIRA DA SILVA, HALDANE FAGUNDES LIMA

Número: 48575.003566/2017-00

Page 19: Nota Técnica nº 009 /2017 -ASD /ANEEL Processo n · experiência obtida durante os mais de três anos de aplicação da norma em caráter obrigatório. 10. Foram recebidas contribuições

Página 19 da Nota Técnica nº 009/2017-ASD/ANEEL, de 30/06/2017.

*A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

norma é importante e deve ficar claro que a análise ex-post é uma avaliação (ARR), o que não implica necessariamente na revisão da norma. 107. Por fim, os aprimoramentos que tratam da dispensa da obrigatoriedade de elaboração de AIR, bem como da previsão para realização de Avaliação de Resultado Regulatório – ARR estão contemplados nos artigos dispostos seguir:

“Art. 6º O disposto nesta Norma é dispensável para atos normativos: I – de natureza administrativa; II – voltados à correção de erro material; III – que visam consolidar outros atos normativos, desde que não alterem o mérito; e IV– voltados à adequações de texto e referências, desde que não alterem o mérito. Parágrafo único. Para atos normativos de notório baixo impacto, atos normativos voltados a disciplinar direitos ou obrigações definidos em lei que não permitam a possibilidade de diferentes alternativas regulatórias e em casos de urgência, a AIR poderá ser dispensada, mediante justificativa e decisão da Diretoria. Art. 7º Os atos normativos dispensados de AIR em virtude de urgência, nos termos do parágrafo único, art. 6º, e para os problemas de significativa complexidade ou de impactos significativos, nos termos do § 1º, art. 4º, deverão ser objeto de Avaliação de Resultado Regulatório – ARR. Parágrafo único. Para os casos de dispensa de AIR em virtude de urgência, nos termos do parágrafo único, art. 6º, a realização da ARR deverá observar o prazo máximo de até 2 (dois) anos, a contar da entrada em vigor do ato normativo editado.”

IV – DO FUNDAMENTO LEGAL 108. As propostas desta Nota Técnica encontram amparo legal na Resolução Normativa nº 540, de 12 de março de 2013. V - DA CONCLUSÃO 109. A atual redação da N.O. nº 40/2013, em seu art. 8º, prevê a realização de uma avaliação depois de decorridos 3 (três) anos de sua publicação. Nesse contexto, cumpridas algumas etapas como a API 003/2017 e a Reunião Técnica com algumas entidades, e após avaliações do Grupo de Trabalho e da Comissão Técnica de Apoio à AIR, conclui-se pela necessidade de se instaurar Audiência Pública para discutir a proposta de aprimoramento da Norma, conforme minuta em anexo.

CÓDIGO DE VERIFICAÇÃO: 3C6B2132003F907E CONSULTE EM http://sicnet2.aneel.gov.br/sicnetweb/v.aspx

ANDRE LUCIO NEVES,HUGO LAMIN, JULIA SECHI NAZARENO

PEDRO MELLO LOMBARDI,NATALIA ADDAS PORTO, FABRICIO BERNARDO PEREIRA

ANDRE RAMON SILVA MARTINS,LUCIANA PEIXOTO GONCALVES DE OLIVEIRA, NARA RUBIA DE SOUZA

ASSINADO DIGITALMENTE POR CARLOS MARCEL FERREIRA DA SILVA, HALDANE FAGUNDES LIMA

Número: 48575.003566/2017-00

Page 20: Nota Técnica nº 009 /2017 -ASD /ANEEL Processo n · experiência obtida durante os mais de três anos de aplicação da norma em caráter obrigatório. 10. Foram recebidas contribuições

Página 20 da Nota Técnica nº 009/2017-ASD/ANEEL, de 30/06/2017.

*A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

110. Entre as propostas de aprimoramento, destaca-se a realização de AIR em relatório específico (Relatório de AIR), contemplando obrigatoriamente de alguns novos aspectos na Análise (conforme requisitos inseridos no art. 4º da minuta de Norma). Caso o processo se revista de expressiva complexidade ou caso as alternativas apresentem impactos significativos, propõe-se algumas particularidades adicionais na Análise (conforme § 1º do art. 4º da minuta). 111. Outras propostas na nova norma abordam o momento da realização da participação social (art. 5º da minuta) e os critérios que tratam da dispensa da obrigatoriedade de elaboração de AIR (art. 6º da minuta). Outro destaque é a previsão de realização de Avaliação de Resultado Regulatório – ARR, uma espécie de AIR ex post (art. 7º da minuta). 112. Por fim, além da revisão da Norma de Organização ANEEL nº 40/2013, conclui-se também pela necessidade de realização de outras ações relacionadas ao tema, mas que não serão objeto da Audiência Pública nesse momento. A primeira ação é que a própria Comissão Técnica de Apoio à AIR inicie atividades para elaboração ou adoção5 de um Guia ou Manual de Boas Práticas (material de apoio e de orientação relativo à AIR). Outra ação importante que pode ser discutida pela Comissão é a necessidade de se estabelecer instância revisora com o objetivo de ampliar a qualidade das AIR produzidas pela ANEEL (um eventual mecanismo seria a criação de banco de servidores credenciados a proceder à análise)6. Além disso, propõe-se também que sejam propostas outras oportunidades de capacitação de servidores na ANEEL no tema de AIR. VI - DA RECOMENDAÇÃO 113. Recomenda-se a instauração de Audiência Pública, na modalidade intercâmbio documental, com vistas a colher subsídios para o aprimoramento da Norma de Organização nº 040/2013-ANEEL.

NATÁLIA ADDAS PORTO

Assessora de Diretor Comissão Técnica de Apoio à Análise de Impacto

Regulatório – CT-AIR

CARLOS MARCEL FERREIRA DA SILVA Assessor de Diretor

Comissão Técnica de Apoio à Análise de Impacto Regulatório – CT-AIR

5 A criação de guias orientativos está prevista na minuta de Decreto em debate na Casa Civil. 6 A criação de tal instância, mesmo que indiretamente, também favoreceria a disseminação e o fortalecimento da cultura da AIR na ANEEL, instituindo ciclo virtuoso de melhoria da qualidade. Ademais, tal grupo contribuiria à homogeneização de parâmetros, conferindo maior coerência entre as diversas AIR realizadas, além de fomentar a identificação e a organização de bases e fontes de dados relevantes.

ANDRÉ RAMON SILVA MARTINS Assessor de Diretor

Comissão Técnica de Apoio à Análise de Impacto Regulatório – CT-AIR

HALDANE FAGUNDES LIMA Assessor de Diretor

Comissão Técnica de Apoio à Análise de Impacto Regulatório – CT-AIR

CÓDIGO DE VERIFICAÇÃO: 3C6B2132003F907E CONSULTE EM http://sicnet2.aneel.gov.br/sicnetweb/v.aspx

ANDRE LUCIO NEVES,HUGO LAMIN, JULIA SECHI NAZARENO

PEDRO MELLO LOMBARDI,NATALIA ADDAS PORTO, FABRICIO BERNARDO PEREIRA

ANDRE RAMON SILVA MARTINS,LUCIANA PEIXOTO GONCALVES DE OLIVEIRA, NARA RUBIA DE SOUZA

ASSINADO DIGITALMENTE POR CARLOS MARCEL FERREIRA DA SILVA, HALDANE FAGUNDES LIMA

Número: 48575.003566/2017-00

Page 21: Nota Técnica nº 009 /2017 -ASD /ANEEL Processo n · experiência obtida durante os mais de três anos de aplicação da norma em caráter obrigatório. 10. Foram recebidas contribuições

Página 21 da Nota Técnica nº 009/2017-ASD/ANEEL, de 30/06/2017.

FABRÍCIO BERNARDO PEREIRA Assessor de Diretor

Comissão Técnica de Apoio à Análise de Impacto Regulatório – CT-AIR

NARA RÚBIA DE SOUZA Chefe de Gabinete do Diretor-Geral

Comissão Técnica de Apoio à Análise de Impacto Regulatório – CT-AIR

HUGO LAMIN Superintendente Adjunto de Regulação dos

Serviços de Distribuição - SRD Comissão Técnica de Apoio à Análise de Impacto

Regulatório – CT-AIR

PEDRO MELLO LOMBARDI

Técnico Administrativo – SRD Grupo de Trabalho - GT-AIR

ANDRÉ LÚCIO NEVES Especialista em Regulação - SGT

Grupo de Trabalho - GT-AIR

LUCIANA PEIXOTO GONÇALVES DE OLIVEIRA Especialista em Regulação - SRG

Grupo de Trabalho - GT-AIR

JÚLIA SECHI NAZARENO Especialista em Regulação - SGT

Grupo de Trabalho - GT-AIR

CÓDIGO DE VERIFICAÇÃO: 3C6B2132003F907E CONSULTE EM http://sicnet2.aneel.gov.br/sicnetweb/v.aspx

ANDRE LUCIO NEVES,HUGO LAMIN, JULIA SECHI NAZARENO

PEDRO MELLO LOMBARDI,NATALIA ADDAS PORTO, FABRICIO BERNARDO PEREIRA

ANDRE RAMON SILVA MARTINS,LUCIANA PEIXOTO GONCALVES DE OLIVEIRA, NARA RUBIA DE SOUZA

ASSINADO DIGITALMENTE POR CARLOS MARCEL FERREIRA DA SILVA, HALDANE FAGUNDES LIMA

Número: 48575.003566/2017-00

Page 22: Nota Técnica nº 009 /2017 -ASD /ANEEL Processo n · experiência obtida durante os mais de três anos de aplicação da norma em caráter obrigatório. 10. Foram recebidas contribuições

Página 22 da Nota Técnica nº 009/2017-ASD/ANEEL, de 30/06/2017.

*A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

ANEXO

AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA – ANEEL

RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº , DE DE DE 2017

Aprova a revisão da Norma de Organização

ANEEL nº 40, de 12 de março de 2013, que

dispõe sobre a realização de Análise de Impacto

Regulatório (AIR) no âmbito da Agência.

O DIRETOR-GERAL DA AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA –

ANEEL, no uso de suas atribuições regimentais, de acordo com a deliberação da Diretoria, tendo em

vista o disposto nos artigos 2º e 3º da Lei nº 9.427, de 26 de dezembro de 1996, com base no artigo

4º, Anexo I, do Decreto nº 2.335, de 6 de outubro de 1997 e o que consta do Processo nº

48500.002425/2017-03, resolve:

Art. 1º Aprovar a revisão da Norma de Organização ANEEL nº 40, de 12 de março de

2013, conforme Anexo desta Resolução.

Art. 2º Revogar a Resolução Normativa nº 540, de 12 de março de 2013, e o seu anexo.

Art. 3º Esta Resolução entra em vigor em 1º de janeiro de 2018.

ROMEU DONIZETE RUFINO

CÓDIGO DE VERIFICAÇÃO: 3C6B2132003F907E CONSULTE EM http://sicnet2.aneel.gov.br/sicnetweb/v.aspx

ANDRE LUCIO NEVES,HUGO LAMIN, JULIA SECHI NAZARENO

PEDRO MELLO LOMBARDI,NATALIA ADDAS PORTO, FABRICIO BERNARDO PEREIRA

ANDRE RAMON SILVA MARTINS,LUCIANA PEIXOTO GONCALVES DE OLIVEIRA, NARA RUBIA DE SOUZA

ASSINADO DIGITALMENTE POR CARLOS MARCEL FERREIRA DA SILVA, HALDANE FAGUNDES LIMA

Número: 48575.003566/2017-00

Page 23: Nota Técnica nº 009 /2017 -ASD /ANEEL Processo n · experiência obtida durante os mais de três anos de aplicação da norma em caráter obrigatório. 10. Foram recebidas contribuições

Página 23 da Nota Técnica nº 009/2017-ASD/ANEEL, de 30/06/2017.

NORMA DE ORGANIZAÇÃO ANEEL Nº XX, DE XX DE XXXXX DE XXXXXX.

Art. 1º Esta Norma dispõe sobre a obrigatoriedade de se fazer Análise de Impacto Regulatório

(AIR) previamente à expedição de ato normativo pela ANEEL.

Art. 2º Para os efeitos desta Norma, entende-se:

I - Análise de Impacto Regulatório (AIR) é o procedimento por meio do qual são providas

informações sobre a necessidade e as consequências da regulação que está sendo proposta e é

verificado se os benefícios potenciais da medida excedem os custos estimados, bem como se, entre

todas as alternativas avaliadas para alcançar o objetivo da regulamentação proposta, a ação é a mais

benéfica para a sociedade e o desenvolvimento do mercado de energia elétrica brasileiro; e

II – Avaliação de Resultado Regulatório (ARR) é um instrumento de avaliação do

desempenho do ato normativo adotado ou alterado, considerando o atingimento dos objetivos e

resultados pretendidos, bem como demais impactos observados sobre o mercado e a sociedade, em

decorrência de sua implementação.

Art. 3º O titular da unidade organizacional é o responsável pela instauração e a condução da

AIR e da ARR relacionadas com os atos propostos pela sua área.

Art. 4º A AIR deverá ser apresentada em forma de relatório específico – Relatório de AIR, e

conterá, no mínimo, informações relativas aos seguintes aspectos:

I – sumário executivo, utilizando linguagem simples e acessível ao público em geral;

II – identificação do problema que se quer solucionar, apresentando suas causas e extensão;

III – identificação dos atores ou grupos afetados pelo problema regulatório identificado;

IV – identificação da base legal que ampara a ação da Agência Reguladora no tema tratado;

V – justificativas para a possível necessidade de intervenção da Agência;

VI – objetivos desejados com a intervenção da Agência;

VII – descrição das possíveis alternativas e seus impactos para o enfrentamento do problema

regulatório identificado, considerando a opção de não ação e, sempre que possível, opções que não

ensejam ato regulamentar;

VIII – identificação de formas de acompanhamento e fiscalização dos resultados decorrentes

do novo regulamento;

IX – identificação de eventuais alterações ou revogações de regulamentos em vigor em função

da edição do novo regulamento pretendido;

CÓDIGO DE VERIFICAÇÃO: 3C6B2132003F907E CONSULTE EM http://sicnet2.aneel.gov.br/sicnetweb/v.aspx

ANDRE LUCIO NEVES,HUGO LAMIN, JULIA SECHI NAZARENO

PEDRO MELLO LOMBARDI,NATALIA ADDAS PORTO, FABRICIO BERNARDO PEREIRA

ANDRE RAMON SILVA MARTINS,LUCIANA PEIXOTO GONCALVES DE OLIVEIRA, NARA RUBIA DE SOUZA

ASSINADO DIGITALMENTE POR CARLOS MARCEL FERREIRA DA SILVA, HALDANE FAGUNDES LIMA

Número: 48575.003566/2017-00

Page 24: Nota Técnica nº 009 /2017 -ASD /ANEEL Processo n · experiência obtida durante os mais de três anos de aplicação da norma em caráter obrigatório. 10. Foram recebidas contribuições

Página 24 da Nota Técnica nº 009/2017-ASD/ANEEL, de 30/06/2017.

X – considerações referentes às informações, contribuições e manifestações recebidas para a

elaboração da AIR em eventuais processos de participação social ou outros processos de recebimento

de subsídios de interessados no tema sob análise; e

XI – prazo para início da vigência das alterações propostas.

§ 1º Caso o problema regulatório objeto da análise revista-se de significativa complexidade

ou caso as alternativas identificadas para seu enfrentamento apresentem impactos significativos, o

Relatório de AIR deverá promover a análise dos seguintes aspectos, adicionalmente àqueles

elencados no caput:

I – mapeamento da experiência nacional e internacional no tratamento do problema

regulatório sob análise;

II – mensuração dos possíveis impactos das alternativas de ação identificadas sobre os

consumidores ou usuários dos serviços prestados e sobre os demais principais segmentos da sociedade

afetados; e

III– mapeamento dos riscos envolvidos em cada uma das alternativas consideradas.

§ 2º O Relatório de AIR deverá constar nome completo, cargo ou função e assinatura dos

responsáveis pela elaboração.

§ 3º A metodologia a ser empregada poderá ser definida, justificadamente, de forma a se

adequar ao caso concreto, em conformidade com as características e a complexidade da matéria objeto

da análise e das informações e dados disponíveis, e deverá ser descrita de modo claro e objetivo.

Art. 5º O Relatório de AIR deverá ser submetido a processo de participação social específico

anteriormente à elaboração de eventual minuta ou de proposta de alteração de ato normativo.

§ 1º Todo o material utilizado para elaboração do Relatório de AIR também deve ser

disponibilizado no processo de que trata o caput, ressalvado os de caráter sigiloso.

§ 2º Caberá à unidade organizacional responsável incorporar ao Relatório de AIR as

contribuições acatadas após processo de que trata o caput e, junto à proposta de ato, submeter à

deliberação da Diretoria da ANEEL.

Art. 6º O disposto nesta Norma é dispensável para atos normativos:

I – de natureza administrativa;

II – voltados à correção de erro material;

III – que visam consolidar outros atos normativos, desde que não alterem o mérito; e

IV– voltados à adequações de texto e referências, desde que não alterem o mérito.

CÓDIGO DE VERIFICAÇÃO: 3C6B2132003F907E CONSULTE EM http://sicnet2.aneel.gov.br/sicnetweb/v.aspx

ANDRE LUCIO NEVES,HUGO LAMIN, JULIA SECHI NAZARENO

PEDRO MELLO LOMBARDI,NATALIA ADDAS PORTO, FABRICIO BERNARDO PEREIRA

ANDRE RAMON SILVA MARTINS,LUCIANA PEIXOTO GONCALVES DE OLIVEIRA, NARA RUBIA DE SOUZA

ASSINADO DIGITALMENTE POR CARLOS MARCEL FERREIRA DA SILVA, HALDANE FAGUNDES LIMA

Número: 48575.003566/2017-00

Page 25: Nota Técnica nº 009 /2017 -ASD /ANEEL Processo n · experiência obtida durante os mais de três anos de aplicação da norma em caráter obrigatório. 10. Foram recebidas contribuições

Página 25 da Nota Técnica nº 009/2017-ASD/ANEEL, de 30/06/2017.

Parágrafo único. Para atos normativos de notório baixo impacto, atos normativos voltados a

disciplinar direitos ou obrigações definidos em lei que não permitam a possibilidade de diferentes

alternativas regulatórias e em casos de urgência, a AIR poderá ser dispensada, mediante justificativa

e decisão da Diretoria.

Art. 7º Os atos normativos dispensados de AIR em virtude de urgência, nos termos do

parágrafo único, art. 6º, e para os problemas de significativa complexidade ou de impactos

significativos, nos termos do § 1º, art. 4º, deverão ser objeto de Avaliação de Resultado Regulatório

(ARR).

Parágrafo único. Para os casos de dispensa de AIR em virtude de urgência, nos termos do

parágrafo único, art. 6º, a realização da ARR deverá observar o prazo máximo de 2 (dois) anos, a

contar da entrada em vigor do ato normativo editado.

Art. 8º Esta Norma entra em vigor em 1º de janeiro de 2018.

CÓDIGO DE VERIFICAÇÃO: 3C6B2132003F907E CONSULTE EM http://sicnet2.aneel.gov.br/sicnetweb/v.aspx

ANDRE LUCIO NEVES,HUGO LAMIN, JULIA SECHI NAZARENO

PEDRO MELLO LOMBARDI,NATALIA ADDAS PORTO, FABRICIO BERNARDO PEREIRA

ANDRE RAMON SILVA MARTINS,LUCIANA PEIXOTO GONCALVES DE OLIVEIRA, NARA RUBIA DE SOUZA

ASSINADO DIGITALMENTE POR CARLOS MARCEL FERREIRA DA SILVA, HALDANE FAGUNDES LIMA

Número: 48575.003566/2017-00