nota do organizador: pela crise política e financeira em

66
ESQUEMA DA FUNDAMENTAÇÃO DO PROGRAMA PARA 1965 1ª Parte: Estudos Sociais 1. Estruturas e tendências da sociedade brasileira 1.1 Cultura, integrações culturais, Cultura Popular (disponível) 1.2 Estrutura social (disponível) 1.3 Estrutura econômica 1.4 Estrutura política 1.5 Subdesenvolvimento e desenvolvimento (disponível) 2. Relações de produção e consumo 2.1 Formas de trabalho e relações de trabalho, no campo e na cidade 2.2 Direitos do trabalho e legislação trabalhista 2.3 Produção e consumo: leis de mercado e inflação 3. Potencialidades econômicas: fatores, planificação e industrialização 2ª Parte: Promoção Humana 1. Conscientização (disponível) 1.1 O Homem 1.2 O Trabalho 1.3 Comunicação 1.4 Meios de comunicação 1.5 Os condicionamentos culturais 1.6 O Homem e os meios de realização 1.7 A realização da pessoa na família 1.8 A realização da pessoa na sociedade 2. Organização (disponível) 2.1 Função social do trabalho 2.2 Cooperação: organizada e não organizada 2.3 Cooperação econômica 2.4 Ação política Nota do Organizador: Pela crise política e financeira em 1965, a equipe do MEB não conseguiu completar este trabalho.

Upload: others

Post on 02-Aug-2022

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Nota do Organizador: Pela crise política e financeira em

ESQUEMA DA FUNDAMENTACcedilAtildeO DO PROGRAMA PARA 1965

1ordf Parte Estudos Sociais

1 Estruturas e tendecircncias da sociedade brasileira

11 Cultura integraccedilotildees culturais Cultura Popular (disponiacutevel)

12 Estrutura social (disponiacutevel)

13 Estrutura econocircmica

14 Estrutura poliacutetica

15 Subdesenvolvimento e desenvolvimento (disponiacutevel)

2 Relaccedilotildees de produccedilatildeo e consumo

21 Formas de trabalho e relaccedilotildees de trabalho no campo e na cidade

22 Direitos do trabalho e legislaccedilatildeo trabalhista

23 Produccedilatildeo e consumo leis de mercado e inflaccedilatildeo

3 Potencialidades econocircmicas fatores planificaccedilatildeo e industrializaccedilatildeo

2ordf Parte Promoccedilatildeo Humana

1 Conscientizaccedilatildeo (disponiacutevel)

11 O Homem

12 O Trabalho

13 Comunicaccedilatildeo

14 Meios de comunicaccedilatildeo

15 Os condicionamentos culturais

16 O Homem e os meios de realizaccedilatildeo

17 A realizaccedilatildeo da pessoa na famiacutelia

18 A realizaccedilatildeo da pessoa na sociedade

2 Organizaccedilatildeo (disponiacutevel)

21 Funccedilatildeo social do trabalho

22 Cooperaccedilatildeo organizada e natildeo organizada

23 Cooperaccedilatildeo econocircmica

24 Accedilatildeo poliacutetica

Nota do Organizador Pela crise poliacutetica e financeira em 1965 a equipe do MEB natildeo conseguiu completar este trabalho

MOV IliIENTO DE

EDUCACcedilAtildeO I DE

BASE

j U N D A M B I ~ A 9 I o DO PROGRA1~ PARA 1965

1 pnrtcu

mSrtmOS SOOIAIS 11 01l1tura

I

j

11 Cultura

Neste item ebordaremoe Cultura sob os pontos de ~ista filosoacutefico e antropoloacutegico ~stuc1aremos tambm os processos culturais e o que entendemos por cultura popular

111 Con~ejto de Cult~na Filosofia

Acirc cultura se destingue ~a natureza e a ela se opoet esta e sua caracterizacircCcedil[otilde inicial A natureacuteza exprime o que eacute dado ao homem a cultura o que eacute feito por 3le Por outro lado o m~ cultural natildeo se opotildee estagraveticamente ao mundo natural mas eacute sua transformaccedilno di~ laacutetica om Bunda hUI1ano Enquanto o homem nega pelB II prrois l1

deg nundo natural cor~ mo dBdo ou ~si ecircle o afirua como mundo cultural ou seja trQnsformQndo ~ara-o-homem

10) Haacute pois dois ~SpGctos no concuacuteito filosoacutefico de cultura a) cS(~_cto s_uJjc~ ( que eacute o espri to subjet~ da cu1 tu

ra) que exprici8 a cultura cono processo de desenvolvimento do sujeito que edificiJ deg Bunda cultural seja o indivduo em grupos sociais nais vastos (naccedilotildees etc) soja a huucnidade quo tende a constituir um sushyjeito cultural universal

b) ruJ)QCcedilj_o__opJejiyE (que eacute o eSl)rito objetivo ela cultura ) que exprin8 a culturo cOrJO precesso de desonvolvincnto do Lunco o ser tronsformcelo pele proxis humano ou a sua humanizeccedilcol sco as 11 0 shy

bras culturcis que consti tuell o L1un~o-elo-honell-e-para-o-honetl em permanente evoluccedil~o

Em seu aspecto subjetivo c culturG se desdobro por SUtl voz OB duos dinensotildees que parteD de u~auacutenica origem a saber do ~ de transformaccedilatildeo dialeacutetiacuteca elo Bundo

bull QBEll1~_9ordm-Ae__coAs_ciecirc1lciff que eacute a especific~ccedilecircio hurwnn do cultura em ternos de ideias velores projetos(religico filosofio t

bull A t )c~onc~as ar e ~ol~t~cobullbullbull bull CliL1cnsco ito oEir que eacute a especificnccedilOcirco humono do culturo

em termo~ de instruwvntos e toacutecniccs de tronsformaccedilOcirco do llundo( norshymoe de convivecircncia leis posi tivcs ciGncias aplicodas f instrunontos de trabelho bullbullbull )

PodaDOS a partir dostes elementos formular uma definiccedileacuteo 1I Acirc cultura eacute o processo histoacuterico (e portanto de natureza dia16ticn ) pelo quol o horwa er1 rolaccedilco ativa (conhecimento e accedilatildeo) CorJ o munshydo e com os outros hODcns trcnsfo~la c natureza e se transforna ll si ~esmo construindo um D~do qualitativanente nocircvo de significnccedilotildeesv~ 1ores e obrcs hUllCncs rouumlizcndo-se como hOlllOO necircste Llundo huuDIlo bull

c) 1L Cult]lro cLEistoacuteri-c_o A ini~iotiva hutlann que crie o hiJ toria e prccisQilonte c culturo A historia nco eacute mois do quo o deshysenvolvimonto ~o processo Dele qual se opera a pGSSagOD dialamptico da natureza or Culturc ou scjc do mndo natural 811 Llundo huncno Logo

-0shy

I

um~ cultur~ ~-histoacuterica 6 um contra senso Entretanto sendo o honcm sujeito de Histoacuteria por ser o cri~dor d~ cultura as fornas histoacuterishycas das cri~ccedilotildees culturais deve0 situar-se na linha das eXigecircncias de realizaccedilco do homem Haacute valocircrcs essenciais que a cultura deve cncar nar nas situcccedilotildecs histoacutericas infinitcmente vari~veis Por excmplo 06

A A N hidireitos de consoienci~ tr~zen 08 si UL1C exigencic de enccrn~ccedilao ~ toacuterica justcncnte por BcrCH v~locircros oonstitutivos do ~humano (aeo ecirclcs ~ cultura G desUD~niz~nte e nlicncnte) Urm dotcrIJIacutencd~ cultur~ histoacuterioa eacute ~utecircntica quc~do permite a enc~rn~ccedilco de tais vclocircrcs e portanto a construccedilco do um mundo-par~o-honen Nesse c~so a oultushyrc torna-se a expressco cutocircnticn dc c~nsci~ncia histoacutericc reeI do honem (do grupo da n~ccedilco dc eacutepoca)

b) A cultura eacute s~i~1 Coo efeito ~ proacutepri~ socicdnde sit~ se n~ linhc do ~rooesso cultur~l como elemento essenci~l de Dcdinccedilno entre ns conscioncics (~specto subjetivo de culture) o cono clemento essoncicl do unificc~ecirco dcs obres culturcis por Beio de uw conjunto de significaccedil30s que pode0 scr apreendidas pelos indiviacuteduos que consshytituem o corpo sociel (aspecto objetivo de cultura) Assiu c cultura 86 ter sentido e velidez enqufnto processo de cOIauniccccedilotildeo ccs conscishyecircnOi~ O nundo cultural caDO mundo humanizado sendo nundo-p~raniamp eacutemundo-para-o-ou~ No Llodiela eD que esta cOlluniccccedilotildeo se instituciQ nnlizo nUDconjunto de si~~ific~ccedilotildees velocircres projetos instrumentos ideais (eXIleiS etc bullbullbull ) ou ~ctericis (ex teacutecnica) tODOSt precisamenshyte c sociedcde O indiviacuteduo isolcdo evoluindo por IIbond~de noturcl per~ rcclizcr-se cano honem (Rousseau) eacute UD Dito A cultura eacute cutocircnti oa qucndo sue dimensno sacicl se desdobra pleneIlonte isto eacute qucndo sues significeccedilotildees e seus vclocircres podou ser comunicndos e~ sue plenishytude e tocircdas es consciecircncics (do grupo da naccedilco da eacutepoce)

c) A cultura eacute ~ossocl L dinonsatildeo de consciecircncia inpoo ~ cultura um cer5tor incliDn~vel de cr1~ccedileo humena Ela ~ por oxcelecircnshycio inicictivc de liberdcele f enauento supGrn o detorcinisoo de netushyreze Logo c coounic~ccedil~o eles co~sciecircncies que se devo cstebclccer pele Llediccedilco de sociodec~o COL10 suporte fundClwntrl dcs iniciatives c des obres culturcis s6 podo sar ontendidc nc forma do livre epocirclo ~ reclizcccedilco dc pessoc ouseje c ~coiteccedilotildeo etiva e ]ivrcuc~tp consenshy~ dcs siGnificaccedilotildees elos vclocircros G ideais do nundo cultural eu que

d d S d d do ln lVl uo se lnsere o mqunto pessonl c cultura e ne 10orD D libertaccediln9 isto eacute do ~profund[nonte dn consciocircncic-dc-si do pcssashygen do henotl coiso ( objetol (nC-tureza) pnrn o hOBcnsujoito c pes shysoe (hist6ria) Couo passonl a cuIturc ~ plurnlista Tocircdc tentctishyvn de nivolcB~nto ideoloacutegico de hULlanizeccedilotildeo violenta f~z de cultura i nSGruDenmiddot tCiO 1 uuml Iloncccedilco e de o CLoLunaccedilco c nao llbertoccedilco o roe1lZCccedilco

_ d) ~__cultura2_lffii~~~~al Pelo conteuacutedo hurjano de sues signi fic[~ccediloes (cspccto subjotivo) e pala destinaccedilco humana do suas obres (aspecto objctivo) o processo do crieccedilco de culturc G cssonci~luentc univ-rsol isto G ecircle tCl1de e princiacutepiO a constituir-sc cu clemon

N ohshyt o de oe1icccedilco entre todos os honans Sondo c conscicncie do si COnDS no tcopo ~ci~ncia univorscl (pois pcrc refletir a si devo distin guir-se do tudo o meis bullbullbull ) a cultura cono aprofundenonto d~ conscishy enclo de si deve propiciar e cbortura des conscioncias c ur1 plcno do univorsalidcde crescente Assin todo vnlor culturcl autecircntico oacute in shy

bull 2 bull

tencionnlnunte universel isto 6 dcstin~do agrave rcaliznccedil~o do honco cooo oonsci~ncia im si couo ser univuumlrsel ll

bull Este univors21idcdo ecircln cul turo N t h tiomiddot tnco a antr8tclto~bstrctn L1O8 Qoncro 0 po~s que c ~s or~c~nun a

enocrnodo Assio c universalidcdu concreto que torne eutQntico ~~o

cul~urc _reside no ~os~~b~jj~~~of~tivo de ~oBuniccccedil~o d~su~s signifi ceccediloos a~ S8US ve10res ~dceis e obres c toucs es conSO~8nc~cs quo vecircm a encontrar-Seacute no ecircLlbi to c~c prsenccedila do nunda cul turrl - qucsteacuteo bull (lsSiLl c vJrtiginose univorscliccde bstrcto elos sistmlcs 1uumltafsicos A

do tndio temIic o justificer do fcto urr profunda divis~o de consc~on cics nuoc socicdcde elo ccstes) ~ COllO intoncionlomte un~~ que C

cult~ deve ser dit Eopulr

1NOTtir Este pcrte Ooncoi to Filosoacutefico de Cul ture foi t1 cmscri tecirc de FUnc~cLlen tcccedilco de IIViver ecirc Lu tcr ll provoi tendo -Se cs ideacuteias do fe Henrique Vaz 5J

1_12 Conc~~to de Culturo no n~ropo10gio

A etividede oriedor~ 6 nquel~ etreveacutes d~ qual o honoo expressa sue forne proacutepria do scr existente no nundo Esta atividedo criodora~on uo prineiro niacutevel de releccedilotildees so realizo otrcveacutes do conj1L~to do 09008 eo que trcnsformc coises de ncturozecirc eu objetos do culture A cse a rode o pcpel n neacutequine seacuteo elcuns d0stes objetos que eo ncior ou nenor greu de eleboreccedilco rcpruumlsoutou e rcsultente do esfocircrccedilo huncno contlnuoo~ntG envolvido no tecircrefo de integrer 00i8S do ooio c~biente no oundo elo hODeo ti ctreveacutes cleste intoroccedilatildeo constcnte com o sou oeio ncturel que o hODeLl se eprcsonte cano criador e trcnsforDcdor ncste priLlciro niacutevel de elenentos culturois elebo-rcdos c p~rUr do nctcriel fornecido pele proacutepric ncturGze ou c partir de outros clemontos cultushyreis Lleis sill)lcs e ntcriorDontc criados A soluccedilatildeo do elgUlKs do suts neo~ssidades fundc~vntcisf provocc gereluonte c eoercocircncic do outres nooessiccdos problonos oeia cODplexos ~ ecircste o processo b~sicootro-

1 vos do quo o cul turc est~ s-lpro se renovcndo

iIes 80 podoilos epontcr os objetivos Detoricis eoo) eloDontos de oul turc podecs tcbeacuten cffroer qU8 n3o soacute ocirclos consti tuoo tocircde t

cul turc do hOUCD ]j e sue conccedil~iccedil~o de ser sooiel quo o hODOl rca11ze e cultura Intogrdo 0L grupos sooiei8 definidos segun~o carcctcriacutesticns deteruincdcs o hoooo se fez ngo~l te do cul ture cricndo trensi tinc1o noutros hooens os 0lcllontos cricdos A pr6prio ostruture 80ciol eacute ex shypres se e Llodificcdc c trc-voacute s do toO cooo forle do culture A fCliacutelia cs relnccedilotildees 1entidcs pelos neLbros de f(1liacutelin segunc1o c posiccedilco que ocu pmJ es forrlcs de cOLlUniccccedilc9 socicl cs cstruturcs poliacuteticcs os sistc oea cconocirclcos o trrbelho ca foI18s que oSSUlC o significndo que lhe otribueo as ostrutur~s quo os grupos se iopotildeco por roeliz~-looa 010 _

o0ntos enfio ctrveacutes dos qu-is so ccrctorizo e concliccedilco sociel de un grupo do uw povo sno oxpros300s do UD outro nlvcl culliurel ncccsso shy

ricD~nte presentes ~1 ~u~lqu0r sociodcde

A oss DeSDe concliccedilco sociel 01 sues nuacutel tiplcs oXIlrossotildees cultu Irc~s c c~rcunstencio propric 0 hOiOrl do ser trensconclonte ao Llunclo eo q~ roclizc suo cul ture cOtcspondo Url conjunto do slbolos do t que elo se crL1a pcre corunic-r-se o todos os niacuteveis OorrcSl)oncc tCIl shy i

ibull 3 bull f

beacuteo ~trcveacutes de expIiceccedilatildeo do signifiocdo decircstcs sobolos o ostcboleshyoin~nto e o evoluccedilEo dcs signifioaccedilotildeos que ecirclc caacute n si oesDo cos oushytros hOLlons 00 SU oeio ncturcl e C sue cul turco

~ pr5prio do honeo crieI e integreI eu sue culture 0160 do objeshy I tos lctericis clem dcs tccniccs trcwes dcs quc~s cS cr~cccedilocs se roshy

noveo ~l~ll uSs Dcnifstrxotildeos cul~urcis do sue c~iviccecirco essoc~etivc ns sign2f1ceccedilocs dcdes e estes obJetos o ocontec1Dcntos ctreVGS dos qucis justifico e expresso sue oxistGncie seuS ctos seus tonores o sucs espercnccedilcs lTuumlste torcwiI1O nvuumll cul turcl cncontrl-so t por oxog pIo I cs norncs de conduta os sistC~lc-S etrcvoacutes dos queis 50 procurc fr

t tmiddot N t t tzor c JUS 2Ccedila - es crunccedilas c os D1 os - cs cr2cccediloos pureDcn o cr ~s ~

ccs C oS sistoocs de pensc~-11tO bull

ti cuIturc Sw cOlprcondo pois OOrlO o conjunto int0Crodo do crie shyccedilotildeos en quo o ospiri to huncno s e1~pr(Sse ( Obj0tive DH buscc de reso

d 1 1- t shy1uccedileo o saus proo aoes o tuumlnaonc~cs pussoe~s o SOC1C~S ~os ros n1shy b 1 1 1 - t middot 1VG1S eS2COS uD quu nos e pOSS2VO ~~V1~~- e - n2VO eleP e~1VOt n1VO

cssocietivo G nivel iduumloloacutecico (cqui no sentido do nvcl tlcniel) 00shy

botl (ontro de culturo os objetos notcricis cs conscluccedilOtildeUS os instrBshyDtmtos do trcbelho os 11~quii1CS cs toacutecnicos do transforLlcccedilecirco de notushyrezc os v6rics fOrllos elo slJortos Cs crieccedilotildecs crtisticos os oatrutE rcs ( norDes sociois e orgcnizcccedil~o poliacute ticc os sistcJes juridicos o idionc cs cronccedilns os sistoles filosoacuteficos toeacuteLos os sllbolos o si shyneis os ccriuocircnies os ritos do pes segeo cs tradiccedilotildeos cs idcologics e os forDcs pGles qucis 80 cxpressoo os religiotildeos A culturc Oacute os3io tocircclo o ox)ressco de otividedo criceacuteIorc huoonc sanpro intQncionol C perticipado por tC(~OS os hOJons onqucmto uonbros do socio(~edos E CODO tel ecirc construido por coiscs e econteciocntos reeis objotivos pcssvois de obsQrvcccedilco dirote e in(~iriltc Localizc-se lJOrtc-ntones shytcs coiscs niacutestes ocontociacutemtos no tonpo o no especcedilo Duumlntro dcs p9sect soas no for~o de cronccediles cC ODOCcedilOtildeOS G ref10xotildees culturelucntc dotershyuincdcs dentro de tocos os procossos beacutesicos de conunic~ccedilecirco Of fineI oonte dentro dos objetos octoricis

Cooo ccrcctoristices fundcrlQnteis ctrevJs des qucis o cultura se desteco co~uuml roclidcdo cspciacutefico seb0Duacutes quo ele oacuteo) trcnsnissvel d~ uno a outro gercccedilco p~lo convivio socicl e ctrcveacutes co cprondizegeo nco por hcrcnccedilc bioloacutegicc oono por eX01plo a cocircr do ~elc ou a aI turc dcs pessoos b) une ctivieacutecde cxclusivorltmte huocno C) ULl conjunto in

l bullt tlgrolo Ue crJoccediloes neo U1 ccunulo cesorciacutemcdo clt OlOllontos oc_ter~cis d) uno cIesse de coiscs e econtociuentos dependentes do sinbolizoccedilecirco e oonsiderodos dentro de uo contexto extro sO~leacutetico

Se estes tendSncies ~ cmiddotiG~ncios huoenes estilo presentes ou tocircdos cs pessocs por soreo inerentos c sue proacuteprio essecircncia podeDos entco cfirucr que no h5 iacutendiViCLUOS ccediluo necirco p-rtici Deu dc culturc Se est5o ~

pruumls~n t os 00 todes cs possocs osterco nocesscricDuumlnto ou todos os grupos socicis do que ales fczoa parte Noste scnticl0 podoos ofirLlcr

N

que noo hc grulJO sociel so-1 cul ture

No consiclorcccedilecirco do fonocircGno cuI turel eacute inportcnto dostccer sous eleuontos 0 seus processos etrcvoacutes dos qUGis c cultur~ se estruturo se trcnsni te e so lOdificc

4

Os elementos oulturais bull

bull Traccedilos oulturais eacutea menor unidade a que a oultura se pode reduzir Complexos culturais eacute todo o conjunto de traccedilos estruturados em tocirc~ no de uma atividade baacutesicabull

Padrotildees culturais satildeo as orientaccedilotildees baacutesioas dominantea e signifi shycativas em uma determinada culturabull

bull 1reas oulturais satildeo regiotildees que se aproximam pela similitude eviden te de traccedilos e complexos culturais

Tomemos o acontecimento ZUTIRAtildeO enquanto forma de trabalho colsect tivo e tentemos uma ligeira anaacutelise de seus elementos a partir do que vimos como caracterlsticas da cultura

Um conjunto de homens trabalhando a terra representa uma ativ1 dade criadora Socircbre uma determinada extensatildeo de elementos naturaisecirc~ tes homens exercem uma atividade intencional Tecircm um objetivo e trabashylham segundo determinadas teacutecnicas que aprenderam e que devom promoshyver o aparecimento do objetivo que os levou ao trabalho O aampo se modifica a natureza se transforma abate-se a mata limpa-se a terra ara-se o chatildeo os sulcos satildeo feitos o solo adubado e depois semeado Como instrumentos de trabalho os homens que participan de um wutiratildeo possuem foices enxadas e aracos feitos de determinadas maneiras deftnidas segundo o objetivo quo a eles se daacute Eis alguns objetos consti shytuintes do que temos chamado elementos materiais da cultura~ As coisas foice enxada ou arado - oonstituem ecircstes objetos materiais As t6cnishyoas atrav~s das quais 60 usa a enxada e se trabalha com o arado a

N

forma objetiva padronizada como se ara e aduba semeia e colhe sao acontecimentos de onde tais elementos materiais se originam

Os partioipantes do mutiratildeo associaram-se como um grupo social bull Natildeo soacute agem em funccedilatildeo de objetivos comuns como tambeacutem regulam easa accedilatildeo mediante um oonjunto de normas de tradiccedilotildees de costumesOcupam postos distintos oomunioam~ae de formas determinadas esperam que ashyoonteccedilam cortas coisas que tradicionalmente ocorrem em tais circuns shytacircncias O comportamento decircstee homens pode ser previsto por quem os conheccedila de vez que satildeo culturalmente determinados

Quando se falam usam palavras de um idioma oomum Atrav~s delas se ent~ndemf e com elas se referem ls coisas e aos acontecimentos Cada palavra decircste idioma pode ser tomada CODO um traccedilo cultural O idioma CODO um todo constitui um complexo cultural

Durfu~te o mutiratildeo os homens cantam por exemplo Ulla dctcroinashy

d AI Ia 2anccedilao om que narr2-m uma estoria um mito ou em que oosorevem o que eatao fazendo A canccedilao sua forma seu oonteudo mesmo a maneira 0000 eacute cantada constituem tambeacutem elementos de cultura

O mutiratildeo cooo Ull todo pode ser considerado CODO um oooplexo ~ultural Cada um dos elementos que o constitu1f~ em referocircncia a ele um de seus traccedilos A roupa que os hooens usao a naneira oomo oavao os instrumentos cou quo trabalham as eanccedilotildees que canta0 a esshytoacuteria destas canccedilotildees satildeo traccedilos de um Dosmo complexo cultural ~ pashy

5 bull

o

drotildees oulturais quo se pode0 dostaoar da unidade de ootlportruwnto aclotatilde da por todos os partioipantes do nutiratildeo e se fazer notar atraveacutes de todos os seus gestos atitudes e atividades pessoalncntc rcalizadosaen do oada um decircles socialn~nte aceito e culturalocnte detcrninado Os eleoentos culturais prosantes no conplexo cultural mutiratildeo estatildeo tomiddot dos intccedilgradoe Natildeo se trata de coisas e acontecioentos seu rel~ccedilatildeoqual quer uns cou os outros Trata-se do processos o resultados decircstcs pro shyoessos ligados entre si o suficiente para seren coupreoudidos CODO

partes de UD neSDO todo cultural

Os honona que participa0 do mutiratildeo fazou-no livrencnte porque acredi tam eu certos fatos Acha0 por exemplo quo os honcns se elevou sect judar uns aos outros Acreditan que o trabalho eacute neccss~rio a todo o honeo Julgue quo unidos pode0 realizar ou nenos tenpo nais trabalho O conjunto destas crenccedilas pode-se coopreender tanboacuten quando explicitatilde dos eo palavras ou nas atividades co que o mutiratildeo so expressa cono elenentos culturais

Eo tocircrnos globais coopreondenos CODO aacutereas oulturais aquelas que tleStlo independentoBonte de proxinidade geograacutefioa aprcscntatl ULl ul1noro razoaacutevel de couplexos culturais identificados claraocnte CODO soneJha8 t-ea

A culeura 80 apresenta sO2J)re como realidade objotiva posta co novinento eo uudanccedila constante eu tocircdas as fomas porque se expressaI a) os objetos que satildeo elementos materiais da cultura cano UIl vaso do barro a aparelhagon necessaacuteria ~ irrigaccedilatildeo de un canpo de arrozeto b) os subolos e coobinaccedilotildees significativas decircstes sobolos CODO as p~ lavras de uu sistEma lingulstico alguns cantos o contos ecirclo utl povo eo que as palavras decircsto sisteua se organizamUD conjunto de leis o nor mas os nitos alguDas crenccedilas a globalidade de eloDontos eou quo deshyteroinado grupo social reflete o uundo e justifica sua conduta c) os acontecinontos do quo estas coisas se origina0 o ao que se Dodi ficam cono o trabalho do un artesatildeo a atividade padronizada atraveacutes da quel se fzen bonecos de berro ou objetos de oouro d) as forncs sociais pelas quais os hooens organizAD e estrutura0 os elenentos de sue dinonsatildeo social OOBO c f~nlliaf a oouunidecQ o o grushypo pocircsto eu trabalho comum no mutir~o

lC) A forua de un vaso de barro por exenplo pode Ser uodificadc ao pcssar de un a outro grupo social ou mesno dentro de ~ soacute gruponc passcgon de uoa a outra goraccedilco Eu elguns casos pode nodificar ateacute DeSDO a sue funccedilno modificc~do tanbeacuteD o seu significado especiacutefico bull O DeSDO vaso que num cul turc ou co uJa eacutepoca eacute utilizedo 0000 roci _ ~iente de aacutegua pode eu outra culturc ou na nOSD~ cultura co outra epoca tornar-s~ objoto de decoraccedil~o NUD terceiro grupo social o DOSshyVcso pode ser posto c serviccedilo de ctividodos religiosas c oono tolenshytendido COLO objeto sagrado

22) A apcrclhagotl noccss~ria otilde irrigaccedilno de ul cmlJO do arroz tt-onsect

6 bull

_ - J ~

fornc sc 00_1 O surgincnto do Ul novo instruul0nto msto novo instruncnto tento pode ser criodo por nlQlLl mmbro do proacuteprio grupo onde o aparc lho eacute usado tradi c10nelndnto 000 pode sar trczido por ruumlgun Doubro de outro grupo

312 ) As pnlcvros do Ui sisteuc linguCstioo estecirco ar COl1stcnte LlU shy

denccedilo GLl sue fornc cu sue funccedilatildeo 01 seu signifioodo ilcs m1igroo de Ul o outro JOVO JuntJ1-S0 o outrcs uuml con 0106 forLlell novcs pclavras bull Ruumlnovcu-se DosoparoOOD durcnto longo tOlpO o surgoLl ncis tcrdo COL

une nove funccedilatildeo 1oacutegicc PorcoJ-se A observaccedilatildeo do dois textos - ul 8i A otuol e outro 82 Agrave ne 2eVo - e su 2020n t e pero portugues portuguos d 1 r d01

xor clara c evoluccedilecirco de lCngut n(oionol oono UB s1sterle OIl Llud2nccedilo coE tCnuo

412 ) Llguns o)n tos e centos do uu povo deSopcr00en COJ o correr do tOLlpO Outros secirco _-oclificodos aos pouoost por exmlplo se o grupo socio1 possa a ter uuo nove econouie do subsist~ncio se Posse a vivor do culshytivo do uilho e nGo Deis de ceccedil~ e d~ pGsce se eacute doslocedo do uuo zona proacutexima co oer pcre uue outre Qist~~te dele situcde ou vnles dispostos 00 longo de Llontenhcs

52) Uu conjunto de l(1is e norlcs vigente cu dotoTLlinedo grupo sQ cie1 L1ocifica-se tC1-~boacuteL1 g0roli1021to t cdcptondo-se t novos situcccedilotilde~s sQ cicis ou explicitendo suas pertos Quendo uo grupo oacute pocircsto ou contoto COll outro sucs nOrLlCS do couporteLl8nto poden ser influenciedas ou in shyfluencicr norucs do outro rupo

612 ) Os lIacute tos clgucs crei1ccedilas o conjunto de clo-lontos coa que ds toruinedo grupo socie1 roflcte o Iundo G justifico c sue conQuto sofre0 todos o DG SLe lJuclcnccedile cO pes scrou de ULlC c ou tre gcrcccedilatildeo elo -w a oushytro povo ou nUDe nesue goraccedilOcirco (0 UD DeSDO povo Dodifican se do qual shyqU0r forla ctrev8s do proacuteprio uso~ atroveacutes da difusatildeo de seus olcnontos pelos diforentes Derbros elo Grupo Cada pessoo contribui nCSLlO CO1 sua perte ele novcs coscobortcs fvoreccndo eos poucos O dcsGpc1ocil1O1to te elguns GlGDcntos de credibilidade o c ooorg2ncia de outros

Necuumlssagraverieilente os CCOjY(ocIacutelontos ar que estes coi82s 50 origi shyniIl -10 21~CCI~ bl o t e que os d middot ~ seo t 2il Ol 1os processos con 2nUOSI as tocn1cns de irrigaccedilatildeo es nenoircs do nerrer os velhos contos as forllts elo coushyportcrhnto dontro de felie ou dentro do grupo e roaccedilatildeo provooade peshylo estcbelGcil1Cnto de novos pcdrocirccs de conduta

~ d G propr2o C culturo ostr cu Dudonccedila cont2nuc etrevos ecirco todos

os seus eleuuntos do sinal quo Su fez no chatildeo ou nes ~rvorOst couo inshydiocccedilatildeo de ULl OCL1Iacutenh2 a sOGUir cos valocircros espirituais tcrbOacuteu ecircles si nois dados ~s consciencios o nisso indicadores do rUDOS

A Histoacuterico Dostra clarcronte o existZncia do c_ireccedilotildees doterldno des nc evoluccedil~o culturel dos povos e de tocircdc c hunonidado Cede objeto que sofre individuolouumlnte uue uudcnccedilo quelquer podo ser couproandido c ouo uu trcccedilo e-l L10vin0y to insoriclo nu plcno Deior 11UD cOlJplcxo culshytural que trbeacuten se llOdifica ~sto coplexo cuI turol fcz perte do tocircdo u~c cultura que atrcvGs de Doclificaccedilco de seus elODuumlntos pode ser toE betl ontoncliclo C010 uoc reolidcclo que so trcnsforua cont1nuenonteevo1uitl

7

do ~ ~ ecircsso processo de Dud~nccedil~ cultur~l constante e oriuumlnt~co que se deacute C oLUGcnt e o noue de progresso

EnunorxlOS 1 ibuumlxo c1CUTIS c1ocircstos processos os que eeo reolron te n~is L portcntes e elos queis so origin~1 os outros tocos rcsponsf

~

veis pelo cOLplexo dcs ~udonccedilos culturais d~s quais fincluonte o ho-I neu tcDbcu ~paroco cor_lO ~gcnte

N d t It bull Tr~nsnisseo c possogcn nedi~ntc ~prcn ~ZCgOD s~s 02e ~ce ou ass~s-teleacutetico de cloDontos cuacutel tur~is do un pcro outre gcraccedil~ot dentro do un nesno erupo social

bull Acul turcccedileo c trocc de elencmtos culturcis ~traveacutes do p~ss~gen de troccedilos conploxos e pcdrotildees de une pare outr~ cultura qucndo postos de nlgurm forDe en contocto bull Difusco c acoitaccediluumlo do detenincdos eleucntos culturais recou-cria shydos dentro do proacuteprio grupo ou inportados de UD outro de UDa outra culturo bull Continuidade a pernanocircncia do treccedilos atraveacutes dos seus elcocnto8 de fixaccedilatildeo pelos queds DS gorcccedilotildees se cODunican ou se li8a1 Deculturaccedilecirco o desl1pl1rOCluento progressivo de traccedilos antigos em fun shyccedileo do aparecimento de outros nais recentes bull Integrcccedilatildeo c haroonizeccedilatildeo ctrcveacutes de mecenisDos organizl1dores dos divorsos trcccedilos de UQI1 cultura bull Retardenento una disritnil1 na acumulaccedilco e integraccedilatildeo de eIenentos culturais fevorecendo deg desenvolvinento acelerado de I1lguns trcccedil06 ou conplexos freqUentonente eo detrimento de outros bull Invenccedileo I a rosu1 tan te de UDe nova conbinaccedilatildeo de elOIJlCntos jeacute exis tentes em deterDinada cultura bull Descoberto uma equisiccedilecirco nove no cl1npo do conheciacuter18nto O rccirlen to de UI novo eletwnto culturuuml ou seu sentido nuds pleno

~ atrcveacutes d0stes processos nUL1e uccedilatildeo conjunta seaprc integrl1dv e tendo o hOLeu CODO sujei to que es veacuteries culturas se aocLificem Ne te sentida CODO estrutura orgcnizcd~ e eu procosoo G cul-jure oono ati videde hUIlene 0speclficu evolui t progride e orgeniza-sc 0w formas Dais acabades e cODplexes co lonGO da Histoacuteria

114 Culture Populer

lI n h t d h 1 r ti ULl rcmoncno lS or~co que surge 8Il soc~e CeLe OllLC bull c un (osnJshyveI cul turcl entre os divorsos grupos que c COlpotildecm ondo grci1de porte d~ populeccedileo necirco teu UDe pcrticipcccedilecirco ativa seja no pll1no culturalso~ cia1 econocircJico ou poliacutetica COD isto nno querenos dizer que -coelos d2 veo tonar perto ativa ncs OOSDes ctivideces et1 Utl nesqo niacutevel ou que se deve padronizcr ou unifornizar c pcrticipcccedileo cc tocos c de ccdc~ bro ne socieclnde Nuumlo eacute isto eacute clcro P-ra lOacuteS Ull trcbalho ele Cultushyra Popular surge t~nbeacuteD de consciecircncia desse ncrginalizeccedilco e ele no shycessidade elo libortcccedilotildeo ele ui~ contingente hunano que vive otilde ncrgem do processa cultural

A Cultur~ Popular surge cano conso~~~lcin do processo de nudcnccedila sacieI Assiu sendo pretende a perticiacutepoccedilecirco de todos n olaboLaccedilriacuteo da cul tura da sociedade eIl que viveo beu 00110 e principelnonte na aEre

bull 8 bull

ensno e nf~Jcccedilno_ do sentido e~ 9111 turll isto eacute do cUG c cuIturo sig nifico perc os ho~ens desse soci~elede A Cultura Popul~r port3nto~esshytoacute vincu1t~clc Il UI1C accedilco que nco 110de ester dcsligodc do 2oyQisto e I

dos grupos sociais que por condicion~ncntos econocircmicos pOliacuteticos e soci~is - e cspocicloonte por COllcliciorlDrJcntos oul turcis - cst~o l1Crgi ncli zudos da cul tllrU ( FunCcLlontcccedilecircio CC IIViver eacute Luter) shy

1 tCaLlo venos c Cultura Po~uler quc~do e coounlCaVO 00 ~_~lS o 6 quando sues significcccedilotildees seus velocircros ideais e ObTeS SOO elesti shynados cfotive~0nte ao povo c rospondem ns ozigecircncios el~ reolizeccedilatildeo hu~ona docircsso -Jovo 00 eteroinete eacutepocc responce eu suoe n suo 29Jlsect

h lo 1 E b l 1ClOnClE lSmiddottorlCIl 100 e CC eo cooo U1lVerSo qUG c cu -Gura e ne shycioncl-cnqucnto integre es consciocircncios dentro ele ncccedilno no ~lnno--dc SUIl realizcccedilecirco hunene e cs situe assIacuteIl na linhO (10 DovLl(mto histoacuteshyrico essencicl de EP-iY2rsn1jzaCcedilco 9fetiva c do cricccedilecirco CO UilC cultura pare toclos os honcns (Po Hmriquo Vaz)

Cono o integrc2otildeo elo toc~os os hOL10ns ne DeSUo cul ture vinculo shyse o unc trcnsforLlcccediloO elos pcecircrotildees econocircnicos polticos o socieis 0

Cul ture Populcr estaacute tcbeacuten vincuIademiddot ecirc reelizcccedilco do u projeto hisshytoacuterieo que pretendo aquelcs trc~sfor3eccedilotildeos Um projeto histoacuterico condi zente OO~l uuc cul turo eleborecc o pcrticipedc por todos UiJ projeto que possibilite c toclo o povo essTIuiacuter o seu papel do criecor o suj0ito de culture dc sociedode eu quo vivo

~~ - l~J

Sendo nssiacuten pode-se dizor que Culturo Populer n~o eacute uu fenocircnono neutro indiferente Ao contr6rio nasce da un conflito o ~lecircle dcsembQ 00 pois ela existe e se Cpresonto 80npre eu terl10S de libertoxatildeo de prom ccedilecirco hunenc no sentido J1cis cnplo Donde se conclui que noo eacute possiacutevel U1 trobclho de Culturc Popu1er desligado do processo de consshycientizaccedilacircQ E ~or estar lig-eclo c ecircste processo 5 quo elo ueve lCivor

Sellpre c UL1C opccedilco Devo der pqssibi1iclceacutees de Opccedilco 00 povo eoboro N

nco posse lL1pOr osso opccedileo porque elo devo sor encontrcCc polo pr~o povo Este opccedilOcirco decorre ele plone consci3ncuuml que O honen adquire dos diforGnccedilos o degnveis entro os 3rupos quo foruno o socicdedo o de noshy

1 N bull so-COSSldcae1 LG une tronsforncccedilco dos lO culturcls polltlcoSpecroos cieia e econocircticos que os cotorlincJ --~

BIBLIOGRAPIL PARA APROpmJDLttrO DlSTE ITE-i

1- Les1ie A Ihi te - Concei to de Cul tura Seacuterie B apostila 1- I EB

2- Irene E de Carvalho - Introduccedilatildeo aos Estudos Socieis Funoaccedilatildeo Geshytulio Vargas Rio de Janeiro 1964

]) Cacircndido Pagravedim OSB- Dclucar para um undo Novo Colo Educar para a Vida Gad 6 ~d Vozes Petroacutepolis 1965

4- Felix 1 Keesing -Introduccedilatildeo Cultural Fundo de Cultura Rio 1961

MOVHlENTO

DE EDUCACcedilAtildeO

bull DE BASE

t J

~

f

I

I f

f

t iacute (

i i

JlJIDAMIIA010 DO JlOGlAMA PARA 196

1 pu ISWVDOS SOOIAIS

12 - Ilt~t~amp Sooial

~

120 - Estrutura Social

Estrutura eacute a armaccedilatildeo alguma coisa Aquilo que sustenta um o~ ganismo um preacutedio um caminh~o Cada coisa tem sua estrutura O or~ nismo humano tem o esqueleto c~o estrutura umpreacutedio tem os funda shymentos e as vigas mestras que o~~steltam de peacutemiddot Um oarro tem o chasshysis socircbre o qual ecircle eacute montado satildeo su~ estruturas proacuteprias

Asdm tocircda a estrutura tem Uliacutela porccedil2Q de partes q~ quando se juntamformw~ um todo onde alguma coisa po~~ se sustentcr O esquele-middot to tem diversas partes assim como a estrutux~ de um preacutedio tem as pa~ tes dos alicerces e as partes do teto das colunas eto bullbullbull Podemos en tender que ~__~s~]utu_a gualltl-q~r_9uJL~s_e1sectL99teacute~ diversas J18tlU QF~das_pDra_Jorll-_-__~~_j_oi9J_~E_co_njull_t-ordmLll~un~

Que seria entatildeo uma estrutura social ~ uma estrutura que diz ~ pei to e sociedade dos homens j o modo como amples se organizrun para vi ver melhor porque ningueacutem pode viver sozinho ~ social porque se reshyfere a uma porccedilatildeo de homens a uma porccedilatildeo de grupos humanos que forshymam o IItodo ll social A sociedade humana tem uma unidade mas tem tamshybeacutem uma porccedilatildeo de Eart~~~__~~~Fj_~am de gerta forma - a estrutushyra s~oial ~ sustentanto a unidade do ~ru]o humano

Como se trata de homens as estruturos nno pocam ser materiais como as da cesa do ceminhco etc S~o estruturas pr6prias do socieda de dos homens Tem que estar marcadas com qualidedes que s~o humanas

Ora o homem tem fundomentalmente veacuterias qualidades que o disshytinguem das outras coisas a consciecircncia racional (inteligecircncia e voa tade) a liberdade a afetividade o capacida~e de oompreender as ooisas e de dar nooe a tocircdas elas ~uer dizer de dar significado que s6 valem para si e pera seus seuelhantes e a capaoidade de poder socircshybre as coisas quando ecircle te~ uma pedra ecircle pode fazer UacuteDa estntua ou picaacute-la eu pedaoinhos exerce seu poder socircbre a pedra

Entatildeo jamp podemos ver que as Estruturas Sociais tecircm que respeitar exatL1011te eSS2S quelidade pcro sereu II~CLoiaisll f quer dizer humanas bull As Estruturas Sociais tecircm que re etira

bull a oonsciecircncia racional (inteligecircncia e vontade) bull a liberdade humana bull a afetividede do homem - o CBor bull a capacidade de der significado cs coises e de comunicar ecircssee

signifioados o todos bull o exetclcio do poder humano socircbre os coisas socircbre a socictlade

e socircbre o proacuteprio homeo

Al d 4 em ~sso como o homem e teubem um ser biologieo tem todas ns

otividades e funccedilotilde~s dos secircres vivos nascer crescer comer assimishylar reproduzir-se viver um tempo a rJ0nitude e tudo isso e depois entrar num processo de rle6iJ~ccedilrt (de ) e tender para o Ilorshy

bull 1 bull

te e para o desop~recimento fiacutesico Todo ser vivo S0 distingue dos nao vivos porque eacute c~p~z de tircr do Deio 00 que vive o que lhe eacute ncoeBs~shyrio pcr~ crescer reproduzin~o-se etc Isso se chcma processo C8 ess uil~ccedilco Umo plc~t~ oS6ioile de terre os eleoontos que pr0cis pere viver Uu cnimcl cssimile do que cooe c energi neoessnric pere conti shynuer vivo Eos to~os tecirc11 UlJ lioite Qucmlo pesso c perder Dei s elo que recebe oOlleccedilc e envelhecer caihe pcrc e norte As cstruturcs dos ogrupcoentos hUDC~10S teu que levcr lsso ao conto Teu que conJuoacutecr esshyScs funccedilotildees que sco ele tocvs os socircrcs vivos cou aquelcs opcoiddcs e quelidedea que vinos cclm que s~o sonento dos hOilns

Vimos o que es estrutures socieis ~ecirc11 que respeitor nessas elois plnoss o dcs quliccdes e o eles concliccedilocs bioloacutegiccs co honen l~s 1fi so n~o existe sopcrcdo une cois leacute outro cqui ~is~o jUl_to nUllc uc S11[ pc s soe nU2~ oe suo grupo h1lt2cno ~e_00 BeSIDO tO_DpO

Por isso tGl~lOS quo ver dU2s coisos I

lQ o que sustente os estrutur~s soci~is e 2Q cs f0I11CS COC esscs cstruturcs nos ercccD

ViDOS que ampss~s estrutures quo nos referimos sco hummcs 1=C8 nei

por isso sco tocircdes bocs tocircdcs respcitcndo e ncturezc do sor h~cno Sendo ecircssim eacute necesseacuterio U1 trcblho quo torne os homens conscientes disso pcrc que tocircelc sue cccedilco sej~ nU11 sentido de oelhorcr Ccel~ vez Jds cs estrutures da sociedede eu Que viv~ ~es jeacute existeu une porccedilatildeo de normcs vclocircres costUECS que tecircd vigencie n~ sociodede dos horHms e -~ ----shyque ~J~r21l_ ltlu9JS__ilJ3_~ll_tsH ~or que isso Porque c socieccele dos homens nco pode ser sustentcdo so pels coisns mteri~iB ~ es nor mcs os vclocircres os costuues s~o escolhidos e adotccos pele socieccecircoshydos homens como moios ele regulcr atildeuuml~id~--Socicl Elcs representcn une ctucccedilecirco do liberdcde huwcnc quer eizer os homens escolherauacuteln~s ~--r si livremente Entre~cnto esscs norucs ecircsses costunes ecircsses velores p8rlmccen nc sociedcde e Jlui tcs v~zes o que ore bOD nUD dotorJincdo tenpo deixe de sar bom ombore continue existindo Entco ca nornes e Vf l ores pcsscn c ser elenc1tos de opressco pcr o houm ou pcrc gru-A shy

pos de houens nUDc sociedade ~ por isso que se deve tor consciecircncic bG~ clcrc pera reconhecer se as no~~cs e vclocircres que regulcu nosso co~ port~uento sociel s~o cindc v~lidcs ~rc o hOBen quo vive nos nossos shyteuumlpos Se foreu vGlides devo~ ser canservcdas se nco foroI v~lidcSt dev~ratildeo ser uuelaelos Esscs focircrccediles os-cecirco contielcs DCis dirotmn-e nos volores Vcjcuos cOrJa ccde una poC~e sor explicndc

bull Velres go~ sectsc_oJhjf28-2~_y_c~-S_[ti tude dos ho~ Po shydeu ficcr atuando conscionteuonte ou inconscientenonte Por eXI A2or os pcds e os filhos b U11 velar ser livre pcr fzor o qUe quisor t outro vclori respei tcr os outros eacute tcDboacuten uu vecirclor Isso tudo vei eshyrecer ctrcveacutes dos costunes o norl~S que e socicdcampe edotc As ciforenshy

ccedilcs ent re 61 Sco epencs de Groducccedilco

2

bull COS~1luos -UodO__Cplusmn9 qgi_r socialuollte a$r2a(9J3bull Ouando un houou vai a escola ele so oouporta de un Dedo proprlO Quando vaJ a una fasta se couporta de outro Dodo Se fala coo sou pai se cODport2 de Dodo diferente daquele co que fal COrl sou filho Os costVlOS sao diferentes para cada ocasi~o

bull Nornos satildeo os [s~-os l9cos de couportmlOnto s9cisJ -oloS jaacute totDh Dente acoitos e que s~o onsinotos na sociedade CODO coisas a sorCD obshy

S t b tIscrvados WllS rlglCLanOl1 t e ao 11ecessarJcnon e o rJg~ OZJcs

A N

bull COlltE9le Soc~ S_gur(L~EJ_todo Gc obser~l9]_~9lltl9_Qbs9d~ ci~o t~cloJs-o~~JJ_c1Lo_G~b_9J_~eido Se algueu nao so COi~)Orta do acordo 001 ~s costuDCS o as noruas da sociedade vai sofrer pw~iccediloos o repreensotildees por parto elos outros clowmtos de sou grupo COD isso so estabelece U~1 controcirclellsocialll socircbre as occedilotildees do cce~e l)0SS0a do eashy

1o grupo Acuzor le oprovcccediloos e Danoresa e ~uor reprovcccedilouumls DelOi~()S ou t d - - 4 ADonIor~e o lpO 0 accedilao eS~lvor nalS ou nenos ~C aoorao cou o que a

sociedade esporava

~9G~~qt Oacute ULl tipo do controcircle social Iluito rfoido quo a socioshydcde iwpoe lli~la pOSS02 ou c gruo social

1Qi e um norDO- sociel tlrl conportaocmto que o oXiglCO de toshy

dos e quo qUffi1do nco 2coito provoca una coerccedilco Duito forte Essa IpUl1lCcedillO que pOCcC scr nora1 Jls~ce ou s~np1csnon c 1 t Ja c ~ t socJe 0 t c

r1incda antcriorIente Quor cizer se alguoacuteo rouba elevo sor Plli1ido se De ta devuuml ser puYlIacuteclo co~ pris2o etc bullbullbull

N _0 1 ( f tmiddot 1_oR 1 e uacuteora aquJ nos rc cr~~os epencs ao ccro er sooJ[bull liacute3~aO bd c Ro1 -tO o ae --lore 11[0 e une so rc a ) ocos ~ ~glCO ~ 1 AI T osCOl1Slceraccedilao 10

grupos huncnos tecircn Jcnifcs-ccccedilotildeos religioscs quer clizr aquolas que expresscn sues rolaccedilotildees COl1 Daus ou COD as coiscs clivines 11 goraleecirc

t - hl ft r8 Ilcn~lOS eccediloes CLlzer reS~Ol to cS reaccediloGs quo o grupo Ullc10 tO~middot_l cshyAo _ N bull A

ce a clgu1S fenonenos quo 1CO sao totalncnte conpreenslvels llcrc ele c lJorte c vida futur r sue Oi~iber2 o oal etc Vejrlos quel o difeshyrenccedila entro at_o reli1ii~0 e ato-Boral

a) ite l1eligioso eacute cc~UGlG que 0xpressc clerarG~1to llileacute_ relaccedil3o 001 Deus ou C 01 cs coisas sagi~acles Por ex uissa sacr2rJentos etc

b) L-co _oral eacute x-qllo1e quo oxpresse 1m julCecircc r to socircbro as coi ses que) hOG faz sobre sou relccionlt1uonto C 011 os outros ho~oacutensPor

tb eXI eJuccr os ou ros uacute OE rOUJer e lleU odler o prox~Jo c DaU

Uui tes vocirczos as coisas dc ~kligiecirco c da lorc-l S20 loios do controcirc la sociel OOSDO eto poclo sor entendido de diversas =aneircs Aju der UIl aligo pode sor entl1CILlo cl0 trecircs fornas diforcntos eacute Ul ato re ligi2sectQ onqucnto oxprossc Linha oC-ridrdo emquento vejo n010 rum iJashygcn de D01S eacute t2lbOacuteIl UIl ~to_~O_l~ porquo Oacute llilU coise boe Oacute ainoo ur oto suumlnJ10~te social porquo u aprovcdo pEle sociud0o o quo vivo

Tocircclos ostcs coisos sOcirco os fUl1dC-r0ntos de estruture sociul Porque nalas eacute quo o houo= =ostra sues qualidadus~o hODon diforonto [cs coishy

sos nateriois e sLrplesnente viVos

PoCLenos ver cgora cs forncs 01 CcedilU8 se expressarl estcs ostrutushyros

Ateacute aqui ViDOS brevemonte C01) os grupos sooiais satildeo sustCltadOS por vlocircres nOrcics cos tUJes etc odOl1OS prcstor ctGnccedilecirco e not-r quo os forlJCs os que ecircstos grupos nos eporeceJ no soci0d~de so limito vr ricdcs

Os tipos de grupos que se for~a~ nc sociedcde s~o b~sioc~8nte =l bull bull ~ bullCOiSf o grupo prJjj~rJo G o grupo secunuacutecrJo

O grupo pruumll~rio te-] es sGuintes c-rcoteriacutesticosl

AS pEssocs to proaGcs o se oon eeeD CEl t ocos os seusbull VJ vou nuJ h J

cspectos Convivea li fece c fece 11 Seu relocioneLlGnto inplicc foiccedilOcirco e conpreens~o e ou gerol h~ inti~i~cdc ontro si Isto podo se dcr especiclmentG no L~iacutelia nos grupos do cdgos nosossoeicccedilotildecs poqusect

- 1ncs e olguL1CS vezes eu grcndes cssocJcCcedilOGS DCS COD cpencs c guns uGabros que se tornares ouigos

A ~ ftI bull ibull As rclcccedilotildees cconocircDiccs c11 tIO cc s tE grupo nco sco cs T1CJ S ~1 N ---_- ~

portcntos Nem as relcccedilotildecs de orgc1izcccedilGo ou de poder de docisro l~Q -shy11a U~c bscelc ele qucm pocle ter Deis ou nonos cutoridede

bull As rol2ccedilotildees entre seus lJcbros s3o ele cCreacuteter cssoeir-tivo c tacirc1 senpra UilC fin~lielcdo detuumlrDinCd~ Potu SOl u~~ cssocicccedil~o eOD 1Jn6 lucrctivos etc Poclo ser tc-uumlbOacuteTl ULlC essocicccedilGO porC L1uumllhor conseGuir defender os diroitos de seus Doubros CODO UD sindic~to UD pCrtido poliacutetico uu centro social etc

y IV

bull As relcccedilocs sco cordicis DCS nlt1O sco Jntincs O rclccionCIlOushyto eacute regulado mois pelo finclidccc que os uuumlnbros busccm no grupo que pelo nmizcele ou 010iccedil20 que tecircD~tre si Haacute necircste grupo liDe s~rie Qe nOrLlOS de couportcuen to que regulau as cccedilotildees des pessoos conforne o popel que exerceD no grupo UD eacute o presidente outro eacute o contcdoroushytro o vuumlndodor outro o secreteacuterio de UD sindiccto UDa pessoo pode ser Ul eluno e outrc o professor Cnda qual tem seu conportclCnto eleshyteruincdo pela ncturezo do grupo E a finclidcde do grupo senpre sereacute olccnccedilcde nc medidc 811 que os papeacuteis forei Llelhor executcdos

Os grupos priLl~rios e secuncl~rios podeu ~pnreoer nc sociodcele dns - dmiddot f U f 1middot t UCJS Jverses Orcics UC CLiJ Jc soro por nc urezc UL1 grupo prJ~lcrJo

oom UD relecioncuento iacutentino entre seus eotlponentesEos ele poderaacute ser gronde propriet~rie ele u~c feacutebrica ou de usa f~zendc G por isso c presenter t~beacuteD relcccedilotildees que sno proacuteprios ele u~ grupo secunceacuterioco

bull 4 bull

ffinclid~ecircLe lucrCtivo De Dado quo f qu~lCiuer sopereccedilco que nos eCcedilClOS te~ seDp~e une finclidcde c de cstudcr ~elhor os estruturas de ccdc grupo~ nco quer dizer quo oles soacute podou eperocer cssi~ Nc reolidedcf cs relcccedilotildees ossin CODO os grupos se cruZou forucndo UD con~lcxo 62 c1c1 tste conp1exo soc1a1 pcrc ser cOL1preonc~ido tO~l quo ser estucLf do por pcrtos tl2S CSScs pcrtos diflcilncnte existcu iso1cdcs nc roeshylidcdc CODO noacutes cs considereDos qucndo oS estudaDOS Por isSOVCLlOS o~leliser cl~Dos desscs for]c8 c_o cD~recij]ento dos grupos socieis sou pc-nscr que eles soacute pode existir essin nato soreacute apenos uu Dodo de estuceacutelos Aineacuteto oqui fClenos dcs foru2s e~ que cs ostruturcs cpc shyrecou

l FAI=1LIA

c Ul1 dos 110dos wds ioportcntes de existecircncic socicl e o L1cis eecirc tude~o por todos os que queron oo~hGcer bOD cs sooiodades ou quo vishyvm ~ U-l grupo prilloacuterio por noturoze A convivecircncic eacute nui to ntine entre todos os seus nembros porque vive~ nc DeSDo cesc 002e~ e ues-De Des e pcS8r grcnde pcrte do teDpo de vide juntos Crio-s0 Ull re shy1coioncwnto afetivo tlUito intenso mtrc os seus ueubros A iuportcnshycio de fewiacutelio se fez cede vez neiar porque ele de8eupenhc 00 DeSUO tenpo ~c porccedil~o dcs funccedilotildees sooieis que s~o deseupenhcdcs ne sociede de pelos grupos Bciores Por exe2plo UDC pessoe se socialize ctrov~ de escole e de seu relccionclento cOL os outros ucs esse socieliz shyccedilOcirco teu iniacuteci) nc fcriacutelio desde que esse pessoc~ nesce

Une possoc so integre no contoxto culturcl de sue cOL1unidcdceshytrcveacutes de sue fcniacutelic que vive necircsse contexto e pode exercor por sou intcrueacutedio Uiacutelr etiviclcde lucretivc ospoclfic~-~Dente econocircnicc f do 11081]0 Liodo cono c exerceria en UD2 reacutebricc ou nuna eDpr~se Por isso tudo c fcuiacuteliG eacute o grupo sociel [is ostudcdo ~ nele quo so processhyso de 1uumldo reconhecido COrlO legiacute tiDO erquose tocircdcs Cs sociodecos o perpe ueccedileo b A 1 Mt )~cc eSJ0cJe huntnc cono SOl JO106Jco egJmiddottmiddotJlfCcedilCO co ~

-to sexucl UJ cto que onponhc 11is lntLlcJ-entemiddot ccdc pJssoc Uuml reco nhecidc univorscL18nte qundo rolizcc1o 11 fc11ic ou eLl fU~1CcedilO de foul1ia bull

____debull FOrDcs -___FClio - En corcltogt costum-se dizer que c fc11ic tew duos fo~Jcs pril1cipois - a rcl~CcedilljIrextel~ pctricrceacutel ou Betricrcc1 e ~ f~~lliCcedilc_nu_cJ9_9 consti tUldc so de pois e filhos

li sociodcdo brcsiloirc h~ eindo u l[lor nuacutenero do foillics poshytricrccis quer dizer ccei tcndo norer juntos filhos e nores filh--s e genros netos e sobrinhos i=cs Q processo de urbenizcccedilno c conoonshytrcccedilecirco e UL Ilc1or ~1UacuterlOrO de pessocs ncs cidcdes grcndos vci torncndo ced vez rmis difiacutecil esse forne de existocircnoic forli1icr O quo se vci tornondo noi s oorlUD eacute a forne de fcxiacutelic nuoleor onde soacute pcis e filho Dorau juntos E onde o relfoioncnonto ofetivo ficc rostri to o UIl mtti2 ro nenor de pessocs

Eu outrcs sociedccles heacute Qutrcs fJriles de fcniacutelics f onde u howr pcde ter ducs ou cci s mulheres ondo uJC rJulher pode ter lcis de UD

5

condicioncdo pelo rlodo do vide qU0Lcrido Tudo isso b detorrlincc1o ou 1 ~ plc si e pelos neios elo subsist~n l esses grupos cdotcrllo cono vr ~CioS

oic lueuro podeu conseguir

- d~ ~~l~bull Fu~~_lt~j-_~__~ bull c gcrcccedilco dos filhos

bull l sctisfoccedilco 6000ion01 f soxucl e cfctivll bull c educcccedilecirco c soCiclizcccedilco cos filhos bull o ccul turcccedileo quer cli zor cdcptc~r seus Ilonbro S cul turc

locc~ li( bull funccediltio recrectiva - ht sooicdcdos ondo e recrecccediloo 0 funccedileacuteo exclusivc da f~llic funccedilco econocirc=lica quondo de estruture fCtlilier depende c subsistecircncio e c o nOcirci i cc do grupo

(Ver c ecircstuacute respeito clgui livro de An~ro~olog~o e~peciolllen te RLinton O honen Uno Introduccedilco o Soc~olog~e)

2 COLU1HD1DE

t uma dos formas nais OODunS eil que cpcreeen os grupos socicismiddot e no que1 cs estruturos 600iois sco ll~ds faacuteceis de sareo estudedcs

A conunidcde cOlpreende e11 gerol UD grupo huucno bcsknte grcnde onde tocircdes es funccedilotildees de vide hunano eco exeroidos eu eonjunto eonecirce tocircdes cs neoessidodes encontrcn seus grcus de setistcccedilatildeo rics esscs fun ccedilocirces e nec0ssidado8 satildeo li~itcdos pelo aacuteroo geograacutefico onde o grupo vi vo

Assiu Urla cOLlunidode tCl wa QQlJiBJlroccedil~o fJ~ de~erlinCcle ~e1c lrcc onde eI 80 encontrDbull Isso e IacuteLlportcnte porque e de croo gcograf1shyo~ que deveratildeo seir os recursos oteriois pera o subsistecircncia do grupo UJlC couunidode que vive no 110io ruroI teu uoios de vide buumlrl diversos do quo uuo couuni(lDde que vive nml 1oio urbno jaacute bnstonto qesonvolvidoOe l7l0i08 de cOJuniccccedil[o o a1inm toccedilco e os lodos de conportononto vcrico

f d foon orue cs con Jccediloos geogrc ~c~s ce croo

Do meSIlO Joco [ cOlUnidod~ ter6 UIC contizuraccedilco pzicol_ampii~ Sous 171odos de ogir e sucs otitudes VcO vcricr conforne o pcdrco do oultura que o oonunidodc clconccedilou Nuna couunidodo conscientizedo o oepcz de on01isor tocircdcs os condiccedilotildees eJ que vivo c otitude dos grupos huncnos que o consti tuen sGrt de occedilco trmsfoZrcdoro o de JlcIhorio ecdo voz tclor Une couunidede 01 que nco haacute UBo oti tude de maacutelise de SUos condiccedilotildees t eLl que tudo ( ooeito de nodo possivo cma U1lo visco confornista n210 12 dern progredir Duito neu ter otitudes de Dudanccedilos pera nolhoror sua situcccedilatildeo

Nu~a couunidede existeu tocircdos as funccedilotildees nocessaacuterios ~ vida de Utl grupo hUlno P-1guucs dessos funccedilotildees podem ser l1Cis desenvolvidas que outrce ocs tocircdcs elce cpnrcoen de olguuuml Bodo An~lisaoos c seguiral guucs das funccedilotildees Deis iDportc~tes

c) Fun~no econocircmioc - t ~quelc que provecirc os reoursos uatericis do

6

~ grupo o que ecircle pode produzir e o que pode oonsumir assim como os mQ

dos como estas coisas satildeo distribuidas entre o grupo

b) FunSatildeo ~01Jti2~ Consiste no exerooiocirc do poder atra~es das vashyrias formas de autoridade criadas pelas sooiedades no sent1do de 2e manterem integradas e de decidirem seus pr6prios caminhos A fun9~0 PQ liacutetica exercida diretamente em assembleacuteias ou indiretamente atraves de Dampndatos faz Damprte da or~aniza~atildeo de qualQuer grupo humano que define

J Cgt S 1 ti 1 -tipos de coaccedilatildeo do puniccedilco forDQs te prrtioipaccediloo P2 1 00 esoc 0

UC cutoridcde obrigctoriedcde de ouopriilento de dec~soeSt oeios de d~ finir e clconccediler o bem COOUD

c) Etgl9atildeo--LelJAtildei~o~ - n a que reflete os modos como as pessoas da co~mnid8de se relccionam COLel Deus e COLl as coisas divinas Eu f)eralas funccedilotildees reli0iosas satildeo necessaacuterias para o equiliacutebrio emoc~onal do grushypo hu~ampnot porque trazem uma certa tranquilidade em relaccedilao a al3UUo problemas que nunca encontram resJostas adequadas oomo os da mortedo mal da origem do homem os da vid~ futura etc Qu~ndo as fth~ccedilotildees reshyliGiosas s~o bem coupreendidas e beuuml vividas pelo grupo pode-se dizer que haacute uma autenticidecle religiosa na comunidade Quando poreacutem h~ eshyxogecircro de crenccedilas e ri tuais a vivecircncia do grupo se torna quase irrashycional Isso pode Dconteeer com qualquer religiatildeo que natildeo seja bem coll preendide (Ver socircbre isto e eYlicaccedil~o referente a NEB e Igreja no Documento wJB sua Origem sua lLccedilatildeo e seu Conteuacutedo~ assim cono euro par te socircbre struturas de Igreja Consultar tembeacutem o livro Sociologia l~eligiosa Alain Birou)

d) Funccedilatildeo J~cr_e-ftiva - Compreende as atividcdes de lazer que se e xercem em tempos illliS ou menos deteriacuteLlinados pelos grupos huwcnos ltu~D tribo de iacutendios a luta pode ser um~ recreaccedilatildeo Nume cidade grcndevoi se ao cinema jogc-se cartas passeia-se Nas comunidades rurais hl muitos jogos muitas festos~ cede comunidade tem suas festas tpicas Jecrecccedilatildeo nco eacute soacute agrave ctivid[~de dcs cricnccedilcs embora sejam cs crianccedilcs que por nCtureza necossi tem meis de recrccccedilEo Tocircda comunidDde tem esshytruturcs recreativcs e de simples l~zer Bordar e fezer cestos pode 001

shyuma funccedilao economicaA

t m~s pode serrecreativa tambem UjJ~ festa reli giosa pode ter sue funccedilatildeo religioso e pOde ter tcmbeacutem uma funmiddotccedilatildeo reshycrectiva Como dissemos antes tudo se cruza nD recUumlidade s6 seporo mos as coisas por~ poder estud~-lCs molhor

e) unccediluuml2 cs_lg_cJ9tJXE - ti exercid p~rc satisfozer cs necessidcltles de ~ssocicccedilao quo o hOiuem tel numa cOllunidode Assim embora o fCJi1lin

I bullAseJa o grupo pr111C 1 pC ejl quo quese todcs s funccediloes necesserJos para a vide humano s~o exercidas haacute necessid~de de outros tipos de grupos para ~lgumas funccedilotildees especiacuteficas numa comunidade Por exemplo um sinw

dicato represente c necessidcde de cssocicccedilatildeo de um grupo profissional pcra melhor exercer sua profiss~o e ser melhor compreendido pelos oushytros grupos Pode hover sindic~tos de poscadores de levrndoacuteres de 0shyper~rios etc 1as h~ outros tipos de associaccedilic O Partido Poltioo um formo de associaccedilao que existe nV1ilC cOLlunidcde p[ro que osgrupoe possam pcrticipar orgcnizcdmonte do poc~er H~ partidos que represen shytCill certcs closses sociais e ou~ros representam outras classes ooda qucl busccudo reclizcr melhor 6elS c r-rocircsses H~ tcmbeacutem cssooinccedilotildees

bull 7 bull

de tipo econ3uico 8 com fins lucr~tivos como um~ socied~de coserci~l que cmprc e vende cGrtcs IlGrc~doris HG sociedcdes industri-is que rGunem grende nuacutemero cc pessocs pcrc produzir eu conjunto outre-s lHrc~ dorics

Reacute cindl muitos outrcs funccedilotildees nUj~c oomunidcde hu]~nc sej elo grcnde ou pequenc =[8 pcrr noacutes ~=~j3 uuumlc coisc deve ficr nui to clarrbull rcocircctcs cs comunidcuos COB sues funccedilotildees soacute tecircu sentido o devoi1 SOl re~ p8itcdcs ellqunto 80 rcClIlCl1te moios elo roliz~ccedilecirco huwcmc Dosdo que qu~lqucr um delcs sejc utilizede pcre oprimir o hocet1 perdo sou scmshytido e lt1ev0 ser DUC1ccbull

Pode-s pOl~u1-cr CgtO inci02 ~ Isroje- eooo instituiccedileacuteo divinc podo se enqucdrcr e~ deterDin~ds estrutures 80 ela oo~portc da fcto

bull ~clQluc ostruturccedil~o TIll que mediclc isso lJ10 eacute neeoss[r~o em que mouJ_ da isso lhe 6 projuQici~

TerJOs que notcr du~s COi88 funCCilGeacutetaisl

e) L Ierejc uuml U- cO~UL1iiacutelcluuml 0spiri tucl de toclos [qu~les que ( crec1i kl1 1 rtevolcccedilOtildeo ( n Ruumlconccedilo pelo Cristo

b) A Icreje existe pelos hono~s -c os homens 0 deve rospeitcr rs exigecircC1Cis que n--turozo co homen pede prc SU2 rc~~lizc ccedilco A pclcvrc conunic~c1e cqui ~8iil UIil sontido diferente do que foi usado cntes Uscuos o tecircriJO _c2~mnidcde de 11ftcjccgoshyrc nun s0~1tido lis espiri tU[Uuml do qu socicl

COIO ume co~nn~idcde visiacutevel enccrncde no mundo c Igrcjc te) sue estrutur[~ juriacuteCico como outrcs cOLlulliddes N8ste sentido ele ~ susceptJvel de Llucl1ccedilcs c progresso Do mcsmo modocomo Ur1C estrutura huruumlenc perd0 sue rczso de scr QuC1do nco fcci1i te c ro-lizcccedilo de pe880c ssim tc~1l6m urc Qstrutur de Isrejc pode suumlrder sue razeo de ser se n2o fccili ter [~ corauniccccedil~o (1 Grcccedilc de pcl-vre de Deus Erl 0E trs pclvrcs COiO 8 estrutures hllLl1CS progridem OOL o desenvolvi I1~l1to G SD tornelU Bcis couplexcs pcr~ e~orceuro)r deter1l1in~dcs funccedilotildees o ctrcler cqueles CUOi e1-s sc dostin-m U1 estruture 19rojo enshyqucnto org~nizcccedil~o 11u11-11o pode scr iIoc1ificdc desde lU8 seje p~ro UGshy

lhor cOLlunic-r o q1hJ Deus quis

-8) eacute e- rz3o ce 8U origeu e nCturczC que c Igre ja difere dcs oumiddot-r - b o 1 bull gt 1 hi gt bull Q cormnJ5clES bull Gm or~ seJc Ui~ COLlU1JCQO VJSJVQ e rerquJOc e U1 orgl1Iacutez-CcedilCO Iacutelsti tuid por Cristo coa sUJS funccedilotildees S1L estruture e os poeacuteteres qU8 - 1 pertences iNc lU essecircncie mcis profundc c 19rcj- eacute - preSOllccedil puacuterune11to nc qU~cro de Histoacuteric do rmndo do vershybo do Daus foito HOlcm Dl 6 co~cratizc9~o histoacuteria~ d~ vontcdo scl vlfiac de Deus coluniacdc ctrovoacutes (10 Cristo (Kerl RchllGr lIission ct Grcce vol 11 Serviteurs eacutetu PeulJ10 c10 ])iou EJlIE 20 eacuted Fcnae 1 963 p 30)

8 bull

~- ~

AleacuteJl do que jeacute vinos devel2Os tontCr fazcr couumlpreonder OOL nos shyscs cmlos aue stem outrs forws cuuml ostruturcs socie_i8 e que c 10shy

(lida Cl que middotumc socie proJride esscs foril2s v~o so nul ti~lic_ndo e se tornendo meis coraplexos Por isso 6 que ume pessoc de zonr rurcl do pis qundo vem c urde cidde gr-nco fio onbcreccediled Porque ele nco conhoce tocircdcs cs forucs de rGlcioncL~el1to que ooucle comniCrce u~- ~ bcn2 utilize iil V0J UJ 10io 1i8 sirples e cujcs cstruturcs sco

bull bullbull - bull AI

rec~uzuumlcs c 3ruj)os pri1rJos frJIJ-res ou c cssocJccedilocs e grupos ss cur~eacuterios k beacutem Dui to sLlples 111 tr buumlho de conscientizcccedilao deve 12 vr e8SCS pessos c id6ic ce que I lJor L1cis couumlp1ic[dc que sojo Ule

ht L 8ocicl f c so rczeo do S8 lor ccuse ClO bullbulle S ru vur ~ prollrJo OlCrlCJ I i 1 N

que nln~10L1 se (leve eLlbcr~ccedilcdo so porque n~o conhGce 08 no os de rcl-ciolLwnto saciel que outrcs cOE112lidcdes ou outrcs roiotildees utishylizou Ucvuuml-se insistir lUi to nisso o honml ~ o il8SO c quclqucr cir

shyCU~1stmiddotncic v~rie 8 fCJrufs de G Stl~turcccedil~o soci1 porque ho concenshyt ~ - h tmiddotrcccedilocs eLE seres hU2110S que necossl te~ ltlesscs releccediloes uCs no11 ua l

po eacutee ruumllccedil2o por _i8 cOilplec clue soje fcz que un hOL18~ S0je IlC lhor ~o que outro soacute porque es conhece ou porque vive nUDe couunidcdc

t I A i d QU0 cs (no odcs -8 pessos teu quo ter conso encJc Jsso p2rc ev~

tr ju~tecate c fOln-Ccedileo de prcco1coito8 de cl2s8-t do ScscZ cc k~jlo_l_~IacuteJOecirc rCcici S e te que sGo outrcs foDfs__dQ dqiIs_tccedilfo~ ilo l~Wlcsect ~s1rltprcss9cicisJ NenhuLlc deles eeve prcvcleccr sobro Cucl qUGr hOlllem quer sejc cle Ulll meio onele 018 sejc1 311p1es qUGr soj de m meio oi1clo Glcs sejeu Ilui to COi2plocs A uacutenico coise que deve p4cva 1cer SLpre eacute o hOneil - c pessoc hUllc nc - socircbre quclquor tipo de estruture

Vewos tenter colooCr - lgullCS expliccccedilotildees socircbro ccdc UDi cessas outrcs forD1cs

1ordm- CL~_SSbS SOCIAIS sco constituGcs por grupos de pessocs quo t de 1 tGil C mesmc 81 - os DOSDO TIOLOSmcnelrc gere ucccedileo coonO~1cct de

couportcmento) 00 11eSLlOS veacutelocircres uuml que por isso cdquircHl o que s) chc_ Inc CJlluJonte de consci~1cic de c1csse ll bull Tecircn c consciG1cie de este reu n~ llleSDC si tucccedil3o e por isso COfClcO o CSLlO tipo elo vide pr- seu grupo estebuacutel~c01do diferenccedilcs IIncturcis ll 01 relcccedilecirco outros grupos Ponsem que c socieccde hUl1cne SOacute cl0V se equilibreI de Uil cetOIinedo uoltlo onde ecircles encontrou 1l1tiC de te r=i ndc posiccedilecirco bm1 2ssegureda Ass1rl h

CJverscS expressoes de consciGncJc de clcsse ~ c d~~ clcss( 1ctJftm shyci~rie de clcsse dos grandes inuumlstriis [1 de Cl~8SE) 0cli e cc clcsSG oper~r1c e d~ clcsSG c~]onesc etc

Ccde um delcs poue penscr quo ~~ sociedcce hUll[na devic so orzcshynizcr Qostc~ ou cl[-~uelr fornc o cuo cssL] lhes ccbari ost ou oquolc i 1 ~por~ CJe ness~ orG~nJzccediloo de s~ciodeacuteo co~ 80 Qed~ c oSSC oxshy

presse os itGrecircssos Que ten p-re si c fcz ~c lIideologie quo pcesc c (~ofonder Cm~J jeacute viJos cs clesSGS secirco t-beacuten cstrutures socieia c

nosso i n t oresse dove ser c prooccedilco do honer e no dcs estruturiS Esso ~ -

prouoccedilo sereacute ccd vez uuacutelhol conforue focircr nais pernitiltlo Co cfirlcccedilco do homeo eu quclquor tipo de es~ruturc ~ste prob1eno ~ bostente CODshy

9

i

bull

bull

bull

p1oxo o quo estaacute aqui 1130 cliz tudo por Qster ooloc[1oo do lDC forutl rlui to siLp1ificede Perc u~ l~oiacuteor aprofundor1onto ver o bib1iogrofic oi t~dc

2ordm - CLSJIA SOCILL b tebbn UL rgrupaLcnto hUleno c orl 08 ~G sms c onotcccedilatildeos cn tcriores Ipeuacutecs Ci8 cgrcvodo pelo fochcccnto do grupo os re1cccedilfio a outros grupos U~o custe so focha por ~otivos do proconshyceitos reli~iosos raciais culturais etc Nio perDito ~ ontrada do outros eloD2ntcs f noo une nobilieacuteeco el0 seus Dembros pcr] o~tros grushypos Tcm U2- i20010gie 1Uito 1iacutes clure c iLluteacutevel ILUi tas VOZ0S una ccst eacute ur~ [leio que cortos grupos utiliacutezaIl pcgtro dofondore~ seus inte shyressos e suc~ possibiliccdo co clOlinor outros grupos C o ccso dos C08shy

ts-s nince o1iacutesteytes 02 cortos piacuteses que diacuteviacutecleuroc o povo e-2 rgtcrce1as t2-0 diacutestintes que nunc2 se pode pssr de w c outrc

3ordm - PlCcedilAs eacute c diacuteferonciacutecccedil3o que se oncontre nos grupos huucnos provenilmtes de corccteres 0sscncisl0nte bioloacutegicos AssL1 os negros f

- t OS b rncos CLlClr0 1os sco os ros grupos rcc~s~s L1cJS ov~conliOS no 60shyciededo elos hOl0ns ~ diforo~l2 eacute soacute bioloacutegica quenco se flo do roccedilc seu ter nonhuLlc outrc cOl1sequolciacutee cul turol ou intcluumlcmiddot~u[l porc c posshysoc U~ nogro oueriocno vivoric os TlOSDOS pcelrotildees cu1turois c-oriccnos (nO) focircsse [ sogr8goccedilro r2-ciol) COlO quolqucr chinecircs (roccedila mcrolc)quo se intogresse nc vido c~oriccno

4ordm - GRUPOS uacuteTNICOS secirco tcllboacuteu Dados de vivecircncic sooic1 ondo 80

eC011tucn osvO ciacutecluonto clcuns c OS-(ULlG S ( norurs de ccr5ter icis cultushyre1 r0l2oiondos 001 c 1 iacute11[11 c COStUL~OS rogionoiacutes tipos fiacutesicos (10shy

tar~in2dos por conCiccedilotildeos do 01i~e do rogiecirco gcogr~ficc etc AssiD UDe clc1oio elo pescodores no norte da A1cnanhc tcm ccroctorCsticcs bo eacuteivorscs 00 u1 2lcloic elo )(scc(o1os no nordesto elo Brnsi1 ULl DOVO de urm rogiecirco couo c 111(ia to_ eer2cteristicos divorscs dos DOVOS rqo~ e crlOriccnos cborc n2o sejol reccedilcs ciferentes As (~ifcr~l1ccedilcs 1120 SOO

b l + I SO ~o o~Jcos ~as vB2bcu cu1turaJs

BIBLIOGBLIL PRi1 LPROFmDL=

1 R Linton - O Une Ii1tlOC~UCcedil20 agrave Sooiologia Livreric Lartins SA s2o Paulo bull

2 A Igro ja Conciacutelio Vctic2-TIO lI Consti tuiccedilco Dog_Gtica LUoacutelon Gcntiml Doc Ponto 149 Jcitocircra Vozes Petroacutepolis 1965

3 Kar1 cmler - I~issco e Grcccediln II Vale Funccedilotildees e Estceacute-os cc Vic~c no Igroja - Dditocircra VOZ8S Petroacutepolis 1965

4 Alcin Eirou - Sociologia noli~ioso Duas Cid2-des satildeo Paulo

bull 10 bull

~~J~~ gt

I I) t

I

MOVnIiacutemTO

DE

EDUCACcedilAtildeO

DE

BASE

FUNDAMENTA ccedil Atilde O

DO PROGRAMA PARA 1965 li parte bull ESTUDOS SOCIAIS

15 Subdesenvolvimento e Desenvolvimento

middot J

1 SUBDESEIlYOLVnlENTO E DESElfVOLVIllENTO

nA humanidade cresce ragravepidamente todo o mundo o sabe mas poucos

homens tecircm consciecircncia da rapidez decircste progresso e-poucos tambeacutem satildeo

os angustiados pelas conclusotildees que- d~ste fato se deveria tirarn(Lebret

Suiciacutedio ou Sobrevivecircncia do Ocidente Duas Cidades S Pau101960p22)

O problema que a humanidade tem que resolver eacute o da pr05ramaccedilatildeo

humana conjunta atendendo a cada pessoa a cada comunidade a cada reshy

giatildeo a cada paiacutes ~ necessaacuterio dar uma resposta precisa a cada homem

enquanto pessoa e enquanto membro de uma sociedade No caso dos pa~ses

subdesenvolvidos essa resposta natildeo poderaacute ser dada a altura se natildeo veu

cermos alguns problemas do subdesenvolvimento Ou melhor esta resposta

natildeo seraacute dada se natildeo houver uma modificaccedilatildeo grande de estruturas de ~

talidades de valocircres bullbullbull de tal forma que todos os homens e cad~ homem

sejam reconhecidos como sujeitos~

Diante disso tudo poder-se-ia perguntar mas o que eacute o subdesen shy

volvimento o que o caracteriacuteza Em um sentido lato poder-se-ia denominar

de subdesenvolvidos os paiacuteses atrasados lIas isso eacute muito vago Preferi shy

mos dizer entatildeo que o que determina o subdesenvolvimento eacute sobretudo

uma grande complexidade de problemas dificultando a melhoria do niacutevel

de vida e a promoccedilatildeo do homem como pessoa sobretudo nas camadas mais P2

bres e necessit~das da populaccedilatildeo Essa complexidade eacute talvez uma das ca~

sas que mais dificulta um paiacutes atingir um certo niacutevel de desenvolvimento~

Como veremos a sebUir natildeo eacute resolvendo problemas isolados ou mais imedishy

atos que chegamos a superar o subdesenvolvimento Como eacute sabido ecircsse pr~

cesso de superaccedilatildeo tem eXigecircncias especiais que precisam ser ordenadas

hierarquizadas e planejadas Com efeito o subdesenvolvimento eacute caracteshy

rizado por vaacuterios fatocircres ou problemas que dificultam a plena realizaccedilatildeo

do homem e da comunidade onde ecircle vive

2 ALGU1IAS C-lRACTERtSTICAS DO SUBDESElTVOLVI1IENTO

21 Dependecircncia sconocircmica - Uma das caracteriacutesticas mais marcantes do su~

desenvolvimento eacute a dependecircncia econocircmica Sem um miacutenimo de autonomia eshy

conocircmica eacute ilusoacuterio falar-se de atunomia cultural e de certa ormat~

beacutem poliacutetica Os paiacuteses que dependem econocircmicamente de outros sofrem sob

~

i ~

vaacuterios aspectos o pecircso da dependecircncia econocircmica estrangerira Por isso

o desenvolvimento econocircmico desses paiacuteses nunca seraacute apenas resultado de

um progresso interno

A econom~ca ~ bull se reflete principalmente a t raves Essa dependencia

a) do comeacutercio exterior - em geral os paiacuteses subdesenvolvidos exportam

para os paiacuteses desenvolvidos os produtos brutos ou agriacuteCOlas ou alimenshy

tiacutecios (no caso do Brasil por exemplo o agucar o manganecircs etc) e imshy

portam destes os produtos manufaturados (eqUipamentos por exemplO)

b) de uma situaccedilatildeo deficitaacuteria em que vivem de um modo geral os paiacuteses

subdesenvolvidos Tal situaccedilatildeo eacute de certa forma tambeacutem motivada pela ~

neira como o mercad0l importador determina os preccedilos Poder-se-ia dar

como exemplo o cafeacute no Brasil que equivale a mais de 40 de nossa expo~

taccedilatildeo e apenas 04 da importaccedilatildeo dos EEUU cujo preccedilo eacute estipulado por

ecircste uacuteltimo o maior mercado comprador c) da poliacutetica econocircmica e social dependentes muitas vecirczes dos interesses

de grupos ou firmas estrangeiras

d) da posiccedilatildeo de destaaue Que ocu~a o capital estrangeiro na economia dos

paiacuteses subdesenvolvidos Decircle depende a importacircncia e grande parte da esshy

pecificidade das produccedilotildees do paiacutes assim como de sua situaccedilatildeo de integratilde

ccedilatildeo no mercado internacional (Yves Lacoste Os Paiacuteses SubdesenvolvidosDi

fusatildeo Europeacuteia do Livro ColSaber Atual satildeo Paulo 1961pp 17-19)

22 Pouca Industrializacatildeo e Dificuldade de Ser Ampliada - os paiacuteses su~

desenvolvidos encontram mu~tas dificuldades de se industrializar O Depa~

tamento de Assuntos Econocircmicos das Uaccedilotildees Unidas estudando estas dificul

dades haacute alguns anos reuniu-as em trecircs aspectos econocircmico social e int~ nacional

a) no aspecto econocircmico temos que levar em conta aleacutem da pouca poupanccedila

interna a falta de capitais ou o emprecircgo de capitais estrangeiros em geshy

ral nas induacutestrias de transformaccedilatildeo e natildeo para a infra-estrutura assim

como as dificuldades de transporte a insuficiecircncia de energia etc

b) quanto ao aspecto social pode exercer influecircncias negativas ou positi shy

vas No caso dos paiacuteses subdesenvolvidos natildeo haacute duacutevida que as influecircncias N

sao em geral mais ne5ativas j bastrulte lembrar o baio niacutevel de instru-

ccedilatildeo o elevado lndice de analfabetismo a falta de operaacuterios qualificados

e a natildeo existecircncia de um ple~ejamento que leve em conta tocircda a populaccedilatildeo

tocircdas as reGiotildees visando um desenvolvimento global

c) com relaccedilatildeo ~o aspecto internacional haacute tambeacutem vaacuterios tipos de obstaacutec~

(

los ao desenvolvimento industrial dos paiacuteses subdesenvolvidos Lembrareshy

mos apenas dois as restriccedilotildees que os paiacuteses desenvolvidos em geral imshy

potildeem aos subdesenvolvidos para conceder um empreacutestimo de capital que pushy

2gdesse facilitar a industrializaccedilatildeo dos primeiros a tendecircncia dos pai

ses desenvolvidos de fazerem dos subdesenvolvidos meros fornecedores de

mateacuteria prima dificultando ou ~estringindo as possibilidades de desen shy

volvioento destes (Lebret obra citada pp 100-105)

Todavia eacute preciso natildeo esquecer que embora a industrializaccedilatildeo seja

a1so muito importante para o desenvolvimento econocircmico de um paiacutes ela

nao ten um fim em si mesma Ou seja a IN so temindustrializaccedilao para nos

sentido se ela contribui para uma real promoccedilatildeo do homem se ela contrishy

bui para elevar e melhorar o niacutevel de vida sobretudo das camadas menos

favorecidas da populaccedilatildeo As faacutebricas as usinas as grandes emprecircsas e~

fim podem ser retrato do desenvolvimento econocircmico mas ajudam o homem a

ser mais homem quando contribueacutem para satisfazer suas necessidades mais

essenciais a se realizar como pessoabull

bullBaixa Renda Nacional - Uma das distinccedilotildees que se pode fazer entre

os pa~ses desenvolvidos e subdesenvolvidos consiste justamente na dist~

buiccedilatildeo da renda nacional entre habitantes ou entre as diversas camadas

da populaccedilatildeo De um modo geral nos paiacuteses desenvolvidos as camadas mais

pobres tecircm um niacutevel de vida superior aos subdesenvolvidos A tiacutetulo de

ilustrcccedilatildeo daremos apenas al~Uls dados referente a renda anual individual

(chamada tecirccni3amente de renda per capita) em 1959 de alguns paiacutesesE~

tados Unidos da Ameacuterica do Horte 2250 doacutelares alguns paiacuteses da Europa

Ocidental assim como Austraacutelia e Nova Zelandia 1000 doacutelares Bnquanto

isso para o conjunto dos paiacuteses menos desenvolvidos a cifra corresponden

te foi mais ou menos de 100 doacutelares anuais sendo que a maior parte dos

paiacuteses da Aacutefrica Aacutesia e Jmeacuterica L~tina apresentavam uma renda meacutedia de

10 a 80 doacutelares (Bl Corre0 de la Unesco) bull

bullDeficiecircncia na Agricultura - A agricultura nos paiacuteses subdesenvol

vidos de um ~odo geral eacute muito atrasada Haacute grandes quantidades de te~

ras cultivaacuteveis natildeo aproveitadas Ha Ameacuterica Latina p ex apenas 15

das terras cultivaacuteveis satildeo realmente cultivadas (Yves Lacostobra citada

p 12) Haacute fatocircres que podem explicar essa quantidade tatildeo pequena de tershy

ras cultivadas

bull estrutura agraacuteria injusta e obsoleta

i

bull interecircsse de grupos econocircmicos nacionais e estfangeiros

bull falta ou insuficiecircncia de meios teacutecnicos

bull desgaste dos solos

bull falta de fertilizantes etc

Todavia a maior dificuldade a ser vencida pela agricultura dos pa1shy

ses subdesenvolvidos proveacutem do custo dos bens materiais Um dos meios de

satisfazer tais necessidades seria a fabricaccedilatildeo de suas proacuteprias maacutequinas

agriacutecolas de fertilizantes e de combustiacuteveis

Consider~ido todos os fatores que dificultam a agricultura nos pa1

shy

ses subdesenvolvidos podemos entender assim porque apesar de serem na

maioria paiacuteses agriacutecolas apresentam baixa produccedilatildeo natildeo conseguindo nem

satisfazer as necessidades alimentares de seu povo

Desequiliacutebrios entre as Cc~adas Sociais - A grandemaioria da populacirc

ccedilatildeo dos paiacuteses subdesenvolvidos tem condiccedilotildees subhumanas de vida A verdashy

de eacute que um nuacutemero muito restrito tem um miacutenimo necessaacuterio para viver como

pessoa e apenas uma minoria tem a go~a de todos os privileacutegiOS

Uma das maneiras de se caracterizar ecircsses desequiliacutebrios sociais eacute

a distribuiccedilatildeo proporcional da renda nacional pela populaccedilatildeo Iro caso brashy

sileiro por exemplo ecircste desequiliacutebrio eacute evidente

Outro iacutendice complementar eacute o da distribuiccedilatildeo da propriedade rural

brasileira Em nuacutemeros relativos a aacuterea territorial brasileira dos estabe

lecimentos agropecuaacuterios em 1950 era expressa da seguinte maneira os d2

nos de propriedades de mais de 100 ha representam apenas 16670 do total do

nuacutemero de propriet~rios e possuem 8567~ da aacuterea total dos estabelecimentos

agropecuaacuterios do Brasil enquanto que 834 do nuacutemero de proprietaacuterios po~

suidores de menos de 100 ha deteacutem em suas matildeos apenas 14~~ da aacuterea toshy

tal (Antonio Rodrigues Coutinho - lanisteacuterio da Agricultura Contribuiccedilatildeo

ao Estudo da Bstrutura Dconocircmica Agraacuteria Brasileira Sego o Censo de 1950 p20)

~ dentro dessa faixa menos favoremida que certos problemascaracteriacute~

ticos das regiotildees subdesenvolvidas se tornam mais chocantesAqui estatildeo alshyguns decircles

~

l

~ bull Para cada 100 crianccedilas nascidas vivas desta faixa morrem 24 anshy

~

tes do 12 ano de vida enquanto para outras camadas sociais morrem 10 em

100 (Nelson Rodri6~es dos Santos O Problema da Sauacutede no Brasil) Dados

recentes mostram ainda que a chistosomose atinge 6 milhotildees de brasilei

ros a tuberculose 1 milhatildeo e 200 mil doenccedilas de chagas 3 a 4 milhotildees

malaacuteria 8 milhotildees A maioria dessas pessoas atingidas habitam agrave zona rushy

ral e estatildeo incluiacutedos nesta faixa da populaccedilatildeo menos favorecidas (A Pop~

laccedilatildeo Brasileira Dados do IBGE 1960)

Com efeito o que se pode dizer eacute que estas deficiecircncias contribuem

ainda mais para baixar o rendimento econocircmico agravando cada vez mais

as condiccedilotildees de vida dessa camada populacional ~ vivendo e sofrendo eacutesshy

tes problemas que trJilbalha grande parte da populaccedilatildeo dos paiacuteses Afroasi ct_ ~ jt --lt- r A

at~cos Em alguns desses pa~ses o n~vel de vida e tao baixo que ha um

verdadeiro ciacuterculo vicioso onde o homem jaacute natildeo tendo esperanccedila acha di

fiacutecil romper com essa situaccedilatildeo de miseacuteria

De um modo geral o que preaeacutenciamos eacute que por causa de grandes d~

sequiliacutebrios entre as diversas camadas sociais e entre os povos do mundo

grande parte da humanidade tem condiCcedilotildees de vida subhumana

Os v~rios dados apresentados abaixo servem para mostrar o grau de

desenvolvimento ou subdesenvolvimento de alguns paiacuteses ~ preciso conta1

to que natildeo se pare numa enumeraccedilatildeo pura e simples dos mesmos nem que

se pretenda uma comparaccedilatildeo com um ideal a atingir Os dados referentes a

cada paiacutes falam mais quando analisados no seu conjunto e soacute vistos e an~

lisados globalmente eacute que podem ser comparados com outros paiacuteses bull bull i ~-

bull Mortalidade Infantil - Para cada 100 crianccedilas nascidas vivas num

ano morrem 3 nos EEUU 4 na Inglaterra 7 na Beacutelgica enquanto no Brasil

Boliacutevia e na Colocircmbia morrem 15 (onu Rapport Preliminaire sur la Situa

tion Sociale dans le i~onde 1962)

bull llortalidade Geral - De cada 1000 habitantes morrem por ano 9 nos

EJUU 11 na Inglaterra 12 na TIeacutelg~ca 25 no Brasil na Boliacutevia e na Coshylocircmbia (idem)

~~

Vida lieacutedia - 70 anos nos EEUU 65 anos na Beacutelgica 45 anos para o

Brasil Boliacutevia e Colocircmbia (idem)

bull Alimentaccedilatildeo e Fome - Segundo Lebret pode-se admitir que mais d

50 da populaccedilatildeo do mundo se manteacutem em um ~ampntar inferior ao estritamiddot

mente necessaacuterio em calorias e 75~ dessa populaccedilatildeo aproxima-se ou ape

nas atinGe o niacutevel miacutenimo exigidO pelas atividades humanas normais

~artindo desses dados e fatores verificamos que haacute uma coincidecircnshy

cia de niacuteveis para alguns paiacuteses ~stes paiacuteses por uma seacuterie de razotildees

ou de fatores satildeo chamados subdesenvolvidos

3 EXIG6NCIAS ESP3CIAIS PARA SUPJJRACcedilAtildeO DO PROCESSO DO SUSDESDNVOLVI1JlliTTO

31 o crescimento demograacutefico deve ser acompanhado por um crescimento ec~ nom~co proporcional

O processo de superaccedilao- do sub-desenvolvimento exige antes de mais

nada que o ritmo extraordinagraveriamente raacutepido com que crescem as necessishy

dades dos povos subdesenvolvidos seja acompanhado por I crescimento ecoshy

nocircmico superior a~ necessidade~i da populaccedilatildeo

A explosatildeo demograacutefica nos paiacuteses subdesenvolvidos eacute no momento ashy

tual um fato que ningueacutem pode ignorar Isto eacute consequecircncia de vaacuterios fata

res

a) os paiacuteses subdesenvolvidos tecircm uma natalidade muito maior que os

outros Como exemplo lembraremos que para cada 1000 habitantes nascem

anualmente na Europa e nos EEUU de 18 a 25 crianccedilas enquanto que em zoshy

nas subdesenvolvidas como a Aacutefrica e a ~neacuterica Latina ecircste nuacutemero chega a

mai3 de 40 (Camargo Demografia 3conocircmica 1960)

b) o raacutepidO crescimento pode ser explicado tambeacutem pelo descreacutescishy

mo da mortalidade verificado nestes paiacuteses De fato essa mortalidade ainmiddot

da eacute bas-cante alta No entanto ela vem diminuindo gradativamente graccedilas a

uma certa assistecircncia sanitaacuteria que eacute dada aos paiacuteses subdesenvolvidosjem

bora de forma muito precaacuteria e sistemaacutetica

Ora para satisfazer as necessidades de uma popUlaccedilatildeo que aumentou

tatildeo ragravepidanente eacute indispensaacutevel um esfocircrccedilo muito grande para produzir

bens e serviccedilos 10 caso do Brasil por exemplo a populaccedilatildeo anual aumenshy

1

-

tam na razatildeo de 3 ao ano A economia nacional precisa entatildeo aumentar

sua capacidade de produccedilatildeo daacute maneira que chegue a satisfazer as necesmiddot

sidades correspondentes a ecircsse aumento da populaccedilatildeo em mateacuteria de alimen

taccedilatildeo vestuaacuterio habitaccedilatildeo instrumentos domeacutesticos educaccedilatildeo emprecircgo

serviccedilos sanitaacuterios (aacutegua luz esgocircto t L Itt etc)

~sse esfocircrccedilo eacute tanto mais difcil porque em consequecircncia do mesmo

crescimento econocircmico raacutepido a maior parte da populaccedilatildeo em idade ativa

eacute muito menor em proporccedilatildeo agravequecircles que natildeo fazem parte desta faixa (cri

anccedilas doentes bullbullbull ) Por outro lado como os pases subdesenvolvidos tem

um niacutevel de vida extremamente baixo a economia deveraacute natildeo somente acomp~

nhar o crescimento demograacutefico mas taEbeacutem aumentar em certa medida ecircsse

niacutevel de vida No entantoecircste paiacuteses mostram-se no conjunto incapazes

de expandir sua economia numa proporccedilatildeo satisfatoacuteria

Das razotildees que impedem o desenvolvimento econocircmico mais completo e

mais raacutepidO temos que considerar ap que se prendem agrave estrutura das ecoshy

nomias e as que dizem respeito mais diretamente ao crescimento global de~

ta economia

32 Independecircncia Econocircmica - Como eacute muilto sabido a estrutura econocircmica

dos pases subdesenvolvidos eacute altamente centralizada no setor primaacuterio

sendo pouco desenvolvido o setor secundaacuterio e terciaacuterio (Ver o item ~E~

trutura ~conocircmica)

Por outro lado embora a populaccedilatildeo rural nestes pases representashy

quase sempre mais da metade da populaccedilatildeo e esteja muito concentrada no s~

tor primaacuteriO nem sempre produz todos os gecircneros necessaacuterios agrave alimentashy

ccedilatildeo e muito menos outros produtos por ela exigidos Como consequecircnciaj ecirc~

tes paiacuteses satildeo obrigados a importar bens que natildeo satildeo capazes de produzir

dispondo apenas de alguns pontos para efetuar as trocas

Ora os paiacuteses que se manteacutem sem induacutestrias e dependentes da imporshy

t~ccedilatildeo de poucos produtos primaacuterios iratildeo fatalmente cada vez mais se emposhy

brecendo face aos pases desenvolvidos Enquanto isto a produccedilatildeo industrial

destes uacuteltimos iraacute crescendo cada vez mais pois os homens sempre querem

bens industrializados em maior nuacutemero e variedade O contraacuterio acontece com a produccedil2o agriacutecola cujo crescimento fica na dependecircncia do consumo

pessoal Que eacute limitado

Outro aspecto que nem sempre se leva em consideraccedilatildeo eacute que juntashy

mente com a importaccedilatildeo de certos produtos satildeo importados tambeacutem a proshy

paganda e o exemplo dos paiacuteses ~esenvolvidos cujos niacuteveis de consumo

satildeo muito mais altos

- I Dominada por esse efeito demonstraccedilao que se soma a 1a5 as neshy

cessidades crescentes decorrentes do raacutepido crescimento demograacutefico a

populaccedilatildeo subdesenvolvida se esforccedila para comprar mais produzindo mais - dMas o consumo de produtos agro-pecuarios nao pode ser aumentado alem e

um certo limite aumentando-se a oferta os preccedilos tendem a cair Assim o

trabalho do povo se desvaloriza (econocircmicamente falando)i

Quanto as mateacuterias primas cuja demanda pode acompanhar a produccedilatildeo

industrial constituem elas reservas suscetiacuteveis de serem esgotadas ou

de perderem seu valor comercial em decorrecircncia de inovaccedilotildees tecnoloacutegicas

Aleacutem do mais na quase totalidade dos paiacuteses subdesenvolvidos a explora

ccedilatildeo dos seus recursos minerais ob~ece aos interecircsses de grupos estrangeishy

ros e soacute a ecircles beneficfa

33 Desenvolver a Industrializaccedilatildeo aumentando a capacidade de produccedilatildeo

A industrializaccedilatildeo estaacute condicionada por um certo nuacutemero de fatocircres

e deve subordinar-se a certas prioridades Uma dessas prioridades eacute defishy

nida pela necessidade de substituir aquelas importaccedilotildees de bens de consushy

mo que ocasionam maiores dificuldades nas relaccedilotildees de troca do paiacutes Oushy

tra seraacute determinada pela necessidade de se criar nos paiacuteses as industrishy

as de base isto eacute induacutestrias produtoras dos materiais de equipruJentos tw lO necessar10S a crlaccedilao de novas lndustr1as

Dos fatores que condicionam a industrializaccedilatildeo coloca-se a necessishy

dade de uma infra-estrutura adequada de traasporte~e comunicaccedilotildees e de eshy

nergia ~ evidente que as induacutestrias soacute podem desenvolver-se se haacute enershy

gia para acionar suas maacuteqUinas estradas para trazer mateacuteria prima e disshy

tribuir a produccedilatildeo e os meios de comunicaccedilatildeo para que as emprecircsas indusshy

triais o comeacutermio e os bancos possam coordenar e organizar suas atividashy

des com eficiecircncia

Por outro lado as induacutestrias natildeo poderatildeo fortalecer-se se natildeo aumen d d dmiddot t ar o numero os que po em comprar ~ua pro uccedilao 1Sto e se nao houver

mercado interno crescente no paiacutes P-i il ielJe eacute- p~~eo (i)l1amp dece~_~

OI tilbullbullbull da lailaatilde Ile iateente ul4idacirclha lllllaacuteliSIXoacutefrq

-ft 81es piFJIIacuteee 6 rbullbull taiuule 1 21i

HO crescimento global da economia dos pa1ses subdesenvolvidos nao

pode ser obtido com a necessaacuteria continuidade e rapidez se natildeo forem supeshy

rados os obstaacuteculos que constituem o chamado ciacuterculo vivioso

ste ttciacuterculo vicioso em geral pode ser caracterizado por uma poshy

pulaccedilatildeo muito grande com um nuacutemero reduzido de induacutestrias pouca matildeo de

obra qualificada e produzindo pouco com niacuteveis de salaacuterios de uma certa

maneira muito baixos Salaacuterios estes que em muitos casos datildeo mal para sushy

prir as necessidades essenciais e em outros datildeo apenas para o coasumo Haacute ainda uma minoria que embora ganhe muito gasta quase tudo em bens de con

sumo (vestuaacuterio automoacuteveis etc) sem aplicar em investimentos produtivos

(faacutebricas induacutestrias em geral etc) Nos vaacuterios casos como vemos natildeo eacute

feita nenhuma poupanccedila

E o que eacute popanccedila no sentido amplo pode-se dizer que o que natildeo foi

gasto foi poupado Mas para que haja poupanccedila realmente eacute preciso natildeo

soacute determinar um aumento de capital que eacute o estoque sobrante poreacutem invesshy

tir em bens de produccedilatildeo Donde se pode dizer que para haver um crescimenshy

to glObal da economia de um paiacutes eacute necessaacuterio que os recursos que era~de~

perdiccedilados ou empregados somente em bens de consumo sejam aplicados tamshy

beacutem em bens de produccedilatildeo ou em investimentos produtivos

~stes investimentos podem ser feitos de duas maneiras

a) o govecircrno obrigando por meios de leis os setores privados a investir seus

lucros de forma mais justa e adequada em setores que venham a contribuir

para um maior crescimento e desenvolvimento econocircmico da comunidade

b) o proacuteprio govecircrno recolhendo ecircsses recursos atraveacutes de impostos compulshy

soacuterios e investidno em empreendimentos que constituem a infra-estrutura (eshy

nergia eleeacutetrica recircde de aacutegua e esgocircto estradas de ferro e rodagem porshy

tos etc)

Isto deve ser feito atraveacutes de planos econocircmicos que reunam os invesshy

timentos puacuteblicos aos investimentos particulares sem permitir um exagerado

lucro as camadas sociais que jaacute gozrun de uma situaccedilatildeo por demais privilegishyada

bull

- 4

Em resumo a poupanccedila e

um elemento essencial para o desenvolvimenshy

to global econocircmico de um pa~s e deve ser forccedilada

a) impedindo todo consumo nao necessario e excessivo

b) aproveitando plenamente a matildeo de obra ou o trabalho das camadas da popushy

laccedilatildeo que estaacute sendo pouco utilizada

c) aumentando a produccedilatildeo pelos meios jaacute citados e especialmente pela proteshy

ccedilatildeo alfandegaacuteria que impeccedila a penetraccedilatildeo no paiacutes de produtos concorrentes

estrangeiros

Finalmente para que todo investimento possiacutevel seja efetivado eacute imshy

por~ante que o trabalho de uma hoc parte da populaccedilatildeo ateacute entatildeo mais ou ~

nosnativa seja aproveitado em setores essenciais O aumento da produccedilatildeo

exige natildeo soacute o aproveitamente de todos mas tambeacutem que haja um certo planeshy

jamento e que obedeccedila a certas teacutecnicas Contudo o povo soacute se enquadraraacute

neste regime de maior produtividade e soacute se capacitaraacute para ecircle se tiver

consciecircncia da situaccedilatildeo e se houver motivaccedilatildeo suficiente

35 Tomada de Consciecircncia por Parte da POP1qaccedilatildeo - Para noacutes um dos aspecshy--_----~-~ bullbull- ~ bullbullbullbull ~- - - - lt bullbullbullbull - - bullbullbull ~ -- bull shy

tos novos do subdesenvolvimento e talvez o mais importante como diz Yves

Lacoste eacute a tomada de consciecircncia da pcpulaccedilatildeo da sitUaccedilatildeo em que se enconshy

tra o seu paiacutes Isto eacute importante porque natildeo se pode falar em desenvolvishy

mento como algo abstrato como uma ideacuteia apenas

Soacute quando tOcircda a populaccedilatildeo toma consciecircncia e eacute mobilizada para venshyncer os problemas que lorrnam aque1e c~rcu1o que falamos anteriormente e que

comeccedila haver condiccedilotildees poliacuteticas favor~eis ao desenvolvimento

Poder-se-ia dizer tambeacutem que a tarefa de desenvolvimento eacute essenshy

cialmente poliacutetica e as necessaacuterias atitudes favoraacuteTeis ao desenvo1vimenshy N 1J __t o so poderao ser tomadas num regime de certa disciplina coletiva Ora~

sa discipfina tanto pode ser imposta QelQ focircrccedila r s~r exercida ppr JPDa qishy )IT~ ()A eurogt ~7 ~gt- Alt- (UL~oacute2c- e~ aT-lt ~ ~ltM ~~

tadur~como ser oeeelhids pGP ~e~~~ pOTO num olima de respeito ao outro

co~o pessoa CODO sujeito e natildeo como coisa

Por outro lado ecircsse esfocircrccedilo tanto pode ser feito num regime de inshy

justiccedilas que apenas exija sacritiacutecios de uma classe e natildeo de outras ou

num reGime onde os sacrifiacutecios e as responsabilidades satildeo igualmente reparshy

tidos entre todos Ressaltamos ai~t~ obra do desenvolvimento eacute inadishyaacutevel complexa e essencialmente ~18la Donde a tentativa de um prooesso

~i~~ ~~~~~~ ~1 ~~

~

-lt ~~middot~~~-~~~~~~~~ii~~~middot ~~

bull t t ~

r I l ~

fo~

I

I

que caminha para o desenvolvimento soacute seraacute autecircntica se atingir a tOdOS~

os setores

Terminando diremos ainda que a tomada de consciecircncia vai exigir

uma mudanccedila total de mentalidades de estruturas de relacionamentos Uma

reestruturaccedilatildeo nos setores econocircDicos poliacuteticos e sociais da sociedade

global

Gostariacuteamos de insistir para que se tivesse em conta que as diversshy

saa partes da fundamentaccedilatildeo do programa do IiEB satildeo uma tentativa de estushy

dar os aspectos diferentes de uma mesma sociedade a sociedade nacional

brasileira em relaccedilatildeo com sua posiccedilatildeo no mundo seus valocircres culturais

suas tradiccedilotildees de sociedade econocircrnicamente dedicada ao setor primaacuterio

o que deve e estaacute sendo mudado Por isso chamamos a atenccedilatildeo para que se

tenha~ sempre em mente os diversos fascculos natildeo como ~oisas separadas

e independentes mas como tentativa de estudar elementarmente os probleshy

mas fundamentais que devem ser conhecidos por elementos profissionais que

se dedicam agrave educaccedilatildeo de adultos do Brasil

l

MOVIMENTO DE EDUCACcedilAtildeO

DE BASE

FUNDAMENTACcedilAtildeO

DO PROGRAMA PAcircRAcirc 196

I parto PROMOQAtildeO mJlWA

F U N D A il E N T A ccedil I O

DO PROGR1JlA PARA 1965

2~ P i R T E PROIOCcedilAtildeO 1IuumliANA

O Introcluccedilco

1 Conscientizaccedilatildeo

11 O Bonon

12 O Trabc1ho

13 Conuniceccedilatildeo

4 d C 1 bull 1iO~OS e oDun~ccccedilao

15 Os Condicioncnentos Cu1turcis

16 O Heroi euro os j~oios de Ruumlolizoccedilco

17 A eclizoccedilatildeo de Pessoo nr FCJiacutelio

18 A Rco1izoccedilatildeo da Pessoa nr Sociodcde shy

2 bull OrgLn~Zcccediloo

21 Funccedileo Sociol do trcbalho

22 CoopGroccedil~o organizedc o nco orgw1izadc

23 Associativisno

24 Cooperaccedilatildeo Econocircnica

25 Accedil~o poliacutetioa

I

o INTRODUCcedilAtildeO

o trabalho de promoccedilatildeo humana eacute intriacutenseoo agrave proacutepria eduoaccedilatildeo uma vez que eduoar natildeo oonsiste em adaptar algueacutem a determinada sishytuaccedilatildeo a determinado tipo de sociedade mas dar elementos e eondishy

- tccediloes pera que o homem se forme Eduoar e levar O homem a omar oonsshyoiecircncia de seu napel de sujeito do mundo ~ integrar algueacutem na obra

fi cultural na accedilao do ho~em que transforma a natureza A educaccedilao e uma exigecircnoia e um direito de todos uma oondiccedilatildeo para que o homem se realize se afirme como pessoa e oonsequentemente se promova

Esta promoccedilatildeo natildeo deve ser individualista Deve ser uma autopr~ moccedilatildeo comunitaacuteria atraveacutes da qual se procure ajudar e apressar Na integraccedilatildeo de todos no processo de oriaccedilatildeo cultural Com isto nao se pretende uniformizar homens e culturas - o que seria Ullla aberra M

ccedilatildeo - mas humanizaacute-los aoeitando e respeitando as diferenccedilasDentro desta perspeotiva aohamos que soacute haacute promoccedilatildeo quando as necessidades da pessca tendem a ser satisfeitas Soacute haacute promoccedilatildeo quando haacute natildeo ashy

A

penas um despertar mas tambem uma tomada de oonsciencia do valor h~ mano e da posiccedilatildeo que cada homem ocupa no mundo Soacute haacute proLlOccedilatildeoquall do o homem tem acesso aos meios de comunioaccedilatildeo e quando no seio das instituiccedilotildees pode exeroer sua liberdade e responsabilidade oomo pe~ soa humana Soacute haacute promoccedilatildeo quando haacute partioipn~atildeo ativa da pessoa Soacute haacute promoccedilatildeo quando a pessoa escolhe o que e mais adequado agrave sua reali zaccedilatildeo -shy

Evidentemente em um trabalho de promoccedilatildeo haacute diversos estaacutegios Por isso natildeo se pode esquecer que tudo que foi coloo~do como sendo promoccedilatildeo pode se prooessar em um soacute momento ou em momentos diferen shyteso ~ essencial que se tenha presente e bem claro ateacute onde se quer chegar porque ecircste trabalho jameis pode ser feito desligampdo da eacuteposhyca do momento histoacuter~co em que o homem estaacute inserido Em nosso ces~ por exemplo seria utoacutepico pretender-se fazer um trabalho de promo shyccedilatildeo humana sem levar em oonsideraccediluumlo a realidade mundial brasil~ira e de LEB

Como atraveacutes de um trabalho educativo se pode contribuir para a autopromoccedilatildeodo povo Inicialmente formlmdo-o inoentivando-oin~ trumentclizando-o e criando condiccedilotildees pera que tome parte etive nas associaccedilotildees e organizaccedilotildees de sue comunidade criticando-as e melhOshyrando-as Estas associaccedilotildees satildeo oportunidades de cada um exeroersuos responsabilidades e liberdede Por seu intermeacutedio natildeo h~ apenes Q~ despertar mas um comecircccedilo de promoccedilatildeo do povo todo promoccedil~o nno ind vidualista utilitaacuteria mas e serviccedilo de comunidade

AI v N

Promoccedilao humana e ascenccedil2o de ocda homem de ceda fraccedilao da hushymanidede dos grupos que i~pulsionam esse mesma humenidede Dontro dessa perspectiva nco podeillos acoiter a presenccedila de marginalizados por miseacuteria ou por privileacute3iOs de classes ou de castas (Ver 1ebret Konifesto por uma Civilizaccedilatildeo Solidaacuteria pp 15 e 85)

middot1

bull

A recuperaccedileo do home)1 acrgincliacutezcdo jcucis ser1 conseguido por um simples trabclho de clfcbetizaccedil~o porque embora haja una corrol~ ccedilatildeo entre onalfabetismo e mcrgincliz[ccedil~o assiD couo entre cnclfcbe shytismo e subdesenvolvimento nco se pode dizer que o analfobestisDo s~ ja a causa da marginalizaccedil~o e muito menos do subdesenvolvimGnto~cei tar isto eacute querer como diz Pierre Furter tomcr o efeito pele causa A alfabetizaccedilatildeo purc e siLlplos nco tem sentido uma vez que c tIera ashyquisiccedilatildeo de alguns conhecimentos de leitura escrita e c~lculo n~o leva a participar conscientemente do desenvolvimento do pels e ter

fo r -- um consciencie cr~ ticc de realidde A alfCbetizcccedilac de cdultos deve levcr o conjunto de populcccedilotildeo a participer do desenvolviru3nto do peJsSoacute dentro dessa perspectiva estcreacute contribuindo pcrc a integraccedil~o do homem no processo de trcnsfOrli12ccedilGo cultural

Diremos cinda que um trcbolho de educcccedilecirco dentro desso pers shypectiva de promoccedilatildeo para ser autecircntico deve pcrtir de necessidcdede libertcccedil~o das clesses menos favorecidas Deve procurar propicicr os elementos necess(rios pcrc que cdc- homem tOLlo pcrte ctive no desen volvimen to de sues cOLlunid~des fezendo opccedilotildees pele conservoccedilecirco ou modificaccedilotildees de reelidade em ~ue se encontre Cremos que isso eacute fundQ mental t porque uma sociedcdc Lloderna e democr5tica teiacute] necc8sidade de umc cuI turc pcrticipcdc por todos Este cul turo deve perDi tir c tocircshydes as olasses ou cotegorios sooiois o todos os indiviacuteduos qualquer q~e seja seu estado profissional ou niacutevel de instruccedil~o uma particip~

nt~ 1V~ na da SOCla1 polt~oa ort18 tlea c i cntflCCccedil~o Vl economlca 1 1 espirituclt(Joffre Dumezedier Rcfleacutexions sur lentroinencnt L1Gntel Paris PEC pI) bull

2

1 C01~middotSCIETIZACcedilAtildeO

Para se ter consciecircncia de alguma coisa satildeo necessaacuterios apenas ao~s termos o sujeito que teH consciecircncia e a coisa da qual ecircle toshyma consciecircncia O ~o ~e con~~i~~ en~retanto exige a presen2a de uma segunda pessoa exige UBa cOBunicaccedilao entre dois sujeitos so~ bre alguma coisa Conteacutem assim trecircs tecircrmos dois sujeitos e um obshyjeto Conscientizaccedilatildeo implica consciencia de si e comunicaccedilatildeo dedois sujeitos pela mediaccedilatildeo do mundo Conscientizar eacute portanto dar el~ mentos par~ Que o homem tome consciecircncia do que ecircle eacute (consciecircncia de si) do que os outros satildeo (coillunicaccedilatildeo de dois sujeitos) e do ~ue eacute o mundo A maneira de se conscientizar eacute que pode cariar de acorshydo com a eacutepoca histoacuterica a concepccedilatildeo que se tem do homem a viseo que se tem do mundo e o sentido que S2 tem da histoacuteria

Todo trabalho que visa agrave promo2atildeo humana natildeo pode deixar de si shytuar-se numa linha de conscientizaccedilao Logo neo se pode pensar em fazer um trabalho de educaccedilatildeo tendo em vista uma autopromoccedil~o e uma a2atildeo visando uma mudanccedila de estruturas sem conscientizaccediluumlo O homem nao pode se formar dentro de uma certa perspectiva dentro de um co~ texto hist6rico determinado sem se tornar consciente de suas respon sabilidades de ci~Jdatildeo e consciente de suas responsabiliQades de hoshymem criado c im~~u de Deus

Donde Se conclui que educer formendo a pessoa humemo dentro dep ta perspectiva de promoccedilecirco comunitaacuteria implica sempre conscientiza~ ccedilampO uma vez qu~ e imposs~vel educar sem dar elementos pera que o hg mem tome consciencia do seu velar couo pessoa sues exigecircncias de reslizaccedilatildeo seu dever para com os outros sue capacidcde cricdora sua ccpcciCcde de comuniccccedilatildeo etc (Ver o trabclho lEduccccedileo e ConsshycientizaccedileoH de Raul Lcndim)

o processo de conscientizec5o v~ric de ac3rdo COD a conccpccedileo que se tem do homeu Que eacuteS o hOl18 pcre noacutes

Encarcdo somente eu sua clLwnsecirco cni mo1 o horleuuml pOdcruacute ser reshyd~zido um 9bjejfLAE_TJi1tu~e_ze 0010 os outros animlIacutes a Uhl ser quebull nao tr2nscencle a naturezc e estuacute submetido e seu det~rminisrlOI=os o comportamento Jnimol eacute puremente odcfJtativo e a cccedilco do hOmiddotlem eacutecleacutem de 8odeptctiva cricdorc A 1I000ccedil30 11 do oniael necirco crie 1111 mndo nocircvobull mes se estrutura e12 ll1e~ma CO10 90 mndo J2 o honeLl tolcdo como secircr que co~hece o mundo e nele oria eme ordem humana apresenta-se nco c~mo ~e~d~2~~ndo mes~como UD secircr~~o ~undo Sue vida sue cccedilecirco reashyl~zc-se no mundo mes ~le o transcende transcende a netureza torshynendo-a humanc 0010 Ser oonsciente o honlem se cfirme COIJO sectuieijio do mu~do tornando-o seu objeto

bull 3 bull

Conhocenagraveo o mundo o homoD escolhe pcr si um sentido decirc a seu oovimento e suc QCcedil~O um significedo que trQUscende e orde~ ncturel bull Dei dizer-se que e inserccedilatildeo do homem no ulmdo realize-se com anbiguishydede eacute UD sor que trenscendo o oundo e por isso recuse-se e situe~

- t t se como sor do o~~dco Entrct~nto sue eccedileo seu mOV1men o 1n r1nseco que o eperfeiccediloc reclizc-middots8 no 2mndo

A relcccedil~o do hurlOo COrJ o 11Undo ecirc umo rel--ccedilco ocdietizada pelo trcbclho B cinde 1 frent~ ~os outros homens ume relcccedilco de comunic~ ccedilo 1 que pode ser expresse 00 domincccedil~o ou eo -0coTI1ecinento (LiE]BFur dcmenteccedileacutev de rViver ecirc Lutcr Pj) 1-4)

Ume vez feita ~ cu~ccccedil~o do que o homem no sentido genrico sereacute ebo( ]0 ll ponto que e qiacutelJse umo decorrecircncia decircste dignidede feminino

Iniciclmente diremos QU9 noo h~ nede que distinga o homem de mushylher no pleno de dignidcde t1U~~e cnquento ser recional cepaz de trenscender o mlli1do em (xis tecircncie pessocl relecioncde com os homens e com Deus (l]iB FundeL1cntaccedilao de Viver Luter p 22) Se fizershymos uo estudo dos texto biacuteblicos 8 dOecircl docunentos uontifiacutecios que tra tem de flll1er e~contrclmiddoteos trechos provendo qu~ elo e O honem sio igucis qucnto agrave n2 ZC o dignidocle criou Deus o honem e sue imeshygem crioumiddot o ecirc imepGLl de (11S e cri(Umiddotmiddotos honem o Tmlher (GenI27) bull Comoveuuacute~ o texto n~o fez elusZo elguwc n superioridcde de um ou de outro sexo~

Nos eplstoles do S~o Pculo 118 t~beacutem1 vaacuterias Pcsscgcns onde eacutele abordo o problema dentro desse perspective de igueldede dos secircros hushymenos Assin ne ]~ Epiacutestole eos corin~oos (XI1112) o apoacutestolo nos diz bullbullbull nem o hOriacuteED exisie SCi e mulher nem e mulher 8011 o homem $

no Senhor Porque se e mulher foi tircdf do honc1 t2tlbm o homoLl foi concebido pole Lulher 1 ll~S tocircdes cs coiacuteses vecircm de Deus o Dirigindo-se aos Gaacuteletes diz lo natildeo h6 judeu nOD gregos nco h~ servo nom hoshymO1 livre n~o baacute hOIleD) nol Bulher Porque todos voacutes sois Ul] soacute em Cmiddot ( 1 -I 2 )8SUS r~sGO J 1 ~ 8

Pertindo desses coloccccedilotildees 1 UlilC pergunte se irJpotildee eil que consis te esse dignjdcoacutee que e Llulher recebeu de Deus Pio XII responde de

bull Uile formc oul to lllcidc eacute soacute interrogcr e noturezo huncuc tel qucl Deus) foJuou elevcCc e rcsgctedc pelo sengue de Cristo Em sue digni dede pesso~l de FilhGB de Deus o houem e e mulher SQO ebsolutamonteshy

bull igucis bullbullbull (Pio XII Alocuccedilco ~8 mulheres itclicuas en 211045) bull

Com efei to pode-se dizer que c rlulher e o homem sco iguois que to c ncturezc e c dignidede eT1borc haje olgumes diferemccediles de fUlCcedilOtildea3 A primeirc delcs e e meis fundeDltmtol neacuteo reste dUacutevide eacute o bioloacutegimiddotmiddot ca A proacutepria estruture fisice do houem e de mulher det0ruino funccedilotildees diversos no que concerne e proc~ioccedil~o Ao ledo desses diferenccedilcs eshyxistem as de ordem psicolocircgics c que se epresentoo socircbre vaacuterios ospe9 tos Sco esses diforenccediles de funccediloes fiacutesico-ps~quicas quo levam o hoshy

4 o

BeD e Co li1UIher c se cOrJpIGt~reEl 1-LCS nroN soo G 1as que dtc ori1ncn o d dque e proprio prro o honGI ou par c mul~er eLl terrlOs 00 1Vlso~ c

trabalho G d0 possibiliddcs d0 reclizeccedilao Acrcditauos quo as d1fc shyrenccedilas existem mas satildeo devidasGB grande parte a condicionaDcntos sociais

O trcbclho servil etribuiclo C I1ulher sua proacuteprie cveliaccedileo coshy f h t imo objeto de que os honcms se serve sao U-J enOLlono lS orlOO e cv shy

dencicm una si tucccedilatildeo dG injusticcedilc e de dorincccedilatildeo por pcrte do soxo nl culino (rmiddotmB Fundalwntaccedilco de lIViver oacute Lutar ll

p 22)

Atuelrlente nco soacute a tlulher reconhece suo dignidade rJC-S tenbbl1 cada vez mais tone conscincia e reivindica direitos e devores con shysentecircneos 0011 ess dignidade tento nc vida fcmilier OOBO na vida s2 oial (PT 41) Aceitcr que a r1Ulher eacute pessoa no sentido pleno de ~2 I avrD eacute efirt1Dr que ela eacute iguel co honem e negar que ele seje UH ser que encontre sue rnzco de existir no honem Partindo dessas colocaccedilotildees podemos concluirl n r1Ulher necirco Gxiste c surviccedilo do honem nGliacute1 o hODum a suacuterviccedilo da uuIher Llas todos os dois a serviccedilo da obre do gecircnero h~ IDno a serviccedilo de construccedilecirco do wundo (Jecques Leclerq Vors unuacute ff mille nouvelle - Ed Universitcires Pris 1962 ccplIl)

1 2 Trebclho~EQ

Vrios sEo os sentidos ddos eo torno IItrebelho PCre uns b ecirclo o mediador entro o h0l210n e o nunc1o pera outros 3 o 0io pelo qur1 o honem cteste sue presenccedilc pcssoel construindo une obre tlui tos jul

li shy

g~D-no enfim CODO o sinel dr transcendencia do homem sobro o mundo LIas nco eacute sonGnto neste pIeno que se -lcnifeste c plurelidcde dos sen tidos d~da co trCbalho HistoricCD0nte tGub6n toe-se dcbetido sSbre seu vclor Pare os Gregos por eXQLplo [ dignidcde do honeo estcYc ne etivid~cG contenplativa sondo o trebaIho m~ual desprozedo

A vis~o biacuteblico no entcnto eacute totelnuacutente diferente Deus ~ende que se cultive o pcrriacutezo (Gecircn 1115) O trcbclho penetra 0ntco no iacuten tino do sr hlo fcz perto do plc-l1o fundascn tel dG Deus sSbre o gecircshynero hmlcno O pecedo entretrnto degrade o honea E dai Oi~l dicmtc cnte s de expriuir e puj nccedil a do hOXCLl IacuteElcgem do Daus I o trcbclho se torno mIC (1ccedil20 uacuterdue e penosc__ Nturclwmte o tr~bclho devcrio SGr ULm ctividdu ospontacircnee e cIcgre uas pelo peocdo torno-so eacutelificil o doloroso A EncDrnaccedilatildeo e c Redonccedilco renovem cste visno dcndo UH sentido portioipcntenente criedor c rodemtor co cgir huncno J DOSDO se

bull do o trobclho Url~ tnrofc rclua nocircIe se desvende a r1c~is iacutentiLH1 o funshydemental espcrcnccedile do hOUOtH a eSIJorenccedilc da Sc~lvcccedilco

A oul turo nodorne cpresentc cOrJa denominedor COL1Uru o huaanisI10 do trobclho f eacute c pcrtir decircle que os veIocircres se torna0 fundcuontados t O houeu constroacutei un ~undo hunano onde se hun~niza huucniznneacutelo Eu SU41ns o brcbclho reIccione o hOIJOD con o mundo hU1cniza e 11turoze c oOtlunicn os hODens ~ntr8 si dando agrave accedilecirco hUDcnn UDe rcsponsobilidede universel

5

bull

rodo vlor do tr~ ~ ~ z e obre per cle p llZJshy

do antas - expressc o vclor doacute hOIlOU que pelo-tr~ r~vc~e o lnshytino do seu ser r sue trcnsecndecircncicv sobre o LlUndo 1 sue occedilco cricdore de UE D~O huunllo Ecirc pois o trcbelhoque revele o sentido do hoshy08n Ecirc po ser ecircle dinaDislo proacutenrio de UTl secircr consoiente e livrG~ que gcnha a suo digniclcdo CJB F~doJentcccedilEo de Viver 5 Lutcr PiP 5-7)

o hone1 eacute UI ser de relcccedilotildees COtlO ser consciente dicmte de nfl tureza ecircle nca cpel1CS c conhece L1oS troneforna-a pelo trobclha h ncnizan~c e ctrcveacutes do trcbclho se conunico eoo os outros honena Este conuniccccedilco entre os honens pode ser feit~ sob ducs forocsl de reeonhe~iDcnto e de douiu~ccedilCo

A conuniceccedilco eacute de reconnampuacuteinonto q~ndo uma pesso procure ~~~ tor a singulcridcde de outra nunc atitude de reconheciuwnto e de coor qucndo nco h~ conuniccdos j nas conuniccccedil~ qucndo nco heacute ct~~middot tude de deBpotisoo ou de sinples indiferenccedilc pelo que o outro eacute nas sitlum atitude de CJ10X e de respeito pelo outro 0000 pessoc cono sujeito COLlO ser presente-no nundo responseacutevel pelos outros seres Nilo posse elessi cr neI1 definir o outro 1 mcs ccredito nele c o resP Ed to Enfim c cOLluniccccedilatildeo sob e forJlc de reconheciucnto eacute equ~ la que se dirige co sujei to e quer sue reclizeccedilco oono pessoe coco liberdeee qucisquer que sejen seus dons ou defeitos

Acirco contr6rio c couuniceccedilecirco se fez so~ e fornE) de dO~Jincccedilecircoquca do treto o outro COilO objeto quendo o treta CODO U11 auscmtc 00110

un repertoacuterio ele dominc~co qu lO podu ser uacutetil ou cano Ui1 instruuc) to ~ minhe clisposi2coll Enumucl Eounier f O PcrsonclisLlop 63) Hn re~cccedilecirco de cloLlIacutencccedilao o qu ccontGce oacute UJl iechcnonto socircbre O cu N~o shy

hcuu BoviwmtodQ 2l pcrc O tu~ e fir1 de se chegu ao ~1 estebolg condo cs uumlTl bcses ro~is uw l1undo do crioccedileo hUJ1Cllc Fincll1ontc pocle~se dizer quo e counicoccedilecirco ele doninoccedilco rigoroscDcnto f c1cndo

N N N N

nco Indo suumlr to~ 0010 C ol1uniccccedil 00 porquG nco hc unc rolcccedil-o do eonsciecircllcics ncs cponcs cOlunicedos ou inposiccedilotildees entre honens

Lbrowos r t cu que u c t r[wes d C comunJccccedilco cntVi C~1b I ro os h ODeus q~e o hO_lGLl recrio c Ci~ ~middotQDQn to i pcrticipcndo t CSSIacuteLi t no c to de Crif geo EstL COUll1iccccedilotilde-o ecircste [to de CDor eacute o reflexo do Deus na criashyture t rio lODOU

NIrbullcs c nluni CCccedil co entre Deus e o hOLleo nco se r~ SUllG nc obro do bull I

crJcccedilco 6l )U8 Deus se Imnifesta poreacuten eacute um~ relGccedilco que continua a existir e 2 reclizcr-se c trotildeveacutes dos teupos e que v~i cteacute a Pcrus1~

6

Natildeo se pode falar eu cormnicnccedilatildeo desoonhecendo-se os meios que possibilitem sua realizaccedilatildeo

O primeiro decircles eacute o lrab_2J11o O trnbclho cooo j5__foi c1itot~ansect forma e na-cureza y ateste a vide hunane e e aperfeiccediloa -S e tclben a nosso ver o principel meio pelo qual o honem se comunicc COB os ou~ tros homens

Ao lado do trabalho outro ~leio de comunicaccedil~o que mereee um real - t t daes aque e a ~JLu~aJLao Se entendernos e ace~ armas a e uoaccedilao omo pr~ cesso global de reelizaccedilatildeo hUllllme que iaplica eu accedilatildeo cperfeiccediloadorc nco soacute por pcrte do educ2ndo Em8 tG~1beacutem por perte do educador procosect so pelo qual o honeu cresce no contato eoo os outros h011ons e 001 a nCtureza tr2nsforwmdo estc em cultura e conunicando-ee com os outroe

t 1 d n e ducaccedilco soro necesser~cl]en e a~a ogo sera I1e~o o COE1Ul1~CCCcedilco ou a comuniceccedilatildeo por excel~ncia

Outro meio que nos pcrece UlJ dos wuumls espontecircneos c por isso I18sect

OOUI dos mcis rioos eacute G Ete_l-012~ar A arte populr lonifostc a sensibiliclcde geral dos que c praticCil por UL1C seleccedilro de lotivos que sco ume espeacutecie de lingucgeJl oifr2da Por detraacutes desses elOiwJltos apashyren temente sinples apcrcnteilcmte desconexos mui tos VecircZiCS 00 observS

t N f t bulld or es t remh o e pouco d esev~scoO 03 00 cs ~n ~n~ es e ver~aiacutel~S3~Ke ex pcriEacutelncics relizcdcs por m1i-bcs geraccedilotildeos (IIEB Justific~ccedil2o de lIVi ver eacute Lutcr p 86)

Ao lado dessos meios tclvez os a2is ricos lembrorelOS OUbros 02 110 veremos c seguir

L QQPv~~_rsQ por e~eLlplo eacute Ul1 decircles No meio rurcl sobrotudool2 tono o lugcr da lintUcgen escritc Lpresentc-se sob os forlcs Dsis vcshyriadcs I desde os ilbate-papos os liDoxericos 1i oteacute os notcias que s~o trczidas dos oentros urbonos atrovGs do Severino que foi c feiro ou do chofer de ocninhOcirco que pcsse todos os dics 11 estrcdcbull

Ao Icdo ele converse orol outro Deio de coouniccccedil~o que uercce ser lembredo eacute ~ 9orr~on~~Icj_c ccrtcs d negoacuteoio assuntos fc1ilic shyres pcrtioipoccediloes socicis eto Tudo isso e cssunto dr converse ascri shytc Reconhecendo a ililport~l1cia decircsse Deio lar1ontcoos o fe-to do Lmi tos homens n~o o podoreo utilizcr parc 80 OOrluniccr eoo outros hOlJGns as a cOL1un~caccedilco ~ s t coril o IV~Den t o d c t n-oc d ~~nc~a aOSOl1VO ocn~ca N prrou ci Houve uo ercnde cperfciccediloL1CntO liiacuteovos meios surgiran tJleacutecrcfo telefone iaprensa r5dio cincuc televisatildeo etc

o te~bgr~fo por exe~lplo vaio resolver o problerlc dr rcotildepidoz dr comunicccedilco uumlscr~ ta eilborc 8ejr UL leio ustdo qu~so quo c~clusivrDonshyte nc zonc ul~bncbull J2 0 tuumllofone necirco soacute fccili tou L1cs t-Llbbruuml foi UDa sOiuccedilao pcr COlSCs CTI r~gc GGg~en UH rU~uCS que t es ob tOr~c1Cm t c

cont1to direto ou escrito Desdo os reccdoa utilit~rios os ch~nCldos o

7

bullbull

e pedidos de fornecin8nto ctC os siuples bcto-prpos o telefone siJ shy1 f t t R t 1 b bull (lUP J Joou nuJ o c CC~lunJC-Ccediloo c CJs nOJe es c 0Ll rer 1ioa~vJe c ~ t lo no nosso pCJs esse -18JO ele CODU11JCCcediloO S0 ros rJngc quase 2pono8 c

tzona urb cne e cssJr1 UClSilO prGocrlc10n e

CorJl relccedileo c~ iruumlpronsc podo se dizer quo lc foi 9U030 Ull suco A N - A

dana0 de convorscccedilco orel e de corrcspondcncie COLlO est2 t ele uuml touumlshyb d d er1 voa c UD grcn e nUDero ao l1OrJons

O hOLWD ctuclBGnte t conte cor outros rteios de OOUU-YJ1CCcedilCO

O oine~ por exenplo quendo beD reelisodo eacute uu dos neios noisbull bull 110 d d 1 t rJcos CJneDc G U110 espcele e De JoClor en re nos e c proprle VJClc

entre os ngtssos olhos e dos outros llomens Atrcveacutes do c11180 o houon torna-se trc~nsporente i luz eloqientc dirige se pcrc o rosto os olhos que nos revelcl c SU2 personelidede Uco Llportc quo seja o

t t t fN U t vlgCrJO o pros 2 u C ou o or 00 112 purgun C seLlpre G I GljjC que]H HA

Sco eles CruzcDos diricllente COD centcmes de pessos nca neo nos encontrDos Feltc-nos teopo pcrc isto e sobretudo disponibilidede Eol olhemos o proacutexirlo O hote~ torlo se UD eoisu u- objotol pcrc o Jutro hOD8l 1188 o cineLlJ nos obriga senpre e pergunte qUOl s~o ocircles E ueis cindc nos leve ~ indcgoccedil~o qUCD sou eu (Guido Logger sscc Educar pare o Cineua ColoccedilGO ~ducer perc e Vide Cedorno 2Peshytroacutepolis Vozes p 7) Coo VODOS D iuportecircncic do cincua OOilO l1cio de conunic~ccedil2o t enorLle InfclizJonte eacute tc-beacuten G ~oIillClc rcstl~i to c zono urbcn c bull

(J t d d middotun o 0 ro -20 cpeser e sr ur iJeJO Donos rJCo quo o cJl1euC t

sue penGtroccedil~o c-uuito D~ior O rtdio chego aos lugaros do acesso ixds difici Por seu intaroacutedio o honen de zonc rurcl por oceuplo podo tot1c~r conhEciJcnto no soacute do quo 80 pcssc nc~ cidcde proacute~i~l~ 1~CS tCj~1-beacuteIl no p2is no rundo O proacuteprio middotfeto de o reacutedio ser utilizdo cono UiJ ins trunento dE oduceccedilo Oacute UL1 prove de seu vgtlor

Entre o Oi1101C C o reacutedio poder-se-it) situer o te18visecirco Necirco res t duacutevidc qUG G U1 elos Lcios 1i8 Dod)rnos do conunic-~ccedil2Co~-middot-que nOD

seGpre 6 be~ aprovQitdo Sue influ3ncia ontretento fico licitada co Deio urbeno ou colhor oos gr~ndcs centros

middot T d cvJ e ncO so pode flccr prosoAost0S D010S de coo c COu11CoCcedilCO

10 sendo os uacutenicos Outros eJds-cer e dCSClroqI1hD UD pcpel deoisivo so bre es populeccedilotildees co~o eacute o ocso dcs estrcdcs que pouco c pouco vOtildeOacute ligendo deg pois todo Sobretudo o tr~fego ceacutereo inpriDc e estos co~un ccccedilotildees a repidez do seacuteculo

A tu-liiacutel mte j~ nco constitui novidcd0 clgune dizer-se que grcJlde nUacutet10ro de brcsiloiros no pcrtioipe de vide culturol do Pcs Nel se] pre poreacuten se teu consciecircncie de Que c ciorie dos horous 1S0 ti _tu

bull 8 bull

10it~ dc 21lJ t~f rillS sim Qbjcto dc cul tUla de una li~oric e que o de sn~vel cul tural proporei ano UI1 tipo de i2crginclizcccedilco que dificulte e proacuteprio conuniccccedilco entre os homens e entre os diversos grupos soshycieis

o desniacutevel cultural gere COUUIlOnte desniacuteveis nos plenos Gconocircoishyco sociruuml poliacutetico e religioso Por cCuse decircsse desnivolanento e sociedede bresilcirc cteacute hoje esteacute forocdc por grupos culturclu0nta e strctific-dos Nco foruumlc UrJ tocio t no quel o rasul todo dCs olcboro shyccedilotildees cultur~is eacute pcrticipcdo por todos oesoo que ecircles ~~o pcrticipeo dcs oeSLlC8 etivid~deacuteS ou no ueSLlO niacutevel Todos colcboran 112 oleboro shyccedilco oul turcl uCs nen todos taJ tido oportunidcde de prticipcr pro shy

bull porcionclnonte dr suo 8ignific-ccedileo Ore isso nco podo ser coeito ~ preciso trouumlher por UD tipo de socicdcde eL1 que se aceite o so epro voi tee oontribuiccedilco de todos s preciso trebClhcr por up tipo de 80- ciedcde onde o oulturc suje cepcz de sotisf~zer ~s verdodoircs e toshytcis necuacutessid~des do houem

tI d-- necosscr~o ~r bOl clCro qU8 qU1 quer t N o~cs G ~n uumlnccediloo propor shycioncr co houcu 1lgun loio do il-lhoric cul turl teLl quo prtir decircle

e h Jvo raSSDO TGJ-S8 (Ueacute pc_r t lr d o prlnc~p~o que AIc oucn o o 10 t pr~u

cipc_l de sue proacutepric forneccedilco TOl-se que cjudcr o houou e se si tU8r eu seu contexto e scb0r distinfllir o que o difercnci1 ossenciclL1ente ds estrutures sociis dos conclicion~i8ntos de n1turczc c dos outros hO1ens 11 A priuoirc terofe do crist2iacuteo sc rochlOnte for crredo de

d e t f OSSi3S d obI- SUJClCO t lo scrlco e rns orucr nOeacuteOnSG JGtO GI c ornoshyrG_luen teilcgel de Deus se outoconfigurcnclo bull TI) so este cutooonfigushy

so so pod G f czer nc t t~Vldcde conSClOnC~ose ov~shyrcccedilco ln erSUDJO dente quo o hOiJo nso pode sor suj i to de cul tur sc so intogror no processo culturcl socil G hist6rico

RetoJl1CO ncis ur~ vez o cua j~ foi dito lonbrc~roDos que D

eccedileo hUHcnc per ser counicccedileo -elos honans entro si ter sClprc une d~oanseo socicl 1l cul turc protildepricwnte di tc nco eacute o produto dc 0- ccedileo do hOtleLl singulcr l2CS dos hOD8ns socicloGnte relrcioncdos Se e cfirncccedilco do hocen ele n turezo trcnsoendendo-o e trnsfOrj~lcnshydo-c 6n teo el eacute 0010 prosenccedilc c~o homeo no rlundo elenento de ligoshyccedil~o dGS hOBens entre si~ por isso ten que ser vivida por todos proshyporcio~elnento Cricdores decircsSG ~undo humno todos s~o rosponsaacuteveis pesso~uumlLlimte 8 8ilqucnto todo sociol pelo justiccedilo e injusticcedilo do or-

A shyden hUD~no de que eles so sujeitos Aceitcr ou recuscr injusticcedila1

(~c oreleu 20cic~1 n3o eacute torefc do hOllel isolcdo DC-S de toclos os honcns mqucnto secircres conscientes livres G c o JlUni teacuterios

A condiccedilecirco priueiro pc~r~ quo o hOrl211 s~ ~001izc COD0 pOSSOB e

que os direi tos que 8Llcnau de suo proacuteprio neturezc sejcl respeitcdos Dntre os v~rios direitos scliunt~rcDOs os seguintes

9 bull

tA bull direito e eX1senc1~ bull eacutetiroi to 03 [leios l1cousstrios prc viver dignDL1011~O ~ direito ~ pesquise do vurdcdo e c infor~~ccedil~o vo=dico sabre 03

oconteeiuentos puacuteblicos bull diroito D p~rticipor dos bens do culture o ~ oduccccedil~o

direito yscolher livro~o~to sou prampprio ostndo du vider

diroi to trcbclhcr liVrElllOnte e de flOdo hULICnO J ~ N d bull o oons1re1uO oqU~S1Ccedil~O de

direi to [ locomover-se clontro de counidcde poliacutetioc diroito o associ~r-so direito c pcrticiper ctiv~~0ntc de vide puacuteblico

bull (pere ULl estudo deste prte vuumlr ospocicljJcnt~ c encolioc eGD in Terris paraacutegrefos 11 c 27 e c Doelcraccedilco dos Direitos do L1el de ONU t 011 1948)

Couo os direiios do possoo ast~o bOE axplicitcdos no p~ocu in Terris e CODO o tono Cultura pcrticul~rjJQnte no osp0eto do nU8ossidoshyde de todos pcrticiporc~ o cprovuitDro~ dos benefiacutecios de obro cultushyrol ~ abordcdo 00 outro perte do Fund~u8ntDccedilno verODOS oqui epencs o cspccto referente 00 direi middotto que middotGodos os hOiluns tOcircil Oacute instruccedilecirco o educcr-sc

Como j~ foi visto cduc~r ~ l0vcr o hOill~D c t08~r consci~ncia da S8U ppcl d0 sUji to do clmdo 6 illtogrcr clguOacuteLl n~ obro cul tur-l nc dh t occcedilco o 0-011 que rcnsforlc o nrdiurezc A educcccedilo e UIl~ oaG~ncJc uuml

Uil direi to ele todos Ul conc1iccedil~o pr~ quJ o h0L10 se roclizCi c so Af1rre aouo pessoE

Hd d t o d cut t d cE) uccccedileo uumlvero ser u 1nSl1ucwn u o-conSC~Cj1 Jzcccedilco nu grondu co1tiJiacutemto huneno quo vivo otilde llcroacuteoIl d- vide culturcl Di) voreacute ojuder o hOI1oU e tOoos os honollS a S0 de silnvolvoreu G c se intoshygrcreu no couunidodo trczondo pare elo os riquezas individueis o do grupo Todavia pcro que iste econtoccedila n uacuteducaccedil~o teu de ser pfrc tE dos tera de ser pcrc o povo =os que se exige dD uuo 0duccccedil~0 que so quor cbertc c todos uno educcccedilatildeo poro o povo Exige-so que 010 sirva

iE t od os e nlto cpencg o esmiddotcc ou oquelo clsse c estes ou oquoloB n-t~recircsses Oige-so que sejc flexiacutevel e responde agraves necessidc-dcs e ex gencics dos crcndes setocircrGs sooiois cnergentes c vide l1tcional

esoo10 couo instruDcnto d~ do~oerctizcccedilampo de culturc e~bGr~ n1o ~pencs orientar os que c procurnn DeilOCrctizedo sue funccedilotildeo sur~ ncis Llportaute reprflsentar o povo integrcmclo-o n sociodcderaquo necirco pcrc quo ~le se torne consuuidor pcssivo do u1c cultura que natildeo f3z

- ocs pcrc que sejo trcnsforuodor ( criedor de cul turco

Podemos concluir Qste i toa dizendo n8o se pode cccIacuteiicr uu odushycccedil~o 00 quo t5dc e quclquer plt880e nco encontro oondiccedilotildees pore uo cutentic~ reelizeccedilco UlJL ecluc~ccedilecirco que nco possibilito o rGalizfccedilecirco dcs exigol1cics de hUDcnizcccedilecirco senpre cresclmto d possoc htE1Dilo

bull 10 bull

11 d t 1 d 1 dmiddot bmiddot s t r ~ c O si~ pvssor 8 8 C -1) O SCC1C qUiacuteJ n1nguel1 pO 0 ~ --- L

llccedilSiJO O viver n(- nod v01ccr co Pi SOL 1wnbrer-s0 elOS ili1OS ~ ~ fmiddot

propr10 d0 cCde hOilOl ctingir sue p-r (iccedilco nc COiUl1lC~CcedilCO COE os outros Tl socicbi1iclcdt) i priilOiro lu~cr SU 8xprine nc cOLltmide d( fclilicr ond o hOllOl~l 0 c _ulhQr constituiacutedos n ~_[3~_4iuli9-qs so ordene1 uu co outro cos filhos pelo vinculo do cDor pJssocl ll

bull

Prre quo fcLiacutelio cjude ruacutecluente c rcclizcccedil3o de seus lllbros 6 necess6rio Que ele decirc eonciccedilotildees pcr qU0 todos d~sonvolvcll sue pIJrshy

bull sonclidcdo u hcjn uc vordcdoiro respoito e cccitcccedileo antro todos ~ Jf d cdrproc1so qUG sOJcu cC81tcS todcs cs Q1 urenccedilcs C V1 C propr1c U0 LO ~

UH cssio COI10 sucs inicietiVcs Isso soacute Se processe no QntcllcG qucn do heacute roeln-n to c orficnccedil c bull Jll tG ajUS Dunbros quc~ndo h~ COiu1ic~~ccedilecircotilde ErJ ULle pclvrc qundo h~ caor

PCrtindo dtisscs cloc ccedilotildecs ampo-nos conte que o middot~binto oni 1 soe Ul 1b1011t e -COCtOS Su r0 lJZCll qUnd o G0US Q bull 81cr onou L~OLQl(l~_

DO disporsos p=los unccrgos qu~ tGu for~ da ccsc so suumlntu~ felizes quendo se GnContrcll ou C]u-ndo os filhos gurrdu d-~ inf~ncic ou de juvGntudlt c lc~br-nccedil- du ua l-r onde cncontrcrcJ1 clOr Cf por isso

l J Omiddot t conuJccedilocs pcr~ su uosbnvolv0re~ S pc1S qua procurc~ crJcr cu oucs

P

CS occsiotildecs ULl sabi0i1to ojldo os filhos sojml considcrmlos COLO sujuumlishytos t COi10 soros dotedos d0 cOl1sci~nci e libordcdc sco sJ71prG r(COishy

Iiacutens- d s Lmiddotmiddotmiddotmiddot~brnmiddotmiddotmiddotos ~ 1nc~- ~ lU~ f~middotmiddotl1llmiddot on j s u UO n --Dros tJo ~JJ ~ oIl~ t- d - - 1_114 tond n

v c rdcd i rC1i utCJ t c rocliz8rJ~l-sG n2o eacute cquol2 onde h5 lUi to Ginhoiro I1CS onde h~ U11 lliacutenino da condiccedilotildees hUl1cncs uuml clOr onde toeos sro trs tedos co~o suji to o nco nOLiO coisa (VGr Jeccqu~s L8clorq Vore UIW

P~lIacutelle P-ris t d UniV(1~8i trircs 1962 ccpV)

A feJiacutelie t8D dirQi to e c-rtcs condiccedilotildelts tento do l1ctur0zc ecoshynOcirclica G social coa0 cul-curel ~lorcl que contribuCiJ pcxc consolida lc e cLlpcreacute-lc no dos0mpJllho do sue funccedilco (PTsect16) 802 lS lliacuteniIleOshycondiccedilotildees Gl h~bi tc~ccedil~o c de ltJsccbi11d-de 8conocircuice por oxoplo c f

1 d d b 111 ~C neo po uumlrc 11JU cr c todos sous Wil ros c sc Qcsenvo VQrOl o [1

s~ ro~liz2ra~ co~a plS80cS

Por outro ldo ilCOLlpotc Cos pcis o prioridcd0 do eacuteiroi to N 1 I ~) A ques t co do sustento o oducCccedilco dos proprlos f11hos PT ~17 80 eles

os educodores netos do seus filhos 1l U8 diriaacuteto L1[8 ( tcnbeb Ul doshyvor qUl corresp mdG co diroi to Que tel os filhos de exigir decircluuml6 ecircsto cuidcdo Dste oduccccedil~ot co~o o sustento aos filhos davo prolongcr-sont t t - qUl os es 011 COn01ccedilo08 nortle18 posscn v~ver por oon ~ proprle bull

roclizccedil3o de uu f~liacuteli~ no dcv t ~l

teric ~s qUG tecircm condiccedilotildees pcre qU0 seus m0~bros 80 rGclizo~ dGVG~ sr UL1 COlSC 013018 cUGJ ~bull

shyder UL1 pouco d G 81 C outres qu nca goznrl decircsses ~osuo vclampras

bull 11 bull

A pessoa por essSncie uu ser soci~l Por ser U2 todo ~b0rto e gneroso conforoc ~ oxprossecirc1o de lseri tein eacute que lhe uacute peculir un corte eburturr - cO[luniocccedil~o Q quc 01- teLl que vivor 0-1 sociodcshydv ~ no oontQto 001 os outros houcns no dieacutelogo quo o hOiJon so dli scobr8 e se integr ne couunid~cle 1 couunid~de aebo cjudcr o hoshyne1 c c tingir plenewunte sues porfiacuteJiccedilotildees c se roelizer

Segundo Leco XIII II Cbull soci0declo nco foi ins ti tuiacutede de lodo quw o hOlJOL1 c busque 00110 ULl fiLl i~cs pcrc que nele uuml por ole posshysue neios eficezcs per~ sue proacutepric pcrfoiccedilecirco ll (SC194) TI Joco X~III ne Pecon in Terris ll diz quo II sando os honans socieis por ncshyturezc ecirc lister que convivQu uns cou os outros Q prouov[~n o bca uuacuteshytuo Por este rezatildeo eacute GxiGocircnoie do u~m sociedede hUijnc bel consti shytuiacutedc que ~lutueuentG sc jeLl roconhecidos e cULlpridos os ruspoctivos diacuterGi tos e dGvres SO[110-S0 itUQILonte qU0 todos dcvcn tr-zor D

sue proacutepric cOl1tribuiccedilecirco c oonstruccedilecirco de uue sociodedell(PT 31)

lIGs C construccedilatildeo elo Ul novo tipo dli sociuacutededo de U~lo sociodode D~is hUDGnc duacutependern d~ col~borcccedil~o de todos dns diferontes rolishygiotildees dos divorsos grupos ~tnicos ou idooloacutegicos O cristco tOil que oster presente nesse novo tipo de sociodode Sue presenccedila eacute exigide pele ceridc~dc e eacute Ul1 iupcrctivo do proacuteprio Evmgolho Por outro lc-cla esso pruumlsonccedile tou que ser efetive orgenizc~de t preciso d0scobrir unc fOrrIo que Delhor possibilite c todos porticiper ctiveLlonto no sociedcduuml 0 de exercer plenruluumll1te o pepel de sujeito ne construccedil~o delo O hooeu CaDa sujeito de Histoacuterie n~o pOdO dcixor do p~rticishypcr direte ou indiretcilOnte de vide puacuteblico Sogundo Jono XXIII bull die c dia so torno une exig~ncie da proacuteprie dignidodo hUrlono poder toner perte ctiva ne vide puacuteblico aubore verie e Bodelid-de desse

t middotmiddot 11 (p 7 ) per 1C1pcccedileo ~ 3

bull 12 bull

bull

BIBLIOGRAFIA p~R APROFUlTDiIEHTO DESTA 1amp PLRTE

1 Lebret - lIcnifesto por uua Civilizcccedil[1o Solideacuteria Livrcric Duca Cidedes Sno Pcu10 bull

2 Joffre DUL1DZedier - Refleacutexions sur lEntrcinenent ~(mtc1 PEG Peria

3 lkul Lcndiu Educcccedilco e Conscientizeccedilco Docuoento de Estudo elo LI~B

4 ELliJcnuel ounier O PorsonclisLlo Livrcric 1or~is Ik1i tocircrc Lisect boc 1960

5 Rocno Guordini - O l_tmdo o c Pessoo Livrcric Ducs CidcdcStS~O Paulo 1963

6 Jean Louroux - VOC2ccedilco Criste elo HOL1er~ FlcDboy~nt

7 Jacques Leclerq Vers lln0 Fcuille Nouvelle Editions Universishytaircs Pcris 1962

8 JOco XXIII - Pocen in Terris Editocircrn Vozes do Petl~bpolis

9 Henrique Voz - Iorol e Rosponscbilidado Socicl t i postilc de Esshytudos do 1iliB

10 Pierre Furter - Propositions p0ur une Etude de lAnolphcbetis~lC cu Breacutesil (uiueogrcfcdo)

-

2 ORGANIZLCcedilAtildeO

o trsbalho pareoe ser a primeira mola c~ue llOtivou algum tipo de orgcnizaccedilatildeo social de orGanizaccedilatildeo de pessocs CO~l um fim comum detershyminado natildeo nos estamos referindo ao tecircrmo trabalho como todo ti

IW ~po de accedilao humana t mss a p~oduccedilao de bens e serv~ccedilos para consu~o_ ~ difiacutecil imaotildeinar como o interecircsse dessa produccedilno edge a comunicaccedilao de experiecircncias de novas teacutec~icas de deseJOS e Gxpectativas quanto agrave boa diviseo dos seus frutos qua~lto enfim agrave Civisatildeo do trabalho ~ ra melhor atender agrave produccedilatildeo

J3ergson diz que o primeiro homem eacute o uhomo faber que usa sua inteligecircncia para a transformaccedilatildeo do mundo eu seu proveito e o distin gue do homo eapiens ll que posteriormente 8J)arecemiddot como aquecircle que iE terpreta e explica o mundo sem proveito ce COnSUIlO Hatildeo nos interessa discutir a justeza dessa distinccedilgo mas verificar a importacircncia que tem o trcbelho proagraveutivo (do homo faberH ) no primeiro momento em que surge o homem como tal E lembrar que a organiz~ccedilatildeo da sociedade procura ser uma racionalizaccedilatildeo da melhor maneira de se obter um oacuteti shymo de consumo de bens e serviccedilos seja por tocircda a sociedade seja por um grupo ou uma classe etc (bens que soacute poclea ser obtidos pelo trcba1ho humeurono)

~ntre as funccedilotildees da famiacutelia em tocircdas as sociedades (ver item s~ bre Estrutura Social desta Fundamentaccedilatildeo) as mais oomuns satildeo a pro shycriaccedilatildeo a satisfaccedilatildeo sexual e a produccedilatildeo sabemos que nem sempre

I l d ~ 1 dI t 1 t nOSsa sociedade bull Em muitos Ccsos o cesal continua ligado agraves respecti shyvas fa~iacutelias de origem se01 constituir nove fL~iacutelia s r mcrca distinshytiva decircsse tipo de famiacutelia eacute justemente o fctltgt ele constituir uma unishydade de produccedilatildeo e consumo = se o trebclho une tcmbeacutem divide pois algum tipo de divisatildeo eacute necessaacuterio em quclquer orgcnizcccedilnoJ a divisa0 do trabclho A divisatildeo do trcbrlho eacute o priBGiro tipo de distinccedilecirco de J~jiSecirco_c~ia~ que se conhece 1 presente eIil toclo e qualquer tipo de sociedade L~ compreendemos o fsto de diferentes pessoas exercerem a mesma tarefa produtiva em ~iferentes lugcres ou horas como cocirclher frutos ehl ampois bosques diferentes ou por turnos clterncdos o f~to de pessors diferentes exercere~ tarefas imediat~Jonte complementcrescoshymo o caso em que uns cpcnham os frutos e outros jUltom um faz as 00shyves e outro lanccedil~ es s~mentes ou taref~s natildeo imociatomente complemen tares como uns caccedilarem e out~os pl~illtarem ou um dirigir o trator e outro plantar Agrave medida que a sociedade se toxna m~is complexa por shyque o nuacutemero de funccedilotildees e papeacuteis a representar so multiplica vai- se perdendo c no~atildeo dessa complemantcriedade E nasce o mito do homem que IIse fecircz sozinhollJ eacute o horaem queacredita que nao deve a ningueacutem o seu suoesso ou sebecloria 011 experiencic De feto que rclcccedilatildeo pcrece ter um trabclhcdor rural quo natildeo conhece cc1ccedildo COID um operrrio quo

o casament o e ~ga o [ 1ei1~ ~a cu mlne~ra como se r c uo men e em

bull 14 bull

trabalha em fnbrica de sapatos Como nco sa vecirc relaccedilco imediata a tendecircncia eacute de se crer que nco heacute rel~ccedilatildeo elguma

o Erasil tem seguido clgum tipo de poliacutetica econocircmica consciente e mais ou menos planific~da haacute pelo menos dez anos No cnt~nto soacute

lt ino mJmento em que umc pol~ tica econom~ce pro-uz rGs~ scoa v~s~ve~s ~~

mediatcmente (desemprecircgo perda do poder amp0 a~uisiccedileo do bens c servi ~~

Ccedil06 por perte dos assalariados etc ) e ~ue 80 passa c~cr con~~onc~~

coletivorllonin da reloccediloo entre UDC politiro e o dia adio C o c-(lil trlJ~alhf dor Eo e1tc~1to essa relcccedilco sempre existiu e ~BS10 o fato de nco se ter UJc polt tica econocircmic8 conscientemente defuumluumldc produz tmbeacutem seus frutos pcrc ccda cidcdatildeo A coploxic1cde c~s L1terreloiotildees 50 cieis foz COIU que se perca ccde vez mois o ncccedilco de divisco do treshyOolho e conseqUentenente ele suo funccedilco soci1

Que to neis complexo a sociedede qucnto J~middotior c nuacutemero eacutete funshyccedilotildees e papeacuteiS diferentes c cumprir e rGpresenc2r l2ior se torna o deDendcnoia do homem do fruto sociol do trsbclJo Nume sociedade bcse ad no extrctivismo isto eacute cuja subsistocircnci- se bcseia nc I1penha de oonsumo produzidos pela natureza eacute ben mais posslvel que cede um seshy d t o b tAJa cepcz e execu er todes es funccediloas neC0SSor~as 2 propr~a su s~s cll

Qla J o mesmo nuo acon t ece 0B umc OOil1p1exe como o nossac SOC~GCeCle

e~ que co mesmo tempo oria novas necessidades pare os homens e es ~S tisfcz Bm uma cidade um hOillem que nco ~cccedilitcsse quclquer tipo de re

N ( Nshy

lcccedilco socicl com os outros homens o portc(lto neo comprosse nco venshydasse 5 n~o troccsse nco pedisse) primoircmente nco teric cso netl raupc ~ teria grcnde dificuldade pcrc febricor um linho ou ender muito at6 encontrar Uille eacutervore ou qulquer plcntc que n~o tivesse sido plentcdc ou cuidedo por outro homem =esmo que nco se trctesse eacute1c um homem de cidade o probleme n~o serie menor pois o mlnimo c di ~ z~r sorie Que ecircle certemente uscric os conhecimentos adquiridos dos outros e trcnsmi tidov por ales -__- - shy

22 Coopercccedil3o

~~ssa diviso do trcb-lho ncde mcis eacute port2ntot que um tipo de ecircoopereccedilco A cooperaccedilatildeo eacute o fenocircmeno de interrcloccedil~o sociel que cQ mo vimos ~CilllC e nos i tens reltivos otilde comHB9_es3amp ostecirc ne b-se messhyme de vide hum-ne ~lG pode oer meis ou menos evidente c mGis ou me shy

Anos obsourc mes este sempre presente Sebelilos no entcnto que se tQ de coopcrr~eo eacute de clgurn forme consciente (impllci ta subentendidr) ele pode neo ser expltci te (cLrcmente expresse) pcrc tocircde sociedade em todo momento De mesmc fo~mc tocircd sociod-eacutelc eacute orgenizedc e tocircdo orgenizcccedilOcirco eacute igualmente consciente (eL1borc nem selpre explici t~~m(mtc~ Viwos no entcnto como eacute ffcil perder-seI em um sociedodc ccde voz meis complex~ como e nosse e ~res~p~ desse ooopercccedilOcirco e desso orgcshynizaccedil20 onte ccda consciecircncie

De clgume forme poeacuteLe-se portrnto dizGr ~ue tocircdc coopercccedilco 6 dz -lgum modo orgcnizada Por isso qucndo dize10s que ht ooopereccedilatildeo noo orgcnizeda e que temos como objetivo e cooporcccediluumlo orgenizeda eacute

bull 15 bull

preeiso que scibcmos exatc~ante o que queremos dizer para nco co~e termos engcno

~ freqUente como vimos que a dependecircncia social do homem no estGjc expliacutecita em determinados momentos ou sotores de uma socieda de Vimos por exemplo como eacute comum c idEio do homem que se foz sQ zinhou e t~hloS notcin de importecircncic decisiv que ccde grupo etri shybui ~ sue proacuteprio funccedilecirco no sociedade Ume freso muito comum refereshyse ecircs clcsses produtoras ll qucndo hll um pronuoiamento ou ctividcde

bull 6 shy taqu-lquer J QUC reune cpencs donos de grcnde 6 ~roprc S=6 e noo o ca cs pessoas que produzem D co ~osmo t~wPOf supoe que haja classes que n~o nroduzem o ~ue pelo Bonos eacute difiacutecil de cceiter senl que se de

J IJ11termine de qu~ tipode ~~d~~q se este trat~ndo De mesma forme o

bull oouum a roforoncie cs clcrsos trebe1hcdorost qucndo scbemos que trc bc1ho ~middottocircdc accedil~o humcne oomo jeacute foi visto no itQ~ 12 de II Perto duumlstc Fun~~ontcccedilecirco

Isso tuc1o proveacutem de ttI compreensecirco Llcoffil1letc de profundc 1~ terrel~ccedilco sooiol que liga os ho~ons e ~s VbZCS do esquecimento e~ que c~em os objotivos o ~B f~~9otildees quo der~ origem ~ dctermin~ shydos tipos de COilportrnento ficndo npens ~stes 111tiGlos~ o que cQOnteoeu t por exmplo coc dcnccedilcs ou festos folel~ricell sendo o ccso ncia ri tente oio o~rncvel cujo relccedilecirco com o Qucresma perece hoje ~rc coincidecircnoia

~

Com cs tormcB clc3sioacuteo8 uumle eoopercccedilco aconteoe t mesma coise Os Obj0tivos podem 1ereacuteer-se no esquecimento e tpel1CS peranecerom forshyms de eomportcmento nem Sef1pre mui to compreensiacuteveis E 1sso torno [lcil percebermos como nco 6 s~ o esqueoimento dos objetivosL mas t~nbm o de especto~iacuteundmenteia dz ~rlte~A~~~~~ de eoopereccedilco que levem c quo certos comportmcntos nco produzem os frutos que ser1~ neeessnrio produzir~ Coopercccedil~o nco orgcniz~dGf ~ portento c 80010 re9ecirco oneleoa objeacutet1v08 neacuteo esto elr-rmente determindos e onde os meios pcrc otingi los nco satildeo eficientemente escolhidos Chcmcreoo~ co contrrio de coo~ercccedilco orgcnizde cquele o~ que seus pcrtic1p~ te~ deterIllincm os objetiv08 c escolhem 08 110i08 meis eficiantes e cdeCu~do8 p-r~ Co tingi los

~xista~ m~ltiplcs rorm~s de coopar~ccedilco nco orgniz~do n~ vidn do no~so h~mem rurcl O mutiro ~ c foroc meis ciiacuteundid~ a possivol oenta meia oomplexe de eOOpGrc9~0 no meio rurel Edsta em todo O Bresil com nanes divereos (ver a Justificccedil~o de ilViver eacute Luter) bull Co~siste essanci~lmenta em uu tr~b~lho volunttxio feito por veacuterics possocs prc ctender c umc necessideuumlo espccficc aerclzente da un peSaDo ou fL1lic que prgc com comccedil8 Q bebes Poco ser pedido pCillo i~tampresscco ou de inicictivc da outros qun~o tone o none de trci shyccedilco EB clguns lugnres eacute S9~pxe UfJC inici~tivo co pctratildeo ou propri~ tlxio que pcgo 0011 fcrt distribuiccedil(o de bebiqs Cono 0steacute portu to OOllunente cssooiedo tI feste CU0 o illt0resscdo PrOIlove no fira de joru-dc Ll clgu~e lug[res c pclvrcl ficou corno sinocircnimo de feste

A troce de dics eacute tcmbaacutem muito comum e consista numa troce de dics de serviccedilo entre diferentes passocs ou fcJlics Um ~gricul tor

bull 16 bull

pede ~ um grupo de amigos ou conheoidos pera cjud~lo em daterm1nnd~ tcrefn e os pega em outros tentos dics de serviccedilo

Um aspeoto importcnte do desenvolvimento do Pro~r~n eacute justcmen te o levantcmento c desoriccedilatildeo e n oriacutetica desses formes de coopere-9~O Com relnccedilEo a esses formes podemos observer o seguinte

le) sucnto cos objetivos _ ~ importcnte que ecircle s se tornem bem cleros t que aa eomunj

dedes seibam que estco cooperendo orgecircniccmente e nco nos esquece~ bull mos de que em elguns lugares mutiratildeo eacute sinocircnimo de festa e samp isso

- eacute necesseacuterio conscientizc~-se de que n ooopereccedileacuteo ~ tenocirc meno indispenseacutevel c vida sociel e que ele eacute constcnte e n~o ocns1oshynnl isso tereacute importentes conseqHecircncics quento coe meios de reoUzn ccedilco oonorete de atividades oooperativistas shy

- tento o mutir~o quento e troce de dies gucrd~ um especto deeisivcmente individucliste pois heacute ~jude mcs o~dc um tem n sun pr6prin produccedilco e seus proacuteprios problemes eacute evidente que se o mut1 ~ A N bull ~

rco fosse ~te e fese de oomercializeccedileo dos produtos nt1ngirin meshylhor seueacute objetivosl esse noCcedilao eacute muito importcnte pnre um conceito d oomunidnde enquanto EarticipcccedilcO e um fim comum mo~oo que samp aos nomic~man~e n exploraccedilco em oomum dos maios de produccedilco trcri~ anaL mes benefcios usando-se o ilesmo princpio do mutiratildeo muitos tashyzeuacutel em um s~ die o que um soacute natildeo frz eu muitos cli cs 11 bull

21) gucntoatilde eficiecircnoijl dos meios

c troce de dins eacute meis eficiente do que o lJutiratildeo no asshypacto de ilpage lI embore ombos sejcrn trnbclho vOlunteacuterio onde natildeo It

corre dinh~iro cmboe ~~o pcgos um com comes e bebes e outro com trcbc1ho o que COLlpenst reclmente 311e1ho1 evidente que uo s1steoc de Iltrocc de Llutirco serc muito ucis econocircmico e produtivo parc t2 dos do que comido e gebidc que se conSOLle num soacute die

- cmbos Sc iniciotivos isolod08 quo podem mui tesO vacirczes se choccr e podem tcmbeacutem ficer 00 sebor de siopeties ou ont1pctics pessonis n eficiecircncia certamente oumcntcric se focircssem iniciotivoe coletiv~ente consentidos

- gerelmente cmbos opcrecem quando h~ unccessidcdell iato eacute um plcntio ctrascdo ou perdido doenccedilc eto e o prezo neacuteo permi

~1 shyt e que ume so f~l~ io de conte de tudo se o sentido de oooperc9ao estiver bem cltro eacute feacutecil cOilpreender que umc ltxcvisecirco poderio Ctlatilde nucr os ecsos de nec~esidode como aumenter o rendimento do trebclho pcr~ todos

~videnteL1ene esses obsarvcccedilotildees neacuteo seacuteo completos mcs cpones sugestotildees pera umc cneacutelise o ser empreendido polcs equipes e pelae comunidedes

~ iaporttnte fri sar que Co eccedilecirco educ~tivo vi S ldo organiza90 eacute oultiorce e tem de edcpter-se GS condiccedilotildees e Eotivcccedilotildees de e~d~ o~munidede ~no eacute n finalidode de um tipo de cccedil~o ooopereiivist~ quo

bull 17 bull

a define como mais efioiente na educaccedilatildeo para uma cooperaccedilatildeo organizashyda ~uitas vecirczes somos levados a desprezar alguns tipos de organiza shyccedilatildeo de reoreaccedilatildeo visando finalidades mais Ilaltas ll

bull ULl time de futebol com diretoria organizada de qual todos os 860i08 partioipem ativamenshyte tomando deoisotildees ooletivas discutindo em oomum problemas do time pode ser meis efioiente para a organizaccedilatildeo poliacutetica de uma oomunidade do que um comi tecirc poliacute tioo do qual sOacute partioipam alfllns IIIderes

Tendo sido feito um lev~~tLmento pele cogwlidade das atividades de oooperaccedilatildeo organizada nesta r O aspeot~ de meios oonoretR~ de que trata o programe pode ser explorado atraves da esoolha de um tipo de atividade que a comunidade considere i~portampnte ou que precise de reformul~iotildees mais urgentes ~ clero que ecircs~es ~_~~s~_~tos de or~ nizcccedilatildeo nao podem ser generalizados e que neo sao efioiontes se tratashy

t Ados so teor20cmen 8 So a prat10a a que SUSC1 t ara esses me20sbull quo se-rordfo mais bem assessorados pela supervisatildeo do que atraveacutes de programa shyccedilao de aulas

Tocircda organizaccedilatildeo ou accedilatildeo organizada teu alguns aspootos esscncXds que neacuteo estatildeo neoessagraveriamente presentes em qu~lquer momento ou ativi dade las que devem ser alocnccedilcdos sendo por isso mesmo 06 objot1 shyvos do essessorio educetiva do EB neste niacutevol

- os fins da orgeniz~ccedilco ou objetivos goreis que se definem em uma tendecircncic ou espireccedilco do grupo que delo pcrtioipo mas que se devem tornor oom o te~pof conscientes e cleromente distintos (por eshyxemplo no Ocso de um clube de futebol e divers~o)

- Oa obj0tivos cspociacuteficos isto eacute ~quilo que eonoretcacnte se pretenc1c clccnccedilcr dentro eo Ui dotOIUumlll-do prczo ou periacuteodo ou Olil

occlc etividrde progrcucdo (por eorlluumlO roclizcr UJ torneio ou oonsshytruir c sede do olube)

- un pleno ou pelo menos umc prcvisco de ~tividades queatildeen tro do prazo ou periacuteodo detenlincdo dever~ lover aos objetivos propo~ tos (um loilco ew tel data U2 jocircgo com ingresso pcgo e~ tal dote ug

mutir~o em tol dcta pcrs oonstruir c sede to olubo)

- mm divisecirco de funccedilotildees que ir-se-~ ocrccteriznuo melhor oom o correr do te4lpo ocs quo se deve procurar definir prc avi ter oonflishytos

- Wl meoanismo perCo cs decisotildees que deve ser desde o iniacuteoio determincdo cindc que venhe cou o teiJpo e sofrer JlOdifiocccedilotildees

lsse cspecto formeI de org-nizcccedilecirco pode SOl objeto de eulcs llteoacute ricca nc base de releto de expcriocircncics de outres couunidedes Pode se reletcI oomo funoiono o clube tol oOuO 6 escolhido c diretoriecoshymo se planejou determindo ctividcde eto seil ceir em risco imedieto de meBsifiocccedilecirco nco eacute preciso friser que ~s experiecircnci~s devem ser muacutel tiacuteplaa e diferentes pare eyi ter o crglilento de cutoridcde

bull 18 bull

23 Ass~eintivismo

Desde ~ momento em que v Ronem nuo p~sso decisivo de sue evol~ 9CO soube que scbie - Pcsso de reflexco - (Teilhcrd de Cherdin) peacutessou c se ~firuer meis e mcis numa perspectiva sooial E agrave medida em que a vida em sociedade aucenta contrariamente ao que muitos pea saro tamo~m aumenta a chance do homem se afirmar mais profundamente como ser pessoal t~iginal Neste sentido a vida s2c1al natildeo se con~ titui apenas da soma dos indivduos mas a integraccedilao dos homens nushyma vida comunitaacuteria que tende a se tornar oada vez mais universal ~ o fenocircmeno cue Joatildeo XXIII oonsidera tatildeo bem oom deg nome de socializ~

IM 1- fccedilao B o termo sociacutealizalao tal como o emprega o Papa naos re ~ re apenas a um regime jur~dico de bens mas a um processo historioo s6cio-cultural global onde as comunicaccedilotildees fsicas satildeo mais freqne~ tes e maior o acesso aos inumeraacuteveis bens comuns ou comunicaacuteveisda humanidade tais como a informaccedilatildeo a educaccedilatildeo a cultura (JYCalvez ~glise et Soci~teacute nconomique e LI~nseignement Social de Jean XXIII shytditions =ontaigne Paris- Capo I )

~ importante notar sobretudo que Joatildeo ~~rII nao toma o renocircm~ no de sooializaccedilatildeo co~o algo que resulta apenas do desenvolvimento das t~cnicas das ciecircncias do progresso da produtividade etc mas o considera como 110 fato do homemll(JYCalvez) Assim dentro da sQ cializaccedilatildeo crescente o fenocircmeno associativisl10 1l natildeo eacute algo de ext~ rior apenas ao homem mas decorre tamb~u ce SUE no tureza mais ntishyma do seu II ser ll Quando os hOl11ens se associam natildeo ~ apenas em fun ccedilatildeo de um objetivo externo fixado (para u~ ~utiratildeo por exemplo)maseacute tsfbeacutem um LJOVill811to eacuteie S1i6 eacuteJesconte evoluccedilatildeo G uroacutenrio do homerl

A w ~ - (

a llte31dencia natural e qUEse incoerc~vel pnrUacute a vida social Joao XXIII) D historicemente ecircle tem esponCiclo a esse tendecircnoia oom as mais variadas formas de associaccedilatildeo decircsde o pl~~o internacional ateacute aos pequenos grupamentos Exemplo disso satildeo as vaacuterias organiz~otildeGs internacione~s os partidos polticos as sociedades recreativasesshyportivas culturais as associaccedilotildees de classe as associaccedilotildees proi~ aionais os sindicatos etc

Natildeo se pode no entanto - e isso eacute importante - atribuir o surgi mento de formas de associaccedilotildees somente agrave tendecircncia do homem para atilde vida social Haacute uma estreite interaccedilatildeo dessa tendecircncia com o progresshyso da teacutecnioa das ciecircncias dos meios de comunicaccedilatildeo ~stes fatocircres trazem de maneiras mais uiversas solicitaccedilotildees pera e intensiioc shyccedilatildeo da vida social e do associativismo t o ceso por exemplo de faacuteshybricas usinas induacutestrias que surgem e exigem um certo volume dematildeo de obra que leva um g~po de indivduos a se aproximar c estar fl~ sicemente em contato contiacutenuo assim como sua uni~o em tocircrno de deshyterminadas reivindicaccedilotildees (ex sindicato que luta por aumento de se llrios ou por mudanccedila de estruturas etc) Outro exemplo disso eacute o aparecimento de colonizaccedilatildeo agrcolc ue leva camuoneses screm- de uma dispersa0 geogrcfica e se concentrarem passando a-uma vida sooial mais intensa formcnuo te~beacutemf ~s vecirczes cooperativas clubes esportivos sindicatos etc

bull 19 bull

llas por outro lcdo eacute preciso considernIlnos que por suc vez o progresso de teacutecnica e das ciecircncias t bem como dos Llios de comun ecccedilatildeo t natildeo surgirDm de um c1eterdinismo cego 111bo1a nao sejamos seE pre senhores das focircrccedilas e das leis do natureza o que muitas vecirczes nos apareoe como um determinismo como ume necessidade exterior cshypencsL eacute fruto de gestos jaacute colOCfdos pelo homem II~ fruto dt humashynizcccedileo mesma de nctureza Co qua1 nos entregamos para exprimir no

1 h t dfso liberdade E ele resto e possJve ao amem novamen e mo ] lcar o determinismo que seus proacuteprios gestos criaram (Ver JYCclvez oshybre ci tede) bull

Outro ponto e considerr aqui eacute o pcpel do -Jst2do e a sua eresect cento intervenccedilco em nssuntos de interecircsse da ooletividade ~u1tas vecirczes a discussatildeo decircste ponto leva a posiccedilatildeo que em ncda eorrespol dem agrave verdadeira dimensatildeo da questatildeo Assim uns defendem opaixonashydemente e intervenccedilatildeo totcl do Dstado ao pesso que outros rejeitem qUflquer tipo de intervenccedilatildeomiddot hlwendo aindc um nuacutem~ro ponderaacutevel que aceita a intervenccedilno modercda Entretc~to o ponto central da quesshytatildeo n~o_~ se o Dstado deve e pode intervir t m~isou menos ~ imporshyt~~te nco considerar a crescente intervenccedilco C020 um deter~inismo cbSbluto JY Celvez interpretcndo o pensamento de Joco XXIII n ecircsse respeito elucide c questatildeo de mlmeirc sLp1uumls e precisai 11 O pcpc vecirc nesta intervenccedilatildeo um resultado ou cinda um sinal - um nd ee - da sociclizoccedil~o em curso tntes que urua ccusc Logo se Co in shytervenccedilco (lo Estedo ~ ume espostc c certas edecircncics de sociclizcIV ccedilao e tambem elgo de profund~ente ligado co tempo e co espaccedilo e um fenocircmeno situcdo histoacuterico nco pollondo existir r eceitcs unishyversais e perenes c ecircste respeito

A considorcccedilco decircsse ponto eacute import~~te pcTC o trcbclho de oompreens~o e cneacutelise criacutetica de presenccedile do ~stedo nas questotildees li gadcs sos movimentos de associaccedilatildeo e luta dos trcbe1hadores

Inuacutemeros teu sido os pronunciamentos textos leis que consid9 ram o importecircncic do associativismo 3m sucs vsrias forlcs recoshynhecendo-o como um direito ~is alguns dos rucis oonhecidos

ITodo homem tem direi to a orgcnizcr s1ndic~~tos e a necircles ingres sar para a prltteccedilco de seus interecircsses iacutel (Declarcccediluumlo dos Dicei tos dobull

Homem art23S4)

ti tl gcrrntida a liberdade de cssocicccedilotildeo p~rc fins 110i tos lieshynhuma associaccedilatildeo poderaacute ser oompu1soacuteriamente dissolvida sen~o em virtude de sentenccedila judicialll(ConstituiccedilOtildeo Brcsileiraart141sect12)

IIJfi livre a associaccedilatildeo profissional ou sindical sendo regula das por lei a forma de sua constituiccedilatildeo e sue representeccedilco legal nas convenccedilotildees co1etivrs de trcbclho e o exerciacuteco de funccedilotildees deleshygadas pelo poder puacuteblicotl(Constituiccedilatildeo Brasileira art 159)

UNe eacutepoca moderna umentou notevelmcnte o movimento assoeinti vo dos trcbclh~dores e foi reconhecido em oacuteercl nas disposiccedilotildees shy

bull 20 bull

fi

jurdioes dos Ilstcdos e ateacute no plano internecionel bullbullbull

IINco podemos todavia deixcr de notcr 00110 eacute ~til ou cteacute nece s~rio que c voz dos trcbclhcdores tenho possibilidade de se fezar o~ vir e ctender fora mesmo da ceda organismo produtivo e isto em to-

Imiddot 11 (t~middot - 94)d os os nJveJs bull l - bull

IlDa socicbilidcde ncturol de passoc humal1c~ proveacutem o direito de reuni~o e de associQccedil~o bem como o de conferir cs essocicccedil~es c for~ me que aos membros precer meis idocircnecs c finclidcde em viste e de cgir dentro destas por conte proacuteprio e risco conduzindo-os aos elm~ jrdos finsl (PT23)

~~ O ~ue foi dito acime eacute relctivo e textos legeis e pronunci~en tos do Pepe Joco XXIII No entcnto existem einde outres referecircncic~ entre DS queis cs mui to discutidcs de rrx

Uma forme de ossocicccedil~o oonsidercde importcntc eacute o sindicelisshymo surgido cpoacutes a Revoluccedileo Industrial Vnrios movimentos signifio~ tivos de trcbelhcdores EHLl wui tos pases ncscercm ou se desenvolveshyrum c partir do sindicelismo

No Brcsil o sindic~to foi oriedo nos noldes do sistemc sindi shyccl do fooismo i talirno princi prlmonte f e eacute extremamente 1igcdo 00

Poqer Puacuteblico Tocircdr- c vide sincliccl eacute proviste por lei A lei QstcbCcedil Ieee oS requisitos desde pGra G fundcccedilno e funcioncmento do sindic~ to ctecirc os fins prerrocativcs e deveres Aacute liberdade dentro do sin d~ccto entno eacute c liberdede que c legislcccedil~o sindiccl permite e proshyve Outra pcrticuleridedo do sindicclismo hreDilciro eacute c vorticclid~ de I sindicrtos federeccedilocirces confedercccedilatildeo prc cdl cDtegoria ( na cctegorics tr41beacutem sco previstcs pele lei) Uno eacute permitido que ceteshygories sindicais diferentes se cordenem numc horizontclidcdeAssim se 08 sindicctos dos metcluacutergioos e dos forrovi~riosf por exemplo quisessem se coordenlr seria impossvol (dentro de legislaccedileacuteo sind ccl brasileirc) Onde cctesoric deve (do ponto de viste de lei sindi CCl) desclvolver sues ctividdes sindiccia iso1cdclllente

N~ necess~rio obsorvcr que tcl estrltturc sindiccl tatildeo enfcixcda na roco do Poder Puacuteblico tir~~do muito dl necesseacuteria cutonomic dos sindicctos dendo foacutermules pcdronizedls de funcionamento pode trens formeacute-los num instrumento de clesse dirigente ~penas cleacutem de n~ dtr oportunidades de se desenvolver plenCLlfmte ~ ccocidcde dos sin dicclizodos e seus dirigentes de lIe1riare41 algo de proacuteprio dentro do sindiccto Da D necessidede dos dirigentes sindicais serem realshymente a oxpressco do clesse quer di zor SerG~1 pessoes que estejom prontos e trcbclhor reelmG~te no sentido des cspircccedilocirces de clc6seP~ ra Jsso e neoesscr~o que se tenhe conscienc~c LO que e e do quo poshyde ser o sindiceto como oacutereco vordodoiro cc prollloccedillio

bull 21 bull

Haacute disposiccedilotildees legEds m~Js ou menos antisas a raspei to da sin d1calizaccedilatildeo rural no Brasil Entretanto foi pr1ncipal~3nte fi partir de 1962 que o assunto tOllOU vulto e comeccedilaram a surgir v~rias disshyposiccedilotildees simIlificcndo a f O T1112Ccedilatildeo dos sindicatos rurcis pl~ooossomel to e expediccedilao de oartas sindicais

Dentre as vaacuterias disposiccedilotildees () as que natildeo soacute sintetizum a Flashyteacuteria jaacute re8~lada oomo apresenta aspectos novos S~O

- Lei nO 4214 de 231963 - Estatuto do Tr[b[~lh2dor Rushyral pub1ic~do no Di~rio Of cial da Uni~o em 1836

~ Portcrias nQs 346 e 347 de l76l96j- Regula0 a Orgc~1 zaccedilatildeo e o Reconhecimonto de Entidcdes Sindiccis Ruraio bull

Silil9-1octo OEstatuto do frcba1haGor Rural crt114 estntui~ liacuteoita a cssoci~ccedilao em sindiccto f para fine de estudo defese e ooo~ denaccedilno de seus interecircsses econocircmicos ou profissionais de todos os que como empregados ou OE1PT0odores exerccedilam atividades ou profis shysatildeo rurc1 i1

bull

Vemos entatildeo que de ~cocircrdo nou c pr~pr1a lei ~s fin~lid~des do sindicato secirco cmp1as l natildeo se reduzindo ecircle C Dera instr~~ento de rei vindiOcccedilno de essiatencia socie1 e ClgutitS melhorics econocircmiccs bull Para que ecircle oumpra tocircdas as suas fin~lidades tem ~ue ir muito cl~mBasshyta ver que cumpre-lhe tc~beacute~ c defese de interesses profissionaisde I d t ~ tmiddot bull en er ~n erasses prok~sS~OncJ3 nao e 80 consegu~r e~prQS ~mos ~crc

plantio melhor maquin~rio pere produccedilatildeo enfio melhores oondiccediloea de trcbnlho mas ~ sobretuco f-zor com que o trcbc1ho necirco seja red z1da a um mero fctor de produccedilatildeo mcs seja con8id~rcdo como a fon~c por excelecircncia de expressco hum~a Pera conseguir isso o sindishyceto teu que sc ocupar por defini9~o com c tarefa de destruir tocircdc forma de explortccedilotildeo do trcblho humOJlo Convoacutem notnr que 110m sem pre o aumento de produccedilatildeo corrosponde a umc verdadeira prOioccedilco do trabclhador como pessoc

liQ Pera uma vis~o coup10tc de fundaccedilatildeoprooassamento e funciona bull mento do sindicatover Leis e Portarias meneionauuml~sprircipa1mente e nova Portaria nordm71 de 2265quede oerta formaregu1amenta os arti shygos 115 e 116 do Estatdo TrabRuralD1ga-se de passagem que estamp Leital~m de dificultar a fundaccedilatildeo de sind1catosfragmenta demais a classe trabalhadora ruraloricndo dentro dela in~eras camptegoriasdiA tintas

() Lei d~~ada n Q 11 de 11101962 Portaria nO 355-A de 20(111962 Portcria nO 356-A de 2111J1962 Portaria 209-A de 2561962

bull 22 bull

Estatuto do Trabalhador Rural Ateacute a d~ta da criaccedilatildeo do Estatushy

to o--eatildenipotildei1eacirc -estampvatildeexecirciiicfotilde7a legislaccedilatildeo trabalh~sta (excetuanshydo o que diz respeito n possibilidade de sind1calizaccedilao) 2 art l da Oonsolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho que estatui as ~uestoes trabashylhistas no paraacutegrafo IIb il coloca os oamponeses fora dos seus poss veis benefiacuteoios Com a criaccedilco do Estatuto houve uma primeira consi deraccedil~o a certos aspectos da vida do trabalhador rural

t tmiddotmiddot d la gisltccedil~o urb1na pare o meio rural embora sejam duas realid~des bem diversas A proacutepria definiccedil(iacuteo Ciue ecircle daacute de trabalhador rural (art 2 Q) eacute impreoisa e se presta a v~rias interpretaccedilotildees de aoocircrdo com

C0110 e fecil notar o Csjatu o e quase uma ranspos1ccedila0

1os t var ~n eresses

l~as mesmo assim inedaptndo hAacute pontos considerados importa1 shytes ~ O caso principalmente dos artigos 11 bull oria a Carteira Pro M

fissiona1 de Trabalhador Rural 63middot disp~e s~bre o contrato de trashybalho ( que poder~ ser feito na proacutepria carteira proiacuteissional)~ l5~shye~ia um Conselho Arbitral A16m decircsses artigos eacute consi~er~da t~bem importante tocircda a disposiccedilatildeo socircbre sindicalizaccedilatildeo

~ nosso pcpel como movi~ento qUecirc pretende ser educativo atr~shyvecircs de toampos os meios e recursos com Que oontamos levar ns oo~unida das a perceberem o fenocircmeno do assooi~tivismo como inerente agrave pr~ pria ~~a humana e motivar a intenBificaccedil~o oonsciente e delibefada de formcs de associc9~0 que ~osscm responder 2S neoossuumlLdos percebi das a partir de une vis~o cr~tica do papel do homem no mundo

Iaso no entc~to nco quer dizer que devemos inccntivcr e ~ctishyver determinadas forruas de associa9~0 O nosso papel c ecircssc respeito ~ o de informar o que existe as earaotersticas de QCcedild0 ~nc e proashytampr n assessoria ccbve1 diente da escolha da comunidade que poder~ incluave oriar fol~as noves de cssociaccedilatildeo

Teoriocraente a econoTlic de mercado ou ocpi tclistlo reIJouso nurac toca de serviccedilos e bana entre dois tipos de gru~osl as unlcteacutees ec2 n~m1cas produtivas ou emprecircsas n~s unidcdes economic~s de consuao ou iacutec~iliar Ls famiacutelias prest~~ serviccedilos ~s emprecircsas recebendo ~~gnaen

Ao shyt o e as empresas produzem bens e serviccedilos para o consumo das iacute~liaa e recebem e~ trooa pcgcillento ~mboru ecircsse esquema sej~ muito ab3trashyto e seja s6 am esque~a serve para nos mostrar cono est~ dist~cia da disso c vide do honeQ rural Nesse esquema a famiacutelia soacute b so11d~

ai fW bull r i ~ no consumo mas nuo na produccedilco pois o facil 1nag1ncr como roxa shymente as pessoas de lmlC mesJc fcIagrave~lill ou que tenheo dooposos ElD ~o mum produzam mn comum spo ~ue trabalhem em una Llesuc euprocircso no meama seccediltio e na masoe sala o produto finel dC~ emprecircsCl (equilo quo - ) e comercializado vend1do as fcu~lias cbsolutcnente noo dopenda deshyles Seus ganhos tcmbeacuter1 ou s~o deciatildeidos pele etlprecircsll ou dependen de decisotildees coletivas (aumento de salaacuterio mnino dissiacutedios coleti shy

bull 23 bull

I vos etc) e muito r~r~cntc tecircm qualquer relcccedilatildeo 020 su~ produt1vid~

de ou copoeidcde da trobclho Na eoonomia da produ2ao portcnto mas mo os mombros de umc fcniacutelit nno sco solidaacuterios ano indiviacuteduos isolE dos CGdc ~ por si A id~in de atividade econocircmico comunit~ria dcpcn deric portnnto no moia urbcno de tocircdc uma lludonccedila de estrutura d~ haacutebitos e atitudes individualistcs

NOcirco eeonteee o Llosmo no vidc rurnl Via do regra c feLllit s~ oonstitui em unidcde de prod~ccedilco e oonsumo o que equivola a dizer que jtIacute existe tlgum tipo do ouprecircsa cOf1unit6ria pare uaor o esqucmc o que acima nos referimos Trctc~se portento natildeo de rczer surgir ~ vclor inteirnmente novo mais de cmplicr o raio de alccnoc de uampre_ sa oonlUni taacuteria que eacute c fCLllic bull Outro Telor positivo e que pode ser ccrreado nesse sentido eacute o mutirco Embora se deva ciacuteastor quclquer ideacuteia poeacutetioa lrio de mutirecirco cono trcbrlho ~eu pagaL o mutirecirco e a troca de dics sno indiacutecios oonoretos de que a oompeticcedilno econ~~1c~ nas oomunidcdes rurais n~o eacute consoiente neu atinge G agudas que cpreshysenta n~ cidade O mutir~o meswo pcgo n troce de dias me8~0 aendo trooc mostra que natildeo est~ presente c 1d~ia de que o SUOOS$O de ~ depende do insuoesso de outro E de f~to c cODpeticcedil~o eoon~m1cn no campo nco sc fez de meeiro c meeiro mes entre o produtor o o intero~ di~rio e por e edinnte

Outro ospeoto import~nte d~ ctividcde econ~micc do honeo rurc1 que ele nco visa de Iilodo gereI o lucro IlCS c subsistecircncici por isso c noccedilco de que - a propried~de deve ser usado pera o bau de todos e nco pcro o luoro individueI nco encontro cs aeSDes resistecircncics quo cn oontrorie entre cmpres~rios oujc ctividcde eoonocircuic~ se fund~entc no luoro A euprecircsc comunit~ria isto eacute ~ orgonizccco oomunitampric de

d - A po~tcntot apcrentemente vievel~ Tr~ c~se depro Uccedilco ceOnOil1Cc e t snshyber quais cs noccedilotildees que seacuteo fundcmenteis pcrc tel empreendi30nto

12) 2JLW1el~]0ecircS_e __d2_ uso dl Jal0Rriedcdel ~ tund~cntcl o conoeito de que c posse est~ condieioncdq 00 uso de propr1od~de o quo isto natildeo eacute um direito cbs02uto mcs tew une funccedilatildeo intrinsccmcnte soci01 (1)11f1116)

9) Q~_o~Lemo do_~c-l2~) do__trcbelh2 msse prob1cllc foi tl~~toclo na Fundamentoccedilao de Viver e Lutcr e se enoontra tClbom no item 12 d~ 2l perte deste Fund[Tl(mtoccedilecirciacuteo 1106 heacute olguns tspuumlctos que nos interesSD~ diretamente ncste ccso A ~pliocccedilatildeo concret~ dos princ~piGs ~l disoutidos lev~-nos ~ oonclusno de que neacuteo pode hever oomercial zaccedilecirco do trcbelho enquc11to tol Isto ~t necirco h~ nem pode hovcr hipocirct~ se do medir-se o trabalho ew tecircrmos de dinheiro j~ que o tr~bolhotem velor tronscendente leso eacute importante pcr~ cs tomndos de decisotildees soacute bre a divisatildeo do produto do tr~bolho Esta n~o pode ser sagravementa pro porcional ~ posse dos instrv~entos de produccedilco pois 0030 viuos c posse esteacute subordincdc 00 uso paro o bem de todos Por outro lcdon~o pode ser tambeacutem somente proporoionel agrave quantidede de trcbolho j~ que o velor realmente humcno do tr~bolho nro pode ser qucntif1cedo socircmenshyem sua apcrencia O item seguinte pode esolareoer-nos melhor

bull 24 bull

--

0) 9--Jll0bt~~ dc-~oJtg1~ejJde dc espeacuteoie Vinos qundo e8~shydc~oa O probloma de oomunic0ccedilno que fund~ente o progresso de histoshyric humcne ~ue cede indivcuo neacuteo pode reelizar plencmo~tc c essocircnshyoie de espeacutecie hun~na o quo portento os homens e todos suo solid~s nas conquistes e nos erros de humcnidedo Esse mesm~ doutrine eacute aonshyfirm~de no plnno sobr0n~turel pelo ooncoito do oomunh~o dos santoS

por outro l~do quo o - podo b ~ es Sabemos houam neo sucum 1r cut ccron eies sensiacuteveis (climonter-se proteger-se do frio) e quo qu~~do isshyBO ~contooe ecde UD de noacutes ~ solid~rio nG culpa~ Isso leva c que a sociodade Leve prover tS QPortul1idcdes pcrc que cede hOllOD sct1sfeccedilc esses necossidrdes que Sco diroi tos fund~lentais do hmJoLlbull

Em sUDe o probleme central de u~e atividGdo econoillIacutecc de ~i~o

conunit~rio eacute o do reconhecihlonto no plano do trabalho Co~o vimos ll~) i tem proacuteprio e comuniccccedilatildeo entre os homens pode fczor-se por doshyminoccedileo ou por reconheoimento ~os ecircsse reconheoiDento n~o pode ser

h Ot eor1co cbstreto tel quo oonoretlzar-se e111 oedc cccediloo umcne roshyoonhecimento do outro no plnno do trabalho eacute o que se coloo~ ou ploshyno mais elevedo jeacute que nrde h6 de meis nobre e essol1oiclmontc hushymano do que o trabelho

i01s c~r~ um excile de outros problemcs levcntedos por ULlC GlprOcircSo oomunit~rie pode-se ver Fr Jo~o Batiste Puumlreire dos Santos OP U~ NILABORL Uma Revoluccedileo ne Estruture de Emprecircso Livroric Du~s Cido bull das - Sco Pculo

Pode-se definir o occedilocirco poltice de vuacuterias Ilcnoirrs Uuo tltigc def - eLO h amem dlZ nCSlilO C1ue 1J e G Ull~ CnllllC1 ~ lCO o que eCJu~ilnlccedilco E0Lltmiddot vcleria c identificcr e e2~0 poliacutetice cor~ tocircdn eccedilno huJrJlc Sento Agostir~o vi~ o fim de cccedilco polticc assim como o de guerra n~ Fez defininco c Paz como ~ sctisfccedilecirco dos interecircsses de cidade ~ 01amp ro que C01 isso n Pnz de uuc cic~-ao poderia ser iLlposte Co outre is shyto eacute a sctisfcccedileo dos interossos de umc Sociadcde ou gAacute~po poco ser i3postn c outra Sociodede ou o outro grupo ModernnEcnte defino- so e accedilco poliacutetioo CODO equelc que procure conduzir ~ socied~de n~ busshyco do bOD cel21Ul Atuolnel1te tom-so definido taIJbeacutel2l c cccedilatildeo polticn COBO nquelc que busca utilizcr o poder do Estndo pcrc ctcncler 00 bo de SocioclCdo Esse funccedilocirco do EsJccdo ele mesme TJudou de oacutepoca do li berelis~o otoacute hOj0 Acredit~~do-sc quo es leis socieis c Gconocircnices orem IInctureis ll cefendie-se u tese de que eo Estado Cnberi~ cpon~s proteger ns libuumlrd~des individueis nco intervindo especialnuumlnte ne produccedilatildeo e no consumo A esse vis~o suoedeu eom o advento do sooi~ lismo e dns lutcs sindiccis e concepccedilco do um Est~do do Bem Estor So0101 A concepccedilatildeo neturolista c liberolisto jaacute nco eacute dcfcndide 00shymo tel e o que se discuto oacute o Gr~u de intensidade da intervonccedil~o esshytetal no vid~ puacuteblicc Mesmo nos paiacuteses onde o antigo liberalismo eacute tese ofioial - embora defenr1ido em formas atenuadas (neo-libera11omo)

bull 25 bull

oomo nos ~stados Unidos e no Brasil a intervenccedilatildeo estatal ~ una reashylidade Assim nos Estados Unidos por exemplo a diplomacia ~ftambeacute~ uma forma de defesa dos interecircsses comeroiais dos empres~rios norte-A mericanos no exterior no Brasil os organismos estatais exeroeu in shyfluecircncia natildeo 86 na economia como nos conflitos sociais Ias tanto li como aqui a intervenccedilatildeo eacute feita apenas para proteger uoc estrutura

Vecircse portanto que a oontroveacutersia estaacute na intensidade e no ti shypo de intervenccedilatildeo do Estado A accedilatildeo poliacutetica seria wn ueio de fazer valer ecircste ou aquecircle tipo de intervenccedilatildeo do Estado no sentido do Bem Dstar Social de definir decircste ou daquecircle Dodo o Bem Lstar Social de detertlintlr desta ou daquela formo o modo de consegulo

Ao ueSuumllO tempo fica cloro que natildeo tem sentido definir-se ti accedilao shypoliacutetioa eu tecircrmos de ideais moi8 ou menos abstratos COLIO urJo luta de ideacuteias na qual se empenha apenas a inteligecircncia dos poliacuteticos e das Naccedilotildees

Vimos atraacutes por exemplo (item 24) couo o esqueLla cl~ssico da economia separa doiemiddottipos de unidades econocirchlieas a de produccedilatildeo e a de oonsumOi na economia de mercado ou capitalista o fluxo de ~ique bull zas que vai das emprecircsas em pag~ento do trabalho agraves famiacutelias e que vol ta ns emprecircsas erl paGamolto dos bens e serviccedilos prestnd08 otildes tllJl lias o fluxo de riquezas diziamos eacute deterLlinado pela lei do t1oroado subindo o consumo de um produto sobe o prccediloo que est1nula cs empr sas a produzirem mais ateacute equilibrar com o consumo e estabilizar o preccedilo e diminuindo o consumo desce o preccedilo desarticulando a prod~ ccedilatildeo ateacute equilibrar com o consumo e estabilizar O prc~o iae dois exem plos serveu para nos mostrar como isso na realidade e apenas teamprico Todos temos presenciado a sonegaccedilatildeo de certos produtos com o fim de fazer subir artificialmente o preccedilo (especiclmente arroz feij~o e~ ea~) e teillos presenciado como certas emprecircsas otrav~s do propaganda oriam necessidades absolutamente sup~rfluas paro os consumidores ~ ashybrieagatildeo de bambolecircs cosmoacuteticos eto) em que a lei de mercado e in vertida Natildeo eacute a emprecircsa que produz para atender o procura do consumi dor mas que faz nascer c procura do consumidor para vender o que jproduz

Teorioamente por outro lado a economia socialista esteta1 00 bcsecria natildeo na lei de oercCdo mas nC8 decisotildees de UH orgcnismo oen tr~l de planejamento que pesquiseria es necessidcdes do oonsumo e detarminorio o sentido do produccedileacuteo Vemos tmubeacutem que de ua lcdo neDl meia o Uni~o Sovioacutetioa cdote atuclBonte ocircsse sistemo puro e quo amppeAtilde feitcmente possvel um pcs ter sua econotlio completanonte plnnif1o~ do sem deixor de ser ncpitclista O Brosil por oxeoplo ncrcha a pas sos lorgos p~ra ser um perfeito exemplo deste uacuteltimo caso Isso equi vele o dizer que e controv~rsia fundamentel em que se deboteu as focircrshyccedilas e grupos que exercem cccedileacuteo poltica natildeo estaacute mais en se seber sodeg Estado deve deixar a vida econocircmicc e sooial co sabor das leis Une_ turoia ou se deve fO contraacuterio intervir plnnificnndo-as e neu mosect mo soacute no intensidnde dessa intervenccedilno Estaacute no tipo ou modo cooo se

i - dc essa ntervenccedileo Se voltarnos ti conccitunccedilao de Santo Agostinho a

bull 26 bull

que nos referD~os ~oina e se a fun9~o da oidade eacute b~r~tir a Pazde que Pez se tr~ta trata-se da Paz que melhor ntcnda a tocircda a Sooiedn~ de Quanto ~ isso ningueacutew discorda expreesaucnte Tocircdcs as linhas poshylticas de todos os grupos de ~ccedileacuteo poliacutetioa oonoordnn oo~ isso Uas na proacutetic~ de que Ll0do enocrno Ulla accedileacuteo poltioD que leve ~ essa Paz de tocircda t Sociedode c natildeo c Fez ele UDC Cidcdo (ou de um grupo)iuposta c outra

o esquema abstrato (i tem 2A) que divide a vida eoonocircilict dcs No ccedilotildees em unidcces produtivOs (as enprecircsas) e unideccs cl~-ltQnsumo (as famlicsr-~ pera uns tomado oomo real Da sededuz ~uo ao Estado cabe garcntir a melhor funcionalidade possiacutevel as empresas para que possam ctender na neoessidcdes de oonsumo das famlios que constituem a Naccedilatildeo (embora seja um esquema econocircmioo oacute v~lido porque nns necesshysidodea de oonsumo estao oompreendidos os bens e os serviccedilos e nos 8es uacuteltimos se inoluem os serviccedilos que dizem respeito agrave oultur~agrave dishyversatildeo agrave distribuiccedilno da justiccedilaacute etc) Da se conolui que a Paz de que se trata eacute a Paz dcs euprecircsas middotScbemos por exemplo que o pedra ongulcr de nosso regime poliacutetioo ossim CODO de todo o mundo sob a esfer~ de influecircncio cmarioonc uacute c inioiativa privada isto eacute c li shyberdede dcs emprecircscs privadas Isto significo ocber 00 Dstcdo gnrcn~ fundc~entclmente o boti funcion~ento dcs emprecircsos priv~das e o resto ser~ dodo de acreacutescimo Qul o sentido de emprecircso privado pe a sue ti nalidcde eacute ctender ns neoessidades de consuco das fcnlios (sej~ esse consumo de climcntosmiddotou de educcccedilnoacute) O sentido eacute o de que nqueles que possueu ccpit~l (bens Ilcmiddottciois) perc mon~er ou cri~r eIlgtresas dj ve ser garentidc uma remunercccediloo correspondente co enprego cesse Oop tel (decircsses bens moteriois terras instrumentos dinheiro) Todo o Sistema repousa portento na motivaccedilatildeo do lucro por pcrto dos que Po suem bens motaric1s E cono c satisfaccedilatildeo das neocasidodos de tocircdo a Sociedade dopende do que produzeo as emprecircsas t atribui-so UDA identi shydade entre os interecircsses de Ncccedil~o (de que cuido o Estcdo) e o estmuM

E lti ona 1o as erJpresas pcro que produzcn m u ml 1Jse o orgcnJzoccediloo po ltioo eeonocirc~iec e social do Naccedilatildeo que eacute tarefo do Estodo primordio mente scr~ ume rocionClizDccedilatildeo de rmlhor oeneiro de estimular o lu e~o isto eacute a remuneraccedilatildeo do ccpitel A maneiro do otendcroo bea co mUIll seria portanto em l1ttim~ cntllise gcrcntir c melhor formo deAin cioncmento dcs emprecircsas privcdos o que se identifion oo~ a melhor ~ neira de estimular omiddotemprecircgo das propriedades (de bens do ~eira geshyral terras instrumentos dinheiro)

Vemos que tnl visatildeo 6 herceira de certo modo da visno naturaliA to e liberelista da vid sociel embora tenho mudado de certo modo o pcpel do Estodo~

Este visatildeo no entanto se choco com outras visotildees polticas Fishycou demonstrcdo que (I intervenccedilecirco do illstado se faz neoess5rio no vida da sociedcde Aohem alguns portrntof~e eacute preciso fazer soacuterias resshytri~otildees agrave cbsolutc liberdade das emprecircsas mesmo pera garantir-lhes O melhor funcionamento Uma dcs rozotildees eacute a de que o bom funoioncaento N

das emprescs exige restricoes pore que umcs noo A

outras A prejudiquem oS e o oaso d~sgrond~ Lrl~~ (11lt rr1gt_=~ i 11 I-to que tem possibishy

bull 27 bull

l1dadG do dostorcer o morceLo Outro problema eacute o do b011 astcr claa fo ~flt~s enquonto prcstom serviccedilo cs e~procircsos isto ~ ~s cl~sses p=~le t~~es Ar~10ntam que o sistemo do Borc~do deixodo o si mosuo reoung rc mcl o trob-lho de ta1 forl quo de uu 10do l o aonSUDO nao podo ser Du1to grc1de e portcnw- cs c~precircscgts necirco podem su expr-lctir do ol-ro lndo isso 1evo insuficicnlos aondi9otildees de vida o (lua dociina11tlO bcx~ proecircutiYidcdo isto ~t os sorviccedilos prcstldos Coa -c1r~ses sno de m~ quolicode se fOrail ln3S cs condiccedilotildees do trrbclho COll10 as euprest1 rios neacuteo seacuteo se~pre c~p~zes do peroeber ecircssos dois cspeotos co Esta do coberic prover UD~ regulcuontcccedilEiacuteo quo t ao llleSLlO tempo dosse mcior poder de consuuo 00 proloteacuteriodo c lhe desse melhores oondiccedil~es de trcbclho pcrc poderes produzir melhor Desso ooncepccedilatildeo resulo clixl leis tr~oclhistos quo grecirctissew ml onirilo de sogur~9c 006 opo-amp10 o de pcrticipcccedileo nos lucros dcs Guprocircscs que lhos gorontiri~ cUL10n to do poder de oquisiccedileacuteo de bens e serviccedilos Nessa nOStlr linhe cstt bull ric~ previstos os serviccedilos n~o iuediotcucntc reuunerct1vos e quo p~o pieicr1DJliguclLlente o be~l estcr indispensecircvel 00 cuncnio de produt1shyvidcde COLlO os serviccedilos de educcccedilro se~det transportes etc

o problemo pode cince ser colocado de outre u~oirc O trobo bull lho ~ cOl1seqUenteueZlte todos os seus frutos o donnio de terrae rSD 900 de instrumentos c produccedilco e UlllC conquistn dl espoo1e hwalJlooo

~

mesmo teu9c que de ecdc hOLleil Ccedilucndo um hODCrl se npossc privodcnente (uscndO per~ seu benefcio exclusivo ou moior) do fruto do tr~b~lho hu~tno ecircle espolie os outros homens O produto do trebclho de m~ hoshymem eacute inalieneacutevel isto eacute natildeo podo ser trensferido c outro cooo sim ples coiso poreue neacuteo eacute soacute coiae DCS ecirc erioccedilco da hooom c represonto Co sue vi toacuteric s~bre c ncturezcbull Os ueios de produccedilco (nGsno os nctu bull r~is OODO c terre) sco uo~ conquisto de eap~cie huncnc logo t~o que bGneficicr n todos segundo suo condiccedilatildeo de hOBOU c su~s nocess1d~ des e direitos como hODOD 0 necirco segundo coidontes histbrioos oono o feto de clgu~m ter-se oposscdo priJeiro de Ui puumldcccedilo do terre e outlX6 nao Ou de c1Gueacutem ter sido foito prisioneiro c escrevo e outxos n~o bull Tocircdc distinccedilco portcnto entre os que possueLl bens c os qua 0 pos shysuem e trcbelh~l p~re os priuGiros teric orgeo nc douinc~co de UD hot4eu socircbre outros que historiccuente se deu Q continue rlcr-se Do um lcdo os Quetecirco posse e USCD CD seu benefcio em dctri~1Cnto dos outros Se ~lienCIll (ou tOfon outra 00i80 isto a sc torncrl Wla outro coise qUQ necirco hOLlons) por nco reconhcceren o outro CODO honco sujoito de plenos direi tos e trcnsforoercL o trcbclho eo Jcoisc e necirco ori~co humono De outro lcdo os que nco pOSSUEm e trebclhCil pcre outro8VQO o fruto de seu trcbclho que oacute une perto decircles meS1lOs sor possuido por outro o que equiv1 e dizer que se oliencm se dosti tueJl ccedil~o suo cOl=iacutediccedilno plille de hOiUG1S

O quc 80 disQute ecirc por~cnto o proacuteprio si3tCUC ele possa e uso dcs proprie~cdes o proacuteprio sentido de ~upr~s~ Oe ~eios ae pro~u9~O

A IN

aegun~o este conc~ccedilco nco podew ser objeto de posse e uso ~~~dcdacirc vendo ser usedo )ole e pcrc c Souiedcde Os f1eios ooncrotos v-cr1Cl eshynorrJeaente deacutentrodessc ~oncopccedilgo indo flosdEl possetoteJ dos pro shy~riQ4cd~s p0lo Estcdoete a posse dos Baios de produccedilco pelos ~ue con eles r~bclhom e tendo seu uso ~eguledo pelo Estcdo bull

bull 28

Es 8C3 1inh-s polti c cs ropidcilGnte expos -tas e e squOuuml1 tizedas ttf zerl C bcilc novcuacutewnte o conceito co Paz de ULl grupo As du--s plino1 shyros reprCSJn t am nJ tJdCIJ8n o c cz o grupo e proprJe crJos (O cprcshy t P d d t 1 - A

806 isto ~ conforne vinos no i-G3-1 de orgcnizoccedilatildeo soci01 n classe olto ou burguesc Porque justificc~ uuumlo Paz pcrc tocircdc c Sociodcdc cen trudc nos interecircsses cc clcssc bUlgueso A terccirc linhc po11tica 1 euumlntrnda nos interecircsses dj libcrtcccedilGo dns classes inferiores de pro let6rios G trcbclhcdores rurcis J isso nos troz o concoito do i~801o

bull bull I I ~-gJo que e UiiC JustJfJcccDO -G00rJCot um rocJonolJzcccedilco de Jnt~rcsses 1 Ao t

( entendido il1tGreSSe ~lil UIl conccpccedilco boa cmpla nno Jntero8ses ilC c shyricis inedietos) de Uiil grupo e~ 1Wt deteriincdo sociedcde Vemos egoshyra por que c lute polticc nGo ~ uma agraveisputa abstrcto de iclonis crbi treacuterios 1108 unconfli to do interecircsscs dos grupos que forwom c s02iedcbull de Noacutes pocamos notor fccilmente quo essas diferentes justificnccedilocs se refEreIiJ nco otilde n[~turezo que O h o Ie tI POdE racionclizcr objotivcmonshyte jaacute que c ne tureza podo _s_~r_ g_bJ~tccedil do c2nhecilJCnto huvno Qucndot

no entanto treta-se de occediloo huu~o este nco pode serpy-1~t~~~d~ plcshynemente por tretcr-se d~ accedilco d2 ~~e~~~~ que nco cstco ~ubordincdo~ e leis detcrJlincdcs pois na occedileo hUtlma se inclui c opccedileo livre nno

d t - d P - I - lpr~- e erwJne 0 or 1S80 mesmo osse rocJonc Jzcccedilco ~cnQU Co exp 1Ccr pcrc cede homem as sues proacutepri~s opccedilotildees o que signifioa cs ~pccedilotildeos de seu grupo de sue clesso e CSSIacuteLl por dicnte Isso nco quer dizer que esse justificcccedilco sejc cbsolutc_10ltO subjuumltivo e necirco -tanhe vcliclcdo [~ nno ser enqucnto justificcccedilco de intGrecircsses dcquocirclo grupo Nc ilod1dc em que o honem pode ter cuacutensciuncic de o QU0 318 eacute G do que Sco cos re

- 71eccediloes entro os hOTIens e claro qU8 e possJvol uma gonorc11z~ccedil~o e possiacutevel que esso justificcccedilecirco ele occedil~o hunenc possc~ ter 13ulC vlidE de universcl na nmiddot-didc UGSlO em que procure une idontificJccedilco n~~ior cOJ o velor proacuteprio do hOS0ill (isto eacute fundclJe1tc sC uumlLl U1 hUil~liSilO ) e SG idGntifiquc monos co~ os intcr~sses inediotos do indiviacuteduo d~ cl~sse ou do grupo

Se c cccedil8o pol ticc ( Uilc eccedilOcirco ideoloacutegica cOIlcluilOS quo c eccedilo l t N 1 d ) 1 ~ bull po J Jcc nco PO(8 nunce sar cccedileo ~so e e JndivJ uc bull li l1uumlCusscrlc41un

to accedil[io de grupo cccedilco org~l1izeacute~~dc 0 sno qUuumlcl pretende que ponsa o age isolcdoLlcnto Olil pol ticc porticipe de clguuo forDe elo une fcixa d l i J eo og co e de uac occediloo elo JTUpO ChegcLlos tC~lbou c quo a 0lt00 poll shyticc pcrc sor eficianto davo ser orgcnizode

A occedileo poliacuteticc orgenizodc lGscluento eacute otribui2So elos Porti ~ Ccedillos Poliacuteticos no Brasil DG f~to no untcnto tocircdo rccediloo hulCno oorJshyportc il1pIci to ou oxpllci teDuumlltc UlCo ccrgc ideoloacutegica o portcnto t5 de elguD Dod~ occedilco poltica U11 trcbclho do AniJrccedilecirco Populer por eshyxonplo 6 occedilco poltico enqumto encorno UH objetivo de libertcccedilatildeo cul turcl dcs populoccedilotildees 8crginrli zcdes e porton to do olgu2 110c10 onccedil~r nc o feixo ideoloacutegico drs clesses inferiores Uno oonunidcclo que s orgcnizo cge da mesmc forne pollticCnente cssunindo uno ideologia liacute i t t AlUp o a Js o e noo ncc8SSorJcDonte expresse O~l torDOS de conco1 shy

pi Nt os pr1ncJ os ou noniles de eCcedilOGs A occedileo ~olJtJco a port~~to Dulshytiforme NSo ser~ poltice sQuente por ter esse nODe ou por viscr di shyrtcmnte eleiccedilotildees ou pre88~es 8ocircbre outoridadospolticcs A co~preca scO destE~ fto deve chGgcr otaacute ns cOIlunidndes ser correr no entcnto o risco de se uinimiznr ~ ~ccedilOtildeo poliacuteticc restringindo-c e etividcdes

bull 29 bull

CO nivo1 ecircLcs conunidedos No nvol de Socidrdo soacute to sentido e consoquoncJc r rccedil~o polticr quo ccninhc pcrc ser cccedil~o globclviscnshy

do c atincir ns proacuteprics ostruturcs de socioddc

A distinccedileacuteo rol do bese idcoloacutegicc qu~ heacute ontro cs divuacuteTacs linhs pOl ticcs I c difcrunccedilc elo inlircs do iacutemccrcr cs ostruturcs - ( t ob - bull bull 1CiC SOC18Ci~Ci~ COLO vJros no J e~~ so r orgcnJZcCcedilLO c ClnXllCc SOC1c

c Qclo dc~s sociedcdes 0 c Uclut011CcedilfO G wudrnccedilc do SUrS cStL11middot~Ul~S) bull

Ir middotd t h lf t t~c rcpl o GsqUGn- Jzcccedilco cuc 11ZlOS c0 ltcl eron 3 102(lt11CJ3 pOlJ t ccs podaDos noteI UDe q1W I0tuacute~ecircc2e wntcr pure c sL)lcBjhl-tuacute -S uuml~ tru turcs Bocitucde Cttrc nj~UacutendL cDcrliccediloftlos 1)crc nodo-- i1cl

bull ~ - A

te-lcs s sccilwvll t0 CO0 sEo i cintia outrc pruacutet011cC [1 tori-lcs rcdic-lwlCltO A or6cnizccedilco u cccedilecirco polticc (t0otilder1o~~1tiacute) o qUiacuteJ middotlS

Pcrti(os ftz9111)exigiric port~nto o consciontizccedilatildeo cc seus proacuteprios obj Etivos J aodific~ccedilatildeo ou m-Jlutcnccedilotildeo elo ostruturo

Tretc-s( portcnto de purspuumlctivc v no do tipo do ccedilco A pirti lp d J ~ ltmiddot d shy cccedilco 8 comnJQ-s nc Iccedilo pu J lCC JC~ Si 0 L1CSl) qu 80 por

bull n 1 ti tiOlllJSSCO bull crC sor [90 po J tlcr orgcl1lZcuumlC ( nuacutecoss-r c conSCJOl1l

znccedilatildeo do objetivos pOliacuteticos O 1130 UI detcrdndo tipo do ccedilco oOJotilde

por eXtlplo Ctu~9co co lcrtieacuteos _~ cOOp0r~ccedilco org~izcc 6 Ul objet vo poltico -it Lleclidc o quo vis[ der moios co ho~~o~ rurcl do cssu ui p1euronJonto sue concliccedil~o hucnc

BIBLIOG~11_7IA PLR1 APrrOFlnJJ~~TTO DO ITE 2 nJ 11 PRTE DA FvmiiacuteshyTACcedilAtildeO

1 Frei Joatildeo Batista Pereira dos Santos OP - mrILABOR - Uma Revolushyccedilatildeo na Jstrutura da 3l11precircss Livraria Duas Cidades 1962

2 JY Calvez - ~glise a Societeacute 1loonomique - LtEnseicnement Soeicl de Jecn 7JGII Bd ~el1tiSl1e Paris

JOseph Fo11iet - LHoliluumlle Sooit - Essai d Anttropo1ogie Soc101e Col Ja Sais - Je Crois Librairie Arthcwe Fcyard 1962

4 Georges Lefrnno Le S~(1icclisme dons 1e ionde C1 t(~uo Seis-Jcrl

Presses Universitcires de ~ranoe 1961

5 Bstatuto de Trcbalh~dor Run1

bull 30 bull

  • ESQUEMA DA FUNDAMENTACcedilAtildeO DO PROGRAMA PARA 1965
  • SemTiacutetulo
  • SemTiacutetulo 1
Page 2: Nota do Organizador: Pela crise política e financeira em

MOV IliIENTO DE

EDUCACcedilAtildeO I DE

BASE

j U N D A M B I ~ A 9 I o DO PROGRA1~ PARA 1965

1 pnrtcu

mSrtmOS SOOIAIS 11 01l1tura

I

j

11 Cultura

Neste item ebordaremoe Cultura sob os pontos de ~ista filosoacutefico e antropoloacutegico ~stuc1aremos tambm os processos culturais e o que entendemos por cultura popular

111 Con~ejto de Cult~na Filosofia

Acirc cultura se destingue ~a natureza e a ela se opoet esta e sua caracterizacircCcedil[otilde inicial A natureacuteza exprime o que eacute dado ao homem a cultura o que eacute feito por 3le Por outro lado o m~ cultural natildeo se opotildee estagraveticamente ao mundo natural mas eacute sua transformaccedilno di~ laacutetica om Bunda hUI1ano Enquanto o homem nega pelB II prrois l1

deg nundo natural cor~ mo dBdo ou ~si ecircle o afirua como mundo cultural ou seja trQnsformQndo ~ara-o-homem

10) Haacute pois dois ~SpGctos no concuacuteito filosoacutefico de cultura a) cS(~_cto s_uJjc~ ( que eacute o espri to subjet~ da cu1 tu

ra) que exprici8 a cultura cono processo de desenvolvimento do sujeito que edificiJ deg Bunda cultural seja o indivduo em grupos sociais nais vastos (naccedilotildees etc) soja a huucnidade quo tende a constituir um sushyjeito cultural universal

b) ruJ)QCcedilj_o__opJejiyE (que eacute o eSl)rito objetivo ela cultura ) que exprin8 a culturo cOrJO precesso de desonvolvincnto do Lunco o ser tronsformcelo pele proxis humano ou a sua humanizeccedilcol sco as 11 0 shy

bras culturcis que consti tuell o L1un~o-elo-honell-e-para-o-honetl em permanente evoluccedil~o

Em seu aspecto subjetivo c culturG se desdobro por SUtl voz OB duos dinensotildees que parteD de u~auacutenica origem a saber do ~ de transformaccedilatildeo dialeacutetiacuteca elo Bundo

bull QBEll1~_9ordm-Ae__coAs_ciecirc1lciff que eacute a especific~ccedilecircio hurwnn do cultura em ternos de ideias velores projetos(religico filosofio t

bull A t )c~onc~as ar e ~ol~t~cobullbullbull bull CliL1cnsco ito oEir que eacute a especificnccedilOcirco humono do culturo

em termo~ de instruwvntos e toacutecniccs de tronsformaccedilOcirco do llundo( norshymoe de convivecircncia leis posi tivcs ciGncias aplicodas f instrunontos de trabelho bullbullbull )

PodaDOS a partir dostes elementos formular uma definiccedileacuteo 1I Acirc cultura eacute o processo histoacuterico (e portanto de natureza dia16ticn ) pelo quol o horwa er1 rolaccedilco ativa (conhecimento e accedilatildeo) CorJ o munshydo e com os outros hODcns trcnsfo~la c natureza e se transforna ll si ~esmo construindo um D~do qualitativanente nocircvo de significnccedilotildeesv~ 1ores e obrcs hUllCncs rouumlizcndo-se como hOlllOO necircste Llundo huuDIlo bull

c) 1L Cult]lro cLEistoacuteri-c_o A ini~iotiva hutlann que crie o hiJ toria e prccisQilonte c culturo A historia nco eacute mois do quo o deshysenvolvimonto ~o processo Dele qual se opera a pGSSagOD dialamptico da natureza or Culturc ou scjc do mndo natural 811 Llundo huncno Logo

-0shy

I

um~ cultur~ ~-histoacuterica 6 um contra senso Entretanto sendo o honcm sujeito de Histoacuteria por ser o cri~dor d~ cultura as fornas histoacuterishycas das cri~ccedilotildees culturais deve0 situar-se na linha das eXigecircncias de realizaccedilco do homem Haacute valocircrcs essenciais que a cultura deve cncar nar nas situcccedilotildecs histoacutericas infinitcmente vari~veis Por excmplo 06

A A N hidireitos de consoienci~ tr~zen 08 si UL1C exigencic de enccrn~ccedilao ~ toacuterica justcncnte por BcrCH v~locircros oonstitutivos do ~humano (aeo ecirclcs ~ cultura G desUD~niz~nte e nlicncnte) Urm dotcrIJIacutencd~ cultur~ histoacuterioa eacute ~utecircntica quc~do permite a enc~rn~ccedilco de tais vclocircrcs e portanto a construccedilco do um mundo-par~o-honen Nesse c~so a oultushyrc torna-se a expressco cutocircnticn dc c~nsci~ncia histoacutericc reeI do honem (do grupo da n~ccedilco dc eacutepoca)

b) A cultura eacute s~i~1 Coo efeito ~ proacutepri~ socicdnde sit~ se n~ linhc do ~rooesso cultur~l como elemento essenci~l de Dcdinccedilno entre ns conscioncics (~specto subjetivo de culture) o cono clemento essoncicl do unificc~ecirco dcs obres culturcis por Beio de uw conjunto de significaccedil30s que pode0 scr apreendidas pelos indiviacuteduos que consshytituem o corpo sociel (aspecto objetivo de cultura) Assiu c cultura 86 ter sentido e velidez enqufnto processo de cOIauniccccedilotildeo ccs conscishyecircnOi~ O nundo cultural caDO mundo humanizado sendo nundo-p~raniamp eacutemundo-para-o-ou~ No Llodiela eD que esta cOlluniccccedilotildeo se instituciQ nnlizo nUDconjunto de si~~ific~ccedilotildees velocircres projetos instrumentos ideais (eXIleiS etc bullbullbull ) ou ~ctericis (ex teacutecnica) tODOSt precisamenshyte c sociedcde O indiviacuteduo isolcdo evoluindo por IIbond~de noturcl per~ rcclizcr-se cano honem (Rousseau) eacute UD Dito A cultura eacute cutocircnti oa qucndo sue dimensno sacicl se desdobra pleneIlonte isto eacute qucndo sues significeccedilotildees e seus vclocircres podou ser comunicndos e~ sue plenishytude e tocircdas es consciecircncics (do grupo da naccedilco da eacutepoce)

c) A cultura eacute ~ossocl L dinonsatildeo de consciecircncia inpoo ~ cultura um cer5tor incliDn~vel de cr1~ccedileo humena Ela ~ por oxcelecircnshycio inicictivc de liberdcele f enauento supGrn o detorcinisoo de netushyreze Logo c coounic~ccedil~o eles co~sciecircncies que se devo cstebclccer pele Llediccedilco de sociodec~o COL10 suporte fundClwntrl dcs iniciatives c des obres culturcis s6 podo sar ontendidc nc forma do livre epocirclo ~ reclizcccedilco dc pessoc ouseje c ~coiteccedilotildeo etiva e ]ivrcuc~tp consenshy~ dcs siGnificaccedilotildees elos vclocircros G ideais do nundo cultural eu que

d d S d d do ln lVl uo se lnsere o mqunto pessonl c cultura e ne 10orD D libertaccediln9 isto eacute do ~profund[nonte dn consciocircncic-dc-si do pcssashygen do henotl coiso ( objetol (nC-tureza) pnrn o hOBcnsujoito c pes shysoe (hist6ria) Couo passonl a cuIturc ~ plurnlista Tocircdc tentctishyvn de nivolcB~nto ideoloacutegico de hULlanizeccedilotildeo violenta f~z de cultura i nSGruDenmiddot tCiO 1 uuml Iloncccedilco e de o CLoLunaccedilco c nao llbertoccedilco o roe1lZCccedilco

_ d) ~__cultura2_lffii~~~~al Pelo conteuacutedo hurjano de sues signi fic[~ccediloes (cspccto subjotivo) e pala destinaccedilco humana do suas obres (aspecto objctivo) o processo do crieccedilco de culturc G cssonci~luentc univ-rsol isto G ecircle tCl1de e princiacutepiO a constituir-sc cu clemon

N ohshyt o de oe1icccedilco entre todos os honans Sondo c conscicncie do si COnDS no tcopo ~ci~ncia univorscl (pois pcrc refletir a si devo distin guir-se do tudo o meis bullbullbull ) a cultura cono aprofundenonto d~ conscishy enclo de si deve propiciar e cbortura des conscioncias c ur1 plcno do univorsalidcde crescente Assin todo vnlor culturcl autecircntico oacute in shy

bull 2 bull

tencionnlnunte universel isto 6 dcstin~do agrave rcaliznccedil~o do honco cooo oonsci~ncia im si couo ser univuumlrsel ll

bull Este univors21idcdo ecircln cul turo N t h tiomiddot tnco a antr8tclto~bstrctn L1O8 Qoncro 0 po~s que c ~s or~c~nun a

enocrnodo Assio c universalidcdu concreto que torne eutQntico ~~o

cul~urc _reside no ~os~~b~jj~~~of~tivo de ~oBuniccccedil~o d~su~s signifi ceccediloos a~ S8US ve10res ~dceis e obres c toucs es conSO~8nc~cs quo vecircm a encontrar-Seacute no ecircLlbi to c~c prsenccedila do nunda cul turrl - qucsteacuteo bull (lsSiLl c vJrtiginose univorscliccde bstrcto elos sistmlcs 1uumltafsicos A

do tndio temIic o justificer do fcto urr profunda divis~o de consc~on cics nuoc socicdcde elo ccstes) ~ COllO intoncionlomte un~~ que C

cult~ deve ser dit Eopulr

1NOTtir Este pcrte Ooncoi to Filosoacutefico de Cul ture foi t1 cmscri tecirc de FUnc~cLlen tcccedilco de IIViver ecirc Lu tcr ll provoi tendo -Se cs ideacuteias do fe Henrique Vaz 5J

1_12 Conc~~to de Culturo no n~ropo10gio

A etividede oriedor~ 6 nquel~ etreveacutes d~ qual o honoo expressa sue forne proacutepria do scr existente no nundo Esta atividedo criodora~on uo prineiro niacutevel de releccedilotildees so realizo otrcveacutes do conj1L~to do 09008 eo que trcnsformc coises de ncturozecirc eu objetos do culture A cse a rode o pcpel n neacutequine seacuteo elcuns d0stes objetos que eo ncior ou nenor greu de eleboreccedilco rcpruumlsoutou e rcsultente do esfocircrccedilo huncno contlnuoo~ntG envolvido no tecircrefo de integrer 00i8S do ooio c~biente no oundo elo hODeo ti ctreveacutes cleste intoroccedilatildeo constcnte com o sou oeio ncturel que o hODeLl se eprcsonte cano criador e trcnsforDcdor ncste priLlciro niacutevel de elenentos culturois elebo-rcdos c p~rUr do nctcriel fornecido pele proacutepric ncturGze ou c partir de outros clemontos cultushyreis Lleis sill)lcs e ntcriorDontc criados A soluccedilatildeo do elgUlKs do suts neo~ssidades fundc~vntcisf provocc gereluonte c eoercocircncic do outres nooessiccdos problonos oeia cODplexos ~ ecircste o processo b~sicootro-

1 vos do quo o cul turc est~ s-lpro se renovcndo

iIes 80 podoilos epontcr os objetivos Detoricis eoo) eloDontos de oul turc podecs tcbeacuten cffroer qU8 n3o soacute ocirclos consti tuoo tocircde t

cul turc do hOUCD ]j e sue conccedil~iccedil~o de ser sooiel quo o hODOl rca11ze e cultura Intogrdo 0L grupos sooiei8 definidos segun~o carcctcriacutesticns deteruincdcs o hoooo se fez ngo~l te do cul ture cricndo trensi tinc1o noutros hooens os 0lcllontos cricdos A pr6prio ostruture 80ciol eacute ex shypres se e Llodificcdc c trc-voacute s do toO cooo forle do culture A fCliacutelia cs relnccedilotildees 1entidcs pelos neLbros de f(1liacutelin segunc1o c posiccedilco que ocu pmJ es forrlcs de cOLlUniccccedilc9 socicl cs cstruturcs poliacuteticcs os sistc oea cconocirclcos o trrbelho ca foI18s que oSSUlC o significndo que lhe otribueo as ostrutur~s quo os grupos se iopotildeco por roeliz~-looa 010 _

o0ntos enfio ctrveacutes dos qu-is so ccrctorizo e concliccedilco sociel de un grupo do uw povo sno oxpros300s do UD outro nlvcl culliurel ncccsso shy

ricD~nte presentes ~1 ~u~lqu0r sociodcde

A oss DeSDe concliccedilco sociel 01 sues nuacutel tiplcs oXIlrossotildees cultu Irc~s c c~rcunstencio propric 0 hOiOrl do ser trensconclonte ao Llunclo eo q~ roclizc suo cul ture cOtcspondo Url conjunto do slbolos do t que elo se crL1a pcre corunic-r-se o todos os niacuteveis OorrcSl)oncc tCIl shy i

ibull 3 bull f

beacuteo ~trcveacutes de expIiceccedilatildeo do signifiocdo decircstcs sobolos o ostcboleshyoin~nto e o evoluccedilEo dcs signifioaccedilotildeos que ecirclc caacute n si oesDo cos oushytros hOLlons 00 SU oeio ncturcl e C sue cul turco

~ pr5prio do honeo crieI e integreI eu sue culture 0160 do objeshy I tos lctericis clem dcs tccniccs trcwes dcs quc~s cS cr~cccedilocs se roshy

noveo ~l~ll uSs Dcnifstrxotildeos cul~urcis do sue c~iviccecirco essoc~etivc ns sign2f1ceccedilocs dcdes e estes obJetos o ocontec1Dcntos ctreVGS dos qucis justifico e expresso sue oxistGncie seuS ctos seus tonores o sucs espercnccedilcs lTuumlste torcwiI1O nvuumll cul turcl cncontrl-so t por oxog pIo I cs norncs de conduta os sistC~lc-S etrcvoacutes dos queis 50 procurc fr

t tmiddot N t t tzor c JUS 2Ccedila - es crunccedilas c os D1 os - cs cr2cccediloos pureDcn o cr ~s ~

ccs C oS sistoocs de pensc~-11tO bull

ti cuIturc Sw cOlprcondo pois OOrlO o conjunto int0Crodo do crie shyccedilotildeos en quo o ospiri to huncno s e1~pr(Sse ( Obj0tive DH buscc de reso

d 1 1- t shy1uccedileo o saus proo aoes o tuumlnaonc~cs pussoe~s o SOC1C~S ~os ros n1shy b 1 1 1 - t middot 1VG1S eS2COS uD quu nos e pOSS2VO ~~V1~~- e - n2VO eleP e~1VOt n1VO

cssocietivo G nivel iduumloloacutecico (cqui no sentido do nvcl tlcniel) 00shy

botl (ontro de culturo os objetos notcricis cs conscluccedilOtildeUS os instrBshyDtmtos do trcbelho os 11~quii1CS cs toacutecnicos do transforLlcccedilecirco de notushyrezc os v6rics fOrllos elo slJortos Cs crieccedilotildecs crtisticos os oatrutE rcs ( norDes sociois e orgcnizcccedil~o poliacute ticc os sistcJes juridicos o idionc cs cronccedilns os sistoles filosoacuteficos toeacuteLos os sllbolos o si shyneis os ccriuocircnies os ritos do pes segeo cs tradiccedilotildeos cs idcologics e os forDcs pGles qucis 80 cxpressoo os religiotildeos A culturc Oacute os3io tocircclo o ox)ressco de otividedo criceacuteIorc huoonc sanpro intQncionol C perticipado por tC(~OS os hOJons onqucmto uonbros do socio(~edos E CODO tel ecirc construido por coiscs e econteciocntos reeis objotivos pcssvois de obsQrvcccedilco dirote e in(~iriltc Localizc-se lJOrtc-ntones shytcs coiscs niacutestes ocontociacutemtos no tonpo o no especcedilo Duumlntro dcs p9sect soas no for~o de cronccediles cC ODOCcedilOtildeOS G ref10xotildees culturelucntc dotershyuincdcs dentro de tocos os procossos beacutesicos de conunic~ccedilecirco Of fineI oonte dentro dos objetos octoricis

Cooo ccrcctoristices fundcrlQnteis ctrevJs des qucis o cultura se desteco co~uuml roclidcdo cspciacutefico seb0Duacutes quo ele oacuteo) trcnsnissvel d~ uno a outro gercccedilco p~lo convivio socicl e ctrcveacutes co cprondizegeo nco por hcrcnccedilc bioloacutegicc oono por eX01plo a cocircr do ~elc ou a aI turc dcs pessoos b) une ctivieacutecde cxclusivorltmte huocno C) ULl conjunto in

l bullt tlgrolo Ue crJoccediloes neo U1 ccunulo cesorciacutemcdo clt OlOllontos oc_ter~cis d) uno cIesse de coiscs e econtociuentos dependentes do sinbolizoccedilecirco e oonsiderodos dentro de uo contexto extro sO~leacutetico

Se estes tendSncies ~ cmiddotiG~ncios huoenes estilo presentes ou tocircdos cs pessocs por soreo inerentos c sue proacuteprio essecircncia podeDos entco cfirucr que no h5 iacutendiViCLUOS ccediluo necirco p-rtici Deu dc culturc Se est5o ~

pruumls~n t os 00 todes cs possocs osterco nocesscricDuumlnto ou todos os grupos socicis do que ales fczoa parte Noste scnticl0 podoos ofirLlcr

N

que noo hc grulJO sociel so-1 cul ture

No consiclorcccedilecirco do fonocircGno cuI turel eacute inportcnto dostccer sous eleuontos 0 seus processos etrcvoacutes dos qUGis c cultur~ se estruturo se trcnsni te e so lOdificc

4

Os elementos oulturais bull

bull Traccedilos oulturais eacutea menor unidade a que a oultura se pode reduzir Complexos culturais eacute todo o conjunto de traccedilos estruturados em tocirc~ no de uma atividade baacutesicabull

Padrotildees culturais satildeo as orientaccedilotildees baacutesioas dominantea e signifi shycativas em uma determinada culturabull

bull 1reas oulturais satildeo regiotildees que se aproximam pela similitude eviden te de traccedilos e complexos culturais

Tomemos o acontecimento ZUTIRAtildeO enquanto forma de trabalho colsect tivo e tentemos uma ligeira anaacutelise de seus elementos a partir do que vimos como caracterlsticas da cultura

Um conjunto de homens trabalhando a terra representa uma ativ1 dade criadora Socircbre uma determinada extensatildeo de elementos naturaisecirc~ tes homens exercem uma atividade intencional Tecircm um objetivo e trabashylham segundo determinadas teacutecnicas que aprenderam e que devom promoshyver o aparecimento do objetivo que os levou ao trabalho O aampo se modifica a natureza se transforma abate-se a mata limpa-se a terra ara-se o chatildeo os sulcos satildeo feitos o solo adubado e depois semeado Como instrumentos de trabalho os homens que participan de um wutiratildeo possuem foices enxadas e aracos feitos de determinadas maneiras deftnidas segundo o objetivo quo a eles se daacute Eis alguns objetos consti shytuintes do que temos chamado elementos materiais da cultura~ As coisas foice enxada ou arado - oonstituem ecircstes objetos materiais As t6cnishyoas atrav~s das quais 60 usa a enxada e se trabalha com o arado a

N

forma objetiva padronizada como se ara e aduba semeia e colhe sao acontecimentos de onde tais elementos materiais se originam

Os partioipantes do mutiratildeo associaram-se como um grupo social bull Natildeo soacute agem em funccedilatildeo de objetivos comuns como tambeacutem regulam easa accedilatildeo mediante um oonjunto de normas de tradiccedilotildees de costumesOcupam postos distintos oomunioam~ae de formas determinadas esperam que ashyoonteccedilam cortas coisas que tradicionalmente ocorrem em tais circuns shytacircncias O comportamento decircstee homens pode ser previsto por quem os conheccedila de vez que satildeo culturalmente determinados

Quando se falam usam palavras de um idioma oomum Atrav~s delas se ent~ndemf e com elas se referem ls coisas e aos acontecimentos Cada palavra decircste idioma pode ser tomada CODO um traccedilo cultural O idioma CODO um todo constitui um complexo cultural

Durfu~te o mutiratildeo os homens cantam por exemplo Ulla dctcroinashy

d AI Ia 2anccedilao om que narr2-m uma estoria um mito ou em que oosorevem o que eatao fazendo A canccedilao sua forma seu oonteudo mesmo a maneira 0000 eacute cantada constituem tambeacutem elementos de cultura

O mutiratildeo cooo Ull todo pode ser considerado CODO um oooplexo ~ultural Cada um dos elementos que o constitu1f~ em referocircncia a ele um de seus traccedilos A roupa que os hooens usao a naneira oomo oavao os instrumentos cou quo trabalham as eanccedilotildees que canta0 a esshytoacuteria destas canccedilotildees satildeo traccedilos de um Dosmo complexo cultural ~ pashy

5 bull

o

drotildees oulturais quo se pode0 dostaoar da unidade de ootlportruwnto aclotatilde da por todos os partioipantes do nutiratildeo e se fazer notar atraveacutes de todos os seus gestos atitudes e atividades pessoalncntc rcalizadosaen do oada um decircles socialn~nte aceito e culturalocnte detcrninado Os eleoentos culturais prosantes no conplexo cultural mutiratildeo estatildeo tomiddot dos intccedilgradoe Natildeo se trata de coisas e acontecioentos seu rel~ccedilatildeoqual quer uns cou os outros Trata-se do processos o resultados decircstcs pro shyoessos ligados entre si o suficiente para seren coupreoudidos CODO

partes de UD neSDO todo cultural

Os honona que participa0 do mutiratildeo fazou-no livrencnte porque acredi tam eu certos fatos Acha0 por exemplo quo os honcns se elevou sect judar uns aos outros Acreditan que o trabalho eacute neccss~rio a todo o honeo Julgue quo unidos pode0 realizar ou nenos tenpo nais trabalho O conjunto destas crenccedilas pode-se coopreender tanboacuten quando explicitatilde dos eo palavras ou nas atividades co que o mutiratildeo so expressa cono elenentos culturais

Eo tocircrnos globais coopreondenos CODO aacutereas oulturais aquelas que tleStlo independentoBonte de proxinidade geograacutefioa aprcscntatl ULl ul1noro razoaacutevel de couplexos culturais identificados claraocnte CODO soneJha8 t-ea

A culeura 80 apresenta sO2J)re como realidade objotiva posta co novinento eo uudanccedila constante eu tocircdas as fomas porque se expressaI a) os objetos que satildeo elementos materiais da cultura cano UIl vaso do barro a aparelhagon necessaacuteria ~ irrigaccedilatildeo de un canpo de arrozeto b) os subolos e coobinaccedilotildees significativas decircstes sobolos CODO as p~ lavras de uu sistEma lingulstico alguns cantos o contos ecirclo utl povo eo que as palavras decircsto sisteua se organizamUD conjunto de leis o nor mas os nitos alguDas crenccedilas a globalidade de eloDontos eou quo deshyteroinado grupo social reflete o uundo e justifica sua conduta c) os acontecinontos do quo estas coisas se origina0 o ao que se Dodi ficam cono o trabalho do un artesatildeo a atividade padronizada atraveacutes da quel se fzen bonecos de berro ou objetos de oouro d) as forncs sociais pelas quais os hooens organizAD e estrutura0 os elenentos de sue dinonsatildeo social OOBO c f~nlliaf a oouunidecQ o o grushypo pocircsto eu trabalho comum no mutir~o

lC) A forua de un vaso de barro por exenplo pode Ser uodificadc ao pcssar de un a outro grupo social ou mesno dentro de ~ soacute gruponc passcgon de uoa a outra goraccedilco Eu elguns casos pode nodificar ateacute DeSDO a sue funccedilno modificc~do tanbeacuteD o seu significado especiacutefico bull O DeSDO vaso que num cul turc ou co uJa eacutepoca eacute utilizedo 0000 roci _ ~iente de aacutegua pode eu outra culturc ou na nOSD~ cultura co outra epoca tornar-s~ objoto de decoraccedil~o NUD terceiro grupo social o DOSshyVcso pode ser posto c serviccedilo de ctividodos religiosas c oono tolenshytendido COLO objeto sagrado

22) A apcrclhagotl noccss~ria otilde irrigaccedilno de ul cmlJO do arroz tt-onsect

6 bull

_ - J ~

fornc sc 00_1 O surgincnto do Ul novo instruul0nto msto novo instruncnto tento pode ser criodo por nlQlLl mmbro do proacuteprio grupo onde o aparc lho eacute usado tradi c10nelndnto 000 pode sar trczido por ruumlgun Doubro de outro grupo

312 ) As pnlcvros do Ui sisteuc linguCstioo estecirco ar COl1stcnte LlU shy

denccedilo GLl sue fornc cu sue funccedilatildeo 01 seu signifioodo ilcs m1igroo de Ul o outro JOVO JuntJ1-S0 o outrcs uuml con 0106 forLlell novcs pclavras bull Ruumlnovcu-se DosoparoOOD durcnto longo tOlpO o surgoLl ncis tcrdo COL

une nove funccedilatildeo 1oacutegicc PorcoJ-se A observaccedilatildeo do dois textos - ul 8i A otuol e outro 82 Agrave ne 2eVo - e su 2020n t e pero portugues portuguos d 1 r d01

xor clara c evoluccedilecirco de lCngut n(oionol oono UB s1sterle OIl Llud2nccedilo coE tCnuo

412 ) Llguns o)n tos e centos do uu povo deSopcr00en COJ o correr do tOLlpO Outros secirco _-oclificodos aos pouoost por exmlplo se o grupo socio1 possa a ter uuo nove econouie do subsist~ncio se Posse a vivor do culshytivo do uilho e nGo Deis de ceccedil~ e d~ pGsce se eacute doslocedo do uuo zona proacutexima co oer pcre uue outre Qist~~te dele situcde ou vnles dispostos 00 longo de Llontenhcs

52) Uu conjunto de l(1is e norlcs vigente cu dotoTLlinedo grupo sQ cie1 L1ocifica-se tC1-~boacuteL1 g0roli1021to t cdcptondo-se t novos situcccedilotilde~s sQ cicis ou explicitendo suas pertos Quendo uo grupo oacute pocircsto ou contoto COll outro sucs nOrLlCS do couporteLl8nto poden ser influenciedas ou in shyfluencicr norucs do outro rupo

612 ) Os lIacute tos clgucs crei1ccedilas o conjunto de clo-lontos coa que ds toruinedo grupo socie1 roflcte o Iundo G justifico c sue conQuto sofre0 todos o DG SLe lJuclcnccedile cO pes scrou de ULlC c ou tre gcrcccedilatildeo elo -w a oushytro povo ou nUDe nesue goraccedilOcirco (0 UD DeSDO povo Dodifican se do qual shyqU0r forla ctrev8s do proacuteprio uso~ atroveacutes da difusatildeo de seus olcnontos pelos diforentes Derbros elo Grupo Cada pessoo contribui nCSLlO CO1 sua perte ele novcs coscobortcs fvoreccndo eos poucos O dcsGpc1ocil1O1to te elguns GlGDcntos de credibilidade o c ooorg2ncia de outros

Necuumlssagraverieilente os CCOjY(ocIacutelontos ar que estes coi82s 50 origi shyniIl -10 21~CCI~ bl o t e que os d middot ~ seo t 2il Ol 1os processos con 2nUOSI as tocn1cns de irrigaccedilatildeo es nenoircs do nerrer os velhos contos as forllts elo coushyportcrhnto dontro de felie ou dentro do grupo e roaccedilatildeo provooade peshylo estcbelGcil1Cnto de novos pcdrocirccs de conduta

~ d G propr2o C culturo ostr cu Dudonccedila cont2nuc etrevos ecirco todos

os seus eleuuntos do sinal quo Su fez no chatildeo ou nes ~rvorOst couo inshydiocccedilatildeo de ULl OCL1Iacutenh2 a sOGUir cos valocircros espirituais tcrbOacuteu ecircles si nois dados ~s consciencios o nisso indicadores do rUDOS

A Histoacuterico Dostra clarcronte o existZncia do c_ireccedilotildees doterldno des nc evoluccedil~o culturel dos povos e de tocircdc c hunonidado Cede objeto que sofre individuolouumlnte uue uudcnccedilo quelquer podo ser couproandido c ouo uu trcccedilo e-l L10vin0y to insoriclo nu plcno Deior 11UD cOlJplcxo culshytural que trbeacuten se llOdifica ~sto coplexo cuI turol fcz perte do tocircdo u~c cultura que atrcvGs de Doclificaccedilco de seus elODuumlntos pode ser toE betl ontoncliclo C010 uoc reolidcclo que so trcnsforua cont1nuenonteevo1uitl

7

do ~ ~ ecircsso processo de Dud~nccedil~ cultur~l constante e oriuumlnt~co que se deacute C oLUGcnt e o noue de progresso

EnunorxlOS 1 ibuumlxo c1CUTIS c1ocircstos processos os que eeo reolron te n~is L portcntes e elos queis so origin~1 os outros tocos rcsponsf

~

veis pelo cOLplexo dcs ~udonccedilos culturais d~s quais fincluonte o ho-I neu tcDbcu ~paroco cor_lO ~gcnte

N d t It bull Tr~nsnisseo c possogcn nedi~ntc ~prcn ~ZCgOD s~s 02e ~ce ou ass~s-teleacutetico de cloDontos cuacutel tur~is do un pcro outre gcraccedil~ot dentro do un nesno erupo social

bull Acul turcccedileo c trocc de elencmtos culturcis ~traveacutes do p~ss~gen de troccedilos conploxos e pcdrotildees de une pare outr~ cultura qucndo postos de nlgurm forDe en contocto bull Difusco c acoitaccediluumlo do detenincdos eleucntos culturais recou-cria shydos dentro do proacuteprio grupo ou inportados de UD outro de UDa outra culturo bull Continuidade a pernanocircncia do treccedilos atraveacutes dos seus elcocnto8 de fixaccedilatildeo pelos queds DS gorcccedilotildees se cODunican ou se li8a1 Deculturaccedilecirco o desl1pl1rOCluento progressivo de traccedilos antigos em fun shyccedileo do aparecimento de outros nais recentes bull Integrcccedilatildeo c haroonizeccedilatildeo ctrcveacutes de mecenisDos organizl1dores dos divorsos trcccedilos de UQI1 cultura bull Retardenento una disritnil1 na acumulaccedilco e integraccedilatildeo de eIenentos culturais fevorecendo deg desenvolvinento acelerado de I1lguns trcccedil06 ou conplexos freqUentonente eo detrimento de outros bull Invenccedileo I a rosu1 tan te de UDe nova conbinaccedilatildeo de elOIJlCntos jeacute exis tentes em deterDinada cultura bull Descoberto uma equisiccedilecirco nove no cl1npo do conheciacuter18nto O rccirlen to de UI novo eletwnto culturuuml ou seu sentido nuds pleno

~ atrcveacutes d0stes processos nUL1e uccedilatildeo conjunta seaprc integrl1dv e tendo o hOLeu CODO sujei to que es veacuteries culturas se aocLificem Ne te sentida CODO estrutura orgcnizcd~ e eu procosoo G cul-jure oono ati videde hUIlene 0speclficu evolui t progride e orgeniza-sc 0w formas Dais acabades e cODplexes co lonGO da Histoacuteria

114 Culture Populer

lI n h t d h 1 r ti ULl rcmoncno lS or~co que surge 8Il soc~e CeLe OllLC bull c un (osnJshyveI cul turcl entre os divorsos grupos que c COlpotildecm ondo grci1de porte d~ populeccedileo necirco teu UDe pcrticipcccedilecirco ativa seja no pll1no culturalso~ cia1 econocircJico ou poliacutetica COD isto nno querenos dizer que -coelos d2 veo tonar perto ativa ncs OOSDes ctivideces et1 Utl nesqo niacutevel ou que se deve padronizcr ou unifornizar c pcrticipcccedileo cc tocos c de ccdc~ bro ne socieclnde Nuumlo eacute isto eacute clcro P-ra lOacuteS Ull trcbalho ele Cultushyra Popular surge t~nbeacuteD de consciecircncia desse ncrginalizeccedilco e ele no shycessidade elo libortcccedilotildeo ele ui~ contingente hunano que vive otilde ncrgem do processa cultural

A Cultur~ Popular surge cano conso~~~lcin do processo de nudcnccedila sacieI Assiu sendo pretende a perticiacutepoccedilecirco de todos n olaboLaccedilriacuteo da cul tura da sociedade eIl que viveo beu 00110 e principelnonte na aEre

bull 8 bull

ensno e nf~Jcccedilno_ do sentido e~ 9111 turll isto eacute do cUG c cuIturo sig nifico perc os ho~ens desse soci~elede A Cultura Popul~r port3nto~esshytoacute vincu1t~clc Il UI1C accedilco que nco 110de ester dcsligodc do 2oyQisto e I

dos grupos sociais que por condicion~ncntos econocircmicos pOliacuteticos e soci~is - e cspocicloonte por COllcliciorlDrJcntos oul turcis - cst~o l1Crgi ncli zudos da cul tllrU ( FunCcLlontcccedilecircio CC IIViver eacute Luter) shy

1 tCaLlo venos c Cultura Po~uler quc~do e coounlCaVO 00 ~_~lS o 6 quando sues significcccedilotildees seus velocircros ideais e ObTeS SOO elesti shynados cfotive~0nte ao povo c rospondem ns ozigecircncios el~ reolizeccedilatildeo hu~ona docircsso -Jovo 00 eteroinete eacutepocc responce eu suoe n suo 29Jlsect

h lo 1 E b l 1ClOnClE lSmiddottorlCIl 100 e CC eo cooo U1lVerSo qUG c cu -Gura e ne shycioncl-cnqucnto integre es consciocircncios dentro ele ncccedilno no ~lnno--dc SUIl realizcccedilecirco hunene e cs situe assIacuteIl na linhO (10 DovLl(mto histoacuteshyrico essencicl de EP-iY2rsn1jzaCcedilco 9fetiva c do cricccedilecirco CO UilC cultura pare toclos os honcns (Po Hmriquo Vaz)

Cono o integrc2otildeo elo toc~os os hOL10ns ne DeSUo cul ture vinculo shyse o unc trcnsforLlcccediloO elos pcecircrotildees econocircnicos polticos o socieis 0

Cul ture Populcr estaacute tcbeacuten vincuIademiddot ecirc reelizcccedilco do u projeto hisshytoacuterieo que pretendo aquelcs trc~sfor3eccedilotildeos Um projeto histoacuterico condi zente OO~l uuc cul turo eleborecc o pcrticipedc por todos UiJ projeto que possibilite c toclo o povo essTIuiacuter o seu papel do criecor o suj0ito de culture dc sociedode eu quo vivo

~~ - l~J

Sendo nssiacuten pode-se dizor que Culturo Populer n~o eacute uu fenocircnono neutro indiferente Ao contr6rio nasce da un conflito o ~lecircle dcsembQ 00 pois ela existe e se Cpresonto 80npre eu terl10S de libertoxatildeo de prom ccedilecirco hunenc no sentido J1cis cnplo Donde se conclui que noo eacute possiacutevel U1 trobclho de Culturc Popu1er desligado do processo de consshycientizaccedilacircQ E ~or estar lig-eclo c ecircste processo 5 quo elo ueve lCivor

Sellpre c UL1C opccedilco Devo der pqssibi1iclceacutees de Opccedilco 00 povo eoboro N

nco posse lL1pOr osso opccedileo porque elo devo sor encontrcCc polo pr~o povo Este opccedilOcirco decorre ele plone consci3ncuuml que O honen adquire dos diforGnccedilos o degnveis entro os 3rupos quo foruno o socicdedo o de noshy

1 N bull so-COSSldcae1 LG une tronsforncccedilco dos lO culturcls polltlcoSpecroos cieia e econocircticos que os cotorlincJ --~

BIBLIOGRAPIL PARA APROpmJDLttrO DlSTE ITE-i

1- Les1ie A Ihi te - Concei to de Cul tura Seacuterie B apostila 1- I EB

2- Irene E de Carvalho - Introduccedilatildeo aos Estudos Socieis Funoaccedilatildeo Geshytulio Vargas Rio de Janeiro 1964

]) Cacircndido Pagravedim OSB- Dclucar para um undo Novo Colo Educar para a Vida Gad 6 ~d Vozes Petroacutepolis 1965

4- Felix 1 Keesing -Introduccedilatildeo Cultural Fundo de Cultura Rio 1961

MOVHlENTO

DE EDUCACcedilAtildeO

bull DE BASE

t J

~

f

I

I f

f

t iacute (

i i

JlJIDAMIIA010 DO JlOGlAMA PARA 196

1 pu ISWVDOS SOOIAIS

12 - Ilt~t~amp Sooial

~

120 - Estrutura Social

Estrutura eacute a armaccedilatildeo alguma coisa Aquilo que sustenta um o~ ganismo um preacutedio um caminh~o Cada coisa tem sua estrutura O or~ nismo humano tem o esqueleto c~o estrutura umpreacutedio tem os funda shymentos e as vigas mestras que o~~steltam de peacutemiddot Um oarro tem o chasshysis socircbre o qual ecircle eacute montado satildeo su~ estruturas proacuteprias

Asdm tocircda a estrutura tem Uliacutela porccedil2Q de partes q~ quando se juntamformw~ um todo onde alguma coisa po~~ se sustentcr O esquele-middot to tem diversas partes assim como a estrutux~ de um preacutedio tem as pa~ tes dos alicerces e as partes do teto das colunas eto bullbullbull Podemos en tender que ~__~s~]utu_a gualltl-q~r_9uJL~s_e1sectL99teacute~ diversas J18tlU QF~das_pDra_Jorll-_-__~~_j_oi9J_~E_co_njull_t-ordmLll~un~

Que seria entatildeo uma estrutura social ~ uma estrutura que diz ~ pei to e sociedade dos homens j o modo como amples se organizrun para vi ver melhor porque ningueacutem pode viver sozinho ~ social porque se reshyfere a uma porccedilatildeo de homens a uma porccedilatildeo de grupos humanos que forshymam o IItodo ll social A sociedade humana tem uma unidade mas tem tamshybeacutem uma porccedilatildeo de Eart~~~__~~~Fj_~am de gerta forma - a estrutushyra s~oial ~ sustentanto a unidade do ~ru]o humano

Como se trata de homens as estruturos nno pocam ser materiais como as da cesa do ceminhco etc S~o estruturas pr6prias do socieda de dos homens Tem que estar marcadas com qualidedes que s~o humanas

Ora o homem tem fundomentalmente veacuterias qualidades que o disshytinguem das outras coisas a consciecircncia racional (inteligecircncia e voa tade) a liberdade a afetividade o capacida~e de oompreender as ooisas e de dar nooe a tocircdas elas ~uer dizer de dar significado que s6 valem para si e pera seus seuelhantes e a capaoidade de poder socircshybre as coisas quando ecircle te~ uma pedra ecircle pode fazer UacuteDa estntua ou picaacute-la eu pedaoinhos exerce seu poder socircbre a pedra

Entatildeo jamp podemos ver que as Estruturas Sociais tecircm que respeitar exatL1011te eSS2S quelidade pcro sereu II~CLoiaisll f quer dizer humanas bull As Estruturas Sociais tecircm que re etira

bull a oonsciecircncia racional (inteligecircncia e vontade) bull a liberdade humana bull a afetividede do homem - o CBor bull a capacidade de der significado cs coises e de comunicar ecircssee

signifioados o todos bull o exetclcio do poder humano socircbre os coisas socircbre a socictlade

e socircbre o proacuteprio homeo

Al d 4 em ~sso como o homem e teubem um ser biologieo tem todas ns

otividades e funccedilotilde~s dos secircres vivos nascer crescer comer assimishylar reproduzir-se viver um tempo a rJ0nitude e tudo isso e depois entrar num processo de rle6iJ~ccedilrt (de ) e tender para o Ilorshy

bull 1 bull

te e para o desop~recimento fiacutesico Todo ser vivo S0 distingue dos nao vivos porque eacute c~p~z de tircr do Deio 00 que vive o que lhe eacute ncoeBs~shyrio pcr~ crescer reproduzin~o-se etc Isso se chcma processo C8 ess uil~ccedilco Umo plc~t~ oS6ioile de terre os eleoontos que pr0cis pere viver Uu cnimcl cssimile do que cooe c energi neoessnric pere conti shynuer vivo Eos to~os tecirc11 UlJ lioite Qucmlo pesso c perder Dei s elo que recebe oOlleccedilc e envelhecer caihe pcrc e norte As cstruturcs dos ogrupcoentos hUDC~10S teu que levcr lsso ao conto Teu que conJuoacutecr esshyScs funccedilotildees que sco ele tocvs os socircrcs vivos cou aquelcs opcoiddcs e quelidedea que vinos cclm que s~o sonento dos hOilns

Vimos o que es estrutures socieis ~ecirc11 que respeitor nessas elois plnoss o dcs quliccdes e o eles concliccedilocs bioloacutegiccs co honen l~s 1fi so n~o existe sopcrcdo une cois leacute outro cqui ~is~o jUl_to nUllc uc S11[ pc s soe nU2~ oe suo grupo h1lt2cno ~e_00 BeSIDO tO_DpO

Por isso tGl~lOS quo ver dU2s coisos I

lQ o que sustente os estrutur~s soci~is e 2Q cs f0I11CS COC esscs cstruturcs nos ercccD

ViDOS que ampss~s estrutures quo nos referimos sco hummcs 1=C8 nei

por isso sco tocircdes bocs tocircdcs respcitcndo e ncturezc do sor h~cno Sendo ecircssim eacute necesseacuterio U1 trcblho quo torne os homens conscientes disso pcrc que tocircelc sue cccedilco sej~ nU11 sentido de oelhorcr Ccel~ vez Jds cs estrutures da sociedede eu Que viv~ ~es jeacute existeu une porccedilatildeo de normcs vclocircres costUECS que tecircd vigencie n~ sociodede dos horHms e -~ ----shyque ~J~r21l_ ltlu9JS__ilJ3_~ll_tsH ~or que isso Porque c socieccele dos homens nco pode ser sustentcdo so pels coisns mteri~iB ~ es nor mcs os vclocircres os costuues s~o escolhidos e adotccos pele socieccecircoshydos homens como moios ele regulcr atildeuuml~id~--Socicl Elcs representcn une ctucccedilecirco do liberdcde huwcnc quer eizer os homens escolherauacuteln~s ~--r si livremente Entre~cnto esscs norucs ecircsses costunes ecircsses velores p8rlmccen nc sociedcde e Jlui tcs v~zes o que ore bOD nUD dotorJincdo tenpo deixe de sar bom ombore continue existindo Entco ca nornes e Vf l ores pcsscn c ser elenc1tos de opressco pcr o houm ou pcrc gru-A shy

pos de houens nUDc sociedade ~ por isso que se deve tor consciecircncic bG~ clcrc pera reconhecer se as no~~cs e vclocircres que regulcu nosso co~ port~uento sociel s~o cindc v~lidcs ~rc o hOBen quo vive nos nossos shyteuumlpos Se foreu vGlides devo~ ser canservcdas se nco foroI v~lidcSt dev~ratildeo ser uuelaelos Esscs focircrccediles os-cecirco contielcs DCis dirotmn-e nos volores Vcjcuos cOrJa ccde una poC~e sor explicndc

bull Velres go~ sectsc_oJhjf28-2~_y_c~-S_[ti tude dos ho~ Po shydeu ficcr atuando conscionteuonte ou inconscientenonte Por eXI A2or os pcds e os filhos b U11 velar ser livre pcr fzor o qUe quisor t outro vclori respei tcr os outros eacute tcDboacuten uu vecirclor Isso tudo vei eshyrecer ctrcveacutes dos costunes o norl~S que e socicdcampe edotc As ciforenshy

ccedilcs ent re 61 Sco epencs de Groducccedilco

2

bull COS~1luos -UodO__Cplusmn9 qgi_r socialuollte a$r2a(9J3bull Ouando un houou vai a escola ele so oouporta de un Dedo proprlO Quando vaJ a una fasta se couporta de outro Dodo Se fala coo sou pai se cODport2 de Dodo diferente daquele co que fal COrl sou filho Os costVlOS sao diferentes para cada ocasi~o

bull Nornos satildeo os [s~-os l9cos de couportmlOnto s9cisJ -oloS jaacute totDh Dente acoitos e que s~o onsinotos na sociedade CODO coisas a sorCD obshy

S t b tIscrvados WllS rlglCLanOl1 t e ao 11ecessarJcnon e o rJg~ OZJcs

A N

bull COlltE9le Soc~ S_gur(L~EJ_todo Gc obser~l9]_~9lltl9_Qbs9d~ ci~o t~cloJs-o~~JJ_c1Lo_G~b_9J_~eido Se algueu nao so COi~)Orta do acordo 001 ~s costuDCS o as noruas da sociedade vai sofrer pw~iccediloos o repreensotildees por parto elos outros clowmtos de sou grupo COD isso so estabelece U~1 controcirclellsocialll socircbre as occedilotildees do cce~e l)0SS0a do eashy

1o grupo Acuzor le oprovcccediloos e Danoresa e ~uor reprovcccedilouumls DelOi~()S ou t d - - 4 ADonIor~e o lpO 0 accedilao eS~lvor nalS ou nenos ~C aoorao cou o que a

sociedade esporava

~9G~~qt Oacute ULl tipo do controcircle social Iluito rfoido quo a socioshydcde iwpoe lli~la pOSS02 ou c gruo social

1Qi e um norDO- sociel tlrl conportaocmto que o oXiglCO de toshy

dos e quo qUffi1do nco 2coito provoca una coerccedilco Duito forte Essa IpUl1lCcedillO que pOCcC scr nora1 Jls~ce ou s~np1csnon c 1 t Ja c ~ t socJe 0 t c

r1incda antcriorIente Quor cizer se alguoacuteo rouba elevo sor Plli1ido se De ta devuuml ser puYlIacuteclo co~ pris2o etc bullbullbull

N _0 1 ( f tmiddot 1_oR 1 e uacuteora aquJ nos rc cr~~os epencs ao ccro er sooJ[bull liacute3~aO bd c Ro1 -tO o ae --lore 11[0 e une so rc a ) ocos ~ ~glCO ~ 1 AI T osCOl1Slceraccedilao 10

grupos huncnos tecircn Jcnifcs-ccccedilotildeos religioscs quer clizr aquolas que expresscn sues rolaccedilotildees COl1 Daus ou COD as coiscs clivines 11 goraleecirc

t - hl ft r8 Ilcn~lOS eccediloes CLlzer reS~Ol to cS reaccediloGs quo o grupo Ullc10 tO~middot_l cshyAo _ N bull A

ce a clgu1S fenonenos quo 1CO sao totalncnte conpreenslvels llcrc ele c lJorte c vida futur r sue Oi~iber2 o oal etc Vejrlos quel o difeshyrenccedila entro at_o reli1ii~0 e ato-Boral

a) ite l1eligioso eacute cc~UGlG que 0xpressc clerarG~1to llileacute_ relaccedil3o 001 Deus ou C 01 cs coisas sagi~acles Por ex uissa sacr2rJentos etc

b) L-co _oral eacute x-qllo1e quo oxpresse 1m julCecircc r to socircbro as coi ses que) hOG faz sobre sou relccionlt1uonto C 011 os outros ho~oacutensPor

tb eXI eJuccr os ou ros uacute OE rOUJer e lleU odler o prox~Jo c DaU

Uui tes vocirczos as coisas dc ~kligiecirco c da lorc-l S20 loios do controcirc la sociel OOSDO eto poclo sor entendido de diversas =aneircs Aju der UIl aligo pode sor entl1CILlo cl0 trecircs fornas diforcntos eacute Ul ato re ligi2sectQ onqucnto oxprossc Linha oC-ridrdo emquento vejo n010 rum iJashygcn de D01S eacute t2lbOacuteIl UIl ~to_~O_l~ porquo Oacute llilU coise boe Oacute ainoo ur oto suumlnJ10~te social porquo u aprovcdo pEle sociud0o o quo vivo

Tocircclos ostcs coisos sOcirco os fUl1dC-r0ntos de estruture sociul Porque nalas eacute quo o houo= =ostra sues qualidadus~o hODon diforonto [cs coishy

sos nateriois e sLrplesnente viVos

PoCLenos ver cgora cs forncs 01 CcedilU8 se expressarl estcs ostrutushyros

Ateacute aqui ViDOS brevemonte C01) os grupos sooiais satildeo sustCltadOS por vlocircres nOrcics cos tUJes etc odOl1OS prcstor ctGnccedilecirco e not-r quo os forlJCs os que ecircstos grupos nos eporeceJ no soci0d~de so limito vr ricdcs

Os tipos de grupos que se for~a~ nc sociedcde s~o b~sioc~8nte =l bull bull ~ bullCOiSf o grupo prJjj~rJo G o grupo secunuacutecrJo

O grupo pruumll~rio te-] es sGuintes c-rcoteriacutesticosl

AS pEssocs to proaGcs o se oon eeeD CEl t ocos os seusbull VJ vou nuJ h J

cspectos Convivea li fece c fece 11 Seu relocioneLlGnto inplicc foiccedilOcirco e conpreens~o e ou gerol h~ inti~i~cdc ontro si Isto podo se dcr especiclmentG no L~iacutelia nos grupos do cdgos nosossoeicccedilotildecs poqusect

- 1ncs e olguL1CS vezes eu grcndes cssocJcCcedilOGS DCS COD cpencs c guns uGabros que se tornares ouigos

A ~ ftI bull ibull As rclcccedilotildees cconocircDiccs c11 tIO cc s tE grupo nco sco cs T1CJ S ~1 N ---_- ~

portcntos Nem as relcccedilotildecs de orgc1izcccedilGo ou de poder de docisro l~Q -shy11a U~c bscelc ele qucm pocle ter Deis ou nonos cutoridede

bull As rol2ccedilotildees entre seus lJcbros s3o ele cCreacuteter cssoeir-tivo c tacirc1 senpra UilC fin~lielcdo detuumlrDinCd~ Potu SOl u~~ cssocicccedil~o eOD 1Jn6 lucrctivos etc Poclo ser tc-uumlbOacuteTl ULlC essocicccedilGO porC L1uumllhor conseGuir defender os diroitos de seus Doubros CODO UD sindic~to UD pCrtido poliacutetico uu centro social etc

y IV

bull As relcccedilocs sco cordicis DCS nlt1O sco Jntincs O rclccionCIlOushyto eacute regulado mois pelo finclidccc que os uuumlnbros busccm no grupo que pelo nmizcele ou 010iccedil20 que tecircD~tre si Haacute necircste grupo liDe s~rie Qe nOrLlOS de couportcuen to que regulau as cccedilotildees des pessoos conforne o popel que exerceD no grupo UD eacute o presidente outro eacute o contcdoroushytro o vuumlndodor outro o secreteacuterio de UD sindiccto UDa pessoo pode ser Ul eluno e outrc o professor Cnda qual tem seu conportclCnto eleshyteruincdo pela ncturezo do grupo E a finclidcde do grupo senpre sereacute olccnccedilcde nc medidc 811 que os papeacuteis forei Llelhor executcdos

Os grupos priLl~rios e secuncl~rios podeu ~pnreoer nc sociodcele dns - dmiddot f U f 1middot t UCJS Jverses Orcics UC CLiJ Jc soro por nc urezc UL1 grupo prJ~lcrJo

oom UD relecioncuento iacutentino entre seus eotlponentesEos ele poderaacute ser gronde propriet~rie ele u~c feacutebrica ou de usa f~zendc G por isso c presenter t~beacuteD relcccedilotildees que sno proacuteprios ele u~ grupo secunceacuterioco

bull 4 bull

ffinclid~ecircLe lucrCtivo De Dado quo f qu~lCiuer sopereccedilco que nos eCcedilClOS te~ seDp~e une finclidcde c de cstudcr ~elhor os estruturas de ccdc grupo~ nco quer dizer quo oles soacute podou eperocer cssi~ Nc reolidedcf cs relcccedilotildees ossin CODO os grupos se cruZou forucndo UD con~lcxo 62 c1c1 tste conp1exo soc1a1 pcrc ser cOL1preonc~ido tO~l quo ser estucLf do por pcrtos tl2S CSScs pcrtos diflcilncnte existcu iso1cdcs nc roeshylidcdc CODO noacutes cs considereDos qucndo oS estudaDOS Por isSOVCLlOS o~leliser cl~Dos desscs for]c8 c_o cD~recij]ento dos grupos socieis sou pc-nscr que eles soacute pode existir essin nato soreacute apenos uu Dodo de estuceacutelos Aineacuteto oqui fClenos dcs foru2s e~ que cs ostruturcs cpc shyrecou

l FAI=1LIA

c Ul1 dos 110dos wds ioportcntes de existecircncic socicl e o L1cis eecirc tude~o por todos os que queron oo~hGcer bOD cs sooiodades ou quo vishyvm ~ U-l grupo prilloacuterio por noturoze A convivecircncic eacute nui to ntine entre todos os seus nembros porque vive~ nc DeSDo cesc 002e~ e ues-De Des e pcS8r grcnde pcrte do teDpo de vide juntos Crio-s0 Ull re shy1coioncwnto afetivo tlUito intenso mtrc os seus ueubros A iuportcnshycio de fewiacutelio se fez cede vez neiar porque ele de8eupenhc 00 DeSUO tenpo ~c porccedil~o dcs funccedilotildees sooieis que s~o deseupenhcdcs ne sociede de pelos grupos Bciores Por exe2plo UDC pessoe se socialize ctrov~ de escole e de seu relccionclento cOL os outros ucs esse socieliz shyccedilOcirco teu iniacuteci) nc fcriacutelio desde que esse pessoc~ nesce

Une possoc so integre no contoxto culturcl de sue cOL1unidcdceshytrcveacutes de sue fcniacutelic que vive necircsse contexto e pode exercor por sou intcrueacutedio Uiacutelr etiviclcde lucretivc ospoclfic~-~Dente econocircnicc f do 11081]0 Liodo cono c exerceria en UD2 reacutebricc ou nuna eDpr~se Por isso tudo c fcuiacuteliG eacute o grupo sociel [is ostudcdo ~ nele quo so processhyso de 1uumldo reconhecido COrlO legiacute tiDO erquose tocircdcs Cs sociodecos o perpe ueccedileo b A 1 Mt )~cc eSJ0cJe huntnc cono SOl JO106Jco egJmiddottmiddotJlfCcedilCO co ~

-to sexucl UJ cto que onponhc 11is lntLlcJ-entemiddot ccdc pJssoc Uuml reco nhecidc univorscL18nte qundo rolizcc1o 11 fc11ic ou eLl fU~1CcedilO de foul1ia bull

____debull FOrDcs -___FClio - En corcltogt costum-se dizer que c fc11ic tew duos fo~Jcs pril1cipois - a rcl~CcedilljIrextel~ pctricrceacutel ou Betricrcc1 e ~ f~~lliCcedilc_nu_cJ9_9 consti tUldc so de pois e filhos

li sociodcdo brcsiloirc h~ eindo u l[lor nuacutenero do foillics poshytricrccis quer dizer ccei tcndo norer juntos filhos e nores filh--s e genros netos e sobrinhos i=cs Q processo de urbenizcccedilno c conoonshytrcccedilecirco e UL Ilc1or ~1UacuterlOrO de pessocs ncs cidcdes grcndos vci torncndo ced vez rmis difiacutecil esse forne de existocircnoic forli1icr O quo se vci tornondo noi s oorlUD eacute a forne de fcxiacutelic nuoleor onde soacute pcis e filho Dorau juntos E onde o relfoioncnonto ofetivo ficc rostri to o UIl mtti2 ro nenor de pessocs

Eu outrcs sociedccles heacute Qutrcs fJriles de fcniacutelics f onde u howr pcde ter ducs ou cci s mulheres ondo uJC rJulher pode ter lcis de UD

5

condicioncdo pelo rlodo do vide qU0Lcrido Tudo isso b detorrlincc1o ou 1 ~ plc si e pelos neios elo subsist~n l esses grupos cdotcrllo cono vr ~CioS

oic lueuro podeu conseguir

- d~ ~~l~bull Fu~~_lt~j-_~__~ bull c gcrcccedilco dos filhos

bull l sctisfoccedilco 6000ion01 f soxucl e cfctivll bull c educcccedilecirco c soCiclizcccedilco cos filhos bull o ccul turcccedileo quer cli zor cdcptc~r seus Ilonbro S cul turc

locc~ li( bull funccediltio recrectiva - ht sooicdcdos ondo e recrecccediloo 0 funccedileacuteo exclusivc da f~llic funccedilco econocirc=lica quondo de estruture fCtlilier depende c subsistecircncio e c o nOcirci i cc do grupo

(Ver c ecircstuacute respeito clgui livro de An~ro~olog~o e~peciolllen te RLinton O honen Uno Introduccedilco o Soc~olog~e)

2 COLU1HD1DE

t uma dos formas nais OODunS eil que cpcreeen os grupos socicismiddot e no que1 cs estruturos 600iois sco ll~ds faacuteceis de sareo estudedcs

A conunidcde cOlpreende e11 gerol UD grupo huucno bcsknte grcnde onde tocircdes es funccedilotildees de vide hunano eco exeroidos eu eonjunto eonecirce tocircdes cs neoessidodes encontrcn seus grcus de setistcccedilatildeo rics esscs fun ccedilocirces e nec0ssidado8 satildeo li~itcdos pelo aacuteroo geograacutefico onde o grupo vi vo

Assiu Urla cOLlunidode tCl wa QQlJiBJlroccedil~o fJ~ de~erlinCcle ~e1c lrcc onde eI 80 encontrDbull Isso e IacuteLlportcnte porque e de croo gcograf1shyo~ que deveratildeo seir os recursos oteriois pera o subsistecircncia do grupo UJlC couunidode que vive no 110io ruroI teu uoios de vide buumlrl diversos do quo uuo couuni(lDde que vive nml 1oio urbno jaacute bnstonto qesonvolvidoOe l7l0i08 de cOJuniccccedil[o o a1inm toccedilco e os lodos de conportononto vcrico

f d foon orue cs con Jccediloos geogrc ~c~s ce croo

Do meSIlO Joco [ cOlUnidod~ ter6 UIC contizuraccedilco pzicol_ampii~ Sous 171odos de ogir e sucs otitudes VcO vcricr conforne o pcdrco do oultura que o oonunidodc clconccedilou Nuna couunidodo conscientizedo o oepcz de on01isor tocircdcs os condiccedilotildees eJ que vivo c otitude dos grupos huncnos que o consti tuen sGrt de occedilco trmsfoZrcdoro o de JlcIhorio ecdo voz tclor Une couunidede 01 que nco haacute UBo oti tude de maacutelise de SUos condiccedilotildees t eLl que tudo ( ooeito de nodo possivo cma U1lo visco confornista n210 12 dern progredir Duito neu ter otitudes de Dudanccedilos pera nolhoror sua situcccedilatildeo

Nu~a couunidede existeu tocircdos as funccedilotildees nocessaacuterios ~ vida de Utl grupo hUlno P-1guucs dessos funccedilotildees podem ser l1Cis desenvolvidas que outrce ocs tocircdcs elce cpnrcoen de olguuuml Bodo An~lisaoos c seguiral guucs das funccedilotildees Deis iDportc~tes

c) Fun~no econocircmioc - t ~quelc que provecirc os reoursos uatericis do

6

~ grupo o que ecircle pode produzir e o que pode oonsumir assim como os mQ

dos como estas coisas satildeo distribuidas entre o grupo

b) FunSatildeo ~01Jti2~ Consiste no exerooiocirc do poder atra~es das vashyrias formas de autoridade criadas pelas sooiedades no sent1do de 2e manterem integradas e de decidirem seus pr6prios caminhos A fun9~0 PQ liacutetica exercida diretamente em assembleacuteias ou indiretamente atraves de Dampndatos faz Damprte da or~aniza~atildeo de qualQuer grupo humano que define

J Cgt S 1 ti 1 -tipos de coaccedilatildeo do puniccedilco forDQs te prrtioipaccediloo P2 1 00 esoc 0

UC cutoridcde obrigctoriedcde de ouopriilento de dec~soeSt oeios de d~ finir e clconccediler o bem COOUD

c) Etgl9atildeo--LelJAtildei~o~ - n a que reflete os modos como as pessoas da co~mnid8de se relccionam COLel Deus e COLl as coisas divinas Eu f)eralas funccedilotildees reli0iosas satildeo necessaacuterias para o equiliacutebrio emoc~onal do grushypo hu~ampnot porque trazem uma certa tranquilidade em relaccedilao a al3UUo problemas que nunca encontram resJostas adequadas oomo os da mortedo mal da origem do homem os da vid~ futura etc Qu~ndo as fth~ccedilotildees reshyliGiosas s~o bem coupreendidas e beuuml vividas pelo grupo pode-se dizer que haacute uma autenticidecle religiosa na comunidade Quando poreacutem h~ eshyxogecircro de crenccedilas e ri tuais a vivecircncia do grupo se torna quase irrashycional Isso pode Dconteeer com qualquer religiatildeo que natildeo seja bem coll preendide (Ver socircbre isto e eYlicaccedil~o referente a NEB e Igreja no Documento wJB sua Origem sua lLccedilatildeo e seu Conteuacutedo~ assim cono euro par te socircbre struturas de Igreja Consultar tembeacutem o livro Sociologia l~eligiosa Alain Birou)

d) Funccedilatildeo J~cr_e-ftiva - Compreende as atividcdes de lazer que se e xercem em tempos illliS ou menos deteriacuteLlinados pelos grupos huwcnos ltu~D tribo de iacutendios a luta pode ser um~ recreaccedilatildeo Nume cidade grcndevoi se ao cinema jogc-se cartas passeia-se Nas comunidades rurais hl muitos jogos muitas festos~ cede comunidade tem suas festas tpicas Jecrecccedilatildeo nco eacute soacute agrave ctivid[~de dcs cricnccedilcs embora sejam cs crianccedilcs que por nCtureza necossi tem meis de recrccccedilEo Tocircda comunidDde tem esshytruturcs recreativcs e de simples l~zer Bordar e fezer cestos pode 001

shyuma funccedilao economicaA

t m~s pode serrecreativa tambem UjJ~ festa reli giosa pode ter sue funccedilatildeo religioso e pOde ter tcmbeacutem uma funmiddotccedilatildeo reshycrectiva Como dissemos antes tudo se cruza nD recUumlidade s6 seporo mos as coisas por~ poder estud~-lCs molhor

e) unccediluuml2 cs_lg_cJ9tJXE - ti exercid p~rc satisfozer cs necessidcltles de ~ssocicccedilao quo o hOiuem tel numa cOllunidode Assim embora o fCJi1lin

I bullAseJa o grupo pr111C 1 pC ejl quo quese todcs s funccediloes necesserJos para a vide humano s~o exercidas haacute necessid~de de outros tipos de grupos para ~lgumas funccedilotildees especiacuteficas numa comunidade Por exemplo um sinw

dicato represente c necessidcde de cssocicccedilatildeo de um grupo profissional pcra melhor exercer sua profiss~o e ser melhor compreendido pelos oushytros grupos Pode hover sindic~tos de poscadores de levrndoacuteres de 0shyper~rios etc 1as h~ outros tipos de associaccedilic O Partido Poltioo um formo de associaccedilao que existe nV1ilC cOLlunidcde p[ro que osgrupoe possam pcrticipar orgcnizcdmonte do poc~er H~ partidos que represen shytCill certcs closses sociais e ou~ros representam outras classes ooda qucl busccudo reclizcr melhor 6elS c r-rocircsses H~ tcmbeacutem cssooinccedilotildees

bull 7 bull

de tipo econ3uico 8 com fins lucr~tivos como um~ socied~de coserci~l que cmprc e vende cGrtcs IlGrc~doris HG sociedcdes industri-is que rGunem grende nuacutemero cc pessocs pcrc produzir eu conjunto outre-s lHrc~ dorics

Reacute cindl muitos outrcs funccedilotildees nUj~c oomunidcde hu]~nc sej elo grcnde ou pequenc =[8 pcrr noacutes ~=~j3 uuumlc coisc deve ficr nui to clarrbull rcocircctcs cs comunidcuos COB sues funccedilotildees soacute tecircu sentido o devoi1 SOl re~ p8itcdcs ellqunto 80 rcClIlCl1te moios elo roliz~ccedilecirco huwcmc Dosdo que qu~lqucr um delcs sejc utilizede pcre oprimir o hocet1 perdo sou scmshytido e lt1ev0 ser DUC1ccbull

Pode-s pOl~u1-cr CgtO inci02 ~ Isroje- eooo instituiccedileacuteo divinc podo se enqucdrcr e~ deterDin~ds estrutures 80 ela oo~portc da fcto

bull ~clQluc ostruturccedil~o TIll que mediclc isso lJ10 eacute neeoss[r~o em que mouJ_ da isso lhe 6 projuQici~

TerJOs que notcr du~s COi88 funCCilGeacutetaisl

e) L Ierejc uuml U- cO~UL1iiacutelcluuml 0spiri tucl de toclos [qu~les que ( crec1i kl1 1 rtevolcccedilOtildeo ( n Ruumlconccedilo pelo Cristo

b) A Icreje existe pelos hono~s -c os homens 0 deve rospeitcr rs exigecircC1Cis que n--turozo co homen pede prc SU2 rc~~lizc ccedilco A pclcvrc conunic~c1e cqui ~8iil UIil sontido diferente do que foi usado cntes Uscuos o tecircriJO _c2~mnidcde de 11ftcjccgoshyrc nun s0~1tido lis espiri tU[Uuml do qu socicl

COIO ume co~nn~idcde visiacutevel enccrncde no mundo c Igrcjc te) sue estrutur[~ juriacuteCico como outrcs cOLlulliddes N8ste sentido ele ~ susceptJvel de Llucl1ccedilcs c progresso Do mcsmo modocomo Ur1C estrutura huruumlenc perd0 sue rczso de scr QuC1do nco fcci1i te c ro-lizcccedilo de pe880c ssim tc~1l6m urc Qstrutur de Isrejc pode suumlrder sue razeo de ser se n2o fccili ter [~ corauniccccedil~o (1 Grcccedilc de pcl-vre de Deus Erl 0E trs pclvrcs COiO 8 estrutures hllLl1CS progridem OOL o desenvolvi I1~l1to G SD tornelU Bcis couplexcs pcr~ e~orceuro)r deter1l1in~dcs funccedilotildees o ctrcler cqueles CUOi e1-s sc dostin-m U1 estruture 19rojo enshyqucnto org~nizcccedil~o 11u11-11o pode scr iIoc1ificdc desde lU8 seje p~ro UGshy

lhor cOLlunic-r o q1hJ Deus quis

-8) eacute e- rz3o ce 8U origeu e nCturczC que c Igre ja difere dcs oumiddot-r - b o 1 bull gt 1 hi gt bull Q cormnJ5clES bull Gm or~ seJc Ui~ COLlU1JCQO VJSJVQ e rerquJOc e U1 orgl1Iacutez-CcedilCO Iacutelsti tuid por Cristo coa sUJS funccedilotildees S1L estruture e os poeacuteteres qU8 - 1 pertences iNc lU essecircncie mcis profundc c 19rcj- eacute - preSOllccedil puacuterune11to nc qU~cro de Histoacuteric do rmndo do vershybo do Daus foito HOlcm Dl 6 co~cratizc9~o histoacuteria~ d~ vontcdo scl vlfiac de Deus coluniacdc ctrovoacutes (10 Cristo (Kerl RchllGr lIission ct Grcce vol 11 Serviteurs eacutetu PeulJ10 c10 ])iou EJlIE 20 eacuted Fcnae 1 963 p 30)

8 bull

~- ~

AleacuteJl do que jeacute vinos devel2Os tontCr fazcr couumlpreonder OOL nos shyscs cmlos aue stem outrs forws cuuml ostruturcs socie_i8 e que c 10shy

(lida Cl que middotumc socie proJride esscs foril2s v~o so nul ti~lic_ndo e se tornendo meis coraplexos Por isso 6 que ume pessoc de zonr rurcl do pis qundo vem c urde cidde gr-nco fio onbcreccediled Porque ele nco conhoce tocircdcs cs forucs de rGlcioncL~el1to que ooucle comniCrce u~- ~ bcn2 utilize iil V0J UJ 10io 1i8 sirples e cujcs cstruturcs sco

bull bullbull - bull AI

rec~uzuumlcs c 3ruj)os pri1rJos frJIJ-res ou c cssocJccedilocs e grupos ss cur~eacuterios k beacutem Dui to sLlples 111 tr buumlho de conscientizcccedilao deve 12 vr e8SCS pessos c id6ic ce que I lJor L1cis couumlp1ic[dc que sojo Ule

ht L 8ocicl f c so rczeo do S8 lor ccuse ClO bullbulle S ru vur ~ prollrJo OlCrlCJ I i 1 N

que nln~10L1 se (leve eLlbcr~ccedilcdo so porque n~o conhGce 08 no os de rcl-ciolLwnto saciel que outrcs cOE112lidcdes ou outrcs roiotildees utishylizou Ucvuuml-se insistir lUi to nisso o honml ~ o il8SO c quclqucr cir

shyCU~1stmiddotncic v~rie 8 fCJrufs de G Stl~turcccedil~o soci1 porque ho concenshyt ~ - h tmiddotrcccedilocs eLE seres hU2110S que necossl te~ ltlesscs releccediloes uCs no11 ua l

po eacutee ruumllccedil2o por _i8 cOilplec clue soje fcz que un hOL18~ S0je IlC lhor ~o que outro soacute porque es conhece ou porque vive nUDe couunidcdc

t I A i d QU0 cs (no odcs -8 pessos teu quo ter conso encJc Jsso p2rc ev~

tr ju~tecate c fOln-Ccedileo de prcco1coito8 de cl2s8-t do ScscZ cc k~jlo_l_~IacuteJOecirc rCcici S e te que sGo outrcs foDfs__dQ dqiIs_tccedilfo~ ilo l~Wlcsect ~s1rltprcss9cicisJ NenhuLlc deles eeve prcvcleccr sobro Cucl qUGr hOlllem quer sejc cle Ulll meio onele 018 sejc1 311p1es qUGr soj de m meio oi1clo Glcs sejeu Ilui to COi2plocs A uacutenico coise que deve p4cva 1cer SLpre eacute o hOneil - c pessoc hUllc nc - socircbre quclquor tipo de estruture

Vewos tenter colooCr - lgullCS expliccccedilotildees socircbro ccdc UDi cessas outrcs forD1cs

1ordm- CL~_SSbS SOCIAIS sco constituGcs por grupos de pessocs quo t de 1 tGil C mesmc 81 - os DOSDO TIOLOSmcnelrc gere ucccedileo coonO~1cct de

couportcmento) 00 11eSLlOS veacutelocircres uuml que por isso cdquircHl o que s) chc_ Inc CJlluJonte de consci~1cic de c1csse ll bull Tecircn c consciG1cie de este reu n~ llleSDC si tucccedil3o e por isso COfClcO o CSLlO tipo elo vide pr- seu grupo estebuacutel~c01do diferenccedilcs IIncturcis ll 01 relcccedilecirco outros grupos Ponsem que c socieccde hUl1cne SOacute cl0V se equilibreI de Uil cetOIinedo uoltlo onde ecircles encontrou 1l1tiC de te r=i ndc posiccedilecirco bm1 2ssegureda Ass1rl h

CJverscS expressoes de consciGncJc de clcsse ~ c d~~ clcss( 1ctJftm shyci~rie de clcsse dos grandes inuumlstriis [1 de Cl~8SE) 0cli e cc clcsSG oper~r1c e d~ clcsSG c~]onesc etc

Ccde um delcs poue penscr quo ~~ sociedcce hUll[na devic so orzcshynizcr Qostc~ ou cl[-~uelr fornc o cuo cssL] lhes ccbari ost ou oquolc i 1 ~por~ CJe ness~ orG~nJzccediloo de s~ciodeacuteo co~ 80 Qed~ c oSSC oxshy

presse os itGrecircssos Que ten p-re si c fcz ~c lIideologie quo pcesc c (~ofonder Cm~J jeacute viJos cs clesSGS secirco t-beacuten cstrutures socieia c

nosso i n t oresse dove ser c prooccedilco do honer e no dcs estruturiS Esso ~ -

prouoccedilo sereacute ccd vez uuacutelhol conforue focircr nais pernitiltlo Co cfirlcccedilco do homeo eu quclquor tipo de es~ruturc ~ste prob1eno ~ bostente CODshy

9

i

bull

bull

bull

p1oxo o quo estaacute aqui 1130 cliz tudo por Qster ooloc[1oo do lDC forutl rlui to siLp1ificede Perc u~ l~oiacuteor aprofundor1onto ver o bib1iogrofic oi t~dc

2ordm - CLSJIA SOCILL b tebbn UL rgrupaLcnto hUleno c orl 08 ~G sms c onotcccedilatildeos cn tcriores Ipeuacutecs Ci8 cgrcvodo pelo fochcccnto do grupo os re1cccedilfio a outros grupos U~o custe so focha por ~otivos do proconshyceitos reli~iosos raciais culturais etc Nio perDito ~ ontrada do outros eloD2ntcs f noo une nobilieacuteeco el0 seus Dembros pcr] o~tros grushypos Tcm U2- i20010gie 1Uito 1iacutes clure c iLluteacutevel ILUi tas VOZ0S una ccst eacute ur~ [leio que cortos grupos utiliacutezaIl pcgtro dofondore~ seus inte shyressos e suc~ possibiliccdo co clOlinor outros grupos C o ccso dos C08shy

ts-s nince o1iacutesteytes 02 cortos piacuteses que diacuteviacutecleuroc o povo e-2 rgtcrce1as t2-0 diacutestintes que nunc2 se pode pssr de w c outrc

3ordm - PlCcedilAs eacute c diacuteferonciacutecccedil3o que se oncontre nos grupos huucnos provenilmtes de corccteres 0sscncisl0nte bioloacutegicos AssL1 os negros f

- t OS b rncos CLlClr0 1os sco os ros grupos rcc~s~s L1cJS ov~conliOS no 60shyciededo elos hOl0ns ~ diforo~l2 eacute soacute bioloacutegica quenco se flo do roccedilc seu ter nonhuLlc outrc cOl1sequolciacutee cul turol ou intcluumlcmiddot~u[l porc c posshysoc U~ nogro oueriocno vivoric os TlOSDOS pcelrotildees cu1turois c-oriccnos (nO) focircsse [ sogr8goccedilro r2-ciol) COlO quolqucr chinecircs (roccedila mcrolc)quo se intogresse nc vido c~oriccno

4ordm - GRUPOS uacuteTNICOS secirco tcllboacuteu Dados de vivecircncic sooic1 ondo 80

eC011tucn osvO ciacutecluonto clcuns c OS-(ULlG S ( norurs de ccr5ter icis cultushyre1 r0l2oiondos 001 c 1 iacute11[11 c COStUL~OS rogionoiacutes tipos fiacutesicos (10shy

tar~in2dos por conCiccedilotildeos do 01i~e do rogiecirco gcogr~ficc etc AssiD UDe clc1oio elo pescodores no norte da A1cnanhc tcm ccroctorCsticcs bo eacuteivorscs 00 u1 2lcloic elo )(scc(o1os no nordesto elo Brnsi1 ULl DOVO de urm rogiecirco couo c 111(ia to_ eer2cteristicos divorscs dos DOVOS rqo~ e crlOriccnos cborc n2o sejol reccedilcs ciferentes As (~ifcr~l1ccedilcs 1120 SOO

b l + I SO ~o o~Jcos ~as vB2bcu cu1turaJs

BIBLIOGBLIL PRi1 LPROFmDL=

1 R Linton - O Une Ii1tlOC~UCcedil20 agrave Sooiologia Livreric Lartins SA s2o Paulo bull

2 A Igro ja Conciacutelio Vctic2-TIO lI Consti tuiccedilco Dog_Gtica LUoacutelon Gcntiml Doc Ponto 149 Jcitocircra Vozes Petroacutepolis 1965

3 Kar1 cmler - I~issco e Grcccediln II Vale Funccedilotildees e Estceacute-os cc Vic~c no Igroja - Dditocircra VOZ8S Petroacutepolis 1965

4 Alcin Eirou - Sociologia noli~ioso Duas Cid2-des satildeo Paulo

bull 10 bull

~~J~~ gt

I I) t

I

MOVnIiacutemTO

DE

EDUCACcedilAtildeO

DE

BASE

FUNDAMENTA ccedil Atilde O

DO PROGRAMA PARA 1965 li parte bull ESTUDOS SOCIAIS

15 Subdesenvolvimento e Desenvolvimento

middot J

1 SUBDESEIlYOLVnlENTO E DESElfVOLVIllENTO

nA humanidade cresce ragravepidamente todo o mundo o sabe mas poucos

homens tecircm consciecircncia da rapidez decircste progresso e-poucos tambeacutem satildeo

os angustiados pelas conclusotildees que- d~ste fato se deveria tirarn(Lebret

Suiciacutedio ou Sobrevivecircncia do Ocidente Duas Cidades S Pau101960p22)

O problema que a humanidade tem que resolver eacute o da pr05ramaccedilatildeo

humana conjunta atendendo a cada pessoa a cada comunidade a cada reshy

giatildeo a cada paiacutes ~ necessaacuterio dar uma resposta precisa a cada homem

enquanto pessoa e enquanto membro de uma sociedade No caso dos pa~ses

subdesenvolvidos essa resposta natildeo poderaacute ser dada a altura se natildeo veu

cermos alguns problemas do subdesenvolvimento Ou melhor esta resposta

natildeo seraacute dada se natildeo houver uma modificaccedilatildeo grande de estruturas de ~

talidades de valocircres bullbullbull de tal forma que todos os homens e cad~ homem

sejam reconhecidos como sujeitos~

Diante disso tudo poder-se-ia perguntar mas o que eacute o subdesen shy

volvimento o que o caracteriacuteza Em um sentido lato poder-se-ia denominar

de subdesenvolvidos os paiacuteses atrasados lIas isso eacute muito vago Preferi shy

mos dizer entatildeo que o que determina o subdesenvolvimento eacute sobretudo

uma grande complexidade de problemas dificultando a melhoria do niacutevel

de vida e a promoccedilatildeo do homem como pessoa sobretudo nas camadas mais P2

bres e necessit~das da populaccedilatildeo Essa complexidade eacute talvez uma das ca~

sas que mais dificulta um paiacutes atingir um certo niacutevel de desenvolvimento~

Como veremos a sebUir natildeo eacute resolvendo problemas isolados ou mais imedishy

atos que chegamos a superar o subdesenvolvimento Como eacute sabido ecircsse pr~

cesso de superaccedilatildeo tem eXigecircncias especiais que precisam ser ordenadas

hierarquizadas e planejadas Com efeito o subdesenvolvimento eacute caracteshy

rizado por vaacuterios fatocircres ou problemas que dificultam a plena realizaccedilatildeo

do homem e da comunidade onde ecircle vive

2 ALGU1IAS C-lRACTERtSTICAS DO SUBDESElTVOLVI1IENTO

21 Dependecircncia sconocircmica - Uma das caracteriacutesticas mais marcantes do su~

desenvolvimento eacute a dependecircncia econocircmica Sem um miacutenimo de autonomia eshy

conocircmica eacute ilusoacuterio falar-se de atunomia cultural e de certa ormat~

beacutem poliacutetica Os paiacuteses que dependem econocircmicamente de outros sofrem sob

~

i ~

vaacuterios aspectos o pecircso da dependecircncia econocircmica estrangerira Por isso

o desenvolvimento econocircmico desses paiacuteses nunca seraacute apenas resultado de

um progresso interno

A econom~ca ~ bull se reflete principalmente a t raves Essa dependencia

a) do comeacutercio exterior - em geral os paiacuteses subdesenvolvidos exportam

para os paiacuteses desenvolvidos os produtos brutos ou agriacuteCOlas ou alimenshy

tiacutecios (no caso do Brasil por exemplo o agucar o manganecircs etc) e imshy

portam destes os produtos manufaturados (eqUipamentos por exemplO)

b) de uma situaccedilatildeo deficitaacuteria em que vivem de um modo geral os paiacuteses

subdesenvolvidos Tal situaccedilatildeo eacute de certa forma tambeacutem motivada pela ~

neira como o mercad0l importador determina os preccedilos Poder-se-ia dar

como exemplo o cafeacute no Brasil que equivale a mais de 40 de nossa expo~

taccedilatildeo e apenas 04 da importaccedilatildeo dos EEUU cujo preccedilo eacute estipulado por

ecircste uacuteltimo o maior mercado comprador c) da poliacutetica econocircmica e social dependentes muitas vecirczes dos interesses

de grupos ou firmas estrangeiras

d) da posiccedilatildeo de destaaue Que ocu~a o capital estrangeiro na economia dos

paiacuteses subdesenvolvidos Decircle depende a importacircncia e grande parte da esshy

pecificidade das produccedilotildees do paiacutes assim como de sua situaccedilatildeo de integratilde

ccedilatildeo no mercado internacional (Yves Lacoste Os Paiacuteses SubdesenvolvidosDi

fusatildeo Europeacuteia do Livro ColSaber Atual satildeo Paulo 1961pp 17-19)

22 Pouca Industrializacatildeo e Dificuldade de Ser Ampliada - os paiacuteses su~

desenvolvidos encontram mu~tas dificuldades de se industrializar O Depa~

tamento de Assuntos Econocircmicos das Uaccedilotildees Unidas estudando estas dificul

dades haacute alguns anos reuniu-as em trecircs aspectos econocircmico social e int~ nacional

a) no aspecto econocircmico temos que levar em conta aleacutem da pouca poupanccedila

interna a falta de capitais ou o emprecircgo de capitais estrangeiros em geshy

ral nas induacutestrias de transformaccedilatildeo e natildeo para a infra-estrutura assim

como as dificuldades de transporte a insuficiecircncia de energia etc

b) quanto ao aspecto social pode exercer influecircncias negativas ou positi shy

vas No caso dos paiacuteses subdesenvolvidos natildeo haacute duacutevida que as influecircncias N

sao em geral mais ne5ativas j bastrulte lembrar o baio niacutevel de instru-

ccedilatildeo o elevado lndice de analfabetismo a falta de operaacuterios qualificados

e a natildeo existecircncia de um ple~ejamento que leve em conta tocircda a populaccedilatildeo

tocircdas as reGiotildees visando um desenvolvimento global

c) com relaccedilatildeo ~o aspecto internacional haacute tambeacutem vaacuterios tipos de obstaacutec~

(

los ao desenvolvimento industrial dos paiacuteses subdesenvolvidos Lembrareshy

mos apenas dois as restriccedilotildees que os paiacuteses desenvolvidos em geral imshy

potildeem aos subdesenvolvidos para conceder um empreacutestimo de capital que pushy

2gdesse facilitar a industrializaccedilatildeo dos primeiros a tendecircncia dos pai

ses desenvolvidos de fazerem dos subdesenvolvidos meros fornecedores de

mateacuteria prima dificultando ou ~estringindo as possibilidades de desen shy

volvioento destes (Lebret obra citada pp 100-105)

Todavia eacute preciso natildeo esquecer que embora a industrializaccedilatildeo seja

a1so muito importante para o desenvolvimento econocircmico de um paiacutes ela

nao ten um fim em si mesma Ou seja a IN so temindustrializaccedilao para nos

sentido se ela contribui para uma real promoccedilatildeo do homem se ela contrishy

bui para elevar e melhorar o niacutevel de vida sobretudo das camadas menos

favorecidas da populaccedilatildeo As faacutebricas as usinas as grandes emprecircsas e~

fim podem ser retrato do desenvolvimento econocircmico mas ajudam o homem a

ser mais homem quando contribueacutem para satisfazer suas necessidades mais

essenciais a se realizar como pessoabull

bullBaixa Renda Nacional - Uma das distinccedilotildees que se pode fazer entre

os pa~ses desenvolvidos e subdesenvolvidos consiste justamente na dist~

buiccedilatildeo da renda nacional entre habitantes ou entre as diversas camadas

da populaccedilatildeo De um modo geral nos paiacuteses desenvolvidos as camadas mais

pobres tecircm um niacutevel de vida superior aos subdesenvolvidos A tiacutetulo de

ilustrcccedilatildeo daremos apenas al~Uls dados referente a renda anual individual

(chamada tecirccni3amente de renda per capita) em 1959 de alguns paiacutesesE~

tados Unidos da Ameacuterica do Horte 2250 doacutelares alguns paiacuteses da Europa

Ocidental assim como Austraacutelia e Nova Zelandia 1000 doacutelares Bnquanto

isso para o conjunto dos paiacuteses menos desenvolvidos a cifra corresponden

te foi mais ou menos de 100 doacutelares anuais sendo que a maior parte dos

paiacuteses da Aacutefrica Aacutesia e Jmeacuterica L~tina apresentavam uma renda meacutedia de

10 a 80 doacutelares (Bl Corre0 de la Unesco) bull

bullDeficiecircncia na Agricultura - A agricultura nos paiacuteses subdesenvol

vidos de um ~odo geral eacute muito atrasada Haacute grandes quantidades de te~

ras cultivaacuteveis natildeo aproveitadas Ha Ameacuterica Latina p ex apenas 15

das terras cultivaacuteveis satildeo realmente cultivadas (Yves Lacostobra citada

p 12) Haacute fatocircres que podem explicar essa quantidade tatildeo pequena de tershy

ras cultivadas

bull estrutura agraacuteria injusta e obsoleta

i

bull interecircsse de grupos econocircmicos nacionais e estfangeiros

bull falta ou insuficiecircncia de meios teacutecnicos

bull desgaste dos solos

bull falta de fertilizantes etc

Todavia a maior dificuldade a ser vencida pela agricultura dos pa1shy

ses subdesenvolvidos proveacutem do custo dos bens materiais Um dos meios de

satisfazer tais necessidades seria a fabricaccedilatildeo de suas proacuteprias maacutequinas

agriacutecolas de fertilizantes e de combustiacuteveis

Consider~ido todos os fatores que dificultam a agricultura nos pa1

shy

ses subdesenvolvidos podemos entender assim porque apesar de serem na

maioria paiacuteses agriacutecolas apresentam baixa produccedilatildeo natildeo conseguindo nem

satisfazer as necessidades alimentares de seu povo

Desequiliacutebrios entre as Cc~adas Sociais - A grandemaioria da populacirc

ccedilatildeo dos paiacuteses subdesenvolvidos tem condiccedilotildees subhumanas de vida A verdashy

de eacute que um nuacutemero muito restrito tem um miacutenimo necessaacuterio para viver como

pessoa e apenas uma minoria tem a go~a de todos os privileacutegiOS

Uma das maneiras de se caracterizar ecircsses desequiliacutebrios sociais eacute

a distribuiccedilatildeo proporcional da renda nacional pela populaccedilatildeo Iro caso brashy

sileiro por exemplo ecircste desequiliacutebrio eacute evidente

Outro iacutendice complementar eacute o da distribuiccedilatildeo da propriedade rural

brasileira Em nuacutemeros relativos a aacuterea territorial brasileira dos estabe

lecimentos agropecuaacuterios em 1950 era expressa da seguinte maneira os d2

nos de propriedades de mais de 100 ha representam apenas 16670 do total do

nuacutemero de propriet~rios e possuem 8567~ da aacuterea total dos estabelecimentos

agropecuaacuterios do Brasil enquanto que 834 do nuacutemero de proprietaacuterios po~

suidores de menos de 100 ha deteacutem em suas matildeos apenas 14~~ da aacuterea toshy

tal (Antonio Rodrigues Coutinho - lanisteacuterio da Agricultura Contribuiccedilatildeo

ao Estudo da Bstrutura Dconocircmica Agraacuteria Brasileira Sego o Censo de 1950 p20)

~ dentro dessa faixa menos favoremida que certos problemascaracteriacute~

ticos das regiotildees subdesenvolvidas se tornam mais chocantesAqui estatildeo alshyguns decircles

~

l

~ bull Para cada 100 crianccedilas nascidas vivas desta faixa morrem 24 anshy

~

tes do 12 ano de vida enquanto para outras camadas sociais morrem 10 em

100 (Nelson Rodri6~es dos Santos O Problema da Sauacutede no Brasil) Dados

recentes mostram ainda que a chistosomose atinge 6 milhotildees de brasilei

ros a tuberculose 1 milhatildeo e 200 mil doenccedilas de chagas 3 a 4 milhotildees

malaacuteria 8 milhotildees A maioria dessas pessoas atingidas habitam agrave zona rushy

ral e estatildeo incluiacutedos nesta faixa da populaccedilatildeo menos favorecidas (A Pop~

laccedilatildeo Brasileira Dados do IBGE 1960)

Com efeito o que se pode dizer eacute que estas deficiecircncias contribuem

ainda mais para baixar o rendimento econocircmico agravando cada vez mais

as condiccedilotildees de vida dessa camada populacional ~ vivendo e sofrendo eacutesshy

tes problemas que trJilbalha grande parte da populaccedilatildeo dos paiacuteses Afroasi ct_ ~ jt --lt- r A

at~cos Em alguns desses pa~ses o n~vel de vida e tao baixo que ha um

verdadeiro ciacuterculo vicioso onde o homem jaacute natildeo tendo esperanccedila acha di

fiacutecil romper com essa situaccedilatildeo de miseacuteria

De um modo geral o que preaeacutenciamos eacute que por causa de grandes d~

sequiliacutebrios entre as diversas camadas sociais e entre os povos do mundo

grande parte da humanidade tem condiCcedilotildees de vida subhumana

Os v~rios dados apresentados abaixo servem para mostrar o grau de

desenvolvimento ou subdesenvolvimento de alguns paiacuteses ~ preciso conta1

to que natildeo se pare numa enumeraccedilatildeo pura e simples dos mesmos nem que

se pretenda uma comparaccedilatildeo com um ideal a atingir Os dados referentes a

cada paiacutes falam mais quando analisados no seu conjunto e soacute vistos e an~

lisados globalmente eacute que podem ser comparados com outros paiacuteses bull bull i ~-

bull Mortalidade Infantil - Para cada 100 crianccedilas nascidas vivas num

ano morrem 3 nos EEUU 4 na Inglaterra 7 na Beacutelgica enquanto no Brasil

Boliacutevia e na Colocircmbia morrem 15 (onu Rapport Preliminaire sur la Situa

tion Sociale dans le i~onde 1962)

bull llortalidade Geral - De cada 1000 habitantes morrem por ano 9 nos

EJUU 11 na Inglaterra 12 na TIeacutelg~ca 25 no Brasil na Boliacutevia e na Coshylocircmbia (idem)

~~

Vida lieacutedia - 70 anos nos EEUU 65 anos na Beacutelgica 45 anos para o

Brasil Boliacutevia e Colocircmbia (idem)

bull Alimentaccedilatildeo e Fome - Segundo Lebret pode-se admitir que mais d

50 da populaccedilatildeo do mundo se manteacutem em um ~ampntar inferior ao estritamiddot

mente necessaacuterio em calorias e 75~ dessa populaccedilatildeo aproxima-se ou ape

nas atinGe o niacutevel miacutenimo exigidO pelas atividades humanas normais

~artindo desses dados e fatores verificamos que haacute uma coincidecircnshy

cia de niacuteveis para alguns paiacuteses ~stes paiacuteses por uma seacuterie de razotildees

ou de fatores satildeo chamados subdesenvolvidos

3 EXIG6NCIAS ESP3CIAIS PARA SUPJJRACcedilAtildeO DO PROCESSO DO SUSDESDNVOLVI1JlliTTO

31 o crescimento demograacutefico deve ser acompanhado por um crescimento ec~ nom~co proporcional

O processo de superaccedilao- do sub-desenvolvimento exige antes de mais

nada que o ritmo extraordinagraveriamente raacutepido com que crescem as necessishy

dades dos povos subdesenvolvidos seja acompanhado por I crescimento ecoshy

nocircmico superior a~ necessidade~i da populaccedilatildeo

A explosatildeo demograacutefica nos paiacuteses subdesenvolvidos eacute no momento ashy

tual um fato que ningueacutem pode ignorar Isto eacute consequecircncia de vaacuterios fata

res

a) os paiacuteses subdesenvolvidos tecircm uma natalidade muito maior que os

outros Como exemplo lembraremos que para cada 1000 habitantes nascem

anualmente na Europa e nos EEUU de 18 a 25 crianccedilas enquanto que em zoshy

nas subdesenvolvidas como a Aacutefrica e a ~neacuterica Latina ecircste nuacutemero chega a

mai3 de 40 (Camargo Demografia 3conocircmica 1960)

b) o raacutepidO crescimento pode ser explicado tambeacutem pelo descreacutescishy

mo da mortalidade verificado nestes paiacuteses De fato essa mortalidade ainmiddot

da eacute bas-cante alta No entanto ela vem diminuindo gradativamente graccedilas a

uma certa assistecircncia sanitaacuteria que eacute dada aos paiacuteses subdesenvolvidosjem

bora de forma muito precaacuteria e sistemaacutetica

Ora para satisfazer as necessidades de uma popUlaccedilatildeo que aumentou

tatildeo ragravepidanente eacute indispensaacutevel um esfocircrccedilo muito grande para produzir

bens e serviccedilos 10 caso do Brasil por exemplo a populaccedilatildeo anual aumenshy

1

-

tam na razatildeo de 3 ao ano A economia nacional precisa entatildeo aumentar

sua capacidade de produccedilatildeo daacute maneira que chegue a satisfazer as necesmiddot

sidades correspondentes a ecircsse aumento da populaccedilatildeo em mateacuteria de alimen

taccedilatildeo vestuaacuterio habitaccedilatildeo instrumentos domeacutesticos educaccedilatildeo emprecircgo

serviccedilos sanitaacuterios (aacutegua luz esgocircto t L Itt etc)

~sse esfocircrccedilo eacute tanto mais difcil porque em consequecircncia do mesmo

crescimento econocircmico raacutepido a maior parte da populaccedilatildeo em idade ativa

eacute muito menor em proporccedilatildeo agravequecircles que natildeo fazem parte desta faixa (cri

anccedilas doentes bullbullbull ) Por outro lado como os pases subdesenvolvidos tem

um niacutevel de vida extremamente baixo a economia deveraacute natildeo somente acomp~

nhar o crescimento demograacutefico mas taEbeacutem aumentar em certa medida ecircsse

niacutevel de vida No entantoecircste paiacuteses mostram-se no conjunto incapazes

de expandir sua economia numa proporccedilatildeo satisfatoacuteria

Das razotildees que impedem o desenvolvimento econocircmico mais completo e

mais raacutepidO temos que considerar ap que se prendem agrave estrutura das ecoshy

nomias e as que dizem respeito mais diretamente ao crescimento global de~

ta economia

32 Independecircncia Econocircmica - Como eacute muilto sabido a estrutura econocircmica

dos pases subdesenvolvidos eacute altamente centralizada no setor primaacuterio

sendo pouco desenvolvido o setor secundaacuterio e terciaacuterio (Ver o item ~E~

trutura ~conocircmica)

Por outro lado embora a populaccedilatildeo rural nestes pases representashy

quase sempre mais da metade da populaccedilatildeo e esteja muito concentrada no s~

tor primaacuteriO nem sempre produz todos os gecircneros necessaacuterios agrave alimentashy

ccedilatildeo e muito menos outros produtos por ela exigidos Como consequecircnciaj ecirc~

tes paiacuteses satildeo obrigados a importar bens que natildeo satildeo capazes de produzir

dispondo apenas de alguns pontos para efetuar as trocas

Ora os paiacuteses que se manteacutem sem induacutestrias e dependentes da imporshy

t~ccedilatildeo de poucos produtos primaacuterios iratildeo fatalmente cada vez mais se emposhy

brecendo face aos pases desenvolvidos Enquanto isto a produccedilatildeo industrial

destes uacuteltimos iraacute crescendo cada vez mais pois os homens sempre querem

bens industrializados em maior nuacutemero e variedade O contraacuterio acontece com a produccedil2o agriacutecola cujo crescimento fica na dependecircncia do consumo

pessoal Que eacute limitado

Outro aspecto que nem sempre se leva em consideraccedilatildeo eacute que juntashy

mente com a importaccedilatildeo de certos produtos satildeo importados tambeacutem a proshy

paganda e o exemplo dos paiacuteses ~esenvolvidos cujos niacuteveis de consumo

satildeo muito mais altos

- I Dominada por esse efeito demonstraccedilao que se soma a 1a5 as neshy

cessidades crescentes decorrentes do raacutepido crescimento demograacutefico a

populaccedilatildeo subdesenvolvida se esforccedila para comprar mais produzindo mais - dMas o consumo de produtos agro-pecuarios nao pode ser aumentado alem e

um certo limite aumentando-se a oferta os preccedilos tendem a cair Assim o

trabalho do povo se desvaloriza (econocircmicamente falando)i

Quanto as mateacuterias primas cuja demanda pode acompanhar a produccedilatildeo

industrial constituem elas reservas suscetiacuteveis de serem esgotadas ou

de perderem seu valor comercial em decorrecircncia de inovaccedilotildees tecnoloacutegicas

Aleacutem do mais na quase totalidade dos paiacuteses subdesenvolvidos a explora

ccedilatildeo dos seus recursos minerais ob~ece aos interecircsses de grupos estrangeishy

ros e soacute a ecircles beneficfa

33 Desenvolver a Industrializaccedilatildeo aumentando a capacidade de produccedilatildeo

A industrializaccedilatildeo estaacute condicionada por um certo nuacutemero de fatocircres

e deve subordinar-se a certas prioridades Uma dessas prioridades eacute defishy

nida pela necessidade de substituir aquelas importaccedilotildees de bens de consushy

mo que ocasionam maiores dificuldades nas relaccedilotildees de troca do paiacutes Oushy

tra seraacute determinada pela necessidade de se criar nos paiacuteses as industrishy

as de base isto eacute induacutestrias produtoras dos materiais de equipruJentos tw lO necessar10S a crlaccedilao de novas lndustr1as

Dos fatores que condicionam a industrializaccedilatildeo coloca-se a necessishy

dade de uma infra-estrutura adequada de traasporte~e comunicaccedilotildees e de eshy

nergia ~ evidente que as induacutestrias soacute podem desenvolver-se se haacute enershy

gia para acionar suas maacuteqUinas estradas para trazer mateacuteria prima e disshy

tribuir a produccedilatildeo e os meios de comunicaccedilatildeo para que as emprecircsas indusshy

triais o comeacutermio e os bancos possam coordenar e organizar suas atividashy

des com eficiecircncia

Por outro lado as induacutestrias natildeo poderatildeo fortalecer-se se natildeo aumen d d dmiddot t ar o numero os que po em comprar ~ua pro uccedilao 1Sto e se nao houver

mercado interno crescente no paiacutes P-i il ielJe eacute- p~~eo (i)l1amp dece~_~

OI tilbullbullbull da lailaatilde Ile iateente ul4idacirclha lllllaacuteliSIXoacutefrq

-ft 81es piFJIIacuteee 6 rbullbull taiuule 1 21i

HO crescimento global da economia dos pa1ses subdesenvolvidos nao

pode ser obtido com a necessaacuteria continuidade e rapidez se natildeo forem supeshy

rados os obstaacuteculos que constituem o chamado ciacuterculo vivioso

ste ttciacuterculo vicioso em geral pode ser caracterizado por uma poshy

pulaccedilatildeo muito grande com um nuacutemero reduzido de induacutestrias pouca matildeo de

obra qualificada e produzindo pouco com niacuteveis de salaacuterios de uma certa

maneira muito baixos Salaacuterios estes que em muitos casos datildeo mal para sushy

prir as necessidades essenciais e em outros datildeo apenas para o coasumo Haacute ainda uma minoria que embora ganhe muito gasta quase tudo em bens de con

sumo (vestuaacuterio automoacuteveis etc) sem aplicar em investimentos produtivos

(faacutebricas induacutestrias em geral etc) Nos vaacuterios casos como vemos natildeo eacute

feita nenhuma poupanccedila

E o que eacute popanccedila no sentido amplo pode-se dizer que o que natildeo foi

gasto foi poupado Mas para que haja poupanccedila realmente eacute preciso natildeo

soacute determinar um aumento de capital que eacute o estoque sobrante poreacutem invesshy

tir em bens de produccedilatildeo Donde se pode dizer que para haver um crescimenshy

to glObal da economia de um paiacutes eacute necessaacuterio que os recursos que era~de~

perdiccedilados ou empregados somente em bens de consumo sejam aplicados tamshy

beacutem em bens de produccedilatildeo ou em investimentos produtivos

~stes investimentos podem ser feitos de duas maneiras

a) o govecircrno obrigando por meios de leis os setores privados a investir seus

lucros de forma mais justa e adequada em setores que venham a contribuir

para um maior crescimento e desenvolvimento econocircmico da comunidade

b) o proacuteprio govecircrno recolhendo ecircsses recursos atraveacutes de impostos compulshy

soacuterios e investidno em empreendimentos que constituem a infra-estrutura (eshy

nergia eleeacutetrica recircde de aacutegua e esgocircto estradas de ferro e rodagem porshy

tos etc)

Isto deve ser feito atraveacutes de planos econocircmicos que reunam os invesshy

timentos puacuteblicos aos investimentos particulares sem permitir um exagerado

lucro as camadas sociais que jaacute gozrun de uma situaccedilatildeo por demais privilegishyada

bull

- 4

Em resumo a poupanccedila e

um elemento essencial para o desenvolvimenshy

to global econocircmico de um pa~s e deve ser forccedilada

a) impedindo todo consumo nao necessario e excessivo

b) aproveitando plenamente a matildeo de obra ou o trabalho das camadas da popushy

laccedilatildeo que estaacute sendo pouco utilizada

c) aumentando a produccedilatildeo pelos meios jaacute citados e especialmente pela proteshy

ccedilatildeo alfandegaacuteria que impeccedila a penetraccedilatildeo no paiacutes de produtos concorrentes

estrangeiros

Finalmente para que todo investimento possiacutevel seja efetivado eacute imshy

por~ante que o trabalho de uma hoc parte da populaccedilatildeo ateacute entatildeo mais ou ~

nosnativa seja aproveitado em setores essenciais O aumento da produccedilatildeo

exige natildeo soacute o aproveitamente de todos mas tambeacutem que haja um certo planeshy

jamento e que obedeccedila a certas teacutecnicas Contudo o povo soacute se enquadraraacute

neste regime de maior produtividade e soacute se capacitaraacute para ecircle se tiver

consciecircncia da situaccedilatildeo e se houver motivaccedilatildeo suficiente

35 Tomada de Consciecircncia por Parte da POP1qaccedilatildeo - Para noacutes um dos aspecshy--_----~-~ bullbull- ~ bullbullbullbull ~- - - - lt bullbullbullbull - - bullbullbull ~ -- bull shy

tos novos do subdesenvolvimento e talvez o mais importante como diz Yves

Lacoste eacute a tomada de consciecircncia da pcpulaccedilatildeo da sitUaccedilatildeo em que se enconshy

tra o seu paiacutes Isto eacute importante porque natildeo se pode falar em desenvolvishy

mento como algo abstrato como uma ideacuteia apenas

Soacute quando tOcircda a populaccedilatildeo toma consciecircncia e eacute mobilizada para venshyncer os problemas que lorrnam aque1e c~rcu1o que falamos anteriormente e que

comeccedila haver condiccedilotildees poliacuteticas favor~eis ao desenvolvimento

Poder-se-ia dizer tambeacutem que a tarefa de desenvolvimento eacute essenshy

cialmente poliacutetica e as necessaacuterias atitudes favoraacuteTeis ao desenvo1vimenshy N 1J __t o so poderao ser tomadas num regime de certa disciplina coletiva Ora~

sa discipfina tanto pode ser imposta QelQ focircrccedila r s~r exercida ppr JPDa qishy )IT~ ()A eurogt ~7 ~gt- Alt- (UL~oacute2c- e~ aT-lt ~ ~ltM ~~

tadur~como ser oeeelhids pGP ~e~~~ pOTO num olima de respeito ao outro

co~o pessoa CODO sujeito e natildeo como coisa

Por outro lado ecircsse esfocircrccedilo tanto pode ser feito num regime de inshy

justiccedilas que apenas exija sacritiacutecios de uma classe e natildeo de outras ou

num reGime onde os sacrifiacutecios e as responsabilidades satildeo igualmente reparshy

tidos entre todos Ressaltamos ai~t~ obra do desenvolvimento eacute inadishyaacutevel complexa e essencialmente ~18la Donde a tentativa de um prooesso

~i~~ ~~~~~~ ~1 ~~

~

-lt ~~middot~~~-~~~~~~~~ii~~~middot ~~

bull t t ~

r I l ~

fo~

I

I

que caminha para o desenvolvimento soacute seraacute autecircntica se atingir a tOdOS~

os setores

Terminando diremos ainda que a tomada de consciecircncia vai exigir

uma mudanccedila total de mentalidades de estruturas de relacionamentos Uma

reestruturaccedilatildeo nos setores econocircDicos poliacuteticos e sociais da sociedade

global

Gostariacuteamos de insistir para que se tivesse em conta que as diversshy

saa partes da fundamentaccedilatildeo do programa do IiEB satildeo uma tentativa de estushy

dar os aspectos diferentes de uma mesma sociedade a sociedade nacional

brasileira em relaccedilatildeo com sua posiccedilatildeo no mundo seus valocircres culturais

suas tradiccedilotildees de sociedade econocircrnicamente dedicada ao setor primaacuterio

o que deve e estaacute sendo mudado Por isso chamamos a atenccedilatildeo para que se

tenha~ sempre em mente os diversos fascculos natildeo como ~oisas separadas

e independentes mas como tentativa de estudar elementarmente os probleshy

mas fundamentais que devem ser conhecidos por elementos profissionais que

se dedicam agrave educaccedilatildeo de adultos do Brasil

l

MOVIMENTO DE EDUCACcedilAtildeO

DE BASE

FUNDAMENTACcedilAtildeO

DO PROGRAMA PAcircRAcirc 196

I parto PROMOQAtildeO mJlWA

F U N D A il E N T A ccedil I O

DO PROGR1JlA PARA 1965

2~ P i R T E PROIOCcedilAtildeO 1IuumliANA

O Introcluccedilco

1 Conscientizaccedilatildeo

11 O Bonon

12 O Trabc1ho

13 Conuniceccedilatildeo

4 d C 1 bull 1iO~OS e oDun~ccccedilao

15 Os Condicioncnentos Cu1turcis

16 O Heroi euro os j~oios de Ruumlolizoccedilco

17 A eclizoccedilatildeo de Pessoo nr FCJiacutelio

18 A Rco1izoccedilatildeo da Pessoa nr Sociodcde shy

2 bull OrgLn~Zcccediloo

21 Funccedileo Sociol do trcbalho

22 CoopGroccedil~o organizedc o nco orgw1izadc

23 Associativisno

24 Cooperaccedilatildeo Econocircnica

25 Accedil~o poliacutetioa

I

o INTRODUCcedilAtildeO

o trabalho de promoccedilatildeo humana eacute intriacutenseoo agrave proacutepria eduoaccedilatildeo uma vez que eduoar natildeo oonsiste em adaptar algueacutem a determinada sishytuaccedilatildeo a determinado tipo de sociedade mas dar elementos e eondishy

- tccediloes pera que o homem se forme Eduoar e levar O homem a omar oonsshyoiecircncia de seu napel de sujeito do mundo ~ integrar algueacutem na obra

fi cultural na accedilao do ho~em que transforma a natureza A educaccedilao e uma exigecircnoia e um direito de todos uma oondiccedilatildeo para que o homem se realize se afirme como pessoa e oonsequentemente se promova

Esta promoccedilatildeo natildeo deve ser individualista Deve ser uma autopr~ moccedilatildeo comunitaacuteria atraveacutes da qual se procure ajudar e apressar Na integraccedilatildeo de todos no processo de oriaccedilatildeo cultural Com isto nao se pretende uniformizar homens e culturas - o que seria Ullla aberra M

ccedilatildeo - mas humanizaacute-los aoeitando e respeitando as diferenccedilasDentro desta perspeotiva aohamos que soacute haacute promoccedilatildeo quando as necessidades da pessca tendem a ser satisfeitas Soacute haacute promoccedilatildeo quando haacute natildeo ashy

A

penas um despertar mas tambem uma tomada de oonsciencia do valor h~ mano e da posiccedilatildeo que cada homem ocupa no mundo Soacute haacute proLlOccedilatildeoquall do o homem tem acesso aos meios de comunioaccedilatildeo e quando no seio das instituiccedilotildees pode exeroer sua liberdade e responsabilidade oomo pe~ soa humana Soacute haacute promoccedilatildeo quando haacute partioipn~atildeo ativa da pessoa Soacute haacute promoccedilatildeo quando a pessoa escolhe o que e mais adequado agrave sua reali zaccedilatildeo -shy

Evidentemente em um trabalho de promoccedilatildeo haacute diversos estaacutegios Por isso natildeo se pode esquecer que tudo que foi coloo~do como sendo promoccedilatildeo pode se prooessar em um soacute momento ou em momentos diferen shyteso ~ essencial que se tenha presente e bem claro ateacute onde se quer chegar porque ecircste trabalho jameis pode ser feito desligampdo da eacuteposhyca do momento histoacuter~co em que o homem estaacute inserido Em nosso ces~ por exemplo seria utoacutepico pretender-se fazer um trabalho de promo shyccedilatildeo humana sem levar em oonsideraccediluumlo a realidade mundial brasil~ira e de LEB

Como atraveacutes de um trabalho educativo se pode contribuir para a autopromoccedilatildeodo povo Inicialmente formlmdo-o inoentivando-oin~ trumentclizando-o e criando condiccedilotildees pera que tome parte etive nas associaccedilotildees e organizaccedilotildees de sue comunidade criticando-as e melhOshyrando-as Estas associaccedilotildees satildeo oportunidades de cada um exeroersuos responsabilidades e liberdede Por seu intermeacutedio natildeo h~ apenes Q~ despertar mas um comecircccedilo de promoccedilatildeo do povo todo promoccedil~o nno ind vidualista utilitaacuteria mas e serviccedilo de comunidade

AI v N

Promoccedilao humana e ascenccedil2o de ocda homem de ceda fraccedilao da hushymanidede dos grupos que i~pulsionam esse mesma humenidede Dontro dessa perspectiva nco podeillos acoiter a presenccedila de marginalizados por miseacuteria ou por privileacute3iOs de classes ou de castas (Ver 1ebret Konifesto por uma Civilizaccedilatildeo Solidaacuteria pp 15 e 85)

middot1

bull

A recuperaccedileo do home)1 acrgincliacutezcdo jcucis ser1 conseguido por um simples trabclho de clfcbetizaccedil~o porque embora haja una corrol~ ccedilatildeo entre onalfabetismo e mcrgincliz[ccedil~o assiD couo entre cnclfcbe shytismo e subdesenvolvimento nco se pode dizer que o analfobestisDo s~ ja a causa da marginalizaccedil~o e muito menos do subdesenvolvimGnto~cei tar isto eacute querer como diz Pierre Furter tomcr o efeito pele causa A alfabetizaccedilatildeo purc e siLlplos nco tem sentido uma vez que c tIera ashyquisiccedilatildeo de alguns conhecimentos de leitura escrita e c~lculo n~o leva a participar conscientemente do desenvolvimento do pels e ter

fo r -- um consciencie cr~ ticc de realidde A alfCbetizcccedilac de cdultos deve levcr o conjunto de populcccedilotildeo a participer do desenvolviru3nto do peJsSoacute dentro dessa perspectiva estcreacute contribuindo pcrc a integraccedil~o do homem no processo de trcnsfOrli12ccedilGo cultural

Diremos cinda que um trcbolho de educcccedilecirco dentro desso pers shypectiva de promoccedilatildeo para ser autecircntico deve pcrtir de necessidcdede libertcccedil~o das clesses menos favorecidas Deve procurar propicicr os elementos necess(rios pcrc que cdc- homem tOLlo pcrte ctive no desen volvimen to de sues cOLlunid~des fezendo opccedilotildees pele conservoccedilecirco ou modificaccedilotildees de reelidade em ~ue se encontre Cremos que isso eacute fundQ mental t porque uma sociedcdc Lloderna e democr5tica teiacute] necc8sidade de umc cuI turc pcrticipcdc por todos Este cul turo deve perDi tir c tocircshydes as olasses ou cotegorios sooiois o todos os indiviacuteduos qualquer q~e seja seu estado profissional ou niacutevel de instruccedil~o uma particip~

nt~ 1V~ na da SOCla1 polt~oa ort18 tlea c i cntflCCccedil~o Vl economlca 1 1 espirituclt(Joffre Dumezedier Rcfleacutexions sur lentroinencnt L1Gntel Paris PEC pI) bull

2

1 C01~middotSCIETIZACcedilAtildeO

Para se ter consciecircncia de alguma coisa satildeo necessaacuterios apenas ao~s termos o sujeito que teH consciecircncia e a coisa da qual ecircle toshyma consciecircncia O ~o ~e con~~i~~ en~retanto exige a presen2a de uma segunda pessoa exige UBa cOBunicaccedilao entre dois sujeitos so~ bre alguma coisa Conteacutem assim trecircs tecircrmos dois sujeitos e um obshyjeto Conscientizaccedilatildeo implica consciencia de si e comunicaccedilatildeo dedois sujeitos pela mediaccedilatildeo do mundo Conscientizar eacute portanto dar el~ mentos par~ Que o homem tome consciecircncia do que ecircle eacute (consciecircncia de si) do que os outros satildeo (coillunicaccedilatildeo de dois sujeitos) e do ~ue eacute o mundo A maneira de se conscientizar eacute que pode cariar de acorshydo com a eacutepoca histoacuterica a concepccedilatildeo que se tem do homem a viseo que se tem do mundo e o sentido que S2 tem da histoacuteria

Todo trabalho que visa agrave promo2atildeo humana natildeo pode deixar de si shytuar-se numa linha de conscientizaccedilao Logo neo se pode pensar em fazer um trabalho de educaccedilatildeo tendo em vista uma autopromoccedil~o e uma a2atildeo visando uma mudanccedila de estruturas sem conscientizaccediluumlo O homem nao pode se formar dentro de uma certa perspectiva dentro de um co~ texto hist6rico determinado sem se tornar consciente de suas respon sabilidades de ci~Jdatildeo e consciente de suas responsabiliQades de hoshymem criado c im~~u de Deus

Donde Se conclui que educer formendo a pessoa humemo dentro dep ta perspectiva de promoccedilecirco comunitaacuteria implica sempre conscientiza~ ccedilampO uma vez qu~ e imposs~vel educar sem dar elementos pera que o hg mem tome consciencia do seu velar couo pessoa sues exigecircncias de reslizaccedilatildeo seu dever para com os outros sue capacidcde cricdora sua ccpcciCcde de comuniccccedilatildeo etc (Ver o trabclho lEduccccedileo e ConsshycientizaccedileoH de Raul Lcndim)

o processo de conscientizec5o v~ric de ac3rdo COD a conccpccedileo que se tem do homeu Que eacuteS o hOl18 pcre noacutes

Encarcdo somente eu sua clLwnsecirco cni mo1 o horleuuml pOdcruacute ser reshyd~zido um 9bjejfLAE_TJi1tu~e_ze 0010 os outros animlIacutes a Uhl ser quebull nao tr2nscencle a naturezc e estuacute submetido e seu det~rminisrlOI=os o comportamento Jnimol eacute puremente odcfJtativo e a cccedilco do hOmiddotlem eacutecleacutem de 8odeptctiva cricdorc A 1I000ccedil30 11 do oniael necirco crie 1111 mndo nocircvobull mes se estrutura e12 ll1e~ma CO10 90 mndo J2 o honeLl tolcdo como secircr que co~hece o mundo e nele oria eme ordem humana apresenta-se nco c~mo ~e~d~2~~ndo mes~como UD secircr~~o ~undo Sue vida sue cccedilecirco reashyl~zc-se no mundo mes ~le o transcende transcende a netureza torshynendo-a humanc 0010 Ser oonsciente o honlem se cfirme COIJO sectuieijio do mu~do tornando-o seu objeto

bull 3 bull

Conhocenagraveo o mundo o homoD escolhe pcr si um sentido decirc a seu oovimento e suc QCcedil~O um significedo que trQUscende e orde~ ncturel bull Dei dizer-se que e inserccedilatildeo do homem no ulmdo realize-se com anbiguishydede eacute UD sor que trenscendo o oundo e por isso recuse-se e situe~

- t t se como sor do o~~dco Entrct~nto sue eccedileo seu mOV1men o 1n r1nseco que o eperfeiccediloc reclizc-middots8 no 2mndo

A relcccedil~o do hurlOo COrJ o 11Undo ecirc umo rel--ccedilco ocdietizada pelo trcbclho B cinde 1 frent~ ~os outros homens ume relcccedilco de comunic~ ccedilo 1 que pode ser expresse 00 domincccedil~o ou eo -0coTI1ecinento (LiE]BFur dcmenteccedileacutev de rViver ecirc Lutcr Pj) 1-4)

Ume vez feita ~ cu~ccccedil~o do que o homem no sentido genrico sereacute ebo( ]0 ll ponto que e qiacutelJse umo decorrecircncia decircste dignidede feminino

Iniciclmente diremos QU9 noo h~ nede que distinga o homem de mushylher no pleno de dignidcde t1U~~e cnquento ser recional cepaz de trenscender o mlli1do em (xis tecircncie pessocl relecioncde com os homens e com Deus (l]iB FundeL1cntaccedilao de Viver Luter p 22) Se fizershymos uo estudo dos texto biacuteblicos 8 dOecircl docunentos uontifiacutecios que tra tem de flll1er e~contrclmiddoteos trechos provendo qu~ elo e O honem sio igucis qucnto agrave n2 ZC o dignidocle criou Deus o honem e sue imeshygem crioumiddot o ecirc imepGLl de (11S e cri(Umiddotmiddotos honem o Tmlher (GenI27) bull Comoveuuacute~ o texto n~o fez elusZo elguwc n superioridcde de um ou de outro sexo~

Nos eplstoles do S~o Pculo 118 t~beacutem1 vaacuterias Pcsscgcns onde eacutele abordo o problema dentro desse perspective de igueldede dos secircros hushymenos Assin ne ]~ Epiacutestole eos corin~oos (XI1112) o apoacutestolo nos diz bullbullbull nem o hOriacuteED exisie SCi e mulher nem e mulher 8011 o homem $

no Senhor Porque se e mulher foi tircdf do honc1 t2tlbm o homoLl foi concebido pole Lulher 1 ll~S tocircdes cs coiacuteses vecircm de Deus o Dirigindo-se aos Gaacuteletes diz lo natildeo h6 judeu nOD gregos nco h~ servo nom hoshymO1 livre n~o baacute hOIleD) nol Bulher Porque todos voacutes sois Ul] soacute em Cmiddot ( 1 -I 2 )8SUS r~sGO J 1 ~ 8

Pertindo desses coloccccedilotildees 1 UlilC pergunte se irJpotildee eil que consis te esse dignjdcoacutee que e Llulher recebeu de Deus Pio XII responde de

bull Uile formc oul to lllcidc eacute soacute interrogcr e noturezo huncuc tel qucl Deus) foJuou elevcCc e rcsgctedc pelo sengue de Cristo Em sue digni dede pesso~l de FilhGB de Deus o houem e e mulher SQO ebsolutamonteshy

bull igucis bullbullbull (Pio XII Alocuccedilco ~8 mulheres itclicuas en 211045) bull

Com efei to pode-se dizer que c rlulher e o homem sco iguois que to c ncturezc e c dignidede eT1borc haje olgumes diferemccediles de fUlCcedilOtildea3 A primeirc delcs e e meis fundeDltmtol neacuteo reste dUacutevide eacute o bioloacutegimiddotmiddot ca A proacutepria estruture fisice do houem e de mulher det0ruino funccedilotildees diversos no que concerne e proc~ioccedil~o Ao ledo desses diferenccedilcs eshyxistem as de ordem psicolocircgics c que se epresentoo socircbre vaacuterios ospe9 tos Sco esses diforenccediles de funccediloes fiacutesico-ps~quicas quo levam o hoshy

4 o

BeD e Co li1UIher c se cOrJpIGt~reEl 1-LCS nroN soo G 1as que dtc ori1ncn o d dque e proprio prro o honGI ou par c mul~er eLl terrlOs 00 1Vlso~ c

trabalho G d0 possibiliddcs d0 reclizeccedilao Acrcditauos quo as d1fc shyrenccedilas existem mas satildeo devidasGB grande parte a condicionaDcntos sociais

O trcbclho servil etribuiclo C I1ulher sua proacuteprie cveliaccedileo coshy f h t imo objeto de que os honcms se serve sao U-J enOLlono lS orlOO e cv shy

dencicm una si tucccedilatildeo dG injusticcedilc e de dorincccedilatildeo por pcrte do soxo nl culino (rmiddotmB Fundalwntaccedilco de lIViver oacute Lutar ll

p 22)

Atuelrlente nco soacute a tlulher reconhece suo dignidade rJC-S tenbbl1 cada vez mais tone conscincia e reivindica direitos e devores con shysentecircneos 0011 ess dignidade tento nc vida fcmilier OOBO na vida s2 oial (PT 41) Aceitcr que a r1Ulher eacute pessoa no sentido pleno de ~2 I avrD eacute efirt1Dr que ela eacute iguel co honem e negar que ele seje UH ser que encontre sue rnzco de existir no honem Partindo dessas colocaccedilotildees podemos concluirl n r1Ulher necirco Gxiste c surviccedilo do honem nGliacute1 o hODum a suacuterviccedilo da uuIher Llas todos os dois a serviccedilo da obre do gecircnero h~ IDno a serviccedilo de construccedilecirco do wundo (Jecques Leclerq Vors unuacute ff mille nouvelle - Ed Universitcires Pris 1962 ccplIl)

1 2 Trebclho~EQ

Vrios sEo os sentidos ddos eo torno IItrebelho PCre uns b ecirclo o mediador entro o h0l210n e o nunc1o pera outros 3 o 0io pelo qur1 o honem cteste sue presenccedilc pcssoel construindo une obre tlui tos jul

li shy

g~D-no enfim CODO o sinel dr transcendencia do homem sobro o mundo LIas nco eacute sonGnto neste pIeno que se -lcnifeste c plurelidcde dos sen tidos d~da co trCbalho HistoricCD0nte tGub6n toe-se dcbetido sSbre seu vclor Pare os Gregos por eXQLplo [ dignidcde do honeo estcYc ne etivid~cG contenplativa sondo o trebaIho m~ual desprozedo

A vis~o biacuteblico no entcnto eacute totelnuacutente diferente Deus ~ende que se cultive o pcrriacutezo (Gecircn 1115) O trcbclho penetra 0ntco no iacuten tino do sr hlo fcz perto do plc-l1o fundascn tel dG Deus sSbre o gecircshynero hmlcno O pecedo entretrnto degrade o honea E dai Oi~l dicmtc cnte s de expriuir e puj nccedil a do hOXCLl IacuteElcgem do Daus I o trcbclho se torno mIC (1ccedil20 uacuterdue e penosc__ Nturclwmte o tr~bclho devcrio SGr ULm ctividdu ospontacircnee e cIcgre uas pelo peocdo torno-so eacutelificil o doloroso A EncDrnaccedilatildeo e c Redonccedilco renovem cste visno dcndo UH sentido portioipcntenente criedor c rodemtor co cgir huncno J DOSDO se

bull do o trobclho Url~ tnrofc rclua nocircIe se desvende a r1c~is iacutentiLH1 o funshydemental espcrcnccedile do hOUOtH a eSIJorenccedilc da Sc~lvcccedilco

A oul turo nodorne cpresentc cOrJa denominedor COL1Uru o huaanisI10 do trobclho f eacute c pcrtir decircle que os veIocircres se torna0 fundcuontados t O houeu constroacutei un ~undo hunano onde se hun~niza huucniznneacutelo Eu SU41ns o brcbclho reIccione o hOIJOD con o mundo hU1cniza e 11turoze c oOtlunicn os hODens ~ntr8 si dando agrave accedilecirco hUDcnn UDe rcsponsobilidede universel

5

bull

rodo vlor do tr~ ~ ~ z e obre per cle p llZJshy

do antas - expressc o vclor doacute hOIlOU que pelo-tr~ r~vc~e o lnshytino do seu ser r sue trcnsecndecircncicv sobre o LlUndo 1 sue occedilco cricdore de UE D~O huunllo Ecirc pois o trcbelhoque revele o sentido do hoshy08n Ecirc po ser ecircle dinaDislo proacutenrio de UTl secircr consoiente e livrG~ que gcnha a suo digniclcdo CJB F~doJentcccedilEo de Viver 5 Lutcr PiP 5-7)

o hone1 eacute UI ser de relcccedilotildees COtlO ser consciente dicmte de nfl tureza ecircle nca cpel1CS c conhece L1oS troneforna-a pelo trobclha h ncnizan~c e ctrcveacutes do trcbclho se conunico eoo os outros honena Este conuniccccedilco entre os honens pode ser feit~ sob ducs forocsl de reeonhe~iDcnto e de douiu~ccedilCo

A conuniceccedilco eacute de reconnampuacuteinonto q~ndo uma pesso procure ~~~ tor a singulcridcde de outra nunc atitude de reconheciuwnto e de coor qucndo nco h~ conuniccdos j nas conuniccccedil~ qucndo nco heacute ct~~middot tude de deBpotisoo ou de sinples indiferenccedilc pelo que o outro eacute nas sitlum atitude de CJ10X e de respeito pelo outro 0000 pessoc cono sujeito COLlO ser presente-no nundo responseacutevel pelos outros seres Nilo posse elessi cr neI1 definir o outro 1 mcs ccredito nele c o resP Ed to Enfim c cOLluniccccedilatildeo sob e forJlc de reconheciucnto eacute equ~ la que se dirige co sujei to e quer sue reclizeccedilco oono pessoe coco liberdeee qucisquer que sejen seus dons ou defeitos

Acirco contr6rio c couuniceccedilecirco se fez so~ e fornE) de dO~Jincccedilecircoquca do treto o outro COilO objeto quendo o treta CODO U11 auscmtc 00110

un repertoacuterio ele dominc~co qu lO podu ser uacutetil ou cano Ui1 instruuc) to ~ minhe clisposi2coll Enumucl Eounier f O PcrsonclisLlop 63) Hn re~cccedilecirco de cloLlIacutencccedilao o qu ccontGce oacute UJl iechcnonto socircbre O cu N~o shy

hcuu BoviwmtodQ 2l pcrc O tu~ e fir1 de se chegu ao ~1 estebolg condo cs uumlTl bcses ro~is uw l1undo do crioccedileo hUJ1Cllc Fincll1ontc pocle~se dizer quo e counicoccedilecirco ele doninoccedilco rigoroscDcnto f c1cndo

N N N N

nco Indo suumlr to~ 0010 C ol1uniccccedil 00 porquG nco hc unc rolcccedil-o do eonsciecircllcics ncs cponcs cOlunicedos ou inposiccedilotildees entre honens

Lbrowos r t cu que u c t r[wes d C comunJccccedilco cntVi C~1b I ro os h ODeus q~e o hO_lGLl recrio c Ci~ ~middotQDQn to i pcrticipcndo t CSSIacuteLi t no c to de Crif geo EstL COUll1iccccedilotilde-o ecircste [to de CDor eacute o reflexo do Deus na criashyture t rio lODOU

NIrbullcs c nluni CCccedil co entre Deus e o hOLleo nco se r~ SUllG nc obro do bull I

crJcccedilco 6l )U8 Deus se Imnifesta poreacuten eacute um~ relGccedilco que continua a existir e 2 reclizcr-se c trotildeveacutes dos teupos e que v~i cteacute a Pcrus1~

6

Natildeo se pode falar eu cormnicnccedilatildeo desoonhecendo-se os meios que possibilitem sua realizaccedilatildeo

O primeiro decircles eacute o lrab_2J11o O trnbclho cooo j5__foi c1itot~ansect forma e na-cureza y ateste a vide hunane e e aperfeiccediloa -S e tclben a nosso ver o principel meio pelo qual o honem se comunicc COB os ou~ tros homens

Ao lado do trabalho outro ~leio de comunicaccedil~o que mereee um real - t t daes aque e a ~JLu~aJLao Se entendernos e ace~ armas a e uoaccedilao omo pr~ cesso global de reelizaccedilatildeo hUllllme que iaplica eu accedilatildeo cperfeiccediloadorc nco soacute por pcrte do educ2ndo Em8 tG~1beacutem por perte do educador procosect so pelo qual o honeu cresce no contato eoo os outros h011ons e 001 a nCtureza tr2nsforwmdo estc em cultura e conunicando-ee com os outroe

t 1 d n e ducaccedilco soro necesser~cl]en e a~a ogo sera I1e~o o COE1Ul1~CCCcedilco ou a comuniceccedilatildeo por excel~ncia

Outro meio que nos pcrece UlJ dos wuumls espontecircneos c por isso I18sect

OOUI dos mcis rioos eacute G Ete_l-012~ar A arte populr lonifostc a sensibiliclcde geral dos que c praticCil por UL1C seleccedilro de lotivos que sco ume espeacutecie de lingucgeJl oifr2da Por detraacutes desses elOiwJltos apashyren temente sinples apcrcnteilcmte desconexos mui tos VecircZiCS 00 observS

t N f t bulld or es t remh o e pouco d esev~scoO 03 00 cs ~n ~n~ es e ver~aiacutel~S3~Ke ex pcriEacutelncics relizcdcs por m1i-bcs geraccedilotildeos (IIEB Justific~ccedil2o de lIVi ver eacute Lutcr p 86)

Ao lado dessos meios tclvez os a2is ricos lembrorelOS OUbros 02 110 veremos c seguir

L QQPv~~_rsQ por e~eLlplo eacute Ul1 decircles No meio rurcl sobrotudool2 tono o lugcr da lintUcgen escritc Lpresentc-se sob os forlcs Dsis vcshyriadcs I desde os ilbate-papos os liDoxericos 1i oteacute os notcias que s~o trczidas dos oentros urbonos atrovGs do Severino que foi c feiro ou do chofer de ocninhOcirco que pcsse todos os dics 11 estrcdcbull

Ao Icdo ele converse orol outro Deio de coouniccccedil~o que uercce ser lembredo eacute ~ 9orr~on~~Icj_c ccrtcs d negoacuteoio assuntos fc1ilic shyres pcrtioipoccediloes socicis eto Tudo isso e cssunto dr converse ascri shytc Reconhecendo a ililport~l1cia decircsse Deio lar1ontcoos o fe-to do Lmi tos homens n~o o podoreo utilizcr parc 80 OOrluniccr eoo outros hOlJGns as a cOL1un~caccedilco ~ s t coril o IV~Den t o d c t n-oc d ~~nc~a aOSOl1VO ocn~ca N prrou ci Houve uo ercnde cperfciccediloL1CntO liiacuteovos meios surgiran tJleacutecrcfo telefone iaprensa r5dio cincuc televisatildeo etc

o te~bgr~fo por exe~lplo vaio resolver o problerlc dr rcotildepidoz dr comunicccedilco uumlscr~ ta eilborc 8ejr UL leio ustdo qu~so quo c~clusivrDonshyte nc zonc ul~bncbull J2 0 tuumllofone necirco soacute fccili tou L1cs t-Llbbruuml foi UDa sOiuccedilao pcr COlSCs CTI r~gc GGg~en UH rU~uCS que t es ob tOr~c1Cm t c

cont1to direto ou escrito Desdo os reccdoa utilit~rios os ch~nCldos o

7

bullbull

e pedidos de fornecin8nto ctC os siuples bcto-prpos o telefone siJ shy1 f t t R t 1 b bull (lUP J Joou nuJ o c CC~lunJC-Ccediloo c CJs nOJe es c 0Ll rer 1ioa~vJe c ~ t lo no nosso pCJs esse -18JO ele CODU11JCCcediloO S0 ros rJngc quase 2pono8 c

tzona urb cne e cssJr1 UClSilO prGocrlc10n e

CorJl relccedileo c~ iruumlpronsc podo se dizer quo lc foi 9U030 Ull suco A N - A

dana0 de convorscccedilco orel e de corrcspondcncie COLlO est2 t ele uuml touumlshyb d d er1 voa c UD grcn e nUDero ao l1OrJons

O hOLWD ctuclBGnte t conte cor outros rteios de OOUU-YJ1CCcedilCO

O oine~ por exenplo quendo beD reelisodo eacute uu dos neios noisbull bull 110 d d 1 t rJcos CJneDc G U110 espcele e De JoClor en re nos e c proprle VJClc

entre os ngtssos olhos e dos outros llomens Atrcveacutes do c11180 o houon torna-se trc~nsporente i luz eloqientc dirige se pcrc o rosto os olhos que nos revelcl c SU2 personelidede Uco Llportc quo seja o

t t t fN U t vlgCrJO o pros 2 u C ou o or 00 112 purgun C seLlpre G I GljjC que]H HA

Sco eles CruzcDos diricllente COD centcmes de pessos nca neo nos encontrDos Feltc-nos teopo pcrc isto e sobretudo disponibilidede Eol olhemos o proacutexirlo O hote~ torlo se UD eoisu u- objotol pcrc o Jutro hOD8l 1188 o cineLlJ nos obriga senpre e pergunte qUOl s~o ocircles E ueis cindc nos leve ~ indcgoccedil~o qUCD sou eu (Guido Logger sscc Educar pare o Cineua ColoccedilGO ~ducer perc e Vide Cedorno 2Peshytroacutepolis Vozes p 7) Coo VODOS D iuportecircncic do cincua OOilO l1cio de conunic~ccedil2o t enorLle InfclizJonte eacute tc-beacuten G ~oIillClc rcstl~i to c zono urbcn c bull

(J t d d middotun o 0 ro -20 cpeser e sr ur iJeJO Donos rJCo quo o cJl1euC t

sue penGtroccedil~o c-uuito D~ior O rtdio chego aos lugaros do acesso ixds difici Por seu intaroacutedio o honen de zonc rurcl por oceuplo podo tot1c~r conhEciJcnto no soacute do quo 80 pcssc nc~ cidcde proacute~i~l~ 1~CS tCj~1-beacuteIl no p2is no rundo O proacuteprio middotfeto de o reacutedio ser utilizdo cono UiJ ins trunento dE oduceccedilo Oacute UL1 prove de seu vgtlor

Entre o Oi1101C C o reacutedio poder-se-it) situer o te18visecirco Necirco res t duacutevidc qUG G U1 elos Lcios 1i8 Dod)rnos do conunic-~ccedil2Co~-middot-que nOD

seGpre 6 be~ aprovQitdo Sue influ3ncia ontretento fico licitada co Deio urbeno ou colhor oos gr~ndcs centros

middot T d cvJ e ncO so pode flccr prosoAost0S D010S de coo c COu11CoCcedilCO

10 sendo os uacutenicos Outros eJds-cer e dCSClroqI1hD UD pcpel deoisivo so bre es populeccedilotildees co~o eacute o ocso dcs estrcdcs que pouco c pouco vOtildeOacute ligendo deg pois todo Sobretudo o tr~fego ceacutereo inpriDc e estos co~un ccccedilotildees a repidez do seacuteculo

A tu-liiacutel mte j~ nco constitui novidcd0 clgune dizer-se que grcJlde nUacutet10ro de brcsiloiros no pcrtioipe de vide culturol do Pcs Nel se] pre poreacuten se teu consciecircncie de Que c ciorie dos horous 1S0 ti _tu

bull 8 bull

10it~ dc 21lJ t~f rillS sim Qbjcto dc cul tUla de una li~oric e que o de sn~vel cul tural proporei ano UI1 tipo de i2crginclizcccedilco que dificulte e proacuteprio conuniccccedilco entre os homens e entre os diversos grupos soshycieis

o desniacutevel cultural gere COUUIlOnte desniacuteveis nos plenos Gconocircoishyco sociruuml poliacutetico e religioso Por cCuse decircsse desnivolanento e sociedede bresilcirc cteacute hoje esteacute forocdc por grupos culturclu0nta e strctific-dos Nco foruumlc UrJ tocio t no quel o rasul todo dCs olcboro shyccedilotildees cultur~is eacute pcrticipcdo por todos oesoo que ecircles ~~o pcrticipeo dcs oeSLlC8 etivid~deacuteS ou no ueSLlO niacutevel Todos colcboran 112 oleboro shyccedilco oul turcl uCs nen todos taJ tido oportunidcde de prticipcr pro shy

bull porcionclnonte dr suo 8ignific-ccedileo Ore isso nco podo ser coeito ~ preciso trouumlher por UD tipo de socicdcde eL1 que se aceite o so epro voi tee oontribuiccedilco de todos s preciso trebClhcr por up tipo de 80- ciedcde onde o oulturc suje cepcz de sotisf~zer ~s verdodoircs e toshytcis necuacutessid~des do houem

tI d-- necosscr~o ~r bOl clCro qU8 qU1 quer t N o~cs G ~n uumlnccediloo propor shycioncr co houcu 1lgun loio do il-lhoric cul turl teLl quo prtir decircle

e h Jvo raSSDO TGJ-S8 (Ueacute pc_r t lr d o prlnc~p~o que AIc oucn o o 10 t pr~u

cipc_l de sue proacutepric forneccedilco TOl-se que cjudcr o houou e se si tU8r eu seu contexto e scb0r distinfllir o que o difercnci1 ossenciclL1ente ds estrutures sociis dos conclicion~i8ntos de n1turczc c dos outros hO1ens 11 A priuoirc terofe do crist2iacuteo sc rochlOnte for crredo de

d e t f OSSi3S d obI- SUJClCO t lo scrlco e rns orucr nOeacuteOnSG JGtO GI c ornoshyrG_luen teilcgel de Deus se outoconfigurcnclo bull TI) so este cutooonfigushy

so so pod G f czer nc t t~Vldcde conSClOnC~ose ov~shyrcccedilco ln erSUDJO dente quo o hOiJo nso pode sor suj i to de cul tur sc so intogror no processo culturcl socil G hist6rico

RetoJl1CO ncis ur~ vez o cua j~ foi dito lonbrc~roDos que D

eccedileo hUHcnc per ser counicccedileo -elos honans entro si ter sClprc une d~oanseo socicl 1l cul turc protildepricwnte di tc nco eacute o produto dc 0- ccedileo do hOtleLl singulcr l2CS dos hOD8ns socicloGnte relrcioncdos Se e cfirncccedilco do hocen ele n turezo trcnsoendendo-o e trnsfOrj~lcnshydo-c 6n teo el eacute 0010 prosenccedilc c~o homeo no rlundo elenento de ligoshyccedil~o dGS hOBens entre si~ por isso ten que ser vivida por todos proshyporcio~elnento Cricdores decircsSG ~undo humno todos s~o rosponsaacuteveis pesso~uumlLlimte 8 8ilqucnto todo sociol pelo justiccedilo e injusticcedilo do or-

A shyden hUD~no de que eles so sujeitos Aceitcr ou recuscr injusticcedila1

(~c oreleu 20cic~1 n3o eacute torefc do hOllel isolcdo DC-S de toclos os honcns mqucnto secircres conscientes livres G c o JlUni teacuterios

A condiccedilecirco priueiro pc~r~ quo o hOrl211 s~ ~001izc COD0 pOSSOB e

que os direi tos que 8Llcnau de suo proacuteprio neturezc sejcl respeitcdos Dntre os v~rios direitos scliunt~rcDOs os seguintes

9 bull

tA bull direito e eX1senc1~ bull eacutetiroi to 03 [leios l1cousstrios prc viver dignDL1011~O ~ direito ~ pesquise do vurdcdo e c infor~~ccedil~o vo=dico sabre 03

oconteeiuentos puacuteblicos bull diroito D p~rticipor dos bens do culture o ~ oduccccedil~o

direito yscolher livro~o~to sou prampprio ostndo du vider

diroi to trcbclhcr liVrElllOnte e de flOdo hULICnO J ~ N d bull o oons1re1uO oqU~S1Ccedil~O de

direi to [ locomover-se clontro de counidcde poliacutetioc diroito o associ~r-so direito c pcrticiper ctiv~~0ntc de vide puacuteblico

bull (pere ULl estudo deste prte vuumlr ospocicljJcnt~ c encolioc eGD in Terris paraacutegrefos 11 c 27 e c Doelcraccedilco dos Direitos do L1el de ONU t 011 1948)

Couo os direiios do possoo ast~o bOE axplicitcdos no p~ocu in Terris e CODO o tono Cultura pcrticul~rjJQnte no osp0eto do nU8ossidoshyde de todos pcrticiporc~ o cprovuitDro~ dos benefiacutecios de obro cultushyrol ~ abordcdo 00 outro perte do Fund~u8ntDccedilno verODOS oqui epencs o cspccto referente 00 direi middotto que middotGodos os hOiluns tOcircil Oacute instruccedilecirco o educcr-sc

Como j~ foi visto cduc~r ~ l0vcr o hOill~D c t08~r consci~ncia da S8U ppcl d0 sUji to do clmdo 6 illtogrcr clguOacuteLl n~ obro cul tur-l nc dh t occcedilco o 0-011 que rcnsforlc o nrdiurezc A educcccedilo e UIl~ oaG~ncJc uuml

Uil direi to ele todos Ul conc1iccedil~o pr~ quJ o h0L10 se roclizCi c so Af1rre aouo pessoE

Hd d t o d cut t d cE) uccccedileo uumlvero ser u 1nSl1ucwn u o-conSC~Cj1 Jzcccedilco nu grondu co1tiJiacutemto huneno quo vivo otilde llcroacuteoIl d- vide culturcl Di) voreacute ojuder o hOI1oU e tOoos os honollS a S0 de silnvolvoreu G c se intoshygrcreu no couunidodo trczondo pare elo os riquezas individueis o do grupo Todavia pcro que iste econtoccedila n uacuteducaccedil~o teu de ser pfrc tE dos tera de ser pcrc o povo =os que se exige dD uuo 0duccccedil~0 que so quor cbertc c todos uno educcccedilatildeo poro o povo Exige-so que 010 sirva

iE t od os e nlto cpencg o esmiddotcc ou oquelo clsse c estes ou oquoloB n-t~recircsses Oige-so que sejc flexiacutevel e responde agraves necessidc-dcs e ex gencics dos crcndes setocircrGs sooiois cnergentes c vide l1tcional

esoo10 couo instruDcnto d~ do~oerctizcccedilampo de culturc e~bGr~ n1o ~pencs orientar os que c procurnn DeilOCrctizedo sue funccedilotildeo sur~ ncis Llportaute reprflsentar o povo integrcmclo-o n sociodcderaquo necirco pcrc quo ~le se torne consuuidor pcssivo do u1c cultura que natildeo f3z

- ocs pcrc que sejo trcnsforuodor ( criedor de cul turco

Podemos concluir Qste i toa dizendo n8o se pode cccIacuteiicr uu odushycccedil~o 00 quo t5dc e quclquer plt880e nco encontro oondiccedilotildees pore uo cutentic~ reelizeccedilco UlJL ecluc~ccedilecirco que nco possibilito o rGalizfccedilecirco dcs exigol1cics de hUDcnizcccedilecirco senpre cresclmto d possoc htE1Dilo

bull 10 bull

11 d t 1 d 1 dmiddot bmiddot s t r ~ c O si~ pvssor 8 8 C -1) O SCC1C qUiacuteJ n1nguel1 pO 0 ~ --- L

llccedilSiJO O viver n(- nod v01ccr co Pi SOL 1wnbrer-s0 elOS ili1OS ~ ~ fmiddot

propr10 d0 cCde hOilOl ctingir sue p-r (iccedilco nc COiUl1lC~CcedilCO COE os outros Tl socicbi1iclcdt) i priilOiro lu~cr SU 8xprine nc cOLltmide d( fclilicr ond o hOllOl~l 0 c _ulhQr constituiacutedos n ~_[3~_4iuli9-qs so ordene1 uu co outro cos filhos pelo vinculo do cDor pJssocl ll

bull

Prre quo fcLiacutelio cjude ruacutecluente c rcclizcccedil3o de seus lllbros 6 necess6rio Que ele decirc eonciccedilotildees pcr qU0 todos d~sonvolvcll sue pIJrshy

bull sonclidcdo u hcjn uc vordcdoiro respoito e cccitcccedileo antro todos ~ Jf d cdrproc1so qUG sOJcu cC81tcS todcs cs Q1 urenccedilcs C V1 C propr1c U0 LO ~

UH cssio COI10 sucs inicietiVcs Isso soacute Se processe no QntcllcG qucn do heacute roeln-n to c orficnccedil c bull Jll tG ajUS Dunbros quc~ndo h~ COiu1ic~~ccedilecircotilde ErJ ULle pclvrc qundo h~ caor

PCrtindo dtisscs cloc ccedilotildecs ampo-nos conte que o middot~binto oni 1 soe Ul 1b1011t e -COCtOS Su r0 lJZCll qUnd o G0US Q bull 81cr onou L~OLQl(l~_

DO disporsos p=los unccrgos qu~ tGu for~ da ccsc so suumlntu~ felizes quendo se GnContrcll ou C]u-ndo os filhos gurrdu d-~ inf~ncic ou de juvGntudlt c lc~br-nccedil- du ua l-r onde cncontrcrcJ1 clOr Cf por isso

l J Omiddot t conuJccedilocs pcr~ su uosbnvolv0re~ S pc1S qua procurc~ crJcr cu oucs

P

CS occsiotildecs ULl sabi0i1to ojldo os filhos sojml considcrmlos COLO sujuumlishytos t COi10 soros dotedos d0 cOl1sci~nci e libordcdc sco sJ71prG r(COishy

Iiacutens- d s Lmiddotmiddotmiddotmiddot~brnmiddotmiddotmiddotos ~ 1nc~- ~ lU~ f~middotmiddotl1llmiddot on j s u UO n --Dros tJo ~JJ ~ oIl~ t- d - - 1_114 tond n

v c rdcd i rC1i utCJ t c rocliz8rJ~l-sG n2o eacute cquol2 onde h5 lUi to Ginhoiro I1CS onde h~ U11 lliacutenino da condiccedilotildees hUl1cncs uuml clOr onde toeos sro trs tedos co~o suji to o nco nOLiO coisa (VGr Jeccqu~s L8clorq Vore UIW

P~lIacutelle P-ris t d UniV(1~8i trircs 1962 ccpV)

A feJiacutelie t8D dirQi to e c-rtcs condiccedilotildelts tento do l1ctur0zc ecoshynOcirclica G social coa0 cul-curel ~lorcl que contribuCiJ pcxc consolida lc e cLlpcreacute-lc no dos0mpJllho do sue funccedilco (PTsect16) 802 lS lliacuteniIleOshycondiccedilotildees Gl h~bi tc~ccedil~o c de ltJsccbi11d-de 8conocircuice por oxoplo c f

1 d d b 111 ~C neo po uumlrc 11JU cr c todos sous Wil ros c sc Qcsenvo VQrOl o [1

s~ ro~liz2ra~ co~a plS80cS

Por outro ldo ilCOLlpotc Cos pcis o prioridcd0 do eacuteiroi to N 1 I ~) A ques t co do sustento o oducCccedilco dos proprlos f11hos PT ~17 80 eles

os educodores netos do seus filhos 1l U8 diriaacuteto L1[8 ( tcnbeb Ul doshyvor qUl corresp mdG co diroi to Que tel os filhos de exigir decircluuml6 ecircsto cuidcdo Dste oduccccedil~ot co~o o sustento aos filhos davo prolongcr-sont t t - qUl os es 011 COn01ccedilo08 nortle18 posscn v~ver por oon ~ proprle bull

roclizccedil3o de uu f~liacuteli~ no dcv t ~l

teric ~s qUG tecircm condiccedilotildees pcre qU0 seus m0~bros 80 rGclizo~ dGVG~ sr UL1 COlSC 013018 cUGJ ~bull

shyder UL1 pouco d G 81 C outres qu nca goznrl decircsses ~osuo vclampras

bull 11 bull

A pessoa por essSncie uu ser soci~l Por ser U2 todo ~b0rto e gneroso conforoc ~ oxprossecirc1o de lseri tein eacute que lhe uacute peculir un corte eburturr - cO[luniocccedil~o Q quc 01- teLl que vivor 0-1 sociodcshydv ~ no oontQto 001 os outros houcns no dieacutelogo quo o hOiJon so dli scobr8 e se integr ne couunid~cle 1 couunid~de aebo cjudcr o hoshyne1 c c tingir plenewunte sues porfiacuteJiccedilotildees c se roelizer

Segundo Leco XIII II Cbull soci0declo nco foi ins ti tuiacutede de lodo quw o hOlJOL1 c busque 00110 ULl fiLl i~cs pcrc que nele uuml por ole posshysue neios eficezcs per~ sue proacutepric pcrfoiccedilecirco ll (SC194) TI Joco X~III ne Pecon in Terris ll diz quo II sando os honans socieis por ncshyturezc ecirc lister que convivQu uns cou os outros Q prouov[~n o bca uuacuteshytuo Por este rezatildeo eacute GxiGocircnoie do u~m sociedede hUijnc bel consti shytuiacutedc que ~lutueuentG sc jeLl roconhecidos e cULlpridos os ruspoctivos diacuterGi tos e dGvres SO[110-S0 itUQILonte qU0 todos dcvcn tr-zor D

sue proacutepric cOl1tribuiccedilecirco c oonstruccedilecirco de uue sociodedell(PT 31)

lIGs C construccedilatildeo elo Ul novo tipo dli sociuacutededo de U~lo sociodode D~is hUDGnc duacutependern d~ col~borcccedil~o de todos dns diferontes rolishygiotildees dos divorsos grupos ~tnicos ou idooloacutegicos O cristco tOil que oster presente nesse novo tipo de sociodode Sue presenccedila eacute exigide pele ceridc~dc e eacute Ul1 iupcrctivo do proacuteprio Evmgolho Por outro lc-cla esso pruumlsonccedile tou que ser efetive orgenizc~de t preciso d0scobrir unc fOrrIo que Delhor possibilite c todos porticiper ctiveLlonto no sociedcduuml 0 de exercer plenruluumll1te o pepel de sujeito ne construccedil~o delo O hooeu CaDa sujeito de Histoacuterie n~o pOdO dcixor do p~rticishypcr direte ou indiretcilOnte de vide puacuteblico Sogundo Jono XXIII bull die c dia so torno une exig~ncie da proacuteprie dignidodo hUrlono poder toner perte ctiva ne vide puacuteblico aubore verie e Bodelid-de desse

t middotmiddot 11 (p 7 ) per 1C1pcccedileo ~ 3

bull 12 bull

bull

BIBLIOGRAFIA p~R APROFUlTDiIEHTO DESTA 1amp PLRTE

1 Lebret - lIcnifesto por uua Civilizcccedil[1o Solideacuteria Livrcric Duca Cidedes Sno Pcu10 bull

2 Joffre DUL1DZedier - Refleacutexions sur lEntrcinenent ~(mtc1 PEG Peria

3 lkul Lcndiu Educcccedilco e Conscientizeccedilco Docuoento de Estudo elo LI~B

4 ELliJcnuel ounier O PorsonclisLlo Livrcric 1or~is Ik1i tocircrc Lisect boc 1960

5 Rocno Guordini - O l_tmdo o c Pessoo Livrcric Ducs CidcdcStS~O Paulo 1963

6 Jean Louroux - VOC2ccedilco Criste elo HOL1er~ FlcDboy~nt

7 Jacques Leclerq Vers lln0 Fcuille Nouvelle Editions Universishytaircs Pcris 1962

8 JOco XXIII - Pocen in Terris Editocircrn Vozes do Petl~bpolis

9 Henrique Voz - Iorol e Rosponscbilidado Socicl t i postilc de Esshytudos do 1iliB

10 Pierre Furter - Propositions p0ur une Etude de lAnolphcbetis~lC cu Breacutesil (uiueogrcfcdo)

-

2 ORGANIZLCcedilAtildeO

o trsbalho pareoe ser a primeira mola c~ue llOtivou algum tipo de orgcnizaccedilatildeo social de orGanizaccedilatildeo de pessocs CO~l um fim comum detershyminado natildeo nos estamos referindo ao tecircrmo trabalho como todo ti

IW ~po de accedilao humana t mss a p~oduccedilao de bens e serv~ccedilos para consu~o_ ~ difiacutecil imaotildeinar como o interecircsse dessa produccedilno edge a comunicaccedilao de experiecircncias de novas teacutec~icas de deseJOS e Gxpectativas quanto agrave boa diviseo dos seus frutos qua~lto enfim agrave Civisatildeo do trabalho ~ ra melhor atender agrave produccedilatildeo

J3ergson diz que o primeiro homem eacute o uhomo faber que usa sua inteligecircncia para a transformaccedilatildeo do mundo eu seu proveito e o distin gue do homo eapiens ll que posteriormente 8J)arecemiddot como aquecircle que iE terpreta e explica o mundo sem proveito ce COnSUIlO Hatildeo nos interessa discutir a justeza dessa distinccedilgo mas verificar a importacircncia que tem o trcbelho proagraveutivo (do homo faberH ) no primeiro momento em que surge o homem como tal E lembrar que a organiz~ccedilatildeo da sociedade procura ser uma racionalizaccedilatildeo da melhor maneira de se obter um oacuteti shymo de consumo de bens e serviccedilos seja por tocircda a sociedade seja por um grupo ou uma classe etc (bens que soacute poclea ser obtidos pelo trcba1ho humeurono)

~ntre as funccedilotildees da famiacutelia em tocircdas as sociedades (ver item s~ bre Estrutura Social desta Fundamentaccedilatildeo) as mais oomuns satildeo a pro shycriaccedilatildeo a satisfaccedilatildeo sexual e a produccedilatildeo sabemos que nem sempre

I l d ~ 1 dI t 1 t nOSsa sociedade bull Em muitos Ccsos o cesal continua ligado agraves respecti shyvas fa~iacutelias de origem se01 constituir nove fL~iacutelia s r mcrca distinshytiva decircsse tipo de famiacutelia eacute justemente o fctltgt ele constituir uma unishydade de produccedilatildeo e consumo = se o trebclho une tcmbeacutem divide pois algum tipo de divisatildeo eacute necessaacuterio em quclquer orgcnizcccedilnoJ a divisa0 do trabclho A divisatildeo do trcbrlho eacute o priBGiro tipo de distinccedilecirco de J~jiSecirco_c~ia~ que se conhece 1 presente eIil toclo e qualquer tipo de sociedade L~ compreendemos o fsto de diferentes pessoas exercerem a mesma tarefa produtiva em ~iferentes lugcres ou horas como cocirclher frutos ehl ampois bosques diferentes ou por turnos clterncdos o f~to de pessors diferentes exercere~ tarefas imediat~Jonte complementcrescoshymo o caso em que uns cpcnham os frutos e outros jUltom um faz as 00shyves e outro lanccedil~ es s~mentes ou taref~s natildeo imociatomente complemen tares como uns caccedilarem e out~os pl~illtarem ou um dirigir o trator e outro plantar Agrave medida que a sociedade se toxna m~is complexa por shyque o nuacutemero de funccedilotildees e papeacuteis a representar so multiplica vai- se perdendo c no~atildeo dessa complemantcriedade E nasce o mito do homem que IIse fecircz sozinhollJ eacute o horaem queacredita que nao deve a ningueacutem o seu suoesso ou sebecloria 011 experiencic De feto que rclcccedilatildeo pcrece ter um trabclhcdor rural quo natildeo conhece cc1ccedildo COID um operrrio quo

o casament o e ~ga o [ 1ei1~ ~a cu mlne~ra como se r c uo men e em

bull 14 bull

trabalha em fnbrica de sapatos Como nco sa vecirc relaccedilco imediata a tendecircncia eacute de se crer que nco heacute rel~ccedilatildeo elguma

o Erasil tem seguido clgum tipo de poliacutetica econocircmica consciente e mais ou menos planific~da haacute pelo menos dez anos No cnt~nto soacute

lt ino mJmento em que umc pol~ tica econom~ce pro-uz rGs~ scoa v~s~ve~s ~~

mediatcmente (desemprecircgo perda do poder amp0 a~uisiccedileo do bens c servi ~~

Ccedil06 por perte dos assalariados etc ) e ~ue 80 passa c~cr con~~onc~~

coletivorllonin da reloccediloo entre UDC politiro e o dia adio C o c-(lil trlJ~alhf dor Eo e1tc~1to essa relcccedilco sempre existiu e ~BS10 o fato de nco se ter UJc polt tica econocircmic8 conscientemente defuumluumldc produz tmbeacutem seus frutos pcrc ccda cidcdatildeo A coploxic1cde c~s L1terreloiotildees 50 cieis foz COIU que se perca ccde vez mois o ncccedilco de divisco do treshyOolho e conseqUentenente ele suo funccedilco soci1

Que to neis complexo a sociedede qucnto J~middotior c nuacutemero eacutete funshyccedilotildees e papeacuteiS diferentes c cumprir e rGpresenc2r l2ior se torna o deDendcnoia do homem do fruto sociol do trsbclJo Nume sociedade bcse ad no extrctivismo isto eacute cuja subsistocircnci- se bcseia nc I1penha de oonsumo produzidos pela natureza eacute ben mais posslvel que cede um seshy d t o b tAJa cepcz e execu er todes es funccediloas neC0SSor~as 2 propr~a su s~s cll

Qla J o mesmo nuo acon t ece 0B umc OOil1p1exe como o nossac SOC~GCeCle

e~ que co mesmo tempo oria novas necessidades pare os homens e es ~S tisfcz Bm uma cidade um hOillem que nco ~cccedilitcsse quclquer tipo de re

N ( Nshy

lcccedilco socicl com os outros homens o portc(lto neo comprosse nco venshydasse 5 n~o troccsse nco pedisse) primoircmente nco teric cso netl raupc ~ teria grcnde dificuldade pcrc febricor um linho ou ender muito at6 encontrar Uille eacutervore ou qulquer plcntc que n~o tivesse sido plentcdc ou cuidedo por outro homem =esmo que nco se trctesse eacute1c um homem de cidade o probleme n~o serie menor pois o mlnimo c di ~ z~r sorie Que ecircle certemente uscric os conhecimentos adquiridos dos outros e trcnsmi tidov por ales -__- - shy

22 Coopercccedil3o

~~ssa diviso do trcb-lho ncde mcis eacute port2ntot que um tipo de ecircoopereccedilco A cooperaccedilatildeo eacute o fenocircmeno de interrcloccedil~o sociel que cQ mo vimos ~CilllC e nos i tens reltivos otilde comHB9_es3amp ostecirc ne b-se messhyme de vide hum-ne ~lG pode oer meis ou menos evidente c mGis ou me shy

Anos obsourc mes este sempre presente Sebelilos no entcnto que se tQ de coopcrr~eo eacute de clgurn forme consciente (impllci ta subentendidr) ele pode neo ser expltci te (cLrcmente expresse) pcrc tocircde sociedade em todo momento De mesmc fo~mc tocircd sociod-eacutelc eacute orgenizedc e tocircdo orgenizcccedilOcirco eacute igualmente consciente (eL1borc nem selpre explici t~~m(mtc~ Viwos no entcnto como eacute ffcil perder-seI em um sociedodc ccde voz meis complex~ como e nosse e ~res~p~ desse ooopercccedilOcirco e desso orgcshynizaccedil20 onte ccda consciecircncie

De clgume forme poeacuteLe-se portrnto dizGr ~ue tocircdc coopercccedilco 6 dz -lgum modo orgcnizada Por isso qucndo dize10s que ht ooopereccedilatildeo noo orgcnizeda e que temos como objetivo e cooporcccediluumlo orgenizeda eacute

bull 15 bull

preeiso que scibcmos exatc~ante o que queremos dizer para nco co~e termos engcno

~ freqUente como vimos que a dependecircncia social do homem no estGjc expliacutecita em determinados momentos ou sotores de uma socieda de Vimos por exemplo como eacute comum c idEio do homem que se foz sQ zinhou e t~hloS notcin de importecircncic decisiv que ccde grupo etri shybui ~ sue proacuteprio funccedilecirco no sociedade Ume freso muito comum refereshyse ecircs clcsses produtoras ll qucndo hll um pronuoiamento ou ctividcde

bull 6 shy taqu-lquer J QUC reune cpencs donos de grcnde 6 ~roprc S=6 e noo o ca cs pessoas que produzem D co ~osmo t~wPOf supoe que haja classes que n~o nroduzem o ~ue pelo Bonos eacute difiacutecil de cceiter senl que se de

J IJ11termine de qu~ tipode ~~d~~q se este trat~ndo De mesma forme o

bull oouum a roforoncie cs clcrsos trebe1hcdorost qucndo scbemos que trc bc1ho ~middottocircdc accedil~o humcne oomo jeacute foi visto no itQ~ 12 de II Perto duumlstc Fun~~ontcccedilecirco

Isso tuc1o proveacutem de ttI compreensecirco Llcoffil1letc de profundc 1~ terrel~ccedilco sooiol que liga os ho~ons e ~s VbZCS do esquecimento e~ que c~em os objotivos o ~B f~~9otildees quo der~ origem ~ dctermin~ shydos tipos de COilportrnento ficndo npens ~stes 111tiGlos~ o que cQOnteoeu t por exmplo coc dcnccedilcs ou festos folel~ricell sendo o ccso ncia ri tente oio o~rncvel cujo relccedilecirco com o Qucresma perece hoje ~rc coincidecircnoia

~

Com cs tormcB clc3sioacuteo8 uumle eoopercccedilco aconteoe t mesma coise Os Obj0tivos podem 1ereacuteer-se no esquecimento e tpel1CS peranecerom forshyms de eomportcmento nem Sef1pre mui to compreensiacuteveis E 1sso torno [lcil percebermos como nco 6 s~ o esqueoimento dos objetivosL mas t~nbm o de especto~iacuteundmenteia dz ~rlte~A~~~~~ de eoopereccedilco que levem c quo certos comportmcntos nco produzem os frutos que ser1~ neeessnrio produzir~ Coopercccedil~o nco orgcniz~dGf ~ portento c 80010 re9ecirco oneleoa objeacutet1v08 neacuteo esto elr-rmente determindos e onde os meios pcrc otingi los nco satildeo eficientemente escolhidos Chcmcreoo~ co contrrio de coo~ercccedilco orgcnizde cquele o~ que seus pcrtic1p~ te~ deterIllincm os objetiv08 c escolhem 08 110i08 meis eficiantes e cdeCu~do8 p-r~ Co tingi los

~xista~ m~ltiplcs rorm~s de coopar~ccedilco nco orgniz~do n~ vidn do no~so h~mem rurcl O mutiro ~ c foroc meis ciiacuteundid~ a possivol oenta meia oomplexe de eOOpGrc9~0 no meio rurel Edsta em todo O Bresil com nanes divereos (ver a Justificccedil~o de ilViver eacute Luter) bull Co~siste essanci~lmenta em uu tr~b~lho volunttxio feito por veacuterics possocs prc ctender c umc necessideuumlo espccficc aerclzente da un peSaDo ou fL1lic que prgc com comccedil8 Q bebes Poco ser pedido pCillo i~tampresscco ou de inicictivc da outros qun~o tone o none de trci shyccedilco EB clguns lugnres eacute S9~pxe UfJC inici~tivo co pctratildeo ou propri~ tlxio que pcgo 0011 fcrt distribuiccedil(o de bebiqs Cono 0steacute portu to OOllunente cssooiedo tI feste CU0 o illt0resscdo PrOIlove no fira de joru-dc Ll clgu~e lug[res c pclvrcl ficou corno sinocircnimo de feste

A troce de dics eacute tcmbaacutem muito comum e consista numa troce de dics de serviccedilo entre diferentes passocs ou fcJlics Um ~gricul tor

bull 16 bull

pede ~ um grupo de amigos ou conheoidos pera cjud~lo em daterm1nnd~ tcrefn e os pega em outros tentos dics de serviccedilo

Um aspeoto importcnte do desenvolvimento do Pro~r~n eacute justcmen te o levantcmento c desoriccedilatildeo e n oriacutetica desses formes de coopere-9~O Com relnccedilEo a esses formes podemos observer o seguinte

le) sucnto cos objetivos _ ~ importcnte que ecircle s se tornem bem cleros t que aa eomunj

dedes seibam que estco cooperendo orgecircniccmente e nco nos esquece~ bull mos de que em elguns lugares mutiratildeo eacute sinocircnimo de festa e samp isso

- eacute necesseacuterio conscientizc~-se de que n ooopereccedileacuteo ~ tenocirc meno indispenseacutevel c vida sociel e que ele eacute constcnte e n~o ocns1oshynnl isso tereacute importentes conseqHecircncics quento coe meios de reoUzn ccedilco oonorete de atividades oooperativistas shy

- tento o mutir~o quento e troce de dies gucrd~ um especto deeisivcmente individucliste pois heacute ~jude mcs o~dc um tem n sun pr6prin produccedilco e seus proacuteprios problemes eacute evidente que se o mut1 ~ A N bull ~

rco fosse ~te e fese de oomercializeccedileo dos produtos nt1ngirin meshylhor seueacute objetivosl esse noCcedilao eacute muito importcnte pnre um conceito d oomunidnde enquanto EarticipcccedilcO e um fim comum mo~oo que samp aos nomic~man~e n exploraccedilco em oomum dos maios de produccedilco trcri~ anaL mes benefcios usando-se o ilesmo princpio do mutiratildeo muitos tashyzeuacutel em um s~ die o que um soacute natildeo frz eu muitos cli cs 11 bull

21) gucntoatilde eficiecircnoijl dos meios

c troce de dins eacute meis eficiente do que o lJutiratildeo no asshypacto de ilpage lI embore ombos sejcrn trnbclho vOlunteacuterio onde natildeo It

corre dinh~iro cmboe ~~o pcgos um com comes e bebes e outro com trcbc1ho o que COLlpenst reclmente 311e1ho1 evidente que uo s1steoc de Iltrocc de Llutirco serc muito ucis econocircmico e produtivo parc t2 dos do que comido e gebidc que se conSOLle num soacute die

- cmbos Sc iniciotivos isolod08 quo podem mui tesO vacirczes se choccr e podem tcmbeacutem ficer 00 sebor de siopeties ou ont1pctics pessonis n eficiecircncia certamente oumcntcric se focircssem iniciotivoe coletiv~ente consentidos

- gerelmente cmbos opcrecem quando h~ unccessidcdell iato eacute um plcntio ctrascdo ou perdido doenccedilc eto e o prezo neacuteo permi

~1 shyt e que ume so f~l~ io de conte de tudo se o sentido de oooperc9ao estiver bem cltro eacute feacutecil cOilpreender que umc ltxcvisecirco poderio Ctlatilde nucr os ecsos de nec~esidode como aumenter o rendimento do trebclho pcr~ todos

~videnteL1ene esses obsarvcccedilotildees neacuteo seacuteo completos mcs cpones sugestotildees pera umc cneacutelise o ser empreendido polcs equipes e pelae comunidedes

~ iaporttnte fri sar que Co eccedilecirco educ~tivo vi S ldo organiza90 eacute oultiorce e tem de edcpter-se GS condiccedilotildees e Eotivcccedilotildees de e~d~ o~munidede ~no eacute n finalidode de um tipo de cccedil~o ooopereiivist~ quo

bull 17 bull

a define como mais efioiente na educaccedilatildeo para uma cooperaccedilatildeo organizashyda ~uitas vecirczes somos levados a desprezar alguns tipos de organiza shyccedilatildeo de reoreaccedilatildeo visando finalidades mais Ilaltas ll

bull ULl time de futebol com diretoria organizada de qual todos os 860i08 partioipem ativamenshyte tomando deoisotildees ooletivas discutindo em oomum problemas do time pode ser meis efioiente para a organizaccedilatildeo poliacutetica de uma oomunidade do que um comi tecirc poliacute tioo do qual sOacute partioipam alfllns IIIderes

Tendo sido feito um lev~~tLmento pele cogwlidade das atividades de oooperaccedilatildeo organizada nesta r O aspeot~ de meios oonoretR~ de que trata o programe pode ser explorado atraves da esoolha de um tipo de atividade que a comunidade considere i~portampnte ou que precise de reformul~iotildees mais urgentes ~ clero que ecircs~es ~_~~s~_~tos de or~ nizcccedilatildeo nao podem ser generalizados e que neo sao efioiontes se tratashy

t Ados so teor20cmen 8 So a prat10a a que SUSC1 t ara esses me20sbull quo se-rordfo mais bem assessorados pela supervisatildeo do que atraveacutes de programa shyccedilao de aulas

Tocircda organizaccedilatildeo ou accedilatildeo organizada teu alguns aspootos esscncXds que neacuteo estatildeo neoessagraveriamente presentes em qu~lquer momento ou ativi dade las que devem ser alocnccedilcdos sendo por isso mesmo 06 objot1 shyvos do essessorio educetiva do EB neste niacutevol

- os fins da orgeniz~ccedilco ou objetivos goreis que se definem em uma tendecircncic ou espireccedilco do grupo que delo pcrtioipo mas que se devem tornor oom o te~pof conscientes e cleromente distintos (por eshyxemplo no Ocso de um clube de futebol e divers~o)

- Oa obj0tivos cspociacuteficos isto eacute ~quilo que eonoretcacnte se pretenc1c clccnccedilcr dentro eo Ui dotOIUumlll-do prczo ou periacuteodo ou Olil

occlc etividrde progrcucdo (por eorlluumlO roclizcr UJ torneio ou oonsshytruir c sede do olube)

- un pleno ou pelo menos umc prcvisco de ~tividades queatildeen tro do prazo ou periacuteodo detenlincdo dever~ lover aos objetivos propo~ tos (um loilco ew tel data U2 jocircgo com ingresso pcgo e~ tal dote ug

mutir~o em tol dcta pcrs oonstruir c sede to olubo)

- mm divisecirco de funccedilotildees que ir-se-~ ocrccteriznuo melhor oom o correr do te4lpo ocs quo se deve procurar definir prc avi ter oonflishytos

- Wl meoanismo perCo cs decisotildees que deve ser desde o iniacuteoio determincdo cindc que venhe cou o teiJpo e sofrer JlOdifiocccedilotildees

lsse cspecto formeI de org-nizcccedilecirco pode SOl objeto de eulcs llteoacute ricca nc base de releto de expcriocircncics de outres couunidedes Pode se reletcI oomo funoiono o clube tol oOuO 6 escolhido c diretoriecoshymo se planejou determindo ctividcde eto seil ceir em risco imedieto de meBsifiocccedilecirco nco eacute preciso friser que ~s experiecircnci~s devem ser muacutel tiacuteplaa e diferentes pare eyi ter o crglilento de cutoridcde

bull 18 bull

23 Ass~eintivismo

Desde ~ momento em que v Ronem nuo p~sso decisivo de sue evol~ 9CO soube que scbie - Pcsso de reflexco - (Teilhcrd de Cherdin) peacutessou c se ~firuer meis e mcis numa perspectiva sooial E agrave medida em que a vida em sociedade aucenta contrariamente ao que muitos pea saro tamo~m aumenta a chance do homem se afirmar mais profundamente como ser pessoal t~iginal Neste sentido a vida s2c1al natildeo se con~ titui apenas da soma dos indivduos mas a integraccedilao dos homens nushyma vida comunitaacuteria que tende a se tornar oada vez mais universal ~ o fenocircmeno cue Joatildeo XXIII oonsidera tatildeo bem oom deg nome de socializ~

IM 1- fccedilao B o termo sociacutealizalao tal como o emprega o Papa naos re ~ re apenas a um regime jur~dico de bens mas a um processo historioo s6cio-cultural global onde as comunicaccedilotildees fsicas satildeo mais freqne~ tes e maior o acesso aos inumeraacuteveis bens comuns ou comunicaacuteveisda humanidade tais como a informaccedilatildeo a educaccedilatildeo a cultura (JYCalvez ~glise et Soci~teacute nconomique e LI~nseignement Social de Jean XXIII shytditions =ontaigne Paris- Capo I )

~ importante notar sobretudo que Joatildeo ~~rII nao toma o renocircm~ no de sooializaccedilatildeo co~o algo que resulta apenas do desenvolvimento das t~cnicas das ciecircncias do progresso da produtividade etc mas o considera como 110 fato do homemll(JYCalvez) Assim dentro da sQ cializaccedilatildeo crescente o fenocircmeno associativisl10 1l natildeo eacute algo de ext~ rior apenas ao homem mas decorre tamb~u ce SUE no tureza mais ntishyma do seu II ser ll Quando os hOl11ens se associam natildeo ~ apenas em fun ccedilatildeo de um objetivo externo fixado (para u~ ~utiratildeo por exemplo)maseacute tsfbeacutem um LJOVill811to eacuteie S1i6 eacuteJesconte evoluccedilatildeo G uroacutenrio do homerl

A w ~ - (

a llte31dencia natural e qUEse incoerc~vel pnrUacute a vida social Joao XXIII) D historicemente ecircle tem esponCiclo a esse tendecircnoia oom as mais variadas formas de associaccedilatildeo decircsde o pl~~o internacional ateacute aos pequenos grupamentos Exemplo disso satildeo as vaacuterias organiz~otildeGs internacione~s os partidos polticos as sociedades recreativasesshyportivas culturais as associaccedilotildees de classe as associaccedilotildees proi~ aionais os sindicatos etc

Natildeo se pode no entanto - e isso eacute importante - atribuir o surgi mento de formas de associaccedilotildees somente agrave tendecircncia do homem para atilde vida social Haacute uma estreite interaccedilatildeo dessa tendecircncia com o progresshyso da teacutecnioa das ciecircncias dos meios de comunicaccedilatildeo ~stes fatocircres trazem de maneiras mais uiversas solicitaccedilotildees pera e intensiioc shyccedilatildeo da vida social e do associativismo t o ceso por exemplo de faacuteshybricas usinas induacutestrias que surgem e exigem um certo volume dematildeo de obra que leva um g~po de indivduos a se aproximar c estar fl~ sicemente em contato contiacutenuo assim como sua uni~o em tocircrno de deshyterminadas reivindicaccedilotildees (ex sindicato que luta por aumento de se llrios ou por mudanccedila de estruturas etc) Outro exemplo disso eacute o aparecimento de colonizaccedilatildeo agrcolc ue leva camuoneses screm- de uma dispersa0 geogrcfica e se concentrarem passando a-uma vida sooial mais intensa formcnuo te~beacutemf ~s vecirczes cooperativas clubes esportivos sindicatos etc

bull 19 bull

llas por outro lcdo eacute preciso considernIlnos que por suc vez o progresso de teacutecnica e das ciecircncias t bem como dos Llios de comun ecccedilatildeo t natildeo surgirDm de um c1eterdinismo cego 111bo1a nao sejamos seE pre senhores das focircrccedilas e das leis do natureza o que muitas vecirczes nos apareoe como um determinismo como ume necessidade exterior cshypencsL eacute fruto de gestos jaacute colOCfdos pelo homem II~ fruto dt humashynizcccedileo mesma de nctureza Co qua1 nos entregamos para exprimir no

1 h t dfso liberdade E ele resto e possJve ao amem novamen e mo ] lcar o determinismo que seus proacuteprios gestos criaram (Ver JYCclvez oshybre ci tede) bull

Outro ponto e considerr aqui eacute o pcpel do -Jst2do e a sua eresect cento intervenccedilco em nssuntos de interecircsse da ooletividade ~u1tas vecirczes a discussatildeo decircste ponto leva a posiccedilatildeo que em ncda eorrespol dem agrave verdadeira dimensatildeo da questatildeo Assim uns defendem opaixonashydemente e intervenccedilatildeo totcl do Dstado ao pesso que outros rejeitem qUflquer tipo de intervenccedilatildeomiddot hlwendo aindc um nuacutem~ro ponderaacutevel que aceita a intervenccedilno modercda Entretc~to o ponto central da quesshytatildeo n~o_~ se o Dstado deve e pode intervir t m~isou menos ~ imporshyt~~te nco considerar a crescente intervenccedilco C020 um deter~inismo cbSbluto JY Celvez interpretcndo o pensamento de Joco XXIII n ecircsse respeito elucide c questatildeo de mlmeirc sLp1uumls e precisai 11 O pcpc vecirc nesta intervenccedilatildeo um resultado ou cinda um sinal - um nd ee - da sociclizoccedil~o em curso tntes que urua ccusc Logo se Co in shytervenccedilco (lo Estedo ~ ume espostc c certas edecircncics de sociclizcIV ccedilao e tambem elgo de profund~ente ligado co tempo e co espaccedilo e um fenocircmeno situcdo histoacuterico nco pollondo existir r eceitcs unishyversais e perenes c ecircste respeito

A considorcccedilco decircsse ponto eacute import~~te pcTC o trcbclho de oompreens~o e cneacutelise criacutetica de presenccedile do ~stedo nas questotildees li gadcs sos movimentos de associaccedilatildeo e luta dos trcbe1hadores

Inuacutemeros teu sido os pronunciamentos textos leis que consid9 ram o importecircncic do associativismo 3m sucs vsrias forlcs recoshynhecendo-o como um direito ~is alguns dos rucis oonhecidos

ITodo homem tem direi to a orgcnizcr s1ndic~~tos e a necircles ingres sar para a prltteccedilco de seus interecircsses iacutel (Declarcccediluumlo dos Dicei tos dobull

Homem art23S4)

ti tl gcrrntida a liberdade de cssocicccedilotildeo p~rc fins 110i tos lieshynhuma associaccedilatildeo poderaacute ser oompu1soacuteriamente dissolvida sen~o em virtude de sentenccedila judicialll(ConstituiccedilOtildeo Brcsileiraart141sect12)

IIJfi livre a associaccedilatildeo profissional ou sindical sendo regula das por lei a forma de sua constituiccedilatildeo e sue representeccedilco legal nas convenccedilotildees co1etivrs de trcbclho e o exerciacuteco de funccedilotildees deleshygadas pelo poder puacuteblicotl(Constituiccedilatildeo Brasileira art 159)

UNe eacutepoca moderna umentou notevelmcnte o movimento assoeinti vo dos trcbclh~dores e foi reconhecido em oacuteercl nas disposiccedilotildees shy

bull 20 bull

fi

jurdioes dos Ilstcdos e ateacute no plano internecionel bullbullbull

IINco podemos todavia deixcr de notcr 00110 eacute ~til ou cteacute nece s~rio que c voz dos trcbclhcdores tenho possibilidade de se fezar o~ vir e ctender fora mesmo da ceda organismo produtivo e isto em to-

Imiddot 11 (t~middot - 94)d os os nJveJs bull l - bull

IlDa socicbilidcde ncturol de passoc humal1c~ proveacutem o direito de reuni~o e de associQccedil~o bem como o de conferir cs essocicccedil~es c for~ me que aos membros precer meis idocircnecs c finclidcde em viste e de cgir dentro destas por conte proacuteprio e risco conduzindo-os aos elm~ jrdos finsl (PT23)

~~ O ~ue foi dito acime eacute relctivo e textos legeis e pronunci~en tos do Pepe Joco XXIII No entcnto existem einde outres referecircncic~ entre DS queis cs mui to discutidcs de rrx

Uma forme de ossocicccedil~o oonsidercde importcntc eacute o sindicelisshymo surgido cpoacutes a Revoluccedileo Industrial Vnrios movimentos signifio~ tivos de trcbelhcdores EHLl wui tos pases ncscercm ou se desenvolveshyrum c partir do sindicelismo

No Brcsil o sindic~to foi oriedo nos noldes do sistemc sindi shyccl do fooismo i talirno princi prlmonte f e eacute extremamente 1igcdo 00

Poqer Puacuteblico Tocircdr- c vide sincliccl eacute proviste por lei A lei QstcbCcedil Ieee oS requisitos desde pGra G fundcccedilno e funcioncmento do sindic~ to ctecirc os fins prerrocativcs e deveres Aacute liberdade dentro do sin d~ccto entno eacute c liberdede que c legislcccedil~o sindiccl permite e proshyve Outra pcrticuleridedo do sindicclismo hreDilciro eacute c vorticclid~ de I sindicrtos federeccedilocirces confedercccedilatildeo prc cdl cDtegoria ( na cctegorics tr41beacutem sco previstcs pele lei) Uno eacute permitido que ceteshygories sindicais diferentes se cordenem numc horizontclidcdeAssim se 08 sindicctos dos metcluacutergioos e dos forrovi~riosf por exemplo quisessem se coordenlr seria impossvol (dentro de legislaccedileacuteo sind ccl brasileirc) Onde cctesoric deve (do ponto de viste de lei sindi CCl) desclvolver sues ctividdes sindiccia iso1cdclllente

N~ necess~rio obsorvcr que tcl estrltturc sindiccl tatildeo enfcixcda na roco do Poder Puacuteblico tir~~do muito dl necesseacuteria cutonomic dos sindicctos dendo foacutermules pcdronizedls de funcionamento pode trens formeacute-los num instrumento de clesse dirigente ~penas cleacutem de n~ dtr oportunidades de se desenvolver plenCLlfmte ~ ccocidcde dos sin dicclizodos e seus dirigentes de lIe1riare41 algo de proacuteprio dentro do sindiccto Da D necessidede dos dirigentes sindicais serem realshymente a oxpressco do clesse quer di zor SerG~1 pessoes que estejom prontos e trcbclhor reelmG~te no sentido des cspircccedilocirces de clc6seP~ ra Jsso e neoesscr~o que se tenhe conscienc~c LO que e e do quo poshyde ser o sindiceto como oacutereco vordodoiro cc prollloccedillio

bull 21 bull

Haacute disposiccedilotildees legEds m~Js ou menos antisas a raspei to da sin d1calizaccedilatildeo rural no Brasil Entretanto foi pr1ncipal~3nte fi partir de 1962 que o assunto tOllOU vulto e comeccedilaram a surgir v~rias disshyposiccedilotildees simIlificcndo a f O T1112Ccedilatildeo dos sindicatos rurcis pl~ooossomel to e expediccedilao de oartas sindicais

Dentre as vaacuterias disposiccedilotildees () as que natildeo soacute sintetizum a Flashyteacuteria jaacute re8~lada oomo apresenta aspectos novos S~O

- Lei nO 4214 de 231963 - Estatuto do Tr[b[~lh2dor Rushyral pub1ic~do no Di~rio Of cial da Uni~o em 1836

~ Portcrias nQs 346 e 347 de l76l96j- Regula0 a Orgc~1 zaccedilatildeo e o Reconhecimonto de Entidcdes Sindiccis Ruraio bull

Silil9-1octo OEstatuto do frcba1haGor Rural crt114 estntui~ liacuteoita a cssoci~ccedilao em sindiccto f para fine de estudo defese e ooo~ denaccedilno de seus interecircsses econocircmicos ou profissionais de todos os que como empregados ou OE1PT0odores exerccedilam atividades ou profis shysatildeo rurc1 i1

bull

Vemos entatildeo que de ~cocircrdo nou c pr~pr1a lei ~s fin~lid~des do sindicato secirco cmp1as l natildeo se reduzindo ecircle C Dera instr~~ento de rei vindiOcccedilno de essiatencia socie1 e ClgutitS melhorics econocircmiccs bull Para que ecircle oumpra tocircdas as suas fin~lidades tem ~ue ir muito cl~mBasshyta ver que cumpre-lhe tc~beacute~ c defese de interesses profissionaisde I d t ~ tmiddot bull en er ~n erasses prok~sS~OncJ3 nao e 80 consegu~r e~prQS ~mos ~crc

plantio melhor maquin~rio pere produccedilatildeo enfio melhores oondiccediloea de trcbnlho mas ~ sobretuco f-zor com que o trcbc1ho necirco seja red z1da a um mero fctor de produccedilatildeo mcs seja con8id~rcdo como a fon~c por excelecircncia de expressco hum~a Pera conseguir isso o sindishyceto teu que sc ocupar por defini9~o com c tarefa de destruir tocircdc forma de explortccedilotildeo do trcblho humOJlo Convoacutem notnr que 110m sem pre o aumento de produccedilatildeo corrosponde a umc verdadeira prOioccedilco do trabclhador como pessoc

liQ Pera uma vis~o coup10tc de fundaccedilatildeoprooassamento e funciona bull mento do sindicatover Leis e Portarias meneionauuml~sprircipa1mente e nova Portaria nordm71 de 2265quede oerta formaregu1amenta os arti shygos 115 e 116 do Estatdo TrabRuralD1ga-se de passagem que estamp Leital~m de dificultar a fundaccedilatildeo de sind1catosfragmenta demais a classe trabalhadora ruraloricndo dentro dela in~eras camptegoriasdiA tintas

() Lei d~~ada n Q 11 de 11101962 Portaria nO 355-A de 20(111962 Portcria nO 356-A de 2111J1962 Portaria 209-A de 2561962

bull 22 bull

Estatuto do Trabalhador Rural Ateacute a d~ta da criaccedilatildeo do Estatushy

to o--eatildenipotildei1eacirc -estampvatildeexecirciiicfotilde7a legislaccedilatildeo trabalh~sta (excetuanshydo o que diz respeito n possibilidade de sind1calizaccedilao) 2 art l da Oonsolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho que estatui as ~uestoes trabashylhistas no paraacutegrafo IIb il coloca os oamponeses fora dos seus poss veis benefiacuteoios Com a criaccedilco do Estatuto houve uma primeira consi deraccedil~o a certos aspectos da vida do trabalhador rural

t tmiddotmiddot d la gisltccedil~o urb1na pare o meio rural embora sejam duas realid~des bem diversas A proacutepria definiccedil(iacuteo Ciue ecircle daacute de trabalhador rural (art 2 Q) eacute impreoisa e se presta a v~rias interpretaccedilotildees de aoocircrdo com

C0110 e fecil notar o Csjatu o e quase uma ranspos1ccedila0

1os t var ~n eresses

l~as mesmo assim inedaptndo hAacute pontos considerados importa1 shytes ~ O caso principalmente dos artigos 11 bull oria a Carteira Pro M

fissiona1 de Trabalhador Rural 63middot disp~e s~bre o contrato de trashybalho ( que poder~ ser feito na proacutepria carteira proiacuteissional)~ l5~shye~ia um Conselho Arbitral A16m decircsses artigos eacute consi~er~da t~bem importante tocircda a disposiccedilatildeo socircbre sindicalizaccedilatildeo

~ nosso pcpel como movi~ento qUecirc pretende ser educativo atr~shyvecircs de toampos os meios e recursos com Que oontamos levar ns oo~unida das a perceberem o fenocircmeno do assooi~tivismo como inerente agrave pr~ pria ~~a humana e motivar a intenBificaccedil~o oonsciente e delibefada de formcs de associc9~0 que ~osscm responder 2S neoossuumlLdos percebi das a partir de une vis~o cr~tica do papel do homem no mundo

Iaso no entc~to nco quer dizer que devemos inccntivcr e ~ctishyver determinadas forruas de associa9~0 O nosso papel c ecircssc respeito ~ o de informar o que existe as earaotersticas de QCcedild0 ~nc e proashytampr n assessoria ccbve1 diente da escolha da comunidade que poder~ incluave oriar fol~as noves de cssociaccedilatildeo

Teoriocraente a econoTlic de mercado ou ocpi tclistlo reIJouso nurac toca de serviccedilos e bana entre dois tipos de gru~osl as unlcteacutees ec2 n~m1cas produtivas ou emprecircsas n~s unidcdes economic~s de consuao ou iacutec~iliar Ls famiacutelias prest~~ serviccedilos ~s emprecircsas recebendo ~~gnaen

Ao shyt o e as empresas produzem bens e serviccedilos para o consumo das iacute~liaa e recebem e~ trooa pcgcillento ~mboru ecircsse esquema sej~ muito ab3trashyto e seja s6 am esque~a serve para nos mostrar cono est~ dist~cia da disso c vide do honeQ rural Nesse esquema a famiacutelia soacute b so11d~

ai fW bull r i ~ no consumo mas nuo na produccedilco pois o facil 1nag1ncr como roxa shymente as pessoas de lmlC mesJc fcIagrave~lill ou que tenheo dooposos ElD ~o mum produzam mn comum spo ~ue trabalhem em una Llesuc euprocircso no meama seccediltio e na masoe sala o produto finel dC~ emprecircsCl (equilo quo - ) e comercializado vend1do as fcu~lias cbsolutcnente noo dopenda deshyles Seus ganhos tcmbeacuter1 ou s~o deciatildeidos pele etlprecircsll ou dependen de decisotildees coletivas (aumento de salaacuterio mnino dissiacutedios coleti shy

bull 23 bull

I vos etc) e muito r~r~cntc tecircm qualquer relcccedilatildeo 020 su~ produt1vid~

de ou copoeidcde da trobclho Na eoonomia da produ2ao portcnto mas mo os mombros de umc fcniacutelit nno sco solidaacuterios ano indiviacuteduos isolE dos CGdc ~ por si A id~in de atividade econocircmico comunit~ria dcpcn deric portnnto no moia urbcno de tocircdc uma lludonccedila de estrutura d~ haacutebitos e atitudes individualistcs

NOcirco eeonteee o Llosmo no vidc rurnl Via do regra c feLllit s~ oonstitui em unidcde de prod~ccedilco e oonsumo o que equivola a dizer que jtIacute existe tlgum tipo do ouprecircsa cOf1unit6ria pare uaor o esqucmc o que acima nos referimos Trctc~se portento natildeo de rczer surgir ~ vclor inteirnmente novo mais de cmplicr o raio de alccnoc de uampre_ sa oonlUni taacuteria que eacute c fCLllic bull Outro Telor positivo e que pode ser ccrreado nesse sentido eacute o mutirco Embora se deva ciacuteastor quclquer ideacuteia poeacutetioa lrio de mutirecirco cono trcbrlho ~eu pagaL o mutirecirco e a troca de dics sno indiacutecios oonoretos de que a oompeticcedilno econ~~1c~ nas oomunidcdes rurais n~o eacute consoiente neu atinge G agudas que cpreshysenta n~ cidade O mutir~o meswo pcgo n troce de dias me8~0 aendo trooc mostra que natildeo est~ presente c 1d~ia de que o SUOOS$O de ~ depende do insuoesso de outro E de f~to c cODpeticcedil~o eoon~m1cn no campo nco sc fez de meeiro c meeiro mes entre o produtor o o intero~ di~rio e por e edinnte

Outro ospeoto import~nte d~ ctividcde econ~micc do honeo rurc1 que ele nco visa de Iilodo gereI o lucro IlCS c subsistecircncici por isso c noccedilco de que - a propried~de deve ser usado pera o bau de todos e nco pcro o luoro individueI nco encontro cs aeSDes resistecircncics quo cn oontrorie entre cmpres~rios oujc ctividcde eoonocircuic~ se fund~entc no luoro A euprecircsc comunit~ria isto eacute ~ orgonizccco oomunitampric de

d - A po~tcntot apcrentemente vievel~ Tr~ c~se depro Uccedilco ceOnOil1Cc e t snshyber quais cs noccedilotildees que seacuteo fundcmenteis pcrc tel empreendi30nto

12) 2JLW1el~]0ecircS_e __d2_ uso dl Jal0Rriedcdel ~ tund~cntcl o conoeito de que c posse est~ condieioncdq 00 uso de propr1od~de o quo isto natildeo eacute um direito cbs02uto mcs tew une funccedilatildeo intrinsccmcnte soci01 (1)11f1116)

9) Q~_o~Lemo do_~c-l2~) do__trcbelh2 msse prob1cllc foi tl~~toclo na Fundamentoccedilao de Viver e Lutcr e se enoontra tClbom no item 12 d~ 2l perte deste Fund[Tl(mtoccedilecirciacuteo 1106 heacute olguns tspuumlctos que nos interesSD~ diretamente ncste ccso A ~pliocccedilatildeo concret~ dos princ~piGs ~l disoutidos lev~-nos ~ oonclusno de que neacuteo pode hever oomercial zaccedilecirco do trcbelho enquc11to tol Isto ~t necirco h~ nem pode hovcr hipocirct~ se do medir-se o trabalho ew tecircrmos de dinheiro j~ que o tr~bolhotem velor tronscendente leso eacute importante pcr~ cs tomndos de decisotildees soacute bre a divisatildeo do produto do tr~bolho Esta n~o pode ser sagravementa pro porcional ~ posse dos instrv~entos de produccedilco pois 0030 viuos c posse esteacute subordincdc 00 uso paro o bem de todos Por outro lcdon~o pode ser tambeacutem somente proporoionel agrave quantidede de trcbolho j~ que o velor realmente humcno do tr~bolho nro pode ser qucntif1cedo socircmenshyem sua apcrencia O item seguinte pode esolareoer-nos melhor

bull 24 bull

--

0) 9--Jll0bt~~ dc-~oJtg1~ejJde dc espeacuteoie Vinos qundo e8~shydc~oa O probloma de oomunic0ccedilno que fund~ente o progresso de histoshyric humcne ~ue cede indivcuo neacuteo pode reelizar plencmo~tc c essocircnshyoie de espeacutecie hun~na o quo portento os homens e todos suo solid~s nas conquistes e nos erros de humcnidedo Esse mesm~ doutrine eacute aonshyfirm~de no plnno sobr0n~turel pelo ooncoito do oomunh~o dos santoS

por outro l~do quo o - podo b ~ es Sabemos houam neo sucum 1r cut ccron eies sensiacuteveis (climonter-se proteger-se do frio) e quo qu~~do isshyBO ~contooe ecde UD de noacutes ~ solid~rio nG culpa~ Isso leva c que a sociodade Leve prover tS QPortul1idcdes pcrc que cede hOllOD sct1sfeccedilc esses necossidrdes que Sco diroi tos fund~lentais do hmJoLlbull

Em sUDe o probleme central de u~e atividGdo econoillIacutecc de ~i~o

conunit~rio eacute o do reconhecihlonto no plano do trabalho Co~o vimos ll~) i tem proacuteprio e comuniccccedilatildeo entre os homens pode fczor-se por doshyminoccedileo ou por reconheoimento ~os ecircsse reconheoiDento n~o pode ser

h Ot eor1co cbstreto tel quo oonoretlzar-se e111 oedc cccediloo umcne roshyoonhecimento do outro no plnno do trabalho eacute o que se coloo~ ou ploshyno mais elevedo jeacute que nrde h6 de meis nobre e essol1oiclmontc hushymano do que o trabelho

i01s c~r~ um excile de outros problemcs levcntedos por ULlC GlprOcircSo oomunit~rie pode-se ver Fr Jo~o Batiste Puumlreire dos Santos OP U~ NILABORL Uma Revoluccedileo ne Estruture de Emprecircso Livroric Du~s Cido bull das - Sco Pculo

Pode-se definir o occedilocirco poltice de vuacuterias Ilcnoirrs Uuo tltigc def - eLO h amem dlZ nCSlilO C1ue 1J e G Ull~ CnllllC1 ~ lCO o que eCJu~ilnlccedilco E0Lltmiddot vcleria c identificcr e e2~0 poliacutetice cor~ tocircdn eccedilno huJrJlc Sento Agostir~o vi~ o fim de cccedilco polticc assim como o de guerra n~ Fez defininco c Paz como ~ sctisfccedilecirco dos interecircsses de cidade ~ 01amp ro que C01 isso n Pnz de uuc cic~-ao poderia ser iLlposte Co outre is shyto eacute a sctisfcccedileo dos interossos de umc Sociadcde ou gAacute~po poco ser i3postn c outra Sociodede ou o outro grupo ModernnEcnte defino- so e accedilco poliacutetioo CODO equelc que procure conduzir ~ socied~de n~ busshyco do bOD cel21Ul Atuolnel1te tom-so definido taIJbeacutel2l c cccedilatildeo polticn COBO nquelc que busca utilizcr o poder do Estndo pcrc ctcncler 00 bo de SocioclCdo Esse funccedilocirco do EsJccdo ele mesme TJudou de oacutepoca do li berelis~o otoacute hOj0 Acredit~~do-sc quo es leis socieis c Gconocircnices orem IInctureis ll cefendie-se u tese de que eo Estado Cnberi~ cpon~s proteger ns libuumlrd~des individueis nco intervindo especialnuumlnte ne produccedilatildeo e no consumo A esse vis~o suoedeu eom o advento do sooi~ lismo e dns lutcs sindiccis e concepccedilco do um Est~do do Bem Estor So0101 A concepccedilatildeo neturolista c liberolisto jaacute nco eacute dcfcndide 00shymo tel e o que se discuto oacute o Gr~u de intensidade da intervonccedil~o esshytetal no vid~ puacuteblicc Mesmo nos paiacuteses onde o antigo liberalismo eacute tese ofioial - embora defenr1ido em formas atenuadas (neo-libera11omo)

bull 25 bull

oomo nos ~stados Unidos e no Brasil a intervenccedilatildeo estatal ~ una reashylidade Assim nos Estados Unidos por exemplo a diplomacia ~ftambeacute~ uma forma de defesa dos interecircsses comeroiais dos empres~rios norte-A mericanos no exterior no Brasil os organismos estatais exeroeu in shyfluecircncia natildeo 86 na economia como nos conflitos sociais Ias tanto li como aqui a intervenccedilatildeo eacute feita apenas para proteger uoc estrutura

Vecircse portanto que a oontroveacutersia estaacute na intensidade e no ti shypo de intervenccedilatildeo do Estado A accedilatildeo poliacutetica seria wn ueio de fazer valer ecircste ou aquecircle tipo de intervenccedilatildeo do Estado no sentido do Bem Dstar Social de definir decircste ou daquecircle Dodo o Bem Lstar Social de detertlintlr desta ou daquela formo o modo de consegulo

Ao ueSuumllO tempo fica cloro que natildeo tem sentido definir-se ti accedilao shypoliacutetioa eu tecircrmos de ideais moi8 ou menos abstratos COLIO urJo luta de ideacuteias na qual se empenha apenas a inteligecircncia dos poliacuteticos e das Naccedilotildees

Vimos atraacutes por exemplo (item 24) couo o esqueLla cl~ssico da economia separa doiemiddottipos de unidades econocirchlieas a de produccedilatildeo e a de oonsumOi na economia de mercado ou capitalista o fluxo de ~ique bull zas que vai das emprecircsas em pag~ento do trabalho agraves famiacutelias e que vol ta ns emprecircsas erl paGamolto dos bens e serviccedilos prestnd08 otildes tllJl lias o fluxo de riquezas diziamos eacute deterLlinado pela lei do t1oroado subindo o consumo de um produto sobe o prccediloo que est1nula cs empr sas a produzirem mais ateacute equilibrar com o consumo e estabilizar o preccedilo e diminuindo o consumo desce o preccedilo desarticulando a prod~ ccedilatildeo ateacute equilibrar com o consumo e estabilizar O prc~o iae dois exem plos serveu para nos mostrar como isso na realidade e apenas teamprico Todos temos presenciado a sonegaccedilatildeo de certos produtos com o fim de fazer subir artificialmente o preccedilo (especiclmente arroz feij~o e~ ea~) e teillos presenciado como certas emprecircsas otrav~s do propaganda oriam necessidades absolutamente sup~rfluas paro os consumidores ~ ashybrieagatildeo de bambolecircs cosmoacuteticos eto) em que a lei de mercado e in vertida Natildeo eacute a emprecircsa que produz para atender o procura do consumi dor mas que faz nascer c procura do consumidor para vender o que jproduz

Teorioamente por outro lado a economia socialista esteta1 00 bcsecria natildeo na lei de oercCdo mas nC8 decisotildees de UH orgcnismo oen tr~l de planejamento que pesquiseria es necessidcdes do oonsumo e detarminorio o sentido do produccedileacuteo Vemos tmubeacutem que de ua lcdo neDl meia o Uni~o Sovioacutetioa cdote atuclBonte ocircsse sistemo puro e quo amppeAtilde feitcmente possvel um pcs ter sua econotlio completanonte plnnif1o~ do sem deixor de ser ncpitclista O Brosil por oxeoplo ncrcha a pas sos lorgos p~ra ser um perfeito exemplo deste uacuteltimo caso Isso equi vele o dizer que e controv~rsia fundamentel em que se deboteu as focircrshyccedilas e grupos que exercem cccedileacuteo poltica natildeo estaacute mais en se seber sodeg Estado deve deixar a vida econocircmicc e sooial co sabor das leis Une_ turoia ou se deve fO contraacuterio intervir plnnificnndo-as e neu mosect mo soacute no intensidnde dessa intervenccedilno Estaacute no tipo ou modo cooo se

i - dc essa ntervenccedileo Se voltarnos ti conccitunccedilao de Santo Agostinho a

bull 26 bull

que nos referD~os ~oina e se a fun9~o da oidade eacute b~r~tir a Pazde que Pez se tr~ta trata-se da Paz que melhor ntcnda a tocircda a Sooiedn~ de Quanto ~ isso ningueacutew discorda expreesaucnte Tocircdcs as linhas poshylticas de todos os grupos de ~ccedileacuteo poliacutetioa oonoordnn oo~ isso Uas na proacutetic~ de que Ll0do enocrno Ulla accedileacuteo poltioD que leve ~ essa Paz de tocircda t Sociedode c natildeo c Fez ele UDC Cidcdo (ou de um grupo)iuposta c outra

o esquema abstrato (i tem 2A) que divide a vida eoonocircilict dcs No ccedilotildees em unidcces produtivOs (as enprecircsas) e unideccs cl~-ltQnsumo (as famlicsr-~ pera uns tomado oomo real Da sededuz ~uo ao Estado cabe garcntir a melhor funcionalidade possiacutevel as empresas para que possam ctender na neoessidcdes de oonsumo das famlios que constituem a Naccedilatildeo (embora seja um esquema econocircmioo oacute v~lido porque nns necesshysidodea de oonsumo estao oompreendidos os bens e os serviccedilos e nos 8es uacuteltimos se inoluem os serviccedilos que dizem respeito agrave oultur~agrave dishyversatildeo agrave distribuiccedilno da justiccedilaacute etc) Da se conolui que a Paz de que se trata eacute a Paz dcs euprecircsas middotScbemos por exemplo que o pedra ongulcr de nosso regime poliacutetioo ossim CODO de todo o mundo sob a esfer~ de influecircncio cmarioonc uacute c inioiativa privada isto eacute c li shyberdede dcs emprecircscs privadas Isto significo ocber 00 Dstcdo gnrcn~ fundc~entclmente o boti funcion~ento dcs emprecircsos priv~das e o resto ser~ dodo de acreacutescimo Qul o sentido de emprecircso privado pe a sue ti nalidcde eacute ctender ns neoessidades de consuco das fcnlios (sej~ esse consumo de climcntosmiddotou de educcccedilnoacute) O sentido eacute o de que nqueles que possueu ccpit~l (bens Ilcmiddottciois) perc mon~er ou cri~r eIlgtresas dj ve ser garentidc uma remunercccediloo correspondente co enprego cesse Oop tel (decircsses bens moteriois terras instrumentos dinheiro) Todo o Sistema repousa portento na motivaccedilatildeo do lucro por pcrto dos que Po suem bens motaric1s E cono c satisfaccedilatildeo das neocasidodos de tocircdo a Sociedade dopende do que produzeo as emprecircsas t atribui-so UDA identi shydade entre os interecircsses de Ncccedil~o (de que cuido o Estcdo) e o estmuM

E lti ona 1o as erJpresas pcro que produzcn m u ml 1Jse o orgcnJzoccediloo po ltioo eeonocirc~iec e social do Naccedilatildeo que eacute tarefo do Estodo primordio mente scr~ ume rocionClizDccedilatildeo de rmlhor oeneiro de estimular o lu e~o isto eacute a remuneraccedilatildeo do ccpitel A maneiro do otendcroo bea co mUIll seria portanto em l1ttim~ cntllise gcrcntir c melhor formo deAin cioncmento dcs emprecircsas privcdos o que se identifion oo~ a melhor ~ neira de estimular omiddotemprecircgo das propriedades (de bens do ~eira geshyral terras instrumentos dinheiro)

Vemos que tnl visatildeo 6 herceira de certo modo da visno naturaliA to e liberelista da vid sociel embora tenho mudado de certo modo o pcpel do Estodo~

Este visatildeo no entanto se choco com outras visotildees polticas Fishycou demonstrcdo que (I intervenccedilecirco do illstado se faz neoess5rio no vida da sociedcde Aohem alguns portrntof~e eacute preciso fazer soacuterias resshytri~otildees agrave cbsolutc liberdade das emprecircsas mesmo pera garantir-lhes O melhor funcionamento Uma dcs rozotildees eacute a de que o bom funoioncaento N

das emprescs exige restricoes pore que umcs noo A

outras A prejudiquem oS e o oaso d~sgrond~ Lrl~~ (11lt rr1gt_=~ i 11 I-to que tem possibishy

bull 27 bull

l1dadG do dostorcer o morceLo Outro problema eacute o do b011 astcr claa fo ~flt~s enquonto prcstom serviccedilo cs e~procircsos isto ~ ~s cl~sses p=~le t~~es Ar~10ntam que o sistemo do Borc~do deixodo o si mosuo reoung rc mcl o trob-lho de ta1 forl quo de uu 10do l o aonSUDO nao podo ser Du1to grc1de e portcnw- cs c~precircscgts necirco podem su expr-lctir do ol-ro lndo isso 1evo insuficicnlos aondi9otildees de vida o (lua dociina11tlO bcx~ proecircutiYidcdo isto ~t os sorviccedilos prcstldos Coa -c1r~ses sno de m~ quolicode se fOrail ln3S cs condiccedilotildees do trrbclho COll10 as euprest1 rios neacuteo seacuteo se~pre c~p~zes do peroeber ecircssos dois cspeotos co Esta do coberic prover UD~ regulcuontcccedilEiacuteo quo t ao llleSLlO tempo dosse mcior poder de consuuo 00 proloteacuteriodo c lhe desse melhores oondiccedil~es de trcbclho pcrc poderes produzir melhor Desso ooncepccedilatildeo resulo clixl leis tr~oclhistos quo grecirctissew ml onirilo de sogur~9c 006 opo-amp10 o de pcrticipcccedileo nos lucros dcs Guprocircscs que lhos gorontiri~ cUL10n to do poder de oquisiccedileacuteo de bens e serviccedilos Nessa nOStlr linhe cstt bull ric~ previstos os serviccedilos n~o iuediotcucntc reuunerct1vos e quo p~o pieicr1DJliguclLlente o be~l estcr indispensecircvel 00 cuncnio de produt1shyvidcde COLlO os serviccedilos de educcccedilro se~det transportes etc

o problemo pode cince ser colocado de outre u~oirc O trobo bull lho ~ cOl1seqUenteueZlte todos os seus frutos o donnio de terrae rSD 900 de instrumentos c produccedilco e UlllC conquistn dl espoo1e hwalJlooo

~

mesmo teu9c que de ecdc hOLleil Ccedilucndo um hODCrl se npossc privodcnente (uscndO per~ seu benefcio exclusivo ou moior) do fruto do tr~b~lho hu~tno ecircle espolie os outros homens O produto do trebclho de m~ hoshymem eacute inalieneacutevel isto eacute natildeo podo ser trensferido c outro cooo sim ples coiso poreue neacuteo eacute soacute coiae DCS ecirc erioccedilco da hooom c represonto Co sue vi toacuteric s~bre c ncturezcbull Os ueios de produccedilco (nGsno os nctu bull r~is OODO c terre) sco uo~ conquisto de eap~cie huncnc logo t~o que bGneficicr n todos segundo suo condiccedilatildeo de hOBOU c su~s nocess1d~ des e direitos como hODOD 0 necirco segundo coidontes histbrioos oono o feto de clgu~m ter-se oposscdo priJeiro de Ui puumldcccedilo do terre e outlX6 nao Ou de c1Gueacutem ter sido foito prisioneiro c escrevo e outxos n~o bull Tocircdc distinccedilco portcnto entre os que possueLl bens c os qua 0 pos shysuem e trcbelh~l p~re os priuGiros teric orgeo nc douinc~co de UD hot4eu socircbre outros que historiccuente se deu Q continue rlcr-se Do um lcdo os Quetecirco posse e USCD CD seu benefcio em dctri~1Cnto dos outros Se ~lienCIll (ou tOfon outra 00i80 isto a sc torncrl Wla outro coise qUQ necirco hOLlons) por nco reconhcceren o outro CODO honco sujoito de plenos direi tos e trcnsforoercL o trcbclho eo Jcoisc e necirco ori~co humono De outro lcdo os que nco pOSSUEm e trebclhCil pcre outro8VQO o fruto de seu trcbclho que oacute une perto decircles meS1lOs sor possuido por outro o que equiv1 e dizer que se oliencm se dosti tueJl ccedil~o suo cOl=iacutediccedilno plille de hOiUG1S

O quc 80 disQute ecirc por~cnto o proacuteprio si3tCUC ele possa e uso dcs proprie~cdes o proacuteprio sentido de ~upr~s~ Oe ~eios ae pro~u9~O

A IN

aegun~o este conc~ccedilco nco podew ser objeto de posse e uso ~~~dcdacirc vendo ser usedo )ole e pcrc c Souiedcde Os f1eios ooncrotos v-cr1Cl eshynorrJeaente deacutentrodessc ~oncopccedilgo indo flosdEl possetoteJ dos pro shy~riQ4cd~s p0lo Estcdoete a posse dos Baios de produccedilco pelos ~ue con eles r~bclhom e tendo seu uso ~eguledo pelo Estcdo bull

bull 28

Es 8C3 1inh-s polti c cs ropidcilGnte expos -tas e e squOuuml1 tizedas ttf zerl C bcilc novcuacutewnte o conceito co Paz de ULl grupo As du--s plino1 shyros reprCSJn t am nJ tJdCIJ8n o c cz o grupo e proprJe crJos (O cprcshy t P d d t 1 - A

806 isto ~ conforne vinos no i-G3-1 de orgcnizoccedilatildeo soci01 n classe olto ou burguesc Porque justificc~ uuumlo Paz pcrc tocircdc c Sociodcdc cen trudc nos interecircsses cc clcssc bUlgueso A terccirc linhc po11tica 1 euumlntrnda nos interecircsses dj libcrtcccedilGo dns classes inferiores de pro let6rios G trcbclhcdores rurcis J isso nos troz o concoito do i~801o

bull bull I I ~-gJo que e UiiC JustJfJcccDO -G00rJCot um rocJonolJzcccedilco de Jnt~rcsses 1 Ao t

( entendido il1tGreSSe ~lil UIl conccpccedilco boa cmpla nno Jntero8ses ilC c shyricis inedietos) de Uiil grupo e~ 1Wt deteriincdo sociedcde Vemos egoshyra por que c lute polticc nGo ~ uma agraveisputa abstrcto de iclonis crbi treacuterios 1108 unconfli to do interecircsscs dos grupos que forwom c s02iedcbull de Noacutes pocamos notor fccilmente quo essas diferentes justificnccedilocs se refEreIiJ nco otilde n[~turezo que O h o Ie tI POdE racionclizcr objotivcmonshyte jaacute que c ne tureza podo _s_~r_ g_bJ~tccedil do c2nhecilJCnto huvno Qucndot

no entanto treta-se de occediloo huu~o este nco pode serpy-1~t~~~d~ plcshynemente por tretcr-se d~ accedilco d2 ~~e~~~~ que nco cstco ~ubordincdo~ e leis detcrJlincdcs pois na occedileo hUtlma se inclui c opccedileo livre nno

d t - d P - I - lpr~- e erwJne 0 or 1S80 mesmo osse rocJonc Jzcccedilco ~cnQU Co exp 1Ccr pcrc cede homem as sues proacutepri~s opccedilotildees o que signifioa cs ~pccedilotildeos de seu grupo de sue clesso e CSSIacuteLl por dicnte Isso nco quer dizer que esse justificcccedilco sejc cbsolutc_10ltO subjuumltivo e necirco -tanhe vcliclcdo [~ nno ser enqucnto justificcccedilco de intGrecircsses dcquocirclo grupo Nc ilod1dc em que o honem pode ter cuacutensciuncic de o QU0 318 eacute G do que Sco cos re

- 71eccediloes entro os hOTIens e claro qU8 e possJvol uma gonorc11z~ccedil~o e possiacutevel que esso justificcccedilecirco ele occedil~o hunenc possc~ ter 13ulC vlidE de universcl na nmiddot-didc UGSlO em que procure une idontificJccedilco n~~ior cOJ o velor proacuteprio do hOS0ill (isto eacute fundclJe1tc sC uumlLl U1 hUil~liSilO ) e SG idGntifiquc monos co~ os intcr~sses inediotos do indiviacuteduo d~ cl~sse ou do grupo

Se c cccedil8o pol ticc ( Uilc eccedilOcirco ideoloacutegica cOIlcluilOS quo c eccedilo l t N 1 d ) 1 ~ bull po J Jcc nco PO(8 nunce sar cccedileo ~so e e JndivJ uc bull li l1uumlCusscrlc41un

to accedil[io de grupo cccedilco org~l1izeacute~~dc 0 sno qUuumlcl pretende que ponsa o age isolcdoLlcnto Olil pol ticc porticipe de clguuo forDe elo une fcixa d l i J eo og co e de uac occediloo elo JTUpO ChegcLlos tC~lbou c quo a 0lt00 poll shyticc pcrc sor eficianto davo ser orgcnizode

A occedileo poliacuteticc orgenizodc lGscluento eacute otribui2So elos Porti ~ Ccedillos Poliacuteticos no Brasil DG f~to no untcnto tocircdo rccediloo hulCno oorJshyportc il1pIci to ou oxpllci teDuumlltc UlCo ccrgc ideoloacutegica o portcnto t5 de elguD Dod~ occedilco poltica U11 trcbclho do AniJrccedilecirco Populer por eshyxonplo 6 occedilco poltico enqumto encorno UH objetivo de libertcccedilatildeo cul turcl dcs populoccedilotildees 8crginrli zcdes e porton to do olgu2 110c10 onccedil~r nc o feixo ideoloacutegico drs clesses inferiores Uno oonunidcclo que s orgcnizo cge da mesmc forne pollticCnente cssunindo uno ideologia liacute i t t AlUp o a Js o e noo ncc8SSorJcDonte expresse O~l torDOS de conco1 shy

pi Nt os pr1ncJ os ou noniles de eCcedilOGs A occedileo ~olJtJco a port~~to Dulshytiforme NSo ser~ poltice sQuente por ter esse nODe ou por viscr di shyrtcmnte eleiccedilotildees ou pre88~es 8ocircbre outoridadospolticcs A co~preca scO destE~ fto deve chGgcr otaacute ns cOIlunidndes ser correr no entcnto o risco de se uinimiznr ~ ~ccedilOtildeo poliacuteticc restringindo-c e etividcdes

bull 29 bull

CO nivo1 ecircLcs conunidedos No nvol de Socidrdo soacute to sentido e consoquoncJc r rccedil~o polticr quo ccninhc pcrc ser cccedil~o globclviscnshy

do c atincir ns proacuteprics ostruturcs de socioddc

A distinccedileacuteo rol do bese idcoloacutegicc qu~ heacute ontro cs divuacuteTacs linhs pOl ticcs I c difcrunccedilc elo inlircs do iacutemccrcr cs ostruturcs - ( t ob - bull bull 1CiC SOC18Ci~Ci~ COLO vJros no J e~~ so r orgcnJZcCcedilLO c ClnXllCc SOC1c

c Qclo dc~s sociedcdes 0 c Uclut011CcedilfO G wudrnccedilc do SUrS cStL11middot~Ul~S) bull

Ir middotd t h lf t t~c rcpl o GsqUGn- Jzcccedilco cuc 11ZlOS c0 ltcl eron 3 102(lt11CJ3 pOlJ t ccs podaDos noteI UDe q1W I0tuacute~ecircc2e wntcr pure c sL)lcBjhl-tuacute -S uuml~ tru turcs Bocitucde Cttrc nj~UacutendL cDcrliccediloftlos 1)crc nodo-- i1cl

bull ~ - A

te-lcs s sccilwvll t0 CO0 sEo i cintia outrc pruacutet011cC [1 tori-lcs rcdic-lwlCltO A or6cnizccedilco u cccedilecirco polticc (t0otilder1o~~1tiacute) o qUiacuteJ middotlS

Pcrti(os ftz9111)exigiric port~nto o consciontizccedilatildeo cc seus proacuteprios obj Etivos J aodific~ccedilatildeo ou m-Jlutcnccedilotildeo elo ostruturo

Tretc-s( portcnto de purspuumlctivc v no do tipo do ccedilco A pirti lp d J ~ ltmiddot d shy cccedilco 8 comnJQ-s nc Iccedilo pu J lCC JC~ Si 0 L1CSl) qu 80 por

bull n 1 ti tiOlllJSSCO bull crC sor [90 po J tlcr orgcl1lZcuumlC ( nuacutecoss-r c conSCJOl1l

znccedilatildeo do objetivos pOliacuteticos O 1130 UI detcrdndo tipo do ccedilco oOJotilde

por eXtlplo Ctu~9co co lcrtieacuteos _~ cOOp0r~ccedilco org~izcc 6 Ul objet vo poltico -it Lleclidc o quo vis[ der moios co ho~~o~ rurcl do cssu ui p1euronJonto sue concliccedil~o hucnc

BIBLIOG~11_7IA PLR1 APrrOFlnJJ~~TTO DO ITE 2 nJ 11 PRTE DA FvmiiacuteshyTACcedilAtildeO

1 Frei Joatildeo Batista Pereira dos Santos OP - mrILABOR - Uma Revolushyccedilatildeo na Jstrutura da 3l11precircss Livraria Duas Cidades 1962

2 JY Calvez - ~glise a Societeacute 1loonomique - LtEnseicnement Soeicl de Jecn 7JGII Bd ~el1tiSl1e Paris

JOseph Fo11iet - LHoliluumlle Sooit - Essai d Anttropo1ogie Soc101e Col Ja Sais - Je Crois Librairie Arthcwe Fcyard 1962

4 Georges Lefrnno Le S~(1icclisme dons 1e ionde C1 t(~uo Seis-Jcrl

Presses Universitcires de ~ranoe 1961

5 Bstatuto de Trcbalh~dor Run1

bull 30 bull

  • ESQUEMA DA FUNDAMENTACcedilAtildeO DO PROGRAMA PARA 1965
  • SemTiacutetulo
  • SemTiacutetulo 1
Page 3: Nota do Organizador: Pela crise política e financeira em

11 Cultura

Neste item ebordaremoe Cultura sob os pontos de ~ista filosoacutefico e antropoloacutegico ~stuc1aremos tambm os processos culturais e o que entendemos por cultura popular

111 Con~ejto de Cult~na Filosofia

Acirc cultura se destingue ~a natureza e a ela se opoet esta e sua caracterizacircCcedil[otilde inicial A natureacuteza exprime o que eacute dado ao homem a cultura o que eacute feito por 3le Por outro lado o m~ cultural natildeo se opotildee estagraveticamente ao mundo natural mas eacute sua transformaccedilno di~ laacutetica om Bunda hUI1ano Enquanto o homem nega pelB II prrois l1

deg nundo natural cor~ mo dBdo ou ~si ecircle o afirua como mundo cultural ou seja trQnsformQndo ~ara-o-homem

10) Haacute pois dois ~SpGctos no concuacuteito filosoacutefico de cultura a) cS(~_cto s_uJjc~ ( que eacute o espri to subjet~ da cu1 tu

ra) que exprici8 a cultura cono processo de desenvolvimento do sujeito que edificiJ deg Bunda cultural seja o indivduo em grupos sociais nais vastos (naccedilotildees etc) soja a huucnidade quo tende a constituir um sushyjeito cultural universal

b) ruJ)QCcedilj_o__opJejiyE (que eacute o eSl)rito objetivo ela cultura ) que exprin8 a culturo cOrJO precesso de desonvolvincnto do Lunco o ser tronsformcelo pele proxis humano ou a sua humanizeccedilcol sco as 11 0 shy

bras culturcis que consti tuell o L1un~o-elo-honell-e-para-o-honetl em permanente evoluccedil~o

Em seu aspecto subjetivo c culturG se desdobro por SUtl voz OB duos dinensotildees que parteD de u~auacutenica origem a saber do ~ de transformaccedilatildeo dialeacutetiacuteca elo Bundo

bull QBEll1~_9ordm-Ae__coAs_ciecirc1lciff que eacute a especific~ccedilecircio hurwnn do cultura em ternos de ideias velores projetos(religico filosofio t

bull A t )c~onc~as ar e ~ol~t~cobullbullbull bull CliL1cnsco ito oEir que eacute a especificnccedilOcirco humono do culturo

em termo~ de instruwvntos e toacutecniccs de tronsformaccedilOcirco do llundo( norshymoe de convivecircncia leis posi tivcs ciGncias aplicodas f instrunontos de trabelho bullbullbull )

PodaDOS a partir dostes elementos formular uma definiccedileacuteo 1I Acirc cultura eacute o processo histoacuterico (e portanto de natureza dia16ticn ) pelo quol o horwa er1 rolaccedilco ativa (conhecimento e accedilatildeo) CorJ o munshydo e com os outros hODcns trcnsfo~la c natureza e se transforna ll si ~esmo construindo um D~do qualitativanente nocircvo de significnccedilotildeesv~ 1ores e obrcs hUllCncs rouumlizcndo-se como hOlllOO necircste Llundo huuDIlo bull

c) 1L Cult]lro cLEistoacuteri-c_o A ini~iotiva hutlann que crie o hiJ toria e prccisQilonte c culturo A historia nco eacute mois do quo o deshysenvolvimonto ~o processo Dele qual se opera a pGSSagOD dialamptico da natureza or Culturc ou scjc do mndo natural 811 Llundo huncno Logo

-0shy

I

um~ cultur~ ~-histoacuterica 6 um contra senso Entretanto sendo o honcm sujeito de Histoacuteria por ser o cri~dor d~ cultura as fornas histoacuterishycas das cri~ccedilotildees culturais deve0 situar-se na linha das eXigecircncias de realizaccedilco do homem Haacute valocircrcs essenciais que a cultura deve cncar nar nas situcccedilotildecs histoacutericas infinitcmente vari~veis Por excmplo 06

A A N hidireitos de consoienci~ tr~zen 08 si UL1C exigencic de enccrn~ccedilao ~ toacuterica justcncnte por BcrCH v~locircros oonstitutivos do ~humano (aeo ecirclcs ~ cultura G desUD~niz~nte e nlicncnte) Urm dotcrIJIacutencd~ cultur~ histoacuterioa eacute ~utecircntica quc~do permite a enc~rn~ccedilco de tais vclocircrcs e portanto a construccedilco do um mundo-par~o-honen Nesse c~so a oultushyrc torna-se a expressco cutocircnticn dc c~nsci~ncia histoacutericc reeI do honem (do grupo da n~ccedilco dc eacutepoca)

b) A cultura eacute s~i~1 Coo efeito ~ proacutepri~ socicdnde sit~ se n~ linhc do ~rooesso cultur~l como elemento essenci~l de Dcdinccedilno entre ns conscioncics (~specto subjetivo de culture) o cono clemento essoncicl do unificc~ecirco dcs obres culturcis por Beio de uw conjunto de significaccedil30s que pode0 scr apreendidas pelos indiviacuteduos que consshytituem o corpo sociel (aspecto objetivo de cultura) Assiu c cultura 86 ter sentido e velidez enqufnto processo de cOIauniccccedilotildeo ccs conscishyecircnOi~ O nundo cultural caDO mundo humanizado sendo nundo-p~raniamp eacutemundo-para-o-ou~ No Llodiela eD que esta cOlluniccccedilotildeo se instituciQ nnlizo nUDconjunto de si~~ific~ccedilotildees velocircres projetos instrumentos ideais (eXIleiS etc bullbullbull ) ou ~ctericis (ex teacutecnica) tODOSt precisamenshyte c sociedcde O indiviacuteduo isolcdo evoluindo por IIbond~de noturcl per~ rcclizcr-se cano honem (Rousseau) eacute UD Dito A cultura eacute cutocircnti oa qucndo sue dimensno sacicl se desdobra pleneIlonte isto eacute qucndo sues significeccedilotildees e seus vclocircres podou ser comunicndos e~ sue plenishytude e tocircdas es consciecircncics (do grupo da naccedilco da eacutepoce)

c) A cultura eacute ~ossocl L dinonsatildeo de consciecircncia inpoo ~ cultura um cer5tor incliDn~vel de cr1~ccedileo humena Ela ~ por oxcelecircnshycio inicictivc de liberdcele f enauento supGrn o detorcinisoo de netushyreze Logo c coounic~ccedil~o eles co~sciecircncies que se devo cstebclccer pele Llediccedilco de sociodec~o COL10 suporte fundClwntrl dcs iniciatives c des obres culturcis s6 podo sar ontendidc nc forma do livre epocirclo ~ reclizcccedilco dc pessoc ouseje c ~coiteccedilotildeo etiva e ]ivrcuc~tp consenshy~ dcs siGnificaccedilotildees elos vclocircros G ideais do nundo cultural eu que

d d S d d do ln lVl uo se lnsere o mqunto pessonl c cultura e ne 10orD D libertaccediln9 isto eacute do ~profund[nonte dn consciocircncic-dc-si do pcssashygen do henotl coiso ( objetol (nC-tureza) pnrn o hOBcnsujoito c pes shysoe (hist6ria) Couo passonl a cuIturc ~ plurnlista Tocircdc tentctishyvn de nivolcB~nto ideoloacutegico de hULlanizeccedilotildeo violenta f~z de cultura i nSGruDenmiddot tCiO 1 uuml Iloncccedilco e de o CLoLunaccedilco c nao llbertoccedilco o roe1lZCccedilco

_ d) ~__cultura2_lffii~~~~al Pelo conteuacutedo hurjano de sues signi fic[~ccediloes (cspccto subjotivo) e pala destinaccedilco humana do suas obres (aspecto objctivo) o processo do crieccedilco de culturc G cssonci~luentc univ-rsol isto G ecircle tCl1de e princiacutepiO a constituir-sc cu clemon

N ohshyt o de oe1icccedilco entre todos os honans Sondo c conscicncie do si COnDS no tcopo ~ci~ncia univorscl (pois pcrc refletir a si devo distin guir-se do tudo o meis bullbullbull ) a cultura cono aprofundenonto d~ conscishy enclo de si deve propiciar e cbortura des conscioncias c ur1 plcno do univorsalidcde crescente Assin todo vnlor culturcl autecircntico oacute in shy

bull 2 bull

tencionnlnunte universel isto 6 dcstin~do agrave rcaliznccedil~o do honco cooo oonsci~ncia im si couo ser univuumlrsel ll

bull Este univors21idcdo ecircln cul turo N t h tiomiddot tnco a antr8tclto~bstrctn L1O8 Qoncro 0 po~s que c ~s or~c~nun a

enocrnodo Assio c universalidcdu concreto que torne eutQntico ~~o

cul~urc _reside no ~os~~b~jj~~~of~tivo de ~oBuniccccedil~o d~su~s signifi ceccediloos a~ S8US ve10res ~dceis e obres c toucs es conSO~8nc~cs quo vecircm a encontrar-Seacute no ecircLlbi to c~c prsenccedila do nunda cul turrl - qucsteacuteo bull (lsSiLl c vJrtiginose univorscliccde bstrcto elos sistmlcs 1uumltafsicos A

do tndio temIic o justificer do fcto urr profunda divis~o de consc~on cics nuoc socicdcde elo ccstes) ~ COllO intoncionlomte un~~ que C

cult~ deve ser dit Eopulr

1NOTtir Este pcrte Ooncoi to Filosoacutefico de Cul ture foi t1 cmscri tecirc de FUnc~cLlen tcccedilco de IIViver ecirc Lu tcr ll provoi tendo -Se cs ideacuteias do fe Henrique Vaz 5J

1_12 Conc~~to de Culturo no n~ropo10gio

A etividede oriedor~ 6 nquel~ etreveacutes d~ qual o honoo expressa sue forne proacutepria do scr existente no nundo Esta atividedo criodora~on uo prineiro niacutevel de releccedilotildees so realizo otrcveacutes do conj1L~to do 09008 eo que trcnsformc coises de ncturozecirc eu objetos do culture A cse a rode o pcpel n neacutequine seacuteo elcuns d0stes objetos que eo ncior ou nenor greu de eleboreccedilco rcpruumlsoutou e rcsultente do esfocircrccedilo huncno contlnuoo~ntG envolvido no tecircrefo de integrer 00i8S do ooio c~biente no oundo elo hODeo ti ctreveacutes cleste intoroccedilatildeo constcnte com o sou oeio ncturel que o hODeLl se eprcsonte cano criador e trcnsforDcdor ncste priLlciro niacutevel de elenentos culturois elebo-rcdos c p~rUr do nctcriel fornecido pele proacutepric ncturGze ou c partir de outros clemontos cultushyreis Lleis sill)lcs e ntcriorDontc criados A soluccedilatildeo do elgUlKs do suts neo~ssidades fundc~vntcisf provocc gereluonte c eoercocircncic do outres nooessiccdos problonos oeia cODplexos ~ ecircste o processo b~sicootro-

1 vos do quo o cul turc est~ s-lpro se renovcndo

iIes 80 podoilos epontcr os objetivos Detoricis eoo) eloDontos de oul turc podecs tcbeacuten cffroer qU8 n3o soacute ocirclos consti tuoo tocircde t

cul turc do hOUCD ]j e sue conccedil~iccedil~o de ser sooiel quo o hODOl rca11ze e cultura Intogrdo 0L grupos sooiei8 definidos segun~o carcctcriacutesticns deteruincdcs o hoooo se fez ngo~l te do cul ture cricndo trensi tinc1o noutros hooens os 0lcllontos cricdos A pr6prio ostruture 80ciol eacute ex shypres se e Llodificcdc c trc-voacute s do toO cooo forle do culture A fCliacutelia cs relnccedilotildees 1entidcs pelos neLbros de f(1liacutelin segunc1o c posiccedilco que ocu pmJ es forrlcs de cOLlUniccccedilc9 socicl cs cstruturcs poliacuteticcs os sistc oea cconocirclcos o trrbelho ca foI18s que oSSUlC o significndo que lhe otribueo as ostrutur~s quo os grupos se iopotildeco por roeliz~-looa 010 _

o0ntos enfio ctrveacutes dos qu-is so ccrctorizo e concliccedilco sociel de un grupo do uw povo sno oxpros300s do UD outro nlvcl culliurel ncccsso shy

ricD~nte presentes ~1 ~u~lqu0r sociodcde

A oss DeSDe concliccedilco sociel 01 sues nuacutel tiplcs oXIlrossotildees cultu Irc~s c c~rcunstencio propric 0 hOiOrl do ser trensconclonte ao Llunclo eo q~ roclizc suo cul ture cOtcspondo Url conjunto do slbolos do t que elo se crL1a pcre corunic-r-se o todos os niacuteveis OorrcSl)oncc tCIl shy i

ibull 3 bull f

beacuteo ~trcveacutes de expIiceccedilatildeo do signifiocdo decircstcs sobolos o ostcboleshyoin~nto e o evoluccedilEo dcs signifioaccedilotildeos que ecirclc caacute n si oesDo cos oushytros hOLlons 00 SU oeio ncturcl e C sue cul turco

~ pr5prio do honeo crieI e integreI eu sue culture 0160 do objeshy I tos lctericis clem dcs tccniccs trcwes dcs quc~s cS cr~cccedilocs se roshy

noveo ~l~ll uSs Dcnifstrxotildeos cul~urcis do sue c~iviccecirco essoc~etivc ns sign2f1ceccedilocs dcdes e estes obJetos o ocontec1Dcntos ctreVGS dos qucis justifico e expresso sue oxistGncie seuS ctos seus tonores o sucs espercnccedilcs lTuumlste torcwiI1O nvuumll cul turcl cncontrl-so t por oxog pIo I cs norncs de conduta os sistC~lc-S etrcvoacutes dos queis 50 procurc fr

t tmiddot N t t tzor c JUS 2Ccedila - es crunccedilas c os D1 os - cs cr2cccediloos pureDcn o cr ~s ~

ccs C oS sistoocs de pensc~-11tO bull

ti cuIturc Sw cOlprcondo pois OOrlO o conjunto int0Crodo do crie shyccedilotildeos en quo o ospiri to huncno s e1~pr(Sse ( Obj0tive DH buscc de reso

d 1 1- t shy1uccedileo o saus proo aoes o tuumlnaonc~cs pussoe~s o SOC1C~S ~os ros n1shy b 1 1 1 - t middot 1VG1S eS2COS uD quu nos e pOSS2VO ~~V1~~- e - n2VO eleP e~1VOt n1VO

cssocietivo G nivel iduumloloacutecico (cqui no sentido do nvcl tlcniel) 00shy

botl (ontro de culturo os objetos notcricis cs conscluccedilOtildeUS os instrBshyDtmtos do trcbelho os 11~quii1CS cs toacutecnicos do transforLlcccedilecirco de notushyrezc os v6rics fOrllos elo slJortos Cs crieccedilotildecs crtisticos os oatrutE rcs ( norDes sociois e orgcnizcccedil~o poliacute ticc os sistcJes juridicos o idionc cs cronccedilns os sistoles filosoacuteficos toeacuteLos os sllbolos o si shyneis os ccriuocircnies os ritos do pes segeo cs tradiccedilotildeos cs idcologics e os forDcs pGles qucis 80 cxpressoo os religiotildeos A culturc Oacute os3io tocircclo o ox)ressco de otividedo criceacuteIorc huoonc sanpro intQncionol C perticipado por tC(~OS os hOJons onqucmto uonbros do socio(~edos E CODO tel ecirc construido por coiscs e econteciocntos reeis objotivos pcssvois de obsQrvcccedilco dirote e in(~iriltc Localizc-se lJOrtc-ntones shytcs coiscs niacutestes ocontociacutemtos no tonpo o no especcedilo Duumlntro dcs p9sect soas no for~o de cronccediles cC ODOCcedilOtildeOS G ref10xotildees culturelucntc dotershyuincdcs dentro de tocos os procossos beacutesicos de conunic~ccedilecirco Of fineI oonte dentro dos objetos octoricis

Cooo ccrcctoristices fundcrlQnteis ctrevJs des qucis o cultura se desteco co~uuml roclidcdo cspciacutefico seb0Duacutes quo ele oacuteo) trcnsnissvel d~ uno a outro gercccedilco p~lo convivio socicl e ctrcveacutes co cprondizegeo nco por hcrcnccedilc bioloacutegicc oono por eX01plo a cocircr do ~elc ou a aI turc dcs pessoos b) une ctivieacutecde cxclusivorltmte huocno C) ULl conjunto in

l bullt tlgrolo Ue crJoccediloes neo U1 ccunulo cesorciacutemcdo clt OlOllontos oc_ter~cis d) uno cIesse de coiscs e econtociuentos dependentes do sinbolizoccedilecirco e oonsiderodos dentro de uo contexto extro sO~leacutetico

Se estes tendSncies ~ cmiddotiG~ncios huoenes estilo presentes ou tocircdos cs pessocs por soreo inerentos c sue proacuteprio essecircncia podeDos entco cfirucr que no h5 iacutendiViCLUOS ccediluo necirco p-rtici Deu dc culturc Se est5o ~

pruumls~n t os 00 todes cs possocs osterco nocesscricDuumlnto ou todos os grupos socicis do que ales fczoa parte Noste scnticl0 podoos ofirLlcr

N

que noo hc grulJO sociel so-1 cul ture

No consiclorcccedilecirco do fonocircGno cuI turel eacute inportcnto dostccer sous eleuontos 0 seus processos etrcvoacutes dos qUGis c cultur~ se estruturo se trcnsni te e so lOdificc

4

Os elementos oulturais bull

bull Traccedilos oulturais eacutea menor unidade a que a oultura se pode reduzir Complexos culturais eacute todo o conjunto de traccedilos estruturados em tocirc~ no de uma atividade baacutesicabull

Padrotildees culturais satildeo as orientaccedilotildees baacutesioas dominantea e signifi shycativas em uma determinada culturabull

bull 1reas oulturais satildeo regiotildees que se aproximam pela similitude eviden te de traccedilos e complexos culturais

Tomemos o acontecimento ZUTIRAtildeO enquanto forma de trabalho colsect tivo e tentemos uma ligeira anaacutelise de seus elementos a partir do que vimos como caracterlsticas da cultura

Um conjunto de homens trabalhando a terra representa uma ativ1 dade criadora Socircbre uma determinada extensatildeo de elementos naturaisecirc~ tes homens exercem uma atividade intencional Tecircm um objetivo e trabashylham segundo determinadas teacutecnicas que aprenderam e que devom promoshyver o aparecimento do objetivo que os levou ao trabalho O aampo se modifica a natureza se transforma abate-se a mata limpa-se a terra ara-se o chatildeo os sulcos satildeo feitos o solo adubado e depois semeado Como instrumentos de trabalho os homens que participan de um wutiratildeo possuem foices enxadas e aracos feitos de determinadas maneiras deftnidas segundo o objetivo quo a eles se daacute Eis alguns objetos consti shytuintes do que temos chamado elementos materiais da cultura~ As coisas foice enxada ou arado - oonstituem ecircstes objetos materiais As t6cnishyoas atrav~s das quais 60 usa a enxada e se trabalha com o arado a

N

forma objetiva padronizada como se ara e aduba semeia e colhe sao acontecimentos de onde tais elementos materiais se originam

Os partioipantes do mutiratildeo associaram-se como um grupo social bull Natildeo soacute agem em funccedilatildeo de objetivos comuns como tambeacutem regulam easa accedilatildeo mediante um oonjunto de normas de tradiccedilotildees de costumesOcupam postos distintos oomunioam~ae de formas determinadas esperam que ashyoonteccedilam cortas coisas que tradicionalmente ocorrem em tais circuns shytacircncias O comportamento decircstee homens pode ser previsto por quem os conheccedila de vez que satildeo culturalmente determinados

Quando se falam usam palavras de um idioma oomum Atrav~s delas se ent~ndemf e com elas se referem ls coisas e aos acontecimentos Cada palavra decircste idioma pode ser tomada CODO um traccedilo cultural O idioma CODO um todo constitui um complexo cultural

Durfu~te o mutiratildeo os homens cantam por exemplo Ulla dctcroinashy

d AI Ia 2anccedilao om que narr2-m uma estoria um mito ou em que oosorevem o que eatao fazendo A canccedilao sua forma seu oonteudo mesmo a maneira 0000 eacute cantada constituem tambeacutem elementos de cultura

O mutiratildeo cooo Ull todo pode ser considerado CODO um oooplexo ~ultural Cada um dos elementos que o constitu1f~ em referocircncia a ele um de seus traccedilos A roupa que os hooens usao a naneira oomo oavao os instrumentos cou quo trabalham as eanccedilotildees que canta0 a esshytoacuteria destas canccedilotildees satildeo traccedilos de um Dosmo complexo cultural ~ pashy

5 bull

o

drotildees oulturais quo se pode0 dostaoar da unidade de ootlportruwnto aclotatilde da por todos os partioipantes do nutiratildeo e se fazer notar atraveacutes de todos os seus gestos atitudes e atividades pessoalncntc rcalizadosaen do oada um decircles socialn~nte aceito e culturalocnte detcrninado Os eleoentos culturais prosantes no conplexo cultural mutiratildeo estatildeo tomiddot dos intccedilgradoe Natildeo se trata de coisas e acontecioentos seu rel~ccedilatildeoqual quer uns cou os outros Trata-se do processos o resultados decircstcs pro shyoessos ligados entre si o suficiente para seren coupreoudidos CODO

partes de UD neSDO todo cultural

Os honona que participa0 do mutiratildeo fazou-no livrencnte porque acredi tam eu certos fatos Acha0 por exemplo quo os honcns se elevou sect judar uns aos outros Acreditan que o trabalho eacute neccss~rio a todo o honeo Julgue quo unidos pode0 realizar ou nenos tenpo nais trabalho O conjunto destas crenccedilas pode-se coopreender tanboacuten quando explicitatilde dos eo palavras ou nas atividades co que o mutiratildeo so expressa cono elenentos culturais

Eo tocircrnos globais coopreondenos CODO aacutereas oulturais aquelas que tleStlo independentoBonte de proxinidade geograacutefioa aprcscntatl ULl ul1noro razoaacutevel de couplexos culturais identificados claraocnte CODO soneJha8 t-ea

A culeura 80 apresenta sO2J)re como realidade objotiva posta co novinento eo uudanccedila constante eu tocircdas as fomas porque se expressaI a) os objetos que satildeo elementos materiais da cultura cano UIl vaso do barro a aparelhagon necessaacuteria ~ irrigaccedilatildeo de un canpo de arrozeto b) os subolos e coobinaccedilotildees significativas decircstes sobolos CODO as p~ lavras de uu sistEma lingulstico alguns cantos o contos ecirclo utl povo eo que as palavras decircsto sisteua se organizamUD conjunto de leis o nor mas os nitos alguDas crenccedilas a globalidade de eloDontos eou quo deshyteroinado grupo social reflete o uundo e justifica sua conduta c) os acontecinontos do quo estas coisas se origina0 o ao que se Dodi ficam cono o trabalho do un artesatildeo a atividade padronizada atraveacutes da quel se fzen bonecos de berro ou objetos de oouro d) as forncs sociais pelas quais os hooens organizAD e estrutura0 os elenentos de sue dinonsatildeo social OOBO c f~nlliaf a oouunidecQ o o grushypo pocircsto eu trabalho comum no mutir~o

lC) A forua de un vaso de barro por exenplo pode Ser uodificadc ao pcssar de un a outro grupo social ou mesno dentro de ~ soacute gruponc passcgon de uoa a outra goraccedilco Eu elguns casos pode nodificar ateacute DeSDO a sue funccedilno modificc~do tanbeacuteD o seu significado especiacutefico bull O DeSDO vaso que num cul turc ou co uJa eacutepoca eacute utilizedo 0000 roci _ ~iente de aacutegua pode eu outra culturc ou na nOSD~ cultura co outra epoca tornar-s~ objoto de decoraccedil~o NUD terceiro grupo social o DOSshyVcso pode ser posto c serviccedilo de ctividodos religiosas c oono tolenshytendido COLO objeto sagrado

22) A apcrclhagotl noccss~ria otilde irrigaccedilno de ul cmlJO do arroz tt-onsect

6 bull

_ - J ~

fornc sc 00_1 O surgincnto do Ul novo instruul0nto msto novo instruncnto tento pode ser criodo por nlQlLl mmbro do proacuteprio grupo onde o aparc lho eacute usado tradi c10nelndnto 000 pode sar trczido por ruumlgun Doubro de outro grupo

312 ) As pnlcvros do Ui sisteuc linguCstioo estecirco ar COl1stcnte LlU shy

denccedilo GLl sue fornc cu sue funccedilatildeo 01 seu signifioodo ilcs m1igroo de Ul o outro JOVO JuntJ1-S0 o outrcs uuml con 0106 forLlell novcs pclavras bull Ruumlnovcu-se DosoparoOOD durcnto longo tOlpO o surgoLl ncis tcrdo COL

une nove funccedilatildeo 1oacutegicc PorcoJ-se A observaccedilatildeo do dois textos - ul 8i A otuol e outro 82 Agrave ne 2eVo - e su 2020n t e pero portugues portuguos d 1 r d01

xor clara c evoluccedilecirco de lCngut n(oionol oono UB s1sterle OIl Llud2nccedilo coE tCnuo

412 ) Llguns o)n tos e centos do uu povo deSopcr00en COJ o correr do tOLlpO Outros secirco _-oclificodos aos pouoost por exmlplo se o grupo socio1 possa a ter uuo nove econouie do subsist~ncio se Posse a vivor do culshytivo do uilho e nGo Deis de ceccedil~ e d~ pGsce se eacute doslocedo do uuo zona proacutexima co oer pcre uue outre Qist~~te dele situcde ou vnles dispostos 00 longo de Llontenhcs

52) Uu conjunto de l(1is e norlcs vigente cu dotoTLlinedo grupo sQ cie1 L1ocifica-se tC1-~boacuteL1 g0roli1021to t cdcptondo-se t novos situcccedilotilde~s sQ cicis ou explicitendo suas pertos Quendo uo grupo oacute pocircsto ou contoto COll outro sucs nOrLlCS do couporteLl8nto poden ser influenciedas ou in shyfluencicr norucs do outro rupo

612 ) Os lIacute tos clgucs crei1ccedilas o conjunto de clo-lontos coa que ds toruinedo grupo socie1 roflcte o Iundo G justifico c sue conQuto sofre0 todos o DG SLe lJuclcnccedile cO pes scrou de ULlC c ou tre gcrcccedilatildeo elo -w a oushytro povo ou nUDe nesue goraccedilOcirco (0 UD DeSDO povo Dodifican se do qual shyqU0r forla ctrev8s do proacuteprio uso~ atroveacutes da difusatildeo de seus olcnontos pelos diforentes Derbros elo Grupo Cada pessoo contribui nCSLlO CO1 sua perte ele novcs coscobortcs fvoreccndo eos poucos O dcsGpc1ocil1O1to te elguns GlGDcntos de credibilidade o c ooorg2ncia de outros

Necuumlssagraverieilente os CCOjY(ocIacutelontos ar que estes coi82s 50 origi shyniIl -10 21~CCI~ bl o t e que os d middot ~ seo t 2il Ol 1os processos con 2nUOSI as tocn1cns de irrigaccedilatildeo es nenoircs do nerrer os velhos contos as forllts elo coushyportcrhnto dontro de felie ou dentro do grupo e roaccedilatildeo provooade peshylo estcbelGcil1Cnto de novos pcdrocirccs de conduta

~ d G propr2o C culturo ostr cu Dudonccedila cont2nuc etrevos ecirco todos

os seus eleuuntos do sinal quo Su fez no chatildeo ou nes ~rvorOst couo inshydiocccedilatildeo de ULl OCL1Iacutenh2 a sOGUir cos valocircros espirituais tcrbOacuteu ecircles si nois dados ~s consciencios o nisso indicadores do rUDOS

A Histoacuterico Dostra clarcronte o existZncia do c_ireccedilotildees doterldno des nc evoluccedil~o culturel dos povos e de tocircdc c hunonidado Cede objeto que sofre individuolouumlnte uue uudcnccedilo quelquer podo ser couproandido c ouo uu trcccedilo e-l L10vin0y to insoriclo nu plcno Deior 11UD cOlJplcxo culshytural que trbeacuten se llOdifica ~sto coplexo cuI turol fcz perte do tocircdo u~c cultura que atrcvGs de Doclificaccedilco de seus elODuumlntos pode ser toE betl ontoncliclo C010 uoc reolidcclo que so trcnsforua cont1nuenonteevo1uitl

7

do ~ ~ ecircsso processo de Dud~nccedil~ cultur~l constante e oriuumlnt~co que se deacute C oLUGcnt e o noue de progresso

EnunorxlOS 1 ibuumlxo c1CUTIS c1ocircstos processos os que eeo reolron te n~is L portcntes e elos queis so origin~1 os outros tocos rcsponsf

~

veis pelo cOLplexo dcs ~udonccedilos culturais d~s quais fincluonte o ho-I neu tcDbcu ~paroco cor_lO ~gcnte

N d t It bull Tr~nsnisseo c possogcn nedi~ntc ~prcn ~ZCgOD s~s 02e ~ce ou ass~s-teleacutetico de cloDontos cuacutel tur~is do un pcro outre gcraccedil~ot dentro do un nesno erupo social

bull Acul turcccedileo c trocc de elencmtos culturcis ~traveacutes do p~ss~gen de troccedilos conploxos e pcdrotildees de une pare outr~ cultura qucndo postos de nlgurm forDe en contocto bull Difusco c acoitaccediluumlo do detenincdos eleucntos culturais recou-cria shydos dentro do proacuteprio grupo ou inportados de UD outro de UDa outra culturo bull Continuidade a pernanocircncia do treccedilos atraveacutes dos seus elcocnto8 de fixaccedilatildeo pelos queds DS gorcccedilotildees se cODunican ou se li8a1 Deculturaccedilecirco o desl1pl1rOCluento progressivo de traccedilos antigos em fun shyccedileo do aparecimento de outros nais recentes bull Integrcccedilatildeo c haroonizeccedilatildeo ctrcveacutes de mecenisDos organizl1dores dos divorsos trcccedilos de UQI1 cultura bull Retardenento una disritnil1 na acumulaccedilco e integraccedilatildeo de eIenentos culturais fevorecendo deg desenvolvinento acelerado de I1lguns trcccedil06 ou conplexos freqUentonente eo detrimento de outros bull Invenccedileo I a rosu1 tan te de UDe nova conbinaccedilatildeo de elOIJlCntos jeacute exis tentes em deterDinada cultura bull Descoberto uma equisiccedilecirco nove no cl1npo do conheciacuter18nto O rccirlen to de UI novo eletwnto culturuuml ou seu sentido nuds pleno

~ atrcveacutes d0stes processos nUL1e uccedilatildeo conjunta seaprc integrl1dv e tendo o hOLeu CODO sujei to que es veacuteries culturas se aocLificem Ne te sentida CODO estrutura orgcnizcd~ e eu procosoo G cul-jure oono ati videde hUIlene 0speclficu evolui t progride e orgeniza-sc 0w formas Dais acabades e cODplexes co lonGO da Histoacuteria

114 Culture Populer

lI n h t d h 1 r ti ULl rcmoncno lS or~co que surge 8Il soc~e CeLe OllLC bull c un (osnJshyveI cul turcl entre os divorsos grupos que c COlpotildecm ondo grci1de porte d~ populeccedileo necirco teu UDe pcrticipcccedilecirco ativa seja no pll1no culturalso~ cia1 econocircJico ou poliacutetica COD isto nno querenos dizer que -coelos d2 veo tonar perto ativa ncs OOSDes ctivideces et1 Utl nesqo niacutevel ou que se deve padronizcr ou unifornizar c pcrticipcccedileo cc tocos c de ccdc~ bro ne socieclnde Nuumlo eacute isto eacute clcro P-ra lOacuteS Ull trcbalho ele Cultushyra Popular surge t~nbeacuteD de consciecircncia desse ncrginalizeccedilco e ele no shycessidade elo libortcccedilotildeo ele ui~ contingente hunano que vive otilde ncrgem do processa cultural

A Cultur~ Popular surge cano conso~~~lcin do processo de nudcnccedila sacieI Assiu sendo pretende a perticiacutepoccedilecirco de todos n olaboLaccedilriacuteo da cul tura da sociedade eIl que viveo beu 00110 e principelnonte na aEre

bull 8 bull

ensno e nf~Jcccedilno_ do sentido e~ 9111 turll isto eacute do cUG c cuIturo sig nifico perc os ho~ens desse soci~elede A Cultura Popul~r port3nto~esshytoacute vincu1t~clc Il UI1C accedilco que nco 110de ester dcsligodc do 2oyQisto e I

dos grupos sociais que por condicion~ncntos econocircmicos pOliacuteticos e soci~is - e cspocicloonte por COllcliciorlDrJcntos oul turcis - cst~o l1Crgi ncli zudos da cul tllrU ( FunCcLlontcccedilecircio CC IIViver eacute Luter) shy

1 tCaLlo venos c Cultura Po~uler quc~do e coounlCaVO 00 ~_~lS o 6 quando sues significcccedilotildees seus velocircros ideais e ObTeS SOO elesti shynados cfotive~0nte ao povo c rospondem ns ozigecircncios el~ reolizeccedilatildeo hu~ona docircsso -Jovo 00 eteroinete eacutepocc responce eu suoe n suo 29Jlsect

h lo 1 E b l 1ClOnClE lSmiddottorlCIl 100 e CC eo cooo U1lVerSo qUG c cu -Gura e ne shycioncl-cnqucnto integre es consciocircncios dentro ele ncccedilno no ~lnno--dc SUIl realizcccedilecirco hunene e cs situe assIacuteIl na linhO (10 DovLl(mto histoacuteshyrico essencicl de EP-iY2rsn1jzaCcedilco 9fetiva c do cricccedilecirco CO UilC cultura pare toclos os honcns (Po Hmriquo Vaz)

Cono o integrc2otildeo elo toc~os os hOL10ns ne DeSUo cul ture vinculo shyse o unc trcnsforLlcccediloO elos pcecircrotildees econocircnicos polticos o socieis 0

Cul ture Populcr estaacute tcbeacuten vincuIademiddot ecirc reelizcccedilco do u projeto hisshytoacuterieo que pretendo aquelcs trc~sfor3eccedilotildeos Um projeto histoacuterico condi zente OO~l uuc cul turo eleborecc o pcrticipedc por todos UiJ projeto que possibilite c toclo o povo essTIuiacuter o seu papel do criecor o suj0ito de culture dc sociedode eu quo vivo

~~ - l~J

Sendo nssiacuten pode-se dizor que Culturo Populer n~o eacute uu fenocircnono neutro indiferente Ao contr6rio nasce da un conflito o ~lecircle dcsembQ 00 pois ela existe e se Cpresonto 80npre eu terl10S de libertoxatildeo de prom ccedilecirco hunenc no sentido J1cis cnplo Donde se conclui que noo eacute possiacutevel U1 trobclho de Culturc Popu1er desligado do processo de consshycientizaccedilacircQ E ~or estar lig-eclo c ecircste processo 5 quo elo ueve lCivor

Sellpre c UL1C opccedilco Devo der pqssibi1iclceacutees de Opccedilco 00 povo eoboro N

nco posse lL1pOr osso opccedileo porque elo devo sor encontrcCc polo pr~o povo Este opccedilOcirco decorre ele plone consci3ncuuml que O honen adquire dos diforGnccedilos o degnveis entro os 3rupos quo foruno o socicdedo o de noshy

1 N bull so-COSSldcae1 LG une tronsforncccedilco dos lO culturcls polltlcoSpecroos cieia e econocircticos que os cotorlincJ --~

BIBLIOGRAPIL PARA APROpmJDLttrO DlSTE ITE-i

1- Les1ie A Ihi te - Concei to de Cul tura Seacuterie B apostila 1- I EB

2- Irene E de Carvalho - Introduccedilatildeo aos Estudos Socieis Funoaccedilatildeo Geshytulio Vargas Rio de Janeiro 1964

]) Cacircndido Pagravedim OSB- Dclucar para um undo Novo Colo Educar para a Vida Gad 6 ~d Vozes Petroacutepolis 1965

4- Felix 1 Keesing -Introduccedilatildeo Cultural Fundo de Cultura Rio 1961

MOVHlENTO

DE EDUCACcedilAtildeO

bull DE BASE

t J

~

f

I

I f

f

t iacute (

i i

JlJIDAMIIA010 DO JlOGlAMA PARA 196

1 pu ISWVDOS SOOIAIS

12 - Ilt~t~amp Sooial

~

120 - Estrutura Social

Estrutura eacute a armaccedilatildeo alguma coisa Aquilo que sustenta um o~ ganismo um preacutedio um caminh~o Cada coisa tem sua estrutura O or~ nismo humano tem o esqueleto c~o estrutura umpreacutedio tem os funda shymentos e as vigas mestras que o~~steltam de peacutemiddot Um oarro tem o chasshysis socircbre o qual ecircle eacute montado satildeo su~ estruturas proacuteprias

Asdm tocircda a estrutura tem Uliacutela porccedil2Q de partes q~ quando se juntamformw~ um todo onde alguma coisa po~~ se sustentcr O esquele-middot to tem diversas partes assim como a estrutux~ de um preacutedio tem as pa~ tes dos alicerces e as partes do teto das colunas eto bullbullbull Podemos en tender que ~__~s~]utu_a gualltl-q~r_9uJL~s_e1sectL99teacute~ diversas J18tlU QF~das_pDra_Jorll-_-__~~_j_oi9J_~E_co_njull_t-ordmLll~un~

Que seria entatildeo uma estrutura social ~ uma estrutura que diz ~ pei to e sociedade dos homens j o modo como amples se organizrun para vi ver melhor porque ningueacutem pode viver sozinho ~ social porque se reshyfere a uma porccedilatildeo de homens a uma porccedilatildeo de grupos humanos que forshymam o IItodo ll social A sociedade humana tem uma unidade mas tem tamshybeacutem uma porccedilatildeo de Eart~~~__~~~Fj_~am de gerta forma - a estrutushyra s~oial ~ sustentanto a unidade do ~ru]o humano

Como se trata de homens as estruturos nno pocam ser materiais como as da cesa do ceminhco etc S~o estruturas pr6prias do socieda de dos homens Tem que estar marcadas com qualidedes que s~o humanas

Ora o homem tem fundomentalmente veacuterias qualidades que o disshytinguem das outras coisas a consciecircncia racional (inteligecircncia e voa tade) a liberdade a afetividade o capacida~e de oompreender as ooisas e de dar nooe a tocircdas elas ~uer dizer de dar significado que s6 valem para si e pera seus seuelhantes e a capaoidade de poder socircshybre as coisas quando ecircle te~ uma pedra ecircle pode fazer UacuteDa estntua ou picaacute-la eu pedaoinhos exerce seu poder socircbre a pedra

Entatildeo jamp podemos ver que as Estruturas Sociais tecircm que respeitar exatL1011te eSS2S quelidade pcro sereu II~CLoiaisll f quer dizer humanas bull As Estruturas Sociais tecircm que re etira

bull a oonsciecircncia racional (inteligecircncia e vontade) bull a liberdade humana bull a afetividede do homem - o CBor bull a capacidade de der significado cs coises e de comunicar ecircssee

signifioados o todos bull o exetclcio do poder humano socircbre os coisas socircbre a socictlade

e socircbre o proacuteprio homeo

Al d 4 em ~sso como o homem e teubem um ser biologieo tem todas ns

otividades e funccedilotilde~s dos secircres vivos nascer crescer comer assimishylar reproduzir-se viver um tempo a rJ0nitude e tudo isso e depois entrar num processo de rle6iJ~ccedilrt (de ) e tender para o Ilorshy

bull 1 bull

te e para o desop~recimento fiacutesico Todo ser vivo S0 distingue dos nao vivos porque eacute c~p~z de tircr do Deio 00 que vive o que lhe eacute ncoeBs~shyrio pcr~ crescer reproduzin~o-se etc Isso se chcma processo C8 ess uil~ccedilco Umo plc~t~ oS6ioile de terre os eleoontos que pr0cis pere viver Uu cnimcl cssimile do que cooe c energi neoessnric pere conti shynuer vivo Eos to~os tecirc11 UlJ lioite Qucmlo pesso c perder Dei s elo que recebe oOlleccedilc e envelhecer caihe pcrc e norte As cstruturcs dos ogrupcoentos hUDC~10S teu que levcr lsso ao conto Teu que conJuoacutecr esshyScs funccedilotildees que sco ele tocvs os socircrcs vivos cou aquelcs opcoiddcs e quelidedea que vinos cclm que s~o sonento dos hOilns

Vimos o que es estrutures socieis ~ecirc11 que respeitor nessas elois plnoss o dcs quliccdes e o eles concliccedilocs bioloacutegiccs co honen l~s 1fi so n~o existe sopcrcdo une cois leacute outro cqui ~is~o jUl_to nUllc uc S11[ pc s soe nU2~ oe suo grupo h1lt2cno ~e_00 BeSIDO tO_DpO

Por isso tGl~lOS quo ver dU2s coisos I

lQ o que sustente os estrutur~s soci~is e 2Q cs f0I11CS COC esscs cstruturcs nos ercccD

ViDOS que ampss~s estrutures quo nos referimos sco hummcs 1=C8 nei

por isso sco tocircdes bocs tocircdcs respcitcndo e ncturezc do sor h~cno Sendo ecircssim eacute necesseacuterio U1 trcblho quo torne os homens conscientes disso pcrc que tocircelc sue cccedilco sej~ nU11 sentido de oelhorcr Ccel~ vez Jds cs estrutures da sociedede eu Que viv~ ~es jeacute existeu une porccedilatildeo de normcs vclocircres costUECS que tecircd vigencie n~ sociodede dos horHms e -~ ----shyque ~J~r21l_ ltlu9JS__ilJ3_~ll_tsH ~or que isso Porque c socieccele dos homens nco pode ser sustentcdo so pels coisns mteri~iB ~ es nor mcs os vclocircres os costuues s~o escolhidos e adotccos pele socieccecircoshydos homens como moios ele regulcr atildeuuml~id~--Socicl Elcs representcn une ctucccedilecirco do liberdcde huwcnc quer eizer os homens escolherauacuteln~s ~--r si livremente Entre~cnto esscs norucs ecircsses costunes ecircsses velores p8rlmccen nc sociedcde e Jlui tcs v~zes o que ore bOD nUD dotorJincdo tenpo deixe de sar bom ombore continue existindo Entco ca nornes e Vf l ores pcsscn c ser elenc1tos de opressco pcr o houm ou pcrc gru-A shy

pos de houens nUDc sociedade ~ por isso que se deve tor consciecircncic bG~ clcrc pera reconhecer se as no~~cs e vclocircres que regulcu nosso co~ port~uento sociel s~o cindc v~lidcs ~rc o hOBen quo vive nos nossos shyteuumlpos Se foreu vGlides devo~ ser canservcdas se nco foroI v~lidcSt dev~ratildeo ser uuelaelos Esscs focircrccediles os-cecirco contielcs DCis dirotmn-e nos volores Vcjcuos cOrJa ccde una poC~e sor explicndc

bull Velres go~ sectsc_oJhjf28-2~_y_c~-S_[ti tude dos ho~ Po shydeu ficcr atuando conscionteuonte ou inconscientenonte Por eXI A2or os pcds e os filhos b U11 velar ser livre pcr fzor o qUe quisor t outro vclori respei tcr os outros eacute tcDboacuten uu vecirclor Isso tudo vei eshyrecer ctrcveacutes dos costunes o norl~S que e socicdcampe edotc As ciforenshy

ccedilcs ent re 61 Sco epencs de Groducccedilco

2

bull COS~1luos -UodO__Cplusmn9 qgi_r socialuollte a$r2a(9J3bull Ouando un houou vai a escola ele so oouporta de un Dedo proprlO Quando vaJ a una fasta se couporta de outro Dodo Se fala coo sou pai se cODport2 de Dodo diferente daquele co que fal COrl sou filho Os costVlOS sao diferentes para cada ocasi~o

bull Nornos satildeo os [s~-os l9cos de couportmlOnto s9cisJ -oloS jaacute totDh Dente acoitos e que s~o onsinotos na sociedade CODO coisas a sorCD obshy

S t b tIscrvados WllS rlglCLanOl1 t e ao 11ecessarJcnon e o rJg~ OZJcs

A N

bull COlltE9le Soc~ S_gur(L~EJ_todo Gc obser~l9]_~9lltl9_Qbs9d~ ci~o t~cloJs-o~~JJ_c1Lo_G~b_9J_~eido Se algueu nao so COi~)Orta do acordo 001 ~s costuDCS o as noruas da sociedade vai sofrer pw~iccediloos o repreensotildees por parto elos outros clowmtos de sou grupo COD isso so estabelece U~1 controcirclellsocialll socircbre as occedilotildees do cce~e l)0SS0a do eashy

1o grupo Acuzor le oprovcccediloos e Danoresa e ~uor reprovcccedilouumls DelOi~()S ou t d - - 4 ADonIor~e o lpO 0 accedilao eS~lvor nalS ou nenos ~C aoorao cou o que a

sociedade esporava

~9G~~qt Oacute ULl tipo do controcircle social Iluito rfoido quo a socioshydcde iwpoe lli~la pOSS02 ou c gruo social

1Qi e um norDO- sociel tlrl conportaocmto que o oXiglCO de toshy

dos e quo qUffi1do nco 2coito provoca una coerccedilco Duito forte Essa IpUl1lCcedillO que pOCcC scr nora1 Jls~ce ou s~np1csnon c 1 t Ja c ~ t socJe 0 t c

r1incda antcriorIente Quor cizer se alguoacuteo rouba elevo sor Plli1ido se De ta devuuml ser puYlIacuteclo co~ pris2o etc bullbullbull

N _0 1 ( f tmiddot 1_oR 1 e uacuteora aquJ nos rc cr~~os epencs ao ccro er sooJ[bull liacute3~aO bd c Ro1 -tO o ae --lore 11[0 e une so rc a ) ocos ~ ~glCO ~ 1 AI T osCOl1Slceraccedilao 10

grupos huncnos tecircn Jcnifcs-ccccedilotildeos religioscs quer clizr aquolas que expresscn sues rolaccedilotildees COl1 Daus ou COD as coiscs clivines 11 goraleecirc

t - hl ft r8 Ilcn~lOS eccediloes CLlzer reS~Ol to cS reaccediloGs quo o grupo Ullc10 tO~middot_l cshyAo _ N bull A

ce a clgu1S fenonenos quo 1CO sao totalncnte conpreenslvels llcrc ele c lJorte c vida futur r sue Oi~iber2 o oal etc Vejrlos quel o difeshyrenccedila entro at_o reli1ii~0 e ato-Boral

a) ite l1eligioso eacute cc~UGlG que 0xpressc clerarG~1to llileacute_ relaccedil3o 001 Deus ou C 01 cs coisas sagi~acles Por ex uissa sacr2rJentos etc

b) L-co _oral eacute x-qllo1e quo oxpresse 1m julCecircc r to socircbro as coi ses que) hOG faz sobre sou relccionlt1uonto C 011 os outros ho~oacutensPor

tb eXI eJuccr os ou ros uacute OE rOUJer e lleU odler o prox~Jo c DaU

Uui tes vocirczos as coisas dc ~kligiecirco c da lorc-l S20 loios do controcirc la sociel OOSDO eto poclo sor entendido de diversas =aneircs Aju der UIl aligo pode sor entl1CILlo cl0 trecircs fornas diforcntos eacute Ul ato re ligi2sectQ onqucnto oxprossc Linha oC-ridrdo emquento vejo n010 rum iJashygcn de D01S eacute t2lbOacuteIl UIl ~to_~O_l~ porquo Oacute llilU coise boe Oacute ainoo ur oto suumlnJ10~te social porquo u aprovcdo pEle sociud0o o quo vivo

Tocircclos ostcs coisos sOcirco os fUl1dC-r0ntos de estruture sociul Porque nalas eacute quo o houo= =ostra sues qualidadus~o hODon diforonto [cs coishy

sos nateriois e sLrplesnente viVos

PoCLenos ver cgora cs forncs 01 CcedilU8 se expressarl estcs ostrutushyros

Ateacute aqui ViDOS brevemonte C01) os grupos sooiais satildeo sustCltadOS por vlocircres nOrcics cos tUJes etc odOl1OS prcstor ctGnccedilecirco e not-r quo os forlJCs os que ecircstos grupos nos eporeceJ no soci0d~de so limito vr ricdcs

Os tipos de grupos que se for~a~ nc sociedcde s~o b~sioc~8nte =l bull bull ~ bullCOiSf o grupo prJjj~rJo G o grupo secunuacutecrJo

O grupo pruumll~rio te-] es sGuintes c-rcoteriacutesticosl

AS pEssocs to proaGcs o se oon eeeD CEl t ocos os seusbull VJ vou nuJ h J

cspectos Convivea li fece c fece 11 Seu relocioneLlGnto inplicc foiccedilOcirco e conpreens~o e ou gerol h~ inti~i~cdc ontro si Isto podo se dcr especiclmentG no L~iacutelia nos grupos do cdgos nosossoeicccedilotildecs poqusect

- 1ncs e olguL1CS vezes eu grcndes cssocJcCcedilOGS DCS COD cpencs c guns uGabros que se tornares ouigos

A ~ ftI bull ibull As rclcccedilotildees cconocircDiccs c11 tIO cc s tE grupo nco sco cs T1CJ S ~1 N ---_- ~

portcntos Nem as relcccedilotildecs de orgc1izcccedilGo ou de poder de docisro l~Q -shy11a U~c bscelc ele qucm pocle ter Deis ou nonos cutoridede

bull As rol2ccedilotildees entre seus lJcbros s3o ele cCreacuteter cssoeir-tivo c tacirc1 senpra UilC fin~lielcdo detuumlrDinCd~ Potu SOl u~~ cssocicccedil~o eOD 1Jn6 lucrctivos etc Poclo ser tc-uumlbOacuteTl ULlC essocicccedilGO porC L1uumllhor conseGuir defender os diroitos de seus Doubros CODO UD sindic~to UD pCrtido poliacutetico uu centro social etc

y IV

bull As relcccedilocs sco cordicis DCS nlt1O sco Jntincs O rclccionCIlOushyto eacute regulado mois pelo finclidccc que os uuumlnbros busccm no grupo que pelo nmizcele ou 010iccedil20 que tecircD~tre si Haacute necircste grupo liDe s~rie Qe nOrLlOS de couportcuen to que regulau as cccedilotildees des pessoos conforne o popel que exerceD no grupo UD eacute o presidente outro eacute o contcdoroushytro o vuumlndodor outro o secreteacuterio de UD sindiccto UDa pessoo pode ser Ul eluno e outrc o professor Cnda qual tem seu conportclCnto eleshyteruincdo pela ncturezo do grupo E a finclidcde do grupo senpre sereacute olccnccedilcde nc medidc 811 que os papeacuteis forei Llelhor executcdos

Os grupos priLl~rios e secuncl~rios podeu ~pnreoer nc sociodcele dns - dmiddot f U f 1middot t UCJS Jverses Orcics UC CLiJ Jc soro por nc urezc UL1 grupo prJ~lcrJo

oom UD relecioncuento iacutentino entre seus eotlponentesEos ele poderaacute ser gronde propriet~rie ele u~c feacutebrica ou de usa f~zendc G por isso c presenter t~beacuteD relcccedilotildees que sno proacuteprios ele u~ grupo secunceacuterioco

bull 4 bull

ffinclid~ecircLe lucrCtivo De Dado quo f qu~lCiuer sopereccedilco que nos eCcedilClOS te~ seDp~e une finclidcde c de cstudcr ~elhor os estruturas de ccdc grupo~ nco quer dizer quo oles soacute podou eperocer cssi~ Nc reolidedcf cs relcccedilotildees ossin CODO os grupos se cruZou forucndo UD con~lcxo 62 c1c1 tste conp1exo soc1a1 pcrc ser cOL1preonc~ido tO~l quo ser estucLf do por pcrtos tl2S CSScs pcrtos diflcilncnte existcu iso1cdcs nc roeshylidcdc CODO noacutes cs considereDos qucndo oS estudaDOS Por isSOVCLlOS o~leliser cl~Dos desscs for]c8 c_o cD~recij]ento dos grupos socieis sou pc-nscr que eles soacute pode existir essin nato soreacute apenos uu Dodo de estuceacutelos Aineacuteto oqui fClenos dcs foru2s e~ que cs ostruturcs cpc shyrecou

l FAI=1LIA

c Ul1 dos 110dos wds ioportcntes de existecircncic socicl e o L1cis eecirc tude~o por todos os que queron oo~hGcer bOD cs sooiodades ou quo vishyvm ~ U-l grupo prilloacuterio por noturoze A convivecircncic eacute nui to ntine entre todos os seus nembros porque vive~ nc DeSDo cesc 002e~ e ues-De Des e pcS8r grcnde pcrte do teDpo de vide juntos Crio-s0 Ull re shy1coioncwnto afetivo tlUito intenso mtrc os seus ueubros A iuportcnshycio de fewiacutelio se fez cede vez neiar porque ele de8eupenhc 00 DeSUO tenpo ~c porccedil~o dcs funccedilotildees sooieis que s~o deseupenhcdcs ne sociede de pelos grupos Bciores Por exe2plo UDC pessoe se socialize ctrov~ de escole e de seu relccionclento cOL os outros ucs esse socieliz shyccedilOcirco teu iniacuteci) nc fcriacutelio desde que esse pessoc~ nesce

Une possoc so integre no contoxto culturcl de sue cOL1unidcdceshytrcveacutes de sue fcniacutelic que vive necircsse contexto e pode exercor por sou intcrueacutedio Uiacutelr etiviclcde lucretivc ospoclfic~-~Dente econocircnicc f do 11081]0 Liodo cono c exerceria en UD2 reacutebricc ou nuna eDpr~se Por isso tudo c fcuiacuteliG eacute o grupo sociel [is ostudcdo ~ nele quo so processhyso de 1uumldo reconhecido COrlO legiacute tiDO erquose tocircdcs Cs sociodecos o perpe ueccedileo b A 1 Mt )~cc eSJ0cJe huntnc cono SOl JO106Jco egJmiddottmiddotJlfCcedilCO co ~

-to sexucl UJ cto que onponhc 11is lntLlcJ-entemiddot ccdc pJssoc Uuml reco nhecidc univorscL18nte qundo rolizcc1o 11 fc11ic ou eLl fU~1CcedilO de foul1ia bull

____debull FOrDcs -___FClio - En corcltogt costum-se dizer que c fc11ic tew duos fo~Jcs pril1cipois - a rcl~CcedilljIrextel~ pctricrceacutel ou Betricrcc1 e ~ f~~lliCcedilc_nu_cJ9_9 consti tUldc so de pois e filhos

li sociodcdo brcsiloirc h~ eindo u l[lor nuacutenero do foillics poshytricrccis quer dizer ccei tcndo norer juntos filhos e nores filh--s e genros netos e sobrinhos i=cs Q processo de urbenizcccedilno c conoonshytrcccedilecirco e UL Ilc1or ~1UacuterlOrO de pessocs ncs cidcdes grcndos vci torncndo ced vez rmis difiacutecil esse forne de existocircnoic forli1icr O quo se vci tornondo noi s oorlUD eacute a forne de fcxiacutelic nuoleor onde soacute pcis e filho Dorau juntos E onde o relfoioncnonto ofetivo ficc rostri to o UIl mtti2 ro nenor de pessocs

Eu outrcs sociedccles heacute Qutrcs fJriles de fcniacutelics f onde u howr pcde ter ducs ou cci s mulheres ondo uJC rJulher pode ter lcis de UD

5

condicioncdo pelo rlodo do vide qU0Lcrido Tudo isso b detorrlincc1o ou 1 ~ plc si e pelos neios elo subsist~n l esses grupos cdotcrllo cono vr ~CioS

oic lueuro podeu conseguir

- d~ ~~l~bull Fu~~_lt~j-_~__~ bull c gcrcccedilco dos filhos

bull l sctisfoccedilco 6000ion01 f soxucl e cfctivll bull c educcccedilecirco c soCiclizcccedilco cos filhos bull o ccul turcccedileo quer cli zor cdcptc~r seus Ilonbro S cul turc

locc~ li( bull funccediltio recrectiva - ht sooicdcdos ondo e recrecccediloo 0 funccedileacuteo exclusivc da f~llic funccedilco econocirc=lica quondo de estruture fCtlilier depende c subsistecircncio e c o nOcirci i cc do grupo

(Ver c ecircstuacute respeito clgui livro de An~ro~olog~o e~peciolllen te RLinton O honen Uno Introduccedilco o Soc~olog~e)

2 COLU1HD1DE

t uma dos formas nais OODunS eil que cpcreeen os grupos socicismiddot e no que1 cs estruturos 600iois sco ll~ds faacuteceis de sareo estudedcs

A conunidcde cOlpreende e11 gerol UD grupo huucno bcsknte grcnde onde tocircdes es funccedilotildees de vide hunano eco exeroidos eu eonjunto eonecirce tocircdes cs neoessidodes encontrcn seus grcus de setistcccedilatildeo rics esscs fun ccedilocirces e nec0ssidado8 satildeo li~itcdos pelo aacuteroo geograacutefico onde o grupo vi vo

Assiu Urla cOLlunidode tCl wa QQlJiBJlroccedil~o fJ~ de~erlinCcle ~e1c lrcc onde eI 80 encontrDbull Isso e IacuteLlportcnte porque e de croo gcograf1shyo~ que deveratildeo seir os recursos oteriois pera o subsistecircncia do grupo UJlC couunidode que vive no 110io ruroI teu uoios de vide buumlrl diversos do quo uuo couuni(lDde que vive nml 1oio urbno jaacute bnstonto qesonvolvidoOe l7l0i08 de cOJuniccccedil[o o a1inm toccedilco e os lodos de conportononto vcrico

f d foon orue cs con Jccediloos geogrc ~c~s ce croo

Do meSIlO Joco [ cOlUnidod~ ter6 UIC contizuraccedilco pzicol_ampii~ Sous 171odos de ogir e sucs otitudes VcO vcricr conforne o pcdrco do oultura que o oonunidodc clconccedilou Nuna couunidodo conscientizedo o oepcz de on01isor tocircdcs os condiccedilotildees eJ que vivo c otitude dos grupos huncnos que o consti tuen sGrt de occedilco trmsfoZrcdoro o de JlcIhorio ecdo voz tclor Une couunidede 01 que nco haacute UBo oti tude de maacutelise de SUos condiccedilotildees t eLl que tudo ( ooeito de nodo possivo cma U1lo visco confornista n210 12 dern progredir Duito neu ter otitudes de Dudanccedilos pera nolhoror sua situcccedilatildeo

Nu~a couunidede existeu tocircdos as funccedilotildees nocessaacuterios ~ vida de Utl grupo hUlno P-1guucs dessos funccedilotildees podem ser l1Cis desenvolvidas que outrce ocs tocircdcs elce cpnrcoen de olguuuml Bodo An~lisaoos c seguiral guucs das funccedilotildees Deis iDportc~tes

c) Fun~no econocircmioc - t ~quelc que provecirc os reoursos uatericis do

6

~ grupo o que ecircle pode produzir e o que pode oonsumir assim como os mQ

dos como estas coisas satildeo distribuidas entre o grupo

b) FunSatildeo ~01Jti2~ Consiste no exerooiocirc do poder atra~es das vashyrias formas de autoridade criadas pelas sooiedades no sent1do de 2e manterem integradas e de decidirem seus pr6prios caminhos A fun9~0 PQ liacutetica exercida diretamente em assembleacuteias ou indiretamente atraves de Dampndatos faz Damprte da or~aniza~atildeo de qualQuer grupo humano que define

J Cgt S 1 ti 1 -tipos de coaccedilatildeo do puniccedilco forDQs te prrtioipaccediloo P2 1 00 esoc 0

UC cutoridcde obrigctoriedcde de ouopriilento de dec~soeSt oeios de d~ finir e clconccediler o bem COOUD

c) Etgl9atildeo--LelJAtildei~o~ - n a que reflete os modos como as pessoas da co~mnid8de se relccionam COLel Deus e COLl as coisas divinas Eu f)eralas funccedilotildees reli0iosas satildeo necessaacuterias para o equiliacutebrio emoc~onal do grushypo hu~ampnot porque trazem uma certa tranquilidade em relaccedilao a al3UUo problemas que nunca encontram resJostas adequadas oomo os da mortedo mal da origem do homem os da vid~ futura etc Qu~ndo as fth~ccedilotildees reshyliGiosas s~o bem coupreendidas e beuuml vividas pelo grupo pode-se dizer que haacute uma autenticidecle religiosa na comunidade Quando poreacutem h~ eshyxogecircro de crenccedilas e ri tuais a vivecircncia do grupo se torna quase irrashycional Isso pode Dconteeer com qualquer religiatildeo que natildeo seja bem coll preendide (Ver socircbre isto e eYlicaccedil~o referente a NEB e Igreja no Documento wJB sua Origem sua lLccedilatildeo e seu Conteuacutedo~ assim cono euro par te socircbre struturas de Igreja Consultar tembeacutem o livro Sociologia l~eligiosa Alain Birou)

d) Funccedilatildeo J~cr_e-ftiva - Compreende as atividcdes de lazer que se e xercem em tempos illliS ou menos deteriacuteLlinados pelos grupos huwcnos ltu~D tribo de iacutendios a luta pode ser um~ recreaccedilatildeo Nume cidade grcndevoi se ao cinema jogc-se cartas passeia-se Nas comunidades rurais hl muitos jogos muitas festos~ cede comunidade tem suas festas tpicas Jecrecccedilatildeo nco eacute soacute agrave ctivid[~de dcs cricnccedilcs embora sejam cs crianccedilcs que por nCtureza necossi tem meis de recrccccedilEo Tocircda comunidDde tem esshytruturcs recreativcs e de simples l~zer Bordar e fezer cestos pode 001

shyuma funccedilao economicaA

t m~s pode serrecreativa tambem UjJ~ festa reli giosa pode ter sue funccedilatildeo religioso e pOde ter tcmbeacutem uma funmiddotccedilatildeo reshycrectiva Como dissemos antes tudo se cruza nD recUumlidade s6 seporo mos as coisas por~ poder estud~-lCs molhor

e) unccediluuml2 cs_lg_cJ9tJXE - ti exercid p~rc satisfozer cs necessidcltles de ~ssocicccedilao quo o hOiuem tel numa cOllunidode Assim embora o fCJi1lin

I bullAseJa o grupo pr111C 1 pC ejl quo quese todcs s funccediloes necesserJos para a vide humano s~o exercidas haacute necessid~de de outros tipos de grupos para ~lgumas funccedilotildees especiacuteficas numa comunidade Por exemplo um sinw

dicato represente c necessidcde de cssocicccedilatildeo de um grupo profissional pcra melhor exercer sua profiss~o e ser melhor compreendido pelos oushytros grupos Pode hover sindic~tos de poscadores de levrndoacuteres de 0shyper~rios etc 1as h~ outros tipos de associaccedilic O Partido Poltioo um formo de associaccedilao que existe nV1ilC cOLlunidcde p[ro que osgrupoe possam pcrticipar orgcnizcdmonte do poc~er H~ partidos que represen shytCill certcs closses sociais e ou~ros representam outras classes ooda qucl busccudo reclizcr melhor 6elS c r-rocircsses H~ tcmbeacutem cssooinccedilotildees

bull 7 bull

de tipo econ3uico 8 com fins lucr~tivos como um~ socied~de coserci~l que cmprc e vende cGrtcs IlGrc~doris HG sociedcdes industri-is que rGunem grende nuacutemero cc pessocs pcrc produzir eu conjunto outre-s lHrc~ dorics

Reacute cindl muitos outrcs funccedilotildees nUj~c oomunidcde hu]~nc sej elo grcnde ou pequenc =[8 pcrr noacutes ~=~j3 uuumlc coisc deve ficr nui to clarrbull rcocircctcs cs comunidcuos COB sues funccedilotildees soacute tecircu sentido o devoi1 SOl re~ p8itcdcs ellqunto 80 rcClIlCl1te moios elo roliz~ccedilecirco huwcmc Dosdo que qu~lqucr um delcs sejc utilizede pcre oprimir o hocet1 perdo sou scmshytido e lt1ev0 ser DUC1ccbull

Pode-s pOl~u1-cr CgtO inci02 ~ Isroje- eooo instituiccedileacuteo divinc podo se enqucdrcr e~ deterDin~ds estrutures 80 ela oo~portc da fcto

bull ~clQluc ostruturccedil~o TIll que mediclc isso lJ10 eacute neeoss[r~o em que mouJ_ da isso lhe 6 projuQici~

TerJOs que notcr du~s COi88 funCCilGeacutetaisl

e) L Ierejc uuml U- cO~UL1iiacutelcluuml 0spiri tucl de toclos [qu~les que ( crec1i kl1 1 rtevolcccedilOtildeo ( n Ruumlconccedilo pelo Cristo

b) A Icreje existe pelos hono~s -c os homens 0 deve rospeitcr rs exigecircC1Cis que n--turozo co homen pede prc SU2 rc~~lizc ccedilco A pclcvrc conunic~c1e cqui ~8iil UIil sontido diferente do que foi usado cntes Uscuos o tecircriJO _c2~mnidcde de 11ftcjccgoshyrc nun s0~1tido lis espiri tU[Uuml do qu socicl

COIO ume co~nn~idcde visiacutevel enccrncde no mundo c Igrcjc te) sue estrutur[~ juriacuteCico como outrcs cOLlulliddes N8ste sentido ele ~ susceptJvel de Llucl1ccedilcs c progresso Do mcsmo modocomo Ur1C estrutura huruumlenc perd0 sue rczso de scr QuC1do nco fcci1i te c ro-lizcccedilo de pe880c ssim tc~1l6m urc Qstrutur de Isrejc pode suumlrder sue razeo de ser se n2o fccili ter [~ corauniccccedil~o (1 Grcccedilc de pcl-vre de Deus Erl 0E trs pclvrcs COiO 8 estrutures hllLl1CS progridem OOL o desenvolvi I1~l1to G SD tornelU Bcis couplexcs pcr~ e~orceuro)r deter1l1in~dcs funccedilotildees o ctrcler cqueles CUOi e1-s sc dostin-m U1 estruture 19rojo enshyqucnto org~nizcccedil~o 11u11-11o pode scr iIoc1ificdc desde lU8 seje p~ro UGshy

lhor cOLlunic-r o q1hJ Deus quis

-8) eacute e- rz3o ce 8U origeu e nCturczC que c Igre ja difere dcs oumiddot-r - b o 1 bull gt 1 hi gt bull Q cormnJ5clES bull Gm or~ seJc Ui~ COLlU1JCQO VJSJVQ e rerquJOc e U1 orgl1Iacutez-CcedilCO Iacutelsti tuid por Cristo coa sUJS funccedilotildees S1L estruture e os poeacuteteres qU8 - 1 pertences iNc lU essecircncie mcis profundc c 19rcj- eacute - preSOllccedil puacuterune11to nc qU~cro de Histoacuteric do rmndo do vershybo do Daus foito HOlcm Dl 6 co~cratizc9~o histoacuteria~ d~ vontcdo scl vlfiac de Deus coluniacdc ctrovoacutes (10 Cristo (Kerl RchllGr lIission ct Grcce vol 11 Serviteurs eacutetu PeulJ10 c10 ])iou EJlIE 20 eacuted Fcnae 1 963 p 30)

8 bull

~- ~

AleacuteJl do que jeacute vinos devel2Os tontCr fazcr couumlpreonder OOL nos shyscs cmlos aue stem outrs forws cuuml ostruturcs socie_i8 e que c 10shy

(lida Cl que middotumc socie proJride esscs foril2s v~o so nul ti~lic_ndo e se tornendo meis coraplexos Por isso 6 que ume pessoc de zonr rurcl do pis qundo vem c urde cidde gr-nco fio onbcreccediled Porque ele nco conhoce tocircdcs cs forucs de rGlcioncL~el1to que ooucle comniCrce u~- ~ bcn2 utilize iil V0J UJ 10io 1i8 sirples e cujcs cstruturcs sco

bull bullbull - bull AI

rec~uzuumlcs c 3ruj)os pri1rJos frJIJ-res ou c cssocJccedilocs e grupos ss cur~eacuterios k beacutem Dui to sLlples 111 tr buumlho de conscientizcccedilao deve 12 vr e8SCS pessos c id6ic ce que I lJor L1cis couumlp1ic[dc que sojo Ule

ht L 8ocicl f c so rczeo do S8 lor ccuse ClO bullbulle S ru vur ~ prollrJo OlCrlCJ I i 1 N

que nln~10L1 se (leve eLlbcr~ccedilcdo so porque n~o conhGce 08 no os de rcl-ciolLwnto saciel que outrcs cOE112lidcdes ou outrcs roiotildees utishylizou Ucvuuml-se insistir lUi to nisso o honml ~ o il8SO c quclqucr cir

shyCU~1stmiddotncic v~rie 8 fCJrufs de G Stl~turcccedil~o soci1 porque ho concenshyt ~ - h tmiddotrcccedilocs eLE seres hU2110S que necossl te~ ltlesscs releccediloes uCs no11 ua l

po eacutee ruumllccedil2o por _i8 cOilplec clue soje fcz que un hOL18~ S0je IlC lhor ~o que outro soacute porque es conhece ou porque vive nUDe couunidcdc

t I A i d QU0 cs (no odcs -8 pessos teu quo ter conso encJc Jsso p2rc ev~

tr ju~tecate c fOln-Ccedileo de prcco1coito8 de cl2s8-t do ScscZ cc k~jlo_l_~IacuteJOecirc rCcici S e te que sGo outrcs foDfs__dQ dqiIs_tccedilfo~ ilo l~Wlcsect ~s1rltprcss9cicisJ NenhuLlc deles eeve prcvcleccr sobro Cucl qUGr hOlllem quer sejc cle Ulll meio onele 018 sejc1 311p1es qUGr soj de m meio oi1clo Glcs sejeu Ilui to COi2plocs A uacutenico coise que deve p4cva 1cer SLpre eacute o hOneil - c pessoc hUllc nc - socircbre quclquor tipo de estruture

Vewos tenter colooCr - lgullCS expliccccedilotildees socircbro ccdc UDi cessas outrcs forD1cs

1ordm- CL~_SSbS SOCIAIS sco constituGcs por grupos de pessocs quo t de 1 tGil C mesmc 81 - os DOSDO TIOLOSmcnelrc gere ucccedileo coonO~1cct de

couportcmento) 00 11eSLlOS veacutelocircres uuml que por isso cdquircHl o que s) chc_ Inc CJlluJonte de consci~1cic de c1csse ll bull Tecircn c consciG1cie de este reu n~ llleSDC si tucccedil3o e por isso COfClcO o CSLlO tipo elo vide pr- seu grupo estebuacutel~c01do diferenccedilcs IIncturcis ll 01 relcccedilecirco outros grupos Ponsem que c socieccde hUl1cne SOacute cl0V se equilibreI de Uil cetOIinedo uoltlo onde ecircles encontrou 1l1tiC de te r=i ndc posiccedilecirco bm1 2ssegureda Ass1rl h

CJverscS expressoes de consciGncJc de clcsse ~ c d~~ clcss( 1ctJftm shyci~rie de clcsse dos grandes inuumlstriis [1 de Cl~8SE) 0cli e cc clcsSG oper~r1c e d~ clcsSG c~]onesc etc

Ccde um delcs poue penscr quo ~~ sociedcce hUll[na devic so orzcshynizcr Qostc~ ou cl[-~uelr fornc o cuo cssL] lhes ccbari ost ou oquolc i 1 ~por~ CJe ness~ orG~nJzccediloo de s~ciodeacuteo co~ 80 Qed~ c oSSC oxshy

presse os itGrecircssos Que ten p-re si c fcz ~c lIideologie quo pcesc c (~ofonder Cm~J jeacute viJos cs clesSGS secirco t-beacuten cstrutures socieia c

nosso i n t oresse dove ser c prooccedilco do honer e no dcs estruturiS Esso ~ -

prouoccedilo sereacute ccd vez uuacutelhol conforue focircr nais pernitiltlo Co cfirlcccedilco do homeo eu quclquor tipo de es~ruturc ~ste prob1eno ~ bostente CODshy

9

i

bull

bull

bull

p1oxo o quo estaacute aqui 1130 cliz tudo por Qster ooloc[1oo do lDC forutl rlui to siLp1ificede Perc u~ l~oiacuteor aprofundor1onto ver o bib1iogrofic oi t~dc

2ordm - CLSJIA SOCILL b tebbn UL rgrupaLcnto hUleno c orl 08 ~G sms c onotcccedilatildeos cn tcriores Ipeuacutecs Ci8 cgrcvodo pelo fochcccnto do grupo os re1cccedilfio a outros grupos U~o custe so focha por ~otivos do proconshyceitos reli~iosos raciais culturais etc Nio perDito ~ ontrada do outros eloD2ntcs f noo une nobilieacuteeco el0 seus Dembros pcr] o~tros grushypos Tcm U2- i20010gie 1Uito 1iacutes clure c iLluteacutevel ILUi tas VOZ0S una ccst eacute ur~ [leio que cortos grupos utiliacutezaIl pcgtro dofondore~ seus inte shyressos e suc~ possibiliccdo co clOlinor outros grupos C o ccso dos C08shy

ts-s nince o1iacutesteytes 02 cortos piacuteses que diacuteviacutecleuroc o povo e-2 rgtcrce1as t2-0 diacutestintes que nunc2 se pode pssr de w c outrc

3ordm - PlCcedilAs eacute c diacuteferonciacutecccedil3o que se oncontre nos grupos huucnos provenilmtes de corccteres 0sscncisl0nte bioloacutegicos AssL1 os negros f

- t OS b rncos CLlClr0 1os sco os ros grupos rcc~s~s L1cJS ov~conliOS no 60shyciededo elos hOl0ns ~ diforo~l2 eacute soacute bioloacutegica quenco se flo do roccedilc seu ter nonhuLlc outrc cOl1sequolciacutee cul turol ou intcluumlcmiddot~u[l porc c posshysoc U~ nogro oueriocno vivoric os TlOSDOS pcelrotildees cu1turois c-oriccnos (nO) focircsse [ sogr8goccedilro r2-ciol) COlO quolqucr chinecircs (roccedila mcrolc)quo se intogresse nc vido c~oriccno

4ordm - GRUPOS uacuteTNICOS secirco tcllboacuteu Dados de vivecircncic sooic1 ondo 80

eC011tucn osvO ciacutecluonto clcuns c OS-(ULlG S ( norurs de ccr5ter icis cultushyre1 r0l2oiondos 001 c 1 iacute11[11 c COStUL~OS rogionoiacutes tipos fiacutesicos (10shy

tar~in2dos por conCiccedilotildeos do 01i~e do rogiecirco gcogr~ficc etc AssiD UDe clc1oio elo pescodores no norte da A1cnanhc tcm ccroctorCsticcs bo eacuteivorscs 00 u1 2lcloic elo )(scc(o1os no nordesto elo Brnsi1 ULl DOVO de urm rogiecirco couo c 111(ia to_ eer2cteristicos divorscs dos DOVOS rqo~ e crlOriccnos cborc n2o sejol reccedilcs ciferentes As (~ifcr~l1ccedilcs 1120 SOO

b l + I SO ~o o~Jcos ~as vB2bcu cu1turaJs

BIBLIOGBLIL PRi1 LPROFmDL=

1 R Linton - O Une Ii1tlOC~UCcedil20 agrave Sooiologia Livreric Lartins SA s2o Paulo bull

2 A Igro ja Conciacutelio Vctic2-TIO lI Consti tuiccedilco Dog_Gtica LUoacutelon Gcntiml Doc Ponto 149 Jcitocircra Vozes Petroacutepolis 1965

3 Kar1 cmler - I~issco e Grcccediln II Vale Funccedilotildees e Estceacute-os cc Vic~c no Igroja - Dditocircra VOZ8S Petroacutepolis 1965

4 Alcin Eirou - Sociologia noli~ioso Duas Cid2-des satildeo Paulo

bull 10 bull

~~J~~ gt

I I) t

I

MOVnIiacutemTO

DE

EDUCACcedilAtildeO

DE

BASE

FUNDAMENTA ccedil Atilde O

DO PROGRAMA PARA 1965 li parte bull ESTUDOS SOCIAIS

15 Subdesenvolvimento e Desenvolvimento

middot J

1 SUBDESEIlYOLVnlENTO E DESElfVOLVIllENTO

nA humanidade cresce ragravepidamente todo o mundo o sabe mas poucos

homens tecircm consciecircncia da rapidez decircste progresso e-poucos tambeacutem satildeo

os angustiados pelas conclusotildees que- d~ste fato se deveria tirarn(Lebret

Suiciacutedio ou Sobrevivecircncia do Ocidente Duas Cidades S Pau101960p22)

O problema que a humanidade tem que resolver eacute o da pr05ramaccedilatildeo

humana conjunta atendendo a cada pessoa a cada comunidade a cada reshy

giatildeo a cada paiacutes ~ necessaacuterio dar uma resposta precisa a cada homem

enquanto pessoa e enquanto membro de uma sociedade No caso dos pa~ses

subdesenvolvidos essa resposta natildeo poderaacute ser dada a altura se natildeo veu

cermos alguns problemas do subdesenvolvimento Ou melhor esta resposta

natildeo seraacute dada se natildeo houver uma modificaccedilatildeo grande de estruturas de ~

talidades de valocircres bullbullbull de tal forma que todos os homens e cad~ homem

sejam reconhecidos como sujeitos~

Diante disso tudo poder-se-ia perguntar mas o que eacute o subdesen shy

volvimento o que o caracteriacuteza Em um sentido lato poder-se-ia denominar

de subdesenvolvidos os paiacuteses atrasados lIas isso eacute muito vago Preferi shy

mos dizer entatildeo que o que determina o subdesenvolvimento eacute sobretudo

uma grande complexidade de problemas dificultando a melhoria do niacutevel

de vida e a promoccedilatildeo do homem como pessoa sobretudo nas camadas mais P2

bres e necessit~das da populaccedilatildeo Essa complexidade eacute talvez uma das ca~

sas que mais dificulta um paiacutes atingir um certo niacutevel de desenvolvimento~

Como veremos a sebUir natildeo eacute resolvendo problemas isolados ou mais imedishy

atos que chegamos a superar o subdesenvolvimento Como eacute sabido ecircsse pr~

cesso de superaccedilatildeo tem eXigecircncias especiais que precisam ser ordenadas

hierarquizadas e planejadas Com efeito o subdesenvolvimento eacute caracteshy

rizado por vaacuterios fatocircres ou problemas que dificultam a plena realizaccedilatildeo

do homem e da comunidade onde ecircle vive

2 ALGU1IAS C-lRACTERtSTICAS DO SUBDESElTVOLVI1IENTO

21 Dependecircncia sconocircmica - Uma das caracteriacutesticas mais marcantes do su~

desenvolvimento eacute a dependecircncia econocircmica Sem um miacutenimo de autonomia eshy

conocircmica eacute ilusoacuterio falar-se de atunomia cultural e de certa ormat~

beacutem poliacutetica Os paiacuteses que dependem econocircmicamente de outros sofrem sob

~

i ~

vaacuterios aspectos o pecircso da dependecircncia econocircmica estrangerira Por isso

o desenvolvimento econocircmico desses paiacuteses nunca seraacute apenas resultado de

um progresso interno

A econom~ca ~ bull se reflete principalmente a t raves Essa dependencia

a) do comeacutercio exterior - em geral os paiacuteses subdesenvolvidos exportam

para os paiacuteses desenvolvidos os produtos brutos ou agriacuteCOlas ou alimenshy

tiacutecios (no caso do Brasil por exemplo o agucar o manganecircs etc) e imshy

portam destes os produtos manufaturados (eqUipamentos por exemplO)

b) de uma situaccedilatildeo deficitaacuteria em que vivem de um modo geral os paiacuteses

subdesenvolvidos Tal situaccedilatildeo eacute de certa forma tambeacutem motivada pela ~

neira como o mercad0l importador determina os preccedilos Poder-se-ia dar

como exemplo o cafeacute no Brasil que equivale a mais de 40 de nossa expo~

taccedilatildeo e apenas 04 da importaccedilatildeo dos EEUU cujo preccedilo eacute estipulado por

ecircste uacuteltimo o maior mercado comprador c) da poliacutetica econocircmica e social dependentes muitas vecirczes dos interesses

de grupos ou firmas estrangeiras

d) da posiccedilatildeo de destaaue Que ocu~a o capital estrangeiro na economia dos

paiacuteses subdesenvolvidos Decircle depende a importacircncia e grande parte da esshy

pecificidade das produccedilotildees do paiacutes assim como de sua situaccedilatildeo de integratilde

ccedilatildeo no mercado internacional (Yves Lacoste Os Paiacuteses SubdesenvolvidosDi

fusatildeo Europeacuteia do Livro ColSaber Atual satildeo Paulo 1961pp 17-19)

22 Pouca Industrializacatildeo e Dificuldade de Ser Ampliada - os paiacuteses su~

desenvolvidos encontram mu~tas dificuldades de se industrializar O Depa~

tamento de Assuntos Econocircmicos das Uaccedilotildees Unidas estudando estas dificul

dades haacute alguns anos reuniu-as em trecircs aspectos econocircmico social e int~ nacional

a) no aspecto econocircmico temos que levar em conta aleacutem da pouca poupanccedila

interna a falta de capitais ou o emprecircgo de capitais estrangeiros em geshy

ral nas induacutestrias de transformaccedilatildeo e natildeo para a infra-estrutura assim

como as dificuldades de transporte a insuficiecircncia de energia etc

b) quanto ao aspecto social pode exercer influecircncias negativas ou positi shy

vas No caso dos paiacuteses subdesenvolvidos natildeo haacute duacutevida que as influecircncias N

sao em geral mais ne5ativas j bastrulte lembrar o baio niacutevel de instru-

ccedilatildeo o elevado lndice de analfabetismo a falta de operaacuterios qualificados

e a natildeo existecircncia de um ple~ejamento que leve em conta tocircda a populaccedilatildeo

tocircdas as reGiotildees visando um desenvolvimento global

c) com relaccedilatildeo ~o aspecto internacional haacute tambeacutem vaacuterios tipos de obstaacutec~

(

los ao desenvolvimento industrial dos paiacuteses subdesenvolvidos Lembrareshy

mos apenas dois as restriccedilotildees que os paiacuteses desenvolvidos em geral imshy

potildeem aos subdesenvolvidos para conceder um empreacutestimo de capital que pushy

2gdesse facilitar a industrializaccedilatildeo dos primeiros a tendecircncia dos pai

ses desenvolvidos de fazerem dos subdesenvolvidos meros fornecedores de

mateacuteria prima dificultando ou ~estringindo as possibilidades de desen shy

volvioento destes (Lebret obra citada pp 100-105)

Todavia eacute preciso natildeo esquecer que embora a industrializaccedilatildeo seja

a1so muito importante para o desenvolvimento econocircmico de um paiacutes ela

nao ten um fim em si mesma Ou seja a IN so temindustrializaccedilao para nos

sentido se ela contribui para uma real promoccedilatildeo do homem se ela contrishy

bui para elevar e melhorar o niacutevel de vida sobretudo das camadas menos

favorecidas da populaccedilatildeo As faacutebricas as usinas as grandes emprecircsas e~

fim podem ser retrato do desenvolvimento econocircmico mas ajudam o homem a

ser mais homem quando contribueacutem para satisfazer suas necessidades mais

essenciais a se realizar como pessoabull

bullBaixa Renda Nacional - Uma das distinccedilotildees que se pode fazer entre

os pa~ses desenvolvidos e subdesenvolvidos consiste justamente na dist~

buiccedilatildeo da renda nacional entre habitantes ou entre as diversas camadas

da populaccedilatildeo De um modo geral nos paiacuteses desenvolvidos as camadas mais

pobres tecircm um niacutevel de vida superior aos subdesenvolvidos A tiacutetulo de

ilustrcccedilatildeo daremos apenas al~Uls dados referente a renda anual individual

(chamada tecirccni3amente de renda per capita) em 1959 de alguns paiacutesesE~

tados Unidos da Ameacuterica do Horte 2250 doacutelares alguns paiacuteses da Europa

Ocidental assim como Austraacutelia e Nova Zelandia 1000 doacutelares Bnquanto

isso para o conjunto dos paiacuteses menos desenvolvidos a cifra corresponden

te foi mais ou menos de 100 doacutelares anuais sendo que a maior parte dos

paiacuteses da Aacutefrica Aacutesia e Jmeacuterica L~tina apresentavam uma renda meacutedia de

10 a 80 doacutelares (Bl Corre0 de la Unesco) bull

bullDeficiecircncia na Agricultura - A agricultura nos paiacuteses subdesenvol

vidos de um ~odo geral eacute muito atrasada Haacute grandes quantidades de te~

ras cultivaacuteveis natildeo aproveitadas Ha Ameacuterica Latina p ex apenas 15

das terras cultivaacuteveis satildeo realmente cultivadas (Yves Lacostobra citada

p 12) Haacute fatocircres que podem explicar essa quantidade tatildeo pequena de tershy

ras cultivadas

bull estrutura agraacuteria injusta e obsoleta

i

bull interecircsse de grupos econocircmicos nacionais e estfangeiros

bull falta ou insuficiecircncia de meios teacutecnicos

bull desgaste dos solos

bull falta de fertilizantes etc

Todavia a maior dificuldade a ser vencida pela agricultura dos pa1shy

ses subdesenvolvidos proveacutem do custo dos bens materiais Um dos meios de

satisfazer tais necessidades seria a fabricaccedilatildeo de suas proacuteprias maacutequinas

agriacutecolas de fertilizantes e de combustiacuteveis

Consider~ido todos os fatores que dificultam a agricultura nos pa1

shy

ses subdesenvolvidos podemos entender assim porque apesar de serem na

maioria paiacuteses agriacutecolas apresentam baixa produccedilatildeo natildeo conseguindo nem

satisfazer as necessidades alimentares de seu povo

Desequiliacutebrios entre as Cc~adas Sociais - A grandemaioria da populacirc

ccedilatildeo dos paiacuteses subdesenvolvidos tem condiccedilotildees subhumanas de vida A verdashy

de eacute que um nuacutemero muito restrito tem um miacutenimo necessaacuterio para viver como

pessoa e apenas uma minoria tem a go~a de todos os privileacutegiOS

Uma das maneiras de se caracterizar ecircsses desequiliacutebrios sociais eacute

a distribuiccedilatildeo proporcional da renda nacional pela populaccedilatildeo Iro caso brashy

sileiro por exemplo ecircste desequiliacutebrio eacute evidente

Outro iacutendice complementar eacute o da distribuiccedilatildeo da propriedade rural

brasileira Em nuacutemeros relativos a aacuterea territorial brasileira dos estabe

lecimentos agropecuaacuterios em 1950 era expressa da seguinte maneira os d2

nos de propriedades de mais de 100 ha representam apenas 16670 do total do

nuacutemero de propriet~rios e possuem 8567~ da aacuterea total dos estabelecimentos

agropecuaacuterios do Brasil enquanto que 834 do nuacutemero de proprietaacuterios po~

suidores de menos de 100 ha deteacutem em suas matildeos apenas 14~~ da aacuterea toshy

tal (Antonio Rodrigues Coutinho - lanisteacuterio da Agricultura Contribuiccedilatildeo

ao Estudo da Bstrutura Dconocircmica Agraacuteria Brasileira Sego o Censo de 1950 p20)

~ dentro dessa faixa menos favoremida que certos problemascaracteriacute~

ticos das regiotildees subdesenvolvidas se tornam mais chocantesAqui estatildeo alshyguns decircles

~

l

~ bull Para cada 100 crianccedilas nascidas vivas desta faixa morrem 24 anshy

~

tes do 12 ano de vida enquanto para outras camadas sociais morrem 10 em

100 (Nelson Rodri6~es dos Santos O Problema da Sauacutede no Brasil) Dados

recentes mostram ainda que a chistosomose atinge 6 milhotildees de brasilei

ros a tuberculose 1 milhatildeo e 200 mil doenccedilas de chagas 3 a 4 milhotildees

malaacuteria 8 milhotildees A maioria dessas pessoas atingidas habitam agrave zona rushy

ral e estatildeo incluiacutedos nesta faixa da populaccedilatildeo menos favorecidas (A Pop~

laccedilatildeo Brasileira Dados do IBGE 1960)

Com efeito o que se pode dizer eacute que estas deficiecircncias contribuem

ainda mais para baixar o rendimento econocircmico agravando cada vez mais

as condiccedilotildees de vida dessa camada populacional ~ vivendo e sofrendo eacutesshy

tes problemas que trJilbalha grande parte da populaccedilatildeo dos paiacuteses Afroasi ct_ ~ jt --lt- r A

at~cos Em alguns desses pa~ses o n~vel de vida e tao baixo que ha um

verdadeiro ciacuterculo vicioso onde o homem jaacute natildeo tendo esperanccedila acha di

fiacutecil romper com essa situaccedilatildeo de miseacuteria

De um modo geral o que preaeacutenciamos eacute que por causa de grandes d~

sequiliacutebrios entre as diversas camadas sociais e entre os povos do mundo

grande parte da humanidade tem condiCcedilotildees de vida subhumana

Os v~rios dados apresentados abaixo servem para mostrar o grau de

desenvolvimento ou subdesenvolvimento de alguns paiacuteses ~ preciso conta1

to que natildeo se pare numa enumeraccedilatildeo pura e simples dos mesmos nem que

se pretenda uma comparaccedilatildeo com um ideal a atingir Os dados referentes a

cada paiacutes falam mais quando analisados no seu conjunto e soacute vistos e an~

lisados globalmente eacute que podem ser comparados com outros paiacuteses bull bull i ~-

bull Mortalidade Infantil - Para cada 100 crianccedilas nascidas vivas num

ano morrem 3 nos EEUU 4 na Inglaterra 7 na Beacutelgica enquanto no Brasil

Boliacutevia e na Colocircmbia morrem 15 (onu Rapport Preliminaire sur la Situa

tion Sociale dans le i~onde 1962)

bull llortalidade Geral - De cada 1000 habitantes morrem por ano 9 nos

EJUU 11 na Inglaterra 12 na TIeacutelg~ca 25 no Brasil na Boliacutevia e na Coshylocircmbia (idem)

~~

Vida lieacutedia - 70 anos nos EEUU 65 anos na Beacutelgica 45 anos para o

Brasil Boliacutevia e Colocircmbia (idem)

bull Alimentaccedilatildeo e Fome - Segundo Lebret pode-se admitir que mais d

50 da populaccedilatildeo do mundo se manteacutem em um ~ampntar inferior ao estritamiddot

mente necessaacuterio em calorias e 75~ dessa populaccedilatildeo aproxima-se ou ape

nas atinGe o niacutevel miacutenimo exigidO pelas atividades humanas normais

~artindo desses dados e fatores verificamos que haacute uma coincidecircnshy

cia de niacuteveis para alguns paiacuteses ~stes paiacuteses por uma seacuterie de razotildees

ou de fatores satildeo chamados subdesenvolvidos

3 EXIG6NCIAS ESP3CIAIS PARA SUPJJRACcedilAtildeO DO PROCESSO DO SUSDESDNVOLVI1JlliTTO

31 o crescimento demograacutefico deve ser acompanhado por um crescimento ec~ nom~co proporcional

O processo de superaccedilao- do sub-desenvolvimento exige antes de mais

nada que o ritmo extraordinagraveriamente raacutepido com que crescem as necessishy

dades dos povos subdesenvolvidos seja acompanhado por I crescimento ecoshy

nocircmico superior a~ necessidade~i da populaccedilatildeo

A explosatildeo demograacutefica nos paiacuteses subdesenvolvidos eacute no momento ashy

tual um fato que ningueacutem pode ignorar Isto eacute consequecircncia de vaacuterios fata

res

a) os paiacuteses subdesenvolvidos tecircm uma natalidade muito maior que os

outros Como exemplo lembraremos que para cada 1000 habitantes nascem

anualmente na Europa e nos EEUU de 18 a 25 crianccedilas enquanto que em zoshy

nas subdesenvolvidas como a Aacutefrica e a ~neacuterica Latina ecircste nuacutemero chega a

mai3 de 40 (Camargo Demografia 3conocircmica 1960)

b) o raacutepidO crescimento pode ser explicado tambeacutem pelo descreacutescishy

mo da mortalidade verificado nestes paiacuteses De fato essa mortalidade ainmiddot

da eacute bas-cante alta No entanto ela vem diminuindo gradativamente graccedilas a

uma certa assistecircncia sanitaacuteria que eacute dada aos paiacuteses subdesenvolvidosjem

bora de forma muito precaacuteria e sistemaacutetica

Ora para satisfazer as necessidades de uma popUlaccedilatildeo que aumentou

tatildeo ragravepidanente eacute indispensaacutevel um esfocircrccedilo muito grande para produzir

bens e serviccedilos 10 caso do Brasil por exemplo a populaccedilatildeo anual aumenshy

1

-

tam na razatildeo de 3 ao ano A economia nacional precisa entatildeo aumentar

sua capacidade de produccedilatildeo daacute maneira que chegue a satisfazer as necesmiddot

sidades correspondentes a ecircsse aumento da populaccedilatildeo em mateacuteria de alimen

taccedilatildeo vestuaacuterio habitaccedilatildeo instrumentos domeacutesticos educaccedilatildeo emprecircgo

serviccedilos sanitaacuterios (aacutegua luz esgocircto t L Itt etc)

~sse esfocircrccedilo eacute tanto mais difcil porque em consequecircncia do mesmo

crescimento econocircmico raacutepido a maior parte da populaccedilatildeo em idade ativa

eacute muito menor em proporccedilatildeo agravequecircles que natildeo fazem parte desta faixa (cri

anccedilas doentes bullbullbull ) Por outro lado como os pases subdesenvolvidos tem

um niacutevel de vida extremamente baixo a economia deveraacute natildeo somente acomp~

nhar o crescimento demograacutefico mas taEbeacutem aumentar em certa medida ecircsse

niacutevel de vida No entantoecircste paiacuteses mostram-se no conjunto incapazes

de expandir sua economia numa proporccedilatildeo satisfatoacuteria

Das razotildees que impedem o desenvolvimento econocircmico mais completo e

mais raacutepidO temos que considerar ap que se prendem agrave estrutura das ecoshy

nomias e as que dizem respeito mais diretamente ao crescimento global de~

ta economia

32 Independecircncia Econocircmica - Como eacute muilto sabido a estrutura econocircmica

dos pases subdesenvolvidos eacute altamente centralizada no setor primaacuterio

sendo pouco desenvolvido o setor secundaacuterio e terciaacuterio (Ver o item ~E~

trutura ~conocircmica)

Por outro lado embora a populaccedilatildeo rural nestes pases representashy

quase sempre mais da metade da populaccedilatildeo e esteja muito concentrada no s~

tor primaacuteriO nem sempre produz todos os gecircneros necessaacuterios agrave alimentashy

ccedilatildeo e muito menos outros produtos por ela exigidos Como consequecircnciaj ecirc~

tes paiacuteses satildeo obrigados a importar bens que natildeo satildeo capazes de produzir

dispondo apenas de alguns pontos para efetuar as trocas

Ora os paiacuteses que se manteacutem sem induacutestrias e dependentes da imporshy

t~ccedilatildeo de poucos produtos primaacuterios iratildeo fatalmente cada vez mais se emposhy

brecendo face aos pases desenvolvidos Enquanto isto a produccedilatildeo industrial

destes uacuteltimos iraacute crescendo cada vez mais pois os homens sempre querem

bens industrializados em maior nuacutemero e variedade O contraacuterio acontece com a produccedil2o agriacutecola cujo crescimento fica na dependecircncia do consumo

pessoal Que eacute limitado

Outro aspecto que nem sempre se leva em consideraccedilatildeo eacute que juntashy

mente com a importaccedilatildeo de certos produtos satildeo importados tambeacutem a proshy

paganda e o exemplo dos paiacuteses ~esenvolvidos cujos niacuteveis de consumo

satildeo muito mais altos

- I Dominada por esse efeito demonstraccedilao que se soma a 1a5 as neshy

cessidades crescentes decorrentes do raacutepido crescimento demograacutefico a

populaccedilatildeo subdesenvolvida se esforccedila para comprar mais produzindo mais - dMas o consumo de produtos agro-pecuarios nao pode ser aumentado alem e

um certo limite aumentando-se a oferta os preccedilos tendem a cair Assim o

trabalho do povo se desvaloriza (econocircmicamente falando)i

Quanto as mateacuterias primas cuja demanda pode acompanhar a produccedilatildeo

industrial constituem elas reservas suscetiacuteveis de serem esgotadas ou

de perderem seu valor comercial em decorrecircncia de inovaccedilotildees tecnoloacutegicas

Aleacutem do mais na quase totalidade dos paiacuteses subdesenvolvidos a explora

ccedilatildeo dos seus recursos minerais ob~ece aos interecircsses de grupos estrangeishy

ros e soacute a ecircles beneficfa

33 Desenvolver a Industrializaccedilatildeo aumentando a capacidade de produccedilatildeo

A industrializaccedilatildeo estaacute condicionada por um certo nuacutemero de fatocircres

e deve subordinar-se a certas prioridades Uma dessas prioridades eacute defishy

nida pela necessidade de substituir aquelas importaccedilotildees de bens de consushy

mo que ocasionam maiores dificuldades nas relaccedilotildees de troca do paiacutes Oushy

tra seraacute determinada pela necessidade de se criar nos paiacuteses as industrishy

as de base isto eacute induacutestrias produtoras dos materiais de equipruJentos tw lO necessar10S a crlaccedilao de novas lndustr1as

Dos fatores que condicionam a industrializaccedilatildeo coloca-se a necessishy

dade de uma infra-estrutura adequada de traasporte~e comunicaccedilotildees e de eshy

nergia ~ evidente que as induacutestrias soacute podem desenvolver-se se haacute enershy

gia para acionar suas maacuteqUinas estradas para trazer mateacuteria prima e disshy

tribuir a produccedilatildeo e os meios de comunicaccedilatildeo para que as emprecircsas indusshy

triais o comeacutermio e os bancos possam coordenar e organizar suas atividashy

des com eficiecircncia

Por outro lado as induacutestrias natildeo poderatildeo fortalecer-se se natildeo aumen d d dmiddot t ar o numero os que po em comprar ~ua pro uccedilao 1Sto e se nao houver

mercado interno crescente no paiacutes P-i il ielJe eacute- p~~eo (i)l1amp dece~_~

OI tilbullbullbull da lailaatilde Ile iateente ul4idacirclha lllllaacuteliSIXoacutefrq

-ft 81es piFJIIacuteee 6 rbullbull taiuule 1 21i

HO crescimento global da economia dos pa1ses subdesenvolvidos nao

pode ser obtido com a necessaacuteria continuidade e rapidez se natildeo forem supeshy

rados os obstaacuteculos que constituem o chamado ciacuterculo vivioso

ste ttciacuterculo vicioso em geral pode ser caracterizado por uma poshy

pulaccedilatildeo muito grande com um nuacutemero reduzido de induacutestrias pouca matildeo de

obra qualificada e produzindo pouco com niacuteveis de salaacuterios de uma certa

maneira muito baixos Salaacuterios estes que em muitos casos datildeo mal para sushy

prir as necessidades essenciais e em outros datildeo apenas para o coasumo Haacute ainda uma minoria que embora ganhe muito gasta quase tudo em bens de con

sumo (vestuaacuterio automoacuteveis etc) sem aplicar em investimentos produtivos

(faacutebricas induacutestrias em geral etc) Nos vaacuterios casos como vemos natildeo eacute

feita nenhuma poupanccedila

E o que eacute popanccedila no sentido amplo pode-se dizer que o que natildeo foi

gasto foi poupado Mas para que haja poupanccedila realmente eacute preciso natildeo

soacute determinar um aumento de capital que eacute o estoque sobrante poreacutem invesshy

tir em bens de produccedilatildeo Donde se pode dizer que para haver um crescimenshy

to glObal da economia de um paiacutes eacute necessaacuterio que os recursos que era~de~

perdiccedilados ou empregados somente em bens de consumo sejam aplicados tamshy

beacutem em bens de produccedilatildeo ou em investimentos produtivos

~stes investimentos podem ser feitos de duas maneiras

a) o govecircrno obrigando por meios de leis os setores privados a investir seus

lucros de forma mais justa e adequada em setores que venham a contribuir

para um maior crescimento e desenvolvimento econocircmico da comunidade

b) o proacuteprio govecircrno recolhendo ecircsses recursos atraveacutes de impostos compulshy

soacuterios e investidno em empreendimentos que constituem a infra-estrutura (eshy

nergia eleeacutetrica recircde de aacutegua e esgocircto estradas de ferro e rodagem porshy

tos etc)

Isto deve ser feito atraveacutes de planos econocircmicos que reunam os invesshy

timentos puacuteblicos aos investimentos particulares sem permitir um exagerado

lucro as camadas sociais que jaacute gozrun de uma situaccedilatildeo por demais privilegishyada

bull

- 4

Em resumo a poupanccedila e

um elemento essencial para o desenvolvimenshy

to global econocircmico de um pa~s e deve ser forccedilada

a) impedindo todo consumo nao necessario e excessivo

b) aproveitando plenamente a matildeo de obra ou o trabalho das camadas da popushy

laccedilatildeo que estaacute sendo pouco utilizada

c) aumentando a produccedilatildeo pelos meios jaacute citados e especialmente pela proteshy

ccedilatildeo alfandegaacuteria que impeccedila a penetraccedilatildeo no paiacutes de produtos concorrentes

estrangeiros

Finalmente para que todo investimento possiacutevel seja efetivado eacute imshy

por~ante que o trabalho de uma hoc parte da populaccedilatildeo ateacute entatildeo mais ou ~

nosnativa seja aproveitado em setores essenciais O aumento da produccedilatildeo

exige natildeo soacute o aproveitamente de todos mas tambeacutem que haja um certo planeshy

jamento e que obedeccedila a certas teacutecnicas Contudo o povo soacute se enquadraraacute

neste regime de maior produtividade e soacute se capacitaraacute para ecircle se tiver

consciecircncia da situaccedilatildeo e se houver motivaccedilatildeo suficiente

35 Tomada de Consciecircncia por Parte da POP1qaccedilatildeo - Para noacutes um dos aspecshy--_----~-~ bullbull- ~ bullbullbullbull ~- - - - lt bullbullbullbull - - bullbullbull ~ -- bull shy

tos novos do subdesenvolvimento e talvez o mais importante como diz Yves

Lacoste eacute a tomada de consciecircncia da pcpulaccedilatildeo da sitUaccedilatildeo em que se enconshy

tra o seu paiacutes Isto eacute importante porque natildeo se pode falar em desenvolvishy

mento como algo abstrato como uma ideacuteia apenas

Soacute quando tOcircda a populaccedilatildeo toma consciecircncia e eacute mobilizada para venshyncer os problemas que lorrnam aque1e c~rcu1o que falamos anteriormente e que

comeccedila haver condiccedilotildees poliacuteticas favor~eis ao desenvolvimento

Poder-se-ia dizer tambeacutem que a tarefa de desenvolvimento eacute essenshy

cialmente poliacutetica e as necessaacuterias atitudes favoraacuteTeis ao desenvo1vimenshy N 1J __t o so poderao ser tomadas num regime de certa disciplina coletiva Ora~

sa discipfina tanto pode ser imposta QelQ focircrccedila r s~r exercida ppr JPDa qishy )IT~ ()A eurogt ~7 ~gt- Alt- (UL~oacute2c- e~ aT-lt ~ ~ltM ~~

tadur~como ser oeeelhids pGP ~e~~~ pOTO num olima de respeito ao outro

co~o pessoa CODO sujeito e natildeo como coisa

Por outro lado ecircsse esfocircrccedilo tanto pode ser feito num regime de inshy

justiccedilas que apenas exija sacritiacutecios de uma classe e natildeo de outras ou

num reGime onde os sacrifiacutecios e as responsabilidades satildeo igualmente reparshy

tidos entre todos Ressaltamos ai~t~ obra do desenvolvimento eacute inadishyaacutevel complexa e essencialmente ~18la Donde a tentativa de um prooesso

~i~~ ~~~~~~ ~1 ~~

~

-lt ~~middot~~~-~~~~~~~~ii~~~middot ~~

bull t t ~

r I l ~

fo~

I

I

que caminha para o desenvolvimento soacute seraacute autecircntica se atingir a tOdOS~

os setores

Terminando diremos ainda que a tomada de consciecircncia vai exigir

uma mudanccedila total de mentalidades de estruturas de relacionamentos Uma

reestruturaccedilatildeo nos setores econocircDicos poliacuteticos e sociais da sociedade

global

Gostariacuteamos de insistir para que se tivesse em conta que as diversshy

saa partes da fundamentaccedilatildeo do programa do IiEB satildeo uma tentativa de estushy

dar os aspectos diferentes de uma mesma sociedade a sociedade nacional

brasileira em relaccedilatildeo com sua posiccedilatildeo no mundo seus valocircres culturais

suas tradiccedilotildees de sociedade econocircrnicamente dedicada ao setor primaacuterio

o que deve e estaacute sendo mudado Por isso chamamos a atenccedilatildeo para que se

tenha~ sempre em mente os diversos fascculos natildeo como ~oisas separadas

e independentes mas como tentativa de estudar elementarmente os probleshy

mas fundamentais que devem ser conhecidos por elementos profissionais que

se dedicam agrave educaccedilatildeo de adultos do Brasil

l

MOVIMENTO DE EDUCACcedilAtildeO

DE BASE

FUNDAMENTACcedilAtildeO

DO PROGRAMA PAcircRAcirc 196

I parto PROMOQAtildeO mJlWA

F U N D A il E N T A ccedil I O

DO PROGR1JlA PARA 1965

2~ P i R T E PROIOCcedilAtildeO 1IuumliANA

O Introcluccedilco

1 Conscientizaccedilatildeo

11 O Bonon

12 O Trabc1ho

13 Conuniceccedilatildeo

4 d C 1 bull 1iO~OS e oDun~ccccedilao

15 Os Condicioncnentos Cu1turcis

16 O Heroi euro os j~oios de Ruumlolizoccedilco

17 A eclizoccedilatildeo de Pessoo nr FCJiacutelio

18 A Rco1izoccedilatildeo da Pessoa nr Sociodcde shy

2 bull OrgLn~Zcccediloo

21 Funccedileo Sociol do trcbalho

22 CoopGroccedil~o organizedc o nco orgw1izadc

23 Associativisno

24 Cooperaccedilatildeo Econocircnica

25 Accedil~o poliacutetioa

I

o INTRODUCcedilAtildeO

o trabalho de promoccedilatildeo humana eacute intriacutenseoo agrave proacutepria eduoaccedilatildeo uma vez que eduoar natildeo oonsiste em adaptar algueacutem a determinada sishytuaccedilatildeo a determinado tipo de sociedade mas dar elementos e eondishy

- tccediloes pera que o homem se forme Eduoar e levar O homem a omar oonsshyoiecircncia de seu napel de sujeito do mundo ~ integrar algueacutem na obra

fi cultural na accedilao do ho~em que transforma a natureza A educaccedilao e uma exigecircnoia e um direito de todos uma oondiccedilatildeo para que o homem se realize se afirme como pessoa e oonsequentemente se promova

Esta promoccedilatildeo natildeo deve ser individualista Deve ser uma autopr~ moccedilatildeo comunitaacuteria atraveacutes da qual se procure ajudar e apressar Na integraccedilatildeo de todos no processo de oriaccedilatildeo cultural Com isto nao se pretende uniformizar homens e culturas - o que seria Ullla aberra M

ccedilatildeo - mas humanizaacute-los aoeitando e respeitando as diferenccedilasDentro desta perspeotiva aohamos que soacute haacute promoccedilatildeo quando as necessidades da pessca tendem a ser satisfeitas Soacute haacute promoccedilatildeo quando haacute natildeo ashy

A

penas um despertar mas tambem uma tomada de oonsciencia do valor h~ mano e da posiccedilatildeo que cada homem ocupa no mundo Soacute haacute proLlOccedilatildeoquall do o homem tem acesso aos meios de comunioaccedilatildeo e quando no seio das instituiccedilotildees pode exeroer sua liberdade e responsabilidade oomo pe~ soa humana Soacute haacute promoccedilatildeo quando haacute partioipn~atildeo ativa da pessoa Soacute haacute promoccedilatildeo quando a pessoa escolhe o que e mais adequado agrave sua reali zaccedilatildeo -shy

Evidentemente em um trabalho de promoccedilatildeo haacute diversos estaacutegios Por isso natildeo se pode esquecer que tudo que foi coloo~do como sendo promoccedilatildeo pode se prooessar em um soacute momento ou em momentos diferen shyteso ~ essencial que se tenha presente e bem claro ateacute onde se quer chegar porque ecircste trabalho jameis pode ser feito desligampdo da eacuteposhyca do momento histoacuter~co em que o homem estaacute inserido Em nosso ces~ por exemplo seria utoacutepico pretender-se fazer um trabalho de promo shyccedilatildeo humana sem levar em oonsideraccediluumlo a realidade mundial brasil~ira e de LEB

Como atraveacutes de um trabalho educativo se pode contribuir para a autopromoccedilatildeodo povo Inicialmente formlmdo-o inoentivando-oin~ trumentclizando-o e criando condiccedilotildees pera que tome parte etive nas associaccedilotildees e organizaccedilotildees de sue comunidade criticando-as e melhOshyrando-as Estas associaccedilotildees satildeo oportunidades de cada um exeroersuos responsabilidades e liberdede Por seu intermeacutedio natildeo h~ apenes Q~ despertar mas um comecircccedilo de promoccedilatildeo do povo todo promoccedil~o nno ind vidualista utilitaacuteria mas e serviccedilo de comunidade

AI v N

Promoccedilao humana e ascenccedil2o de ocda homem de ceda fraccedilao da hushymanidede dos grupos que i~pulsionam esse mesma humenidede Dontro dessa perspectiva nco podeillos acoiter a presenccedila de marginalizados por miseacuteria ou por privileacute3iOs de classes ou de castas (Ver 1ebret Konifesto por uma Civilizaccedilatildeo Solidaacuteria pp 15 e 85)

middot1

bull

A recuperaccedileo do home)1 acrgincliacutezcdo jcucis ser1 conseguido por um simples trabclho de clfcbetizaccedil~o porque embora haja una corrol~ ccedilatildeo entre onalfabetismo e mcrgincliz[ccedil~o assiD couo entre cnclfcbe shytismo e subdesenvolvimento nco se pode dizer que o analfobestisDo s~ ja a causa da marginalizaccedil~o e muito menos do subdesenvolvimGnto~cei tar isto eacute querer como diz Pierre Furter tomcr o efeito pele causa A alfabetizaccedilatildeo purc e siLlplos nco tem sentido uma vez que c tIera ashyquisiccedilatildeo de alguns conhecimentos de leitura escrita e c~lculo n~o leva a participar conscientemente do desenvolvimento do pels e ter

fo r -- um consciencie cr~ ticc de realidde A alfCbetizcccedilac de cdultos deve levcr o conjunto de populcccedilotildeo a participer do desenvolviru3nto do peJsSoacute dentro dessa perspectiva estcreacute contribuindo pcrc a integraccedil~o do homem no processo de trcnsfOrli12ccedilGo cultural

Diremos cinda que um trcbolho de educcccedilecirco dentro desso pers shypectiva de promoccedilatildeo para ser autecircntico deve pcrtir de necessidcdede libertcccedil~o das clesses menos favorecidas Deve procurar propicicr os elementos necess(rios pcrc que cdc- homem tOLlo pcrte ctive no desen volvimen to de sues cOLlunid~des fezendo opccedilotildees pele conservoccedilecirco ou modificaccedilotildees de reelidade em ~ue se encontre Cremos que isso eacute fundQ mental t porque uma sociedcdc Lloderna e democr5tica teiacute] necc8sidade de umc cuI turc pcrticipcdc por todos Este cul turo deve perDi tir c tocircshydes as olasses ou cotegorios sooiois o todos os indiviacuteduos qualquer q~e seja seu estado profissional ou niacutevel de instruccedil~o uma particip~

nt~ 1V~ na da SOCla1 polt~oa ort18 tlea c i cntflCCccedil~o Vl economlca 1 1 espirituclt(Joffre Dumezedier Rcfleacutexions sur lentroinencnt L1Gntel Paris PEC pI) bull

2

1 C01~middotSCIETIZACcedilAtildeO

Para se ter consciecircncia de alguma coisa satildeo necessaacuterios apenas ao~s termos o sujeito que teH consciecircncia e a coisa da qual ecircle toshyma consciecircncia O ~o ~e con~~i~~ en~retanto exige a presen2a de uma segunda pessoa exige UBa cOBunicaccedilao entre dois sujeitos so~ bre alguma coisa Conteacutem assim trecircs tecircrmos dois sujeitos e um obshyjeto Conscientizaccedilatildeo implica consciencia de si e comunicaccedilatildeo dedois sujeitos pela mediaccedilatildeo do mundo Conscientizar eacute portanto dar el~ mentos par~ Que o homem tome consciecircncia do que ecircle eacute (consciecircncia de si) do que os outros satildeo (coillunicaccedilatildeo de dois sujeitos) e do ~ue eacute o mundo A maneira de se conscientizar eacute que pode cariar de acorshydo com a eacutepoca histoacuterica a concepccedilatildeo que se tem do homem a viseo que se tem do mundo e o sentido que S2 tem da histoacuteria

Todo trabalho que visa agrave promo2atildeo humana natildeo pode deixar de si shytuar-se numa linha de conscientizaccedilao Logo neo se pode pensar em fazer um trabalho de educaccedilatildeo tendo em vista uma autopromoccedil~o e uma a2atildeo visando uma mudanccedila de estruturas sem conscientizaccediluumlo O homem nao pode se formar dentro de uma certa perspectiva dentro de um co~ texto hist6rico determinado sem se tornar consciente de suas respon sabilidades de ci~Jdatildeo e consciente de suas responsabiliQades de hoshymem criado c im~~u de Deus

Donde Se conclui que educer formendo a pessoa humemo dentro dep ta perspectiva de promoccedilecirco comunitaacuteria implica sempre conscientiza~ ccedilampO uma vez qu~ e imposs~vel educar sem dar elementos pera que o hg mem tome consciencia do seu velar couo pessoa sues exigecircncias de reslizaccedilatildeo seu dever para com os outros sue capacidcde cricdora sua ccpcciCcde de comuniccccedilatildeo etc (Ver o trabclho lEduccccedileo e ConsshycientizaccedileoH de Raul Lcndim)

o processo de conscientizec5o v~ric de ac3rdo COD a conccpccedileo que se tem do homeu Que eacuteS o hOl18 pcre noacutes

Encarcdo somente eu sua clLwnsecirco cni mo1 o horleuuml pOdcruacute ser reshyd~zido um 9bjejfLAE_TJi1tu~e_ze 0010 os outros animlIacutes a Uhl ser quebull nao tr2nscencle a naturezc e estuacute submetido e seu det~rminisrlOI=os o comportamento Jnimol eacute puremente odcfJtativo e a cccedilco do hOmiddotlem eacutecleacutem de 8odeptctiva cricdorc A 1I000ccedil30 11 do oniael necirco crie 1111 mndo nocircvobull mes se estrutura e12 ll1e~ma CO10 90 mndo J2 o honeLl tolcdo como secircr que co~hece o mundo e nele oria eme ordem humana apresenta-se nco c~mo ~e~d~2~~ndo mes~como UD secircr~~o ~undo Sue vida sue cccedilecirco reashyl~zc-se no mundo mes ~le o transcende transcende a netureza torshynendo-a humanc 0010 Ser oonsciente o honlem se cfirme COIJO sectuieijio do mu~do tornando-o seu objeto

bull 3 bull

Conhocenagraveo o mundo o homoD escolhe pcr si um sentido decirc a seu oovimento e suc QCcedil~O um significedo que trQUscende e orde~ ncturel bull Dei dizer-se que e inserccedilatildeo do homem no ulmdo realize-se com anbiguishydede eacute UD sor que trenscendo o oundo e por isso recuse-se e situe~

- t t se como sor do o~~dco Entrct~nto sue eccedileo seu mOV1men o 1n r1nseco que o eperfeiccediloc reclizc-middots8 no 2mndo

A relcccedil~o do hurlOo COrJ o 11Undo ecirc umo rel--ccedilco ocdietizada pelo trcbclho B cinde 1 frent~ ~os outros homens ume relcccedilco de comunic~ ccedilo 1 que pode ser expresse 00 domincccedil~o ou eo -0coTI1ecinento (LiE]BFur dcmenteccedileacutev de rViver ecirc Lutcr Pj) 1-4)

Ume vez feita ~ cu~ccccedil~o do que o homem no sentido genrico sereacute ebo( ]0 ll ponto que e qiacutelJse umo decorrecircncia decircste dignidede feminino

Iniciclmente diremos QU9 noo h~ nede que distinga o homem de mushylher no pleno de dignidcde t1U~~e cnquento ser recional cepaz de trenscender o mlli1do em (xis tecircncie pessocl relecioncde com os homens e com Deus (l]iB FundeL1cntaccedilao de Viver Luter p 22) Se fizershymos uo estudo dos texto biacuteblicos 8 dOecircl docunentos uontifiacutecios que tra tem de flll1er e~contrclmiddoteos trechos provendo qu~ elo e O honem sio igucis qucnto agrave n2 ZC o dignidocle criou Deus o honem e sue imeshygem crioumiddot o ecirc imepGLl de (11S e cri(Umiddotmiddotos honem o Tmlher (GenI27) bull Comoveuuacute~ o texto n~o fez elusZo elguwc n superioridcde de um ou de outro sexo~

Nos eplstoles do S~o Pculo 118 t~beacutem1 vaacuterias Pcsscgcns onde eacutele abordo o problema dentro desse perspective de igueldede dos secircros hushymenos Assin ne ]~ Epiacutestole eos corin~oos (XI1112) o apoacutestolo nos diz bullbullbull nem o hOriacuteED exisie SCi e mulher nem e mulher 8011 o homem $

no Senhor Porque se e mulher foi tircdf do honc1 t2tlbm o homoLl foi concebido pole Lulher 1 ll~S tocircdes cs coiacuteses vecircm de Deus o Dirigindo-se aos Gaacuteletes diz lo natildeo h6 judeu nOD gregos nco h~ servo nom hoshymO1 livre n~o baacute hOIleD) nol Bulher Porque todos voacutes sois Ul] soacute em Cmiddot ( 1 -I 2 )8SUS r~sGO J 1 ~ 8

Pertindo desses coloccccedilotildees 1 UlilC pergunte se irJpotildee eil que consis te esse dignjdcoacutee que e Llulher recebeu de Deus Pio XII responde de

bull Uile formc oul to lllcidc eacute soacute interrogcr e noturezo huncuc tel qucl Deus) foJuou elevcCc e rcsgctedc pelo sengue de Cristo Em sue digni dede pesso~l de FilhGB de Deus o houem e e mulher SQO ebsolutamonteshy

bull igucis bullbullbull (Pio XII Alocuccedilco ~8 mulheres itclicuas en 211045) bull

Com efei to pode-se dizer que c rlulher e o homem sco iguois que to c ncturezc e c dignidede eT1borc haje olgumes diferemccediles de fUlCcedilOtildea3 A primeirc delcs e e meis fundeDltmtol neacuteo reste dUacutevide eacute o bioloacutegimiddotmiddot ca A proacutepria estruture fisice do houem e de mulher det0ruino funccedilotildees diversos no que concerne e proc~ioccedil~o Ao ledo desses diferenccedilcs eshyxistem as de ordem psicolocircgics c que se epresentoo socircbre vaacuterios ospe9 tos Sco esses diforenccediles de funccediloes fiacutesico-ps~quicas quo levam o hoshy

4 o

BeD e Co li1UIher c se cOrJpIGt~reEl 1-LCS nroN soo G 1as que dtc ori1ncn o d dque e proprio prro o honGI ou par c mul~er eLl terrlOs 00 1Vlso~ c

trabalho G d0 possibiliddcs d0 reclizeccedilao Acrcditauos quo as d1fc shyrenccedilas existem mas satildeo devidasGB grande parte a condicionaDcntos sociais

O trcbclho servil etribuiclo C I1ulher sua proacuteprie cveliaccedileo coshy f h t imo objeto de que os honcms se serve sao U-J enOLlono lS orlOO e cv shy

dencicm una si tucccedilatildeo dG injusticcedilc e de dorincccedilatildeo por pcrte do soxo nl culino (rmiddotmB Fundalwntaccedilco de lIViver oacute Lutar ll

p 22)

Atuelrlente nco soacute a tlulher reconhece suo dignidade rJC-S tenbbl1 cada vez mais tone conscincia e reivindica direitos e devores con shysentecircneos 0011 ess dignidade tento nc vida fcmilier OOBO na vida s2 oial (PT 41) Aceitcr que a r1Ulher eacute pessoa no sentido pleno de ~2 I avrD eacute efirt1Dr que ela eacute iguel co honem e negar que ele seje UH ser que encontre sue rnzco de existir no honem Partindo dessas colocaccedilotildees podemos concluirl n r1Ulher necirco Gxiste c surviccedilo do honem nGliacute1 o hODum a suacuterviccedilo da uuIher Llas todos os dois a serviccedilo da obre do gecircnero h~ IDno a serviccedilo de construccedilecirco do wundo (Jecques Leclerq Vors unuacute ff mille nouvelle - Ed Universitcires Pris 1962 ccplIl)

1 2 Trebclho~EQ

Vrios sEo os sentidos ddos eo torno IItrebelho PCre uns b ecirclo o mediador entro o h0l210n e o nunc1o pera outros 3 o 0io pelo qur1 o honem cteste sue presenccedilc pcssoel construindo une obre tlui tos jul

li shy

g~D-no enfim CODO o sinel dr transcendencia do homem sobro o mundo LIas nco eacute sonGnto neste pIeno que se -lcnifeste c plurelidcde dos sen tidos d~da co trCbalho HistoricCD0nte tGub6n toe-se dcbetido sSbre seu vclor Pare os Gregos por eXQLplo [ dignidcde do honeo estcYc ne etivid~cG contenplativa sondo o trebaIho m~ual desprozedo

A vis~o biacuteblico no entcnto eacute totelnuacutente diferente Deus ~ende que se cultive o pcrriacutezo (Gecircn 1115) O trcbclho penetra 0ntco no iacuten tino do sr hlo fcz perto do plc-l1o fundascn tel dG Deus sSbre o gecircshynero hmlcno O pecedo entretrnto degrade o honea E dai Oi~l dicmtc cnte s de expriuir e puj nccedil a do hOXCLl IacuteElcgem do Daus I o trcbclho se torno mIC (1ccedil20 uacuterdue e penosc__ Nturclwmte o tr~bclho devcrio SGr ULm ctividdu ospontacircnee e cIcgre uas pelo peocdo torno-so eacutelificil o doloroso A EncDrnaccedilatildeo e c Redonccedilco renovem cste visno dcndo UH sentido portioipcntenente criedor c rodemtor co cgir huncno J DOSDO se

bull do o trobclho Url~ tnrofc rclua nocircIe se desvende a r1c~is iacutentiLH1 o funshydemental espcrcnccedile do hOUOtH a eSIJorenccedilc da Sc~lvcccedilco

A oul turo nodorne cpresentc cOrJa denominedor COL1Uru o huaanisI10 do trobclho f eacute c pcrtir decircle que os veIocircres se torna0 fundcuontados t O houeu constroacutei un ~undo hunano onde se hun~niza huucniznneacutelo Eu SU41ns o brcbclho reIccione o hOIJOD con o mundo hU1cniza e 11turoze c oOtlunicn os hODens ~ntr8 si dando agrave accedilecirco hUDcnn UDe rcsponsobilidede universel

5

bull

rodo vlor do tr~ ~ ~ z e obre per cle p llZJshy

do antas - expressc o vclor doacute hOIlOU que pelo-tr~ r~vc~e o lnshytino do seu ser r sue trcnsecndecircncicv sobre o LlUndo 1 sue occedilco cricdore de UE D~O huunllo Ecirc pois o trcbelhoque revele o sentido do hoshy08n Ecirc po ser ecircle dinaDislo proacutenrio de UTl secircr consoiente e livrG~ que gcnha a suo digniclcdo CJB F~doJentcccedilEo de Viver 5 Lutcr PiP 5-7)

o hone1 eacute UI ser de relcccedilotildees COtlO ser consciente dicmte de nfl tureza ecircle nca cpel1CS c conhece L1oS troneforna-a pelo trobclha h ncnizan~c e ctrcveacutes do trcbclho se conunico eoo os outros honena Este conuniccccedilco entre os honens pode ser feit~ sob ducs forocsl de reeonhe~iDcnto e de douiu~ccedilCo

A conuniceccedilco eacute de reconnampuacuteinonto q~ndo uma pesso procure ~~~ tor a singulcridcde de outra nunc atitude de reconheciuwnto e de coor qucndo nco h~ conuniccdos j nas conuniccccedil~ qucndo nco heacute ct~~middot tude de deBpotisoo ou de sinples indiferenccedilc pelo que o outro eacute nas sitlum atitude de CJ10X e de respeito pelo outro 0000 pessoc cono sujeito COLlO ser presente-no nundo responseacutevel pelos outros seres Nilo posse elessi cr neI1 definir o outro 1 mcs ccredito nele c o resP Ed to Enfim c cOLluniccccedilatildeo sob e forJlc de reconheciucnto eacute equ~ la que se dirige co sujei to e quer sue reclizeccedilco oono pessoe coco liberdeee qucisquer que sejen seus dons ou defeitos

Acirco contr6rio c couuniceccedilecirco se fez so~ e fornE) de dO~Jincccedilecircoquca do treto o outro COilO objeto quendo o treta CODO U11 auscmtc 00110

un repertoacuterio ele dominc~co qu lO podu ser uacutetil ou cano Ui1 instruuc) to ~ minhe clisposi2coll Enumucl Eounier f O PcrsonclisLlop 63) Hn re~cccedilecirco de cloLlIacutencccedilao o qu ccontGce oacute UJl iechcnonto socircbre O cu N~o shy

hcuu BoviwmtodQ 2l pcrc O tu~ e fir1 de se chegu ao ~1 estebolg condo cs uumlTl bcses ro~is uw l1undo do crioccedileo hUJ1Cllc Fincll1ontc pocle~se dizer quo e counicoccedilecirco ele doninoccedilco rigoroscDcnto f c1cndo

N N N N

nco Indo suumlr to~ 0010 C ol1uniccccedil 00 porquG nco hc unc rolcccedil-o do eonsciecircllcics ncs cponcs cOlunicedos ou inposiccedilotildees entre honens

Lbrowos r t cu que u c t r[wes d C comunJccccedilco cntVi C~1b I ro os h ODeus q~e o hO_lGLl recrio c Ci~ ~middotQDQn to i pcrticipcndo t CSSIacuteLi t no c to de Crif geo EstL COUll1iccccedilotilde-o ecircste [to de CDor eacute o reflexo do Deus na criashyture t rio lODOU

NIrbullcs c nluni CCccedil co entre Deus e o hOLleo nco se r~ SUllG nc obro do bull I

crJcccedilco 6l )U8 Deus se Imnifesta poreacuten eacute um~ relGccedilco que continua a existir e 2 reclizcr-se c trotildeveacutes dos teupos e que v~i cteacute a Pcrus1~

6

Natildeo se pode falar eu cormnicnccedilatildeo desoonhecendo-se os meios que possibilitem sua realizaccedilatildeo

O primeiro decircles eacute o lrab_2J11o O trnbclho cooo j5__foi c1itot~ansect forma e na-cureza y ateste a vide hunane e e aperfeiccediloa -S e tclben a nosso ver o principel meio pelo qual o honem se comunicc COB os ou~ tros homens

Ao lado do trabalho outro ~leio de comunicaccedil~o que mereee um real - t t daes aque e a ~JLu~aJLao Se entendernos e ace~ armas a e uoaccedilao omo pr~ cesso global de reelizaccedilatildeo hUllllme que iaplica eu accedilatildeo cperfeiccediloadorc nco soacute por pcrte do educ2ndo Em8 tG~1beacutem por perte do educador procosect so pelo qual o honeu cresce no contato eoo os outros h011ons e 001 a nCtureza tr2nsforwmdo estc em cultura e conunicando-ee com os outroe

t 1 d n e ducaccedilco soro necesser~cl]en e a~a ogo sera I1e~o o COE1Ul1~CCCcedilco ou a comuniceccedilatildeo por excel~ncia

Outro meio que nos pcrece UlJ dos wuumls espontecircneos c por isso I18sect

OOUI dos mcis rioos eacute G Ete_l-012~ar A arte populr lonifostc a sensibiliclcde geral dos que c praticCil por UL1C seleccedilro de lotivos que sco ume espeacutecie de lingucgeJl oifr2da Por detraacutes desses elOiwJltos apashyren temente sinples apcrcnteilcmte desconexos mui tos VecircZiCS 00 observS

t N f t bulld or es t remh o e pouco d esev~scoO 03 00 cs ~n ~n~ es e ver~aiacutel~S3~Ke ex pcriEacutelncics relizcdcs por m1i-bcs geraccedilotildeos (IIEB Justific~ccedil2o de lIVi ver eacute Lutcr p 86)

Ao lado dessos meios tclvez os a2is ricos lembrorelOS OUbros 02 110 veremos c seguir

L QQPv~~_rsQ por e~eLlplo eacute Ul1 decircles No meio rurcl sobrotudool2 tono o lugcr da lintUcgen escritc Lpresentc-se sob os forlcs Dsis vcshyriadcs I desde os ilbate-papos os liDoxericos 1i oteacute os notcias que s~o trczidas dos oentros urbonos atrovGs do Severino que foi c feiro ou do chofer de ocninhOcirco que pcsse todos os dics 11 estrcdcbull

Ao Icdo ele converse orol outro Deio de coouniccccedil~o que uercce ser lembredo eacute ~ 9orr~on~~Icj_c ccrtcs d negoacuteoio assuntos fc1ilic shyres pcrtioipoccediloes socicis eto Tudo isso e cssunto dr converse ascri shytc Reconhecendo a ililport~l1cia decircsse Deio lar1ontcoos o fe-to do Lmi tos homens n~o o podoreo utilizcr parc 80 OOrluniccr eoo outros hOlJGns as a cOL1un~caccedilco ~ s t coril o IV~Den t o d c t n-oc d ~~nc~a aOSOl1VO ocn~ca N prrou ci Houve uo ercnde cperfciccediloL1CntO liiacuteovos meios surgiran tJleacutecrcfo telefone iaprensa r5dio cincuc televisatildeo etc

o te~bgr~fo por exe~lplo vaio resolver o problerlc dr rcotildepidoz dr comunicccedilco uumlscr~ ta eilborc 8ejr UL leio ustdo qu~so quo c~clusivrDonshyte nc zonc ul~bncbull J2 0 tuumllofone necirco soacute fccili tou L1cs t-Llbbruuml foi UDa sOiuccedilao pcr COlSCs CTI r~gc GGg~en UH rU~uCS que t es ob tOr~c1Cm t c

cont1to direto ou escrito Desdo os reccdoa utilit~rios os ch~nCldos o

7

bullbull

e pedidos de fornecin8nto ctC os siuples bcto-prpos o telefone siJ shy1 f t t R t 1 b bull (lUP J Joou nuJ o c CC~lunJC-Ccediloo c CJs nOJe es c 0Ll rer 1ioa~vJe c ~ t lo no nosso pCJs esse -18JO ele CODU11JCCcediloO S0 ros rJngc quase 2pono8 c

tzona urb cne e cssJr1 UClSilO prGocrlc10n e

CorJl relccedileo c~ iruumlpronsc podo se dizer quo lc foi 9U030 Ull suco A N - A

dana0 de convorscccedilco orel e de corrcspondcncie COLlO est2 t ele uuml touumlshyb d d er1 voa c UD grcn e nUDero ao l1OrJons

O hOLWD ctuclBGnte t conte cor outros rteios de OOUU-YJ1CCcedilCO

O oine~ por exenplo quendo beD reelisodo eacute uu dos neios noisbull bull 110 d d 1 t rJcos CJneDc G U110 espcele e De JoClor en re nos e c proprle VJClc

entre os ngtssos olhos e dos outros llomens Atrcveacutes do c11180 o houon torna-se trc~nsporente i luz eloqientc dirige se pcrc o rosto os olhos que nos revelcl c SU2 personelidede Uco Llportc quo seja o

t t t fN U t vlgCrJO o pros 2 u C ou o or 00 112 purgun C seLlpre G I GljjC que]H HA

Sco eles CruzcDos diricllente COD centcmes de pessos nca neo nos encontrDos Feltc-nos teopo pcrc isto e sobretudo disponibilidede Eol olhemos o proacutexirlo O hote~ torlo se UD eoisu u- objotol pcrc o Jutro hOD8l 1188 o cineLlJ nos obriga senpre e pergunte qUOl s~o ocircles E ueis cindc nos leve ~ indcgoccedil~o qUCD sou eu (Guido Logger sscc Educar pare o Cineua ColoccedilGO ~ducer perc e Vide Cedorno 2Peshytroacutepolis Vozes p 7) Coo VODOS D iuportecircncic do cincua OOilO l1cio de conunic~ccedil2o t enorLle InfclizJonte eacute tc-beacuten G ~oIillClc rcstl~i to c zono urbcn c bull

(J t d d middotun o 0 ro -20 cpeser e sr ur iJeJO Donos rJCo quo o cJl1euC t

sue penGtroccedil~o c-uuito D~ior O rtdio chego aos lugaros do acesso ixds difici Por seu intaroacutedio o honen de zonc rurcl por oceuplo podo tot1c~r conhEciJcnto no soacute do quo 80 pcssc nc~ cidcde proacute~i~l~ 1~CS tCj~1-beacuteIl no p2is no rundo O proacuteprio middotfeto de o reacutedio ser utilizdo cono UiJ ins trunento dE oduceccedilo Oacute UL1 prove de seu vgtlor

Entre o Oi1101C C o reacutedio poder-se-it) situer o te18visecirco Necirco res t duacutevidc qUG G U1 elos Lcios 1i8 Dod)rnos do conunic-~ccedil2Co~-middot-que nOD

seGpre 6 be~ aprovQitdo Sue influ3ncia ontretento fico licitada co Deio urbeno ou colhor oos gr~ndcs centros

middot T d cvJ e ncO so pode flccr prosoAost0S D010S de coo c COu11CoCcedilCO

10 sendo os uacutenicos Outros eJds-cer e dCSClroqI1hD UD pcpel deoisivo so bre es populeccedilotildees co~o eacute o ocso dcs estrcdcs que pouco c pouco vOtildeOacute ligendo deg pois todo Sobretudo o tr~fego ceacutereo inpriDc e estos co~un ccccedilotildees a repidez do seacuteculo

A tu-liiacutel mte j~ nco constitui novidcd0 clgune dizer-se que grcJlde nUacutet10ro de brcsiloiros no pcrtioipe de vide culturol do Pcs Nel se] pre poreacuten se teu consciecircncie de Que c ciorie dos horous 1S0 ti _tu

bull 8 bull

10it~ dc 21lJ t~f rillS sim Qbjcto dc cul tUla de una li~oric e que o de sn~vel cul tural proporei ano UI1 tipo de i2crginclizcccedilco que dificulte e proacuteprio conuniccccedilco entre os homens e entre os diversos grupos soshycieis

o desniacutevel cultural gere COUUIlOnte desniacuteveis nos plenos Gconocircoishyco sociruuml poliacutetico e religioso Por cCuse decircsse desnivolanento e sociedede bresilcirc cteacute hoje esteacute forocdc por grupos culturclu0nta e strctific-dos Nco foruumlc UrJ tocio t no quel o rasul todo dCs olcboro shyccedilotildees cultur~is eacute pcrticipcdo por todos oesoo que ecircles ~~o pcrticipeo dcs oeSLlC8 etivid~deacuteS ou no ueSLlO niacutevel Todos colcboran 112 oleboro shyccedilco oul turcl uCs nen todos taJ tido oportunidcde de prticipcr pro shy

bull porcionclnonte dr suo 8ignific-ccedileo Ore isso nco podo ser coeito ~ preciso trouumlher por UD tipo de socicdcde eL1 que se aceite o so epro voi tee oontribuiccedilco de todos s preciso trebClhcr por up tipo de 80- ciedcde onde o oulturc suje cepcz de sotisf~zer ~s verdodoircs e toshytcis necuacutessid~des do houem

tI d-- necosscr~o ~r bOl clCro qU8 qU1 quer t N o~cs G ~n uumlnccediloo propor shycioncr co houcu 1lgun loio do il-lhoric cul turl teLl quo prtir decircle

e h Jvo raSSDO TGJ-S8 (Ueacute pc_r t lr d o prlnc~p~o que AIc oucn o o 10 t pr~u

cipc_l de sue proacutepric forneccedilco TOl-se que cjudcr o houou e se si tU8r eu seu contexto e scb0r distinfllir o que o difercnci1 ossenciclL1ente ds estrutures sociis dos conclicion~i8ntos de n1turczc c dos outros hO1ens 11 A priuoirc terofe do crist2iacuteo sc rochlOnte for crredo de

d e t f OSSi3S d obI- SUJClCO t lo scrlco e rns orucr nOeacuteOnSG JGtO GI c ornoshyrG_luen teilcgel de Deus se outoconfigurcnclo bull TI) so este cutooonfigushy

so so pod G f czer nc t t~Vldcde conSClOnC~ose ov~shyrcccedilco ln erSUDJO dente quo o hOiJo nso pode sor suj i to de cul tur sc so intogror no processo culturcl socil G hist6rico

RetoJl1CO ncis ur~ vez o cua j~ foi dito lonbrc~roDos que D

eccedileo hUHcnc per ser counicccedileo -elos honans entro si ter sClprc une d~oanseo socicl 1l cul turc protildepricwnte di tc nco eacute o produto dc 0- ccedileo do hOtleLl singulcr l2CS dos hOD8ns socicloGnte relrcioncdos Se e cfirncccedilco do hocen ele n turezo trcnsoendendo-o e trnsfOrj~lcnshydo-c 6n teo el eacute 0010 prosenccedilc c~o homeo no rlundo elenento de ligoshyccedil~o dGS hOBens entre si~ por isso ten que ser vivida por todos proshyporcio~elnento Cricdores decircsSG ~undo humno todos s~o rosponsaacuteveis pesso~uumlLlimte 8 8ilqucnto todo sociol pelo justiccedilo e injusticcedilo do or-

A shyden hUD~no de que eles so sujeitos Aceitcr ou recuscr injusticcedila1

(~c oreleu 20cic~1 n3o eacute torefc do hOllel isolcdo DC-S de toclos os honcns mqucnto secircres conscientes livres G c o JlUni teacuterios

A condiccedilecirco priueiro pc~r~ quo o hOrl211 s~ ~001izc COD0 pOSSOB e

que os direi tos que 8Llcnau de suo proacuteprio neturezc sejcl respeitcdos Dntre os v~rios direitos scliunt~rcDOs os seguintes

9 bull

tA bull direito e eX1senc1~ bull eacutetiroi to 03 [leios l1cousstrios prc viver dignDL1011~O ~ direito ~ pesquise do vurdcdo e c infor~~ccedil~o vo=dico sabre 03

oconteeiuentos puacuteblicos bull diroito D p~rticipor dos bens do culture o ~ oduccccedil~o

direito yscolher livro~o~to sou prampprio ostndo du vider

diroi to trcbclhcr liVrElllOnte e de flOdo hULICnO J ~ N d bull o oons1re1uO oqU~S1Ccedil~O de

direi to [ locomover-se clontro de counidcde poliacutetioc diroito o associ~r-so direito c pcrticiper ctiv~~0ntc de vide puacuteblico

bull (pere ULl estudo deste prte vuumlr ospocicljJcnt~ c encolioc eGD in Terris paraacutegrefos 11 c 27 e c Doelcraccedilco dos Direitos do L1el de ONU t 011 1948)

Couo os direiios do possoo ast~o bOE axplicitcdos no p~ocu in Terris e CODO o tono Cultura pcrticul~rjJQnte no osp0eto do nU8ossidoshyde de todos pcrticiporc~ o cprovuitDro~ dos benefiacutecios de obro cultushyrol ~ abordcdo 00 outro perte do Fund~u8ntDccedilno verODOS oqui epencs o cspccto referente 00 direi middotto que middotGodos os hOiluns tOcircil Oacute instruccedilecirco o educcr-sc

Como j~ foi visto cduc~r ~ l0vcr o hOill~D c t08~r consci~ncia da S8U ppcl d0 sUji to do clmdo 6 illtogrcr clguOacuteLl n~ obro cul tur-l nc dh t occcedilco o 0-011 que rcnsforlc o nrdiurezc A educcccedilo e UIl~ oaG~ncJc uuml

Uil direi to ele todos Ul conc1iccedil~o pr~ quJ o h0L10 se roclizCi c so Af1rre aouo pessoE

Hd d t o d cut t d cE) uccccedileo uumlvero ser u 1nSl1ucwn u o-conSC~Cj1 Jzcccedilco nu grondu co1tiJiacutemto huneno quo vivo otilde llcroacuteoIl d- vide culturcl Di) voreacute ojuder o hOI1oU e tOoos os honollS a S0 de silnvolvoreu G c se intoshygrcreu no couunidodo trczondo pare elo os riquezas individueis o do grupo Todavia pcro que iste econtoccedila n uacuteducaccedil~o teu de ser pfrc tE dos tera de ser pcrc o povo =os que se exige dD uuo 0duccccedil~0 que so quor cbertc c todos uno educcccedilatildeo poro o povo Exige-so que 010 sirva

iE t od os e nlto cpencg o esmiddotcc ou oquelo clsse c estes ou oquoloB n-t~recircsses Oige-so que sejc flexiacutevel e responde agraves necessidc-dcs e ex gencics dos crcndes setocircrGs sooiois cnergentes c vide l1tcional

esoo10 couo instruDcnto d~ do~oerctizcccedilampo de culturc e~bGr~ n1o ~pencs orientar os que c procurnn DeilOCrctizedo sue funccedilotildeo sur~ ncis Llportaute reprflsentar o povo integrcmclo-o n sociodcderaquo necirco pcrc quo ~le se torne consuuidor pcssivo do u1c cultura que natildeo f3z

- ocs pcrc que sejo trcnsforuodor ( criedor de cul turco

Podemos concluir Qste i toa dizendo n8o se pode cccIacuteiicr uu odushycccedil~o 00 quo t5dc e quclquer plt880e nco encontro oondiccedilotildees pore uo cutentic~ reelizeccedilco UlJL ecluc~ccedilecirco que nco possibilito o rGalizfccedilecirco dcs exigol1cics de hUDcnizcccedilecirco senpre cresclmto d possoc htE1Dilo

bull 10 bull

11 d t 1 d 1 dmiddot bmiddot s t r ~ c O si~ pvssor 8 8 C -1) O SCC1C qUiacuteJ n1nguel1 pO 0 ~ --- L

llccedilSiJO O viver n(- nod v01ccr co Pi SOL 1wnbrer-s0 elOS ili1OS ~ ~ fmiddot

propr10 d0 cCde hOilOl ctingir sue p-r (iccedilco nc COiUl1lC~CcedilCO COE os outros Tl socicbi1iclcdt) i priilOiro lu~cr SU 8xprine nc cOLltmide d( fclilicr ond o hOllOl~l 0 c _ulhQr constituiacutedos n ~_[3~_4iuli9-qs so ordene1 uu co outro cos filhos pelo vinculo do cDor pJssocl ll

bull

Prre quo fcLiacutelio cjude ruacutecluente c rcclizcccedil3o de seus lllbros 6 necess6rio Que ele decirc eonciccedilotildees pcr qU0 todos d~sonvolvcll sue pIJrshy

bull sonclidcdo u hcjn uc vordcdoiro respoito e cccitcccedileo antro todos ~ Jf d cdrproc1so qUG sOJcu cC81tcS todcs cs Q1 urenccedilcs C V1 C propr1c U0 LO ~

UH cssio COI10 sucs inicietiVcs Isso soacute Se processe no QntcllcG qucn do heacute roeln-n to c orficnccedil c bull Jll tG ajUS Dunbros quc~ndo h~ COiu1ic~~ccedilecircotilde ErJ ULle pclvrc qundo h~ caor

PCrtindo dtisscs cloc ccedilotildecs ampo-nos conte que o middot~binto oni 1 soe Ul 1b1011t e -COCtOS Su r0 lJZCll qUnd o G0US Q bull 81cr onou L~OLQl(l~_

DO disporsos p=los unccrgos qu~ tGu for~ da ccsc so suumlntu~ felizes quendo se GnContrcll ou C]u-ndo os filhos gurrdu d-~ inf~ncic ou de juvGntudlt c lc~br-nccedil- du ua l-r onde cncontrcrcJ1 clOr Cf por isso

l J Omiddot t conuJccedilocs pcr~ su uosbnvolv0re~ S pc1S qua procurc~ crJcr cu oucs

P

CS occsiotildecs ULl sabi0i1to ojldo os filhos sojml considcrmlos COLO sujuumlishytos t COi10 soros dotedos d0 cOl1sci~nci e libordcdc sco sJ71prG r(COishy

Iiacutens- d s Lmiddotmiddotmiddotmiddot~brnmiddotmiddotmiddotos ~ 1nc~- ~ lU~ f~middotmiddotl1llmiddot on j s u UO n --Dros tJo ~JJ ~ oIl~ t- d - - 1_114 tond n

v c rdcd i rC1i utCJ t c rocliz8rJ~l-sG n2o eacute cquol2 onde h5 lUi to Ginhoiro I1CS onde h~ U11 lliacutenino da condiccedilotildees hUl1cncs uuml clOr onde toeos sro trs tedos co~o suji to o nco nOLiO coisa (VGr Jeccqu~s L8clorq Vore UIW

P~lIacutelle P-ris t d UniV(1~8i trircs 1962 ccpV)

A feJiacutelie t8D dirQi to e c-rtcs condiccedilotildelts tento do l1ctur0zc ecoshynOcirclica G social coa0 cul-curel ~lorcl que contribuCiJ pcxc consolida lc e cLlpcreacute-lc no dos0mpJllho do sue funccedilco (PTsect16) 802 lS lliacuteniIleOshycondiccedilotildees Gl h~bi tc~ccedil~o c de ltJsccbi11d-de 8conocircuice por oxoplo c f

1 d d b 111 ~C neo po uumlrc 11JU cr c todos sous Wil ros c sc Qcsenvo VQrOl o [1

s~ ro~liz2ra~ co~a plS80cS

Por outro ldo ilCOLlpotc Cos pcis o prioridcd0 do eacuteiroi to N 1 I ~) A ques t co do sustento o oducCccedilco dos proprlos f11hos PT ~17 80 eles

os educodores netos do seus filhos 1l U8 diriaacuteto L1[8 ( tcnbeb Ul doshyvor qUl corresp mdG co diroi to Que tel os filhos de exigir decircluuml6 ecircsto cuidcdo Dste oduccccedil~ot co~o o sustento aos filhos davo prolongcr-sont t t - qUl os es 011 COn01ccedilo08 nortle18 posscn v~ver por oon ~ proprle bull

roclizccedil3o de uu f~liacuteli~ no dcv t ~l

teric ~s qUG tecircm condiccedilotildees pcre qU0 seus m0~bros 80 rGclizo~ dGVG~ sr UL1 COlSC 013018 cUGJ ~bull

shyder UL1 pouco d G 81 C outres qu nca goznrl decircsses ~osuo vclampras

bull 11 bull

A pessoa por essSncie uu ser soci~l Por ser U2 todo ~b0rto e gneroso conforoc ~ oxprossecirc1o de lseri tein eacute que lhe uacute peculir un corte eburturr - cO[luniocccedil~o Q quc 01- teLl que vivor 0-1 sociodcshydv ~ no oontQto 001 os outros houcns no dieacutelogo quo o hOiJon so dli scobr8 e se integr ne couunid~cle 1 couunid~de aebo cjudcr o hoshyne1 c c tingir plenewunte sues porfiacuteJiccedilotildees c se roelizer

Segundo Leco XIII II Cbull soci0declo nco foi ins ti tuiacutede de lodo quw o hOlJOL1 c busque 00110 ULl fiLl i~cs pcrc que nele uuml por ole posshysue neios eficezcs per~ sue proacutepric pcrfoiccedilecirco ll (SC194) TI Joco X~III ne Pecon in Terris ll diz quo II sando os honans socieis por ncshyturezc ecirc lister que convivQu uns cou os outros Q prouov[~n o bca uuacuteshytuo Por este rezatildeo eacute GxiGocircnoie do u~m sociedede hUijnc bel consti shytuiacutedc que ~lutueuentG sc jeLl roconhecidos e cULlpridos os ruspoctivos diacuterGi tos e dGvres SO[110-S0 itUQILonte qU0 todos dcvcn tr-zor D

sue proacutepric cOl1tribuiccedilecirco c oonstruccedilecirco de uue sociodedell(PT 31)

lIGs C construccedilatildeo elo Ul novo tipo dli sociuacutededo de U~lo sociodode D~is hUDGnc duacutependern d~ col~borcccedil~o de todos dns diferontes rolishygiotildees dos divorsos grupos ~tnicos ou idooloacutegicos O cristco tOil que oster presente nesse novo tipo de sociodode Sue presenccedila eacute exigide pele ceridc~dc e eacute Ul1 iupcrctivo do proacuteprio Evmgolho Por outro lc-cla esso pruumlsonccedile tou que ser efetive orgenizc~de t preciso d0scobrir unc fOrrIo que Delhor possibilite c todos porticiper ctiveLlonto no sociedcduuml 0 de exercer plenruluumll1te o pepel de sujeito ne construccedil~o delo O hooeu CaDa sujeito de Histoacuterie n~o pOdO dcixor do p~rticishypcr direte ou indiretcilOnte de vide puacuteblico Sogundo Jono XXIII bull die c dia so torno une exig~ncie da proacuteprie dignidodo hUrlono poder toner perte ctiva ne vide puacuteblico aubore verie e Bodelid-de desse

t middotmiddot 11 (p 7 ) per 1C1pcccedileo ~ 3

bull 12 bull

bull

BIBLIOGRAFIA p~R APROFUlTDiIEHTO DESTA 1amp PLRTE

1 Lebret - lIcnifesto por uua Civilizcccedil[1o Solideacuteria Livrcric Duca Cidedes Sno Pcu10 bull

2 Joffre DUL1DZedier - Refleacutexions sur lEntrcinenent ~(mtc1 PEG Peria

3 lkul Lcndiu Educcccedilco e Conscientizeccedilco Docuoento de Estudo elo LI~B

4 ELliJcnuel ounier O PorsonclisLlo Livrcric 1or~is Ik1i tocircrc Lisect boc 1960

5 Rocno Guordini - O l_tmdo o c Pessoo Livrcric Ducs CidcdcStS~O Paulo 1963

6 Jean Louroux - VOC2ccedilco Criste elo HOL1er~ FlcDboy~nt

7 Jacques Leclerq Vers lln0 Fcuille Nouvelle Editions Universishytaircs Pcris 1962

8 JOco XXIII - Pocen in Terris Editocircrn Vozes do Petl~bpolis

9 Henrique Voz - Iorol e Rosponscbilidado Socicl t i postilc de Esshytudos do 1iliB

10 Pierre Furter - Propositions p0ur une Etude de lAnolphcbetis~lC cu Breacutesil (uiueogrcfcdo)

-

2 ORGANIZLCcedilAtildeO

o trsbalho pareoe ser a primeira mola c~ue llOtivou algum tipo de orgcnizaccedilatildeo social de orGanizaccedilatildeo de pessocs CO~l um fim comum detershyminado natildeo nos estamos referindo ao tecircrmo trabalho como todo ti

IW ~po de accedilao humana t mss a p~oduccedilao de bens e serv~ccedilos para consu~o_ ~ difiacutecil imaotildeinar como o interecircsse dessa produccedilno edge a comunicaccedilao de experiecircncias de novas teacutec~icas de deseJOS e Gxpectativas quanto agrave boa diviseo dos seus frutos qua~lto enfim agrave Civisatildeo do trabalho ~ ra melhor atender agrave produccedilatildeo

J3ergson diz que o primeiro homem eacute o uhomo faber que usa sua inteligecircncia para a transformaccedilatildeo do mundo eu seu proveito e o distin gue do homo eapiens ll que posteriormente 8J)arecemiddot como aquecircle que iE terpreta e explica o mundo sem proveito ce COnSUIlO Hatildeo nos interessa discutir a justeza dessa distinccedilgo mas verificar a importacircncia que tem o trcbelho proagraveutivo (do homo faberH ) no primeiro momento em que surge o homem como tal E lembrar que a organiz~ccedilatildeo da sociedade procura ser uma racionalizaccedilatildeo da melhor maneira de se obter um oacuteti shymo de consumo de bens e serviccedilos seja por tocircda a sociedade seja por um grupo ou uma classe etc (bens que soacute poclea ser obtidos pelo trcba1ho humeurono)

~ntre as funccedilotildees da famiacutelia em tocircdas as sociedades (ver item s~ bre Estrutura Social desta Fundamentaccedilatildeo) as mais oomuns satildeo a pro shycriaccedilatildeo a satisfaccedilatildeo sexual e a produccedilatildeo sabemos que nem sempre

I l d ~ 1 dI t 1 t nOSsa sociedade bull Em muitos Ccsos o cesal continua ligado agraves respecti shyvas fa~iacutelias de origem se01 constituir nove fL~iacutelia s r mcrca distinshytiva decircsse tipo de famiacutelia eacute justemente o fctltgt ele constituir uma unishydade de produccedilatildeo e consumo = se o trebclho une tcmbeacutem divide pois algum tipo de divisatildeo eacute necessaacuterio em quclquer orgcnizcccedilnoJ a divisa0 do trabclho A divisatildeo do trcbrlho eacute o priBGiro tipo de distinccedilecirco de J~jiSecirco_c~ia~ que se conhece 1 presente eIil toclo e qualquer tipo de sociedade L~ compreendemos o fsto de diferentes pessoas exercerem a mesma tarefa produtiva em ~iferentes lugcres ou horas como cocirclher frutos ehl ampois bosques diferentes ou por turnos clterncdos o f~to de pessors diferentes exercere~ tarefas imediat~Jonte complementcrescoshymo o caso em que uns cpcnham os frutos e outros jUltom um faz as 00shyves e outro lanccedil~ es s~mentes ou taref~s natildeo imociatomente complemen tares como uns caccedilarem e out~os pl~illtarem ou um dirigir o trator e outro plantar Agrave medida que a sociedade se toxna m~is complexa por shyque o nuacutemero de funccedilotildees e papeacuteis a representar so multiplica vai- se perdendo c no~atildeo dessa complemantcriedade E nasce o mito do homem que IIse fecircz sozinhollJ eacute o horaem queacredita que nao deve a ningueacutem o seu suoesso ou sebecloria 011 experiencic De feto que rclcccedilatildeo pcrece ter um trabclhcdor rural quo natildeo conhece cc1ccedildo COID um operrrio quo

o casament o e ~ga o [ 1ei1~ ~a cu mlne~ra como se r c uo men e em

bull 14 bull

trabalha em fnbrica de sapatos Como nco sa vecirc relaccedilco imediata a tendecircncia eacute de se crer que nco heacute rel~ccedilatildeo elguma

o Erasil tem seguido clgum tipo de poliacutetica econocircmica consciente e mais ou menos planific~da haacute pelo menos dez anos No cnt~nto soacute

lt ino mJmento em que umc pol~ tica econom~ce pro-uz rGs~ scoa v~s~ve~s ~~

mediatcmente (desemprecircgo perda do poder amp0 a~uisiccedileo do bens c servi ~~

Ccedil06 por perte dos assalariados etc ) e ~ue 80 passa c~cr con~~onc~~

coletivorllonin da reloccediloo entre UDC politiro e o dia adio C o c-(lil trlJ~alhf dor Eo e1tc~1to essa relcccedilco sempre existiu e ~BS10 o fato de nco se ter UJc polt tica econocircmic8 conscientemente defuumluumldc produz tmbeacutem seus frutos pcrc ccda cidcdatildeo A coploxic1cde c~s L1terreloiotildees 50 cieis foz COIU que se perca ccde vez mois o ncccedilco de divisco do treshyOolho e conseqUentenente ele suo funccedilco soci1

Que to neis complexo a sociedede qucnto J~middotior c nuacutemero eacutete funshyccedilotildees e papeacuteiS diferentes c cumprir e rGpresenc2r l2ior se torna o deDendcnoia do homem do fruto sociol do trsbclJo Nume sociedade bcse ad no extrctivismo isto eacute cuja subsistocircnci- se bcseia nc I1penha de oonsumo produzidos pela natureza eacute ben mais posslvel que cede um seshy d t o b tAJa cepcz e execu er todes es funccediloas neC0SSor~as 2 propr~a su s~s cll

Qla J o mesmo nuo acon t ece 0B umc OOil1p1exe como o nossac SOC~GCeCle

e~ que co mesmo tempo oria novas necessidades pare os homens e es ~S tisfcz Bm uma cidade um hOillem que nco ~cccedilitcsse quclquer tipo de re

N ( Nshy

lcccedilco socicl com os outros homens o portc(lto neo comprosse nco venshydasse 5 n~o troccsse nco pedisse) primoircmente nco teric cso netl raupc ~ teria grcnde dificuldade pcrc febricor um linho ou ender muito at6 encontrar Uille eacutervore ou qulquer plcntc que n~o tivesse sido plentcdc ou cuidedo por outro homem =esmo que nco se trctesse eacute1c um homem de cidade o probleme n~o serie menor pois o mlnimo c di ~ z~r sorie Que ecircle certemente uscric os conhecimentos adquiridos dos outros e trcnsmi tidov por ales -__- - shy

22 Coopercccedil3o

~~ssa diviso do trcb-lho ncde mcis eacute port2ntot que um tipo de ecircoopereccedilco A cooperaccedilatildeo eacute o fenocircmeno de interrcloccedil~o sociel que cQ mo vimos ~CilllC e nos i tens reltivos otilde comHB9_es3amp ostecirc ne b-se messhyme de vide hum-ne ~lG pode oer meis ou menos evidente c mGis ou me shy

Anos obsourc mes este sempre presente Sebelilos no entcnto que se tQ de coopcrr~eo eacute de clgurn forme consciente (impllci ta subentendidr) ele pode neo ser expltci te (cLrcmente expresse) pcrc tocircde sociedade em todo momento De mesmc fo~mc tocircd sociod-eacutelc eacute orgenizedc e tocircdo orgenizcccedilOcirco eacute igualmente consciente (eL1borc nem selpre explici t~~m(mtc~ Viwos no entcnto como eacute ffcil perder-seI em um sociedodc ccde voz meis complex~ como e nosse e ~res~p~ desse ooopercccedilOcirco e desso orgcshynizaccedil20 onte ccda consciecircncie

De clgume forme poeacuteLe-se portrnto dizGr ~ue tocircdc coopercccedilco 6 dz -lgum modo orgcnizada Por isso qucndo dize10s que ht ooopereccedilatildeo noo orgcnizeda e que temos como objetivo e cooporcccediluumlo orgenizeda eacute

bull 15 bull

preeiso que scibcmos exatc~ante o que queremos dizer para nco co~e termos engcno

~ freqUente como vimos que a dependecircncia social do homem no estGjc expliacutecita em determinados momentos ou sotores de uma socieda de Vimos por exemplo como eacute comum c idEio do homem que se foz sQ zinhou e t~hloS notcin de importecircncic decisiv que ccde grupo etri shybui ~ sue proacuteprio funccedilecirco no sociedade Ume freso muito comum refereshyse ecircs clcsses produtoras ll qucndo hll um pronuoiamento ou ctividcde

bull 6 shy taqu-lquer J QUC reune cpencs donos de grcnde 6 ~roprc S=6 e noo o ca cs pessoas que produzem D co ~osmo t~wPOf supoe que haja classes que n~o nroduzem o ~ue pelo Bonos eacute difiacutecil de cceiter senl que se de

J IJ11termine de qu~ tipode ~~d~~q se este trat~ndo De mesma forme o

bull oouum a roforoncie cs clcrsos trebe1hcdorost qucndo scbemos que trc bc1ho ~middottocircdc accedil~o humcne oomo jeacute foi visto no itQ~ 12 de II Perto duumlstc Fun~~ontcccedilecirco

Isso tuc1o proveacutem de ttI compreensecirco Llcoffil1letc de profundc 1~ terrel~ccedilco sooiol que liga os ho~ons e ~s VbZCS do esquecimento e~ que c~em os objotivos o ~B f~~9otildees quo der~ origem ~ dctermin~ shydos tipos de COilportrnento ficndo npens ~stes 111tiGlos~ o que cQOnteoeu t por exmplo coc dcnccedilcs ou festos folel~ricell sendo o ccso ncia ri tente oio o~rncvel cujo relccedilecirco com o Qucresma perece hoje ~rc coincidecircnoia

~

Com cs tormcB clc3sioacuteo8 uumle eoopercccedilco aconteoe t mesma coise Os Obj0tivos podem 1ereacuteer-se no esquecimento e tpel1CS peranecerom forshyms de eomportcmento nem Sef1pre mui to compreensiacuteveis E 1sso torno [lcil percebermos como nco 6 s~ o esqueoimento dos objetivosL mas t~nbm o de especto~iacuteundmenteia dz ~rlte~A~~~~~ de eoopereccedilco que levem c quo certos comportmcntos nco produzem os frutos que ser1~ neeessnrio produzir~ Coopercccedil~o nco orgcniz~dGf ~ portento c 80010 re9ecirco oneleoa objeacutet1v08 neacuteo esto elr-rmente determindos e onde os meios pcrc otingi los nco satildeo eficientemente escolhidos Chcmcreoo~ co contrrio de coo~ercccedilco orgcnizde cquele o~ que seus pcrtic1p~ te~ deterIllincm os objetiv08 c escolhem 08 110i08 meis eficiantes e cdeCu~do8 p-r~ Co tingi los

~xista~ m~ltiplcs rorm~s de coopar~ccedilco nco orgniz~do n~ vidn do no~so h~mem rurcl O mutiro ~ c foroc meis ciiacuteundid~ a possivol oenta meia oomplexe de eOOpGrc9~0 no meio rurel Edsta em todo O Bresil com nanes divereos (ver a Justificccedil~o de ilViver eacute Luter) bull Co~siste essanci~lmenta em uu tr~b~lho volunttxio feito por veacuterics possocs prc ctender c umc necessideuumlo espccficc aerclzente da un peSaDo ou fL1lic que prgc com comccedil8 Q bebes Poco ser pedido pCillo i~tampresscco ou de inicictivc da outros qun~o tone o none de trci shyccedilco EB clguns lugnres eacute S9~pxe UfJC inici~tivo co pctratildeo ou propri~ tlxio que pcgo 0011 fcrt distribuiccedil(o de bebiqs Cono 0steacute portu to OOllunente cssooiedo tI feste CU0 o illt0resscdo PrOIlove no fira de joru-dc Ll clgu~e lug[res c pclvrcl ficou corno sinocircnimo de feste

A troce de dics eacute tcmbaacutem muito comum e consista numa troce de dics de serviccedilo entre diferentes passocs ou fcJlics Um ~gricul tor

bull 16 bull

pede ~ um grupo de amigos ou conheoidos pera cjud~lo em daterm1nnd~ tcrefn e os pega em outros tentos dics de serviccedilo

Um aspeoto importcnte do desenvolvimento do Pro~r~n eacute justcmen te o levantcmento c desoriccedilatildeo e n oriacutetica desses formes de coopere-9~O Com relnccedilEo a esses formes podemos observer o seguinte

le) sucnto cos objetivos _ ~ importcnte que ecircle s se tornem bem cleros t que aa eomunj

dedes seibam que estco cooperendo orgecircniccmente e nco nos esquece~ bull mos de que em elguns lugares mutiratildeo eacute sinocircnimo de festa e samp isso

- eacute necesseacuterio conscientizc~-se de que n ooopereccedileacuteo ~ tenocirc meno indispenseacutevel c vida sociel e que ele eacute constcnte e n~o ocns1oshynnl isso tereacute importentes conseqHecircncics quento coe meios de reoUzn ccedilco oonorete de atividades oooperativistas shy

- tento o mutir~o quento e troce de dies gucrd~ um especto deeisivcmente individucliste pois heacute ~jude mcs o~dc um tem n sun pr6prin produccedilco e seus proacuteprios problemes eacute evidente que se o mut1 ~ A N bull ~

rco fosse ~te e fese de oomercializeccedileo dos produtos nt1ngirin meshylhor seueacute objetivosl esse noCcedilao eacute muito importcnte pnre um conceito d oomunidnde enquanto EarticipcccedilcO e um fim comum mo~oo que samp aos nomic~man~e n exploraccedilco em oomum dos maios de produccedilco trcri~ anaL mes benefcios usando-se o ilesmo princpio do mutiratildeo muitos tashyzeuacutel em um s~ die o que um soacute natildeo frz eu muitos cli cs 11 bull

21) gucntoatilde eficiecircnoijl dos meios

c troce de dins eacute meis eficiente do que o lJutiratildeo no asshypacto de ilpage lI embore ombos sejcrn trnbclho vOlunteacuterio onde natildeo It

corre dinh~iro cmboe ~~o pcgos um com comes e bebes e outro com trcbc1ho o que COLlpenst reclmente 311e1ho1 evidente que uo s1steoc de Iltrocc de Llutirco serc muito ucis econocircmico e produtivo parc t2 dos do que comido e gebidc que se conSOLle num soacute die

- cmbos Sc iniciotivos isolod08 quo podem mui tesO vacirczes se choccr e podem tcmbeacutem ficer 00 sebor de siopeties ou ont1pctics pessonis n eficiecircncia certamente oumcntcric se focircssem iniciotivoe coletiv~ente consentidos

- gerelmente cmbos opcrecem quando h~ unccessidcdell iato eacute um plcntio ctrascdo ou perdido doenccedilc eto e o prezo neacuteo permi

~1 shyt e que ume so f~l~ io de conte de tudo se o sentido de oooperc9ao estiver bem cltro eacute feacutecil cOilpreender que umc ltxcvisecirco poderio Ctlatilde nucr os ecsos de nec~esidode como aumenter o rendimento do trebclho pcr~ todos

~videnteL1ene esses obsarvcccedilotildees neacuteo seacuteo completos mcs cpones sugestotildees pera umc cneacutelise o ser empreendido polcs equipes e pelae comunidedes

~ iaporttnte fri sar que Co eccedilecirco educ~tivo vi S ldo organiza90 eacute oultiorce e tem de edcpter-se GS condiccedilotildees e Eotivcccedilotildees de e~d~ o~munidede ~no eacute n finalidode de um tipo de cccedil~o ooopereiivist~ quo

bull 17 bull

a define como mais efioiente na educaccedilatildeo para uma cooperaccedilatildeo organizashyda ~uitas vecirczes somos levados a desprezar alguns tipos de organiza shyccedilatildeo de reoreaccedilatildeo visando finalidades mais Ilaltas ll

bull ULl time de futebol com diretoria organizada de qual todos os 860i08 partioipem ativamenshyte tomando deoisotildees ooletivas discutindo em oomum problemas do time pode ser meis efioiente para a organizaccedilatildeo poliacutetica de uma oomunidade do que um comi tecirc poliacute tioo do qual sOacute partioipam alfllns IIIderes

Tendo sido feito um lev~~tLmento pele cogwlidade das atividades de oooperaccedilatildeo organizada nesta r O aspeot~ de meios oonoretR~ de que trata o programe pode ser explorado atraves da esoolha de um tipo de atividade que a comunidade considere i~portampnte ou que precise de reformul~iotildees mais urgentes ~ clero que ecircs~es ~_~~s~_~tos de or~ nizcccedilatildeo nao podem ser generalizados e que neo sao efioiontes se tratashy

t Ados so teor20cmen 8 So a prat10a a que SUSC1 t ara esses me20sbull quo se-rordfo mais bem assessorados pela supervisatildeo do que atraveacutes de programa shyccedilao de aulas

Tocircda organizaccedilatildeo ou accedilatildeo organizada teu alguns aspootos esscncXds que neacuteo estatildeo neoessagraveriamente presentes em qu~lquer momento ou ativi dade las que devem ser alocnccedilcdos sendo por isso mesmo 06 objot1 shyvos do essessorio educetiva do EB neste niacutevol

- os fins da orgeniz~ccedilco ou objetivos goreis que se definem em uma tendecircncic ou espireccedilco do grupo que delo pcrtioipo mas que se devem tornor oom o te~pof conscientes e cleromente distintos (por eshyxemplo no Ocso de um clube de futebol e divers~o)

- Oa obj0tivos cspociacuteficos isto eacute ~quilo que eonoretcacnte se pretenc1c clccnccedilcr dentro eo Ui dotOIUumlll-do prczo ou periacuteodo ou Olil

occlc etividrde progrcucdo (por eorlluumlO roclizcr UJ torneio ou oonsshytruir c sede do olube)

- un pleno ou pelo menos umc prcvisco de ~tividades queatildeen tro do prazo ou periacuteodo detenlincdo dever~ lover aos objetivos propo~ tos (um loilco ew tel data U2 jocircgo com ingresso pcgo e~ tal dote ug

mutir~o em tol dcta pcrs oonstruir c sede to olubo)

- mm divisecirco de funccedilotildees que ir-se-~ ocrccteriznuo melhor oom o correr do te4lpo ocs quo se deve procurar definir prc avi ter oonflishytos

- Wl meoanismo perCo cs decisotildees que deve ser desde o iniacuteoio determincdo cindc que venhe cou o teiJpo e sofrer JlOdifiocccedilotildees

lsse cspecto formeI de org-nizcccedilecirco pode SOl objeto de eulcs llteoacute ricca nc base de releto de expcriocircncics de outres couunidedes Pode se reletcI oomo funoiono o clube tol oOuO 6 escolhido c diretoriecoshymo se planejou determindo ctividcde eto seil ceir em risco imedieto de meBsifiocccedilecirco nco eacute preciso friser que ~s experiecircnci~s devem ser muacutel tiacuteplaa e diferentes pare eyi ter o crglilento de cutoridcde

bull 18 bull

23 Ass~eintivismo

Desde ~ momento em que v Ronem nuo p~sso decisivo de sue evol~ 9CO soube que scbie - Pcsso de reflexco - (Teilhcrd de Cherdin) peacutessou c se ~firuer meis e mcis numa perspectiva sooial E agrave medida em que a vida em sociedade aucenta contrariamente ao que muitos pea saro tamo~m aumenta a chance do homem se afirmar mais profundamente como ser pessoal t~iginal Neste sentido a vida s2c1al natildeo se con~ titui apenas da soma dos indivduos mas a integraccedilao dos homens nushyma vida comunitaacuteria que tende a se tornar oada vez mais universal ~ o fenocircmeno cue Joatildeo XXIII oonsidera tatildeo bem oom deg nome de socializ~

IM 1- fccedilao B o termo sociacutealizalao tal como o emprega o Papa naos re ~ re apenas a um regime jur~dico de bens mas a um processo historioo s6cio-cultural global onde as comunicaccedilotildees fsicas satildeo mais freqne~ tes e maior o acesso aos inumeraacuteveis bens comuns ou comunicaacuteveisda humanidade tais como a informaccedilatildeo a educaccedilatildeo a cultura (JYCalvez ~glise et Soci~teacute nconomique e LI~nseignement Social de Jean XXIII shytditions =ontaigne Paris- Capo I )

~ importante notar sobretudo que Joatildeo ~~rII nao toma o renocircm~ no de sooializaccedilatildeo co~o algo que resulta apenas do desenvolvimento das t~cnicas das ciecircncias do progresso da produtividade etc mas o considera como 110 fato do homemll(JYCalvez) Assim dentro da sQ cializaccedilatildeo crescente o fenocircmeno associativisl10 1l natildeo eacute algo de ext~ rior apenas ao homem mas decorre tamb~u ce SUE no tureza mais ntishyma do seu II ser ll Quando os hOl11ens se associam natildeo ~ apenas em fun ccedilatildeo de um objetivo externo fixado (para u~ ~utiratildeo por exemplo)maseacute tsfbeacutem um LJOVill811to eacuteie S1i6 eacuteJesconte evoluccedilatildeo G uroacutenrio do homerl

A w ~ - (

a llte31dencia natural e qUEse incoerc~vel pnrUacute a vida social Joao XXIII) D historicemente ecircle tem esponCiclo a esse tendecircnoia oom as mais variadas formas de associaccedilatildeo decircsde o pl~~o internacional ateacute aos pequenos grupamentos Exemplo disso satildeo as vaacuterias organiz~otildeGs internacione~s os partidos polticos as sociedades recreativasesshyportivas culturais as associaccedilotildees de classe as associaccedilotildees proi~ aionais os sindicatos etc

Natildeo se pode no entanto - e isso eacute importante - atribuir o surgi mento de formas de associaccedilotildees somente agrave tendecircncia do homem para atilde vida social Haacute uma estreite interaccedilatildeo dessa tendecircncia com o progresshyso da teacutecnioa das ciecircncias dos meios de comunicaccedilatildeo ~stes fatocircres trazem de maneiras mais uiversas solicitaccedilotildees pera e intensiioc shyccedilatildeo da vida social e do associativismo t o ceso por exemplo de faacuteshybricas usinas induacutestrias que surgem e exigem um certo volume dematildeo de obra que leva um g~po de indivduos a se aproximar c estar fl~ sicemente em contato contiacutenuo assim como sua uni~o em tocircrno de deshyterminadas reivindicaccedilotildees (ex sindicato que luta por aumento de se llrios ou por mudanccedila de estruturas etc) Outro exemplo disso eacute o aparecimento de colonizaccedilatildeo agrcolc ue leva camuoneses screm- de uma dispersa0 geogrcfica e se concentrarem passando a-uma vida sooial mais intensa formcnuo te~beacutemf ~s vecirczes cooperativas clubes esportivos sindicatos etc

bull 19 bull

llas por outro lcdo eacute preciso considernIlnos que por suc vez o progresso de teacutecnica e das ciecircncias t bem como dos Llios de comun ecccedilatildeo t natildeo surgirDm de um c1eterdinismo cego 111bo1a nao sejamos seE pre senhores das focircrccedilas e das leis do natureza o que muitas vecirczes nos apareoe como um determinismo como ume necessidade exterior cshypencsL eacute fruto de gestos jaacute colOCfdos pelo homem II~ fruto dt humashynizcccedileo mesma de nctureza Co qua1 nos entregamos para exprimir no

1 h t dfso liberdade E ele resto e possJve ao amem novamen e mo ] lcar o determinismo que seus proacuteprios gestos criaram (Ver JYCclvez oshybre ci tede) bull

Outro ponto e considerr aqui eacute o pcpel do -Jst2do e a sua eresect cento intervenccedilco em nssuntos de interecircsse da ooletividade ~u1tas vecirczes a discussatildeo decircste ponto leva a posiccedilatildeo que em ncda eorrespol dem agrave verdadeira dimensatildeo da questatildeo Assim uns defendem opaixonashydemente e intervenccedilatildeo totcl do Dstado ao pesso que outros rejeitem qUflquer tipo de intervenccedilatildeomiddot hlwendo aindc um nuacutem~ro ponderaacutevel que aceita a intervenccedilno modercda Entretc~to o ponto central da quesshytatildeo n~o_~ se o Dstado deve e pode intervir t m~isou menos ~ imporshyt~~te nco considerar a crescente intervenccedilco C020 um deter~inismo cbSbluto JY Celvez interpretcndo o pensamento de Joco XXIII n ecircsse respeito elucide c questatildeo de mlmeirc sLp1uumls e precisai 11 O pcpc vecirc nesta intervenccedilatildeo um resultado ou cinda um sinal - um nd ee - da sociclizoccedil~o em curso tntes que urua ccusc Logo se Co in shytervenccedilco (lo Estedo ~ ume espostc c certas edecircncics de sociclizcIV ccedilao e tambem elgo de profund~ente ligado co tempo e co espaccedilo e um fenocircmeno situcdo histoacuterico nco pollondo existir r eceitcs unishyversais e perenes c ecircste respeito

A considorcccedilco decircsse ponto eacute import~~te pcTC o trcbclho de oompreens~o e cneacutelise criacutetica de presenccedile do ~stedo nas questotildees li gadcs sos movimentos de associaccedilatildeo e luta dos trcbe1hadores

Inuacutemeros teu sido os pronunciamentos textos leis que consid9 ram o importecircncic do associativismo 3m sucs vsrias forlcs recoshynhecendo-o como um direito ~is alguns dos rucis oonhecidos

ITodo homem tem direi to a orgcnizcr s1ndic~~tos e a necircles ingres sar para a prltteccedilco de seus interecircsses iacutel (Declarcccediluumlo dos Dicei tos dobull

Homem art23S4)

ti tl gcrrntida a liberdade de cssocicccedilotildeo p~rc fins 110i tos lieshynhuma associaccedilatildeo poderaacute ser oompu1soacuteriamente dissolvida sen~o em virtude de sentenccedila judicialll(ConstituiccedilOtildeo Brcsileiraart141sect12)

IIJfi livre a associaccedilatildeo profissional ou sindical sendo regula das por lei a forma de sua constituiccedilatildeo e sue representeccedilco legal nas convenccedilotildees co1etivrs de trcbclho e o exerciacuteco de funccedilotildees deleshygadas pelo poder puacuteblicotl(Constituiccedilatildeo Brasileira art 159)

UNe eacutepoca moderna umentou notevelmcnte o movimento assoeinti vo dos trcbclh~dores e foi reconhecido em oacuteercl nas disposiccedilotildees shy

bull 20 bull

fi

jurdioes dos Ilstcdos e ateacute no plano internecionel bullbullbull

IINco podemos todavia deixcr de notcr 00110 eacute ~til ou cteacute nece s~rio que c voz dos trcbclhcdores tenho possibilidade de se fezar o~ vir e ctender fora mesmo da ceda organismo produtivo e isto em to-

Imiddot 11 (t~middot - 94)d os os nJveJs bull l - bull

IlDa socicbilidcde ncturol de passoc humal1c~ proveacutem o direito de reuni~o e de associQccedil~o bem como o de conferir cs essocicccedil~es c for~ me que aos membros precer meis idocircnecs c finclidcde em viste e de cgir dentro destas por conte proacuteprio e risco conduzindo-os aos elm~ jrdos finsl (PT23)

~~ O ~ue foi dito acime eacute relctivo e textos legeis e pronunci~en tos do Pepe Joco XXIII No entcnto existem einde outres referecircncic~ entre DS queis cs mui to discutidcs de rrx

Uma forme de ossocicccedil~o oonsidercde importcntc eacute o sindicelisshymo surgido cpoacutes a Revoluccedileo Industrial Vnrios movimentos signifio~ tivos de trcbelhcdores EHLl wui tos pases ncscercm ou se desenvolveshyrum c partir do sindicelismo

No Brcsil o sindic~to foi oriedo nos noldes do sistemc sindi shyccl do fooismo i talirno princi prlmonte f e eacute extremamente 1igcdo 00

Poqer Puacuteblico Tocircdr- c vide sincliccl eacute proviste por lei A lei QstcbCcedil Ieee oS requisitos desde pGra G fundcccedilno e funcioncmento do sindic~ to ctecirc os fins prerrocativcs e deveres Aacute liberdade dentro do sin d~ccto entno eacute c liberdede que c legislcccedil~o sindiccl permite e proshyve Outra pcrticuleridedo do sindicclismo hreDilciro eacute c vorticclid~ de I sindicrtos federeccedilocirces confedercccedilatildeo prc cdl cDtegoria ( na cctegorics tr41beacutem sco previstcs pele lei) Uno eacute permitido que ceteshygories sindicais diferentes se cordenem numc horizontclidcdeAssim se 08 sindicctos dos metcluacutergioos e dos forrovi~riosf por exemplo quisessem se coordenlr seria impossvol (dentro de legislaccedileacuteo sind ccl brasileirc) Onde cctesoric deve (do ponto de viste de lei sindi CCl) desclvolver sues ctividdes sindiccia iso1cdclllente

N~ necess~rio obsorvcr que tcl estrltturc sindiccl tatildeo enfcixcda na roco do Poder Puacuteblico tir~~do muito dl necesseacuteria cutonomic dos sindicctos dendo foacutermules pcdronizedls de funcionamento pode trens formeacute-los num instrumento de clesse dirigente ~penas cleacutem de n~ dtr oportunidades de se desenvolver plenCLlfmte ~ ccocidcde dos sin dicclizodos e seus dirigentes de lIe1riare41 algo de proacuteprio dentro do sindiccto Da D necessidede dos dirigentes sindicais serem realshymente a oxpressco do clesse quer di zor SerG~1 pessoes que estejom prontos e trcbclhor reelmG~te no sentido des cspircccedilocirces de clc6seP~ ra Jsso e neoesscr~o que se tenhe conscienc~c LO que e e do quo poshyde ser o sindiceto como oacutereco vordodoiro cc prollloccedillio

bull 21 bull

Haacute disposiccedilotildees legEds m~Js ou menos antisas a raspei to da sin d1calizaccedilatildeo rural no Brasil Entretanto foi pr1ncipal~3nte fi partir de 1962 que o assunto tOllOU vulto e comeccedilaram a surgir v~rias disshyposiccedilotildees simIlificcndo a f O T1112Ccedilatildeo dos sindicatos rurcis pl~ooossomel to e expediccedilao de oartas sindicais

Dentre as vaacuterias disposiccedilotildees () as que natildeo soacute sintetizum a Flashyteacuteria jaacute re8~lada oomo apresenta aspectos novos S~O

- Lei nO 4214 de 231963 - Estatuto do Tr[b[~lh2dor Rushyral pub1ic~do no Di~rio Of cial da Uni~o em 1836

~ Portcrias nQs 346 e 347 de l76l96j- Regula0 a Orgc~1 zaccedilatildeo e o Reconhecimonto de Entidcdes Sindiccis Ruraio bull

Silil9-1octo OEstatuto do frcba1haGor Rural crt114 estntui~ liacuteoita a cssoci~ccedilao em sindiccto f para fine de estudo defese e ooo~ denaccedilno de seus interecircsses econocircmicos ou profissionais de todos os que como empregados ou OE1PT0odores exerccedilam atividades ou profis shysatildeo rurc1 i1

bull

Vemos entatildeo que de ~cocircrdo nou c pr~pr1a lei ~s fin~lid~des do sindicato secirco cmp1as l natildeo se reduzindo ecircle C Dera instr~~ento de rei vindiOcccedilno de essiatencia socie1 e ClgutitS melhorics econocircmiccs bull Para que ecircle oumpra tocircdas as suas fin~lidades tem ~ue ir muito cl~mBasshyta ver que cumpre-lhe tc~beacute~ c defese de interesses profissionaisde I d t ~ tmiddot bull en er ~n erasses prok~sS~OncJ3 nao e 80 consegu~r e~prQS ~mos ~crc

plantio melhor maquin~rio pere produccedilatildeo enfio melhores oondiccediloea de trcbnlho mas ~ sobretuco f-zor com que o trcbc1ho necirco seja red z1da a um mero fctor de produccedilatildeo mcs seja con8id~rcdo como a fon~c por excelecircncia de expressco hum~a Pera conseguir isso o sindishyceto teu que sc ocupar por defini9~o com c tarefa de destruir tocircdc forma de explortccedilotildeo do trcblho humOJlo Convoacutem notnr que 110m sem pre o aumento de produccedilatildeo corrosponde a umc verdadeira prOioccedilco do trabclhador como pessoc

liQ Pera uma vis~o coup10tc de fundaccedilatildeoprooassamento e funciona bull mento do sindicatover Leis e Portarias meneionauuml~sprircipa1mente e nova Portaria nordm71 de 2265quede oerta formaregu1amenta os arti shygos 115 e 116 do Estatdo TrabRuralD1ga-se de passagem que estamp Leital~m de dificultar a fundaccedilatildeo de sind1catosfragmenta demais a classe trabalhadora ruraloricndo dentro dela in~eras camptegoriasdiA tintas

() Lei d~~ada n Q 11 de 11101962 Portaria nO 355-A de 20(111962 Portcria nO 356-A de 2111J1962 Portaria 209-A de 2561962

bull 22 bull

Estatuto do Trabalhador Rural Ateacute a d~ta da criaccedilatildeo do Estatushy

to o--eatildenipotildei1eacirc -estampvatildeexecirciiicfotilde7a legislaccedilatildeo trabalh~sta (excetuanshydo o que diz respeito n possibilidade de sind1calizaccedilao) 2 art l da Oonsolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho que estatui as ~uestoes trabashylhistas no paraacutegrafo IIb il coloca os oamponeses fora dos seus poss veis benefiacuteoios Com a criaccedilco do Estatuto houve uma primeira consi deraccedil~o a certos aspectos da vida do trabalhador rural

t tmiddotmiddot d la gisltccedil~o urb1na pare o meio rural embora sejam duas realid~des bem diversas A proacutepria definiccedil(iacuteo Ciue ecircle daacute de trabalhador rural (art 2 Q) eacute impreoisa e se presta a v~rias interpretaccedilotildees de aoocircrdo com

C0110 e fecil notar o Csjatu o e quase uma ranspos1ccedila0

1os t var ~n eresses

l~as mesmo assim inedaptndo hAacute pontos considerados importa1 shytes ~ O caso principalmente dos artigos 11 bull oria a Carteira Pro M

fissiona1 de Trabalhador Rural 63middot disp~e s~bre o contrato de trashybalho ( que poder~ ser feito na proacutepria carteira proiacuteissional)~ l5~shye~ia um Conselho Arbitral A16m decircsses artigos eacute consi~er~da t~bem importante tocircda a disposiccedilatildeo socircbre sindicalizaccedilatildeo

~ nosso pcpel como movi~ento qUecirc pretende ser educativo atr~shyvecircs de toampos os meios e recursos com Que oontamos levar ns oo~unida das a perceberem o fenocircmeno do assooi~tivismo como inerente agrave pr~ pria ~~a humana e motivar a intenBificaccedil~o oonsciente e delibefada de formcs de associc9~0 que ~osscm responder 2S neoossuumlLdos percebi das a partir de une vis~o cr~tica do papel do homem no mundo

Iaso no entc~to nco quer dizer que devemos inccntivcr e ~ctishyver determinadas forruas de associa9~0 O nosso papel c ecircssc respeito ~ o de informar o que existe as earaotersticas de QCcedild0 ~nc e proashytampr n assessoria ccbve1 diente da escolha da comunidade que poder~ incluave oriar fol~as noves de cssociaccedilatildeo

Teoriocraente a econoTlic de mercado ou ocpi tclistlo reIJouso nurac toca de serviccedilos e bana entre dois tipos de gru~osl as unlcteacutees ec2 n~m1cas produtivas ou emprecircsas n~s unidcdes economic~s de consuao ou iacutec~iliar Ls famiacutelias prest~~ serviccedilos ~s emprecircsas recebendo ~~gnaen

Ao shyt o e as empresas produzem bens e serviccedilos para o consumo das iacute~liaa e recebem e~ trooa pcgcillento ~mboru ecircsse esquema sej~ muito ab3trashyto e seja s6 am esque~a serve para nos mostrar cono est~ dist~cia da disso c vide do honeQ rural Nesse esquema a famiacutelia soacute b so11d~

ai fW bull r i ~ no consumo mas nuo na produccedilco pois o facil 1nag1ncr como roxa shymente as pessoas de lmlC mesJc fcIagrave~lill ou que tenheo dooposos ElD ~o mum produzam mn comum spo ~ue trabalhem em una Llesuc euprocircso no meama seccediltio e na masoe sala o produto finel dC~ emprecircsCl (equilo quo - ) e comercializado vend1do as fcu~lias cbsolutcnente noo dopenda deshyles Seus ganhos tcmbeacuter1 ou s~o deciatildeidos pele etlprecircsll ou dependen de decisotildees coletivas (aumento de salaacuterio mnino dissiacutedios coleti shy

bull 23 bull

I vos etc) e muito r~r~cntc tecircm qualquer relcccedilatildeo 020 su~ produt1vid~

de ou copoeidcde da trobclho Na eoonomia da produ2ao portcnto mas mo os mombros de umc fcniacutelit nno sco solidaacuterios ano indiviacuteduos isolE dos CGdc ~ por si A id~in de atividade econocircmico comunit~ria dcpcn deric portnnto no moia urbcno de tocircdc uma lludonccedila de estrutura d~ haacutebitos e atitudes individualistcs

NOcirco eeonteee o Llosmo no vidc rurnl Via do regra c feLllit s~ oonstitui em unidcde de prod~ccedilco e oonsumo o que equivola a dizer que jtIacute existe tlgum tipo do ouprecircsa cOf1unit6ria pare uaor o esqucmc o que acima nos referimos Trctc~se portento natildeo de rczer surgir ~ vclor inteirnmente novo mais de cmplicr o raio de alccnoc de uampre_ sa oonlUni taacuteria que eacute c fCLllic bull Outro Telor positivo e que pode ser ccrreado nesse sentido eacute o mutirco Embora se deva ciacuteastor quclquer ideacuteia poeacutetioa lrio de mutirecirco cono trcbrlho ~eu pagaL o mutirecirco e a troca de dics sno indiacutecios oonoretos de que a oompeticcedilno econ~~1c~ nas oomunidcdes rurais n~o eacute consoiente neu atinge G agudas que cpreshysenta n~ cidade O mutir~o meswo pcgo n troce de dias me8~0 aendo trooc mostra que natildeo est~ presente c 1d~ia de que o SUOOS$O de ~ depende do insuoesso de outro E de f~to c cODpeticcedil~o eoon~m1cn no campo nco sc fez de meeiro c meeiro mes entre o produtor o o intero~ di~rio e por e edinnte

Outro ospeoto import~nte d~ ctividcde econ~micc do honeo rurc1 que ele nco visa de Iilodo gereI o lucro IlCS c subsistecircncici por isso c noccedilco de que - a propried~de deve ser usado pera o bau de todos e nco pcro o luoro individueI nco encontro cs aeSDes resistecircncics quo cn oontrorie entre cmpres~rios oujc ctividcde eoonocircuic~ se fund~entc no luoro A euprecircsc comunit~ria isto eacute ~ orgonizccco oomunitampric de

d - A po~tcntot apcrentemente vievel~ Tr~ c~se depro Uccedilco ceOnOil1Cc e t snshyber quais cs noccedilotildees que seacuteo fundcmenteis pcrc tel empreendi30nto

12) 2JLW1el~]0ecircS_e __d2_ uso dl Jal0Rriedcdel ~ tund~cntcl o conoeito de que c posse est~ condieioncdq 00 uso de propr1od~de o quo isto natildeo eacute um direito cbs02uto mcs tew une funccedilatildeo intrinsccmcnte soci01 (1)11f1116)

9) Q~_o~Lemo do_~c-l2~) do__trcbelh2 msse prob1cllc foi tl~~toclo na Fundamentoccedilao de Viver e Lutcr e se enoontra tClbom no item 12 d~ 2l perte deste Fund[Tl(mtoccedilecirciacuteo 1106 heacute olguns tspuumlctos que nos interesSD~ diretamente ncste ccso A ~pliocccedilatildeo concret~ dos princ~piGs ~l disoutidos lev~-nos ~ oonclusno de que neacuteo pode hever oomercial zaccedilecirco do trcbelho enquc11to tol Isto ~t necirco h~ nem pode hovcr hipocirct~ se do medir-se o trabalho ew tecircrmos de dinheiro j~ que o tr~bolhotem velor tronscendente leso eacute importante pcr~ cs tomndos de decisotildees soacute bre a divisatildeo do produto do tr~bolho Esta n~o pode ser sagravementa pro porcional ~ posse dos instrv~entos de produccedilco pois 0030 viuos c posse esteacute subordincdc 00 uso paro o bem de todos Por outro lcdon~o pode ser tambeacutem somente proporoionel agrave quantidede de trcbolho j~ que o velor realmente humcno do tr~bolho nro pode ser qucntif1cedo socircmenshyem sua apcrencia O item seguinte pode esolareoer-nos melhor

bull 24 bull

--

0) 9--Jll0bt~~ dc-~oJtg1~ejJde dc espeacuteoie Vinos qundo e8~shydc~oa O probloma de oomunic0ccedilno que fund~ente o progresso de histoshyric humcne ~ue cede indivcuo neacuteo pode reelizar plencmo~tc c essocircnshyoie de espeacutecie hun~na o quo portento os homens e todos suo solid~s nas conquistes e nos erros de humcnidedo Esse mesm~ doutrine eacute aonshyfirm~de no plnno sobr0n~turel pelo ooncoito do oomunh~o dos santoS

por outro l~do quo o - podo b ~ es Sabemos houam neo sucum 1r cut ccron eies sensiacuteveis (climonter-se proteger-se do frio) e quo qu~~do isshyBO ~contooe ecde UD de noacutes ~ solid~rio nG culpa~ Isso leva c que a sociodade Leve prover tS QPortul1idcdes pcrc que cede hOllOD sct1sfeccedilc esses necossidrdes que Sco diroi tos fund~lentais do hmJoLlbull

Em sUDe o probleme central de u~e atividGdo econoillIacutecc de ~i~o

conunit~rio eacute o do reconhecihlonto no plano do trabalho Co~o vimos ll~) i tem proacuteprio e comuniccccedilatildeo entre os homens pode fczor-se por doshyminoccedileo ou por reconheoimento ~os ecircsse reconheoiDento n~o pode ser

h Ot eor1co cbstreto tel quo oonoretlzar-se e111 oedc cccediloo umcne roshyoonhecimento do outro no plnno do trabalho eacute o que se coloo~ ou ploshyno mais elevedo jeacute que nrde h6 de meis nobre e essol1oiclmontc hushymano do que o trabelho

i01s c~r~ um excile de outros problemcs levcntedos por ULlC GlprOcircSo oomunit~rie pode-se ver Fr Jo~o Batiste Puumlreire dos Santos OP U~ NILABORL Uma Revoluccedileo ne Estruture de Emprecircso Livroric Du~s Cido bull das - Sco Pculo

Pode-se definir o occedilocirco poltice de vuacuterias Ilcnoirrs Uuo tltigc def - eLO h amem dlZ nCSlilO C1ue 1J e G Ull~ CnllllC1 ~ lCO o que eCJu~ilnlccedilco E0Lltmiddot vcleria c identificcr e e2~0 poliacutetice cor~ tocircdn eccedilno huJrJlc Sento Agostir~o vi~ o fim de cccedilco polticc assim como o de guerra n~ Fez defininco c Paz como ~ sctisfccedilecirco dos interecircsses de cidade ~ 01amp ro que C01 isso n Pnz de uuc cic~-ao poderia ser iLlposte Co outre is shyto eacute a sctisfcccedileo dos interossos de umc Sociadcde ou gAacute~po poco ser i3postn c outra Sociodede ou o outro grupo ModernnEcnte defino- so e accedilco poliacutetioo CODO equelc que procure conduzir ~ socied~de n~ busshyco do bOD cel21Ul Atuolnel1te tom-so definido taIJbeacutel2l c cccedilatildeo polticn COBO nquelc que busca utilizcr o poder do Estndo pcrc ctcncler 00 bo de SocioclCdo Esse funccedilocirco do EsJccdo ele mesme TJudou de oacutepoca do li berelis~o otoacute hOj0 Acredit~~do-sc quo es leis socieis c Gconocircnices orem IInctureis ll cefendie-se u tese de que eo Estado Cnberi~ cpon~s proteger ns libuumlrd~des individueis nco intervindo especialnuumlnte ne produccedilatildeo e no consumo A esse vis~o suoedeu eom o advento do sooi~ lismo e dns lutcs sindiccis e concepccedilco do um Est~do do Bem Estor So0101 A concepccedilatildeo neturolista c liberolisto jaacute nco eacute dcfcndide 00shymo tel e o que se discuto oacute o Gr~u de intensidade da intervonccedil~o esshytetal no vid~ puacuteblicc Mesmo nos paiacuteses onde o antigo liberalismo eacute tese ofioial - embora defenr1ido em formas atenuadas (neo-libera11omo)

bull 25 bull

oomo nos ~stados Unidos e no Brasil a intervenccedilatildeo estatal ~ una reashylidade Assim nos Estados Unidos por exemplo a diplomacia ~ftambeacute~ uma forma de defesa dos interecircsses comeroiais dos empres~rios norte-A mericanos no exterior no Brasil os organismos estatais exeroeu in shyfluecircncia natildeo 86 na economia como nos conflitos sociais Ias tanto li como aqui a intervenccedilatildeo eacute feita apenas para proteger uoc estrutura

Vecircse portanto que a oontroveacutersia estaacute na intensidade e no ti shypo de intervenccedilatildeo do Estado A accedilatildeo poliacutetica seria wn ueio de fazer valer ecircste ou aquecircle tipo de intervenccedilatildeo do Estado no sentido do Bem Dstar Social de definir decircste ou daquecircle Dodo o Bem Lstar Social de detertlintlr desta ou daquela formo o modo de consegulo

Ao ueSuumllO tempo fica cloro que natildeo tem sentido definir-se ti accedilao shypoliacutetioa eu tecircrmos de ideais moi8 ou menos abstratos COLIO urJo luta de ideacuteias na qual se empenha apenas a inteligecircncia dos poliacuteticos e das Naccedilotildees

Vimos atraacutes por exemplo (item 24) couo o esqueLla cl~ssico da economia separa doiemiddottipos de unidades econocirchlieas a de produccedilatildeo e a de oonsumOi na economia de mercado ou capitalista o fluxo de ~ique bull zas que vai das emprecircsas em pag~ento do trabalho agraves famiacutelias e que vol ta ns emprecircsas erl paGamolto dos bens e serviccedilos prestnd08 otildes tllJl lias o fluxo de riquezas diziamos eacute deterLlinado pela lei do t1oroado subindo o consumo de um produto sobe o prccediloo que est1nula cs empr sas a produzirem mais ateacute equilibrar com o consumo e estabilizar o preccedilo e diminuindo o consumo desce o preccedilo desarticulando a prod~ ccedilatildeo ateacute equilibrar com o consumo e estabilizar O prc~o iae dois exem plos serveu para nos mostrar como isso na realidade e apenas teamprico Todos temos presenciado a sonegaccedilatildeo de certos produtos com o fim de fazer subir artificialmente o preccedilo (especiclmente arroz feij~o e~ ea~) e teillos presenciado como certas emprecircsas otrav~s do propaganda oriam necessidades absolutamente sup~rfluas paro os consumidores ~ ashybrieagatildeo de bambolecircs cosmoacuteticos eto) em que a lei de mercado e in vertida Natildeo eacute a emprecircsa que produz para atender o procura do consumi dor mas que faz nascer c procura do consumidor para vender o que jproduz

Teorioamente por outro lado a economia socialista esteta1 00 bcsecria natildeo na lei de oercCdo mas nC8 decisotildees de UH orgcnismo oen tr~l de planejamento que pesquiseria es necessidcdes do oonsumo e detarminorio o sentido do produccedileacuteo Vemos tmubeacutem que de ua lcdo neDl meia o Uni~o Sovioacutetioa cdote atuclBonte ocircsse sistemo puro e quo amppeAtilde feitcmente possvel um pcs ter sua econotlio completanonte plnnif1o~ do sem deixor de ser ncpitclista O Brosil por oxeoplo ncrcha a pas sos lorgos p~ra ser um perfeito exemplo deste uacuteltimo caso Isso equi vele o dizer que e controv~rsia fundamentel em que se deboteu as focircrshyccedilas e grupos que exercem cccedileacuteo poltica natildeo estaacute mais en se seber sodeg Estado deve deixar a vida econocircmicc e sooial co sabor das leis Une_ turoia ou se deve fO contraacuterio intervir plnnificnndo-as e neu mosect mo soacute no intensidnde dessa intervenccedilno Estaacute no tipo ou modo cooo se

i - dc essa ntervenccedileo Se voltarnos ti conccitunccedilao de Santo Agostinho a

bull 26 bull

que nos referD~os ~oina e se a fun9~o da oidade eacute b~r~tir a Pazde que Pez se tr~ta trata-se da Paz que melhor ntcnda a tocircda a Sooiedn~ de Quanto ~ isso ningueacutew discorda expreesaucnte Tocircdcs as linhas poshylticas de todos os grupos de ~ccedileacuteo poliacutetioa oonoordnn oo~ isso Uas na proacutetic~ de que Ll0do enocrno Ulla accedileacuteo poltioD que leve ~ essa Paz de tocircda t Sociedode c natildeo c Fez ele UDC Cidcdo (ou de um grupo)iuposta c outra

o esquema abstrato (i tem 2A) que divide a vida eoonocircilict dcs No ccedilotildees em unidcces produtivOs (as enprecircsas) e unideccs cl~-ltQnsumo (as famlicsr-~ pera uns tomado oomo real Da sededuz ~uo ao Estado cabe garcntir a melhor funcionalidade possiacutevel as empresas para que possam ctender na neoessidcdes de oonsumo das famlios que constituem a Naccedilatildeo (embora seja um esquema econocircmioo oacute v~lido porque nns necesshysidodea de oonsumo estao oompreendidos os bens e os serviccedilos e nos 8es uacuteltimos se inoluem os serviccedilos que dizem respeito agrave oultur~agrave dishyversatildeo agrave distribuiccedilno da justiccedilaacute etc) Da se conolui que a Paz de que se trata eacute a Paz dcs euprecircsas middotScbemos por exemplo que o pedra ongulcr de nosso regime poliacutetioo ossim CODO de todo o mundo sob a esfer~ de influecircncio cmarioonc uacute c inioiativa privada isto eacute c li shyberdede dcs emprecircscs privadas Isto significo ocber 00 Dstcdo gnrcn~ fundc~entclmente o boti funcion~ento dcs emprecircsos priv~das e o resto ser~ dodo de acreacutescimo Qul o sentido de emprecircso privado pe a sue ti nalidcde eacute ctender ns neoessidades de consuco das fcnlios (sej~ esse consumo de climcntosmiddotou de educcccedilnoacute) O sentido eacute o de que nqueles que possueu ccpit~l (bens Ilcmiddottciois) perc mon~er ou cri~r eIlgtresas dj ve ser garentidc uma remunercccediloo correspondente co enprego cesse Oop tel (decircsses bens moteriois terras instrumentos dinheiro) Todo o Sistema repousa portento na motivaccedilatildeo do lucro por pcrto dos que Po suem bens motaric1s E cono c satisfaccedilatildeo das neocasidodos de tocircdo a Sociedade dopende do que produzeo as emprecircsas t atribui-so UDA identi shydade entre os interecircsses de Ncccedil~o (de que cuido o Estcdo) e o estmuM

E lti ona 1o as erJpresas pcro que produzcn m u ml 1Jse o orgcnJzoccediloo po ltioo eeonocirc~iec e social do Naccedilatildeo que eacute tarefo do Estodo primordio mente scr~ ume rocionClizDccedilatildeo de rmlhor oeneiro de estimular o lu e~o isto eacute a remuneraccedilatildeo do ccpitel A maneiro do otendcroo bea co mUIll seria portanto em l1ttim~ cntllise gcrcntir c melhor formo deAin cioncmento dcs emprecircsas privcdos o que se identifion oo~ a melhor ~ neira de estimular omiddotemprecircgo das propriedades (de bens do ~eira geshyral terras instrumentos dinheiro)

Vemos que tnl visatildeo 6 herceira de certo modo da visno naturaliA to e liberelista da vid sociel embora tenho mudado de certo modo o pcpel do Estodo~

Este visatildeo no entanto se choco com outras visotildees polticas Fishycou demonstrcdo que (I intervenccedilecirco do illstado se faz neoess5rio no vida da sociedcde Aohem alguns portrntof~e eacute preciso fazer soacuterias resshytri~otildees agrave cbsolutc liberdade das emprecircsas mesmo pera garantir-lhes O melhor funcionamento Uma dcs rozotildees eacute a de que o bom funoioncaento N

das emprescs exige restricoes pore que umcs noo A

outras A prejudiquem oS e o oaso d~sgrond~ Lrl~~ (11lt rr1gt_=~ i 11 I-to que tem possibishy

bull 27 bull

l1dadG do dostorcer o morceLo Outro problema eacute o do b011 astcr claa fo ~flt~s enquonto prcstom serviccedilo cs e~procircsos isto ~ ~s cl~sses p=~le t~~es Ar~10ntam que o sistemo do Borc~do deixodo o si mosuo reoung rc mcl o trob-lho de ta1 forl quo de uu 10do l o aonSUDO nao podo ser Du1to grc1de e portcnw- cs c~precircscgts necirco podem su expr-lctir do ol-ro lndo isso 1evo insuficicnlos aondi9otildees de vida o (lua dociina11tlO bcx~ proecircutiYidcdo isto ~t os sorviccedilos prcstldos Coa -c1r~ses sno de m~ quolicode se fOrail ln3S cs condiccedilotildees do trrbclho COll10 as euprest1 rios neacuteo seacuteo se~pre c~p~zes do peroeber ecircssos dois cspeotos co Esta do coberic prover UD~ regulcuontcccedilEiacuteo quo t ao llleSLlO tempo dosse mcior poder de consuuo 00 proloteacuteriodo c lhe desse melhores oondiccedil~es de trcbclho pcrc poderes produzir melhor Desso ooncepccedilatildeo resulo clixl leis tr~oclhistos quo grecirctissew ml onirilo de sogur~9c 006 opo-amp10 o de pcrticipcccedileo nos lucros dcs Guprocircscs que lhos gorontiri~ cUL10n to do poder de oquisiccedileacuteo de bens e serviccedilos Nessa nOStlr linhe cstt bull ric~ previstos os serviccedilos n~o iuediotcucntc reuunerct1vos e quo p~o pieicr1DJliguclLlente o be~l estcr indispensecircvel 00 cuncnio de produt1shyvidcde COLlO os serviccedilos de educcccedilro se~det transportes etc

o problemo pode cince ser colocado de outre u~oirc O trobo bull lho ~ cOl1seqUenteueZlte todos os seus frutos o donnio de terrae rSD 900 de instrumentos c produccedilco e UlllC conquistn dl espoo1e hwalJlooo

~

mesmo teu9c que de ecdc hOLleil Ccedilucndo um hODCrl se npossc privodcnente (uscndO per~ seu benefcio exclusivo ou moior) do fruto do tr~b~lho hu~tno ecircle espolie os outros homens O produto do trebclho de m~ hoshymem eacute inalieneacutevel isto eacute natildeo podo ser trensferido c outro cooo sim ples coiso poreue neacuteo eacute soacute coiae DCS ecirc erioccedilco da hooom c represonto Co sue vi toacuteric s~bre c ncturezcbull Os ueios de produccedilco (nGsno os nctu bull r~is OODO c terre) sco uo~ conquisto de eap~cie huncnc logo t~o que bGneficicr n todos segundo suo condiccedilatildeo de hOBOU c su~s nocess1d~ des e direitos como hODOD 0 necirco segundo coidontes histbrioos oono o feto de clgu~m ter-se oposscdo priJeiro de Ui puumldcccedilo do terre e outlX6 nao Ou de c1Gueacutem ter sido foito prisioneiro c escrevo e outxos n~o bull Tocircdc distinccedilco portcnto entre os que possueLl bens c os qua 0 pos shysuem e trcbelh~l p~re os priuGiros teric orgeo nc douinc~co de UD hot4eu socircbre outros que historiccuente se deu Q continue rlcr-se Do um lcdo os Quetecirco posse e USCD CD seu benefcio em dctri~1Cnto dos outros Se ~lienCIll (ou tOfon outra 00i80 isto a sc torncrl Wla outro coise qUQ necirco hOLlons) por nco reconhcceren o outro CODO honco sujoito de plenos direi tos e trcnsforoercL o trcbclho eo Jcoisc e necirco ori~co humono De outro lcdo os que nco pOSSUEm e trebclhCil pcre outro8VQO o fruto de seu trcbclho que oacute une perto decircles meS1lOs sor possuido por outro o que equiv1 e dizer que se oliencm se dosti tueJl ccedil~o suo cOl=iacutediccedilno plille de hOiUG1S

O quc 80 disQute ecirc por~cnto o proacuteprio si3tCUC ele possa e uso dcs proprie~cdes o proacuteprio sentido de ~upr~s~ Oe ~eios ae pro~u9~O

A IN

aegun~o este conc~ccedilco nco podew ser objeto de posse e uso ~~~dcdacirc vendo ser usedo )ole e pcrc c Souiedcde Os f1eios ooncrotos v-cr1Cl eshynorrJeaente deacutentrodessc ~oncopccedilgo indo flosdEl possetoteJ dos pro shy~riQ4cd~s p0lo Estcdoete a posse dos Baios de produccedilco pelos ~ue con eles r~bclhom e tendo seu uso ~eguledo pelo Estcdo bull

bull 28

Es 8C3 1inh-s polti c cs ropidcilGnte expos -tas e e squOuuml1 tizedas ttf zerl C bcilc novcuacutewnte o conceito co Paz de ULl grupo As du--s plino1 shyros reprCSJn t am nJ tJdCIJ8n o c cz o grupo e proprJe crJos (O cprcshy t P d d t 1 - A

806 isto ~ conforne vinos no i-G3-1 de orgcnizoccedilatildeo soci01 n classe olto ou burguesc Porque justificc~ uuumlo Paz pcrc tocircdc c Sociodcdc cen trudc nos interecircsses cc clcssc bUlgueso A terccirc linhc po11tica 1 euumlntrnda nos interecircsses dj libcrtcccedilGo dns classes inferiores de pro let6rios G trcbclhcdores rurcis J isso nos troz o concoito do i~801o

bull bull I I ~-gJo que e UiiC JustJfJcccDO -G00rJCot um rocJonolJzcccedilco de Jnt~rcsses 1 Ao t

( entendido il1tGreSSe ~lil UIl conccpccedilco boa cmpla nno Jntero8ses ilC c shyricis inedietos) de Uiil grupo e~ 1Wt deteriincdo sociedcde Vemos egoshyra por que c lute polticc nGo ~ uma agraveisputa abstrcto de iclonis crbi treacuterios 1108 unconfli to do interecircsscs dos grupos que forwom c s02iedcbull de Noacutes pocamos notor fccilmente quo essas diferentes justificnccedilocs se refEreIiJ nco otilde n[~turezo que O h o Ie tI POdE racionclizcr objotivcmonshyte jaacute que c ne tureza podo _s_~r_ g_bJ~tccedil do c2nhecilJCnto huvno Qucndot

no entanto treta-se de occediloo huu~o este nco pode serpy-1~t~~~d~ plcshynemente por tretcr-se d~ accedilco d2 ~~e~~~~ que nco cstco ~ubordincdo~ e leis detcrJlincdcs pois na occedileo hUtlma se inclui c opccedileo livre nno

d t - d P - I - lpr~- e erwJne 0 or 1S80 mesmo osse rocJonc Jzcccedilco ~cnQU Co exp 1Ccr pcrc cede homem as sues proacutepri~s opccedilotildees o que signifioa cs ~pccedilotildeos de seu grupo de sue clesso e CSSIacuteLl por dicnte Isso nco quer dizer que esse justificcccedilco sejc cbsolutc_10ltO subjuumltivo e necirco -tanhe vcliclcdo [~ nno ser enqucnto justificcccedilco de intGrecircsses dcquocirclo grupo Nc ilod1dc em que o honem pode ter cuacutensciuncic de o QU0 318 eacute G do que Sco cos re

- 71eccediloes entro os hOTIens e claro qU8 e possJvol uma gonorc11z~ccedil~o e possiacutevel que esso justificcccedilecirco ele occedil~o hunenc possc~ ter 13ulC vlidE de universcl na nmiddot-didc UGSlO em que procure une idontificJccedilco n~~ior cOJ o velor proacuteprio do hOS0ill (isto eacute fundclJe1tc sC uumlLl U1 hUil~liSilO ) e SG idGntifiquc monos co~ os intcr~sses inediotos do indiviacuteduo d~ cl~sse ou do grupo

Se c cccedil8o pol ticc ( Uilc eccedilOcirco ideoloacutegica cOIlcluilOS quo c eccedilo l t N 1 d ) 1 ~ bull po J Jcc nco PO(8 nunce sar cccedileo ~so e e JndivJ uc bull li l1uumlCusscrlc41un

to accedil[io de grupo cccedilco org~l1izeacute~~dc 0 sno qUuumlcl pretende que ponsa o age isolcdoLlcnto Olil pol ticc porticipe de clguuo forDe elo une fcixa d l i J eo og co e de uac occediloo elo JTUpO ChegcLlos tC~lbou c quo a 0lt00 poll shyticc pcrc sor eficianto davo ser orgcnizode

A occedileo poliacuteticc orgenizodc lGscluento eacute otribui2So elos Porti ~ Ccedillos Poliacuteticos no Brasil DG f~to no untcnto tocircdo rccediloo hulCno oorJshyportc il1pIci to ou oxpllci teDuumlltc UlCo ccrgc ideoloacutegica o portcnto t5 de elguD Dod~ occedilco poltica U11 trcbclho do AniJrccedilecirco Populer por eshyxonplo 6 occedilco poltico enqumto encorno UH objetivo de libertcccedilatildeo cul turcl dcs populoccedilotildees 8crginrli zcdes e porton to do olgu2 110c10 onccedil~r nc o feixo ideoloacutegico drs clesses inferiores Uno oonunidcclo que s orgcnizo cge da mesmc forne pollticCnente cssunindo uno ideologia liacute i t t AlUp o a Js o e noo ncc8SSorJcDonte expresse O~l torDOS de conco1 shy

pi Nt os pr1ncJ os ou noniles de eCcedilOGs A occedileo ~olJtJco a port~~to Dulshytiforme NSo ser~ poltice sQuente por ter esse nODe ou por viscr di shyrtcmnte eleiccedilotildees ou pre88~es 8ocircbre outoridadospolticcs A co~preca scO destE~ fto deve chGgcr otaacute ns cOIlunidndes ser correr no entcnto o risco de se uinimiznr ~ ~ccedilOtildeo poliacuteticc restringindo-c e etividcdes

bull 29 bull

CO nivo1 ecircLcs conunidedos No nvol de Socidrdo soacute to sentido e consoquoncJc r rccedil~o polticr quo ccninhc pcrc ser cccedil~o globclviscnshy

do c atincir ns proacuteprics ostruturcs de socioddc

A distinccedileacuteo rol do bese idcoloacutegicc qu~ heacute ontro cs divuacuteTacs linhs pOl ticcs I c difcrunccedilc elo inlircs do iacutemccrcr cs ostruturcs - ( t ob - bull bull 1CiC SOC18Ci~Ci~ COLO vJros no J e~~ so r orgcnJZcCcedilLO c ClnXllCc SOC1c

c Qclo dc~s sociedcdes 0 c Uclut011CcedilfO G wudrnccedilc do SUrS cStL11middot~Ul~S) bull

Ir middotd t h lf t t~c rcpl o GsqUGn- Jzcccedilco cuc 11ZlOS c0 ltcl eron 3 102(lt11CJ3 pOlJ t ccs podaDos noteI UDe q1W I0tuacute~ecircc2e wntcr pure c sL)lcBjhl-tuacute -S uuml~ tru turcs Bocitucde Cttrc nj~UacutendL cDcrliccediloftlos 1)crc nodo-- i1cl

bull ~ - A

te-lcs s sccilwvll t0 CO0 sEo i cintia outrc pruacutet011cC [1 tori-lcs rcdic-lwlCltO A or6cnizccedilco u cccedilecirco polticc (t0otilder1o~~1tiacute) o qUiacuteJ middotlS

Pcrti(os ftz9111)exigiric port~nto o consciontizccedilatildeo cc seus proacuteprios obj Etivos J aodific~ccedilatildeo ou m-Jlutcnccedilotildeo elo ostruturo

Tretc-s( portcnto de purspuumlctivc v no do tipo do ccedilco A pirti lp d J ~ ltmiddot d shy cccedilco 8 comnJQ-s nc Iccedilo pu J lCC JC~ Si 0 L1CSl) qu 80 por

bull n 1 ti tiOlllJSSCO bull crC sor [90 po J tlcr orgcl1lZcuumlC ( nuacutecoss-r c conSCJOl1l

znccedilatildeo do objetivos pOliacuteticos O 1130 UI detcrdndo tipo do ccedilco oOJotilde

por eXtlplo Ctu~9co co lcrtieacuteos _~ cOOp0r~ccedilco org~izcc 6 Ul objet vo poltico -it Lleclidc o quo vis[ der moios co ho~~o~ rurcl do cssu ui p1euronJonto sue concliccedil~o hucnc

BIBLIOG~11_7IA PLR1 APrrOFlnJJ~~TTO DO ITE 2 nJ 11 PRTE DA FvmiiacuteshyTACcedilAtildeO

1 Frei Joatildeo Batista Pereira dos Santos OP - mrILABOR - Uma Revolushyccedilatildeo na Jstrutura da 3l11precircss Livraria Duas Cidades 1962

2 JY Calvez - ~glise a Societeacute 1loonomique - LtEnseicnement Soeicl de Jecn 7JGII Bd ~el1tiSl1e Paris

JOseph Fo11iet - LHoliluumlle Sooit - Essai d Anttropo1ogie Soc101e Col Ja Sais - Je Crois Librairie Arthcwe Fcyard 1962

4 Georges Lefrnno Le S~(1icclisme dons 1e ionde C1 t(~uo Seis-Jcrl

Presses Universitcires de ~ranoe 1961

5 Bstatuto de Trcbalh~dor Run1

bull 30 bull

  • ESQUEMA DA FUNDAMENTACcedilAtildeO DO PROGRAMA PARA 1965
  • SemTiacutetulo
  • SemTiacutetulo 1
Page 4: Nota do Organizador: Pela crise política e financeira em

um~ cultur~ ~-histoacuterica 6 um contra senso Entretanto sendo o honcm sujeito de Histoacuteria por ser o cri~dor d~ cultura as fornas histoacuterishycas das cri~ccedilotildees culturais deve0 situar-se na linha das eXigecircncias de realizaccedilco do homem Haacute valocircrcs essenciais que a cultura deve cncar nar nas situcccedilotildecs histoacutericas infinitcmente vari~veis Por excmplo 06

A A N hidireitos de consoienci~ tr~zen 08 si UL1C exigencic de enccrn~ccedilao ~ toacuterica justcncnte por BcrCH v~locircros oonstitutivos do ~humano (aeo ecirclcs ~ cultura G desUD~niz~nte e nlicncnte) Urm dotcrIJIacutencd~ cultur~ histoacuterioa eacute ~utecircntica quc~do permite a enc~rn~ccedilco de tais vclocircrcs e portanto a construccedilco do um mundo-par~o-honen Nesse c~so a oultushyrc torna-se a expressco cutocircnticn dc c~nsci~ncia histoacutericc reeI do honem (do grupo da n~ccedilco dc eacutepoca)

b) A cultura eacute s~i~1 Coo efeito ~ proacutepri~ socicdnde sit~ se n~ linhc do ~rooesso cultur~l como elemento essenci~l de Dcdinccedilno entre ns conscioncics (~specto subjetivo de culture) o cono clemento essoncicl do unificc~ecirco dcs obres culturcis por Beio de uw conjunto de significaccedil30s que pode0 scr apreendidas pelos indiviacuteduos que consshytituem o corpo sociel (aspecto objetivo de cultura) Assiu c cultura 86 ter sentido e velidez enqufnto processo de cOIauniccccedilotildeo ccs conscishyecircnOi~ O nundo cultural caDO mundo humanizado sendo nundo-p~raniamp eacutemundo-para-o-ou~ No Llodiela eD que esta cOlluniccccedilotildeo se instituciQ nnlizo nUDconjunto de si~~ific~ccedilotildees velocircres projetos instrumentos ideais (eXIleiS etc bullbullbull ) ou ~ctericis (ex teacutecnica) tODOSt precisamenshyte c sociedcde O indiviacuteduo isolcdo evoluindo por IIbond~de noturcl per~ rcclizcr-se cano honem (Rousseau) eacute UD Dito A cultura eacute cutocircnti oa qucndo sue dimensno sacicl se desdobra pleneIlonte isto eacute qucndo sues significeccedilotildees e seus vclocircres podou ser comunicndos e~ sue plenishytude e tocircdas es consciecircncics (do grupo da naccedilco da eacutepoce)

c) A cultura eacute ~ossocl L dinonsatildeo de consciecircncia inpoo ~ cultura um cer5tor incliDn~vel de cr1~ccedileo humena Ela ~ por oxcelecircnshycio inicictivc de liberdcele f enauento supGrn o detorcinisoo de netushyreze Logo c coounic~ccedil~o eles co~sciecircncies que se devo cstebclccer pele Llediccedilco de sociodec~o COL10 suporte fundClwntrl dcs iniciatives c des obres culturcis s6 podo sar ontendidc nc forma do livre epocirclo ~ reclizcccedilco dc pessoc ouseje c ~coiteccedilotildeo etiva e ]ivrcuc~tp consenshy~ dcs siGnificaccedilotildees elos vclocircros G ideais do nundo cultural eu que

d d S d d do ln lVl uo se lnsere o mqunto pessonl c cultura e ne 10orD D libertaccediln9 isto eacute do ~profund[nonte dn consciocircncic-dc-si do pcssashygen do henotl coiso ( objetol (nC-tureza) pnrn o hOBcnsujoito c pes shysoe (hist6ria) Couo passonl a cuIturc ~ plurnlista Tocircdc tentctishyvn de nivolcB~nto ideoloacutegico de hULlanizeccedilotildeo violenta f~z de cultura i nSGruDenmiddot tCiO 1 uuml Iloncccedilco e de o CLoLunaccedilco c nao llbertoccedilco o roe1lZCccedilco

_ d) ~__cultura2_lffii~~~~al Pelo conteuacutedo hurjano de sues signi fic[~ccediloes (cspccto subjotivo) e pala destinaccedilco humana do suas obres (aspecto objctivo) o processo do crieccedilco de culturc G cssonci~luentc univ-rsol isto G ecircle tCl1de e princiacutepiO a constituir-sc cu clemon

N ohshyt o de oe1icccedilco entre todos os honans Sondo c conscicncie do si COnDS no tcopo ~ci~ncia univorscl (pois pcrc refletir a si devo distin guir-se do tudo o meis bullbullbull ) a cultura cono aprofundenonto d~ conscishy enclo de si deve propiciar e cbortura des conscioncias c ur1 plcno do univorsalidcde crescente Assin todo vnlor culturcl autecircntico oacute in shy

bull 2 bull

tencionnlnunte universel isto 6 dcstin~do agrave rcaliznccedil~o do honco cooo oonsci~ncia im si couo ser univuumlrsel ll

bull Este univors21idcdo ecircln cul turo N t h tiomiddot tnco a antr8tclto~bstrctn L1O8 Qoncro 0 po~s que c ~s or~c~nun a

enocrnodo Assio c universalidcdu concreto que torne eutQntico ~~o

cul~urc _reside no ~os~~b~jj~~~of~tivo de ~oBuniccccedil~o d~su~s signifi ceccediloos a~ S8US ve10res ~dceis e obres c toucs es conSO~8nc~cs quo vecircm a encontrar-Seacute no ecircLlbi to c~c prsenccedila do nunda cul turrl - qucsteacuteo bull (lsSiLl c vJrtiginose univorscliccde bstrcto elos sistmlcs 1uumltafsicos A

do tndio temIic o justificer do fcto urr profunda divis~o de consc~on cics nuoc socicdcde elo ccstes) ~ COllO intoncionlomte un~~ que C

cult~ deve ser dit Eopulr

1NOTtir Este pcrte Ooncoi to Filosoacutefico de Cul ture foi t1 cmscri tecirc de FUnc~cLlen tcccedilco de IIViver ecirc Lu tcr ll provoi tendo -Se cs ideacuteias do fe Henrique Vaz 5J

1_12 Conc~~to de Culturo no n~ropo10gio

A etividede oriedor~ 6 nquel~ etreveacutes d~ qual o honoo expressa sue forne proacutepria do scr existente no nundo Esta atividedo criodora~on uo prineiro niacutevel de releccedilotildees so realizo otrcveacutes do conj1L~to do 09008 eo que trcnsformc coises de ncturozecirc eu objetos do culture A cse a rode o pcpel n neacutequine seacuteo elcuns d0stes objetos que eo ncior ou nenor greu de eleboreccedilco rcpruumlsoutou e rcsultente do esfocircrccedilo huncno contlnuoo~ntG envolvido no tecircrefo de integrer 00i8S do ooio c~biente no oundo elo hODeo ti ctreveacutes cleste intoroccedilatildeo constcnte com o sou oeio ncturel que o hODeLl se eprcsonte cano criador e trcnsforDcdor ncste priLlciro niacutevel de elenentos culturois elebo-rcdos c p~rUr do nctcriel fornecido pele proacutepric ncturGze ou c partir de outros clemontos cultushyreis Lleis sill)lcs e ntcriorDontc criados A soluccedilatildeo do elgUlKs do suts neo~ssidades fundc~vntcisf provocc gereluonte c eoercocircncic do outres nooessiccdos problonos oeia cODplexos ~ ecircste o processo b~sicootro-

1 vos do quo o cul turc est~ s-lpro se renovcndo

iIes 80 podoilos epontcr os objetivos Detoricis eoo) eloDontos de oul turc podecs tcbeacuten cffroer qU8 n3o soacute ocirclos consti tuoo tocircde t

cul turc do hOUCD ]j e sue conccedil~iccedil~o de ser sooiel quo o hODOl rca11ze e cultura Intogrdo 0L grupos sooiei8 definidos segun~o carcctcriacutesticns deteruincdcs o hoooo se fez ngo~l te do cul ture cricndo trensi tinc1o noutros hooens os 0lcllontos cricdos A pr6prio ostruture 80ciol eacute ex shypres se e Llodificcdc c trc-voacute s do toO cooo forle do culture A fCliacutelia cs relnccedilotildees 1entidcs pelos neLbros de f(1liacutelin segunc1o c posiccedilco que ocu pmJ es forrlcs de cOLlUniccccedilc9 socicl cs cstruturcs poliacuteticcs os sistc oea cconocirclcos o trrbelho ca foI18s que oSSUlC o significndo que lhe otribueo as ostrutur~s quo os grupos se iopotildeco por roeliz~-looa 010 _

o0ntos enfio ctrveacutes dos qu-is so ccrctorizo e concliccedilco sociel de un grupo do uw povo sno oxpros300s do UD outro nlvcl culliurel ncccsso shy

ricD~nte presentes ~1 ~u~lqu0r sociodcde

A oss DeSDe concliccedilco sociel 01 sues nuacutel tiplcs oXIlrossotildees cultu Irc~s c c~rcunstencio propric 0 hOiOrl do ser trensconclonte ao Llunclo eo q~ roclizc suo cul ture cOtcspondo Url conjunto do slbolos do t que elo se crL1a pcre corunic-r-se o todos os niacuteveis OorrcSl)oncc tCIl shy i

ibull 3 bull f

beacuteo ~trcveacutes de expIiceccedilatildeo do signifiocdo decircstcs sobolos o ostcboleshyoin~nto e o evoluccedilEo dcs signifioaccedilotildeos que ecirclc caacute n si oesDo cos oushytros hOLlons 00 SU oeio ncturcl e C sue cul turco

~ pr5prio do honeo crieI e integreI eu sue culture 0160 do objeshy I tos lctericis clem dcs tccniccs trcwes dcs quc~s cS cr~cccedilocs se roshy

noveo ~l~ll uSs Dcnifstrxotildeos cul~urcis do sue c~iviccecirco essoc~etivc ns sign2f1ceccedilocs dcdes e estes obJetos o ocontec1Dcntos ctreVGS dos qucis justifico e expresso sue oxistGncie seuS ctos seus tonores o sucs espercnccedilcs lTuumlste torcwiI1O nvuumll cul turcl cncontrl-so t por oxog pIo I cs norncs de conduta os sistC~lc-S etrcvoacutes dos queis 50 procurc fr

t tmiddot N t t tzor c JUS 2Ccedila - es crunccedilas c os D1 os - cs cr2cccediloos pureDcn o cr ~s ~

ccs C oS sistoocs de pensc~-11tO bull

ti cuIturc Sw cOlprcondo pois OOrlO o conjunto int0Crodo do crie shyccedilotildeos en quo o ospiri to huncno s e1~pr(Sse ( Obj0tive DH buscc de reso

d 1 1- t shy1uccedileo o saus proo aoes o tuumlnaonc~cs pussoe~s o SOC1C~S ~os ros n1shy b 1 1 1 - t middot 1VG1S eS2COS uD quu nos e pOSS2VO ~~V1~~- e - n2VO eleP e~1VOt n1VO

cssocietivo G nivel iduumloloacutecico (cqui no sentido do nvcl tlcniel) 00shy

botl (ontro de culturo os objetos notcricis cs conscluccedilOtildeUS os instrBshyDtmtos do trcbelho os 11~quii1CS cs toacutecnicos do transforLlcccedilecirco de notushyrezc os v6rics fOrllos elo slJortos Cs crieccedilotildecs crtisticos os oatrutE rcs ( norDes sociois e orgcnizcccedil~o poliacute ticc os sistcJes juridicos o idionc cs cronccedilns os sistoles filosoacuteficos toeacuteLos os sllbolos o si shyneis os ccriuocircnies os ritos do pes segeo cs tradiccedilotildeos cs idcologics e os forDcs pGles qucis 80 cxpressoo os religiotildeos A culturc Oacute os3io tocircclo o ox)ressco de otividedo criceacuteIorc huoonc sanpro intQncionol C perticipado por tC(~OS os hOJons onqucmto uonbros do socio(~edos E CODO tel ecirc construido por coiscs e econteciocntos reeis objotivos pcssvois de obsQrvcccedilco dirote e in(~iriltc Localizc-se lJOrtc-ntones shytcs coiscs niacutestes ocontociacutemtos no tonpo o no especcedilo Duumlntro dcs p9sect soas no for~o de cronccediles cC ODOCcedilOtildeOS G ref10xotildees culturelucntc dotershyuincdcs dentro de tocos os procossos beacutesicos de conunic~ccedilecirco Of fineI oonte dentro dos objetos octoricis

Cooo ccrcctoristices fundcrlQnteis ctrevJs des qucis o cultura se desteco co~uuml roclidcdo cspciacutefico seb0Duacutes quo ele oacuteo) trcnsnissvel d~ uno a outro gercccedilco p~lo convivio socicl e ctrcveacutes co cprondizegeo nco por hcrcnccedilc bioloacutegicc oono por eX01plo a cocircr do ~elc ou a aI turc dcs pessoos b) une ctivieacutecde cxclusivorltmte huocno C) ULl conjunto in

l bullt tlgrolo Ue crJoccediloes neo U1 ccunulo cesorciacutemcdo clt OlOllontos oc_ter~cis d) uno cIesse de coiscs e econtociuentos dependentes do sinbolizoccedilecirco e oonsiderodos dentro de uo contexto extro sO~leacutetico

Se estes tendSncies ~ cmiddotiG~ncios huoenes estilo presentes ou tocircdos cs pessocs por soreo inerentos c sue proacuteprio essecircncia podeDos entco cfirucr que no h5 iacutendiViCLUOS ccediluo necirco p-rtici Deu dc culturc Se est5o ~

pruumls~n t os 00 todes cs possocs osterco nocesscricDuumlnto ou todos os grupos socicis do que ales fczoa parte Noste scnticl0 podoos ofirLlcr

N

que noo hc grulJO sociel so-1 cul ture

No consiclorcccedilecirco do fonocircGno cuI turel eacute inportcnto dostccer sous eleuontos 0 seus processos etrcvoacutes dos qUGis c cultur~ se estruturo se trcnsni te e so lOdificc

4

Os elementos oulturais bull

bull Traccedilos oulturais eacutea menor unidade a que a oultura se pode reduzir Complexos culturais eacute todo o conjunto de traccedilos estruturados em tocirc~ no de uma atividade baacutesicabull

Padrotildees culturais satildeo as orientaccedilotildees baacutesioas dominantea e signifi shycativas em uma determinada culturabull

bull 1reas oulturais satildeo regiotildees que se aproximam pela similitude eviden te de traccedilos e complexos culturais

Tomemos o acontecimento ZUTIRAtildeO enquanto forma de trabalho colsect tivo e tentemos uma ligeira anaacutelise de seus elementos a partir do que vimos como caracterlsticas da cultura

Um conjunto de homens trabalhando a terra representa uma ativ1 dade criadora Socircbre uma determinada extensatildeo de elementos naturaisecirc~ tes homens exercem uma atividade intencional Tecircm um objetivo e trabashylham segundo determinadas teacutecnicas que aprenderam e que devom promoshyver o aparecimento do objetivo que os levou ao trabalho O aampo se modifica a natureza se transforma abate-se a mata limpa-se a terra ara-se o chatildeo os sulcos satildeo feitos o solo adubado e depois semeado Como instrumentos de trabalho os homens que participan de um wutiratildeo possuem foices enxadas e aracos feitos de determinadas maneiras deftnidas segundo o objetivo quo a eles se daacute Eis alguns objetos consti shytuintes do que temos chamado elementos materiais da cultura~ As coisas foice enxada ou arado - oonstituem ecircstes objetos materiais As t6cnishyoas atrav~s das quais 60 usa a enxada e se trabalha com o arado a

N

forma objetiva padronizada como se ara e aduba semeia e colhe sao acontecimentos de onde tais elementos materiais se originam

Os partioipantes do mutiratildeo associaram-se como um grupo social bull Natildeo soacute agem em funccedilatildeo de objetivos comuns como tambeacutem regulam easa accedilatildeo mediante um oonjunto de normas de tradiccedilotildees de costumesOcupam postos distintos oomunioam~ae de formas determinadas esperam que ashyoonteccedilam cortas coisas que tradicionalmente ocorrem em tais circuns shytacircncias O comportamento decircstee homens pode ser previsto por quem os conheccedila de vez que satildeo culturalmente determinados

Quando se falam usam palavras de um idioma oomum Atrav~s delas se ent~ndemf e com elas se referem ls coisas e aos acontecimentos Cada palavra decircste idioma pode ser tomada CODO um traccedilo cultural O idioma CODO um todo constitui um complexo cultural

Durfu~te o mutiratildeo os homens cantam por exemplo Ulla dctcroinashy

d AI Ia 2anccedilao om que narr2-m uma estoria um mito ou em que oosorevem o que eatao fazendo A canccedilao sua forma seu oonteudo mesmo a maneira 0000 eacute cantada constituem tambeacutem elementos de cultura

O mutiratildeo cooo Ull todo pode ser considerado CODO um oooplexo ~ultural Cada um dos elementos que o constitu1f~ em referocircncia a ele um de seus traccedilos A roupa que os hooens usao a naneira oomo oavao os instrumentos cou quo trabalham as eanccedilotildees que canta0 a esshytoacuteria destas canccedilotildees satildeo traccedilos de um Dosmo complexo cultural ~ pashy

5 bull

o

drotildees oulturais quo se pode0 dostaoar da unidade de ootlportruwnto aclotatilde da por todos os partioipantes do nutiratildeo e se fazer notar atraveacutes de todos os seus gestos atitudes e atividades pessoalncntc rcalizadosaen do oada um decircles socialn~nte aceito e culturalocnte detcrninado Os eleoentos culturais prosantes no conplexo cultural mutiratildeo estatildeo tomiddot dos intccedilgradoe Natildeo se trata de coisas e acontecioentos seu rel~ccedilatildeoqual quer uns cou os outros Trata-se do processos o resultados decircstcs pro shyoessos ligados entre si o suficiente para seren coupreoudidos CODO

partes de UD neSDO todo cultural

Os honona que participa0 do mutiratildeo fazou-no livrencnte porque acredi tam eu certos fatos Acha0 por exemplo quo os honcns se elevou sect judar uns aos outros Acreditan que o trabalho eacute neccss~rio a todo o honeo Julgue quo unidos pode0 realizar ou nenos tenpo nais trabalho O conjunto destas crenccedilas pode-se coopreender tanboacuten quando explicitatilde dos eo palavras ou nas atividades co que o mutiratildeo so expressa cono elenentos culturais

Eo tocircrnos globais coopreondenos CODO aacutereas oulturais aquelas que tleStlo independentoBonte de proxinidade geograacutefioa aprcscntatl ULl ul1noro razoaacutevel de couplexos culturais identificados claraocnte CODO soneJha8 t-ea

A culeura 80 apresenta sO2J)re como realidade objotiva posta co novinento eo uudanccedila constante eu tocircdas as fomas porque se expressaI a) os objetos que satildeo elementos materiais da cultura cano UIl vaso do barro a aparelhagon necessaacuteria ~ irrigaccedilatildeo de un canpo de arrozeto b) os subolos e coobinaccedilotildees significativas decircstes sobolos CODO as p~ lavras de uu sistEma lingulstico alguns cantos o contos ecirclo utl povo eo que as palavras decircsto sisteua se organizamUD conjunto de leis o nor mas os nitos alguDas crenccedilas a globalidade de eloDontos eou quo deshyteroinado grupo social reflete o uundo e justifica sua conduta c) os acontecinontos do quo estas coisas se origina0 o ao que se Dodi ficam cono o trabalho do un artesatildeo a atividade padronizada atraveacutes da quel se fzen bonecos de berro ou objetos de oouro d) as forncs sociais pelas quais os hooens organizAD e estrutura0 os elenentos de sue dinonsatildeo social OOBO c f~nlliaf a oouunidecQ o o grushypo pocircsto eu trabalho comum no mutir~o

lC) A forua de un vaso de barro por exenplo pode Ser uodificadc ao pcssar de un a outro grupo social ou mesno dentro de ~ soacute gruponc passcgon de uoa a outra goraccedilco Eu elguns casos pode nodificar ateacute DeSDO a sue funccedilno modificc~do tanbeacuteD o seu significado especiacutefico bull O DeSDO vaso que num cul turc ou co uJa eacutepoca eacute utilizedo 0000 roci _ ~iente de aacutegua pode eu outra culturc ou na nOSD~ cultura co outra epoca tornar-s~ objoto de decoraccedil~o NUD terceiro grupo social o DOSshyVcso pode ser posto c serviccedilo de ctividodos religiosas c oono tolenshytendido COLO objeto sagrado

22) A apcrclhagotl noccss~ria otilde irrigaccedilno de ul cmlJO do arroz tt-onsect

6 bull

_ - J ~

fornc sc 00_1 O surgincnto do Ul novo instruul0nto msto novo instruncnto tento pode ser criodo por nlQlLl mmbro do proacuteprio grupo onde o aparc lho eacute usado tradi c10nelndnto 000 pode sar trczido por ruumlgun Doubro de outro grupo

312 ) As pnlcvros do Ui sisteuc linguCstioo estecirco ar COl1stcnte LlU shy

denccedilo GLl sue fornc cu sue funccedilatildeo 01 seu signifioodo ilcs m1igroo de Ul o outro JOVO JuntJ1-S0 o outrcs uuml con 0106 forLlell novcs pclavras bull Ruumlnovcu-se DosoparoOOD durcnto longo tOlpO o surgoLl ncis tcrdo COL

une nove funccedilatildeo 1oacutegicc PorcoJ-se A observaccedilatildeo do dois textos - ul 8i A otuol e outro 82 Agrave ne 2eVo - e su 2020n t e pero portugues portuguos d 1 r d01

xor clara c evoluccedilecirco de lCngut n(oionol oono UB s1sterle OIl Llud2nccedilo coE tCnuo

412 ) Llguns o)n tos e centos do uu povo deSopcr00en COJ o correr do tOLlpO Outros secirco _-oclificodos aos pouoost por exmlplo se o grupo socio1 possa a ter uuo nove econouie do subsist~ncio se Posse a vivor do culshytivo do uilho e nGo Deis de ceccedil~ e d~ pGsce se eacute doslocedo do uuo zona proacutexima co oer pcre uue outre Qist~~te dele situcde ou vnles dispostos 00 longo de Llontenhcs

52) Uu conjunto de l(1is e norlcs vigente cu dotoTLlinedo grupo sQ cie1 L1ocifica-se tC1-~boacuteL1 g0roli1021to t cdcptondo-se t novos situcccedilotilde~s sQ cicis ou explicitendo suas pertos Quendo uo grupo oacute pocircsto ou contoto COll outro sucs nOrLlCS do couporteLl8nto poden ser influenciedas ou in shyfluencicr norucs do outro rupo

612 ) Os lIacute tos clgucs crei1ccedilas o conjunto de clo-lontos coa que ds toruinedo grupo socie1 roflcte o Iundo G justifico c sue conQuto sofre0 todos o DG SLe lJuclcnccedile cO pes scrou de ULlC c ou tre gcrcccedilatildeo elo -w a oushytro povo ou nUDe nesue goraccedilOcirco (0 UD DeSDO povo Dodifican se do qual shyqU0r forla ctrev8s do proacuteprio uso~ atroveacutes da difusatildeo de seus olcnontos pelos diforentes Derbros elo Grupo Cada pessoo contribui nCSLlO CO1 sua perte ele novcs coscobortcs fvoreccndo eos poucos O dcsGpc1ocil1O1to te elguns GlGDcntos de credibilidade o c ooorg2ncia de outros

Necuumlssagraverieilente os CCOjY(ocIacutelontos ar que estes coi82s 50 origi shyniIl -10 21~CCI~ bl o t e que os d middot ~ seo t 2il Ol 1os processos con 2nUOSI as tocn1cns de irrigaccedilatildeo es nenoircs do nerrer os velhos contos as forllts elo coushyportcrhnto dontro de felie ou dentro do grupo e roaccedilatildeo provooade peshylo estcbelGcil1Cnto de novos pcdrocirccs de conduta

~ d G propr2o C culturo ostr cu Dudonccedila cont2nuc etrevos ecirco todos

os seus eleuuntos do sinal quo Su fez no chatildeo ou nes ~rvorOst couo inshydiocccedilatildeo de ULl OCL1Iacutenh2 a sOGUir cos valocircros espirituais tcrbOacuteu ecircles si nois dados ~s consciencios o nisso indicadores do rUDOS

A Histoacuterico Dostra clarcronte o existZncia do c_ireccedilotildees doterldno des nc evoluccedil~o culturel dos povos e de tocircdc c hunonidado Cede objeto que sofre individuolouumlnte uue uudcnccedilo quelquer podo ser couproandido c ouo uu trcccedilo e-l L10vin0y to insoriclo nu plcno Deior 11UD cOlJplcxo culshytural que trbeacuten se llOdifica ~sto coplexo cuI turol fcz perte do tocircdo u~c cultura que atrcvGs de Doclificaccedilco de seus elODuumlntos pode ser toE betl ontoncliclo C010 uoc reolidcclo que so trcnsforua cont1nuenonteevo1uitl

7

do ~ ~ ecircsso processo de Dud~nccedil~ cultur~l constante e oriuumlnt~co que se deacute C oLUGcnt e o noue de progresso

EnunorxlOS 1 ibuumlxo c1CUTIS c1ocircstos processos os que eeo reolron te n~is L portcntes e elos queis so origin~1 os outros tocos rcsponsf

~

veis pelo cOLplexo dcs ~udonccedilos culturais d~s quais fincluonte o ho-I neu tcDbcu ~paroco cor_lO ~gcnte

N d t It bull Tr~nsnisseo c possogcn nedi~ntc ~prcn ~ZCgOD s~s 02e ~ce ou ass~s-teleacutetico de cloDontos cuacutel tur~is do un pcro outre gcraccedil~ot dentro do un nesno erupo social

bull Acul turcccedileo c trocc de elencmtos culturcis ~traveacutes do p~ss~gen de troccedilos conploxos e pcdrotildees de une pare outr~ cultura qucndo postos de nlgurm forDe en contocto bull Difusco c acoitaccediluumlo do detenincdos eleucntos culturais recou-cria shydos dentro do proacuteprio grupo ou inportados de UD outro de UDa outra culturo bull Continuidade a pernanocircncia do treccedilos atraveacutes dos seus elcocnto8 de fixaccedilatildeo pelos queds DS gorcccedilotildees se cODunican ou se li8a1 Deculturaccedilecirco o desl1pl1rOCluento progressivo de traccedilos antigos em fun shyccedileo do aparecimento de outros nais recentes bull Integrcccedilatildeo c haroonizeccedilatildeo ctrcveacutes de mecenisDos organizl1dores dos divorsos trcccedilos de UQI1 cultura bull Retardenento una disritnil1 na acumulaccedilco e integraccedilatildeo de eIenentos culturais fevorecendo deg desenvolvinento acelerado de I1lguns trcccedil06 ou conplexos freqUentonente eo detrimento de outros bull Invenccedileo I a rosu1 tan te de UDe nova conbinaccedilatildeo de elOIJlCntos jeacute exis tentes em deterDinada cultura bull Descoberto uma equisiccedilecirco nove no cl1npo do conheciacuter18nto O rccirlen to de UI novo eletwnto culturuuml ou seu sentido nuds pleno

~ atrcveacutes d0stes processos nUL1e uccedilatildeo conjunta seaprc integrl1dv e tendo o hOLeu CODO sujei to que es veacuteries culturas se aocLificem Ne te sentida CODO estrutura orgcnizcd~ e eu procosoo G cul-jure oono ati videde hUIlene 0speclficu evolui t progride e orgeniza-sc 0w formas Dais acabades e cODplexes co lonGO da Histoacuteria

114 Culture Populer

lI n h t d h 1 r ti ULl rcmoncno lS or~co que surge 8Il soc~e CeLe OllLC bull c un (osnJshyveI cul turcl entre os divorsos grupos que c COlpotildecm ondo grci1de porte d~ populeccedileo necirco teu UDe pcrticipcccedilecirco ativa seja no pll1no culturalso~ cia1 econocircJico ou poliacutetica COD isto nno querenos dizer que -coelos d2 veo tonar perto ativa ncs OOSDes ctivideces et1 Utl nesqo niacutevel ou que se deve padronizcr ou unifornizar c pcrticipcccedileo cc tocos c de ccdc~ bro ne socieclnde Nuumlo eacute isto eacute clcro P-ra lOacuteS Ull trcbalho ele Cultushyra Popular surge t~nbeacuteD de consciecircncia desse ncrginalizeccedilco e ele no shycessidade elo libortcccedilotildeo ele ui~ contingente hunano que vive otilde ncrgem do processa cultural

A Cultur~ Popular surge cano conso~~~lcin do processo de nudcnccedila sacieI Assiu sendo pretende a perticiacutepoccedilecirco de todos n olaboLaccedilriacuteo da cul tura da sociedade eIl que viveo beu 00110 e principelnonte na aEre

bull 8 bull

ensno e nf~Jcccedilno_ do sentido e~ 9111 turll isto eacute do cUG c cuIturo sig nifico perc os ho~ens desse soci~elede A Cultura Popul~r port3nto~esshytoacute vincu1t~clc Il UI1C accedilco que nco 110de ester dcsligodc do 2oyQisto e I

dos grupos sociais que por condicion~ncntos econocircmicos pOliacuteticos e soci~is - e cspocicloonte por COllcliciorlDrJcntos oul turcis - cst~o l1Crgi ncli zudos da cul tllrU ( FunCcLlontcccedilecircio CC IIViver eacute Luter) shy

1 tCaLlo venos c Cultura Po~uler quc~do e coounlCaVO 00 ~_~lS o 6 quando sues significcccedilotildees seus velocircros ideais e ObTeS SOO elesti shynados cfotive~0nte ao povo c rospondem ns ozigecircncios el~ reolizeccedilatildeo hu~ona docircsso -Jovo 00 eteroinete eacutepocc responce eu suoe n suo 29Jlsect

h lo 1 E b l 1ClOnClE lSmiddottorlCIl 100 e CC eo cooo U1lVerSo qUG c cu -Gura e ne shycioncl-cnqucnto integre es consciocircncios dentro ele ncccedilno no ~lnno--dc SUIl realizcccedilecirco hunene e cs situe assIacuteIl na linhO (10 DovLl(mto histoacuteshyrico essencicl de EP-iY2rsn1jzaCcedilco 9fetiva c do cricccedilecirco CO UilC cultura pare toclos os honcns (Po Hmriquo Vaz)

Cono o integrc2otildeo elo toc~os os hOL10ns ne DeSUo cul ture vinculo shyse o unc trcnsforLlcccediloO elos pcecircrotildees econocircnicos polticos o socieis 0

Cul ture Populcr estaacute tcbeacuten vincuIademiddot ecirc reelizcccedilco do u projeto hisshytoacuterieo que pretendo aquelcs trc~sfor3eccedilotildeos Um projeto histoacuterico condi zente OO~l uuc cul turo eleborecc o pcrticipedc por todos UiJ projeto que possibilite c toclo o povo essTIuiacuter o seu papel do criecor o suj0ito de culture dc sociedode eu quo vivo

~~ - l~J

Sendo nssiacuten pode-se dizor que Culturo Populer n~o eacute uu fenocircnono neutro indiferente Ao contr6rio nasce da un conflito o ~lecircle dcsembQ 00 pois ela existe e se Cpresonto 80npre eu terl10S de libertoxatildeo de prom ccedilecirco hunenc no sentido J1cis cnplo Donde se conclui que noo eacute possiacutevel U1 trobclho de Culturc Popu1er desligado do processo de consshycientizaccedilacircQ E ~or estar lig-eclo c ecircste processo 5 quo elo ueve lCivor

Sellpre c UL1C opccedilco Devo der pqssibi1iclceacutees de Opccedilco 00 povo eoboro N

nco posse lL1pOr osso opccedileo porque elo devo sor encontrcCc polo pr~o povo Este opccedilOcirco decorre ele plone consci3ncuuml que O honen adquire dos diforGnccedilos o degnveis entro os 3rupos quo foruno o socicdedo o de noshy

1 N bull so-COSSldcae1 LG une tronsforncccedilco dos lO culturcls polltlcoSpecroos cieia e econocircticos que os cotorlincJ --~

BIBLIOGRAPIL PARA APROpmJDLttrO DlSTE ITE-i

1- Les1ie A Ihi te - Concei to de Cul tura Seacuterie B apostila 1- I EB

2- Irene E de Carvalho - Introduccedilatildeo aos Estudos Socieis Funoaccedilatildeo Geshytulio Vargas Rio de Janeiro 1964

]) Cacircndido Pagravedim OSB- Dclucar para um undo Novo Colo Educar para a Vida Gad 6 ~d Vozes Petroacutepolis 1965

4- Felix 1 Keesing -Introduccedilatildeo Cultural Fundo de Cultura Rio 1961

MOVHlENTO

DE EDUCACcedilAtildeO

bull DE BASE

t J

~

f

I

I f

f

t iacute (

i i

JlJIDAMIIA010 DO JlOGlAMA PARA 196

1 pu ISWVDOS SOOIAIS

12 - Ilt~t~amp Sooial

~

120 - Estrutura Social

Estrutura eacute a armaccedilatildeo alguma coisa Aquilo que sustenta um o~ ganismo um preacutedio um caminh~o Cada coisa tem sua estrutura O or~ nismo humano tem o esqueleto c~o estrutura umpreacutedio tem os funda shymentos e as vigas mestras que o~~steltam de peacutemiddot Um oarro tem o chasshysis socircbre o qual ecircle eacute montado satildeo su~ estruturas proacuteprias

Asdm tocircda a estrutura tem Uliacutela porccedil2Q de partes q~ quando se juntamformw~ um todo onde alguma coisa po~~ se sustentcr O esquele-middot to tem diversas partes assim como a estrutux~ de um preacutedio tem as pa~ tes dos alicerces e as partes do teto das colunas eto bullbullbull Podemos en tender que ~__~s~]utu_a gualltl-q~r_9uJL~s_e1sectL99teacute~ diversas J18tlU QF~das_pDra_Jorll-_-__~~_j_oi9J_~E_co_njull_t-ordmLll~un~

Que seria entatildeo uma estrutura social ~ uma estrutura que diz ~ pei to e sociedade dos homens j o modo como amples se organizrun para vi ver melhor porque ningueacutem pode viver sozinho ~ social porque se reshyfere a uma porccedilatildeo de homens a uma porccedilatildeo de grupos humanos que forshymam o IItodo ll social A sociedade humana tem uma unidade mas tem tamshybeacutem uma porccedilatildeo de Eart~~~__~~~Fj_~am de gerta forma - a estrutushyra s~oial ~ sustentanto a unidade do ~ru]o humano

Como se trata de homens as estruturos nno pocam ser materiais como as da cesa do ceminhco etc S~o estruturas pr6prias do socieda de dos homens Tem que estar marcadas com qualidedes que s~o humanas

Ora o homem tem fundomentalmente veacuterias qualidades que o disshytinguem das outras coisas a consciecircncia racional (inteligecircncia e voa tade) a liberdade a afetividade o capacida~e de oompreender as ooisas e de dar nooe a tocircdas elas ~uer dizer de dar significado que s6 valem para si e pera seus seuelhantes e a capaoidade de poder socircshybre as coisas quando ecircle te~ uma pedra ecircle pode fazer UacuteDa estntua ou picaacute-la eu pedaoinhos exerce seu poder socircbre a pedra

Entatildeo jamp podemos ver que as Estruturas Sociais tecircm que respeitar exatL1011te eSS2S quelidade pcro sereu II~CLoiaisll f quer dizer humanas bull As Estruturas Sociais tecircm que re etira

bull a oonsciecircncia racional (inteligecircncia e vontade) bull a liberdade humana bull a afetividede do homem - o CBor bull a capacidade de der significado cs coises e de comunicar ecircssee

signifioados o todos bull o exetclcio do poder humano socircbre os coisas socircbre a socictlade

e socircbre o proacuteprio homeo

Al d 4 em ~sso como o homem e teubem um ser biologieo tem todas ns

otividades e funccedilotilde~s dos secircres vivos nascer crescer comer assimishylar reproduzir-se viver um tempo a rJ0nitude e tudo isso e depois entrar num processo de rle6iJ~ccedilrt (de ) e tender para o Ilorshy

bull 1 bull

te e para o desop~recimento fiacutesico Todo ser vivo S0 distingue dos nao vivos porque eacute c~p~z de tircr do Deio 00 que vive o que lhe eacute ncoeBs~shyrio pcr~ crescer reproduzin~o-se etc Isso se chcma processo C8 ess uil~ccedilco Umo plc~t~ oS6ioile de terre os eleoontos que pr0cis pere viver Uu cnimcl cssimile do que cooe c energi neoessnric pere conti shynuer vivo Eos to~os tecirc11 UlJ lioite Qucmlo pesso c perder Dei s elo que recebe oOlleccedilc e envelhecer caihe pcrc e norte As cstruturcs dos ogrupcoentos hUDC~10S teu que levcr lsso ao conto Teu que conJuoacutecr esshyScs funccedilotildees que sco ele tocvs os socircrcs vivos cou aquelcs opcoiddcs e quelidedea que vinos cclm que s~o sonento dos hOilns

Vimos o que es estrutures socieis ~ecirc11 que respeitor nessas elois plnoss o dcs quliccdes e o eles concliccedilocs bioloacutegiccs co honen l~s 1fi so n~o existe sopcrcdo une cois leacute outro cqui ~is~o jUl_to nUllc uc S11[ pc s soe nU2~ oe suo grupo h1lt2cno ~e_00 BeSIDO tO_DpO

Por isso tGl~lOS quo ver dU2s coisos I

lQ o que sustente os estrutur~s soci~is e 2Q cs f0I11CS COC esscs cstruturcs nos ercccD

ViDOS que ampss~s estrutures quo nos referimos sco hummcs 1=C8 nei

por isso sco tocircdes bocs tocircdcs respcitcndo e ncturezc do sor h~cno Sendo ecircssim eacute necesseacuterio U1 trcblho quo torne os homens conscientes disso pcrc que tocircelc sue cccedilco sej~ nU11 sentido de oelhorcr Ccel~ vez Jds cs estrutures da sociedede eu Que viv~ ~es jeacute existeu une porccedilatildeo de normcs vclocircres costUECS que tecircd vigencie n~ sociodede dos horHms e -~ ----shyque ~J~r21l_ ltlu9JS__ilJ3_~ll_tsH ~or que isso Porque c socieccele dos homens nco pode ser sustentcdo so pels coisns mteri~iB ~ es nor mcs os vclocircres os costuues s~o escolhidos e adotccos pele socieccecircoshydos homens como moios ele regulcr atildeuuml~id~--Socicl Elcs representcn une ctucccedilecirco do liberdcde huwcnc quer eizer os homens escolherauacuteln~s ~--r si livremente Entre~cnto esscs norucs ecircsses costunes ecircsses velores p8rlmccen nc sociedcde e Jlui tcs v~zes o que ore bOD nUD dotorJincdo tenpo deixe de sar bom ombore continue existindo Entco ca nornes e Vf l ores pcsscn c ser elenc1tos de opressco pcr o houm ou pcrc gru-A shy

pos de houens nUDc sociedade ~ por isso que se deve tor consciecircncic bG~ clcrc pera reconhecer se as no~~cs e vclocircres que regulcu nosso co~ port~uento sociel s~o cindc v~lidcs ~rc o hOBen quo vive nos nossos shyteuumlpos Se foreu vGlides devo~ ser canservcdas se nco foroI v~lidcSt dev~ratildeo ser uuelaelos Esscs focircrccediles os-cecirco contielcs DCis dirotmn-e nos volores Vcjcuos cOrJa ccde una poC~e sor explicndc

bull Velres go~ sectsc_oJhjf28-2~_y_c~-S_[ti tude dos ho~ Po shydeu ficcr atuando conscionteuonte ou inconscientenonte Por eXI A2or os pcds e os filhos b U11 velar ser livre pcr fzor o qUe quisor t outro vclori respei tcr os outros eacute tcDboacuten uu vecirclor Isso tudo vei eshyrecer ctrcveacutes dos costunes o norl~S que e socicdcampe edotc As ciforenshy

ccedilcs ent re 61 Sco epencs de Groducccedilco

2

bull COS~1luos -UodO__Cplusmn9 qgi_r socialuollte a$r2a(9J3bull Ouando un houou vai a escola ele so oouporta de un Dedo proprlO Quando vaJ a una fasta se couporta de outro Dodo Se fala coo sou pai se cODport2 de Dodo diferente daquele co que fal COrl sou filho Os costVlOS sao diferentes para cada ocasi~o

bull Nornos satildeo os [s~-os l9cos de couportmlOnto s9cisJ -oloS jaacute totDh Dente acoitos e que s~o onsinotos na sociedade CODO coisas a sorCD obshy

S t b tIscrvados WllS rlglCLanOl1 t e ao 11ecessarJcnon e o rJg~ OZJcs

A N

bull COlltE9le Soc~ S_gur(L~EJ_todo Gc obser~l9]_~9lltl9_Qbs9d~ ci~o t~cloJs-o~~JJ_c1Lo_G~b_9J_~eido Se algueu nao so COi~)Orta do acordo 001 ~s costuDCS o as noruas da sociedade vai sofrer pw~iccediloos o repreensotildees por parto elos outros clowmtos de sou grupo COD isso so estabelece U~1 controcirclellsocialll socircbre as occedilotildees do cce~e l)0SS0a do eashy

1o grupo Acuzor le oprovcccediloos e Danoresa e ~uor reprovcccedilouumls DelOi~()S ou t d - - 4 ADonIor~e o lpO 0 accedilao eS~lvor nalS ou nenos ~C aoorao cou o que a

sociedade esporava

~9G~~qt Oacute ULl tipo do controcircle social Iluito rfoido quo a socioshydcde iwpoe lli~la pOSS02 ou c gruo social

1Qi e um norDO- sociel tlrl conportaocmto que o oXiglCO de toshy

dos e quo qUffi1do nco 2coito provoca una coerccedilco Duito forte Essa IpUl1lCcedillO que pOCcC scr nora1 Jls~ce ou s~np1csnon c 1 t Ja c ~ t socJe 0 t c

r1incda antcriorIente Quor cizer se alguoacuteo rouba elevo sor Plli1ido se De ta devuuml ser puYlIacuteclo co~ pris2o etc bullbullbull

N _0 1 ( f tmiddot 1_oR 1 e uacuteora aquJ nos rc cr~~os epencs ao ccro er sooJ[bull liacute3~aO bd c Ro1 -tO o ae --lore 11[0 e une so rc a ) ocos ~ ~glCO ~ 1 AI T osCOl1Slceraccedilao 10

grupos huncnos tecircn Jcnifcs-ccccedilotildeos religioscs quer clizr aquolas que expresscn sues rolaccedilotildees COl1 Daus ou COD as coiscs clivines 11 goraleecirc

t - hl ft r8 Ilcn~lOS eccediloes CLlzer reS~Ol to cS reaccediloGs quo o grupo Ullc10 tO~middot_l cshyAo _ N bull A

ce a clgu1S fenonenos quo 1CO sao totalncnte conpreenslvels llcrc ele c lJorte c vida futur r sue Oi~iber2 o oal etc Vejrlos quel o difeshyrenccedila entro at_o reli1ii~0 e ato-Boral

a) ite l1eligioso eacute cc~UGlG que 0xpressc clerarG~1to llileacute_ relaccedil3o 001 Deus ou C 01 cs coisas sagi~acles Por ex uissa sacr2rJentos etc

b) L-co _oral eacute x-qllo1e quo oxpresse 1m julCecircc r to socircbro as coi ses que) hOG faz sobre sou relccionlt1uonto C 011 os outros ho~oacutensPor

tb eXI eJuccr os ou ros uacute OE rOUJer e lleU odler o prox~Jo c DaU

Uui tes vocirczos as coisas dc ~kligiecirco c da lorc-l S20 loios do controcirc la sociel OOSDO eto poclo sor entendido de diversas =aneircs Aju der UIl aligo pode sor entl1CILlo cl0 trecircs fornas diforcntos eacute Ul ato re ligi2sectQ onqucnto oxprossc Linha oC-ridrdo emquento vejo n010 rum iJashygcn de D01S eacute t2lbOacuteIl UIl ~to_~O_l~ porquo Oacute llilU coise boe Oacute ainoo ur oto suumlnJ10~te social porquo u aprovcdo pEle sociud0o o quo vivo

Tocircclos ostcs coisos sOcirco os fUl1dC-r0ntos de estruture sociul Porque nalas eacute quo o houo= =ostra sues qualidadus~o hODon diforonto [cs coishy

sos nateriois e sLrplesnente viVos

PoCLenos ver cgora cs forncs 01 CcedilU8 se expressarl estcs ostrutushyros

Ateacute aqui ViDOS brevemonte C01) os grupos sooiais satildeo sustCltadOS por vlocircres nOrcics cos tUJes etc odOl1OS prcstor ctGnccedilecirco e not-r quo os forlJCs os que ecircstos grupos nos eporeceJ no soci0d~de so limito vr ricdcs

Os tipos de grupos que se for~a~ nc sociedcde s~o b~sioc~8nte =l bull bull ~ bullCOiSf o grupo prJjj~rJo G o grupo secunuacutecrJo

O grupo pruumll~rio te-] es sGuintes c-rcoteriacutesticosl

AS pEssocs to proaGcs o se oon eeeD CEl t ocos os seusbull VJ vou nuJ h J

cspectos Convivea li fece c fece 11 Seu relocioneLlGnto inplicc foiccedilOcirco e conpreens~o e ou gerol h~ inti~i~cdc ontro si Isto podo se dcr especiclmentG no L~iacutelia nos grupos do cdgos nosossoeicccedilotildecs poqusect

- 1ncs e olguL1CS vezes eu grcndes cssocJcCcedilOGS DCS COD cpencs c guns uGabros que se tornares ouigos

A ~ ftI bull ibull As rclcccedilotildees cconocircDiccs c11 tIO cc s tE grupo nco sco cs T1CJ S ~1 N ---_- ~

portcntos Nem as relcccedilotildecs de orgc1izcccedilGo ou de poder de docisro l~Q -shy11a U~c bscelc ele qucm pocle ter Deis ou nonos cutoridede

bull As rol2ccedilotildees entre seus lJcbros s3o ele cCreacuteter cssoeir-tivo c tacirc1 senpra UilC fin~lielcdo detuumlrDinCd~ Potu SOl u~~ cssocicccedil~o eOD 1Jn6 lucrctivos etc Poclo ser tc-uumlbOacuteTl ULlC essocicccedilGO porC L1uumllhor conseGuir defender os diroitos de seus Doubros CODO UD sindic~to UD pCrtido poliacutetico uu centro social etc

y IV

bull As relcccedilocs sco cordicis DCS nlt1O sco Jntincs O rclccionCIlOushyto eacute regulado mois pelo finclidccc que os uuumlnbros busccm no grupo que pelo nmizcele ou 010iccedil20 que tecircD~tre si Haacute necircste grupo liDe s~rie Qe nOrLlOS de couportcuen to que regulau as cccedilotildees des pessoos conforne o popel que exerceD no grupo UD eacute o presidente outro eacute o contcdoroushytro o vuumlndodor outro o secreteacuterio de UD sindiccto UDa pessoo pode ser Ul eluno e outrc o professor Cnda qual tem seu conportclCnto eleshyteruincdo pela ncturezo do grupo E a finclidcde do grupo senpre sereacute olccnccedilcde nc medidc 811 que os papeacuteis forei Llelhor executcdos

Os grupos priLl~rios e secuncl~rios podeu ~pnreoer nc sociodcele dns - dmiddot f U f 1middot t UCJS Jverses Orcics UC CLiJ Jc soro por nc urezc UL1 grupo prJ~lcrJo

oom UD relecioncuento iacutentino entre seus eotlponentesEos ele poderaacute ser gronde propriet~rie ele u~c feacutebrica ou de usa f~zendc G por isso c presenter t~beacuteD relcccedilotildees que sno proacuteprios ele u~ grupo secunceacuterioco

bull 4 bull

ffinclid~ecircLe lucrCtivo De Dado quo f qu~lCiuer sopereccedilco que nos eCcedilClOS te~ seDp~e une finclidcde c de cstudcr ~elhor os estruturas de ccdc grupo~ nco quer dizer quo oles soacute podou eperocer cssi~ Nc reolidedcf cs relcccedilotildees ossin CODO os grupos se cruZou forucndo UD con~lcxo 62 c1c1 tste conp1exo soc1a1 pcrc ser cOL1preonc~ido tO~l quo ser estucLf do por pcrtos tl2S CSScs pcrtos diflcilncnte existcu iso1cdcs nc roeshylidcdc CODO noacutes cs considereDos qucndo oS estudaDOS Por isSOVCLlOS o~leliser cl~Dos desscs for]c8 c_o cD~recij]ento dos grupos socieis sou pc-nscr que eles soacute pode existir essin nato soreacute apenos uu Dodo de estuceacutelos Aineacuteto oqui fClenos dcs foru2s e~ que cs ostruturcs cpc shyrecou

l FAI=1LIA

c Ul1 dos 110dos wds ioportcntes de existecircncic socicl e o L1cis eecirc tude~o por todos os que queron oo~hGcer bOD cs sooiodades ou quo vishyvm ~ U-l grupo prilloacuterio por noturoze A convivecircncic eacute nui to ntine entre todos os seus nembros porque vive~ nc DeSDo cesc 002e~ e ues-De Des e pcS8r grcnde pcrte do teDpo de vide juntos Crio-s0 Ull re shy1coioncwnto afetivo tlUito intenso mtrc os seus ueubros A iuportcnshycio de fewiacutelio se fez cede vez neiar porque ele de8eupenhc 00 DeSUO tenpo ~c porccedil~o dcs funccedilotildees sooieis que s~o deseupenhcdcs ne sociede de pelos grupos Bciores Por exe2plo UDC pessoe se socialize ctrov~ de escole e de seu relccionclento cOL os outros ucs esse socieliz shyccedilOcirco teu iniacuteci) nc fcriacutelio desde que esse pessoc~ nesce

Une possoc so integre no contoxto culturcl de sue cOL1unidcdceshytrcveacutes de sue fcniacutelic que vive necircsse contexto e pode exercor por sou intcrueacutedio Uiacutelr etiviclcde lucretivc ospoclfic~-~Dente econocircnicc f do 11081]0 Liodo cono c exerceria en UD2 reacutebricc ou nuna eDpr~se Por isso tudo c fcuiacuteliG eacute o grupo sociel [is ostudcdo ~ nele quo so processhyso de 1uumldo reconhecido COrlO legiacute tiDO erquose tocircdcs Cs sociodecos o perpe ueccedileo b A 1 Mt )~cc eSJ0cJe huntnc cono SOl JO106Jco egJmiddottmiddotJlfCcedilCO co ~

-to sexucl UJ cto que onponhc 11is lntLlcJ-entemiddot ccdc pJssoc Uuml reco nhecidc univorscL18nte qundo rolizcc1o 11 fc11ic ou eLl fU~1CcedilO de foul1ia bull

____debull FOrDcs -___FClio - En corcltogt costum-se dizer que c fc11ic tew duos fo~Jcs pril1cipois - a rcl~CcedilljIrextel~ pctricrceacutel ou Betricrcc1 e ~ f~~lliCcedilc_nu_cJ9_9 consti tUldc so de pois e filhos

li sociodcdo brcsiloirc h~ eindo u l[lor nuacutenero do foillics poshytricrccis quer dizer ccei tcndo norer juntos filhos e nores filh--s e genros netos e sobrinhos i=cs Q processo de urbenizcccedilno c conoonshytrcccedilecirco e UL Ilc1or ~1UacuterlOrO de pessocs ncs cidcdes grcndos vci torncndo ced vez rmis difiacutecil esse forne de existocircnoic forli1icr O quo se vci tornondo noi s oorlUD eacute a forne de fcxiacutelic nuoleor onde soacute pcis e filho Dorau juntos E onde o relfoioncnonto ofetivo ficc rostri to o UIl mtti2 ro nenor de pessocs

Eu outrcs sociedccles heacute Qutrcs fJriles de fcniacutelics f onde u howr pcde ter ducs ou cci s mulheres ondo uJC rJulher pode ter lcis de UD

5

condicioncdo pelo rlodo do vide qU0Lcrido Tudo isso b detorrlincc1o ou 1 ~ plc si e pelos neios elo subsist~n l esses grupos cdotcrllo cono vr ~CioS

oic lueuro podeu conseguir

- d~ ~~l~bull Fu~~_lt~j-_~__~ bull c gcrcccedilco dos filhos

bull l sctisfoccedilco 6000ion01 f soxucl e cfctivll bull c educcccedilecirco c soCiclizcccedilco cos filhos bull o ccul turcccedileo quer cli zor cdcptc~r seus Ilonbro S cul turc

locc~ li( bull funccediltio recrectiva - ht sooicdcdos ondo e recrecccediloo 0 funccedileacuteo exclusivc da f~llic funccedilco econocirc=lica quondo de estruture fCtlilier depende c subsistecircncio e c o nOcirci i cc do grupo

(Ver c ecircstuacute respeito clgui livro de An~ro~olog~o e~peciolllen te RLinton O honen Uno Introduccedilco o Soc~olog~e)

2 COLU1HD1DE

t uma dos formas nais OODunS eil que cpcreeen os grupos socicismiddot e no que1 cs estruturos 600iois sco ll~ds faacuteceis de sareo estudedcs

A conunidcde cOlpreende e11 gerol UD grupo huucno bcsknte grcnde onde tocircdes es funccedilotildees de vide hunano eco exeroidos eu eonjunto eonecirce tocircdes cs neoessidodes encontrcn seus grcus de setistcccedilatildeo rics esscs fun ccedilocirces e nec0ssidado8 satildeo li~itcdos pelo aacuteroo geograacutefico onde o grupo vi vo

Assiu Urla cOLlunidode tCl wa QQlJiBJlroccedil~o fJ~ de~erlinCcle ~e1c lrcc onde eI 80 encontrDbull Isso e IacuteLlportcnte porque e de croo gcograf1shyo~ que deveratildeo seir os recursos oteriois pera o subsistecircncia do grupo UJlC couunidode que vive no 110io ruroI teu uoios de vide buumlrl diversos do quo uuo couuni(lDde que vive nml 1oio urbno jaacute bnstonto qesonvolvidoOe l7l0i08 de cOJuniccccedil[o o a1inm toccedilco e os lodos de conportononto vcrico

f d foon orue cs con Jccediloos geogrc ~c~s ce croo

Do meSIlO Joco [ cOlUnidod~ ter6 UIC contizuraccedilco pzicol_ampii~ Sous 171odos de ogir e sucs otitudes VcO vcricr conforne o pcdrco do oultura que o oonunidodc clconccedilou Nuna couunidodo conscientizedo o oepcz de on01isor tocircdcs os condiccedilotildees eJ que vivo c otitude dos grupos huncnos que o consti tuen sGrt de occedilco trmsfoZrcdoro o de JlcIhorio ecdo voz tclor Une couunidede 01 que nco haacute UBo oti tude de maacutelise de SUos condiccedilotildees t eLl que tudo ( ooeito de nodo possivo cma U1lo visco confornista n210 12 dern progredir Duito neu ter otitudes de Dudanccedilos pera nolhoror sua situcccedilatildeo

Nu~a couunidede existeu tocircdos as funccedilotildees nocessaacuterios ~ vida de Utl grupo hUlno P-1guucs dessos funccedilotildees podem ser l1Cis desenvolvidas que outrce ocs tocircdcs elce cpnrcoen de olguuuml Bodo An~lisaoos c seguiral guucs das funccedilotildees Deis iDportc~tes

c) Fun~no econocircmioc - t ~quelc que provecirc os reoursos uatericis do

6

~ grupo o que ecircle pode produzir e o que pode oonsumir assim como os mQ

dos como estas coisas satildeo distribuidas entre o grupo

b) FunSatildeo ~01Jti2~ Consiste no exerooiocirc do poder atra~es das vashyrias formas de autoridade criadas pelas sooiedades no sent1do de 2e manterem integradas e de decidirem seus pr6prios caminhos A fun9~0 PQ liacutetica exercida diretamente em assembleacuteias ou indiretamente atraves de Dampndatos faz Damprte da or~aniza~atildeo de qualQuer grupo humano que define

J Cgt S 1 ti 1 -tipos de coaccedilatildeo do puniccedilco forDQs te prrtioipaccediloo P2 1 00 esoc 0

UC cutoridcde obrigctoriedcde de ouopriilento de dec~soeSt oeios de d~ finir e clconccediler o bem COOUD

c) Etgl9atildeo--LelJAtildei~o~ - n a que reflete os modos como as pessoas da co~mnid8de se relccionam COLel Deus e COLl as coisas divinas Eu f)eralas funccedilotildees reli0iosas satildeo necessaacuterias para o equiliacutebrio emoc~onal do grushypo hu~ampnot porque trazem uma certa tranquilidade em relaccedilao a al3UUo problemas que nunca encontram resJostas adequadas oomo os da mortedo mal da origem do homem os da vid~ futura etc Qu~ndo as fth~ccedilotildees reshyliGiosas s~o bem coupreendidas e beuuml vividas pelo grupo pode-se dizer que haacute uma autenticidecle religiosa na comunidade Quando poreacutem h~ eshyxogecircro de crenccedilas e ri tuais a vivecircncia do grupo se torna quase irrashycional Isso pode Dconteeer com qualquer religiatildeo que natildeo seja bem coll preendide (Ver socircbre isto e eYlicaccedil~o referente a NEB e Igreja no Documento wJB sua Origem sua lLccedilatildeo e seu Conteuacutedo~ assim cono euro par te socircbre struturas de Igreja Consultar tembeacutem o livro Sociologia l~eligiosa Alain Birou)

d) Funccedilatildeo J~cr_e-ftiva - Compreende as atividcdes de lazer que se e xercem em tempos illliS ou menos deteriacuteLlinados pelos grupos huwcnos ltu~D tribo de iacutendios a luta pode ser um~ recreaccedilatildeo Nume cidade grcndevoi se ao cinema jogc-se cartas passeia-se Nas comunidades rurais hl muitos jogos muitas festos~ cede comunidade tem suas festas tpicas Jecrecccedilatildeo nco eacute soacute agrave ctivid[~de dcs cricnccedilcs embora sejam cs crianccedilcs que por nCtureza necossi tem meis de recrccccedilEo Tocircda comunidDde tem esshytruturcs recreativcs e de simples l~zer Bordar e fezer cestos pode 001

shyuma funccedilao economicaA

t m~s pode serrecreativa tambem UjJ~ festa reli giosa pode ter sue funccedilatildeo religioso e pOde ter tcmbeacutem uma funmiddotccedilatildeo reshycrectiva Como dissemos antes tudo se cruza nD recUumlidade s6 seporo mos as coisas por~ poder estud~-lCs molhor

e) unccediluuml2 cs_lg_cJ9tJXE - ti exercid p~rc satisfozer cs necessidcltles de ~ssocicccedilao quo o hOiuem tel numa cOllunidode Assim embora o fCJi1lin

I bullAseJa o grupo pr111C 1 pC ejl quo quese todcs s funccediloes necesserJos para a vide humano s~o exercidas haacute necessid~de de outros tipos de grupos para ~lgumas funccedilotildees especiacuteficas numa comunidade Por exemplo um sinw

dicato represente c necessidcde de cssocicccedilatildeo de um grupo profissional pcra melhor exercer sua profiss~o e ser melhor compreendido pelos oushytros grupos Pode hover sindic~tos de poscadores de levrndoacuteres de 0shyper~rios etc 1as h~ outros tipos de associaccedilic O Partido Poltioo um formo de associaccedilao que existe nV1ilC cOLlunidcde p[ro que osgrupoe possam pcrticipar orgcnizcdmonte do poc~er H~ partidos que represen shytCill certcs closses sociais e ou~ros representam outras classes ooda qucl busccudo reclizcr melhor 6elS c r-rocircsses H~ tcmbeacutem cssooinccedilotildees

bull 7 bull

de tipo econ3uico 8 com fins lucr~tivos como um~ socied~de coserci~l que cmprc e vende cGrtcs IlGrc~doris HG sociedcdes industri-is que rGunem grende nuacutemero cc pessocs pcrc produzir eu conjunto outre-s lHrc~ dorics

Reacute cindl muitos outrcs funccedilotildees nUj~c oomunidcde hu]~nc sej elo grcnde ou pequenc =[8 pcrr noacutes ~=~j3 uuumlc coisc deve ficr nui to clarrbull rcocircctcs cs comunidcuos COB sues funccedilotildees soacute tecircu sentido o devoi1 SOl re~ p8itcdcs ellqunto 80 rcClIlCl1te moios elo roliz~ccedilecirco huwcmc Dosdo que qu~lqucr um delcs sejc utilizede pcre oprimir o hocet1 perdo sou scmshytido e lt1ev0 ser DUC1ccbull

Pode-s pOl~u1-cr CgtO inci02 ~ Isroje- eooo instituiccedileacuteo divinc podo se enqucdrcr e~ deterDin~ds estrutures 80 ela oo~portc da fcto

bull ~clQluc ostruturccedil~o TIll que mediclc isso lJ10 eacute neeoss[r~o em que mouJ_ da isso lhe 6 projuQici~

TerJOs que notcr du~s COi88 funCCilGeacutetaisl

e) L Ierejc uuml U- cO~UL1iiacutelcluuml 0spiri tucl de toclos [qu~les que ( crec1i kl1 1 rtevolcccedilOtildeo ( n Ruumlconccedilo pelo Cristo

b) A Icreje existe pelos hono~s -c os homens 0 deve rospeitcr rs exigecircC1Cis que n--turozo co homen pede prc SU2 rc~~lizc ccedilco A pclcvrc conunic~c1e cqui ~8iil UIil sontido diferente do que foi usado cntes Uscuos o tecircriJO _c2~mnidcde de 11ftcjccgoshyrc nun s0~1tido lis espiri tU[Uuml do qu socicl

COIO ume co~nn~idcde visiacutevel enccrncde no mundo c Igrcjc te) sue estrutur[~ juriacuteCico como outrcs cOLlulliddes N8ste sentido ele ~ susceptJvel de Llucl1ccedilcs c progresso Do mcsmo modocomo Ur1C estrutura huruumlenc perd0 sue rczso de scr QuC1do nco fcci1i te c ro-lizcccedilo de pe880c ssim tc~1l6m urc Qstrutur de Isrejc pode suumlrder sue razeo de ser se n2o fccili ter [~ corauniccccedil~o (1 Grcccedilc de pcl-vre de Deus Erl 0E trs pclvrcs COiO 8 estrutures hllLl1CS progridem OOL o desenvolvi I1~l1to G SD tornelU Bcis couplexcs pcr~ e~orceuro)r deter1l1in~dcs funccedilotildees o ctrcler cqueles CUOi e1-s sc dostin-m U1 estruture 19rojo enshyqucnto org~nizcccedil~o 11u11-11o pode scr iIoc1ificdc desde lU8 seje p~ro UGshy

lhor cOLlunic-r o q1hJ Deus quis

-8) eacute e- rz3o ce 8U origeu e nCturczC que c Igre ja difere dcs oumiddot-r - b o 1 bull gt 1 hi gt bull Q cormnJ5clES bull Gm or~ seJc Ui~ COLlU1JCQO VJSJVQ e rerquJOc e U1 orgl1Iacutez-CcedilCO Iacutelsti tuid por Cristo coa sUJS funccedilotildees S1L estruture e os poeacuteteres qU8 - 1 pertences iNc lU essecircncie mcis profundc c 19rcj- eacute - preSOllccedil puacuterune11to nc qU~cro de Histoacuteric do rmndo do vershybo do Daus foito HOlcm Dl 6 co~cratizc9~o histoacuteria~ d~ vontcdo scl vlfiac de Deus coluniacdc ctrovoacutes (10 Cristo (Kerl RchllGr lIission ct Grcce vol 11 Serviteurs eacutetu PeulJ10 c10 ])iou EJlIE 20 eacuted Fcnae 1 963 p 30)

8 bull

~- ~

AleacuteJl do que jeacute vinos devel2Os tontCr fazcr couumlpreonder OOL nos shyscs cmlos aue stem outrs forws cuuml ostruturcs socie_i8 e que c 10shy

(lida Cl que middotumc socie proJride esscs foril2s v~o so nul ti~lic_ndo e se tornendo meis coraplexos Por isso 6 que ume pessoc de zonr rurcl do pis qundo vem c urde cidde gr-nco fio onbcreccediled Porque ele nco conhoce tocircdcs cs forucs de rGlcioncL~el1to que ooucle comniCrce u~- ~ bcn2 utilize iil V0J UJ 10io 1i8 sirples e cujcs cstruturcs sco

bull bullbull - bull AI

rec~uzuumlcs c 3ruj)os pri1rJos frJIJ-res ou c cssocJccedilocs e grupos ss cur~eacuterios k beacutem Dui to sLlples 111 tr buumlho de conscientizcccedilao deve 12 vr e8SCS pessos c id6ic ce que I lJor L1cis couumlp1ic[dc que sojo Ule

ht L 8ocicl f c so rczeo do S8 lor ccuse ClO bullbulle S ru vur ~ prollrJo OlCrlCJ I i 1 N

que nln~10L1 se (leve eLlbcr~ccedilcdo so porque n~o conhGce 08 no os de rcl-ciolLwnto saciel que outrcs cOE112lidcdes ou outrcs roiotildees utishylizou Ucvuuml-se insistir lUi to nisso o honml ~ o il8SO c quclqucr cir

shyCU~1stmiddotncic v~rie 8 fCJrufs de G Stl~turcccedil~o soci1 porque ho concenshyt ~ - h tmiddotrcccedilocs eLE seres hU2110S que necossl te~ ltlesscs releccediloes uCs no11 ua l

po eacutee ruumllccedil2o por _i8 cOilplec clue soje fcz que un hOL18~ S0je IlC lhor ~o que outro soacute porque es conhece ou porque vive nUDe couunidcdc

t I A i d QU0 cs (no odcs -8 pessos teu quo ter conso encJc Jsso p2rc ev~

tr ju~tecate c fOln-Ccedileo de prcco1coito8 de cl2s8-t do ScscZ cc k~jlo_l_~IacuteJOecirc rCcici S e te que sGo outrcs foDfs__dQ dqiIs_tccedilfo~ ilo l~Wlcsect ~s1rltprcss9cicisJ NenhuLlc deles eeve prcvcleccr sobro Cucl qUGr hOlllem quer sejc cle Ulll meio onele 018 sejc1 311p1es qUGr soj de m meio oi1clo Glcs sejeu Ilui to COi2plocs A uacutenico coise que deve p4cva 1cer SLpre eacute o hOneil - c pessoc hUllc nc - socircbre quclquor tipo de estruture

Vewos tenter colooCr - lgullCS expliccccedilotildees socircbro ccdc UDi cessas outrcs forD1cs

1ordm- CL~_SSbS SOCIAIS sco constituGcs por grupos de pessocs quo t de 1 tGil C mesmc 81 - os DOSDO TIOLOSmcnelrc gere ucccedileo coonO~1cct de

couportcmento) 00 11eSLlOS veacutelocircres uuml que por isso cdquircHl o que s) chc_ Inc CJlluJonte de consci~1cic de c1csse ll bull Tecircn c consciG1cie de este reu n~ llleSDC si tucccedil3o e por isso COfClcO o CSLlO tipo elo vide pr- seu grupo estebuacutel~c01do diferenccedilcs IIncturcis ll 01 relcccedilecirco outros grupos Ponsem que c socieccde hUl1cne SOacute cl0V se equilibreI de Uil cetOIinedo uoltlo onde ecircles encontrou 1l1tiC de te r=i ndc posiccedilecirco bm1 2ssegureda Ass1rl h

CJverscS expressoes de consciGncJc de clcsse ~ c d~~ clcss( 1ctJftm shyci~rie de clcsse dos grandes inuumlstriis [1 de Cl~8SE) 0cli e cc clcsSG oper~r1c e d~ clcsSG c~]onesc etc

Ccde um delcs poue penscr quo ~~ sociedcce hUll[na devic so orzcshynizcr Qostc~ ou cl[-~uelr fornc o cuo cssL] lhes ccbari ost ou oquolc i 1 ~por~ CJe ness~ orG~nJzccediloo de s~ciodeacuteo co~ 80 Qed~ c oSSC oxshy

presse os itGrecircssos Que ten p-re si c fcz ~c lIideologie quo pcesc c (~ofonder Cm~J jeacute viJos cs clesSGS secirco t-beacuten cstrutures socieia c

nosso i n t oresse dove ser c prooccedilco do honer e no dcs estruturiS Esso ~ -

prouoccedilo sereacute ccd vez uuacutelhol conforue focircr nais pernitiltlo Co cfirlcccedilco do homeo eu quclquor tipo de es~ruturc ~ste prob1eno ~ bostente CODshy

9

i

bull

bull

bull

p1oxo o quo estaacute aqui 1130 cliz tudo por Qster ooloc[1oo do lDC forutl rlui to siLp1ificede Perc u~ l~oiacuteor aprofundor1onto ver o bib1iogrofic oi t~dc

2ordm - CLSJIA SOCILL b tebbn UL rgrupaLcnto hUleno c orl 08 ~G sms c onotcccedilatildeos cn tcriores Ipeuacutecs Ci8 cgrcvodo pelo fochcccnto do grupo os re1cccedilfio a outros grupos U~o custe so focha por ~otivos do proconshyceitos reli~iosos raciais culturais etc Nio perDito ~ ontrada do outros eloD2ntcs f noo une nobilieacuteeco el0 seus Dembros pcr] o~tros grushypos Tcm U2- i20010gie 1Uito 1iacutes clure c iLluteacutevel ILUi tas VOZ0S una ccst eacute ur~ [leio que cortos grupos utiliacutezaIl pcgtro dofondore~ seus inte shyressos e suc~ possibiliccdo co clOlinor outros grupos C o ccso dos C08shy

ts-s nince o1iacutesteytes 02 cortos piacuteses que diacuteviacutecleuroc o povo e-2 rgtcrce1as t2-0 diacutestintes que nunc2 se pode pssr de w c outrc

3ordm - PlCcedilAs eacute c diacuteferonciacutecccedil3o que se oncontre nos grupos huucnos provenilmtes de corccteres 0sscncisl0nte bioloacutegicos AssL1 os negros f

- t OS b rncos CLlClr0 1os sco os ros grupos rcc~s~s L1cJS ov~conliOS no 60shyciededo elos hOl0ns ~ diforo~l2 eacute soacute bioloacutegica quenco se flo do roccedilc seu ter nonhuLlc outrc cOl1sequolciacutee cul turol ou intcluumlcmiddot~u[l porc c posshysoc U~ nogro oueriocno vivoric os TlOSDOS pcelrotildees cu1turois c-oriccnos (nO) focircsse [ sogr8goccedilro r2-ciol) COlO quolqucr chinecircs (roccedila mcrolc)quo se intogresse nc vido c~oriccno

4ordm - GRUPOS uacuteTNICOS secirco tcllboacuteu Dados de vivecircncic sooic1 ondo 80

eC011tucn osvO ciacutecluonto clcuns c OS-(ULlG S ( norurs de ccr5ter icis cultushyre1 r0l2oiondos 001 c 1 iacute11[11 c COStUL~OS rogionoiacutes tipos fiacutesicos (10shy

tar~in2dos por conCiccedilotildeos do 01i~e do rogiecirco gcogr~ficc etc AssiD UDe clc1oio elo pescodores no norte da A1cnanhc tcm ccroctorCsticcs bo eacuteivorscs 00 u1 2lcloic elo )(scc(o1os no nordesto elo Brnsi1 ULl DOVO de urm rogiecirco couo c 111(ia to_ eer2cteristicos divorscs dos DOVOS rqo~ e crlOriccnos cborc n2o sejol reccedilcs ciferentes As (~ifcr~l1ccedilcs 1120 SOO

b l + I SO ~o o~Jcos ~as vB2bcu cu1turaJs

BIBLIOGBLIL PRi1 LPROFmDL=

1 R Linton - O Une Ii1tlOC~UCcedil20 agrave Sooiologia Livreric Lartins SA s2o Paulo bull

2 A Igro ja Conciacutelio Vctic2-TIO lI Consti tuiccedilco Dog_Gtica LUoacutelon Gcntiml Doc Ponto 149 Jcitocircra Vozes Petroacutepolis 1965

3 Kar1 cmler - I~issco e Grcccediln II Vale Funccedilotildees e Estceacute-os cc Vic~c no Igroja - Dditocircra VOZ8S Petroacutepolis 1965

4 Alcin Eirou - Sociologia noli~ioso Duas Cid2-des satildeo Paulo

bull 10 bull

~~J~~ gt

I I) t

I

MOVnIiacutemTO

DE

EDUCACcedilAtildeO

DE

BASE

FUNDAMENTA ccedil Atilde O

DO PROGRAMA PARA 1965 li parte bull ESTUDOS SOCIAIS

15 Subdesenvolvimento e Desenvolvimento

middot J

1 SUBDESEIlYOLVnlENTO E DESElfVOLVIllENTO

nA humanidade cresce ragravepidamente todo o mundo o sabe mas poucos

homens tecircm consciecircncia da rapidez decircste progresso e-poucos tambeacutem satildeo

os angustiados pelas conclusotildees que- d~ste fato se deveria tirarn(Lebret

Suiciacutedio ou Sobrevivecircncia do Ocidente Duas Cidades S Pau101960p22)

O problema que a humanidade tem que resolver eacute o da pr05ramaccedilatildeo

humana conjunta atendendo a cada pessoa a cada comunidade a cada reshy

giatildeo a cada paiacutes ~ necessaacuterio dar uma resposta precisa a cada homem

enquanto pessoa e enquanto membro de uma sociedade No caso dos pa~ses

subdesenvolvidos essa resposta natildeo poderaacute ser dada a altura se natildeo veu

cermos alguns problemas do subdesenvolvimento Ou melhor esta resposta

natildeo seraacute dada se natildeo houver uma modificaccedilatildeo grande de estruturas de ~

talidades de valocircres bullbullbull de tal forma que todos os homens e cad~ homem

sejam reconhecidos como sujeitos~

Diante disso tudo poder-se-ia perguntar mas o que eacute o subdesen shy

volvimento o que o caracteriacuteza Em um sentido lato poder-se-ia denominar

de subdesenvolvidos os paiacuteses atrasados lIas isso eacute muito vago Preferi shy

mos dizer entatildeo que o que determina o subdesenvolvimento eacute sobretudo

uma grande complexidade de problemas dificultando a melhoria do niacutevel

de vida e a promoccedilatildeo do homem como pessoa sobretudo nas camadas mais P2

bres e necessit~das da populaccedilatildeo Essa complexidade eacute talvez uma das ca~

sas que mais dificulta um paiacutes atingir um certo niacutevel de desenvolvimento~

Como veremos a sebUir natildeo eacute resolvendo problemas isolados ou mais imedishy

atos que chegamos a superar o subdesenvolvimento Como eacute sabido ecircsse pr~

cesso de superaccedilatildeo tem eXigecircncias especiais que precisam ser ordenadas

hierarquizadas e planejadas Com efeito o subdesenvolvimento eacute caracteshy

rizado por vaacuterios fatocircres ou problemas que dificultam a plena realizaccedilatildeo

do homem e da comunidade onde ecircle vive

2 ALGU1IAS C-lRACTERtSTICAS DO SUBDESElTVOLVI1IENTO

21 Dependecircncia sconocircmica - Uma das caracteriacutesticas mais marcantes do su~

desenvolvimento eacute a dependecircncia econocircmica Sem um miacutenimo de autonomia eshy

conocircmica eacute ilusoacuterio falar-se de atunomia cultural e de certa ormat~

beacutem poliacutetica Os paiacuteses que dependem econocircmicamente de outros sofrem sob

~

i ~

vaacuterios aspectos o pecircso da dependecircncia econocircmica estrangerira Por isso

o desenvolvimento econocircmico desses paiacuteses nunca seraacute apenas resultado de

um progresso interno

A econom~ca ~ bull se reflete principalmente a t raves Essa dependencia

a) do comeacutercio exterior - em geral os paiacuteses subdesenvolvidos exportam

para os paiacuteses desenvolvidos os produtos brutos ou agriacuteCOlas ou alimenshy

tiacutecios (no caso do Brasil por exemplo o agucar o manganecircs etc) e imshy

portam destes os produtos manufaturados (eqUipamentos por exemplO)

b) de uma situaccedilatildeo deficitaacuteria em que vivem de um modo geral os paiacuteses

subdesenvolvidos Tal situaccedilatildeo eacute de certa forma tambeacutem motivada pela ~

neira como o mercad0l importador determina os preccedilos Poder-se-ia dar

como exemplo o cafeacute no Brasil que equivale a mais de 40 de nossa expo~

taccedilatildeo e apenas 04 da importaccedilatildeo dos EEUU cujo preccedilo eacute estipulado por

ecircste uacuteltimo o maior mercado comprador c) da poliacutetica econocircmica e social dependentes muitas vecirczes dos interesses

de grupos ou firmas estrangeiras

d) da posiccedilatildeo de destaaue Que ocu~a o capital estrangeiro na economia dos

paiacuteses subdesenvolvidos Decircle depende a importacircncia e grande parte da esshy

pecificidade das produccedilotildees do paiacutes assim como de sua situaccedilatildeo de integratilde

ccedilatildeo no mercado internacional (Yves Lacoste Os Paiacuteses SubdesenvolvidosDi

fusatildeo Europeacuteia do Livro ColSaber Atual satildeo Paulo 1961pp 17-19)

22 Pouca Industrializacatildeo e Dificuldade de Ser Ampliada - os paiacuteses su~

desenvolvidos encontram mu~tas dificuldades de se industrializar O Depa~

tamento de Assuntos Econocircmicos das Uaccedilotildees Unidas estudando estas dificul

dades haacute alguns anos reuniu-as em trecircs aspectos econocircmico social e int~ nacional

a) no aspecto econocircmico temos que levar em conta aleacutem da pouca poupanccedila

interna a falta de capitais ou o emprecircgo de capitais estrangeiros em geshy

ral nas induacutestrias de transformaccedilatildeo e natildeo para a infra-estrutura assim

como as dificuldades de transporte a insuficiecircncia de energia etc

b) quanto ao aspecto social pode exercer influecircncias negativas ou positi shy

vas No caso dos paiacuteses subdesenvolvidos natildeo haacute duacutevida que as influecircncias N

sao em geral mais ne5ativas j bastrulte lembrar o baio niacutevel de instru-

ccedilatildeo o elevado lndice de analfabetismo a falta de operaacuterios qualificados

e a natildeo existecircncia de um ple~ejamento que leve em conta tocircda a populaccedilatildeo

tocircdas as reGiotildees visando um desenvolvimento global

c) com relaccedilatildeo ~o aspecto internacional haacute tambeacutem vaacuterios tipos de obstaacutec~

(

los ao desenvolvimento industrial dos paiacuteses subdesenvolvidos Lembrareshy

mos apenas dois as restriccedilotildees que os paiacuteses desenvolvidos em geral imshy

potildeem aos subdesenvolvidos para conceder um empreacutestimo de capital que pushy

2gdesse facilitar a industrializaccedilatildeo dos primeiros a tendecircncia dos pai

ses desenvolvidos de fazerem dos subdesenvolvidos meros fornecedores de

mateacuteria prima dificultando ou ~estringindo as possibilidades de desen shy

volvioento destes (Lebret obra citada pp 100-105)

Todavia eacute preciso natildeo esquecer que embora a industrializaccedilatildeo seja

a1so muito importante para o desenvolvimento econocircmico de um paiacutes ela

nao ten um fim em si mesma Ou seja a IN so temindustrializaccedilao para nos

sentido se ela contribui para uma real promoccedilatildeo do homem se ela contrishy

bui para elevar e melhorar o niacutevel de vida sobretudo das camadas menos

favorecidas da populaccedilatildeo As faacutebricas as usinas as grandes emprecircsas e~

fim podem ser retrato do desenvolvimento econocircmico mas ajudam o homem a

ser mais homem quando contribueacutem para satisfazer suas necessidades mais

essenciais a se realizar como pessoabull

bullBaixa Renda Nacional - Uma das distinccedilotildees que se pode fazer entre

os pa~ses desenvolvidos e subdesenvolvidos consiste justamente na dist~

buiccedilatildeo da renda nacional entre habitantes ou entre as diversas camadas

da populaccedilatildeo De um modo geral nos paiacuteses desenvolvidos as camadas mais

pobres tecircm um niacutevel de vida superior aos subdesenvolvidos A tiacutetulo de

ilustrcccedilatildeo daremos apenas al~Uls dados referente a renda anual individual

(chamada tecirccni3amente de renda per capita) em 1959 de alguns paiacutesesE~

tados Unidos da Ameacuterica do Horte 2250 doacutelares alguns paiacuteses da Europa

Ocidental assim como Austraacutelia e Nova Zelandia 1000 doacutelares Bnquanto

isso para o conjunto dos paiacuteses menos desenvolvidos a cifra corresponden

te foi mais ou menos de 100 doacutelares anuais sendo que a maior parte dos

paiacuteses da Aacutefrica Aacutesia e Jmeacuterica L~tina apresentavam uma renda meacutedia de

10 a 80 doacutelares (Bl Corre0 de la Unesco) bull

bullDeficiecircncia na Agricultura - A agricultura nos paiacuteses subdesenvol

vidos de um ~odo geral eacute muito atrasada Haacute grandes quantidades de te~

ras cultivaacuteveis natildeo aproveitadas Ha Ameacuterica Latina p ex apenas 15

das terras cultivaacuteveis satildeo realmente cultivadas (Yves Lacostobra citada

p 12) Haacute fatocircres que podem explicar essa quantidade tatildeo pequena de tershy

ras cultivadas

bull estrutura agraacuteria injusta e obsoleta

i

bull interecircsse de grupos econocircmicos nacionais e estfangeiros

bull falta ou insuficiecircncia de meios teacutecnicos

bull desgaste dos solos

bull falta de fertilizantes etc

Todavia a maior dificuldade a ser vencida pela agricultura dos pa1shy

ses subdesenvolvidos proveacutem do custo dos bens materiais Um dos meios de

satisfazer tais necessidades seria a fabricaccedilatildeo de suas proacuteprias maacutequinas

agriacutecolas de fertilizantes e de combustiacuteveis

Consider~ido todos os fatores que dificultam a agricultura nos pa1

shy

ses subdesenvolvidos podemos entender assim porque apesar de serem na

maioria paiacuteses agriacutecolas apresentam baixa produccedilatildeo natildeo conseguindo nem

satisfazer as necessidades alimentares de seu povo

Desequiliacutebrios entre as Cc~adas Sociais - A grandemaioria da populacirc

ccedilatildeo dos paiacuteses subdesenvolvidos tem condiccedilotildees subhumanas de vida A verdashy

de eacute que um nuacutemero muito restrito tem um miacutenimo necessaacuterio para viver como

pessoa e apenas uma minoria tem a go~a de todos os privileacutegiOS

Uma das maneiras de se caracterizar ecircsses desequiliacutebrios sociais eacute

a distribuiccedilatildeo proporcional da renda nacional pela populaccedilatildeo Iro caso brashy

sileiro por exemplo ecircste desequiliacutebrio eacute evidente

Outro iacutendice complementar eacute o da distribuiccedilatildeo da propriedade rural

brasileira Em nuacutemeros relativos a aacuterea territorial brasileira dos estabe

lecimentos agropecuaacuterios em 1950 era expressa da seguinte maneira os d2

nos de propriedades de mais de 100 ha representam apenas 16670 do total do

nuacutemero de propriet~rios e possuem 8567~ da aacuterea total dos estabelecimentos

agropecuaacuterios do Brasil enquanto que 834 do nuacutemero de proprietaacuterios po~

suidores de menos de 100 ha deteacutem em suas matildeos apenas 14~~ da aacuterea toshy

tal (Antonio Rodrigues Coutinho - lanisteacuterio da Agricultura Contribuiccedilatildeo

ao Estudo da Bstrutura Dconocircmica Agraacuteria Brasileira Sego o Censo de 1950 p20)

~ dentro dessa faixa menos favoremida que certos problemascaracteriacute~

ticos das regiotildees subdesenvolvidas se tornam mais chocantesAqui estatildeo alshyguns decircles

~

l

~ bull Para cada 100 crianccedilas nascidas vivas desta faixa morrem 24 anshy

~

tes do 12 ano de vida enquanto para outras camadas sociais morrem 10 em

100 (Nelson Rodri6~es dos Santos O Problema da Sauacutede no Brasil) Dados

recentes mostram ainda que a chistosomose atinge 6 milhotildees de brasilei

ros a tuberculose 1 milhatildeo e 200 mil doenccedilas de chagas 3 a 4 milhotildees

malaacuteria 8 milhotildees A maioria dessas pessoas atingidas habitam agrave zona rushy

ral e estatildeo incluiacutedos nesta faixa da populaccedilatildeo menos favorecidas (A Pop~

laccedilatildeo Brasileira Dados do IBGE 1960)

Com efeito o que se pode dizer eacute que estas deficiecircncias contribuem

ainda mais para baixar o rendimento econocircmico agravando cada vez mais

as condiccedilotildees de vida dessa camada populacional ~ vivendo e sofrendo eacutesshy

tes problemas que trJilbalha grande parte da populaccedilatildeo dos paiacuteses Afroasi ct_ ~ jt --lt- r A

at~cos Em alguns desses pa~ses o n~vel de vida e tao baixo que ha um

verdadeiro ciacuterculo vicioso onde o homem jaacute natildeo tendo esperanccedila acha di

fiacutecil romper com essa situaccedilatildeo de miseacuteria

De um modo geral o que preaeacutenciamos eacute que por causa de grandes d~

sequiliacutebrios entre as diversas camadas sociais e entre os povos do mundo

grande parte da humanidade tem condiCcedilotildees de vida subhumana

Os v~rios dados apresentados abaixo servem para mostrar o grau de

desenvolvimento ou subdesenvolvimento de alguns paiacuteses ~ preciso conta1

to que natildeo se pare numa enumeraccedilatildeo pura e simples dos mesmos nem que

se pretenda uma comparaccedilatildeo com um ideal a atingir Os dados referentes a

cada paiacutes falam mais quando analisados no seu conjunto e soacute vistos e an~

lisados globalmente eacute que podem ser comparados com outros paiacuteses bull bull i ~-

bull Mortalidade Infantil - Para cada 100 crianccedilas nascidas vivas num

ano morrem 3 nos EEUU 4 na Inglaterra 7 na Beacutelgica enquanto no Brasil

Boliacutevia e na Colocircmbia morrem 15 (onu Rapport Preliminaire sur la Situa

tion Sociale dans le i~onde 1962)

bull llortalidade Geral - De cada 1000 habitantes morrem por ano 9 nos

EJUU 11 na Inglaterra 12 na TIeacutelg~ca 25 no Brasil na Boliacutevia e na Coshylocircmbia (idem)

~~

Vida lieacutedia - 70 anos nos EEUU 65 anos na Beacutelgica 45 anos para o

Brasil Boliacutevia e Colocircmbia (idem)

bull Alimentaccedilatildeo e Fome - Segundo Lebret pode-se admitir que mais d

50 da populaccedilatildeo do mundo se manteacutem em um ~ampntar inferior ao estritamiddot

mente necessaacuterio em calorias e 75~ dessa populaccedilatildeo aproxima-se ou ape

nas atinGe o niacutevel miacutenimo exigidO pelas atividades humanas normais

~artindo desses dados e fatores verificamos que haacute uma coincidecircnshy

cia de niacuteveis para alguns paiacuteses ~stes paiacuteses por uma seacuterie de razotildees

ou de fatores satildeo chamados subdesenvolvidos

3 EXIG6NCIAS ESP3CIAIS PARA SUPJJRACcedilAtildeO DO PROCESSO DO SUSDESDNVOLVI1JlliTTO

31 o crescimento demograacutefico deve ser acompanhado por um crescimento ec~ nom~co proporcional

O processo de superaccedilao- do sub-desenvolvimento exige antes de mais

nada que o ritmo extraordinagraveriamente raacutepido com que crescem as necessishy

dades dos povos subdesenvolvidos seja acompanhado por I crescimento ecoshy

nocircmico superior a~ necessidade~i da populaccedilatildeo

A explosatildeo demograacutefica nos paiacuteses subdesenvolvidos eacute no momento ashy

tual um fato que ningueacutem pode ignorar Isto eacute consequecircncia de vaacuterios fata

res

a) os paiacuteses subdesenvolvidos tecircm uma natalidade muito maior que os

outros Como exemplo lembraremos que para cada 1000 habitantes nascem

anualmente na Europa e nos EEUU de 18 a 25 crianccedilas enquanto que em zoshy

nas subdesenvolvidas como a Aacutefrica e a ~neacuterica Latina ecircste nuacutemero chega a

mai3 de 40 (Camargo Demografia 3conocircmica 1960)

b) o raacutepidO crescimento pode ser explicado tambeacutem pelo descreacutescishy

mo da mortalidade verificado nestes paiacuteses De fato essa mortalidade ainmiddot

da eacute bas-cante alta No entanto ela vem diminuindo gradativamente graccedilas a

uma certa assistecircncia sanitaacuteria que eacute dada aos paiacuteses subdesenvolvidosjem

bora de forma muito precaacuteria e sistemaacutetica

Ora para satisfazer as necessidades de uma popUlaccedilatildeo que aumentou

tatildeo ragravepidanente eacute indispensaacutevel um esfocircrccedilo muito grande para produzir

bens e serviccedilos 10 caso do Brasil por exemplo a populaccedilatildeo anual aumenshy

1

-

tam na razatildeo de 3 ao ano A economia nacional precisa entatildeo aumentar

sua capacidade de produccedilatildeo daacute maneira que chegue a satisfazer as necesmiddot

sidades correspondentes a ecircsse aumento da populaccedilatildeo em mateacuteria de alimen

taccedilatildeo vestuaacuterio habitaccedilatildeo instrumentos domeacutesticos educaccedilatildeo emprecircgo

serviccedilos sanitaacuterios (aacutegua luz esgocircto t L Itt etc)

~sse esfocircrccedilo eacute tanto mais difcil porque em consequecircncia do mesmo

crescimento econocircmico raacutepido a maior parte da populaccedilatildeo em idade ativa

eacute muito menor em proporccedilatildeo agravequecircles que natildeo fazem parte desta faixa (cri

anccedilas doentes bullbullbull ) Por outro lado como os pases subdesenvolvidos tem

um niacutevel de vida extremamente baixo a economia deveraacute natildeo somente acomp~

nhar o crescimento demograacutefico mas taEbeacutem aumentar em certa medida ecircsse

niacutevel de vida No entantoecircste paiacuteses mostram-se no conjunto incapazes

de expandir sua economia numa proporccedilatildeo satisfatoacuteria

Das razotildees que impedem o desenvolvimento econocircmico mais completo e

mais raacutepidO temos que considerar ap que se prendem agrave estrutura das ecoshy

nomias e as que dizem respeito mais diretamente ao crescimento global de~

ta economia

32 Independecircncia Econocircmica - Como eacute muilto sabido a estrutura econocircmica

dos pases subdesenvolvidos eacute altamente centralizada no setor primaacuterio

sendo pouco desenvolvido o setor secundaacuterio e terciaacuterio (Ver o item ~E~

trutura ~conocircmica)

Por outro lado embora a populaccedilatildeo rural nestes pases representashy

quase sempre mais da metade da populaccedilatildeo e esteja muito concentrada no s~

tor primaacuteriO nem sempre produz todos os gecircneros necessaacuterios agrave alimentashy

ccedilatildeo e muito menos outros produtos por ela exigidos Como consequecircnciaj ecirc~

tes paiacuteses satildeo obrigados a importar bens que natildeo satildeo capazes de produzir

dispondo apenas de alguns pontos para efetuar as trocas

Ora os paiacuteses que se manteacutem sem induacutestrias e dependentes da imporshy

t~ccedilatildeo de poucos produtos primaacuterios iratildeo fatalmente cada vez mais se emposhy

brecendo face aos pases desenvolvidos Enquanto isto a produccedilatildeo industrial

destes uacuteltimos iraacute crescendo cada vez mais pois os homens sempre querem

bens industrializados em maior nuacutemero e variedade O contraacuterio acontece com a produccedil2o agriacutecola cujo crescimento fica na dependecircncia do consumo

pessoal Que eacute limitado

Outro aspecto que nem sempre se leva em consideraccedilatildeo eacute que juntashy

mente com a importaccedilatildeo de certos produtos satildeo importados tambeacutem a proshy

paganda e o exemplo dos paiacuteses ~esenvolvidos cujos niacuteveis de consumo

satildeo muito mais altos

- I Dominada por esse efeito demonstraccedilao que se soma a 1a5 as neshy

cessidades crescentes decorrentes do raacutepido crescimento demograacutefico a

populaccedilatildeo subdesenvolvida se esforccedila para comprar mais produzindo mais - dMas o consumo de produtos agro-pecuarios nao pode ser aumentado alem e

um certo limite aumentando-se a oferta os preccedilos tendem a cair Assim o

trabalho do povo se desvaloriza (econocircmicamente falando)i

Quanto as mateacuterias primas cuja demanda pode acompanhar a produccedilatildeo

industrial constituem elas reservas suscetiacuteveis de serem esgotadas ou

de perderem seu valor comercial em decorrecircncia de inovaccedilotildees tecnoloacutegicas

Aleacutem do mais na quase totalidade dos paiacuteses subdesenvolvidos a explora

ccedilatildeo dos seus recursos minerais ob~ece aos interecircsses de grupos estrangeishy

ros e soacute a ecircles beneficfa

33 Desenvolver a Industrializaccedilatildeo aumentando a capacidade de produccedilatildeo

A industrializaccedilatildeo estaacute condicionada por um certo nuacutemero de fatocircres

e deve subordinar-se a certas prioridades Uma dessas prioridades eacute defishy

nida pela necessidade de substituir aquelas importaccedilotildees de bens de consushy

mo que ocasionam maiores dificuldades nas relaccedilotildees de troca do paiacutes Oushy

tra seraacute determinada pela necessidade de se criar nos paiacuteses as industrishy

as de base isto eacute induacutestrias produtoras dos materiais de equipruJentos tw lO necessar10S a crlaccedilao de novas lndustr1as

Dos fatores que condicionam a industrializaccedilatildeo coloca-se a necessishy

dade de uma infra-estrutura adequada de traasporte~e comunicaccedilotildees e de eshy

nergia ~ evidente que as induacutestrias soacute podem desenvolver-se se haacute enershy

gia para acionar suas maacuteqUinas estradas para trazer mateacuteria prima e disshy

tribuir a produccedilatildeo e os meios de comunicaccedilatildeo para que as emprecircsas indusshy

triais o comeacutermio e os bancos possam coordenar e organizar suas atividashy

des com eficiecircncia

Por outro lado as induacutestrias natildeo poderatildeo fortalecer-se se natildeo aumen d d dmiddot t ar o numero os que po em comprar ~ua pro uccedilao 1Sto e se nao houver

mercado interno crescente no paiacutes P-i il ielJe eacute- p~~eo (i)l1amp dece~_~

OI tilbullbullbull da lailaatilde Ile iateente ul4idacirclha lllllaacuteliSIXoacutefrq

-ft 81es piFJIIacuteee 6 rbullbull taiuule 1 21i

HO crescimento global da economia dos pa1ses subdesenvolvidos nao

pode ser obtido com a necessaacuteria continuidade e rapidez se natildeo forem supeshy

rados os obstaacuteculos que constituem o chamado ciacuterculo vivioso

ste ttciacuterculo vicioso em geral pode ser caracterizado por uma poshy

pulaccedilatildeo muito grande com um nuacutemero reduzido de induacutestrias pouca matildeo de

obra qualificada e produzindo pouco com niacuteveis de salaacuterios de uma certa

maneira muito baixos Salaacuterios estes que em muitos casos datildeo mal para sushy

prir as necessidades essenciais e em outros datildeo apenas para o coasumo Haacute ainda uma minoria que embora ganhe muito gasta quase tudo em bens de con

sumo (vestuaacuterio automoacuteveis etc) sem aplicar em investimentos produtivos

(faacutebricas induacutestrias em geral etc) Nos vaacuterios casos como vemos natildeo eacute

feita nenhuma poupanccedila

E o que eacute popanccedila no sentido amplo pode-se dizer que o que natildeo foi

gasto foi poupado Mas para que haja poupanccedila realmente eacute preciso natildeo

soacute determinar um aumento de capital que eacute o estoque sobrante poreacutem invesshy

tir em bens de produccedilatildeo Donde se pode dizer que para haver um crescimenshy

to glObal da economia de um paiacutes eacute necessaacuterio que os recursos que era~de~

perdiccedilados ou empregados somente em bens de consumo sejam aplicados tamshy

beacutem em bens de produccedilatildeo ou em investimentos produtivos

~stes investimentos podem ser feitos de duas maneiras

a) o govecircrno obrigando por meios de leis os setores privados a investir seus

lucros de forma mais justa e adequada em setores que venham a contribuir

para um maior crescimento e desenvolvimento econocircmico da comunidade

b) o proacuteprio govecircrno recolhendo ecircsses recursos atraveacutes de impostos compulshy

soacuterios e investidno em empreendimentos que constituem a infra-estrutura (eshy

nergia eleeacutetrica recircde de aacutegua e esgocircto estradas de ferro e rodagem porshy

tos etc)

Isto deve ser feito atraveacutes de planos econocircmicos que reunam os invesshy

timentos puacuteblicos aos investimentos particulares sem permitir um exagerado

lucro as camadas sociais que jaacute gozrun de uma situaccedilatildeo por demais privilegishyada

bull

- 4

Em resumo a poupanccedila e

um elemento essencial para o desenvolvimenshy

to global econocircmico de um pa~s e deve ser forccedilada

a) impedindo todo consumo nao necessario e excessivo

b) aproveitando plenamente a matildeo de obra ou o trabalho das camadas da popushy

laccedilatildeo que estaacute sendo pouco utilizada

c) aumentando a produccedilatildeo pelos meios jaacute citados e especialmente pela proteshy

ccedilatildeo alfandegaacuteria que impeccedila a penetraccedilatildeo no paiacutes de produtos concorrentes

estrangeiros

Finalmente para que todo investimento possiacutevel seja efetivado eacute imshy

por~ante que o trabalho de uma hoc parte da populaccedilatildeo ateacute entatildeo mais ou ~

nosnativa seja aproveitado em setores essenciais O aumento da produccedilatildeo

exige natildeo soacute o aproveitamente de todos mas tambeacutem que haja um certo planeshy

jamento e que obedeccedila a certas teacutecnicas Contudo o povo soacute se enquadraraacute

neste regime de maior produtividade e soacute se capacitaraacute para ecircle se tiver

consciecircncia da situaccedilatildeo e se houver motivaccedilatildeo suficiente

35 Tomada de Consciecircncia por Parte da POP1qaccedilatildeo - Para noacutes um dos aspecshy--_----~-~ bullbull- ~ bullbullbullbull ~- - - - lt bullbullbullbull - - bullbullbull ~ -- bull shy

tos novos do subdesenvolvimento e talvez o mais importante como diz Yves

Lacoste eacute a tomada de consciecircncia da pcpulaccedilatildeo da sitUaccedilatildeo em que se enconshy

tra o seu paiacutes Isto eacute importante porque natildeo se pode falar em desenvolvishy

mento como algo abstrato como uma ideacuteia apenas

Soacute quando tOcircda a populaccedilatildeo toma consciecircncia e eacute mobilizada para venshyncer os problemas que lorrnam aque1e c~rcu1o que falamos anteriormente e que

comeccedila haver condiccedilotildees poliacuteticas favor~eis ao desenvolvimento

Poder-se-ia dizer tambeacutem que a tarefa de desenvolvimento eacute essenshy

cialmente poliacutetica e as necessaacuterias atitudes favoraacuteTeis ao desenvo1vimenshy N 1J __t o so poderao ser tomadas num regime de certa disciplina coletiva Ora~

sa discipfina tanto pode ser imposta QelQ focircrccedila r s~r exercida ppr JPDa qishy )IT~ ()A eurogt ~7 ~gt- Alt- (UL~oacute2c- e~ aT-lt ~ ~ltM ~~

tadur~como ser oeeelhids pGP ~e~~~ pOTO num olima de respeito ao outro

co~o pessoa CODO sujeito e natildeo como coisa

Por outro lado ecircsse esfocircrccedilo tanto pode ser feito num regime de inshy

justiccedilas que apenas exija sacritiacutecios de uma classe e natildeo de outras ou

num reGime onde os sacrifiacutecios e as responsabilidades satildeo igualmente reparshy

tidos entre todos Ressaltamos ai~t~ obra do desenvolvimento eacute inadishyaacutevel complexa e essencialmente ~18la Donde a tentativa de um prooesso

~i~~ ~~~~~~ ~1 ~~

~

-lt ~~middot~~~-~~~~~~~~ii~~~middot ~~

bull t t ~

r I l ~

fo~

I

I

que caminha para o desenvolvimento soacute seraacute autecircntica se atingir a tOdOS~

os setores

Terminando diremos ainda que a tomada de consciecircncia vai exigir

uma mudanccedila total de mentalidades de estruturas de relacionamentos Uma

reestruturaccedilatildeo nos setores econocircDicos poliacuteticos e sociais da sociedade

global

Gostariacuteamos de insistir para que se tivesse em conta que as diversshy

saa partes da fundamentaccedilatildeo do programa do IiEB satildeo uma tentativa de estushy

dar os aspectos diferentes de uma mesma sociedade a sociedade nacional

brasileira em relaccedilatildeo com sua posiccedilatildeo no mundo seus valocircres culturais

suas tradiccedilotildees de sociedade econocircrnicamente dedicada ao setor primaacuterio

o que deve e estaacute sendo mudado Por isso chamamos a atenccedilatildeo para que se

tenha~ sempre em mente os diversos fascculos natildeo como ~oisas separadas

e independentes mas como tentativa de estudar elementarmente os probleshy

mas fundamentais que devem ser conhecidos por elementos profissionais que

se dedicam agrave educaccedilatildeo de adultos do Brasil

l

MOVIMENTO DE EDUCACcedilAtildeO

DE BASE

FUNDAMENTACcedilAtildeO

DO PROGRAMA PAcircRAcirc 196

I parto PROMOQAtildeO mJlWA

F U N D A il E N T A ccedil I O

DO PROGR1JlA PARA 1965

2~ P i R T E PROIOCcedilAtildeO 1IuumliANA

O Introcluccedilco

1 Conscientizaccedilatildeo

11 O Bonon

12 O Trabc1ho

13 Conuniceccedilatildeo

4 d C 1 bull 1iO~OS e oDun~ccccedilao

15 Os Condicioncnentos Cu1turcis

16 O Heroi euro os j~oios de Ruumlolizoccedilco

17 A eclizoccedilatildeo de Pessoo nr FCJiacutelio

18 A Rco1izoccedilatildeo da Pessoa nr Sociodcde shy

2 bull OrgLn~Zcccediloo

21 Funccedileo Sociol do trcbalho

22 CoopGroccedil~o organizedc o nco orgw1izadc

23 Associativisno

24 Cooperaccedilatildeo Econocircnica

25 Accedil~o poliacutetioa

I

o INTRODUCcedilAtildeO

o trabalho de promoccedilatildeo humana eacute intriacutenseoo agrave proacutepria eduoaccedilatildeo uma vez que eduoar natildeo oonsiste em adaptar algueacutem a determinada sishytuaccedilatildeo a determinado tipo de sociedade mas dar elementos e eondishy

- tccediloes pera que o homem se forme Eduoar e levar O homem a omar oonsshyoiecircncia de seu napel de sujeito do mundo ~ integrar algueacutem na obra

fi cultural na accedilao do ho~em que transforma a natureza A educaccedilao e uma exigecircnoia e um direito de todos uma oondiccedilatildeo para que o homem se realize se afirme como pessoa e oonsequentemente se promova

Esta promoccedilatildeo natildeo deve ser individualista Deve ser uma autopr~ moccedilatildeo comunitaacuteria atraveacutes da qual se procure ajudar e apressar Na integraccedilatildeo de todos no processo de oriaccedilatildeo cultural Com isto nao se pretende uniformizar homens e culturas - o que seria Ullla aberra M

ccedilatildeo - mas humanizaacute-los aoeitando e respeitando as diferenccedilasDentro desta perspeotiva aohamos que soacute haacute promoccedilatildeo quando as necessidades da pessca tendem a ser satisfeitas Soacute haacute promoccedilatildeo quando haacute natildeo ashy

A

penas um despertar mas tambem uma tomada de oonsciencia do valor h~ mano e da posiccedilatildeo que cada homem ocupa no mundo Soacute haacute proLlOccedilatildeoquall do o homem tem acesso aos meios de comunioaccedilatildeo e quando no seio das instituiccedilotildees pode exeroer sua liberdade e responsabilidade oomo pe~ soa humana Soacute haacute promoccedilatildeo quando haacute partioipn~atildeo ativa da pessoa Soacute haacute promoccedilatildeo quando a pessoa escolhe o que e mais adequado agrave sua reali zaccedilatildeo -shy

Evidentemente em um trabalho de promoccedilatildeo haacute diversos estaacutegios Por isso natildeo se pode esquecer que tudo que foi coloo~do como sendo promoccedilatildeo pode se prooessar em um soacute momento ou em momentos diferen shyteso ~ essencial que se tenha presente e bem claro ateacute onde se quer chegar porque ecircste trabalho jameis pode ser feito desligampdo da eacuteposhyca do momento histoacuter~co em que o homem estaacute inserido Em nosso ces~ por exemplo seria utoacutepico pretender-se fazer um trabalho de promo shyccedilatildeo humana sem levar em oonsideraccediluumlo a realidade mundial brasil~ira e de LEB

Como atraveacutes de um trabalho educativo se pode contribuir para a autopromoccedilatildeodo povo Inicialmente formlmdo-o inoentivando-oin~ trumentclizando-o e criando condiccedilotildees pera que tome parte etive nas associaccedilotildees e organizaccedilotildees de sue comunidade criticando-as e melhOshyrando-as Estas associaccedilotildees satildeo oportunidades de cada um exeroersuos responsabilidades e liberdede Por seu intermeacutedio natildeo h~ apenes Q~ despertar mas um comecircccedilo de promoccedilatildeo do povo todo promoccedil~o nno ind vidualista utilitaacuteria mas e serviccedilo de comunidade

AI v N

Promoccedilao humana e ascenccedil2o de ocda homem de ceda fraccedilao da hushymanidede dos grupos que i~pulsionam esse mesma humenidede Dontro dessa perspectiva nco podeillos acoiter a presenccedila de marginalizados por miseacuteria ou por privileacute3iOs de classes ou de castas (Ver 1ebret Konifesto por uma Civilizaccedilatildeo Solidaacuteria pp 15 e 85)

middot1

bull

A recuperaccedileo do home)1 acrgincliacutezcdo jcucis ser1 conseguido por um simples trabclho de clfcbetizaccedil~o porque embora haja una corrol~ ccedilatildeo entre onalfabetismo e mcrgincliz[ccedil~o assiD couo entre cnclfcbe shytismo e subdesenvolvimento nco se pode dizer que o analfobestisDo s~ ja a causa da marginalizaccedil~o e muito menos do subdesenvolvimGnto~cei tar isto eacute querer como diz Pierre Furter tomcr o efeito pele causa A alfabetizaccedilatildeo purc e siLlplos nco tem sentido uma vez que c tIera ashyquisiccedilatildeo de alguns conhecimentos de leitura escrita e c~lculo n~o leva a participar conscientemente do desenvolvimento do pels e ter

fo r -- um consciencie cr~ ticc de realidde A alfCbetizcccedilac de cdultos deve levcr o conjunto de populcccedilotildeo a participer do desenvolviru3nto do peJsSoacute dentro dessa perspectiva estcreacute contribuindo pcrc a integraccedil~o do homem no processo de trcnsfOrli12ccedilGo cultural

Diremos cinda que um trcbolho de educcccedilecirco dentro desso pers shypectiva de promoccedilatildeo para ser autecircntico deve pcrtir de necessidcdede libertcccedil~o das clesses menos favorecidas Deve procurar propicicr os elementos necess(rios pcrc que cdc- homem tOLlo pcrte ctive no desen volvimen to de sues cOLlunid~des fezendo opccedilotildees pele conservoccedilecirco ou modificaccedilotildees de reelidade em ~ue se encontre Cremos que isso eacute fundQ mental t porque uma sociedcdc Lloderna e democr5tica teiacute] necc8sidade de umc cuI turc pcrticipcdc por todos Este cul turo deve perDi tir c tocircshydes as olasses ou cotegorios sooiois o todos os indiviacuteduos qualquer q~e seja seu estado profissional ou niacutevel de instruccedil~o uma particip~

nt~ 1V~ na da SOCla1 polt~oa ort18 tlea c i cntflCCccedil~o Vl economlca 1 1 espirituclt(Joffre Dumezedier Rcfleacutexions sur lentroinencnt L1Gntel Paris PEC pI) bull

2

1 C01~middotSCIETIZACcedilAtildeO

Para se ter consciecircncia de alguma coisa satildeo necessaacuterios apenas ao~s termos o sujeito que teH consciecircncia e a coisa da qual ecircle toshyma consciecircncia O ~o ~e con~~i~~ en~retanto exige a presen2a de uma segunda pessoa exige UBa cOBunicaccedilao entre dois sujeitos so~ bre alguma coisa Conteacutem assim trecircs tecircrmos dois sujeitos e um obshyjeto Conscientizaccedilatildeo implica consciencia de si e comunicaccedilatildeo dedois sujeitos pela mediaccedilatildeo do mundo Conscientizar eacute portanto dar el~ mentos par~ Que o homem tome consciecircncia do que ecircle eacute (consciecircncia de si) do que os outros satildeo (coillunicaccedilatildeo de dois sujeitos) e do ~ue eacute o mundo A maneira de se conscientizar eacute que pode cariar de acorshydo com a eacutepoca histoacuterica a concepccedilatildeo que se tem do homem a viseo que se tem do mundo e o sentido que S2 tem da histoacuteria

Todo trabalho que visa agrave promo2atildeo humana natildeo pode deixar de si shytuar-se numa linha de conscientizaccedilao Logo neo se pode pensar em fazer um trabalho de educaccedilatildeo tendo em vista uma autopromoccedil~o e uma a2atildeo visando uma mudanccedila de estruturas sem conscientizaccediluumlo O homem nao pode se formar dentro de uma certa perspectiva dentro de um co~ texto hist6rico determinado sem se tornar consciente de suas respon sabilidades de ci~Jdatildeo e consciente de suas responsabiliQades de hoshymem criado c im~~u de Deus

Donde Se conclui que educer formendo a pessoa humemo dentro dep ta perspectiva de promoccedilecirco comunitaacuteria implica sempre conscientiza~ ccedilampO uma vez qu~ e imposs~vel educar sem dar elementos pera que o hg mem tome consciencia do seu velar couo pessoa sues exigecircncias de reslizaccedilatildeo seu dever para com os outros sue capacidcde cricdora sua ccpcciCcde de comuniccccedilatildeo etc (Ver o trabclho lEduccccedileo e ConsshycientizaccedileoH de Raul Lcndim)

o processo de conscientizec5o v~ric de ac3rdo COD a conccpccedileo que se tem do homeu Que eacuteS o hOl18 pcre noacutes

Encarcdo somente eu sua clLwnsecirco cni mo1 o horleuuml pOdcruacute ser reshyd~zido um 9bjejfLAE_TJi1tu~e_ze 0010 os outros animlIacutes a Uhl ser quebull nao tr2nscencle a naturezc e estuacute submetido e seu det~rminisrlOI=os o comportamento Jnimol eacute puremente odcfJtativo e a cccedilco do hOmiddotlem eacutecleacutem de 8odeptctiva cricdorc A 1I000ccedil30 11 do oniael necirco crie 1111 mndo nocircvobull mes se estrutura e12 ll1e~ma CO10 90 mndo J2 o honeLl tolcdo como secircr que co~hece o mundo e nele oria eme ordem humana apresenta-se nco c~mo ~e~d~2~~ndo mes~como UD secircr~~o ~undo Sue vida sue cccedilecirco reashyl~zc-se no mundo mes ~le o transcende transcende a netureza torshynendo-a humanc 0010 Ser oonsciente o honlem se cfirme COIJO sectuieijio do mu~do tornando-o seu objeto

bull 3 bull

Conhocenagraveo o mundo o homoD escolhe pcr si um sentido decirc a seu oovimento e suc QCcedil~O um significedo que trQUscende e orde~ ncturel bull Dei dizer-se que e inserccedilatildeo do homem no ulmdo realize-se com anbiguishydede eacute UD sor que trenscendo o oundo e por isso recuse-se e situe~

- t t se como sor do o~~dco Entrct~nto sue eccedileo seu mOV1men o 1n r1nseco que o eperfeiccediloc reclizc-middots8 no 2mndo

A relcccedil~o do hurlOo COrJ o 11Undo ecirc umo rel--ccedilco ocdietizada pelo trcbclho B cinde 1 frent~ ~os outros homens ume relcccedilco de comunic~ ccedilo 1 que pode ser expresse 00 domincccedil~o ou eo -0coTI1ecinento (LiE]BFur dcmenteccedileacutev de rViver ecirc Lutcr Pj) 1-4)

Ume vez feita ~ cu~ccccedil~o do que o homem no sentido genrico sereacute ebo( ]0 ll ponto que e qiacutelJse umo decorrecircncia decircste dignidede feminino

Iniciclmente diremos QU9 noo h~ nede que distinga o homem de mushylher no pleno de dignidcde t1U~~e cnquento ser recional cepaz de trenscender o mlli1do em (xis tecircncie pessocl relecioncde com os homens e com Deus (l]iB FundeL1cntaccedilao de Viver Luter p 22) Se fizershymos uo estudo dos texto biacuteblicos 8 dOecircl docunentos uontifiacutecios que tra tem de flll1er e~contrclmiddoteos trechos provendo qu~ elo e O honem sio igucis qucnto agrave n2 ZC o dignidocle criou Deus o honem e sue imeshygem crioumiddot o ecirc imepGLl de (11S e cri(Umiddotmiddotos honem o Tmlher (GenI27) bull Comoveuuacute~ o texto n~o fez elusZo elguwc n superioridcde de um ou de outro sexo~

Nos eplstoles do S~o Pculo 118 t~beacutem1 vaacuterias Pcsscgcns onde eacutele abordo o problema dentro desse perspective de igueldede dos secircros hushymenos Assin ne ]~ Epiacutestole eos corin~oos (XI1112) o apoacutestolo nos diz bullbullbull nem o hOriacuteED exisie SCi e mulher nem e mulher 8011 o homem $

no Senhor Porque se e mulher foi tircdf do honc1 t2tlbm o homoLl foi concebido pole Lulher 1 ll~S tocircdes cs coiacuteses vecircm de Deus o Dirigindo-se aos Gaacuteletes diz lo natildeo h6 judeu nOD gregos nco h~ servo nom hoshymO1 livre n~o baacute hOIleD) nol Bulher Porque todos voacutes sois Ul] soacute em Cmiddot ( 1 -I 2 )8SUS r~sGO J 1 ~ 8

Pertindo desses coloccccedilotildees 1 UlilC pergunte se irJpotildee eil que consis te esse dignjdcoacutee que e Llulher recebeu de Deus Pio XII responde de

bull Uile formc oul to lllcidc eacute soacute interrogcr e noturezo huncuc tel qucl Deus) foJuou elevcCc e rcsgctedc pelo sengue de Cristo Em sue digni dede pesso~l de FilhGB de Deus o houem e e mulher SQO ebsolutamonteshy

bull igucis bullbullbull (Pio XII Alocuccedilco ~8 mulheres itclicuas en 211045) bull

Com efei to pode-se dizer que c rlulher e o homem sco iguois que to c ncturezc e c dignidede eT1borc haje olgumes diferemccediles de fUlCcedilOtildea3 A primeirc delcs e e meis fundeDltmtol neacuteo reste dUacutevide eacute o bioloacutegimiddotmiddot ca A proacutepria estruture fisice do houem e de mulher det0ruino funccedilotildees diversos no que concerne e proc~ioccedil~o Ao ledo desses diferenccedilcs eshyxistem as de ordem psicolocircgics c que se epresentoo socircbre vaacuterios ospe9 tos Sco esses diforenccediles de funccediloes fiacutesico-ps~quicas quo levam o hoshy

4 o

BeD e Co li1UIher c se cOrJpIGt~reEl 1-LCS nroN soo G 1as que dtc ori1ncn o d dque e proprio prro o honGI ou par c mul~er eLl terrlOs 00 1Vlso~ c

trabalho G d0 possibiliddcs d0 reclizeccedilao Acrcditauos quo as d1fc shyrenccedilas existem mas satildeo devidasGB grande parte a condicionaDcntos sociais

O trcbclho servil etribuiclo C I1ulher sua proacuteprie cveliaccedileo coshy f h t imo objeto de que os honcms se serve sao U-J enOLlono lS orlOO e cv shy

dencicm una si tucccedilatildeo dG injusticcedilc e de dorincccedilatildeo por pcrte do soxo nl culino (rmiddotmB Fundalwntaccedilco de lIViver oacute Lutar ll

p 22)

Atuelrlente nco soacute a tlulher reconhece suo dignidade rJC-S tenbbl1 cada vez mais tone conscincia e reivindica direitos e devores con shysentecircneos 0011 ess dignidade tento nc vida fcmilier OOBO na vida s2 oial (PT 41) Aceitcr que a r1Ulher eacute pessoa no sentido pleno de ~2 I avrD eacute efirt1Dr que ela eacute iguel co honem e negar que ele seje UH ser que encontre sue rnzco de existir no honem Partindo dessas colocaccedilotildees podemos concluirl n r1Ulher necirco Gxiste c surviccedilo do honem nGliacute1 o hODum a suacuterviccedilo da uuIher Llas todos os dois a serviccedilo da obre do gecircnero h~ IDno a serviccedilo de construccedilecirco do wundo (Jecques Leclerq Vors unuacute ff mille nouvelle - Ed Universitcires Pris 1962 ccplIl)

1 2 Trebclho~EQ

Vrios sEo os sentidos ddos eo torno IItrebelho PCre uns b ecirclo o mediador entro o h0l210n e o nunc1o pera outros 3 o 0io pelo qur1 o honem cteste sue presenccedilc pcssoel construindo une obre tlui tos jul

li shy

g~D-no enfim CODO o sinel dr transcendencia do homem sobro o mundo LIas nco eacute sonGnto neste pIeno que se -lcnifeste c plurelidcde dos sen tidos d~da co trCbalho HistoricCD0nte tGub6n toe-se dcbetido sSbre seu vclor Pare os Gregos por eXQLplo [ dignidcde do honeo estcYc ne etivid~cG contenplativa sondo o trebaIho m~ual desprozedo

A vis~o biacuteblico no entcnto eacute totelnuacutente diferente Deus ~ende que se cultive o pcrriacutezo (Gecircn 1115) O trcbclho penetra 0ntco no iacuten tino do sr hlo fcz perto do plc-l1o fundascn tel dG Deus sSbre o gecircshynero hmlcno O pecedo entretrnto degrade o honea E dai Oi~l dicmtc cnte s de expriuir e puj nccedil a do hOXCLl IacuteElcgem do Daus I o trcbclho se torno mIC (1ccedil20 uacuterdue e penosc__ Nturclwmte o tr~bclho devcrio SGr ULm ctividdu ospontacircnee e cIcgre uas pelo peocdo torno-so eacutelificil o doloroso A EncDrnaccedilatildeo e c Redonccedilco renovem cste visno dcndo UH sentido portioipcntenente criedor c rodemtor co cgir huncno J DOSDO se

bull do o trobclho Url~ tnrofc rclua nocircIe se desvende a r1c~is iacutentiLH1 o funshydemental espcrcnccedile do hOUOtH a eSIJorenccedilc da Sc~lvcccedilco

A oul turo nodorne cpresentc cOrJa denominedor COL1Uru o huaanisI10 do trobclho f eacute c pcrtir decircle que os veIocircres se torna0 fundcuontados t O houeu constroacutei un ~undo hunano onde se hun~niza huucniznneacutelo Eu SU41ns o brcbclho reIccione o hOIJOD con o mundo hU1cniza e 11turoze c oOtlunicn os hODens ~ntr8 si dando agrave accedilecirco hUDcnn UDe rcsponsobilidede universel

5

bull

rodo vlor do tr~ ~ ~ z e obre per cle p llZJshy

do antas - expressc o vclor doacute hOIlOU que pelo-tr~ r~vc~e o lnshytino do seu ser r sue trcnsecndecircncicv sobre o LlUndo 1 sue occedilco cricdore de UE D~O huunllo Ecirc pois o trcbelhoque revele o sentido do hoshy08n Ecirc po ser ecircle dinaDislo proacutenrio de UTl secircr consoiente e livrG~ que gcnha a suo digniclcdo CJB F~doJentcccedilEo de Viver 5 Lutcr PiP 5-7)

o hone1 eacute UI ser de relcccedilotildees COtlO ser consciente dicmte de nfl tureza ecircle nca cpel1CS c conhece L1oS troneforna-a pelo trobclha h ncnizan~c e ctrcveacutes do trcbclho se conunico eoo os outros honena Este conuniccccedilco entre os honens pode ser feit~ sob ducs forocsl de reeonhe~iDcnto e de douiu~ccedilCo

A conuniceccedilco eacute de reconnampuacuteinonto q~ndo uma pesso procure ~~~ tor a singulcridcde de outra nunc atitude de reconheciuwnto e de coor qucndo nco h~ conuniccdos j nas conuniccccedil~ qucndo nco heacute ct~~middot tude de deBpotisoo ou de sinples indiferenccedilc pelo que o outro eacute nas sitlum atitude de CJ10X e de respeito pelo outro 0000 pessoc cono sujeito COLlO ser presente-no nundo responseacutevel pelos outros seres Nilo posse elessi cr neI1 definir o outro 1 mcs ccredito nele c o resP Ed to Enfim c cOLluniccccedilatildeo sob e forJlc de reconheciucnto eacute equ~ la que se dirige co sujei to e quer sue reclizeccedilco oono pessoe coco liberdeee qucisquer que sejen seus dons ou defeitos

Acirco contr6rio c couuniceccedilecirco se fez so~ e fornE) de dO~Jincccedilecircoquca do treto o outro COilO objeto quendo o treta CODO U11 auscmtc 00110

un repertoacuterio ele dominc~co qu lO podu ser uacutetil ou cano Ui1 instruuc) to ~ minhe clisposi2coll Enumucl Eounier f O PcrsonclisLlop 63) Hn re~cccedilecirco de cloLlIacutencccedilao o qu ccontGce oacute UJl iechcnonto socircbre O cu N~o shy

hcuu BoviwmtodQ 2l pcrc O tu~ e fir1 de se chegu ao ~1 estebolg condo cs uumlTl bcses ro~is uw l1undo do crioccedileo hUJ1Cllc Fincll1ontc pocle~se dizer quo e counicoccedilecirco ele doninoccedilco rigoroscDcnto f c1cndo

N N N N

nco Indo suumlr to~ 0010 C ol1uniccccedil 00 porquG nco hc unc rolcccedil-o do eonsciecircllcics ncs cponcs cOlunicedos ou inposiccedilotildees entre honens

Lbrowos r t cu que u c t r[wes d C comunJccccedilco cntVi C~1b I ro os h ODeus q~e o hO_lGLl recrio c Ci~ ~middotQDQn to i pcrticipcndo t CSSIacuteLi t no c to de Crif geo EstL COUll1iccccedilotilde-o ecircste [to de CDor eacute o reflexo do Deus na criashyture t rio lODOU

NIrbullcs c nluni CCccedil co entre Deus e o hOLleo nco se r~ SUllG nc obro do bull I

crJcccedilco 6l )U8 Deus se Imnifesta poreacuten eacute um~ relGccedilco que continua a existir e 2 reclizcr-se c trotildeveacutes dos teupos e que v~i cteacute a Pcrus1~

6

Natildeo se pode falar eu cormnicnccedilatildeo desoonhecendo-se os meios que possibilitem sua realizaccedilatildeo

O primeiro decircles eacute o lrab_2J11o O trnbclho cooo j5__foi c1itot~ansect forma e na-cureza y ateste a vide hunane e e aperfeiccediloa -S e tclben a nosso ver o principel meio pelo qual o honem se comunicc COB os ou~ tros homens

Ao lado do trabalho outro ~leio de comunicaccedil~o que mereee um real - t t daes aque e a ~JLu~aJLao Se entendernos e ace~ armas a e uoaccedilao omo pr~ cesso global de reelizaccedilatildeo hUllllme que iaplica eu accedilatildeo cperfeiccediloadorc nco soacute por pcrte do educ2ndo Em8 tG~1beacutem por perte do educador procosect so pelo qual o honeu cresce no contato eoo os outros h011ons e 001 a nCtureza tr2nsforwmdo estc em cultura e conunicando-ee com os outroe

t 1 d n e ducaccedilco soro necesser~cl]en e a~a ogo sera I1e~o o COE1Ul1~CCCcedilco ou a comuniceccedilatildeo por excel~ncia

Outro meio que nos pcrece UlJ dos wuumls espontecircneos c por isso I18sect

OOUI dos mcis rioos eacute G Ete_l-012~ar A arte populr lonifostc a sensibiliclcde geral dos que c praticCil por UL1C seleccedilro de lotivos que sco ume espeacutecie de lingucgeJl oifr2da Por detraacutes desses elOiwJltos apashyren temente sinples apcrcnteilcmte desconexos mui tos VecircZiCS 00 observS

t N f t bulld or es t remh o e pouco d esev~scoO 03 00 cs ~n ~n~ es e ver~aiacutel~S3~Ke ex pcriEacutelncics relizcdcs por m1i-bcs geraccedilotildeos (IIEB Justific~ccedil2o de lIVi ver eacute Lutcr p 86)

Ao lado dessos meios tclvez os a2is ricos lembrorelOS OUbros 02 110 veremos c seguir

L QQPv~~_rsQ por e~eLlplo eacute Ul1 decircles No meio rurcl sobrotudool2 tono o lugcr da lintUcgen escritc Lpresentc-se sob os forlcs Dsis vcshyriadcs I desde os ilbate-papos os liDoxericos 1i oteacute os notcias que s~o trczidas dos oentros urbonos atrovGs do Severino que foi c feiro ou do chofer de ocninhOcirco que pcsse todos os dics 11 estrcdcbull

Ao Icdo ele converse orol outro Deio de coouniccccedil~o que uercce ser lembredo eacute ~ 9orr~on~~Icj_c ccrtcs d negoacuteoio assuntos fc1ilic shyres pcrtioipoccediloes socicis eto Tudo isso e cssunto dr converse ascri shytc Reconhecendo a ililport~l1cia decircsse Deio lar1ontcoos o fe-to do Lmi tos homens n~o o podoreo utilizcr parc 80 OOrluniccr eoo outros hOlJGns as a cOL1un~caccedilco ~ s t coril o IV~Den t o d c t n-oc d ~~nc~a aOSOl1VO ocn~ca N prrou ci Houve uo ercnde cperfciccediloL1CntO liiacuteovos meios surgiran tJleacutecrcfo telefone iaprensa r5dio cincuc televisatildeo etc

o te~bgr~fo por exe~lplo vaio resolver o problerlc dr rcotildepidoz dr comunicccedilco uumlscr~ ta eilborc 8ejr UL leio ustdo qu~so quo c~clusivrDonshyte nc zonc ul~bncbull J2 0 tuumllofone necirco soacute fccili tou L1cs t-Llbbruuml foi UDa sOiuccedilao pcr COlSCs CTI r~gc GGg~en UH rU~uCS que t es ob tOr~c1Cm t c

cont1to direto ou escrito Desdo os reccdoa utilit~rios os ch~nCldos o

7

bullbull

e pedidos de fornecin8nto ctC os siuples bcto-prpos o telefone siJ shy1 f t t R t 1 b bull (lUP J Joou nuJ o c CC~lunJC-Ccediloo c CJs nOJe es c 0Ll rer 1ioa~vJe c ~ t lo no nosso pCJs esse -18JO ele CODU11JCCcediloO S0 ros rJngc quase 2pono8 c

tzona urb cne e cssJr1 UClSilO prGocrlc10n e

CorJl relccedileo c~ iruumlpronsc podo se dizer quo lc foi 9U030 Ull suco A N - A

dana0 de convorscccedilco orel e de corrcspondcncie COLlO est2 t ele uuml touumlshyb d d er1 voa c UD grcn e nUDero ao l1OrJons

O hOLWD ctuclBGnte t conte cor outros rteios de OOUU-YJ1CCcedilCO

O oine~ por exenplo quendo beD reelisodo eacute uu dos neios noisbull bull 110 d d 1 t rJcos CJneDc G U110 espcele e De JoClor en re nos e c proprle VJClc

entre os ngtssos olhos e dos outros llomens Atrcveacutes do c11180 o houon torna-se trc~nsporente i luz eloqientc dirige se pcrc o rosto os olhos que nos revelcl c SU2 personelidede Uco Llportc quo seja o

t t t fN U t vlgCrJO o pros 2 u C ou o or 00 112 purgun C seLlpre G I GljjC que]H HA

Sco eles CruzcDos diricllente COD centcmes de pessos nca neo nos encontrDos Feltc-nos teopo pcrc isto e sobretudo disponibilidede Eol olhemos o proacutexirlo O hote~ torlo se UD eoisu u- objotol pcrc o Jutro hOD8l 1188 o cineLlJ nos obriga senpre e pergunte qUOl s~o ocircles E ueis cindc nos leve ~ indcgoccedil~o qUCD sou eu (Guido Logger sscc Educar pare o Cineua ColoccedilGO ~ducer perc e Vide Cedorno 2Peshytroacutepolis Vozes p 7) Coo VODOS D iuportecircncic do cincua OOilO l1cio de conunic~ccedil2o t enorLle InfclizJonte eacute tc-beacuten G ~oIillClc rcstl~i to c zono urbcn c bull

(J t d d middotun o 0 ro -20 cpeser e sr ur iJeJO Donos rJCo quo o cJl1euC t

sue penGtroccedil~o c-uuito D~ior O rtdio chego aos lugaros do acesso ixds difici Por seu intaroacutedio o honen de zonc rurcl por oceuplo podo tot1c~r conhEciJcnto no soacute do quo 80 pcssc nc~ cidcde proacute~i~l~ 1~CS tCj~1-beacuteIl no p2is no rundo O proacuteprio middotfeto de o reacutedio ser utilizdo cono UiJ ins trunento dE oduceccedilo Oacute UL1 prove de seu vgtlor

Entre o Oi1101C C o reacutedio poder-se-it) situer o te18visecirco Necirco res t duacutevidc qUG G U1 elos Lcios 1i8 Dod)rnos do conunic-~ccedil2Co~-middot-que nOD

seGpre 6 be~ aprovQitdo Sue influ3ncia ontretento fico licitada co Deio urbeno ou colhor oos gr~ndcs centros

middot T d cvJ e ncO so pode flccr prosoAost0S D010S de coo c COu11CoCcedilCO

10 sendo os uacutenicos Outros eJds-cer e dCSClroqI1hD UD pcpel deoisivo so bre es populeccedilotildees co~o eacute o ocso dcs estrcdcs que pouco c pouco vOtildeOacute ligendo deg pois todo Sobretudo o tr~fego ceacutereo inpriDc e estos co~un ccccedilotildees a repidez do seacuteculo

A tu-liiacutel mte j~ nco constitui novidcd0 clgune dizer-se que grcJlde nUacutet10ro de brcsiloiros no pcrtioipe de vide culturol do Pcs Nel se] pre poreacuten se teu consciecircncie de Que c ciorie dos horous 1S0 ti _tu

bull 8 bull

10it~ dc 21lJ t~f rillS sim Qbjcto dc cul tUla de una li~oric e que o de sn~vel cul tural proporei ano UI1 tipo de i2crginclizcccedilco que dificulte e proacuteprio conuniccccedilco entre os homens e entre os diversos grupos soshycieis

o desniacutevel cultural gere COUUIlOnte desniacuteveis nos plenos Gconocircoishyco sociruuml poliacutetico e religioso Por cCuse decircsse desnivolanento e sociedede bresilcirc cteacute hoje esteacute forocdc por grupos culturclu0nta e strctific-dos Nco foruumlc UrJ tocio t no quel o rasul todo dCs olcboro shyccedilotildees cultur~is eacute pcrticipcdo por todos oesoo que ecircles ~~o pcrticipeo dcs oeSLlC8 etivid~deacuteS ou no ueSLlO niacutevel Todos colcboran 112 oleboro shyccedilco oul turcl uCs nen todos taJ tido oportunidcde de prticipcr pro shy

bull porcionclnonte dr suo 8ignific-ccedileo Ore isso nco podo ser coeito ~ preciso trouumlher por UD tipo de socicdcde eL1 que se aceite o so epro voi tee oontribuiccedilco de todos s preciso trebClhcr por up tipo de 80- ciedcde onde o oulturc suje cepcz de sotisf~zer ~s verdodoircs e toshytcis necuacutessid~des do houem

tI d-- necosscr~o ~r bOl clCro qU8 qU1 quer t N o~cs G ~n uumlnccediloo propor shycioncr co houcu 1lgun loio do il-lhoric cul turl teLl quo prtir decircle

e h Jvo raSSDO TGJ-S8 (Ueacute pc_r t lr d o prlnc~p~o que AIc oucn o o 10 t pr~u

cipc_l de sue proacutepric forneccedilco TOl-se que cjudcr o houou e se si tU8r eu seu contexto e scb0r distinfllir o que o difercnci1 ossenciclL1ente ds estrutures sociis dos conclicion~i8ntos de n1turczc c dos outros hO1ens 11 A priuoirc terofe do crist2iacuteo sc rochlOnte for crredo de

d e t f OSSi3S d obI- SUJClCO t lo scrlco e rns orucr nOeacuteOnSG JGtO GI c ornoshyrG_luen teilcgel de Deus se outoconfigurcnclo bull TI) so este cutooonfigushy

so so pod G f czer nc t t~Vldcde conSClOnC~ose ov~shyrcccedilco ln erSUDJO dente quo o hOiJo nso pode sor suj i to de cul tur sc so intogror no processo culturcl socil G hist6rico

RetoJl1CO ncis ur~ vez o cua j~ foi dito lonbrc~roDos que D

eccedileo hUHcnc per ser counicccedileo -elos honans entro si ter sClprc une d~oanseo socicl 1l cul turc protildepricwnte di tc nco eacute o produto dc 0- ccedileo do hOtleLl singulcr l2CS dos hOD8ns socicloGnte relrcioncdos Se e cfirncccedilco do hocen ele n turezo trcnsoendendo-o e trnsfOrj~lcnshydo-c 6n teo el eacute 0010 prosenccedilc c~o homeo no rlundo elenento de ligoshyccedil~o dGS hOBens entre si~ por isso ten que ser vivida por todos proshyporcio~elnento Cricdores decircsSG ~undo humno todos s~o rosponsaacuteveis pesso~uumlLlimte 8 8ilqucnto todo sociol pelo justiccedilo e injusticcedilo do or-

A shyden hUD~no de que eles so sujeitos Aceitcr ou recuscr injusticcedila1

(~c oreleu 20cic~1 n3o eacute torefc do hOllel isolcdo DC-S de toclos os honcns mqucnto secircres conscientes livres G c o JlUni teacuterios

A condiccedilecirco priueiro pc~r~ quo o hOrl211 s~ ~001izc COD0 pOSSOB e

que os direi tos que 8Llcnau de suo proacuteprio neturezc sejcl respeitcdos Dntre os v~rios direitos scliunt~rcDOs os seguintes

9 bull

tA bull direito e eX1senc1~ bull eacutetiroi to 03 [leios l1cousstrios prc viver dignDL1011~O ~ direito ~ pesquise do vurdcdo e c infor~~ccedil~o vo=dico sabre 03

oconteeiuentos puacuteblicos bull diroito D p~rticipor dos bens do culture o ~ oduccccedil~o

direito yscolher livro~o~to sou prampprio ostndo du vider

diroi to trcbclhcr liVrElllOnte e de flOdo hULICnO J ~ N d bull o oons1re1uO oqU~S1Ccedil~O de

direi to [ locomover-se clontro de counidcde poliacutetioc diroito o associ~r-so direito c pcrticiper ctiv~~0ntc de vide puacuteblico

bull (pere ULl estudo deste prte vuumlr ospocicljJcnt~ c encolioc eGD in Terris paraacutegrefos 11 c 27 e c Doelcraccedilco dos Direitos do L1el de ONU t 011 1948)

Couo os direiios do possoo ast~o bOE axplicitcdos no p~ocu in Terris e CODO o tono Cultura pcrticul~rjJQnte no osp0eto do nU8ossidoshyde de todos pcrticiporc~ o cprovuitDro~ dos benefiacutecios de obro cultushyrol ~ abordcdo 00 outro perte do Fund~u8ntDccedilno verODOS oqui epencs o cspccto referente 00 direi middotto que middotGodos os hOiluns tOcircil Oacute instruccedilecirco o educcr-sc

Como j~ foi visto cduc~r ~ l0vcr o hOill~D c t08~r consci~ncia da S8U ppcl d0 sUji to do clmdo 6 illtogrcr clguOacuteLl n~ obro cul tur-l nc dh t occcedilco o 0-011 que rcnsforlc o nrdiurezc A educcccedilo e UIl~ oaG~ncJc uuml

Uil direi to ele todos Ul conc1iccedil~o pr~ quJ o h0L10 se roclizCi c so Af1rre aouo pessoE

Hd d t o d cut t d cE) uccccedileo uumlvero ser u 1nSl1ucwn u o-conSC~Cj1 Jzcccedilco nu grondu co1tiJiacutemto huneno quo vivo otilde llcroacuteoIl d- vide culturcl Di) voreacute ojuder o hOI1oU e tOoos os honollS a S0 de silnvolvoreu G c se intoshygrcreu no couunidodo trczondo pare elo os riquezas individueis o do grupo Todavia pcro que iste econtoccedila n uacuteducaccedil~o teu de ser pfrc tE dos tera de ser pcrc o povo =os que se exige dD uuo 0duccccedil~0 que so quor cbertc c todos uno educcccedilatildeo poro o povo Exige-so que 010 sirva

iE t od os e nlto cpencg o esmiddotcc ou oquelo clsse c estes ou oquoloB n-t~recircsses Oige-so que sejc flexiacutevel e responde agraves necessidc-dcs e ex gencics dos crcndes setocircrGs sooiois cnergentes c vide l1tcional

esoo10 couo instruDcnto d~ do~oerctizcccedilampo de culturc e~bGr~ n1o ~pencs orientar os que c procurnn DeilOCrctizedo sue funccedilotildeo sur~ ncis Llportaute reprflsentar o povo integrcmclo-o n sociodcderaquo necirco pcrc quo ~le se torne consuuidor pcssivo do u1c cultura que natildeo f3z

- ocs pcrc que sejo trcnsforuodor ( criedor de cul turco

Podemos concluir Qste i toa dizendo n8o se pode cccIacuteiicr uu odushycccedil~o 00 quo t5dc e quclquer plt880e nco encontro oondiccedilotildees pore uo cutentic~ reelizeccedilco UlJL ecluc~ccedilecirco que nco possibilito o rGalizfccedilecirco dcs exigol1cics de hUDcnizcccedilecirco senpre cresclmto d possoc htE1Dilo

bull 10 bull

11 d t 1 d 1 dmiddot bmiddot s t r ~ c O si~ pvssor 8 8 C -1) O SCC1C qUiacuteJ n1nguel1 pO 0 ~ --- L

llccedilSiJO O viver n(- nod v01ccr co Pi SOL 1wnbrer-s0 elOS ili1OS ~ ~ fmiddot

propr10 d0 cCde hOilOl ctingir sue p-r (iccedilco nc COiUl1lC~CcedilCO COE os outros Tl socicbi1iclcdt) i priilOiro lu~cr SU 8xprine nc cOLltmide d( fclilicr ond o hOllOl~l 0 c _ulhQr constituiacutedos n ~_[3~_4iuli9-qs so ordene1 uu co outro cos filhos pelo vinculo do cDor pJssocl ll

bull

Prre quo fcLiacutelio cjude ruacutecluente c rcclizcccedil3o de seus lllbros 6 necess6rio Que ele decirc eonciccedilotildees pcr qU0 todos d~sonvolvcll sue pIJrshy

bull sonclidcdo u hcjn uc vordcdoiro respoito e cccitcccedileo antro todos ~ Jf d cdrproc1so qUG sOJcu cC81tcS todcs cs Q1 urenccedilcs C V1 C propr1c U0 LO ~

UH cssio COI10 sucs inicietiVcs Isso soacute Se processe no QntcllcG qucn do heacute roeln-n to c orficnccedil c bull Jll tG ajUS Dunbros quc~ndo h~ COiu1ic~~ccedilecircotilde ErJ ULle pclvrc qundo h~ caor

PCrtindo dtisscs cloc ccedilotildecs ampo-nos conte que o middot~binto oni 1 soe Ul 1b1011t e -COCtOS Su r0 lJZCll qUnd o G0US Q bull 81cr onou L~OLQl(l~_

DO disporsos p=los unccrgos qu~ tGu for~ da ccsc so suumlntu~ felizes quendo se GnContrcll ou C]u-ndo os filhos gurrdu d-~ inf~ncic ou de juvGntudlt c lc~br-nccedil- du ua l-r onde cncontrcrcJ1 clOr Cf por isso

l J Omiddot t conuJccedilocs pcr~ su uosbnvolv0re~ S pc1S qua procurc~ crJcr cu oucs

P

CS occsiotildecs ULl sabi0i1to ojldo os filhos sojml considcrmlos COLO sujuumlishytos t COi10 soros dotedos d0 cOl1sci~nci e libordcdc sco sJ71prG r(COishy

Iiacutens- d s Lmiddotmiddotmiddotmiddot~brnmiddotmiddotmiddotos ~ 1nc~- ~ lU~ f~middotmiddotl1llmiddot on j s u UO n --Dros tJo ~JJ ~ oIl~ t- d - - 1_114 tond n

v c rdcd i rC1i utCJ t c rocliz8rJ~l-sG n2o eacute cquol2 onde h5 lUi to Ginhoiro I1CS onde h~ U11 lliacutenino da condiccedilotildees hUl1cncs uuml clOr onde toeos sro trs tedos co~o suji to o nco nOLiO coisa (VGr Jeccqu~s L8clorq Vore UIW

P~lIacutelle P-ris t d UniV(1~8i trircs 1962 ccpV)

A feJiacutelie t8D dirQi to e c-rtcs condiccedilotildelts tento do l1ctur0zc ecoshynOcirclica G social coa0 cul-curel ~lorcl que contribuCiJ pcxc consolida lc e cLlpcreacute-lc no dos0mpJllho do sue funccedilco (PTsect16) 802 lS lliacuteniIleOshycondiccedilotildees Gl h~bi tc~ccedil~o c de ltJsccbi11d-de 8conocircuice por oxoplo c f

1 d d b 111 ~C neo po uumlrc 11JU cr c todos sous Wil ros c sc Qcsenvo VQrOl o [1

s~ ro~liz2ra~ co~a plS80cS

Por outro ldo ilCOLlpotc Cos pcis o prioridcd0 do eacuteiroi to N 1 I ~) A ques t co do sustento o oducCccedilco dos proprlos f11hos PT ~17 80 eles

os educodores netos do seus filhos 1l U8 diriaacuteto L1[8 ( tcnbeb Ul doshyvor qUl corresp mdG co diroi to Que tel os filhos de exigir decircluuml6 ecircsto cuidcdo Dste oduccccedil~ot co~o o sustento aos filhos davo prolongcr-sont t t - qUl os es 011 COn01ccedilo08 nortle18 posscn v~ver por oon ~ proprle bull

roclizccedil3o de uu f~liacuteli~ no dcv t ~l

teric ~s qUG tecircm condiccedilotildees pcre qU0 seus m0~bros 80 rGclizo~ dGVG~ sr UL1 COlSC 013018 cUGJ ~bull

shyder UL1 pouco d G 81 C outres qu nca goznrl decircsses ~osuo vclampras

bull 11 bull

A pessoa por essSncie uu ser soci~l Por ser U2 todo ~b0rto e gneroso conforoc ~ oxprossecirc1o de lseri tein eacute que lhe uacute peculir un corte eburturr - cO[luniocccedil~o Q quc 01- teLl que vivor 0-1 sociodcshydv ~ no oontQto 001 os outros houcns no dieacutelogo quo o hOiJon so dli scobr8 e se integr ne couunid~cle 1 couunid~de aebo cjudcr o hoshyne1 c c tingir plenewunte sues porfiacuteJiccedilotildees c se roelizer

Segundo Leco XIII II Cbull soci0declo nco foi ins ti tuiacutede de lodo quw o hOlJOL1 c busque 00110 ULl fiLl i~cs pcrc que nele uuml por ole posshysue neios eficezcs per~ sue proacutepric pcrfoiccedilecirco ll (SC194) TI Joco X~III ne Pecon in Terris ll diz quo II sando os honans socieis por ncshyturezc ecirc lister que convivQu uns cou os outros Q prouov[~n o bca uuacuteshytuo Por este rezatildeo eacute GxiGocircnoie do u~m sociedede hUijnc bel consti shytuiacutedc que ~lutueuentG sc jeLl roconhecidos e cULlpridos os ruspoctivos diacuterGi tos e dGvres SO[110-S0 itUQILonte qU0 todos dcvcn tr-zor D

sue proacutepric cOl1tribuiccedilecirco c oonstruccedilecirco de uue sociodedell(PT 31)

lIGs C construccedilatildeo elo Ul novo tipo dli sociuacutededo de U~lo sociodode D~is hUDGnc duacutependern d~ col~borcccedil~o de todos dns diferontes rolishygiotildees dos divorsos grupos ~tnicos ou idooloacutegicos O cristco tOil que oster presente nesse novo tipo de sociodode Sue presenccedila eacute exigide pele ceridc~dc e eacute Ul1 iupcrctivo do proacuteprio Evmgolho Por outro lc-cla esso pruumlsonccedile tou que ser efetive orgenizc~de t preciso d0scobrir unc fOrrIo que Delhor possibilite c todos porticiper ctiveLlonto no sociedcduuml 0 de exercer plenruluumll1te o pepel de sujeito ne construccedil~o delo O hooeu CaDa sujeito de Histoacuterie n~o pOdO dcixor do p~rticishypcr direte ou indiretcilOnte de vide puacuteblico Sogundo Jono XXIII bull die c dia so torno une exig~ncie da proacuteprie dignidodo hUrlono poder toner perte ctiva ne vide puacuteblico aubore verie e Bodelid-de desse

t middotmiddot 11 (p 7 ) per 1C1pcccedileo ~ 3

bull 12 bull

bull

BIBLIOGRAFIA p~R APROFUlTDiIEHTO DESTA 1amp PLRTE

1 Lebret - lIcnifesto por uua Civilizcccedil[1o Solideacuteria Livrcric Duca Cidedes Sno Pcu10 bull

2 Joffre DUL1DZedier - Refleacutexions sur lEntrcinenent ~(mtc1 PEG Peria

3 lkul Lcndiu Educcccedilco e Conscientizeccedilco Docuoento de Estudo elo LI~B

4 ELliJcnuel ounier O PorsonclisLlo Livrcric 1or~is Ik1i tocircrc Lisect boc 1960

5 Rocno Guordini - O l_tmdo o c Pessoo Livrcric Ducs CidcdcStS~O Paulo 1963

6 Jean Louroux - VOC2ccedilco Criste elo HOL1er~ FlcDboy~nt

7 Jacques Leclerq Vers lln0 Fcuille Nouvelle Editions Universishytaircs Pcris 1962

8 JOco XXIII - Pocen in Terris Editocircrn Vozes do Petl~bpolis

9 Henrique Voz - Iorol e Rosponscbilidado Socicl t i postilc de Esshytudos do 1iliB

10 Pierre Furter - Propositions p0ur une Etude de lAnolphcbetis~lC cu Breacutesil (uiueogrcfcdo)

-

2 ORGANIZLCcedilAtildeO

o trsbalho pareoe ser a primeira mola c~ue llOtivou algum tipo de orgcnizaccedilatildeo social de orGanizaccedilatildeo de pessocs CO~l um fim comum detershyminado natildeo nos estamos referindo ao tecircrmo trabalho como todo ti

IW ~po de accedilao humana t mss a p~oduccedilao de bens e serv~ccedilos para consu~o_ ~ difiacutecil imaotildeinar como o interecircsse dessa produccedilno edge a comunicaccedilao de experiecircncias de novas teacutec~icas de deseJOS e Gxpectativas quanto agrave boa diviseo dos seus frutos qua~lto enfim agrave Civisatildeo do trabalho ~ ra melhor atender agrave produccedilatildeo

J3ergson diz que o primeiro homem eacute o uhomo faber que usa sua inteligecircncia para a transformaccedilatildeo do mundo eu seu proveito e o distin gue do homo eapiens ll que posteriormente 8J)arecemiddot como aquecircle que iE terpreta e explica o mundo sem proveito ce COnSUIlO Hatildeo nos interessa discutir a justeza dessa distinccedilgo mas verificar a importacircncia que tem o trcbelho proagraveutivo (do homo faberH ) no primeiro momento em que surge o homem como tal E lembrar que a organiz~ccedilatildeo da sociedade procura ser uma racionalizaccedilatildeo da melhor maneira de se obter um oacuteti shymo de consumo de bens e serviccedilos seja por tocircda a sociedade seja por um grupo ou uma classe etc (bens que soacute poclea ser obtidos pelo trcba1ho humeurono)

~ntre as funccedilotildees da famiacutelia em tocircdas as sociedades (ver item s~ bre Estrutura Social desta Fundamentaccedilatildeo) as mais oomuns satildeo a pro shycriaccedilatildeo a satisfaccedilatildeo sexual e a produccedilatildeo sabemos que nem sempre

I l d ~ 1 dI t 1 t nOSsa sociedade bull Em muitos Ccsos o cesal continua ligado agraves respecti shyvas fa~iacutelias de origem se01 constituir nove fL~iacutelia s r mcrca distinshytiva decircsse tipo de famiacutelia eacute justemente o fctltgt ele constituir uma unishydade de produccedilatildeo e consumo = se o trebclho une tcmbeacutem divide pois algum tipo de divisatildeo eacute necessaacuterio em quclquer orgcnizcccedilnoJ a divisa0 do trabclho A divisatildeo do trcbrlho eacute o priBGiro tipo de distinccedilecirco de J~jiSecirco_c~ia~ que se conhece 1 presente eIil toclo e qualquer tipo de sociedade L~ compreendemos o fsto de diferentes pessoas exercerem a mesma tarefa produtiva em ~iferentes lugcres ou horas como cocirclher frutos ehl ampois bosques diferentes ou por turnos clterncdos o f~to de pessors diferentes exercere~ tarefas imediat~Jonte complementcrescoshymo o caso em que uns cpcnham os frutos e outros jUltom um faz as 00shyves e outro lanccedil~ es s~mentes ou taref~s natildeo imociatomente complemen tares como uns caccedilarem e out~os pl~illtarem ou um dirigir o trator e outro plantar Agrave medida que a sociedade se toxna m~is complexa por shyque o nuacutemero de funccedilotildees e papeacuteis a representar so multiplica vai- se perdendo c no~atildeo dessa complemantcriedade E nasce o mito do homem que IIse fecircz sozinhollJ eacute o horaem queacredita que nao deve a ningueacutem o seu suoesso ou sebecloria 011 experiencic De feto que rclcccedilatildeo pcrece ter um trabclhcdor rural quo natildeo conhece cc1ccedildo COID um operrrio quo

o casament o e ~ga o [ 1ei1~ ~a cu mlne~ra como se r c uo men e em

bull 14 bull

trabalha em fnbrica de sapatos Como nco sa vecirc relaccedilco imediata a tendecircncia eacute de se crer que nco heacute rel~ccedilatildeo elguma

o Erasil tem seguido clgum tipo de poliacutetica econocircmica consciente e mais ou menos planific~da haacute pelo menos dez anos No cnt~nto soacute

lt ino mJmento em que umc pol~ tica econom~ce pro-uz rGs~ scoa v~s~ve~s ~~

mediatcmente (desemprecircgo perda do poder amp0 a~uisiccedileo do bens c servi ~~

Ccedil06 por perte dos assalariados etc ) e ~ue 80 passa c~cr con~~onc~~

coletivorllonin da reloccediloo entre UDC politiro e o dia adio C o c-(lil trlJ~alhf dor Eo e1tc~1to essa relcccedilco sempre existiu e ~BS10 o fato de nco se ter UJc polt tica econocircmic8 conscientemente defuumluumldc produz tmbeacutem seus frutos pcrc ccda cidcdatildeo A coploxic1cde c~s L1terreloiotildees 50 cieis foz COIU que se perca ccde vez mois o ncccedilco de divisco do treshyOolho e conseqUentenente ele suo funccedilco soci1

Que to neis complexo a sociedede qucnto J~middotior c nuacutemero eacutete funshyccedilotildees e papeacuteiS diferentes c cumprir e rGpresenc2r l2ior se torna o deDendcnoia do homem do fruto sociol do trsbclJo Nume sociedade bcse ad no extrctivismo isto eacute cuja subsistocircnci- se bcseia nc I1penha de oonsumo produzidos pela natureza eacute ben mais posslvel que cede um seshy d t o b tAJa cepcz e execu er todes es funccediloas neC0SSor~as 2 propr~a su s~s cll

Qla J o mesmo nuo acon t ece 0B umc OOil1p1exe como o nossac SOC~GCeCle

e~ que co mesmo tempo oria novas necessidades pare os homens e es ~S tisfcz Bm uma cidade um hOillem que nco ~cccedilitcsse quclquer tipo de re

N ( Nshy

lcccedilco socicl com os outros homens o portc(lto neo comprosse nco venshydasse 5 n~o troccsse nco pedisse) primoircmente nco teric cso netl raupc ~ teria grcnde dificuldade pcrc febricor um linho ou ender muito at6 encontrar Uille eacutervore ou qulquer plcntc que n~o tivesse sido plentcdc ou cuidedo por outro homem =esmo que nco se trctesse eacute1c um homem de cidade o probleme n~o serie menor pois o mlnimo c di ~ z~r sorie Que ecircle certemente uscric os conhecimentos adquiridos dos outros e trcnsmi tidov por ales -__- - shy

22 Coopercccedil3o

~~ssa diviso do trcb-lho ncde mcis eacute port2ntot que um tipo de ecircoopereccedilco A cooperaccedilatildeo eacute o fenocircmeno de interrcloccedil~o sociel que cQ mo vimos ~CilllC e nos i tens reltivos otilde comHB9_es3amp ostecirc ne b-se messhyme de vide hum-ne ~lG pode oer meis ou menos evidente c mGis ou me shy

Anos obsourc mes este sempre presente Sebelilos no entcnto que se tQ de coopcrr~eo eacute de clgurn forme consciente (impllci ta subentendidr) ele pode neo ser expltci te (cLrcmente expresse) pcrc tocircde sociedade em todo momento De mesmc fo~mc tocircd sociod-eacutelc eacute orgenizedc e tocircdo orgenizcccedilOcirco eacute igualmente consciente (eL1borc nem selpre explici t~~m(mtc~ Viwos no entcnto como eacute ffcil perder-seI em um sociedodc ccde voz meis complex~ como e nosse e ~res~p~ desse ooopercccedilOcirco e desso orgcshynizaccedil20 onte ccda consciecircncie

De clgume forme poeacuteLe-se portrnto dizGr ~ue tocircdc coopercccedilco 6 dz -lgum modo orgcnizada Por isso qucndo dize10s que ht ooopereccedilatildeo noo orgcnizeda e que temos como objetivo e cooporcccediluumlo orgenizeda eacute

bull 15 bull

preeiso que scibcmos exatc~ante o que queremos dizer para nco co~e termos engcno

~ freqUente como vimos que a dependecircncia social do homem no estGjc expliacutecita em determinados momentos ou sotores de uma socieda de Vimos por exemplo como eacute comum c idEio do homem que se foz sQ zinhou e t~hloS notcin de importecircncic decisiv que ccde grupo etri shybui ~ sue proacuteprio funccedilecirco no sociedade Ume freso muito comum refereshyse ecircs clcsses produtoras ll qucndo hll um pronuoiamento ou ctividcde

bull 6 shy taqu-lquer J QUC reune cpencs donos de grcnde 6 ~roprc S=6 e noo o ca cs pessoas que produzem D co ~osmo t~wPOf supoe que haja classes que n~o nroduzem o ~ue pelo Bonos eacute difiacutecil de cceiter senl que se de

J IJ11termine de qu~ tipode ~~d~~q se este trat~ndo De mesma forme o

bull oouum a roforoncie cs clcrsos trebe1hcdorost qucndo scbemos que trc bc1ho ~middottocircdc accedil~o humcne oomo jeacute foi visto no itQ~ 12 de II Perto duumlstc Fun~~ontcccedilecirco

Isso tuc1o proveacutem de ttI compreensecirco Llcoffil1letc de profundc 1~ terrel~ccedilco sooiol que liga os ho~ons e ~s VbZCS do esquecimento e~ que c~em os objotivos o ~B f~~9otildees quo der~ origem ~ dctermin~ shydos tipos de COilportrnento ficndo npens ~stes 111tiGlos~ o que cQOnteoeu t por exmplo coc dcnccedilcs ou festos folel~ricell sendo o ccso ncia ri tente oio o~rncvel cujo relccedilecirco com o Qucresma perece hoje ~rc coincidecircnoia

~

Com cs tormcB clc3sioacuteo8 uumle eoopercccedilco aconteoe t mesma coise Os Obj0tivos podem 1ereacuteer-se no esquecimento e tpel1CS peranecerom forshyms de eomportcmento nem Sef1pre mui to compreensiacuteveis E 1sso torno [lcil percebermos como nco 6 s~ o esqueoimento dos objetivosL mas t~nbm o de especto~iacuteundmenteia dz ~rlte~A~~~~~ de eoopereccedilco que levem c quo certos comportmcntos nco produzem os frutos que ser1~ neeessnrio produzir~ Coopercccedil~o nco orgcniz~dGf ~ portento c 80010 re9ecirco oneleoa objeacutet1v08 neacuteo esto elr-rmente determindos e onde os meios pcrc otingi los nco satildeo eficientemente escolhidos Chcmcreoo~ co contrrio de coo~ercccedilco orgcnizde cquele o~ que seus pcrtic1p~ te~ deterIllincm os objetiv08 c escolhem 08 110i08 meis eficiantes e cdeCu~do8 p-r~ Co tingi los

~xista~ m~ltiplcs rorm~s de coopar~ccedilco nco orgniz~do n~ vidn do no~so h~mem rurcl O mutiro ~ c foroc meis ciiacuteundid~ a possivol oenta meia oomplexe de eOOpGrc9~0 no meio rurel Edsta em todo O Bresil com nanes divereos (ver a Justificccedil~o de ilViver eacute Luter) bull Co~siste essanci~lmenta em uu tr~b~lho volunttxio feito por veacuterics possocs prc ctender c umc necessideuumlo espccficc aerclzente da un peSaDo ou fL1lic que prgc com comccedil8 Q bebes Poco ser pedido pCillo i~tampresscco ou de inicictivc da outros qun~o tone o none de trci shyccedilco EB clguns lugnres eacute S9~pxe UfJC inici~tivo co pctratildeo ou propri~ tlxio que pcgo 0011 fcrt distribuiccedil(o de bebiqs Cono 0steacute portu to OOllunente cssooiedo tI feste CU0 o illt0resscdo PrOIlove no fira de joru-dc Ll clgu~e lug[res c pclvrcl ficou corno sinocircnimo de feste

A troce de dics eacute tcmbaacutem muito comum e consista numa troce de dics de serviccedilo entre diferentes passocs ou fcJlics Um ~gricul tor

bull 16 bull

pede ~ um grupo de amigos ou conheoidos pera cjud~lo em daterm1nnd~ tcrefn e os pega em outros tentos dics de serviccedilo

Um aspeoto importcnte do desenvolvimento do Pro~r~n eacute justcmen te o levantcmento c desoriccedilatildeo e n oriacutetica desses formes de coopere-9~O Com relnccedilEo a esses formes podemos observer o seguinte

le) sucnto cos objetivos _ ~ importcnte que ecircle s se tornem bem cleros t que aa eomunj

dedes seibam que estco cooperendo orgecircniccmente e nco nos esquece~ bull mos de que em elguns lugares mutiratildeo eacute sinocircnimo de festa e samp isso

- eacute necesseacuterio conscientizc~-se de que n ooopereccedileacuteo ~ tenocirc meno indispenseacutevel c vida sociel e que ele eacute constcnte e n~o ocns1oshynnl isso tereacute importentes conseqHecircncics quento coe meios de reoUzn ccedilco oonorete de atividades oooperativistas shy

- tento o mutir~o quento e troce de dies gucrd~ um especto deeisivcmente individucliste pois heacute ~jude mcs o~dc um tem n sun pr6prin produccedilco e seus proacuteprios problemes eacute evidente que se o mut1 ~ A N bull ~

rco fosse ~te e fese de oomercializeccedileo dos produtos nt1ngirin meshylhor seueacute objetivosl esse noCcedilao eacute muito importcnte pnre um conceito d oomunidnde enquanto EarticipcccedilcO e um fim comum mo~oo que samp aos nomic~man~e n exploraccedilco em oomum dos maios de produccedilco trcri~ anaL mes benefcios usando-se o ilesmo princpio do mutiratildeo muitos tashyzeuacutel em um s~ die o que um soacute natildeo frz eu muitos cli cs 11 bull

21) gucntoatilde eficiecircnoijl dos meios

c troce de dins eacute meis eficiente do que o lJutiratildeo no asshypacto de ilpage lI embore ombos sejcrn trnbclho vOlunteacuterio onde natildeo It

corre dinh~iro cmboe ~~o pcgos um com comes e bebes e outro com trcbc1ho o que COLlpenst reclmente 311e1ho1 evidente que uo s1steoc de Iltrocc de Llutirco serc muito ucis econocircmico e produtivo parc t2 dos do que comido e gebidc que se conSOLle num soacute die

- cmbos Sc iniciotivos isolod08 quo podem mui tesO vacirczes se choccr e podem tcmbeacutem ficer 00 sebor de siopeties ou ont1pctics pessonis n eficiecircncia certamente oumcntcric se focircssem iniciotivoe coletiv~ente consentidos

- gerelmente cmbos opcrecem quando h~ unccessidcdell iato eacute um plcntio ctrascdo ou perdido doenccedilc eto e o prezo neacuteo permi

~1 shyt e que ume so f~l~ io de conte de tudo se o sentido de oooperc9ao estiver bem cltro eacute feacutecil cOilpreender que umc ltxcvisecirco poderio Ctlatilde nucr os ecsos de nec~esidode como aumenter o rendimento do trebclho pcr~ todos

~videnteL1ene esses obsarvcccedilotildees neacuteo seacuteo completos mcs cpones sugestotildees pera umc cneacutelise o ser empreendido polcs equipes e pelae comunidedes

~ iaporttnte fri sar que Co eccedilecirco educ~tivo vi S ldo organiza90 eacute oultiorce e tem de edcpter-se GS condiccedilotildees e Eotivcccedilotildees de e~d~ o~munidede ~no eacute n finalidode de um tipo de cccedil~o ooopereiivist~ quo

bull 17 bull

a define como mais efioiente na educaccedilatildeo para uma cooperaccedilatildeo organizashyda ~uitas vecirczes somos levados a desprezar alguns tipos de organiza shyccedilatildeo de reoreaccedilatildeo visando finalidades mais Ilaltas ll

bull ULl time de futebol com diretoria organizada de qual todos os 860i08 partioipem ativamenshyte tomando deoisotildees ooletivas discutindo em oomum problemas do time pode ser meis efioiente para a organizaccedilatildeo poliacutetica de uma oomunidade do que um comi tecirc poliacute tioo do qual sOacute partioipam alfllns IIIderes

Tendo sido feito um lev~~tLmento pele cogwlidade das atividades de oooperaccedilatildeo organizada nesta r O aspeot~ de meios oonoretR~ de que trata o programe pode ser explorado atraves da esoolha de um tipo de atividade que a comunidade considere i~portampnte ou que precise de reformul~iotildees mais urgentes ~ clero que ecircs~es ~_~~s~_~tos de or~ nizcccedilatildeo nao podem ser generalizados e que neo sao efioiontes se tratashy

t Ados so teor20cmen 8 So a prat10a a que SUSC1 t ara esses me20sbull quo se-rordfo mais bem assessorados pela supervisatildeo do que atraveacutes de programa shyccedilao de aulas

Tocircda organizaccedilatildeo ou accedilatildeo organizada teu alguns aspootos esscncXds que neacuteo estatildeo neoessagraveriamente presentes em qu~lquer momento ou ativi dade las que devem ser alocnccedilcdos sendo por isso mesmo 06 objot1 shyvos do essessorio educetiva do EB neste niacutevol

- os fins da orgeniz~ccedilco ou objetivos goreis que se definem em uma tendecircncic ou espireccedilco do grupo que delo pcrtioipo mas que se devem tornor oom o te~pof conscientes e cleromente distintos (por eshyxemplo no Ocso de um clube de futebol e divers~o)

- Oa obj0tivos cspociacuteficos isto eacute ~quilo que eonoretcacnte se pretenc1c clccnccedilcr dentro eo Ui dotOIUumlll-do prczo ou periacuteodo ou Olil

occlc etividrde progrcucdo (por eorlluumlO roclizcr UJ torneio ou oonsshytruir c sede do olube)

- un pleno ou pelo menos umc prcvisco de ~tividades queatildeen tro do prazo ou periacuteodo detenlincdo dever~ lover aos objetivos propo~ tos (um loilco ew tel data U2 jocircgo com ingresso pcgo e~ tal dote ug

mutir~o em tol dcta pcrs oonstruir c sede to olubo)

- mm divisecirco de funccedilotildees que ir-se-~ ocrccteriznuo melhor oom o correr do te4lpo ocs quo se deve procurar definir prc avi ter oonflishytos

- Wl meoanismo perCo cs decisotildees que deve ser desde o iniacuteoio determincdo cindc que venhe cou o teiJpo e sofrer JlOdifiocccedilotildees

lsse cspecto formeI de org-nizcccedilecirco pode SOl objeto de eulcs llteoacute ricca nc base de releto de expcriocircncics de outres couunidedes Pode se reletcI oomo funoiono o clube tol oOuO 6 escolhido c diretoriecoshymo se planejou determindo ctividcde eto seil ceir em risco imedieto de meBsifiocccedilecirco nco eacute preciso friser que ~s experiecircnci~s devem ser muacutel tiacuteplaa e diferentes pare eyi ter o crglilento de cutoridcde

bull 18 bull

23 Ass~eintivismo

Desde ~ momento em que v Ronem nuo p~sso decisivo de sue evol~ 9CO soube que scbie - Pcsso de reflexco - (Teilhcrd de Cherdin) peacutessou c se ~firuer meis e mcis numa perspectiva sooial E agrave medida em que a vida em sociedade aucenta contrariamente ao que muitos pea saro tamo~m aumenta a chance do homem se afirmar mais profundamente como ser pessoal t~iginal Neste sentido a vida s2c1al natildeo se con~ titui apenas da soma dos indivduos mas a integraccedilao dos homens nushyma vida comunitaacuteria que tende a se tornar oada vez mais universal ~ o fenocircmeno cue Joatildeo XXIII oonsidera tatildeo bem oom deg nome de socializ~

IM 1- fccedilao B o termo sociacutealizalao tal como o emprega o Papa naos re ~ re apenas a um regime jur~dico de bens mas a um processo historioo s6cio-cultural global onde as comunicaccedilotildees fsicas satildeo mais freqne~ tes e maior o acesso aos inumeraacuteveis bens comuns ou comunicaacuteveisda humanidade tais como a informaccedilatildeo a educaccedilatildeo a cultura (JYCalvez ~glise et Soci~teacute nconomique e LI~nseignement Social de Jean XXIII shytditions =ontaigne Paris- Capo I )

~ importante notar sobretudo que Joatildeo ~~rII nao toma o renocircm~ no de sooializaccedilatildeo co~o algo que resulta apenas do desenvolvimento das t~cnicas das ciecircncias do progresso da produtividade etc mas o considera como 110 fato do homemll(JYCalvez) Assim dentro da sQ cializaccedilatildeo crescente o fenocircmeno associativisl10 1l natildeo eacute algo de ext~ rior apenas ao homem mas decorre tamb~u ce SUE no tureza mais ntishyma do seu II ser ll Quando os hOl11ens se associam natildeo ~ apenas em fun ccedilatildeo de um objetivo externo fixado (para u~ ~utiratildeo por exemplo)maseacute tsfbeacutem um LJOVill811to eacuteie S1i6 eacuteJesconte evoluccedilatildeo G uroacutenrio do homerl

A w ~ - (

a llte31dencia natural e qUEse incoerc~vel pnrUacute a vida social Joao XXIII) D historicemente ecircle tem esponCiclo a esse tendecircnoia oom as mais variadas formas de associaccedilatildeo decircsde o pl~~o internacional ateacute aos pequenos grupamentos Exemplo disso satildeo as vaacuterias organiz~otildeGs internacione~s os partidos polticos as sociedades recreativasesshyportivas culturais as associaccedilotildees de classe as associaccedilotildees proi~ aionais os sindicatos etc

Natildeo se pode no entanto - e isso eacute importante - atribuir o surgi mento de formas de associaccedilotildees somente agrave tendecircncia do homem para atilde vida social Haacute uma estreite interaccedilatildeo dessa tendecircncia com o progresshyso da teacutecnioa das ciecircncias dos meios de comunicaccedilatildeo ~stes fatocircres trazem de maneiras mais uiversas solicitaccedilotildees pera e intensiioc shyccedilatildeo da vida social e do associativismo t o ceso por exemplo de faacuteshybricas usinas induacutestrias que surgem e exigem um certo volume dematildeo de obra que leva um g~po de indivduos a se aproximar c estar fl~ sicemente em contato contiacutenuo assim como sua uni~o em tocircrno de deshyterminadas reivindicaccedilotildees (ex sindicato que luta por aumento de se llrios ou por mudanccedila de estruturas etc) Outro exemplo disso eacute o aparecimento de colonizaccedilatildeo agrcolc ue leva camuoneses screm- de uma dispersa0 geogrcfica e se concentrarem passando a-uma vida sooial mais intensa formcnuo te~beacutemf ~s vecirczes cooperativas clubes esportivos sindicatos etc

bull 19 bull

llas por outro lcdo eacute preciso considernIlnos que por suc vez o progresso de teacutecnica e das ciecircncias t bem como dos Llios de comun ecccedilatildeo t natildeo surgirDm de um c1eterdinismo cego 111bo1a nao sejamos seE pre senhores das focircrccedilas e das leis do natureza o que muitas vecirczes nos apareoe como um determinismo como ume necessidade exterior cshypencsL eacute fruto de gestos jaacute colOCfdos pelo homem II~ fruto dt humashynizcccedileo mesma de nctureza Co qua1 nos entregamos para exprimir no

1 h t dfso liberdade E ele resto e possJve ao amem novamen e mo ] lcar o determinismo que seus proacuteprios gestos criaram (Ver JYCclvez oshybre ci tede) bull

Outro ponto e considerr aqui eacute o pcpel do -Jst2do e a sua eresect cento intervenccedilco em nssuntos de interecircsse da ooletividade ~u1tas vecirczes a discussatildeo decircste ponto leva a posiccedilatildeo que em ncda eorrespol dem agrave verdadeira dimensatildeo da questatildeo Assim uns defendem opaixonashydemente e intervenccedilatildeo totcl do Dstado ao pesso que outros rejeitem qUflquer tipo de intervenccedilatildeomiddot hlwendo aindc um nuacutem~ro ponderaacutevel que aceita a intervenccedilno modercda Entretc~to o ponto central da quesshytatildeo n~o_~ se o Dstado deve e pode intervir t m~isou menos ~ imporshyt~~te nco considerar a crescente intervenccedilco C020 um deter~inismo cbSbluto JY Celvez interpretcndo o pensamento de Joco XXIII n ecircsse respeito elucide c questatildeo de mlmeirc sLp1uumls e precisai 11 O pcpc vecirc nesta intervenccedilatildeo um resultado ou cinda um sinal - um nd ee - da sociclizoccedil~o em curso tntes que urua ccusc Logo se Co in shytervenccedilco (lo Estedo ~ ume espostc c certas edecircncics de sociclizcIV ccedilao e tambem elgo de profund~ente ligado co tempo e co espaccedilo e um fenocircmeno situcdo histoacuterico nco pollondo existir r eceitcs unishyversais e perenes c ecircste respeito

A considorcccedilco decircsse ponto eacute import~~te pcTC o trcbclho de oompreens~o e cneacutelise criacutetica de presenccedile do ~stedo nas questotildees li gadcs sos movimentos de associaccedilatildeo e luta dos trcbe1hadores

Inuacutemeros teu sido os pronunciamentos textos leis que consid9 ram o importecircncic do associativismo 3m sucs vsrias forlcs recoshynhecendo-o como um direito ~is alguns dos rucis oonhecidos

ITodo homem tem direi to a orgcnizcr s1ndic~~tos e a necircles ingres sar para a prltteccedilco de seus interecircsses iacutel (Declarcccediluumlo dos Dicei tos dobull

Homem art23S4)

ti tl gcrrntida a liberdade de cssocicccedilotildeo p~rc fins 110i tos lieshynhuma associaccedilatildeo poderaacute ser oompu1soacuteriamente dissolvida sen~o em virtude de sentenccedila judicialll(ConstituiccedilOtildeo Brcsileiraart141sect12)

IIJfi livre a associaccedilatildeo profissional ou sindical sendo regula das por lei a forma de sua constituiccedilatildeo e sue representeccedilco legal nas convenccedilotildees co1etivrs de trcbclho e o exerciacuteco de funccedilotildees deleshygadas pelo poder puacuteblicotl(Constituiccedilatildeo Brasileira art 159)

UNe eacutepoca moderna umentou notevelmcnte o movimento assoeinti vo dos trcbclh~dores e foi reconhecido em oacuteercl nas disposiccedilotildees shy

bull 20 bull

fi

jurdioes dos Ilstcdos e ateacute no plano internecionel bullbullbull

IINco podemos todavia deixcr de notcr 00110 eacute ~til ou cteacute nece s~rio que c voz dos trcbclhcdores tenho possibilidade de se fezar o~ vir e ctender fora mesmo da ceda organismo produtivo e isto em to-

Imiddot 11 (t~middot - 94)d os os nJveJs bull l - bull

IlDa socicbilidcde ncturol de passoc humal1c~ proveacutem o direito de reuni~o e de associQccedil~o bem como o de conferir cs essocicccedil~es c for~ me que aos membros precer meis idocircnecs c finclidcde em viste e de cgir dentro destas por conte proacuteprio e risco conduzindo-os aos elm~ jrdos finsl (PT23)

~~ O ~ue foi dito acime eacute relctivo e textos legeis e pronunci~en tos do Pepe Joco XXIII No entcnto existem einde outres referecircncic~ entre DS queis cs mui to discutidcs de rrx

Uma forme de ossocicccedil~o oonsidercde importcntc eacute o sindicelisshymo surgido cpoacutes a Revoluccedileo Industrial Vnrios movimentos signifio~ tivos de trcbelhcdores EHLl wui tos pases ncscercm ou se desenvolveshyrum c partir do sindicelismo

No Brcsil o sindic~to foi oriedo nos noldes do sistemc sindi shyccl do fooismo i talirno princi prlmonte f e eacute extremamente 1igcdo 00

Poqer Puacuteblico Tocircdr- c vide sincliccl eacute proviste por lei A lei QstcbCcedil Ieee oS requisitos desde pGra G fundcccedilno e funcioncmento do sindic~ to ctecirc os fins prerrocativcs e deveres Aacute liberdade dentro do sin d~ccto entno eacute c liberdede que c legislcccedil~o sindiccl permite e proshyve Outra pcrticuleridedo do sindicclismo hreDilciro eacute c vorticclid~ de I sindicrtos federeccedilocirces confedercccedilatildeo prc cdl cDtegoria ( na cctegorics tr41beacutem sco previstcs pele lei) Uno eacute permitido que ceteshygories sindicais diferentes se cordenem numc horizontclidcdeAssim se 08 sindicctos dos metcluacutergioos e dos forrovi~riosf por exemplo quisessem se coordenlr seria impossvol (dentro de legislaccedileacuteo sind ccl brasileirc) Onde cctesoric deve (do ponto de viste de lei sindi CCl) desclvolver sues ctividdes sindiccia iso1cdclllente

N~ necess~rio obsorvcr que tcl estrltturc sindiccl tatildeo enfcixcda na roco do Poder Puacuteblico tir~~do muito dl necesseacuteria cutonomic dos sindicctos dendo foacutermules pcdronizedls de funcionamento pode trens formeacute-los num instrumento de clesse dirigente ~penas cleacutem de n~ dtr oportunidades de se desenvolver plenCLlfmte ~ ccocidcde dos sin dicclizodos e seus dirigentes de lIe1riare41 algo de proacuteprio dentro do sindiccto Da D necessidede dos dirigentes sindicais serem realshymente a oxpressco do clesse quer di zor SerG~1 pessoes que estejom prontos e trcbclhor reelmG~te no sentido des cspircccedilocirces de clc6seP~ ra Jsso e neoesscr~o que se tenhe conscienc~c LO que e e do quo poshyde ser o sindiceto como oacutereco vordodoiro cc prollloccedillio

bull 21 bull

Haacute disposiccedilotildees legEds m~Js ou menos antisas a raspei to da sin d1calizaccedilatildeo rural no Brasil Entretanto foi pr1ncipal~3nte fi partir de 1962 que o assunto tOllOU vulto e comeccedilaram a surgir v~rias disshyposiccedilotildees simIlificcndo a f O T1112Ccedilatildeo dos sindicatos rurcis pl~ooossomel to e expediccedilao de oartas sindicais

Dentre as vaacuterias disposiccedilotildees () as que natildeo soacute sintetizum a Flashyteacuteria jaacute re8~lada oomo apresenta aspectos novos S~O

- Lei nO 4214 de 231963 - Estatuto do Tr[b[~lh2dor Rushyral pub1ic~do no Di~rio Of cial da Uni~o em 1836

~ Portcrias nQs 346 e 347 de l76l96j- Regula0 a Orgc~1 zaccedilatildeo e o Reconhecimonto de Entidcdes Sindiccis Ruraio bull

Silil9-1octo OEstatuto do frcba1haGor Rural crt114 estntui~ liacuteoita a cssoci~ccedilao em sindiccto f para fine de estudo defese e ooo~ denaccedilno de seus interecircsses econocircmicos ou profissionais de todos os que como empregados ou OE1PT0odores exerccedilam atividades ou profis shysatildeo rurc1 i1

bull

Vemos entatildeo que de ~cocircrdo nou c pr~pr1a lei ~s fin~lid~des do sindicato secirco cmp1as l natildeo se reduzindo ecircle C Dera instr~~ento de rei vindiOcccedilno de essiatencia socie1 e ClgutitS melhorics econocircmiccs bull Para que ecircle oumpra tocircdas as suas fin~lidades tem ~ue ir muito cl~mBasshyta ver que cumpre-lhe tc~beacute~ c defese de interesses profissionaisde I d t ~ tmiddot bull en er ~n erasses prok~sS~OncJ3 nao e 80 consegu~r e~prQS ~mos ~crc

plantio melhor maquin~rio pere produccedilatildeo enfio melhores oondiccediloea de trcbnlho mas ~ sobretuco f-zor com que o trcbc1ho necirco seja red z1da a um mero fctor de produccedilatildeo mcs seja con8id~rcdo como a fon~c por excelecircncia de expressco hum~a Pera conseguir isso o sindishyceto teu que sc ocupar por defini9~o com c tarefa de destruir tocircdc forma de explortccedilotildeo do trcblho humOJlo Convoacutem notnr que 110m sem pre o aumento de produccedilatildeo corrosponde a umc verdadeira prOioccedilco do trabclhador como pessoc

liQ Pera uma vis~o coup10tc de fundaccedilatildeoprooassamento e funciona bull mento do sindicatover Leis e Portarias meneionauuml~sprircipa1mente e nova Portaria nordm71 de 2265quede oerta formaregu1amenta os arti shygos 115 e 116 do Estatdo TrabRuralD1ga-se de passagem que estamp Leital~m de dificultar a fundaccedilatildeo de sind1catosfragmenta demais a classe trabalhadora ruraloricndo dentro dela in~eras camptegoriasdiA tintas

() Lei d~~ada n Q 11 de 11101962 Portaria nO 355-A de 20(111962 Portcria nO 356-A de 2111J1962 Portaria 209-A de 2561962

bull 22 bull

Estatuto do Trabalhador Rural Ateacute a d~ta da criaccedilatildeo do Estatushy

to o--eatildenipotildei1eacirc -estampvatildeexecirciiicfotilde7a legislaccedilatildeo trabalh~sta (excetuanshydo o que diz respeito n possibilidade de sind1calizaccedilao) 2 art l da Oonsolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho que estatui as ~uestoes trabashylhistas no paraacutegrafo IIb il coloca os oamponeses fora dos seus poss veis benefiacuteoios Com a criaccedilco do Estatuto houve uma primeira consi deraccedil~o a certos aspectos da vida do trabalhador rural

t tmiddotmiddot d la gisltccedil~o urb1na pare o meio rural embora sejam duas realid~des bem diversas A proacutepria definiccedil(iacuteo Ciue ecircle daacute de trabalhador rural (art 2 Q) eacute impreoisa e se presta a v~rias interpretaccedilotildees de aoocircrdo com

C0110 e fecil notar o Csjatu o e quase uma ranspos1ccedila0

1os t var ~n eresses

l~as mesmo assim inedaptndo hAacute pontos considerados importa1 shytes ~ O caso principalmente dos artigos 11 bull oria a Carteira Pro M

fissiona1 de Trabalhador Rural 63middot disp~e s~bre o contrato de trashybalho ( que poder~ ser feito na proacutepria carteira proiacuteissional)~ l5~shye~ia um Conselho Arbitral A16m decircsses artigos eacute consi~er~da t~bem importante tocircda a disposiccedilatildeo socircbre sindicalizaccedilatildeo

~ nosso pcpel como movi~ento qUecirc pretende ser educativo atr~shyvecircs de toampos os meios e recursos com Que oontamos levar ns oo~unida das a perceberem o fenocircmeno do assooi~tivismo como inerente agrave pr~ pria ~~a humana e motivar a intenBificaccedil~o oonsciente e delibefada de formcs de associc9~0 que ~osscm responder 2S neoossuumlLdos percebi das a partir de une vis~o cr~tica do papel do homem no mundo

Iaso no entc~to nco quer dizer que devemos inccntivcr e ~ctishyver determinadas forruas de associa9~0 O nosso papel c ecircssc respeito ~ o de informar o que existe as earaotersticas de QCcedild0 ~nc e proashytampr n assessoria ccbve1 diente da escolha da comunidade que poder~ incluave oriar fol~as noves de cssociaccedilatildeo

Teoriocraente a econoTlic de mercado ou ocpi tclistlo reIJouso nurac toca de serviccedilos e bana entre dois tipos de gru~osl as unlcteacutees ec2 n~m1cas produtivas ou emprecircsas n~s unidcdes economic~s de consuao ou iacutec~iliar Ls famiacutelias prest~~ serviccedilos ~s emprecircsas recebendo ~~gnaen

Ao shyt o e as empresas produzem bens e serviccedilos para o consumo das iacute~liaa e recebem e~ trooa pcgcillento ~mboru ecircsse esquema sej~ muito ab3trashyto e seja s6 am esque~a serve para nos mostrar cono est~ dist~cia da disso c vide do honeQ rural Nesse esquema a famiacutelia soacute b so11d~

ai fW bull r i ~ no consumo mas nuo na produccedilco pois o facil 1nag1ncr como roxa shymente as pessoas de lmlC mesJc fcIagrave~lill ou que tenheo dooposos ElD ~o mum produzam mn comum spo ~ue trabalhem em una Llesuc euprocircso no meama seccediltio e na masoe sala o produto finel dC~ emprecircsCl (equilo quo - ) e comercializado vend1do as fcu~lias cbsolutcnente noo dopenda deshyles Seus ganhos tcmbeacuter1 ou s~o deciatildeidos pele etlprecircsll ou dependen de decisotildees coletivas (aumento de salaacuterio mnino dissiacutedios coleti shy

bull 23 bull

I vos etc) e muito r~r~cntc tecircm qualquer relcccedilatildeo 020 su~ produt1vid~

de ou copoeidcde da trobclho Na eoonomia da produ2ao portcnto mas mo os mombros de umc fcniacutelit nno sco solidaacuterios ano indiviacuteduos isolE dos CGdc ~ por si A id~in de atividade econocircmico comunit~ria dcpcn deric portnnto no moia urbcno de tocircdc uma lludonccedila de estrutura d~ haacutebitos e atitudes individualistcs

NOcirco eeonteee o Llosmo no vidc rurnl Via do regra c feLllit s~ oonstitui em unidcde de prod~ccedilco e oonsumo o que equivola a dizer que jtIacute existe tlgum tipo do ouprecircsa cOf1unit6ria pare uaor o esqucmc o que acima nos referimos Trctc~se portento natildeo de rczer surgir ~ vclor inteirnmente novo mais de cmplicr o raio de alccnoc de uampre_ sa oonlUni taacuteria que eacute c fCLllic bull Outro Telor positivo e que pode ser ccrreado nesse sentido eacute o mutirco Embora se deva ciacuteastor quclquer ideacuteia poeacutetioa lrio de mutirecirco cono trcbrlho ~eu pagaL o mutirecirco e a troca de dics sno indiacutecios oonoretos de que a oompeticcedilno econ~~1c~ nas oomunidcdes rurais n~o eacute consoiente neu atinge G agudas que cpreshysenta n~ cidade O mutir~o meswo pcgo n troce de dias me8~0 aendo trooc mostra que natildeo est~ presente c 1d~ia de que o SUOOS$O de ~ depende do insuoesso de outro E de f~to c cODpeticcedil~o eoon~m1cn no campo nco sc fez de meeiro c meeiro mes entre o produtor o o intero~ di~rio e por e edinnte

Outro ospeoto import~nte d~ ctividcde econ~micc do honeo rurc1 que ele nco visa de Iilodo gereI o lucro IlCS c subsistecircncici por isso c noccedilco de que - a propried~de deve ser usado pera o bau de todos e nco pcro o luoro individueI nco encontro cs aeSDes resistecircncics quo cn oontrorie entre cmpres~rios oujc ctividcde eoonocircuic~ se fund~entc no luoro A euprecircsc comunit~ria isto eacute ~ orgonizccco oomunitampric de

d - A po~tcntot apcrentemente vievel~ Tr~ c~se depro Uccedilco ceOnOil1Cc e t snshyber quais cs noccedilotildees que seacuteo fundcmenteis pcrc tel empreendi30nto

12) 2JLW1el~]0ecircS_e __d2_ uso dl Jal0Rriedcdel ~ tund~cntcl o conoeito de que c posse est~ condieioncdq 00 uso de propr1od~de o quo isto natildeo eacute um direito cbs02uto mcs tew une funccedilatildeo intrinsccmcnte soci01 (1)11f1116)

9) Q~_o~Lemo do_~c-l2~) do__trcbelh2 msse prob1cllc foi tl~~toclo na Fundamentoccedilao de Viver e Lutcr e se enoontra tClbom no item 12 d~ 2l perte deste Fund[Tl(mtoccedilecirciacuteo 1106 heacute olguns tspuumlctos que nos interesSD~ diretamente ncste ccso A ~pliocccedilatildeo concret~ dos princ~piGs ~l disoutidos lev~-nos ~ oonclusno de que neacuteo pode hever oomercial zaccedilecirco do trcbelho enquc11to tol Isto ~t necirco h~ nem pode hovcr hipocirct~ se do medir-se o trabalho ew tecircrmos de dinheiro j~ que o tr~bolhotem velor tronscendente leso eacute importante pcr~ cs tomndos de decisotildees soacute bre a divisatildeo do produto do tr~bolho Esta n~o pode ser sagravementa pro porcional ~ posse dos instrv~entos de produccedilco pois 0030 viuos c posse esteacute subordincdc 00 uso paro o bem de todos Por outro lcdon~o pode ser tambeacutem somente proporoionel agrave quantidede de trcbolho j~ que o velor realmente humcno do tr~bolho nro pode ser qucntif1cedo socircmenshyem sua apcrencia O item seguinte pode esolareoer-nos melhor

bull 24 bull

--

0) 9--Jll0bt~~ dc-~oJtg1~ejJde dc espeacuteoie Vinos qundo e8~shydc~oa O probloma de oomunic0ccedilno que fund~ente o progresso de histoshyric humcne ~ue cede indivcuo neacuteo pode reelizar plencmo~tc c essocircnshyoie de espeacutecie hun~na o quo portento os homens e todos suo solid~s nas conquistes e nos erros de humcnidedo Esse mesm~ doutrine eacute aonshyfirm~de no plnno sobr0n~turel pelo ooncoito do oomunh~o dos santoS

por outro l~do quo o - podo b ~ es Sabemos houam neo sucum 1r cut ccron eies sensiacuteveis (climonter-se proteger-se do frio) e quo qu~~do isshyBO ~contooe ecde UD de noacutes ~ solid~rio nG culpa~ Isso leva c que a sociodade Leve prover tS QPortul1idcdes pcrc que cede hOllOD sct1sfeccedilc esses necossidrdes que Sco diroi tos fund~lentais do hmJoLlbull

Em sUDe o probleme central de u~e atividGdo econoillIacutecc de ~i~o

conunit~rio eacute o do reconhecihlonto no plano do trabalho Co~o vimos ll~) i tem proacuteprio e comuniccccedilatildeo entre os homens pode fczor-se por doshyminoccedileo ou por reconheoimento ~os ecircsse reconheoiDento n~o pode ser

h Ot eor1co cbstreto tel quo oonoretlzar-se e111 oedc cccediloo umcne roshyoonhecimento do outro no plnno do trabalho eacute o que se coloo~ ou ploshyno mais elevedo jeacute que nrde h6 de meis nobre e essol1oiclmontc hushymano do que o trabelho

i01s c~r~ um excile de outros problemcs levcntedos por ULlC GlprOcircSo oomunit~rie pode-se ver Fr Jo~o Batiste Puumlreire dos Santos OP U~ NILABORL Uma Revoluccedileo ne Estruture de Emprecircso Livroric Du~s Cido bull das - Sco Pculo

Pode-se definir o occedilocirco poltice de vuacuterias Ilcnoirrs Uuo tltigc def - eLO h amem dlZ nCSlilO C1ue 1J e G Ull~ CnllllC1 ~ lCO o que eCJu~ilnlccedilco E0Lltmiddot vcleria c identificcr e e2~0 poliacutetice cor~ tocircdn eccedilno huJrJlc Sento Agostir~o vi~ o fim de cccedilco polticc assim como o de guerra n~ Fez defininco c Paz como ~ sctisfccedilecirco dos interecircsses de cidade ~ 01amp ro que C01 isso n Pnz de uuc cic~-ao poderia ser iLlposte Co outre is shyto eacute a sctisfcccedileo dos interossos de umc Sociadcde ou gAacute~po poco ser i3postn c outra Sociodede ou o outro grupo ModernnEcnte defino- so e accedilco poliacutetioo CODO equelc que procure conduzir ~ socied~de n~ busshyco do bOD cel21Ul Atuolnel1te tom-so definido taIJbeacutel2l c cccedilatildeo polticn COBO nquelc que busca utilizcr o poder do Estndo pcrc ctcncler 00 bo de SocioclCdo Esse funccedilocirco do EsJccdo ele mesme TJudou de oacutepoca do li berelis~o otoacute hOj0 Acredit~~do-sc quo es leis socieis c Gconocircnices orem IInctureis ll cefendie-se u tese de que eo Estado Cnberi~ cpon~s proteger ns libuumlrd~des individueis nco intervindo especialnuumlnte ne produccedilatildeo e no consumo A esse vis~o suoedeu eom o advento do sooi~ lismo e dns lutcs sindiccis e concepccedilco do um Est~do do Bem Estor So0101 A concepccedilatildeo neturolista c liberolisto jaacute nco eacute dcfcndide 00shymo tel e o que se discuto oacute o Gr~u de intensidade da intervonccedil~o esshytetal no vid~ puacuteblicc Mesmo nos paiacuteses onde o antigo liberalismo eacute tese ofioial - embora defenr1ido em formas atenuadas (neo-libera11omo)

bull 25 bull

oomo nos ~stados Unidos e no Brasil a intervenccedilatildeo estatal ~ una reashylidade Assim nos Estados Unidos por exemplo a diplomacia ~ftambeacute~ uma forma de defesa dos interecircsses comeroiais dos empres~rios norte-A mericanos no exterior no Brasil os organismos estatais exeroeu in shyfluecircncia natildeo 86 na economia como nos conflitos sociais Ias tanto li como aqui a intervenccedilatildeo eacute feita apenas para proteger uoc estrutura

Vecircse portanto que a oontroveacutersia estaacute na intensidade e no ti shypo de intervenccedilatildeo do Estado A accedilatildeo poliacutetica seria wn ueio de fazer valer ecircste ou aquecircle tipo de intervenccedilatildeo do Estado no sentido do Bem Dstar Social de definir decircste ou daquecircle Dodo o Bem Lstar Social de detertlintlr desta ou daquela formo o modo de consegulo

Ao ueSuumllO tempo fica cloro que natildeo tem sentido definir-se ti accedilao shypoliacutetioa eu tecircrmos de ideais moi8 ou menos abstratos COLIO urJo luta de ideacuteias na qual se empenha apenas a inteligecircncia dos poliacuteticos e das Naccedilotildees

Vimos atraacutes por exemplo (item 24) couo o esqueLla cl~ssico da economia separa doiemiddottipos de unidades econocirchlieas a de produccedilatildeo e a de oonsumOi na economia de mercado ou capitalista o fluxo de ~ique bull zas que vai das emprecircsas em pag~ento do trabalho agraves famiacutelias e que vol ta ns emprecircsas erl paGamolto dos bens e serviccedilos prestnd08 otildes tllJl lias o fluxo de riquezas diziamos eacute deterLlinado pela lei do t1oroado subindo o consumo de um produto sobe o prccediloo que est1nula cs empr sas a produzirem mais ateacute equilibrar com o consumo e estabilizar o preccedilo e diminuindo o consumo desce o preccedilo desarticulando a prod~ ccedilatildeo ateacute equilibrar com o consumo e estabilizar O prc~o iae dois exem plos serveu para nos mostrar como isso na realidade e apenas teamprico Todos temos presenciado a sonegaccedilatildeo de certos produtos com o fim de fazer subir artificialmente o preccedilo (especiclmente arroz feij~o e~ ea~) e teillos presenciado como certas emprecircsas otrav~s do propaganda oriam necessidades absolutamente sup~rfluas paro os consumidores ~ ashybrieagatildeo de bambolecircs cosmoacuteticos eto) em que a lei de mercado e in vertida Natildeo eacute a emprecircsa que produz para atender o procura do consumi dor mas que faz nascer c procura do consumidor para vender o que jproduz

Teorioamente por outro lado a economia socialista esteta1 00 bcsecria natildeo na lei de oercCdo mas nC8 decisotildees de UH orgcnismo oen tr~l de planejamento que pesquiseria es necessidcdes do oonsumo e detarminorio o sentido do produccedileacuteo Vemos tmubeacutem que de ua lcdo neDl meia o Uni~o Sovioacutetioa cdote atuclBonte ocircsse sistemo puro e quo amppeAtilde feitcmente possvel um pcs ter sua econotlio completanonte plnnif1o~ do sem deixor de ser ncpitclista O Brosil por oxeoplo ncrcha a pas sos lorgos p~ra ser um perfeito exemplo deste uacuteltimo caso Isso equi vele o dizer que e controv~rsia fundamentel em que se deboteu as focircrshyccedilas e grupos que exercem cccedileacuteo poltica natildeo estaacute mais en se seber sodeg Estado deve deixar a vida econocircmicc e sooial co sabor das leis Une_ turoia ou se deve fO contraacuterio intervir plnnificnndo-as e neu mosect mo soacute no intensidnde dessa intervenccedilno Estaacute no tipo ou modo cooo se

i - dc essa ntervenccedileo Se voltarnos ti conccitunccedilao de Santo Agostinho a

bull 26 bull

que nos referD~os ~oina e se a fun9~o da oidade eacute b~r~tir a Pazde que Pez se tr~ta trata-se da Paz que melhor ntcnda a tocircda a Sooiedn~ de Quanto ~ isso ningueacutew discorda expreesaucnte Tocircdcs as linhas poshylticas de todos os grupos de ~ccedileacuteo poliacutetioa oonoordnn oo~ isso Uas na proacutetic~ de que Ll0do enocrno Ulla accedileacuteo poltioD que leve ~ essa Paz de tocircda t Sociedode c natildeo c Fez ele UDC Cidcdo (ou de um grupo)iuposta c outra

o esquema abstrato (i tem 2A) que divide a vida eoonocircilict dcs No ccedilotildees em unidcces produtivOs (as enprecircsas) e unideccs cl~-ltQnsumo (as famlicsr-~ pera uns tomado oomo real Da sededuz ~uo ao Estado cabe garcntir a melhor funcionalidade possiacutevel as empresas para que possam ctender na neoessidcdes de oonsumo das famlios que constituem a Naccedilatildeo (embora seja um esquema econocircmioo oacute v~lido porque nns necesshysidodea de oonsumo estao oompreendidos os bens e os serviccedilos e nos 8es uacuteltimos se inoluem os serviccedilos que dizem respeito agrave oultur~agrave dishyversatildeo agrave distribuiccedilno da justiccedilaacute etc) Da se conolui que a Paz de que se trata eacute a Paz dcs euprecircsas middotScbemos por exemplo que o pedra ongulcr de nosso regime poliacutetioo ossim CODO de todo o mundo sob a esfer~ de influecircncio cmarioonc uacute c inioiativa privada isto eacute c li shyberdede dcs emprecircscs privadas Isto significo ocber 00 Dstcdo gnrcn~ fundc~entclmente o boti funcion~ento dcs emprecircsos priv~das e o resto ser~ dodo de acreacutescimo Qul o sentido de emprecircso privado pe a sue ti nalidcde eacute ctender ns neoessidades de consuco das fcnlios (sej~ esse consumo de climcntosmiddotou de educcccedilnoacute) O sentido eacute o de que nqueles que possueu ccpit~l (bens Ilcmiddottciois) perc mon~er ou cri~r eIlgtresas dj ve ser garentidc uma remunercccediloo correspondente co enprego cesse Oop tel (decircsses bens moteriois terras instrumentos dinheiro) Todo o Sistema repousa portento na motivaccedilatildeo do lucro por pcrto dos que Po suem bens motaric1s E cono c satisfaccedilatildeo das neocasidodos de tocircdo a Sociedade dopende do que produzeo as emprecircsas t atribui-so UDA identi shydade entre os interecircsses de Ncccedil~o (de que cuido o Estcdo) e o estmuM

E lti ona 1o as erJpresas pcro que produzcn m u ml 1Jse o orgcnJzoccediloo po ltioo eeonocirc~iec e social do Naccedilatildeo que eacute tarefo do Estodo primordio mente scr~ ume rocionClizDccedilatildeo de rmlhor oeneiro de estimular o lu e~o isto eacute a remuneraccedilatildeo do ccpitel A maneiro do otendcroo bea co mUIll seria portanto em l1ttim~ cntllise gcrcntir c melhor formo deAin cioncmento dcs emprecircsas privcdos o que se identifion oo~ a melhor ~ neira de estimular omiddotemprecircgo das propriedades (de bens do ~eira geshyral terras instrumentos dinheiro)

Vemos que tnl visatildeo 6 herceira de certo modo da visno naturaliA to e liberelista da vid sociel embora tenho mudado de certo modo o pcpel do Estodo~

Este visatildeo no entanto se choco com outras visotildees polticas Fishycou demonstrcdo que (I intervenccedilecirco do illstado se faz neoess5rio no vida da sociedcde Aohem alguns portrntof~e eacute preciso fazer soacuterias resshytri~otildees agrave cbsolutc liberdade das emprecircsas mesmo pera garantir-lhes O melhor funcionamento Uma dcs rozotildees eacute a de que o bom funoioncaento N

das emprescs exige restricoes pore que umcs noo A

outras A prejudiquem oS e o oaso d~sgrond~ Lrl~~ (11lt rr1gt_=~ i 11 I-to que tem possibishy

bull 27 bull

l1dadG do dostorcer o morceLo Outro problema eacute o do b011 astcr claa fo ~flt~s enquonto prcstom serviccedilo cs e~procircsos isto ~ ~s cl~sses p=~le t~~es Ar~10ntam que o sistemo do Borc~do deixodo o si mosuo reoung rc mcl o trob-lho de ta1 forl quo de uu 10do l o aonSUDO nao podo ser Du1to grc1de e portcnw- cs c~precircscgts necirco podem su expr-lctir do ol-ro lndo isso 1evo insuficicnlos aondi9otildees de vida o (lua dociina11tlO bcx~ proecircutiYidcdo isto ~t os sorviccedilos prcstldos Coa -c1r~ses sno de m~ quolicode se fOrail ln3S cs condiccedilotildees do trrbclho COll10 as euprest1 rios neacuteo seacuteo se~pre c~p~zes do peroeber ecircssos dois cspeotos co Esta do coberic prover UD~ regulcuontcccedilEiacuteo quo t ao llleSLlO tempo dosse mcior poder de consuuo 00 proloteacuteriodo c lhe desse melhores oondiccedil~es de trcbclho pcrc poderes produzir melhor Desso ooncepccedilatildeo resulo clixl leis tr~oclhistos quo grecirctissew ml onirilo de sogur~9c 006 opo-amp10 o de pcrticipcccedileo nos lucros dcs Guprocircscs que lhos gorontiri~ cUL10n to do poder de oquisiccedileacuteo de bens e serviccedilos Nessa nOStlr linhe cstt bull ric~ previstos os serviccedilos n~o iuediotcucntc reuunerct1vos e quo p~o pieicr1DJliguclLlente o be~l estcr indispensecircvel 00 cuncnio de produt1shyvidcde COLlO os serviccedilos de educcccedilro se~det transportes etc

o problemo pode cince ser colocado de outre u~oirc O trobo bull lho ~ cOl1seqUenteueZlte todos os seus frutos o donnio de terrae rSD 900 de instrumentos c produccedilco e UlllC conquistn dl espoo1e hwalJlooo

~

mesmo teu9c que de ecdc hOLleil Ccedilucndo um hODCrl se npossc privodcnente (uscndO per~ seu benefcio exclusivo ou moior) do fruto do tr~b~lho hu~tno ecircle espolie os outros homens O produto do trebclho de m~ hoshymem eacute inalieneacutevel isto eacute natildeo podo ser trensferido c outro cooo sim ples coiso poreue neacuteo eacute soacute coiae DCS ecirc erioccedilco da hooom c represonto Co sue vi toacuteric s~bre c ncturezcbull Os ueios de produccedilco (nGsno os nctu bull r~is OODO c terre) sco uo~ conquisto de eap~cie huncnc logo t~o que bGneficicr n todos segundo suo condiccedilatildeo de hOBOU c su~s nocess1d~ des e direitos como hODOD 0 necirco segundo coidontes histbrioos oono o feto de clgu~m ter-se oposscdo priJeiro de Ui puumldcccedilo do terre e outlX6 nao Ou de c1Gueacutem ter sido foito prisioneiro c escrevo e outxos n~o bull Tocircdc distinccedilco portcnto entre os que possueLl bens c os qua 0 pos shysuem e trcbelh~l p~re os priuGiros teric orgeo nc douinc~co de UD hot4eu socircbre outros que historiccuente se deu Q continue rlcr-se Do um lcdo os Quetecirco posse e USCD CD seu benefcio em dctri~1Cnto dos outros Se ~lienCIll (ou tOfon outra 00i80 isto a sc torncrl Wla outro coise qUQ necirco hOLlons) por nco reconhcceren o outro CODO honco sujoito de plenos direi tos e trcnsforoercL o trcbclho eo Jcoisc e necirco ori~co humono De outro lcdo os que nco pOSSUEm e trebclhCil pcre outro8VQO o fruto de seu trcbclho que oacute une perto decircles meS1lOs sor possuido por outro o que equiv1 e dizer que se oliencm se dosti tueJl ccedil~o suo cOl=iacutediccedilno plille de hOiUG1S

O quc 80 disQute ecirc por~cnto o proacuteprio si3tCUC ele possa e uso dcs proprie~cdes o proacuteprio sentido de ~upr~s~ Oe ~eios ae pro~u9~O

A IN

aegun~o este conc~ccedilco nco podew ser objeto de posse e uso ~~~dcdacirc vendo ser usedo )ole e pcrc c Souiedcde Os f1eios ooncrotos v-cr1Cl eshynorrJeaente deacutentrodessc ~oncopccedilgo indo flosdEl possetoteJ dos pro shy~riQ4cd~s p0lo Estcdoete a posse dos Baios de produccedilco pelos ~ue con eles r~bclhom e tendo seu uso ~eguledo pelo Estcdo bull

bull 28

Es 8C3 1inh-s polti c cs ropidcilGnte expos -tas e e squOuuml1 tizedas ttf zerl C bcilc novcuacutewnte o conceito co Paz de ULl grupo As du--s plino1 shyros reprCSJn t am nJ tJdCIJ8n o c cz o grupo e proprJe crJos (O cprcshy t P d d t 1 - A

806 isto ~ conforne vinos no i-G3-1 de orgcnizoccedilatildeo soci01 n classe olto ou burguesc Porque justificc~ uuumlo Paz pcrc tocircdc c Sociodcdc cen trudc nos interecircsses cc clcssc bUlgueso A terccirc linhc po11tica 1 euumlntrnda nos interecircsses dj libcrtcccedilGo dns classes inferiores de pro let6rios G trcbclhcdores rurcis J isso nos troz o concoito do i~801o

bull bull I I ~-gJo que e UiiC JustJfJcccDO -G00rJCot um rocJonolJzcccedilco de Jnt~rcsses 1 Ao t

( entendido il1tGreSSe ~lil UIl conccpccedilco boa cmpla nno Jntero8ses ilC c shyricis inedietos) de Uiil grupo e~ 1Wt deteriincdo sociedcde Vemos egoshyra por que c lute polticc nGo ~ uma agraveisputa abstrcto de iclonis crbi treacuterios 1108 unconfli to do interecircsscs dos grupos que forwom c s02iedcbull de Noacutes pocamos notor fccilmente quo essas diferentes justificnccedilocs se refEreIiJ nco otilde n[~turezo que O h o Ie tI POdE racionclizcr objotivcmonshyte jaacute que c ne tureza podo _s_~r_ g_bJ~tccedil do c2nhecilJCnto huvno Qucndot

no entanto treta-se de occediloo huu~o este nco pode serpy-1~t~~~d~ plcshynemente por tretcr-se d~ accedilco d2 ~~e~~~~ que nco cstco ~ubordincdo~ e leis detcrJlincdcs pois na occedileo hUtlma se inclui c opccedileo livre nno

d t - d P - I - lpr~- e erwJne 0 or 1S80 mesmo osse rocJonc Jzcccedilco ~cnQU Co exp 1Ccr pcrc cede homem as sues proacutepri~s opccedilotildees o que signifioa cs ~pccedilotildeos de seu grupo de sue clesso e CSSIacuteLl por dicnte Isso nco quer dizer que esse justificcccedilco sejc cbsolutc_10ltO subjuumltivo e necirco -tanhe vcliclcdo [~ nno ser enqucnto justificcccedilco de intGrecircsses dcquocirclo grupo Nc ilod1dc em que o honem pode ter cuacutensciuncic de o QU0 318 eacute G do que Sco cos re

- 71eccediloes entro os hOTIens e claro qU8 e possJvol uma gonorc11z~ccedil~o e possiacutevel que esso justificcccedilecirco ele occedil~o hunenc possc~ ter 13ulC vlidE de universcl na nmiddot-didc UGSlO em que procure une idontificJccedilco n~~ior cOJ o velor proacuteprio do hOS0ill (isto eacute fundclJe1tc sC uumlLl U1 hUil~liSilO ) e SG idGntifiquc monos co~ os intcr~sses inediotos do indiviacuteduo d~ cl~sse ou do grupo

Se c cccedil8o pol ticc ( Uilc eccedilOcirco ideoloacutegica cOIlcluilOS quo c eccedilo l t N 1 d ) 1 ~ bull po J Jcc nco PO(8 nunce sar cccedileo ~so e e JndivJ uc bull li l1uumlCusscrlc41un

to accedil[io de grupo cccedilco org~l1izeacute~~dc 0 sno qUuumlcl pretende que ponsa o age isolcdoLlcnto Olil pol ticc porticipe de clguuo forDe elo une fcixa d l i J eo og co e de uac occediloo elo JTUpO ChegcLlos tC~lbou c quo a 0lt00 poll shyticc pcrc sor eficianto davo ser orgcnizode

A occedileo poliacuteticc orgenizodc lGscluento eacute otribui2So elos Porti ~ Ccedillos Poliacuteticos no Brasil DG f~to no untcnto tocircdo rccediloo hulCno oorJshyportc il1pIci to ou oxpllci teDuumlltc UlCo ccrgc ideoloacutegica o portcnto t5 de elguD Dod~ occedilco poltica U11 trcbclho do AniJrccedilecirco Populer por eshyxonplo 6 occedilco poltico enqumto encorno UH objetivo de libertcccedilatildeo cul turcl dcs populoccedilotildees 8crginrli zcdes e porton to do olgu2 110c10 onccedil~r nc o feixo ideoloacutegico drs clesses inferiores Uno oonunidcclo que s orgcnizo cge da mesmc forne pollticCnente cssunindo uno ideologia liacute i t t AlUp o a Js o e noo ncc8SSorJcDonte expresse O~l torDOS de conco1 shy

pi Nt os pr1ncJ os ou noniles de eCcedilOGs A occedileo ~olJtJco a port~~to Dulshytiforme NSo ser~ poltice sQuente por ter esse nODe ou por viscr di shyrtcmnte eleiccedilotildees ou pre88~es 8ocircbre outoridadospolticcs A co~preca scO destE~ fto deve chGgcr otaacute ns cOIlunidndes ser correr no entcnto o risco de se uinimiznr ~ ~ccedilOtildeo poliacuteticc restringindo-c e etividcdes

bull 29 bull

CO nivo1 ecircLcs conunidedos No nvol de Socidrdo soacute to sentido e consoquoncJc r rccedil~o polticr quo ccninhc pcrc ser cccedil~o globclviscnshy

do c atincir ns proacuteprics ostruturcs de socioddc

A distinccedileacuteo rol do bese idcoloacutegicc qu~ heacute ontro cs divuacuteTacs linhs pOl ticcs I c difcrunccedilc elo inlircs do iacutemccrcr cs ostruturcs - ( t ob - bull bull 1CiC SOC18Ci~Ci~ COLO vJros no J e~~ so r orgcnJZcCcedilLO c ClnXllCc SOC1c

c Qclo dc~s sociedcdes 0 c Uclut011CcedilfO G wudrnccedilc do SUrS cStL11middot~Ul~S) bull

Ir middotd t h lf t t~c rcpl o GsqUGn- Jzcccedilco cuc 11ZlOS c0 ltcl eron 3 102(lt11CJ3 pOlJ t ccs podaDos noteI UDe q1W I0tuacute~ecircc2e wntcr pure c sL)lcBjhl-tuacute -S uuml~ tru turcs Bocitucde Cttrc nj~UacutendL cDcrliccediloftlos 1)crc nodo-- i1cl

bull ~ - A

te-lcs s sccilwvll t0 CO0 sEo i cintia outrc pruacutet011cC [1 tori-lcs rcdic-lwlCltO A or6cnizccedilco u cccedilecirco polticc (t0otilder1o~~1tiacute) o qUiacuteJ middotlS

Pcrti(os ftz9111)exigiric port~nto o consciontizccedilatildeo cc seus proacuteprios obj Etivos J aodific~ccedilatildeo ou m-Jlutcnccedilotildeo elo ostruturo

Tretc-s( portcnto de purspuumlctivc v no do tipo do ccedilco A pirti lp d J ~ ltmiddot d shy cccedilco 8 comnJQ-s nc Iccedilo pu J lCC JC~ Si 0 L1CSl) qu 80 por

bull n 1 ti tiOlllJSSCO bull crC sor [90 po J tlcr orgcl1lZcuumlC ( nuacutecoss-r c conSCJOl1l

znccedilatildeo do objetivos pOliacuteticos O 1130 UI detcrdndo tipo do ccedilco oOJotilde

por eXtlplo Ctu~9co co lcrtieacuteos _~ cOOp0r~ccedilco org~izcc 6 Ul objet vo poltico -it Lleclidc o quo vis[ der moios co ho~~o~ rurcl do cssu ui p1euronJonto sue concliccedil~o hucnc

BIBLIOG~11_7IA PLR1 APrrOFlnJJ~~TTO DO ITE 2 nJ 11 PRTE DA FvmiiacuteshyTACcedilAtildeO

1 Frei Joatildeo Batista Pereira dos Santos OP - mrILABOR - Uma Revolushyccedilatildeo na Jstrutura da 3l11precircss Livraria Duas Cidades 1962

2 JY Calvez - ~glise a Societeacute 1loonomique - LtEnseicnement Soeicl de Jecn 7JGII Bd ~el1tiSl1e Paris

JOseph Fo11iet - LHoliluumlle Sooit - Essai d Anttropo1ogie Soc101e Col Ja Sais - Je Crois Librairie Arthcwe Fcyard 1962

4 Georges Lefrnno Le S~(1icclisme dons 1e ionde C1 t(~uo Seis-Jcrl

Presses Universitcires de ~ranoe 1961

5 Bstatuto de Trcbalh~dor Run1

bull 30 bull

  • ESQUEMA DA FUNDAMENTACcedilAtildeO DO PROGRAMA PARA 1965
  • SemTiacutetulo
  • SemTiacutetulo 1
Page 5: Nota do Organizador: Pela crise política e financeira em

tencionnlnunte universel isto 6 dcstin~do agrave rcaliznccedil~o do honco cooo oonsci~ncia im si couo ser univuumlrsel ll

bull Este univors21idcdo ecircln cul turo N t h tiomiddot tnco a antr8tclto~bstrctn L1O8 Qoncro 0 po~s que c ~s or~c~nun a

enocrnodo Assio c universalidcdu concreto que torne eutQntico ~~o

cul~urc _reside no ~os~~b~jj~~~of~tivo de ~oBuniccccedil~o d~su~s signifi ceccediloos a~ S8US ve10res ~dceis e obres c toucs es conSO~8nc~cs quo vecircm a encontrar-Seacute no ecircLlbi to c~c prsenccedila do nunda cul turrl - qucsteacuteo bull (lsSiLl c vJrtiginose univorscliccde bstrcto elos sistmlcs 1uumltafsicos A

do tndio temIic o justificer do fcto urr profunda divis~o de consc~on cics nuoc socicdcde elo ccstes) ~ COllO intoncionlomte un~~ que C

cult~ deve ser dit Eopulr

1NOTtir Este pcrte Ooncoi to Filosoacutefico de Cul ture foi t1 cmscri tecirc de FUnc~cLlen tcccedilco de IIViver ecirc Lu tcr ll provoi tendo -Se cs ideacuteias do fe Henrique Vaz 5J

1_12 Conc~~to de Culturo no n~ropo10gio

A etividede oriedor~ 6 nquel~ etreveacutes d~ qual o honoo expressa sue forne proacutepria do scr existente no nundo Esta atividedo criodora~on uo prineiro niacutevel de releccedilotildees so realizo otrcveacutes do conj1L~to do 09008 eo que trcnsformc coises de ncturozecirc eu objetos do culture A cse a rode o pcpel n neacutequine seacuteo elcuns d0stes objetos que eo ncior ou nenor greu de eleboreccedilco rcpruumlsoutou e rcsultente do esfocircrccedilo huncno contlnuoo~ntG envolvido no tecircrefo de integrer 00i8S do ooio c~biente no oundo elo hODeo ti ctreveacutes cleste intoroccedilatildeo constcnte com o sou oeio ncturel que o hODeLl se eprcsonte cano criador e trcnsforDcdor ncste priLlciro niacutevel de elenentos culturois elebo-rcdos c p~rUr do nctcriel fornecido pele proacutepric ncturGze ou c partir de outros clemontos cultushyreis Lleis sill)lcs e ntcriorDontc criados A soluccedilatildeo do elgUlKs do suts neo~ssidades fundc~vntcisf provocc gereluonte c eoercocircncic do outres nooessiccdos problonos oeia cODplexos ~ ecircste o processo b~sicootro-

1 vos do quo o cul turc est~ s-lpro se renovcndo

iIes 80 podoilos epontcr os objetivos Detoricis eoo) eloDontos de oul turc podecs tcbeacuten cffroer qU8 n3o soacute ocirclos consti tuoo tocircde t

cul turc do hOUCD ]j e sue conccedil~iccedil~o de ser sooiel quo o hODOl rca11ze e cultura Intogrdo 0L grupos sooiei8 definidos segun~o carcctcriacutesticns deteruincdcs o hoooo se fez ngo~l te do cul ture cricndo trensi tinc1o noutros hooens os 0lcllontos cricdos A pr6prio ostruture 80ciol eacute ex shypres se e Llodificcdc c trc-voacute s do toO cooo forle do culture A fCliacutelia cs relnccedilotildees 1entidcs pelos neLbros de f(1liacutelin segunc1o c posiccedilco que ocu pmJ es forrlcs de cOLlUniccccedilc9 socicl cs cstruturcs poliacuteticcs os sistc oea cconocirclcos o trrbelho ca foI18s que oSSUlC o significndo que lhe otribueo as ostrutur~s quo os grupos se iopotildeco por roeliz~-looa 010 _

o0ntos enfio ctrveacutes dos qu-is so ccrctorizo e concliccedilco sociel de un grupo do uw povo sno oxpros300s do UD outro nlvcl culliurel ncccsso shy

ricD~nte presentes ~1 ~u~lqu0r sociodcde

A oss DeSDe concliccedilco sociel 01 sues nuacutel tiplcs oXIlrossotildees cultu Irc~s c c~rcunstencio propric 0 hOiOrl do ser trensconclonte ao Llunclo eo q~ roclizc suo cul ture cOtcspondo Url conjunto do slbolos do t que elo se crL1a pcre corunic-r-se o todos os niacuteveis OorrcSl)oncc tCIl shy i

ibull 3 bull f

beacuteo ~trcveacutes de expIiceccedilatildeo do signifiocdo decircstcs sobolos o ostcboleshyoin~nto e o evoluccedilEo dcs signifioaccedilotildeos que ecirclc caacute n si oesDo cos oushytros hOLlons 00 SU oeio ncturcl e C sue cul turco

~ pr5prio do honeo crieI e integreI eu sue culture 0160 do objeshy I tos lctericis clem dcs tccniccs trcwes dcs quc~s cS cr~cccedilocs se roshy

noveo ~l~ll uSs Dcnifstrxotildeos cul~urcis do sue c~iviccecirco essoc~etivc ns sign2f1ceccedilocs dcdes e estes obJetos o ocontec1Dcntos ctreVGS dos qucis justifico e expresso sue oxistGncie seuS ctos seus tonores o sucs espercnccedilcs lTuumlste torcwiI1O nvuumll cul turcl cncontrl-so t por oxog pIo I cs norncs de conduta os sistC~lc-S etrcvoacutes dos queis 50 procurc fr

t tmiddot N t t tzor c JUS 2Ccedila - es crunccedilas c os D1 os - cs cr2cccediloos pureDcn o cr ~s ~

ccs C oS sistoocs de pensc~-11tO bull

ti cuIturc Sw cOlprcondo pois OOrlO o conjunto int0Crodo do crie shyccedilotildeos en quo o ospiri to huncno s e1~pr(Sse ( Obj0tive DH buscc de reso

d 1 1- t shy1uccedileo o saus proo aoes o tuumlnaonc~cs pussoe~s o SOC1C~S ~os ros n1shy b 1 1 1 - t middot 1VG1S eS2COS uD quu nos e pOSS2VO ~~V1~~- e - n2VO eleP e~1VOt n1VO

cssocietivo G nivel iduumloloacutecico (cqui no sentido do nvcl tlcniel) 00shy

botl (ontro de culturo os objetos notcricis cs conscluccedilOtildeUS os instrBshyDtmtos do trcbelho os 11~quii1CS cs toacutecnicos do transforLlcccedilecirco de notushyrezc os v6rics fOrllos elo slJortos Cs crieccedilotildecs crtisticos os oatrutE rcs ( norDes sociois e orgcnizcccedil~o poliacute ticc os sistcJes juridicos o idionc cs cronccedilns os sistoles filosoacuteficos toeacuteLos os sllbolos o si shyneis os ccriuocircnies os ritos do pes segeo cs tradiccedilotildeos cs idcologics e os forDcs pGles qucis 80 cxpressoo os religiotildeos A culturc Oacute os3io tocircclo o ox)ressco de otividedo criceacuteIorc huoonc sanpro intQncionol C perticipado por tC(~OS os hOJons onqucmto uonbros do socio(~edos E CODO tel ecirc construido por coiscs e econteciocntos reeis objotivos pcssvois de obsQrvcccedilco dirote e in(~iriltc Localizc-se lJOrtc-ntones shytcs coiscs niacutestes ocontociacutemtos no tonpo o no especcedilo Duumlntro dcs p9sect soas no for~o de cronccediles cC ODOCcedilOtildeOS G ref10xotildees culturelucntc dotershyuincdcs dentro de tocos os procossos beacutesicos de conunic~ccedilecirco Of fineI oonte dentro dos objetos octoricis

Cooo ccrcctoristices fundcrlQnteis ctrevJs des qucis o cultura se desteco co~uuml roclidcdo cspciacutefico seb0Duacutes quo ele oacuteo) trcnsnissvel d~ uno a outro gercccedilco p~lo convivio socicl e ctrcveacutes co cprondizegeo nco por hcrcnccedilc bioloacutegicc oono por eX01plo a cocircr do ~elc ou a aI turc dcs pessoos b) une ctivieacutecde cxclusivorltmte huocno C) ULl conjunto in

l bullt tlgrolo Ue crJoccediloes neo U1 ccunulo cesorciacutemcdo clt OlOllontos oc_ter~cis d) uno cIesse de coiscs e econtociuentos dependentes do sinbolizoccedilecirco e oonsiderodos dentro de uo contexto extro sO~leacutetico

Se estes tendSncies ~ cmiddotiG~ncios huoenes estilo presentes ou tocircdos cs pessocs por soreo inerentos c sue proacuteprio essecircncia podeDos entco cfirucr que no h5 iacutendiViCLUOS ccediluo necirco p-rtici Deu dc culturc Se est5o ~

pruumls~n t os 00 todes cs possocs osterco nocesscricDuumlnto ou todos os grupos socicis do que ales fczoa parte Noste scnticl0 podoos ofirLlcr

N

que noo hc grulJO sociel so-1 cul ture

No consiclorcccedilecirco do fonocircGno cuI turel eacute inportcnto dostccer sous eleuontos 0 seus processos etrcvoacutes dos qUGis c cultur~ se estruturo se trcnsni te e so lOdificc

4

Os elementos oulturais bull

bull Traccedilos oulturais eacutea menor unidade a que a oultura se pode reduzir Complexos culturais eacute todo o conjunto de traccedilos estruturados em tocirc~ no de uma atividade baacutesicabull

Padrotildees culturais satildeo as orientaccedilotildees baacutesioas dominantea e signifi shycativas em uma determinada culturabull

bull 1reas oulturais satildeo regiotildees que se aproximam pela similitude eviden te de traccedilos e complexos culturais

Tomemos o acontecimento ZUTIRAtildeO enquanto forma de trabalho colsect tivo e tentemos uma ligeira anaacutelise de seus elementos a partir do que vimos como caracterlsticas da cultura

Um conjunto de homens trabalhando a terra representa uma ativ1 dade criadora Socircbre uma determinada extensatildeo de elementos naturaisecirc~ tes homens exercem uma atividade intencional Tecircm um objetivo e trabashylham segundo determinadas teacutecnicas que aprenderam e que devom promoshyver o aparecimento do objetivo que os levou ao trabalho O aampo se modifica a natureza se transforma abate-se a mata limpa-se a terra ara-se o chatildeo os sulcos satildeo feitos o solo adubado e depois semeado Como instrumentos de trabalho os homens que participan de um wutiratildeo possuem foices enxadas e aracos feitos de determinadas maneiras deftnidas segundo o objetivo quo a eles se daacute Eis alguns objetos consti shytuintes do que temos chamado elementos materiais da cultura~ As coisas foice enxada ou arado - oonstituem ecircstes objetos materiais As t6cnishyoas atrav~s das quais 60 usa a enxada e se trabalha com o arado a

N

forma objetiva padronizada como se ara e aduba semeia e colhe sao acontecimentos de onde tais elementos materiais se originam

Os partioipantes do mutiratildeo associaram-se como um grupo social bull Natildeo soacute agem em funccedilatildeo de objetivos comuns como tambeacutem regulam easa accedilatildeo mediante um oonjunto de normas de tradiccedilotildees de costumesOcupam postos distintos oomunioam~ae de formas determinadas esperam que ashyoonteccedilam cortas coisas que tradicionalmente ocorrem em tais circuns shytacircncias O comportamento decircstee homens pode ser previsto por quem os conheccedila de vez que satildeo culturalmente determinados

Quando se falam usam palavras de um idioma oomum Atrav~s delas se ent~ndemf e com elas se referem ls coisas e aos acontecimentos Cada palavra decircste idioma pode ser tomada CODO um traccedilo cultural O idioma CODO um todo constitui um complexo cultural

Durfu~te o mutiratildeo os homens cantam por exemplo Ulla dctcroinashy

d AI Ia 2anccedilao om que narr2-m uma estoria um mito ou em que oosorevem o que eatao fazendo A canccedilao sua forma seu oonteudo mesmo a maneira 0000 eacute cantada constituem tambeacutem elementos de cultura

O mutiratildeo cooo Ull todo pode ser considerado CODO um oooplexo ~ultural Cada um dos elementos que o constitu1f~ em referocircncia a ele um de seus traccedilos A roupa que os hooens usao a naneira oomo oavao os instrumentos cou quo trabalham as eanccedilotildees que canta0 a esshytoacuteria destas canccedilotildees satildeo traccedilos de um Dosmo complexo cultural ~ pashy

5 bull

o

drotildees oulturais quo se pode0 dostaoar da unidade de ootlportruwnto aclotatilde da por todos os partioipantes do nutiratildeo e se fazer notar atraveacutes de todos os seus gestos atitudes e atividades pessoalncntc rcalizadosaen do oada um decircles socialn~nte aceito e culturalocnte detcrninado Os eleoentos culturais prosantes no conplexo cultural mutiratildeo estatildeo tomiddot dos intccedilgradoe Natildeo se trata de coisas e acontecioentos seu rel~ccedilatildeoqual quer uns cou os outros Trata-se do processos o resultados decircstcs pro shyoessos ligados entre si o suficiente para seren coupreoudidos CODO

partes de UD neSDO todo cultural

Os honona que participa0 do mutiratildeo fazou-no livrencnte porque acredi tam eu certos fatos Acha0 por exemplo quo os honcns se elevou sect judar uns aos outros Acreditan que o trabalho eacute neccss~rio a todo o honeo Julgue quo unidos pode0 realizar ou nenos tenpo nais trabalho O conjunto destas crenccedilas pode-se coopreender tanboacuten quando explicitatilde dos eo palavras ou nas atividades co que o mutiratildeo so expressa cono elenentos culturais

Eo tocircrnos globais coopreondenos CODO aacutereas oulturais aquelas que tleStlo independentoBonte de proxinidade geograacutefioa aprcscntatl ULl ul1noro razoaacutevel de couplexos culturais identificados claraocnte CODO soneJha8 t-ea

A culeura 80 apresenta sO2J)re como realidade objotiva posta co novinento eo uudanccedila constante eu tocircdas as fomas porque se expressaI a) os objetos que satildeo elementos materiais da cultura cano UIl vaso do barro a aparelhagon necessaacuteria ~ irrigaccedilatildeo de un canpo de arrozeto b) os subolos e coobinaccedilotildees significativas decircstes sobolos CODO as p~ lavras de uu sistEma lingulstico alguns cantos o contos ecirclo utl povo eo que as palavras decircsto sisteua se organizamUD conjunto de leis o nor mas os nitos alguDas crenccedilas a globalidade de eloDontos eou quo deshyteroinado grupo social reflete o uundo e justifica sua conduta c) os acontecinontos do quo estas coisas se origina0 o ao que se Dodi ficam cono o trabalho do un artesatildeo a atividade padronizada atraveacutes da quel se fzen bonecos de berro ou objetos de oouro d) as forncs sociais pelas quais os hooens organizAD e estrutura0 os elenentos de sue dinonsatildeo social OOBO c f~nlliaf a oouunidecQ o o grushypo pocircsto eu trabalho comum no mutir~o

lC) A forua de un vaso de barro por exenplo pode Ser uodificadc ao pcssar de un a outro grupo social ou mesno dentro de ~ soacute gruponc passcgon de uoa a outra goraccedilco Eu elguns casos pode nodificar ateacute DeSDO a sue funccedilno modificc~do tanbeacuteD o seu significado especiacutefico bull O DeSDO vaso que num cul turc ou co uJa eacutepoca eacute utilizedo 0000 roci _ ~iente de aacutegua pode eu outra culturc ou na nOSD~ cultura co outra epoca tornar-s~ objoto de decoraccedil~o NUD terceiro grupo social o DOSshyVcso pode ser posto c serviccedilo de ctividodos religiosas c oono tolenshytendido COLO objeto sagrado

22) A apcrclhagotl noccss~ria otilde irrigaccedilno de ul cmlJO do arroz tt-onsect

6 bull

_ - J ~

fornc sc 00_1 O surgincnto do Ul novo instruul0nto msto novo instruncnto tento pode ser criodo por nlQlLl mmbro do proacuteprio grupo onde o aparc lho eacute usado tradi c10nelndnto 000 pode sar trczido por ruumlgun Doubro de outro grupo

312 ) As pnlcvros do Ui sisteuc linguCstioo estecirco ar COl1stcnte LlU shy

denccedilo GLl sue fornc cu sue funccedilatildeo 01 seu signifioodo ilcs m1igroo de Ul o outro JOVO JuntJ1-S0 o outrcs uuml con 0106 forLlell novcs pclavras bull Ruumlnovcu-se DosoparoOOD durcnto longo tOlpO o surgoLl ncis tcrdo COL

une nove funccedilatildeo 1oacutegicc PorcoJ-se A observaccedilatildeo do dois textos - ul 8i A otuol e outro 82 Agrave ne 2eVo - e su 2020n t e pero portugues portuguos d 1 r d01

xor clara c evoluccedilecirco de lCngut n(oionol oono UB s1sterle OIl Llud2nccedilo coE tCnuo

412 ) Llguns o)n tos e centos do uu povo deSopcr00en COJ o correr do tOLlpO Outros secirco _-oclificodos aos pouoost por exmlplo se o grupo socio1 possa a ter uuo nove econouie do subsist~ncio se Posse a vivor do culshytivo do uilho e nGo Deis de ceccedil~ e d~ pGsce se eacute doslocedo do uuo zona proacutexima co oer pcre uue outre Qist~~te dele situcde ou vnles dispostos 00 longo de Llontenhcs

52) Uu conjunto de l(1is e norlcs vigente cu dotoTLlinedo grupo sQ cie1 L1ocifica-se tC1-~boacuteL1 g0roli1021to t cdcptondo-se t novos situcccedilotilde~s sQ cicis ou explicitendo suas pertos Quendo uo grupo oacute pocircsto ou contoto COll outro sucs nOrLlCS do couporteLl8nto poden ser influenciedas ou in shyfluencicr norucs do outro rupo

612 ) Os lIacute tos clgucs crei1ccedilas o conjunto de clo-lontos coa que ds toruinedo grupo socie1 roflcte o Iundo G justifico c sue conQuto sofre0 todos o DG SLe lJuclcnccedile cO pes scrou de ULlC c ou tre gcrcccedilatildeo elo -w a oushytro povo ou nUDe nesue goraccedilOcirco (0 UD DeSDO povo Dodifican se do qual shyqU0r forla ctrev8s do proacuteprio uso~ atroveacutes da difusatildeo de seus olcnontos pelos diforentes Derbros elo Grupo Cada pessoo contribui nCSLlO CO1 sua perte ele novcs coscobortcs fvoreccndo eos poucos O dcsGpc1ocil1O1to te elguns GlGDcntos de credibilidade o c ooorg2ncia de outros

Necuumlssagraverieilente os CCOjY(ocIacutelontos ar que estes coi82s 50 origi shyniIl -10 21~CCI~ bl o t e que os d middot ~ seo t 2il Ol 1os processos con 2nUOSI as tocn1cns de irrigaccedilatildeo es nenoircs do nerrer os velhos contos as forllts elo coushyportcrhnto dontro de felie ou dentro do grupo e roaccedilatildeo provooade peshylo estcbelGcil1Cnto de novos pcdrocirccs de conduta

~ d G propr2o C culturo ostr cu Dudonccedila cont2nuc etrevos ecirco todos

os seus eleuuntos do sinal quo Su fez no chatildeo ou nes ~rvorOst couo inshydiocccedilatildeo de ULl OCL1Iacutenh2 a sOGUir cos valocircros espirituais tcrbOacuteu ecircles si nois dados ~s consciencios o nisso indicadores do rUDOS

A Histoacuterico Dostra clarcronte o existZncia do c_ireccedilotildees doterldno des nc evoluccedil~o culturel dos povos e de tocircdc c hunonidado Cede objeto que sofre individuolouumlnte uue uudcnccedilo quelquer podo ser couproandido c ouo uu trcccedilo e-l L10vin0y to insoriclo nu plcno Deior 11UD cOlJplcxo culshytural que trbeacuten se llOdifica ~sto coplexo cuI turol fcz perte do tocircdo u~c cultura que atrcvGs de Doclificaccedilco de seus elODuumlntos pode ser toE betl ontoncliclo C010 uoc reolidcclo que so trcnsforua cont1nuenonteevo1uitl

7

do ~ ~ ecircsso processo de Dud~nccedil~ cultur~l constante e oriuumlnt~co que se deacute C oLUGcnt e o noue de progresso

EnunorxlOS 1 ibuumlxo c1CUTIS c1ocircstos processos os que eeo reolron te n~is L portcntes e elos queis so origin~1 os outros tocos rcsponsf

~

veis pelo cOLplexo dcs ~udonccedilos culturais d~s quais fincluonte o ho-I neu tcDbcu ~paroco cor_lO ~gcnte

N d t It bull Tr~nsnisseo c possogcn nedi~ntc ~prcn ~ZCgOD s~s 02e ~ce ou ass~s-teleacutetico de cloDontos cuacutel tur~is do un pcro outre gcraccedil~ot dentro do un nesno erupo social

bull Acul turcccedileo c trocc de elencmtos culturcis ~traveacutes do p~ss~gen de troccedilos conploxos e pcdrotildees de une pare outr~ cultura qucndo postos de nlgurm forDe en contocto bull Difusco c acoitaccediluumlo do detenincdos eleucntos culturais recou-cria shydos dentro do proacuteprio grupo ou inportados de UD outro de UDa outra culturo bull Continuidade a pernanocircncia do treccedilos atraveacutes dos seus elcocnto8 de fixaccedilatildeo pelos queds DS gorcccedilotildees se cODunican ou se li8a1 Deculturaccedilecirco o desl1pl1rOCluento progressivo de traccedilos antigos em fun shyccedileo do aparecimento de outros nais recentes bull Integrcccedilatildeo c haroonizeccedilatildeo ctrcveacutes de mecenisDos organizl1dores dos divorsos trcccedilos de UQI1 cultura bull Retardenento una disritnil1 na acumulaccedilco e integraccedilatildeo de eIenentos culturais fevorecendo deg desenvolvinento acelerado de I1lguns trcccedil06 ou conplexos freqUentonente eo detrimento de outros bull Invenccedileo I a rosu1 tan te de UDe nova conbinaccedilatildeo de elOIJlCntos jeacute exis tentes em deterDinada cultura bull Descoberto uma equisiccedilecirco nove no cl1npo do conheciacuter18nto O rccirlen to de UI novo eletwnto culturuuml ou seu sentido nuds pleno

~ atrcveacutes d0stes processos nUL1e uccedilatildeo conjunta seaprc integrl1dv e tendo o hOLeu CODO sujei to que es veacuteries culturas se aocLificem Ne te sentida CODO estrutura orgcnizcd~ e eu procosoo G cul-jure oono ati videde hUIlene 0speclficu evolui t progride e orgeniza-sc 0w formas Dais acabades e cODplexes co lonGO da Histoacuteria

114 Culture Populer

lI n h t d h 1 r ti ULl rcmoncno lS or~co que surge 8Il soc~e CeLe OllLC bull c un (osnJshyveI cul turcl entre os divorsos grupos que c COlpotildecm ondo grci1de porte d~ populeccedileo necirco teu UDe pcrticipcccedilecirco ativa seja no pll1no culturalso~ cia1 econocircJico ou poliacutetica COD isto nno querenos dizer que -coelos d2 veo tonar perto ativa ncs OOSDes ctivideces et1 Utl nesqo niacutevel ou que se deve padronizcr ou unifornizar c pcrticipcccedileo cc tocos c de ccdc~ bro ne socieclnde Nuumlo eacute isto eacute clcro P-ra lOacuteS Ull trcbalho ele Cultushyra Popular surge t~nbeacuteD de consciecircncia desse ncrginalizeccedilco e ele no shycessidade elo libortcccedilotildeo ele ui~ contingente hunano que vive otilde ncrgem do processa cultural

A Cultur~ Popular surge cano conso~~~lcin do processo de nudcnccedila sacieI Assiu sendo pretende a perticiacutepoccedilecirco de todos n olaboLaccedilriacuteo da cul tura da sociedade eIl que viveo beu 00110 e principelnonte na aEre

bull 8 bull

ensno e nf~Jcccedilno_ do sentido e~ 9111 turll isto eacute do cUG c cuIturo sig nifico perc os ho~ens desse soci~elede A Cultura Popul~r port3nto~esshytoacute vincu1t~clc Il UI1C accedilco que nco 110de ester dcsligodc do 2oyQisto e I

dos grupos sociais que por condicion~ncntos econocircmicos pOliacuteticos e soci~is - e cspocicloonte por COllcliciorlDrJcntos oul turcis - cst~o l1Crgi ncli zudos da cul tllrU ( FunCcLlontcccedilecircio CC IIViver eacute Luter) shy

1 tCaLlo venos c Cultura Po~uler quc~do e coounlCaVO 00 ~_~lS o 6 quando sues significcccedilotildees seus velocircros ideais e ObTeS SOO elesti shynados cfotive~0nte ao povo c rospondem ns ozigecircncios el~ reolizeccedilatildeo hu~ona docircsso -Jovo 00 eteroinete eacutepocc responce eu suoe n suo 29Jlsect

h lo 1 E b l 1ClOnClE lSmiddottorlCIl 100 e CC eo cooo U1lVerSo qUG c cu -Gura e ne shycioncl-cnqucnto integre es consciocircncios dentro ele ncccedilno no ~lnno--dc SUIl realizcccedilecirco hunene e cs situe assIacuteIl na linhO (10 DovLl(mto histoacuteshyrico essencicl de EP-iY2rsn1jzaCcedilco 9fetiva c do cricccedilecirco CO UilC cultura pare toclos os honcns (Po Hmriquo Vaz)

Cono o integrc2otildeo elo toc~os os hOL10ns ne DeSUo cul ture vinculo shyse o unc trcnsforLlcccediloO elos pcecircrotildees econocircnicos polticos o socieis 0

Cul ture Populcr estaacute tcbeacuten vincuIademiddot ecirc reelizcccedilco do u projeto hisshytoacuterieo que pretendo aquelcs trc~sfor3eccedilotildeos Um projeto histoacuterico condi zente OO~l uuc cul turo eleborecc o pcrticipedc por todos UiJ projeto que possibilite c toclo o povo essTIuiacuter o seu papel do criecor o suj0ito de culture dc sociedode eu quo vivo

~~ - l~J

Sendo nssiacuten pode-se dizor que Culturo Populer n~o eacute uu fenocircnono neutro indiferente Ao contr6rio nasce da un conflito o ~lecircle dcsembQ 00 pois ela existe e se Cpresonto 80npre eu terl10S de libertoxatildeo de prom ccedilecirco hunenc no sentido J1cis cnplo Donde se conclui que noo eacute possiacutevel U1 trobclho de Culturc Popu1er desligado do processo de consshycientizaccedilacircQ E ~or estar lig-eclo c ecircste processo 5 quo elo ueve lCivor

Sellpre c UL1C opccedilco Devo der pqssibi1iclceacutees de Opccedilco 00 povo eoboro N

nco posse lL1pOr osso opccedileo porque elo devo sor encontrcCc polo pr~o povo Este opccedilOcirco decorre ele plone consci3ncuuml que O honen adquire dos diforGnccedilos o degnveis entro os 3rupos quo foruno o socicdedo o de noshy

1 N bull so-COSSldcae1 LG une tronsforncccedilco dos lO culturcls polltlcoSpecroos cieia e econocircticos que os cotorlincJ --~

BIBLIOGRAPIL PARA APROpmJDLttrO DlSTE ITE-i

1- Les1ie A Ihi te - Concei to de Cul tura Seacuterie B apostila 1- I EB

2- Irene E de Carvalho - Introduccedilatildeo aos Estudos Socieis Funoaccedilatildeo Geshytulio Vargas Rio de Janeiro 1964

]) Cacircndido Pagravedim OSB- Dclucar para um undo Novo Colo Educar para a Vida Gad 6 ~d Vozes Petroacutepolis 1965

4- Felix 1 Keesing -Introduccedilatildeo Cultural Fundo de Cultura Rio 1961

MOVHlENTO

DE EDUCACcedilAtildeO

bull DE BASE

t J

~

f

I

I f

f

t iacute (

i i

JlJIDAMIIA010 DO JlOGlAMA PARA 196

1 pu ISWVDOS SOOIAIS

12 - Ilt~t~amp Sooial

~

120 - Estrutura Social

Estrutura eacute a armaccedilatildeo alguma coisa Aquilo que sustenta um o~ ganismo um preacutedio um caminh~o Cada coisa tem sua estrutura O or~ nismo humano tem o esqueleto c~o estrutura umpreacutedio tem os funda shymentos e as vigas mestras que o~~steltam de peacutemiddot Um oarro tem o chasshysis socircbre o qual ecircle eacute montado satildeo su~ estruturas proacuteprias

Asdm tocircda a estrutura tem Uliacutela porccedil2Q de partes q~ quando se juntamformw~ um todo onde alguma coisa po~~ se sustentcr O esquele-middot to tem diversas partes assim como a estrutux~ de um preacutedio tem as pa~ tes dos alicerces e as partes do teto das colunas eto bullbullbull Podemos en tender que ~__~s~]utu_a gualltl-q~r_9uJL~s_e1sectL99teacute~ diversas J18tlU QF~das_pDra_Jorll-_-__~~_j_oi9J_~E_co_njull_t-ordmLll~un~

Que seria entatildeo uma estrutura social ~ uma estrutura que diz ~ pei to e sociedade dos homens j o modo como amples se organizrun para vi ver melhor porque ningueacutem pode viver sozinho ~ social porque se reshyfere a uma porccedilatildeo de homens a uma porccedilatildeo de grupos humanos que forshymam o IItodo ll social A sociedade humana tem uma unidade mas tem tamshybeacutem uma porccedilatildeo de Eart~~~__~~~Fj_~am de gerta forma - a estrutushyra s~oial ~ sustentanto a unidade do ~ru]o humano

Como se trata de homens as estruturos nno pocam ser materiais como as da cesa do ceminhco etc S~o estruturas pr6prias do socieda de dos homens Tem que estar marcadas com qualidedes que s~o humanas

Ora o homem tem fundomentalmente veacuterias qualidades que o disshytinguem das outras coisas a consciecircncia racional (inteligecircncia e voa tade) a liberdade a afetividade o capacida~e de oompreender as ooisas e de dar nooe a tocircdas elas ~uer dizer de dar significado que s6 valem para si e pera seus seuelhantes e a capaoidade de poder socircshybre as coisas quando ecircle te~ uma pedra ecircle pode fazer UacuteDa estntua ou picaacute-la eu pedaoinhos exerce seu poder socircbre a pedra

Entatildeo jamp podemos ver que as Estruturas Sociais tecircm que respeitar exatL1011te eSS2S quelidade pcro sereu II~CLoiaisll f quer dizer humanas bull As Estruturas Sociais tecircm que re etira

bull a oonsciecircncia racional (inteligecircncia e vontade) bull a liberdade humana bull a afetividede do homem - o CBor bull a capacidade de der significado cs coises e de comunicar ecircssee

signifioados o todos bull o exetclcio do poder humano socircbre os coisas socircbre a socictlade

e socircbre o proacuteprio homeo

Al d 4 em ~sso como o homem e teubem um ser biologieo tem todas ns

otividades e funccedilotilde~s dos secircres vivos nascer crescer comer assimishylar reproduzir-se viver um tempo a rJ0nitude e tudo isso e depois entrar num processo de rle6iJ~ccedilrt (de ) e tender para o Ilorshy

bull 1 bull

te e para o desop~recimento fiacutesico Todo ser vivo S0 distingue dos nao vivos porque eacute c~p~z de tircr do Deio 00 que vive o que lhe eacute ncoeBs~shyrio pcr~ crescer reproduzin~o-se etc Isso se chcma processo C8 ess uil~ccedilco Umo plc~t~ oS6ioile de terre os eleoontos que pr0cis pere viver Uu cnimcl cssimile do que cooe c energi neoessnric pere conti shynuer vivo Eos to~os tecirc11 UlJ lioite Qucmlo pesso c perder Dei s elo que recebe oOlleccedilc e envelhecer caihe pcrc e norte As cstruturcs dos ogrupcoentos hUDC~10S teu que levcr lsso ao conto Teu que conJuoacutecr esshyScs funccedilotildees que sco ele tocvs os socircrcs vivos cou aquelcs opcoiddcs e quelidedea que vinos cclm que s~o sonento dos hOilns

Vimos o que es estrutures socieis ~ecirc11 que respeitor nessas elois plnoss o dcs quliccdes e o eles concliccedilocs bioloacutegiccs co honen l~s 1fi so n~o existe sopcrcdo une cois leacute outro cqui ~is~o jUl_to nUllc uc S11[ pc s soe nU2~ oe suo grupo h1lt2cno ~e_00 BeSIDO tO_DpO

Por isso tGl~lOS quo ver dU2s coisos I

lQ o que sustente os estrutur~s soci~is e 2Q cs f0I11CS COC esscs cstruturcs nos ercccD

ViDOS que ampss~s estrutures quo nos referimos sco hummcs 1=C8 nei

por isso sco tocircdes bocs tocircdcs respcitcndo e ncturezc do sor h~cno Sendo ecircssim eacute necesseacuterio U1 trcblho quo torne os homens conscientes disso pcrc que tocircelc sue cccedilco sej~ nU11 sentido de oelhorcr Ccel~ vez Jds cs estrutures da sociedede eu Que viv~ ~es jeacute existeu une porccedilatildeo de normcs vclocircres costUECS que tecircd vigencie n~ sociodede dos horHms e -~ ----shyque ~J~r21l_ ltlu9JS__ilJ3_~ll_tsH ~or que isso Porque c socieccele dos homens nco pode ser sustentcdo so pels coisns mteri~iB ~ es nor mcs os vclocircres os costuues s~o escolhidos e adotccos pele socieccecircoshydos homens como moios ele regulcr atildeuuml~id~--Socicl Elcs representcn une ctucccedilecirco do liberdcde huwcnc quer eizer os homens escolherauacuteln~s ~--r si livremente Entre~cnto esscs norucs ecircsses costunes ecircsses velores p8rlmccen nc sociedcde e Jlui tcs v~zes o que ore bOD nUD dotorJincdo tenpo deixe de sar bom ombore continue existindo Entco ca nornes e Vf l ores pcsscn c ser elenc1tos de opressco pcr o houm ou pcrc gru-A shy

pos de houens nUDc sociedade ~ por isso que se deve tor consciecircncic bG~ clcrc pera reconhecer se as no~~cs e vclocircres que regulcu nosso co~ port~uento sociel s~o cindc v~lidcs ~rc o hOBen quo vive nos nossos shyteuumlpos Se foreu vGlides devo~ ser canservcdas se nco foroI v~lidcSt dev~ratildeo ser uuelaelos Esscs focircrccediles os-cecirco contielcs DCis dirotmn-e nos volores Vcjcuos cOrJa ccde una poC~e sor explicndc

bull Velres go~ sectsc_oJhjf28-2~_y_c~-S_[ti tude dos ho~ Po shydeu ficcr atuando conscionteuonte ou inconscientenonte Por eXI A2or os pcds e os filhos b U11 velar ser livre pcr fzor o qUe quisor t outro vclori respei tcr os outros eacute tcDboacuten uu vecirclor Isso tudo vei eshyrecer ctrcveacutes dos costunes o norl~S que e socicdcampe edotc As ciforenshy

ccedilcs ent re 61 Sco epencs de Groducccedilco

2

bull COS~1luos -UodO__Cplusmn9 qgi_r socialuollte a$r2a(9J3bull Ouando un houou vai a escola ele so oouporta de un Dedo proprlO Quando vaJ a una fasta se couporta de outro Dodo Se fala coo sou pai se cODport2 de Dodo diferente daquele co que fal COrl sou filho Os costVlOS sao diferentes para cada ocasi~o

bull Nornos satildeo os [s~-os l9cos de couportmlOnto s9cisJ -oloS jaacute totDh Dente acoitos e que s~o onsinotos na sociedade CODO coisas a sorCD obshy

S t b tIscrvados WllS rlglCLanOl1 t e ao 11ecessarJcnon e o rJg~ OZJcs

A N

bull COlltE9le Soc~ S_gur(L~EJ_todo Gc obser~l9]_~9lltl9_Qbs9d~ ci~o t~cloJs-o~~JJ_c1Lo_G~b_9J_~eido Se algueu nao so COi~)Orta do acordo 001 ~s costuDCS o as noruas da sociedade vai sofrer pw~iccediloos o repreensotildees por parto elos outros clowmtos de sou grupo COD isso so estabelece U~1 controcirclellsocialll socircbre as occedilotildees do cce~e l)0SS0a do eashy

1o grupo Acuzor le oprovcccediloos e Danoresa e ~uor reprovcccedilouumls DelOi~()S ou t d - - 4 ADonIor~e o lpO 0 accedilao eS~lvor nalS ou nenos ~C aoorao cou o que a

sociedade esporava

~9G~~qt Oacute ULl tipo do controcircle social Iluito rfoido quo a socioshydcde iwpoe lli~la pOSS02 ou c gruo social

1Qi e um norDO- sociel tlrl conportaocmto que o oXiglCO de toshy

dos e quo qUffi1do nco 2coito provoca una coerccedilco Duito forte Essa IpUl1lCcedillO que pOCcC scr nora1 Jls~ce ou s~np1csnon c 1 t Ja c ~ t socJe 0 t c

r1incda antcriorIente Quor cizer se alguoacuteo rouba elevo sor Plli1ido se De ta devuuml ser puYlIacuteclo co~ pris2o etc bullbullbull

N _0 1 ( f tmiddot 1_oR 1 e uacuteora aquJ nos rc cr~~os epencs ao ccro er sooJ[bull liacute3~aO bd c Ro1 -tO o ae --lore 11[0 e une so rc a ) ocos ~ ~glCO ~ 1 AI T osCOl1Slceraccedilao 10

grupos huncnos tecircn Jcnifcs-ccccedilotildeos religioscs quer clizr aquolas que expresscn sues rolaccedilotildees COl1 Daus ou COD as coiscs clivines 11 goraleecirc

t - hl ft r8 Ilcn~lOS eccediloes CLlzer reS~Ol to cS reaccediloGs quo o grupo Ullc10 tO~middot_l cshyAo _ N bull A

ce a clgu1S fenonenos quo 1CO sao totalncnte conpreenslvels llcrc ele c lJorte c vida futur r sue Oi~iber2 o oal etc Vejrlos quel o difeshyrenccedila entro at_o reli1ii~0 e ato-Boral

a) ite l1eligioso eacute cc~UGlG que 0xpressc clerarG~1to llileacute_ relaccedil3o 001 Deus ou C 01 cs coisas sagi~acles Por ex uissa sacr2rJentos etc

b) L-co _oral eacute x-qllo1e quo oxpresse 1m julCecircc r to socircbro as coi ses que) hOG faz sobre sou relccionlt1uonto C 011 os outros ho~oacutensPor

tb eXI eJuccr os ou ros uacute OE rOUJer e lleU odler o prox~Jo c DaU

Uui tes vocirczos as coisas dc ~kligiecirco c da lorc-l S20 loios do controcirc la sociel OOSDO eto poclo sor entendido de diversas =aneircs Aju der UIl aligo pode sor entl1CILlo cl0 trecircs fornas diforcntos eacute Ul ato re ligi2sectQ onqucnto oxprossc Linha oC-ridrdo emquento vejo n010 rum iJashygcn de D01S eacute t2lbOacuteIl UIl ~to_~O_l~ porquo Oacute llilU coise boe Oacute ainoo ur oto suumlnJ10~te social porquo u aprovcdo pEle sociud0o o quo vivo

Tocircclos ostcs coisos sOcirco os fUl1dC-r0ntos de estruture sociul Porque nalas eacute quo o houo= =ostra sues qualidadus~o hODon diforonto [cs coishy

sos nateriois e sLrplesnente viVos

PoCLenos ver cgora cs forncs 01 CcedilU8 se expressarl estcs ostrutushyros

Ateacute aqui ViDOS brevemonte C01) os grupos sooiais satildeo sustCltadOS por vlocircres nOrcics cos tUJes etc odOl1OS prcstor ctGnccedilecirco e not-r quo os forlJCs os que ecircstos grupos nos eporeceJ no soci0d~de so limito vr ricdcs

Os tipos de grupos que se for~a~ nc sociedcde s~o b~sioc~8nte =l bull bull ~ bullCOiSf o grupo prJjj~rJo G o grupo secunuacutecrJo

O grupo pruumll~rio te-] es sGuintes c-rcoteriacutesticosl

AS pEssocs to proaGcs o se oon eeeD CEl t ocos os seusbull VJ vou nuJ h J

cspectos Convivea li fece c fece 11 Seu relocioneLlGnto inplicc foiccedilOcirco e conpreens~o e ou gerol h~ inti~i~cdc ontro si Isto podo se dcr especiclmentG no L~iacutelia nos grupos do cdgos nosossoeicccedilotildecs poqusect

- 1ncs e olguL1CS vezes eu grcndes cssocJcCcedilOGS DCS COD cpencs c guns uGabros que se tornares ouigos

A ~ ftI bull ibull As rclcccedilotildees cconocircDiccs c11 tIO cc s tE grupo nco sco cs T1CJ S ~1 N ---_- ~

portcntos Nem as relcccedilotildecs de orgc1izcccedilGo ou de poder de docisro l~Q -shy11a U~c bscelc ele qucm pocle ter Deis ou nonos cutoridede

bull As rol2ccedilotildees entre seus lJcbros s3o ele cCreacuteter cssoeir-tivo c tacirc1 senpra UilC fin~lielcdo detuumlrDinCd~ Potu SOl u~~ cssocicccedil~o eOD 1Jn6 lucrctivos etc Poclo ser tc-uumlbOacuteTl ULlC essocicccedilGO porC L1uumllhor conseGuir defender os diroitos de seus Doubros CODO UD sindic~to UD pCrtido poliacutetico uu centro social etc

y IV

bull As relcccedilocs sco cordicis DCS nlt1O sco Jntincs O rclccionCIlOushyto eacute regulado mois pelo finclidccc que os uuumlnbros busccm no grupo que pelo nmizcele ou 010iccedil20 que tecircD~tre si Haacute necircste grupo liDe s~rie Qe nOrLlOS de couportcuen to que regulau as cccedilotildees des pessoos conforne o popel que exerceD no grupo UD eacute o presidente outro eacute o contcdoroushytro o vuumlndodor outro o secreteacuterio de UD sindiccto UDa pessoo pode ser Ul eluno e outrc o professor Cnda qual tem seu conportclCnto eleshyteruincdo pela ncturezo do grupo E a finclidcde do grupo senpre sereacute olccnccedilcde nc medidc 811 que os papeacuteis forei Llelhor executcdos

Os grupos priLl~rios e secuncl~rios podeu ~pnreoer nc sociodcele dns - dmiddot f U f 1middot t UCJS Jverses Orcics UC CLiJ Jc soro por nc urezc UL1 grupo prJ~lcrJo

oom UD relecioncuento iacutentino entre seus eotlponentesEos ele poderaacute ser gronde propriet~rie ele u~c feacutebrica ou de usa f~zendc G por isso c presenter t~beacuteD relcccedilotildees que sno proacuteprios ele u~ grupo secunceacuterioco

bull 4 bull

ffinclid~ecircLe lucrCtivo De Dado quo f qu~lCiuer sopereccedilco que nos eCcedilClOS te~ seDp~e une finclidcde c de cstudcr ~elhor os estruturas de ccdc grupo~ nco quer dizer quo oles soacute podou eperocer cssi~ Nc reolidedcf cs relcccedilotildees ossin CODO os grupos se cruZou forucndo UD con~lcxo 62 c1c1 tste conp1exo soc1a1 pcrc ser cOL1preonc~ido tO~l quo ser estucLf do por pcrtos tl2S CSScs pcrtos diflcilncnte existcu iso1cdcs nc roeshylidcdc CODO noacutes cs considereDos qucndo oS estudaDOS Por isSOVCLlOS o~leliser cl~Dos desscs for]c8 c_o cD~recij]ento dos grupos socieis sou pc-nscr que eles soacute pode existir essin nato soreacute apenos uu Dodo de estuceacutelos Aineacuteto oqui fClenos dcs foru2s e~ que cs ostruturcs cpc shyrecou

l FAI=1LIA

c Ul1 dos 110dos wds ioportcntes de existecircncic socicl e o L1cis eecirc tude~o por todos os que queron oo~hGcer bOD cs sooiodades ou quo vishyvm ~ U-l grupo prilloacuterio por noturoze A convivecircncic eacute nui to ntine entre todos os seus nembros porque vive~ nc DeSDo cesc 002e~ e ues-De Des e pcS8r grcnde pcrte do teDpo de vide juntos Crio-s0 Ull re shy1coioncwnto afetivo tlUito intenso mtrc os seus ueubros A iuportcnshycio de fewiacutelio se fez cede vez neiar porque ele de8eupenhc 00 DeSUO tenpo ~c porccedil~o dcs funccedilotildees sooieis que s~o deseupenhcdcs ne sociede de pelos grupos Bciores Por exe2plo UDC pessoe se socialize ctrov~ de escole e de seu relccionclento cOL os outros ucs esse socieliz shyccedilOcirco teu iniacuteci) nc fcriacutelio desde que esse pessoc~ nesce

Une possoc so integre no contoxto culturcl de sue cOL1unidcdceshytrcveacutes de sue fcniacutelic que vive necircsse contexto e pode exercor por sou intcrueacutedio Uiacutelr etiviclcde lucretivc ospoclfic~-~Dente econocircnicc f do 11081]0 Liodo cono c exerceria en UD2 reacutebricc ou nuna eDpr~se Por isso tudo c fcuiacuteliG eacute o grupo sociel [is ostudcdo ~ nele quo so processhyso de 1uumldo reconhecido COrlO legiacute tiDO erquose tocircdcs Cs sociodecos o perpe ueccedileo b A 1 Mt )~cc eSJ0cJe huntnc cono SOl JO106Jco egJmiddottmiddotJlfCcedilCO co ~

-to sexucl UJ cto que onponhc 11is lntLlcJ-entemiddot ccdc pJssoc Uuml reco nhecidc univorscL18nte qundo rolizcc1o 11 fc11ic ou eLl fU~1CcedilO de foul1ia bull

____debull FOrDcs -___FClio - En corcltogt costum-se dizer que c fc11ic tew duos fo~Jcs pril1cipois - a rcl~CcedilljIrextel~ pctricrceacutel ou Betricrcc1 e ~ f~~lliCcedilc_nu_cJ9_9 consti tUldc so de pois e filhos

li sociodcdo brcsiloirc h~ eindo u l[lor nuacutenero do foillics poshytricrccis quer dizer ccei tcndo norer juntos filhos e nores filh--s e genros netos e sobrinhos i=cs Q processo de urbenizcccedilno c conoonshytrcccedilecirco e UL Ilc1or ~1UacuterlOrO de pessocs ncs cidcdes grcndos vci torncndo ced vez rmis difiacutecil esse forne de existocircnoic forli1icr O quo se vci tornondo noi s oorlUD eacute a forne de fcxiacutelic nuoleor onde soacute pcis e filho Dorau juntos E onde o relfoioncnonto ofetivo ficc rostri to o UIl mtti2 ro nenor de pessocs

Eu outrcs sociedccles heacute Qutrcs fJriles de fcniacutelics f onde u howr pcde ter ducs ou cci s mulheres ondo uJC rJulher pode ter lcis de UD

5

condicioncdo pelo rlodo do vide qU0Lcrido Tudo isso b detorrlincc1o ou 1 ~ plc si e pelos neios elo subsist~n l esses grupos cdotcrllo cono vr ~CioS

oic lueuro podeu conseguir

- d~ ~~l~bull Fu~~_lt~j-_~__~ bull c gcrcccedilco dos filhos

bull l sctisfoccedilco 6000ion01 f soxucl e cfctivll bull c educcccedilecirco c soCiclizcccedilco cos filhos bull o ccul turcccedileo quer cli zor cdcptc~r seus Ilonbro S cul turc

locc~ li( bull funccediltio recrectiva - ht sooicdcdos ondo e recrecccediloo 0 funccedileacuteo exclusivc da f~llic funccedilco econocirc=lica quondo de estruture fCtlilier depende c subsistecircncio e c o nOcirci i cc do grupo

(Ver c ecircstuacute respeito clgui livro de An~ro~olog~o e~peciolllen te RLinton O honen Uno Introduccedilco o Soc~olog~e)

2 COLU1HD1DE

t uma dos formas nais OODunS eil que cpcreeen os grupos socicismiddot e no que1 cs estruturos 600iois sco ll~ds faacuteceis de sareo estudedcs

A conunidcde cOlpreende e11 gerol UD grupo huucno bcsknte grcnde onde tocircdes es funccedilotildees de vide hunano eco exeroidos eu eonjunto eonecirce tocircdes cs neoessidodes encontrcn seus grcus de setistcccedilatildeo rics esscs fun ccedilocirces e nec0ssidado8 satildeo li~itcdos pelo aacuteroo geograacutefico onde o grupo vi vo

Assiu Urla cOLlunidode tCl wa QQlJiBJlroccedil~o fJ~ de~erlinCcle ~e1c lrcc onde eI 80 encontrDbull Isso e IacuteLlportcnte porque e de croo gcograf1shyo~ que deveratildeo seir os recursos oteriois pera o subsistecircncia do grupo UJlC couunidode que vive no 110io ruroI teu uoios de vide buumlrl diversos do quo uuo couuni(lDde que vive nml 1oio urbno jaacute bnstonto qesonvolvidoOe l7l0i08 de cOJuniccccedil[o o a1inm toccedilco e os lodos de conportononto vcrico

f d foon orue cs con Jccediloos geogrc ~c~s ce croo

Do meSIlO Joco [ cOlUnidod~ ter6 UIC contizuraccedilco pzicol_ampii~ Sous 171odos de ogir e sucs otitudes VcO vcricr conforne o pcdrco do oultura que o oonunidodc clconccedilou Nuna couunidodo conscientizedo o oepcz de on01isor tocircdcs os condiccedilotildees eJ que vivo c otitude dos grupos huncnos que o consti tuen sGrt de occedilco trmsfoZrcdoro o de JlcIhorio ecdo voz tclor Une couunidede 01 que nco haacute UBo oti tude de maacutelise de SUos condiccedilotildees t eLl que tudo ( ooeito de nodo possivo cma U1lo visco confornista n210 12 dern progredir Duito neu ter otitudes de Dudanccedilos pera nolhoror sua situcccedilatildeo

Nu~a couunidede existeu tocircdos as funccedilotildees nocessaacuterios ~ vida de Utl grupo hUlno P-1guucs dessos funccedilotildees podem ser l1Cis desenvolvidas que outrce ocs tocircdcs elce cpnrcoen de olguuuml Bodo An~lisaoos c seguiral guucs das funccedilotildees Deis iDportc~tes

c) Fun~no econocircmioc - t ~quelc que provecirc os reoursos uatericis do

6

~ grupo o que ecircle pode produzir e o que pode oonsumir assim como os mQ

dos como estas coisas satildeo distribuidas entre o grupo

b) FunSatildeo ~01Jti2~ Consiste no exerooiocirc do poder atra~es das vashyrias formas de autoridade criadas pelas sooiedades no sent1do de 2e manterem integradas e de decidirem seus pr6prios caminhos A fun9~0 PQ liacutetica exercida diretamente em assembleacuteias ou indiretamente atraves de Dampndatos faz Damprte da or~aniza~atildeo de qualQuer grupo humano que define

J Cgt S 1 ti 1 -tipos de coaccedilatildeo do puniccedilco forDQs te prrtioipaccediloo P2 1 00 esoc 0

UC cutoridcde obrigctoriedcde de ouopriilento de dec~soeSt oeios de d~ finir e clconccediler o bem COOUD

c) Etgl9atildeo--LelJAtildei~o~ - n a que reflete os modos como as pessoas da co~mnid8de se relccionam COLel Deus e COLl as coisas divinas Eu f)eralas funccedilotildees reli0iosas satildeo necessaacuterias para o equiliacutebrio emoc~onal do grushypo hu~ampnot porque trazem uma certa tranquilidade em relaccedilao a al3UUo problemas que nunca encontram resJostas adequadas oomo os da mortedo mal da origem do homem os da vid~ futura etc Qu~ndo as fth~ccedilotildees reshyliGiosas s~o bem coupreendidas e beuuml vividas pelo grupo pode-se dizer que haacute uma autenticidecle religiosa na comunidade Quando poreacutem h~ eshyxogecircro de crenccedilas e ri tuais a vivecircncia do grupo se torna quase irrashycional Isso pode Dconteeer com qualquer religiatildeo que natildeo seja bem coll preendide (Ver socircbre isto e eYlicaccedil~o referente a NEB e Igreja no Documento wJB sua Origem sua lLccedilatildeo e seu Conteuacutedo~ assim cono euro par te socircbre struturas de Igreja Consultar tembeacutem o livro Sociologia l~eligiosa Alain Birou)

d) Funccedilatildeo J~cr_e-ftiva - Compreende as atividcdes de lazer que se e xercem em tempos illliS ou menos deteriacuteLlinados pelos grupos huwcnos ltu~D tribo de iacutendios a luta pode ser um~ recreaccedilatildeo Nume cidade grcndevoi se ao cinema jogc-se cartas passeia-se Nas comunidades rurais hl muitos jogos muitas festos~ cede comunidade tem suas festas tpicas Jecrecccedilatildeo nco eacute soacute agrave ctivid[~de dcs cricnccedilcs embora sejam cs crianccedilcs que por nCtureza necossi tem meis de recrccccedilEo Tocircda comunidDde tem esshytruturcs recreativcs e de simples l~zer Bordar e fezer cestos pode 001

shyuma funccedilao economicaA

t m~s pode serrecreativa tambem UjJ~ festa reli giosa pode ter sue funccedilatildeo religioso e pOde ter tcmbeacutem uma funmiddotccedilatildeo reshycrectiva Como dissemos antes tudo se cruza nD recUumlidade s6 seporo mos as coisas por~ poder estud~-lCs molhor

e) unccediluuml2 cs_lg_cJ9tJXE - ti exercid p~rc satisfozer cs necessidcltles de ~ssocicccedilao quo o hOiuem tel numa cOllunidode Assim embora o fCJi1lin

I bullAseJa o grupo pr111C 1 pC ejl quo quese todcs s funccediloes necesserJos para a vide humano s~o exercidas haacute necessid~de de outros tipos de grupos para ~lgumas funccedilotildees especiacuteficas numa comunidade Por exemplo um sinw

dicato represente c necessidcde de cssocicccedilatildeo de um grupo profissional pcra melhor exercer sua profiss~o e ser melhor compreendido pelos oushytros grupos Pode hover sindic~tos de poscadores de levrndoacuteres de 0shyper~rios etc 1as h~ outros tipos de associaccedilic O Partido Poltioo um formo de associaccedilao que existe nV1ilC cOLlunidcde p[ro que osgrupoe possam pcrticipar orgcnizcdmonte do poc~er H~ partidos que represen shytCill certcs closses sociais e ou~ros representam outras classes ooda qucl busccudo reclizcr melhor 6elS c r-rocircsses H~ tcmbeacutem cssooinccedilotildees

bull 7 bull

de tipo econ3uico 8 com fins lucr~tivos como um~ socied~de coserci~l que cmprc e vende cGrtcs IlGrc~doris HG sociedcdes industri-is que rGunem grende nuacutemero cc pessocs pcrc produzir eu conjunto outre-s lHrc~ dorics

Reacute cindl muitos outrcs funccedilotildees nUj~c oomunidcde hu]~nc sej elo grcnde ou pequenc =[8 pcrr noacutes ~=~j3 uuumlc coisc deve ficr nui to clarrbull rcocircctcs cs comunidcuos COB sues funccedilotildees soacute tecircu sentido o devoi1 SOl re~ p8itcdcs ellqunto 80 rcClIlCl1te moios elo roliz~ccedilecirco huwcmc Dosdo que qu~lqucr um delcs sejc utilizede pcre oprimir o hocet1 perdo sou scmshytido e lt1ev0 ser DUC1ccbull

Pode-s pOl~u1-cr CgtO inci02 ~ Isroje- eooo instituiccedileacuteo divinc podo se enqucdrcr e~ deterDin~ds estrutures 80 ela oo~portc da fcto

bull ~clQluc ostruturccedil~o TIll que mediclc isso lJ10 eacute neeoss[r~o em que mouJ_ da isso lhe 6 projuQici~

TerJOs que notcr du~s COi88 funCCilGeacutetaisl

e) L Ierejc uuml U- cO~UL1iiacutelcluuml 0spiri tucl de toclos [qu~les que ( crec1i kl1 1 rtevolcccedilOtildeo ( n Ruumlconccedilo pelo Cristo

b) A Icreje existe pelos hono~s -c os homens 0 deve rospeitcr rs exigecircC1Cis que n--turozo co homen pede prc SU2 rc~~lizc ccedilco A pclcvrc conunic~c1e cqui ~8iil UIil sontido diferente do que foi usado cntes Uscuos o tecircriJO _c2~mnidcde de 11ftcjccgoshyrc nun s0~1tido lis espiri tU[Uuml do qu socicl

COIO ume co~nn~idcde visiacutevel enccrncde no mundo c Igrcjc te) sue estrutur[~ juriacuteCico como outrcs cOLlulliddes N8ste sentido ele ~ susceptJvel de Llucl1ccedilcs c progresso Do mcsmo modocomo Ur1C estrutura huruumlenc perd0 sue rczso de scr QuC1do nco fcci1i te c ro-lizcccedilo de pe880c ssim tc~1l6m urc Qstrutur de Isrejc pode suumlrder sue razeo de ser se n2o fccili ter [~ corauniccccedil~o (1 Grcccedilc de pcl-vre de Deus Erl 0E trs pclvrcs COiO 8 estrutures hllLl1CS progridem OOL o desenvolvi I1~l1to G SD tornelU Bcis couplexcs pcr~ e~orceuro)r deter1l1in~dcs funccedilotildees o ctrcler cqueles CUOi e1-s sc dostin-m U1 estruture 19rojo enshyqucnto org~nizcccedil~o 11u11-11o pode scr iIoc1ificdc desde lU8 seje p~ro UGshy

lhor cOLlunic-r o q1hJ Deus quis

-8) eacute e- rz3o ce 8U origeu e nCturczC que c Igre ja difere dcs oumiddot-r - b o 1 bull gt 1 hi gt bull Q cormnJ5clES bull Gm or~ seJc Ui~ COLlU1JCQO VJSJVQ e rerquJOc e U1 orgl1Iacutez-CcedilCO Iacutelsti tuid por Cristo coa sUJS funccedilotildees S1L estruture e os poeacuteteres qU8 - 1 pertences iNc lU essecircncie mcis profundc c 19rcj- eacute - preSOllccedil puacuterune11to nc qU~cro de Histoacuteric do rmndo do vershybo do Daus foito HOlcm Dl 6 co~cratizc9~o histoacuteria~ d~ vontcdo scl vlfiac de Deus coluniacdc ctrovoacutes (10 Cristo (Kerl RchllGr lIission ct Grcce vol 11 Serviteurs eacutetu PeulJ10 c10 ])iou EJlIE 20 eacuted Fcnae 1 963 p 30)

8 bull

~- ~

AleacuteJl do que jeacute vinos devel2Os tontCr fazcr couumlpreonder OOL nos shyscs cmlos aue stem outrs forws cuuml ostruturcs socie_i8 e que c 10shy

(lida Cl que middotumc socie proJride esscs foril2s v~o so nul ti~lic_ndo e se tornendo meis coraplexos Por isso 6 que ume pessoc de zonr rurcl do pis qundo vem c urde cidde gr-nco fio onbcreccediled Porque ele nco conhoce tocircdcs cs forucs de rGlcioncL~el1to que ooucle comniCrce u~- ~ bcn2 utilize iil V0J UJ 10io 1i8 sirples e cujcs cstruturcs sco

bull bullbull - bull AI

rec~uzuumlcs c 3ruj)os pri1rJos frJIJ-res ou c cssocJccedilocs e grupos ss cur~eacuterios k beacutem Dui to sLlples 111 tr buumlho de conscientizcccedilao deve 12 vr e8SCS pessos c id6ic ce que I lJor L1cis couumlp1ic[dc que sojo Ule

ht L 8ocicl f c so rczeo do S8 lor ccuse ClO bullbulle S ru vur ~ prollrJo OlCrlCJ I i 1 N

que nln~10L1 se (leve eLlbcr~ccedilcdo so porque n~o conhGce 08 no os de rcl-ciolLwnto saciel que outrcs cOE112lidcdes ou outrcs roiotildees utishylizou Ucvuuml-se insistir lUi to nisso o honml ~ o il8SO c quclqucr cir

shyCU~1stmiddotncic v~rie 8 fCJrufs de G Stl~turcccedil~o soci1 porque ho concenshyt ~ - h tmiddotrcccedilocs eLE seres hU2110S que necossl te~ ltlesscs releccediloes uCs no11 ua l

po eacutee ruumllccedil2o por _i8 cOilplec clue soje fcz que un hOL18~ S0je IlC lhor ~o que outro soacute porque es conhece ou porque vive nUDe couunidcdc

t I A i d QU0 cs (no odcs -8 pessos teu quo ter conso encJc Jsso p2rc ev~

tr ju~tecate c fOln-Ccedileo de prcco1coito8 de cl2s8-t do ScscZ cc k~jlo_l_~IacuteJOecirc rCcici S e te que sGo outrcs foDfs__dQ dqiIs_tccedilfo~ ilo l~Wlcsect ~s1rltprcss9cicisJ NenhuLlc deles eeve prcvcleccr sobro Cucl qUGr hOlllem quer sejc cle Ulll meio onele 018 sejc1 311p1es qUGr soj de m meio oi1clo Glcs sejeu Ilui to COi2plocs A uacutenico coise que deve p4cva 1cer SLpre eacute o hOneil - c pessoc hUllc nc - socircbre quclquor tipo de estruture

Vewos tenter colooCr - lgullCS expliccccedilotildees socircbro ccdc UDi cessas outrcs forD1cs

1ordm- CL~_SSbS SOCIAIS sco constituGcs por grupos de pessocs quo t de 1 tGil C mesmc 81 - os DOSDO TIOLOSmcnelrc gere ucccedileo coonO~1cct de

couportcmento) 00 11eSLlOS veacutelocircres uuml que por isso cdquircHl o que s) chc_ Inc CJlluJonte de consci~1cic de c1csse ll bull Tecircn c consciG1cie de este reu n~ llleSDC si tucccedil3o e por isso COfClcO o CSLlO tipo elo vide pr- seu grupo estebuacutel~c01do diferenccedilcs IIncturcis ll 01 relcccedilecirco outros grupos Ponsem que c socieccde hUl1cne SOacute cl0V se equilibreI de Uil cetOIinedo uoltlo onde ecircles encontrou 1l1tiC de te r=i ndc posiccedilecirco bm1 2ssegureda Ass1rl h

CJverscS expressoes de consciGncJc de clcsse ~ c d~~ clcss( 1ctJftm shyci~rie de clcsse dos grandes inuumlstriis [1 de Cl~8SE) 0cli e cc clcsSG oper~r1c e d~ clcsSG c~]onesc etc

Ccde um delcs poue penscr quo ~~ sociedcce hUll[na devic so orzcshynizcr Qostc~ ou cl[-~uelr fornc o cuo cssL] lhes ccbari ost ou oquolc i 1 ~por~ CJe ness~ orG~nJzccediloo de s~ciodeacuteo co~ 80 Qed~ c oSSC oxshy

presse os itGrecircssos Que ten p-re si c fcz ~c lIideologie quo pcesc c (~ofonder Cm~J jeacute viJos cs clesSGS secirco t-beacuten cstrutures socieia c

nosso i n t oresse dove ser c prooccedilco do honer e no dcs estruturiS Esso ~ -

prouoccedilo sereacute ccd vez uuacutelhol conforue focircr nais pernitiltlo Co cfirlcccedilco do homeo eu quclquor tipo de es~ruturc ~ste prob1eno ~ bostente CODshy

9

i

bull

bull

bull

p1oxo o quo estaacute aqui 1130 cliz tudo por Qster ooloc[1oo do lDC forutl rlui to siLp1ificede Perc u~ l~oiacuteor aprofundor1onto ver o bib1iogrofic oi t~dc

2ordm - CLSJIA SOCILL b tebbn UL rgrupaLcnto hUleno c orl 08 ~G sms c onotcccedilatildeos cn tcriores Ipeuacutecs Ci8 cgrcvodo pelo fochcccnto do grupo os re1cccedilfio a outros grupos U~o custe so focha por ~otivos do proconshyceitos reli~iosos raciais culturais etc Nio perDito ~ ontrada do outros eloD2ntcs f noo une nobilieacuteeco el0 seus Dembros pcr] o~tros grushypos Tcm U2- i20010gie 1Uito 1iacutes clure c iLluteacutevel ILUi tas VOZ0S una ccst eacute ur~ [leio que cortos grupos utiliacutezaIl pcgtro dofondore~ seus inte shyressos e suc~ possibiliccdo co clOlinor outros grupos C o ccso dos C08shy

ts-s nince o1iacutesteytes 02 cortos piacuteses que diacuteviacutecleuroc o povo e-2 rgtcrce1as t2-0 diacutestintes que nunc2 se pode pssr de w c outrc

3ordm - PlCcedilAs eacute c diacuteferonciacutecccedil3o que se oncontre nos grupos huucnos provenilmtes de corccteres 0sscncisl0nte bioloacutegicos AssL1 os negros f

- t OS b rncos CLlClr0 1os sco os ros grupos rcc~s~s L1cJS ov~conliOS no 60shyciededo elos hOl0ns ~ diforo~l2 eacute soacute bioloacutegica quenco se flo do roccedilc seu ter nonhuLlc outrc cOl1sequolciacutee cul turol ou intcluumlcmiddot~u[l porc c posshysoc U~ nogro oueriocno vivoric os TlOSDOS pcelrotildees cu1turois c-oriccnos (nO) focircsse [ sogr8goccedilro r2-ciol) COlO quolqucr chinecircs (roccedila mcrolc)quo se intogresse nc vido c~oriccno

4ordm - GRUPOS uacuteTNICOS secirco tcllboacuteu Dados de vivecircncic sooic1 ondo 80

eC011tucn osvO ciacutecluonto clcuns c OS-(ULlG S ( norurs de ccr5ter icis cultushyre1 r0l2oiondos 001 c 1 iacute11[11 c COStUL~OS rogionoiacutes tipos fiacutesicos (10shy

tar~in2dos por conCiccedilotildeos do 01i~e do rogiecirco gcogr~ficc etc AssiD UDe clc1oio elo pescodores no norte da A1cnanhc tcm ccroctorCsticcs bo eacuteivorscs 00 u1 2lcloic elo )(scc(o1os no nordesto elo Brnsi1 ULl DOVO de urm rogiecirco couo c 111(ia to_ eer2cteristicos divorscs dos DOVOS rqo~ e crlOriccnos cborc n2o sejol reccedilcs ciferentes As (~ifcr~l1ccedilcs 1120 SOO

b l + I SO ~o o~Jcos ~as vB2bcu cu1turaJs

BIBLIOGBLIL PRi1 LPROFmDL=

1 R Linton - O Une Ii1tlOC~UCcedil20 agrave Sooiologia Livreric Lartins SA s2o Paulo bull

2 A Igro ja Conciacutelio Vctic2-TIO lI Consti tuiccedilco Dog_Gtica LUoacutelon Gcntiml Doc Ponto 149 Jcitocircra Vozes Petroacutepolis 1965

3 Kar1 cmler - I~issco e Grcccediln II Vale Funccedilotildees e Estceacute-os cc Vic~c no Igroja - Dditocircra VOZ8S Petroacutepolis 1965

4 Alcin Eirou - Sociologia noli~ioso Duas Cid2-des satildeo Paulo

bull 10 bull

~~J~~ gt

I I) t

I

MOVnIiacutemTO

DE

EDUCACcedilAtildeO

DE

BASE

FUNDAMENTA ccedil Atilde O

DO PROGRAMA PARA 1965 li parte bull ESTUDOS SOCIAIS

15 Subdesenvolvimento e Desenvolvimento

middot J

1 SUBDESEIlYOLVnlENTO E DESElfVOLVIllENTO

nA humanidade cresce ragravepidamente todo o mundo o sabe mas poucos

homens tecircm consciecircncia da rapidez decircste progresso e-poucos tambeacutem satildeo

os angustiados pelas conclusotildees que- d~ste fato se deveria tirarn(Lebret

Suiciacutedio ou Sobrevivecircncia do Ocidente Duas Cidades S Pau101960p22)

O problema que a humanidade tem que resolver eacute o da pr05ramaccedilatildeo

humana conjunta atendendo a cada pessoa a cada comunidade a cada reshy

giatildeo a cada paiacutes ~ necessaacuterio dar uma resposta precisa a cada homem

enquanto pessoa e enquanto membro de uma sociedade No caso dos pa~ses

subdesenvolvidos essa resposta natildeo poderaacute ser dada a altura se natildeo veu

cermos alguns problemas do subdesenvolvimento Ou melhor esta resposta

natildeo seraacute dada se natildeo houver uma modificaccedilatildeo grande de estruturas de ~

talidades de valocircres bullbullbull de tal forma que todos os homens e cad~ homem

sejam reconhecidos como sujeitos~

Diante disso tudo poder-se-ia perguntar mas o que eacute o subdesen shy

volvimento o que o caracteriacuteza Em um sentido lato poder-se-ia denominar

de subdesenvolvidos os paiacuteses atrasados lIas isso eacute muito vago Preferi shy

mos dizer entatildeo que o que determina o subdesenvolvimento eacute sobretudo

uma grande complexidade de problemas dificultando a melhoria do niacutevel

de vida e a promoccedilatildeo do homem como pessoa sobretudo nas camadas mais P2

bres e necessit~das da populaccedilatildeo Essa complexidade eacute talvez uma das ca~

sas que mais dificulta um paiacutes atingir um certo niacutevel de desenvolvimento~

Como veremos a sebUir natildeo eacute resolvendo problemas isolados ou mais imedishy

atos que chegamos a superar o subdesenvolvimento Como eacute sabido ecircsse pr~

cesso de superaccedilatildeo tem eXigecircncias especiais que precisam ser ordenadas

hierarquizadas e planejadas Com efeito o subdesenvolvimento eacute caracteshy

rizado por vaacuterios fatocircres ou problemas que dificultam a plena realizaccedilatildeo

do homem e da comunidade onde ecircle vive

2 ALGU1IAS C-lRACTERtSTICAS DO SUBDESElTVOLVI1IENTO

21 Dependecircncia sconocircmica - Uma das caracteriacutesticas mais marcantes do su~

desenvolvimento eacute a dependecircncia econocircmica Sem um miacutenimo de autonomia eshy

conocircmica eacute ilusoacuterio falar-se de atunomia cultural e de certa ormat~

beacutem poliacutetica Os paiacuteses que dependem econocircmicamente de outros sofrem sob

~

i ~

vaacuterios aspectos o pecircso da dependecircncia econocircmica estrangerira Por isso

o desenvolvimento econocircmico desses paiacuteses nunca seraacute apenas resultado de

um progresso interno

A econom~ca ~ bull se reflete principalmente a t raves Essa dependencia

a) do comeacutercio exterior - em geral os paiacuteses subdesenvolvidos exportam

para os paiacuteses desenvolvidos os produtos brutos ou agriacuteCOlas ou alimenshy

tiacutecios (no caso do Brasil por exemplo o agucar o manganecircs etc) e imshy

portam destes os produtos manufaturados (eqUipamentos por exemplO)

b) de uma situaccedilatildeo deficitaacuteria em que vivem de um modo geral os paiacuteses

subdesenvolvidos Tal situaccedilatildeo eacute de certa forma tambeacutem motivada pela ~

neira como o mercad0l importador determina os preccedilos Poder-se-ia dar

como exemplo o cafeacute no Brasil que equivale a mais de 40 de nossa expo~

taccedilatildeo e apenas 04 da importaccedilatildeo dos EEUU cujo preccedilo eacute estipulado por

ecircste uacuteltimo o maior mercado comprador c) da poliacutetica econocircmica e social dependentes muitas vecirczes dos interesses

de grupos ou firmas estrangeiras

d) da posiccedilatildeo de destaaue Que ocu~a o capital estrangeiro na economia dos

paiacuteses subdesenvolvidos Decircle depende a importacircncia e grande parte da esshy

pecificidade das produccedilotildees do paiacutes assim como de sua situaccedilatildeo de integratilde

ccedilatildeo no mercado internacional (Yves Lacoste Os Paiacuteses SubdesenvolvidosDi

fusatildeo Europeacuteia do Livro ColSaber Atual satildeo Paulo 1961pp 17-19)

22 Pouca Industrializacatildeo e Dificuldade de Ser Ampliada - os paiacuteses su~

desenvolvidos encontram mu~tas dificuldades de se industrializar O Depa~

tamento de Assuntos Econocircmicos das Uaccedilotildees Unidas estudando estas dificul

dades haacute alguns anos reuniu-as em trecircs aspectos econocircmico social e int~ nacional

a) no aspecto econocircmico temos que levar em conta aleacutem da pouca poupanccedila

interna a falta de capitais ou o emprecircgo de capitais estrangeiros em geshy

ral nas induacutestrias de transformaccedilatildeo e natildeo para a infra-estrutura assim

como as dificuldades de transporte a insuficiecircncia de energia etc

b) quanto ao aspecto social pode exercer influecircncias negativas ou positi shy

vas No caso dos paiacuteses subdesenvolvidos natildeo haacute duacutevida que as influecircncias N

sao em geral mais ne5ativas j bastrulte lembrar o baio niacutevel de instru-

ccedilatildeo o elevado lndice de analfabetismo a falta de operaacuterios qualificados

e a natildeo existecircncia de um ple~ejamento que leve em conta tocircda a populaccedilatildeo

tocircdas as reGiotildees visando um desenvolvimento global

c) com relaccedilatildeo ~o aspecto internacional haacute tambeacutem vaacuterios tipos de obstaacutec~

(

los ao desenvolvimento industrial dos paiacuteses subdesenvolvidos Lembrareshy

mos apenas dois as restriccedilotildees que os paiacuteses desenvolvidos em geral imshy

potildeem aos subdesenvolvidos para conceder um empreacutestimo de capital que pushy

2gdesse facilitar a industrializaccedilatildeo dos primeiros a tendecircncia dos pai

ses desenvolvidos de fazerem dos subdesenvolvidos meros fornecedores de

mateacuteria prima dificultando ou ~estringindo as possibilidades de desen shy

volvioento destes (Lebret obra citada pp 100-105)

Todavia eacute preciso natildeo esquecer que embora a industrializaccedilatildeo seja

a1so muito importante para o desenvolvimento econocircmico de um paiacutes ela

nao ten um fim em si mesma Ou seja a IN so temindustrializaccedilao para nos

sentido se ela contribui para uma real promoccedilatildeo do homem se ela contrishy

bui para elevar e melhorar o niacutevel de vida sobretudo das camadas menos

favorecidas da populaccedilatildeo As faacutebricas as usinas as grandes emprecircsas e~

fim podem ser retrato do desenvolvimento econocircmico mas ajudam o homem a

ser mais homem quando contribueacutem para satisfazer suas necessidades mais

essenciais a se realizar como pessoabull

bullBaixa Renda Nacional - Uma das distinccedilotildees que se pode fazer entre

os pa~ses desenvolvidos e subdesenvolvidos consiste justamente na dist~

buiccedilatildeo da renda nacional entre habitantes ou entre as diversas camadas

da populaccedilatildeo De um modo geral nos paiacuteses desenvolvidos as camadas mais

pobres tecircm um niacutevel de vida superior aos subdesenvolvidos A tiacutetulo de

ilustrcccedilatildeo daremos apenas al~Uls dados referente a renda anual individual

(chamada tecirccni3amente de renda per capita) em 1959 de alguns paiacutesesE~

tados Unidos da Ameacuterica do Horte 2250 doacutelares alguns paiacuteses da Europa

Ocidental assim como Austraacutelia e Nova Zelandia 1000 doacutelares Bnquanto

isso para o conjunto dos paiacuteses menos desenvolvidos a cifra corresponden

te foi mais ou menos de 100 doacutelares anuais sendo que a maior parte dos

paiacuteses da Aacutefrica Aacutesia e Jmeacuterica L~tina apresentavam uma renda meacutedia de

10 a 80 doacutelares (Bl Corre0 de la Unesco) bull

bullDeficiecircncia na Agricultura - A agricultura nos paiacuteses subdesenvol

vidos de um ~odo geral eacute muito atrasada Haacute grandes quantidades de te~

ras cultivaacuteveis natildeo aproveitadas Ha Ameacuterica Latina p ex apenas 15

das terras cultivaacuteveis satildeo realmente cultivadas (Yves Lacostobra citada

p 12) Haacute fatocircres que podem explicar essa quantidade tatildeo pequena de tershy

ras cultivadas

bull estrutura agraacuteria injusta e obsoleta

i

bull interecircsse de grupos econocircmicos nacionais e estfangeiros

bull falta ou insuficiecircncia de meios teacutecnicos

bull desgaste dos solos

bull falta de fertilizantes etc

Todavia a maior dificuldade a ser vencida pela agricultura dos pa1shy

ses subdesenvolvidos proveacutem do custo dos bens materiais Um dos meios de

satisfazer tais necessidades seria a fabricaccedilatildeo de suas proacuteprias maacutequinas

agriacutecolas de fertilizantes e de combustiacuteveis

Consider~ido todos os fatores que dificultam a agricultura nos pa1

shy

ses subdesenvolvidos podemos entender assim porque apesar de serem na

maioria paiacuteses agriacutecolas apresentam baixa produccedilatildeo natildeo conseguindo nem

satisfazer as necessidades alimentares de seu povo

Desequiliacutebrios entre as Cc~adas Sociais - A grandemaioria da populacirc

ccedilatildeo dos paiacuteses subdesenvolvidos tem condiccedilotildees subhumanas de vida A verdashy

de eacute que um nuacutemero muito restrito tem um miacutenimo necessaacuterio para viver como

pessoa e apenas uma minoria tem a go~a de todos os privileacutegiOS

Uma das maneiras de se caracterizar ecircsses desequiliacutebrios sociais eacute

a distribuiccedilatildeo proporcional da renda nacional pela populaccedilatildeo Iro caso brashy

sileiro por exemplo ecircste desequiliacutebrio eacute evidente

Outro iacutendice complementar eacute o da distribuiccedilatildeo da propriedade rural

brasileira Em nuacutemeros relativos a aacuterea territorial brasileira dos estabe

lecimentos agropecuaacuterios em 1950 era expressa da seguinte maneira os d2

nos de propriedades de mais de 100 ha representam apenas 16670 do total do

nuacutemero de propriet~rios e possuem 8567~ da aacuterea total dos estabelecimentos

agropecuaacuterios do Brasil enquanto que 834 do nuacutemero de proprietaacuterios po~

suidores de menos de 100 ha deteacutem em suas matildeos apenas 14~~ da aacuterea toshy

tal (Antonio Rodrigues Coutinho - lanisteacuterio da Agricultura Contribuiccedilatildeo

ao Estudo da Bstrutura Dconocircmica Agraacuteria Brasileira Sego o Censo de 1950 p20)

~ dentro dessa faixa menos favoremida que certos problemascaracteriacute~

ticos das regiotildees subdesenvolvidas se tornam mais chocantesAqui estatildeo alshyguns decircles

~

l

~ bull Para cada 100 crianccedilas nascidas vivas desta faixa morrem 24 anshy

~

tes do 12 ano de vida enquanto para outras camadas sociais morrem 10 em

100 (Nelson Rodri6~es dos Santos O Problema da Sauacutede no Brasil) Dados

recentes mostram ainda que a chistosomose atinge 6 milhotildees de brasilei

ros a tuberculose 1 milhatildeo e 200 mil doenccedilas de chagas 3 a 4 milhotildees

malaacuteria 8 milhotildees A maioria dessas pessoas atingidas habitam agrave zona rushy

ral e estatildeo incluiacutedos nesta faixa da populaccedilatildeo menos favorecidas (A Pop~

laccedilatildeo Brasileira Dados do IBGE 1960)

Com efeito o que se pode dizer eacute que estas deficiecircncias contribuem

ainda mais para baixar o rendimento econocircmico agravando cada vez mais

as condiccedilotildees de vida dessa camada populacional ~ vivendo e sofrendo eacutesshy

tes problemas que trJilbalha grande parte da populaccedilatildeo dos paiacuteses Afroasi ct_ ~ jt --lt- r A

at~cos Em alguns desses pa~ses o n~vel de vida e tao baixo que ha um

verdadeiro ciacuterculo vicioso onde o homem jaacute natildeo tendo esperanccedila acha di

fiacutecil romper com essa situaccedilatildeo de miseacuteria

De um modo geral o que preaeacutenciamos eacute que por causa de grandes d~

sequiliacutebrios entre as diversas camadas sociais e entre os povos do mundo

grande parte da humanidade tem condiCcedilotildees de vida subhumana

Os v~rios dados apresentados abaixo servem para mostrar o grau de

desenvolvimento ou subdesenvolvimento de alguns paiacuteses ~ preciso conta1

to que natildeo se pare numa enumeraccedilatildeo pura e simples dos mesmos nem que

se pretenda uma comparaccedilatildeo com um ideal a atingir Os dados referentes a

cada paiacutes falam mais quando analisados no seu conjunto e soacute vistos e an~

lisados globalmente eacute que podem ser comparados com outros paiacuteses bull bull i ~-

bull Mortalidade Infantil - Para cada 100 crianccedilas nascidas vivas num

ano morrem 3 nos EEUU 4 na Inglaterra 7 na Beacutelgica enquanto no Brasil

Boliacutevia e na Colocircmbia morrem 15 (onu Rapport Preliminaire sur la Situa

tion Sociale dans le i~onde 1962)

bull llortalidade Geral - De cada 1000 habitantes morrem por ano 9 nos

EJUU 11 na Inglaterra 12 na TIeacutelg~ca 25 no Brasil na Boliacutevia e na Coshylocircmbia (idem)

~~

Vida lieacutedia - 70 anos nos EEUU 65 anos na Beacutelgica 45 anos para o

Brasil Boliacutevia e Colocircmbia (idem)

bull Alimentaccedilatildeo e Fome - Segundo Lebret pode-se admitir que mais d

50 da populaccedilatildeo do mundo se manteacutem em um ~ampntar inferior ao estritamiddot

mente necessaacuterio em calorias e 75~ dessa populaccedilatildeo aproxima-se ou ape

nas atinGe o niacutevel miacutenimo exigidO pelas atividades humanas normais

~artindo desses dados e fatores verificamos que haacute uma coincidecircnshy

cia de niacuteveis para alguns paiacuteses ~stes paiacuteses por uma seacuterie de razotildees

ou de fatores satildeo chamados subdesenvolvidos

3 EXIG6NCIAS ESP3CIAIS PARA SUPJJRACcedilAtildeO DO PROCESSO DO SUSDESDNVOLVI1JlliTTO

31 o crescimento demograacutefico deve ser acompanhado por um crescimento ec~ nom~co proporcional

O processo de superaccedilao- do sub-desenvolvimento exige antes de mais

nada que o ritmo extraordinagraveriamente raacutepido com que crescem as necessishy

dades dos povos subdesenvolvidos seja acompanhado por I crescimento ecoshy

nocircmico superior a~ necessidade~i da populaccedilatildeo

A explosatildeo demograacutefica nos paiacuteses subdesenvolvidos eacute no momento ashy

tual um fato que ningueacutem pode ignorar Isto eacute consequecircncia de vaacuterios fata

res

a) os paiacuteses subdesenvolvidos tecircm uma natalidade muito maior que os

outros Como exemplo lembraremos que para cada 1000 habitantes nascem

anualmente na Europa e nos EEUU de 18 a 25 crianccedilas enquanto que em zoshy

nas subdesenvolvidas como a Aacutefrica e a ~neacuterica Latina ecircste nuacutemero chega a

mai3 de 40 (Camargo Demografia 3conocircmica 1960)

b) o raacutepidO crescimento pode ser explicado tambeacutem pelo descreacutescishy

mo da mortalidade verificado nestes paiacuteses De fato essa mortalidade ainmiddot

da eacute bas-cante alta No entanto ela vem diminuindo gradativamente graccedilas a

uma certa assistecircncia sanitaacuteria que eacute dada aos paiacuteses subdesenvolvidosjem

bora de forma muito precaacuteria e sistemaacutetica

Ora para satisfazer as necessidades de uma popUlaccedilatildeo que aumentou

tatildeo ragravepidanente eacute indispensaacutevel um esfocircrccedilo muito grande para produzir

bens e serviccedilos 10 caso do Brasil por exemplo a populaccedilatildeo anual aumenshy

1

-

tam na razatildeo de 3 ao ano A economia nacional precisa entatildeo aumentar

sua capacidade de produccedilatildeo daacute maneira que chegue a satisfazer as necesmiddot

sidades correspondentes a ecircsse aumento da populaccedilatildeo em mateacuteria de alimen

taccedilatildeo vestuaacuterio habitaccedilatildeo instrumentos domeacutesticos educaccedilatildeo emprecircgo

serviccedilos sanitaacuterios (aacutegua luz esgocircto t L Itt etc)

~sse esfocircrccedilo eacute tanto mais difcil porque em consequecircncia do mesmo

crescimento econocircmico raacutepido a maior parte da populaccedilatildeo em idade ativa

eacute muito menor em proporccedilatildeo agravequecircles que natildeo fazem parte desta faixa (cri

anccedilas doentes bullbullbull ) Por outro lado como os pases subdesenvolvidos tem

um niacutevel de vida extremamente baixo a economia deveraacute natildeo somente acomp~

nhar o crescimento demograacutefico mas taEbeacutem aumentar em certa medida ecircsse

niacutevel de vida No entantoecircste paiacuteses mostram-se no conjunto incapazes

de expandir sua economia numa proporccedilatildeo satisfatoacuteria

Das razotildees que impedem o desenvolvimento econocircmico mais completo e

mais raacutepidO temos que considerar ap que se prendem agrave estrutura das ecoshy

nomias e as que dizem respeito mais diretamente ao crescimento global de~

ta economia

32 Independecircncia Econocircmica - Como eacute muilto sabido a estrutura econocircmica

dos pases subdesenvolvidos eacute altamente centralizada no setor primaacuterio

sendo pouco desenvolvido o setor secundaacuterio e terciaacuterio (Ver o item ~E~

trutura ~conocircmica)

Por outro lado embora a populaccedilatildeo rural nestes pases representashy

quase sempre mais da metade da populaccedilatildeo e esteja muito concentrada no s~

tor primaacuteriO nem sempre produz todos os gecircneros necessaacuterios agrave alimentashy

ccedilatildeo e muito menos outros produtos por ela exigidos Como consequecircnciaj ecirc~

tes paiacuteses satildeo obrigados a importar bens que natildeo satildeo capazes de produzir

dispondo apenas de alguns pontos para efetuar as trocas

Ora os paiacuteses que se manteacutem sem induacutestrias e dependentes da imporshy

t~ccedilatildeo de poucos produtos primaacuterios iratildeo fatalmente cada vez mais se emposhy

brecendo face aos pases desenvolvidos Enquanto isto a produccedilatildeo industrial

destes uacuteltimos iraacute crescendo cada vez mais pois os homens sempre querem

bens industrializados em maior nuacutemero e variedade O contraacuterio acontece com a produccedil2o agriacutecola cujo crescimento fica na dependecircncia do consumo

pessoal Que eacute limitado

Outro aspecto que nem sempre se leva em consideraccedilatildeo eacute que juntashy

mente com a importaccedilatildeo de certos produtos satildeo importados tambeacutem a proshy

paganda e o exemplo dos paiacuteses ~esenvolvidos cujos niacuteveis de consumo

satildeo muito mais altos

- I Dominada por esse efeito demonstraccedilao que se soma a 1a5 as neshy

cessidades crescentes decorrentes do raacutepido crescimento demograacutefico a

populaccedilatildeo subdesenvolvida se esforccedila para comprar mais produzindo mais - dMas o consumo de produtos agro-pecuarios nao pode ser aumentado alem e

um certo limite aumentando-se a oferta os preccedilos tendem a cair Assim o

trabalho do povo se desvaloriza (econocircmicamente falando)i

Quanto as mateacuterias primas cuja demanda pode acompanhar a produccedilatildeo

industrial constituem elas reservas suscetiacuteveis de serem esgotadas ou

de perderem seu valor comercial em decorrecircncia de inovaccedilotildees tecnoloacutegicas

Aleacutem do mais na quase totalidade dos paiacuteses subdesenvolvidos a explora

ccedilatildeo dos seus recursos minerais ob~ece aos interecircsses de grupos estrangeishy

ros e soacute a ecircles beneficfa

33 Desenvolver a Industrializaccedilatildeo aumentando a capacidade de produccedilatildeo

A industrializaccedilatildeo estaacute condicionada por um certo nuacutemero de fatocircres

e deve subordinar-se a certas prioridades Uma dessas prioridades eacute defishy

nida pela necessidade de substituir aquelas importaccedilotildees de bens de consushy

mo que ocasionam maiores dificuldades nas relaccedilotildees de troca do paiacutes Oushy

tra seraacute determinada pela necessidade de se criar nos paiacuteses as industrishy

as de base isto eacute induacutestrias produtoras dos materiais de equipruJentos tw lO necessar10S a crlaccedilao de novas lndustr1as

Dos fatores que condicionam a industrializaccedilatildeo coloca-se a necessishy

dade de uma infra-estrutura adequada de traasporte~e comunicaccedilotildees e de eshy

nergia ~ evidente que as induacutestrias soacute podem desenvolver-se se haacute enershy

gia para acionar suas maacuteqUinas estradas para trazer mateacuteria prima e disshy

tribuir a produccedilatildeo e os meios de comunicaccedilatildeo para que as emprecircsas indusshy

triais o comeacutermio e os bancos possam coordenar e organizar suas atividashy

des com eficiecircncia

Por outro lado as induacutestrias natildeo poderatildeo fortalecer-se se natildeo aumen d d dmiddot t ar o numero os que po em comprar ~ua pro uccedilao 1Sto e se nao houver

mercado interno crescente no paiacutes P-i il ielJe eacute- p~~eo (i)l1amp dece~_~

OI tilbullbullbull da lailaatilde Ile iateente ul4idacirclha lllllaacuteliSIXoacutefrq

-ft 81es piFJIIacuteee 6 rbullbull taiuule 1 21i

HO crescimento global da economia dos pa1ses subdesenvolvidos nao

pode ser obtido com a necessaacuteria continuidade e rapidez se natildeo forem supeshy

rados os obstaacuteculos que constituem o chamado ciacuterculo vivioso

ste ttciacuterculo vicioso em geral pode ser caracterizado por uma poshy

pulaccedilatildeo muito grande com um nuacutemero reduzido de induacutestrias pouca matildeo de

obra qualificada e produzindo pouco com niacuteveis de salaacuterios de uma certa

maneira muito baixos Salaacuterios estes que em muitos casos datildeo mal para sushy

prir as necessidades essenciais e em outros datildeo apenas para o coasumo Haacute ainda uma minoria que embora ganhe muito gasta quase tudo em bens de con

sumo (vestuaacuterio automoacuteveis etc) sem aplicar em investimentos produtivos

(faacutebricas induacutestrias em geral etc) Nos vaacuterios casos como vemos natildeo eacute

feita nenhuma poupanccedila

E o que eacute popanccedila no sentido amplo pode-se dizer que o que natildeo foi

gasto foi poupado Mas para que haja poupanccedila realmente eacute preciso natildeo

soacute determinar um aumento de capital que eacute o estoque sobrante poreacutem invesshy

tir em bens de produccedilatildeo Donde se pode dizer que para haver um crescimenshy

to glObal da economia de um paiacutes eacute necessaacuterio que os recursos que era~de~

perdiccedilados ou empregados somente em bens de consumo sejam aplicados tamshy

beacutem em bens de produccedilatildeo ou em investimentos produtivos

~stes investimentos podem ser feitos de duas maneiras

a) o govecircrno obrigando por meios de leis os setores privados a investir seus

lucros de forma mais justa e adequada em setores que venham a contribuir

para um maior crescimento e desenvolvimento econocircmico da comunidade

b) o proacuteprio govecircrno recolhendo ecircsses recursos atraveacutes de impostos compulshy

soacuterios e investidno em empreendimentos que constituem a infra-estrutura (eshy

nergia eleeacutetrica recircde de aacutegua e esgocircto estradas de ferro e rodagem porshy

tos etc)

Isto deve ser feito atraveacutes de planos econocircmicos que reunam os invesshy

timentos puacuteblicos aos investimentos particulares sem permitir um exagerado

lucro as camadas sociais que jaacute gozrun de uma situaccedilatildeo por demais privilegishyada

bull

- 4

Em resumo a poupanccedila e

um elemento essencial para o desenvolvimenshy

to global econocircmico de um pa~s e deve ser forccedilada

a) impedindo todo consumo nao necessario e excessivo

b) aproveitando plenamente a matildeo de obra ou o trabalho das camadas da popushy

laccedilatildeo que estaacute sendo pouco utilizada

c) aumentando a produccedilatildeo pelos meios jaacute citados e especialmente pela proteshy

ccedilatildeo alfandegaacuteria que impeccedila a penetraccedilatildeo no paiacutes de produtos concorrentes

estrangeiros

Finalmente para que todo investimento possiacutevel seja efetivado eacute imshy

por~ante que o trabalho de uma hoc parte da populaccedilatildeo ateacute entatildeo mais ou ~

nosnativa seja aproveitado em setores essenciais O aumento da produccedilatildeo

exige natildeo soacute o aproveitamente de todos mas tambeacutem que haja um certo planeshy

jamento e que obedeccedila a certas teacutecnicas Contudo o povo soacute se enquadraraacute

neste regime de maior produtividade e soacute se capacitaraacute para ecircle se tiver

consciecircncia da situaccedilatildeo e se houver motivaccedilatildeo suficiente

35 Tomada de Consciecircncia por Parte da POP1qaccedilatildeo - Para noacutes um dos aspecshy--_----~-~ bullbull- ~ bullbullbullbull ~- - - - lt bullbullbullbull - - bullbullbull ~ -- bull shy

tos novos do subdesenvolvimento e talvez o mais importante como diz Yves

Lacoste eacute a tomada de consciecircncia da pcpulaccedilatildeo da sitUaccedilatildeo em que se enconshy

tra o seu paiacutes Isto eacute importante porque natildeo se pode falar em desenvolvishy

mento como algo abstrato como uma ideacuteia apenas

Soacute quando tOcircda a populaccedilatildeo toma consciecircncia e eacute mobilizada para venshyncer os problemas que lorrnam aque1e c~rcu1o que falamos anteriormente e que

comeccedila haver condiccedilotildees poliacuteticas favor~eis ao desenvolvimento

Poder-se-ia dizer tambeacutem que a tarefa de desenvolvimento eacute essenshy

cialmente poliacutetica e as necessaacuterias atitudes favoraacuteTeis ao desenvo1vimenshy N 1J __t o so poderao ser tomadas num regime de certa disciplina coletiva Ora~

sa discipfina tanto pode ser imposta QelQ focircrccedila r s~r exercida ppr JPDa qishy )IT~ ()A eurogt ~7 ~gt- Alt- (UL~oacute2c- e~ aT-lt ~ ~ltM ~~

tadur~como ser oeeelhids pGP ~e~~~ pOTO num olima de respeito ao outro

co~o pessoa CODO sujeito e natildeo como coisa

Por outro lado ecircsse esfocircrccedilo tanto pode ser feito num regime de inshy

justiccedilas que apenas exija sacritiacutecios de uma classe e natildeo de outras ou

num reGime onde os sacrifiacutecios e as responsabilidades satildeo igualmente reparshy

tidos entre todos Ressaltamos ai~t~ obra do desenvolvimento eacute inadishyaacutevel complexa e essencialmente ~18la Donde a tentativa de um prooesso

~i~~ ~~~~~~ ~1 ~~

~

-lt ~~middot~~~-~~~~~~~~ii~~~middot ~~

bull t t ~

r I l ~

fo~

I

I

que caminha para o desenvolvimento soacute seraacute autecircntica se atingir a tOdOS~

os setores

Terminando diremos ainda que a tomada de consciecircncia vai exigir

uma mudanccedila total de mentalidades de estruturas de relacionamentos Uma

reestruturaccedilatildeo nos setores econocircDicos poliacuteticos e sociais da sociedade

global

Gostariacuteamos de insistir para que se tivesse em conta que as diversshy

saa partes da fundamentaccedilatildeo do programa do IiEB satildeo uma tentativa de estushy

dar os aspectos diferentes de uma mesma sociedade a sociedade nacional

brasileira em relaccedilatildeo com sua posiccedilatildeo no mundo seus valocircres culturais

suas tradiccedilotildees de sociedade econocircrnicamente dedicada ao setor primaacuterio

o que deve e estaacute sendo mudado Por isso chamamos a atenccedilatildeo para que se

tenha~ sempre em mente os diversos fascculos natildeo como ~oisas separadas

e independentes mas como tentativa de estudar elementarmente os probleshy

mas fundamentais que devem ser conhecidos por elementos profissionais que

se dedicam agrave educaccedilatildeo de adultos do Brasil

l

MOVIMENTO DE EDUCACcedilAtildeO

DE BASE

FUNDAMENTACcedilAtildeO

DO PROGRAMA PAcircRAcirc 196

I parto PROMOQAtildeO mJlWA

F U N D A il E N T A ccedil I O

DO PROGR1JlA PARA 1965

2~ P i R T E PROIOCcedilAtildeO 1IuumliANA

O Introcluccedilco

1 Conscientizaccedilatildeo

11 O Bonon

12 O Trabc1ho

13 Conuniceccedilatildeo

4 d C 1 bull 1iO~OS e oDun~ccccedilao

15 Os Condicioncnentos Cu1turcis

16 O Heroi euro os j~oios de Ruumlolizoccedilco

17 A eclizoccedilatildeo de Pessoo nr FCJiacutelio

18 A Rco1izoccedilatildeo da Pessoa nr Sociodcde shy

2 bull OrgLn~Zcccediloo

21 Funccedileo Sociol do trcbalho

22 CoopGroccedil~o organizedc o nco orgw1izadc

23 Associativisno

24 Cooperaccedilatildeo Econocircnica

25 Accedil~o poliacutetioa

I

o INTRODUCcedilAtildeO

o trabalho de promoccedilatildeo humana eacute intriacutenseoo agrave proacutepria eduoaccedilatildeo uma vez que eduoar natildeo oonsiste em adaptar algueacutem a determinada sishytuaccedilatildeo a determinado tipo de sociedade mas dar elementos e eondishy

- tccediloes pera que o homem se forme Eduoar e levar O homem a omar oonsshyoiecircncia de seu napel de sujeito do mundo ~ integrar algueacutem na obra

fi cultural na accedilao do ho~em que transforma a natureza A educaccedilao e uma exigecircnoia e um direito de todos uma oondiccedilatildeo para que o homem se realize se afirme como pessoa e oonsequentemente se promova

Esta promoccedilatildeo natildeo deve ser individualista Deve ser uma autopr~ moccedilatildeo comunitaacuteria atraveacutes da qual se procure ajudar e apressar Na integraccedilatildeo de todos no processo de oriaccedilatildeo cultural Com isto nao se pretende uniformizar homens e culturas - o que seria Ullla aberra M

ccedilatildeo - mas humanizaacute-los aoeitando e respeitando as diferenccedilasDentro desta perspeotiva aohamos que soacute haacute promoccedilatildeo quando as necessidades da pessca tendem a ser satisfeitas Soacute haacute promoccedilatildeo quando haacute natildeo ashy

A

penas um despertar mas tambem uma tomada de oonsciencia do valor h~ mano e da posiccedilatildeo que cada homem ocupa no mundo Soacute haacute proLlOccedilatildeoquall do o homem tem acesso aos meios de comunioaccedilatildeo e quando no seio das instituiccedilotildees pode exeroer sua liberdade e responsabilidade oomo pe~ soa humana Soacute haacute promoccedilatildeo quando haacute partioipn~atildeo ativa da pessoa Soacute haacute promoccedilatildeo quando a pessoa escolhe o que e mais adequado agrave sua reali zaccedilatildeo -shy

Evidentemente em um trabalho de promoccedilatildeo haacute diversos estaacutegios Por isso natildeo se pode esquecer que tudo que foi coloo~do como sendo promoccedilatildeo pode se prooessar em um soacute momento ou em momentos diferen shyteso ~ essencial que se tenha presente e bem claro ateacute onde se quer chegar porque ecircste trabalho jameis pode ser feito desligampdo da eacuteposhyca do momento histoacuter~co em que o homem estaacute inserido Em nosso ces~ por exemplo seria utoacutepico pretender-se fazer um trabalho de promo shyccedilatildeo humana sem levar em oonsideraccediluumlo a realidade mundial brasil~ira e de LEB

Como atraveacutes de um trabalho educativo se pode contribuir para a autopromoccedilatildeodo povo Inicialmente formlmdo-o inoentivando-oin~ trumentclizando-o e criando condiccedilotildees pera que tome parte etive nas associaccedilotildees e organizaccedilotildees de sue comunidade criticando-as e melhOshyrando-as Estas associaccedilotildees satildeo oportunidades de cada um exeroersuos responsabilidades e liberdede Por seu intermeacutedio natildeo h~ apenes Q~ despertar mas um comecircccedilo de promoccedilatildeo do povo todo promoccedil~o nno ind vidualista utilitaacuteria mas e serviccedilo de comunidade

AI v N

Promoccedilao humana e ascenccedil2o de ocda homem de ceda fraccedilao da hushymanidede dos grupos que i~pulsionam esse mesma humenidede Dontro dessa perspectiva nco podeillos acoiter a presenccedila de marginalizados por miseacuteria ou por privileacute3iOs de classes ou de castas (Ver 1ebret Konifesto por uma Civilizaccedilatildeo Solidaacuteria pp 15 e 85)

middot1

bull

A recuperaccedileo do home)1 acrgincliacutezcdo jcucis ser1 conseguido por um simples trabclho de clfcbetizaccedil~o porque embora haja una corrol~ ccedilatildeo entre onalfabetismo e mcrgincliz[ccedil~o assiD couo entre cnclfcbe shytismo e subdesenvolvimento nco se pode dizer que o analfobestisDo s~ ja a causa da marginalizaccedil~o e muito menos do subdesenvolvimGnto~cei tar isto eacute querer como diz Pierre Furter tomcr o efeito pele causa A alfabetizaccedilatildeo purc e siLlplos nco tem sentido uma vez que c tIera ashyquisiccedilatildeo de alguns conhecimentos de leitura escrita e c~lculo n~o leva a participar conscientemente do desenvolvimento do pels e ter

fo r -- um consciencie cr~ ticc de realidde A alfCbetizcccedilac de cdultos deve levcr o conjunto de populcccedilotildeo a participer do desenvolviru3nto do peJsSoacute dentro dessa perspectiva estcreacute contribuindo pcrc a integraccedil~o do homem no processo de trcnsfOrli12ccedilGo cultural

Diremos cinda que um trcbolho de educcccedilecirco dentro desso pers shypectiva de promoccedilatildeo para ser autecircntico deve pcrtir de necessidcdede libertcccedil~o das clesses menos favorecidas Deve procurar propicicr os elementos necess(rios pcrc que cdc- homem tOLlo pcrte ctive no desen volvimen to de sues cOLlunid~des fezendo opccedilotildees pele conservoccedilecirco ou modificaccedilotildees de reelidade em ~ue se encontre Cremos que isso eacute fundQ mental t porque uma sociedcdc Lloderna e democr5tica teiacute] necc8sidade de umc cuI turc pcrticipcdc por todos Este cul turo deve perDi tir c tocircshydes as olasses ou cotegorios sooiois o todos os indiviacuteduos qualquer q~e seja seu estado profissional ou niacutevel de instruccedil~o uma particip~

nt~ 1V~ na da SOCla1 polt~oa ort18 tlea c i cntflCCccedil~o Vl economlca 1 1 espirituclt(Joffre Dumezedier Rcfleacutexions sur lentroinencnt L1Gntel Paris PEC pI) bull

2

1 C01~middotSCIETIZACcedilAtildeO

Para se ter consciecircncia de alguma coisa satildeo necessaacuterios apenas ao~s termos o sujeito que teH consciecircncia e a coisa da qual ecircle toshyma consciecircncia O ~o ~e con~~i~~ en~retanto exige a presen2a de uma segunda pessoa exige UBa cOBunicaccedilao entre dois sujeitos so~ bre alguma coisa Conteacutem assim trecircs tecircrmos dois sujeitos e um obshyjeto Conscientizaccedilatildeo implica consciencia de si e comunicaccedilatildeo dedois sujeitos pela mediaccedilatildeo do mundo Conscientizar eacute portanto dar el~ mentos par~ Que o homem tome consciecircncia do que ecircle eacute (consciecircncia de si) do que os outros satildeo (coillunicaccedilatildeo de dois sujeitos) e do ~ue eacute o mundo A maneira de se conscientizar eacute que pode cariar de acorshydo com a eacutepoca histoacuterica a concepccedilatildeo que se tem do homem a viseo que se tem do mundo e o sentido que S2 tem da histoacuteria

Todo trabalho que visa agrave promo2atildeo humana natildeo pode deixar de si shytuar-se numa linha de conscientizaccedilao Logo neo se pode pensar em fazer um trabalho de educaccedilatildeo tendo em vista uma autopromoccedil~o e uma a2atildeo visando uma mudanccedila de estruturas sem conscientizaccediluumlo O homem nao pode se formar dentro de uma certa perspectiva dentro de um co~ texto hist6rico determinado sem se tornar consciente de suas respon sabilidades de ci~Jdatildeo e consciente de suas responsabiliQades de hoshymem criado c im~~u de Deus

Donde Se conclui que educer formendo a pessoa humemo dentro dep ta perspectiva de promoccedilecirco comunitaacuteria implica sempre conscientiza~ ccedilampO uma vez qu~ e imposs~vel educar sem dar elementos pera que o hg mem tome consciencia do seu velar couo pessoa sues exigecircncias de reslizaccedilatildeo seu dever para com os outros sue capacidcde cricdora sua ccpcciCcde de comuniccccedilatildeo etc (Ver o trabclho lEduccccedileo e ConsshycientizaccedileoH de Raul Lcndim)

o processo de conscientizec5o v~ric de ac3rdo COD a conccpccedileo que se tem do homeu Que eacuteS o hOl18 pcre noacutes

Encarcdo somente eu sua clLwnsecirco cni mo1 o horleuuml pOdcruacute ser reshyd~zido um 9bjejfLAE_TJi1tu~e_ze 0010 os outros animlIacutes a Uhl ser quebull nao tr2nscencle a naturezc e estuacute submetido e seu det~rminisrlOI=os o comportamento Jnimol eacute puremente odcfJtativo e a cccedilco do hOmiddotlem eacutecleacutem de 8odeptctiva cricdorc A 1I000ccedil30 11 do oniael necirco crie 1111 mndo nocircvobull mes se estrutura e12 ll1e~ma CO10 90 mndo J2 o honeLl tolcdo como secircr que co~hece o mundo e nele oria eme ordem humana apresenta-se nco c~mo ~e~d~2~~ndo mes~como UD secircr~~o ~undo Sue vida sue cccedilecirco reashyl~zc-se no mundo mes ~le o transcende transcende a netureza torshynendo-a humanc 0010 Ser oonsciente o honlem se cfirme COIJO sectuieijio do mu~do tornando-o seu objeto

bull 3 bull

Conhocenagraveo o mundo o homoD escolhe pcr si um sentido decirc a seu oovimento e suc QCcedil~O um significedo que trQUscende e orde~ ncturel bull Dei dizer-se que e inserccedilatildeo do homem no ulmdo realize-se com anbiguishydede eacute UD sor que trenscendo o oundo e por isso recuse-se e situe~

- t t se como sor do o~~dco Entrct~nto sue eccedileo seu mOV1men o 1n r1nseco que o eperfeiccediloc reclizc-middots8 no 2mndo

A relcccedil~o do hurlOo COrJ o 11Undo ecirc umo rel--ccedilco ocdietizada pelo trcbclho B cinde 1 frent~ ~os outros homens ume relcccedilco de comunic~ ccedilo 1 que pode ser expresse 00 domincccedil~o ou eo -0coTI1ecinento (LiE]BFur dcmenteccedileacutev de rViver ecirc Lutcr Pj) 1-4)

Ume vez feita ~ cu~ccccedil~o do que o homem no sentido genrico sereacute ebo( ]0 ll ponto que e qiacutelJse umo decorrecircncia decircste dignidede feminino

Iniciclmente diremos QU9 noo h~ nede que distinga o homem de mushylher no pleno de dignidcde t1U~~e cnquento ser recional cepaz de trenscender o mlli1do em (xis tecircncie pessocl relecioncde com os homens e com Deus (l]iB FundeL1cntaccedilao de Viver Luter p 22) Se fizershymos uo estudo dos texto biacuteblicos 8 dOecircl docunentos uontifiacutecios que tra tem de flll1er e~contrclmiddoteos trechos provendo qu~ elo e O honem sio igucis qucnto agrave n2 ZC o dignidocle criou Deus o honem e sue imeshygem crioumiddot o ecirc imepGLl de (11S e cri(Umiddotmiddotos honem o Tmlher (GenI27) bull Comoveuuacute~ o texto n~o fez elusZo elguwc n superioridcde de um ou de outro sexo~

Nos eplstoles do S~o Pculo 118 t~beacutem1 vaacuterias Pcsscgcns onde eacutele abordo o problema dentro desse perspective de igueldede dos secircros hushymenos Assin ne ]~ Epiacutestole eos corin~oos (XI1112) o apoacutestolo nos diz bullbullbull nem o hOriacuteED exisie SCi e mulher nem e mulher 8011 o homem $

no Senhor Porque se e mulher foi tircdf do honc1 t2tlbm o homoLl foi concebido pole Lulher 1 ll~S tocircdes cs coiacuteses vecircm de Deus o Dirigindo-se aos Gaacuteletes diz lo natildeo h6 judeu nOD gregos nco h~ servo nom hoshymO1 livre n~o baacute hOIleD) nol Bulher Porque todos voacutes sois Ul] soacute em Cmiddot ( 1 -I 2 )8SUS r~sGO J 1 ~ 8

Pertindo desses coloccccedilotildees 1 UlilC pergunte se irJpotildee eil que consis te esse dignjdcoacutee que e Llulher recebeu de Deus Pio XII responde de

bull Uile formc oul to lllcidc eacute soacute interrogcr e noturezo huncuc tel qucl Deus) foJuou elevcCc e rcsgctedc pelo sengue de Cristo Em sue digni dede pesso~l de FilhGB de Deus o houem e e mulher SQO ebsolutamonteshy

bull igucis bullbullbull (Pio XII Alocuccedilco ~8 mulheres itclicuas en 211045) bull

Com efei to pode-se dizer que c rlulher e o homem sco iguois que to c ncturezc e c dignidede eT1borc haje olgumes diferemccediles de fUlCcedilOtildea3 A primeirc delcs e e meis fundeDltmtol neacuteo reste dUacutevide eacute o bioloacutegimiddotmiddot ca A proacutepria estruture fisice do houem e de mulher det0ruino funccedilotildees diversos no que concerne e proc~ioccedil~o Ao ledo desses diferenccedilcs eshyxistem as de ordem psicolocircgics c que se epresentoo socircbre vaacuterios ospe9 tos Sco esses diforenccediles de funccediloes fiacutesico-ps~quicas quo levam o hoshy

4 o

BeD e Co li1UIher c se cOrJpIGt~reEl 1-LCS nroN soo G 1as que dtc ori1ncn o d dque e proprio prro o honGI ou par c mul~er eLl terrlOs 00 1Vlso~ c

trabalho G d0 possibiliddcs d0 reclizeccedilao Acrcditauos quo as d1fc shyrenccedilas existem mas satildeo devidasGB grande parte a condicionaDcntos sociais

O trcbclho servil etribuiclo C I1ulher sua proacuteprie cveliaccedileo coshy f h t imo objeto de que os honcms se serve sao U-J enOLlono lS orlOO e cv shy

dencicm una si tucccedilatildeo dG injusticcedilc e de dorincccedilatildeo por pcrte do soxo nl culino (rmiddotmB Fundalwntaccedilco de lIViver oacute Lutar ll

p 22)

Atuelrlente nco soacute a tlulher reconhece suo dignidade rJC-S tenbbl1 cada vez mais tone conscincia e reivindica direitos e devores con shysentecircneos 0011 ess dignidade tento nc vida fcmilier OOBO na vida s2 oial (PT 41) Aceitcr que a r1Ulher eacute pessoa no sentido pleno de ~2 I avrD eacute efirt1Dr que ela eacute iguel co honem e negar que ele seje UH ser que encontre sue rnzco de existir no honem Partindo dessas colocaccedilotildees podemos concluirl n r1Ulher necirco Gxiste c surviccedilo do honem nGliacute1 o hODum a suacuterviccedilo da uuIher Llas todos os dois a serviccedilo da obre do gecircnero h~ IDno a serviccedilo de construccedilecirco do wundo (Jecques Leclerq Vors unuacute ff mille nouvelle - Ed Universitcires Pris 1962 ccplIl)

1 2 Trebclho~EQ

Vrios sEo os sentidos ddos eo torno IItrebelho PCre uns b ecirclo o mediador entro o h0l210n e o nunc1o pera outros 3 o 0io pelo qur1 o honem cteste sue presenccedilc pcssoel construindo une obre tlui tos jul

li shy

g~D-no enfim CODO o sinel dr transcendencia do homem sobro o mundo LIas nco eacute sonGnto neste pIeno que se -lcnifeste c plurelidcde dos sen tidos d~da co trCbalho HistoricCD0nte tGub6n toe-se dcbetido sSbre seu vclor Pare os Gregos por eXQLplo [ dignidcde do honeo estcYc ne etivid~cG contenplativa sondo o trebaIho m~ual desprozedo

A vis~o biacuteblico no entcnto eacute totelnuacutente diferente Deus ~ende que se cultive o pcrriacutezo (Gecircn 1115) O trcbclho penetra 0ntco no iacuten tino do sr hlo fcz perto do plc-l1o fundascn tel dG Deus sSbre o gecircshynero hmlcno O pecedo entretrnto degrade o honea E dai Oi~l dicmtc cnte s de expriuir e puj nccedil a do hOXCLl IacuteElcgem do Daus I o trcbclho se torno mIC (1ccedil20 uacuterdue e penosc__ Nturclwmte o tr~bclho devcrio SGr ULm ctividdu ospontacircnee e cIcgre uas pelo peocdo torno-so eacutelificil o doloroso A EncDrnaccedilatildeo e c Redonccedilco renovem cste visno dcndo UH sentido portioipcntenente criedor c rodemtor co cgir huncno J DOSDO se

bull do o trobclho Url~ tnrofc rclua nocircIe se desvende a r1c~is iacutentiLH1 o funshydemental espcrcnccedile do hOUOtH a eSIJorenccedilc da Sc~lvcccedilco

A oul turo nodorne cpresentc cOrJa denominedor COL1Uru o huaanisI10 do trobclho f eacute c pcrtir decircle que os veIocircres se torna0 fundcuontados t O houeu constroacutei un ~undo hunano onde se hun~niza huucniznneacutelo Eu SU41ns o brcbclho reIccione o hOIJOD con o mundo hU1cniza e 11turoze c oOtlunicn os hODens ~ntr8 si dando agrave accedilecirco hUDcnn UDe rcsponsobilidede universel

5

bull

rodo vlor do tr~ ~ ~ z e obre per cle p llZJshy

do antas - expressc o vclor doacute hOIlOU que pelo-tr~ r~vc~e o lnshytino do seu ser r sue trcnsecndecircncicv sobre o LlUndo 1 sue occedilco cricdore de UE D~O huunllo Ecirc pois o trcbelhoque revele o sentido do hoshy08n Ecirc po ser ecircle dinaDislo proacutenrio de UTl secircr consoiente e livrG~ que gcnha a suo digniclcdo CJB F~doJentcccedilEo de Viver 5 Lutcr PiP 5-7)

o hone1 eacute UI ser de relcccedilotildees COtlO ser consciente dicmte de nfl tureza ecircle nca cpel1CS c conhece L1oS troneforna-a pelo trobclha h ncnizan~c e ctrcveacutes do trcbclho se conunico eoo os outros honena Este conuniccccedilco entre os honens pode ser feit~ sob ducs forocsl de reeonhe~iDcnto e de douiu~ccedilCo

A conuniceccedilco eacute de reconnampuacuteinonto q~ndo uma pesso procure ~~~ tor a singulcridcde de outra nunc atitude de reconheciuwnto e de coor qucndo nco h~ conuniccdos j nas conuniccccedil~ qucndo nco heacute ct~~middot tude de deBpotisoo ou de sinples indiferenccedilc pelo que o outro eacute nas sitlum atitude de CJ10X e de respeito pelo outro 0000 pessoc cono sujeito COLlO ser presente-no nundo responseacutevel pelos outros seres Nilo posse elessi cr neI1 definir o outro 1 mcs ccredito nele c o resP Ed to Enfim c cOLluniccccedilatildeo sob e forJlc de reconheciucnto eacute equ~ la que se dirige co sujei to e quer sue reclizeccedilco oono pessoe coco liberdeee qucisquer que sejen seus dons ou defeitos

Acirco contr6rio c couuniceccedilecirco se fez so~ e fornE) de dO~Jincccedilecircoquca do treto o outro COilO objeto quendo o treta CODO U11 auscmtc 00110

un repertoacuterio ele dominc~co qu lO podu ser uacutetil ou cano Ui1 instruuc) to ~ minhe clisposi2coll Enumucl Eounier f O PcrsonclisLlop 63) Hn re~cccedilecirco de cloLlIacutencccedilao o qu ccontGce oacute UJl iechcnonto socircbre O cu N~o shy

hcuu BoviwmtodQ 2l pcrc O tu~ e fir1 de se chegu ao ~1 estebolg condo cs uumlTl bcses ro~is uw l1undo do crioccedileo hUJ1Cllc Fincll1ontc pocle~se dizer quo e counicoccedilecirco ele doninoccedilco rigoroscDcnto f c1cndo

N N N N

nco Indo suumlr to~ 0010 C ol1uniccccedil 00 porquG nco hc unc rolcccedil-o do eonsciecircllcics ncs cponcs cOlunicedos ou inposiccedilotildees entre honens

Lbrowos r t cu que u c t r[wes d C comunJccccedilco cntVi C~1b I ro os h ODeus q~e o hO_lGLl recrio c Ci~ ~middotQDQn to i pcrticipcndo t CSSIacuteLi t no c to de Crif geo EstL COUll1iccccedilotilde-o ecircste [to de CDor eacute o reflexo do Deus na criashyture t rio lODOU

NIrbullcs c nluni CCccedil co entre Deus e o hOLleo nco se r~ SUllG nc obro do bull I

crJcccedilco 6l )U8 Deus se Imnifesta poreacuten eacute um~ relGccedilco que continua a existir e 2 reclizcr-se c trotildeveacutes dos teupos e que v~i cteacute a Pcrus1~

6

Natildeo se pode falar eu cormnicnccedilatildeo desoonhecendo-se os meios que possibilitem sua realizaccedilatildeo

O primeiro decircles eacute o lrab_2J11o O trnbclho cooo j5__foi c1itot~ansect forma e na-cureza y ateste a vide hunane e e aperfeiccediloa -S e tclben a nosso ver o principel meio pelo qual o honem se comunicc COB os ou~ tros homens

Ao lado do trabalho outro ~leio de comunicaccedil~o que mereee um real - t t daes aque e a ~JLu~aJLao Se entendernos e ace~ armas a e uoaccedilao omo pr~ cesso global de reelizaccedilatildeo hUllllme que iaplica eu accedilatildeo cperfeiccediloadorc nco soacute por pcrte do educ2ndo Em8 tG~1beacutem por perte do educador procosect so pelo qual o honeu cresce no contato eoo os outros h011ons e 001 a nCtureza tr2nsforwmdo estc em cultura e conunicando-ee com os outroe

t 1 d n e ducaccedilco soro necesser~cl]en e a~a ogo sera I1e~o o COE1Ul1~CCCcedilco ou a comuniceccedilatildeo por excel~ncia

Outro meio que nos pcrece UlJ dos wuumls espontecircneos c por isso I18sect

OOUI dos mcis rioos eacute G Ete_l-012~ar A arte populr lonifostc a sensibiliclcde geral dos que c praticCil por UL1C seleccedilro de lotivos que sco ume espeacutecie de lingucgeJl oifr2da Por detraacutes desses elOiwJltos apashyren temente sinples apcrcnteilcmte desconexos mui tos VecircZiCS 00 observS

t N f t bulld or es t remh o e pouco d esev~scoO 03 00 cs ~n ~n~ es e ver~aiacutel~S3~Ke ex pcriEacutelncics relizcdcs por m1i-bcs geraccedilotildeos (IIEB Justific~ccedil2o de lIVi ver eacute Lutcr p 86)

Ao lado dessos meios tclvez os a2is ricos lembrorelOS OUbros 02 110 veremos c seguir

L QQPv~~_rsQ por e~eLlplo eacute Ul1 decircles No meio rurcl sobrotudool2 tono o lugcr da lintUcgen escritc Lpresentc-se sob os forlcs Dsis vcshyriadcs I desde os ilbate-papos os liDoxericos 1i oteacute os notcias que s~o trczidas dos oentros urbonos atrovGs do Severino que foi c feiro ou do chofer de ocninhOcirco que pcsse todos os dics 11 estrcdcbull

Ao Icdo ele converse orol outro Deio de coouniccccedil~o que uercce ser lembredo eacute ~ 9orr~on~~Icj_c ccrtcs d negoacuteoio assuntos fc1ilic shyres pcrtioipoccediloes socicis eto Tudo isso e cssunto dr converse ascri shytc Reconhecendo a ililport~l1cia decircsse Deio lar1ontcoos o fe-to do Lmi tos homens n~o o podoreo utilizcr parc 80 OOrluniccr eoo outros hOlJGns as a cOL1un~caccedilco ~ s t coril o IV~Den t o d c t n-oc d ~~nc~a aOSOl1VO ocn~ca N prrou ci Houve uo ercnde cperfciccediloL1CntO liiacuteovos meios surgiran tJleacutecrcfo telefone iaprensa r5dio cincuc televisatildeo etc

o te~bgr~fo por exe~lplo vaio resolver o problerlc dr rcotildepidoz dr comunicccedilco uumlscr~ ta eilborc 8ejr UL leio ustdo qu~so quo c~clusivrDonshyte nc zonc ul~bncbull J2 0 tuumllofone necirco soacute fccili tou L1cs t-Llbbruuml foi UDa sOiuccedilao pcr COlSCs CTI r~gc GGg~en UH rU~uCS que t es ob tOr~c1Cm t c

cont1to direto ou escrito Desdo os reccdoa utilit~rios os ch~nCldos o

7

bullbull

e pedidos de fornecin8nto ctC os siuples bcto-prpos o telefone siJ shy1 f t t R t 1 b bull (lUP J Joou nuJ o c CC~lunJC-Ccediloo c CJs nOJe es c 0Ll rer 1ioa~vJe c ~ t lo no nosso pCJs esse -18JO ele CODU11JCCcediloO S0 ros rJngc quase 2pono8 c

tzona urb cne e cssJr1 UClSilO prGocrlc10n e

CorJl relccedileo c~ iruumlpronsc podo se dizer quo lc foi 9U030 Ull suco A N - A

dana0 de convorscccedilco orel e de corrcspondcncie COLlO est2 t ele uuml touumlshyb d d er1 voa c UD grcn e nUDero ao l1OrJons

O hOLWD ctuclBGnte t conte cor outros rteios de OOUU-YJ1CCcedilCO

O oine~ por exenplo quendo beD reelisodo eacute uu dos neios noisbull bull 110 d d 1 t rJcos CJneDc G U110 espcele e De JoClor en re nos e c proprle VJClc

entre os ngtssos olhos e dos outros llomens Atrcveacutes do c11180 o houon torna-se trc~nsporente i luz eloqientc dirige se pcrc o rosto os olhos que nos revelcl c SU2 personelidede Uco Llportc quo seja o

t t t fN U t vlgCrJO o pros 2 u C ou o or 00 112 purgun C seLlpre G I GljjC que]H HA

Sco eles CruzcDos diricllente COD centcmes de pessos nca neo nos encontrDos Feltc-nos teopo pcrc isto e sobretudo disponibilidede Eol olhemos o proacutexirlo O hote~ torlo se UD eoisu u- objotol pcrc o Jutro hOD8l 1188 o cineLlJ nos obriga senpre e pergunte qUOl s~o ocircles E ueis cindc nos leve ~ indcgoccedil~o qUCD sou eu (Guido Logger sscc Educar pare o Cineua ColoccedilGO ~ducer perc e Vide Cedorno 2Peshytroacutepolis Vozes p 7) Coo VODOS D iuportecircncic do cincua OOilO l1cio de conunic~ccedil2o t enorLle InfclizJonte eacute tc-beacuten G ~oIillClc rcstl~i to c zono urbcn c bull

(J t d d middotun o 0 ro -20 cpeser e sr ur iJeJO Donos rJCo quo o cJl1euC t

sue penGtroccedil~o c-uuito D~ior O rtdio chego aos lugaros do acesso ixds difici Por seu intaroacutedio o honen de zonc rurcl por oceuplo podo tot1c~r conhEciJcnto no soacute do quo 80 pcssc nc~ cidcde proacute~i~l~ 1~CS tCj~1-beacuteIl no p2is no rundo O proacuteprio middotfeto de o reacutedio ser utilizdo cono UiJ ins trunento dE oduceccedilo Oacute UL1 prove de seu vgtlor

Entre o Oi1101C C o reacutedio poder-se-it) situer o te18visecirco Necirco res t duacutevidc qUG G U1 elos Lcios 1i8 Dod)rnos do conunic-~ccedil2Co~-middot-que nOD

seGpre 6 be~ aprovQitdo Sue influ3ncia ontretento fico licitada co Deio urbeno ou colhor oos gr~ndcs centros

middot T d cvJ e ncO so pode flccr prosoAost0S D010S de coo c COu11CoCcedilCO

10 sendo os uacutenicos Outros eJds-cer e dCSClroqI1hD UD pcpel deoisivo so bre es populeccedilotildees co~o eacute o ocso dcs estrcdcs que pouco c pouco vOtildeOacute ligendo deg pois todo Sobretudo o tr~fego ceacutereo inpriDc e estos co~un ccccedilotildees a repidez do seacuteculo

A tu-liiacutel mte j~ nco constitui novidcd0 clgune dizer-se que grcJlde nUacutet10ro de brcsiloiros no pcrtioipe de vide culturol do Pcs Nel se] pre poreacuten se teu consciecircncie de Que c ciorie dos horous 1S0 ti _tu

bull 8 bull

10it~ dc 21lJ t~f rillS sim Qbjcto dc cul tUla de una li~oric e que o de sn~vel cul tural proporei ano UI1 tipo de i2crginclizcccedilco que dificulte e proacuteprio conuniccccedilco entre os homens e entre os diversos grupos soshycieis

o desniacutevel cultural gere COUUIlOnte desniacuteveis nos plenos Gconocircoishyco sociruuml poliacutetico e religioso Por cCuse decircsse desnivolanento e sociedede bresilcirc cteacute hoje esteacute forocdc por grupos culturclu0nta e strctific-dos Nco foruumlc UrJ tocio t no quel o rasul todo dCs olcboro shyccedilotildees cultur~is eacute pcrticipcdo por todos oesoo que ecircles ~~o pcrticipeo dcs oeSLlC8 etivid~deacuteS ou no ueSLlO niacutevel Todos colcboran 112 oleboro shyccedilco oul turcl uCs nen todos taJ tido oportunidcde de prticipcr pro shy

bull porcionclnonte dr suo 8ignific-ccedileo Ore isso nco podo ser coeito ~ preciso trouumlher por UD tipo de socicdcde eL1 que se aceite o so epro voi tee oontribuiccedilco de todos s preciso trebClhcr por up tipo de 80- ciedcde onde o oulturc suje cepcz de sotisf~zer ~s verdodoircs e toshytcis necuacutessid~des do houem

tI d-- necosscr~o ~r bOl clCro qU8 qU1 quer t N o~cs G ~n uumlnccediloo propor shycioncr co houcu 1lgun loio do il-lhoric cul turl teLl quo prtir decircle

e h Jvo raSSDO TGJ-S8 (Ueacute pc_r t lr d o prlnc~p~o que AIc oucn o o 10 t pr~u

cipc_l de sue proacutepric forneccedilco TOl-se que cjudcr o houou e se si tU8r eu seu contexto e scb0r distinfllir o que o difercnci1 ossenciclL1ente ds estrutures sociis dos conclicion~i8ntos de n1turczc c dos outros hO1ens 11 A priuoirc terofe do crist2iacuteo sc rochlOnte for crredo de

d e t f OSSi3S d obI- SUJClCO t lo scrlco e rns orucr nOeacuteOnSG JGtO GI c ornoshyrG_luen teilcgel de Deus se outoconfigurcnclo bull TI) so este cutooonfigushy

so so pod G f czer nc t t~Vldcde conSClOnC~ose ov~shyrcccedilco ln erSUDJO dente quo o hOiJo nso pode sor suj i to de cul tur sc so intogror no processo culturcl socil G hist6rico

RetoJl1CO ncis ur~ vez o cua j~ foi dito lonbrc~roDos que D

eccedileo hUHcnc per ser counicccedileo -elos honans entro si ter sClprc une d~oanseo socicl 1l cul turc protildepricwnte di tc nco eacute o produto dc 0- ccedileo do hOtleLl singulcr l2CS dos hOD8ns socicloGnte relrcioncdos Se e cfirncccedilco do hocen ele n turezo trcnsoendendo-o e trnsfOrj~lcnshydo-c 6n teo el eacute 0010 prosenccedilc c~o homeo no rlundo elenento de ligoshyccedil~o dGS hOBens entre si~ por isso ten que ser vivida por todos proshyporcio~elnento Cricdores decircsSG ~undo humno todos s~o rosponsaacuteveis pesso~uumlLlimte 8 8ilqucnto todo sociol pelo justiccedilo e injusticcedilo do or-

A shyden hUD~no de que eles so sujeitos Aceitcr ou recuscr injusticcedila1

(~c oreleu 20cic~1 n3o eacute torefc do hOllel isolcdo DC-S de toclos os honcns mqucnto secircres conscientes livres G c o JlUni teacuterios

A condiccedilecirco priueiro pc~r~ quo o hOrl211 s~ ~001izc COD0 pOSSOB e

que os direi tos que 8Llcnau de suo proacuteprio neturezc sejcl respeitcdos Dntre os v~rios direitos scliunt~rcDOs os seguintes

9 bull

tA bull direito e eX1senc1~ bull eacutetiroi to 03 [leios l1cousstrios prc viver dignDL1011~O ~ direito ~ pesquise do vurdcdo e c infor~~ccedil~o vo=dico sabre 03

oconteeiuentos puacuteblicos bull diroito D p~rticipor dos bens do culture o ~ oduccccedil~o

direito yscolher livro~o~to sou prampprio ostndo du vider

diroi to trcbclhcr liVrElllOnte e de flOdo hULICnO J ~ N d bull o oons1re1uO oqU~S1Ccedil~O de

direi to [ locomover-se clontro de counidcde poliacutetioc diroito o associ~r-so direito c pcrticiper ctiv~~0ntc de vide puacuteblico

bull (pere ULl estudo deste prte vuumlr ospocicljJcnt~ c encolioc eGD in Terris paraacutegrefos 11 c 27 e c Doelcraccedilco dos Direitos do L1el de ONU t 011 1948)

Couo os direiios do possoo ast~o bOE axplicitcdos no p~ocu in Terris e CODO o tono Cultura pcrticul~rjJQnte no osp0eto do nU8ossidoshyde de todos pcrticiporc~ o cprovuitDro~ dos benefiacutecios de obro cultushyrol ~ abordcdo 00 outro perte do Fund~u8ntDccedilno verODOS oqui epencs o cspccto referente 00 direi middotto que middotGodos os hOiluns tOcircil Oacute instruccedilecirco o educcr-sc

Como j~ foi visto cduc~r ~ l0vcr o hOill~D c t08~r consci~ncia da S8U ppcl d0 sUji to do clmdo 6 illtogrcr clguOacuteLl n~ obro cul tur-l nc dh t occcedilco o 0-011 que rcnsforlc o nrdiurezc A educcccedilo e UIl~ oaG~ncJc uuml

Uil direi to ele todos Ul conc1iccedil~o pr~ quJ o h0L10 se roclizCi c so Af1rre aouo pessoE

Hd d t o d cut t d cE) uccccedileo uumlvero ser u 1nSl1ucwn u o-conSC~Cj1 Jzcccedilco nu grondu co1tiJiacutemto huneno quo vivo otilde llcroacuteoIl d- vide culturcl Di) voreacute ojuder o hOI1oU e tOoos os honollS a S0 de silnvolvoreu G c se intoshygrcreu no couunidodo trczondo pare elo os riquezas individueis o do grupo Todavia pcro que iste econtoccedila n uacuteducaccedil~o teu de ser pfrc tE dos tera de ser pcrc o povo =os que se exige dD uuo 0duccccedil~0 que so quor cbertc c todos uno educcccedilatildeo poro o povo Exige-so que 010 sirva

iE t od os e nlto cpencg o esmiddotcc ou oquelo clsse c estes ou oquoloB n-t~recircsses Oige-so que sejc flexiacutevel e responde agraves necessidc-dcs e ex gencics dos crcndes setocircrGs sooiois cnergentes c vide l1tcional

esoo10 couo instruDcnto d~ do~oerctizcccedilampo de culturc e~bGr~ n1o ~pencs orientar os que c procurnn DeilOCrctizedo sue funccedilotildeo sur~ ncis Llportaute reprflsentar o povo integrcmclo-o n sociodcderaquo necirco pcrc quo ~le se torne consuuidor pcssivo do u1c cultura que natildeo f3z

- ocs pcrc que sejo trcnsforuodor ( criedor de cul turco

Podemos concluir Qste i toa dizendo n8o se pode cccIacuteiicr uu odushycccedil~o 00 quo t5dc e quclquer plt880e nco encontro oondiccedilotildees pore uo cutentic~ reelizeccedilco UlJL ecluc~ccedilecirco que nco possibilito o rGalizfccedilecirco dcs exigol1cics de hUDcnizcccedilecirco senpre cresclmto d possoc htE1Dilo

bull 10 bull

11 d t 1 d 1 dmiddot bmiddot s t r ~ c O si~ pvssor 8 8 C -1) O SCC1C qUiacuteJ n1nguel1 pO 0 ~ --- L

llccedilSiJO O viver n(- nod v01ccr co Pi SOL 1wnbrer-s0 elOS ili1OS ~ ~ fmiddot

propr10 d0 cCde hOilOl ctingir sue p-r (iccedilco nc COiUl1lC~CcedilCO COE os outros Tl socicbi1iclcdt) i priilOiro lu~cr SU 8xprine nc cOLltmide d( fclilicr ond o hOllOl~l 0 c _ulhQr constituiacutedos n ~_[3~_4iuli9-qs so ordene1 uu co outro cos filhos pelo vinculo do cDor pJssocl ll

bull

Prre quo fcLiacutelio cjude ruacutecluente c rcclizcccedil3o de seus lllbros 6 necess6rio Que ele decirc eonciccedilotildees pcr qU0 todos d~sonvolvcll sue pIJrshy

bull sonclidcdo u hcjn uc vordcdoiro respoito e cccitcccedileo antro todos ~ Jf d cdrproc1so qUG sOJcu cC81tcS todcs cs Q1 urenccedilcs C V1 C propr1c U0 LO ~

UH cssio COI10 sucs inicietiVcs Isso soacute Se processe no QntcllcG qucn do heacute roeln-n to c orficnccedil c bull Jll tG ajUS Dunbros quc~ndo h~ COiu1ic~~ccedilecircotilde ErJ ULle pclvrc qundo h~ caor

PCrtindo dtisscs cloc ccedilotildecs ampo-nos conte que o middot~binto oni 1 soe Ul 1b1011t e -COCtOS Su r0 lJZCll qUnd o G0US Q bull 81cr onou L~OLQl(l~_

DO disporsos p=los unccrgos qu~ tGu for~ da ccsc so suumlntu~ felizes quendo se GnContrcll ou C]u-ndo os filhos gurrdu d-~ inf~ncic ou de juvGntudlt c lc~br-nccedil- du ua l-r onde cncontrcrcJ1 clOr Cf por isso

l J Omiddot t conuJccedilocs pcr~ su uosbnvolv0re~ S pc1S qua procurc~ crJcr cu oucs

P

CS occsiotildecs ULl sabi0i1to ojldo os filhos sojml considcrmlos COLO sujuumlishytos t COi10 soros dotedos d0 cOl1sci~nci e libordcdc sco sJ71prG r(COishy

Iiacutens- d s Lmiddotmiddotmiddotmiddot~brnmiddotmiddotmiddotos ~ 1nc~- ~ lU~ f~middotmiddotl1llmiddot on j s u UO n --Dros tJo ~JJ ~ oIl~ t- d - - 1_114 tond n

v c rdcd i rC1i utCJ t c rocliz8rJ~l-sG n2o eacute cquol2 onde h5 lUi to Ginhoiro I1CS onde h~ U11 lliacutenino da condiccedilotildees hUl1cncs uuml clOr onde toeos sro trs tedos co~o suji to o nco nOLiO coisa (VGr Jeccqu~s L8clorq Vore UIW

P~lIacutelle P-ris t d UniV(1~8i trircs 1962 ccpV)

A feJiacutelie t8D dirQi to e c-rtcs condiccedilotildelts tento do l1ctur0zc ecoshynOcirclica G social coa0 cul-curel ~lorcl que contribuCiJ pcxc consolida lc e cLlpcreacute-lc no dos0mpJllho do sue funccedilco (PTsect16) 802 lS lliacuteniIleOshycondiccedilotildees Gl h~bi tc~ccedil~o c de ltJsccbi11d-de 8conocircuice por oxoplo c f

1 d d b 111 ~C neo po uumlrc 11JU cr c todos sous Wil ros c sc Qcsenvo VQrOl o [1

s~ ro~liz2ra~ co~a plS80cS

Por outro ldo ilCOLlpotc Cos pcis o prioridcd0 do eacuteiroi to N 1 I ~) A ques t co do sustento o oducCccedilco dos proprlos f11hos PT ~17 80 eles

os educodores netos do seus filhos 1l U8 diriaacuteto L1[8 ( tcnbeb Ul doshyvor qUl corresp mdG co diroi to Que tel os filhos de exigir decircluuml6 ecircsto cuidcdo Dste oduccccedil~ot co~o o sustento aos filhos davo prolongcr-sont t t - qUl os es 011 COn01ccedilo08 nortle18 posscn v~ver por oon ~ proprle bull

roclizccedil3o de uu f~liacuteli~ no dcv t ~l

teric ~s qUG tecircm condiccedilotildees pcre qU0 seus m0~bros 80 rGclizo~ dGVG~ sr UL1 COlSC 013018 cUGJ ~bull

shyder UL1 pouco d G 81 C outres qu nca goznrl decircsses ~osuo vclampras

bull 11 bull

A pessoa por essSncie uu ser soci~l Por ser U2 todo ~b0rto e gneroso conforoc ~ oxprossecirc1o de lseri tein eacute que lhe uacute peculir un corte eburturr - cO[luniocccedil~o Q quc 01- teLl que vivor 0-1 sociodcshydv ~ no oontQto 001 os outros houcns no dieacutelogo quo o hOiJon so dli scobr8 e se integr ne couunid~cle 1 couunid~de aebo cjudcr o hoshyne1 c c tingir plenewunte sues porfiacuteJiccedilotildees c se roelizer

Segundo Leco XIII II Cbull soci0declo nco foi ins ti tuiacutede de lodo quw o hOlJOL1 c busque 00110 ULl fiLl i~cs pcrc que nele uuml por ole posshysue neios eficezcs per~ sue proacutepric pcrfoiccedilecirco ll (SC194) TI Joco X~III ne Pecon in Terris ll diz quo II sando os honans socieis por ncshyturezc ecirc lister que convivQu uns cou os outros Q prouov[~n o bca uuacuteshytuo Por este rezatildeo eacute GxiGocircnoie do u~m sociedede hUijnc bel consti shytuiacutedc que ~lutueuentG sc jeLl roconhecidos e cULlpridos os ruspoctivos diacuterGi tos e dGvres SO[110-S0 itUQILonte qU0 todos dcvcn tr-zor D

sue proacutepric cOl1tribuiccedilecirco c oonstruccedilecirco de uue sociodedell(PT 31)

lIGs C construccedilatildeo elo Ul novo tipo dli sociuacutededo de U~lo sociodode D~is hUDGnc duacutependern d~ col~borcccedil~o de todos dns diferontes rolishygiotildees dos divorsos grupos ~tnicos ou idooloacutegicos O cristco tOil que oster presente nesse novo tipo de sociodode Sue presenccedila eacute exigide pele ceridc~dc e eacute Ul1 iupcrctivo do proacuteprio Evmgolho Por outro lc-cla esso pruumlsonccedile tou que ser efetive orgenizc~de t preciso d0scobrir unc fOrrIo que Delhor possibilite c todos porticiper ctiveLlonto no sociedcduuml 0 de exercer plenruluumll1te o pepel de sujeito ne construccedil~o delo O hooeu CaDa sujeito de Histoacuterie n~o pOdO dcixor do p~rticishypcr direte ou indiretcilOnte de vide puacuteblico Sogundo Jono XXIII bull die c dia so torno une exig~ncie da proacuteprie dignidodo hUrlono poder toner perte ctiva ne vide puacuteblico aubore verie e Bodelid-de desse

t middotmiddot 11 (p 7 ) per 1C1pcccedileo ~ 3

bull 12 bull

bull

BIBLIOGRAFIA p~R APROFUlTDiIEHTO DESTA 1amp PLRTE

1 Lebret - lIcnifesto por uua Civilizcccedil[1o Solideacuteria Livrcric Duca Cidedes Sno Pcu10 bull

2 Joffre DUL1DZedier - Refleacutexions sur lEntrcinenent ~(mtc1 PEG Peria

3 lkul Lcndiu Educcccedilco e Conscientizeccedilco Docuoento de Estudo elo LI~B

4 ELliJcnuel ounier O PorsonclisLlo Livrcric 1or~is Ik1i tocircrc Lisect boc 1960

5 Rocno Guordini - O l_tmdo o c Pessoo Livrcric Ducs CidcdcStS~O Paulo 1963

6 Jean Louroux - VOC2ccedilco Criste elo HOL1er~ FlcDboy~nt

7 Jacques Leclerq Vers lln0 Fcuille Nouvelle Editions Universishytaircs Pcris 1962

8 JOco XXIII - Pocen in Terris Editocircrn Vozes do Petl~bpolis

9 Henrique Voz - Iorol e Rosponscbilidado Socicl t i postilc de Esshytudos do 1iliB

10 Pierre Furter - Propositions p0ur une Etude de lAnolphcbetis~lC cu Breacutesil (uiueogrcfcdo)

-

2 ORGANIZLCcedilAtildeO

o trsbalho pareoe ser a primeira mola c~ue llOtivou algum tipo de orgcnizaccedilatildeo social de orGanizaccedilatildeo de pessocs CO~l um fim comum detershyminado natildeo nos estamos referindo ao tecircrmo trabalho como todo ti

IW ~po de accedilao humana t mss a p~oduccedilao de bens e serv~ccedilos para consu~o_ ~ difiacutecil imaotildeinar como o interecircsse dessa produccedilno edge a comunicaccedilao de experiecircncias de novas teacutec~icas de deseJOS e Gxpectativas quanto agrave boa diviseo dos seus frutos qua~lto enfim agrave Civisatildeo do trabalho ~ ra melhor atender agrave produccedilatildeo

J3ergson diz que o primeiro homem eacute o uhomo faber que usa sua inteligecircncia para a transformaccedilatildeo do mundo eu seu proveito e o distin gue do homo eapiens ll que posteriormente 8J)arecemiddot como aquecircle que iE terpreta e explica o mundo sem proveito ce COnSUIlO Hatildeo nos interessa discutir a justeza dessa distinccedilgo mas verificar a importacircncia que tem o trcbelho proagraveutivo (do homo faberH ) no primeiro momento em que surge o homem como tal E lembrar que a organiz~ccedilatildeo da sociedade procura ser uma racionalizaccedilatildeo da melhor maneira de se obter um oacuteti shymo de consumo de bens e serviccedilos seja por tocircda a sociedade seja por um grupo ou uma classe etc (bens que soacute poclea ser obtidos pelo trcba1ho humeurono)

~ntre as funccedilotildees da famiacutelia em tocircdas as sociedades (ver item s~ bre Estrutura Social desta Fundamentaccedilatildeo) as mais oomuns satildeo a pro shycriaccedilatildeo a satisfaccedilatildeo sexual e a produccedilatildeo sabemos que nem sempre

I l d ~ 1 dI t 1 t nOSsa sociedade bull Em muitos Ccsos o cesal continua ligado agraves respecti shyvas fa~iacutelias de origem se01 constituir nove fL~iacutelia s r mcrca distinshytiva decircsse tipo de famiacutelia eacute justemente o fctltgt ele constituir uma unishydade de produccedilatildeo e consumo = se o trebclho une tcmbeacutem divide pois algum tipo de divisatildeo eacute necessaacuterio em quclquer orgcnizcccedilnoJ a divisa0 do trabclho A divisatildeo do trcbrlho eacute o priBGiro tipo de distinccedilecirco de J~jiSecirco_c~ia~ que se conhece 1 presente eIil toclo e qualquer tipo de sociedade L~ compreendemos o fsto de diferentes pessoas exercerem a mesma tarefa produtiva em ~iferentes lugcres ou horas como cocirclher frutos ehl ampois bosques diferentes ou por turnos clterncdos o f~to de pessors diferentes exercere~ tarefas imediat~Jonte complementcrescoshymo o caso em que uns cpcnham os frutos e outros jUltom um faz as 00shyves e outro lanccedil~ es s~mentes ou taref~s natildeo imociatomente complemen tares como uns caccedilarem e out~os pl~illtarem ou um dirigir o trator e outro plantar Agrave medida que a sociedade se toxna m~is complexa por shyque o nuacutemero de funccedilotildees e papeacuteis a representar so multiplica vai- se perdendo c no~atildeo dessa complemantcriedade E nasce o mito do homem que IIse fecircz sozinhollJ eacute o horaem queacredita que nao deve a ningueacutem o seu suoesso ou sebecloria 011 experiencic De feto que rclcccedilatildeo pcrece ter um trabclhcdor rural quo natildeo conhece cc1ccedildo COID um operrrio quo

o casament o e ~ga o [ 1ei1~ ~a cu mlne~ra como se r c uo men e em

bull 14 bull

trabalha em fnbrica de sapatos Como nco sa vecirc relaccedilco imediata a tendecircncia eacute de se crer que nco heacute rel~ccedilatildeo elguma

o Erasil tem seguido clgum tipo de poliacutetica econocircmica consciente e mais ou menos planific~da haacute pelo menos dez anos No cnt~nto soacute

lt ino mJmento em que umc pol~ tica econom~ce pro-uz rGs~ scoa v~s~ve~s ~~

mediatcmente (desemprecircgo perda do poder amp0 a~uisiccedileo do bens c servi ~~

Ccedil06 por perte dos assalariados etc ) e ~ue 80 passa c~cr con~~onc~~

coletivorllonin da reloccediloo entre UDC politiro e o dia adio C o c-(lil trlJ~alhf dor Eo e1tc~1to essa relcccedilco sempre existiu e ~BS10 o fato de nco se ter UJc polt tica econocircmic8 conscientemente defuumluumldc produz tmbeacutem seus frutos pcrc ccda cidcdatildeo A coploxic1cde c~s L1terreloiotildees 50 cieis foz COIU que se perca ccde vez mois o ncccedilco de divisco do treshyOolho e conseqUentenente ele suo funccedilco soci1

Que to neis complexo a sociedede qucnto J~middotior c nuacutemero eacutete funshyccedilotildees e papeacuteiS diferentes c cumprir e rGpresenc2r l2ior se torna o deDendcnoia do homem do fruto sociol do trsbclJo Nume sociedade bcse ad no extrctivismo isto eacute cuja subsistocircnci- se bcseia nc I1penha de oonsumo produzidos pela natureza eacute ben mais posslvel que cede um seshy d t o b tAJa cepcz e execu er todes es funccediloas neC0SSor~as 2 propr~a su s~s cll

Qla J o mesmo nuo acon t ece 0B umc OOil1p1exe como o nossac SOC~GCeCle

e~ que co mesmo tempo oria novas necessidades pare os homens e es ~S tisfcz Bm uma cidade um hOillem que nco ~cccedilitcsse quclquer tipo de re

N ( Nshy

lcccedilco socicl com os outros homens o portc(lto neo comprosse nco venshydasse 5 n~o troccsse nco pedisse) primoircmente nco teric cso netl raupc ~ teria grcnde dificuldade pcrc febricor um linho ou ender muito at6 encontrar Uille eacutervore ou qulquer plcntc que n~o tivesse sido plentcdc ou cuidedo por outro homem =esmo que nco se trctesse eacute1c um homem de cidade o probleme n~o serie menor pois o mlnimo c di ~ z~r sorie Que ecircle certemente uscric os conhecimentos adquiridos dos outros e trcnsmi tidov por ales -__- - shy

22 Coopercccedil3o

~~ssa diviso do trcb-lho ncde mcis eacute port2ntot que um tipo de ecircoopereccedilco A cooperaccedilatildeo eacute o fenocircmeno de interrcloccedil~o sociel que cQ mo vimos ~CilllC e nos i tens reltivos otilde comHB9_es3amp ostecirc ne b-se messhyme de vide hum-ne ~lG pode oer meis ou menos evidente c mGis ou me shy

Anos obsourc mes este sempre presente Sebelilos no entcnto que se tQ de coopcrr~eo eacute de clgurn forme consciente (impllci ta subentendidr) ele pode neo ser expltci te (cLrcmente expresse) pcrc tocircde sociedade em todo momento De mesmc fo~mc tocircd sociod-eacutelc eacute orgenizedc e tocircdo orgenizcccedilOcirco eacute igualmente consciente (eL1borc nem selpre explici t~~m(mtc~ Viwos no entcnto como eacute ffcil perder-seI em um sociedodc ccde voz meis complex~ como e nosse e ~res~p~ desse ooopercccedilOcirco e desso orgcshynizaccedil20 onte ccda consciecircncie

De clgume forme poeacuteLe-se portrnto dizGr ~ue tocircdc coopercccedilco 6 dz -lgum modo orgcnizada Por isso qucndo dize10s que ht ooopereccedilatildeo noo orgcnizeda e que temos como objetivo e cooporcccediluumlo orgenizeda eacute

bull 15 bull

preeiso que scibcmos exatc~ante o que queremos dizer para nco co~e termos engcno

~ freqUente como vimos que a dependecircncia social do homem no estGjc expliacutecita em determinados momentos ou sotores de uma socieda de Vimos por exemplo como eacute comum c idEio do homem que se foz sQ zinhou e t~hloS notcin de importecircncic decisiv que ccde grupo etri shybui ~ sue proacuteprio funccedilecirco no sociedade Ume freso muito comum refereshyse ecircs clcsses produtoras ll qucndo hll um pronuoiamento ou ctividcde

bull 6 shy taqu-lquer J QUC reune cpencs donos de grcnde 6 ~roprc S=6 e noo o ca cs pessoas que produzem D co ~osmo t~wPOf supoe que haja classes que n~o nroduzem o ~ue pelo Bonos eacute difiacutecil de cceiter senl que se de

J IJ11termine de qu~ tipode ~~d~~q se este trat~ndo De mesma forme o

bull oouum a roforoncie cs clcrsos trebe1hcdorost qucndo scbemos que trc bc1ho ~middottocircdc accedil~o humcne oomo jeacute foi visto no itQ~ 12 de II Perto duumlstc Fun~~ontcccedilecirco

Isso tuc1o proveacutem de ttI compreensecirco Llcoffil1letc de profundc 1~ terrel~ccedilco sooiol que liga os ho~ons e ~s VbZCS do esquecimento e~ que c~em os objotivos o ~B f~~9otildees quo der~ origem ~ dctermin~ shydos tipos de COilportrnento ficndo npens ~stes 111tiGlos~ o que cQOnteoeu t por exmplo coc dcnccedilcs ou festos folel~ricell sendo o ccso ncia ri tente oio o~rncvel cujo relccedilecirco com o Qucresma perece hoje ~rc coincidecircnoia

~

Com cs tormcB clc3sioacuteo8 uumle eoopercccedilco aconteoe t mesma coise Os Obj0tivos podem 1ereacuteer-se no esquecimento e tpel1CS peranecerom forshyms de eomportcmento nem Sef1pre mui to compreensiacuteveis E 1sso torno [lcil percebermos como nco 6 s~ o esqueoimento dos objetivosL mas t~nbm o de especto~iacuteundmenteia dz ~rlte~A~~~~~ de eoopereccedilco que levem c quo certos comportmcntos nco produzem os frutos que ser1~ neeessnrio produzir~ Coopercccedil~o nco orgcniz~dGf ~ portento c 80010 re9ecirco oneleoa objeacutet1v08 neacuteo esto elr-rmente determindos e onde os meios pcrc otingi los nco satildeo eficientemente escolhidos Chcmcreoo~ co contrrio de coo~ercccedilco orgcnizde cquele o~ que seus pcrtic1p~ te~ deterIllincm os objetiv08 c escolhem 08 110i08 meis eficiantes e cdeCu~do8 p-r~ Co tingi los

~xista~ m~ltiplcs rorm~s de coopar~ccedilco nco orgniz~do n~ vidn do no~so h~mem rurcl O mutiro ~ c foroc meis ciiacuteundid~ a possivol oenta meia oomplexe de eOOpGrc9~0 no meio rurel Edsta em todo O Bresil com nanes divereos (ver a Justificccedil~o de ilViver eacute Luter) bull Co~siste essanci~lmenta em uu tr~b~lho volunttxio feito por veacuterics possocs prc ctender c umc necessideuumlo espccficc aerclzente da un peSaDo ou fL1lic que prgc com comccedil8 Q bebes Poco ser pedido pCillo i~tampresscco ou de inicictivc da outros qun~o tone o none de trci shyccedilco EB clguns lugnres eacute S9~pxe UfJC inici~tivo co pctratildeo ou propri~ tlxio que pcgo 0011 fcrt distribuiccedil(o de bebiqs Cono 0steacute portu to OOllunente cssooiedo tI feste CU0 o illt0resscdo PrOIlove no fira de joru-dc Ll clgu~e lug[res c pclvrcl ficou corno sinocircnimo de feste

A troce de dics eacute tcmbaacutem muito comum e consista numa troce de dics de serviccedilo entre diferentes passocs ou fcJlics Um ~gricul tor

bull 16 bull

pede ~ um grupo de amigos ou conheoidos pera cjud~lo em daterm1nnd~ tcrefn e os pega em outros tentos dics de serviccedilo

Um aspeoto importcnte do desenvolvimento do Pro~r~n eacute justcmen te o levantcmento c desoriccedilatildeo e n oriacutetica desses formes de coopere-9~O Com relnccedilEo a esses formes podemos observer o seguinte

le) sucnto cos objetivos _ ~ importcnte que ecircle s se tornem bem cleros t que aa eomunj

dedes seibam que estco cooperendo orgecircniccmente e nco nos esquece~ bull mos de que em elguns lugares mutiratildeo eacute sinocircnimo de festa e samp isso

- eacute necesseacuterio conscientizc~-se de que n ooopereccedileacuteo ~ tenocirc meno indispenseacutevel c vida sociel e que ele eacute constcnte e n~o ocns1oshynnl isso tereacute importentes conseqHecircncics quento coe meios de reoUzn ccedilco oonorete de atividades oooperativistas shy

- tento o mutir~o quento e troce de dies gucrd~ um especto deeisivcmente individucliste pois heacute ~jude mcs o~dc um tem n sun pr6prin produccedilco e seus proacuteprios problemes eacute evidente que se o mut1 ~ A N bull ~

rco fosse ~te e fese de oomercializeccedileo dos produtos nt1ngirin meshylhor seueacute objetivosl esse noCcedilao eacute muito importcnte pnre um conceito d oomunidnde enquanto EarticipcccedilcO e um fim comum mo~oo que samp aos nomic~man~e n exploraccedilco em oomum dos maios de produccedilco trcri~ anaL mes benefcios usando-se o ilesmo princpio do mutiratildeo muitos tashyzeuacutel em um s~ die o que um soacute natildeo frz eu muitos cli cs 11 bull

21) gucntoatilde eficiecircnoijl dos meios

c troce de dins eacute meis eficiente do que o lJutiratildeo no asshypacto de ilpage lI embore ombos sejcrn trnbclho vOlunteacuterio onde natildeo It

corre dinh~iro cmboe ~~o pcgos um com comes e bebes e outro com trcbc1ho o que COLlpenst reclmente 311e1ho1 evidente que uo s1steoc de Iltrocc de Llutirco serc muito ucis econocircmico e produtivo parc t2 dos do que comido e gebidc que se conSOLle num soacute die

- cmbos Sc iniciotivos isolod08 quo podem mui tesO vacirczes se choccr e podem tcmbeacutem ficer 00 sebor de siopeties ou ont1pctics pessonis n eficiecircncia certamente oumcntcric se focircssem iniciotivoe coletiv~ente consentidos

- gerelmente cmbos opcrecem quando h~ unccessidcdell iato eacute um plcntio ctrascdo ou perdido doenccedilc eto e o prezo neacuteo permi

~1 shyt e que ume so f~l~ io de conte de tudo se o sentido de oooperc9ao estiver bem cltro eacute feacutecil cOilpreender que umc ltxcvisecirco poderio Ctlatilde nucr os ecsos de nec~esidode como aumenter o rendimento do trebclho pcr~ todos

~videnteL1ene esses obsarvcccedilotildees neacuteo seacuteo completos mcs cpones sugestotildees pera umc cneacutelise o ser empreendido polcs equipes e pelae comunidedes

~ iaporttnte fri sar que Co eccedilecirco educ~tivo vi S ldo organiza90 eacute oultiorce e tem de edcpter-se GS condiccedilotildees e Eotivcccedilotildees de e~d~ o~munidede ~no eacute n finalidode de um tipo de cccedil~o ooopereiivist~ quo

bull 17 bull

a define como mais efioiente na educaccedilatildeo para uma cooperaccedilatildeo organizashyda ~uitas vecirczes somos levados a desprezar alguns tipos de organiza shyccedilatildeo de reoreaccedilatildeo visando finalidades mais Ilaltas ll

bull ULl time de futebol com diretoria organizada de qual todos os 860i08 partioipem ativamenshyte tomando deoisotildees ooletivas discutindo em oomum problemas do time pode ser meis efioiente para a organizaccedilatildeo poliacutetica de uma oomunidade do que um comi tecirc poliacute tioo do qual sOacute partioipam alfllns IIIderes

Tendo sido feito um lev~~tLmento pele cogwlidade das atividades de oooperaccedilatildeo organizada nesta r O aspeot~ de meios oonoretR~ de que trata o programe pode ser explorado atraves da esoolha de um tipo de atividade que a comunidade considere i~portampnte ou que precise de reformul~iotildees mais urgentes ~ clero que ecircs~es ~_~~s~_~tos de or~ nizcccedilatildeo nao podem ser generalizados e que neo sao efioiontes se tratashy

t Ados so teor20cmen 8 So a prat10a a que SUSC1 t ara esses me20sbull quo se-rordfo mais bem assessorados pela supervisatildeo do que atraveacutes de programa shyccedilao de aulas

Tocircda organizaccedilatildeo ou accedilatildeo organizada teu alguns aspootos esscncXds que neacuteo estatildeo neoessagraveriamente presentes em qu~lquer momento ou ativi dade las que devem ser alocnccedilcdos sendo por isso mesmo 06 objot1 shyvos do essessorio educetiva do EB neste niacutevol

- os fins da orgeniz~ccedilco ou objetivos goreis que se definem em uma tendecircncic ou espireccedilco do grupo que delo pcrtioipo mas que se devem tornor oom o te~pof conscientes e cleromente distintos (por eshyxemplo no Ocso de um clube de futebol e divers~o)

- Oa obj0tivos cspociacuteficos isto eacute ~quilo que eonoretcacnte se pretenc1c clccnccedilcr dentro eo Ui dotOIUumlll-do prczo ou periacuteodo ou Olil

occlc etividrde progrcucdo (por eorlluumlO roclizcr UJ torneio ou oonsshytruir c sede do olube)

- un pleno ou pelo menos umc prcvisco de ~tividades queatildeen tro do prazo ou periacuteodo detenlincdo dever~ lover aos objetivos propo~ tos (um loilco ew tel data U2 jocircgo com ingresso pcgo e~ tal dote ug

mutir~o em tol dcta pcrs oonstruir c sede to olubo)

- mm divisecirco de funccedilotildees que ir-se-~ ocrccteriznuo melhor oom o correr do te4lpo ocs quo se deve procurar definir prc avi ter oonflishytos

- Wl meoanismo perCo cs decisotildees que deve ser desde o iniacuteoio determincdo cindc que venhe cou o teiJpo e sofrer JlOdifiocccedilotildees

lsse cspecto formeI de org-nizcccedilecirco pode SOl objeto de eulcs llteoacute ricca nc base de releto de expcriocircncics de outres couunidedes Pode se reletcI oomo funoiono o clube tol oOuO 6 escolhido c diretoriecoshymo se planejou determindo ctividcde eto seil ceir em risco imedieto de meBsifiocccedilecirco nco eacute preciso friser que ~s experiecircnci~s devem ser muacutel tiacuteplaa e diferentes pare eyi ter o crglilento de cutoridcde

bull 18 bull

23 Ass~eintivismo

Desde ~ momento em que v Ronem nuo p~sso decisivo de sue evol~ 9CO soube que scbie - Pcsso de reflexco - (Teilhcrd de Cherdin) peacutessou c se ~firuer meis e mcis numa perspectiva sooial E agrave medida em que a vida em sociedade aucenta contrariamente ao que muitos pea saro tamo~m aumenta a chance do homem se afirmar mais profundamente como ser pessoal t~iginal Neste sentido a vida s2c1al natildeo se con~ titui apenas da soma dos indivduos mas a integraccedilao dos homens nushyma vida comunitaacuteria que tende a se tornar oada vez mais universal ~ o fenocircmeno cue Joatildeo XXIII oonsidera tatildeo bem oom deg nome de socializ~

IM 1- fccedilao B o termo sociacutealizalao tal como o emprega o Papa naos re ~ re apenas a um regime jur~dico de bens mas a um processo historioo s6cio-cultural global onde as comunicaccedilotildees fsicas satildeo mais freqne~ tes e maior o acesso aos inumeraacuteveis bens comuns ou comunicaacuteveisda humanidade tais como a informaccedilatildeo a educaccedilatildeo a cultura (JYCalvez ~glise et Soci~teacute nconomique e LI~nseignement Social de Jean XXIII shytditions =ontaigne Paris- Capo I )

~ importante notar sobretudo que Joatildeo ~~rII nao toma o renocircm~ no de sooializaccedilatildeo co~o algo que resulta apenas do desenvolvimento das t~cnicas das ciecircncias do progresso da produtividade etc mas o considera como 110 fato do homemll(JYCalvez) Assim dentro da sQ cializaccedilatildeo crescente o fenocircmeno associativisl10 1l natildeo eacute algo de ext~ rior apenas ao homem mas decorre tamb~u ce SUE no tureza mais ntishyma do seu II ser ll Quando os hOl11ens se associam natildeo ~ apenas em fun ccedilatildeo de um objetivo externo fixado (para u~ ~utiratildeo por exemplo)maseacute tsfbeacutem um LJOVill811to eacuteie S1i6 eacuteJesconte evoluccedilatildeo G uroacutenrio do homerl

A w ~ - (

a llte31dencia natural e qUEse incoerc~vel pnrUacute a vida social Joao XXIII) D historicemente ecircle tem esponCiclo a esse tendecircnoia oom as mais variadas formas de associaccedilatildeo decircsde o pl~~o internacional ateacute aos pequenos grupamentos Exemplo disso satildeo as vaacuterias organiz~otildeGs internacione~s os partidos polticos as sociedades recreativasesshyportivas culturais as associaccedilotildees de classe as associaccedilotildees proi~ aionais os sindicatos etc

Natildeo se pode no entanto - e isso eacute importante - atribuir o surgi mento de formas de associaccedilotildees somente agrave tendecircncia do homem para atilde vida social Haacute uma estreite interaccedilatildeo dessa tendecircncia com o progresshyso da teacutecnioa das ciecircncias dos meios de comunicaccedilatildeo ~stes fatocircres trazem de maneiras mais uiversas solicitaccedilotildees pera e intensiioc shyccedilatildeo da vida social e do associativismo t o ceso por exemplo de faacuteshybricas usinas induacutestrias que surgem e exigem um certo volume dematildeo de obra que leva um g~po de indivduos a se aproximar c estar fl~ sicemente em contato contiacutenuo assim como sua uni~o em tocircrno de deshyterminadas reivindicaccedilotildees (ex sindicato que luta por aumento de se llrios ou por mudanccedila de estruturas etc) Outro exemplo disso eacute o aparecimento de colonizaccedilatildeo agrcolc ue leva camuoneses screm- de uma dispersa0 geogrcfica e se concentrarem passando a-uma vida sooial mais intensa formcnuo te~beacutemf ~s vecirczes cooperativas clubes esportivos sindicatos etc

bull 19 bull

llas por outro lcdo eacute preciso considernIlnos que por suc vez o progresso de teacutecnica e das ciecircncias t bem como dos Llios de comun ecccedilatildeo t natildeo surgirDm de um c1eterdinismo cego 111bo1a nao sejamos seE pre senhores das focircrccedilas e das leis do natureza o que muitas vecirczes nos apareoe como um determinismo como ume necessidade exterior cshypencsL eacute fruto de gestos jaacute colOCfdos pelo homem II~ fruto dt humashynizcccedileo mesma de nctureza Co qua1 nos entregamos para exprimir no

1 h t dfso liberdade E ele resto e possJve ao amem novamen e mo ] lcar o determinismo que seus proacuteprios gestos criaram (Ver JYCclvez oshybre ci tede) bull

Outro ponto e considerr aqui eacute o pcpel do -Jst2do e a sua eresect cento intervenccedilco em nssuntos de interecircsse da ooletividade ~u1tas vecirczes a discussatildeo decircste ponto leva a posiccedilatildeo que em ncda eorrespol dem agrave verdadeira dimensatildeo da questatildeo Assim uns defendem opaixonashydemente e intervenccedilatildeo totcl do Dstado ao pesso que outros rejeitem qUflquer tipo de intervenccedilatildeomiddot hlwendo aindc um nuacutem~ro ponderaacutevel que aceita a intervenccedilno modercda Entretc~to o ponto central da quesshytatildeo n~o_~ se o Dstado deve e pode intervir t m~isou menos ~ imporshyt~~te nco considerar a crescente intervenccedilco C020 um deter~inismo cbSbluto JY Celvez interpretcndo o pensamento de Joco XXIII n ecircsse respeito elucide c questatildeo de mlmeirc sLp1uumls e precisai 11 O pcpc vecirc nesta intervenccedilatildeo um resultado ou cinda um sinal - um nd ee - da sociclizoccedil~o em curso tntes que urua ccusc Logo se Co in shytervenccedilco (lo Estedo ~ ume espostc c certas edecircncics de sociclizcIV ccedilao e tambem elgo de profund~ente ligado co tempo e co espaccedilo e um fenocircmeno situcdo histoacuterico nco pollondo existir r eceitcs unishyversais e perenes c ecircste respeito

A considorcccedilco decircsse ponto eacute import~~te pcTC o trcbclho de oompreens~o e cneacutelise criacutetica de presenccedile do ~stedo nas questotildees li gadcs sos movimentos de associaccedilatildeo e luta dos trcbe1hadores

Inuacutemeros teu sido os pronunciamentos textos leis que consid9 ram o importecircncic do associativismo 3m sucs vsrias forlcs recoshynhecendo-o como um direito ~is alguns dos rucis oonhecidos

ITodo homem tem direi to a orgcnizcr s1ndic~~tos e a necircles ingres sar para a prltteccedilco de seus interecircsses iacutel (Declarcccediluumlo dos Dicei tos dobull

Homem art23S4)

ti tl gcrrntida a liberdade de cssocicccedilotildeo p~rc fins 110i tos lieshynhuma associaccedilatildeo poderaacute ser oompu1soacuteriamente dissolvida sen~o em virtude de sentenccedila judicialll(ConstituiccedilOtildeo Brcsileiraart141sect12)

IIJfi livre a associaccedilatildeo profissional ou sindical sendo regula das por lei a forma de sua constituiccedilatildeo e sue representeccedilco legal nas convenccedilotildees co1etivrs de trcbclho e o exerciacuteco de funccedilotildees deleshygadas pelo poder puacuteblicotl(Constituiccedilatildeo Brasileira art 159)

UNe eacutepoca moderna umentou notevelmcnte o movimento assoeinti vo dos trcbclh~dores e foi reconhecido em oacuteercl nas disposiccedilotildees shy

bull 20 bull

fi

jurdioes dos Ilstcdos e ateacute no plano internecionel bullbullbull

IINco podemos todavia deixcr de notcr 00110 eacute ~til ou cteacute nece s~rio que c voz dos trcbclhcdores tenho possibilidade de se fezar o~ vir e ctender fora mesmo da ceda organismo produtivo e isto em to-

Imiddot 11 (t~middot - 94)d os os nJveJs bull l - bull

IlDa socicbilidcde ncturol de passoc humal1c~ proveacutem o direito de reuni~o e de associQccedil~o bem como o de conferir cs essocicccedil~es c for~ me que aos membros precer meis idocircnecs c finclidcde em viste e de cgir dentro destas por conte proacuteprio e risco conduzindo-os aos elm~ jrdos finsl (PT23)

~~ O ~ue foi dito acime eacute relctivo e textos legeis e pronunci~en tos do Pepe Joco XXIII No entcnto existem einde outres referecircncic~ entre DS queis cs mui to discutidcs de rrx

Uma forme de ossocicccedil~o oonsidercde importcntc eacute o sindicelisshymo surgido cpoacutes a Revoluccedileo Industrial Vnrios movimentos signifio~ tivos de trcbelhcdores EHLl wui tos pases ncscercm ou se desenvolveshyrum c partir do sindicelismo

No Brcsil o sindic~to foi oriedo nos noldes do sistemc sindi shyccl do fooismo i talirno princi prlmonte f e eacute extremamente 1igcdo 00

Poqer Puacuteblico Tocircdr- c vide sincliccl eacute proviste por lei A lei QstcbCcedil Ieee oS requisitos desde pGra G fundcccedilno e funcioncmento do sindic~ to ctecirc os fins prerrocativcs e deveres Aacute liberdade dentro do sin d~ccto entno eacute c liberdede que c legislcccedil~o sindiccl permite e proshyve Outra pcrticuleridedo do sindicclismo hreDilciro eacute c vorticclid~ de I sindicrtos federeccedilocirces confedercccedilatildeo prc cdl cDtegoria ( na cctegorics tr41beacutem sco previstcs pele lei) Uno eacute permitido que ceteshygories sindicais diferentes se cordenem numc horizontclidcdeAssim se 08 sindicctos dos metcluacutergioos e dos forrovi~riosf por exemplo quisessem se coordenlr seria impossvol (dentro de legislaccedileacuteo sind ccl brasileirc) Onde cctesoric deve (do ponto de viste de lei sindi CCl) desclvolver sues ctividdes sindiccia iso1cdclllente

N~ necess~rio obsorvcr que tcl estrltturc sindiccl tatildeo enfcixcda na roco do Poder Puacuteblico tir~~do muito dl necesseacuteria cutonomic dos sindicctos dendo foacutermules pcdronizedls de funcionamento pode trens formeacute-los num instrumento de clesse dirigente ~penas cleacutem de n~ dtr oportunidades de se desenvolver plenCLlfmte ~ ccocidcde dos sin dicclizodos e seus dirigentes de lIe1riare41 algo de proacuteprio dentro do sindiccto Da D necessidede dos dirigentes sindicais serem realshymente a oxpressco do clesse quer di zor SerG~1 pessoes que estejom prontos e trcbclhor reelmG~te no sentido des cspircccedilocirces de clc6seP~ ra Jsso e neoesscr~o que se tenhe conscienc~c LO que e e do quo poshyde ser o sindiceto como oacutereco vordodoiro cc prollloccedillio

bull 21 bull

Haacute disposiccedilotildees legEds m~Js ou menos antisas a raspei to da sin d1calizaccedilatildeo rural no Brasil Entretanto foi pr1ncipal~3nte fi partir de 1962 que o assunto tOllOU vulto e comeccedilaram a surgir v~rias disshyposiccedilotildees simIlificcndo a f O T1112Ccedilatildeo dos sindicatos rurcis pl~ooossomel to e expediccedilao de oartas sindicais

Dentre as vaacuterias disposiccedilotildees () as que natildeo soacute sintetizum a Flashyteacuteria jaacute re8~lada oomo apresenta aspectos novos S~O

- Lei nO 4214 de 231963 - Estatuto do Tr[b[~lh2dor Rushyral pub1ic~do no Di~rio Of cial da Uni~o em 1836

~ Portcrias nQs 346 e 347 de l76l96j- Regula0 a Orgc~1 zaccedilatildeo e o Reconhecimonto de Entidcdes Sindiccis Ruraio bull

Silil9-1octo OEstatuto do frcba1haGor Rural crt114 estntui~ liacuteoita a cssoci~ccedilao em sindiccto f para fine de estudo defese e ooo~ denaccedilno de seus interecircsses econocircmicos ou profissionais de todos os que como empregados ou OE1PT0odores exerccedilam atividades ou profis shysatildeo rurc1 i1

bull

Vemos entatildeo que de ~cocircrdo nou c pr~pr1a lei ~s fin~lid~des do sindicato secirco cmp1as l natildeo se reduzindo ecircle C Dera instr~~ento de rei vindiOcccedilno de essiatencia socie1 e ClgutitS melhorics econocircmiccs bull Para que ecircle oumpra tocircdas as suas fin~lidades tem ~ue ir muito cl~mBasshyta ver que cumpre-lhe tc~beacute~ c defese de interesses profissionaisde I d t ~ tmiddot bull en er ~n erasses prok~sS~OncJ3 nao e 80 consegu~r e~prQS ~mos ~crc

plantio melhor maquin~rio pere produccedilatildeo enfio melhores oondiccediloea de trcbnlho mas ~ sobretuco f-zor com que o trcbc1ho necirco seja red z1da a um mero fctor de produccedilatildeo mcs seja con8id~rcdo como a fon~c por excelecircncia de expressco hum~a Pera conseguir isso o sindishyceto teu que sc ocupar por defini9~o com c tarefa de destruir tocircdc forma de explortccedilotildeo do trcblho humOJlo Convoacutem notnr que 110m sem pre o aumento de produccedilatildeo corrosponde a umc verdadeira prOioccedilco do trabclhador como pessoc

liQ Pera uma vis~o coup10tc de fundaccedilatildeoprooassamento e funciona bull mento do sindicatover Leis e Portarias meneionauuml~sprircipa1mente e nova Portaria nordm71 de 2265quede oerta formaregu1amenta os arti shygos 115 e 116 do Estatdo TrabRuralD1ga-se de passagem que estamp Leital~m de dificultar a fundaccedilatildeo de sind1catosfragmenta demais a classe trabalhadora ruraloricndo dentro dela in~eras camptegoriasdiA tintas

() Lei d~~ada n Q 11 de 11101962 Portaria nO 355-A de 20(111962 Portcria nO 356-A de 2111J1962 Portaria 209-A de 2561962

bull 22 bull

Estatuto do Trabalhador Rural Ateacute a d~ta da criaccedilatildeo do Estatushy

to o--eatildenipotildei1eacirc -estampvatildeexecirciiicfotilde7a legislaccedilatildeo trabalh~sta (excetuanshydo o que diz respeito n possibilidade de sind1calizaccedilao) 2 art l da Oonsolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho que estatui as ~uestoes trabashylhistas no paraacutegrafo IIb il coloca os oamponeses fora dos seus poss veis benefiacuteoios Com a criaccedilco do Estatuto houve uma primeira consi deraccedil~o a certos aspectos da vida do trabalhador rural

t tmiddotmiddot d la gisltccedil~o urb1na pare o meio rural embora sejam duas realid~des bem diversas A proacutepria definiccedil(iacuteo Ciue ecircle daacute de trabalhador rural (art 2 Q) eacute impreoisa e se presta a v~rias interpretaccedilotildees de aoocircrdo com

C0110 e fecil notar o Csjatu o e quase uma ranspos1ccedila0

1os t var ~n eresses

l~as mesmo assim inedaptndo hAacute pontos considerados importa1 shytes ~ O caso principalmente dos artigos 11 bull oria a Carteira Pro M

fissiona1 de Trabalhador Rural 63middot disp~e s~bre o contrato de trashybalho ( que poder~ ser feito na proacutepria carteira proiacuteissional)~ l5~shye~ia um Conselho Arbitral A16m decircsses artigos eacute consi~er~da t~bem importante tocircda a disposiccedilatildeo socircbre sindicalizaccedilatildeo

~ nosso pcpel como movi~ento qUecirc pretende ser educativo atr~shyvecircs de toampos os meios e recursos com Que oontamos levar ns oo~unida das a perceberem o fenocircmeno do assooi~tivismo como inerente agrave pr~ pria ~~a humana e motivar a intenBificaccedil~o oonsciente e delibefada de formcs de associc9~0 que ~osscm responder 2S neoossuumlLdos percebi das a partir de une vis~o cr~tica do papel do homem no mundo

Iaso no entc~to nco quer dizer que devemos inccntivcr e ~ctishyver determinadas forruas de associa9~0 O nosso papel c ecircssc respeito ~ o de informar o que existe as earaotersticas de QCcedild0 ~nc e proashytampr n assessoria ccbve1 diente da escolha da comunidade que poder~ incluave oriar fol~as noves de cssociaccedilatildeo

Teoriocraente a econoTlic de mercado ou ocpi tclistlo reIJouso nurac toca de serviccedilos e bana entre dois tipos de gru~osl as unlcteacutees ec2 n~m1cas produtivas ou emprecircsas n~s unidcdes economic~s de consuao ou iacutec~iliar Ls famiacutelias prest~~ serviccedilos ~s emprecircsas recebendo ~~gnaen

Ao shyt o e as empresas produzem bens e serviccedilos para o consumo das iacute~liaa e recebem e~ trooa pcgcillento ~mboru ecircsse esquema sej~ muito ab3trashyto e seja s6 am esque~a serve para nos mostrar cono est~ dist~cia da disso c vide do honeQ rural Nesse esquema a famiacutelia soacute b so11d~

ai fW bull r i ~ no consumo mas nuo na produccedilco pois o facil 1nag1ncr como roxa shymente as pessoas de lmlC mesJc fcIagrave~lill ou que tenheo dooposos ElD ~o mum produzam mn comum spo ~ue trabalhem em una Llesuc euprocircso no meama seccediltio e na masoe sala o produto finel dC~ emprecircsCl (equilo quo - ) e comercializado vend1do as fcu~lias cbsolutcnente noo dopenda deshyles Seus ganhos tcmbeacuter1 ou s~o deciatildeidos pele etlprecircsll ou dependen de decisotildees coletivas (aumento de salaacuterio mnino dissiacutedios coleti shy

bull 23 bull

I vos etc) e muito r~r~cntc tecircm qualquer relcccedilatildeo 020 su~ produt1vid~

de ou copoeidcde da trobclho Na eoonomia da produ2ao portcnto mas mo os mombros de umc fcniacutelit nno sco solidaacuterios ano indiviacuteduos isolE dos CGdc ~ por si A id~in de atividade econocircmico comunit~ria dcpcn deric portnnto no moia urbcno de tocircdc uma lludonccedila de estrutura d~ haacutebitos e atitudes individualistcs

NOcirco eeonteee o Llosmo no vidc rurnl Via do regra c feLllit s~ oonstitui em unidcde de prod~ccedilco e oonsumo o que equivola a dizer que jtIacute existe tlgum tipo do ouprecircsa cOf1unit6ria pare uaor o esqucmc o que acima nos referimos Trctc~se portento natildeo de rczer surgir ~ vclor inteirnmente novo mais de cmplicr o raio de alccnoc de uampre_ sa oonlUni taacuteria que eacute c fCLllic bull Outro Telor positivo e que pode ser ccrreado nesse sentido eacute o mutirco Embora se deva ciacuteastor quclquer ideacuteia poeacutetioa lrio de mutirecirco cono trcbrlho ~eu pagaL o mutirecirco e a troca de dics sno indiacutecios oonoretos de que a oompeticcedilno econ~~1c~ nas oomunidcdes rurais n~o eacute consoiente neu atinge G agudas que cpreshysenta n~ cidade O mutir~o meswo pcgo n troce de dias me8~0 aendo trooc mostra que natildeo est~ presente c 1d~ia de que o SUOOS$O de ~ depende do insuoesso de outro E de f~to c cODpeticcedil~o eoon~m1cn no campo nco sc fez de meeiro c meeiro mes entre o produtor o o intero~ di~rio e por e edinnte

Outro ospeoto import~nte d~ ctividcde econ~micc do honeo rurc1 que ele nco visa de Iilodo gereI o lucro IlCS c subsistecircncici por isso c noccedilco de que - a propried~de deve ser usado pera o bau de todos e nco pcro o luoro individueI nco encontro cs aeSDes resistecircncics quo cn oontrorie entre cmpres~rios oujc ctividcde eoonocircuic~ se fund~entc no luoro A euprecircsc comunit~ria isto eacute ~ orgonizccco oomunitampric de

d - A po~tcntot apcrentemente vievel~ Tr~ c~se depro Uccedilco ceOnOil1Cc e t snshyber quais cs noccedilotildees que seacuteo fundcmenteis pcrc tel empreendi30nto

12) 2JLW1el~]0ecircS_e __d2_ uso dl Jal0Rriedcdel ~ tund~cntcl o conoeito de que c posse est~ condieioncdq 00 uso de propr1od~de o quo isto natildeo eacute um direito cbs02uto mcs tew une funccedilatildeo intrinsccmcnte soci01 (1)11f1116)

9) Q~_o~Lemo do_~c-l2~) do__trcbelh2 msse prob1cllc foi tl~~toclo na Fundamentoccedilao de Viver e Lutcr e se enoontra tClbom no item 12 d~ 2l perte deste Fund[Tl(mtoccedilecirciacuteo 1106 heacute olguns tspuumlctos que nos interesSD~ diretamente ncste ccso A ~pliocccedilatildeo concret~ dos princ~piGs ~l disoutidos lev~-nos ~ oonclusno de que neacuteo pode hever oomercial zaccedilecirco do trcbelho enquc11to tol Isto ~t necirco h~ nem pode hovcr hipocirct~ se do medir-se o trabalho ew tecircrmos de dinheiro j~ que o tr~bolhotem velor tronscendente leso eacute importante pcr~ cs tomndos de decisotildees soacute bre a divisatildeo do produto do tr~bolho Esta n~o pode ser sagravementa pro porcional ~ posse dos instrv~entos de produccedilco pois 0030 viuos c posse esteacute subordincdc 00 uso paro o bem de todos Por outro lcdon~o pode ser tambeacutem somente proporoionel agrave quantidede de trcbolho j~ que o velor realmente humcno do tr~bolho nro pode ser qucntif1cedo socircmenshyem sua apcrencia O item seguinte pode esolareoer-nos melhor

bull 24 bull

--

0) 9--Jll0bt~~ dc-~oJtg1~ejJde dc espeacuteoie Vinos qundo e8~shydc~oa O probloma de oomunic0ccedilno que fund~ente o progresso de histoshyric humcne ~ue cede indivcuo neacuteo pode reelizar plencmo~tc c essocircnshyoie de espeacutecie hun~na o quo portento os homens e todos suo solid~s nas conquistes e nos erros de humcnidedo Esse mesm~ doutrine eacute aonshyfirm~de no plnno sobr0n~turel pelo ooncoito do oomunh~o dos santoS

por outro l~do quo o - podo b ~ es Sabemos houam neo sucum 1r cut ccron eies sensiacuteveis (climonter-se proteger-se do frio) e quo qu~~do isshyBO ~contooe ecde UD de noacutes ~ solid~rio nG culpa~ Isso leva c que a sociodade Leve prover tS QPortul1idcdes pcrc que cede hOllOD sct1sfeccedilc esses necossidrdes que Sco diroi tos fund~lentais do hmJoLlbull

Em sUDe o probleme central de u~e atividGdo econoillIacutecc de ~i~o

conunit~rio eacute o do reconhecihlonto no plano do trabalho Co~o vimos ll~) i tem proacuteprio e comuniccccedilatildeo entre os homens pode fczor-se por doshyminoccedileo ou por reconheoimento ~os ecircsse reconheoiDento n~o pode ser

h Ot eor1co cbstreto tel quo oonoretlzar-se e111 oedc cccediloo umcne roshyoonhecimento do outro no plnno do trabalho eacute o que se coloo~ ou ploshyno mais elevedo jeacute que nrde h6 de meis nobre e essol1oiclmontc hushymano do que o trabelho

i01s c~r~ um excile de outros problemcs levcntedos por ULlC GlprOcircSo oomunit~rie pode-se ver Fr Jo~o Batiste Puumlreire dos Santos OP U~ NILABORL Uma Revoluccedileo ne Estruture de Emprecircso Livroric Du~s Cido bull das - Sco Pculo

Pode-se definir o occedilocirco poltice de vuacuterias Ilcnoirrs Uuo tltigc def - eLO h amem dlZ nCSlilO C1ue 1J e G Ull~ CnllllC1 ~ lCO o que eCJu~ilnlccedilco E0Lltmiddot vcleria c identificcr e e2~0 poliacutetice cor~ tocircdn eccedilno huJrJlc Sento Agostir~o vi~ o fim de cccedilco polticc assim como o de guerra n~ Fez defininco c Paz como ~ sctisfccedilecirco dos interecircsses de cidade ~ 01amp ro que C01 isso n Pnz de uuc cic~-ao poderia ser iLlposte Co outre is shyto eacute a sctisfcccedileo dos interossos de umc Sociadcde ou gAacute~po poco ser i3postn c outra Sociodede ou o outro grupo ModernnEcnte defino- so e accedilco poliacutetioo CODO equelc que procure conduzir ~ socied~de n~ busshyco do bOD cel21Ul Atuolnel1te tom-so definido taIJbeacutel2l c cccedilatildeo polticn COBO nquelc que busca utilizcr o poder do Estndo pcrc ctcncler 00 bo de SocioclCdo Esse funccedilocirco do EsJccdo ele mesme TJudou de oacutepoca do li berelis~o otoacute hOj0 Acredit~~do-sc quo es leis socieis c Gconocircnices orem IInctureis ll cefendie-se u tese de que eo Estado Cnberi~ cpon~s proteger ns libuumlrd~des individueis nco intervindo especialnuumlnte ne produccedilatildeo e no consumo A esse vis~o suoedeu eom o advento do sooi~ lismo e dns lutcs sindiccis e concepccedilco do um Est~do do Bem Estor So0101 A concepccedilatildeo neturolista c liberolisto jaacute nco eacute dcfcndide 00shymo tel e o que se discuto oacute o Gr~u de intensidade da intervonccedil~o esshytetal no vid~ puacuteblicc Mesmo nos paiacuteses onde o antigo liberalismo eacute tese ofioial - embora defenr1ido em formas atenuadas (neo-libera11omo)

bull 25 bull

oomo nos ~stados Unidos e no Brasil a intervenccedilatildeo estatal ~ una reashylidade Assim nos Estados Unidos por exemplo a diplomacia ~ftambeacute~ uma forma de defesa dos interecircsses comeroiais dos empres~rios norte-A mericanos no exterior no Brasil os organismos estatais exeroeu in shyfluecircncia natildeo 86 na economia como nos conflitos sociais Ias tanto li como aqui a intervenccedilatildeo eacute feita apenas para proteger uoc estrutura

Vecircse portanto que a oontroveacutersia estaacute na intensidade e no ti shypo de intervenccedilatildeo do Estado A accedilatildeo poliacutetica seria wn ueio de fazer valer ecircste ou aquecircle tipo de intervenccedilatildeo do Estado no sentido do Bem Dstar Social de definir decircste ou daquecircle Dodo o Bem Lstar Social de detertlintlr desta ou daquela formo o modo de consegulo

Ao ueSuumllO tempo fica cloro que natildeo tem sentido definir-se ti accedilao shypoliacutetioa eu tecircrmos de ideais moi8 ou menos abstratos COLIO urJo luta de ideacuteias na qual se empenha apenas a inteligecircncia dos poliacuteticos e das Naccedilotildees

Vimos atraacutes por exemplo (item 24) couo o esqueLla cl~ssico da economia separa doiemiddottipos de unidades econocirchlieas a de produccedilatildeo e a de oonsumOi na economia de mercado ou capitalista o fluxo de ~ique bull zas que vai das emprecircsas em pag~ento do trabalho agraves famiacutelias e que vol ta ns emprecircsas erl paGamolto dos bens e serviccedilos prestnd08 otildes tllJl lias o fluxo de riquezas diziamos eacute deterLlinado pela lei do t1oroado subindo o consumo de um produto sobe o prccediloo que est1nula cs empr sas a produzirem mais ateacute equilibrar com o consumo e estabilizar o preccedilo e diminuindo o consumo desce o preccedilo desarticulando a prod~ ccedilatildeo ateacute equilibrar com o consumo e estabilizar O prc~o iae dois exem plos serveu para nos mostrar como isso na realidade e apenas teamprico Todos temos presenciado a sonegaccedilatildeo de certos produtos com o fim de fazer subir artificialmente o preccedilo (especiclmente arroz feij~o e~ ea~) e teillos presenciado como certas emprecircsas otrav~s do propaganda oriam necessidades absolutamente sup~rfluas paro os consumidores ~ ashybrieagatildeo de bambolecircs cosmoacuteticos eto) em que a lei de mercado e in vertida Natildeo eacute a emprecircsa que produz para atender o procura do consumi dor mas que faz nascer c procura do consumidor para vender o que jproduz

Teorioamente por outro lado a economia socialista esteta1 00 bcsecria natildeo na lei de oercCdo mas nC8 decisotildees de UH orgcnismo oen tr~l de planejamento que pesquiseria es necessidcdes do oonsumo e detarminorio o sentido do produccedileacuteo Vemos tmubeacutem que de ua lcdo neDl meia o Uni~o Sovioacutetioa cdote atuclBonte ocircsse sistemo puro e quo amppeAtilde feitcmente possvel um pcs ter sua econotlio completanonte plnnif1o~ do sem deixor de ser ncpitclista O Brosil por oxeoplo ncrcha a pas sos lorgos p~ra ser um perfeito exemplo deste uacuteltimo caso Isso equi vele o dizer que e controv~rsia fundamentel em que se deboteu as focircrshyccedilas e grupos que exercem cccedileacuteo poltica natildeo estaacute mais en se seber sodeg Estado deve deixar a vida econocircmicc e sooial co sabor das leis Une_ turoia ou se deve fO contraacuterio intervir plnnificnndo-as e neu mosect mo soacute no intensidnde dessa intervenccedilno Estaacute no tipo ou modo cooo se

i - dc essa ntervenccedileo Se voltarnos ti conccitunccedilao de Santo Agostinho a

bull 26 bull

que nos referD~os ~oina e se a fun9~o da oidade eacute b~r~tir a Pazde que Pez se tr~ta trata-se da Paz que melhor ntcnda a tocircda a Sooiedn~ de Quanto ~ isso ningueacutew discorda expreesaucnte Tocircdcs as linhas poshylticas de todos os grupos de ~ccedileacuteo poliacutetioa oonoordnn oo~ isso Uas na proacutetic~ de que Ll0do enocrno Ulla accedileacuteo poltioD que leve ~ essa Paz de tocircda t Sociedode c natildeo c Fez ele UDC Cidcdo (ou de um grupo)iuposta c outra

o esquema abstrato (i tem 2A) que divide a vida eoonocircilict dcs No ccedilotildees em unidcces produtivOs (as enprecircsas) e unideccs cl~-ltQnsumo (as famlicsr-~ pera uns tomado oomo real Da sededuz ~uo ao Estado cabe garcntir a melhor funcionalidade possiacutevel as empresas para que possam ctender na neoessidcdes de oonsumo das famlios que constituem a Naccedilatildeo (embora seja um esquema econocircmioo oacute v~lido porque nns necesshysidodea de oonsumo estao oompreendidos os bens e os serviccedilos e nos 8es uacuteltimos se inoluem os serviccedilos que dizem respeito agrave oultur~agrave dishyversatildeo agrave distribuiccedilno da justiccedilaacute etc) Da se conolui que a Paz de que se trata eacute a Paz dcs euprecircsas middotScbemos por exemplo que o pedra ongulcr de nosso regime poliacutetioo ossim CODO de todo o mundo sob a esfer~ de influecircncio cmarioonc uacute c inioiativa privada isto eacute c li shyberdede dcs emprecircscs privadas Isto significo ocber 00 Dstcdo gnrcn~ fundc~entclmente o boti funcion~ento dcs emprecircsos priv~das e o resto ser~ dodo de acreacutescimo Qul o sentido de emprecircso privado pe a sue ti nalidcde eacute ctender ns neoessidades de consuco das fcnlios (sej~ esse consumo de climcntosmiddotou de educcccedilnoacute) O sentido eacute o de que nqueles que possueu ccpit~l (bens Ilcmiddottciois) perc mon~er ou cri~r eIlgtresas dj ve ser garentidc uma remunercccediloo correspondente co enprego cesse Oop tel (decircsses bens moteriois terras instrumentos dinheiro) Todo o Sistema repousa portento na motivaccedilatildeo do lucro por pcrto dos que Po suem bens motaric1s E cono c satisfaccedilatildeo das neocasidodos de tocircdo a Sociedade dopende do que produzeo as emprecircsas t atribui-so UDA identi shydade entre os interecircsses de Ncccedil~o (de que cuido o Estcdo) e o estmuM

E lti ona 1o as erJpresas pcro que produzcn m u ml 1Jse o orgcnJzoccediloo po ltioo eeonocirc~iec e social do Naccedilatildeo que eacute tarefo do Estodo primordio mente scr~ ume rocionClizDccedilatildeo de rmlhor oeneiro de estimular o lu e~o isto eacute a remuneraccedilatildeo do ccpitel A maneiro do otendcroo bea co mUIll seria portanto em l1ttim~ cntllise gcrcntir c melhor formo deAin cioncmento dcs emprecircsas privcdos o que se identifion oo~ a melhor ~ neira de estimular omiddotemprecircgo das propriedades (de bens do ~eira geshyral terras instrumentos dinheiro)

Vemos que tnl visatildeo 6 herceira de certo modo da visno naturaliA to e liberelista da vid sociel embora tenho mudado de certo modo o pcpel do Estodo~

Este visatildeo no entanto se choco com outras visotildees polticas Fishycou demonstrcdo que (I intervenccedilecirco do illstado se faz neoess5rio no vida da sociedcde Aohem alguns portrntof~e eacute preciso fazer soacuterias resshytri~otildees agrave cbsolutc liberdade das emprecircsas mesmo pera garantir-lhes O melhor funcionamento Uma dcs rozotildees eacute a de que o bom funoioncaento N

das emprescs exige restricoes pore que umcs noo A

outras A prejudiquem oS e o oaso d~sgrond~ Lrl~~ (11lt rr1gt_=~ i 11 I-to que tem possibishy

bull 27 bull

l1dadG do dostorcer o morceLo Outro problema eacute o do b011 astcr claa fo ~flt~s enquonto prcstom serviccedilo cs e~procircsos isto ~ ~s cl~sses p=~le t~~es Ar~10ntam que o sistemo do Borc~do deixodo o si mosuo reoung rc mcl o trob-lho de ta1 forl quo de uu 10do l o aonSUDO nao podo ser Du1to grc1de e portcnw- cs c~precircscgts necirco podem su expr-lctir do ol-ro lndo isso 1evo insuficicnlos aondi9otildees de vida o (lua dociina11tlO bcx~ proecircutiYidcdo isto ~t os sorviccedilos prcstldos Coa -c1r~ses sno de m~ quolicode se fOrail ln3S cs condiccedilotildees do trrbclho COll10 as euprest1 rios neacuteo seacuteo se~pre c~p~zes do peroeber ecircssos dois cspeotos co Esta do coberic prover UD~ regulcuontcccedilEiacuteo quo t ao llleSLlO tempo dosse mcior poder de consuuo 00 proloteacuteriodo c lhe desse melhores oondiccedil~es de trcbclho pcrc poderes produzir melhor Desso ooncepccedilatildeo resulo clixl leis tr~oclhistos quo grecirctissew ml onirilo de sogur~9c 006 opo-amp10 o de pcrticipcccedileo nos lucros dcs Guprocircscs que lhos gorontiri~ cUL10n to do poder de oquisiccedileacuteo de bens e serviccedilos Nessa nOStlr linhe cstt bull ric~ previstos os serviccedilos n~o iuediotcucntc reuunerct1vos e quo p~o pieicr1DJliguclLlente o be~l estcr indispensecircvel 00 cuncnio de produt1shyvidcde COLlO os serviccedilos de educcccedilro se~det transportes etc

o problemo pode cince ser colocado de outre u~oirc O trobo bull lho ~ cOl1seqUenteueZlte todos os seus frutos o donnio de terrae rSD 900 de instrumentos c produccedilco e UlllC conquistn dl espoo1e hwalJlooo

~

mesmo teu9c que de ecdc hOLleil Ccedilucndo um hODCrl se npossc privodcnente (uscndO per~ seu benefcio exclusivo ou moior) do fruto do tr~b~lho hu~tno ecircle espolie os outros homens O produto do trebclho de m~ hoshymem eacute inalieneacutevel isto eacute natildeo podo ser trensferido c outro cooo sim ples coiso poreue neacuteo eacute soacute coiae DCS ecirc erioccedilco da hooom c represonto Co sue vi toacuteric s~bre c ncturezcbull Os ueios de produccedilco (nGsno os nctu bull r~is OODO c terre) sco uo~ conquisto de eap~cie huncnc logo t~o que bGneficicr n todos segundo suo condiccedilatildeo de hOBOU c su~s nocess1d~ des e direitos como hODOD 0 necirco segundo coidontes histbrioos oono o feto de clgu~m ter-se oposscdo priJeiro de Ui puumldcccedilo do terre e outlX6 nao Ou de c1Gueacutem ter sido foito prisioneiro c escrevo e outxos n~o bull Tocircdc distinccedilco portcnto entre os que possueLl bens c os qua 0 pos shysuem e trcbelh~l p~re os priuGiros teric orgeo nc douinc~co de UD hot4eu socircbre outros que historiccuente se deu Q continue rlcr-se Do um lcdo os Quetecirco posse e USCD CD seu benefcio em dctri~1Cnto dos outros Se ~lienCIll (ou tOfon outra 00i80 isto a sc torncrl Wla outro coise qUQ necirco hOLlons) por nco reconhcceren o outro CODO honco sujoito de plenos direi tos e trcnsforoercL o trcbclho eo Jcoisc e necirco ori~co humono De outro lcdo os que nco pOSSUEm e trebclhCil pcre outro8VQO o fruto de seu trcbclho que oacute une perto decircles meS1lOs sor possuido por outro o que equiv1 e dizer que se oliencm se dosti tueJl ccedil~o suo cOl=iacutediccedilno plille de hOiUG1S

O quc 80 disQute ecirc por~cnto o proacuteprio si3tCUC ele possa e uso dcs proprie~cdes o proacuteprio sentido de ~upr~s~ Oe ~eios ae pro~u9~O

A IN

aegun~o este conc~ccedilco nco podew ser objeto de posse e uso ~~~dcdacirc vendo ser usedo )ole e pcrc c Souiedcde Os f1eios ooncrotos v-cr1Cl eshynorrJeaente deacutentrodessc ~oncopccedilgo indo flosdEl possetoteJ dos pro shy~riQ4cd~s p0lo Estcdoete a posse dos Baios de produccedilco pelos ~ue con eles r~bclhom e tendo seu uso ~eguledo pelo Estcdo bull

bull 28

Es 8C3 1inh-s polti c cs ropidcilGnte expos -tas e e squOuuml1 tizedas ttf zerl C bcilc novcuacutewnte o conceito co Paz de ULl grupo As du--s plino1 shyros reprCSJn t am nJ tJdCIJ8n o c cz o grupo e proprJe crJos (O cprcshy t P d d t 1 - A

806 isto ~ conforne vinos no i-G3-1 de orgcnizoccedilatildeo soci01 n classe olto ou burguesc Porque justificc~ uuumlo Paz pcrc tocircdc c Sociodcdc cen trudc nos interecircsses cc clcssc bUlgueso A terccirc linhc po11tica 1 euumlntrnda nos interecircsses dj libcrtcccedilGo dns classes inferiores de pro let6rios G trcbclhcdores rurcis J isso nos troz o concoito do i~801o

bull bull I I ~-gJo que e UiiC JustJfJcccDO -G00rJCot um rocJonolJzcccedilco de Jnt~rcsses 1 Ao t

( entendido il1tGreSSe ~lil UIl conccpccedilco boa cmpla nno Jntero8ses ilC c shyricis inedietos) de Uiil grupo e~ 1Wt deteriincdo sociedcde Vemos egoshyra por que c lute polticc nGo ~ uma agraveisputa abstrcto de iclonis crbi treacuterios 1108 unconfli to do interecircsscs dos grupos que forwom c s02iedcbull de Noacutes pocamos notor fccilmente quo essas diferentes justificnccedilocs se refEreIiJ nco otilde n[~turezo que O h o Ie tI POdE racionclizcr objotivcmonshyte jaacute que c ne tureza podo _s_~r_ g_bJ~tccedil do c2nhecilJCnto huvno Qucndot

no entanto treta-se de occediloo huu~o este nco pode serpy-1~t~~~d~ plcshynemente por tretcr-se d~ accedilco d2 ~~e~~~~ que nco cstco ~ubordincdo~ e leis detcrJlincdcs pois na occedileo hUtlma se inclui c opccedileo livre nno

d t - d P - I - lpr~- e erwJne 0 or 1S80 mesmo osse rocJonc Jzcccedilco ~cnQU Co exp 1Ccr pcrc cede homem as sues proacutepri~s opccedilotildees o que signifioa cs ~pccedilotildeos de seu grupo de sue clesso e CSSIacuteLl por dicnte Isso nco quer dizer que esse justificcccedilco sejc cbsolutc_10ltO subjuumltivo e necirco -tanhe vcliclcdo [~ nno ser enqucnto justificcccedilco de intGrecircsses dcquocirclo grupo Nc ilod1dc em que o honem pode ter cuacutensciuncic de o QU0 318 eacute G do que Sco cos re

- 71eccediloes entro os hOTIens e claro qU8 e possJvol uma gonorc11z~ccedil~o e possiacutevel que esso justificcccedilecirco ele occedil~o hunenc possc~ ter 13ulC vlidE de universcl na nmiddot-didc UGSlO em que procure une idontificJccedilco n~~ior cOJ o velor proacuteprio do hOS0ill (isto eacute fundclJe1tc sC uumlLl U1 hUil~liSilO ) e SG idGntifiquc monos co~ os intcr~sses inediotos do indiviacuteduo d~ cl~sse ou do grupo

Se c cccedil8o pol ticc ( Uilc eccedilOcirco ideoloacutegica cOIlcluilOS quo c eccedilo l t N 1 d ) 1 ~ bull po J Jcc nco PO(8 nunce sar cccedileo ~so e e JndivJ uc bull li l1uumlCusscrlc41un

to accedil[io de grupo cccedilco org~l1izeacute~~dc 0 sno qUuumlcl pretende que ponsa o age isolcdoLlcnto Olil pol ticc porticipe de clguuo forDe elo une fcixa d l i J eo og co e de uac occediloo elo JTUpO ChegcLlos tC~lbou c quo a 0lt00 poll shyticc pcrc sor eficianto davo ser orgcnizode

A occedileo poliacuteticc orgenizodc lGscluento eacute otribui2So elos Porti ~ Ccedillos Poliacuteticos no Brasil DG f~to no untcnto tocircdo rccediloo hulCno oorJshyportc il1pIci to ou oxpllci teDuumlltc UlCo ccrgc ideoloacutegica o portcnto t5 de elguD Dod~ occedilco poltica U11 trcbclho do AniJrccedilecirco Populer por eshyxonplo 6 occedilco poltico enqumto encorno UH objetivo de libertcccedilatildeo cul turcl dcs populoccedilotildees 8crginrli zcdes e porton to do olgu2 110c10 onccedil~r nc o feixo ideoloacutegico drs clesses inferiores Uno oonunidcclo que s orgcnizo cge da mesmc forne pollticCnente cssunindo uno ideologia liacute i t t AlUp o a Js o e noo ncc8SSorJcDonte expresse O~l torDOS de conco1 shy

pi Nt os pr1ncJ os ou noniles de eCcedilOGs A occedileo ~olJtJco a port~~to Dulshytiforme NSo ser~ poltice sQuente por ter esse nODe ou por viscr di shyrtcmnte eleiccedilotildees ou pre88~es 8ocircbre outoridadospolticcs A co~preca scO destE~ fto deve chGgcr otaacute ns cOIlunidndes ser correr no entcnto o risco de se uinimiznr ~ ~ccedilOtildeo poliacuteticc restringindo-c e etividcdes

bull 29 bull

CO nivo1 ecircLcs conunidedos No nvol de Socidrdo soacute to sentido e consoquoncJc r rccedil~o polticr quo ccninhc pcrc ser cccedil~o globclviscnshy

do c atincir ns proacuteprics ostruturcs de socioddc

A distinccedileacuteo rol do bese idcoloacutegicc qu~ heacute ontro cs divuacuteTacs linhs pOl ticcs I c difcrunccedilc elo inlircs do iacutemccrcr cs ostruturcs - ( t ob - bull bull 1CiC SOC18Ci~Ci~ COLO vJros no J e~~ so r orgcnJZcCcedilLO c ClnXllCc SOC1c

c Qclo dc~s sociedcdes 0 c Uclut011CcedilfO G wudrnccedilc do SUrS cStL11middot~Ul~S) bull

Ir middotd t h lf t t~c rcpl o GsqUGn- Jzcccedilco cuc 11ZlOS c0 ltcl eron 3 102(lt11CJ3 pOlJ t ccs podaDos noteI UDe q1W I0tuacute~ecircc2e wntcr pure c sL)lcBjhl-tuacute -S uuml~ tru turcs Bocitucde Cttrc nj~UacutendL cDcrliccediloftlos 1)crc nodo-- i1cl

bull ~ - A

te-lcs s sccilwvll t0 CO0 sEo i cintia outrc pruacutet011cC [1 tori-lcs rcdic-lwlCltO A or6cnizccedilco u cccedilecirco polticc (t0otilder1o~~1tiacute) o qUiacuteJ middotlS

Pcrti(os ftz9111)exigiric port~nto o consciontizccedilatildeo cc seus proacuteprios obj Etivos J aodific~ccedilatildeo ou m-Jlutcnccedilotildeo elo ostruturo

Tretc-s( portcnto de purspuumlctivc v no do tipo do ccedilco A pirti lp d J ~ ltmiddot d shy cccedilco 8 comnJQ-s nc Iccedilo pu J lCC JC~ Si 0 L1CSl) qu 80 por

bull n 1 ti tiOlllJSSCO bull crC sor [90 po J tlcr orgcl1lZcuumlC ( nuacutecoss-r c conSCJOl1l

znccedilatildeo do objetivos pOliacuteticos O 1130 UI detcrdndo tipo do ccedilco oOJotilde

por eXtlplo Ctu~9co co lcrtieacuteos _~ cOOp0r~ccedilco org~izcc 6 Ul objet vo poltico -it Lleclidc o quo vis[ der moios co ho~~o~ rurcl do cssu ui p1euronJonto sue concliccedil~o hucnc

BIBLIOG~11_7IA PLR1 APrrOFlnJJ~~TTO DO ITE 2 nJ 11 PRTE DA FvmiiacuteshyTACcedilAtildeO

1 Frei Joatildeo Batista Pereira dos Santos OP - mrILABOR - Uma Revolushyccedilatildeo na Jstrutura da 3l11precircss Livraria Duas Cidades 1962

2 JY Calvez - ~glise a Societeacute 1loonomique - LtEnseicnement Soeicl de Jecn 7JGII Bd ~el1tiSl1e Paris

JOseph Fo11iet - LHoliluumlle Sooit - Essai d Anttropo1ogie Soc101e Col Ja Sais - Je Crois Librairie Arthcwe Fcyard 1962

4 Georges Lefrnno Le S~(1icclisme dons 1e ionde C1 t(~uo Seis-Jcrl

Presses Universitcires de ~ranoe 1961

5 Bstatuto de Trcbalh~dor Run1

bull 30 bull

  • ESQUEMA DA FUNDAMENTACcedilAtildeO DO PROGRAMA PARA 1965
  • SemTiacutetulo
  • SemTiacutetulo 1
Page 6: Nota do Organizador: Pela crise política e financeira em

beacuteo ~trcveacutes de expIiceccedilatildeo do signifiocdo decircstcs sobolos o ostcboleshyoin~nto e o evoluccedilEo dcs signifioaccedilotildeos que ecirclc caacute n si oesDo cos oushytros hOLlons 00 SU oeio ncturcl e C sue cul turco

~ pr5prio do honeo crieI e integreI eu sue culture 0160 do objeshy I tos lctericis clem dcs tccniccs trcwes dcs quc~s cS cr~cccedilocs se roshy

noveo ~l~ll uSs Dcnifstrxotildeos cul~urcis do sue c~iviccecirco essoc~etivc ns sign2f1ceccedilocs dcdes e estes obJetos o ocontec1Dcntos ctreVGS dos qucis justifico e expresso sue oxistGncie seuS ctos seus tonores o sucs espercnccedilcs lTuumlste torcwiI1O nvuumll cul turcl cncontrl-so t por oxog pIo I cs norncs de conduta os sistC~lc-S etrcvoacutes dos queis 50 procurc fr

t tmiddot N t t tzor c JUS 2Ccedila - es crunccedilas c os D1 os - cs cr2cccediloos pureDcn o cr ~s ~

ccs C oS sistoocs de pensc~-11tO bull

ti cuIturc Sw cOlprcondo pois OOrlO o conjunto int0Crodo do crie shyccedilotildeos en quo o ospiri to huncno s e1~pr(Sse ( Obj0tive DH buscc de reso

d 1 1- t shy1uccedileo o saus proo aoes o tuumlnaonc~cs pussoe~s o SOC1C~S ~os ros n1shy b 1 1 1 - t middot 1VG1S eS2COS uD quu nos e pOSS2VO ~~V1~~- e - n2VO eleP e~1VOt n1VO

cssocietivo G nivel iduumloloacutecico (cqui no sentido do nvcl tlcniel) 00shy

botl (ontro de culturo os objetos notcricis cs conscluccedilOtildeUS os instrBshyDtmtos do trcbelho os 11~quii1CS cs toacutecnicos do transforLlcccedilecirco de notushyrezc os v6rics fOrllos elo slJortos Cs crieccedilotildecs crtisticos os oatrutE rcs ( norDes sociois e orgcnizcccedil~o poliacute ticc os sistcJes juridicos o idionc cs cronccedilns os sistoles filosoacuteficos toeacuteLos os sllbolos o si shyneis os ccriuocircnies os ritos do pes segeo cs tradiccedilotildeos cs idcologics e os forDcs pGles qucis 80 cxpressoo os religiotildeos A culturc Oacute os3io tocircclo o ox)ressco de otividedo criceacuteIorc huoonc sanpro intQncionol C perticipado por tC(~OS os hOJons onqucmto uonbros do socio(~edos E CODO tel ecirc construido por coiscs e econteciocntos reeis objotivos pcssvois de obsQrvcccedilco dirote e in(~iriltc Localizc-se lJOrtc-ntones shytcs coiscs niacutestes ocontociacutemtos no tonpo o no especcedilo Duumlntro dcs p9sect soas no for~o de cronccediles cC ODOCcedilOtildeOS G ref10xotildees culturelucntc dotershyuincdcs dentro de tocos os procossos beacutesicos de conunic~ccedilecirco Of fineI oonte dentro dos objetos octoricis

Cooo ccrcctoristices fundcrlQnteis ctrevJs des qucis o cultura se desteco co~uuml roclidcdo cspciacutefico seb0Duacutes quo ele oacuteo) trcnsnissvel d~ uno a outro gercccedilco p~lo convivio socicl e ctrcveacutes co cprondizegeo nco por hcrcnccedilc bioloacutegicc oono por eX01plo a cocircr do ~elc ou a aI turc dcs pessoos b) une ctivieacutecde cxclusivorltmte huocno C) ULl conjunto in

l bullt tlgrolo Ue crJoccediloes neo U1 ccunulo cesorciacutemcdo clt OlOllontos oc_ter~cis d) uno cIesse de coiscs e econtociuentos dependentes do sinbolizoccedilecirco e oonsiderodos dentro de uo contexto extro sO~leacutetico

Se estes tendSncies ~ cmiddotiG~ncios huoenes estilo presentes ou tocircdos cs pessocs por soreo inerentos c sue proacuteprio essecircncia podeDos entco cfirucr que no h5 iacutendiViCLUOS ccediluo necirco p-rtici Deu dc culturc Se est5o ~

pruumls~n t os 00 todes cs possocs osterco nocesscricDuumlnto ou todos os grupos socicis do que ales fczoa parte Noste scnticl0 podoos ofirLlcr

N

que noo hc grulJO sociel so-1 cul ture

No consiclorcccedilecirco do fonocircGno cuI turel eacute inportcnto dostccer sous eleuontos 0 seus processos etrcvoacutes dos qUGis c cultur~ se estruturo se trcnsni te e so lOdificc

4

Os elementos oulturais bull

bull Traccedilos oulturais eacutea menor unidade a que a oultura se pode reduzir Complexos culturais eacute todo o conjunto de traccedilos estruturados em tocirc~ no de uma atividade baacutesicabull

Padrotildees culturais satildeo as orientaccedilotildees baacutesioas dominantea e signifi shycativas em uma determinada culturabull

bull 1reas oulturais satildeo regiotildees que se aproximam pela similitude eviden te de traccedilos e complexos culturais

Tomemos o acontecimento ZUTIRAtildeO enquanto forma de trabalho colsect tivo e tentemos uma ligeira anaacutelise de seus elementos a partir do que vimos como caracterlsticas da cultura

Um conjunto de homens trabalhando a terra representa uma ativ1 dade criadora Socircbre uma determinada extensatildeo de elementos naturaisecirc~ tes homens exercem uma atividade intencional Tecircm um objetivo e trabashylham segundo determinadas teacutecnicas que aprenderam e que devom promoshyver o aparecimento do objetivo que os levou ao trabalho O aampo se modifica a natureza se transforma abate-se a mata limpa-se a terra ara-se o chatildeo os sulcos satildeo feitos o solo adubado e depois semeado Como instrumentos de trabalho os homens que participan de um wutiratildeo possuem foices enxadas e aracos feitos de determinadas maneiras deftnidas segundo o objetivo quo a eles se daacute Eis alguns objetos consti shytuintes do que temos chamado elementos materiais da cultura~ As coisas foice enxada ou arado - oonstituem ecircstes objetos materiais As t6cnishyoas atrav~s das quais 60 usa a enxada e se trabalha com o arado a

N

forma objetiva padronizada como se ara e aduba semeia e colhe sao acontecimentos de onde tais elementos materiais se originam

Os partioipantes do mutiratildeo associaram-se como um grupo social bull Natildeo soacute agem em funccedilatildeo de objetivos comuns como tambeacutem regulam easa accedilatildeo mediante um oonjunto de normas de tradiccedilotildees de costumesOcupam postos distintos oomunioam~ae de formas determinadas esperam que ashyoonteccedilam cortas coisas que tradicionalmente ocorrem em tais circuns shytacircncias O comportamento decircstee homens pode ser previsto por quem os conheccedila de vez que satildeo culturalmente determinados

Quando se falam usam palavras de um idioma oomum Atrav~s delas se ent~ndemf e com elas se referem ls coisas e aos acontecimentos Cada palavra decircste idioma pode ser tomada CODO um traccedilo cultural O idioma CODO um todo constitui um complexo cultural

Durfu~te o mutiratildeo os homens cantam por exemplo Ulla dctcroinashy

d AI Ia 2anccedilao om que narr2-m uma estoria um mito ou em que oosorevem o que eatao fazendo A canccedilao sua forma seu oonteudo mesmo a maneira 0000 eacute cantada constituem tambeacutem elementos de cultura

O mutiratildeo cooo Ull todo pode ser considerado CODO um oooplexo ~ultural Cada um dos elementos que o constitu1f~ em referocircncia a ele um de seus traccedilos A roupa que os hooens usao a naneira oomo oavao os instrumentos cou quo trabalham as eanccedilotildees que canta0 a esshytoacuteria destas canccedilotildees satildeo traccedilos de um Dosmo complexo cultural ~ pashy

5 bull

o

drotildees oulturais quo se pode0 dostaoar da unidade de ootlportruwnto aclotatilde da por todos os partioipantes do nutiratildeo e se fazer notar atraveacutes de todos os seus gestos atitudes e atividades pessoalncntc rcalizadosaen do oada um decircles socialn~nte aceito e culturalocnte detcrninado Os eleoentos culturais prosantes no conplexo cultural mutiratildeo estatildeo tomiddot dos intccedilgradoe Natildeo se trata de coisas e acontecioentos seu rel~ccedilatildeoqual quer uns cou os outros Trata-se do processos o resultados decircstcs pro shyoessos ligados entre si o suficiente para seren coupreoudidos CODO

partes de UD neSDO todo cultural

Os honona que participa0 do mutiratildeo fazou-no livrencnte porque acredi tam eu certos fatos Acha0 por exemplo quo os honcns se elevou sect judar uns aos outros Acreditan que o trabalho eacute neccss~rio a todo o honeo Julgue quo unidos pode0 realizar ou nenos tenpo nais trabalho O conjunto destas crenccedilas pode-se coopreender tanboacuten quando explicitatilde dos eo palavras ou nas atividades co que o mutiratildeo so expressa cono elenentos culturais

Eo tocircrnos globais coopreondenos CODO aacutereas oulturais aquelas que tleStlo independentoBonte de proxinidade geograacutefioa aprcscntatl ULl ul1noro razoaacutevel de couplexos culturais identificados claraocnte CODO soneJha8 t-ea

A culeura 80 apresenta sO2J)re como realidade objotiva posta co novinento eo uudanccedila constante eu tocircdas as fomas porque se expressaI a) os objetos que satildeo elementos materiais da cultura cano UIl vaso do barro a aparelhagon necessaacuteria ~ irrigaccedilatildeo de un canpo de arrozeto b) os subolos e coobinaccedilotildees significativas decircstes sobolos CODO as p~ lavras de uu sistEma lingulstico alguns cantos o contos ecirclo utl povo eo que as palavras decircsto sisteua se organizamUD conjunto de leis o nor mas os nitos alguDas crenccedilas a globalidade de eloDontos eou quo deshyteroinado grupo social reflete o uundo e justifica sua conduta c) os acontecinontos do quo estas coisas se origina0 o ao que se Dodi ficam cono o trabalho do un artesatildeo a atividade padronizada atraveacutes da quel se fzen bonecos de berro ou objetos de oouro d) as forncs sociais pelas quais os hooens organizAD e estrutura0 os elenentos de sue dinonsatildeo social OOBO c f~nlliaf a oouunidecQ o o grushypo pocircsto eu trabalho comum no mutir~o

lC) A forua de un vaso de barro por exenplo pode Ser uodificadc ao pcssar de un a outro grupo social ou mesno dentro de ~ soacute gruponc passcgon de uoa a outra goraccedilco Eu elguns casos pode nodificar ateacute DeSDO a sue funccedilno modificc~do tanbeacuteD o seu significado especiacutefico bull O DeSDO vaso que num cul turc ou co uJa eacutepoca eacute utilizedo 0000 roci _ ~iente de aacutegua pode eu outra culturc ou na nOSD~ cultura co outra epoca tornar-s~ objoto de decoraccedil~o NUD terceiro grupo social o DOSshyVcso pode ser posto c serviccedilo de ctividodos religiosas c oono tolenshytendido COLO objeto sagrado

22) A apcrclhagotl noccss~ria otilde irrigaccedilno de ul cmlJO do arroz tt-onsect

6 bull

_ - J ~

fornc sc 00_1 O surgincnto do Ul novo instruul0nto msto novo instruncnto tento pode ser criodo por nlQlLl mmbro do proacuteprio grupo onde o aparc lho eacute usado tradi c10nelndnto 000 pode sar trczido por ruumlgun Doubro de outro grupo

312 ) As pnlcvros do Ui sisteuc linguCstioo estecirco ar COl1stcnte LlU shy

denccedilo GLl sue fornc cu sue funccedilatildeo 01 seu signifioodo ilcs m1igroo de Ul o outro JOVO JuntJ1-S0 o outrcs uuml con 0106 forLlell novcs pclavras bull Ruumlnovcu-se DosoparoOOD durcnto longo tOlpO o surgoLl ncis tcrdo COL

une nove funccedilatildeo 1oacutegicc PorcoJ-se A observaccedilatildeo do dois textos - ul 8i A otuol e outro 82 Agrave ne 2eVo - e su 2020n t e pero portugues portuguos d 1 r d01

xor clara c evoluccedilecirco de lCngut n(oionol oono UB s1sterle OIl Llud2nccedilo coE tCnuo

412 ) Llguns o)n tos e centos do uu povo deSopcr00en COJ o correr do tOLlpO Outros secirco _-oclificodos aos pouoost por exmlplo se o grupo socio1 possa a ter uuo nove econouie do subsist~ncio se Posse a vivor do culshytivo do uilho e nGo Deis de ceccedil~ e d~ pGsce se eacute doslocedo do uuo zona proacutexima co oer pcre uue outre Qist~~te dele situcde ou vnles dispostos 00 longo de Llontenhcs

52) Uu conjunto de l(1is e norlcs vigente cu dotoTLlinedo grupo sQ cie1 L1ocifica-se tC1-~boacuteL1 g0roli1021to t cdcptondo-se t novos situcccedilotilde~s sQ cicis ou explicitendo suas pertos Quendo uo grupo oacute pocircsto ou contoto COll outro sucs nOrLlCS do couporteLl8nto poden ser influenciedas ou in shyfluencicr norucs do outro rupo

612 ) Os lIacute tos clgucs crei1ccedilas o conjunto de clo-lontos coa que ds toruinedo grupo socie1 roflcte o Iundo G justifico c sue conQuto sofre0 todos o DG SLe lJuclcnccedile cO pes scrou de ULlC c ou tre gcrcccedilatildeo elo -w a oushytro povo ou nUDe nesue goraccedilOcirco (0 UD DeSDO povo Dodifican se do qual shyqU0r forla ctrev8s do proacuteprio uso~ atroveacutes da difusatildeo de seus olcnontos pelos diforentes Derbros elo Grupo Cada pessoo contribui nCSLlO CO1 sua perte ele novcs coscobortcs fvoreccndo eos poucos O dcsGpc1ocil1O1to te elguns GlGDcntos de credibilidade o c ooorg2ncia de outros

Necuumlssagraverieilente os CCOjY(ocIacutelontos ar que estes coi82s 50 origi shyniIl -10 21~CCI~ bl o t e que os d middot ~ seo t 2il Ol 1os processos con 2nUOSI as tocn1cns de irrigaccedilatildeo es nenoircs do nerrer os velhos contos as forllts elo coushyportcrhnto dontro de felie ou dentro do grupo e roaccedilatildeo provooade peshylo estcbelGcil1Cnto de novos pcdrocirccs de conduta

~ d G propr2o C culturo ostr cu Dudonccedila cont2nuc etrevos ecirco todos

os seus eleuuntos do sinal quo Su fez no chatildeo ou nes ~rvorOst couo inshydiocccedilatildeo de ULl OCL1Iacutenh2 a sOGUir cos valocircros espirituais tcrbOacuteu ecircles si nois dados ~s consciencios o nisso indicadores do rUDOS

A Histoacuterico Dostra clarcronte o existZncia do c_ireccedilotildees doterldno des nc evoluccedil~o culturel dos povos e de tocircdc c hunonidado Cede objeto que sofre individuolouumlnte uue uudcnccedilo quelquer podo ser couproandido c ouo uu trcccedilo e-l L10vin0y to insoriclo nu plcno Deior 11UD cOlJplcxo culshytural que trbeacuten se llOdifica ~sto coplexo cuI turol fcz perte do tocircdo u~c cultura que atrcvGs de Doclificaccedilco de seus elODuumlntos pode ser toE betl ontoncliclo C010 uoc reolidcclo que so trcnsforua cont1nuenonteevo1uitl

7

do ~ ~ ecircsso processo de Dud~nccedil~ cultur~l constante e oriuumlnt~co que se deacute C oLUGcnt e o noue de progresso

EnunorxlOS 1 ibuumlxo c1CUTIS c1ocircstos processos os que eeo reolron te n~is L portcntes e elos queis so origin~1 os outros tocos rcsponsf

~

veis pelo cOLplexo dcs ~udonccedilos culturais d~s quais fincluonte o ho-I neu tcDbcu ~paroco cor_lO ~gcnte

N d t It bull Tr~nsnisseo c possogcn nedi~ntc ~prcn ~ZCgOD s~s 02e ~ce ou ass~s-teleacutetico de cloDontos cuacutel tur~is do un pcro outre gcraccedil~ot dentro do un nesno erupo social

bull Acul turcccedileo c trocc de elencmtos culturcis ~traveacutes do p~ss~gen de troccedilos conploxos e pcdrotildees de une pare outr~ cultura qucndo postos de nlgurm forDe en contocto bull Difusco c acoitaccediluumlo do detenincdos eleucntos culturais recou-cria shydos dentro do proacuteprio grupo ou inportados de UD outro de UDa outra culturo bull Continuidade a pernanocircncia do treccedilos atraveacutes dos seus elcocnto8 de fixaccedilatildeo pelos queds DS gorcccedilotildees se cODunican ou se li8a1 Deculturaccedilecirco o desl1pl1rOCluento progressivo de traccedilos antigos em fun shyccedileo do aparecimento de outros nais recentes bull Integrcccedilatildeo c haroonizeccedilatildeo ctrcveacutes de mecenisDos organizl1dores dos divorsos trcccedilos de UQI1 cultura bull Retardenento una disritnil1 na acumulaccedilco e integraccedilatildeo de eIenentos culturais fevorecendo deg desenvolvinento acelerado de I1lguns trcccedil06 ou conplexos freqUentonente eo detrimento de outros bull Invenccedileo I a rosu1 tan te de UDe nova conbinaccedilatildeo de elOIJlCntos jeacute exis tentes em deterDinada cultura bull Descoberto uma equisiccedilecirco nove no cl1npo do conheciacuter18nto O rccirlen to de UI novo eletwnto culturuuml ou seu sentido nuds pleno

~ atrcveacutes d0stes processos nUL1e uccedilatildeo conjunta seaprc integrl1dv e tendo o hOLeu CODO sujei to que es veacuteries culturas se aocLificem Ne te sentida CODO estrutura orgcnizcd~ e eu procosoo G cul-jure oono ati videde hUIlene 0speclficu evolui t progride e orgeniza-sc 0w formas Dais acabades e cODplexes co lonGO da Histoacuteria

114 Culture Populer

lI n h t d h 1 r ti ULl rcmoncno lS or~co que surge 8Il soc~e CeLe OllLC bull c un (osnJshyveI cul turcl entre os divorsos grupos que c COlpotildecm ondo grci1de porte d~ populeccedileo necirco teu UDe pcrticipcccedilecirco ativa seja no pll1no culturalso~ cia1 econocircJico ou poliacutetica COD isto nno querenos dizer que -coelos d2 veo tonar perto ativa ncs OOSDes ctivideces et1 Utl nesqo niacutevel ou que se deve padronizcr ou unifornizar c pcrticipcccedileo cc tocos c de ccdc~ bro ne socieclnde Nuumlo eacute isto eacute clcro P-ra lOacuteS Ull trcbalho ele Cultushyra Popular surge t~nbeacuteD de consciecircncia desse ncrginalizeccedilco e ele no shycessidade elo libortcccedilotildeo ele ui~ contingente hunano que vive otilde ncrgem do processa cultural

A Cultur~ Popular surge cano conso~~~lcin do processo de nudcnccedila sacieI Assiu sendo pretende a perticiacutepoccedilecirco de todos n olaboLaccedilriacuteo da cul tura da sociedade eIl que viveo beu 00110 e principelnonte na aEre

bull 8 bull

ensno e nf~Jcccedilno_ do sentido e~ 9111 turll isto eacute do cUG c cuIturo sig nifico perc os ho~ens desse soci~elede A Cultura Popul~r port3nto~esshytoacute vincu1t~clc Il UI1C accedilco que nco 110de ester dcsligodc do 2oyQisto e I

dos grupos sociais que por condicion~ncntos econocircmicos pOliacuteticos e soci~is - e cspocicloonte por COllcliciorlDrJcntos oul turcis - cst~o l1Crgi ncli zudos da cul tllrU ( FunCcLlontcccedilecircio CC IIViver eacute Luter) shy

1 tCaLlo venos c Cultura Po~uler quc~do e coounlCaVO 00 ~_~lS o 6 quando sues significcccedilotildees seus velocircros ideais e ObTeS SOO elesti shynados cfotive~0nte ao povo c rospondem ns ozigecircncios el~ reolizeccedilatildeo hu~ona docircsso -Jovo 00 eteroinete eacutepocc responce eu suoe n suo 29Jlsect

h lo 1 E b l 1ClOnClE lSmiddottorlCIl 100 e CC eo cooo U1lVerSo qUG c cu -Gura e ne shycioncl-cnqucnto integre es consciocircncios dentro ele ncccedilno no ~lnno--dc SUIl realizcccedilecirco hunene e cs situe assIacuteIl na linhO (10 DovLl(mto histoacuteshyrico essencicl de EP-iY2rsn1jzaCcedilco 9fetiva c do cricccedilecirco CO UilC cultura pare toclos os honcns (Po Hmriquo Vaz)

Cono o integrc2otildeo elo toc~os os hOL10ns ne DeSUo cul ture vinculo shyse o unc trcnsforLlcccediloO elos pcecircrotildees econocircnicos polticos o socieis 0

Cul ture Populcr estaacute tcbeacuten vincuIademiddot ecirc reelizcccedilco do u projeto hisshytoacuterieo que pretendo aquelcs trc~sfor3eccedilotildeos Um projeto histoacuterico condi zente OO~l uuc cul turo eleborecc o pcrticipedc por todos UiJ projeto que possibilite c toclo o povo essTIuiacuter o seu papel do criecor o suj0ito de culture dc sociedode eu quo vivo

~~ - l~J

Sendo nssiacuten pode-se dizor que Culturo Populer n~o eacute uu fenocircnono neutro indiferente Ao contr6rio nasce da un conflito o ~lecircle dcsembQ 00 pois ela existe e se Cpresonto 80npre eu terl10S de libertoxatildeo de prom ccedilecirco hunenc no sentido J1cis cnplo Donde se conclui que noo eacute possiacutevel U1 trobclho de Culturc Popu1er desligado do processo de consshycientizaccedilacircQ E ~or estar lig-eclo c ecircste processo 5 quo elo ueve lCivor

Sellpre c UL1C opccedilco Devo der pqssibi1iclceacutees de Opccedilco 00 povo eoboro N

nco posse lL1pOr osso opccedileo porque elo devo sor encontrcCc polo pr~o povo Este opccedilOcirco decorre ele plone consci3ncuuml que O honen adquire dos diforGnccedilos o degnveis entro os 3rupos quo foruno o socicdedo o de noshy

1 N bull so-COSSldcae1 LG une tronsforncccedilco dos lO culturcls polltlcoSpecroos cieia e econocircticos que os cotorlincJ --~

BIBLIOGRAPIL PARA APROpmJDLttrO DlSTE ITE-i

1- Les1ie A Ihi te - Concei to de Cul tura Seacuterie B apostila 1- I EB

2- Irene E de Carvalho - Introduccedilatildeo aos Estudos Socieis Funoaccedilatildeo Geshytulio Vargas Rio de Janeiro 1964

]) Cacircndido Pagravedim OSB- Dclucar para um undo Novo Colo Educar para a Vida Gad 6 ~d Vozes Petroacutepolis 1965

4- Felix 1 Keesing -Introduccedilatildeo Cultural Fundo de Cultura Rio 1961

MOVHlENTO

DE EDUCACcedilAtildeO

bull DE BASE

t J

~

f

I

I f

f

t iacute (

i i

JlJIDAMIIA010 DO JlOGlAMA PARA 196

1 pu ISWVDOS SOOIAIS

12 - Ilt~t~amp Sooial

~

120 - Estrutura Social

Estrutura eacute a armaccedilatildeo alguma coisa Aquilo que sustenta um o~ ganismo um preacutedio um caminh~o Cada coisa tem sua estrutura O or~ nismo humano tem o esqueleto c~o estrutura umpreacutedio tem os funda shymentos e as vigas mestras que o~~steltam de peacutemiddot Um oarro tem o chasshysis socircbre o qual ecircle eacute montado satildeo su~ estruturas proacuteprias

Asdm tocircda a estrutura tem Uliacutela porccedil2Q de partes q~ quando se juntamformw~ um todo onde alguma coisa po~~ se sustentcr O esquele-middot to tem diversas partes assim como a estrutux~ de um preacutedio tem as pa~ tes dos alicerces e as partes do teto das colunas eto bullbullbull Podemos en tender que ~__~s~]utu_a gualltl-q~r_9uJL~s_e1sectL99teacute~ diversas J18tlU QF~das_pDra_Jorll-_-__~~_j_oi9J_~E_co_njull_t-ordmLll~un~

Que seria entatildeo uma estrutura social ~ uma estrutura que diz ~ pei to e sociedade dos homens j o modo como amples se organizrun para vi ver melhor porque ningueacutem pode viver sozinho ~ social porque se reshyfere a uma porccedilatildeo de homens a uma porccedilatildeo de grupos humanos que forshymam o IItodo ll social A sociedade humana tem uma unidade mas tem tamshybeacutem uma porccedilatildeo de Eart~~~__~~~Fj_~am de gerta forma - a estrutushyra s~oial ~ sustentanto a unidade do ~ru]o humano

Como se trata de homens as estruturos nno pocam ser materiais como as da cesa do ceminhco etc S~o estruturas pr6prias do socieda de dos homens Tem que estar marcadas com qualidedes que s~o humanas

Ora o homem tem fundomentalmente veacuterias qualidades que o disshytinguem das outras coisas a consciecircncia racional (inteligecircncia e voa tade) a liberdade a afetividade o capacida~e de oompreender as ooisas e de dar nooe a tocircdas elas ~uer dizer de dar significado que s6 valem para si e pera seus seuelhantes e a capaoidade de poder socircshybre as coisas quando ecircle te~ uma pedra ecircle pode fazer UacuteDa estntua ou picaacute-la eu pedaoinhos exerce seu poder socircbre a pedra

Entatildeo jamp podemos ver que as Estruturas Sociais tecircm que respeitar exatL1011te eSS2S quelidade pcro sereu II~CLoiaisll f quer dizer humanas bull As Estruturas Sociais tecircm que re etira

bull a oonsciecircncia racional (inteligecircncia e vontade) bull a liberdade humana bull a afetividede do homem - o CBor bull a capacidade de der significado cs coises e de comunicar ecircssee

signifioados o todos bull o exetclcio do poder humano socircbre os coisas socircbre a socictlade

e socircbre o proacuteprio homeo

Al d 4 em ~sso como o homem e teubem um ser biologieo tem todas ns

otividades e funccedilotilde~s dos secircres vivos nascer crescer comer assimishylar reproduzir-se viver um tempo a rJ0nitude e tudo isso e depois entrar num processo de rle6iJ~ccedilrt (de ) e tender para o Ilorshy

bull 1 bull

te e para o desop~recimento fiacutesico Todo ser vivo S0 distingue dos nao vivos porque eacute c~p~z de tircr do Deio 00 que vive o que lhe eacute ncoeBs~shyrio pcr~ crescer reproduzin~o-se etc Isso se chcma processo C8 ess uil~ccedilco Umo plc~t~ oS6ioile de terre os eleoontos que pr0cis pere viver Uu cnimcl cssimile do que cooe c energi neoessnric pere conti shynuer vivo Eos to~os tecirc11 UlJ lioite Qucmlo pesso c perder Dei s elo que recebe oOlleccedilc e envelhecer caihe pcrc e norte As cstruturcs dos ogrupcoentos hUDC~10S teu que levcr lsso ao conto Teu que conJuoacutecr esshyScs funccedilotildees que sco ele tocvs os socircrcs vivos cou aquelcs opcoiddcs e quelidedea que vinos cclm que s~o sonento dos hOilns

Vimos o que es estrutures socieis ~ecirc11 que respeitor nessas elois plnoss o dcs quliccdes e o eles concliccedilocs bioloacutegiccs co honen l~s 1fi so n~o existe sopcrcdo une cois leacute outro cqui ~is~o jUl_to nUllc uc S11[ pc s soe nU2~ oe suo grupo h1lt2cno ~e_00 BeSIDO tO_DpO

Por isso tGl~lOS quo ver dU2s coisos I

lQ o que sustente os estrutur~s soci~is e 2Q cs f0I11CS COC esscs cstruturcs nos ercccD

ViDOS que ampss~s estrutures quo nos referimos sco hummcs 1=C8 nei

por isso sco tocircdes bocs tocircdcs respcitcndo e ncturezc do sor h~cno Sendo ecircssim eacute necesseacuterio U1 trcblho quo torne os homens conscientes disso pcrc que tocircelc sue cccedilco sej~ nU11 sentido de oelhorcr Ccel~ vez Jds cs estrutures da sociedede eu Que viv~ ~es jeacute existeu une porccedilatildeo de normcs vclocircres costUECS que tecircd vigencie n~ sociodede dos horHms e -~ ----shyque ~J~r21l_ ltlu9JS__ilJ3_~ll_tsH ~or que isso Porque c socieccele dos homens nco pode ser sustentcdo so pels coisns mteri~iB ~ es nor mcs os vclocircres os costuues s~o escolhidos e adotccos pele socieccecircoshydos homens como moios ele regulcr atildeuuml~id~--Socicl Elcs representcn une ctucccedilecirco do liberdcde huwcnc quer eizer os homens escolherauacuteln~s ~--r si livremente Entre~cnto esscs norucs ecircsses costunes ecircsses velores p8rlmccen nc sociedcde e Jlui tcs v~zes o que ore bOD nUD dotorJincdo tenpo deixe de sar bom ombore continue existindo Entco ca nornes e Vf l ores pcsscn c ser elenc1tos de opressco pcr o houm ou pcrc gru-A shy

pos de houens nUDc sociedade ~ por isso que se deve tor consciecircncic bG~ clcrc pera reconhecer se as no~~cs e vclocircres que regulcu nosso co~ port~uento sociel s~o cindc v~lidcs ~rc o hOBen quo vive nos nossos shyteuumlpos Se foreu vGlides devo~ ser canservcdas se nco foroI v~lidcSt dev~ratildeo ser uuelaelos Esscs focircrccediles os-cecirco contielcs DCis dirotmn-e nos volores Vcjcuos cOrJa ccde una poC~e sor explicndc

bull Velres go~ sectsc_oJhjf28-2~_y_c~-S_[ti tude dos ho~ Po shydeu ficcr atuando conscionteuonte ou inconscientenonte Por eXI A2or os pcds e os filhos b U11 velar ser livre pcr fzor o qUe quisor t outro vclori respei tcr os outros eacute tcDboacuten uu vecirclor Isso tudo vei eshyrecer ctrcveacutes dos costunes o norl~S que e socicdcampe edotc As ciforenshy

ccedilcs ent re 61 Sco epencs de Groducccedilco

2

bull COS~1luos -UodO__Cplusmn9 qgi_r socialuollte a$r2a(9J3bull Ouando un houou vai a escola ele so oouporta de un Dedo proprlO Quando vaJ a una fasta se couporta de outro Dodo Se fala coo sou pai se cODport2 de Dodo diferente daquele co que fal COrl sou filho Os costVlOS sao diferentes para cada ocasi~o

bull Nornos satildeo os [s~-os l9cos de couportmlOnto s9cisJ -oloS jaacute totDh Dente acoitos e que s~o onsinotos na sociedade CODO coisas a sorCD obshy

S t b tIscrvados WllS rlglCLanOl1 t e ao 11ecessarJcnon e o rJg~ OZJcs

A N

bull COlltE9le Soc~ S_gur(L~EJ_todo Gc obser~l9]_~9lltl9_Qbs9d~ ci~o t~cloJs-o~~JJ_c1Lo_G~b_9J_~eido Se algueu nao so COi~)Orta do acordo 001 ~s costuDCS o as noruas da sociedade vai sofrer pw~iccediloos o repreensotildees por parto elos outros clowmtos de sou grupo COD isso so estabelece U~1 controcirclellsocialll socircbre as occedilotildees do cce~e l)0SS0a do eashy

1o grupo Acuzor le oprovcccediloos e Danoresa e ~uor reprovcccedilouumls DelOi~()S ou t d - - 4 ADonIor~e o lpO 0 accedilao eS~lvor nalS ou nenos ~C aoorao cou o que a

sociedade esporava

~9G~~qt Oacute ULl tipo do controcircle social Iluito rfoido quo a socioshydcde iwpoe lli~la pOSS02 ou c gruo social

1Qi e um norDO- sociel tlrl conportaocmto que o oXiglCO de toshy

dos e quo qUffi1do nco 2coito provoca una coerccedilco Duito forte Essa IpUl1lCcedillO que pOCcC scr nora1 Jls~ce ou s~np1csnon c 1 t Ja c ~ t socJe 0 t c

r1incda antcriorIente Quor cizer se alguoacuteo rouba elevo sor Plli1ido se De ta devuuml ser puYlIacuteclo co~ pris2o etc bullbullbull

N _0 1 ( f tmiddot 1_oR 1 e uacuteora aquJ nos rc cr~~os epencs ao ccro er sooJ[bull liacute3~aO bd c Ro1 -tO o ae --lore 11[0 e une so rc a ) ocos ~ ~glCO ~ 1 AI T osCOl1Slceraccedilao 10

grupos huncnos tecircn Jcnifcs-ccccedilotildeos religioscs quer clizr aquolas que expresscn sues rolaccedilotildees COl1 Daus ou COD as coiscs clivines 11 goraleecirc

t - hl ft r8 Ilcn~lOS eccediloes CLlzer reS~Ol to cS reaccediloGs quo o grupo Ullc10 tO~middot_l cshyAo _ N bull A

ce a clgu1S fenonenos quo 1CO sao totalncnte conpreenslvels llcrc ele c lJorte c vida futur r sue Oi~iber2 o oal etc Vejrlos quel o difeshyrenccedila entro at_o reli1ii~0 e ato-Boral

a) ite l1eligioso eacute cc~UGlG que 0xpressc clerarG~1to llileacute_ relaccedil3o 001 Deus ou C 01 cs coisas sagi~acles Por ex uissa sacr2rJentos etc

b) L-co _oral eacute x-qllo1e quo oxpresse 1m julCecircc r to socircbro as coi ses que) hOG faz sobre sou relccionlt1uonto C 011 os outros ho~oacutensPor

tb eXI eJuccr os ou ros uacute OE rOUJer e lleU odler o prox~Jo c DaU

Uui tes vocirczos as coisas dc ~kligiecirco c da lorc-l S20 loios do controcirc la sociel OOSDO eto poclo sor entendido de diversas =aneircs Aju der UIl aligo pode sor entl1CILlo cl0 trecircs fornas diforcntos eacute Ul ato re ligi2sectQ onqucnto oxprossc Linha oC-ridrdo emquento vejo n010 rum iJashygcn de D01S eacute t2lbOacuteIl UIl ~to_~O_l~ porquo Oacute llilU coise boe Oacute ainoo ur oto suumlnJ10~te social porquo u aprovcdo pEle sociud0o o quo vivo

Tocircclos ostcs coisos sOcirco os fUl1dC-r0ntos de estruture sociul Porque nalas eacute quo o houo= =ostra sues qualidadus~o hODon diforonto [cs coishy

sos nateriois e sLrplesnente viVos

PoCLenos ver cgora cs forncs 01 CcedilU8 se expressarl estcs ostrutushyros

Ateacute aqui ViDOS brevemonte C01) os grupos sooiais satildeo sustCltadOS por vlocircres nOrcics cos tUJes etc odOl1OS prcstor ctGnccedilecirco e not-r quo os forlJCs os que ecircstos grupos nos eporeceJ no soci0d~de so limito vr ricdcs

Os tipos de grupos que se for~a~ nc sociedcde s~o b~sioc~8nte =l bull bull ~ bullCOiSf o grupo prJjj~rJo G o grupo secunuacutecrJo

O grupo pruumll~rio te-] es sGuintes c-rcoteriacutesticosl

AS pEssocs to proaGcs o se oon eeeD CEl t ocos os seusbull VJ vou nuJ h J

cspectos Convivea li fece c fece 11 Seu relocioneLlGnto inplicc foiccedilOcirco e conpreens~o e ou gerol h~ inti~i~cdc ontro si Isto podo se dcr especiclmentG no L~iacutelia nos grupos do cdgos nosossoeicccedilotildecs poqusect

- 1ncs e olguL1CS vezes eu grcndes cssocJcCcedilOGS DCS COD cpencs c guns uGabros que se tornares ouigos

A ~ ftI bull ibull As rclcccedilotildees cconocircDiccs c11 tIO cc s tE grupo nco sco cs T1CJ S ~1 N ---_- ~

portcntos Nem as relcccedilotildecs de orgc1izcccedilGo ou de poder de docisro l~Q -shy11a U~c bscelc ele qucm pocle ter Deis ou nonos cutoridede

bull As rol2ccedilotildees entre seus lJcbros s3o ele cCreacuteter cssoeir-tivo c tacirc1 senpra UilC fin~lielcdo detuumlrDinCd~ Potu SOl u~~ cssocicccedil~o eOD 1Jn6 lucrctivos etc Poclo ser tc-uumlbOacuteTl ULlC essocicccedilGO porC L1uumllhor conseGuir defender os diroitos de seus Doubros CODO UD sindic~to UD pCrtido poliacutetico uu centro social etc

y IV

bull As relcccedilocs sco cordicis DCS nlt1O sco Jntincs O rclccionCIlOushyto eacute regulado mois pelo finclidccc que os uuumlnbros busccm no grupo que pelo nmizcele ou 010iccedil20 que tecircD~tre si Haacute necircste grupo liDe s~rie Qe nOrLlOS de couportcuen to que regulau as cccedilotildees des pessoos conforne o popel que exerceD no grupo UD eacute o presidente outro eacute o contcdoroushytro o vuumlndodor outro o secreteacuterio de UD sindiccto UDa pessoo pode ser Ul eluno e outrc o professor Cnda qual tem seu conportclCnto eleshyteruincdo pela ncturezo do grupo E a finclidcde do grupo senpre sereacute olccnccedilcde nc medidc 811 que os papeacuteis forei Llelhor executcdos

Os grupos priLl~rios e secuncl~rios podeu ~pnreoer nc sociodcele dns - dmiddot f U f 1middot t UCJS Jverses Orcics UC CLiJ Jc soro por nc urezc UL1 grupo prJ~lcrJo

oom UD relecioncuento iacutentino entre seus eotlponentesEos ele poderaacute ser gronde propriet~rie ele u~c feacutebrica ou de usa f~zendc G por isso c presenter t~beacuteD relcccedilotildees que sno proacuteprios ele u~ grupo secunceacuterioco

bull 4 bull

ffinclid~ecircLe lucrCtivo De Dado quo f qu~lCiuer sopereccedilco que nos eCcedilClOS te~ seDp~e une finclidcde c de cstudcr ~elhor os estruturas de ccdc grupo~ nco quer dizer quo oles soacute podou eperocer cssi~ Nc reolidedcf cs relcccedilotildees ossin CODO os grupos se cruZou forucndo UD con~lcxo 62 c1c1 tste conp1exo soc1a1 pcrc ser cOL1preonc~ido tO~l quo ser estucLf do por pcrtos tl2S CSScs pcrtos diflcilncnte existcu iso1cdcs nc roeshylidcdc CODO noacutes cs considereDos qucndo oS estudaDOS Por isSOVCLlOS o~leliser cl~Dos desscs for]c8 c_o cD~recij]ento dos grupos socieis sou pc-nscr que eles soacute pode existir essin nato soreacute apenos uu Dodo de estuceacutelos Aineacuteto oqui fClenos dcs foru2s e~ que cs ostruturcs cpc shyrecou

l FAI=1LIA

c Ul1 dos 110dos wds ioportcntes de existecircncic socicl e o L1cis eecirc tude~o por todos os que queron oo~hGcer bOD cs sooiodades ou quo vishyvm ~ U-l grupo prilloacuterio por noturoze A convivecircncic eacute nui to ntine entre todos os seus nembros porque vive~ nc DeSDo cesc 002e~ e ues-De Des e pcS8r grcnde pcrte do teDpo de vide juntos Crio-s0 Ull re shy1coioncwnto afetivo tlUito intenso mtrc os seus ueubros A iuportcnshycio de fewiacutelio se fez cede vez neiar porque ele de8eupenhc 00 DeSUO tenpo ~c porccedil~o dcs funccedilotildees sooieis que s~o deseupenhcdcs ne sociede de pelos grupos Bciores Por exe2plo UDC pessoe se socialize ctrov~ de escole e de seu relccionclento cOL os outros ucs esse socieliz shyccedilOcirco teu iniacuteci) nc fcriacutelio desde que esse pessoc~ nesce

Une possoc so integre no contoxto culturcl de sue cOL1unidcdceshytrcveacutes de sue fcniacutelic que vive necircsse contexto e pode exercor por sou intcrueacutedio Uiacutelr etiviclcde lucretivc ospoclfic~-~Dente econocircnicc f do 11081]0 Liodo cono c exerceria en UD2 reacutebricc ou nuna eDpr~se Por isso tudo c fcuiacuteliG eacute o grupo sociel [is ostudcdo ~ nele quo so processhyso de 1uumldo reconhecido COrlO legiacute tiDO erquose tocircdcs Cs sociodecos o perpe ueccedileo b A 1 Mt )~cc eSJ0cJe huntnc cono SOl JO106Jco egJmiddottmiddotJlfCcedilCO co ~

-to sexucl UJ cto que onponhc 11is lntLlcJ-entemiddot ccdc pJssoc Uuml reco nhecidc univorscL18nte qundo rolizcc1o 11 fc11ic ou eLl fU~1CcedilO de foul1ia bull

____debull FOrDcs -___FClio - En corcltogt costum-se dizer que c fc11ic tew duos fo~Jcs pril1cipois - a rcl~CcedilljIrextel~ pctricrceacutel ou Betricrcc1 e ~ f~~lliCcedilc_nu_cJ9_9 consti tUldc so de pois e filhos

li sociodcdo brcsiloirc h~ eindo u l[lor nuacutenero do foillics poshytricrccis quer dizer ccei tcndo norer juntos filhos e nores filh--s e genros netos e sobrinhos i=cs Q processo de urbenizcccedilno c conoonshytrcccedilecirco e UL Ilc1or ~1UacuterlOrO de pessocs ncs cidcdes grcndos vci torncndo ced vez rmis difiacutecil esse forne de existocircnoic forli1icr O quo se vci tornondo noi s oorlUD eacute a forne de fcxiacutelic nuoleor onde soacute pcis e filho Dorau juntos E onde o relfoioncnonto ofetivo ficc rostri to o UIl mtti2 ro nenor de pessocs

Eu outrcs sociedccles heacute Qutrcs fJriles de fcniacutelics f onde u howr pcde ter ducs ou cci s mulheres ondo uJC rJulher pode ter lcis de UD

5

condicioncdo pelo rlodo do vide qU0Lcrido Tudo isso b detorrlincc1o ou 1 ~ plc si e pelos neios elo subsist~n l esses grupos cdotcrllo cono vr ~CioS

oic lueuro podeu conseguir

- d~ ~~l~bull Fu~~_lt~j-_~__~ bull c gcrcccedilco dos filhos

bull l sctisfoccedilco 6000ion01 f soxucl e cfctivll bull c educcccedilecirco c soCiclizcccedilco cos filhos bull o ccul turcccedileo quer cli zor cdcptc~r seus Ilonbro S cul turc

locc~ li( bull funccediltio recrectiva - ht sooicdcdos ondo e recrecccediloo 0 funccedileacuteo exclusivc da f~llic funccedilco econocirc=lica quondo de estruture fCtlilier depende c subsistecircncio e c o nOcirci i cc do grupo

(Ver c ecircstuacute respeito clgui livro de An~ro~olog~o e~peciolllen te RLinton O honen Uno Introduccedilco o Soc~olog~e)

2 COLU1HD1DE

t uma dos formas nais OODunS eil que cpcreeen os grupos socicismiddot e no que1 cs estruturos 600iois sco ll~ds faacuteceis de sareo estudedcs

A conunidcde cOlpreende e11 gerol UD grupo huucno bcsknte grcnde onde tocircdes es funccedilotildees de vide hunano eco exeroidos eu eonjunto eonecirce tocircdes cs neoessidodes encontrcn seus grcus de setistcccedilatildeo rics esscs fun ccedilocirces e nec0ssidado8 satildeo li~itcdos pelo aacuteroo geograacutefico onde o grupo vi vo

Assiu Urla cOLlunidode tCl wa QQlJiBJlroccedil~o fJ~ de~erlinCcle ~e1c lrcc onde eI 80 encontrDbull Isso e IacuteLlportcnte porque e de croo gcograf1shyo~ que deveratildeo seir os recursos oteriois pera o subsistecircncia do grupo UJlC couunidode que vive no 110io ruroI teu uoios de vide buumlrl diversos do quo uuo couuni(lDde que vive nml 1oio urbno jaacute bnstonto qesonvolvidoOe l7l0i08 de cOJuniccccedil[o o a1inm toccedilco e os lodos de conportononto vcrico

f d foon orue cs con Jccediloos geogrc ~c~s ce croo

Do meSIlO Joco [ cOlUnidod~ ter6 UIC contizuraccedilco pzicol_ampii~ Sous 171odos de ogir e sucs otitudes VcO vcricr conforne o pcdrco do oultura que o oonunidodc clconccedilou Nuna couunidodo conscientizedo o oepcz de on01isor tocircdcs os condiccedilotildees eJ que vivo c otitude dos grupos huncnos que o consti tuen sGrt de occedilco trmsfoZrcdoro o de JlcIhorio ecdo voz tclor Une couunidede 01 que nco haacute UBo oti tude de maacutelise de SUos condiccedilotildees t eLl que tudo ( ooeito de nodo possivo cma U1lo visco confornista n210 12 dern progredir Duito neu ter otitudes de Dudanccedilos pera nolhoror sua situcccedilatildeo

Nu~a couunidede existeu tocircdos as funccedilotildees nocessaacuterios ~ vida de Utl grupo hUlno P-1guucs dessos funccedilotildees podem ser l1Cis desenvolvidas que outrce ocs tocircdcs elce cpnrcoen de olguuuml Bodo An~lisaoos c seguiral guucs das funccedilotildees Deis iDportc~tes

c) Fun~no econocircmioc - t ~quelc que provecirc os reoursos uatericis do

6

~ grupo o que ecircle pode produzir e o que pode oonsumir assim como os mQ

dos como estas coisas satildeo distribuidas entre o grupo

b) FunSatildeo ~01Jti2~ Consiste no exerooiocirc do poder atra~es das vashyrias formas de autoridade criadas pelas sooiedades no sent1do de 2e manterem integradas e de decidirem seus pr6prios caminhos A fun9~0 PQ liacutetica exercida diretamente em assembleacuteias ou indiretamente atraves de Dampndatos faz Damprte da or~aniza~atildeo de qualQuer grupo humano que define

J Cgt S 1 ti 1 -tipos de coaccedilatildeo do puniccedilco forDQs te prrtioipaccediloo P2 1 00 esoc 0

UC cutoridcde obrigctoriedcde de ouopriilento de dec~soeSt oeios de d~ finir e clconccediler o bem COOUD

c) Etgl9atildeo--LelJAtildei~o~ - n a que reflete os modos como as pessoas da co~mnid8de se relccionam COLel Deus e COLl as coisas divinas Eu f)eralas funccedilotildees reli0iosas satildeo necessaacuterias para o equiliacutebrio emoc~onal do grushypo hu~ampnot porque trazem uma certa tranquilidade em relaccedilao a al3UUo problemas que nunca encontram resJostas adequadas oomo os da mortedo mal da origem do homem os da vid~ futura etc Qu~ndo as fth~ccedilotildees reshyliGiosas s~o bem coupreendidas e beuuml vividas pelo grupo pode-se dizer que haacute uma autenticidecle religiosa na comunidade Quando poreacutem h~ eshyxogecircro de crenccedilas e ri tuais a vivecircncia do grupo se torna quase irrashycional Isso pode Dconteeer com qualquer religiatildeo que natildeo seja bem coll preendide (Ver socircbre isto e eYlicaccedil~o referente a NEB e Igreja no Documento wJB sua Origem sua lLccedilatildeo e seu Conteuacutedo~ assim cono euro par te socircbre struturas de Igreja Consultar tembeacutem o livro Sociologia l~eligiosa Alain Birou)

d) Funccedilatildeo J~cr_e-ftiva - Compreende as atividcdes de lazer que se e xercem em tempos illliS ou menos deteriacuteLlinados pelos grupos huwcnos ltu~D tribo de iacutendios a luta pode ser um~ recreaccedilatildeo Nume cidade grcndevoi se ao cinema jogc-se cartas passeia-se Nas comunidades rurais hl muitos jogos muitas festos~ cede comunidade tem suas festas tpicas Jecrecccedilatildeo nco eacute soacute agrave ctivid[~de dcs cricnccedilcs embora sejam cs crianccedilcs que por nCtureza necossi tem meis de recrccccedilEo Tocircda comunidDde tem esshytruturcs recreativcs e de simples l~zer Bordar e fezer cestos pode 001

shyuma funccedilao economicaA

t m~s pode serrecreativa tambem UjJ~ festa reli giosa pode ter sue funccedilatildeo religioso e pOde ter tcmbeacutem uma funmiddotccedilatildeo reshycrectiva Como dissemos antes tudo se cruza nD recUumlidade s6 seporo mos as coisas por~ poder estud~-lCs molhor

e) unccediluuml2 cs_lg_cJ9tJXE - ti exercid p~rc satisfozer cs necessidcltles de ~ssocicccedilao quo o hOiuem tel numa cOllunidode Assim embora o fCJi1lin

I bullAseJa o grupo pr111C 1 pC ejl quo quese todcs s funccediloes necesserJos para a vide humano s~o exercidas haacute necessid~de de outros tipos de grupos para ~lgumas funccedilotildees especiacuteficas numa comunidade Por exemplo um sinw

dicato represente c necessidcde de cssocicccedilatildeo de um grupo profissional pcra melhor exercer sua profiss~o e ser melhor compreendido pelos oushytros grupos Pode hover sindic~tos de poscadores de levrndoacuteres de 0shyper~rios etc 1as h~ outros tipos de associaccedilic O Partido Poltioo um formo de associaccedilao que existe nV1ilC cOLlunidcde p[ro que osgrupoe possam pcrticipar orgcnizcdmonte do poc~er H~ partidos que represen shytCill certcs closses sociais e ou~ros representam outras classes ooda qucl busccudo reclizcr melhor 6elS c r-rocircsses H~ tcmbeacutem cssooinccedilotildees

bull 7 bull

de tipo econ3uico 8 com fins lucr~tivos como um~ socied~de coserci~l que cmprc e vende cGrtcs IlGrc~doris HG sociedcdes industri-is que rGunem grende nuacutemero cc pessocs pcrc produzir eu conjunto outre-s lHrc~ dorics

Reacute cindl muitos outrcs funccedilotildees nUj~c oomunidcde hu]~nc sej elo grcnde ou pequenc =[8 pcrr noacutes ~=~j3 uuumlc coisc deve ficr nui to clarrbull rcocircctcs cs comunidcuos COB sues funccedilotildees soacute tecircu sentido o devoi1 SOl re~ p8itcdcs ellqunto 80 rcClIlCl1te moios elo roliz~ccedilecirco huwcmc Dosdo que qu~lqucr um delcs sejc utilizede pcre oprimir o hocet1 perdo sou scmshytido e lt1ev0 ser DUC1ccbull

Pode-s pOl~u1-cr CgtO inci02 ~ Isroje- eooo instituiccedileacuteo divinc podo se enqucdrcr e~ deterDin~ds estrutures 80 ela oo~portc da fcto

bull ~clQluc ostruturccedil~o TIll que mediclc isso lJ10 eacute neeoss[r~o em que mouJ_ da isso lhe 6 projuQici~

TerJOs que notcr du~s COi88 funCCilGeacutetaisl

e) L Ierejc uuml U- cO~UL1iiacutelcluuml 0spiri tucl de toclos [qu~les que ( crec1i kl1 1 rtevolcccedilOtildeo ( n Ruumlconccedilo pelo Cristo

b) A Icreje existe pelos hono~s -c os homens 0 deve rospeitcr rs exigecircC1Cis que n--turozo co homen pede prc SU2 rc~~lizc ccedilco A pclcvrc conunic~c1e cqui ~8iil UIil sontido diferente do que foi usado cntes Uscuos o tecircriJO _c2~mnidcde de 11ftcjccgoshyrc nun s0~1tido lis espiri tU[Uuml do qu socicl

COIO ume co~nn~idcde visiacutevel enccrncde no mundo c Igrcjc te) sue estrutur[~ juriacuteCico como outrcs cOLlulliddes N8ste sentido ele ~ susceptJvel de Llucl1ccedilcs c progresso Do mcsmo modocomo Ur1C estrutura huruumlenc perd0 sue rczso de scr QuC1do nco fcci1i te c ro-lizcccedilo de pe880c ssim tc~1l6m urc Qstrutur de Isrejc pode suumlrder sue razeo de ser se n2o fccili ter [~ corauniccccedil~o (1 Grcccedilc de pcl-vre de Deus Erl 0E trs pclvrcs COiO 8 estrutures hllLl1CS progridem OOL o desenvolvi I1~l1to G SD tornelU Bcis couplexcs pcr~ e~orceuro)r deter1l1in~dcs funccedilotildees o ctrcler cqueles CUOi e1-s sc dostin-m U1 estruture 19rojo enshyqucnto org~nizcccedil~o 11u11-11o pode scr iIoc1ificdc desde lU8 seje p~ro UGshy

lhor cOLlunic-r o q1hJ Deus quis

-8) eacute e- rz3o ce 8U origeu e nCturczC que c Igre ja difere dcs oumiddot-r - b o 1 bull gt 1 hi gt bull Q cormnJ5clES bull Gm or~ seJc Ui~ COLlU1JCQO VJSJVQ e rerquJOc e U1 orgl1Iacutez-CcedilCO Iacutelsti tuid por Cristo coa sUJS funccedilotildees S1L estruture e os poeacuteteres qU8 - 1 pertences iNc lU essecircncie mcis profundc c 19rcj- eacute - preSOllccedil puacuterune11to nc qU~cro de Histoacuteric do rmndo do vershybo do Daus foito HOlcm Dl 6 co~cratizc9~o histoacuteria~ d~ vontcdo scl vlfiac de Deus coluniacdc ctrovoacutes (10 Cristo (Kerl RchllGr lIission ct Grcce vol 11 Serviteurs eacutetu PeulJ10 c10 ])iou EJlIE 20 eacuted Fcnae 1 963 p 30)

8 bull

~- ~

AleacuteJl do que jeacute vinos devel2Os tontCr fazcr couumlpreonder OOL nos shyscs cmlos aue stem outrs forws cuuml ostruturcs socie_i8 e que c 10shy

(lida Cl que middotumc socie proJride esscs foril2s v~o so nul ti~lic_ndo e se tornendo meis coraplexos Por isso 6 que ume pessoc de zonr rurcl do pis qundo vem c urde cidde gr-nco fio onbcreccediled Porque ele nco conhoce tocircdcs cs forucs de rGlcioncL~el1to que ooucle comniCrce u~- ~ bcn2 utilize iil V0J UJ 10io 1i8 sirples e cujcs cstruturcs sco

bull bullbull - bull AI

rec~uzuumlcs c 3ruj)os pri1rJos frJIJ-res ou c cssocJccedilocs e grupos ss cur~eacuterios k beacutem Dui to sLlples 111 tr buumlho de conscientizcccedilao deve 12 vr e8SCS pessos c id6ic ce que I lJor L1cis couumlp1ic[dc que sojo Ule

ht L 8ocicl f c so rczeo do S8 lor ccuse ClO bullbulle S ru vur ~ prollrJo OlCrlCJ I i 1 N

que nln~10L1 se (leve eLlbcr~ccedilcdo so porque n~o conhGce 08 no os de rcl-ciolLwnto saciel que outrcs cOE112lidcdes ou outrcs roiotildees utishylizou Ucvuuml-se insistir lUi to nisso o honml ~ o il8SO c quclqucr cir

shyCU~1stmiddotncic v~rie 8 fCJrufs de G Stl~turcccedil~o soci1 porque ho concenshyt ~ - h tmiddotrcccedilocs eLE seres hU2110S que necossl te~ ltlesscs releccediloes uCs no11 ua l

po eacutee ruumllccedil2o por _i8 cOilplec clue soje fcz que un hOL18~ S0je IlC lhor ~o que outro soacute porque es conhece ou porque vive nUDe couunidcdc

t I A i d QU0 cs (no odcs -8 pessos teu quo ter conso encJc Jsso p2rc ev~

tr ju~tecate c fOln-Ccedileo de prcco1coito8 de cl2s8-t do ScscZ cc k~jlo_l_~IacuteJOecirc rCcici S e te que sGo outrcs foDfs__dQ dqiIs_tccedilfo~ ilo l~Wlcsect ~s1rltprcss9cicisJ NenhuLlc deles eeve prcvcleccr sobro Cucl qUGr hOlllem quer sejc cle Ulll meio onele 018 sejc1 311p1es qUGr soj de m meio oi1clo Glcs sejeu Ilui to COi2plocs A uacutenico coise que deve p4cva 1cer SLpre eacute o hOneil - c pessoc hUllc nc - socircbre quclquor tipo de estruture

Vewos tenter colooCr - lgullCS expliccccedilotildees socircbro ccdc UDi cessas outrcs forD1cs

1ordm- CL~_SSbS SOCIAIS sco constituGcs por grupos de pessocs quo t de 1 tGil C mesmc 81 - os DOSDO TIOLOSmcnelrc gere ucccedileo coonO~1cct de

couportcmento) 00 11eSLlOS veacutelocircres uuml que por isso cdquircHl o que s) chc_ Inc CJlluJonte de consci~1cic de c1csse ll bull Tecircn c consciG1cie de este reu n~ llleSDC si tucccedil3o e por isso COfClcO o CSLlO tipo elo vide pr- seu grupo estebuacutel~c01do diferenccedilcs IIncturcis ll 01 relcccedilecirco outros grupos Ponsem que c socieccde hUl1cne SOacute cl0V se equilibreI de Uil cetOIinedo uoltlo onde ecircles encontrou 1l1tiC de te r=i ndc posiccedilecirco bm1 2ssegureda Ass1rl h

CJverscS expressoes de consciGncJc de clcsse ~ c d~~ clcss( 1ctJftm shyci~rie de clcsse dos grandes inuumlstriis [1 de Cl~8SE) 0cli e cc clcsSG oper~r1c e d~ clcsSG c~]onesc etc

Ccde um delcs poue penscr quo ~~ sociedcce hUll[na devic so orzcshynizcr Qostc~ ou cl[-~uelr fornc o cuo cssL] lhes ccbari ost ou oquolc i 1 ~por~ CJe ness~ orG~nJzccediloo de s~ciodeacuteo co~ 80 Qed~ c oSSC oxshy

presse os itGrecircssos Que ten p-re si c fcz ~c lIideologie quo pcesc c (~ofonder Cm~J jeacute viJos cs clesSGS secirco t-beacuten cstrutures socieia c

nosso i n t oresse dove ser c prooccedilco do honer e no dcs estruturiS Esso ~ -

prouoccedilo sereacute ccd vez uuacutelhol conforue focircr nais pernitiltlo Co cfirlcccedilco do homeo eu quclquor tipo de es~ruturc ~ste prob1eno ~ bostente CODshy

9

i

bull

bull

bull

p1oxo o quo estaacute aqui 1130 cliz tudo por Qster ooloc[1oo do lDC forutl rlui to siLp1ificede Perc u~ l~oiacuteor aprofundor1onto ver o bib1iogrofic oi t~dc

2ordm - CLSJIA SOCILL b tebbn UL rgrupaLcnto hUleno c orl 08 ~G sms c onotcccedilatildeos cn tcriores Ipeuacutecs Ci8 cgrcvodo pelo fochcccnto do grupo os re1cccedilfio a outros grupos U~o custe so focha por ~otivos do proconshyceitos reli~iosos raciais culturais etc Nio perDito ~ ontrada do outros eloD2ntcs f noo une nobilieacuteeco el0 seus Dembros pcr] o~tros grushypos Tcm U2- i20010gie 1Uito 1iacutes clure c iLluteacutevel ILUi tas VOZ0S una ccst eacute ur~ [leio que cortos grupos utiliacutezaIl pcgtro dofondore~ seus inte shyressos e suc~ possibiliccdo co clOlinor outros grupos C o ccso dos C08shy

ts-s nince o1iacutesteytes 02 cortos piacuteses que diacuteviacutecleuroc o povo e-2 rgtcrce1as t2-0 diacutestintes que nunc2 se pode pssr de w c outrc

3ordm - PlCcedilAs eacute c diacuteferonciacutecccedil3o que se oncontre nos grupos huucnos provenilmtes de corccteres 0sscncisl0nte bioloacutegicos AssL1 os negros f

- t OS b rncos CLlClr0 1os sco os ros grupos rcc~s~s L1cJS ov~conliOS no 60shyciededo elos hOl0ns ~ diforo~l2 eacute soacute bioloacutegica quenco se flo do roccedilc seu ter nonhuLlc outrc cOl1sequolciacutee cul turol ou intcluumlcmiddot~u[l porc c posshysoc U~ nogro oueriocno vivoric os TlOSDOS pcelrotildees cu1turois c-oriccnos (nO) focircsse [ sogr8goccedilro r2-ciol) COlO quolqucr chinecircs (roccedila mcrolc)quo se intogresse nc vido c~oriccno

4ordm - GRUPOS uacuteTNICOS secirco tcllboacuteu Dados de vivecircncic sooic1 ondo 80

eC011tucn osvO ciacutecluonto clcuns c OS-(ULlG S ( norurs de ccr5ter icis cultushyre1 r0l2oiondos 001 c 1 iacute11[11 c COStUL~OS rogionoiacutes tipos fiacutesicos (10shy

tar~in2dos por conCiccedilotildeos do 01i~e do rogiecirco gcogr~ficc etc AssiD UDe clc1oio elo pescodores no norte da A1cnanhc tcm ccroctorCsticcs bo eacuteivorscs 00 u1 2lcloic elo )(scc(o1os no nordesto elo Brnsi1 ULl DOVO de urm rogiecirco couo c 111(ia to_ eer2cteristicos divorscs dos DOVOS rqo~ e crlOriccnos cborc n2o sejol reccedilcs ciferentes As (~ifcr~l1ccedilcs 1120 SOO

b l + I SO ~o o~Jcos ~as vB2bcu cu1turaJs

BIBLIOGBLIL PRi1 LPROFmDL=

1 R Linton - O Une Ii1tlOC~UCcedil20 agrave Sooiologia Livreric Lartins SA s2o Paulo bull

2 A Igro ja Conciacutelio Vctic2-TIO lI Consti tuiccedilco Dog_Gtica LUoacutelon Gcntiml Doc Ponto 149 Jcitocircra Vozes Petroacutepolis 1965

3 Kar1 cmler - I~issco e Grcccediln II Vale Funccedilotildees e Estceacute-os cc Vic~c no Igroja - Dditocircra VOZ8S Petroacutepolis 1965

4 Alcin Eirou - Sociologia noli~ioso Duas Cid2-des satildeo Paulo

bull 10 bull

~~J~~ gt

I I) t

I

MOVnIiacutemTO

DE

EDUCACcedilAtildeO

DE

BASE

FUNDAMENTA ccedil Atilde O

DO PROGRAMA PARA 1965 li parte bull ESTUDOS SOCIAIS

15 Subdesenvolvimento e Desenvolvimento

middot J

1 SUBDESEIlYOLVnlENTO E DESElfVOLVIllENTO

nA humanidade cresce ragravepidamente todo o mundo o sabe mas poucos

homens tecircm consciecircncia da rapidez decircste progresso e-poucos tambeacutem satildeo

os angustiados pelas conclusotildees que- d~ste fato se deveria tirarn(Lebret

Suiciacutedio ou Sobrevivecircncia do Ocidente Duas Cidades S Pau101960p22)

O problema que a humanidade tem que resolver eacute o da pr05ramaccedilatildeo

humana conjunta atendendo a cada pessoa a cada comunidade a cada reshy

giatildeo a cada paiacutes ~ necessaacuterio dar uma resposta precisa a cada homem

enquanto pessoa e enquanto membro de uma sociedade No caso dos pa~ses

subdesenvolvidos essa resposta natildeo poderaacute ser dada a altura se natildeo veu

cermos alguns problemas do subdesenvolvimento Ou melhor esta resposta

natildeo seraacute dada se natildeo houver uma modificaccedilatildeo grande de estruturas de ~

talidades de valocircres bullbullbull de tal forma que todos os homens e cad~ homem

sejam reconhecidos como sujeitos~

Diante disso tudo poder-se-ia perguntar mas o que eacute o subdesen shy

volvimento o que o caracteriacuteza Em um sentido lato poder-se-ia denominar

de subdesenvolvidos os paiacuteses atrasados lIas isso eacute muito vago Preferi shy

mos dizer entatildeo que o que determina o subdesenvolvimento eacute sobretudo

uma grande complexidade de problemas dificultando a melhoria do niacutevel

de vida e a promoccedilatildeo do homem como pessoa sobretudo nas camadas mais P2

bres e necessit~das da populaccedilatildeo Essa complexidade eacute talvez uma das ca~

sas que mais dificulta um paiacutes atingir um certo niacutevel de desenvolvimento~

Como veremos a sebUir natildeo eacute resolvendo problemas isolados ou mais imedishy

atos que chegamos a superar o subdesenvolvimento Como eacute sabido ecircsse pr~

cesso de superaccedilatildeo tem eXigecircncias especiais que precisam ser ordenadas

hierarquizadas e planejadas Com efeito o subdesenvolvimento eacute caracteshy

rizado por vaacuterios fatocircres ou problemas que dificultam a plena realizaccedilatildeo

do homem e da comunidade onde ecircle vive

2 ALGU1IAS C-lRACTERtSTICAS DO SUBDESElTVOLVI1IENTO

21 Dependecircncia sconocircmica - Uma das caracteriacutesticas mais marcantes do su~

desenvolvimento eacute a dependecircncia econocircmica Sem um miacutenimo de autonomia eshy

conocircmica eacute ilusoacuterio falar-se de atunomia cultural e de certa ormat~

beacutem poliacutetica Os paiacuteses que dependem econocircmicamente de outros sofrem sob

~

i ~

vaacuterios aspectos o pecircso da dependecircncia econocircmica estrangerira Por isso

o desenvolvimento econocircmico desses paiacuteses nunca seraacute apenas resultado de

um progresso interno

A econom~ca ~ bull se reflete principalmente a t raves Essa dependencia

a) do comeacutercio exterior - em geral os paiacuteses subdesenvolvidos exportam

para os paiacuteses desenvolvidos os produtos brutos ou agriacuteCOlas ou alimenshy

tiacutecios (no caso do Brasil por exemplo o agucar o manganecircs etc) e imshy

portam destes os produtos manufaturados (eqUipamentos por exemplO)

b) de uma situaccedilatildeo deficitaacuteria em que vivem de um modo geral os paiacuteses

subdesenvolvidos Tal situaccedilatildeo eacute de certa forma tambeacutem motivada pela ~

neira como o mercad0l importador determina os preccedilos Poder-se-ia dar

como exemplo o cafeacute no Brasil que equivale a mais de 40 de nossa expo~

taccedilatildeo e apenas 04 da importaccedilatildeo dos EEUU cujo preccedilo eacute estipulado por

ecircste uacuteltimo o maior mercado comprador c) da poliacutetica econocircmica e social dependentes muitas vecirczes dos interesses

de grupos ou firmas estrangeiras

d) da posiccedilatildeo de destaaue Que ocu~a o capital estrangeiro na economia dos

paiacuteses subdesenvolvidos Decircle depende a importacircncia e grande parte da esshy

pecificidade das produccedilotildees do paiacutes assim como de sua situaccedilatildeo de integratilde

ccedilatildeo no mercado internacional (Yves Lacoste Os Paiacuteses SubdesenvolvidosDi

fusatildeo Europeacuteia do Livro ColSaber Atual satildeo Paulo 1961pp 17-19)

22 Pouca Industrializacatildeo e Dificuldade de Ser Ampliada - os paiacuteses su~

desenvolvidos encontram mu~tas dificuldades de se industrializar O Depa~

tamento de Assuntos Econocircmicos das Uaccedilotildees Unidas estudando estas dificul

dades haacute alguns anos reuniu-as em trecircs aspectos econocircmico social e int~ nacional

a) no aspecto econocircmico temos que levar em conta aleacutem da pouca poupanccedila

interna a falta de capitais ou o emprecircgo de capitais estrangeiros em geshy

ral nas induacutestrias de transformaccedilatildeo e natildeo para a infra-estrutura assim

como as dificuldades de transporte a insuficiecircncia de energia etc

b) quanto ao aspecto social pode exercer influecircncias negativas ou positi shy

vas No caso dos paiacuteses subdesenvolvidos natildeo haacute duacutevida que as influecircncias N

sao em geral mais ne5ativas j bastrulte lembrar o baio niacutevel de instru-

ccedilatildeo o elevado lndice de analfabetismo a falta de operaacuterios qualificados

e a natildeo existecircncia de um ple~ejamento que leve em conta tocircda a populaccedilatildeo

tocircdas as reGiotildees visando um desenvolvimento global

c) com relaccedilatildeo ~o aspecto internacional haacute tambeacutem vaacuterios tipos de obstaacutec~

(

los ao desenvolvimento industrial dos paiacuteses subdesenvolvidos Lembrareshy

mos apenas dois as restriccedilotildees que os paiacuteses desenvolvidos em geral imshy

potildeem aos subdesenvolvidos para conceder um empreacutestimo de capital que pushy

2gdesse facilitar a industrializaccedilatildeo dos primeiros a tendecircncia dos pai

ses desenvolvidos de fazerem dos subdesenvolvidos meros fornecedores de

mateacuteria prima dificultando ou ~estringindo as possibilidades de desen shy

volvioento destes (Lebret obra citada pp 100-105)

Todavia eacute preciso natildeo esquecer que embora a industrializaccedilatildeo seja

a1so muito importante para o desenvolvimento econocircmico de um paiacutes ela

nao ten um fim em si mesma Ou seja a IN so temindustrializaccedilao para nos

sentido se ela contribui para uma real promoccedilatildeo do homem se ela contrishy

bui para elevar e melhorar o niacutevel de vida sobretudo das camadas menos

favorecidas da populaccedilatildeo As faacutebricas as usinas as grandes emprecircsas e~

fim podem ser retrato do desenvolvimento econocircmico mas ajudam o homem a

ser mais homem quando contribueacutem para satisfazer suas necessidades mais

essenciais a se realizar como pessoabull

bullBaixa Renda Nacional - Uma das distinccedilotildees que se pode fazer entre

os pa~ses desenvolvidos e subdesenvolvidos consiste justamente na dist~

buiccedilatildeo da renda nacional entre habitantes ou entre as diversas camadas

da populaccedilatildeo De um modo geral nos paiacuteses desenvolvidos as camadas mais

pobres tecircm um niacutevel de vida superior aos subdesenvolvidos A tiacutetulo de

ilustrcccedilatildeo daremos apenas al~Uls dados referente a renda anual individual

(chamada tecirccni3amente de renda per capita) em 1959 de alguns paiacutesesE~

tados Unidos da Ameacuterica do Horte 2250 doacutelares alguns paiacuteses da Europa

Ocidental assim como Austraacutelia e Nova Zelandia 1000 doacutelares Bnquanto

isso para o conjunto dos paiacuteses menos desenvolvidos a cifra corresponden

te foi mais ou menos de 100 doacutelares anuais sendo que a maior parte dos

paiacuteses da Aacutefrica Aacutesia e Jmeacuterica L~tina apresentavam uma renda meacutedia de

10 a 80 doacutelares (Bl Corre0 de la Unesco) bull

bullDeficiecircncia na Agricultura - A agricultura nos paiacuteses subdesenvol

vidos de um ~odo geral eacute muito atrasada Haacute grandes quantidades de te~

ras cultivaacuteveis natildeo aproveitadas Ha Ameacuterica Latina p ex apenas 15

das terras cultivaacuteveis satildeo realmente cultivadas (Yves Lacostobra citada

p 12) Haacute fatocircres que podem explicar essa quantidade tatildeo pequena de tershy

ras cultivadas

bull estrutura agraacuteria injusta e obsoleta

i

bull interecircsse de grupos econocircmicos nacionais e estfangeiros

bull falta ou insuficiecircncia de meios teacutecnicos

bull desgaste dos solos

bull falta de fertilizantes etc

Todavia a maior dificuldade a ser vencida pela agricultura dos pa1shy

ses subdesenvolvidos proveacutem do custo dos bens materiais Um dos meios de

satisfazer tais necessidades seria a fabricaccedilatildeo de suas proacuteprias maacutequinas

agriacutecolas de fertilizantes e de combustiacuteveis

Consider~ido todos os fatores que dificultam a agricultura nos pa1

shy

ses subdesenvolvidos podemos entender assim porque apesar de serem na

maioria paiacuteses agriacutecolas apresentam baixa produccedilatildeo natildeo conseguindo nem

satisfazer as necessidades alimentares de seu povo

Desequiliacutebrios entre as Cc~adas Sociais - A grandemaioria da populacirc

ccedilatildeo dos paiacuteses subdesenvolvidos tem condiccedilotildees subhumanas de vida A verdashy

de eacute que um nuacutemero muito restrito tem um miacutenimo necessaacuterio para viver como

pessoa e apenas uma minoria tem a go~a de todos os privileacutegiOS

Uma das maneiras de se caracterizar ecircsses desequiliacutebrios sociais eacute

a distribuiccedilatildeo proporcional da renda nacional pela populaccedilatildeo Iro caso brashy

sileiro por exemplo ecircste desequiliacutebrio eacute evidente

Outro iacutendice complementar eacute o da distribuiccedilatildeo da propriedade rural

brasileira Em nuacutemeros relativos a aacuterea territorial brasileira dos estabe

lecimentos agropecuaacuterios em 1950 era expressa da seguinte maneira os d2

nos de propriedades de mais de 100 ha representam apenas 16670 do total do

nuacutemero de propriet~rios e possuem 8567~ da aacuterea total dos estabelecimentos

agropecuaacuterios do Brasil enquanto que 834 do nuacutemero de proprietaacuterios po~

suidores de menos de 100 ha deteacutem em suas matildeos apenas 14~~ da aacuterea toshy

tal (Antonio Rodrigues Coutinho - lanisteacuterio da Agricultura Contribuiccedilatildeo

ao Estudo da Bstrutura Dconocircmica Agraacuteria Brasileira Sego o Censo de 1950 p20)

~ dentro dessa faixa menos favoremida que certos problemascaracteriacute~

ticos das regiotildees subdesenvolvidas se tornam mais chocantesAqui estatildeo alshyguns decircles

~

l

~ bull Para cada 100 crianccedilas nascidas vivas desta faixa morrem 24 anshy

~

tes do 12 ano de vida enquanto para outras camadas sociais morrem 10 em

100 (Nelson Rodri6~es dos Santos O Problema da Sauacutede no Brasil) Dados

recentes mostram ainda que a chistosomose atinge 6 milhotildees de brasilei

ros a tuberculose 1 milhatildeo e 200 mil doenccedilas de chagas 3 a 4 milhotildees

malaacuteria 8 milhotildees A maioria dessas pessoas atingidas habitam agrave zona rushy

ral e estatildeo incluiacutedos nesta faixa da populaccedilatildeo menos favorecidas (A Pop~

laccedilatildeo Brasileira Dados do IBGE 1960)

Com efeito o que se pode dizer eacute que estas deficiecircncias contribuem

ainda mais para baixar o rendimento econocircmico agravando cada vez mais

as condiccedilotildees de vida dessa camada populacional ~ vivendo e sofrendo eacutesshy

tes problemas que trJilbalha grande parte da populaccedilatildeo dos paiacuteses Afroasi ct_ ~ jt --lt- r A

at~cos Em alguns desses pa~ses o n~vel de vida e tao baixo que ha um

verdadeiro ciacuterculo vicioso onde o homem jaacute natildeo tendo esperanccedila acha di

fiacutecil romper com essa situaccedilatildeo de miseacuteria

De um modo geral o que preaeacutenciamos eacute que por causa de grandes d~

sequiliacutebrios entre as diversas camadas sociais e entre os povos do mundo

grande parte da humanidade tem condiCcedilotildees de vida subhumana

Os v~rios dados apresentados abaixo servem para mostrar o grau de

desenvolvimento ou subdesenvolvimento de alguns paiacuteses ~ preciso conta1

to que natildeo se pare numa enumeraccedilatildeo pura e simples dos mesmos nem que

se pretenda uma comparaccedilatildeo com um ideal a atingir Os dados referentes a

cada paiacutes falam mais quando analisados no seu conjunto e soacute vistos e an~

lisados globalmente eacute que podem ser comparados com outros paiacuteses bull bull i ~-

bull Mortalidade Infantil - Para cada 100 crianccedilas nascidas vivas num

ano morrem 3 nos EEUU 4 na Inglaterra 7 na Beacutelgica enquanto no Brasil

Boliacutevia e na Colocircmbia morrem 15 (onu Rapport Preliminaire sur la Situa

tion Sociale dans le i~onde 1962)

bull llortalidade Geral - De cada 1000 habitantes morrem por ano 9 nos

EJUU 11 na Inglaterra 12 na TIeacutelg~ca 25 no Brasil na Boliacutevia e na Coshylocircmbia (idem)

~~

Vida lieacutedia - 70 anos nos EEUU 65 anos na Beacutelgica 45 anos para o

Brasil Boliacutevia e Colocircmbia (idem)

bull Alimentaccedilatildeo e Fome - Segundo Lebret pode-se admitir que mais d

50 da populaccedilatildeo do mundo se manteacutem em um ~ampntar inferior ao estritamiddot

mente necessaacuterio em calorias e 75~ dessa populaccedilatildeo aproxima-se ou ape

nas atinGe o niacutevel miacutenimo exigidO pelas atividades humanas normais

~artindo desses dados e fatores verificamos que haacute uma coincidecircnshy

cia de niacuteveis para alguns paiacuteses ~stes paiacuteses por uma seacuterie de razotildees

ou de fatores satildeo chamados subdesenvolvidos

3 EXIG6NCIAS ESP3CIAIS PARA SUPJJRACcedilAtildeO DO PROCESSO DO SUSDESDNVOLVI1JlliTTO

31 o crescimento demograacutefico deve ser acompanhado por um crescimento ec~ nom~co proporcional

O processo de superaccedilao- do sub-desenvolvimento exige antes de mais

nada que o ritmo extraordinagraveriamente raacutepido com que crescem as necessishy

dades dos povos subdesenvolvidos seja acompanhado por I crescimento ecoshy

nocircmico superior a~ necessidade~i da populaccedilatildeo

A explosatildeo demograacutefica nos paiacuteses subdesenvolvidos eacute no momento ashy

tual um fato que ningueacutem pode ignorar Isto eacute consequecircncia de vaacuterios fata

res

a) os paiacuteses subdesenvolvidos tecircm uma natalidade muito maior que os

outros Como exemplo lembraremos que para cada 1000 habitantes nascem

anualmente na Europa e nos EEUU de 18 a 25 crianccedilas enquanto que em zoshy

nas subdesenvolvidas como a Aacutefrica e a ~neacuterica Latina ecircste nuacutemero chega a

mai3 de 40 (Camargo Demografia 3conocircmica 1960)

b) o raacutepidO crescimento pode ser explicado tambeacutem pelo descreacutescishy

mo da mortalidade verificado nestes paiacuteses De fato essa mortalidade ainmiddot

da eacute bas-cante alta No entanto ela vem diminuindo gradativamente graccedilas a

uma certa assistecircncia sanitaacuteria que eacute dada aos paiacuteses subdesenvolvidosjem

bora de forma muito precaacuteria e sistemaacutetica

Ora para satisfazer as necessidades de uma popUlaccedilatildeo que aumentou

tatildeo ragravepidanente eacute indispensaacutevel um esfocircrccedilo muito grande para produzir

bens e serviccedilos 10 caso do Brasil por exemplo a populaccedilatildeo anual aumenshy

1

-

tam na razatildeo de 3 ao ano A economia nacional precisa entatildeo aumentar

sua capacidade de produccedilatildeo daacute maneira que chegue a satisfazer as necesmiddot

sidades correspondentes a ecircsse aumento da populaccedilatildeo em mateacuteria de alimen

taccedilatildeo vestuaacuterio habitaccedilatildeo instrumentos domeacutesticos educaccedilatildeo emprecircgo

serviccedilos sanitaacuterios (aacutegua luz esgocircto t L Itt etc)

~sse esfocircrccedilo eacute tanto mais difcil porque em consequecircncia do mesmo

crescimento econocircmico raacutepido a maior parte da populaccedilatildeo em idade ativa

eacute muito menor em proporccedilatildeo agravequecircles que natildeo fazem parte desta faixa (cri

anccedilas doentes bullbullbull ) Por outro lado como os pases subdesenvolvidos tem

um niacutevel de vida extremamente baixo a economia deveraacute natildeo somente acomp~

nhar o crescimento demograacutefico mas taEbeacutem aumentar em certa medida ecircsse

niacutevel de vida No entantoecircste paiacuteses mostram-se no conjunto incapazes

de expandir sua economia numa proporccedilatildeo satisfatoacuteria

Das razotildees que impedem o desenvolvimento econocircmico mais completo e

mais raacutepidO temos que considerar ap que se prendem agrave estrutura das ecoshy

nomias e as que dizem respeito mais diretamente ao crescimento global de~

ta economia

32 Independecircncia Econocircmica - Como eacute muilto sabido a estrutura econocircmica

dos pases subdesenvolvidos eacute altamente centralizada no setor primaacuterio

sendo pouco desenvolvido o setor secundaacuterio e terciaacuterio (Ver o item ~E~

trutura ~conocircmica)

Por outro lado embora a populaccedilatildeo rural nestes pases representashy

quase sempre mais da metade da populaccedilatildeo e esteja muito concentrada no s~

tor primaacuteriO nem sempre produz todos os gecircneros necessaacuterios agrave alimentashy

ccedilatildeo e muito menos outros produtos por ela exigidos Como consequecircnciaj ecirc~

tes paiacuteses satildeo obrigados a importar bens que natildeo satildeo capazes de produzir

dispondo apenas de alguns pontos para efetuar as trocas

Ora os paiacuteses que se manteacutem sem induacutestrias e dependentes da imporshy

t~ccedilatildeo de poucos produtos primaacuterios iratildeo fatalmente cada vez mais se emposhy

brecendo face aos pases desenvolvidos Enquanto isto a produccedilatildeo industrial

destes uacuteltimos iraacute crescendo cada vez mais pois os homens sempre querem

bens industrializados em maior nuacutemero e variedade O contraacuterio acontece com a produccedil2o agriacutecola cujo crescimento fica na dependecircncia do consumo

pessoal Que eacute limitado

Outro aspecto que nem sempre se leva em consideraccedilatildeo eacute que juntashy

mente com a importaccedilatildeo de certos produtos satildeo importados tambeacutem a proshy

paganda e o exemplo dos paiacuteses ~esenvolvidos cujos niacuteveis de consumo

satildeo muito mais altos

- I Dominada por esse efeito demonstraccedilao que se soma a 1a5 as neshy

cessidades crescentes decorrentes do raacutepido crescimento demograacutefico a

populaccedilatildeo subdesenvolvida se esforccedila para comprar mais produzindo mais - dMas o consumo de produtos agro-pecuarios nao pode ser aumentado alem e

um certo limite aumentando-se a oferta os preccedilos tendem a cair Assim o

trabalho do povo se desvaloriza (econocircmicamente falando)i

Quanto as mateacuterias primas cuja demanda pode acompanhar a produccedilatildeo

industrial constituem elas reservas suscetiacuteveis de serem esgotadas ou

de perderem seu valor comercial em decorrecircncia de inovaccedilotildees tecnoloacutegicas

Aleacutem do mais na quase totalidade dos paiacuteses subdesenvolvidos a explora

ccedilatildeo dos seus recursos minerais ob~ece aos interecircsses de grupos estrangeishy

ros e soacute a ecircles beneficfa

33 Desenvolver a Industrializaccedilatildeo aumentando a capacidade de produccedilatildeo

A industrializaccedilatildeo estaacute condicionada por um certo nuacutemero de fatocircres

e deve subordinar-se a certas prioridades Uma dessas prioridades eacute defishy

nida pela necessidade de substituir aquelas importaccedilotildees de bens de consushy

mo que ocasionam maiores dificuldades nas relaccedilotildees de troca do paiacutes Oushy

tra seraacute determinada pela necessidade de se criar nos paiacuteses as industrishy

as de base isto eacute induacutestrias produtoras dos materiais de equipruJentos tw lO necessar10S a crlaccedilao de novas lndustr1as

Dos fatores que condicionam a industrializaccedilatildeo coloca-se a necessishy

dade de uma infra-estrutura adequada de traasporte~e comunicaccedilotildees e de eshy

nergia ~ evidente que as induacutestrias soacute podem desenvolver-se se haacute enershy

gia para acionar suas maacuteqUinas estradas para trazer mateacuteria prima e disshy

tribuir a produccedilatildeo e os meios de comunicaccedilatildeo para que as emprecircsas indusshy

triais o comeacutermio e os bancos possam coordenar e organizar suas atividashy

des com eficiecircncia

Por outro lado as induacutestrias natildeo poderatildeo fortalecer-se se natildeo aumen d d dmiddot t ar o numero os que po em comprar ~ua pro uccedilao 1Sto e se nao houver

mercado interno crescente no paiacutes P-i il ielJe eacute- p~~eo (i)l1amp dece~_~

OI tilbullbullbull da lailaatilde Ile iateente ul4idacirclha lllllaacuteliSIXoacutefrq

-ft 81es piFJIIacuteee 6 rbullbull taiuule 1 21i

HO crescimento global da economia dos pa1ses subdesenvolvidos nao

pode ser obtido com a necessaacuteria continuidade e rapidez se natildeo forem supeshy

rados os obstaacuteculos que constituem o chamado ciacuterculo vivioso

ste ttciacuterculo vicioso em geral pode ser caracterizado por uma poshy

pulaccedilatildeo muito grande com um nuacutemero reduzido de induacutestrias pouca matildeo de

obra qualificada e produzindo pouco com niacuteveis de salaacuterios de uma certa

maneira muito baixos Salaacuterios estes que em muitos casos datildeo mal para sushy

prir as necessidades essenciais e em outros datildeo apenas para o coasumo Haacute ainda uma minoria que embora ganhe muito gasta quase tudo em bens de con

sumo (vestuaacuterio automoacuteveis etc) sem aplicar em investimentos produtivos

(faacutebricas induacutestrias em geral etc) Nos vaacuterios casos como vemos natildeo eacute

feita nenhuma poupanccedila

E o que eacute popanccedila no sentido amplo pode-se dizer que o que natildeo foi

gasto foi poupado Mas para que haja poupanccedila realmente eacute preciso natildeo

soacute determinar um aumento de capital que eacute o estoque sobrante poreacutem invesshy

tir em bens de produccedilatildeo Donde se pode dizer que para haver um crescimenshy

to glObal da economia de um paiacutes eacute necessaacuterio que os recursos que era~de~

perdiccedilados ou empregados somente em bens de consumo sejam aplicados tamshy

beacutem em bens de produccedilatildeo ou em investimentos produtivos

~stes investimentos podem ser feitos de duas maneiras

a) o govecircrno obrigando por meios de leis os setores privados a investir seus

lucros de forma mais justa e adequada em setores que venham a contribuir

para um maior crescimento e desenvolvimento econocircmico da comunidade

b) o proacuteprio govecircrno recolhendo ecircsses recursos atraveacutes de impostos compulshy

soacuterios e investidno em empreendimentos que constituem a infra-estrutura (eshy

nergia eleeacutetrica recircde de aacutegua e esgocircto estradas de ferro e rodagem porshy

tos etc)

Isto deve ser feito atraveacutes de planos econocircmicos que reunam os invesshy

timentos puacuteblicos aos investimentos particulares sem permitir um exagerado

lucro as camadas sociais que jaacute gozrun de uma situaccedilatildeo por demais privilegishyada

bull

- 4

Em resumo a poupanccedila e

um elemento essencial para o desenvolvimenshy

to global econocircmico de um pa~s e deve ser forccedilada

a) impedindo todo consumo nao necessario e excessivo

b) aproveitando plenamente a matildeo de obra ou o trabalho das camadas da popushy

laccedilatildeo que estaacute sendo pouco utilizada

c) aumentando a produccedilatildeo pelos meios jaacute citados e especialmente pela proteshy

ccedilatildeo alfandegaacuteria que impeccedila a penetraccedilatildeo no paiacutes de produtos concorrentes

estrangeiros

Finalmente para que todo investimento possiacutevel seja efetivado eacute imshy

por~ante que o trabalho de uma hoc parte da populaccedilatildeo ateacute entatildeo mais ou ~

nosnativa seja aproveitado em setores essenciais O aumento da produccedilatildeo

exige natildeo soacute o aproveitamente de todos mas tambeacutem que haja um certo planeshy

jamento e que obedeccedila a certas teacutecnicas Contudo o povo soacute se enquadraraacute

neste regime de maior produtividade e soacute se capacitaraacute para ecircle se tiver

consciecircncia da situaccedilatildeo e se houver motivaccedilatildeo suficiente

35 Tomada de Consciecircncia por Parte da POP1qaccedilatildeo - Para noacutes um dos aspecshy--_----~-~ bullbull- ~ bullbullbullbull ~- - - - lt bullbullbullbull - - bullbullbull ~ -- bull shy

tos novos do subdesenvolvimento e talvez o mais importante como diz Yves

Lacoste eacute a tomada de consciecircncia da pcpulaccedilatildeo da sitUaccedilatildeo em que se enconshy

tra o seu paiacutes Isto eacute importante porque natildeo se pode falar em desenvolvishy

mento como algo abstrato como uma ideacuteia apenas

Soacute quando tOcircda a populaccedilatildeo toma consciecircncia e eacute mobilizada para venshyncer os problemas que lorrnam aque1e c~rcu1o que falamos anteriormente e que

comeccedila haver condiccedilotildees poliacuteticas favor~eis ao desenvolvimento

Poder-se-ia dizer tambeacutem que a tarefa de desenvolvimento eacute essenshy

cialmente poliacutetica e as necessaacuterias atitudes favoraacuteTeis ao desenvo1vimenshy N 1J __t o so poderao ser tomadas num regime de certa disciplina coletiva Ora~

sa discipfina tanto pode ser imposta QelQ focircrccedila r s~r exercida ppr JPDa qishy )IT~ ()A eurogt ~7 ~gt- Alt- (UL~oacute2c- e~ aT-lt ~ ~ltM ~~

tadur~como ser oeeelhids pGP ~e~~~ pOTO num olima de respeito ao outro

co~o pessoa CODO sujeito e natildeo como coisa

Por outro lado ecircsse esfocircrccedilo tanto pode ser feito num regime de inshy

justiccedilas que apenas exija sacritiacutecios de uma classe e natildeo de outras ou

num reGime onde os sacrifiacutecios e as responsabilidades satildeo igualmente reparshy

tidos entre todos Ressaltamos ai~t~ obra do desenvolvimento eacute inadishyaacutevel complexa e essencialmente ~18la Donde a tentativa de um prooesso

~i~~ ~~~~~~ ~1 ~~

~

-lt ~~middot~~~-~~~~~~~~ii~~~middot ~~

bull t t ~

r I l ~

fo~

I

I

que caminha para o desenvolvimento soacute seraacute autecircntica se atingir a tOdOS~

os setores

Terminando diremos ainda que a tomada de consciecircncia vai exigir

uma mudanccedila total de mentalidades de estruturas de relacionamentos Uma

reestruturaccedilatildeo nos setores econocircDicos poliacuteticos e sociais da sociedade

global

Gostariacuteamos de insistir para que se tivesse em conta que as diversshy

saa partes da fundamentaccedilatildeo do programa do IiEB satildeo uma tentativa de estushy

dar os aspectos diferentes de uma mesma sociedade a sociedade nacional

brasileira em relaccedilatildeo com sua posiccedilatildeo no mundo seus valocircres culturais

suas tradiccedilotildees de sociedade econocircrnicamente dedicada ao setor primaacuterio

o que deve e estaacute sendo mudado Por isso chamamos a atenccedilatildeo para que se

tenha~ sempre em mente os diversos fascculos natildeo como ~oisas separadas

e independentes mas como tentativa de estudar elementarmente os probleshy

mas fundamentais que devem ser conhecidos por elementos profissionais que

se dedicam agrave educaccedilatildeo de adultos do Brasil

l

MOVIMENTO DE EDUCACcedilAtildeO

DE BASE

FUNDAMENTACcedilAtildeO

DO PROGRAMA PAcircRAcirc 196

I parto PROMOQAtildeO mJlWA

F U N D A il E N T A ccedil I O

DO PROGR1JlA PARA 1965

2~ P i R T E PROIOCcedilAtildeO 1IuumliANA

O Introcluccedilco

1 Conscientizaccedilatildeo

11 O Bonon

12 O Trabc1ho

13 Conuniceccedilatildeo

4 d C 1 bull 1iO~OS e oDun~ccccedilao

15 Os Condicioncnentos Cu1turcis

16 O Heroi euro os j~oios de Ruumlolizoccedilco

17 A eclizoccedilatildeo de Pessoo nr FCJiacutelio

18 A Rco1izoccedilatildeo da Pessoa nr Sociodcde shy

2 bull OrgLn~Zcccediloo

21 Funccedileo Sociol do trcbalho

22 CoopGroccedil~o organizedc o nco orgw1izadc

23 Associativisno

24 Cooperaccedilatildeo Econocircnica

25 Accedil~o poliacutetioa

I

o INTRODUCcedilAtildeO

o trabalho de promoccedilatildeo humana eacute intriacutenseoo agrave proacutepria eduoaccedilatildeo uma vez que eduoar natildeo oonsiste em adaptar algueacutem a determinada sishytuaccedilatildeo a determinado tipo de sociedade mas dar elementos e eondishy

- tccediloes pera que o homem se forme Eduoar e levar O homem a omar oonsshyoiecircncia de seu napel de sujeito do mundo ~ integrar algueacutem na obra

fi cultural na accedilao do ho~em que transforma a natureza A educaccedilao e uma exigecircnoia e um direito de todos uma oondiccedilatildeo para que o homem se realize se afirme como pessoa e oonsequentemente se promova

Esta promoccedilatildeo natildeo deve ser individualista Deve ser uma autopr~ moccedilatildeo comunitaacuteria atraveacutes da qual se procure ajudar e apressar Na integraccedilatildeo de todos no processo de oriaccedilatildeo cultural Com isto nao se pretende uniformizar homens e culturas - o que seria Ullla aberra M

ccedilatildeo - mas humanizaacute-los aoeitando e respeitando as diferenccedilasDentro desta perspeotiva aohamos que soacute haacute promoccedilatildeo quando as necessidades da pessca tendem a ser satisfeitas Soacute haacute promoccedilatildeo quando haacute natildeo ashy

A

penas um despertar mas tambem uma tomada de oonsciencia do valor h~ mano e da posiccedilatildeo que cada homem ocupa no mundo Soacute haacute proLlOccedilatildeoquall do o homem tem acesso aos meios de comunioaccedilatildeo e quando no seio das instituiccedilotildees pode exeroer sua liberdade e responsabilidade oomo pe~ soa humana Soacute haacute promoccedilatildeo quando haacute partioipn~atildeo ativa da pessoa Soacute haacute promoccedilatildeo quando a pessoa escolhe o que e mais adequado agrave sua reali zaccedilatildeo -shy

Evidentemente em um trabalho de promoccedilatildeo haacute diversos estaacutegios Por isso natildeo se pode esquecer que tudo que foi coloo~do como sendo promoccedilatildeo pode se prooessar em um soacute momento ou em momentos diferen shyteso ~ essencial que se tenha presente e bem claro ateacute onde se quer chegar porque ecircste trabalho jameis pode ser feito desligampdo da eacuteposhyca do momento histoacuter~co em que o homem estaacute inserido Em nosso ces~ por exemplo seria utoacutepico pretender-se fazer um trabalho de promo shyccedilatildeo humana sem levar em oonsideraccediluumlo a realidade mundial brasil~ira e de LEB

Como atraveacutes de um trabalho educativo se pode contribuir para a autopromoccedilatildeodo povo Inicialmente formlmdo-o inoentivando-oin~ trumentclizando-o e criando condiccedilotildees pera que tome parte etive nas associaccedilotildees e organizaccedilotildees de sue comunidade criticando-as e melhOshyrando-as Estas associaccedilotildees satildeo oportunidades de cada um exeroersuos responsabilidades e liberdede Por seu intermeacutedio natildeo h~ apenes Q~ despertar mas um comecircccedilo de promoccedilatildeo do povo todo promoccedil~o nno ind vidualista utilitaacuteria mas e serviccedilo de comunidade

AI v N

Promoccedilao humana e ascenccedil2o de ocda homem de ceda fraccedilao da hushymanidede dos grupos que i~pulsionam esse mesma humenidede Dontro dessa perspectiva nco podeillos acoiter a presenccedila de marginalizados por miseacuteria ou por privileacute3iOs de classes ou de castas (Ver 1ebret Konifesto por uma Civilizaccedilatildeo Solidaacuteria pp 15 e 85)

middot1

bull

A recuperaccedileo do home)1 acrgincliacutezcdo jcucis ser1 conseguido por um simples trabclho de clfcbetizaccedil~o porque embora haja una corrol~ ccedilatildeo entre onalfabetismo e mcrgincliz[ccedil~o assiD couo entre cnclfcbe shytismo e subdesenvolvimento nco se pode dizer que o analfobestisDo s~ ja a causa da marginalizaccedil~o e muito menos do subdesenvolvimGnto~cei tar isto eacute querer como diz Pierre Furter tomcr o efeito pele causa A alfabetizaccedilatildeo purc e siLlplos nco tem sentido uma vez que c tIera ashyquisiccedilatildeo de alguns conhecimentos de leitura escrita e c~lculo n~o leva a participar conscientemente do desenvolvimento do pels e ter

fo r -- um consciencie cr~ ticc de realidde A alfCbetizcccedilac de cdultos deve levcr o conjunto de populcccedilotildeo a participer do desenvolviru3nto do peJsSoacute dentro dessa perspectiva estcreacute contribuindo pcrc a integraccedil~o do homem no processo de trcnsfOrli12ccedilGo cultural

Diremos cinda que um trcbolho de educcccedilecirco dentro desso pers shypectiva de promoccedilatildeo para ser autecircntico deve pcrtir de necessidcdede libertcccedil~o das clesses menos favorecidas Deve procurar propicicr os elementos necess(rios pcrc que cdc- homem tOLlo pcrte ctive no desen volvimen to de sues cOLlunid~des fezendo opccedilotildees pele conservoccedilecirco ou modificaccedilotildees de reelidade em ~ue se encontre Cremos que isso eacute fundQ mental t porque uma sociedcdc Lloderna e democr5tica teiacute] necc8sidade de umc cuI turc pcrticipcdc por todos Este cul turo deve perDi tir c tocircshydes as olasses ou cotegorios sooiois o todos os indiviacuteduos qualquer q~e seja seu estado profissional ou niacutevel de instruccedil~o uma particip~

nt~ 1V~ na da SOCla1 polt~oa ort18 tlea c i cntflCCccedil~o Vl economlca 1 1 espirituclt(Joffre Dumezedier Rcfleacutexions sur lentroinencnt L1Gntel Paris PEC pI) bull

2

1 C01~middotSCIETIZACcedilAtildeO

Para se ter consciecircncia de alguma coisa satildeo necessaacuterios apenas ao~s termos o sujeito que teH consciecircncia e a coisa da qual ecircle toshyma consciecircncia O ~o ~e con~~i~~ en~retanto exige a presen2a de uma segunda pessoa exige UBa cOBunicaccedilao entre dois sujeitos so~ bre alguma coisa Conteacutem assim trecircs tecircrmos dois sujeitos e um obshyjeto Conscientizaccedilatildeo implica consciencia de si e comunicaccedilatildeo dedois sujeitos pela mediaccedilatildeo do mundo Conscientizar eacute portanto dar el~ mentos par~ Que o homem tome consciecircncia do que ecircle eacute (consciecircncia de si) do que os outros satildeo (coillunicaccedilatildeo de dois sujeitos) e do ~ue eacute o mundo A maneira de se conscientizar eacute que pode cariar de acorshydo com a eacutepoca histoacuterica a concepccedilatildeo que se tem do homem a viseo que se tem do mundo e o sentido que S2 tem da histoacuteria

Todo trabalho que visa agrave promo2atildeo humana natildeo pode deixar de si shytuar-se numa linha de conscientizaccedilao Logo neo se pode pensar em fazer um trabalho de educaccedilatildeo tendo em vista uma autopromoccedil~o e uma a2atildeo visando uma mudanccedila de estruturas sem conscientizaccediluumlo O homem nao pode se formar dentro de uma certa perspectiva dentro de um co~ texto hist6rico determinado sem se tornar consciente de suas respon sabilidades de ci~Jdatildeo e consciente de suas responsabiliQades de hoshymem criado c im~~u de Deus

Donde Se conclui que educer formendo a pessoa humemo dentro dep ta perspectiva de promoccedilecirco comunitaacuteria implica sempre conscientiza~ ccedilampO uma vez qu~ e imposs~vel educar sem dar elementos pera que o hg mem tome consciencia do seu velar couo pessoa sues exigecircncias de reslizaccedilatildeo seu dever para com os outros sue capacidcde cricdora sua ccpcciCcde de comuniccccedilatildeo etc (Ver o trabclho lEduccccedileo e ConsshycientizaccedileoH de Raul Lcndim)

o processo de conscientizec5o v~ric de ac3rdo COD a conccpccedileo que se tem do homeu Que eacuteS o hOl18 pcre noacutes

Encarcdo somente eu sua clLwnsecirco cni mo1 o horleuuml pOdcruacute ser reshyd~zido um 9bjejfLAE_TJi1tu~e_ze 0010 os outros animlIacutes a Uhl ser quebull nao tr2nscencle a naturezc e estuacute submetido e seu det~rminisrlOI=os o comportamento Jnimol eacute puremente odcfJtativo e a cccedilco do hOmiddotlem eacutecleacutem de 8odeptctiva cricdorc A 1I000ccedil30 11 do oniael necirco crie 1111 mndo nocircvobull mes se estrutura e12 ll1e~ma CO10 90 mndo J2 o honeLl tolcdo como secircr que co~hece o mundo e nele oria eme ordem humana apresenta-se nco c~mo ~e~d~2~~ndo mes~como UD secircr~~o ~undo Sue vida sue cccedilecirco reashyl~zc-se no mundo mes ~le o transcende transcende a netureza torshynendo-a humanc 0010 Ser oonsciente o honlem se cfirme COIJO sectuieijio do mu~do tornando-o seu objeto

bull 3 bull

Conhocenagraveo o mundo o homoD escolhe pcr si um sentido decirc a seu oovimento e suc QCcedil~O um significedo que trQUscende e orde~ ncturel bull Dei dizer-se que e inserccedilatildeo do homem no ulmdo realize-se com anbiguishydede eacute UD sor que trenscendo o oundo e por isso recuse-se e situe~

- t t se como sor do o~~dco Entrct~nto sue eccedileo seu mOV1men o 1n r1nseco que o eperfeiccediloc reclizc-middots8 no 2mndo

A relcccedil~o do hurlOo COrJ o 11Undo ecirc umo rel--ccedilco ocdietizada pelo trcbclho B cinde 1 frent~ ~os outros homens ume relcccedilco de comunic~ ccedilo 1 que pode ser expresse 00 domincccedil~o ou eo -0coTI1ecinento (LiE]BFur dcmenteccedileacutev de rViver ecirc Lutcr Pj) 1-4)

Ume vez feita ~ cu~ccccedil~o do que o homem no sentido genrico sereacute ebo( ]0 ll ponto que e qiacutelJse umo decorrecircncia decircste dignidede feminino

Iniciclmente diremos QU9 noo h~ nede que distinga o homem de mushylher no pleno de dignidcde t1U~~e cnquento ser recional cepaz de trenscender o mlli1do em (xis tecircncie pessocl relecioncde com os homens e com Deus (l]iB FundeL1cntaccedilao de Viver Luter p 22) Se fizershymos uo estudo dos texto biacuteblicos 8 dOecircl docunentos uontifiacutecios que tra tem de flll1er e~contrclmiddoteos trechos provendo qu~ elo e O honem sio igucis qucnto agrave n2 ZC o dignidocle criou Deus o honem e sue imeshygem crioumiddot o ecirc imepGLl de (11S e cri(Umiddotmiddotos honem o Tmlher (GenI27) bull Comoveuuacute~ o texto n~o fez elusZo elguwc n superioridcde de um ou de outro sexo~

Nos eplstoles do S~o Pculo 118 t~beacutem1 vaacuterias Pcsscgcns onde eacutele abordo o problema dentro desse perspective de igueldede dos secircros hushymenos Assin ne ]~ Epiacutestole eos corin~oos (XI1112) o apoacutestolo nos diz bullbullbull nem o hOriacuteED exisie SCi e mulher nem e mulher 8011 o homem $

no Senhor Porque se e mulher foi tircdf do honc1 t2tlbm o homoLl foi concebido pole Lulher 1 ll~S tocircdes cs coiacuteses vecircm de Deus o Dirigindo-se aos Gaacuteletes diz lo natildeo h6 judeu nOD gregos nco h~ servo nom hoshymO1 livre n~o baacute hOIleD) nol Bulher Porque todos voacutes sois Ul] soacute em Cmiddot ( 1 -I 2 )8SUS r~sGO J 1 ~ 8

Pertindo desses coloccccedilotildees 1 UlilC pergunte se irJpotildee eil que consis te esse dignjdcoacutee que e Llulher recebeu de Deus Pio XII responde de

bull Uile formc oul to lllcidc eacute soacute interrogcr e noturezo huncuc tel qucl Deus) foJuou elevcCc e rcsgctedc pelo sengue de Cristo Em sue digni dede pesso~l de FilhGB de Deus o houem e e mulher SQO ebsolutamonteshy

bull igucis bullbullbull (Pio XII Alocuccedilco ~8 mulheres itclicuas en 211045) bull

Com efei to pode-se dizer que c rlulher e o homem sco iguois que to c ncturezc e c dignidede eT1borc haje olgumes diferemccediles de fUlCcedilOtildea3 A primeirc delcs e e meis fundeDltmtol neacuteo reste dUacutevide eacute o bioloacutegimiddotmiddot ca A proacutepria estruture fisice do houem e de mulher det0ruino funccedilotildees diversos no que concerne e proc~ioccedil~o Ao ledo desses diferenccedilcs eshyxistem as de ordem psicolocircgics c que se epresentoo socircbre vaacuterios ospe9 tos Sco esses diforenccediles de funccediloes fiacutesico-ps~quicas quo levam o hoshy

4 o

BeD e Co li1UIher c se cOrJpIGt~reEl 1-LCS nroN soo G 1as que dtc ori1ncn o d dque e proprio prro o honGI ou par c mul~er eLl terrlOs 00 1Vlso~ c

trabalho G d0 possibiliddcs d0 reclizeccedilao Acrcditauos quo as d1fc shyrenccedilas existem mas satildeo devidasGB grande parte a condicionaDcntos sociais

O trcbclho servil etribuiclo C I1ulher sua proacuteprie cveliaccedileo coshy f h t imo objeto de que os honcms se serve sao U-J enOLlono lS orlOO e cv shy

dencicm una si tucccedilatildeo dG injusticcedilc e de dorincccedilatildeo por pcrte do soxo nl culino (rmiddotmB Fundalwntaccedilco de lIViver oacute Lutar ll

p 22)

Atuelrlente nco soacute a tlulher reconhece suo dignidade rJC-S tenbbl1 cada vez mais tone conscincia e reivindica direitos e devores con shysentecircneos 0011 ess dignidade tento nc vida fcmilier OOBO na vida s2 oial (PT 41) Aceitcr que a r1Ulher eacute pessoa no sentido pleno de ~2 I avrD eacute efirt1Dr que ela eacute iguel co honem e negar que ele seje UH ser que encontre sue rnzco de existir no honem Partindo dessas colocaccedilotildees podemos concluirl n r1Ulher necirco Gxiste c surviccedilo do honem nGliacute1 o hODum a suacuterviccedilo da uuIher Llas todos os dois a serviccedilo da obre do gecircnero h~ IDno a serviccedilo de construccedilecirco do wundo (Jecques Leclerq Vors unuacute ff mille nouvelle - Ed Universitcires Pris 1962 ccplIl)

1 2 Trebclho~EQ

Vrios sEo os sentidos ddos eo torno IItrebelho PCre uns b ecirclo o mediador entro o h0l210n e o nunc1o pera outros 3 o 0io pelo qur1 o honem cteste sue presenccedilc pcssoel construindo une obre tlui tos jul

li shy

g~D-no enfim CODO o sinel dr transcendencia do homem sobro o mundo LIas nco eacute sonGnto neste pIeno que se -lcnifeste c plurelidcde dos sen tidos d~da co trCbalho HistoricCD0nte tGub6n toe-se dcbetido sSbre seu vclor Pare os Gregos por eXQLplo [ dignidcde do honeo estcYc ne etivid~cG contenplativa sondo o trebaIho m~ual desprozedo

A vis~o biacuteblico no entcnto eacute totelnuacutente diferente Deus ~ende que se cultive o pcrriacutezo (Gecircn 1115) O trcbclho penetra 0ntco no iacuten tino do sr hlo fcz perto do plc-l1o fundascn tel dG Deus sSbre o gecircshynero hmlcno O pecedo entretrnto degrade o honea E dai Oi~l dicmtc cnte s de expriuir e puj nccedil a do hOXCLl IacuteElcgem do Daus I o trcbclho se torno mIC (1ccedil20 uacuterdue e penosc__ Nturclwmte o tr~bclho devcrio SGr ULm ctividdu ospontacircnee e cIcgre uas pelo peocdo torno-so eacutelificil o doloroso A EncDrnaccedilatildeo e c Redonccedilco renovem cste visno dcndo UH sentido portioipcntenente criedor c rodemtor co cgir huncno J DOSDO se

bull do o trobclho Url~ tnrofc rclua nocircIe se desvende a r1c~is iacutentiLH1 o funshydemental espcrcnccedile do hOUOtH a eSIJorenccedilc da Sc~lvcccedilco

A oul turo nodorne cpresentc cOrJa denominedor COL1Uru o huaanisI10 do trobclho f eacute c pcrtir decircle que os veIocircres se torna0 fundcuontados t O houeu constroacutei un ~undo hunano onde se hun~niza huucniznneacutelo Eu SU41ns o brcbclho reIccione o hOIJOD con o mundo hU1cniza e 11turoze c oOtlunicn os hODens ~ntr8 si dando agrave accedilecirco hUDcnn UDe rcsponsobilidede universel

5

bull

rodo vlor do tr~ ~ ~ z e obre per cle p llZJshy

do antas - expressc o vclor doacute hOIlOU que pelo-tr~ r~vc~e o lnshytino do seu ser r sue trcnsecndecircncicv sobre o LlUndo 1 sue occedilco cricdore de UE D~O huunllo Ecirc pois o trcbelhoque revele o sentido do hoshy08n Ecirc po ser ecircle dinaDislo proacutenrio de UTl secircr consoiente e livrG~ que gcnha a suo digniclcdo CJB F~doJentcccedilEo de Viver 5 Lutcr PiP 5-7)

o hone1 eacute UI ser de relcccedilotildees COtlO ser consciente dicmte de nfl tureza ecircle nca cpel1CS c conhece L1oS troneforna-a pelo trobclha h ncnizan~c e ctrcveacutes do trcbclho se conunico eoo os outros honena Este conuniccccedilco entre os honens pode ser feit~ sob ducs forocsl de reeonhe~iDcnto e de douiu~ccedilCo

A conuniceccedilco eacute de reconnampuacuteinonto q~ndo uma pesso procure ~~~ tor a singulcridcde de outra nunc atitude de reconheciuwnto e de coor qucndo nco h~ conuniccdos j nas conuniccccedil~ qucndo nco heacute ct~~middot tude de deBpotisoo ou de sinples indiferenccedilc pelo que o outro eacute nas sitlum atitude de CJ10X e de respeito pelo outro 0000 pessoc cono sujeito COLlO ser presente-no nundo responseacutevel pelos outros seres Nilo posse elessi cr neI1 definir o outro 1 mcs ccredito nele c o resP Ed to Enfim c cOLluniccccedilatildeo sob e forJlc de reconheciucnto eacute equ~ la que se dirige co sujei to e quer sue reclizeccedilco oono pessoe coco liberdeee qucisquer que sejen seus dons ou defeitos

Acirco contr6rio c couuniceccedilecirco se fez so~ e fornE) de dO~Jincccedilecircoquca do treto o outro COilO objeto quendo o treta CODO U11 auscmtc 00110

un repertoacuterio ele dominc~co qu lO podu ser uacutetil ou cano Ui1 instruuc) to ~ minhe clisposi2coll Enumucl Eounier f O PcrsonclisLlop 63) Hn re~cccedilecirco de cloLlIacutencccedilao o qu ccontGce oacute UJl iechcnonto socircbre O cu N~o shy

hcuu BoviwmtodQ 2l pcrc O tu~ e fir1 de se chegu ao ~1 estebolg condo cs uumlTl bcses ro~is uw l1undo do crioccedileo hUJ1Cllc Fincll1ontc pocle~se dizer quo e counicoccedilecirco ele doninoccedilco rigoroscDcnto f c1cndo

N N N N

nco Indo suumlr to~ 0010 C ol1uniccccedil 00 porquG nco hc unc rolcccedil-o do eonsciecircllcics ncs cponcs cOlunicedos ou inposiccedilotildees entre honens

Lbrowos r t cu que u c t r[wes d C comunJccccedilco cntVi C~1b I ro os h ODeus q~e o hO_lGLl recrio c Ci~ ~middotQDQn to i pcrticipcndo t CSSIacuteLi t no c to de Crif geo EstL COUll1iccccedilotilde-o ecircste [to de CDor eacute o reflexo do Deus na criashyture t rio lODOU

NIrbullcs c nluni CCccedil co entre Deus e o hOLleo nco se r~ SUllG nc obro do bull I

crJcccedilco 6l )U8 Deus se Imnifesta poreacuten eacute um~ relGccedilco que continua a existir e 2 reclizcr-se c trotildeveacutes dos teupos e que v~i cteacute a Pcrus1~

6

Natildeo se pode falar eu cormnicnccedilatildeo desoonhecendo-se os meios que possibilitem sua realizaccedilatildeo

O primeiro decircles eacute o lrab_2J11o O trnbclho cooo j5__foi c1itot~ansect forma e na-cureza y ateste a vide hunane e e aperfeiccediloa -S e tclben a nosso ver o principel meio pelo qual o honem se comunicc COB os ou~ tros homens

Ao lado do trabalho outro ~leio de comunicaccedil~o que mereee um real - t t daes aque e a ~JLu~aJLao Se entendernos e ace~ armas a e uoaccedilao omo pr~ cesso global de reelizaccedilatildeo hUllllme que iaplica eu accedilatildeo cperfeiccediloadorc nco soacute por pcrte do educ2ndo Em8 tG~1beacutem por perte do educador procosect so pelo qual o honeu cresce no contato eoo os outros h011ons e 001 a nCtureza tr2nsforwmdo estc em cultura e conunicando-ee com os outroe

t 1 d n e ducaccedilco soro necesser~cl]en e a~a ogo sera I1e~o o COE1Ul1~CCCcedilco ou a comuniceccedilatildeo por excel~ncia

Outro meio que nos pcrece UlJ dos wuumls espontecircneos c por isso I18sect

OOUI dos mcis rioos eacute G Ete_l-012~ar A arte populr lonifostc a sensibiliclcde geral dos que c praticCil por UL1C seleccedilro de lotivos que sco ume espeacutecie de lingucgeJl oifr2da Por detraacutes desses elOiwJltos apashyren temente sinples apcrcnteilcmte desconexos mui tos VecircZiCS 00 observS

t N f t bulld or es t remh o e pouco d esev~scoO 03 00 cs ~n ~n~ es e ver~aiacutel~S3~Ke ex pcriEacutelncics relizcdcs por m1i-bcs geraccedilotildeos (IIEB Justific~ccedil2o de lIVi ver eacute Lutcr p 86)

Ao lado dessos meios tclvez os a2is ricos lembrorelOS OUbros 02 110 veremos c seguir

L QQPv~~_rsQ por e~eLlplo eacute Ul1 decircles No meio rurcl sobrotudool2 tono o lugcr da lintUcgen escritc Lpresentc-se sob os forlcs Dsis vcshyriadcs I desde os ilbate-papos os liDoxericos 1i oteacute os notcias que s~o trczidas dos oentros urbonos atrovGs do Severino que foi c feiro ou do chofer de ocninhOcirco que pcsse todos os dics 11 estrcdcbull

Ao Icdo ele converse orol outro Deio de coouniccccedil~o que uercce ser lembredo eacute ~ 9orr~on~~Icj_c ccrtcs d negoacuteoio assuntos fc1ilic shyres pcrtioipoccediloes socicis eto Tudo isso e cssunto dr converse ascri shytc Reconhecendo a ililport~l1cia decircsse Deio lar1ontcoos o fe-to do Lmi tos homens n~o o podoreo utilizcr parc 80 OOrluniccr eoo outros hOlJGns as a cOL1un~caccedilco ~ s t coril o IV~Den t o d c t n-oc d ~~nc~a aOSOl1VO ocn~ca N prrou ci Houve uo ercnde cperfciccediloL1CntO liiacuteovos meios surgiran tJleacutecrcfo telefone iaprensa r5dio cincuc televisatildeo etc

o te~bgr~fo por exe~lplo vaio resolver o problerlc dr rcotildepidoz dr comunicccedilco uumlscr~ ta eilborc 8ejr UL leio ustdo qu~so quo c~clusivrDonshyte nc zonc ul~bncbull J2 0 tuumllofone necirco soacute fccili tou L1cs t-Llbbruuml foi UDa sOiuccedilao pcr COlSCs CTI r~gc GGg~en UH rU~uCS que t es ob tOr~c1Cm t c

cont1to direto ou escrito Desdo os reccdoa utilit~rios os ch~nCldos o

7

bullbull

e pedidos de fornecin8nto ctC os siuples bcto-prpos o telefone siJ shy1 f t t R t 1 b bull (lUP J Joou nuJ o c CC~lunJC-Ccediloo c CJs nOJe es c 0Ll rer 1ioa~vJe c ~ t lo no nosso pCJs esse -18JO ele CODU11JCCcediloO S0 ros rJngc quase 2pono8 c

tzona urb cne e cssJr1 UClSilO prGocrlc10n e

CorJl relccedileo c~ iruumlpronsc podo se dizer quo lc foi 9U030 Ull suco A N - A

dana0 de convorscccedilco orel e de corrcspondcncie COLlO est2 t ele uuml touumlshyb d d er1 voa c UD grcn e nUDero ao l1OrJons

O hOLWD ctuclBGnte t conte cor outros rteios de OOUU-YJ1CCcedilCO

O oine~ por exenplo quendo beD reelisodo eacute uu dos neios noisbull bull 110 d d 1 t rJcos CJneDc G U110 espcele e De JoClor en re nos e c proprle VJClc

entre os ngtssos olhos e dos outros llomens Atrcveacutes do c11180 o houon torna-se trc~nsporente i luz eloqientc dirige se pcrc o rosto os olhos que nos revelcl c SU2 personelidede Uco Llportc quo seja o

t t t fN U t vlgCrJO o pros 2 u C ou o or 00 112 purgun C seLlpre G I GljjC que]H HA

Sco eles CruzcDos diricllente COD centcmes de pessos nca neo nos encontrDos Feltc-nos teopo pcrc isto e sobretudo disponibilidede Eol olhemos o proacutexirlo O hote~ torlo se UD eoisu u- objotol pcrc o Jutro hOD8l 1188 o cineLlJ nos obriga senpre e pergunte qUOl s~o ocircles E ueis cindc nos leve ~ indcgoccedil~o qUCD sou eu (Guido Logger sscc Educar pare o Cineua ColoccedilGO ~ducer perc e Vide Cedorno 2Peshytroacutepolis Vozes p 7) Coo VODOS D iuportecircncic do cincua OOilO l1cio de conunic~ccedil2o t enorLle InfclizJonte eacute tc-beacuten G ~oIillClc rcstl~i to c zono urbcn c bull

(J t d d middotun o 0 ro -20 cpeser e sr ur iJeJO Donos rJCo quo o cJl1euC t

sue penGtroccedil~o c-uuito D~ior O rtdio chego aos lugaros do acesso ixds difici Por seu intaroacutedio o honen de zonc rurcl por oceuplo podo tot1c~r conhEciJcnto no soacute do quo 80 pcssc nc~ cidcde proacute~i~l~ 1~CS tCj~1-beacuteIl no p2is no rundo O proacuteprio middotfeto de o reacutedio ser utilizdo cono UiJ ins trunento dE oduceccedilo Oacute UL1 prove de seu vgtlor

Entre o Oi1101C C o reacutedio poder-se-it) situer o te18visecirco Necirco res t duacutevidc qUG G U1 elos Lcios 1i8 Dod)rnos do conunic-~ccedil2Co~-middot-que nOD

seGpre 6 be~ aprovQitdo Sue influ3ncia ontretento fico licitada co Deio urbeno ou colhor oos gr~ndcs centros

middot T d cvJ e ncO so pode flccr prosoAost0S D010S de coo c COu11CoCcedilCO

10 sendo os uacutenicos Outros eJds-cer e dCSClroqI1hD UD pcpel deoisivo so bre es populeccedilotildees co~o eacute o ocso dcs estrcdcs que pouco c pouco vOtildeOacute ligendo deg pois todo Sobretudo o tr~fego ceacutereo inpriDc e estos co~un ccccedilotildees a repidez do seacuteculo

A tu-liiacutel mte j~ nco constitui novidcd0 clgune dizer-se que grcJlde nUacutet10ro de brcsiloiros no pcrtioipe de vide culturol do Pcs Nel se] pre poreacuten se teu consciecircncie de Que c ciorie dos horous 1S0 ti _tu

bull 8 bull

10it~ dc 21lJ t~f rillS sim Qbjcto dc cul tUla de una li~oric e que o de sn~vel cul tural proporei ano UI1 tipo de i2crginclizcccedilco que dificulte e proacuteprio conuniccccedilco entre os homens e entre os diversos grupos soshycieis

o desniacutevel cultural gere COUUIlOnte desniacuteveis nos plenos Gconocircoishyco sociruuml poliacutetico e religioso Por cCuse decircsse desnivolanento e sociedede bresilcirc cteacute hoje esteacute forocdc por grupos culturclu0nta e strctific-dos Nco foruumlc UrJ tocio t no quel o rasul todo dCs olcboro shyccedilotildees cultur~is eacute pcrticipcdo por todos oesoo que ecircles ~~o pcrticipeo dcs oeSLlC8 etivid~deacuteS ou no ueSLlO niacutevel Todos colcboran 112 oleboro shyccedilco oul turcl uCs nen todos taJ tido oportunidcde de prticipcr pro shy

bull porcionclnonte dr suo 8ignific-ccedileo Ore isso nco podo ser coeito ~ preciso trouumlher por UD tipo de socicdcde eL1 que se aceite o so epro voi tee oontribuiccedilco de todos s preciso trebClhcr por up tipo de 80- ciedcde onde o oulturc suje cepcz de sotisf~zer ~s verdodoircs e toshytcis necuacutessid~des do houem

tI d-- necosscr~o ~r bOl clCro qU8 qU1 quer t N o~cs G ~n uumlnccediloo propor shycioncr co houcu 1lgun loio do il-lhoric cul turl teLl quo prtir decircle

e h Jvo raSSDO TGJ-S8 (Ueacute pc_r t lr d o prlnc~p~o que AIc oucn o o 10 t pr~u

cipc_l de sue proacutepric forneccedilco TOl-se que cjudcr o houou e se si tU8r eu seu contexto e scb0r distinfllir o que o difercnci1 ossenciclL1ente ds estrutures sociis dos conclicion~i8ntos de n1turczc c dos outros hO1ens 11 A priuoirc terofe do crist2iacuteo sc rochlOnte for crredo de

d e t f OSSi3S d obI- SUJClCO t lo scrlco e rns orucr nOeacuteOnSG JGtO GI c ornoshyrG_luen teilcgel de Deus se outoconfigurcnclo bull TI) so este cutooonfigushy

so so pod G f czer nc t t~Vldcde conSClOnC~ose ov~shyrcccedilco ln erSUDJO dente quo o hOiJo nso pode sor suj i to de cul tur sc so intogror no processo culturcl socil G hist6rico

RetoJl1CO ncis ur~ vez o cua j~ foi dito lonbrc~roDos que D

eccedileo hUHcnc per ser counicccedileo -elos honans entro si ter sClprc une d~oanseo socicl 1l cul turc protildepricwnte di tc nco eacute o produto dc 0- ccedileo do hOtleLl singulcr l2CS dos hOD8ns socicloGnte relrcioncdos Se e cfirncccedilco do hocen ele n turezo trcnsoendendo-o e trnsfOrj~lcnshydo-c 6n teo el eacute 0010 prosenccedilc c~o homeo no rlundo elenento de ligoshyccedil~o dGS hOBens entre si~ por isso ten que ser vivida por todos proshyporcio~elnento Cricdores decircsSG ~undo humno todos s~o rosponsaacuteveis pesso~uumlLlimte 8 8ilqucnto todo sociol pelo justiccedilo e injusticcedilo do or-

A shyden hUD~no de que eles so sujeitos Aceitcr ou recuscr injusticcedila1

(~c oreleu 20cic~1 n3o eacute torefc do hOllel isolcdo DC-S de toclos os honcns mqucnto secircres conscientes livres G c o JlUni teacuterios

A condiccedilecirco priueiro pc~r~ quo o hOrl211 s~ ~001izc COD0 pOSSOB e

que os direi tos que 8Llcnau de suo proacuteprio neturezc sejcl respeitcdos Dntre os v~rios direitos scliunt~rcDOs os seguintes

9 bull

tA bull direito e eX1senc1~ bull eacutetiroi to 03 [leios l1cousstrios prc viver dignDL1011~O ~ direito ~ pesquise do vurdcdo e c infor~~ccedil~o vo=dico sabre 03

oconteeiuentos puacuteblicos bull diroito D p~rticipor dos bens do culture o ~ oduccccedil~o

direito yscolher livro~o~to sou prampprio ostndo du vider

diroi to trcbclhcr liVrElllOnte e de flOdo hULICnO J ~ N d bull o oons1re1uO oqU~S1Ccedil~O de

direi to [ locomover-se clontro de counidcde poliacutetioc diroito o associ~r-so direito c pcrticiper ctiv~~0ntc de vide puacuteblico

bull (pere ULl estudo deste prte vuumlr ospocicljJcnt~ c encolioc eGD in Terris paraacutegrefos 11 c 27 e c Doelcraccedilco dos Direitos do L1el de ONU t 011 1948)

Couo os direiios do possoo ast~o bOE axplicitcdos no p~ocu in Terris e CODO o tono Cultura pcrticul~rjJQnte no osp0eto do nU8ossidoshyde de todos pcrticiporc~ o cprovuitDro~ dos benefiacutecios de obro cultushyrol ~ abordcdo 00 outro perte do Fund~u8ntDccedilno verODOS oqui epencs o cspccto referente 00 direi middotto que middotGodos os hOiluns tOcircil Oacute instruccedilecirco o educcr-sc

Como j~ foi visto cduc~r ~ l0vcr o hOill~D c t08~r consci~ncia da S8U ppcl d0 sUji to do clmdo 6 illtogrcr clguOacuteLl n~ obro cul tur-l nc dh t occcedilco o 0-011 que rcnsforlc o nrdiurezc A educcccedilo e UIl~ oaG~ncJc uuml

Uil direi to ele todos Ul conc1iccedil~o pr~ quJ o h0L10 se roclizCi c so Af1rre aouo pessoE

Hd d t o d cut t d cE) uccccedileo uumlvero ser u 1nSl1ucwn u o-conSC~Cj1 Jzcccedilco nu grondu co1tiJiacutemto huneno quo vivo otilde llcroacuteoIl d- vide culturcl Di) voreacute ojuder o hOI1oU e tOoos os honollS a S0 de silnvolvoreu G c se intoshygrcreu no couunidodo trczondo pare elo os riquezas individueis o do grupo Todavia pcro que iste econtoccedila n uacuteducaccedil~o teu de ser pfrc tE dos tera de ser pcrc o povo =os que se exige dD uuo 0duccccedil~0 que so quor cbertc c todos uno educcccedilatildeo poro o povo Exige-so que 010 sirva

iE t od os e nlto cpencg o esmiddotcc ou oquelo clsse c estes ou oquoloB n-t~recircsses Oige-so que sejc flexiacutevel e responde agraves necessidc-dcs e ex gencics dos crcndes setocircrGs sooiois cnergentes c vide l1tcional

esoo10 couo instruDcnto d~ do~oerctizcccedilampo de culturc e~bGr~ n1o ~pencs orientar os que c procurnn DeilOCrctizedo sue funccedilotildeo sur~ ncis Llportaute reprflsentar o povo integrcmclo-o n sociodcderaquo necirco pcrc quo ~le se torne consuuidor pcssivo do u1c cultura que natildeo f3z

- ocs pcrc que sejo trcnsforuodor ( criedor de cul turco

Podemos concluir Qste i toa dizendo n8o se pode cccIacuteiicr uu odushycccedil~o 00 quo t5dc e quclquer plt880e nco encontro oondiccedilotildees pore uo cutentic~ reelizeccedilco UlJL ecluc~ccedilecirco que nco possibilito o rGalizfccedilecirco dcs exigol1cics de hUDcnizcccedilecirco senpre cresclmto d possoc htE1Dilo

bull 10 bull

11 d t 1 d 1 dmiddot bmiddot s t r ~ c O si~ pvssor 8 8 C -1) O SCC1C qUiacuteJ n1nguel1 pO 0 ~ --- L

llccedilSiJO O viver n(- nod v01ccr co Pi SOL 1wnbrer-s0 elOS ili1OS ~ ~ fmiddot

propr10 d0 cCde hOilOl ctingir sue p-r (iccedilco nc COiUl1lC~CcedilCO COE os outros Tl socicbi1iclcdt) i priilOiro lu~cr SU 8xprine nc cOLltmide d( fclilicr ond o hOllOl~l 0 c _ulhQr constituiacutedos n ~_[3~_4iuli9-qs so ordene1 uu co outro cos filhos pelo vinculo do cDor pJssocl ll

bull

Prre quo fcLiacutelio cjude ruacutecluente c rcclizcccedil3o de seus lllbros 6 necess6rio Que ele decirc eonciccedilotildees pcr qU0 todos d~sonvolvcll sue pIJrshy

bull sonclidcdo u hcjn uc vordcdoiro respoito e cccitcccedileo antro todos ~ Jf d cdrproc1so qUG sOJcu cC81tcS todcs cs Q1 urenccedilcs C V1 C propr1c U0 LO ~

UH cssio COI10 sucs inicietiVcs Isso soacute Se processe no QntcllcG qucn do heacute roeln-n to c orficnccedil c bull Jll tG ajUS Dunbros quc~ndo h~ COiu1ic~~ccedilecircotilde ErJ ULle pclvrc qundo h~ caor

PCrtindo dtisscs cloc ccedilotildecs ampo-nos conte que o middot~binto oni 1 soe Ul 1b1011t e -COCtOS Su r0 lJZCll qUnd o G0US Q bull 81cr onou L~OLQl(l~_

DO disporsos p=los unccrgos qu~ tGu for~ da ccsc so suumlntu~ felizes quendo se GnContrcll ou C]u-ndo os filhos gurrdu d-~ inf~ncic ou de juvGntudlt c lc~br-nccedil- du ua l-r onde cncontrcrcJ1 clOr Cf por isso

l J Omiddot t conuJccedilocs pcr~ su uosbnvolv0re~ S pc1S qua procurc~ crJcr cu oucs

P

CS occsiotildecs ULl sabi0i1to ojldo os filhos sojml considcrmlos COLO sujuumlishytos t COi10 soros dotedos d0 cOl1sci~nci e libordcdc sco sJ71prG r(COishy

Iiacutens- d s Lmiddotmiddotmiddotmiddot~brnmiddotmiddotmiddotos ~ 1nc~- ~ lU~ f~middotmiddotl1llmiddot on j s u UO n --Dros tJo ~JJ ~ oIl~ t- d - - 1_114 tond n

v c rdcd i rC1i utCJ t c rocliz8rJ~l-sG n2o eacute cquol2 onde h5 lUi to Ginhoiro I1CS onde h~ U11 lliacutenino da condiccedilotildees hUl1cncs uuml clOr onde toeos sro trs tedos co~o suji to o nco nOLiO coisa (VGr Jeccqu~s L8clorq Vore UIW

P~lIacutelle P-ris t d UniV(1~8i trircs 1962 ccpV)

A feJiacutelie t8D dirQi to e c-rtcs condiccedilotildelts tento do l1ctur0zc ecoshynOcirclica G social coa0 cul-curel ~lorcl que contribuCiJ pcxc consolida lc e cLlpcreacute-lc no dos0mpJllho do sue funccedilco (PTsect16) 802 lS lliacuteniIleOshycondiccedilotildees Gl h~bi tc~ccedil~o c de ltJsccbi11d-de 8conocircuice por oxoplo c f

1 d d b 111 ~C neo po uumlrc 11JU cr c todos sous Wil ros c sc Qcsenvo VQrOl o [1

s~ ro~liz2ra~ co~a plS80cS

Por outro ldo ilCOLlpotc Cos pcis o prioridcd0 do eacuteiroi to N 1 I ~) A ques t co do sustento o oducCccedilco dos proprlos f11hos PT ~17 80 eles

os educodores netos do seus filhos 1l U8 diriaacuteto L1[8 ( tcnbeb Ul doshyvor qUl corresp mdG co diroi to Que tel os filhos de exigir decircluuml6 ecircsto cuidcdo Dste oduccccedil~ot co~o o sustento aos filhos davo prolongcr-sont t t - qUl os es 011 COn01ccedilo08 nortle18 posscn v~ver por oon ~ proprle bull

roclizccedil3o de uu f~liacuteli~ no dcv t ~l

teric ~s qUG tecircm condiccedilotildees pcre qU0 seus m0~bros 80 rGclizo~ dGVG~ sr UL1 COlSC 013018 cUGJ ~bull

shyder UL1 pouco d G 81 C outres qu nca goznrl decircsses ~osuo vclampras

bull 11 bull

A pessoa por essSncie uu ser soci~l Por ser U2 todo ~b0rto e gneroso conforoc ~ oxprossecirc1o de lseri tein eacute que lhe uacute peculir un corte eburturr - cO[luniocccedil~o Q quc 01- teLl que vivor 0-1 sociodcshydv ~ no oontQto 001 os outros houcns no dieacutelogo quo o hOiJon so dli scobr8 e se integr ne couunid~cle 1 couunid~de aebo cjudcr o hoshyne1 c c tingir plenewunte sues porfiacuteJiccedilotildees c se roelizer

Segundo Leco XIII II Cbull soci0declo nco foi ins ti tuiacutede de lodo quw o hOlJOL1 c busque 00110 ULl fiLl i~cs pcrc que nele uuml por ole posshysue neios eficezcs per~ sue proacutepric pcrfoiccedilecirco ll (SC194) TI Joco X~III ne Pecon in Terris ll diz quo II sando os honans socieis por ncshyturezc ecirc lister que convivQu uns cou os outros Q prouov[~n o bca uuacuteshytuo Por este rezatildeo eacute GxiGocircnoie do u~m sociedede hUijnc bel consti shytuiacutedc que ~lutueuentG sc jeLl roconhecidos e cULlpridos os ruspoctivos diacuterGi tos e dGvres SO[110-S0 itUQILonte qU0 todos dcvcn tr-zor D

sue proacutepric cOl1tribuiccedilecirco c oonstruccedilecirco de uue sociodedell(PT 31)

lIGs C construccedilatildeo elo Ul novo tipo dli sociuacutededo de U~lo sociodode D~is hUDGnc duacutependern d~ col~borcccedil~o de todos dns diferontes rolishygiotildees dos divorsos grupos ~tnicos ou idooloacutegicos O cristco tOil que oster presente nesse novo tipo de sociodode Sue presenccedila eacute exigide pele ceridc~dc e eacute Ul1 iupcrctivo do proacuteprio Evmgolho Por outro lc-cla esso pruumlsonccedile tou que ser efetive orgenizc~de t preciso d0scobrir unc fOrrIo que Delhor possibilite c todos porticiper ctiveLlonto no sociedcduuml 0 de exercer plenruluumll1te o pepel de sujeito ne construccedil~o delo O hooeu CaDa sujeito de Histoacuterie n~o pOdO dcixor do p~rticishypcr direte ou indiretcilOnte de vide puacuteblico Sogundo Jono XXIII bull die c dia so torno une exig~ncie da proacuteprie dignidodo hUrlono poder toner perte ctiva ne vide puacuteblico aubore verie e Bodelid-de desse

t middotmiddot 11 (p 7 ) per 1C1pcccedileo ~ 3

bull 12 bull

bull

BIBLIOGRAFIA p~R APROFUlTDiIEHTO DESTA 1amp PLRTE

1 Lebret - lIcnifesto por uua Civilizcccedil[1o Solideacuteria Livrcric Duca Cidedes Sno Pcu10 bull

2 Joffre DUL1DZedier - Refleacutexions sur lEntrcinenent ~(mtc1 PEG Peria

3 lkul Lcndiu Educcccedilco e Conscientizeccedilco Docuoento de Estudo elo LI~B

4 ELliJcnuel ounier O PorsonclisLlo Livrcric 1or~is Ik1i tocircrc Lisect boc 1960

5 Rocno Guordini - O l_tmdo o c Pessoo Livrcric Ducs CidcdcStS~O Paulo 1963

6 Jean Louroux - VOC2ccedilco Criste elo HOL1er~ FlcDboy~nt

7 Jacques Leclerq Vers lln0 Fcuille Nouvelle Editions Universishytaircs Pcris 1962

8 JOco XXIII - Pocen in Terris Editocircrn Vozes do Petl~bpolis

9 Henrique Voz - Iorol e Rosponscbilidado Socicl t i postilc de Esshytudos do 1iliB

10 Pierre Furter - Propositions p0ur une Etude de lAnolphcbetis~lC cu Breacutesil (uiueogrcfcdo)

-

2 ORGANIZLCcedilAtildeO

o trsbalho pareoe ser a primeira mola c~ue llOtivou algum tipo de orgcnizaccedilatildeo social de orGanizaccedilatildeo de pessocs CO~l um fim comum detershyminado natildeo nos estamos referindo ao tecircrmo trabalho como todo ti

IW ~po de accedilao humana t mss a p~oduccedilao de bens e serv~ccedilos para consu~o_ ~ difiacutecil imaotildeinar como o interecircsse dessa produccedilno edge a comunicaccedilao de experiecircncias de novas teacutec~icas de deseJOS e Gxpectativas quanto agrave boa diviseo dos seus frutos qua~lto enfim agrave Civisatildeo do trabalho ~ ra melhor atender agrave produccedilatildeo

J3ergson diz que o primeiro homem eacute o uhomo faber que usa sua inteligecircncia para a transformaccedilatildeo do mundo eu seu proveito e o distin gue do homo eapiens ll que posteriormente 8J)arecemiddot como aquecircle que iE terpreta e explica o mundo sem proveito ce COnSUIlO Hatildeo nos interessa discutir a justeza dessa distinccedilgo mas verificar a importacircncia que tem o trcbelho proagraveutivo (do homo faberH ) no primeiro momento em que surge o homem como tal E lembrar que a organiz~ccedilatildeo da sociedade procura ser uma racionalizaccedilatildeo da melhor maneira de se obter um oacuteti shymo de consumo de bens e serviccedilos seja por tocircda a sociedade seja por um grupo ou uma classe etc (bens que soacute poclea ser obtidos pelo trcba1ho humeurono)

~ntre as funccedilotildees da famiacutelia em tocircdas as sociedades (ver item s~ bre Estrutura Social desta Fundamentaccedilatildeo) as mais oomuns satildeo a pro shycriaccedilatildeo a satisfaccedilatildeo sexual e a produccedilatildeo sabemos que nem sempre

I l d ~ 1 dI t 1 t nOSsa sociedade bull Em muitos Ccsos o cesal continua ligado agraves respecti shyvas fa~iacutelias de origem se01 constituir nove fL~iacutelia s r mcrca distinshytiva decircsse tipo de famiacutelia eacute justemente o fctltgt ele constituir uma unishydade de produccedilatildeo e consumo = se o trebclho une tcmbeacutem divide pois algum tipo de divisatildeo eacute necessaacuterio em quclquer orgcnizcccedilnoJ a divisa0 do trabclho A divisatildeo do trcbrlho eacute o priBGiro tipo de distinccedilecirco de J~jiSecirco_c~ia~ que se conhece 1 presente eIil toclo e qualquer tipo de sociedade L~ compreendemos o fsto de diferentes pessoas exercerem a mesma tarefa produtiva em ~iferentes lugcres ou horas como cocirclher frutos ehl ampois bosques diferentes ou por turnos clterncdos o f~to de pessors diferentes exercere~ tarefas imediat~Jonte complementcrescoshymo o caso em que uns cpcnham os frutos e outros jUltom um faz as 00shyves e outro lanccedil~ es s~mentes ou taref~s natildeo imociatomente complemen tares como uns caccedilarem e out~os pl~illtarem ou um dirigir o trator e outro plantar Agrave medida que a sociedade se toxna m~is complexa por shyque o nuacutemero de funccedilotildees e papeacuteis a representar so multiplica vai- se perdendo c no~atildeo dessa complemantcriedade E nasce o mito do homem que IIse fecircz sozinhollJ eacute o horaem queacredita que nao deve a ningueacutem o seu suoesso ou sebecloria 011 experiencic De feto que rclcccedilatildeo pcrece ter um trabclhcdor rural quo natildeo conhece cc1ccedildo COID um operrrio quo

o casament o e ~ga o [ 1ei1~ ~a cu mlne~ra como se r c uo men e em

bull 14 bull

trabalha em fnbrica de sapatos Como nco sa vecirc relaccedilco imediata a tendecircncia eacute de se crer que nco heacute rel~ccedilatildeo elguma

o Erasil tem seguido clgum tipo de poliacutetica econocircmica consciente e mais ou menos planific~da haacute pelo menos dez anos No cnt~nto soacute

lt ino mJmento em que umc pol~ tica econom~ce pro-uz rGs~ scoa v~s~ve~s ~~

mediatcmente (desemprecircgo perda do poder amp0 a~uisiccedileo do bens c servi ~~

Ccedil06 por perte dos assalariados etc ) e ~ue 80 passa c~cr con~~onc~~

coletivorllonin da reloccediloo entre UDC politiro e o dia adio C o c-(lil trlJ~alhf dor Eo e1tc~1to essa relcccedilco sempre existiu e ~BS10 o fato de nco se ter UJc polt tica econocircmic8 conscientemente defuumluumldc produz tmbeacutem seus frutos pcrc ccda cidcdatildeo A coploxic1cde c~s L1terreloiotildees 50 cieis foz COIU que se perca ccde vez mois o ncccedilco de divisco do treshyOolho e conseqUentenente ele suo funccedilco soci1

Que to neis complexo a sociedede qucnto J~middotior c nuacutemero eacutete funshyccedilotildees e papeacuteiS diferentes c cumprir e rGpresenc2r l2ior se torna o deDendcnoia do homem do fruto sociol do trsbclJo Nume sociedade bcse ad no extrctivismo isto eacute cuja subsistocircnci- se bcseia nc I1penha de oonsumo produzidos pela natureza eacute ben mais posslvel que cede um seshy d t o b tAJa cepcz e execu er todes es funccediloas neC0SSor~as 2 propr~a su s~s cll

Qla J o mesmo nuo acon t ece 0B umc OOil1p1exe como o nossac SOC~GCeCle

e~ que co mesmo tempo oria novas necessidades pare os homens e es ~S tisfcz Bm uma cidade um hOillem que nco ~cccedilitcsse quclquer tipo de re

N ( Nshy

lcccedilco socicl com os outros homens o portc(lto neo comprosse nco venshydasse 5 n~o troccsse nco pedisse) primoircmente nco teric cso netl raupc ~ teria grcnde dificuldade pcrc febricor um linho ou ender muito at6 encontrar Uille eacutervore ou qulquer plcntc que n~o tivesse sido plentcdc ou cuidedo por outro homem =esmo que nco se trctesse eacute1c um homem de cidade o probleme n~o serie menor pois o mlnimo c di ~ z~r sorie Que ecircle certemente uscric os conhecimentos adquiridos dos outros e trcnsmi tidov por ales -__- - shy

22 Coopercccedil3o

~~ssa diviso do trcb-lho ncde mcis eacute port2ntot que um tipo de ecircoopereccedilco A cooperaccedilatildeo eacute o fenocircmeno de interrcloccedil~o sociel que cQ mo vimos ~CilllC e nos i tens reltivos otilde comHB9_es3amp ostecirc ne b-se messhyme de vide hum-ne ~lG pode oer meis ou menos evidente c mGis ou me shy

Anos obsourc mes este sempre presente Sebelilos no entcnto que se tQ de coopcrr~eo eacute de clgurn forme consciente (impllci ta subentendidr) ele pode neo ser expltci te (cLrcmente expresse) pcrc tocircde sociedade em todo momento De mesmc fo~mc tocircd sociod-eacutelc eacute orgenizedc e tocircdo orgenizcccedilOcirco eacute igualmente consciente (eL1borc nem selpre explici t~~m(mtc~ Viwos no entcnto como eacute ffcil perder-seI em um sociedodc ccde voz meis complex~ como e nosse e ~res~p~ desse ooopercccedilOcirco e desso orgcshynizaccedil20 onte ccda consciecircncie

De clgume forme poeacuteLe-se portrnto dizGr ~ue tocircdc coopercccedilco 6 dz -lgum modo orgcnizada Por isso qucndo dize10s que ht ooopereccedilatildeo noo orgcnizeda e que temos como objetivo e cooporcccediluumlo orgenizeda eacute

bull 15 bull

preeiso que scibcmos exatc~ante o que queremos dizer para nco co~e termos engcno

~ freqUente como vimos que a dependecircncia social do homem no estGjc expliacutecita em determinados momentos ou sotores de uma socieda de Vimos por exemplo como eacute comum c idEio do homem que se foz sQ zinhou e t~hloS notcin de importecircncic decisiv que ccde grupo etri shybui ~ sue proacuteprio funccedilecirco no sociedade Ume freso muito comum refereshyse ecircs clcsses produtoras ll qucndo hll um pronuoiamento ou ctividcde

bull 6 shy taqu-lquer J QUC reune cpencs donos de grcnde 6 ~roprc S=6 e noo o ca cs pessoas que produzem D co ~osmo t~wPOf supoe que haja classes que n~o nroduzem o ~ue pelo Bonos eacute difiacutecil de cceiter senl que se de

J IJ11termine de qu~ tipode ~~d~~q se este trat~ndo De mesma forme o

bull oouum a roforoncie cs clcrsos trebe1hcdorost qucndo scbemos que trc bc1ho ~middottocircdc accedil~o humcne oomo jeacute foi visto no itQ~ 12 de II Perto duumlstc Fun~~ontcccedilecirco

Isso tuc1o proveacutem de ttI compreensecirco Llcoffil1letc de profundc 1~ terrel~ccedilco sooiol que liga os ho~ons e ~s VbZCS do esquecimento e~ que c~em os objotivos o ~B f~~9otildees quo der~ origem ~ dctermin~ shydos tipos de COilportrnento ficndo npens ~stes 111tiGlos~ o que cQOnteoeu t por exmplo coc dcnccedilcs ou festos folel~ricell sendo o ccso ncia ri tente oio o~rncvel cujo relccedilecirco com o Qucresma perece hoje ~rc coincidecircnoia

~

Com cs tormcB clc3sioacuteo8 uumle eoopercccedilco aconteoe t mesma coise Os Obj0tivos podem 1ereacuteer-se no esquecimento e tpel1CS peranecerom forshyms de eomportcmento nem Sef1pre mui to compreensiacuteveis E 1sso torno [lcil percebermos como nco 6 s~ o esqueoimento dos objetivosL mas t~nbm o de especto~iacuteundmenteia dz ~rlte~A~~~~~ de eoopereccedilco que levem c quo certos comportmcntos nco produzem os frutos que ser1~ neeessnrio produzir~ Coopercccedil~o nco orgcniz~dGf ~ portento c 80010 re9ecirco oneleoa objeacutet1v08 neacuteo esto elr-rmente determindos e onde os meios pcrc otingi los nco satildeo eficientemente escolhidos Chcmcreoo~ co contrrio de coo~ercccedilco orgcnizde cquele o~ que seus pcrtic1p~ te~ deterIllincm os objetiv08 c escolhem 08 110i08 meis eficiantes e cdeCu~do8 p-r~ Co tingi los

~xista~ m~ltiplcs rorm~s de coopar~ccedilco nco orgniz~do n~ vidn do no~so h~mem rurcl O mutiro ~ c foroc meis ciiacuteundid~ a possivol oenta meia oomplexe de eOOpGrc9~0 no meio rurel Edsta em todo O Bresil com nanes divereos (ver a Justificccedil~o de ilViver eacute Luter) bull Co~siste essanci~lmenta em uu tr~b~lho volunttxio feito por veacuterics possocs prc ctender c umc necessideuumlo espccficc aerclzente da un peSaDo ou fL1lic que prgc com comccedil8 Q bebes Poco ser pedido pCillo i~tampresscco ou de inicictivc da outros qun~o tone o none de trci shyccedilco EB clguns lugnres eacute S9~pxe UfJC inici~tivo co pctratildeo ou propri~ tlxio que pcgo 0011 fcrt distribuiccedil(o de bebiqs Cono 0steacute portu to OOllunente cssooiedo tI feste CU0 o illt0resscdo PrOIlove no fira de joru-dc Ll clgu~e lug[res c pclvrcl ficou corno sinocircnimo de feste

A troce de dics eacute tcmbaacutem muito comum e consista numa troce de dics de serviccedilo entre diferentes passocs ou fcJlics Um ~gricul tor

bull 16 bull

pede ~ um grupo de amigos ou conheoidos pera cjud~lo em daterm1nnd~ tcrefn e os pega em outros tentos dics de serviccedilo

Um aspeoto importcnte do desenvolvimento do Pro~r~n eacute justcmen te o levantcmento c desoriccedilatildeo e n oriacutetica desses formes de coopere-9~O Com relnccedilEo a esses formes podemos observer o seguinte

le) sucnto cos objetivos _ ~ importcnte que ecircle s se tornem bem cleros t que aa eomunj

dedes seibam que estco cooperendo orgecircniccmente e nco nos esquece~ bull mos de que em elguns lugares mutiratildeo eacute sinocircnimo de festa e samp isso

- eacute necesseacuterio conscientizc~-se de que n ooopereccedileacuteo ~ tenocirc meno indispenseacutevel c vida sociel e que ele eacute constcnte e n~o ocns1oshynnl isso tereacute importentes conseqHecircncics quento coe meios de reoUzn ccedilco oonorete de atividades oooperativistas shy

- tento o mutir~o quento e troce de dies gucrd~ um especto deeisivcmente individucliste pois heacute ~jude mcs o~dc um tem n sun pr6prin produccedilco e seus proacuteprios problemes eacute evidente que se o mut1 ~ A N bull ~

rco fosse ~te e fese de oomercializeccedileo dos produtos nt1ngirin meshylhor seueacute objetivosl esse noCcedilao eacute muito importcnte pnre um conceito d oomunidnde enquanto EarticipcccedilcO e um fim comum mo~oo que samp aos nomic~man~e n exploraccedilco em oomum dos maios de produccedilco trcri~ anaL mes benefcios usando-se o ilesmo princpio do mutiratildeo muitos tashyzeuacutel em um s~ die o que um soacute natildeo frz eu muitos cli cs 11 bull

21) gucntoatilde eficiecircnoijl dos meios

c troce de dins eacute meis eficiente do que o lJutiratildeo no asshypacto de ilpage lI embore ombos sejcrn trnbclho vOlunteacuterio onde natildeo It

corre dinh~iro cmboe ~~o pcgos um com comes e bebes e outro com trcbc1ho o que COLlpenst reclmente 311e1ho1 evidente que uo s1steoc de Iltrocc de Llutirco serc muito ucis econocircmico e produtivo parc t2 dos do que comido e gebidc que se conSOLle num soacute die

- cmbos Sc iniciotivos isolod08 quo podem mui tesO vacirczes se choccr e podem tcmbeacutem ficer 00 sebor de siopeties ou ont1pctics pessonis n eficiecircncia certamente oumcntcric se focircssem iniciotivoe coletiv~ente consentidos

- gerelmente cmbos opcrecem quando h~ unccessidcdell iato eacute um plcntio ctrascdo ou perdido doenccedilc eto e o prezo neacuteo permi

~1 shyt e que ume so f~l~ io de conte de tudo se o sentido de oooperc9ao estiver bem cltro eacute feacutecil cOilpreender que umc ltxcvisecirco poderio Ctlatilde nucr os ecsos de nec~esidode como aumenter o rendimento do trebclho pcr~ todos

~videnteL1ene esses obsarvcccedilotildees neacuteo seacuteo completos mcs cpones sugestotildees pera umc cneacutelise o ser empreendido polcs equipes e pelae comunidedes

~ iaporttnte fri sar que Co eccedilecirco educ~tivo vi S ldo organiza90 eacute oultiorce e tem de edcpter-se GS condiccedilotildees e Eotivcccedilotildees de e~d~ o~munidede ~no eacute n finalidode de um tipo de cccedil~o ooopereiivist~ quo

bull 17 bull

a define como mais efioiente na educaccedilatildeo para uma cooperaccedilatildeo organizashyda ~uitas vecirczes somos levados a desprezar alguns tipos de organiza shyccedilatildeo de reoreaccedilatildeo visando finalidades mais Ilaltas ll

bull ULl time de futebol com diretoria organizada de qual todos os 860i08 partioipem ativamenshyte tomando deoisotildees ooletivas discutindo em oomum problemas do time pode ser meis efioiente para a organizaccedilatildeo poliacutetica de uma oomunidade do que um comi tecirc poliacute tioo do qual sOacute partioipam alfllns IIIderes

Tendo sido feito um lev~~tLmento pele cogwlidade das atividades de oooperaccedilatildeo organizada nesta r O aspeot~ de meios oonoretR~ de que trata o programe pode ser explorado atraves da esoolha de um tipo de atividade que a comunidade considere i~portampnte ou que precise de reformul~iotildees mais urgentes ~ clero que ecircs~es ~_~~s~_~tos de or~ nizcccedilatildeo nao podem ser generalizados e que neo sao efioiontes se tratashy

t Ados so teor20cmen 8 So a prat10a a que SUSC1 t ara esses me20sbull quo se-rordfo mais bem assessorados pela supervisatildeo do que atraveacutes de programa shyccedilao de aulas

Tocircda organizaccedilatildeo ou accedilatildeo organizada teu alguns aspootos esscncXds que neacuteo estatildeo neoessagraveriamente presentes em qu~lquer momento ou ativi dade las que devem ser alocnccedilcdos sendo por isso mesmo 06 objot1 shyvos do essessorio educetiva do EB neste niacutevol

- os fins da orgeniz~ccedilco ou objetivos goreis que se definem em uma tendecircncic ou espireccedilco do grupo que delo pcrtioipo mas que se devem tornor oom o te~pof conscientes e cleromente distintos (por eshyxemplo no Ocso de um clube de futebol e divers~o)

- Oa obj0tivos cspociacuteficos isto eacute ~quilo que eonoretcacnte se pretenc1c clccnccedilcr dentro eo Ui dotOIUumlll-do prczo ou periacuteodo ou Olil

occlc etividrde progrcucdo (por eorlluumlO roclizcr UJ torneio ou oonsshytruir c sede do olube)

- un pleno ou pelo menos umc prcvisco de ~tividades queatildeen tro do prazo ou periacuteodo detenlincdo dever~ lover aos objetivos propo~ tos (um loilco ew tel data U2 jocircgo com ingresso pcgo e~ tal dote ug

mutir~o em tol dcta pcrs oonstruir c sede to olubo)

- mm divisecirco de funccedilotildees que ir-se-~ ocrccteriznuo melhor oom o correr do te4lpo ocs quo se deve procurar definir prc avi ter oonflishytos

- Wl meoanismo perCo cs decisotildees que deve ser desde o iniacuteoio determincdo cindc que venhe cou o teiJpo e sofrer JlOdifiocccedilotildees

lsse cspecto formeI de org-nizcccedilecirco pode SOl objeto de eulcs llteoacute ricca nc base de releto de expcriocircncics de outres couunidedes Pode se reletcI oomo funoiono o clube tol oOuO 6 escolhido c diretoriecoshymo se planejou determindo ctividcde eto seil ceir em risco imedieto de meBsifiocccedilecirco nco eacute preciso friser que ~s experiecircnci~s devem ser muacutel tiacuteplaa e diferentes pare eyi ter o crglilento de cutoridcde

bull 18 bull

23 Ass~eintivismo

Desde ~ momento em que v Ronem nuo p~sso decisivo de sue evol~ 9CO soube que scbie - Pcsso de reflexco - (Teilhcrd de Cherdin) peacutessou c se ~firuer meis e mcis numa perspectiva sooial E agrave medida em que a vida em sociedade aucenta contrariamente ao que muitos pea saro tamo~m aumenta a chance do homem se afirmar mais profundamente como ser pessoal t~iginal Neste sentido a vida s2c1al natildeo se con~ titui apenas da soma dos indivduos mas a integraccedilao dos homens nushyma vida comunitaacuteria que tende a se tornar oada vez mais universal ~ o fenocircmeno cue Joatildeo XXIII oonsidera tatildeo bem oom deg nome de socializ~

IM 1- fccedilao B o termo sociacutealizalao tal como o emprega o Papa naos re ~ re apenas a um regime jur~dico de bens mas a um processo historioo s6cio-cultural global onde as comunicaccedilotildees fsicas satildeo mais freqne~ tes e maior o acesso aos inumeraacuteveis bens comuns ou comunicaacuteveisda humanidade tais como a informaccedilatildeo a educaccedilatildeo a cultura (JYCalvez ~glise et Soci~teacute nconomique e LI~nseignement Social de Jean XXIII shytditions =ontaigne Paris- Capo I )

~ importante notar sobretudo que Joatildeo ~~rII nao toma o renocircm~ no de sooializaccedilatildeo co~o algo que resulta apenas do desenvolvimento das t~cnicas das ciecircncias do progresso da produtividade etc mas o considera como 110 fato do homemll(JYCalvez) Assim dentro da sQ cializaccedilatildeo crescente o fenocircmeno associativisl10 1l natildeo eacute algo de ext~ rior apenas ao homem mas decorre tamb~u ce SUE no tureza mais ntishyma do seu II ser ll Quando os hOl11ens se associam natildeo ~ apenas em fun ccedilatildeo de um objetivo externo fixado (para u~ ~utiratildeo por exemplo)maseacute tsfbeacutem um LJOVill811to eacuteie S1i6 eacuteJesconte evoluccedilatildeo G uroacutenrio do homerl

A w ~ - (

a llte31dencia natural e qUEse incoerc~vel pnrUacute a vida social Joao XXIII) D historicemente ecircle tem esponCiclo a esse tendecircnoia oom as mais variadas formas de associaccedilatildeo decircsde o pl~~o internacional ateacute aos pequenos grupamentos Exemplo disso satildeo as vaacuterias organiz~otildeGs internacione~s os partidos polticos as sociedades recreativasesshyportivas culturais as associaccedilotildees de classe as associaccedilotildees proi~ aionais os sindicatos etc

Natildeo se pode no entanto - e isso eacute importante - atribuir o surgi mento de formas de associaccedilotildees somente agrave tendecircncia do homem para atilde vida social Haacute uma estreite interaccedilatildeo dessa tendecircncia com o progresshyso da teacutecnioa das ciecircncias dos meios de comunicaccedilatildeo ~stes fatocircres trazem de maneiras mais uiversas solicitaccedilotildees pera e intensiioc shyccedilatildeo da vida social e do associativismo t o ceso por exemplo de faacuteshybricas usinas induacutestrias que surgem e exigem um certo volume dematildeo de obra que leva um g~po de indivduos a se aproximar c estar fl~ sicemente em contato contiacutenuo assim como sua uni~o em tocircrno de deshyterminadas reivindicaccedilotildees (ex sindicato que luta por aumento de se llrios ou por mudanccedila de estruturas etc) Outro exemplo disso eacute o aparecimento de colonizaccedilatildeo agrcolc ue leva camuoneses screm- de uma dispersa0 geogrcfica e se concentrarem passando a-uma vida sooial mais intensa formcnuo te~beacutemf ~s vecirczes cooperativas clubes esportivos sindicatos etc

bull 19 bull

llas por outro lcdo eacute preciso considernIlnos que por suc vez o progresso de teacutecnica e das ciecircncias t bem como dos Llios de comun ecccedilatildeo t natildeo surgirDm de um c1eterdinismo cego 111bo1a nao sejamos seE pre senhores das focircrccedilas e das leis do natureza o que muitas vecirczes nos apareoe como um determinismo como ume necessidade exterior cshypencsL eacute fruto de gestos jaacute colOCfdos pelo homem II~ fruto dt humashynizcccedileo mesma de nctureza Co qua1 nos entregamos para exprimir no

1 h t dfso liberdade E ele resto e possJve ao amem novamen e mo ] lcar o determinismo que seus proacuteprios gestos criaram (Ver JYCclvez oshybre ci tede) bull

Outro ponto e considerr aqui eacute o pcpel do -Jst2do e a sua eresect cento intervenccedilco em nssuntos de interecircsse da ooletividade ~u1tas vecirczes a discussatildeo decircste ponto leva a posiccedilatildeo que em ncda eorrespol dem agrave verdadeira dimensatildeo da questatildeo Assim uns defendem opaixonashydemente e intervenccedilatildeo totcl do Dstado ao pesso que outros rejeitem qUflquer tipo de intervenccedilatildeomiddot hlwendo aindc um nuacutem~ro ponderaacutevel que aceita a intervenccedilno modercda Entretc~to o ponto central da quesshytatildeo n~o_~ se o Dstado deve e pode intervir t m~isou menos ~ imporshyt~~te nco considerar a crescente intervenccedilco C020 um deter~inismo cbSbluto JY Celvez interpretcndo o pensamento de Joco XXIII n ecircsse respeito elucide c questatildeo de mlmeirc sLp1uumls e precisai 11 O pcpc vecirc nesta intervenccedilatildeo um resultado ou cinda um sinal - um nd ee - da sociclizoccedil~o em curso tntes que urua ccusc Logo se Co in shytervenccedilco (lo Estedo ~ ume espostc c certas edecircncics de sociclizcIV ccedilao e tambem elgo de profund~ente ligado co tempo e co espaccedilo e um fenocircmeno situcdo histoacuterico nco pollondo existir r eceitcs unishyversais e perenes c ecircste respeito

A considorcccedilco decircsse ponto eacute import~~te pcTC o trcbclho de oompreens~o e cneacutelise criacutetica de presenccedile do ~stedo nas questotildees li gadcs sos movimentos de associaccedilatildeo e luta dos trcbe1hadores

Inuacutemeros teu sido os pronunciamentos textos leis que consid9 ram o importecircncic do associativismo 3m sucs vsrias forlcs recoshynhecendo-o como um direito ~is alguns dos rucis oonhecidos

ITodo homem tem direi to a orgcnizcr s1ndic~~tos e a necircles ingres sar para a prltteccedilco de seus interecircsses iacutel (Declarcccediluumlo dos Dicei tos dobull

Homem art23S4)

ti tl gcrrntida a liberdade de cssocicccedilotildeo p~rc fins 110i tos lieshynhuma associaccedilatildeo poderaacute ser oompu1soacuteriamente dissolvida sen~o em virtude de sentenccedila judicialll(ConstituiccedilOtildeo Brcsileiraart141sect12)

IIJfi livre a associaccedilatildeo profissional ou sindical sendo regula das por lei a forma de sua constituiccedilatildeo e sue representeccedilco legal nas convenccedilotildees co1etivrs de trcbclho e o exerciacuteco de funccedilotildees deleshygadas pelo poder puacuteblicotl(Constituiccedilatildeo Brasileira art 159)

UNe eacutepoca moderna umentou notevelmcnte o movimento assoeinti vo dos trcbclh~dores e foi reconhecido em oacuteercl nas disposiccedilotildees shy

bull 20 bull

fi

jurdioes dos Ilstcdos e ateacute no plano internecionel bullbullbull

IINco podemos todavia deixcr de notcr 00110 eacute ~til ou cteacute nece s~rio que c voz dos trcbclhcdores tenho possibilidade de se fezar o~ vir e ctender fora mesmo da ceda organismo produtivo e isto em to-

Imiddot 11 (t~middot - 94)d os os nJveJs bull l - bull

IlDa socicbilidcde ncturol de passoc humal1c~ proveacutem o direito de reuni~o e de associQccedil~o bem como o de conferir cs essocicccedil~es c for~ me que aos membros precer meis idocircnecs c finclidcde em viste e de cgir dentro destas por conte proacuteprio e risco conduzindo-os aos elm~ jrdos finsl (PT23)

~~ O ~ue foi dito acime eacute relctivo e textos legeis e pronunci~en tos do Pepe Joco XXIII No entcnto existem einde outres referecircncic~ entre DS queis cs mui to discutidcs de rrx

Uma forme de ossocicccedil~o oonsidercde importcntc eacute o sindicelisshymo surgido cpoacutes a Revoluccedileo Industrial Vnrios movimentos signifio~ tivos de trcbelhcdores EHLl wui tos pases ncscercm ou se desenvolveshyrum c partir do sindicelismo

No Brcsil o sindic~to foi oriedo nos noldes do sistemc sindi shyccl do fooismo i talirno princi prlmonte f e eacute extremamente 1igcdo 00

Poqer Puacuteblico Tocircdr- c vide sincliccl eacute proviste por lei A lei QstcbCcedil Ieee oS requisitos desde pGra G fundcccedilno e funcioncmento do sindic~ to ctecirc os fins prerrocativcs e deveres Aacute liberdade dentro do sin d~ccto entno eacute c liberdede que c legislcccedil~o sindiccl permite e proshyve Outra pcrticuleridedo do sindicclismo hreDilciro eacute c vorticclid~ de I sindicrtos federeccedilocirces confedercccedilatildeo prc cdl cDtegoria ( na cctegorics tr41beacutem sco previstcs pele lei) Uno eacute permitido que ceteshygories sindicais diferentes se cordenem numc horizontclidcdeAssim se 08 sindicctos dos metcluacutergioos e dos forrovi~riosf por exemplo quisessem se coordenlr seria impossvol (dentro de legislaccedileacuteo sind ccl brasileirc) Onde cctesoric deve (do ponto de viste de lei sindi CCl) desclvolver sues ctividdes sindiccia iso1cdclllente

N~ necess~rio obsorvcr que tcl estrltturc sindiccl tatildeo enfcixcda na roco do Poder Puacuteblico tir~~do muito dl necesseacuteria cutonomic dos sindicctos dendo foacutermules pcdronizedls de funcionamento pode trens formeacute-los num instrumento de clesse dirigente ~penas cleacutem de n~ dtr oportunidades de se desenvolver plenCLlfmte ~ ccocidcde dos sin dicclizodos e seus dirigentes de lIe1riare41 algo de proacuteprio dentro do sindiccto Da D necessidede dos dirigentes sindicais serem realshymente a oxpressco do clesse quer di zor SerG~1 pessoes que estejom prontos e trcbclhor reelmG~te no sentido des cspircccedilocirces de clc6seP~ ra Jsso e neoesscr~o que se tenhe conscienc~c LO que e e do quo poshyde ser o sindiceto como oacutereco vordodoiro cc prollloccedillio

bull 21 bull

Haacute disposiccedilotildees legEds m~Js ou menos antisas a raspei to da sin d1calizaccedilatildeo rural no Brasil Entretanto foi pr1ncipal~3nte fi partir de 1962 que o assunto tOllOU vulto e comeccedilaram a surgir v~rias disshyposiccedilotildees simIlificcndo a f O T1112Ccedilatildeo dos sindicatos rurcis pl~ooossomel to e expediccedilao de oartas sindicais

Dentre as vaacuterias disposiccedilotildees () as que natildeo soacute sintetizum a Flashyteacuteria jaacute re8~lada oomo apresenta aspectos novos S~O

- Lei nO 4214 de 231963 - Estatuto do Tr[b[~lh2dor Rushyral pub1ic~do no Di~rio Of cial da Uni~o em 1836

~ Portcrias nQs 346 e 347 de l76l96j- Regula0 a Orgc~1 zaccedilatildeo e o Reconhecimonto de Entidcdes Sindiccis Ruraio bull

Silil9-1octo OEstatuto do frcba1haGor Rural crt114 estntui~ liacuteoita a cssoci~ccedilao em sindiccto f para fine de estudo defese e ooo~ denaccedilno de seus interecircsses econocircmicos ou profissionais de todos os que como empregados ou OE1PT0odores exerccedilam atividades ou profis shysatildeo rurc1 i1

bull

Vemos entatildeo que de ~cocircrdo nou c pr~pr1a lei ~s fin~lid~des do sindicato secirco cmp1as l natildeo se reduzindo ecircle C Dera instr~~ento de rei vindiOcccedilno de essiatencia socie1 e ClgutitS melhorics econocircmiccs bull Para que ecircle oumpra tocircdas as suas fin~lidades tem ~ue ir muito cl~mBasshyta ver que cumpre-lhe tc~beacute~ c defese de interesses profissionaisde I d t ~ tmiddot bull en er ~n erasses prok~sS~OncJ3 nao e 80 consegu~r e~prQS ~mos ~crc

plantio melhor maquin~rio pere produccedilatildeo enfio melhores oondiccediloea de trcbnlho mas ~ sobretuco f-zor com que o trcbc1ho necirco seja red z1da a um mero fctor de produccedilatildeo mcs seja con8id~rcdo como a fon~c por excelecircncia de expressco hum~a Pera conseguir isso o sindishyceto teu que sc ocupar por defini9~o com c tarefa de destruir tocircdc forma de explortccedilotildeo do trcblho humOJlo Convoacutem notnr que 110m sem pre o aumento de produccedilatildeo corrosponde a umc verdadeira prOioccedilco do trabclhador como pessoc

liQ Pera uma vis~o coup10tc de fundaccedilatildeoprooassamento e funciona bull mento do sindicatover Leis e Portarias meneionauuml~sprircipa1mente e nova Portaria nordm71 de 2265quede oerta formaregu1amenta os arti shygos 115 e 116 do Estatdo TrabRuralD1ga-se de passagem que estamp Leital~m de dificultar a fundaccedilatildeo de sind1catosfragmenta demais a classe trabalhadora ruraloricndo dentro dela in~eras camptegoriasdiA tintas

() Lei d~~ada n Q 11 de 11101962 Portaria nO 355-A de 20(111962 Portcria nO 356-A de 2111J1962 Portaria 209-A de 2561962

bull 22 bull

Estatuto do Trabalhador Rural Ateacute a d~ta da criaccedilatildeo do Estatushy

to o--eatildenipotildei1eacirc -estampvatildeexecirciiicfotilde7a legislaccedilatildeo trabalh~sta (excetuanshydo o que diz respeito n possibilidade de sind1calizaccedilao) 2 art l da Oonsolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho que estatui as ~uestoes trabashylhistas no paraacutegrafo IIb il coloca os oamponeses fora dos seus poss veis benefiacuteoios Com a criaccedilco do Estatuto houve uma primeira consi deraccedil~o a certos aspectos da vida do trabalhador rural

t tmiddotmiddot d la gisltccedil~o urb1na pare o meio rural embora sejam duas realid~des bem diversas A proacutepria definiccedil(iacuteo Ciue ecircle daacute de trabalhador rural (art 2 Q) eacute impreoisa e se presta a v~rias interpretaccedilotildees de aoocircrdo com

C0110 e fecil notar o Csjatu o e quase uma ranspos1ccedila0

1os t var ~n eresses

l~as mesmo assim inedaptndo hAacute pontos considerados importa1 shytes ~ O caso principalmente dos artigos 11 bull oria a Carteira Pro M

fissiona1 de Trabalhador Rural 63middot disp~e s~bre o contrato de trashybalho ( que poder~ ser feito na proacutepria carteira proiacuteissional)~ l5~shye~ia um Conselho Arbitral A16m decircsses artigos eacute consi~er~da t~bem importante tocircda a disposiccedilatildeo socircbre sindicalizaccedilatildeo

~ nosso pcpel como movi~ento qUecirc pretende ser educativo atr~shyvecircs de toampos os meios e recursos com Que oontamos levar ns oo~unida das a perceberem o fenocircmeno do assooi~tivismo como inerente agrave pr~ pria ~~a humana e motivar a intenBificaccedil~o oonsciente e delibefada de formcs de associc9~0 que ~osscm responder 2S neoossuumlLdos percebi das a partir de une vis~o cr~tica do papel do homem no mundo

Iaso no entc~to nco quer dizer que devemos inccntivcr e ~ctishyver determinadas forruas de associa9~0 O nosso papel c ecircssc respeito ~ o de informar o que existe as earaotersticas de QCcedild0 ~nc e proashytampr n assessoria ccbve1 diente da escolha da comunidade que poder~ incluave oriar fol~as noves de cssociaccedilatildeo

Teoriocraente a econoTlic de mercado ou ocpi tclistlo reIJouso nurac toca de serviccedilos e bana entre dois tipos de gru~osl as unlcteacutees ec2 n~m1cas produtivas ou emprecircsas n~s unidcdes economic~s de consuao ou iacutec~iliar Ls famiacutelias prest~~ serviccedilos ~s emprecircsas recebendo ~~gnaen

Ao shyt o e as empresas produzem bens e serviccedilos para o consumo das iacute~liaa e recebem e~ trooa pcgcillento ~mboru ecircsse esquema sej~ muito ab3trashyto e seja s6 am esque~a serve para nos mostrar cono est~ dist~cia da disso c vide do honeQ rural Nesse esquema a famiacutelia soacute b so11d~

ai fW bull r i ~ no consumo mas nuo na produccedilco pois o facil 1nag1ncr como roxa shymente as pessoas de lmlC mesJc fcIagrave~lill ou que tenheo dooposos ElD ~o mum produzam mn comum spo ~ue trabalhem em una Llesuc euprocircso no meama seccediltio e na masoe sala o produto finel dC~ emprecircsCl (equilo quo - ) e comercializado vend1do as fcu~lias cbsolutcnente noo dopenda deshyles Seus ganhos tcmbeacuter1 ou s~o deciatildeidos pele etlprecircsll ou dependen de decisotildees coletivas (aumento de salaacuterio mnino dissiacutedios coleti shy

bull 23 bull

I vos etc) e muito r~r~cntc tecircm qualquer relcccedilatildeo 020 su~ produt1vid~

de ou copoeidcde da trobclho Na eoonomia da produ2ao portcnto mas mo os mombros de umc fcniacutelit nno sco solidaacuterios ano indiviacuteduos isolE dos CGdc ~ por si A id~in de atividade econocircmico comunit~ria dcpcn deric portnnto no moia urbcno de tocircdc uma lludonccedila de estrutura d~ haacutebitos e atitudes individualistcs

NOcirco eeonteee o Llosmo no vidc rurnl Via do regra c feLllit s~ oonstitui em unidcde de prod~ccedilco e oonsumo o que equivola a dizer que jtIacute existe tlgum tipo do ouprecircsa cOf1unit6ria pare uaor o esqucmc o que acima nos referimos Trctc~se portento natildeo de rczer surgir ~ vclor inteirnmente novo mais de cmplicr o raio de alccnoc de uampre_ sa oonlUni taacuteria que eacute c fCLllic bull Outro Telor positivo e que pode ser ccrreado nesse sentido eacute o mutirco Embora se deva ciacuteastor quclquer ideacuteia poeacutetioa lrio de mutirecirco cono trcbrlho ~eu pagaL o mutirecirco e a troca de dics sno indiacutecios oonoretos de que a oompeticcedilno econ~~1c~ nas oomunidcdes rurais n~o eacute consoiente neu atinge G agudas que cpreshysenta n~ cidade O mutir~o meswo pcgo n troce de dias me8~0 aendo trooc mostra que natildeo est~ presente c 1d~ia de que o SUOOS$O de ~ depende do insuoesso de outro E de f~to c cODpeticcedil~o eoon~m1cn no campo nco sc fez de meeiro c meeiro mes entre o produtor o o intero~ di~rio e por e edinnte

Outro ospeoto import~nte d~ ctividcde econ~micc do honeo rurc1 que ele nco visa de Iilodo gereI o lucro IlCS c subsistecircncici por isso c noccedilco de que - a propried~de deve ser usado pera o bau de todos e nco pcro o luoro individueI nco encontro cs aeSDes resistecircncics quo cn oontrorie entre cmpres~rios oujc ctividcde eoonocircuic~ se fund~entc no luoro A euprecircsc comunit~ria isto eacute ~ orgonizccco oomunitampric de

d - A po~tcntot apcrentemente vievel~ Tr~ c~se depro Uccedilco ceOnOil1Cc e t snshyber quais cs noccedilotildees que seacuteo fundcmenteis pcrc tel empreendi30nto

12) 2JLW1el~]0ecircS_e __d2_ uso dl Jal0Rriedcdel ~ tund~cntcl o conoeito de que c posse est~ condieioncdq 00 uso de propr1od~de o quo isto natildeo eacute um direito cbs02uto mcs tew une funccedilatildeo intrinsccmcnte soci01 (1)11f1116)

9) Q~_o~Lemo do_~c-l2~) do__trcbelh2 msse prob1cllc foi tl~~toclo na Fundamentoccedilao de Viver e Lutcr e se enoontra tClbom no item 12 d~ 2l perte deste Fund[Tl(mtoccedilecirciacuteo 1106 heacute olguns tspuumlctos que nos interesSD~ diretamente ncste ccso A ~pliocccedilatildeo concret~ dos princ~piGs ~l disoutidos lev~-nos ~ oonclusno de que neacuteo pode hever oomercial zaccedilecirco do trcbelho enquc11to tol Isto ~t necirco h~ nem pode hovcr hipocirct~ se do medir-se o trabalho ew tecircrmos de dinheiro j~ que o tr~bolhotem velor tronscendente leso eacute importante pcr~ cs tomndos de decisotildees soacute bre a divisatildeo do produto do tr~bolho Esta n~o pode ser sagravementa pro porcional ~ posse dos instrv~entos de produccedilco pois 0030 viuos c posse esteacute subordincdc 00 uso paro o bem de todos Por outro lcdon~o pode ser tambeacutem somente proporoionel agrave quantidede de trcbolho j~ que o velor realmente humcno do tr~bolho nro pode ser qucntif1cedo socircmenshyem sua apcrencia O item seguinte pode esolareoer-nos melhor

bull 24 bull

--

0) 9--Jll0bt~~ dc-~oJtg1~ejJde dc espeacuteoie Vinos qundo e8~shydc~oa O probloma de oomunic0ccedilno que fund~ente o progresso de histoshyric humcne ~ue cede indivcuo neacuteo pode reelizar plencmo~tc c essocircnshyoie de espeacutecie hun~na o quo portento os homens e todos suo solid~s nas conquistes e nos erros de humcnidedo Esse mesm~ doutrine eacute aonshyfirm~de no plnno sobr0n~turel pelo ooncoito do oomunh~o dos santoS

por outro l~do quo o - podo b ~ es Sabemos houam neo sucum 1r cut ccron eies sensiacuteveis (climonter-se proteger-se do frio) e quo qu~~do isshyBO ~contooe ecde UD de noacutes ~ solid~rio nG culpa~ Isso leva c que a sociodade Leve prover tS QPortul1idcdes pcrc que cede hOllOD sct1sfeccedilc esses necossidrdes que Sco diroi tos fund~lentais do hmJoLlbull

Em sUDe o probleme central de u~e atividGdo econoillIacutecc de ~i~o

conunit~rio eacute o do reconhecihlonto no plano do trabalho Co~o vimos ll~) i tem proacuteprio e comuniccccedilatildeo entre os homens pode fczor-se por doshyminoccedileo ou por reconheoimento ~os ecircsse reconheoiDento n~o pode ser

h Ot eor1co cbstreto tel quo oonoretlzar-se e111 oedc cccediloo umcne roshyoonhecimento do outro no plnno do trabalho eacute o que se coloo~ ou ploshyno mais elevedo jeacute que nrde h6 de meis nobre e essol1oiclmontc hushymano do que o trabelho

i01s c~r~ um excile de outros problemcs levcntedos por ULlC GlprOcircSo oomunit~rie pode-se ver Fr Jo~o Batiste Puumlreire dos Santos OP U~ NILABORL Uma Revoluccedileo ne Estruture de Emprecircso Livroric Du~s Cido bull das - Sco Pculo

Pode-se definir o occedilocirco poltice de vuacuterias Ilcnoirrs Uuo tltigc def - eLO h amem dlZ nCSlilO C1ue 1J e G Ull~ CnllllC1 ~ lCO o que eCJu~ilnlccedilco E0Lltmiddot vcleria c identificcr e e2~0 poliacutetice cor~ tocircdn eccedilno huJrJlc Sento Agostir~o vi~ o fim de cccedilco polticc assim como o de guerra n~ Fez defininco c Paz como ~ sctisfccedilecirco dos interecircsses de cidade ~ 01amp ro que C01 isso n Pnz de uuc cic~-ao poderia ser iLlposte Co outre is shyto eacute a sctisfcccedileo dos interossos de umc Sociadcde ou gAacute~po poco ser i3postn c outra Sociodede ou o outro grupo ModernnEcnte defino- so e accedilco poliacutetioo CODO equelc que procure conduzir ~ socied~de n~ busshyco do bOD cel21Ul Atuolnel1te tom-so definido taIJbeacutel2l c cccedilatildeo polticn COBO nquelc que busca utilizcr o poder do Estndo pcrc ctcncler 00 bo de SocioclCdo Esse funccedilocirco do EsJccdo ele mesme TJudou de oacutepoca do li berelis~o otoacute hOj0 Acredit~~do-sc quo es leis socieis c Gconocircnices orem IInctureis ll cefendie-se u tese de que eo Estado Cnberi~ cpon~s proteger ns libuumlrd~des individueis nco intervindo especialnuumlnte ne produccedilatildeo e no consumo A esse vis~o suoedeu eom o advento do sooi~ lismo e dns lutcs sindiccis e concepccedilco do um Est~do do Bem Estor So0101 A concepccedilatildeo neturolista c liberolisto jaacute nco eacute dcfcndide 00shymo tel e o que se discuto oacute o Gr~u de intensidade da intervonccedil~o esshytetal no vid~ puacuteblicc Mesmo nos paiacuteses onde o antigo liberalismo eacute tese ofioial - embora defenr1ido em formas atenuadas (neo-libera11omo)

bull 25 bull

oomo nos ~stados Unidos e no Brasil a intervenccedilatildeo estatal ~ una reashylidade Assim nos Estados Unidos por exemplo a diplomacia ~ftambeacute~ uma forma de defesa dos interecircsses comeroiais dos empres~rios norte-A mericanos no exterior no Brasil os organismos estatais exeroeu in shyfluecircncia natildeo 86 na economia como nos conflitos sociais Ias tanto li como aqui a intervenccedilatildeo eacute feita apenas para proteger uoc estrutura

Vecircse portanto que a oontroveacutersia estaacute na intensidade e no ti shypo de intervenccedilatildeo do Estado A accedilatildeo poliacutetica seria wn ueio de fazer valer ecircste ou aquecircle tipo de intervenccedilatildeo do Estado no sentido do Bem Dstar Social de definir decircste ou daquecircle Dodo o Bem Lstar Social de detertlintlr desta ou daquela formo o modo de consegulo

Ao ueSuumllO tempo fica cloro que natildeo tem sentido definir-se ti accedilao shypoliacutetioa eu tecircrmos de ideais moi8 ou menos abstratos COLIO urJo luta de ideacuteias na qual se empenha apenas a inteligecircncia dos poliacuteticos e das Naccedilotildees

Vimos atraacutes por exemplo (item 24) couo o esqueLla cl~ssico da economia separa doiemiddottipos de unidades econocirchlieas a de produccedilatildeo e a de oonsumOi na economia de mercado ou capitalista o fluxo de ~ique bull zas que vai das emprecircsas em pag~ento do trabalho agraves famiacutelias e que vol ta ns emprecircsas erl paGamolto dos bens e serviccedilos prestnd08 otildes tllJl lias o fluxo de riquezas diziamos eacute deterLlinado pela lei do t1oroado subindo o consumo de um produto sobe o prccediloo que est1nula cs empr sas a produzirem mais ateacute equilibrar com o consumo e estabilizar o preccedilo e diminuindo o consumo desce o preccedilo desarticulando a prod~ ccedilatildeo ateacute equilibrar com o consumo e estabilizar O prc~o iae dois exem plos serveu para nos mostrar como isso na realidade e apenas teamprico Todos temos presenciado a sonegaccedilatildeo de certos produtos com o fim de fazer subir artificialmente o preccedilo (especiclmente arroz feij~o e~ ea~) e teillos presenciado como certas emprecircsas otrav~s do propaganda oriam necessidades absolutamente sup~rfluas paro os consumidores ~ ashybrieagatildeo de bambolecircs cosmoacuteticos eto) em que a lei de mercado e in vertida Natildeo eacute a emprecircsa que produz para atender o procura do consumi dor mas que faz nascer c procura do consumidor para vender o que jproduz

Teorioamente por outro lado a economia socialista esteta1 00 bcsecria natildeo na lei de oercCdo mas nC8 decisotildees de UH orgcnismo oen tr~l de planejamento que pesquiseria es necessidcdes do oonsumo e detarminorio o sentido do produccedileacuteo Vemos tmubeacutem que de ua lcdo neDl meia o Uni~o Sovioacutetioa cdote atuclBonte ocircsse sistemo puro e quo amppeAtilde feitcmente possvel um pcs ter sua econotlio completanonte plnnif1o~ do sem deixor de ser ncpitclista O Brosil por oxeoplo ncrcha a pas sos lorgos p~ra ser um perfeito exemplo deste uacuteltimo caso Isso equi vele o dizer que e controv~rsia fundamentel em que se deboteu as focircrshyccedilas e grupos que exercem cccedileacuteo poltica natildeo estaacute mais en se seber sodeg Estado deve deixar a vida econocircmicc e sooial co sabor das leis Une_ turoia ou se deve fO contraacuterio intervir plnnificnndo-as e neu mosect mo soacute no intensidnde dessa intervenccedilno Estaacute no tipo ou modo cooo se

i - dc essa ntervenccedileo Se voltarnos ti conccitunccedilao de Santo Agostinho a

bull 26 bull

que nos referD~os ~oina e se a fun9~o da oidade eacute b~r~tir a Pazde que Pez se tr~ta trata-se da Paz que melhor ntcnda a tocircda a Sooiedn~ de Quanto ~ isso ningueacutew discorda expreesaucnte Tocircdcs as linhas poshylticas de todos os grupos de ~ccedileacuteo poliacutetioa oonoordnn oo~ isso Uas na proacutetic~ de que Ll0do enocrno Ulla accedileacuteo poltioD que leve ~ essa Paz de tocircda t Sociedode c natildeo c Fez ele UDC Cidcdo (ou de um grupo)iuposta c outra

o esquema abstrato (i tem 2A) que divide a vida eoonocircilict dcs No ccedilotildees em unidcces produtivOs (as enprecircsas) e unideccs cl~-ltQnsumo (as famlicsr-~ pera uns tomado oomo real Da sededuz ~uo ao Estado cabe garcntir a melhor funcionalidade possiacutevel as empresas para que possam ctender na neoessidcdes de oonsumo das famlios que constituem a Naccedilatildeo (embora seja um esquema econocircmioo oacute v~lido porque nns necesshysidodea de oonsumo estao oompreendidos os bens e os serviccedilos e nos 8es uacuteltimos se inoluem os serviccedilos que dizem respeito agrave oultur~agrave dishyversatildeo agrave distribuiccedilno da justiccedilaacute etc) Da se conolui que a Paz de que se trata eacute a Paz dcs euprecircsas middotScbemos por exemplo que o pedra ongulcr de nosso regime poliacutetioo ossim CODO de todo o mundo sob a esfer~ de influecircncio cmarioonc uacute c inioiativa privada isto eacute c li shyberdede dcs emprecircscs privadas Isto significo ocber 00 Dstcdo gnrcn~ fundc~entclmente o boti funcion~ento dcs emprecircsos priv~das e o resto ser~ dodo de acreacutescimo Qul o sentido de emprecircso privado pe a sue ti nalidcde eacute ctender ns neoessidades de consuco das fcnlios (sej~ esse consumo de climcntosmiddotou de educcccedilnoacute) O sentido eacute o de que nqueles que possueu ccpit~l (bens Ilcmiddottciois) perc mon~er ou cri~r eIlgtresas dj ve ser garentidc uma remunercccediloo correspondente co enprego cesse Oop tel (decircsses bens moteriois terras instrumentos dinheiro) Todo o Sistema repousa portento na motivaccedilatildeo do lucro por pcrto dos que Po suem bens motaric1s E cono c satisfaccedilatildeo das neocasidodos de tocircdo a Sociedade dopende do que produzeo as emprecircsas t atribui-so UDA identi shydade entre os interecircsses de Ncccedil~o (de que cuido o Estcdo) e o estmuM

E lti ona 1o as erJpresas pcro que produzcn m u ml 1Jse o orgcnJzoccediloo po ltioo eeonocirc~iec e social do Naccedilatildeo que eacute tarefo do Estodo primordio mente scr~ ume rocionClizDccedilatildeo de rmlhor oeneiro de estimular o lu e~o isto eacute a remuneraccedilatildeo do ccpitel A maneiro do otendcroo bea co mUIll seria portanto em l1ttim~ cntllise gcrcntir c melhor formo deAin cioncmento dcs emprecircsas privcdos o que se identifion oo~ a melhor ~ neira de estimular omiddotemprecircgo das propriedades (de bens do ~eira geshyral terras instrumentos dinheiro)

Vemos que tnl visatildeo 6 herceira de certo modo da visno naturaliA to e liberelista da vid sociel embora tenho mudado de certo modo o pcpel do Estodo~

Este visatildeo no entanto se choco com outras visotildees polticas Fishycou demonstrcdo que (I intervenccedilecirco do illstado se faz neoess5rio no vida da sociedcde Aohem alguns portrntof~e eacute preciso fazer soacuterias resshytri~otildees agrave cbsolutc liberdade das emprecircsas mesmo pera garantir-lhes O melhor funcionamento Uma dcs rozotildees eacute a de que o bom funoioncaento N

das emprescs exige restricoes pore que umcs noo A

outras A prejudiquem oS e o oaso d~sgrond~ Lrl~~ (11lt rr1gt_=~ i 11 I-to que tem possibishy

bull 27 bull

l1dadG do dostorcer o morceLo Outro problema eacute o do b011 astcr claa fo ~flt~s enquonto prcstom serviccedilo cs e~procircsos isto ~ ~s cl~sses p=~le t~~es Ar~10ntam que o sistemo do Borc~do deixodo o si mosuo reoung rc mcl o trob-lho de ta1 forl quo de uu 10do l o aonSUDO nao podo ser Du1to grc1de e portcnw- cs c~precircscgts necirco podem su expr-lctir do ol-ro lndo isso 1evo insuficicnlos aondi9otildees de vida o (lua dociina11tlO bcx~ proecircutiYidcdo isto ~t os sorviccedilos prcstldos Coa -c1r~ses sno de m~ quolicode se fOrail ln3S cs condiccedilotildees do trrbclho COll10 as euprest1 rios neacuteo seacuteo se~pre c~p~zes do peroeber ecircssos dois cspeotos co Esta do coberic prover UD~ regulcuontcccedilEiacuteo quo t ao llleSLlO tempo dosse mcior poder de consuuo 00 proloteacuteriodo c lhe desse melhores oondiccedil~es de trcbclho pcrc poderes produzir melhor Desso ooncepccedilatildeo resulo clixl leis tr~oclhistos quo grecirctissew ml onirilo de sogur~9c 006 opo-amp10 o de pcrticipcccedileo nos lucros dcs Guprocircscs que lhos gorontiri~ cUL10n to do poder de oquisiccedileacuteo de bens e serviccedilos Nessa nOStlr linhe cstt bull ric~ previstos os serviccedilos n~o iuediotcucntc reuunerct1vos e quo p~o pieicr1DJliguclLlente o be~l estcr indispensecircvel 00 cuncnio de produt1shyvidcde COLlO os serviccedilos de educcccedilro se~det transportes etc

o problemo pode cince ser colocado de outre u~oirc O trobo bull lho ~ cOl1seqUenteueZlte todos os seus frutos o donnio de terrae rSD 900 de instrumentos c produccedilco e UlllC conquistn dl espoo1e hwalJlooo

~

mesmo teu9c que de ecdc hOLleil Ccedilucndo um hODCrl se npossc privodcnente (uscndO per~ seu benefcio exclusivo ou moior) do fruto do tr~b~lho hu~tno ecircle espolie os outros homens O produto do trebclho de m~ hoshymem eacute inalieneacutevel isto eacute natildeo podo ser trensferido c outro cooo sim ples coiso poreue neacuteo eacute soacute coiae DCS ecirc erioccedilco da hooom c represonto Co sue vi toacuteric s~bre c ncturezcbull Os ueios de produccedilco (nGsno os nctu bull r~is OODO c terre) sco uo~ conquisto de eap~cie huncnc logo t~o que bGneficicr n todos segundo suo condiccedilatildeo de hOBOU c su~s nocess1d~ des e direitos como hODOD 0 necirco segundo coidontes histbrioos oono o feto de clgu~m ter-se oposscdo priJeiro de Ui puumldcccedilo do terre e outlX6 nao Ou de c1Gueacutem ter sido foito prisioneiro c escrevo e outxos n~o bull Tocircdc distinccedilco portcnto entre os que possueLl bens c os qua 0 pos shysuem e trcbelh~l p~re os priuGiros teric orgeo nc douinc~co de UD hot4eu socircbre outros que historiccuente se deu Q continue rlcr-se Do um lcdo os Quetecirco posse e USCD CD seu benefcio em dctri~1Cnto dos outros Se ~lienCIll (ou tOfon outra 00i80 isto a sc torncrl Wla outro coise qUQ necirco hOLlons) por nco reconhcceren o outro CODO honco sujoito de plenos direi tos e trcnsforoercL o trcbclho eo Jcoisc e necirco ori~co humono De outro lcdo os que nco pOSSUEm e trebclhCil pcre outro8VQO o fruto de seu trcbclho que oacute une perto decircles meS1lOs sor possuido por outro o que equiv1 e dizer que se oliencm se dosti tueJl ccedil~o suo cOl=iacutediccedilno plille de hOiUG1S

O quc 80 disQute ecirc por~cnto o proacuteprio si3tCUC ele possa e uso dcs proprie~cdes o proacuteprio sentido de ~upr~s~ Oe ~eios ae pro~u9~O

A IN

aegun~o este conc~ccedilco nco podew ser objeto de posse e uso ~~~dcdacirc vendo ser usedo )ole e pcrc c Souiedcde Os f1eios ooncrotos v-cr1Cl eshynorrJeaente deacutentrodessc ~oncopccedilgo indo flosdEl possetoteJ dos pro shy~riQ4cd~s p0lo Estcdoete a posse dos Baios de produccedilco pelos ~ue con eles r~bclhom e tendo seu uso ~eguledo pelo Estcdo bull

bull 28

Es 8C3 1inh-s polti c cs ropidcilGnte expos -tas e e squOuuml1 tizedas ttf zerl C bcilc novcuacutewnte o conceito co Paz de ULl grupo As du--s plino1 shyros reprCSJn t am nJ tJdCIJ8n o c cz o grupo e proprJe crJos (O cprcshy t P d d t 1 - A

806 isto ~ conforne vinos no i-G3-1 de orgcnizoccedilatildeo soci01 n classe olto ou burguesc Porque justificc~ uuumlo Paz pcrc tocircdc c Sociodcdc cen trudc nos interecircsses cc clcssc bUlgueso A terccirc linhc po11tica 1 euumlntrnda nos interecircsses dj libcrtcccedilGo dns classes inferiores de pro let6rios G trcbclhcdores rurcis J isso nos troz o concoito do i~801o

bull bull I I ~-gJo que e UiiC JustJfJcccDO -G00rJCot um rocJonolJzcccedilco de Jnt~rcsses 1 Ao t

( entendido il1tGreSSe ~lil UIl conccpccedilco boa cmpla nno Jntero8ses ilC c shyricis inedietos) de Uiil grupo e~ 1Wt deteriincdo sociedcde Vemos egoshyra por que c lute polticc nGo ~ uma agraveisputa abstrcto de iclonis crbi treacuterios 1108 unconfli to do interecircsscs dos grupos que forwom c s02iedcbull de Noacutes pocamos notor fccilmente quo essas diferentes justificnccedilocs se refEreIiJ nco otilde n[~turezo que O h o Ie tI POdE racionclizcr objotivcmonshyte jaacute que c ne tureza podo _s_~r_ g_bJ~tccedil do c2nhecilJCnto huvno Qucndot

no entanto treta-se de occediloo huu~o este nco pode serpy-1~t~~~d~ plcshynemente por tretcr-se d~ accedilco d2 ~~e~~~~ que nco cstco ~ubordincdo~ e leis detcrJlincdcs pois na occedileo hUtlma se inclui c opccedileo livre nno

d t - d P - I - lpr~- e erwJne 0 or 1S80 mesmo osse rocJonc Jzcccedilco ~cnQU Co exp 1Ccr pcrc cede homem as sues proacutepri~s opccedilotildees o que signifioa cs ~pccedilotildeos de seu grupo de sue clesso e CSSIacuteLl por dicnte Isso nco quer dizer que esse justificcccedilco sejc cbsolutc_10ltO subjuumltivo e necirco -tanhe vcliclcdo [~ nno ser enqucnto justificcccedilco de intGrecircsses dcquocirclo grupo Nc ilod1dc em que o honem pode ter cuacutensciuncic de o QU0 318 eacute G do que Sco cos re

- 71eccediloes entro os hOTIens e claro qU8 e possJvol uma gonorc11z~ccedil~o e possiacutevel que esso justificcccedilecirco ele occedil~o hunenc possc~ ter 13ulC vlidE de universcl na nmiddot-didc UGSlO em que procure une idontificJccedilco n~~ior cOJ o velor proacuteprio do hOS0ill (isto eacute fundclJe1tc sC uumlLl U1 hUil~liSilO ) e SG idGntifiquc monos co~ os intcr~sses inediotos do indiviacuteduo d~ cl~sse ou do grupo

Se c cccedil8o pol ticc ( Uilc eccedilOcirco ideoloacutegica cOIlcluilOS quo c eccedilo l t N 1 d ) 1 ~ bull po J Jcc nco PO(8 nunce sar cccedileo ~so e e JndivJ uc bull li l1uumlCusscrlc41un

to accedil[io de grupo cccedilco org~l1izeacute~~dc 0 sno qUuumlcl pretende que ponsa o age isolcdoLlcnto Olil pol ticc porticipe de clguuo forDe elo une fcixa d l i J eo og co e de uac occediloo elo JTUpO ChegcLlos tC~lbou c quo a 0lt00 poll shyticc pcrc sor eficianto davo ser orgcnizode

A occedileo poliacuteticc orgenizodc lGscluento eacute otribui2So elos Porti ~ Ccedillos Poliacuteticos no Brasil DG f~to no untcnto tocircdo rccediloo hulCno oorJshyportc il1pIci to ou oxpllci teDuumlltc UlCo ccrgc ideoloacutegica o portcnto t5 de elguD Dod~ occedilco poltica U11 trcbclho do AniJrccedilecirco Populer por eshyxonplo 6 occedilco poltico enqumto encorno UH objetivo de libertcccedilatildeo cul turcl dcs populoccedilotildees 8crginrli zcdes e porton to do olgu2 110c10 onccedil~r nc o feixo ideoloacutegico drs clesses inferiores Uno oonunidcclo que s orgcnizo cge da mesmc forne pollticCnente cssunindo uno ideologia liacute i t t AlUp o a Js o e noo ncc8SSorJcDonte expresse O~l torDOS de conco1 shy

pi Nt os pr1ncJ os ou noniles de eCcedilOGs A occedileo ~olJtJco a port~~to Dulshytiforme NSo ser~ poltice sQuente por ter esse nODe ou por viscr di shyrtcmnte eleiccedilotildees ou pre88~es 8ocircbre outoridadospolticcs A co~preca scO destE~ fto deve chGgcr otaacute ns cOIlunidndes ser correr no entcnto o risco de se uinimiznr ~ ~ccedilOtildeo poliacuteticc restringindo-c e etividcdes

bull 29 bull

CO nivo1 ecircLcs conunidedos No nvol de Socidrdo soacute to sentido e consoquoncJc r rccedil~o polticr quo ccninhc pcrc ser cccedil~o globclviscnshy

do c atincir ns proacuteprics ostruturcs de socioddc

A distinccedileacuteo rol do bese idcoloacutegicc qu~ heacute ontro cs divuacuteTacs linhs pOl ticcs I c difcrunccedilc elo inlircs do iacutemccrcr cs ostruturcs - ( t ob - bull bull 1CiC SOC18Ci~Ci~ COLO vJros no J e~~ so r orgcnJZcCcedilLO c ClnXllCc SOC1c

c Qclo dc~s sociedcdes 0 c Uclut011CcedilfO G wudrnccedilc do SUrS cStL11middot~Ul~S) bull

Ir middotd t h lf t t~c rcpl o GsqUGn- Jzcccedilco cuc 11ZlOS c0 ltcl eron 3 102(lt11CJ3 pOlJ t ccs podaDos noteI UDe q1W I0tuacute~ecircc2e wntcr pure c sL)lcBjhl-tuacute -S uuml~ tru turcs Bocitucde Cttrc nj~UacutendL cDcrliccediloftlos 1)crc nodo-- i1cl

bull ~ - A

te-lcs s sccilwvll t0 CO0 sEo i cintia outrc pruacutet011cC [1 tori-lcs rcdic-lwlCltO A or6cnizccedilco u cccedilecirco polticc (t0otilder1o~~1tiacute) o qUiacuteJ middotlS

Pcrti(os ftz9111)exigiric port~nto o consciontizccedilatildeo cc seus proacuteprios obj Etivos J aodific~ccedilatildeo ou m-Jlutcnccedilotildeo elo ostruturo

Tretc-s( portcnto de purspuumlctivc v no do tipo do ccedilco A pirti lp d J ~ ltmiddot d shy cccedilco 8 comnJQ-s nc Iccedilo pu J lCC JC~ Si 0 L1CSl) qu 80 por

bull n 1 ti tiOlllJSSCO bull crC sor [90 po J tlcr orgcl1lZcuumlC ( nuacutecoss-r c conSCJOl1l

znccedilatildeo do objetivos pOliacuteticos O 1130 UI detcrdndo tipo do ccedilco oOJotilde

por eXtlplo Ctu~9co co lcrtieacuteos _~ cOOp0r~ccedilco org~izcc 6 Ul objet vo poltico -it Lleclidc o quo vis[ der moios co ho~~o~ rurcl do cssu ui p1euronJonto sue concliccedil~o hucnc

BIBLIOG~11_7IA PLR1 APrrOFlnJJ~~TTO DO ITE 2 nJ 11 PRTE DA FvmiiacuteshyTACcedilAtildeO

1 Frei Joatildeo Batista Pereira dos Santos OP - mrILABOR - Uma Revolushyccedilatildeo na Jstrutura da 3l11precircss Livraria Duas Cidades 1962

2 JY Calvez - ~glise a Societeacute 1loonomique - LtEnseicnement Soeicl de Jecn 7JGII Bd ~el1tiSl1e Paris

JOseph Fo11iet - LHoliluumlle Sooit - Essai d Anttropo1ogie Soc101e Col Ja Sais - Je Crois Librairie Arthcwe Fcyard 1962

4 Georges Lefrnno Le S~(1icclisme dons 1e ionde C1 t(~uo Seis-Jcrl

Presses Universitcires de ~ranoe 1961

5 Bstatuto de Trcbalh~dor Run1

bull 30 bull

  • ESQUEMA DA FUNDAMENTACcedilAtildeO DO PROGRAMA PARA 1965
  • SemTiacutetulo
  • SemTiacutetulo 1
Page 7: Nota do Organizador: Pela crise política e financeira em

Os elementos oulturais bull

bull Traccedilos oulturais eacutea menor unidade a que a oultura se pode reduzir Complexos culturais eacute todo o conjunto de traccedilos estruturados em tocirc~ no de uma atividade baacutesicabull

Padrotildees culturais satildeo as orientaccedilotildees baacutesioas dominantea e signifi shycativas em uma determinada culturabull

bull 1reas oulturais satildeo regiotildees que se aproximam pela similitude eviden te de traccedilos e complexos culturais

Tomemos o acontecimento ZUTIRAtildeO enquanto forma de trabalho colsect tivo e tentemos uma ligeira anaacutelise de seus elementos a partir do que vimos como caracterlsticas da cultura

Um conjunto de homens trabalhando a terra representa uma ativ1 dade criadora Socircbre uma determinada extensatildeo de elementos naturaisecirc~ tes homens exercem uma atividade intencional Tecircm um objetivo e trabashylham segundo determinadas teacutecnicas que aprenderam e que devom promoshyver o aparecimento do objetivo que os levou ao trabalho O aampo se modifica a natureza se transforma abate-se a mata limpa-se a terra ara-se o chatildeo os sulcos satildeo feitos o solo adubado e depois semeado Como instrumentos de trabalho os homens que participan de um wutiratildeo possuem foices enxadas e aracos feitos de determinadas maneiras deftnidas segundo o objetivo quo a eles se daacute Eis alguns objetos consti shytuintes do que temos chamado elementos materiais da cultura~ As coisas foice enxada ou arado - oonstituem ecircstes objetos materiais As t6cnishyoas atrav~s das quais 60 usa a enxada e se trabalha com o arado a

N

forma objetiva padronizada como se ara e aduba semeia e colhe sao acontecimentos de onde tais elementos materiais se originam

Os partioipantes do mutiratildeo associaram-se como um grupo social bull Natildeo soacute agem em funccedilatildeo de objetivos comuns como tambeacutem regulam easa accedilatildeo mediante um oonjunto de normas de tradiccedilotildees de costumesOcupam postos distintos oomunioam~ae de formas determinadas esperam que ashyoonteccedilam cortas coisas que tradicionalmente ocorrem em tais circuns shytacircncias O comportamento decircstee homens pode ser previsto por quem os conheccedila de vez que satildeo culturalmente determinados

Quando se falam usam palavras de um idioma oomum Atrav~s delas se ent~ndemf e com elas se referem ls coisas e aos acontecimentos Cada palavra decircste idioma pode ser tomada CODO um traccedilo cultural O idioma CODO um todo constitui um complexo cultural

Durfu~te o mutiratildeo os homens cantam por exemplo Ulla dctcroinashy

d AI Ia 2anccedilao om que narr2-m uma estoria um mito ou em que oosorevem o que eatao fazendo A canccedilao sua forma seu oonteudo mesmo a maneira 0000 eacute cantada constituem tambeacutem elementos de cultura

O mutiratildeo cooo Ull todo pode ser considerado CODO um oooplexo ~ultural Cada um dos elementos que o constitu1f~ em referocircncia a ele um de seus traccedilos A roupa que os hooens usao a naneira oomo oavao os instrumentos cou quo trabalham as eanccedilotildees que canta0 a esshytoacuteria destas canccedilotildees satildeo traccedilos de um Dosmo complexo cultural ~ pashy

5 bull

o

drotildees oulturais quo se pode0 dostaoar da unidade de ootlportruwnto aclotatilde da por todos os partioipantes do nutiratildeo e se fazer notar atraveacutes de todos os seus gestos atitudes e atividades pessoalncntc rcalizadosaen do oada um decircles socialn~nte aceito e culturalocnte detcrninado Os eleoentos culturais prosantes no conplexo cultural mutiratildeo estatildeo tomiddot dos intccedilgradoe Natildeo se trata de coisas e acontecioentos seu rel~ccedilatildeoqual quer uns cou os outros Trata-se do processos o resultados decircstcs pro shyoessos ligados entre si o suficiente para seren coupreoudidos CODO

partes de UD neSDO todo cultural

Os honona que participa0 do mutiratildeo fazou-no livrencnte porque acredi tam eu certos fatos Acha0 por exemplo quo os honcns se elevou sect judar uns aos outros Acreditan que o trabalho eacute neccss~rio a todo o honeo Julgue quo unidos pode0 realizar ou nenos tenpo nais trabalho O conjunto destas crenccedilas pode-se coopreender tanboacuten quando explicitatilde dos eo palavras ou nas atividades co que o mutiratildeo so expressa cono elenentos culturais

Eo tocircrnos globais coopreondenos CODO aacutereas oulturais aquelas que tleStlo independentoBonte de proxinidade geograacutefioa aprcscntatl ULl ul1noro razoaacutevel de couplexos culturais identificados claraocnte CODO soneJha8 t-ea

A culeura 80 apresenta sO2J)re como realidade objotiva posta co novinento eo uudanccedila constante eu tocircdas as fomas porque se expressaI a) os objetos que satildeo elementos materiais da cultura cano UIl vaso do barro a aparelhagon necessaacuteria ~ irrigaccedilatildeo de un canpo de arrozeto b) os subolos e coobinaccedilotildees significativas decircstes sobolos CODO as p~ lavras de uu sistEma lingulstico alguns cantos o contos ecirclo utl povo eo que as palavras decircsto sisteua se organizamUD conjunto de leis o nor mas os nitos alguDas crenccedilas a globalidade de eloDontos eou quo deshyteroinado grupo social reflete o uundo e justifica sua conduta c) os acontecinontos do quo estas coisas se origina0 o ao que se Dodi ficam cono o trabalho do un artesatildeo a atividade padronizada atraveacutes da quel se fzen bonecos de berro ou objetos de oouro d) as forncs sociais pelas quais os hooens organizAD e estrutura0 os elenentos de sue dinonsatildeo social OOBO c f~nlliaf a oouunidecQ o o grushypo pocircsto eu trabalho comum no mutir~o

lC) A forua de un vaso de barro por exenplo pode Ser uodificadc ao pcssar de un a outro grupo social ou mesno dentro de ~ soacute gruponc passcgon de uoa a outra goraccedilco Eu elguns casos pode nodificar ateacute DeSDO a sue funccedilno modificc~do tanbeacuteD o seu significado especiacutefico bull O DeSDO vaso que num cul turc ou co uJa eacutepoca eacute utilizedo 0000 roci _ ~iente de aacutegua pode eu outra culturc ou na nOSD~ cultura co outra epoca tornar-s~ objoto de decoraccedil~o NUD terceiro grupo social o DOSshyVcso pode ser posto c serviccedilo de ctividodos religiosas c oono tolenshytendido COLO objeto sagrado

22) A apcrclhagotl noccss~ria otilde irrigaccedilno de ul cmlJO do arroz tt-onsect

6 bull

_ - J ~

fornc sc 00_1 O surgincnto do Ul novo instruul0nto msto novo instruncnto tento pode ser criodo por nlQlLl mmbro do proacuteprio grupo onde o aparc lho eacute usado tradi c10nelndnto 000 pode sar trczido por ruumlgun Doubro de outro grupo

312 ) As pnlcvros do Ui sisteuc linguCstioo estecirco ar COl1stcnte LlU shy

denccedilo GLl sue fornc cu sue funccedilatildeo 01 seu signifioodo ilcs m1igroo de Ul o outro JOVO JuntJ1-S0 o outrcs uuml con 0106 forLlell novcs pclavras bull Ruumlnovcu-se DosoparoOOD durcnto longo tOlpO o surgoLl ncis tcrdo COL

une nove funccedilatildeo 1oacutegicc PorcoJ-se A observaccedilatildeo do dois textos - ul 8i A otuol e outro 82 Agrave ne 2eVo - e su 2020n t e pero portugues portuguos d 1 r d01

xor clara c evoluccedilecirco de lCngut n(oionol oono UB s1sterle OIl Llud2nccedilo coE tCnuo

412 ) Llguns o)n tos e centos do uu povo deSopcr00en COJ o correr do tOLlpO Outros secirco _-oclificodos aos pouoost por exmlplo se o grupo socio1 possa a ter uuo nove econouie do subsist~ncio se Posse a vivor do culshytivo do uilho e nGo Deis de ceccedil~ e d~ pGsce se eacute doslocedo do uuo zona proacutexima co oer pcre uue outre Qist~~te dele situcde ou vnles dispostos 00 longo de Llontenhcs

52) Uu conjunto de l(1is e norlcs vigente cu dotoTLlinedo grupo sQ cie1 L1ocifica-se tC1-~boacuteL1 g0roli1021to t cdcptondo-se t novos situcccedilotilde~s sQ cicis ou explicitendo suas pertos Quendo uo grupo oacute pocircsto ou contoto COll outro sucs nOrLlCS do couporteLl8nto poden ser influenciedas ou in shyfluencicr norucs do outro rupo

612 ) Os lIacute tos clgucs crei1ccedilas o conjunto de clo-lontos coa que ds toruinedo grupo socie1 roflcte o Iundo G justifico c sue conQuto sofre0 todos o DG SLe lJuclcnccedile cO pes scrou de ULlC c ou tre gcrcccedilatildeo elo -w a oushytro povo ou nUDe nesue goraccedilOcirco (0 UD DeSDO povo Dodifican se do qual shyqU0r forla ctrev8s do proacuteprio uso~ atroveacutes da difusatildeo de seus olcnontos pelos diforentes Derbros elo Grupo Cada pessoo contribui nCSLlO CO1 sua perte ele novcs coscobortcs fvoreccndo eos poucos O dcsGpc1ocil1O1to te elguns GlGDcntos de credibilidade o c ooorg2ncia de outros

Necuumlssagraverieilente os CCOjY(ocIacutelontos ar que estes coi82s 50 origi shyniIl -10 21~CCI~ bl o t e que os d middot ~ seo t 2il Ol 1os processos con 2nUOSI as tocn1cns de irrigaccedilatildeo es nenoircs do nerrer os velhos contos as forllts elo coushyportcrhnto dontro de felie ou dentro do grupo e roaccedilatildeo provooade peshylo estcbelGcil1Cnto de novos pcdrocirccs de conduta

~ d G propr2o C culturo ostr cu Dudonccedila cont2nuc etrevos ecirco todos

os seus eleuuntos do sinal quo Su fez no chatildeo ou nes ~rvorOst couo inshydiocccedilatildeo de ULl OCL1Iacutenh2 a sOGUir cos valocircros espirituais tcrbOacuteu ecircles si nois dados ~s consciencios o nisso indicadores do rUDOS

A Histoacuterico Dostra clarcronte o existZncia do c_ireccedilotildees doterldno des nc evoluccedil~o culturel dos povos e de tocircdc c hunonidado Cede objeto que sofre individuolouumlnte uue uudcnccedilo quelquer podo ser couproandido c ouo uu trcccedilo e-l L10vin0y to insoriclo nu plcno Deior 11UD cOlJplcxo culshytural que trbeacuten se llOdifica ~sto coplexo cuI turol fcz perte do tocircdo u~c cultura que atrcvGs de Doclificaccedilco de seus elODuumlntos pode ser toE betl ontoncliclo C010 uoc reolidcclo que so trcnsforua cont1nuenonteevo1uitl

7

do ~ ~ ecircsso processo de Dud~nccedil~ cultur~l constante e oriuumlnt~co que se deacute C oLUGcnt e o noue de progresso

EnunorxlOS 1 ibuumlxo c1CUTIS c1ocircstos processos os que eeo reolron te n~is L portcntes e elos queis so origin~1 os outros tocos rcsponsf

~

veis pelo cOLplexo dcs ~udonccedilos culturais d~s quais fincluonte o ho-I neu tcDbcu ~paroco cor_lO ~gcnte

N d t It bull Tr~nsnisseo c possogcn nedi~ntc ~prcn ~ZCgOD s~s 02e ~ce ou ass~s-teleacutetico de cloDontos cuacutel tur~is do un pcro outre gcraccedil~ot dentro do un nesno erupo social

bull Acul turcccedileo c trocc de elencmtos culturcis ~traveacutes do p~ss~gen de troccedilos conploxos e pcdrotildees de une pare outr~ cultura qucndo postos de nlgurm forDe en contocto bull Difusco c acoitaccediluumlo do detenincdos eleucntos culturais recou-cria shydos dentro do proacuteprio grupo ou inportados de UD outro de UDa outra culturo bull Continuidade a pernanocircncia do treccedilos atraveacutes dos seus elcocnto8 de fixaccedilatildeo pelos queds DS gorcccedilotildees se cODunican ou se li8a1 Deculturaccedilecirco o desl1pl1rOCluento progressivo de traccedilos antigos em fun shyccedileo do aparecimento de outros nais recentes bull Integrcccedilatildeo c haroonizeccedilatildeo ctrcveacutes de mecenisDos organizl1dores dos divorsos trcccedilos de UQI1 cultura bull Retardenento una disritnil1 na acumulaccedilco e integraccedilatildeo de eIenentos culturais fevorecendo deg desenvolvinento acelerado de I1lguns trcccedil06 ou conplexos freqUentonente eo detrimento de outros bull Invenccedileo I a rosu1 tan te de UDe nova conbinaccedilatildeo de elOIJlCntos jeacute exis tentes em deterDinada cultura bull Descoberto uma equisiccedilecirco nove no cl1npo do conheciacuter18nto O rccirlen to de UI novo eletwnto culturuuml ou seu sentido nuds pleno

~ atrcveacutes d0stes processos nUL1e uccedilatildeo conjunta seaprc integrl1dv e tendo o hOLeu CODO sujei to que es veacuteries culturas se aocLificem Ne te sentida CODO estrutura orgcnizcd~ e eu procosoo G cul-jure oono ati videde hUIlene 0speclficu evolui t progride e orgeniza-sc 0w formas Dais acabades e cODplexes co lonGO da Histoacuteria

114 Culture Populer

lI n h t d h 1 r ti ULl rcmoncno lS or~co que surge 8Il soc~e CeLe OllLC bull c un (osnJshyveI cul turcl entre os divorsos grupos que c COlpotildecm ondo grci1de porte d~ populeccedileo necirco teu UDe pcrticipcccedilecirco ativa seja no pll1no culturalso~ cia1 econocircJico ou poliacutetica COD isto nno querenos dizer que -coelos d2 veo tonar perto ativa ncs OOSDes ctivideces et1 Utl nesqo niacutevel ou que se deve padronizcr ou unifornizar c pcrticipcccedileo cc tocos c de ccdc~ bro ne socieclnde Nuumlo eacute isto eacute clcro P-ra lOacuteS Ull trcbalho ele Cultushyra Popular surge t~nbeacuteD de consciecircncia desse ncrginalizeccedilco e ele no shycessidade elo libortcccedilotildeo ele ui~ contingente hunano que vive otilde ncrgem do processa cultural

A Cultur~ Popular surge cano conso~~~lcin do processo de nudcnccedila sacieI Assiu sendo pretende a perticiacutepoccedilecirco de todos n olaboLaccedilriacuteo da cul tura da sociedade eIl que viveo beu 00110 e principelnonte na aEre

bull 8 bull

ensno e nf~Jcccedilno_ do sentido e~ 9111 turll isto eacute do cUG c cuIturo sig nifico perc os ho~ens desse soci~elede A Cultura Popul~r port3nto~esshytoacute vincu1t~clc Il UI1C accedilco que nco 110de ester dcsligodc do 2oyQisto e I

dos grupos sociais que por condicion~ncntos econocircmicos pOliacuteticos e soci~is - e cspocicloonte por COllcliciorlDrJcntos oul turcis - cst~o l1Crgi ncli zudos da cul tllrU ( FunCcLlontcccedilecircio CC IIViver eacute Luter) shy

1 tCaLlo venos c Cultura Po~uler quc~do e coounlCaVO 00 ~_~lS o 6 quando sues significcccedilotildees seus velocircros ideais e ObTeS SOO elesti shynados cfotive~0nte ao povo c rospondem ns ozigecircncios el~ reolizeccedilatildeo hu~ona docircsso -Jovo 00 eteroinete eacutepocc responce eu suoe n suo 29Jlsect

h lo 1 E b l 1ClOnClE lSmiddottorlCIl 100 e CC eo cooo U1lVerSo qUG c cu -Gura e ne shycioncl-cnqucnto integre es consciocircncios dentro ele ncccedilno no ~lnno--dc SUIl realizcccedilecirco hunene e cs situe assIacuteIl na linhO (10 DovLl(mto histoacuteshyrico essencicl de EP-iY2rsn1jzaCcedilco 9fetiva c do cricccedilecirco CO UilC cultura pare toclos os honcns (Po Hmriquo Vaz)

Cono o integrc2otildeo elo toc~os os hOL10ns ne DeSUo cul ture vinculo shyse o unc trcnsforLlcccediloO elos pcecircrotildees econocircnicos polticos o socieis 0

Cul ture Populcr estaacute tcbeacuten vincuIademiddot ecirc reelizcccedilco do u projeto hisshytoacuterieo que pretendo aquelcs trc~sfor3eccedilotildeos Um projeto histoacuterico condi zente OO~l uuc cul turo eleborecc o pcrticipedc por todos UiJ projeto que possibilite c toclo o povo essTIuiacuter o seu papel do criecor o suj0ito de culture dc sociedode eu quo vivo

~~ - l~J

Sendo nssiacuten pode-se dizor que Culturo Populer n~o eacute uu fenocircnono neutro indiferente Ao contr6rio nasce da un conflito o ~lecircle dcsembQ 00 pois ela existe e se Cpresonto 80npre eu terl10S de libertoxatildeo de prom ccedilecirco hunenc no sentido J1cis cnplo Donde se conclui que noo eacute possiacutevel U1 trobclho de Culturc Popu1er desligado do processo de consshycientizaccedilacircQ E ~or estar lig-eclo c ecircste processo 5 quo elo ueve lCivor

Sellpre c UL1C opccedilco Devo der pqssibi1iclceacutees de Opccedilco 00 povo eoboro N

nco posse lL1pOr osso opccedileo porque elo devo sor encontrcCc polo pr~o povo Este opccedilOcirco decorre ele plone consci3ncuuml que O honen adquire dos diforGnccedilos o degnveis entro os 3rupos quo foruno o socicdedo o de noshy

1 N bull so-COSSldcae1 LG une tronsforncccedilco dos lO culturcls polltlcoSpecroos cieia e econocircticos que os cotorlincJ --~

BIBLIOGRAPIL PARA APROpmJDLttrO DlSTE ITE-i

1- Les1ie A Ihi te - Concei to de Cul tura Seacuterie B apostila 1- I EB

2- Irene E de Carvalho - Introduccedilatildeo aos Estudos Socieis Funoaccedilatildeo Geshytulio Vargas Rio de Janeiro 1964

]) Cacircndido Pagravedim OSB- Dclucar para um undo Novo Colo Educar para a Vida Gad 6 ~d Vozes Petroacutepolis 1965

4- Felix 1 Keesing -Introduccedilatildeo Cultural Fundo de Cultura Rio 1961

MOVHlENTO

DE EDUCACcedilAtildeO

bull DE BASE

t J

~

f

I

I f

f

t iacute (

i i

JlJIDAMIIA010 DO JlOGlAMA PARA 196

1 pu ISWVDOS SOOIAIS

12 - Ilt~t~amp Sooial

~

120 - Estrutura Social

Estrutura eacute a armaccedilatildeo alguma coisa Aquilo que sustenta um o~ ganismo um preacutedio um caminh~o Cada coisa tem sua estrutura O or~ nismo humano tem o esqueleto c~o estrutura umpreacutedio tem os funda shymentos e as vigas mestras que o~~steltam de peacutemiddot Um oarro tem o chasshysis socircbre o qual ecircle eacute montado satildeo su~ estruturas proacuteprias

Asdm tocircda a estrutura tem Uliacutela porccedil2Q de partes q~ quando se juntamformw~ um todo onde alguma coisa po~~ se sustentcr O esquele-middot to tem diversas partes assim como a estrutux~ de um preacutedio tem as pa~ tes dos alicerces e as partes do teto das colunas eto bullbullbull Podemos en tender que ~__~s~]utu_a gualltl-q~r_9uJL~s_e1sectL99teacute~ diversas J18tlU QF~das_pDra_Jorll-_-__~~_j_oi9J_~E_co_njull_t-ordmLll~un~

Que seria entatildeo uma estrutura social ~ uma estrutura que diz ~ pei to e sociedade dos homens j o modo como amples se organizrun para vi ver melhor porque ningueacutem pode viver sozinho ~ social porque se reshyfere a uma porccedilatildeo de homens a uma porccedilatildeo de grupos humanos que forshymam o IItodo ll social A sociedade humana tem uma unidade mas tem tamshybeacutem uma porccedilatildeo de Eart~~~__~~~Fj_~am de gerta forma - a estrutushyra s~oial ~ sustentanto a unidade do ~ru]o humano

Como se trata de homens as estruturos nno pocam ser materiais como as da cesa do ceminhco etc S~o estruturas pr6prias do socieda de dos homens Tem que estar marcadas com qualidedes que s~o humanas

Ora o homem tem fundomentalmente veacuterias qualidades que o disshytinguem das outras coisas a consciecircncia racional (inteligecircncia e voa tade) a liberdade a afetividade o capacida~e de oompreender as ooisas e de dar nooe a tocircdas elas ~uer dizer de dar significado que s6 valem para si e pera seus seuelhantes e a capaoidade de poder socircshybre as coisas quando ecircle te~ uma pedra ecircle pode fazer UacuteDa estntua ou picaacute-la eu pedaoinhos exerce seu poder socircbre a pedra

Entatildeo jamp podemos ver que as Estruturas Sociais tecircm que respeitar exatL1011te eSS2S quelidade pcro sereu II~CLoiaisll f quer dizer humanas bull As Estruturas Sociais tecircm que re etira

bull a oonsciecircncia racional (inteligecircncia e vontade) bull a liberdade humana bull a afetividede do homem - o CBor bull a capacidade de der significado cs coises e de comunicar ecircssee

signifioados o todos bull o exetclcio do poder humano socircbre os coisas socircbre a socictlade

e socircbre o proacuteprio homeo

Al d 4 em ~sso como o homem e teubem um ser biologieo tem todas ns

otividades e funccedilotilde~s dos secircres vivos nascer crescer comer assimishylar reproduzir-se viver um tempo a rJ0nitude e tudo isso e depois entrar num processo de rle6iJ~ccedilrt (de ) e tender para o Ilorshy

bull 1 bull

te e para o desop~recimento fiacutesico Todo ser vivo S0 distingue dos nao vivos porque eacute c~p~z de tircr do Deio 00 que vive o que lhe eacute ncoeBs~shyrio pcr~ crescer reproduzin~o-se etc Isso se chcma processo C8 ess uil~ccedilco Umo plc~t~ oS6ioile de terre os eleoontos que pr0cis pere viver Uu cnimcl cssimile do que cooe c energi neoessnric pere conti shynuer vivo Eos to~os tecirc11 UlJ lioite Qucmlo pesso c perder Dei s elo que recebe oOlleccedilc e envelhecer caihe pcrc e norte As cstruturcs dos ogrupcoentos hUDC~10S teu que levcr lsso ao conto Teu que conJuoacutecr esshyScs funccedilotildees que sco ele tocvs os socircrcs vivos cou aquelcs opcoiddcs e quelidedea que vinos cclm que s~o sonento dos hOilns

Vimos o que es estrutures socieis ~ecirc11 que respeitor nessas elois plnoss o dcs quliccdes e o eles concliccedilocs bioloacutegiccs co honen l~s 1fi so n~o existe sopcrcdo une cois leacute outro cqui ~is~o jUl_to nUllc uc S11[ pc s soe nU2~ oe suo grupo h1lt2cno ~e_00 BeSIDO tO_DpO

Por isso tGl~lOS quo ver dU2s coisos I

lQ o que sustente os estrutur~s soci~is e 2Q cs f0I11CS COC esscs cstruturcs nos ercccD

ViDOS que ampss~s estrutures quo nos referimos sco hummcs 1=C8 nei

por isso sco tocircdes bocs tocircdcs respcitcndo e ncturezc do sor h~cno Sendo ecircssim eacute necesseacuterio U1 trcblho quo torne os homens conscientes disso pcrc que tocircelc sue cccedilco sej~ nU11 sentido de oelhorcr Ccel~ vez Jds cs estrutures da sociedede eu Que viv~ ~es jeacute existeu une porccedilatildeo de normcs vclocircres costUECS que tecircd vigencie n~ sociodede dos horHms e -~ ----shyque ~J~r21l_ ltlu9JS__ilJ3_~ll_tsH ~or que isso Porque c socieccele dos homens nco pode ser sustentcdo so pels coisns mteri~iB ~ es nor mcs os vclocircres os costuues s~o escolhidos e adotccos pele socieccecircoshydos homens como moios ele regulcr atildeuuml~id~--Socicl Elcs representcn une ctucccedilecirco do liberdcde huwcnc quer eizer os homens escolherauacuteln~s ~--r si livremente Entre~cnto esscs norucs ecircsses costunes ecircsses velores p8rlmccen nc sociedcde e Jlui tcs v~zes o que ore bOD nUD dotorJincdo tenpo deixe de sar bom ombore continue existindo Entco ca nornes e Vf l ores pcsscn c ser elenc1tos de opressco pcr o houm ou pcrc gru-A shy

pos de houens nUDc sociedade ~ por isso que se deve tor consciecircncic bG~ clcrc pera reconhecer se as no~~cs e vclocircres que regulcu nosso co~ port~uento sociel s~o cindc v~lidcs ~rc o hOBen quo vive nos nossos shyteuumlpos Se foreu vGlides devo~ ser canservcdas se nco foroI v~lidcSt dev~ratildeo ser uuelaelos Esscs focircrccediles os-cecirco contielcs DCis dirotmn-e nos volores Vcjcuos cOrJa ccde una poC~e sor explicndc

bull Velres go~ sectsc_oJhjf28-2~_y_c~-S_[ti tude dos ho~ Po shydeu ficcr atuando conscionteuonte ou inconscientenonte Por eXI A2or os pcds e os filhos b U11 velar ser livre pcr fzor o qUe quisor t outro vclori respei tcr os outros eacute tcDboacuten uu vecirclor Isso tudo vei eshyrecer ctrcveacutes dos costunes o norl~S que e socicdcampe edotc As ciforenshy

ccedilcs ent re 61 Sco epencs de Groducccedilco

2

bull COS~1luos -UodO__Cplusmn9 qgi_r socialuollte a$r2a(9J3bull Ouando un houou vai a escola ele so oouporta de un Dedo proprlO Quando vaJ a una fasta se couporta de outro Dodo Se fala coo sou pai se cODport2 de Dodo diferente daquele co que fal COrl sou filho Os costVlOS sao diferentes para cada ocasi~o

bull Nornos satildeo os [s~-os l9cos de couportmlOnto s9cisJ -oloS jaacute totDh Dente acoitos e que s~o onsinotos na sociedade CODO coisas a sorCD obshy

S t b tIscrvados WllS rlglCLanOl1 t e ao 11ecessarJcnon e o rJg~ OZJcs

A N

bull COlltE9le Soc~ S_gur(L~EJ_todo Gc obser~l9]_~9lltl9_Qbs9d~ ci~o t~cloJs-o~~JJ_c1Lo_G~b_9J_~eido Se algueu nao so COi~)Orta do acordo 001 ~s costuDCS o as noruas da sociedade vai sofrer pw~iccediloos o repreensotildees por parto elos outros clowmtos de sou grupo COD isso so estabelece U~1 controcirclellsocialll socircbre as occedilotildees do cce~e l)0SS0a do eashy

1o grupo Acuzor le oprovcccediloos e Danoresa e ~uor reprovcccedilouumls DelOi~()S ou t d - - 4 ADonIor~e o lpO 0 accedilao eS~lvor nalS ou nenos ~C aoorao cou o que a

sociedade esporava

~9G~~qt Oacute ULl tipo do controcircle social Iluito rfoido quo a socioshydcde iwpoe lli~la pOSS02 ou c gruo social

1Qi e um norDO- sociel tlrl conportaocmto que o oXiglCO de toshy

dos e quo qUffi1do nco 2coito provoca una coerccedilco Duito forte Essa IpUl1lCcedillO que pOCcC scr nora1 Jls~ce ou s~np1csnon c 1 t Ja c ~ t socJe 0 t c

r1incda antcriorIente Quor cizer se alguoacuteo rouba elevo sor Plli1ido se De ta devuuml ser puYlIacuteclo co~ pris2o etc bullbullbull

N _0 1 ( f tmiddot 1_oR 1 e uacuteora aquJ nos rc cr~~os epencs ao ccro er sooJ[bull liacute3~aO bd c Ro1 -tO o ae --lore 11[0 e une so rc a ) ocos ~ ~glCO ~ 1 AI T osCOl1Slceraccedilao 10

grupos huncnos tecircn Jcnifcs-ccccedilotildeos religioscs quer clizr aquolas que expresscn sues rolaccedilotildees COl1 Daus ou COD as coiscs clivines 11 goraleecirc

t - hl ft r8 Ilcn~lOS eccediloes CLlzer reS~Ol to cS reaccediloGs quo o grupo Ullc10 tO~middot_l cshyAo _ N bull A

ce a clgu1S fenonenos quo 1CO sao totalncnte conpreenslvels llcrc ele c lJorte c vida futur r sue Oi~iber2 o oal etc Vejrlos quel o difeshyrenccedila entro at_o reli1ii~0 e ato-Boral

a) ite l1eligioso eacute cc~UGlG que 0xpressc clerarG~1to llileacute_ relaccedil3o 001 Deus ou C 01 cs coisas sagi~acles Por ex uissa sacr2rJentos etc

b) L-co _oral eacute x-qllo1e quo oxpresse 1m julCecircc r to socircbro as coi ses que) hOG faz sobre sou relccionlt1uonto C 011 os outros ho~oacutensPor

tb eXI eJuccr os ou ros uacute OE rOUJer e lleU odler o prox~Jo c DaU

Uui tes vocirczos as coisas dc ~kligiecirco c da lorc-l S20 loios do controcirc la sociel OOSDO eto poclo sor entendido de diversas =aneircs Aju der UIl aligo pode sor entl1CILlo cl0 trecircs fornas diforcntos eacute Ul ato re ligi2sectQ onqucnto oxprossc Linha oC-ridrdo emquento vejo n010 rum iJashygcn de D01S eacute t2lbOacuteIl UIl ~to_~O_l~ porquo Oacute llilU coise boe Oacute ainoo ur oto suumlnJ10~te social porquo u aprovcdo pEle sociud0o o quo vivo

Tocircclos ostcs coisos sOcirco os fUl1dC-r0ntos de estruture sociul Porque nalas eacute quo o houo= =ostra sues qualidadus~o hODon diforonto [cs coishy

sos nateriois e sLrplesnente viVos

PoCLenos ver cgora cs forncs 01 CcedilU8 se expressarl estcs ostrutushyros

Ateacute aqui ViDOS brevemonte C01) os grupos sooiais satildeo sustCltadOS por vlocircres nOrcics cos tUJes etc odOl1OS prcstor ctGnccedilecirco e not-r quo os forlJCs os que ecircstos grupos nos eporeceJ no soci0d~de so limito vr ricdcs

Os tipos de grupos que se for~a~ nc sociedcde s~o b~sioc~8nte =l bull bull ~ bullCOiSf o grupo prJjj~rJo G o grupo secunuacutecrJo

O grupo pruumll~rio te-] es sGuintes c-rcoteriacutesticosl

AS pEssocs to proaGcs o se oon eeeD CEl t ocos os seusbull VJ vou nuJ h J

cspectos Convivea li fece c fece 11 Seu relocioneLlGnto inplicc foiccedilOcirco e conpreens~o e ou gerol h~ inti~i~cdc ontro si Isto podo se dcr especiclmentG no L~iacutelia nos grupos do cdgos nosossoeicccedilotildecs poqusect

- 1ncs e olguL1CS vezes eu grcndes cssocJcCcedilOGS DCS COD cpencs c guns uGabros que se tornares ouigos

A ~ ftI bull ibull As rclcccedilotildees cconocircDiccs c11 tIO cc s tE grupo nco sco cs T1CJ S ~1 N ---_- ~

portcntos Nem as relcccedilotildecs de orgc1izcccedilGo ou de poder de docisro l~Q -shy11a U~c bscelc ele qucm pocle ter Deis ou nonos cutoridede

bull As rol2ccedilotildees entre seus lJcbros s3o ele cCreacuteter cssoeir-tivo c tacirc1 senpra UilC fin~lielcdo detuumlrDinCd~ Potu SOl u~~ cssocicccedil~o eOD 1Jn6 lucrctivos etc Poclo ser tc-uumlbOacuteTl ULlC essocicccedilGO porC L1uumllhor conseGuir defender os diroitos de seus Doubros CODO UD sindic~to UD pCrtido poliacutetico uu centro social etc

y IV

bull As relcccedilocs sco cordicis DCS nlt1O sco Jntincs O rclccionCIlOushyto eacute regulado mois pelo finclidccc que os uuumlnbros busccm no grupo que pelo nmizcele ou 010iccedil20 que tecircD~tre si Haacute necircste grupo liDe s~rie Qe nOrLlOS de couportcuen to que regulau as cccedilotildees des pessoos conforne o popel que exerceD no grupo UD eacute o presidente outro eacute o contcdoroushytro o vuumlndodor outro o secreteacuterio de UD sindiccto UDa pessoo pode ser Ul eluno e outrc o professor Cnda qual tem seu conportclCnto eleshyteruincdo pela ncturezo do grupo E a finclidcde do grupo senpre sereacute olccnccedilcde nc medidc 811 que os papeacuteis forei Llelhor executcdos

Os grupos priLl~rios e secuncl~rios podeu ~pnreoer nc sociodcele dns - dmiddot f U f 1middot t UCJS Jverses Orcics UC CLiJ Jc soro por nc urezc UL1 grupo prJ~lcrJo

oom UD relecioncuento iacutentino entre seus eotlponentesEos ele poderaacute ser gronde propriet~rie ele u~c feacutebrica ou de usa f~zendc G por isso c presenter t~beacuteD relcccedilotildees que sno proacuteprios ele u~ grupo secunceacuterioco

bull 4 bull

ffinclid~ecircLe lucrCtivo De Dado quo f qu~lCiuer sopereccedilco que nos eCcedilClOS te~ seDp~e une finclidcde c de cstudcr ~elhor os estruturas de ccdc grupo~ nco quer dizer quo oles soacute podou eperocer cssi~ Nc reolidedcf cs relcccedilotildees ossin CODO os grupos se cruZou forucndo UD con~lcxo 62 c1c1 tste conp1exo soc1a1 pcrc ser cOL1preonc~ido tO~l quo ser estucLf do por pcrtos tl2S CSScs pcrtos diflcilncnte existcu iso1cdcs nc roeshylidcdc CODO noacutes cs considereDos qucndo oS estudaDOS Por isSOVCLlOS o~leliser cl~Dos desscs for]c8 c_o cD~recij]ento dos grupos socieis sou pc-nscr que eles soacute pode existir essin nato soreacute apenos uu Dodo de estuceacutelos Aineacuteto oqui fClenos dcs foru2s e~ que cs ostruturcs cpc shyrecou

l FAI=1LIA

c Ul1 dos 110dos wds ioportcntes de existecircncic socicl e o L1cis eecirc tude~o por todos os que queron oo~hGcer bOD cs sooiodades ou quo vishyvm ~ U-l grupo prilloacuterio por noturoze A convivecircncic eacute nui to ntine entre todos os seus nembros porque vive~ nc DeSDo cesc 002e~ e ues-De Des e pcS8r grcnde pcrte do teDpo de vide juntos Crio-s0 Ull re shy1coioncwnto afetivo tlUito intenso mtrc os seus ueubros A iuportcnshycio de fewiacutelio se fez cede vez neiar porque ele de8eupenhc 00 DeSUO tenpo ~c porccedil~o dcs funccedilotildees sooieis que s~o deseupenhcdcs ne sociede de pelos grupos Bciores Por exe2plo UDC pessoe se socialize ctrov~ de escole e de seu relccionclento cOL os outros ucs esse socieliz shyccedilOcirco teu iniacuteci) nc fcriacutelio desde que esse pessoc~ nesce

Une possoc so integre no contoxto culturcl de sue cOL1unidcdceshytrcveacutes de sue fcniacutelic que vive necircsse contexto e pode exercor por sou intcrueacutedio Uiacutelr etiviclcde lucretivc ospoclfic~-~Dente econocircnicc f do 11081]0 Liodo cono c exerceria en UD2 reacutebricc ou nuna eDpr~se Por isso tudo c fcuiacuteliG eacute o grupo sociel [is ostudcdo ~ nele quo so processhyso de 1uumldo reconhecido COrlO legiacute tiDO erquose tocircdcs Cs sociodecos o perpe ueccedileo b A 1 Mt )~cc eSJ0cJe huntnc cono SOl JO106Jco egJmiddottmiddotJlfCcedilCO co ~

-to sexucl UJ cto que onponhc 11is lntLlcJ-entemiddot ccdc pJssoc Uuml reco nhecidc univorscL18nte qundo rolizcc1o 11 fc11ic ou eLl fU~1CcedilO de foul1ia bull

____debull FOrDcs -___FClio - En corcltogt costum-se dizer que c fc11ic tew duos fo~Jcs pril1cipois - a rcl~CcedilljIrextel~ pctricrceacutel ou Betricrcc1 e ~ f~~lliCcedilc_nu_cJ9_9 consti tUldc so de pois e filhos

li sociodcdo brcsiloirc h~ eindo u l[lor nuacutenero do foillics poshytricrccis quer dizer ccei tcndo norer juntos filhos e nores filh--s e genros netos e sobrinhos i=cs Q processo de urbenizcccedilno c conoonshytrcccedilecirco e UL Ilc1or ~1UacuterlOrO de pessocs ncs cidcdes grcndos vci torncndo ced vez rmis difiacutecil esse forne de existocircnoic forli1icr O quo se vci tornondo noi s oorlUD eacute a forne de fcxiacutelic nuoleor onde soacute pcis e filho Dorau juntos E onde o relfoioncnonto ofetivo ficc rostri to o UIl mtti2 ro nenor de pessocs

Eu outrcs sociedccles heacute Qutrcs fJriles de fcniacutelics f onde u howr pcde ter ducs ou cci s mulheres ondo uJC rJulher pode ter lcis de UD

5

condicioncdo pelo rlodo do vide qU0Lcrido Tudo isso b detorrlincc1o ou 1 ~ plc si e pelos neios elo subsist~n l esses grupos cdotcrllo cono vr ~CioS

oic lueuro podeu conseguir

- d~ ~~l~bull Fu~~_lt~j-_~__~ bull c gcrcccedilco dos filhos

bull l sctisfoccedilco 6000ion01 f soxucl e cfctivll bull c educcccedilecirco c soCiclizcccedilco cos filhos bull o ccul turcccedileo quer cli zor cdcptc~r seus Ilonbro S cul turc

locc~ li( bull funccediltio recrectiva - ht sooicdcdos ondo e recrecccediloo 0 funccedileacuteo exclusivc da f~llic funccedilco econocirc=lica quondo de estruture fCtlilier depende c subsistecircncio e c o nOcirci i cc do grupo

(Ver c ecircstuacute respeito clgui livro de An~ro~olog~o e~peciolllen te RLinton O honen Uno Introduccedilco o Soc~olog~e)

2 COLU1HD1DE

t uma dos formas nais OODunS eil que cpcreeen os grupos socicismiddot e no que1 cs estruturos 600iois sco ll~ds faacuteceis de sareo estudedcs

A conunidcde cOlpreende e11 gerol UD grupo huucno bcsknte grcnde onde tocircdes es funccedilotildees de vide hunano eco exeroidos eu eonjunto eonecirce tocircdes cs neoessidodes encontrcn seus grcus de setistcccedilatildeo rics esscs fun ccedilocirces e nec0ssidado8 satildeo li~itcdos pelo aacuteroo geograacutefico onde o grupo vi vo

Assiu Urla cOLlunidode tCl wa QQlJiBJlroccedil~o fJ~ de~erlinCcle ~e1c lrcc onde eI 80 encontrDbull Isso e IacuteLlportcnte porque e de croo gcograf1shyo~ que deveratildeo seir os recursos oteriois pera o subsistecircncia do grupo UJlC couunidode que vive no 110io ruroI teu uoios de vide buumlrl diversos do quo uuo couuni(lDde que vive nml 1oio urbno jaacute bnstonto qesonvolvidoOe l7l0i08 de cOJuniccccedil[o o a1inm toccedilco e os lodos de conportononto vcrico

f d foon orue cs con Jccediloos geogrc ~c~s ce croo

Do meSIlO Joco [ cOlUnidod~ ter6 UIC contizuraccedilco pzicol_ampii~ Sous 171odos de ogir e sucs otitudes VcO vcricr conforne o pcdrco do oultura que o oonunidodc clconccedilou Nuna couunidodo conscientizedo o oepcz de on01isor tocircdcs os condiccedilotildees eJ que vivo c otitude dos grupos huncnos que o consti tuen sGrt de occedilco trmsfoZrcdoro o de JlcIhorio ecdo voz tclor Une couunidede 01 que nco haacute UBo oti tude de maacutelise de SUos condiccedilotildees t eLl que tudo ( ooeito de nodo possivo cma U1lo visco confornista n210 12 dern progredir Duito neu ter otitudes de Dudanccedilos pera nolhoror sua situcccedilatildeo

Nu~a couunidede existeu tocircdos as funccedilotildees nocessaacuterios ~ vida de Utl grupo hUlno P-1guucs dessos funccedilotildees podem ser l1Cis desenvolvidas que outrce ocs tocircdcs elce cpnrcoen de olguuuml Bodo An~lisaoos c seguiral guucs das funccedilotildees Deis iDportc~tes

c) Fun~no econocircmioc - t ~quelc que provecirc os reoursos uatericis do

6

~ grupo o que ecircle pode produzir e o que pode oonsumir assim como os mQ

dos como estas coisas satildeo distribuidas entre o grupo

b) FunSatildeo ~01Jti2~ Consiste no exerooiocirc do poder atra~es das vashyrias formas de autoridade criadas pelas sooiedades no sent1do de 2e manterem integradas e de decidirem seus pr6prios caminhos A fun9~0 PQ liacutetica exercida diretamente em assembleacuteias ou indiretamente atraves de Dampndatos faz Damprte da or~aniza~atildeo de qualQuer grupo humano que define

J Cgt S 1 ti 1 -tipos de coaccedilatildeo do puniccedilco forDQs te prrtioipaccediloo P2 1 00 esoc 0

UC cutoridcde obrigctoriedcde de ouopriilento de dec~soeSt oeios de d~ finir e clconccediler o bem COOUD

c) Etgl9atildeo--LelJAtildei~o~ - n a que reflete os modos como as pessoas da co~mnid8de se relccionam COLel Deus e COLl as coisas divinas Eu f)eralas funccedilotildees reli0iosas satildeo necessaacuterias para o equiliacutebrio emoc~onal do grushypo hu~ampnot porque trazem uma certa tranquilidade em relaccedilao a al3UUo problemas que nunca encontram resJostas adequadas oomo os da mortedo mal da origem do homem os da vid~ futura etc Qu~ndo as fth~ccedilotildees reshyliGiosas s~o bem coupreendidas e beuuml vividas pelo grupo pode-se dizer que haacute uma autenticidecle religiosa na comunidade Quando poreacutem h~ eshyxogecircro de crenccedilas e ri tuais a vivecircncia do grupo se torna quase irrashycional Isso pode Dconteeer com qualquer religiatildeo que natildeo seja bem coll preendide (Ver socircbre isto e eYlicaccedil~o referente a NEB e Igreja no Documento wJB sua Origem sua lLccedilatildeo e seu Conteuacutedo~ assim cono euro par te socircbre struturas de Igreja Consultar tembeacutem o livro Sociologia l~eligiosa Alain Birou)

d) Funccedilatildeo J~cr_e-ftiva - Compreende as atividcdes de lazer que se e xercem em tempos illliS ou menos deteriacuteLlinados pelos grupos huwcnos ltu~D tribo de iacutendios a luta pode ser um~ recreaccedilatildeo Nume cidade grcndevoi se ao cinema jogc-se cartas passeia-se Nas comunidades rurais hl muitos jogos muitas festos~ cede comunidade tem suas festas tpicas Jecrecccedilatildeo nco eacute soacute agrave ctivid[~de dcs cricnccedilcs embora sejam cs crianccedilcs que por nCtureza necossi tem meis de recrccccedilEo Tocircda comunidDde tem esshytruturcs recreativcs e de simples l~zer Bordar e fezer cestos pode 001

shyuma funccedilao economicaA

t m~s pode serrecreativa tambem UjJ~ festa reli giosa pode ter sue funccedilatildeo religioso e pOde ter tcmbeacutem uma funmiddotccedilatildeo reshycrectiva Como dissemos antes tudo se cruza nD recUumlidade s6 seporo mos as coisas por~ poder estud~-lCs molhor

e) unccediluuml2 cs_lg_cJ9tJXE - ti exercid p~rc satisfozer cs necessidcltles de ~ssocicccedilao quo o hOiuem tel numa cOllunidode Assim embora o fCJi1lin

I bullAseJa o grupo pr111C 1 pC ejl quo quese todcs s funccediloes necesserJos para a vide humano s~o exercidas haacute necessid~de de outros tipos de grupos para ~lgumas funccedilotildees especiacuteficas numa comunidade Por exemplo um sinw

dicato represente c necessidcde de cssocicccedilatildeo de um grupo profissional pcra melhor exercer sua profiss~o e ser melhor compreendido pelos oushytros grupos Pode hover sindic~tos de poscadores de levrndoacuteres de 0shyper~rios etc 1as h~ outros tipos de associaccedilic O Partido Poltioo um formo de associaccedilao que existe nV1ilC cOLlunidcde p[ro que osgrupoe possam pcrticipar orgcnizcdmonte do poc~er H~ partidos que represen shytCill certcs closses sociais e ou~ros representam outras classes ooda qucl busccudo reclizcr melhor 6elS c r-rocircsses H~ tcmbeacutem cssooinccedilotildees

bull 7 bull

de tipo econ3uico 8 com fins lucr~tivos como um~ socied~de coserci~l que cmprc e vende cGrtcs IlGrc~doris HG sociedcdes industri-is que rGunem grende nuacutemero cc pessocs pcrc produzir eu conjunto outre-s lHrc~ dorics

Reacute cindl muitos outrcs funccedilotildees nUj~c oomunidcde hu]~nc sej elo grcnde ou pequenc =[8 pcrr noacutes ~=~j3 uuumlc coisc deve ficr nui to clarrbull rcocircctcs cs comunidcuos COB sues funccedilotildees soacute tecircu sentido o devoi1 SOl re~ p8itcdcs ellqunto 80 rcClIlCl1te moios elo roliz~ccedilecirco huwcmc Dosdo que qu~lqucr um delcs sejc utilizede pcre oprimir o hocet1 perdo sou scmshytido e lt1ev0 ser DUC1ccbull

Pode-s pOl~u1-cr CgtO inci02 ~ Isroje- eooo instituiccedileacuteo divinc podo se enqucdrcr e~ deterDin~ds estrutures 80 ela oo~portc da fcto

bull ~clQluc ostruturccedil~o TIll que mediclc isso lJ10 eacute neeoss[r~o em que mouJ_ da isso lhe 6 projuQici~

TerJOs que notcr du~s COi88 funCCilGeacutetaisl

e) L Ierejc uuml U- cO~UL1iiacutelcluuml 0spiri tucl de toclos [qu~les que ( crec1i kl1 1 rtevolcccedilOtildeo ( n Ruumlconccedilo pelo Cristo

b) A Icreje existe pelos hono~s -c os homens 0 deve rospeitcr rs exigecircC1Cis que n--turozo co homen pede prc SU2 rc~~lizc ccedilco A pclcvrc conunic~c1e cqui ~8iil UIil sontido diferente do que foi usado cntes Uscuos o tecircriJO _c2~mnidcde de 11ftcjccgoshyrc nun s0~1tido lis espiri tU[Uuml do qu socicl

COIO ume co~nn~idcde visiacutevel enccrncde no mundo c Igrcjc te) sue estrutur[~ juriacuteCico como outrcs cOLlulliddes N8ste sentido ele ~ susceptJvel de Llucl1ccedilcs c progresso Do mcsmo modocomo Ur1C estrutura huruumlenc perd0 sue rczso de scr QuC1do nco fcci1i te c ro-lizcccedilo de pe880c ssim tc~1l6m urc Qstrutur de Isrejc pode suumlrder sue razeo de ser se n2o fccili ter [~ corauniccccedil~o (1 Grcccedilc de pcl-vre de Deus Erl 0E trs pclvrcs COiO 8 estrutures hllLl1CS progridem OOL o desenvolvi I1~l1to G SD tornelU Bcis couplexcs pcr~ e~orceuro)r deter1l1in~dcs funccedilotildees o ctrcler cqueles CUOi e1-s sc dostin-m U1 estruture 19rojo enshyqucnto org~nizcccedil~o 11u11-11o pode scr iIoc1ificdc desde lU8 seje p~ro UGshy

lhor cOLlunic-r o q1hJ Deus quis

-8) eacute e- rz3o ce 8U origeu e nCturczC que c Igre ja difere dcs oumiddot-r - b o 1 bull gt 1 hi gt bull Q cormnJ5clES bull Gm or~ seJc Ui~ COLlU1JCQO VJSJVQ e rerquJOc e U1 orgl1Iacutez-CcedilCO Iacutelsti tuid por Cristo coa sUJS funccedilotildees S1L estruture e os poeacuteteres qU8 - 1 pertences iNc lU essecircncie mcis profundc c 19rcj- eacute - preSOllccedil puacuterune11to nc qU~cro de Histoacuteric do rmndo do vershybo do Daus foito HOlcm Dl 6 co~cratizc9~o histoacuteria~ d~ vontcdo scl vlfiac de Deus coluniacdc ctrovoacutes (10 Cristo (Kerl RchllGr lIission ct Grcce vol 11 Serviteurs eacutetu PeulJ10 c10 ])iou EJlIE 20 eacuted Fcnae 1 963 p 30)

8 bull

~- ~

AleacuteJl do que jeacute vinos devel2Os tontCr fazcr couumlpreonder OOL nos shyscs cmlos aue stem outrs forws cuuml ostruturcs socie_i8 e que c 10shy

(lida Cl que middotumc socie proJride esscs foril2s v~o so nul ti~lic_ndo e se tornendo meis coraplexos Por isso 6 que ume pessoc de zonr rurcl do pis qundo vem c urde cidde gr-nco fio onbcreccediled Porque ele nco conhoce tocircdcs cs forucs de rGlcioncL~el1to que ooucle comniCrce u~- ~ bcn2 utilize iil V0J UJ 10io 1i8 sirples e cujcs cstruturcs sco

bull bullbull - bull AI

rec~uzuumlcs c 3ruj)os pri1rJos frJIJ-res ou c cssocJccedilocs e grupos ss cur~eacuterios k beacutem Dui to sLlples 111 tr buumlho de conscientizcccedilao deve 12 vr e8SCS pessos c id6ic ce que I lJor L1cis couumlp1ic[dc que sojo Ule

ht L 8ocicl f c so rczeo do S8 lor ccuse ClO bullbulle S ru vur ~ prollrJo OlCrlCJ I i 1 N

que nln~10L1 se (leve eLlbcr~ccedilcdo so porque n~o conhGce 08 no os de rcl-ciolLwnto saciel que outrcs cOE112lidcdes ou outrcs roiotildees utishylizou Ucvuuml-se insistir lUi to nisso o honml ~ o il8SO c quclqucr cir

shyCU~1stmiddotncic v~rie 8 fCJrufs de G Stl~turcccedil~o soci1 porque ho concenshyt ~ - h tmiddotrcccedilocs eLE seres hU2110S que necossl te~ ltlesscs releccediloes uCs no11 ua l

po eacutee ruumllccedil2o por _i8 cOilplec clue soje fcz que un hOL18~ S0je IlC lhor ~o que outro soacute porque es conhece ou porque vive nUDe couunidcdc

t I A i d QU0 cs (no odcs -8 pessos teu quo ter conso encJc Jsso p2rc ev~

tr ju~tecate c fOln-Ccedileo de prcco1coito8 de cl2s8-t do ScscZ cc k~jlo_l_~IacuteJOecirc rCcici S e te que sGo outrcs foDfs__dQ dqiIs_tccedilfo~ ilo l~Wlcsect ~s1rltprcss9cicisJ NenhuLlc deles eeve prcvcleccr sobro Cucl qUGr hOlllem quer sejc cle Ulll meio onele 018 sejc1 311p1es qUGr soj de m meio oi1clo Glcs sejeu Ilui to COi2plocs A uacutenico coise que deve p4cva 1cer SLpre eacute o hOneil - c pessoc hUllc nc - socircbre quclquor tipo de estruture

Vewos tenter colooCr - lgullCS expliccccedilotildees socircbro ccdc UDi cessas outrcs forD1cs

1ordm- CL~_SSbS SOCIAIS sco constituGcs por grupos de pessocs quo t de 1 tGil C mesmc 81 - os DOSDO TIOLOSmcnelrc gere ucccedileo coonO~1cct de

couportcmento) 00 11eSLlOS veacutelocircres uuml que por isso cdquircHl o que s) chc_ Inc CJlluJonte de consci~1cic de c1csse ll bull Tecircn c consciG1cie de este reu n~ llleSDC si tucccedil3o e por isso COfClcO o CSLlO tipo elo vide pr- seu grupo estebuacutel~c01do diferenccedilcs IIncturcis ll 01 relcccedilecirco outros grupos Ponsem que c socieccde hUl1cne SOacute cl0V se equilibreI de Uil cetOIinedo uoltlo onde ecircles encontrou 1l1tiC de te r=i ndc posiccedilecirco bm1 2ssegureda Ass1rl h

CJverscS expressoes de consciGncJc de clcsse ~ c d~~ clcss( 1ctJftm shyci~rie de clcsse dos grandes inuumlstriis [1 de Cl~8SE) 0cli e cc clcsSG oper~r1c e d~ clcsSG c~]onesc etc

Ccde um delcs poue penscr quo ~~ sociedcce hUll[na devic so orzcshynizcr Qostc~ ou cl[-~uelr fornc o cuo cssL] lhes ccbari ost ou oquolc i 1 ~por~ CJe ness~ orG~nJzccediloo de s~ciodeacuteo co~ 80 Qed~ c oSSC oxshy

presse os itGrecircssos Que ten p-re si c fcz ~c lIideologie quo pcesc c (~ofonder Cm~J jeacute viJos cs clesSGS secirco t-beacuten cstrutures socieia c

nosso i n t oresse dove ser c prooccedilco do honer e no dcs estruturiS Esso ~ -

prouoccedilo sereacute ccd vez uuacutelhol conforue focircr nais pernitiltlo Co cfirlcccedilco do homeo eu quclquor tipo de es~ruturc ~ste prob1eno ~ bostente CODshy

9

i

bull

bull

bull

p1oxo o quo estaacute aqui 1130 cliz tudo por Qster ooloc[1oo do lDC forutl rlui to siLp1ificede Perc u~ l~oiacuteor aprofundor1onto ver o bib1iogrofic oi t~dc

2ordm - CLSJIA SOCILL b tebbn UL rgrupaLcnto hUleno c orl 08 ~G sms c onotcccedilatildeos cn tcriores Ipeuacutecs Ci8 cgrcvodo pelo fochcccnto do grupo os re1cccedilfio a outros grupos U~o custe so focha por ~otivos do proconshyceitos reli~iosos raciais culturais etc Nio perDito ~ ontrada do outros eloD2ntcs f noo une nobilieacuteeco el0 seus Dembros pcr] o~tros grushypos Tcm U2- i20010gie 1Uito 1iacutes clure c iLluteacutevel ILUi tas VOZ0S una ccst eacute ur~ [leio que cortos grupos utiliacutezaIl pcgtro dofondore~ seus inte shyressos e suc~ possibiliccdo co clOlinor outros grupos C o ccso dos C08shy

ts-s nince o1iacutesteytes 02 cortos piacuteses que diacuteviacutecleuroc o povo e-2 rgtcrce1as t2-0 diacutestintes que nunc2 se pode pssr de w c outrc

3ordm - PlCcedilAs eacute c diacuteferonciacutecccedil3o que se oncontre nos grupos huucnos provenilmtes de corccteres 0sscncisl0nte bioloacutegicos AssL1 os negros f

- t OS b rncos CLlClr0 1os sco os ros grupos rcc~s~s L1cJS ov~conliOS no 60shyciededo elos hOl0ns ~ diforo~l2 eacute soacute bioloacutegica quenco se flo do roccedilc seu ter nonhuLlc outrc cOl1sequolciacutee cul turol ou intcluumlcmiddot~u[l porc c posshysoc U~ nogro oueriocno vivoric os TlOSDOS pcelrotildees cu1turois c-oriccnos (nO) focircsse [ sogr8goccedilro r2-ciol) COlO quolqucr chinecircs (roccedila mcrolc)quo se intogresse nc vido c~oriccno

4ordm - GRUPOS uacuteTNICOS secirco tcllboacuteu Dados de vivecircncic sooic1 ondo 80

eC011tucn osvO ciacutecluonto clcuns c OS-(ULlG S ( norurs de ccr5ter icis cultushyre1 r0l2oiondos 001 c 1 iacute11[11 c COStUL~OS rogionoiacutes tipos fiacutesicos (10shy

tar~in2dos por conCiccedilotildeos do 01i~e do rogiecirco gcogr~ficc etc AssiD UDe clc1oio elo pescodores no norte da A1cnanhc tcm ccroctorCsticcs bo eacuteivorscs 00 u1 2lcloic elo )(scc(o1os no nordesto elo Brnsi1 ULl DOVO de urm rogiecirco couo c 111(ia to_ eer2cteristicos divorscs dos DOVOS rqo~ e crlOriccnos cborc n2o sejol reccedilcs ciferentes As (~ifcr~l1ccedilcs 1120 SOO

b l + I SO ~o o~Jcos ~as vB2bcu cu1turaJs

BIBLIOGBLIL PRi1 LPROFmDL=

1 R Linton - O Une Ii1tlOC~UCcedil20 agrave Sooiologia Livreric Lartins SA s2o Paulo bull

2 A Igro ja Conciacutelio Vctic2-TIO lI Consti tuiccedilco Dog_Gtica LUoacutelon Gcntiml Doc Ponto 149 Jcitocircra Vozes Petroacutepolis 1965

3 Kar1 cmler - I~issco e Grcccediln II Vale Funccedilotildees e Estceacute-os cc Vic~c no Igroja - Dditocircra VOZ8S Petroacutepolis 1965

4 Alcin Eirou - Sociologia noli~ioso Duas Cid2-des satildeo Paulo

bull 10 bull

~~J~~ gt

I I) t

I

MOVnIiacutemTO

DE

EDUCACcedilAtildeO

DE

BASE

FUNDAMENTA ccedil Atilde O

DO PROGRAMA PARA 1965 li parte bull ESTUDOS SOCIAIS

15 Subdesenvolvimento e Desenvolvimento

middot J

1 SUBDESEIlYOLVnlENTO E DESElfVOLVIllENTO

nA humanidade cresce ragravepidamente todo o mundo o sabe mas poucos

homens tecircm consciecircncia da rapidez decircste progresso e-poucos tambeacutem satildeo

os angustiados pelas conclusotildees que- d~ste fato se deveria tirarn(Lebret

Suiciacutedio ou Sobrevivecircncia do Ocidente Duas Cidades S Pau101960p22)

O problema que a humanidade tem que resolver eacute o da pr05ramaccedilatildeo

humana conjunta atendendo a cada pessoa a cada comunidade a cada reshy

giatildeo a cada paiacutes ~ necessaacuterio dar uma resposta precisa a cada homem

enquanto pessoa e enquanto membro de uma sociedade No caso dos pa~ses

subdesenvolvidos essa resposta natildeo poderaacute ser dada a altura se natildeo veu

cermos alguns problemas do subdesenvolvimento Ou melhor esta resposta

natildeo seraacute dada se natildeo houver uma modificaccedilatildeo grande de estruturas de ~

talidades de valocircres bullbullbull de tal forma que todos os homens e cad~ homem

sejam reconhecidos como sujeitos~

Diante disso tudo poder-se-ia perguntar mas o que eacute o subdesen shy

volvimento o que o caracteriacuteza Em um sentido lato poder-se-ia denominar

de subdesenvolvidos os paiacuteses atrasados lIas isso eacute muito vago Preferi shy

mos dizer entatildeo que o que determina o subdesenvolvimento eacute sobretudo

uma grande complexidade de problemas dificultando a melhoria do niacutevel

de vida e a promoccedilatildeo do homem como pessoa sobretudo nas camadas mais P2

bres e necessit~das da populaccedilatildeo Essa complexidade eacute talvez uma das ca~

sas que mais dificulta um paiacutes atingir um certo niacutevel de desenvolvimento~

Como veremos a sebUir natildeo eacute resolvendo problemas isolados ou mais imedishy

atos que chegamos a superar o subdesenvolvimento Como eacute sabido ecircsse pr~

cesso de superaccedilatildeo tem eXigecircncias especiais que precisam ser ordenadas

hierarquizadas e planejadas Com efeito o subdesenvolvimento eacute caracteshy

rizado por vaacuterios fatocircres ou problemas que dificultam a plena realizaccedilatildeo

do homem e da comunidade onde ecircle vive

2 ALGU1IAS C-lRACTERtSTICAS DO SUBDESElTVOLVI1IENTO

21 Dependecircncia sconocircmica - Uma das caracteriacutesticas mais marcantes do su~

desenvolvimento eacute a dependecircncia econocircmica Sem um miacutenimo de autonomia eshy

conocircmica eacute ilusoacuterio falar-se de atunomia cultural e de certa ormat~

beacutem poliacutetica Os paiacuteses que dependem econocircmicamente de outros sofrem sob

~

i ~

vaacuterios aspectos o pecircso da dependecircncia econocircmica estrangerira Por isso

o desenvolvimento econocircmico desses paiacuteses nunca seraacute apenas resultado de

um progresso interno

A econom~ca ~ bull se reflete principalmente a t raves Essa dependencia

a) do comeacutercio exterior - em geral os paiacuteses subdesenvolvidos exportam

para os paiacuteses desenvolvidos os produtos brutos ou agriacuteCOlas ou alimenshy

tiacutecios (no caso do Brasil por exemplo o agucar o manganecircs etc) e imshy

portam destes os produtos manufaturados (eqUipamentos por exemplO)

b) de uma situaccedilatildeo deficitaacuteria em que vivem de um modo geral os paiacuteses

subdesenvolvidos Tal situaccedilatildeo eacute de certa forma tambeacutem motivada pela ~

neira como o mercad0l importador determina os preccedilos Poder-se-ia dar

como exemplo o cafeacute no Brasil que equivale a mais de 40 de nossa expo~

taccedilatildeo e apenas 04 da importaccedilatildeo dos EEUU cujo preccedilo eacute estipulado por

ecircste uacuteltimo o maior mercado comprador c) da poliacutetica econocircmica e social dependentes muitas vecirczes dos interesses

de grupos ou firmas estrangeiras

d) da posiccedilatildeo de destaaue Que ocu~a o capital estrangeiro na economia dos

paiacuteses subdesenvolvidos Decircle depende a importacircncia e grande parte da esshy

pecificidade das produccedilotildees do paiacutes assim como de sua situaccedilatildeo de integratilde

ccedilatildeo no mercado internacional (Yves Lacoste Os Paiacuteses SubdesenvolvidosDi

fusatildeo Europeacuteia do Livro ColSaber Atual satildeo Paulo 1961pp 17-19)

22 Pouca Industrializacatildeo e Dificuldade de Ser Ampliada - os paiacuteses su~

desenvolvidos encontram mu~tas dificuldades de se industrializar O Depa~

tamento de Assuntos Econocircmicos das Uaccedilotildees Unidas estudando estas dificul

dades haacute alguns anos reuniu-as em trecircs aspectos econocircmico social e int~ nacional

a) no aspecto econocircmico temos que levar em conta aleacutem da pouca poupanccedila

interna a falta de capitais ou o emprecircgo de capitais estrangeiros em geshy

ral nas induacutestrias de transformaccedilatildeo e natildeo para a infra-estrutura assim

como as dificuldades de transporte a insuficiecircncia de energia etc

b) quanto ao aspecto social pode exercer influecircncias negativas ou positi shy

vas No caso dos paiacuteses subdesenvolvidos natildeo haacute duacutevida que as influecircncias N

sao em geral mais ne5ativas j bastrulte lembrar o baio niacutevel de instru-

ccedilatildeo o elevado lndice de analfabetismo a falta de operaacuterios qualificados

e a natildeo existecircncia de um ple~ejamento que leve em conta tocircda a populaccedilatildeo

tocircdas as reGiotildees visando um desenvolvimento global

c) com relaccedilatildeo ~o aspecto internacional haacute tambeacutem vaacuterios tipos de obstaacutec~

(

los ao desenvolvimento industrial dos paiacuteses subdesenvolvidos Lembrareshy

mos apenas dois as restriccedilotildees que os paiacuteses desenvolvidos em geral imshy

potildeem aos subdesenvolvidos para conceder um empreacutestimo de capital que pushy

2gdesse facilitar a industrializaccedilatildeo dos primeiros a tendecircncia dos pai

ses desenvolvidos de fazerem dos subdesenvolvidos meros fornecedores de

mateacuteria prima dificultando ou ~estringindo as possibilidades de desen shy

volvioento destes (Lebret obra citada pp 100-105)

Todavia eacute preciso natildeo esquecer que embora a industrializaccedilatildeo seja

a1so muito importante para o desenvolvimento econocircmico de um paiacutes ela

nao ten um fim em si mesma Ou seja a IN so temindustrializaccedilao para nos

sentido se ela contribui para uma real promoccedilatildeo do homem se ela contrishy

bui para elevar e melhorar o niacutevel de vida sobretudo das camadas menos

favorecidas da populaccedilatildeo As faacutebricas as usinas as grandes emprecircsas e~

fim podem ser retrato do desenvolvimento econocircmico mas ajudam o homem a

ser mais homem quando contribueacutem para satisfazer suas necessidades mais

essenciais a se realizar como pessoabull

bullBaixa Renda Nacional - Uma das distinccedilotildees que se pode fazer entre

os pa~ses desenvolvidos e subdesenvolvidos consiste justamente na dist~

buiccedilatildeo da renda nacional entre habitantes ou entre as diversas camadas

da populaccedilatildeo De um modo geral nos paiacuteses desenvolvidos as camadas mais

pobres tecircm um niacutevel de vida superior aos subdesenvolvidos A tiacutetulo de

ilustrcccedilatildeo daremos apenas al~Uls dados referente a renda anual individual

(chamada tecirccni3amente de renda per capita) em 1959 de alguns paiacutesesE~

tados Unidos da Ameacuterica do Horte 2250 doacutelares alguns paiacuteses da Europa

Ocidental assim como Austraacutelia e Nova Zelandia 1000 doacutelares Bnquanto

isso para o conjunto dos paiacuteses menos desenvolvidos a cifra corresponden

te foi mais ou menos de 100 doacutelares anuais sendo que a maior parte dos

paiacuteses da Aacutefrica Aacutesia e Jmeacuterica L~tina apresentavam uma renda meacutedia de

10 a 80 doacutelares (Bl Corre0 de la Unesco) bull

bullDeficiecircncia na Agricultura - A agricultura nos paiacuteses subdesenvol

vidos de um ~odo geral eacute muito atrasada Haacute grandes quantidades de te~

ras cultivaacuteveis natildeo aproveitadas Ha Ameacuterica Latina p ex apenas 15

das terras cultivaacuteveis satildeo realmente cultivadas (Yves Lacostobra citada

p 12) Haacute fatocircres que podem explicar essa quantidade tatildeo pequena de tershy

ras cultivadas

bull estrutura agraacuteria injusta e obsoleta

i

bull interecircsse de grupos econocircmicos nacionais e estfangeiros

bull falta ou insuficiecircncia de meios teacutecnicos

bull desgaste dos solos

bull falta de fertilizantes etc

Todavia a maior dificuldade a ser vencida pela agricultura dos pa1shy

ses subdesenvolvidos proveacutem do custo dos bens materiais Um dos meios de

satisfazer tais necessidades seria a fabricaccedilatildeo de suas proacuteprias maacutequinas

agriacutecolas de fertilizantes e de combustiacuteveis

Consider~ido todos os fatores que dificultam a agricultura nos pa1

shy

ses subdesenvolvidos podemos entender assim porque apesar de serem na

maioria paiacuteses agriacutecolas apresentam baixa produccedilatildeo natildeo conseguindo nem

satisfazer as necessidades alimentares de seu povo

Desequiliacutebrios entre as Cc~adas Sociais - A grandemaioria da populacirc

ccedilatildeo dos paiacuteses subdesenvolvidos tem condiccedilotildees subhumanas de vida A verdashy

de eacute que um nuacutemero muito restrito tem um miacutenimo necessaacuterio para viver como

pessoa e apenas uma minoria tem a go~a de todos os privileacutegiOS

Uma das maneiras de se caracterizar ecircsses desequiliacutebrios sociais eacute

a distribuiccedilatildeo proporcional da renda nacional pela populaccedilatildeo Iro caso brashy

sileiro por exemplo ecircste desequiliacutebrio eacute evidente

Outro iacutendice complementar eacute o da distribuiccedilatildeo da propriedade rural

brasileira Em nuacutemeros relativos a aacuterea territorial brasileira dos estabe

lecimentos agropecuaacuterios em 1950 era expressa da seguinte maneira os d2

nos de propriedades de mais de 100 ha representam apenas 16670 do total do

nuacutemero de propriet~rios e possuem 8567~ da aacuterea total dos estabelecimentos

agropecuaacuterios do Brasil enquanto que 834 do nuacutemero de proprietaacuterios po~

suidores de menos de 100 ha deteacutem em suas matildeos apenas 14~~ da aacuterea toshy

tal (Antonio Rodrigues Coutinho - lanisteacuterio da Agricultura Contribuiccedilatildeo

ao Estudo da Bstrutura Dconocircmica Agraacuteria Brasileira Sego o Censo de 1950 p20)

~ dentro dessa faixa menos favoremida que certos problemascaracteriacute~

ticos das regiotildees subdesenvolvidas se tornam mais chocantesAqui estatildeo alshyguns decircles

~

l

~ bull Para cada 100 crianccedilas nascidas vivas desta faixa morrem 24 anshy

~

tes do 12 ano de vida enquanto para outras camadas sociais morrem 10 em

100 (Nelson Rodri6~es dos Santos O Problema da Sauacutede no Brasil) Dados

recentes mostram ainda que a chistosomose atinge 6 milhotildees de brasilei

ros a tuberculose 1 milhatildeo e 200 mil doenccedilas de chagas 3 a 4 milhotildees

malaacuteria 8 milhotildees A maioria dessas pessoas atingidas habitam agrave zona rushy

ral e estatildeo incluiacutedos nesta faixa da populaccedilatildeo menos favorecidas (A Pop~

laccedilatildeo Brasileira Dados do IBGE 1960)

Com efeito o que se pode dizer eacute que estas deficiecircncias contribuem

ainda mais para baixar o rendimento econocircmico agravando cada vez mais

as condiccedilotildees de vida dessa camada populacional ~ vivendo e sofrendo eacutesshy

tes problemas que trJilbalha grande parte da populaccedilatildeo dos paiacuteses Afroasi ct_ ~ jt --lt- r A

at~cos Em alguns desses pa~ses o n~vel de vida e tao baixo que ha um

verdadeiro ciacuterculo vicioso onde o homem jaacute natildeo tendo esperanccedila acha di

fiacutecil romper com essa situaccedilatildeo de miseacuteria

De um modo geral o que preaeacutenciamos eacute que por causa de grandes d~

sequiliacutebrios entre as diversas camadas sociais e entre os povos do mundo

grande parte da humanidade tem condiCcedilotildees de vida subhumana

Os v~rios dados apresentados abaixo servem para mostrar o grau de

desenvolvimento ou subdesenvolvimento de alguns paiacuteses ~ preciso conta1

to que natildeo se pare numa enumeraccedilatildeo pura e simples dos mesmos nem que

se pretenda uma comparaccedilatildeo com um ideal a atingir Os dados referentes a

cada paiacutes falam mais quando analisados no seu conjunto e soacute vistos e an~

lisados globalmente eacute que podem ser comparados com outros paiacuteses bull bull i ~-

bull Mortalidade Infantil - Para cada 100 crianccedilas nascidas vivas num

ano morrem 3 nos EEUU 4 na Inglaterra 7 na Beacutelgica enquanto no Brasil

Boliacutevia e na Colocircmbia morrem 15 (onu Rapport Preliminaire sur la Situa

tion Sociale dans le i~onde 1962)

bull llortalidade Geral - De cada 1000 habitantes morrem por ano 9 nos

EJUU 11 na Inglaterra 12 na TIeacutelg~ca 25 no Brasil na Boliacutevia e na Coshylocircmbia (idem)

~~

Vida lieacutedia - 70 anos nos EEUU 65 anos na Beacutelgica 45 anos para o

Brasil Boliacutevia e Colocircmbia (idem)

bull Alimentaccedilatildeo e Fome - Segundo Lebret pode-se admitir que mais d

50 da populaccedilatildeo do mundo se manteacutem em um ~ampntar inferior ao estritamiddot

mente necessaacuterio em calorias e 75~ dessa populaccedilatildeo aproxima-se ou ape

nas atinGe o niacutevel miacutenimo exigidO pelas atividades humanas normais

~artindo desses dados e fatores verificamos que haacute uma coincidecircnshy

cia de niacuteveis para alguns paiacuteses ~stes paiacuteses por uma seacuterie de razotildees

ou de fatores satildeo chamados subdesenvolvidos

3 EXIG6NCIAS ESP3CIAIS PARA SUPJJRACcedilAtildeO DO PROCESSO DO SUSDESDNVOLVI1JlliTTO

31 o crescimento demograacutefico deve ser acompanhado por um crescimento ec~ nom~co proporcional

O processo de superaccedilao- do sub-desenvolvimento exige antes de mais

nada que o ritmo extraordinagraveriamente raacutepido com que crescem as necessishy

dades dos povos subdesenvolvidos seja acompanhado por I crescimento ecoshy

nocircmico superior a~ necessidade~i da populaccedilatildeo

A explosatildeo demograacutefica nos paiacuteses subdesenvolvidos eacute no momento ashy

tual um fato que ningueacutem pode ignorar Isto eacute consequecircncia de vaacuterios fata

res

a) os paiacuteses subdesenvolvidos tecircm uma natalidade muito maior que os

outros Como exemplo lembraremos que para cada 1000 habitantes nascem

anualmente na Europa e nos EEUU de 18 a 25 crianccedilas enquanto que em zoshy

nas subdesenvolvidas como a Aacutefrica e a ~neacuterica Latina ecircste nuacutemero chega a

mai3 de 40 (Camargo Demografia 3conocircmica 1960)

b) o raacutepidO crescimento pode ser explicado tambeacutem pelo descreacutescishy

mo da mortalidade verificado nestes paiacuteses De fato essa mortalidade ainmiddot

da eacute bas-cante alta No entanto ela vem diminuindo gradativamente graccedilas a

uma certa assistecircncia sanitaacuteria que eacute dada aos paiacuteses subdesenvolvidosjem

bora de forma muito precaacuteria e sistemaacutetica

Ora para satisfazer as necessidades de uma popUlaccedilatildeo que aumentou

tatildeo ragravepidanente eacute indispensaacutevel um esfocircrccedilo muito grande para produzir

bens e serviccedilos 10 caso do Brasil por exemplo a populaccedilatildeo anual aumenshy

1

-

tam na razatildeo de 3 ao ano A economia nacional precisa entatildeo aumentar

sua capacidade de produccedilatildeo daacute maneira que chegue a satisfazer as necesmiddot

sidades correspondentes a ecircsse aumento da populaccedilatildeo em mateacuteria de alimen

taccedilatildeo vestuaacuterio habitaccedilatildeo instrumentos domeacutesticos educaccedilatildeo emprecircgo

serviccedilos sanitaacuterios (aacutegua luz esgocircto t L Itt etc)

~sse esfocircrccedilo eacute tanto mais difcil porque em consequecircncia do mesmo

crescimento econocircmico raacutepido a maior parte da populaccedilatildeo em idade ativa

eacute muito menor em proporccedilatildeo agravequecircles que natildeo fazem parte desta faixa (cri

anccedilas doentes bullbullbull ) Por outro lado como os pases subdesenvolvidos tem

um niacutevel de vida extremamente baixo a economia deveraacute natildeo somente acomp~

nhar o crescimento demograacutefico mas taEbeacutem aumentar em certa medida ecircsse

niacutevel de vida No entantoecircste paiacuteses mostram-se no conjunto incapazes

de expandir sua economia numa proporccedilatildeo satisfatoacuteria

Das razotildees que impedem o desenvolvimento econocircmico mais completo e

mais raacutepidO temos que considerar ap que se prendem agrave estrutura das ecoshy

nomias e as que dizem respeito mais diretamente ao crescimento global de~

ta economia

32 Independecircncia Econocircmica - Como eacute muilto sabido a estrutura econocircmica

dos pases subdesenvolvidos eacute altamente centralizada no setor primaacuterio

sendo pouco desenvolvido o setor secundaacuterio e terciaacuterio (Ver o item ~E~

trutura ~conocircmica)

Por outro lado embora a populaccedilatildeo rural nestes pases representashy

quase sempre mais da metade da populaccedilatildeo e esteja muito concentrada no s~

tor primaacuteriO nem sempre produz todos os gecircneros necessaacuterios agrave alimentashy

ccedilatildeo e muito menos outros produtos por ela exigidos Como consequecircnciaj ecirc~

tes paiacuteses satildeo obrigados a importar bens que natildeo satildeo capazes de produzir

dispondo apenas de alguns pontos para efetuar as trocas

Ora os paiacuteses que se manteacutem sem induacutestrias e dependentes da imporshy

t~ccedilatildeo de poucos produtos primaacuterios iratildeo fatalmente cada vez mais se emposhy

brecendo face aos pases desenvolvidos Enquanto isto a produccedilatildeo industrial

destes uacuteltimos iraacute crescendo cada vez mais pois os homens sempre querem

bens industrializados em maior nuacutemero e variedade O contraacuterio acontece com a produccedil2o agriacutecola cujo crescimento fica na dependecircncia do consumo

pessoal Que eacute limitado

Outro aspecto que nem sempre se leva em consideraccedilatildeo eacute que juntashy

mente com a importaccedilatildeo de certos produtos satildeo importados tambeacutem a proshy

paganda e o exemplo dos paiacuteses ~esenvolvidos cujos niacuteveis de consumo

satildeo muito mais altos

- I Dominada por esse efeito demonstraccedilao que se soma a 1a5 as neshy

cessidades crescentes decorrentes do raacutepido crescimento demograacutefico a

populaccedilatildeo subdesenvolvida se esforccedila para comprar mais produzindo mais - dMas o consumo de produtos agro-pecuarios nao pode ser aumentado alem e

um certo limite aumentando-se a oferta os preccedilos tendem a cair Assim o

trabalho do povo se desvaloriza (econocircmicamente falando)i

Quanto as mateacuterias primas cuja demanda pode acompanhar a produccedilatildeo

industrial constituem elas reservas suscetiacuteveis de serem esgotadas ou

de perderem seu valor comercial em decorrecircncia de inovaccedilotildees tecnoloacutegicas

Aleacutem do mais na quase totalidade dos paiacuteses subdesenvolvidos a explora

ccedilatildeo dos seus recursos minerais ob~ece aos interecircsses de grupos estrangeishy

ros e soacute a ecircles beneficfa

33 Desenvolver a Industrializaccedilatildeo aumentando a capacidade de produccedilatildeo

A industrializaccedilatildeo estaacute condicionada por um certo nuacutemero de fatocircres

e deve subordinar-se a certas prioridades Uma dessas prioridades eacute defishy

nida pela necessidade de substituir aquelas importaccedilotildees de bens de consushy

mo que ocasionam maiores dificuldades nas relaccedilotildees de troca do paiacutes Oushy

tra seraacute determinada pela necessidade de se criar nos paiacuteses as industrishy

as de base isto eacute induacutestrias produtoras dos materiais de equipruJentos tw lO necessar10S a crlaccedilao de novas lndustr1as

Dos fatores que condicionam a industrializaccedilatildeo coloca-se a necessishy

dade de uma infra-estrutura adequada de traasporte~e comunicaccedilotildees e de eshy

nergia ~ evidente que as induacutestrias soacute podem desenvolver-se se haacute enershy

gia para acionar suas maacuteqUinas estradas para trazer mateacuteria prima e disshy

tribuir a produccedilatildeo e os meios de comunicaccedilatildeo para que as emprecircsas indusshy

triais o comeacutermio e os bancos possam coordenar e organizar suas atividashy

des com eficiecircncia

Por outro lado as induacutestrias natildeo poderatildeo fortalecer-se se natildeo aumen d d dmiddot t ar o numero os que po em comprar ~ua pro uccedilao 1Sto e se nao houver

mercado interno crescente no paiacutes P-i il ielJe eacute- p~~eo (i)l1amp dece~_~

OI tilbullbullbull da lailaatilde Ile iateente ul4idacirclha lllllaacuteliSIXoacutefrq

-ft 81es piFJIIacuteee 6 rbullbull taiuule 1 21i

HO crescimento global da economia dos pa1ses subdesenvolvidos nao

pode ser obtido com a necessaacuteria continuidade e rapidez se natildeo forem supeshy

rados os obstaacuteculos que constituem o chamado ciacuterculo vivioso

ste ttciacuterculo vicioso em geral pode ser caracterizado por uma poshy

pulaccedilatildeo muito grande com um nuacutemero reduzido de induacutestrias pouca matildeo de

obra qualificada e produzindo pouco com niacuteveis de salaacuterios de uma certa

maneira muito baixos Salaacuterios estes que em muitos casos datildeo mal para sushy

prir as necessidades essenciais e em outros datildeo apenas para o coasumo Haacute ainda uma minoria que embora ganhe muito gasta quase tudo em bens de con

sumo (vestuaacuterio automoacuteveis etc) sem aplicar em investimentos produtivos

(faacutebricas induacutestrias em geral etc) Nos vaacuterios casos como vemos natildeo eacute

feita nenhuma poupanccedila

E o que eacute popanccedila no sentido amplo pode-se dizer que o que natildeo foi

gasto foi poupado Mas para que haja poupanccedila realmente eacute preciso natildeo

soacute determinar um aumento de capital que eacute o estoque sobrante poreacutem invesshy

tir em bens de produccedilatildeo Donde se pode dizer que para haver um crescimenshy

to glObal da economia de um paiacutes eacute necessaacuterio que os recursos que era~de~

perdiccedilados ou empregados somente em bens de consumo sejam aplicados tamshy

beacutem em bens de produccedilatildeo ou em investimentos produtivos

~stes investimentos podem ser feitos de duas maneiras

a) o govecircrno obrigando por meios de leis os setores privados a investir seus

lucros de forma mais justa e adequada em setores que venham a contribuir

para um maior crescimento e desenvolvimento econocircmico da comunidade

b) o proacuteprio govecircrno recolhendo ecircsses recursos atraveacutes de impostos compulshy

soacuterios e investidno em empreendimentos que constituem a infra-estrutura (eshy

nergia eleeacutetrica recircde de aacutegua e esgocircto estradas de ferro e rodagem porshy

tos etc)

Isto deve ser feito atraveacutes de planos econocircmicos que reunam os invesshy

timentos puacuteblicos aos investimentos particulares sem permitir um exagerado

lucro as camadas sociais que jaacute gozrun de uma situaccedilatildeo por demais privilegishyada

bull

- 4

Em resumo a poupanccedila e

um elemento essencial para o desenvolvimenshy

to global econocircmico de um pa~s e deve ser forccedilada

a) impedindo todo consumo nao necessario e excessivo

b) aproveitando plenamente a matildeo de obra ou o trabalho das camadas da popushy

laccedilatildeo que estaacute sendo pouco utilizada

c) aumentando a produccedilatildeo pelos meios jaacute citados e especialmente pela proteshy

ccedilatildeo alfandegaacuteria que impeccedila a penetraccedilatildeo no paiacutes de produtos concorrentes

estrangeiros

Finalmente para que todo investimento possiacutevel seja efetivado eacute imshy

por~ante que o trabalho de uma hoc parte da populaccedilatildeo ateacute entatildeo mais ou ~

nosnativa seja aproveitado em setores essenciais O aumento da produccedilatildeo

exige natildeo soacute o aproveitamente de todos mas tambeacutem que haja um certo planeshy

jamento e que obedeccedila a certas teacutecnicas Contudo o povo soacute se enquadraraacute

neste regime de maior produtividade e soacute se capacitaraacute para ecircle se tiver

consciecircncia da situaccedilatildeo e se houver motivaccedilatildeo suficiente

35 Tomada de Consciecircncia por Parte da POP1qaccedilatildeo - Para noacutes um dos aspecshy--_----~-~ bullbull- ~ bullbullbullbull ~- - - - lt bullbullbullbull - - bullbullbull ~ -- bull shy

tos novos do subdesenvolvimento e talvez o mais importante como diz Yves

Lacoste eacute a tomada de consciecircncia da pcpulaccedilatildeo da sitUaccedilatildeo em que se enconshy

tra o seu paiacutes Isto eacute importante porque natildeo se pode falar em desenvolvishy

mento como algo abstrato como uma ideacuteia apenas

Soacute quando tOcircda a populaccedilatildeo toma consciecircncia e eacute mobilizada para venshyncer os problemas que lorrnam aque1e c~rcu1o que falamos anteriormente e que

comeccedila haver condiccedilotildees poliacuteticas favor~eis ao desenvolvimento

Poder-se-ia dizer tambeacutem que a tarefa de desenvolvimento eacute essenshy

cialmente poliacutetica e as necessaacuterias atitudes favoraacuteTeis ao desenvo1vimenshy N 1J __t o so poderao ser tomadas num regime de certa disciplina coletiva Ora~

sa discipfina tanto pode ser imposta QelQ focircrccedila r s~r exercida ppr JPDa qishy )IT~ ()A eurogt ~7 ~gt- Alt- (UL~oacute2c- e~ aT-lt ~ ~ltM ~~

tadur~como ser oeeelhids pGP ~e~~~ pOTO num olima de respeito ao outro

co~o pessoa CODO sujeito e natildeo como coisa

Por outro lado ecircsse esfocircrccedilo tanto pode ser feito num regime de inshy

justiccedilas que apenas exija sacritiacutecios de uma classe e natildeo de outras ou

num reGime onde os sacrifiacutecios e as responsabilidades satildeo igualmente reparshy

tidos entre todos Ressaltamos ai~t~ obra do desenvolvimento eacute inadishyaacutevel complexa e essencialmente ~18la Donde a tentativa de um prooesso

~i~~ ~~~~~~ ~1 ~~

~

-lt ~~middot~~~-~~~~~~~~ii~~~middot ~~

bull t t ~

r I l ~

fo~

I

I

que caminha para o desenvolvimento soacute seraacute autecircntica se atingir a tOdOS~

os setores

Terminando diremos ainda que a tomada de consciecircncia vai exigir

uma mudanccedila total de mentalidades de estruturas de relacionamentos Uma

reestruturaccedilatildeo nos setores econocircDicos poliacuteticos e sociais da sociedade

global

Gostariacuteamos de insistir para que se tivesse em conta que as diversshy

saa partes da fundamentaccedilatildeo do programa do IiEB satildeo uma tentativa de estushy

dar os aspectos diferentes de uma mesma sociedade a sociedade nacional

brasileira em relaccedilatildeo com sua posiccedilatildeo no mundo seus valocircres culturais

suas tradiccedilotildees de sociedade econocircrnicamente dedicada ao setor primaacuterio

o que deve e estaacute sendo mudado Por isso chamamos a atenccedilatildeo para que se

tenha~ sempre em mente os diversos fascculos natildeo como ~oisas separadas

e independentes mas como tentativa de estudar elementarmente os probleshy

mas fundamentais que devem ser conhecidos por elementos profissionais que

se dedicam agrave educaccedilatildeo de adultos do Brasil

l

MOVIMENTO DE EDUCACcedilAtildeO

DE BASE

FUNDAMENTACcedilAtildeO

DO PROGRAMA PAcircRAcirc 196

I parto PROMOQAtildeO mJlWA

F U N D A il E N T A ccedil I O

DO PROGR1JlA PARA 1965

2~ P i R T E PROIOCcedilAtildeO 1IuumliANA

O Introcluccedilco

1 Conscientizaccedilatildeo

11 O Bonon

12 O Trabc1ho

13 Conuniceccedilatildeo

4 d C 1 bull 1iO~OS e oDun~ccccedilao

15 Os Condicioncnentos Cu1turcis

16 O Heroi euro os j~oios de Ruumlolizoccedilco

17 A eclizoccedilatildeo de Pessoo nr FCJiacutelio

18 A Rco1izoccedilatildeo da Pessoa nr Sociodcde shy

2 bull OrgLn~Zcccediloo

21 Funccedileo Sociol do trcbalho

22 CoopGroccedil~o organizedc o nco orgw1izadc

23 Associativisno

24 Cooperaccedilatildeo Econocircnica

25 Accedil~o poliacutetioa

I

o INTRODUCcedilAtildeO

o trabalho de promoccedilatildeo humana eacute intriacutenseoo agrave proacutepria eduoaccedilatildeo uma vez que eduoar natildeo oonsiste em adaptar algueacutem a determinada sishytuaccedilatildeo a determinado tipo de sociedade mas dar elementos e eondishy

- tccediloes pera que o homem se forme Eduoar e levar O homem a omar oonsshyoiecircncia de seu napel de sujeito do mundo ~ integrar algueacutem na obra

fi cultural na accedilao do ho~em que transforma a natureza A educaccedilao e uma exigecircnoia e um direito de todos uma oondiccedilatildeo para que o homem se realize se afirme como pessoa e oonsequentemente se promova

Esta promoccedilatildeo natildeo deve ser individualista Deve ser uma autopr~ moccedilatildeo comunitaacuteria atraveacutes da qual se procure ajudar e apressar Na integraccedilatildeo de todos no processo de oriaccedilatildeo cultural Com isto nao se pretende uniformizar homens e culturas - o que seria Ullla aberra M

ccedilatildeo - mas humanizaacute-los aoeitando e respeitando as diferenccedilasDentro desta perspeotiva aohamos que soacute haacute promoccedilatildeo quando as necessidades da pessca tendem a ser satisfeitas Soacute haacute promoccedilatildeo quando haacute natildeo ashy

A

penas um despertar mas tambem uma tomada de oonsciencia do valor h~ mano e da posiccedilatildeo que cada homem ocupa no mundo Soacute haacute proLlOccedilatildeoquall do o homem tem acesso aos meios de comunioaccedilatildeo e quando no seio das instituiccedilotildees pode exeroer sua liberdade e responsabilidade oomo pe~ soa humana Soacute haacute promoccedilatildeo quando haacute partioipn~atildeo ativa da pessoa Soacute haacute promoccedilatildeo quando a pessoa escolhe o que e mais adequado agrave sua reali zaccedilatildeo -shy

Evidentemente em um trabalho de promoccedilatildeo haacute diversos estaacutegios Por isso natildeo se pode esquecer que tudo que foi coloo~do como sendo promoccedilatildeo pode se prooessar em um soacute momento ou em momentos diferen shyteso ~ essencial que se tenha presente e bem claro ateacute onde se quer chegar porque ecircste trabalho jameis pode ser feito desligampdo da eacuteposhyca do momento histoacuter~co em que o homem estaacute inserido Em nosso ces~ por exemplo seria utoacutepico pretender-se fazer um trabalho de promo shyccedilatildeo humana sem levar em oonsideraccediluumlo a realidade mundial brasil~ira e de LEB

Como atraveacutes de um trabalho educativo se pode contribuir para a autopromoccedilatildeodo povo Inicialmente formlmdo-o inoentivando-oin~ trumentclizando-o e criando condiccedilotildees pera que tome parte etive nas associaccedilotildees e organizaccedilotildees de sue comunidade criticando-as e melhOshyrando-as Estas associaccedilotildees satildeo oportunidades de cada um exeroersuos responsabilidades e liberdede Por seu intermeacutedio natildeo h~ apenes Q~ despertar mas um comecircccedilo de promoccedilatildeo do povo todo promoccedil~o nno ind vidualista utilitaacuteria mas e serviccedilo de comunidade

AI v N

Promoccedilao humana e ascenccedil2o de ocda homem de ceda fraccedilao da hushymanidede dos grupos que i~pulsionam esse mesma humenidede Dontro dessa perspectiva nco podeillos acoiter a presenccedila de marginalizados por miseacuteria ou por privileacute3iOs de classes ou de castas (Ver 1ebret Konifesto por uma Civilizaccedilatildeo Solidaacuteria pp 15 e 85)

middot1

bull

A recuperaccedileo do home)1 acrgincliacutezcdo jcucis ser1 conseguido por um simples trabclho de clfcbetizaccedil~o porque embora haja una corrol~ ccedilatildeo entre onalfabetismo e mcrgincliz[ccedil~o assiD couo entre cnclfcbe shytismo e subdesenvolvimento nco se pode dizer que o analfobestisDo s~ ja a causa da marginalizaccedil~o e muito menos do subdesenvolvimGnto~cei tar isto eacute querer como diz Pierre Furter tomcr o efeito pele causa A alfabetizaccedilatildeo purc e siLlplos nco tem sentido uma vez que c tIera ashyquisiccedilatildeo de alguns conhecimentos de leitura escrita e c~lculo n~o leva a participar conscientemente do desenvolvimento do pels e ter

fo r -- um consciencie cr~ ticc de realidde A alfCbetizcccedilac de cdultos deve levcr o conjunto de populcccedilotildeo a participer do desenvolviru3nto do peJsSoacute dentro dessa perspectiva estcreacute contribuindo pcrc a integraccedil~o do homem no processo de trcnsfOrli12ccedilGo cultural

Diremos cinda que um trcbolho de educcccedilecirco dentro desso pers shypectiva de promoccedilatildeo para ser autecircntico deve pcrtir de necessidcdede libertcccedil~o das clesses menos favorecidas Deve procurar propicicr os elementos necess(rios pcrc que cdc- homem tOLlo pcrte ctive no desen volvimen to de sues cOLlunid~des fezendo opccedilotildees pele conservoccedilecirco ou modificaccedilotildees de reelidade em ~ue se encontre Cremos que isso eacute fundQ mental t porque uma sociedcdc Lloderna e democr5tica teiacute] necc8sidade de umc cuI turc pcrticipcdc por todos Este cul turo deve perDi tir c tocircshydes as olasses ou cotegorios sooiois o todos os indiviacuteduos qualquer q~e seja seu estado profissional ou niacutevel de instruccedil~o uma particip~

nt~ 1V~ na da SOCla1 polt~oa ort18 tlea c i cntflCCccedil~o Vl economlca 1 1 espirituclt(Joffre Dumezedier Rcfleacutexions sur lentroinencnt L1Gntel Paris PEC pI) bull

2

1 C01~middotSCIETIZACcedilAtildeO

Para se ter consciecircncia de alguma coisa satildeo necessaacuterios apenas ao~s termos o sujeito que teH consciecircncia e a coisa da qual ecircle toshyma consciecircncia O ~o ~e con~~i~~ en~retanto exige a presen2a de uma segunda pessoa exige UBa cOBunicaccedilao entre dois sujeitos so~ bre alguma coisa Conteacutem assim trecircs tecircrmos dois sujeitos e um obshyjeto Conscientizaccedilatildeo implica consciencia de si e comunicaccedilatildeo dedois sujeitos pela mediaccedilatildeo do mundo Conscientizar eacute portanto dar el~ mentos par~ Que o homem tome consciecircncia do que ecircle eacute (consciecircncia de si) do que os outros satildeo (coillunicaccedilatildeo de dois sujeitos) e do ~ue eacute o mundo A maneira de se conscientizar eacute que pode cariar de acorshydo com a eacutepoca histoacuterica a concepccedilatildeo que se tem do homem a viseo que se tem do mundo e o sentido que S2 tem da histoacuteria

Todo trabalho que visa agrave promo2atildeo humana natildeo pode deixar de si shytuar-se numa linha de conscientizaccedilao Logo neo se pode pensar em fazer um trabalho de educaccedilatildeo tendo em vista uma autopromoccedil~o e uma a2atildeo visando uma mudanccedila de estruturas sem conscientizaccediluumlo O homem nao pode se formar dentro de uma certa perspectiva dentro de um co~ texto hist6rico determinado sem se tornar consciente de suas respon sabilidades de ci~Jdatildeo e consciente de suas responsabiliQades de hoshymem criado c im~~u de Deus

Donde Se conclui que educer formendo a pessoa humemo dentro dep ta perspectiva de promoccedilecirco comunitaacuteria implica sempre conscientiza~ ccedilampO uma vez qu~ e imposs~vel educar sem dar elementos pera que o hg mem tome consciencia do seu velar couo pessoa sues exigecircncias de reslizaccedilatildeo seu dever para com os outros sue capacidcde cricdora sua ccpcciCcde de comuniccccedilatildeo etc (Ver o trabclho lEduccccedileo e ConsshycientizaccedileoH de Raul Lcndim)

o processo de conscientizec5o v~ric de ac3rdo COD a conccpccedileo que se tem do homeu Que eacuteS o hOl18 pcre noacutes

Encarcdo somente eu sua clLwnsecirco cni mo1 o horleuuml pOdcruacute ser reshyd~zido um 9bjejfLAE_TJi1tu~e_ze 0010 os outros animlIacutes a Uhl ser quebull nao tr2nscencle a naturezc e estuacute submetido e seu det~rminisrlOI=os o comportamento Jnimol eacute puremente odcfJtativo e a cccedilco do hOmiddotlem eacutecleacutem de 8odeptctiva cricdorc A 1I000ccedil30 11 do oniael necirco crie 1111 mndo nocircvobull mes se estrutura e12 ll1e~ma CO10 90 mndo J2 o honeLl tolcdo como secircr que co~hece o mundo e nele oria eme ordem humana apresenta-se nco c~mo ~e~d~2~~ndo mes~como UD secircr~~o ~undo Sue vida sue cccedilecirco reashyl~zc-se no mundo mes ~le o transcende transcende a netureza torshynendo-a humanc 0010 Ser oonsciente o honlem se cfirme COIJO sectuieijio do mu~do tornando-o seu objeto

bull 3 bull

Conhocenagraveo o mundo o homoD escolhe pcr si um sentido decirc a seu oovimento e suc QCcedil~O um significedo que trQUscende e orde~ ncturel bull Dei dizer-se que e inserccedilatildeo do homem no ulmdo realize-se com anbiguishydede eacute UD sor que trenscendo o oundo e por isso recuse-se e situe~

- t t se como sor do o~~dco Entrct~nto sue eccedileo seu mOV1men o 1n r1nseco que o eperfeiccediloc reclizc-middots8 no 2mndo

A relcccedil~o do hurlOo COrJ o 11Undo ecirc umo rel--ccedilco ocdietizada pelo trcbclho B cinde 1 frent~ ~os outros homens ume relcccedilco de comunic~ ccedilo 1 que pode ser expresse 00 domincccedil~o ou eo -0coTI1ecinento (LiE]BFur dcmenteccedileacutev de rViver ecirc Lutcr Pj) 1-4)

Ume vez feita ~ cu~ccccedil~o do que o homem no sentido genrico sereacute ebo( ]0 ll ponto que e qiacutelJse umo decorrecircncia decircste dignidede feminino

Iniciclmente diremos QU9 noo h~ nede que distinga o homem de mushylher no pleno de dignidcde t1U~~e cnquento ser recional cepaz de trenscender o mlli1do em (xis tecircncie pessocl relecioncde com os homens e com Deus (l]iB FundeL1cntaccedilao de Viver Luter p 22) Se fizershymos uo estudo dos texto biacuteblicos 8 dOecircl docunentos uontifiacutecios que tra tem de flll1er e~contrclmiddoteos trechos provendo qu~ elo e O honem sio igucis qucnto agrave n2 ZC o dignidocle criou Deus o honem e sue imeshygem crioumiddot o ecirc imepGLl de (11S e cri(Umiddotmiddotos honem o Tmlher (GenI27) bull Comoveuuacute~ o texto n~o fez elusZo elguwc n superioridcde de um ou de outro sexo~

Nos eplstoles do S~o Pculo 118 t~beacutem1 vaacuterias Pcsscgcns onde eacutele abordo o problema dentro desse perspective de igueldede dos secircros hushymenos Assin ne ]~ Epiacutestole eos corin~oos (XI1112) o apoacutestolo nos diz bullbullbull nem o hOriacuteED exisie SCi e mulher nem e mulher 8011 o homem $

no Senhor Porque se e mulher foi tircdf do honc1 t2tlbm o homoLl foi concebido pole Lulher 1 ll~S tocircdes cs coiacuteses vecircm de Deus o Dirigindo-se aos Gaacuteletes diz lo natildeo h6 judeu nOD gregos nco h~ servo nom hoshymO1 livre n~o baacute hOIleD) nol Bulher Porque todos voacutes sois Ul] soacute em Cmiddot ( 1 -I 2 )8SUS r~sGO J 1 ~ 8

Pertindo desses coloccccedilotildees 1 UlilC pergunte se irJpotildee eil que consis te esse dignjdcoacutee que e Llulher recebeu de Deus Pio XII responde de

bull Uile formc oul to lllcidc eacute soacute interrogcr e noturezo huncuc tel qucl Deus) foJuou elevcCc e rcsgctedc pelo sengue de Cristo Em sue digni dede pesso~l de FilhGB de Deus o houem e e mulher SQO ebsolutamonteshy

bull igucis bullbullbull (Pio XII Alocuccedilco ~8 mulheres itclicuas en 211045) bull

Com efei to pode-se dizer que c rlulher e o homem sco iguois que to c ncturezc e c dignidede eT1borc haje olgumes diferemccediles de fUlCcedilOtildea3 A primeirc delcs e e meis fundeDltmtol neacuteo reste dUacutevide eacute o bioloacutegimiddotmiddot ca A proacutepria estruture fisice do houem e de mulher det0ruino funccedilotildees diversos no que concerne e proc~ioccedil~o Ao ledo desses diferenccedilcs eshyxistem as de ordem psicolocircgics c que se epresentoo socircbre vaacuterios ospe9 tos Sco esses diforenccediles de funccediloes fiacutesico-ps~quicas quo levam o hoshy

4 o

BeD e Co li1UIher c se cOrJpIGt~reEl 1-LCS nroN soo G 1as que dtc ori1ncn o d dque e proprio prro o honGI ou par c mul~er eLl terrlOs 00 1Vlso~ c

trabalho G d0 possibiliddcs d0 reclizeccedilao Acrcditauos quo as d1fc shyrenccedilas existem mas satildeo devidasGB grande parte a condicionaDcntos sociais

O trcbclho servil etribuiclo C I1ulher sua proacuteprie cveliaccedileo coshy f h t imo objeto de que os honcms se serve sao U-J enOLlono lS orlOO e cv shy

dencicm una si tucccedilatildeo dG injusticcedilc e de dorincccedilatildeo por pcrte do soxo nl culino (rmiddotmB Fundalwntaccedilco de lIViver oacute Lutar ll

p 22)

Atuelrlente nco soacute a tlulher reconhece suo dignidade rJC-S tenbbl1 cada vez mais tone conscincia e reivindica direitos e devores con shysentecircneos 0011 ess dignidade tento nc vida fcmilier OOBO na vida s2 oial (PT 41) Aceitcr que a r1Ulher eacute pessoa no sentido pleno de ~2 I avrD eacute efirt1Dr que ela eacute iguel co honem e negar que ele seje UH ser que encontre sue rnzco de existir no honem Partindo dessas colocaccedilotildees podemos concluirl n r1Ulher necirco Gxiste c surviccedilo do honem nGliacute1 o hODum a suacuterviccedilo da uuIher Llas todos os dois a serviccedilo da obre do gecircnero h~ IDno a serviccedilo de construccedilecirco do wundo (Jecques Leclerq Vors unuacute ff mille nouvelle - Ed Universitcires Pris 1962 ccplIl)

1 2 Trebclho~EQ

Vrios sEo os sentidos ddos eo torno IItrebelho PCre uns b ecirclo o mediador entro o h0l210n e o nunc1o pera outros 3 o 0io pelo qur1 o honem cteste sue presenccedilc pcssoel construindo une obre tlui tos jul

li shy

g~D-no enfim CODO o sinel dr transcendencia do homem sobro o mundo LIas nco eacute sonGnto neste pIeno que se -lcnifeste c plurelidcde dos sen tidos d~da co trCbalho HistoricCD0nte tGub6n toe-se dcbetido sSbre seu vclor Pare os Gregos por eXQLplo [ dignidcde do honeo estcYc ne etivid~cG contenplativa sondo o trebaIho m~ual desprozedo

A vis~o biacuteblico no entcnto eacute totelnuacutente diferente Deus ~ende que se cultive o pcrriacutezo (Gecircn 1115) O trcbclho penetra 0ntco no iacuten tino do sr hlo fcz perto do plc-l1o fundascn tel dG Deus sSbre o gecircshynero hmlcno O pecedo entretrnto degrade o honea E dai Oi~l dicmtc cnte s de expriuir e puj nccedil a do hOXCLl IacuteElcgem do Daus I o trcbclho se torno mIC (1ccedil20 uacuterdue e penosc__ Nturclwmte o tr~bclho devcrio SGr ULm ctividdu ospontacircnee e cIcgre uas pelo peocdo torno-so eacutelificil o doloroso A EncDrnaccedilatildeo e c Redonccedilco renovem cste visno dcndo UH sentido portioipcntenente criedor c rodemtor co cgir huncno J DOSDO se

bull do o trobclho Url~ tnrofc rclua nocircIe se desvende a r1c~is iacutentiLH1 o funshydemental espcrcnccedile do hOUOtH a eSIJorenccedilc da Sc~lvcccedilco

A oul turo nodorne cpresentc cOrJa denominedor COL1Uru o huaanisI10 do trobclho f eacute c pcrtir decircle que os veIocircres se torna0 fundcuontados t O houeu constroacutei un ~undo hunano onde se hun~niza huucniznneacutelo Eu SU41ns o brcbclho reIccione o hOIJOD con o mundo hU1cniza e 11turoze c oOtlunicn os hODens ~ntr8 si dando agrave accedilecirco hUDcnn UDe rcsponsobilidede universel

5

bull

rodo vlor do tr~ ~ ~ z e obre per cle p llZJshy

do antas - expressc o vclor doacute hOIlOU que pelo-tr~ r~vc~e o lnshytino do seu ser r sue trcnsecndecircncicv sobre o LlUndo 1 sue occedilco cricdore de UE D~O huunllo Ecirc pois o trcbelhoque revele o sentido do hoshy08n Ecirc po ser ecircle dinaDislo proacutenrio de UTl secircr consoiente e livrG~ que gcnha a suo digniclcdo CJB F~doJentcccedilEo de Viver 5 Lutcr PiP 5-7)

o hone1 eacute UI ser de relcccedilotildees COtlO ser consciente dicmte de nfl tureza ecircle nca cpel1CS c conhece L1oS troneforna-a pelo trobclha h ncnizan~c e ctrcveacutes do trcbclho se conunico eoo os outros honena Este conuniccccedilco entre os honens pode ser feit~ sob ducs forocsl de reeonhe~iDcnto e de douiu~ccedilCo

A conuniceccedilco eacute de reconnampuacuteinonto q~ndo uma pesso procure ~~~ tor a singulcridcde de outra nunc atitude de reconheciuwnto e de coor qucndo nco h~ conuniccdos j nas conuniccccedil~ qucndo nco heacute ct~~middot tude de deBpotisoo ou de sinples indiferenccedilc pelo que o outro eacute nas sitlum atitude de CJ10X e de respeito pelo outro 0000 pessoc cono sujeito COLlO ser presente-no nundo responseacutevel pelos outros seres Nilo posse elessi cr neI1 definir o outro 1 mcs ccredito nele c o resP Ed to Enfim c cOLluniccccedilatildeo sob e forJlc de reconheciucnto eacute equ~ la que se dirige co sujei to e quer sue reclizeccedilco oono pessoe coco liberdeee qucisquer que sejen seus dons ou defeitos

Acirco contr6rio c couuniceccedilecirco se fez so~ e fornE) de dO~Jincccedilecircoquca do treto o outro COilO objeto quendo o treta CODO U11 auscmtc 00110

un repertoacuterio ele dominc~co qu lO podu ser uacutetil ou cano Ui1 instruuc) to ~ minhe clisposi2coll Enumucl Eounier f O PcrsonclisLlop 63) Hn re~cccedilecirco de cloLlIacutencccedilao o qu ccontGce oacute UJl iechcnonto socircbre O cu N~o shy

hcuu BoviwmtodQ 2l pcrc O tu~ e fir1 de se chegu ao ~1 estebolg condo cs uumlTl bcses ro~is uw l1undo do crioccedileo hUJ1Cllc Fincll1ontc pocle~se dizer quo e counicoccedilecirco ele doninoccedilco rigoroscDcnto f c1cndo

N N N N

nco Indo suumlr to~ 0010 C ol1uniccccedil 00 porquG nco hc unc rolcccedil-o do eonsciecircllcics ncs cponcs cOlunicedos ou inposiccedilotildees entre honens

Lbrowos r t cu que u c t r[wes d C comunJccccedilco cntVi C~1b I ro os h ODeus q~e o hO_lGLl recrio c Ci~ ~middotQDQn to i pcrticipcndo t CSSIacuteLi t no c to de Crif geo EstL COUll1iccccedilotilde-o ecircste [to de CDor eacute o reflexo do Deus na criashyture t rio lODOU

NIrbullcs c nluni CCccedil co entre Deus e o hOLleo nco se r~ SUllG nc obro do bull I

crJcccedilco 6l )U8 Deus se Imnifesta poreacuten eacute um~ relGccedilco que continua a existir e 2 reclizcr-se c trotildeveacutes dos teupos e que v~i cteacute a Pcrus1~

6

Natildeo se pode falar eu cormnicnccedilatildeo desoonhecendo-se os meios que possibilitem sua realizaccedilatildeo

O primeiro decircles eacute o lrab_2J11o O trnbclho cooo j5__foi c1itot~ansect forma e na-cureza y ateste a vide hunane e e aperfeiccediloa -S e tclben a nosso ver o principel meio pelo qual o honem se comunicc COB os ou~ tros homens

Ao lado do trabalho outro ~leio de comunicaccedil~o que mereee um real - t t daes aque e a ~JLu~aJLao Se entendernos e ace~ armas a e uoaccedilao omo pr~ cesso global de reelizaccedilatildeo hUllllme que iaplica eu accedilatildeo cperfeiccediloadorc nco soacute por pcrte do educ2ndo Em8 tG~1beacutem por perte do educador procosect so pelo qual o honeu cresce no contato eoo os outros h011ons e 001 a nCtureza tr2nsforwmdo estc em cultura e conunicando-ee com os outroe

t 1 d n e ducaccedilco soro necesser~cl]en e a~a ogo sera I1e~o o COE1Ul1~CCCcedilco ou a comuniceccedilatildeo por excel~ncia

Outro meio que nos pcrece UlJ dos wuumls espontecircneos c por isso I18sect

OOUI dos mcis rioos eacute G Ete_l-012~ar A arte populr lonifostc a sensibiliclcde geral dos que c praticCil por UL1C seleccedilro de lotivos que sco ume espeacutecie de lingucgeJl oifr2da Por detraacutes desses elOiwJltos apashyren temente sinples apcrcnteilcmte desconexos mui tos VecircZiCS 00 observS

t N f t bulld or es t remh o e pouco d esev~scoO 03 00 cs ~n ~n~ es e ver~aiacutel~S3~Ke ex pcriEacutelncics relizcdcs por m1i-bcs geraccedilotildeos (IIEB Justific~ccedil2o de lIVi ver eacute Lutcr p 86)

Ao lado dessos meios tclvez os a2is ricos lembrorelOS OUbros 02 110 veremos c seguir

L QQPv~~_rsQ por e~eLlplo eacute Ul1 decircles No meio rurcl sobrotudool2 tono o lugcr da lintUcgen escritc Lpresentc-se sob os forlcs Dsis vcshyriadcs I desde os ilbate-papos os liDoxericos 1i oteacute os notcias que s~o trczidas dos oentros urbonos atrovGs do Severino que foi c feiro ou do chofer de ocninhOcirco que pcsse todos os dics 11 estrcdcbull

Ao Icdo ele converse orol outro Deio de coouniccccedil~o que uercce ser lembredo eacute ~ 9orr~on~~Icj_c ccrtcs d negoacuteoio assuntos fc1ilic shyres pcrtioipoccediloes socicis eto Tudo isso e cssunto dr converse ascri shytc Reconhecendo a ililport~l1cia decircsse Deio lar1ontcoos o fe-to do Lmi tos homens n~o o podoreo utilizcr parc 80 OOrluniccr eoo outros hOlJGns as a cOL1un~caccedilco ~ s t coril o IV~Den t o d c t n-oc d ~~nc~a aOSOl1VO ocn~ca N prrou ci Houve uo ercnde cperfciccediloL1CntO liiacuteovos meios surgiran tJleacutecrcfo telefone iaprensa r5dio cincuc televisatildeo etc

o te~bgr~fo por exe~lplo vaio resolver o problerlc dr rcotildepidoz dr comunicccedilco uumlscr~ ta eilborc 8ejr UL leio ustdo qu~so quo c~clusivrDonshyte nc zonc ul~bncbull J2 0 tuumllofone necirco soacute fccili tou L1cs t-Llbbruuml foi UDa sOiuccedilao pcr COlSCs CTI r~gc GGg~en UH rU~uCS que t es ob tOr~c1Cm t c

cont1to direto ou escrito Desdo os reccdoa utilit~rios os ch~nCldos o

7

bullbull

e pedidos de fornecin8nto ctC os siuples bcto-prpos o telefone siJ shy1 f t t R t 1 b bull (lUP J Joou nuJ o c CC~lunJC-Ccediloo c CJs nOJe es c 0Ll rer 1ioa~vJe c ~ t lo no nosso pCJs esse -18JO ele CODU11JCCcediloO S0 ros rJngc quase 2pono8 c

tzona urb cne e cssJr1 UClSilO prGocrlc10n e

CorJl relccedileo c~ iruumlpronsc podo se dizer quo lc foi 9U030 Ull suco A N - A

dana0 de convorscccedilco orel e de corrcspondcncie COLlO est2 t ele uuml touumlshyb d d er1 voa c UD grcn e nUDero ao l1OrJons

O hOLWD ctuclBGnte t conte cor outros rteios de OOUU-YJ1CCcedilCO

O oine~ por exenplo quendo beD reelisodo eacute uu dos neios noisbull bull 110 d d 1 t rJcos CJneDc G U110 espcele e De JoClor en re nos e c proprle VJClc

entre os ngtssos olhos e dos outros llomens Atrcveacutes do c11180 o houon torna-se trc~nsporente i luz eloqientc dirige se pcrc o rosto os olhos que nos revelcl c SU2 personelidede Uco Llportc quo seja o

t t t fN U t vlgCrJO o pros 2 u C ou o or 00 112 purgun C seLlpre G I GljjC que]H HA

Sco eles CruzcDos diricllente COD centcmes de pessos nca neo nos encontrDos Feltc-nos teopo pcrc isto e sobretudo disponibilidede Eol olhemos o proacutexirlo O hote~ torlo se UD eoisu u- objotol pcrc o Jutro hOD8l 1188 o cineLlJ nos obriga senpre e pergunte qUOl s~o ocircles E ueis cindc nos leve ~ indcgoccedil~o qUCD sou eu (Guido Logger sscc Educar pare o Cineua ColoccedilGO ~ducer perc e Vide Cedorno 2Peshytroacutepolis Vozes p 7) Coo VODOS D iuportecircncic do cincua OOilO l1cio de conunic~ccedil2o t enorLle InfclizJonte eacute tc-beacuten G ~oIillClc rcstl~i to c zono urbcn c bull

(J t d d middotun o 0 ro -20 cpeser e sr ur iJeJO Donos rJCo quo o cJl1euC t

sue penGtroccedil~o c-uuito D~ior O rtdio chego aos lugaros do acesso ixds difici Por seu intaroacutedio o honen de zonc rurcl por oceuplo podo tot1c~r conhEciJcnto no soacute do quo 80 pcssc nc~ cidcde proacute~i~l~ 1~CS tCj~1-beacuteIl no p2is no rundo O proacuteprio middotfeto de o reacutedio ser utilizdo cono UiJ ins trunento dE oduceccedilo Oacute UL1 prove de seu vgtlor

Entre o Oi1101C C o reacutedio poder-se-it) situer o te18visecirco Necirco res t duacutevidc qUG G U1 elos Lcios 1i8 Dod)rnos do conunic-~ccedil2Co~-middot-que nOD

seGpre 6 be~ aprovQitdo Sue influ3ncia ontretento fico licitada co Deio urbeno ou colhor oos gr~ndcs centros

middot T d cvJ e ncO so pode flccr prosoAost0S D010S de coo c COu11CoCcedilCO

10 sendo os uacutenicos Outros eJds-cer e dCSClroqI1hD UD pcpel deoisivo so bre es populeccedilotildees co~o eacute o ocso dcs estrcdcs que pouco c pouco vOtildeOacute ligendo deg pois todo Sobretudo o tr~fego ceacutereo inpriDc e estos co~un ccccedilotildees a repidez do seacuteculo

A tu-liiacutel mte j~ nco constitui novidcd0 clgune dizer-se que grcJlde nUacutet10ro de brcsiloiros no pcrtioipe de vide culturol do Pcs Nel se] pre poreacuten se teu consciecircncie de Que c ciorie dos horous 1S0 ti _tu

bull 8 bull

10it~ dc 21lJ t~f rillS sim Qbjcto dc cul tUla de una li~oric e que o de sn~vel cul tural proporei ano UI1 tipo de i2crginclizcccedilco que dificulte e proacuteprio conuniccccedilco entre os homens e entre os diversos grupos soshycieis

o desniacutevel cultural gere COUUIlOnte desniacuteveis nos plenos Gconocircoishyco sociruuml poliacutetico e religioso Por cCuse decircsse desnivolanento e sociedede bresilcirc cteacute hoje esteacute forocdc por grupos culturclu0nta e strctific-dos Nco foruumlc UrJ tocio t no quel o rasul todo dCs olcboro shyccedilotildees cultur~is eacute pcrticipcdo por todos oesoo que ecircles ~~o pcrticipeo dcs oeSLlC8 etivid~deacuteS ou no ueSLlO niacutevel Todos colcboran 112 oleboro shyccedilco oul turcl uCs nen todos taJ tido oportunidcde de prticipcr pro shy

bull porcionclnonte dr suo 8ignific-ccedileo Ore isso nco podo ser coeito ~ preciso trouumlher por UD tipo de socicdcde eL1 que se aceite o so epro voi tee oontribuiccedilco de todos s preciso trebClhcr por up tipo de 80- ciedcde onde o oulturc suje cepcz de sotisf~zer ~s verdodoircs e toshytcis necuacutessid~des do houem

tI d-- necosscr~o ~r bOl clCro qU8 qU1 quer t N o~cs G ~n uumlnccediloo propor shycioncr co houcu 1lgun loio do il-lhoric cul turl teLl quo prtir decircle

e h Jvo raSSDO TGJ-S8 (Ueacute pc_r t lr d o prlnc~p~o que AIc oucn o o 10 t pr~u

cipc_l de sue proacutepric forneccedilco TOl-se que cjudcr o houou e se si tU8r eu seu contexto e scb0r distinfllir o que o difercnci1 ossenciclL1ente ds estrutures sociis dos conclicion~i8ntos de n1turczc c dos outros hO1ens 11 A priuoirc terofe do crist2iacuteo sc rochlOnte for crredo de

d e t f OSSi3S d obI- SUJClCO t lo scrlco e rns orucr nOeacuteOnSG JGtO GI c ornoshyrG_luen teilcgel de Deus se outoconfigurcnclo bull TI) so este cutooonfigushy

so so pod G f czer nc t t~Vldcde conSClOnC~ose ov~shyrcccedilco ln erSUDJO dente quo o hOiJo nso pode sor suj i to de cul tur sc so intogror no processo culturcl socil G hist6rico

RetoJl1CO ncis ur~ vez o cua j~ foi dito lonbrc~roDos que D

eccedileo hUHcnc per ser counicccedileo -elos honans entro si ter sClprc une d~oanseo socicl 1l cul turc protildepricwnte di tc nco eacute o produto dc 0- ccedileo do hOtleLl singulcr l2CS dos hOD8ns socicloGnte relrcioncdos Se e cfirncccedilco do hocen ele n turezo trcnsoendendo-o e trnsfOrj~lcnshydo-c 6n teo el eacute 0010 prosenccedilc c~o homeo no rlundo elenento de ligoshyccedil~o dGS hOBens entre si~ por isso ten que ser vivida por todos proshyporcio~elnento Cricdores decircsSG ~undo humno todos s~o rosponsaacuteveis pesso~uumlLlimte 8 8ilqucnto todo sociol pelo justiccedilo e injusticcedilo do or-

A shyden hUD~no de que eles so sujeitos Aceitcr ou recuscr injusticcedila1

(~c oreleu 20cic~1 n3o eacute torefc do hOllel isolcdo DC-S de toclos os honcns mqucnto secircres conscientes livres G c o JlUni teacuterios

A condiccedilecirco priueiro pc~r~ quo o hOrl211 s~ ~001izc COD0 pOSSOB e

que os direi tos que 8Llcnau de suo proacuteprio neturezc sejcl respeitcdos Dntre os v~rios direitos scliunt~rcDOs os seguintes

9 bull

tA bull direito e eX1senc1~ bull eacutetiroi to 03 [leios l1cousstrios prc viver dignDL1011~O ~ direito ~ pesquise do vurdcdo e c infor~~ccedil~o vo=dico sabre 03

oconteeiuentos puacuteblicos bull diroito D p~rticipor dos bens do culture o ~ oduccccedil~o

direito yscolher livro~o~to sou prampprio ostndo du vider

diroi to trcbclhcr liVrElllOnte e de flOdo hULICnO J ~ N d bull o oons1re1uO oqU~S1Ccedil~O de

direi to [ locomover-se clontro de counidcde poliacutetioc diroito o associ~r-so direito c pcrticiper ctiv~~0ntc de vide puacuteblico

bull (pere ULl estudo deste prte vuumlr ospocicljJcnt~ c encolioc eGD in Terris paraacutegrefos 11 c 27 e c Doelcraccedilco dos Direitos do L1el de ONU t 011 1948)

Couo os direiios do possoo ast~o bOE axplicitcdos no p~ocu in Terris e CODO o tono Cultura pcrticul~rjJQnte no osp0eto do nU8ossidoshyde de todos pcrticiporc~ o cprovuitDro~ dos benefiacutecios de obro cultushyrol ~ abordcdo 00 outro perte do Fund~u8ntDccedilno verODOS oqui epencs o cspccto referente 00 direi middotto que middotGodos os hOiluns tOcircil Oacute instruccedilecirco o educcr-sc

Como j~ foi visto cduc~r ~ l0vcr o hOill~D c t08~r consci~ncia da S8U ppcl d0 sUji to do clmdo 6 illtogrcr clguOacuteLl n~ obro cul tur-l nc dh t occcedilco o 0-011 que rcnsforlc o nrdiurezc A educcccedilo e UIl~ oaG~ncJc uuml

Uil direi to ele todos Ul conc1iccedil~o pr~ quJ o h0L10 se roclizCi c so Af1rre aouo pessoE

Hd d t o d cut t d cE) uccccedileo uumlvero ser u 1nSl1ucwn u o-conSC~Cj1 Jzcccedilco nu grondu co1tiJiacutemto huneno quo vivo otilde llcroacuteoIl d- vide culturcl Di) voreacute ojuder o hOI1oU e tOoos os honollS a S0 de silnvolvoreu G c se intoshygrcreu no couunidodo trczondo pare elo os riquezas individueis o do grupo Todavia pcro que iste econtoccedila n uacuteducaccedil~o teu de ser pfrc tE dos tera de ser pcrc o povo =os que se exige dD uuo 0duccccedil~0 que so quor cbertc c todos uno educcccedilatildeo poro o povo Exige-so que 010 sirva

iE t od os e nlto cpencg o esmiddotcc ou oquelo clsse c estes ou oquoloB n-t~recircsses Oige-so que sejc flexiacutevel e responde agraves necessidc-dcs e ex gencics dos crcndes setocircrGs sooiois cnergentes c vide l1tcional

esoo10 couo instruDcnto d~ do~oerctizcccedilampo de culturc e~bGr~ n1o ~pencs orientar os que c procurnn DeilOCrctizedo sue funccedilotildeo sur~ ncis Llportaute reprflsentar o povo integrcmclo-o n sociodcderaquo necirco pcrc quo ~le se torne consuuidor pcssivo do u1c cultura que natildeo f3z

- ocs pcrc que sejo trcnsforuodor ( criedor de cul turco

Podemos concluir Qste i toa dizendo n8o se pode cccIacuteiicr uu odushycccedil~o 00 quo t5dc e quclquer plt880e nco encontro oondiccedilotildees pore uo cutentic~ reelizeccedilco UlJL ecluc~ccedilecirco que nco possibilito o rGalizfccedilecirco dcs exigol1cics de hUDcnizcccedilecirco senpre cresclmto d possoc htE1Dilo

bull 10 bull

11 d t 1 d 1 dmiddot bmiddot s t r ~ c O si~ pvssor 8 8 C -1) O SCC1C qUiacuteJ n1nguel1 pO 0 ~ --- L

llccedilSiJO O viver n(- nod v01ccr co Pi SOL 1wnbrer-s0 elOS ili1OS ~ ~ fmiddot

propr10 d0 cCde hOilOl ctingir sue p-r (iccedilco nc COiUl1lC~CcedilCO COE os outros Tl socicbi1iclcdt) i priilOiro lu~cr SU 8xprine nc cOLltmide d( fclilicr ond o hOllOl~l 0 c _ulhQr constituiacutedos n ~_[3~_4iuli9-qs so ordene1 uu co outro cos filhos pelo vinculo do cDor pJssocl ll

bull

Prre quo fcLiacutelio cjude ruacutecluente c rcclizcccedil3o de seus lllbros 6 necess6rio Que ele decirc eonciccedilotildees pcr qU0 todos d~sonvolvcll sue pIJrshy

bull sonclidcdo u hcjn uc vordcdoiro respoito e cccitcccedileo antro todos ~ Jf d cdrproc1so qUG sOJcu cC81tcS todcs cs Q1 urenccedilcs C V1 C propr1c U0 LO ~

UH cssio COI10 sucs inicietiVcs Isso soacute Se processe no QntcllcG qucn do heacute roeln-n to c orficnccedil c bull Jll tG ajUS Dunbros quc~ndo h~ COiu1ic~~ccedilecircotilde ErJ ULle pclvrc qundo h~ caor

PCrtindo dtisscs cloc ccedilotildecs ampo-nos conte que o middot~binto oni 1 soe Ul 1b1011t e -COCtOS Su r0 lJZCll qUnd o G0US Q bull 81cr onou L~OLQl(l~_

DO disporsos p=los unccrgos qu~ tGu for~ da ccsc so suumlntu~ felizes quendo se GnContrcll ou C]u-ndo os filhos gurrdu d-~ inf~ncic ou de juvGntudlt c lc~br-nccedil- du ua l-r onde cncontrcrcJ1 clOr Cf por isso

l J Omiddot t conuJccedilocs pcr~ su uosbnvolv0re~ S pc1S qua procurc~ crJcr cu oucs

P

CS occsiotildecs ULl sabi0i1to ojldo os filhos sojml considcrmlos COLO sujuumlishytos t COi10 soros dotedos d0 cOl1sci~nci e libordcdc sco sJ71prG r(COishy

Iiacutens- d s Lmiddotmiddotmiddotmiddot~brnmiddotmiddotmiddotos ~ 1nc~- ~ lU~ f~middotmiddotl1llmiddot on j s u UO n --Dros tJo ~JJ ~ oIl~ t- d - - 1_114 tond n

v c rdcd i rC1i utCJ t c rocliz8rJ~l-sG n2o eacute cquol2 onde h5 lUi to Ginhoiro I1CS onde h~ U11 lliacutenino da condiccedilotildees hUl1cncs uuml clOr onde toeos sro trs tedos co~o suji to o nco nOLiO coisa (VGr Jeccqu~s L8clorq Vore UIW

P~lIacutelle P-ris t d UniV(1~8i trircs 1962 ccpV)

A feJiacutelie t8D dirQi to e c-rtcs condiccedilotildelts tento do l1ctur0zc ecoshynOcirclica G social coa0 cul-curel ~lorcl que contribuCiJ pcxc consolida lc e cLlpcreacute-lc no dos0mpJllho do sue funccedilco (PTsect16) 802 lS lliacuteniIleOshycondiccedilotildees Gl h~bi tc~ccedil~o c de ltJsccbi11d-de 8conocircuice por oxoplo c f

1 d d b 111 ~C neo po uumlrc 11JU cr c todos sous Wil ros c sc Qcsenvo VQrOl o [1

s~ ro~liz2ra~ co~a plS80cS

Por outro ldo ilCOLlpotc Cos pcis o prioridcd0 do eacuteiroi to N 1 I ~) A ques t co do sustento o oducCccedilco dos proprlos f11hos PT ~17 80 eles

os educodores netos do seus filhos 1l U8 diriaacuteto L1[8 ( tcnbeb Ul doshyvor qUl corresp mdG co diroi to Que tel os filhos de exigir decircluuml6 ecircsto cuidcdo Dste oduccccedil~ot co~o o sustento aos filhos davo prolongcr-sont t t - qUl os es 011 COn01ccedilo08 nortle18 posscn v~ver por oon ~ proprle bull

roclizccedil3o de uu f~liacuteli~ no dcv t ~l

teric ~s qUG tecircm condiccedilotildees pcre qU0 seus m0~bros 80 rGclizo~ dGVG~ sr UL1 COlSC 013018 cUGJ ~bull

shyder UL1 pouco d G 81 C outres qu nca goznrl decircsses ~osuo vclampras

bull 11 bull

A pessoa por essSncie uu ser soci~l Por ser U2 todo ~b0rto e gneroso conforoc ~ oxprossecirc1o de lseri tein eacute que lhe uacute peculir un corte eburturr - cO[luniocccedil~o Q quc 01- teLl que vivor 0-1 sociodcshydv ~ no oontQto 001 os outros houcns no dieacutelogo quo o hOiJon so dli scobr8 e se integr ne couunid~cle 1 couunid~de aebo cjudcr o hoshyne1 c c tingir plenewunte sues porfiacuteJiccedilotildees c se roelizer

Segundo Leco XIII II Cbull soci0declo nco foi ins ti tuiacutede de lodo quw o hOlJOL1 c busque 00110 ULl fiLl i~cs pcrc que nele uuml por ole posshysue neios eficezcs per~ sue proacutepric pcrfoiccedilecirco ll (SC194) TI Joco X~III ne Pecon in Terris ll diz quo II sando os honans socieis por ncshyturezc ecirc lister que convivQu uns cou os outros Q prouov[~n o bca uuacuteshytuo Por este rezatildeo eacute GxiGocircnoie do u~m sociedede hUijnc bel consti shytuiacutedc que ~lutueuentG sc jeLl roconhecidos e cULlpridos os ruspoctivos diacuterGi tos e dGvres SO[110-S0 itUQILonte qU0 todos dcvcn tr-zor D

sue proacutepric cOl1tribuiccedilecirco c oonstruccedilecirco de uue sociodedell(PT 31)

lIGs C construccedilatildeo elo Ul novo tipo dli sociuacutededo de U~lo sociodode D~is hUDGnc duacutependern d~ col~borcccedil~o de todos dns diferontes rolishygiotildees dos divorsos grupos ~tnicos ou idooloacutegicos O cristco tOil que oster presente nesse novo tipo de sociodode Sue presenccedila eacute exigide pele ceridc~dc e eacute Ul1 iupcrctivo do proacuteprio Evmgolho Por outro lc-cla esso pruumlsonccedile tou que ser efetive orgenizc~de t preciso d0scobrir unc fOrrIo que Delhor possibilite c todos porticiper ctiveLlonto no sociedcduuml 0 de exercer plenruluumll1te o pepel de sujeito ne construccedil~o delo O hooeu CaDa sujeito de Histoacuterie n~o pOdO dcixor do p~rticishypcr direte ou indiretcilOnte de vide puacuteblico Sogundo Jono XXIII bull die c dia so torno une exig~ncie da proacuteprie dignidodo hUrlono poder toner perte ctiva ne vide puacuteblico aubore verie e Bodelid-de desse

t middotmiddot 11 (p 7 ) per 1C1pcccedileo ~ 3

bull 12 bull

bull

BIBLIOGRAFIA p~R APROFUlTDiIEHTO DESTA 1amp PLRTE

1 Lebret - lIcnifesto por uua Civilizcccedil[1o Solideacuteria Livrcric Duca Cidedes Sno Pcu10 bull

2 Joffre DUL1DZedier - Refleacutexions sur lEntrcinenent ~(mtc1 PEG Peria

3 lkul Lcndiu Educcccedilco e Conscientizeccedilco Docuoento de Estudo elo LI~B

4 ELliJcnuel ounier O PorsonclisLlo Livrcric 1or~is Ik1i tocircrc Lisect boc 1960

5 Rocno Guordini - O l_tmdo o c Pessoo Livrcric Ducs CidcdcStS~O Paulo 1963

6 Jean Louroux - VOC2ccedilco Criste elo HOL1er~ FlcDboy~nt

7 Jacques Leclerq Vers lln0 Fcuille Nouvelle Editions Universishytaircs Pcris 1962

8 JOco XXIII - Pocen in Terris Editocircrn Vozes do Petl~bpolis

9 Henrique Voz - Iorol e Rosponscbilidado Socicl t i postilc de Esshytudos do 1iliB

10 Pierre Furter - Propositions p0ur une Etude de lAnolphcbetis~lC cu Breacutesil (uiueogrcfcdo)

-

2 ORGANIZLCcedilAtildeO

o trsbalho pareoe ser a primeira mola c~ue llOtivou algum tipo de orgcnizaccedilatildeo social de orGanizaccedilatildeo de pessocs CO~l um fim comum detershyminado natildeo nos estamos referindo ao tecircrmo trabalho como todo ti

IW ~po de accedilao humana t mss a p~oduccedilao de bens e serv~ccedilos para consu~o_ ~ difiacutecil imaotildeinar como o interecircsse dessa produccedilno edge a comunicaccedilao de experiecircncias de novas teacutec~icas de deseJOS e Gxpectativas quanto agrave boa diviseo dos seus frutos qua~lto enfim agrave Civisatildeo do trabalho ~ ra melhor atender agrave produccedilatildeo

J3ergson diz que o primeiro homem eacute o uhomo faber que usa sua inteligecircncia para a transformaccedilatildeo do mundo eu seu proveito e o distin gue do homo eapiens ll que posteriormente 8J)arecemiddot como aquecircle que iE terpreta e explica o mundo sem proveito ce COnSUIlO Hatildeo nos interessa discutir a justeza dessa distinccedilgo mas verificar a importacircncia que tem o trcbelho proagraveutivo (do homo faberH ) no primeiro momento em que surge o homem como tal E lembrar que a organiz~ccedilatildeo da sociedade procura ser uma racionalizaccedilatildeo da melhor maneira de se obter um oacuteti shymo de consumo de bens e serviccedilos seja por tocircda a sociedade seja por um grupo ou uma classe etc (bens que soacute poclea ser obtidos pelo trcba1ho humeurono)

~ntre as funccedilotildees da famiacutelia em tocircdas as sociedades (ver item s~ bre Estrutura Social desta Fundamentaccedilatildeo) as mais oomuns satildeo a pro shycriaccedilatildeo a satisfaccedilatildeo sexual e a produccedilatildeo sabemos que nem sempre

I l d ~ 1 dI t 1 t nOSsa sociedade bull Em muitos Ccsos o cesal continua ligado agraves respecti shyvas fa~iacutelias de origem se01 constituir nove fL~iacutelia s r mcrca distinshytiva decircsse tipo de famiacutelia eacute justemente o fctltgt ele constituir uma unishydade de produccedilatildeo e consumo = se o trebclho une tcmbeacutem divide pois algum tipo de divisatildeo eacute necessaacuterio em quclquer orgcnizcccedilnoJ a divisa0 do trabclho A divisatildeo do trcbrlho eacute o priBGiro tipo de distinccedilecirco de J~jiSecirco_c~ia~ que se conhece 1 presente eIil toclo e qualquer tipo de sociedade L~ compreendemos o fsto de diferentes pessoas exercerem a mesma tarefa produtiva em ~iferentes lugcres ou horas como cocirclher frutos ehl ampois bosques diferentes ou por turnos clterncdos o f~to de pessors diferentes exercere~ tarefas imediat~Jonte complementcrescoshymo o caso em que uns cpcnham os frutos e outros jUltom um faz as 00shyves e outro lanccedil~ es s~mentes ou taref~s natildeo imociatomente complemen tares como uns caccedilarem e out~os pl~illtarem ou um dirigir o trator e outro plantar Agrave medida que a sociedade se toxna m~is complexa por shyque o nuacutemero de funccedilotildees e papeacuteis a representar so multiplica vai- se perdendo c no~atildeo dessa complemantcriedade E nasce o mito do homem que IIse fecircz sozinhollJ eacute o horaem queacredita que nao deve a ningueacutem o seu suoesso ou sebecloria 011 experiencic De feto que rclcccedilatildeo pcrece ter um trabclhcdor rural quo natildeo conhece cc1ccedildo COID um operrrio quo

o casament o e ~ga o [ 1ei1~ ~a cu mlne~ra como se r c uo men e em

bull 14 bull

trabalha em fnbrica de sapatos Como nco sa vecirc relaccedilco imediata a tendecircncia eacute de se crer que nco heacute rel~ccedilatildeo elguma

o Erasil tem seguido clgum tipo de poliacutetica econocircmica consciente e mais ou menos planific~da haacute pelo menos dez anos No cnt~nto soacute

lt ino mJmento em que umc pol~ tica econom~ce pro-uz rGs~ scoa v~s~ve~s ~~

mediatcmente (desemprecircgo perda do poder amp0 a~uisiccedileo do bens c servi ~~

Ccedil06 por perte dos assalariados etc ) e ~ue 80 passa c~cr con~~onc~~

coletivorllonin da reloccediloo entre UDC politiro e o dia adio C o c-(lil trlJ~alhf dor Eo e1tc~1to essa relcccedilco sempre existiu e ~BS10 o fato de nco se ter UJc polt tica econocircmic8 conscientemente defuumluumldc produz tmbeacutem seus frutos pcrc ccda cidcdatildeo A coploxic1cde c~s L1terreloiotildees 50 cieis foz COIU que se perca ccde vez mois o ncccedilco de divisco do treshyOolho e conseqUentenente ele suo funccedilco soci1

Que to neis complexo a sociedede qucnto J~middotior c nuacutemero eacutete funshyccedilotildees e papeacuteiS diferentes c cumprir e rGpresenc2r l2ior se torna o deDendcnoia do homem do fruto sociol do trsbclJo Nume sociedade bcse ad no extrctivismo isto eacute cuja subsistocircnci- se bcseia nc I1penha de oonsumo produzidos pela natureza eacute ben mais posslvel que cede um seshy d t o b tAJa cepcz e execu er todes es funccediloas neC0SSor~as 2 propr~a su s~s cll

Qla J o mesmo nuo acon t ece 0B umc OOil1p1exe como o nossac SOC~GCeCle

e~ que co mesmo tempo oria novas necessidades pare os homens e es ~S tisfcz Bm uma cidade um hOillem que nco ~cccedilitcsse quclquer tipo de re

N ( Nshy

lcccedilco socicl com os outros homens o portc(lto neo comprosse nco venshydasse 5 n~o troccsse nco pedisse) primoircmente nco teric cso netl raupc ~ teria grcnde dificuldade pcrc febricor um linho ou ender muito at6 encontrar Uille eacutervore ou qulquer plcntc que n~o tivesse sido plentcdc ou cuidedo por outro homem =esmo que nco se trctesse eacute1c um homem de cidade o probleme n~o serie menor pois o mlnimo c di ~ z~r sorie Que ecircle certemente uscric os conhecimentos adquiridos dos outros e trcnsmi tidov por ales -__- - shy

22 Coopercccedil3o

~~ssa diviso do trcb-lho ncde mcis eacute port2ntot que um tipo de ecircoopereccedilco A cooperaccedilatildeo eacute o fenocircmeno de interrcloccedil~o sociel que cQ mo vimos ~CilllC e nos i tens reltivos otilde comHB9_es3amp ostecirc ne b-se messhyme de vide hum-ne ~lG pode oer meis ou menos evidente c mGis ou me shy

Anos obsourc mes este sempre presente Sebelilos no entcnto que se tQ de coopcrr~eo eacute de clgurn forme consciente (impllci ta subentendidr) ele pode neo ser expltci te (cLrcmente expresse) pcrc tocircde sociedade em todo momento De mesmc fo~mc tocircd sociod-eacutelc eacute orgenizedc e tocircdo orgenizcccedilOcirco eacute igualmente consciente (eL1borc nem selpre explici t~~m(mtc~ Viwos no entcnto como eacute ffcil perder-seI em um sociedodc ccde voz meis complex~ como e nosse e ~res~p~ desse ooopercccedilOcirco e desso orgcshynizaccedil20 onte ccda consciecircncie

De clgume forme poeacuteLe-se portrnto dizGr ~ue tocircdc coopercccedilco 6 dz -lgum modo orgcnizada Por isso qucndo dize10s que ht ooopereccedilatildeo noo orgcnizeda e que temos como objetivo e cooporcccediluumlo orgenizeda eacute

bull 15 bull

preeiso que scibcmos exatc~ante o que queremos dizer para nco co~e termos engcno

~ freqUente como vimos que a dependecircncia social do homem no estGjc expliacutecita em determinados momentos ou sotores de uma socieda de Vimos por exemplo como eacute comum c idEio do homem que se foz sQ zinhou e t~hloS notcin de importecircncic decisiv que ccde grupo etri shybui ~ sue proacuteprio funccedilecirco no sociedade Ume freso muito comum refereshyse ecircs clcsses produtoras ll qucndo hll um pronuoiamento ou ctividcde

bull 6 shy taqu-lquer J QUC reune cpencs donos de grcnde 6 ~roprc S=6 e noo o ca cs pessoas que produzem D co ~osmo t~wPOf supoe que haja classes que n~o nroduzem o ~ue pelo Bonos eacute difiacutecil de cceiter senl que se de

J IJ11termine de qu~ tipode ~~d~~q se este trat~ndo De mesma forme o

bull oouum a roforoncie cs clcrsos trebe1hcdorost qucndo scbemos que trc bc1ho ~middottocircdc accedil~o humcne oomo jeacute foi visto no itQ~ 12 de II Perto duumlstc Fun~~ontcccedilecirco

Isso tuc1o proveacutem de ttI compreensecirco Llcoffil1letc de profundc 1~ terrel~ccedilco sooiol que liga os ho~ons e ~s VbZCS do esquecimento e~ que c~em os objotivos o ~B f~~9otildees quo der~ origem ~ dctermin~ shydos tipos de COilportrnento ficndo npens ~stes 111tiGlos~ o que cQOnteoeu t por exmplo coc dcnccedilcs ou festos folel~ricell sendo o ccso ncia ri tente oio o~rncvel cujo relccedilecirco com o Qucresma perece hoje ~rc coincidecircnoia

~

Com cs tormcB clc3sioacuteo8 uumle eoopercccedilco aconteoe t mesma coise Os Obj0tivos podem 1ereacuteer-se no esquecimento e tpel1CS peranecerom forshyms de eomportcmento nem Sef1pre mui to compreensiacuteveis E 1sso torno [lcil percebermos como nco 6 s~ o esqueoimento dos objetivosL mas t~nbm o de especto~iacuteundmenteia dz ~rlte~A~~~~~ de eoopereccedilco que levem c quo certos comportmcntos nco produzem os frutos que ser1~ neeessnrio produzir~ Coopercccedil~o nco orgcniz~dGf ~ portento c 80010 re9ecirco oneleoa objeacutet1v08 neacuteo esto elr-rmente determindos e onde os meios pcrc otingi los nco satildeo eficientemente escolhidos Chcmcreoo~ co contrrio de coo~ercccedilco orgcnizde cquele o~ que seus pcrtic1p~ te~ deterIllincm os objetiv08 c escolhem 08 110i08 meis eficiantes e cdeCu~do8 p-r~ Co tingi los

~xista~ m~ltiplcs rorm~s de coopar~ccedilco nco orgniz~do n~ vidn do no~so h~mem rurcl O mutiro ~ c foroc meis ciiacuteundid~ a possivol oenta meia oomplexe de eOOpGrc9~0 no meio rurel Edsta em todo O Bresil com nanes divereos (ver a Justificccedil~o de ilViver eacute Luter) bull Co~siste essanci~lmenta em uu tr~b~lho volunttxio feito por veacuterics possocs prc ctender c umc necessideuumlo espccficc aerclzente da un peSaDo ou fL1lic que prgc com comccedil8 Q bebes Poco ser pedido pCillo i~tampresscco ou de inicictivc da outros qun~o tone o none de trci shyccedilco EB clguns lugnres eacute S9~pxe UfJC inici~tivo co pctratildeo ou propri~ tlxio que pcgo 0011 fcrt distribuiccedil(o de bebiqs Cono 0steacute portu to OOllunente cssooiedo tI feste CU0 o illt0resscdo PrOIlove no fira de joru-dc Ll clgu~e lug[res c pclvrcl ficou corno sinocircnimo de feste

A troce de dics eacute tcmbaacutem muito comum e consista numa troce de dics de serviccedilo entre diferentes passocs ou fcJlics Um ~gricul tor

bull 16 bull

pede ~ um grupo de amigos ou conheoidos pera cjud~lo em daterm1nnd~ tcrefn e os pega em outros tentos dics de serviccedilo

Um aspeoto importcnte do desenvolvimento do Pro~r~n eacute justcmen te o levantcmento c desoriccedilatildeo e n oriacutetica desses formes de coopere-9~O Com relnccedilEo a esses formes podemos observer o seguinte

le) sucnto cos objetivos _ ~ importcnte que ecircle s se tornem bem cleros t que aa eomunj

dedes seibam que estco cooperendo orgecircniccmente e nco nos esquece~ bull mos de que em elguns lugares mutiratildeo eacute sinocircnimo de festa e samp isso

- eacute necesseacuterio conscientizc~-se de que n ooopereccedileacuteo ~ tenocirc meno indispenseacutevel c vida sociel e que ele eacute constcnte e n~o ocns1oshynnl isso tereacute importentes conseqHecircncics quento coe meios de reoUzn ccedilco oonorete de atividades oooperativistas shy

- tento o mutir~o quento e troce de dies gucrd~ um especto deeisivcmente individucliste pois heacute ~jude mcs o~dc um tem n sun pr6prin produccedilco e seus proacuteprios problemes eacute evidente que se o mut1 ~ A N bull ~

rco fosse ~te e fese de oomercializeccedileo dos produtos nt1ngirin meshylhor seueacute objetivosl esse noCcedilao eacute muito importcnte pnre um conceito d oomunidnde enquanto EarticipcccedilcO e um fim comum mo~oo que samp aos nomic~man~e n exploraccedilco em oomum dos maios de produccedilco trcri~ anaL mes benefcios usando-se o ilesmo princpio do mutiratildeo muitos tashyzeuacutel em um s~ die o que um soacute natildeo frz eu muitos cli cs 11 bull

21) gucntoatilde eficiecircnoijl dos meios

c troce de dins eacute meis eficiente do que o lJutiratildeo no asshypacto de ilpage lI embore ombos sejcrn trnbclho vOlunteacuterio onde natildeo It

corre dinh~iro cmboe ~~o pcgos um com comes e bebes e outro com trcbc1ho o que COLlpenst reclmente 311e1ho1 evidente que uo s1steoc de Iltrocc de Llutirco serc muito ucis econocircmico e produtivo parc t2 dos do que comido e gebidc que se conSOLle num soacute die

- cmbos Sc iniciotivos isolod08 quo podem mui tesO vacirczes se choccr e podem tcmbeacutem ficer 00 sebor de siopeties ou ont1pctics pessonis n eficiecircncia certamente oumcntcric se focircssem iniciotivoe coletiv~ente consentidos

- gerelmente cmbos opcrecem quando h~ unccessidcdell iato eacute um plcntio ctrascdo ou perdido doenccedilc eto e o prezo neacuteo permi

~1 shyt e que ume so f~l~ io de conte de tudo se o sentido de oooperc9ao estiver bem cltro eacute feacutecil cOilpreender que umc ltxcvisecirco poderio Ctlatilde nucr os ecsos de nec~esidode como aumenter o rendimento do trebclho pcr~ todos

~videnteL1ene esses obsarvcccedilotildees neacuteo seacuteo completos mcs cpones sugestotildees pera umc cneacutelise o ser empreendido polcs equipes e pelae comunidedes

~ iaporttnte fri sar que Co eccedilecirco educ~tivo vi S ldo organiza90 eacute oultiorce e tem de edcpter-se GS condiccedilotildees e Eotivcccedilotildees de e~d~ o~munidede ~no eacute n finalidode de um tipo de cccedil~o ooopereiivist~ quo

bull 17 bull

a define como mais efioiente na educaccedilatildeo para uma cooperaccedilatildeo organizashyda ~uitas vecirczes somos levados a desprezar alguns tipos de organiza shyccedilatildeo de reoreaccedilatildeo visando finalidades mais Ilaltas ll

bull ULl time de futebol com diretoria organizada de qual todos os 860i08 partioipem ativamenshyte tomando deoisotildees ooletivas discutindo em oomum problemas do time pode ser meis efioiente para a organizaccedilatildeo poliacutetica de uma oomunidade do que um comi tecirc poliacute tioo do qual sOacute partioipam alfllns IIIderes

Tendo sido feito um lev~~tLmento pele cogwlidade das atividades de oooperaccedilatildeo organizada nesta r O aspeot~ de meios oonoretR~ de que trata o programe pode ser explorado atraves da esoolha de um tipo de atividade que a comunidade considere i~portampnte ou que precise de reformul~iotildees mais urgentes ~ clero que ecircs~es ~_~~s~_~tos de or~ nizcccedilatildeo nao podem ser generalizados e que neo sao efioiontes se tratashy

t Ados so teor20cmen 8 So a prat10a a que SUSC1 t ara esses me20sbull quo se-rordfo mais bem assessorados pela supervisatildeo do que atraveacutes de programa shyccedilao de aulas

Tocircda organizaccedilatildeo ou accedilatildeo organizada teu alguns aspootos esscncXds que neacuteo estatildeo neoessagraveriamente presentes em qu~lquer momento ou ativi dade las que devem ser alocnccedilcdos sendo por isso mesmo 06 objot1 shyvos do essessorio educetiva do EB neste niacutevol

- os fins da orgeniz~ccedilco ou objetivos goreis que se definem em uma tendecircncic ou espireccedilco do grupo que delo pcrtioipo mas que se devem tornor oom o te~pof conscientes e cleromente distintos (por eshyxemplo no Ocso de um clube de futebol e divers~o)

- Oa obj0tivos cspociacuteficos isto eacute ~quilo que eonoretcacnte se pretenc1c clccnccedilcr dentro eo Ui dotOIUumlll-do prczo ou periacuteodo ou Olil

occlc etividrde progrcucdo (por eorlluumlO roclizcr UJ torneio ou oonsshytruir c sede do olube)

- un pleno ou pelo menos umc prcvisco de ~tividades queatildeen tro do prazo ou periacuteodo detenlincdo dever~ lover aos objetivos propo~ tos (um loilco ew tel data U2 jocircgo com ingresso pcgo e~ tal dote ug

mutir~o em tol dcta pcrs oonstruir c sede to olubo)

- mm divisecirco de funccedilotildees que ir-se-~ ocrccteriznuo melhor oom o correr do te4lpo ocs quo se deve procurar definir prc avi ter oonflishytos

- Wl meoanismo perCo cs decisotildees que deve ser desde o iniacuteoio determincdo cindc que venhe cou o teiJpo e sofrer JlOdifiocccedilotildees

lsse cspecto formeI de org-nizcccedilecirco pode SOl objeto de eulcs llteoacute ricca nc base de releto de expcriocircncics de outres couunidedes Pode se reletcI oomo funoiono o clube tol oOuO 6 escolhido c diretoriecoshymo se planejou determindo ctividcde eto seil ceir em risco imedieto de meBsifiocccedilecirco nco eacute preciso friser que ~s experiecircnci~s devem ser muacutel tiacuteplaa e diferentes pare eyi ter o crglilento de cutoridcde

bull 18 bull

23 Ass~eintivismo

Desde ~ momento em que v Ronem nuo p~sso decisivo de sue evol~ 9CO soube que scbie - Pcsso de reflexco - (Teilhcrd de Cherdin) peacutessou c se ~firuer meis e mcis numa perspectiva sooial E agrave medida em que a vida em sociedade aucenta contrariamente ao que muitos pea saro tamo~m aumenta a chance do homem se afirmar mais profundamente como ser pessoal t~iginal Neste sentido a vida s2c1al natildeo se con~ titui apenas da soma dos indivduos mas a integraccedilao dos homens nushyma vida comunitaacuteria que tende a se tornar oada vez mais universal ~ o fenocircmeno cue Joatildeo XXIII oonsidera tatildeo bem oom deg nome de socializ~

IM 1- fccedilao B o termo sociacutealizalao tal como o emprega o Papa naos re ~ re apenas a um regime jur~dico de bens mas a um processo historioo s6cio-cultural global onde as comunicaccedilotildees fsicas satildeo mais freqne~ tes e maior o acesso aos inumeraacuteveis bens comuns ou comunicaacuteveisda humanidade tais como a informaccedilatildeo a educaccedilatildeo a cultura (JYCalvez ~glise et Soci~teacute nconomique e LI~nseignement Social de Jean XXIII shytditions =ontaigne Paris- Capo I )

~ importante notar sobretudo que Joatildeo ~~rII nao toma o renocircm~ no de sooializaccedilatildeo co~o algo que resulta apenas do desenvolvimento das t~cnicas das ciecircncias do progresso da produtividade etc mas o considera como 110 fato do homemll(JYCalvez) Assim dentro da sQ cializaccedilatildeo crescente o fenocircmeno associativisl10 1l natildeo eacute algo de ext~ rior apenas ao homem mas decorre tamb~u ce SUE no tureza mais ntishyma do seu II ser ll Quando os hOl11ens se associam natildeo ~ apenas em fun ccedilatildeo de um objetivo externo fixado (para u~ ~utiratildeo por exemplo)maseacute tsfbeacutem um LJOVill811to eacuteie S1i6 eacuteJesconte evoluccedilatildeo G uroacutenrio do homerl

A w ~ - (

a llte31dencia natural e qUEse incoerc~vel pnrUacute a vida social Joao XXIII) D historicemente ecircle tem esponCiclo a esse tendecircnoia oom as mais variadas formas de associaccedilatildeo decircsde o pl~~o internacional ateacute aos pequenos grupamentos Exemplo disso satildeo as vaacuterias organiz~otildeGs internacione~s os partidos polticos as sociedades recreativasesshyportivas culturais as associaccedilotildees de classe as associaccedilotildees proi~ aionais os sindicatos etc

Natildeo se pode no entanto - e isso eacute importante - atribuir o surgi mento de formas de associaccedilotildees somente agrave tendecircncia do homem para atilde vida social Haacute uma estreite interaccedilatildeo dessa tendecircncia com o progresshyso da teacutecnioa das ciecircncias dos meios de comunicaccedilatildeo ~stes fatocircres trazem de maneiras mais uiversas solicitaccedilotildees pera e intensiioc shyccedilatildeo da vida social e do associativismo t o ceso por exemplo de faacuteshybricas usinas induacutestrias que surgem e exigem um certo volume dematildeo de obra que leva um g~po de indivduos a se aproximar c estar fl~ sicemente em contato contiacutenuo assim como sua uni~o em tocircrno de deshyterminadas reivindicaccedilotildees (ex sindicato que luta por aumento de se llrios ou por mudanccedila de estruturas etc) Outro exemplo disso eacute o aparecimento de colonizaccedilatildeo agrcolc ue leva camuoneses screm- de uma dispersa0 geogrcfica e se concentrarem passando a-uma vida sooial mais intensa formcnuo te~beacutemf ~s vecirczes cooperativas clubes esportivos sindicatos etc

bull 19 bull

llas por outro lcdo eacute preciso considernIlnos que por suc vez o progresso de teacutecnica e das ciecircncias t bem como dos Llios de comun ecccedilatildeo t natildeo surgirDm de um c1eterdinismo cego 111bo1a nao sejamos seE pre senhores das focircrccedilas e das leis do natureza o que muitas vecirczes nos apareoe como um determinismo como ume necessidade exterior cshypencsL eacute fruto de gestos jaacute colOCfdos pelo homem II~ fruto dt humashynizcccedileo mesma de nctureza Co qua1 nos entregamos para exprimir no

1 h t dfso liberdade E ele resto e possJve ao amem novamen e mo ] lcar o determinismo que seus proacuteprios gestos criaram (Ver JYCclvez oshybre ci tede) bull

Outro ponto e considerr aqui eacute o pcpel do -Jst2do e a sua eresect cento intervenccedilco em nssuntos de interecircsse da ooletividade ~u1tas vecirczes a discussatildeo decircste ponto leva a posiccedilatildeo que em ncda eorrespol dem agrave verdadeira dimensatildeo da questatildeo Assim uns defendem opaixonashydemente e intervenccedilatildeo totcl do Dstado ao pesso que outros rejeitem qUflquer tipo de intervenccedilatildeomiddot hlwendo aindc um nuacutem~ro ponderaacutevel que aceita a intervenccedilno modercda Entretc~to o ponto central da quesshytatildeo n~o_~ se o Dstado deve e pode intervir t m~isou menos ~ imporshyt~~te nco considerar a crescente intervenccedilco C020 um deter~inismo cbSbluto JY Celvez interpretcndo o pensamento de Joco XXIII n ecircsse respeito elucide c questatildeo de mlmeirc sLp1uumls e precisai 11 O pcpc vecirc nesta intervenccedilatildeo um resultado ou cinda um sinal - um nd ee - da sociclizoccedil~o em curso tntes que urua ccusc Logo se Co in shytervenccedilco (lo Estedo ~ ume espostc c certas edecircncics de sociclizcIV ccedilao e tambem elgo de profund~ente ligado co tempo e co espaccedilo e um fenocircmeno situcdo histoacuterico nco pollondo existir r eceitcs unishyversais e perenes c ecircste respeito

A considorcccedilco decircsse ponto eacute import~~te pcTC o trcbclho de oompreens~o e cneacutelise criacutetica de presenccedile do ~stedo nas questotildees li gadcs sos movimentos de associaccedilatildeo e luta dos trcbe1hadores

Inuacutemeros teu sido os pronunciamentos textos leis que consid9 ram o importecircncic do associativismo 3m sucs vsrias forlcs recoshynhecendo-o como um direito ~is alguns dos rucis oonhecidos

ITodo homem tem direi to a orgcnizcr s1ndic~~tos e a necircles ingres sar para a prltteccedilco de seus interecircsses iacutel (Declarcccediluumlo dos Dicei tos dobull

Homem art23S4)

ti tl gcrrntida a liberdade de cssocicccedilotildeo p~rc fins 110i tos lieshynhuma associaccedilatildeo poderaacute ser oompu1soacuteriamente dissolvida sen~o em virtude de sentenccedila judicialll(ConstituiccedilOtildeo Brcsileiraart141sect12)

IIJfi livre a associaccedilatildeo profissional ou sindical sendo regula das por lei a forma de sua constituiccedilatildeo e sue representeccedilco legal nas convenccedilotildees co1etivrs de trcbclho e o exerciacuteco de funccedilotildees deleshygadas pelo poder puacuteblicotl(Constituiccedilatildeo Brasileira art 159)

UNe eacutepoca moderna umentou notevelmcnte o movimento assoeinti vo dos trcbclh~dores e foi reconhecido em oacuteercl nas disposiccedilotildees shy

bull 20 bull

fi

jurdioes dos Ilstcdos e ateacute no plano internecionel bullbullbull

IINco podemos todavia deixcr de notcr 00110 eacute ~til ou cteacute nece s~rio que c voz dos trcbclhcdores tenho possibilidade de se fezar o~ vir e ctender fora mesmo da ceda organismo produtivo e isto em to-

Imiddot 11 (t~middot - 94)d os os nJveJs bull l - bull

IlDa socicbilidcde ncturol de passoc humal1c~ proveacutem o direito de reuni~o e de associQccedil~o bem como o de conferir cs essocicccedil~es c for~ me que aos membros precer meis idocircnecs c finclidcde em viste e de cgir dentro destas por conte proacuteprio e risco conduzindo-os aos elm~ jrdos finsl (PT23)

~~ O ~ue foi dito acime eacute relctivo e textos legeis e pronunci~en tos do Pepe Joco XXIII No entcnto existem einde outres referecircncic~ entre DS queis cs mui to discutidcs de rrx

Uma forme de ossocicccedil~o oonsidercde importcntc eacute o sindicelisshymo surgido cpoacutes a Revoluccedileo Industrial Vnrios movimentos signifio~ tivos de trcbelhcdores EHLl wui tos pases ncscercm ou se desenvolveshyrum c partir do sindicelismo

No Brcsil o sindic~to foi oriedo nos noldes do sistemc sindi shyccl do fooismo i talirno princi prlmonte f e eacute extremamente 1igcdo 00

Poqer Puacuteblico Tocircdr- c vide sincliccl eacute proviste por lei A lei QstcbCcedil Ieee oS requisitos desde pGra G fundcccedilno e funcioncmento do sindic~ to ctecirc os fins prerrocativcs e deveres Aacute liberdade dentro do sin d~ccto entno eacute c liberdede que c legislcccedil~o sindiccl permite e proshyve Outra pcrticuleridedo do sindicclismo hreDilciro eacute c vorticclid~ de I sindicrtos federeccedilocirces confedercccedilatildeo prc cdl cDtegoria ( na cctegorics tr41beacutem sco previstcs pele lei) Uno eacute permitido que ceteshygories sindicais diferentes se cordenem numc horizontclidcdeAssim se 08 sindicctos dos metcluacutergioos e dos forrovi~riosf por exemplo quisessem se coordenlr seria impossvol (dentro de legislaccedileacuteo sind ccl brasileirc) Onde cctesoric deve (do ponto de viste de lei sindi CCl) desclvolver sues ctividdes sindiccia iso1cdclllente

N~ necess~rio obsorvcr que tcl estrltturc sindiccl tatildeo enfcixcda na roco do Poder Puacuteblico tir~~do muito dl necesseacuteria cutonomic dos sindicctos dendo foacutermules pcdronizedls de funcionamento pode trens formeacute-los num instrumento de clesse dirigente ~penas cleacutem de n~ dtr oportunidades de se desenvolver plenCLlfmte ~ ccocidcde dos sin dicclizodos e seus dirigentes de lIe1riare41 algo de proacuteprio dentro do sindiccto Da D necessidede dos dirigentes sindicais serem realshymente a oxpressco do clesse quer di zor SerG~1 pessoes que estejom prontos e trcbclhor reelmG~te no sentido des cspircccedilocirces de clc6seP~ ra Jsso e neoesscr~o que se tenhe conscienc~c LO que e e do quo poshyde ser o sindiceto como oacutereco vordodoiro cc prollloccedillio

bull 21 bull

Haacute disposiccedilotildees legEds m~Js ou menos antisas a raspei to da sin d1calizaccedilatildeo rural no Brasil Entretanto foi pr1ncipal~3nte fi partir de 1962 que o assunto tOllOU vulto e comeccedilaram a surgir v~rias disshyposiccedilotildees simIlificcndo a f O T1112Ccedilatildeo dos sindicatos rurcis pl~ooossomel to e expediccedilao de oartas sindicais

Dentre as vaacuterias disposiccedilotildees () as que natildeo soacute sintetizum a Flashyteacuteria jaacute re8~lada oomo apresenta aspectos novos S~O

- Lei nO 4214 de 231963 - Estatuto do Tr[b[~lh2dor Rushyral pub1ic~do no Di~rio Of cial da Uni~o em 1836

~ Portcrias nQs 346 e 347 de l76l96j- Regula0 a Orgc~1 zaccedilatildeo e o Reconhecimonto de Entidcdes Sindiccis Ruraio bull

Silil9-1octo OEstatuto do frcba1haGor Rural crt114 estntui~ liacuteoita a cssoci~ccedilao em sindiccto f para fine de estudo defese e ooo~ denaccedilno de seus interecircsses econocircmicos ou profissionais de todos os que como empregados ou OE1PT0odores exerccedilam atividades ou profis shysatildeo rurc1 i1

bull

Vemos entatildeo que de ~cocircrdo nou c pr~pr1a lei ~s fin~lid~des do sindicato secirco cmp1as l natildeo se reduzindo ecircle C Dera instr~~ento de rei vindiOcccedilno de essiatencia socie1 e ClgutitS melhorics econocircmiccs bull Para que ecircle oumpra tocircdas as suas fin~lidades tem ~ue ir muito cl~mBasshyta ver que cumpre-lhe tc~beacute~ c defese de interesses profissionaisde I d t ~ tmiddot bull en er ~n erasses prok~sS~OncJ3 nao e 80 consegu~r e~prQS ~mos ~crc

plantio melhor maquin~rio pere produccedilatildeo enfio melhores oondiccediloea de trcbnlho mas ~ sobretuco f-zor com que o trcbc1ho necirco seja red z1da a um mero fctor de produccedilatildeo mcs seja con8id~rcdo como a fon~c por excelecircncia de expressco hum~a Pera conseguir isso o sindishyceto teu que sc ocupar por defini9~o com c tarefa de destruir tocircdc forma de explortccedilotildeo do trcblho humOJlo Convoacutem notnr que 110m sem pre o aumento de produccedilatildeo corrosponde a umc verdadeira prOioccedilco do trabclhador como pessoc

liQ Pera uma vis~o coup10tc de fundaccedilatildeoprooassamento e funciona bull mento do sindicatover Leis e Portarias meneionauuml~sprircipa1mente e nova Portaria nordm71 de 2265quede oerta formaregu1amenta os arti shygos 115 e 116 do Estatdo TrabRuralD1ga-se de passagem que estamp Leital~m de dificultar a fundaccedilatildeo de sind1catosfragmenta demais a classe trabalhadora ruraloricndo dentro dela in~eras camptegoriasdiA tintas

() Lei d~~ada n Q 11 de 11101962 Portaria nO 355-A de 20(111962 Portcria nO 356-A de 2111J1962 Portaria 209-A de 2561962

bull 22 bull

Estatuto do Trabalhador Rural Ateacute a d~ta da criaccedilatildeo do Estatushy

to o--eatildenipotildei1eacirc -estampvatildeexecirciiicfotilde7a legislaccedilatildeo trabalh~sta (excetuanshydo o que diz respeito n possibilidade de sind1calizaccedilao) 2 art l da Oonsolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho que estatui as ~uestoes trabashylhistas no paraacutegrafo IIb il coloca os oamponeses fora dos seus poss veis benefiacuteoios Com a criaccedilco do Estatuto houve uma primeira consi deraccedil~o a certos aspectos da vida do trabalhador rural

t tmiddotmiddot d la gisltccedil~o urb1na pare o meio rural embora sejam duas realid~des bem diversas A proacutepria definiccedil(iacuteo Ciue ecircle daacute de trabalhador rural (art 2 Q) eacute impreoisa e se presta a v~rias interpretaccedilotildees de aoocircrdo com

C0110 e fecil notar o Csjatu o e quase uma ranspos1ccedila0

1os t var ~n eresses

l~as mesmo assim inedaptndo hAacute pontos considerados importa1 shytes ~ O caso principalmente dos artigos 11 bull oria a Carteira Pro M

fissiona1 de Trabalhador Rural 63middot disp~e s~bre o contrato de trashybalho ( que poder~ ser feito na proacutepria carteira proiacuteissional)~ l5~shye~ia um Conselho Arbitral A16m decircsses artigos eacute consi~er~da t~bem importante tocircda a disposiccedilatildeo socircbre sindicalizaccedilatildeo

~ nosso pcpel como movi~ento qUecirc pretende ser educativo atr~shyvecircs de toampos os meios e recursos com Que oontamos levar ns oo~unida das a perceberem o fenocircmeno do assooi~tivismo como inerente agrave pr~ pria ~~a humana e motivar a intenBificaccedil~o oonsciente e delibefada de formcs de associc9~0 que ~osscm responder 2S neoossuumlLdos percebi das a partir de une vis~o cr~tica do papel do homem no mundo

Iaso no entc~to nco quer dizer que devemos inccntivcr e ~ctishyver determinadas forruas de associa9~0 O nosso papel c ecircssc respeito ~ o de informar o que existe as earaotersticas de QCcedild0 ~nc e proashytampr n assessoria ccbve1 diente da escolha da comunidade que poder~ incluave oriar fol~as noves de cssociaccedilatildeo

Teoriocraente a econoTlic de mercado ou ocpi tclistlo reIJouso nurac toca de serviccedilos e bana entre dois tipos de gru~osl as unlcteacutees ec2 n~m1cas produtivas ou emprecircsas n~s unidcdes economic~s de consuao ou iacutec~iliar Ls famiacutelias prest~~ serviccedilos ~s emprecircsas recebendo ~~gnaen

Ao shyt o e as empresas produzem bens e serviccedilos para o consumo das iacute~liaa e recebem e~ trooa pcgcillento ~mboru ecircsse esquema sej~ muito ab3trashyto e seja s6 am esque~a serve para nos mostrar cono est~ dist~cia da disso c vide do honeQ rural Nesse esquema a famiacutelia soacute b so11d~

ai fW bull r i ~ no consumo mas nuo na produccedilco pois o facil 1nag1ncr como roxa shymente as pessoas de lmlC mesJc fcIagrave~lill ou que tenheo dooposos ElD ~o mum produzam mn comum spo ~ue trabalhem em una Llesuc euprocircso no meama seccediltio e na masoe sala o produto finel dC~ emprecircsCl (equilo quo - ) e comercializado vend1do as fcu~lias cbsolutcnente noo dopenda deshyles Seus ganhos tcmbeacuter1 ou s~o deciatildeidos pele etlprecircsll ou dependen de decisotildees coletivas (aumento de salaacuterio mnino dissiacutedios coleti shy

bull 23 bull

I vos etc) e muito r~r~cntc tecircm qualquer relcccedilatildeo 020 su~ produt1vid~

de ou copoeidcde da trobclho Na eoonomia da produ2ao portcnto mas mo os mombros de umc fcniacutelit nno sco solidaacuterios ano indiviacuteduos isolE dos CGdc ~ por si A id~in de atividade econocircmico comunit~ria dcpcn deric portnnto no moia urbcno de tocircdc uma lludonccedila de estrutura d~ haacutebitos e atitudes individualistcs

NOcirco eeonteee o Llosmo no vidc rurnl Via do regra c feLllit s~ oonstitui em unidcde de prod~ccedilco e oonsumo o que equivola a dizer que jtIacute existe tlgum tipo do ouprecircsa cOf1unit6ria pare uaor o esqucmc o que acima nos referimos Trctc~se portento natildeo de rczer surgir ~ vclor inteirnmente novo mais de cmplicr o raio de alccnoc de uampre_ sa oonlUni taacuteria que eacute c fCLllic bull Outro Telor positivo e que pode ser ccrreado nesse sentido eacute o mutirco Embora se deva ciacuteastor quclquer ideacuteia poeacutetioa lrio de mutirecirco cono trcbrlho ~eu pagaL o mutirecirco e a troca de dics sno indiacutecios oonoretos de que a oompeticcedilno econ~~1c~ nas oomunidcdes rurais n~o eacute consoiente neu atinge G agudas que cpreshysenta n~ cidade O mutir~o meswo pcgo n troce de dias me8~0 aendo trooc mostra que natildeo est~ presente c 1d~ia de que o SUOOS$O de ~ depende do insuoesso de outro E de f~to c cODpeticcedil~o eoon~m1cn no campo nco sc fez de meeiro c meeiro mes entre o produtor o o intero~ di~rio e por e edinnte

Outro ospeoto import~nte d~ ctividcde econ~micc do honeo rurc1 que ele nco visa de Iilodo gereI o lucro IlCS c subsistecircncici por isso c noccedilco de que - a propried~de deve ser usado pera o bau de todos e nco pcro o luoro individueI nco encontro cs aeSDes resistecircncics quo cn oontrorie entre cmpres~rios oujc ctividcde eoonocircuic~ se fund~entc no luoro A euprecircsc comunit~ria isto eacute ~ orgonizccco oomunitampric de

d - A po~tcntot apcrentemente vievel~ Tr~ c~se depro Uccedilco ceOnOil1Cc e t snshyber quais cs noccedilotildees que seacuteo fundcmenteis pcrc tel empreendi30nto

12) 2JLW1el~]0ecircS_e __d2_ uso dl Jal0Rriedcdel ~ tund~cntcl o conoeito de que c posse est~ condieioncdq 00 uso de propr1od~de o quo isto natildeo eacute um direito cbs02uto mcs tew une funccedilatildeo intrinsccmcnte soci01 (1)11f1116)

9) Q~_o~Lemo do_~c-l2~) do__trcbelh2 msse prob1cllc foi tl~~toclo na Fundamentoccedilao de Viver e Lutcr e se enoontra tClbom no item 12 d~ 2l perte deste Fund[Tl(mtoccedilecirciacuteo 1106 heacute olguns tspuumlctos que nos interesSD~ diretamente ncste ccso A ~pliocccedilatildeo concret~ dos princ~piGs ~l disoutidos lev~-nos ~ oonclusno de que neacuteo pode hever oomercial zaccedilecirco do trcbelho enquc11to tol Isto ~t necirco h~ nem pode hovcr hipocirct~ se do medir-se o trabalho ew tecircrmos de dinheiro j~ que o tr~bolhotem velor tronscendente leso eacute importante pcr~ cs tomndos de decisotildees soacute bre a divisatildeo do produto do tr~bolho Esta n~o pode ser sagravementa pro porcional ~ posse dos instrv~entos de produccedilco pois 0030 viuos c posse esteacute subordincdc 00 uso paro o bem de todos Por outro lcdon~o pode ser tambeacutem somente proporoionel agrave quantidede de trcbolho j~ que o velor realmente humcno do tr~bolho nro pode ser qucntif1cedo socircmenshyem sua apcrencia O item seguinte pode esolareoer-nos melhor

bull 24 bull

--

0) 9--Jll0bt~~ dc-~oJtg1~ejJde dc espeacuteoie Vinos qundo e8~shydc~oa O probloma de oomunic0ccedilno que fund~ente o progresso de histoshyric humcne ~ue cede indivcuo neacuteo pode reelizar plencmo~tc c essocircnshyoie de espeacutecie hun~na o quo portento os homens e todos suo solid~s nas conquistes e nos erros de humcnidedo Esse mesm~ doutrine eacute aonshyfirm~de no plnno sobr0n~turel pelo ooncoito do oomunh~o dos santoS

por outro l~do quo o - podo b ~ es Sabemos houam neo sucum 1r cut ccron eies sensiacuteveis (climonter-se proteger-se do frio) e quo qu~~do isshyBO ~contooe ecde UD de noacutes ~ solid~rio nG culpa~ Isso leva c que a sociodade Leve prover tS QPortul1idcdes pcrc que cede hOllOD sct1sfeccedilc esses necossidrdes que Sco diroi tos fund~lentais do hmJoLlbull

Em sUDe o probleme central de u~e atividGdo econoillIacutecc de ~i~o

conunit~rio eacute o do reconhecihlonto no plano do trabalho Co~o vimos ll~) i tem proacuteprio e comuniccccedilatildeo entre os homens pode fczor-se por doshyminoccedileo ou por reconheoimento ~os ecircsse reconheoiDento n~o pode ser

h Ot eor1co cbstreto tel quo oonoretlzar-se e111 oedc cccediloo umcne roshyoonhecimento do outro no plnno do trabalho eacute o que se coloo~ ou ploshyno mais elevedo jeacute que nrde h6 de meis nobre e essol1oiclmontc hushymano do que o trabelho

i01s c~r~ um excile de outros problemcs levcntedos por ULlC GlprOcircSo oomunit~rie pode-se ver Fr Jo~o Batiste Puumlreire dos Santos OP U~ NILABORL Uma Revoluccedileo ne Estruture de Emprecircso Livroric Du~s Cido bull das - Sco Pculo

Pode-se definir o occedilocirco poltice de vuacuterias Ilcnoirrs Uuo tltigc def - eLO h amem dlZ nCSlilO C1ue 1J e G Ull~ CnllllC1 ~ lCO o que eCJu~ilnlccedilco E0Lltmiddot vcleria c identificcr e e2~0 poliacutetice cor~ tocircdn eccedilno huJrJlc Sento Agostir~o vi~ o fim de cccedilco polticc assim como o de guerra n~ Fez defininco c Paz como ~ sctisfccedilecirco dos interecircsses de cidade ~ 01amp ro que C01 isso n Pnz de uuc cic~-ao poderia ser iLlposte Co outre is shyto eacute a sctisfcccedileo dos interossos de umc Sociadcde ou gAacute~po poco ser i3postn c outra Sociodede ou o outro grupo ModernnEcnte defino- so e accedilco poliacutetioo CODO equelc que procure conduzir ~ socied~de n~ busshyco do bOD cel21Ul Atuolnel1te tom-so definido taIJbeacutel2l c cccedilatildeo polticn COBO nquelc que busca utilizcr o poder do Estndo pcrc ctcncler 00 bo de SocioclCdo Esse funccedilocirco do EsJccdo ele mesme TJudou de oacutepoca do li berelis~o otoacute hOj0 Acredit~~do-sc quo es leis socieis c Gconocircnices orem IInctureis ll cefendie-se u tese de que eo Estado Cnberi~ cpon~s proteger ns libuumlrd~des individueis nco intervindo especialnuumlnte ne produccedilatildeo e no consumo A esse vis~o suoedeu eom o advento do sooi~ lismo e dns lutcs sindiccis e concepccedilco do um Est~do do Bem Estor So0101 A concepccedilatildeo neturolista c liberolisto jaacute nco eacute dcfcndide 00shymo tel e o que se discuto oacute o Gr~u de intensidade da intervonccedil~o esshytetal no vid~ puacuteblicc Mesmo nos paiacuteses onde o antigo liberalismo eacute tese ofioial - embora defenr1ido em formas atenuadas (neo-libera11omo)

bull 25 bull

oomo nos ~stados Unidos e no Brasil a intervenccedilatildeo estatal ~ una reashylidade Assim nos Estados Unidos por exemplo a diplomacia ~ftambeacute~ uma forma de defesa dos interecircsses comeroiais dos empres~rios norte-A mericanos no exterior no Brasil os organismos estatais exeroeu in shyfluecircncia natildeo 86 na economia como nos conflitos sociais Ias tanto li como aqui a intervenccedilatildeo eacute feita apenas para proteger uoc estrutura

Vecircse portanto que a oontroveacutersia estaacute na intensidade e no ti shypo de intervenccedilatildeo do Estado A accedilatildeo poliacutetica seria wn ueio de fazer valer ecircste ou aquecircle tipo de intervenccedilatildeo do Estado no sentido do Bem Dstar Social de definir decircste ou daquecircle Dodo o Bem Lstar Social de detertlintlr desta ou daquela formo o modo de consegulo

Ao ueSuumllO tempo fica cloro que natildeo tem sentido definir-se ti accedilao shypoliacutetioa eu tecircrmos de ideais moi8 ou menos abstratos COLIO urJo luta de ideacuteias na qual se empenha apenas a inteligecircncia dos poliacuteticos e das Naccedilotildees

Vimos atraacutes por exemplo (item 24) couo o esqueLla cl~ssico da economia separa doiemiddottipos de unidades econocirchlieas a de produccedilatildeo e a de oonsumOi na economia de mercado ou capitalista o fluxo de ~ique bull zas que vai das emprecircsas em pag~ento do trabalho agraves famiacutelias e que vol ta ns emprecircsas erl paGamolto dos bens e serviccedilos prestnd08 otildes tllJl lias o fluxo de riquezas diziamos eacute deterLlinado pela lei do t1oroado subindo o consumo de um produto sobe o prccediloo que est1nula cs empr sas a produzirem mais ateacute equilibrar com o consumo e estabilizar o preccedilo e diminuindo o consumo desce o preccedilo desarticulando a prod~ ccedilatildeo ateacute equilibrar com o consumo e estabilizar O prc~o iae dois exem plos serveu para nos mostrar como isso na realidade e apenas teamprico Todos temos presenciado a sonegaccedilatildeo de certos produtos com o fim de fazer subir artificialmente o preccedilo (especiclmente arroz feij~o e~ ea~) e teillos presenciado como certas emprecircsas otrav~s do propaganda oriam necessidades absolutamente sup~rfluas paro os consumidores ~ ashybrieagatildeo de bambolecircs cosmoacuteticos eto) em que a lei de mercado e in vertida Natildeo eacute a emprecircsa que produz para atender o procura do consumi dor mas que faz nascer c procura do consumidor para vender o que jproduz

Teorioamente por outro lado a economia socialista esteta1 00 bcsecria natildeo na lei de oercCdo mas nC8 decisotildees de UH orgcnismo oen tr~l de planejamento que pesquiseria es necessidcdes do oonsumo e detarminorio o sentido do produccedileacuteo Vemos tmubeacutem que de ua lcdo neDl meia o Uni~o Sovioacutetioa cdote atuclBonte ocircsse sistemo puro e quo amppeAtilde feitcmente possvel um pcs ter sua econotlio completanonte plnnif1o~ do sem deixor de ser ncpitclista O Brosil por oxeoplo ncrcha a pas sos lorgos p~ra ser um perfeito exemplo deste uacuteltimo caso Isso equi vele o dizer que e controv~rsia fundamentel em que se deboteu as focircrshyccedilas e grupos que exercem cccedileacuteo poltica natildeo estaacute mais en se seber sodeg Estado deve deixar a vida econocircmicc e sooial co sabor das leis Une_ turoia ou se deve fO contraacuterio intervir plnnificnndo-as e neu mosect mo soacute no intensidnde dessa intervenccedilno Estaacute no tipo ou modo cooo se

i - dc essa ntervenccedileo Se voltarnos ti conccitunccedilao de Santo Agostinho a

bull 26 bull

que nos referD~os ~oina e se a fun9~o da oidade eacute b~r~tir a Pazde que Pez se tr~ta trata-se da Paz que melhor ntcnda a tocircda a Sooiedn~ de Quanto ~ isso ningueacutew discorda expreesaucnte Tocircdcs as linhas poshylticas de todos os grupos de ~ccedileacuteo poliacutetioa oonoordnn oo~ isso Uas na proacutetic~ de que Ll0do enocrno Ulla accedileacuteo poltioD que leve ~ essa Paz de tocircda t Sociedode c natildeo c Fez ele UDC Cidcdo (ou de um grupo)iuposta c outra

o esquema abstrato (i tem 2A) que divide a vida eoonocircilict dcs No ccedilotildees em unidcces produtivOs (as enprecircsas) e unideccs cl~-ltQnsumo (as famlicsr-~ pera uns tomado oomo real Da sededuz ~uo ao Estado cabe garcntir a melhor funcionalidade possiacutevel as empresas para que possam ctender na neoessidcdes de oonsumo das famlios que constituem a Naccedilatildeo (embora seja um esquema econocircmioo oacute v~lido porque nns necesshysidodea de oonsumo estao oompreendidos os bens e os serviccedilos e nos 8es uacuteltimos se inoluem os serviccedilos que dizem respeito agrave oultur~agrave dishyversatildeo agrave distribuiccedilno da justiccedilaacute etc) Da se conolui que a Paz de que se trata eacute a Paz dcs euprecircsas middotScbemos por exemplo que o pedra ongulcr de nosso regime poliacutetioo ossim CODO de todo o mundo sob a esfer~ de influecircncio cmarioonc uacute c inioiativa privada isto eacute c li shyberdede dcs emprecircscs privadas Isto significo ocber 00 Dstcdo gnrcn~ fundc~entclmente o boti funcion~ento dcs emprecircsos priv~das e o resto ser~ dodo de acreacutescimo Qul o sentido de emprecircso privado pe a sue ti nalidcde eacute ctender ns neoessidades de consuco das fcnlios (sej~ esse consumo de climcntosmiddotou de educcccedilnoacute) O sentido eacute o de que nqueles que possueu ccpit~l (bens Ilcmiddottciois) perc mon~er ou cri~r eIlgtresas dj ve ser garentidc uma remunercccediloo correspondente co enprego cesse Oop tel (decircsses bens moteriois terras instrumentos dinheiro) Todo o Sistema repousa portento na motivaccedilatildeo do lucro por pcrto dos que Po suem bens motaric1s E cono c satisfaccedilatildeo das neocasidodos de tocircdo a Sociedade dopende do que produzeo as emprecircsas t atribui-so UDA identi shydade entre os interecircsses de Ncccedil~o (de que cuido o Estcdo) e o estmuM

E lti ona 1o as erJpresas pcro que produzcn m u ml 1Jse o orgcnJzoccediloo po ltioo eeonocirc~iec e social do Naccedilatildeo que eacute tarefo do Estodo primordio mente scr~ ume rocionClizDccedilatildeo de rmlhor oeneiro de estimular o lu e~o isto eacute a remuneraccedilatildeo do ccpitel A maneiro do otendcroo bea co mUIll seria portanto em l1ttim~ cntllise gcrcntir c melhor formo deAin cioncmento dcs emprecircsas privcdos o que se identifion oo~ a melhor ~ neira de estimular omiddotemprecircgo das propriedades (de bens do ~eira geshyral terras instrumentos dinheiro)

Vemos que tnl visatildeo 6 herceira de certo modo da visno naturaliA to e liberelista da vid sociel embora tenho mudado de certo modo o pcpel do Estodo~

Este visatildeo no entanto se choco com outras visotildees polticas Fishycou demonstrcdo que (I intervenccedilecirco do illstado se faz neoess5rio no vida da sociedcde Aohem alguns portrntof~e eacute preciso fazer soacuterias resshytri~otildees agrave cbsolutc liberdade das emprecircsas mesmo pera garantir-lhes O melhor funcionamento Uma dcs rozotildees eacute a de que o bom funoioncaento N

das emprescs exige restricoes pore que umcs noo A

outras A prejudiquem oS e o oaso d~sgrond~ Lrl~~ (11lt rr1gt_=~ i 11 I-to que tem possibishy

bull 27 bull

l1dadG do dostorcer o morceLo Outro problema eacute o do b011 astcr claa fo ~flt~s enquonto prcstom serviccedilo cs e~procircsos isto ~ ~s cl~sses p=~le t~~es Ar~10ntam que o sistemo do Borc~do deixodo o si mosuo reoung rc mcl o trob-lho de ta1 forl quo de uu 10do l o aonSUDO nao podo ser Du1to grc1de e portcnw- cs c~precircscgts necirco podem su expr-lctir do ol-ro lndo isso 1evo insuficicnlos aondi9otildees de vida o (lua dociina11tlO bcx~ proecircutiYidcdo isto ~t os sorviccedilos prcstldos Coa -c1r~ses sno de m~ quolicode se fOrail ln3S cs condiccedilotildees do trrbclho COll10 as euprest1 rios neacuteo seacuteo se~pre c~p~zes do peroeber ecircssos dois cspeotos co Esta do coberic prover UD~ regulcuontcccedilEiacuteo quo t ao llleSLlO tempo dosse mcior poder de consuuo 00 proloteacuteriodo c lhe desse melhores oondiccedil~es de trcbclho pcrc poderes produzir melhor Desso ooncepccedilatildeo resulo clixl leis tr~oclhistos quo grecirctissew ml onirilo de sogur~9c 006 opo-amp10 o de pcrticipcccedileo nos lucros dcs Guprocircscs que lhos gorontiri~ cUL10n to do poder de oquisiccedileacuteo de bens e serviccedilos Nessa nOStlr linhe cstt bull ric~ previstos os serviccedilos n~o iuediotcucntc reuunerct1vos e quo p~o pieicr1DJliguclLlente o be~l estcr indispensecircvel 00 cuncnio de produt1shyvidcde COLlO os serviccedilos de educcccedilro se~det transportes etc

o problemo pode cince ser colocado de outre u~oirc O trobo bull lho ~ cOl1seqUenteueZlte todos os seus frutos o donnio de terrae rSD 900 de instrumentos c produccedilco e UlllC conquistn dl espoo1e hwalJlooo

~

mesmo teu9c que de ecdc hOLleil Ccedilucndo um hODCrl se npossc privodcnente (uscndO per~ seu benefcio exclusivo ou moior) do fruto do tr~b~lho hu~tno ecircle espolie os outros homens O produto do trebclho de m~ hoshymem eacute inalieneacutevel isto eacute natildeo podo ser trensferido c outro cooo sim ples coiso poreue neacuteo eacute soacute coiae DCS ecirc erioccedilco da hooom c represonto Co sue vi toacuteric s~bre c ncturezcbull Os ueios de produccedilco (nGsno os nctu bull r~is OODO c terre) sco uo~ conquisto de eap~cie huncnc logo t~o que bGneficicr n todos segundo suo condiccedilatildeo de hOBOU c su~s nocess1d~ des e direitos como hODOD 0 necirco segundo coidontes histbrioos oono o feto de clgu~m ter-se oposscdo priJeiro de Ui puumldcccedilo do terre e outlX6 nao Ou de c1Gueacutem ter sido foito prisioneiro c escrevo e outxos n~o bull Tocircdc distinccedilco portcnto entre os que possueLl bens c os qua 0 pos shysuem e trcbelh~l p~re os priuGiros teric orgeo nc douinc~co de UD hot4eu socircbre outros que historiccuente se deu Q continue rlcr-se Do um lcdo os Quetecirco posse e USCD CD seu benefcio em dctri~1Cnto dos outros Se ~lienCIll (ou tOfon outra 00i80 isto a sc torncrl Wla outro coise qUQ necirco hOLlons) por nco reconhcceren o outro CODO honco sujoito de plenos direi tos e trcnsforoercL o trcbclho eo Jcoisc e necirco ori~co humono De outro lcdo os que nco pOSSUEm e trebclhCil pcre outro8VQO o fruto de seu trcbclho que oacute une perto decircles meS1lOs sor possuido por outro o que equiv1 e dizer que se oliencm se dosti tueJl ccedil~o suo cOl=iacutediccedilno plille de hOiUG1S

O quc 80 disQute ecirc por~cnto o proacuteprio si3tCUC ele possa e uso dcs proprie~cdes o proacuteprio sentido de ~upr~s~ Oe ~eios ae pro~u9~O

A IN

aegun~o este conc~ccedilco nco podew ser objeto de posse e uso ~~~dcdacirc vendo ser usedo )ole e pcrc c Souiedcde Os f1eios ooncrotos v-cr1Cl eshynorrJeaente deacutentrodessc ~oncopccedilgo indo flosdEl possetoteJ dos pro shy~riQ4cd~s p0lo Estcdoete a posse dos Baios de produccedilco pelos ~ue con eles r~bclhom e tendo seu uso ~eguledo pelo Estcdo bull

bull 28

Es 8C3 1inh-s polti c cs ropidcilGnte expos -tas e e squOuuml1 tizedas ttf zerl C bcilc novcuacutewnte o conceito co Paz de ULl grupo As du--s plino1 shyros reprCSJn t am nJ tJdCIJ8n o c cz o grupo e proprJe crJos (O cprcshy t P d d t 1 - A

806 isto ~ conforne vinos no i-G3-1 de orgcnizoccedilatildeo soci01 n classe olto ou burguesc Porque justificc~ uuumlo Paz pcrc tocircdc c Sociodcdc cen trudc nos interecircsses cc clcssc bUlgueso A terccirc linhc po11tica 1 euumlntrnda nos interecircsses dj libcrtcccedilGo dns classes inferiores de pro let6rios G trcbclhcdores rurcis J isso nos troz o concoito do i~801o

bull bull I I ~-gJo que e UiiC JustJfJcccDO -G00rJCot um rocJonolJzcccedilco de Jnt~rcsses 1 Ao t

( entendido il1tGreSSe ~lil UIl conccpccedilco boa cmpla nno Jntero8ses ilC c shyricis inedietos) de Uiil grupo e~ 1Wt deteriincdo sociedcde Vemos egoshyra por que c lute polticc nGo ~ uma agraveisputa abstrcto de iclonis crbi treacuterios 1108 unconfli to do interecircsscs dos grupos que forwom c s02iedcbull de Noacutes pocamos notor fccilmente quo essas diferentes justificnccedilocs se refEreIiJ nco otilde n[~turezo que O h o Ie tI POdE racionclizcr objotivcmonshyte jaacute que c ne tureza podo _s_~r_ g_bJ~tccedil do c2nhecilJCnto huvno Qucndot

no entanto treta-se de occediloo huu~o este nco pode serpy-1~t~~~d~ plcshynemente por tretcr-se d~ accedilco d2 ~~e~~~~ que nco cstco ~ubordincdo~ e leis detcrJlincdcs pois na occedileo hUtlma se inclui c opccedileo livre nno

d t - d P - I - lpr~- e erwJne 0 or 1S80 mesmo osse rocJonc Jzcccedilco ~cnQU Co exp 1Ccr pcrc cede homem as sues proacutepri~s opccedilotildees o que signifioa cs ~pccedilotildeos de seu grupo de sue clesso e CSSIacuteLl por dicnte Isso nco quer dizer que esse justificcccedilco sejc cbsolutc_10ltO subjuumltivo e necirco -tanhe vcliclcdo [~ nno ser enqucnto justificcccedilco de intGrecircsses dcquocirclo grupo Nc ilod1dc em que o honem pode ter cuacutensciuncic de o QU0 318 eacute G do que Sco cos re

- 71eccediloes entro os hOTIens e claro qU8 e possJvol uma gonorc11z~ccedil~o e possiacutevel que esso justificcccedilecirco ele occedil~o hunenc possc~ ter 13ulC vlidE de universcl na nmiddot-didc UGSlO em que procure une idontificJccedilco n~~ior cOJ o velor proacuteprio do hOS0ill (isto eacute fundclJe1tc sC uumlLl U1 hUil~liSilO ) e SG idGntifiquc monos co~ os intcr~sses inediotos do indiviacuteduo d~ cl~sse ou do grupo

Se c cccedil8o pol ticc ( Uilc eccedilOcirco ideoloacutegica cOIlcluilOS quo c eccedilo l t N 1 d ) 1 ~ bull po J Jcc nco PO(8 nunce sar cccedileo ~so e e JndivJ uc bull li l1uumlCusscrlc41un

to accedil[io de grupo cccedilco org~l1izeacute~~dc 0 sno qUuumlcl pretende que ponsa o age isolcdoLlcnto Olil pol ticc porticipe de clguuo forDe elo une fcixa d l i J eo og co e de uac occediloo elo JTUpO ChegcLlos tC~lbou c quo a 0lt00 poll shyticc pcrc sor eficianto davo ser orgcnizode

A occedileo poliacuteticc orgenizodc lGscluento eacute otribui2So elos Porti ~ Ccedillos Poliacuteticos no Brasil DG f~to no untcnto tocircdo rccediloo hulCno oorJshyportc il1pIci to ou oxpllci teDuumlltc UlCo ccrgc ideoloacutegica o portcnto t5 de elguD Dod~ occedilco poltica U11 trcbclho do AniJrccedilecirco Populer por eshyxonplo 6 occedilco poltico enqumto encorno UH objetivo de libertcccedilatildeo cul turcl dcs populoccedilotildees 8crginrli zcdes e porton to do olgu2 110c10 onccedil~r nc o feixo ideoloacutegico drs clesses inferiores Uno oonunidcclo que s orgcnizo cge da mesmc forne pollticCnente cssunindo uno ideologia liacute i t t AlUp o a Js o e noo ncc8SSorJcDonte expresse O~l torDOS de conco1 shy

pi Nt os pr1ncJ os ou noniles de eCcedilOGs A occedileo ~olJtJco a port~~to Dulshytiforme NSo ser~ poltice sQuente por ter esse nODe ou por viscr di shyrtcmnte eleiccedilotildees ou pre88~es 8ocircbre outoridadospolticcs A co~preca scO destE~ fto deve chGgcr otaacute ns cOIlunidndes ser correr no entcnto o risco de se uinimiznr ~ ~ccedilOtildeo poliacuteticc restringindo-c e etividcdes

bull 29 bull

CO nivo1 ecircLcs conunidedos No nvol de Socidrdo soacute to sentido e consoquoncJc r rccedil~o polticr quo ccninhc pcrc ser cccedil~o globclviscnshy

do c atincir ns proacuteprics ostruturcs de socioddc

A distinccedileacuteo rol do bese idcoloacutegicc qu~ heacute ontro cs divuacuteTacs linhs pOl ticcs I c difcrunccedilc elo inlircs do iacutemccrcr cs ostruturcs - ( t ob - bull bull 1CiC SOC18Ci~Ci~ COLO vJros no J e~~ so r orgcnJZcCcedilLO c ClnXllCc SOC1c

c Qclo dc~s sociedcdes 0 c Uclut011CcedilfO G wudrnccedilc do SUrS cStL11middot~Ul~S) bull

Ir middotd t h lf t t~c rcpl o GsqUGn- Jzcccedilco cuc 11ZlOS c0 ltcl eron 3 102(lt11CJ3 pOlJ t ccs podaDos noteI UDe q1W I0tuacute~ecircc2e wntcr pure c sL)lcBjhl-tuacute -S uuml~ tru turcs Bocitucde Cttrc nj~UacutendL cDcrliccediloftlos 1)crc nodo-- i1cl

bull ~ - A

te-lcs s sccilwvll t0 CO0 sEo i cintia outrc pruacutet011cC [1 tori-lcs rcdic-lwlCltO A or6cnizccedilco u cccedilecirco polticc (t0otilder1o~~1tiacute) o qUiacuteJ middotlS

Pcrti(os ftz9111)exigiric port~nto o consciontizccedilatildeo cc seus proacuteprios obj Etivos J aodific~ccedilatildeo ou m-Jlutcnccedilotildeo elo ostruturo

Tretc-s( portcnto de purspuumlctivc v no do tipo do ccedilco A pirti lp d J ~ ltmiddot d shy cccedilco 8 comnJQ-s nc Iccedilo pu J lCC JC~ Si 0 L1CSl) qu 80 por

bull n 1 ti tiOlllJSSCO bull crC sor [90 po J tlcr orgcl1lZcuumlC ( nuacutecoss-r c conSCJOl1l

znccedilatildeo do objetivos pOliacuteticos O 1130 UI detcrdndo tipo do ccedilco oOJotilde

por eXtlplo Ctu~9co co lcrtieacuteos _~ cOOp0r~ccedilco org~izcc 6 Ul objet vo poltico -it Lleclidc o quo vis[ der moios co ho~~o~ rurcl do cssu ui p1euronJonto sue concliccedil~o hucnc

BIBLIOG~11_7IA PLR1 APrrOFlnJJ~~TTO DO ITE 2 nJ 11 PRTE DA FvmiiacuteshyTACcedilAtildeO

1 Frei Joatildeo Batista Pereira dos Santos OP - mrILABOR - Uma Revolushyccedilatildeo na Jstrutura da 3l11precircss Livraria Duas Cidades 1962

2 JY Calvez - ~glise a Societeacute 1loonomique - LtEnseicnement Soeicl de Jecn 7JGII Bd ~el1tiSl1e Paris

JOseph Fo11iet - LHoliluumlle Sooit - Essai d Anttropo1ogie Soc101e Col Ja Sais - Je Crois Librairie Arthcwe Fcyard 1962

4 Georges Lefrnno Le S~(1icclisme dons 1e ionde C1 t(~uo Seis-Jcrl

Presses Universitcires de ~ranoe 1961

5 Bstatuto de Trcbalh~dor Run1

bull 30 bull

  • ESQUEMA DA FUNDAMENTACcedilAtildeO DO PROGRAMA PARA 1965
  • SemTiacutetulo
  • SemTiacutetulo 1
Page 8: Nota do Organizador: Pela crise política e financeira em

o

drotildees oulturais quo se pode0 dostaoar da unidade de ootlportruwnto aclotatilde da por todos os partioipantes do nutiratildeo e se fazer notar atraveacutes de todos os seus gestos atitudes e atividades pessoalncntc rcalizadosaen do oada um decircles socialn~nte aceito e culturalocnte detcrninado Os eleoentos culturais prosantes no conplexo cultural mutiratildeo estatildeo tomiddot dos intccedilgradoe Natildeo se trata de coisas e acontecioentos seu rel~ccedilatildeoqual quer uns cou os outros Trata-se do processos o resultados decircstcs pro shyoessos ligados entre si o suficiente para seren coupreoudidos CODO

partes de UD neSDO todo cultural

Os honona que participa0 do mutiratildeo fazou-no livrencnte porque acredi tam eu certos fatos Acha0 por exemplo quo os honcns se elevou sect judar uns aos outros Acreditan que o trabalho eacute neccss~rio a todo o honeo Julgue quo unidos pode0 realizar ou nenos tenpo nais trabalho O conjunto destas crenccedilas pode-se coopreender tanboacuten quando explicitatilde dos eo palavras ou nas atividades co que o mutiratildeo so expressa cono elenentos culturais

Eo tocircrnos globais coopreondenos CODO aacutereas oulturais aquelas que tleStlo independentoBonte de proxinidade geograacutefioa aprcscntatl ULl ul1noro razoaacutevel de couplexos culturais identificados claraocnte CODO soneJha8 t-ea

A culeura 80 apresenta sO2J)re como realidade objotiva posta co novinento eo uudanccedila constante eu tocircdas as fomas porque se expressaI a) os objetos que satildeo elementos materiais da cultura cano UIl vaso do barro a aparelhagon necessaacuteria ~ irrigaccedilatildeo de un canpo de arrozeto b) os subolos e coobinaccedilotildees significativas decircstes sobolos CODO as p~ lavras de uu sistEma lingulstico alguns cantos o contos ecirclo utl povo eo que as palavras decircsto sisteua se organizamUD conjunto de leis o nor mas os nitos alguDas crenccedilas a globalidade de eloDontos eou quo deshyteroinado grupo social reflete o uundo e justifica sua conduta c) os acontecinontos do quo estas coisas se origina0 o ao que se Dodi ficam cono o trabalho do un artesatildeo a atividade padronizada atraveacutes da quel se fzen bonecos de berro ou objetos de oouro d) as forncs sociais pelas quais os hooens organizAD e estrutura0 os elenentos de sue dinonsatildeo social OOBO c f~nlliaf a oouunidecQ o o grushypo pocircsto eu trabalho comum no mutir~o

lC) A forua de un vaso de barro por exenplo pode Ser uodificadc ao pcssar de un a outro grupo social ou mesno dentro de ~ soacute gruponc passcgon de uoa a outra goraccedilco Eu elguns casos pode nodificar ateacute DeSDO a sue funccedilno modificc~do tanbeacuteD o seu significado especiacutefico bull O DeSDO vaso que num cul turc ou co uJa eacutepoca eacute utilizedo 0000 roci _ ~iente de aacutegua pode eu outra culturc ou na nOSD~ cultura co outra epoca tornar-s~ objoto de decoraccedil~o NUD terceiro grupo social o DOSshyVcso pode ser posto c serviccedilo de ctividodos religiosas c oono tolenshytendido COLO objeto sagrado

22) A apcrclhagotl noccss~ria otilde irrigaccedilno de ul cmlJO do arroz tt-onsect

6 bull

_ - J ~

fornc sc 00_1 O surgincnto do Ul novo instruul0nto msto novo instruncnto tento pode ser criodo por nlQlLl mmbro do proacuteprio grupo onde o aparc lho eacute usado tradi c10nelndnto 000 pode sar trczido por ruumlgun Doubro de outro grupo

312 ) As pnlcvros do Ui sisteuc linguCstioo estecirco ar COl1stcnte LlU shy

denccedilo GLl sue fornc cu sue funccedilatildeo 01 seu signifioodo ilcs m1igroo de Ul o outro JOVO JuntJ1-S0 o outrcs uuml con 0106 forLlell novcs pclavras bull Ruumlnovcu-se DosoparoOOD durcnto longo tOlpO o surgoLl ncis tcrdo COL

une nove funccedilatildeo 1oacutegicc PorcoJ-se A observaccedilatildeo do dois textos - ul 8i A otuol e outro 82 Agrave ne 2eVo - e su 2020n t e pero portugues portuguos d 1 r d01

xor clara c evoluccedilecirco de lCngut n(oionol oono UB s1sterle OIl Llud2nccedilo coE tCnuo

412 ) Llguns o)n tos e centos do uu povo deSopcr00en COJ o correr do tOLlpO Outros secirco _-oclificodos aos pouoost por exmlplo se o grupo socio1 possa a ter uuo nove econouie do subsist~ncio se Posse a vivor do culshytivo do uilho e nGo Deis de ceccedil~ e d~ pGsce se eacute doslocedo do uuo zona proacutexima co oer pcre uue outre Qist~~te dele situcde ou vnles dispostos 00 longo de Llontenhcs

52) Uu conjunto de l(1is e norlcs vigente cu dotoTLlinedo grupo sQ cie1 L1ocifica-se tC1-~boacuteL1 g0roli1021to t cdcptondo-se t novos situcccedilotilde~s sQ cicis ou explicitendo suas pertos Quendo uo grupo oacute pocircsto ou contoto COll outro sucs nOrLlCS do couporteLl8nto poden ser influenciedas ou in shyfluencicr norucs do outro rupo

612 ) Os lIacute tos clgucs crei1ccedilas o conjunto de clo-lontos coa que ds toruinedo grupo socie1 roflcte o Iundo G justifico c sue conQuto sofre0 todos o DG SLe lJuclcnccedile cO pes scrou de ULlC c ou tre gcrcccedilatildeo elo -w a oushytro povo ou nUDe nesue goraccedilOcirco (0 UD DeSDO povo Dodifican se do qual shyqU0r forla ctrev8s do proacuteprio uso~ atroveacutes da difusatildeo de seus olcnontos pelos diforentes Derbros elo Grupo Cada pessoo contribui nCSLlO CO1 sua perte ele novcs coscobortcs fvoreccndo eos poucos O dcsGpc1ocil1O1to te elguns GlGDcntos de credibilidade o c ooorg2ncia de outros

Necuumlssagraverieilente os CCOjY(ocIacutelontos ar que estes coi82s 50 origi shyniIl -10 21~CCI~ bl o t e que os d middot ~ seo t 2il Ol 1os processos con 2nUOSI as tocn1cns de irrigaccedilatildeo es nenoircs do nerrer os velhos contos as forllts elo coushyportcrhnto dontro de felie ou dentro do grupo e roaccedilatildeo provooade peshylo estcbelGcil1Cnto de novos pcdrocirccs de conduta

~ d G propr2o C culturo ostr cu Dudonccedila cont2nuc etrevos ecirco todos

os seus eleuuntos do sinal quo Su fez no chatildeo ou nes ~rvorOst couo inshydiocccedilatildeo de ULl OCL1Iacutenh2 a sOGUir cos valocircros espirituais tcrbOacuteu ecircles si nois dados ~s consciencios o nisso indicadores do rUDOS

A Histoacuterico Dostra clarcronte o existZncia do c_ireccedilotildees doterldno des nc evoluccedil~o culturel dos povos e de tocircdc c hunonidado Cede objeto que sofre individuolouumlnte uue uudcnccedilo quelquer podo ser couproandido c ouo uu trcccedilo e-l L10vin0y to insoriclo nu plcno Deior 11UD cOlJplcxo culshytural que trbeacuten se llOdifica ~sto coplexo cuI turol fcz perte do tocircdo u~c cultura que atrcvGs de Doclificaccedilco de seus elODuumlntos pode ser toE betl ontoncliclo C010 uoc reolidcclo que so trcnsforua cont1nuenonteevo1uitl

7

do ~ ~ ecircsso processo de Dud~nccedil~ cultur~l constante e oriuumlnt~co que se deacute C oLUGcnt e o noue de progresso

EnunorxlOS 1 ibuumlxo c1CUTIS c1ocircstos processos os que eeo reolron te n~is L portcntes e elos queis so origin~1 os outros tocos rcsponsf

~

veis pelo cOLplexo dcs ~udonccedilos culturais d~s quais fincluonte o ho-I neu tcDbcu ~paroco cor_lO ~gcnte

N d t It bull Tr~nsnisseo c possogcn nedi~ntc ~prcn ~ZCgOD s~s 02e ~ce ou ass~s-teleacutetico de cloDontos cuacutel tur~is do un pcro outre gcraccedil~ot dentro do un nesno erupo social

bull Acul turcccedileo c trocc de elencmtos culturcis ~traveacutes do p~ss~gen de troccedilos conploxos e pcdrotildees de une pare outr~ cultura qucndo postos de nlgurm forDe en contocto bull Difusco c acoitaccediluumlo do detenincdos eleucntos culturais recou-cria shydos dentro do proacuteprio grupo ou inportados de UD outro de UDa outra culturo bull Continuidade a pernanocircncia do treccedilos atraveacutes dos seus elcocnto8 de fixaccedilatildeo pelos queds DS gorcccedilotildees se cODunican ou se li8a1 Deculturaccedilecirco o desl1pl1rOCluento progressivo de traccedilos antigos em fun shyccedileo do aparecimento de outros nais recentes bull Integrcccedilatildeo c haroonizeccedilatildeo ctrcveacutes de mecenisDos organizl1dores dos divorsos trcccedilos de UQI1 cultura bull Retardenento una disritnil1 na acumulaccedilco e integraccedilatildeo de eIenentos culturais fevorecendo deg desenvolvinento acelerado de I1lguns trcccedil06 ou conplexos freqUentonente eo detrimento de outros bull Invenccedileo I a rosu1 tan te de UDe nova conbinaccedilatildeo de elOIJlCntos jeacute exis tentes em deterDinada cultura bull Descoberto uma equisiccedilecirco nove no cl1npo do conheciacuter18nto O rccirlen to de UI novo eletwnto culturuuml ou seu sentido nuds pleno

~ atrcveacutes d0stes processos nUL1e uccedilatildeo conjunta seaprc integrl1dv e tendo o hOLeu CODO sujei to que es veacuteries culturas se aocLificem Ne te sentida CODO estrutura orgcnizcd~ e eu procosoo G cul-jure oono ati videde hUIlene 0speclficu evolui t progride e orgeniza-sc 0w formas Dais acabades e cODplexes co lonGO da Histoacuteria

114 Culture Populer

lI n h t d h 1 r ti ULl rcmoncno lS or~co que surge 8Il soc~e CeLe OllLC bull c un (osnJshyveI cul turcl entre os divorsos grupos que c COlpotildecm ondo grci1de porte d~ populeccedileo necirco teu UDe pcrticipcccedilecirco ativa seja no pll1no culturalso~ cia1 econocircJico ou poliacutetica COD isto nno querenos dizer que -coelos d2 veo tonar perto ativa ncs OOSDes ctivideces et1 Utl nesqo niacutevel ou que se deve padronizcr ou unifornizar c pcrticipcccedileo cc tocos c de ccdc~ bro ne socieclnde Nuumlo eacute isto eacute clcro P-ra lOacuteS Ull trcbalho ele Cultushyra Popular surge t~nbeacuteD de consciecircncia desse ncrginalizeccedilco e ele no shycessidade elo libortcccedilotildeo ele ui~ contingente hunano que vive otilde ncrgem do processa cultural

A Cultur~ Popular surge cano conso~~~lcin do processo de nudcnccedila sacieI Assiu sendo pretende a perticiacutepoccedilecirco de todos n olaboLaccedilriacuteo da cul tura da sociedade eIl que viveo beu 00110 e principelnonte na aEre

bull 8 bull

ensno e nf~Jcccedilno_ do sentido e~ 9111 turll isto eacute do cUG c cuIturo sig nifico perc os ho~ens desse soci~elede A Cultura Popul~r port3nto~esshytoacute vincu1t~clc Il UI1C accedilco que nco 110de ester dcsligodc do 2oyQisto e I

dos grupos sociais que por condicion~ncntos econocircmicos pOliacuteticos e soci~is - e cspocicloonte por COllcliciorlDrJcntos oul turcis - cst~o l1Crgi ncli zudos da cul tllrU ( FunCcLlontcccedilecircio CC IIViver eacute Luter) shy

1 tCaLlo venos c Cultura Po~uler quc~do e coounlCaVO 00 ~_~lS o 6 quando sues significcccedilotildees seus velocircros ideais e ObTeS SOO elesti shynados cfotive~0nte ao povo c rospondem ns ozigecircncios el~ reolizeccedilatildeo hu~ona docircsso -Jovo 00 eteroinete eacutepocc responce eu suoe n suo 29Jlsect

h lo 1 E b l 1ClOnClE lSmiddottorlCIl 100 e CC eo cooo U1lVerSo qUG c cu -Gura e ne shycioncl-cnqucnto integre es consciocircncios dentro ele ncccedilno no ~lnno--dc SUIl realizcccedilecirco hunene e cs situe assIacuteIl na linhO (10 DovLl(mto histoacuteshyrico essencicl de EP-iY2rsn1jzaCcedilco 9fetiva c do cricccedilecirco CO UilC cultura pare toclos os honcns (Po Hmriquo Vaz)

Cono o integrc2otildeo elo toc~os os hOL10ns ne DeSUo cul ture vinculo shyse o unc trcnsforLlcccediloO elos pcecircrotildees econocircnicos polticos o socieis 0

Cul ture Populcr estaacute tcbeacuten vincuIademiddot ecirc reelizcccedilco do u projeto hisshytoacuterieo que pretendo aquelcs trc~sfor3eccedilotildeos Um projeto histoacuterico condi zente OO~l uuc cul turo eleborecc o pcrticipedc por todos UiJ projeto que possibilite c toclo o povo essTIuiacuter o seu papel do criecor o suj0ito de culture dc sociedode eu quo vivo

~~ - l~J

Sendo nssiacuten pode-se dizor que Culturo Populer n~o eacute uu fenocircnono neutro indiferente Ao contr6rio nasce da un conflito o ~lecircle dcsembQ 00 pois ela existe e se Cpresonto 80npre eu terl10S de libertoxatildeo de prom ccedilecirco hunenc no sentido J1cis cnplo Donde se conclui que noo eacute possiacutevel U1 trobclho de Culturc Popu1er desligado do processo de consshycientizaccedilacircQ E ~or estar lig-eclo c ecircste processo 5 quo elo ueve lCivor

Sellpre c UL1C opccedilco Devo der pqssibi1iclceacutees de Opccedilco 00 povo eoboro N

nco posse lL1pOr osso opccedileo porque elo devo sor encontrcCc polo pr~o povo Este opccedilOcirco decorre ele plone consci3ncuuml que O honen adquire dos diforGnccedilos o degnveis entro os 3rupos quo foruno o socicdedo o de noshy

1 N bull so-COSSldcae1 LG une tronsforncccedilco dos lO culturcls polltlcoSpecroos cieia e econocircticos que os cotorlincJ --~

BIBLIOGRAPIL PARA APROpmJDLttrO DlSTE ITE-i

1- Les1ie A Ihi te - Concei to de Cul tura Seacuterie B apostila 1- I EB

2- Irene E de Carvalho - Introduccedilatildeo aos Estudos Socieis Funoaccedilatildeo Geshytulio Vargas Rio de Janeiro 1964

]) Cacircndido Pagravedim OSB- Dclucar para um undo Novo Colo Educar para a Vida Gad 6 ~d Vozes Petroacutepolis 1965

4- Felix 1 Keesing -Introduccedilatildeo Cultural Fundo de Cultura Rio 1961

MOVHlENTO

DE EDUCACcedilAtildeO

bull DE BASE

t J

~

f

I

I f

f

t iacute (

i i

JlJIDAMIIA010 DO JlOGlAMA PARA 196

1 pu ISWVDOS SOOIAIS

12 - Ilt~t~amp Sooial

~

120 - Estrutura Social

Estrutura eacute a armaccedilatildeo alguma coisa Aquilo que sustenta um o~ ganismo um preacutedio um caminh~o Cada coisa tem sua estrutura O or~ nismo humano tem o esqueleto c~o estrutura umpreacutedio tem os funda shymentos e as vigas mestras que o~~steltam de peacutemiddot Um oarro tem o chasshysis socircbre o qual ecircle eacute montado satildeo su~ estruturas proacuteprias

Asdm tocircda a estrutura tem Uliacutela porccedil2Q de partes q~ quando se juntamformw~ um todo onde alguma coisa po~~ se sustentcr O esquele-middot to tem diversas partes assim como a estrutux~ de um preacutedio tem as pa~ tes dos alicerces e as partes do teto das colunas eto bullbullbull Podemos en tender que ~__~s~]utu_a gualltl-q~r_9uJL~s_e1sectL99teacute~ diversas J18tlU QF~das_pDra_Jorll-_-__~~_j_oi9J_~E_co_njull_t-ordmLll~un~

Que seria entatildeo uma estrutura social ~ uma estrutura que diz ~ pei to e sociedade dos homens j o modo como amples se organizrun para vi ver melhor porque ningueacutem pode viver sozinho ~ social porque se reshyfere a uma porccedilatildeo de homens a uma porccedilatildeo de grupos humanos que forshymam o IItodo ll social A sociedade humana tem uma unidade mas tem tamshybeacutem uma porccedilatildeo de Eart~~~__~~~Fj_~am de gerta forma - a estrutushyra s~oial ~ sustentanto a unidade do ~ru]o humano

Como se trata de homens as estruturos nno pocam ser materiais como as da cesa do ceminhco etc S~o estruturas pr6prias do socieda de dos homens Tem que estar marcadas com qualidedes que s~o humanas

Ora o homem tem fundomentalmente veacuterias qualidades que o disshytinguem das outras coisas a consciecircncia racional (inteligecircncia e voa tade) a liberdade a afetividade o capacida~e de oompreender as ooisas e de dar nooe a tocircdas elas ~uer dizer de dar significado que s6 valem para si e pera seus seuelhantes e a capaoidade de poder socircshybre as coisas quando ecircle te~ uma pedra ecircle pode fazer UacuteDa estntua ou picaacute-la eu pedaoinhos exerce seu poder socircbre a pedra

Entatildeo jamp podemos ver que as Estruturas Sociais tecircm que respeitar exatL1011te eSS2S quelidade pcro sereu II~CLoiaisll f quer dizer humanas bull As Estruturas Sociais tecircm que re etira

bull a oonsciecircncia racional (inteligecircncia e vontade) bull a liberdade humana bull a afetividede do homem - o CBor bull a capacidade de der significado cs coises e de comunicar ecircssee

signifioados o todos bull o exetclcio do poder humano socircbre os coisas socircbre a socictlade

e socircbre o proacuteprio homeo

Al d 4 em ~sso como o homem e teubem um ser biologieo tem todas ns

otividades e funccedilotilde~s dos secircres vivos nascer crescer comer assimishylar reproduzir-se viver um tempo a rJ0nitude e tudo isso e depois entrar num processo de rle6iJ~ccedilrt (de ) e tender para o Ilorshy

bull 1 bull

te e para o desop~recimento fiacutesico Todo ser vivo S0 distingue dos nao vivos porque eacute c~p~z de tircr do Deio 00 que vive o que lhe eacute ncoeBs~shyrio pcr~ crescer reproduzin~o-se etc Isso se chcma processo C8 ess uil~ccedilco Umo plc~t~ oS6ioile de terre os eleoontos que pr0cis pere viver Uu cnimcl cssimile do que cooe c energi neoessnric pere conti shynuer vivo Eos to~os tecirc11 UlJ lioite Qucmlo pesso c perder Dei s elo que recebe oOlleccedilc e envelhecer caihe pcrc e norte As cstruturcs dos ogrupcoentos hUDC~10S teu que levcr lsso ao conto Teu que conJuoacutecr esshyScs funccedilotildees que sco ele tocvs os socircrcs vivos cou aquelcs opcoiddcs e quelidedea que vinos cclm que s~o sonento dos hOilns

Vimos o que es estrutures socieis ~ecirc11 que respeitor nessas elois plnoss o dcs quliccdes e o eles concliccedilocs bioloacutegiccs co honen l~s 1fi so n~o existe sopcrcdo une cois leacute outro cqui ~is~o jUl_to nUllc uc S11[ pc s soe nU2~ oe suo grupo h1lt2cno ~e_00 BeSIDO tO_DpO

Por isso tGl~lOS quo ver dU2s coisos I

lQ o que sustente os estrutur~s soci~is e 2Q cs f0I11CS COC esscs cstruturcs nos ercccD

ViDOS que ampss~s estrutures quo nos referimos sco hummcs 1=C8 nei

por isso sco tocircdes bocs tocircdcs respcitcndo e ncturezc do sor h~cno Sendo ecircssim eacute necesseacuterio U1 trcblho quo torne os homens conscientes disso pcrc que tocircelc sue cccedilco sej~ nU11 sentido de oelhorcr Ccel~ vez Jds cs estrutures da sociedede eu Que viv~ ~es jeacute existeu une porccedilatildeo de normcs vclocircres costUECS que tecircd vigencie n~ sociodede dos horHms e -~ ----shyque ~J~r21l_ ltlu9JS__ilJ3_~ll_tsH ~or que isso Porque c socieccele dos homens nco pode ser sustentcdo so pels coisns mteri~iB ~ es nor mcs os vclocircres os costuues s~o escolhidos e adotccos pele socieccecircoshydos homens como moios ele regulcr atildeuuml~id~--Socicl Elcs representcn une ctucccedilecirco do liberdcde huwcnc quer eizer os homens escolherauacuteln~s ~--r si livremente Entre~cnto esscs norucs ecircsses costunes ecircsses velores p8rlmccen nc sociedcde e Jlui tcs v~zes o que ore bOD nUD dotorJincdo tenpo deixe de sar bom ombore continue existindo Entco ca nornes e Vf l ores pcsscn c ser elenc1tos de opressco pcr o houm ou pcrc gru-A shy

pos de houens nUDc sociedade ~ por isso que se deve tor consciecircncic bG~ clcrc pera reconhecer se as no~~cs e vclocircres que regulcu nosso co~ port~uento sociel s~o cindc v~lidcs ~rc o hOBen quo vive nos nossos shyteuumlpos Se foreu vGlides devo~ ser canservcdas se nco foroI v~lidcSt dev~ratildeo ser uuelaelos Esscs focircrccediles os-cecirco contielcs DCis dirotmn-e nos volores Vcjcuos cOrJa ccde una poC~e sor explicndc

bull Velres go~ sectsc_oJhjf28-2~_y_c~-S_[ti tude dos ho~ Po shydeu ficcr atuando conscionteuonte ou inconscientenonte Por eXI A2or os pcds e os filhos b U11 velar ser livre pcr fzor o qUe quisor t outro vclori respei tcr os outros eacute tcDboacuten uu vecirclor Isso tudo vei eshyrecer ctrcveacutes dos costunes o norl~S que e socicdcampe edotc As ciforenshy

ccedilcs ent re 61 Sco epencs de Groducccedilco

2

bull COS~1luos -UodO__Cplusmn9 qgi_r socialuollte a$r2a(9J3bull Ouando un houou vai a escola ele so oouporta de un Dedo proprlO Quando vaJ a una fasta se couporta de outro Dodo Se fala coo sou pai se cODport2 de Dodo diferente daquele co que fal COrl sou filho Os costVlOS sao diferentes para cada ocasi~o

bull Nornos satildeo os [s~-os l9cos de couportmlOnto s9cisJ -oloS jaacute totDh Dente acoitos e que s~o onsinotos na sociedade CODO coisas a sorCD obshy

S t b tIscrvados WllS rlglCLanOl1 t e ao 11ecessarJcnon e o rJg~ OZJcs

A N

bull COlltE9le Soc~ S_gur(L~EJ_todo Gc obser~l9]_~9lltl9_Qbs9d~ ci~o t~cloJs-o~~JJ_c1Lo_G~b_9J_~eido Se algueu nao so COi~)Orta do acordo 001 ~s costuDCS o as noruas da sociedade vai sofrer pw~iccediloos o repreensotildees por parto elos outros clowmtos de sou grupo COD isso so estabelece U~1 controcirclellsocialll socircbre as occedilotildees do cce~e l)0SS0a do eashy

1o grupo Acuzor le oprovcccediloos e Danoresa e ~uor reprovcccedilouumls DelOi~()S ou t d - - 4 ADonIor~e o lpO 0 accedilao eS~lvor nalS ou nenos ~C aoorao cou o que a

sociedade esporava

~9G~~qt Oacute ULl tipo do controcircle social Iluito rfoido quo a socioshydcde iwpoe lli~la pOSS02 ou c gruo social

1Qi e um norDO- sociel tlrl conportaocmto que o oXiglCO de toshy

dos e quo qUffi1do nco 2coito provoca una coerccedilco Duito forte Essa IpUl1lCcedillO que pOCcC scr nora1 Jls~ce ou s~np1csnon c 1 t Ja c ~ t socJe 0 t c

r1incda antcriorIente Quor cizer se alguoacuteo rouba elevo sor Plli1ido se De ta devuuml ser puYlIacuteclo co~ pris2o etc bullbullbull

N _0 1 ( f tmiddot 1_oR 1 e uacuteora aquJ nos rc cr~~os epencs ao ccro er sooJ[bull liacute3~aO bd c Ro1 -tO o ae --lore 11[0 e une so rc a ) ocos ~ ~glCO ~ 1 AI T osCOl1Slceraccedilao 10

grupos huncnos tecircn Jcnifcs-ccccedilotildeos religioscs quer clizr aquolas que expresscn sues rolaccedilotildees COl1 Daus ou COD as coiscs clivines 11 goraleecirc

t - hl ft r8 Ilcn~lOS eccediloes CLlzer reS~Ol to cS reaccediloGs quo o grupo Ullc10 tO~middot_l cshyAo _ N bull A

ce a clgu1S fenonenos quo 1CO sao totalncnte conpreenslvels llcrc ele c lJorte c vida futur r sue Oi~iber2 o oal etc Vejrlos quel o difeshyrenccedila entro at_o reli1ii~0 e ato-Boral

a) ite l1eligioso eacute cc~UGlG que 0xpressc clerarG~1to llileacute_ relaccedil3o 001 Deus ou C 01 cs coisas sagi~acles Por ex uissa sacr2rJentos etc

b) L-co _oral eacute x-qllo1e quo oxpresse 1m julCecircc r to socircbro as coi ses que) hOG faz sobre sou relccionlt1uonto C 011 os outros ho~oacutensPor

tb eXI eJuccr os ou ros uacute OE rOUJer e lleU odler o prox~Jo c DaU

Uui tes vocirczos as coisas dc ~kligiecirco c da lorc-l S20 loios do controcirc la sociel OOSDO eto poclo sor entendido de diversas =aneircs Aju der UIl aligo pode sor entl1CILlo cl0 trecircs fornas diforcntos eacute Ul ato re ligi2sectQ onqucnto oxprossc Linha oC-ridrdo emquento vejo n010 rum iJashygcn de D01S eacute t2lbOacuteIl UIl ~to_~O_l~ porquo Oacute llilU coise boe Oacute ainoo ur oto suumlnJ10~te social porquo u aprovcdo pEle sociud0o o quo vivo

Tocircclos ostcs coisos sOcirco os fUl1dC-r0ntos de estruture sociul Porque nalas eacute quo o houo= =ostra sues qualidadus~o hODon diforonto [cs coishy

sos nateriois e sLrplesnente viVos

PoCLenos ver cgora cs forncs 01 CcedilU8 se expressarl estcs ostrutushyros

Ateacute aqui ViDOS brevemonte C01) os grupos sooiais satildeo sustCltadOS por vlocircres nOrcics cos tUJes etc odOl1OS prcstor ctGnccedilecirco e not-r quo os forlJCs os que ecircstos grupos nos eporeceJ no soci0d~de so limito vr ricdcs

Os tipos de grupos que se for~a~ nc sociedcde s~o b~sioc~8nte =l bull bull ~ bullCOiSf o grupo prJjj~rJo G o grupo secunuacutecrJo

O grupo pruumll~rio te-] es sGuintes c-rcoteriacutesticosl

AS pEssocs to proaGcs o se oon eeeD CEl t ocos os seusbull VJ vou nuJ h J

cspectos Convivea li fece c fece 11 Seu relocioneLlGnto inplicc foiccedilOcirco e conpreens~o e ou gerol h~ inti~i~cdc ontro si Isto podo se dcr especiclmentG no L~iacutelia nos grupos do cdgos nosossoeicccedilotildecs poqusect

- 1ncs e olguL1CS vezes eu grcndes cssocJcCcedilOGS DCS COD cpencs c guns uGabros que se tornares ouigos

A ~ ftI bull ibull As rclcccedilotildees cconocircDiccs c11 tIO cc s tE grupo nco sco cs T1CJ S ~1 N ---_- ~

portcntos Nem as relcccedilotildecs de orgc1izcccedilGo ou de poder de docisro l~Q -shy11a U~c bscelc ele qucm pocle ter Deis ou nonos cutoridede

bull As rol2ccedilotildees entre seus lJcbros s3o ele cCreacuteter cssoeir-tivo c tacirc1 senpra UilC fin~lielcdo detuumlrDinCd~ Potu SOl u~~ cssocicccedil~o eOD 1Jn6 lucrctivos etc Poclo ser tc-uumlbOacuteTl ULlC essocicccedilGO porC L1uumllhor conseGuir defender os diroitos de seus Doubros CODO UD sindic~to UD pCrtido poliacutetico uu centro social etc

y IV

bull As relcccedilocs sco cordicis DCS nlt1O sco Jntincs O rclccionCIlOushyto eacute regulado mois pelo finclidccc que os uuumlnbros busccm no grupo que pelo nmizcele ou 010iccedil20 que tecircD~tre si Haacute necircste grupo liDe s~rie Qe nOrLlOS de couportcuen to que regulau as cccedilotildees des pessoos conforne o popel que exerceD no grupo UD eacute o presidente outro eacute o contcdoroushytro o vuumlndodor outro o secreteacuterio de UD sindiccto UDa pessoo pode ser Ul eluno e outrc o professor Cnda qual tem seu conportclCnto eleshyteruincdo pela ncturezo do grupo E a finclidcde do grupo senpre sereacute olccnccedilcde nc medidc 811 que os papeacuteis forei Llelhor executcdos

Os grupos priLl~rios e secuncl~rios podeu ~pnreoer nc sociodcele dns - dmiddot f U f 1middot t UCJS Jverses Orcics UC CLiJ Jc soro por nc urezc UL1 grupo prJ~lcrJo

oom UD relecioncuento iacutentino entre seus eotlponentesEos ele poderaacute ser gronde propriet~rie ele u~c feacutebrica ou de usa f~zendc G por isso c presenter t~beacuteD relcccedilotildees que sno proacuteprios ele u~ grupo secunceacuterioco

bull 4 bull

ffinclid~ecircLe lucrCtivo De Dado quo f qu~lCiuer sopereccedilco que nos eCcedilClOS te~ seDp~e une finclidcde c de cstudcr ~elhor os estruturas de ccdc grupo~ nco quer dizer quo oles soacute podou eperocer cssi~ Nc reolidedcf cs relcccedilotildees ossin CODO os grupos se cruZou forucndo UD con~lcxo 62 c1c1 tste conp1exo soc1a1 pcrc ser cOL1preonc~ido tO~l quo ser estucLf do por pcrtos tl2S CSScs pcrtos diflcilncnte existcu iso1cdcs nc roeshylidcdc CODO noacutes cs considereDos qucndo oS estudaDOS Por isSOVCLlOS o~leliser cl~Dos desscs for]c8 c_o cD~recij]ento dos grupos socieis sou pc-nscr que eles soacute pode existir essin nato soreacute apenos uu Dodo de estuceacutelos Aineacuteto oqui fClenos dcs foru2s e~ que cs ostruturcs cpc shyrecou

l FAI=1LIA

c Ul1 dos 110dos wds ioportcntes de existecircncic socicl e o L1cis eecirc tude~o por todos os que queron oo~hGcer bOD cs sooiodades ou quo vishyvm ~ U-l grupo prilloacuterio por noturoze A convivecircncic eacute nui to ntine entre todos os seus nembros porque vive~ nc DeSDo cesc 002e~ e ues-De Des e pcS8r grcnde pcrte do teDpo de vide juntos Crio-s0 Ull re shy1coioncwnto afetivo tlUito intenso mtrc os seus ueubros A iuportcnshycio de fewiacutelio se fez cede vez neiar porque ele de8eupenhc 00 DeSUO tenpo ~c porccedil~o dcs funccedilotildees sooieis que s~o deseupenhcdcs ne sociede de pelos grupos Bciores Por exe2plo UDC pessoe se socialize ctrov~ de escole e de seu relccionclento cOL os outros ucs esse socieliz shyccedilOcirco teu iniacuteci) nc fcriacutelio desde que esse pessoc~ nesce

Une possoc so integre no contoxto culturcl de sue cOL1unidcdceshytrcveacutes de sue fcniacutelic que vive necircsse contexto e pode exercor por sou intcrueacutedio Uiacutelr etiviclcde lucretivc ospoclfic~-~Dente econocircnicc f do 11081]0 Liodo cono c exerceria en UD2 reacutebricc ou nuna eDpr~se Por isso tudo c fcuiacuteliG eacute o grupo sociel [is ostudcdo ~ nele quo so processhyso de 1uumldo reconhecido COrlO legiacute tiDO erquose tocircdcs Cs sociodecos o perpe ueccedileo b A 1 Mt )~cc eSJ0cJe huntnc cono SOl JO106Jco egJmiddottmiddotJlfCcedilCO co ~

-to sexucl UJ cto que onponhc 11is lntLlcJ-entemiddot ccdc pJssoc Uuml reco nhecidc univorscL18nte qundo rolizcc1o 11 fc11ic ou eLl fU~1CcedilO de foul1ia bull

____debull FOrDcs -___FClio - En corcltogt costum-se dizer que c fc11ic tew duos fo~Jcs pril1cipois - a rcl~CcedilljIrextel~ pctricrceacutel ou Betricrcc1 e ~ f~~lliCcedilc_nu_cJ9_9 consti tUldc so de pois e filhos

li sociodcdo brcsiloirc h~ eindo u l[lor nuacutenero do foillics poshytricrccis quer dizer ccei tcndo norer juntos filhos e nores filh--s e genros netos e sobrinhos i=cs Q processo de urbenizcccedilno c conoonshytrcccedilecirco e UL Ilc1or ~1UacuterlOrO de pessocs ncs cidcdes grcndos vci torncndo ced vez rmis difiacutecil esse forne de existocircnoic forli1icr O quo se vci tornondo noi s oorlUD eacute a forne de fcxiacutelic nuoleor onde soacute pcis e filho Dorau juntos E onde o relfoioncnonto ofetivo ficc rostri to o UIl mtti2 ro nenor de pessocs

Eu outrcs sociedccles heacute Qutrcs fJriles de fcniacutelics f onde u howr pcde ter ducs ou cci s mulheres ondo uJC rJulher pode ter lcis de UD

5

condicioncdo pelo rlodo do vide qU0Lcrido Tudo isso b detorrlincc1o ou 1 ~ plc si e pelos neios elo subsist~n l esses grupos cdotcrllo cono vr ~CioS

oic lueuro podeu conseguir

- d~ ~~l~bull Fu~~_lt~j-_~__~ bull c gcrcccedilco dos filhos

bull l sctisfoccedilco 6000ion01 f soxucl e cfctivll bull c educcccedilecirco c soCiclizcccedilco cos filhos bull o ccul turcccedileo quer cli zor cdcptc~r seus Ilonbro S cul turc

locc~ li( bull funccediltio recrectiva - ht sooicdcdos ondo e recrecccediloo 0 funccedileacuteo exclusivc da f~llic funccedilco econocirc=lica quondo de estruture fCtlilier depende c subsistecircncio e c o nOcirci i cc do grupo

(Ver c ecircstuacute respeito clgui livro de An~ro~olog~o e~peciolllen te RLinton O honen Uno Introduccedilco o Soc~olog~e)

2 COLU1HD1DE

t uma dos formas nais OODunS eil que cpcreeen os grupos socicismiddot e no que1 cs estruturos 600iois sco ll~ds faacuteceis de sareo estudedcs

A conunidcde cOlpreende e11 gerol UD grupo huucno bcsknte grcnde onde tocircdes es funccedilotildees de vide hunano eco exeroidos eu eonjunto eonecirce tocircdes cs neoessidodes encontrcn seus grcus de setistcccedilatildeo rics esscs fun ccedilocirces e nec0ssidado8 satildeo li~itcdos pelo aacuteroo geograacutefico onde o grupo vi vo

Assiu Urla cOLlunidode tCl wa QQlJiBJlroccedil~o fJ~ de~erlinCcle ~e1c lrcc onde eI 80 encontrDbull Isso e IacuteLlportcnte porque e de croo gcograf1shyo~ que deveratildeo seir os recursos oteriois pera o subsistecircncia do grupo UJlC couunidode que vive no 110io ruroI teu uoios de vide buumlrl diversos do quo uuo couuni(lDde que vive nml 1oio urbno jaacute bnstonto qesonvolvidoOe l7l0i08 de cOJuniccccedil[o o a1inm toccedilco e os lodos de conportononto vcrico

f d foon orue cs con Jccediloos geogrc ~c~s ce croo

Do meSIlO Joco [ cOlUnidod~ ter6 UIC contizuraccedilco pzicol_ampii~ Sous 171odos de ogir e sucs otitudes VcO vcricr conforne o pcdrco do oultura que o oonunidodc clconccedilou Nuna couunidodo conscientizedo o oepcz de on01isor tocircdcs os condiccedilotildees eJ que vivo c otitude dos grupos huncnos que o consti tuen sGrt de occedilco trmsfoZrcdoro o de JlcIhorio ecdo voz tclor Une couunidede 01 que nco haacute UBo oti tude de maacutelise de SUos condiccedilotildees t eLl que tudo ( ooeito de nodo possivo cma U1lo visco confornista n210 12 dern progredir Duito neu ter otitudes de Dudanccedilos pera nolhoror sua situcccedilatildeo

Nu~a couunidede existeu tocircdos as funccedilotildees nocessaacuterios ~ vida de Utl grupo hUlno P-1guucs dessos funccedilotildees podem ser l1Cis desenvolvidas que outrce ocs tocircdcs elce cpnrcoen de olguuuml Bodo An~lisaoos c seguiral guucs das funccedilotildees Deis iDportc~tes

c) Fun~no econocircmioc - t ~quelc que provecirc os reoursos uatericis do

6

~ grupo o que ecircle pode produzir e o que pode oonsumir assim como os mQ

dos como estas coisas satildeo distribuidas entre o grupo

b) FunSatildeo ~01Jti2~ Consiste no exerooiocirc do poder atra~es das vashyrias formas de autoridade criadas pelas sooiedades no sent1do de 2e manterem integradas e de decidirem seus pr6prios caminhos A fun9~0 PQ liacutetica exercida diretamente em assembleacuteias ou indiretamente atraves de Dampndatos faz Damprte da or~aniza~atildeo de qualQuer grupo humano que define

J Cgt S 1 ti 1 -tipos de coaccedilatildeo do puniccedilco forDQs te prrtioipaccediloo P2 1 00 esoc 0

UC cutoridcde obrigctoriedcde de ouopriilento de dec~soeSt oeios de d~ finir e clconccediler o bem COOUD

c) Etgl9atildeo--LelJAtildei~o~ - n a que reflete os modos como as pessoas da co~mnid8de se relccionam COLel Deus e COLl as coisas divinas Eu f)eralas funccedilotildees reli0iosas satildeo necessaacuterias para o equiliacutebrio emoc~onal do grushypo hu~ampnot porque trazem uma certa tranquilidade em relaccedilao a al3UUo problemas que nunca encontram resJostas adequadas oomo os da mortedo mal da origem do homem os da vid~ futura etc Qu~ndo as fth~ccedilotildees reshyliGiosas s~o bem coupreendidas e beuuml vividas pelo grupo pode-se dizer que haacute uma autenticidecle religiosa na comunidade Quando poreacutem h~ eshyxogecircro de crenccedilas e ri tuais a vivecircncia do grupo se torna quase irrashycional Isso pode Dconteeer com qualquer religiatildeo que natildeo seja bem coll preendide (Ver socircbre isto e eYlicaccedil~o referente a NEB e Igreja no Documento wJB sua Origem sua lLccedilatildeo e seu Conteuacutedo~ assim cono euro par te socircbre struturas de Igreja Consultar tembeacutem o livro Sociologia l~eligiosa Alain Birou)

d) Funccedilatildeo J~cr_e-ftiva - Compreende as atividcdes de lazer que se e xercem em tempos illliS ou menos deteriacuteLlinados pelos grupos huwcnos ltu~D tribo de iacutendios a luta pode ser um~ recreaccedilatildeo Nume cidade grcndevoi se ao cinema jogc-se cartas passeia-se Nas comunidades rurais hl muitos jogos muitas festos~ cede comunidade tem suas festas tpicas Jecrecccedilatildeo nco eacute soacute agrave ctivid[~de dcs cricnccedilcs embora sejam cs crianccedilcs que por nCtureza necossi tem meis de recrccccedilEo Tocircda comunidDde tem esshytruturcs recreativcs e de simples l~zer Bordar e fezer cestos pode 001

shyuma funccedilao economicaA

t m~s pode serrecreativa tambem UjJ~ festa reli giosa pode ter sue funccedilatildeo religioso e pOde ter tcmbeacutem uma funmiddotccedilatildeo reshycrectiva Como dissemos antes tudo se cruza nD recUumlidade s6 seporo mos as coisas por~ poder estud~-lCs molhor

e) unccediluuml2 cs_lg_cJ9tJXE - ti exercid p~rc satisfozer cs necessidcltles de ~ssocicccedilao quo o hOiuem tel numa cOllunidode Assim embora o fCJi1lin

I bullAseJa o grupo pr111C 1 pC ejl quo quese todcs s funccediloes necesserJos para a vide humano s~o exercidas haacute necessid~de de outros tipos de grupos para ~lgumas funccedilotildees especiacuteficas numa comunidade Por exemplo um sinw

dicato represente c necessidcde de cssocicccedilatildeo de um grupo profissional pcra melhor exercer sua profiss~o e ser melhor compreendido pelos oushytros grupos Pode hover sindic~tos de poscadores de levrndoacuteres de 0shyper~rios etc 1as h~ outros tipos de associaccedilic O Partido Poltioo um formo de associaccedilao que existe nV1ilC cOLlunidcde p[ro que osgrupoe possam pcrticipar orgcnizcdmonte do poc~er H~ partidos que represen shytCill certcs closses sociais e ou~ros representam outras classes ooda qucl busccudo reclizcr melhor 6elS c r-rocircsses H~ tcmbeacutem cssooinccedilotildees

bull 7 bull

de tipo econ3uico 8 com fins lucr~tivos como um~ socied~de coserci~l que cmprc e vende cGrtcs IlGrc~doris HG sociedcdes industri-is que rGunem grende nuacutemero cc pessocs pcrc produzir eu conjunto outre-s lHrc~ dorics

Reacute cindl muitos outrcs funccedilotildees nUj~c oomunidcde hu]~nc sej elo grcnde ou pequenc =[8 pcrr noacutes ~=~j3 uuumlc coisc deve ficr nui to clarrbull rcocircctcs cs comunidcuos COB sues funccedilotildees soacute tecircu sentido o devoi1 SOl re~ p8itcdcs ellqunto 80 rcClIlCl1te moios elo roliz~ccedilecirco huwcmc Dosdo que qu~lqucr um delcs sejc utilizede pcre oprimir o hocet1 perdo sou scmshytido e lt1ev0 ser DUC1ccbull

Pode-s pOl~u1-cr CgtO inci02 ~ Isroje- eooo instituiccedileacuteo divinc podo se enqucdrcr e~ deterDin~ds estrutures 80 ela oo~portc da fcto

bull ~clQluc ostruturccedil~o TIll que mediclc isso lJ10 eacute neeoss[r~o em que mouJ_ da isso lhe 6 projuQici~

TerJOs que notcr du~s COi88 funCCilGeacutetaisl

e) L Ierejc uuml U- cO~UL1iiacutelcluuml 0spiri tucl de toclos [qu~les que ( crec1i kl1 1 rtevolcccedilOtildeo ( n Ruumlconccedilo pelo Cristo

b) A Icreje existe pelos hono~s -c os homens 0 deve rospeitcr rs exigecircC1Cis que n--turozo co homen pede prc SU2 rc~~lizc ccedilco A pclcvrc conunic~c1e cqui ~8iil UIil sontido diferente do que foi usado cntes Uscuos o tecircriJO _c2~mnidcde de 11ftcjccgoshyrc nun s0~1tido lis espiri tU[Uuml do qu socicl

COIO ume co~nn~idcde visiacutevel enccrncde no mundo c Igrcjc te) sue estrutur[~ juriacuteCico como outrcs cOLlulliddes N8ste sentido ele ~ susceptJvel de Llucl1ccedilcs c progresso Do mcsmo modocomo Ur1C estrutura huruumlenc perd0 sue rczso de scr QuC1do nco fcci1i te c ro-lizcccedilo de pe880c ssim tc~1l6m urc Qstrutur de Isrejc pode suumlrder sue razeo de ser se n2o fccili ter [~ corauniccccedil~o (1 Grcccedilc de pcl-vre de Deus Erl 0E trs pclvrcs COiO 8 estrutures hllLl1CS progridem OOL o desenvolvi I1~l1to G SD tornelU Bcis couplexcs pcr~ e~orceuro)r deter1l1in~dcs funccedilotildees o ctrcler cqueles CUOi e1-s sc dostin-m U1 estruture 19rojo enshyqucnto org~nizcccedil~o 11u11-11o pode scr iIoc1ificdc desde lU8 seje p~ro UGshy

lhor cOLlunic-r o q1hJ Deus quis

-8) eacute e- rz3o ce 8U origeu e nCturczC que c Igre ja difere dcs oumiddot-r - b o 1 bull gt 1 hi gt bull Q cormnJ5clES bull Gm or~ seJc Ui~ COLlU1JCQO VJSJVQ e rerquJOc e U1 orgl1Iacutez-CcedilCO Iacutelsti tuid por Cristo coa sUJS funccedilotildees S1L estruture e os poeacuteteres qU8 - 1 pertences iNc lU essecircncie mcis profundc c 19rcj- eacute - preSOllccedil puacuterune11to nc qU~cro de Histoacuteric do rmndo do vershybo do Daus foito HOlcm Dl 6 co~cratizc9~o histoacuteria~ d~ vontcdo scl vlfiac de Deus coluniacdc ctrovoacutes (10 Cristo (Kerl RchllGr lIission ct Grcce vol 11 Serviteurs eacutetu PeulJ10 c10 ])iou EJlIE 20 eacuted Fcnae 1 963 p 30)

8 bull

~- ~

AleacuteJl do que jeacute vinos devel2Os tontCr fazcr couumlpreonder OOL nos shyscs cmlos aue stem outrs forws cuuml ostruturcs socie_i8 e que c 10shy

(lida Cl que middotumc socie proJride esscs foril2s v~o so nul ti~lic_ndo e se tornendo meis coraplexos Por isso 6 que ume pessoc de zonr rurcl do pis qundo vem c urde cidde gr-nco fio onbcreccediled Porque ele nco conhoce tocircdcs cs forucs de rGlcioncL~el1to que ooucle comniCrce u~- ~ bcn2 utilize iil V0J UJ 10io 1i8 sirples e cujcs cstruturcs sco

bull bullbull - bull AI

rec~uzuumlcs c 3ruj)os pri1rJos frJIJ-res ou c cssocJccedilocs e grupos ss cur~eacuterios k beacutem Dui to sLlples 111 tr buumlho de conscientizcccedilao deve 12 vr e8SCS pessos c id6ic ce que I lJor L1cis couumlp1ic[dc que sojo Ule

ht L 8ocicl f c so rczeo do S8 lor ccuse ClO bullbulle S ru vur ~ prollrJo OlCrlCJ I i 1 N

que nln~10L1 se (leve eLlbcr~ccedilcdo so porque n~o conhGce 08 no os de rcl-ciolLwnto saciel que outrcs cOE112lidcdes ou outrcs roiotildees utishylizou Ucvuuml-se insistir lUi to nisso o honml ~ o il8SO c quclqucr cir

shyCU~1stmiddotncic v~rie 8 fCJrufs de G Stl~turcccedil~o soci1 porque ho concenshyt ~ - h tmiddotrcccedilocs eLE seres hU2110S que necossl te~ ltlesscs releccediloes uCs no11 ua l

po eacutee ruumllccedil2o por _i8 cOilplec clue soje fcz que un hOL18~ S0je IlC lhor ~o que outro soacute porque es conhece ou porque vive nUDe couunidcdc

t I A i d QU0 cs (no odcs -8 pessos teu quo ter conso encJc Jsso p2rc ev~

tr ju~tecate c fOln-Ccedileo de prcco1coito8 de cl2s8-t do ScscZ cc k~jlo_l_~IacuteJOecirc rCcici S e te que sGo outrcs foDfs__dQ dqiIs_tccedilfo~ ilo l~Wlcsect ~s1rltprcss9cicisJ NenhuLlc deles eeve prcvcleccr sobro Cucl qUGr hOlllem quer sejc cle Ulll meio onele 018 sejc1 311p1es qUGr soj de m meio oi1clo Glcs sejeu Ilui to COi2plocs A uacutenico coise que deve p4cva 1cer SLpre eacute o hOneil - c pessoc hUllc nc - socircbre quclquor tipo de estruture

Vewos tenter colooCr - lgullCS expliccccedilotildees socircbro ccdc UDi cessas outrcs forD1cs

1ordm- CL~_SSbS SOCIAIS sco constituGcs por grupos de pessocs quo t de 1 tGil C mesmc 81 - os DOSDO TIOLOSmcnelrc gere ucccedileo coonO~1cct de

couportcmento) 00 11eSLlOS veacutelocircres uuml que por isso cdquircHl o que s) chc_ Inc CJlluJonte de consci~1cic de c1csse ll bull Tecircn c consciG1cie de este reu n~ llleSDC si tucccedil3o e por isso COfClcO o CSLlO tipo elo vide pr- seu grupo estebuacutel~c01do diferenccedilcs IIncturcis ll 01 relcccedilecirco outros grupos Ponsem que c socieccde hUl1cne SOacute cl0V se equilibreI de Uil cetOIinedo uoltlo onde ecircles encontrou 1l1tiC de te r=i ndc posiccedilecirco bm1 2ssegureda Ass1rl h

CJverscS expressoes de consciGncJc de clcsse ~ c d~~ clcss( 1ctJftm shyci~rie de clcsse dos grandes inuumlstriis [1 de Cl~8SE) 0cli e cc clcsSG oper~r1c e d~ clcsSG c~]onesc etc

Ccde um delcs poue penscr quo ~~ sociedcce hUll[na devic so orzcshynizcr Qostc~ ou cl[-~uelr fornc o cuo cssL] lhes ccbari ost ou oquolc i 1 ~por~ CJe ness~ orG~nJzccediloo de s~ciodeacuteo co~ 80 Qed~ c oSSC oxshy

presse os itGrecircssos Que ten p-re si c fcz ~c lIideologie quo pcesc c (~ofonder Cm~J jeacute viJos cs clesSGS secirco t-beacuten cstrutures socieia c

nosso i n t oresse dove ser c prooccedilco do honer e no dcs estruturiS Esso ~ -

prouoccedilo sereacute ccd vez uuacutelhol conforue focircr nais pernitiltlo Co cfirlcccedilco do homeo eu quclquor tipo de es~ruturc ~ste prob1eno ~ bostente CODshy

9

i

bull

bull

bull

p1oxo o quo estaacute aqui 1130 cliz tudo por Qster ooloc[1oo do lDC forutl rlui to siLp1ificede Perc u~ l~oiacuteor aprofundor1onto ver o bib1iogrofic oi t~dc

2ordm - CLSJIA SOCILL b tebbn UL rgrupaLcnto hUleno c orl 08 ~G sms c onotcccedilatildeos cn tcriores Ipeuacutecs Ci8 cgrcvodo pelo fochcccnto do grupo os re1cccedilfio a outros grupos U~o custe so focha por ~otivos do proconshyceitos reli~iosos raciais culturais etc Nio perDito ~ ontrada do outros eloD2ntcs f noo une nobilieacuteeco el0 seus Dembros pcr] o~tros grushypos Tcm U2- i20010gie 1Uito 1iacutes clure c iLluteacutevel ILUi tas VOZ0S una ccst eacute ur~ [leio que cortos grupos utiliacutezaIl pcgtro dofondore~ seus inte shyressos e suc~ possibiliccdo co clOlinor outros grupos C o ccso dos C08shy

ts-s nince o1iacutesteytes 02 cortos piacuteses que diacuteviacutecleuroc o povo e-2 rgtcrce1as t2-0 diacutestintes que nunc2 se pode pssr de w c outrc

3ordm - PlCcedilAs eacute c diacuteferonciacutecccedil3o que se oncontre nos grupos huucnos provenilmtes de corccteres 0sscncisl0nte bioloacutegicos AssL1 os negros f

- t OS b rncos CLlClr0 1os sco os ros grupos rcc~s~s L1cJS ov~conliOS no 60shyciededo elos hOl0ns ~ diforo~l2 eacute soacute bioloacutegica quenco se flo do roccedilc seu ter nonhuLlc outrc cOl1sequolciacutee cul turol ou intcluumlcmiddot~u[l porc c posshysoc U~ nogro oueriocno vivoric os TlOSDOS pcelrotildees cu1turois c-oriccnos (nO) focircsse [ sogr8goccedilro r2-ciol) COlO quolqucr chinecircs (roccedila mcrolc)quo se intogresse nc vido c~oriccno

4ordm - GRUPOS uacuteTNICOS secirco tcllboacuteu Dados de vivecircncic sooic1 ondo 80

eC011tucn osvO ciacutecluonto clcuns c OS-(ULlG S ( norurs de ccr5ter icis cultushyre1 r0l2oiondos 001 c 1 iacute11[11 c COStUL~OS rogionoiacutes tipos fiacutesicos (10shy

tar~in2dos por conCiccedilotildeos do 01i~e do rogiecirco gcogr~ficc etc AssiD UDe clc1oio elo pescodores no norte da A1cnanhc tcm ccroctorCsticcs bo eacuteivorscs 00 u1 2lcloic elo )(scc(o1os no nordesto elo Brnsi1 ULl DOVO de urm rogiecirco couo c 111(ia to_ eer2cteristicos divorscs dos DOVOS rqo~ e crlOriccnos cborc n2o sejol reccedilcs ciferentes As (~ifcr~l1ccedilcs 1120 SOO

b l + I SO ~o o~Jcos ~as vB2bcu cu1turaJs

BIBLIOGBLIL PRi1 LPROFmDL=

1 R Linton - O Une Ii1tlOC~UCcedil20 agrave Sooiologia Livreric Lartins SA s2o Paulo bull

2 A Igro ja Conciacutelio Vctic2-TIO lI Consti tuiccedilco Dog_Gtica LUoacutelon Gcntiml Doc Ponto 149 Jcitocircra Vozes Petroacutepolis 1965

3 Kar1 cmler - I~issco e Grcccediln II Vale Funccedilotildees e Estceacute-os cc Vic~c no Igroja - Dditocircra VOZ8S Petroacutepolis 1965

4 Alcin Eirou - Sociologia noli~ioso Duas Cid2-des satildeo Paulo

bull 10 bull

~~J~~ gt

I I) t

I

MOVnIiacutemTO

DE

EDUCACcedilAtildeO

DE

BASE

FUNDAMENTA ccedil Atilde O

DO PROGRAMA PARA 1965 li parte bull ESTUDOS SOCIAIS

15 Subdesenvolvimento e Desenvolvimento

middot J

1 SUBDESEIlYOLVnlENTO E DESElfVOLVIllENTO

nA humanidade cresce ragravepidamente todo o mundo o sabe mas poucos

homens tecircm consciecircncia da rapidez decircste progresso e-poucos tambeacutem satildeo

os angustiados pelas conclusotildees que- d~ste fato se deveria tirarn(Lebret

Suiciacutedio ou Sobrevivecircncia do Ocidente Duas Cidades S Pau101960p22)

O problema que a humanidade tem que resolver eacute o da pr05ramaccedilatildeo

humana conjunta atendendo a cada pessoa a cada comunidade a cada reshy

giatildeo a cada paiacutes ~ necessaacuterio dar uma resposta precisa a cada homem

enquanto pessoa e enquanto membro de uma sociedade No caso dos pa~ses

subdesenvolvidos essa resposta natildeo poderaacute ser dada a altura se natildeo veu

cermos alguns problemas do subdesenvolvimento Ou melhor esta resposta

natildeo seraacute dada se natildeo houver uma modificaccedilatildeo grande de estruturas de ~

talidades de valocircres bullbullbull de tal forma que todos os homens e cad~ homem

sejam reconhecidos como sujeitos~

Diante disso tudo poder-se-ia perguntar mas o que eacute o subdesen shy

volvimento o que o caracteriacuteza Em um sentido lato poder-se-ia denominar

de subdesenvolvidos os paiacuteses atrasados lIas isso eacute muito vago Preferi shy

mos dizer entatildeo que o que determina o subdesenvolvimento eacute sobretudo

uma grande complexidade de problemas dificultando a melhoria do niacutevel

de vida e a promoccedilatildeo do homem como pessoa sobretudo nas camadas mais P2

bres e necessit~das da populaccedilatildeo Essa complexidade eacute talvez uma das ca~

sas que mais dificulta um paiacutes atingir um certo niacutevel de desenvolvimento~

Como veremos a sebUir natildeo eacute resolvendo problemas isolados ou mais imedishy

atos que chegamos a superar o subdesenvolvimento Como eacute sabido ecircsse pr~

cesso de superaccedilatildeo tem eXigecircncias especiais que precisam ser ordenadas

hierarquizadas e planejadas Com efeito o subdesenvolvimento eacute caracteshy

rizado por vaacuterios fatocircres ou problemas que dificultam a plena realizaccedilatildeo

do homem e da comunidade onde ecircle vive

2 ALGU1IAS C-lRACTERtSTICAS DO SUBDESElTVOLVI1IENTO

21 Dependecircncia sconocircmica - Uma das caracteriacutesticas mais marcantes do su~

desenvolvimento eacute a dependecircncia econocircmica Sem um miacutenimo de autonomia eshy

conocircmica eacute ilusoacuterio falar-se de atunomia cultural e de certa ormat~

beacutem poliacutetica Os paiacuteses que dependem econocircmicamente de outros sofrem sob

~

i ~

vaacuterios aspectos o pecircso da dependecircncia econocircmica estrangerira Por isso

o desenvolvimento econocircmico desses paiacuteses nunca seraacute apenas resultado de

um progresso interno

A econom~ca ~ bull se reflete principalmente a t raves Essa dependencia

a) do comeacutercio exterior - em geral os paiacuteses subdesenvolvidos exportam

para os paiacuteses desenvolvidos os produtos brutos ou agriacuteCOlas ou alimenshy

tiacutecios (no caso do Brasil por exemplo o agucar o manganecircs etc) e imshy

portam destes os produtos manufaturados (eqUipamentos por exemplO)

b) de uma situaccedilatildeo deficitaacuteria em que vivem de um modo geral os paiacuteses

subdesenvolvidos Tal situaccedilatildeo eacute de certa forma tambeacutem motivada pela ~

neira como o mercad0l importador determina os preccedilos Poder-se-ia dar

como exemplo o cafeacute no Brasil que equivale a mais de 40 de nossa expo~

taccedilatildeo e apenas 04 da importaccedilatildeo dos EEUU cujo preccedilo eacute estipulado por

ecircste uacuteltimo o maior mercado comprador c) da poliacutetica econocircmica e social dependentes muitas vecirczes dos interesses

de grupos ou firmas estrangeiras

d) da posiccedilatildeo de destaaue Que ocu~a o capital estrangeiro na economia dos

paiacuteses subdesenvolvidos Decircle depende a importacircncia e grande parte da esshy

pecificidade das produccedilotildees do paiacutes assim como de sua situaccedilatildeo de integratilde

ccedilatildeo no mercado internacional (Yves Lacoste Os Paiacuteses SubdesenvolvidosDi

fusatildeo Europeacuteia do Livro ColSaber Atual satildeo Paulo 1961pp 17-19)

22 Pouca Industrializacatildeo e Dificuldade de Ser Ampliada - os paiacuteses su~

desenvolvidos encontram mu~tas dificuldades de se industrializar O Depa~

tamento de Assuntos Econocircmicos das Uaccedilotildees Unidas estudando estas dificul

dades haacute alguns anos reuniu-as em trecircs aspectos econocircmico social e int~ nacional

a) no aspecto econocircmico temos que levar em conta aleacutem da pouca poupanccedila

interna a falta de capitais ou o emprecircgo de capitais estrangeiros em geshy

ral nas induacutestrias de transformaccedilatildeo e natildeo para a infra-estrutura assim

como as dificuldades de transporte a insuficiecircncia de energia etc

b) quanto ao aspecto social pode exercer influecircncias negativas ou positi shy

vas No caso dos paiacuteses subdesenvolvidos natildeo haacute duacutevida que as influecircncias N

sao em geral mais ne5ativas j bastrulte lembrar o baio niacutevel de instru-

ccedilatildeo o elevado lndice de analfabetismo a falta de operaacuterios qualificados

e a natildeo existecircncia de um ple~ejamento que leve em conta tocircda a populaccedilatildeo

tocircdas as reGiotildees visando um desenvolvimento global

c) com relaccedilatildeo ~o aspecto internacional haacute tambeacutem vaacuterios tipos de obstaacutec~

(

los ao desenvolvimento industrial dos paiacuteses subdesenvolvidos Lembrareshy

mos apenas dois as restriccedilotildees que os paiacuteses desenvolvidos em geral imshy

potildeem aos subdesenvolvidos para conceder um empreacutestimo de capital que pushy

2gdesse facilitar a industrializaccedilatildeo dos primeiros a tendecircncia dos pai

ses desenvolvidos de fazerem dos subdesenvolvidos meros fornecedores de

mateacuteria prima dificultando ou ~estringindo as possibilidades de desen shy

volvioento destes (Lebret obra citada pp 100-105)

Todavia eacute preciso natildeo esquecer que embora a industrializaccedilatildeo seja

a1so muito importante para o desenvolvimento econocircmico de um paiacutes ela

nao ten um fim em si mesma Ou seja a IN so temindustrializaccedilao para nos

sentido se ela contribui para uma real promoccedilatildeo do homem se ela contrishy

bui para elevar e melhorar o niacutevel de vida sobretudo das camadas menos

favorecidas da populaccedilatildeo As faacutebricas as usinas as grandes emprecircsas e~

fim podem ser retrato do desenvolvimento econocircmico mas ajudam o homem a

ser mais homem quando contribueacutem para satisfazer suas necessidades mais

essenciais a se realizar como pessoabull

bullBaixa Renda Nacional - Uma das distinccedilotildees que se pode fazer entre

os pa~ses desenvolvidos e subdesenvolvidos consiste justamente na dist~

buiccedilatildeo da renda nacional entre habitantes ou entre as diversas camadas

da populaccedilatildeo De um modo geral nos paiacuteses desenvolvidos as camadas mais

pobres tecircm um niacutevel de vida superior aos subdesenvolvidos A tiacutetulo de

ilustrcccedilatildeo daremos apenas al~Uls dados referente a renda anual individual

(chamada tecirccni3amente de renda per capita) em 1959 de alguns paiacutesesE~

tados Unidos da Ameacuterica do Horte 2250 doacutelares alguns paiacuteses da Europa

Ocidental assim como Austraacutelia e Nova Zelandia 1000 doacutelares Bnquanto

isso para o conjunto dos paiacuteses menos desenvolvidos a cifra corresponden

te foi mais ou menos de 100 doacutelares anuais sendo que a maior parte dos

paiacuteses da Aacutefrica Aacutesia e Jmeacuterica L~tina apresentavam uma renda meacutedia de

10 a 80 doacutelares (Bl Corre0 de la Unesco) bull

bullDeficiecircncia na Agricultura - A agricultura nos paiacuteses subdesenvol

vidos de um ~odo geral eacute muito atrasada Haacute grandes quantidades de te~

ras cultivaacuteveis natildeo aproveitadas Ha Ameacuterica Latina p ex apenas 15

das terras cultivaacuteveis satildeo realmente cultivadas (Yves Lacostobra citada

p 12) Haacute fatocircres que podem explicar essa quantidade tatildeo pequena de tershy

ras cultivadas

bull estrutura agraacuteria injusta e obsoleta

i

bull interecircsse de grupos econocircmicos nacionais e estfangeiros

bull falta ou insuficiecircncia de meios teacutecnicos

bull desgaste dos solos

bull falta de fertilizantes etc

Todavia a maior dificuldade a ser vencida pela agricultura dos pa1shy

ses subdesenvolvidos proveacutem do custo dos bens materiais Um dos meios de

satisfazer tais necessidades seria a fabricaccedilatildeo de suas proacuteprias maacutequinas

agriacutecolas de fertilizantes e de combustiacuteveis

Consider~ido todos os fatores que dificultam a agricultura nos pa1

shy

ses subdesenvolvidos podemos entender assim porque apesar de serem na

maioria paiacuteses agriacutecolas apresentam baixa produccedilatildeo natildeo conseguindo nem

satisfazer as necessidades alimentares de seu povo

Desequiliacutebrios entre as Cc~adas Sociais - A grandemaioria da populacirc

ccedilatildeo dos paiacuteses subdesenvolvidos tem condiccedilotildees subhumanas de vida A verdashy

de eacute que um nuacutemero muito restrito tem um miacutenimo necessaacuterio para viver como

pessoa e apenas uma minoria tem a go~a de todos os privileacutegiOS

Uma das maneiras de se caracterizar ecircsses desequiliacutebrios sociais eacute

a distribuiccedilatildeo proporcional da renda nacional pela populaccedilatildeo Iro caso brashy

sileiro por exemplo ecircste desequiliacutebrio eacute evidente

Outro iacutendice complementar eacute o da distribuiccedilatildeo da propriedade rural

brasileira Em nuacutemeros relativos a aacuterea territorial brasileira dos estabe

lecimentos agropecuaacuterios em 1950 era expressa da seguinte maneira os d2

nos de propriedades de mais de 100 ha representam apenas 16670 do total do

nuacutemero de propriet~rios e possuem 8567~ da aacuterea total dos estabelecimentos

agropecuaacuterios do Brasil enquanto que 834 do nuacutemero de proprietaacuterios po~

suidores de menos de 100 ha deteacutem em suas matildeos apenas 14~~ da aacuterea toshy

tal (Antonio Rodrigues Coutinho - lanisteacuterio da Agricultura Contribuiccedilatildeo

ao Estudo da Bstrutura Dconocircmica Agraacuteria Brasileira Sego o Censo de 1950 p20)

~ dentro dessa faixa menos favoremida que certos problemascaracteriacute~

ticos das regiotildees subdesenvolvidas se tornam mais chocantesAqui estatildeo alshyguns decircles

~

l

~ bull Para cada 100 crianccedilas nascidas vivas desta faixa morrem 24 anshy

~

tes do 12 ano de vida enquanto para outras camadas sociais morrem 10 em

100 (Nelson Rodri6~es dos Santos O Problema da Sauacutede no Brasil) Dados

recentes mostram ainda que a chistosomose atinge 6 milhotildees de brasilei

ros a tuberculose 1 milhatildeo e 200 mil doenccedilas de chagas 3 a 4 milhotildees

malaacuteria 8 milhotildees A maioria dessas pessoas atingidas habitam agrave zona rushy

ral e estatildeo incluiacutedos nesta faixa da populaccedilatildeo menos favorecidas (A Pop~

laccedilatildeo Brasileira Dados do IBGE 1960)

Com efeito o que se pode dizer eacute que estas deficiecircncias contribuem

ainda mais para baixar o rendimento econocircmico agravando cada vez mais

as condiccedilotildees de vida dessa camada populacional ~ vivendo e sofrendo eacutesshy

tes problemas que trJilbalha grande parte da populaccedilatildeo dos paiacuteses Afroasi ct_ ~ jt --lt- r A

at~cos Em alguns desses pa~ses o n~vel de vida e tao baixo que ha um

verdadeiro ciacuterculo vicioso onde o homem jaacute natildeo tendo esperanccedila acha di

fiacutecil romper com essa situaccedilatildeo de miseacuteria

De um modo geral o que preaeacutenciamos eacute que por causa de grandes d~

sequiliacutebrios entre as diversas camadas sociais e entre os povos do mundo

grande parte da humanidade tem condiCcedilotildees de vida subhumana

Os v~rios dados apresentados abaixo servem para mostrar o grau de

desenvolvimento ou subdesenvolvimento de alguns paiacuteses ~ preciso conta1

to que natildeo se pare numa enumeraccedilatildeo pura e simples dos mesmos nem que

se pretenda uma comparaccedilatildeo com um ideal a atingir Os dados referentes a

cada paiacutes falam mais quando analisados no seu conjunto e soacute vistos e an~

lisados globalmente eacute que podem ser comparados com outros paiacuteses bull bull i ~-

bull Mortalidade Infantil - Para cada 100 crianccedilas nascidas vivas num

ano morrem 3 nos EEUU 4 na Inglaterra 7 na Beacutelgica enquanto no Brasil

Boliacutevia e na Colocircmbia morrem 15 (onu Rapport Preliminaire sur la Situa

tion Sociale dans le i~onde 1962)

bull llortalidade Geral - De cada 1000 habitantes morrem por ano 9 nos

EJUU 11 na Inglaterra 12 na TIeacutelg~ca 25 no Brasil na Boliacutevia e na Coshylocircmbia (idem)

~~

Vida lieacutedia - 70 anos nos EEUU 65 anos na Beacutelgica 45 anos para o

Brasil Boliacutevia e Colocircmbia (idem)

bull Alimentaccedilatildeo e Fome - Segundo Lebret pode-se admitir que mais d

50 da populaccedilatildeo do mundo se manteacutem em um ~ampntar inferior ao estritamiddot

mente necessaacuterio em calorias e 75~ dessa populaccedilatildeo aproxima-se ou ape

nas atinGe o niacutevel miacutenimo exigidO pelas atividades humanas normais

~artindo desses dados e fatores verificamos que haacute uma coincidecircnshy

cia de niacuteveis para alguns paiacuteses ~stes paiacuteses por uma seacuterie de razotildees

ou de fatores satildeo chamados subdesenvolvidos

3 EXIG6NCIAS ESP3CIAIS PARA SUPJJRACcedilAtildeO DO PROCESSO DO SUSDESDNVOLVI1JlliTTO

31 o crescimento demograacutefico deve ser acompanhado por um crescimento ec~ nom~co proporcional

O processo de superaccedilao- do sub-desenvolvimento exige antes de mais

nada que o ritmo extraordinagraveriamente raacutepido com que crescem as necessishy

dades dos povos subdesenvolvidos seja acompanhado por I crescimento ecoshy

nocircmico superior a~ necessidade~i da populaccedilatildeo

A explosatildeo demograacutefica nos paiacuteses subdesenvolvidos eacute no momento ashy

tual um fato que ningueacutem pode ignorar Isto eacute consequecircncia de vaacuterios fata

res

a) os paiacuteses subdesenvolvidos tecircm uma natalidade muito maior que os

outros Como exemplo lembraremos que para cada 1000 habitantes nascem

anualmente na Europa e nos EEUU de 18 a 25 crianccedilas enquanto que em zoshy

nas subdesenvolvidas como a Aacutefrica e a ~neacuterica Latina ecircste nuacutemero chega a

mai3 de 40 (Camargo Demografia 3conocircmica 1960)

b) o raacutepidO crescimento pode ser explicado tambeacutem pelo descreacutescishy

mo da mortalidade verificado nestes paiacuteses De fato essa mortalidade ainmiddot

da eacute bas-cante alta No entanto ela vem diminuindo gradativamente graccedilas a

uma certa assistecircncia sanitaacuteria que eacute dada aos paiacuteses subdesenvolvidosjem

bora de forma muito precaacuteria e sistemaacutetica

Ora para satisfazer as necessidades de uma popUlaccedilatildeo que aumentou

tatildeo ragravepidanente eacute indispensaacutevel um esfocircrccedilo muito grande para produzir

bens e serviccedilos 10 caso do Brasil por exemplo a populaccedilatildeo anual aumenshy

1

-

tam na razatildeo de 3 ao ano A economia nacional precisa entatildeo aumentar

sua capacidade de produccedilatildeo daacute maneira que chegue a satisfazer as necesmiddot

sidades correspondentes a ecircsse aumento da populaccedilatildeo em mateacuteria de alimen

taccedilatildeo vestuaacuterio habitaccedilatildeo instrumentos domeacutesticos educaccedilatildeo emprecircgo

serviccedilos sanitaacuterios (aacutegua luz esgocircto t L Itt etc)

~sse esfocircrccedilo eacute tanto mais difcil porque em consequecircncia do mesmo

crescimento econocircmico raacutepido a maior parte da populaccedilatildeo em idade ativa

eacute muito menor em proporccedilatildeo agravequecircles que natildeo fazem parte desta faixa (cri

anccedilas doentes bullbullbull ) Por outro lado como os pases subdesenvolvidos tem

um niacutevel de vida extremamente baixo a economia deveraacute natildeo somente acomp~

nhar o crescimento demograacutefico mas taEbeacutem aumentar em certa medida ecircsse

niacutevel de vida No entantoecircste paiacuteses mostram-se no conjunto incapazes

de expandir sua economia numa proporccedilatildeo satisfatoacuteria

Das razotildees que impedem o desenvolvimento econocircmico mais completo e

mais raacutepidO temos que considerar ap que se prendem agrave estrutura das ecoshy

nomias e as que dizem respeito mais diretamente ao crescimento global de~

ta economia

32 Independecircncia Econocircmica - Como eacute muilto sabido a estrutura econocircmica

dos pases subdesenvolvidos eacute altamente centralizada no setor primaacuterio

sendo pouco desenvolvido o setor secundaacuterio e terciaacuterio (Ver o item ~E~

trutura ~conocircmica)

Por outro lado embora a populaccedilatildeo rural nestes pases representashy

quase sempre mais da metade da populaccedilatildeo e esteja muito concentrada no s~

tor primaacuteriO nem sempre produz todos os gecircneros necessaacuterios agrave alimentashy

ccedilatildeo e muito menos outros produtos por ela exigidos Como consequecircnciaj ecirc~

tes paiacuteses satildeo obrigados a importar bens que natildeo satildeo capazes de produzir

dispondo apenas de alguns pontos para efetuar as trocas

Ora os paiacuteses que se manteacutem sem induacutestrias e dependentes da imporshy

t~ccedilatildeo de poucos produtos primaacuterios iratildeo fatalmente cada vez mais se emposhy

brecendo face aos pases desenvolvidos Enquanto isto a produccedilatildeo industrial

destes uacuteltimos iraacute crescendo cada vez mais pois os homens sempre querem

bens industrializados em maior nuacutemero e variedade O contraacuterio acontece com a produccedil2o agriacutecola cujo crescimento fica na dependecircncia do consumo

pessoal Que eacute limitado

Outro aspecto que nem sempre se leva em consideraccedilatildeo eacute que juntashy

mente com a importaccedilatildeo de certos produtos satildeo importados tambeacutem a proshy

paganda e o exemplo dos paiacuteses ~esenvolvidos cujos niacuteveis de consumo

satildeo muito mais altos

- I Dominada por esse efeito demonstraccedilao que se soma a 1a5 as neshy

cessidades crescentes decorrentes do raacutepido crescimento demograacutefico a

populaccedilatildeo subdesenvolvida se esforccedila para comprar mais produzindo mais - dMas o consumo de produtos agro-pecuarios nao pode ser aumentado alem e

um certo limite aumentando-se a oferta os preccedilos tendem a cair Assim o

trabalho do povo se desvaloriza (econocircmicamente falando)i

Quanto as mateacuterias primas cuja demanda pode acompanhar a produccedilatildeo

industrial constituem elas reservas suscetiacuteveis de serem esgotadas ou

de perderem seu valor comercial em decorrecircncia de inovaccedilotildees tecnoloacutegicas

Aleacutem do mais na quase totalidade dos paiacuteses subdesenvolvidos a explora

ccedilatildeo dos seus recursos minerais ob~ece aos interecircsses de grupos estrangeishy

ros e soacute a ecircles beneficfa

33 Desenvolver a Industrializaccedilatildeo aumentando a capacidade de produccedilatildeo

A industrializaccedilatildeo estaacute condicionada por um certo nuacutemero de fatocircres

e deve subordinar-se a certas prioridades Uma dessas prioridades eacute defishy

nida pela necessidade de substituir aquelas importaccedilotildees de bens de consushy

mo que ocasionam maiores dificuldades nas relaccedilotildees de troca do paiacutes Oushy

tra seraacute determinada pela necessidade de se criar nos paiacuteses as industrishy

as de base isto eacute induacutestrias produtoras dos materiais de equipruJentos tw lO necessar10S a crlaccedilao de novas lndustr1as

Dos fatores que condicionam a industrializaccedilatildeo coloca-se a necessishy

dade de uma infra-estrutura adequada de traasporte~e comunicaccedilotildees e de eshy

nergia ~ evidente que as induacutestrias soacute podem desenvolver-se se haacute enershy

gia para acionar suas maacuteqUinas estradas para trazer mateacuteria prima e disshy

tribuir a produccedilatildeo e os meios de comunicaccedilatildeo para que as emprecircsas indusshy

triais o comeacutermio e os bancos possam coordenar e organizar suas atividashy

des com eficiecircncia

Por outro lado as induacutestrias natildeo poderatildeo fortalecer-se se natildeo aumen d d dmiddot t ar o numero os que po em comprar ~ua pro uccedilao 1Sto e se nao houver

mercado interno crescente no paiacutes P-i il ielJe eacute- p~~eo (i)l1amp dece~_~

OI tilbullbullbull da lailaatilde Ile iateente ul4idacirclha lllllaacuteliSIXoacutefrq

-ft 81es piFJIIacuteee 6 rbullbull taiuule 1 21i

HO crescimento global da economia dos pa1ses subdesenvolvidos nao

pode ser obtido com a necessaacuteria continuidade e rapidez se natildeo forem supeshy

rados os obstaacuteculos que constituem o chamado ciacuterculo vivioso

ste ttciacuterculo vicioso em geral pode ser caracterizado por uma poshy

pulaccedilatildeo muito grande com um nuacutemero reduzido de induacutestrias pouca matildeo de

obra qualificada e produzindo pouco com niacuteveis de salaacuterios de uma certa

maneira muito baixos Salaacuterios estes que em muitos casos datildeo mal para sushy

prir as necessidades essenciais e em outros datildeo apenas para o coasumo Haacute ainda uma minoria que embora ganhe muito gasta quase tudo em bens de con

sumo (vestuaacuterio automoacuteveis etc) sem aplicar em investimentos produtivos

(faacutebricas induacutestrias em geral etc) Nos vaacuterios casos como vemos natildeo eacute

feita nenhuma poupanccedila

E o que eacute popanccedila no sentido amplo pode-se dizer que o que natildeo foi

gasto foi poupado Mas para que haja poupanccedila realmente eacute preciso natildeo

soacute determinar um aumento de capital que eacute o estoque sobrante poreacutem invesshy

tir em bens de produccedilatildeo Donde se pode dizer que para haver um crescimenshy

to glObal da economia de um paiacutes eacute necessaacuterio que os recursos que era~de~

perdiccedilados ou empregados somente em bens de consumo sejam aplicados tamshy

beacutem em bens de produccedilatildeo ou em investimentos produtivos

~stes investimentos podem ser feitos de duas maneiras

a) o govecircrno obrigando por meios de leis os setores privados a investir seus

lucros de forma mais justa e adequada em setores que venham a contribuir

para um maior crescimento e desenvolvimento econocircmico da comunidade

b) o proacuteprio govecircrno recolhendo ecircsses recursos atraveacutes de impostos compulshy

soacuterios e investidno em empreendimentos que constituem a infra-estrutura (eshy

nergia eleeacutetrica recircde de aacutegua e esgocircto estradas de ferro e rodagem porshy

tos etc)

Isto deve ser feito atraveacutes de planos econocircmicos que reunam os invesshy

timentos puacuteblicos aos investimentos particulares sem permitir um exagerado

lucro as camadas sociais que jaacute gozrun de uma situaccedilatildeo por demais privilegishyada

bull

- 4

Em resumo a poupanccedila e

um elemento essencial para o desenvolvimenshy

to global econocircmico de um pa~s e deve ser forccedilada

a) impedindo todo consumo nao necessario e excessivo

b) aproveitando plenamente a matildeo de obra ou o trabalho das camadas da popushy

laccedilatildeo que estaacute sendo pouco utilizada

c) aumentando a produccedilatildeo pelos meios jaacute citados e especialmente pela proteshy

ccedilatildeo alfandegaacuteria que impeccedila a penetraccedilatildeo no paiacutes de produtos concorrentes

estrangeiros

Finalmente para que todo investimento possiacutevel seja efetivado eacute imshy

por~ante que o trabalho de uma hoc parte da populaccedilatildeo ateacute entatildeo mais ou ~

nosnativa seja aproveitado em setores essenciais O aumento da produccedilatildeo

exige natildeo soacute o aproveitamente de todos mas tambeacutem que haja um certo planeshy

jamento e que obedeccedila a certas teacutecnicas Contudo o povo soacute se enquadraraacute

neste regime de maior produtividade e soacute se capacitaraacute para ecircle se tiver

consciecircncia da situaccedilatildeo e se houver motivaccedilatildeo suficiente

35 Tomada de Consciecircncia por Parte da POP1qaccedilatildeo - Para noacutes um dos aspecshy--_----~-~ bullbull- ~ bullbullbullbull ~- - - - lt bullbullbullbull - - bullbullbull ~ -- bull shy

tos novos do subdesenvolvimento e talvez o mais importante como diz Yves

Lacoste eacute a tomada de consciecircncia da pcpulaccedilatildeo da sitUaccedilatildeo em que se enconshy

tra o seu paiacutes Isto eacute importante porque natildeo se pode falar em desenvolvishy

mento como algo abstrato como uma ideacuteia apenas

Soacute quando tOcircda a populaccedilatildeo toma consciecircncia e eacute mobilizada para venshyncer os problemas que lorrnam aque1e c~rcu1o que falamos anteriormente e que

comeccedila haver condiccedilotildees poliacuteticas favor~eis ao desenvolvimento

Poder-se-ia dizer tambeacutem que a tarefa de desenvolvimento eacute essenshy

cialmente poliacutetica e as necessaacuterias atitudes favoraacuteTeis ao desenvo1vimenshy N 1J __t o so poderao ser tomadas num regime de certa disciplina coletiva Ora~

sa discipfina tanto pode ser imposta QelQ focircrccedila r s~r exercida ppr JPDa qishy )IT~ ()A eurogt ~7 ~gt- Alt- (UL~oacute2c- e~ aT-lt ~ ~ltM ~~

tadur~como ser oeeelhids pGP ~e~~~ pOTO num olima de respeito ao outro

co~o pessoa CODO sujeito e natildeo como coisa

Por outro lado ecircsse esfocircrccedilo tanto pode ser feito num regime de inshy

justiccedilas que apenas exija sacritiacutecios de uma classe e natildeo de outras ou

num reGime onde os sacrifiacutecios e as responsabilidades satildeo igualmente reparshy

tidos entre todos Ressaltamos ai~t~ obra do desenvolvimento eacute inadishyaacutevel complexa e essencialmente ~18la Donde a tentativa de um prooesso

~i~~ ~~~~~~ ~1 ~~

~

-lt ~~middot~~~-~~~~~~~~ii~~~middot ~~

bull t t ~

r I l ~

fo~

I

I

que caminha para o desenvolvimento soacute seraacute autecircntica se atingir a tOdOS~

os setores

Terminando diremos ainda que a tomada de consciecircncia vai exigir

uma mudanccedila total de mentalidades de estruturas de relacionamentos Uma

reestruturaccedilatildeo nos setores econocircDicos poliacuteticos e sociais da sociedade

global

Gostariacuteamos de insistir para que se tivesse em conta que as diversshy

saa partes da fundamentaccedilatildeo do programa do IiEB satildeo uma tentativa de estushy

dar os aspectos diferentes de uma mesma sociedade a sociedade nacional

brasileira em relaccedilatildeo com sua posiccedilatildeo no mundo seus valocircres culturais

suas tradiccedilotildees de sociedade econocircrnicamente dedicada ao setor primaacuterio

o que deve e estaacute sendo mudado Por isso chamamos a atenccedilatildeo para que se

tenha~ sempre em mente os diversos fascculos natildeo como ~oisas separadas

e independentes mas como tentativa de estudar elementarmente os probleshy

mas fundamentais que devem ser conhecidos por elementos profissionais que

se dedicam agrave educaccedilatildeo de adultos do Brasil

l

MOVIMENTO DE EDUCACcedilAtildeO

DE BASE

FUNDAMENTACcedilAtildeO

DO PROGRAMA PAcircRAcirc 196

I parto PROMOQAtildeO mJlWA

F U N D A il E N T A ccedil I O

DO PROGR1JlA PARA 1965

2~ P i R T E PROIOCcedilAtildeO 1IuumliANA

O Introcluccedilco

1 Conscientizaccedilatildeo

11 O Bonon

12 O Trabc1ho

13 Conuniceccedilatildeo

4 d C 1 bull 1iO~OS e oDun~ccccedilao

15 Os Condicioncnentos Cu1turcis

16 O Heroi euro os j~oios de Ruumlolizoccedilco

17 A eclizoccedilatildeo de Pessoo nr FCJiacutelio

18 A Rco1izoccedilatildeo da Pessoa nr Sociodcde shy

2 bull OrgLn~Zcccediloo

21 Funccedileo Sociol do trcbalho

22 CoopGroccedil~o organizedc o nco orgw1izadc

23 Associativisno

24 Cooperaccedilatildeo Econocircnica

25 Accedil~o poliacutetioa

I

o INTRODUCcedilAtildeO

o trabalho de promoccedilatildeo humana eacute intriacutenseoo agrave proacutepria eduoaccedilatildeo uma vez que eduoar natildeo oonsiste em adaptar algueacutem a determinada sishytuaccedilatildeo a determinado tipo de sociedade mas dar elementos e eondishy

- tccediloes pera que o homem se forme Eduoar e levar O homem a omar oonsshyoiecircncia de seu napel de sujeito do mundo ~ integrar algueacutem na obra

fi cultural na accedilao do ho~em que transforma a natureza A educaccedilao e uma exigecircnoia e um direito de todos uma oondiccedilatildeo para que o homem se realize se afirme como pessoa e oonsequentemente se promova

Esta promoccedilatildeo natildeo deve ser individualista Deve ser uma autopr~ moccedilatildeo comunitaacuteria atraveacutes da qual se procure ajudar e apressar Na integraccedilatildeo de todos no processo de oriaccedilatildeo cultural Com isto nao se pretende uniformizar homens e culturas - o que seria Ullla aberra M

ccedilatildeo - mas humanizaacute-los aoeitando e respeitando as diferenccedilasDentro desta perspeotiva aohamos que soacute haacute promoccedilatildeo quando as necessidades da pessca tendem a ser satisfeitas Soacute haacute promoccedilatildeo quando haacute natildeo ashy

A

penas um despertar mas tambem uma tomada de oonsciencia do valor h~ mano e da posiccedilatildeo que cada homem ocupa no mundo Soacute haacute proLlOccedilatildeoquall do o homem tem acesso aos meios de comunioaccedilatildeo e quando no seio das instituiccedilotildees pode exeroer sua liberdade e responsabilidade oomo pe~ soa humana Soacute haacute promoccedilatildeo quando haacute partioipn~atildeo ativa da pessoa Soacute haacute promoccedilatildeo quando a pessoa escolhe o que e mais adequado agrave sua reali zaccedilatildeo -shy

Evidentemente em um trabalho de promoccedilatildeo haacute diversos estaacutegios Por isso natildeo se pode esquecer que tudo que foi coloo~do como sendo promoccedilatildeo pode se prooessar em um soacute momento ou em momentos diferen shyteso ~ essencial que se tenha presente e bem claro ateacute onde se quer chegar porque ecircste trabalho jameis pode ser feito desligampdo da eacuteposhyca do momento histoacuter~co em que o homem estaacute inserido Em nosso ces~ por exemplo seria utoacutepico pretender-se fazer um trabalho de promo shyccedilatildeo humana sem levar em oonsideraccediluumlo a realidade mundial brasil~ira e de LEB

Como atraveacutes de um trabalho educativo se pode contribuir para a autopromoccedilatildeodo povo Inicialmente formlmdo-o inoentivando-oin~ trumentclizando-o e criando condiccedilotildees pera que tome parte etive nas associaccedilotildees e organizaccedilotildees de sue comunidade criticando-as e melhOshyrando-as Estas associaccedilotildees satildeo oportunidades de cada um exeroersuos responsabilidades e liberdede Por seu intermeacutedio natildeo h~ apenes Q~ despertar mas um comecircccedilo de promoccedilatildeo do povo todo promoccedil~o nno ind vidualista utilitaacuteria mas e serviccedilo de comunidade

AI v N

Promoccedilao humana e ascenccedil2o de ocda homem de ceda fraccedilao da hushymanidede dos grupos que i~pulsionam esse mesma humenidede Dontro dessa perspectiva nco podeillos acoiter a presenccedila de marginalizados por miseacuteria ou por privileacute3iOs de classes ou de castas (Ver 1ebret Konifesto por uma Civilizaccedilatildeo Solidaacuteria pp 15 e 85)

middot1

bull

A recuperaccedileo do home)1 acrgincliacutezcdo jcucis ser1 conseguido por um simples trabclho de clfcbetizaccedil~o porque embora haja una corrol~ ccedilatildeo entre onalfabetismo e mcrgincliz[ccedil~o assiD couo entre cnclfcbe shytismo e subdesenvolvimento nco se pode dizer que o analfobestisDo s~ ja a causa da marginalizaccedil~o e muito menos do subdesenvolvimGnto~cei tar isto eacute querer como diz Pierre Furter tomcr o efeito pele causa A alfabetizaccedilatildeo purc e siLlplos nco tem sentido uma vez que c tIera ashyquisiccedilatildeo de alguns conhecimentos de leitura escrita e c~lculo n~o leva a participar conscientemente do desenvolvimento do pels e ter

fo r -- um consciencie cr~ ticc de realidde A alfCbetizcccedilac de cdultos deve levcr o conjunto de populcccedilotildeo a participer do desenvolviru3nto do peJsSoacute dentro dessa perspectiva estcreacute contribuindo pcrc a integraccedil~o do homem no processo de trcnsfOrli12ccedilGo cultural

Diremos cinda que um trcbolho de educcccedilecirco dentro desso pers shypectiva de promoccedilatildeo para ser autecircntico deve pcrtir de necessidcdede libertcccedil~o das clesses menos favorecidas Deve procurar propicicr os elementos necess(rios pcrc que cdc- homem tOLlo pcrte ctive no desen volvimen to de sues cOLlunid~des fezendo opccedilotildees pele conservoccedilecirco ou modificaccedilotildees de reelidade em ~ue se encontre Cremos que isso eacute fundQ mental t porque uma sociedcdc Lloderna e democr5tica teiacute] necc8sidade de umc cuI turc pcrticipcdc por todos Este cul turo deve perDi tir c tocircshydes as olasses ou cotegorios sooiois o todos os indiviacuteduos qualquer q~e seja seu estado profissional ou niacutevel de instruccedil~o uma particip~

nt~ 1V~ na da SOCla1 polt~oa ort18 tlea c i cntflCCccedil~o Vl economlca 1 1 espirituclt(Joffre Dumezedier Rcfleacutexions sur lentroinencnt L1Gntel Paris PEC pI) bull

2

1 C01~middotSCIETIZACcedilAtildeO

Para se ter consciecircncia de alguma coisa satildeo necessaacuterios apenas ao~s termos o sujeito que teH consciecircncia e a coisa da qual ecircle toshyma consciecircncia O ~o ~e con~~i~~ en~retanto exige a presen2a de uma segunda pessoa exige UBa cOBunicaccedilao entre dois sujeitos so~ bre alguma coisa Conteacutem assim trecircs tecircrmos dois sujeitos e um obshyjeto Conscientizaccedilatildeo implica consciencia de si e comunicaccedilatildeo dedois sujeitos pela mediaccedilatildeo do mundo Conscientizar eacute portanto dar el~ mentos par~ Que o homem tome consciecircncia do que ecircle eacute (consciecircncia de si) do que os outros satildeo (coillunicaccedilatildeo de dois sujeitos) e do ~ue eacute o mundo A maneira de se conscientizar eacute que pode cariar de acorshydo com a eacutepoca histoacuterica a concepccedilatildeo que se tem do homem a viseo que se tem do mundo e o sentido que S2 tem da histoacuteria

Todo trabalho que visa agrave promo2atildeo humana natildeo pode deixar de si shytuar-se numa linha de conscientizaccedilao Logo neo se pode pensar em fazer um trabalho de educaccedilatildeo tendo em vista uma autopromoccedil~o e uma a2atildeo visando uma mudanccedila de estruturas sem conscientizaccediluumlo O homem nao pode se formar dentro de uma certa perspectiva dentro de um co~ texto hist6rico determinado sem se tornar consciente de suas respon sabilidades de ci~Jdatildeo e consciente de suas responsabiliQades de hoshymem criado c im~~u de Deus

Donde Se conclui que educer formendo a pessoa humemo dentro dep ta perspectiva de promoccedilecirco comunitaacuteria implica sempre conscientiza~ ccedilampO uma vez qu~ e imposs~vel educar sem dar elementos pera que o hg mem tome consciencia do seu velar couo pessoa sues exigecircncias de reslizaccedilatildeo seu dever para com os outros sue capacidcde cricdora sua ccpcciCcde de comuniccccedilatildeo etc (Ver o trabclho lEduccccedileo e ConsshycientizaccedileoH de Raul Lcndim)

o processo de conscientizec5o v~ric de ac3rdo COD a conccpccedileo que se tem do homeu Que eacuteS o hOl18 pcre noacutes

Encarcdo somente eu sua clLwnsecirco cni mo1 o horleuuml pOdcruacute ser reshyd~zido um 9bjejfLAE_TJi1tu~e_ze 0010 os outros animlIacutes a Uhl ser quebull nao tr2nscencle a naturezc e estuacute submetido e seu det~rminisrlOI=os o comportamento Jnimol eacute puremente odcfJtativo e a cccedilco do hOmiddotlem eacutecleacutem de 8odeptctiva cricdorc A 1I000ccedil30 11 do oniael necirco crie 1111 mndo nocircvobull mes se estrutura e12 ll1e~ma CO10 90 mndo J2 o honeLl tolcdo como secircr que co~hece o mundo e nele oria eme ordem humana apresenta-se nco c~mo ~e~d~2~~ndo mes~como UD secircr~~o ~undo Sue vida sue cccedilecirco reashyl~zc-se no mundo mes ~le o transcende transcende a netureza torshynendo-a humanc 0010 Ser oonsciente o honlem se cfirme COIJO sectuieijio do mu~do tornando-o seu objeto

bull 3 bull

Conhocenagraveo o mundo o homoD escolhe pcr si um sentido decirc a seu oovimento e suc QCcedil~O um significedo que trQUscende e orde~ ncturel bull Dei dizer-se que e inserccedilatildeo do homem no ulmdo realize-se com anbiguishydede eacute UD sor que trenscendo o oundo e por isso recuse-se e situe~

- t t se como sor do o~~dco Entrct~nto sue eccedileo seu mOV1men o 1n r1nseco que o eperfeiccediloc reclizc-middots8 no 2mndo

A relcccedil~o do hurlOo COrJ o 11Undo ecirc umo rel--ccedilco ocdietizada pelo trcbclho B cinde 1 frent~ ~os outros homens ume relcccedilco de comunic~ ccedilo 1 que pode ser expresse 00 domincccedil~o ou eo -0coTI1ecinento (LiE]BFur dcmenteccedileacutev de rViver ecirc Lutcr Pj) 1-4)

Ume vez feita ~ cu~ccccedil~o do que o homem no sentido genrico sereacute ebo( ]0 ll ponto que e qiacutelJse umo decorrecircncia decircste dignidede feminino

Iniciclmente diremos QU9 noo h~ nede que distinga o homem de mushylher no pleno de dignidcde t1U~~e cnquento ser recional cepaz de trenscender o mlli1do em (xis tecircncie pessocl relecioncde com os homens e com Deus (l]iB FundeL1cntaccedilao de Viver Luter p 22) Se fizershymos uo estudo dos texto biacuteblicos 8 dOecircl docunentos uontifiacutecios que tra tem de flll1er e~contrclmiddoteos trechos provendo qu~ elo e O honem sio igucis qucnto agrave n2 ZC o dignidocle criou Deus o honem e sue imeshygem crioumiddot o ecirc imepGLl de (11S e cri(Umiddotmiddotos honem o Tmlher (GenI27) bull Comoveuuacute~ o texto n~o fez elusZo elguwc n superioridcde de um ou de outro sexo~

Nos eplstoles do S~o Pculo 118 t~beacutem1 vaacuterias Pcsscgcns onde eacutele abordo o problema dentro desse perspective de igueldede dos secircros hushymenos Assin ne ]~ Epiacutestole eos corin~oos (XI1112) o apoacutestolo nos diz bullbullbull nem o hOriacuteED exisie SCi e mulher nem e mulher 8011 o homem $

no Senhor Porque se e mulher foi tircdf do honc1 t2tlbm o homoLl foi concebido pole Lulher 1 ll~S tocircdes cs coiacuteses vecircm de Deus o Dirigindo-se aos Gaacuteletes diz lo natildeo h6 judeu nOD gregos nco h~ servo nom hoshymO1 livre n~o baacute hOIleD) nol Bulher Porque todos voacutes sois Ul] soacute em Cmiddot ( 1 -I 2 )8SUS r~sGO J 1 ~ 8

Pertindo desses coloccccedilotildees 1 UlilC pergunte se irJpotildee eil que consis te esse dignjdcoacutee que e Llulher recebeu de Deus Pio XII responde de

bull Uile formc oul to lllcidc eacute soacute interrogcr e noturezo huncuc tel qucl Deus) foJuou elevcCc e rcsgctedc pelo sengue de Cristo Em sue digni dede pesso~l de FilhGB de Deus o houem e e mulher SQO ebsolutamonteshy

bull igucis bullbullbull (Pio XII Alocuccedilco ~8 mulheres itclicuas en 211045) bull

Com efei to pode-se dizer que c rlulher e o homem sco iguois que to c ncturezc e c dignidede eT1borc haje olgumes diferemccediles de fUlCcedilOtildea3 A primeirc delcs e e meis fundeDltmtol neacuteo reste dUacutevide eacute o bioloacutegimiddotmiddot ca A proacutepria estruture fisice do houem e de mulher det0ruino funccedilotildees diversos no que concerne e proc~ioccedil~o Ao ledo desses diferenccedilcs eshyxistem as de ordem psicolocircgics c que se epresentoo socircbre vaacuterios ospe9 tos Sco esses diforenccediles de funccediloes fiacutesico-ps~quicas quo levam o hoshy

4 o

BeD e Co li1UIher c se cOrJpIGt~reEl 1-LCS nroN soo G 1as que dtc ori1ncn o d dque e proprio prro o honGI ou par c mul~er eLl terrlOs 00 1Vlso~ c

trabalho G d0 possibiliddcs d0 reclizeccedilao Acrcditauos quo as d1fc shyrenccedilas existem mas satildeo devidasGB grande parte a condicionaDcntos sociais

O trcbclho servil etribuiclo C I1ulher sua proacuteprie cveliaccedileo coshy f h t imo objeto de que os honcms se serve sao U-J enOLlono lS orlOO e cv shy

dencicm una si tucccedilatildeo dG injusticcedilc e de dorincccedilatildeo por pcrte do soxo nl culino (rmiddotmB Fundalwntaccedilco de lIViver oacute Lutar ll

p 22)

Atuelrlente nco soacute a tlulher reconhece suo dignidade rJC-S tenbbl1 cada vez mais tone conscincia e reivindica direitos e devores con shysentecircneos 0011 ess dignidade tento nc vida fcmilier OOBO na vida s2 oial (PT 41) Aceitcr que a r1Ulher eacute pessoa no sentido pleno de ~2 I avrD eacute efirt1Dr que ela eacute iguel co honem e negar que ele seje UH ser que encontre sue rnzco de existir no honem Partindo dessas colocaccedilotildees podemos concluirl n r1Ulher necirco Gxiste c surviccedilo do honem nGliacute1 o hODum a suacuterviccedilo da uuIher Llas todos os dois a serviccedilo da obre do gecircnero h~ IDno a serviccedilo de construccedilecirco do wundo (Jecques Leclerq Vors unuacute ff mille nouvelle - Ed Universitcires Pris 1962 ccplIl)

1 2 Trebclho~EQ

Vrios sEo os sentidos ddos eo torno IItrebelho PCre uns b ecirclo o mediador entro o h0l210n e o nunc1o pera outros 3 o 0io pelo qur1 o honem cteste sue presenccedilc pcssoel construindo une obre tlui tos jul

li shy

g~D-no enfim CODO o sinel dr transcendencia do homem sobro o mundo LIas nco eacute sonGnto neste pIeno que se -lcnifeste c plurelidcde dos sen tidos d~da co trCbalho HistoricCD0nte tGub6n toe-se dcbetido sSbre seu vclor Pare os Gregos por eXQLplo [ dignidcde do honeo estcYc ne etivid~cG contenplativa sondo o trebaIho m~ual desprozedo

A vis~o biacuteblico no entcnto eacute totelnuacutente diferente Deus ~ende que se cultive o pcrriacutezo (Gecircn 1115) O trcbclho penetra 0ntco no iacuten tino do sr hlo fcz perto do plc-l1o fundascn tel dG Deus sSbre o gecircshynero hmlcno O pecedo entretrnto degrade o honea E dai Oi~l dicmtc cnte s de expriuir e puj nccedil a do hOXCLl IacuteElcgem do Daus I o trcbclho se torno mIC (1ccedil20 uacuterdue e penosc__ Nturclwmte o tr~bclho devcrio SGr ULm ctividdu ospontacircnee e cIcgre uas pelo peocdo torno-so eacutelificil o doloroso A EncDrnaccedilatildeo e c Redonccedilco renovem cste visno dcndo UH sentido portioipcntenente criedor c rodemtor co cgir huncno J DOSDO se

bull do o trobclho Url~ tnrofc rclua nocircIe se desvende a r1c~is iacutentiLH1 o funshydemental espcrcnccedile do hOUOtH a eSIJorenccedilc da Sc~lvcccedilco

A oul turo nodorne cpresentc cOrJa denominedor COL1Uru o huaanisI10 do trobclho f eacute c pcrtir decircle que os veIocircres se torna0 fundcuontados t O houeu constroacutei un ~undo hunano onde se hun~niza huucniznneacutelo Eu SU41ns o brcbclho reIccione o hOIJOD con o mundo hU1cniza e 11turoze c oOtlunicn os hODens ~ntr8 si dando agrave accedilecirco hUDcnn UDe rcsponsobilidede universel

5

bull

rodo vlor do tr~ ~ ~ z e obre per cle p llZJshy

do antas - expressc o vclor doacute hOIlOU que pelo-tr~ r~vc~e o lnshytino do seu ser r sue trcnsecndecircncicv sobre o LlUndo 1 sue occedilco cricdore de UE D~O huunllo Ecirc pois o trcbelhoque revele o sentido do hoshy08n Ecirc po ser ecircle dinaDislo proacutenrio de UTl secircr consoiente e livrG~ que gcnha a suo digniclcdo CJB F~doJentcccedilEo de Viver 5 Lutcr PiP 5-7)

o hone1 eacute UI ser de relcccedilotildees COtlO ser consciente dicmte de nfl tureza ecircle nca cpel1CS c conhece L1oS troneforna-a pelo trobclha h ncnizan~c e ctrcveacutes do trcbclho se conunico eoo os outros honena Este conuniccccedilco entre os honens pode ser feit~ sob ducs forocsl de reeonhe~iDcnto e de douiu~ccedilCo

A conuniceccedilco eacute de reconnampuacuteinonto q~ndo uma pesso procure ~~~ tor a singulcridcde de outra nunc atitude de reconheciuwnto e de coor qucndo nco h~ conuniccdos j nas conuniccccedil~ qucndo nco heacute ct~~middot tude de deBpotisoo ou de sinples indiferenccedilc pelo que o outro eacute nas sitlum atitude de CJ10X e de respeito pelo outro 0000 pessoc cono sujeito COLlO ser presente-no nundo responseacutevel pelos outros seres Nilo posse elessi cr neI1 definir o outro 1 mcs ccredito nele c o resP Ed to Enfim c cOLluniccccedilatildeo sob e forJlc de reconheciucnto eacute equ~ la que se dirige co sujei to e quer sue reclizeccedilco oono pessoe coco liberdeee qucisquer que sejen seus dons ou defeitos

Acirco contr6rio c couuniceccedilecirco se fez so~ e fornE) de dO~Jincccedilecircoquca do treto o outro COilO objeto quendo o treta CODO U11 auscmtc 00110

un repertoacuterio ele dominc~co qu lO podu ser uacutetil ou cano Ui1 instruuc) to ~ minhe clisposi2coll Enumucl Eounier f O PcrsonclisLlop 63) Hn re~cccedilecirco de cloLlIacutencccedilao o qu ccontGce oacute UJl iechcnonto socircbre O cu N~o shy

hcuu BoviwmtodQ 2l pcrc O tu~ e fir1 de se chegu ao ~1 estebolg condo cs uumlTl bcses ro~is uw l1undo do crioccedileo hUJ1Cllc Fincll1ontc pocle~se dizer quo e counicoccedilecirco ele doninoccedilco rigoroscDcnto f c1cndo

N N N N

nco Indo suumlr to~ 0010 C ol1uniccccedil 00 porquG nco hc unc rolcccedil-o do eonsciecircllcics ncs cponcs cOlunicedos ou inposiccedilotildees entre honens

Lbrowos r t cu que u c t r[wes d C comunJccccedilco cntVi C~1b I ro os h ODeus q~e o hO_lGLl recrio c Ci~ ~middotQDQn to i pcrticipcndo t CSSIacuteLi t no c to de Crif geo EstL COUll1iccccedilotilde-o ecircste [to de CDor eacute o reflexo do Deus na criashyture t rio lODOU

NIrbullcs c nluni CCccedil co entre Deus e o hOLleo nco se r~ SUllG nc obro do bull I

crJcccedilco 6l )U8 Deus se Imnifesta poreacuten eacute um~ relGccedilco que continua a existir e 2 reclizcr-se c trotildeveacutes dos teupos e que v~i cteacute a Pcrus1~

6

Natildeo se pode falar eu cormnicnccedilatildeo desoonhecendo-se os meios que possibilitem sua realizaccedilatildeo

O primeiro decircles eacute o lrab_2J11o O trnbclho cooo j5__foi c1itot~ansect forma e na-cureza y ateste a vide hunane e e aperfeiccediloa -S e tclben a nosso ver o principel meio pelo qual o honem se comunicc COB os ou~ tros homens

Ao lado do trabalho outro ~leio de comunicaccedil~o que mereee um real - t t daes aque e a ~JLu~aJLao Se entendernos e ace~ armas a e uoaccedilao omo pr~ cesso global de reelizaccedilatildeo hUllllme que iaplica eu accedilatildeo cperfeiccediloadorc nco soacute por pcrte do educ2ndo Em8 tG~1beacutem por perte do educador procosect so pelo qual o honeu cresce no contato eoo os outros h011ons e 001 a nCtureza tr2nsforwmdo estc em cultura e conunicando-ee com os outroe

t 1 d n e ducaccedilco soro necesser~cl]en e a~a ogo sera I1e~o o COE1Ul1~CCCcedilco ou a comuniceccedilatildeo por excel~ncia

Outro meio que nos pcrece UlJ dos wuumls espontecircneos c por isso I18sect

OOUI dos mcis rioos eacute G Ete_l-012~ar A arte populr lonifostc a sensibiliclcde geral dos que c praticCil por UL1C seleccedilro de lotivos que sco ume espeacutecie de lingucgeJl oifr2da Por detraacutes desses elOiwJltos apashyren temente sinples apcrcnteilcmte desconexos mui tos VecircZiCS 00 observS

t N f t bulld or es t remh o e pouco d esev~scoO 03 00 cs ~n ~n~ es e ver~aiacutel~S3~Ke ex pcriEacutelncics relizcdcs por m1i-bcs geraccedilotildeos (IIEB Justific~ccedil2o de lIVi ver eacute Lutcr p 86)

Ao lado dessos meios tclvez os a2is ricos lembrorelOS OUbros 02 110 veremos c seguir

L QQPv~~_rsQ por e~eLlplo eacute Ul1 decircles No meio rurcl sobrotudool2 tono o lugcr da lintUcgen escritc Lpresentc-se sob os forlcs Dsis vcshyriadcs I desde os ilbate-papos os liDoxericos 1i oteacute os notcias que s~o trczidas dos oentros urbonos atrovGs do Severino que foi c feiro ou do chofer de ocninhOcirco que pcsse todos os dics 11 estrcdcbull

Ao Icdo ele converse orol outro Deio de coouniccccedil~o que uercce ser lembredo eacute ~ 9orr~on~~Icj_c ccrtcs d negoacuteoio assuntos fc1ilic shyres pcrtioipoccediloes socicis eto Tudo isso e cssunto dr converse ascri shytc Reconhecendo a ililport~l1cia decircsse Deio lar1ontcoos o fe-to do Lmi tos homens n~o o podoreo utilizcr parc 80 OOrluniccr eoo outros hOlJGns as a cOL1un~caccedilco ~ s t coril o IV~Den t o d c t n-oc d ~~nc~a aOSOl1VO ocn~ca N prrou ci Houve uo ercnde cperfciccediloL1CntO liiacuteovos meios surgiran tJleacutecrcfo telefone iaprensa r5dio cincuc televisatildeo etc

o te~bgr~fo por exe~lplo vaio resolver o problerlc dr rcotildepidoz dr comunicccedilco uumlscr~ ta eilborc 8ejr UL leio ustdo qu~so quo c~clusivrDonshyte nc zonc ul~bncbull J2 0 tuumllofone necirco soacute fccili tou L1cs t-Llbbruuml foi UDa sOiuccedilao pcr COlSCs CTI r~gc GGg~en UH rU~uCS que t es ob tOr~c1Cm t c

cont1to direto ou escrito Desdo os reccdoa utilit~rios os ch~nCldos o

7

bullbull

e pedidos de fornecin8nto ctC os siuples bcto-prpos o telefone siJ shy1 f t t R t 1 b bull (lUP J Joou nuJ o c CC~lunJC-Ccediloo c CJs nOJe es c 0Ll rer 1ioa~vJe c ~ t lo no nosso pCJs esse -18JO ele CODU11JCCcediloO S0 ros rJngc quase 2pono8 c

tzona urb cne e cssJr1 UClSilO prGocrlc10n e

CorJl relccedileo c~ iruumlpronsc podo se dizer quo lc foi 9U030 Ull suco A N - A

dana0 de convorscccedilco orel e de corrcspondcncie COLlO est2 t ele uuml touumlshyb d d er1 voa c UD grcn e nUDero ao l1OrJons

O hOLWD ctuclBGnte t conte cor outros rteios de OOUU-YJ1CCcedilCO

O oine~ por exenplo quendo beD reelisodo eacute uu dos neios noisbull bull 110 d d 1 t rJcos CJneDc G U110 espcele e De JoClor en re nos e c proprle VJClc

entre os ngtssos olhos e dos outros llomens Atrcveacutes do c11180 o houon torna-se trc~nsporente i luz eloqientc dirige se pcrc o rosto os olhos que nos revelcl c SU2 personelidede Uco Llportc quo seja o

t t t fN U t vlgCrJO o pros 2 u C ou o or 00 112 purgun C seLlpre G I GljjC que]H HA

Sco eles CruzcDos diricllente COD centcmes de pessos nca neo nos encontrDos Feltc-nos teopo pcrc isto e sobretudo disponibilidede Eol olhemos o proacutexirlo O hote~ torlo se UD eoisu u- objotol pcrc o Jutro hOD8l 1188 o cineLlJ nos obriga senpre e pergunte qUOl s~o ocircles E ueis cindc nos leve ~ indcgoccedil~o qUCD sou eu (Guido Logger sscc Educar pare o Cineua ColoccedilGO ~ducer perc e Vide Cedorno 2Peshytroacutepolis Vozes p 7) Coo VODOS D iuportecircncic do cincua OOilO l1cio de conunic~ccedil2o t enorLle InfclizJonte eacute tc-beacuten G ~oIillClc rcstl~i to c zono urbcn c bull

(J t d d middotun o 0 ro -20 cpeser e sr ur iJeJO Donos rJCo quo o cJl1euC t

sue penGtroccedil~o c-uuito D~ior O rtdio chego aos lugaros do acesso ixds difici Por seu intaroacutedio o honen de zonc rurcl por oceuplo podo tot1c~r conhEciJcnto no soacute do quo 80 pcssc nc~ cidcde proacute~i~l~ 1~CS tCj~1-beacuteIl no p2is no rundo O proacuteprio middotfeto de o reacutedio ser utilizdo cono UiJ ins trunento dE oduceccedilo Oacute UL1 prove de seu vgtlor

Entre o Oi1101C C o reacutedio poder-se-it) situer o te18visecirco Necirco res t duacutevidc qUG G U1 elos Lcios 1i8 Dod)rnos do conunic-~ccedil2Co~-middot-que nOD

seGpre 6 be~ aprovQitdo Sue influ3ncia ontretento fico licitada co Deio urbeno ou colhor oos gr~ndcs centros

middot T d cvJ e ncO so pode flccr prosoAost0S D010S de coo c COu11CoCcedilCO

10 sendo os uacutenicos Outros eJds-cer e dCSClroqI1hD UD pcpel deoisivo so bre es populeccedilotildees co~o eacute o ocso dcs estrcdcs que pouco c pouco vOtildeOacute ligendo deg pois todo Sobretudo o tr~fego ceacutereo inpriDc e estos co~un ccccedilotildees a repidez do seacuteculo

A tu-liiacutel mte j~ nco constitui novidcd0 clgune dizer-se que grcJlde nUacutet10ro de brcsiloiros no pcrtioipe de vide culturol do Pcs Nel se] pre poreacuten se teu consciecircncie de Que c ciorie dos horous 1S0 ti _tu

bull 8 bull

10it~ dc 21lJ t~f rillS sim Qbjcto dc cul tUla de una li~oric e que o de sn~vel cul tural proporei ano UI1 tipo de i2crginclizcccedilco que dificulte e proacuteprio conuniccccedilco entre os homens e entre os diversos grupos soshycieis

o desniacutevel cultural gere COUUIlOnte desniacuteveis nos plenos Gconocircoishyco sociruuml poliacutetico e religioso Por cCuse decircsse desnivolanento e sociedede bresilcirc cteacute hoje esteacute forocdc por grupos culturclu0nta e strctific-dos Nco foruumlc UrJ tocio t no quel o rasul todo dCs olcboro shyccedilotildees cultur~is eacute pcrticipcdo por todos oesoo que ecircles ~~o pcrticipeo dcs oeSLlC8 etivid~deacuteS ou no ueSLlO niacutevel Todos colcboran 112 oleboro shyccedilco oul turcl uCs nen todos taJ tido oportunidcde de prticipcr pro shy

bull porcionclnonte dr suo 8ignific-ccedileo Ore isso nco podo ser coeito ~ preciso trouumlher por UD tipo de socicdcde eL1 que se aceite o so epro voi tee oontribuiccedilco de todos s preciso trebClhcr por up tipo de 80- ciedcde onde o oulturc suje cepcz de sotisf~zer ~s verdodoircs e toshytcis necuacutessid~des do houem

tI d-- necosscr~o ~r bOl clCro qU8 qU1 quer t N o~cs G ~n uumlnccediloo propor shycioncr co houcu 1lgun loio do il-lhoric cul turl teLl quo prtir decircle

e h Jvo raSSDO TGJ-S8 (Ueacute pc_r t lr d o prlnc~p~o que AIc oucn o o 10 t pr~u

cipc_l de sue proacutepric forneccedilco TOl-se que cjudcr o houou e se si tU8r eu seu contexto e scb0r distinfllir o que o difercnci1 ossenciclL1ente ds estrutures sociis dos conclicion~i8ntos de n1turczc c dos outros hO1ens 11 A priuoirc terofe do crist2iacuteo sc rochlOnte for crredo de

d e t f OSSi3S d obI- SUJClCO t lo scrlco e rns orucr nOeacuteOnSG JGtO GI c ornoshyrG_luen teilcgel de Deus se outoconfigurcnclo bull TI) so este cutooonfigushy

so so pod G f czer nc t t~Vldcde conSClOnC~ose ov~shyrcccedilco ln erSUDJO dente quo o hOiJo nso pode sor suj i to de cul tur sc so intogror no processo culturcl socil G hist6rico

RetoJl1CO ncis ur~ vez o cua j~ foi dito lonbrc~roDos que D

eccedileo hUHcnc per ser counicccedileo -elos honans entro si ter sClprc une d~oanseo socicl 1l cul turc protildepricwnte di tc nco eacute o produto dc 0- ccedileo do hOtleLl singulcr l2CS dos hOD8ns socicloGnte relrcioncdos Se e cfirncccedilco do hocen ele n turezo trcnsoendendo-o e trnsfOrj~lcnshydo-c 6n teo el eacute 0010 prosenccedilc c~o homeo no rlundo elenento de ligoshyccedil~o dGS hOBens entre si~ por isso ten que ser vivida por todos proshyporcio~elnento Cricdores decircsSG ~undo humno todos s~o rosponsaacuteveis pesso~uumlLlimte 8 8ilqucnto todo sociol pelo justiccedilo e injusticcedilo do or-

A shyden hUD~no de que eles so sujeitos Aceitcr ou recuscr injusticcedila1

(~c oreleu 20cic~1 n3o eacute torefc do hOllel isolcdo DC-S de toclos os honcns mqucnto secircres conscientes livres G c o JlUni teacuterios

A condiccedilecirco priueiro pc~r~ quo o hOrl211 s~ ~001izc COD0 pOSSOB e

que os direi tos que 8Llcnau de suo proacuteprio neturezc sejcl respeitcdos Dntre os v~rios direitos scliunt~rcDOs os seguintes

9 bull

tA bull direito e eX1senc1~ bull eacutetiroi to 03 [leios l1cousstrios prc viver dignDL1011~O ~ direito ~ pesquise do vurdcdo e c infor~~ccedil~o vo=dico sabre 03

oconteeiuentos puacuteblicos bull diroito D p~rticipor dos bens do culture o ~ oduccccedil~o

direito yscolher livro~o~to sou prampprio ostndo du vider

diroi to trcbclhcr liVrElllOnte e de flOdo hULICnO J ~ N d bull o oons1re1uO oqU~S1Ccedil~O de

direi to [ locomover-se clontro de counidcde poliacutetioc diroito o associ~r-so direito c pcrticiper ctiv~~0ntc de vide puacuteblico

bull (pere ULl estudo deste prte vuumlr ospocicljJcnt~ c encolioc eGD in Terris paraacutegrefos 11 c 27 e c Doelcraccedilco dos Direitos do L1el de ONU t 011 1948)

Couo os direiios do possoo ast~o bOE axplicitcdos no p~ocu in Terris e CODO o tono Cultura pcrticul~rjJQnte no osp0eto do nU8ossidoshyde de todos pcrticiporc~ o cprovuitDro~ dos benefiacutecios de obro cultushyrol ~ abordcdo 00 outro perte do Fund~u8ntDccedilno verODOS oqui epencs o cspccto referente 00 direi middotto que middotGodos os hOiluns tOcircil Oacute instruccedilecirco o educcr-sc

Como j~ foi visto cduc~r ~ l0vcr o hOill~D c t08~r consci~ncia da S8U ppcl d0 sUji to do clmdo 6 illtogrcr clguOacuteLl n~ obro cul tur-l nc dh t occcedilco o 0-011 que rcnsforlc o nrdiurezc A educcccedilo e UIl~ oaG~ncJc uuml

Uil direi to ele todos Ul conc1iccedil~o pr~ quJ o h0L10 se roclizCi c so Af1rre aouo pessoE

Hd d t o d cut t d cE) uccccedileo uumlvero ser u 1nSl1ucwn u o-conSC~Cj1 Jzcccedilco nu grondu co1tiJiacutemto huneno quo vivo otilde llcroacuteoIl d- vide culturcl Di) voreacute ojuder o hOI1oU e tOoos os honollS a S0 de silnvolvoreu G c se intoshygrcreu no couunidodo trczondo pare elo os riquezas individueis o do grupo Todavia pcro que iste econtoccedila n uacuteducaccedil~o teu de ser pfrc tE dos tera de ser pcrc o povo =os que se exige dD uuo 0duccccedil~0 que so quor cbertc c todos uno educcccedilatildeo poro o povo Exige-so que 010 sirva

iE t od os e nlto cpencg o esmiddotcc ou oquelo clsse c estes ou oquoloB n-t~recircsses Oige-so que sejc flexiacutevel e responde agraves necessidc-dcs e ex gencics dos crcndes setocircrGs sooiois cnergentes c vide l1tcional

esoo10 couo instruDcnto d~ do~oerctizcccedilampo de culturc e~bGr~ n1o ~pencs orientar os que c procurnn DeilOCrctizedo sue funccedilotildeo sur~ ncis Llportaute reprflsentar o povo integrcmclo-o n sociodcderaquo necirco pcrc quo ~le se torne consuuidor pcssivo do u1c cultura que natildeo f3z

- ocs pcrc que sejo trcnsforuodor ( criedor de cul turco

Podemos concluir Qste i toa dizendo n8o se pode cccIacuteiicr uu odushycccedil~o 00 quo t5dc e quclquer plt880e nco encontro oondiccedilotildees pore uo cutentic~ reelizeccedilco UlJL ecluc~ccedilecirco que nco possibilito o rGalizfccedilecirco dcs exigol1cics de hUDcnizcccedilecirco senpre cresclmto d possoc htE1Dilo

bull 10 bull

11 d t 1 d 1 dmiddot bmiddot s t r ~ c O si~ pvssor 8 8 C -1) O SCC1C qUiacuteJ n1nguel1 pO 0 ~ --- L

llccedilSiJO O viver n(- nod v01ccr co Pi SOL 1wnbrer-s0 elOS ili1OS ~ ~ fmiddot

propr10 d0 cCde hOilOl ctingir sue p-r (iccedilco nc COiUl1lC~CcedilCO COE os outros Tl socicbi1iclcdt) i priilOiro lu~cr SU 8xprine nc cOLltmide d( fclilicr ond o hOllOl~l 0 c _ulhQr constituiacutedos n ~_[3~_4iuli9-qs so ordene1 uu co outro cos filhos pelo vinculo do cDor pJssocl ll

bull

Prre quo fcLiacutelio cjude ruacutecluente c rcclizcccedil3o de seus lllbros 6 necess6rio Que ele decirc eonciccedilotildees pcr qU0 todos d~sonvolvcll sue pIJrshy

bull sonclidcdo u hcjn uc vordcdoiro respoito e cccitcccedileo antro todos ~ Jf d cdrproc1so qUG sOJcu cC81tcS todcs cs Q1 urenccedilcs C V1 C propr1c U0 LO ~

UH cssio COI10 sucs inicietiVcs Isso soacute Se processe no QntcllcG qucn do heacute roeln-n to c orficnccedil c bull Jll tG ajUS Dunbros quc~ndo h~ COiu1ic~~ccedilecircotilde ErJ ULle pclvrc qundo h~ caor

PCrtindo dtisscs cloc ccedilotildecs ampo-nos conte que o middot~binto oni 1 soe Ul 1b1011t e -COCtOS Su r0 lJZCll qUnd o G0US Q bull 81cr onou L~OLQl(l~_

DO disporsos p=los unccrgos qu~ tGu for~ da ccsc so suumlntu~ felizes quendo se GnContrcll ou C]u-ndo os filhos gurrdu d-~ inf~ncic ou de juvGntudlt c lc~br-nccedil- du ua l-r onde cncontrcrcJ1 clOr Cf por isso

l J Omiddot t conuJccedilocs pcr~ su uosbnvolv0re~ S pc1S qua procurc~ crJcr cu oucs

P

CS occsiotildecs ULl sabi0i1to ojldo os filhos sojml considcrmlos COLO sujuumlishytos t COi10 soros dotedos d0 cOl1sci~nci e libordcdc sco sJ71prG r(COishy

Iiacutens- d s Lmiddotmiddotmiddotmiddot~brnmiddotmiddotmiddotos ~ 1nc~- ~ lU~ f~middotmiddotl1llmiddot on j s u UO n --Dros tJo ~JJ ~ oIl~ t- d - - 1_114 tond n

v c rdcd i rC1i utCJ t c rocliz8rJ~l-sG n2o eacute cquol2 onde h5 lUi to Ginhoiro I1CS onde h~ U11 lliacutenino da condiccedilotildees hUl1cncs uuml clOr onde toeos sro trs tedos co~o suji to o nco nOLiO coisa (VGr Jeccqu~s L8clorq Vore UIW

P~lIacutelle P-ris t d UniV(1~8i trircs 1962 ccpV)

A feJiacutelie t8D dirQi to e c-rtcs condiccedilotildelts tento do l1ctur0zc ecoshynOcirclica G social coa0 cul-curel ~lorcl que contribuCiJ pcxc consolida lc e cLlpcreacute-lc no dos0mpJllho do sue funccedilco (PTsect16) 802 lS lliacuteniIleOshycondiccedilotildees Gl h~bi tc~ccedil~o c de ltJsccbi11d-de 8conocircuice por oxoplo c f

1 d d b 111 ~C neo po uumlrc 11JU cr c todos sous Wil ros c sc Qcsenvo VQrOl o [1

s~ ro~liz2ra~ co~a plS80cS

Por outro ldo ilCOLlpotc Cos pcis o prioridcd0 do eacuteiroi to N 1 I ~) A ques t co do sustento o oducCccedilco dos proprlos f11hos PT ~17 80 eles

os educodores netos do seus filhos 1l U8 diriaacuteto L1[8 ( tcnbeb Ul doshyvor qUl corresp mdG co diroi to Que tel os filhos de exigir decircluuml6 ecircsto cuidcdo Dste oduccccedil~ot co~o o sustento aos filhos davo prolongcr-sont t t - qUl os es 011 COn01ccedilo08 nortle18 posscn v~ver por oon ~ proprle bull

roclizccedil3o de uu f~liacuteli~ no dcv t ~l

teric ~s qUG tecircm condiccedilotildees pcre qU0 seus m0~bros 80 rGclizo~ dGVG~ sr UL1 COlSC 013018 cUGJ ~bull

shyder UL1 pouco d G 81 C outres qu nca goznrl decircsses ~osuo vclampras

bull 11 bull

A pessoa por essSncie uu ser soci~l Por ser U2 todo ~b0rto e gneroso conforoc ~ oxprossecirc1o de lseri tein eacute que lhe uacute peculir un corte eburturr - cO[luniocccedil~o Q quc 01- teLl que vivor 0-1 sociodcshydv ~ no oontQto 001 os outros houcns no dieacutelogo quo o hOiJon so dli scobr8 e se integr ne couunid~cle 1 couunid~de aebo cjudcr o hoshyne1 c c tingir plenewunte sues porfiacuteJiccedilotildees c se roelizer

Segundo Leco XIII II Cbull soci0declo nco foi ins ti tuiacutede de lodo quw o hOlJOL1 c busque 00110 ULl fiLl i~cs pcrc que nele uuml por ole posshysue neios eficezcs per~ sue proacutepric pcrfoiccedilecirco ll (SC194) TI Joco X~III ne Pecon in Terris ll diz quo II sando os honans socieis por ncshyturezc ecirc lister que convivQu uns cou os outros Q prouov[~n o bca uuacuteshytuo Por este rezatildeo eacute GxiGocircnoie do u~m sociedede hUijnc bel consti shytuiacutedc que ~lutueuentG sc jeLl roconhecidos e cULlpridos os ruspoctivos diacuterGi tos e dGvres SO[110-S0 itUQILonte qU0 todos dcvcn tr-zor D

sue proacutepric cOl1tribuiccedilecirco c oonstruccedilecirco de uue sociodedell(PT 31)

lIGs C construccedilatildeo elo Ul novo tipo dli sociuacutededo de U~lo sociodode D~is hUDGnc duacutependern d~ col~borcccedil~o de todos dns diferontes rolishygiotildees dos divorsos grupos ~tnicos ou idooloacutegicos O cristco tOil que oster presente nesse novo tipo de sociodode Sue presenccedila eacute exigide pele ceridc~dc e eacute Ul1 iupcrctivo do proacuteprio Evmgolho Por outro lc-cla esso pruumlsonccedile tou que ser efetive orgenizc~de t preciso d0scobrir unc fOrrIo que Delhor possibilite c todos porticiper ctiveLlonto no sociedcduuml 0 de exercer plenruluumll1te o pepel de sujeito ne construccedil~o delo O hooeu CaDa sujeito de Histoacuterie n~o pOdO dcixor do p~rticishypcr direte ou indiretcilOnte de vide puacuteblico Sogundo Jono XXIII bull die c dia so torno une exig~ncie da proacuteprie dignidodo hUrlono poder toner perte ctiva ne vide puacuteblico aubore verie e Bodelid-de desse

t middotmiddot 11 (p 7 ) per 1C1pcccedileo ~ 3

bull 12 bull

bull

BIBLIOGRAFIA p~R APROFUlTDiIEHTO DESTA 1amp PLRTE

1 Lebret - lIcnifesto por uua Civilizcccedil[1o Solideacuteria Livrcric Duca Cidedes Sno Pcu10 bull

2 Joffre DUL1DZedier - Refleacutexions sur lEntrcinenent ~(mtc1 PEG Peria

3 lkul Lcndiu Educcccedilco e Conscientizeccedilco Docuoento de Estudo elo LI~B

4 ELliJcnuel ounier O PorsonclisLlo Livrcric 1or~is Ik1i tocircrc Lisect boc 1960

5 Rocno Guordini - O l_tmdo o c Pessoo Livrcric Ducs CidcdcStS~O Paulo 1963

6 Jean Louroux - VOC2ccedilco Criste elo HOL1er~ FlcDboy~nt

7 Jacques Leclerq Vers lln0 Fcuille Nouvelle Editions Universishytaircs Pcris 1962

8 JOco XXIII - Pocen in Terris Editocircrn Vozes do Petl~bpolis

9 Henrique Voz - Iorol e Rosponscbilidado Socicl t i postilc de Esshytudos do 1iliB

10 Pierre Furter - Propositions p0ur une Etude de lAnolphcbetis~lC cu Breacutesil (uiueogrcfcdo)

-

2 ORGANIZLCcedilAtildeO

o trsbalho pareoe ser a primeira mola c~ue llOtivou algum tipo de orgcnizaccedilatildeo social de orGanizaccedilatildeo de pessocs CO~l um fim comum detershyminado natildeo nos estamos referindo ao tecircrmo trabalho como todo ti

IW ~po de accedilao humana t mss a p~oduccedilao de bens e serv~ccedilos para consu~o_ ~ difiacutecil imaotildeinar como o interecircsse dessa produccedilno edge a comunicaccedilao de experiecircncias de novas teacutec~icas de deseJOS e Gxpectativas quanto agrave boa diviseo dos seus frutos qua~lto enfim agrave Civisatildeo do trabalho ~ ra melhor atender agrave produccedilatildeo

J3ergson diz que o primeiro homem eacute o uhomo faber que usa sua inteligecircncia para a transformaccedilatildeo do mundo eu seu proveito e o distin gue do homo eapiens ll que posteriormente 8J)arecemiddot como aquecircle que iE terpreta e explica o mundo sem proveito ce COnSUIlO Hatildeo nos interessa discutir a justeza dessa distinccedilgo mas verificar a importacircncia que tem o trcbelho proagraveutivo (do homo faberH ) no primeiro momento em que surge o homem como tal E lembrar que a organiz~ccedilatildeo da sociedade procura ser uma racionalizaccedilatildeo da melhor maneira de se obter um oacuteti shymo de consumo de bens e serviccedilos seja por tocircda a sociedade seja por um grupo ou uma classe etc (bens que soacute poclea ser obtidos pelo trcba1ho humeurono)

~ntre as funccedilotildees da famiacutelia em tocircdas as sociedades (ver item s~ bre Estrutura Social desta Fundamentaccedilatildeo) as mais oomuns satildeo a pro shycriaccedilatildeo a satisfaccedilatildeo sexual e a produccedilatildeo sabemos que nem sempre

I l d ~ 1 dI t 1 t nOSsa sociedade bull Em muitos Ccsos o cesal continua ligado agraves respecti shyvas fa~iacutelias de origem se01 constituir nove fL~iacutelia s r mcrca distinshytiva decircsse tipo de famiacutelia eacute justemente o fctltgt ele constituir uma unishydade de produccedilatildeo e consumo = se o trebclho une tcmbeacutem divide pois algum tipo de divisatildeo eacute necessaacuterio em quclquer orgcnizcccedilnoJ a divisa0 do trabclho A divisatildeo do trcbrlho eacute o priBGiro tipo de distinccedilecirco de J~jiSecirco_c~ia~ que se conhece 1 presente eIil toclo e qualquer tipo de sociedade L~ compreendemos o fsto de diferentes pessoas exercerem a mesma tarefa produtiva em ~iferentes lugcres ou horas como cocirclher frutos ehl ampois bosques diferentes ou por turnos clterncdos o f~to de pessors diferentes exercere~ tarefas imediat~Jonte complementcrescoshymo o caso em que uns cpcnham os frutos e outros jUltom um faz as 00shyves e outro lanccedil~ es s~mentes ou taref~s natildeo imociatomente complemen tares como uns caccedilarem e out~os pl~illtarem ou um dirigir o trator e outro plantar Agrave medida que a sociedade se toxna m~is complexa por shyque o nuacutemero de funccedilotildees e papeacuteis a representar so multiplica vai- se perdendo c no~atildeo dessa complemantcriedade E nasce o mito do homem que IIse fecircz sozinhollJ eacute o horaem queacredita que nao deve a ningueacutem o seu suoesso ou sebecloria 011 experiencic De feto que rclcccedilatildeo pcrece ter um trabclhcdor rural quo natildeo conhece cc1ccedildo COID um operrrio quo

o casament o e ~ga o [ 1ei1~ ~a cu mlne~ra como se r c uo men e em

bull 14 bull

trabalha em fnbrica de sapatos Como nco sa vecirc relaccedilco imediata a tendecircncia eacute de se crer que nco heacute rel~ccedilatildeo elguma

o Erasil tem seguido clgum tipo de poliacutetica econocircmica consciente e mais ou menos planific~da haacute pelo menos dez anos No cnt~nto soacute

lt ino mJmento em que umc pol~ tica econom~ce pro-uz rGs~ scoa v~s~ve~s ~~

mediatcmente (desemprecircgo perda do poder amp0 a~uisiccedileo do bens c servi ~~

Ccedil06 por perte dos assalariados etc ) e ~ue 80 passa c~cr con~~onc~~

coletivorllonin da reloccediloo entre UDC politiro e o dia adio C o c-(lil trlJ~alhf dor Eo e1tc~1to essa relcccedilco sempre existiu e ~BS10 o fato de nco se ter UJc polt tica econocircmic8 conscientemente defuumluumldc produz tmbeacutem seus frutos pcrc ccda cidcdatildeo A coploxic1cde c~s L1terreloiotildees 50 cieis foz COIU que se perca ccde vez mois o ncccedilco de divisco do treshyOolho e conseqUentenente ele suo funccedilco soci1

Que to neis complexo a sociedede qucnto J~middotior c nuacutemero eacutete funshyccedilotildees e papeacuteiS diferentes c cumprir e rGpresenc2r l2ior se torna o deDendcnoia do homem do fruto sociol do trsbclJo Nume sociedade bcse ad no extrctivismo isto eacute cuja subsistocircnci- se bcseia nc I1penha de oonsumo produzidos pela natureza eacute ben mais posslvel que cede um seshy d t o b tAJa cepcz e execu er todes es funccediloas neC0SSor~as 2 propr~a su s~s cll

Qla J o mesmo nuo acon t ece 0B umc OOil1p1exe como o nossac SOC~GCeCle

e~ que co mesmo tempo oria novas necessidades pare os homens e es ~S tisfcz Bm uma cidade um hOillem que nco ~cccedilitcsse quclquer tipo de re

N ( Nshy

lcccedilco socicl com os outros homens o portc(lto neo comprosse nco venshydasse 5 n~o troccsse nco pedisse) primoircmente nco teric cso netl raupc ~ teria grcnde dificuldade pcrc febricor um linho ou ender muito at6 encontrar Uille eacutervore ou qulquer plcntc que n~o tivesse sido plentcdc ou cuidedo por outro homem =esmo que nco se trctesse eacute1c um homem de cidade o probleme n~o serie menor pois o mlnimo c di ~ z~r sorie Que ecircle certemente uscric os conhecimentos adquiridos dos outros e trcnsmi tidov por ales -__- - shy

22 Coopercccedil3o

~~ssa diviso do trcb-lho ncde mcis eacute port2ntot que um tipo de ecircoopereccedilco A cooperaccedilatildeo eacute o fenocircmeno de interrcloccedil~o sociel que cQ mo vimos ~CilllC e nos i tens reltivos otilde comHB9_es3amp ostecirc ne b-se messhyme de vide hum-ne ~lG pode oer meis ou menos evidente c mGis ou me shy

Anos obsourc mes este sempre presente Sebelilos no entcnto que se tQ de coopcrr~eo eacute de clgurn forme consciente (impllci ta subentendidr) ele pode neo ser expltci te (cLrcmente expresse) pcrc tocircde sociedade em todo momento De mesmc fo~mc tocircd sociod-eacutelc eacute orgenizedc e tocircdo orgenizcccedilOcirco eacute igualmente consciente (eL1borc nem selpre explici t~~m(mtc~ Viwos no entcnto como eacute ffcil perder-seI em um sociedodc ccde voz meis complex~ como e nosse e ~res~p~ desse ooopercccedilOcirco e desso orgcshynizaccedil20 onte ccda consciecircncie

De clgume forme poeacuteLe-se portrnto dizGr ~ue tocircdc coopercccedilco 6 dz -lgum modo orgcnizada Por isso qucndo dize10s que ht ooopereccedilatildeo noo orgcnizeda e que temos como objetivo e cooporcccediluumlo orgenizeda eacute

bull 15 bull

preeiso que scibcmos exatc~ante o que queremos dizer para nco co~e termos engcno

~ freqUente como vimos que a dependecircncia social do homem no estGjc expliacutecita em determinados momentos ou sotores de uma socieda de Vimos por exemplo como eacute comum c idEio do homem que se foz sQ zinhou e t~hloS notcin de importecircncic decisiv que ccde grupo etri shybui ~ sue proacuteprio funccedilecirco no sociedade Ume freso muito comum refereshyse ecircs clcsses produtoras ll qucndo hll um pronuoiamento ou ctividcde

bull 6 shy taqu-lquer J QUC reune cpencs donos de grcnde 6 ~roprc S=6 e noo o ca cs pessoas que produzem D co ~osmo t~wPOf supoe que haja classes que n~o nroduzem o ~ue pelo Bonos eacute difiacutecil de cceiter senl que se de

J IJ11termine de qu~ tipode ~~d~~q se este trat~ndo De mesma forme o

bull oouum a roforoncie cs clcrsos trebe1hcdorost qucndo scbemos que trc bc1ho ~middottocircdc accedil~o humcne oomo jeacute foi visto no itQ~ 12 de II Perto duumlstc Fun~~ontcccedilecirco

Isso tuc1o proveacutem de ttI compreensecirco Llcoffil1letc de profundc 1~ terrel~ccedilco sooiol que liga os ho~ons e ~s VbZCS do esquecimento e~ que c~em os objotivos o ~B f~~9otildees quo der~ origem ~ dctermin~ shydos tipos de COilportrnento ficndo npens ~stes 111tiGlos~ o que cQOnteoeu t por exmplo coc dcnccedilcs ou festos folel~ricell sendo o ccso ncia ri tente oio o~rncvel cujo relccedilecirco com o Qucresma perece hoje ~rc coincidecircnoia

~

Com cs tormcB clc3sioacuteo8 uumle eoopercccedilco aconteoe t mesma coise Os Obj0tivos podem 1ereacuteer-se no esquecimento e tpel1CS peranecerom forshyms de eomportcmento nem Sef1pre mui to compreensiacuteveis E 1sso torno [lcil percebermos como nco 6 s~ o esqueoimento dos objetivosL mas t~nbm o de especto~iacuteundmenteia dz ~rlte~A~~~~~ de eoopereccedilco que levem c quo certos comportmcntos nco produzem os frutos que ser1~ neeessnrio produzir~ Coopercccedil~o nco orgcniz~dGf ~ portento c 80010 re9ecirco oneleoa objeacutet1v08 neacuteo esto elr-rmente determindos e onde os meios pcrc otingi los nco satildeo eficientemente escolhidos Chcmcreoo~ co contrrio de coo~ercccedilco orgcnizde cquele o~ que seus pcrtic1p~ te~ deterIllincm os objetiv08 c escolhem 08 110i08 meis eficiantes e cdeCu~do8 p-r~ Co tingi los

~xista~ m~ltiplcs rorm~s de coopar~ccedilco nco orgniz~do n~ vidn do no~so h~mem rurcl O mutiro ~ c foroc meis ciiacuteundid~ a possivol oenta meia oomplexe de eOOpGrc9~0 no meio rurel Edsta em todo O Bresil com nanes divereos (ver a Justificccedil~o de ilViver eacute Luter) bull Co~siste essanci~lmenta em uu tr~b~lho volunttxio feito por veacuterics possocs prc ctender c umc necessideuumlo espccficc aerclzente da un peSaDo ou fL1lic que prgc com comccedil8 Q bebes Poco ser pedido pCillo i~tampresscco ou de inicictivc da outros qun~o tone o none de trci shyccedilco EB clguns lugnres eacute S9~pxe UfJC inici~tivo co pctratildeo ou propri~ tlxio que pcgo 0011 fcrt distribuiccedil(o de bebiqs Cono 0steacute portu to OOllunente cssooiedo tI feste CU0 o illt0resscdo PrOIlove no fira de joru-dc Ll clgu~e lug[res c pclvrcl ficou corno sinocircnimo de feste

A troce de dics eacute tcmbaacutem muito comum e consista numa troce de dics de serviccedilo entre diferentes passocs ou fcJlics Um ~gricul tor

bull 16 bull

pede ~ um grupo de amigos ou conheoidos pera cjud~lo em daterm1nnd~ tcrefn e os pega em outros tentos dics de serviccedilo

Um aspeoto importcnte do desenvolvimento do Pro~r~n eacute justcmen te o levantcmento c desoriccedilatildeo e n oriacutetica desses formes de coopere-9~O Com relnccedilEo a esses formes podemos observer o seguinte

le) sucnto cos objetivos _ ~ importcnte que ecircle s se tornem bem cleros t que aa eomunj

dedes seibam que estco cooperendo orgecircniccmente e nco nos esquece~ bull mos de que em elguns lugares mutiratildeo eacute sinocircnimo de festa e samp isso

- eacute necesseacuterio conscientizc~-se de que n ooopereccedileacuteo ~ tenocirc meno indispenseacutevel c vida sociel e que ele eacute constcnte e n~o ocns1oshynnl isso tereacute importentes conseqHecircncics quento coe meios de reoUzn ccedilco oonorete de atividades oooperativistas shy

- tento o mutir~o quento e troce de dies gucrd~ um especto deeisivcmente individucliste pois heacute ~jude mcs o~dc um tem n sun pr6prin produccedilco e seus proacuteprios problemes eacute evidente que se o mut1 ~ A N bull ~

rco fosse ~te e fese de oomercializeccedileo dos produtos nt1ngirin meshylhor seueacute objetivosl esse noCcedilao eacute muito importcnte pnre um conceito d oomunidnde enquanto EarticipcccedilcO e um fim comum mo~oo que samp aos nomic~man~e n exploraccedilco em oomum dos maios de produccedilco trcri~ anaL mes benefcios usando-se o ilesmo princpio do mutiratildeo muitos tashyzeuacutel em um s~ die o que um soacute natildeo frz eu muitos cli cs 11 bull

21) gucntoatilde eficiecircnoijl dos meios

c troce de dins eacute meis eficiente do que o lJutiratildeo no asshypacto de ilpage lI embore ombos sejcrn trnbclho vOlunteacuterio onde natildeo It

corre dinh~iro cmboe ~~o pcgos um com comes e bebes e outro com trcbc1ho o que COLlpenst reclmente 311e1ho1 evidente que uo s1steoc de Iltrocc de Llutirco serc muito ucis econocircmico e produtivo parc t2 dos do que comido e gebidc que se conSOLle num soacute die

- cmbos Sc iniciotivos isolod08 quo podem mui tesO vacirczes se choccr e podem tcmbeacutem ficer 00 sebor de siopeties ou ont1pctics pessonis n eficiecircncia certamente oumcntcric se focircssem iniciotivoe coletiv~ente consentidos

- gerelmente cmbos opcrecem quando h~ unccessidcdell iato eacute um plcntio ctrascdo ou perdido doenccedilc eto e o prezo neacuteo permi

~1 shyt e que ume so f~l~ io de conte de tudo se o sentido de oooperc9ao estiver bem cltro eacute feacutecil cOilpreender que umc ltxcvisecirco poderio Ctlatilde nucr os ecsos de nec~esidode como aumenter o rendimento do trebclho pcr~ todos

~videnteL1ene esses obsarvcccedilotildees neacuteo seacuteo completos mcs cpones sugestotildees pera umc cneacutelise o ser empreendido polcs equipes e pelae comunidedes

~ iaporttnte fri sar que Co eccedilecirco educ~tivo vi S ldo organiza90 eacute oultiorce e tem de edcpter-se GS condiccedilotildees e Eotivcccedilotildees de e~d~ o~munidede ~no eacute n finalidode de um tipo de cccedil~o ooopereiivist~ quo

bull 17 bull

a define como mais efioiente na educaccedilatildeo para uma cooperaccedilatildeo organizashyda ~uitas vecirczes somos levados a desprezar alguns tipos de organiza shyccedilatildeo de reoreaccedilatildeo visando finalidades mais Ilaltas ll

bull ULl time de futebol com diretoria organizada de qual todos os 860i08 partioipem ativamenshyte tomando deoisotildees ooletivas discutindo em oomum problemas do time pode ser meis efioiente para a organizaccedilatildeo poliacutetica de uma oomunidade do que um comi tecirc poliacute tioo do qual sOacute partioipam alfllns IIIderes

Tendo sido feito um lev~~tLmento pele cogwlidade das atividades de oooperaccedilatildeo organizada nesta r O aspeot~ de meios oonoretR~ de que trata o programe pode ser explorado atraves da esoolha de um tipo de atividade que a comunidade considere i~portampnte ou que precise de reformul~iotildees mais urgentes ~ clero que ecircs~es ~_~~s~_~tos de or~ nizcccedilatildeo nao podem ser generalizados e que neo sao efioiontes se tratashy

t Ados so teor20cmen 8 So a prat10a a que SUSC1 t ara esses me20sbull quo se-rordfo mais bem assessorados pela supervisatildeo do que atraveacutes de programa shyccedilao de aulas

Tocircda organizaccedilatildeo ou accedilatildeo organizada teu alguns aspootos esscncXds que neacuteo estatildeo neoessagraveriamente presentes em qu~lquer momento ou ativi dade las que devem ser alocnccedilcdos sendo por isso mesmo 06 objot1 shyvos do essessorio educetiva do EB neste niacutevol

- os fins da orgeniz~ccedilco ou objetivos goreis que se definem em uma tendecircncic ou espireccedilco do grupo que delo pcrtioipo mas que se devem tornor oom o te~pof conscientes e cleromente distintos (por eshyxemplo no Ocso de um clube de futebol e divers~o)

- Oa obj0tivos cspociacuteficos isto eacute ~quilo que eonoretcacnte se pretenc1c clccnccedilcr dentro eo Ui dotOIUumlll-do prczo ou periacuteodo ou Olil

occlc etividrde progrcucdo (por eorlluumlO roclizcr UJ torneio ou oonsshytruir c sede do olube)

- un pleno ou pelo menos umc prcvisco de ~tividades queatildeen tro do prazo ou periacuteodo detenlincdo dever~ lover aos objetivos propo~ tos (um loilco ew tel data U2 jocircgo com ingresso pcgo e~ tal dote ug

mutir~o em tol dcta pcrs oonstruir c sede to olubo)

- mm divisecirco de funccedilotildees que ir-se-~ ocrccteriznuo melhor oom o correr do te4lpo ocs quo se deve procurar definir prc avi ter oonflishytos

- Wl meoanismo perCo cs decisotildees que deve ser desde o iniacuteoio determincdo cindc que venhe cou o teiJpo e sofrer JlOdifiocccedilotildees

lsse cspecto formeI de org-nizcccedilecirco pode SOl objeto de eulcs llteoacute ricca nc base de releto de expcriocircncics de outres couunidedes Pode se reletcI oomo funoiono o clube tol oOuO 6 escolhido c diretoriecoshymo se planejou determindo ctividcde eto seil ceir em risco imedieto de meBsifiocccedilecirco nco eacute preciso friser que ~s experiecircnci~s devem ser muacutel tiacuteplaa e diferentes pare eyi ter o crglilento de cutoridcde

bull 18 bull

23 Ass~eintivismo

Desde ~ momento em que v Ronem nuo p~sso decisivo de sue evol~ 9CO soube que scbie - Pcsso de reflexco - (Teilhcrd de Cherdin) peacutessou c se ~firuer meis e mcis numa perspectiva sooial E agrave medida em que a vida em sociedade aucenta contrariamente ao que muitos pea saro tamo~m aumenta a chance do homem se afirmar mais profundamente como ser pessoal t~iginal Neste sentido a vida s2c1al natildeo se con~ titui apenas da soma dos indivduos mas a integraccedilao dos homens nushyma vida comunitaacuteria que tende a se tornar oada vez mais universal ~ o fenocircmeno cue Joatildeo XXIII oonsidera tatildeo bem oom deg nome de socializ~

IM 1- fccedilao B o termo sociacutealizalao tal como o emprega o Papa naos re ~ re apenas a um regime jur~dico de bens mas a um processo historioo s6cio-cultural global onde as comunicaccedilotildees fsicas satildeo mais freqne~ tes e maior o acesso aos inumeraacuteveis bens comuns ou comunicaacuteveisda humanidade tais como a informaccedilatildeo a educaccedilatildeo a cultura (JYCalvez ~glise et Soci~teacute nconomique e LI~nseignement Social de Jean XXIII shytditions =ontaigne Paris- Capo I )

~ importante notar sobretudo que Joatildeo ~~rII nao toma o renocircm~ no de sooializaccedilatildeo co~o algo que resulta apenas do desenvolvimento das t~cnicas das ciecircncias do progresso da produtividade etc mas o considera como 110 fato do homemll(JYCalvez) Assim dentro da sQ cializaccedilatildeo crescente o fenocircmeno associativisl10 1l natildeo eacute algo de ext~ rior apenas ao homem mas decorre tamb~u ce SUE no tureza mais ntishyma do seu II ser ll Quando os hOl11ens se associam natildeo ~ apenas em fun ccedilatildeo de um objetivo externo fixado (para u~ ~utiratildeo por exemplo)maseacute tsfbeacutem um LJOVill811to eacuteie S1i6 eacuteJesconte evoluccedilatildeo G uroacutenrio do homerl

A w ~ - (

a llte31dencia natural e qUEse incoerc~vel pnrUacute a vida social Joao XXIII) D historicemente ecircle tem esponCiclo a esse tendecircnoia oom as mais variadas formas de associaccedilatildeo decircsde o pl~~o internacional ateacute aos pequenos grupamentos Exemplo disso satildeo as vaacuterias organiz~otildeGs internacione~s os partidos polticos as sociedades recreativasesshyportivas culturais as associaccedilotildees de classe as associaccedilotildees proi~ aionais os sindicatos etc

Natildeo se pode no entanto - e isso eacute importante - atribuir o surgi mento de formas de associaccedilotildees somente agrave tendecircncia do homem para atilde vida social Haacute uma estreite interaccedilatildeo dessa tendecircncia com o progresshyso da teacutecnioa das ciecircncias dos meios de comunicaccedilatildeo ~stes fatocircres trazem de maneiras mais uiversas solicitaccedilotildees pera e intensiioc shyccedilatildeo da vida social e do associativismo t o ceso por exemplo de faacuteshybricas usinas induacutestrias que surgem e exigem um certo volume dematildeo de obra que leva um g~po de indivduos a se aproximar c estar fl~ sicemente em contato contiacutenuo assim como sua uni~o em tocircrno de deshyterminadas reivindicaccedilotildees (ex sindicato que luta por aumento de se llrios ou por mudanccedila de estruturas etc) Outro exemplo disso eacute o aparecimento de colonizaccedilatildeo agrcolc ue leva camuoneses screm- de uma dispersa0 geogrcfica e se concentrarem passando a-uma vida sooial mais intensa formcnuo te~beacutemf ~s vecirczes cooperativas clubes esportivos sindicatos etc

bull 19 bull

llas por outro lcdo eacute preciso considernIlnos que por suc vez o progresso de teacutecnica e das ciecircncias t bem como dos Llios de comun ecccedilatildeo t natildeo surgirDm de um c1eterdinismo cego 111bo1a nao sejamos seE pre senhores das focircrccedilas e das leis do natureza o que muitas vecirczes nos apareoe como um determinismo como ume necessidade exterior cshypencsL eacute fruto de gestos jaacute colOCfdos pelo homem II~ fruto dt humashynizcccedileo mesma de nctureza Co qua1 nos entregamos para exprimir no

1 h t dfso liberdade E ele resto e possJve ao amem novamen e mo ] lcar o determinismo que seus proacuteprios gestos criaram (Ver JYCclvez oshybre ci tede) bull

Outro ponto e considerr aqui eacute o pcpel do -Jst2do e a sua eresect cento intervenccedilco em nssuntos de interecircsse da ooletividade ~u1tas vecirczes a discussatildeo decircste ponto leva a posiccedilatildeo que em ncda eorrespol dem agrave verdadeira dimensatildeo da questatildeo Assim uns defendem opaixonashydemente e intervenccedilatildeo totcl do Dstado ao pesso que outros rejeitem qUflquer tipo de intervenccedilatildeomiddot hlwendo aindc um nuacutem~ro ponderaacutevel que aceita a intervenccedilno modercda Entretc~to o ponto central da quesshytatildeo n~o_~ se o Dstado deve e pode intervir t m~isou menos ~ imporshyt~~te nco considerar a crescente intervenccedilco C020 um deter~inismo cbSbluto JY Celvez interpretcndo o pensamento de Joco XXIII n ecircsse respeito elucide c questatildeo de mlmeirc sLp1uumls e precisai 11 O pcpc vecirc nesta intervenccedilatildeo um resultado ou cinda um sinal - um nd ee - da sociclizoccedil~o em curso tntes que urua ccusc Logo se Co in shytervenccedilco (lo Estedo ~ ume espostc c certas edecircncics de sociclizcIV ccedilao e tambem elgo de profund~ente ligado co tempo e co espaccedilo e um fenocircmeno situcdo histoacuterico nco pollondo existir r eceitcs unishyversais e perenes c ecircste respeito

A considorcccedilco decircsse ponto eacute import~~te pcTC o trcbclho de oompreens~o e cneacutelise criacutetica de presenccedile do ~stedo nas questotildees li gadcs sos movimentos de associaccedilatildeo e luta dos trcbe1hadores

Inuacutemeros teu sido os pronunciamentos textos leis que consid9 ram o importecircncic do associativismo 3m sucs vsrias forlcs recoshynhecendo-o como um direito ~is alguns dos rucis oonhecidos

ITodo homem tem direi to a orgcnizcr s1ndic~~tos e a necircles ingres sar para a prltteccedilco de seus interecircsses iacutel (Declarcccediluumlo dos Dicei tos dobull

Homem art23S4)

ti tl gcrrntida a liberdade de cssocicccedilotildeo p~rc fins 110i tos lieshynhuma associaccedilatildeo poderaacute ser oompu1soacuteriamente dissolvida sen~o em virtude de sentenccedila judicialll(ConstituiccedilOtildeo Brcsileiraart141sect12)

IIJfi livre a associaccedilatildeo profissional ou sindical sendo regula das por lei a forma de sua constituiccedilatildeo e sue representeccedilco legal nas convenccedilotildees co1etivrs de trcbclho e o exerciacuteco de funccedilotildees deleshygadas pelo poder puacuteblicotl(Constituiccedilatildeo Brasileira art 159)

UNe eacutepoca moderna umentou notevelmcnte o movimento assoeinti vo dos trcbclh~dores e foi reconhecido em oacuteercl nas disposiccedilotildees shy

bull 20 bull

fi

jurdioes dos Ilstcdos e ateacute no plano internecionel bullbullbull

IINco podemos todavia deixcr de notcr 00110 eacute ~til ou cteacute nece s~rio que c voz dos trcbclhcdores tenho possibilidade de se fezar o~ vir e ctender fora mesmo da ceda organismo produtivo e isto em to-

Imiddot 11 (t~middot - 94)d os os nJveJs bull l - bull

IlDa socicbilidcde ncturol de passoc humal1c~ proveacutem o direito de reuni~o e de associQccedil~o bem como o de conferir cs essocicccedil~es c for~ me que aos membros precer meis idocircnecs c finclidcde em viste e de cgir dentro destas por conte proacuteprio e risco conduzindo-os aos elm~ jrdos finsl (PT23)

~~ O ~ue foi dito acime eacute relctivo e textos legeis e pronunci~en tos do Pepe Joco XXIII No entcnto existem einde outres referecircncic~ entre DS queis cs mui to discutidcs de rrx

Uma forme de ossocicccedil~o oonsidercde importcntc eacute o sindicelisshymo surgido cpoacutes a Revoluccedileo Industrial Vnrios movimentos signifio~ tivos de trcbelhcdores EHLl wui tos pases ncscercm ou se desenvolveshyrum c partir do sindicelismo

No Brcsil o sindic~to foi oriedo nos noldes do sistemc sindi shyccl do fooismo i talirno princi prlmonte f e eacute extremamente 1igcdo 00

Poqer Puacuteblico Tocircdr- c vide sincliccl eacute proviste por lei A lei QstcbCcedil Ieee oS requisitos desde pGra G fundcccedilno e funcioncmento do sindic~ to ctecirc os fins prerrocativcs e deveres Aacute liberdade dentro do sin d~ccto entno eacute c liberdede que c legislcccedil~o sindiccl permite e proshyve Outra pcrticuleridedo do sindicclismo hreDilciro eacute c vorticclid~ de I sindicrtos federeccedilocirces confedercccedilatildeo prc cdl cDtegoria ( na cctegorics tr41beacutem sco previstcs pele lei) Uno eacute permitido que ceteshygories sindicais diferentes se cordenem numc horizontclidcdeAssim se 08 sindicctos dos metcluacutergioos e dos forrovi~riosf por exemplo quisessem se coordenlr seria impossvol (dentro de legislaccedileacuteo sind ccl brasileirc) Onde cctesoric deve (do ponto de viste de lei sindi CCl) desclvolver sues ctividdes sindiccia iso1cdclllente

N~ necess~rio obsorvcr que tcl estrltturc sindiccl tatildeo enfcixcda na roco do Poder Puacuteblico tir~~do muito dl necesseacuteria cutonomic dos sindicctos dendo foacutermules pcdronizedls de funcionamento pode trens formeacute-los num instrumento de clesse dirigente ~penas cleacutem de n~ dtr oportunidades de se desenvolver plenCLlfmte ~ ccocidcde dos sin dicclizodos e seus dirigentes de lIe1riare41 algo de proacuteprio dentro do sindiccto Da D necessidede dos dirigentes sindicais serem realshymente a oxpressco do clesse quer di zor SerG~1 pessoes que estejom prontos e trcbclhor reelmG~te no sentido des cspircccedilocirces de clc6seP~ ra Jsso e neoesscr~o que se tenhe conscienc~c LO que e e do quo poshyde ser o sindiceto como oacutereco vordodoiro cc prollloccedillio

bull 21 bull

Haacute disposiccedilotildees legEds m~Js ou menos antisas a raspei to da sin d1calizaccedilatildeo rural no Brasil Entretanto foi pr1ncipal~3nte fi partir de 1962 que o assunto tOllOU vulto e comeccedilaram a surgir v~rias disshyposiccedilotildees simIlificcndo a f O T1112Ccedilatildeo dos sindicatos rurcis pl~ooossomel to e expediccedilao de oartas sindicais

Dentre as vaacuterias disposiccedilotildees () as que natildeo soacute sintetizum a Flashyteacuteria jaacute re8~lada oomo apresenta aspectos novos S~O

- Lei nO 4214 de 231963 - Estatuto do Tr[b[~lh2dor Rushyral pub1ic~do no Di~rio Of cial da Uni~o em 1836

~ Portcrias nQs 346 e 347 de l76l96j- Regula0 a Orgc~1 zaccedilatildeo e o Reconhecimonto de Entidcdes Sindiccis Ruraio bull

Silil9-1octo OEstatuto do frcba1haGor Rural crt114 estntui~ liacuteoita a cssoci~ccedilao em sindiccto f para fine de estudo defese e ooo~ denaccedilno de seus interecircsses econocircmicos ou profissionais de todos os que como empregados ou OE1PT0odores exerccedilam atividades ou profis shysatildeo rurc1 i1

bull

Vemos entatildeo que de ~cocircrdo nou c pr~pr1a lei ~s fin~lid~des do sindicato secirco cmp1as l natildeo se reduzindo ecircle C Dera instr~~ento de rei vindiOcccedilno de essiatencia socie1 e ClgutitS melhorics econocircmiccs bull Para que ecircle oumpra tocircdas as suas fin~lidades tem ~ue ir muito cl~mBasshyta ver que cumpre-lhe tc~beacute~ c defese de interesses profissionaisde I d t ~ tmiddot bull en er ~n erasses prok~sS~OncJ3 nao e 80 consegu~r e~prQS ~mos ~crc

plantio melhor maquin~rio pere produccedilatildeo enfio melhores oondiccediloea de trcbnlho mas ~ sobretuco f-zor com que o trcbc1ho necirco seja red z1da a um mero fctor de produccedilatildeo mcs seja con8id~rcdo como a fon~c por excelecircncia de expressco hum~a Pera conseguir isso o sindishyceto teu que sc ocupar por defini9~o com c tarefa de destruir tocircdc forma de explortccedilotildeo do trcblho humOJlo Convoacutem notnr que 110m sem pre o aumento de produccedilatildeo corrosponde a umc verdadeira prOioccedilco do trabclhador como pessoc

liQ Pera uma vis~o coup10tc de fundaccedilatildeoprooassamento e funciona bull mento do sindicatover Leis e Portarias meneionauuml~sprircipa1mente e nova Portaria nordm71 de 2265quede oerta formaregu1amenta os arti shygos 115 e 116 do Estatdo TrabRuralD1ga-se de passagem que estamp Leital~m de dificultar a fundaccedilatildeo de sind1catosfragmenta demais a classe trabalhadora ruraloricndo dentro dela in~eras camptegoriasdiA tintas

() Lei d~~ada n Q 11 de 11101962 Portaria nO 355-A de 20(111962 Portcria nO 356-A de 2111J1962 Portaria 209-A de 2561962

bull 22 bull

Estatuto do Trabalhador Rural Ateacute a d~ta da criaccedilatildeo do Estatushy

to o--eatildenipotildei1eacirc -estampvatildeexecirciiicfotilde7a legislaccedilatildeo trabalh~sta (excetuanshydo o que diz respeito n possibilidade de sind1calizaccedilao) 2 art l da Oonsolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho que estatui as ~uestoes trabashylhistas no paraacutegrafo IIb il coloca os oamponeses fora dos seus poss veis benefiacuteoios Com a criaccedilco do Estatuto houve uma primeira consi deraccedil~o a certos aspectos da vida do trabalhador rural

t tmiddotmiddot d la gisltccedil~o urb1na pare o meio rural embora sejam duas realid~des bem diversas A proacutepria definiccedil(iacuteo Ciue ecircle daacute de trabalhador rural (art 2 Q) eacute impreoisa e se presta a v~rias interpretaccedilotildees de aoocircrdo com

C0110 e fecil notar o Csjatu o e quase uma ranspos1ccedila0

1os t var ~n eresses

l~as mesmo assim inedaptndo hAacute pontos considerados importa1 shytes ~ O caso principalmente dos artigos 11 bull oria a Carteira Pro M

fissiona1 de Trabalhador Rural 63middot disp~e s~bre o contrato de trashybalho ( que poder~ ser feito na proacutepria carteira proiacuteissional)~ l5~shye~ia um Conselho Arbitral A16m decircsses artigos eacute consi~er~da t~bem importante tocircda a disposiccedilatildeo socircbre sindicalizaccedilatildeo

~ nosso pcpel como movi~ento qUecirc pretende ser educativo atr~shyvecircs de toampos os meios e recursos com Que oontamos levar ns oo~unida das a perceberem o fenocircmeno do assooi~tivismo como inerente agrave pr~ pria ~~a humana e motivar a intenBificaccedil~o oonsciente e delibefada de formcs de associc9~0 que ~osscm responder 2S neoossuumlLdos percebi das a partir de une vis~o cr~tica do papel do homem no mundo

Iaso no entc~to nco quer dizer que devemos inccntivcr e ~ctishyver determinadas forruas de associa9~0 O nosso papel c ecircssc respeito ~ o de informar o que existe as earaotersticas de QCcedild0 ~nc e proashytampr n assessoria ccbve1 diente da escolha da comunidade que poder~ incluave oriar fol~as noves de cssociaccedilatildeo

Teoriocraente a econoTlic de mercado ou ocpi tclistlo reIJouso nurac toca de serviccedilos e bana entre dois tipos de gru~osl as unlcteacutees ec2 n~m1cas produtivas ou emprecircsas n~s unidcdes economic~s de consuao ou iacutec~iliar Ls famiacutelias prest~~ serviccedilos ~s emprecircsas recebendo ~~gnaen

Ao shyt o e as empresas produzem bens e serviccedilos para o consumo das iacute~liaa e recebem e~ trooa pcgcillento ~mboru ecircsse esquema sej~ muito ab3trashyto e seja s6 am esque~a serve para nos mostrar cono est~ dist~cia da disso c vide do honeQ rural Nesse esquema a famiacutelia soacute b so11d~

ai fW bull r i ~ no consumo mas nuo na produccedilco pois o facil 1nag1ncr como roxa shymente as pessoas de lmlC mesJc fcIagrave~lill ou que tenheo dooposos ElD ~o mum produzam mn comum spo ~ue trabalhem em una Llesuc euprocircso no meama seccediltio e na masoe sala o produto finel dC~ emprecircsCl (equilo quo - ) e comercializado vend1do as fcu~lias cbsolutcnente noo dopenda deshyles Seus ganhos tcmbeacuter1 ou s~o deciatildeidos pele etlprecircsll ou dependen de decisotildees coletivas (aumento de salaacuterio mnino dissiacutedios coleti shy

bull 23 bull

I vos etc) e muito r~r~cntc tecircm qualquer relcccedilatildeo 020 su~ produt1vid~

de ou copoeidcde da trobclho Na eoonomia da produ2ao portcnto mas mo os mombros de umc fcniacutelit nno sco solidaacuterios ano indiviacuteduos isolE dos CGdc ~ por si A id~in de atividade econocircmico comunit~ria dcpcn deric portnnto no moia urbcno de tocircdc uma lludonccedila de estrutura d~ haacutebitos e atitudes individualistcs

NOcirco eeonteee o Llosmo no vidc rurnl Via do regra c feLllit s~ oonstitui em unidcde de prod~ccedilco e oonsumo o que equivola a dizer que jtIacute existe tlgum tipo do ouprecircsa cOf1unit6ria pare uaor o esqucmc o que acima nos referimos Trctc~se portento natildeo de rczer surgir ~ vclor inteirnmente novo mais de cmplicr o raio de alccnoc de uampre_ sa oonlUni taacuteria que eacute c fCLllic bull Outro Telor positivo e que pode ser ccrreado nesse sentido eacute o mutirco Embora se deva ciacuteastor quclquer ideacuteia poeacutetioa lrio de mutirecirco cono trcbrlho ~eu pagaL o mutirecirco e a troca de dics sno indiacutecios oonoretos de que a oompeticcedilno econ~~1c~ nas oomunidcdes rurais n~o eacute consoiente neu atinge G agudas que cpreshysenta n~ cidade O mutir~o meswo pcgo n troce de dias me8~0 aendo trooc mostra que natildeo est~ presente c 1d~ia de que o SUOOS$O de ~ depende do insuoesso de outro E de f~to c cODpeticcedil~o eoon~m1cn no campo nco sc fez de meeiro c meeiro mes entre o produtor o o intero~ di~rio e por e edinnte

Outro ospeoto import~nte d~ ctividcde econ~micc do honeo rurc1 que ele nco visa de Iilodo gereI o lucro IlCS c subsistecircncici por isso c noccedilco de que - a propried~de deve ser usado pera o bau de todos e nco pcro o luoro individueI nco encontro cs aeSDes resistecircncics quo cn oontrorie entre cmpres~rios oujc ctividcde eoonocircuic~ se fund~entc no luoro A euprecircsc comunit~ria isto eacute ~ orgonizccco oomunitampric de

d - A po~tcntot apcrentemente vievel~ Tr~ c~se depro Uccedilco ceOnOil1Cc e t snshyber quais cs noccedilotildees que seacuteo fundcmenteis pcrc tel empreendi30nto

12) 2JLW1el~]0ecircS_e __d2_ uso dl Jal0Rriedcdel ~ tund~cntcl o conoeito de que c posse est~ condieioncdq 00 uso de propr1od~de o quo isto natildeo eacute um direito cbs02uto mcs tew une funccedilatildeo intrinsccmcnte soci01 (1)11f1116)

9) Q~_o~Lemo do_~c-l2~) do__trcbelh2 msse prob1cllc foi tl~~toclo na Fundamentoccedilao de Viver e Lutcr e se enoontra tClbom no item 12 d~ 2l perte deste Fund[Tl(mtoccedilecirciacuteo 1106 heacute olguns tspuumlctos que nos interesSD~ diretamente ncste ccso A ~pliocccedilatildeo concret~ dos princ~piGs ~l disoutidos lev~-nos ~ oonclusno de que neacuteo pode hever oomercial zaccedilecirco do trcbelho enquc11to tol Isto ~t necirco h~ nem pode hovcr hipocirct~ se do medir-se o trabalho ew tecircrmos de dinheiro j~ que o tr~bolhotem velor tronscendente leso eacute importante pcr~ cs tomndos de decisotildees soacute bre a divisatildeo do produto do tr~bolho Esta n~o pode ser sagravementa pro porcional ~ posse dos instrv~entos de produccedilco pois 0030 viuos c posse esteacute subordincdc 00 uso paro o bem de todos Por outro lcdon~o pode ser tambeacutem somente proporoionel agrave quantidede de trcbolho j~ que o velor realmente humcno do tr~bolho nro pode ser qucntif1cedo socircmenshyem sua apcrencia O item seguinte pode esolareoer-nos melhor

bull 24 bull

--

0) 9--Jll0bt~~ dc-~oJtg1~ejJde dc espeacuteoie Vinos qundo e8~shydc~oa O probloma de oomunic0ccedilno que fund~ente o progresso de histoshyric humcne ~ue cede indivcuo neacuteo pode reelizar plencmo~tc c essocircnshyoie de espeacutecie hun~na o quo portento os homens e todos suo solid~s nas conquistes e nos erros de humcnidedo Esse mesm~ doutrine eacute aonshyfirm~de no plnno sobr0n~turel pelo ooncoito do oomunh~o dos santoS

por outro l~do quo o - podo b ~ es Sabemos houam neo sucum 1r cut ccron eies sensiacuteveis (climonter-se proteger-se do frio) e quo qu~~do isshyBO ~contooe ecde UD de noacutes ~ solid~rio nG culpa~ Isso leva c que a sociodade Leve prover tS QPortul1idcdes pcrc que cede hOllOD sct1sfeccedilc esses necossidrdes que Sco diroi tos fund~lentais do hmJoLlbull

Em sUDe o probleme central de u~e atividGdo econoillIacutecc de ~i~o

conunit~rio eacute o do reconhecihlonto no plano do trabalho Co~o vimos ll~) i tem proacuteprio e comuniccccedilatildeo entre os homens pode fczor-se por doshyminoccedileo ou por reconheoimento ~os ecircsse reconheoiDento n~o pode ser

h Ot eor1co cbstreto tel quo oonoretlzar-se e111 oedc cccediloo umcne roshyoonhecimento do outro no plnno do trabalho eacute o que se coloo~ ou ploshyno mais elevedo jeacute que nrde h6 de meis nobre e essol1oiclmontc hushymano do que o trabelho

i01s c~r~ um excile de outros problemcs levcntedos por ULlC GlprOcircSo oomunit~rie pode-se ver Fr Jo~o Batiste Puumlreire dos Santos OP U~ NILABORL Uma Revoluccedileo ne Estruture de Emprecircso Livroric Du~s Cido bull das - Sco Pculo

Pode-se definir o occedilocirco poltice de vuacuterias Ilcnoirrs Uuo tltigc def - eLO h amem dlZ nCSlilO C1ue 1J e G Ull~ CnllllC1 ~ lCO o que eCJu~ilnlccedilco E0Lltmiddot vcleria c identificcr e e2~0 poliacutetice cor~ tocircdn eccedilno huJrJlc Sento Agostir~o vi~ o fim de cccedilco polticc assim como o de guerra n~ Fez defininco c Paz como ~ sctisfccedilecirco dos interecircsses de cidade ~ 01amp ro que C01 isso n Pnz de uuc cic~-ao poderia ser iLlposte Co outre is shyto eacute a sctisfcccedileo dos interossos de umc Sociadcde ou gAacute~po poco ser i3postn c outra Sociodede ou o outro grupo ModernnEcnte defino- so e accedilco poliacutetioo CODO equelc que procure conduzir ~ socied~de n~ busshyco do bOD cel21Ul Atuolnel1te tom-so definido taIJbeacutel2l c cccedilatildeo polticn COBO nquelc que busca utilizcr o poder do Estndo pcrc ctcncler 00 bo de SocioclCdo Esse funccedilocirco do EsJccdo ele mesme TJudou de oacutepoca do li berelis~o otoacute hOj0 Acredit~~do-sc quo es leis socieis c Gconocircnices orem IInctureis ll cefendie-se u tese de que eo Estado Cnberi~ cpon~s proteger ns libuumlrd~des individueis nco intervindo especialnuumlnte ne produccedilatildeo e no consumo A esse vis~o suoedeu eom o advento do sooi~ lismo e dns lutcs sindiccis e concepccedilco do um Est~do do Bem Estor So0101 A concepccedilatildeo neturolista c liberolisto jaacute nco eacute dcfcndide 00shymo tel e o que se discuto oacute o Gr~u de intensidade da intervonccedil~o esshytetal no vid~ puacuteblicc Mesmo nos paiacuteses onde o antigo liberalismo eacute tese ofioial - embora defenr1ido em formas atenuadas (neo-libera11omo)

bull 25 bull

oomo nos ~stados Unidos e no Brasil a intervenccedilatildeo estatal ~ una reashylidade Assim nos Estados Unidos por exemplo a diplomacia ~ftambeacute~ uma forma de defesa dos interecircsses comeroiais dos empres~rios norte-A mericanos no exterior no Brasil os organismos estatais exeroeu in shyfluecircncia natildeo 86 na economia como nos conflitos sociais Ias tanto li como aqui a intervenccedilatildeo eacute feita apenas para proteger uoc estrutura

Vecircse portanto que a oontroveacutersia estaacute na intensidade e no ti shypo de intervenccedilatildeo do Estado A accedilatildeo poliacutetica seria wn ueio de fazer valer ecircste ou aquecircle tipo de intervenccedilatildeo do Estado no sentido do Bem Dstar Social de definir decircste ou daquecircle Dodo o Bem Lstar Social de detertlintlr desta ou daquela formo o modo de consegulo

Ao ueSuumllO tempo fica cloro que natildeo tem sentido definir-se ti accedilao shypoliacutetioa eu tecircrmos de ideais moi8 ou menos abstratos COLIO urJo luta de ideacuteias na qual se empenha apenas a inteligecircncia dos poliacuteticos e das Naccedilotildees

Vimos atraacutes por exemplo (item 24) couo o esqueLla cl~ssico da economia separa doiemiddottipos de unidades econocirchlieas a de produccedilatildeo e a de oonsumOi na economia de mercado ou capitalista o fluxo de ~ique bull zas que vai das emprecircsas em pag~ento do trabalho agraves famiacutelias e que vol ta ns emprecircsas erl paGamolto dos bens e serviccedilos prestnd08 otildes tllJl lias o fluxo de riquezas diziamos eacute deterLlinado pela lei do t1oroado subindo o consumo de um produto sobe o prccediloo que est1nula cs empr sas a produzirem mais ateacute equilibrar com o consumo e estabilizar o preccedilo e diminuindo o consumo desce o preccedilo desarticulando a prod~ ccedilatildeo ateacute equilibrar com o consumo e estabilizar O prc~o iae dois exem plos serveu para nos mostrar como isso na realidade e apenas teamprico Todos temos presenciado a sonegaccedilatildeo de certos produtos com o fim de fazer subir artificialmente o preccedilo (especiclmente arroz feij~o e~ ea~) e teillos presenciado como certas emprecircsas otrav~s do propaganda oriam necessidades absolutamente sup~rfluas paro os consumidores ~ ashybrieagatildeo de bambolecircs cosmoacuteticos eto) em que a lei de mercado e in vertida Natildeo eacute a emprecircsa que produz para atender o procura do consumi dor mas que faz nascer c procura do consumidor para vender o que jproduz

Teorioamente por outro lado a economia socialista esteta1 00 bcsecria natildeo na lei de oercCdo mas nC8 decisotildees de UH orgcnismo oen tr~l de planejamento que pesquiseria es necessidcdes do oonsumo e detarminorio o sentido do produccedileacuteo Vemos tmubeacutem que de ua lcdo neDl meia o Uni~o Sovioacutetioa cdote atuclBonte ocircsse sistemo puro e quo amppeAtilde feitcmente possvel um pcs ter sua econotlio completanonte plnnif1o~ do sem deixor de ser ncpitclista O Brosil por oxeoplo ncrcha a pas sos lorgos p~ra ser um perfeito exemplo deste uacuteltimo caso Isso equi vele o dizer que e controv~rsia fundamentel em que se deboteu as focircrshyccedilas e grupos que exercem cccedileacuteo poltica natildeo estaacute mais en se seber sodeg Estado deve deixar a vida econocircmicc e sooial co sabor das leis Une_ turoia ou se deve fO contraacuterio intervir plnnificnndo-as e neu mosect mo soacute no intensidnde dessa intervenccedilno Estaacute no tipo ou modo cooo se

i - dc essa ntervenccedileo Se voltarnos ti conccitunccedilao de Santo Agostinho a

bull 26 bull

que nos referD~os ~oina e se a fun9~o da oidade eacute b~r~tir a Pazde que Pez se tr~ta trata-se da Paz que melhor ntcnda a tocircda a Sooiedn~ de Quanto ~ isso ningueacutew discorda expreesaucnte Tocircdcs as linhas poshylticas de todos os grupos de ~ccedileacuteo poliacutetioa oonoordnn oo~ isso Uas na proacutetic~ de que Ll0do enocrno Ulla accedileacuteo poltioD que leve ~ essa Paz de tocircda t Sociedode c natildeo c Fez ele UDC Cidcdo (ou de um grupo)iuposta c outra

o esquema abstrato (i tem 2A) que divide a vida eoonocircilict dcs No ccedilotildees em unidcces produtivOs (as enprecircsas) e unideccs cl~-ltQnsumo (as famlicsr-~ pera uns tomado oomo real Da sededuz ~uo ao Estado cabe garcntir a melhor funcionalidade possiacutevel as empresas para que possam ctender na neoessidcdes de oonsumo das famlios que constituem a Naccedilatildeo (embora seja um esquema econocircmioo oacute v~lido porque nns necesshysidodea de oonsumo estao oompreendidos os bens e os serviccedilos e nos 8es uacuteltimos se inoluem os serviccedilos que dizem respeito agrave oultur~agrave dishyversatildeo agrave distribuiccedilno da justiccedilaacute etc) Da se conolui que a Paz de que se trata eacute a Paz dcs euprecircsas middotScbemos por exemplo que o pedra ongulcr de nosso regime poliacutetioo ossim CODO de todo o mundo sob a esfer~ de influecircncio cmarioonc uacute c inioiativa privada isto eacute c li shyberdede dcs emprecircscs privadas Isto significo ocber 00 Dstcdo gnrcn~ fundc~entclmente o boti funcion~ento dcs emprecircsos priv~das e o resto ser~ dodo de acreacutescimo Qul o sentido de emprecircso privado pe a sue ti nalidcde eacute ctender ns neoessidades de consuco das fcnlios (sej~ esse consumo de climcntosmiddotou de educcccedilnoacute) O sentido eacute o de que nqueles que possueu ccpit~l (bens Ilcmiddottciois) perc mon~er ou cri~r eIlgtresas dj ve ser garentidc uma remunercccediloo correspondente co enprego cesse Oop tel (decircsses bens moteriois terras instrumentos dinheiro) Todo o Sistema repousa portento na motivaccedilatildeo do lucro por pcrto dos que Po suem bens motaric1s E cono c satisfaccedilatildeo das neocasidodos de tocircdo a Sociedade dopende do que produzeo as emprecircsas t atribui-so UDA identi shydade entre os interecircsses de Ncccedil~o (de que cuido o Estcdo) e o estmuM

E lti ona 1o as erJpresas pcro que produzcn m u ml 1Jse o orgcnJzoccediloo po ltioo eeonocirc~iec e social do Naccedilatildeo que eacute tarefo do Estodo primordio mente scr~ ume rocionClizDccedilatildeo de rmlhor oeneiro de estimular o lu e~o isto eacute a remuneraccedilatildeo do ccpitel A maneiro do otendcroo bea co mUIll seria portanto em l1ttim~ cntllise gcrcntir c melhor formo deAin cioncmento dcs emprecircsas privcdos o que se identifion oo~ a melhor ~ neira de estimular omiddotemprecircgo das propriedades (de bens do ~eira geshyral terras instrumentos dinheiro)

Vemos que tnl visatildeo 6 herceira de certo modo da visno naturaliA to e liberelista da vid sociel embora tenho mudado de certo modo o pcpel do Estodo~

Este visatildeo no entanto se choco com outras visotildees polticas Fishycou demonstrcdo que (I intervenccedilecirco do illstado se faz neoess5rio no vida da sociedcde Aohem alguns portrntof~e eacute preciso fazer soacuterias resshytri~otildees agrave cbsolutc liberdade das emprecircsas mesmo pera garantir-lhes O melhor funcionamento Uma dcs rozotildees eacute a de que o bom funoioncaento N

das emprescs exige restricoes pore que umcs noo A

outras A prejudiquem oS e o oaso d~sgrond~ Lrl~~ (11lt rr1gt_=~ i 11 I-to que tem possibishy

bull 27 bull

l1dadG do dostorcer o morceLo Outro problema eacute o do b011 astcr claa fo ~flt~s enquonto prcstom serviccedilo cs e~procircsos isto ~ ~s cl~sses p=~le t~~es Ar~10ntam que o sistemo do Borc~do deixodo o si mosuo reoung rc mcl o trob-lho de ta1 forl quo de uu 10do l o aonSUDO nao podo ser Du1to grc1de e portcnw- cs c~precircscgts necirco podem su expr-lctir do ol-ro lndo isso 1evo insuficicnlos aondi9otildees de vida o (lua dociina11tlO bcx~ proecircutiYidcdo isto ~t os sorviccedilos prcstldos Coa -c1r~ses sno de m~ quolicode se fOrail ln3S cs condiccedilotildees do trrbclho COll10 as euprest1 rios neacuteo seacuteo se~pre c~p~zes do peroeber ecircssos dois cspeotos co Esta do coberic prover UD~ regulcuontcccedilEiacuteo quo t ao llleSLlO tempo dosse mcior poder de consuuo 00 proloteacuteriodo c lhe desse melhores oondiccedil~es de trcbclho pcrc poderes produzir melhor Desso ooncepccedilatildeo resulo clixl leis tr~oclhistos quo grecirctissew ml onirilo de sogur~9c 006 opo-amp10 o de pcrticipcccedileo nos lucros dcs Guprocircscs que lhos gorontiri~ cUL10n to do poder de oquisiccedileacuteo de bens e serviccedilos Nessa nOStlr linhe cstt bull ric~ previstos os serviccedilos n~o iuediotcucntc reuunerct1vos e quo p~o pieicr1DJliguclLlente o be~l estcr indispensecircvel 00 cuncnio de produt1shyvidcde COLlO os serviccedilos de educcccedilro se~det transportes etc

o problemo pode cince ser colocado de outre u~oirc O trobo bull lho ~ cOl1seqUenteueZlte todos os seus frutos o donnio de terrae rSD 900 de instrumentos c produccedilco e UlllC conquistn dl espoo1e hwalJlooo

~

mesmo teu9c que de ecdc hOLleil Ccedilucndo um hODCrl se npossc privodcnente (uscndO per~ seu benefcio exclusivo ou moior) do fruto do tr~b~lho hu~tno ecircle espolie os outros homens O produto do trebclho de m~ hoshymem eacute inalieneacutevel isto eacute natildeo podo ser trensferido c outro cooo sim ples coiso poreue neacuteo eacute soacute coiae DCS ecirc erioccedilco da hooom c represonto Co sue vi toacuteric s~bre c ncturezcbull Os ueios de produccedilco (nGsno os nctu bull r~is OODO c terre) sco uo~ conquisto de eap~cie huncnc logo t~o que bGneficicr n todos segundo suo condiccedilatildeo de hOBOU c su~s nocess1d~ des e direitos como hODOD 0 necirco segundo coidontes histbrioos oono o feto de clgu~m ter-se oposscdo priJeiro de Ui puumldcccedilo do terre e outlX6 nao Ou de c1Gueacutem ter sido foito prisioneiro c escrevo e outxos n~o bull Tocircdc distinccedilco portcnto entre os que possueLl bens c os qua 0 pos shysuem e trcbelh~l p~re os priuGiros teric orgeo nc douinc~co de UD hot4eu socircbre outros que historiccuente se deu Q continue rlcr-se Do um lcdo os Quetecirco posse e USCD CD seu benefcio em dctri~1Cnto dos outros Se ~lienCIll (ou tOfon outra 00i80 isto a sc torncrl Wla outro coise qUQ necirco hOLlons) por nco reconhcceren o outro CODO honco sujoito de plenos direi tos e trcnsforoercL o trcbclho eo Jcoisc e necirco ori~co humono De outro lcdo os que nco pOSSUEm e trebclhCil pcre outro8VQO o fruto de seu trcbclho que oacute une perto decircles meS1lOs sor possuido por outro o que equiv1 e dizer que se oliencm se dosti tueJl ccedil~o suo cOl=iacutediccedilno plille de hOiUG1S

O quc 80 disQute ecirc por~cnto o proacuteprio si3tCUC ele possa e uso dcs proprie~cdes o proacuteprio sentido de ~upr~s~ Oe ~eios ae pro~u9~O

A IN

aegun~o este conc~ccedilco nco podew ser objeto de posse e uso ~~~dcdacirc vendo ser usedo )ole e pcrc c Souiedcde Os f1eios ooncrotos v-cr1Cl eshynorrJeaente deacutentrodessc ~oncopccedilgo indo flosdEl possetoteJ dos pro shy~riQ4cd~s p0lo Estcdoete a posse dos Baios de produccedilco pelos ~ue con eles r~bclhom e tendo seu uso ~eguledo pelo Estcdo bull

bull 28

Es 8C3 1inh-s polti c cs ropidcilGnte expos -tas e e squOuuml1 tizedas ttf zerl C bcilc novcuacutewnte o conceito co Paz de ULl grupo As du--s plino1 shyros reprCSJn t am nJ tJdCIJ8n o c cz o grupo e proprJe crJos (O cprcshy t P d d t 1 - A

806 isto ~ conforne vinos no i-G3-1 de orgcnizoccedilatildeo soci01 n classe olto ou burguesc Porque justificc~ uuumlo Paz pcrc tocircdc c Sociodcdc cen trudc nos interecircsses cc clcssc bUlgueso A terccirc linhc po11tica 1 euumlntrnda nos interecircsses dj libcrtcccedilGo dns classes inferiores de pro let6rios G trcbclhcdores rurcis J isso nos troz o concoito do i~801o

bull bull I I ~-gJo que e UiiC JustJfJcccDO -G00rJCot um rocJonolJzcccedilco de Jnt~rcsses 1 Ao t

( entendido il1tGreSSe ~lil UIl conccpccedilco boa cmpla nno Jntero8ses ilC c shyricis inedietos) de Uiil grupo e~ 1Wt deteriincdo sociedcde Vemos egoshyra por que c lute polticc nGo ~ uma agraveisputa abstrcto de iclonis crbi treacuterios 1108 unconfli to do interecircsscs dos grupos que forwom c s02iedcbull de Noacutes pocamos notor fccilmente quo essas diferentes justificnccedilocs se refEreIiJ nco otilde n[~turezo que O h o Ie tI POdE racionclizcr objotivcmonshyte jaacute que c ne tureza podo _s_~r_ g_bJ~tccedil do c2nhecilJCnto huvno Qucndot

no entanto treta-se de occediloo huu~o este nco pode serpy-1~t~~~d~ plcshynemente por tretcr-se d~ accedilco d2 ~~e~~~~ que nco cstco ~ubordincdo~ e leis detcrJlincdcs pois na occedileo hUtlma se inclui c opccedileo livre nno

d t - d P - I - lpr~- e erwJne 0 or 1S80 mesmo osse rocJonc Jzcccedilco ~cnQU Co exp 1Ccr pcrc cede homem as sues proacutepri~s opccedilotildees o que signifioa cs ~pccedilotildeos de seu grupo de sue clesso e CSSIacuteLl por dicnte Isso nco quer dizer que esse justificcccedilco sejc cbsolutc_10ltO subjuumltivo e necirco -tanhe vcliclcdo [~ nno ser enqucnto justificcccedilco de intGrecircsses dcquocirclo grupo Nc ilod1dc em que o honem pode ter cuacutensciuncic de o QU0 318 eacute G do que Sco cos re

- 71eccediloes entro os hOTIens e claro qU8 e possJvol uma gonorc11z~ccedil~o e possiacutevel que esso justificcccedilecirco ele occedil~o hunenc possc~ ter 13ulC vlidE de universcl na nmiddot-didc UGSlO em que procure une idontificJccedilco n~~ior cOJ o velor proacuteprio do hOS0ill (isto eacute fundclJe1tc sC uumlLl U1 hUil~liSilO ) e SG idGntifiquc monos co~ os intcr~sses inediotos do indiviacuteduo d~ cl~sse ou do grupo

Se c cccedil8o pol ticc ( Uilc eccedilOcirco ideoloacutegica cOIlcluilOS quo c eccedilo l t N 1 d ) 1 ~ bull po J Jcc nco PO(8 nunce sar cccedileo ~so e e JndivJ uc bull li l1uumlCusscrlc41un

to accedil[io de grupo cccedilco org~l1izeacute~~dc 0 sno qUuumlcl pretende que ponsa o age isolcdoLlcnto Olil pol ticc porticipe de clguuo forDe elo une fcixa d l i J eo og co e de uac occediloo elo JTUpO ChegcLlos tC~lbou c quo a 0lt00 poll shyticc pcrc sor eficianto davo ser orgcnizode

A occedileo poliacuteticc orgenizodc lGscluento eacute otribui2So elos Porti ~ Ccedillos Poliacuteticos no Brasil DG f~to no untcnto tocircdo rccediloo hulCno oorJshyportc il1pIci to ou oxpllci teDuumlltc UlCo ccrgc ideoloacutegica o portcnto t5 de elguD Dod~ occedilco poltica U11 trcbclho do AniJrccedilecirco Populer por eshyxonplo 6 occedilco poltico enqumto encorno UH objetivo de libertcccedilatildeo cul turcl dcs populoccedilotildees 8crginrli zcdes e porton to do olgu2 110c10 onccedil~r nc o feixo ideoloacutegico drs clesses inferiores Uno oonunidcclo que s orgcnizo cge da mesmc forne pollticCnente cssunindo uno ideologia liacute i t t AlUp o a Js o e noo ncc8SSorJcDonte expresse O~l torDOS de conco1 shy

pi Nt os pr1ncJ os ou noniles de eCcedilOGs A occedileo ~olJtJco a port~~to Dulshytiforme NSo ser~ poltice sQuente por ter esse nODe ou por viscr di shyrtcmnte eleiccedilotildees ou pre88~es 8ocircbre outoridadospolticcs A co~preca scO destE~ fto deve chGgcr otaacute ns cOIlunidndes ser correr no entcnto o risco de se uinimiznr ~ ~ccedilOtildeo poliacuteticc restringindo-c e etividcdes

bull 29 bull

CO nivo1 ecircLcs conunidedos No nvol de Socidrdo soacute to sentido e consoquoncJc r rccedil~o polticr quo ccninhc pcrc ser cccedil~o globclviscnshy

do c atincir ns proacuteprics ostruturcs de socioddc

A distinccedileacuteo rol do bese idcoloacutegicc qu~ heacute ontro cs divuacuteTacs linhs pOl ticcs I c difcrunccedilc elo inlircs do iacutemccrcr cs ostruturcs - ( t ob - bull bull 1CiC SOC18Ci~Ci~ COLO vJros no J e~~ so r orgcnJZcCcedilLO c ClnXllCc SOC1c

c Qclo dc~s sociedcdes 0 c Uclut011CcedilfO G wudrnccedilc do SUrS cStL11middot~Ul~S) bull

Ir middotd t h lf t t~c rcpl o GsqUGn- Jzcccedilco cuc 11ZlOS c0 ltcl eron 3 102(lt11CJ3 pOlJ t ccs podaDos noteI UDe q1W I0tuacute~ecircc2e wntcr pure c sL)lcBjhl-tuacute -S uuml~ tru turcs Bocitucde Cttrc nj~UacutendL cDcrliccediloftlos 1)crc nodo-- i1cl

bull ~ - A

te-lcs s sccilwvll t0 CO0 sEo i cintia outrc pruacutet011cC [1 tori-lcs rcdic-lwlCltO A or6cnizccedilco u cccedilecirco polticc (t0otilder1o~~1tiacute) o qUiacuteJ middotlS

Pcrti(os ftz9111)exigiric port~nto o consciontizccedilatildeo cc seus proacuteprios obj Etivos J aodific~ccedilatildeo ou m-Jlutcnccedilotildeo elo ostruturo

Tretc-s( portcnto de purspuumlctivc v no do tipo do ccedilco A pirti lp d J ~ ltmiddot d shy cccedilco 8 comnJQ-s nc Iccedilo pu J lCC JC~ Si 0 L1CSl) qu 80 por

bull n 1 ti tiOlllJSSCO bull crC sor [90 po J tlcr orgcl1lZcuumlC ( nuacutecoss-r c conSCJOl1l

znccedilatildeo do objetivos pOliacuteticos O 1130 UI detcrdndo tipo do ccedilco oOJotilde

por eXtlplo Ctu~9co co lcrtieacuteos _~ cOOp0r~ccedilco org~izcc 6 Ul objet vo poltico -it Lleclidc o quo vis[ der moios co ho~~o~ rurcl do cssu ui p1euronJonto sue concliccedil~o hucnc

BIBLIOG~11_7IA PLR1 APrrOFlnJJ~~TTO DO ITE 2 nJ 11 PRTE DA FvmiiacuteshyTACcedilAtildeO

1 Frei Joatildeo Batista Pereira dos Santos OP - mrILABOR - Uma Revolushyccedilatildeo na Jstrutura da 3l11precircss Livraria Duas Cidades 1962

2 JY Calvez - ~glise a Societeacute 1loonomique - LtEnseicnement Soeicl de Jecn 7JGII Bd ~el1tiSl1e Paris

JOseph Fo11iet - LHoliluumlle Sooit - Essai d Anttropo1ogie Soc101e Col Ja Sais - Je Crois Librairie Arthcwe Fcyard 1962

4 Georges Lefrnno Le S~(1icclisme dons 1e ionde C1 t(~uo Seis-Jcrl

Presses Universitcires de ~ranoe 1961

5 Bstatuto de Trcbalh~dor Run1

bull 30 bull

  • ESQUEMA DA FUNDAMENTACcedilAtildeO DO PROGRAMA PARA 1965
  • SemTiacutetulo
  • SemTiacutetulo 1
Page 9: Nota do Organizador: Pela crise política e financeira em

fornc sc 00_1 O surgincnto do Ul novo instruul0nto msto novo instruncnto tento pode ser criodo por nlQlLl mmbro do proacuteprio grupo onde o aparc lho eacute usado tradi c10nelndnto 000 pode sar trczido por ruumlgun Doubro de outro grupo

312 ) As pnlcvros do Ui sisteuc linguCstioo estecirco ar COl1stcnte LlU shy

denccedilo GLl sue fornc cu sue funccedilatildeo 01 seu signifioodo ilcs m1igroo de Ul o outro JOVO JuntJ1-S0 o outrcs uuml con 0106 forLlell novcs pclavras bull Ruumlnovcu-se DosoparoOOD durcnto longo tOlpO o surgoLl ncis tcrdo COL

une nove funccedilatildeo 1oacutegicc PorcoJ-se A observaccedilatildeo do dois textos - ul 8i A otuol e outro 82 Agrave ne 2eVo - e su 2020n t e pero portugues portuguos d 1 r d01

xor clara c evoluccedilecirco de lCngut n(oionol oono UB s1sterle OIl Llud2nccedilo coE tCnuo

412 ) Llguns o)n tos e centos do uu povo deSopcr00en COJ o correr do tOLlpO Outros secirco _-oclificodos aos pouoost por exmlplo se o grupo socio1 possa a ter uuo nove econouie do subsist~ncio se Posse a vivor do culshytivo do uilho e nGo Deis de ceccedil~ e d~ pGsce se eacute doslocedo do uuo zona proacutexima co oer pcre uue outre Qist~~te dele situcde ou vnles dispostos 00 longo de Llontenhcs

52) Uu conjunto de l(1is e norlcs vigente cu dotoTLlinedo grupo sQ cie1 L1ocifica-se tC1-~boacuteL1 g0roli1021to t cdcptondo-se t novos situcccedilotilde~s sQ cicis ou explicitendo suas pertos Quendo uo grupo oacute pocircsto ou contoto COll outro sucs nOrLlCS do couporteLl8nto poden ser influenciedas ou in shyfluencicr norucs do outro rupo

612 ) Os lIacute tos clgucs crei1ccedilas o conjunto de clo-lontos coa que ds toruinedo grupo socie1 roflcte o Iundo G justifico c sue conQuto sofre0 todos o DG SLe lJuclcnccedile cO pes scrou de ULlC c ou tre gcrcccedilatildeo elo -w a oushytro povo ou nUDe nesue goraccedilOcirco (0 UD DeSDO povo Dodifican se do qual shyqU0r forla ctrev8s do proacuteprio uso~ atroveacutes da difusatildeo de seus olcnontos pelos diforentes Derbros elo Grupo Cada pessoo contribui nCSLlO CO1 sua perte ele novcs coscobortcs fvoreccndo eos poucos O dcsGpc1ocil1O1to te elguns GlGDcntos de credibilidade o c ooorg2ncia de outros

Necuumlssagraverieilente os CCOjY(ocIacutelontos ar que estes coi82s 50 origi shyniIl -10 21~CCI~ bl o t e que os d middot ~ seo t 2il Ol 1os processos con 2nUOSI as tocn1cns de irrigaccedilatildeo es nenoircs do nerrer os velhos contos as forllts elo coushyportcrhnto dontro de felie ou dentro do grupo e roaccedilatildeo provooade peshylo estcbelGcil1Cnto de novos pcdrocirccs de conduta

~ d G propr2o C culturo ostr cu Dudonccedila cont2nuc etrevos ecirco todos

os seus eleuuntos do sinal quo Su fez no chatildeo ou nes ~rvorOst couo inshydiocccedilatildeo de ULl OCL1Iacutenh2 a sOGUir cos valocircros espirituais tcrbOacuteu ecircles si nois dados ~s consciencios o nisso indicadores do rUDOS

A Histoacuterico Dostra clarcronte o existZncia do c_ireccedilotildees doterldno des nc evoluccedil~o culturel dos povos e de tocircdc c hunonidado Cede objeto que sofre individuolouumlnte uue uudcnccedilo quelquer podo ser couproandido c ouo uu trcccedilo e-l L10vin0y to insoriclo nu plcno Deior 11UD cOlJplcxo culshytural que trbeacuten se llOdifica ~sto coplexo cuI turol fcz perte do tocircdo u~c cultura que atrcvGs de Doclificaccedilco de seus elODuumlntos pode ser toE betl ontoncliclo C010 uoc reolidcclo que so trcnsforua cont1nuenonteevo1uitl

7

do ~ ~ ecircsso processo de Dud~nccedil~ cultur~l constante e oriuumlnt~co que se deacute C oLUGcnt e o noue de progresso

EnunorxlOS 1 ibuumlxo c1CUTIS c1ocircstos processos os que eeo reolron te n~is L portcntes e elos queis so origin~1 os outros tocos rcsponsf

~

veis pelo cOLplexo dcs ~udonccedilos culturais d~s quais fincluonte o ho-I neu tcDbcu ~paroco cor_lO ~gcnte

N d t It bull Tr~nsnisseo c possogcn nedi~ntc ~prcn ~ZCgOD s~s 02e ~ce ou ass~s-teleacutetico de cloDontos cuacutel tur~is do un pcro outre gcraccedil~ot dentro do un nesno erupo social

bull Acul turcccedileo c trocc de elencmtos culturcis ~traveacutes do p~ss~gen de troccedilos conploxos e pcdrotildees de une pare outr~ cultura qucndo postos de nlgurm forDe en contocto bull Difusco c acoitaccediluumlo do detenincdos eleucntos culturais recou-cria shydos dentro do proacuteprio grupo ou inportados de UD outro de UDa outra culturo bull Continuidade a pernanocircncia do treccedilos atraveacutes dos seus elcocnto8 de fixaccedilatildeo pelos queds DS gorcccedilotildees se cODunican ou se li8a1 Deculturaccedilecirco o desl1pl1rOCluento progressivo de traccedilos antigos em fun shyccedileo do aparecimento de outros nais recentes bull Integrcccedilatildeo c haroonizeccedilatildeo ctrcveacutes de mecenisDos organizl1dores dos divorsos trcccedilos de UQI1 cultura bull Retardenento una disritnil1 na acumulaccedilco e integraccedilatildeo de eIenentos culturais fevorecendo deg desenvolvinento acelerado de I1lguns trcccedil06 ou conplexos freqUentonente eo detrimento de outros bull Invenccedileo I a rosu1 tan te de UDe nova conbinaccedilatildeo de elOIJlCntos jeacute exis tentes em deterDinada cultura bull Descoberto uma equisiccedilecirco nove no cl1npo do conheciacuter18nto O rccirlen to de UI novo eletwnto culturuuml ou seu sentido nuds pleno

~ atrcveacutes d0stes processos nUL1e uccedilatildeo conjunta seaprc integrl1dv e tendo o hOLeu CODO sujei to que es veacuteries culturas se aocLificem Ne te sentida CODO estrutura orgcnizcd~ e eu procosoo G cul-jure oono ati videde hUIlene 0speclficu evolui t progride e orgeniza-sc 0w formas Dais acabades e cODplexes co lonGO da Histoacuteria

114 Culture Populer

lI n h t d h 1 r ti ULl rcmoncno lS or~co que surge 8Il soc~e CeLe OllLC bull c un (osnJshyveI cul turcl entre os divorsos grupos que c COlpotildecm ondo grci1de porte d~ populeccedileo necirco teu UDe pcrticipcccedilecirco ativa seja no pll1no culturalso~ cia1 econocircJico ou poliacutetica COD isto nno querenos dizer que -coelos d2 veo tonar perto ativa ncs OOSDes ctivideces et1 Utl nesqo niacutevel ou que se deve padronizcr ou unifornizar c pcrticipcccedileo cc tocos c de ccdc~ bro ne socieclnde Nuumlo eacute isto eacute clcro P-ra lOacuteS Ull trcbalho ele Cultushyra Popular surge t~nbeacuteD de consciecircncia desse ncrginalizeccedilco e ele no shycessidade elo libortcccedilotildeo ele ui~ contingente hunano que vive otilde ncrgem do processa cultural

A Cultur~ Popular surge cano conso~~~lcin do processo de nudcnccedila sacieI Assiu sendo pretende a perticiacutepoccedilecirco de todos n olaboLaccedilriacuteo da cul tura da sociedade eIl que viveo beu 00110 e principelnonte na aEre

bull 8 bull

ensno e nf~Jcccedilno_ do sentido e~ 9111 turll isto eacute do cUG c cuIturo sig nifico perc os ho~ens desse soci~elede A Cultura Popul~r port3nto~esshytoacute vincu1t~clc Il UI1C accedilco que nco 110de ester dcsligodc do 2oyQisto e I

dos grupos sociais que por condicion~ncntos econocircmicos pOliacuteticos e soci~is - e cspocicloonte por COllcliciorlDrJcntos oul turcis - cst~o l1Crgi ncli zudos da cul tllrU ( FunCcLlontcccedilecircio CC IIViver eacute Luter) shy

1 tCaLlo venos c Cultura Po~uler quc~do e coounlCaVO 00 ~_~lS o 6 quando sues significcccedilotildees seus velocircros ideais e ObTeS SOO elesti shynados cfotive~0nte ao povo c rospondem ns ozigecircncios el~ reolizeccedilatildeo hu~ona docircsso -Jovo 00 eteroinete eacutepocc responce eu suoe n suo 29Jlsect

h lo 1 E b l 1ClOnClE lSmiddottorlCIl 100 e CC eo cooo U1lVerSo qUG c cu -Gura e ne shycioncl-cnqucnto integre es consciocircncios dentro ele ncccedilno no ~lnno--dc SUIl realizcccedilecirco hunene e cs situe assIacuteIl na linhO (10 DovLl(mto histoacuteshyrico essencicl de EP-iY2rsn1jzaCcedilco 9fetiva c do cricccedilecirco CO UilC cultura pare toclos os honcns (Po Hmriquo Vaz)

Cono o integrc2otildeo elo toc~os os hOL10ns ne DeSUo cul ture vinculo shyse o unc trcnsforLlcccediloO elos pcecircrotildees econocircnicos polticos o socieis 0

Cul ture Populcr estaacute tcbeacuten vincuIademiddot ecirc reelizcccedilco do u projeto hisshytoacuterieo que pretendo aquelcs trc~sfor3eccedilotildeos Um projeto histoacuterico condi zente OO~l uuc cul turo eleborecc o pcrticipedc por todos UiJ projeto que possibilite c toclo o povo essTIuiacuter o seu papel do criecor o suj0ito de culture dc sociedode eu quo vivo

~~ - l~J

Sendo nssiacuten pode-se dizor que Culturo Populer n~o eacute uu fenocircnono neutro indiferente Ao contr6rio nasce da un conflito o ~lecircle dcsembQ 00 pois ela existe e se Cpresonto 80npre eu terl10S de libertoxatildeo de prom ccedilecirco hunenc no sentido J1cis cnplo Donde se conclui que noo eacute possiacutevel U1 trobclho de Culturc Popu1er desligado do processo de consshycientizaccedilacircQ E ~or estar lig-eclo c ecircste processo 5 quo elo ueve lCivor

Sellpre c UL1C opccedilco Devo der pqssibi1iclceacutees de Opccedilco 00 povo eoboro N

nco posse lL1pOr osso opccedileo porque elo devo sor encontrcCc polo pr~o povo Este opccedilOcirco decorre ele plone consci3ncuuml que O honen adquire dos diforGnccedilos o degnveis entro os 3rupos quo foruno o socicdedo o de noshy

1 N bull so-COSSldcae1 LG une tronsforncccedilco dos lO culturcls polltlcoSpecroos cieia e econocircticos que os cotorlincJ --~

BIBLIOGRAPIL PARA APROpmJDLttrO DlSTE ITE-i

1- Les1ie A Ihi te - Concei to de Cul tura Seacuterie B apostila 1- I EB

2- Irene E de Carvalho - Introduccedilatildeo aos Estudos Socieis Funoaccedilatildeo Geshytulio Vargas Rio de Janeiro 1964

]) Cacircndido Pagravedim OSB- Dclucar para um undo Novo Colo Educar para a Vida Gad 6 ~d Vozes Petroacutepolis 1965

4- Felix 1 Keesing -Introduccedilatildeo Cultural Fundo de Cultura Rio 1961

MOVHlENTO

DE EDUCACcedilAtildeO

bull DE BASE

t J

~

f

I

I f

f

t iacute (

i i

JlJIDAMIIA010 DO JlOGlAMA PARA 196

1 pu ISWVDOS SOOIAIS

12 - Ilt~t~amp Sooial

~

120 - Estrutura Social

Estrutura eacute a armaccedilatildeo alguma coisa Aquilo que sustenta um o~ ganismo um preacutedio um caminh~o Cada coisa tem sua estrutura O or~ nismo humano tem o esqueleto c~o estrutura umpreacutedio tem os funda shymentos e as vigas mestras que o~~steltam de peacutemiddot Um oarro tem o chasshysis socircbre o qual ecircle eacute montado satildeo su~ estruturas proacuteprias

Asdm tocircda a estrutura tem Uliacutela porccedil2Q de partes q~ quando se juntamformw~ um todo onde alguma coisa po~~ se sustentcr O esquele-middot to tem diversas partes assim como a estrutux~ de um preacutedio tem as pa~ tes dos alicerces e as partes do teto das colunas eto bullbullbull Podemos en tender que ~__~s~]utu_a gualltl-q~r_9uJL~s_e1sectL99teacute~ diversas J18tlU QF~das_pDra_Jorll-_-__~~_j_oi9J_~E_co_njull_t-ordmLll~un~

Que seria entatildeo uma estrutura social ~ uma estrutura que diz ~ pei to e sociedade dos homens j o modo como amples se organizrun para vi ver melhor porque ningueacutem pode viver sozinho ~ social porque se reshyfere a uma porccedilatildeo de homens a uma porccedilatildeo de grupos humanos que forshymam o IItodo ll social A sociedade humana tem uma unidade mas tem tamshybeacutem uma porccedilatildeo de Eart~~~__~~~Fj_~am de gerta forma - a estrutushyra s~oial ~ sustentanto a unidade do ~ru]o humano

Como se trata de homens as estruturos nno pocam ser materiais como as da cesa do ceminhco etc S~o estruturas pr6prias do socieda de dos homens Tem que estar marcadas com qualidedes que s~o humanas

Ora o homem tem fundomentalmente veacuterias qualidades que o disshytinguem das outras coisas a consciecircncia racional (inteligecircncia e voa tade) a liberdade a afetividade o capacida~e de oompreender as ooisas e de dar nooe a tocircdas elas ~uer dizer de dar significado que s6 valem para si e pera seus seuelhantes e a capaoidade de poder socircshybre as coisas quando ecircle te~ uma pedra ecircle pode fazer UacuteDa estntua ou picaacute-la eu pedaoinhos exerce seu poder socircbre a pedra

Entatildeo jamp podemos ver que as Estruturas Sociais tecircm que respeitar exatL1011te eSS2S quelidade pcro sereu II~CLoiaisll f quer dizer humanas bull As Estruturas Sociais tecircm que re etira

bull a oonsciecircncia racional (inteligecircncia e vontade) bull a liberdade humana bull a afetividede do homem - o CBor bull a capacidade de der significado cs coises e de comunicar ecircssee

signifioados o todos bull o exetclcio do poder humano socircbre os coisas socircbre a socictlade

e socircbre o proacuteprio homeo

Al d 4 em ~sso como o homem e teubem um ser biologieo tem todas ns

otividades e funccedilotilde~s dos secircres vivos nascer crescer comer assimishylar reproduzir-se viver um tempo a rJ0nitude e tudo isso e depois entrar num processo de rle6iJ~ccedilrt (de ) e tender para o Ilorshy

bull 1 bull

te e para o desop~recimento fiacutesico Todo ser vivo S0 distingue dos nao vivos porque eacute c~p~z de tircr do Deio 00 que vive o que lhe eacute ncoeBs~shyrio pcr~ crescer reproduzin~o-se etc Isso se chcma processo C8 ess uil~ccedilco Umo plc~t~ oS6ioile de terre os eleoontos que pr0cis pere viver Uu cnimcl cssimile do que cooe c energi neoessnric pere conti shynuer vivo Eos to~os tecirc11 UlJ lioite Qucmlo pesso c perder Dei s elo que recebe oOlleccedilc e envelhecer caihe pcrc e norte As cstruturcs dos ogrupcoentos hUDC~10S teu que levcr lsso ao conto Teu que conJuoacutecr esshyScs funccedilotildees que sco ele tocvs os socircrcs vivos cou aquelcs opcoiddcs e quelidedea que vinos cclm que s~o sonento dos hOilns

Vimos o que es estrutures socieis ~ecirc11 que respeitor nessas elois plnoss o dcs quliccdes e o eles concliccedilocs bioloacutegiccs co honen l~s 1fi so n~o existe sopcrcdo une cois leacute outro cqui ~is~o jUl_to nUllc uc S11[ pc s soe nU2~ oe suo grupo h1lt2cno ~e_00 BeSIDO tO_DpO

Por isso tGl~lOS quo ver dU2s coisos I

lQ o que sustente os estrutur~s soci~is e 2Q cs f0I11CS COC esscs cstruturcs nos ercccD

ViDOS que ampss~s estrutures quo nos referimos sco hummcs 1=C8 nei

por isso sco tocircdes bocs tocircdcs respcitcndo e ncturezc do sor h~cno Sendo ecircssim eacute necesseacuterio U1 trcblho quo torne os homens conscientes disso pcrc que tocircelc sue cccedilco sej~ nU11 sentido de oelhorcr Ccel~ vez Jds cs estrutures da sociedede eu Que viv~ ~es jeacute existeu une porccedilatildeo de normcs vclocircres costUECS que tecircd vigencie n~ sociodede dos horHms e -~ ----shyque ~J~r21l_ ltlu9JS__ilJ3_~ll_tsH ~or que isso Porque c socieccele dos homens nco pode ser sustentcdo so pels coisns mteri~iB ~ es nor mcs os vclocircres os costuues s~o escolhidos e adotccos pele socieccecircoshydos homens como moios ele regulcr atildeuuml~id~--Socicl Elcs representcn une ctucccedilecirco do liberdcde huwcnc quer eizer os homens escolherauacuteln~s ~--r si livremente Entre~cnto esscs norucs ecircsses costunes ecircsses velores p8rlmccen nc sociedcde e Jlui tcs v~zes o que ore bOD nUD dotorJincdo tenpo deixe de sar bom ombore continue existindo Entco ca nornes e Vf l ores pcsscn c ser elenc1tos de opressco pcr o houm ou pcrc gru-A shy

pos de houens nUDc sociedade ~ por isso que se deve tor consciecircncic bG~ clcrc pera reconhecer se as no~~cs e vclocircres que regulcu nosso co~ port~uento sociel s~o cindc v~lidcs ~rc o hOBen quo vive nos nossos shyteuumlpos Se foreu vGlides devo~ ser canservcdas se nco foroI v~lidcSt dev~ratildeo ser uuelaelos Esscs focircrccediles os-cecirco contielcs DCis dirotmn-e nos volores Vcjcuos cOrJa ccde una poC~e sor explicndc

bull Velres go~ sectsc_oJhjf28-2~_y_c~-S_[ti tude dos ho~ Po shydeu ficcr atuando conscionteuonte ou inconscientenonte Por eXI A2or os pcds e os filhos b U11 velar ser livre pcr fzor o qUe quisor t outro vclori respei tcr os outros eacute tcDboacuten uu vecirclor Isso tudo vei eshyrecer ctrcveacutes dos costunes o norl~S que e socicdcampe edotc As ciforenshy

ccedilcs ent re 61 Sco epencs de Groducccedilco

2

bull COS~1luos -UodO__Cplusmn9 qgi_r socialuollte a$r2a(9J3bull Ouando un houou vai a escola ele so oouporta de un Dedo proprlO Quando vaJ a una fasta se couporta de outro Dodo Se fala coo sou pai se cODport2 de Dodo diferente daquele co que fal COrl sou filho Os costVlOS sao diferentes para cada ocasi~o

bull Nornos satildeo os [s~-os l9cos de couportmlOnto s9cisJ -oloS jaacute totDh Dente acoitos e que s~o onsinotos na sociedade CODO coisas a sorCD obshy

S t b tIscrvados WllS rlglCLanOl1 t e ao 11ecessarJcnon e o rJg~ OZJcs

A N

bull COlltE9le Soc~ S_gur(L~EJ_todo Gc obser~l9]_~9lltl9_Qbs9d~ ci~o t~cloJs-o~~JJ_c1Lo_G~b_9J_~eido Se algueu nao so COi~)Orta do acordo 001 ~s costuDCS o as noruas da sociedade vai sofrer pw~iccediloos o repreensotildees por parto elos outros clowmtos de sou grupo COD isso so estabelece U~1 controcirclellsocialll socircbre as occedilotildees do cce~e l)0SS0a do eashy

1o grupo Acuzor le oprovcccediloos e Danoresa e ~uor reprovcccedilouumls DelOi~()S ou t d - - 4 ADonIor~e o lpO 0 accedilao eS~lvor nalS ou nenos ~C aoorao cou o que a

sociedade esporava

~9G~~qt Oacute ULl tipo do controcircle social Iluito rfoido quo a socioshydcde iwpoe lli~la pOSS02 ou c gruo social

1Qi e um norDO- sociel tlrl conportaocmto que o oXiglCO de toshy

dos e quo qUffi1do nco 2coito provoca una coerccedilco Duito forte Essa IpUl1lCcedillO que pOCcC scr nora1 Jls~ce ou s~np1csnon c 1 t Ja c ~ t socJe 0 t c

r1incda antcriorIente Quor cizer se alguoacuteo rouba elevo sor Plli1ido se De ta devuuml ser puYlIacuteclo co~ pris2o etc bullbullbull

N _0 1 ( f tmiddot 1_oR 1 e uacuteora aquJ nos rc cr~~os epencs ao ccro er sooJ[bull liacute3~aO bd c Ro1 -tO o ae --lore 11[0 e une so rc a ) ocos ~ ~glCO ~ 1 AI T osCOl1Slceraccedilao 10

grupos huncnos tecircn Jcnifcs-ccccedilotildeos religioscs quer clizr aquolas que expresscn sues rolaccedilotildees COl1 Daus ou COD as coiscs clivines 11 goraleecirc

t - hl ft r8 Ilcn~lOS eccediloes CLlzer reS~Ol to cS reaccediloGs quo o grupo Ullc10 tO~middot_l cshyAo _ N bull A

ce a clgu1S fenonenos quo 1CO sao totalncnte conpreenslvels llcrc ele c lJorte c vida futur r sue Oi~iber2 o oal etc Vejrlos quel o difeshyrenccedila entro at_o reli1ii~0 e ato-Boral

a) ite l1eligioso eacute cc~UGlG que 0xpressc clerarG~1to llileacute_ relaccedil3o 001 Deus ou C 01 cs coisas sagi~acles Por ex uissa sacr2rJentos etc

b) L-co _oral eacute x-qllo1e quo oxpresse 1m julCecircc r to socircbro as coi ses que) hOG faz sobre sou relccionlt1uonto C 011 os outros ho~oacutensPor

tb eXI eJuccr os ou ros uacute OE rOUJer e lleU odler o prox~Jo c DaU

Uui tes vocirczos as coisas dc ~kligiecirco c da lorc-l S20 loios do controcirc la sociel OOSDO eto poclo sor entendido de diversas =aneircs Aju der UIl aligo pode sor entl1CILlo cl0 trecircs fornas diforcntos eacute Ul ato re ligi2sectQ onqucnto oxprossc Linha oC-ridrdo emquento vejo n010 rum iJashygcn de D01S eacute t2lbOacuteIl UIl ~to_~O_l~ porquo Oacute llilU coise boe Oacute ainoo ur oto suumlnJ10~te social porquo u aprovcdo pEle sociud0o o quo vivo

Tocircclos ostcs coisos sOcirco os fUl1dC-r0ntos de estruture sociul Porque nalas eacute quo o houo= =ostra sues qualidadus~o hODon diforonto [cs coishy

sos nateriois e sLrplesnente viVos

PoCLenos ver cgora cs forncs 01 CcedilU8 se expressarl estcs ostrutushyros

Ateacute aqui ViDOS brevemonte C01) os grupos sooiais satildeo sustCltadOS por vlocircres nOrcics cos tUJes etc odOl1OS prcstor ctGnccedilecirco e not-r quo os forlJCs os que ecircstos grupos nos eporeceJ no soci0d~de so limito vr ricdcs

Os tipos de grupos que se for~a~ nc sociedcde s~o b~sioc~8nte =l bull bull ~ bullCOiSf o grupo prJjj~rJo G o grupo secunuacutecrJo

O grupo pruumll~rio te-] es sGuintes c-rcoteriacutesticosl

AS pEssocs to proaGcs o se oon eeeD CEl t ocos os seusbull VJ vou nuJ h J

cspectos Convivea li fece c fece 11 Seu relocioneLlGnto inplicc foiccedilOcirco e conpreens~o e ou gerol h~ inti~i~cdc ontro si Isto podo se dcr especiclmentG no L~iacutelia nos grupos do cdgos nosossoeicccedilotildecs poqusect

- 1ncs e olguL1CS vezes eu grcndes cssocJcCcedilOGS DCS COD cpencs c guns uGabros que se tornares ouigos

A ~ ftI bull ibull As rclcccedilotildees cconocircDiccs c11 tIO cc s tE grupo nco sco cs T1CJ S ~1 N ---_- ~

portcntos Nem as relcccedilotildecs de orgc1izcccedilGo ou de poder de docisro l~Q -shy11a U~c bscelc ele qucm pocle ter Deis ou nonos cutoridede

bull As rol2ccedilotildees entre seus lJcbros s3o ele cCreacuteter cssoeir-tivo c tacirc1 senpra UilC fin~lielcdo detuumlrDinCd~ Potu SOl u~~ cssocicccedil~o eOD 1Jn6 lucrctivos etc Poclo ser tc-uumlbOacuteTl ULlC essocicccedilGO porC L1uumllhor conseGuir defender os diroitos de seus Doubros CODO UD sindic~to UD pCrtido poliacutetico uu centro social etc

y IV

bull As relcccedilocs sco cordicis DCS nlt1O sco Jntincs O rclccionCIlOushyto eacute regulado mois pelo finclidccc que os uuumlnbros busccm no grupo que pelo nmizcele ou 010iccedil20 que tecircD~tre si Haacute necircste grupo liDe s~rie Qe nOrLlOS de couportcuen to que regulau as cccedilotildees des pessoos conforne o popel que exerceD no grupo UD eacute o presidente outro eacute o contcdoroushytro o vuumlndodor outro o secreteacuterio de UD sindiccto UDa pessoo pode ser Ul eluno e outrc o professor Cnda qual tem seu conportclCnto eleshyteruincdo pela ncturezo do grupo E a finclidcde do grupo senpre sereacute olccnccedilcde nc medidc 811 que os papeacuteis forei Llelhor executcdos

Os grupos priLl~rios e secuncl~rios podeu ~pnreoer nc sociodcele dns - dmiddot f U f 1middot t UCJS Jverses Orcics UC CLiJ Jc soro por nc urezc UL1 grupo prJ~lcrJo

oom UD relecioncuento iacutentino entre seus eotlponentesEos ele poderaacute ser gronde propriet~rie ele u~c feacutebrica ou de usa f~zendc G por isso c presenter t~beacuteD relcccedilotildees que sno proacuteprios ele u~ grupo secunceacuterioco

bull 4 bull

ffinclid~ecircLe lucrCtivo De Dado quo f qu~lCiuer sopereccedilco que nos eCcedilClOS te~ seDp~e une finclidcde c de cstudcr ~elhor os estruturas de ccdc grupo~ nco quer dizer quo oles soacute podou eperocer cssi~ Nc reolidedcf cs relcccedilotildees ossin CODO os grupos se cruZou forucndo UD con~lcxo 62 c1c1 tste conp1exo soc1a1 pcrc ser cOL1preonc~ido tO~l quo ser estucLf do por pcrtos tl2S CSScs pcrtos diflcilncnte existcu iso1cdcs nc roeshylidcdc CODO noacutes cs considereDos qucndo oS estudaDOS Por isSOVCLlOS o~leliser cl~Dos desscs for]c8 c_o cD~recij]ento dos grupos socieis sou pc-nscr que eles soacute pode existir essin nato soreacute apenos uu Dodo de estuceacutelos Aineacuteto oqui fClenos dcs foru2s e~ que cs ostruturcs cpc shyrecou

l FAI=1LIA

c Ul1 dos 110dos wds ioportcntes de existecircncic socicl e o L1cis eecirc tude~o por todos os que queron oo~hGcer bOD cs sooiodades ou quo vishyvm ~ U-l grupo prilloacuterio por noturoze A convivecircncic eacute nui to ntine entre todos os seus nembros porque vive~ nc DeSDo cesc 002e~ e ues-De Des e pcS8r grcnde pcrte do teDpo de vide juntos Crio-s0 Ull re shy1coioncwnto afetivo tlUito intenso mtrc os seus ueubros A iuportcnshycio de fewiacutelio se fez cede vez neiar porque ele de8eupenhc 00 DeSUO tenpo ~c porccedil~o dcs funccedilotildees sooieis que s~o deseupenhcdcs ne sociede de pelos grupos Bciores Por exe2plo UDC pessoe se socialize ctrov~ de escole e de seu relccionclento cOL os outros ucs esse socieliz shyccedilOcirco teu iniacuteci) nc fcriacutelio desde que esse pessoc~ nesce

Une possoc so integre no contoxto culturcl de sue cOL1unidcdceshytrcveacutes de sue fcniacutelic que vive necircsse contexto e pode exercor por sou intcrueacutedio Uiacutelr etiviclcde lucretivc ospoclfic~-~Dente econocircnicc f do 11081]0 Liodo cono c exerceria en UD2 reacutebricc ou nuna eDpr~se Por isso tudo c fcuiacuteliG eacute o grupo sociel [is ostudcdo ~ nele quo so processhyso de 1uumldo reconhecido COrlO legiacute tiDO erquose tocircdcs Cs sociodecos o perpe ueccedileo b A 1 Mt )~cc eSJ0cJe huntnc cono SOl JO106Jco egJmiddottmiddotJlfCcedilCO co ~

-to sexucl UJ cto que onponhc 11is lntLlcJ-entemiddot ccdc pJssoc Uuml reco nhecidc univorscL18nte qundo rolizcc1o 11 fc11ic ou eLl fU~1CcedilO de foul1ia bull

____debull FOrDcs -___FClio - En corcltogt costum-se dizer que c fc11ic tew duos fo~Jcs pril1cipois - a rcl~CcedilljIrextel~ pctricrceacutel ou Betricrcc1 e ~ f~~lliCcedilc_nu_cJ9_9 consti tUldc so de pois e filhos

li sociodcdo brcsiloirc h~ eindo u l[lor nuacutenero do foillics poshytricrccis quer dizer ccei tcndo norer juntos filhos e nores filh--s e genros netos e sobrinhos i=cs Q processo de urbenizcccedilno c conoonshytrcccedilecirco e UL Ilc1or ~1UacuterlOrO de pessocs ncs cidcdes grcndos vci torncndo ced vez rmis difiacutecil esse forne de existocircnoic forli1icr O quo se vci tornondo noi s oorlUD eacute a forne de fcxiacutelic nuoleor onde soacute pcis e filho Dorau juntos E onde o relfoioncnonto ofetivo ficc rostri to o UIl mtti2 ro nenor de pessocs

Eu outrcs sociedccles heacute Qutrcs fJriles de fcniacutelics f onde u howr pcde ter ducs ou cci s mulheres ondo uJC rJulher pode ter lcis de UD

5

condicioncdo pelo rlodo do vide qU0Lcrido Tudo isso b detorrlincc1o ou 1 ~ plc si e pelos neios elo subsist~n l esses grupos cdotcrllo cono vr ~CioS

oic lueuro podeu conseguir

- d~ ~~l~bull Fu~~_lt~j-_~__~ bull c gcrcccedilco dos filhos

bull l sctisfoccedilco 6000ion01 f soxucl e cfctivll bull c educcccedilecirco c soCiclizcccedilco cos filhos bull o ccul turcccedileo quer cli zor cdcptc~r seus Ilonbro S cul turc

locc~ li( bull funccediltio recrectiva - ht sooicdcdos ondo e recrecccediloo 0 funccedileacuteo exclusivc da f~llic funccedilco econocirc=lica quondo de estruture fCtlilier depende c subsistecircncio e c o nOcirci i cc do grupo

(Ver c ecircstuacute respeito clgui livro de An~ro~olog~o e~peciolllen te RLinton O honen Uno Introduccedilco o Soc~olog~e)

2 COLU1HD1DE

t uma dos formas nais OODunS eil que cpcreeen os grupos socicismiddot e no que1 cs estruturos 600iois sco ll~ds faacuteceis de sareo estudedcs

A conunidcde cOlpreende e11 gerol UD grupo huucno bcsknte grcnde onde tocircdes es funccedilotildees de vide hunano eco exeroidos eu eonjunto eonecirce tocircdes cs neoessidodes encontrcn seus grcus de setistcccedilatildeo rics esscs fun ccedilocirces e nec0ssidado8 satildeo li~itcdos pelo aacuteroo geograacutefico onde o grupo vi vo

Assiu Urla cOLlunidode tCl wa QQlJiBJlroccedil~o fJ~ de~erlinCcle ~e1c lrcc onde eI 80 encontrDbull Isso e IacuteLlportcnte porque e de croo gcograf1shyo~ que deveratildeo seir os recursos oteriois pera o subsistecircncia do grupo UJlC couunidode que vive no 110io ruroI teu uoios de vide buumlrl diversos do quo uuo couuni(lDde que vive nml 1oio urbno jaacute bnstonto qesonvolvidoOe l7l0i08 de cOJuniccccedil[o o a1inm toccedilco e os lodos de conportononto vcrico

f d foon orue cs con Jccediloos geogrc ~c~s ce croo

Do meSIlO Joco [ cOlUnidod~ ter6 UIC contizuraccedilco pzicol_ampii~ Sous 171odos de ogir e sucs otitudes VcO vcricr conforne o pcdrco do oultura que o oonunidodc clconccedilou Nuna couunidodo conscientizedo o oepcz de on01isor tocircdcs os condiccedilotildees eJ que vivo c otitude dos grupos huncnos que o consti tuen sGrt de occedilco trmsfoZrcdoro o de JlcIhorio ecdo voz tclor Une couunidede 01 que nco haacute UBo oti tude de maacutelise de SUos condiccedilotildees t eLl que tudo ( ooeito de nodo possivo cma U1lo visco confornista n210 12 dern progredir Duito neu ter otitudes de Dudanccedilos pera nolhoror sua situcccedilatildeo

Nu~a couunidede existeu tocircdos as funccedilotildees nocessaacuterios ~ vida de Utl grupo hUlno P-1guucs dessos funccedilotildees podem ser l1Cis desenvolvidas que outrce ocs tocircdcs elce cpnrcoen de olguuuml Bodo An~lisaoos c seguiral guucs das funccedilotildees Deis iDportc~tes

c) Fun~no econocircmioc - t ~quelc que provecirc os reoursos uatericis do

6

~ grupo o que ecircle pode produzir e o que pode oonsumir assim como os mQ

dos como estas coisas satildeo distribuidas entre o grupo

b) FunSatildeo ~01Jti2~ Consiste no exerooiocirc do poder atra~es das vashyrias formas de autoridade criadas pelas sooiedades no sent1do de 2e manterem integradas e de decidirem seus pr6prios caminhos A fun9~0 PQ liacutetica exercida diretamente em assembleacuteias ou indiretamente atraves de Dampndatos faz Damprte da or~aniza~atildeo de qualQuer grupo humano que define

J Cgt S 1 ti 1 -tipos de coaccedilatildeo do puniccedilco forDQs te prrtioipaccediloo P2 1 00 esoc 0

UC cutoridcde obrigctoriedcde de ouopriilento de dec~soeSt oeios de d~ finir e clconccediler o bem COOUD

c) Etgl9atildeo--LelJAtildei~o~ - n a que reflete os modos como as pessoas da co~mnid8de se relccionam COLel Deus e COLl as coisas divinas Eu f)eralas funccedilotildees reli0iosas satildeo necessaacuterias para o equiliacutebrio emoc~onal do grushypo hu~ampnot porque trazem uma certa tranquilidade em relaccedilao a al3UUo problemas que nunca encontram resJostas adequadas oomo os da mortedo mal da origem do homem os da vid~ futura etc Qu~ndo as fth~ccedilotildees reshyliGiosas s~o bem coupreendidas e beuuml vividas pelo grupo pode-se dizer que haacute uma autenticidecle religiosa na comunidade Quando poreacutem h~ eshyxogecircro de crenccedilas e ri tuais a vivecircncia do grupo se torna quase irrashycional Isso pode Dconteeer com qualquer religiatildeo que natildeo seja bem coll preendide (Ver socircbre isto e eYlicaccedil~o referente a NEB e Igreja no Documento wJB sua Origem sua lLccedilatildeo e seu Conteuacutedo~ assim cono euro par te socircbre struturas de Igreja Consultar tembeacutem o livro Sociologia l~eligiosa Alain Birou)

d) Funccedilatildeo J~cr_e-ftiva - Compreende as atividcdes de lazer que se e xercem em tempos illliS ou menos deteriacuteLlinados pelos grupos huwcnos ltu~D tribo de iacutendios a luta pode ser um~ recreaccedilatildeo Nume cidade grcndevoi se ao cinema jogc-se cartas passeia-se Nas comunidades rurais hl muitos jogos muitas festos~ cede comunidade tem suas festas tpicas Jecrecccedilatildeo nco eacute soacute agrave ctivid[~de dcs cricnccedilcs embora sejam cs crianccedilcs que por nCtureza necossi tem meis de recrccccedilEo Tocircda comunidDde tem esshytruturcs recreativcs e de simples l~zer Bordar e fezer cestos pode 001

shyuma funccedilao economicaA

t m~s pode serrecreativa tambem UjJ~ festa reli giosa pode ter sue funccedilatildeo religioso e pOde ter tcmbeacutem uma funmiddotccedilatildeo reshycrectiva Como dissemos antes tudo se cruza nD recUumlidade s6 seporo mos as coisas por~ poder estud~-lCs molhor

e) unccediluuml2 cs_lg_cJ9tJXE - ti exercid p~rc satisfozer cs necessidcltles de ~ssocicccedilao quo o hOiuem tel numa cOllunidode Assim embora o fCJi1lin

I bullAseJa o grupo pr111C 1 pC ejl quo quese todcs s funccediloes necesserJos para a vide humano s~o exercidas haacute necessid~de de outros tipos de grupos para ~lgumas funccedilotildees especiacuteficas numa comunidade Por exemplo um sinw

dicato represente c necessidcde de cssocicccedilatildeo de um grupo profissional pcra melhor exercer sua profiss~o e ser melhor compreendido pelos oushytros grupos Pode hover sindic~tos de poscadores de levrndoacuteres de 0shyper~rios etc 1as h~ outros tipos de associaccedilic O Partido Poltioo um formo de associaccedilao que existe nV1ilC cOLlunidcde p[ro que osgrupoe possam pcrticipar orgcnizcdmonte do poc~er H~ partidos que represen shytCill certcs closses sociais e ou~ros representam outras classes ooda qucl busccudo reclizcr melhor 6elS c r-rocircsses H~ tcmbeacutem cssooinccedilotildees

bull 7 bull

de tipo econ3uico 8 com fins lucr~tivos como um~ socied~de coserci~l que cmprc e vende cGrtcs IlGrc~doris HG sociedcdes industri-is que rGunem grende nuacutemero cc pessocs pcrc produzir eu conjunto outre-s lHrc~ dorics

Reacute cindl muitos outrcs funccedilotildees nUj~c oomunidcde hu]~nc sej elo grcnde ou pequenc =[8 pcrr noacutes ~=~j3 uuumlc coisc deve ficr nui to clarrbull rcocircctcs cs comunidcuos COB sues funccedilotildees soacute tecircu sentido o devoi1 SOl re~ p8itcdcs ellqunto 80 rcClIlCl1te moios elo roliz~ccedilecirco huwcmc Dosdo que qu~lqucr um delcs sejc utilizede pcre oprimir o hocet1 perdo sou scmshytido e lt1ev0 ser DUC1ccbull

Pode-s pOl~u1-cr CgtO inci02 ~ Isroje- eooo instituiccedileacuteo divinc podo se enqucdrcr e~ deterDin~ds estrutures 80 ela oo~portc da fcto

bull ~clQluc ostruturccedil~o TIll que mediclc isso lJ10 eacute neeoss[r~o em que mouJ_ da isso lhe 6 projuQici~

TerJOs que notcr du~s COi88 funCCilGeacutetaisl

e) L Ierejc uuml U- cO~UL1iiacutelcluuml 0spiri tucl de toclos [qu~les que ( crec1i kl1 1 rtevolcccedilOtildeo ( n Ruumlconccedilo pelo Cristo

b) A Icreje existe pelos hono~s -c os homens 0 deve rospeitcr rs exigecircC1Cis que n--turozo co homen pede prc SU2 rc~~lizc ccedilco A pclcvrc conunic~c1e cqui ~8iil UIil sontido diferente do que foi usado cntes Uscuos o tecircriJO _c2~mnidcde de 11ftcjccgoshyrc nun s0~1tido lis espiri tU[Uuml do qu socicl

COIO ume co~nn~idcde visiacutevel enccrncde no mundo c Igrcjc te) sue estrutur[~ juriacuteCico como outrcs cOLlulliddes N8ste sentido ele ~ susceptJvel de Llucl1ccedilcs c progresso Do mcsmo modocomo Ur1C estrutura huruumlenc perd0 sue rczso de scr QuC1do nco fcci1i te c ro-lizcccedilo de pe880c ssim tc~1l6m urc Qstrutur de Isrejc pode suumlrder sue razeo de ser se n2o fccili ter [~ corauniccccedil~o (1 Grcccedilc de pcl-vre de Deus Erl 0E trs pclvrcs COiO 8 estrutures hllLl1CS progridem OOL o desenvolvi I1~l1to G SD tornelU Bcis couplexcs pcr~ e~orceuro)r deter1l1in~dcs funccedilotildees o ctrcler cqueles CUOi e1-s sc dostin-m U1 estruture 19rojo enshyqucnto org~nizcccedil~o 11u11-11o pode scr iIoc1ificdc desde lU8 seje p~ro UGshy

lhor cOLlunic-r o q1hJ Deus quis

-8) eacute e- rz3o ce 8U origeu e nCturczC que c Igre ja difere dcs oumiddot-r - b o 1 bull gt 1 hi gt bull Q cormnJ5clES bull Gm or~ seJc Ui~ COLlU1JCQO VJSJVQ e rerquJOc e U1 orgl1Iacutez-CcedilCO Iacutelsti tuid por Cristo coa sUJS funccedilotildees S1L estruture e os poeacuteteres qU8 - 1 pertences iNc lU essecircncie mcis profundc c 19rcj- eacute - preSOllccedil puacuterune11to nc qU~cro de Histoacuteric do rmndo do vershybo do Daus foito HOlcm Dl 6 co~cratizc9~o histoacuteria~ d~ vontcdo scl vlfiac de Deus coluniacdc ctrovoacutes (10 Cristo (Kerl RchllGr lIission ct Grcce vol 11 Serviteurs eacutetu PeulJ10 c10 ])iou EJlIE 20 eacuted Fcnae 1 963 p 30)

8 bull

~- ~

AleacuteJl do que jeacute vinos devel2Os tontCr fazcr couumlpreonder OOL nos shyscs cmlos aue stem outrs forws cuuml ostruturcs socie_i8 e que c 10shy

(lida Cl que middotumc socie proJride esscs foril2s v~o so nul ti~lic_ndo e se tornendo meis coraplexos Por isso 6 que ume pessoc de zonr rurcl do pis qundo vem c urde cidde gr-nco fio onbcreccediled Porque ele nco conhoce tocircdcs cs forucs de rGlcioncL~el1to que ooucle comniCrce u~- ~ bcn2 utilize iil V0J UJ 10io 1i8 sirples e cujcs cstruturcs sco

bull bullbull - bull AI

rec~uzuumlcs c 3ruj)os pri1rJos frJIJ-res ou c cssocJccedilocs e grupos ss cur~eacuterios k beacutem Dui to sLlples 111 tr buumlho de conscientizcccedilao deve 12 vr e8SCS pessos c id6ic ce que I lJor L1cis couumlp1ic[dc que sojo Ule

ht L 8ocicl f c so rczeo do S8 lor ccuse ClO bullbulle S ru vur ~ prollrJo OlCrlCJ I i 1 N

que nln~10L1 se (leve eLlbcr~ccedilcdo so porque n~o conhGce 08 no os de rcl-ciolLwnto saciel que outrcs cOE112lidcdes ou outrcs roiotildees utishylizou Ucvuuml-se insistir lUi to nisso o honml ~ o il8SO c quclqucr cir

shyCU~1stmiddotncic v~rie 8 fCJrufs de G Stl~turcccedil~o soci1 porque ho concenshyt ~ - h tmiddotrcccedilocs eLE seres hU2110S que necossl te~ ltlesscs releccediloes uCs no11 ua l

po eacutee ruumllccedil2o por _i8 cOilplec clue soje fcz que un hOL18~ S0je IlC lhor ~o que outro soacute porque es conhece ou porque vive nUDe couunidcdc

t I A i d QU0 cs (no odcs -8 pessos teu quo ter conso encJc Jsso p2rc ev~

tr ju~tecate c fOln-Ccedileo de prcco1coito8 de cl2s8-t do ScscZ cc k~jlo_l_~IacuteJOecirc rCcici S e te que sGo outrcs foDfs__dQ dqiIs_tccedilfo~ ilo l~Wlcsect ~s1rltprcss9cicisJ NenhuLlc deles eeve prcvcleccr sobro Cucl qUGr hOlllem quer sejc cle Ulll meio onele 018 sejc1 311p1es qUGr soj de m meio oi1clo Glcs sejeu Ilui to COi2plocs A uacutenico coise que deve p4cva 1cer SLpre eacute o hOneil - c pessoc hUllc nc - socircbre quclquor tipo de estruture

Vewos tenter colooCr - lgullCS expliccccedilotildees socircbro ccdc UDi cessas outrcs forD1cs

1ordm- CL~_SSbS SOCIAIS sco constituGcs por grupos de pessocs quo t de 1 tGil C mesmc 81 - os DOSDO TIOLOSmcnelrc gere ucccedileo coonO~1cct de

couportcmento) 00 11eSLlOS veacutelocircres uuml que por isso cdquircHl o que s) chc_ Inc CJlluJonte de consci~1cic de c1csse ll bull Tecircn c consciG1cie de este reu n~ llleSDC si tucccedil3o e por isso COfClcO o CSLlO tipo elo vide pr- seu grupo estebuacutel~c01do diferenccedilcs IIncturcis ll 01 relcccedilecirco outros grupos Ponsem que c socieccde hUl1cne SOacute cl0V se equilibreI de Uil cetOIinedo uoltlo onde ecircles encontrou 1l1tiC de te r=i ndc posiccedilecirco bm1 2ssegureda Ass1rl h

CJverscS expressoes de consciGncJc de clcsse ~ c d~~ clcss( 1ctJftm shyci~rie de clcsse dos grandes inuumlstriis [1 de Cl~8SE) 0cli e cc clcsSG oper~r1c e d~ clcsSG c~]onesc etc

Ccde um delcs poue penscr quo ~~ sociedcce hUll[na devic so orzcshynizcr Qostc~ ou cl[-~uelr fornc o cuo cssL] lhes ccbari ost ou oquolc i 1 ~por~ CJe ness~ orG~nJzccediloo de s~ciodeacuteo co~ 80 Qed~ c oSSC oxshy

presse os itGrecircssos Que ten p-re si c fcz ~c lIideologie quo pcesc c (~ofonder Cm~J jeacute viJos cs clesSGS secirco t-beacuten cstrutures socieia c

nosso i n t oresse dove ser c prooccedilco do honer e no dcs estruturiS Esso ~ -

prouoccedilo sereacute ccd vez uuacutelhol conforue focircr nais pernitiltlo Co cfirlcccedilco do homeo eu quclquor tipo de es~ruturc ~ste prob1eno ~ bostente CODshy

9

i

bull

bull

bull

p1oxo o quo estaacute aqui 1130 cliz tudo por Qster ooloc[1oo do lDC forutl rlui to siLp1ificede Perc u~ l~oiacuteor aprofundor1onto ver o bib1iogrofic oi t~dc

2ordm - CLSJIA SOCILL b tebbn UL rgrupaLcnto hUleno c orl 08 ~G sms c onotcccedilatildeos cn tcriores Ipeuacutecs Ci8 cgrcvodo pelo fochcccnto do grupo os re1cccedilfio a outros grupos U~o custe so focha por ~otivos do proconshyceitos reli~iosos raciais culturais etc Nio perDito ~ ontrada do outros eloD2ntcs f noo une nobilieacuteeco el0 seus Dembros pcr] o~tros grushypos Tcm U2- i20010gie 1Uito 1iacutes clure c iLluteacutevel ILUi tas VOZ0S una ccst eacute ur~ [leio que cortos grupos utiliacutezaIl pcgtro dofondore~ seus inte shyressos e suc~ possibiliccdo co clOlinor outros grupos C o ccso dos C08shy

ts-s nince o1iacutesteytes 02 cortos piacuteses que diacuteviacutecleuroc o povo e-2 rgtcrce1as t2-0 diacutestintes que nunc2 se pode pssr de w c outrc

3ordm - PlCcedilAs eacute c diacuteferonciacutecccedil3o que se oncontre nos grupos huucnos provenilmtes de corccteres 0sscncisl0nte bioloacutegicos AssL1 os negros f

- t OS b rncos CLlClr0 1os sco os ros grupos rcc~s~s L1cJS ov~conliOS no 60shyciededo elos hOl0ns ~ diforo~l2 eacute soacute bioloacutegica quenco se flo do roccedilc seu ter nonhuLlc outrc cOl1sequolciacutee cul turol ou intcluumlcmiddot~u[l porc c posshysoc U~ nogro oueriocno vivoric os TlOSDOS pcelrotildees cu1turois c-oriccnos (nO) focircsse [ sogr8goccedilro r2-ciol) COlO quolqucr chinecircs (roccedila mcrolc)quo se intogresse nc vido c~oriccno

4ordm - GRUPOS uacuteTNICOS secirco tcllboacuteu Dados de vivecircncic sooic1 ondo 80

eC011tucn osvO ciacutecluonto clcuns c OS-(ULlG S ( norurs de ccr5ter icis cultushyre1 r0l2oiondos 001 c 1 iacute11[11 c COStUL~OS rogionoiacutes tipos fiacutesicos (10shy

tar~in2dos por conCiccedilotildeos do 01i~e do rogiecirco gcogr~ficc etc AssiD UDe clc1oio elo pescodores no norte da A1cnanhc tcm ccroctorCsticcs bo eacuteivorscs 00 u1 2lcloic elo )(scc(o1os no nordesto elo Brnsi1 ULl DOVO de urm rogiecirco couo c 111(ia to_ eer2cteristicos divorscs dos DOVOS rqo~ e crlOriccnos cborc n2o sejol reccedilcs ciferentes As (~ifcr~l1ccedilcs 1120 SOO

b l + I SO ~o o~Jcos ~as vB2bcu cu1turaJs

BIBLIOGBLIL PRi1 LPROFmDL=

1 R Linton - O Une Ii1tlOC~UCcedil20 agrave Sooiologia Livreric Lartins SA s2o Paulo bull

2 A Igro ja Conciacutelio Vctic2-TIO lI Consti tuiccedilco Dog_Gtica LUoacutelon Gcntiml Doc Ponto 149 Jcitocircra Vozes Petroacutepolis 1965

3 Kar1 cmler - I~issco e Grcccediln II Vale Funccedilotildees e Estceacute-os cc Vic~c no Igroja - Dditocircra VOZ8S Petroacutepolis 1965

4 Alcin Eirou - Sociologia noli~ioso Duas Cid2-des satildeo Paulo

bull 10 bull

~~J~~ gt

I I) t

I

MOVnIiacutemTO

DE

EDUCACcedilAtildeO

DE

BASE

FUNDAMENTA ccedil Atilde O

DO PROGRAMA PARA 1965 li parte bull ESTUDOS SOCIAIS

15 Subdesenvolvimento e Desenvolvimento

middot J

1 SUBDESEIlYOLVnlENTO E DESElfVOLVIllENTO

nA humanidade cresce ragravepidamente todo o mundo o sabe mas poucos

homens tecircm consciecircncia da rapidez decircste progresso e-poucos tambeacutem satildeo

os angustiados pelas conclusotildees que- d~ste fato se deveria tirarn(Lebret

Suiciacutedio ou Sobrevivecircncia do Ocidente Duas Cidades S Pau101960p22)

O problema que a humanidade tem que resolver eacute o da pr05ramaccedilatildeo

humana conjunta atendendo a cada pessoa a cada comunidade a cada reshy

giatildeo a cada paiacutes ~ necessaacuterio dar uma resposta precisa a cada homem

enquanto pessoa e enquanto membro de uma sociedade No caso dos pa~ses

subdesenvolvidos essa resposta natildeo poderaacute ser dada a altura se natildeo veu

cermos alguns problemas do subdesenvolvimento Ou melhor esta resposta

natildeo seraacute dada se natildeo houver uma modificaccedilatildeo grande de estruturas de ~

talidades de valocircres bullbullbull de tal forma que todos os homens e cad~ homem

sejam reconhecidos como sujeitos~

Diante disso tudo poder-se-ia perguntar mas o que eacute o subdesen shy

volvimento o que o caracteriacuteza Em um sentido lato poder-se-ia denominar

de subdesenvolvidos os paiacuteses atrasados lIas isso eacute muito vago Preferi shy

mos dizer entatildeo que o que determina o subdesenvolvimento eacute sobretudo

uma grande complexidade de problemas dificultando a melhoria do niacutevel

de vida e a promoccedilatildeo do homem como pessoa sobretudo nas camadas mais P2

bres e necessit~das da populaccedilatildeo Essa complexidade eacute talvez uma das ca~

sas que mais dificulta um paiacutes atingir um certo niacutevel de desenvolvimento~

Como veremos a sebUir natildeo eacute resolvendo problemas isolados ou mais imedishy

atos que chegamos a superar o subdesenvolvimento Como eacute sabido ecircsse pr~

cesso de superaccedilatildeo tem eXigecircncias especiais que precisam ser ordenadas

hierarquizadas e planejadas Com efeito o subdesenvolvimento eacute caracteshy

rizado por vaacuterios fatocircres ou problemas que dificultam a plena realizaccedilatildeo

do homem e da comunidade onde ecircle vive

2 ALGU1IAS C-lRACTERtSTICAS DO SUBDESElTVOLVI1IENTO

21 Dependecircncia sconocircmica - Uma das caracteriacutesticas mais marcantes do su~

desenvolvimento eacute a dependecircncia econocircmica Sem um miacutenimo de autonomia eshy

conocircmica eacute ilusoacuterio falar-se de atunomia cultural e de certa ormat~

beacutem poliacutetica Os paiacuteses que dependem econocircmicamente de outros sofrem sob

~

i ~

vaacuterios aspectos o pecircso da dependecircncia econocircmica estrangerira Por isso

o desenvolvimento econocircmico desses paiacuteses nunca seraacute apenas resultado de

um progresso interno

A econom~ca ~ bull se reflete principalmente a t raves Essa dependencia

a) do comeacutercio exterior - em geral os paiacuteses subdesenvolvidos exportam

para os paiacuteses desenvolvidos os produtos brutos ou agriacuteCOlas ou alimenshy

tiacutecios (no caso do Brasil por exemplo o agucar o manganecircs etc) e imshy

portam destes os produtos manufaturados (eqUipamentos por exemplO)

b) de uma situaccedilatildeo deficitaacuteria em que vivem de um modo geral os paiacuteses

subdesenvolvidos Tal situaccedilatildeo eacute de certa forma tambeacutem motivada pela ~

neira como o mercad0l importador determina os preccedilos Poder-se-ia dar

como exemplo o cafeacute no Brasil que equivale a mais de 40 de nossa expo~

taccedilatildeo e apenas 04 da importaccedilatildeo dos EEUU cujo preccedilo eacute estipulado por

ecircste uacuteltimo o maior mercado comprador c) da poliacutetica econocircmica e social dependentes muitas vecirczes dos interesses

de grupos ou firmas estrangeiras

d) da posiccedilatildeo de destaaue Que ocu~a o capital estrangeiro na economia dos

paiacuteses subdesenvolvidos Decircle depende a importacircncia e grande parte da esshy

pecificidade das produccedilotildees do paiacutes assim como de sua situaccedilatildeo de integratilde

ccedilatildeo no mercado internacional (Yves Lacoste Os Paiacuteses SubdesenvolvidosDi

fusatildeo Europeacuteia do Livro ColSaber Atual satildeo Paulo 1961pp 17-19)

22 Pouca Industrializacatildeo e Dificuldade de Ser Ampliada - os paiacuteses su~

desenvolvidos encontram mu~tas dificuldades de se industrializar O Depa~

tamento de Assuntos Econocircmicos das Uaccedilotildees Unidas estudando estas dificul

dades haacute alguns anos reuniu-as em trecircs aspectos econocircmico social e int~ nacional

a) no aspecto econocircmico temos que levar em conta aleacutem da pouca poupanccedila

interna a falta de capitais ou o emprecircgo de capitais estrangeiros em geshy

ral nas induacutestrias de transformaccedilatildeo e natildeo para a infra-estrutura assim

como as dificuldades de transporte a insuficiecircncia de energia etc

b) quanto ao aspecto social pode exercer influecircncias negativas ou positi shy

vas No caso dos paiacuteses subdesenvolvidos natildeo haacute duacutevida que as influecircncias N

sao em geral mais ne5ativas j bastrulte lembrar o baio niacutevel de instru-

ccedilatildeo o elevado lndice de analfabetismo a falta de operaacuterios qualificados

e a natildeo existecircncia de um ple~ejamento que leve em conta tocircda a populaccedilatildeo

tocircdas as reGiotildees visando um desenvolvimento global

c) com relaccedilatildeo ~o aspecto internacional haacute tambeacutem vaacuterios tipos de obstaacutec~

(

los ao desenvolvimento industrial dos paiacuteses subdesenvolvidos Lembrareshy

mos apenas dois as restriccedilotildees que os paiacuteses desenvolvidos em geral imshy

potildeem aos subdesenvolvidos para conceder um empreacutestimo de capital que pushy

2gdesse facilitar a industrializaccedilatildeo dos primeiros a tendecircncia dos pai

ses desenvolvidos de fazerem dos subdesenvolvidos meros fornecedores de

mateacuteria prima dificultando ou ~estringindo as possibilidades de desen shy

volvioento destes (Lebret obra citada pp 100-105)

Todavia eacute preciso natildeo esquecer que embora a industrializaccedilatildeo seja

a1so muito importante para o desenvolvimento econocircmico de um paiacutes ela

nao ten um fim em si mesma Ou seja a IN so temindustrializaccedilao para nos

sentido se ela contribui para uma real promoccedilatildeo do homem se ela contrishy

bui para elevar e melhorar o niacutevel de vida sobretudo das camadas menos

favorecidas da populaccedilatildeo As faacutebricas as usinas as grandes emprecircsas e~

fim podem ser retrato do desenvolvimento econocircmico mas ajudam o homem a

ser mais homem quando contribueacutem para satisfazer suas necessidades mais

essenciais a se realizar como pessoabull

bullBaixa Renda Nacional - Uma das distinccedilotildees que se pode fazer entre

os pa~ses desenvolvidos e subdesenvolvidos consiste justamente na dist~

buiccedilatildeo da renda nacional entre habitantes ou entre as diversas camadas

da populaccedilatildeo De um modo geral nos paiacuteses desenvolvidos as camadas mais

pobres tecircm um niacutevel de vida superior aos subdesenvolvidos A tiacutetulo de

ilustrcccedilatildeo daremos apenas al~Uls dados referente a renda anual individual

(chamada tecirccni3amente de renda per capita) em 1959 de alguns paiacutesesE~

tados Unidos da Ameacuterica do Horte 2250 doacutelares alguns paiacuteses da Europa

Ocidental assim como Austraacutelia e Nova Zelandia 1000 doacutelares Bnquanto

isso para o conjunto dos paiacuteses menos desenvolvidos a cifra corresponden

te foi mais ou menos de 100 doacutelares anuais sendo que a maior parte dos

paiacuteses da Aacutefrica Aacutesia e Jmeacuterica L~tina apresentavam uma renda meacutedia de

10 a 80 doacutelares (Bl Corre0 de la Unesco) bull

bullDeficiecircncia na Agricultura - A agricultura nos paiacuteses subdesenvol

vidos de um ~odo geral eacute muito atrasada Haacute grandes quantidades de te~

ras cultivaacuteveis natildeo aproveitadas Ha Ameacuterica Latina p ex apenas 15

das terras cultivaacuteveis satildeo realmente cultivadas (Yves Lacostobra citada

p 12) Haacute fatocircres que podem explicar essa quantidade tatildeo pequena de tershy

ras cultivadas

bull estrutura agraacuteria injusta e obsoleta

i

bull interecircsse de grupos econocircmicos nacionais e estfangeiros

bull falta ou insuficiecircncia de meios teacutecnicos

bull desgaste dos solos

bull falta de fertilizantes etc

Todavia a maior dificuldade a ser vencida pela agricultura dos pa1shy

ses subdesenvolvidos proveacutem do custo dos bens materiais Um dos meios de

satisfazer tais necessidades seria a fabricaccedilatildeo de suas proacuteprias maacutequinas

agriacutecolas de fertilizantes e de combustiacuteveis

Consider~ido todos os fatores que dificultam a agricultura nos pa1

shy

ses subdesenvolvidos podemos entender assim porque apesar de serem na

maioria paiacuteses agriacutecolas apresentam baixa produccedilatildeo natildeo conseguindo nem

satisfazer as necessidades alimentares de seu povo

Desequiliacutebrios entre as Cc~adas Sociais - A grandemaioria da populacirc

ccedilatildeo dos paiacuteses subdesenvolvidos tem condiccedilotildees subhumanas de vida A verdashy

de eacute que um nuacutemero muito restrito tem um miacutenimo necessaacuterio para viver como

pessoa e apenas uma minoria tem a go~a de todos os privileacutegiOS

Uma das maneiras de se caracterizar ecircsses desequiliacutebrios sociais eacute

a distribuiccedilatildeo proporcional da renda nacional pela populaccedilatildeo Iro caso brashy

sileiro por exemplo ecircste desequiliacutebrio eacute evidente

Outro iacutendice complementar eacute o da distribuiccedilatildeo da propriedade rural

brasileira Em nuacutemeros relativos a aacuterea territorial brasileira dos estabe

lecimentos agropecuaacuterios em 1950 era expressa da seguinte maneira os d2

nos de propriedades de mais de 100 ha representam apenas 16670 do total do

nuacutemero de propriet~rios e possuem 8567~ da aacuterea total dos estabelecimentos

agropecuaacuterios do Brasil enquanto que 834 do nuacutemero de proprietaacuterios po~

suidores de menos de 100 ha deteacutem em suas matildeos apenas 14~~ da aacuterea toshy

tal (Antonio Rodrigues Coutinho - lanisteacuterio da Agricultura Contribuiccedilatildeo

ao Estudo da Bstrutura Dconocircmica Agraacuteria Brasileira Sego o Censo de 1950 p20)

~ dentro dessa faixa menos favoremida que certos problemascaracteriacute~

ticos das regiotildees subdesenvolvidas se tornam mais chocantesAqui estatildeo alshyguns decircles

~

l

~ bull Para cada 100 crianccedilas nascidas vivas desta faixa morrem 24 anshy

~

tes do 12 ano de vida enquanto para outras camadas sociais morrem 10 em

100 (Nelson Rodri6~es dos Santos O Problema da Sauacutede no Brasil) Dados

recentes mostram ainda que a chistosomose atinge 6 milhotildees de brasilei

ros a tuberculose 1 milhatildeo e 200 mil doenccedilas de chagas 3 a 4 milhotildees

malaacuteria 8 milhotildees A maioria dessas pessoas atingidas habitam agrave zona rushy

ral e estatildeo incluiacutedos nesta faixa da populaccedilatildeo menos favorecidas (A Pop~

laccedilatildeo Brasileira Dados do IBGE 1960)

Com efeito o que se pode dizer eacute que estas deficiecircncias contribuem

ainda mais para baixar o rendimento econocircmico agravando cada vez mais

as condiccedilotildees de vida dessa camada populacional ~ vivendo e sofrendo eacutesshy

tes problemas que trJilbalha grande parte da populaccedilatildeo dos paiacuteses Afroasi ct_ ~ jt --lt- r A

at~cos Em alguns desses pa~ses o n~vel de vida e tao baixo que ha um

verdadeiro ciacuterculo vicioso onde o homem jaacute natildeo tendo esperanccedila acha di

fiacutecil romper com essa situaccedilatildeo de miseacuteria

De um modo geral o que preaeacutenciamos eacute que por causa de grandes d~

sequiliacutebrios entre as diversas camadas sociais e entre os povos do mundo

grande parte da humanidade tem condiCcedilotildees de vida subhumana

Os v~rios dados apresentados abaixo servem para mostrar o grau de

desenvolvimento ou subdesenvolvimento de alguns paiacuteses ~ preciso conta1

to que natildeo se pare numa enumeraccedilatildeo pura e simples dos mesmos nem que

se pretenda uma comparaccedilatildeo com um ideal a atingir Os dados referentes a

cada paiacutes falam mais quando analisados no seu conjunto e soacute vistos e an~

lisados globalmente eacute que podem ser comparados com outros paiacuteses bull bull i ~-

bull Mortalidade Infantil - Para cada 100 crianccedilas nascidas vivas num

ano morrem 3 nos EEUU 4 na Inglaterra 7 na Beacutelgica enquanto no Brasil

Boliacutevia e na Colocircmbia morrem 15 (onu Rapport Preliminaire sur la Situa

tion Sociale dans le i~onde 1962)

bull llortalidade Geral - De cada 1000 habitantes morrem por ano 9 nos

EJUU 11 na Inglaterra 12 na TIeacutelg~ca 25 no Brasil na Boliacutevia e na Coshylocircmbia (idem)

~~

Vida lieacutedia - 70 anos nos EEUU 65 anos na Beacutelgica 45 anos para o

Brasil Boliacutevia e Colocircmbia (idem)

bull Alimentaccedilatildeo e Fome - Segundo Lebret pode-se admitir que mais d

50 da populaccedilatildeo do mundo se manteacutem em um ~ampntar inferior ao estritamiddot

mente necessaacuterio em calorias e 75~ dessa populaccedilatildeo aproxima-se ou ape

nas atinGe o niacutevel miacutenimo exigidO pelas atividades humanas normais

~artindo desses dados e fatores verificamos que haacute uma coincidecircnshy

cia de niacuteveis para alguns paiacuteses ~stes paiacuteses por uma seacuterie de razotildees

ou de fatores satildeo chamados subdesenvolvidos

3 EXIG6NCIAS ESP3CIAIS PARA SUPJJRACcedilAtildeO DO PROCESSO DO SUSDESDNVOLVI1JlliTTO

31 o crescimento demograacutefico deve ser acompanhado por um crescimento ec~ nom~co proporcional

O processo de superaccedilao- do sub-desenvolvimento exige antes de mais

nada que o ritmo extraordinagraveriamente raacutepido com que crescem as necessishy

dades dos povos subdesenvolvidos seja acompanhado por I crescimento ecoshy

nocircmico superior a~ necessidade~i da populaccedilatildeo

A explosatildeo demograacutefica nos paiacuteses subdesenvolvidos eacute no momento ashy

tual um fato que ningueacutem pode ignorar Isto eacute consequecircncia de vaacuterios fata

res

a) os paiacuteses subdesenvolvidos tecircm uma natalidade muito maior que os

outros Como exemplo lembraremos que para cada 1000 habitantes nascem

anualmente na Europa e nos EEUU de 18 a 25 crianccedilas enquanto que em zoshy

nas subdesenvolvidas como a Aacutefrica e a ~neacuterica Latina ecircste nuacutemero chega a

mai3 de 40 (Camargo Demografia 3conocircmica 1960)

b) o raacutepidO crescimento pode ser explicado tambeacutem pelo descreacutescishy

mo da mortalidade verificado nestes paiacuteses De fato essa mortalidade ainmiddot

da eacute bas-cante alta No entanto ela vem diminuindo gradativamente graccedilas a

uma certa assistecircncia sanitaacuteria que eacute dada aos paiacuteses subdesenvolvidosjem

bora de forma muito precaacuteria e sistemaacutetica

Ora para satisfazer as necessidades de uma popUlaccedilatildeo que aumentou

tatildeo ragravepidanente eacute indispensaacutevel um esfocircrccedilo muito grande para produzir

bens e serviccedilos 10 caso do Brasil por exemplo a populaccedilatildeo anual aumenshy

1

-

tam na razatildeo de 3 ao ano A economia nacional precisa entatildeo aumentar

sua capacidade de produccedilatildeo daacute maneira que chegue a satisfazer as necesmiddot

sidades correspondentes a ecircsse aumento da populaccedilatildeo em mateacuteria de alimen

taccedilatildeo vestuaacuterio habitaccedilatildeo instrumentos domeacutesticos educaccedilatildeo emprecircgo

serviccedilos sanitaacuterios (aacutegua luz esgocircto t L Itt etc)

~sse esfocircrccedilo eacute tanto mais difcil porque em consequecircncia do mesmo

crescimento econocircmico raacutepido a maior parte da populaccedilatildeo em idade ativa

eacute muito menor em proporccedilatildeo agravequecircles que natildeo fazem parte desta faixa (cri

anccedilas doentes bullbullbull ) Por outro lado como os pases subdesenvolvidos tem

um niacutevel de vida extremamente baixo a economia deveraacute natildeo somente acomp~

nhar o crescimento demograacutefico mas taEbeacutem aumentar em certa medida ecircsse

niacutevel de vida No entantoecircste paiacuteses mostram-se no conjunto incapazes

de expandir sua economia numa proporccedilatildeo satisfatoacuteria

Das razotildees que impedem o desenvolvimento econocircmico mais completo e

mais raacutepidO temos que considerar ap que se prendem agrave estrutura das ecoshy

nomias e as que dizem respeito mais diretamente ao crescimento global de~

ta economia

32 Independecircncia Econocircmica - Como eacute muilto sabido a estrutura econocircmica

dos pases subdesenvolvidos eacute altamente centralizada no setor primaacuterio

sendo pouco desenvolvido o setor secundaacuterio e terciaacuterio (Ver o item ~E~

trutura ~conocircmica)

Por outro lado embora a populaccedilatildeo rural nestes pases representashy

quase sempre mais da metade da populaccedilatildeo e esteja muito concentrada no s~

tor primaacuteriO nem sempre produz todos os gecircneros necessaacuterios agrave alimentashy

ccedilatildeo e muito menos outros produtos por ela exigidos Como consequecircnciaj ecirc~

tes paiacuteses satildeo obrigados a importar bens que natildeo satildeo capazes de produzir

dispondo apenas de alguns pontos para efetuar as trocas

Ora os paiacuteses que se manteacutem sem induacutestrias e dependentes da imporshy

t~ccedilatildeo de poucos produtos primaacuterios iratildeo fatalmente cada vez mais se emposhy

brecendo face aos pases desenvolvidos Enquanto isto a produccedilatildeo industrial

destes uacuteltimos iraacute crescendo cada vez mais pois os homens sempre querem

bens industrializados em maior nuacutemero e variedade O contraacuterio acontece com a produccedil2o agriacutecola cujo crescimento fica na dependecircncia do consumo

pessoal Que eacute limitado

Outro aspecto que nem sempre se leva em consideraccedilatildeo eacute que juntashy

mente com a importaccedilatildeo de certos produtos satildeo importados tambeacutem a proshy

paganda e o exemplo dos paiacuteses ~esenvolvidos cujos niacuteveis de consumo

satildeo muito mais altos

- I Dominada por esse efeito demonstraccedilao que se soma a 1a5 as neshy

cessidades crescentes decorrentes do raacutepido crescimento demograacutefico a

populaccedilatildeo subdesenvolvida se esforccedila para comprar mais produzindo mais - dMas o consumo de produtos agro-pecuarios nao pode ser aumentado alem e

um certo limite aumentando-se a oferta os preccedilos tendem a cair Assim o

trabalho do povo se desvaloriza (econocircmicamente falando)i

Quanto as mateacuterias primas cuja demanda pode acompanhar a produccedilatildeo

industrial constituem elas reservas suscetiacuteveis de serem esgotadas ou

de perderem seu valor comercial em decorrecircncia de inovaccedilotildees tecnoloacutegicas

Aleacutem do mais na quase totalidade dos paiacuteses subdesenvolvidos a explora

ccedilatildeo dos seus recursos minerais ob~ece aos interecircsses de grupos estrangeishy

ros e soacute a ecircles beneficfa

33 Desenvolver a Industrializaccedilatildeo aumentando a capacidade de produccedilatildeo

A industrializaccedilatildeo estaacute condicionada por um certo nuacutemero de fatocircres

e deve subordinar-se a certas prioridades Uma dessas prioridades eacute defishy

nida pela necessidade de substituir aquelas importaccedilotildees de bens de consushy

mo que ocasionam maiores dificuldades nas relaccedilotildees de troca do paiacutes Oushy

tra seraacute determinada pela necessidade de se criar nos paiacuteses as industrishy

as de base isto eacute induacutestrias produtoras dos materiais de equipruJentos tw lO necessar10S a crlaccedilao de novas lndustr1as

Dos fatores que condicionam a industrializaccedilatildeo coloca-se a necessishy

dade de uma infra-estrutura adequada de traasporte~e comunicaccedilotildees e de eshy

nergia ~ evidente que as induacutestrias soacute podem desenvolver-se se haacute enershy

gia para acionar suas maacuteqUinas estradas para trazer mateacuteria prima e disshy

tribuir a produccedilatildeo e os meios de comunicaccedilatildeo para que as emprecircsas indusshy

triais o comeacutermio e os bancos possam coordenar e organizar suas atividashy

des com eficiecircncia

Por outro lado as induacutestrias natildeo poderatildeo fortalecer-se se natildeo aumen d d dmiddot t ar o numero os que po em comprar ~ua pro uccedilao 1Sto e se nao houver

mercado interno crescente no paiacutes P-i il ielJe eacute- p~~eo (i)l1amp dece~_~

OI tilbullbullbull da lailaatilde Ile iateente ul4idacirclha lllllaacuteliSIXoacutefrq

-ft 81es piFJIIacuteee 6 rbullbull taiuule 1 21i

HO crescimento global da economia dos pa1ses subdesenvolvidos nao

pode ser obtido com a necessaacuteria continuidade e rapidez se natildeo forem supeshy

rados os obstaacuteculos que constituem o chamado ciacuterculo vivioso

ste ttciacuterculo vicioso em geral pode ser caracterizado por uma poshy

pulaccedilatildeo muito grande com um nuacutemero reduzido de induacutestrias pouca matildeo de

obra qualificada e produzindo pouco com niacuteveis de salaacuterios de uma certa

maneira muito baixos Salaacuterios estes que em muitos casos datildeo mal para sushy

prir as necessidades essenciais e em outros datildeo apenas para o coasumo Haacute ainda uma minoria que embora ganhe muito gasta quase tudo em bens de con

sumo (vestuaacuterio automoacuteveis etc) sem aplicar em investimentos produtivos

(faacutebricas induacutestrias em geral etc) Nos vaacuterios casos como vemos natildeo eacute

feita nenhuma poupanccedila

E o que eacute popanccedila no sentido amplo pode-se dizer que o que natildeo foi

gasto foi poupado Mas para que haja poupanccedila realmente eacute preciso natildeo

soacute determinar um aumento de capital que eacute o estoque sobrante poreacutem invesshy

tir em bens de produccedilatildeo Donde se pode dizer que para haver um crescimenshy

to glObal da economia de um paiacutes eacute necessaacuterio que os recursos que era~de~

perdiccedilados ou empregados somente em bens de consumo sejam aplicados tamshy

beacutem em bens de produccedilatildeo ou em investimentos produtivos

~stes investimentos podem ser feitos de duas maneiras

a) o govecircrno obrigando por meios de leis os setores privados a investir seus

lucros de forma mais justa e adequada em setores que venham a contribuir

para um maior crescimento e desenvolvimento econocircmico da comunidade

b) o proacuteprio govecircrno recolhendo ecircsses recursos atraveacutes de impostos compulshy

soacuterios e investidno em empreendimentos que constituem a infra-estrutura (eshy

nergia eleeacutetrica recircde de aacutegua e esgocircto estradas de ferro e rodagem porshy

tos etc)

Isto deve ser feito atraveacutes de planos econocircmicos que reunam os invesshy

timentos puacuteblicos aos investimentos particulares sem permitir um exagerado

lucro as camadas sociais que jaacute gozrun de uma situaccedilatildeo por demais privilegishyada

bull

- 4

Em resumo a poupanccedila e

um elemento essencial para o desenvolvimenshy

to global econocircmico de um pa~s e deve ser forccedilada

a) impedindo todo consumo nao necessario e excessivo

b) aproveitando plenamente a matildeo de obra ou o trabalho das camadas da popushy

laccedilatildeo que estaacute sendo pouco utilizada

c) aumentando a produccedilatildeo pelos meios jaacute citados e especialmente pela proteshy

ccedilatildeo alfandegaacuteria que impeccedila a penetraccedilatildeo no paiacutes de produtos concorrentes

estrangeiros

Finalmente para que todo investimento possiacutevel seja efetivado eacute imshy

por~ante que o trabalho de uma hoc parte da populaccedilatildeo ateacute entatildeo mais ou ~

nosnativa seja aproveitado em setores essenciais O aumento da produccedilatildeo

exige natildeo soacute o aproveitamente de todos mas tambeacutem que haja um certo planeshy

jamento e que obedeccedila a certas teacutecnicas Contudo o povo soacute se enquadraraacute

neste regime de maior produtividade e soacute se capacitaraacute para ecircle se tiver

consciecircncia da situaccedilatildeo e se houver motivaccedilatildeo suficiente

35 Tomada de Consciecircncia por Parte da POP1qaccedilatildeo - Para noacutes um dos aspecshy--_----~-~ bullbull- ~ bullbullbullbull ~- - - - lt bullbullbullbull - - bullbullbull ~ -- bull shy

tos novos do subdesenvolvimento e talvez o mais importante como diz Yves

Lacoste eacute a tomada de consciecircncia da pcpulaccedilatildeo da sitUaccedilatildeo em que se enconshy

tra o seu paiacutes Isto eacute importante porque natildeo se pode falar em desenvolvishy

mento como algo abstrato como uma ideacuteia apenas

Soacute quando tOcircda a populaccedilatildeo toma consciecircncia e eacute mobilizada para venshyncer os problemas que lorrnam aque1e c~rcu1o que falamos anteriormente e que

comeccedila haver condiccedilotildees poliacuteticas favor~eis ao desenvolvimento

Poder-se-ia dizer tambeacutem que a tarefa de desenvolvimento eacute essenshy

cialmente poliacutetica e as necessaacuterias atitudes favoraacuteTeis ao desenvo1vimenshy N 1J __t o so poderao ser tomadas num regime de certa disciplina coletiva Ora~

sa discipfina tanto pode ser imposta QelQ focircrccedila r s~r exercida ppr JPDa qishy )IT~ ()A eurogt ~7 ~gt- Alt- (UL~oacute2c- e~ aT-lt ~ ~ltM ~~

tadur~como ser oeeelhids pGP ~e~~~ pOTO num olima de respeito ao outro

co~o pessoa CODO sujeito e natildeo como coisa

Por outro lado ecircsse esfocircrccedilo tanto pode ser feito num regime de inshy

justiccedilas que apenas exija sacritiacutecios de uma classe e natildeo de outras ou

num reGime onde os sacrifiacutecios e as responsabilidades satildeo igualmente reparshy

tidos entre todos Ressaltamos ai~t~ obra do desenvolvimento eacute inadishyaacutevel complexa e essencialmente ~18la Donde a tentativa de um prooesso

~i~~ ~~~~~~ ~1 ~~

~

-lt ~~middot~~~-~~~~~~~~ii~~~middot ~~

bull t t ~

r I l ~

fo~

I

I

que caminha para o desenvolvimento soacute seraacute autecircntica se atingir a tOdOS~

os setores

Terminando diremos ainda que a tomada de consciecircncia vai exigir

uma mudanccedila total de mentalidades de estruturas de relacionamentos Uma

reestruturaccedilatildeo nos setores econocircDicos poliacuteticos e sociais da sociedade

global

Gostariacuteamos de insistir para que se tivesse em conta que as diversshy

saa partes da fundamentaccedilatildeo do programa do IiEB satildeo uma tentativa de estushy

dar os aspectos diferentes de uma mesma sociedade a sociedade nacional

brasileira em relaccedilatildeo com sua posiccedilatildeo no mundo seus valocircres culturais

suas tradiccedilotildees de sociedade econocircrnicamente dedicada ao setor primaacuterio

o que deve e estaacute sendo mudado Por isso chamamos a atenccedilatildeo para que se

tenha~ sempre em mente os diversos fascculos natildeo como ~oisas separadas

e independentes mas como tentativa de estudar elementarmente os probleshy

mas fundamentais que devem ser conhecidos por elementos profissionais que

se dedicam agrave educaccedilatildeo de adultos do Brasil

l

MOVIMENTO DE EDUCACcedilAtildeO

DE BASE

FUNDAMENTACcedilAtildeO

DO PROGRAMA PAcircRAcirc 196

I parto PROMOQAtildeO mJlWA

F U N D A il E N T A ccedil I O

DO PROGR1JlA PARA 1965

2~ P i R T E PROIOCcedilAtildeO 1IuumliANA

O Introcluccedilco

1 Conscientizaccedilatildeo

11 O Bonon

12 O Trabc1ho

13 Conuniceccedilatildeo

4 d C 1 bull 1iO~OS e oDun~ccccedilao

15 Os Condicioncnentos Cu1turcis

16 O Heroi euro os j~oios de Ruumlolizoccedilco

17 A eclizoccedilatildeo de Pessoo nr FCJiacutelio

18 A Rco1izoccedilatildeo da Pessoa nr Sociodcde shy

2 bull OrgLn~Zcccediloo

21 Funccedileo Sociol do trcbalho

22 CoopGroccedil~o organizedc o nco orgw1izadc

23 Associativisno

24 Cooperaccedilatildeo Econocircnica

25 Accedil~o poliacutetioa

I

o INTRODUCcedilAtildeO

o trabalho de promoccedilatildeo humana eacute intriacutenseoo agrave proacutepria eduoaccedilatildeo uma vez que eduoar natildeo oonsiste em adaptar algueacutem a determinada sishytuaccedilatildeo a determinado tipo de sociedade mas dar elementos e eondishy

- tccediloes pera que o homem se forme Eduoar e levar O homem a omar oonsshyoiecircncia de seu napel de sujeito do mundo ~ integrar algueacutem na obra

fi cultural na accedilao do ho~em que transforma a natureza A educaccedilao e uma exigecircnoia e um direito de todos uma oondiccedilatildeo para que o homem se realize se afirme como pessoa e oonsequentemente se promova

Esta promoccedilatildeo natildeo deve ser individualista Deve ser uma autopr~ moccedilatildeo comunitaacuteria atraveacutes da qual se procure ajudar e apressar Na integraccedilatildeo de todos no processo de oriaccedilatildeo cultural Com isto nao se pretende uniformizar homens e culturas - o que seria Ullla aberra M

ccedilatildeo - mas humanizaacute-los aoeitando e respeitando as diferenccedilasDentro desta perspeotiva aohamos que soacute haacute promoccedilatildeo quando as necessidades da pessca tendem a ser satisfeitas Soacute haacute promoccedilatildeo quando haacute natildeo ashy

A

penas um despertar mas tambem uma tomada de oonsciencia do valor h~ mano e da posiccedilatildeo que cada homem ocupa no mundo Soacute haacute proLlOccedilatildeoquall do o homem tem acesso aos meios de comunioaccedilatildeo e quando no seio das instituiccedilotildees pode exeroer sua liberdade e responsabilidade oomo pe~ soa humana Soacute haacute promoccedilatildeo quando haacute partioipn~atildeo ativa da pessoa Soacute haacute promoccedilatildeo quando a pessoa escolhe o que e mais adequado agrave sua reali zaccedilatildeo -shy

Evidentemente em um trabalho de promoccedilatildeo haacute diversos estaacutegios Por isso natildeo se pode esquecer que tudo que foi coloo~do como sendo promoccedilatildeo pode se prooessar em um soacute momento ou em momentos diferen shyteso ~ essencial que se tenha presente e bem claro ateacute onde se quer chegar porque ecircste trabalho jameis pode ser feito desligampdo da eacuteposhyca do momento histoacuter~co em que o homem estaacute inserido Em nosso ces~ por exemplo seria utoacutepico pretender-se fazer um trabalho de promo shyccedilatildeo humana sem levar em oonsideraccediluumlo a realidade mundial brasil~ira e de LEB

Como atraveacutes de um trabalho educativo se pode contribuir para a autopromoccedilatildeodo povo Inicialmente formlmdo-o inoentivando-oin~ trumentclizando-o e criando condiccedilotildees pera que tome parte etive nas associaccedilotildees e organizaccedilotildees de sue comunidade criticando-as e melhOshyrando-as Estas associaccedilotildees satildeo oportunidades de cada um exeroersuos responsabilidades e liberdede Por seu intermeacutedio natildeo h~ apenes Q~ despertar mas um comecircccedilo de promoccedilatildeo do povo todo promoccedil~o nno ind vidualista utilitaacuteria mas e serviccedilo de comunidade

AI v N

Promoccedilao humana e ascenccedil2o de ocda homem de ceda fraccedilao da hushymanidede dos grupos que i~pulsionam esse mesma humenidede Dontro dessa perspectiva nco podeillos acoiter a presenccedila de marginalizados por miseacuteria ou por privileacute3iOs de classes ou de castas (Ver 1ebret Konifesto por uma Civilizaccedilatildeo Solidaacuteria pp 15 e 85)

middot1

bull

A recuperaccedileo do home)1 acrgincliacutezcdo jcucis ser1 conseguido por um simples trabclho de clfcbetizaccedil~o porque embora haja una corrol~ ccedilatildeo entre onalfabetismo e mcrgincliz[ccedil~o assiD couo entre cnclfcbe shytismo e subdesenvolvimento nco se pode dizer que o analfobestisDo s~ ja a causa da marginalizaccedil~o e muito menos do subdesenvolvimGnto~cei tar isto eacute querer como diz Pierre Furter tomcr o efeito pele causa A alfabetizaccedilatildeo purc e siLlplos nco tem sentido uma vez que c tIera ashyquisiccedilatildeo de alguns conhecimentos de leitura escrita e c~lculo n~o leva a participar conscientemente do desenvolvimento do pels e ter

fo r -- um consciencie cr~ ticc de realidde A alfCbetizcccedilac de cdultos deve levcr o conjunto de populcccedilotildeo a participer do desenvolviru3nto do peJsSoacute dentro dessa perspectiva estcreacute contribuindo pcrc a integraccedil~o do homem no processo de trcnsfOrli12ccedilGo cultural

Diremos cinda que um trcbolho de educcccedilecirco dentro desso pers shypectiva de promoccedilatildeo para ser autecircntico deve pcrtir de necessidcdede libertcccedil~o das clesses menos favorecidas Deve procurar propicicr os elementos necess(rios pcrc que cdc- homem tOLlo pcrte ctive no desen volvimen to de sues cOLlunid~des fezendo opccedilotildees pele conservoccedilecirco ou modificaccedilotildees de reelidade em ~ue se encontre Cremos que isso eacute fundQ mental t porque uma sociedcdc Lloderna e democr5tica teiacute] necc8sidade de umc cuI turc pcrticipcdc por todos Este cul turo deve perDi tir c tocircshydes as olasses ou cotegorios sooiois o todos os indiviacuteduos qualquer q~e seja seu estado profissional ou niacutevel de instruccedil~o uma particip~

nt~ 1V~ na da SOCla1 polt~oa ort18 tlea c i cntflCCccedil~o Vl economlca 1 1 espirituclt(Joffre Dumezedier Rcfleacutexions sur lentroinencnt L1Gntel Paris PEC pI) bull

2

1 C01~middotSCIETIZACcedilAtildeO

Para se ter consciecircncia de alguma coisa satildeo necessaacuterios apenas ao~s termos o sujeito que teH consciecircncia e a coisa da qual ecircle toshyma consciecircncia O ~o ~e con~~i~~ en~retanto exige a presen2a de uma segunda pessoa exige UBa cOBunicaccedilao entre dois sujeitos so~ bre alguma coisa Conteacutem assim trecircs tecircrmos dois sujeitos e um obshyjeto Conscientizaccedilatildeo implica consciencia de si e comunicaccedilatildeo dedois sujeitos pela mediaccedilatildeo do mundo Conscientizar eacute portanto dar el~ mentos par~ Que o homem tome consciecircncia do que ecircle eacute (consciecircncia de si) do que os outros satildeo (coillunicaccedilatildeo de dois sujeitos) e do ~ue eacute o mundo A maneira de se conscientizar eacute que pode cariar de acorshydo com a eacutepoca histoacuterica a concepccedilatildeo que se tem do homem a viseo que se tem do mundo e o sentido que S2 tem da histoacuteria

Todo trabalho que visa agrave promo2atildeo humana natildeo pode deixar de si shytuar-se numa linha de conscientizaccedilao Logo neo se pode pensar em fazer um trabalho de educaccedilatildeo tendo em vista uma autopromoccedil~o e uma a2atildeo visando uma mudanccedila de estruturas sem conscientizaccediluumlo O homem nao pode se formar dentro de uma certa perspectiva dentro de um co~ texto hist6rico determinado sem se tornar consciente de suas respon sabilidades de ci~Jdatildeo e consciente de suas responsabiliQades de hoshymem criado c im~~u de Deus

Donde Se conclui que educer formendo a pessoa humemo dentro dep ta perspectiva de promoccedilecirco comunitaacuteria implica sempre conscientiza~ ccedilampO uma vez qu~ e imposs~vel educar sem dar elementos pera que o hg mem tome consciencia do seu velar couo pessoa sues exigecircncias de reslizaccedilatildeo seu dever para com os outros sue capacidcde cricdora sua ccpcciCcde de comuniccccedilatildeo etc (Ver o trabclho lEduccccedileo e ConsshycientizaccedileoH de Raul Lcndim)

o processo de conscientizec5o v~ric de ac3rdo COD a conccpccedileo que se tem do homeu Que eacuteS o hOl18 pcre noacutes

Encarcdo somente eu sua clLwnsecirco cni mo1 o horleuuml pOdcruacute ser reshyd~zido um 9bjejfLAE_TJi1tu~e_ze 0010 os outros animlIacutes a Uhl ser quebull nao tr2nscencle a naturezc e estuacute submetido e seu det~rminisrlOI=os o comportamento Jnimol eacute puremente odcfJtativo e a cccedilco do hOmiddotlem eacutecleacutem de 8odeptctiva cricdorc A 1I000ccedil30 11 do oniael necirco crie 1111 mndo nocircvobull mes se estrutura e12 ll1e~ma CO10 90 mndo J2 o honeLl tolcdo como secircr que co~hece o mundo e nele oria eme ordem humana apresenta-se nco c~mo ~e~d~2~~ndo mes~como UD secircr~~o ~undo Sue vida sue cccedilecirco reashyl~zc-se no mundo mes ~le o transcende transcende a netureza torshynendo-a humanc 0010 Ser oonsciente o honlem se cfirme COIJO sectuieijio do mu~do tornando-o seu objeto

bull 3 bull

Conhocenagraveo o mundo o homoD escolhe pcr si um sentido decirc a seu oovimento e suc QCcedil~O um significedo que trQUscende e orde~ ncturel bull Dei dizer-se que e inserccedilatildeo do homem no ulmdo realize-se com anbiguishydede eacute UD sor que trenscendo o oundo e por isso recuse-se e situe~

- t t se como sor do o~~dco Entrct~nto sue eccedileo seu mOV1men o 1n r1nseco que o eperfeiccediloc reclizc-middots8 no 2mndo

A relcccedil~o do hurlOo COrJ o 11Undo ecirc umo rel--ccedilco ocdietizada pelo trcbclho B cinde 1 frent~ ~os outros homens ume relcccedilco de comunic~ ccedilo 1 que pode ser expresse 00 domincccedil~o ou eo -0coTI1ecinento (LiE]BFur dcmenteccedileacutev de rViver ecirc Lutcr Pj) 1-4)

Ume vez feita ~ cu~ccccedil~o do que o homem no sentido genrico sereacute ebo( ]0 ll ponto que e qiacutelJse umo decorrecircncia decircste dignidede feminino

Iniciclmente diremos QU9 noo h~ nede que distinga o homem de mushylher no pleno de dignidcde t1U~~e cnquento ser recional cepaz de trenscender o mlli1do em (xis tecircncie pessocl relecioncde com os homens e com Deus (l]iB FundeL1cntaccedilao de Viver Luter p 22) Se fizershymos uo estudo dos texto biacuteblicos 8 dOecircl docunentos uontifiacutecios que tra tem de flll1er e~contrclmiddoteos trechos provendo qu~ elo e O honem sio igucis qucnto agrave n2 ZC o dignidocle criou Deus o honem e sue imeshygem crioumiddot o ecirc imepGLl de (11S e cri(Umiddotmiddotos honem o Tmlher (GenI27) bull Comoveuuacute~ o texto n~o fez elusZo elguwc n superioridcde de um ou de outro sexo~

Nos eplstoles do S~o Pculo 118 t~beacutem1 vaacuterias Pcsscgcns onde eacutele abordo o problema dentro desse perspective de igueldede dos secircros hushymenos Assin ne ]~ Epiacutestole eos corin~oos (XI1112) o apoacutestolo nos diz bullbullbull nem o hOriacuteED exisie SCi e mulher nem e mulher 8011 o homem $

no Senhor Porque se e mulher foi tircdf do honc1 t2tlbm o homoLl foi concebido pole Lulher 1 ll~S tocircdes cs coiacuteses vecircm de Deus o Dirigindo-se aos Gaacuteletes diz lo natildeo h6 judeu nOD gregos nco h~ servo nom hoshymO1 livre n~o baacute hOIleD) nol Bulher Porque todos voacutes sois Ul] soacute em Cmiddot ( 1 -I 2 )8SUS r~sGO J 1 ~ 8

Pertindo desses coloccccedilotildees 1 UlilC pergunte se irJpotildee eil que consis te esse dignjdcoacutee que e Llulher recebeu de Deus Pio XII responde de

bull Uile formc oul to lllcidc eacute soacute interrogcr e noturezo huncuc tel qucl Deus) foJuou elevcCc e rcsgctedc pelo sengue de Cristo Em sue digni dede pesso~l de FilhGB de Deus o houem e e mulher SQO ebsolutamonteshy

bull igucis bullbullbull (Pio XII Alocuccedilco ~8 mulheres itclicuas en 211045) bull

Com efei to pode-se dizer que c rlulher e o homem sco iguois que to c ncturezc e c dignidede eT1borc haje olgumes diferemccediles de fUlCcedilOtildea3 A primeirc delcs e e meis fundeDltmtol neacuteo reste dUacutevide eacute o bioloacutegimiddotmiddot ca A proacutepria estruture fisice do houem e de mulher det0ruino funccedilotildees diversos no que concerne e proc~ioccedil~o Ao ledo desses diferenccedilcs eshyxistem as de ordem psicolocircgics c que se epresentoo socircbre vaacuterios ospe9 tos Sco esses diforenccediles de funccediloes fiacutesico-ps~quicas quo levam o hoshy

4 o

BeD e Co li1UIher c se cOrJpIGt~reEl 1-LCS nroN soo G 1as que dtc ori1ncn o d dque e proprio prro o honGI ou par c mul~er eLl terrlOs 00 1Vlso~ c

trabalho G d0 possibiliddcs d0 reclizeccedilao Acrcditauos quo as d1fc shyrenccedilas existem mas satildeo devidasGB grande parte a condicionaDcntos sociais

O trcbclho servil etribuiclo C I1ulher sua proacuteprie cveliaccedileo coshy f h t imo objeto de que os honcms se serve sao U-J enOLlono lS orlOO e cv shy

dencicm una si tucccedilatildeo dG injusticcedilc e de dorincccedilatildeo por pcrte do soxo nl culino (rmiddotmB Fundalwntaccedilco de lIViver oacute Lutar ll

p 22)

Atuelrlente nco soacute a tlulher reconhece suo dignidade rJC-S tenbbl1 cada vez mais tone conscincia e reivindica direitos e devores con shysentecircneos 0011 ess dignidade tento nc vida fcmilier OOBO na vida s2 oial (PT 41) Aceitcr que a r1Ulher eacute pessoa no sentido pleno de ~2 I avrD eacute efirt1Dr que ela eacute iguel co honem e negar que ele seje UH ser que encontre sue rnzco de existir no honem Partindo dessas colocaccedilotildees podemos concluirl n r1Ulher necirco Gxiste c surviccedilo do honem nGliacute1 o hODum a suacuterviccedilo da uuIher Llas todos os dois a serviccedilo da obre do gecircnero h~ IDno a serviccedilo de construccedilecirco do wundo (Jecques Leclerq Vors unuacute ff mille nouvelle - Ed Universitcires Pris 1962 ccplIl)

1 2 Trebclho~EQ

Vrios sEo os sentidos ddos eo torno IItrebelho PCre uns b ecirclo o mediador entro o h0l210n e o nunc1o pera outros 3 o 0io pelo qur1 o honem cteste sue presenccedilc pcssoel construindo une obre tlui tos jul

li shy

g~D-no enfim CODO o sinel dr transcendencia do homem sobro o mundo LIas nco eacute sonGnto neste pIeno que se -lcnifeste c plurelidcde dos sen tidos d~da co trCbalho HistoricCD0nte tGub6n toe-se dcbetido sSbre seu vclor Pare os Gregos por eXQLplo [ dignidcde do honeo estcYc ne etivid~cG contenplativa sondo o trebaIho m~ual desprozedo

A vis~o biacuteblico no entcnto eacute totelnuacutente diferente Deus ~ende que se cultive o pcrriacutezo (Gecircn 1115) O trcbclho penetra 0ntco no iacuten tino do sr hlo fcz perto do plc-l1o fundascn tel dG Deus sSbre o gecircshynero hmlcno O pecedo entretrnto degrade o honea E dai Oi~l dicmtc cnte s de expriuir e puj nccedil a do hOXCLl IacuteElcgem do Daus I o trcbclho se torno mIC (1ccedil20 uacuterdue e penosc__ Nturclwmte o tr~bclho devcrio SGr ULm ctividdu ospontacircnee e cIcgre uas pelo peocdo torno-so eacutelificil o doloroso A EncDrnaccedilatildeo e c Redonccedilco renovem cste visno dcndo UH sentido portioipcntenente criedor c rodemtor co cgir huncno J DOSDO se

bull do o trobclho Url~ tnrofc rclua nocircIe se desvende a r1c~is iacutentiLH1 o funshydemental espcrcnccedile do hOUOtH a eSIJorenccedilc da Sc~lvcccedilco

A oul turo nodorne cpresentc cOrJa denominedor COL1Uru o huaanisI10 do trobclho f eacute c pcrtir decircle que os veIocircres se torna0 fundcuontados t O houeu constroacutei un ~undo hunano onde se hun~niza huucniznneacutelo Eu SU41ns o brcbclho reIccione o hOIJOD con o mundo hU1cniza e 11turoze c oOtlunicn os hODens ~ntr8 si dando agrave accedilecirco hUDcnn UDe rcsponsobilidede universel

5

bull

rodo vlor do tr~ ~ ~ z e obre per cle p llZJshy

do antas - expressc o vclor doacute hOIlOU que pelo-tr~ r~vc~e o lnshytino do seu ser r sue trcnsecndecircncicv sobre o LlUndo 1 sue occedilco cricdore de UE D~O huunllo Ecirc pois o trcbelhoque revele o sentido do hoshy08n Ecirc po ser ecircle dinaDislo proacutenrio de UTl secircr consoiente e livrG~ que gcnha a suo digniclcdo CJB F~doJentcccedilEo de Viver 5 Lutcr PiP 5-7)

o hone1 eacute UI ser de relcccedilotildees COtlO ser consciente dicmte de nfl tureza ecircle nca cpel1CS c conhece L1oS troneforna-a pelo trobclha h ncnizan~c e ctrcveacutes do trcbclho se conunico eoo os outros honena Este conuniccccedilco entre os honens pode ser feit~ sob ducs forocsl de reeonhe~iDcnto e de douiu~ccedilCo

A conuniceccedilco eacute de reconnampuacuteinonto q~ndo uma pesso procure ~~~ tor a singulcridcde de outra nunc atitude de reconheciuwnto e de coor qucndo nco h~ conuniccdos j nas conuniccccedil~ qucndo nco heacute ct~~middot tude de deBpotisoo ou de sinples indiferenccedilc pelo que o outro eacute nas sitlum atitude de CJ10X e de respeito pelo outro 0000 pessoc cono sujeito COLlO ser presente-no nundo responseacutevel pelos outros seres Nilo posse elessi cr neI1 definir o outro 1 mcs ccredito nele c o resP Ed to Enfim c cOLluniccccedilatildeo sob e forJlc de reconheciucnto eacute equ~ la que se dirige co sujei to e quer sue reclizeccedilco oono pessoe coco liberdeee qucisquer que sejen seus dons ou defeitos

Acirco contr6rio c couuniceccedilecirco se fez so~ e fornE) de dO~Jincccedilecircoquca do treto o outro COilO objeto quendo o treta CODO U11 auscmtc 00110

un repertoacuterio ele dominc~co qu lO podu ser uacutetil ou cano Ui1 instruuc) to ~ minhe clisposi2coll Enumucl Eounier f O PcrsonclisLlop 63) Hn re~cccedilecirco de cloLlIacutencccedilao o qu ccontGce oacute UJl iechcnonto socircbre O cu N~o shy

hcuu BoviwmtodQ 2l pcrc O tu~ e fir1 de se chegu ao ~1 estebolg condo cs uumlTl bcses ro~is uw l1undo do crioccedileo hUJ1Cllc Fincll1ontc pocle~se dizer quo e counicoccedilecirco ele doninoccedilco rigoroscDcnto f c1cndo

N N N N

nco Indo suumlr to~ 0010 C ol1uniccccedil 00 porquG nco hc unc rolcccedil-o do eonsciecircllcics ncs cponcs cOlunicedos ou inposiccedilotildees entre honens

Lbrowos r t cu que u c t r[wes d C comunJccccedilco cntVi C~1b I ro os h ODeus q~e o hO_lGLl recrio c Ci~ ~middotQDQn to i pcrticipcndo t CSSIacuteLi t no c to de Crif geo EstL COUll1iccccedilotilde-o ecircste [to de CDor eacute o reflexo do Deus na criashyture t rio lODOU

NIrbullcs c nluni CCccedil co entre Deus e o hOLleo nco se r~ SUllG nc obro do bull I

crJcccedilco 6l )U8 Deus se Imnifesta poreacuten eacute um~ relGccedilco que continua a existir e 2 reclizcr-se c trotildeveacutes dos teupos e que v~i cteacute a Pcrus1~

6

Natildeo se pode falar eu cormnicnccedilatildeo desoonhecendo-se os meios que possibilitem sua realizaccedilatildeo

O primeiro decircles eacute o lrab_2J11o O trnbclho cooo j5__foi c1itot~ansect forma e na-cureza y ateste a vide hunane e e aperfeiccediloa -S e tclben a nosso ver o principel meio pelo qual o honem se comunicc COB os ou~ tros homens

Ao lado do trabalho outro ~leio de comunicaccedil~o que mereee um real - t t daes aque e a ~JLu~aJLao Se entendernos e ace~ armas a e uoaccedilao omo pr~ cesso global de reelizaccedilatildeo hUllllme que iaplica eu accedilatildeo cperfeiccediloadorc nco soacute por pcrte do educ2ndo Em8 tG~1beacutem por perte do educador procosect so pelo qual o honeu cresce no contato eoo os outros h011ons e 001 a nCtureza tr2nsforwmdo estc em cultura e conunicando-ee com os outroe

t 1 d n e ducaccedilco soro necesser~cl]en e a~a ogo sera I1e~o o COE1Ul1~CCCcedilco ou a comuniceccedilatildeo por excel~ncia

Outro meio que nos pcrece UlJ dos wuumls espontecircneos c por isso I18sect

OOUI dos mcis rioos eacute G Ete_l-012~ar A arte populr lonifostc a sensibiliclcde geral dos que c praticCil por UL1C seleccedilro de lotivos que sco ume espeacutecie de lingucgeJl oifr2da Por detraacutes desses elOiwJltos apashyren temente sinples apcrcnteilcmte desconexos mui tos VecircZiCS 00 observS

t N f t bulld or es t remh o e pouco d esev~scoO 03 00 cs ~n ~n~ es e ver~aiacutel~S3~Ke ex pcriEacutelncics relizcdcs por m1i-bcs geraccedilotildeos (IIEB Justific~ccedil2o de lIVi ver eacute Lutcr p 86)

Ao lado dessos meios tclvez os a2is ricos lembrorelOS OUbros 02 110 veremos c seguir

L QQPv~~_rsQ por e~eLlplo eacute Ul1 decircles No meio rurcl sobrotudool2 tono o lugcr da lintUcgen escritc Lpresentc-se sob os forlcs Dsis vcshyriadcs I desde os ilbate-papos os liDoxericos 1i oteacute os notcias que s~o trczidas dos oentros urbonos atrovGs do Severino que foi c feiro ou do chofer de ocninhOcirco que pcsse todos os dics 11 estrcdcbull

Ao Icdo ele converse orol outro Deio de coouniccccedil~o que uercce ser lembredo eacute ~ 9orr~on~~Icj_c ccrtcs d negoacuteoio assuntos fc1ilic shyres pcrtioipoccediloes socicis eto Tudo isso e cssunto dr converse ascri shytc Reconhecendo a ililport~l1cia decircsse Deio lar1ontcoos o fe-to do Lmi tos homens n~o o podoreo utilizcr parc 80 OOrluniccr eoo outros hOlJGns as a cOL1un~caccedilco ~ s t coril o IV~Den t o d c t n-oc d ~~nc~a aOSOl1VO ocn~ca N prrou ci Houve uo ercnde cperfciccediloL1CntO liiacuteovos meios surgiran tJleacutecrcfo telefone iaprensa r5dio cincuc televisatildeo etc

o te~bgr~fo por exe~lplo vaio resolver o problerlc dr rcotildepidoz dr comunicccedilco uumlscr~ ta eilborc 8ejr UL leio ustdo qu~so quo c~clusivrDonshyte nc zonc ul~bncbull J2 0 tuumllofone necirco soacute fccili tou L1cs t-Llbbruuml foi UDa sOiuccedilao pcr COlSCs CTI r~gc GGg~en UH rU~uCS que t es ob tOr~c1Cm t c

cont1to direto ou escrito Desdo os reccdoa utilit~rios os ch~nCldos o

7

bullbull

e pedidos de fornecin8nto ctC os siuples bcto-prpos o telefone siJ shy1 f t t R t 1 b bull (lUP J Joou nuJ o c CC~lunJC-Ccediloo c CJs nOJe es c 0Ll rer 1ioa~vJe c ~ t lo no nosso pCJs esse -18JO ele CODU11JCCcediloO S0 ros rJngc quase 2pono8 c

tzona urb cne e cssJr1 UClSilO prGocrlc10n e

CorJl relccedileo c~ iruumlpronsc podo se dizer quo lc foi 9U030 Ull suco A N - A

dana0 de convorscccedilco orel e de corrcspondcncie COLlO est2 t ele uuml touumlshyb d d er1 voa c UD grcn e nUDero ao l1OrJons

O hOLWD ctuclBGnte t conte cor outros rteios de OOUU-YJ1CCcedilCO

O oine~ por exenplo quendo beD reelisodo eacute uu dos neios noisbull bull 110 d d 1 t rJcos CJneDc G U110 espcele e De JoClor en re nos e c proprle VJClc

entre os ngtssos olhos e dos outros llomens Atrcveacutes do c11180 o houon torna-se trc~nsporente i luz eloqientc dirige se pcrc o rosto os olhos que nos revelcl c SU2 personelidede Uco Llportc quo seja o

t t t fN U t vlgCrJO o pros 2 u C ou o or 00 112 purgun C seLlpre G I GljjC que]H HA

Sco eles CruzcDos diricllente COD centcmes de pessos nca neo nos encontrDos Feltc-nos teopo pcrc isto e sobretudo disponibilidede Eol olhemos o proacutexirlo O hote~ torlo se UD eoisu u- objotol pcrc o Jutro hOD8l 1188 o cineLlJ nos obriga senpre e pergunte qUOl s~o ocircles E ueis cindc nos leve ~ indcgoccedil~o qUCD sou eu (Guido Logger sscc Educar pare o Cineua ColoccedilGO ~ducer perc e Vide Cedorno 2Peshytroacutepolis Vozes p 7) Coo VODOS D iuportecircncic do cincua OOilO l1cio de conunic~ccedil2o t enorLle InfclizJonte eacute tc-beacuten G ~oIillClc rcstl~i to c zono urbcn c bull

(J t d d middotun o 0 ro -20 cpeser e sr ur iJeJO Donos rJCo quo o cJl1euC t

sue penGtroccedil~o c-uuito D~ior O rtdio chego aos lugaros do acesso ixds difici Por seu intaroacutedio o honen de zonc rurcl por oceuplo podo tot1c~r conhEciJcnto no soacute do quo 80 pcssc nc~ cidcde proacute~i~l~ 1~CS tCj~1-beacuteIl no p2is no rundo O proacuteprio middotfeto de o reacutedio ser utilizdo cono UiJ ins trunento dE oduceccedilo Oacute UL1 prove de seu vgtlor

Entre o Oi1101C C o reacutedio poder-se-it) situer o te18visecirco Necirco res t duacutevidc qUG G U1 elos Lcios 1i8 Dod)rnos do conunic-~ccedil2Co~-middot-que nOD

seGpre 6 be~ aprovQitdo Sue influ3ncia ontretento fico licitada co Deio urbeno ou colhor oos gr~ndcs centros

middot T d cvJ e ncO so pode flccr prosoAost0S D010S de coo c COu11CoCcedilCO

10 sendo os uacutenicos Outros eJds-cer e dCSClroqI1hD UD pcpel deoisivo so bre es populeccedilotildees co~o eacute o ocso dcs estrcdcs que pouco c pouco vOtildeOacute ligendo deg pois todo Sobretudo o tr~fego ceacutereo inpriDc e estos co~un ccccedilotildees a repidez do seacuteculo

A tu-liiacutel mte j~ nco constitui novidcd0 clgune dizer-se que grcJlde nUacutet10ro de brcsiloiros no pcrtioipe de vide culturol do Pcs Nel se] pre poreacuten se teu consciecircncie de Que c ciorie dos horous 1S0 ti _tu

bull 8 bull

10it~ dc 21lJ t~f rillS sim Qbjcto dc cul tUla de una li~oric e que o de sn~vel cul tural proporei ano UI1 tipo de i2crginclizcccedilco que dificulte e proacuteprio conuniccccedilco entre os homens e entre os diversos grupos soshycieis

o desniacutevel cultural gere COUUIlOnte desniacuteveis nos plenos Gconocircoishyco sociruuml poliacutetico e religioso Por cCuse decircsse desnivolanento e sociedede bresilcirc cteacute hoje esteacute forocdc por grupos culturclu0nta e strctific-dos Nco foruumlc UrJ tocio t no quel o rasul todo dCs olcboro shyccedilotildees cultur~is eacute pcrticipcdo por todos oesoo que ecircles ~~o pcrticipeo dcs oeSLlC8 etivid~deacuteS ou no ueSLlO niacutevel Todos colcboran 112 oleboro shyccedilco oul turcl uCs nen todos taJ tido oportunidcde de prticipcr pro shy

bull porcionclnonte dr suo 8ignific-ccedileo Ore isso nco podo ser coeito ~ preciso trouumlher por UD tipo de socicdcde eL1 que se aceite o so epro voi tee oontribuiccedilco de todos s preciso trebClhcr por up tipo de 80- ciedcde onde o oulturc suje cepcz de sotisf~zer ~s verdodoircs e toshytcis necuacutessid~des do houem

tI d-- necosscr~o ~r bOl clCro qU8 qU1 quer t N o~cs G ~n uumlnccediloo propor shycioncr co houcu 1lgun loio do il-lhoric cul turl teLl quo prtir decircle

e h Jvo raSSDO TGJ-S8 (Ueacute pc_r t lr d o prlnc~p~o que AIc oucn o o 10 t pr~u

cipc_l de sue proacutepric forneccedilco TOl-se que cjudcr o houou e se si tU8r eu seu contexto e scb0r distinfllir o que o difercnci1 ossenciclL1ente ds estrutures sociis dos conclicion~i8ntos de n1turczc c dos outros hO1ens 11 A priuoirc terofe do crist2iacuteo sc rochlOnte for crredo de

d e t f OSSi3S d obI- SUJClCO t lo scrlco e rns orucr nOeacuteOnSG JGtO GI c ornoshyrG_luen teilcgel de Deus se outoconfigurcnclo bull TI) so este cutooonfigushy

so so pod G f czer nc t t~Vldcde conSClOnC~ose ov~shyrcccedilco ln erSUDJO dente quo o hOiJo nso pode sor suj i to de cul tur sc so intogror no processo culturcl socil G hist6rico

RetoJl1CO ncis ur~ vez o cua j~ foi dito lonbrc~roDos que D

eccedileo hUHcnc per ser counicccedileo -elos honans entro si ter sClprc une d~oanseo socicl 1l cul turc protildepricwnte di tc nco eacute o produto dc 0- ccedileo do hOtleLl singulcr l2CS dos hOD8ns socicloGnte relrcioncdos Se e cfirncccedilco do hocen ele n turezo trcnsoendendo-o e trnsfOrj~lcnshydo-c 6n teo el eacute 0010 prosenccedilc c~o homeo no rlundo elenento de ligoshyccedil~o dGS hOBens entre si~ por isso ten que ser vivida por todos proshyporcio~elnento Cricdores decircsSG ~undo humno todos s~o rosponsaacuteveis pesso~uumlLlimte 8 8ilqucnto todo sociol pelo justiccedilo e injusticcedilo do or-

A shyden hUD~no de que eles so sujeitos Aceitcr ou recuscr injusticcedila1

(~c oreleu 20cic~1 n3o eacute torefc do hOllel isolcdo DC-S de toclos os honcns mqucnto secircres conscientes livres G c o JlUni teacuterios

A condiccedilecirco priueiro pc~r~ quo o hOrl211 s~ ~001izc COD0 pOSSOB e

que os direi tos que 8Llcnau de suo proacuteprio neturezc sejcl respeitcdos Dntre os v~rios direitos scliunt~rcDOs os seguintes

9 bull

tA bull direito e eX1senc1~ bull eacutetiroi to 03 [leios l1cousstrios prc viver dignDL1011~O ~ direito ~ pesquise do vurdcdo e c infor~~ccedil~o vo=dico sabre 03

oconteeiuentos puacuteblicos bull diroito D p~rticipor dos bens do culture o ~ oduccccedil~o

direito yscolher livro~o~to sou prampprio ostndo du vider

diroi to trcbclhcr liVrElllOnte e de flOdo hULICnO J ~ N d bull o oons1re1uO oqU~S1Ccedil~O de

direi to [ locomover-se clontro de counidcde poliacutetioc diroito o associ~r-so direito c pcrticiper ctiv~~0ntc de vide puacuteblico

bull (pere ULl estudo deste prte vuumlr ospocicljJcnt~ c encolioc eGD in Terris paraacutegrefos 11 c 27 e c Doelcraccedilco dos Direitos do L1el de ONU t 011 1948)

Couo os direiios do possoo ast~o bOE axplicitcdos no p~ocu in Terris e CODO o tono Cultura pcrticul~rjJQnte no osp0eto do nU8ossidoshyde de todos pcrticiporc~ o cprovuitDro~ dos benefiacutecios de obro cultushyrol ~ abordcdo 00 outro perte do Fund~u8ntDccedilno verODOS oqui epencs o cspccto referente 00 direi middotto que middotGodos os hOiluns tOcircil Oacute instruccedilecirco o educcr-sc

Como j~ foi visto cduc~r ~ l0vcr o hOill~D c t08~r consci~ncia da S8U ppcl d0 sUji to do clmdo 6 illtogrcr clguOacuteLl n~ obro cul tur-l nc dh t occcedilco o 0-011 que rcnsforlc o nrdiurezc A educcccedilo e UIl~ oaG~ncJc uuml

Uil direi to ele todos Ul conc1iccedil~o pr~ quJ o h0L10 se roclizCi c so Af1rre aouo pessoE

Hd d t o d cut t d cE) uccccedileo uumlvero ser u 1nSl1ucwn u o-conSC~Cj1 Jzcccedilco nu grondu co1tiJiacutemto huneno quo vivo otilde llcroacuteoIl d- vide culturcl Di) voreacute ojuder o hOI1oU e tOoos os honollS a S0 de silnvolvoreu G c se intoshygrcreu no couunidodo trczondo pare elo os riquezas individueis o do grupo Todavia pcro que iste econtoccedila n uacuteducaccedil~o teu de ser pfrc tE dos tera de ser pcrc o povo =os que se exige dD uuo 0duccccedil~0 que so quor cbertc c todos uno educcccedilatildeo poro o povo Exige-so que 010 sirva

iE t od os e nlto cpencg o esmiddotcc ou oquelo clsse c estes ou oquoloB n-t~recircsses Oige-so que sejc flexiacutevel e responde agraves necessidc-dcs e ex gencics dos crcndes setocircrGs sooiois cnergentes c vide l1tcional

esoo10 couo instruDcnto d~ do~oerctizcccedilampo de culturc e~bGr~ n1o ~pencs orientar os que c procurnn DeilOCrctizedo sue funccedilotildeo sur~ ncis Llportaute reprflsentar o povo integrcmclo-o n sociodcderaquo necirco pcrc quo ~le se torne consuuidor pcssivo do u1c cultura que natildeo f3z

- ocs pcrc que sejo trcnsforuodor ( criedor de cul turco

Podemos concluir Qste i toa dizendo n8o se pode cccIacuteiicr uu odushycccedil~o 00 quo t5dc e quclquer plt880e nco encontro oondiccedilotildees pore uo cutentic~ reelizeccedilco UlJL ecluc~ccedilecirco que nco possibilito o rGalizfccedilecirco dcs exigol1cics de hUDcnizcccedilecirco senpre cresclmto d possoc htE1Dilo

bull 10 bull

11 d t 1 d 1 dmiddot bmiddot s t r ~ c O si~ pvssor 8 8 C -1) O SCC1C qUiacuteJ n1nguel1 pO 0 ~ --- L

llccedilSiJO O viver n(- nod v01ccr co Pi SOL 1wnbrer-s0 elOS ili1OS ~ ~ fmiddot

propr10 d0 cCde hOilOl ctingir sue p-r (iccedilco nc COiUl1lC~CcedilCO COE os outros Tl socicbi1iclcdt) i priilOiro lu~cr SU 8xprine nc cOLltmide d( fclilicr ond o hOllOl~l 0 c _ulhQr constituiacutedos n ~_[3~_4iuli9-qs so ordene1 uu co outro cos filhos pelo vinculo do cDor pJssocl ll

bull

Prre quo fcLiacutelio cjude ruacutecluente c rcclizcccedil3o de seus lllbros 6 necess6rio Que ele decirc eonciccedilotildees pcr qU0 todos d~sonvolvcll sue pIJrshy

bull sonclidcdo u hcjn uc vordcdoiro respoito e cccitcccedileo antro todos ~ Jf d cdrproc1so qUG sOJcu cC81tcS todcs cs Q1 urenccedilcs C V1 C propr1c U0 LO ~

UH cssio COI10 sucs inicietiVcs Isso soacute Se processe no QntcllcG qucn do heacute roeln-n to c orficnccedil c bull Jll tG ajUS Dunbros quc~ndo h~ COiu1ic~~ccedilecircotilde ErJ ULle pclvrc qundo h~ caor

PCrtindo dtisscs cloc ccedilotildecs ampo-nos conte que o middot~binto oni 1 soe Ul 1b1011t e -COCtOS Su r0 lJZCll qUnd o G0US Q bull 81cr onou L~OLQl(l~_

DO disporsos p=los unccrgos qu~ tGu for~ da ccsc so suumlntu~ felizes quendo se GnContrcll ou C]u-ndo os filhos gurrdu d-~ inf~ncic ou de juvGntudlt c lc~br-nccedil- du ua l-r onde cncontrcrcJ1 clOr Cf por isso

l J Omiddot t conuJccedilocs pcr~ su uosbnvolv0re~ S pc1S qua procurc~ crJcr cu oucs

P

CS occsiotildecs ULl sabi0i1to ojldo os filhos sojml considcrmlos COLO sujuumlishytos t COi10 soros dotedos d0 cOl1sci~nci e libordcdc sco sJ71prG r(COishy

Iiacutens- d s Lmiddotmiddotmiddotmiddot~brnmiddotmiddotmiddotos ~ 1nc~- ~ lU~ f~middotmiddotl1llmiddot on j s u UO n --Dros tJo ~JJ ~ oIl~ t- d - - 1_114 tond n

v c rdcd i rC1i utCJ t c rocliz8rJ~l-sG n2o eacute cquol2 onde h5 lUi to Ginhoiro I1CS onde h~ U11 lliacutenino da condiccedilotildees hUl1cncs uuml clOr onde toeos sro trs tedos co~o suji to o nco nOLiO coisa (VGr Jeccqu~s L8clorq Vore UIW

P~lIacutelle P-ris t d UniV(1~8i trircs 1962 ccpV)

A feJiacutelie t8D dirQi to e c-rtcs condiccedilotildelts tento do l1ctur0zc ecoshynOcirclica G social coa0 cul-curel ~lorcl que contribuCiJ pcxc consolida lc e cLlpcreacute-lc no dos0mpJllho do sue funccedilco (PTsect16) 802 lS lliacuteniIleOshycondiccedilotildees Gl h~bi tc~ccedil~o c de ltJsccbi11d-de 8conocircuice por oxoplo c f

1 d d b 111 ~C neo po uumlrc 11JU cr c todos sous Wil ros c sc Qcsenvo VQrOl o [1

s~ ro~liz2ra~ co~a plS80cS

Por outro ldo ilCOLlpotc Cos pcis o prioridcd0 do eacuteiroi to N 1 I ~) A ques t co do sustento o oducCccedilco dos proprlos f11hos PT ~17 80 eles

os educodores netos do seus filhos 1l U8 diriaacuteto L1[8 ( tcnbeb Ul doshyvor qUl corresp mdG co diroi to Que tel os filhos de exigir decircluuml6 ecircsto cuidcdo Dste oduccccedil~ot co~o o sustento aos filhos davo prolongcr-sont t t - qUl os es 011 COn01ccedilo08 nortle18 posscn v~ver por oon ~ proprle bull

roclizccedil3o de uu f~liacuteli~ no dcv t ~l

teric ~s qUG tecircm condiccedilotildees pcre qU0 seus m0~bros 80 rGclizo~ dGVG~ sr UL1 COlSC 013018 cUGJ ~bull

shyder UL1 pouco d G 81 C outres qu nca goznrl decircsses ~osuo vclampras

bull 11 bull

A pessoa por essSncie uu ser soci~l Por ser U2 todo ~b0rto e gneroso conforoc ~ oxprossecirc1o de lseri tein eacute que lhe uacute peculir un corte eburturr - cO[luniocccedil~o Q quc 01- teLl que vivor 0-1 sociodcshydv ~ no oontQto 001 os outros houcns no dieacutelogo quo o hOiJon so dli scobr8 e se integr ne couunid~cle 1 couunid~de aebo cjudcr o hoshyne1 c c tingir plenewunte sues porfiacuteJiccedilotildees c se roelizer

Segundo Leco XIII II Cbull soci0declo nco foi ins ti tuiacutede de lodo quw o hOlJOL1 c busque 00110 ULl fiLl i~cs pcrc que nele uuml por ole posshysue neios eficezcs per~ sue proacutepric pcrfoiccedilecirco ll (SC194) TI Joco X~III ne Pecon in Terris ll diz quo II sando os honans socieis por ncshyturezc ecirc lister que convivQu uns cou os outros Q prouov[~n o bca uuacuteshytuo Por este rezatildeo eacute GxiGocircnoie do u~m sociedede hUijnc bel consti shytuiacutedc que ~lutueuentG sc jeLl roconhecidos e cULlpridos os ruspoctivos diacuterGi tos e dGvres SO[110-S0 itUQILonte qU0 todos dcvcn tr-zor D

sue proacutepric cOl1tribuiccedilecirco c oonstruccedilecirco de uue sociodedell(PT 31)

lIGs C construccedilatildeo elo Ul novo tipo dli sociuacutededo de U~lo sociodode D~is hUDGnc duacutependern d~ col~borcccedil~o de todos dns diferontes rolishygiotildees dos divorsos grupos ~tnicos ou idooloacutegicos O cristco tOil que oster presente nesse novo tipo de sociodode Sue presenccedila eacute exigide pele ceridc~dc e eacute Ul1 iupcrctivo do proacuteprio Evmgolho Por outro lc-cla esso pruumlsonccedile tou que ser efetive orgenizc~de t preciso d0scobrir unc fOrrIo que Delhor possibilite c todos porticiper ctiveLlonto no sociedcduuml 0 de exercer plenruluumll1te o pepel de sujeito ne construccedil~o delo O hooeu CaDa sujeito de Histoacuterie n~o pOdO dcixor do p~rticishypcr direte ou indiretcilOnte de vide puacuteblico Sogundo Jono XXIII bull die c dia so torno une exig~ncie da proacuteprie dignidodo hUrlono poder toner perte ctiva ne vide puacuteblico aubore verie e Bodelid-de desse

t middotmiddot 11 (p 7 ) per 1C1pcccedileo ~ 3

bull 12 bull

bull

BIBLIOGRAFIA p~R APROFUlTDiIEHTO DESTA 1amp PLRTE

1 Lebret - lIcnifesto por uua Civilizcccedil[1o Solideacuteria Livrcric Duca Cidedes Sno Pcu10 bull

2 Joffre DUL1DZedier - Refleacutexions sur lEntrcinenent ~(mtc1 PEG Peria

3 lkul Lcndiu Educcccedilco e Conscientizeccedilco Docuoento de Estudo elo LI~B

4 ELliJcnuel ounier O PorsonclisLlo Livrcric 1or~is Ik1i tocircrc Lisect boc 1960

5 Rocno Guordini - O l_tmdo o c Pessoo Livrcric Ducs CidcdcStS~O Paulo 1963

6 Jean Louroux - VOC2ccedilco Criste elo HOL1er~ FlcDboy~nt

7 Jacques Leclerq Vers lln0 Fcuille Nouvelle Editions Universishytaircs Pcris 1962

8 JOco XXIII - Pocen in Terris Editocircrn Vozes do Petl~bpolis

9 Henrique Voz - Iorol e Rosponscbilidado Socicl t i postilc de Esshytudos do 1iliB

10 Pierre Furter - Propositions p0ur une Etude de lAnolphcbetis~lC cu Breacutesil (uiueogrcfcdo)

-

2 ORGANIZLCcedilAtildeO

o trsbalho pareoe ser a primeira mola c~ue llOtivou algum tipo de orgcnizaccedilatildeo social de orGanizaccedilatildeo de pessocs CO~l um fim comum detershyminado natildeo nos estamos referindo ao tecircrmo trabalho como todo ti

IW ~po de accedilao humana t mss a p~oduccedilao de bens e serv~ccedilos para consu~o_ ~ difiacutecil imaotildeinar como o interecircsse dessa produccedilno edge a comunicaccedilao de experiecircncias de novas teacutec~icas de deseJOS e Gxpectativas quanto agrave boa diviseo dos seus frutos qua~lto enfim agrave Civisatildeo do trabalho ~ ra melhor atender agrave produccedilatildeo

J3ergson diz que o primeiro homem eacute o uhomo faber que usa sua inteligecircncia para a transformaccedilatildeo do mundo eu seu proveito e o distin gue do homo eapiens ll que posteriormente 8J)arecemiddot como aquecircle que iE terpreta e explica o mundo sem proveito ce COnSUIlO Hatildeo nos interessa discutir a justeza dessa distinccedilgo mas verificar a importacircncia que tem o trcbelho proagraveutivo (do homo faberH ) no primeiro momento em que surge o homem como tal E lembrar que a organiz~ccedilatildeo da sociedade procura ser uma racionalizaccedilatildeo da melhor maneira de se obter um oacuteti shymo de consumo de bens e serviccedilos seja por tocircda a sociedade seja por um grupo ou uma classe etc (bens que soacute poclea ser obtidos pelo trcba1ho humeurono)

~ntre as funccedilotildees da famiacutelia em tocircdas as sociedades (ver item s~ bre Estrutura Social desta Fundamentaccedilatildeo) as mais oomuns satildeo a pro shycriaccedilatildeo a satisfaccedilatildeo sexual e a produccedilatildeo sabemos que nem sempre

I l d ~ 1 dI t 1 t nOSsa sociedade bull Em muitos Ccsos o cesal continua ligado agraves respecti shyvas fa~iacutelias de origem se01 constituir nove fL~iacutelia s r mcrca distinshytiva decircsse tipo de famiacutelia eacute justemente o fctltgt ele constituir uma unishydade de produccedilatildeo e consumo = se o trebclho une tcmbeacutem divide pois algum tipo de divisatildeo eacute necessaacuterio em quclquer orgcnizcccedilnoJ a divisa0 do trabclho A divisatildeo do trcbrlho eacute o priBGiro tipo de distinccedilecirco de J~jiSecirco_c~ia~ que se conhece 1 presente eIil toclo e qualquer tipo de sociedade L~ compreendemos o fsto de diferentes pessoas exercerem a mesma tarefa produtiva em ~iferentes lugcres ou horas como cocirclher frutos ehl ampois bosques diferentes ou por turnos clterncdos o f~to de pessors diferentes exercere~ tarefas imediat~Jonte complementcrescoshymo o caso em que uns cpcnham os frutos e outros jUltom um faz as 00shyves e outro lanccedil~ es s~mentes ou taref~s natildeo imociatomente complemen tares como uns caccedilarem e out~os pl~illtarem ou um dirigir o trator e outro plantar Agrave medida que a sociedade se toxna m~is complexa por shyque o nuacutemero de funccedilotildees e papeacuteis a representar so multiplica vai- se perdendo c no~atildeo dessa complemantcriedade E nasce o mito do homem que IIse fecircz sozinhollJ eacute o horaem queacredita que nao deve a ningueacutem o seu suoesso ou sebecloria 011 experiencic De feto que rclcccedilatildeo pcrece ter um trabclhcdor rural quo natildeo conhece cc1ccedildo COID um operrrio quo

o casament o e ~ga o [ 1ei1~ ~a cu mlne~ra como se r c uo men e em

bull 14 bull

trabalha em fnbrica de sapatos Como nco sa vecirc relaccedilco imediata a tendecircncia eacute de se crer que nco heacute rel~ccedilatildeo elguma

o Erasil tem seguido clgum tipo de poliacutetica econocircmica consciente e mais ou menos planific~da haacute pelo menos dez anos No cnt~nto soacute

lt ino mJmento em que umc pol~ tica econom~ce pro-uz rGs~ scoa v~s~ve~s ~~

mediatcmente (desemprecircgo perda do poder amp0 a~uisiccedileo do bens c servi ~~

Ccedil06 por perte dos assalariados etc ) e ~ue 80 passa c~cr con~~onc~~

coletivorllonin da reloccediloo entre UDC politiro e o dia adio C o c-(lil trlJ~alhf dor Eo e1tc~1to essa relcccedilco sempre existiu e ~BS10 o fato de nco se ter UJc polt tica econocircmic8 conscientemente defuumluumldc produz tmbeacutem seus frutos pcrc ccda cidcdatildeo A coploxic1cde c~s L1terreloiotildees 50 cieis foz COIU que se perca ccde vez mois o ncccedilco de divisco do treshyOolho e conseqUentenente ele suo funccedilco soci1

Que to neis complexo a sociedede qucnto J~middotior c nuacutemero eacutete funshyccedilotildees e papeacuteiS diferentes c cumprir e rGpresenc2r l2ior se torna o deDendcnoia do homem do fruto sociol do trsbclJo Nume sociedade bcse ad no extrctivismo isto eacute cuja subsistocircnci- se bcseia nc I1penha de oonsumo produzidos pela natureza eacute ben mais posslvel que cede um seshy d t o b tAJa cepcz e execu er todes es funccediloas neC0SSor~as 2 propr~a su s~s cll

Qla J o mesmo nuo acon t ece 0B umc OOil1p1exe como o nossac SOC~GCeCle

e~ que co mesmo tempo oria novas necessidades pare os homens e es ~S tisfcz Bm uma cidade um hOillem que nco ~cccedilitcsse quclquer tipo de re

N ( Nshy

lcccedilco socicl com os outros homens o portc(lto neo comprosse nco venshydasse 5 n~o troccsse nco pedisse) primoircmente nco teric cso netl raupc ~ teria grcnde dificuldade pcrc febricor um linho ou ender muito at6 encontrar Uille eacutervore ou qulquer plcntc que n~o tivesse sido plentcdc ou cuidedo por outro homem =esmo que nco se trctesse eacute1c um homem de cidade o probleme n~o serie menor pois o mlnimo c di ~ z~r sorie Que ecircle certemente uscric os conhecimentos adquiridos dos outros e trcnsmi tidov por ales -__- - shy

22 Coopercccedil3o

~~ssa diviso do trcb-lho ncde mcis eacute port2ntot que um tipo de ecircoopereccedilco A cooperaccedilatildeo eacute o fenocircmeno de interrcloccedil~o sociel que cQ mo vimos ~CilllC e nos i tens reltivos otilde comHB9_es3amp ostecirc ne b-se messhyme de vide hum-ne ~lG pode oer meis ou menos evidente c mGis ou me shy

Anos obsourc mes este sempre presente Sebelilos no entcnto que se tQ de coopcrr~eo eacute de clgurn forme consciente (impllci ta subentendidr) ele pode neo ser expltci te (cLrcmente expresse) pcrc tocircde sociedade em todo momento De mesmc fo~mc tocircd sociod-eacutelc eacute orgenizedc e tocircdo orgenizcccedilOcirco eacute igualmente consciente (eL1borc nem selpre explici t~~m(mtc~ Viwos no entcnto como eacute ffcil perder-seI em um sociedodc ccde voz meis complex~ como e nosse e ~res~p~ desse ooopercccedilOcirco e desso orgcshynizaccedil20 onte ccda consciecircncie

De clgume forme poeacuteLe-se portrnto dizGr ~ue tocircdc coopercccedilco 6 dz -lgum modo orgcnizada Por isso qucndo dize10s que ht ooopereccedilatildeo noo orgcnizeda e que temos como objetivo e cooporcccediluumlo orgenizeda eacute

bull 15 bull

preeiso que scibcmos exatc~ante o que queremos dizer para nco co~e termos engcno

~ freqUente como vimos que a dependecircncia social do homem no estGjc expliacutecita em determinados momentos ou sotores de uma socieda de Vimos por exemplo como eacute comum c idEio do homem que se foz sQ zinhou e t~hloS notcin de importecircncic decisiv que ccde grupo etri shybui ~ sue proacuteprio funccedilecirco no sociedade Ume freso muito comum refereshyse ecircs clcsses produtoras ll qucndo hll um pronuoiamento ou ctividcde

bull 6 shy taqu-lquer J QUC reune cpencs donos de grcnde 6 ~roprc S=6 e noo o ca cs pessoas que produzem D co ~osmo t~wPOf supoe que haja classes que n~o nroduzem o ~ue pelo Bonos eacute difiacutecil de cceiter senl que se de

J IJ11termine de qu~ tipode ~~d~~q se este trat~ndo De mesma forme o

bull oouum a roforoncie cs clcrsos trebe1hcdorost qucndo scbemos que trc bc1ho ~middottocircdc accedil~o humcne oomo jeacute foi visto no itQ~ 12 de II Perto duumlstc Fun~~ontcccedilecirco

Isso tuc1o proveacutem de ttI compreensecirco Llcoffil1letc de profundc 1~ terrel~ccedilco sooiol que liga os ho~ons e ~s VbZCS do esquecimento e~ que c~em os objotivos o ~B f~~9otildees quo der~ origem ~ dctermin~ shydos tipos de COilportrnento ficndo npens ~stes 111tiGlos~ o que cQOnteoeu t por exmplo coc dcnccedilcs ou festos folel~ricell sendo o ccso ncia ri tente oio o~rncvel cujo relccedilecirco com o Qucresma perece hoje ~rc coincidecircnoia

~

Com cs tormcB clc3sioacuteo8 uumle eoopercccedilco aconteoe t mesma coise Os Obj0tivos podem 1ereacuteer-se no esquecimento e tpel1CS peranecerom forshyms de eomportcmento nem Sef1pre mui to compreensiacuteveis E 1sso torno [lcil percebermos como nco 6 s~ o esqueoimento dos objetivosL mas t~nbm o de especto~iacuteundmenteia dz ~rlte~A~~~~~ de eoopereccedilco que levem c quo certos comportmcntos nco produzem os frutos que ser1~ neeessnrio produzir~ Coopercccedil~o nco orgcniz~dGf ~ portento c 80010 re9ecirco oneleoa objeacutet1v08 neacuteo esto elr-rmente determindos e onde os meios pcrc otingi los nco satildeo eficientemente escolhidos Chcmcreoo~ co contrrio de coo~ercccedilco orgcnizde cquele o~ que seus pcrtic1p~ te~ deterIllincm os objetiv08 c escolhem 08 110i08 meis eficiantes e cdeCu~do8 p-r~ Co tingi los

~xista~ m~ltiplcs rorm~s de coopar~ccedilco nco orgniz~do n~ vidn do no~so h~mem rurcl O mutiro ~ c foroc meis ciiacuteundid~ a possivol oenta meia oomplexe de eOOpGrc9~0 no meio rurel Edsta em todo O Bresil com nanes divereos (ver a Justificccedil~o de ilViver eacute Luter) bull Co~siste essanci~lmenta em uu tr~b~lho volunttxio feito por veacuterics possocs prc ctender c umc necessideuumlo espccficc aerclzente da un peSaDo ou fL1lic que prgc com comccedil8 Q bebes Poco ser pedido pCillo i~tampresscco ou de inicictivc da outros qun~o tone o none de trci shyccedilco EB clguns lugnres eacute S9~pxe UfJC inici~tivo co pctratildeo ou propri~ tlxio que pcgo 0011 fcrt distribuiccedil(o de bebiqs Cono 0steacute portu to OOllunente cssooiedo tI feste CU0 o illt0resscdo PrOIlove no fira de joru-dc Ll clgu~e lug[res c pclvrcl ficou corno sinocircnimo de feste

A troce de dics eacute tcmbaacutem muito comum e consista numa troce de dics de serviccedilo entre diferentes passocs ou fcJlics Um ~gricul tor

bull 16 bull

pede ~ um grupo de amigos ou conheoidos pera cjud~lo em daterm1nnd~ tcrefn e os pega em outros tentos dics de serviccedilo

Um aspeoto importcnte do desenvolvimento do Pro~r~n eacute justcmen te o levantcmento c desoriccedilatildeo e n oriacutetica desses formes de coopere-9~O Com relnccedilEo a esses formes podemos observer o seguinte

le) sucnto cos objetivos _ ~ importcnte que ecircle s se tornem bem cleros t que aa eomunj

dedes seibam que estco cooperendo orgecircniccmente e nco nos esquece~ bull mos de que em elguns lugares mutiratildeo eacute sinocircnimo de festa e samp isso

- eacute necesseacuterio conscientizc~-se de que n ooopereccedileacuteo ~ tenocirc meno indispenseacutevel c vida sociel e que ele eacute constcnte e n~o ocns1oshynnl isso tereacute importentes conseqHecircncics quento coe meios de reoUzn ccedilco oonorete de atividades oooperativistas shy

- tento o mutir~o quento e troce de dies gucrd~ um especto deeisivcmente individucliste pois heacute ~jude mcs o~dc um tem n sun pr6prin produccedilco e seus proacuteprios problemes eacute evidente que se o mut1 ~ A N bull ~

rco fosse ~te e fese de oomercializeccedileo dos produtos nt1ngirin meshylhor seueacute objetivosl esse noCcedilao eacute muito importcnte pnre um conceito d oomunidnde enquanto EarticipcccedilcO e um fim comum mo~oo que samp aos nomic~man~e n exploraccedilco em oomum dos maios de produccedilco trcri~ anaL mes benefcios usando-se o ilesmo princpio do mutiratildeo muitos tashyzeuacutel em um s~ die o que um soacute natildeo frz eu muitos cli cs 11 bull

21) gucntoatilde eficiecircnoijl dos meios

c troce de dins eacute meis eficiente do que o lJutiratildeo no asshypacto de ilpage lI embore ombos sejcrn trnbclho vOlunteacuterio onde natildeo It

corre dinh~iro cmboe ~~o pcgos um com comes e bebes e outro com trcbc1ho o que COLlpenst reclmente 311e1ho1 evidente que uo s1steoc de Iltrocc de Llutirco serc muito ucis econocircmico e produtivo parc t2 dos do que comido e gebidc que se conSOLle num soacute die

- cmbos Sc iniciotivos isolod08 quo podem mui tesO vacirczes se choccr e podem tcmbeacutem ficer 00 sebor de siopeties ou ont1pctics pessonis n eficiecircncia certamente oumcntcric se focircssem iniciotivoe coletiv~ente consentidos

- gerelmente cmbos opcrecem quando h~ unccessidcdell iato eacute um plcntio ctrascdo ou perdido doenccedilc eto e o prezo neacuteo permi

~1 shyt e que ume so f~l~ io de conte de tudo se o sentido de oooperc9ao estiver bem cltro eacute feacutecil cOilpreender que umc ltxcvisecirco poderio Ctlatilde nucr os ecsos de nec~esidode como aumenter o rendimento do trebclho pcr~ todos

~videnteL1ene esses obsarvcccedilotildees neacuteo seacuteo completos mcs cpones sugestotildees pera umc cneacutelise o ser empreendido polcs equipes e pelae comunidedes

~ iaporttnte fri sar que Co eccedilecirco educ~tivo vi S ldo organiza90 eacute oultiorce e tem de edcpter-se GS condiccedilotildees e Eotivcccedilotildees de e~d~ o~munidede ~no eacute n finalidode de um tipo de cccedil~o ooopereiivist~ quo

bull 17 bull

a define como mais efioiente na educaccedilatildeo para uma cooperaccedilatildeo organizashyda ~uitas vecirczes somos levados a desprezar alguns tipos de organiza shyccedilatildeo de reoreaccedilatildeo visando finalidades mais Ilaltas ll

bull ULl time de futebol com diretoria organizada de qual todos os 860i08 partioipem ativamenshyte tomando deoisotildees ooletivas discutindo em oomum problemas do time pode ser meis efioiente para a organizaccedilatildeo poliacutetica de uma oomunidade do que um comi tecirc poliacute tioo do qual sOacute partioipam alfllns IIIderes

Tendo sido feito um lev~~tLmento pele cogwlidade das atividades de oooperaccedilatildeo organizada nesta r O aspeot~ de meios oonoretR~ de que trata o programe pode ser explorado atraves da esoolha de um tipo de atividade que a comunidade considere i~portampnte ou que precise de reformul~iotildees mais urgentes ~ clero que ecircs~es ~_~~s~_~tos de or~ nizcccedilatildeo nao podem ser generalizados e que neo sao efioiontes se tratashy

t Ados so teor20cmen 8 So a prat10a a que SUSC1 t ara esses me20sbull quo se-rordfo mais bem assessorados pela supervisatildeo do que atraveacutes de programa shyccedilao de aulas

Tocircda organizaccedilatildeo ou accedilatildeo organizada teu alguns aspootos esscncXds que neacuteo estatildeo neoessagraveriamente presentes em qu~lquer momento ou ativi dade las que devem ser alocnccedilcdos sendo por isso mesmo 06 objot1 shyvos do essessorio educetiva do EB neste niacutevol

- os fins da orgeniz~ccedilco ou objetivos goreis que se definem em uma tendecircncic ou espireccedilco do grupo que delo pcrtioipo mas que se devem tornor oom o te~pof conscientes e cleromente distintos (por eshyxemplo no Ocso de um clube de futebol e divers~o)

- Oa obj0tivos cspociacuteficos isto eacute ~quilo que eonoretcacnte se pretenc1c clccnccedilcr dentro eo Ui dotOIUumlll-do prczo ou periacuteodo ou Olil

occlc etividrde progrcucdo (por eorlluumlO roclizcr UJ torneio ou oonsshytruir c sede do olube)

- un pleno ou pelo menos umc prcvisco de ~tividades queatildeen tro do prazo ou periacuteodo detenlincdo dever~ lover aos objetivos propo~ tos (um loilco ew tel data U2 jocircgo com ingresso pcgo e~ tal dote ug

mutir~o em tol dcta pcrs oonstruir c sede to olubo)

- mm divisecirco de funccedilotildees que ir-se-~ ocrccteriznuo melhor oom o correr do te4lpo ocs quo se deve procurar definir prc avi ter oonflishytos

- Wl meoanismo perCo cs decisotildees que deve ser desde o iniacuteoio determincdo cindc que venhe cou o teiJpo e sofrer JlOdifiocccedilotildees

lsse cspecto formeI de org-nizcccedilecirco pode SOl objeto de eulcs llteoacute ricca nc base de releto de expcriocircncics de outres couunidedes Pode se reletcI oomo funoiono o clube tol oOuO 6 escolhido c diretoriecoshymo se planejou determindo ctividcde eto seil ceir em risco imedieto de meBsifiocccedilecirco nco eacute preciso friser que ~s experiecircnci~s devem ser muacutel tiacuteplaa e diferentes pare eyi ter o crglilento de cutoridcde

bull 18 bull

23 Ass~eintivismo

Desde ~ momento em que v Ronem nuo p~sso decisivo de sue evol~ 9CO soube que scbie - Pcsso de reflexco - (Teilhcrd de Cherdin) peacutessou c se ~firuer meis e mcis numa perspectiva sooial E agrave medida em que a vida em sociedade aucenta contrariamente ao que muitos pea saro tamo~m aumenta a chance do homem se afirmar mais profundamente como ser pessoal t~iginal Neste sentido a vida s2c1al natildeo se con~ titui apenas da soma dos indivduos mas a integraccedilao dos homens nushyma vida comunitaacuteria que tende a se tornar oada vez mais universal ~ o fenocircmeno cue Joatildeo XXIII oonsidera tatildeo bem oom deg nome de socializ~

IM 1- fccedilao B o termo sociacutealizalao tal como o emprega o Papa naos re ~ re apenas a um regime jur~dico de bens mas a um processo historioo s6cio-cultural global onde as comunicaccedilotildees fsicas satildeo mais freqne~ tes e maior o acesso aos inumeraacuteveis bens comuns ou comunicaacuteveisda humanidade tais como a informaccedilatildeo a educaccedilatildeo a cultura (JYCalvez ~glise et Soci~teacute nconomique e LI~nseignement Social de Jean XXIII shytditions =ontaigne Paris- Capo I )

~ importante notar sobretudo que Joatildeo ~~rII nao toma o renocircm~ no de sooializaccedilatildeo co~o algo que resulta apenas do desenvolvimento das t~cnicas das ciecircncias do progresso da produtividade etc mas o considera como 110 fato do homemll(JYCalvez) Assim dentro da sQ cializaccedilatildeo crescente o fenocircmeno associativisl10 1l natildeo eacute algo de ext~ rior apenas ao homem mas decorre tamb~u ce SUE no tureza mais ntishyma do seu II ser ll Quando os hOl11ens se associam natildeo ~ apenas em fun ccedilatildeo de um objetivo externo fixado (para u~ ~utiratildeo por exemplo)maseacute tsfbeacutem um LJOVill811to eacuteie S1i6 eacuteJesconte evoluccedilatildeo G uroacutenrio do homerl

A w ~ - (

a llte31dencia natural e qUEse incoerc~vel pnrUacute a vida social Joao XXIII) D historicemente ecircle tem esponCiclo a esse tendecircnoia oom as mais variadas formas de associaccedilatildeo decircsde o pl~~o internacional ateacute aos pequenos grupamentos Exemplo disso satildeo as vaacuterias organiz~otildeGs internacione~s os partidos polticos as sociedades recreativasesshyportivas culturais as associaccedilotildees de classe as associaccedilotildees proi~ aionais os sindicatos etc

Natildeo se pode no entanto - e isso eacute importante - atribuir o surgi mento de formas de associaccedilotildees somente agrave tendecircncia do homem para atilde vida social Haacute uma estreite interaccedilatildeo dessa tendecircncia com o progresshyso da teacutecnioa das ciecircncias dos meios de comunicaccedilatildeo ~stes fatocircres trazem de maneiras mais uiversas solicitaccedilotildees pera e intensiioc shyccedilatildeo da vida social e do associativismo t o ceso por exemplo de faacuteshybricas usinas induacutestrias que surgem e exigem um certo volume dematildeo de obra que leva um g~po de indivduos a se aproximar c estar fl~ sicemente em contato contiacutenuo assim como sua uni~o em tocircrno de deshyterminadas reivindicaccedilotildees (ex sindicato que luta por aumento de se llrios ou por mudanccedila de estruturas etc) Outro exemplo disso eacute o aparecimento de colonizaccedilatildeo agrcolc ue leva camuoneses screm- de uma dispersa0 geogrcfica e se concentrarem passando a-uma vida sooial mais intensa formcnuo te~beacutemf ~s vecirczes cooperativas clubes esportivos sindicatos etc

bull 19 bull

llas por outro lcdo eacute preciso considernIlnos que por suc vez o progresso de teacutecnica e das ciecircncias t bem como dos Llios de comun ecccedilatildeo t natildeo surgirDm de um c1eterdinismo cego 111bo1a nao sejamos seE pre senhores das focircrccedilas e das leis do natureza o que muitas vecirczes nos apareoe como um determinismo como ume necessidade exterior cshypencsL eacute fruto de gestos jaacute colOCfdos pelo homem II~ fruto dt humashynizcccedileo mesma de nctureza Co qua1 nos entregamos para exprimir no

1 h t dfso liberdade E ele resto e possJve ao amem novamen e mo ] lcar o determinismo que seus proacuteprios gestos criaram (Ver JYCclvez oshybre ci tede) bull

Outro ponto e considerr aqui eacute o pcpel do -Jst2do e a sua eresect cento intervenccedilco em nssuntos de interecircsse da ooletividade ~u1tas vecirczes a discussatildeo decircste ponto leva a posiccedilatildeo que em ncda eorrespol dem agrave verdadeira dimensatildeo da questatildeo Assim uns defendem opaixonashydemente e intervenccedilatildeo totcl do Dstado ao pesso que outros rejeitem qUflquer tipo de intervenccedilatildeomiddot hlwendo aindc um nuacutem~ro ponderaacutevel que aceita a intervenccedilno modercda Entretc~to o ponto central da quesshytatildeo n~o_~ se o Dstado deve e pode intervir t m~isou menos ~ imporshyt~~te nco considerar a crescente intervenccedilco C020 um deter~inismo cbSbluto JY Celvez interpretcndo o pensamento de Joco XXIII n ecircsse respeito elucide c questatildeo de mlmeirc sLp1uumls e precisai 11 O pcpc vecirc nesta intervenccedilatildeo um resultado ou cinda um sinal - um nd ee - da sociclizoccedil~o em curso tntes que urua ccusc Logo se Co in shytervenccedilco (lo Estedo ~ ume espostc c certas edecircncics de sociclizcIV ccedilao e tambem elgo de profund~ente ligado co tempo e co espaccedilo e um fenocircmeno situcdo histoacuterico nco pollondo existir r eceitcs unishyversais e perenes c ecircste respeito

A considorcccedilco decircsse ponto eacute import~~te pcTC o trcbclho de oompreens~o e cneacutelise criacutetica de presenccedile do ~stedo nas questotildees li gadcs sos movimentos de associaccedilatildeo e luta dos trcbe1hadores

Inuacutemeros teu sido os pronunciamentos textos leis que consid9 ram o importecircncic do associativismo 3m sucs vsrias forlcs recoshynhecendo-o como um direito ~is alguns dos rucis oonhecidos

ITodo homem tem direi to a orgcnizcr s1ndic~~tos e a necircles ingres sar para a prltteccedilco de seus interecircsses iacutel (Declarcccediluumlo dos Dicei tos dobull

Homem art23S4)

ti tl gcrrntida a liberdade de cssocicccedilotildeo p~rc fins 110i tos lieshynhuma associaccedilatildeo poderaacute ser oompu1soacuteriamente dissolvida sen~o em virtude de sentenccedila judicialll(ConstituiccedilOtildeo Brcsileiraart141sect12)

IIJfi livre a associaccedilatildeo profissional ou sindical sendo regula das por lei a forma de sua constituiccedilatildeo e sue representeccedilco legal nas convenccedilotildees co1etivrs de trcbclho e o exerciacuteco de funccedilotildees deleshygadas pelo poder puacuteblicotl(Constituiccedilatildeo Brasileira art 159)

UNe eacutepoca moderna umentou notevelmcnte o movimento assoeinti vo dos trcbclh~dores e foi reconhecido em oacuteercl nas disposiccedilotildees shy

bull 20 bull

fi

jurdioes dos Ilstcdos e ateacute no plano internecionel bullbullbull

IINco podemos todavia deixcr de notcr 00110 eacute ~til ou cteacute nece s~rio que c voz dos trcbclhcdores tenho possibilidade de se fezar o~ vir e ctender fora mesmo da ceda organismo produtivo e isto em to-

Imiddot 11 (t~middot - 94)d os os nJveJs bull l - bull

IlDa socicbilidcde ncturol de passoc humal1c~ proveacutem o direito de reuni~o e de associQccedil~o bem como o de conferir cs essocicccedil~es c for~ me que aos membros precer meis idocircnecs c finclidcde em viste e de cgir dentro destas por conte proacuteprio e risco conduzindo-os aos elm~ jrdos finsl (PT23)

~~ O ~ue foi dito acime eacute relctivo e textos legeis e pronunci~en tos do Pepe Joco XXIII No entcnto existem einde outres referecircncic~ entre DS queis cs mui to discutidcs de rrx

Uma forme de ossocicccedil~o oonsidercde importcntc eacute o sindicelisshymo surgido cpoacutes a Revoluccedileo Industrial Vnrios movimentos signifio~ tivos de trcbelhcdores EHLl wui tos pases ncscercm ou se desenvolveshyrum c partir do sindicelismo

No Brcsil o sindic~to foi oriedo nos noldes do sistemc sindi shyccl do fooismo i talirno princi prlmonte f e eacute extremamente 1igcdo 00

Poqer Puacuteblico Tocircdr- c vide sincliccl eacute proviste por lei A lei QstcbCcedil Ieee oS requisitos desde pGra G fundcccedilno e funcioncmento do sindic~ to ctecirc os fins prerrocativcs e deveres Aacute liberdade dentro do sin d~ccto entno eacute c liberdede que c legislcccedil~o sindiccl permite e proshyve Outra pcrticuleridedo do sindicclismo hreDilciro eacute c vorticclid~ de I sindicrtos federeccedilocirces confedercccedilatildeo prc cdl cDtegoria ( na cctegorics tr41beacutem sco previstcs pele lei) Uno eacute permitido que ceteshygories sindicais diferentes se cordenem numc horizontclidcdeAssim se 08 sindicctos dos metcluacutergioos e dos forrovi~riosf por exemplo quisessem se coordenlr seria impossvol (dentro de legislaccedileacuteo sind ccl brasileirc) Onde cctesoric deve (do ponto de viste de lei sindi CCl) desclvolver sues ctividdes sindiccia iso1cdclllente

N~ necess~rio obsorvcr que tcl estrltturc sindiccl tatildeo enfcixcda na roco do Poder Puacuteblico tir~~do muito dl necesseacuteria cutonomic dos sindicctos dendo foacutermules pcdronizedls de funcionamento pode trens formeacute-los num instrumento de clesse dirigente ~penas cleacutem de n~ dtr oportunidades de se desenvolver plenCLlfmte ~ ccocidcde dos sin dicclizodos e seus dirigentes de lIe1riare41 algo de proacuteprio dentro do sindiccto Da D necessidede dos dirigentes sindicais serem realshymente a oxpressco do clesse quer di zor SerG~1 pessoes que estejom prontos e trcbclhor reelmG~te no sentido des cspircccedilocirces de clc6seP~ ra Jsso e neoesscr~o que se tenhe conscienc~c LO que e e do quo poshyde ser o sindiceto como oacutereco vordodoiro cc prollloccedillio

bull 21 bull

Haacute disposiccedilotildees legEds m~Js ou menos antisas a raspei to da sin d1calizaccedilatildeo rural no Brasil Entretanto foi pr1ncipal~3nte fi partir de 1962 que o assunto tOllOU vulto e comeccedilaram a surgir v~rias disshyposiccedilotildees simIlificcndo a f O T1112Ccedilatildeo dos sindicatos rurcis pl~ooossomel to e expediccedilao de oartas sindicais

Dentre as vaacuterias disposiccedilotildees () as que natildeo soacute sintetizum a Flashyteacuteria jaacute re8~lada oomo apresenta aspectos novos S~O

- Lei nO 4214 de 231963 - Estatuto do Tr[b[~lh2dor Rushyral pub1ic~do no Di~rio Of cial da Uni~o em 1836

~ Portcrias nQs 346 e 347 de l76l96j- Regula0 a Orgc~1 zaccedilatildeo e o Reconhecimonto de Entidcdes Sindiccis Ruraio bull

Silil9-1octo OEstatuto do frcba1haGor Rural crt114 estntui~ liacuteoita a cssoci~ccedilao em sindiccto f para fine de estudo defese e ooo~ denaccedilno de seus interecircsses econocircmicos ou profissionais de todos os que como empregados ou OE1PT0odores exerccedilam atividades ou profis shysatildeo rurc1 i1

bull

Vemos entatildeo que de ~cocircrdo nou c pr~pr1a lei ~s fin~lid~des do sindicato secirco cmp1as l natildeo se reduzindo ecircle C Dera instr~~ento de rei vindiOcccedilno de essiatencia socie1 e ClgutitS melhorics econocircmiccs bull Para que ecircle oumpra tocircdas as suas fin~lidades tem ~ue ir muito cl~mBasshyta ver que cumpre-lhe tc~beacute~ c defese de interesses profissionaisde I d t ~ tmiddot bull en er ~n erasses prok~sS~OncJ3 nao e 80 consegu~r e~prQS ~mos ~crc

plantio melhor maquin~rio pere produccedilatildeo enfio melhores oondiccediloea de trcbnlho mas ~ sobretuco f-zor com que o trcbc1ho necirco seja red z1da a um mero fctor de produccedilatildeo mcs seja con8id~rcdo como a fon~c por excelecircncia de expressco hum~a Pera conseguir isso o sindishyceto teu que sc ocupar por defini9~o com c tarefa de destruir tocircdc forma de explortccedilotildeo do trcblho humOJlo Convoacutem notnr que 110m sem pre o aumento de produccedilatildeo corrosponde a umc verdadeira prOioccedilco do trabclhador como pessoc

liQ Pera uma vis~o coup10tc de fundaccedilatildeoprooassamento e funciona bull mento do sindicatover Leis e Portarias meneionauuml~sprircipa1mente e nova Portaria nordm71 de 2265quede oerta formaregu1amenta os arti shygos 115 e 116 do Estatdo TrabRuralD1ga-se de passagem que estamp Leital~m de dificultar a fundaccedilatildeo de sind1catosfragmenta demais a classe trabalhadora ruraloricndo dentro dela in~eras camptegoriasdiA tintas

() Lei d~~ada n Q 11 de 11101962 Portaria nO 355-A de 20(111962 Portcria nO 356-A de 2111J1962 Portaria 209-A de 2561962

bull 22 bull

Estatuto do Trabalhador Rural Ateacute a d~ta da criaccedilatildeo do Estatushy

to o--eatildenipotildei1eacirc -estampvatildeexecirciiicfotilde7a legislaccedilatildeo trabalh~sta (excetuanshydo o que diz respeito n possibilidade de sind1calizaccedilao) 2 art l da Oonsolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho que estatui as ~uestoes trabashylhistas no paraacutegrafo IIb il coloca os oamponeses fora dos seus poss veis benefiacuteoios Com a criaccedilco do Estatuto houve uma primeira consi deraccedil~o a certos aspectos da vida do trabalhador rural

t tmiddotmiddot d la gisltccedil~o urb1na pare o meio rural embora sejam duas realid~des bem diversas A proacutepria definiccedil(iacuteo Ciue ecircle daacute de trabalhador rural (art 2 Q) eacute impreoisa e se presta a v~rias interpretaccedilotildees de aoocircrdo com

C0110 e fecil notar o Csjatu o e quase uma ranspos1ccedila0

1os t var ~n eresses

l~as mesmo assim inedaptndo hAacute pontos considerados importa1 shytes ~ O caso principalmente dos artigos 11 bull oria a Carteira Pro M

fissiona1 de Trabalhador Rural 63middot disp~e s~bre o contrato de trashybalho ( que poder~ ser feito na proacutepria carteira proiacuteissional)~ l5~shye~ia um Conselho Arbitral A16m decircsses artigos eacute consi~er~da t~bem importante tocircda a disposiccedilatildeo socircbre sindicalizaccedilatildeo

~ nosso pcpel como movi~ento qUecirc pretende ser educativo atr~shyvecircs de toampos os meios e recursos com Que oontamos levar ns oo~unida das a perceberem o fenocircmeno do assooi~tivismo como inerente agrave pr~ pria ~~a humana e motivar a intenBificaccedil~o oonsciente e delibefada de formcs de associc9~0 que ~osscm responder 2S neoossuumlLdos percebi das a partir de une vis~o cr~tica do papel do homem no mundo

Iaso no entc~to nco quer dizer que devemos inccntivcr e ~ctishyver determinadas forruas de associa9~0 O nosso papel c ecircssc respeito ~ o de informar o que existe as earaotersticas de QCcedild0 ~nc e proashytampr n assessoria ccbve1 diente da escolha da comunidade que poder~ incluave oriar fol~as noves de cssociaccedilatildeo

Teoriocraente a econoTlic de mercado ou ocpi tclistlo reIJouso nurac toca de serviccedilos e bana entre dois tipos de gru~osl as unlcteacutees ec2 n~m1cas produtivas ou emprecircsas n~s unidcdes economic~s de consuao ou iacutec~iliar Ls famiacutelias prest~~ serviccedilos ~s emprecircsas recebendo ~~gnaen

Ao shyt o e as empresas produzem bens e serviccedilos para o consumo das iacute~liaa e recebem e~ trooa pcgcillento ~mboru ecircsse esquema sej~ muito ab3trashyto e seja s6 am esque~a serve para nos mostrar cono est~ dist~cia da disso c vide do honeQ rural Nesse esquema a famiacutelia soacute b so11d~

ai fW bull r i ~ no consumo mas nuo na produccedilco pois o facil 1nag1ncr como roxa shymente as pessoas de lmlC mesJc fcIagrave~lill ou que tenheo dooposos ElD ~o mum produzam mn comum spo ~ue trabalhem em una Llesuc euprocircso no meama seccediltio e na masoe sala o produto finel dC~ emprecircsCl (equilo quo - ) e comercializado vend1do as fcu~lias cbsolutcnente noo dopenda deshyles Seus ganhos tcmbeacuter1 ou s~o deciatildeidos pele etlprecircsll ou dependen de decisotildees coletivas (aumento de salaacuterio mnino dissiacutedios coleti shy

bull 23 bull

I vos etc) e muito r~r~cntc tecircm qualquer relcccedilatildeo 020 su~ produt1vid~

de ou copoeidcde da trobclho Na eoonomia da produ2ao portcnto mas mo os mombros de umc fcniacutelit nno sco solidaacuterios ano indiviacuteduos isolE dos CGdc ~ por si A id~in de atividade econocircmico comunit~ria dcpcn deric portnnto no moia urbcno de tocircdc uma lludonccedila de estrutura d~ haacutebitos e atitudes individualistcs

NOcirco eeonteee o Llosmo no vidc rurnl Via do regra c feLllit s~ oonstitui em unidcde de prod~ccedilco e oonsumo o que equivola a dizer que jtIacute existe tlgum tipo do ouprecircsa cOf1unit6ria pare uaor o esqucmc o que acima nos referimos Trctc~se portento natildeo de rczer surgir ~ vclor inteirnmente novo mais de cmplicr o raio de alccnoc de uampre_ sa oonlUni taacuteria que eacute c fCLllic bull Outro Telor positivo e que pode ser ccrreado nesse sentido eacute o mutirco Embora se deva ciacuteastor quclquer ideacuteia poeacutetioa lrio de mutirecirco cono trcbrlho ~eu pagaL o mutirecirco e a troca de dics sno indiacutecios oonoretos de que a oompeticcedilno econ~~1c~ nas oomunidcdes rurais n~o eacute consoiente neu atinge G agudas que cpreshysenta n~ cidade O mutir~o meswo pcgo n troce de dias me8~0 aendo trooc mostra que natildeo est~ presente c 1d~ia de que o SUOOS$O de ~ depende do insuoesso de outro E de f~to c cODpeticcedil~o eoon~m1cn no campo nco sc fez de meeiro c meeiro mes entre o produtor o o intero~ di~rio e por e edinnte

Outro ospeoto import~nte d~ ctividcde econ~micc do honeo rurc1 que ele nco visa de Iilodo gereI o lucro IlCS c subsistecircncici por isso c noccedilco de que - a propried~de deve ser usado pera o bau de todos e nco pcro o luoro individueI nco encontro cs aeSDes resistecircncics quo cn oontrorie entre cmpres~rios oujc ctividcde eoonocircuic~ se fund~entc no luoro A euprecircsc comunit~ria isto eacute ~ orgonizccco oomunitampric de

d - A po~tcntot apcrentemente vievel~ Tr~ c~se depro Uccedilco ceOnOil1Cc e t snshyber quais cs noccedilotildees que seacuteo fundcmenteis pcrc tel empreendi30nto

12) 2JLW1el~]0ecircS_e __d2_ uso dl Jal0Rriedcdel ~ tund~cntcl o conoeito de que c posse est~ condieioncdq 00 uso de propr1od~de o quo isto natildeo eacute um direito cbs02uto mcs tew une funccedilatildeo intrinsccmcnte soci01 (1)11f1116)

9) Q~_o~Lemo do_~c-l2~) do__trcbelh2 msse prob1cllc foi tl~~toclo na Fundamentoccedilao de Viver e Lutcr e se enoontra tClbom no item 12 d~ 2l perte deste Fund[Tl(mtoccedilecirciacuteo 1106 heacute olguns tspuumlctos que nos interesSD~ diretamente ncste ccso A ~pliocccedilatildeo concret~ dos princ~piGs ~l disoutidos lev~-nos ~ oonclusno de que neacuteo pode hever oomercial zaccedilecirco do trcbelho enquc11to tol Isto ~t necirco h~ nem pode hovcr hipocirct~ se do medir-se o trabalho ew tecircrmos de dinheiro j~ que o tr~bolhotem velor tronscendente leso eacute importante pcr~ cs tomndos de decisotildees soacute bre a divisatildeo do produto do tr~bolho Esta n~o pode ser sagravementa pro porcional ~ posse dos instrv~entos de produccedilco pois 0030 viuos c posse esteacute subordincdc 00 uso paro o bem de todos Por outro lcdon~o pode ser tambeacutem somente proporoionel agrave quantidede de trcbolho j~ que o velor realmente humcno do tr~bolho nro pode ser qucntif1cedo socircmenshyem sua apcrencia O item seguinte pode esolareoer-nos melhor

bull 24 bull

--

0) 9--Jll0bt~~ dc-~oJtg1~ejJde dc espeacuteoie Vinos qundo e8~shydc~oa O probloma de oomunic0ccedilno que fund~ente o progresso de histoshyric humcne ~ue cede indivcuo neacuteo pode reelizar plencmo~tc c essocircnshyoie de espeacutecie hun~na o quo portento os homens e todos suo solid~s nas conquistes e nos erros de humcnidedo Esse mesm~ doutrine eacute aonshyfirm~de no plnno sobr0n~turel pelo ooncoito do oomunh~o dos santoS

por outro l~do quo o - podo b ~ es Sabemos houam neo sucum 1r cut ccron eies sensiacuteveis (climonter-se proteger-se do frio) e quo qu~~do isshyBO ~contooe ecde UD de noacutes ~ solid~rio nG culpa~ Isso leva c que a sociodade Leve prover tS QPortul1idcdes pcrc que cede hOllOD sct1sfeccedilc esses necossidrdes que Sco diroi tos fund~lentais do hmJoLlbull

Em sUDe o probleme central de u~e atividGdo econoillIacutecc de ~i~o

conunit~rio eacute o do reconhecihlonto no plano do trabalho Co~o vimos ll~) i tem proacuteprio e comuniccccedilatildeo entre os homens pode fczor-se por doshyminoccedileo ou por reconheoimento ~os ecircsse reconheoiDento n~o pode ser

h Ot eor1co cbstreto tel quo oonoretlzar-se e111 oedc cccediloo umcne roshyoonhecimento do outro no plnno do trabalho eacute o que se coloo~ ou ploshyno mais elevedo jeacute que nrde h6 de meis nobre e essol1oiclmontc hushymano do que o trabelho

i01s c~r~ um excile de outros problemcs levcntedos por ULlC GlprOcircSo oomunit~rie pode-se ver Fr Jo~o Batiste Puumlreire dos Santos OP U~ NILABORL Uma Revoluccedileo ne Estruture de Emprecircso Livroric Du~s Cido bull das - Sco Pculo

Pode-se definir o occedilocirco poltice de vuacuterias Ilcnoirrs Uuo tltigc def - eLO h amem dlZ nCSlilO C1ue 1J e G Ull~ CnllllC1 ~ lCO o que eCJu~ilnlccedilco E0Lltmiddot vcleria c identificcr e e2~0 poliacutetice cor~ tocircdn eccedilno huJrJlc Sento Agostir~o vi~ o fim de cccedilco polticc assim como o de guerra n~ Fez defininco c Paz como ~ sctisfccedilecirco dos interecircsses de cidade ~ 01amp ro que C01 isso n Pnz de uuc cic~-ao poderia ser iLlposte Co outre is shyto eacute a sctisfcccedileo dos interossos de umc Sociadcde ou gAacute~po poco ser i3postn c outra Sociodede ou o outro grupo ModernnEcnte defino- so e accedilco poliacutetioo CODO equelc que procure conduzir ~ socied~de n~ busshyco do bOD cel21Ul Atuolnel1te tom-so definido taIJbeacutel2l c cccedilatildeo polticn COBO nquelc que busca utilizcr o poder do Estndo pcrc ctcncler 00 bo de SocioclCdo Esse funccedilocirco do EsJccdo ele mesme TJudou de oacutepoca do li berelis~o otoacute hOj0 Acredit~~do-sc quo es leis socieis c Gconocircnices orem IInctureis ll cefendie-se u tese de que eo Estado Cnberi~ cpon~s proteger ns libuumlrd~des individueis nco intervindo especialnuumlnte ne produccedilatildeo e no consumo A esse vis~o suoedeu eom o advento do sooi~ lismo e dns lutcs sindiccis e concepccedilco do um Est~do do Bem Estor So0101 A concepccedilatildeo neturolista c liberolisto jaacute nco eacute dcfcndide 00shymo tel e o que se discuto oacute o Gr~u de intensidade da intervonccedil~o esshytetal no vid~ puacuteblicc Mesmo nos paiacuteses onde o antigo liberalismo eacute tese ofioial - embora defenr1ido em formas atenuadas (neo-libera11omo)

bull 25 bull

oomo nos ~stados Unidos e no Brasil a intervenccedilatildeo estatal ~ una reashylidade Assim nos Estados Unidos por exemplo a diplomacia ~ftambeacute~ uma forma de defesa dos interecircsses comeroiais dos empres~rios norte-A mericanos no exterior no Brasil os organismos estatais exeroeu in shyfluecircncia natildeo 86 na economia como nos conflitos sociais Ias tanto li como aqui a intervenccedilatildeo eacute feita apenas para proteger uoc estrutura

Vecircse portanto que a oontroveacutersia estaacute na intensidade e no ti shypo de intervenccedilatildeo do Estado A accedilatildeo poliacutetica seria wn ueio de fazer valer ecircste ou aquecircle tipo de intervenccedilatildeo do Estado no sentido do Bem Dstar Social de definir decircste ou daquecircle Dodo o Bem Lstar Social de detertlintlr desta ou daquela formo o modo de consegulo

Ao ueSuumllO tempo fica cloro que natildeo tem sentido definir-se ti accedilao shypoliacutetioa eu tecircrmos de ideais moi8 ou menos abstratos COLIO urJo luta de ideacuteias na qual se empenha apenas a inteligecircncia dos poliacuteticos e das Naccedilotildees

Vimos atraacutes por exemplo (item 24) couo o esqueLla cl~ssico da economia separa doiemiddottipos de unidades econocirchlieas a de produccedilatildeo e a de oonsumOi na economia de mercado ou capitalista o fluxo de ~ique bull zas que vai das emprecircsas em pag~ento do trabalho agraves famiacutelias e que vol ta ns emprecircsas erl paGamolto dos bens e serviccedilos prestnd08 otildes tllJl lias o fluxo de riquezas diziamos eacute deterLlinado pela lei do t1oroado subindo o consumo de um produto sobe o prccediloo que est1nula cs empr sas a produzirem mais ateacute equilibrar com o consumo e estabilizar o preccedilo e diminuindo o consumo desce o preccedilo desarticulando a prod~ ccedilatildeo ateacute equilibrar com o consumo e estabilizar O prc~o iae dois exem plos serveu para nos mostrar como isso na realidade e apenas teamprico Todos temos presenciado a sonegaccedilatildeo de certos produtos com o fim de fazer subir artificialmente o preccedilo (especiclmente arroz feij~o e~ ea~) e teillos presenciado como certas emprecircsas otrav~s do propaganda oriam necessidades absolutamente sup~rfluas paro os consumidores ~ ashybrieagatildeo de bambolecircs cosmoacuteticos eto) em que a lei de mercado e in vertida Natildeo eacute a emprecircsa que produz para atender o procura do consumi dor mas que faz nascer c procura do consumidor para vender o que jproduz

Teorioamente por outro lado a economia socialista esteta1 00 bcsecria natildeo na lei de oercCdo mas nC8 decisotildees de UH orgcnismo oen tr~l de planejamento que pesquiseria es necessidcdes do oonsumo e detarminorio o sentido do produccedileacuteo Vemos tmubeacutem que de ua lcdo neDl meia o Uni~o Sovioacutetioa cdote atuclBonte ocircsse sistemo puro e quo amppeAtilde feitcmente possvel um pcs ter sua econotlio completanonte plnnif1o~ do sem deixor de ser ncpitclista O Brosil por oxeoplo ncrcha a pas sos lorgos p~ra ser um perfeito exemplo deste uacuteltimo caso Isso equi vele o dizer que e controv~rsia fundamentel em que se deboteu as focircrshyccedilas e grupos que exercem cccedileacuteo poltica natildeo estaacute mais en se seber sodeg Estado deve deixar a vida econocircmicc e sooial co sabor das leis Une_ turoia ou se deve fO contraacuterio intervir plnnificnndo-as e neu mosect mo soacute no intensidnde dessa intervenccedilno Estaacute no tipo ou modo cooo se

i - dc essa ntervenccedileo Se voltarnos ti conccitunccedilao de Santo Agostinho a

bull 26 bull

que nos referD~os ~oina e se a fun9~o da oidade eacute b~r~tir a Pazde que Pez se tr~ta trata-se da Paz que melhor ntcnda a tocircda a Sooiedn~ de Quanto ~ isso ningueacutew discorda expreesaucnte Tocircdcs as linhas poshylticas de todos os grupos de ~ccedileacuteo poliacutetioa oonoordnn oo~ isso Uas na proacutetic~ de que Ll0do enocrno Ulla accedileacuteo poltioD que leve ~ essa Paz de tocircda t Sociedode c natildeo c Fez ele UDC Cidcdo (ou de um grupo)iuposta c outra

o esquema abstrato (i tem 2A) que divide a vida eoonocircilict dcs No ccedilotildees em unidcces produtivOs (as enprecircsas) e unideccs cl~-ltQnsumo (as famlicsr-~ pera uns tomado oomo real Da sededuz ~uo ao Estado cabe garcntir a melhor funcionalidade possiacutevel as empresas para que possam ctender na neoessidcdes de oonsumo das famlios que constituem a Naccedilatildeo (embora seja um esquema econocircmioo oacute v~lido porque nns necesshysidodea de oonsumo estao oompreendidos os bens e os serviccedilos e nos 8es uacuteltimos se inoluem os serviccedilos que dizem respeito agrave oultur~agrave dishyversatildeo agrave distribuiccedilno da justiccedilaacute etc) Da se conolui que a Paz de que se trata eacute a Paz dcs euprecircsas middotScbemos por exemplo que o pedra ongulcr de nosso regime poliacutetioo ossim CODO de todo o mundo sob a esfer~ de influecircncio cmarioonc uacute c inioiativa privada isto eacute c li shyberdede dcs emprecircscs privadas Isto significo ocber 00 Dstcdo gnrcn~ fundc~entclmente o boti funcion~ento dcs emprecircsos priv~das e o resto ser~ dodo de acreacutescimo Qul o sentido de emprecircso privado pe a sue ti nalidcde eacute ctender ns neoessidades de consuco das fcnlios (sej~ esse consumo de climcntosmiddotou de educcccedilnoacute) O sentido eacute o de que nqueles que possueu ccpit~l (bens Ilcmiddottciois) perc mon~er ou cri~r eIlgtresas dj ve ser garentidc uma remunercccediloo correspondente co enprego cesse Oop tel (decircsses bens moteriois terras instrumentos dinheiro) Todo o Sistema repousa portento na motivaccedilatildeo do lucro por pcrto dos que Po suem bens motaric1s E cono c satisfaccedilatildeo das neocasidodos de tocircdo a Sociedade dopende do que produzeo as emprecircsas t atribui-so UDA identi shydade entre os interecircsses de Ncccedil~o (de que cuido o Estcdo) e o estmuM

E lti ona 1o as erJpresas pcro que produzcn m u ml 1Jse o orgcnJzoccediloo po ltioo eeonocirc~iec e social do Naccedilatildeo que eacute tarefo do Estodo primordio mente scr~ ume rocionClizDccedilatildeo de rmlhor oeneiro de estimular o lu e~o isto eacute a remuneraccedilatildeo do ccpitel A maneiro do otendcroo bea co mUIll seria portanto em l1ttim~ cntllise gcrcntir c melhor formo deAin cioncmento dcs emprecircsas privcdos o que se identifion oo~ a melhor ~ neira de estimular omiddotemprecircgo das propriedades (de bens do ~eira geshyral terras instrumentos dinheiro)

Vemos que tnl visatildeo 6 herceira de certo modo da visno naturaliA to e liberelista da vid sociel embora tenho mudado de certo modo o pcpel do Estodo~

Este visatildeo no entanto se choco com outras visotildees polticas Fishycou demonstrcdo que (I intervenccedilecirco do illstado se faz neoess5rio no vida da sociedcde Aohem alguns portrntof~e eacute preciso fazer soacuterias resshytri~otildees agrave cbsolutc liberdade das emprecircsas mesmo pera garantir-lhes O melhor funcionamento Uma dcs rozotildees eacute a de que o bom funoioncaento N

das emprescs exige restricoes pore que umcs noo A

outras A prejudiquem oS e o oaso d~sgrond~ Lrl~~ (11lt rr1gt_=~ i 11 I-to que tem possibishy

bull 27 bull

l1dadG do dostorcer o morceLo Outro problema eacute o do b011 astcr claa fo ~flt~s enquonto prcstom serviccedilo cs e~procircsos isto ~ ~s cl~sses p=~le t~~es Ar~10ntam que o sistemo do Borc~do deixodo o si mosuo reoung rc mcl o trob-lho de ta1 forl quo de uu 10do l o aonSUDO nao podo ser Du1to grc1de e portcnw- cs c~precircscgts necirco podem su expr-lctir do ol-ro lndo isso 1evo insuficicnlos aondi9otildees de vida o (lua dociina11tlO bcx~ proecircutiYidcdo isto ~t os sorviccedilos prcstldos Coa -c1r~ses sno de m~ quolicode se fOrail ln3S cs condiccedilotildees do trrbclho COll10 as euprest1 rios neacuteo seacuteo se~pre c~p~zes do peroeber ecircssos dois cspeotos co Esta do coberic prover UD~ regulcuontcccedilEiacuteo quo t ao llleSLlO tempo dosse mcior poder de consuuo 00 proloteacuteriodo c lhe desse melhores oondiccedil~es de trcbclho pcrc poderes produzir melhor Desso ooncepccedilatildeo resulo clixl leis tr~oclhistos quo grecirctissew ml onirilo de sogur~9c 006 opo-amp10 o de pcrticipcccedileo nos lucros dcs Guprocircscs que lhos gorontiri~ cUL10n to do poder de oquisiccedileacuteo de bens e serviccedilos Nessa nOStlr linhe cstt bull ric~ previstos os serviccedilos n~o iuediotcucntc reuunerct1vos e quo p~o pieicr1DJliguclLlente o be~l estcr indispensecircvel 00 cuncnio de produt1shyvidcde COLlO os serviccedilos de educcccedilro se~det transportes etc

o problemo pode cince ser colocado de outre u~oirc O trobo bull lho ~ cOl1seqUenteueZlte todos os seus frutos o donnio de terrae rSD 900 de instrumentos c produccedilco e UlllC conquistn dl espoo1e hwalJlooo

~

mesmo teu9c que de ecdc hOLleil Ccedilucndo um hODCrl se npossc privodcnente (uscndO per~ seu benefcio exclusivo ou moior) do fruto do tr~b~lho hu~tno ecircle espolie os outros homens O produto do trebclho de m~ hoshymem eacute inalieneacutevel isto eacute natildeo podo ser trensferido c outro cooo sim ples coiso poreue neacuteo eacute soacute coiae DCS ecirc erioccedilco da hooom c represonto Co sue vi toacuteric s~bre c ncturezcbull Os ueios de produccedilco (nGsno os nctu bull r~is OODO c terre) sco uo~ conquisto de eap~cie huncnc logo t~o que bGneficicr n todos segundo suo condiccedilatildeo de hOBOU c su~s nocess1d~ des e direitos como hODOD 0 necirco segundo coidontes histbrioos oono o feto de clgu~m ter-se oposscdo priJeiro de Ui puumldcccedilo do terre e outlX6 nao Ou de c1Gueacutem ter sido foito prisioneiro c escrevo e outxos n~o bull Tocircdc distinccedilco portcnto entre os que possueLl bens c os qua 0 pos shysuem e trcbelh~l p~re os priuGiros teric orgeo nc douinc~co de UD hot4eu socircbre outros que historiccuente se deu Q continue rlcr-se Do um lcdo os Quetecirco posse e USCD CD seu benefcio em dctri~1Cnto dos outros Se ~lienCIll (ou tOfon outra 00i80 isto a sc torncrl Wla outro coise qUQ necirco hOLlons) por nco reconhcceren o outro CODO honco sujoito de plenos direi tos e trcnsforoercL o trcbclho eo Jcoisc e necirco ori~co humono De outro lcdo os que nco pOSSUEm e trebclhCil pcre outro8VQO o fruto de seu trcbclho que oacute une perto decircles meS1lOs sor possuido por outro o que equiv1 e dizer que se oliencm se dosti tueJl ccedil~o suo cOl=iacutediccedilno plille de hOiUG1S

O quc 80 disQute ecirc por~cnto o proacuteprio si3tCUC ele possa e uso dcs proprie~cdes o proacuteprio sentido de ~upr~s~ Oe ~eios ae pro~u9~O

A IN

aegun~o este conc~ccedilco nco podew ser objeto de posse e uso ~~~dcdacirc vendo ser usedo )ole e pcrc c Souiedcde Os f1eios ooncrotos v-cr1Cl eshynorrJeaente deacutentrodessc ~oncopccedilgo indo flosdEl possetoteJ dos pro shy~riQ4cd~s p0lo Estcdoete a posse dos Baios de produccedilco pelos ~ue con eles r~bclhom e tendo seu uso ~eguledo pelo Estcdo bull

bull 28

Es 8C3 1inh-s polti c cs ropidcilGnte expos -tas e e squOuuml1 tizedas ttf zerl C bcilc novcuacutewnte o conceito co Paz de ULl grupo As du--s plino1 shyros reprCSJn t am nJ tJdCIJ8n o c cz o grupo e proprJe crJos (O cprcshy t P d d t 1 - A

806 isto ~ conforne vinos no i-G3-1 de orgcnizoccedilatildeo soci01 n classe olto ou burguesc Porque justificc~ uuumlo Paz pcrc tocircdc c Sociodcdc cen trudc nos interecircsses cc clcssc bUlgueso A terccirc linhc po11tica 1 euumlntrnda nos interecircsses dj libcrtcccedilGo dns classes inferiores de pro let6rios G trcbclhcdores rurcis J isso nos troz o concoito do i~801o

bull bull I I ~-gJo que e UiiC JustJfJcccDO -G00rJCot um rocJonolJzcccedilco de Jnt~rcsses 1 Ao t

( entendido il1tGreSSe ~lil UIl conccpccedilco boa cmpla nno Jntero8ses ilC c shyricis inedietos) de Uiil grupo e~ 1Wt deteriincdo sociedcde Vemos egoshyra por que c lute polticc nGo ~ uma agraveisputa abstrcto de iclonis crbi treacuterios 1108 unconfli to do interecircsscs dos grupos que forwom c s02iedcbull de Noacutes pocamos notor fccilmente quo essas diferentes justificnccedilocs se refEreIiJ nco otilde n[~turezo que O h o Ie tI POdE racionclizcr objotivcmonshyte jaacute que c ne tureza podo _s_~r_ g_bJ~tccedil do c2nhecilJCnto huvno Qucndot

no entanto treta-se de occediloo huu~o este nco pode serpy-1~t~~~d~ plcshynemente por tretcr-se d~ accedilco d2 ~~e~~~~ que nco cstco ~ubordincdo~ e leis detcrJlincdcs pois na occedileo hUtlma se inclui c opccedileo livre nno

d t - d P - I - lpr~- e erwJne 0 or 1S80 mesmo osse rocJonc Jzcccedilco ~cnQU Co exp 1Ccr pcrc cede homem as sues proacutepri~s opccedilotildees o que signifioa cs ~pccedilotildeos de seu grupo de sue clesso e CSSIacuteLl por dicnte Isso nco quer dizer que esse justificcccedilco sejc cbsolutc_10ltO subjuumltivo e necirco -tanhe vcliclcdo [~ nno ser enqucnto justificcccedilco de intGrecircsses dcquocirclo grupo Nc ilod1dc em que o honem pode ter cuacutensciuncic de o QU0 318 eacute G do que Sco cos re

- 71eccediloes entro os hOTIens e claro qU8 e possJvol uma gonorc11z~ccedil~o e possiacutevel que esso justificcccedilecirco ele occedil~o hunenc possc~ ter 13ulC vlidE de universcl na nmiddot-didc UGSlO em que procure une idontificJccedilco n~~ior cOJ o velor proacuteprio do hOS0ill (isto eacute fundclJe1tc sC uumlLl U1 hUil~liSilO ) e SG idGntifiquc monos co~ os intcr~sses inediotos do indiviacuteduo d~ cl~sse ou do grupo

Se c cccedil8o pol ticc ( Uilc eccedilOcirco ideoloacutegica cOIlcluilOS quo c eccedilo l t N 1 d ) 1 ~ bull po J Jcc nco PO(8 nunce sar cccedileo ~so e e JndivJ uc bull li l1uumlCusscrlc41un

to accedil[io de grupo cccedilco org~l1izeacute~~dc 0 sno qUuumlcl pretende que ponsa o age isolcdoLlcnto Olil pol ticc porticipe de clguuo forDe elo une fcixa d l i J eo og co e de uac occediloo elo JTUpO ChegcLlos tC~lbou c quo a 0lt00 poll shyticc pcrc sor eficianto davo ser orgcnizode

A occedileo poliacuteticc orgenizodc lGscluento eacute otribui2So elos Porti ~ Ccedillos Poliacuteticos no Brasil DG f~to no untcnto tocircdo rccediloo hulCno oorJshyportc il1pIci to ou oxpllci teDuumlltc UlCo ccrgc ideoloacutegica o portcnto t5 de elguD Dod~ occedilco poltica U11 trcbclho do AniJrccedilecirco Populer por eshyxonplo 6 occedilco poltico enqumto encorno UH objetivo de libertcccedilatildeo cul turcl dcs populoccedilotildees 8crginrli zcdes e porton to do olgu2 110c10 onccedil~r nc o feixo ideoloacutegico drs clesses inferiores Uno oonunidcclo que s orgcnizo cge da mesmc forne pollticCnente cssunindo uno ideologia liacute i t t AlUp o a Js o e noo ncc8SSorJcDonte expresse O~l torDOS de conco1 shy

pi Nt os pr1ncJ os ou noniles de eCcedilOGs A occedileo ~olJtJco a port~~to Dulshytiforme NSo ser~ poltice sQuente por ter esse nODe ou por viscr di shyrtcmnte eleiccedilotildees ou pre88~es 8ocircbre outoridadospolticcs A co~preca scO destE~ fto deve chGgcr otaacute ns cOIlunidndes ser correr no entcnto o risco de se uinimiznr ~ ~ccedilOtildeo poliacuteticc restringindo-c e etividcdes

bull 29 bull

CO nivo1 ecircLcs conunidedos No nvol de Socidrdo soacute to sentido e consoquoncJc r rccedil~o polticr quo ccninhc pcrc ser cccedil~o globclviscnshy

do c atincir ns proacuteprics ostruturcs de socioddc

A distinccedileacuteo rol do bese idcoloacutegicc qu~ heacute ontro cs divuacuteTacs linhs pOl ticcs I c difcrunccedilc elo inlircs do iacutemccrcr cs ostruturcs - ( t ob - bull bull 1CiC SOC18Ci~Ci~ COLO vJros no J e~~ so r orgcnJZcCcedilLO c ClnXllCc SOC1c

c Qclo dc~s sociedcdes 0 c Uclut011CcedilfO G wudrnccedilc do SUrS cStL11middot~Ul~S) bull

Ir middotd t h lf t t~c rcpl o GsqUGn- Jzcccedilco cuc 11ZlOS c0 ltcl eron 3 102(lt11CJ3 pOlJ t ccs podaDos noteI UDe q1W I0tuacute~ecircc2e wntcr pure c sL)lcBjhl-tuacute -S uuml~ tru turcs Bocitucde Cttrc nj~UacutendL cDcrliccediloftlos 1)crc nodo-- i1cl

bull ~ - A

te-lcs s sccilwvll t0 CO0 sEo i cintia outrc pruacutet011cC [1 tori-lcs rcdic-lwlCltO A or6cnizccedilco u cccedilecirco polticc (t0otilder1o~~1tiacute) o qUiacuteJ middotlS

Pcrti(os ftz9111)exigiric port~nto o consciontizccedilatildeo cc seus proacuteprios obj Etivos J aodific~ccedilatildeo ou m-Jlutcnccedilotildeo elo ostruturo

Tretc-s( portcnto de purspuumlctivc v no do tipo do ccedilco A pirti lp d J ~ ltmiddot d shy cccedilco 8 comnJQ-s nc Iccedilo pu J lCC JC~ Si 0 L1CSl) qu 80 por

bull n 1 ti tiOlllJSSCO bull crC sor [90 po J tlcr orgcl1lZcuumlC ( nuacutecoss-r c conSCJOl1l

znccedilatildeo do objetivos pOliacuteticos O 1130 UI detcrdndo tipo do ccedilco oOJotilde

por eXtlplo Ctu~9co co lcrtieacuteos _~ cOOp0r~ccedilco org~izcc 6 Ul objet vo poltico -it Lleclidc o quo vis[ der moios co ho~~o~ rurcl do cssu ui p1euronJonto sue concliccedil~o hucnc

BIBLIOG~11_7IA PLR1 APrrOFlnJJ~~TTO DO ITE 2 nJ 11 PRTE DA FvmiiacuteshyTACcedilAtildeO

1 Frei Joatildeo Batista Pereira dos Santos OP - mrILABOR - Uma Revolushyccedilatildeo na Jstrutura da 3l11precircss Livraria Duas Cidades 1962

2 JY Calvez - ~glise a Societeacute 1loonomique - LtEnseicnement Soeicl de Jecn 7JGII Bd ~el1tiSl1e Paris

JOseph Fo11iet - LHoliluumlle Sooit - Essai d Anttropo1ogie Soc101e Col Ja Sais - Je Crois Librairie Arthcwe Fcyard 1962

4 Georges Lefrnno Le S~(1icclisme dons 1e ionde C1 t(~uo Seis-Jcrl

Presses Universitcires de ~ranoe 1961

5 Bstatuto de Trcbalh~dor Run1

bull 30 bull

  • ESQUEMA DA FUNDAMENTACcedilAtildeO DO PROGRAMA PARA 1965
  • SemTiacutetulo
  • SemTiacutetulo 1
Page 10: Nota do Organizador: Pela crise política e financeira em

do ~ ~ ecircsso processo de Dud~nccedil~ cultur~l constante e oriuumlnt~co que se deacute C oLUGcnt e o noue de progresso

EnunorxlOS 1 ibuumlxo c1CUTIS c1ocircstos processos os que eeo reolron te n~is L portcntes e elos queis so origin~1 os outros tocos rcsponsf

~

veis pelo cOLplexo dcs ~udonccedilos culturais d~s quais fincluonte o ho-I neu tcDbcu ~paroco cor_lO ~gcnte

N d t It bull Tr~nsnisseo c possogcn nedi~ntc ~prcn ~ZCgOD s~s 02e ~ce ou ass~s-teleacutetico de cloDontos cuacutel tur~is do un pcro outre gcraccedil~ot dentro do un nesno erupo social

bull Acul turcccedileo c trocc de elencmtos culturcis ~traveacutes do p~ss~gen de troccedilos conploxos e pcdrotildees de une pare outr~ cultura qucndo postos de nlgurm forDe en contocto bull Difusco c acoitaccediluumlo do detenincdos eleucntos culturais recou-cria shydos dentro do proacuteprio grupo ou inportados de UD outro de UDa outra culturo bull Continuidade a pernanocircncia do treccedilos atraveacutes dos seus elcocnto8 de fixaccedilatildeo pelos queds DS gorcccedilotildees se cODunican ou se li8a1 Deculturaccedilecirco o desl1pl1rOCluento progressivo de traccedilos antigos em fun shyccedileo do aparecimento de outros nais recentes bull Integrcccedilatildeo c haroonizeccedilatildeo ctrcveacutes de mecenisDos organizl1dores dos divorsos trcccedilos de UQI1 cultura bull Retardenento una disritnil1 na acumulaccedilco e integraccedilatildeo de eIenentos culturais fevorecendo deg desenvolvinento acelerado de I1lguns trcccedil06 ou conplexos freqUentonente eo detrimento de outros bull Invenccedileo I a rosu1 tan te de UDe nova conbinaccedilatildeo de elOIJlCntos jeacute exis tentes em deterDinada cultura bull Descoberto uma equisiccedilecirco nove no cl1npo do conheciacuter18nto O rccirlen to de UI novo eletwnto culturuuml ou seu sentido nuds pleno

~ atrcveacutes d0stes processos nUL1e uccedilatildeo conjunta seaprc integrl1dv e tendo o hOLeu CODO sujei to que es veacuteries culturas se aocLificem Ne te sentida CODO estrutura orgcnizcd~ e eu procosoo G cul-jure oono ati videde hUIlene 0speclficu evolui t progride e orgeniza-sc 0w formas Dais acabades e cODplexes co lonGO da Histoacuteria

114 Culture Populer

lI n h t d h 1 r ti ULl rcmoncno lS or~co que surge 8Il soc~e CeLe OllLC bull c un (osnJshyveI cul turcl entre os divorsos grupos que c COlpotildecm ondo grci1de porte d~ populeccedileo necirco teu UDe pcrticipcccedilecirco ativa seja no pll1no culturalso~ cia1 econocircJico ou poliacutetica COD isto nno querenos dizer que -coelos d2 veo tonar perto ativa ncs OOSDes ctivideces et1 Utl nesqo niacutevel ou que se deve padronizcr ou unifornizar c pcrticipcccedileo cc tocos c de ccdc~ bro ne socieclnde Nuumlo eacute isto eacute clcro P-ra lOacuteS Ull trcbalho ele Cultushyra Popular surge t~nbeacuteD de consciecircncia desse ncrginalizeccedilco e ele no shycessidade elo libortcccedilotildeo ele ui~ contingente hunano que vive otilde ncrgem do processa cultural

A Cultur~ Popular surge cano conso~~~lcin do processo de nudcnccedila sacieI Assiu sendo pretende a perticiacutepoccedilecirco de todos n olaboLaccedilriacuteo da cul tura da sociedade eIl que viveo beu 00110 e principelnonte na aEre

bull 8 bull

ensno e nf~Jcccedilno_ do sentido e~ 9111 turll isto eacute do cUG c cuIturo sig nifico perc os ho~ens desse soci~elede A Cultura Popul~r port3nto~esshytoacute vincu1t~clc Il UI1C accedilco que nco 110de ester dcsligodc do 2oyQisto e I

dos grupos sociais que por condicion~ncntos econocircmicos pOliacuteticos e soci~is - e cspocicloonte por COllcliciorlDrJcntos oul turcis - cst~o l1Crgi ncli zudos da cul tllrU ( FunCcLlontcccedilecircio CC IIViver eacute Luter) shy

1 tCaLlo venos c Cultura Po~uler quc~do e coounlCaVO 00 ~_~lS o 6 quando sues significcccedilotildees seus velocircros ideais e ObTeS SOO elesti shynados cfotive~0nte ao povo c rospondem ns ozigecircncios el~ reolizeccedilatildeo hu~ona docircsso -Jovo 00 eteroinete eacutepocc responce eu suoe n suo 29Jlsect

h lo 1 E b l 1ClOnClE lSmiddottorlCIl 100 e CC eo cooo U1lVerSo qUG c cu -Gura e ne shycioncl-cnqucnto integre es consciocircncios dentro ele ncccedilno no ~lnno--dc SUIl realizcccedilecirco hunene e cs situe assIacuteIl na linhO (10 DovLl(mto histoacuteshyrico essencicl de EP-iY2rsn1jzaCcedilco 9fetiva c do cricccedilecirco CO UilC cultura pare toclos os honcns (Po Hmriquo Vaz)

Cono o integrc2otildeo elo toc~os os hOL10ns ne DeSUo cul ture vinculo shyse o unc trcnsforLlcccediloO elos pcecircrotildees econocircnicos polticos o socieis 0

Cul ture Populcr estaacute tcbeacuten vincuIademiddot ecirc reelizcccedilco do u projeto hisshytoacuterieo que pretendo aquelcs trc~sfor3eccedilotildeos Um projeto histoacuterico condi zente OO~l uuc cul turo eleborecc o pcrticipedc por todos UiJ projeto que possibilite c toclo o povo essTIuiacuter o seu papel do criecor o suj0ito de culture dc sociedode eu quo vivo

~~ - l~J

Sendo nssiacuten pode-se dizor que Culturo Populer n~o eacute uu fenocircnono neutro indiferente Ao contr6rio nasce da un conflito o ~lecircle dcsembQ 00 pois ela existe e se Cpresonto 80npre eu terl10S de libertoxatildeo de prom ccedilecirco hunenc no sentido J1cis cnplo Donde se conclui que noo eacute possiacutevel U1 trobclho de Culturc Popu1er desligado do processo de consshycientizaccedilacircQ E ~or estar lig-eclo c ecircste processo 5 quo elo ueve lCivor

Sellpre c UL1C opccedilco Devo der pqssibi1iclceacutees de Opccedilco 00 povo eoboro N

nco posse lL1pOr osso opccedileo porque elo devo sor encontrcCc polo pr~o povo Este opccedilOcirco decorre ele plone consci3ncuuml que O honen adquire dos diforGnccedilos o degnveis entro os 3rupos quo foruno o socicdedo o de noshy

1 N bull so-COSSldcae1 LG une tronsforncccedilco dos lO culturcls polltlcoSpecroos cieia e econocircticos que os cotorlincJ --~

BIBLIOGRAPIL PARA APROpmJDLttrO DlSTE ITE-i

1- Les1ie A Ihi te - Concei to de Cul tura Seacuterie B apostila 1- I EB

2- Irene E de Carvalho - Introduccedilatildeo aos Estudos Socieis Funoaccedilatildeo Geshytulio Vargas Rio de Janeiro 1964

]) Cacircndido Pagravedim OSB- Dclucar para um undo Novo Colo Educar para a Vida Gad 6 ~d Vozes Petroacutepolis 1965

4- Felix 1 Keesing -Introduccedilatildeo Cultural Fundo de Cultura Rio 1961

MOVHlENTO

DE EDUCACcedilAtildeO

bull DE BASE

t J

~

f

I

I f

f

t iacute (

i i

JlJIDAMIIA010 DO JlOGlAMA PARA 196

1 pu ISWVDOS SOOIAIS

12 - Ilt~t~amp Sooial

~

120 - Estrutura Social

Estrutura eacute a armaccedilatildeo alguma coisa Aquilo que sustenta um o~ ganismo um preacutedio um caminh~o Cada coisa tem sua estrutura O or~ nismo humano tem o esqueleto c~o estrutura umpreacutedio tem os funda shymentos e as vigas mestras que o~~steltam de peacutemiddot Um oarro tem o chasshysis socircbre o qual ecircle eacute montado satildeo su~ estruturas proacuteprias

Asdm tocircda a estrutura tem Uliacutela porccedil2Q de partes q~ quando se juntamformw~ um todo onde alguma coisa po~~ se sustentcr O esquele-middot to tem diversas partes assim como a estrutux~ de um preacutedio tem as pa~ tes dos alicerces e as partes do teto das colunas eto bullbullbull Podemos en tender que ~__~s~]utu_a gualltl-q~r_9uJL~s_e1sectL99teacute~ diversas J18tlU QF~das_pDra_Jorll-_-__~~_j_oi9J_~E_co_njull_t-ordmLll~un~

Que seria entatildeo uma estrutura social ~ uma estrutura que diz ~ pei to e sociedade dos homens j o modo como amples se organizrun para vi ver melhor porque ningueacutem pode viver sozinho ~ social porque se reshyfere a uma porccedilatildeo de homens a uma porccedilatildeo de grupos humanos que forshymam o IItodo ll social A sociedade humana tem uma unidade mas tem tamshybeacutem uma porccedilatildeo de Eart~~~__~~~Fj_~am de gerta forma - a estrutushyra s~oial ~ sustentanto a unidade do ~ru]o humano

Como se trata de homens as estruturos nno pocam ser materiais como as da cesa do ceminhco etc S~o estruturas pr6prias do socieda de dos homens Tem que estar marcadas com qualidedes que s~o humanas

Ora o homem tem fundomentalmente veacuterias qualidades que o disshytinguem das outras coisas a consciecircncia racional (inteligecircncia e voa tade) a liberdade a afetividade o capacida~e de oompreender as ooisas e de dar nooe a tocircdas elas ~uer dizer de dar significado que s6 valem para si e pera seus seuelhantes e a capaoidade de poder socircshybre as coisas quando ecircle te~ uma pedra ecircle pode fazer UacuteDa estntua ou picaacute-la eu pedaoinhos exerce seu poder socircbre a pedra

Entatildeo jamp podemos ver que as Estruturas Sociais tecircm que respeitar exatL1011te eSS2S quelidade pcro sereu II~CLoiaisll f quer dizer humanas bull As Estruturas Sociais tecircm que re etira

bull a oonsciecircncia racional (inteligecircncia e vontade) bull a liberdade humana bull a afetividede do homem - o CBor bull a capacidade de der significado cs coises e de comunicar ecircssee

signifioados o todos bull o exetclcio do poder humano socircbre os coisas socircbre a socictlade

e socircbre o proacuteprio homeo

Al d 4 em ~sso como o homem e teubem um ser biologieo tem todas ns

otividades e funccedilotilde~s dos secircres vivos nascer crescer comer assimishylar reproduzir-se viver um tempo a rJ0nitude e tudo isso e depois entrar num processo de rle6iJ~ccedilrt (de ) e tender para o Ilorshy

bull 1 bull

te e para o desop~recimento fiacutesico Todo ser vivo S0 distingue dos nao vivos porque eacute c~p~z de tircr do Deio 00 que vive o que lhe eacute ncoeBs~shyrio pcr~ crescer reproduzin~o-se etc Isso se chcma processo C8 ess uil~ccedilco Umo plc~t~ oS6ioile de terre os eleoontos que pr0cis pere viver Uu cnimcl cssimile do que cooe c energi neoessnric pere conti shynuer vivo Eos to~os tecirc11 UlJ lioite Qucmlo pesso c perder Dei s elo que recebe oOlleccedilc e envelhecer caihe pcrc e norte As cstruturcs dos ogrupcoentos hUDC~10S teu que levcr lsso ao conto Teu que conJuoacutecr esshyScs funccedilotildees que sco ele tocvs os socircrcs vivos cou aquelcs opcoiddcs e quelidedea que vinos cclm que s~o sonento dos hOilns

Vimos o que es estrutures socieis ~ecirc11 que respeitor nessas elois plnoss o dcs quliccdes e o eles concliccedilocs bioloacutegiccs co honen l~s 1fi so n~o existe sopcrcdo une cois leacute outro cqui ~is~o jUl_to nUllc uc S11[ pc s soe nU2~ oe suo grupo h1lt2cno ~e_00 BeSIDO tO_DpO

Por isso tGl~lOS quo ver dU2s coisos I

lQ o que sustente os estrutur~s soci~is e 2Q cs f0I11CS COC esscs cstruturcs nos ercccD

ViDOS que ampss~s estrutures quo nos referimos sco hummcs 1=C8 nei

por isso sco tocircdes bocs tocircdcs respcitcndo e ncturezc do sor h~cno Sendo ecircssim eacute necesseacuterio U1 trcblho quo torne os homens conscientes disso pcrc que tocircelc sue cccedilco sej~ nU11 sentido de oelhorcr Ccel~ vez Jds cs estrutures da sociedede eu Que viv~ ~es jeacute existeu une porccedilatildeo de normcs vclocircres costUECS que tecircd vigencie n~ sociodede dos horHms e -~ ----shyque ~J~r21l_ ltlu9JS__ilJ3_~ll_tsH ~or que isso Porque c socieccele dos homens nco pode ser sustentcdo so pels coisns mteri~iB ~ es nor mcs os vclocircres os costuues s~o escolhidos e adotccos pele socieccecircoshydos homens como moios ele regulcr atildeuuml~id~--Socicl Elcs representcn une ctucccedilecirco do liberdcde huwcnc quer eizer os homens escolherauacuteln~s ~--r si livremente Entre~cnto esscs norucs ecircsses costunes ecircsses velores p8rlmccen nc sociedcde e Jlui tcs v~zes o que ore bOD nUD dotorJincdo tenpo deixe de sar bom ombore continue existindo Entco ca nornes e Vf l ores pcsscn c ser elenc1tos de opressco pcr o houm ou pcrc gru-A shy

pos de houens nUDc sociedade ~ por isso que se deve tor consciecircncic bG~ clcrc pera reconhecer se as no~~cs e vclocircres que regulcu nosso co~ port~uento sociel s~o cindc v~lidcs ~rc o hOBen quo vive nos nossos shyteuumlpos Se foreu vGlides devo~ ser canservcdas se nco foroI v~lidcSt dev~ratildeo ser uuelaelos Esscs focircrccediles os-cecirco contielcs DCis dirotmn-e nos volores Vcjcuos cOrJa ccde una poC~e sor explicndc

bull Velres go~ sectsc_oJhjf28-2~_y_c~-S_[ti tude dos ho~ Po shydeu ficcr atuando conscionteuonte ou inconscientenonte Por eXI A2or os pcds e os filhos b U11 velar ser livre pcr fzor o qUe quisor t outro vclori respei tcr os outros eacute tcDboacuten uu vecirclor Isso tudo vei eshyrecer ctrcveacutes dos costunes o norl~S que e socicdcampe edotc As ciforenshy

ccedilcs ent re 61 Sco epencs de Groducccedilco

2

bull COS~1luos -UodO__Cplusmn9 qgi_r socialuollte a$r2a(9J3bull Ouando un houou vai a escola ele so oouporta de un Dedo proprlO Quando vaJ a una fasta se couporta de outro Dodo Se fala coo sou pai se cODport2 de Dodo diferente daquele co que fal COrl sou filho Os costVlOS sao diferentes para cada ocasi~o

bull Nornos satildeo os [s~-os l9cos de couportmlOnto s9cisJ -oloS jaacute totDh Dente acoitos e que s~o onsinotos na sociedade CODO coisas a sorCD obshy

S t b tIscrvados WllS rlglCLanOl1 t e ao 11ecessarJcnon e o rJg~ OZJcs

A N

bull COlltE9le Soc~ S_gur(L~EJ_todo Gc obser~l9]_~9lltl9_Qbs9d~ ci~o t~cloJs-o~~JJ_c1Lo_G~b_9J_~eido Se algueu nao so COi~)Orta do acordo 001 ~s costuDCS o as noruas da sociedade vai sofrer pw~iccediloos o repreensotildees por parto elos outros clowmtos de sou grupo COD isso so estabelece U~1 controcirclellsocialll socircbre as occedilotildees do cce~e l)0SS0a do eashy

1o grupo Acuzor le oprovcccediloos e Danoresa e ~uor reprovcccedilouumls DelOi~()S ou t d - - 4 ADonIor~e o lpO 0 accedilao eS~lvor nalS ou nenos ~C aoorao cou o que a

sociedade esporava

~9G~~qt Oacute ULl tipo do controcircle social Iluito rfoido quo a socioshydcde iwpoe lli~la pOSS02 ou c gruo social

1Qi e um norDO- sociel tlrl conportaocmto que o oXiglCO de toshy

dos e quo qUffi1do nco 2coito provoca una coerccedilco Duito forte Essa IpUl1lCcedillO que pOCcC scr nora1 Jls~ce ou s~np1csnon c 1 t Ja c ~ t socJe 0 t c

r1incda antcriorIente Quor cizer se alguoacuteo rouba elevo sor Plli1ido se De ta devuuml ser puYlIacuteclo co~ pris2o etc bullbullbull

N _0 1 ( f tmiddot 1_oR 1 e uacuteora aquJ nos rc cr~~os epencs ao ccro er sooJ[bull liacute3~aO bd c Ro1 -tO o ae --lore 11[0 e une so rc a ) ocos ~ ~glCO ~ 1 AI T osCOl1Slceraccedilao 10

grupos huncnos tecircn Jcnifcs-ccccedilotildeos religioscs quer clizr aquolas que expresscn sues rolaccedilotildees COl1 Daus ou COD as coiscs clivines 11 goraleecirc

t - hl ft r8 Ilcn~lOS eccediloes CLlzer reS~Ol to cS reaccediloGs quo o grupo Ullc10 tO~middot_l cshyAo _ N bull A

ce a clgu1S fenonenos quo 1CO sao totalncnte conpreenslvels llcrc ele c lJorte c vida futur r sue Oi~iber2 o oal etc Vejrlos quel o difeshyrenccedila entro at_o reli1ii~0 e ato-Boral

a) ite l1eligioso eacute cc~UGlG que 0xpressc clerarG~1to llileacute_ relaccedil3o 001 Deus ou C 01 cs coisas sagi~acles Por ex uissa sacr2rJentos etc

b) L-co _oral eacute x-qllo1e quo oxpresse 1m julCecircc r to socircbro as coi ses que) hOG faz sobre sou relccionlt1uonto C 011 os outros ho~oacutensPor

tb eXI eJuccr os ou ros uacute OE rOUJer e lleU odler o prox~Jo c DaU

Uui tes vocirczos as coisas dc ~kligiecirco c da lorc-l S20 loios do controcirc la sociel OOSDO eto poclo sor entendido de diversas =aneircs Aju der UIl aligo pode sor entl1CILlo cl0 trecircs fornas diforcntos eacute Ul ato re ligi2sectQ onqucnto oxprossc Linha oC-ridrdo emquento vejo n010 rum iJashygcn de D01S eacute t2lbOacuteIl UIl ~to_~O_l~ porquo Oacute llilU coise boe Oacute ainoo ur oto suumlnJ10~te social porquo u aprovcdo pEle sociud0o o quo vivo

Tocircclos ostcs coisos sOcirco os fUl1dC-r0ntos de estruture sociul Porque nalas eacute quo o houo= =ostra sues qualidadus~o hODon diforonto [cs coishy

sos nateriois e sLrplesnente viVos

PoCLenos ver cgora cs forncs 01 CcedilU8 se expressarl estcs ostrutushyros

Ateacute aqui ViDOS brevemonte C01) os grupos sooiais satildeo sustCltadOS por vlocircres nOrcics cos tUJes etc odOl1OS prcstor ctGnccedilecirco e not-r quo os forlJCs os que ecircstos grupos nos eporeceJ no soci0d~de so limito vr ricdcs

Os tipos de grupos que se for~a~ nc sociedcde s~o b~sioc~8nte =l bull bull ~ bullCOiSf o grupo prJjj~rJo G o grupo secunuacutecrJo

O grupo pruumll~rio te-] es sGuintes c-rcoteriacutesticosl

AS pEssocs to proaGcs o se oon eeeD CEl t ocos os seusbull VJ vou nuJ h J

cspectos Convivea li fece c fece 11 Seu relocioneLlGnto inplicc foiccedilOcirco e conpreens~o e ou gerol h~ inti~i~cdc ontro si Isto podo se dcr especiclmentG no L~iacutelia nos grupos do cdgos nosossoeicccedilotildecs poqusect

- 1ncs e olguL1CS vezes eu grcndes cssocJcCcedilOGS DCS COD cpencs c guns uGabros que se tornares ouigos

A ~ ftI bull ibull As rclcccedilotildees cconocircDiccs c11 tIO cc s tE grupo nco sco cs T1CJ S ~1 N ---_- ~

portcntos Nem as relcccedilotildecs de orgc1izcccedilGo ou de poder de docisro l~Q -shy11a U~c bscelc ele qucm pocle ter Deis ou nonos cutoridede

bull As rol2ccedilotildees entre seus lJcbros s3o ele cCreacuteter cssoeir-tivo c tacirc1 senpra UilC fin~lielcdo detuumlrDinCd~ Potu SOl u~~ cssocicccedil~o eOD 1Jn6 lucrctivos etc Poclo ser tc-uumlbOacuteTl ULlC essocicccedilGO porC L1uumllhor conseGuir defender os diroitos de seus Doubros CODO UD sindic~to UD pCrtido poliacutetico uu centro social etc

y IV

bull As relcccedilocs sco cordicis DCS nlt1O sco Jntincs O rclccionCIlOushyto eacute regulado mois pelo finclidccc que os uuumlnbros busccm no grupo que pelo nmizcele ou 010iccedil20 que tecircD~tre si Haacute necircste grupo liDe s~rie Qe nOrLlOS de couportcuen to que regulau as cccedilotildees des pessoos conforne o popel que exerceD no grupo UD eacute o presidente outro eacute o contcdoroushytro o vuumlndodor outro o secreteacuterio de UD sindiccto UDa pessoo pode ser Ul eluno e outrc o professor Cnda qual tem seu conportclCnto eleshyteruincdo pela ncturezo do grupo E a finclidcde do grupo senpre sereacute olccnccedilcde nc medidc 811 que os papeacuteis forei Llelhor executcdos

Os grupos priLl~rios e secuncl~rios podeu ~pnreoer nc sociodcele dns - dmiddot f U f 1middot t UCJS Jverses Orcics UC CLiJ Jc soro por nc urezc UL1 grupo prJ~lcrJo

oom UD relecioncuento iacutentino entre seus eotlponentesEos ele poderaacute ser gronde propriet~rie ele u~c feacutebrica ou de usa f~zendc G por isso c presenter t~beacuteD relcccedilotildees que sno proacuteprios ele u~ grupo secunceacuterioco

bull 4 bull

ffinclid~ecircLe lucrCtivo De Dado quo f qu~lCiuer sopereccedilco que nos eCcedilClOS te~ seDp~e une finclidcde c de cstudcr ~elhor os estruturas de ccdc grupo~ nco quer dizer quo oles soacute podou eperocer cssi~ Nc reolidedcf cs relcccedilotildees ossin CODO os grupos se cruZou forucndo UD con~lcxo 62 c1c1 tste conp1exo soc1a1 pcrc ser cOL1preonc~ido tO~l quo ser estucLf do por pcrtos tl2S CSScs pcrtos diflcilncnte existcu iso1cdcs nc roeshylidcdc CODO noacutes cs considereDos qucndo oS estudaDOS Por isSOVCLlOS o~leliser cl~Dos desscs for]c8 c_o cD~recij]ento dos grupos socieis sou pc-nscr que eles soacute pode existir essin nato soreacute apenos uu Dodo de estuceacutelos Aineacuteto oqui fClenos dcs foru2s e~ que cs ostruturcs cpc shyrecou

l FAI=1LIA

c Ul1 dos 110dos wds ioportcntes de existecircncic socicl e o L1cis eecirc tude~o por todos os que queron oo~hGcer bOD cs sooiodades ou quo vishyvm ~ U-l grupo prilloacuterio por noturoze A convivecircncic eacute nui to ntine entre todos os seus nembros porque vive~ nc DeSDo cesc 002e~ e ues-De Des e pcS8r grcnde pcrte do teDpo de vide juntos Crio-s0 Ull re shy1coioncwnto afetivo tlUito intenso mtrc os seus ueubros A iuportcnshycio de fewiacutelio se fez cede vez neiar porque ele de8eupenhc 00 DeSUO tenpo ~c porccedil~o dcs funccedilotildees sooieis que s~o deseupenhcdcs ne sociede de pelos grupos Bciores Por exe2plo UDC pessoe se socialize ctrov~ de escole e de seu relccionclento cOL os outros ucs esse socieliz shyccedilOcirco teu iniacuteci) nc fcriacutelio desde que esse pessoc~ nesce

Une possoc so integre no contoxto culturcl de sue cOL1unidcdceshytrcveacutes de sue fcniacutelic que vive necircsse contexto e pode exercor por sou intcrueacutedio Uiacutelr etiviclcde lucretivc ospoclfic~-~Dente econocircnicc f do 11081]0 Liodo cono c exerceria en UD2 reacutebricc ou nuna eDpr~se Por isso tudo c fcuiacuteliG eacute o grupo sociel [is ostudcdo ~ nele quo so processhyso de 1uumldo reconhecido COrlO legiacute tiDO erquose tocircdcs Cs sociodecos o perpe ueccedileo b A 1 Mt )~cc eSJ0cJe huntnc cono SOl JO106Jco egJmiddottmiddotJlfCcedilCO co ~

-to sexucl UJ cto que onponhc 11is lntLlcJ-entemiddot ccdc pJssoc Uuml reco nhecidc univorscL18nte qundo rolizcc1o 11 fc11ic ou eLl fU~1CcedilO de foul1ia bull

____debull FOrDcs -___FClio - En corcltogt costum-se dizer que c fc11ic tew duos fo~Jcs pril1cipois - a rcl~CcedilljIrextel~ pctricrceacutel ou Betricrcc1 e ~ f~~lliCcedilc_nu_cJ9_9 consti tUldc so de pois e filhos

li sociodcdo brcsiloirc h~ eindo u l[lor nuacutenero do foillics poshytricrccis quer dizer ccei tcndo norer juntos filhos e nores filh--s e genros netos e sobrinhos i=cs Q processo de urbenizcccedilno c conoonshytrcccedilecirco e UL Ilc1or ~1UacuterlOrO de pessocs ncs cidcdes grcndos vci torncndo ced vez rmis difiacutecil esse forne de existocircnoic forli1icr O quo se vci tornondo noi s oorlUD eacute a forne de fcxiacutelic nuoleor onde soacute pcis e filho Dorau juntos E onde o relfoioncnonto ofetivo ficc rostri to o UIl mtti2 ro nenor de pessocs

Eu outrcs sociedccles heacute Qutrcs fJriles de fcniacutelics f onde u howr pcde ter ducs ou cci s mulheres ondo uJC rJulher pode ter lcis de UD

5

condicioncdo pelo rlodo do vide qU0Lcrido Tudo isso b detorrlincc1o ou 1 ~ plc si e pelos neios elo subsist~n l esses grupos cdotcrllo cono vr ~CioS

oic lueuro podeu conseguir

- d~ ~~l~bull Fu~~_lt~j-_~__~ bull c gcrcccedilco dos filhos

bull l sctisfoccedilco 6000ion01 f soxucl e cfctivll bull c educcccedilecirco c soCiclizcccedilco cos filhos bull o ccul turcccedileo quer cli zor cdcptc~r seus Ilonbro S cul turc

locc~ li( bull funccediltio recrectiva - ht sooicdcdos ondo e recrecccediloo 0 funccedileacuteo exclusivc da f~llic funccedilco econocirc=lica quondo de estruture fCtlilier depende c subsistecircncio e c o nOcirci i cc do grupo

(Ver c ecircstuacute respeito clgui livro de An~ro~olog~o e~peciolllen te RLinton O honen Uno Introduccedilco o Soc~olog~e)

2 COLU1HD1DE

t uma dos formas nais OODunS eil que cpcreeen os grupos socicismiddot e no que1 cs estruturos 600iois sco ll~ds faacuteceis de sareo estudedcs

A conunidcde cOlpreende e11 gerol UD grupo huucno bcsknte grcnde onde tocircdes es funccedilotildees de vide hunano eco exeroidos eu eonjunto eonecirce tocircdes cs neoessidodes encontrcn seus grcus de setistcccedilatildeo rics esscs fun ccedilocirces e nec0ssidado8 satildeo li~itcdos pelo aacuteroo geograacutefico onde o grupo vi vo

Assiu Urla cOLlunidode tCl wa QQlJiBJlroccedil~o fJ~ de~erlinCcle ~e1c lrcc onde eI 80 encontrDbull Isso e IacuteLlportcnte porque e de croo gcograf1shyo~ que deveratildeo seir os recursos oteriois pera o subsistecircncia do grupo UJlC couunidode que vive no 110io ruroI teu uoios de vide buumlrl diversos do quo uuo couuni(lDde que vive nml 1oio urbno jaacute bnstonto qesonvolvidoOe l7l0i08 de cOJuniccccedil[o o a1inm toccedilco e os lodos de conportononto vcrico

f d foon orue cs con Jccediloos geogrc ~c~s ce croo

Do meSIlO Joco [ cOlUnidod~ ter6 UIC contizuraccedilco pzicol_ampii~ Sous 171odos de ogir e sucs otitudes VcO vcricr conforne o pcdrco do oultura que o oonunidodc clconccedilou Nuna couunidodo conscientizedo o oepcz de on01isor tocircdcs os condiccedilotildees eJ que vivo c otitude dos grupos huncnos que o consti tuen sGrt de occedilco trmsfoZrcdoro o de JlcIhorio ecdo voz tclor Une couunidede 01 que nco haacute UBo oti tude de maacutelise de SUos condiccedilotildees t eLl que tudo ( ooeito de nodo possivo cma U1lo visco confornista n210 12 dern progredir Duito neu ter otitudes de Dudanccedilos pera nolhoror sua situcccedilatildeo

Nu~a couunidede existeu tocircdos as funccedilotildees nocessaacuterios ~ vida de Utl grupo hUlno P-1guucs dessos funccedilotildees podem ser l1Cis desenvolvidas que outrce ocs tocircdcs elce cpnrcoen de olguuuml Bodo An~lisaoos c seguiral guucs das funccedilotildees Deis iDportc~tes

c) Fun~no econocircmioc - t ~quelc que provecirc os reoursos uatericis do

6

~ grupo o que ecircle pode produzir e o que pode oonsumir assim como os mQ

dos como estas coisas satildeo distribuidas entre o grupo

b) FunSatildeo ~01Jti2~ Consiste no exerooiocirc do poder atra~es das vashyrias formas de autoridade criadas pelas sooiedades no sent1do de 2e manterem integradas e de decidirem seus pr6prios caminhos A fun9~0 PQ liacutetica exercida diretamente em assembleacuteias ou indiretamente atraves de Dampndatos faz Damprte da or~aniza~atildeo de qualQuer grupo humano que define

J Cgt S 1 ti 1 -tipos de coaccedilatildeo do puniccedilco forDQs te prrtioipaccediloo P2 1 00 esoc 0

UC cutoridcde obrigctoriedcde de ouopriilento de dec~soeSt oeios de d~ finir e clconccediler o bem COOUD

c) Etgl9atildeo--LelJAtildei~o~ - n a que reflete os modos como as pessoas da co~mnid8de se relccionam COLel Deus e COLl as coisas divinas Eu f)eralas funccedilotildees reli0iosas satildeo necessaacuterias para o equiliacutebrio emoc~onal do grushypo hu~ampnot porque trazem uma certa tranquilidade em relaccedilao a al3UUo problemas que nunca encontram resJostas adequadas oomo os da mortedo mal da origem do homem os da vid~ futura etc Qu~ndo as fth~ccedilotildees reshyliGiosas s~o bem coupreendidas e beuuml vividas pelo grupo pode-se dizer que haacute uma autenticidecle religiosa na comunidade Quando poreacutem h~ eshyxogecircro de crenccedilas e ri tuais a vivecircncia do grupo se torna quase irrashycional Isso pode Dconteeer com qualquer religiatildeo que natildeo seja bem coll preendide (Ver socircbre isto e eYlicaccedil~o referente a NEB e Igreja no Documento wJB sua Origem sua lLccedilatildeo e seu Conteuacutedo~ assim cono euro par te socircbre struturas de Igreja Consultar tembeacutem o livro Sociologia l~eligiosa Alain Birou)

d) Funccedilatildeo J~cr_e-ftiva - Compreende as atividcdes de lazer que se e xercem em tempos illliS ou menos deteriacuteLlinados pelos grupos huwcnos ltu~D tribo de iacutendios a luta pode ser um~ recreaccedilatildeo Nume cidade grcndevoi se ao cinema jogc-se cartas passeia-se Nas comunidades rurais hl muitos jogos muitas festos~ cede comunidade tem suas festas tpicas Jecrecccedilatildeo nco eacute soacute agrave ctivid[~de dcs cricnccedilcs embora sejam cs crianccedilcs que por nCtureza necossi tem meis de recrccccedilEo Tocircda comunidDde tem esshytruturcs recreativcs e de simples l~zer Bordar e fezer cestos pode 001

shyuma funccedilao economicaA

t m~s pode serrecreativa tambem UjJ~ festa reli giosa pode ter sue funccedilatildeo religioso e pOde ter tcmbeacutem uma funmiddotccedilatildeo reshycrectiva Como dissemos antes tudo se cruza nD recUumlidade s6 seporo mos as coisas por~ poder estud~-lCs molhor

e) unccediluuml2 cs_lg_cJ9tJXE - ti exercid p~rc satisfozer cs necessidcltles de ~ssocicccedilao quo o hOiuem tel numa cOllunidode Assim embora o fCJi1lin

I bullAseJa o grupo pr111C 1 pC ejl quo quese todcs s funccediloes necesserJos para a vide humano s~o exercidas haacute necessid~de de outros tipos de grupos para ~lgumas funccedilotildees especiacuteficas numa comunidade Por exemplo um sinw

dicato represente c necessidcde de cssocicccedilatildeo de um grupo profissional pcra melhor exercer sua profiss~o e ser melhor compreendido pelos oushytros grupos Pode hover sindic~tos de poscadores de levrndoacuteres de 0shyper~rios etc 1as h~ outros tipos de associaccedilic O Partido Poltioo um formo de associaccedilao que existe nV1ilC cOLlunidcde p[ro que osgrupoe possam pcrticipar orgcnizcdmonte do poc~er H~ partidos que represen shytCill certcs closses sociais e ou~ros representam outras classes ooda qucl busccudo reclizcr melhor 6elS c r-rocircsses H~ tcmbeacutem cssooinccedilotildees

bull 7 bull

de tipo econ3uico 8 com fins lucr~tivos como um~ socied~de coserci~l que cmprc e vende cGrtcs IlGrc~doris HG sociedcdes industri-is que rGunem grende nuacutemero cc pessocs pcrc produzir eu conjunto outre-s lHrc~ dorics

Reacute cindl muitos outrcs funccedilotildees nUj~c oomunidcde hu]~nc sej elo grcnde ou pequenc =[8 pcrr noacutes ~=~j3 uuumlc coisc deve ficr nui to clarrbull rcocircctcs cs comunidcuos COB sues funccedilotildees soacute tecircu sentido o devoi1 SOl re~ p8itcdcs ellqunto 80 rcClIlCl1te moios elo roliz~ccedilecirco huwcmc Dosdo que qu~lqucr um delcs sejc utilizede pcre oprimir o hocet1 perdo sou scmshytido e lt1ev0 ser DUC1ccbull

Pode-s pOl~u1-cr CgtO inci02 ~ Isroje- eooo instituiccedileacuteo divinc podo se enqucdrcr e~ deterDin~ds estrutures 80 ela oo~portc da fcto

bull ~clQluc ostruturccedil~o TIll que mediclc isso lJ10 eacute neeoss[r~o em que mouJ_ da isso lhe 6 projuQici~

TerJOs que notcr du~s COi88 funCCilGeacutetaisl

e) L Ierejc uuml U- cO~UL1iiacutelcluuml 0spiri tucl de toclos [qu~les que ( crec1i kl1 1 rtevolcccedilOtildeo ( n Ruumlconccedilo pelo Cristo

b) A Icreje existe pelos hono~s -c os homens 0 deve rospeitcr rs exigecircC1Cis que n--turozo co homen pede prc SU2 rc~~lizc ccedilco A pclcvrc conunic~c1e cqui ~8iil UIil sontido diferente do que foi usado cntes Uscuos o tecircriJO _c2~mnidcde de 11ftcjccgoshyrc nun s0~1tido lis espiri tU[Uuml do qu socicl

COIO ume co~nn~idcde visiacutevel enccrncde no mundo c Igrcjc te) sue estrutur[~ juriacuteCico como outrcs cOLlulliddes N8ste sentido ele ~ susceptJvel de Llucl1ccedilcs c progresso Do mcsmo modocomo Ur1C estrutura huruumlenc perd0 sue rczso de scr QuC1do nco fcci1i te c ro-lizcccedilo de pe880c ssim tc~1l6m urc Qstrutur de Isrejc pode suumlrder sue razeo de ser se n2o fccili ter [~ corauniccccedil~o (1 Grcccedilc de pcl-vre de Deus Erl 0E trs pclvrcs COiO 8 estrutures hllLl1CS progridem OOL o desenvolvi I1~l1to G SD tornelU Bcis couplexcs pcr~ e~orceuro)r deter1l1in~dcs funccedilotildees o ctrcler cqueles CUOi e1-s sc dostin-m U1 estruture 19rojo enshyqucnto org~nizcccedil~o 11u11-11o pode scr iIoc1ificdc desde lU8 seje p~ro UGshy

lhor cOLlunic-r o q1hJ Deus quis

-8) eacute e- rz3o ce 8U origeu e nCturczC que c Igre ja difere dcs oumiddot-r - b o 1 bull gt 1 hi gt bull Q cormnJ5clES bull Gm or~ seJc Ui~ COLlU1JCQO VJSJVQ e rerquJOc e U1 orgl1Iacutez-CcedilCO Iacutelsti tuid por Cristo coa sUJS funccedilotildees S1L estruture e os poeacuteteres qU8 - 1 pertences iNc lU essecircncie mcis profundc c 19rcj- eacute - preSOllccedil puacuterune11to nc qU~cro de Histoacuteric do rmndo do vershybo do Daus foito HOlcm Dl 6 co~cratizc9~o histoacuteria~ d~ vontcdo scl vlfiac de Deus coluniacdc ctrovoacutes (10 Cristo (Kerl RchllGr lIission ct Grcce vol 11 Serviteurs eacutetu PeulJ10 c10 ])iou EJlIE 20 eacuted Fcnae 1 963 p 30)

8 bull

~- ~

AleacuteJl do que jeacute vinos devel2Os tontCr fazcr couumlpreonder OOL nos shyscs cmlos aue stem outrs forws cuuml ostruturcs socie_i8 e que c 10shy

(lida Cl que middotumc socie proJride esscs foril2s v~o so nul ti~lic_ndo e se tornendo meis coraplexos Por isso 6 que ume pessoc de zonr rurcl do pis qundo vem c urde cidde gr-nco fio onbcreccediled Porque ele nco conhoce tocircdcs cs forucs de rGlcioncL~el1to que ooucle comniCrce u~- ~ bcn2 utilize iil V0J UJ 10io 1i8 sirples e cujcs cstruturcs sco

bull bullbull - bull AI

rec~uzuumlcs c 3ruj)os pri1rJos frJIJ-res ou c cssocJccedilocs e grupos ss cur~eacuterios k beacutem Dui to sLlples 111 tr buumlho de conscientizcccedilao deve 12 vr e8SCS pessos c id6ic ce que I lJor L1cis couumlp1ic[dc que sojo Ule

ht L 8ocicl f c so rczeo do S8 lor ccuse ClO bullbulle S ru vur ~ prollrJo OlCrlCJ I i 1 N

que nln~10L1 se (leve eLlbcr~ccedilcdo so porque n~o conhGce 08 no os de rcl-ciolLwnto saciel que outrcs cOE112lidcdes ou outrcs roiotildees utishylizou Ucvuuml-se insistir lUi to nisso o honml ~ o il8SO c quclqucr cir

shyCU~1stmiddotncic v~rie 8 fCJrufs de G Stl~turcccedil~o soci1 porque ho concenshyt ~ - h tmiddotrcccedilocs eLE seres hU2110S que necossl te~ ltlesscs releccediloes uCs no11 ua l

po eacutee ruumllccedil2o por _i8 cOilplec clue soje fcz que un hOL18~ S0je IlC lhor ~o que outro soacute porque es conhece ou porque vive nUDe couunidcdc

t I A i d QU0 cs (no odcs -8 pessos teu quo ter conso encJc Jsso p2rc ev~

tr ju~tecate c fOln-Ccedileo de prcco1coito8 de cl2s8-t do ScscZ cc k~jlo_l_~IacuteJOecirc rCcici S e te que sGo outrcs foDfs__dQ dqiIs_tccedilfo~ ilo l~Wlcsect ~s1rltprcss9cicisJ NenhuLlc deles eeve prcvcleccr sobro Cucl qUGr hOlllem quer sejc cle Ulll meio onele 018 sejc1 311p1es qUGr soj de m meio oi1clo Glcs sejeu Ilui to COi2plocs A uacutenico coise que deve p4cva 1cer SLpre eacute o hOneil - c pessoc hUllc nc - socircbre quclquor tipo de estruture

Vewos tenter colooCr - lgullCS expliccccedilotildees socircbro ccdc UDi cessas outrcs forD1cs

1ordm- CL~_SSbS SOCIAIS sco constituGcs por grupos de pessocs quo t de 1 tGil C mesmc 81 - os DOSDO TIOLOSmcnelrc gere ucccedileo coonO~1cct de

couportcmento) 00 11eSLlOS veacutelocircres uuml que por isso cdquircHl o que s) chc_ Inc CJlluJonte de consci~1cic de c1csse ll bull Tecircn c consciG1cie de este reu n~ llleSDC si tucccedil3o e por isso COfClcO o CSLlO tipo elo vide pr- seu grupo estebuacutel~c01do diferenccedilcs IIncturcis ll 01 relcccedilecirco outros grupos Ponsem que c socieccde hUl1cne SOacute cl0V se equilibreI de Uil cetOIinedo uoltlo onde ecircles encontrou 1l1tiC de te r=i ndc posiccedilecirco bm1 2ssegureda Ass1rl h

CJverscS expressoes de consciGncJc de clcsse ~ c d~~ clcss( 1ctJftm shyci~rie de clcsse dos grandes inuumlstriis [1 de Cl~8SE) 0cli e cc clcsSG oper~r1c e d~ clcsSG c~]onesc etc

Ccde um delcs poue penscr quo ~~ sociedcce hUll[na devic so orzcshynizcr Qostc~ ou cl[-~uelr fornc o cuo cssL] lhes ccbari ost ou oquolc i 1 ~por~ CJe ness~ orG~nJzccediloo de s~ciodeacuteo co~ 80 Qed~ c oSSC oxshy

presse os itGrecircssos Que ten p-re si c fcz ~c lIideologie quo pcesc c (~ofonder Cm~J jeacute viJos cs clesSGS secirco t-beacuten cstrutures socieia c

nosso i n t oresse dove ser c prooccedilco do honer e no dcs estruturiS Esso ~ -

prouoccedilo sereacute ccd vez uuacutelhol conforue focircr nais pernitiltlo Co cfirlcccedilco do homeo eu quclquor tipo de es~ruturc ~ste prob1eno ~ bostente CODshy

9

i

bull

bull

bull

p1oxo o quo estaacute aqui 1130 cliz tudo por Qster ooloc[1oo do lDC forutl rlui to siLp1ificede Perc u~ l~oiacuteor aprofundor1onto ver o bib1iogrofic oi t~dc

2ordm - CLSJIA SOCILL b tebbn UL rgrupaLcnto hUleno c orl 08 ~G sms c onotcccedilatildeos cn tcriores Ipeuacutecs Ci8 cgrcvodo pelo fochcccnto do grupo os re1cccedilfio a outros grupos U~o custe so focha por ~otivos do proconshyceitos reli~iosos raciais culturais etc Nio perDito ~ ontrada do outros eloD2ntcs f noo une nobilieacuteeco el0 seus Dembros pcr] o~tros grushypos Tcm U2- i20010gie 1Uito 1iacutes clure c iLluteacutevel ILUi tas VOZ0S una ccst eacute ur~ [leio que cortos grupos utiliacutezaIl pcgtro dofondore~ seus inte shyressos e suc~ possibiliccdo co clOlinor outros grupos C o ccso dos C08shy

ts-s nince o1iacutesteytes 02 cortos piacuteses que diacuteviacutecleuroc o povo e-2 rgtcrce1as t2-0 diacutestintes que nunc2 se pode pssr de w c outrc

3ordm - PlCcedilAs eacute c diacuteferonciacutecccedil3o que se oncontre nos grupos huucnos provenilmtes de corccteres 0sscncisl0nte bioloacutegicos AssL1 os negros f

- t OS b rncos CLlClr0 1os sco os ros grupos rcc~s~s L1cJS ov~conliOS no 60shyciededo elos hOl0ns ~ diforo~l2 eacute soacute bioloacutegica quenco se flo do roccedilc seu ter nonhuLlc outrc cOl1sequolciacutee cul turol ou intcluumlcmiddot~u[l porc c posshysoc U~ nogro oueriocno vivoric os TlOSDOS pcelrotildees cu1turois c-oriccnos (nO) focircsse [ sogr8goccedilro r2-ciol) COlO quolqucr chinecircs (roccedila mcrolc)quo se intogresse nc vido c~oriccno

4ordm - GRUPOS uacuteTNICOS secirco tcllboacuteu Dados de vivecircncic sooic1 ondo 80

eC011tucn osvO ciacutecluonto clcuns c OS-(ULlG S ( norurs de ccr5ter icis cultushyre1 r0l2oiondos 001 c 1 iacute11[11 c COStUL~OS rogionoiacutes tipos fiacutesicos (10shy

tar~in2dos por conCiccedilotildeos do 01i~e do rogiecirco gcogr~ficc etc AssiD UDe clc1oio elo pescodores no norte da A1cnanhc tcm ccroctorCsticcs bo eacuteivorscs 00 u1 2lcloic elo )(scc(o1os no nordesto elo Brnsi1 ULl DOVO de urm rogiecirco couo c 111(ia to_ eer2cteristicos divorscs dos DOVOS rqo~ e crlOriccnos cborc n2o sejol reccedilcs ciferentes As (~ifcr~l1ccedilcs 1120 SOO

b l + I SO ~o o~Jcos ~as vB2bcu cu1turaJs

BIBLIOGBLIL PRi1 LPROFmDL=

1 R Linton - O Une Ii1tlOC~UCcedil20 agrave Sooiologia Livreric Lartins SA s2o Paulo bull

2 A Igro ja Conciacutelio Vctic2-TIO lI Consti tuiccedilco Dog_Gtica LUoacutelon Gcntiml Doc Ponto 149 Jcitocircra Vozes Petroacutepolis 1965

3 Kar1 cmler - I~issco e Grcccediln II Vale Funccedilotildees e Estceacute-os cc Vic~c no Igroja - Dditocircra VOZ8S Petroacutepolis 1965

4 Alcin Eirou - Sociologia noli~ioso Duas Cid2-des satildeo Paulo

bull 10 bull

~~J~~ gt

I I) t

I

MOVnIiacutemTO

DE

EDUCACcedilAtildeO

DE

BASE

FUNDAMENTA ccedil Atilde O

DO PROGRAMA PARA 1965 li parte bull ESTUDOS SOCIAIS

15 Subdesenvolvimento e Desenvolvimento

middot J

1 SUBDESEIlYOLVnlENTO E DESElfVOLVIllENTO

nA humanidade cresce ragravepidamente todo o mundo o sabe mas poucos

homens tecircm consciecircncia da rapidez decircste progresso e-poucos tambeacutem satildeo

os angustiados pelas conclusotildees que- d~ste fato se deveria tirarn(Lebret

Suiciacutedio ou Sobrevivecircncia do Ocidente Duas Cidades S Pau101960p22)

O problema que a humanidade tem que resolver eacute o da pr05ramaccedilatildeo

humana conjunta atendendo a cada pessoa a cada comunidade a cada reshy

giatildeo a cada paiacutes ~ necessaacuterio dar uma resposta precisa a cada homem

enquanto pessoa e enquanto membro de uma sociedade No caso dos pa~ses

subdesenvolvidos essa resposta natildeo poderaacute ser dada a altura se natildeo veu

cermos alguns problemas do subdesenvolvimento Ou melhor esta resposta

natildeo seraacute dada se natildeo houver uma modificaccedilatildeo grande de estruturas de ~

talidades de valocircres bullbullbull de tal forma que todos os homens e cad~ homem

sejam reconhecidos como sujeitos~

Diante disso tudo poder-se-ia perguntar mas o que eacute o subdesen shy

volvimento o que o caracteriacuteza Em um sentido lato poder-se-ia denominar

de subdesenvolvidos os paiacuteses atrasados lIas isso eacute muito vago Preferi shy

mos dizer entatildeo que o que determina o subdesenvolvimento eacute sobretudo

uma grande complexidade de problemas dificultando a melhoria do niacutevel

de vida e a promoccedilatildeo do homem como pessoa sobretudo nas camadas mais P2

bres e necessit~das da populaccedilatildeo Essa complexidade eacute talvez uma das ca~

sas que mais dificulta um paiacutes atingir um certo niacutevel de desenvolvimento~

Como veremos a sebUir natildeo eacute resolvendo problemas isolados ou mais imedishy

atos que chegamos a superar o subdesenvolvimento Como eacute sabido ecircsse pr~

cesso de superaccedilatildeo tem eXigecircncias especiais que precisam ser ordenadas

hierarquizadas e planejadas Com efeito o subdesenvolvimento eacute caracteshy

rizado por vaacuterios fatocircres ou problemas que dificultam a plena realizaccedilatildeo

do homem e da comunidade onde ecircle vive

2 ALGU1IAS C-lRACTERtSTICAS DO SUBDESElTVOLVI1IENTO

21 Dependecircncia sconocircmica - Uma das caracteriacutesticas mais marcantes do su~

desenvolvimento eacute a dependecircncia econocircmica Sem um miacutenimo de autonomia eshy

conocircmica eacute ilusoacuterio falar-se de atunomia cultural e de certa ormat~

beacutem poliacutetica Os paiacuteses que dependem econocircmicamente de outros sofrem sob

~

i ~

vaacuterios aspectos o pecircso da dependecircncia econocircmica estrangerira Por isso

o desenvolvimento econocircmico desses paiacuteses nunca seraacute apenas resultado de

um progresso interno

A econom~ca ~ bull se reflete principalmente a t raves Essa dependencia

a) do comeacutercio exterior - em geral os paiacuteses subdesenvolvidos exportam

para os paiacuteses desenvolvidos os produtos brutos ou agriacuteCOlas ou alimenshy

tiacutecios (no caso do Brasil por exemplo o agucar o manganecircs etc) e imshy

portam destes os produtos manufaturados (eqUipamentos por exemplO)

b) de uma situaccedilatildeo deficitaacuteria em que vivem de um modo geral os paiacuteses

subdesenvolvidos Tal situaccedilatildeo eacute de certa forma tambeacutem motivada pela ~

neira como o mercad0l importador determina os preccedilos Poder-se-ia dar

como exemplo o cafeacute no Brasil que equivale a mais de 40 de nossa expo~

taccedilatildeo e apenas 04 da importaccedilatildeo dos EEUU cujo preccedilo eacute estipulado por

ecircste uacuteltimo o maior mercado comprador c) da poliacutetica econocircmica e social dependentes muitas vecirczes dos interesses

de grupos ou firmas estrangeiras

d) da posiccedilatildeo de destaaue Que ocu~a o capital estrangeiro na economia dos

paiacuteses subdesenvolvidos Decircle depende a importacircncia e grande parte da esshy

pecificidade das produccedilotildees do paiacutes assim como de sua situaccedilatildeo de integratilde

ccedilatildeo no mercado internacional (Yves Lacoste Os Paiacuteses SubdesenvolvidosDi

fusatildeo Europeacuteia do Livro ColSaber Atual satildeo Paulo 1961pp 17-19)

22 Pouca Industrializacatildeo e Dificuldade de Ser Ampliada - os paiacuteses su~

desenvolvidos encontram mu~tas dificuldades de se industrializar O Depa~

tamento de Assuntos Econocircmicos das Uaccedilotildees Unidas estudando estas dificul

dades haacute alguns anos reuniu-as em trecircs aspectos econocircmico social e int~ nacional

a) no aspecto econocircmico temos que levar em conta aleacutem da pouca poupanccedila

interna a falta de capitais ou o emprecircgo de capitais estrangeiros em geshy

ral nas induacutestrias de transformaccedilatildeo e natildeo para a infra-estrutura assim

como as dificuldades de transporte a insuficiecircncia de energia etc

b) quanto ao aspecto social pode exercer influecircncias negativas ou positi shy

vas No caso dos paiacuteses subdesenvolvidos natildeo haacute duacutevida que as influecircncias N

sao em geral mais ne5ativas j bastrulte lembrar o baio niacutevel de instru-

ccedilatildeo o elevado lndice de analfabetismo a falta de operaacuterios qualificados

e a natildeo existecircncia de um ple~ejamento que leve em conta tocircda a populaccedilatildeo

tocircdas as reGiotildees visando um desenvolvimento global

c) com relaccedilatildeo ~o aspecto internacional haacute tambeacutem vaacuterios tipos de obstaacutec~

(

los ao desenvolvimento industrial dos paiacuteses subdesenvolvidos Lembrareshy

mos apenas dois as restriccedilotildees que os paiacuteses desenvolvidos em geral imshy

potildeem aos subdesenvolvidos para conceder um empreacutestimo de capital que pushy

2gdesse facilitar a industrializaccedilatildeo dos primeiros a tendecircncia dos pai

ses desenvolvidos de fazerem dos subdesenvolvidos meros fornecedores de

mateacuteria prima dificultando ou ~estringindo as possibilidades de desen shy

volvioento destes (Lebret obra citada pp 100-105)

Todavia eacute preciso natildeo esquecer que embora a industrializaccedilatildeo seja

a1so muito importante para o desenvolvimento econocircmico de um paiacutes ela

nao ten um fim em si mesma Ou seja a IN so temindustrializaccedilao para nos

sentido se ela contribui para uma real promoccedilatildeo do homem se ela contrishy

bui para elevar e melhorar o niacutevel de vida sobretudo das camadas menos

favorecidas da populaccedilatildeo As faacutebricas as usinas as grandes emprecircsas e~

fim podem ser retrato do desenvolvimento econocircmico mas ajudam o homem a

ser mais homem quando contribueacutem para satisfazer suas necessidades mais

essenciais a se realizar como pessoabull

bullBaixa Renda Nacional - Uma das distinccedilotildees que se pode fazer entre

os pa~ses desenvolvidos e subdesenvolvidos consiste justamente na dist~

buiccedilatildeo da renda nacional entre habitantes ou entre as diversas camadas

da populaccedilatildeo De um modo geral nos paiacuteses desenvolvidos as camadas mais

pobres tecircm um niacutevel de vida superior aos subdesenvolvidos A tiacutetulo de

ilustrcccedilatildeo daremos apenas al~Uls dados referente a renda anual individual

(chamada tecirccni3amente de renda per capita) em 1959 de alguns paiacutesesE~

tados Unidos da Ameacuterica do Horte 2250 doacutelares alguns paiacuteses da Europa

Ocidental assim como Austraacutelia e Nova Zelandia 1000 doacutelares Bnquanto

isso para o conjunto dos paiacuteses menos desenvolvidos a cifra corresponden

te foi mais ou menos de 100 doacutelares anuais sendo que a maior parte dos

paiacuteses da Aacutefrica Aacutesia e Jmeacuterica L~tina apresentavam uma renda meacutedia de

10 a 80 doacutelares (Bl Corre0 de la Unesco) bull

bullDeficiecircncia na Agricultura - A agricultura nos paiacuteses subdesenvol

vidos de um ~odo geral eacute muito atrasada Haacute grandes quantidades de te~

ras cultivaacuteveis natildeo aproveitadas Ha Ameacuterica Latina p ex apenas 15

das terras cultivaacuteveis satildeo realmente cultivadas (Yves Lacostobra citada

p 12) Haacute fatocircres que podem explicar essa quantidade tatildeo pequena de tershy

ras cultivadas

bull estrutura agraacuteria injusta e obsoleta

i

bull interecircsse de grupos econocircmicos nacionais e estfangeiros

bull falta ou insuficiecircncia de meios teacutecnicos

bull desgaste dos solos

bull falta de fertilizantes etc

Todavia a maior dificuldade a ser vencida pela agricultura dos pa1shy

ses subdesenvolvidos proveacutem do custo dos bens materiais Um dos meios de

satisfazer tais necessidades seria a fabricaccedilatildeo de suas proacuteprias maacutequinas

agriacutecolas de fertilizantes e de combustiacuteveis

Consider~ido todos os fatores que dificultam a agricultura nos pa1

shy

ses subdesenvolvidos podemos entender assim porque apesar de serem na

maioria paiacuteses agriacutecolas apresentam baixa produccedilatildeo natildeo conseguindo nem

satisfazer as necessidades alimentares de seu povo

Desequiliacutebrios entre as Cc~adas Sociais - A grandemaioria da populacirc

ccedilatildeo dos paiacuteses subdesenvolvidos tem condiccedilotildees subhumanas de vida A verdashy

de eacute que um nuacutemero muito restrito tem um miacutenimo necessaacuterio para viver como

pessoa e apenas uma minoria tem a go~a de todos os privileacutegiOS

Uma das maneiras de se caracterizar ecircsses desequiliacutebrios sociais eacute

a distribuiccedilatildeo proporcional da renda nacional pela populaccedilatildeo Iro caso brashy

sileiro por exemplo ecircste desequiliacutebrio eacute evidente

Outro iacutendice complementar eacute o da distribuiccedilatildeo da propriedade rural

brasileira Em nuacutemeros relativos a aacuterea territorial brasileira dos estabe

lecimentos agropecuaacuterios em 1950 era expressa da seguinte maneira os d2

nos de propriedades de mais de 100 ha representam apenas 16670 do total do

nuacutemero de propriet~rios e possuem 8567~ da aacuterea total dos estabelecimentos

agropecuaacuterios do Brasil enquanto que 834 do nuacutemero de proprietaacuterios po~

suidores de menos de 100 ha deteacutem em suas matildeos apenas 14~~ da aacuterea toshy

tal (Antonio Rodrigues Coutinho - lanisteacuterio da Agricultura Contribuiccedilatildeo

ao Estudo da Bstrutura Dconocircmica Agraacuteria Brasileira Sego o Censo de 1950 p20)

~ dentro dessa faixa menos favoremida que certos problemascaracteriacute~

ticos das regiotildees subdesenvolvidas se tornam mais chocantesAqui estatildeo alshyguns decircles

~

l

~ bull Para cada 100 crianccedilas nascidas vivas desta faixa morrem 24 anshy

~

tes do 12 ano de vida enquanto para outras camadas sociais morrem 10 em

100 (Nelson Rodri6~es dos Santos O Problema da Sauacutede no Brasil) Dados

recentes mostram ainda que a chistosomose atinge 6 milhotildees de brasilei

ros a tuberculose 1 milhatildeo e 200 mil doenccedilas de chagas 3 a 4 milhotildees

malaacuteria 8 milhotildees A maioria dessas pessoas atingidas habitam agrave zona rushy

ral e estatildeo incluiacutedos nesta faixa da populaccedilatildeo menos favorecidas (A Pop~

laccedilatildeo Brasileira Dados do IBGE 1960)

Com efeito o que se pode dizer eacute que estas deficiecircncias contribuem

ainda mais para baixar o rendimento econocircmico agravando cada vez mais

as condiccedilotildees de vida dessa camada populacional ~ vivendo e sofrendo eacutesshy

tes problemas que trJilbalha grande parte da populaccedilatildeo dos paiacuteses Afroasi ct_ ~ jt --lt- r A

at~cos Em alguns desses pa~ses o n~vel de vida e tao baixo que ha um

verdadeiro ciacuterculo vicioso onde o homem jaacute natildeo tendo esperanccedila acha di

fiacutecil romper com essa situaccedilatildeo de miseacuteria

De um modo geral o que preaeacutenciamos eacute que por causa de grandes d~

sequiliacutebrios entre as diversas camadas sociais e entre os povos do mundo

grande parte da humanidade tem condiCcedilotildees de vida subhumana

Os v~rios dados apresentados abaixo servem para mostrar o grau de

desenvolvimento ou subdesenvolvimento de alguns paiacuteses ~ preciso conta1

to que natildeo se pare numa enumeraccedilatildeo pura e simples dos mesmos nem que

se pretenda uma comparaccedilatildeo com um ideal a atingir Os dados referentes a

cada paiacutes falam mais quando analisados no seu conjunto e soacute vistos e an~

lisados globalmente eacute que podem ser comparados com outros paiacuteses bull bull i ~-

bull Mortalidade Infantil - Para cada 100 crianccedilas nascidas vivas num

ano morrem 3 nos EEUU 4 na Inglaterra 7 na Beacutelgica enquanto no Brasil

Boliacutevia e na Colocircmbia morrem 15 (onu Rapport Preliminaire sur la Situa

tion Sociale dans le i~onde 1962)

bull llortalidade Geral - De cada 1000 habitantes morrem por ano 9 nos

EJUU 11 na Inglaterra 12 na TIeacutelg~ca 25 no Brasil na Boliacutevia e na Coshylocircmbia (idem)

~~

Vida lieacutedia - 70 anos nos EEUU 65 anos na Beacutelgica 45 anos para o

Brasil Boliacutevia e Colocircmbia (idem)

bull Alimentaccedilatildeo e Fome - Segundo Lebret pode-se admitir que mais d

50 da populaccedilatildeo do mundo se manteacutem em um ~ampntar inferior ao estritamiddot

mente necessaacuterio em calorias e 75~ dessa populaccedilatildeo aproxima-se ou ape

nas atinGe o niacutevel miacutenimo exigidO pelas atividades humanas normais

~artindo desses dados e fatores verificamos que haacute uma coincidecircnshy

cia de niacuteveis para alguns paiacuteses ~stes paiacuteses por uma seacuterie de razotildees

ou de fatores satildeo chamados subdesenvolvidos

3 EXIG6NCIAS ESP3CIAIS PARA SUPJJRACcedilAtildeO DO PROCESSO DO SUSDESDNVOLVI1JlliTTO

31 o crescimento demograacutefico deve ser acompanhado por um crescimento ec~ nom~co proporcional

O processo de superaccedilao- do sub-desenvolvimento exige antes de mais

nada que o ritmo extraordinagraveriamente raacutepido com que crescem as necessishy

dades dos povos subdesenvolvidos seja acompanhado por I crescimento ecoshy

nocircmico superior a~ necessidade~i da populaccedilatildeo

A explosatildeo demograacutefica nos paiacuteses subdesenvolvidos eacute no momento ashy

tual um fato que ningueacutem pode ignorar Isto eacute consequecircncia de vaacuterios fata

res

a) os paiacuteses subdesenvolvidos tecircm uma natalidade muito maior que os

outros Como exemplo lembraremos que para cada 1000 habitantes nascem

anualmente na Europa e nos EEUU de 18 a 25 crianccedilas enquanto que em zoshy

nas subdesenvolvidas como a Aacutefrica e a ~neacuterica Latina ecircste nuacutemero chega a

mai3 de 40 (Camargo Demografia 3conocircmica 1960)

b) o raacutepidO crescimento pode ser explicado tambeacutem pelo descreacutescishy

mo da mortalidade verificado nestes paiacuteses De fato essa mortalidade ainmiddot

da eacute bas-cante alta No entanto ela vem diminuindo gradativamente graccedilas a

uma certa assistecircncia sanitaacuteria que eacute dada aos paiacuteses subdesenvolvidosjem

bora de forma muito precaacuteria e sistemaacutetica

Ora para satisfazer as necessidades de uma popUlaccedilatildeo que aumentou

tatildeo ragravepidanente eacute indispensaacutevel um esfocircrccedilo muito grande para produzir

bens e serviccedilos 10 caso do Brasil por exemplo a populaccedilatildeo anual aumenshy

1

-

tam na razatildeo de 3 ao ano A economia nacional precisa entatildeo aumentar

sua capacidade de produccedilatildeo daacute maneira que chegue a satisfazer as necesmiddot

sidades correspondentes a ecircsse aumento da populaccedilatildeo em mateacuteria de alimen

taccedilatildeo vestuaacuterio habitaccedilatildeo instrumentos domeacutesticos educaccedilatildeo emprecircgo

serviccedilos sanitaacuterios (aacutegua luz esgocircto t L Itt etc)

~sse esfocircrccedilo eacute tanto mais difcil porque em consequecircncia do mesmo

crescimento econocircmico raacutepido a maior parte da populaccedilatildeo em idade ativa

eacute muito menor em proporccedilatildeo agravequecircles que natildeo fazem parte desta faixa (cri

anccedilas doentes bullbullbull ) Por outro lado como os pases subdesenvolvidos tem

um niacutevel de vida extremamente baixo a economia deveraacute natildeo somente acomp~

nhar o crescimento demograacutefico mas taEbeacutem aumentar em certa medida ecircsse

niacutevel de vida No entantoecircste paiacuteses mostram-se no conjunto incapazes

de expandir sua economia numa proporccedilatildeo satisfatoacuteria

Das razotildees que impedem o desenvolvimento econocircmico mais completo e

mais raacutepidO temos que considerar ap que se prendem agrave estrutura das ecoshy

nomias e as que dizem respeito mais diretamente ao crescimento global de~

ta economia

32 Independecircncia Econocircmica - Como eacute muilto sabido a estrutura econocircmica

dos pases subdesenvolvidos eacute altamente centralizada no setor primaacuterio

sendo pouco desenvolvido o setor secundaacuterio e terciaacuterio (Ver o item ~E~

trutura ~conocircmica)

Por outro lado embora a populaccedilatildeo rural nestes pases representashy

quase sempre mais da metade da populaccedilatildeo e esteja muito concentrada no s~

tor primaacuteriO nem sempre produz todos os gecircneros necessaacuterios agrave alimentashy

ccedilatildeo e muito menos outros produtos por ela exigidos Como consequecircnciaj ecirc~

tes paiacuteses satildeo obrigados a importar bens que natildeo satildeo capazes de produzir

dispondo apenas de alguns pontos para efetuar as trocas

Ora os paiacuteses que se manteacutem sem induacutestrias e dependentes da imporshy

t~ccedilatildeo de poucos produtos primaacuterios iratildeo fatalmente cada vez mais se emposhy

brecendo face aos pases desenvolvidos Enquanto isto a produccedilatildeo industrial

destes uacuteltimos iraacute crescendo cada vez mais pois os homens sempre querem

bens industrializados em maior nuacutemero e variedade O contraacuterio acontece com a produccedil2o agriacutecola cujo crescimento fica na dependecircncia do consumo

pessoal Que eacute limitado

Outro aspecto que nem sempre se leva em consideraccedilatildeo eacute que juntashy

mente com a importaccedilatildeo de certos produtos satildeo importados tambeacutem a proshy

paganda e o exemplo dos paiacuteses ~esenvolvidos cujos niacuteveis de consumo

satildeo muito mais altos

- I Dominada por esse efeito demonstraccedilao que se soma a 1a5 as neshy

cessidades crescentes decorrentes do raacutepido crescimento demograacutefico a

populaccedilatildeo subdesenvolvida se esforccedila para comprar mais produzindo mais - dMas o consumo de produtos agro-pecuarios nao pode ser aumentado alem e

um certo limite aumentando-se a oferta os preccedilos tendem a cair Assim o

trabalho do povo se desvaloriza (econocircmicamente falando)i

Quanto as mateacuterias primas cuja demanda pode acompanhar a produccedilatildeo

industrial constituem elas reservas suscetiacuteveis de serem esgotadas ou

de perderem seu valor comercial em decorrecircncia de inovaccedilotildees tecnoloacutegicas

Aleacutem do mais na quase totalidade dos paiacuteses subdesenvolvidos a explora

ccedilatildeo dos seus recursos minerais ob~ece aos interecircsses de grupos estrangeishy

ros e soacute a ecircles beneficfa

33 Desenvolver a Industrializaccedilatildeo aumentando a capacidade de produccedilatildeo

A industrializaccedilatildeo estaacute condicionada por um certo nuacutemero de fatocircres

e deve subordinar-se a certas prioridades Uma dessas prioridades eacute defishy

nida pela necessidade de substituir aquelas importaccedilotildees de bens de consushy

mo que ocasionam maiores dificuldades nas relaccedilotildees de troca do paiacutes Oushy

tra seraacute determinada pela necessidade de se criar nos paiacuteses as industrishy

as de base isto eacute induacutestrias produtoras dos materiais de equipruJentos tw lO necessar10S a crlaccedilao de novas lndustr1as

Dos fatores que condicionam a industrializaccedilatildeo coloca-se a necessishy

dade de uma infra-estrutura adequada de traasporte~e comunicaccedilotildees e de eshy

nergia ~ evidente que as induacutestrias soacute podem desenvolver-se se haacute enershy

gia para acionar suas maacuteqUinas estradas para trazer mateacuteria prima e disshy

tribuir a produccedilatildeo e os meios de comunicaccedilatildeo para que as emprecircsas indusshy

triais o comeacutermio e os bancos possam coordenar e organizar suas atividashy

des com eficiecircncia

Por outro lado as induacutestrias natildeo poderatildeo fortalecer-se se natildeo aumen d d dmiddot t ar o numero os que po em comprar ~ua pro uccedilao 1Sto e se nao houver

mercado interno crescente no paiacutes P-i il ielJe eacute- p~~eo (i)l1amp dece~_~

OI tilbullbullbull da lailaatilde Ile iateente ul4idacirclha lllllaacuteliSIXoacutefrq

-ft 81es piFJIIacuteee 6 rbullbull taiuule 1 21i

HO crescimento global da economia dos pa1ses subdesenvolvidos nao

pode ser obtido com a necessaacuteria continuidade e rapidez se natildeo forem supeshy

rados os obstaacuteculos que constituem o chamado ciacuterculo vivioso

ste ttciacuterculo vicioso em geral pode ser caracterizado por uma poshy

pulaccedilatildeo muito grande com um nuacutemero reduzido de induacutestrias pouca matildeo de

obra qualificada e produzindo pouco com niacuteveis de salaacuterios de uma certa

maneira muito baixos Salaacuterios estes que em muitos casos datildeo mal para sushy

prir as necessidades essenciais e em outros datildeo apenas para o coasumo Haacute ainda uma minoria que embora ganhe muito gasta quase tudo em bens de con

sumo (vestuaacuterio automoacuteveis etc) sem aplicar em investimentos produtivos

(faacutebricas induacutestrias em geral etc) Nos vaacuterios casos como vemos natildeo eacute

feita nenhuma poupanccedila

E o que eacute popanccedila no sentido amplo pode-se dizer que o que natildeo foi

gasto foi poupado Mas para que haja poupanccedila realmente eacute preciso natildeo

soacute determinar um aumento de capital que eacute o estoque sobrante poreacutem invesshy

tir em bens de produccedilatildeo Donde se pode dizer que para haver um crescimenshy

to glObal da economia de um paiacutes eacute necessaacuterio que os recursos que era~de~

perdiccedilados ou empregados somente em bens de consumo sejam aplicados tamshy

beacutem em bens de produccedilatildeo ou em investimentos produtivos

~stes investimentos podem ser feitos de duas maneiras

a) o govecircrno obrigando por meios de leis os setores privados a investir seus

lucros de forma mais justa e adequada em setores que venham a contribuir

para um maior crescimento e desenvolvimento econocircmico da comunidade

b) o proacuteprio govecircrno recolhendo ecircsses recursos atraveacutes de impostos compulshy

soacuterios e investidno em empreendimentos que constituem a infra-estrutura (eshy

nergia eleeacutetrica recircde de aacutegua e esgocircto estradas de ferro e rodagem porshy

tos etc)

Isto deve ser feito atraveacutes de planos econocircmicos que reunam os invesshy

timentos puacuteblicos aos investimentos particulares sem permitir um exagerado

lucro as camadas sociais que jaacute gozrun de uma situaccedilatildeo por demais privilegishyada

bull

- 4

Em resumo a poupanccedila e

um elemento essencial para o desenvolvimenshy

to global econocircmico de um pa~s e deve ser forccedilada

a) impedindo todo consumo nao necessario e excessivo

b) aproveitando plenamente a matildeo de obra ou o trabalho das camadas da popushy

laccedilatildeo que estaacute sendo pouco utilizada

c) aumentando a produccedilatildeo pelos meios jaacute citados e especialmente pela proteshy

ccedilatildeo alfandegaacuteria que impeccedila a penetraccedilatildeo no paiacutes de produtos concorrentes

estrangeiros

Finalmente para que todo investimento possiacutevel seja efetivado eacute imshy

por~ante que o trabalho de uma hoc parte da populaccedilatildeo ateacute entatildeo mais ou ~

nosnativa seja aproveitado em setores essenciais O aumento da produccedilatildeo

exige natildeo soacute o aproveitamente de todos mas tambeacutem que haja um certo planeshy

jamento e que obedeccedila a certas teacutecnicas Contudo o povo soacute se enquadraraacute

neste regime de maior produtividade e soacute se capacitaraacute para ecircle se tiver

consciecircncia da situaccedilatildeo e se houver motivaccedilatildeo suficiente

35 Tomada de Consciecircncia por Parte da POP1qaccedilatildeo - Para noacutes um dos aspecshy--_----~-~ bullbull- ~ bullbullbullbull ~- - - - lt bullbullbullbull - - bullbullbull ~ -- bull shy

tos novos do subdesenvolvimento e talvez o mais importante como diz Yves

Lacoste eacute a tomada de consciecircncia da pcpulaccedilatildeo da sitUaccedilatildeo em que se enconshy

tra o seu paiacutes Isto eacute importante porque natildeo se pode falar em desenvolvishy

mento como algo abstrato como uma ideacuteia apenas

Soacute quando tOcircda a populaccedilatildeo toma consciecircncia e eacute mobilizada para venshyncer os problemas que lorrnam aque1e c~rcu1o que falamos anteriormente e que

comeccedila haver condiccedilotildees poliacuteticas favor~eis ao desenvolvimento

Poder-se-ia dizer tambeacutem que a tarefa de desenvolvimento eacute essenshy

cialmente poliacutetica e as necessaacuterias atitudes favoraacuteTeis ao desenvo1vimenshy N 1J __t o so poderao ser tomadas num regime de certa disciplina coletiva Ora~

sa discipfina tanto pode ser imposta QelQ focircrccedila r s~r exercida ppr JPDa qishy )IT~ ()A eurogt ~7 ~gt- Alt- (UL~oacute2c- e~ aT-lt ~ ~ltM ~~

tadur~como ser oeeelhids pGP ~e~~~ pOTO num olima de respeito ao outro

co~o pessoa CODO sujeito e natildeo como coisa

Por outro lado ecircsse esfocircrccedilo tanto pode ser feito num regime de inshy

justiccedilas que apenas exija sacritiacutecios de uma classe e natildeo de outras ou

num reGime onde os sacrifiacutecios e as responsabilidades satildeo igualmente reparshy

tidos entre todos Ressaltamos ai~t~ obra do desenvolvimento eacute inadishyaacutevel complexa e essencialmente ~18la Donde a tentativa de um prooesso

~i~~ ~~~~~~ ~1 ~~

~

-lt ~~middot~~~-~~~~~~~~ii~~~middot ~~

bull t t ~

r I l ~

fo~

I

I

que caminha para o desenvolvimento soacute seraacute autecircntica se atingir a tOdOS~

os setores

Terminando diremos ainda que a tomada de consciecircncia vai exigir

uma mudanccedila total de mentalidades de estruturas de relacionamentos Uma

reestruturaccedilatildeo nos setores econocircDicos poliacuteticos e sociais da sociedade

global

Gostariacuteamos de insistir para que se tivesse em conta que as diversshy

saa partes da fundamentaccedilatildeo do programa do IiEB satildeo uma tentativa de estushy

dar os aspectos diferentes de uma mesma sociedade a sociedade nacional

brasileira em relaccedilatildeo com sua posiccedilatildeo no mundo seus valocircres culturais

suas tradiccedilotildees de sociedade econocircrnicamente dedicada ao setor primaacuterio

o que deve e estaacute sendo mudado Por isso chamamos a atenccedilatildeo para que se

tenha~ sempre em mente os diversos fascculos natildeo como ~oisas separadas

e independentes mas como tentativa de estudar elementarmente os probleshy

mas fundamentais que devem ser conhecidos por elementos profissionais que

se dedicam agrave educaccedilatildeo de adultos do Brasil

l

MOVIMENTO DE EDUCACcedilAtildeO

DE BASE

FUNDAMENTACcedilAtildeO

DO PROGRAMA PAcircRAcirc 196

I parto PROMOQAtildeO mJlWA

F U N D A il E N T A ccedil I O

DO PROGR1JlA PARA 1965

2~ P i R T E PROIOCcedilAtildeO 1IuumliANA

O Introcluccedilco

1 Conscientizaccedilatildeo

11 O Bonon

12 O Trabc1ho

13 Conuniceccedilatildeo

4 d C 1 bull 1iO~OS e oDun~ccccedilao

15 Os Condicioncnentos Cu1turcis

16 O Heroi euro os j~oios de Ruumlolizoccedilco

17 A eclizoccedilatildeo de Pessoo nr FCJiacutelio

18 A Rco1izoccedilatildeo da Pessoa nr Sociodcde shy

2 bull OrgLn~Zcccediloo

21 Funccedileo Sociol do trcbalho

22 CoopGroccedil~o organizedc o nco orgw1izadc

23 Associativisno

24 Cooperaccedilatildeo Econocircnica

25 Accedil~o poliacutetioa

I

o INTRODUCcedilAtildeO

o trabalho de promoccedilatildeo humana eacute intriacutenseoo agrave proacutepria eduoaccedilatildeo uma vez que eduoar natildeo oonsiste em adaptar algueacutem a determinada sishytuaccedilatildeo a determinado tipo de sociedade mas dar elementos e eondishy

- tccediloes pera que o homem se forme Eduoar e levar O homem a omar oonsshyoiecircncia de seu napel de sujeito do mundo ~ integrar algueacutem na obra

fi cultural na accedilao do ho~em que transforma a natureza A educaccedilao e uma exigecircnoia e um direito de todos uma oondiccedilatildeo para que o homem se realize se afirme como pessoa e oonsequentemente se promova

Esta promoccedilatildeo natildeo deve ser individualista Deve ser uma autopr~ moccedilatildeo comunitaacuteria atraveacutes da qual se procure ajudar e apressar Na integraccedilatildeo de todos no processo de oriaccedilatildeo cultural Com isto nao se pretende uniformizar homens e culturas - o que seria Ullla aberra M

ccedilatildeo - mas humanizaacute-los aoeitando e respeitando as diferenccedilasDentro desta perspeotiva aohamos que soacute haacute promoccedilatildeo quando as necessidades da pessca tendem a ser satisfeitas Soacute haacute promoccedilatildeo quando haacute natildeo ashy

A

penas um despertar mas tambem uma tomada de oonsciencia do valor h~ mano e da posiccedilatildeo que cada homem ocupa no mundo Soacute haacute proLlOccedilatildeoquall do o homem tem acesso aos meios de comunioaccedilatildeo e quando no seio das instituiccedilotildees pode exeroer sua liberdade e responsabilidade oomo pe~ soa humana Soacute haacute promoccedilatildeo quando haacute partioipn~atildeo ativa da pessoa Soacute haacute promoccedilatildeo quando a pessoa escolhe o que e mais adequado agrave sua reali zaccedilatildeo -shy

Evidentemente em um trabalho de promoccedilatildeo haacute diversos estaacutegios Por isso natildeo se pode esquecer que tudo que foi coloo~do como sendo promoccedilatildeo pode se prooessar em um soacute momento ou em momentos diferen shyteso ~ essencial que se tenha presente e bem claro ateacute onde se quer chegar porque ecircste trabalho jameis pode ser feito desligampdo da eacuteposhyca do momento histoacuter~co em que o homem estaacute inserido Em nosso ces~ por exemplo seria utoacutepico pretender-se fazer um trabalho de promo shyccedilatildeo humana sem levar em oonsideraccediluumlo a realidade mundial brasil~ira e de LEB

Como atraveacutes de um trabalho educativo se pode contribuir para a autopromoccedilatildeodo povo Inicialmente formlmdo-o inoentivando-oin~ trumentclizando-o e criando condiccedilotildees pera que tome parte etive nas associaccedilotildees e organizaccedilotildees de sue comunidade criticando-as e melhOshyrando-as Estas associaccedilotildees satildeo oportunidades de cada um exeroersuos responsabilidades e liberdede Por seu intermeacutedio natildeo h~ apenes Q~ despertar mas um comecircccedilo de promoccedilatildeo do povo todo promoccedil~o nno ind vidualista utilitaacuteria mas e serviccedilo de comunidade

AI v N

Promoccedilao humana e ascenccedil2o de ocda homem de ceda fraccedilao da hushymanidede dos grupos que i~pulsionam esse mesma humenidede Dontro dessa perspectiva nco podeillos acoiter a presenccedila de marginalizados por miseacuteria ou por privileacute3iOs de classes ou de castas (Ver 1ebret Konifesto por uma Civilizaccedilatildeo Solidaacuteria pp 15 e 85)

middot1

bull

A recuperaccedileo do home)1 acrgincliacutezcdo jcucis ser1 conseguido por um simples trabclho de clfcbetizaccedil~o porque embora haja una corrol~ ccedilatildeo entre onalfabetismo e mcrgincliz[ccedil~o assiD couo entre cnclfcbe shytismo e subdesenvolvimento nco se pode dizer que o analfobestisDo s~ ja a causa da marginalizaccedil~o e muito menos do subdesenvolvimGnto~cei tar isto eacute querer como diz Pierre Furter tomcr o efeito pele causa A alfabetizaccedilatildeo purc e siLlplos nco tem sentido uma vez que c tIera ashyquisiccedilatildeo de alguns conhecimentos de leitura escrita e c~lculo n~o leva a participar conscientemente do desenvolvimento do pels e ter

fo r -- um consciencie cr~ ticc de realidde A alfCbetizcccedilac de cdultos deve levcr o conjunto de populcccedilotildeo a participer do desenvolviru3nto do peJsSoacute dentro dessa perspectiva estcreacute contribuindo pcrc a integraccedil~o do homem no processo de trcnsfOrli12ccedilGo cultural

Diremos cinda que um trcbolho de educcccedilecirco dentro desso pers shypectiva de promoccedilatildeo para ser autecircntico deve pcrtir de necessidcdede libertcccedil~o das clesses menos favorecidas Deve procurar propicicr os elementos necess(rios pcrc que cdc- homem tOLlo pcrte ctive no desen volvimen to de sues cOLlunid~des fezendo opccedilotildees pele conservoccedilecirco ou modificaccedilotildees de reelidade em ~ue se encontre Cremos que isso eacute fundQ mental t porque uma sociedcdc Lloderna e democr5tica teiacute] necc8sidade de umc cuI turc pcrticipcdc por todos Este cul turo deve perDi tir c tocircshydes as olasses ou cotegorios sooiois o todos os indiviacuteduos qualquer q~e seja seu estado profissional ou niacutevel de instruccedil~o uma particip~

nt~ 1V~ na da SOCla1 polt~oa ort18 tlea c i cntflCCccedil~o Vl economlca 1 1 espirituclt(Joffre Dumezedier Rcfleacutexions sur lentroinencnt L1Gntel Paris PEC pI) bull

2

1 C01~middotSCIETIZACcedilAtildeO

Para se ter consciecircncia de alguma coisa satildeo necessaacuterios apenas ao~s termos o sujeito que teH consciecircncia e a coisa da qual ecircle toshyma consciecircncia O ~o ~e con~~i~~ en~retanto exige a presen2a de uma segunda pessoa exige UBa cOBunicaccedilao entre dois sujeitos so~ bre alguma coisa Conteacutem assim trecircs tecircrmos dois sujeitos e um obshyjeto Conscientizaccedilatildeo implica consciencia de si e comunicaccedilatildeo dedois sujeitos pela mediaccedilatildeo do mundo Conscientizar eacute portanto dar el~ mentos par~ Que o homem tome consciecircncia do que ecircle eacute (consciecircncia de si) do que os outros satildeo (coillunicaccedilatildeo de dois sujeitos) e do ~ue eacute o mundo A maneira de se conscientizar eacute que pode cariar de acorshydo com a eacutepoca histoacuterica a concepccedilatildeo que se tem do homem a viseo que se tem do mundo e o sentido que S2 tem da histoacuteria

Todo trabalho que visa agrave promo2atildeo humana natildeo pode deixar de si shytuar-se numa linha de conscientizaccedilao Logo neo se pode pensar em fazer um trabalho de educaccedilatildeo tendo em vista uma autopromoccedil~o e uma a2atildeo visando uma mudanccedila de estruturas sem conscientizaccediluumlo O homem nao pode se formar dentro de uma certa perspectiva dentro de um co~ texto hist6rico determinado sem se tornar consciente de suas respon sabilidades de ci~Jdatildeo e consciente de suas responsabiliQades de hoshymem criado c im~~u de Deus

Donde Se conclui que educer formendo a pessoa humemo dentro dep ta perspectiva de promoccedilecirco comunitaacuteria implica sempre conscientiza~ ccedilampO uma vez qu~ e imposs~vel educar sem dar elementos pera que o hg mem tome consciencia do seu velar couo pessoa sues exigecircncias de reslizaccedilatildeo seu dever para com os outros sue capacidcde cricdora sua ccpcciCcde de comuniccccedilatildeo etc (Ver o trabclho lEduccccedileo e ConsshycientizaccedileoH de Raul Lcndim)

o processo de conscientizec5o v~ric de ac3rdo COD a conccpccedileo que se tem do homeu Que eacuteS o hOl18 pcre noacutes

Encarcdo somente eu sua clLwnsecirco cni mo1 o horleuuml pOdcruacute ser reshyd~zido um 9bjejfLAE_TJi1tu~e_ze 0010 os outros animlIacutes a Uhl ser quebull nao tr2nscencle a naturezc e estuacute submetido e seu det~rminisrlOI=os o comportamento Jnimol eacute puremente odcfJtativo e a cccedilco do hOmiddotlem eacutecleacutem de 8odeptctiva cricdorc A 1I000ccedil30 11 do oniael necirco crie 1111 mndo nocircvobull mes se estrutura e12 ll1e~ma CO10 90 mndo J2 o honeLl tolcdo como secircr que co~hece o mundo e nele oria eme ordem humana apresenta-se nco c~mo ~e~d~2~~ndo mes~como UD secircr~~o ~undo Sue vida sue cccedilecirco reashyl~zc-se no mundo mes ~le o transcende transcende a netureza torshynendo-a humanc 0010 Ser oonsciente o honlem se cfirme COIJO sectuieijio do mu~do tornando-o seu objeto

bull 3 bull

Conhocenagraveo o mundo o homoD escolhe pcr si um sentido decirc a seu oovimento e suc QCcedil~O um significedo que trQUscende e orde~ ncturel bull Dei dizer-se que e inserccedilatildeo do homem no ulmdo realize-se com anbiguishydede eacute UD sor que trenscendo o oundo e por isso recuse-se e situe~

- t t se como sor do o~~dco Entrct~nto sue eccedileo seu mOV1men o 1n r1nseco que o eperfeiccediloc reclizc-middots8 no 2mndo

A relcccedil~o do hurlOo COrJ o 11Undo ecirc umo rel--ccedilco ocdietizada pelo trcbclho B cinde 1 frent~ ~os outros homens ume relcccedilco de comunic~ ccedilo 1 que pode ser expresse 00 domincccedil~o ou eo -0coTI1ecinento (LiE]BFur dcmenteccedileacutev de rViver ecirc Lutcr Pj) 1-4)

Ume vez feita ~ cu~ccccedil~o do que o homem no sentido genrico sereacute ebo( ]0 ll ponto que e qiacutelJse umo decorrecircncia decircste dignidede feminino

Iniciclmente diremos QU9 noo h~ nede que distinga o homem de mushylher no pleno de dignidcde t1U~~e cnquento ser recional cepaz de trenscender o mlli1do em (xis tecircncie pessocl relecioncde com os homens e com Deus (l]iB FundeL1cntaccedilao de Viver Luter p 22) Se fizershymos uo estudo dos texto biacuteblicos 8 dOecircl docunentos uontifiacutecios que tra tem de flll1er e~contrclmiddoteos trechos provendo qu~ elo e O honem sio igucis qucnto agrave n2 ZC o dignidocle criou Deus o honem e sue imeshygem crioumiddot o ecirc imepGLl de (11S e cri(Umiddotmiddotos honem o Tmlher (GenI27) bull Comoveuuacute~ o texto n~o fez elusZo elguwc n superioridcde de um ou de outro sexo~

Nos eplstoles do S~o Pculo 118 t~beacutem1 vaacuterias Pcsscgcns onde eacutele abordo o problema dentro desse perspective de igueldede dos secircros hushymenos Assin ne ]~ Epiacutestole eos corin~oos (XI1112) o apoacutestolo nos diz bullbullbull nem o hOriacuteED exisie SCi e mulher nem e mulher 8011 o homem $

no Senhor Porque se e mulher foi tircdf do honc1 t2tlbm o homoLl foi concebido pole Lulher 1 ll~S tocircdes cs coiacuteses vecircm de Deus o Dirigindo-se aos Gaacuteletes diz lo natildeo h6 judeu nOD gregos nco h~ servo nom hoshymO1 livre n~o baacute hOIleD) nol Bulher Porque todos voacutes sois Ul] soacute em Cmiddot ( 1 -I 2 )8SUS r~sGO J 1 ~ 8

Pertindo desses coloccccedilotildees 1 UlilC pergunte se irJpotildee eil que consis te esse dignjdcoacutee que e Llulher recebeu de Deus Pio XII responde de

bull Uile formc oul to lllcidc eacute soacute interrogcr e noturezo huncuc tel qucl Deus) foJuou elevcCc e rcsgctedc pelo sengue de Cristo Em sue digni dede pesso~l de FilhGB de Deus o houem e e mulher SQO ebsolutamonteshy

bull igucis bullbullbull (Pio XII Alocuccedilco ~8 mulheres itclicuas en 211045) bull

Com efei to pode-se dizer que c rlulher e o homem sco iguois que to c ncturezc e c dignidede eT1borc haje olgumes diferemccediles de fUlCcedilOtildea3 A primeirc delcs e e meis fundeDltmtol neacuteo reste dUacutevide eacute o bioloacutegimiddotmiddot ca A proacutepria estruture fisice do houem e de mulher det0ruino funccedilotildees diversos no que concerne e proc~ioccedil~o Ao ledo desses diferenccedilcs eshyxistem as de ordem psicolocircgics c que se epresentoo socircbre vaacuterios ospe9 tos Sco esses diforenccediles de funccediloes fiacutesico-ps~quicas quo levam o hoshy

4 o

BeD e Co li1UIher c se cOrJpIGt~reEl 1-LCS nroN soo G 1as que dtc ori1ncn o d dque e proprio prro o honGI ou par c mul~er eLl terrlOs 00 1Vlso~ c

trabalho G d0 possibiliddcs d0 reclizeccedilao Acrcditauos quo as d1fc shyrenccedilas existem mas satildeo devidasGB grande parte a condicionaDcntos sociais

O trcbclho servil etribuiclo C I1ulher sua proacuteprie cveliaccedileo coshy f h t imo objeto de que os honcms se serve sao U-J enOLlono lS orlOO e cv shy

dencicm una si tucccedilatildeo dG injusticcedilc e de dorincccedilatildeo por pcrte do soxo nl culino (rmiddotmB Fundalwntaccedilco de lIViver oacute Lutar ll

p 22)

Atuelrlente nco soacute a tlulher reconhece suo dignidade rJC-S tenbbl1 cada vez mais tone conscincia e reivindica direitos e devores con shysentecircneos 0011 ess dignidade tento nc vida fcmilier OOBO na vida s2 oial (PT 41) Aceitcr que a r1Ulher eacute pessoa no sentido pleno de ~2 I avrD eacute efirt1Dr que ela eacute iguel co honem e negar que ele seje UH ser que encontre sue rnzco de existir no honem Partindo dessas colocaccedilotildees podemos concluirl n r1Ulher necirco Gxiste c surviccedilo do honem nGliacute1 o hODum a suacuterviccedilo da uuIher Llas todos os dois a serviccedilo da obre do gecircnero h~ IDno a serviccedilo de construccedilecirco do wundo (Jecques Leclerq Vors unuacute ff mille nouvelle - Ed Universitcires Pris 1962 ccplIl)

1 2 Trebclho~EQ

Vrios sEo os sentidos ddos eo torno IItrebelho PCre uns b ecirclo o mediador entro o h0l210n e o nunc1o pera outros 3 o 0io pelo qur1 o honem cteste sue presenccedilc pcssoel construindo une obre tlui tos jul

li shy

g~D-no enfim CODO o sinel dr transcendencia do homem sobro o mundo LIas nco eacute sonGnto neste pIeno que se -lcnifeste c plurelidcde dos sen tidos d~da co trCbalho HistoricCD0nte tGub6n toe-se dcbetido sSbre seu vclor Pare os Gregos por eXQLplo [ dignidcde do honeo estcYc ne etivid~cG contenplativa sondo o trebaIho m~ual desprozedo

A vis~o biacuteblico no entcnto eacute totelnuacutente diferente Deus ~ende que se cultive o pcrriacutezo (Gecircn 1115) O trcbclho penetra 0ntco no iacuten tino do sr hlo fcz perto do plc-l1o fundascn tel dG Deus sSbre o gecircshynero hmlcno O pecedo entretrnto degrade o honea E dai Oi~l dicmtc cnte s de expriuir e puj nccedil a do hOXCLl IacuteElcgem do Daus I o trcbclho se torno mIC (1ccedil20 uacuterdue e penosc__ Nturclwmte o tr~bclho devcrio SGr ULm ctividdu ospontacircnee e cIcgre uas pelo peocdo torno-so eacutelificil o doloroso A EncDrnaccedilatildeo e c Redonccedilco renovem cste visno dcndo UH sentido portioipcntenente criedor c rodemtor co cgir huncno J DOSDO se

bull do o trobclho Url~ tnrofc rclua nocircIe se desvende a r1c~is iacutentiLH1 o funshydemental espcrcnccedile do hOUOtH a eSIJorenccedilc da Sc~lvcccedilco

A oul turo nodorne cpresentc cOrJa denominedor COL1Uru o huaanisI10 do trobclho f eacute c pcrtir decircle que os veIocircres se torna0 fundcuontados t O houeu constroacutei un ~undo hunano onde se hun~niza huucniznneacutelo Eu SU41ns o brcbclho reIccione o hOIJOD con o mundo hU1cniza e 11turoze c oOtlunicn os hODens ~ntr8 si dando agrave accedilecirco hUDcnn UDe rcsponsobilidede universel

5

bull

rodo vlor do tr~ ~ ~ z e obre per cle p llZJshy

do antas - expressc o vclor doacute hOIlOU que pelo-tr~ r~vc~e o lnshytino do seu ser r sue trcnsecndecircncicv sobre o LlUndo 1 sue occedilco cricdore de UE D~O huunllo Ecirc pois o trcbelhoque revele o sentido do hoshy08n Ecirc po ser ecircle dinaDislo proacutenrio de UTl secircr consoiente e livrG~ que gcnha a suo digniclcdo CJB F~doJentcccedilEo de Viver 5 Lutcr PiP 5-7)

o hone1 eacute UI ser de relcccedilotildees COtlO ser consciente dicmte de nfl tureza ecircle nca cpel1CS c conhece L1oS troneforna-a pelo trobclha h ncnizan~c e ctrcveacutes do trcbclho se conunico eoo os outros honena Este conuniccccedilco entre os honens pode ser feit~ sob ducs forocsl de reeonhe~iDcnto e de douiu~ccedilCo

A conuniceccedilco eacute de reconnampuacuteinonto q~ndo uma pesso procure ~~~ tor a singulcridcde de outra nunc atitude de reconheciuwnto e de coor qucndo nco h~ conuniccdos j nas conuniccccedil~ qucndo nco heacute ct~~middot tude de deBpotisoo ou de sinples indiferenccedilc pelo que o outro eacute nas sitlum atitude de CJ10X e de respeito pelo outro 0000 pessoc cono sujeito COLlO ser presente-no nundo responseacutevel pelos outros seres Nilo posse elessi cr neI1 definir o outro 1 mcs ccredito nele c o resP Ed to Enfim c cOLluniccccedilatildeo sob e forJlc de reconheciucnto eacute equ~ la que se dirige co sujei to e quer sue reclizeccedilco oono pessoe coco liberdeee qucisquer que sejen seus dons ou defeitos

Acirco contr6rio c couuniceccedilecirco se fez so~ e fornE) de dO~Jincccedilecircoquca do treto o outro COilO objeto quendo o treta CODO U11 auscmtc 00110

un repertoacuterio ele dominc~co qu lO podu ser uacutetil ou cano Ui1 instruuc) to ~ minhe clisposi2coll Enumucl Eounier f O PcrsonclisLlop 63) Hn re~cccedilecirco de cloLlIacutencccedilao o qu ccontGce oacute UJl iechcnonto socircbre O cu N~o shy

hcuu BoviwmtodQ 2l pcrc O tu~ e fir1 de se chegu ao ~1 estebolg condo cs uumlTl bcses ro~is uw l1undo do crioccedileo hUJ1Cllc Fincll1ontc pocle~se dizer quo e counicoccedilecirco ele doninoccedilco rigoroscDcnto f c1cndo

N N N N

nco Indo suumlr to~ 0010 C ol1uniccccedil 00 porquG nco hc unc rolcccedil-o do eonsciecircllcics ncs cponcs cOlunicedos ou inposiccedilotildees entre honens

Lbrowos r t cu que u c t r[wes d C comunJccccedilco cntVi C~1b I ro os h ODeus q~e o hO_lGLl recrio c Ci~ ~middotQDQn to i pcrticipcndo t CSSIacuteLi t no c to de Crif geo EstL COUll1iccccedilotilde-o ecircste [to de CDor eacute o reflexo do Deus na criashyture t rio lODOU

NIrbullcs c nluni CCccedil co entre Deus e o hOLleo nco se r~ SUllG nc obro do bull I

crJcccedilco 6l )U8 Deus se Imnifesta poreacuten eacute um~ relGccedilco que continua a existir e 2 reclizcr-se c trotildeveacutes dos teupos e que v~i cteacute a Pcrus1~

6

Natildeo se pode falar eu cormnicnccedilatildeo desoonhecendo-se os meios que possibilitem sua realizaccedilatildeo

O primeiro decircles eacute o lrab_2J11o O trnbclho cooo j5__foi c1itot~ansect forma e na-cureza y ateste a vide hunane e e aperfeiccediloa -S e tclben a nosso ver o principel meio pelo qual o honem se comunicc COB os ou~ tros homens

Ao lado do trabalho outro ~leio de comunicaccedil~o que mereee um real - t t daes aque e a ~JLu~aJLao Se entendernos e ace~ armas a e uoaccedilao omo pr~ cesso global de reelizaccedilatildeo hUllllme que iaplica eu accedilatildeo cperfeiccediloadorc nco soacute por pcrte do educ2ndo Em8 tG~1beacutem por perte do educador procosect so pelo qual o honeu cresce no contato eoo os outros h011ons e 001 a nCtureza tr2nsforwmdo estc em cultura e conunicando-ee com os outroe

t 1 d n e ducaccedilco soro necesser~cl]en e a~a ogo sera I1e~o o COE1Ul1~CCCcedilco ou a comuniceccedilatildeo por excel~ncia

Outro meio que nos pcrece UlJ dos wuumls espontecircneos c por isso I18sect

OOUI dos mcis rioos eacute G Ete_l-012~ar A arte populr lonifostc a sensibiliclcde geral dos que c praticCil por UL1C seleccedilro de lotivos que sco ume espeacutecie de lingucgeJl oifr2da Por detraacutes desses elOiwJltos apashyren temente sinples apcrcnteilcmte desconexos mui tos VecircZiCS 00 observS

t N f t bulld or es t remh o e pouco d esev~scoO 03 00 cs ~n ~n~ es e ver~aiacutel~S3~Ke ex pcriEacutelncics relizcdcs por m1i-bcs geraccedilotildeos (IIEB Justific~ccedil2o de lIVi ver eacute Lutcr p 86)

Ao lado dessos meios tclvez os a2is ricos lembrorelOS OUbros 02 110 veremos c seguir

L QQPv~~_rsQ por e~eLlplo eacute Ul1 decircles No meio rurcl sobrotudool2 tono o lugcr da lintUcgen escritc Lpresentc-se sob os forlcs Dsis vcshyriadcs I desde os ilbate-papos os liDoxericos 1i oteacute os notcias que s~o trczidas dos oentros urbonos atrovGs do Severino que foi c feiro ou do chofer de ocninhOcirco que pcsse todos os dics 11 estrcdcbull

Ao Icdo ele converse orol outro Deio de coouniccccedil~o que uercce ser lembredo eacute ~ 9orr~on~~Icj_c ccrtcs d negoacuteoio assuntos fc1ilic shyres pcrtioipoccediloes socicis eto Tudo isso e cssunto dr converse ascri shytc Reconhecendo a ililport~l1cia decircsse Deio lar1ontcoos o fe-to do Lmi tos homens n~o o podoreo utilizcr parc 80 OOrluniccr eoo outros hOlJGns as a cOL1un~caccedilco ~ s t coril o IV~Den t o d c t n-oc d ~~nc~a aOSOl1VO ocn~ca N prrou ci Houve uo ercnde cperfciccediloL1CntO liiacuteovos meios surgiran tJleacutecrcfo telefone iaprensa r5dio cincuc televisatildeo etc

o te~bgr~fo por exe~lplo vaio resolver o problerlc dr rcotildepidoz dr comunicccedilco uumlscr~ ta eilborc 8ejr UL leio ustdo qu~so quo c~clusivrDonshyte nc zonc ul~bncbull J2 0 tuumllofone necirco soacute fccili tou L1cs t-Llbbruuml foi UDa sOiuccedilao pcr COlSCs CTI r~gc GGg~en UH rU~uCS que t es ob tOr~c1Cm t c

cont1to direto ou escrito Desdo os reccdoa utilit~rios os ch~nCldos o

7

bullbull

e pedidos de fornecin8nto ctC os siuples bcto-prpos o telefone siJ shy1 f t t R t 1 b bull (lUP J Joou nuJ o c CC~lunJC-Ccediloo c CJs nOJe es c 0Ll rer 1ioa~vJe c ~ t lo no nosso pCJs esse -18JO ele CODU11JCCcediloO S0 ros rJngc quase 2pono8 c

tzona urb cne e cssJr1 UClSilO prGocrlc10n e

CorJl relccedileo c~ iruumlpronsc podo se dizer quo lc foi 9U030 Ull suco A N - A

dana0 de convorscccedilco orel e de corrcspondcncie COLlO est2 t ele uuml touumlshyb d d er1 voa c UD grcn e nUDero ao l1OrJons

O hOLWD ctuclBGnte t conte cor outros rteios de OOUU-YJ1CCcedilCO

O oine~ por exenplo quendo beD reelisodo eacute uu dos neios noisbull bull 110 d d 1 t rJcos CJneDc G U110 espcele e De JoClor en re nos e c proprle VJClc

entre os ngtssos olhos e dos outros llomens Atrcveacutes do c11180 o houon torna-se trc~nsporente i luz eloqientc dirige se pcrc o rosto os olhos que nos revelcl c SU2 personelidede Uco Llportc quo seja o

t t t fN U t vlgCrJO o pros 2 u C ou o or 00 112 purgun C seLlpre G I GljjC que]H HA

Sco eles CruzcDos diricllente COD centcmes de pessos nca neo nos encontrDos Feltc-nos teopo pcrc isto e sobretudo disponibilidede Eol olhemos o proacutexirlo O hote~ torlo se UD eoisu u- objotol pcrc o Jutro hOD8l 1188 o cineLlJ nos obriga senpre e pergunte qUOl s~o ocircles E ueis cindc nos leve ~ indcgoccedil~o qUCD sou eu (Guido Logger sscc Educar pare o Cineua ColoccedilGO ~ducer perc e Vide Cedorno 2Peshytroacutepolis Vozes p 7) Coo VODOS D iuportecircncic do cincua OOilO l1cio de conunic~ccedil2o t enorLle InfclizJonte eacute tc-beacuten G ~oIillClc rcstl~i to c zono urbcn c bull

(J t d d middotun o 0 ro -20 cpeser e sr ur iJeJO Donos rJCo quo o cJl1euC t

sue penGtroccedil~o c-uuito D~ior O rtdio chego aos lugaros do acesso ixds difici Por seu intaroacutedio o honen de zonc rurcl por oceuplo podo tot1c~r conhEciJcnto no soacute do quo 80 pcssc nc~ cidcde proacute~i~l~ 1~CS tCj~1-beacuteIl no p2is no rundo O proacuteprio middotfeto de o reacutedio ser utilizdo cono UiJ ins trunento dE oduceccedilo Oacute UL1 prove de seu vgtlor

Entre o Oi1101C C o reacutedio poder-se-it) situer o te18visecirco Necirco res t duacutevidc qUG G U1 elos Lcios 1i8 Dod)rnos do conunic-~ccedil2Co~-middot-que nOD

seGpre 6 be~ aprovQitdo Sue influ3ncia ontretento fico licitada co Deio urbeno ou colhor oos gr~ndcs centros

middot T d cvJ e ncO so pode flccr prosoAost0S D010S de coo c COu11CoCcedilCO

10 sendo os uacutenicos Outros eJds-cer e dCSClroqI1hD UD pcpel deoisivo so bre es populeccedilotildees co~o eacute o ocso dcs estrcdcs que pouco c pouco vOtildeOacute ligendo deg pois todo Sobretudo o tr~fego ceacutereo inpriDc e estos co~un ccccedilotildees a repidez do seacuteculo

A tu-liiacutel mte j~ nco constitui novidcd0 clgune dizer-se que grcJlde nUacutet10ro de brcsiloiros no pcrtioipe de vide culturol do Pcs Nel se] pre poreacuten se teu consciecircncie de Que c ciorie dos horous 1S0 ti _tu

bull 8 bull

10it~ dc 21lJ t~f rillS sim Qbjcto dc cul tUla de una li~oric e que o de sn~vel cul tural proporei ano UI1 tipo de i2crginclizcccedilco que dificulte e proacuteprio conuniccccedilco entre os homens e entre os diversos grupos soshycieis

o desniacutevel cultural gere COUUIlOnte desniacuteveis nos plenos Gconocircoishyco sociruuml poliacutetico e religioso Por cCuse decircsse desnivolanento e sociedede bresilcirc cteacute hoje esteacute forocdc por grupos culturclu0nta e strctific-dos Nco foruumlc UrJ tocio t no quel o rasul todo dCs olcboro shyccedilotildees cultur~is eacute pcrticipcdo por todos oesoo que ecircles ~~o pcrticipeo dcs oeSLlC8 etivid~deacuteS ou no ueSLlO niacutevel Todos colcboran 112 oleboro shyccedilco oul turcl uCs nen todos taJ tido oportunidcde de prticipcr pro shy

bull porcionclnonte dr suo 8ignific-ccedileo Ore isso nco podo ser coeito ~ preciso trouumlher por UD tipo de socicdcde eL1 que se aceite o so epro voi tee oontribuiccedilco de todos s preciso trebClhcr por up tipo de 80- ciedcde onde o oulturc suje cepcz de sotisf~zer ~s verdodoircs e toshytcis necuacutessid~des do houem

tI d-- necosscr~o ~r bOl clCro qU8 qU1 quer t N o~cs G ~n uumlnccediloo propor shycioncr co houcu 1lgun loio do il-lhoric cul turl teLl quo prtir decircle

e h Jvo raSSDO TGJ-S8 (Ueacute pc_r t lr d o prlnc~p~o que AIc oucn o o 10 t pr~u

cipc_l de sue proacutepric forneccedilco TOl-se que cjudcr o houou e se si tU8r eu seu contexto e scb0r distinfllir o que o difercnci1 ossenciclL1ente ds estrutures sociis dos conclicion~i8ntos de n1turczc c dos outros hO1ens 11 A priuoirc terofe do crist2iacuteo sc rochlOnte for crredo de

d e t f OSSi3S d obI- SUJClCO t lo scrlco e rns orucr nOeacuteOnSG JGtO GI c ornoshyrG_luen teilcgel de Deus se outoconfigurcnclo bull TI) so este cutooonfigushy

so so pod G f czer nc t t~Vldcde conSClOnC~ose ov~shyrcccedilco ln erSUDJO dente quo o hOiJo nso pode sor suj i to de cul tur sc so intogror no processo culturcl socil G hist6rico

RetoJl1CO ncis ur~ vez o cua j~ foi dito lonbrc~roDos que D

eccedileo hUHcnc per ser counicccedileo -elos honans entro si ter sClprc une d~oanseo socicl 1l cul turc protildepricwnte di tc nco eacute o produto dc 0- ccedileo do hOtleLl singulcr l2CS dos hOD8ns socicloGnte relrcioncdos Se e cfirncccedilco do hocen ele n turezo trcnsoendendo-o e trnsfOrj~lcnshydo-c 6n teo el eacute 0010 prosenccedilc c~o homeo no rlundo elenento de ligoshyccedil~o dGS hOBens entre si~ por isso ten que ser vivida por todos proshyporcio~elnento Cricdores decircsSG ~undo humno todos s~o rosponsaacuteveis pesso~uumlLlimte 8 8ilqucnto todo sociol pelo justiccedilo e injusticcedilo do or-

A shyden hUD~no de que eles so sujeitos Aceitcr ou recuscr injusticcedila1

(~c oreleu 20cic~1 n3o eacute torefc do hOllel isolcdo DC-S de toclos os honcns mqucnto secircres conscientes livres G c o JlUni teacuterios

A condiccedilecirco priueiro pc~r~ quo o hOrl211 s~ ~001izc COD0 pOSSOB e

que os direi tos que 8Llcnau de suo proacuteprio neturezc sejcl respeitcdos Dntre os v~rios direitos scliunt~rcDOs os seguintes

9 bull

tA bull direito e eX1senc1~ bull eacutetiroi to 03 [leios l1cousstrios prc viver dignDL1011~O ~ direito ~ pesquise do vurdcdo e c infor~~ccedil~o vo=dico sabre 03

oconteeiuentos puacuteblicos bull diroito D p~rticipor dos bens do culture o ~ oduccccedil~o

direito yscolher livro~o~to sou prampprio ostndo du vider

diroi to trcbclhcr liVrElllOnte e de flOdo hULICnO J ~ N d bull o oons1re1uO oqU~S1Ccedil~O de

direi to [ locomover-se clontro de counidcde poliacutetioc diroito o associ~r-so direito c pcrticiper ctiv~~0ntc de vide puacuteblico

bull (pere ULl estudo deste prte vuumlr ospocicljJcnt~ c encolioc eGD in Terris paraacutegrefos 11 c 27 e c Doelcraccedilco dos Direitos do L1el de ONU t 011 1948)

Couo os direiios do possoo ast~o bOE axplicitcdos no p~ocu in Terris e CODO o tono Cultura pcrticul~rjJQnte no osp0eto do nU8ossidoshyde de todos pcrticiporc~ o cprovuitDro~ dos benefiacutecios de obro cultushyrol ~ abordcdo 00 outro perte do Fund~u8ntDccedilno verODOS oqui epencs o cspccto referente 00 direi middotto que middotGodos os hOiluns tOcircil Oacute instruccedilecirco o educcr-sc

Como j~ foi visto cduc~r ~ l0vcr o hOill~D c t08~r consci~ncia da S8U ppcl d0 sUji to do clmdo 6 illtogrcr clguOacuteLl n~ obro cul tur-l nc dh t occcedilco o 0-011 que rcnsforlc o nrdiurezc A educcccedilo e UIl~ oaG~ncJc uuml

Uil direi to ele todos Ul conc1iccedil~o pr~ quJ o h0L10 se roclizCi c so Af1rre aouo pessoE

Hd d t o d cut t d cE) uccccedileo uumlvero ser u 1nSl1ucwn u o-conSC~Cj1 Jzcccedilco nu grondu co1tiJiacutemto huneno quo vivo otilde llcroacuteoIl d- vide culturcl Di) voreacute ojuder o hOI1oU e tOoos os honollS a S0 de silnvolvoreu G c se intoshygrcreu no couunidodo trczondo pare elo os riquezas individueis o do grupo Todavia pcro que iste econtoccedila n uacuteducaccedil~o teu de ser pfrc tE dos tera de ser pcrc o povo =os que se exige dD uuo 0duccccedil~0 que so quor cbertc c todos uno educcccedilatildeo poro o povo Exige-so que 010 sirva

iE t od os e nlto cpencg o esmiddotcc ou oquelo clsse c estes ou oquoloB n-t~recircsses Oige-so que sejc flexiacutevel e responde agraves necessidc-dcs e ex gencics dos crcndes setocircrGs sooiois cnergentes c vide l1tcional

esoo10 couo instruDcnto d~ do~oerctizcccedilampo de culturc e~bGr~ n1o ~pencs orientar os que c procurnn DeilOCrctizedo sue funccedilotildeo sur~ ncis Llportaute reprflsentar o povo integrcmclo-o n sociodcderaquo necirco pcrc quo ~le se torne consuuidor pcssivo do u1c cultura que natildeo f3z

- ocs pcrc que sejo trcnsforuodor ( criedor de cul turco

Podemos concluir Qste i toa dizendo n8o se pode cccIacuteiicr uu odushycccedil~o 00 quo t5dc e quclquer plt880e nco encontro oondiccedilotildees pore uo cutentic~ reelizeccedilco UlJL ecluc~ccedilecirco que nco possibilito o rGalizfccedilecirco dcs exigol1cics de hUDcnizcccedilecirco senpre cresclmto d possoc htE1Dilo

bull 10 bull

11 d t 1 d 1 dmiddot bmiddot s t r ~ c O si~ pvssor 8 8 C -1) O SCC1C qUiacuteJ n1nguel1 pO 0 ~ --- L

llccedilSiJO O viver n(- nod v01ccr co Pi SOL 1wnbrer-s0 elOS ili1OS ~ ~ fmiddot

propr10 d0 cCde hOilOl ctingir sue p-r (iccedilco nc COiUl1lC~CcedilCO COE os outros Tl socicbi1iclcdt) i priilOiro lu~cr SU 8xprine nc cOLltmide d( fclilicr ond o hOllOl~l 0 c _ulhQr constituiacutedos n ~_[3~_4iuli9-qs so ordene1 uu co outro cos filhos pelo vinculo do cDor pJssocl ll

bull

Prre quo fcLiacutelio cjude ruacutecluente c rcclizcccedil3o de seus lllbros 6 necess6rio Que ele decirc eonciccedilotildees pcr qU0 todos d~sonvolvcll sue pIJrshy

bull sonclidcdo u hcjn uc vordcdoiro respoito e cccitcccedileo antro todos ~ Jf d cdrproc1so qUG sOJcu cC81tcS todcs cs Q1 urenccedilcs C V1 C propr1c U0 LO ~

UH cssio COI10 sucs inicietiVcs Isso soacute Se processe no QntcllcG qucn do heacute roeln-n to c orficnccedil c bull Jll tG ajUS Dunbros quc~ndo h~ COiu1ic~~ccedilecircotilde ErJ ULle pclvrc qundo h~ caor

PCrtindo dtisscs cloc ccedilotildecs ampo-nos conte que o middot~binto oni 1 soe Ul 1b1011t e -COCtOS Su r0 lJZCll qUnd o G0US Q bull 81cr onou L~OLQl(l~_

DO disporsos p=los unccrgos qu~ tGu for~ da ccsc so suumlntu~ felizes quendo se GnContrcll ou C]u-ndo os filhos gurrdu d-~ inf~ncic ou de juvGntudlt c lc~br-nccedil- du ua l-r onde cncontrcrcJ1 clOr Cf por isso

l J Omiddot t conuJccedilocs pcr~ su uosbnvolv0re~ S pc1S qua procurc~ crJcr cu oucs

P

CS occsiotildecs ULl sabi0i1to ojldo os filhos sojml considcrmlos COLO sujuumlishytos t COi10 soros dotedos d0 cOl1sci~nci e libordcdc sco sJ71prG r(COishy

Iiacutens- d s Lmiddotmiddotmiddotmiddot~brnmiddotmiddotmiddotos ~ 1nc~- ~ lU~ f~middotmiddotl1llmiddot on j s u UO n --Dros tJo ~JJ ~ oIl~ t- d - - 1_114 tond n

v c rdcd i rC1i utCJ t c rocliz8rJ~l-sG n2o eacute cquol2 onde h5 lUi to Ginhoiro I1CS onde h~ U11 lliacutenino da condiccedilotildees hUl1cncs uuml clOr onde toeos sro trs tedos co~o suji to o nco nOLiO coisa (VGr Jeccqu~s L8clorq Vore UIW

P~lIacutelle P-ris t d UniV(1~8i trircs 1962 ccpV)

A feJiacutelie t8D dirQi to e c-rtcs condiccedilotildelts tento do l1ctur0zc ecoshynOcirclica G social coa0 cul-curel ~lorcl que contribuCiJ pcxc consolida lc e cLlpcreacute-lc no dos0mpJllho do sue funccedilco (PTsect16) 802 lS lliacuteniIleOshycondiccedilotildees Gl h~bi tc~ccedil~o c de ltJsccbi11d-de 8conocircuice por oxoplo c f

1 d d b 111 ~C neo po uumlrc 11JU cr c todos sous Wil ros c sc Qcsenvo VQrOl o [1

s~ ro~liz2ra~ co~a plS80cS

Por outro ldo ilCOLlpotc Cos pcis o prioridcd0 do eacuteiroi to N 1 I ~) A ques t co do sustento o oducCccedilco dos proprlos f11hos PT ~17 80 eles

os educodores netos do seus filhos 1l U8 diriaacuteto L1[8 ( tcnbeb Ul doshyvor qUl corresp mdG co diroi to Que tel os filhos de exigir decircluuml6 ecircsto cuidcdo Dste oduccccedil~ot co~o o sustento aos filhos davo prolongcr-sont t t - qUl os es 011 COn01ccedilo08 nortle18 posscn v~ver por oon ~ proprle bull

roclizccedil3o de uu f~liacuteli~ no dcv t ~l

teric ~s qUG tecircm condiccedilotildees pcre qU0 seus m0~bros 80 rGclizo~ dGVG~ sr UL1 COlSC 013018 cUGJ ~bull

shyder UL1 pouco d G 81 C outres qu nca goznrl decircsses ~osuo vclampras

bull 11 bull

A pessoa por essSncie uu ser soci~l Por ser U2 todo ~b0rto e gneroso conforoc ~ oxprossecirc1o de lseri tein eacute que lhe uacute peculir un corte eburturr - cO[luniocccedil~o Q quc 01- teLl que vivor 0-1 sociodcshydv ~ no oontQto 001 os outros houcns no dieacutelogo quo o hOiJon so dli scobr8 e se integr ne couunid~cle 1 couunid~de aebo cjudcr o hoshyne1 c c tingir plenewunte sues porfiacuteJiccedilotildees c se roelizer

Segundo Leco XIII II Cbull soci0declo nco foi ins ti tuiacutede de lodo quw o hOlJOL1 c busque 00110 ULl fiLl i~cs pcrc que nele uuml por ole posshysue neios eficezcs per~ sue proacutepric pcrfoiccedilecirco ll (SC194) TI Joco X~III ne Pecon in Terris ll diz quo II sando os honans socieis por ncshyturezc ecirc lister que convivQu uns cou os outros Q prouov[~n o bca uuacuteshytuo Por este rezatildeo eacute GxiGocircnoie do u~m sociedede hUijnc bel consti shytuiacutedc que ~lutueuentG sc jeLl roconhecidos e cULlpridos os ruspoctivos diacuterGi tos e dGvres SO[110-S0 itUQILonte qU0 todos dcvcn tr-zor D

sue proacutepric cOl1tribuiccedilecirco c oonstruccedilecirco de uue sociodedell(PT 31)

lIGs C construccedilatildeo elo Ul novo tipo dli sociuacutededo de U~lo sociodode D~is hUDGnc duacutependern d~ col~borcccedil~o de todos dns diferontes rolishygiotildees dos divorsos grupos ~tnicos ou idooloacutegicos O cristco tOil que oster presente nesse novo tipo de sociodode Sue presenccedila eacute exigide pele ceridc~dc e eacute Ul1 iupcrctivo do proacuteprio Evmgolho Por outro lc-cla esso pruumlsonccedile tou que ser efetive orgenizc~de t preciso d0scobrir unc fOrrIo que Delhor possibilite c todos porticiper ctiveLlonto no sociedcduuml 0 de exercer plenruluumll1te o pepel de sujeito ne construccedil~o delo O hooeu CaDa sujeito de Histoacuterie n~o pOdO dcixor do p~rticishypcr direte ou indiretcilOnte de vide puacuteblico Sogundo Jono XXIII bull die c dia so torno une exig~ncie da proacuteprie dignidodo hUrlono poder toner perte ctiva ne vide puacuteblico aubore verie e Bodelid-de desse

t middotmiddot 11 (p 7 ) per 1C1pcccedileo ~ 3

bull 12 bull

bull

BIBLIOGRAFIA p~R APROFUlTDiIEHTO DESTA 1amp PLRTE

1 Lebret - lIcnifesto por uua Civilizcccedil[1o Solideacuteria Livrcric Duca Cidedes Sno Pcu10 bull

2 Joffre DUL1DZedier - Refleacutexions sur lEntrcinenent ~(mtc1 PEG Peria

3 lkul Lcndiu Educcccedilco e Conscientizeccedilco Docuoento de Estudo elo LI~B

4 ELliJcnuel ounier O PorsonclisLlo Livrcric 1or~is Ik1i tocircrc Lisect boc 1960

5 Rocno Guordini - O l_tmdo o c Pessoo Livrcric Ducs CidcdcStS~O Paulo 1963

6 Jean Louroux - VOC2ccedilco Criste elo HOL1er~ FlcDboy~nt

7 Jacques Leclerq Vers lln0 Fcuille Nouvelle Editions Universishytaircs Pcris 1962

8 JOco XXIII - Pocen in Terris Editocircrn Vozes do Petl~bpolis

9 Henrique Voz - Iorol e Rosponscbilidado Socicl t i postilc de Esshytudos do 1iliB

10 Pierre Furter - Propositions p0ur une Etude de lAnolphcbetis~lC cu Breacutesil (uiueogrcfcdo)

-

2 ORGANIZLCcedilAtildeO

o trsbalho pareoe ser a primeira mola c~ue llOtivou algum tipo de orgcnizaccedilatildeo social de orGanizaccedilatildeo de pessocs CO~l um fim comum detershyminado natildeo nos estamos referindo ao tecircrmo trabalho como todo ti

IW ~po de accedilao humana t mss a p~oduccedilao de bens e serv~ccedilos para consu~o_ ~ difiacutecil imaotildeinar como o interecircsse dessa produccedilno edge a comunicaccedilao de experiecircncias de novas teacutec~icas de deseJOS e Gxpectativas quanto agrave boa diviseo dos seus frutos qua~lto enfim agrave Civisatildeo do trabalho ~ ra melhor atender agrave produccedilatildeo

J3ergson diz que o primeiro homem eacute o uhomo faber que usa sua inteligecircncia para a transformaccedilatildeo do mundo eu seu proveito e o distin gue do homo eapiens ll que posteriormente 8J)arecemiddot como aquecircle que iE terpreta e explica o mundo sem proveito ce COnSUIlO Hatildeo nos interessa discutir a justeza dessa distinccedilgo mas verificar a importacircncia que tem o trcbelho proagraveutivo (do homo faberH ) no primeiro momento em que surge o homem como tal E lembrar que a organiz~ccedilatildeo da sociedade procura ser uma racionalizaccedilatildeo da melhor maneira de se obter um oacuteti shymo de consumo de bens e serviccedilos seja por tocircda a sociedade seja por um grupo ou uma classe etc (bens que soacute poclea ser obtidos pelo trcba1ho humeurono)

~ntre as funccedilotildees da famiacutelia em tocircdas as sociedades (ver item s~ bre Estrutura Social desta Fundamentaccedilatildeo) as mais oomuns satildeo a pro shycriaccedilatildeo a satisfaccedilatildeo sexual e a produccedilatildeo sabemos que nem sempre

I l d ~ 1 dI t 1 t nOSsa sociedade bull Em muitos Ccsos o cesal continua ligado agraves respecti shyvas fa~iacutelias de origem se01 constituir nove fL~iacutelia s r mcrca distinshytiva decircsse tipo de famiacutelia eacute justemente o fctltgt ele constituir uma unishydade de produccedilatildeo e consumo = se o trebclho une tcmbeacutem divide pois algum tipo de divisatildeo eacute necessaacuterio em quclquer orgcnizcccedilnoJ a divisa0 do trabclho A divisatildeo do trcbrlho eacute o priBGiro tipo de distinccedilecirco de J~jiSecirco_c~ia~ que se conhece 1 presente eIil toclo e qualquer tipo de sociedade L~ compreendemos o fsto de diferentes pessoas exercerem a mesma tarefa produtiva em ~iferentes lugcres ou horas como cocirclher frutos ehl ampois bosques diferentes ou por turnos clterncdos o f~to de pessors diferentes exercere~ tarefas imediat~Jonte complementcrescoshymo o caso em que uns cpcnham os frutos e outros jUltom um faz as 00shyves e outro lanccedil~ es s~mentes ou taref~s natildeo imociatomente complemen tares como uns caccedilarem e out~os pl~illtarem ou um dirigir o trator e outro plantar Agrave medida que a sociedade se toxna m~is complexa por shyque o nuacutemero de funccedilotildees e papeacuteis a representar so multiplica vai- se perdendo c no~atildeo dessa complemantcriedade E nasce o mito do homem que IIse fecircz sozinhollJ eacute o horaem queacredita que nao deve a ningueacutem o seu suoesso ou sebecloria 011 experiencic De feto que rclcccedilatildeo pcrece ter um trabclhcdor rural quo natildeo conhece cc1ccedildo COID um operrrio quo

o casament o e ~ga o [ 1ei1~ ~a cu mlne~ra como se r c uo men e em

bull 14 bull

trabalha em fnbrica de sapatos Como nco sa vecirc relaccedilco imediata a tendecircncia eacute de se crer que nco heacute rel~ccedilatildeo elguma

o Erasil tem seguido clgum tipo de poliacutetica econocircmica consciente e mais ou menos planific~da haacute pelo menos dez anos No cnt~nto soacute

lt ino mJmento em que umc pol~ tica econom~ce pro-uz rGs~ scoa v~s~ve~s ~~

mediatcmente (desemprecircgo perda do poder amp0 a~uisiccedileo do bens c servi ~~

Ccedil06 por perte dos assalariados etc ) e ~ue 80 passa c~cr con~~onc~~

coletivorllonin da reloccediloo entre UDC politiro e o dia adio C o c-(lil trlJ~alhf dor Eo e1tc~1to essa relcccedilco sempre existiu e ~BS10 o fato de nco se ter UJc polt tica econocircmic8 conscientemente defuumluumldc produz tmbeacutem seus frutos pcrc ccda cidcdatildeo A coploxic1cde c~s L1terreloiotildees 50 cieis foz COIU que se perca ccde vez mois o ncccedilco de divisco do treshyOolho e conseqUentenente ele suo funccedilco soci1

Que to neis complexo a sociedede qucnto J~middotior c nuacutemero eacutete funshyccedilotildees e papeacuteiS diferentes c cumprir e rGpresenc2r l2ior se torna o deDendcnoia do homem do fruto sociol do trsbclJo Nume sociedade bcse ad no extrctivismo isto eacute cuja subsistocircnci- se bcseia nc I1penha de oonsumo produzidos pela natureza eacute ben mais posslvel que cede um seshy d t o b tAJa cepcz e execu er todes es funccediloas neC0SSor~as 2 propr~a su s~s cll

Qla J o mesmo nuo acon t ece 0B umc OOil1p1exe como o nossac SOC~GCeCle

e~ que co mesmo tempo oria novas necessidades pare os homens e es ~S tisfcz Bm uma cidade um hOillem que nco ~cccedilitcsse quclquer tipo de re

N ( Nshy

lcccedilco socicl com os outros homens o portc(lto neo comprosse nco venshydasse 5 n~o troccsse nco pedisse) primoircmente nco teric cso netl raupc ~ teria grcnde dificuldade pcrc febricor um linho ou ender muito at6 encontrar Uille eacutervore ou qulquer plcntc que n~o tivesse sido plentcdc ou cuidedo por outro homem =esmo que nco se trctesse eacute1c um homem de cidade o probleme n~o serie menor pois o mlnimo c di ~ z~r sorie Que ecircle certemente uscric os conhecimentos adquiridos dos outros e trcnsmi tidov por ales -__- - shy

22 Coopercccedil3o

~~ssa diviso do trcb-lho ncde mcis eacute port2ntot que um tipo de ecircoopereccedilco A cooperaccedilatildeo eacute o fenocircmeno de interrcloccedil~o sociel que cQ mo vimos ~CilllC e nos i tens reltivos otilde comHB9_es3amp ostecirc ne b-se messhyme de vide hum-ne ~lG pode oer meis ou menos evidente c mGis ou me shy

Anos obsourc mes este sempre presente Sebelilos no entcnto que se tQ de coopcrr~eo eacute de clgurn forme consciente (impllci ta subentendidr) ele pode neo ser expltci te (cLrcmente expresse) pcrc tocircde sociedade em todo momento De mesmc fo~mc tocircd sociod-eacutelc eacute orgenizedc e tocircdo orgenizcccedilOcirco eacute igualmente consciente (eL1borc nem selpre explici t~~m(mtc~ Viwos no entcnto como eacute ffcil perder-seI em um sociedodc ccde voz meis complex~ como e nosse e ~res~p~ desse ooopercccedilOcirco e desso orgcshynizaccedil20 onte ccda consciecircncie

De clgume forme poeacuteLe-se portrnto dizGr ~ue tocircdc coopercccedilco 6 dz -lgum modo orgcnizada Por isso qucndo dize10s que ht ooopereccedilatildeo noo orgcnizeda e que temos como objetivo e cooporcccediluumlo orgenizeda eacute

bull 15 bull

preeiso que scibcmos exatc~ante o que queremos dizer para nco co~e termos engcno

~ freqUente como vimos que a dependecircncia social do homem no estGjc expliacutecita em determinados momentos ou sotores de uma socieda de Vimos por exemplo como eacute comum c idEio do homem que se foz sQ zinhou e t~hloS notcin de importecircncic decisiv que ccde grupo etri shybui ~ sue proacuteprio funccedilecirco no sociedade Ume freso muito comum refereshyse ecircs clcsses produtoras ll qucndo hll um pronuoiamento ou ctividcde

bull 6 shy taqu-lquer J QUC reune cpencs donos de grcnde 6 ~roprc S=6 e noo o ca cs pessoas que produzem D co ~osmo t~wPOf supoe que haja classes que n~o nroduzem o ~ue pelo Bonos eacute difiacutecil de cceiter senl que se de

J IJ11termine de qu~ tipode ~~d~~q se este trat~ndo De mesma forme o

bull oouum a roforoncie cs clcrsos trebe1hcdorost qucndo scbemos que trc bc1ho ~middottocircdc accedil~o humcne oomo jeacute foi visto no itQ~ 12 de II Perto duumlstc Fun~~ontcccedilecirco

Isso tuc1o proveacutem de ttI compreensecirco Llcoffil1letc de profundc 1~ terrel~ccedilco sooiol que liga os ho~ons e ~s VbZCS do esquecimento e~ que c~em os objotivos o ~B f~~9otildees quo der~ origem ~ dctermin~ shydos tipos de COilportrnento ficndo npens ~stes 111tiGlos~ o que cQOnteoeu t por exmplo coc dcnccedilcs ou festos folel~ricell sendo o ccso ncia ri tente oio o~rncvel cujo relccedilecirco com o Qucresma perece hoje ~rc coincidecircnoia

~

Com cs tormcB clc3sioacuteo8 uumle eoopercccedilco aconteoe t mesma coise Os Obj0tivos podem 1ereacuteer-se no esquecimento e tpel1CS peranecerom forshyms de eomportcmento nem Sef1pre mui to compreensiacuteveis E 1sso torno [lcil percebermos como nco 6 s~ o esqueoimento dos objetivosL mas t~nbm o de especto~iacuteundmenteia dz ~rlte~A~~~~~ de eoopereccedilco que levem c quo certos comportmcntos nco produzem os frutos que ser1~ neeessnrio produzir~ Coopercccedil~o nco orgcniz~dGf ~ portento c 80010 re9ecirco oneleoa objeacutet1v08 neacuteo esto elr-rmente determindos e onde os meios pcrc otingi los nco satildeo eficientemente escolhidos Chcmcreoo~ co contrrio de coo~ercccedilco orgcnizde cquele o~ que seus pcrtic1p~ te~ deterIllincm os objetiv08 c escolhem 08 110i08 meis eficiantes e cdeCu~do8 p-r~ Co tingi los

~xista~ m~ltiplcs rorm~s de coopar~ccedilco nco orgniz~do n~ vidn do no~so h~mem rurcl O mutiro ~ c foroc meis ciiacuteundid~ a possivol oenta meia oomplexe de eOOpGrc9~0 no meio rurel Edsta em todo O Bresil com nanes divereos (ver a Justificccedil~o de ilViver eacute Luter) bull Co~siste essanci~lmenta em uu tr~b~lho volunttxio feito por veacuterics possocs prc ctender c umc necessideuumlo espccficc aerclzente da un peSaDo ou fL1lic que prgc com comccedil8 Q bebes Poco ser pedido pCillo i~tampresscco ou de inicictivc da outros qun~o tone o none de trci shyccedilco EB clguns lugnres eacute S9~pxe UfJC inici~tivo co pctratildeo ou propri~ tlxio que pcgo 0011 fcrt distribuiccedil(o de bebiqs Cono 0steacute portu to OOllunente cssooiedo tI feste CU0 o illt0resscdo PrOIlove no fira de joru-dc Ll clgu~e lug[res c pclvrcl ficou corno sinocircnimo de feste

A troce de dics eacute tcmbaacutem muito comum e consista numa troce de dics de serviccedilo entre diferentes passocs ou fcJlics Um ~gricul tor

bull 16 bull

pede ~ um grupo de amigos ou conheoidos pera cjud~lo em daterm1nnd~ tcrefn e os pega em outros tentos dics de serviccedilo

Um aspeoto importcnte do desenvolvimento do Pro~r~n eacute justcmen te o levantcmento c desoriccedilatildeo e n oriacutetica desses formes de coopere-9~O Com relnccedilEo a esses formes podemos observer o seguinte

le) sucnto cos objetivos _ ~ importcnte que ecircle s se tornem bem cleros t que aa eomunj

dedes seibam que estco cooperendo orgecircniccmente e nco nos esquece~ bull mos de que em elguns lugares mutiratildeo eacute sinocircnimo de festa e samp isso

- eacute necesseacuterio conscientizc~-se de que n ooopereccedileacuteo ~ tenocirc meno indispenseacutevel c vida sociel e que ele eacute constcnte e n~o ocns1oshynnl isso tereacute importentes conseqHecircncics quento coe meios de reoUzn ccedilco oonorete de atividades oooperativistas shy

- tento o mutir~o quento e troce de dies gucrd~ um especto deeisivcmente individucliste pois heacute ~jude mcs o~dc um tem n sun pr6prin produccedilco e seus proacuteprios problemes eacute evidente que se o mut1 ~ A N bull ~

rco fosse ~te e fese de oomercializeccedileo dos produtos nt1ngirin meshylhor seueacute objetivosl esse noCcedilao eacute muito importcnte pnre um conceito d oomunidnde enquanto EarticipcccedilcO e um fim comum mo~oo que samp aos nomic~man~e n exploraccedilco em oomum dos maios de produccedilco trcri~ anaL mes benefcios usando-se o ilesmo princpio do mutiratildeo muitos tashyzeuacutel em um s~ die o que um soacute natildeo frz eu muitos cli cs 11 bull

21) gucntoatilde eficiecircnoijl dos meios

c troce de dins eacute meis eficiente do que o lJutiratildeo no asshypacto de ilpage lI embore ombos sejcrn trnbclho vOlunteacuterio onde natildeo It

corre dinh~iro cmboe ~~o pcgos um com comes e bebes e outro com trcbc1ho o que COLlpenst reclmente 311e1ho1 evidente que uo s1steoc de Iltrocc de Llutirco serc muito ucis econocircmico e produtivo parc t2 dos do que comido e gebidc que se conSOLle num soacute die

- cmbos Sc iniciotivos isolod08 quo podem mui tesO vacirczes se choccr e podem tcmbeacutem ficer 00 sebor de siopeties ou ont1pctics pessonis n eficiecircncia certamente oumcntcric se focircssem iniciotivoe coletiv~ente consentidos

- gerelmente cmbos opcrecem quando h~ unccessidcdell iato eacute um plcntio ctrascdo ou perdido doenccedilc eto e o prezo neacuteo permi

~1 shyt e que ume so f~l~ io de conte de tudo se o sentido de oooperc9ao estiver bem cltro eacute feacutecil cOilpreender que umc ltxcvisecirco poderio Ctlatilde nucr os ecsos de nec~esidode como aumenter o rendimento do trebclho pcr~ todos

~videnteL1ene esses obsarvcccedilotildees neacuteo seacuteo completos mcs cpones sugestotildees pera umc cneacutelise o ser empreendido polcs equipes e pelae comunidedes

~ iaporttnte fri sar que Co eccedilecirco educ~tivo vi S ldo organiza90 eacute oultiorce e tem de edcpter-se GS condiccedilotildees e Eotivcccedilotildees de e~d~ o~munidede ~no eacute n finalidode de um tipo de cccedil~o ooopereiivist~ quo

bull 17 bull

a define como mais efioiente na educaccedilatildeo para uma cooperaccedilatildeo organizashyda ~uitas vecirczes somos levados a desprezar alguns tipos de organiza shyccedilatildeo de reoreaccedilatildeo visando finalidades mais Ilaltas ll

bull ULl time de futebol com diretoria organizada de qual todos os 860i08 partioipem ativamenshyte tomando deoisotildees ooletivas discutindo em oomum problemas do time pode ser meis efioiente para a organizaccedilatildeo poliacutetica de uma oomunidade do que um comi tecirc poliacute tioo do qual sOacute partioipam alfllns IIIderes

Tendo sido feito um lev~~tLmento pele cogwlidade das atividades de oooperaccedilatildeo organizada nesta r O aspeot~ de meios oonoretR~ de que trata o programe pode ser explorado atraves da esoolha de um tipo de atividade que a comunidade considere i~portampnte ou que precise de reformul~iotildees mais urgentes ~ clero que ecircs~es ~_~~s~_~tos de or~ nizcccedilatildeo nao podem ser generalizados e que neo sao efioiontes se tratashy

t Ados so teor20cmen 8 So a prat10a a que SUSC1 t ara esses me20sbull quo se-rordfo mais bem assessorados pela supervisatildeo do que atraveacutes de programa shyccedilao de aulas

Tocircda organizaccedilatildeo ou accedilatildeo organizada teu alguns aspootos esscncXds que neacuteo estatildeo neoessagraveriamente presentes em qu~lquer momento ou ativi dade las que devem ser alocnccedilcdos sendo por isso mesmo 06 objot1 shyvos do essessorio educetiva do EB neste niacutevol

- os fins da orgeniz~ccedilco ou objetivos goreis que se definem em uma tendecircncic ou espireccedilco do grupo que delo pcrtioipo mas que se devem tornor oom o te~pof conscientes e cleromente distintos (por eshyxemplo no Ocso de um clube de futebol e divers~o)

- Oa obj0tivos cspociacuteficos isto eacute ~quilo que eonoretcacnte se pretenc1c clccnccedilcr dentro eo Ui dotOIUumlll-do prczo ou periacuteodo ou Olil

occlc etividrde progrcucdo (por eorlluumlO roclizcr UJ torneio ou oonsshytruir c sede do olube)

- un pleno ou pelo menos umc prcvisco de ~tividades queatildeen tro do prazo ou periacuteodo detenlincdo dever~ lover aos objetivos propo~ tos (um loilco ew tel data U2 jocircgo com ingresso pcgo e~ tal dote ug

mutir~o em tol dcta pcrs oonstruir c sede to olubo)

- mm divisecirco de funccedilotildees que ir-se-~ ocrccteriznuo melhor oom o correr do te4lpo ocs quo se deve procurar definir prc avi ter oonflishytos

- Wl meoanismo perCo cs decisotildees que deve ser desde o iniacuteoio determincdo cindc que venhe cou o teiJpo e sofrer JlOdifiocccedilotildees

lsse cspecto formeI de org-nizcccedilecirco pode SOl objeto de eulcs llteoacute ricca nc base de releto de expcriocircncics de outres couunidedes Pode se reletcI oomo funoiono o clube tol oOuO 6 escolhido c diretoriecoshymo se planejou determindo ctividcde eto seil ceir em risco imedieto de meBsifiocccedilecirco nco eacute preciso friser que ~s experiecircnci~s devem ser muacutel tiacuteplaa e diferentes pare eyi ter o crglilento de cutoridcde

bull 18 bull

23 Ass~eintivismo

Desde ~ momento em que v Ronem nuo p~sso decisivo de sue evol~ 9CO soube que scbie - Pcsso de reflexco - (Teilhcrd de Cherdin) peacutessou c se ~firuer meis e mcis numa perspectiva sooial E agrave medida em que a vida em sociedade aucenta contrariamente ao que muitos pea saro tamo~m aumenta a chance do homem se afirmar mais profundamente como ser pessoal t~iginal Neste sentido a vida s2c1al natildeo se con~ titui apenas da soma dos indivduos mas a integraccedilao dos homens nushyma vida comunitaacuteria que tende a se tornar oada vez mais universal ~ o fenocircmeno cue Joatildeo XXIII oonsidera tatildeo bem oom deg nome de socializ~

IM 1- fccedilao B o termo sociacutealizalao tal como o emprega o Papa naos re ~ re apenas a um regime jur~dico de bens mas a um processo historioo s6cio-cultural global onde as comunicaccedilotildees fsicas satildeo mais freqne~ tes e maior o acesso aos inumeraacuteveis bens comuns ou comunicaacuteveisda humanidade tais como a informaccedilatildeo a educaccedilatildeo a cultura (JYCalvez ~glise et Soci~teacute nconomique e LI~nseignement Social de Jean XXIII shytditions =ontaigne Paris- Capo I )

~ importante notar sobretudo que Joatildeo ~~rII nao toma o renocircm~ no de sooializaccedilatildeo co~o algo que resulta apenas do desenvolvimento das t~cnicas das ciecircncias do progresso da produtividade etc mas o considera como 110 fato do homemll(JYCalvez) Assim dentro da sQ cializaccedilatildeo crescente o fenocircmeno associativisl10 1l natildeo eacute algo de ext~ rior apenas ao homem mas decorre tamb~u ce SUE no tureza mais ntishyma do seu II ser ll Quando os hOl11ens se associam natildeo ~ apenas em fun ccedilatildeo de um objetivo externo fixado (para u~ ~utiratildeo por exemplo)maseacute tsfbeacutem um LJOVill811to eacuteie S1i6 eacuteJesconte evoluccedilatildeo G uroacutenrio do homerl

A w ~ - (

a llte31dencia natural e qUEse incoerc~vel pnrUacute a vida social Joao XXIII) D historicemente ecircle tem esponCiclo a esse tendecircnoia oom as mais variadas formas de associaccedilatildeo decircsde o pl~~o internacional ateacute aos pequenos grupamentos Exemplo disso satildeo as vaacuterias organiz~otildeGs internacione~s os partidos polticos as sociedades recreativasesshyportivas culturais as associaccedilotildees de classe as associaccedilotildees proi~ aionais os sindicatos etc

Natildeo se pode no entanto - e isso eacute importante - atribuir o surgi mento de formas de associaccedilotildees somente agrave tendecircncia do homem para atilde vida social Haacute uma estreite interaccedilatildeo dessa tendecircncia com o progresshyso da teacutecnioa das ciecircncias dos meios de comunicaccedilatildeo ~stes fatocircres trazem de maneiras mais uiversas solicitaccedilotildees pera e intensiioc shyccedilatildeo da vida social e do associativismo t o ceso por exemplo de faacuteshybricas usinas induacutestrias que surgem e exigem um certo volume dematildeo de obra que leva um g~po de indivduos a se aproximar c estar fl~ sicemente em contato contiacutenuo assim como sua uni~o em tocircrno de deshyterminadas reivindicaccedilotildees (ex sindicato que luta por aumento de se llrios ou por mudanccedila de estruturas etc) Outro exemplo disso eacute o aparecimento de colonizaccedilatildeo agrcolc ue leva camuoneses screm- de uma dispersa0 geogrcfica e se concentrarem passando a-uma vida sooial mais intensa formcnuo te~beacutemf ~s vecirczes cooperativas clubes esportivos sindicatos etc

bull 19 bull

llas por outro lcdo eacute preciso considernIlnos que por suc vez o progresso de teacutecnica e das ciecircncias t bem como dos Llios de comun ecccedilatildeo t natildeo surgirDm de um c1eterdinismo cego 111bo1a nao sejamos seE pre senhores das focircrccedilas e das leis do natureza o que muitas vecirczes nos apareoe como um determinismo como ume necessidade exterior cshypencsL eacute fruto de gestos jaacute colOCfdos pelo homem II~ fruto dt humashynizcccedileo mesma de nctureza Co qua1 nos entregamos para exprimir no

1 h t dfso liberdade E ele resto e possJve ao amem novamen e mo ] lcar o determinismo que seus proacuteprios gestos criaram (Ver JYCclvez oshybre ci tede) bull

Outro ponto e considerr aqui eacute o pcpel do -Jst2do e a sua eresect cento intervenccedilco em nssuntos de interecircsse da ooletividade ~u1tas vecirczes a discussatildeo decircste ponto leva a posiccedilatildeo que em ncda eorrespol dem agrave verdadeira dimensatildeo da questatildeo Assim uns defendem opaixonashydemente e intervenccedilatildeo totcl do Dstado ao pesso que outros rejeitem qUflquer tipo de intervenccedilatildeomiddot hlwendo aindc um nuacutem~ro ponderaacutevel que aceita a intervenccedilno modercda Entretc~to o ponto central da quesshytatildeo n~o_~ se o Dstado deve e pode intervir t m~isou menos ~ imporshyt~~te nco considerar a crescente intervenccedilco C020 um deter~inismo cbSbluto JY Celvez interpretcndo o pensamento de Joco XXIII n ecircsse respeito elucide c questatildeo de mlmeirc sLp1uumls e precisai 11 O pcpc vecirc nesta intervenccedilatildeo um resultado ou cinda um sinal - um nd ee - da sociclizoccedil~o em curso tntes que urua ccusc Logo se Co in shytervenccedilco (lo Estedo ~ ume espostc c certas edecircncics de sociclizcIV ccedilao e tambem elgo de profund~ente ligado co tempo e co espaccedilo e um fenocircmeno situcdo histoacuterico nco pollondo existir r eceitcs unishyversais e perenes c ecircste respeito

A considorcccedilco decircsse ponto eacute import~~te pcTC o trcbclho de oompreens~o e cneacutelise criacutetica de presenccedile do ~stedo nas questotildees li gadcs sos movimentos de associaccedilatildeo e luta dos trcbe1hadores

Inuacutemeros teu sido os pronunciamentos textos leis que consid9 ram o importecircncic do associativismo 3m sucs vsrias forlcs recoshynhecendo-o como um direito ~is alguns dos rucis oonhecidos

ITodo homem tem direi to a orgcnizcr s1ndic~~tos e a necircles ingres sar para a prltteccedilco de seus interecircsses iacutel (Declarcccediluumlo dos Dicei tos dobull

Homem art23S4)

ti tl gcrrntida a liberdade de cssocicccedilotildeo p~rc fins 110i tos lieshynhuma associaccedilatildeo poderaacute ser oompu1soacuteriamente dissolvida sen~o em virtude de sentenccedila judicialll(ConstituiccedilOtildeo Brcsileiraart141sect12)

IIJfi livre a associaccedilatildeo profissional ou sindical sendo regula das por lei a forma de sua constituiccedilatildeo e sue representeccedilco legal nas convenccedilotildees co1etivrs de trcbclho e o exerciacuteco de funccedilotildees deleshygadas pelo poder puacuteblicotl(Constituiccedilatildeo Brasileira art 159)

UNe eacutepoca moderna umentou notevelmcnte o movimento assoeinti vo dos trcbclh~dores e foi reconhecido em oacuteercl nas disposiccedilotildees shy

bull 20 bull

fi

jurdioes dos Ilstcdos e ateacute no plano internecionel bullbullbull

IINco podemos todavia deixcr de notcr 00110 eacute ~til ou cteacute nece s~rio que c voz dos trcbclhcdores tenho possibilidade de se fezar o~ vir e ctender fora mesmo da ceda organismo produtivo e isto em to-

Imiddot 11 (t~middot - 94)d os os nJveJs bull l - bull

IlDa socicbilidcde ncturol de passoc humal1c~ proveacutem o direito de reuni~o e de associQccedil~o bem como o de conferir cs essocicccedil~es c for~ me que aos membros precer meis idocircnecs c finclidcde em viste e de cgir dentro destas por conte proacuteprio e risco conduzindo-os aos elm~ jrdos finsl (PT23)

~~ O ~ue foi dito acime eacute relctivo e textos legeis e pronunci~en tos do Pepe Joco XXIII No entcnto existem einde outres referecircncic~ entre DS queis cs mui to discutidcs de rrx

Uma forme de ossocicccedil~o oonsidercde importcntc eacute o sindicelisshymo surgido cpoacutes a Revoluccedileo Industrial Vnrios movimentos signifio~ tivos de trcbelhcdores EHLl wui tos pases ncscercm ou se desenvolveshyrum c partir do sindicelismo

No Brcsil o sindic~to foi oriedo nos noldes do sistemc sindi shyccl do fooismo i talirno princi prlmonte f e eacute extremamente 1igcdo 00

Poqer Puacuteblico Tocircdr- c vide sincliccl eacute proviste por lei A lei QstcbCcedil Ieee oS requisitos desde pGra G fundcccedilno e funcioncmento do sindic~ to ctecirc os fins prerrocativcs e deveres Aacute liberdade dentro do sin d~ccto entno eacute c liberdede que c legislcccedil~o sindiccl permite e proshyve Outra pcrticuleridedo do sindicclismo hreDilciro eacute c vorticclid~ de I sindicrtos federeccedilocirces confedercccedilatildeo prc cdl cDtegoria ( na cctegorics tr41beacutem sco previstcs pele lei) Uno eacute permitido que ceteshygories sindicais diferentes se cordenem numc horizontclidcdeAssim se 08 sindicctos dos metcluacutergioos e dos forrovi~riosf por exemplo quisessem se coordenlr seria impossvol (dentro de legislaccedileacuteo sind ccl brasileirc) Onde cctesoric deve (do ponto de viste de lei sindi CCl) desclvolver sues ctividdes sindiccia iso1cdclllente

N~ necess~rio obsorvcr que tcl estrltturc sindiccl tatildeo enfcixcda na roco do Poder Puacuteblico tir~~do muito dl necesseacuteria cutonomic dos sindicctos dendo foacutermules pcdronizedls de funcionamento pode trens formeacute-los num instrumento de clesse dirigente ~penas cleacutem de n~ dtr oportunidades de se desenvolver plenCLlfmte ~ ccocidcde dos sin dicclizodos e seus dirigentes de lIe1riare41 algo de proacuteprio dentro do sindiccto Da D necessidede dos dirigentes sindicais serem realshymente a oxpressco do clesse quer di zor SerG~1 pessoes que estejom prontos e trcbclhor reelmG~te no sentido des cspircccedilocirces de clc6seP~ ra Jsso e neoesscr~o que se tenhe conscienc~c LO que e e do quo poshyde ser o sindiceto como oacutereco vordodoiro cc prollloccedillio

bull 21 bull

Haacute disposiccedilotildees legEds m~Js ou menos antisas a raspei to da sin d1calizaccedilatildeo rural no Brasil Entretanto foi pr1ncipal~3nte fi partir de 1962 que o assunto tOllOU vulto e comeccedilaram a surgir v~rias disshyposiccedilotildees simIlificcndo a f O T1112Ccedilatildeo dos sindicatos rurcis pl~ooossomel to e expediccedilao de oartas sindicais

Dentre as vaacuterias disposiccedilotildees () as que natildeo soacute sintetizum a Flashyteacuteria jaacute re8~lada oomo apresenta aspectos novos S~O

- Lei nO 4214 de 231963 - Estatuto do Tr[b[~lh2dor Rushyral pub1ic~do no Di~rio Of cial da Uni~o em 1836

~ Portcrias nQs 346 e 347 de l76l96j- Regula0 a Orgc~1 zaccedilatildeo e o Reconhecimonto de Entidcdes Sindiccis Ruraio bull

Silil9-1octo OEstatuto do frcba1haGor Rural crt114 estntui~ liacuteoita a cssoci~ccedilao em sindiccto f para fine de estudo defese e ooo~ denaccedilno de seus interecircsses econocircmicos ou profissionais de todos os que como empregados ou OE1PT0odores exerccedilam atividades ou profis shysatildeo rurc1 i1

bull

Vemos entatildeo que de ~cocircrdo nou c pr~pr1a lei ~s fin~lid~des do sindicato secirco cmp1as l natildeo se reduzindo ecircle C Dera instr~~ento de rei vindiOcccedilno de essiatencia socie1 e ClgutitS melhorics econocircmiccs bull Para que ecircle oumpra tocircdas as suas fin~lidades tem ~ue ir muito cl~mBasshyta ver que cumpre-lhe tc~beacute~ c defese de interesses profissionaisde I d t ~ tmiddot bull en er ~n erasses prok~sS~OncJ3 nao e 80 consegu~r e~prQS ~mos ~crc

plantio melhor maquin~rio pere produccedilatildeo enfio melhores oondiccediloea de trcbnlho mas ~ sobretuco f-zor com que o trcbc1ho necirco seja red z1da a um mero fctor de produccedilatildeo mcs seja con8id~rcdo como a fon~c por excelecircncia de expressco hum~a Pera conseguir isso o sindishyceto teu que sc ocupar por defini9~o com c tarefa de destruir tocircdc forma de explortccedilotildeo do trcblho humOJlo Convoacutem notnr que 110m sem pre o aumento de produccedilatildeo corrosponde a umc verdadeira prOioccedilco do trabclhador como pessoc

liQ Pera uma vis~o coup10tc de fundaccedilatildeoprooassamento e funciona bull mento do sindicatover Leis e Portarias meneionauuml~sprircipa1mente e nova Portaria nordm71 de 2265quede oerta formaregu1amenta os arti shygos 115 e 116 do Estatdo TrabRuralD1ga-se de passagem que estamp Leital~m de dificultar a fundaccedilatildeo de sind1catosfragmenta demais a classe trabalhadora ruraloricndo dentro dela in~eras camptegoriasdiA tintas

() Lei d~~ada n Q 11 de 11101962 Portaria nO 355-A de 20(111962 Portcria nO 356-A de 2111J1962 Portaria 209-A de 2561962

bull 22 bull

Estatuto do Trabalhador Rural Ateacute a d~ta da criaccedilatildeo do Estatushy

to o--eatildenipotildei1eacirc -estampvatildeexecirciiicfotilde7a legislaccedilatildeo trabalh~sta (excetuanshydo o que diz respeito n possibilidade de sind1calizaccedilao) 2 art l da Oonsolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho que estatui as ~uestoes trabashylhistas no paraacutegrafo IIb il coloca os oamponeses fora dos seus poss veis benefiacuteoios Com a criaccedilco do Estatuto houve uma primeira consi deraccedil~o a certos aspectos da vida do trabalhador rural

t tmiddotmiddot d la gisltccedil~o urb1na pare o meio rural embora sejam duas realid~des bem diversas A proacutepria definiccedil(iacuteo Ciue ecircle daacute de trabalhador rural (art 2 Q) eacute impreoisa e se presta a v~rias interpretaccedilotildees de aoocircrdo com

C0110 e fecil notar o Csjatu o e quase uma ranspos1ccedila0

1os t var ~n eresses

l~as mesmo assim inedaptndo hAacute pontos considerados importa1 shytes ~ O caso principalmente dos artigos 11 bull oria a Carteira Pro M

fissiona1 de Trabalhador Rural 63middot disp~e s~bre o contrato de trashybalho ( que poder~ ser feito na proacutepria carteira proiacuteissional)~ l5~shye~ia um Conselho Arbitral A16m decircsses artigos eacute consi~er~da t~bem importante tocircda a disposiccedilatildeo socircbre sindicalizaccedilatildeo

~ nosso pcpel como movi~ento qUecirc pretende ser educativo atr~shyvecircs de toampos os meios e recursos com Que oontamos levar ns oo~unida das a perceberem o fenocircmeno do assooi~tivismo como inerente agrave pr~ pria ~~a humana e motivar a intenBificaccedil~o oonsciente e delibefada de formcs de associc9~0 que ~osscm responder 2S neoossuumlLdos percebi das a partir de une vis~o cr~tica do papel do homem no mundo

Iaso no entc~to nco quer dizer que devemos inccntivcr e ~ctishyver determinadas forruas de associa9~0 O nosso papel c ecircssc respeito ~ o de informar o que existe as earaotersticas de QCcedild0 ~nc e proashytampr n assessoria ccbve1 diente da escolha da comunidade que poder~ incluave oriar fol~as noves de cssociaccedilatildeo

Teoriocraente a econoTlic de mercado ou ocpi tclistlo reIJouso nurac toca de serviccedilos e bana entre dois tipos de gru~osl as unlcteacutees ec2 n~m1cas produtivas ou emprecircsas n~s unidcdes economic~s de consuao ou iacutec~iliar Ls famiacutelias prest~~ serviccedilos ~s emprecircsas recebendo ~~gnaen

Ao shyt o e as empresas produzem bens e serviccedilos para o consumo das iacute~liaa e recebem e~ trooa pcgcillento ~mboru ecircsse esquema sej~ muito ab3trashyto e seja s6 am esque~a serve para nos mostrar cono est~ dist~cia da disso c vide do honeQ rural Nesse esquema a famiacutelia soacute b so11d~

ai fW bull r i ~ no consumo mas nuo na produccedilco pois o facil 1nag1ncr como roxa shymente as pessoas de lmlC mesJc fcIagrave~lill ou que tenheo dooposos ElD ~o mum produzam mn comum spo ~ue trabalhem em una Llesuc euprocircso no meama seccediltio e na masoe sala o produto finel dC~ emprecircsCl (equilo quo - ) e comercializado vend1do as fcu~lias cbsolutcnente noo dopenda deshyles Seus ganhos tcmbeacuter1 ou s~o deciatildeidos pele etlprecircsll ou dependen de decisotildees coletivas (aumento de salaacuterio mnino dissiacutedios coleti shy

bull 23 bull

I vos etc) e muito r~r~cntc tecircm qualquer relcccedilatildeo 020 su~ produt1vid~

de ou copoeidcde da trobclho Na eoonomia da produ2ao portcnto mas mo os mombros de umc fcniacutelit nno sco solidaacuterios ano indiviacuteduos isolE dos CGdc ~ por si A id~in de atividade econocircmico comunit~ria dcpcn deric portnnto no moia urbcno de tocircdc uma lludonccedila de estrutura d~ haacutebitos e atitudes individualistcs

NOcirco eeonteee o Llosmo no vidc rurnl Via do regra c feLllit s~ oonstitui em unidcde de prod~ccedilco e oonsumo o que equivola a dizer que jtIacute existe tlgum tipo do ouprecircsa cOf1unit6ria pare uaor o esqucmc o que acima nos referimos Trctc~se portento natildeo de rczer surgir ~ vclor inteirnmente novo mais de cmplicr o raio de alccnoc de uampre_ sa oonlUni taacuteria que eacute c fCLllic bull Outro Telor positivo e que pode ser ccrreado nesse sentido eacute o mutirco Embora se deva ciacuteastor quclquer ideacuteia poeacutetioa lrio de mutirecirco cono trcbrlho ~eu pagaL o mutirecirco e a troca de dics sno indiacutecios oonoretos de que a oompeticcedilno econ~~1c~ nas oomunidcdes rurais n~o eacute consoiente neu atinge G agudas que cpreshysenta n~ cidade O mutir~o meswo pcgo n troce de dias me8~0 aendo trooc mostra que natildeo est~ presente c 1d~ia de que o SUOOS$O de ~ depende do insuoesso de outro E de f~to c cODpeticcedil~o eoon~m1cn no campo nco sc fez de meeiro c meeiro mes entre o produtor o o intero~ di~rio e por e edinnte

Outro ospeoto import~nte d~ ctividcde econ~micc do honeo rurc1 que ele nco visa de Iilodo gereI o lucro IlCS c subsistecircncici por isso c noccedilco de que - a propried~de deve ser usado pera o bau de todos e nco pcro o luoro individueI nco encontro cs aeSDes resistecircncics quo cn oontrorie entre cmpres~rios oujc ctividcde eoonocircuic~ se fund~entc no luoro A euprecircsc comunit~ria isto eacute ~ orgonizccco oomunitampric de

d - A po~tcntot apcrentemente vievel~ Tr~ c~se depro Uccedilco ceOnOil1Cc e t snshyber quais cs noccedilotildees que seacuteo fundcmenteis pcrc tel empreendi30nto

12) 2JLW1el~]0ecircS_e __d2_ uso dl Jal0Rriedcdel ~ tund~cntcl o conoeito de que c posse est~ condieioncdq 00 uso de propr1od~de o quo isto natildeo eacute um direito cbs02uto mcs tew une funccedilatildeo intrinsccmcnte soci01 (1)11f1116)

9) Q~_o~Lemo do_~c-l2~) do__trcbelh2 msse prob1cllc foi tl~~toclo na Fundamentoccedilao de Viver e Lutcr e se enoontra tClbom no item 12 d~ 2l perte deste Fund[Tl(mtoccedilecirciacuteo 1106 heacute olguns tspuumlctos que nos interesSD~ diretamente ncste ccso A ~pliocccedilatildeo concret~ dos princ~piGs ~l disoutidos lev~-nos ~ oonclusno de que neacuteo pode hever oomercial zaccedilecirco do trcbelho enquc11to tol Isto ~t necirco h~ nem pode hovcr hipocirct~ se do medir-se o trabalho ew tecircrmos de dinheiro j~ que o tr~bolhotem velor tronscendente leso eacute importante pcr~ cs tomndos de decisotildees soacute bre a divisatildeo do produto do tr~bolho Esta n~o pode ser sagravementa pro porcional ~ posse dos instrv~entos de produccedilco pois 0030 viuos c posse esteacute subordincdc 00 uso paro o bem de todos Por outro lcdon~o pode ser tambeacutem somente proporoionel agrave quantidede de trcbolho j~ que o velor realmente humcno do tr~bolho nro pode ser qucntif1cedo socircmenshyem sua apcrencia O item seguinte pode esolareoer-nos melhor

bull 24 bull

--

0) 9--Jll0bt~~ dc-~oJtg1~ejJde dc espeacuteoie Vinos qundo e8~shydc~oa O probloma de oomunic0ccedilno que fund~ente o progresso de histoshyric humcne ~ue cede indivcuo neacuteo pode reelizar plencmo~tc c essocircnshyoie de espeacutecie hun~na o quo portento os homens e todos suo solid~s nas conquistes e nos erros de humcnidedo Esse mesm~ doutrine eacute aonshyfirm~de no plnno sobr0n~turel pelo ooncoito do oomunh~o dos santoS

por outro l~do quo o - podo b ~ es Sabemos houam neo sucum 1r cut ccron eies sensiacuteveis (climonter-se proteger-se do frio) e quo qu~~do isshyBO ~contooe ecde UD de noacutes ~ solid~rio nG culpa~ Isso leva c que a sociodade Leve prover tS QPortul1idcdes pcrc que cede hOllOD sct1sfeccedilc esses necossidrdes que Sco diroi tos fund~lentais do hmJoLlbull

Em sUDe o probleme central de u~e atividGdo econoillIacutecc de ~i~o

conunit~rio eacute o do reconhecihlonto no plano do trabalho Co~o vimos ll~) i tem proacuteprio e comuniccccedilatildeo entre os homens pode fczor-se por doshyminoccedileo ou por reconheoimento ~os ecircsse reconheoiDento n~o pode ser

h Ot eor1co cbstreto tel quo oonoretlzar-se e111 oedc cccediloo umcne roshyoonhecimento do outro no plnno do trabalho eacute o que se coloo~ ou ploshyno mais elevedo jeacute que nrde h6 de meis nobre e essol1oiclmontc hushymano do que o trabelho

i01s c~r~ um excile de outros problemcs levcntedos por ULlC GlprOcircSo oomunit~rie pode-se ver Fr Jo~o Batiste Puumlreire dos Santos OP U~ NILABORL Uma Revoluccedileo ne Estruture de Emprecircso Livroric Du~s Cido bull das - Sco Pculo

Pode-se definir o occedilocirco poltice de vuacuterias Ilcnoirrs Uuo tltigc def - eLO h amem dlZ nCSlilO C1ue 1J e G Ull~ CnllllC1 ~ lCO o que eCJu~ilnlccedilco E0Lltmiddot vcleria c identificcr e e2~0 poliacutetice cor~ tocircdn eccedilno huJrJlc Sento Agostir~o vi~ o fim de cccedilco polticc assim como o de guerra n~ Fez defininco c Paz como ~ sctisfccedilecirco dos interecircsses de cidade ~ 01amp ro que C01 isso n Pnz de uuc cic~-ao poderia ser iLlposte Co outre is shyto eacute a sctisfcccedileo dos interossos de umc Sociadcde ou gAacute~po poco ser i3postn c outra Sociodede ou o outro grupo ModernnEcnte defino- so e accedilco poliacutetioo CODO equelc que procure conduzir ~ socied~de n~ busshyco do bOD cel21Ul Atuolnel1te tom-so definido taIJbeacutel2l c cccedilatildeo polticn COBO nquelc que busca utilizcr o poder do Estndo pcrc ctcncler 00 bo de SocioclCdo Esse funccedilocirco do EsJccdo ele mesme TJudou de oacutepoca do li berelis~o otoacute hOj0 Acredit~~do-sc quo es leis socieis c Gconocircnices orem IInctureis ll cefendie-se u tese de que eo Estado Cnberi~ cpon~s proteger ns libuumlrd~des individueis nco intervindo especialnuumlnte ne produccedilatildeo e no consumo A esse vis~o suoedeu eom o advento do sooi~ lismo e dns lutcs sindiccis e concepccedilco do um Est~do do Bem Estor So0101 A concepccedilatildeo neturolista c liberolisto jaacute nco eacute dcfcndide 00shymo tel e o que se discuto oacute o Gr~u de intensidade da intervonccedil~o esshytetal no vid~ puacuteblicc Mesmo nos paiacuteses onde o antigo liberalismo eacute tese ofioial - embora defenr1ido em formas atenuadas (neo-libera11omo)

bull 25 bull

oomo nos ~stados Unidos e no Brasil a intervenccedilatildeo estatal ~ una reashylidade Assim nos Estados Unidos por exemplo a diplomacia ~ftambeacute~ uma forma de defesa dos interecircsses comeroiais dos empres~rios norte-A mericanos no exterior no Brasil os organismos estatais exeroeu in shyfluecircncia natildeo 86 na economia como nos conflitos sociais Ias tanto li como aqui a intervenccedilatildeo eacute feita apenas para proteger uoc estrutura

Vecircse portanto que a oontroveacutersia estaacute na intensidade e no ti shypo de intervenccedilatildeo do Estado A accedilatildeo poliacutetica seria wn ueio de fazer valer ecircste ou aquecircle tipo de intervenccedilatildeo do Estado no sentido do Bem Dstar Social de definir decircste ou daquecircle Dodo o Bem Lstar Social de detertlintlr desta ou daquela formo o modo de consegulo

Ao ueSuumllO tempo fica cloro que natildeo tem sentido definir-se ti accedilao shypoliacutetioa eu tecircrmos de ideais moi8 ou menos abstratos COLIO urJo luta de ideacuteias na qual se empenha apenas a inteligecircncia dos poliacuteticos e das Naccedilotildees

Vimos atraacutes por exemplo (item 24) couo o esqueLla cl~ssico da economia separa doiemiddottipos de unidades econocirchlieas a de produccedilatildeo e a de oonsumOi na economia de mercado ou capitalista o fluxo de ~ique bull zas que vai das emprecircsas em pag~ento do trabalho agraves famiacutelias e que vol ta ns emprecircsas erl paGamolto dos bens e serviccedilos prestnd08 otildes tllJl lias o fluxo de riquezas diziamos eacute deterLlinado pela lei do t1oroado subindo o consumo de um produto sobe o prccediloo que est1nula cs empr sas a produzirem mais ateacute equilibrar com o consumo e estabilizar o preccedilo e diminuindo o consumo desce o preccedilo desarticulando a prod~ ccedilatildeo ateacute equilibrar com o consumo e estabilizar O prc~o iae dois exem plos serveu para nos mostrar como isso na realidade e apenas teamprico Todos temos presenciado a sonegaccedilatildeo de certos produtos com o fim de fazer subir artificialmente o preccedilo (especiclmente arroz feij~o e~ ea~) e teillos presenciado como certas emprecircsas otrav~s do propaganda oriam necessidades absolutamente sup~rfluas paro os consumidores ~ ashybrieagatildeo de bambolecircs cosmoacuteticos eto) em que a lei de mercado e in vertida Natildeo eacute a emprecircsa que produz para atender o procura do consumi dor mas que faz nascer c procura do consumidor para vender o que jproduz

Teorioamente por outro lado a economia socialista esteta1 00 bcsecria natildeo na lei de oercCdo mas nC8 decisotildees de UH orgcnismo oen tr~l de planejamento que pesquiseria es necessidcdes do oonsumo e detarminorio o sentido do produccedileacuteo Vemos tmubeacutem que de ua lcdo neDl meia o Uni~o Sovioacutetioa cdote atuclBonte ocircsse sistemo puro e quo amppeAtilde feitcmente possvel um pcs ter sua econotlio completanonte plnnif1o~ do sem deixor de ser ncpitclista O Brosil por oxeoplo ncrcha a pas sos lorgos p~ra ser um perfeito exemplo deste uacuteltimo caso Isso equi vele o dizer que e controv~rsia fundamentel em que se deboteu as focircrshyccedilas e grupos que exercem cccedileacuteo poltica natildeo estaacute mais en se seber sodeg Estado deve deixar a vida econocircmicc e sooial co sabor das leis Une_ turoia ou se deve fO contraacuterio intervir plnnificnndo-as e neu mosect mo soacute no intensidnde dessa intervenccedilno Estaacute no tipo ou modo cooo se

i - dc essa ntervenccedileo Se voltarnos ti conccitunccedilao de Santo Agostinho a

bull 26 bull

que nos referD~os ~oina e se a fun9~o da oidade eacute b~r~tir a Pazde que Pez se tr~ta trata-se da Paz que melhor ntcnda a tocircda a Sooiedn~ de Quanto ~ isso ningueacutew discorda expreesaucnte Tocircdcs as linhas poshylticas de todos os grupos de ~ccedileacuteo poliacutetioa oonoordnn oo~ isso Uas na proacutetic~ de que Ll0do enocrno Ulla accedileacuteo poltioD que leve ~ essa Paz de tocircda t Sociedode c natildeo c Fez ele UDC Cidcdo (ou de um grupo)iuposta c outra

o esquema abstrato (i tem 2A) que divide a vida eoonocircilict dcs No ccedilotildees em unidcces produtivOs (as enprecircsas) e unideccs cl~-ltQnsumo (as famlicsr-~ pera uns tomado oomo real Da sededuz ~uo ao Estado cabe garcntir a melhor funcionalidade possiacutevel as empresas para que possam ctender na neoessidcdes de oonsumo das famlios que constituem a Naccedilatildeo (embora seja um esquema econocircmioo oacute v~lido porque nns necesshysidodea de oonsumo estao oompreendidos os bens e os serviccedilos e nos 8es uacuteltimos se inoluem os serviccedilos que dizem respeito agrave oultur~agrave dishyversatildeo agrave distribuiccedilno da justiccedilaacute etc) Da se conolui que a Paz de que se trata eacute a Paz dcs euprecircsas middotScbemos por exemplo que o pedra ongulcr de nosso regime poliacutetioo ossim CODO de todo o mundo sob a esfer~ de influecircncio cmarioonc uacute c inioiativa privada isto eacute c li shyberdede dcs emprecircscs privadas Isto significo ocber 00 Dstcdo gnrcn~ fundc~entclmente o boti funcion~ento dcs emprecircsos priv~das e o resto ser~ dodo de acreacutescimo Qul o sentido de emprecircso privado pe a sue ti nalidcde eacute ctender ns neoessidades de consuco das fcnlios (sej~ esse consumo de climcntosmiddotou de educcccedilnoacute) O sentido eacute o de que nqueles que possueu ccpit~l (bens Ilcmiddottciois) perc mon~er ou cri~r eIlgtresas dj ve ser garentidc uma remunercccediloo correspondente co enprego cesse Oop tel (decircsses bens moteriois terras instrumentos dinheiro) Todo o Sistema repousa portento na motivaccedilatildeo do lucro por pcrto dos que Po suem bens motaric1s E cono c satisfaccedilatildeo das neocasidodos de tocircdo a Sociedade dopende do que produzeo as emprecircsas t atribui-so UDA identi shydade entre os interecircsses de Ncccedil~o (de que cuido o Estcdo) e o estmuM

E lti ona 1o as erJpresas pcro que produzcn m u ml 1Jse o orgcnJzoccediloo po ltioo eeonocirc~iec e social do Naccedilatildeo que eacute tarefo do Estodo primordio mente scr~ ume rocionClizDccedilatildeo de rmlhor oeneiro de estimular o lu e~o isto eacute a remuneraccedilatildeo do ccpitel A maneiro do otendcroo bea co mUIll seria portanto em l1ttim~ cntllise gcrcntir c melhor formo deAin cioncmento dcs emprecircsas privcdos o que se identifion oo~ a melhor ~ neira de estimular omiddotemprecircgo das propriedades (de bens do ~eira geshyral terras instrumentos dinheiro)

Vemos que tnl visatildeo 6 herceira de certo modo da visno naturaliA to e liberelista da vid sociel embora tenho mudado de certo modo o pcpel do Estodo~

Este visatildeo no entanto se choco com outras visotildees polticas Fishycou demonstrcdo que (I intervenccedilecirco do illstado se faz neoess5rio no vida da sociedcde Aohem alguns portrntof~e eacute preciso fazer soacuterias resshytri~otildees agrave cbsolutc liberdade das emprecircsas mesmo pera garantir-lhes O melhor funcionamento Uma dcs rozotildees eacute a de que o bom funoioncaento N

das emprescs exige restricoes pore que umcs noo A

outras A prejudiquem oS e o oaso d~sgrond~ Lrl~~ (11lt rr1gt_=~ i 11 I-to que tem possibishy

bull 27 bull

l1dadG do dostorcer o morceLo Outro problema eacute o do b011 astcr claa fo ~flt~s enquonto prcstom serviccedilo cs e~procircsos isto ~ ~s cl~sses p=~le t~~es Ar~10ntam que o sistemo do Borc~do deixodo o si mosuo reoung rc mcl o trob-lho de ta1 forl quo de uu 10do l o aonSUDO nao podo ser Du1to grc1de e portcnw- cs c~precircscgts necirco podem su expr-lctir do ol-ro lndo isso 1evo insuficicnlos aondi9otildees de vida o (lua dociina11tlO bcx~ proecircutiYidcdo isto ~t os sorviccedilos prcstldos Coa -c1r~ses sno de m~ quolicode se fOrail ln3S cs condiccedilotildees do trrbclho COll10 as euprest1 rios neacuteo seacuteo se~pre c~p~zes do peroeber ecircssos dois cspeotos co Esta do coberic prover UD~ regulcuontcccedilEiacuteo quo t ao llleSLlO tempo dosse mcior poder de consuuo 00 proloteacuteriodo c lhe desse melhores oondiccedil~es de trcbclho pcrc poderes produzir melhor Desso ooncepccedilatildeo resulo clixl leis tr~oclhistos quo grecirctissew ml onirilo de sogur~9c 006 opo-amp10 o de pcrticipcccedileo nos lucros dcs Guprocircscs que lhos gorontiri~ cUL10n to do poder de oquisiccedileacuteo de bens e serviccedilos Nessa nOStlr linhe cstt bull ric~ previstos os serviccedilos n~o iuediotcucntc reuunerct1vos e quo p~o pieicr1DJliguclLlente o be~l estcr indispensecircvel 00 cuncnio de produt1shyvidcde COLlO os serviccedilos de educcccedilro se~det transportes etc

o problemo pode cince ser colocado de outre u~oirc O trobo bull lho ~ cOl1seqUenteueZlte todos os seus frutos o donnio de terrae rSD 900 de instrumentos c produccedilco e UlllC conquistn dl espoo1e hwalJlooo

~

mesmo teu9c que de ecdc hOLleil Ccedilucndo um hODCrl se npossc privodcnente (uscndO per~ seu benefcio exclusivo ou moior) do fruto do tr~b~lho hu~tno ecircle espolie os outros homens O produto do trebclho de m~ hoshymem eacute inalieneacutevel isto eacute natildeo podo ser trensferido c outro cooo sim ples coiso poreue neacuteo eacute soacute coiae DCS ecirc erioccedilco da hooom c represonto Co sue vi toacuteric s~bre c ncturezcbull Os ueios de produccedilco (nGsno os nctu bull r~is OODO c terre) sco uo~ conquisto de eap~cie huncnc logo t~o que bGneficicr n todos segundo suo condiccedilatildeo de hOBOU c su~s nocess1d~ des e direitos como hODOD 0 necirco segundo coidontes histbrioos oono o feto de clgu~m ter-se oposscdo priJeiro de Ui puumldcccedilo do terre e outlX6 nao Ou de c1Gueacutem ter sido foito prisioneiro c escrevo e outxos n~o bull Tocircdc distinccedilco portcnto entre os que possueLl bens c os qua 0 pos shysuem e trcbelh~l p~re os priuGiros teric orgeo nc douinc~co de UD hot4eu socircbre outros que historiccuente se deu Q continue rlcr-se Do um lcdo os Quetecirco posse e USCD CD seu benefcio em dctri~1Cnto dos outros Se ~lienCIll (ou tOfon outra 00i80 isto a sc torncrl Wla outro coise qUQ necirco hOLlons) por nco reconhcceren o outro CODO honco sujoito de plenos direi tos e trcnsforoercL o trcbclho eo Jcoisc e necirco ori~co humono De outro lcdo os que nco pOSSUEm e trebclhCil pcre outro8VQO o fruto de seu trcbclho que oacute une perto decircles meS1lOs sor possuido por outro o que equiv1 e dizer que se oliencm se dosti tueJl ccedil~o suo cOl=iacutediccedilno plille de hOiUG1S

O quc 80 disQute ecirc por~cnto o proacuteprio si3tCUC ele possa e uso dcs proprie~cdes o proacuteprio sentido de ~upr~s~ Oe ~eios ae pro~u9~O

A IN

aegun~o este conc~ccedilco nco podew ser objeto de posse e uso ~~~dcdacirc vendo ser usedo )ole e pcrc c Souiedcde Os f1eios ooncrotos v-cr1Cl eshynorrJeaente deacutentrodessc ~oncopccedilgo indo flosdEl possetoteJ dos pro shy~riQ4cd~s p0lo Estcdoete a posse dos Baios de produccedilco pelos ~ue con eles r~bclhom e tendo seu uso ~eguledo pelo Estcdo bull

bull 28

Es 8C3 1inh-s polti c cs ropidcilGnte expos -tas e e squOuuml1 tizedas ttf zerl C bcilc novcuacutewnte o conceito co Paz de ULl grupo As du--s plino1 shyros reprCSJn t am nJ tJdCIJ8n o c cz o grupo e proprJe crJos (O cprcshy t P d d t 1 - A

806 isto ~ conforne vinos no i-G3-1 de orgcnizoccedilatildeo soci01 n classe olto ou burguesc Porque justificc~ uuumlo Paz pcrc tocircdc c Sociodcdc cen trudc nos interecircsses cc clcssc bUlgueso A terccirc linhc po11tica 1 euumlntrnda nos interecircsses dj libcrtcccedilGo dns classes inferiores de pro let6rios G trcbclhcdores rurcis J isso nos troz o concoito do i~801o

bull bull I I ~-gJo que e UiiC JustJfJcccDO -G00rJCot um rocJonolJzcccedilco de Jnt~rcsses 1 Ao t

( entendido il1tGreSSe ~lil UIl conccpccedilco boa cmpla nno Jntero8ses ilC c shyricis inedietos) de Uiil grupo e~ 1Wt deteriincdo sociedcde Vemos egoshyra por que c lute polticc nGo ~ uma agraveisputa abstrcto de iclonis crbi treacuterios 1108 unconfli to do interecircsscs dos grupos que forwom c s02iedcbull de Noacutes pocamos notor fccilmente quo essas diferentes justificnccedilocs se refEreIiJ nco otilde n[~turezo que O h o Ie tI POdE racionclizcr objotivcmonshyte jaacute que c ne tureza podo _s_~r_ g_bJ~tccedil do c2nhecilJCnto huvno Qucndot

no entanto treta-se de occediloo huu~o este nco pode serpy-1~t~~~d~ plcshynemente por tretcr-se d~ accedilco d2 ~~e~~~~ que nco cstco ~ubordincdo~ e leis detcrJlincdcs pois na occedileo hUtlma se inclui c opccedileo livre nno

d t - d P - I - lpr~- e erwJne 0 or 1S80 mesmo osse rocJonc Jzcccedilco ~cnQU Co exp 1Ccr pcrc cede homem as sues proacutepri~s opccedilotildees o que signifioa cs ~pccedilotildeos de seu grupo de sue clesso e CSSIacuteLl por dicnte Isso nco quer dizer que esse justificcccedilco sejc cbsolutc_10ltO subjuumltivo e necirco -tanhe vcliclcdo [~ nno ser enqucnto justificcccedilco de intGrecircsses dcquocirclo grupo Nc ilod1dc em que o honem pode ter cuacutensciuncic de o QU0 318 eacute G do que Sco cos re

- 71eccediloes entro os hOTIens e claro qU8 e possJvol uma gonorc11z~ccedil~o e possiacutevel que esso justificcccedilecirco ele occedil~o hunenc possc~ ter 13ulC vlidE de universcl na nmiddot-didc UGSlO em que procure une idontificJccedilco n~~ior cOJ o velor proacuteprio do hOS0ill (isto eacute fundclJe1tc sC uumlLl U1 hUil~liSilO ) e SG idGntifiquc monos co~ os intcr~sses inediotos do indiviacuteduo d~ cl~sse ou do grupo

Se c cccedil8o pol ticc ( Uilc eccedilOcirco ideoloacutegica cOIlcluilOS quo c eccedilo l t N 1 d ) 1 ~ bull po J Jcc nco PO(8 nunce sar cccedileo ~so e e JndivJ uc bull li l1uumlCusscrlc41un

to accedil[io de grupo cccedilco org~l1izeacute~~dc 0 sno qUuumlcl pretende que ponsa o age isolcdoLlcnto Olil pol ticc porticipe de clguuo forDe elo une fcixa d l i J eo og co e de uac occediloo elo JTUpO ChegcLlos tC~lbou c quo a 0lt00 poll shyticc pcrc sor eficianto davo ser orgcnizode

A occedileo poliacuteticc orgenizodc lGscluento eacute otribui2So elos Porti ~ Ccedillos Poliacuteticos no Brasil DG f~to no untcnto tocircdo rccediloo hulCno oorJshyportc il1pIci to ou oxpllci teDuumlltc UlCo ccrgc ideoloacutegica o portcnto t5 de elguD Dod~ occedilco poltica U11 trcbclho do AniJrccedilecirco Populer por eshyxonplo 6 occedilco poltico enqumto encorno UH objetivo de libertcccedilatildeo cul turcl dcs populoccedilotildees 8crginrli zcdes e porton to do olgu2 110c10 onccedil~r nc o feixo ideoloacutegico drs clesses inferiores Uno oonunidcclo que s orgcnizo cge da mesmc forne pollticCnente cssunindo uno ideologia liacute i t t AlUp o a Js o e noo ncc8SSorJcDonte expresse O~l torDOS de conco1 shy

pi Nt os pr1ncJ os ou noniles de eCcedilOGs A occedileo ~olJtJco a port~~to Dulshytiforme NSo ser~ poltice sQuente por ter esse nODe ou por viscr di shyrtcmnte eleiccedilotildees ou pre88~es 8ocircbre outoridadospolticcs A co~preca scO destE~ fto deve chGgcr otaacute ns cOIlunidndes ser correr no entcnto o risco de se uinimiznr ~ ~ccedilOtildeo poliacuteticc restringindo-c e etividcdes

bull 29 bull

CO nivo1 ecircLcs conunidedos No nvol de Socidrdo soacute to sentido e consoquoncJc r rccedil~o polticr quo ccninhc pcrc ser cccedil~o globclviscnshy

do c atincir ns proacuteprics ostruturcs de socioddc

A distinccedileacuteo rol do bese idcoloacutegicc qu~ heacute ontro cs divuacuteTacs linhs pOl ticcs I c difcrunccedilc elo inlircs do iacutemccrcr cs ostruturcs - ( t ob - bull bull 1CiC SOC18Ci~Ci~ COLO vJros no J e~~ so r orgcnJZcCcedilLO c ClnXllCc SOC1c

c Qclo dc~s sociedcdes 0 c Uclut011CcedilfO G wudrnccedilc do SUrS cStL11middot~Ul~S) bull

Ir middotd t h lf t t~c rcpl o GsqUGn- Jzcccedilco cuc 11ZlOS c0 ltcl eron 3 102(lt11CJ3 pOlJ t ccs podaDos noteI UDe q1W I0tuacute~ecircc2e wntcr pure c sL)lcBjhl-tuacute -S uuml~ tru turcs Bocitucde Cttrc nj~UacutendL cDcrliccediloftlos 1)crc nodo-- i1cl

bull ~ - A

te-lcs s sccilwvll t0 CO0 sEo i cintia outrc pruacutet011cC [1 tori-lcs rcdic-lwlCltO A or6cnizccedilco u cccedilecirco polticc (t0otilder1o~~1tiacute) o qUiacuteJ middotlS

Pcrti(os ftz9111)exigiric port~nto o consciontizccedilatildeo cc seus proacuteprios obj Etivos J aodific~ccedilatildeo ou m-Jlutcnccedilotildeo elo ostruturo

Tretc-s( portcnto de purspuumlctivc v no do tipo do ccedilco A pirti lp d J ~ ltmiddot d shy cccedilco 8 comnJQ-s nc Iccedilo pu J lCC JC~ Si 0 L1CSl) qu 80 por

bull n 1 ti tiOlllJSSCO bull crC sor [90 po J tlcr orgcl1lZcuumlC ( nuacutecoss-r c conSCJOl1l

znccedilatildeo do objetivos pOliacuteticos O 1130 UI detcrdndo tipo do ccedilco oOJotilde

por eXtlplo Ctu~9co co lcrtieacuteos _~ cOOp0r~ccedilco org~izcc 6 Ul objet vo poltico -it Lleclidc o quo vis[ der moios co ho~~o~ rurcl do cssu ui p1euronJonto sue concliccedil~o hucnc

BIBLIOG~11_7IA PLR1 APrrOFlnJJ~~TTO DO ITE 2 nJ 11 PRTE DA FvmiiacuteshyTACcedilAtildeO

1 Frei Joatildeo Batista Pereira dos Santos OP - mrILABOR - Uma Revolushyccedilatildeo na Jstrutura da 3l11precircss Livraria Duas Cidades 1962

2 JY Calvez - ~glise a Societeacute 1loonomique - LtEnseicnement Soeicl de Jecn 7JGII Bd ~el1tiSl1e Paris

JOseph Fo11iet - LHoliluumlle Sooit - Essai d Anttropo1ogie Soc101e Col Ja Sais - Je Crois Librairie Arthcwe Fcyard 1962

4 Georges Lefrnno Le S~(1icclisme dons 1e ionde C1 t(~uo Seis-Jcrl

Presses Universitcires de ~ranoe 1961

5 Bstatuto de Trcbalh~dor Run1

bull 30 bull

  • ESQUEMA DA FUNDAMENTACcedilAtildeO DO PROGRAMA PARA 1965
  • SemTiacutetulo
  • SemTiacutetulo 1
Page 11: Nota do Organizador: Pela crise política e financeira em

ensno e nf~Jcccedilno_ do sentido e~ 9111 turll isto eacute do cUG c cuIturo sig nifico perc os ho~ens desse soci~elede A Cultura Popul~r port3nto~esshytoacute vincu1t~clc Il UI1C accedilco que nco 110de ester dcsligodc do 2oyQisto e I

dos grupos sociais que por condicion~ncntos econocircmicos pOliacuteticos e soci~is - e cspocicloonte por COllcliciorlDrJcntos oul turcis - cst~o l1Crgi ncli zudos da cul tllrU ( FunCcLlontcccedilecircio CC IIViver eacute Luter) shy

1 tCaLlo venos c Cultura Po~uler quc~do e coounlCaVO 00 ~_~lS o 6 quando sues significcccedilotildees seus velocircros ideais e ObTeS SOO elesti shynados cfotive~0nte ao povo c rospondem ns ozigecircncios el~ reolizeccedilatildeo hu~ona docircsso -Jovo 00 eteroinete eacutepocc responce eu suoe n suo 29Jlsect

h lo 1 E b l 1ClOnClE lSmiddottorlCIl 100 e CC eo cooo U1lVerSo qUG c cu -Gura e ne shycioncl-cnqucnto integre es consciocircncios dentro ele ncccedilno no ~lnno--dc SUIl realizcccedilecirco hunene e cs situe assIacuteIl na linhO (10 DovLl(mto histoacuteshyrico essencicl de EP-iY2rsn1jzaCcedilco 9fetiva c do cricccedilecirco CO UilC cultura pare toclos os honcns (Po Hmriquo Vaz)

Cono o integrc2otildeo elo toc~os os hOL10ns ne DeSUo cul ture vinculo shyse o unc trcnsforLlcccediloO elos pcecircrotildees econocircnicos polticos o socieis 0

Cul ture Populcr estaacute tcbeacuten vincuIademiddot ecirc reelizcccedilco do u projeto hisshytoacuterieo que pretendo aquelcs trc~sfor3eccedilotildeos Um projeto histoacuterico condi zente OO~l uuc cul turo eleborecc o pcrticipedc por todos UiJ projeto que possibilite c toclo o povo essTIuiacuter o seu papel do criecor o suj0ito de culture dc sociedode eu quo vivo

~~ - l~J

Sendo nssiacuten pode-se dizor que Culturo Populer n~o eacute uu fenocircnono neutro indiferente Ao contr6rio nasce da un conflito o ~lecircle dcsembQ 00 pois ela existe e se Cpresonto 80npre eu terl10S de libertoxatildeo de prom ccedilecirco hunenc no sentido J1cis cnplo Donde se conclui que noo eacute possiacutevel U1 trobclho de Culturc Popu1er desligado do processo de consshycientizaccedilacircQ E ~or estar lig-eclo c ecircste processo 5 quo elo ueve lCivor

Sellpre c UL1C opccedilco Devo der pqssibi1iclceacutees de Opccedilco 00 povo eoboro N

nco posse lL1pOr osso opccedileo porque elo devo sor encontrcCc polo pr~o povo Este opccedilOcirco decorre ele plone consci3ncuuml que O honen adquire dos diforGnccedilos o degnveis entro os 3rupos quo foruno o socicdedo o de noshy

1 N bull so-COSSldcae1 LG une tronsforncccedilco dos lO culturcls polltlcoSpecroos cieia e econocircticos que os cotorlincJ --~

BIBLIOGRAPIL PARA APROpmJDLttrO DlSTE ITE-i

1- Les1ie A Ihi te - Concei to de Cul tura Seacuterie B apostila 1- I EB

2- Irene E de Carvalho - Introduccedilatildeo aos Estudos Socieis Funoaccedilatildeo Geshytulio Vargas Rio de Janeiro 1964

]) Cacircndido Pagravedim OSB- Dclucar para um undo Novo Colo Educar para a Vida Gad 6 ~d Vozes Petroacutepolis 1965

4- Felix 1 Keesing -Introduccedilatildeo Cultural Fundo de Cultura Rio 1961

MOVHlENTO

DE EDUCACcedilAtildeO

bull DE BASE

t J

~

f

I

I f

f

t iacute (

i i

JlJIDAMIIA010 DO JlOGlAMA PARA 196

1 pu ISWVDOS SOOIAIS

12 - Ilt~t~amp Sooial

~

120 - Estrutura Social

Estrutura eacute a armaccedilatildeo alguma coisa Aquilo que sustenta um o~ ganismo um preacutedio um caminh~o Cada coisa tem sua estrutura O or~ nismo humano tem o esqueleto c~o estrutura umpreacutedio tem os funda shymentos e as vigas mestras que o~~steltam de peacutemiddot Um oarro tem o chasshysis socircbre o qual ecircle eacute montado satildeo su~ estruturas proacuteprias

Asdm tocircda a estrutura tem Uliacutela porccedil2Q de partes q~ quando se juntamformw~ um todo onde alguma coisa po~~ se sustentcr O esquele-middot to tem diversas partes assim como a estrutux~ de um preacutedio tem as pa~ tes dos alicerces e as partes do teto das colunas eto bullbullbull Podemos en tender que ~__~s~]utu_a gualltl-q~r_9uJL~s_e1sectL99teacute~ diversas J18tlU QF~das_pDra_Jorll-_-__~~_j_oi9J_~E_co_njull_t-ordmLll~un~

Que seria entatildeo uma estrutura social ~ uma estrutura que diz ~ pei to e sociedade dos homens j o modo como amples se organizrun para vi ver melhor porque ningueacutem pode viver sozinho ~ social porque se reshyfere a uma porccedilatildeo de homens a uma porccedilatildeo de grupos humanos que forshymam o IItodo ll social A sociedade humana tem uma unidade mas tem tamshybeacutem uma porccedilatildeo de Eart~~~__~~~Fj_~am de gerta forma - a estrutushyra s~oial ~ sustentanto a unidade do ~ru]o humano

Como se trata de homens as estruturos nno pocam ser materiais como as da cesa do ceminhco etc S~o estruturas pr6prias do socieda de dos homens Tem que estar marcadas com qualidedes que s~o humanas

Ora o homem tem fundomentalmente veacuterias qualidades que o disshytinguem das outras coisas a consciecircncia racional (inteligecircncia e voa tade) a liberdade a afetividade o capacida~e de oompreender as ooisas e de dar nooe a tocircdas elas ~uer dizer de dar significado que s6 valem para si e pera seus seuelhantes e a capaoidade de poder socircshybre as coisas quando ecircle te~ uma pedra ecircle pode fazer UacuteDa estntua ou picaacute-la eu pedaoinhos exerce seu poder socircbre a pedra

Entatildeo jamp podemos ver que as Estruturas Sociais tecircm que respeitar exatL1011te eSS2S quelidade pcro sereu II~CLoiaisll f quer dizer humanas bull As Estruturas Sociais tecircm que re etira

bull a oonsciecircncia racional (inteligecircncia e vontade) bull a liberdade humana bull a afetividede do homem - o CBor bull a capacidade de der significado cs coises e de comunicar ecircssee

signifioados o todos bull o exetclcio do poder humano socircbre os coisas socircbre a socictlade

e socircbre o proacuteprio homeo

Al d 4 em ~sso como o homem e teubem um ser biologieo tem todas ns

otividades e funccedilotilde~s dos secircres vivos nascer crescer comer assimishylar reproduzir-se viver um tempo a rJ0nitude e tudo isso e depois entrar num processo de rle6iJ~ccedilrt (de ) e tender para o Ilorshy

bull 1 bull

te e para o desop~recimento fiacutesico Todo ser vivo S0 distingue dos nao vivos porque eacute c~p~z de tircr do Deio 00 que vive o que lhe eacute ncoeBs~shyrio pcr~ crescer reproduzin~o-se etc Isso se chcma processo C8 ess uil~ccedilco Umo plc~t~ oS6ioile de terre os eleoontos que pr0cis pere viver Uu cnimcl cssimile do que cooe c energi neoessnric pere conti shynuer vivo Eos to~os tecirc11 UlJ lioite Qucmlo pesso c perder Dei s elo que recebe oOlleccedilc e envelhecer caihe pcrc e norte As cstruturcs dos ogrupcoentos hUDC~10S teu que levcr lsso ao conto Teu que conJuoacutecr esshyScs funccedilotildees que sco ele tocvs os socircrcs vivos cou aquelcs opcoiddcs e quelidedea que vinos cclm que s~o sonento dos hOilns

Vimos o que es estrutures socieis ~ecirc11 que respeitor nessas elois plnoss o dcs quliccdes e o eles concliccedilocs bioloacutegiccs co honen l~s 1fi so n~o existe sopcrcdo une cois leacute outro cqui ~is~o jUl_to nUllc uc S11[ pc s soe nU2~ oe suo grupo h1lt2cno ~e_00 BeSIDO tO_DpO

Por isso tGl~lOS quo ver dU2s coisos I

lQ o que sustente os estrutur~s soci~is e 2Q cs f0I11CS COC esscs cstruturcs nos ercccD

ViDOS que ampss~s estrutures quo nos referimos sco hummcs 1=C8 nei

por isso sco tocircdes bocs tocircdcs respcitcndo e ncturezc do sor h~cno Sendo ecircssim eacute necesseacuterio U1 trcblho quo torne os homens conscientes disso pcrc que tocircelc sue cccedilco sej~ nU11 sentido de oelhorcr Ccel~ vez Jds cs estrutures da sociedede eu Que viv~ ~es jeacute existeu une porccedilatildeo de normcs vclocircres costUECS que tecircd vigencie n~ sociodede dos horHms e -~ ----shyque ~J~r21l_ ltlu9JS__ilJ3_~ll_tsH ~or que isso Porque c socieccele dos homens nco pode ser sustentcdo so pels coisns mteri~iB ~ es nor mcs os vclocircres os costuues s~o escolhidos e adotccos pele socieccecircoshydos homens como moios ele regulcr atildeuuml~id~--Socicl Elcs representcn une ctucccedilecirco do liberdcde huwcnc quer eizer os homens escolherauacuteln~s ~--r si livremente Entre~cnto esscs norucs ecircsses costunes ecircsses velores p8rlmccen nc sociedcde e Jlui tcs v~zes o que ore bOD nUD dotorJincdo tenpo deixe de sar bom ombore continue existindo Entco ca nornes e Vf l ores pcsscn c ser elenc1tos de opressco pcr o houm ou pcrc gru-A shy

pos de houens nUDc sociedade ~ por isso que se deve tor consciecircncic bG~ clcrc pera reconhecer se as no~~cs e vclocircres que regulcu nosso co~ port~uento sociel s~o cindc v~lidcs ~rc o hOBen quo vive nos nossos shyteuumlpos Se foreu vGlides devo~ ser canservcdas se nco foroI v~lidcSt dev~ratildeo ser uuelaelos Esscs focircrccediles os-cecirco contielcs DCis dirotmn-e nos volores Vcjcuos cOrJa ccde una poC~e sor explicndc

bull Velres go~ sectsc_oJhjf28-2~_y_c~-S_[ti tude dos ho~ Po shydeu ficcr atuando conscionteuonte ou inconscientenonte Por eXI A2or os pcds e os filhos b U11 velar ser livre pcr fzor o qUe quisor t outro vclori respei tcr os outros eacute tcDboacuten uu vecirclor Isso tudo vei eshyrecer ctrcveacutes dos costunes o norl~S que e socicdcampe edotc As ciforenshy

ccedilcs ent re 61 Sco epencs de Groducccedilco

2

bull COS~1luos -UodO__Cplusmn9 qgi_r socialuollte a$r2a(9J3bull Ouando un houou vai a escola ele so oouporta de un Dedo proprlO Quando vaJ a una fasta se couporta de outro Dodo Se fala coo sou pai se cODport2 de Dodo diferente daquele co que fal COrl sou filho Os costVlOS sao diferentes para cada ocasi~o

bull Nornos satildeo os [s~-os l9cos de couportmlOnto s9cisJ -oloS jaacute totDh Dente acoitos e que s~o onsinotos na sociedade CODO coisas a sorCD obshy

S t b tIscrvados WllS rlglCLanOl1 t e ao 11ecessarJcnon e o rJg~ OZJcs

A N

bull COlltE9le Soc~ S_gur(L~EJ_todo Gc obser~l9]_~9lltl9_Qbs9d~ ci~o t~cloJs-o~~JJ_c1Lo_G~b_9J_~eido Se algueu nao so COi~)Orta do acordo 001 ~s costuDCS o as noruas da sociedade vai sofrer pw~iccediloos o repreensotildees por parto elos outros clowmtos de sou grupo COD isso so estabelece U~1 controcirclellsocialll socircbre as occedilotildees do cce~e l)0SS0a do eashy

1o grupo Acuzor le oprovcccediloos e Danoresa e ~uor reprovcccedilouumls DelOi~()S ou t d - - 4 ADonIor~e o lpO 0 accedilao eS~lvor nalS ou nenos ~C aoorao cou o que a

sociedade esporava

~9G~~qt Oacute ULl tipo do controcircle social Iluito rfoido quo a socioshydcde iwpoe lli~la pOSS02 ou c gruo social

1Qi e um norDO- sociel tlrl conportaocmto que o oXiglCO de toshy

dos e quo qUffi1do nco 2coito provoca una coerccedilco Duito forte Essa IpUl1lCcedillO que pOCcC scr nora1 Jls~ce ou s~np1csnon c 1 t Ja c ~ t socJe 0 t c

r1incda antcriorIente Quor cizer se alguoacuteo rouba elevo sor Plli1ido se De ta devuuml ser puYlIacuteclo co~ pris2o etc bullbullbull

N _0 1 ( f tmiddot 1_oR 1 e uacuteora aquJ nos rc cr~~os epencs ao ccro er sooJ[bull liacute3~aO bd c Ro1 -tO o ae --lore 11[0 e une so rc a ) ocos ~ ~glCO ~ 1 AI T osCOl1Slceraccedilao 10

grupos huncnos tecircn Jcnifcs-ccccedilotildeos religioscs quer clizr aquolas que expresscn sues rolaccedilotildees COl1 Daus ou COD as coiscs clivines 11 goraleecirc

t - hl ft r8 Ilcn~lOS eccediloes CLlzer reS~Ol to cS reaccediloGs quo o grupo Ullc10 tO~middot_l cshyAo _ N bull A

ce a clgu1S fenonenos quo 1CO sao totalncnte conpreenslvels llcrc ele c lJorte c vida futur r sue Oi~iber2 o oal etc Vejrlos quel o difeshyrenccedila entro at_o reli1ii~0 e ato-Boral

a) ite l1eligioso eacute cc~UGlG que 0xpressc clerarG~1to llileacute_ relaccedil3o 001 Deus ou C 01 cs coisas sagi~acles Por ex uissa sacr2rJentos etc

b) L-co _oral eacute x-qllo1e quo oxpresse 1m julCecircc r to socircbro as coi ses que) hOG faz sobre sou relccionlt1uonto C 011 os outros ho~oacutensPor

tb eXI eJuccr os ou ros uacute OE rOUJer e lleU odler o prox~Jo c DaU

Uui tes vocirczos as coisas dc ~kligiecirco c da lorc-l S20 loios do controcirc la sociel OOSDO eto poclo sor entendido de diversas =aneircs Aju der UIl aligo pode sor entl1CILlo cl0 trecircs fornas diforcntos eacute Ul ato re ligi2sectQ onqucnto oxprossc Linha oC-ridrdo emquento vejo n010 rum iJashygcn de D01S eacute t2lbOacuteIl UIl ~to_~O_l~ porquo Oacute llilU coise boe Oacute ainoo ur oto suumlnJ10~te social porquo u aprovcdo pEle sociud0o o quo vivo

Tocircclos ostcs coisos sOcirco os fUl1dC-r0ntos de estruture sociul Porque nalas eacute quo o houo= =ostra sues qualidadus~o hODon diforonto [cs coishy

sos nateriois e sLrplesnente viVos

PoCLenos ver cgora cs forncs 01 CcedilU8 se expressarl estcs ostrutushyros

Ateacute aqui ViDOS brevemonte C01) os grupos sooiais satildeo sustCltadOS por vlocircres nOrcics cos tUJes etc odOl1OS prcstor ctGnccedilecirco e not-r quo os forlJCs os que ecircstos grupos nos eporeceJ no soci0d~de so limito vr ricdcs

Os tipos de grupos que se for~a~ nc sociedcde s~o b~sioc~8nte =l bull bull ~ bullCOiSf o grupo prJjj~rJo G o grupo secunuacutecrJo

O grupo pruumll~rio te-] es sGuintes c-rcoteriacutesticosl

AS pEssocs to proaGcs o se oon eeeD CEl t ocos os seusbull VJ vou nuJ h J

cspectos Convivea li fece c fece 11 Seu relocioneLlGnto inplicc foiccedilOcirco e conpreens~o e ou gerol h~ inti~i~cdc ontro si Isto podo se dcr especiclmentG no L~iacutelia nos grupos do cdgos nosossoeicccedilotildecs poqusect

- 1ncs e olguL1CS vezes eu grcndes cssocJcCcedilOGS DCS COD cpencs c guns uGabros que se tornares ouigos

A ~ ftI bull ibull As rclcccedilotildees cconocircDiccs c11 tIO cc s tE grupo nco sco cs T1CJ S ~1 N ---_- ~

portcntos Nem as relcccedilotildecs de orgc1izcccedilGo ou de poder de docisro l~Q -shy11a U~c bscelc ele qucm pocle ter Deis ou nonos cutoridede

bull As rol2ccedilotildees entre seus lJcbros s3o ele cCreacuteter cssoeir-tivo c tacirc1 senpra UilC fin~lielcdo detuumlrDinCd~ Potu SOl u~~ cssocicccedil~o eOD 1Jn6 lucrctivos etc Poclo ser tc-uumlbOacuteTl ULlC essocicccedilGO porC L1uumllhor conseGuir defender os diroitos de seus Doubros CODO UD sindic~to UD pCrtido poliacutetico uu centro social etc

y IV

bull As relcccedilocs sco cordicis DCS nlt1O sco Jntincs O rclccionCIlOushyto eacute regulado mois pelo finclidccc que os uuumlnbros busccm no grupo que pelo nmizcele ou 010iccedil20 que tecircD~tre si Haacute necircste grupo liDe s~rie Qe nOrLlOS de couportcuen to que regulau as cccedilotildees des pessoos conforne o popel que exerceD no grupo UD eacute o presidente outro eacute o contcdoroushytro o vuumlndodor outro o secreteacuterio de UD sindiccto UDa pessoo pode ser Ul eluno e outrc o professor Cnda qual tem seu conportclCnto eleshyteruincdo pela ncturezo do grupo E a finclidcde do grupo senpre sereacute olccnccedilcde nc medidc 811 que os papeacuteis forei Llelhor executcdos

Os grupos priLl~rios e secuncl~rios podeu ~pnreoer nc sociodcele dns - dmiddot f U f 1middot t UCJS Jverses Orcics UC CLiJ Jc soro por nc urezc UL1 grupo prJ~lcrJo

oom UD relecioncuento iacutentino entre seus eotlponentesEos ele poderaacute ser gronde propriet~rie ele u~c feacutebrica ou de usa f~zendc G por isso c presenter t~beacuteD relcccedilotildees que sno proacuteprios ele u~ grupo secunceacuterioco

bull 4 bull

ffinclid~ecircLe lucrCtivo De Dado quo f qu~lCiuer sopereccedilco que nos eCcedilClOS te~ seDp~e une finclidcde c de cstudcr ~elhor os estruturas de ccdc grupo~ nco quer dizer quo oles soacute podou eperocer cssi~ Nc reolidedcf cs relcccedilotildees ossin CODO os grupos se cruZou forucndo UD con~lcxo 62 c1c1 tste conp1exo soc1a1 pcrc ser cOL1preonc~ido tO~l quo ser estucLf do por pcrtos tl2S CSScs pcrtos diflcilncnte existcu iso1cdcs nc roeshylidcdc CODO noacutes cs considereDos qucndo oS estudaDOS Por isSOVCLlOS o~leliser cl~Dos desscs for]c8 c_o cD~recij]ento dos grupos socieis sou pc-nscr que eles soacute pode existir essin nato soreacute apenos uu Dodo de estuceacutelos Aineacuteto oqui fClenos dcs foru2s e~ que cs ostruturcs cpc shyrecou

l FAI=1LIA

c Ul1 dos 110dos wds ioportcntes de existecircncic socicl e o L1cis eecirc tude~o por todos os que queron oo~hGcer bOD cs sooiodades ou quo vishyvm ~ U-l grupo prilloacuterio por noturoze A convivecircncic eacute nui to ntine entre todos os seus nembros porque vive~ nc DeSDo cesc 002e~ e ues-De Des e pcS8r grcnde pcrte do teDpo de vide juntos Crio-s0 Ull re shy1coioncwnto afetivo tlUito intenso mtrc os seus ueubros A iuportcnshycio de fewiacutelio se fez cede vez neiar porque ele de8eupenhc 00 DeSUO tenpo ~c porccedil~o dcs funccedilotildees sooieis que s~o deseupenhcdcs ne sociede de pelos grupos Bciores Por exe2plo UDC pessoe se socialize ctrov~ de escole e de seu relccionclento cOL os outros ucs esse socieliz shyccedilOcirco teu iniacuteci) nc fcriacutelio desde que esse pessoc~ nesce

Une possoc so integre no contoxto culturcl de sue cOL1unidcdceshytrcveacutes de sue fcniacutelic que vive necircsse contexto e pode exercor por sou intcrueacutedio Uiacutelr etiviclcde lucretivc ospoclfic~-~Dente econocircnicc f do 11081]0 Liodo cono c exerceria en UD2 reacutebricc ou nuna eDpr~se Por isso tudo c fcuiacuteliG eacute o grupo sociel [is ostudcdo ~ nele quo so processhyso de 1uumldo reconhecido COrlO legiacute tiDO erquose tocircdcs Cs sociodecos o perpe ueccedileo b A 1 Mt )~cc eSJ0cJe huntnc cono SOl JO106Jco egJmiddottmiddotJlfCcedilCO co ~

-to sexucl UJ cto que onponhc 11is lntLlcJ-entemiddot ccdc pJssoc Uuml reco nhecidc univorscL18nte qundo rolizcc1o 11 fc11ic ou eLl fU~1CcedilO de foul1ia bull

____debull FOrDcs -___FClio - En corcltogt costum-se dizer que c fc11ic tew duos fo~Jcs pril1cipois - a rcl~CcedilljIrextel~ pctricrceacutel ou Betricrcc1 e ~ f~~lliCcedilc_nu_cJ9_9 consti tUldc so de pois e filhos

li sociodcdo brcsiloirc h~ eindo u l[lor nuacutenero do foillics poshytricrccis quer dizer ccei tcndo norer juntos filhos e nores filh--s e genros netos e sobrinhos i=cs Q processo de urbenizcccedilno c conoonshytrcccedilecirco e UL Ilc1or ~1UacuterlOrO de pessocs ncs cidcdes grcndos vci torncndo ced vez rmis difiacutecil esse forne de existocircnoic forli1icr O quo se vci tornondo noi s oorlUD eacute a forne de fcxiacutelic nuoleor onde soacute pcis e filho Dorau juntos E onde o relfoioncnonto ofetivo ficc rostri to o UIl mtti2 ro nenor de pessocs

Eu outrcs sociedccles heacute Qutrcs fJriles de fcniacutelics f onde u howr pcde ter ducs ou cci s mulheres ondo uJC rJulher pode ter lcis de UD

5

condicioncdo pelo rlodo do vide qU0Lcrido Tudo isso b detorrlincc1o ou 1 ~ plc si e pelos neios elo subsist~n l esses grupos cdotcrllo cono vr ~CioS

oic lueuro podeu conseguir

- d~ ~~l~bull Fu~~_lt~j-_~__~ bull c gcrcccedilco dos filhos

bull l sctisfoccedilco 6000ion01 f soxucl e cfctivll bull c educcccedilecirco c soCiclizcccedilco cos filhos bull o ccul turcccedileo quer cli zor cdcptc~r seus Ilonbro S cul turc

locc~ li( bull funccediltio recrectiva - ht sooicdcdos ondo e recrecccediloo 0 funccedileacuteo exclusivc da f~llic funccedilco econocirc=lica quondo de estruture fCtlilier depende c subsistecircncio e c o nOcirci i cc do grupo

(Ver c ecircstuacute respeito clgui livro de An~ro~olog~o e~peciolllen te RLinton O honen Uno Introduccedilco o Soc~olog~e)

2 COLU1HD1DE

t uma dos formas nais OODunS eil que cpcreeen os grupos socicismiddot e no que1 cs estruturos 600iois sco ll~ds faacuteceis de sareo estudedcs

A conunidcde cOlpreende e11 gerol UD grupo huucno bcsknte grcnde onde tocircdes es funccedilotildees de vide hunano eco exeroidos eu eonjunto eonecirce tocircdes cs neoessidodes encontrcn seus grcus de setistcccedilatildeo rics esscs fun ccedilocirces e nec0ssidado8 satildeo li~itcdos pelo aacuteroo geograacutefico onde o grupo vi vo

Assiu Urla cOLlunidode tCl wa QQlJiBJlroccedil~o fJ~ de~erlinCcle ~e1c lrcc onde eI 80 encontrDbull Isso e IacuteLlportcnte porque e de croo gcograf1shyo~ que deveratildeo seir os recursos oteriois pera o subsistecircncia do grupo UJlC couunidode que vive no 110io ruroI teu uoios de vide buumlrl diversos do quo uuo couuni(lDde que vive nml 1oio urbno jaacute bnstonto qesonvolvidoOe l7l0i08 de cOJuniccccedil[o o a1inm toccedilco e os lodos de conportononto vcrico

f d foon orue cs con Jccediloos geogrc ~c~s ce croo

Do meSIlO Joco [ cOlUnidod~ ter6 UIC contizuraccedilco pzicol_ampii~ Sous 171odos de ogir e sucs otitudes VcO vcricr conforne o pcdrco do oultura que o oonunidodc clconccedilou Nuna couunidodo conscientizedo o oepcz de on01isor tocircdcs os condiccedilotildees eJ que vivo c otitude dos grupos huncnos que o consti tuen sGrt de occedilco trmsfoZrcdoro o de JlcIhorio ecdo voz tclor Une couunidede 01 que nco haacute UBo oti tude de maacutelise de SUos condiccedilotildees t eLl que tudo ( ooeito de nodo possivo cma U1lo visco confornista n210 12 dern progredir Duito neu ter otitudes de Dudanccedilos pera nolhoror sua situcccedilatildeo

Nu~a couunidede existeu tocircdos as funccedilotildees nocessaacuterios ~ vida de Utl grupo hUlno P-1guucs dessos funccedilotildees podem ser l1Cis desenvolvidas que outrce ocs tocircdcs elce cpnrcoen de olguuuml Bodo An~lisaoos c seguiral guucs das funccedilotildees Deis iDportc~tes

c) Fun~no econocircmioc - t ~quelc que provecirc os reoursos uatericis do

6

~ grupo o que ecircle pode produzir e o que pode oonsumir assim como os mQ

dos como estas coisas satildeo distribuidas entre o grupo

b) FunSatildeo ~01Jti2~ Consiste no exerooiocirc do poder atra~es das vashyrias formas de autoridade criadas pelas sooiedades no sent1do de 2e manterem integradas e de decidirem seus pr6prios caminhos A fun9~0 PQ liacutetica exercida diretamente em assembleacuteias ou indiretamente atraves de Dampndatos faz Damprte da or~aniza~atildeo de qualQuer grupo humano que define

J Cgt S 1 ti 1 -tipos de coaccedilatildeo do puniccedilco forDQs te prrtioipaccediloo P2 1 00 esoc 0

UC cutoridcde obrigctoriedcde de ouopriilento de dec~soeSt oeios de d~ finir e clconccediler o bem COOUD

c) Etgl9atildeo--LelJAtildei~o~ - n a que reflete os modos como as pessoas da co~mnid8de se relccionam COLel Deus e COLl as coisas divinas Eu f)eralas funccedilotildees reli0iosas satildeo necessaacuterias para o equiliacutebrio emoc~onal do grushypo hu~ampnot porque trazem uma certa tranquilidade em relaccedilao a al3UUo problemas que nunca encontram resJostas adequadas oomo os da mortedo mal da origem do homem os da vid~ futura etc Qu~ndo as fth~ccedilotildees reshyliGiosas s~o bem coupreendidas e beuuml vividas pelo grupo pode-se dizer que haacute uma autenticidecle religiosa na comunidade Quando poreacutem h~ eshyxogecircro de crenccedilas e ri tuais a vivecircncia do grupo se torna quase irrashycional Isso pode Dconteeer com qualquer religiatildeo que natildeo seja bem coll preendide (Ver socircbre isto e eYlicaccedil~o referente a NEB e Igreja no Documento wJB sua Origem sua lLccedilatildeo e seu Conteuacutedo~ assim cono euro par te socircbre struturas de Igreja Consultar tembeacutem o livro Sociologia l~eligiosa Alain Birou)

d) Funccedilatildeo J~cr_e-ftiva - Compreende as atividcdes de lazer que se e xercem em tempos illliS ou menos deteriacuteLlinados pelos grupos huwcnos ltu~D tribo de iacutendios a luta pode ser um~ recreaccedilatildeo Nume cidade grcndevoi se ao cinema jogc-se cartas passeia-se Nas comunidades rurais hl muitos jogos muitas festos~ cede comunidade tem suas festas tpicas Jecrecccedilatildeo nco eacute soacute agrave ctivid[~de dcs cricnccedilcs embora sejam cs crianccedilcs que por nCtureza necossi tem meis de recrccccedilEo Tocircda comunidDde tem esshytruturcs recreativcs e de simples l~zer Bordar e fezer cestos pode 001

shyuma funccedilao economicaA

t m~s pode serrecreativa tambem UjJ~ festa reli giosa pode ter sue funccedilatildeo religioso e pOde ter tcmbeacutem uma funmiddotccedilatildeo reshycrectiva Como dissemos antes tudo se cruza nD recUumlidade s6 seporo mos as coisas por~ poder estud~-lCs molhor

e) unccediluuml2 cs_lg_cJ9tJXE - ti exercid p~rc satisfozer cs necessidcltles de ~ssocicccedilao quo o hOiuem tel numa cOllunidode Assim embora o fCJi1lin

I bullAseJa o grupo pr111C 1 pC ejl quo quese todcs s funccediloes necesserJos para a vide humano s~o exercidas haacute necessid~de de outros tipos de grupos para ~lgumas funccedilotildees especiacuteficas numa comunidade Por exemplo um sinw

dicato represente c necessidcde de cssocicccedilatildeo de um grupo profissional pcra melhor exercer sua profiss~o e ser melhor compreendido pelos oushytros grupos Pode hover sindic~tos de poscadores de levrndoacuteres de 0shyper~rios etc 1as h~ outros tipos de associaccedilic O Partido Poltioo um formo de associaccedilao que existe nV1ilC cOLlunidcde p[ro que osgrupoe possam pcrticipar orgcnizcdmonte do poc~er H~ partidos que represen shytCill certcs closses sociais e ou~ros representam outras classes ooda qucl busccudo reclizcr melhor 6elS c r-rocircsses H~ tcmbeacutem cssooinccedilotildees

bull 7 bull

de tipo econ3uico 8 com fins lucr~tivos como um~ socied~de coserci~l que cmprc e vende cGrtcs IlGrc~doris HG sociedcdes industri-is que rGunem grende nuacutemero cc pessocs pcrc produzir eu conjunto outre-s lHrc~ dorics

Reacute cindl muitos outrcs funccedilotildees nUj~c oomunidcde hu]~nc sej elo grcnde ou pequenc =[8 pcrr noacutes ~=~j3 uuumlc coisc deve ficr nui to clarrbull rcocircctcs cs comunidcuos COB sues funccedilotildees soacute tecircu sentido o devoi1 SOl re~ p8itcdcs ellqunto 80 rcClIlCl1te moios elo roliz~ccedilecirco huwcmc Dosdo que qu~lqucr um delcs sejc utilizede pcre oprimir o hocet1 perdo sou scmshytido e lt1ev0 ser DUC1ccbull

Pode-s pOl~u1-cr CgtO inci02 ~ Isroje- eooo instituiccedileacuteo divinc podo se enqucdrcr e~ deterDin~ds estrutures 80 ela oo~portc da fcto

bull ~clQluc ostruturccedil~o TIll que mediclc isso lJ10 eacute neeoss[r~o em que mouJ_ da isso lhe 6 projuQici~

TerJOs que notcr du~s COi88 funCCilGeacutetaisl

e) L Ierejc uuml U- cO~UL1iiacutelcluuml 0spiri tucl de toclos [qu~les que ( crec1i kl1 1 rtevolcccedilOtildeo ( n Ruumlconccedilo pelo Cristo

b) A Icreje existe pelos hono~s -c os homens 0 deve rospeitcr rs exigecircC1Cis que n--turozo co homen pede prc SU2 rc~~lizc ccedilco A pclcvrc conunic~c1e cqui ~8iil UIil sontido diferente do que foi usado cntes Uscuos o tecircriJO _c2~mnidcde de 11ftcjccgoshyrc nun s0~1tido lis espiri tU[Uuml do qu socicl

COIO ume co~nn~idcde visiacutevel enccrncde no mundo c Igrcjc te) sue estrutur[~ juriacuteCico como outrcs cOLlulliddes N8ste sentido ele ~ susceptJvel de Llucl1ccedilcs c progresso Do mcsmo modocomo Ur1C estrutura huruumlenc perd0 sue rczso de scr QuC1do nco fcci1i te c ro-lizcccedilo de pe880c ssim tc~1l6m urc Qstrutur de Isrejc pode suumlrder sue razeo de ser se n2o fccili ter [~ corauniccccedil~o (1 Grcccedilc de pcl-vre de Deus Erl 0E trs pclvrcs COiO 8 estrutures hllLl1CS progridem OOL o desenvolvi I1~l1to G SD tornelU Bcis couplexcs pcr~ e~orceuro)r deter1l1in~dcs funccedilotildees o ctrcler cqueles CUOi e1-s sc dostin-m U1 estruture 19rojo enshyqucnto org~nizcccedil~o 11u11-11o pode scr iIoc1ificdc desde lU8 seje p~ro UGshy

lhor cOLlunic-r o q1hJ Deus quis

-8) eacute e- rz3o ce 8U origeu e nCturczC que c Igre ja difere dcs oumiddot-r - b o 1 bull gt 1 hi gt bull Q cormnJ5clES bull Gm or~ seJc Ui~ COLlU1JCQO VJSJVQ e rerquJOc e U1 orgl1Iacutez-CcedilCO Iacutelsti tuid por Cristo coa sUJS funccedilotildees S1L estruture e os poeacuteteres qU8 - 1 pertences iNc lU essecircncie mcis profundc c 19rcj- eacute - preSOllccedil puacuterune11to nc qU~cro de Histoacuteric do rmndo do vershybo do Daus foito HOlcm Dl 6 co~cratizc9~o histoacuteria~ d~ vontcdo scl vlfiac de Deus coluniacdc ctrovoacutes (10 Cristo (Kerl RchllGr lIission ct Grcce vol 11 Serviteurs eacutetu PeulJ10 c10 ])iou EJlIE 20 eacuted Fcnae 1 963 p 30)

8 bull

~- ~

AleacuteJl do que jeacute vinos devel2Os tontCr fazcr couumlpreonder OOL nos shyscs cmlos aue stem outrs forws cuuml ostruturcs socie_i8 e que c 10shy

(lida Cl que middotumc socie proJride esscs foril2s v~o so nul ti~lic_ndo e se tornendo meis coraplexos Por isso 6 que ume pessoc de zonr rurcl do pis qundo vem c urde cidde gr-nco fio onbcreccediled Porque ele nco conhoce tocircdcs cs forucs de rGlcioncL~el1to que ooucle comniCrce u~- ~ bcn2 utilize iil V0J UJ 10io 1i8 sirples e cujcs cstruturcs sco

bull bullbull - bull AI

rec~uzuumlcs c 3ruj)os pri1rJos frJIJ-res ou c cssocJccedilocs e grupos ss cur~eacuterios k beacutem Dui to sLlples 111 tr buumlho de conscientizcccedilao deve 12 vr e8SCS pessos c id6ic ce que I lJor L1cis couumlp1ic[dc que sojo Ule

ht L 8ocicl f c so rczeo do S8 lor ccuse ClO bullbulle S ru vur ~ prollrJo OlCrlCJ I i 1 N

que nln~10L1 se (leve eLlbcr~ccedilcdo so porque n~o conhGce 08 no os de rcl-ciolLwnto saciel que outrcs cOE112lidcdes ou outrcs roiotildees utishylizou Ucvuuml-se insistir lUi to nisso o honml ~ o il8SO c quclqucr cir

shyCU~1stmiddotncic v~rie 8 fCJrufs de G Stl~turcccedil~o soci1 porque ho concenshyt ~ - h tmiddotrcccedilocs eLE seres hU2110S que necossl te~ ltlesscs releccediloes uCs no11 ua l

po eacutee ruumllccedil2o por _i8 cOilplec clue soje fcz que un hOL18~ S0je IlC lhor ~o que outro soacute porque es conhece ou porque vive nUDe couunidcdc

t I A i d QU0 cs (no odcs -8 pessos teu quo ter conso encJc Jsso p2rc ev~

tr ju~tecate c fOln-Ccedileo de prcco1coito8 de cl2s8-t do ScscZ cc k~jlo_l_~IacuteJOecirc rCcici S e te que sGo outrcs foDfs__dQ dqiIs_tccedilfo~ ilo l~Wlcsect ~s1rltprcss9cicisJ NenhuLlc deles eeve prcvcleccr sobro Cucl qUGr hOlllem quer sejc cle Ulll meio onele 018 sejc1 311p1es qUGr soj de m meio oi1clo Glcs sejeu Ilui to COi2plocs A uacutenico coise que deve p4cva 1cer SLpre eacute o hOneil - c pessoc hUllc nc - socircbre quclquor tipo de estruture

Vewos tenter colooCr - lgullCS expliccccedilotildees socircbro ccdc UDi cessas outrcs forD1cs

1ordm- CL~_SSbS SOCIAIS sco constituGcs por grupos de pessocs quo t de 1 tGil C mesmc 81 - os DOSDO TIOLOSmcnelrc gere ucccedileo coonO~1cct de

couportcmento) 00 11eSLlOS veacutelocircres uuml que por isso cdquircHl o que s) chc_ Inc CJlluJonte de consci~1cic de c1csse ll bull Tecircn c consciG1cie de este reu n~ llleSDC si tucccedil3o e por isso COfClcO o CSLlO tipo elo vide pr- seu grupo estebuacutel~c01do diferenccedilcs IIncturcis ll 01 relcccedilecirco outros grupos Ponsem que c socieccde hUl1cne SOacute cl0V se equilibreI de Uil cetOIinedo uoltlo onde ecircles encontrou 1l1tiC de te r=i ndc posiccedilecirco bm1 2ssegureda Ass1rl h

CJverscS expressoes de consciGncJc de clcsse ~ c d~~ clcss( 1ctJftm shyci~rie de clcsse dos grandes inuumlstriis [1 de Cl~8SE) 0cli e cc clcsSG oper~r1c e d~ clcsSG c~]onesc etc

Ccde um delcs poue penscr quo ~~ sociedcce hUll[na devic so orzcshynizcr Qostc~ ou cl[-~uelr fornc o cuo cssL] lhes ccbari ost ou oquolc i 1 ~por~ CJe ness~ orG~nJzccediloo de s~ciodeacuteo co~ 80 Qed~ c oSSC oxshy

presse os itGrecircssos Que ten p-re si c fcz ~c lIideologie quo pcesc c (~ofonder Cm~J jeacute viJos cs clesSGS secirco t-beacuten cstrutures socieia c

nosso i n t oresse dove ser c prooccedilco do honer e no dcs estruturiS Esso ~ -

prouoccedilo sereacute ccd vez uuacutelhol conforue focircr nais pernitiltlo Co cfirlcccedilco do homeo eu quclquor tipo de es~ruturc ~ste prob1eno ~ bostente CODshy

9

i

bull

bull

bull

p1oxo o quo estaacute aqui 1130 cliz tudo por Qster ooloc[1oo do lDC forutl rlui to siLp1ificede Perc u~ l~oiacuteor aprofundor1onto ver o bib1iogrofic oi t~dc

2ordm - CLSJIA SOCILL b tebbn UL rgrupaLcnto hUleno c orl 08 ~G sms c onotcccedilatildeos cn tcriores Ipeuacutecs Ci8 cgrcvodo pelo fochcccnto do grupo os re1cccedilfio a outros grupos U~o custe so focha por ~otivos do proconshyceitos reli~iosos raciais culturais etc Nio perDito ~ ontrada do outros eloD2ntcs f noo une nobilieacuteeco el0 seus Dembros pcr] o~tros grushypos Tcm U2- i20010gie 1Uito 1iacutes clure c iLluteacutevel ILUi tas VOZ0S una ccst eacute ur~ [leio que cortos grupos utiliacutezaIl pcgtro dofondore~ seus inte shyressos e suc~ possibiliccdo co clOlinor outros grupos C o ccso dos C08shy

ts-s nince o1iacutesteytes 02 cortos piacuteses que diacuteviacutecleuroc o povo e-2 rgtcrce1as t2-0 diacutestintes que nunc2 se pode pssr de w c outrc

3ordm - PlCcedilAs eacute c diacuteferonciacutecccedil3o que se oncontre nos grupos huucnos provenilmtes de corccteres 0sscncisl0nte bioloacutegicos AssL1 os negros f

- t OS b rncos CLlClr0 1os sco os ros grupos rcc~s~s L1cJS ov~conliOS no 60shyciededo elos hOl0ns ~ diforo~l2 eacute soacute bioloacutegica quenco se flo do roccedilc seu ter nonhuLlc outrc cOl1sequolciacutee cul turol ou intcluumlcmiddot~u[l porc c posshysoc U~ nogro oueriocno vivoric os TlOSDOS pcelrotildees cu1turois c-oriccnos (nO) focircsse [ sogr8goccedilro r2-ciol) COlO quolqucr chinecircs (roccedila mcrolc)quo se intogresse nc vido c~oriccno

4ordm - GRUPOS uacuteTNICOS secirco tcllboacuteu Dados de vivecircncic sooic1 ondo 80

eC011tucn osvO ciacutecluonto clcuns c OS-(ULlG S ( norurs de ccr5ter icis cultushyre1 r0l2oiondos 001 c 1 iacute11[11 c COStUL~OS rogionoiacutes tipos fiacutesicos (10shy

tar~in2dos por conCiccedilotildeos do 01i~e do rogiecirco gcogr~ficc etc AssiD UDe clc1oio elo pescodores no norte da A1cnanhc tcm ccroctorCsticcs bo eacuteivorscs 00 u1 2lcloic elo )(scc(o1os no nordesto elo Brnsi1 ULl DOVO de urm rogiecirco couo c 111(ia to_ eer2cteristicos divorscs dos DOVOS rqo~ e crlOriccnos cborc n2o sejol reccedilcs ciferentes As (~ifcr~l1ccedilcs 1120 SOO

b l + I SO ~o o~Jcos ~as vB2bcu cu1turaJs

BIBLIOGBLIL PRi1 LPROFmDL=

1 R Linton - O Une Ii1tlOC~UCcedil20 agrave Sooiologia Livreric Lartins SA s2o Paulo bull

2 A Igro ja Conciacutelio Vctic2-TIO lI Consti tuiccedilco Dog_Gtica LUoacutelon Gcntiml Doc Ponto 149 Jcitocircra Vozes Petroacutepolis 1965

3 Kar1 cmler - I~issco e Grcccediln II Vale Funccedilotildees e Estceacute-os cc Vic~c no Igroja - Dditocircra VOZ8S Petroacutepolis 1965

4 Alcin Eirou - Sociologia noli~ioso Duas Cid2-des satildeo Paulo

bull 10 bull

~~J~~ gt

I I) t

I

MOVnIiacutemTO

DE

EDUCACcedilAtildeO

DE

BASE

FUNDAMENTA ccedil Atilde O

DO PROGRAMA PARA 1965 li parte bull ESTUDOS SOCIAIS

15 Subdesenvolvimento e Desenvolvimento

middot J

1 SUBDESEIlYOLVnlENTO E DESElfVOLVIllENTO

nA humanidade cresce ragravepidamente todo o mundo o sabe mas poucos

homens tecircm consciecircncia da rapidez decircste progresso e-poucos tambeacutem satildeo

os angustiados pelas conclusotildees que- d~ste fato se deveria tirarn(Lebret

Suiciacutedio ou Sobrevivecircncia do Ocidente Duas Cidades S Pau101960p22)

O problema que a humanidade tem que resolver eacute o da pr05ramaccedilatildeo

humana conjunta atendendo a cada pessoa a cada comunidade a cada reshy

giatildeo a cada paiacutes ~ necessaacuterio dar uma resposta precisa a cada homem

enquanto pessoa e enquanto membro de uma sociedade No caso dos pa~ses

subdesenvolvidos essa resposta natildeo poderaacute ser dada a altura se natildeo veu

cermos alguns problemas do subdesenvolvimento Ou melhor esta resposta

natildeo seraacute dada se natildeo houver uma modificaccedilatildeo grande de estruturas de ~

talidades de valocircres bullbullbull de tal forma que todos os homens e cad~ homem

sejam reconhecidos como sujeitos~

Diante disso tudo poder-se-ia perguntar mas o que eacute o subdesen shy

volvimento o que o caracteriacuteza Em um sentido lato poder-se-ia denominar

de subdesenvolvidos os paiacuteses atrasados lIas isso eacute muito vago Preferi shy

mos dizer entatildeo que o que determina o subdesenvolvimento eacute sobretudo

uma grande complexidade de problemas dificultando a melhoria do niacutevel

de vida e a promoccedilatildeo do homem como pessoa sobretudo nas camadas mais P2

bres e necessit~das da populaccedilatildeo Essa complexidade eacute talvez uma das ca~

sas que mais dificulta um paiacutes atingir um certo niacutevel de desenvolvimento~

Como veremos a sebUir natildeo eacute resolvendo problemas isolados ou mais imedishy

atos que chegamos a superar o subdesenvolvimento Como eacute sabido ecircsse pr~

cesso de superaccedilatildeo tem eXigecircncias especiais que precisam ser ordenadas

hierarquizadas e planejadas Com efeito o subdesenvolvimento eacute caracteshy

rizado por vaacuterios fatocircres ou problemas que dificultam a plena realizaccedilatildeo

do homem e da comunidade onde ecircle vive

2 ALGU1IAS C-lRACTERtSTICAS DO SUBDESElTVOLVI1IENTO

21 Dependecircncia sconocircmica - Uma das caracteriacutesticas mais marcantes do su~

desenvolvimento eacute a dependecircncia econocircmica Sem um miacutenimo de autonomia eshy

conocircmica eacute ilusoacuterio falar-se de atunomia cultural e de certa ormat~

beacutem poliacutetica Os paiacuteses que dependem econocircmicamente de outros sofrem sob

~

i ~

vaacuterios aspectos o pecircso da dependecircncia econocircmica estrangerira Por isso

o desenvolvimento econocircmico desses paiacuteses nunca seraacute apenas resultado de

um progresso interno

A econom~ca ~ bull se reflete principalmente a t raves Essa dependencia

a) do comeacutercio exterior - em geral os paiacuteses subdesenvolvidos exportam

para os paiacuteses desenvolvidos os produtos brutos ou agriacuteCOlas ou alimenshy

tiacutecios (no caso do Brasil por exemplo o agucar o manganecircs etc) e imshy

portam destes os produtos manufaturados (eqUipamentos por exemplO)

b) de uma situaccedilatildeo deficitaacuteria em que vivem de um modo geral os paiacuteses

subdesenvolvidos Tal situaccedilatildeo eacute de certa forma tambeacutem motivada pela ~

neira como o mercad0l importador determina os preccedilos Poder-se-ia dar

como exemplo o cafeacute no Brasil que equivale a mais de 40 de nossa expo~

taccedilatildeo e apenas 04 da importaccedilatildeo dos EEUU cujo preccedilo eacute estipulado por

ecircste uacuteltimo o maior mercado comprador c) da poliacutetica econocircmica e social dependentes muitas vecirczes dos interesses

de grupos ou firmas estrangeiras

d) da posiccedilatildeo de destaaue Que ocu~a o capital estrangeiro na economia dos

paiacuteses subdesenvolvidos Decircle depende a importacircncia e grande parte da esshy

pecificidade das produccedilotildees do paiacutes assim como de sua situaccedilatildeo de integratilde

ccedilatildeo no mercado internacional (Yves Lacoste Os Paiacuteses SubdesenvolvidosDi

fusatildeo Europeacuteia do Livro ColSaber Atual satildeo Paulo 1961pp 17-19)

22 Pouca Industrializacatildeo e Dificuldade de Ser Ampliada - os paiacuteses su~

desenvolvidos encontram mu~tas dificuldades de se industrializar O Depa~

tamento de Assuntos Econocircmicos das Uaccedilotildees Unidas estudando estas dificul

dades haacute alguns anos reuniu-as em trecircs aspectos econocircmico social e int~ nacional

a) no aspecto econocircmico temos que levar em conta aleacutem da pouca poupanccedila

interna a falta de capitais ou o emprecircgo de capitais estrangeiros em geshy

ral nas induacutestrias de transformaccedilatildeo e natildeo para a infra-estrutura assim

como as dificuldades de transporte a insuficiecircncia de energia etc

b) quanto ao aspecto social pode exercer influecircncias negativas ou positi shy

vas No caso dos paiacuteses subdesenvolvidos natildeo haacute duacutevida que as influecircncias N

sao em geral mais ne5ativas j bastrulte lembrar o baio niacutevel de instru-

ccedilatildeo o elevado lndice de analfabetismo a falta de operaacuterios qualificados

e a natildeo existecircncia de um ple~ejamento que leve em conta tocircda a populaccedilatildeo

tocircdas as reGiotildees visando um desenvolvimento global

c) com relaccedilatildeo ~o aspecto internacional haacute tambeacutem vaacuterios tipos de obstaacutec~

(

los ao desenvolvimento industrial dos paiacuteses subdesenvolvidos Lembrareshy

mos apenas dois as restriccedilotildees que os paiacuteses desenvolvidos em geral imshy

potildeem aos subdesenvolvidos para conceder um empreacutestimo de capital que pushy

2gdesse facilitar a industrializaccedilatildeo dos primeiros a tendecircncia dos pai

ses desenvolvidos de fazerem dos subdesenvolvidos meros fornecedores de

mateacuteria prima dificultando ou ~estringindo as possibilidades de desen shy

volvioento destes (Lebret obra citada pp 100-105)

Todavia eacute preciso natildeo esquecer que embora a industrializaccedilatildeo seja

a1so muito importante para o desenvolvimento econocircmico de um paiacutes ela

nao ten um fim em si mesma Ou seja a IN so temindustrializaccedilao para nos

sentido se ela contribui para uma real promoccedilatildeo do homem se ela contrishy

bui para elevar e melhorar o niacutevel de vida sobretudo das camadas menos

favorecidas da populaccedilatildeo As faacutebricas as usinas as grandes emprecircsas e~

fim podem ser retrato do desenvolvimento econocircmico mas ajudam o homem a

ser mais homem quando contribueacutem para satisfazer suas necessidades mais

essenciais a se realizar como pessoabull

bullBaixa Renda Nacional - Uma das distinccedilotildees que se pode fazer entre

os pa~ses desenvolvidos e subdesenvolvidos consiste justamente na dist~

buiccedilatildeo da renda nacional entre habitantes ou entre as diversas camadas

da populaccedilatildeo De um modo geral nos paiacuteses desenvolvidos as camadas mais

pobres tecircm um niacutevel de vida superior aos subdesenvolvidos A tiacutetulo de

ilustrcccedilatildeo daremos apenas al~Uls dados referente a renda anual individual

(chamada tecirccni3amente de renda per capita) em 1959 de alguns paiacutesesE~

tados Unidos da Ameacuterica do Horte 2250 doacutelares alguns paiacuteses da Europa

Ocidental assim como Austraacutelia e Nova Zelandia 1000 doacutelares Bnquanto

isso para o conjunto dos paiacuteses menos desenvolvidos a cifra corresponden

te foi mais ou menos de 100 doacutelares anuais sendo que a maior parte dos

paiacuteses da Aacutefrica Aacutesia e Jmeacuterica L~tina apresentavam uma renda meacutedia de

10 a 80 doacutelares (Bl Corre0 de la Unesco) bull

bullDeficiecircncia na Agricultura - A agricultura nos paiacuteses subdesenvol

vidos de um ~odo geral eacute muito atrasada Haacute grandes quantidades de te~

ras cultivaacuteveis natildeo aproveitadas Ha Ameacuterica Latina p ex apenas 15

das terras cultivaacuteveis satildeo realmente cultivadas (Yves Lacostobra citada

p 12) Haacute fatocircres que podem explicar essa quantidade tatildeo pequena de tershy

ras cultivadas

bull estrutura agraacuteria injusta e obsoleta

i

bull interecircsse de grupos econocircmicos nacionais e estfangeiros

bull falta ou insuficiecircncia de meios teacutecnicos

bull desgaste dos solos

bull falta de fertilizantes etc

Todavia a maior dificuldade a ser vencida pela agricultura dos pa1shy

ses subdesenvolvidos proveacutem do custo dos bens materiais Um dos meios de

satisfazer tais necessidades seria a fabricaccedilatildeo de suas proacuteprias maacutequinas

agriacutecolas de fertilizantes e de combustiacuteveis

Consider~ido todos os fatores que dificultam a agricultura nos pa1

shy

ses subdesenvolvidos podemos entender assim porque apesar de serem na

maioria paiacuteses agriacutecolas apresentam baixa produccedilatildeo natildeo conseguindo nem

satisfazer as necessidades alimentares de seu povo

Desequiliacutebrios entre as Cc~adas Sociais - A grandemaioria da populacirc

ccedilatildeo dos paiacuteses subdesenvolvidos tem condiccedilotildees subhumanas de vida A verdashy

de eacute que um nuacutemero muito restrito tem um miacutenimo necessaacuterio para viver como

pessoa e apenas uma minoria tem a go~a de todos os privileacutegiOS

Uma das maneiras de se caracterizar ecircsses desequiliacutebrios sociais eacute

a distribuiccedilatildeo proporcional da renda nacional pela populaccedilatildeo Iro caso brashy

sileiro por exemplo ecircste desequiliacutebrio eacute evidente

Outro iacutendice complementar eacute o da distribuiccedilatildeo da propriedade rural

brasileira Em nuacutemeros relativos a aacuterea territorial brasileira dos estabe

lecimentos agropecuaacuterios em 1950 era expressa da seguinte maneira os d2

nos de propriedades de mais de 100 ha representam apenas 16670 do total do

nuacutemero de propriet~rios e possuem 8567~ da aacuterea total dos estabelecimentos

agropecuaacuterios do Brasil enquanto que 834 do nuacutemero de proprietaacuterios po~

suidores de menos de 100 ha deteacutem em suas matildeos apenas 14~~ da aacuterea toshy

tal (Antonio Rodrigues Coutinho - lanisteacuterio da Agricultura Contribuiccedilatildeo

ao Estudo da Bstrutura Dconocircmica Agraacuteria Brasileira Sego o Censo de 1950 p20)

~ dentro dessa faixa menos favoremida que certos problemascaracteriacute~

ticos das regiotildees subdesenvolvidas se tornam mais chocantesAqui estatildeo alshyguns decircles

~

l

~ bull Para cada 100 crianccedilas nascidas vivas desta faixa morrem 24 anshy

~

tes do 12 ano de vida enquanto para outras camadas sociais morrem 10 em

100 (Nelson Rodri6~es dos Santos O Problema da Sauacutede no Brasil) Dados

recentes mostram ainda que a chistosomose atinge 6 milhotildees de brasilei

ros a tuberculose 1 milhatildeo e 200 mil doenccedilas de chagas 3 a 4 milhotildees

malaacuteria 8 milhotildees A maioria dessas pessoas atingidas habitam agrave zona rushy

ral e estatildeo incluiacutedos nesta faixa da populaccedilatildeo menos favorecidas (A Pop~

laccedilatildeo Brasileira Dados do IBGE 1960)

Com efeito o que se pode dizer eacute que estas deficiecircncias contribuem

ainda mais para baixar o rendimento econocircmico agravando cada vez mais

as condiccedilotildees de vida dessa camada populacional ~ vivendo e sofrendo eacutesshy

tes problemas que trJilbalha grande parte da populaccedilatildeo dos paiacuteses Afroasi ct_ ~ jt --lt- r A

at~cos Em alguns desses pa~ses o n~vel de vida e tao baixo que ha um

verdadeiro ciacuterculo vicioso onde o homem jaacute natildeo tendo esperanccedila acha di

fiacutecil romper com essa situaccedilatildeo de miseacuteria

De um modo geral o que preaeacutenciamos eacute que por causa de grandes d~

sequiliacutebrios entre as diversas camadas sociais e entre os povos do mundo

grande parte da humanidade tem condiCcedilotildees de vida subhumana

Os v~rios dados apresentados abaixo servem para mostrar o grau de

desenvolvimento ou subdesenvolvimento de alguns paiacuteses ~ preciso conta1

to que natildeo se pare numa enumeraccedilatildeo pura e simples dos mesmos nem que

se pretenda uma comparaccedilatildeo com um ideal a atingir Os dados referentes a

cada paiacutes falam mais quando analisados no seu conjunto e soacute vistos e an~

lisados globalmente eacute que podem ser comparados com outros paiacuteses bull bull i ~-

bull Mortalidade Infantil - Para cada 100 crianccedilas nascidas vivas num

ano morrem 3 nos EEUU 4 na Inglaterra 7 na Beacutelgica enquanto no Brasil

Boliacutevia e na Colocircmbia morrem 15 (onu Rapport Preliminaire sur la Situa

tion Sociale dans le i~onde 1962)

bull llortalidade Geral - De cada 1000 habitantes morrem por ano 9 nos

EJUU 11 na Inglaterra 12 na TIeacutelg~ca 25 no Brasil na Boliacutevia e na Coshylocircmbia (idem)

~~

Vida lieacutedia - 70 anos nos EEUU 65 anos na Beacutelgica 45 anos para o

Brasil Boliacutevia e Colocircmbia (idem)

bull Alimentaccedilatildeo e Fome - Segundo Lebret pode-se admitir que mais d

50 da populaccedilatildeo do mundo se manteacutem em um ~ampntar inferior ao estritamiddot

mente necessaacuterio em calorias e 75~ dessa populaccedilatildeo aproxima-se ou ape

nas atinGe o niacutevel miacutenimo exigidO pelas atividades humanas normais

~artindo desses dados e fatores verificamos que haacute uma coincidecircnshy

cia de niacuteveis para alguns paiacuteses ~stes paiacuteses por uma seacuterie de razotildees

ou de fatores satildeo chamados subdesenvolvidos

3 EXIG6NCIAS ESP3CIAIS PARA SUPJJRACcedilAtildeO DO PROCESSO DO SUSDESDNVOLVI1JlliTTO

31 o crescimento demograacutefico deve ser acompanhado por um crescimento ec~ nom~co proporcional

O processo de superaccedilao- do sub-desenvolvimento exige antes de mais

nada que o ritmo extraordinagraveriamente raacutepido com que crescem as necessishy

dades dos povos subdesenvolvidos seja acompanhado por I crescimento ecoshy

nocircmico superior a~ necessidade~i da populaccedilatildeo

A explosatildeo demograacutefica nos paiacuteses subdesenvolvidos eacute no momento ashy

tual um fato que ningueacutem pode ignorar Isto eacute consequecircncia de vaacuterios fata

res

a) os paiacuteses subdesenvolvidos tecircm uma natalidade muito maior que os

outros Como exemplo lembraremos que para cada 1000 habitantes nascem

anualmente na Europa e nos EEUU de 18 a 25 crianccedilas enquanto que em zoshy

nas subdesenvolvidas como a Aacutefrica e a ~neacuterica Latina ecircste nuacutemero chega a

mai3 de 40 (Camargo Demografia 3conocircmica 1960)

b) o raacutepidO crescimento pode ser explicado tambeacutem pelo descreacutescishy

mo da mortalidade verificado nestes paiacuteses De fato essa mortalidade ainmiddot

da eacute bas-cante alta No entanto ela vem diminuindo gradativamente graccedilas a

uma certa assistecircncia sanitaacuteria que eacute dada aos paiacuteses subdesenvolvidosjem

bora de forma muito precaacuteria e sistemaacutetica

Ora para satisfazer as necessidades de uma popUlaccedilatildeo que aumentou

tatildeo ragravepidanente eacute indispensaacutevel um esfocircrccedilo muito grande para produzir

bens e serviccedilos 10 caso do Brasil por exemplo a populaccedilatildeo anual aumenshy

1

-

tam na razatildeo de 3 ao ano A economia nacional precisa entatildeo aumentar

sua capacidade de produccedilatildeo daacute maneira que chegue a satisfazer as necesmiddot

sidades correspondentes a ecircsse aumento da populaccedilatildeo em mateacuteria de alimen

taccedilatildeo vestuaacuterio habitaccedilatildeo instrumentos domeacutesticos educaccedilatildeo emprecircgo

serviccedilos sanitaacuterios (aacutegua luz esgocircto t L Itt etc)

~sse esfocircrccedilo eacute tanto mais difcil porque em consequecircncia do mesmo

crescimento econocircmico raacutepido a maior parte da populaccedilatildeo em idade ativa

eacute muito menor em proporccedilatildeo agravequecircles que natildeo fazem parte desta faixa (cri

anccedilas doentes bullbullbull ) Por outro lado como os pases subdesenvolvidos tem

um niacutevel de vida extremamente baixo a economia deveraacute natildeo somente acomp~

nhar o crescimento demograacutefico mas taEbeacutem aumentar em certa medida ecircsse

niacutevel de vida No entantoecircste paiacuteses mostram-se no conjunto incapazes

de expandir sua economia numa proporccedilatildeo satisfatoacuteria

Das razotildees que impedem o desenvolvimento econocircmico mais completo e

mais raacutepidO temos que considerar ap que se prendem agrave estrutura das ecoshy

nomias e as que dizem respeito mais diretamente ao crescimento global de~

ta economia

32 Independecircncia Econocircmica - Como eacute muilto sabido a estrutura econocircmica

dos pases subdesenvolvidos eacute altamente centralizada no setor primaacuterio

sendo pouco desenvolvido o setor secundaacuterio e terciaacuterio (Ver o item ~E~

trutura ~conocircmica)

Por outro lado embora a populaccedilatildeo rural nestes pases representashy

quase sempre mais da metade da populaccedilatildeo e esteja muito concentrada no s~

tor primaacuteriO nem sempre produz todos os gecircneros necessaacuterios agrave alimentashy

ccedilatildeo e muito menos outros produtos por ela exigidos Como consequecircnciaj ecirc~

tes paiacuteses satildeo obrigados a importar bens que natildeo satildeo capazes de produzir

dispondo apenas de alguns pontos para efetuar as trocas

Ora os paiacuteses que se manteacutem sem induacutestrias e dependentes da imporshy

t~ccedilatildeo de poucos produtos primaacuterios iratildeo fatalmente cada vez mais se emposhy

brecendo face aos pases desenvolvidos Enquanto isto a produccedilatildeo industrial

destes uacuteltimos iraacute crescendo cada vez mais pois os homens sempre querem

bens industrializados em maior nuacutemero e variedade O contraacuterio acontece com a produccedil2o agriacutecola cujo crescimento fica na dependecircncia do consumo

pessoal Que eacute limitado

Outro aspecto que nem sempre se leva em consideraccedilatildeo eacute que juntashy

mente com a importaccedilatildeo de certos produtos satildeo importados tambeacutem a proshy

paganda e o exemplo dos paiacuteses ~esenvolvidos cujos niacuteveis de consumo

satildeo muito mais altos

- I Dominada por esse efeito demonstraccedilao que se soma a 1a5 as neshy

cessidades crescentes decorrentes do raacutepido crescimento demograacutefico a

populaccedilatildeo subdesenvolvida se esforccedila para comprar mais produzindo mais - dMas o consumo de produtos agro-pecuarios nao pode ser aumentado alem e

um certo limite aumentando-se a oferta os preccedilos tendem a cair Assim o

trabalho do povo se desvaloriza (econocircmicamente falando)i

Quanto as mateacuterias primas cuja demanda pode acompanhar a produccedilatildeo

industrial constituem elas reservas suscetiacuteveis de serem esgotadas ou

de perderem seu valor comercial em decorrecircncia de inovaccedilotildees tecnoloacutegicas

Aleacutem do mais na quase totalidade dos paiacuteses subdesenvolvidos a explora

ccedilatildeo dos seus recursos minerais ob~ece aos interecircsses de grupos estrangeishy

ros e soacute a ecircles beneficfa

33 Desenvolver a Industrializaccedilatildeo aumentando a capacidade de produccedilatildeo

A industrializaccedilatildeo estaacute condicionada por um certo nuacutemero de fatocircres

e deve subordinar-se a certas prioridades Uma dessas prioridades eacute defishy

nida pela necessidade de substituir aquelas importaccedilotildees de bens de consushy

mo que ocasionam maiores dificuldades nas relaccedilotildees de troca do paiacutes Oushy

tra seraacute determinada pela necessidade de se criar nos paiacuteses as industrishy

as de base isto eacute induacutestrias produtoras dos materiais de equipruJentos tw lO necessar10S a crlaccedilao de novas lndustr1as

Dos fatores que condicionam a industrializaccedilatildeo coloca-se a necessishy

dade de uma infra-estrutura adequada de traasporte~e comunicaccedilotildees e de eshy

nergia ~ evidente que as induacutestrias soacute podem desenvolver-se se haacute enershy

gia para acionar suas maacuteqUinas estradas para trazer mateacuteria prima e disshy

tribuir a produccedilatildeo e os meios de comunicaccedilatildeo para que as emprecircsas indusshy

triais o comeacutermio e os bancos possam coordenar e organizar suas atividashy

des com eficiecircncia

Por outro lado as induacutestrias natildeo poderatildeo fortalecer-se se natildeo aumen d d dmiddot t ar o numero os que po em comprar ~ua pro uccedilao 1Sto e se nao houver

mercado interno crescente no paiacutes P-i il ielJe eacute- p~~eo (i)l1amp dece~_~

OI tilbullbullbull da lailaatilde Ile iateente ul4idacirclha lllllaacuteliSIXoacutefrq

-ft 81es piFJIIacuteee 6 rbullbull taiuule 1 21i

HO crescimento global da economia dos pa1ses subdesenvolvidos nao

pode ser obtido com a necessaacuteria continuidade e rapidez se natildeo forem supeshy

rados os obstaacuteculos que constituem o chamado ciacuterculo vivioso

ste ttciacuterculo vicioso em geral pode ser caracterizado por uma poshy

pulaccedilatildeo muito grande com um nuacutemero reduzido de induacutestrias pouca matildeo de

obra qualificada e produzindo pouco com niacuteveis de salaacuterios de uma certa

maneira muito baixos Salaacuterios estes que em muitos casos datildeo mal para sushy

prir as necessidades essenciais e em outros datildeo apenas para o coasumo Haacute ainda uma minoria que embora ganhe muito gasta quase tudo em bens de con

sumo (vestuaacuterio automoacuteveis etc) sem aplicar em investimentos produtivos

(faacutebricas induacutestrias em geral etc) Nos vaacuterios casos como vemos natildeo eacute

feita nenhuma poupanccedila

E o que eacute popanccedila no sentido amplo pode-se dizer que o que natildeo foi

gasto foi poupado Mas para que haja poupanccedila realmente eacute preciso natildeo

soacute determinar um aumento de capital que eacute o estoque sobrante poreacutem invesshy

tir em bens de produccedilatildeo Donde se pode dizer que para haver um crescimenshy

to glObal da economia de um paiacutes eacute necessaacuterio que os recursos que era~de~

perdiccedilados ou empregados somente em bens de consumo sejam aplicados tamshy

beacutem em bens de produccedilatildeo ou em investimentos produtivos

~stes investimentos podem ser feitos de duas maneiras

a) o govecircrno obrigando por meios de leis os setores privados a investir seus

lucros de forma mais justa e adequada em setores que venham a contribuir

para um maior crescimento e desenvolvimento econocircmico da comunidade

b) o proacuteprio govecircrno recolhendo ecircsses recursos atraveacutes de impostos compulshy

soacuterios e investidno em empreendimentos que constituem a infra-estrutura (eshy

nergia eleeacutetrica recircde de aacutegua e esgocircto estradas de ferro e rodagem porshy

tos etc)

Isto deve ser feito atraveacutes de planos econocircmicos que reunam os invesshy

timentos puacuteblicos aos investimentos particulares sem permitir um exagerado

lucro as camadas sociais que jaacute gozrun de uma situaccedilatildeo por demais privilegishyada

bull

- 4

Em resumo a poupanccedila e

um elemento essencial para o desenvolvimenshy

to global econocircmico de um pa~s e deve ser forccedilada

a) impedindo todo consumo nao necessario e excessivo

b) aproveitando plenamente a matildeo de obra ou o trabalho das camadas da popushy

laccedilatildeo que estaacute sendo pouco utilizada

c) aumentando a produccedilatildeo pelos meios jaacute citados e especialmente pela proteshy

ccedilatildeo alfandegaacuteria que impeccedila a penetraccedilatildeo no paiacutes de produtos concorrentes

estrangeiros

Finalmente para que todo investimento possiacutevel seja efetivado eacute imshy

por~ante que o trabalho de uma hoc parte da populaccedilatildeo ateacute entatildeo mais ou ~

nosnativa seja aproveitado em setores essenciais O aumento da produccedilatildeo

exige natildeo soacute o aproveitamente de todos mas tambeacutem que haja um certo planeshy

jamento e que obedeccedila a certas teacutecnicas Contudo o povo soacute se enquadraraacute

neste regime de maior produtividade e soacute se capacitaraacute para ecircle se tiver

consciecircncia da situaccedilatildeo e se houver motivaccedilatildeo suficiente

35 Tomada de Consciecircncia por Parte da POP1qaccedilatildeo - Para noacutes um dos aspecshy--_----~-~ bullbull- ~ bullbullbullbull ~- - - - lt bullbullbullbull - - bullbullbull ~ -- bull shy

tos novos do subdesenvolvimento e talvez o mais importante como diz Yves

Lacoste eacute a tomada de consciecircncia da pcpulaccedilatildeo da sitUaccedilatildeo em que se enconshy

tra o seu paiacutes Isto eacute importante porque natildeo se pode falar em desenvolvishy

mento como algo abstrato como uma ideacuteia apenas

Soacute quando tOcircda a populaccedilatildeo toma consciecircncia e eacute mobilizada para venshyncer os problemas que lorrnam aque1e c~rcu1o que falamos anteriormente e que

comeccedila haver condiccedilotildees poliacuteticas favor~eis ao desenvolvimento

Poder-se-ia dizer tambeacutem que a tarefa de desenvolvimento eacute essenshy

cialmente poliacutetica e as necessaacuterias atitudes favoraacuteTeis ao desenvo1vimenshy N 1J __t o so poderao ser tomadas num regime de certa disciplina coletiva Ora~

sa discipfina tanto pode ser imposta QelQ focircrccedila r s~r exercida ppr JPDa qishy )IT~ ()A eurogt ~7 ~gt- Alt- (UL~oacute2c- e~ aT-lt ~ ~ltM ~~

tadur~como ser oeeelhids pGP ~e~~~ pOTO num olima de respeito ao outro

co~o pessoa CODO sujeito e natildeo como coisa

Por outro lado ecircsse esfocircrccedilo tanto pode ser feito num regime de inshy

justiccedilas que apenas exija sacritiacutecios de uma classe e natildeo de outras ou

num reGime onde os sacrifiacutecios e as responsabilidades satildeo igualmente reparshy

tidos entre todos Ressaltamos ai~t~ obra do desenvolvimento eacute inadishyaacutevel complexa e essencialmente ~18la Donde a tentativa de um prooesso

~i~~ ~~~~~~ ~1 ~~

~

-lt ~~middot~~~-~~~~~~~~ii~~~middot ~~

bull t t ~

r I l ~

fo~

I

I

que caminha para o desenvolvimento soacute seraacute autecircntica se atingir a tOdOS~

os setores

Terminando diremos ainda que a tomada de consciecircncia vai exigir

uma mudanccedila total de mentalidades de estruturas de relacionamentos Uma

reestruturaccedilatildeo nos setores econocircDicos poliacuteticos e sociais da sociedade

global

Gostariacuteamos de insistir para que se tivesse em conta que as diversshy

saa partes da fundamentaccedilatildeo do programa do IiEB satildeo uma tentativa de estushy

dar os aspectos diferentes de uma mesma sociedade a sociedade nacional

brasileira em relaccedilatildeo com sua posiccedilatildeo no mundo seus valocircres culturais

suas tradiccedilotildees de sociedade econocircrnicamente dedicada ao setor primaacuterio

o que deve e estaacute sendo mudado Por isso chamamos a atenccedilatildeo para que se

tenha~ sempre em mente os diversos fascculos natildeo como ~oisas separadas

e independentes mas como tentativa de estudar elementarmente os probleshy

mas fundamentais que devem ser conhecidos por elementos profissionais que

se dedicam agrave educaccedilatildeo de adultos do Brasil

l

MOVIMENTO DE EDUCACcedilAtildeO

DE BASE

FUNDAMENTACcedilAtildeO

DO PROGRAMA PAcircRAcirc 196

I parto PROMOQAtildeO mJlWA

F U N D A il E N T A ccedil I O

DO PROGR1JlA PARA 1965

2~ P i R T E PROIOCcedilAtildeO 1IuumliANA

O Introcluccedilco

1 Conscientizaccedilatildeo

11 O Bonon

12 O Trabc1ho

13 Conuniceccedilatildeo

4 d C 1 bull 1iO~OS e oDun~ccccedilao

15 Os Condicioncnentos Cu1turcis

16 O Heroi euro os j~oios de Ruumlolizoccedilco

17 A eclizoccedilatildeo de Pessoo nr FCJiacutelio

18 A Rco1izoccedilatildeo da Pessoa nr Sociodcde shy

2 bull OrgLn~Zcccediloo

21 Funccedileo Sociol do trcbalho

22 CoopGroccedil~o organizedc o nco orgw1izadc

23 Associativisno

24 Cooperaccedilatildeo Econocircnica

25 Accedil~o poliacutetioa

I

o INTRODUCcedilAtildeO

o trabalho de promoccedilatildeo humana eacute intriacutenseoo agrave proacutepria eduoaccedilatildeo uma vez que eduoar natildeo oonsiste em adaptar algueacutem a determinada sishytuaccedilatildeo a determinado tipo de sociedade mas dar elementos e eondishy

- tccediloes pera que o homem se forme Eduoar e levar O homem a omar oonsshyoiecircncia de seu napel de sujeito do mundo ~ integrar algueacutem na obra

fi cultural na accedilao do ho~em que transforma a natureza A educaccedilao e uma exigecircnoia e um direito de todos uma oondiccedilatildeo para que o homem se realize se afirme como pessoa e oonsequentemente se promova

Esta promoccedilatildeo natildeo deve ser individualista Deve ser uma autopr~ moccedilatildeo comunitaacuteria atraveacutes da qual se procure ajudar e apressar Na integraccedilatildeo de todos no processo de oriaccedilatildeo cultural Com isto nao se pretende uniformizar homens e culturas - o que seria Ullla aberra M

ccedilatildeo - mas humanizaacute-los aoeitando e respeitando as diferenccedilasDentro desta perspeotiva aohamos que soacute haacute promoccedilatildeo quando as necessidades da pessca tendem a ser satisfeitas Soacute haacute promoccedilatildeo quando haacute natildeo ashy

A

penas um despertar mas tambem uma tomada de oonsciencia do valor h~ mano e da posiccedilatildeo que cada homem ocupa no mundo Soacute haacute proLlOccedilatildeoquall do o homem tem acesso aos meios de comunioaccedilatildeo e quando no seio das instituiccedilotildees pode exeroer sua liberdade e responsabilidade oomo pe~ soa humana Soacute haacute promoccedilatildeo quando haacute partioipn~atildeo ativa da pessoa Soacute haacute promoccedilatildeo quando a pessoa escolhe o que e mais adequado agrave sua reali zaccedilatildeo -shy

Evidentemente em um trabalho de promoccedilatildeo haacute diversos estaacutegios Por isso natildeo se pode esquecer que tudo que foi coloo~do como sendo promoccedilatildeo pode se prooessar em um soacute momento ou em momentos diferen shyteso ~ essencial que se tenha presente e bem claro ateacute onde se quer chegar porque ecircste trabalho jameis pode ser feito desligampdo da eacuteposhyca do momento histoacuter~co em que o homem estaacute inserido Em nosso ces~ por exemplo seria utoacutepico pretender-se fazer um trabalho de promo shyccedilatildeo humana sem levar em oonsideraccediluumlo a realidade mundial brasil~ira e de LEB

Como atraveacutes de um trabalho educativo se pode contribuir para a autopromoccedilatildeodo povo Inicialmente formlmdo-o inoentivando-oin~ trumentclizando-o e criando condiccedilotildees pera que tome parte etive nas associaccedilotildees e organizaccedilotildees de sue comunidade criticando-as e melhOshyrando-as Estas associaccedilotildees satildeo oportunidades de cada um exeroersuos responsabilidades e liberdede Por seu intermeacutedio natildeo h~ apenes Q~ despertar mas um comecircccedilo de promoccedilatildeo do povo todo promoccedil~o nno ind vidualista utilitaacuteria mas e serviccedilo de comunidade

AI v N

Promoccedilao humana e ascenccedil2o de ocda homem de ceda fraccedilao da hushymanidede dos grupos que i~pulsionam esse mesma humenidede Dontro dessa perspectiva nco podeillos acoiter a presenccedila de marginalizados por miseacuteria ou por privileacute3iOs de classes ou de castas (Ver 1ebret Konifesto por uma Civilizaccedilatildeo Solidaacuteria pp 15 e 85)

middot1

bull

A recuperaccedileo do home)1 acrgincliacutezcdo jcucis ser1 conseguido por um simples trabclho de clfcbetizaccedil~o porque embora haja una corrol~ ccedilatildeo entre onalfabetismo e mcrgincliz[ccedil~o assiD couo entre cnclfcbe shytismo e subdesenvolvimento nco se pode dizer que o analfobestisDo s~ ja a causa da marginalizaccedil~o e muito menos do subdesenvolvimGnto~cei tar isto eacute querer como diz Pierre Furter tomcr o efeito pele causa A alfabetizaccedilatildeo purc e siLlplos nco tem sentido uma vez que c tIera ashyquisiccedilatildeo de alguns conhecimentos de leitura escrita e c~lculo n~o leva a participar conscientemente do desenvolvimento do pels e ter

fo r -- um consciencie cr~ ticc de realidde A alfCbetizcccedilac de cdultos deve levcr o conjunto de populcccedilotildeo a participer do desenvolviru3nto do peJsSoacute dentro dessa perspectiva estcreacute contribuindo pcrc a integraccedil~o do homem no processo de trcnsfOrli12ccedilGo cultural

Diremos cinda que um trcbolho de educcccedilecirco dentro desso pers shypectiva de promoccedilatildeo para ser autecircntico deve pcrtir de necessidcdede libertcccedil~o das clesses menos favorecidas Deve procurar propicicr os elementos necess(rios pcrc que cdc- homem tOLlo pcrte ctive no desen volvimen to de sues cOLlunid~des fezendo opccedilotildees pele conservoccedilecirco ou modificaccedilotildees de reelidade em ~ue se encontre Cremos que isso eacute fundQ mental t porque uma sociedcdc Lloderna e democr5tica teiacute] necc8sidade de umc cuI turc pcrticipcdc por todos Este cul turo deve perDi tir c tocircshydes as olasses ou cotegorios sooiois o todos os indiviacuteduos qualquer q~e seja seu estado profissional ou niacutevel de instruccedil~o uma particip~

nt~ 1V~ na da SOCla1 polt~oa ort18 tlea c i cntflCCccedil~o Vl economlca 1 1 espirituclt(Joffre Dumezedier Rcfleacutexions sur lentroinencnt L1Gntel Paris PEC pI) bull

2

1 C01~middotSCIETIZACcedilAtildeO

Para se ter consciecircncia de alguma coisa satildeo necessaacuterios apenas ao~s termos o sujeito que teH consciecircncia e a coisa da qual ecircle toshyma consciecircncia O ~o ~e con~~i~~ en~retanto exige a presen2a de uma segunda pessoa exige UBa cOBunicaccedilao entre dois sujeitos so~ bre alguma coisa Conteacutem assim trecircs tecircrmos dois sujeitos e um obshyjeto Conscientizaccedilatildeo implica consciencia de si e comunicaccedilatildeo dedois sujeitos pela mediaccedilatildeo do mundo Conscientizar eacute portanto dar el~ mentos par~ Que o homem tome consciecircncia do que ecircle eacute (consciecircncia de si) do que os outros satildeo (coillunicaccedilatildeo de dois sujeitos) e do ~ue eacute o mundo A maneira de se conscientizar eacute que pode cariar de acorshydo com a eacutepoca histoacuterica a concepccedilatildeo que se tem do homem a viseo que se tem do mundo e o sentido que S2 tem da histoacuteria

Todo trabalho que visa agrave promo2atildeo humana natildeo pode deixar de si shytuar-se numa linha de conscientizaccedilao Logo neo se pode pensar em fazer um trabalho de educaccedilatildeo tendo em vista uma autopromoccedil~o e uma a2atildeo visando uma mudanccedila de estruturas sem conscientizaccediluumlo O homem nao pode se formar dentro de uma certa perspectiva dentro de um co~ texto hist6rico determinado sem se tornar consciente de suas respon sabilidades de ci~Jdatildeo e consciente de suas responsabiliQades de hoshymem criado c im~~u de Deus

Donde Se conclui que educer formendo a pessoa humemo dentro dep ta perspectiva de promoccedilecirco comunitaacuteria implica sempre conscientiza~ ccedilampO uma vez qu~ e imposs~vel educar sem dar elementos pera que o hg mem tome consciencia do seu velar couo pessoa sues exigecircncias de reslizaccedilatildeo seu dever para com os outros sue capacidcde cricdora sua ccpcciCcde de comuniccccedilatildeo etc (Ver o trabclho lEduccccedileo e ConsshycientizaccedileoH de Raul Lcndim)

o processo de conscientizec5o v~ric de ac3rdo COD a conccpccedileo que se tem do homeu Que eacuteS o hOl18 pcre noacutes

Encarcdo somente eu sua clLwnsecirco cni mo1 o horleuuml pOdcruacute ser reshyd~zido um 9bjejfLAE_TJi1tu~e_ze 0010 os outros animlIacutes a Uhl ser quebull nao tr2nscencle a naturezc e estuacute submetido e seu det~rminisrlOI=os o comportamento Jnimol eacute puremente odcfJtativo e a cccedilco do hOmiddotlem eacutecleacutem de 8odeptctiva cricdorc A 1I000ccedil30 11 do oniael necirco crie 1111 mndo nocircvobull mes se estrutura e12 ll1e~ma CO10 90 mndo J2 o honeLl tolcdo como secircr que co~hece o mundo e nele oria eme ordem humana apresenta-se nco c~mo ~e~d~2~~ndo mes~como UD secircr~~o ~undo Sue vida sue cccedilecirco reashyl~zc-se no mundo mes ~le o transcende transcende a netureza torshynendo-a humanc 0010 Ser oonsciente o honlem se cfirme COIJO sectuieijio do mu~do tornando-o seu objeto

bull 3 bull

Conhocenagraveo o mundo o homoD escolhe pcr si um sentido decirc a seu oovimento e suc QCcedil~O um significedo que trQUscende e orde~ ncturel bull Dei dizer-se que e inserccedilatildeo do homem no ulmdo realize-se com anbiguishydede eacute UD sor que trenscendo o oundo e por isso recuse-se e situe~

- t t se como sor do o~~dco Entrct~nto sue eccedileo seu mOV1men o 1n r1nseco que o eperfeiccediloc reclizc-middots8 no 2mndo

A relcccedil~o do hurlOo COrJ o 11Undo ecirc umo rel--ccedilco ocdietizada pelo trcbclho B cinde 1 frent~ ~os outros homens ume relcccedilco de comunic~ ccedilo 1 que pode ser expresse 00 domincccedil~o ou eo -0coTI1ecinento (LiE]BFur dcmenteccedileacutev de rViver ecirc Lutcr Pj) 1-4)

Ume vez feita ~ cu~ccccedil~o do que o homem no sentido genrico sereacute ebo( ]0 ll ponto que e qiacutelJse umo decorrecircncia decircste dignidede feminino

Iniciclmente diremos QU9 noo h~ nede que distinga o homem de mushylher no pleno de dignidcde t1U~~e cnquento ser recional cepaz de trenscender o mlli1do em (xis tecircncie pessocl relecioncde com os homens e com Deus (l]iB FundeL1cntaccedilao de Viver Luter p 22) Se fizershymos uo estudo dos texto biacuteblicos 8 dOecircl docunentos uontifiacutecios que tra tem de flll1er e~contrclmiddoteos trechos provendo qu~ elo e O honem sio igucis qucnto agrave n2 ZC o dignidocle criou Deus o honem e sue imeshygem crioumiddot o ecirc imepGLl de (11S e cri(Umiddotmiddotos honem o Tmlher (GenI27) bull Comoveuuacute~ o texto n~o fez elusZo elguwc n superioridcde de um ou de outro sexo~

Nos eplstoles do S~o Pculo 118 t~beacutem1 vaacuterias Pcsscgcns onde eacutele abordo o problema dentro desse perspective de igueldede dos secircros hushymenos Assin ne ]~ Epiacutestole eos corin~oos (XI1112) o apoacutestolo nos diz bullbullbull nem o hOriacuteED exisie SCi e mulher nem e mulher 8011 o homem $

no Senhor Porque se e mulher foi tircdf do honc1 t2tlbm o homoLl foi concebido pole Lulher 1 ll~S tocircdes cs coiacuteses vecircm de Deus o Dirigindo-se aos Gaacuteletes diz lo natildeo h6 judeu nOD gregos nco h~ servo nom hoshymO1 livre n~o baacute hOIleD) nol Bulher Porque todos voacutes sois Ul] soacute em Cmiddot ( 1 -I 2 )8SUS r~sGO J 1 ~ 8

Pertindo desses coloccccedilotildees 1 UlilC pergunte se irJpotildee eil que consis te esse dignjdcoacutee que e Llulher recebeu de Deus Pio XII responde de

bull Uile formc oul to lllcidc eacute soacute interrogcr e noturezo huncuc tel qucl Deus) foJuou elevcCc e rcsgctedc pelo sengue de Cristo Em sue digni dede pesso~l de FilhGB de Deus o houem e e mulher SQO ebsolutamonteshy

bull igucis bullbullbull (Pio XII Alocuccedilco ~8 mulheres itclicuas en 211045) bull

Com efei to pode-se dizer que c rlulher e o homem sco iguois que to c ncturezc e c dignidede eT1borc haje olgumes diferemccediles de fUlCcedilOtildea3 A primeirc delcs e e meis fundeDltmtol neacuteo reste dUacutevide eacute o bioloacutegimiddotmiddot ca A proacutepria estruture fisice do houem e de mulher det0ruino funccedilotildees diversos no que concerne e proc~ioccedil~o Ao ledo desses diferenccedilcs eshyxistem as de ordem psicolocircgics c que se epresentoo socircbre vaacuterios ospe9 tos Sco esses diforenccediles de funccediloes fiacutesico-ps~quicas quo levam o hoshy

4 o

BeD e Co li1UIher c se cOrJpIGt~reEl 1-LCS nroN soo G 1as que dtc ori1ncn o d dque e proprio prro o honGI ou par c mul~er eLl terrlOs 00 1Vlso~ c

trabalho G d0 possibiliddcs d0 reclizeccedilao Acrcditauos quo as d1fc shyrenccedilas existem mas satildeo devidasGB grande parte a condicionaDcntos sociais

O trcbclho servil etribuiclo C I1ulher sua proacuteprie cveliaccedileo coshy f h t imo objeto de que os honcms se serve sao U-J enOLlono lS orlOO e cv shy

dencicm una si tucccedilatildeo dG injusticcedilc e de dorincccedilatildeo por pcrte do soxo nl culino (rmiddotmB Fundalwntaccedilco de lIViver oacute Lutar ll

p 22)

Atuelrlente nco soacute a tlulher reconhece suo dignidade rJC-S tenbbl1 cada vez mais tone conscincia e reivindica direitos e devores con shysentecircneos 0011 ess dignidade tento nc vida fcmilier OOBO na vida s2 oial (PT 41) Aceitcr que a r1Ulher eacute pessoa no sentido pleno de ~2 I avrD eacute efirt1Dr que ela eacute iguel co honem e negar que ele seje UH ser que encontre sue rnzco de existir no honem Partindo dessas colocaccedilotildees podemos concluirl n r1Ulher necirco Gxiste c surviccedilo do honem nGliacute1 o hODum a suacuterviccedilo da uuIher Llas todos os dois a serviccedilo da obre do gecircnero h~ IDno a serviccedilo de construccedilecirco do wundo (Jecques Leclerq Vors unuacute ff mille nouvelle - Ed Universitcires Pris 1962 ccplIl)

1 2 Trebclho~EQ

Vrios sEo os sentidos ddos eo torno IItrebelho PCre uns b ecirclo o mediador entro o h0l210n e o nunc1o pera outros 3 o 0io pelo qur1 o honem cteste sue presenccedilc pcssoel construindo une obre tlui tos jul

li shy

g~D-no enfim CODO o sinel dr transcendencia do homem sobro o mundo LIas nco eacute sonGnto neste pIeno que se -lcnifeste c plurelidcde dos sen tidos d~da co trCbalho HistoricCD0nte tGub6n toe-se dcbetido sSbre seu vclor Pare os Gregos por eXQLplo [ dignidcde do honeo estcYc ne etivid~cG contenplativa sondo o trebaIho m~ual desprozedo

A vis~o biacuteblico no entcnto eacute totelnuacutente diferente Deus ~ende que se cultive o pcrriacutezo (Gecircn 1115) O trcbclho penetra 0ntco no iacuten tino do sr hlo fcz perto do plc-l1o fundascn tel dG Deus sSbre o gecircshynero hmlcno O pecedo entretrnto degrade o honea E dai Oi~l dicmtc cnte s de expriuir e puj nccedil a do hOXCLl IacuteElcgem do Daus I o trcbclho se torno mIC (1ccedil20 uacuterdue e penosc__ Nturclwmte o tr~bclho devcrio SGr ULm ctividdu ospontacircnee e cIcgre uas pelo peocdo torno-so eacutelificil o doloroso A EncDrnaccedilatildeo e c Redonccedilco renovem cste visno dcndo UH sentido portioipcntenente criedor c rodemtor co cgir huncno J DOSDO se

bull do o trobclho Url~ tnrofc rclua nocircIe se desvende a r1c~is iacutentiLH1 o funshydemental espcrcnccedile do hOUOtH a eSIJorenccedilc da Sc~lvcccedilco

A oul turo nodorne cpresentc cOrJa denominedor COL1Uru o huaanisI10 do trobclho f eacute c pcrtir decircle que os veIocircres se torna0 fundcuontados t O houeu constroacutei un ~undo hunano onde se hun~niza huucniznneacutelo Eu SU41ns o brcbclho reIccione o hOIJOD con o mundo hU1cniza e 11turoze c oOtlunicn os hODens ~ntr8 si dando agrave accedilecirco hUDcnn UDe rcsponsobilidede universel

5

bull

rodo vlor do tr~ ~ ~ z e obre per cle p llZJshy

do antas - expressc o vclor doacute hOIlOU que pelo-tr~ r~vc~e o lnshytino do seu ser r sue trcnsecndecircncicv sobre o LlUndo 1 sue occedilco cricdore de UE D~O huunllo Ecirc pois o trcbelhoque revele o sentido do hoshy08n Ecirc po ser ecircle dinaDislo proacutenrio de UTl secircr consoiente e livrG~ que gcnha a suo digniclcdo CJB F~doJentcccedilEo de Viver 5 Lutcr PiP 5-7)

o hone1 eacute UI ser de relcccedilotildees COtlO ser consciente dicmte de nfl tureza ecircle nca cpel1CS c conhece L1oS troneforna-a pelo trobclha h ncnizan~c e ctrcveacutes do trcbclho se conunico eoo os outros honena Este conuniccccedilco entre os honens pode ser feit~ sob ducs forocsl de reeonhe~iDcnto e de douiu~ccedilCo

A conuniceccedilco eacute de reconnampuacuteinonto q~ndo uma pesso procure ~~~ tor a singulcridcde de outra nunc atitude de reconheciuwnto e de coor qucndo nco h~ conuniccdos j nas conuniccccedil~ qucndo nco heacute ct~~middot tude de deBpotisoo ou de sinples indiferenccedilc pelo que o outro eacute nas sitlum atitude de CJ10X e de respeito pelo outro 0000 pessoc cono sujeito COLlO ser presente-no nundo responseacutevel pelos outros seres Nilo posse elessi cr neI1 definir o outro 1 mcs ccredito nele c o resP Ed to Enfim c cOLluniccccedilatildeo sob e forJlc de reconheciucnto eacute equ~ la que se dirige co sujei to e quer sue reclizeccedilco oono pessoe coco liberdeee qucisquer que sejen seus dons ou defeitos

Acirco contr6rio c couuniceccedilecirco se fez so~ e fornE) de dO~Jincccedilecircoquca do treto o outro COilO objeto quendo o treta CODO U11 auscmtc 00110

un repertoacuterio ele dominc~co qu lO podu ser uacutetil ou cano Ui1 instruuc) to ~ minhe clisposi2coll Enumucl Eounier f O PcrsonclisLlop 63) Hn re~cccedilecirco de cloLlIacutencccedilao o qu ccontGce oacute UJl iechcnonto socircbre O cu N~o shy

hcuu BoviwmtodQ 2l pcrc O tu~ e fir1 de se chegu ao ~1 estebolg condo cs uumlTl bcses ro~is uw l1undo do crioccedileo hUJ1Cllc Fincll1ontc pocle~se dizer quo e counicoccedilecirco ele doninoccedilco rigoroscDcnto f c1cndo

N N N N

nco Indo suumlr to~ 0010 C ol1uniccccedil 00 porquG nco hc unc rolcccedil-o do eonsciecircllcics ncs cponcs cOlunicedos ou inposiccedilotildees entre honens

Lbrowos r t cu que u c t r[wes d C comunJccccedilco cntVi C~1b I ro os h ODeus q~e o hO_lGLl recrio c Ci~ ~middotQDQn to i pcrticipcndo t CSSIacuteLi t no c to de Crif geo EstL COUll1iccccedilotilde-o ecircste [to de CDor eacute o reflexo do Deus na criashyture t rio lODOU

NIrbullcs c nluni CCccedil co entre Deus e o hOLleo nco se r~ SUllG nc obro do bull I

crJcccedilco 6l )U8 Deus se Imnifesta poreacuten eacute um~ relGccedilco que continua a existir e 2 reclizcr-se c trotildeveacutes dos teupos e que v~i cteacute a Pcrus1~

6

Natildeo se pode falar eu cormnicnccedilatildeo desoonhecendo-se os meios que possibilitem sua realizaccedilatildeo

O primeiro decircles eacute o lrab_2J11o O trnbclho cooo j5__foi c1itot~ansect forma e na-cureza y ateste a vide hunane e e aperfeiccediloa -S e tclben a nosso ver o principel meio pelo qual o honem se comunicc COB os ou~ tros homens

Ao lado do trabalho outro ~leio de comunicaccedil~o que mereee um real - t t daes aque e a ~JLu~aJLao Se entendernos e ace~ armas a e uoaccedilao omo pr~ cesso global de reelizaccedilatildeo hUllllme que iaplica eu accedilatildeo cperfeiccediloadorc nco soacute por pcrte do educ2ndo Em8 tG~1beacutem por perte do educador procosect so pelo qual o honeu cresce no contato eoo os outros h011ons e 001 a nCtureza tr2nsforwmdo estc em cultura e conunicando-ee com os outroe

t 1 d n e ducaccedilco soro necesser~cl]en e a~a ogo sera I1e~o o COE1Ul1~CCCcedilco ou a comuniceccedilatildeo por excel~ncia

Outro meio que nos pcrece UlJ dos wuumls espontecircneos c por isso I18sect

OOUI dos mcis rioos eacute G Ete_l-012~ar A arte populr lonifostc a sensibiliclcde geral dos que c praticCil por UL1C seleccedilro de lotivos que sco ume espeacutecie de lingucgeJl oifr2da Por detraacutes desses elOiwJltos apashyren temente sinples apcrcnteilcmte desconexos mui tos VecircZiCS 00 observS

t N f t bulld or es t remh o e pouco d esev~scoO 03 00 cs ~n ~n~ es e ver~aiacutel~S3~Ke ex pcriEacutelncics relizcdcs por m1i-bcs geraccedilotildeos (IIEB Justific~ccedil2o de lIVi ver eacute Lutcr p 86)

Ao lado dessos meios tclvez os a2is ricos lembrorelOS OUbros 02 110 veremos c seguir

L QQPv~~_rsQ por e~eLlplo eacute Ul1 decircles No meio rurcl sobrotudool2 tono o lugcr da lintUcgen escritc Lpresentc-se sob os forlcs Dsis vcshyriadcs I desde os ilbate-papos os liDoxericos 1i oteacute os notcias que s~o trczidas dos oentros urbonos atrovGs do Severino que foi c feiro ou do chofer de ocninhOcirco que pcsse todos os dics 11 estrcdcbull

Ao Icdo ele converse orol outro Deio de coouniccccedil~o que uercce ser lembredo eacute ~ 9orr~on~~Icj_c ccrtcs d negoacuteoio assuntos fc1ilic shyres pcrtioipoccediloes socicis eto Tudo isso e cssunto dr converse ascri shytc Reconhecendo a ililport~l1cia decircsse Deio lar1ontcoos o fe-to do Lmi tos homens n~o o podoreo utilizcr parc 80 OOrluniccr eoo outros hOlJGns as a cOL1un~caccedilco ~ s t coril o IV~Den t o d c t n-oc d ~~nc~a aOSOl1VO ocn~ca N prrou ci Houve uo ercnde cperfciccediloL1CntO liiacuteovos meios surgiran tJleacutecrcfo telefone iaprensa r5dio cincuc televisatildeo etc

o te~bgr~fo por exe~lplo vaio resolver o problerlc dr rcotildepidoz dr comunicccedilco uumlscr~ ta eilborc 8ejr UL leio ustdo qu~so quo c~clusivrDonshyte nc zonc ul~bncbull J2 0 tuumllofone necirco soacute fccili tou L1cs t-Llbbruuml foi UDa sOiuccedilao pcr COlSCs CTI r~gc GGg~en UH rU~uCS que t es ob tOr~c1Cm t c

cont1to direto ou escrito Desdo os reccdoa utilit~rios os ch~nCldos o

7

bullbull

e pedidos de fornecin8nto ctC os siuples bcto-prpos o telefone siJ shy1 f t t R t 1 b bull (lUP J Joou nuJ o c CC~lunJC-Ccediloo c CJs nOJe es c 0Ll rer 1ioa~vJe c ~ t lo no nosso pCJs esse -18JO ele CODU11JCCcediloO S0 ros rJngc quase 2pono8 c

tzona urb cne e cssJr1 UClSilO prGocrlc10n e

CorJl relccedileo c~ iruumlpronsc podo se dizer quo lc foi 9U030 Ull suco A N - A

dana0 de convorscccedilco orel e de corrcspondcncie COLlO est2 t ele uuml touumlshyb d d er1 voa c UD grcn e nUDero ao l1OrJons

O hOLWD ctuclBGnte t conte cor outros rteios de OOUU-YJ1CCcedilCO

O oine~ por exenplo quendo beD reelisodo eacute uu dos neios noisbull bull 110 d d 1 t rJcos CJneDc G U110 espcele e De JoClor en re nos e c proprle VJClc

entre os ngtssos olhos e dos outros llomens Atrcveacutes do c11180 o houon torna-se trc~nsporente i luz eloqientc dirige se pcrc o rosto os olhos que nos revelcl c SU2 personelidede Uco Llportc quo seja o

t t t fN U t vlgCrJO o pros 2 u C ou o or 00 112 purgun C seLlpre G I GljjC que]H HA

Sco eles CruzcDos diricllente COD centcmes de pessos nca neo nos encontrDos Feltc-nos teopo pcrc isto e sobretudo disponibilidede Eol olhemos o proacutexirlo O hote~ torlo se UD eoisu u- objotol pcrc o Jutro hOD8l 1188 o cineLlJ nos obriga senpre e pergunte qUOl s~o ocircles E ueis cindc nos leve ~ indcgoccedil~o qUCD sou eu (Guido Logger sscc Educar pare o Cineua ColoccedilGO ~ducer perc e Vide Cedorno 2Peshytroacutepolis Vozes p 7) Coo VODOS D iuportecircncic do cincua OOilO l1cio de conunic~ccedil2o t enorLle InfclizJonte eacute tc-beacuten G ~oIillClc rcstl~i to c zono urbcn c bull

(J t d d middotun o 0 ro -20 cpeser e sr ur iJeJO Donos rJCo quo o cJl1euC t

sue penGtroccedil~o c-uuito D~ior O rtdio chego aos lugaros do acesso ixds difici Por seu intaroacutedio o honen de zonc rurcl por oceuplo podo tot1c~r conhEciJcnto no soacute do quo 80 pcssc nc~ cidcde proacute~i~l~ 1~CS tCj~1-beacuteIl no p2is no rundo O proacuteprio middotfeto de o reacutedio ser utilizdo cono UiJ ins trunento dE oduceccedilo Oacute UL1 prove de seu vgtlor

Entre o Oi1101C C o reacutedio poder-se-it) situer o te18visecirco Necirco res t duacutevidc qUG G U1 elos Lcios 1i8 Dod)rnos do conunic-~ccedil2Co~-middot-que nOD

seGpre 6 be~ aprovQitdo Sue influ3ncia ontretento fico licitada co Deio urbeno ou colhor oos gr~ndcs centros

middot T d cvJ e ncO so pode flccr prosoAost0S D010S de coo c COu11CoCcedilCO

10 sendo os uacutenicos Outros eJds-cer e dCSClroqI1hD UD pcpel deoisivo so bre es populeccedilotildees co~o eacute o ocso dcs estrcdcs que pouco c pouco vOtildeOacute ligendo deg pois todo Sobretudo o tr~fego ceacutereo inpriDc e estos co~un ccccedilotildees a repidez do seacuteculo

A tu-liiacutel mte j~ nco constitui novidcd0 clgune dizer-se que grcJlde nUacutet10ro de brcsiloiros no pcrtioipe de vide culturol do Pcs Nel se] pre poreacuten se teu consciecircncie de Que c ciorie dos horous 1S0 ti _tu

bull 8 bull

10it~ dc 21lJ t~f rillS sim Qbjcto dc cul tUla de una li~oric e que o de sn~vel cul tural proporei ano UI1 tipo de i2crginclizcccedilco que dificulte e proacuteprio conuniccccedilco entre os homens e entre os diversos grupos soshycieis

o desniacutevel cultural gere COUUIlOnte desniacuteveis nos plenos Gconocircoishyco sociruuml poliacutetico e religioso Por cCuse decircsse desnivolanento e sociedede bresilcirc cteacute hoje esteacute forocdc por grupos culturclu0nta e strctific-dos Nco foruumlc UrJ tocio t no quel o rasul todo dCs olcboro shyccedilotildees cultur~is eacute pcrticipcdo por todos oesoo que ecircles ~~o pcrticipeo dcs oeSLlC8 etivid~deacuteS ou no ueSLlO niacutevel Todos colcboran 112 oleboro shyccedilco oul turcl uCs nen todos taJ tido oportunidcde de prticipcr pro shy

bull porcionclnonte dr suo 8ignific-ccedileo Ore isso nco podo ser coeito ~ preciso trouumlher por UD tipo de socicdcde eL1 que se aceite o so epro voi tee oontribuiccedilco de todos s preciso trebClhcr por up tipo de 80- ciedcde onde o oulturc suje cepcz de sotisf~zer ~s verdodoircs e toshytcis necuacutessid~des do houem

tI d-- necosscr~o ~r bOl clCro qU8 qU1 quer t N o~cs G ~n uumlnccediloo propor shycioncr co houcu 1lgun loio do il-lhoric cul turl teLl quo prtir decircle

e h Jvo raSSDO TGJ-S8 (Ueacute pc_r t lr d o prlnc~p~o que AIc oucn o o 10 t pr~u

cipc_l de sue proacutepric forneccedilco TOl-se que cjudcr o houou e se si tU8r eu seu contexto e scb0r distinfllir o que o difercnci1 ossenciclL1ente ds estrutures sociis dos conclicion~i8ntos de n1turczc c dos outros hO1ens 11 A priuoirc terofe do crist2iacuteo sc rochlOnte for crredo de

d e t f OSSi3S d obI- SUJClCO t lo scrlco e rns orucr nOeacuteOnSG JGtO GI c ornoshyrG_luen teilcgel de Deus se outoconfigurcnclo bull TI) so este cutooonfigushy

so so pod G f czer nc t t~Vldcde conSClOnC~ose ov~shyrcccedilco ln erSUDJO dente quo o hOiJo nso pode sor suj i to de cul tur sc so intogror no processo culturcl socil G hist6rico

RetoJl1CO ncis ur~ vez o cua j~ foi dito lonbrc~roDos que D

eccedileo hUHcnc per ser counicccedileo -elos honans entro si ter sClprc une d~oanseo socicl 1l cul turc protildepricwnte di tc nco eacute o produto dc 0- ccedileo do hOtleLl singulcr l2CS dos hOD8ns socicloGnte relrcioncdos Se e cfirncccedilco do hocen ele n turezo trcnsoendendo-o e trnsfOrj~lcnshydo-c 6n teo el eacute 0010 prosenccedilc c~o homeo no rlundo elenento de ligoshyccedil~o dGS hOBens entre si~ por isso ten que ser vivida por todos proshyporcio~elnento Cricdores decircsSG ~undo humno todos s~o rosponsaacuteveis pesso~uumlLlimte 8 8ilqucnto todo sociol pelo justiccedilo e injusticcedilo do or-

A shyden hUD~no de que eles so sujeitos Aceitcr ou recuscr injusticcedila1

(~c oreleu 20cic~1 n3o eacute torefc do hOllel isolcdo DC-S de toclos os honcns mqucnto secircres conscientes livres G c o JlUni teacuterios

A condiccedilecirco priueiro pc~r~ quo o hOrl211 s~ ~001izc COD0 pOSSOB e

que os direi tos que 8Llcnau de suo proacuteprio neturezc sejcl respeitcdos Dntre os v~rios direitos scliunt~rcDOs os seguintes

9 bull

tA bull direito e eX1senc1~ bull eacutetiroi to 03 [leios l1cousstrios prc viver dignDL1011~O ~ direito ~ pesquise do vurdcdo e c infor~~ccedil~o vo=dico sabre 03

oconteeiuentos puacuteblicos bull diroito D p~rticipor dos bens do culture o ~ oduccccedil~o

direito yscolher livro~o~to sou prampprio ostndo du vider

diroi to trcbclhcr liVrElllOnte e de flOdo hULICnO J ~ N d bull o oons1re1uO oqU~S1Ccedil~O de

direi to [ locomover-se clontro de counidcde poliacutetioc diroito o associ~r-so direito c pcrticiper ctiv~~0ntc de vide puacuteblico

bull (pere ULl estudo deste prte vuumlr ospocicljJcnt~ c encolioc eGD in Terris paraacutegrefos 11 c 27 e c Doelcraccedilco dos Direitos do L1el de ONU t 011 1948)

Couo os direiios do possoo ast~o bOE axplicitcdos no p~ocu in Terris e CODO o tono Cultura pcrticul~rjJQnte no osp0eto do nU8ossidoshyde de todos pcrticiporc~ o cprovuitDro~ dos benefiacutecios de obro cultushyrol ~ abordcdo 00 outro perte do Fund~u8ntDccedilno verODOS oqui epencs o cspccto referente 00 direi middotto que middotGodos os hOiluns tOcircil Oacute instruccedilecirco o educcr-sc

Como j~ foi visto cduc~r ~ l0vcr o hOill~D c t08~r consci~ncia da S8U ppcl d0 sUji to do clmdo 6 illtogrcr clguOacuteLl n~ obro cul tur-l nc dh t occcedilco o 0-011 que rcnsforlc o nrdiurezc A educcccedilo e UIl~ oaG~ncJc uuml

Uil direi to ele todos Ul conc1iccedil~o pr~ quJ o h0L10 se roclizCi c so Af1rre aouo pessoE

Hd d t o d cut t d cE) uccccedileo uumlvero ser u 1nSl1ucwn u o-conSC~Cj1 Jzcccedilco nu grondu co1tiJiacutemto huneno quo vivo otilde llcroacuteoIl d- vide culturcl Di) voreacute ojuder o hOI1oU e tOoos os honollS a S0 de silnvolvoreu G c se intoshygrcreu no couunidodo trczondo pare elo os riquezas individueis o do grupo Todavia pcro que iste econtoccedila n uacuteducaccedil~o teu de ser pfrc tE dos tera de ser pcrc o povo =os que se exige dD uuo 0duccccedil~0 que so quor cbertc c todos uno educcccedilatildeo poro o povo Exige-so que 010 sirva

iE t od os e nlto cpencg o esmiddotcc ou oquelo clsse c estes ou oquoloB n-t~recircsses Oige-so que sejc flexiacutevel e responde agraves necessidc-dcs e ex gencics dos crcndes setocircrGs sooiois cnergentes c vide l1tcional

esoo10 couo instruDcnto d~ do~oerctizcccedilampo de culturc e~bGr~ n1o ~pencs orientar os que c procurnn DeilOCrctizedo sue funccedilotildeo sur~ ncis Llportaute reprflsentar o povo integrcmclo-o n sociodcderaquo necirco pcrc quo ~le se torne consuuidor pcssivo do u1c cultura que natildeo f3z

- ocs pcrc que sejo trcnsforuodor ( criedor de cul turco

Podemos concluir Qste i toa dizendo n8o se pode cccIacuteiicr uu odushycccedil~o 00 quo t5dc e quclquer plt880e nco encontro oondiccedilotildees pore uo cutentic~ reelizeccedilco UlJL ecluc~ccedilecirco que nco possibilito o rGalizfccedilecirco dcs exigol1cics de hUDcnizcccedilecirco senpre cresclmto d possoc htE1Dilo

bull 10 bull

11 d t 1 d 1 dmiddot bmiddot s t r ~ c O si~ pvssor 8 8 C -1) O SCC1C qUiacuteJ n1nguel1 pO 0 ~ --- L

llccedilSiJO O viver n(- nod v01ccr co Pi SOL 1wnbrer-s0 elOS ili1OS ~ ~ fmiddot

propr10 d0 cCde hOilOl ctingir sue p-r (iccedilco nc COiUl1lC~CcedilCO COE os outros Tl socicbi1iclcdt) i priilOiro lu~cr SU 8xprine nc cOLltmide d( fclilicr ond o hOllOl~l 0 c _ulhQr constituiacutedos n ~_[3~_4iuli9-qs so ordene1 uu co outro cos filhos pelo vinculo do cDor pJssocl ll

bull

Prre quo fcLiacutelio cjude ruacutecluente c rcclizcccedil3o de seus lllbros 6 necess6rio Que ele decirc eonciccedilotildees pcr qU0 todos d~sonvolvcll sue pIJrshy

bull sonclidcdo u hcjn uc vordcdoiro respoito e cccitcccedileo antro todos ~ Jf d cdrproc1so qUG sOJcu cC81tcS todcs cs Q1 urenccedilcs C V1 C propr1c U0 LO ~

UH cssio COI10 sucs inicietiVcs Isso soacute Se processe no QntcllcG qucn do heacute roeln-n to c orficnccedil c bull Jll tG ajUS Dunbros quc~ndo h~ COiu1ic~~ccedilecircotilde ErJ ULle pclvrc qundo h~ caor

PCrtindo dtisscs cloc ccedilotildecs ampo-nos conte que o middot~binto oni 1 soe Ul 1b1011t e -COCtOS Su r0 lJZCll qUnd o G0US Q bull 81cr onou L~OLQl(l~_

DO disporsos p=los unccrgos qu~ tGu for~ da ccsc so suumlntu~ felizes quendo se GnContrcll ou C]u-ndo os filhos gurrdu d-~ inf~ncic ou de juvGntudlt c lc~br-nccedil- du ua l-r onde cncontrcrcJ1 clOr Cf por isso

l J Omiddot t conuJccedilocs pcr~ su uosbnvolv0re~ S pc1S qua procurc~ crJcr cu oucs

P

CS occsiotildecs ULl sabi0i1to ojldo os filhos sojml considcrmlos COLO sujuumlishytos t COi10 soros dotedos d0 cOl1sci~nci e libordcdc sco sJ71prG r(COishy

Iiacutens- d s Lmiddotmiddotmiddotmiddot~brnmiddotmiddotmiddotos ~ 1nc~- ~ lU~ f~middotmiddotl1llmiddot on j s u UO n --Dros tJo ~JJ ~ oIl~ t- d - - 1_114 tond n

v c rdcd i rC1i utCJ t c rocliz8rJ~l-sG n2o eacute cquol2 onde h5 lUi to Ginhoiro I1CS onde h~ U11 lliacutenino da condiccedilotildees hUl1cncs uuml clOr onde toeos sro trs tedos co~o suji to o nco nOLiO coisa (VGr Jeccqu~s L8clorq Vore UIW

P~lIacutelle P-ris t d UniV(1~8i trircs 1962 ccpV)

A feJiacutelie t8D dirQi to e c-rtcs condiccedilotildelts tento do l1ctur0zc ecoshynOcirclica G social coa0 cul-curel ~lorcl que contribuCiJ pcxc consolida lc e cLlpcreacute-lc no dos0mpJllho do sue funccedilco (PTsect16) 802 lS lliacuteniIleOshycondiccedilotildees Gl h~bi tc~ccedil~o c de ltJsccbi11d-de 8conocircuice por oxoplo c f

1 d d b 111 ~C neo po uumlrc 11JU cr c todos sous Wil ros c sc Qcsenvo VQrOl o [1

s~ ro~liz2ra~ co~a plS80cS

Por outro ldo ilCOLlpotc Cos pcis o prioridcd0 do eacuteiroi to N 1 I ~) A ques t co do sustento o oducCccedilco dos proprlos f11hos PT ~17 80 eles

os educodores netos do seus filhos 1l U8 diriaacuteto L1[8 ( tcnbeb Ul doshyvor qUl corresp mdG co diroi to Que tel os filhos de exigir decircluuml6 ecircsto cuidcdo Dste oduccccedil~ot co~o o sustento aos filhos davo prolongcr-sont t t - qUl os es 011 COn01ccedilo08 nortle18 posscn v~ver por oon ~ proprle bull

roclizccedil3o de uu f~liacuteli~ no dcv t ~l

teric ~s qUG tecircm condiccedilotildees pcre qU0 seus m0~bros 80 rGclizo~ dGVG~ sr UL1 COlSC 013018 cUGJ ~bull

shyder UL1 pouco d G 81 C outres qu nca goznrl decircsses ~osuo vclampras

bull 11 bull

A pessoa por essSncie uu ser soci~l Por ser U2 todo ~b0rto e gneroso conforoc ~ oxprossecirc1o de lseri tein eacute que lhe uacute peculir un corte eburturr - cO[luniocccedil~o Q quc 01- teLl que vivor 0-1 sociodcshydv ~ no oontQto 001 os outros houcns no dieacutelogo quo o hOiJon so dli scobr8 e se integr ne couunid~cle 1 couunid~de aebo cjudcr o hoshyne1 c c tingir plenewunte sues porfiacuteJiccedilotildees c se roelizer

Segundo Leco XIII II Cbull soci0declo nco foi ins ti tuiacutede de lodo quw o hOlJOL1 c busque 00110 ULl fiLl i~cs pcrc que nele uuml por ole posshysue neios eficezcs per~ sue proacutepric pcrfoiccedilecirco ll (SC194) TI Joco X~III ne Pecon in Terris ll diz quo II sando os honans socieis por ncshyturezc ecirc lister que convivQu uns cou os outros Q prouov[~n o bca uuacuteshytuo Por este rezatildeo eacute GxiGocircnoie do u~m sociedede hUijnc bel consti shytuiacutedc que ~lutueuentG sc jeLl roconhecidos e cULlpridos os ruspoctivos diacuterGi tos e dGvres SO[110-S0 itUQILonte qU0 todos dcvcn tr-zor D

sue proacutepric cOl1tribuiccedilecirco c oonstruccedilecirco de uue sociodedell(PT 31)

lIGs C construccedilatildeo elo Ul novo tipo dli sociuacutededo de U~lo sociodode D~is hUDGnc duacutependern d~ col~borcccedil~o de todos dns diferontes rolishygiotildees dos divorsos grupos ~tnicos ou idooloacutegicos O cristco tOil que oster presente nesse novo tipo de sociodode Sue presenccedila eacute exigide pele ceridc~dc e eacute Ul1 iupcrctivo do proacuteprio Evmgolho Por outro lc-cla esso pruumlsonccedile tou que ser efetive orgenizc~de t preciso d0scobrir unc fOrrIo que Delhor possibilite c todos porticiper ctiveLlonto no sociedcduuml 0 de exercer plenruluumll1te o pepel de sujeito ne construccedil~o delo O hooeu CaDa sujeito de Histoacuterie n~o pOdO dcixor do p~rticishypcr direte ou indiretcilOnte de vide puacuteblico Sogundo Jono XXIII bull die c dia so torno une exig~ncie da proacuteprie dignidodo hUrlono poder toner perte ctiva ne vide puacuteblico aubore verie e Bodelid-de desse

t middotmiddot 11 (p 7 ) per 1C1pcccedileo ~ 3

bull 12 bull

bull

BIBLIOGRAFIA p~R APROFUlTDiIEHTO DESTA 1amp PLRTE

1 Lebret - lIcnifesto por uua Civilizcccedil[1o Solideacuteria Livrcric Duca Cidedes Sno Pcu10 bull

2 Joffre DUL1DZedier - Refleacutexions sur lEntrcinenent ~(mtc1 PEG Peria

3 lkul Lcndiu Educcccedilco e Conscientizeccedilco Docuoento de Estudo elo LI~B

4 ELliJcnuel ounier O PorsonclisLlo Livrcric 1or~is Ik1i tocircrc Lisect boc 1960

5 Rocno Guordini - O l_tmdo o c Pessoo Livrcric Ducs CidcdcStS~O Paulo 1963

6 Jean Louroux - VOC2ccedilco Criste elo HOL1er~ FlcDboy~nt

7 Jacques Leclerq Vers lln0 Fcuille Nouvelle Editions Universishytaircs Pcris 1962

8 JOco XXIII - Pocen in Terris Editocircrn Vozes do Petl~bpolis

9 Henrique Voz - Iorol e Rosponscbilidado Socicl t i postilc de Esshytudos do 1iliB

10 Pierre Furter - Propositions p0ur une Etude de lAnolphcbetis~lC cu Breacutesil (uiueogrcfcdo)

-

2 ORGANIZLCcedilAtildeO

o trsbalho pareoe ser a primeira mola c~ue llOtivou algum tipo de orgcnizaccedilatildeo social de orGanizaccedilatildeo de pessocs CO~l um fim comum detershyminado natildeo nos estamos referindo ao tecircrmo trabalho como todo ti

IW ~po de accedilao humana t mss a p~oduccedilao de bens e serv~ccedilos para consu~o_ ~ difiacutecil imaotildeinar como o interecircsse dessa produccedilno edge a comunicaccedilao de experiecircncias de novas teacutec~icas de deseJOS e Gxpectativas quanto agrave boa diviseo dos seus frutos qua~lto enfim agrave Civisatildeo do trabalho ~ ra melhor atender agrave produccedilatildeo

J3ergson diz que o primeiro homem eacute o uhomo faber que usa sua inteligecircncia para a transformaccedilatildeo do mundo eu seu proveito e o distin gue do homo eapiens ll que posteriormente 8J)arecemiddot como aquecircle que iE terpreta e explica o mundo sem proveito ce COnSUIlO Hatildeo nos interessa discutir a justeza dessa distinccedilgo mas verificar a importacircncia que tem o trcbelho proagraveutivo (do homo faberH ) no primeiro momento em que surge o homem como tal E lembrar que a organiz~ccedilatildeo da sociedade procura ser uma racionalizaccedilatildeo da melhor maneira de se obter um oacuteti shymo de consumo de bens e serviccedilos seja por tocircda a sociedade seja por um grupo ou uma classe etc (bens que soacute poclea ser obtidos pelo trcba1ho humeurono)

~ntre as funccedilotildees da famiacutelia em tocircdas as sociedades (ver item s~ bre Estrutura Social desta Fundamentaccedilatildeo) as mais oomuns satildeo a pro shycriaccedilatildeo a satisfaccedilatildeo sexual e a produccedilatildeo sabemos que nem sempre

I l d ~ 1 dI t 1 t nOSsa sociedade bull Em muitos Ccsos o cesal continua ligado agraves respecti shyvas fa~iacutelias de origem se01 constituir nove fL~iacutelia s r mcrca distinshytiva decircsse tipo de famiacutelia eacute justemente o fctltgt ele constituir uma unishydade de produccedilatildeo e consumo = se o trebclho une tcmbeacutem divide pois algum tipo de divisatildeo eacute necessaacuterio em quclquer orgcnizcccedilnoJ a divisa0 do trabclho A divisatildeo do trcbrlho eacute o priBGiro tipo de distinccedilecirco de J~jiSecirco_c~ia~ que se conhece 1 presente eIil toclo e qualquer tipo de sociedade L~ compreendemos o fsto de diferentes pessoas exercerem a mesma tarefa produtiva em ~iferentes lugcres ou horas como cocirclher frutos ehl ampois bosques diferentes ou por turnos clterncdos o f~to de pessors diferentes exercere~ tarefas imediat~Jonte complementcrescoshymo o caso em que uns cpcnham os frutos e outros jUltom um faz as 00shyves e outro lanccedil~ es s~mentes ou taref~s natildeo imociatomente complemen tares como uns caccedilarem e out~os pl~illtarem ou um dirigir o trator e outro plantar Agrave medida que a sociedade se toxna m~is complexa por shyque o nuacutemero de funccedilotildees e papeacuteis a representar so multiplica vai- se perdendo c no~atildeo dessa complemantcriedade E nasce o mito do homem que IIse fecircz sozinhollJ eacute o horaem queacredita que nao deve a ningueacutem o seu suoesso ou sebecloria 011 experiencic De feto que rclcccedilatildeo pcrece ter um trabclhcdor rural quo natildeo conhece cc1ccedildo COID um operrrio quo

o casament o e ~ga o [ 1ei1~ ~a cu mlne~ra como se r c uo men e em

bull 14 bull

trabalha em fnbrica de sapatos Como nco sa vecirc relaccedilco imediata a tendecircncia eacute de se crer que nco heacute rel~ccedilatildeo elguma

o Erasil tem seguido clgum tipo de poliacutetica econocircmica consciente e mais ou menos planific~da haacute pelo menos dez anos No cnt~nto soacute

lt ino mJmento em que umc pol~ tica econom~ce pro-uz rGs~ scoa v~s~ve~s ~~

mediatcmente (desemprecircgo perda do poder amp0 a~uisiccedileo do bens c servi ~~

Ccedil06 por perte dos assalariados etc ) e ~ue 80 passa c~cr con~~onc~~

coletivorllonin da reloccediloo entre UDC politiro e o dia adio C o c-(lil trlJ~alhf dor Eo e1tc~1to essa relcccedilco sempre existiu e ~BS10 o fato de nco se ter UJc polt tica econocircmic8 conscientemente defuumluumldc produz tmbeacutem seus frutos pcrc ccda cidcdatildeo A coploxic1cde c~s L1terreloiotildees 50 cieis foz COIU que se perca ccde vez mois o ncccedilco de divisco do treshyOolho e conseqUentenente ele suo funccedilco soci1

Que to neis complexo a sociedede qucnto J~middotior c nuacutemero eacutete funshyccedilotildees e papeacuteiS diferentes c cumprir e rGpresenc2r l2ior se torna o deDendcnoia do homem do fruto sociol do trsbclJo Nume sociedade bcse ad no extrctivismo isto eacute cuja subsistocircnci- se bcseia nc I1penha de oonsumo produzidos pela natureza eacute ben mais posslvel que cede um seshy d t o b tAJa cepcz e execu er todes es funccediloas neC0SSor~as 2 propr~a su s~s cll

Qla J o mesmo nuo acon t ece 0B umc OOil1p1exe como o nossac SOC~GCeCle

e~ que co mesmo tempo oria novas necessidades pare os homens e es ~S tisfcz Bm uma cidade um hOillem que nco ~cccedilitcsse quclquer tipo de re

N ( Nshy

lcccedilco socicl com os outros homens o portc(lto neo comprosse nco venshydasse 5 n~o troccsse nco pedisse) primoircmente nco teric cso netl raupc ~ teria grcnde dificuldade pcrc febricor um linho ou ender muito at6 encontrar Uille eacutervore ou qulquer plcntc que n~o tivesse sido plentcdc ou cuidedo por outro homem =esmo que nco se trctesse eacute1c um homem de cidade o probleme n~o serie menor pois o mlnimo c di ~ z~r sorie Que ecircle certemente uscric os conhecimentos adquiridos dos outros e trcnsmi tidov por ales -__- - shy

22 Coopercccedil3o

~~ssa diviso do trcb-lho ncde mcis eacute port2ntot que um tipo de ecircoopereccedilco A cooperaccedilatildeo eacute o fenocircmeno de interrcloccedil~o sociel que cQ mo vimos ~CilllC e nos i tens reltivos otilde comHB9_es3amp ostecirc ne b-se messhyme de vide hum-ne ~lG pode oer meis ou menos evidente c mGis ou me shy

Anos obsourc mes este sempre presente Sebelilos no entcnto que se tQ de coopcrr~eo eacute de clgurn forme consciente (impllci ta subentendidr) ele pode neo ser expltci te (cLrcmente expresse) pcrc tocircde sociedade em todo momento De mesmc fo~mc tocircd sociod-eacutelc eacute orgenizedc e tocircdo orgenizcccedilOcirco eacute igualmente consciente (eL1borc nem selpre explici t~~m(mtc~ Viwos no entcnto como eacute ffcil perder-seI em um sociedodc ccde voz meis complex~ como e nosse e ~res~p~ desse ooopercccedilOcirco e desso orgcshynizaccedil20 onte ccda consciecircncie

De clgume forme poeacuteLe-se portrnto dizGr ~ue tocircdc coopercccedilco 6 dz -lgum modo orgcnizada Por isso qucndo dize10s que ht ooopereccedilatildeo noo orgcnizeda e que temos como objetivo e cooporcccediluumlo orgenizeda eacute

bull 15 bull

preeiso que scibcmos exatc~ante o que queremos dizer para nco co~e termos engcno

~ freqUente como vimos que a dependecircncia social do homem no estGjc expliacutecita em determinados momentos ou sotores de uma socieda de Vimos por exemplo como eacute comum c idEio do homem que se foz sQ zinhou e t~hloS notcin de importecircncic decisiv que ccde grupo etri shybui ~ sue proacuteprio funccedilecirco no sociedade Ume freso muito comum refereshyse ecircs clcsses produtoras ll qucndo hll um pronuoiamento ou ctividcde

bull 6 shy taqu-lquer J QUC reune cpencs donos de grcnde 6 ~roprc S=6 e noo o ca cs pessoas que produzem D co ~osmo t~wPOf supoe que haja classes que n~o nroduzem o ~ue pelo Bonos eacute difiacutecil de cceiter senl que se de

J IJ11termine de qu~ tipode ~~d~~q se este trat~ndo De mesma forme o

bull oouum a roforoncie cs clcrsos trebe1hcdorost qucndo scbemos que trc bc1ho ~middottocircdc accedil~o humcne oomo jeacute foi visto no itQ~ 12 de II Perto duumlstc Fun~~ontcccedilecirco

Isso tuc1o proveacutem de ttI compreensecirco Llcoffil1letc de profundc 1~ terrel~ccedilco sooiol que liga os ho~ons e ~s VbZCS do esquecimento e~ que c~em os objotivos o ~B f~~9otildees quo der~ origem ~ dctermin~ shydos tipos de COilportrnento ficndo npens ~stes 111tiGlos~ o que cQOnteoeu t por exmplo coc dcnccedilcs ou festos folel~ricell sendo o ccso ncia ri tente oio o~rncvel cujo relccedilecirco com o Qucresma perece hoje ~rc coincidecircnoia

~

Com cs tormcB clc3sioacuteo8 uumle eoopercccedilco aconteoe t mesma coise Os Obj0tivos podem 1ereacuteer-se no esquecimento e tpel1CS peranecerom forshyms de eomportcmento nem Sef1pre mui to compreensiacuteveis E 1sso torno [lcil percebermos como nco 6 s~ o esqueoimento dos objetivosL mas t~nbm o de especto~iacuteundmenteia dz ~rlte~A~~~~~ de eoopereccedilco que levem c quo certos comportmcntos nco produzem os frutos que ser1~ neeessnrio produzir~ Coopercccedil~o nco orgcniz~dGf ~ portento c 80010 re9ecirco oneleoa objeacutet1v08 neacuteo esto elr-rmente determindos e onde os meios pcrc otingi los nco satildeo eficientemente escolhidos Chcmcreoo~ co contrrio de coo~ercccedilco orgcnizde cquele o~ que seus pcrtic1p~ te~ deterIllincm os objetiv08 c escolhem 08 110i08 meis eficiantes e cdeCu~do8 p-r~ Co tingi los

~xista~ m~ltiplcs rorm~s de coopar~ccedilco nco orgniz~do n~ vidn do no~so h~mem rurcl O mutiro ~ c foroc meis ciiacuteundid~ a possivol oenta meia oomplexe de eOOpGrc9~0 no meio rurel Edsta em todo O Bresil com nanes divereos (ver a Justificccedil~o de ilViver eacute Luter) bull Co~siste essanci~lmenta em uu tr~b~lho volunttxio feito por veacuterics possocs prc ctender c umc necessideuumlo espccficc aerclzente da un peSaDo ou fL1lic que prgc com comccedil8 Q bebes Poco ser pedido pCillo i~tampresscco ou de inicictivc da outros qun~o tone o none de trci shyccedilco EB clguns lugnres eacute S9~pxe UfJC inici~tivo co pctratildeo ou propri~ tlxio que pcgo 0011 fcrt distribuiccedil(o de bebiqs Cono 0steacute portu to OOllunente cssooiedo tI feste CU0 o illt0resscdo PrOIlove no fira de joru-dc Ll clgu~e lug[res c pclvrcl ficou corno sinocircnimo de feste

A troce de dics eacute tcmbaacutem muito comum e consista numa troce de dics de serviccedilo entre diferentes passocs ou fcJlics Um ~gricul tor

bull 16 bull

pede ~ um grupo de amigos ou conheoidos pera cjud~lo em daterm1nnd~ tcrefn e os pega em outros tentos dics de serviccedilo

Um aspeoto importcnte do desenvolvimento do Pro~r~n eacute justcmen te o levantcmento c desoriccedilatildeo e n oriacutetica desses formes de coopere-9~O Com relnccedilEo a esses formes podemos observer o seguinte

le) sucnto cos objetivos _ ~ importcnte que ecircle s se tornem bem cleros t que aa eomunj

dedes seibam que estco cooperendo orgecircniccmente e nco nos esquece~ bull mos de que em elguns lugares mutiratildeo eacute sinocircnimo de festa e samp isso

- eacute necesseacuterio conscientizc~-se de que n ooopereccedileacuteo ~ tenocirc meno indispenseacutevel c vida sociel e que ele eacute constcnte e n~o ocns1oshynnl isso tereacute importentes conseqHecircncics quento coe meios de reoUzn ccedilco oonorete de atividades oooperativistas shy

- tento o mutir~o quento e troce de dies gucrd~ um especto deeisivcmente individucliste pois heacute ~jude mcs o~dc um tem n sun pr6prin produccedilco e seus proacuteprios problemes eacute evidente que se o mut1 ~ A N bull ~

rco fosse ~te e fese de oomercializeccedileo dos produtos nt1ngirin meshylhor seueacute objetivosl esse noCcedilao eacute muito importcnte pnre um conceito d oomunidnde enquanto EarticipcccedilcO e um fim comum mo~oo que samp aos nomic~man~e n exploraccedilco em oomum dos maios de produccedilco trcri~ anaL mes benefcios usando-se o ilesmo princpio do mutiratildeo muitos tashyzeuacutel em um s~ die o que um soacute natildeo frz eu muitos cli cs 11 bull

21) gucntoatilde eficiecircnoijl dos meios

c troce de dins eacute meis eficiente do que o lJutiratildeo no asshypacto de ilpage lI embore ombos sejcrn trnbclho vOlunteacuterio onde natildeo It

corre dinh~iro cmboe ~~o pcgos um com comes e bebes e outro com trcbc1ho o que COLlpenst reclmente 311e1ho1 evidente que uo s1steoc de Iltrocc de Llutirco serc muito ucis econocircmico e produtivo parc t2 dos do que comido e gebidc que se conSOLle num soacute die

- cmbos Sc iniciotivos isolod08 quo podem mui tesO vacirczes se choccr e podem tcmbeacutem ficer 00 sebor de siopeties ou ont1pctics pessonis n eficiecircncia certamente oumcntcric se focircssem iniciotivoe coletiv~ente consentidos

- gerelmente cmbos opcrecem quando h~ unccessidcdell iato eacute um plcntio ctrascdo ou perdido doenccedilc eto e o prezo neacuteo permi

~1 shyt e que ume so f~l~ io de conte de tudo se o sentido de oooperc9ao estiver bem cltro eacute feacutecil cOilpreender que umc ltxcvisecirco poderio Ctlatilde nucr os ecsos de nec~esidode como aumenter o rendimento do trebclho pcr~ todos

~videnteL1ene esses obsarvcccedilotildees neacuteo seacuteo completos mcs cpones sugestotildees pera umc cneacutelise o ser empreendido polcs equipes e pelae comunidedes

~ iaporttnte fri sar que Co eccedilecirco educ~tivo vi S ldo organiza90 eacute oultiorce e tem de edcpter-se GS condiccedilotildees e Eotivcccedilotildees de e~d~ o~munidede ~no eacute n finalidode de um tipo de cccedil~o ooopereiivist~ quo

bull 17 bull

a define como mais efioiente na educaccedilatildeo para uma cooperaccedilatildeo organizashyda ~uitas vecirczes somos levados a desprezar alguns tipos de organiza shyccedilatildeo de reoreaccedilatildeo visando finalidades mais Ilaltas ll

bull ULl time de futebol com diretoria organizada de qual todos os 860i08 partioipem ativamenshyte tomando deoisotildees ooletivas discutindo em oomum problemas do time pode ser meis efioiente para a organizaccedilatildeo poliacutetica de uma oomunidade do que um comi tecirc poliacute tioo do qual sOacute partioipam alfllns IIIderes

Tendo sido feito um lev~~tLmento pele cogwlidade das atividades de oooperaccedilatildeo organizada nesta r O aspeot~ de meios oonoretR~ de que trata o programe pode ser explorado atraves da esoolha de um tipo de atividade que a comunidade considere i~portampnte ou que precise de reformul~iotildees mais urgentes ~ clero que ecircs~es ~_~~s~_~tos de or~ nizcccedilatildeo nao podem ser generalizados e que neo sao efioiontes se tratashy

t Ados so teor20cmen 8 So a prat10a a que SUSC1 t ara esses me20sbull quo se-rordfo mais bem assessorados pela supervisatildeo do que atraveacutes de programa shyccedilao de aulas

Tocircda organizaccedilatildeo ou accedilatildeo organizada teu alguns aspootos esscncXds que neacuteo estatildeo neoessagraveriamente presentes em qu~lquer momento ou ativi dade las que devem ser alocnccedilcdos sendo por isso mesmo 06 objot1 shyvos do essessorio educetiva do EB neste niacutevol

- os fins da orgeniz~ccedilco ou objetivos goreis que se definem em uma tendecircncic ou espireccedilco do grupo que delo pcrtioipo mas que se devem tornor oom o te~pof conscientes e cleromente distintos (por eshyxemplo no Ocso de um clube de futebol e divers~o)

- Oa obj0tivos cspociacuteficos isto eacute ~quilo que eonoretcacnte se pretenc1c clccnccedilcr dentro eo Ui dotOIUumlll-do prczo ou periacuteodo ou Olil

occlc etividrde progrcucdo (por eorlluumlO roclizcr UJ torneio ou oonsshytruir c sede do olube)

- un pleno ou pelo menos umc prcvisco de ~tividades queatildeen tro do prazo ou periacuteodo detenlincdo dever~ lover aos objetivos propo~ tos (um loilco ew tel data U2 jocircgo com ingresso pcgo e~ tal dote ug

mutir~o em tol dcta pcrs oonstruir c sede to olubo)

- mm divisecirco de funccedilotildees que ir-se-~ ocrccteriznuo melhor oom o correr do te4lpo ocs quo se deve procurar definir prc avi ter oonflishytos

- Wl meoanismo perCo cs decisotildees que deve ser desde o iniacuteoio determincdo cindc que venhe cou o teiJpo e sofrer JlOdifiocccedilotildees

lsse cspecto formeI de org-nizcccedilecirco pode SOl objeto de eulcs llteoacute ricca nc base de releto de expcriocircncics de outres couunidedes Pode se reletcI oomo funoiono o clube tol oOuO 6 escolhido c diretoriecoshymo se planejou determindo ctividcde eto seil ceir em risco imedieto de meBsifiocccedilecirco nco eacute preciso friser que ~s experiecircnci~s devem ser muacutel tiacuteplaa e diferentes pare eyi ter o crglilento de cutoridcde

bull 18 bull

23 Ass~eintivismo

Desde ~ momento em que v Ronem nuo p~sso decisivo de sue evol~ 9CO soube que scbie - Pcsso de reflexco - (Teilhcrd de Cherdin) peacutessou c se ~firuer meis e mcis numa perspectiva sooial E agrave medida em que a vida em sociedade aucenta contrariamente ao que muitos pea saro tamo~m aumenta a chance do homem se afirmar mais profundamente como ser pessoal t~iginal Neste sentido a vida s2c1al natildeo se con~ titui apenas da soma dos indivduos mas a integraccedilao dos homens nushyma vida comunitaacuteria que tende a se tornar oada vez mais universal ~ o fenocircmeno cue Joatildeo XXIII oonsidera tatildeo bem oom deg nome de socializ~

IM 1- fccedilao B o termo sociacutealizalao tal como o emprega o Papa naos re ~ re apenas a um regime jur~dico de bens mas a um processo historioo s6cio-cultural global onde as comunicaccedilotildees fsicas satildeo mais freqne~ tes e maior o acesso aos inumeraacuteveis bens comuns ou comunicaacuteveisda humanidade tais como a informaccedilatildeo a educaccedilatildeo a cultura (JYCalvez ~glise et Soci~teacute nconomique e LI~nseignement Social de Jean XXIII shytditions =ontaigne Paris- Capo I )

~ importante notar sobretudo que Joatildeo ~~rII nao toma o renocircm~ no de sooializaccedilatildeo co~o algo que resulta apenas do desenvolvimento das t~cnicas das ciecircncias do progresso da produtividade etc mas o considera como 110 fato do homemll(JYCalvez) Assim dentro da sQ cializaccedilatildeo crescente o fenocircmeno associativisl10 1l natildeo eacute algo de ext~ rior apenas ao homem mas decorre tamb~u ce SUE no tureza mais ntishyma do seu II ser ll Quando os hOl11ens se associam natildeo ~ apenas em fun ccedilatildeo de um objetivo externo fixado (para u~ ~utiratildeo por exemplo)maseacute tsfbeacutem um LJOVill811to eacuteie S1i6 eacuteJesconte evoluccedilatildeo G uroacutenrio do homerl

A w ~ - (

a llte31dencia natural e qUEse incoerc~vel pnrUacute a vida social Joao XXIII) D historicemente ecircle tem esponCiclo a esse tendecircnoia oom as mais variadas formas de associaccedilatildeo decircsde o pl~~o internacional ateacute aos pequenos grupamentos Exemplo disso satildeo as vaacuterias organiz~otildeGs internacione~s os partidos polticos as sociedades recreativasesshyportivas culturais as associaccedilotildees de classe as associaccedilotildees proi~ aionais os sindicatos etc

Natildeo se pode no entanto - e isso eacute importante - atribuir o surgi mento de formas de associaccedilotildees somente agrave tendecircncia do homem para atilde vida social Haacute uma estreite interaccedilatildeo dessa tendecircncia com o progresshyso da teacutecnioa das ciecircncias dos meios de comunicaccedilatildeo ~stes fatocircres trazem de maneiras mais uiversas solicitaccedilotildees pera e intensiioc shyccedilatildeo da vida social e do associativismo t o ceso por exemplo de faacuteshybricas usinas induacutestrias que surgem e exigem um certo volume dematildeo de obra que leva um g~po de indivduos a se aproximar c estar fl~ sicemente em contato contiacutenuo assim como sua uni~o em tocircrno de deshyterminadas reivindicaccedilotildees (ex sindicato que luta por aumento de se llrios ou por mudanccedila de estruturas etc) Outro exemplo disso eacute o aparecimento de colonizaccedilatildeo agrcolc ue leva camuoneses screm- de uma dispersa0 geogrcfica e se concentrarem passando a-uma vida sooial mais intensa formcnuo te~beacutemf ~s vecirczes cooperativas clubes esportivos sindicatos etc

bull 19 bull

llas por outro lcdo eacute preciso considernIlnos que por suc vez o progresso de teacutecnica e das ciecircncias t bem como dos Llios de comun ecccedilatildeo t natildeo surgirDm de um c1eterdinismo cego 111bo1a nao sejamos seE pre senhores das focircrccedilas e das leis do natureza o que muitas vecirczes nos apareoe como um determinismo como ume necessidade exterior cshypencsL eacute fruto de gestos jaacute colOCfdos pelo homem II~ fruto dt humashynizcccedileo mesma de nctureza Co qua1 nos entregamos para exprimir no

1 h t dfso liberdade E ele resto e possJve ao amem novamen e mo ] lcar o determinismo que seus proacuteprios gestos criaram (Ver JYCclvez oshybre ci tede) bull

Outro ponto e considerr aqui eacute o pcpel do -Jst2do e a sua eresect cento intervenccedilco em nssuntos de interecircsse da ooletividade ~u1tas vecirczes a discussatildeo decircste ponto leva a posiccedilatildeo que em ncda eorrespol dem agrave verdadeira dimensatildeo da questatildeo Assim uns defendem opaixonashydemente e intervenccedilatildeo totcl do Dstado ao pesso que outros rejeitem qUflquer tipo de intervenccedilatildeomiddot hlwendo aindc um nuacutem~ro ponderaacutevel que aceita a intervenccedilno modercda Entretc~to o ponto central da quesshytatildeo n~o_~ se o Dstado deve e pode intervir t m~isou menos ~ imporshyt~~te nco considerar a crescente intervenccedilco C020 um deter~inismo cbSbluto JY Celvez interpretcndo o pensamento de Joco XXIII n ecircsse respeito elucide c questatildeo de mlmeirc sLp1uumls e precisai 11 O pcpc vecirc nesta intervenccedilatildeo um resultado ou cinda um sinal - um nd ee - da sociclizoccedil~o em curso tntes que urua ccusc Logo se Co in shytervenccedilco (lo Estedo ~ ume espostc c certas edecircncics de sociclizcIV ccedilao e tambem elgo de profund~ente ligado co tempo e co espaccedilo e um fenocircmeno situcdo histoacuterico nco pollondo existir r eceitcs unishyversais e perenes c ecircste respeito

A considorcccedilco decircsse ponto eacute import~~te pcTC o trcbclho de oompreens~o e cneacutelise criacutetica de presenccedile do ~stedo nas questotildees li gadcs sos movimentos de associaccedilatildeo e luta dos trcbe1hadores

Inuacutemeros teu sido os pronunciamentos textos leis que consid9 ram o importecircncic do associativismo 3m sucs vsrias forlcs recoshynhecendo-o como um direito ~is alguns dos rucis oonhecidos

ITodo homem tem direi to a orgcnizcr s1ndic~~tos e a necircles ingres sar para a prltteccedilco de seus interecircsses iacutel (Declarcccediluumlo dos Dicei tos dobull

Homem art23S4)

ti tl gcrrntida a liberdade de cssocicccedilotildeo p~rc fins 110i tos lieshynhuma associaccedilatildeo poderaacute ser oompu1soacuteriamente dissolvida sen~o em virtude de sentenccedila judicialll(ConstituiccedilOtildeo Brcsileiraart141sect12)

IIJfi livre a associaccedilatildeo profissional ou sindical sendo regula das por lei a forma de sua constituiccedilatildeo e sue representeccedilco legal nas convenccedilotildees co1etivrs de trcbclho e o exerciacuteco de funccedilotildees deleshygadas pelo poder puacuteblicotl(Constituiccedilatildeo Brasileira art 159)

UNe eacutepoca moderna umentou notevelmcnte o movimento assoeinti vo dos trcbclh~dores e foi reconhecido em oacuteercl nas disposiccedilotildees shy

bull 20 bull

fi

jurdioes dos Ilstcdos e ateacute no plano internecionel bullbullbull

IINco podemos todavia deixcr de notcr 00110 eacute ~til ou cteacute nece s~rio que c voz dos trcbclhcdores tenho possibilidade de se fezar o~ vir e ctender fora mesmo da ceda organismo produtivo e isto em to-

Imiddot 11 (t~middot - 94)d os os nJveJs bull l - bull

IlDa socicbilidcde ncturol de passoc humal1c~ proveacutem o direito de reuni~o e de associQccedil~o bem como o de conferir cs essocicccedil~es c for~ me que aos membros precer meis idocircnecs c finclidcde em viste e de cgir dentro destas por conte proacuteprio e risco conduzindo-os aos elm~ jrdos finsl (PT23)

~~ O ~ue foi dito acime eacute relctivo e textos legeis e pronunci~en tos do Pepe Joco XXIII No entcnto existem einde outres referecircncic~ entre DS queis cs mui to discutidcs de rrx

Uma forme de ossocicccedil~o oonsidercde importcntc eacute o sindicelisshymo surgido cpoacutes a Revoluccedileo Industrial Vnrios movimentos signifio~ tivos de trcbelhcdores EHLl wui tos pases ncscercm ou se desenvolveshyrum c partir do sindicelismo

No Brcsil o sindic~to foi oriedo nos noldes do sistemc sindi shyccl do fooismo i talirno princi prlmonte f e eacute extremamente 1igcdo 00

Poqer Puacuteblico Tocircdr- c vide sincliccl eacute proviste por lei A lei QstcbCcedil Ieee oS requisitos desde pGra G fundcccedilno e funcioncmento do sindic~ to ctecirc os fins prerrocativcs e deveres Aacute liberdade dentro do sin d~ccto entno eacute c liberdede que c legislcccedil~o sindiccl permite e proshyve Outra pcrticuleridedo do sindicclismo hreDilciro eacute c vorticclid~ de I sindicrtos federeccedilocirces confedercccedilatildeo prc cdl cDtegoria ( na cctegorics tr41beacutem sco previstcs pele lei) Uno eacute permitido que ceteshygories sindicais diferentes se cordenem numc horizontclidcdeAssim se 08 sindicctos dos metcluacutergioos e dos forrovi~riosf por exemplo quisessem se coordenlr seria impossvol (dentro de legislaccedileacuteo sind ccl brasileirc) Onde cctesoric deve (do ponto de viste de lei sindi CCl) desclvolver sues ctividdes sindiccia iso1cdclllente

N~ necess~rio obsorvcr que tcl estrltturc sindiccl tatildeo enfcixcda na roco do Poder Puacuteblico tir~~do muito dl necesseacuteria cutonomic dos sindicctos dendo foacutermules pcdronizedls de funcionamento pode trens formeacute-los num instrumento de clesse dirigente ~penas cleacutem de n~ dtr oportunidades de se desenvolver plenCLlfmte ~ ccocidcde dos sin dicclizodos e seus dirigentes de lIe1riare41 algo de proacuteprio dentro do sindiccto Da D necessidede dos dirigentes sindicais serem realshymente a oxpressco do clesse quer di zor SerG~1 pessoes que estejom prontos e trcbclhor reelmG~te no sentido des cspircccedilocirces de clc6seP~ ra Jsso e neoesscr~o que se tenhe conscienc~c LO que e e do quo poshyde ser o sindiceto como oacutereco vordodoiro cc prollloccedillio

bull 21 bull

Haacute disposiccedilotildees legEds m~Js ou menos antisas a raspei to da sin d1calizaccedilatildeo rural no Brasil Entretanto foi pr1ncipal~3nte fi partir de 1962 que o assunto tOllOU vulto e comeccedilaram a surgir v~rias disshyposiccedilotildees simIlificcndo a f O T1112Ccedilatildeo dos sindicatos rurcis pl~ooossomel to e expediccedilao de oartas sindicais

Dentre as vaacuterias disposiccedilotildees () as que natildeo soacute sintetizum a Flashyteacuteria jaacute re8~lada oomo apresenta aspectos novos S~O

- Lei nO 4214 de 231963 - Estatuto do Tr[b[~lh2dor Rushyral pub1ic~do no Di~rio Of cial da Uni~o em 1836

~ Portcrias nQs 346 e 347 de l76l96j- Regula0 a Orgc~1 zaccedilatildeo e o Reconhecimonto de Entidcdes Sindiccis Ruraio bull

Silil9-1octo OEstatuto do frcba1haGor Rural crt114 estntui~ liacuteoita a cssoci~ccedilao em sindiccto f para fine de estudo defese e ooo~ denaccedilno de seus interecircsses econocircmicos ou profissionais de todos os que como empregados ou OE1PT0odores exerccedilam atividades ou profis shysatildeo rurc1 i1

bull

Vemos entatildeo que de ~cocircrdo nou c pr~pr1a lei ~s fin~lid~des do sindicato secirco cmp1as l natildeo se reduzindo ecircle C Dera instr~~ento de rei vindiOcccedilno de essiatencia socie1 e ClgutitS melhorics econocircmiccs bull Para que ecircle oumpra tocircdas as suas fin~lidades tem ~ue ir muito cl~mBasshyta ver que cumpre-lhe tc~beacute~ c defese de interesses profissionaisde I d t ~ tmiddot bull en er ~n erasses prok~sS~OncJ3 nao e 80 consegu~r e~prQS ~mos ~crc

plantio melhor maquin~rio pere produccedilatildeo enfio melhores oondiccediloea de trcbnlho mas ~ sobretuco f-zor com que o trcbc1ho necirco seja red z1da a um mero fctor de produccedilatildeo mcs seja con8id~rcdo como a fon~c por excelecircncia de expressco hum~a Pera conseguir isso o sindishyceto teu que sc ocupar por defini9~o com c tarefa de destruir tocircdc forma de explortccedilotildeo do trcblho humOJlo Convoacutem notnr que 110m sem pre o aumento de produccedilatildeo corrosponde a umc verdadeira prOioccedilco do trabclhador como pessoc

liQ Pera uma vis~o coup10tc de fundaccedilatildeoprooassamento e funciona bull mento do sindicatover Leis e Portarias meneionauuml~sprircipa1mente e nova Portaria nordm71 de 2265quede oerta formaregu1amenta os arti shygos 115 e 116 do Estatdo TrabRuralD1ga-se de passagem que estamp Leital~m de dificultar a fundaccedilatildeo de sind1catosfragmenta demais a classe trabalhadora ruraloricndo dentro dela in~eras camptegoriasdiA tintas

() Lei d~~ada n Q 11 de 11101962 Portaria nO 355-A de 20(111962 Portcria nO 356-A de 2111J1962 Portaria 209-A de 2561962

bull 22 bull

Estatuto do Trabalhador Rural Ateacute a d~ta da criaccedilatildeo do Estatushy

to o--eatildenipotildei1eacirc -estampvatildeexecirciiicfotilde7a legislaccedilatildeo trabalh~sta (excetuanshydo o que diz respeito n possibilidade de sind1calizaccedilao) 2 art l da Oonsolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho que estatui as ~uestoes trabashylhistas no paraacutegrafo IIb il coloca os oamponeses fora dos seus poss veis benefiacuteoios Com a criaccedilco do Estatuto houve uma primeira consi deraccedil~o a certos aspectos da vida do trabalhador rural

t tmiddotmiddot d la gisltccedil~o urb1na pare o meio rural embora sejam duas realid~des bem diversas A proacutepria definiccedil(iacuteo Ciue ecircle daacute de trabalhador rural (art 2 Q) eacute impreoisa e se presta a v~rias interpretaccedilotildees de aoocircrdo com

C0110 e fecil notar o Csjatu o e quase uma ranspos1ccedila0

1os t var ~n eresses

l~as mesmo assim inedaptndo hAacute pontos considerados importa1 shytes ~ O caso principalmente dos artigos 11 bull oria a Carteira Pro M

fissiona1 de Trabalhador Rural 63middot disp~e s~bre o contrato de trashybalho ( que poder~ ser feito na proacutepria carteira proiacuteissional)~ l5~shye~ia um Conselho Arbitral A16m decircsses artigos eacute consi~er~da t~bem importante tocircda a disposiccedilatildeo socircbre sindicalizaccedilatildeo

~ nosso pcpel como movi~ento qUecirc pretende ser educativo atr~shyvecircs de toampos os meios e recursos com Que oontamos levar ns oo~unida das a perceberem o fenocircmeno do assooi~tivismo como inerente agrave pr~ pria ~~a humana e motivar a intenBificaccedil~o oonsciente e delibefada de formcs de associc9~0 que ~osscm responder 2S neoossuumlLdos percebi das a partir de une vis~o cr~tica do papel do homem no mundo

Iaso no entc~to nco quer dizer que devemos inccntivcr e ~ctishyver determinadas forruas de associa9~0 O nosso papel c ecircssc respeito ~ o de informar o que existe as earaotersticas de QCcedild0 ~nc e proashytampr n assessoria ccbve1 diente da escolha da comunidade que poder~ incluave oriar fol~as noves de cssociaccedilatildeo

Teoriocraente a econoTlic de mercado ou ocpi tclistlo reIJouso nurac toca de serviccedilos e bana entre dois tipos de gru~osl as unlcteacutees ec2 n~m1cas produtivas ou emprecircsas n~s unidcdes economic~s de consuao ou iacutec~iliar Ls famiacutelias prest~~ serviccedilos ~s emprecircsas recebendo ~~gnaen

Ao shyt o e as empresas produzem bens e serviccedilos para o consumo das iacute~liaa e recebem e~ trooa pcgcillento ~mboru ecircsse esquema sej~ muito ab3trashyto e seja s6 am esque~a serve para nos mostrar cono est~ dist~cia da disso c vide do honeQ rural Nesse esquema a famiacutelia soacute b so11d~

ai fW bull r i ~ no consumo mas nuo na produccedilco pois o facil 1nag1ncr como roxa shymente as pessoas de lmlC mesJc fcIagrave~lill ou que tenheo dooposos ElD ~o mum produzam mn comum spo ~ue trabalhem em una Llesuc euprocircso no meama seccediltio e na masoe sala o produto finel dC~ emprecircsCl (equilo quo - ) e comercializado vend1do as fcu~lias cbsolutcnente noo dopenda deshyles Seus ganhos tcmbeacuter1 ou s~o deciatildeidos pele etlprecircsll ou dependen de decisotildees coletivas (aumento de salaacuterio mnino dissiacutedios coleti shy

bull 23 bull

I vos etc) e muito r~r~cntc tecircm qualquer relcccedilatildeo 020 su~ produt1vid~

de ou copoeidcde da trobclho Na eoonomia da produ2ao portcnto mas mo os mombros de umc fcniacutelit nno sco solidaacuterios ano indiviacuteduos isolE dos CGdc ~ por si A id~in de atividade econocircmico comunit~ria dcpcn deric portnnto no moia urbcno de tocircdc uma lludonccedila de estrutura d~ haacutebitos e atitudes individualistcs

NOcirco eeonteee o Llosmo no vidc rurnl Via do regra c feLllit s~ oonstitui em unidcde de prod~ccedilco e oonsumo o que equivola a dizer que jtIacute existe tlgum tipo do ouprecircsa cOf1unit6ria pare uaor o esqucmc o que acima nos referimos Trctc~se portento natildeo de rczer surgir ~ vclor inteirnmente novo mais de cmplicr o raio de alccnoc de uampre_ sa oonlUni taacuteria que eacute c fCLllic bull Outro Telor positivo e que pode ser ccrreado nesse sentido eacute o mutirco Embora se deva ciacuteastor quclquer ideacuteia poeacutetioa lrio de mutirecirco cono trcbrlho ~eu pagaL o mutirecirco e a troca de dics sno indiacutecios oonoretos de que a oompeticcedilno econ~~1c~ nas oomunidcdes rurais n~o eacute consoiente neu atinge G agudas que cpreshysenta n~ cidade O mutir~o meswo pcgo n troce de dias me8~0 aendo trooc mostra que natildeo est~ presente c 1d~ia de que o SUOOS$O de ~ depende do insuoesso de outro E de f~to c cODpeticcedil~o eoon~m1cn no campo nco sc fez de meeiro c meeiro mes entre o produtor o o intero~ di~rio e por e edinnte

Outro ospeoto import~nte d~ ctividcde econ~micc do honeo rurc1 que ele nco visa de Iilodo gereI o lucro IlCS c subsistecircncici por isso c noccedilco de que - a propried~de deve ser usado pera o bau de todos e nco pcro o luoro individueI nco encontro cs aeSDes resistecircncics quo cn oontrorie entre cmpres~rios oujc ctividcde eoonocircuic~ se fund~entc no luoro A euprecircsc comunit~ria isto eacute ~ orgonizccco oomunitampric de

d - A po~tcntot apcrentemente vievel~ Tr~ c~se depro Uccedilco ceOnOil1Cc e t snshyber quais cs noccedilotildees que seacuteo fundcmenteis pcrc tel empreendi30nto

12) 2JLW1el~]0ecircS_e __d2_ uso dl Jal0Rriedcdel ~ tund~cntcl o conoeito de que c posse est~ condieioncdq 00 uso de propr1od~de o quo isto natildeo eacute um direito cbs02uto mcs tew une funccedilatildeo intrinsccmcnte soci01 (1)11f1116)

9) Q~_o~Lemo do_~c-l2~) do__trcbelh2 msse prob1cllc foi tl~~toclo na Fundamentoccedilao de Viver e Lutcr e se enoontra tClbom no item 12 d~ 2l perte deste Fund[Tl(mtoccedilecirciacuteo 1106 heacute olguns tspuumlctos que nos interesSD~ diretamente ncste ccso A ~pliocccedilatildeo concret~ dos princ~piGs ~l disoutidos lev~-nos ~ oonclusno de que neacuteo pode hever oomercial zaccedilecirco do trcbelho enquc11to tol Isto ~t necirco h~ nem pode hovcr hipocirct~ se do medir-se o trabalho ew tecircrmos de dinheiro j~ que o tr~bolhotem velor tronscendente leso eacute importante pcr~ cs tomndos de decisotildees soacute bre a divisatildeo do produto do tr~bolho Esta n~o pode ser sagravementa pro porcional ~ posse dos instrv~entos de produccedilco pois 0030 viuos c posse esteacute subordincdc 00 uso paro o bem de todos Por outro lcdon~o pode ser tambeacutem somente proporoionel agrave quantidede de trcbolho j~ que o velor realmente humcno do tr~bolho nro pode ser qucntif1cedo socircmenshyem sua apcrencia O item seguinte pode esolareoer-nos melhor

bull 24 bull

--

0) 9--Jll0bt~~ dc-~oJtg1~ejJde dc espeacuteoie Vinos qundo e8~shydc~oa O probloma de oomunic0ccedilno que fund~ente o progresso de histoshyric humcne ~ue cede indivcuo neacuteo pode reelizar plencmo~tc c essocircnshyoie de espeacutecie hun~na o quo portento os homens e todos suo solid~s nas conquistes e nos erros de humcnidedo Esse mesm~ doutrine eacute aonshyfirm~de no plnno sobr0n~turel pelo ooncoito do oomunh~o dos santoS

por outro l~do quo o - podo b ~ es Sabemos houam neo sucum 1r cut ccron eies sensiacuteveis (climonter-se proteger-se do frio) e quo qu~~do isshyBO ~contooe ecde UD de noacutes ~ solid~rio nG culpa~ Isso leva c que a sociodade Leve prover tS QPortul1idcdes pcrc que cede hOllOD sct1sfeccedilc esses necossidrdes que Sco diroi tos fund~lentais do hmJoLlbull

Em sUDe o probleme central de u~e atividGdo econoillIacutecc de ~i~o

conunit~rio eacute o do reconhecihlonto no plano do trabalho Co~o vimos ll~) i tem proacuteprio e comuniccccedilatildeo entre os homens pode fczor-se por doshyminoccedileo ou por reconheoimento ~os ecircsse reconheoiDento n~o pode ser

h Ot eor1co cbstreto tel quo oonoretlzar-se e111 oedc cccediloo umcne roshyoonhecimento do outro no plnno do trabalho eacute o que se coloo~ ou ploshyno mais elevedo jeacute que nrde h6 de meis nobre e essol1oiclmontc hushymano do que o trabelho

i01s c~r~ um excile de outros problemcs levcntedos por ULlC GlprOcircSo oomunit~rie pode-se ver Fr Jo~o Batiste Puumlreire dos Santos OP U~ NILABORL Uma Revoluccedileo ne Estruture de Emprecircso Livroric Du~s Cido bull das - Sco Pculo

Pode-se definir o occedilocirco poltice de vuacuterias Ilcnoirrs Uuo tltigc def - eLO h amem dlZ nCSlilO C1ue 1J e G Ull~ CnllllC1 ~ lCO o que eCJu~ilnlccedilco E0Lltmiddot vcleria c identificcr e e2~0 poliacutetice cor~ tocircdn eccedilno huJrJlc Sento Agostir~o vi~ o fim de cccedilco polticc assim como o de guerra n~ Fez defininco c Paz como ~ sctisfccedilecirco dos interecircsses de cidade ~ 01amp ro que C01 isso n Pnz de uuc cic~-ao poderia ser iLlposte Co outre is shyto eacute a sctisfcccedileo dos interossos de umc Sociadcde ou gAacute~po poco ser i3postn c outra Sociodede ou o outro grupo ModernnEcnte defino- so e accedilco poliacutetioo CODO equelc que procure conduzir ~ socied~de n~ busshyco do bOD cel21Ul Atuolnel1te tom-so definido taIJbeacutel2l c cccedilatildeo polticn COBO nquelc que busca utilizcr o poder do Estndo pcrc ctcncler 00 bo de SocioclCdo Esse funccedilocirco do EsJccdo ele mesme TJudou de oacutepoca do li berelis~o otoacute hOj0 Acredit~~do-sc quo es leis socieis c Gconocircnices orem IInctureis ll cefendie-se u tese de que eo Estado Cnberi~ cpon~s proteger ns libuumlrd~des individueis nco intervindo especialnuumlnte ne produccedilatildeo e no consumo A esse vis~o suoedeu eom o advento do sooi~ lismo e dns lutcs sindiccis e concepccedilco do um Est~do do Bem Estor So0101 A concepccedilatildeo neturolista c liberolisto jaacute nco eacute dcfcndide 00shymo tel e o que se discuto oacute o Gr~u de intensidade da intervonccedil~o esshytetal no vid~ puacuteblicc Mesmo nos paiacuteses onde o antigo liberalismo eacute tese ofioial - embora defenr1ido em formas atenuadas (neo-libera11omo)

bull 25 bull

oomo nos ~stados Unidos e no Brasil a intervenccedilatildeo estatal ~ una reashylidade Assim nos Estados Unidos por exemplo a diplomacia ~ftambeacute~ uma forma de defesa dos interecircsses comeroiais dos empres~rios norte-A mericanos no exterior no Brasil os organismos estatais exeroeu in shyfluecircncia natildeo 86 na economia como nos conflitos sociais Ias tanto li como aqui a intervenccedilatildeo eacute feita apenas para proteger uoc estrutura

Vecircse portanto que a oontroveacutersia estaacute na intensidade e no ti shypo de intervenccedilatildeo do Estado A accedilatildeo poliacutetica seria wn ueio de fazer valer ecircste ou aquecircle tipo de intervenccedilatildeo do Estado no sentido do Bem Dstar Social de definir decircste ou daquecircle Dodo o Bem Lstar Social de detertlintlr desta ou daquela formo o modo de consegulo

Ao ueSuumllO tempo fica cloro que natildeo tem sentido definir-se ti accedilao shypoliacutetioa eu tecircrmos de ideais moi8 ou menos abstratos COLIO urJo luta de ideacuteias na qual se empenha apenas a inteligecircncia dos poliacuteticos e das Naccedilotildees

Vimos atraacutes por exemplo (item 24) couo o esqueLla cl~ssico da economia separa doiemiddottipos de unidades econocirchlieas a de produccedilatildeo e a de oonsumOi na economia de mercado ou capitalista o fluxo de ~ique bull zas que vai das emprecircsas em pag~ento do trabalho agraves famiacutelias e que vol ta ns emprecircsas erl paGamolto dos bens e serviccedilos prestnd08 otildes tllJl lias o fluxo de riquezas diziamos eacute deterLlinado pela lei do t1oroado subindo o consumo de um produto sobe o prccediloo que est1nula cs empr sas a produzirem mais ateacute equilibrar com o consumo e estabilizar o preccedilo e diminuindo o consumo desce o preccedilo desarticulando a prod~ ccedilatildeo ateacute equilibrar com o consumo e estabilizar O prc~o iae dois exem plos serveu para nos mostrar como isso na realidade e apenas teamprico Todos temos presenciado a sonegaccedilatildeo de certos produtos com o fim de fazer subir artificialmente o preccedilo (especiclmente arroz feij~o e~ ea~) e teillos presenciado como certas emprecircsas otrav~s do propaganda oriam necessidades absolutamente sup~rfluas paro os consumidores ~ ashybrieagatildeo de bambolecircs cosmoacuteticos eto) em que a lei de mercado e in vertida Natildeo eacute a emprecircsa que produz para atender o procura do consumi dor mas que faz nascer c procura do consumidor para vender o que jproduz

Teorioamente por outro lado a economia socialista esteta1 00 bcsecria natildeo na lei de oercCdo mas nC8 decisotildees de UH orgcnismo oen tr~l de planejamento que pesquiseria es necessidcdes do oonsumo e detarminorio o sentido do produccedileacuteo Vemos tmubeacutem que de ua lcdo neDl meia o Uni~o Sovioacutetioa cdote atuclBonte ocircsse sistemo puro e quo amppeAtilde feitcmente possvel um pcs ter sua econotlio completanonte plnnif1o~ do sem deixor de ser ncpitclista O Brosil por oxeoplo ncrcha a pas sos lorgos p~ra ser um perfeito exemplo deste uacuteltimo caso Isso equi vele o dizer que e controv~rsia fundamentel em que se deboteu as focircrshyccedilas e grupos que exercem cccedileacuteo poltica natildeo estaacute mais en se seber sodeg Estado deve deixar a vida econocircmicc e sooial co sabor das leis Une_ turoia ou se deve fO contraacuterio intervir plnnificnndo-as e neu mosect mo soacute no intensidnde dessa intervenccedilno Estaacute no tipo ou modo cooo se

i - dc essa ntervenccedileo Se voltarnos ti conccitunccedilao de Santo Agostinho a

bull 26 bull

que nos referD~os ~oina e se a fun9~o da oidade eacute b~r~tir a Pazde que Pez se tr~ta trata-se da Paz que melhor ntcnda a tocircda a Sooiedn~ de Quanto ~ isso ningueacutew discorda expreesaucnte Tocircdcs as linhas poshylticas de todos os grupos de ~ccedileacuteo poliacutetioa oonoordnn oo~ isso Uas na proacutetic~ de que Ll0do enocrno Ulla accedileacuteo poltioD que leve ~ essa Paz de tocircda t Sociedode c natildeo c Fez ele UDC Cidcdo (ou de um grupo)iuposta c outra

o esquema abstrato (i tem 2A) que divide a vida eoonocircilict dcs No ccedilotildees em unidcces produtivOs (as enprecircsas) e unideccs cl~-ltQnsumo (as famlicsr-~ pera uns tomado oomo real Da sededuz ~uo ao Estado cabe garcntir a melhor funcionalidade possiacutevel as empresas para que possam ctender na neoessidcdes de oonsumo das famlios que constituem a Naccedilatildeo (embora seja um esquema econocircmioo oacute v~lido porque nns necesshysidodea de oonsumo estao oompreendidos os bens e os serviccedilos e nos 8es uacuteltimos se inoluem os serviccedilos que dizem respeito agrave oultur~agrave dishyversatildeo agrave distribuiccedilno da justiccedilaacute etc) Da se conolui que a Paz de que se trata eacute a Paz dcs euprecircsas middotScbemos por exemplo que o pedra ongulcr de nosso regime poliacutetioo ossim CODO de todo o mundo sob a esfer~ de influecircncio cmarioonc uacute c inioiativa privada isto eacute c li shyberdede dcs emprecircscs privadas Isto significo ocber 00 Dstcdo gnrcn~ fundc~entclmente o boti funcion~ento dcs emprecircsos priv~das e o resto ser~ dodo de acreacutescimo Qul o sentido de emprecircso privado pe a sue ti nalidcde eacute ctender ns neoessidades de consuco das fcnlios (sej~ esse consumo de climcntosmiddotou de educcccedilnoacute) O sentido eacute o de que nqueles que possueu ccpit~l (bens Ilcmiddottciois) perc mon~er ou cri~r eIlgtresas dj ve ser garentidc uma remunercccediloo correspondente co enprego cesse Oop tel (decircsses bens moteriois terras instrumentos dinheiro) Todo o Sistema repousa portento na motivaccedilatildeo do lucro por pcrto dos que Po suem bens motaric1s E cono c satisfaccedilatildeo das neocasidodos de tocircdo a Sociedade dopende do que produzeo as emprecircsas t atribui-so UDA identi shydade entre os interecircsses de Ncccedil~o (de que cuido o Estcdo) e o estmuM

E lti ona 1o as erJpresas pcro que produzcn m u ml 1Jse o orgcnJzoccediloo po ltioo eeonocirc~iec e social do Naccedilatildeo que eacute tarefo do Estodo primordio mente scr~ ume rocionClizDccedilatildeo de rmlhor oeneiro de estimular o lu e~o isto eacute a remuneraccedilatildeo do ccpitel A maneiro do otendcroo bea co mUIll seria portanto em l1ttim~ cntllise gcrcntir c melhor formo deAin cioncmento dcs emprecircsas privcdos o que se identifion oo~ a melhor ~ neira de estimular omiddotemprecircgo das propriedades (de bens do ~eira geshyral terras instrumentos dinheiro)

Vemos que tnl visatildeo 6 herceira de certo modo da visno naturaliA to e liberelista da vid sociel embora tenho mudado de certo modo o pcpel do Estodo~

Este visatildeo no entanto se choco com outras visotildees polticas Fishycou demonstrcdo que (I intervenccedilecirco do illstado se faz neoess5rio no vida da sociedcde Aohem alguns portrntof~e eacute preciso fazer soacuterias resshytri~otildees agrave cbsolutc liberdade das emprecircsas mesmo pera garantir-lhes O melhor funcionamento Uma dcs rozotildees eacute a de que o bom funoioncaento N

das emprescs exige restricoes pore que umcs noo A

outras A prejudiquem oS e o oaso d~sgrond~ Lrl~~ (11lt rr1gt_=~ i 11 I-to que tem possibishy

bull 27 bull

l1dadG do dostorcer o morceLo Outro problema eacute o do b011 astcr claa fo ~flt~s enquonto prcstom serviccedilo cs e~procircsos isto ~ ~s cl~sses p=~le t~~es Ar~10ntam que o sistemo do Borc~do deixodo o si mosuo reoung rc mcl o trob-lho de ta1 forl quo de uu 10do l o aonSUDO nao podo ser Du1to grc1de e portcnw- cs c~precircscgts necirco podem su expr-lctir do ol-ro lndo isso 1evo insuficicnlos aondi9otildees de vida o (lua dociina11tlO bcx~ proecircutiYidcdo isto ~t os sorviccedilos prcstldos Coa -c1r~ses sno de m~ quolicode se fOrail ln3S cs condiccedilotildees do trrbclho COll10 as euprest1 rios neacuteo seacuteo se~pre c~p~zes do peroeber ecircssos dois cspeotos co Esta do coberic prover UD~ regulcuontcccedilEiacuteo quo t ao llleSLlO tempo dosse mcior poder de consuuo 00 proloteacuteriodo c lhe desse melhores oondiccedil~es de trcbclho pcrc poderes produzir melhor Desso ooncepccedilatildeo resulo clixl leis tr~oclhistos quo grecirctissew ml onirilo de sogur~9c 006 opo-amp10 o de pcrticipcccedileo nos lucros dcs Guprocircscs que lhos gorontiri~ cUL10n to do poder de oquisiccedileacuteo de bens e serviccedilos Nessa nOStlr linhe cstt bull ric~ previstos os serviccedilos n~o iuediotcucntc reuunerct1vos e quo p~o pieicr1DJliguclLlente o be~l estcr indispensecircvel 00 cuncnio de produt1shyvidcde COLlO os serviccedilos de educcccedilro se~det transportes etc

o problemo pode cince ser colocado de outre u~oirc O trobo bull lho ~ cOl1seqUenteueZlte todos os seus frutos o donnio de terrae rSD 900 de instrumentos c produccedilco e UlllC conquistn dl espoo1e hwalJlooo

~

mesmo teu9c que de ecdc hOLleil Ccedilucndo um hODCrl se npossc privodcnente (uscndO per~ seu benefcio exclusivo ou moior) do fruto do tr~b~lho hu~tno ecircle espolie os outros homens O produto do trebclho de m~ hoshymem eacute inalieneacutevel isto eacute natildeo podo ser trensferido c outro cooo sim ples coiso poreue neacuteo eacute soacute coiae DCS ecirc erioccedilco da hooom c represonto Co sue vi toacuteric s~bre c ncturezcbull Os ueios de produccedilco (nGsno os nctu bull r~is OODO c terre) sco uo~ conquisto de eap~cie huncnc logo t~o que bGneficicr n todos segundo suo condiccedilatildeo de hOBOU c su~s nocess1d~ des e direitos como hODOD 0 necirco segundo coidontes histbrioos oono o feto de clgu~m ter-se oposscdo priJeiro de Ui puumldcccedilo do terre e outlX6 nao Ou de c1Gueacutem ter sido foito prisioneiro c escrevo e outxos n~o bull Tocircdc distinccedilco portcnto entre os que possueLl bens c os qua 0 pos shysuem e trcbelh~l p~re os priuGiros teric orgeo nc douinc~co de UD hot4eu socircbre outros que historiccuente se deu Q continue rlcr-se Do um lcdo os Quetecirco posse e USCD CD seu benefcio em dctri~1Cnto dos outros Se ~lienCIll (ou tOfon outra 00i80 isto a sc torncrl Wla outro coise qUQ necirco hOLlons) por nco reconhcceren o outro CODO honco sujoito de plenos direi tos e trcnsforoercL o trcbclho eo Jcoisc e necirco ori~co humono De outro lcdo os que nco pOSSUEm e trebclhCil pcre outro8VQO o fruto de seu trcbclho que oacute une perto decircles meS1lOs sor possuido por outro o que equiv1 e dizer que se oliencm se dosti tueJl ccedil~o suo cOl=iacutediccedilno plille de hOiUG1S

O quc 80 disQute ecirc por~cnto o proacuteprio si3tCUC ele possa e uso dcs proprie~cdes o proacuteprio sentido de ~upr~s~ Oe ~eios ae pro~u9~O

A IN

aegun~o este conc~ccedilco nco podew ser objeto de posse e uso ~~~dcdacirc vendo ser usedo )ole e pcrc c Souiedcde Os f1eios ooncrotos v-cr1Cl eshynorrJeaente deacutentrodessc ~oncopccedilgo indo flosdEl possetoteJ dos pro shy~riQ4cd~s p0lo Estcdoete a posse dos Baios de produccedilco pelos ~ue con eles r~bclhom e tendo seu uso ~eguledo pelo Estcdo bull

bull 28

Es 8C3 1inh-s polti c cs ropidcilGnte expos -tas e e squOuuml1 tizedas ttf zerl C bcilc novcuacutewnte o conceito co Paz de ULl grupo As du--s plino1 shyros reprCSJn t am nJ tJdCIJ8n o c cz o grupo e proprJe crJos (O cprcshy t P d d t 1 - A

806 isto ~ conforne vinos no i-G3-1 de orgcnizoccedilatildeo soci01 n classe olto ou burguesc Porque justificc~ uuumlo Paz pcrc tocircdc c Sociodcdc cen trudc nos interecircsses cc clcssc bUlgueso A terccirc linhc po11tica 1 euumlntrnda nos interecircsses dj libcrtcccedilGo dns classes inferiores de pro let6rios G trcbclhcdores rurcis J isso nos troz o concoito do i~801o

bull bull I I ~-gJo que e UiiC JustJfJcccDO -G00rJCot um rocJonolJzcccedilco de Jnt~rcsses 1 Ao t

( entendido il1tGreSSe ~lil UIl conccpccedilco boa cmpla nno Jntero8ses ilC c shyricis inedietos) de Uiil grupo e~ 1Wt deteriincdo sociedcde Vemos egoshyra por que c lute polticc nGo ~ uma agraveisputa abstrcto de iclonis crbi treacuterios 1108 unconfli to do interecircsscs dos grupos que forwom c s02iedcbull de Noacutes pocamos notor fccilmente quo essas diferentes justificnccedilocs se refEreIiJ nco otilde n[~turezo que O h o Ie tI POdE racionclizcr objotivcmonshyte jaacute que c ne tureza podo _s_~r_ g_bJ~tccedil do c2nhecilJCnto huvno Qucndot

no entanto treta-se de occediloo huu~o este nco pode serpy-1~t~~~d~ plcshynemente por tretcr-se d~ accedilco d2 ~~e~~~~ que nco cstco ~ubordincdo~ e leis detcrJlincdcs pois na occedileo hUtlma se inclui c opccedileo livre nno

d t - d P - I - lpr~- e erwJne 0 or 1S80 mesmo osse rocJonc Jzcccedilco ~cnQU Co exp 1Ccr pcrc cede homem as sues proacutepri~s opccedilotildees o que signifioa cs ~pccedilotildeos de seu grupo de sue clesso e CSSIacuteLl por dicnte Isso nco quer dizer que esse justificcccedilco sejc cbsolutc_10ltO subjuumltivo e necirco -tanhe vcliclcdo [~ nno ser enqucnto justificcccedilco de intGrecircsses dcquocirclo grupo Nc ilod1dc em que o honem pode ter cuacutensciuncic de o QU0 318 eacute G do que Sco cos re

- 71eccediloes entro os hOTIens e claro qU8 e possJvol uma gonorc11z~ccedil~o e possiacutevel que esso justificcccedilecirco ele occedil~o hunenc possc~ ter 13ulC vlidE de universcl na nmiddot-didc UGSlO em que procure une idontificJccedilco n~~ior cOJ o velor proacuteprio do hOS0ill (isto eacute fundclJe1tc sC uumlLl U1 hUil~liSilO ) e SG idGntifiquc monos co~ os intcr~sses inediotos do indiviacuteduo d~ cl~sse ou do grupo

Se c cccedil8o pol ticc ( Uilc eccedilOcirco ideoloacutegica cOIlcluilOS quo c eccedilo l t N 1 d ) 1 ~ bull po J Jcc nco PO(8 nunce sar cccedileo ~so e e JndivJ uc bull li l1uumlCusscrlc41un

to accedil[io de grupo cccedilco org~l1izeacute~~dc 0 sno qUuumlcl pretende que ponsa o age isolcdoLlcnto Olil pol ticc porticipe de clguuo forDe elo une fcixa d l i J eo og co e de uac occediloo elo JTUpO ChegcLlos tC~lbou c quo a 0lt00 poll shyticc pcrc sor eficianto davo ser orgcnizode

A occedileo poliacuteticc orgenizodc lGscluento eacute otribui2So elos Porti ~ Ccedillos Poliacuteticos no Brasil DG f~to no untcnto tocircdo rccediloo hulCno oorJshyportc il1pIci to ou oxpllci teDuumlltc UlCo ccrgc ideoloacutegica o portcnto t5 de elguD Dod~ occedilco poltica U11 trcbclho do AniJrccedilecirco Populer por eshyxonplo 6 occedilco poltico enqumto encorno UH objetivo de libertcccedilatildeo cul turcl dcs populoccedilotildees 8crginrli zcdes e porton to do olgu2 110c10 onccedil~r nc o feixo ideoloacutegico drs clesses inferiores Uno oonunidcclo que s orgcnizo cge da mesmc forne pollticCnente cssunindo uno ideologia liacute i t t AlUp o a Js o e noo ncc8SSorJcDonte expresse O~l torDOS de conco1 shy

pi Nt os pr1ncJ os ou noniles de eCcedilOGs A occedileo ~olJtJco a port~~to Dulshytiforme NSo ser~ poltice sQuente por ter esse nODe ou por viscr di shyrtcmnte eleiccedilotildees ou pre88~es 8ocircbre outoridadospolticcs A co~preca scO destE~ fto deve chGgcr otaacute ns cOIlunidndes ser correr no entcnto o risco de se uinimiznr ~ ~ccedilOtildeo poliacuteticc restringindo-c e etividcdes

bull 29 bull

CO nivo1 ecircLcs conunidedos No nvol de Socidrdo soacute to sentido e consoquoncJc r rccedil~o polticr quo ccninhc pcrc ser cccedil~o globclviscnshy

do c atincir ns proacuteprics ostruturcs de socioddc

A distinccedileacuteo rol do bese idcoloacutegicc qu~ heacute ontro cs divuacuteTacs linhs pOl ticcs I c difcrunccedilc elo inlircs do iacutemccrcr cs ostruturcs - ( t ob - bull bull 1CiC SOC18Ci~Ci~ COLO vJros no J e~~ so r orgcnJZcCcedilLO c ClnXllCc SOC1c

c Qclo dc~s sociedcdes 0 c Uclut011CcedilfO G wudrnccedilc do SUrS cStL11middot~Ul~S) bull

Ir middotd t h lf t t~c rcpl o GsqUGn- Jzcccedilco cuc 11ZlOS c0 ltcl eron 3 102(lt11CJ3 pOlJ t ccs podaDos noteI UDe q1W I0tuacute~ecircc2e wntcr pure c sL)lcBjhl-tuacute -S uuml~ tru turcs Bocitucde Cttrc nj~UacutendL cDcrliccediloftlos 1)crc nodo-- i1cl

bull ~ - A

te-lcs s sccilwvll t0 CO0 sEo i cintia outrc pruacutet011cC [1 tori-lcs rcdic-lwlCltO A or6cnizccedilco u cccedilecirco polticc (t0otilder1o~~1tiacute) o qUiacuteJ middotlS

Pcrti(os ftz9111)exigiric port~nto o consciontizccedilatildeo cc seus proacuteprios obj Etivos J aodific~ccedilatildeo ou m-Jlutcnccedilotildeo elo ostruturo

Tretc-s( portcnto de purspuumlctivc v no do tipo do ccedilco A pirti lp d J ~ ltmiddot d shy cccedilco 8 comnJQ-s nc Iccedilo pu J lCC JC~ Si 0 L1CSl) qu 80 por

bull n 1 ti tiOlllJSSCO bull crC sor [90 po J tlcr orgcl1lZcuumlC ( nuacutecoss-r c conSCJOl1l

znccedilatildeo do objetivos pOliacuteticos O 1130 UI detcrdndo tipo do ccedilco oOJotilde

por eXtlplo Ctu~9co co lcrtieacuteos _~ cOOp0r~ccedilco org~izcc 6 Ul objet vo poltico -it Lleclidc o quo vis[ der moios co ho~~o~ rurcl do cssu ui p1euronJonto sue concliccedil~o hucnc

BIBLIOG~11_7IA PLR1 APrrOFlnJJ~~TTO DO ITE 2 nJ 11 PRTE DA FvmiiacuteshyTACcedilAtildeO

1 Frei Joatildeo Batista Pereira dos Santos OP - mrILABOR - Uma Revolushyccedilatildeo na Jstrutura da 3l11precircss Livraria Duas Cidades 1962

2 JY Calvez - ~glise a Societeacute 1loonomique - LtEnseicnement Soeicl de Jecn 7JGII Bd ~el1tiSl1e Paris

JOseph Fo11iet - LHoliluumlle Sooit - Essai d Anttropo1ogie Soc101e Col Ja Sais - Je Crois Librairie Arthcwe Fcyard 1962

4 Georges Lefrnno Le S~(1icclisme dons 1e ionde C1 t(~uo Seis-Jcrl

Presses Universitcires de ~ranoe 1961

5 Bstatuto de Trcbalh~dor Run1

bull 30 bull

  • ESQUEMA DA FUNDAMENTACcedilAtildeO DO PROGRAMA PARA 1965
  • SemTiacutetulo
  • SemTiacutetulo 1
Page 12: Nota do Organizador: Pela crise política e financeira em

MOVHlENTO

DE EDUCACcedilAtildeO

bull DE BASE

t J

~

f

I

I f

f

t iacute (

i i

JlJIDAMIIA010 DO JlOGlAMA PARA 196

1 pu ISWVDOS SOOIAIS

12 - Ilt~t~amp Sooial

~

120 - Estrutura Social

Estrutura eacute a armaccedilatildeo alguma coisa Aquilo que sustenta um o~ ganismo um preacutedio um caminh~o Cada coisa tem sua estrutura O or~ nismo humano tem o esqueleto c~o estrutura umpreacutedio tem os funda shymentos e as vigas mestras que o~~steltam de peacutemiddot Um oarro tem o chasshysis socircbre o qual ecircle eacute montado satildeo su~ estruturas proacuteprias

Asdm tocircda a estrutura tem Uliacutela porccedil2Q de partes q~ quando se juntamformw~ um todo onde alguma coisa po~~ se sustentcr O esquele-middot to tem diversas partes assim como a estrutux~ de um preacutedio tem as pa~ tes dos alicerces e as partes do teto das colunas eto bullbullbull Podemos en tender que ~__~s~]utu_a gualltl-q~r_9uJL~s_e1sectL99teacute~ diversas J18tlU QF~das_pDra_Jorll-_-__~~_j_oi9J_~E_co_njull_t-ordmLll~un~

Que seria entatildeo uma estrutura social ~ uma estrutura que diz ~ pei to e sociedade dos homens j o modo como amples se organizrun para vi ver melhor porque ningueacutem pode viver sozinho ~ social porque se reshyfere a uma porccedilatildeo de homens a uma porccedilatildeo de grupos humanos que forshymam o IItodo ll social A sociedade humana tem uma unidade mas tem tamshybeacutem uma porccedilatildeo de Eart~~~__~~~Fj_~am de gerta forma - a estrutushyra s~oial ~ sustentanto a unidade do ~ru]o humano

Como se trata de homens as estruturos nno pocam ser materiais como as da cesa do ceminhco etc S~o estruturas pr6prias do socieda de dos homens Tem que estar marcadas com qualidedes que s~o humanas

Ora o homem tem fundomentalmente veacuterias qualidades que o disshytinguem das outras coisas a consciecircncia racional (inteligecircncia e voa tade) a liberdade a afetividade o capacida~e de oompreender as ooisas e de dar nooe a tocircdas elas ~uer dizer de dar significado que s6 valem para si e pera seus seuelhantes e a capaoidade de poder socircshybre as coisas quando ecircle te~ uma pedra ecircle pode fazer UacuteDa estntua ou picaacute-la eu pedaoinhos exerce seu poder socircbre a pedra

Entatildeo jamp podemos ver que as Estruturas Sociais tecircm que respeitar exatL1011te eSS2S quelidade pcro sereu II~CLoiaisll f quer dizer humanas bull As Estruturas Sociais tecircm que re etira

bull a oonsciecircncia racional (inteligecircncia e vontade) bull a liberdade humana bull a afetividede do homem - o CBor bull a capacidade de der significado cs coises e de comunicar ecircssee

signifioados o todos bull o exetclcio do poder humano socircbre os coisas socircbre a socictlade

e socircbre o proacuteprio homeo

Al d 4 em ~sso como o homem e teubem um ser biologieo tem todas ns

otividades e funccedilotilde~s dos secircres vivos nascer crescer comer assimishylar reproduzir-se viver um tempo a rJ0nitude e tudo isso e depois entrar num processo de rle6iJ~ccedilrt (de ) e tender para o Ilorshy

bull 1 bull

te e para o desop~recimento fiacutesico Todo ser vivo S0 distingue dos nao vivos porque eacute c~p~z de tircr do Deio 00 que vive o que lhe eacute ncoeBs~shyrio pcr~ crescer reproduzin~o-se etc Isso se chcma processo C8 ess uil~ccedilco Umo plc~t~ oS6ioile de terre os eleoontos que pr0cis pere viver Uu cnimcl cssimile do que cooe c energi neoessnric pere conti shynuer vivo Eos to~os tecirc11 UlJ lioite Qucmlo pesso c perder Dei s elo que recebe oOlleccedilc e envelhecer caihe pcrc e norte As cstruturcs dos ogrupcoentos hUDC~10S teu que levcr lsso ao conto Teu que conJuoacutecr esshyScs funccedilotildees que sco ele tocvs os socircrcs vivos cou aquelcs opcoiddcs e quelidedea que vinos cclm que s~o sonento dos hOilns

Vimos o que es estrutures socieis ~ecirc11 que respeitor nessas elois plnoss o dcs quliccdes e o eles concliccedilocs bioloacutegiccs co honen l~s 1fi so n~o existe sopcrcdo une cois leacute outro cqui ~is~o jUl_to nUllc uc S11[ pc s soe nU2~ oe suo grupo h1lt2cno ~e_00 BeSIDO tO_DpO

Por isso tGl~lOS quo ver dU2s coisos I

lQ o que sustente os estrutur~s soci~is e 2Q cs f0I11CS COC esscs cstruturcs nos ercccD

ViDOS que ampss~s estrutures quo nos referimos sco hummcs 1=C8 nei

por isso sco tocircdes bocs tocircdcs respcitcndo e ncturezc do sor h~cno Sendo ecircssim eacute necesseacuterio U1 trcblho quo torne os homens conscientes disso pcrc que tocircelc sue cccedilco sej~ nU11 sentido de oelhorcr Ccel~ vez Jds cs estrutures da sociedede eu Que viv~ ~es jeacute existeu une porccedilatildeo de normcs vclocircres costUECS que tecircd vigencie n~ sociodede dos horHms e -~ ----shyque ~J~r21l_ ltlu9JS__ilJ3_~ll_tsH ~or que isso Porque c socieccele dos homens nco pode ser sustentcdo so pels coisns mteri~iB ~ es nor mcs os vclocircres os costuues s~o escolhidos e adotccos pele socieccecircoshydos homens como moios ele regulcr atildeuuml~id~--Socicl Elcs representcn une ctucccedilecirco do liberdcde huwcnc quer eizer os homens escolherauacuteln~s ~--r si livremente Entre~cnto esscs norucs ecircsses costunes ecircsses velores p8rlmccen nc sociedcde e Jlui tcs v~zes o que ore bOD nUD dotorJincdo tenpo deixe de sar bom ombore continue existindo Entco ca nornes e Vf l ores pcsscn c ser elenc1tos de opressco pcr o houm ou pcrc gru-A shy

pos de houens nUDc sociedade ~ por isso que se deve tor consciecircncic bG~ clcrc pera reconhecer se as no~~cs e vclocircres que regulcu nosso co~ port~uento sociel s~o cindc v~lidcs ~rc o hOBen quo vive nos nossos shyteuumlpos Se foreu vGlides devo~ ser canservcdas se nco foroI v~lidcSt dev~ratildeo ser uuelaelos Esscs focircrccediles os-cecirco contielcs DCis dirotmn-e nos volores Vcjcuos cOrJa ccde una poC~e sor explicndc

bull Velres go~ sectsc_oJhjf28-2~_y_c~-S_[ti tude dos ho~ Po shydeu ficcr atuando conscionteuonte ou inconscientenonte Por eXI A2or os pcds e os filhos b U11 velar ser livre pcr fzor o qUe quisor t outro vclori respei tcr os outros eacute tcDboacuten uu vecirclor Isso tudo vei eshyrecer ctrcveacutes dos costunes o norl~S que e socicdcampe edotc As ciforenshy

ccedilcs ent re 61 Sco epencs de Groducccedilco

2

bull COS~1luos -UodO__Cplusmn9 qgi_r socialuollte a$r2a(9J3bull Ouando un houou vai a escola ele so oouporta de un Dedo proprlO Quando vaJ a una fasta se couporta de outro Dodo Se fala coo sou pai se cODport2 de Dodo diferente daquele co que fal COrl sou filho Os costVlOS sao diferentes para cada ocasi~o

bull Nornos satildeo os [s~-os l9cos de couportmlOnto s9cisJ -oloS jaacute totDh Dente acoitos e que s~o onsinotos na sociedade CODO coisas a sorCD obshy

S t b tIscrvados WllS rlglCLanOl1 t e ao 11ecessarJcnon e o rJg~ OZJcs

A N

bull COlltE9le Soc~ S_gur(L~EJ_todo Gc obser~l9]_~9lltl9_Qbs9d~ ci~o t~cloJs-o~~JJ_c1Lo_G~b_9J_~eido Se algueu nao so COi~)Orta do acordo 001 ~s costuDCS o as noruas da sociedade vai sofrer pw~iccediloos o repreensotildees por parto elos outros clowmtos de sou grupo COD isso so estabelece U~1 controcirclellsocialll socircbre as occedilotildees do cce~e l)0SS0a do eashy

1o grupo Acuzor le oprovcccediloos e Danoresa e ~uor reprovcccedilouumls DelOi~()S ou t d - - 4 ADonIor~e o lpO 0 accedilao eS~lvor nalS ou nenos ~C aoorao cou o que a

sociedade esporava

~9G~~qt Oacute ULl tipo do controcircle social Iluito rfoido quo a socioshydcde iwpoe lli~la pOSS02 ou c gruo social

1Qi e um norDO- sociel tlrl conportaocmto que o oXiglCO de toshy

dos e quo qUffi1do nco 2coito provoca una coerccedilco Duito forte Essa IpUl1lCcedillO que pOCcC scr nora1 Jls~ce ou s~np1csnon c 1 t Ja c ~ t socJe 0 t c

r1incda antcriorIente Quor cizer se alguoacuteo rouba elevo sor Plli1ido se De ta devuuml ser puYlIacuteclo co~ pris2o etc bullbullbull

N _0 1 ( f tmiddot 1_oR 1 e uacuteora aquJ nos rc cr~~os epencs ao ccro er sooJ[bull liacute3~aO bd c Ro1 -tO o ae --lore 11[0 e une so rc a ) ocos ~ ~glCO ~ 1 AI T osCOl1Slceraccedilao 10

grupos huncnos tecircn Jcnifcs-ccccedilotildeos religioscs quer clizr aquolas que expresscn sues rolaccedilotildees COl1 Daus ou COD as coiscs clivines 11 goraleecirc

t - hl ft r8 Ilcn~lOS eccediloes CLlzer reS~Ol to cS reaccediloGs quo o grupo Ullc10 tO~middot_l cshyAo _ N bull A

ce a clgu1S fenonenos quo 1CO sao totalncnte conpreenslvels llcrc ele c lJorte c vida futur r sue Oi~iber2 o oal etc Vejrlos quel o difeshyrenccedila entro at_o reli1ii~0 e ato-Boral

a) ite l1eligioso eacute cc~UGlG que 0xpressc clerarG~1to llileacute_ relaccedil3o 001 Deus ou C 01 cs coisas sagi~acles Por ex uissa sacr2rJentos etc

b) L-co _oral eacute x-qllo1e quo oxpresse 1m julCecircc r to socircbro as coi ses que) hOG faz sobre sou relccionlt1uonto C 011 os outros ho~oacutensPor

tb eXI eJuccr os ou ros uacute OE rOUJer e lleU odler o prox~Jo c DaU

Uui tes vocirczos as coisas dc ~kligiecirco c da lorc-l S20 loios do controcirc la sociel OOSDO eto poclo sor entendido de diversas =aneircs Aju der UIl aligo pode sor entl1CILlo cl0 trecircs fornas diforcntos eacute Ul ato re ligi2sectQ onqucnto oxprossc Linha oC-ridrdo emquento vejo n010 rum iJashygcn de D01S eacute t2lbOacuteIl UIl ~to_~O_l~ porquo Oacute llilU coise boe Oacute ainoo ur oto suumlnJ10~te social porquo u aprovcdo pEle sociud0o o quo vivo

Tocircclos ostcs coisos sOcirco os fUl1dC-r0ntos de estruture sociul Porque nalas eacute quo o houo= =ostra sues qualidadus~o hODon diforonto [cs coishy

sos nateriois e sLrplesnente viVos

PoCLenos ver cgora cs forncs 01 CcedilU8 se expressarl estcs ostrutushyros

Ateacute aqui ViDOS brevemonte C01) os grupos sooiais satildeo sustCltadOS por vlocircres nOrcics cos tUJes etc odOl1OS prcstor ctGnccedilecirco e not-r quo os forlJCs os que ecircstos grupos nos eporeceJ no soci0d~de so limito vr ricdcs

Os tipos de grupos que se for~a~ nc sociedcde s~o b~sioc~8nte =l bull bull ~ bullCOiSf o grupo prJjj~rJo G o grupo secunuacutecrJo

O grupo pruumll~rio te-] es sGuintes c-rcoteriacutesticosl

AS pEssocs to proaGcs o se oon eeeD CEl t ocos os seusbull VJ vou nuJ h J

cspectos Convivea li fece c fece 11 Seu relocioneLlGnto inplicc foiccedilOcirco e conpreens~o e ou gerol h~ inti~i~cdc ontro si Isto podo se dcr especiclmentG no L~iacutelia nos grupos do cdgos nosossoeicccedilotildecs poqusect

- 1ncs e olguL1CS vezes eu grcndes cssocJcCcedilOGS DCS COD cpencs c guns uGabros que se tornares ouigos

A ~ ftI bull ibull As rclcccedilotildees cconocircDiccs c11 tIO cc s tE grupo nco sco cs T1CJ S ~1 N ---_- ~

portcntos Nem as relcccedilotildecs de orgc1izcccedilGo ou de poder de docisro l~Q -shy11a U~c bscelc ele qucm pocle ter Deis ou nonos cutoridede

bull As rol2ccedilotildees entre seus lJcbros s3o ele cCreacuteter cssoeir-tivo c tacirc1 senpra UilC fin~lielcdo detuumlrDinCd~ Potu SOl u~~ cssocicccedil~o eOD 1Jn6 lucrctivos etc Poclo ser tc-uumlbOacuteTl ULlC essocicccedilGO porC L1uumllhor conseGuir defender os diroitos de seus Doubros CODO UD sindic~to UD pCrtido poliacutetico uu centro social etc

y IV

bull As relcccedilocs sco cordicis DCS nlt1O sco Jntincs O rclccionCIlOushyto eacute regulado mois pelo finclidccc que os uuumlnbros busccm no grupo que pelo nmizcele ou 010iccedil20 que tecircD~tre si Haacute necircste grupo liDe s~rie Qe nOrLlOS de couportcuen to que regulau as cccedilotildees des pessoos conforne o popel que exerceD no grupo UD eacute o presidente outro eacute o contcdoroushytro o vuumlndodor outro o secreteacuterio de UD sindiccto UDa pessoo pode ser Ul eluno e outrc o professor Cnda qual tem seu conportclCnto eleshyteruincdo pela ncturezo do grupo E a finclidcde do grupo senpre sereacute olccnccedilcde nc medidc 811 que os papeacuteis forei Llelhor executcdos

Os grupos priLl~rios e secuncl~rios podeu ~pnreoer nc sociodcele dns - dmiddot f U f 1middot t UCJS Jverses Orcics UC CLiJ Jc soro por nc urezc UL1 grupo prJ~lcrJo

oom UD relecioncuento iacutentino entre seus eotlponentesEos ele poderaacute ser gronde propriet~rie ele u~c feacutebrica ou de usa f~zendc G por isso c presenter t~beacuteD relcccedilotildees que sno proacuteprios ele u~ grupo secunceacuterioco

bull 4 bull

ffinclid~ecircLe lucrCtivo De Dado quo f qu~lCiuer sopereccedilco que nos eCcedilClOS te~ seDp~e une finclidcde c de cstudcr ~elhor os estruturas de ccdc grupo~ nco quer dizer quo oles soacute podou eperocer cssi~ Nc reolidedcf cs relcccedilotildees ossin CODO os grupos se cruZou forucndo UD con~lcxo 62 c1c1 tste conp1exo soc1a1 pcrc ser cOL1preonc~ido tO~l quo ser estucLf do por pcrtos tl2S CSScs pcrtos diflcilncnte existcu iso1cdcs nc roeshylidcdc CODO noacutes cs considereDos qucndo oS estudaDOS Por isSOVCLlOS o~leliser cl~Dos desscs for]c8 c_o cD~recij]ento dos grupos socieis sou pc-nscr que eles soacute pode existir essin nato soreacute apenos uu Dodo de estuceacutelos Aineacuteto oqui fClenos dcs foru2s e~ que cs ostruturcs cpc shyrecou

l FAI=1LIA

c Ul1 dos 110dos wds ioportcntes de existecircncic socicl e o L1cis eecirc tude~o por todos os que queron oo~hGcer bOD cs sooiodades ou quo vishyvm ~ U-l grupo prilloacuterio por noturoze A convivecircncic eacute nui to ntine entre todos os seus nembros porque vive~ nc DeSDo cesc 002e~ e ues-De Des e pcS8r grcnde pcrte do teDpo de vide juntos Crio-s0 Ull re shy1coioncwnto afetivo tlUito intenso mtrc os seus ueubros A iuportcnshycio de fewiacutelio se fez cede vez neiar porque ele de8eupenhc 00 DeSUO tenpo ~c porccedil~o dcs funccedilotildees sooieis que s~o deseupenhcdcs ne sociede de pelos grupos Bciores Por exe2plo UDC pessoe se socialize ctrov~ de escole e de seu relccionclento cOL os outros ucs esse socieliz shyccedilOcirco teu iniacuteci) nc fcriacutelio desde que esse pessoc~ nesce

Une possoc so integre no contoxto culturcl de sue cOL1unidcdceshytrcveacutes de sue fcniacutelic que vive necircsse contexto e pode exercor por sou intcrueacutedio Uiacutelr etiviclcde lucretivc ospoclfic~-~Dente econocircnicc f do 11081]0 Liodo cono c exerceria en UD2 reacutebricc ou nuna eDpr~se Por isso tudo c fcuiacuteliG eacute o grupo sociel [is ostudcdo ~ nele quo so processhyso de 1uumldo reconhecido COrlO legiacute tiDO erquose tocircdcs Cs sociodecos o perpe ueccedileo b A 1 Mt )~cc eSJ0cJe huntnc cono SOl JO106Jco egJmiddottmiddotJlfCcedilCO co ~

-to sexucl UJ cto que onponhc 11is lntLlcJ-entemiddot ccdc pJssoc Uuml reco nhecidc univorscL18nte qundo rolizcc1o 11 fc11ic ou eLl fU~1CcedilO de foul1ia bull

____debull FOrDcs -___FClio - En corcltogt costum-se dizer que c fc11ic tew duos fo~Jcs pril1cipois - a rcl~CcedilljIrextel~ pctricrceacutel ou Betricrcc1 e ~ f~~lliCcedilc_nu_cJ9_9 consti tUldc so de pois e filhos

li sociodcdo brcsiloirc h~ eindo u l[lor nuacutenero do foillics poshytricrccis quer dizer ccei tcndo norer juntos filhos e nores filh--s e genros netos e sobrinhos i=cs Q processo de urbenizcccedilno c conoonshytrcccedilecirco e UL Ilc1or ~1UacuterlOrO de pessocs ncs cidcdes grcndos vci torncndo ced vez rmis difiacutecil esse forne de existocircnoic forli1icr O quo se vci tornondo noi s oorlUD eacute a forne de fcxiacutelic nuoleor onde soacute pcis e filho Dorau juntos E onde o relfoioncnonto ofetivo ficc rostri to o UIl mtti2 ro nenor de pessocs

Eu outrcs sociedccles heacute Qutrcs fJriles de fcniacutelics f onde u howr pcde ter ducs ou cci s mulheres ondo uJC rJulher pode ter lcis de UD

5

condicioncdo pelo rlodo do vide qU0Lcrido Tudo isso b detorrlincc1o ou 1 ~ plc si e pelos neios elo subsist~n l esses grupos cdotcrllo cono vr ~CioS

oic lueuro podeu conseguir

- d~ ~~l~bull Fu~~_lt~j-_~__~ bull c gcrcccedilco dos filhos

bull l sctisfoccedilco 6000ion01 f soxucl e cfctivll bull c educcccedilecirco c soCiclizcccedilco cos filhos bull o ccul turcccedileo quer cli zor cdcptc~r seus Ilonbro S cul turc

locc~ li( bull funccediltio recrectiva - ht sooicdcdos ondo e recrecccediloo 0 funccedileacuteo exclusivc da f~llic funccedilco econocirc=lica quondo de estruture fCtlilier depende c subsistecircncio e c o nOcirci i cc do grupo

(Ver c ecircstuacute respeito clgui livro de An~ro~olog~o e~peciolllen te RLinton O honen Uno Introduccedilco o Soc~olog~e)

2 COLU1HD1DE

t uma dos formas nais OODunS eil que cpcreeen os grupos socicismiddot e no que1 cs estruturos 600iois sco ll~ds faacuteceis de sareo estudedcs

A conunidcde cOlpreende e11 gerol UD grupo huucno bcsknte grcnde onde tocircdes es funccedilotildees de vide hunano eco exeroidos eu eonjunto eonecirce tocircdes cs neoessidodes encontrcn seus grcus de setistcccedilatildeo rics esscs fun ccedilocirces e nec0ssidado8 satildeo li~itcdos pelo aacuteroo geograacutefico onde o grupo vi vo

Assiu Urla cOLlunidode tCl wa QQlJiBJlroccedil~o fJ~ de~erlinCcle ~e1c lrcc onde eI 80 encontrDbull Isso e IacuteLlportcnte porque e de croo gcograf1shyo~ que deveratildeo seir os recursos oteriois pera o subsistecircncia do grupo UJlC couunidode que vive no 110io ruroI teu uoios de vide buumlrl diversos do quo uuo couuni(lDde que vive nml 1oio urbno jaacute bnstonto qesonvolvidoOe l7l0i08 de cOJuniccccedil[o o a1inm toccedilco e os lodos de conportononto vcrico

f d foon orue cs con Jccediloos geogrc ~c~s ce croo

Do meSIlO Joco [ cOlUnidod~ ter6 UIC contizuraccedilco pzicol_ampii~ Sous 171odos de ogir e sucs otitudes VcO vcricr conforne o pcdrco do oultura que o oonunidodc clconccedilou Nuna couunidodo conscientizedo o oepcz de on01isor tocircdcs os condiccedilotildees eJ que vivo c otitude dos grupos huncnos que o consti tuen sGrt de occedilco trmsfoZrcdoro o de JlcIhorio ecdo voz tclor Une couunidede 01 que nco haacute UBo oti tude de maacutelise de SUos condiccedilotildees t eLl que tudo ( ooeito de nodo possivo cma U1lo visco confornista n210 12 dern progredir Duito neu ter otitudes de Dudanccedilos pera nolhoror sua situcccedilatildeo

Nu~a couunidede existeu tocircdos as funccedilotildees nocessaacuterios ~ vida de Utl grupo hUlno P-1guucs dessos funccedilotildees podem ser l1Cis desenvolvidas que outrce ocs tocircdcs elce cpnrcoen de olguuuml Bodo An~lisaoos c seguiral guucs das funccedilotildees Deis iDportc~tes

c) Fun~no econocircmioc - t ~quelc que provecirc os reoursos uatericis do

6

~ grupo o que ecircle pode produzir e o que pode oonsumir assim como os mQ

dos como estas coisas satildeo distribuidas entre o grupo

b) FunSatildeo ~01Jti2~ Consiste no exerooiocirc do poder atra~es das vashyrias formas de autoridade criadas pelas sooiedades no sent1do de 2e manterem integradas e de decidirem seus pr6prios caminhos A fun9~0 PQ liacutetica exercida diretamente em assembleacuteias ou indiretamente atraves de Dampndatos faz Damprte da or~aniza~atildeo de qualQuer grupo humano que define

J Cgt S 1 ti 1 -tipos de coaccedilatildeo do puniccedilco forDQs te prrtioipaccediloo P2 1 00 esoc 0

UC cutoridcde obrigctoriedcde de ouopriilento de dec~soeSt oeios de d~ finir e clconccediler o bem COOUD

c) Etgl9atildeo--LelJAtildei~o~ - n a que reflete os modos como as pessoas da co~mnid8de se relccionam COLel Deus e COLl as coisas divinas Eu f)eralas funccedilotildees reli0iosas satildeo necessaacuterias para o equiliacutebrio emoc~onal do grushypo hu~ampnot porque trazem uma certa tranquilidade em relaccedilao a al3UUo problemas que nunca encontram resJostas adequadas oomo os da mortedo mal da origem do homem os da vid~ futura etc Qu~ndo as fth~ccedilotildees reshyliGiosas s~o bem coupreendidas e beuuml vividas pelo grupo pode-se dizer que haacute uma autenticidecle religiosa na comunidade Quando poreacutem h~ eshyxogecircro de crenccedilas e ri tuais a vivecircncia do grupo se torna quase irrashycional Isso pode Dconteeer com qualquer religiatildeo que natildeo seja bem coll preendide (Ver socircbre isto e eYlicaccedil~o referente a NEB e Igreja no Documento wJB sua Origem sua lLccedilatildeo e seu Conteuacutedo~ assim cono euro par te socircbre struturas de Igreja Consultar tembeacutem o livro Sociologia l~eligiosa Alain Birou)

d) Funccedilatildeo J~cr_e-ftiva - Compreende as atividcdes de lazer que se e xercem em tempos illliS ou menos deteriacuteLlinados pelos grupos huwcnos ltu~D tribo de iacutendios a luta pode ser um~ recreaccedilatildeo Nume cidade grcndevoi se ao cinema jogc-se cartas passeia-se Nas comunidades rurais hl muitos jogos muitas festos~ cede comunidade tem suas festas tpicas Jecrecccedilatildeo nco eacute soacute agrave ctivid[~de dcs cricnccedilcs embora sejam cs crianccedilcs que por nCtureza necossi tem meis de recrccccedilEo Tocircda comunidDde tem esshytruturcs recreativcs e de simples l~zer Bordar e fezer cestos pode 001

shyuma funccedilao economicaA

t m~s pode serrecreativa tambem UjJ~ festa reli giosa pode ter sue funccedilatildeo religioso e pOde ter tcmbeacutem uma funmiddotccedilatildeo reshycrectiva Como dissemos antes tudo se cruza nD recUumlidade s6 seporo mos as coisas por~ poder estud~-lCs molhor

e) unccediluuml2 cs_lg_cJ9tJXE - ti exercid p~rc satisfozer cs necessidcltles de ~ssocicccedilao quo o hOiuem tel numa cOllunidode Assim embora o fCJi1lin

I bullAseJa o grupo pr111C 1 pC ejl quo quese todcs s funccediloes necesserJos para a vide humano s~o exercidas haacute necessid~de de outros tipos de grupos para ~lgumas funccedilotildees especiacuteficas numa comunidade Por exemplo um sinw

dicato represente c necessidcde de cssocicccedilatildeo de um grupo profissional pcra melhor exercer sua profiss~o e ser melhor compreendido pelos oushytros grupos Pode hover sindic~tos de poscadores de levrndoacuteres de 0shyper~rios etc 1as h~ outros tipos de associaccedilic O Partido Poltioo um formo de associaccedilao que existe nV1ilC cOLlunidcde p[ro que osgrupoe possam pcrticipar orgcnizcdmonte do poc~er H~ partidos que represen shytCill certcs closses sociais e ou~ros representam outras classes ooda qucl busccudo reclizcr melhor 6elS c r-rocircsses H~ tcmbeacutem cssooinccedilotildees

bull 7 bull

de tipo econ3uico 8 com fins lucr~tivos como um~ socied~de coserci~l que cmprc e vende cGrtcs IlGrc~doris HG sociedcdes industri-is que rGunem grende nuacutemero cc pessocs pcrc produzir eu conjunto outre-s lHrc~ dorics

Reacute cindl muitos outrcs funccedilotildees nUj~c oomunidcde hu]~nc sej elo grcnde ou pequenc =[8 pcrr noacutes ~=~j3 uuumlc coisc deve ficr nui to clarrbull rcocircctcs cs comunidcuos COB sues funccedilotildees soacute tecircu sentido o devoi1 SOl re~ p8itcdcs ellqunto 80 rcClIlCl1te moios elo roliz~ccedilecirco huwcmc Dosdo que qu~lqucr um delcs sejc utilizede pcre oprimir o hocet1 perdo sou scmshytido e lt1ev0 ser DUC1ccbull

Pode-s pOl~u1-cr CgtO inci02 ~ Isroje- eooo instituiccedileacuteo divinc podo se enqucdrcr e~ deterDin~ds estrutures 80 ela oo~portc da fcto

bull ~clQluc ostruturccedil~o TIll que mediclc isso lJ10 eacute neeoss[r~o em que mouJ_ da isso lhe 6 projuQici~

TerJOs que notcr du~s COi88 funCCilGeacutetaisl

e) L Ierejc uuml U- cO~UL1iiacutelcluuml 0spiri tucl de toclos [qu~les que ( crec1i kl1 1 rtevolcccedilOtildeo ( n Ruumlconccedilo pelo Cristo

b) A Icreje existe pelos hono~s -c os homens 0 deve rospeitcr rs exigecircC1Cis que n--turozo co homen pede prc SU2 rc~~lizc ccedilco A pclcvrc conunic~c1e cqui ~8iil UIil sontido diferente do que foi usado cntes Uscuos o tecircriJO _c2~mnidcde de 11ftcjccgoshyrc nun s0~1tido lis espiri tU[Uuml do qu socicl

COIO ume co~nn~idcde visiacutevel enccrncde no mundo c Igrcjc te) sue estrutur[~ juriacuteCico como outrcs cOLlulliddes N8ste sentido ele ~ susceptJvel de Llucl1ccedilcs c progresso Do mcsmo modocomo Ur1C estrutura huruumlenc perd0 sue rczso de scr QuC1do nco fcci1i te c ro-lizcccedilo de pe880c ssim tc~1l6m urc Qstrutur de Isrejc pode suumlrder sue razeo de ser se n2o fccili ter [~ corauniccccedil~o (1 Grcccedilc de pcl-vre de Deus Erl 0E trs pclvrcs COiO 8 estrutures hllLl1CS progridem OOL o desenvolvi I1~l1to G SD tornelU Bcis couplexcs pcr~ e~orceuro)r deter1l1in~dcs funccedilotildees o ctrcler cqueles CUOi e1-s sc dostin-m U1 estruture 19rojo enshyqucnto org~nizcccedil~o 11u11-11o pode scr iIoc1ificdc desde lU8 seje p~ro UGshy

lhor cOLlunic-r o q1hJ Deus quis

-8) eacute e- rz3o ce 8U origeu e nCturczC que c Igre ja difere dcs oumiddot-r - b o 1 bull gt 1 hi gt bull Q cormnJ5clES bull Gm or~ seJc Ui~ COLlU1JCQO VJSJVQ e rerquJOc e U1 orgl1Iacutez-CcedilCO Iacutelsti tuid por Cristo coa sUJS funccedilotildees S1L estruture e os poeacuteteres qU8 - 1 pertences iNc lU essecircncie mcis profundc c 19rcj- eacute - preSOllccedil puacuterune11to nc qU~cro de Histoacuteric do rmndo do vershybo do Daus foito HOlcm Dl 6 co~cratizc9~o histoacuteria~ d~ vontcdo scl vlfiac de Deus coluniacdc ctrovoacutes (10 Cristo (Kerl RchllGr lIission ct Grcce vol 11 Serviteurs eacutetu PeulJ10 c10 ])iou EJlIE 20 eacuted Fcnae 1 963 p 30)

8 bull

~- ~

AleacuteJl do que jeacute vinos devel2Os tontCr fazcr couumlpreonder OOL nos shyscs cmlos aue stem outrs forws cuuml ostruturcs socie_i8 e que c 10shy

(lida Cl que middotumc socie proJride esscs foril2s v~o so nul ti~lic_ndo e se tornendo meis coraplexos Por isso 6 que ume pessoc de zonr rurcl do pis qundo vem c urde cidde gr-nco fio onbcreccediled Porque ele nco conhoce tocircdcs cs forucs de rGlcioncL~el1to que ooucle comniCrce u~- ~ bcn2 utilize iil V0J UJ 10io 1i8 sirples e cujcs cstruturcs sco

bull bullbull - bull AI

rec~uzuumlcs c 3ruj)os pri1rJos frJIJ-res ou c cssocJccedilocs e grupos ss cur~eacuterios k beacutem Dui to sLlples 111 tr buumlho de conscientizcccedilao deve 12 vr e8SCS pessos c id6ic ce que I lJor L1cis couumlp1ic[dc que sojo Ule

ht L 8ocicl f c so rczeo do S8 lor ccuse ClO bullbulle S ru vur ~ prollrJo OlCrlCJ I i 1 N

que nln~10L1 se (leve eLlbcr~ccedilcdo so porque n~o conhGce 08 no os de rcl-ciolLwnto saciel que outrcs cOE112lidcdes ou outrcs roiotildees utishylizou Ucvuuml-se insistir lUi to nisso o honml ~ o il8SO c quclqucr cir

shyCU~1stmiddotncic v~rie 8 fCJrufs de G Stl~turcccedil~o soci1 porque ho concenshyt ~ - h tmiddotrcccedilocs eLE seres hU2110S que necossl te~ ltlesscs releccediloes uCs no11 ua l

po eacutee ruumllccedil2o por _i8 cOilplec clue soje fcz que un hOL18~ S0je IlC lhor ~o que outro soacute porque es conhece ou porque vive nUDe couunidcdc

t I A i d QU0 cs (no odcs -8 pessos teu quo ter conso encJc Jsso p2rc ev~

tr ju~tecate c fOln-Ccedileo de prcco1coito8 de cl2s8-t do ScscZ cc k~jlo_l_~IacuteJOecirc rCcici S e te que sGo outrcs foDfs__dQ dqiIs_tccedilfo~ ilo l~Wlcsect ~s1rltprcss9cicisJ NenhuLlc deles eeve prcvcleccr sobro Cucl qUGr hOlllem quer sejc cle Ulll meio onele 018 sejc1 311p1es qUGr soj de m meio oi1clo Glcs sejeu Ilui to COi2plocs A uacutenico coise que deve p4cva 1cer SLpre eacute o hOneil - c pessoc hUllc nc - socircbre quclquor tipo de estruture

Vewos tenter colooCr - lgullCS expliccccedilotildees socircbro ccdc UDi cessas outrcs forD1cs

1ordm- CL~_SSbS SOCIAIS sco constituGcs por grupos de pessocs quo t de 1 tGil C mesmc 81 - os DOSDO TIOLOSmcnelrc gere ucccedileo coonO~1cct de

couportcmento) 00 11eSLlOS veacutelocircres uuml que por isso cdquircHl o que s) chc_ Inc CJlluJonte de consci~1cic de c1csse ll bull Tecircn c consciG1cie de este reu n~ llleSDC si tucccedil3o e por isso COfClcO o CSLlO tipo elo vide pr- seu grupo estebuacutel~c01do diferenccedilcs IIncturcis ll 01 relcccedilecirco outros grupos Ponsem que c socieccde hUl1cne SOacute cl0V se equilibreI de Uil cetOIinedo uoltlo onde ecircles encontrou 1l1tiC de te r=i ndc posiccedilecirco bm1 2ssegureda Ass1rl h

CJverscS expressoes de consciGncJc de clcsse ~ c d~~ clcss( 1ctJftm shyci~rie de clcsse dos grandes inuumlstriis [1 de Cl~8SE) 0cli e cc clcsSG oper~r1c e d~ clcsSG c~]onesc etc

Ccde um delcs poue penscr quo ~~ sociedcce hUll[na devic so orzcshynizcr Qostc~ ou cl[-~uelr fornc o cuo cssL] lhes ccbari ost ou oquolc i 1 ~por~ CJe ness~ orG~nJzccediloo de s~ciodeacuteo co~ 80 Qed~ c oSSC oxshy

presse os itGrecircssos Que ten p-re si c fcz ~c lIideologie quo pcesc c (~ofonder Cm~J jeacute viJos cs clesSGS secirco t-beacuten cstrutures socieia c

nosso i n t oresse dove ser c prooccedilco do honer e no dcs estruturiS Esso ~ -

prouoccedilo sereacute ccd vez uuacutelhol conforue focircr nais pernitiltlo Co cfirlcccedilco do homeo eu quclquor tipo de es~ruturc ~ste prob1eno ~ bostente CODshy

9

i

bull

bull

bull

p1oxo o quo estaacute aqui 1130 cliz tudo por Qster ooloc[1oo do lDC forutl rlui to siLp1ificede Perc u~ l~oiacuteor aprofundor1onto ver o bib1iogrofic oi t~dc

2ordm - CLSJIA SOCILL b tebbn UL rgrupaLcnto hUleno c orl 08 ~G sms c onotcccedilatildeos cn tcriores Ipeuacutecs Ci8 cgrcvodo pelo fochcccnto do grupo os re1cccedilfio a outros grupos U~o custe so focha por ~otivos do proconshyceitos reli~iosos raciais culturais etc Nio perDito ~ ontrada do outros eloD2ntcs f noo une nobilieacuteeco el0 seus Dembros pcr] o~tros grushypos Tcm U2- i20010gie 1Uito 1iacutes clure c iLluteacutevel ILUi tas VOZ0S una ccst eacute ur~ [leio que cortos grupos utiliacutezaIl pcgtro dofondore~ seus inte shyressos e suc~ possibiliccdo co clOlinor outros grupos C o ccso dos C08shy

ts-s nince o1iacutesteytes 02 cortos piacuteses que diacuteviacutecleuroc o povo e-2 rgtcrce1as t2-0 diacutestintes que nunc2 se pode pssr de w c outrc

3ordm - PlCcedilAs eacute c diacuteferonciacutecccedil3o que se oncontre nos grupos huucnos provenilmtes de corccteres 0sscncisl0nte bioloacutegicos AssL1 os negros f

- t OS b rncos CLlClr0 1os sco os ros grupos rcc~s~s L1cJS ov~conliOS no 60shyciededo elos hOl0ns ~ diforo~l2 eacute soacute bioloacutegica quenco se flo do roccedilc seu ter nonhuLlc outrc cOl1sequolciacutee cul turol ou intcluumlcmiddot~u[l porc c posshysoc U~ nogro oueriocno vivoric os TlOSDOS pcelrotildees cu1turois c-oriccnos (nO) focircsse [ sogr8goccedilro r2-ciol) COlO quolqucr chinecircs (roccedila mcrolc)quo se intogresse nc vido c~oriccno

4ordm - GRUPOS uacuteTNICOS secirco tcllboacuteu Dados de vivecircncic sooic1 ondo 80

eC011tucn osvO ciacutecluonto clcuns c OS-(ULlG S ( norurs de ccr5ter icis cultushyre1 r0l2oiondos 001 c 1 iacute11[11 c COStUL~OS rogionoiacutes tipos fiacutesicos (10shy

tar~in2dos por conCiccedilotildeos do 01i~e do rogiecirco gcogr~ficc etc AssiD UDe clc1oio elo pescodores no norte da A1cnanhc tcm ccroctorCsticcs bo eacuteivorscs 00 u1 2lcloic elo )(scc(o1os no nordesto elo Brnsi1 ULl DOVO de urm rogiecirco couo c 111(ia to_ eer2cteristicos divorscs dos DOVOS rqo~ e crlOriccnos cborc n2o sejol reccedilcs ciferentes As (~ifcr~l1ccedilcs 1120 SOO

b l + I SO ~o o~Jcos ~as vB2bcu cu1turaJs

BIBLIOGBLIL PRi1 LPROFmDL=

1 R Linton - O Une Ii1tlOC~UCcedil20 agrave Sooiologia Livreric Lartins SA s2o Paulo bull

2 A Igro ja Conciacutelio Vctic2-TIO lI Consti tuiccedilco Dog_Gtica LUoacutelon Gcntiml Doc Ponto 149 Jcitocircra Vozes Petroacutepolis 1965

3 Kar1 cmler - I~issco e Grcccediln II Vale Funccedilotildees e Estceacute-os cc Vic~c no Igroja - Dditocircra VOZ8S Petroacutepolis 1965

4 Alcin Eirou - Sociologia noli~ioso Duas Cid2-des satildeo Paulo

bull 10 bull

~~J~~ gt

I I) t

I

MOVnIiacutemTO

DE

EDUCACcedilAtildeO

DE

BASE

FUNDAMENTA ccedil Atilde O

DO PROGRAMA PARA 1965 li parte bull ESTUDOS SOCIAIS

15 Subdesenvolvimento e Desenvolvimento

middot J

1 SUBDESEIlYOLVnlENTO E DESElfVOLVIllENTO

nA humanidade cresce ragravepidamente todo o mundo o sabe mas poucos

homens tecircm consciecircncia da rapidez decircste progresso e-poucos tambeacutem satildeo

os angustiados pelas conclusotildees que- d~ste fato se deveria tirarn(Lebret

Suiciacutedio ou Sobrevivecircncia do Ocidente Duas Cidades S Pau101960p22)

O problema que a humanidade tem que resolver eacute o da pr05ramaccedilatildeo

humana conjunta atendendo a cada pessoa a cada comunidade a cada reshy

giatildeo a cada paiacutes ~ necessaacuterio dar uma resposta precisa a cada homem

enquanto pessoa e enquanto membro de uma sociedade No caso dos pa~ses

subdesenvolvidos essa resposta natildeo poderaacute ser dada a altura se natildeo veu

cermos alguns problemas do subdesenvolvimento Ou melhor esta resposta

natildeo seraacute dada se natildeo houver uma modificaccedilatildeo grande de estruturas de ~

talidades de valocircres bullbullbull de tal forma que todos os homens e cad~ homem

sejam reconhecidos como sujeitos~

Diante disso tudo poder-se-ia perguntar mas o que eacute o subdesen shy

volvimento o que o caracteriacuteza Em um sentido lato poder-se-ia denominar

de subdesenvolvidos os paiacuteses atrasados lIas isso eacute muito vago Preferi shy

mos dizer entatildeo que o que determina o subdesenvolvimento eacute sobretudo

uma grande complexidade de problemas dificultando a melhoria do niacutevel

de vida e a promoccedilatildeo do homem como pessoa sobretudo nas camadas mais P2

bres e necessit~das da populaccedilatildeo Essa complexidade eacute talvez uma das ca~

sas que mais dificulta um paiacutes atingir um certo niacutevel de desenvolvimento~

Como veremos a sebUir natildeo eacute resolvendo problemas isolados ou mais imedishy

atos que chegamos a superar o subdesenvolvimento Como eacute sabido ecircsse pr~

cesso de superaccedilatildeo tem eXigecircncias especiais que precisam ser ordenadas

hierarquizadas e planejadas Com efeito o subdesenvolvimento eacute caracteshy

rizado por vaacuterios fatocircres ou problemas que dificultam a plena realizaccedilatildeo

do homem e da comunidade onde ecircle vive

2 ALGU1IAS C-lRACTERtSTICAS DO SUBDESElTVOLVI1IENTO

21 Dependecircncia sconocircmica - Uma das caracteriacutesticas mais marcantes do su~

desenvolvimento eacute a dependecircncia econocircmica Sem um miacutenimo de autonomia eshy

conocircmica eacute ilusoacuterio falar-se de atunomia cultural e de certa ormat~

beacutem poliacutetica Os paiacuteses que dependem econocircmicamente de outros sofrem sob

~

i ~

vaacuterios aspectos o pecircso da dependecircncia econocircmica estrangerira Por isso

o desenvolvimento econocircmico desses paiacuteses nunca seraacute apenas resultado de

um progresso interno

A econom~ca ~ bull se reflete principalmente a t raves Essa dependencia

a) do comeacutercio exterior - em geral os paiacuteses subdesenvolvidos exportam

para os paiacuteses desenvolvidos os produtos brutos ou agriacuteCOlas ou alimenshy

tiacutecios (no caso do Brasil por exemplo o agucar o manganecircs etc) e imshy

portam destes os produtos manufaturados (eqUipamentos por exemplO)

b) de uma situaccedilatildeo deficitaacuteria em que vivem de um modo geral os paiacuteses

subdesenvolvidos Tal situaccedilatildeo eacute de certa forma tambeacutem motivada pela ~

neira como o mercad0l importador determina os preccedilos Poder-se-ia dar

como exemplo o cafeacute no Brasil que equivale a mais de 40 de nossa expo~

taccedilatildeo e apenas 04 da importaccedilatildeo dos EEUU cujo preccedilo eacute estipulado por

ecircste uacuteltimo o maior mercado comprador c) da poliacutetica econocircmica e social dependentes muitas vecirczes dos interesses

de grupos ou firmas estrangeiras

d) da posiccedilatildeo de destaaue Que ocu~a o capital estrangeiro na economia dos

paiacuteses subdesenvolvidos Decircle depende a importacircncia e grande parte da esshy

pecificidade das produccedilotildees do paiacutes assim como de sua situaccedilatildeo de integratilde

ccedilatildeo no mercado internacional (Yves Lacoste Os Paiacuteses SubdesenvolvidosDi

fusatildeo Europeacuteia do Livro ColSaber Atual satildeo Paulo 1961pp 17-19)

22 Pouca Industrializacatildeo e Dificuldade de Ser Ampliada - os paiacuteses su~

desenvolvidos encontram mu~tas dificuldades de se industrializar O Depa~

tamento de Assuntos Econocircmicos das Uaccedilotildees Unidas estudando estas dificul

dades haacute alguns anos reuniu-as em trecircs aspectos econocircmico social e int~ nacional

a) no aspecto econocircmico temos que levar em conta aleacutem da pouca poupanccedila

interna a falta de capitais ou o emprecircgo de capitais estrangeiros em geshy

ral nas induacutestrias de transformaccedilatildeo e natildeo para a infra-estrutura assim

como as dificuldades de transporte a insuficiecircncia de energia etc

b) quanto ao aspecto social pode exercer influecircncias negativas ou positi shy

vas No caso dos paiacuteses subdesenvolvidos natildeo haacute duacutevida que as influecircncias N

sao em geral mais ne5ativas j bastrulte lembrar o baio niacutevel de instru-

ccedilatildeo o elevado lndice de analfabetismo a falta de operaacuterios qualificados

e a natildeo existecircncia de um ple~ejamento que leve em conta tocircda a populaccedilatildeo

tocircdas as reGiotildees visando um desenvolvimento global

c) com relaccedilatildeo ~o aspecto internacional haacute tambeacutem vaacuterios tipos de obstaacutec~

(

los ao desenvolvimento industrial dos paiacuteses subdesenvolvidos Lembrareshy

mos apenas dois as restriccedilotildees que os paiacuteses desenvolvidos em geral imshy

potildeem aos subdesenvolvidos para conceder um empreacutestimo de capital que pushy

2gdesse facilitar a industrializaccedilatildeo dos primeiros a tendecircncia dos pai

ses desenvolvidos de fazerem dos subdesenvolvidos meros fornecedores de

mateacuteria prima dificultando ou ~estringindo as possibilidades de desen shy

volvioento destes (Lebret obra citada pp 100-105)

Todavia eacute preciso natildeo esquecer que embora a industrializaccedilatildeo seja

a1so muito importante para o desenvolvimento econocircmico de um paiacutes ela

nao ten um fim em si mesma Ou seja a IN so temindustrializaccedilao para nos

sentido se ela contribui para uma real promoccedilatildeo do homem se ela contrishy

bui para elevar e melhorar o niacutevel de vida sobretudo das camadas menos

favorecidas da populaccedilatildeo As faacutebricas as usinas as grandes emprecircsas e~

fim podem ser retrato do desenvolvimento econocircmico mas ajudam o homem a

ser mais homem quando contribueacutem para satisfazer suas necessidades mais

essenciais a se realizar como pessoabull

bullBaixa Renda Nacional - Uma das distinccedilotildees que se pode fazer entre

os pa~ses desenvolvidos e subdesenvolvidos consiste justamente na dist~

buiccedilatildeo da renda nacional entre habitantes ou entre as diversas camadas

da populaccedilatildeo De um modo geral nos paiacuteses desenvolvidos as camadas mais

pobres tecircm um niacutevel de vida superior aos subdesenvolvidos A tiacutetulo de

ilustrcccedilatildeo daremos apenas al~Uls dados referente a renda anual individual

(chamada tecirccni3amente de renda per capita) em 1959 de alguns paiacutesesE~

tados Unidos da Ameacuterica do Horte 2250 doacutelares alguns paiacuteses da Europa

Ocidental assim como Austraacutelia e Nova Zelandia 1000 doacutelares Bnquanto

isso para o conjunto dos paiacuteses menos desenvolvidos a cifra corresponden

te foi mais ou menos de 100 doacutelares anuais sendo que a maior parte dos

paiacuteses da Aacutefrica Aacutesia e Jmeacuterica L~tina apresentavam uma renda meacutedia de

10 a 80 doacutelares (Bl Corre0 de la Unesco) bull

bullDeficiecircncia na Agricultura - A agricultura nos paiacuteses subdesenvol

vidos de um ~odo geral eacute muito atrasada Haacute grandes quantidades de te~

ras cultivaacuteveis natildeo aproveitadas Ha Ameacuterica Latina p ex apenas 15

das terras cultivaacuteveis satildeo realmente cultivadas (Yves Lacostobra citada

p 12) Haacute fatocircres que podem explicar essa quantidade tatildeo pequena de tershy

ras cultivadas

bull estrutura agraacuteria injusta e obsoleta

i

bull interecircsse de grupos econocircmicos nacionais e estfangeiros

bull falta ou insuficiecircncia de meios teacutecnicos

bull desgaste dos solos

bull falta de fertilizantes etc

Todavia a maior dificuldade a ser vencida pela agricultura dos pa1shy

ses subdesenvolvidos proveacutem do custo dos bens materiais Um dos meios de

satisfazer tais necessidades seria a fabricaccedilatildeo de suas proacuteprias maacutequinas

agriacutecolas de fertilizantes e de combustiacuteveis

Consider~ido todos os fatores que dificultam a agricultura nos pa1

shy

ses subdesenvolvidos podemos entender assim porque apesar de serem na

maioria paiacuteses agriacutecolas apresentam baixa produccedilatildeo natildeo conseguindo nem

satisfazer as necessidades alimentares de seu povo

Desequiliacutebrios entre as Cc~adas Sociais - A grandemaioria da populacirc

ccedilatildeo dos paiacuteses subdesenvolvidos tem condiccedilotildees subhumanas de vida A verdashy

de eacute que um nuacutemero muito restrito tem um miacutenimo necessaacuterio para viver como

pessoa e apenas uma minoria tem a go~a de todos os privileacutegiOS

Uma das maneiras de se caracterizar ecircsses desequiliacutebrios sociais eacute

a distribuiccedilatildeo proporcional da renda nacional pela populaccedilatildeo Iro caso brashy

sileiro por exemplo ecircste desequiliacutebrio eacute evidente

Outro iacutendice complementar eacute o da distribuiccedilatildeo da propriedade rural

brasileira Em nuacutemeros relativos a aacuterea territorial brasileira dos estabe

lecimentos agropecuaacuterios em 1950 era expressa da seguinte maneira os d2

nos de propriedades de mais de 100 ha representam apenas 16670 do total do

nuacutemero de propriet~rios e possuem 8567~ da aacuterea total dos estabelecimentos

agropecuaacuterios do Brasil enquanto que 834 do nuacutemero de proprietaacuterios po~

suidores de menos de 100 ha deteacutem em suas matildeos apenas 14~~ da aacuterea toshy

tal (Antonio Rodrigues Coutinho - lanisteacuterio da Agricultura Contribuiccedilatildeo

ao Estudo da Bstrutura Dconocircmica Agraacuteria Brasileira Sego o Censo de 1950 p20)

~ dentro dessa faixa menos favoremida que certos problemascaracteriacute~

ticos das regiotildees subdesenvolvidas se tornam mais chocantesAqui estatildeo alshyguns decircles

~

l

~ bull Para cada 100 crianccedilas nascidas vivas desta faixa morrem 24 anshy

~

tes do 12 ano de vida enquanto para outras camadas sociais morrem 10 em

100 (Nelson Rodri6~es dos Santos O Problema da Sauacutede no Brasil) Dados

recentes mostram ainda que a chistosomose atinge 6 milhotildees de brasilei

ros a tuberculose 1 milhatildeo e 200 mil doenccedilas de chagas 3 a 4 milhotildees

malaacuteria 8 milhotildees A maioria dessas pessoas atingidas habitam agrave zona rushy

ral e estatildeo incluiacutedos nesta faixa da populaccedilatildeo menos favorecidas (A Pop~

laccedilatildeo Brasileira Dados do IBGE 1960)

Com efeito o que se pode dizer eacute que estas deficiecircncias contribuem

ainda mais para baixar o rendimento econocircmico agravando cada vez mais

as condiccedilotildees de vida dessa camada populacional ~ vivendo e sofrendo eacutesshy

tes problemas que trJilbalha grande parte da populaccedilatildeo dos paiacuteses Afroasi ct_ ~ jt --lt- r A

at~cos Em alguns desses pa~ses o n~vel de vida e tao baixo que ha um

verdadeiro ciacuterculo vicioso onde o homem jaacute natildeo tendo esperanccedila acha di

fiacutecil romper com essa situaccedilatildeo de miseacuteria

De um modo geral o que preaeacutenciamos eacute que por causa de grandes d~

sequiliacutebrios entre as diversas camadas sociais e entre os povos do mundo

grande parte da humanidade tem condiCcedilotildees de vida subhumana

Os v~rios dados apresentados abaixo servem para mostrar o grau de

desenvolvimento ou subdesenvolvimento de alguns paiacuteses ~ preciso conta1

to que natildeo se pare numa enumeraccedilatildeo pura e simples dos mesmos nem que

se pretenda uma comparaccedilatildeo com um ideal a atingir Os dados referentes a

cada paiacutes falam mais quando analisados no seu conjunto e soacute vistos e an~

lisados globalmente eacute que podem ser comparados com outros paiacuteses bull bull i ~-

bull Mortalidade Infantil - Para cada 100 crianccedilas nascidas vivas num

ano morrem 3 nos EEUU 4 na Inglaterra 7 na Beacutelgica enquanto no Brasil

Boliacutevia e na Colocircmbia morrem 15 (onu Rapport Preliminaire sur la Situa

tion Sociale dans le i~onde 1962)

bull llortalidade Geral - De cada 1000 habitantes morrem por ano 9 nos

EJUU 11 na Inglaterra 12 na TIeacutelg~ca 25 no Brasil na Boliacutevia e na Coshylocircmbia (idem)

~~

Vida lieacutedia - 70 anos nos EEUU 65 anos na Beacutelgica 45 anos para o

Brasil Boliacutevia e Colocircmbia (idem)

bull Alimentaccedilatildeo e Fome - Segundo Lebret pode-se admitir que mais d

50 da populaccedilatildeo do mundo se manteacutem em um ~ampntar inferior ao estritamiddot

mente necessaacuterio em calorias e 75~ dessa populaccedilatildeo aproxima-se ou ape

nas atinGe o niacutevel miacutenimo exigidO pelas atividades humanas normais

~artindo desses dados e fatores verificamos que haacute uma coincidecircnshy

cia de niacuteveis para alguns paiacuteses ~stes paiacuteses por uma seacuterie de razotildees

ou de fatores satildeo chamados subdesenvolvidos

3 EXIG6NCIAS ESP3CIAIS PARA SUPJJRACcedilAtildeO DO PROCESSO DO SUSDESDNVOLVI1JlliTTO

31 o crescimento demograacutefico deve ser acompanhado por um crescimento ec~ nom~co proporcional

O processo de superaccedilao- do sub-desenvolvimento exige antes de mais

nada que o ritmo extraordinagraveriamente raacutepido com que crescem as necessishy

dades dos povos subdesenvolvidos seja acompanhado por I crescimento ecoshy

nocircmico superior a~ necessidade~i da populaccedilatildeo

A explosatildeo demograacutefica nos paiacuteses subdesenvolvidos eacute no momento ashy

tual um fato que ningueacutem pode ignorar Isto eacute consequecircncia de vaacuterios fata

res

a) os paiacuteses subdesenvolvidos tecircm uma natalidade muito maior que os

outros Como exemplo lembraremos que para cada 1000 habitantes nascem

anualmente na Europa e nos EEUU de 18 a 25 crianccedilas enquanto que em zoshy

nas subdesenvolvidas como a Aacutefrica e a ~neacuterica Latina ecircste nuacutemero chega a

mai3 de 40 (Camargo Demografia 3conocircmica 1960)

b) o raacutepidO crescimento pode ser explicado tambeacutem pelo descreacutescishy

mo da mortalidade verificado nestes paiacuteses De fato essa mortalidade ainmiddot

da eacute bas-cante alta No entanto ela vem diminuindo gradativamente graccedilas a

uma certa assistecircncia sanitaacuteria que eacute dada aos paiacuteses subdesenvolvidosjem

bora de forma muito precaacuteria e sistemaacutetica

Ora para satisfazer as necessidades de uma popUlaccedilatildeo que aumentou

tatildeo ragravepidanente eacute indispensaacutevel um esfocircrccedilo muito grande para produzir

bens e serviccedilos 10 caso do Brasil por exemplo a populaccedilatildeo anual aumenshy

1

-

tam na razatildeo de 3 ao ano A economia nacional precisa entatildeo aumentar

sua capacidade de produccedilatildeo daacute maneira que chegue a satisfazer as necesmiddot

sidades correspondentes a ecircsse aumento da populaccedilatildeo em mateacuteria de alimen

taccedilatildeo vestuaacuterio habitaccedilatildeo instrumentos domeacutesticos educaccedilatildeo emprecircgo

serviccedilos sanitaacuterios (aacutegua luz esgocircto t L Itt etc)

~sse esfocircrccedilo eacute tanto mais difcil porque em consequecircncia do mesmo

crescimento econocircmico raacutepido a maior parte da populaccedilatildeo em idade ativa

eacute muito menor em proporccedilatildeo agravequecircles que natildeo fazem parte desta faixa (cri

anccedilas doentes bullbullbull ) Por outro lado como os pases subdesenvolvidos tem

um niacutevel de vida extremamente baixo a economia deveraacute natildeo somente acomp~

nhar o crescimento demograacutefico mas taEbeacutem aumentar em certa medida ecircsse

niacutevel de vida No entantoecircste paiacuteses mostram-se no conjunto incapazes

de expandir sua economia numa proporccedilatildeo satisfatoacuteria

Das razotildees que impedem o desenvolvimento econocircmico mais completo e

mais raacutepidO temos que considerar ap que se prendem agrave estrutura das ecoshy

nomias e as que dizem respeito mais diretamente ao crescimento global de~

ta economia

32 Independecircncia Econocircmica - Como eacute muilto sabido a estrutura econocircmica

dos pases subdesenvolvidos eacute altamente centralizada no setor primaacuterio

sendo pouco desenvolvido o setor secundaacuterio e terciaacuterio (Ver o item ~E~

trutura ~conocircmica)

Por outro lado embora a populaccedilatildeo rural nestes pases representashy

quase sempre mais da metade da populaccedilatildeo e esteja muito concentrada no s~

tor primaacuteriO nem sempre produz todos os gecircneros necessaacuterios agrave alimentashy

ccedilatildeo e muito menos outros produtos por ela exigidos Como consequecircnciaj ecirc~

tes paiacuteses satildeo obrigados a importar bens que natildeo satildeo capazes de produzir

dispondo apenas de alguns pontos para efetuar as trocas

Ora os paiacuteses que se manteacutem sem induacutestrias e dependentes da imporshy

t~ccedilatildeo de poucos produtos primaacuterios iratildeo fatalmente cada vez mais se emposhy

brecendo face aos pases desenvolvidos Enquanto isto a produccedilatildeo industrial

destes uacuteltimos iraacute crescendo cada vez mais pois os homens sempre querem

bens industrializados em maior nuacutemero e variedade O contraacuterio acontece com a produccedil2o agriacutecola cujo crescimento fica na dependecircncia do consumo

pessoal Que eacute limitado

Outro aspecto que nem sempre se leva em consideraccedilatildeo eacute que juntashy

mente com a importaccedilatildeo de certos produtos satildeo importados tambeacutem a proshy

paganda e o exemplo dos paiacuteses ~esenvolvidos cujos niacuteveis de consumo

satildeo muito mais altos

- I Dominada por esse efeito demonstraccedilao que se soma a 1a5 as neshy

cessidades crescentes decorrentes do raacutepido crescimento demograacutefico a

populaccedilatildeo subdesenvolvida se esforccedila para comprar mais produzindo mais - dMas o consumo de produtos agro-pecuarios nao pode ser aumentado alem e

um certo limite aumentando-se a oferta os preccedilos tendem a cair Assim o

trabalho do povo se desvaloriza (econocircmicamente falando)i

Quanto as mateacuterias primas cuja demanda pode acompanhar a produccedilatildeo

industrial constituem elas reservas suscetiacuteveis de serem esgotadas ou

de perderem seu valor comercial em decorrecircncia de inovaccedilotildees tecnoloacutegicas

Aleacutem do mais na quase totalidade dos paiacuteses subdesenvolvidos a explora

ccedilatildeo dos seus recursos minerais ob~ece aos interecircsses de grupos estrangeishy

ros e soacute a ecircles beneficfa

33 Desenvolver a Industrializaccedilatildeo aumentando a capacidade de produccedilatildeo

A industrializaccedilatildeo estaacute condicionada por um certo nuacutemero de fatocircres

e deve subordinar-se a certas prioridades Uma dessas prioridades eacute defishy

nida pela necessidade de substituir aquelas importaccedilotildees de bens de consushy

mo que ocasionam maiores dificuldades nas relaccedilotildees de troca do paiacutes Oushy

tra seraacute determinada pela necessidade de se criar nos paiacuteses as industrishy

as de base isto eacute induacutestrias produtoras dos materiais de equipruJentos tw lO necessar10S a crlaccedilao de novas lndustr1as

Dos fatores que condicionam a industrializaccedilatildeo coloca-se a necessishy

dade de uma infra-estrutura adequada de traasporte~e comunicaccedilotildees e de eshy

nergia ~ evidente que as induacutestrias soacute podem desenvolver-se se haacute enershy

gia para acionar suas maacuteqUinas estradas para trazer mateacuteria prima e disshy

tribuir a produccedilatildeo e os meios de comunicaccedilatildeo para que as emprecircsas indusshy

triais o comeacutermio e os bancos possam coordenar e organizar suas atividashy

des com eficiecircncia

Por outro lado as induacutestrias natildeo poderatildeo fortalecer-se se natildeo aumen d d dmiddot t ar o numero os que po em comprar ~ua pro uccedilao 1Sto e se nao houver

mercado interno crescente no paiacutes P-i il ielJe eacute- p~~eo (i)l1amp dece~_~

OI tilbullbullbull da lailaatilde Ile iateente ul4idacirclha lllllaacuteliSIXoacutefrq

-ft 81es piFJIIacuteee 6 rbullbull taiuule 1 21i

HO crescimento global da economia dos pa1ses subdesenvolvidos nao

pode ser obtido com a necessaacuteria continuidade e rapidez se natildeo forem supeshy

rados os obstaacuteculos que constituem o chamado ciacuterculo vivioso

ste ttciacuterculo vicioso em geral pode ser caracterizado por uma poshy

pulaccedilatildeo muito grande com um nuacutemero reduzido de induacutestrias pouca matildeo de

obra qualificada e produzindo pouco com niacuteveis de salaacuterios de uma certa

maneira muito baixos Salaacuterios estes que em muitos casos datildeo mal para sushy

prir as necessidades essenciais e em outros datildeo apenas para o coasumo Haacute ainda uma minoria que embora ganhe muito gasta quase tudo em bens de con

sumo (vestuaacuterio automoacuteveis etc) sem aplicar em investimentos produtivos

(faacutebricas induacutestrias em geral etc) Nos vaacuterios casos como vemos natildeo eacute

feita nenhuma poupanccedila

E o que eacute popanccedila no sentido amplo pode-se dizer que o que natildeo foi

gasto foi poupado Mas para que haja poupanccedila realmente eacute preciso natildeo

soacute determinar um aumento de capital que eacute o estoque sobrante poreacutem invesshy

tir em bens de produccedilatildeo Donde se pode dizer que para haver um crescimenshy

to glObal da economia de um paiacutes eacute necessaacuterio que os recursos que era~de~

perdiccedilados ou empregados somente em bens de consumo sejam aplicados tamshy

beacutem em bens de produccedilatildeo ou em investimentos produtivos

~stes investimentos podem ser feitos de duas maneiras

a) o govecircrno obrigando por meios de leis os setores privados a investir seus

lucros de forma mais justa e adequada em setores que venham a contribuir

para um maior crescimento e desenvolvimento econocircmico da comunidade

b) o proacuteprio govecircrno recolhendo ecircsses recursos atraveacutes de impostos compulshy

soacuterios e investidno em empreendimentos que constituem a infra-estrutura (eshy

nergia eleeacutetrica recircde de aacutegua e esgocircto estradas de ferro e rodagem porshy

tos etc)

Isto deve ser feito atraveacutes de planos econocircmicos que reunam os invesshy

timentos puacuteblicos aos investimentos particulares sem permitir um exagerado

lucro as camadas sociais que jaacute gozrun de uma situaccedilatildeo por demais privilegishyada

bull

- 4

Em resumo a poupanccedila e

um elemento essencial para o desenvolvimenshy

to global econocircmico de um pa~s e deve ser forccedilada

a) impedindo todo consumo nao necessario e excessivo

b) aproveitando plenamente a matildeo de obra ou o trabalho das camadas da popushy

laccedilatildeo que estaacute sendo pouco utilizada

c) aumentando a produccedilatildeo pelos meios jaacute citados e especialmente pela proteshy

ccedilatildeo alfandegaacuteria que impeccedila a penetraccedilatildeo no paiacutes de produtos concorrentes

estrangeiros

Finalmente para que todo investimento possiacutevel seja efetivado eacute imshy

por~ante que o trabalho de uma hoc parte da populaccedilatildeo ateacute entatildeo mais ou ~

nosnativa seja aproveitado em setores essenciais O aumento da produccedilatildeo

exige natildeo soacute o aproveitamente de todos mas tambeacutem que haja um certo planeshy

jamento e que obedeccedila a certas teacutecnicas Contudo o povo soacute se enquadraraacute

neste regime de maior produtividade e soacute se capacitaraacute para ecircle se tiver

consciecircncia da situaccedilatildeo e se houver motivaccedilatildeo suficiente

35 Tomada de Consciecircncia por Parte da POP1qaccedilatildeo - Para noacutes um dos aspecshy--_----~-~ bullbull- ~ bullbullbullbull ~- - - - lt bullbullbullbull - - bullbullbull ~ -- bull shy

tos novos do subdesenvolvimento e talvez o mais importante como diz Yves

Lacoste eacute a tomada de consciecircncia da pcpulaccedilatildeo da sitUaccedilatildeo em que se enconshy

tra o seu paiacutes Isto eacute importante porque natildeo se pode falar em desenvolvishy

mento como algo abstrato como uma ideacuteia apenas

Soacute quando tOcircda a populaccedilatildeo toma consciecircncia e eacute mobilizada para venshyncer os problemas que lorrnam aque1e c~rcu1o que falamos anteriormente e que

comeccedila haver condiccedilotildees poliacuteticas favor~eis ao desenvolvimento

Poder-se-ia dizer tambeacutem que a tarefa de desenvolvimento eacute essenshy

cialmente poliacutetica e as necessaacuterias atitudes favoraacuteTeis ao desenvo1vimenshy N 1J __t o so poderao ser tomadas num regime de certa disciplina coletiva Ora~

sa discipfina tanto pode ser imposta QelQ focircrccedila r s~r exercida ppr JPDa qishy )IT~ ()A eurogt ~7 ~gt- Alt- (UL~oacute2c- e~ aT-lt ~ ~ltM ~~

tadur~como ser oeeelhids pGP ~e~~~ pOTO num olima de respeito ao outro

co~o pessoa CODO sujeito e natildeo como coisa

Por outro lado ecircsse esfocircrccedilo tanto pode ser feito num regime de inshy

justiccedilas que apenas exija sacritiacutecios de uma classe e natildeo de outras ou

num reGime onde os sacrifiacutecios e as responsabilidades satildeo igualmente reparshy

tidos entre todos Ressaltamos ai~t~ obra do desenvolvimento eacute inadishyaacutevel complexa e essencialmente ~18la Donde a tentativa de um prooesso

~i~~ ~~~~~~ ~1 ~~

~

-lt ~~middot~~~-~~~~~~~~ii~~~middot ~~

bull t t ~

r I l ~

fo~

I

I

que caminha para o desenvolvimento soacute seraacute autecircntica se atingir a tOdOS~

os setores

Terminando diremos ainda que a tomada de consciecircncia vai exigir

uma mudanccedila total de mentalidades de estruturas de relacionamentos Uma

reestruturaccedilatildeo nos setores econocircDicos poliacuteticos e sociais da sociedade

global

Gostariacuteamos de insistir para que se tivesse em conta que as diversshy

saa partes da fundamentaccedilatildeo do programa do IiEB satildeo uma tentativa de estushy

dar os aspectos diferentes de uma mesma sociedade a sociedade nacional

brasileira em relaccedilatildeo com sua posiccedilatildeo no mundo seus valocircres culturais

suas tradiccedilotildees de sociedade econocircrnicamente dedicada ao setor primaacuterio

o que deve e estaacute sendo mudado Por isso chamamos a atenccedilatildeo para que se

tenha~ sempre em mente os diversos fascculos natildeo como ~oisas separadas

e independentes mas como tentativa de estudar elementarmente os probleshy

mas fundamentais que devem ser conhecidos por elementos profissionais que

se dedicam agrave educaccedilatildeo de adultos do Brasil

l

MOVIMENTO DE EDUCACcedilAtildeO

DE BASE

FUNDAMENTACcedilAtildeO

DO PROGRAMA PAcircRAcirc 196

I parto PROMOQAtildeO mJlWA

F U N D A il E N T A ccedil I O

DO PROGR1JlA PARA 1965

2~ P i R T E PROIOCcedilAtildeO 1IuumliANA

O Introcluccedilco

1 Conscientizaccedilatildeo

11 O Bonon

12 O Trabc1ho

13 Conuniceccedilatildeo

4 d C 1 bull 1iO~OS e oDun~ccccedilao

15 Os Condicioncnentos Cu1turcis

16 O Heroi euro os j~oios de Ruumlolizoccedilco

17 A eclizoccedilatildeo de Pessoo nr FCJiacutelio

18 A Rco1izoccedilatildeo da Pessoa nr Sociodcde shy

2 bull OrgLn~Zcccediloo

21 Funccedileo Sociol do trcbalho

22 CoopGroccedil~o organizedc o nco orgw1izadc

23 Associativisno

24 Cooperaccedilatildeo Econocircnica

25 Accedil~o poliacutetioa

I

o INTRODUCcedilAtildeO

o trabalho de promoccedilatildeo humana eacute intriacutenseoo agrave proacutepria eduoaccedilatildeo uma vez que eduoar natildeo oonsiste em adaptar algueacutem a determinada sishytuaccedilatildeo a determinado tipo de sociedade mas dar elementos e eondishy

- tccediloes pera que o homem se forme Eduoar e levar O homem a omar oonsshyoiecircncia de seu napel de sujeito do mundo ~ integrar algueacutem na obra

fi cultural na accedilao do ho~em que transforma a natureza A educaccedilao e uma exigecircnoia e um direito de todos uma oondiccedilatildeo para que o homem se realize se afirme como pessoa e oonsequentemente se promova

Esta promoccedilatildeo natildeo deve ser individualista Deve ser uma autopr~ moccedilatildeo comunitaacuteria atraveacutes da qual se procure ajudar e apressar Na integraccedilatildeo de todos no processo de oriaccedilatildeo cultural Com isto nao se pretende uniformizar homens e culturas - o que seria Ullla aberra M

ccedilatildeo - mas humanizaacute-los aoeitando e respeitando as diferenccedilasDentro desta perspeotiva aohamos que soacute haacute promoccedilatildeo quando as necessidades da pessca tendem a ser satisfeitas Soacute haacute promoccedilatildeo quando haacute natildeo ashy

A

penas um despertar mas tambem uma tomada de oonsciencia do valor h~ mano e da posiccedilatildeo que cada homem ocupa no mundo Soacute haacute proLlOccedilatildeoquall do o homem tem acesso aos meios de comunioaccedilatildeo e quando no seio das instituiccedilotildees pode exeroer sua liberdade e responsabilidade oomo pe~ soa humana Soacute haacute promoccedilatildeo quando haacute partioipn~atildeo ativa da pessoa Soacute haacute promoccedilatildeo quando a pessoa escolhe o que e mais adequado agrave sua reali zaccedilatildeo -shy

Evidentemente em um trabalho de promoccedilatildeo haacute diversos estaacutegios Por isso natildeo se pode esquecer que tudo que foi coloo~do como sendo promoccedilatildeo pode se prooessar em um soacute momento ou em momentos diferen shyteso ~ essencial que se tenha presente e bem claro ateacute onde se quer chegar porque ecircste trabalho jameis pode ser feito desligampdo da eacuteposhyca do momento histoacuter~co em que o homem estaacute inserido Em nosso ces~ por exemplo seria utoacutepico pretender-se fazer um trabalho de promo shyccedilatildeo humana sem levar em oonsideraccediluumlo a realidade mundial brasil~ira e de LEB

Como atraveacutes de um trabalho educativo se pode contribuir para a autopromoccedilatildeodo povo Inicialmente formlmdo-o inoentivando-oin~ trumentclizando-o e criando condiccedilotildees pera que tome parte etive nas associaccedilotildees e organizaccedilotildees de sue comunidade criticando-as e melhOshyrando-as Estas associaccedilotildees satildeo oportunidades de cada um exeroersuos responsabilidades e liberdede Por seu intermeacutedio natildeo h~ apenes Q~ despertar mas um comecircccedilo de promoccedilatildeo do povo todo promoccedil~o nno ind vidualista utilitaacuteria mas e serviccedilo de comunidade

AI v N

Promoccedilao humana e ascenccedil2o de ocda homem de ceda fraccedilao da hushymanidede dos grupos que i~pulsionam esse mesma humenidede Dontro dessa perspectiva nco podeillos acoiter a presenccedila de marginalizados por miseacuteria ou por privileacute3iOs de classes ou de castas (Ver 1ebret Konifesto por uma Civilizaccedilatildeo Solidaacuteria pp 15 e 85)

middot1

bull

A recuperaccedileo do home)1 acrgincliacutezcdo jcucis ser1 conseguido por um simples trabclho de clfcbetizaccedil~o porque embora haja una corrol~ ccedilatildeo entre onalfabetismo e mcrgincliz[ccedil~o assiD couo entre cnclfcbe shytismo e subdesenvolvimento nco se pode dizer que o analfobestisDo s~ ja a causa da marginalizaccedil~o e muito menos do subdesenvolvimGnto~cei tar isto eacute querer como diz Pierre Furter tomcr o efeito pele causa A alfabetizaccedilatildeo purc e siLlplos nco tem sentido uma vez que c tIera ashyquisiccedilatildeo de alguns conhecimentos de leitura escrita e c~lculo n~o leva a participar conscientemente do desenvolvimento do pels e ter

fo r -- um consciencie cr~ ticc de realidde A alfCbetizcccedilac de cdultos deve levcr o conjunto de populcccedilotildeo a participer do desenvolviru3nto do peJsSoacute dentro dessa perspectiva estcreacute contribuindo pcrc a integraccedil~o do homem no processo de trcnsfOrli12ccedilGo cultural

Diremos cinda que um trcbolho de educcccedilecirco dentro desso pers shypectiva de promoccedilatildeo para ser autecircntico deve pcrtir de necessidcdede libertcccedil~o das clesses menos favorecidas Deve procurar propicicr os elementos necess(rios pcrc que cdc- homem tOLlo pcrte ctive no desen volvimen to de sues cOLlunid~des fezendo opccedilotildees pele conservoccedilecirco ou modificaccedilotildees de reelidade em ~ue se encontre Cremos que isso eacute fundQ mental t porque uma sociedcdc Lloderna e democr5tica teiacute] necc8sidade de umc cuI turc pcrticipcdc por todos Este cul turo deve perDi tir c tocircshydes as olasses ou cotegorios sooiois o todos os indiviacuteduos qualquer q~e seja seu estado profissional ou niacutevel de instruccedil~o uma particip~

nt~ 1V~ na da SOCla1 polt~oa ort18 tlea c i cntflCCccedil~o Vl economlca 1 1 espirituclt(Joffre Dumezedier Rcfleacutexions sur lentroinencnt L1Gntel Paris PEC pI) bull

2

1 C01~middotSCIETIZACcedilAtildeO

Para se ter consciecircncia de alguma coisa satildeo necessaacuterios apenas ao~s termos o sujeito que teH consciecircncia e a coisa da qual ecircle toshyma consciecircncia O ~o ~e con~~i~~ en~retanto exige a presen2a de uma segunda pessoa exige UBa cOBunicaccedilao entre dois sujeitos so~ bre alguma coisa Conteacutem assim trecircs tecircrmos dois sujeitos e um obshyjeto Conscientizaccedilatildeo implica consciencia de si e comunicaccedilatildeo dedois sujeitos pela mediaccedilatildeo do mundo Conscientizar eacute portanto dar el~ mentos par~ Que o homem tome consciecircncia do que ecircle eacute (consciecircncia de si) do que os outros satildeo (coillunicaccedilatildeo de dois sujeitos) e do ~ue eacute o mundo A maneira de se conscientizar eacute que pode cariar de acorshydo com a eacutepoca histoacuterica a concepccedilatildeo que se tem do homem a viseo que se tem do mundo e o sentido que S2 tem da histoacuteria

Todo trabalho que visa agrave promo2atildeo humana natildeo pode deixar de si shytuar-se numa linha de conscientizaccedilao Logo neo se pode pensar em fazer um trabalho de educaccedilatildeo tendo em vista uma autopromoccedil~o e uma a2atildeo visando uma mudanccedila de estruturas sem conscientizaccediluumlo O homem nao pode se formar dentro de uma certa perspectiva dentro de um co~ texto hist6rico determinado sem se tornar consciente de suas respon sabilidades de ci~Jdatildeo e consciente de suas responsabiliQades de hoshymem criado c im~~u de Deus

Donde Se conclui que educer formendo a pessoa humemo dentro dep ta perspectiva de promoccedilecirco comunitaacuteria implica sempre conscientiza~ ccedilampO uma vez qu~ e imposs~vel educar sem dar elementos pera que o hg mem tome consciencia do seu velar couo pessoa sues exigecircncias de reslizaccedilatildeo seu dever para com os outros sue capacidcde cricdora sua ccpcciCcde de comuniccccedilatildeo etc (Ver o trabclho lEduccccedileo e ConsshycientizaccedileoH de Raul Lcndim)

o processo de conscientizec5o v~ric de ac3rdo COD a conccpccedileo que se tem do homeu Que eacuteS o hOl18 pcre noacutes

Encarcdo somente eu sua clLwnsecirco cni mo1 o horleuuml pOdcruacute ser reshyd~zido um 9bjejfLAE_TJi1tu~e_ze 0010 os outros animlIacutes a Uhl ser quebull nao tr2nscencle a naturezc e estuacute submetido e seu det~rminisrlOI=os o comportamento Jnimol eacute puremente odcfJtativo e a cccedilco do hOmiddotlem eacutecleacutem de 8odeptctiva cricdorc A 1I000ccedil30 11 do oniael necirco crie 1111 mndo nocircvobull mes se estrutura e12 ll1e~ma CO10 90 mndo J2 o honeLl tolcdo como secircr que co~hece o mundo e nele oria eme ordem humana apresenta-se nco c~mo ~e~d~2~~ndo mes~como UD secircr~~o ~undo Sue vida sue cccedilecirco reashyl~zc-se no mundo mes ~le o transcende transcende a netureza torshynendo-a humanc 0010 Ser oonsciente o honlem se cfirme COIJO sectuieijio do mu~do tornando-o seu objeto

bull 3 bull

Conhocenagraveo o mundo o homoD escolhe pcr si um sentido decirc a seu oovimento e suc QCcedil~O um significedo que trQUscende e orde~ ncturel bull Dei dizer-se que e inserccedilatildeo do homem no ulmdo realize-se com anbiguishydede eacute UD sor que trenscendo o oundo e por isso recuse-se e situe~

- t t se como sor do o~~dco Entrct~nto sue eccedileo seu mOV1men o 1n r1nseco que o eperfeiccediloc reclizc-middots8 no 2mndo

A relcccedil~o do hurlOo COrJ o 11Undo ecirc umo rel--ccedilco ocdietizada pelo trcbclho B cinde 1 frent~ ~os outros homens ume relcccedilco de comunic~ ccedilo 1 que pode ser expresse 00 domincccedil~o ou eo -0coTI1ecinento (LiE]BFur dcmenteccedileacutev de rViver ecirc Lutcr Pj) 1-4)

Ume vez feita ~ cu~ccccedil~o do que o homem no sentido genrico sereacute ebo( ]0 ll ponto que e qiacutelJse umo decorrecircncia decircste dignidede feminino

Iniciclmente diremos QU9 noo h~ nede que distinga o homem de mushylher no pleno de dignidcde t1U~~e cnquento ser recional cepaz de trenscender o mlli1do em (xis tecircncie pessocl relecioncde com os homens e com Deus (l]iB FundeL1cntaccedilao de Viver Luter p 22) Se fizershymos uo estudo dos texto biacuteblicos 8 dOecircl docunentos uontifiacutecios que tra tem de flll1er e~contrclmiddoteos trechos provendo qu~ elo e O honem sio igucis qucnto agrave n2 ZC o dignidocle criou Deus o honem e sue imeshygem crioumiddot o ecirc imepGLl de (11S e cri(Umiddotmiddotos honem o Tmlher (GenI27) bull Comoveuuacute~ o texto n~o fez elusZo elguwc n superioridcde de um ou de outro sexo~

Nos eplstoles do S~o Pculo 118 t~beacutem1 vaacuterias Pcsscgcns onde eacutele abordo o problema dentro desse perspective de igueldede dos secircros hushymenos Assin ne ]~ Epiacutestole eos corin~oos (XI1112) o apoacutestolo nos diz bullbullbull nem o hOriacuteED exisie SCi e mulher nem e mulher 8011 o homem $

no Senhor Porque se e mulher foi tircdf do honc1 t2tlbm o homoLl foi concebido pole Lulher 1 ll~S tocircdes cs coiacuteses vecircm de Deus o Dirigindo-se aos Gaacuteletes diz lo natildeo h6 judeu nOD gregos nco h~ servo nom hoshymO1 livre n~o baacute hOIleD) nol Bulher Porque todos voacutes sois Ul] soacute em Cmiddot ( 1 -I 2 )8SUS r~sGO J 1 ~ 8

Pertindo desses coloccccedilotildees 1 UlilC pergunte se irJpotildee eil que consis te esse dignjdcoacutee que e Llulher recebeu de Deus Pio XII responde de

bull Uile formc oul to lllcidc eacute soacute interrogcr e noturezo huncuc tel qucl Deus) foJuou elevcCc e rcsgctedc pelo sengue de Cristo Em sue digni dede pesso~l de FilhGB de Deus o houem e e mulher SQO ebsolutamonteshy

bull igucis bullbullbull (Pio XII Alocuccedilco ~8 mulheres itclicuas en 211045) bull

Com efei to pode-se dizer que c rlulher e o homem sco iguois que to c ncturezc e c dignidede eT1borc haje olgumes diferemccediles de fUlCcedilOtildea3 A primeirc delcs e e meis fundeDltmtol neacuteo reste dUacutevide eacute o bioloacutegimiddotmiddot ca A proacutepria estruture fisice do houem e de mulher det0ruino funccedilotildees diversos no que concerne e proc~ioccedil~o Ao ledo desses diferenccedilcs eshyxistem as de ordem psicolocircgics c que se epresentoo socircbre vaacuterios ospe9 tos Sco esses diforenccediles de funccediloes fiacutesico-ps~quicas quo levam o hoshy

4 o

BeD e Co li1UIher c se cOrJpIGt~reEl 1-LCS nroN soo G 1as que dtc ori1ncn o d dque e proprio prro o honGI ou par c mul~er eLl terrlOs 00 1Vlso~ c

trabalho G d0 possibiliddcs d0 reclizeccedilao Acrcditauos quo as d1fc shyrenccedilas existem mas satildeo devidasGB grande parte a condicionaDcntos sociais

O trcbclho servil etribuiclo C I1ulher sua proacuteprie cveliaccedileo coshy f h t imo objeto de que os honcms se serve sao U-J enOLlono lS orlOO e cv shy

dencicm una si tucccedilatildeo dG injusticcedilc e de dorincccedilatildeo por pcrte do soxo nl culino (rmiddotmB Fundalwntaccedilco de lIViver oacute Lutar ll

p 22)

Atuelrlente nco soacute a tlulher reconhece suo dignidade rJC-S tenbbl1 cada vez mais tone conscincia e reivindica direitos e devores con shysentecircneos 0011 ess dignidade tento nc vida fcmilier OOBO na vida s2 oial (PT 41) Aceitcr que a r1Ulher eacute pessoa no sentido pleno de ~2 I avrD eacute efirt1Dr que ela eacute iguel co honem e negar que ele seje UH ser que encontre sue rnzco de existir no honem Partindo dessas colocaccedilotildees podemos concluirl n r1Ulher necirco Gxiste c surviccedilo do honem nGliacute1 o hODum a suacuterviccedilo da uuIher Llas todos os dois a serviccedilo da obre do gecircnero h~ IDno a serviccedilo de construccedilecirco do wundo (Jecques Leclerq Vors unuacute ff mille nouvelle - Ed Universitcires Pris 1962 ccplIl)

1 2 Trebclho~EQ

Vrios sEo os sentidos ddos eo torno IItrebelho PCre uns b ecirclo o mediador entro o h0l210n e o nunc1o pera outros 3 o 0io pelo qur1 o honem cteste sue presenccedilc pcssoel construindo une obre tlui tos jul

li shy

g~D-no enfim CODO o sinel dr transcendencia do homem sobro o mundo LIas nco eacute sonGnto neste pIeno que se -lcnifeste c plurelidcde dos sen tidos d~da co trCbalho HistoricCD0nte tGub6n toe-se dcbetido sSbre seu vclor Pare os Gregos por eXQLplo [ dignidcde do honeo estcYc ne etivid~cG contenplativa sondo o trebaIho m~ual desprozedo

A vis~o biacuteblico no entcnto eacute totelnuacutente diferente Deus ~ende que se cultive o pcrriacutezo (Gecircn 1115) O trcbclho penetra 0ntco no iacuten tino do sr hlo fcz perto do plc-l1o fundascn tel dG Deus sSbre o gecircshynero hmlcno O pecedo entretrnto degrade o honea E dai Oi~l dicmtc cnte s de expriuir e puj nccedil a do hOXCLl IacuteElcgem do Daus I o trcbclho se torno mIC (1ccedil20 uacuterdue e penosc__ Nturclwmte o tr~bclho devcrio SGr ULm ctividdu ospontacircnee e cIcgre uas pelo peocdo torno-so eacutelificil o doloroso A EncDrnaccedilatildeo e c Redonccedilco renovem cste visno dcndo UH sentido portioipcntenente criedor c rodemtor co cgir huncno J DOSDO se

bull do o trobclho Url~ tnrofc rclua nocircIe se desvende a r1c~is iacutentiLH1 o funshydemental espcrcnccedile do hOUOtH a eSIJorenccedilc da Sc~lvcccedilco

A oul turo nodorne cpresentc cOrJa denominedor COL1Uru o huaanisI10 do trobclho f eacute c pcrtir decircle que os veIocircres se torna0 fundcuontados t O houeu constroacutei un ~undo hunano onde se hun~niza huucniznneacutelo Eu SU41ns o brcbclho reIccione o hOIJOD con o mundo hU1cniza e 11turoze c oOtlunicn os hODens ~ntr8 si dando agrave accedilecirco hUDcnn UDe rcsponsobilidede universel

5

bull

rodo vlor do tr~ ~ ~ z e obre per cle p llZJshy

do antas - expressc o vclor doacute hOIlOU que pelo-tr~ r~vc~e o lnshytino do seu ser r sue trcnsecndecircncicv sobre o LlUndo 1 sue occedilco cricdore de UE D~O huunllo Ecirc pois o trcbelhoque revele o sentido do hoshy08n Ecirc po ser ecircle dinaDislo proacutenrio de UTl secircr consoiente e livrG~ que gcnha a suo digniclcdo CJB F~doJentcccedilEo de Viver 5 Lutcr PiP 5-7)

o hone1 eacute UI ser de relcccedilotildees COtlO ser consciente dicmte de nfl tureza ecircle nca cpel1CS c conhece L1oS troneforna-a pelo trobclha h ncnizan~c e ctrcveacutes do trcbclho se conunico eoo os outros honena Este conuniccccedilco entre os honens pode ser feit~ sob ducs forocsl de reeonhe~iDcnto e de douiu~ccedilCo

A conuniceccedilco eacute de reconnampuacuteinonto q~ndo uma pesso procure ~~~ tor a singulcridcde de outra nunc atitude de reconheciuwnto e de coor qucndo nco h~ conuniccdos j nas conuniccccedil~ qucndo nco heacute ct~~middot tude de deBpotisoo ou de sinples indiferenccedilc pelo que o outro eacute nas sitlum atitude de CJ10X e de respeito pelo outro 0000 pessoc cono sujeito COLlO ser presente-no nundo responseacutevel pelos outros seres Nilo posse elessi cr neI1 definir o outro 1 mcs ccredito nele c o resP Ed to Enfim c cOLluniccccedilatildeo sob e forJlc de reconheciucnto eacute equ~ la que se dirige co sujei to e quer sue reclizeccedilco oono pessoe coco liberdeee qucisquer que sejen seus dons ou defeitos

Acirco contr6rio c couuniceccedilecirco se fez so~ e fornE) de dO~Jincccedilecircoquca do treto o outro COilO objeto quendo o treta CODO U11 auscmtc 00110

un repertoacuterio ele dominc~co qu lO podu ser uacutetil ou cano Ui1 instruuc) to ~ minhe clisposi2coll Enumucl Eounier f O PcrsonclisLlop 63) Hn re~cccedilecirco de cloLlIacutencccedilao o qu ccontGce oacute UJl iechcnonto socircbre O cu N~o shy

hcuu BoviwmtodQ 2l pcrc O tu~ e fir1 de se chegu ao ~1 estebolg condo cs uumlTl bcses ro~is uw l1undo do crioccedileo hUJ1Cllc Fincll1ontc pocle~se dizer quo e counicoccedilecirco ele doninoccedilco rigoroscDcnto f c1cndo

N N N N

nco Indo suumlr to~ 0010 C ol1uniccccedil 00 porquG nco hc unc rolcccedil-o do eonsciecircllcics ncs cponcs cOlunicedos ou inposiccedilotildees entre honens

Lbrowos r t cu que u c t r[wes d C comunJccccedilco cntVi C~1b I ro os h ODeus q~e o hO_lGLl recrio c Ci~ ~middotQDQn to i pcrticipcndo t CSSIacuteLi t no c to de Crif geo EstL COUll1iccccedilotilde-o ecircste [to de CDor eacute o reflexo do Deus na criashyture t rio lODOU

NIrbullcs c nluni CCccedil co entre Deus e o hOLleo nco se r~ SUllG nc obro do bull I

crJcccedilco 6l )U8 Deus se Imnifesta poreacuten eacute um~ relGccedilco que continua a existir e 2 reclizcr-se c trotildeveacutes dos teupos e que v~i cteacute a Pcrus1~

6

Natildeo se pode falar eu cormnicnccedilatildeo desoonhecendo-se os meios que possibilitem sua realizaccedilatildeo

O primeiro decircles eacute o lrab_2J11o O trnbclho cooo j5__foi c1itot~ansect forma e na-cureza y ateste a vide hunane e e aperfeiccediloa -S e tclben a nosso ver o principel meio pelo qual o honem se comunicc COB os ou~ tros homens

Ao lado do trabalho outro ~leio de comunicaccedil~o que mereee um real - t t daes aque e a ~JLu~aJLao Se entendernos e ace~ armas a e uoaccedilao omo pr~ cesso global de reelizaccedilatildeo hUllllme que iaplica eu accedilatildeo cperfeiccediloadorc nco soacute por pcrte do educ2ndo Em8 tG~1beacutem por perte do educador procosect so pelo qual o honeu cresce no contato eoo os outros h011ons e 001 a nCtureza tr2nsforwmdo estc em cultura e conunicando-ee com os outroe

t 1 d n e ducaccedilco soro necesser~cl]en e a~a ogo sera I1e~o o COE1Ul1~CCCcedilco ou a comuniceccedilatildeo por excel~ncia

Outro meio que nos pcrece UlJ dos wuumls espontecircneos c por isso I18sect

OOUI dos mcis rioos eacute G Ete_l-012~ar A arte populr lonifostc a sensibiliclcde geral dos que c praticCil por UL1C seleccedilro de lotivos que sco ume espeacutecie de lingucgeJl oifr2da Por detraacutes desses elOiwJltos apashyren temente sinples apcrcnteilcmte desconexos mui tos VecircZiCS 00 observS

t N f t bulld or es t remh o e pouco d esev~scoO 03 00 cs ~n ~n~ es e ver~aiacutel~S3~Ke ex pcriEacutelncics relizcdcs por m1i-bcs geraccedilotildeos (IIEB Justific~ccedil2o de lIVi ver eacute Lutcr p 86)

Ao lado dessos meios tclvez os a2is ricos lembrorelOS OUbros 02 110 veremos c seguir

L QQPv~~_rsQ por e~eLlplo eacute Ul1 decircles No meio rurcl sobrotudool2 tono o lugcr da lintUcgen escritc Lpresentc-se sob os forlcs Dsis vcshyriadcs I desde os ilbate-papos os liDoxericos 1i oteacute os notcias que s~o trczidas dos oentros urbonos atrovGs do Severino que foi c feiro ou do chofer de ocninhOcirco que pcsse todos os dics 11 estrcdcbull

Ao Icdo ele converse orol outro Deio de coouniccccedil~o que uercce ser lembredo eacute ~ 9orr~on~~Icj_c ccrtcs d negoacuteoio assuntos fc1ilic shyres pcrtioipoccediloes socicis eto Tudo isso e cssunto dr converse ascri shytc Reconhecendo a ililport~l1cia decircsse Deio lar1ontcoos o fe-to do Lmi tos homens n~o o podoreo utilizcr parc 80 OOrluniccr eoo outros hOlJGns as a cOL1un~caccedilco ~ s t coril o IV~Den t o d c t n-oc d ~~nc~a aOSOl1VO ocn~ca N prrou ci Houve uo ercnde cperfciccediloL1CntO liiacuteovos meios surgiran tJleacutecrcfo telefone iaprensa r5dio cincuc televisatildeo etc

o te~bgr~fo por exe~lplo vaio resolver o problerlc dr rcotildepidoz dr comunicccedilco uumlscr~ ta eilborc 8ejr UL leio ustdo qu~so quo c~clusivrDonshyte nc zonc ul~bncbull J2 0 tuumllofone necirco soacute fccili tou L1cs t-Llbbruuml foi UDa sOiuccedilao pcr COlSCs CTI r~gc GGg~en UH rU~uCS que t es ob tOr~c1Cm t c

cont1to direto ou escrito Desdo os reccdoa utilit~rios os ch~nCldos o

7

bullbull

e pedidos de fornecin8nto ctC os siuples bcto-prpos o telefone siJ shy1 f t t R t 1 b bull (lUP J Joou nuJ o c CC~lunJC-Ccediloo c CJs nOJe es c 0Ll rer 1ioa~vJe c ~ t lo no nosso pCJs esse -18JO ele CODU11JCCcediloO S0 ros rJngc quase 2pono8 c

tzona urb cne e cssJr1 UClSilO prGocrlc10n e

CorJl relccedileo c~ iruumlpronsc podo se dizer quo lc foi 9U030 Ull suco A N - A

dana0 de convorscccedilco orel e de corrcspondcncie COLlO est2 t ele uuml touumlshyb d d er1 voa c UD grcn e nUDero ao l1OrJons

O hOLWD ctuclBGnte t conte cor outros rteios de OOUU-YJ1CCcedilCO

O oine~ por exenplo quendo beD reelisodo eacute uu dos neios noisbull bull 110 d d 1 t rJcos CJneDc G U110 espcele e De JoClor en re nos e c proprle VJClc

entre os ngtssos olhos e dos outros llomens Atrcveacutes do c11180 o houon torna-se trc~nsporente i luz eloqientc dirige se pcrc o rosto os olhos que nos revelcl c SU2 personelidede Uco Llportc quo seja o

t t t fN U t vlgCrJO o pros 2 u C ou o or 00 112 purgun C seLlpre G I GljjC que]H HA

Sco eles CruzcDos diricllente COD centcmes de pessos nca neo nos encontrDos Feltc-nos teopo pcrc isto e sobretudo disponibilidede Eol olhemos o proacutexirlo O hote~ torlo se UD eoisu u- objotol pcrc o Jutro hOD8l 1188 o cineLlJ nos obriga senpre e pergunte qUOl s~o ocircles E ueis cindc nos leve ~ indcgoccedil~o qUCD sou eu (Guido Logger sscc Educar pare o Cineua ColoccedilGO ~ducer perc e Vide Cedorno 2Peshytroacutepolis Vozes p 7) Coo VODOS D iuportecircncic do cincua OOilO l1cio de conunic~ccedil2o t enorLle InfclizJonte eacute tc-beacuten G ~oIillClc rcstl~i to c zono urbcn c bull

(J t d d middotun o 0 ro -20 cpeser e sr ur iJeJO Donos rJCo quo o cJl1euC t

sue penGtroccedil~o c-uuito D~ior O rtdio chego aos lugaros do acesso ixds difici Por seu intaroacutedio o honen de zonc rurcl por oceuplo podo tot1c~r conhEciJcnto no soacute do quo 80 pcssc nc~ cidcde proacute~i~l~ 1~CS tCj~1-beacuteIl no p2is no rundo O proacuteprio middotfeto de o reacutedio ser utilizdo cono UiJ ins trunento dE oduceccedilo Oacute UL1 prove de seu vgtlor

Entre o Oi1101C C o reacutedio poder-se-it) situer o te18visecirco Necirco res t duacutevidc qUG G U1 elos Lcios 1i8 Dod)rnos do conunic-~ccedil2Co~-middot-que nOD

seGpre 6 be~ aprovQitdo Sue influ3ncia ontretento fico licitada co Deio urbeno ou colhor oos gr~ndcs centros

middot T d cvJ e ncO so pode flccr prosoAost0S D010S de coo c COu11CoCcedilCO

10 sendo os uacutenicos Outros eJds-cer e dCSClroqI1hD UD pcpel deoisivo so bre es populeccedilotildees co~o eacute o ocso dcs estrcdcs que pouco c pouco vOtildeOacute ligendo deg pois todo Sobretudo o tr~fego ceacutereo inpriDc e estos co~un ccccedilotildees a repidez do seacuteculo

A tu-liiacutel mte j~ nco constitui novidcd0 clgune dizer-se que grcJlde nUacutet10ro de brcsiloiros no pcrtioipe de vide culturol do Pcs Nel se] pre poreacuten se teu consciecircncie de Que c ciorie dos horous 1S0 ti _tu

bull 8 bull

10it~ dc 21lJ t~f rillS sim Qbjcto dc cul tUla de una li~oric e que o de sn~vel cul tural proporei ano UI1 tipo de i2crginclizcccedilco que dificulte e proacuteprio conuniccccedilco entre os homens e entre os diversos grupos soshycieis

o desniacutevel cultural gere COUUIlOnte desniacuteveis nos plenos Gconocircoishyco sociruuml poliacutetico e religioso Por cCuse decircsse desnivolanento e sociedede bresilcirc cteacute hoje esteacute forocdc por grupos culturclu0nta e strctific-dos Nco foruumlc UrJ tocio t no quel o rasul todo dCs olcboro shyccedilotildees cultur~is eacute pcrticipcdo por todos oesoo que ecircles ~~o pcrticipeo dcs oeSLlC8 etivid~deacuteS ou no ueSLlO niacutevel Todos colcboran 112 oleboro shyccedilco oul turcl uCs nen todos taJ tido oportunidcde de prticipcr pro shy

bull porcionclnonte dr suo 8ignific-ccedileo Ore isso nco podo ser coeito ~ preciso trouumlher por UD tipo de socicdcde eL1 que se aceite o so epro voi tee oontribuiccedilco de todos s preciso trebClhcr por up tipo de 80- ciedcde onde o oulturc suje cepcz de sotisf~zer ~s verdodoircs e toshytcis necuacutessid~des do houem

tI d-- necosscr~o ~r bOl clCro qU8 qU1 quer t N o~cs G ~n uumlnccediloo propor shycioncr co houcu 1lgun loio do il-lhoric cul turl teLl quo prtir decircle

e h Jvo raSSDO TGJ-S8 (Ueacute pc_r t lr d o prlnc~p~o que AIc oucn o o 10 t pr~u

cipc_l de sue proacutepric forneccedilco TOl-se que cjudcr o houou e se si tU8r eu seu contexto e scb0r distinfllir o que o difercnci1 ossenciclL1ente ds estrutures sociis dos conclicion~i8ntos de n1turczc c dos outros hO1ens 11 A priuoirc terofe do crist2iacuteo sc rochlOnte for crredo de

d e t f OSSi3S d obI- SUJClCO t lo scrlco e rns orucr nOeacuteOnSG JGtO GI c ornoshyrG_luen teilcgel de Deus se outoconfigurcnclo bull TI) so este cutooonfigushy

so so pod G f czer nc t t~Vldcde conSClOnC~ose ov~shyrcccedilco ln erSUDJO dente quo o hOiJo nso pode sor suj i to de cul tur sc so intogror no processo culturcl socil G hist6rico

RetoJl1CO ncis ur~ vez o cua j~ foi dito lonbrc~roDos que D

eccedileo hUHcnc per ser counicccedileo -elos honans entro si ter sClprc une d~oanseo socicl 1l cul turc protildepricwnte di tc nco eacute o produto dc 0- ccedileo do hOtleLl singulcr l2CS dos hOD8ns socicloGnte relrcioncdos Se e cfirncccedilco do hocen ele n turezo trcnsoendendo-o e trnsfOrj~lcnshydo-c 6n teo el eacute 0010 prosenccedilc c~o homeo no rlundo elenento de ligoshyccedil~o dGS hOBens entre si~ por isso ten que ser vivida por todos proshyporcio~elnento Cricdores decircsSG ~undo humno todos s~o rosponsaacuteveis pesso~uumlLlimte 8 8ilqucnto todo sociol pelo justiccedilo e injusticcedilo do or-

A shyden hUD~no de que eles so sujeitos Aceitcr ou recuscr injusticcedila1

(~c oreleu 20cic~1 n3o eacute torefc do hOllel isolcdo DC-S de toclos os honcns mqucnto secircres conscientes livres G c o JlUni teacuterios

A condiccedilecirco priueiro pc~r~ quo o hOrl211 s~ ~001izc COD0 pOSSOB e

que os direi tos que 8Llcnau de suo proacuteprio neturezc sejcl respeitcdos Dntre os v~rios direitos scliunt~rcDOs os seguintes

9 bull

tA bull direito e eX1senc1~ bull eacutetiroi to 03 [leios l1cousstrios prc viver dignDL1011~O ~ direito ~ pesquise do vurdcdo e c infor~~ccedil~o vo=dico sabre 03

oconteeiuentos puacuteblicos bull diroito D p~rticipor dos bens do culture o ~ oduccccedil~o

direito yscolher livro~o~to sou prampprio ostndo du vider

diroi to trcbclhcr liVrElllOnte e de flOdo hULICnO J ~ N d bull o oons1re1uO oqU~S1Ccedil~O de

direi to [ locomover-se clontro de counidcde poliacutetioc diroito o associ~r-so direito c pcrticiper ctiv~~0ntc de vide puacuteblico

bull (pere ULl estudo deste prte vuumlr ospocicljJcnt~ c encolioc eGD in Terris paraacutegrefos 11 c 27 e c Doelcraccedilco dos Direitos do L1el de ONU t 011 1948)

Couo os direiios do possoo ast~o bOE axplicitcdos no p~ocu in Terris e CODO o tono Cultura pcrticul~rjJQnte no osp0eto do nU8ossidoshyde de todos pcrticiporc~ o cprovuitDro~ dos benefiacutecios de obro cultushyrol ~ abordcdo 00 outro perte do Fund~u8ntDccedilno verODOS oqui epencs o cspccto referente 00 direi middotto que middotGodos os hOiluns tOcircil Oacute instruccedilecirco o educcr-sc

Como j~ foi visto cduc~r ~ l0vcr o hOill~D c t08~r consci~ncia da S8U ppcl d0 sUji to do clmdo 6 illtogrcr clguOacuteLl n~ obro cul tur-l nc dh t occcedilco o 0-011 que rcnsforlc o nrdiurezc A educcccedilo e UIl~ oaG~ncJc uuml

Uil direi to ele todos Ul conc1iccedil~o pr~ quJ o h0L10 se roclizCi c so Af1rre aouo pessoE

Hd d t o d cut t d cE) uccccedileo uumlvero ser u 1nSl1ucwn u o-conSC~Cj1 Jzcccedilco nu grondu co1tiJiacutemto huneno quo vivo otilde llcroacuteoIl d- vide culturcl Di) voreacute ojuder o hOI1oU e tOoos os honollS a S0 de silnvolvoreu G c se intoshygrcreu no couunidodo trczondo pare elo os riquezas individueis o do grupo Todavia pcro que iste econtoccedila n uacuteducaccedil~o teu de ser pfrc tE dos tera de ser pcrc o povo =os que se exige dD uuo 0duccccedil~0 que so quor cbertc c todos uno educcccedilatildeo poro o povo Exige-so que 010 sirva

iE t od os e nlto cpencg o esmiddotcc ou oquelo clsse c estes ou oquoloB n-t~recircsses Oige-so que sejc flexiacutevel e responde agraves necessidc-dcs e ex gencics dos crcndes setocircrGs sooiois cnergentes c vide l1tcional

esoo10 couo instruDcnto d~ do~oerctizcccedilampo de culturc e~bGr~ n1o ~pencs orientar os que c procurnn DeilOCrctizedo sue funccedilotildeo sur~ ncis Llportaute reprflsentar o povo integrcmclo-o n sociodcderaquo necirco pcrc quo ~le se torne consuuidor pcssivo do u1c cultura que natildeo f3z

- ocs pcrc que sejo trcnsforuodor ( criedor de cul turco

Podemos concluir Qste i toa dizendo n8o se pode cccIacuteiicr uu odushycccedil~o 00 quo t5dc e quclquer plt880e nco encontro oondiccedilotildees pore uo cutentic~ reelizeccedilco UlJL ecluc~ccedilecirco que nco possibilito o rGalizfccedilecirco dcs exigol1cics de hUDcnizcccedilecirco senpre cresclmto d possoc htE1Dilo

bull 10 bull

11 d t 1 d 1 dmiddot bmiddot s t r ~ c O si~ pvssor 8 8 C -1) O SCC1C qUiacuteJ n1nguel1 pO 0 ~ --- L

llccedilSiJO O viver n(- nod v01ccr co Pi SOL 1wnbrer-s0 elOS ili1OS ~ ~ fmiddot

propr10 d0 cCde hOilOl ctingir sue p-r (iccedilco nc COiUl1lC~CcedilCO COE os outros Tl socicbi1iclcdt) i priilOiro lu~cr SU 8xprine nc cOLltmide d( fclilicr ond o hOllOl~l 0 c _ulhQr constituiacutedos n ~_[3~_4iuli9-qs so ordene1 uu co outro cos filhos pelo vinculo do cDor pJssocl ll

bull

Prre quo fcLiacutelio cjude ruacutecluente c rcclizcccedil3o de seus lllbros 6 necess6rio Que ele decirc eonciccedilotildees pcr qU0 todos d~sonvolvcll sue pIJrshy

bull sonclidcdo u hcjn uc vordcdoiro respoito e cccitcccedileo antro todos ~ Jf d cdrproc1so qUG sOJcu cC81tcS todcs cs Q1 urenccedilcs C V1 C propr1c U0 LO ~

UH cssio COI10 sucs inicietiVcs Isso soacute Se processe no QntcllcG qucn do heacute roeln-n to c orficnccedil c bull Jll tG ajUS Dunbros quc~ndo h~ COiu1ic~~ccedilecircotilde ErJ ULle pclvrc qundo h~ caor

PCrtindo dtisscs cloc ccedilotildecs ampo-nos conte que o middot~binto oni 1 soe Ul 1b1011t e -COCtOS Su r0 lJZCll qUnd o G0US Q bull 81cr onou L~OLQl(l~_

DO disporsos p=los unccrgos qu~ tGu for~ da ccsc so suumlntu~ felizes quendo se GnContrcll ou C]u-ndo os filhos gurrdu d-~ inf~ncic ou de juvGntudlt c lc~br-nccedil- du ua l-r onde cncontrcrcJ1 clOr Cf por isso

l J Omiddot t conuJccedilocs pcr~ su uosbnvolv0re~ S pc1S qua procurc~ crJcr cu oucs

P

CS occsiotildecs ULl sabi0i1to ojldo os filhos sojml considcrmlos COLO sujuumlishytos t COi10 soros dotedos d0 cOl1sci~nci e libordcdc sco sJ71prG r(COishy

Iiacutens- d s Lmiddotmiddotmiddotmiddot~brnmiddotmiddotmiddotos ~ 1nc~- ~ lU~ f~middotmiddotl1llmiddot on j s u UO n --Dros tJo ~JJ ~ oIl~ t- d - - 1_114 tond n

v c rdcd i rC1i utCJ t c rocliz8rJ~l-sG n2o eacute cquol2 onde h5 lUi to Ginhoiro I1CS onde h~ U11 lliacutenino da condiccedilotildees hUl1cncs uuml clOr onde toeos sro trs tedos co~o suji to o nco nOLiO coisa (VGr Jeccqu~s L8clorq Vore UIW

P~lIacutelle P-ris t d UniV(1~8i trircs 1962 ccpV)

A feJiacutelie t8D dirQi to e c-rtcs condiccedilotildelts tento do l1ctur0zc ecoshynOcirclica G social coa0 cul-curel ~lorcl que contribuCiJ pcxc consolida lc e cLlpcreacute-lc no dos0mpJllho do sue funccedilco (PTsect16) 802 lS lliacuteniIleOshycondiccedilotildees Gl h~bi tc~ccedil~o c de ltJsccbi11d-de 8conocircuice por oxoplo c f

1 d d b 111 ~C neo po uumlrc 11JU cr c todos sous Wil ros c sc Qcsenvo VQrOl o [1

s~ ro~liz2ra~ co~a plS80cS

Por outro ldo ilCOLlpotc Cos pcis o prioridcd0 do eacuteiroi to N 1 I ~) A ques t co do sustento o oducCccedilco dos proprlos f11hos PT ~17 80 eles

os educodores netos do seus filhos 1l U8 diriaacuteto L1[8 ( tcnbeb Ul doshyvor qUl corresp mdG co diroi to Que tel os filhos de exigir decircluuml6 ecircsto cuidcdo Dste oduccccedil~ot co~o o sustento aos filhos davo prolongcr-sont t t - qUl os es 011 COn01ccedilo08 nortle18 posscn v~ver por oon ~ proprle bull

roclizccedil3o de uu f~liacuteli~ no dcv t ~l

teric ~s qUG tecircm condiccedilotildees pcre qU0 seus m0~bros 80 rGclizo~ dGVG~ sr UL1 COlSC 013018 cUGJ ~bull

shyder UL1 pouco d G 81 C outres qu nca goznrl decircsses ~osuo vclampras

bull 11 bull

A pessoa por essSncie uu ser soci~l Por ser U2 todo ~b0rto e gneroso conforoc ~ oxprossecirc1o de lseri tein eacute que lhe uacute peculir un corte eburturr - cO[luniocccedil~o Q quc 01- teLl que vivor 0-1 sociodcshydv ~ no oontQto 001 os outros houcns no dieacutelogo quo o hOiJon so dli scobr8 e se integr ne couunid~cle 1 couunid~de aebo cjudcr o hoshyne1 c c tingir plenewunte sues porfiacuteJiccedilotildees c se roelizer

Segundo Leco XIII II Cbull soci0declo nco foi ins ti tuiacutede de lodo quw o hOlJOL1 c busque 00110 ULl fiLl i~cs pcrc que nele uuml por ole posshysue neios eficezcs per~ sue proacutepric pcrfoiccedilecirco ll (SC194) TI Joco X~III ne Pecon in Terris ll diz quo II sando os honans socieis por ncshyturezc ecirc lister que convivQu uns cou os outros Q prouov[~n o bca uuacuteshytuo Por este rezatildeo eacute GxiGocircnoie do u~m sociedede hUijnc bel consti shytuiacutedc que ~lutueuentG sc jeLl roconhecidos e cULlpridos os ruspoctivos diacuterGi tos e dGvres SO[110-S0 itUQILonte qU0 todos dcvcn tr-zor D

sue proacutepric cOl1tribuiccedilecirco c oonstruccedilecirco de uue sociodedell(PT 31)

lIGs C construccedilatildeo elo Ul novo tipo dli sociuacutededo de U~lo sociodode D~is hUDGnc duacutependern d~ col~borcccedil~o de todos dns diferontes rolishygiotildees dos divorsos grupos ~tnicos ou idooloacutegicos O cristco tOil que oster presente nesse novo tipo de sociodode Sue presenccedila eacute exigide pele ceridc~dc e eacute Ul1 iupcrctivo do proacuteprio Evmgolho Por outro lc-cla esso pruumlsonccedile tou que ser efetive orgenizc~de t preciso d0scobrir unc fOrrIo que Delhor possibilite c todos porticiper ctiveLlonto no sociedcduuml 0 de exercer plenruluumll1te o pepel de sujeito ne construccedil~o delo O hooeu CaDa sujeito de Histoacuterie n~o pOdO dcixor do p~rticishypcr direte ou indiretcilOnte de vide puacuteblico Sogundo Jono XXIII bull die c dia so torno une exig~ncie da proacuteprie dignidodo hUrlono poder toner perte ctiva ne vide puacuteblico aubore verie e Bodelid-de desse

t middotmiddot 11 (p 7 ) per 1C1pcccedileo ~ 3

bull 12 bull

bull

BIBLIOGRAFIA p~R APROFUlTDiIEHTO DESTA 1amp PLRTE

1 Lebret - lIcnifesto por uua Civilizcccedil[1o Solideacuteria Livrcric Duca Cidedes Sno Pcu10 bull

2 Joffre DUL1DZedier - Refleacutexions sur lEntrcinenent ~(mtc1 PEG Peria

3 lkul Lcndiu Educcccedilco e Conscientizeccedilco Docuoento de Estudo elo LI~B

4 ELliJcnuel ounier O PorsonclisLlo Livrcric 1or~is Ik1i tocircrc Lisect boc 1960

5 Rocno Guordini - O l_tmdo o c Pessoo Livrcric Ducs CidcdcStS~O Paulo 1963

6 Jean Louroux - VOC2ccedilco Criste elo HOL1er~ FlcDboy~nt

7 Jacques Leclerq Vers lln0 Fcuille Nouvelle Editions Universishytaircs Pcris 1962

8 JOco XXIII - Pocen in Terris Editocircrn Vozes do Petl~bpolis

9 Henrique Voz - Iorol e Rosponscbilidado Socicl t i postilc de Esshytudos do 1iliB

10 Pierre Furter - Propositions p0ur une Etude de lAnolphcbetis~lC cu Breacutesil (uiueogrcfcdo)

-

2 ORGANIZLCcedilAtildeO

o trsbalho pareoe ser a primeira mola c~ue llOtivou algum tipo de orgcnizaccedilatildeo social de orGanizaccedilatildeo de pessocs CO~l um fim comum detershyminado natildeo nos estamos referindo ao tecircrmo trabalho como todo ti

IW ~po de accedilao humana t mss a p~oduccedilao de bens e serv~ccedilos para consu~o_ ~ difiacutecil imaotildeinar como o interecircsse dessa produccedilno edge a comunicaccedilao de experiecircncias de novas teacutec~icas de deseJOS e Gxpectativas quanto agrave boa diviseo dos seus frutos qua~lto enfim agrave Civisatildeo do trabalho ~ ra melhor atender agrave produccedilatildeo

J3ergson diz que o primeiro homem eacute o uhomo faber que usa sua inteligecircncia para a transformaccedilatildeo do mundo eu seu proveito e o distin gue do homo eapiens ll que posteriormente 8J)arecemiddot como aquecircle que iE terpreta e explica o mundo sem proveito ce COnSUIlO Hatildeo nos interessa discutir a justeza dessa distinccedilgo mas verificar a importacircncia que tem o trcbelho proagraveutivo (do homo faberH ) no primeiro momento em que surge o homem como tal E lembrar que a organiz~ccedilatildeo da sociedade procura ser uma racionalizaccedilatildeo da melhor maneira de se obter um oacuteti shymo de consumo de bens e serviccedilos seja por tocircda a sociedade seja por um grupo ou uma classe etc (bens que soacute poclea ser obtidos pelo trcba1ho humeurono)

~ntre as funccedilotildees da famiacutelia em tocircdas as sociedades (ver item s~ bre Estrutura Social desta Fundamentaccedilatildeo) as mais oomuns satildeo a pro shycriaccedilatildeo a satisfaccedilatildeo sexual e a produccedilatildeo sabemos que nem sempre

I l d ~ 1 dI t 1 t nOSsa sociedade bull Em muitos Ccsos o cesal continua ligado agraves respecti shyvas fa~iacutelias de origem se01 constituir nove fL~iacutelia s r mcrca distinshytiva decircsse tipo de famiacutelia eacute justemente o fctltgt ele constituir uma unishydade de produccedilatildeo e consumo = se o trebclho une tcmbeacutem divide pois algum tipo de divisatildeo eacute necessaacuterio em quclquer orgcnizcccedilnoJ a divisa0 do trabclho A divisatildeo do trcbrlho eacute o priBGiro tipo de distinccedilecirco de J~jiSecirco_c~ia~ que se conhece 1 presente eIil toclo e qualquer tipo de sociedade L~ compreendemos o fsto de diferentes pessoas exercerem a mesma tarefa produtiva em ~iferentes lugcres ou horas como cocirclher frutos ehl ampois bosques diferentes ou por turnos clterncdos o f~to de pessors diferentes exercere~ tarefas imediat~Jonte complementcrescoshymo o caso em que uns cpcnham os frutos e outros jUltom um faz as 00shyves e outro lanccedil~ es s~mentes ou taref~s natildeo imociatomente complemen tares como uns caccedilarem e out~os pl~illtarem ou um dirigir o trator e outro plantar Agrave medida que a sociedade se toxna m~is complexa por shyque o nuacutemero de funccedilotildees e papeacuteis a representar so multiplica vai- se perdendo c no~atildeo dessa complemantcriedade E nasce o mito do homem que IIse fecircz sozinhollJ eacute o horaem queacredita que nao deve a ningueacutem o seu suoesso ou sebecloria 011 experiencic De feto que rclcccedilatildeo pcrece ter um trabclhcdor rural quo natildeo conhece cc1ccedildo COID um operrrio quo

o casament o e ~ga o [ 1ei1~ ~a cu mlne~ra como se r c uo men e em

bull 14 bull

trabalha em fnbrica de sapatos Como nco sa vecirc relaccedilco imediata a tendecircncia eacute de se crer que nco heacute rel~ccedilatildeo elguma

o Erasil tem seguido clgum tipo de poliacutetica econocircmica consciente e mais ou menos planific~da haacute pelo menos dez anos No cnt~nto soacute

lt ino mJmento em que umc pol~ tica econom~ce pro-uz rGs~ scoa v~s~ve~s ~~

mediatcmente (desemprecircgo perda do poder amp0 a~uisiccedileo do bens c servi ~~

Ccedil06 por perte dos assalariados etc ) e ~ue 80 passa c~cr con~~onc~~

coletivorllonin da reloccediloo entre UDC politiro e o dia adio C o c-(lil trlJ~alhf dor Eo e1tc~1to essa relcccedilco sempre existiu e ~BS10 o fato de nco se ter UJc polt tica econocircmic8 conscientemente defuumluumldc produz tmbeacutem seus frutos pcrc ccda cidcdatildeo A coploxic1cde c~s L1terreloiotildees 50 cieis foz COIU que se perca ccde vez mois o ncccedilco de divisco do treshyOolho e conseqUentenente ele suo funccedilco soci1

Que to neis complexo a sociedede qucnto J~middotior c nuacutemero eacutete funshyccedilotildees e papeacuteiS diferentes c cumprir e rGpresenc2r l2ior se torna o deDendcnoia do homem do fruto sociol do trsbclJo Nume sociedade bcse ad no extrctivismo isto eacute cuja subsistocircnci- se bcseia nc I1penha de oonsumo produzidos pela natureza eacute ben mais posslvel que cede um seshy d t o b tAJa cepcz e execu er todes es funccediloas neC0SSor~as 2 propr~a su s~s cll

Qla J o mesmo nuo acon t ece 0B umc OOil1p1exe como o nossac SOC~GCeCle

e~ que co mesmo tempo oria novas necessidades pare os homens e es ~S tisfcz Bm uma cidade um hOillem que nco ~cccedilitcsse quclquer tipo de re

N ( Nshy

lcccedilco socicl com os outros homens o portc(lto neo comprosse nco venshydasse 5 n~o troccsse nco pedisse) primoircmente nco teric cso netl raupc ~ teria grcnde dificuldade pcrc febricor um linho ou ender muito at6 encontrar Uille eacutervore ou qulquer plcntc que n~o tivesse sido plentcdc ou cuidedo por outro homem =esmo que nco se trctesse eacute1c um homem de cidade o probleme n~o serie menor pois o mlnimo c di ~ z~r sorie Que ecircle certemente uscric os conhecimentos adquiridos dos outros e trcnsmi tidov por ales -__- - shy

22 Coopercccedil3o

~~ssa diviso do trcb-lho ncde mcis eacute port2ntot que um tipo de ecircoopereccedilco A cooperaccedilatildeo eacute o fenocircmeno de interrcloccedil~o sociel que cQ mo vimos ~CilllC e nos i tens reltivos otilde comHB9_es3amp ostecirc ne b-se messhyme de vide hum-ne ~lG pode oer meis ou menos evidente c mGis ou me shy

Anos obsourc mes este sempre presente Sebelilos no entcnto que se tQ de coopcrr~eo eacute de clgurn forme consciente (impllci ta subentendidr) ele pode neo ser expltci te (cLrcmente expresse) pcrc tocircde sociedade em todo momento De mesmc fo~mc tocircd sociod-eacutelc eacute orgenizedc e tocircdo orgenizcccedilOcirco eacute igualmente consciente (eL1borc nem selpre explici t~~m(mtc~ Viwos no entcnto como eacute ffcil perder-seI em um sociedodc ccde voz meis complex~ como e nosse e ~res~p~ desse ooopercccedilOcirco e desso orgcshynizaccedil20 onte ccda consciecircncie

De clgume forme poeacuteLe-se portrnto dizGr ~ue tocircdc coopercccedilco 6 dz -lgum modo orgcnizada Por isso qucndo dize10s que ht ooopereccedilatildeo noo orgcnizeda e que temos como objetivo e cooporcccediluumlo orgenizeda eacute

bull 15 bull

preeiso que scibcmos exatc~ante o que queremos dizer para nco co~e termos engcno

~ freqUente como vimos que a dependecircncia social do homem no estGjc expliacutecita em determinados momentos ou sotores de uma socieda de Vimos por exemplo como eacute comum c idEio do homem que se foz sQ zinhou e t~hloS notcin de importecircncic decisiv que ccde grupo etri shybui ~ sue proacuteprio funccedilecirco no sociedade Ume freso muito comum refereshyse ecircs clcsses produtoras ll qucndo hll um pronuoiamento ou ctividcde

bull 6 shy taqu-lquer J QUC reune cpencs donos de grcnde 6 ~roprc S=6 e noo o ca cs pessoas que produzem D co ~osmo t~wPOf supoe que haja classes que n~o nroduzem o ~ue pelo Bonos eacute difiacutecil de cceiter senl que se de

J IJ11termine de qu~ tipode ~~d~~q se este trat~ndo De mesma forme o

bull oouum a roforoncie cs clcrsos trebe1hcdorost qucndo scbemos que trc bc1ho ~middottocircdc accedil~o humcne oomo jeacute foi visto no itQ~ 12 de II Perto duumlstc Fun~~ontcccedilecirco

Isso tuc1o proveacutem de ttI compreensecirco Llcoffil1letc de profundc 1~ terrel~ccedilco sooiol que liga os ho~ons e ~s VbZCS do esquecimento e~ que c~em os objotivos o ~B f~~9otildees quo der~ origem ~ dctermin~ shydos tipos de COilportrnento ficndo npens ~stes 111tiGlos~ o que cQOnteoeu t por exmplo coc dcnccedilcs ou festos folel~ricell sendo o ccso ncia ri tente oio o~rncvel cujo relccedilecirco com o Qucresma perece hoje ~rc coincidecircnoia

~

Com cs tormcB clc3sioacuteo8 uumle eoopercccedilco aconteoe t mesma coise Os Obj0tivos podem 1ereacuteer-se no esquecimento e tpel1CS peranecerom forshyms de eomportcmento nem Sef1pre mui to compreensiacuteveis E 1sso torno [lcil percebermos como nco 6 s~ o esqueoimento dos objetivosL mas t~nbm o de especto~iacuteundmenteia dz ~rlte~A~~~~~ de eoopereccedilco que levem c quo certos comportmcntos nco produzem os frutos que ser1~ neeessnrio produzir~ Coopercccedil~o nco orgcniz~dGf ~ portento c 80010 re9ecirco oneleoa objeacutet1v08 neacuteo esto elr-rmente determindos e onde os meios pcrc otingi los nco satildeo eficientemente escolhidos Chcmcreoo~ co contrrio de coo~ercccedilco orgcnizde cquele o~ que seus pcrtic1p~ te~ deterIllincm os objetiv08 c escolhem 08 110i08 meis eficiantes e cdeCu~do8 p-r~ Co tingi los

~xista~ m~ltiplcs rorm~s de coopar~ccedilco nco orgniz~do n~ vidn do no~so h~mem rurcl O mutiro ~ c foroc meis ciiacuteundid~ a possivol oenta meia oomplexe de eOOpGrc9~0 no meio rurel Edsta em todo O Bresil com nanes divereos (ver a Justificccedil~o de ilViver eacute Luter) bull Co~siste essanci~lmenta em uu tr~b~lho volunttxio feito por veacuterics possocs prc ctender c umc necessideuumlo espccficc aerclzente da un peSaDo ou fL1lic que prgc com comccedil8 Q bebes Poco ser pedido pCillo i~tampresscco ou de inicictivc da outros qun~o tone o none de trci shyccedilco EB clguns lugnres eacute S9~pxe UfJC inici~tivo co pctratildeo ou propri~ tlxio que pcgo 0011 fcrt distribuiccedil(o de bebiqs Cono 0steacute portu to OOllunente cssooiedo tI feste CU0 o illt0resscdo PrOIlove no fira de joru-dc Ll clgu~e lug[res c pclvrcl ficou corno sinocircnimo de feste

A troce de dics eacute tcmbaacutem muito comum e consista numa troce de dics de serviccedilo entre diferentes passocs ou fcJlics Um ~gricul tor

bull 16 bull

pede ~ um grupo de amigos ou conheoidos pera cjud~lo em daterm1nnd~ tcrefn e os pega em outros tentos dics de serviccedilo

Um aspeoto importcnte do desenvolvimento do Pro~r~n eacute justcmen te o levantcmento c desoriccedilatildeo e n oriacutetica desses formes de coopere-9~O Com relnccedilEo a esses formes podemos observer o seguinte

le) sucnto cos objetivos _ ~ importcnte que ecircle s se tornem bem cleros t que aa eomunj

dedes seibam que estco cooperendo orgecircniccmente e nco nos esquece~ bull mos de que em elguns lugares mutiratildeo eacute sinocircnimo de festa e samp isso

- eacute necesseacuterio conscientizc~-se de que n ooopereccedileacuteo ~ tenocirc meno indispenseacutevel c vida sociel e que ele eacute constcnte e n~o ocns1oshynnl isso tereacute importentes conseqHecircncics quento coe meios de reoUzn ccedilco oonorete de atividades oooperativistas shy

- tento o mutir~o quento e troce de dies gucrd~ um especto deeisivcmente individucliste pois heacute ~jude mcs o~dc um tem n sun pr6prin produccedilco e seus proacuteprios problemes eacute evidente que se o mut1 ~ A N bull ~

rco fosse ~te e fese de oomercializeccedileo dos produtos nt1ngirin meshylhor seueacute objetivosl esse noCcedilao eacute muito importcnte pnre um conceito d oomunidnde enquanto EarticipcccedilcO e um fim comum mo~oo que samp aos nomic~man~e n exploraccedilco em oomum dos maios de produccedilco trcri~ anaL mes benefcios usando-se o ilesmo princpio do mutiratildeo muitos tashyzeuacutel em um s~ die o que um soacute natildeo frz eu muitos cli cs 11 bull

21) gucntoatilde eficiecircnoijl dos meios

c troce de dins eacute meis eficiente do que o lJutiratildeo no asshypacto de ilpage lI embore ombos sejcrn trnbclho vOlunteacuterio onde natildeo It

corre dinh~iro cmboe ~~o pcgos um com comes e bebes e outro com trcbc1ho o que COLlpenst reclmente 311e1ho1 evidente que uo s1steoc de Iltrocc de Llutirco serc muito ucis econocircmico e produtivo parc t2 dos do que comido e gebidc que se conSOLle num soacute die

- cmbos Sc iniciotivos isolod08 quo podem mui tesO vacirczes se choccr e podem tcmbeacutem ficer 00 sebor de siopeties ou ont1pctics pessonis n eficiecircncia certamente oumcntcric se focircssem iniciotivoe coletiv~ente consentidos

- gerelmente cmbos opcrecem quando h~ unccessidcdell iato eacute um plcntio ctrascdo ou perdido doenccedilc eto e o prezo neacuteo permi

~1 shyt e que ume so f~l~ io de conte de tudo se o sentido de oooperc9ao estiver bem cltro eacute feacutecil cOilpreender que umc ltxcvisecirco poderio Ctlatilde nucr os ecsos de nec~esidode como aumenter o rendimento do trebclho pcr~ todos

~videnteL1ene esses obsarvcccedilotildees neacuteo seacuteo completos mcs cpones sugestotildees pera umc cneacutelise o ser empreendido polcs equipes e pelae comunidedes

~ iaporttnte fri sar que Co eccedilecirco educ~tivo vi S ldo organiza90 eacute oultiorce e tem de edcpter-se GS condiccedilotildees e Eotivcccedilotildees de e~d~ o~munidede ~no eacute n finalidode de um tipo de cccedil~o ooopereiivist~ quo

bull 17 bull

a define como mais efioiente na educaccedilatildeo para uma cooperaccedilatildeo organizashyda ~uitas vecirczes somos levados a desprezar alguns tipos de organiza shyccedilatildeo de reoreaccedilatildeo visando finalidades mais Ilaltas ll

bull ULl time de futebol com diretoria organizada de qual todos os 860i08 partioipem ativamenshyte tomando deoisotildees ooletivas discutindo em oomum problemas do time pode ser meis efioiente para a organizaccedilatildeo poliacutetica de uma oomunidade do que um comi tecirc poliacute tioo do qual sOacute partioipam alfllns IIIderes

Tendo sido feito um lev~~tLmento pele cogwlidade das atividades de oooperaccedilatildeo organizada nesta r O aspeot~ de meios oonoretR~ de que trata o programe pode ser explorado atraves da esoolha de um tipo de atividade que a comunidade considere i~portampnte ou que precise de reformul~iotildees mais urgentes ~ clero que ecircs~es ~_~~s~_~tos de or~ nizcccedilatildeo nao podem ser generalizados e que neo sao efioiontes se tratashy

t Ados so teor20cmen 8 So a prat10a a que SUSC1 t ara esses me20sbull quo se-rordfo mais bem assessorados pela supervisatildeo do que atraveacutes de programa shyccedilao de aulas

Tocircda organizaccedilatildeo ou accedilatildeo organizada teu alguns aspootos esscncXds que neacuteo estatildeo neoessagraveriamente presentes em qu~lquer momento ou ativi dade las que devem ser alocnccedilcdos sendo por isso mesmo 06 objot1 shyvos do essessorio educetiva do EB neste niacutevol

- os fins da orgeniz~ccedilco ou objetivos goreis que se definem em uma tendecircncic ou espireccedilco do grupo que delo pcrtioipo mas que se devem tornor oom o te~pof conscientes e cleromente distintos (por eshyxemplo no Ocso de um clube de futebol e divers~o)

- Oa obj0tivos cspociacuteficos isto eacute ~quilo que eonoretcacnte se pretenc1c clccnccedilcr dentro eo Ui dotOIUumlll-do prczo ou periacuteodo ou Olil

occlc etividrde progrcucdo (por eorlluumlO roclizcr UJ torneio ou oonsshytruir c sede do olube)

- un pleno ou pelo menos umc prcvisco de ~tividades queatildeen tro do prazo ou periacuteodo detenlincdo dever~ lover aos objetivos propo~ tos (um loilco ew tel data U2 jocircgo com ingresso pcgo e~ tal dote ug

mutir~o em tol dcta pcrs oonstruir c sede to olubo)

- mm divisecirco de funccedilotildees que ir-se-~ ocrccteriznuo melhor oom o correr do te4lpo ocs quo se deve procurar definir prc avi ter oonflishytos

- Wl meoanismo perCo cs decisotildees que deve ser desde o iniacuteoio determincdo cindc que venhe cou o teiJpo e sofrer JlOdifiocccedilotildees

lsse cspecto formeI de org-nizcccedilecirco pode SOl objeto de eulcs llteoacute ricca nc base de releto de expcriocircncics de outres couunidedes Pode se reletcI oomo funoiono o clube tol oOuO 6 escolhido c diretoriecoshymo se planejou determindo ctividcde eto seil ceir em risco imedieto de meBsifiocccedilecirco nco eacute preciso friser que ~s experiecircnci~s devem ser muacutel tiacuteplaa e diferentes pare eyi ter o crglilento de cutoridcde

bull 18 bull

23 Ass~eintivismo

Desde ~ momento em que v Ronem nuo p~sso decisivo de sue evol~ 9CO soube que scbie - Pcsso de reflexco - (Teilhcrd de Cherdin) peacutessou c se ~firuer meis e mcis numa perspectiva sooial E agrave medida em que a vida em sociedade aucenta contrariamente ao que muitos pea saro tamo~m aumenta a chance do homem se afirmar mais profundamente como ser pessoal t~iginal Neste sentido a vida s2c1al natildeo se con~ titui apenas da soma dos indivduos mas a integraccedilao dos homens nushyma vida comunitaacuteria que tende a se tornar oada vez mais universal ~ o fenocircmeno cue Joatildeo XXIII oonsidera tatildeo bem oom deg nome de socializ~

IM 1- fccedilao B o termo sociacutealizalao tal como o emprega o Papa naos re ~ re apenas a um regime jur~dico de bens mas a um processo historioo s6cio-cultural global onde as comunicaccedilotildees fsicas satildeo mais freqne~ tes e maior o acesso aos inumeraacuteveis bens comuns ou comunicaacuteveisda humanidade tais como a informaccedilatildeo a educaccedilatildeo a cultura (JYCalvez ~glise et Soci~teacute nconomique e LI~nseignement Social de Jean XXIII shytditions =ontaigne Paris- Capo I )

~ importante notar sobretudo que Joatildeo ~~rII nao toma o renocircm~ no de sooializaccedilatildeo co~o algo que resulta apenas do desenvolvimento das t~cnicas das ciecircncias do progresso da produtividade etc mas o considera como 110 fato do homemll(JYCalvez) Assim dentro da sQ cializaccedilatildeo crescente o fenocircmeno associativisl10 1l natildeo eacute algo de ext~ rior apenas ao homem mas decorre tamb~u ce SUE no tureza mais ntishyma do seu II ser ll Quando os hOl11ens se associam natildeo ~ apenas em fun ccedilatildeo de um objetivo externo fixado (para u~ ~utiratildeo por exemplo)maseacute tsfbeacutem um LJOVill811to eacuteie S1i6 eacuteJesconte evoluccedilatildeo G uroacutenrio do homerl

A w ~ - (

a llte31dencia natural e qUEse incoerc~vel pnrUacute a vida social Joao XXIII) D historicemente ecircle tem esponCiclo a esse tendecircnoia oom as mais variadas formas de associaccedilatildeo decircsde o pl~~o internacional ateacute aos pequenos grupamentos Exemplo disso satildeo as vaacuterias organiz~otildeGs internacione~s os partidos polticos as sociedades recreativasesshyportivas culturais as associaccedilotildees de classe as associaccedilotildees proi~ aionais os sindicatos etc

Natildeo se pode no entanto - e isso eacute importante - atribuir o surgi mento de formas de associaccedilotildees somente agrave tendecircncia do homem para atilde vida social Haacute uma estreite interaccedilatildeo dessa tendecircncia com o progresshyso da teacutecnioa das ciecircncias dos meios de comunicaccedilatildeo ~stes fatocircres trazem de maneiras mais uiversas solicitaccedilotildees pera e intensiioc shyccedilatildeo da vida social e do associativismo t o ceso por exemplo de faacuteshybricas usinas induacutestrias que surgem e exigem um certo volume dematildeo de obra que leva um g~po de indivduos a se aproximar c estar fl~ sicemente em contato contiacutenuo assim como sua uni~o em tocircrno de deshyterminadas reivindicaccedilotildees (ex sindicato que luta por aumento de se llrios ou por mudanccedila de estruturas etc) Outro exemplo disso eacute o aparecimento de colonizaccedilatildeo agrcolc ue leva camuoneses screm- de uma dispersa0 geogrcfica e se concentrarem passando a-uma vida sooial mais intensa formcnuo te~beacutemf ~s vecirczes cooperativas clubes esportivos sindicatos etc

bull 19 bull

llas por outro lcdo eacute preciso considernIlnos que por suc vez o progresso de teacutecnica e das ciecircncias t bem como dos Llios de comun ecccedilatildeo t natildeo surgirDm de um c1eterdinismo cego 111bo1a nao sejamos seE pre senhores das focircrccedilas e das leis do natureza o que muitas vecirczes nos apareoe como um determinismo como ume necessidade exterior cshypencsL eacute fruto de gestos jaacute colOCfdos pelo homem II~ fruto dt humashynizcccedileo mesma de nctureza Co qua1 nos entregamos para exprimir no

1 h t dfso liberdade E ele resto e possJve ao amem novamen e mo ] lcar o determinismo que seus proacuteprios gestos criaram (Ver JYCclvez oshybre ci tede) bull

Outro ponto e considerr aqui eacute o pcpel do -Jst2do e a sua eresect cento intervenccedilco em nssuntos de interecircsse da ooletividade ~u1tas vecirczes a discussatildeo decircste ponto leva a posiccedilatildeo que em ncda eorrespol dem agrave verdadeira dimensatildeo da questatildeo Assim uns defendem opaixonashydemente e intervenccedilatildeo totcl do Dstado ao pesso que outros rejeitem qUflquer tipo de intervenccedilatildeomiddot hlwendo aindc um nuacutem~ro ponderaacutevel que aceita a intervenccedilno modercda Entretc~to o ponto central da quesshytatildeo n~o_~ se o Dstado deve e pode intervir t m~isou menos ~ imporshyt~~te nco considerar a crescente intervenccedilco C020 um deter~inismo cbSbluto JY Celvez interpretcndo o pensamento de Joco XXIII n ecircsse respeito elucide c questatildeo de mlmeirc sLp1uumls e precisai 11 O pcpc vecirc nesta intervenccedilatildeo um resultado ou cinda um sinal - um nd ee - da sociclizoccedil~o em curso tntes que urua ccusc Logo se Co in shytervenccedilco (lo Estedo ~ ume espostc c certas edecircncics de sociclizcIV ccedilao e tambem elgo de profund~ente ligado co tempo e co espaccedilo e um fenocircmeno situcdo histoacuterico nco pollondo existir r eceitcs unishyversais e perenes c ecircste respeito

A considorcccedilco decircsse ponto eacute import~~te pcTC o trcbclho de oompreens~o e cneacutelise criacutetica de presenccedile do ~stedo nas questotildees li gadcs sos movimentos de associaccedilatildeo e luta dos trcbe1hadores

Inuacutemeros teu sido os pronunciamentos textos leis que consid9 ram o importecircncic do associativismo 3m sucs vsrias forlcs recoshynhecendo-o como um direito ~is alguns dos rucis oonhecidos

ITodo homem tem direi to a orgcnizcr s1ndic~~tos e a necircles ingres sar para a prltteccedilco de seus interecircsses iacutel (Declarcccediluumlo dos Dicei tos dobull

Homem art23S4)

ti tl gcrrntida a liberdade de cssocicccedilotildeo p~rc fins 110i tos lieshynhuma associaccedilatildeo poderaacute ser oompu1soacuteriamente dissolvida sen~o em virtude de sentenccedila judicialll(ConstituiccedilOtildeo Brcsileiraart141sect12)

IIJfi livre a associaccedilatildeo profissional ou sindical sendo regula das por lei a forma de sua constituiccedilatildeo e sue representeccedilco legal nas convenccedilotildees co1etivrs de trcbclho e o exerciacuteco de funccedilotildees deleshygadas pelo poder puacuteblicotl(Constituiccedilatildeo Brasileira art 159)

UNe eacutepoca moderna umentou notevelmcnte o movimento assoeinti vo dos trcbclh~dores e foi reconhecido em oacuteercl nas disposiccedilotildees shy

bull 20 bull

fi

jurdioes dos Ilstcdos e ateacute no plano internecionel bullbullbull

IINco podemos todavia deixcr de notcr 00110 eacute ~til ou cteacute nece s~rio que c voz dos trcbclhcdores tenho possibilidade de se fezar o~ vir e ctender fora mesmo da ceda organismo produtivo e isto em to-

Imiddot 11 (t~middot - 94)d os os nJveJs bull l - bull

IlDa socicbilidcde ncturol de passoc humal1c~ proveacutem o direito de reuni~o e de associQccedil~o bem como o de conferir cs essocicccedil~es c for~ me que aos membros precer meis idocircnecs c finclidcde em viste e de cgir dentro destas por conte proacuteprio e risco conduzindo-os aos elm~ jrdos finsl (PT23)

~~ O ~ue foi dito acime eacute relctivo e textos legeis e pronunci~en tos do Pepe Joco XXIII No entcnto existem einde outres referecircncic~ entre DS queis cs mui to discutidcs de rrx

Uma forme de ossocicccedil~o oonsidercde importcntc eacute o sindicelisshymo surgido cpoacutes a Revoluccedileo Industrial Vnrios movimentos signifio~ tivos de trcbelhcdores EHLl wui tos pases ncscercm ou se desenvolveshyrum c partir do sindicelismo

No Brcsil o sindic~to foi oriedo nos noldes do sistemc sindi shyccl do fooismo i talirno princi prlmonte f e eacute extremamente 1igcdo 00

Poqer Puacuteblico Tocircdr- c vide sincliccl eacute proviste por lei A lei QstcbCcedil Ieee oS requisitos desde pGra G fundcccedilno e funcioncmento do sindic~ to ctecirc os fins prerrocativcs e deveres Aacute liberdade dentro do sin d~ccto entno eacute c liberdede que c legislcccedil~o sindiccl permite e proshyve Outra pcrticuleridedo do sindicclismo hreDilciro eacute c vorticclid~ de I sindicrtos federeccedilocirces confedercccedilatildeo prc cdl cDtegoria ( na cctegorics tr41beacutem sco previstcs pele lei) Uno eacute permitido que ceteshygories sindicais diferentes se cordenem numc horizontclidcdeAssim se 08 sindicctos dos metcluacutergioos e dos forrovi~riosf por exemplo quisessem se coordenlr seria impossvol (dentro de legislaccedileacuteo sind ccl brasileirc) Onde cctesoric deve (do ponto de viste de lei sindi CCl) desclvolver sues ctividdes sindiccia iso1cdclllente

N~ necess~rio obsorvcr que tcl estrltturc sindiccl tatildeo enfcixcda na roco do Poder Puacuteblico tir~~do muito dl necesseacuteria cutonomic dos sindicctos dendo foacutermules pcdronizedls de funcionamento pode trens formeacute-los num instrumento de clesse dirigente ~penas cleacutem de n~ dtr oportunidades de se desenvolver plenCLlfmte ~ ccocidcde dos sin dicclizodos e seus dirigentes de lIe1riare41 algo de proacuteprio dentro do sindiccto Da D necessidede dos dirigentes sindicais serem realshymente a oxpressco do clesse quer di zor SerG~1 pessoes que estejom prontos e trcbclhor reelmG~te no sentido des cspircccedilocirces de clc6seP~ ra Jsso e neoesscr~o que se tenhe conscienc~c LO que e e do quo poshyde ser o sindiceto como oacutereco vordodoiro cc prollloccedillio

bull 21 bull

Haacute disposiccedilotildees legEds m~Js ou menos antisas a raspei to da sin d1calizaccedilatildeo rural no Brasil Entretanto foi pr1ncipal~3nte fi partir de 1962 que o assunto tOllOU vulto e comeccedilaram a surgir v~rias disshyposiccedilotildees simIlificcndo a f O T1112Ccedilatildeo dos sindicatos rurcis pl~ooossomel to e expediccedilao de oartas sindicais

Dentre as vaacuterias disposiccedilotildees () as que natildeo soacute sintetizum a Flashyteacuteria jaacute re8~lada oomo apresenta aspectos novos S~O

- Lei nO 4214 de 231963 - Estatuto do Tr[b[~lh2dor Rushyral pub1ic~do no Di~rio Of cial da Uni~o em 1836

~ Portcrias nQs 346 e 347 de l76l96j- Regula0 a Orgc~1 zaccedilatildeo e o Reconhecimonto de Entidcdes Sindiccis Ruraio bull

Silil9-1octo OEstatuto do frcba1haGor Rural crt114 estntui~ liacuteoita a cssoci~ccedilao em sindiccto f para fine de estudo defese e ooo~ denaccedilno de seus interecircsses econocircmicos ou profissionais de todos os que como empregados ou OE1PT0odores exerccedilam atividades ou profis shysatildeo rurc1 i1

bull

Vemos entatildeo que de ~cocircrdo nou c pr~pr1a lei ~s fin~lid~des do sindicato secirco cmp1as l natildeo se reduzindo ecircle C Dera instr~~ento de rei vindiOcccedilno de essiatencia socie1 e ClgutitS melhorics econocircmiccs bull Para que ecircle oumpra tocircdas as suas fin~lidades tem ~ue ir muito cl~mBasshyta ver que cumpre-lhe tc~beacute~ c defese de interesses profissionaisde I d t ~ tmiddot bull en er ~n erasses prok~sS~OncJ3 nao e 80 consegu~r e~prQS ~mos ~crc

plantio melhor maquin~rio pere produccedilatildeo enfio melhores oondiccediloea de trcbnlho mas ~ sobretuco f-zor com que o trcbc1ho necirco seja red z1da a um mero fctor de produccedilatildeo mcs seja con8id~rcdo como a fon~c por excelecircncia de expressco hum~a Pera conseguir isso o sindishyceto teu que sc ocupar por defini9~o com c tarefa de destruir tocircdc forma de explortccedilotildeo do trcblho humOJlo Convoacutem notnr que 110m sem pre o aumento de produccedilatildeo corrosponde a umc verdadeira prOioccedilco do trabclhador como pessoc

liQ Pera uma vis~o coup10tc de fundaccedilatildeoprooassamento e funciona bull mento do sindicatover Leis e Portarias meneionauuml~sprircipa1mente e nova Portaria nordm71 de 2265quede oerta formaregu1amenta os arti shygos 115 e 116 do Estatdo TrabRuralD1ga-se de passagem que estamp Leital~m de dificultar a fundaccedilatildeo de sind1catosfragmenta demais a classe trabalhadora ruraloricndo dentro dela in~eras camptegoriasdiA tintas

() Lei d~~ada n Q 11 de 11101962 Portaria nO 355-A de 20(111962 Portcria nO 356-A de 2111J1962 Portaria 209-A de 2561962

bull 22 bull

Estatuto do Trabalhador Rural Ateacute a d~ta da criaccedilatildeo do Estatushy

to o--eatildenipotildei1eacirc -estampvatildeexecirciiicfotilde7a legislaccedilatildeo trabalh~sta (excetuanshydo o que diz respeito n possibilidade de sind1calizaccedilao) 2 art l da Oonsolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho que estatui as ~uestoes trabashylhistas no paraacutegrafo IIb il coloca os oamponeses fora dos seus poss veis benefiacuteoios Com a criaccedilco do Estatuto houve uma primeira consi deraccedil~o a certos aspectos da vida do trabalhador rural

t tmiddotmiddot d la gisltccedil~o urb1na pare o meio rural embora sejam duas realid~des bem diversas A proacutepria definiccedil(iacuteo Ciue ecircle daacute de trabalhador rural (art 2 Q) eacute impreoisa e se presta a v~rias interpretaccedilotildees de aoocircrdo com

C0110 e fecil notar o Csjatu o e quase uma ranspos1ccedila0

1os t var ~n eresses

l~as mesmo assim inedaptndo hAacute pontos considerados importa1 shytes ~ O caso principalmente dos artigos 11 bull oria a Carteira Pro M

fissiona1 de Trabalhador Rural 63middot disp~e s~bre o contrato de trashybalho ( que poder~ ser feito na proacutepria carteira proiacuteissional)~ l5~shye~ia um Conselho Arbitral A16m decircsses artigos eacute consi~er~da t~bem importante tocircda a disposiccedilatildeo socircbre sindicalizaccedilatildeo

~ nosso pcpel como movi~ento qUecirc pretende ser educativo atr~shyvecircs de toampos os meios e recursos com Que oontamos levar ns oo~unida das a perceberem o fenocircmeno do assooi~tivismo como inerente agrave pr~ pria ~~a humana e motivar a intenBificaccedil~o oonsciente e delibefada de formcs de associc9~0 que ~osscm responder 2S neoossuumlLdos percebi das a partir de une vis~o cr~tica do papel do homem no mundo

Iaso no entc~to nco quer dizer que devemos inccntivcr e ~ctishyver determinadas forruas de associa9~0 O nosso papel c ecircssc respeito ~ o de informar o que existe as earaotersticas de QCcedild0 ~nc e proashytampr n assessoria ccbve1 diente da escolha da comunidade que poder~ incluave oriar fol~as noves de cssociaccedilatildeo

Teoriocraente a econoTlic de mercado ou ocpi tclistlo reIJouso nurac toca de serviccedilos e bana entre dois tipos de gru~osl as unlcteacutees ec2 n~m1cas produtivas ou emprecircsas n~s unidcdes economic~s de consuao ou iacutec~iliar Ls famiacutelias prest~~ serviccedilos ~s emprecircsas recebendo ~~gnaen

Ao shyt o e as empresas produzem bens e serviccedilos para o consumo das iacute~liaa e recebem e~ trooa pcgcillento ~mboru ecircsse esquema sej~ muito ab3trashyto e seja s6 am esque~a serve para nos mostrar cono est~ dist~cia da disso c vide do honeQ rural Nesse esquema a famiacutelia soacute b so11d~

ai fW bull r i ~ no consumo mas nuo na produccedilco pois o facil 1nag1ncr como roxa shymente as pessoas de lmlC mesJc fcIagrave~lill ou que tenheo dooposos ElD ~o mum produzam mn comum spo ~ue trabalhem em una Llesuc euprocircso no meama seccediltio e na masoe sala o produto finel dC~ emprecircsCl (equilo quo - ) e comercializado vend1do as fcu~lias cbsolutcnente noo dopenda deshyles Seus ganhos tcmbeacuter1 ou s~o deciatildeidos pele etlprecircsll ou dependen de decisotildees coletivas (aumento de salaacuterio mnino dissiacutedios coleti shy

bull 23 bull

I vos etc) e muito r~r~cntc tecircm qualquer relcccedilatildeo 020 su~ produt1vid~

de ou copoeidcde da trobclho Na eoonomia da produ2ao portcnto mas mo os mombros de umc fcniacutelit nno sco solidaacuterios ano indiviacuteduos isolE dos CGdc ~ por si A id~in de atividade econocircmico comunit~ria dcpcn deric portnnto no moia urbcno de tocircdc uma lludonccedila de estrutura d~ haacutebitos e atitudes individualistcs

NOcirco eeonteee o Llosmo no vidc rurnl Via do regra c feLllit s~ oonstitui em unidcde de prod~ccedilco e oonsumo o que equivola a dizer que jtIacute existe tlgum tipo do ouprecircsa cOf1unit6ria pare uaor o esqucmc o que acima nos referimos Trctc~se portento natildeo de rczer surgir ~ vclor inteirnmente novo mais de cmplicr o raio de alccnoc de uampre_ sa oonlUni taacuteria que eacute c fCLllic bull Outro Telor positivo e que pode ser ccrreado nesse sentido eacute o mutirco Embora se deva ciacuteastor quclquer ideacuteia poeacutetioa lrio de mutirecirco cono trcbrlho ~eu pagaL o mutirecirco e a troca de dics sno indiacutecios oonoretos de que a oompeticcedilno econ~~1c~ nas oomunidcdes rurais n~o eacute consoiente neu atinge G agudas que cpreshysenta n~ cidade O mutir~o meswo pcgo n troce de dias me8~0 aendo trooc mostra que natildeo est~ presente c 1d~ia de que o SUOOS$O de ~ depende do insuoesso de outro E de f~to c cODpeticcedil~o eoon~m1cn no campo nco sc fez de meeiro c meeiro mes entre o produtor o o intero~ di~rio e por e edinnte

Outro ospeoto import~nte d~ ctividcde econ~micc do honeo rurc1 que ele nco visa de Iilodo gereI o lucro IlCS c subsistecircncici por isso c noccedilco de que - a propried~de deve ser usado pera o bau de todos e nco pcro o luoro individueI nco encontro cs aeSDes resistecircncics quo cn oontrorie entre cmpres~rios oujc ctividcde eoonocircuic~ se fund~entc no luoro A euprecircsc comunit~ria isto eacute ~ orgonizccco oomunitampric de

d - A po~tcntot apcrentemente vievel~ Tr~ c~se depro Uccedilco ceOnOil1Cc e t snshyber quais cs noccedilotildees que seacuteo fundcmenteis pcrc tel empreendi30nto

12) 2JLW1el~]0ecircS_e __d2_ uso dl Jal0Rriedcdel ~ tund~cntcl o conoeito de que c posse est~ condieioncdq 00 uso de propr1od~de o quo isto natildeo eacute um direito cbs02uto mcs tew une funccedilatildeo intrinsccmcnte soci01 (1)11f1116)

9) Q~_o~Lemo do_~c-l2~) do__trcbelh2 msse prob1cllc foi tl~~toclo na Fundamentoccedilao de Viver e Lutcr e se enoontra tClbom no item 12 d~ 2l perte deste Fund[Tl(mtoccedilecirciacuteo 1106 heacute olguns tspuumlctos que nos interesSD~ diretamente ncste ccso A ~pliocccedilatildeo concret~ dos princ~piGs ~l disoutidos lev~-nos ~ oonclusno de que neacuteo pode hever oomercial zaccedilecirco do trcbelho enquc11to tol Isto ~t necirco h~ nem pode hovcr hipocirct~ se do medir-se o trabalho ew tecircrmos de dinheiro j~ que o tr~bolhotem velor tronscendente leso eacute importante pcr~ cs tomndos de decisotildees soacute bre a divisatildeo do produto do tr~bolho Esta n~o pode ser sagravementa pro porcional ~ posse dos instrv~entos de produccedilco pois 0030 viuos c posse esteacute subordincdc 00 uso paro o bem de todos Por outro lcdon~o pode ser tambeacutem somente proporoionel agrave quantidede de trcbolho j~ que o velor realmente humcno do tr~bolho nro pode ser qucntif1cedo socircmenshyem sua apcrencia O item seguinte pode esolareoer-nos melhor

bull 24 bull

--

0) 9--Jll0bt~~ dc-~oJtg1~ejJde dc espeacuteoie Vinos qundo e8~shydc~oa O probloma de oomunic0ccedilno que fund~ente o progresso de histoshyric humcne ~ue cede indivcuo neacuteo pode reelizar plencmo~tc c essocircnshyoie de espeacutecie hun~na o quo portento os homens e todos suo solid~s nas conquistes e nos erros de humcnidedo Esse mesm~ doutrine eacute aonshyfirm~de no plnno sobr0n~turel pelo ooncoito do oomunh~o dos santoS

por outro l~do quo o - podo b ~ es Sabemos houam neo sucum 1r cut ccron eies sensiacuteveis (climonter-se proteger-se do frio) e quo qu~~do isshyBO ~contooe ecde UD de noacutes ~ solid~rio nG culpa~ Isso leva c que a sociodade Leve prover tS QPortul1idcdes pcrc que cede hOllOD sct1sfeccedilc esses necossidrdes que Sco diroi tos fund~lentais do hmJoLlbull

Em sUDe o probleme central de u~e atividGdo econoillIacutecc de ~i~o

conunit~rio eacute o do reconhecihlonto no plano do trabalho Co~o vimos ll~) i tem proacuteprio e comuniccccedilatildeo entre os homens pode fczor-se por doshyminoccedileo ou por reconheoimento ~os ecircsse reconheoiDento n~o pode ser

h Ot eor1co cbstreto tel quo oonoretlzar-se e111 oedc cccediloo umcne roshyoonhecimento do outro no plnno do trabalho eacute o que se coloo~ ou ploshyno mais elevedo jeacute que nrde h6 de meis nobre e essol1oiclmontc hushymano do que o trabelho

i01s c~r~ um excile de outros problemcs levcntedos por ULlC GlprOcircSo oomunit~rie pode-se ver Fr Jo~o Batiste Puumlreire dos Santos OP U~ NILABORL Uma Revoluccedileo ne Estruture de Emprecircso Livroric Du~s Cido bull das - Sco Pculo

Pode-se definir o occedilocirco poltice de vuacuterias Ilcnoirrs Uuo tltigc def - eLO h amem dlZ nCSlilO C1ue 1J e G Ull~ CnllllC1 ~ lCO o que eCJu~ilnlccedilco E0Lltmiddot vcleria c identificcr e e2~0 poliacutetice cor~ tocircdn eccedilno huJrJlc Sento Agostir~o vi~ o fim de cccedilco polticc assim como o de guerra n~ Fez defininco c Paz como ~ sctisfccedilecirco dos interecircsses de cidade ~ 01amp ro que C01 isso n Pnz de uuc cic~-ao poderia ser iLlposte Co outre is shyto eacute a sctisfcccedileo dos interossos de umc Sociadcde ou gAacute~po poco ser i3postn c outra Sociodede ou o outro grupo ModernnEcnte defino- so e accedilco poliacutetioo CODO equelc que procure conduzir ~ socied~de n~ busshyco do bOD cel21Ul Atuolnel1te tom-so definido taIJbeacutel2l c cccedilatildeo polticn COBO nquelc que busca utilizcr o poder do Estndo pcrc ctcncler 00 bo de SocioclCdo Esse funccedilocirco do EsJccdo ele mesme TJudou de oacutepoca do li berelis~o otoacute hOj0 Acredit~~do-sc quo es leis socieis c Gconocircnices orem IInctureis ll cefendie-se u tese de que eo Estado Cnberi~ cpon~s proteger ns libuumlrd~des individueis nco intervindo especialnuumlnte ne produccedilatildeo e no consumo A esse vis~o suoedeu eom o advento do sooi~ lismo e dns lutcs sindiccis e concepccedilco do um Est~do do Bem Estor So0101 A concepccedilatildeo neturolista c liberolisto jaacute nco eacute dcfcndide 00shymo tel e o que se discuto oacute o Gr~u de intensidade da intervonccedil~o esshytetal no vid~ puacuteblicc Mesmo nos paiacuteses onde o antigo liberalismo eacute tese ofioial - embora defenr1ido em formas atenuadas (neo-libera11omo)

bull 25 bull

oomo nos ~stados Unidos e no Brasil a intervenccedilatildeo estatal ~ una reashylidade Assim nos Estados Unidos por exemplo a diplomacia ~ftambeacute~ uma forma de defesa dos interecircsses comeroiais dos empres~rios norte-A mericanos no exterior no Brasil os organismos estatais exeroeu in shyfluecircncia natildeo 86 na economia como nos conflitos sociais Ias tanto li como aqui a intervenccedilatildeo eacute feita apenas para proteger uoc estrutura

Vecircse portanto que a oontroveacutersia estaacute na intensidade e no ti shypo de intervenccedilatildeo do Estado A accedilatildeo poliacutetica seria wn ueio de fazer valer ecircste ou aquecircle tipo de intervenccedilatildeo do Estado no sentido do Bem Dstar Social de definir decircste ou daquecircle Dodo o Bem Lstar Social de detertlintlr desta ou daquela formo o modo de consegulo

Ao ueSuumllO tempo fica cloro que natildeo tem sentido definir-se ti accedilao shypoliacutetioa eu tecircrmos de ideais moi8 ou menos abstratos COLIO urJo luta de ideacuteias na qual se empenha apenas a inteligecircncia dos poliacuteticos e das Naccedilotildees

Vimos atraacutes por exemplo (item 24) couo o esqueLla cl~ssico da economia separa doiemiddottipos de unidades econocirchlieas a de produccedilatildeo e a de oonsumOi na economia de mercado ou capitalista o fluxo de ~ique bull zas que vai das emprecircsas em pag~ento do trabalho agraves famiacutelias e que vol ta ns emprecircsas erl paGamolto dos bens e serviccedilos prestnd08 otildes tllJl lias o fluxo de riquezas diziamos eacute deterLlinado pela lei do t1oroado subindo o consumo de um produto sobe o prccediloo que est1nula cs empr sas a produzirem mais ateacute equilibrar com o consumo e estabilizar o preccedilo e diminuindo o consumo desce o preccedilo desarticulando a prod~ ccedilatildeo ateacute equilibrar com o consumo e estabilizar O prc~o iae dois exem plos serveu para nos mostrar como isso na realidade e apenas teamprico Todos temos presenciado a sonegaccedilatildeo de certos produtos com o fim de fazer subir artificialmente o preccedilo (especiclmente arroz feij~o e~ ea~) e teillos presenciado como certas emprecircsas otrav~s do propaganda oriam necessidades absolutamente sup~rfluas paro os consumidores ~ ashybrieagatildeo de bambolecircs cosmoacuteticos eto) em que a lei de mercado e in vertida Natildeo eacute a emprecircsa que produz para atender o procura do consumi dor mas que faz nascer c procura do consumidor para vender o que jproduz

Teorioamente por outro lado a economia socialista esteta1 00 bcsecria natildeo na lei de oercCdo mas nC8 decisotildees de UH orgcnismo oen tr~l de planejamento que pesquiseria es necessidcdes do oonsumo e detarminorio o sentido do produccedileacuteo Vemos tmubeacutem que de ua lcdo neDl meia o Uni~o Sovioacutetioa cdote atuclBonte ocircsse sistemo puro e quo amppeAtilde feitcmente possvel um pcs ter sua econotlio completanonte plnnif1o~ do sem deixor de ser ncpitclista O Brosil por oxeoplo ncrcha a pas sos lorgos p~ra ser um perfeito exemplo deste uacuteltimo caso Isso equi vele o dizer que e controv~rsia fundamentel em que se deboteu as focircrshyccedilas e grupos que exercem cccedileacuteo poltica natildeo estaacute mais en se seber sodeg Estado deve deixar a vida econocircmicc e sooial co sabor das leis Une_ turoia ou se deve fO contraacuterio intervir plnnificnndo-as e neu mosect mo soacute no intensidnde dessa intervenccedilno Estaacute no tipo ou modo cooo se

i - dc essa ntervenccedileo Se voltarnos ti conccitunccedilao de Santo Agostinho a

bull 26 bull

que nos referD~os ~oina e se a fun9~o da oidade eacute b~r~tir a Pazde que Pez se tr~ta trata-se da Paz que melhor ntcnda a tocircda a Sooiedn~ de Quanto ~ isso ningueacutew discorda expreesaucnte Tocircdcs as linhas poshylticas de todos os grupos de ~ccedileacuteo poliacutetioa oonoordnn oo~ isso Uas na proacutetic~ de que Ll0do enocrno Ulla accedileacuteo poltioD que leve ~ essa Paz de tocircda t Sociedode c natildeo c Fez ele UDC Cidcdo (ou de um grupo)iuposta c outra

o esquema abstrato (i tem 2A) que divide a vida eoonocircilict dcs No ccedilotildees em unidcces produtivOs (as enprecircsas) e unideccs cl~-ltQnsumo (as famlicsr-~ pera uns tomado oomo real Da sededuz ~uo ao Estado cabe garcntir a melhor funcionalidade possiacutevel as empresas para que possam ctender na neoessidcdes de oonsumo das famlios que constituem a Naccedilatildeo (embora seja um esquema econocircmioo oacute v~lido porque nns necesshysidodea de oonsumo estao oompreendidos os bens e os serviccedilos e nos 8es uacuteltimos se inoluem os serviccedilos que dizem respeito agrave oultur~agrave dishyversatildeo agrave distribuiccedilno da justiccedilaacute etc) Da se conolui que a Paz de que se trata eacute a Paz dcs euprecircsas middotScbemos por exemplo que o pedra ongulcr de nosso regime poliacutetioo ossim CODO de todo o mundo sob a esfer~ de influecircncio cmarioonc uacute c inioiativa privada isto eacute c li shyberdede dcs emprecircscs privadas Isto significo ocber 00 Dstcdo gnrcn~ fundc~entclmente o boti funcion~ento dcs emprecircsos priv~das e o resto ser~ dodo de acreacutescimo Qul o sentido de emprecircso privado pe a sue ti nalidcde eacute ctender ns neoessidades de consuco das fcnlios (sej~ esse consumo de climcntosmiddotou de educcccedilnoacute) O sentido eacute o de que nqueles que possueu ccpit~l (bens Ilcmiddottciois) perc mon~er ou cri~r eIlgtresas dj ve ser garentidc uma remunercccediloo correspondente co enprego cesse Oop tel (decircsses bens moteriois terras instrumentos dinheiro) Todo o Sistema repousa portento na motivaccedilatildeo do lucro por pcrto dos que Po suem bens motaric1s E cono c satisfaccedilatildeo das neocasidodos de tocircdo a Sociedade dopende do que produzeo as emprecircsas t atribui-so UDA identi shydade entre os interecircsses de Ncccedil~o (de que cuido o Estcdo) e o estmuM

E lti ona 1o as erJpresas pcro que produzcn m u ml 1Jse o orgcnJzoccediloo po ltioo eeonocirc~iec e social do Naccedilatildeo que eacute tarefo do Estodo primordio mente scr~ ume rocionClizDccedilatildeo de rmlhor oeneiro de estimular o lu e~o isto eacute a remuneraccedilatildeo do ccpitel A maneiro do otendcroo bea co mUIll seria portanto em l1ttim~ cntllise gcrcntir c melhor formo deAin cioncmento dcs emprecircsas privcdos o que se identifion oo~ a melhor ~ neira de estimular omiddotemprecircgo das propriedades (de bens do ~eira geshyral terras instrumentos dinheiro)

Vemos que tnl visatildeo 6 herceira de certo modo da visno naturaliA to e liberelista da vid sociel embora tenho mudado de certo modo o pcpel do Estodo~

Este visatildeo no entanto se choco com outras visotildees polticas Fishycou demonstrcdo que (I intervenccedilecirco do illstado se faz neoess5rio no vida da sociedcde Aohem alguns portrntof~e eacute preciso fazer soacuterias resshytri~otildees agrave cbsolutc liberdade das emprecircsas mesmo pera garantir-lhes O melhor funcionamento Uma dcs rozotildees eacute a de que o bom funoioncaento N

das emprescs exige restricoes pore que umcs noo A

outras A prejudiquem oS e o oaso d~sgrond~ Lrl~~ (11lt rr1gt_=~ i 11 I-to que tem possibishy

bull 27 bull

l1dadG do dostorcer o morceLo Outro problema eacute o do b011 astcr claa fo ~flt~s enquonto prcstom serviccedilo cs e~procircsos isto ~ ~s cl~sses p=~le t~~es Ar~10ntam que o sistemo do Borc~do deixodo o si mosuo reoung rc mcl o trob-lho de ta1 forl quo de uu 10do l o aonSUDO nao podo ser Du1to grc1de e portcnw- cs c~precircscgts necirco podem su expr-lctir do ol-ro lndo isso 1evo insuficicnlos aondi9otildees de vida o (lua dociina11tlO bcx~ proecircutiYidcdo isto ~t os sorviccedilos prcstldos Coa -c1r~ses sno de m~ quolicode se fOrail ln3S cs condiccedilotildees do trrbclho COll10 as euprest1 rios neacuteo seacuteo se~pre c~p~zes do peroeber ecircssos dois cspeotos co Esta do coberic prover UD~ regulcuontcccedilEiacuteo quo t ao llleSLlO tempo dosse mcior poder de consuuo 00 proloteacuteriodo c lhe desse melhores oondiccedil~es de trcbclho pcrc poderes produzir melhor Desso ooncepccedilatildeo resulo clixl leis tr~oclhistos quo grecirctissew ml onirilo de sogur~9c 006 opo-amp10 o de pcrticipcccedileo nos lucros dcs Guprocircscs que lhos gorontiri~ cUL10n to do poder de oquisiccedileacuteo de bens e serviccedilos Nessa nOStlr linhe cstt bull ric~ previstos os serviccedilos n~o iuediotcucntc reuunerct1vos e quo p~o pieicr1DJliguclLlente o be~l estcr indispensecircvel 00 cuncnio de produt1shyvidcde COLlO os serviccedilos de educcccedilro se~det transportes etc

o problemo pode cince ser colocado de outre u~oirc O trobo bull lho ~ cOl1seqUenteueZlte todos os seus frutos o donnio de terrae rSD 900 de instrumentos c produccedilco e UlllC conquistn dl espoo1e hwalJlooo

~

mesmo teu9c que de ecdc hOLleil Ccedilucndo um hODCrl se npossc privodcnente (uscndO per~ seu benefcio exclusivo ou moior) do fruto do tr~b~lho hu~tno ecircle espolie os outros homens O produto do trebclho de m~ hoshymem eacute inalieneacutevel isto eacute natildeo podo ser trensferido c outro cooo sim ples coiso poreue neacuteo eacute soacute coiae DCS ecirc erioccedilco da hooom c represonto Co sue vi toacuteric s~bre c ncturezcbull Os ueios de produccedilco (nGsno os nctu bull r~is OODO c terre) sco uo~ conquisto de eap~cie huncnc logo t~o que bGneficicr n todos segundo suo condiccedilatildeo de hOBOU c su~s nocess1d~ des e direitos como hODOD 0 necirco segundo coidontes histbrioos oono o feto de clgu~m ter-se oposscdo priJeiro de Ui puumldcccedilo do terre e outlX6 nao Ou de c1Gueacutem ter sido foito prisioneiro c escrevo e outxos n~o bull Tocircdc distinccedilco portcnto entre os que possueLl bens c os qua 0 pos shysuem e trcbelh~l p~re os priuGiros teric orgeo nc douinc~co de UD hot4eu socircbre outros que historiccuente se deu Q continue rlcr-se Do um lcdo os Quetecirco posse e USCD CD seu benefcio em dctri~1Cnto dos outros Se ~lienCIll (ou tOfon outra 00i80 isto a sc torncrl Wla outro coise qUQ necirco hOLlons) por nco reconhcceren o outro CODO honco sujoito de plenos direi tos e trcnsforoercL o trcbclho eo Jcoisc e necirco ori~co humono De outro lcdo os que nco pOSSUEm e trebclhCil pcre outro8VQO o fruto de seu trcbclho que oacute une perto decircles meS1lOs sor possuido por outro o que equiv1 e dizer que se oliencm se dosti tueJl ccedil~o suo cOl=iacutediccedilno plille de hOiUG1S

O quc 80 disQute ecirc por~cnto o proacuteprio si3tCUC ele possa e uso dcs proprie~cdes o proacuteprio sentido de ~upr~s~ Oe ~eios ae pro~u9~O

A IN

aegun~o este conc~ccedilco nco podew ser objeto de posse e uso ~~~dcdacirc vendo ser usedo )ole e pcrc c Souiedcde Os f1eios ooncrotos v-cr1Cl eshynorrJeaente deacutentrodessc ~oncopccedilgo indo flosdEl possetoteJ dos pro shy~riQ4cd~s p0lo Estcdoete a posse dos Baios de produccedilco pelos ~ue con eles r~bclhom e tendo seu uso ~eguledo pelo Estcdo bull

bull 28

Es 8C3 1inh-s polti c cs ropidcilGnte expos -tas e e squOuuml1 tizedas ttf zerl C bcilc novcuacutewnte o conceito co Paz de ULl grupo As du--s plino1 shyros reprCSJn t am nJ tJdCIJ8n o c cz o grupo e proprJe crJos (O cprcshy t P d d t 1 - A

806 isto ~ conforne vinos no i-G3-1 de orgcnizoccedilatildeo soci01 n classe olto ou burguesc Porque justificc~ uuumlo Paz pcrc tocircdc c Sociodcdc cen trudc nos interecircsses cc clcssc bUlgueso A terccirc linhc po11tica 1 euumlntrnda nos interecircsses dj libcrtcccedilGo dns classes inferiores de pro let6rios G trcbclhcdores rurcis J isso nos troz o concoito do i~801o

bull bull I I ~-gJo que e UiiC JustJfJcccDO -G00rJCot um rocJonolJzcccedilco de Jnt~rcsses 1 Ao t

( entendido il1tGreSSe ~lil UIl conccpccedilco boa cmpla nno Jntero8ses ilC c shyricis inedietos) de Uiil grupo e~ 1Wt deteriincdo sociedcde Vemos egoshyra por que c lute polticc nGo ~ uma agraveisputa abstrcto de iclonis crbi treacuterios 1108 unconfli to do interecircsscs dos grupos que forwom c s02iedcbull de Noacutes pocamos notor fccilmente quo essas diferentes justificnccedilocs se refEreIiJ nco otilde n[~turezo que O h o Ie tI POdE racionclizcr objotivcmonshyte jaacute que c ne tureza podo _s_~r_ g_bJ~tccedil do c2nhecilJCnto huvno Qucndot

no entanto treta-se de occediloo huu~o este nco pode serpy-1~t~~~d~ plcshynemente por tretcr-se d~ accedilco d2 ~~e~~~~ que nco cstco ~ubordincdo~ e leis detcrJlincdcs pois na occedileo hUtlma se inclui c opccedileo livre nno

d t - d P - I - lpr~- e erwJne 0 or 1S80 mesmo osse rocJonc Jzcccedilco ~cnQU Co exp 1Ccr pcrc cede homem as sues proacutepri~s opccedilotildees o que signifioa cs ~pccedilotildeos de seu grupo de sue clesso e CSSIacuteLl por dicnte Isso nco quer dizer que esse justificcccedilco sejc cbsolutc_10ltO subjuumltivo e necirco -tanhe vcliclcdo [~ nno ser enqucnto justificcccedilco de intGrecircsses dcquocirclo grupo Nc ilod1dc em que o honem pode ter cuacutensciuncic de o QU0 318 eacute G do que Sco cos re

- 71eccediloes entro os hOTIens e claro qU8 e possJvol uma gonorc11z~ccedil~o e possiacutevel que esso justificcccedilecirco ele occedil~o hunenc possc~ ter 13ulC vlidE de universcl na nmiddot-didc UGSlO em que procure une idontificJccedilco n~~ior cOJ o velor proacuteprio do hOS0ill (isto eacute fundclJe1tc sC uumlLl U1 hUil~liSilO ) e SG idGntifiquc monos co~ os intcr~sses inediotos do indiviacuteduo d~ cl~sse ou do grupo

Se c cccedil8o pol ticc ( Uilc eccedilOcirco ideoloacutegica cOIlcluilOS quo c eccedilo l t N 1 d ) 1 ~ bull po J Jcc nco PO(8 nunce sar cccedileo ~so e e JndivJ uc bull li l1uumlCusscrlc41un

to accedil[io de grupo cccedilco org~l1izeacute~~dc 0 sno qUuumlcl pretende que ponsa o age isolcdoLlcnto Olil pol ticc porticipe de clguuo forDe elo une fcixa d l i J eo og co e de uac occediloo elo JTUpO ChegcLlos tC~lbou c quo a 0lt00 poll shyticc pcrc sor eficianto davo ser orgcnizode

A occedileo poliacuteticc orgenizodc lGscluento eacute otribui2So elos Porti ~ Ccedillos Poliacuteticos no Brasil DG f~to no untcnto tocircdo rccediloo hulCno oorJshyportc il1pIci to ou oxpllci teDuumlltc UlCo ccrgc ideoloacutegica o portcnto t5 de elguD Dod~ occedilco poltica U11 trcbclho do AniJrccedilecirco Populer por eshyxonplo 6 occedilco poltico enqumto encorno UH objetivo de libertcccedilatildeo cul turcl dcs populoccedilotildees 8crginrli zcdes e porton to do olgu2 110c10 onccedil~r nc o feixo ideoloacutegico drs clesses inferiores Uno oonunidcclo que s orgcnizo cge da mesmc forne pollticCnente cssunindo uno ideologia liacute i t t AlUp o a Js o e noo ncc8SSorJcDonte expresse O~l torDOS de conco1 shy

pi Nt os pr1ncJ os ou noniles de eCcedilOGs A occedileo ~olJtJco a port~~to Dulshytiforme NSo ser~ poltice sQuente por ter esse nODe ou por viscr di shyrtcmnte eleiccedilotildees ou pre88~es 8ocircbre outoridadospolticcs A co~preca scO destE~ fto deve chGgcr otaacute ns cOIlunidndes ser correr no entcnto o risco de se uinimiznr ~ ~ccedilOtildeo poliacuteticc restringindo-c e etividcdes

bull 29 bull

CO nivo1 ecircLcs conunidedos No nvol de Socidrdo soacute to sentido e consoquoncJc r rccedil~o polticr quo ccninhc pcrc ser cccedil~o globclviscnshy

do c atincir ns proacuteprics ostruturcs de socioddc

A distinccedileacuteo rol do bese idcoloacutegicc qu~ heacute ontro cs divuacuteTacs linhs pOl ticcs I c difcrunccedilc elo inlircs do iacutemccrcr cs ostruturcs - ( t ob - bull bull 1CiC SOC18Ci~Ci~ COLO vJros no J e~~ so r orgcnJZcCcedilLO c ClnXllCc SOC1c

c Qclo dc~s sociedcdes 0 c Uclut011CcedilfO G wudrnccedilc do SUrS cStL11middot~Ul~S) bull

Ir middotd t h lf t t~c rcpl o GsqUGn- Jzcccedilco cuc 11ZlOS c0 ltcl eron 3 102(lt11CJ3 pOlJ t ccs podaDos noteI UDe q1W I0tuacute~ecircc2e wntcr pure c sL)lcBjhl-tuacute -S uuml~ tru turcs Bocitucde Cttrc nj~UacutendL cDcrliccediloftlos 1)crc nodo-- i1cl

bull ~ - A

te-lcs s sccilwvll t0 CO0 sEo i cintia outrc pruacutet011cC [1 tori-lcs rcdic-lwlCltO A or6cnizccedilco u cccedilecirco polticc (t0otilder1o~~1tiacute) o qUiacuteJ middotlS

Pcrti(os ftz9111)exigiric port~nto o consciontizccedilatildeo cc seus proacuteprios obj Etivos J aodific~ccedilatildeo ou m-Jlutcnccedilotildeo elo ostruturo

Tretc-s( portcnto de purspuumlctivc v no do tipo do ccedilco A pirti lp d J ~ ltmiddot d shy cccedilco 8 comnJQ-s nc Iccedilo pu J lCC JC~ Si 0 L1CSl) qu 80 por

bull n 1 ti tiOlllJSSCO bull crC sor [90 po J tlcr orgcl1lZcuumlC ( nuacutecoss-r c conSCJOl1l

znccedilatildeo do objetivos pOliacuteticos O 1130 UI detcrdndo tipo do ccedilco oOJotilde

por eXtlplo Ctu~9co co lcrtieacuteos _~ cOOp0r~ccedilco org~izcc 6 Ul objet vo poltico -it Lleclidc o quo vis[ der moios co ho~~o~ rurcl do cssu ui p1euronJonto sue concliccedil~o hucnc

BIBLIOG~11_7IA PLR1 APrrOFlnJJ~~TTO DO ITE 2 nJ 11 PRTE DA FvmiiacuteshyTACcedilAtildeO

1 Frei Joatildeo Batista Pereira dos Santos OP - mrILABOR - Uma Revolushyccedilatildeo na Jstrutura da 3l11precircss Livraria Duas Cidades 1962

2 JY Calvez - ~glise a Societeacute 1loonomique - LtEnseicnement Soeicl de Jecn 7JGII Bd ~el1tiSl1e Paris

JOseph Fo11iet - LHoliluumlle Sooit - Essai d Anttropo1ogie Soc101e Col Ja Sais - Je Crois Librairie Arthcwe Fcyard 1962

4 Georges Lefrnno Le S~(1icclisme dons 1e ionde C1 t(~uo Seis-Jcrl

Presses Universitcires de ~ranoe 1961

5 Bstatuto de Trcbalh~dor Run1

bull 30 bull

  • ESQUEMA DA FUNDAMENTACcedilAtildeO DO PROGRAMA PARA 1965
  • SemTiacutetulo
  • SemTiacutetulo 1
Page 13: Nota do Organizador: Pela crise política e financeira em
Page 14: Nota do Organizador: Pela crise política e financeira em
Page 15: Nota do Organizador: Pela crise política e financeira em
Page 16: Nota do Organizador: Pela crise política e financeira em
Page 17: Nota do Organizador: Pela crise política e financeira em
Page 18: Nota do Organizador: Pela crise política e financeira em
Page 19: Nota do Organizador: Pela crise política e financeira em
Page 20: Nota do Organizador: Pela crise política e financeira em
Page 21: Nota do Organizador: Pela crise política e financeira em
Page 22: Nota do Organizador: Pela crise política e financeira em
Page 23: Nota do Organizador: Pela crise política e financeira em
Page 24: Nota do Organizador: Pela crise política e financeira em
Page 25: Nota do Organizador: Pela crise política e financeira em
Page 26: Nota do Organizador: Pela crise política e financeira em
Page 27: Nota do Organizador: Pela crise política e financeira em
Page 28: Nota do Organizador: Pela crise política e financeira em
Page 29: Nota do Organizador: Pela crise política e financeira em
Page 30: Nota do Organizador: Pela crise política e financeira em
Page 31: Nota do Organizador: Pela crise política e financeira em
Page 32: Nota do Organizador: Pela crise política e financeira em
Page 33: Nota do Organizador: Pela crise política e financeira em
Page 34: Nota do Organizador: Pela crise política e financeira em
Page 35: Nota do Organizador: Pela crise política e financeira em
Page 36: Nota do Organizador: Pela crise política e financeira em
Page 37: Nota do Organizador: Pela crise política e financeira em
Page 38: Nota do Organizador: Pela crise política e financeira em
Page 39: Nota do Organizador: Pela crise política e financeira em
Page 40: Nota do Organizador: Pela crise política e financeira em
Page 41: Nota do Organizador: Pela crise política e financeira em
Page 42: Nota do Organizador: Pela crise política e financeira em
Page 43: Nota do Organizador: Pela crise política e financeira em
Page 44: Nota do Organizador: Pela crise política e financeira em
Page 45: Nota do Organizador: Pela crise política e financeira em
Page 46: Nota do Organizador: Pela crise política e financeira em
Page 47: Nota do Organizador: Pela crise política e financeira em
Page 48: Nota do Organizador: Pela crise política e financeira em
Page 49: Nota do Organizador: Pela crise política e financeira em
Page 50: Nota do Organizador: Pela crise política e financeira em
Page 51: Nota do Organizador: Pela crise política e financeira em
Page 52: Nota do Organizador: Pela crise política e financeira em
Page 53: Nota do Organizador: Pela crise política e financeira em
Page 54: Nota do Organizador: Pela crise política e financeira em
Page 55: Nota do Organizador: Pela crise política e financeira em
Page 56: Nota do Organizador: Pela crise política e financeira em
Page 57: Nota do Organizador: Pela crise política e financeira em
Page 58: Nota do Organizador: Pela crise política e financeira em
Page 59: Nota do Organizador: Pela crise política e financeira em
Page 60: Nota do Organizador: Pela crise política e financeira em
Page 61: Nota do Organizador: Pela crise política e financeira em
Page 62: Nota do Organizador: Pela crise política e financeira em
Page 63: Nota do Organizador: Pela crise política e financeira em
Page 64: Nota do Organizador: Pela crise política e financeira em
Page 65: Nota do Organizador: Pela crise política e financeira em
Page 66: Nota do Organizador: Pela crise política e financeira em