nosso planeta terra

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VARAL DO BRASIL - EDIÇÃO ESPECIAL NOSSO PLANETA TERRA 1 Literário, sem frescuras! ® ISSN ISSN ISSN ISSN 1664 1664 1664 1664-5243 5243 5243 5243 ESPECIAL NOSSO PLANETA TERRA Abril de 2011 Silvery

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Varal do Brasil Especial Nosso Planeta Terra

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Page 1: NOSSO PLANETA TERRA

VARAL DO BRASIL - EDIÇÃO ESPECIAL NOSSO PLANETA TERRA

1

Literário, sem frescuras!

®

ISSN ISSN ISSN ISSN 1664166416641664----5243 5243 5243 5243

ESPECIAL

NOSSO

PLANETA TERRA

Abril de 2011

Silvery

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Page 3: NOSSO PLANETA TERRA

LITERÁRIO, SEM FRESCURAS!

GENEBRA, ABRIL DE 2011

ESPECIAL

NOSSO

PLANETA TERRA TERRA VERDE TERRA PLANETA MAE TERRA VRDE MAE PLANETA TERRA VERDETERRA VERDE TERRA PLANETA MAE TERRA

VRDE MAE PLANETA TERRA VERDETERRA VERDE TERRA PLANETA MAE TERRA VRDE MAE PLANETA TERRA VERDETERRA VER-

DE TERRA PLANETA MAE TERRA VRDE MAE PLANETA TERRA VERDETERRA VERDE TERRA PLANETA MAE TERRA VRDE MAE

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®

Page 4: NOSSO PLANETA TERRA

VARAL DO BRASIL - EDIÇÃO ESPECIAL NOSSO PLANETA TERRA

4

1. IVANE LAURETE PEROTTI

2. DALVA AGNE LYNCH

3. NORÁLIA DE MELLO CASTRO

4. FABIO RENATO VILLELA

5. VALQUÍRIA GESQUI MALAGOLI

6. ANTONIO CARLOS DAYRELL

7. ANDREIA PINHEIRO ORECHOWSKI

8. HIPÓLITO FERRO

9. BETTY SILBERSTAIN

10. OSVALDO ANTONIO BEGIATO

11. VO FIA

12. RAIMUNDO CÂNDIDO TEIXEIRA

13. FLÁVIA ASSAIFE

14. TEREZINHA GUIMARÃES

15. ISABEL CRISTINA SILVA VARGAS

16. RENATA IACOVINO

17. ELIANE ACCIOLY

18. DÉ BARRENSE

19. LARIEL FROTA

20. MARIA CRISTINA SILVA PIRES RAMOS

21. SONIA NOGUEIRA

Page 5: NOSSO PLANETA TERRA

VARAL DO BRASIL - EDIÇÃO ESPECIAL NOSSO PLANETA TERRA

5

22. ROZELENE FURTADO DE LIMA

23. FÁTIMA DIÓGENES

24. JOSÉ CARLOS PAIVA BRUNO

25. LÓLA PRATA

26. DELAYNE BRASIL

27. LILIAN MAIAL

28. ICLÉIA INÊS RUCKHABER SCHWARZER

29. JÚNIOR SCHWARZER SCHMITT

30. TINO PORTES

31. LAVOISIER MENEZES (IN MEMORIAM)

32. CARLOS D

33. LUIZ EDUARDO GUNTHER

34. VARENKA DE FÁTIMA ARAÚJO

35. WALNÉLIA CORRÊA PEDERNEIRAS

36. MARIA ALICE RODOVALHO DE SOUZA

37. ELIANA WISSMANN

38. RENATA FARIAS

39. SEGESTES TOCANTINS

40. ZULEIDE DE J. CORAL

41. EMANUEL MEDEIROS VIEIRA

42. YARA DARIN

43. JU PETEK

44. CÉLIA LABANCA

45. JACQUELINE AISENMAN

Page 6: NOSSO PLANETA TERRA

VARAL DO BRASIL - EDIÇÃO ESPECIAL NOSSO PLANETA TERRA

6

EXPEDIENTE Revista Literária VARAL DO BRA-SIL

Especial NOSSO PLANETA TER-RA

Capa: Silvery

Genebra - CH

Copyright Vários Autores

O Varal do Brasil é promovido, or-ganizado e divulgado pelo site:

www.coracional.com

Site do VARAL: www.varaldobrasil.com

Textos: Vários Autores

Ilustrações: Vários Autores

Revisão parcial de cada autor

Revisão geral VARAL DO BRASIL

Composição e diagramação:

Jacqueline Aisenman

A distribuição ecológica, por e-mail, é gratuita.

Se você deseja participar do VA-RAL DO BRASIL NO. 10, envie seus textos até 15 de JUNHO pa-ra: [email protected]

Capa: Silvery

Será que ainda é preciso falar da situação pela qual passa atualmente nosso planeta?

Será que a simples visão do que vem acontecen-do ao redor do mundo, entre tsunamis, terre-motos, dizimação da flora e da fauna, não bas-taria para que a consciência de cada um desper-tasse?

Será que viver num planeta verde, com água limpa e animais e homens convivendo pacifica-mente não passa ainda de um mero sonho?

O que falta para que o ser humano acorde e veja onde se encontra?

O que é preciso para o homem perceber o mal feito e reagir para revertê-lo?

Perguntas poderiam ser feitas sem parar pois a vida no planeta está por um fio.

Mas respostas, todos os autores aqui nos trazem em suas diferentes maneiras de dizer.

Falta para o homem, educação e amor. E en-quanto não houver consciência e ação, toda a vida do planeta continuará sendo apagada.

Não esperemos a extinção do nosso Planeta Terra.

Eduquemos, amemos, sejamos a alma, doemos vida ao planeta.

Pequenos gestos sempre serão grandes passos.

Longa vida ao Nosso Planeta Terra!

Boa leitura!

A Equipe do Varal

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VARAL DO BRASIL - EDIÇÃO ESPECIAL NOSSO PLANETA TERRA

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DESAMOR

Por Ivane Laurete Perotti

Pequenas ondas lambem a praia, ...solidão!

Iemanjá recolhe seu manto, ...tristeza!

Peixes morrem na areia, ...! Crianças não brincam,... solidão! Os enamorados esquecem o beijo,

...soluço! A lua mergulha no mar. geme!

...chora! ...entoa um “réquiem” à poesia...

Mãos criminosas sujam a terra abrem feridas

profundas, fétidas,

purulentas disformes!

As torres da catedral testemunham

flagelo, horror!

Cheiro de morte lenta! Espalha-se a dor.

Trilhas incontáveis provam o descaso,

agigantam-se... crescem...

ferem!

Mancham o colo da mãe fecunda afugentam os filhos do amor

poluem o berço da vida! Espalham medo. Cortam o regato arrancam a flor

Mãos criminosas tocam a terra...

Maculam! Usurpam! Roubam!

Chorem olhos incrédulos! A mãe anoitece sobre largas feridas

em silêncio em agonia

em desamor. Chorem filhos da terra...

Bonalyn-Boyd

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VARAL DO BRASIL - EDIÇÃO ESPECIAL NOSSO PLANETA TERRA

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Terra

Por Dalva Agne Lynch

Terra

sustento a ponte unindo opostos.

Sustento a morada o abrigo

contra o vento e o tormento.

Recebo a semente germino

dou à luz a flores e frutos germino

dou à luz ervas daninhas. Sou alimento

e veneno. Terra

contenho ouro e prata lava e ácido.

Sustento e recebo sufoco e mato.

Sou útero e

sou cova.

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VARAL DO BRASIL - EDIÇÃO ESPECIAL NOSSO PLANETA TERRA

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A chuva é bela!

Por Norália de Mello Castro

Hoje, amanheceu com sol e algumas nu-vens no céu. Dia quente e lindo. De tardinha, caiu um pé d’água, daqueles com trovões, raios e vento. Veio do Leste e passou por minha casa na direção do Sul. Tive de desligar todas as tomadas preventivamente. Diante de tal chuva, a gente não sabe o que pode acontecer com a eletricida-de.

Fui então para minha janela, acompanhar a chuva que caía torrencialmente.

- Como a chuva é bela! – foi o pensamen-to ao vê-la cair maciamente sobre aquele tapete verde de árvores, plantas e gramas.

Os trovões e raios estavam muito distan-tes, lá em cima nas nuvens negras. Por toda a ex-tensão, o verde maravilhoso. As montanhas ao longe estavam esplendorosas. As colinas mais ainda. As árvores, mais próximas de mim, se ale-gravam com a água que as acariciava. A chuva caía tão maciamente sobre aquele tapete verde que me esqueci dos trovões. (tenho pavor de tro-vões!).

- Como a chuva é bela!

Senti, por assim pensar, que estava come-tendo o maior pecado mortal, me esquecendo, naquele momento, do horror que vivem na Regi-ão Serrana do Rio de Janeiro. Lá, o buraco negro incomensurável de sofrimentos: perdas, mortes, pestes chegando, milhares de pessoas sem casa, deslizamentos, desamparo, terror e horror de mortes, doenças, fome, e toda a região – a mara-vilhosa região serrana – decomposta, perdida. Há dias, o horror se instalou no nosso País, e eu, aqui, admirando a chuva:

- Como a chuva é bela!

A Mãe Terra dá seu alerta. Os céus cla-mam. A Natureza chora.

Homens e mulheres choram.

A Mãe Terra é a nossa casa no Cosmo. Somos parte integrante dela. Somos seus filhos e, como filhos desobedientes, estamos apanhando para aprender: a Dor se instalou lá e cá, em mim, ao lembrar-me das reportagens que tenho assisti-do.

O que urge é que não haja mais inunda-ções de seres humanos, que se deixam conduzir por enxurradas das fomes, situando-se às beiras de rios e colinas, fragilizadas por lixos. Que não transitem sem abrigo ou teto, ao léu, sem saber onde e como se portarem como gente. Que a am-bição desmedida não predomine nas ações para o endinheiramento acerbado. Que acariciem a Mãe Terra como filho amado e amante, não como pre-tensos senhores superiores às regras naturais que são ditadas pela Natureza, fazendo-a escrava de sua pseudo-sabedoria superior. Que olhem para a Mãe Terra, que nos dá tanta beleza e acolhi-mento, como Ser que precisa de amor e respeito. Que, como toda a Lei que rege a Natureza, somos perecíveis também. Que o nosso tempo se esgota-rá fatalmente. Mas, que chegue para todos com dignidade, não soterrados por deslizamentos provocados por atitudes desmedidas e irracionais de outros semelhantes.

- Como a chuva é bela!

Se bem recebida sob um teto/lar. E que, neste momento de Dor Maior, o amor solidário predomine nos corações e nas ações de socorro. Que a solidariedade seja mais duradoura e que se expanda: que não seja apenas num momento de grande comoção nacional!

.

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VARAL DO BRASIL - EDIÇÃO ESPECIAL NOSSO PLANETA TERRA

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Aquecimento Global

Por Fábio Renato Villela

Com a voracidade que nos é peculiar solapamos o direito de outrem compartilhar

esse pequeno ponto azul que nos foi dado habitar. Matamos bichos, árvores, águas e o próprio ar.

Agora, o Aquecimento Global sinaliza que é tempo do Homem acabar.

Pandemônio, caos, vigílias, promessas e muito rezar.

Talvez alguma religião possa nos consolar; pastores, bispos e pais de santo põe-se a clamar:

misericórdia! Carolas gritam que é o anticristo a chegar,

imploram aos Céus, mas não descem anjos para ajudar.

Nos terreiros, os orixás não aparecem para nos salvar.

Kardecistas insistem, porém o "espírito de luz" deixou-se ficar.

Confucionistas pregam obediência a quem for nos mandar.

Budistas afirmam que só a YOGA pode nos re-mendar.

E filósofos põe-se a teorizar, enquanto os práticos põe-se a aproveitar:

bêbados a gargalhar, loucos a dançar

e virgens a namorar. Otimistas dirão que o copo está a transbordar.

Pessimistas, que o copo irá quebrar. Jovens não ligam. Idosos hão de lamentar.

Militares põe-se a coordenar, maus políticos a se locupletar (pois a coisa pode melhorar).

Terroristas e fundamentalistas deixam de lutar. Já não há o "Deus Certo" a quem se deve adorar.

Afinal, sem Homem, para que Deus?

Os cavaleiros apocalípticos reinam e o horror chega para ficar. Há fome, sede e peste. Nada pode sobrar, como disse Deus a Josué em nosso limiar. Os paí-ses ricos ficam a derivar, os pobres continuam a mendigar. Todos a deli-rar. As raças perderão do que se orgu-lhar. Ou do que se envergonhar. Se tu-do já não têm sentido, por que sonhar? A Terra aquece e a Natura expulsa a espécie que lhe calhar. É o fim da his-tória, da cultura, da filosofia. O máxi-mo que se pôde criar. Do mínimo, nem é bom falar. Talvez quem nos substituir seja mais sábio. Compreenda o bicho pequeno (mestre Camões) que vive neste pátio. Ainda que imagine catedrais, contentar-se-á com o átrio. Pois saberá que um passo a mais, é invasão. Desejo sórdi-do, poder em vão. Coabitará com outras espécies, mas será Senhor ape-nas de si. Não se rebaixará a roubar alheias messes. Constituirá, talvez, so-ciedades, artes e filosofia. Saberá que ao não matar, o quanto se cria. Por fim, entenderá que a morte do indivíduo não é um elo partido. É ape-nas a vida mudando de vestido. Haverá, quem sabe, de viver mais, sem que o seu tempo seja estendido. Tam-bém saberá que não há hierarquia, pois esta é apenas um devaneio da esquizo-frenia. Admitirá Darwin, pois tudo evo-lui, mas rejeitará Spencer, pois vê que sem barreiras, o rio melhor flui. E quando chegar à hora de sua espécie descer deste trem fará de maneira só-bria, sem tamanho alarde. Saberá que tudo passa, assim como o azul de qual-quer tarde.

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VARAL DO BRASIL - EDIÇÃO ESPECIAL NOSSO PLANETA TERRA

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Lê-se em jornais e revistas:

Europa a quarenta graus!;

ciclones lá e cá dão pistas

de que as coisas andam mal...

graças ao aquecimento global.

É graças aos poluentes

que vão pela atmosfera

que muitos andam doentes

que a Terra – a bela – ora, é fera!

Ozônio e também metano,

Dióxido de carbono,

têm feito mal ano a ano...

Isso é de tirar o sono.

A queima de combustíveis

vai numa velocidade

que coisas antes incríveis

ora são tristes verdades.

Desmatamento e queimadas...

também a temperatura

aumentam a galopadas,

por isso a vida anda dura!

É... tudo tem consequência.

Não basta fazer poemas,

nem ter grande inteligência

e dela só fazer cenas...

Pois sabe-se, está na vista:

Europa a quarenta graus!,

Ciclones lá e cá dão pistas

de que as coisas andam mal...

graças ao aquecimento global.

Derretem calotas polares.

Sobe o nível dos oceanos.

Tudo isto que vai pelos ares

não dá pra esconder sob panos!

De outro lado, crescem desertos,

animais e vegetais somem.

Está confuso o que era certo;

por onde anda o super-homem?

Tantas catástrofes climáticas –

sabemos – não passam em branco.

Mexa-se sociedade estática,

antes que vá tudo em barrancos...

Sim, lê-se em jornais e revistas,

que a Europa está a quarenta graus!,

e os ciclones lá e cá dão pistas

de que as coisas andam bem mal...

graças ao aquecimento global.

Mas, bons exemplos temos, sim,

de gente que não vai na onda

do “deixa disso, é mesmo assim”...

gente que não faz somente onda...

(segue)

GRAÇAS AO AQUECIMENTO GLOBAL

Por Valquíria Gesqui Malagoli

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VARAL DO BRASIL - EDIÇÃO ESPECIAL NOSSO PLANETA TERRA

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Gente forte e perseverante

que ainda rema contra a maré,

que se há seca, acode a vazante,

que se há enchente, não perde a fé!

Pois tudo tem consequência.

Não basta fazer poemas,

nem ter grande inteligência

e dela só fazer cenas...

Afinal, está na vista:

Europa a quarenta graus!,

Ciclones lá e cá dão pistas

De que as coisas andam mal...

graças ao aquecimento global.

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VARAL DO BRASIL - EDIÇÃO ESPECIAL NOSSO PLANETA TERRA

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Em defesa do planeta A humanidade acordou para a necessidade de preservar o

meio ambiente e impedir a destruição da própria espécie.

Conheça aqui histórias de escolas que já estão ajudando

os alunos a mudar de atitude para se transformar em cida-

dãos mais conscientes

Débora Menezes ([email protected])

Aquecimento global, degelo das calotas polares, recicla-

gem, calor e frio em excesso, água em falta. Nunca os

temas ambientais ocuparam tanto espaço na mídia e

nas discussões em todos os lugares - das universidades

às ONGs, dos ambientes de trabalho às escolas. A pala-

vra de ordem é diminuir os impactos negativos do ser

humano sobre o mundo. Como? Mudando atitudes pes-

soais e coletivas para salvar o mundo da ameaça (cada

vez mais real) de colapso. A boa notícia é que já há mui-

tos professores desenvolvendo essa mentalidade. Tra-

balhando com consistência e continuidade e usando

conceitos de Educação Ambiental, eles estão ajudando

suas turmas a formar uma cultura de defesa do planeta,

envolvendo as comunidades nesse processo de reflexão,

atraindo colegas de outras áreas em tarefas multidisci-

plinares e, assim, construindo novos jeitos de se relaci-

onar com a realidade à sua volta. Nesta reportagem,

você vai conhecer cinco experiências (feitas nos estados

de São Paulo, Bahia, Pará e Santa Catarina) que podem

inspirar a realização de atividades para ajudar a melho-

rar a relação com a natureza. Todas elas têm em co-

mum o fato de trilharem caminhos na direção do que a

educadora ambiental Isabel Cristina de Moura Carva-

lho, da Universidade Luterana do Brasil, em Canoas, no

Rio Grande do Sul, chama de formação do "sujeito eco-

lógico" - nome usado para definir o que seria o modelo

ideal de um ser humano "que tem e dissemina valores

éticos, atitudes e comportamentos ecologicamente ori-

entados".

O primeiro passo para trabalhar bem a Educação Ambi-

ental é criar, na escola, um ambiente capaz de envolver

os professores de todas as disciplinas (e não só os de

Ciências e Geografia, que normalmente "tomam posse"

do tema) e também a comunidade. "Não dá para tratar

só das questões de natureza. Qualquer trabalho deve

incluir a relação com a cidade e seus moradores", diz

Isabel Carvalho. Na EM Malê Debalê, em Salvador, essa

ligação surgiu porque a escola fica ao lado da lagoa do

Abaeté. A equipe articulou diversos conteúdos e criou

uma cultura de trabalhar a questão ambiental todos os

dias, com as classes de Educação Infantil e nas séries

iniciais do Ensino Fundamental. As crianças se acostu-

maram a realizar tarefas de iniciação científica (como

observação para entender fenômenos da natureza, em

estudos do meio) e passaram a entender como se dão as

interferências do ser humano na paisagem.

Já a professora Elielza Silva Prata, da EM Maria Flora

Guimarães, em Benevides, no interior do Pará, deu

mais ênfase à interação com a comunidade ao iniciar

um longo projeto de Educação Ambiental. Para consci-

entizar os moradores sobre a importância de preservar

a água (numa região ribeirinha), ela convidou pesquisa-

dores e especialistas e abriu a sala de aula para a parti-

cipação de todos num debate amplo sobre a realidade

local.

Page 14: NOSSO PLANETA TERRA

VARAL DO BRASIL - EDIÇÃO ESPECIAL NOSSO PLANETA TERRA

14

"A experiência é muito rica porque se baseia nas neces-

sidades cotidianas da população e as insere na ação

pedagógica", afirma a bióloga Maria de Jesus da Con-

ceição Ferreira Fonseca, coordenadora do Núcleo de

Estudos em Educação Científica, Ambiental e Práticas

Sociais da Universidade do Estado do Pará.

Objetivos de longo prazo Os especialistas ouvidos por NOVA ESCOLA são unâni-mes em afirmar que a Educação Ambiental deve ter objetivos de longo prazo. Promover uma festa pelo Dia da Água pode até ser interessante ou divertido para as crianças, mas é pouco. A comemoração, dizem esses professores, não pode ser o objetivo fim, mas um meio para compartilhar os conhecimentos. O mesmo vale para atividades simbólicas, como plantar árvores. Mui-to mais importante do que a ação em si é explorar com os alunos como o desmatamento afeta a vida em sua cidade, por exemplo. "Assim, eles vão perceber que o plantio das mudas é só uma pequena parte do que é preciso fazer para restaurar nossas matas", explica Sue-li Furlan, professora da Universidade de São Paulo e selecionadora do Prêmio Victor Civita Educador Nota 10. "E vão entender que esse é um trabalho para a vida toda, não se resume a iniciativas pontuais." Da mesma forma, de nada adianta montar uma horta e depois não mantê-la. Ou separar o lixo na escola e depois não ter como dar fim a ele. "Não é difícil perceber que mais importante do que sugerir um projeto de coleta seletiva localizado é pensar numa campanha para pressionar vereadores a organizar melhor todo o trabalho de coleta na cidade", exemplifica Sueli. Em Balneário Camboriú, no litoral de Santa Catarina, o trabalho contínuo de Educação Ambiental na rede mu-nicipal vem dando cada vez mais resultados. Desde 1999, a prefeitura investe na capacitação de professores e no desenvolvimento de projetos de médio e longo prazo.Graças à experiência dos anos anteriores, a EM Jardim Iate Clube consegue fazer da reciclagem uma realidade para toda a equipe de alunos e professores. O trabalho funciona bem, entre outras coisas, porque tem a efetiva participação de outras instituições da socieda-de civil. Aliás, foram essas organizações que criaram o movimento ambientalista e acabaram por chamar a atenção de toda a sociedade para a importância de de-fender a natureza. Em muitos casos, foram justamente as ONGs que criaram atividades para usar em sala de aula. A pedagoga Patrícia Otero, especialista em meio

ambiente e diretora do 5 Elementos, que atua no setor há dez anos, dá um exemplo de como inserir temas am-bientais em classe. "Não basta trabalhar só as informa-ções encontradas na mídia", diz. "É preciso descobrir meios de associar esse conhecimento à realidade local e entender como a comunidade lida com a questão da água. Ao aprofundar-se no tema, os jovens vão conse-guir propor reflexões e ações positivas."

Ação integrada à comunidade Entender a realidade e atuar para transformá-la. Foi exatamente isso que os estudantes da EMEF Teófilo Benedito Ottoni, em São Paulo, fizeram. A escola fica junto a uma área remanescente de mata Atlântica e, quatro anos atrás, associou-se a outros agentes da soci-edade civil para lutar contra a derrubada das árvores para a construção de prédios. A mobilização levou os jovens a participar de protestos e escrever cartas para as autoridades. O resultado: o local acabou transforma-do num parque. "As escolas são espaços privilegiados de formação e a Educação Ambiental é a forma de inte-ragir diretamente com a comunidade e operar mudan-ças na sociedade", diz a antropóloga Lucila Pinsard Vi-anna, coordenadora da Câmara Técnica de Educação Ambiental do Comitê de Bacias do Litoral Norte de São Paulo.

Batalhar por melhorias na infraestrutura do bairro, promover palestras e convocar as famílias, as associa-ções de moradores e os representantes de sindicatos e outras associações para debater os problemas e as pos-síveis soluções são outras formas eficientes de envolver os alunos em atividades que certamente ficarão marca-das na vida deles. Na EE Professora Josepha de Sant'Anna Neves, em São Sebastião, no litoral paulista, a questão ecológica ganhou tanto espaço que a escola se tornou uma referência de qualidade na região. Tudo porque a equipe vem atuando há vários anos (e de for-ma coordenada) para promover reformas nas instala-ções e manter hortas e jardins sempre muito bem cui-dados.

Page 15: NOSSO PLANETA TERRA

VARAL DO BRASIL - EDIÇÃO ESPECIAL NOSSO PLANETA TERRA

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Você faz a diferença

Formar "sujeitos ecológicos" é isto: levar para a

sala de aula temas da atualidade e tratá-los de

forma transdisciplinar em projetos duradouros

que mexam com a comunidade. Um levantamen-

to feito pelo Ministério da Educação revela que,

quando isso acontece, alunos e professores forta-

lecem seus relacionamentos e passam a cuidar do

ambiente escolar e a se interessar pelo que acon-

tece fora dele (mostram a parentes, vizinhos e

amigos que todos fazemos parte do planeta).

Além disso, as experiências relatadas aqui funcio-

naram bem porque em todas houve a participação

essencial de um personagem: você, professor.

"Segundo nossa pesquisa, quando os docentes

assumem seu papel de líderes, eles contagiam os

colegas e esse idealismo seduz os alunos a partici-

par dos projetos", resume Rachel Trajber, coorde-

nadora de Educação Ambiental do MEC.

O apoio da sociedade civil As ONGs têm um papel importante no debate ambiental, dentro e fora das escolas, fortalecendo principalmente a Educação não formal por meio de campanhas na mídia e da criação de materiais paradidáticos e atividades para alunos de todas as séries. O Instituto Mamirauá (com sede em Tefé, na região do Alto Rio Negro, no Amazonas) já está no quarto curso de Educação Ambiental vol-tado para professores da rede pública (cerca de 60 escolas são atendidas, num local onde há pou-cas opções de formação para os docentes). A ONG também discute com o Estado a formação de uma política pública para o tema. Em São Paulo, o Ins-tituto Verdescola auxilia no planejamento de cin-co instituições públicas de ensino e uma particu-lar. Além de capacitação para professores, funcio-nários e pais, a ONG acompanha essas escolas durante o ano inteiro, participando da construção de projetos. Biólogos e pedagogos também dão aulas temáticas dentro da própria grade curricu-lar.

h�p://revistaescola.abril.com.br

h�p://www.adotaretudodebom.com.br/

Page 16: NOSSO PLANETA TERRA

VARAL DO BRASIL - EDIÇÃO ESPECIAL NOSSO PLANETA TERRA

16

MEA CULPA:

DESTRUIÇÃO DOS ECOSSISTEMAS -

ÁREAS OCUPADAS IRREGULARMENTE -

LIXO NOS BUEIROS

Por Antônio Dayrell

Page 17: NOSSO PLANETA TERRA

VARAL DO BRASIL - EDIÇÃO ESPECIAL NOSSO PLANETA TERRA

17

Por Andreia Pinheiro Orechowski

NOSSOPLANETATERRA

O poder da Natureza

O Amanhecer

Pequenos valores da vida

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VARAL DO BRASIL - EDIÇÃO ESPECIAL NOSSO PLANETA TERRA

18

A terra que sempre existiu e sempre evoluiu por si mesma. A natureza fez a sua parte, em que os antigos gregos dominavam de Gaia. Ou os hebreus de manifestação e criação divina Digitus Dei, metáfora de uma semana e de-pois houve o descanso Divino...

Ela, a terra, sempre esteve proporcionando pequenas belezas e também a sua grandiosidade aos olhos dos homens, seja em uma flor ou na manifestação grandiosa de uma montanha mas também a sua fúria in-domável manifestada em reações naturais ou catástrofes ou provocadas pelo desenvolvimento do homem e do próprio curso da natureza. Seria uma resposta ou um jogo de xadrez ou até uma partida de esgrima entre dois jogadores em contínua luta, entre vitória e derrota. De um lado o Planeta Terra e de outro lado o homem. Luta travada há milênios, sem uma resposta a altura da própria Terra e também da ambição natural do homem. Sim não temos respostas suficientes seja para o Nosso Planeta Terra ou a razão e a inteligência e até a loucura do homem.

Ficamos nesse imenso Planeta Azul muito belo viajando nesse espaço side-ral totalmente escuro somente com o brilho dessa nossa morada redonda. E dentro de cada ser humano a sua capacidade de ver com olhos da inteli-gência a grandiosidade que está diante de nos por pura gratidão que é to-talmente gratuita a sua beleza ou escolhemos os horrores da escuridão do abismo em que estamos fechados dentro da caverna que nos próprios esco-lhemos...

NOSSO PLANETA TERRA

Por Hipólito Ferro

Page 19: NOSSO PLANETA TERRA

VARAL DO BRASIL - EDIÇÃO ESPECIAL NOSSO PLANETA TERRA

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A PRAGA DE PLÁSTICO

Por Betty Silberstein

O primeiro plástico, derivado da celulose, foi inventado pelo inglês Alexander Parkes, em 1862. Desde 1976, o plástico tem sido o material mais usado do mundo e foi votado uma das mais importantes descobertas do século XX.

Dentre toda a gama de produtos derivados do plástico, o saco plástico foi com certeza um grande herói; entretanto, hoje, se converteu no vilão desta história, já que depressa se tornou muito popular, especialmente através da sua distribuição gratuita nos supermercados e outras lojas. É, também, uma das formas mais comuns de acondicionamento do lixo doméstico e, através da sua decoração com as logomarcas, constituem uma forma barata de publicidade para as lojas que os distribuem.

A sociedade moderna desenvolveu um assombroso número de usos para plásticos, gra-ças à sua leveza, durabilidade, versatilidade e custo baixo. Quando jogados, perdidos ou aban-donados em meio-ambiente aquático ou marinho, os restos de plástico se apresentam nas mais diversas formas, causando irreparáveis impactos ambientais. São quase totalmente abandonados depois do seu curto espaço de tempo em uso e acabam, invariavelmente, nos cursos de água. Após um animal ser morto por um saco plástico, seu corpo se decompõe e o plástico é liberado novamente para o meio ambiente, pronto para matar novamente.

Além de ser um assassino perverso de mamíferos e pássaros marinhos, destrói também várias outras formas de vida, das maiores às menores criaturas. É uma ameaça visível à diver-sidade biológica costeira e marítima, extinguindo “maternidades” costeiras, onde – caso os corais não tivessem sido afetados – com certeza novas vidas surgiriam. Quando os sacos plás-ticos se enrolam e se prendem em volta de corais vivos, estes são “sufocados” e acabam mor-rendo.

A maior parte do lixo marinho perdura por décadas e décadas, acarretando enorme custo econômico e perdas para pessoas e comunidades no mundo todo. Estraga, suja, destrói a beleza do mar e da zona costeira.

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No Brasil, são produzidas 210 mil toneladas anuais de plástico filme (a maté-ria-prima utilizada para confeccionar as sacolas de supermercado): isto representa 9,7% de todo o lixo do país. Abandonados, esses sacos plásticos impedem a passa-gem da água, retardando a decomposição de materiais biodegradáveis e dificultam a compactação dos detritos. Supermercados, farmácias e a assustadora maioria do comércio varejista embalam em saquinhos plásticos tudo o que passa pela caixa registradora. Independente do produto, tamanho e quantidade. Mesmo que seja uma mísera barrinha de chocolate, se o comprador recusa o malfadado saco plásti-co, é olhado de maneira no mínimo estranha.

É um fato estarrecedor que o país que sediou com sucesso a Rio-92 (Conferência Mundial da ONU sobre Desenvolvimento e Meio Ambiente) e que tem uma das legislações ambientais mais avançadas do planeta, ainda não acordou pa-ra o problema do descarte de embalagens em geral, principalmente dos sacos plás-ticos.

NÚMEROS: ACREDITE SE QUISER

- graças à “PLASTICOMANIA”, o consumo de sacos plásticos está estimado em 500 BILHÕES de sacos plásticos anualmente, ou quase UM MILHÃO POR MINUTO.

- uma família acumula em média 60 sacolas plásticas em apenas quatro idas ao supermercado

- o The Wall Street Journal afirma que os Esta-dos Unidos utilizam 100 bilhões de sacolas plásticas anualmente. São necessários 12 milhões de barris de petróleo para fazer esta quantia de sacolas plásticas.

- usamos cada saco plástico por aproximada-mente 12 minutos antes de jogá-lo fora. Em contra-partida a esses minutos, este saquinho pode perma-necer no meio ambiente por centenas de anos.

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- o Programa de Meio Ambiente das Nações Unidas estima que 46.000 pedaços de lixo plásti-co flutuem em cada milha quadrada do oceano. Eventualmente, 70% afundará, para permanecer para sempre no fundo do mar, afetando – perigosa-mente – os ecossistemas.

- cada pedacinho de plástico fabricado nos últimos 59 anos, que de alguma maneira chegaram ao mar, ainda está lá… afinal, não existe nenhum mecanismo efetivo para decompô-lo.

- as qualidades que tornam os plásticos tão úteis é justamente o que faz com que resistam por tanto tempo como lixo. Derivado do petróleo, o plástico eventualmente se decompõe em dióxido de carbono e água, da exposição ao calor e aos raios ultravioletas de calor. Em terra, o processo pode de-morar décadas, até centenas de anos.

- No mar, demora ainda mais, já que a água salgada mantêm os plásticos frios; além disso, algas, crustáceos e outros tipos de vida marinha bloquei-am os raios ultravioletas. No meio ambiente mari-nho, sacolas plásticas são letais, matando pelo me-nos 100 mil aves marinhas, baleias, golfinhos, fo-cas e tartarugas a cada ano, asfixiando os mares, ameaçando a vida de animais e criaturas marinhas no mundo todo e, também, colocando um peso in-sustentável para o nosso planeta.

Albatrozes e outros pássaros marinhos que procuram na superfície do oceano seu sustento, en-contram uma enorme extensão de lixo flutuante. Eles “pescam” todo tipo de restos de plástico, achando que é comida. Como resultado, regurgitam nas gargantas dos seus bebês bloquinhos de Lego, prendedores de varal, presilhinhas de cabelo e ou-tros pedaços de plástico que podem perfurar o estô-mago ou bloquear o esôfago. O simples volume de plástico dentro de um bebê passarinho pode deixar muito pouco espaço para comida e líquido, resul-tando que quase 40% desses animaizinhos morrem de desidratação ou fome, embora seus diligentes pais acreditem que os estão alimentando correta-mente.

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TENDÊNCIAS MUNDIAIS

Vários países têm tomado medidas para coibir o uso de sacolas plásticas, tentando diminuir o lixo plástico que cresce minuto a minuto, ameaçando não só os países em questão, mas o Planeta Terra como um todo. A tentativa de abolir totalmente a malfadada sacolinha plástica pode ser considerada um tanto utópica; entretanto, governos de to-do o mundo tentam achar uma solução para o problema. Se não para exterminá-lo de vez, pelo menos minimizá-lo.

Muitos estão considerando implementar medidas co-mo as tomadas na Irlanda:

- uso de sacolas reutilizáveis

- criação de taxa de lixo diferenciada, conforme o tipo de lixo produzido: obviamente, a mais cara é que a corres-pondente ao lixo que vai para os lixões. O lixo reciclável é isento de taxas.

- programas patrocinados pelo governo, promovendo ações de alerta ambiental, pedindo aos consumidores para reduzirem seu lixo, convencendo-os a considerar alternati-vas eco-amistosas para as sacolas plásticas.

- implementação e difusão do bioplástico, plástico elaborado à base de materiais biopolímeros.

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Entretanto, uma taxa cobrada sobre as sacolinhas plásticas de supermercado parece ser a solução que mais benefício trará, em um menor espaço de tempo. Na Irlanda, gastava-se 1.2 bilhões de sacolas plásticas todo ano (ou 316 por pessoa), até que foi in-troduzida a PlasTax (Taxa do Plástico): 15 cents de libra esterlina. Resultado: o consumo de sacolas plásticas diminuiu em – pas-mem! – 90%!!! Além disso, o valor recolhido por este imposto - 9.6 milhões de libras, no primeiro ano - serviu para iniciar um “FUNDO VERDE”, destinado a beneficiar o meio ambiente ainda mais. De quebra, no processo, 18 milhões de litros de óleo foram economizados pela redução da produção. A Irlanda continua sen-do um modelo para todos os países na luta contra as sacolas plás-ticas: consumidores têm adotado cada vez mais sacolas reusáveis e a taxa anterior já subiu para 22 centavos por sacola plástica.

Materiais plásticos biodegradáveis prometem, a um custo um pouco maior, resolver o problema ambiental causado pelos sacos comuns; estão sendo desenvolvidos com fórmulas diferentes em vários pontos do planeta. Ao passo que um saco plástico comum pode demorar cerca de 100 anos (dependendo da exposição à luz ultravioleta e outros fatores) para se decompor, o novo material levaria cerca de 60 dias.

Em Cajamar, a RES produz plástico biodegradável a partir de po-límeros do álcool. O setor de biotecnologia do IPT desenvolveu um plástico derivado, por ação de uma bactéria, do açúcar de ca-na.

A fábrica da BASF em Ludwigshafen, Alemanha, produz em esca-la crescente o plástico biodegradável, o Ecoflex.

Na Austrália, está sendo desenvolvido um tipo de bioplásti-co – por uma firma chamada Plantic – cujo componente princi-pal (90%) é amido de milho e outros materiais orgânicos, como água e óleo. Afirmam que pode até ser comido! Isto significa que esta sacola de plástico biodegradável vai se dissolver e desapare-cer em contato com a água; se colocado em compostagem, Plan-tic afirma que este produto desaparecerá em 3 meses, liberando água no solo.

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O QUE VOCÊ PODE FAZER?

É preciso declarar guerra contra a plasticomania e se rebelar contra a ausência de uma legislação específica para a gestão dos resíduos sólidos.

O problema em si é grave e de difícil solução. Entretanto, você pode ajudar a reduzir o consumo de sacolas plásticas, adotando ações simples.

Utilizar sacolas de compras reutilizáveis (de algodão, por exemplo, como nossas mães e avós faziam antigamente): isto ajuda as pessoas a consumirem menos, preservarem recursos naturais e economizar também. Cada sacola de compra reutilizável que você usa tem o potencial de eliminar centenas, se não milhares, de sacolas plásticas que serão des-cartadas no meio ambiente, aumentando a poluição.

Recusar sacolas plásticas no caixa é uma medida simples, que qualquer um pode adotar para tentar reduzir a quantidade de lixo produzida.

Ajude a Natureza! Auxilie o Meio Ambiente!

faça parte do esforço para

salvar nosso planeta.

Use, Reuse

E

- Principalmente –

RECUSE!

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VALENTIA

Por Oswaldo Antônio Begiato

Quero-te serra

como serra

de meus olhos

menina

Serra de muita terra

Serra de muita água

Serra de muito mato

Serra de muito bicho

serra apenas serra

apenas Japi

Não te quero como serra

de gente miúda

de gente sem terra

de gente com muita terra

Não te quero como serra

de muitas serras

motos que vagam pela serra

motosserras na serra

magnetismo de polos na serra

serra elétrica na serra

mãos que tocam a serra

serra manual na serra

São muitas as serras na serra

Serras que lhe cortam o lenho

e lhe fazem lotes

e lhe esquartejam

Quero-te como serra

serra de milhões de chuvas

e de nenhum fogo

Mas será que chove na serra

ou será que serra na chuva?

E quem guarda a serra

guarda a chuva e apaga o fogo?

é o enterro adiado...

Ao diabo quem serra a serra

todo dia

de água benta

de fogo-fátuo

Ao diabo

porque a serra é valente e é de fé

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CONSUMO RESPONSÁVEL

• Dê preferência a produtos de madeira com o selo FSC. Esta é a garantia de que a madeira foi reti-

rada corretamente. O desmatamento é o principal responsável por nossas emissões de gases cau-

sadores do efeito estufa. Ao comprarmos produtos sustentáveis, diminuem os incentivos para

desmatar a floresta.

• Consuma alimentos da estação e dê preferência aos orgânicos, que não utilizam agrotóxicos. As-

sim você cuida da sua saúde e do meio ambiente.

• Evite pegar sacolas plásticas desnecessariamente. Carregue uma sacola ou uma mochila com vo-

cê quando for fazer compras. Assim estará gerando menos lixo.

• Dê preferência a produtos com pouca embalagem ou embalagem econômica que geram menos

lixo.

• Procure comprar produtos fabricados perto de onde são vendidos. Desta maneira, os produtos

não precisam ser transportados por longas distâncias e, consequentemente, não há emissões des-

necessárias de gases causadores do aquecimento global.

• Use pilhas recarregáveis, Assim, você evita poluir o meio ambiente e gasta menos.

• Descarte as pilhas em locais apropriados de coleta e não no lixo comum.

• Leve as baterias usadas de celulares para as revendedoras. Elas não devem ser jogadas no lixo

comum, pois contêm metais pesados altamente tóxicos para a saúde humana e o meio ambiente.

• Evite substituir seu aparelho celular desnecessariamente Além de gastar dinheiro, você estará

contribuindo para uma maior poluição do planeta.

• Evite comprar o que você não precisa para não gerar mais lixo. Para facilitar, faça uma lista pré-

via. Além de economia, terá menos lixo

• Procure melhorar seu computador ao invés de comprar um novo. Anualmente, mais de 20 mi-

lhões de toneladas de lixo eletrônico são descartados. A maioria ainda não é reciclada.

• Prefira comprar em lojas que adotem práticas socioambientais corretas.

• Use tintas a base de água para pintar sua casa. Elas são menos tóxicas e menos poluentes.

• Dê preferência a guardanapos e toalhas de pano ao invés de descartáveis.

• Use os dois lados da folha de papel.

• Imprima e-mails e documentos somente quando necessário.

• Não pegue panfletos entregues na rua a não ser que esteja interessado nas informações.

• e pegar, não jogue na rua depois de tê-lo lido.

• Utilize calculadoras e lanternas que possam funcionar com energia solar ou

dínamo. Desta maneira não é necessário usar pilhas.

http://www.wwf.org.br/

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A TERRA QUE VI E A QUE VEJO AGORA!!!

Por Vó Fia

Na minha infância e juventude eu vi uma Terra linda e preservada. Nos campos, o verde prevalecia nas matas intocadas e nos pastos viçosos cobrindo as encostas das serras; os pássaros faziam seus ninhos nas arvores e cantavam livres e felizes; os animais de peque-no e grande porte, viviam soltos e bem alimentados pela Mãe Natureza intocada e respei-tada.

Cortando e molhando a terra existiam rios caudalosos e repletos de peixes, ribei-rões e fontes de água potável e fresca, onde o homem e os animais matavam a sede; os pescadores jogavam suas redes e as recolhiam cheias de pescado saudável e saboroso e, com todas essas bênçãos, o ser humano garantia a longevidade e vivia feliz e bem ali-mentado.

Os homens sabiam de seu lugar e das dádivas que recebiam da Mãe Terra e com ela conviviam pacificamente sem agressões, porque a agricultura nos moldes antigos e tradi-cionais era orgânica. Ninguém sabia o que essa palavra significava, mas sabiam que se a terra fosse limpa e arada, as sementes nela colocadas brotariam e dariam frutos.

O tempo também colaborava; as estações se sucediam normalmente sem surpresas, tudo dentro da normalidade: verão, primavera, outono e inverno nunca mudava, quando era tempo de calor vinha o calor, as chuvas chegavam pontualmente no dia de São José, { Dezenove de Março}, no outono a temperatura caia ligeiramente e as frutas eram sucu-lentas e doces e o frio chegava em Junho.

A Mãe Natureza nunca se atrasava e os lavradores plantavam suas lavouras confi-antes no ritmo certo das estações e colhiam suas fartas safras em seu tempo certo, por-que os homens não agrediam a terra e eram recompensados pelo seu trato respeitoso; era a paz, a fartura e a felicidade.

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Agora eu vejo a Natureza agredida e desrespeitada, as matas devastadas a ferro e fogo, os rios poluídos, com suas águas envenenadas e os animais expulsos de seu habitat natural, morrendo atropelados pelo transito sem regras e capturados por traficantes desumanos, pa-ra serem vendidos a quem der mais, porque a caça agora é por lucro.

O que comemos já não tem um bom gosto, porque nos alimentamos com medo dos ve-nenos atirados aos galões sobre a terra exaurida para que produza sempre mais e essa pro-dução forçada, nos deixa o subproduto das doenças incuráveis e destruidoras, mas o lucro das grandes empresas fica garantido e o ser humano mais uma vez é esquecido.

Das verdes matas, dos rios de águas limpas e piscosas e dos pastos exuberantes pouco resta e em consequência o ar puro do passado se tornou pesado e venenoso, até o simples ato de respirar esconde perigos e tudo isso pela falta de respeito com nossa Mãe Natureza que, agredida, se vinga mudando tudo: verão, primavera, outono e inverno se misturaram.

Agora a chuva cai na hora do calor chegar, o frio chega de repente, a primavera é triste e o outono nem existe mais; a poluição tomou conta de tudo e parece que os habitantes de nosso planeta não percebem o perigo que isso envolve, porque não sabemos o que nossos filhos e netos vão encontrar no futuro, porque nossa Mãe Natureza está muito zangada. Se não houver mudanças, não vai haver esperança.

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Era...

Por Raimundo Cândido Teixeira

Era uma imensidão, um intenso sorrir do infinito

que se desfez ao teu olhar!

Era um bela harmonia de tranquila paz ao mar

que se desmoronou ao teu olhar!

Era um feliz torrão natal, muitíssimo venturoso, um lar

que de repente sumiu ao teu olhar!

Era a intensa natureza no deleite jubiloso de luz

que se apagou ao teu olhar!

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Planeta Terra

Por Flávia Assaife

Formado pela agregação de poeiras cósmicas Por aquecimentos e resfriamentos gravitacionais

Planeta que compõem o sistema solar Possui forma ondulada e elipsoidal com 3/4 de sua superfície formada por água...

Este é o Planta Terra: a nossa morada!

Nele vivemos há milhões de anos protegidos da radioatividade vinda do sol e das estrelas

pelo campo magnético formado entre o núcleo e a atmosfera. E o que NÓS fazemos para proteger a Terra?

Sua crosta ou litosfera composta por oxigênio, silício, alumínio, magnésio e ferro está em cons-

tante movimento lento e contínuo... Neste planeta a biosfera proporciona a propagação da vida

pelo adequado equilíbrio entre a hidrosfera, atmosfera e litosfera! E o que o ser humano tem feito para manter o equilíbrio da vida na Terra?

Com um ecossistema equilibrado e perfeito,

Os seres vivos foram desenvolvendo-se, adequando-se... Tornando rica a biodiversidade,

Povoando este lugar, fazendo dele o seu lar.

E hoje? Que espécie de ser vivo habita neste lugar?

Segue

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As relações entre os seres vivos e os elementos físicos da natureza começaram a se deteriorar...

A cobiça do homem avassala o seu próprio habitat. Consome sem pudor, destrói em nome do progresso,

E o pior, tem consciência dos reflexos... Que tipo de herança estaremos deixando para o local que chama-

mos de lar?

Aquecimento global? Planeta sustentável?

Alguns acreditam que são ações sem igual... Outros percebem o quão a luta é desigual.

Aniquilam, devastam aos poucos um Planeta fenomenal...

O lar de nossos ancestrais, O lar de nossos pais!

E, será que este ainda poderá ser chamado de lar pelos filhos de nossos filhos? Pelos netos, dos nossos netos?

O que estamos fazendo para cuidar Dele, para preservá-lo?

Basta de esperar que outros façam Basta de reclamar e nada fazer

Basta de somente assistir aos jornais na TV

É preciso agir É preciso fazer acontecer

O Planeta TERRA pede socorro para você!

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MÃE NATUREZA

Por Isabel Cristina Silva Vargas

Dá a vida, desabrocha

Acolhe,

Promove esplendores

Belezas sem par.

Dela tiramos sustento

Alegrias para os olhos

Espaço para viver

Locais para lazer,

Descanso , meditação

Reencontro da harmonia

Nela constroem-se moradas

Arranha – céus, imponência

Para iludir o espírito

E ter a falsa ideia de solidez

Perpetuidade, poder

Pensando que aqui ficaremos

Que a vida é amontoado de bens

Utilitários, adereços.

Vã ilusão

Viver é ser transitório

Despir-se das cangas

Que aprisionam o essencial

Ofuscam a luz

Distanciam do DIVINO.

Mãe Natureza

Insultada, ofendida, degradada

Nos mostra dolorosamente

Que a vida é troca de ações

Pensamentos, energia

Que construímos paredes em excesso

Ao invés de preservar florestas

Cultivar flores

Atrair beija-flores e borboletas,

Dar liberdade aos animais.

A natureza se liberta

Liberta as almas

Provoca sofrimento

Por desconhecermos

A real essência de viver.

Foto da Praia do Laranjal - Lagoa dos Patos, Pelotas, por Isabel Cris6na Silva Vargas

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AMAZÔNIA

Por Terezinha Guimarães

Quem diria!

Uma terra cheia de vigor e alegria

Nutrida de alimentos

De vida e de amor.

Amazônia do Brasil

Terra de todos e do nosso senhor.

De tão rica esplendida,

Inspirava grandes amores.

Não demorou olhares atentos ali chegaram,

Em nome do progresso o homem se insta-

lou,

Manipulou sua essência,

Denegriu seu valor,

Cravaram no seu coração,

Flechas, palavras ásperas e fogo,

Ferindo seus princípios

Machucando seu amor.

Cada árvore derrubada,

É uma vida que se foi.

Cada animal retirado do seu habitar,

É mais uma vida que nos deixou.

É muito veneno pulverizando o ar,

Algo que Amazônia já inspirou.

No seu leito em chama, ela clama,

Sua ferida aumentou.

O homem parece não temer o futuro,

Já se sente um vencedor.

O que vai acontecer se Amazônia morrer?

Salvar sua vida é bem necessário,

É algo para hoje. Acorda povo,

Se não cuidarmos agora, velaremos depois,

Se a Amazônia morrer, irá com ela grande

parte do nosso povo.

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Salvação

Por Renata Iacovino

Enche nosso pulmão de ar tropical,

resiste ao cruel instinto predador,

obra imensa, finita e tão genial.

Traz-nos vida só pela sua cor.

Sua diversidade é colossal,

mata que guarda o mais forte clamor

nessa sua extensão territorial,

pede respeito por seu interior.

Sua grandeza sempre nos inspira

sua existência é, então, nossa razão,

pois nos dá vida sempre que respira.

Não desista, mas veja: a salvação

virá dos homens que não têm na ira

sua ganância, sua ostentação.

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Telas de Eliane Accioly

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BARRANCOS DO VELHO CHICO

Por Dé Barrense

BARRANCOS DO VELHO CHICO

AH! QUE SAUDADE ME DÁ

EU HOJE ESTOU BEM DISTANTE

DAQUELE GRANDE LUGAR

À MARGEM DO VELHO CHICO

FOI LÁ QUE EU NASCI

JÁ BEBI DE SUAS ÁGUAS

JÁ LAVEI AS MINHAS ROUPAS

JÁ NAVEGUEI EM SUAS ÁGUAS

JÁ BANHOS, PERDI A CONTA.

FAMÍLIA AQUI JÁ DOBROU

TRABALHO SE ACABOU

HOJE QUEREMOS VOLTAR

PARA O NOSSO GRANDE LUGAR

DAQUI A GENTE SÓ ESCUTA

QUE ELE VAI SE SECAR

VOCÊS QUE AINDA ESTÃO AI

PODERIAM SENTIR DÓ

NÃO DEIXE OS HOMENS DESVIAR

O NOSSO RIO, MAIOR.

POIS NOS DIGAM, POR FAVOR,

COMO VAMOS SUSTENTAR

NOSSAS FAMÍLIAS SEM ÁGUA;

E SEM O PEIXE QUE ELE DÁ?

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CIRCOS COM ANIMAIS NÃO

DIVERTEM TODO MUNDO!

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- Zé, vou precisar de dinheiro. Meu pagamento é só na semana que vem.

-Dinheiro extra, você deve estar de brincadeira. Só tenho trocados pro café.

-A professora falou que o Mauricio precisa de um dicionário.

-O inferno, sabia que a sua ideia ia dar nisso. Escola particular pensa que dinheiro dá em bar-ranco?

- Quem paga a escola dele sou eu. Dou um duro danado pra que tenha um futuro melhor, e o único caminho é o estudo. Deixa pra lá, vou pedir adiantamento pra patroa.

(...)

As chuvas mais uma vez trouxeram pânico as periferias. Os bombeiros, sabem que sob a montanha de lixo e entulho, que desceram morro abaixo, não deve haver sobreviventes da sala de aula da escola particular de educação infantil. Zanzando como um morto vivo, José não chora, carrega suas dores em silêncio, atormentando-se com as recordações da conversa da noite anterior.

-Pai, não fica nervoso por causa do dicionário. As palavras não perderam sentido, mas todo mundo precisa conhecer outras diferentes. Você sabe por exemplo o que quer dizer flatulên-cia?

-Não, parece nome de flor, igual Hortência!

-Nossa pai, errou feio, flatulência são os gases que nós e outros animais eliminamos. Sabia que os cientistas descobriram, que nas flatulências das ovelhas, existe gás metano, responsável pe-la destruição da camada de ozônio?

-Tai, você acabou de falar um monte de palavras que nunca ouvi. Flatulência quer dizer pum... e saber isso vai melhorar a minha vida em que?

-Não adianta Maurício. Seu pai não entende. Pode deixar, vou pegar adiantamento na sexta, sábado vamos comprar o dicionário.

-Não sou nenhuma besta não mulher. Sei que estudo é importante, se pudesse também teria estudado, e hoje não trabalharia tanto, pra ganhar um salário de fome. Posso ser ignorante, mas não sou burro.

-Vocês não vão brigar por causa de um dicionário né?

-A gente não tá brigando filho, eu e seu pai estamos “dialogando acaloradamente”, não é assim que fala?

-Olha a mãe usando palavras novas! Ouviu essa pai?

-Claro garoto, também sou capaz de aprender novidades, quer ver? Bia, na janta não vou co-mer feijão preto, me dá muita fatulência.

-Muito bem pai, só tem uma correçãozinha: é flatulência.

Por Lariel Frota

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-Pelo jeito quando o dicionário chegar, todo mundo vai virar doutor nessa casa, mas vamos pessoal, a janta tá esfriando.

(...)

Ele continua ali, perdido dentro de um pesadelo do qual sabe não poderá acordar. Um grupo de repórteres cerca uma autoridade, sem querer, acaba ouvindo as vazias divagações sobre a tragédia:

Começa a sentir uma revolta estranha, um ódio avassalador, um rancor ao ver as cenas de demagogia costumeira. Eles sempre aparecem para pedir votos, ou se desculpar diante de um desastre. Nunca assumem sua responsabilidade.

Do jeito que falam, parece ser do povo a culpa de tudo. Se acaso ele soubesse das condi-ções impróprias do terreno, teria dado um jeito de sair daquela sujeira enterrada, que trans-formou o sonho da casa própria, em túmulo do seu único filho.

(...)

-Oi Zé, ainda bem que acordou!

- Onde estou? Minha cabeça está doendo.

- Não se lembra do que aconteceu? Você estava perto do desmoronamento, tinha uma multi-dão em volta. Disseram que de repente você correu em direção a um grupo de jornalistas que faziam uma reportagem, acho que para ouvir o que dizia o pessoal da prefeitura. O chão es-tava escorregadio, tanto que estava com um pedaço de pau na mão, certamente para se apoi-ar, não é?

Caiu e bateu com a cabeça, você desmaiou. Ainda bem que o pessoal do corpo de bombeiros estava por perto e te socorreu. Não se mexa muito, tem um corte grande na testa, mas já su-turaram. O médico garantiu que está tudo bem; quando acabar esse soro pode ir pra casa.

-Pelo amor de Deus e o nosso menino, acharam ele?

-Calma Zé, na hora do seu acidente, estava justamente te procurando pra avisar. Ele foi com os coleguinhas até a biblioteca. Na falação de ontem, esqueci de falar: como vários alunos estavam sem o dicionário, a professora resolveu levá-los para fazer a pesquisa . Foi por Deus, a sala deles foi completamente destruída.

(...)

Algum tempo depois, longe do local da tragédia, a fa-mília refaz a vida em lugar seguro.

-Mãe, hoje o pai chega tarde né?

-Sim filho, ele tem aula no curso supletivo. Ah, ele pe-diu pra deixar o dicionário, que ele precisa fazer uma pesquisa amanhã, disse que é sobre o pum da ovelha.

-Ele quis dizer: os efeitos do gás metano, na destruição da camada de ozônio.

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TERRA

QUE ( EN ) TERRA...

Por Maria Cristina Pires Silva Ramos

Fico a imaginar o que a Dona Terra pensa de nós , humanos , civilizados . Civilizados ?

- Nós abrimos "feridas" profundas na TERRA com a nossa ocupação que não respeita limi-tes :

= Construímos casas , prédios , num modernismo tão atual quanto devasta-dor .

- Nós definhamos a TERRA com a nossa im-piedade aos cortarmos árvores :

= E ficamos sem as suas sobras , sem seus frutos .

- Nós desgastamos a TERRA como se ela fos-se "um poço sem fundo" : = Impiedosamente escancaramos feri-das rasas e profundas e , como se isso não tivesse a mínima importân-cia , fingimos que tudo está muito bem .

- Nós banimos da TERRA os animais "irracionais" quando destruímos seus "habitats" :

= Onde vão morar ? O que terão para comer ? Sol ? Chuva ? - Onde vão se abrigar ?

E os civilizados continuam ...

- Nós poluímos a TERRA sem nos preocu-parmos nem um pouco com "doenças adquiri-das" :

= E damos o nome a "isso" de "progresso"

- Nós conseguimos , em alguns bons trechos , cobrir a TERRA com o progressista asfalto :

= E o nosso poder de destruição não acaba por ai .

Mas nós , os civilizados , nunca nos detivemos

para pensar sobre tamanha barbaridade !

Será que a TERRA , num lampejo de fúria , a qualquer momento nos brindará com o "famoso troco"?

A Natureza é MÃE mas não é tola ! A TER-RA é sua Mestra e sabe muito bem ensinar !

Ela , a TERRA nos ensina mostrando : seu grito através de tsunamis , sua fúria através de deslizamentos (vômitos de lama!) , sua lealda-de ao permitir que tentemos algo melhor .

E me pego a pensar sobre a TERRA ,

No dia em que estarei

SOB a TERRA ,

De que maneira ela irá me "abraçar"?

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VARAL DO BRASIL - EDIÇÃO ESPECIAL NOSSO PLANETA TERRA

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Nosso Planeta Terra Por Sonia Nogueira È nosso planeta, onde nascemos, crescemos vivemos, amamos e morremos. Ou

fingimos que amamos. Quando amamos damos o que temos de melhor, cuidamos, ze-lamos, adoramos. Tudo é em prol do amor, é prioridade.

Quando vejo na terra o vegetal, matéria prima, ao nosso sustento, aflorar qual jardim imensurável; a casa, cobertor que aquece as famílias, rios e mares, fortuna in-dispensável à vida; mineral enriquecedor dos afortunados; a fauna grandiosa de seres vivos ao equilíbrio ecológico; prostro-me diante de tanta oferta doada ao homem e cho-ro, o choro do silêncio dos aflitos diante de tanta crueldade que a mão insana projeta:

Lixo, água poluída, desmatamento, animais retirado do seu habitat, gazes na at-mosfera, queimadas, peixes envenenados, a resposta vem com a mesma recompensa da dádiva. A natureza é sábia e como mãe que oferece todas as condições de proteção aos ilustres filhos, vem à recompensa em forma de destruição tragando cidades, avan-çado os mares, gazes mortais, doenças incuráveis, quedas de temperatura etc. etc..

São milenares as distorções em massa, mas o homem contribui de forma assus-tadora, pela ganância e desrespeito a nossa mãe terra.

Acordemos enquanto há tempo, ou então as gerações futuras, receberão a pior das heranças a destruição por asfixia do ar, a sede por falta de água pura, as doenças incuráveis, a incapacidade de corrigir o quadro, pintado na tela com a tinta a óleo que mão e mentes projetaram.

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O que eu posso

fazer para evitar o tráfico de animais silvestres?

• Não compre objetos e bijuterias com penas de animais.

• Conheça a Lei de Crimes Ambientais.

• Não compre animais silvestres.

• Denuncie tráfico de animais silvestre à Linha Verde do Ibama

• Passe essa dica adiante.

h�p://www.wwf.org.br/

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VARAL DO BRASIL - EDIÇÃO ESPECIAL NOSSO PLANETA TERRA

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Protect Earth

www.hsharma.com

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PRISIONEIRO DA INVEJA

Rozelene Furtado de Lima

Ao longe vem um canto triste trinado

Um pedido de socorro,

um choro cantado,

É um lamento,

o som pesado da agonia.

Uma queixa que ouço durante todo o dia.

É um pequeno pássaro lindo e indefeso

Que foi objeto de um homem invejoso,

Da beleza, da liberdade e do canto mavioso.

Foi iludido, caçado, condenado

e preso!

A pena mais dolorosa, mais cruel!

Viver numa pequena gaiola de madeira

Com um poleiro, água, forro de papel,

E uma ração considerada de primeira.

O canto da tristeza ressoa apelante

Que foi que eu fiz? Tirem-me daqui...

Vou voar muito alto para bem distante

Eu juro, nunca mais vou voltar aqui,

Prometo agora: - nunca mais cantar,

Nunca mais anunciar o amanhecer

E no por sol me calar e me esconder

Nunca mais, na sua frente aparecer.

Mas me solte,

não quero ser prisioneiro.

Quero ser passarinho,

sair deste poleiro.

Quero soltar minhas asas com vento viajar

Com o bando da minha plumagem,

voar.

Quero construir meu ninho,

Quero chocar meus ovinhos

Quero ter meus filhinhos,

Não quero viver sozinho!

Tenho alma nobre e voz de cantor.

Tenho a sensibilidade do poeta.

Tenho a vida livre como meta.

Tenho na mente o amor do criador!

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É um Blog destinado a todos aqueles que estão preocupados com a má qualidade das águas dos rios e mares do Brasil. Que buscam de alguma forma, através de atitudes PROATIVAS, recuperá-las, conservá-las e pre-servá-las pela revitalização e rena-turalização de nossos cursos d' água. Orientação e conscientização através da Educação Ambiental. SE ESTÁ DISPOSTO E PODE AJUDAR, SEJA MUITO BEM VINDO!!! OS POLUÍDOS RIOS E MARES DO BRASIL, AGRADECEM! ([email protected])

http://sosriosdobrasil.blogspot.com/

TRÊS ANOS AJUDANDO A SALVAR OS RIOS E MARES

DO BRASIL

Fazer trabalho de educação ambiental no Brasil,

nem sempre se atinge os objetivos espera-dos;

não dá fama e nem dinheiro... não se obtém facilmente apoios,

e nem mesmo patrocínios!

A grande maioria, não está nem aí... até mesmo os políticos e governantes,

preocupados com o que dá mais visibilidade, deixam para um segundo plano,

os investimentos na área ambiental!

Defender rios, ribeirões, córregos e lagos... brigar e denunciar esgotos sem tratamentos e lixos nos cursos d' água das comunidades, nem sempre é bem aceito ou valorizado!

Mostrar que estão derrubando as matas cilia-res, para cultivo agrícola no lugar das mesmas, também não é visto com bons olhos, pelos donos das terra ribeirinhas... os primeiros a reclamar que o córrego está se-cando! Envolver as crianças, adolescentes e jovens estudantes nas causas ambientais, muitas vezes provocam críticas dos próprios educadores, que "entendem" que as mesmas têm "coisas mais importantes para fazer" Manter por três longos anos um trabalho de orientação, valorização e promoção daqueles que traba-lham na defesa dos recursos hídricos em suas comuni-dades ribeirinhas, pode até não significar muito... MAS TENHAM CERTEZA, DÁ UMA SATISFAÇÃO IMENSA E A ALEGRIA DO DEVER CUMPRIDO, DE FAZER A NOSSA PARTE EM DEFESA DAS ÁGUAS DE NOSSAS GERAÇÕES FUTURAS! OBRIGADO A TODOS, QUE NESTES TRÊS ANOS DO BLOG SOSRiosBr, NOS AJUDAM, NOS APOIAM E NOS INCENTIVAM NESTE PEQUENO TRABALHO DE EDUCAÇÃO AM-BIENTAL, EM DEFESA DOS RECURSOS HÍDRICOS DO BRASIL! Prof. Jarmuth Andrade Físico e Ambientalista [email protected]

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Redonda de Icapuí

Por Fátima Diógenes

As horas passam preguiçosas neste lugar de sonhos...O mar é muito verde e a praia está repleta

de canoas, botes, catraias, pedras e arrecifes...As casas olham para o mar e com suas redes es-

tendidas nas varandas me convidam para mais um bocadinho de descanso...A praia se estende

branca e a brisa levanta a areia suavemente...À luz do dia, a entrada de Icapuí me recebeu com

uma camada verdejante de coqueiros e um céu muito azul, com luminosas nuvens brancas...A

paisagem deslumbrante...O vento por ali se torna música para acompanhar a deliciosa culinária

dos frutos do mar – apelo à gula e à preguiça... Tudo me convida ao repouso e à languidez....Lá o

tempo se desenrola sem pressa e o ritmo é biológico...Acordo cedo para ver o nascer do sol, to-

mar banho de mar ou caminhar na praia... O momento de comer é quando a barriga me avisa...

A hora de dormir é quando o sono chega... E assim se fazem todas as coisas...Ē a própria viven-

cia do Presente...Em suas tardes mornas, Redonda já me faz sonhar com o paraíso... A maresia

me invade e desperta meus desejos mais íntimos... A falta de pressa e o gostinho de férias pro-

vocam em mim a vontade de levar a vida com a liberdade e o prazer que aquele lugar sugere...A

brisa, acariciando meu corpo repousado languidamente numa rede de tucum, leva embora mi-

nhas mágoas...Dia a dia o som do mar transforma minha solidão em solitude ...Diante do es-

plendor daquele céu minhas dores se aquietam ou são levadas pelo vento... Nem sei ao certo...

As palavras tornam-se desnecessárias naquele local de silêncio e paz... Sinto a vida pulsando no

mistério e na esplêndida beleza da praia de Redonda de Icapuí.

h�p://www.peixegordo.com

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Yucatán

Por José Carlos Paiva Bruno Sede Maia, cede saia, sede caia na gandaia... Frenética praia! Península que insula rastro do fim... Apocalipse dos dinossauros de Spielberg, sessenta e cinco milhões de anos antes...

Amarantes, anteriores infernos de Dantes...

Comédia do meteoro, cosmo que choro! Impacto Chicxulub contacto...

Pranteando uma era de final de fera... Acabou-se galera...

Começar de novo, Simone coro, fênix do namoro, quebra de decoro...

Perfil do novo jogo; engodo?

Engordo só de pensar em calota polar, derretendo em descongelar, fora do freezer terminar...

Quo Vadis minha gente, que seja diferente... Equilíbrio do crente, é preciso educar, pra poder acreditar, evitar amanhã sem mar... Amar o nível atual, maré do bom astral; bicho carnal,

carnívoro animal, lobo-macaco fabricando catarse...

Errando a frase – Meio ambiente necessário! – que pare, epicuristas do vale do momento, vale-tudo lamento... Bicho-papão poluição, carecemos da ação, desses sete bilhões de macacos... Fantoches darwinianos, xotes quixotes protagonistas do Armagedon, não adianta dedo em ris-te...

Cataclismo triste; ou sentamos e nos lavamos, roupa suja por aqui...

Respeitando a Natureza, realeza de nossa mesa, Mãe Terra de nobreza...

Ou não mais estaremos, não pela nova ameaça do céu, mas por suicídio cruel...

Destruindo a nave, tripulantes entrave, quem sabe? Travando a vida, em bestial corrida, suici-da! Homem lobo do Homem, dá dor até de abdômen... Desde oricalco idade, piedade...

Descalço; dó de ser Homem... Mas... Nós somos muito fortes, capazes de mudar a Sorte...

Guerreando as estrelas do mesmo Criador dos dinossauros...

Vencendo meteoros, decoros coros, decoro coro, coro!!!

Acabrunhado assim, pois que diferente dos dinossauros e estrelas guerras, quimeras...

Somos imagem e semelhança de Deus! Deus de todas as cores e amores, começo meio e fim,

de Yodas e Lukes Jedis, até do Mensageiro Lucas... Não há FORÇA sem relação, não interna

mais externa, parâmetro de REFLEXÃO, mormente que o socorro não se limita à DIMENSÃO!!! Negando pérolas aos porcos. Orgos amorfos... Império do escuro, mon-turo...

Mormaço da mente, aprende, apreende tempo que entende e não mente... Certamente!

Caminhando e cantando e seguindo a canção, somos todos iguais braços dados ou não...

Valeu Vandré... Bicho de pé... Chichén Itzá! Orixalá!!!

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CUIDE DOS RECURSOS HÍDRICOS

• Conserte torneiras que estiverem pingando. Isso

poderá evitar o desperdício de até 45 litros de água

por dia.

• Instale torneiras com aerador - "peneirinhas" ou

"telinhas" - na saída da água. Assim você acaba

utilizando menos água.

• Evite utilizar a mangueira para limpar jardins, cal-

çadas, passeios e quintais. Use uma vassoura para

executar essa tarefa. É mais rápido e não gasta

água.

• Utilize um regador para molhar as plantas. Quan-

do a mangueira é utilizada para este fim, muita

água é desperdiçada.

• Substitua a mangueira por um balde e um pano

para lavar seu veículo. O consumo de água será

muito menor.

• Desligue a mangueira quando não estiver sendo

usada. Isso evita o desperdício de água.

• Feche a torneira enquanto ensaboa as mãos, esco-

va os dentes ou faz a barba. Não desperdice água.

• Colete água da chuva para regar suas plantas. As-

sim você não gasta água encanada. Mas lembre-se

de armazená-la em um recipiente fechado para

evitar a proliferação do mosquito da dengue.

• Lave a louça em uma bacia com água e sabão e

abra a torneira só para enxaguar. É mais barato e

melhor para o meio ambiente.

• Conserte vazamentos nos canos em sua casa assim

que detectá-los. Sua conta de água diminuirá e o

meio ambiente agradecerá.

• Junte as roupas para lavar e passar. Desta manei-

ra, você gasta menos água e menos energia elétri-

ca.

h�p://www.wwf.org.br/

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TERRÁGUA

Por Lóla Prata

Na dança galáctica, eis o planeta,

em parte prateado sob lua-cheia

ou dourado ao sol... O fogo o recheia,

grafitado em névoa, pura naveta.

Revelou Betânia numa retreta:

todo azul ao longe da astral aldeia

vem da santa Virgem que a galanteia

sob o manto anilado da paleta...

Há sonho branco de anseio de paz,

de verde vivo... ou de sangue vermelho

da insensatez carrasca que se alastra...

Tal lar esférico será capaz

de reversão... ou de se pôr de joelho

contra a teimosia que a vida castra?

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Aniversários

Por Delayne Brasil

Volteando vai a Terra,

na dança dos dias,

sob o sol ensimesmada,

no rito dos anos

Com ela giramos

em eixos de egos,

desejando estrelas

- uma que seja!

E nem notamos,

na dança dos dias,

o astro-par,

no rito dos anos

Parcela que somos

da Terra, de todos

nas voltas e voltas

que o mundo dá

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VARAL DO BRASIL - EDIÇÃO ESPECIAL NOSSO PLANETA TERRA

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RE-VOLVER

Por Lílian Maial No peito-húmus, um músculo ávido de palavras. Revolver a terra, adubo em gotas, versos irrigados. O verbo cala, o solo seca, racha-se a criança - migalha de pão dormido. Fome e chão, pisa descalça em brasas da indiferença. Pele e sangue ressequidos, aridez de lágrima, espinho e barro a maquiar a pele, manchas de verde e amarelo. Chora a pátria, pétrea de matas pálidas, alopécia de cores, extensas clareiras. Terra vermelha coberta do pó, rugas no mapa, pistas de pouso - Clan-destinos. Onde o branco, a pureza, a promessa? Traída a terra, ouro de tolo, sorriso de icterícia, parcos dentes de mastigar solidão. Céu de anil,

nuvens sanitárias, homem esquálido a plantar pesticida. Traída a terra, clamor rouco e abafado, fumaça dos charutos cubanos, pendurados nas bocas patronais, sem lei e sem letra. Traída, a terra lamenta por seus filhos, amamentados de esmola, de enteados cuspindo confeitos, mordendo, com presas de ouro, o amanhã e a decência. Traída a terra. Punhal enterrado no seio, mãe órfã de rebento raquítico. Abre-se a fenda, engole o que resta: homem e praga, riso e lágrima, orgulho e carbono. Num futuro fóssil, tropical tupiniquim, semear e colher... Milagre!

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A NATUREZA

Por Icléia Inês Ruckhaber Schwarzer

A água rola por entre as pedras tentando se purificar

Chegando ao seu destino e a sede do homem matar.

A água limpa purifica o ser, banhando-se nela sentimos a alma flutuar

Por entre a mata o rio vai levando os maus fluídos

Encontrando folhas, raízes e terra, o sol vai aquecendo e nele podemos nos jogar

Sentindo nosso corpo refrescar,

Quisera que sempre nele somente energias boas pudéssemos encontrar,

Mas lamento dizer que o homem não sabe cuidar

O que de mais preciso Deus pode nos dar,

Água, vento e terra,

Nada sabemos cuidar,

Destruímos sem perceber ou ate mesmo conscientes,

Nem pensamos nas consequências,

Somente obra de Deus poderia isso criar,

Será que nunca iremos nos dar conta que um dia isso tudo ira mudar?

Vejamos a poluição,

O aquecimento global

As mudanças de clima,

A natureza esta se revoltando, vamos acordar

Ainda temos tempo,

Ainda podemos solucionar.

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Júnior Schwarzer Schmi�

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20 Dicas para preservar o meio ambiente 1. Não corte, nem pode árvores sem autorização. Poda drástica é PROIBIDA!! 2. Preserve a vegetação nativa. Não desmate! Não coloque fogo! 3. Não altere cursos d’água ou banhados, eles são protegidos por lei. Poços artesianos so-mente com autorização. 4. Não crie peixes sem licença. Nunca solte peixes nos rios, mesmo quando estiver bem in-tencionado. 5. Respeite os períodos de proibição da pesca. 6. Não compre, nem tenha animais silvestre em casa. 7. Não maltrate animais silvestres ou domésticos. 8. Separe o lixo em casa e no trabalho, e coloque na rua no dia da coleta seletiva em seu bairro. 9. Não jogue lixo no chão. Carregue-o até a lixeira mais próxima. Ensine às crianças dando exemplo. 10. Recicle ou reaproveite tudo o que puder. 11. Reduza o consumo, especialmente do que não puder ser reaproveitando ou reciclado. 12. Mantenha seu veículo regulado e ande mais a pé. 13. Não contribua com a poluição sonora e/ou visual. 14. Use menos veneno em sua lavoura ou horta. 15. Não jogue óleos lubrificantes na sua rede de esgoto. 16. Não desperdice água. esse é um dos recursos mais importantes e frágeis do planeta: fe-che torneiras, conserte vazamentos, não use mangueiras para lavar calçadas, aproveite água de chuva. 17. Não desperdice energia elétrica: desligue aparelhos, verifique sobrecargas, apague as luzes. 18. Ensine às crianças amor e respeito pela natureza. 19. Cuide da higiene e da sua saúde! 20. Evite jogar materiais não degradáveis (plásticos ou outros) no ambiente. Vamos fazer a nossa parte!!!! http://jornalistadiplomado.wordpress.com/

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Tanta água

Por Tino Portes

Da janela

Do telhado

Da calha

Do cano

Da torneira

Escorre

A aguaceira!

Pingo d’água

Pingo doce

Pingo de amor

Pingo de chuva

Pingo d’ouro

Pinga pinga

Bebedouro!

Tanta água

Tanta chuva

Tanto orvalho

Tanto rio

Tanto mar

Que até parece...

Que não pode acabar!

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Águas

Por Lavoisier Menezes

A água que vem do rio

Pai Oxóssi abençoou

A água da cachoeira

Bela Oxum e de Xangô

A água que vem do ar

Traz forças de Oxumaré

A água da lagoa

Da doce Nanã Buruquê

Odoyá

Salve Yemanjá

Na força sagrada das águas

Do majestoso mar

Oyê oyê

Êpá Babá

Salve as Águas da Natureza

Águas de Pai Oxalá

(Cantiga afro-brasileira enviada por Ly Sabas)

Dique do T ororó - Salvador- BA-

esculturas de Ta6-Moreno

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Onde podemos encontrar a Mata Atlântica e como preservá-la? Restam apenas 7% da mata que havia na

época do descobrimento

Para falar da Mata Atlântica, primeiro é preciso enten-

der o que ela é. Segundo explica Carolina Mathias, en-

genheira florestal da Fundação SOS Mata Atlântica,

"podemos defini-la como um bioma com vários ecos-

sistemas, que tem desde mangue até floresta tropical".

Ou seja, a Mata Atlântica não é apenas aquela floresta

atlântica que se vê perto do litoral, mas um bioma ou

uma junção de ecossistemas com características co-

muns e com processos ecológicos que se interligam.

Nesse caso, essas características seriam, além da ocor-

rência geográfica, a proximidade com o litoral e as for-

mações florestais em um contínuo, que se estende até o

serrado, a caatinga ou os campos. "Outro ponto impor-

tante é que a Mata Atlântica tem árvores grandes e de

dossel contínuo, ou seja, com copas que se tocam", diz

Carolina Mathias. Esse bioma ainda tem mais de 22

mil espécies, quase nove mil delas endêmicas (que só

existem nesse bioma), superando a biodiversidade da

Amazônia. Infelizmente, 383 desses animais e plantas

estão ameaçados de extinção. A extensão territorial da

Mata Atlântica também impressiona – vai desde o Rio

Grande do Sul até o Piauí, cobrindo 17 estados. Origi-

nalmente, ela compunha 15% do território brasileiro,

mas hoje só restam 7% desse bioma.

Hoje, a Mata Atlântica ainda pode ser encontrada em

quase todo o país (menos no Mato Grosso, Maranhão e

Região Norte), mas em pequena quantidade. A maior

concentração está no Vale do Ribeira, em São Paulo.

Ao todo, existem 860 unidades de conservação da Ma-

ta Atlântica no Brasil, que vão de pequenos sítios até

parques estaduais. Muitos desses parques são abertos

à visitação e podem ser uma boa forma de conscienti-

zar os alunos da importância de preservar o meio-

ambiente. Beatriz Siqueira, coordenador do projeto

Mata Atlântica vai à Escola da Fundação SOS Mata

Atlântica, conta que existem vários projetos em anda-

mento para tentar salvar o que ainda resta do bioma.

"O que está sendo feito hoje são ações de restauração e

replantio de árvores que compõem a flora original da

mata. Também estão sendo criadas muitas áreas de

conservação, principalmente em propriedades particu-

lares", diz. A ecóloga ainda explica que cada um de nós

pode ajudar a manter a floresta em pé com ações do

dia-a-dia, como economizar água, energia elétrica e

diminuir a poluição. "Se cada um de nós gastar menos

energia, por exemplo, vamos precisar de menos hidre-

létricas, o que ajuda a manter a mata. Pois para cons-

truir uma usina é preciso desmatar e inundar uma

grande área de floresta", diz Beatriz. Preservar a Mata

Atlântica ainda pode ajudar a diminuir o aquecimento

global. Isso porque, além da floresta ser responsável

por absorver carbono, é muito comum no Brasil fazer

queimadas para transformar a mata em área de agro-

pecuária. E esse tipo de ação é o principal responsável

pelas emissões de carbono no nosso país. Por outro

lado, o aumento da temperatura da Terra pode afetar a

Mata Atlântica, já que muda as características dos

ecossistemas. "A maior preocupação é com a fauna. O

aquecimento pode matar várias espécies", alerta Bea-

triz.

h�p://revistaescola.abril.com.br

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Harmonia

Por Carlos D

Falei com as estrelas que gostam de dançar

de realçar a beleza do universo a brilhar

Sempre que o fico a olhar

meu espirito me lança um desafio de encantar me propõe uma dança

Dançar com o universo

por entre as estrelas pelo vácuo me dispersar

acompanhando os planetas

Esta musica afinal é o universo a cantar a harmonia sem igual

do sentir, do amar

Para o universo sentir temos que saber meditar

a natureza conseguir ouvir o nosso eu querer amar

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SER SEM MEDO

Por Luiz Eduardo Gunther

Sem sentir

medo

de

ser.

Ser

sem

sentir

medo.

Sem

medo

de sentir

e ser.

Sentir

e ser

sem

medo.

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VARAL DO BRASIL - EDIÇÃO ESPECIAL NOSSO PLANETA TERRA

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Nosso Planeta

Por Varenka de Fátima Araújo Terra, de passo a passo Há mundos distantes Nações e costumes diferentes No mar tanto tormento, danos Na terra tanto ganância Tanta mudança e avanços Tanta necessidade de vida Tantos enganos perigos! O céu coberto por nuvens negras Não se vê o Olímpio O mar oleoso, sangrando E os peixes morrendo pela boca A passarada em revoada Não cantam num só coral O terra que fizeram, á fúria insana Não se dorme em cima das lavas Conclamo, povos irmãos! Que almas se liguem a doce imagem Que sejam banidas as guerras A terra é nossa, nossa, nossa!

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Vertentes

Por Walnélia Corrêa Pederneiras

Vida é a palavra em questão...

ideias vertentes de um olhar somente

embate de conceitos e percepção

choque, encontro vigoroso ou constatação

...a começar pela chuva, vento, calor, frio

algo que indica tristeza ou vazio

dodecaedro de caminhantes na calçada quente

arame farpado de carros no asfalto,

a tal ponto de desnortear e não permitir

olhar a flor, a cor e as goiabeiras carregadas

de frutos maduros, verdes, fartos e belos...

porque tudo em volta ofusca e berra

para que acorde parte da humanidade

e siga o curso do rio enquanto há tempo

guache em tintas de serenidade, recomece...

resgate a natureza triturada e poluída

Que seja um esboço, vontade ou atitude

mas que recomece em sopro inicial

para conscientizar sem conturbar ou ameaçar

...simplesmente despertar o Ser adormecido

deixar que a luz até então inconsciente,

emoldure de seres o planeta angustiado

ouvir a canção universal de Mahatma Gandhi

mantra que reza em todo amanhecer

beleza azul, rósea, rosa-dos-ventos...

esperança em vertentes, planeta santuário

abre suas portas para a Era de Aquário

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VARAL DO BRASIL - EDIÇÃO ESPECIAL NOSSO PLANETA TERRA

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O JARDIM

MARIA ALICE RODOVALHO DE SOUZA

O jardim é um espaço que se transforma sem pressa...

E vai modelando sua forma, desenho, contorno que se transforma, devagarinho, e a cada lua vai se despindo e vestindo novas cores, flores, folhas e aromas. Perfumes se alternam, se mesclam, animam.

Ânima, alma que aspira.

Muitos visitantes, além de mim.

Pássaros cantantes voejam pelo jardim. Grasnam, piam, sinfonia de zumbidos sem fim. Ui-vos, mugidos, aboios de gente que vive por aqui. O galo canta e encanta marcando as horas do sol, neste calor natural.

Pássaros imensos cortam o vale, sobrevoam por aqui. Siriemas pernaltas andarilham na dis-tância, e me observam, ariscas, silenciosas e ágeis.

Plantas, árvores, tapete verde de heras veste o solo, agasalha Mãe-Terra. As plantas são se-res gentis, estáveis, generosas, graciosas, companheiras, sazonais ou perenes, floridas ou não. Especiais, medicinais, sempre belas!

Gosto de estar entre elas, chamá-las pelos nomes, conhecer suas “especialidades”.

Sementes pendem da jovem sucupira, e serão levadas pelo vento, semeadas na sorte da flo-resta que se recria...

Mimosas flores entre frondosas damas do jardim, e fico a observá-las, e elas a mim, tecendo olhares, sensações... no urdir do tempo que passa com as estações.

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CÉLULAS

Por Eliana Wissmann

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Nosso Planeta Terra

Por Renata Farias

Descrever o planeta, nossa casa, uma simbiose que o homem vem desrespeitando, da-nificando, destruindo é difícil e muito triste.

Tirando e não repondo, alterando o clima, devastando e poluindo, o que se pode ver em determinados locais chega a parecer com filmes trash que assistimos e achamos surreal demais, céu cinza, chuva ácida, tsunamis, furacões e nevascas assustadoras, uma série de desastres, alguns chamam de catástrofes naturais, será?

Nestes últimos acontecimentos visualizamos uma balança e o peso da culpa daquele que se chama homem é grande, sempre houve em locais por todo mundo variações de clima, naturalmente pouco atingia a nós e agora parece ser direcionado como um tro-co do mal que todos nós fazemos a este planeta que chamamos de casa, nossa Terra, nosso Planeta. Atos que por vezes passam despercebidos do papel jogado no chão, o aerossol dos desodorantes, inseticidas, purificadores de ar, carro velho e desregulado com motor emitindo gás, esgoto aberto (o Brasil e outros países sem políticos sérios enfrentam este problema), outras coisas que faz parte do cotidiano e passam sem uma solução e assim continuamos poluindo e destruindo.

Que tal então.

Plantar uma árvore.

Economizar água.

Regular o motor do carro.

Reciclar o lixo.

Participar e promover campanhas “Salve o Planeta”

E

Não se pode querer que gerações futuras viessem conhecer a natureza por arquivos virtuais, fotografias, animais empalhados, hologramas, modernidades e tecnologias que nunca serão reais, palpáveis como a vida e cada ser dentro desta complexidade.

Salve o planeta comece com pequenas atitudes e já será uma grande contribuição.

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Cogumelo Nuclear

Letra de música de Segestes Tocantins Eles querem acabar com a terra Querem fazer outro lugar Se outra guerra acontecer A nossa velha terra Vai virar poeira cósmica no ar Mamãe pensa que eu não me ligo Na política do homem Na ganância do mundo Na ganância do homem Eles querem acabar com a terra Já tem até base lunar Desafiam o poder de Deus O poder da criação.

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PLANETA

Por Zuleide de J. Coral

Nosso planeta assim como nós, precisa de alimento sadio para ter vida.

Então gente, alimente-o com atitudes de conscientização.

Você jogaria uma sacola de lixo no pátio de sua casa?

Com certeza não! Então porque joga em rios, córregos e nos terrenos baldios?

Será que você não sabe que lá é a extensão de nossa casa, já que o planeta pertence a to-dos. A natureza esta implorando ao homem que tenha mais cuidado com ela.

Muitas vezes ela grita pedindo socorro e eles se fazem de surdos e de cegos, não querem enxergar as barbáries que são cometidas contra ela, com o progresso desenfreado. Tam-bém clamam todos os seres vivo, grandes e pequenos, que alimentemos o planeta com ati-tudes de preservação, com progresso sustentável, com cuidado especial as reservas flores-tais.

Para vocês terem uma ideia do desmando do homem com a natureza, eu gosto de pescar. E quando lá estou chegam de uma cidade vizinha algumas pessoas que também vem fazer o que gostam. E sabe o que acontece quando eles voltam para casa? Deixam, tudo o que trouxeram. A garrafa pet, o saco de plástico onde veio o lanche e mais a vasilha plástica que trouxe a isca.

Tudo em cima das pedras à beira do mar. Não é de chorar? Também presenciei uma mãe que levava sua filha pela mão, e ambas chupavam picolé, quando terminaram simples-mente jogaram palito e papel no chão. Se esta mesma mãe fosse até um lixeiro e deposi-tasse ali os resíduos do picolé, com certeza sua filha iria fazer o mesmo, pelo resto da vida.

Por tudo isso meu caro leitor, eu particularmente acho que enquanto não houver uma edu-cação, que venha de berço, não conseguiremos alcançar uma consciência elevada, que al-cance todas as camadas sociais.

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AO NETO

Por Anna Back

Menino olha o rio! Ama o rio!

Ele banha tua cidade e a deixa mais bonita.

Dele brota a vida,

No sincronismo perfeito

De tudo o que a natureza entrelaça.

Ele já foi ao céu...duvidas?

A água que em vapor levanta de seu leito

E sobe num bailado cujos pares

Trocam-se e se confundem

Ora o sol...Ora o vento!

A mesma água que em chuva despenca

Das alturas, das fofas nuvens, berço dos anjos.

Que lava a face e a alma da mãe-terra

E favorece brotos, flores e perfumes.

Menino olha o rio!...Ama o rio!

Ele já foi melhor, mais limpo, de vidas povoado.

Por isso, ama-o, preserva-o, por ti e pelos outros.

As gerações futuras te cobrarão este legado.

É o teu rio! Nosso rio, caudaloso Canoas.

Que foi lazer, sustento e progresso.

Por sobre pontes que lhe servem de cinto,

O porvir se faz para um povo que o merece!

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Planeta Terra

HÁ SALVAÇÃO?

(Meditações sobre o Planeta, o Programa Nu-clear brasileiro e a Campanha da Fraternida-de)

Por EMANUEL MEDEIROS VIEIRA

“Pense na Terra, como um organismo vivo que está sendo atacado por milhões de bactérias cujo número dobra a cada 40 anos. Ou morre o hospedeiro, ou morre o invasor, ou morrem os dois.”

(Gore Vidal)

A batalha não é fácil.

Os que lutam pela vida e pelo planeta estão acostumado às ironias, aos achincalhes, mui-tos deles veiculados em grandes jornais e re-vistas nacionais.

Não importa. Não nascemos para passear.

“No mundo, tereis aflições”: é bíblico.

Mosaccio já dizia que “a Natureza é o guia su-premo de todos os mestres. Quem não se guia por ela labuta em vão.”

O que fazer?

O que aconteceu no Japão não pode nos dei-xar indiferentes.

“O acidente de Fukushima deixa claro: quan-do se trata de energia nuclear, não há segu-rança nem transparência suficiente”, argu-menta Rebeca Lere.

“É preciso pressionar o governo brasileiro a seguir o exemplo da Alemanha e da China, que estabeleceram moratória aos projetos nu-cleares em seus países por conta do desastre no Japão “, insiste a ativista, fazendo coro às nossas vozes.

É preciso lembrar que o Programa Nuclear Brasileiro, criado durante a ditadura militar, é caro, inseguro e protegido por leis de sigilo.

Como observa André Amaral, a forma como o programa é gerenciado demonstra extrema falta de respeito e de responsabilidade com a população. Quanto mais dinheiro público for investido nessa tecnologia, maiores serão os ricos para todos os brasileiros.

As lembranças da catástrofe de Chernobyl (outras pessoas grafam a palavra de outra for-ma; está é a adotada por José Goldemberg, físico da USP), na Ucrânia, em 1986, haviam sido esquecidas, e a indústria nuclear passou a imagem de que reatores eram imunes a aci-dentes.

Como esclareceu José Goldemberg, o desastre de Fukushima sepultou estas ilusões: “reatores são perigosos, e os ricos decorrentes são imediatos.” (...)

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O Brasil, como lembrou o professor, tem vá-rias opções melhores que energia nuclear, co-mo a eólica.

“Expandir a construção de reatores nucleares não é solução, mas fonte de problema”, arre-matou Goldemberg.

CAMPANHADA FRATERNIDADE

Desde 1964, os cristãos brasileiros celebram a Campanha da Fraternidade no período da Quaresma. É tempo de oração, de olhar e agir para o próximo.

Este ano, a campanha tem por tema a “fraternidade e a vida no planeta” (tema mui-to adequado às nossas preocupações e à es-sência deste texto).

Como ressalta Dom Orani, Arcebispo do Rio de Janeiro, a campanha “questiona a nossa vida e nossas opções”.

“A criação geme em dores de par-to” (Romanos, 8,22).

A primeira vez que a Campanha da Fraterni-dade se dedicou ao tema da ecologia foi em 1979, com o lema “Preserve o que é de todos”.

Em 202, a ela alertou sobre a Amazônia; dois anos depois, tratou da questão da água; e a campanha de 2007 discutiu o tema “Fraternidade e os povos Indígenas”

É a primeira vez na história que enfrentamos o risco do mundo inteiro entrar em colapso.

“O argumento de que as mudanças climáticas

que estamos presenciando hoje sejam apenas naturais é simplesmente ridículo.

As evidências deque tais mudanças se devem a causas humanas são irrefutáveis. Os anos mais quentes registrados em centenas de anos se concentram nos últimos cinco que passa-ram

Continuaremos travando o bom combate.

Difícil? Sim. Ele é, pecuniariamente, despro-porcional aos poderosíssimos interesses econômicos e aos podres poderes. Mas difi-culdades nunca foram motivo de desistência para os homens de bem e de boa vontade, e que saem dos seus casulos em prol da huma-nidade.

Como diz o poeta, “só o sonho é inteiro;/indivisível e único/nos tornando vários.”

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Planeta Terra

Por Yara Darin (by Sun)

Esta Terra que nos acolhe,

Com amor nos envolve...

Com amor nos alimenta,

Com amor nos dá fartura...

Nos dá a beleza do mar...

Os encantos do luar...

A suavidade dos campos...

A singeleza dos pássaros...

A imponência das montanhas...

A abundância dos alimentos...

Planeta amado te agradeço,

Por me trazeres aqui à morar...

À viver sob a luz intensa...abrangente..

deste sol que me aquece...

As estrelas dos meus sonhos...

O luar dos meus encantos...

Que em noites claras me banho...

Pelas águas que me sacia...

Pelas chuvas que lavam minh”alma ...

Pelos amores que me amaram...

Pelos filhos que me fizeram...

A mulher mais feliz deste planeta...

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Terra ... Planeta Terra ....

Por Ju Petek

Piso firme nesse chão

aspiro o perfume da flor em botão

pássaros ao longe gorjeiam uma canção

por todo o planeta minha oração.

Me inundo nas ondas do mar

me aquecem os raios do sol

me iluminam as estrelas da noite

me deslumbro nos Alpes

me elevo a linha do céu azul.

Terra ... planeta Terra ....

de todas cores e flores

de todas maravilhas da natureza

de todo amor que a ti devoto

Terra ... planeta Terra ...

que tenhamos fortaleza

e comiseração

de deter todo mal

que o homem te faz

guerras, poluição

degradação, desmatamento

animais em extinção.

Terra ... meu planeta Terra ...

de todo esse chão que pisamos

que sejamos desbravadores

de novas e autênticas ações

de preservação

do teu solo

do mar

das flores e cores

pois dia virá que tudo terminará

e a todos somente restará

o lamentável eco

de todo lamento.

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AMEAÇA

Por Célia Labanca

Ameaça: é o signo sob o qual está sendo escrita a história contemporânea, e a futura da humanida-de. – Como se já não bastassem a fome, a falta d’água, o analfabetismo, a exclusão social; as do-enças sexualmente transmissíveis, as incurá-veis; os desentendimentos e as ganâncias políti-cas; o tráfego, as drogas, a corrupção, a demago-gia, a mentira, as guerras, as bombas; as crises econômicas, os monopólios, as ditaduras; os pre-conceitos ainda insistentes e desnecessários con-tra a mulher, as ideologias, as raças, e as orienta-ções religiosas e sexuais dos gêneros; o efeito es-tufa, os desmatamentos, a violência, a matança de animais, as catástrofes naturais, as ameaças nu-cleares... Todas se autofecundaram? Ou cada um de nós tem algumas responsabilidades nos seus nasceres? Na sua sustentação?

Declaro-me agora, como capaz de não abrir mão da minha “rebeldia” cidadã, como mulher e mãe, e me permito a conclamar a todos os meus conter-râneos a pensarem, debaterem, e se posicionarem contra a instalação de uma usina nuclear em nos-sos rincões, mais precisamente, no Município de Itacuruba, como informam e querem. – Para tan-to, havemos de considerar a insegurança, e os seus preços em dólares e em vidas, enquanto os convido também a raciocinarem comigo sobre o que segue. – Não trato aqui sobre profecias, alar-mismos, ou apocalicismos. Trato sob dados da realidade.

Que tipos de seres somos nós que permitimos e nem ao menos questionamos tais ameaças tão do-lorosas como as que temos vivido, e que são temas tão universais, a não ser depois da tragédia do Ja-pão? Que coisa é esta que nos mantêm anestesia-dos como estátuas de gelo em nossas individuali-dades deixando transparecer em nossos olhares a representação dos papéis, mal representados, que insistimos em manter diante de nossas próprias vidas, e da vida no planeta? Que coisa inédita é esta, porque inexplicável, que faz com que cada uma das pessoas seja incapaz de se aperceber da própria inércia? Que desmando é este que faz com

que cada um se mostre renovado e feliz, mesmo que esteja claro na leitura de seus atos e ações, a insensatez que comete mentindo para si próprio, como se nada estivesse havendo no mundo agora? Ou como se todo o passado não tivesse existido? Que inconsciência é esta que subtrai possibilida-des, comprometimentos, e mudanças? Que tantas crenças limitantes existem que não nos permitem ultrapassá-las? – Sinceramente, não sei! Mas, com certeza, é tudo propriedade da indigente con-dição humana, e do desconhecimento da efemeri-dade; que não é só do outro, ou do que foi cir-cunstancialmente atingido.

Confúcio disse que sábio, não é o que sabe das coisas, mas o que lê os sinais. – A natureza, de todas as formas, nos tem mandado avisos claros, para além de quaisquer sinais, espalhando-os por todos os continentes, indiscriminadamente, di-zendo que é hora de parar. E parar, não significa regredir ou retroceder. Parar, nessa hora, significa limitar o desatino, o desvario. Significa que pen-sar sobre o que realmente se vê e se vive é uma atitude civilizada, madura, e indispensável, apesar de Shakespeare que disse haver muito mais entre o céu e a terra do que possa pensar nossa vã filo-sofia! – É não ser omisso, porque, com a omissão sim, a sociedade regride, como li um dia desses num outdoor.

Também não é hora de repensar. Não temos mais tempo. Ele urge no sentido de tomarmos uma de-cisão: ou energia limpa, ou candeeiros e velas! – Mesmo que possam considerar tal afirmativa ra-dical, como ela é. Mas, é bom que se entenda que a vida humana é pelo menos, comum de dois. Não dá para ser diferente. Exatamente como ela, no seu sentido mais definitivo, é única e una com o universo. Não temos por isso o direito de continu-ar sob a iminência da destruição de nós mesmos, e dela, desde os microrganismos...

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Os dados estatísticos demonstram, de maneira inequívoca, que todos os fenômenos da natureza vêm crescendo de maneira ininterrupta. De acordo com a ONU, o número das catástrofes naturais no mundo inteiro vem aumentando nos últimos trinta anos numa taxa média anual de 6%. Há ins-tituições oficiais que já trabalham com a expectativa de que em 2030 possa haver até 54 países usando energia nuclear, quando hoje são 29. – Com a nossa condescendência? – Isto para mim, é trabalhar sob ultimato, e dos piores!

O Japão está devastado, e não há mais como evitar; o Haiti ainda não se refez; o sul do Brasil e o centro sul têm sofrido horrores; outros países também. Todos identicamente, se considerarmos as vidas perdidas, os patrimônios, os prejuízos, o medo definitivamente instalado. – O que falta então para nos perguntarmos o porquê de com tanta tecnologia, tantas pesquisas, e tantos cientificismos, até exatamente agora, não se consegue, por exemplo, não só, não prever, como não evitar tamanhos flagelos? Será que só aprendemos a destruir e devastar o planeta, e não encontramos mais, de volta, o caminho dos sonhos?

O Japão, é a prova. Preparou-se fundamentalmente para a defesa, e para reduzir riscos, e não con-seguiu reconhecer onde e porque ocorreram as explosões nucleares de lá, que somente aumentam os índices de contaminação, não obstante todos os cuidados tecnológicos tomados. – A França já se manifestou cautelosamente mesmo tendo cinquenta e oito reatores em seu território; o Brasil tem duas usinas, e projeta ter 9. A Áustria já se manifestou contra, a Itália suspendeu seus programas desde a década de 80; a Alemanha, e a Suíça suspenderam seus contratos para novas. E nós, vamos continuar? – É no mínimo, absurdo!

Somos um país pródigo em ventos, água, sol. Por que não investimos na energia limpa que eles, co-mo matérias primas, nos presenteiam? – Ora, por favor! E ainda propõem uma usina nuclear para Pernambuco? Francamente, é demais! Aceitando vamos apenas continuar na indigência que nos trouxe até aqui, e não nos fez feliz.

Para concluir e para se entenda melhor as questões aqui levantadas, temos outra ótica: é preciso que se saiba ainda que a vibração planetária é afetada e intensificada pela consciência de cada um de nós. Assim é que, cada um que despertar para a consciência de Deus, elevará a vibração do pla-neta. Isso significa aprender a respeitar, a amar, ter esperanças, e generosidade. Perdoar, compre-ender, e transformar. Nunca calar. Senão, não se sai da penumbra!

Portanto, pensar sobre o que estamos vivendo, é uma questão indispensável de ecologia pessoal, e existencial.

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ENQUANTO UNS PRESERVAM, OUTROS DEPREDAM!

AH, EDUCAÇÃO E AMOR QUE FALTAM!!!

PROJETO TAMAR, PRESERVANDO AS TARTARUGAS!

O Que é O Projeto Tamar-ICMBio foi criado em 1980, pelo antigo Instituto Brasileiro de Desen-volvimento Florestal-IBDF, que mais tarde se transformou no Ibama-Instituto Brasileiro de Meio Ambiente. Hoje, é reconhecido internacionalmente como uma das mais bem su-cedidas experiências de conservação marinha e serve de modelo para outros países, so-bretudo porque envolve as comunidades costeiras diretamente no seu trabalho sócio-ambiental. Pesquisa, conservação e manejo das cinco espécies de tartarugas marinhas que ocorrem no Brasil, todas ameaçadas de extinção, é a principal missão do Tamar, que protege cerca de 1.100km de praias, através de 23 bases mantidas em áreas de alimentação, desova, crescimento e descanso desses animais, no litoral e ilhas oceânicas, em nove Estados bra-sileiros. O nome Tamar foi criado a partir da combinação das sílabas iniciais das palavras tarta-ruga marinha, abreviação que se tornou necessária, na prática, por conta do espaço res-trito para as inscrições nas pequenas placas de metal utilizadas na identificação das tarta-rugas marcadas para diversos estudos. Desde então, a expressão Tamar passou a designar o Programa Brasileiro de Conservação das Tartarugas Marinhas, executado pelo Centro Brasileiro de Proteção e Pesquisa das Tartarugas Marinhas-Centro Tamar, vinculado à Diretoria de Biodiversidade do Instituto Chico Mendes da Biodiversidade-ICMBio, órgão do Ministério do Meio Ambiente.

h�p://www.tamar.org.br

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ROUBO DE OVOS DE TARTARUGA... ENQUANTO OS POBRES ANIMAIS TENTAM CUIDAR DE SEUS FILHO-TES, O HOMEM VAI LÁ E ROUBA DESCARADAMENTE

PARA VENDER!!!!!!!

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Exposição realizada em Genebra em 2010, na orla do

Lago Léman

NOSSA TERRA

Agir em prol do futuro de nossos filhos

Fotos de Jacqueline Aisenman

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