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ADRIANO NIZ “É estranho treinar sozinho” REVISTA DA ASSOCIAÇÃO DE NATAÇÃO DO NORTE DE PORTUGAL Nº0 NORTAGUA ´ Regime não é para todos Alta Competição Engenheiro pedincha pelo sucesso do Vitória Pedro Lima Águas que transbordam junto à barragem Fafe

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Associaçao de Natação do Norte de Portugal

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ADRIANO NIZ“É estranho treinar sozinho”

REVISTA DA ASSOCIAÇÃO DE NATAÇÃO DO NORTE DE PORTUGAL Nº0NORTAGUA´

Regime não é para todosAlta Competição

Engenheiro pedinchapelo sucesso do Vitória

Pedro Lima

Águas que transbordamjunto à barragem

Fafe

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NORTAGUA´NORTAGUA´NORTAGUA´NORTAGUA´NORTAGUA´NORTAGUA´NORTAGUA´NORTAGUA´

ANUNCIE

AQUI

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DirecçãoAníbal Cabral Pires

Director EditorialJoaquim Sousa

CoordenaçãoTiago MogadouroFilipe Pereira

Ilustração / FotografiaHugo Rocha

CronistasAntónio BarbosaRui NunoLuísa Leite

RedacçãoMarta MacedoSusana CostaJoaquim Sousa

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EDITORIAL

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Não pretendemos que as coisas mudem se sempre fazemos o mesmo. Quando, no mundo de hoje,tudo se altera, nunca como agora os meios de comunicação foram tão rápidos. A proposta paralançamento da revista da ANNP gerou uma onda de entusiasmo, tendo como consequência o desafioque aceitámos sem hesitação. Na prática, esta «revolução» já teve um efeito claramente positivo nacomposição da jovem equipa editorial que nos garante uma postura intransigente sobre ageneralidade dos temas. Vamos aproveitar este momento e repensar uma nova forma para nosaproximarmos ainda mais da família da natação. Como uma partida de xadrez, a estratégia, o apoioe a compreensão funcionam como garantia de sucesso.

A Associação de Natação do Nor te de Por tugal(ANNP) é o organismo que tutela as competiçõesde natação pura, pólo aquatico, nataçãosincronizada e águas abertas, clubes e at letas doD i s t r i t o do Po r to , ab rangendo a inda pa r te doDistrito de Braga e Aveiro.Foi fundada em 1920 como L iga Portuguesa dosAmadores de Natação, sofrendo vár ias mudançasde nome ao longo da sua h i s tó r ia . Em 1930passou a designar-se por Delegação no Porto daLiga Portuguesa dos Clubes de Natação,segu indo-se Assoc iação Po r tuense de Nataçãopara sofrer nova alteração em 1949 com a designaçãode Assoc iação de Natação do Por to . Face aoaparecimento de um vasto número de clubes naZona Norte do País, passa a ter, a part i r de 1996,a denominação de Associação de Natação do Nortede Portugal.É actualmente a maior Associação Distr i tal do País,sendo constituída, na época 2008/09, por 33 clubes,2199 at letas (1311 de natação pura, 799 de póloaquático, 22 de natação sincronizada, 6 de águasabertas e 61 Masters), 104 treinadores, 105 dirigentese 101 árbitros.A ANNP organiza anualmente duas provas de nataçãopura que integram o calendário da L iga Europeiade Natação: Meet ing In te rnac iona l do Po r to e M e e t i n g I n t e r n a c i o n a l d a P ó v o a d e V a r z i m .

De Liga Portuguesa a Associação do Norte

Nova forma de comunicar

Aníbal Cabral Pires[Presidente da Assiciação de Natação do Norte de Portugal]

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COMÉRCIO DA ÉTICA

COMO CRESCER? texto_Rui Nuno foto_Hugo Rocha

texto_António Barbosa foto_Hugo Rocha

BALANÇO POSITIVO PARA A NATAÇÃO SINCRONIZADA texto_Luisa Leite foto_Chen Jianli/Xinhua

Como crescer? É a questão mais vezes discutida pelos agentes da modalidade. É frequente argumentar que faltampiscinas com as condições mínimas, faltam patrocinadores e dinheiro, há poucas equipas, há poucos dirigentes, hápoucos atletas federados, há falta de árbitros e juízes de mesa, não temos os horários nobres para treinos, faltaorganização nos clubes, existe demasiado amadorismo nos treinos por parte dos atletas, deveríamosimportar treinadores e atletas dos países mais desenvolvidos, temos que ter mais contactos internacionais, temos quecriar uma liga profissional, etc… Estes e o habitual comentário de que é necessário criar um projecto não deixam deser verdade. Mas para que a realidade seja conforme idealizamos é mesmo necessário criar um projecto, é fundamentaldefinir uma linha estratégica para o pólo aquático, na minha opinião, pela FPN e pelas principais Associações.

Partindo do princípio que a modalidade necessita dequantidade para melhorar a qualidade, deveríamosfazer crescer o pólo aquático por uma via globalizante.Os recursos são escassos, os clubes são insuficientes, odesporto escolar não tem efectividade, o crescimentosó poderá ser potenciado via autarquias. Hoje em dia,já são realizados bastantes eventos em parceria comas Câmaras Municipais, mas nesta estratégia o objectivoseria fomentar uma escola de pólo aquáico em cadapiscina municipal.Cada vez mais são empresas municipais a gerir a áreado desporto e acho que não seria difícil encontrar pontosde convergência para um projecto comum. Acreditoque uma boa ideia, muito trabalho e algumasorte só poderá resultar em sucesso.

A propósito da realização dos Campeonatos do Mundo denatação, em Roma, uma vez mais se fala dos tão já famososfatos de banho. Não há, por ventura, vivalma, nem mesmoaqueles cuja única técnica conhecida seja «à prego» quenão saiba da existência de tão afamados fatos. Ora seno «mundo» exterior às piscinas isso não constitui problema,já no seu meio o que está em causa é a verdade desportiva.Tão evidente é a evolução dos tempos/recordes obtidosque se torna obrigatório lhes associar os notáveis avançostecnológicos disponíveis com estes novos equipamentos.No entanto, para além dos aspectos legais da utilização

máquina orientada para o negócio e cujo único fim é o lucro capital e (re)centralizar as atenções nos aspectos deessência como por exemplo: o treino ou o trabalho do dia-a-dia. Ainda vai sendo mais ou menos comum ouvir-se emgrandes campeonatos nacionais ou internacionais que «X» ou «Y» foram campeões ou recordistas ou não devido aoequipamento que usaram ou deixaram de usar. Não está certo! É tempo de parar de olhar para os fatos da forma quese tem vindo a olhar. Os fatos existem, são uma realidade e muito naturalmente a consequência natural do evoluir dostempos. É, provavelmente, tempo também do órgão máximo da natação mundial (FINA) tentar encontrar um «veredicto»final sobre o assunto, e, de certa forma, deixar de suportar uma espiral comercial que apenas retira a glória a quem adeve ter por direito. Vestida ou não, a natação fez-se, faz-se e far-se-á sempre a nadar. É a minha opinião.

A natação sincronizada, a mais bela das disciplinas aquáticas, acaba mais uma época em grandeforma. Houve um aumento significativo do número de clubes e, claro, de atletas, o que é algo quejá estava a faltar é disciplina: caras novas, mais competitividade, novas tendências ou estilos… ?oportuno dar as boas-vindas aos novos clubes, às novas atletas e treinadoras que ganharamcoragem para se lançarem no mundo da competição que nem sempre é fácil e muito menos justo.O campeonato, mais uma vez, foi disputado pelos dois grandes clubes do momento: Foca - Clubede Natação de Felgueiras e Ovar. Disputado e quase que se pode considerar que foi ganho pelosmesmos dois clubes, na medida em que Ovar foi o clube campeão nacional da época 2008/2009,pelo número de esquemas que conseguiu realizar. No entanto, todas as atletas do Foca foramcampeãs nacionais por terem conseguido alcançar melhores prestações em todos os esquemasque apresentaram. Para a próxima época não se deve excluir a hipótese de premiar em duascategorias: a da qualidade, onde a execução, a técnica e artística serão valorizadas; e a categoriada quantidade, em que o número de atletas ou o número de esquemas conseguidos são o maisimportante. Agora que a nova época vai ser devidamente planeada pela federação e pelasequipas técnicas, há que aprender com os erros e esperemos que se consiga programar algo em

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Regime de Alta Competição para todos?O Estado português reconhece a importância do desporto de alta competição e disp?e de umconjunto de medidas que visam apoiar a prática desportiva de alto rendimento. Essas medidas estãoregulamentadas no Decreto-Lei nº 125/95 de 31 de Maio, que data do ano de 1995.Afinal que condições são exigidas a um atleta para que este possa usufruir do Regime de AltaCompetição e das regalias que isso lhe confere? A legislação define o desporto de alta competiçãocomo sendo “a prática desportiva que (...) corresponde à evidência de talentos e de vocações demérito desportivo excepcional, aferindo-se os resultados desportivos por padrões internacionais” eprevê a integração no Regime de Alta Competição dos atletas que correspondam aos parâmetrosexigidos. Este Regime compreende fundamentalmente dois tipos de atletas, integrados no Estatutoou no Percurso de Alta Competição.A Associação de Natação do Norte de Portugal (ANNP) dispõe de ambos no conjunto das disciplinasque lhe estão associadas. Assim sendo, importa esclarecer as diferenças: o Estatuto de AltaCompetição aplica-se aos atletas cujo valor seja reconhecido através de bons resultados internacionais,quer em provas desportivas, quer em «rankings» das federações.

Por sua vez,

Estesegundo tipo está sujeito, alémdos restantes, a critérios de idadee não dispõe da totalidade dosprivilégios concedidos pelaintegração no desporto de altacompetição.Segundo o regulamento, porexemplo, para a natação pura,“considera-se  como  Percurso de  Alta  Competição  o  intervalo temporal  entre  os  quatro  anos seguintes  à  categoria  júnior e  o  ano que a antecede”.

São as federações nacionais que propõem que determinado atleta seja abrangido pelo Regime.A proposta é submetida à apreciação do Comité Olímpico e da Confederação do Desporto dePortugal, após a qual é decidida a aprovação ou não do atleta pelo Instituto do Desporto, que, sefor o caso, procede ao seu registo e dão em diante acompanha o seu percurso, garantido ascondições necessárias para a obtenção dos resultados desportivos esperados.Aos atletas registados são concedidos privilégios, no âmbito académico, se forem estudantes, e noâmbito profissional se forem trabalhadores. Uma das facilidades mais conhecidas - e também maiscontroversas - É a das condições especiais de acesso ao ensino superior de que os atletas dispõematé dois anos após deixarem de ser titulares do Estatuto.

o Percurso de Alta Competiçãodestina-se a atletas quedemonstrem potencial paravir a obter êxito internacional.

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Para conhecer todas as vantagensde que dispõe um desportistainserido no Regime de AltaCompetição, a legislação em causapode ser consultada no seguinte«llink»: “www.sejd.gov.pt/ResourcesUser/legislacaopdf/desporto/66/Dec_Lei125_95.pdf"www.sejd.gov.pt/ResourcesUser/legislacaopdf/desporto/66/Dec_Lei125_95.pdf.No que toca à situação dos atletasda ANNP, é necessário reconhecero considerável número deatletas das disciplinas de natação pura e águas abertas incluídos no Estatuto ou no Percurso de AltaCompetição. As selecções de pólo aquático ainda não atingiram os objectivos previstos para aintegração no Regime, embora tenham alcançado no ano de 2007 o primeiro lugar num torneiointernacional, o Torneio das Seis Nações. A natação sincronizada também ainda não conta praticantesde alta competição.

“considera-se  como  Percurso de  Alta  Competição  o  intervalo temporal  entre  os  quatro  anos seguintes  à  categoria  júnior e  o  ano que a antecede”

O estado de desenvolvimento emque se encontra o desporto de altacompetição, nomeadamenteno que diz respeito aos atletas dasvárias disciplinas da natação, fazcom que haja questões sobre asquais importa reflectir: em primeirolugar, visto que a legislação emvigor data de 1995, é inevitávelpensar se aquilo que nela sedefine se mantém actual e se érelevante nos dias de hoje no quetoca ? realidade do desporto emPortugal. Por outro lado, ? necessárioavaliar a adequação do sistemaactual às várias disciplinas danatação e em fun??o da situaçãodas mesmas no plano nacional einternacional, por exemplo, em

compara??o com sistemas vigentes noutras modalidades. Além disso, serão mais importantes osresultados em competições ou a preparação para as mesmas? Os atletas presentes em estágiose treinos de preparação não deviam também dispor de algumas facilidades?No fundo, aquilo que é fundamental determinar e compreender é: afinal, como se pode mediro sucesso de um atleta?

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Prova iniciou-se em 2004e já fez parte do circuito nacional

Soraia Ribeiro Vence no sector femininoVilacondense preenche pódio masculino

Sete de Agosto de 2004 é a data da primeira edição daprova de águas abertas da Barragem da Queimadela, emFafe.Integrada no Circuito Nacional, a competição no rio Vizela,organizada pela Associação de Natação do Norte de Portugal(ANNP), é ganha por Fernando Costa (Leixões) e Teresa Ferreira(FC Porto). Colectivamente o triunfo pertence ao Leixões. Aprova conta com a participação de 38 atletas, entre os quaiso olímpico Miguel Arrobas que viria a ter um importante papelna promoção das provas de águas abertas, nomeadamenteem longas travessias.A segunda edição fica marcada pelas fortes críticas àFederação Portuguesa de Natação (FPN). Aníbal Pires,presidente da ANNP, «condena» a realização de uma outraprova de águas abertas, a Travessia da Barra, em Oeiras, namesma data da de Fafe. Daniel Lopes (V. Guimarães) eMárcia Freitas (Leixões) vencem na Queimadela.Colectivamente ganham Fluvial Portuense (masculinos) eVitória de Guimarães (femininos).Participam 45 nadadores.Duarte Mourão (Sport Algés e Dafundo) é o primeiro atleta acortar a linha de meta da terceira edição, em 2006, masviriaa ser desclassificado pelos juízes da prova. O triunfo é atribuídoa Duarte Mendonça (Individual da Associação de NataçãodaMadeira). Nuno Vicente e Miguel Arrobas, a dupla mais famosadas longas travessias, protagonizam um interessante despique

(V. Guimarães). Colectivamente, o triunfo vai para o Vitóriade Guimarães. Face ao sucedido com os «casos» dearbitragem, os resultados da prova da Barragem daQueimadela não são homologados pela FPN. Em resposta,a ANNP decide não integrar a edição seguinte no CircuitoNacional.Hugo Ribeiro (Fluvial Vilacondense) e Marta Jordão (Famalicão)são os primeiros classificados de Absolutos de 2007. O V.Guimarães vence colectivamente. Paulo Pinto (V. Guimarães)e Daniela Ribeiro (Famalicão) ganham no escalão de Infantis,na distância de 1.000 metros. Na categoria de Masters, dos25-44, na distância de 2.500 metros, Fernando Rothes (FluvialPortuense) e Sofia Sousa (V. Guimarães) são os vencedores.No escalão dos 45 e mais velhos, o triunfo pertence a AlfredoPinho.Marcelo Pereira e Joana Santos, atletas do Foca – Clube deNatação de Felgueiras, vencem, no escal?o de Absolutos,a quinta edição. O Vitória de Guimarães ganhacolectivamente.Diana Silva (SSCM Paredes) e Mário Cerqueira (Fluvial Portuense)são os primeiros classificados no escalão de Infantis. Nacategoria de Masters, dos 25-44, Hugo Gomes (CPN) éo vencedor.

O Clube Fluvial Vilacondense ocupou, na categoria deAbsolutos, todos os lugares do pódio masculino e venceu semdificuldades no sector feminino a sexta edição da prova deáguas abertas da Barragem da Queimadela, em Fafe, quese realizou dia 29 de Agosto no rio Vizela.Fábio Pereira nadou a distância de 5.000 metros em 58:33.55,superiorizando-se ao seu companheiro de equipa e vencedorda edição anterior, Marcelo Pereira, que terminou acompetição com 58:44.53. O pódio ficou completo commais um atleta vilacondense, Igor Carvalho,que fez a marca de 1:01.57.22.

Por sua vez, Soraia Ribeiro ganhou com mais facilidade aocumprir a distância em 1:04.11.47, deixando bem longe IsabelMonteiro (AD Fafe), com 1:07.17.22, e Joana Santos(V.Guimarães), com 1:08.00.50.Na prova de infantis, na distância de 1.000 metros, sagraram-se vencedores Tiago Teixeira (AD Fafe), com 12:53.87, e AnaFernandes (Famalicão), com 14:45.68.Na categoria de Masters, na dist?ncia de 2.500 metros, FilipePires (AD Fafe) foi primeiro classificado com o registo de30:59.86. Colectivamente venceu o Clube Fluvial Vilacondense.

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O protocolo assinado entre a Câmara Municipal de Fafe e a ANNP, para a realização da prova deáguas abertas na Barragem da Queimadela, terminou este ano, mas o vereador Vítor Moreira,durante a apresentação do evento que decorreu no Auditório da Estação de Tratamento de água,deixou em aberto a possibilidade do mesmo documento ser renovado por mais quatro anos,ideia também expressa por Aníbal Pires.

Absolutos Masculinos

1º Fábio Pereira (Vilacondense)2º Marcelo Pereira (Vilacondense)3º Igor Carvalho (Vilacondense)4º Paulo Dias (Gespaços)5º João Fernandes (V. Guimarães)

Absolutos Femininos

1o Soraia Ribeiro (Vilacondense)2º Isabel Monteiro (AD Fafe)3º Joana Santos (V. Guimarães)4º Ana Monteiro (Vilacondense)5º Andreia Gomes (V. Guimarães)

Masters

1º Filipe Pires (AD Fafe)2º Pedro Fernandes (Belenenses)3º José Novais (V. Guimarães)4º Edgar Guimarães (V. Guimarães)5º Dionísio Silva (V. Guimarães)

Infantis Masculinos

1º Tiago Teixeira (AD Fafe)2º Mário Carvalho (Vilacondense)3º Luís Fernandes (Famalicão)4º Luís Nogueira (Gespaços)5º Nuno Martins (Famalicão)

Infantis Femininos

1º Ana Fernandes (Famalicão)2º Beatriz Novais (CNIN)3º Ana Azevedo (Famalicão)4º Adriana Matos (Famalicão)5.º Diana Rocha (Famalicão)

Equipas

1º Fluvial Vilacondense2º V. Guimarães

Protocolo com Câmara pode ser renovado

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A competição de águas abertas é organizada pela Associaçãode Natação do Norte de Portugal e conta com os apoiosda Câmara Municipal de Fafe e Associação Desportiva deFafe e colaboração do Clube Náutico de Fafe e AssociaçãoHumani tár ia dos Bombei ros Vo luntár ios de Fafe.

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A Lombardia foi, sem surpresas, a selecção dominadora do Meeting do Porto. Além de vencer colectivamente,a formação italiana estabeleceu 14 dos 15 novos recordes. Joana Carvalho, do FC Porto/Império Bonança –equipa com maior número de atletas em competição –, foi a excepção ao conseguir entrar no quadro derecordes com a marca de 32.47 nos 50m bruços.A jovem Ana Rodrigues (Associação Estamos Juntos), com o fato «Jaked 01» emprestado por uma outranadadora, bateu o recorde nacional júnior nos 50m livres com o tempo de 26.98. O anterior máximo (27.01)pertencia a Patrícia Conceição (Belenenses) desde 2001.Alberto Catalano, com 916 pontos nos 100m bruços (1:01.36), e Michela Guzzetti, com 871 pontos na mesmadistância (1:09.49), foram os nadadores com melhor performance.O Meeting Internacional do Porto contou com a participação de 280 nadadores em representação de 40equipas oriundas de Françaa, Irlanda, Itália, Holanda, Suíça e Portugal.A edição 28 realiza-se a 5 e 6 de Junho de 2010 no mesmo local.

A 27ª edição do Meeting Internacional do Porto,realizada nos dias 20 e 21 de Junho na PiscinaMunicipal de Campanhã, fica marcada pelo«desaparecimento» do «czar» Alexander Popovdo quadro de recordes. O russo, que participouna prova portuense em 1993 – única a nívelnacional –, era «dono» da melhor marca dacompetição nos 50m livres (23.07) e nos 100mcostas (56.63), mas os italianos Stefano Garzonio,com 22.79 (eliminat?rias) e 22.73 (finais), eMarco Malinverno, com 56.33, respectivamente,fizeram quest?o de passar à história o míticoPopov.

50m livres 00:22.79 Stefano Garzonio (Lombardia, Itália)50m livres 00:22.73 Stefano Garzonio (Lombardia, Itália)100m livres 00:50.37 Filippo Farinazzo (Lombardia, Itália)50m bruços 00:32.47 Joana Carvalho (FC Porto/Império Bonança)100m bruços 01:01.36 Alberto Catalano (Lombardia, Itália)100m bruços 01:09.49 Michela Guzzettti (Lombardia, Itália)200m bruços 02:16.16 Alberto Catalano (Lombardia, Itália)50m costas 00:26.34 Marco Malinverno (Lombardia, Itália)50m costas 00:30.06* Elisa Apostoli (Lombardia, Itália)100m costas 00:56.33 Marco Malinverno (Lombardia, Itália)100m mariposa 00:53.78 Stefano Iacobone (Lombardia, Itália)200m estilos 02:03.76 Davide Cova (Lombardia, Itália)400m estilos 04:22.86 Giorgio Battistella (Lombardia, Itália)4x50m livres 01:31.31 Lombardia, Itália4x50m estilos 01:40.34 Lombardia, Itália

*Igualado

Recordes

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“A Lombardia foi, sem surpresas,a selecção dominadora doMeeting do Porto.”

Cerca de 100 visitantes assistiram, em media,através da Internet, à transmissão vídeo emdirecto das finais do Meeting Internacionaldo Porto. Um serviço gratuito disponívelatravés do link "http://www.livestream.com/annp" www.livestream.com/annp.A Piscina Municipal de Campanhã esteveainda equipada com uma rede wireless quepossibilitou ao p?blico aceder à internet.

Classificação

1º Lombardia (It?lia), 12592º Suíça, 4653º Sporting de Braga, 4194º FC Porto/Império Bonança, 3605º GDNVN Famalicão, 2836º Vit?ria de Guimarães, 2727º Sporting, 1788º EDV, 1619º Gesloures, 12210º Ginásio de Vila Real, 119

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Luís Vaz (Famalicão)16º 200m livres (1:52.43)23º 100m livres (51.61)35º 400m livres (4:05.79)6º 4x100m estilos (3:46.05)

Ricardo Silva (Fluvial Vilacondense)24º 100m bru?os (1:04.62)24º 50m bru?os (29.61)

Joana Rodrigues (FC Porto/Império Bonança)44º 100m livres (59.34)32º 200m livres (2:08.21)29º 400m livres (4:29.94)

Andreia Gomes (V. Guimarães)53º 100m livres (59.98)41º 200m livres (2:10.02)

Joana Santos (V. Guimarães)27º 800m livres (9:23.90)33º 400m livres (4:31.29)

Carlos Santos (FC Porto/Império Bonan?a)49º 100m costas (1:01.87)42º 50m mariposa (25.84).

Andreia Gomes e Joana Santos9º 4x200m livres (8:35.18)

Joana Rodrigues e Andreia Gomes13o 4x100m livres (3:56.10)

Três dos seis nadadores nortenhos que representaram aSelecção Nacional nos Campeonatos da Europa dejuniores, que se realizaram de 8 a 12 de Julho, em Praga,Repéblica Checa, integraram estafetas que fixaramnovos recordes nacionais.

Luís Vaz (Famalicão) fez parte dos 4x100m estilos,juntamente com Alexis Santos (Sporting), Miguel Oliveira(CNAc) e André Silva (Palmela Desporto), estabelecendoa nova marca nacional de 3:45.71 (eliminatórias). Oquarteto não conseguiu melhorar o registo na final(3:46.05), classificando-se no sexto lugar.

Joana Rodrigues (FC Porto/Império Bonança) e AndreiaGomes (V. Guimarães) entraram em acção nos 4x100mlivres, em conjunto com Maria Carolina Rosa (Sporting)e Sara Cruz (ADBA), registando um novo máximo nacionalcom 3:56.10, equivalente ao 13º lugar.

Novos recordes pessoais foram obtidos por Luís Vaz, nos100m livres, e por Ricardo Silva (Fluvial Vilacondense),nos 50 e 100m bruços. Em acção estiveram tambémJoana Santos (FC Porto/Império Bonança) e Carlos Santos(FC Porto/Império Bonança).A Selecção Portuguesa estabeleceu, ao longo dacompetição, seis recordes nacionais juniores e alcançouoito meias-finais e dois sextos lugares.

Sexteto da ANNPrepresentou Portugal

E u r o p e u s j u n i o r e s

Resultados

Prague 2009

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Quatro atletas nortenhos nos Mundiais de Roma

Mundiais de NataçãoRoma 2009

Jorge Maia (Famalicão) e Fábio Pereira (FluvialVilacondense) integraram a estafeta – compostaainda por César Faria e Diogo Carvalho – que bateuo recorde nacional dos 4x200m livres, com o tempode 7.16.48 – antigo recorde era de 7.20.46 –, quelhes valeu o 13º lugar, nos Campeonatos do Mundode natação pura que decorreram em Roma, Itália,de 26 de Julho a 2 de Agosto, que contaram aindacom a participação dos nortenhos Paulo Santos (FCPorto/Império Bonança) e Joana Carvalho (FCPorto/Império Bonança).Para além da estafeta, Jorge Maia nadou mais duasprovas.Nos 200m livres, o atleta famalicense foi 53º com otempo de 1:50.79, marca acima do seu recordepessoal de 1:50.10. Nos 400m livres, o nadadornortenho foi 37º classificado. A marca de 3:55.76 ésuperior ao recorde nacional absoluto queestabeleceu em Abril deste ano.Fábio Pereira foi o primeiro português a competir noMundial, tendo obtido o 35º posto nos 400 livres,

com 3:55.00, acima do recorde pessoal de 3:54.83.Nos 800m livres, o nadador vila-condense foi 26ºclassificado, entre 52 nadadores, com o tempo de8:11.60. Tem como melhor tempo 08:08.25,estabelecido em Abril de 2009.Paulo Santos bateu o recorde pessoal nos 100m livrescom a marca de 50.01 que lhe valeu o 56º posto.O seu anterior registo era de 50.69. Nos 50m livres,o nadador do FC Porto/Império Bonança foi 43ºclassificado com o registo de 22.74, acima domáximo pessoal de 22.51.Joana Carvalho garantiu o 41º lugar nos 50m bruços,com o tempo de 32.24. A nadadora «azul e branca»é recordista nacional com 31.60.Nestes Mundiais, marcados por serem a última grandeprova em que foram permitidos o uso de fatos-de-banho não téxteis – serão proibidos a partir de 1 deJaneiro de 2010 –, foram estabelecidos, no total, 43recordes mundiais.

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ANUNCIE

AQUI

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capa

“Treinei sempre com dedicação e vontade”

gostou da experiência de nadarcomo Individual da ANNP

texto: Joaquim sousafotos: Hugo Rochaassistente: Vanessa Rodrigues

Nome: Adriano Miguel Mendes Santos NizNaturalidade: Póvoa de Varzim

Data de nascimento: 5 de Março de 1986Modalidade: Natação

Recordes nacionais: 104Internacionalizações: 34

Títulos: Várias vezes campeão nacional e regionalProfissão: Empresário e modelo

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Chegou ao fim uma época conturbada com a saídainesperada do Fluvial Vilacondense. Que sensação é quese tem quando termina uma ligação de 14 anos ao clube?É verdade que terminou um bom ciclo da minha carreira edepois de uma longa ligação a um clube que tenho muitoapreço. É uma sensação complicada de transcrever porpalavras, pois foi um clube que me deu muito e que eu deimuito por ele. Infelizmente tive de sair para meu bem e agoravou entrar noutro novo ciclo da minha carreira que esperoque seja tão positivo como o anterior.

Disse a alguns órgãos de Comunicação Social, nessa altura,que a sua saída se devia a incompatibilidades com otreinador António Vasconcelos. Pode explicar, com maispormenores, o que realmente se passou?Realmente a minha saída deveu-se a umas incompatibilidadescom o treinador António Vasconcelos. É quase impossível deretratar por pormenores, pois foram vários os episódios queaconteceram entre nós. Eu não tenho nada contra o técnicodo Clube Fluvial Vilacondense e estou agradecido por todoo trabalho que realizou comigo e com toda a equipa, maspenso que temos ideias diferentes e divergimos um do outro,como pode acontecer com qualquer pessoa. E com issodecidi-me afastar para continuarmos todos com os nossosobjectivos e planos para a vida futura.

Dos vários episódios, não se pode, pelo menos, saber um?Penso que os problemas eram nossos e o que se passou épassado e deixemos entre nós o que nos separava e temosde continuar para o futuro. Como eu costumo dizer, a culpanunca é de um só. E eu tinha os meus problemas assim comoele tinha os dele. Ninguém é perfeito.

Como reagiram os seus colegas de equipa?Houve de todas as reacções. Uns afastaram-se, sem eu saberqual a razão para isso e mal me falam. Penso que as minhasdivergências foram com o treinador e com mais ninguém.Mas os verdadeiros amigos vêem-se nas alturas difíceis eposso felizmente dizer que muitos foram os que continuarama apoiar-me e a olhar para mim em qualquer lugar que euestivesse. Esses que me apoiam compreendem a situação,pois sabem que não somos todos iguais e o que interessa éestar bem connosco próprios e felizes.

E se havia divergências, o melhor era cada um seguir o seucaminho e assim todos ficavam bem. Eu fui coerente comigopróprio e se achava que algo não estava bem e como nãodava para mudar, decidi sair.

O Adriano sempre foi a principal referência do FluvialVilacondense, tem um currículo invejável e é único nadadordo clube que participou Jogos Olímpicos. Acha que aascensão do Fábio Pereira, já com participações emEuropeus e Mundiais absolutos, pode ter tido algumainfluência no azedar de relações com o seu ex-treinador?Não sei, nem me interessa. A relação que cada um tem ésua, mas espero que não tenha tido nenhuma influência, poistomo o técnico António Vasconcelos como um bom profissional.E em relação ao nadador Fábio Pereira sempre quis o seusucesso e tentei-o ajudar no máximo possível. E inclusive, numaprova em Felgueiras de apuramento para uns Mundiais, fizuma prova de 200 livres, onde só nadei eu e ele com o intuitode eu fazer de «lebre» e ele acompanhar o meu ritmo e assimconseguir um tempo que daria a participação nuns Mundiais,o que veio a acontecer e muito me satisfez. Por isso, pensoque não deveria haver esses problemas, nem nada queazedasse a relação, já que eu fazia tudo para que o clubee seus nadadores tivessem sucesso.

Com o seu abandono da equipa de Vila do Conde,seguramente que «choveram» convites de outras equipas.Quais?Felizmente tive o prazer de ser contactado por diversos clubesde norte a sul do país. Os nomes não irei divulgar, mas fiqueimuito feliz e agradecido por acreditarem e gostarem do atletaque sou e principalmente da minha pessoa.

Porque não decidiu logo escolher um clube para a novatemporada?Porque tenho um bom suporte por trás de mim e não preciseide tomar uma decisão repentina. Assim pude pensar bem noque queria e escolher o que fosse melhor para o meu futuro.E felizmente ficou provado que o meu suporte é muito bom.Com a ajuda da ANNP e com os meus pais a apoiar-me e aacompanhar-me, consegui fazer as minhas melhores marcasde sempre.

De que forma, como Individual da ANNP, foi apoiado?O mais importante de tudo foi saber que havia alguém queacreditava no meu percurso, no meu sucesso e na minhapessoa. Esse foi o maior apoio que me poderiam ter dado.A confiança e o carinho com que me acolheram deixaram-me profundamente grato.

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A ligação ao Fluvial Vilacondense durou 14 anos e Adriano Niz nãoesquece o período que o tornou a principal referência do clube. Porincompatibilidades com o treinador António Vasconcelos, o nadadorda Póvoa de Varzim tomou um novo rumo na sua carreira. Inscreveu-se como Individual, participou nas Universíadas e concluiu o curso deDesporto. Ao longo de cinco meses estranhou treinar sozinho, masgostou da experiência. Agradece todo o apoio que teve da Associaçãode Natação do Norte de Portugal e não esquece o amor quetem aos seus pais. Depois de Atenas, o atleta poveiro quer repetir aproeza de chegar aos Jogos Olímpicos, em 2012.

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Conseguiu manter o mesmo número de treinos e horas quetinha quando nadava pelo Fluvial Vilacondense?Não consegui devido a fazer uma opção. Decidi que esteano seria para finalizar a minha licenciatura o qual conseguie me orgulho imenso. Como é óbvio, tive de optar um poucomais pelos estudos e deixar um pouco de parte a nataçãoe os treinos. Nunca descurei a modalidade que eu amo etreinei sempre com dedicação e vontade.

Mas ainda deu para conseguir mínimos para asUniversíadas...Sim.

Sempre treinou na Póvoa de Varzim?Sim, permaneci sempre no Complexo da Varzim Lazer ondetreinava.Não lhe causou estranheza ou alguma sensação dedesconforto por nadar sozinho numa piscina tão grande?Não de desconforto e sim de estranheza. Tenho de admitirque é estranho treinar sozinho, para quem nunca treinou, masposso dizer que até gostei. Felizmente senti-me bem e adisponibilidade de horário que ganhei foi enorme e foi preciosapara conseguir realizar os meus sonhos e objectivos.

Também a Câmara Municipal se manteve ao seu lado…Sim, foi um apoio que tive desde o início da época e semanteve a meu lado até á ultima braçada enquanto nadadorindividual.

A meta principal é estar nos Jogos Olímpicos de 2012.Concluído o curso de Desporto e ter sido distinguido como Prémio de Melhor estudante/atleta da Universidade doPorto, sente que pode estar em melhores condições do queAtenas-2004?É esse o meu objectivo e o meu sonho. Primeiro trabalhareipara estar lá presente, e tendo valor para lá estar, certamentepoderei pensar noutras metas e desejarei estar melhor doque em 2004.

Para lá do nadador, há o Niz empresário e modelo. Comoé que surge o interesse para abraçar estas actividades?São actividades muito diferentes do meio aquático e tambémmuito distintas uma da outra. A de modelo é mais porbrincadeira e como diziam-me que tinha um certo jeito e umcerto potencial, resolvi experimentar e entrar num novo mundoe fazer da moda um «hobbie» interessante. O empresárioapareceu há mais de 4 anos e foi uma iniciativa minha e daminha família e hoje em dia é o meu trabalho. Surgiu porqueachávamos que seria uma boa oportunidade para eu entrarno mundo do trabalho com algo relacionado com a natação,já que é uma loja (Nizport) que vende todo o tipo de materialpara a modalidade e assim começar uma nova experiênciaque felizmente tem corrido muito bem.

“Às vezes nem sei comoconsigo fazer tudo”

Como é que gere o tempo para tudo?Não é fácil, mas penso que sem trabalho, esforço e dedicaçãonada se consegue. Tento gerir o tempo da melhor maneirae às vezes nem eu sei como consigo fazer tudo. Sei que todoo esforço por que passo vai-me ajudar a que tenha um bomfuturo e que consiga ter a minha vida estável e feliz juntodaqueles que mais amo. E penso que quando lutamos poralgo que melhora a nossa vida, tudo se torna mais fácil deconciliar.

No dia em que deixar a natação de competição, pensaem apostar mais nestas actividades ou dedicar-se ao ensinodo Desporto?Tenho em minha mente todas as opções em aberto. O meuprincipal desejo era conseguir conciliar todas, pois cadaactividade tem as suas coisas boas. Se não as conseguirconciliar, certamente tentarei optar por aquilo que sinta queserá o melhor para a minha pessoa, mas isso só o futuro irádeterminar.

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Há uma pergunta que provavelmente ninguém lhe colocou,mas que não a deixarei de fazer. Para onde quer que vá,o seu pai está consigo em todos os momentos. É um orgulhoter ao seu lado alguém tão fiel?Claro que sim. Que mais se pode dizer do que a pessoa quemais amamos estar sempre ao nosso lado. Felizmente tenhouma família que me orgulho e tenho a sorte dos pais quetenho. São eles que me fazem ser quem sou e são eles queestão a meu lado para tudo que preciso. São os meus paise, para além do sangue deles que me corre nas veias, sãoos melhores amigos e sei que posso confiar neles em tudo naminha vida. Agradeço a eles tudo o que tenho e o quealcancei e não era preciso serem meus pais para saberemque eu estarei com eles para toda a vida. Mas pai e mãe sãoúnicos e felizmente conseguir ter uns que para mim serãosempre únicos.

Que mensagem gostaria de deixar aos mais jovens nadadoresque sonham ainda um dia chegar ao topo?É essencial que gostem do que façam e que o façam comprazer. Têm de saber que os sonhos são possíveis de alcançar,mas que para os ter reais temos de trabalhar bastante e nãodesistir à primeira dificuldade ou derrota. Que acreditem nelespróprios e todos os seus sonhos podem-se tornar realidade.

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“Tenho uma família queme orgulho”

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JOVENS PROMESSAS

1. Como é que começou a praticar a modalidade?2. Com que idade?3. Por quantos clubes já passou?4. Quanto tempo dedica, por dia, à sua actividade desportiva?5. Tem tempo para ter outros hobbies?6. O facto de praticar desporto interfere com a sua vida académica?7. O balanço que faz desta última época desportiva?8. Quais eram os seus objectivos? Foram alcançados?9. Que objectivos tem para esta época?10. No plano desportivo, quais as suas expectativas a longo prazo?

e n t r e v i s t a c u r t a

Nome: Luís Emanuel Ferreira VazIdade: 18Ocupação: Estudante/Nataçao puraClube: Grupo Desportivo de Natação de Vila Novade Famalicão

1. Por iniciativa do médico devido ao crescimentorápido que tive.2. 2 anos.3. Apenas um, o Grupo Desportivo de Natação deVila Nova de Famalicão.4. 1h40 de manhã, 1h30 de ginásio e 1h40 de tarde(+/- 4 horas)5. Tenho, sem problemas...6. Às vezes serve de desculpa, mas na realidaden?o....7. Muito positiva.8. Mínimo esperança olímpica aos 200 livres,completamente superado! Fiz bastante melhor doque tinha previsto no início da época.9. Dada a polémica dos fatos, se se mantiverem,baixar para 1.49 aos 200 livres. Caso sejam retirados,fazer o mesmo tempo que tinha sem fato.10. Uma presença nos Jogos Olímpicos de Londres2012.

Nome: Ana Isabel BaptistaIdade: 12 anosOcupação o: Estudante/Natação o sincronizadaClube: Foca - Clube de Natação o de Felgueiras

1. Quando andava a aprender a nadar, gostava deassistir aos treinos de natação o sincronizada e decidientrar. Gostei e fiquei.2. 6 anos.3. Estive apenas num clube, desde que comecei, noFoca - Clube de Natação o de Felgueiras.4. Por dia, dedico, em média, duas horas e meia àminha actividade desportiva.5. Sim, tenho tempo para outros hobbies, tais comoler, ouvir múica, ver televisão.6. Não, pois tal como tenho tempo para hobbies,tenho tempo para estudar.7. A útima época desportiva foi boa, visto que todaa equipa deu o seu melhor e conseguimos o quequerímos.

8. Os meus objectivos eram fazer melhor do que naútima época é dar o melhor e foram alcançdos.Consegui o 1.º lugar em 3 de 4 provas.9. O meu objectivo, em primeiro lugar, é conseguirpassar de nível. Se o conseguir, o meu segundoobjectivo é obter o melhor resultado possível, visto queé um novo escalão. Vou passar de infantil para juvenil.10. Gostaria de ir a uma competição o a nívelinternacional, mas a natação o sincronizada emPortugal não estámuito desenvolvida, portanto gostariade ajudar a tornar a natação o sincronizada umdesporto mais divulgado e mais praticado.

Nome: Diogo Miguel Leal PereiraIdade: 18 anosOcupação: Estudante/Pólo aquáticoClube: Centro Desportivo Universitário do Porto/LibertySeguros

1. Comecei pela natação, a minha mãe inscreveu-me na Piscina Municipal de Felgueiras.2. Tinha 3 anos quando iniciei a natação e aos 9 fuipara o pólo aquático3. Comecei no Foca e actualmente estou noCDUP/Liberty.4. Duas a três horas.5. Não, neste momento estou mais concentrado emconciliar os estudos e o pólo aquático.6. Não, mas sendo eu residente em Caldas de Vizelae fazendo uma hora de viagem para ir treinar ao Porto,tenho que fazer um esforço maior.7. A nível de clube foi positivo, pois embora nãotenhamos alcançado os nossos objectivos, fizemosuma boa época.8. O nosso objectivo era termos sido campeõesnacionais nos escalões de juvenis e juniores. Infelizmentenão fomos além do segundo lugar nesses mesmosescalões.9. Como em todas as épocas, no CDUP, o nossoobjectivo passa por sermos campeões nacionais emjuvenis e juniores e disputar o «playoff» em seniores.10. Como todos sabemos, o pólo aquático é umdesporto amador. Espero é que se consiga fazer comque os jovens tenham mais vontade de praticar estamodalidade, mas isso implica que todos os clubestenham que investir para que esta modalidade sejamais divulgada.

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CRIATIVIDADEA MATÉRIA PRIMA DA SINCRONIZADA

A natação sincronizada é uma das especialidades danatação que consiste em dominar habilidades naágua com o poder de interpretação. Historicamente,as fãs desta natação tiveram de fazer voltas comouma campainha e «pi rouettes» na água.Apresentaram-se como «sereias» em alguns festivais,filmes, espectáculos, com as nadadoras a executarletras, círculos, estrelas, etc. Surgiam na água comfatos de banho e acessórios vistosos, acompanhadaspor música. Após a Segunda Guerra Mundial, nasceua nova disciplina de natação sincronizada. Mas o seuapogeu mundial e mediático só aconteceu em 1984nos Jogos Olímpicos. É paradoxal como é que estedesporto que usa o termo rotina para qualificar o seutrabalho técnico esteja tão distante da monotonia, dotédio e da evolução. Na natação sincronizada, osresultados não aparecem à custa dum rival, nemnuma hora ou num julgamento dum resultadonumérico. A criatividade é a sua matéria-prima! Tempor base uma técnica rigorosa e rígida, mas nãodeixou de evoluir e de explorar todas as habilidadespossíveis do corpo humano no meio aquático. Acimade tudo tornou-se num desporto muito interessanteque evoluiu muito desde 1984. E porquê? Porquedemonstrou ao público que vai à piscina um verdadeiroespectáculo técnico, artístico, sempre diferente. Masainda é um daqueles desportos minoritários, que édispensável nas mil e uma enciclopédias e livrosdidácticos de Desporto.

Porque infelizmente na sua longa viagem para a idadeadulta, esta disciplina tem sido forçada constantementea afirmar o seu estatuto de auto-determinação. E emPortugal? Em 2009 considero que já passamos por trêsfases. A primeira de 1986 a 1991 que denomino «adescoberta». Uma segunda, de 1992 a 1999, de«entusiasmo», e uma terceira de 2000 até aos diasde hoje, «a verdade». E com isto quero dizer, que emPortugal ainda lutamos por um reconhecimento«primário» desta bela disciplina da natação.Uma vez familiarizadas com o meio aquático, devemas atletas aprender as técnicas de nado e as basestécnicas da sincronizada. E se não tivermos destaidade e forem mais velhas? No máximo aceitar atéao dez anos e teremos que ser mais exigentes a nívelda natação. Esta aprendizagem «sincro» é muito lentae gradual, na medida em que para conseguir umbom nível é preciso um longo período de tempo,esforço e treino. Se começamos muito tarde vai sermuito difícil recuperar e ficaremos sempre em níveisde prestação técnicas muito baixos. Deixando de ladoesses objectivos técnicos, a característica maisimportante é o interesse pela disciplina. Acima detudo, não queremos que qualquer criança se sintaforçada e desconfortável. As nadadoras devem vivera formação com entusiasmo, ansiosas por aprender,e acima de tudo, sem qualquer coero por parte depais e treinadores.

“...em Portugal ainda lutamos por umreconhecimento «primário» desta

bela disciplina da natação.”

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E u r o p e u B f e m i n i n oPó l o A q u á t i c o

P o r t u g a l 5 º c l a s s i f i c a d o

A Selecção Nacional sénior de pólo aquático feminino,formada na totalidade por jogadoras de clubes daAssociação de Natação do Norte de Portugal, alcançou,no Campeonato da Europa B, que se realizou de 7 a13 de Julho, em Manchester, Inglaterra, a quinta posiçãonum total de oito equipas. Portugal venceu a Eslováquia(14-11) e a Bielorrússia (10-8) e perdeu frente à Grã-Bretanha (8-3) e Ucrânia (11-7). Na disputa pelo quintoe sexto lugares, a Selecção Lusa ganhou à Croáciapor 10-5.

Mariana Sarmento, jogadora do Fluvial Portuense,recebeu o prémio de Melhor Marcadora da competiçãocom 27 golos, mais cinco do que a segunda melhormarcadora Veronika Bartunkova, da República Checa.Este prémio é “uma consolação, depois de se falhar oobjectivo principal da equipa”, confessou MarianaSarmento. A jogadora da Selecção Nacional diz aindaque considera que os objectivos colectivos não foram

atingidos, pois “o objectivo estabelecido pelo treinadorsempre foi uma medalha”. “Penso que tínhamos equipapara lá ter chegado”, acrescenta.Apesar disso, a atleta nortenha afirma que, doscampeonatos em que participou, “esta foi, sem dúvida,a melhor prestação a título individual e colectivo”.A Grã-Bretanha, a jogar em «casa», sagrou-se campeãeuropeia. República Checa e Ucrânia ocuparam,respectivamente, o segundo e terceiro lugares.No quarto posto posicionou-se a Eslováquia. Atrás de

Portugal ficaram as selecções da Croácia (6.º lugar),Bielorrússia (7.º) e Suíça (8.º).A Selecção Nacional, orientada pelo técnico MiguelPires, foi composta por Aurélie Mariani, Naida Mariani,Elisabete Matos, Flávia Pacheco (Sport Comércio eSalgueiros); Ana Andrade, Carolina Faria, CláudiaMalheiro, Inês Braga, Joana Silva, Mariana Sarmento,Vânia Vieira (Clube Fluvial Portuense); Marta Ribeiro eFátima Airosa (Gondomar Cultural).

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Janete Sousa, Aurélie Mariani, Flávia Pacheco, Maria João Ferreira e Elisabete Matos, do Salgueiros,Raquel Almeida, Rita Pereira e Sofia Martins, do Gondomar Cultural, e Daniela Mota, do LousadaSéculo XXI, representaram a Selecção Nacional Sub-20 que se classificou no 10.º lugar do Campeonatoda Europa, que se realizou de 13 a 20 de Setembro em Nápoles, Itália.

Nove jogadoras nortenhas convocadas pelo treinador Pedro Cardoso a que se juntaram Laura Barbosa,Ana Brissos e Daniela Santos (Amadora).No último encontro da competição, Portugal perdeu por 10-9 frente à França, falhando a nonaposição que permit i r ia às jogadoras lusas obter o estatuto de al ta compet ição.A Selecção Nacional iniciou o Europeu no dia 13 frente à Hungria, sofrendo uma goleada por 31-1.O único golo da Selecção Portuguesa foi marcado por Maria João Ferreira. No dia seguinte, ante aGrécia, Portugal perdeu 13-3, sendo os golos de Portugal marcados por Elisabete Matos (1) e FláviaPacheco (2). O jogo seguinte foi contra a selecção italiana com o conjunto das quinas asomar mais um desaire por 12-4, com golos de Elisabete Matos (3) e Aurélie Mariani (1). No dia 17,Portugal venceu a Eslováquia por 8-5, com golos de Flávia Pacheco (3), Elisabete Matos (3), RitaPereira (1) e Daniela Mota (1).

O primeiro lugar do campeonato coube a Rússia que venceu na final a Itália por 14-12.

Nove jogadoras nortenhas no

Europeu sub-20 de pólo aquático

Portugal Alcança o 10º lugar

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Pedro LimaENGENHEIRO QUE DIRIGE

COM SUCESSO A SECÇÃO

DO VITÓRIA DE GUIMARÃES

O segredo é «pedinchar»por tudo o que é cêntimo

A Pedro Lima é atribuído um papel decisivo nodesenvolvimento da secção de pólo aquático do Vitóriade Guimarães. Conseguiu, em poucos anos, levar o clubeà I Divisão, tem apostado na formação dos escalões maisjovens e na contratação de jogadores e treinadorestrangeiros. Não é por um acaso que este engenheiromecânico já conquistou, por duas vezes, o Prémio deMelhor Dirigente da Associação de Natação do Norte dePortugal.

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Caso tivesse poder, que medidas tomaria paramelhorar o pólo aquát ico em Portugal?Contratava três pessoas a título profissional e 100 porcento dedicadas à modalidade: uma com umcargo executivo, outra na coordenação técnica, àsemelhança daquilo que a Helena Barros tem estadoa fazer, e por fim, uma pessoa que tratasse de tudoo que diz respeito a relacionamentos externos dafederação. Dizem que não há dinheiro para pagaràs pessoas - não há, tretas! a Federação, comcerteza, que consegue gerar esse dinheiro, só nãoconsegue se estiver à espera que caiam notas docéu!

Como concilia a vida pessoal e profissional com avida desportiva?Consegui que a minha mulher percebesse que opólo aquático é importante para mim e que maisvale estar com ela cinco minutos por dia, mas felize contente do que meia hora, deprimid o, sempiada, sentado no sofá a fazer zapping na televisão.O tempo gasto a fazer o que fazemos por gosto nãodeve ser visto como uma perda de tempo e eu sinto-me realizado a fazer o que faço pelo pólo aquático.

Porque escolheu a profissão de engenheiromecânico?Fundamentalmente porque sempre gostei deautomóveis. No último ano do curso, fruto de umestágio que fiz em Itália, acabei por enveredar pelaárea de projecto.

Para si, o que faz um bom engenheiro mecânico?Tem que ser pragmático, metódico e de raciocíniomuito lógico.

E um bom dirigente desportivo?Tem que ter uma paixão desmesurada pelo que faze pela modalidade em si, tem que ter noção deque é preciso decidir, e ter noção das consequênciasdas decisões que toma.

Qual é o seu projecto de sonho a nível profissional?Abrir o meu próprio escritório e desenvolver projectosnum gabinete meu. É algo fácil de realizar e é umobjectivo a curto, médio prazo.

E no pólo aquático?Gostava de fazer parte do Comité Olímpico nacional.Sempre gostei do espírito olímpico e gostava depoder fazer algo mais pelo desporto em Portugal eo Comité Olímpico permitiria isso, já que é ainda umorganismo isento de interesses clubistas e partidários.Além disso, acho que a modalidade precisa de umareviravolta e gostava de participar em algo querevolucionasse a forma como o pólo aquático évisto e é jogado em Portugal.

Quem é o Pedro Lima no pólo aquático?Sou mais um que tenta fazer o melhor que sabe parao desenvolvimento da modalidade.E fora da modalidade...Uma pessoa normal, igual a todas as outras: tenhoamigos, família e outros interesses «extra pólo aquático».

Como encarou o projecto de ser dirigente do Vitória deGuimarães? Quais eram os seus objectivos iniciais?Basicamente, decidi que decido tudo - na minha opinião,num mundo tão pequeno quanto este, é preciso quehaja alguém que tenha a última palavra e eu acabeipor assumir essa liderança na secção. O primeiroobjectivo era conseguir ter todos os escalões deformação e conseguir que os atletas que estávamos aformar nesse primeiro ano chegassem a seniores. Aí,considerávamos que o ciclo estava completo em termosde formação. Depois seria, naturalmente, chegar àPrimeira Divisão.

E actualmente, quais são os objectivos a curto e médioprazo?A curto prazo é a manutenção da equipa sénior naPrimeira Dvisão e conseguir um pódio num escalão deformação. Acho que está na altura de ganharmos um«caneco» que localmente nos ajude a concorrer comoutras modalidades e a captar alguma atenção parao nosso trabalho.

Que impacto teve a contratação de um treinador ejogadores estrangeiros?A adesão aos treinos aumentou porque os miúdosqueriam treinar com os estrangeiros e ao mesmo tempoaumentou a visibilidade da equipa e da modalidadeporque as contratações foram noticiadas. Outra questãoimportante, especialmente na contratação do treinador,foram os novos conhecimentos que t ivemosoportunidade de adquirir a trabalhar com ele, a níveltécnico e no contacto com outra realidade do póloAquático.

Como tem conseguido angariar patrocínios para amodalidade?O segredo é «pedinchar» por tudo o que é cêntimo.Começamos por «bater à porta» de tudo o que écontacto, seja quem for e a partir daí fomos abrindoportas. Além disso, fomentamos reuniões de pais, emque travamos conhecimento com as pessoas e tentamosperceber em que é que elas podem ajudar. A certaaltura, já estávamos a conseguir patrocínios fora domundo do pólo aquático, o que é excelente. Outrapeça chave do nosso sucesso foi que sempre fizemospublicidade às empresas ou instituições que nospatrocinam.Entende que o facto de ter uma equipa de futebolassociada ao nome do clube traz vantagens às outrasmodalidades, em particular, ao pólo aquático?Claro que sim. Eu costumo dizer: o Vitória nem quejogasse «chincalhão» (malha) tinha gente a ver. Umavez, numa entrevista a uma rádio local, em queestávamos a promover um jogo contra o Gondomar,recebemos uma chamada de um senhor que dizia quenunca tinha visto pólo aquático e queria saber comoera. Eu disse, “venha ver!”. Desde aí, ele está semprepresente na bancada e mesmo sem perceber nadadaquilo, grita pelo Vitória e vibra com os jogos. O clubeé o embaixador da cidade. Nem dizemos Vitória, dizemos“Vitorinha”... É algo que é de nós todos.

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DECISÃO C RRECTAO Conselho Regional de Arbitragem da ANNP, responsável por esta rubrica, pretende esclarecer algumasdúvidas que surgem para o públ ico em geral nas modal idades de natação pura,pólo aquático e natação sincronizada.

N a t a ç ã o P u r aPartida. Em todos os estilos (com a excepção do estilo de costas e da estafeta de estilos), ao apito prolongadodo Juiz Árbitro, os nadadores devem subir para o bloco de partida e aí permanecer. À voz de «aos seus lugares»,do Juiz de Partidas, devem colocar-se imediatamente em posição de partida, com pelo menos um pé na parteda frente do bloco. A partida para as provas de costas e estafetas de estilos será efectuada dentro de água.Ao primeiro apito prolongado do Juiz Árbitro, os nadadores deverão entrar imediatamente na água. Ao segundo,os nadadores deverão colocar-se, sem demora indevida, na posição de partida. Quando todos os nadadoresestiverem na posição de partida, o Juiz de Partidas dará a voz «Aos seus lugares». E só será dado o sinal departida, quando todos os nadadores estiverem imobilizados.Qualquer nadador que parta antes do sinal de partida será desqualificado. Se o sinal de partida soar antes dadesqualificação ser declarada, a prova continuará e o nadador ou os nadadores serão desqualificados apósa prova terminar. Se a desqualificação for assinalada antes do sinal de partida, o sinal não será dado, os restantesnadadores serão mandados para trás e proceder-se-á a nova partida.Estilo de Costas. Quando se executar uma viragem, deve haver um toque na parede com qualquer parte docorpo. Durante a viragem, os ombros poderão rodar para além da vertical para bruços, após o que ummovimento contínuo de um braço, ou um movimento contínuo dos dois braços podem ser utilizados para iniciara viragem. O nadador terá que retomar a posição de costas logo que deixe a parede.

P ó l o A q u á t i c oWP 20.18 Perder TempoWP 20 Faltas Ordinárias. É, a todo o tempo, permitido aos árbitros assinalarem falta ordinária ao abrigo destaregra, antes dos 30 segundos de posse de bola se terem esgotado. Se o guarda-redes é o único jogador dasua equipa na sua metade de campo, será considerado perder tempo se ele receber a bola de outro jogadorda sua equipa, que esteja na outra metade do campo de jogo. No último minuto, os árbitros devem estarcompletamente certos de que há intencionalidade em perder tempo, antes de aplicarem esta regra. Esta éuma regra que sempre gera alguma controvérsia pois existem dúvidas acerca das circunstâncias em que sedeve assinalar esta infracção. No entanto, em qualquer circunstância é, a todo o momento, permitido aosárbitros assinalarem falta ordinária quando seguros de que a única e real intenção dos jogadores é a de perdertempo e não procurar evoluir no jogo.WP 21 Faltas de ExclusãoWP 21.8 Agarrar, afundar ou puxar um oponente que não tenha a bola. «Ter» é levantar, transportar ou tocara bola mas não inclui driblar a bola.Certamente uma das regras mais incompreendidas. Vemos que, ao abrigo da mesma, é exclusão sempre queum jogador agarra, afunda ou puxa um adversário quando este não tem a bola. A situação mais frequenteocorre na disputa de posição entre os jogadores pivot e central. De uma forma geral, é permita pelos árbitrosa luta pela posição nesta situação de jogo, apenas intervindo quando um dos jogadores ganha clara vantagemsobre o outro infringindo esta regra. Desta forma, o árbitro procura dar alguma liberdade para que os jogadorespossam obter vantagem.

N a t a ç ã o S i n c r o n i z a d aSolo, Dueto e Equipa são esquemas livres que podem ser compostos por qualquer figura da lista, estilo e/ouparte dos mesmos, com música. Os esquemas livres são livres e sem restrições na escolha da música, conteúdoou coreografia. No Solo só participa uma atleta, no dueto dois atletas e a equipa é formada com o mínimode quatro atletas e no máximo de oito, sempre da mesma categoria. O Livre combinado tem o máximo de10 atletas que realizam uma combinação de Esquemas (solos, duetos, tr ios e equipas).SS 4.1 Cada participante deverá executar quatro figuras de acordo com o Apêndice V destas regras. As figurasSeniores, Juniores e de Grupos de Idade serão seleccionadas pelo TRRC a cada quatro anos, sujeitas a aprovaçãopelo Bureau da FINA. Nas provas nacionais são usadas as figuras dos Grupos de Idade (categorias infantil, juvenile júnior). Cada categoria tem duas figuras obrigatórias e três grupos de figuras opcionais (com duas figurascada). Para a Sessão de figuras, o comité organizador sorteará um grupo de figuras, para cada categoria, quedeverá ser realizado entre 18 e 72 horas antes do início da sessão de figuras. SS 8.5 O equipamento para a sessão de Figuras deverá estar de acordo com a regra da FINA GR.5. Este deveráser preto e a nadadora deverá usar uma touca branca. Podem ser usados óculos e pinças para o nariz. Nãoé permitida joalharia. Desta forma não há relação das atletas com os clubes. Se a atleta usar algum adereçoque a identifique (pulseira, tatuagem...), o árbitro da prova tem autoridade para ordenar que a atleta tire oudisfarce da melhor forma o adereço.

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A Gala da Natação da Associação de Natação do Norte de Portugal é umevento já com uma longa tradição em que são homenageados atletas,treinadores, dirigentes ou outras individualidades que mais se distinguem aolongo de uma época.Os melhores da temporada 2008/09 são homenageados a 3 de Outubro, apartir das 17h00, no Auditório do Centro Social de Olival, em Vila Nova de Gaia.Além dos prémios para campeões regionais e nacionais, internacionais, recordistasnacionais e clubes campeões nacionais, este evento privilegia distinções individuais.

Atleta do Ano

Natação PuraFábio Pereira (Fluvial Vilacondense)Jorge Maia (Famalicão)Joana Carvalho (FC Porto/Império Bonança)Pólo AquáticoJanete Sousa (Salgueiros)Naide Mariani (Salgueiros)Miguel Mariani (Salgueiros)Natação SincronizadaAna Azevedo (Foca)Ana Baptista (Foca)Ana Magalhães (Foca)

Prémio ExcelênciaAntónio José Silva

Amigo da NataçãoSofia MargaridaMarta GonçalvesRicardo Mota (Gres Panaria)

Dirigente do Ano

Natação PuraJosé Esteves (Fluvial Portuense)José Rodrigues (SSCM Paredes)José Lopes (V. Guimarães)Pólo AquáticoManuel Oliveira (SSCM Paredes)José Silva (Gondomar)José Marques (Fluvial Portuense)Natação SincronizadaMárcia Marinho (Foca)

Prémio DedicaçãoClemente Cabral (SSCM Paredes)Domingos Pinto (Leixões)António Florim (Fluvial Portuense)

Atleta Revelação

Natação PuraLuís Vaz (Famalicão)Joana Santos (V. Guimarães)Sara Loureiro (FC Porto/Império Bonança)Pólo AquáticoManuel Cardoso (Fluvial Portuense)Pedro Sousa (CPN)Tiago Maia (Gondomar)Natação SincronizadaDiana Gomes (Foca)Maria Sousa (Foca)Joana Melo (Foca)

Árbitro do Ano

Natação PuraMaria CrespoJoaquim CrespoJosé CostaPólo AquáticoLuís SantosAna SaraivaEurico Silva

Treinador do Ano Absoluto

Natação PuraAlbano Oliveira (V. Guimarães)José Silva (FC Porto/Império Bonança)Pedro Faia (Famalicão)Pólo AquáticoJoão Santos (Salgueiros)Francisco Sá (Salgueiros)Carlos Barbosa (Gondomar)Natação SincronizadaCristina Oliveira (Foca)Lia Rocha (Colégio de Lamas)

Treinador do Ano Formação

Natação PuraNuno Carvalho (Fluvial Portuense)Francisco Soares (Foca)João Botelho (Leixões)Pólo AquáticoRui Moreira (Gespaços)Hélder Freitas (CDUP/Liberty)Jorge Mota (CPN)

N O M E A D O S

Gala distingue melhores da época

AUDITÓRIO DO OLIVALACOLHE EVENTO

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CONCURSOFOTOGRAFIA

DE

Menção Honrosa (1) - Paulo Borges

Contra-ataque do Primorje Rijeka contra oCDUP, na Taça Len.

Menção Honrosa (2) - Luis Sousa

Pormenor da bola já fora do alcance doguarda-redes durante o Meeting Internacionaldo Porto.

Menção Honrosa (3) - Duarte Mourão

Pormenor da bola já fora do alcance doguarda-redes Alemão, durante o Campeonatodo Mundo em Roma.

apoio:

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concurso be fotografia

Vencedor (1) - Maria Brunido

Momento de concentração a pretoe branco, nos Regionais de 2009

Vencedor (2) - Paulo Borges

Jogador a ser pressionado durante o Beach Polode Espinho

Vencedor(3) - Esmeraldina Dias

A emoção e o esforço do momento que ofotógrafo consegue captar aliado a um bomenquadramente, durante os 200m mariposa

de infantis

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Daniela Pinto campeã dos 5km…

Daniela Pinto (Vitória de Guimarães) sagrou-se campeã nacional dos 5km emáguas abertas, na sexta etapa do IX Circuito Nacional que decorreu no GrandeLago do Alqueva. A nadadora nortenha foi primeira no sector feminino e nonana classificação geral, com o tempo de 0:58:56.14. Soraia Ribeiro, do FluvialVilacondense, foi segunda classificada com 1:02:46.22. Na prova masculina,Hugo Ribeiro (Fluvial Vilacondense) foi o melhor nortenho ao acabar a prova naquinta posição com o tempo de 0:57:55.59.…e dos 10kmDaniela Pinto (Vitória de Guimarães) sagrou-se campeã nacional de águas abertasna distância de 10 quilómetros, em prova disputada em Castelo de Bode. A atletaminhota gastou 2:08:17.06 e ficou no 10.º lugar da classificação geral. O melhornadador nortenho foi Hugo Ribeiro (Fluvial Vilacondense) ao ser sétimo com2:01:29.47.

Atleta minhota no «top 20»

Daniela Pinto (V. Guimarães) obteve a melhor classificação portuguesa na Taçado Mundo de Annecy, em França, a quinta etapa do Circuito Mundial de ÁguasAbertas, ao alcançar o 16.º lugar. A atleta minhota percorreu os 10km em2h08m18s. A atleta minhota foi ainda 12.ª classificada na quinta etapa da TaçaLEN, que decorreu no rio Navia, em Espanha.

Fluvial Vilacondense conquista título por equipas

O Fluvial Vilacondense venceu a prova por equipas do III Campeonato Nacionalde águas abertas, prova que decorreu em Castelo de Bode durante o 7.ºChallenge Open Water. A equipa vila-condense, composta por Soraia Ribeiro,Hugo Ribeiro e Fábio Pereira, nadou os 5 quilómetros do contra-relógío em1:02:13.60.

BREVES

Natação Pura

Outubro3 Gala da ANNP ------------- Vila do Conde10-11 Preparação Infantis Vila Meã17-18 Preparação Juvenis Recarei24-25 Preparação Juniores/Seniores Penafiel31 Troféu Speedo Absolutos Paços Ferreira

Novembro1 8.º Trial Meeting Absolutos Famalicão7/8 Preparação I Cadetes A/B Felgueiras8 Qualificação 4.ª Divisão Absolutos Lagos14 Inter-Associações Juvenis Aveiro20-22 Campeonatos Regionais Juniores/Seniores Paços Ferreira

Dezembro1 Preparação «Open» Masters Senhora da Hora4-6 Torneio Regional Juvenis Paços de Ferreira4-6 Campeonatos de Portugal Absolutos Leiria8 Encontro Técnicas Alternadas Cadetes B Lousada10-13 Europeus de Piscinas Curta Absolutos Istambul (Turquia)12-13 TORREGRI 1 Cadetes A/B Penafiel12-13 Campeonatos Nacionais 3.ª e 4.ª Absolutos Ponte de Sôr18-20 Torneio Regional Infantis Felgueiras19-20 Campeonatos Nacionais 1.ª e 2.ª Absolutos St. António Cavaleiros28-29 Acção de Formação Cadetes A Paredes

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Descob re a s 5 d i f e renças

HORIZONTAIS2. Clube com maior número de jogadoras no Centro de Treino de pólo aquático do dia 30 de Junho4. 16.ª classificada na Taça do Mundo de águas abertas em Annecy (França)6. Campeão regional de infantis masculinos de pólo aquático na temporada 2008/097. Vencedor colectivo do Torneio do Mar8. Treinador da equipa de Masters do Clube Natação da Maia11. Melhor marcador do Campeonato Nacional sénior de pólo aquático12. Melhor Estudante/Atleta do ano 2009 da Universidade do Porto13. Medalha de Mérito Municipal Desportivo de Famalicão14. Brucista do FC Porto/Império Bonança nos Mundiais de Roma15. Melhor marcadora do Europeu B de pólo aquático de Manchester16. Município vencedor do Torneio de Escolas de Natação do Grande Porto17. Clube vencedor da Taça de Portugal feminina de pólo aquáticoVERTICAIS1. Local do Torneio Beach Polo da ANNP2. Estreante no Campeonato Nacional de sincronizada na temporada 2008/093. Nadador italiano que bateu o recorde do Meeting do Porto nos 50m livres que pertencia a Alexander Popov5. Recordista nacional de infantis A nos 100m bruços6. Campeão regional de juniores masculinos de pólo aquático na temporada 2008/099. Bola oficial de pólo aquático da ANNP para a temporada 2009/1010. Patrocinador do Concurso de Fotografia da ANNP

Palavras

Cruzadas

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