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Governo do Estado de São Paulo Secretaria de Estado da Saúde Superintendência de Controle de Endemias - SUCEN NORMAS E RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS PARA VIGILÂNCIA E CONTROLE DO Aedes aegypti NO ESTADO DE SÃO PAULO São Paulo 2002

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Page 1: NORMAS E RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS PARA VIGILÂNCIA E …

Governo do Estado de São Paulo Secretaria de Estado da Saúde

Superintendência de Controle de Endemias - SUCEN

NORMAS E RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS PARA VIGILÂNCIA E CONTROLE

DO Aedes aegypti NO ESTADO DE SÃO PAULO

São Paulo 2002

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SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO DE SÃO PAULO

SUPERINTENDÊNCIA DE CONTROLE DE ENDEMIAS - SUCEN

Elaboração

Diretoria de Combate a Vetores - DCV

Colaboração

Diretoria de Orientação Técnica -DOT

Serviços Regionais - SRs

Impressão

De Paula Print Artes Gráficas Ltda Tel/Fax: (lI) 3731-7420

Dezembro de 2002

Impresso com recursos do VIGISUS - Ministério da Saúde

Page 3: NORMAS E RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS PARA VIGILÂNCIA E …

APRESENTAÇÃO

Desde 1998, quando a implantação do Plano de Erradicação do Aedes aegypti

impulsionou a municipalização do controle de vetores no estado de São Paulo, vários ajustes técnicos e operacionais foram realizados nas normas de vigilância e controle desse vetor, além da buscar novos parceiros, visando conferir sustentabilidade ao programa, já que a erradicação desse vetar parecia cada vez menos factível.

Em agosto de 2000, reunião técnica realizada em Águas de Santa Bárbara envolvendo técnicos da SUCEN, do Centro de Vigilância Epidemiológica, do Centro de Vigilância Sanitária, do Instituto Adolfo Lutz e de 30 municípios paulistas, resultou em importantes alterações na normatização das ações de vigilância e controle vetorial: definiu a execução da Avaliação de Densidade Larvária de forma independente da execução da atividade Casa a Casa, restringiu as ações de controle químico e privilegiou as demais ações. Com essas mudanças no Casa a Casa, foi possível, nesse mesmo ano, propor a integração da área de controle de vetores com os Programas de Agentes Comunitários de Saúde e de Saúde da Família. Em agosto de 2001, em reunião técnica realizada em Campinas, com participação de técnicos das três esferas de governo, reafirmaram-se os ajustes propostos no ano anterior, e incluíram-se outras pequenas alterações à normatização vigente.

No presente documento, a SUCEN reuniu normas, orientações e recomendações para a área de vigilância e controle vetorial, oriundas de 4 anos de discussões envolvendo técnicos dos três níveis de governo, destacando-se as duas referidas reuniões como marcos desse processo. Este esforço visou auxiliar as equipes técnicas estaduais e municipais na adoção das condutas e procedimentos definidos conjuntamente, para a adequada implementação do Programa de Controle de Dengue.

São Paulo, dezembro de 2002

Carmen Moreno Glasser

Diretora da Diretoria de Combate a Vetores

Luiz Jacintho da Silva Superintendente

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Índice

Pág.

I - Conceitos empregados para operacionalização das atividades de controle de Aedes aegypti..................................................................................................................................1

1 - Imóvel ............................................................................................................................1 1.1 - Tipo de ocupação e definição de limites ................................................................1 1.2 - Imóveis de maior importância na dispersão ativa e passiva do vetor (Pontos

Estratégicos)...................................................................................................... 2 1.3 - Imóvel trabalhado............................................................................................... 3 1.4 - Imóvel pendente ................................................................................................. 4 2 - Setor .......................................................................................................................... 4 3 - Área........................................................................................................................... 4 II - Delimitação de Setores e Áreas...................................................................................... 5 1- Informações necessárias.............................................................................................. 5 2 - Delimitação de Setores............................................................................................... 6 3 - Definição do conjunto de Setores de cada Área.......................................................... 7 3.1 - Determinar o número mínimo de Áreas Urbanas ................................................ 7 3.2 - Determinar o número mínimo de Áreas Rurais ................................................... 7 3.3 - Definir o conjunto de Setores que constituirão cada Área Urbana ....................... 7 4 - Identificação de Áreas e Setores................................................................................. 7 III - Atividades de Vigilância e Controle de Aedes aegypti .................................................. 8 1 - Municípios infestados .. ............................................................................................. 8 1.1 - Atividade Casa a Casa ........................................................................................ 8 1.2 - Avaliação de densidade larvária......................................................................... 18 1.3 - Pesquisa larvária e controle de Pontos Estratégicos............................................ 22

1.4 - Atividades de controle do vetor em situações com risco de transmissão ou com transmissão já desencadeada.................................................................................. 27 2. Municípios não infestados.......................................................................................... 29 2.1 - Pesquisa de Pontos Estratégicos......................................................................... 30 2.2 - Pesquisa larvária de armadilha........................................................................... 34 2.3 - Delimitação e controle de foco .......................................................................... 37

2.4 - Pesquisa larvária decorrente da notificação de casos suspeitos ou confirmados de dengue ....................................................................................................... 38

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IV - Medidas de controle do vetor ...................................................................................... 40 I. Medidas de controle mecânico e alternativo de criadouros ..................................... 40 1.1 - Orientações para utilização de peixes larvófagos para controle de Aedes aegypti 40 1.2 - Recomendações para controle mecânico e alternativo (produtos caseiros) conceito de recipiente existente especificado para cada tipo ............................ 1.3 - Informações adicionais.............................................................. .................. 2. Medidas de controle químico ...................................................................... ....... 2.1 - Tratamento focal ................................................. ......................................... 2.2 - Tratamento perifocal................................................................................ ..... 2.3 - Bloqueio - Controle de criadouro ...................................................... .......... 2.4 - Bloqueio - Nebulização................................... .............................................. V Integração do programa de agentes comunitários de saúde/programa de saúde da família com a área de controle de vetores........................................................................... 1- Objetivos da proposta técnica .................................................................................. 2- Diretrizes para promover integração.............................................. ...................... VI Dimensionamento de recursos humanos .......................................................... ....... 1 - Parâmetros para municípios infestados ..................................................................

2 - Parâmetros para municípios não infestados ............................................................ 3 - Base de cálculo para dimensionamento de recursos humanos para as atividades de controle de Aedes aegypti - municípios infestados ..................................................4 - Base de cálculo para dimensionamento de recursos humanos para as atividades de controle de Aedes aegypti - municípios não infestados ...........................................

Bibliografia consultada....................................................................................................69

42 50 52 52 53 58 58

62 62 62 65 65 66

67

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I CONCEITOS EMPREGADOS PARA OPERACIONALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES DE CONTROLE DE AEDES AEGYPTI.

1. IMÓVEL

o imóvel corresponde à unidade de trabalho e de registro de informações para todas as atividades de operação de campo.

1.1 TIPO DE OCUPAÇÃO E DEFINIÇÃO DE LIMITES.

a - Edificações térreas ou assobradadas: O imóvel compreende a parte interna da edificação e externa (jardins, pátios e quintais). Essas edificações poderão ser residenciais, comerciais, industriais, serviços de saúde, educação, ... b - Prédios de apartamentos: São considerados imóveis, os apartamentos e área coletiva do

condomínio (portaria, garagem, jardim, piscina, quadras esportivas, hall de entrada, salão de festa, salão de jogos, caixas d'água, etc..). Embora os corredores e escadas de circulação façam parte da área coletiva do prédio os recipientes neles encontrados serão incluídos nos apartamentos sempre que pertençam aos moradores dos mesmos (exemplo: vasos de planta dispostos no corredor. pelo morador do apartamento). Portanto, o número de imóveis de um prédio corresponderá ao total de apartamentos, mais um, referente à área coletiva. Essa área será identificada apenas pelo número do edifício e cada apartamento pelo número do edifício seguido do número do apartamento. No caso de vários blocos, considerar a área coletiva de cada bloco como 1 edificação e a área comum a todos 03 blocos deverá ser considerada como mais 1 edificação.

c - Casas de cômodos ocupados por diferentes famílias: Cada conjunto de cômodos utilizados por uma mesma família corresponderá a um imóvel, e a área coletiva a outro. A área coletiva será identificada pelo número da casa e cada conjunto de cômodos ocupados por uma família, pelo número da casa seguido da letra a, b, c..

d - Edificações especiais: Edificações de grande porte como hospitais, ambulatórios, escolas, hotéis, quartéis, penitenciárias, casas comerciais, shopping centers, indústrias e clubes constituirão um único imóvel, sempre que as mesmas ocuparem parte de um quarteirão ou um quarteirão inteiro. Se ocuparem mais de um quarteirão, a área correspondente a cada quarteirão constituirá um imóvel.

e - Praças, parques e jardins públicos: Cada praça, parque ou jardim, incluindo as edificações públicas existentes, constituirá um único imóvel, sempre que estes abranjam parte de um quarteirão ou um quarteirão inteiro. Se ocuparem mais de um quarteirão, a área correspondente a cada quarteirão constituirá um imóvel.

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f- Obras em andamento ou paradas: Construções em qualquer etapa do projeto ou paradas, incluindo canteiro de obra, área de vigilância e vendas constituirá um único imóvel.

g - Terrenos baldios: Serão considerados terrenos baldios, aqueles imóveis localizados em quarteirões devidamente armados ou similares, distantes até 100 metros das últimas edificações. A delimitação de um terreno baldio, seguirá os seguintes critérios:

• Terreno baldio murado - TBM - sua delimitação seguirá os limites definidos pelos muros ou cercas.

• Terreno baldio não murado- TB - para sua delimitação, deve-se percorrer o quarteirão no sentido horário, iniciando na esquina mais ao Norte do quarteirão (ver item III 1.1.2), podendo-se encontrar as seguintes situações:

- Quarteirão (Q) sem nenhuma edificação (ED) ou TBM: O TB abrangerá

todo o quarteirão (Fig. 1). Terá como endereço, o nome da rua na qual será iniciada a vistoria, seguido das anotações TB ou TBM.

- Quarteirões com ED e/ou TBM: Se na esquina mais ao Norte houver um

TB, este terá início nessa esquina e, seguindo-se o sentido horário, terminará na primeira ED ou TBM existente no quarteirão. Terá como endereço o nome da rua onde o mesmo teve início, seguido de TB. Após a(s) ED(s) ou TBM(s), havendo outro TB, este iniciará logo em seguida à ED ou TBM e terminará na próxima ED ou TBM, ou na esquina onde foi iniciado o trabalho, caso não existam outras EDs ou TBMs no quarteirão (Fig. 2 a Fig. 4).

1.2 IMÓVEIS DE MAIOR IMPORTÂNCIA NA DISPERSÃO ATIVA E PASSIVA DO VETOR (PONTOS ESTRATÉGICOS). Os imóveis de maior importância na geração e dispersão ativa e passiva de Aedes aegypti são denominados Pontos Estratégicos e devem ser trabalhados com atividade específica. Esses imóveis podem ser divididos em dois grupos: Grupo 1 - Imóveis que apresentam grande quantidade de recipientes em condições favoráveis à proliferação de larvas de Aedes aegypti (depósitos de pneus usados e de ferro velho, oficinas de desmanche de veículos, borracharias, oficinas de funilaria, cemitérios...), e portanto, em função da proliferação do vetor e de sua dispersão ativa na área adjacente podem contribuir de forma importante nos níveis de infestação dessa área. Podem, também, se destacar na dispersão passiva do vetor principalmente na fase de ovo, por meio do transporte de recipientes de um município para outro, em atividades comerciais. Grupo 2 - Imóveis que geralmente apresentam pequena quantidade de recipientes, porém, em função da sua atividade ligada a transporte de mercadorias e passageiros, são de grande importância na dispersão passiva do vetor, principalmente na sua fase adulta (transportadoras, estações rodoviárias e ferroviárias, portos, aeroportos...).

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1.3 IMÓVEL TRABALHADO

É todo o imóvel no qual foi possível realizar as ações previstas na atividade emde"senvolvimento,no peri e intradomicíÜo.

Fig.1 RuaA

MD~BRuaC

Fig. 2 Rua A

R~{JJ~B181

Rua C

Fig.3 Rua A

102 JfRuaB

503RuaC

Fig. 4

RuaD

513 501

Rua C

Legenda:

tZ1 = ED l21 = TBM

4

Q58Rua B -TB (apenas 1 TB)ldentificada a quadra, DOeudctcço do TBconstará apenas o no~ da rua pela qual seráiniciada a vistoria do terreno baldio, anotando-se TBna coluna do complemento.

Q~ "

}tua B -TB (inClui TB desde a esquina RuaAlRua B atéa ED da Rua C n° 181)Rua C nO181 (ED)

. Rua C - TB (inclui o TB desde a ED da Rua C nO 181 atéa esquina Rua AIRua B)

QI02 .Rua B -TB (inclui o TB desde a esquina RuaAlRua Baté a ED da Rua C nO503) .Rua C nO503Rua C - TB (inclui o TB desde a ED da Rua C nO503até o TBM da Rua D)RuaD-TBMRua D -TB (inclui o TB desde o TBM da Rua Daté a esquina da Rua AlRua Br

Q61Rua B n° 185RuaBnol97RuaB-TBMRua B n° 219

RUaB Rua B nO229Rua B -TBRÚa C n° SOlRua C nO513

Rua D n° 366Rua D nO356.RuaD n° 344RuaDno 316RuaD-TBRuaDno312Rua D n° 302RuaA-TBMRuaA-TBM

Jf =Esquina mais ao Norte

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1.4 IMÓVEL PENDENTE

É todo o imóvel no qual não foi possível realizar as ações previstas na atividade em desenvolvimento. Dessa forma, consideram-se pendentes:

- imóveis nos quais não se realizou nenhuma das ações previstas, ou seja, aqueles fechados ou com recusa ao trabalho (no boletim assinalar a coluna correspondente- Fechado ou Recusa);

- imóveis nos quais não se realizou parte significativa das ações previstas, ou seja, aqueles em que o responsável não permitiu ou não viabilizou a realização do trabalho no peri ou no intradomicílio (no boletim assinalar a coluna correspondente a Recusa, pois não existe recusa parcial).

2. SETOR

Setor é o conjunto de imóveis a serem trabalhados por um ou dois agentes. Trata-se portanto de uma unidade geográfica operacional. A divisão do município em setores será realizada separadamente para área urbana e os aglomerados rurais:

• Setor urbano: é um conjunto de quarteirões ou similares da zona urbana.

• Setor rural: é um conjunto de quarteirões ou similares de aglomerados rurais. Considera-se aglomerado rural o conjunto de pelo menos 30 edificações agrupadas na zona rural.

3. ÁREA

Área é o conjunto de 1 a 5 setores contíguos e semelhantes quanto às características dos imóveis predominantes e à infraestrutura urbana. Cada Área será composta apenas por Setores urbanos ou rurais. Trata-se da unidade geográfica de avaliação entorno lógica e, portanto, devese evitar realizar alterações da sua abrangência geográfica.

• Área urbana: É o conjunto de 1 a 5 Setores urbanos.

• Área rural: É o conjunto de 1 a 5 Setores de aglomerados rurais.

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II DELIMITAÇÃO DE SETORES E ÁREAS1. INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS

Informacões

= "uarteirão

Planta da cidade +

croquis deloteamentos novos ouassentamentosclandestinos.

- Plantas ou croquisdos aglomeradosrurais.

Rendimento médio

do agente de controlede vetares.

- N° estimado de dias

aproveitáveis detrabalho de campopor ciclo.

N° médio de

edificações . porquarteirão da cidade.

N° médio de

edificações porquarteirão dosaglomerados rurais.

Orientações

- Numerar os quarteirões da planta da cidade, iniciando do N° 1preferencialmente ao Norte da planta, seguindo a seqüência Norte-Sul eOeste-Leste até numerar todos os quarteirões. A numeração dosquarteirões, distritos urbanos distantes da área urbana, vielas e/ou becosdos loteamentos ou assentamentos não inclusos na planta, deve iniciar peloN° selluinte ao último incluído na Dlanta.

- Numerar os quarteirões ou similares das plantas ou croquis dosaglomerados rurais iniciando pelo N° I até o último Quarteirão do últimoaglomerado. Iniciar a numeração para cada estrada pelo aglomerado maispróximo da cidade e terminar no mais distante. Repetir o mesmo

rocedimentopara cada uma das estradas.

- Para realizar a setorização, poderá ser utilizado um rendimento médioúnico, para a cidade, dado em N° de ED/agente.dia (25 ED/ag.dia). Orendimento para a cidade geralmente será maior daquele para aglomeradosrurais.

- Estratos 1 e 2 - periodicidade bimestral - 36 dias em média.

- Estrato3 - periodicidadetrimestral- 54 dias em média.

- Obs.: Esses valores correspondem ao número médio de dias de trabalhonum bimestre ou trimestre, descontadas as férias e todos os tipos de faltase dias de chuva que impossibilitem o trabalho de campo.- N°médio ED/ Q da cidade = N° ED do Ql+ N° ED do Q2 +...

N° total de Q da cidade

- Se o N° de ED em cada Q da cidade não for conhecido, utilizar afórmula:N°méclioED/ Q = N° total de ED da cidade

N° total de O da cidade

- N°médio ED/ Q = N° ED do Q 1+ N° ED do Q? +...N° total de Q dos agIam. Rurais

- Se o N° de ED em cada Q dos aglomerados rurais não for conhecido,utilizar a fórmula:

N°médio ED/ Q = N° total de ED dos agIam. ruraisN° total de O dos alllom. rurais

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2. DELIMITAÇÃO DE SETORESPassos Orientações

/ Urbano = (Rend. urb. x 36 x 2) x 100Estratos 1 e 2 -N° ED de Setor 100 - % Pendência esperada

~Rural = (Rend. rural x 36 x 2) x 100100 - % Pendência esperada

/urbano = (Rend. urb. x 54 x 2) x 100100 - % Pendência erada

~ rural = (Rend. rural x 54 x 2) x 100100 - % Pendência esperada

Estrato 3 -N° ED de Setor

Determinar o N°de

ED de 1 Setor.

_ Determinar o N° - N° de Setores urban,os= N° ED da cidadede Setores. N° ED de Setor urbano

- N° de Setores rurais = N° ED dos aglomerados ruraisN° ED de Setor rural

- Determinar o N°

de quarteirões para -N° Q de Setor urbano = N° ED de Setor urbanocada tipo de Setor. N° ED/Q de Setor urbano

- N° Q de Setor rural = N° ED de Setor rural

N° ED/ O de Setor rural

-Cidade -SabendQo N° de Setores que deverão ser delimitados e o N° de Q decada Setor urbano,demarcarna planta as divisas dos vários Setores,com ocuidado de obter Setores com características homogêneas, e sempre quepossível abrangendo quarteirões de um único bairro.

- Aglomerados rurais - Sabendo o N° de Setores que deverão ser delimitados eo N° de Q de cada Setor rural, definir quais os aglomerados incluídos em cadaSetor, com o cuidado de incluir, num mesmo Setor, aglomerados comquarteirões numerados numa seqüência única.

EXEMPLO.Num Setor da cidade onde temos: Rendimento = 25 imóveis/agente.dia;

N° dias do bimestre = 36 dias; N° de agentes= 2; Pendência já verificada no local = 18%N° ED do Setor = (Rend. urb. x 36 x 2) x 100 = (25 x 36 x 2) x 100 = 180000 = 2195 ED

100 -% Pendência esperada 100 - 18 82

pelimitar oconjunto dequarteirões de cadaSetor.

Sempre que necessário, realizar ajustes na setorização, com base nas informações obtidasdll!ant~ o desenvolvimento da atividade Casa a Casa (No ED, obras e terrenos baldiosexistentes, pendência verificada, rendimento obtido em imóveis/ por agente.dia).

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3. DEFINIÇÃO DO CONJUNTO DE SETORES DE CADA ÁREA Conforme já definido, uma Área será c9mposta, no mínimo, por 1 Setor, e no máximo, por 5 Setores, e deverá conter apenas Setores urbanos ou rurais.

3.1 DETERMINAR O NÚMERO MÍNIMO DE ÁREAS URBANAS.

N° de Áreas urbanas = N° de Setores urbanos : 5

3.2 DETERMINAR O NÚMERO DE ÁREAS RURAIS.

N° de Áreas rurais = N° Setores rurais : 5

Como geralmente o número de Setores rurais é inferior a 5, a maioria dos municípios terá uma única Área rural.

3.3 DEFINIR O CONJUNTO DE SETORES QUE CONSTITUIRÃO CADA ÁREA

URBANA.

Agrupar os Setores seguindo sempre o critério de contigüidade geográfica e com o cuidado de obter Áreas com a maior homogeneidade possível. Para tanto, sempre que necessário, deve-se aumentar o número de Áreas, para obter maior homogeneidade dentro de cada uma delas. Embora seja interessante que cada supervisor fique responsável por uma única Área, dependendo do número de Setores das várias Áreas, um mesmo supervisor poderá ficar responsável por setores pertencentes a duas Áreas. Além disso um mesmo supervisor poderá ser responsável por uma Área urbana e uma Área rural. A questão mais importante é que nenhum supervisor fique responsável por mais de 10 agentes.

4. IDENTIFICAÇÃO DE ÁREAS E SETORES. As Áreas serão identificadas por números, iniciando do O 1 até o total de Áreas da cidade. As Áreas referentes aos aglomerados rurais serão numeradas iniciando pelo 101. Exemplo: Num município com 1 única Área referente aos aglomerados rurais, essa Área será identificada pelo número 101. Se o município apresentar uma segunda Área da zona rural, ela receberá o número 102.

Dentro de cada Área, a numeração dos' Setores iniciará sempre pelo número 1 até o total de Setores da Área. O número de identificação de cada Setor será antecedido pelo da Área ao qual o mesmo pertence. Exemplos: Setor 2.3 corresponde ao Setor 3 da Área 2. Setor 101-2 corresponde ao Setor 2 da Área 101 (Área rural).

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111 ATIVIDADES DE VIGILÂNCIA E CONTROLE DE AEDES AEGYPTI

1. MUNICÍPIOS INFESTADOS 1.1 ATIVIDADE CASA A CASA

Consiste nas visitas realizadas a todos os imóveis de uma determinada Área, para desenvolver ações de controle de criadouros. A periodicidade dessas visitas é definida, de acordo com a classificação do município: Estratos 1 e 2 - Periodicidade bimestral; Estrato 3 - Periodicidade trimestral. No entanto, periodicidades diferentes são indicadas para melhor atender as especificidades das várias Áreas ou Setores de uma cidade (ver item III - 1.1.7). Esta atividade é dirigida a todos os imóveis da área urbana e dos aglomerado rurais, sendo excluídos, apenas, os Pontos Estratégicos e os apartamentos acima do 1 ° andar de edifícios que segundo avaliação anterior não apresentem situações favoráveis à proliferação do vetor (muitas plantas ornamentais em sacadas, piscinas ...).

1.1.1 ALOCAÇÃO DOS AGENTES NOS SETORES

De posse do mapa com sua Área delimitada, o supervisor deverá, como regra geral, distribuir dois agentes por Setor ou apenas um, em Setores menores. Para melhor divisão do trabalho em cada Setor, os quarteirões pares ficarão para um agente e os impares para outro. Com isso, pretende-se que a dupla trabalhe de forma relativamente conjunta e seqüencial dentro do Setor.

1.1.2 PERCURSO DENTRO DOS QUARTEIRÕES E NAS EDIFICAÇÕES TÉRREAS/ ASSOBRADADAS E NOS EDIFÍCIOS QUE CONTENHAM VÁRIOS IMÓVEIS. Os quarteirões serão trabalhados pelo agente, iniciando na esquina mais ao Norte e percorrendo-os no sentido horário. A padronização de seqüência de quarteirões e de percurso dentro deles é importante para evitar que imóveis deixem de ser trabalhados e para' facilitar a localização do agente pelo supervisor. No percurso das edificações térreas ou assobradadas, o agente deve iniciar a vistoria pela área externa, passando em seguida para a área interna. Nos sobrados, a vistoria da área interna, deve ser iniciada a partir do Último pavimento, vistoriando o imóvel de forma completa. Em lotes com várias casas, iniciar pela casa da frente (endereço: Rua e N°) , em seguida a próxima no sentido da rua para os fundos (endereço: Rua e N° - fI), a seguinte (endereço: Rua e N° - f 2) e assim sucessivamente.

No percurso de edifícios com vários imóveis, o agente vai encontrar situações como:

- Prédio de apartamentos: Deve-se iniciar a visita a partir da área coletiva do prédio, na

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seqüência que segue o subsolo, térreo e cobertura . Após trabalhar a área coletiva, o agente iniciará a visita aos apartamentos, a partir do andar mais alto previsto para o trabalho (10 andar ou andar superior a este, de acordo com as características do prédio) em direção ao mais baixo, seguindo a seqüência de numeração de apartamentos de cada andar. Quando for localizado criadouro na área dos corredores de acesso aos apartamentos e escadas, este será incluído no apartamento mais próximo. (Ver Item - 1.1)

- Casas com várias famílias (casa de cômodos): deve-se iniciar a visita a partir da área coletiva da casa (primeiramente a área externa e depois a interna), em seguida iniciar as visitas aos cômodos ocupados pelas famílias, seguindo o sentido horário e identificando cada conjunto de cômodos pelo número da casa seguido das letras a, b, c..

1.1.3 DESLOCAMENTO DE PESSOAL AO LOCAL DE TRABALHO E CONTROLE DE FREQÜÊNCIA

Recomenda-se, para aumentar o rendimento na atividade em municípios de médio e grande porte, que somente o supervisor inicie seu expediente de trabalho na Sede Municipal que inclui o Núcleo de Controle de Vetores, onde será controlada sua freqüência. Ele se deslocará, com a viatura, diariamente para a Área sob sua responsabilidade, para controle de presença dos agentes, distribuição e recolhimento de material de consumo para cada agente e supervisão do trabalho. O agente se deslocará diretamente para o seu Setor de trabalho, onde iniciará as visitas a partir do imóvel seguinte ao trabalhado no dia anterior.

Para localização de cada agente no campo, o supervisor deverá consultar o roteiro com a seqüência de quarteirões sob a responsabilidade de cada agente Em municípios pequenos (com apenas 1 Área), os agentes poderão ter seu controle de freqüência no Núcleo de Controle de Vetores do município, para onde se dirigirão diariamente, apenas no início do expediente, providenciando o material para o trabalho do dia e entregando os boletins referentes ao trabalho do dia anterior. Em municípios maiores, esse procedimento também poderá ser utilizado nas Áreas em que existirem Bases de Abastecimento para o pessoal de controle de vetores.

Em municípios de grande porte, que tenham descentralizado a gestão do setor de saúde, definindo regiões de abrangência para cada unidade, recomenda-se que o comando do controle de vetores siga essa mesma regionalização, visando maior integração com as demais áreas de atuação, por meio de uma gestão integral das questões de saúde pela unidade regional. Recomenda-se, também, a existência de uma coordenação técnica para o controle de vetores lotada no CCZ, com abrangência para o município todo.

1.1.4 PROGRAMAÇÃO DE SUPERVISÕES.

O supervisor deverá programar a realização de supervisão direta e indireta dos agentes. Cada agente deverá ser supervisionado pelo menos uma vez por mês. Assim, além de diariamente o supervisor percorrer todos os Setores de sua Área, fazendo o controle de freqüência, distribuição e coleta de material, ele deverá supervisionar a cada dois dias um dos agentes. Os dias sem supervisão programada deverão ser aproveitados para atendimento a questões demandadas pelos agentes.

Mensalmente o supervisor deverá realizar uma reunião com todos os agentes de sua Área, a fim de. informá-Ios da produção do mês e resultados do trabalho realizado, utilizando os índices

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de densidade larvária (IB, IP) e outras informações sobre tipos de recipientes mais importantes, discutir as dificuldades e soluções já utilizadas, e buscar maneiras de aprimorar o trabalho.

1.1.5 PENDÊNCIA DE TRABALHO

Para redução da pendência de trabalho, em função de imóveis fechados ou com recusa, o supervisor deverá organizar uma maneira desses imóveis pendentes serem visitados de preferência aos sábados, dentro da mesma semana. Evitar atender pendência, de um determinado mês, no mês seguinte.

1.1.6 AÇÕES A SEREM DESENVOLVIDAS E CONDUTA DO AGENTE NA ATIVIDADE CASA A CASA.

- AÇÕES A SEREM DESENVOLVIDAS

Esta atividade inclui ações de controle do vetor em todos os imóveis de cada Setor. Tem como finalidades principais, realizar:

• orientação aos moradores e proprietários de imóveis sobre os cuidados necessários para evitar criadouros de Aedes aegypti nos imóveis sob sua responsabilidade;

• aplicação das medidas de controle mecânico e uso de produtos caseiros de ação larvicida, quando necessário.

O uso de larvicida organofosforado ou biológico ficará restrito a situações especiais encontradas em determinados imóveis e ao Bloqueio de transmissão. Portanto, durante períodos não epidêmicos, os agentes não devem levar a campo o larvicida. Seu uso, para situações especiais, será autorizado e agendado pelo supervisor.

Algumas medidas de controle dificilmente poderão ser efetuadas durante as visitas de rotina. Dentre estas, destacam-se:

• colocação de areia grossa nos vasos de flores com água e pratos de xaxim não justapostos aos vasos e que não possam ser eliminados: é mais facilmente implementada por meio de campanhas em dias específicos;

• remoção de recipientes maiores como pneus, latões, tambores, etc.: também é mais facilmente implementada por meio de sistema de coleta com periodicidade definida, ou por meio do agendamento da remoção desses recipientes, nos imóveis já trabalhados, em dias pré determinados para cada Setor;

• melhoria da vedação de caixas d’água e outros depósitos: é mais facilmente implementada por meio de campanhas em períodos definidos, após levantamento da necessidade ou, quando pouco freqüente, por meio do agendamento em imóveis já trabalhados; • colocação de peixes larvófagos (ver item IV - 1.1 ) em alguns tipos de recipientes: deve ser realizado por meio de agendamento em imóveis já trabalhados. - RECOMENDAÇÕES PARA CONDUTA DO AGENTE DE CONTROLE DE VETORES

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• Conduta geral recomendada: O agente deve motivar o morador a acompanhá-lo no decorrer de toda a vistoria do imóvel (peri e intradomicílio), discutindo com ele a melhor forma de evitar a existência de cada um dos criadouros encontrados. Todos os procedimentos deverão ser realizados, sempre que possível na presença e com a participação do responsável pelo imóvel. Utilizar produtos como água sanitária, detergente, sal e saco de lixo, de preferência fornecidos pelo responsável, pois se pretende que estes cuidados sejam adotados rotineiramente pelo mesmo. Para tanto, o agente deverá conversar com o responsável pelo imóvel, sobre as medidas indicadas para cada tipo de recipiente presente, para adoção das medidas por ele escolhidas. O trabalho deverá incluir todos os "recipientes existentes" no imóvel. Dependendo da dificuldade de efetuar as medidas de controle durante a visita, orientar o responsável a realizá-las, e nesse caso, dependendo das condições do imóvel, haverá necessidade de agendar retorno. Com esse tipo de trabalho, pretende-se, além de realizar o controle de todos os possíveis criadouros de Aedes aegypti existentes em cada imóvel, durante a visita realizada, orientar e motivar o morador a adotar rotineiramente os mesmos cuidados para evitar condições de proliferação do vetor em suas casas, locais de trabalho ou terrenos baldios vizinhos.

• Algumas condutas diferenciadas: a- Piscinas: caso sejam encontradas larvas, reduzir o volume d'água ao mínimo possível e solicitar ao responsável que adicione cloro líquido numa super dosagem (Ver tabela 2), durante a visita, orientando-o sobre a limpeza que deverá ser efetuada imediatamente e a providenciar a manutenção adequada para evitar proliferação de larvas. Se não for possível eliminar as larvas durante a visita, com a conduta citada, retomar no dia seguinte para adicionar larvicida. A quantidade a aplicar, deverá ser determinada para o volume de água existente na piscina e não para a sua capacidade total (Tabela 3 e 4). Quando se verificar pouco interesse do responsável em solucionar problemas de manutenção inadequada de piscinas, independente da presença de larvas, deverá ser acionada a Vigilância Sanitária.

b- Caixas d' água:

- sem vedação adequada (sem tampa, com tampa quebrada, com tampa que mantém frestas e pontos de entrada para o mosquito): orientar o responsável sobre as alternativas para tampar a caixa, agendando com ele o retorno para avaliação. Quando se verificar que o responsável não fará a vedação necessária, retomar para adotar a medida indicada pela SMS para essas situações. Exemplo: colocação de tampas ou tela de mosquiteiro. Quando for utilizada esta última, mantenha em cima da tela a tampa, mesmo que danificada, ou aquelas improvisadas pelo morador como folhas de madeiras, telhas Brasilit, etc, para não aumentar a produção de algas, nem o nível de exposição da água a partículas suspensas no ar. Orientar o responsável sobre a necessidade de providenciar a tampa específica para aquela caixa. A tela deverá ficar devidamente esticada e presa, evitando, dessa forma, que a mesma encoste na água da caixa. Na dificuldade de prender a tela bem esticada, colocá-la por cima da tampa. Qualquer medida de vedação deverá, ser antecedida com a limpeza da caixa d'água pelo responsável.

- localizadas em área externa e sem proteção do ladrão: orientar o responsável a colocar uma "touca" de tela de mosquiteiro ou uma meia de nylon na boca do cano, de preferência

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adotar esta medida durante a visita. - sem vedação das conexões dos canos (entrada, saída, ladrão): orientar o responsável a fazer a vedação com guarnições próprias ou massa plástica, realizando a limpeza da caixa após a vedação. - com presença de larvas: reduzir o volume d'água e adicionar água sanitária conforme tabela 2 (item IV - 1.3) durante a visita. Se não for possível adotar essas medidas. durante a visita. retomar no dia seguinte e aplicar a água sanitária. orientando o responsável a realizar a limpeza da caixa em seguida. c- Calhas e lajes: anotar o endereço dos imóveis com lajes ou calhas entupidas e/ou com pontos de acúmulo de água onde se verifique dificuldade para o responsável providenciar medidas indicadas. Retomar para efetuar a limpeza (equipe para recipientes de difícil acesso) ou encaminhar para a Vigilância Sanitária. d- Filtros ou potes d'água: encontrando larvas, eliminar a água, escovar e tampar adequadamente o filtro ou pote.

e- Material removível: Inutilizá-los através de compactação ou perfuração ou colocá-los no saco de lixo do imóvel. Quando dispostos em terrenos baldios, inutilizá-los por compactação e perfuração ou colocá-los em sacos de lixo, deixando-os na calçada para sua coleta.

1.1.7. PROPOSTA DE DIFERENCIAÇÃO DE PERIODICIDADE E CONDUTAS Recomenda-se que sejam diferenciadas algumas condutas na atividade Casa a Casa, além da periodicidade, visando melhores resultados na redução da densidade do vetor e na prevenção da doença, tendo em vista a grande heterogeneidade de situações encontradas em Setores e imóveis.

- REALIZAÇÃO DE VISITA DE RETORNO PARA IMÓVEIS COM CONDIÇÕES SANITÁRIAS INSATISFATÓRIAS. É importante retomar especialmente nos imóveis onde foram encontradas dificuldades para executar as medidas preconizadas, no momento da visita. Como exemplos, citamos:

- vasos com larvas,

- piscinas sem manutenção,

- caixas d'água ou outros recipientes fixos sem vedação ou tratamento adequados,

- calhas entupidas e/ ou lajes com acúmulo de água,

- pneus ao relento e/ou outros recipientes inservíveis em quantidade ou tamanho que dificultem a adoção de medidas, visando solucionar o problema, durante a visita.

- DIFERENCIAÇÃO DE CONDUTA DE ACORDO COM O TIPO DE IMÓVEL.

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Tipo 1 - Imóveis residenciais de quaisquer características. Vistoriar o imóvel, orientar o responsável e com este realizar as medidas de controle mecânico e outras alternativas, retomando em imóveis com piores condições conforme item anterior. Serão trabalhadas, com essas ações, as residências térreas e asso bradadas e, em função da baixa positividade dos apartamentos para criadouros de Aedes aegypti, serão trabalhados apenas aqueles situados no térreo e 10 andar. Em edifícios nos quais, pela avaliação da equipe municipal, se verifique situação diferenciada de oferta de criadouros, recomenda-se trabalhar todos os apartamentos. Independente da visita, deverão ser realizadas ações educativas, incluindo entrega de folheto/ comunicado com orientações específicas, para todos os apartamentos. Além disso, em Setores com residências térreas e asso bradadas de elevado nível sócio- econômico, recomenda-se entregar, no momento da visita, folheto/comunicado com orientações específicas para esse tipo de residência.

Tipo 2 - Áreas coletivas de prédios de apartamentos. Vistoriar o imóvel, orientar o zelador e/ou síndico e com este realizar medidas de controle mecânico ou alternativo. Sempre que necessário, registrar, em impresso próprio entregue ao responsável, outras irregularidades a serem corrigidas e, neste caso agendar retorno.

Tipo 3 - Imóveis com edificações não residenciais de pequeno e médio porte (comerciais, industriais e públicos). Exemplos: casas comerciais e industriais, pensões/hotéis e similares, clínicas de repouso, consultórios médicos/odontológicos, delegacias de polícia, creches, escolas ... Vistoriar o imóvel, orientar o responsável e com este realizar medidas de controle mecânico. Sempre que necessário, registrar, em impresso próprio entregue ao responsável, outras irregularidades a serem corrigi das e, neste caso agendar retorno.

Tipo 4 - Imóveis com edificações não residenciais de grande porte (comerciais, industriais e públicos). Exemplos: hospitais, serviços de pronto-socorro, ambulatórios, escolas, creches, , asilos, hotéis, quartéis, delegacias de polícia, penitenciárias, igrejas, shopping centers, supermercados, clubes, outras casas comerciais e industrias de grande porte. Estes são denominados IMÓVEIS ESPECIAIS e devem ser identificados e relacionados para serem trabalhados por agentes especialmente treinados e equipados para realizar a vistoria completa, atendendo sua complexidade, além de abordar adequadamente os responsáveis pela zeladoria/manutenção desses imóveis. Vistoriar o imóvel, orientar o responsável e com este realizar medidas simples de controle mecânico. Registrar, em impresso próprio entregue ao responsável, outras irregularidades a serem corrigidas. Recomenda-se que os responsáveis por esses imóveis organizem brigadas anti- dengue, as quais seriam treinadas com a participação do pessoal de IEC e da equipe responsável pelo trabalho nos Imóveis Especiais.

Tipo 5 - Obras em andamento ou paradas: Vistoriar o imóvel, orientar o responsável e com este realizar medidas de controle mecânico. Sempre que necessário, registrar, em impresso próprio entregue ao responsável, outras irregularidades a serem corrigidas e, neste caso agendar retorno.

Tipo 6 - Imóveis sem edificações: praças, pequenos parques e terrenos baldios (incluir nesta denominação áreas não ocupadas contíguas a assentamentos recentes e favelas). Vistoriar o local, eliminar recipientes ou, quando houver grande quantidade destes, notificar o

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responsável para limpeza do imóvel.

Ressalta-se a importância de organizar o trabalho proposto para os imóveis do Tipo 4, considerados especiais, uma vez que estes são de grande importância epidemiológica, não só pelas condições neles existentes, geralmente favoráveis à presença de criadouros de Aedes aegypti, mas pela circulação ou permanência de grande número de pessoas nos mesmos, propiciando a disseminação do vírus durante epidemias.

- ESTRATIFICAÇÃO DO ESPAÇO TERRITORIAL DOS MUNICÍPIOS, PARA DIFERENCIAÇÃO DA

PERIODICIDADE DE CONTROLE DE CRIADOUROS.

Recomenda-se, especialmente para municípios com mais de 50mil habitantes, que sejam caracterizados os Setores, visando melhor adequação de periodicidades às características dos mesmos. A seguir, apresenta-se uma sugestão para classificação de Setores e um quadro exemplificando a diferenciação da periodicidade.

Grupo 1. Setores urbanos sem estrutura adequada e/ou com edificações de baixa qualidade: Locais com predominância de assentamentos clandestinos ou oficiais, com lotes e casas pequenas, sendo estas improvisadas de madeira e outros materiais ou de alvenaria inacabada ou de péssima manutenção ou edificações super utilizadas. Ausência ou deficiência no abastecimento de água, armazenamento inadequado de água, disposição inadequada do lixo por moradores, associada a um sistema de coleta deficiente.

Grupo 2. Setores urbanos com padrão intermediário aos dos Grupos 1 e 3.

Grupo 3. Setores urbanos com predominância de verticalização de imóveis e/ou casas residenciais e comerciais de elevado padrão. Normalmente esses imóveis possuem armazenamento de água e disposição de lixo adequados e são servidos por sistemas também adequados de abastecimento de água, de coleta de lixo e de limpeza de logradouros públicos.

Grupo 4. Setores onde predominam imóveis industriais e comerciais, encontrando-se poucas ou nenhuma residência.

Grupo 5. Setores ocupados por áreas verdes, com edificações dispersas: Parques de grande extensão, aglomerados rurais (agrupamentos com 30 ou mais casas) e áreas peri-urbanas com loteamentos estruturados, porém com ocupação muito baixa (até 10% de ocupação - 2 casas/ quarteirão).

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PERIODICIDADE DE TRABALHO SEGUNDO GRUPO DE SETORES E TIPO DE IMÓVEL

TIPOS DE IMÓVEIS

1 IMÓVEIS RESIDENCIAIS 4 IMÓVEIS 2 ÁREAS COLETIVAS DE PRÉDIOS

SETORES 3 IMÓVEIS NÃO RESIDENCIAIS DE PEQUENO E MÉDIO PORTE

ESPECIAIS

5 OBRAS EM ANDAMENTO OU PARADAS

6 IMÓVEIS SEM EDIFICAÇOES

GRUPO 1

SETOR URBANO Mensal a bimestral Bimestral

SEM ESTRUTURA ADEQUADA

GRUPO 2

SETOR URBANO Bimestral a trimestral Bimestral

COM PADRÃO INTERMEDIÁRIO

GRUPO 3

SETOR URBANO Trimestral a quadrimestral Bimestral

COM ALTO PADRÃO

GRUPO 4

SETOR INDUSTRIAL Bimestral a trimestral Bimestral

GRUPO 5

SETOR VERDE Quadrimestral Bimestral

1.1.8 TÉCNICA DE ABORDAGEM AOS RESPONSÁVEIS PELOS IMÓVEIS O QUE É?

É o desenvolvimento de uma "CONVERSA" entre duas ou mais pessoas sobre a problemática dengue.

O QUE É CONVERSA?

É uma das formas mais simples e corrente da comunicação oral. A conversa propriamente dita, que deve ser utilizada como técnica de ensino-aprendizagem, tem por objetivo estabelecer uma comunicação oral entre duas ou mais pessoas sobre um assunto específico e que deve ser suficientemente desenvolvido. Em toda conversa, em se tratando de assunto técnico, deve-se ver e respeitar as pessoas da comunidade com seu saber próprio e dar-lhes informações precisas, levá-las a refletir e a questionar, a fim de que sejam esc1arecidas as dúvidas existentes.

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FINALIDADES DA CONVERSA

- Expressar idéias, pensamentos e emoções;

- Trocar informações e conhecimentos;

- Exercitar o relacionamento pessoal;

- Aumentar o conhecimento mútuo;

- Integrar as pessoas.

CUIDADOS AO CONVERSAR

- Utilize uma linguagem clara, precisa e adequada às pessoas com quem fala;

- Fale com uma velocidade moderada, articulando correta e cuidadosamente as palavras;

Faça poucos gestos, somente os necessários para reforçar a sua comunicação;

- Deixe as pessoas à vontade, para falar~m com naturalidade;

- Expresse amizade, delicadeza de sentimentos e de expressão;

- Em lugar de contestar ou contradizer, é melhor dizer o seu ponto de vista, apresentando - argumentações convincentes; deste modo evita-se criar um clima de tensão ou de conflito;

- Evite monopolizar a palavra, para não deixar as outras pessoas intimidadas ou impossibilitadas de fazer comentários.

ONDE APLICAR ESSE DIÁLOGO? Nos vários tipos de Imóveis: tipo 1, 2, 3, 4, 5 e 6.

A APRESENTAÇÃO

• Identificação pessoal

• Apresentar-se dizendo o seu nome e a instituição a que pertence. Verificar o nome da pessoa com que você está dialogando e o cargo ou função no imóvel.

• Explique em poucas palavras o motivo da visita:

• Descobrir o que sabem sobre dengue. Utilize um mostruário.

• Utilizar um assunto que tem a ver como algo percebido no imóvel como forma de ganhar a confiança e atenção da pessoa.

• Descobrir QUEM faz a manutenção ou cuida do imóvel e solicite o acompanhamento dessa pessoa durante a visita.

• Solicite durante o acompanhamento que a pessoa fale como executa o trabalho preventivo para dengue no imóvel e com que periodicidade.

• Descubra com ele(a) medidas que ainda necessitam de monitoramento. 16

Page 22: NORMAS E RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS PARA VIGILÂNCIA E …

• Complementar com medidas que ainda necessitam de reforço ou reformulação

• Realize as anotações no boletim.

• No reforço ou reformulação das medidas preventivas, aplicar a DEMONSTRAÇÃO.

• Iniciar a DEMONSTRAÇÃO e verificar a destreza na aplicação da medida.

• Ao final da visita:

- Entregar folheto ou alguma orientação mais detalhada.

- Encaminhar o resultado da vistoria ao responsável do imóvel, quando a situação se aplicar.

- Acertar cronograma de vistoria para aqueles recipientes que ainda necessitam monitoramento freqüente.

- Despedir-se conseguindo o compromisso do responsável de que será providenciada a execução do trabalho no local.

1.1.9 ROTEIRO DE VISITAS Para efetuar as visitas, o agente deverá: a) Conferir diariamente, se dispõe de todo o material necessário: - boletim, lápis, borracha, prancheta, sacola, crachá; - para auxiliar na vistoria dos recipientes de armazenamento de água: 1 bacia, 1 concha, 1 coador de chá e 1 lanterna. - para as medidas de controle mecânico: sacos de lixo de 60 litros, picadeira, escova, um par de luvas de preferência de raspa de couro;

b) Chegando em cada imóvel, apresentar-se ao morador ou responsável informando o motivo da visita.

c) Solicitar ao morador ou responsável que o acompanhe no trabalho de busca de recipientes que sirvam de criadouros para mosquito.

d) Adotar, durante a visita, as medidas de controle mecânico preconizadas, e o uso de produtos caseiros, de preferência discutindo com o morador cada medida, explicando sua importância e pedindo sua ajuda para a execução das mesmas: recipientes pequenos que possam ser removidos durante a visita, colocá-los na lixeira ou saco de lixo da própria residência; utilizar os sacos de 60 litros quando a quantidade de recipientes for grande; recolher recipientes para o abrigo das intempéries; alterar sua posição ou sua estrutura (amassá-los ou furá-los) de maneira que os mesmos não acumulem água; aplicar produtos caseiros fornecidos pelo morador.

f) Preencher o Boletim diário, anotando as irregularidades que não foram sanadas no momento da visita e agendando retorno ou repassando o problema ao supervisor para que este encaminhe aos setores competentes.

h) Reforçar as orientações já repassadas ao morador e despedir-se do mesmo, informando o período da próxima visita.

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1.2 AVALIAÇÃO DE DENSIDADE LARVÁRIA

Consiste na avaliação dos níveis de infestação de uma determinada área geográfica, num dado momento. Essa avaliação é realizada geralmente numa amostra dos imóveis da Área, para viabilizar sua execução em vários momentos, no decorrer do ano. Com a pesquisa nessa amostra de imóveis, são estimados os índices de infestação e são determinados os respectivos intervalos de confiança (ver Manual de Vigilância Entomológica de Aedes aegypti - SUCEN, 1997). A pesquisa larvária será realizada de forma independente da atividade Casa a Casa. Todas as Áreas do município deverão ser pesquisadas dentro de um mesmo mês, para possibilitar a estimativa de índices (Predial e de Breteau) nos meses definidos pelo município, para essa avaliação. Para tanto, recomenda-se que os municípios com mais de 20.000 habitantes selecionem, entre os agentes de cada Área, aqueles com melhor perfil para essa avaliação, em número suficiente para realizar a pesquisa larvária durante um único mês. Os agentes selecionados deverão interromper a atividade Casa a Casa, durante os dias necessários para a referida pesquisa larvária, visando estimar os Índices. A Avaliação de Densidade Larvária poder~ também ser realizada por equipe específica, responsável por outras atividades, como visita a Imóveis Especiais e a imóveis desocupados. 1.2.1 PERIODICIDADE A periodicidade de determinação dos índices de infestação será bimestral para os municípios com mais de 20.000 habitantes e, trimestral, para os demais. 1.2.2 TAMANHO DE AMOSTRA O Manual de Vigilância Entomológica da SUCEN propõe que sejam visitadas 500 edificações, para que o erro de amostragem fique dentro de limites considerados toleráveis (tabela 2 do referido manual). Nesse sentido, na atual proposta, o tamanho especificado como mínimo a seguir, sempre que possível, deverá ser aumentado, visando melhorar a precisão dos índices estimados. • município com até 20 mil habitantes: amostra de no mínimo 300 edificações na única Área existente. • município com mais de 20 mil habitantes: - Áreas com até 4.800 edificações: amostra de no mínimo 300 edificações. - Áreas com mais de 4.800 edificações: amostra de no mínimo 400 edificações. Dessa forma, como o tamanho da amostra foi diferenciado de acordo com o número de edificações existentes nas Áreas, não haverá necessidade de correção para a população finita das diferentes Áreas. 1.2.3 CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DA AMOSTRA DE IMÓVEIS. Somente os imóveis considerados como edificações ou como obras farão parte da amostra, ou seja, devem ser excluídos terrenos baldios , praças e parques, além dos Pontos Estratégicos. Nos condomínios verticais ou horizontais serão considerados como edificações para amostragem:

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• área coletiva = 1 edificação e no caso de vários blocos, considerar a área coletiva de cada bloco como 1 edificação e a área comum a todos os blocos como mais 1 edificação.

• casas térreas e asso bradadas e apartamentos situados no térreo e 10 andar, sendo cada casa ou cada apartamento= 1 edificação. 1.2.4 PREENCHIMENTO DA LISTA DE QUARTEIRÕES DE CADA ÁREA, PARA FINS DE SORTEIO DE QUARTEIRÕES Devem ser excluídos os quarteirões sem edificações de qualquer tipo (loteamentos novos, praças e parques). Favelas, áreas de invasão e localidades atípicas devem ser incluídas, utilizando grupamentos de imóveis similares a quarteirões, numerados como se fossem quarteirões, para o cadastro do SISAED. Os quarteirões com um número de edificações muito maior que a média da área deverão ser desmembrados. Dessa forma, a parte desmembrada do quarteirão será considerada um novo quarteirão e deverá receber um novo número para o sorteio. Os quarteirões muito pequenos deverão também ser alterados, sendo agrupados a outros. Nesse caso, o número desse quarteirão deixará de existir, e ele passará o ter o mesmo número do quarteirão a que foi anexado. Cada "quarteirão" terá somente um número que o identifique. Para isso, há duas possibilidades: 1ª.) caso o sorteio seja sistemático, é preciso manter relação dos quarteirões com os números originais e os números de ordem, seqüenciais, que devem ser usados no sorteio. Exemplo, em que quarteirão 3 é dividido em dois e os quarteirões 2 e 5 são agrupados: 1 →→ 1

2+5 →→ 2 3A →→ 3 3B →→ 4 4 →→ 5 5 - não existe, pois foi anexado ao 2.

6 →→ 6 ... 2ª.) caso o sorteio seja aleatório simples, um quarteirão desmembrado passa a ser o último da lis.ta d~ números, uma vez que não é possível usar letras (por exemplo 50A e 50B) no sorteio:

1 2 + 5 (no sorteio, será identificado pelo número 2. Se sorteado o 5, deve ser desprezado) 3 (a primeira parte do antigo 3) 4 6 ... 200 (número do último quarteirão) 201 (a outra parte do 3)

1.2.5 CORREÇÃO DA PENDÊNCIA Para correção do tamanho da amostra, deverá ser utilizada a pendência total de cada Área, referente à atividade Casa a Casa ou a pendência média encontrada nas últimas avaliações. Exemplo: Determinar a amostra corrigida de uma determinada Área de município do Estrato 1, a qual apresenta 3.700 imóveis e onde se espera uma pendência de 25%. % imóveis trabalhados = 75% N° imÓveis a serem sorteados na Área = amostra final x 100 % imóveis trabalhados

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N° IMÓVEIS A SEREM SORTEADOS NA ÁREA = (300 X 100) : 75 = 400

1.2.6 SORTEIO DE QUARTEIRÕES Para definir o número de quarteirões a ser sorteado, deve-se, inicialmente, calcular o tamanho médio dos quarteirões:

número de edificações da área

_ B= número de quarteirões da área

Se esse número não for muito grande, serão visitadas todas as edificações dos quarteirões

sorteados. O número de quarteirões da amostra será:

tamanho da amostra a= tamanho médio dos quarteirões Se a média de edificações por quarteirão for muito grande, deve-se visitar parte do quarteirão:

casa sim - casa não, ou casa sim - duas não, e assim por diante. Nesses casos, sortear, respectivamente, o dobro ou o triplo de a.

1.2.7 SEQÜÊNCIA DE VISITAS EM CADA QUARTEIRÃO Os quarteirões serão trabalhados pelo agente, iniciando na esquina mais ao Norte e percorrendo-os no

sentido horário. A padronização de seqüência de visitas dentro dos quarteirões é importante para evitar que imóveis deixem de ser trabalhados pelo agente e para facilitar a localização deste pelo supervisor. Para tanto, o supervisor deverá entregar a cada agente um mapa ou um croqui com os quarteirões a serem trabalhados, com a esquina mais ao Norte assinalada.

1.2.8 PERCURSO NAS EDIFICAÇÕES TÉRREAS/ ASSOBRADADAS E NOS EDIFÍCIOS QUE CONTENHAM VÁRIOS IMÓVEIS.

• No percurso das edificações térreas ou assobradadas, o agente deve iniciar a vistoria pela área externa, passando em seguida para a área interna. Nos sobrados, a vistoria da área interna, deve ser iniciada a partir do último pavimento, vistoriando o imóvel de forma completa. Em lotes com várias casas, iniciar pela casa da frente (endereço: Rua e N°) , em seguida a próxima no sentido da rua para os fundos (endereço: Rua e N°- f 1), a seguinte (endereço: Rua e N°- f 2) e assim sucessivamente.

• No percurso de edifícios com vários imóveis, o agente vai encontrar situações como:

- Prédio de apartamentos: Iniciar a visita a partir da área coletiva do prédio, na seqüência que segue o subsolo, térreo e cobertura. Após trabalhar a área coletiva, o agente iniciará a visita aos apartamentos, a partir do andar mais alto previsto para o trabalho (1° andar ou andar superior a este) em direção ao mais baixo, seguindo a seqüência de numeração de apartamentos de cada andar. Quando for localizado criadouro na área dos corredores de acesso aos apartamentos e/ou escadas, este será incluído no apartamento mais próximo.

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- Casas com várias famílias (casa de cômodos): Iniciar a visita pela área coletiva da casa (primeiramente a área externa e depois a interna) e em seguida iniciar as visitas aos cômodos ocupados pelas famílias, seguindo o sentido horário e identificando cada conjunto de cômodos pelo número da casa seguido das letras a, b, c.

1.2.9 VISTORIA E PESQUISA LARVÁRIA DE CADA IMÓVEL.

Em cada edificação trabalhada, realizar a vistoria completa do imóvel (intra e peridomicílio) e a pesquisa larvária de todos os recipientes que contenham água e não estejam adequadamente vedados. Utilizar para registro das informações o Boletim de Avaliação de Densidade Larvária vigente, referente ao Sistema Aedes.

A pesquisa larvária será realizada obedecendo ao percurso definido no item anterior. O agente deverá fazer a vistoria completa da edificação. Nunca descartar o trabalho na área interna, devido a informações fornecida~ pelo morador sobre a não existência de recipientes com água no interior da casa.

A coleta das amostras de larvas será realizada separadamente para cada recipiente. Nunca misturar larvas de mais de um recipiente numa amostra, mesmo que os recipientes sejam do mesmo tipo (não realizar "pool"). Serão coletadas apenas larvas de 3° e 4° estadio, as quais serão acondicionadas em frasco contendo álcool 70%, totalizando no máximo 20 larvas em cada frasco. De cada recipiente, serão coletadas no máximo 40 larvas (2 frascos). Esse limite foi estabelecido para agilizar a operacionalização da pesquisa e o exame laboratorial, pois o ideal seria coletar todas as larvas existentes nos recipientes, para evitar que recipientes contendo larvas de Aedes aegypti, sejam eventualmente considerados negativos.

1.2.10 ROTEIRO DE VISITA Para efetuar as visitas, o agente deverá: a) Conferir diariamente, se dispõe de todo o material necessário: - boletim, lápis, borracha, prancheta, sacola, crachá; - para a pesquisa larvária: 1 bacia, 2 conchas, 2 coadores de chá, 1 pipeta, 1 lanterna, 1 picadeira (auxilia na retirada das tampas dos ralos para pesquisa e no controle mecânico) diversos vidros de 10 ml para amostras de larvas, frasco com álcool etílico e etiquetas.

b) Chegando em cada edificação, apresentar-se ao morador ou responsável, informando o motivo da visita, explicando sucintamente os objetivos da ADL.

c) Solicitar ao morador que o acompanhe no trabalho de busca de recipientes que sirvam de criadouros para mosquito.

d) Pesquisar todos os recipientes com água, coletando larvas dos criadouros encontrados.

e) Adotar, durante a visita, as medidas de controle recomendadas, de preferência discutindo com o morador ou responsável cada medida, explicando sua importância e pedindo sua ajuda para a execução das mesmas: recipientes pequenos que possam ser removidos durante a visita, colocá-los na lixeira ou saco de lixo da própria residência; recolher recipientes ao abrigo das intempéries; alterar sua posição ou sua estrutura (amassá-los ou furá-los) de maneira que os mesmos não acumulem água; quando 'necessário aplicar produtos caseiros fornecidos pelo

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Page 27: NORMAS E RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS PARA VIGILÂNCIA E …

morador, seguindo indicação técnica.

f) Preencher o Boletim diário, e anotar irregularidades importantes que não tenham sido sanadas no momento da visita, repassando as anotações ao supervisor.

h) Reforçar as orientações já repassadas ao morador e despedir-se do mesmo, informando ainda a possibilidade de futura visita na atividade ADL, além de referir-se à manutenção das visitas periódicas da atividade Casa a Casa.

1.3 PESQUISA LARVÁRIA E CONTROLE DE PONTOS ESTRATÉGICOS Consiste no trabalho de vistoria, pesquisa larvária e ações de controle do veto r, em Pontos Estratégicos.

1.3.1 PERIODICIDADE Tendo em vista a importância dos PEs, para proliferação e dispersão de Aedes aegypti, as ações de vigilância entomológica e de controle do veto r devem ser implementadas numa periodicidade quinzenal, visando evitar a proliferação do vetor nesses locais, e dessa forma, contribuir para a redução dos índices de densidade larvária da área onde os mesmos estiverem localizados e para contenção da dispersão passiva para áreas não infestadas. 1.3.2 CADASTRO O cadastro de PEs dos municípios dos Estratos 1, 2 e 3 deverá ser atualizado pelo menos a cada 6"

meses, com a participação de todos os agentes e supervisores que atuam na pesquisa e controle de PEs e no Casa a Casa nos vários Setores e Áreas. Para tanto, cada agente deverá informar ao seu supervisor, a existência de estabelecimentos que apresentem características apropriadas para sua classificação como PE. O supervisor visitará o local e avaliará, se o imóvel deve ou não se.tomar um PE, preenchendo a Ficha de Cadastro e Avaliação. Por outro lado, deverão ser programadas avaliações semestrais dos PEs já cadastrados, para reclassificação quanto ao risco e cancelamento do cadastro daqueles cuja pontuação for inferior à mínima necessária para o imóvel ser considerado PE (ver modelo de Ficha para municípios infestados). Neste caso, o responsável pelo estabelecimento deve ser informado que o referido imóvel não está sendo mais considerado PE, explicando que o mesmo será visitado na atividade Casa a Casa. Os novos cadastros serão incluídos na listagem de PEs do município a qual será utilizada para elaboração do itinerário dos agentes responsáveis pela pesquisa e controle de PEso Essa listagem atualizada deverá ser entregue aos agentes que atuam no Casa a Casa e na Avaliação de Densidade Larvária, os quais deverão descartar esses imóveis de sua atividade (ver modelo de listagem).

1.3.3 DESLOCAMENTO DE SUPERVISORES E AGENTES O deslocamento de supervisores e agentes durante a atividade de PE será, como regra geral, feito com veículo e o itinerário será elaborado de preferência para a equipe e não para cada agente, ficando o supervisor responsável pela organização e acompanhamento diário do trabalho, de forma a obter o bom aproveitamento da capacidade operacional da equipe.

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1.3.4 CONDUTA PARA PESQUISA LARVÁRIA E CONTROLE.

N° de recipientes em condições de permitir Tipo de conduta

acúmulo de água Vistoria de todos os recipientes e pesquisa daqueles com água,

orientação, ações de vigilância sanitária, controle mecânico/outras Menos de 300

medidas alternativas complementadas, se necessário, pelo tratamento focal quando do encontro de larvas (seletivo). Vistoria de no mínimo 300 recipientes e pesquisa daqueles com água,

De 300 a 1000 orientação, ações de vigilância sanitária, controle mecânico/outras medidas alternativas complementadas, se necessário, pelo tratamento focal quando do encontro de larvas (seletivo). Vistoria de no mínimo 300 recipientes e pesquisa daqueles com água,

Mais de 1000 orientação, ações de vigilância sanitária, controle mecânico/outras medidas alternativas complementadas, pelo tratamento focal e/ou perifocal na 13 Quinzena do mês e somente quando do encontro de larvas (seletivo) na 23 Quinzena. Observações: - A Vistoria é a simples observação dos recipientes em condições de permitir acúmulo de água, para verificar se os mesmos contêm ou não água. Pesquisa é a procura e coleta de larvas nos recipientes com água. - Recomenda-se instalar armadilha, de preferência ovitrampa, em PEs com menos de 1000 recipientes, em municípios infestados, onde seja difícil vistoriar a amostra preconizada de 300 recipientes ou todos os existentes, devido a dificuldades de acesso. Proceder o tratamento químico do PE quando forem encontrados ovos na palheta e/ou larvas na água. - As condutas definidas devem ser incluídas nas programações dos agentes, com base no número de recipientes registrados na ficha de cadastro, excluindo-se assim, a contagem de recipientes existentes a cada visita. 1.3.5. PESQUISA LARVÁRIA E AÇÕES DE CONTROLE DO VETOR A periodicidade da pesquisa larvária de PEs será quinzenal para todos os municípios infestados. Conforme já citado, uma das características da maioria dos PEs é apresentar grande número de recipientes em condições favoráveis à proliferação de larvas. Dessa forma, o número de recipientes a serem pesquisados deverá seguir a indicação do item anterior. Além disso, para agilizar a coleta de larvas dos recipientes infestados, sempre que estes forem numerosos, recomenda-se a mistura de larvas de vários recipientes do mesmo tipo (tipos apresentados no boletim de campo), ou seja recomenda-se o uso de "pool" de larvas de vários recipientes do mesmo tipo para compor uma única amostra. Serão coletadas apenas larvas de 3° e 4° estadio, as quais serão acondicionadas em frasco contendo álcool 70%, totalizando no máximo 20 larvas em cada frasco. Em cada PE, poderão ser coletados no máximo 10 frascosamostra. A pesquisa deverá ser iniciada pela área externa do PE e concluída na área interna do imóvel. As ações de controle do veto r devem ser desenvolvidas de maneira integrada, incluindo rotineiramente ações educativas e de vigilância sanitária, medidas de controle mecânico/outras

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medidas alternativas e quando necessário, realizar tratamento químico (ver item 1.3.4). As ações educativas incluirão orientações para a melhoria das condições sanitárias do imóvel, no sentido de dificultar ou evitar a presença de criadouros de Aedes aegypti no estabelecimento. Essas orientações devem ser trabalhadas junto ao proprietário do imóvel e possíveis empregados que possam, nas suas atividades, adotar procedimentos que contribuam no controle do vetor. Se após essas ações educativas desenvolvidas rotineiramente pelo agente e, após reforço realizado pelo superviso r, não forem obtidos resultados satisfatórios, deverão ser empregadas medidas formais de vigilância sanitária. 1.3.6 ROTEIRO DE VISITA Para efetuar as visitas o agente, deverá: a) Conferir, diariamente, se dispõe de todo o material necessário: - boletim, lápis, borracha, prancheta, sacola, crachá; - para medidas de controle mecânico - folhetos educativos, picadeira, um par de luvas de raspa de couro; - para pesquisa larvária - 1 bacia, 1 concha, 1 coador de chá, 1 pipeta, diversos vidros de 10 ml para amostras de larvas, frasco com álcool etílico, etiquetas e fita adesiva; - para tratamento focal e perifocal - 1 bisnaga calibrada, 1 colher de sopa, 1 colher de café, Tabelas com quantidades de Abate 1 % GR ou BTI GR a aplicar, 2 cargas de temephos 1 % GR ou 2 cargas de BTI GR, pulverizador manual de compressão prévia, balde de 5 litros, espátula de plástico PVC, cargas de fenitrothion PM 40% ou cipermetrina PM 40%, máscara com filtro de carvão ativado, touca legionário, avental, luvas nitrílicas e botina de segurança. b) Chegando em cada PE, apresentar-se ao responsável informando o motivo da visita. c) Solicitar ao responsável que o acompanhe no trabalho ou indique um funcionário para tal. d) Realizar a vistoria da quantidade de recipientes especificada no item 1.3.4, pesquisar dentre estes, aqueles com água, realizando, de preferência, "pool" de larvas para aumentar o rendimento da atividade. Orientar o responsável, sobre as medidas que devem ser adotadas para evitar a proliferação de larvas no estabelecimento. Adotar, com a ajuda do responsável, medidas de fácil execução durante a visita e encerrar realizando, quando necessário, o controle químico do PE de acordo com as normas do item 1.3.4. e) Caso o responsável não adote as medidas preconizadas, após a orientação recebida em pelo menos 4 visitas, passar o problema ao supervisor. t) Preencher o Boletim diário com todas as anotações previstas. g) Reforçar, ao responsável pelo PE, as orientações já dadas. h) Realizar semestralmente a avaliação dos PEs e novos cadastros. i) Entregar semestralmente documentos da Vigilância Sanitária, contendo orientações para a melhoria das condições sanitárias do PE.

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Ficha de Cadastro e Avaliação de Pontos Estratégicos

Municípios Infestados por Aedes aegypti.

Data da avaliação anterior: __/__/___ Data desta avaliação __/__/___

Município:_____________________ Código IBGE 35 __________ DIR________

1. Identificação do Imóvel: ( ) Público ( ) Privado

Nome:________________________________ Ramo de atividade ___________

Endereço:________________________________________________________

Bairro:___________________________________ Área total (m2): ___________ Área CV _________________ Setor CV ___________________

Telefone:_______________ Pessoa para contato: ________________________

2. Aspectos para avaliação de risco. 2.1 Natureza do Imóvel: ( ) Borracharia, depósito de pneus usados, recauchutadora, depósito de sucatas de veículos e/ou equipamentos (20 ptos) ( ) Depósito de ferro velho, desmanche, cemitério (10 ptos)

( ) Depósitos de material de construção, bebidas/garrafas, pátio com containers, floricultura, viveiro de mudas, oficina mecânica, funilaria / pintura, transportadora, garagens de ônibus/ carros/ caminhões, portos e aeroportos para transporte doméstico, estações rodoviárias, ferroviárias,... (5 ptos)

2.2 Número de recipientes em condições que possibilitam acúmulo de água: ( ) Acima de 1000 (100 ptos) ( ) de 301 a 1000 (60 ptos) ( ) de 101 a 300 (20 ptos) ( ) de 20 a 100 (10 ptos) ( ) Menos de 20 (0 ptos)

2.3 Rotatividade de recipientes para outros imóveis: ( ) Independente de período - para inviabilização imediata (0 ptos) ( ) Mais de 6 meses - para estocagem (5 ptos) ( ) de 2 a 6 meses -para estocagem (10 ptos) ( ) Menos de 2 meses - para estocagem (20 ptos)

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2.4 Adoção de cuidados pelo responsável: ( ) Cuidados abrangendo todos os recipientes e suficientes para evitar proliferação de larvas (0 ptos) ( ) Cuidados abrangendo parte dos recipientes e/ou cuidados não suficientes para evitar proliferação de larvas (15 ptos) ( ) Sem nenhum cuidado significativo (30 ptos)

CLASSIFICAÇÃO ANTERIOR:

PONTUAÇÃO ACUMULADA: _________ CLASSIFICAÇÃO ATUAL: __________

APÓS AVALIAÇÃO, O IMÓVEL FOI CADASTRADO COMO PE?

( ) SIM, SOB N°. ________ ( ) NÃO

Situação de funcionamento: ( ) Em atividade, mantendo condições sanitárias de risco. ( ) Excluído do cadastro de PEs por melhoria das condições sanitárias. ( ) Excluído do cadastro de PEs por ter encerrado suas atividades.

Observação: Para imóvel já cadastrado anteriormente, manter a numeração.

Orientação para classificação do imóvel quanto à sua importância para a dispersão ativa e passiva do vetor.

- CLASSE I - PE de elevada importância (125 pontos ou mais)

- CLASSE II - PE de média importância (de 76 a 124 pontos)

- CLASSE III - PE de pequena importância (de 46 a 75 pontos para municípios com mais de 200 mil hab. ou de 21 a 75 pontos para municípios com menos de 200 mil hab.)

- Não classificado como PE : imóvel a ser visitado na atividade Casa-a-Casa (até 45 pontos para municípios com mais de 200 mil hab. ou até 20 pontos para municípios com menos de 200 mil hab.)

Avaliação realizada por: ______________________________________________ Revisado por: ______________________________________________________

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1.4. ATIVIDADES DE CONTROLE DO VETOR EM SITUAÇÕES COM RISCO DE TRANSMISSÃO OU COM TRANSMISSÃO JÁ DESENCADEADA

1.4.1 SITUAÇÕES COM RISCO DE TRANSMISSÃO.

Essas situações são identificadas pela notificação de casos suspeitos de dengue ou pela confirmação de casos importados. Deve-se implementar rapidamente ações de controle do vetor, para evitar a transmissão de dengue ou interrompê-la se esta já tiver sido desencadeada:

- Casos suspeitos autóctones: deve ser realizada a busca ativa de casos e Bloqueio -Controle de Criadouros no local provável de infecção (local de residência permanente/temporária, trabalho e estudo). Se for confirmado o caso ou se forem detectados outros casos suspeitos na proximidade, realizar o Bloqueio completo, repetindo o Controle de Criadouros.

- Casos importados suspeitos ou confirmados: serão trabalhados os locais de permanência do caso durante o período de transmissibilidade (local de residência permanente/temporária, trabalho e estudo). Será realizado o Bloqueio para cada local, sendo trabalhados todos os imóveis localizados no quarteirão de residência, trabalho e estudo e nos 8 quarteirões vizinhos (total de 9 quarteirões) ou num raio de 200 metros. O Bloqueio consiste na realização concomitante de ações de controle de criadouros (controle mecânico e tratamento focal) e controle de alados por meio de nebulização com equipamento portátil, em cada um dos imóveis dos 9 quarteirões. Os procedimentos indicados para Bloqueio- Controle de Criadouros e Bloqueio-Nebulização constam nos itens IV -2.3 e IV -2.4 respectivamente.

1.4.2 - SITUAÇÕES COM TRANSMISSÃO JÁ DESENCADEADA

A partir da confirmação do primeiro caso autóctone num município, estará caracterizada a ocorrência de transmissão. Deve-se intensificar rapidamente ações de controle do veto r, visando interromper a transmissão no local onde foram detectados casos autóctones e evitar a ampliação da transmissão para outras áreas da cidade, conforme segue:

- LOCAL OU LOCAIS PROVÁVEIS DE INFECÇÃO DO(S) CASO(S) AUTÓCTONE(S)

Delimitar a área ou áreas que deverão ser trabalhadas no Bloqueio, traçando raios de pelo menos 500 metros em torno do imóvel onde provavelmente ocorreu a infecção de cada caso. Esses raios deverão ser ampliados para evitar pequenos trechos sem tratamento entre as áreas referentes a dois ou mais casos, e para agilizar a cobertura de trechos com presença de casos suspeitos que aguardam exame laboratorial. Recomenda-se delimitar uma única área para dois ou mais casos confirmados, sempre que a distância dos locais de infecção dos mesmos for igual ou inferior a 800 metros. As áreas demarcadas para intervenção, seguindo os critérios acima estabelecidos, deverão ser ampliadas em função da notificação de outros casos suspeitos, e da confirmação de mais casos. Os imóveis localizados nas áreas delimitadas para Bloqueio deverão ser trabalhados concomitantemente em atividades de controle de criadouros e de alados.

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- ÁREAS DA CIDADE SEM PRESENÇA DE CASOS AUTÓCTONES CONFIRMADOS.

- Medidas de impacto geral: Deve ser mantida a atividade Casa a Casa, se possível com trabalho aos sábados, intensificadas ações educativas de amplo alcance e realizado um arrastão de controle de criadouros com participação de vários setores da administração pública e de voluntários de setores organizados da sociedade.

- Medidas de impacto localizado: Devem ser implementadas as ações de Bloqueio de casos suspeitos, de acordo com as orientações que constaram no item anterior. Em locais com quantidades maiores de recipientes inservíveis recomenda-se a realização de mutirão de limpeza.

Observação: O Bloqueio - Controle de Criadouros será de responsabilidade das Prefeituras Municipais. O Bloqueio- Nebulização (equipamento portátil) será efetuado pelas Prefeituras Municipais, principalmente nos municípios com mais de 50mil habitantes, e pela SUCEN nos municípios menores. Além disso, a SUCEN concentrará esforços, em conjunto com os municípios, em situações de incidência elevada. 1.4.3 RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS PARA INTENSIFICAÇÃO E APRIMORAMENTO DO TRABALHO DE CONTROLE DA TRANSMISSÃO DE DENGUE. Para melhor enfrentamento diante do agravamento da transmissão de dengue no município, é necessário incorporar medidas que contribuam para melhoria da qualidade do trabalho, aumento do nível de cobertura e redução, do tempo de intervenção em toda área de transmissão:

- ORGANIZAÇÃO DE MEDIDAS VISANDO MELHORIA DA QUALIDADE DO TRABALHO DE CAMPO. • Ampliar a interface entre os diversos setores municipais da saúde (vigilância epidemiológica, vigilância sanitária, controle de vetores) estendendo este entendimento para as demais áreas municipais cuja atuação está relacionada com a problemática de dengue (Secretaria da Educação, Abastecimento de Água, Limpeza Urbana, Departamento Jurídico, Secretaria de Obras, etc.)

• Intensificar a atuação da área de IEC, com o desenvolvimento de atividades junto à população e com supervisões/reciclagens das equipes de campo. • Estreitar o trabalho conjunto desenvolvido entre a área de controle de vetores do município e as equipes regionais da SUCEN, de modo a garantir que a atividade de controle de criadouros aconteça concomitantemente à nebulização domiciliar de inseticida, permitindo, portanto, atuação imediata frente às formas imaturas e adultas do vetor, aspecto ' fundamental para êxito da intervenção.

• Reciclagem rápida com a participação de todo pessoal de campo, visando rediscussão do trabalho das equipes, para dirimir as dúvidas que surgiram durante o desenvolvimento das diversas atividades e pontos problemáticos apontados por supervisores, pessoal de IEC e

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Coordenadores. Na ocasião, as atividades Bloqueio- controle de criadouros e Bloqueio-nebulização devem ser amplamente abordadas e seus objetivos ressaltados.

• Rediscussão do trabalho da(s) equipe(s) de Ponto Estratégico de forma a garantir melhor qualidade na execução da atividade de Pesquisa e Tratamento de PEs dentro das normas estabelecidas para municípios infestados, assegurando, portanto, periodicidade quinzenal às condutas preconizadas. • Realização de limpeza de terrenos baldios, com envolvimento da Limpeza Pública. • Treinamento de pessoal para desenvolvimento de trabalho voltado a imóveis com edificações não residenciais de grande porte: comerciais, industriais ou públicos, (escolas, creches, hospitais, serviços de pronto-socorro, ambulatórios, asilos, hotéis, quartéis, delegacias de polícia, penitenciárias, igrejas, shopping-centers, supermercados, clubes, outras casas comerciais e industrias de grande porte), além de obras de construção civil. A equipe deve contar com pessoal com perfil para contatos com responsáveis por esse tipo de imóveis (diretores, administradores, gerentes, pessoal de manutenção/zeladoria, etc), e para a realização da vistoria completa.

- ORGANIZAÇÃO DE ATIVIDADES VISANDO REDUÇÃO DE PENDÊNCIA

• Programação do trabalho em imóveis com recusas com pessoal melhor preparado para convencimento do morador sobre a importância da realização do trabalho. • Programação do trabalho em imóveis para venda ou aluguel por meio da atuação junto às imobiliárias para empréstimo de chaves, entrando nesses imóveis para vistoria e execução das medidas de controle de criadouros. Orientar as imobiliárias sobre vários cuidados a serem por elas adotados ou solicitados ao proprietário. • Programação do trabalho em imóveis fechados, utilizando dias e/ou horários alternativos;

- MEDIDAS VISANDO REDUÇÃO DO TEMPO DE INTERVENÇÃO EM TODA ÁREA DE TRANSMISSÃO

• Convocação para trabalho em dias não úteis (SUCEN e Municípios) • Contratação de pessoal em caráter emergencial (SUCEN e Municípios). • Convocação de pessoal de nível elementar das diversas secretarias municipais para realização de atividades de eliminação de criadouros (Municípios). • Remanejamento de pessoal de outros municípios ( Município)

2 MUNICÍPIOS NÃO INFESTADOS Estes municípios deverão ser divididos em Setores de Armadilha, os quais serão de tamanho semelhante ao das Áreas do Estrato 3 (em tomo de 15 mil imóveis). (ver item III-2.2.1).

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2.1 PESQUISA DE PONTOS ESTRATÉGICOS Consiste no trabalho de vistoria, pesquisa larvária e ações de controle do vetor, nos Pontos Estratégicos. 2.1.1 PERIODICIDADE Tendo em vista a importância dos PEs, para proliferação e dispersão de Aedes aegypti, as ações de vigilância entomológica e de controle do vetor, nestes imóveis, devem ser implementadas numa periodicidade quinzenal. 2.1.2 CADASTRO O cadastro de PEs dos municípios do Estrato 4 deverá ser atualizado pelo menos a cada 6 meses, com a participação de todos os agentes e supervisores. Deverão ser cadastrados os PEs novos, realizada a reclassificação quanto ao risco e cancelamento do cadastro daqueles cuja pontuação for inferior à mínima necessária para o imóvel ser considerado PE (ver ficha de cadastro para municípios não infestados). Nesta última situação, o responsável pelo estabelecimento deve ser informado sobre a interrupção da atividade e sobre possível recadastramento futuro. Os novos cadastros serão incluídos na listagem de PEs do município, a qual será utilizada para elaboração do itinerário dos agentes responsáveis pela pesquisa e controle de PEs (ver modelo de listagem). 2.1.3 DESLOCAMENTO DE SUPERVISORES E AGENTES O deslocamento de supervisores e agentes durante a atividade será, como regra geral, feito com veículo e o itinerário será elaborado de preferência para a equipe e não para cada agente. O supervisor é responsável pela organização e acompanhamento diário do trabalho, visando um bom aproveitamento da capacidade operacional da equipe. 2.1.4 CONDUTA PARA PESQUISA LARVÁRIA E CONTROLE. N° de recipientes em condições

de permitir acúmulo de água Tipo de conduta

Mais de 300 Vistoria de todos os recipientes e pesquisa daqueles com água, orientação, ações de vigilância sanitária, controle mecânico/outras medidas alternativas, tratamento perifocal e/ou focal para PE positivo para Aedes aegypti.

Menos de 300

Vistoria de no mínimo 300 recipientes e pesquisa daqueles com água, orientação, ações de vigilância sanitária, controle mecânico/outras medidas alternativas e tratamento perifocal e/ou focal para PE positivo para Aedes aegypti.

Observações: - A Vistoria é a simples observação dos recipientes em condições de permitir acúmulo de água, p'ara verificar se os mesmos contêm ou não água, e pesquisa é a procura e coleta de larvas nos recipientes com água. - Recomenda-se instalar armadilha, de preferência ovitrampa, em todos os PEs, onde seja difícil vistoriar a amostra preconizada e, o tratamento químico do PE deverá ser efetuado somente quando forem encontrados ovos e/ou larvas de Aedes aegypti. - As condutas definidas devem ser incluídas nas programações dos agentes, com base no número de recipientes registrados na ficha de cadastro, excluindo-se assim, a contagem de recipientes existentes a cada visita.

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2.1.5 PESQUISA LAR VÁRIA E AÇÕES DE CONTROLE DO VETOR A periodicidade da pesquisa larvária de PEs será quinzenal para todos os municípios não infestados. Conforme já citado, uma das características da maioria dos PEs é apresentar grande número de recipientes em condições favoráveis à proliferação de larvas. Dessa forma, o número de recipientes a serem pesquisados deverá seguir a indicação do item anterior. Além disso, para agilizar a coleta de larvas dos recipientes, sempre que estes forem numerosos, recomenda-se a mistura de larvas ("pool" de larvas) de vários recipientes do mesmo tipo (tipos apresentados no boletim de campo), para compor uma única amostra. Serão coletadas apenas larvas de 3° e 4° estadio, as quais serão acondicionadas em frasco contendo álcool 70%, totalizando no máximo 20 larvas em cada frasco. Em cada PE, poderão ser coletados no máximo 10 frascos-amostra, para cada tipo de recipiente. A pesquisa deverá ser iniciada pela área externa do PE e concluída na área interna do imóvel. As ações de controle do vetor devem ser desenvolvidas de maneira integrada, incluindo rotineiramente ações educativas e de vigilância sanitária, medidas de controle mecânico/outras medidas alternativas. Quando forem encontradas larvas de Aedes aegypti, realizar tratamento químico (ver item 2.1.4). As ações educativas incluirão orientações para a melhoria das condições sanitárias do imóvel, no sentido de dificultar ou evitar a presença de criadouros de Aedes aegypti no estabelecimento. Essas orientações devem ser trabalhadas junto ao proprietário do imóvel e possíveis empregados que possam, nas suas atividades, adotar procedimentos que contribuam no controle do vetor. Não se obtendo resultados satisfatórios com essas atividades, deverão ser empregadas medidas formais de vigilância sanitária.

2.1.6 ROTEIRO DE VISITAS Para efetuar as visitas o agente, deverá: a) Conferir, diariamente, se dispõe de todo o material necessário: - boletim, lápis, borracha, prancheta, sacola, crachá; - para medidas de controle mecânico - folhetos educativos, picadeira, um par de luvas, de preferência de raspa de couro; - para pesquisa larvária - 1 bacia, 2 conchas, 2 coadores de chá, 1 pipeta, diversos vidros de 10ml para amostras de larvas, frasco com álcool etílico, etiquetas e fita adesiva; b) Chegando em cada PE, apresentar-se ao responsável informando o motivo da visita. c) Solicitar ao responsável que o acompanhe no trabalho ou indique um funcionário para tal. d) Realizar a vistoria da quantidade de recipientes especificada no item 2.1.4, pesquisar dentre estes, aqueles com água e coletar as larvas encontradas realizando, de preferência, "pool" de larvas para aumentar o rendimento da atividade. Orientar o responsável, sobre as medidas que devem ser adotadas para evitar a proliferação de larvas. Adotar, com a ajuda do responsável, medidas de fácil execução durante a visita. e) Se o responsável não adotar as medidas recomendadas, após 4 visitas, informar o supervisor. f) Preencher o Boletim diário com todas as anotações previstas. g).Reforçar ao responsável pelo PE as orientações já repassadas. h) Realizar semestralmente a avaliação dos PEs e novos cadastros. . i) Entregar semestralmente documentos da Vigilância Sanitária, contendo orientações para a melhoria das condições sanitárias do PE.

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Ficha de Cadastro e Avaliação de Pontos Estratégicos

Municípios Não Infestados por Ae. aegypti

1. Identificação do Imóvel ( ) Público () Privado

Nome: ______________________________ Ramo de atividade ________________

Endereço:________________________________________________________________

Bairro: ____________________________________ Área total (m²): ________________

Área CV:__________________________________ Setor CV: _______________________

Telefone:_________________________________

2. Aspectos para avaliação de risco. . 2.1 Natureza do Imóvel: ( ) Depósito de pneus usados, recauchutadora, depósito de sucatas de veículos e/ou equipamentos, depósito de material de construção (40 ptos) ( ). Tansportadora, garagens de ônibus/ carros/ caminhões, portos e aeroportos para transporte doméstico, estações rodoviárias, ferroviárias, depósito de ferro velho, desmanche (20 ptos) ( ) Cemitério, borracharia, depósito de bebidas/garrafas, pátio com containers, floricultura, viveiro de mudas, oficina mecânica, funilaria / pintura,... (10 ptos)

2.2 Número de recipientes em condições que possibilitam acúmulo de água: ( ) acima de 1000 (40 ptos) ( ) de 301 a 1000 (20 ptos) () de 101 a 300 (10 ptos) () de 20 a 100 (5 ptos) O menos de 20 (0 ptos)

2.3 Freqüência de entrada de recipientes provenientes de outros imóveis: () não recebe materiais de outros imóveis ou recebe apenas eventualmente (O ptos) ( } de 2 a 4 meses de intervalo entre'entregas (10 ptos) ( ) de 1 a 2 meses de intervalo entre entregas (20 ptos) ( )menos de 1 mês de intervalo entre entregas (40 ptos)

2.4 Adoção de cuidados pelo responsável: ( ) Cuidados abrangendo todos os recipientes e suficientes para evitar proliferação de larvas (O ptos) ( ) Cuidados abrangendo parte dos recipientes e/ou cuidados não suficientes para evitar proliferação de larvas (10 ptos) () Sem nenhum cuidado significativo (20 ptos)

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CLASSIFICAÇÃO ANTERIOR:

PONTUAÇÃO ACUMULADA:_______ CLASSIFICAÇÃO ATUAL: __________

APÓS AVALIAÇÃO, O IMÓVEL FOI CADASTRADO COMO PE?

( ) SIM, SOB N°. _______ ( ) NÃO

Situação de funcionamento: ( ) Em atividade, mantendo condições sanitárias de risco. ( ) Excluído do cadastro de PEs por melhoria das condições sanitárias. ( ) Excluído do cadastro de PEs por ter encerrado suas atividades.

Observação: Para imóvel já cadastrado anteriormente, manter a numeração.

Orientação para classificação do imóvel quanto à sua importância para a dispersão ativa e passiva do veto r.

- CLASSE I - PE de elevada importância (100 pontos ou mais) -

- CLASSE II - PE de média importância (de 70 a 99 pontos)

- CLASSE III - PE de pequena importância (de 50 a 69 pontos para municípios com mais de 200 mil hab. ou de 40 a 69 pontos para municípios com menos de 200 mil hab.)

- Não classificado como PE : imóvel a ser visitado na atividade Casa-a-Casa (até 49 pontos para municípios com mais de 200 mil hab. ou até 39 pontos para municípios com menos de 200 mil hab.)

Avaliação realizada por: _____________________________________________ Revisado por: ____________________________________________________

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2.2. PESQUISA LARVÁRIA DE ARMADILHA

Consiste na pesquisa de larvitrampas constituídas de pneus e distribuídas seguindo uma malha pré-definida na área urbana de municípios do Estrato 4, ou em áreas não infestadas de municípios dos Estratos 2 ou 3 com mais de 100 mil habitantes.

Tem como objetivo aumentar a sensibilidade da vigilância entomológica em municípios ou áreas não infestadas, evitando a detecção tardia de focos de Aedes aegypti.

2.2.1 MAPEAMENTO DE PONTOS PARA INSTALAÇÃO DE ARMADILHAS SEGUINDO UMA MALHA DE 400 METROS ENTRE PONTOS.

Para o traçado da malha que definirá os pontos de instalação de armadilhas na área urbana, adotar os seguintes procedimentos:

- De acordo com a escala da planta da zona urbana, traçar numa folha de transparência, um quadriculado, tal que, o lado de cada quadrado represente 400 metros na planta do município. Com 1 vasador nº 4, fazer um orifício nos cantos de cada quadrado. De acordo com a escala da planta da cidade, será determinado o valor em centímetros do lado do quadrado referente à malha, conforme exemplos abaixo:

ESCALA LADO DO QUADRADO

1: 20.000 2cm

1: 10.000 4cm

1: 8.000 5cm

1: 5.000 8cm

1: 2.000 20cm

- Escolhe-se na planta, a direção para a disposição das armadilhas (Direção Norte-Sul), e com o auxílio da transparência, marcam-se os pontos de instalação de armadilhas, que coincidem com os orifícios. Contando-se os pontos anotados, tem-se o número de armadilhas. - Conforme a situação epidemiológica do município ou da área não infestada, a malha poderá ser mais fina, ou seja serão instaladas mais armadilhas e, conseqüentemente haverá uma melhor vigilância nas áreas com maior vulnerabilidade à entrada do vetor. - Após definição da malha com os ,pontos para instalação das armadilhas deverão ser delimitados os Setores de Armadilha, contendo 80 armadilhas cada um. Para delimitação desses Setores, sempre que possível, é interessante agrupar um conjunto de quarteirões com características semelhantes. Cada agente ficará responsável por um Setor, ou seja por 80 armadilhas. Setores com malha mais fina incluirão menos imóveis. 2.2.2 TIPO DE LARVITRAMP A UTILIZADA,. SUA IDENTIFICAÇÃO E DELIMITAÇÃO DO SETOR DE ARMADILHAS. Para confecção da larvitrampa, utiliza-se um pneu de carro cortado ao meio (1 pneu = 2 larvitrampas), e quando for necessário pendurá-la ou prendê-la na parede, por meio de uma

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alça de arame. Esse tipo de larvitrampa (metade de um pneu) facilita a retirada de toda a água para uma bacia, aumentando a sensibilidade da pesquisa. Cada larvitrampa deverá ser identificada por um nÚmero (N° de cadastro). Essa numeração deverá ser realizada com o auxílio do mapa, com os pontos de instalação devidamente assinalados. A numeração será seqüencial para o município todo. Feita a numeração dos pontos de instalação de armadilhas na planta da cidade, devem ser definidas, quais as armadilhas que ficarão permanentemente sob responsabilidade de cada agente. Para tanto, sabendo que a pesquisa será semanal, e que o rendimento previsto é de 20 armadilhas/agente. dia, cada agente ficará responsável por 100 armadilhas. Esses 100 pontos estarão incluídos num Setor de Armadilhas, e deverão ser selecionados dentro de uma seqüência geográfica, que facilite o deslocamento diário de cada agente até o seu Setor de trabalho, e dentro dele, bem como a sua localização pelo supervisor, ou seja o mais próximo possível de um quadrado. Definir a seqüência de visita às armadilhas de cada Setor. de forma a facilitar o deslocamento do agente de uma armadilha para a seguinte. A anotação do número de cadastro de cada armadilha deverá ser, de preferência, feita com tinta a óleo branca e com algarismos em tamanho grande. Essa recomendação, visa tornar a armadilha mais atrativa à fêmea, pois esta é visualmente atraída pelo contraste das cores preto e branco. 2.2.3 ESCOLHA DO IMÓVEL E LOCAL DENTRO DESTE, PARA INSTALAÇÃO DA ARMADILHA. Os quarteirões da planta da cidade que incluírem os pontos assinalados de acordo com os procedimentos que constaram no item III- 2.2.1, correspondem àqueles nos quais se deverá escolher um imóvel para instalação da armadilha. Nesses quarteirões, deverá ser escolhida uma edificação, na qual o acesso para pesquisa seja facilitado, e ao mesmo tempo a armadilha fique protegida, evitando-se a sua remoção ou a eliminação da água nela contida. Sempre que possível, dar preferência a casas comerciais com horários de trabalho que facilitem o acesso para pesquisa. O contato com o responsável pela edificação, explicando o objetivo da instalação da armadilha e a ausência de risco de produção de alados (visitas semanais) , obtendo informações sobre a presença de pessoas no imóvel que permitam o acesso ao mesmo e solicitando sua permissão para instalação da armadilha, e sua colaboração no sentido de não alterar as condições em que a mesma for colocada, é fundamental para a escolha da edificação. Definida a edificação, será necessário escolher o local para instalação da armadilha, de forma a torná-la mais atrativa às fêmeas de Aedes aegypti: - deve estar apoiada sobre o solo ou no máximo com sua base a 0,5 metro de altura; - deve ficar em local visível para que possa ser localizada pela fêmea e próxima de possíveis locais de repouso, como na base de árvores, ao lado de arbustos ou de restos de materiais ou entulhos; - deve ser colocada em locais sombreados ou que recebam luz direta do sol apenas em pequenos períodos do dia, evitando principalmente a luz do sol no horário do meio dia; - não deve ser colocada onde existam grandes concentrações de pneus, pois estes estarão concorrendo diretamente com a larvitrampa para a oviposição da fêmea (não se recomenda o uso de larvitrampas em borracharias ou depósitos de pneus). Para cada ponto do mapa, será selecionado um imóvel, e neste será instalada uma Única armadilha.

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2.2.4 PESQUISA DE ARMADILHAS E CUIDADOS PARA SUA MANUTENÇÃO. Conforme já citado, para pesquisa de cada armadilha, toda a água contida na mesma será colocada numa bacia de cor clara com capacidade mínima de 1,0 litro, para facilitar a visualização das larvas. Serão coletadas todas as larvas de 3° e 4° estadio, as quais serão acondicionadas em frascos contendo álcool 70%. Em cada frasco colocar, no máximo, 20 larvas. O número de frascos-amostra, referentes a cada armadilha, será aquele necessário para o acondicionamento de todas as larvas encontradas. Os cuidados que deverão ser adotados para manutenção da armadilha são os seguintes:

- Para armadilhas sem larvas: Devolver toda a água da última "baciada" para o pneu-armadilha e completar até 2 litros com água de torneira. - Para armadilhas com larvas: Toda a água, incluindo a da última "baciada" deverá ser descartada após a coleta de larvas. Colocar 2 litros de água de torneira, para reabastecimento da armadilha. - Para armadilhas cujo exame das larvas tenha mostrado a presença de Aedes aegypti: Deve ser providenciada, no máximo 5 dias após a pesquisa, a lavagem da armadilha com escova, flambagem com auxílio de álcool etílico, e nova lavagem, para em seguida colocar 2 litros de água de torneira no pneu-armadilha, mantendo-o no mesmo local. Nessa ocasião, estará sendo iniciada a atividade de delimitação e controle do foco detectado.

2.2.5 DESLOCAMENTO DE PESSOAL AO LOCAL DE TRABALHO E CONTROLE DE FREQÜÊNCIA. O supervisor iniciará seu expediente de trabalho na Sede Municipal que inclui o Núcleo de Controle de Vetores, onde será controlada sua freqüência. Nessa Sede, haverá local para disposição dos impressos e demais materiais de consumo utilizados na pesquisa de armadilhas. O supervisor se deslocará, com a viatura, diariamente pelos Setores sob sua responsabilidade (10 Setores de Armadilha no máximo), para distribuição e recolhimento de material junto a cada agente e também para o controle de freqüência dos mesmos. O agente se deslocará diretamente para o seu Setor de Armadilhas, onde iniciará os trabalhos, a partir da armadilha seguinte à última pesquisada no dia anterior, na relação constante no Itinerário. Para localização de cada agente no campo, o supervisor deverá consultar o relatório de acompanhamento (ver modelo no item V-I) e itinerário para verificar quais armadilhas estarão sendo visitadas pelo agente naquele dia.

2.2.6 PROGRAMAÇÃO DE SUPERVISÕES.

O supervisor deverá programar a realização de supervisão direta e indireta dos agentes. Essa supervisão deverá ser quinzenal junto a todos os agentes sob sua responsabilidade. Assim, o supervisor deverá, diariamente, localizar cada um dos agentes, fazendo o controle de freqüência, distribuição e coleta de material, e supervisionar um deles (ver item V-2).

Mensalmente o supervisor deverá realizar uma reunião corri todos os agentes de sua Área, a fim de informá-los da produção do mês e da positividade das armadilhas, discutindo as dificuldades e soluções já utilizadas e buscando novas maneiras de aprimorar o trabalho.

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2.2.7 ROTEIRO DE VISITAS A ARMADILHAS. Para efetuar as visitas o agente, deverá: a) Conferir, diariamente, se dispõe de todo o material necessário: - boletim, lápis, borracha, prancheta, sacola, crachá; - para pesquisa larvária - 1 bacia, 1 concha, 1 coador de chá, 1 pipeta, diversos vidros de 10 ml para amostras de larvas, frasco com álcool etílico e etiquetas b) Chegando ao imóvel onde está instalada a armadilha apresentar-se ao responsável informando o motivo da visita. c) Realizar a pesquisa da armadilha. d) Realizar os procedimentos necessários para a manutenção da armadilha. e) Preencher o Boletim diário com todas as anotações previstas. f) Passar as orientações necessárias ao responsável pelo imóvel para que sejam mantidas as condições da armadilha e agradecer a colaboração recebida. g) Informar o supervisor sobre possíveis dificuldades, que exijam a mudança de determinada armadilha do imóvel em que está instalada.

2.3 DELIMITAÇÃO E CONTROLE DE FOCO É realizada a delimitação e controle de foco, sempre que for detectada a presença de Aedes aegypti em municípios do Estrato 4, ou quando em municípios dos Estratos 1, 2 ou 3 , com mais de 100 mil habitantes, for detectado foco em áreas antes não infestadas. Esta atividade será realizada pelas Prefeituras Municipais, com participação da SUCEN, quando necessário.

2.3.1 DELIMITAÇÃO DA ÁREA E IMÓVEIS A SEREM TRABALHADOS

A delimitação da área a ser trabalhada deve se estender por um raio de 500 metros em torno do imóvel positivo para Aedes aegypti, realizando-se as ampliações, que se fizerem necessárias, a partir de outras detecções do vetor. A atividade é dirigida a todos os imóveis dos quarteirões da área definida para o trabalho, sendo excluídos, apenas, os apartamentos acima do 10 andar de edifícios que não apresentem situações favoráveis à proliferação do vetor (muitas plantas ornamentais, piscinas ...), além dos Pontos Estratégicos que, se localizados na referida área, deverão ser pesquisados e tratados no período da delimitação do foco, registrando-se esse trabalho em Pesquisa e Tratamento de Pontos Estratégicos. Os quarteirões serão trabalhados pelo agente, iniciando na esquina mais ao norte e percorrendo-os no sentido horário. A padronização de seqüência de visitas dentro dos quarteirões é importante para evitar que imóveis deixem de ser trabalhados e para facilitar a localização do agente pelo supervisor. A padronização do percurso nas edificações térreas e assobradadas e nos edifícios que contenham vários imóveis consta no item III- 1.1.3.

2.3.2 VISTORIA E PESQUISA LARVÁRIA DE CADA IMÓVEL

Em cada imóvel trabalhado, realizar a vistoria completa (intra e peridomicílio) e a pesquisa larvária de todos os recipientes que contenham água e não estejam adequadamente vedados, adotando em seguida as medidas de controle indicadas (ver item III-2.3.3). Utilizar para

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registro das informações o Boletim de Atividades de Vigilância e Controle de Aedes aegypti vigente, referente ao Sistema SISAED. Deverá ser feita a vistoria completa do imóvel. Nunca descartar o trabalho na área interna de edificações, mesmo que o morador informe que não existam recipientes com água no interior da casa. A coleta das amostras de larvas será realizada separadamente para cada tipo de recipiente, sendo portanto permitido misturar larvas de vários recipientes de um mesmo tipo numa única amostra ("pool"). Serão coletadas apenas larvas de 3° e 4° estadio, as quais serão acondicionadas em frascos contendo álcool 70%, totalizando no máximo 20 larvas em cada frasco. Deverão ser coletadas todos as larvas dos referidos estadios, encontradas nos recipientes.

2.3.3 MEDIDAS DE CONTROLE REALIZADAS DURANTE A VISITA

Realizar as ações de controle do vetor conforme segue:

. orientação aos moradores e proprietários de imóveis sobre os cuidados necessários para evitar criadouros de Aedes aegypti nos imóveis sob sua responsabilidade;

. adoção das medidas de controle mecânico possíveis de realizar durante a visita;

. aplicação de larvicida organofosforado ou biológico em todos os recipientes que não puderam ser eliminados ou protegidos por medidas de controle mecânico, com exceção de depósitos de água para consumo humano (ver item IV -2.1).

2.3.4 ROTEIRO DE VISITA Para efetuar as visitas o agente, deverá: a) Conferir, diariamente, se dispõe de todo o material necessário: - boletim, lápis, borracha, prancheta, sacola, crachá; - para as medidas de controle mecânico: sacos de lixo de 60 litros, picadeira, escova, um par

de luvas de preferência de raspa de couro. - para pesquisa larvária - 1 bacia, 1 concha, 1 coador de chá, 1 pipeta, diversos vidros de

10 ml para amostras de larvas, frasco com álcool etílico e etiquetas; b) Chegando ao imóvel apresentar-se ao responsável informando o motivo da visita. c) Realizar a vistoria completa do imóvel pesquisando todos os recipientes. e) Preencher o Boletim diário com todas as anotações previstas. f) Passar as orientações necessárias ao responsável pelo imóvel e agradecer a colaboração recebida. g) Informar o supervisor sobre possíveis dificuldades encontradas.

2.4 PESQUISA LARVÁRIA DECORRENTE DA NOTIFICAÇÃO DE CASOS SUSPEITOS OU CONFIRMADOS DE DENGUE.

Esta atividade é realizada a partir da detecção de casos suspeitos ou confirmados de dengue em municípios do Estrato 4, ou em municípios dos Estratos 2 ou 3 com mais de 100 mil habitantes, em áreas ainda não infestadas.

A pesquisa larvária deve ser realizada em todos os imóveis do quarteirão de residência, trabalho e estudo do caso suspeito, e nas 4 faces fronteiriças dos quarteirões vizinhos a estes,com os mesmos procedimentos adotados na delimitação de foco. Deve-se realizar também o

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tratamento focal nos imóveis visitados.

Esta atividade será realizada pelas Prefeituras Municipais.

ANEXO AO ITEM III - RAMO DE ATIVIDADE DE PONTOS ESTRATÉGICOS

01- Borracharia, Depósito Pneus, Recauchutadoras

02- Ferro Velho, Oficina de Desmanche

03- Posto de Gasolina, Troca de -Óleo

04- Oficina Mecânica, Funilaria

05- Loja e Depósito de Material de Construção

06- Depósito de Bebidas e Garrafas

07- Garagem de Carros, Ônibus e Transportadoras

08- Estação Rodoviária e Ferroviária

09- Porto e Aeroporto

10- Armazém, Silo e Entreposto

11- Depósito e Containers

12- Construção e Canteiro de Obras

13- Cemitério

14- Floricultura /Viveiro de mudas

15- Indústria

16- Outros 39

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IV MEDIDAS DE CONTROLE DO VETOR

1. MEDIDAS CONTROLE MECÂNICO E ALTERNATIVO DE CRlADOUROS

1.1 ORIENTAÇÕES PARA UTILIZAÇAO DE PEIXES LARVÓFAGOS PARA CONTROLE DE AEDES AEGYPTI

"

1.1.1 ESPÉCIES DE PEIXES LARVÓFAGOS

As espécies facilmente encontradas no Estado de São Paulo, e que podem ser utilizadas em recipientes com diversos volumes de água são as seguintes:

Nome científico Nome popular Onde obter Origem Comp. Condições ideais da água Temp pH Poecilia reticulata Guppy, Guaru, Nos córregos e América 4cm 27° C 7,3

barrigudinho. rios Peixe de briga Em lojas Tailândia 6cm 26°C 7,0

Betta splendens especializadas

em peIxes ornamentais

Recomenda-se o uso desses peixes nos seguintes recipientes: bebedouros de grandes animais, fosso de elevador de construções, piscinas desativadas, fontes ou espelhos d'água, tambores ou tanques de água para uso nas hortas, caixa d'água de postos de gasolina (subterrânea), e outros usos domésticos, excluído seu emprego em água de consumo humano.

1.1.2 CRIAÇÃO

Poecilia reticulata: Podem ser criados em caixas d'água de 500 litros, as quais devem conter vegetação aquática, algumas pedras no fundo e 2 tijolos de oito furos, para servirem de refúgio, presos a borda da caixa e mergulhados na água a uma profundidade de 30 cm. Para a sobrevivência da espécie em caixas d'água, estas devem ficar de preferência em local fechado, para evitar alterações bruscas de temperatura, pois reduções muito acentuadas podem causar sua morte. Quanto à alimentação, utilizar ração de peixe, tendo o cuidado de não oferecer alimentos que contenham farinha. Para iniciar uma criação com esse volume d'água (500 litros), deve-se colocar 24 exemplares, sendo 18 fêmeas e.6 machos (proporção de 3 fêmeas para 1 macho). O macho tem cores no corpo e nas nadadeiras. Sua nadadeira caudal costuma ser do mesmo tamanho do corpo, podendo atingir até 3 cm de comprimento. A fêmea tem cores somente no pedúnculo caudal e nas nadadeiras, podendo atingir 5,6 cm de comprimento. Possuem grande fertilidade.

Betta splendens: Podem ser encontrados em lojas especializadas do ramo.

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1.1.3 QUANTIDADE DE PEIXES SEGUNDO VOLUME DE ÁGUA NO RECIPIENTE E CUIDADOS A SEREM ADOTADOS

Poecilia reticulata: Colocação de 1 macho e 3 fêmeas para cada 50 litros de água.

Betta splendens: Colocação de 1 macho para recipientes com até 4 mil litros de água. Em recipientes com quantidade de água superior a 4.000 litros não colocar nenhum macho e sim 2 fêmeas. Tipos de recipientes Cuidados P. relic. B. splen.

Bebedouro de animais com saída de água

Colocar uma tela plástica fina no cano de escoamento de água. Quando for feita a limpeza dos mesmos retirar os peixes com peneira e retorná-los após.

X

Piscinas desativadas com lâmina d'água

Colocar tela plástica fina na saída de água para a bomba X

Reservatório em horta, com saída d'água.

Colocar tela plástica fina no cano de escoamento de água X X

Reservatório tipo tambor, em hortas.

Evitar redução muito grande no volume d'água, por tempo prolongado. X X

Caixas d'água subterrânea de postos de gasolina

Colocar tela plástica fina no cano da bomba de recalque. X X

Fosso de elevador em prédios em construção Manter os peixes até sua ativação X

Fontes e espelhos d'água Colocar tela plástica fina no cano de escoamento de água e fornecer alimentação aos peixes, em função da limpeza freqüente desses recipientes.

X

Observações

1. Os peixes não são sugados pelos animais, quando da utilização da água, pois fogem para o fundo, ao menor movimento na água,.

2. A colocação de peixes só deve ser feita em recipientes que não são lavados freqüentemente. A limpeza semanal é suficiente como medida de controle de larvas, dispensando o emprego de peixes larvófagos. Além disso, para sua sobrevivência, os peixes precisam de algas e outros tipos de alimentos que são eliminados durante a limpeza.

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1.2 RECOMENDAÇÕES PARA O CONTROLE MECÂNICO E ALTERNATIVO (PRODUTOS CASEIROS) E CONCEITO DE RECIPIENTE EXISTENTE ESPECIFICADO PARA CADA TIPO.

Recipiente existente: Considera-se recipiente existente, todo aquele que, no momento da vistoria, pelas suas características e, pela falta de cuidados, tem potencial para proliferação de larvas de Aedes aegypti. A seguir, consta o conceito especificado por tipo de recipiente.

RECIPIENTE

Pratos de vasos de plantas e flores c/ terra

Vasos de plantas e flores c/ água, de qualquer material

RECOMENDAÇÕES/CUIDADOS Ø Eliminar os pratos, principalmente os localizados na

área externa. Ø Utilizar pratos justapostos. Substituir pratos, por

outros menores justapostos, remanejando os já existentes.

Ø Utilizar pratos anti- dengue (com aba protetora) Ø Furar os pratos. Ø Emborcar os pratos sob os vasos. Ø Adicionar areia nos pratos (ver orientação). Ø Eliminar a água acumulada nos pratos depois de regar

as plantas, e de preferência, também escovar os pratos e a parede externa dos vasos.

Ø Colocar a planta em vaso com terra. Lavar e guardar o antigo vaso emborcado, ou seco ao abrigo da chuva.

Ø Trocar a água 2 vezes por semana e, de preferência escovar a parede interna dos vasos e lavar com água corrente as raízes das plantas.

Ø Floreiro - remover as flores e trocar a água 2 vezes por semana e, de preferência, lavar o vaso.

Ø Plantas em água para criar raiz - vedar a boca do vaso com algodão, tecido ou papel alumínio, ou trocar a água 2 vezes por semana e, de preferência, lavar o vaso.

RECIPIENTE EXISTENTE = CRIADOURO POTENCIAL*

Prato não justaposto, sem aba protetora, sem furos, não emborcado, com areia no máximo até a metade da altura do prato, com água no momento da visita ou, sem água mas que, segundo informações do responsável, não é protegido pela eliminação da água após a rega da planta.

Vaso ou floreiro contendo água e, que pelas condições da água e/ou informações do responsável, se verificar que não é protegido pela troca de água pelo menos 2 vezes por semana; ou contendo areia, mas com água ultrapassando o nível desta.

Plantas em água para criar raiz sem vedação da boca do vaso e que pelas condições da água e/ou informações do responsável, se verificar que não é protegido pela troca de água pelo menos 2 vezes por semana

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* CONCEITO UTILIZADO NA AVALIAÇÃO DE DENSIDADE

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RECIPIENTE Pingadeira de vaso de

planta

Outras pingadeiras (pingadeira de torneira, cotovelo de cano de água, para calhas, etc)

Material Inservível (latas, garrafas de vidro ou plástico, potes de iogurte, margarina ou maionese, calçados e brinquedos velhos, etc.)

RECOMENDAÇÕES/ CUIDADOS

Ø Eliminar as pingadeiras, principalmente as localizadas em área com piso frio ou terra.

Ø Adicionar areia até a borda. Ø Colocar ½ colher (sopa) de sal, toda vez que

esvaziar a pingadeira. Ø Eliminar a água acumulada na pingadeiras

depois de regar as plantas, e de preferência escovar a pingadeira.

Ø Eliminar as pingadeiras, sempre que possível. Ø Adicionar areia até a borda. Ø Colocar ½ colher (sopa) de sal, toda vez que esvaziar

a pingadeira. Ø Eliminar a água acumulada na pingadeiras, de

preferência escovando-a.

RECIPIENTE EXISTENTE= CRIA DOURO POTENCIAL

Pingadeira com areia no máximo até 2 dedos da borda; ou pingadeira sem areia e com água no momento da visita e que segundo informações do responsável não está protegida pelo sal, ou pingadeira sem água e que segundo informações do responsável a água não é eliminada logo após a rega do vaso.

Pingadeira com areia no máximo até 2 dedos da borda; ou pingadeira sem areia e com água no momento da visita e que segundo informações do responsável não está protegida pelo sal, ou pingadeira sem água e que segundo informações do responsável a água não é eliminada logo após a rega do vaso. Material removível ao relento com ou sem água.

Ø Colocá-los no cesto ou saco de lixo, para a coleta rotineira da Limpeza Pública.

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RECIPIENTE

Pneus em desuso ou com uso alternativo

Garrafas de vidro retornáveis ou outras inclusive de plástico de utilidade para o responsável pelo imóvel

Cacos de vidro no muro

Caiaque e Canoa

Ocos de árvore e cercas de bambu

Caixa d' água

RECOMENDAÇÕES/ CUIDADOS

Ø Guardá-los secos em local coberto. Ø Quando precisarem permanecer ao relento, tratá-los

com sal (1 copo cheio). Ø Retirá-los do imóvel, entregando-os em pontos de

coleta de pneus, ou agendando seu recolhimento pela Prefeitura Municipal.

Ø Furá-los, no mínimo em 6 pontos eqüidistantes, mantendo-os na posição vertical. Quando utilizados para balanço, é suficiente um único orifício no seu nível mais baixo.

Ø Guardá-las secas em local coberto e de preferência emborcadas ou tampadas.

Ø Se ao relento, deixá-las emborcadas ou tampadas, especialmente as de plástico.

Ø Quebrar os gargalos e fundos de garrafas e/ou colocar massa de cimento, nos locais que acumulem água.

RECIPIENTE EXISTENTE= CRIADOURO POTENCIAL Pneu ao relento, na posição horizontal, independente de estar furado e sem água, ou na posição vertical com no máximo 5 orifícios, contendo água ou não, ou sob cobertura, mas com água, e que segundo informações do responsável, não está protegido com adição de sal.

Pneu ao relento, utilizado para balanço e sem orifício no seu nível mais baixo

Garrafas ao relento, não emborcados ou sem tampa, ou contendo água, mesmo em local coberto.

Cacos de vidro dispostos de forma a permitir o acúmulo de água.

Ø Guardá-los secos em local coberto, ou caso precisem ficar ao relento, guardá-los virados para baixo.

Ø Cortar o bambu na altura do nó. Ø Preencher os ocos com massa de cimento, terra ou

areia

Ø Mantê-la sempre tampada ou pelo menos telada, enquanto estiver sendo providenciada a tampa, e de preferência realizar sua limpeza semestralmente. Proteger o ladrão de caixas d' água externas (tecido, tela de mosquiteiro, meia de nylon).

Caixa d'água mal vedada e sem tela, e quando localizada em área externa, sem "touca" no ladrão.

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Caiaque ou canoa ao relento, e não virados para baixo. Ocos de árvore e bambu não preenchidos com massa de cimento, areia ou terra, com ou sem água.

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RECIPIENTE

Filtros ou Potes d' água

Calhas

Lajes

Ralo interno (sifonado), exceto ralo de Box de uso diário.

RECOMENDAÇÕES/ CUIDADOS Ø Mantê-los bem tampados com tampa própria, com

pires ou pratos e, sempre que não ficarem bem vedados, cobri-los com um pano embaixo da tampa, pires ou prato.

Ø Mantê-las sempre limpas, desentupi das e sem pontos de acúmulo de água (limpeza periódica, poda de árvores, nivelamento adequado).

Ø Mantê-las sempre limpas, com os pontos de saída de água desentupidos, e sem depressões que permitam acúmulo de água (limpeza periódica, poda de árvores, nivelamento com massa de cimento ou temporariamente com areia).

Ø Utilizar ralo com tampa "abre-fecha" nas áreas internas, mantendo-a na posição fechada.

Ø Cobri-lo com tapete de tecido ou de qualquer outro material que impeça a entrada de mosquitos (sem orifícios)

Ø Telá-lo ou cobri-lo com algum objeto. Ø Adicionar água sanitária (meio copo de água

sanitária) ou qualquer outro desinfetante semanalmente.

RECIPIENTE EXISTENTE= CRIADOURO

POTENCIAL Filtros ou potes mal vedados.

Calhas que pelas condições encontradas e/ou pelas informações do responsável, se verificar que não estão sendo limpas e desentupidas e que apresentam pontos de acúmulo de água.

Lajes que pelas condições encontradas e/ou pelas informações do responsável, se verificar que não estão limpas ou estão entupidas ou apresentam depressões onde acumula água.

Ralo sem tampa abre-fecha, nem tela, nem cobertura por tapete ou objeto e que pelas informações do responsável, não está protegido por água sanitária ou outro desinfetante.

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RECIPIENTE RECOMENDAÇÕES/ CUIDADOS RECIPIENTE EXISTENTE= CRIADOURO POTENCIAL

Ralo de pia, lavatório e tanque sem uso freqüente.

Ø Tampá-lo com tampa apropriada (telada), ou tampá-los com chumaço de algodão( imóveis desocupados).

Ralo de pia, lavatório, tanque sem uso freqüente, sem proteção adequada.

Ralos e canaletas de drenagem para água de chuva (subsolo e áreas externas) com caixa de areia ou pontos de acúmulo de água.

Ø Eliminar as caixas de areia ou pontos de acúmulo de água, preenchendo-os com argamassa .

Ø Telá-los.

Ø Adicionar sal (ver tabela) após cada chuva ou após escoamento de água de lavagem do local.

Ralos com acúmulo de água, não telados e que, pelas informações do responsável, não estão protegidos pela aplicação de sal.

Baldes ou bacias sem uso diário.

Ø Mantê-los emborcados, de preferência em local coberto ou secos ao abrigo da chuva.

Balde ou bacia sem uso diário ao relento e não emborcados, ou contendo água, mesmo em local coberto.

Aquários Ø Mantê-los tampados ou telados ou com peixes larvófagos.

Aquários sem tampa ou tela e sem peixes larvófagos.

Bebedouro Ø Reduzir o número de bebedouros.

Ø Trocar a água 2 vezes por semana e de preferência escovar o bebedouro, quando de tamanho pequeno.

Ø Colocar peixes larvófagos ou lavar e trocar a água 2 vezes por semana quando o bebedouro for de tamanho grande e/ou fixo.

Bebedouro de tamanho pequeno que pelas condições da água e/ou pelas informações do responsável, se verificar que não é protegido com a troca de água pelo menos 2 vezes por semana. Bebedouro de tamanho grande e/ou fixo sem peixes larvófagos e que pelas condições da água e/ou pelas informações do responsável, se verificar que não é protegido pela troca da água pelo menos 2 vezes por semana.

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RECIPIENTE RECOMENDAÇÕES/ CUIDADOS RECIPIENTE EXISTENTE= CRIADOURO POTENCIAL

Bandejas de Aparelhos de Ar Condicionado, de Bebedouro de água mineral, de Geladeira ou outros pequenos depósitos de água de degelo de geladeira.

Ø Lavar a bandeja ou pequeno depósito da geladeira 2 vezes por semana.

Ø Lavar a bandeja ou pequeno depósito da geladeira de 15 em 15 dias e adicionar uma colher de sopa de detergente.

Ø Colocar mangueira ou furar a bandeja do aparelho de ar condicionado.

Bandejas de geladeira contendo água no momento da visita e sem detergente.

Bandejas de bebedouro de água mineral contendo água no momento da visita e sem detergente.

Bandejas de ar condicionado sem mangueira ou não furadas contendo ou não água no momento da visita.

Piscina Ø Em períodos de uso: Efetuar o tratamento adequado incluindo cloro, de preferência, granulado, para manter um residual de cloro ativo, de acordo com norma sanitária.

Ø Em períodos sem uso: Reduzir o máximo possível o volume d'água e realizar, semanalmente, uma super cloração, (Ver tabela 2), considerando o volume d'água que permaneceu. Para piscina sem sistema de filtragem de água, pode-se optar pela adição de sal conforme tabela 1, não sendo necessário repetir o tratamento.

Piscina em uso que pelas condições da água e/ou informações do responsável, se verificar que não está recebendo o tratamento adequado.

Piscina sem uso, que pelas condições da água e/ou pelas informações do responsável, se verificar que não está recebendo o tratamento necessário.

Copo de água do Santo Ø Tampar o copo com pano ou pires. Copo com água para o santo não coberto com pano ou pires.

Lona para proteção da água ou segurança de piscina

Ø Instalar bóias (câmaras de ar de pneus) sob a lona, no centro da piscina, para facilitar o escoamento da água de chuva, evitando acúmulo de água sobre a lona.

Lona de cobertura de piscina sem declividade do centro para as bordas.

Piscina infantil Ø Em períodos de uso: Lavar e trocar a água pelo menos semanalmente.

Ø Em períodos sem uso: Escovar, desmontar e guardar em local coberto.

Piscina infantil que pelas condições da água e/ou pelas informações do responsável se verificar que não está sendo efetuada a limpeza e troca semanal da água

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RECIPIENTE RECOMENDAÇÕES/ CUIDADOS RECIPIENTE EXISTENTE= CRIADOURO POTENCIAL

Vaso sanitário sem uso Freqüente

Ø Mantê-los sempre tampados. Ø Vedar com filme de polietileno, saco plástico, aderido

ao vaso c/ fita adesiva. Ø Caso não possua tampa, acionar a válvula 2 vezes por Ø semana. Ø Adicionar 2 colheres (sopa) de sal, sempre que for

acionada a descarga.

Vaso sanitário destampado ou não vedado que pelas condições da água e/ou informações do responsável, se verificar que não esta sendo acionada a válvula 2 vezes por semana, ou adicionado sal.

Caixa de descarga sem tampa e sem uso diário.

Tampá-la com filme de polietileno. Acionar a descarga 2 vezes por semana. Vedar com filme polietileno ou saco plástico, aderido à

caixa com fita adesiva.

Caixas de descarga sem uso freqüente, sem tampa ou não vedada e nem vedação com filme de polietileno e, que segundo informações do responsável, a descarga não é acionada pelo menos 2 vezes por semana

Plástico ou lona para cobrir equipamentos, peças e outros materiais.

Cortar o excesso, de modo a permitir que o plástico ou a lona fique rente aos materiais cobertos, evitando sobras no solo/piso e, sempre que houver pontos de acúmulo de água, retirar o plástico ou lona e refazer a cobertura

Cobrir as bordas do plástico ou lona com terra ou areia e, sempre que houver pontos de acúmulo de água, retirar o plástico ou lona e refazer a cobertura

Plástico ou lona inadequadamente disposto, permitindo acúmulo de água.

Fosso de elevador (construção)

Ø Esgotar a água, por bombeamento, pelo menos duas vezes por semana.

Ø Colocar peixes larvófagos (ver item IV - 1.1)

Fosso com água, que pelas suas condições e/ou informações do responsável, se verificou que não é efetuado o bombeamento da água pelo menos duas vezes por semana.

Masseira (construção) Ø Furar lateralmente no seu ponto mais baixo quando em uso e desobstruir o orifício, sempre que necessário, ou quebrar a masseira eliminando suas laterais, quando em desuso.

Masseira sem furo ou com furo obstruído permitindo acúmulo de água.

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RECIPIENTE RECOMENDAÇÕES/ CUIDADOS RECIPIENTE EXISTENTE= CRIA DOURO POTENCIAL

Bromélia Ø Substituir por outro tipo de planta que não acumule água nas axilas das folhas.

Ø Regar abundantemente com mangueira sob pressão, 2 vezes por semana.

Ø Quando plantadas em vasos, remover a água acumulada entre as folhas.

Bromélia com . larvas ou que segundo informações do responsável, não é regada abundantemente com mangueira sob pressão 2 vezes por semana, ou se plantada em vaso, mesmo sem acúmulo de água entre as folhas, o responsável informe que não adota cuidados para evitar o acúmulo de água.

Tambor, bombona, barril e latão

Em períodos sem uso: emborcar bombonas, barrís e latões. Devem de preferência ser guardados em local coberto e quando mantidos ao relento devem ficar emborcados ou deitados e levemente inclinados sobre um calço, de forma a evitar acúmulo de água.

Em períodos em uso: cobri-los com tampa, toalha, ou "touca" (confeccionada com tela de mosquiteiro ou tecido) ou trocar toda a água 2 vezes por semana de preferência escovando as paredes do depósito.

Bombona, barril ou latão ao relento e não emborcados. Tambor não emborcado ou emborcado ou deitado sem calço; ou qualquer destes 4 recipientes sob cobertura mas com água e sem tampa ou "touca" e que pelas condições da água e/ou pelas informações do responsável, se verificar que não é trocada a água pelo menos duas vezes por semana.

Armadilha para formiga do tipo vasilhame com água

Adicionar 1 colher de sopa de sal para recipientes com até 0,5 litros de água. Para recipientes maiores, seguir Tabela 1.

Armadilha do tipo vasilhame com água que pelas informações do responsável não é tratada com sal

Técnica de utilização de areia Adicionar areia úmida no prato, em torno do vaso até a borda ou furo existente. Para pratos com correntes, utilizar o mesmo procedimento, nivelando a areia no prato até a altura dos orifícios de sustentação da corrente.

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1.3 INFORMAÇÕES ADICIONAIS Especificação de tela de mosquiteiro: Tela de nylon para mosquiteiro com trama de 1 milímetro. Dar preferência a telas de 1.5 ou 2,0 metros de largura, para melhor aproveitamento do material para cobertura de diversos tamanhos de caixas d'água .

Tabela 1 - Quantidade de sal de cozinha a colocar em recipientes para controle de larvas de Aedes aegypti.

QUANTIDADE DE ÁGUA NO RECIPIETE

QUANTIDADE DE SAL

Até 0,5 litros 1 colher de sopa

1 litro 2 colheres de sopa

5 litros 10 colheres de sopa (1 copo)

50 litros 1 Kg

100 litros 2Kg

200 litros 4Kg

300 litros 6Kg

400 litros 8Kg

500 litros 10Kg

Concentração de sal na água do recipiente - 2% (20 g de sal/litro de água)

Importante: Aplicar sal apenas nos recipientes indicados no item 1.2 50

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Tabela 2 - SUPERCLORAÇÃO - Quantidade de água sanitária ou cloro líquido a ser colocada em recipientes para eliminação de larvas de Aedes aegypti, Segundo volume de água a tratar e concentração de cloro ativo de produtos comerciais (2,5%, 5% ou 10%)

QUANTIDADE DE CLORO A COLOCAR NO RECIPIENTE, SEGUNDO CONCENTRAÇAO DO PRODUTO COMERCIAL

VOLUME DE ÁGUA EXISTENTE NO RECIPIENTE A TRATAR (Litros)

ÁGUA SANITÁRIA A 2,5%

ÁGUA SANITÁRIA A 5.0% CLORO A 10% I

20 200 ml (I copo) 100 ml (0,5 copo) 50ml (0,25copo)

50 500 ml (2 copos) 250 ml (1 copo) 125ml (0,5 copo)

100 1 litro. 500 ml (2 copos) 250ml (1 copo)

200 2 litros 1 litro 500ml (2copos) I

300 3 litros 1.5 litros 750 ml (3 copos)

400 4 litros 2 litros 1 litro

500 5 litros 2,5 litros 1,25 litros

1000 10 litros 5 litros 2,5 litros

2000 20 litros 10 litros 5 litros

Concentração de cloro ativo na água do recipiente: 250 mg de cloro ativo/ litro de água do recipiente.

Importante: - Utilizar as dosagens desta tabela apenas para tratamento de água que não será

consumida para qualquer fim, como por exemplo água de piscina desativada, de ralos internos com sifão, de caixas d' água com larvas ... . . - Se a água do recipiente estiver bastante poluída ou com muitas algas, recomenda-se dobrar a dosagem da tabela, ou seja, adicionar o dobro da quantidade especificada para cada volume a tratar.

Quando o recipiente estiver com larvas, solicitar ao morador ou responsável que observe, 12 a 24 horas após o tratamento. Observando-se a presença de larvas vivas, complementar a dosagem. Quanto maior a dosagem aplicada, menor será o tempo para se obter a mortalidade de todas as larvas.

- É importante matar as larvas antes de eliminar a água de caixas d' água, piscinas ou ralos, para evitar que estas sobrevivam, principalmente se a água dos recipientes tratados escoar para sistemas de água pluvial.

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2. MEDIDAS DE CONTROLE QUÍMICO 2.1. TRATAMENTO FOCAL

É o tratamento interno dos recipientes não removíveis e/ou não alteráveis de posição e/ou de estrutura, com larvicidas de baixa toxicidade. Deve-se evitar o tratamento de depósitos de água para consumo humano, o qual somente é recomendado em situações epidêmicas, em que esse tipo de recipiente for importante na manutenção da transmissão e não existirem outras alternativas de controle aplicáveis de forma imediata.

2.1.1 LARVICIDAS Atualmente, os larvicidas utilizados no Estado de São Paulo são: temephos 1 % (organofosforado) na formulação granulado- GR e Baci/us thurigiensis var israelensis - Bti nas formulações granulado- GR e grânulos dissolvíveis em água- WDG. Esses dois larvicidas foram aprovados pela Organização Mundial da Saúde para aplicação em água de consumo humano, sendo seu uso recomendado pela Fundação Nacional de Saúde- FUNASA, nas seguintes formulações: temephos na formulação GR e BTI na formulação WDG. 2.1.2 CÁLCULO DAS DOSES A APLICAR Para determinação da quantidade de larvicida a ser utilizada é necessário conhecer o volume do recipiente. Para este cálculo, utiliza-se regra básica como segue: Depósitos retangulares ou quadrados; multiplica-se o comprimento (C em cm) pela largura (L em cm) e pela profundidade (P em cm) dividido por 1.000:

v = C X L X P/1000 → será obtido resultado em litros

Depósitos cilíndricos; multiplicar o diâmetro (D em cm) pelo diâmetro (D em cm) pela altura (H em cm) e por 8, divido por 10.000:

v = D X D X H X 8 /10000 → será obtido resultado em litros

Para facilitar o trabalho foram elaboradas as tabelas 3 e 4, onde constam, para cada faixa de volume, as quantidades respectivas de larvicida em' gramas e medidas conhecidas correspondentes a doses determinadas. 2.1.3 DOSAGENS, CARGAS E EQUIPAMENTOS DE APLICAÇÃO

- Temephos 1 % GR: Utiliza-se a dosagem de 1 mg de ingrediente ativo para 1 litro de água (1 ppm = 1 g/ m\ A carga contém 500g acondicionados na própria embalagem do fabricante. São utilizadas, para aplicação, colheres dosadoras e bisnaga plástica. A bisnaga de aplicação deverá ser previamente calibrada e abasteci da com quantidades de 100g do produto. Realizar novo abastecimento quando o larvicida estiver ocupando 1 dedo de altura dentro da bisnaga (ver tabela 3) Este cuidado deve ser tomado porque a quantidade de

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larvicida que sai da bisnaga é diferente se a mesma estiver completamente cheia ou vazia. - Baci/us thuringiensis var israelensis- Bti GR: Utiliza-se a dosagem de I grama do

produto comercial para 50 litros de água. A carga contém 100 gramas, acondicionados na própria embalagem do fabricante. Para tratamento de recipientes com grandes volumes de água devem ser confeccionados saches contendo 5 gramas. Não é recomendável confeccionar saches com mais de 5 gramas, para não dificultar a liberação de ingrediente ativo na água. Devem ser acondicionados 20 saches em embalagem plástica, formando uma carga (l00gramas). Para aplicação, são utilizadas colheres dosadoras, além dos saches previamente preparados.

- Baci/us thuringiensis var israelensis- Bti WDG: Trata-se de formulação cujo uso deve ficar restrito ao tratamento de água para consumo humano. Utiliza-se a dosagem de 0,5 grama de produto comercial para 250 litros de água. A carga contém 100 gramas, que devem ser embalados em sacos plásticos, pela Área de Controle de Vetores, e levados a campo dentro de potes plásticos não transparentes, para proteção contra luz. Para aplicação, são utilizadas "colheres dosadoras para soro caseiro".

2.2 TRATAMENTO PERIFOCAL É a aplicação de inseticida de ação residual sobre as superfícies internas e externas de recipientes e sobre a porção de superfície vertical imediata a esses recipientes. Serão tratados os recipientes com água ou com possibilidade de contê-la, estejam os mesmos dentro de edificações ou ao relento. 2.2.1 INSETICIDAS E EQUIPAMENTOS UTILIZADOS Diversos inseticidas podem ser empregados neste tratamento. Atualmente, no Estado de São Paulo, o fenitrothion (organofosforado) é o inseticida em uso, em função de detecção de resistência do Aedes aegypti à cipermetrina (piretró ide). O equipamento utilizado para esse tipo de tratamento é o pulverizador manual de compressão prévia: bombas Hudson, Guarany, Excelsior ou similar, de 5, 8 ou 10 litros de capacidade. 2.2.2 PROCEDIMENTOS PARA O TRATAMENTO PERIFOCAL - PREPARAÇÃO DA CARGA Para preparação da calda, deve-se colocar, num balde de 5 litros, os pacotes de inseticida necessários e acrescentar, com cuidado, a quantidade de água suficiente para formar uma pasta (mais ou menos 1 litro d'água para cada pacote): Misturar bem com uma espátula e deixar descansar, no mínimo, durante 10 minutos. Após o tempo de repouso acrescentar água, na mesma quantidade inicialmente colocada, misturar bem e despejar na bomba, utilizando peneira. Colocar mais água, até completar 4 , 8 ou 10 litros. Agitar a carga com o auxílio da espátula e, em seguida, tampar a bomba, realizando o bombeamento. Durante o período em que a pasta permanece em repouso, o agente deverá dispor os materiais, a serem tratados, da forma mais adequada para facilitar o tratamento. Evitar levar de restos de cargas de um PE para outro seguinte, calculando a quantidade de calda necessária a ser preparada (1 carga, 0,5 carga), e esgotar toda a calda preparada, reforçando o tratamento de alguns recipientes.

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A tabela a seguir apresenta o volume dos três equipamentos de aplicação e a quantidade correspondente do produto comercial Fenitrothion 40 PM para preparação da calda (1 pacote= 250 gramas), para obtenção de uma dosagem média de 2g do ingrediente ativo/m² de superfície tratada:

Bombas Quantidade de água Fenitrothion 40 PM manuais de 1 carga

5 Litros 4 Litros de água 500 gramas (2 pacotes)

8 Litros 8 Litros de água 1.000 gramas (4 pacotes)

10 Litros 10 Litros de água 1.250 gramas (5 pacotes)

- TÉCNICA DE APLICAÇÃO A pulverização deverá ser realizada com a pressão na bomba entre 25 e 55 libras/pol2 e com bico Tee-jet 8002. Para recipientes grandes e paredes próximas a recipientes, a técnica de aplicação é a seguinte: inicia-se o tratamento com o bico a 45 cm das paredes dos recipientes e aplica-se o inseticida em toda a sua superfície externa, da esquerda para a direita, em franjas com superposição de 5 cm, e numa velocidade, condicionada através de treinamento, de 3 m de franja a cada 6,7 segundos. Em seguida usando a mesma técnica, tratar a superfície interna"e por último a parede próxima, até 1 metro ao redor do recipiente ou recipientes. Os pneus devem ser borrifados um a um por dentro e por fora, mantendo o bico a uma distância da superfície a tratar que evite desperdício de inseticida (a abertura do leque não deve ultrapassar a largura do pneu, aumentando a velocidade para evitar que o inseticida escorra em demasia). Para recipientes pequenos, de variados tipos, recomenda-se colocá-los juntos e borrifá-los. A cada início de tratamento o funcionário deverá verificar a pressão e agitar a bomba. Observar freqüentemente a pressão na bomba e proceder novo bombeamento sempre que esta se aproximar de 25 libras/pol². Durante a aplicação, agitar a bomba após cada bombeamento, e a cada momento de interrupção para iniciar novo recipiente ou conjunto de recipientes, de forma a proceder a agitação mais ou menos de 2 em 2 minutos. - RECIPIENTES ROCIÁ VEIS E NÃO ROCIÁ VEIS A parede da qual se aproxima o recipiente será sempre rociável. São rociáveis totalmente os seguintes recipientes: pneus, blocos de cimento, latas, objetos

sem utilidade, sucatas de diversos tipos, tanques sem peixes, cacos de vidro em muros, calhas mal niveladas; São rociáveis apenas na sua superfície externa: reservatórios de água (tambores, tonéis, caixas d'água.) excetuando-se aqueles com água para consumo humano; Não são rociáveis: os demais recipientes. 2.2.3 CUIDADOS DURANTE A APLICAÇÃO E MEDIDAS DE PROTEÇÃO DO OPERADOR

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- Evitar a presença de pessoas e animais domésticos, próximo ao local da aplicação; - Realizar a devida cobertura de depósitos de água se estes estiverem próximos do local de aplicação; - Recomendar ao responsável pelo imóvel para não varrer nem lavar, nas próximas quatro semanas, as superfícies tratadas - Os EPIs indicados para uso na atividade em questão estão relacionados a seguir: Tratamento focal - luva nitrílica

Tratamento perifocal - capuz tipo legionário, óculos de proteção, máscara semi-facial com filtro de carvão ativado, avental manga longa, luva nitrílica e botina impermeável. Nebulização - capuz tipo legionário, máscara facial com filtro de carvão ativado, protetor auricular tipo concha, avental manga longa, luva nitrílica, botina de segurança. Os cuidados relacionados com, os EPIs descritos acima, estão citados nas Instruções Normativas nºs 01, 05, 07 e 09 elaboradas pelo SESMET/SUCEN.

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Tabela 3. Quantidade de temephos granulado 1 % aplicado de acordo com a

capacidade do recipiente para obter dosagem de 1 ppm de ingrediente ativo.

Volume do recipiente (litros) Quantidade do produto comercial

em gramas em medidas

Menor ou igual a 5 0,5 Utilizar a bisnaga ( 1 pitada)

06 50 5 0,5 colher de sopa

51 100 10 I colher de sopa

101 150 15 1,5 colher de sopa

151 200 20 2,0 colheres de sopa

201 250 25 2,5 colheres de sopa

251 300 30 3,0 colheres de sopa

301 350 35 3,5 colheres de sopa

351 400 40 4,0 colheres de sopa

401 450 45 4,5 colheres de sopa

451 500 50 5,0 colheres de sopa

501 600 60 6,0 colheres de sopa

601 700 70 7,0 colheres de sopa

701 800 80 8,0 colheres de sopa

801 900 90 9,0 colheres de sopa

901 1000 100 1 medida - bisnaga*

1001 1100 110 1 medida - bisnaga e 1 colher de sopa

1 carga = 500 gramas do produto comercial (embalagem do fabricante) * Na bisnaga deverá ser demarcada a altura até a qual o temephos gr 1 % contido corresponda a 100 gramas. Essa marca, além de orientar o abastecimento da bisnaga, que não deverá conter mais de 100 gramas, também servirá como medida, quando a quantidade de larvicida a aplicar for de 100 gramas ou mais. Para valores acima de 1.100 litros adotar os seguintes procedimentos: para cada 5.000 litros aplicar 500 g (1 carga) para cada 1.000 litros aplicar 100 g (1 medida-bisnaga) para cada 100 litros aplicar 10 g (1 colher de sopa) Exemplo: Preciso tratar um recipiente com capacidade de 8.400 litros. Que quantidade de temephos gr. 1 % devo aplicar? 5.000 litros - 1 carga 3.000 litros - 3 medidas-bisnaga 400 litros - 4 colheres de sopa R: Devo aplicar 1 carga, 3 medidas-bisnaga e 4 colheres de sopa de temephos gr 1 %

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Tabela 4. Quantidade de Bacilus thuringiensis var israelensis- Bti granulado que deve ser aplicado de acordo com a capacidade do recipiente para obter dosagem de 1 grama do produto comercial para 50 litros de água

Volume (litros) Dosagem (aramas) Aplicação

Até 50 1 01 colher de café

51 - 100 2 02 colheres de café

101-150 3 03 colheres de café

151-200 4 04 colheres de café

201 - 250 5 01 sachê

500 10 02 sachês

750 15 03 sachês

1.000 20 04 sachês

1.500 30 06 sachês

2.000 40 08 sachês

2.500 50 10 sachês

3.000 60 12 sachês

4.000 80 16 sachês

5.000 100 20 sachês = 1 carga

Importante: não utilizar esta formulação para tratamento de água para consumo humano. Observações:

- A carga BTI gr: 100 gramas do produto comercial (embalagem do fabricante) - A carga de sachês convencionada é de 100 gramas, sendo acondicionadas 20 unidades por saco plástico; -A anotação das cargas de sachês nos boletins seguirá o mesmo procedimento da carga a granel.

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2.3 BLOQUEIO - CONTROLE DE CRIADOURO

Consiste na vistoria completa (intra e peridomicílio) e no controle de todos os criadouros encontrados, em cada imóvel trabalhado. Deve ser realizado concomitantemente ao Bloqueio- Nebulização, conforme recomendado no item III- 1.4. Utilizar para registro das informações o Boletim de Atividades de Vigilância e Controle de Aedes aegypti vigente, referente ao Sistema SISAED.

Realizar as ações de controle do vetor conforme segue:

• orientação aos moradores e proprietários de imóveis sobre os cuidados necessários para evitar criadouros de Aedes aegypti nos imóveis sob sua responsabilidade;

• adoção das medidas de controle mecânico, de execução possível durante a visita;

• aplicação de larvicida organofosforado ou biológico em todos (;s recipientes que não puderam ser protegidos por medidas de controle mecânico. Com relação aos depósitos de água para consumo humano somente será realizado o tratamento quando forem esgotadas todas as alternativas de controle a curto prazo, conforme já citado no item VI-2.1.

2.4 BLOQUEIO - NEBULIZAÇÃO

Consiste na aplicação de inseticida de casa em casa com nebulizador portátil, a ultra baixo volume - UBV. Fatores meteorológicos importantes, como ventos com alta velocidade, chuvas e altas temperaturas, acima de 35°C, podem diminuir a eficácia da aplicação de inseticidas,

2.4.1- EQUIPAMENTOS UTILIZADOS E CUIDADOS NA SUA UTILIZAÇÃO

Podem ser utilizados vários equipamentos que preencham as características para aplicações a UBV de pequeno alcance: vazão de 30 a 50ml/min e gotas aspergidas com diâmetro mediano (NMD) em tOrno de 30 micra. Atualmente, a SUCEN utiliza os nebulizadores costais Jacto 2000UBV e Guarany. Para obter uma vazão adequada para UBV, os nebulizadores Jacto 2000 devem utilizar as pastilhas de cor bege e os Guarany as pastilhas de cor laranja. Durante a aplicação do inseticida, utilizar aceleração máxima. Outros cuidados adicionais devem ser adotados na utilização do nebulizador Guarany: abastecer o tanque com no máximo 4 litros de mistura e realizar a aplicação até que o volume chegue no mínimo a 1 litro no tanque. Este procedimento visa obter maior homogeneidade na vazão, (a vazão varia conforme o volume de líquido no tanque), além de reduzir a fadiga do operador. Para viabilizar este procedimento é necessário realizar marcações no tanque nas alturas correspondentes a 1 e 4 litros.

2.4.2 INSETICIDAS UTILIZADOS E PREPARAÇÃO DAS MISTURAS

Para nebulização, a SUCEN utiliza os seguintes inseticidas: Malation grau técnico GT (Organofosforado) e cipermetrina concentrado emulcionável- CE (Piretróide); porém, em função do surgimento de resistência do Aedes aegypti à cipermetrina em várias regiões do Estado, atualmente o inseticida de escolha está sendo o malation. Nas nebulizações a Ultra Baixo Volume- UBV com equipamento portátil, as misturas

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utilizadas são padronizadas conforme consta na tabela a seguir:

INSETICIDA MISTURA DO PRODUTO COM OLEO DE SOJA

Cipermetrina 25% CE 1 parte de Cipermetrina 25% CE para 19 partes de óleo de soja (1: 19)

Cipermetrina 20% CE 1 parte de Cipermetrina 20% CE para 15 partes de óleo de soja (1: 15)

Malathion 95-96% UBV 1 parte de Malathion 95-96% UBV para 2 partes de óleo de soja (1 :2)

2.4.3 ORGANIZAÇÃO DA ATIVIDADE DE NEBULIZAÇÃO Cada equipe contará com no máximo 3 trios de desinsetizadores (desins ou agentes),

trabalhando cada trio em quarteirões distintos. Para melhor coordenação e supervisão do trabalho pelo supervisor e para facilitar o abastecimento e guarda das máquinas nos períodos em que o trio não está realizando a nebulização, os quarteirões a serem trabalhados devem estar localizados o mais próximo possível, e a seqüência do trabalho deverá ser programada de maneira a não ocorrer o distanciamento entre os trios. Os desins de cada trio deverão se revezar no uso da máquina, durante o trabalho de cada dia, ou em dias alternados. As etapas do trabalho de cada trio nos quarteirões são as seguintes:

A- Revezamento diário no uso da máquina pelos desins: Etapa 1: Dois desins visitarão casas separadamente no 10 Quarteirão ou conjunto de 25

imóveis: entregarão o folheto contendo orientações sobre a preparação da casa (ver anexo) informando ao morador sobre como proceder nas várias situações encontradas. Eliminarão e/ou tratarão possíveis criadouros ainda existentes ("rescaldo"). O terceiro desin preencherá o Boletim na atividade Bloqueio- Nebulização, deixando para anotar o X em nebulização quando da sua realização.

Etapa 2: Dois desins voltarão às primeiras casas orientadas: um deles verificará a preparação das casas c completará o que for necessário, anotará o X em nebulização naquelas que forem nebulizadas, além de controlar o tempo de aplicação do colega que estiver com a máquina (no máximo 1 hora de trabalho ininterrupto) e de informá-lo sobre situações que exijam cuidados especiais; o outro desin realizará a aplicação de inseticida com o nebulizador costa!. O desin, que permaneceu adiantado na seqüência de trabalho, deverá iniciar nova folha de boletim e dar continuidade às visitas para orientação de preparação da casa e "rescaldo" no mesmo quarteirão, se ainda existirem casas a serem trabalhadas e/ou no quarteirão seguinte.

Etapa 3: Quando o desin que estava com a máquina interromper a nebulização, deverá levá-la até a viatura, abastecê-la com combustível e/ou inseticida se necessário, retirar todos os EPIs e descansar por 15 minutos. Enquanto isso, o desin que estava trabalhando próximo deste, deverá se juntar ao colega que estava na frente. O terceiro, após descanso, fará o mesmo. O trio deverá então repetir os mesmos procedimentos da Etapa 1, até existirem cerca de 25 casas trabalhadas no boletim para que se efetue a nebulização. Etapa 4: Dois desins deverão retomar ao imóvel onde será dada continuidade à nebulização e repetir os mesmos procedimentos da Etapa 2. O desin que trabalhará com a 59

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máquina não deverá ser mesmo da Etapa 2. Etapa 5: Repetir os procedimentos da etapa 3, e assim por diante. B - Revezamento em dias alternados no uso da máquina pelos desins: - Nesta opção, a aplicação de inseticida transcorrerá a cargo de 1 dos desins, com os outros 2 colegas desenvolvendo as demais ações; sendo que haverá revezamento do trabalho com a máquina em dias alternados. O desin que estiver operando a máquina, deverá adotar o cuidado de descansar por 15 minutos, após cada O I hora de operação. As Etapas de trabalho seguirão o mesmo roteiro do item A

2.4.4 IMÓVEIS TRATADOS E NÃO TRATADOS

Tratamento de todos os tipos de imóveis: residências, casas comerciais, escolas, serviços de saúde incluindo hospitais (descartar enfermarias), Pontos Estratégicos, praças /jardins e terrenos baldios.

Imóveis fechados: tratamento pela frente e pelos muros laterais. Como o tratamento foi parcial, esses imóveis serão incluídos no boletim, como fechados.

Agendar com antecedência: escolas e serviços de saúde.

2.4.5 TÉCNICA DE TRATAMENTO EM CADA IMÓVEL 1 ⇒ Ir até o fundo do quintal, com a máquina ligada, mas sem aspergir inseticida, observando as características do imóvel e organizando mentalmente toda a seqÜência da aplicação do inseticida pelo imóvel. 2 ⇒ Iniciar a aplicação no fundo do quintal (5 a 8 m do muro), caminhando lentamente-metade da velocidade do caminhar normal - e movimentar o bocal da máquina em todas as direções (direita, esquerda, para baixo e para cima sempre que existirem árvores ou materiais em níveis mais elevados). 3 ⇒ O intra domicílio é tratado pelo lançamento do inseticida através das janelas e portas abertas com cortinas recolhidas, inclusive o Box do banheiro. Parar, em cada janela ou porta de casas térreas durante 5 segundos (contar 101, 102, 103, 104, 105), podendo excepcionalmente, a critério do Encarregado ou Supervisor, reduzir esse tempo para 3 segundos em casas com cômodos muito pequenos (tipo COHAB). Girar o bocal entre 20 e 45° em relação ao solo, se a máquina utilizada for a Jacto, e permanecer com o tubo direcionador de ar na horizontal, se a máquina utilizada for a Guarany, pois seu bocal já apresenta uma inclinação de aproximadamente 35°. No tratamento do 10 andar de sobrados ou apartamentos, inclinar o bocal (em torno de 60° em relação ao solo se a máquina for a Jacto e inclinar levemente se for a Guarany) em direção às portas/janelas elevadas durante 15 segundos (contar 101,102,103,104 .......114,115). 4 ⇒ Encerrar a aplicação pela área da frente do imóvel, direcionando rapidamente o jato de inseticida para árvores que existirem na calçada. 5 ⇒As orientações para a preparação do imóvel constam no informe a seguir, o qual deverá ser entregue ao morador ou responsável.

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2.4.6 MEDIDAS DE PROTEÇÃO DO APLICADOR É obrigatório o uso, pelos desins, dos seguintes EPIS durante a aplicação de inseticida: máscara facial com filtro de carvão ativado, touca legionária, luvas nitrílicas, avental, protetores aureculares e botina de segurança, conforme citados nas Instruções Normativas nOs 01,05,07,09 elaboradas pelo SESMET/SUCEN..

Anexo à atividade bloqueio- nebulização

TRABALHO DE COMBATE À DENGUE

Prezado(a) Senhor(a):

A equipe da Sucen visitará sua casa para fazer aplicação de inseticida contra o mosquito da dengue. � Prepare sua casa. > GUARDE EM LUGAR FECHADO OU CUBRA:

1. alimentos, água e utensílios de cozinha; 2. roupas limpas e/ou penduradas no varal (mesmo molhadas). > CUBRA:

1. comedouros e bebedouros de animais e gaiolas de passarinhos. > RETIRE OU MANTENHA LEVANTADAS: 2. roupas de cama; 3. toalhas de mesa. > MANTENHA ABERTAS:

1. portas, janelas e cortinas para facilitar a entrada do inseticida.

� Durante a aplicação do inseticida, permaneça na calçada com as crianças e os animais de pequeno porte, só retomando 15 minutos após o término da aplicação de inseticida.

� Se na sua casa houver pessoas doentes CJ acamadas, estas deverão ser mantidas no quarto, com as portas e janelas fechadas, aí permanecendo por 30 minutos depois do final da aplicação.

ATENÇÃO: O INSETICIDA PULVERIZADO MATARÁ APENAS OS MOSQUITOS QUE

ESTIVEREM NA SUA CASA NO MOMENTO DA APLICAÇÃO. EVITE A CRIAÇÃO DE NOVOS MOSQUITOS ELIMINANDO TODOS OS RECIPIENTES E LOCAIS QUE POSSAM ACUMULAR ÁGUA.

VOCÊ É RESPONSÁVEL PELA SAÚDE DE SUA FAMÍLIA, SEM A SUA PARTICIPAÇÃO SERÁ IMPOSSÍVEL ACABAR COM A DENGUE.

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V INTEGRAÇÃO DO PROGRAMA DE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE/PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA COM A ÁREA DE CONTROLE DE VETORES.

1. OBJETIVOS DA PROPOSTA TÉCNICA.

· Evitar duplicidade de ações. · Melhorar o aproveitamento das visitas realizadas pela área de controle de vetoresACV

e P ACS, ampliando e/ou aprofundando o trabalho em alguns aspectos, sem desconsiderar a especificidade de ambas as áreas e contribuindo para maior nível de racional idade.

· Estabelecer mecanismos que facilitem o fluxo de informações necessárias para sustentação da referida integração de ações.

2. DIRETRIZES PARA PROMOVER A INTEGRAÇÃO. 2.1 COM BASE NOS OBJETIVOS E CONSIDERANDO AS SEMELHANÇAS EXISTENTES NOS DOIS PROGRAMAS, RECOMENDA-SE: - que nas visitas domiciliares, o agente comunitário de saúde- ACS realize a vistoria do imóvel e detalhe as orientações para eliminar as situações de risco encontradas, discutindo-as com o morador, para que as famílias incorporem em suas casas e no meio social em que vivem, práticas efetivas e sustentáveis em controle de vetores e, detectando problemas de difícil solução pela família e que caracterizem uma ação mais específica da área de controle de vetores, remeta-os a esta; - que nas visitas domiciliares ou a Pontos Estratégicos- PEs e a outros imóveis não residenciais, o agente de controle de vetores- AgCV realize, além das ações específicas, outras de vigilância à saúde, de acordo com a& prioridades estabelecidas pelo município. 2.2 PARA IMPLEMENT AÇÃO DESSES AJUSTES, NO TRABALHO DESENVOL VIDO PELOS ACS E PELOS AGCV, SERÁ NECESSÁRIO: a- Incluir nas visitas domiciliares realizadas pelo ACS, a vistoria completa da casa,

(excluídos os recipientes de difícil acesso), e orientações ao morador para eliminação de criadouros potenciais de Aedes aegypti: o ACS visitará, mensalmente, a metade das famílias da micro-área. Avaliar se há diminuição significativa do rendimento,

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readequando, se necessário, o número de famílias sob sua responsabilidade.

b- Redimensionar o número de AgCV levando-se em conta a reorganização do trabalho de

controle de vetores, de forma a garantir a realização de ações específicas deste profissional.

• Nas áreas infestadas (Estratos 1 a 3) onde estiver implantado o PACS/PSF será

necessário que o AgCV realize visitas:

- a imóveis não residenciais e terrenos baldios em todos os municípios infestados, e pesquisa e tratamento de PEs apenas nos municípios com menos de 50.000 habitantes (a mesma equipe realiza Casa-a-Casa e Pesquisa e Tratamento de PEs ); - a imóveis residenciais. com problemas não solucionados pelo ACS e de possível solução pelo AgCV; - para Avaliação de Densidade Larvária (determinação do IB); - a todas as casas ou parte delas durante o inverno/primavera, para vistoria das caixas d'água e calhas, durante campanhas para melhoria da qualidade do armazenamento de água e para a limpeza de calhas durante o inverno e primavera; - para controle de criadouros em bloqueio de casos de dengue e/ou intensificação das medidas de controle em áreas com 18 elevado, durante o verão /outono;

• Nas áreas infestadas, onde não estiver implantado o PACS: o número de AgCV deverá

seguir os parâmetros de dimensionamento que constaram na PPI-ECD-2000 (ver item VIII), sendo que o incremento do trabalho destes agentes com outras ações de vigilância à saúde deve ser programado aproveitando a seqüência normal de visitas para controle de vetores, de forma que o rendimento não seja reduzido significativamente.

• Nas áreas não infestadas, esteja ou não implantado o PACS: o número de AgCV deverá

seguir os parâmetros de dimensionamento que constaram na PPI-ECD-2000 (ver item VIII), pois o incremento do trabalho desses agentes com as visitas às casas selecionadas pelo ACS como de "risco para Aedes aegypti" e com outras ações de vigilância à saúde nos imóveis cadastrados para vigilância entorno lógica (PEs e armadilhas), não deve reduzir significativamente seu rendimento.

c- Não será necessário adequar a delimitação dos Setores CV à do P ACS/PSF nas áreas onde houver sobreposição de programas. O boletim de campo elaborado para essas ações de controle de vetores, inclui no seu cabeçalho as informações necessárias para registro das visitas nos dois sistemas de informação: SIAB e SISAED.

d- Definir o fluxo das várias informações entre a ACV e o P ACS/PSF: dados para alimentar o SISAED, notificação de "imóveis de risco", repasse de casas que necessitem de uma ação específica da ACV, notificação de agravos à saúde. . .

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e- Ampliar a atuação do profissional da área c:: Informação/ Educação / Comunicação - IEC para o PACS/PSF, VE e VISA, por meio de subsídios a práticas educativas, avaliação dos resultados obtidos com ações educativas, elaboração de projetos educativos, além da participação na capacitação e supervisão de AgCV e ACS. f- Capacitar as duas categorias de agentes, visando sua adequação às novas atribuições, e implementar programações de educação continuada. g- Realizar reuniões mensais da ACV com o PACS/PSF para avaliação (cobertura do trabalho

planejado, e indicadores sanitários, entomológicos e epidemiológicos) e planejamento do trabalho, com registro em relatório, visando propiciar aos municípios e DIR/ SUCEN, um acompanhamento detalhado e oportuno do desenvolvimento desta proposta técnica, para quando necessário, promover os ajustes necessários.

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VI DIMENSIONAMENTO HUMANOS.

DE

RECURSOS

1. PARÂMETROS PARA MUNICIPIOS INFESTADOS.

Áreas de no máximo 15 mil imóveis Setores - Periodicidade bimestral - no máximo 2000 imóveis

Periodicidade trimestral - no máximo 3000 imóveis

Imóveis especiais: Estima-se de 05 a 20 imóveis especiais para cada 10 mil habitantes (quanto maior o porte do município, menor o número de imóveis especiais para cada 10 mil habitantes) Rendimentos médios: • Rendimento Casa a Casa: 25 casas /agente. dia. Para imóveis especiais estima-se os

seguintes rendimentos (equipe composta por 2 agentes): - Municípios até 50 mil hab. : 5 imóveis/equipe-dia. - Municípios de 50 a 200 mil hab.: 3 imóveis/equipe-dia. - Municípios com mais de 200 mil hab.: 2 imóveis/equipe-dia. Para imóveis desocupados, estima-se um rendimento de 9 imóveis/ agente-dia. incluindo a retirada das chaves em imobiliárias. • Rendimento Pesquisa e Tratamento de PEs - em municípios maiores:

- Municípios até 100 mil hab. = 9 PEs/ agente. dia (01 agente p/ 80 PEs) - Municípios com mais de 100 mil hab. = 5 PEs/ agente. dia (01 agente p/50 PEs)

Estimativa de visitas a serem realizadas pelo AgCV em 100 imóveis existentes em áreas trabalhadas por ACS

Agentes Controle de Vetores- estimativa de visitas em 1 mês para cada 100imóveis existentes

Periodicidade

C/C pelo AgCV

N° imóveis

Existentes

Estimativa de domicílios pl visita do ACS

Imóveis não residenciais

Atendimento de demanda dos ACS

Imóveis p/ vistoria cx. d'água, calhas, lajes

Avaliação Densidade Larvária/mês Bimestral

Total de visitas

Bimestral 100 80 10 04 5 03 22

Trimestral 100 80 07 04 5 03 18

Para cada 100 imóveis estima-se que os ACS ficarão responsáveis por 80 domicílios e os AgCV

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pelos 20 imóveis não residenciais restantes, além de visitas em imóveis repassados pelos ACS (estima-se que 10% das residências visitadas gerarão demanda para AgCV ) , e para vistoria de caixas d'água, calhas e lajes (estima-se que 30% de todos os imóveis necessitarão de vistoria), durante o inverno e primavera (6 meses).

2. PARÂMETROS INFESTADOS.

PARA

MUNICÍPIOS

NÃO

Rendimentos médios: • Rendimento para Pesquisa de Armadilhas: 20 Armadilhas/ agente. dia. Considerando 4 dias de

trabalho/ semana, I agente ficará responsável por 80 armadilhas. • Rendimento Pesquisa de PEs:

- Municípios com menos de 100 mil hab. = 10 PEs/ agente. dia (01 agente para 100 PEs)

- Municípios com mais de 100 mil hab = 6 PEs/ agente. dia (01 agente para 60 PEs)

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3. BASE DE CÁLCULO PARA DIMENSIONAMENTO DE RECURSOS HUMANOS PARA AS ATIVIDADES DE CONTROLE DE

AEDES AEGYPTI - MUNICÍPIOS INFESTADOS

Função Quantidade

Coordenador ( * ) Recomenda-se 1 coordenador específico para controle de vetores, em municípios com mais de 100 mil hab.

Municípios até 50 mil hab = 01 profissional de nível médio Municípios de 50 a 100 mil hab = 01 profissional de nível médio e 1 agente

ProfissionallEC ( * ) Municípios de 100 a 300 mil hab = 01 profissional de nível universitário e 2 agentes

Municípios com mais de 300 mil hab = 02 profissionais de nível universitário e 03 agentes

Supervisor Geral Recomenda-se 01 supervisor geral em municípios com mais de 100 mil hab, sem coordenador específico para controle de vetores

e, 1 para no mínimo 5 supervisores de área, independentemente de contar com coordenador específico.

Supervisor de Área 01 para no máximo 10 agentes

Agente de Controle de Casa - a- Casa e Avaliação de Densidade Larvária : Estratos 1 e 2: 01 agente para cada 1000 imóveis

Vetores (AgCV), em áreas Estrato 3 : 01agente para cada 1500 imóveis sem PACS/PSF Pesquisa e Tratamento de PEs (**): Municípios até] 00 mil hab = 01 agente para 80 PEs

Municípios com mais de 100 mil hab = 01 agente para 50 PEs

AgCV em áreas de Casa-a-Casa e Avaliação de Densidade Larvária: Period. Bimestral: 01 agente para 2300 imóveis exist.

sobreposição c/ PACS/PSF Period. Trimestral: 10 agente para 2700 imóveis existentes

Casa-a-Casa (somente domicílios): 01 ACS para 150 a 200 residências. Trabalho em imóveis não residenciais da micro- área

Agente Comunitário de deverá ser realizado por agente de controle de vetores.

Saúde

Laboratorista 01 laboratorista para cada 100 agentes de controle de vetores.

( * ) do Quadro de Pessoal do município. (**) Municípios com menos de 50 mil hab. não necessitarão de agentes específicos para esta atividade.

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4. BASE DE CÁLCULO PARA DIMENSIONAMENTO DE RECURSOS HUMANOS PARA AS ATIVIDADES DE CONTROLE DE AEDES AEGYPTI - MUNICÍPIOS NÃO INFESTADOS

Função Quantidade

Coordenador ( * ) Recomenda-se 1 coordenador específico para controle de vetores, em municípios com mais de 200 mil hab.

municípios até 100 mil habitantes = 01 profissional de nível médio municípios de 100 a 300 mil habitantes = 01 profissional de nível universitário

Profissional IEC ( * ) municípios com mais de 300 mil habitantes = 02 profissionais de nível universitário

Supervisor 01 para no máximo 08 agentes

Agente de Controle de - Pesquisa de Armadilhas: 01 agente para cada 80 Armadilhas Vetores (**)

- Pesquisa de PEs: Municípios com menos de 100 mil = 01 agente para 100 PEs

Municípios com mais de 100 mil hab = 01 agente para 60 PEso - Casa-a-Casa em imóveis especiais e nos bairros c/ piores condições sanitárias e Delimitação de Foco: Município de 10 mil a 40 mil hab: 1 agente p/ 10 mil hab. Município de 40 mil a 100 mil hab: 1 agente p/ 15 mil hab. e no mínimo 3 agentes.

Município com mais de 100 mil hab: 1 agente para cada 30 mil hab e no mínimo 6 agentes

Casa - a- Casa (somente domicílios): 01 ACS para 150 a 200 residências. Trabalho em imóveis especiais da micro- área deverá Agente Comunitário de ser realizado por agente de controle de vetores.

Saúde

Laboratorista 01 para no máximo 100 agentes

( * ) do Quadro de Pessoal do município. (**) Municípios com menos de 50 mil habitantes necessitarão de 01 único agente para atender as duas atividades (PA e PPE).

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

1. CENTER FOR DISEASE CONTROL - CDC. Biologia y control del Aedes aegypti

Atlanta. 1980. 2. FUNDAÇÃO NACIONAL DA SAÚDE - MS. Dengue - Instruções para pessoal de

Campo: Manual de Normas Técnicas. Brasília. Abril de 2001. Mimeo 83 p. 3. SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE - GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO.

Plano de Intensificação das ações de controle de dengue no estado de São Paulo. São Paulo. Agosto de 2001. Mimeo 15 p.

4. SHERMAN C; FERNANDEZ E A; CHAN A S; LOZANO R C; LEONTSINI E: WINCH

P J. La untadita: A procedure for maintaining and drums free of Aedes aegypti based on modification of existing practices. Am. J Trop. Med. Hyg., 58(2) 257-262, 1998.

5. SUPERINTENDÊNCIA DE CONTROLE DE ENDEMIAS - SES. Avaliação de

mortalidade de formas imaturas de Aedes aegypti expostas a diferentes concentrações salinas. Núcleo de Pesquisa do Serviço Regional li. Fevereiro de 2000. Mimeo 3 p.

6. SUPERINTENDÊNCIA DE CONTROLE DE ENDEMIAS - SES. Manual de Atividades

para Controle dos Vetores de Dengue e Febre Amarela - Controle mecânico e químico São Paulo, 1993.21 p.

7. SUPERINTENDÊNCIA DE CONTROLE DE ENDEMIAS - SES. Manual de Controle

dos Vetores de Dengue e Febre Amarela - Nebulizações. São Paulo, 1992.30 p. 8. SUPERINTENDÊNCIA DE CONTROLE DE ENDEMIAS - SES. Manual de Vigilância

Entomológica de Aedes aegypti. São Paulo, 1997. Mimeo 80 p. 9. SUPERINTENDÊNCIA DE CONTROLE DE ENDEMIAS - SES. Plano de Erradicação

do Aedes aegypti - Guia de Instruções. São Paulo. 1997.47 p. 10.SUPERINTENDÊNCIA DE CONTROLE DE ENDEMIAS - SES. Plano de

Intensificação das ações de controle de dengue no estado de São Paulo - Vigilância e Controle de Aedes aegypti: Norma, orientações e recomendações técnicas. Agosto de 2001. Mimeo 42 p.

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11. SUPERINTENDÊNCIA DE CONTROLE DE ENDEMIAS - SES. Salinidade da água como fator limitante à oviposição, em fêmeas de Aedes aegypti. Núcleo de Pesquisa do Serviço Regional 11. Fevereiro de 2000. Mimeo 3 p.

12. WORLD HEALTH ORGANIZATION- WHO. Chemical methods for the control of

vectores and pests of public health importance. Division of Control of Tropical Diseases/ WHO Pesticides Evaluation Scheme. Genebra. 1997.

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