norma np iso 17020:2013 aplicação em itv

2613 – Norma NP ISO 17020:2013 – Aplicação em ITV

Norma NP ISO 17020:2013

Aplicação em ITV

2613 – Norma NP ISO 17020:2013 – Aplicação em ITV 2

OBJETIVOS

Objetivos Gerais

Interpretar e aplicar a norma NP EN ISO/IEC 17020:2013 no âmbito da inspeção técnica de veículos.


OBJETIVOS

3

Objetivos Específicos

Identificar os objetivos e campo de aplicação da norma.

Interpretar os termos e definições da norma.

Interpretar e aplicar os requisitos gerais, de estrutura, dos recursos, do processo e do sistema de gestão.

Interpretar e aplicar os requisitos de independência para organismos de inspeção.

Identificar elementos opcionais dos relatórios e certificados de inspeção.


PROGRAMA

4

Norma NP EN ISO/IEC 17020:2013

- Introdução

- Objetivos e campo de aplicação

- Referências normativas

- Termos e definições

- Requisitos gerais

- Requisitos de estrutura

- Requisitos dos recursos

- Requisitos do processo

- Requisitos do sistema de gestão

- Anexo A (normativo) Requisitos de independência para organismos de inspeção

- Anexo B (normativo) Elementos opcionais dos relatórios e certificados de inspeção

Guia para Aplicação da Norma NP EN ISO/IEC 17020:2013 (OGC006)


APLICAÇÃO DA

ISO/IEC 17020

NP EN ISO/IEC 17020:2013 (março 2013)

OGC006 (2016-01-13) (Guia para a aplicação da NP EN ISO/IEC 17020:2013)


APLICAÇÃO DA ISO/IEC 17020

6

Enquadramento

A Norma NP EN ISO/IEC 17020:2013, de março de 2013, é a

versão portuguesa da Norma Europeia EN ISO/IEC 17020:2012 e

tem o mesmo estatuto que as versões oficiais. A tradução é da

responsabilidade do Instituto Português da Qualidade.

O Documento OGC006 (2016-01-13), desenvolvido pelo

Instituto Português de Acreditação, é o Guia para a aplicação da

Norma NP EN ISO/IEC 17020:2013.



7

Enquadramento

Nesta apresentação,

- A referência (ISO/IEC 17020) corresponde a texto da Norma

Portuguesa NP EN ISO/IEC 17020:2013 (apresentado em

itálico).

- A referência (OGC006) corresponde a texto do Guia para a

aplicação da Norma NP EN ISO/IEC 17020:2013.



8

Introdução

(ISO/IEC 17020)

A presente Norma foi elaborada com o objetivo de promover confiança nos organismos de inspeção.

Os organismos de inspeção realizam avaliações por conta de clientes privados, das suas organizações mãe ou de autoridades públicas, com o objetivo de fornecer informações relativas à conformidade dos itens inspecionados com regulamentos, normas, especificações, esquemas de inspeção ou contratos. Os parâmetros de inspeção incluem elementos sobre a quantidade, a qualidade, a segurança, a aptidão ao uso e a manutenção da conformidade com requisitos de segurança de instalações ou sistemas em funcionamento. Os requisitos gerais com os quais é requerido cumprir por estes organismos para que os seus serviços sejam aceites por clientes e por autoridades da tutela, são harmonizados na presente Norma.


Introdução

(ISO/IEC 17020)

A presente Norma abrange as atividades dos organismos de inspeção cujo trabalho pode incluir o exame de materiais, de produtos, de instalações, de fábricas, de processos, de procedimentos de trabalho ou de serviços, e a determinação da sua conformidade com requisitos e subsequente comunicação de resultados destas atividades aos clientes e, quando requerido, às autoridades. A inspeção pode abranger todas as fases da vida desses itens, incluindo a fase de conceção. Normalmente, esse trabalho requer o exercício de julgamento profissional no desempenho da inspeção, em particular quando avalia a conformidade com requisitos gerais.



Introdução

(ISO/IEC 17020)

Na presente Norma, são utilizadas as seguintes formas verbais:

- “deve” indica um requisito;

- “deverá” indica uma recomendação;

- “poderá” indica uma permissão;

- “pode” indica uma possibilidade ou uma capacidade.



Introdução

(OGC006)

O presente documento fornece orientações sobre a aplicação da NP EN ISO/IEC 17020:2013 Avaliação da conformidade – Requisitos para o funcionamento de diferentes tipos de organismos de inspeção.

Para facilitar a consulta, cada nota de orientação é identificada pelo número da secção correspondente da NP ISO/IEC 17020:2013 e um sufixo apropriado. No caso de as orientação ser provenientes do ILAC-P15, a identificação será do género 4.1.4a o que corresponde à primeira orientação ILAC para a secção 4.1.4 da norma. No caso de orientações do IPAC, a identificação será do género 5.2.5 IPAC_1, o que corresponde à primeira nota de orientação IPAC para a secção 5.2.5 da norma.



Introdução

(OGC006)

O termo “deve” é utilizado ao longo deste documento para indicar as disposições NP EN ISO/IEC 17020:2013 de cariz obrigatório.

O termo “deverá” é utilizado neste guia para indicar as disposições que, apesar de não serem obrigatórias, são indicadas como uma forma reconhecida de cumprimento dos requisitos. Os organismos de inspeção cujos sistemas não sigam alguma das orientações deste guia, apenas serão acreditados caso demonstrem ao IPAC que as suas soluções cumprem, pelo menos de um modo equivalente, a secção aplicável da NP EN ISO/IEC 17020:2013.



1 - Objetivo e campo de aplicação

(ISO/IEC 17020)

A presente Norma contém requisitos para a competência de organismos de inspeção e para a imparcialidade e consistência das suas atividades de inspeção.

Aplica-se aos organismos de inspeção do tipo A, B ou C conforme definidos na presente Norma, e aplica-se a qualquer fase de inspeção.

NOTA: As fases de inspeção incluem a fase de conceção, exame do tipo, inspeção inicial, inspeção em serviço ou de acompanhamento.



2 - Referências normativas

(ISO/IEC 17020)

Os documentos a seguir referenciados são indispensáveis à aplicação deste documento. Para referências datadas, apenas se aplica a edição citada. Para referências não datadas, aplica-se a última edição do documento referenciado (incluindo as emendas).

ISO/IEC 17000 Conformity assessment – Vocabulary and general principles



3 - Termos e definições

3.1 - Inspeção

(ISO/IEC 17020)

Exame de um produto (3.2), de um processo (3.3), de um serviço (3.4), ou de uma instalação, ou da sua conceção e determinação da sua conformidade face a requisitos específicos ou, com base no julgamento profissional, face a requisitos gerais.

NOTA 1: A inspeção de processos pode incluir o pessoal, as instalações, a tecnologia ou a metodologia.

NOTA 2: Procedimentos ou esquemas de inspeção podem restringir a inspeção apenas a um exame.

NOTA 3: Adaptado da definição 4.3 da ISO/IEC 17000:2004.

NOTA 4: O termo “objeto” é utilizado na presente Norma para representar produto, processo, serviço ou instalação conforme apropriado.




3.1 - Inspeção

(OGC006)

3.1a O termo "instalação" é definido como "um conjunto de componentes montados para que em conjunto alcancem um objetivo inatingível pelos componentes separadamente".




3.2 - Produto

(ISO/IEC 17020)

Resultado de um processo.

NOTA 1: A ISO 9000:2005 distingue quatro categorias genéricas de produtos:

- serviços (p. ex. transporte) (ver definição em 3.4);

- software (p. ex. programa de computador, dicionário);

- hardware (p. ex. motor, componentes mecânicos do motor);

- materiais processados (p. ex. lubrificante).

Muitos produtos compreendem elementos que pertencem a diferentes categorias genéricas de produtos. A denominação do produto como serviço, software, hardware ou material processado depende do elemento dominante.

NOTA 2: Produtos, incluem os resultados de processos naturais, tal como o crescimento de plantas e a formação de outros recursos naturais.





3.3 - Processo

(ISO/IEC 17020)

Conjunto de atividades interrelacionadas ou interatuantes que transformam entradas em saídas.

NOTA: Adaptado da definição 3.4.1 da ISO 9000:2005.



3 Termos e definições

3.4 Serviço

(ISO/IEC 17020)

Resultado, geralmente intangível, de pelo menos, uma atividade necessariamente realizada no interface entre o fornecedor e o cliente.

NOTA 1: A prestação de um serviço pode envolver, por exemplo, o seguinte:

- uma atividade realizada num produto tangível fornecido pelo cliente (p. ex. reparação de um automóvel);

- uma atividade realizada num produto intangível fornecido pelo cliente (p. ex. uma declaração de rendimentos para efeitos fiscais);

- a entrega de um produto intangível (p. ex. fornecimento de informações no contexto de transmissão de conhecimentos);

- a criação de um ambiente para o cliente (p. ex. nos hotéis e restaurantes).

NOTA 2: Adaptado da Nota 2 da definição 3.4.2 da ISO 9000:2005.




3.5 - Organismo de inspeção

(ISO/IEC 17020)

Organismo que realiza a inspeção (3.1).

NOTA: Um organismo de inspeção pode ser uma organização ou uma parte de uma organização.

3.6 - Sistema de inspeção

(ISO/IEC 17020)

Regras, procedimentos, e gestão para realizar a inspeção.

NOTA 1: Um sistema de inspeção pode ser gerido a nível internacional, regional, nacional ou numa divisão territorial de um país.

NOTA 2: Adaptado da definição 2.7 da ISO/IEC 17000:2004




3.7 - Esquema de inspeção

(ISO/IEC 17020)

Sistema de inspeção (3.6) ao qual se aplicam os mesmos requisitos especificados, regras e procedimentos.

NOTA 1: Um esquema de inspeção pode ser gerido a nível internacional, regional, nacional ou numa divisão territorial de um país.

NOTA 2: Esquemas são, por vezes, designados de “programas”.





3.8 - Imparcialidade

(ISO/IEC 17020)

Presença de objetividade.

NOTA 1: Objetividade significa que não existem conflitos de interesse ou que estes são resolvidos de forma a não influenciar adversamente as atividades subsequentes do organismo de inspeção.

NOTA 2: Outros termos úteis para expressar o elemento de imparcialidade são: independência, ausência de conflitos de interesse, probidade, não discriminação, justiça, neutralidade, equidade, abertura de espírito, igualdade, desprendimento, equilíbrio.




3.9 - Recurso

(ISO/IEC 17020)

Pedido do fornecedor do objeto a inspecionar ao organismo de inspeção, para que esse organismo reconsidere uma decisão já tomada relativa ao objeto em causa.

NOTA: Adaptado da definição 6.4 da ISO/IEC 17000:2004.

3.10 - Reclamação

(ISO/IEC 17020)

Manifestação de insatisfação, que não recurso, por parte de qualquer pessoa ou organização, dirigida a um organismo de inspeção, relativa às atividades desse organismo, para a qual uma resposta é esperada.

NOTA: Adaptado da definição 6.5 da ISO/IEC 17000:2004.




24

4 - Requisitos gerais

4.1 - Imparcialidade e independência

(ISO/IEC 17020)

4.1.1 As atividades de inspeção devem ser realizadas com imparcialidade.

4.1.2 O organismo de inspeção deve ser responsável pela imparcialidade das suas atividades de inspeção e não deve permitir que pressões comerciais, financeiras ou outras comprometam a imparcialidade.




(ISO/IEC 17020)

4.1.3 O organismo de inspeção deve identificar de modo contínuo os riscos à sua imparcialidade. Esta deve incluir os riscos que resultam das suas atividades ou dos seus relacionamentos ou dos relacionamentos do seu pessoal. No entanto, estes relacionamentos não representam necessariamente um risco à imparcialidade do organismo de inspeção.

NOTA: Um relacionamento que ameaça a imparcialidade do organismo de inspeção pode ser baseado na propriedade, na administração, na gestão, no pessoal, nos recursos partilhados, na situação financeira, nos contratos, no marketing (incluindo a criação e promoção de uma marca), e o pagamento de comissões de vendas ou outro tipo de incentivos que induzam a entrada de novos clientes, etc.





(OGC006)

4.1.3a Os eventos que possam ter influência sobre a imparcialidade do organismo ou do seu pessoal devem ser considerados como riscos à imparcialidade do organismo de inspeção.

4.1.3b O organismo de inspeção deverá, na medida do necessário, descrever os relacionamentos que podem afetar a sua imparcialidade, utilizando diagramas organizacionais ou outros meios.





(OGC006)

4.1.3b (cont.)

Exemplos de relacionamentos que podem influenciar a imparcialidade:

− Relacionamentos com a organização-mãe;

− Relacionamentos com os departamentos dentro da mesma organização;

− Relacionamentos com empresas ou organizações relacionadas;

− Relacionamentos com autoridades regulamentadoras;

− Relacionamentos com clientes;

− Relacionamentos com as organizações detentoras ou utilizadoras dos itens inspecionados.





(OGC006)

4.1.3 IPAC_1 Uma vez identificados os riscos à imparcialidade, é expectável que os mesmos se mantenham, devendo, no entanto, qualquer alteração aos eventos inicialmente ponderados, motivar de imediato uma reavaliação dos riscos à imparcialidade inicialmente identificados.

4.1.3 IPAC_2 Poderá ser relevante dispor de informação sobre o pessoal que trabalha no organismo de inspeção e noutras unidades ou departamentos (corresponde ao 5.2.4a do ILAC-P15).





(ISO/IEC 17020)

4.1.4 Se um risco à imparcialidade é identificado, o organismo de inspeção deve demonstrar como o elimina ou minimiza.


(OGC006)

4.1.4 IPAC_1 Para cada risco à imparcialidade, o organismo de inspeção deverá definir se o mesmo tem de ser eliminado ou minimizado. A cada risco identificado deverá corresponder uma (ou mais) ação(ões) para o eliminar ou minimizar.

Devem ser mantidos os registos da implementação das ações definidas.




(ISO/IEC 17020)

4.1.5 A gestão de topo do organismo de inspeção deve ter um compromisso com a imparcialidade.

(OGC006)

4.1.5a A gestão de topo do organismo de inspeção deverá ter uma declaração documentada salientando o compromisso do organismo com a imparcialidade no exercício das suas atividades de inspeção, na gestão de conflitos de interesse e na garantia da objetividade das suas atividades de inspeção. As afirmações e ações provenientes da gestão de topo não devem contrariar essa declaração.





(ISO/IEC 17020)

4.1.6 O organismo de inspeção deve ser independente na medida do requerido no que respeita às condições sob as quais presta os seus serviços. Dependendo dessas condições, deve atender aos requisitos mínimos previstos no Anexo A, conforme descrito abaixo.

a) Um organismo de inspeção que fornece inspeções de terceira parte deve cumprir os requisitos de tipo A, da secção A.1 (organismo de inspeção de terceira parte).

b) Um organismo de inspeção que fornece inspeções de primeira parte, de segunda parte, ou ambas, que constitui uma parte separada e identificável de uma organização envolvida na conceção, na produção, no fornecimento, na instalação, na utilização ou na manutenção dos objetos inspecionados e que fornece serviços de inspeção apenas à organização mãe (organismo de inspeção interno) deve cumprir os requisitos de tipo B da secção A.2.



4 Requisitos gerais

4.1 Imparcialidade e independência

(ISO/IEC 17020)

4.1.6 (cont.)

c) Um organismo de inspeção que fornece inspeções de primeira parte, de segunda parte, ou ambas, que constitui uma parte identificável, mas não necessariamente separada de uma organização envolvida na conceção, na produção, no fornecimento, na instalação, na utilização ou na manutenção dos objetos inspecionados e que fornece serviços de inspeção à organização mãe ou a outras partes, ou a ambas, deve cumprir os requisitos de tipo C da secção A.3.




4.2 - Confidencialidade

(ISO/IEC 17020)

4.2.1 O organismo de inspeção deve ser responsável, através de compromissos juridicamente vinculativos, pela gestão de toda a informação obtida ou gerada durante o desempenho das atividades de inspeção. O organismo de inspeção deve informar, previamente, o cliente sobre a informação que pretende colocar no domínio público. À exceção da informação que o cliente torna pública, ou quando acordado entre o organismo de inspeção e o cliente (p. ex. para efeitos de resposta a reclamações) a restante informação deve ser considerada confidencial.

NOTA: Compromissos juridicamente vinculativos, podem ser, por exemplo, acordos contratuais.





(OGC006)

4.2.1 IPAC_1 Entende-se que informação colocada no domínio público é aquela cujo acesso deixa de estar sob controlo do organismo de inspeção. Esclarece-se que a informação cedida a entidade reguladora (ou regulamentadora) do sector, bem como ao IPAC, não se enquadra naquele conceito. Entende-se que o acordo do cliente requer que este seja explicitamente informado e que se pronuncie explicitamente sobre a matéria em causa, salvo no que envolve o acesso à informação por parte das autoridades relevantes.





(ISO/IEC 17020)

4.2.2 Quando o organismo de inspeção é obrigado por lei ou autorizado por compromissos contratuais a disponibilizar informação confidencial, o cliente ou pessoa em causa deve ser notificado das informações fornecidas, exceto se proibido por lei.

(OGC006)

4.2.2 IPAC_1 Entende-se que a informação cedida a entidade reguladora (ou regulamentadora) do sector, assim como ao IPAC não carece de notificação ao cliente.





(ISO/IEC 17020)

4.2.3 Informações sobre o cliente obtidas de outras fontes, que não o cliente (p. ex. reclamantes, entidades reguladoras), devem ser tratadas como confidenciais.



5 - Requisitos de estrutura

5.1 - Requisitos administrativos

(ISO/IEC 17020)

5.1.1 O organismo de inspeção deve ser uma entidade com personalidade jurídica própria ou fazer parte de uma entidade com personalidade jurídica própria, de modo a que possa ser legalmente responsabilizado por todas as suas atividades de inspeção.

NOTA: Um organismo de inspeção governamental é considerado uma entidade legal com base no seu estatuto governamental.

5.1.2 Um organismo de inspeção que faça parte de uma entidade com personalidade jurídica própria que exerça outras atividades, para além das de inspeção, deve ser identificável no seio dessa entidade.





(ISO/IEC 17020)

5.1.3 O organismo de inspeção deve dispor de documentação que descreva as atividades para as quais é competente.

5.1.4 O organismo de inspeção deve dispor de provisões adequadas (p. ex. seguros ou reservas) para cobrir as responsabilidades decorrentes das suas atividades.

NOTA: A responsabilidade pode ser assumida pelo Estado, de acordo com a legislação nacional, ou pela organização da qual o organismo de inspeção faça parte.





(OGC006)

5.1.4 IPAC_1 Decorre do requisito normativo a necessidade de identificar as responsabilidades a assegurar o que, por sua vez, leva à necessidade de ser desencadeada uma análise dos riscos decorrentes da atividade de inspeção, bem como o modo de definição das provisões adequadas. Assim, entende-se que as disposições a implementar relativas a este requisito deverão ser estruturadas da seguinte forma:

1. Analisar os riscos decorrentes à atividade de inspeção; 2. Avaliar as potenciais responsabilidades associadas aos riscos

identificados; 3. Demonstrar que as provisões são consistentes com aquelas

responsabilidades. O organismo de inspeção pode recorrer a perícia externa para qualquer uma daquelas fases.





(OGC006)

5.1.4a O tipo e a natureza das responsabilidades associadas às atividades do organismo de inspeção contribuem para a definição do valor das provisões.

5.1.4 IPAC_2 Devem ainda ser considerados, para além dos riscos associados ao desempenho das atividades de inspeção, as exigências legais ou regulamentares das economias em que o organismo está a funcionar. Os organismos de inspeção deverão também prestar especial atenção à gestão de responsabilidades, quando recorrem a subcontratados.





(OGC006)

5.1.4 IPAC_3 Nem todos os riscos precisam de ser assegurados pelo mesmo tipo de provisões. Os seguros podem, por exemplo, contemplar a responsabilidade dos empregadores, a responsabilidade civil e a responsabilidade profissional.

5.1.4 IPAC_4 Não é função dum organismo de acreditação aprovar riscos, responsabilidades e/ou provisões do organismo de inspeção nem decorre da avaliação feita pelo IPAC da sua plausibilidade qualquer transferência de responsabilidades para o IPAC.




5.2 - Organização e gestão

(ISO/IEC 17020)

5.2.1 O organismo de inspeção deve ser estruturado e gerido de forma a salvaguardar a sua imparcialidade.

5.2.2 O organismo de inspeção deve ser organizado e gerido de forma a permitir-lhe manter a capacidade de desempenhar as suas atividades de inspeção.

NOTA: Os esquemas de inspeção podem requerer que o organismo de inspeção participe na permuta de experiência técnica com outros organismos de inspeção de forma a manter a sua capacidade.





(OGC006)

5.2.2a A dimensão, a estrutura, a composição e a gestão de um organismo de inspeção devem ser adequadas para o desempenho competente das atividades do âmbito de acreditação.

5.2.2b "Manter a capacidade de desempenhar as suas atividades de inspeção" implica que o organismo deve tomar medidas para manter-se adequadamente informado sobre os desenvolvimentos técnicos e legislativos relativos a tais atividades.

5.2.2c Os organismos de inspeção devem manter a sua capacidade e competência para executar atividades de inspeção que realizam com pouca frequência (normalmente com intervalos superiores a um ano). Para o efeito podem, por exemplo, recorrer a inspeções em áreas relacionadas ou a inspeções simuladas.





(ISO/IEC 17020)

5.2.3 O organismo de inspeção deve definir e documentar as responsabilidades e a estrutura da organização.

(OGC006)

5.2.3a O organismo de inspeção deve manter um organograma atualizado ou documentos que indiquem claramente as funções e as linhas de autoridade do pessoal no organismo de inspeção. A posição do(s) gestor(es) técnico(s) e do membro da gestão referido na secção 8.2.3 deverá ser claramente indicada no organograma ou nos documentos.





(ISO/IEC 17020)

5.2.4 Quando o organismo de inspeção é parte de uma entidade com personalidade jurídica própria que efetue outras atividades, as relações entre essas atividades e as de inspeção devem ser definidas.





(ISO/IEC 17020)

5.2.5 O organismo de inspeção deve dispor de uma ou mais pessoas como gestores técnicos, que assumam a responsabilidade global pela execução das atividades de inspeção, de acordo com a presente norma.

NOTA: A(s) pessoa(s) que desempenhe(m) esta função não tem(êm) que ter a designação de gestor técnico.

A pessoa, ou pessoas, que desempenhe(m) esta função deve(m) ser competente(s) tecnicamente e experiente(s) no funcionamento do organismo de inspeção. Quando o organismo de inspeção dispõe de mais do que um gestor técnico, as responsabilidades específicas de cada gestor devem ser definidas e documentadas.





(OGC006)

5.2.5a "Dispor" de pessoa(s) significa que esta(s) deverá(ão) ser empregada(s) ou contratada(s).

5.2.5b No sentido de assegurar que as atividades de inspeção são realizadas em conformidade com a NP EN ISO/IEC 17020:2013, o gestor técnico deve ter a competência necessária para compreender todas as questões relevantes para a realização das atividades de inspeção.

5.2.5 IPAC_1 A nomeação do(s) gestor(es) técnico(s) deve estar documentada.





(OGC006)

5.2.5 IPAC_2 Na determinação da necessidade de mais do que um Gestor Técnico recomenda-se que sejam considerados, entre outros, os seguintes fatores:

− A natureza das inspeções, como por exemplo diferentes áreas técnicas, ou locais envolvidos;

− Horário de funcionamento do organismo;

− Repercussões de inspeções com resultados inadequados;

− Consequência da cessação das atividades de inspeção.





(ISO/IEC 17020)

5.2.6 O organismo de inspeção deve nomear uma ou mais pessoas que assegurem a substituição, em caso de ausência, de qualquer gestor técnico responsável para assegurar a continuidade das atividades de inspeção.

(OGC006)

5.2.6a Nas organizações onde a ausência do(s) gestor(es) técnico(s) causem a cessação do trabalho, não é requerida a definição de substitutos.

5.2.6 IPAC_1 Os substitutos devem ter qualificações adequadas às funções a exercer.





(ISO/IEC 17020)

5.2.7 O organismo de inspeção deve ter uma descrição de funções, ou outra documentação, para cada categoria funcional da sua organização envolvida em atividades de inspeção.

(OGC006)

5.2.7a As funções envolvidas em atividades de inspeção são as de inspetor e outras posições que possam ter um efeito sobre a gestão, desempenho, registo ou relato das inspeções.

5.2.7b A descrição deve detalhar as responsabilidades e autoridades para cada função referida na orientação 5.2.7a.



6 - Requisitos dos recursos

6.1 - Pessoal

(ISO/IEC 17020)

6.1.1 O organismo de inspeção deve definir e documentar os requisitos de competência para todo o pessoal envolvido nas atividades de inspeção, incluindo requisitos de escolaridade, formação, conhecimento técnico, aptidões e experiência.

NOTA: Os requisitos de competência podem fazer parte da descrição de funções ou de outra documentação referida em 5.2.7.




6.1 - Pessoal

(OGC006)

6.1.1a Os organismos de inspeção devem, quando apropriado, definir e documentar requisitos de competência para cada atividade, ou tarefas da mesma, de inspeção.

6.1.1b Ver 5.2.7a para esclarecer a abrangência das "pessoas envolvidas em atividades de inspeção".

6.1.1c Os requisitos de competência deverão incluir o conhecimento do sistema de gestão do organismo de inspeção e a capacidade de implementar os procedimentos técnicos e administrativos aplicáveis às atividades realizadas.




6.1 - Pessoal

(OGC006)

6.1.1d Quando o julgamento profissional é necessário para determinar a conformidade, deve ser considerado na definição dos requisitos de competência.

6.1.1IPAC_1 A competência abrange o conhecimento teórico e a capacidade prática. Dependendo da área em que se insere a inspeção, a competência pode requerer, entre outros, familiaridade com os regulamentos relevantes, tecnologias, processos, equipamentos de medição, normas, códigos, materiais, falhas e práticas.




6.1 - Pessoal

(ISO/IEC 17020)

6.1.2 O organismo de inspeção deve empregar, ou ter contratos com, um número suficiente de pessoas com as competências requeridas incluindo, quando necessário, a capacidade para emitir julgamentos profissionais, para realizar o tipo, o âmbito e o volume das suas atividades de inspeção.

(OGC006)

6.1.2a Todos os requisitos da NP EN ISO/IEC 17020:2013 aplicam-se igualmente quer a pessoas empregadas do organismo quer a pessoas de outro modo por este estejam contratadas.




6.1 - Pessoal

(OGC006)

6.1.2 IPAC_1 Quando os organismos de inspeção recorrem a contratação que não constitua uma relação de emprego, o contrato deve ser entre o organismo de inspeção e as pessoas individualmente ou, eventualmente, tripartido entre o organismo de inspeção, as pessoas em causa e a organização que as empregue. Em qualquer dos casos, o organismo de inspeção deve evidenciar que pode avaliar a competência e a integridade dessas pessoas, controla, seleciona e aloca o pessoal, assegura a imparcialidade e a confidencialidade, e que o pessoal trabalha em conformidade com o sistema de gestão.




6.1 - Pessoal

(ISO/IEC 17020)

6.1.3 O pessoal responsável pela inspeção deve possuir qualificações, formação e experiência apropriadas e um conhecimento satisfatório dos requisitos das inspeções a serem realizadas. Devem também possuir conhecimento relevante:

- da tecnologia utilizada para a produção dos produtos inspecionados, da realização dos processos e do fornecimento dos serviços;

- da forma como os produtos são utilizados, como os processos são realizados e como os serviços são fornecidos;

- de quaisquer defeitos que poderão ocorrer durante a utilização dos produtos, de quaisquer falhas na realização dos processos e de quaisquer deficiências no fornecimento dos serviços.




6.1 - Pessoal

(ISO/IEC 17020)

6.1.3 (cont.) Este pessoal deve compreender a significância dos desvios encontrados face à normal utilização dos produtos, realização dos processos e fornecimento dos serviços.

(OGC006)

6.1.3 IPAC_1 Entende-se que “pessoal responsável pela inspeção” compreende inspetores, gestores técnicos e outro pessoal que possa intervir nas tomadas de decisão de inspeção.




6.1 - Pessoal

(ISO/IEC 17020)

6.1.4 O organismo de inspeção deve indicar de forma clara a cada pessoa os seus deveres, as suas responsabilidades e sua autoridade.




6.1 - Pessoal

(ISO/IEC 17020)

6.1.5 O organismo de inspeção deve ter procedimentos documentados para a seleção, formação, autorização formal e monitorização de inspetores e outro pessoal envolvido nas atividades de inspeção.

(OGC006)

6.1.5a O procedimento para a autorização formal dos inspetores deverá especificar os elementos relevantes a evidenciar, por exemplo, a atividade de inspeção autorizada, o início da autorização, a identidade da pessoa que autorizou e, se for o caso, a data de cessação da autorização (ver também 6.1.10a).

6.1.5 IPAC_1 A autorização formal é o resultado positivo da determinação da competência prática para a realização de inspeções e, quando aplicável, para o desenvolvimento de um julgamento profissional correto.




6.1 - Pessoal

(ISO/IEC 17020)

6.1.6 Os procedimentos documentados para a formação (ver 6.1.5) devem abordar as seguintes etapas:

a) um período de integração;

b) um período de trabalho acompanhado por inspetores experientes;

c) formação contínua para acompanhar os desenvolvimentos tecnológicos e dos métodos de inspeção.

(OGC006)

6.1.6a O “período de trabalho acompanhado” mencionado na alínea b normalmente inclui a realização de inspeções.




6.1 - Pessoal

(ISO/IEC 17020)

6.1.7 A formação requerida deve depender das capacidades, das qualificações e da experiência de cada inspetor e de outro pessoal envolvido nas atividades de inspeção, assim como dos resultados da monitorização (ver 6.1.8).

(OGC006)

6.1.7a A identificação das necessidades de formação de cada pessoa deverá ocorrer a intervalos regulares. O intervalo deverá ser definido de forma a assegurar o cumprimento do disposto em 6.1.6 c). Desta análise deverá resultar planos de formação documentados ou a declaração de que não é necessária formação.




6.1 - Pessoal

(OGC006)

6.1.7 IPAC_1 As necessidades de formação a considerar deverão ser as relevantes para o exercício da função desempenhada no seio da organização.




6.1 - Pessoal

(ISO/IEC 17020)

6.1.8 Pessoal familiarizado com os métodos e procedimentos de inspeção deve monitorizar todos os inspetores e outro pessoal envolvido nas atividades de inspeção para avaliar o seu desempenho satisfatório. Os resultados da monitorização devem ser utilizados como um meio para a identificação de necessidades de formação (ver 6.1.7)

NOTA: A monitorização pode incluir uma combinação de técnicas, tais como observações no local, análise de relatórios, entrevistas, simulação de inspeções e outras técnicas para a avaliação do desempenho, e dependerá da natureza das atividades de inspeção.




6.1 - Pessoal

(OGC006)

6.1.8a Um dos principais objetivos da monitorização é o de proporcionar ao organismo de inspeção uma ferramenta para garantir a consistência e fiabilidade dos resultados de inspeção, incluindo o julgamento profissional face a critérios gerais. As conclusões obtidas durante a monitorização poderão identificar as necessidades de formação individual ou a necessidade de revisão das políticas e procedimentos do organismo de inspeção.

6.1.8b Para “outro pessoal envolvido nas atividades de inspeção” ver

5.2.7a.




6.1 - Pessoal

(OGC006)

6.1.8 IPAC_1 O pessoal familiarizado com os métodos e procedimentos de inspeção não se circunscreve necessariamente ao(s) gestor(es) técnico(s) do organismo de inspeção.




6.1 - Pessoal

(ISO/IEC 17020)

6.1.9 Cada inspetor deve ser observado no local, a não ser que existam evidências suficientes que justifiquem que o mesmo continua a ter um desempenho competente.

NOTA: É expectável que as observações no local sejam realizadas de uma forma que minimize a perturbação das inspeções, particularmente do ponto de vista do cliente.




6.1 - Pessoal

(OGC006)

6.1.9a Para que seja considerada a existência de evidência suficiente de que um inspetor continua a desempenhar de forma competente as suas funções, a mesma deve ser suportada por um conjunto de informação como:

- Desempenho satisfatório na execução de exames e determinações; - Conclusões satisfatórias da análise de relatórios, entrevistas, inspeções simuladas,

e outras avaliações de desempenho (ver Nota à secção 6.1.8); - Conclusões satisfatórias de avaliações separadas para confirmar o resultado de

inspeções (isto pode ser possível e apropriado, por exemplo, no caso em que o objeto da inspeção são elementos documentais);

- Conclusões satisfatórias dos períodos de trabalho acompanhado e de treino; - Ausência de recursos ou reclamações procedentes; e - Resultados satisfatórios do testemunho por um organismo competente como, por

exemplo, um organismo de certificação de pessoas.




68


6.1 - Pessoal

(OGC006)

6.1.9b Um programa eficaz para a observação no local de inspetores poderá contribuir para o cumprimento do requerido nas secções 5.2.2 e 6.1.3. O programa deve ser concebido considerando:

− Os riscos e a complexidade das inspeções;

− Resultados de atividades de monitorização anteriores,; e

− Desenvolvimentos técnicos, processuais ou legais relevantes para as inspeções.

Normalmente, cada inspetor deverá ser observado no local, pelo menos uma vez em cada ciclo de acreditação, a menos que existam provas suficientes (ver 6.1.9a) do desempenho competente do inspetor.



6.1 - Pessoal

(OGC006)

6.1.9b (cont.) Se os níveis de risco e complexidade, ou resultados das observações no local anteriores o indicarem, ou se tiverem ocorrido alterações técnicas, processuais ou legislativas, então deverá ser considerada uma frequência maior. Dependendo dos setores, tipos e gamas de inspeção abrangidas pela autorização do inspetor, pode ser necessário alargar a extensão das inspeções observadas para cobrir adequadamente todas as competências necessárias. Poderá também ser necessário realizar observações no local mais frequentes, na ausência de evidências da manutenção do desempenho competente.




6.1 - Pessoal

(OGC006)

6.1.9c Em áreas de inspeção em que o organismo de inspeção tem apenas uma pessoa tecnicamente competente, as observações no local através de meios internos não podem ocorrer. Nesses casos, o organismo de inspeção deve providenciar meios externos para assegurar a realização dessas observações. Ver também 6.1.9a.




6.1 - Pessoal

(ISO/IEC 17020)

6.1.10 O organismo de inspeção deve manter registos da monitorização, escolaridade, formação, conhecimentos técnicos, aptidões, experiência e autorização de cada membro do seu pessoal envolvido nas atividades de inspeção.

(OGC006)

6.1.10a Os registos da autorização formal deverão especificar com que base a mesma foi concedida (por exemplo, a observação no local de inspeções).




6.1 - Pessoal

(ISO/IEC 17020)

6.1.11 O pessoal envolvido nas atividades de inspeção não deve ser remunerado de uma forma que influencie o resultado das inspeções.

(OGC006)

6.1.11a Os métodos de remuneração, que contemplem incentivos para a realização rápida de inspeções, têm o potencial de afetar negativamente a qualidade e o resultado do trabalho de inspeção.




6.1 - Pessoal

(ISO/IEC 17020)

6.1.12 Todo o pessoal do organismo de inspeção, seja interno ou externo, que possa influenciar as atividades de inspeção deve atuar de uma forma imparcial.




6.1 - Pessoal

(OGC006)

6.1.12a As políticas e os procedimentos deverão auxiliar o pessoal do organismo de inspeção na identificação de ameaças ou incentivos que possam afetar o seu julgamento, como por exemplo abordagens comerciais, financeiras ou outras, quer as mesmas tenham origem interna ou externa. Tais procedimentos deverão contemplar a forma de comunicação e registo de quaisquer conflitos de interesse identificados pelo pessoal do organismo de inspeção. Note-se contudo que, enquanto as expectativas para a integridade do inspetor podem ser comunicadas através de políticas e procedimentos, a existência desses documentos pode não evidenciar a presença de integridade e imparcialidade subjacente a este requisito.




6.1 - Pessoal

(ISO/IEC 17020)

6.1.13 Todo o pessoal do organismo de inspeção, incluindo subcontratados, pessoal de organismos externos e indivíduos que atuem em nome do organismo de inspeção, devem manter a confidencialidade de toda a informação obtida ou criada durante a realização das atividades de inspeção, exceto quando requerido legalmente o contrário.




6.2 - Instalações e equipamentos

(ISO/IEC 17020)

6.2.1 O organismo de inspeção deve dispor de instalações e equipamento adequados que permitam a execução, de forma competente e segura, de todas as atividades associadas às atividades de inspeção.

NOTA: O organismo de inspeção não precisa de ser o proprietário das instalações nem do equipamento que utiliza. Estes podem ser emprestados, alugados ou fornecidos por uma outra parte (p. ex. o fabricante ou o instalador do equipamento). No entanto, é da responsabilidade do organismo de inspeção garantir a adequabilidade e o estado de calibração dos equipamentos utilizados nas inspeções, quer sejam ou não, da sua propriedade.





(OGC006)

6.2.1a O equipamento necessário para a realização segura de inspeções pode incluir, por exemplo, equipamentos de proteção individual e andaimes.




78



(ISO/IEC 17020)

6.2.2 O organismo de inspeção deve dispor de regras para o acesso e utilização de instalações especificadas e do equipamento utilizado para realizar as inspeções.

(OGC006)

6.2.2 IPAC_1 A utilização das instalações e dos equipamentos só deverá ser permitida a pessoas autorizadas e após o organismo de inspeção confirmar o cumprimento do requerido na secção 6.2.3.




(ISO/IEC 17020)

6.2.3 O organismo de inspeção deve assegurar que as instalações e os equipamentos, referidos em 6.2.1, estão permanentemente adequados à utilização prevista.

(OGC006)

6.2.3a Se for necessário controlar as condições ambientais, o organismo de inspeção deve monitorizá-las e registar os seus resultados. Se as mesmas estiverem fora dos limites aceitáveis para a inspeção a realizar, o organismo de inspeção deverá registar as ações tomadas. Ver a secção 8.7.4.




(OGC006)

6.2.3b A adequação permanente das instalações e do equipamento pode ser assegurada através de inspeção visual, verificações funcionais, controlos em serviço e/ou calibração. Este requisito é particularmente relevante para o equipamento que deixou de estar sob o controlo direto do organismo de inspeção.

6.2.3 IPAC_1 A calibração (ou ensaio) deve ser entendida como um meio para conhecer as características metrológicas e/ou funcionais dos equipamentos. O equipamento pode ter sido calibrado, mas apresentar erros (ou outras características) que inviabilizem a sua adequação ao uso.

80





(OGC006)

6.2.3 IPAC_1 (cont.)

Devem existir critérios de aceitação (CA) dos equipamentos (nomeadamente valores máximos ou mínimos aceitáveis, face aos fins e usos a que se destinam) que permitam analisar os resultados das calibrações efetuadas e tomar decisões quanto à sua adequação (apto, uso parcial ou restrito, reclassificação, para reparação ou ajuste, ou retirada de serviço).

Recomenda-se que, na ausência de especificações sobre como avaliar a conformidade com o critério de aceitação, estabelecidas por documentos normativos, legislação, etc., seja usada a seguinte metodologia de avaliação:

− A soma do módulo do Erro com o módulo da Incerteza associada seja inferior ou igual ao critério de aceitação para o equipamento (i.e., | Erro | + | Incerteza | ≤ | CA |).

81






(ISO/IEC 17020)

6.2.4 Todo o equipamento com influência significativa nos resultados da inspeção deve ser definido e, quando apropriado, identificado de forma única.

(OGC006)

6.2.4a De forma a rastrear um equipamento substituído, pode ser adequada a sua identificação única, mesmo quando exista apenas um equipamento disponível.

6.2.4b Quando for necessário controlar as condições ambientais, o

equipamento utilizado para esse efeito deverá ser considerado como equipamento que influencia significativamente o resultado das inspeções.





(OGC006)

6.2.4c Quando for necessário controlar as condições ambientais, considera-se que o equipamento utilizado para essa monitorização influencia significativamente o resultado das inspeções.

6.2.4d Quando apropriado (normalmente para os equipamentos abrangidos pela secção 6.2.6) a definição deve incluir a exatidão e intervalo de medição necessários.





(ISO/IEC 17020)

6.2.5 Todo o equipamento (ver 6.2.4) deve ser objeto de manutenção, de acordo com procedimentos e instruções documentadas.




85



(ISO/IEC 17020)

6.2.6 Quando apropriado, o equipamento de medição com influência significativa nos resultados da inspeção deve ser calibrado antes da sua entrada em serviço e daí em diante, de acordo com um programa definido.

(OGC006)

6.2.6 IPAC_1 O IPAC considera que todo o equipamento de medição com influência significativa nos resultados deve ser calibrado, tal como decorre da própria NP EN ISO/IEC 17020:2013. Eventuais desvios, excecionais, deverão ser objeto de registo incluindo a respetiva justificação.

6.2.6b Orientações sobre a determinação dos intervalos de calibração podem ser obtidas no documento ILAC G24. Pode ainda ser consultada a ISO 10012.




(ISO/IEC 17020)

6.2.7 O programa de calibração do equipamento deve ser concebido e executado de forma a assegurar que, sempre que aplicável, as medições efetuadas pelo organismo de inspeção são rastreáveis a padrões nacionais ou internacionais, se existirem. Quando a rastreabilidade a padrões nacionais ou internacionais não for aplicável, o organismo de inspeção deve manter evidência da correlação ou exatidão dos resultados da inspeção.

6.2.8 Os padrões de referência detidos pelo organismo de inspeção devem ser utilizados apenas para calibração e não para outros fins. Os padrões de referência devem ser calibrados assegurando a rastreabilidade a um padrão nacional ou internacional.




(OGC006)

6.2.7 & 6.28 IPAC_1 A calibração do equipamento de medição deve cumprir com a política de rastreabilidade metrológica do IPAC a qual consta no Regulamento Geral de Acreditação (DRC001, secção 6.1). As calibrações podem ser efetuadas externamente (calibração externa), em “entidades competentes”, ou internamente pelo próprio organismo de inspeção (calibração interna).

O IPAC considera que as calibrações internas devem cumprir requisitos idênticos aos de um laboratório de calibração acreditado. Nesse caso, as mesmas são sujeitas a avaliação presencial, podendo para o efeito o IPAC introduzir um ou mais elementos adicionais na Equipa Avaliadora. Os organismos de inspeção devem ainda participar em ensaios de aptidão reconhecidos pelo IPAC (ver secção G5.9 do OGC001), nas áreas técnicas sujeitas a calibração interna.

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(OGC006)

6.2.7 & 6.28 IPAC_1(cont.)

O IPAC considera que as calibrações externas devem ser executadas por “entidades competentes”, que são:

− Laboratórios que estejam acreditados pelo IPAC para executar essa calibração e que são identificados pela aposição do respetivo Símbolo de Acreditação nos certificados emitidos (a identificação destes laboratórios pode ser efetuada através da consulta do website do IPAC);

− Laboratórios que estejam acreditados para executar essa calibração por um dos organismos de acreditação signatários do Acordo Multilateral da EA ou ILAC e que são identificados pelo respetivo logotipo de acreditação (consultar signatários e respetivos “sites” a partir de http://www.european-accreditation.org e www.ilac.org);

88





(OGC006)

6.2.7 & 6.28 IPAC_1(cont.)

− Laboratórios Nacionais de Metrologia (LNM) ou Institutos Designados (ID), de países cujos organismos de acreditação sejam signatários do Acordo Multilateral da EA ou ILAC, ou LNM/ID que participem nas comparações-chave do BIPM ou de organizações regionais de metrologia (por exemplo: EURAMET) ou que sejam membros do respetivo Acordo de Reconhecimento Mútuo (MRA) do CIPM. Para saber quais são os LNM e ID, os signatários do Acordo CIPM e as comparações-chave consultar www.bipm.org.

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(OGC006)

6.2.7 & 6.28 IPAC_1(cont.)

Não são aceites certificados de calibração ou outros documentos com o mesmo fim emitidos por outros organismos, nomeadamente, fabricantes ou empresas (mesmo com certificação ISO 9001).

Como situações de exceção, para quando não existam capacidades de calibração por “entidades competentes” (nacionais ou estrangeiras), serão aceites calibrações por outras entidades, desde que o laboratório seja acreditado em áreas de calibração afins.

Caso existam equipamentos de medição ou padrões sujeitos a operações de controlo metrológico legal, e sejam simultaneamente usados para ensaios/calibrações no âmbito de acreditação, é igualmente necessário que estes equipamentos de medição e padrões sejam calibrados por “entidades competentes”, conforme definido acima.

90





(OGC006)

6.2.7 & 6.28 IPAC_1(cont.)

Considera-se como equipamento de medição ou padrão sujeito a operação de controlo metrológico legal aquele para o qual exista regulamento de controlo metrológico em vigor, quando utilizado diretamente para medições previstas no respetivo enquadramento legal.

6.2.7c Quando a rastreabilidade a padrões nacionais ou internacionais de medição não é aplicável, a participação em programas de comparação relevantes é um exemplo de como obter evidências da correlação ou exatidão dos resultados de inspeção.

91






(ISO/IEC 17020)

6.2.8 Os padrões de referência detidos pelo organismo de inspeção devem ser utilizados apenas para calibração e não para outros fins. Os padrões de referência devem ser calibrados assegurando a rastreabilidade a um padrão nacional ou internacional.





(ISO/IEC 17020)

6.2.9 Quando relevante, o equipamento deve ser submetido a controlos em serviço entre as calibrações.

(OGC006)

6.2.9a Quando os equipamentos de medição forem sujeitos a controlos em serviço, deverá ser definida a natureza desses controlos bem como a frequência e os critérios de aceitação aplicáveis.




(OGC006)

6.2.9 IPAC_1 Considera-se que o organismo de inspeção deverá proceder aos controlos em serviço das características metrológicas e funcionais dos equipamentos (contemplados em 6.2.6 IPAC_1) de modo a controlar a sua deriva e aptidão ao uso, permitindo detetar atempadamente avarias ou falhas. Recomenda-se que a periodicidade deste controlo (exemplo: diário, semanal, etc.) seja estabelecida nomeadamente pelos seguintes fatores:

− Experiência prévia e análise de tendências obtidas através da análise de calibrações anteriores;

− Recomendações do fabricante;

− Dados indiretos sobre o comportamento do equipamento (ex: manutenção, ensaios de aptidão, etc.);

− Frequência, tipo e condições de uso do equipamento;

− Condições ambientais (temperatura, humidade, vibração, etc.);

− Grau de exatidão pretendido. 94





(OGC006)

6.2.9 IPAC_1 (cont.) Um sistema de confirmação metrológica adequado deve fundamentar, de forma integrada, quer a periodicidade de calibração quer a frequência dos controlos em serviço.

Assim, o organismo de inspeção deve justificar tecnicamente e documentar a sua opção para cada equipamento de medição.

O controlo em serviço tem como objetivo confirmar que o estado metrológico de um equipamento de medição, tal como determinado por calibração, continua válido.

95





(OGC006)

6.2.9 IPAC_1 (cont.) Como tal, poderá ser suficiente verificar alguns dos valores objeto de calibração (ou até valores distintos). Tal dependerá de fatores como o princípio de medição envolvido no sistema de medição e o histórico do seu desempenho. O estudo do histórico do desempenho de um equipamento de medição é pois incontornável para antecipar o seu desempenho futuro e, portanto, os riscos da sua utilização fora de especificação.de

especificação.

96





(ISO/IEC 17020)

6.2.10 Os materiais de referência devem, quando possível, ser rastreáveis a materiais de referência nacionais ou internacionais, quando eles existam.

(OGC006)

6.2.10a As orientações que constam em 6.2.7 & 6.2.8 IPAC_1 e 6.2.7c são também válidas quando são utilizados materiais de referência.

97





(ISO/IEC 17020)

6.2.11 Quando for relevante para o resultado das atividades de inspeção, o organismo de inspeção deve dispor de procedimentos para:

a) selecionar e aprovar fornecedores;

b) verificar os materiais e serviços recebidos;

c) assegurar meios de armazenamento apropriados.

98





(OGC006)

6.2.11a O termo "serviços", utilizado nesta secção, abrange atividades realizadas por fornecedores. Essas atividades não incluem a realização de inspeções, mas são relevantes para o seu resultado, como por exemplo, o registo de pedidos, o arquivo, a prestação de serviços auxiliares da inspeção, a edição de relatórios de inspeção ou serviços de calibração.

6.2.11b O procedimento de verificação deverá assegurar que os bens e

serviços recebidos não sejam utilizados até que a sua conformidade com a especificação seja confirmada.

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(OGC006)

6.2.11a O termo "serviços", utilizado nesta secção, abrange atividades realizadas por fornecedores. Essas atividades não incluem o desempenho de inspeções, mas são relevantes para o seu resultado, como por exemplo, o registo de pedidos, o arquivo, a prestação de serviços auxiliares da inspeção, a edição de relatórios de inspeção ou serviços de calibração.

6.2.11b O procedimento de verificação deverá assegurar que, os bens e serviços recebidos, não sejam utilizados até que a conformidade com a especificação seja confirmada.

100






(ISO/IEC 17020)

6.2.12 Quando aplicável, o estado dos itens armazenados deve ser avaliado a intervalos apropriados para detetar a sua deterioração.





(ISO/IEC 17020)

6.2.13 Se o organismo de inspeção utiliza computadores ou equipamentos automatizados em atividades relacionadas com a inspeção, deve assegurar que:

a) o software é adequado ao uso;

NOTA: Isto pode ser feito por:

- validação de cálculos antes de utilização;

- revalidação periódica do hardware e do software relevante;

- revalidação sempre que seja alterado o hardware ou o software relevante;

- atualizações de software implementado, se necessário.

b) são estabelecidos e implementados procedimentos para proteger a integridade e a segurança dos dados;

c) os computadores e os equipamentos automatizados são mantidos de modo a assegurar o seu funcionamento adequado.




(OGC006)

6.2.13a Os fatores que deverão ser considerados na proteção da integridade e segurança dos dados incluem:

− Práticas de backup e frequências;

− Eficácia no restauro de dados de backup;

− Proteção contra vírus, e

− Proteção de palavras-passe.

6.2.13 IPAC_1 Os registos de validação e de verificações subsequentes sobre a integridade do software devem ser mantidos. As verificações das atualizações de software devem ser realizadas antes destas serem implementadas. A organização deve ser capaz de identificar qual a versão do software que esteve ou está em uso e ser capaz de confirmar o estado do software utilizado nos equipamentos eletrónicos.

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(ISO/IEC 17020)

6.2.14 O organismo de inspeção deve dispor de procedimentos documentados para lidar com equipamentos defeituosos. Estes equipamentos devem ser retirados de serviço por segregação, identificação ou marcação visível. O organismo de inspeção deve verificar o efeito dos defeitos nas inspeções anteriores e, quando necessário, tomar ações corretivas apropriadas.

6.2.15 A informação relevante acerca dos equipamentos, incluindo software, deve ser registada. Esta deve incluir a identificação e, quando apropriado, informação sobre a calibração e manutenção.




6.3 - Subcontratação

(ISO/IEC 17020)

6.3.1 O organismo de inspeção deve, normalmente, executar as inspeções que, por contrato, aceitou realizar.

Quando um organismo de inspeção subcontratar qualquer parte da inspeção, deve garantir e ser capaz de demonstrar que o subcontratado é competente para executar as atividades em questão, e que quando aplicável, cumpre com os requisitos relevantes estabelecidos nesta norma ou noutras normas relevantes de avaliação da conformidade.





(ISO/IEC 17020)

6.3.1 (cont.)

NOTA 1: Razões para subcontratar podem incluir:

- uma sobrecarga anormal ou imprevista de trabalho;

- a incapacidade de membros chave do pessoal de inspeção;

- instalações ou equipamentos chave, temporariamente inoperacionais;

- parte do contrato com o cliente, envolve inspeção não abrangida pelo âmbito do organismo de inspeção, ou está além da capacidade ou recursos do organismo de inspeção.





(ISO/IEC 17020)

6.3.1 (cont.)

NOTA 2: Os termos "subcontratação" e "externalização" são considerados sinónimos.

NOTA 3: Quando o organismo de inspeção envolve pessoas ou funcionários de outras organizações, para dispor de recursos ou

competência adicionais, este pessoal não é considerado como subcontratado, desde que formalmente contratados para trabalhar sob

o sistema de gestão do organismo de inspeção (ver 6.1.2).




(OGC006)

6.3.1a As atividades de inspeção podem sobrepor-se com as atividades de ensaio e de certificação, quando essas atividades têm características comuns (ver a introdução da NP EN ISO/IEC 17020:2013). Por exemplo, a verificação de um produto e o ensaio do mesmo produto podem ambas ser a base para a determinação da conformidade de um processo de inspeção. Salienta-se que a NP EN ISO/IEC 17020:2013 especifica os requisitos para organismos de inspeção e que as normas relevantes para organismos que realizam ensaios serão a ISO/IEC 17025 ou a ISO 15189.

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(OGC006)

6.3.1b Por definição (NP EN ISO/IEC 17011:2004, secção 3.1), a acreditação está limitada a tarefas de avaliação da conformidade dos organismos que tenham demonstrado competência para as realizar. Assim, se o organismo não dispõe das capacidades e/ou dos recursos necessários, a acreditação não pode ser concedida para as atividades referidas no quarto hífen da nota 1. No entanto, a avaliação e interpretação dos resultados de tais atividades com o objetivo de determinar a sua conformidade poderá ser incluída no âmbito de acreditação, desde que tenha sido demonstrada a competência adequada para a executar.

109





(ISO/IEC 17020)

6.3.2 O organismo de inspeção deve informar o cliente da sua intenção de subcontratar qualquer parte da inspeção.

(OGC006)

6.3.2 IPAC_1 Considera-se apropriado obter a aprovação do cliente, se a subcontratação não estiver prevista no contrato inicial ou se for alterado o âmbito da subcontratação ou o subcontratado. Devem ser mantidos registos da aprovação da subcontratação por parte do cliente.

110





(ISO/IEC 17020)

6.3.3 Sempre que subcontratados realizem trabalho que faça parte de uma inspeção, a responsabilidade, pela determinação da conformidade do objeto inspecionado com os requisitos, deve permanecer no organismo de inspeção.

(OGC006)

6.3.3a Na Nota 2 da definição de "inspeção", secção 3.1, é indicado que, em alguns casos a inspeção pode corresponder apenas a um exame, sem posterior determinação de conformidade. Nestes casos, uma vez que não há determinação da conformidade, a secção 6.3.3 não se aplica.

111





(ISO/IEC 17020)

6.3.4 O organismo de inspeção deve registar e conservar os dados da investigação da competência dos seus subcontratados e da sua conformidade com os requisitos aplicáveis da presente Norma ou com outras normas relevantes de avaliação da conformidade. O organismo de inspeção deve manter um registo de todos os subcontratados.

(OGC006)

6.3.4a Se a avaliação da competência do subcontratado é baseada totalmente, ou em parte, na sua acreditação, o organismo de inspeção deve verificar se o âmbito de acreditação do subcontratado abrange as atividades a serem subcontratadas.

112




7.1 - Métodos e procedimentos de inspeção

(ISO/IEC 17020)

7.1.1 O organismo de inspeção deve utilizar os métodos e procedimentos para inspeção que estejam definidos nos requisitos face aos quais a inspeção é realizada. Quando estes não estiverem definidos, o organismo de inspeção deve desenvolver os métodos e os procedimentos específicos a serem utilizados (ver 7.1.3). O organismo de inspeção deve informar o cliente se o método proposto por este for considerado inadequado.

NOTA: Os requisitos face aos quais a inspeção é realizada encontram-se normalmente descritos em regulamentos, normas ou especificações, esquemas de inspeção ou contratos. As especificações podem incluir requisitos do cliente ou internos.

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7 - Requisitos do processo




(ISO/IEC 17020)

7.1.2 O organismo de inspeção deve ter e utilizar instruções documentadas adequadas para o planeamento da inspeção, para a amostragem e para as técnicas de inspeção, sempre que a sua ausência possa ameaçar a eficácia do processo de inspeção. Quando aplicável, o organismo de inspeção deve ter conhecimento suficiente das técnicas estatísticas de forma a assegurar procedimentos de amostragem estatisticamente sólidos e o correto tratamento e interpretação dos resultados.

7.1.3 Quando o organismo de inspeção tem de utilizar métodos, ou procedimentos de inspeção, não normalizados, esses métodos ou procedimentos devem ser adequados e totalmente documentados.

114





(ISO/IEC 17020)

7.1.3 (cont.)

NOTA: Um método de inspeção normalizado é aquele que tenha sido publicado, por exemplo, em normas internacionais, regionais ou nacionais ou por organizações técnicas reputadas ou através de cooperação de vários organismos de inspeção ou em textos científicos relevantes ou jornais. Tal significa que os métodos desenvolvidos por outros meios, incluindo pelo organismo de inspeção ou pelo cliente, são considerados métodos não normalizados.

7.1.4 Todas as instruções, normas ou procedimentos escritos, folhas de trabalho, listas de verificação e dados de referência relevantes para o trabalho do organismo de inspeção devem ser mantidos atualizados e devem estar facilmente disponíveis ao pessoal.

115





(ISO/IEC 17020)

7.1.5 O organismo de inspeção deve estabelecer um sistema de controlo de contratos ou de pedidos de trabalho que assegure que:

a) o trabalho a realizar está no âmbito das suas competências e a organização possui os recursos adequados aos requisitos;

NOTA: Os recursos podem incluir, mas não são limitados a, instalações, equipamento, documentação de referência, procedimentos e recursos humanos.

b) os requisitos dos clientes que procuram os serviços do organismo de inspeção estão adequadamente definidos e que as condições especiais são percebidas, de forma a evitar que instruções ambíguas possam ser transmitidas ao pessoal que irá realizar os serviços requeridos;

c) o trabalho a realizar é controlado por revisões regulares e ações corretivas;

d) os requisitos do contrato ou pedido de trabalho foram cumpridos.

116





(OGC006)

7.1.5a Quando apropriado, o sistema de controlo de contratos ou de pedidos de serviço deverão também garantir que:

− As condições contratuais são acordadas;

− A competência do pessoal é adequada;

− Todos os requisitos legais são identificados;

− Os requisitos de segurança são identificados;

− É identificada a extensão de quaisquer acordos de subcontratação necessária.

Para pedidos de serviço de habituais ou repetitivos, a análise poderá limitar-se ao tempo e aos recursos humanos. Um registo aceitável nesses casos seria a aceitação do contrato assinado por uma pessoa devidamente autorizada.

117





(OGC006)

7.1.5b Nas situações em que os pedidos de trabalho orais sejam aceitáveis, o organismo deve manter um registo de todos os pedidos e instruções recebidas oralmente. Quando apropriado, as datas relevantes e a identidade do representante do cliente deverão também ser registadas.

. 7.1.5c O sistema de controlo de contratos ou de pedidos de trabalho

deverá garantir que existe uma compreensão clara e demonstrável entre o organismo de inspeção e o seu cliente sobre o âmbito do trabalho de inspeção a realizar.

118





(ISO/IEC 17020)

7.1.6 Quando o organismo de inspeção utiliza informação fornecida por qualquer outra parte no processo de inspeção, esta deve ser verificada quanto à sua integridade.

(OGC006)

7.1.6a A informação referida nesta secção não é a fornecida por um subcontratado, mas a recebida de outras partes, como por exemplo, da autoridade reguladora ou do cliente do organismo de inspeção. A informação poderá incluir dados de contexto para a atividade de inspeção, mas não os resultados da atividade de inspeção.

119





(ISO/IEC 17020)

7.1.7 Observações ou dados obtidos no decurso das inspeções devem ser registados de forma atempada, por forma a prevenir a perda de informação relevante.

7.1.8 Cálculos e transferências de dados devem ser submetidos a verificações adequadas.

NOTA: Os dados podem incluir texto, dados digitais e qualquer outra coisa que seja transferível de uma localização para outra, onde possam ocorrer erros.

7.1.9 O organismo de inspeção deve documentar as instruções para realizar as inspeções de um modo seguro.

120




7.2 - Manuseamento de amostras e objetos a inspecionar

(ISO/IEC 17020)

7.2.1 O organismo de inspeção deve assegurar que os objetos e amostras a inspecionar são identificados de forma única, por forma a evitar confusão quanto à sua identidade.

7.2.2 O organismo de inspeção deve estabelecer quando o objeto a ser inspecionado tem que ser preparado.

7.2.3 Todas as aparentes anomalias notificadas ao, ou detetadas pelo, inspetor devem ser registadas. Quando surgir qualquer dúvida acerca da aptidão do objeto para ser inspecionado, ou quando o objeto não está conforme com a descrição fornecida, o organismo de inspeção deve contactar o cliente antes de prosseguir com a inspeção.

7.2.4 O organismo de inspeção deve dispor de procedimentos documentados e de instalações adequadas para evitar a deterioração ou dano nos objetos de inspeção que estão sob a sua responsabilidade.

121




7.3 - Registos de inspeção

(ISO/IEC 17020)

7.3.1 O organismo de inspeção deve manter um sistema de registos (ver 8.4) para demonstrar o cumprimento efetivo dos procedimentos de inspeção e para permitir uma avaliação da inspeção.

(OGC006)

7.3.1a Os registos devem indicar o equipamento utilizado em cada inspeção quando o mesmo influencie significativamente o resultado das inspeções.

7.3.1 IPAC_1 Quando o equipamento não é da propriedade do organismo de inspeção, os registos deverão igualmente identificar claramente o equipamento que foi utilizado.

7.3.1 IPAC_2 O arquivo dos registos de inspeção pode estar localizado dentro ou fora do organismo de inspeção, mas deverá estar acessível durante a realização da avaliação.

122





(OGC006)

7.3.1 IPAC_3 A NP EN ISO/IEC 17020:2013 não é prescritiva em relação ao que constituem registos de inspeção. Listam-se abaixo alguns exemplos que podem ser considerados como registos de inspeção:

− A análise de contrato;

− As instruções de trabalho/cliente;

− Todas as observações originais e cálculos elaboradas pelo inspetor e/ou outro pessoal durante uma inspeção;

− Fotografias;

− Os arquivos de dados de computador e/ou programas de software;

− Relatórios sobre amostragem, ensaios e medições, incluindo cópias dos relatórios de inspeção subcontratada;

− Relatório de inspeção;

− Registos de todas as discussões com os clientes durante ou após a inspeção relevantes para a elaboração do relatório de inspeção.

123





(OGC006)

7.3.1 IPAC_4 Sempre que se verifique a necessidade de efetuar alterações aos registos originais, recomenda-se que estas também sejam datadas pela pessoa que as efetua.

124





(ISO/IEC 17020)

7.3.2 O relatório ou o certificado de inspeção deve ser internamente rastreável ao(s) inspetor(es) que realizou(aram) a inspeção.

125




7.4 - Relatórios de inspeção e certificados de inspeção

(ISO/IEC 17020)

7.4.1 O trabalho realizado pelo organismo de inspeção deve ser reportado num relatório ou certificado de inspeção recuperável.

7.4.2 Qualquer relatório/certificado deve incluir a seguinte informação:

a) identificação do organismo emissor;

b) identificação inequívoca e data de emissão;

c) data(s) da inspeção;

d) identificação do(s) objeto(s) inspecionado(s);

e) assinatura ou outra indicação de aprovação, por pessoal autorizado;

f) uma declaração de conformidade, quando aplicável;

g) os resultados da inspeção, exceto quando detalhados de acordo com a secção 7.4.3.

126





(ISO/IEC 17020)

7.4.3 Um organismo de inspeção só deve emitir um certificado de inspeção sem resultados de inspeção (ver 7.4.2 g)) quando também possa produzir um relatório de inspeção contendo os resultados da inspeção e, quando ambos, relatório e certificado de inspeção, sejam rastreáveis entre si.

127





(ISO/IEC 17020)

7.4.4 Toda a informação listada em 7.4.2 deve ser reportada corretamente, com exatidão e de forma clara. Quando o relatório ou o certificado de inspeção contiver resultados fornecidos por subcontratados, estes resultados devem estar claramente identificados.

(OGC006)

7.4.4a O método de inspeção deverá ser identificado e, quando necessário para interpretar corretamente a declaração de conformidade, deve estar descrito no relatório/certificado de inspeção.

128





(ISO/IEC 17020)

7.4.5 Correções ou adições a um relatório ou certificado de inspeção já emitido, devem ser registadas de acordo com os requisitos relevantes desta secção (7.4). Um relatório ou certificado alterado deve indicar o relatório ou certificado que substitue.

129




7.5 - Reclamações e recursos

(ISO/IEC 17020)

7.5.1 O organismo de inspeção deve dispor de um processo documentado para receber, avaliar e tomar decisões acerca de reclamações e de recursos.

7.5.2 A descrição do processo de tratamento de reclamações e de recursos deve ser disponibilizada, quando solicitada por qualquer parte interessada.

7.5.3 Após a receção de uma reclamação, o organismo de inspeção deve confirmar se a reclamação se refere a atividades de inspeção pelas quais é responsável e, em caso afirmativo, deve proceder ao seu tratamento.

130





(ISO/IEC 17020)

7.5.4 O organismo de inspeção deve ser responsável por todas as decisões em todos os níveis do processo de tratamento de reclamações e de recursos.

(OGC006)

7.5.4 IPAC_1 A existência de disposições legais relativas ao tratamento de reclamações (concebidas como instrumento de prevenção de conflitos, contribuindo para a melhoria da qualidade do serviço prestado assim como a tramitação subjacente), não exime o organismo de inspeção das responsabilidades previstas na NP EN ISO/IEC 17020:2013.

131





(ISO/IEC 17020)

7.5.5 A investigação e a decisão no caso de recursos, não deve resultar em quaisquer ações discriminatórias.

132




7.6 - Processos de reclamações e de recursos

(ISO/IEC 17020)

7.6.1 O processo para tratamento de reclamações e de recursos deve incluir no mínimo os seguintes elementos e métodos:

a) uma descrição do processo de receção, validação, investigação da reclamação ou do recurso e as decisões a tomar para a sua resposta;

b) rastreabilidade e registo de reclamações e de recursos, incluindo as ações desenvolvidas para a sua resolução;

c) assegurar que todas as ações adequadas são tomadas.

7.6.2 O organismo de inspeção que recebe a reclamação ou o recurso deve ser responsável pela recolha e verificação de toda a informação necessária para validar a reclamação ou o recurso.

133




7.6 - Processos de reclamações e de recursos

(ISO/IEC 17020)

7.6.3 Sempre que possível, o organismo de inspeção deve dar conhecimento da receção da reclamação ou do recurso e deve fornecer ao reclamante, ou apelante, relatórios de progresso e os resultados.

7.6.4 A decisão a ser comunicada ao reclamante ou apelante deve ser realizada, ou revista e aprovada por indivíduo(s) que não esteja(m) envolvido(s) nas atividades de inspeção em questão.

7.6.5 Sempre que possível, o organismo de inspeção deve fornecer informação formal do encerramento do processo de tratamento da reclamação ou do recurso ao reclamante ou apelante.

134




8.1 - Opções

8.1.1 Generalidades

(ISO/IEC 17020)

O organismo de inspeção deve estabelecer e manter um sistema de gestão capaz de assegurar o cumprimento consistente dos requisitos da presente Norma, seja de acordo com a Opção A ou com a Opção B.

(OGC006)

8.1.1 IPAC_1 Este requisito significa que todas as políticas e procedimentos necessários para garantir a conformidade com os requisitos da norma devem ser documentados e controlados.

A documentação pode estar sob qualquer formato, por exemplo, papel, eletrónico, diagramas, imagens, fluxogramas, etc.

135

8 - Requisitos do sistema de gestão



8.1 - Opções

8.1.1 Generalidades

(OGC006)

8.1.1 IPAC_2 A documentação do sistema de gestão deve identificar inequivocamente qual a opção considerada.

136




8.1 - Opções

8.1.2 Opção A

(ISO/IEC 17020)

O sistema de gestão do organismo de inspeção deve abranger o seguinte:

- documentação do sistema de gestão (p. ex. manual, políticas, definição de responsabilidades, ver 8.2);

- controlo de documentos (ver 8.3);

- controlo de registos (ver 8.4);

- revisão pela gestão (ver 8.5);

- auditoria interna (ver 8.6);

- ações corretivas (ver 8.7);

- ações preventivas (ver 8.8);

- reclamações e recursos (ver 7.5 e 7.6).

137




8.1 - Opções

8.1.3 Opção B

(ISO/IEC 17020)

Um organismo de inspeção que tenha estabelecido e mantenha um sistema de gestão de acordo com os requisitos da ISO 9001, e que seja capaz de suportar e demonstrar o cumprimento consistente dos requisitos da presente Norma, cumpre com a secção de requisitos do sistema de gestão (ver 8.2 a 8.8).

(OGC006)

8.1.3 IPAC_1 A expressão "da presente Norma" nesta secção refere-se à NP EN ISO/IEC 17020:2013.

138




8.1 - Opções

(OGC006)

8.1.3 IPAC_2 A opção B foi incluída para permitir que os organismos de inspeção, que tenham implementado um sistema de gestão em conformidade com a ISO 9001 o utilizem como suporte para cumprir os requisitos do sistema de gestão definidos nas secções 8.2 a 8.8 da NP EN ISO/IEC 17020:2013. A opção B não requer que o sistema de gestão do organismo de inspeção esteja certificado de acordo com a ISO 9001.

139




8.2 - Documentação do sistema de gestão (Opção A)

(ISO/IEC 17020)

8.2.1 A gestão de topo do organismo de inspeção deve estabelecer, documentar e manter políticas e objetivos para o cumprimento da presente Norma e deve assegurar que as políticas e objetivos são conhecidos e implementados a todos os níveis da organização, do organismo de inspeção.

8.2.2 A gestão de topo deve evidenciar o seu compromisso com o desenvolvimento e implementação do sistema de gestão e com a sua eficácia em assegurar o cumprimento consistente da presente Norma.

140





(ISO/IEC 17020)

8.2.3 A gestão de topo do organismo de inspeção deve designar um membro da gestão que, independentemente de outras responsabilidades, deve ter a responsabilidade e a autoridade para:

a) assegurar que os processos e procedimentos necessários ao sistema de gestão são estabelecidos, implementados e mantidos; e

b) reportar à gestão de topo o desempenho do sistema de gestão e qualquer necessidade de melhoria.

(OGC006)

8.2.3 IPAC_1 A nomeação requerida deve estar documentada.

141





(ISO/IEC 17020)

8.2.4 Toda a documentação, processos, sistemas, registos, etc. relacionados com o cumprimento de requisitos da presente Norma devem ser incluídos, referenciados ou indexados à documentação do sistema de gestão.

(OGC006)

8.2.4 IPAC_1 As organizações são livres para escolher o seu próprio formato e estilo de compilação e apresentação em documentos das políticas, procedimentos e informações.

8.2.4a Recomenda-se que o organismo de inspeção indique onde são abordados os requisitos da norma NP EN ISO/IEC 17020:2013, por exemplo, por meio de uma tabela de referência cruzada.

142





(ISO/IEC 17020)

8.2.5 Todo o pessoal envolvido em atividades de inspeção deve ter acesso às partes da documentação do sistema de gestão e informação relacionada, aplicáveis às suas responsabilidades.

143




8.3 - Controlo de documentos (Opção A)

(ISO/IEC 17020)

8.3.1 O organismo de inspeção deve estabelecer procedimentos para controlar os documentos (internos e externos) relacionados com o cumprimento da presente Norma.

8.3.2 Os procedimentos devem definir os controlos necessários para:

a) aprovar os documentos quanto à sua adequação antes da sua emissão;

b) rever e atualizar os documentos (quando necessário) e para os reaprovar;

c) assegurar que as alterações e o estado atual da revisão dos documentos são identificados;

d) assegurar que as versões relevantes dos documentos aplicáveis estão disponíveis nos locais de utilização;

144




8.3 - Controlo de documentos (Opção A)

(ISO/IEC 17020)

8.3.2 (cont.)

e) assegurar que os documentos se mantêm legíveis e prontamente identificáveis;

f) assegurar que os documentos de origem externa são identificados e a sua distribuição controlada;

g) prevenir o uso indevido de documentos obsoletos, e para os identificar de forma apropriada, caso sejam retidos para algum propósito.

NOTA: A documentação pode ter qualquer formato ou tipo de suporte, e inclui o software de marca/patenteado e o software desenvolvido internamente.

145




8.4 - Controlo de registos (Opção A)

(ISO/IEC 17020)

8.4.1 O organismo de inspeção deve estabelecer procedimentos para definir os controlos necessários para a identificação, armazenagem, proteção, recuperação, tempo de retenção e destino dos seus registos relacionados com o cumprimento da presente Norma.

(OGC006)

8.4.1a Este requisito significa que todos os registos necessários para demonstrar a conformidade com os requisitos da norma devem ser definidos e mantidos.

8.4.1b Nos casos em que os registos sejam aprovados através de autorização eletrónica segura ou selo, o acesso a esses meios deve ser seguro e controlado.

146




8.4 - Controlo de registos (Opção A)

(ISO/IEC 17020)

8.4.2 O organismo de inspeção deve estabelecer procedimentos para manter registos por um período consistente com as suas obrigações legais e contratuais. O acesso a esses registos deve ser consistente com as disposições de confidencialidade.

147




8.5 - Revisão pela gestão (Opção A)

8.5.1 Generalidades

(ISO/IEC 17020)

8.5.1.1 A gestão de topo do organismo de inspeção deve estabelecer procedimentos para rever o seu sistema de gestão a intervalos planeados, para assegurar que se mantém apropriado, adequado e eficaz, incluindo as políticas e objetivos declarados relacionados com o cumprimento da presente Norma.

8.5.1.2 Estas revisões devem ser realizadas pelo menos uma vez por ano. Em alternativa, uma revisão integral por segmentos (revisão em contínuo) deve ser concluída em 12 meses.

8.5.1.3 Devem ser mantidos registos da revisão.

148





8.5.1 Generalidades

(OGC006)

8.5.1a A análise do processo de identificação de riscos à imparcialidade, e as suas conclusões (secções 4.1.3/4.1.4), deverá fazer parte da revisão anual da gestão.

8.5.1b A revisão pela gestão deverá ter em conta as informações sobre a adequação dos recursos humanos e equipamentos atuais, cargas de trabalho perspetivadas e a necessidade de formação do pessoal novo e existente.

8.5.1c A revisão pela gestão deverá incluir uma avaliação da eficácia dos sistemas estabelecidos para assegurar a competência adequada do pessoal.

149





8.5.2 Entradas para a revisão

(ISO/IEC 17020)

As entradas para a revisão pela gestão devem incluir informação relacionada com o seguinte:

a) resultados de auditorias internas e externas;

b) retorno de informação de clientes e de partes interessadas, relacionado com o cumprimento da presente Norma;

c) o estado das ações corretivas e preventivas;

d) seguimento de ações resultantes de anteriores revisões pela gestão;

e) o cumprimento de objetivos;

f) alterações que possam afetar o sistema de gestão;

g) reclamações e recursos.

150





8.5.3 Saídas da revisão

(ISO/IEC 17020)

As saídas da revisão pela gestão devem incluir decisões e ações relacionadas com a:

a) melhoria da eficácia do sistema de gestão e dos seus processos;

b) melhoria do organismo de inspeção relacionada com o cumprimento da presente Norma;

c) necessidades de recursos.

151




8.6 - Auditorias internas (Opção A)

(ISO/IEC 17020)

8.6.1 O organismo de inspeção deve estabelecer procedimentos para auditorias internas para verificar que cumpre os requisitos da presente Norma e que o sistema de gestão está implementado e mantido com eficácia.

NOTA: A ISO 19011 fornece linhas de orientação para a realização de auditorias internas.

8.6.2 Deve ser planeado um programa de auditorias que tenha em consideração a importância dos processos e das áreas a auditar, bem como os resultados de auditorias anteriores.

8.6.3 O organismo de inspeção deve conduzir periodicamente, e de forma planeada e sistemática, auditorias internas abrangendo todos os procedimentos, de modo a verificar que o sistema de gestão está implementado e é eficaz.

152





(ISO/IEC 17020)

8.6.4 As auditorias internas devem ser realizadas pelo menos uma vez a cada 12 meses. A frequência das auditorias internas poderá ser ajustada, dependendo da eficácia demonstrada e da estabilidade comprovada do sistema de gestão.

(OGC006)

8.6.4a Em cada ciclo de acreditação devem ser contemplados todos os requisitos da NP EN ISO/IEC 17020:2013. Adicionalmente, todas as áreas de inspeção, tal como disposto no anexo técnico de acreditação, e todos os locais onde ocorrem atividades chave, conforme definido no IAF/ILAC A5, devem ser considerados no programa de auditoria interna.

153





(OGC006)

8.6.4a (cont.)

O organismo de inspeção deve justificar a escolha da frequência de auditoria para os diferentes tipos de requisitos, áreas de inspeção e locais onde sejam executadas atividades chave. A justificação poderá ter em consideração aspetos tais como::

- Criticidade; - Maturidade; - Desempenho anterior; - Mudanças organizacionais; - Alterações processuais, e - A eficiência do sistema de transferência de experiência entre diferen-

tes locais operacionais e entre as diferentes áreas de atuação.

154





(OGC006)

8.6.4 IPAC_1 Normalmente, a frequência da auditoria de diferentes áreas de inspeção e de locais de inspeção, não deverá ser superior ao ciclo de acreditação.

155





(ISO/IEC 17020)

8.6.5 O organismo de inspeção deve assegurar que:

a) as auditorias internas são conduzidas por pessoal qualificado com conhecimentos de inspeção, de auditoria e dos requisitos da presente Norma;

b) os auditores não auditam o seu próprio trabalho;

c) os elementos do pessoal responsáveis pela área auditada são informados dos resultados da auditoria;

d) quaisquer ações resultantes da auditoria interna são empreendidas de forma atempada e adequada;

e) quaisquer oportunidades de melhoria são identificadas;

f) os resultados da auditoria são documentados.

156





(OGC006)

8.6.5 IPAC_1 As auditorias internas podem ser efetuadas por elementos do próprio organismo de inspeção desde que não auditem funções sobre as quais tenham responsabilidades/autoridade.

157




8.7 - Ações corretivas (Opção A)

(ISO/IEC 17020)

8.7.1 O organismo de inspeção deve estabelecer procedimentos para a identificação e gestão de não conformidades no seu funcionamento.

8.7.2 O organismo de inspeção deve também, quando necessário, empreender ações para eliminar as causas de não conformidades com o fim de evitar repetições.

8.7.3 As ações corretivas devem ser apropriadas ao impacto dos problemas encontrados.

158




8.7 - Ações corretivas (Opção A)

(ISO/IEC 17020)

8.7.4 Os procedimentos devem definir requisitos para o seguinte:

a) identificar não conformidades;

b) determinar as causas de não conformidade;

c) corrigir não conformidades;

d) avaliar a necessidade de ações que assegurem a não repetição das não conformidades;

e) determinar e implementar atempadamente as ações necessárias;

f) registar os resultados das ações empreendidas;

g) rever a eficácia das ações corretivas.

159




8.8 - Ações preventivas (Opção A)

(ISO/IEC 17020)

8.8.1 O organismo de inspeção deve estabelecer procedimentos para empreender ações preventivas para eliminar as causas de potenciais não conformidades.

(OGC006)

8.8.1a As ações preventivas resultam de um processo pró-ativo de identificação de potenciais não-conformidades e oportunidades de melhoria e não como uma reação à identificação de não-conformidades, problemas ou reclamações com o propósito da sua resolução.

8.8.1 IPAC_1 Não são consideradas como ações preventivas, as ações que se destinam a cumprir requisitos da norma tais como a manutenção, a verificação ou a calibração de equipamento, etc. No entanto, as melhorias no modo como são cumpridos os requisitos podem constituir ações preventivas.

160




8.8 - Ações preventivas (Opção A)

(ISO/IEC 17020)

8.8.2 As ações preventivas empreendidas devem ser apropriadas ao impacte provável dos potenciais problemas.

8.8.3 Os procedimentos para ações preventivas devem definir requisitos para o seguinte:

a) identificar potenciais não conformidades e as suas causas;

b) avaliar a necessidade de ações para prevenir a ocorrência de não conformidades;

c) determinar e implementar as ações necessárias;

d) registar os resultados das ações empreendidas;

e) rever a eficácia das ações preventivas empreendidas.

NOTA: Os procedimentos para ações corretivas e preventivas não têm necessariamente de ser definidos em separado.

161




A.1 - Requisitos para organismos de inspeção (Tipo A)

(ISO/IEC 17020)

O organismo de inspeção referido em 4.1.6 a) deve cumprir os requisitos seguintes.

a) O organismo de inspeção deve ser independente das partes envolvidas.

b) O organismo de inspeção e o seu pessoal não devem envolver-se em atividades incompatíveis com a independência do seu julgamento e com a sua integridade no que respeita às suas atividades de inspeção.

Particularmente, não devem envolver-se na conceção, na produção, no fornecimento, na instalação, na aquisição, na propriedade, na utilização ou na manutenção dos objetos inspecionados.

162

Anexo A - Requisitos de independência



A.1 Requisitos para organismos de inspeção (Tipo A)

(ISO/IEC 17020)

NOTA 1: Isto não impede a troca de informações técnicas entre o cliente e o organismo de inspeção (p. ex. explicação dos resultados, ou esclarecimento dos requisitos ou ações de formação).

NOTA 2: Isto não impede a aquisição, a propriedade ou a utilização de objetos inspecionados, necessários para o funcionamento do organismo de inspeção, ou a aquisição, a propriedade ou a utilização dos objetos para fins pessoais por parte do pessoal.

c) Um organismo de inspeção não deve fazer parte de uma entidade legal que esteja envolvida na conceção, na produção, no fornecimento, na instalação, na aquisição, na propriedade, na utilização ou na manutenção dos objetos inspecionados.

163





(ISO/IEC 17020)

NOTA 1: Isto não impede a troca de informações técnicas entre o cliente e qualquer outra parte da entidade legal da qual o organismo de inspeção faz parte (p. ex. explicação dos resultados, ou esclarecimento dos requisitos ou ações de formação).

NOTA 2: Isto não impede a aquisição, a propriedade, a manutenção ou a utilização de objetos inspecionados, necessários para o funcionamento de outra parte da entidade legal, ou para fins pessoais por parte do pessoal.

164





(ISO/IEC 17020)

d) O organismo de inspeção não deve estar ligado a uma entidade legal separada envolvida na conceção, na produção, no fornecimento, na instalação, na aquisição, na propriedade, na utilização ou na manutenção dos objetos inspecionados, através de:

1) proprietários comuns, exceto quando os proprietários não têm possibilidade de influenciar os resultados de inspeção;

EXEMPLO 1: Um tipo de estrutura cooperativa onde existe um elevado número de partes interessadas, as quais (individualmente ou em grupo) não têm possibilidade de influenciar os resultados de inspeção.

EXEMPLO 2: Uma holding constituída por diversas entidades legais separadas (empresas irmãs) dirigidas por uma casa mãe comum, onde nem as empresas irmãs nem a casa mãe têm possibilidade de influenciar os resultados de inspeção.

165





(ISO/IEC 17020)

2) nomeações, por proprietários comuns, para o conselho de administração, ou equivalente, das organizações, exceto quando estas tenham funções que não influenciem os resultados de inspeção;

EXEMPLO: Um banco que financia uma empresa insiste na nomeação de uma pessoa para o conselho de administração para que tenha uma visão global do modo de gestão da empresa, mas que não está envolvido em qualquer tomada de decisão.

3) reporte direto ao mesmo nível superior de gestão, exceto quando isso não possa influenciar os resultados de inspeção;

NOTA: É permitido reportar ao mesmo nível superior de gestão sobre outras questões que não a conceção, a produção, o fornecimento, a instalação, a aquisição, a propriedade, a utilização ou a manutenção dos objetos inspecionados.

4) Compromissos contratuais, ou outros meios, que poderão ter a possibilidade de influenciar os resultados de inspeção.

166





(OGC006)

A.a As secções A.1 e A.2 do Anexo A da NP EN ISO/IEC 17020:2013, relativas a organismos de inspeção do Tipo A e do Tipo B, incluem a expressão “objetos inspecionados”.

Na alínea b) da secção A.1 é referido que “Particularmente, não devem envolver-se na conceção, na produção, no fornecimento, na instalação, na aquisição, na propriedade, na utilização ou na manutenção dos objetos inspecionados”. Na alínea c) da secção A.2 é referido que “Particularmente, não devem envolver-se na conceção, na produção, no fornecimento, na instalação, na aquisição, na utilização ou na manutenção dos objetos inspecionados”.

Entende-se que o sujeito daquelas disposições é o organismo de inspeção envolvido e o seu pessoal. Os objetos neste caso são aqueles que são especificados no respetivo Anexo Técnico de Acreditação (e.g. equipamentos sob pressão).

167





(OGC006)

A.1a Na alínea d) faz-se referência a ligações a entidades legais separadas envolvidas na conceção, na produção, no fornecimento, na instalação, na aquisição, na propriedade, na utilização ou manutenção dos objetos inspecionados. Tais ligações incluem os proprietários comuns e as nomeações, por proprietários comuns, para um conselho de administração ou equivalente. Estas ligações são aceitáveis se as pessoas envolvidas não tiverem a possibilidade de influenciar o resultado da inspeção. Considera-se que existe possibilidade de influenciar o resultado da inspeção se a pessoa tem a capacidade de:

− Influenciar a seleção de inspetores para trabalhos ou clientes específicos, ou

− Influenciar as decisões de conformidade em trabalhos de inspeção específicos, ou

− Influenciar a remuneração de determinados inspetores, ou

− Influenciar a remuneração para trabalhos ou clientes específicos, ou

− Iniciar o uso de práticas alternativas de trabalho para trabalhos ou clientes específicos.

168




A.2 - Requisitos de organismos de inspeção (Tipo B)

(ISO/IEC 17020)

O organismo de inspeção referido em 4.1.6 b) deve cumprir os requisitos seguintes:

a) Os serviços de inspeção devem ser apenas fornecidos à organização da qual o organismo de inspeção faz parte.

b) As responsabilidades do pessoal de inspeção devem ser claramente separadas das do pessoal empregado para outras funções. Esta separação deve ser estabelecida através da identificação organizacional e dos métodos de reporte do organismo de inspeção no seio da casa mãe.

c) O organismo de inspeção e o seu pessoal não devem envolver-se em atividades incompatíveis com a independência do seu julgamento e com a sua integridade no que respeita às suas atividades de inspeção.

169




A.2 - Requisitos de organismos de inspeção (Tipo B)

(ISO/IEC 17020)

Particularmente, não devem envolver-se na conceção, na produção, no fornecimento, na instalação, na utilização ou na manutenção dos objetos inspecionados.

NOTA 1: Isto não impede a troca de informações técnicas entre o organismo de inspeção e outras partes da organização da qual o organismo de inspeção faz parte (p. ex. explicação dos resultados, ou esclarecimento dos requisitos ou ações de formação).

NOTA 2: Isto não impede a aquisição, a propriedade ou o uso de objetos inspecionados, necessários para o funcionamento do organismo de inspeção, ou a aquisição, a propriedade ou a utilização dos objetos para fins pessoais por parte do pessoal.

170




A.3 - Requisitos de organismos de inspeção (Tipo C)

(ISO/IEC 17020)

O organismo de inspeção referido em 4.1.6 c) deve cumprir os requisitos seguintes:

a) O organismo de inspeção deve estabelecer salvaguardas dentro da organização para assegurar a adequada segregação de responsabilidades e contabilidades entre a inspeção e outras atividades.

b) As atividades de conceção, produção, fornecimento, instalação, serviço e de manutenção e a atividade de inspeção do mesmo objeto, realizadas por um organismo de inspeção do Tipo C não devem ser realizadas pela mesma pessoa. Exceto quando um requisito regulamentar permite explicitamente que uma pessoa do organismo de inspeção do Tipo C realize atividades de conceção, produção, fornecimento, instalação, serviço e de manutenção e atividade de inspeção ao mesmo objeto, desde que não comprometa o resultado da inspeção.

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A.3 - Requisitos de organismos de inspeção (Tipo C)

(ISO/IEC 17020)

NOTA: Para as mesmas atividades de inspeção, as inspeções realizadas por organismos de inspeção do Tipo C não podem ser classificadas como de terceira parte, porque não cumprem os requisitos de independência de funcionamento dos organismos de inspeção do Tipo A.

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Elementos opcionais dos relatórios e certificados de inspeção

(ISO/IEC 17020)

Os elementos opcionais seguintes podem ser incluídos nos relatórios e certificados de inspeção:

a) designação do documento, isto é, como relatório de inspeção ou certificado de inspeção, conforme aplicável;

b) identificação do cliente;

NOTA: O proprietário do objeto inspecionado pode ser mencionado no relatório ou certificado se o proprietário não for o cliente.

c) descrição do pedido de trabalho da inspeção;

d) informação do que foi omitido relativamente ao âmbito original do trabalho;

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Anexo B - Elementos opcionais




(ISO/IEC 17020)

e) identificação ou breve descrição do(s) método(s) ou procedimento(s) de inspeção utilizado(s), mencionando os desvios, adições ou exclusões dos métodos e procedimentos acordados;

f) identificação do equipamento utilizado nas medições/ensaios;

g) quando aplicável, e se não estiver especificado no método ou procedimento de inspeção, a referência ou a descrição do método de amostragem e informação de onde, quando, como ou por quem as amostras foram recolhidas;

h) informação do local onde a inspeção foi realizada;

i) informação das condições ambientais durante a inspeção, se relevante;

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(ISO/IEC 17020)

j) uma afirmação que declare que os resultados da inspeção se relacionam exclusivamente com o trabalho solicitado ou objeto(s) ou lote inspecionado;

k) uma afirmação que declare que o relatório de inspeção não deverá ser reproduzido, exceto se o for na totalidade;

l) a marca do inspetor ou selo;

m) nomes (ou identificação única) dos membros do pessoal que tenham realizado a inspeção e, nos casos em que não existe autenticação eletrónica segura, a sua assinatura (ver também 7.4.2).

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FIM Obrigado pela atenção

norma np iso 17020:2013 aplicação em itv

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