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CRITÉRIOS PARA ACREDITAÇÃO DA AMOSTRAGEM DE ÁGUAS E MATRIZES AMBIENTAIS NORMA N o NIT-DICLA-057 REV. N o 00 APROVADA EM NOV/2009 PÁGINA 01/12 SUMÁRIO 1 Objetivo 2 Campo de Aplicação 3 Responsabilidade 4 Siglas 5 Definições 6 Documentos de Referência 7 Introdução 8 Política para acreditação de amostragem 9 Aplicações particulares dos requisitos da ABNT NBR ISO IEC 17025 para laboratórios que realizem amostragem ou retirada de amostras 10 Política de transição 11 Prazo para aplicação deste documento 12 ANEXOS – Modelos simplificados de escopo para amostragem Anexo 1 - Amostragem do produto água para realização de ensaios químicos fora das instalações permanentes. Anexo 2 - Amostragem do produto água para realização de ensaios biológicos. 1 OBJETIVO Esta norma define os critérios para a acreditação da atividade de amostragem, quando realizada pelos laboratórios como parte do processo analítico e em conformidade com os requisitos da norma ABNT NBR ISO IEC 17025. Estes critérios abrangem os laboratórios que executam ensaios de águas e de matrizes ambientais, realizando ensaios de águas, efluentes, solos e sedimentos nas instalações permanentes, nas instalações associadas, nas instalações móveis e nas instalações do cliente. Estes critérios abrangem também os laboratórios que executam ensaios de água para hemodiálise, em atendimento à área de saúde humana. 2 CAMPO DE APLICAÇÃO Esta norma aplica-se à Dicla, aos laboratórios acreditados e postulantes à acreditação de ensaios das matrizes acima citadas, e aos avaliadores e especialistas que atuam em processos de acreditação de laboratórios. 3 RESPONSABILIDADE A responsabilidade pela revisão deste documento é da Dicla. 4 SIGLAS ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas Cgcre - Coordenação Geral de Acreditação Dicla - Divisão de Acreditação de Laboratórios Inmetro - Instituto Nacional de Metrologia e Qualidade Industrial IEC – International Electrotechnical Commission ISO – International Organization for Standardization NBR – Norma Brasileira SMEWW - Standard Methods for the Examination of Water & Wastewater

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CRITÉRIOS PARA ACREDITAÇÃO DA AMOSTRAGEM DE ÁGUAS E MATRIZES AMBIENTAIS

NORMA No NIT-DICLA-057

REV. No 00

APROVADA EM NOV/2009

PÁGINA 01/12

SUMÁRIO 1 Objetivo 2 Campo de Aplicação 3 Responsabilidade 4 Siglas 5 Definições 6 Documentos de Referência 7 Introdução 8 Política para acreditação de amostragem 9 Aplicações particulares dos requisitos da ABNT NBR ISO IEC 17025 para laboratórios

que realizem amostragem ou retirada de amostras 10 Política de transição 11 Prazo para aplicação deste documento 12 ANEXOS – Modelos simplificados de escopo para amostragem Anexo 1 - Amostragem do produto água para realização de ensaios químicos fora das instalações

permanentes. Anexo 2 - Amostragem do produto água para realização de ensaios biológicos. 1 OBJETIVO Esta norma define os critérios para a acreditação da atividade de amostragem, quando realizada pelos laboratórios como parte do processo analítico e em conformidade com os requisitos da norma ABNT NBR ISO IEC 17025.

Estes critérios abrangem os laboratórios que executam ensaios de águas e de matrizes ambientais, realizando ensaios de águas, efluentes, solos e sedimentos nas instalações permanentes, nas instalações associadas, nas instalações móveis e nas instalações do cliente.

Estes critérios abrangem também os laboratórios que executam ensaios de água para hemodiálise, em atendimento à área de saúde humana. 2 CAMPO DE APLICAÇÃO Esta norma aplica-se à Dicla, aos laboratórios acreditados e postulantes à acreditação de ensaios das matrizes acima citadas, e aos avaliadores e especialistas que atuam em processos de acreditação de laboratórios. 3 RESPONSABILIDADE A responsabilidade pela revisão deste documento é da Dicla. 4 SIGLAS ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas Cgcre - Coordenação Geral de Acreditação Dicla - Divisão de Acreditação de Laboratórios Inmetro - Instituto Nacional de Metrologia e Qualidade Industrial IEC – International Electrotechnical Commission ISO – International Organization for Standardization NBR – Norma Brasileira SMEWW - Standard Methods for the Examination of Water & Wastewater

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5 DEFINIÇÕES Para fins deste documento, aplicam-se as seguintes definições, além das constantes no DOQ-CGCRE-020: 5.1 Amostragem: Procedimento definido, pelo qual uma parte de uma substância, material ou produto é retirada para produzir uma amostra representativa do todo, para ensaio ou calibração. A amostragem também pode ser requerida pela especificação apropriada, para a qual a substância, material ou produto é ensaiado ou calibrado. Em alguns casos (por exemplo: análise forense), a amostra pode não ser representativa, mas determinada pela disponibilidade. (ABNT NBR ISO IEC 17025:2005 - Item 5.7.1 - Nota 1)

Nota: A norma ABNT NBR ISO IEC 17025 emprega o termo retirada de amostra ao invés de “coleta” de amostra, geralmente utilizado pelos laboratórios para designar a mesma operação. Neste documento, aplica-se a terminologia da referida norma.

5.2 As definições 5.2.1 a 5.2.7 foram extraídas do SMEWW, e aplicam-se aos ensaios de águas e efluentes. 5.2.1 Duplicata (Duplicate): Usualmente o menor número de replicatas (duas), mas, especificamente aqui, refere-se a duplicata de amostras, isto é, duas amostras retiradas ao mesmo tempo de um local (SMEWW, 2005 - pág. 1.3). A duplicata de amostra é utilizada para mensurar a precisão do processo analítico (SMEWW, 2005 - pág. 3.5). A duplicata deve ser processada independentemente, através de todo o processo de preparação e análise das amostras (SMEWW, 2005 - pág. 3.5). Um mínimo de uma duplicata para cada tipo de matriz (SMEWW, 2005 - pág. 3.5), para cada batelada de até 20 amostras (SMEWW, 2005 - pág. 3.5). 5.2.2 Branco do Método (Method Blank) ou Branco Reagente: Consiste de água reagente e de todos os reagentes que normalmente estão em contato com a amostra durante todas as etapas do procedimento analítico (SMEWW, 2005 - pág. 1.6). O branco do método é usado para determinar a contribuição dos reagentes e das etapas de preparação analítica, para o erro de medição (SMEWW, 2005 - pág. 1.6). É uma porção de água reagente processada exatamente como a amostra, incluindo exposição a todo equipamento, vidraria, procedimentos e reagentes (SMEWW, 2005 - pág. 3.5). O branco do método é usado para verificar se analitos ou interferentes estão presentes dentro do processo ou sistema analítico (SMEWW, 2005 - pág. 3.5). Nenhum analito de interesse deve estar presente no branco do método acima de um nível de alarme estabelecido com base nas especificações do usuário (SMEWW, 2005 - pág. 3.5). Como mínimo, um branco do método para cada batelada analítica de até 20 amostras,(SMEWW, 2005 - pág. 3.5). O branco do método é utilizado para determinar a contribuição dos reagentes e das etapas de preparação analítica para o erro nos valores observados (SMEWW, 2005 - pág. 6.7). Para compostos orgânicos, o branco do método deve estar abaixo de um quarto do MQL (SMEWW, 2005 - pág. 6.7). Como mínimo, um branco do método para cada conjunto de amostras (“sample set”) ou para 5% das amostras, o que for mais frequente (SMEWW, 2005 - pág. 6.7).

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5.2.3 Branco de Viagem (aplicável somente a voláteis): No mínimo, dois frascos de amostras preparados no laboratório, por enchimento com água reagente, selados e despachados para o local de amostragem junto com os frascos de amostras (SMEWW, 2005 - pág. 6.38). 5.2.4 Conjunto de amostras de um mesmo local (“Sample set”): Um conjunto de amostras de um mesmo “site” (“sample set”) são todas as amostras retiradas, aproximadamente ao mesmo tempo, de vários pontos de amostragem, localizados em um mesmo local (“site”) de amostragem (SMEWW, 2005 - pág. 6.38). 5.2.5 Branco Fortificado (Branco “Spike”): Branco fortificado ou branco “spike” é um branco do método contendo todos os mesmos reagentes e preservativos como as amostras, no qual uma concentração conhecida do analito (s) foi adicionada (SMEWW, 2005 - pág. 6.7). É utilizado para avaliar o desempenho do laboratório (e a sua exatidão) e a recuperação do analito em água reagente (SMEWW, 2005 - pág. 6.7). Como mínimo, um branco fortificado para cada conjunto de amostras de um mesmo local (“sample set”) ou batelada de até 20 amostras (SMEWW, 2005 - pág. 6.7). 5.2.6 Amostra Fortificada, Matriz Fortificada (matriz “Spike”): Amostra Fortificada, Matriz Fortificada ou Matriz “spike” é uma porção adicional de uma amostra na qual, antes do seu processamento, são adicionadas quantidades conhecidas dos analitos de interesse (SMEWW, 2005 - pág. 1.6). É utilizada para avaliar a recuperação do método (e a sua exatidão) em uma matriz (SMEWW, 2005 - pág. 1.6). Como mínimo, um branco fortificado para cada conjunto de amostras de um mesmo local (“sample set”) ou batelada de até 20 amostras (SMEWW, 2005 - pág. 1.6). 5.2.7 Duplicata de Amostra Fortificada, Duplicata de Matriz Fortificada (Duplicata de Matriz “spike”): É uma segunda porção da mesma amostra utilizada para preparar a Amostra Fortificada, a que antes do seu processamento, são adicionadas quantidades conhecidas dos analitos de interesse (SMEWW, 2005 - pág. 1.7). Esta segunda porção da amostra é fortificada e processada da mesma maneira como a Amostra Fortificada É utilizada para avaliar a precisão do método em uma matriz (SMEWW, 2005 - pág. 1.7). Como mínimo, uma Duplicata de Amostra Fortificada para cada conjunto de amostras de um mesmo local (“sample set”) ou batelada de até 20 amostras (SMEWW, 2005 - pág. 1.7). 5.3 Limites de Detecção (“Detection Levels”): Em um procedimento, é a menor quantidade que pode ser detectada acima do ruído, com um nível de confiança estabelecido. A prática corrente identifica diferentes limites de detecção, cada um dos quais com uma finalidade definida. Estes limites são o Limite de Detecção do Instrumento (IDL), o Limite de Detecção Inferior (LLD), o Limite de Detecção do Método (MDL), o Limite de Quantificação e o Limite Prático de Quantificação (PQL) - (SMEWW, 2005 - pág. 1-17). A relação entre estes limites é aproximadamente: IDL:LLD:MDL:LOQ:PQL = 1:2:4:10:20 (SMEWW, 2005 - pág. 1-17). Abaixo são definidos vários limites (“levels”) de detecção, em ordem crescente (SMEWW, 2005 - pág. 1-3): 5.3.1 Limites baseados no ensaio de brancos não processados através do método de ensaio completo.

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5.3.1.1 Limite de Detecção do Instrumento – “Instrumental Detection Level” (IDL): É a concentração do constituinte que produz um sinal maior que 5 vezes a razão sinal/ruído do instrumento. Sendo similar em muitos aspectos, ao “Limite Crítico” (“Critical Level”) e ao “Critério de Detecção” (“Criterion of Detection”). O critério de detecção é estabelecido como 1,645 vezes o desvio padrão amostral (s) de analises do branco (SMEWW, 2005 - pág. 1-3); 5.3.1.2 Limite de Detecção Inferior - “Lower Level of Detection” (LLD): A concentração de constituinte em água reagente que produz um sinal de 2 (1,645)s, acima da média das análises dos brancos. Isto estabelece os erros Tipo I e Tipo II em 5%. Outros nomes para este limite são Detecção Limite” e “Limite de Detecção” (LOD) - (SMEWW, 2005 - pág. 1-3). Nota: média + 2(1,645)s = média das análises dos brancos + 3,290s 5.3.1.3 Limite de Quantificação (LOQ) / Limite Mínimo de Quantificação (MQL) - “Level of Quantification / Minimum Quantification Level”: É a concentração do constituinte que produz um sinal suficientemente maior que o sinal do branco e que pode ser detectada dentro de níveis especificados, por bons laboratórios, durante e nas condições do trabalho de rotina. Tipicamente é a concentração que produz um sinal 10s acima do sinal do branco de água reagente. (SMEWW, 2005 - pág. 1-3). 5.3.2 Limites baseados no ensaio de brancos processados através do método de ensaio completo. 5.3.2.1 Limite de Detecção do Método (MDL ) - “Method Detection Level”: É a concentração do constituinte que, quando processado através do método completo, produz um sinal com a probabilidade de 99% de que este sinal é diferente do sinal do branco. Para sete replicatas da amostra, a média precisa ser 3,14s acima do branco, onde s é o desvio padrão amostral de sete replicatas. Estabeleça o MDL a partir de medições em replicatas, em torno de uma a cinco vezes a (concentração) do MDL real. O MDL poderá ser maior que o LLD devido a um baixo número de replicatas e aos passos de processamento da amostra e pode variar com o constituinte e com a matriz (SMEWW, 2005 - pág. 1-3). 5.3.2.2 Limite Prático de Quantificação (PQL) - “Pratical Quantification Limit”: Contudo o LOQ seja útil dentro (within) de um laboratório, o Limite Prático de Quantificação tem sido proposto como o mais baixo limite (PQL) alcançável entre (among) laboratórios dentro de limites especificados durante as operações de rotina do laboratório. O PQL é significante porque diferentes laboratórios produzirão diferentes MDLs mesmo que utilizem os mesmos procedimento analíticos, instrumentos e amostras / matrizes. O PQL é cerca de cinco vezes o MDL e representa um limite de detecção passível de ser alcançado, prática e rotineiramente, com uma boa possibilidade de que o valor reportado é confiável (SMEWW, 2005 - pág. 1-17). 6 DOCUMENTOS DE REFERENCIA 6.1 DOQ-CGCRE-020 - Definições de termos utilizados nos documentos relacionados á acreditação de laboratórios, disponível em http://www.inmetro.gov.br/credenciamento/laboratorios/calibEnsaios.asp 6.2 Eurachem – Measurement uncertainly arising from sampling. A guide to methods and approaches. 2007. 6.3 ABNT NBR ISO IEC 17025 – Requisitos gerais para a competência de laboratórios de ensaio e calibração.

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6.4 NIT-DICLA-011 – Preços das atividades de acreditação de laboratórios, disponível em http://www.inmetro.gov.br/credenciamento/laboratorios/calibEnsaios.asp 6.5 NIT-DICLA-016 – Elaboração de escopo de ensaios, disponível em http://www.inmetro.gov.br/credenciamento/laboratorios/calibEnsaios.asp 6.6 SMEWW - Standard Methods of the Examination of Water & Wasterwater, 21ª. Edition: 2005. APHA, AWWA, WEF 7 INTRODUÇÃO Processos de medição (ensaios) que envolvam amostragem devem ser avaliados considerando a relevância desta atividade nos resultados analíticos emitidos pelos laboratórios aos seus clientes. De forma geral, um ensaio deste tipo pode ser representado pelas seguintes etapas:

1- Amostragem (que inclui um plano de amostragem e um procedimento, estabelecidos de comum acordo entre todas as partes interessadas, para orientar a retirada de amostras, o manuseio e a análise);

2- Manuseio (que se constitui no pré-tratamento, na transferência para os frascos, na preservação, embalagem e demais procedimentos no local da amostragem, na instalação de clientes, assim como no transporte, na recepção, no armazenamento, nos pré-tratamentos e demais procedimentos como digestão, concentração e extração, nas instalações permanentes do laboratório );

3- Análise (que se constitui das injeções das amostras e dos controles de qualidade, nos equipamentos, das leituras das medições, dos cálculos e das verificações).

As etapas seguintes se constituem dos resultados analíticos (incluindo-se as incertezas associadas a todo processo, os brancos e as recuperações, que tenham influência na sua interpretação), e a conclusão sobre os resultados. Dada a influência da amostragem no processo de medição de parâmetros de águas e efluentes, solos e sedimentos, e objetivando a harmonização do entendimento de laboratórios e avaliadores quanto à necessidade de se avaliar essa atividade para a adequação dos escopos de acreditação de ensaios que envolvam amostragem, a Dicla estabeleceu a seguinte política apresentada no item 8. 8 POLÍTICA PARA ACREDITAÇÃO DE AMOSTRAGEM Para efeito desta política, considera-se a retirada de amostras como um estágio da própria amostragem. Esta política não se aplica à organizações/laboratórios que realizam a amostragem como a sua única atividade de trabalho, e, portanto, não realizam ensaios subseqüentes à esta atividade. Considera-se ensaios subseqüentes os realizados na instalação do cliente (campo), como a determinação de pH, condutividade, oxigênio dissolvido, cloro residual, turbidez etc., e os demais ensaios, tais como a determinação de metais por técnica instrumental, realizados nas instalações permanentes (laboratório) (SMEWW, 2005 - pág. 1-33).

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8.1 A Dicla somente acreditará a amostragem ou a retirada de amostras quando estas forem parte integrante dos ensaios realizados pelos laboratórios, e se estes se utilizarem de metodologias internacionalmente reconhecidas e/ou atenderem a Portarias e Regulamentos específicos à área de atuação. Os laboratórios que forem acreditados para ensaios nas suas instalações permanentes, e também realizarem a amostragem ou a retirada de amostras para estes ensaios, devem ser obrigatoriamente acreditados para esta atividade. Os laboratórios deverão ser avaliados para os ensaios realizados nas instalações do cliente, associados às amostragens, ou devido à validade das amostras, ou por estarem previstos na legislação, como devendo ser realizados nas instalações de clientes. A amostragem deve ser adequada à finalidade dos ensaios, deve basear-se em planos e procedimentos de amostragem, estabelecidos de comum acordo entre todas as partes interessadas, e deve atender aos requisitos dos clientes, inclusive os de natureza legal. Neste contexto, são passíveis de acreditação: 8.1.1 Laboratórios que realizam a amostragem, o manuseio e os ensaios subsequentes à retirada de amostras, tanto na instalação do cliente quanto nas instalações permanentes. Neste caso, o laboratório será acreditado para a retirada de amostras, para o manuseio para os ensaios subsequentes na instalação do cliente e para ensaios subseqüentes nas instalações permanentes. 8.1.1.1 Estes laboratórios devem dispor de procedimentos estabelecendo os mecanismos de cooperação adotados para a elaboração de planos e de procedimentos de amostragem, de comum acordo com todas as partes interessadas. 8.1.1.2 A acreditação desses laboratórios será suspensa se não demonstrarem, satisfatoriamente, o solicitado em 8.1.1.1. 8.1.2 Laboratórios que realizam a amostragem, o manuseio e os ensaios subsequentes à retirada de amostras, somente na instalação do cliente, e que encaminham as demais frações das amostras para serem ensaiadas por laboratórios acreditados. Neste caso, o laboratório será acreditado apenas para a retirada de amostras e para os ensaios subseqüentes na instalação do cliente. 8.1.2.1 Estes laboratórios devem dispor de procedimentos estabelecendo os mecanismos de cooperação adotados para a elaboração de planos e de procedimentos de amostragem, de comum acordo com os laboratórios contratados e com as demais partes interessadas. Devem dispor também de procedimentos para a elaboração dos contratos, que obrigatoriamente devem ser mantidos com os laboratórios contratados. 8.1.2.2 A acreditação desses laboratórios será suspensa se não demonstrarem, satisfatoriamente, o solicitado em 8.1.2.1. 8.1.3 Laboratórios que realizam ensaios somente nas instalações permanentes, e que contratam laboratórios acreditados para realizarem a amostragem, o manuseio e os ensaios na instalação de cliente, associados à amostragem. Neste caso, o laboratório será acreditado apenas para a realização dos ensaios nas instalações permanentes. Não será acreditado para amostragem e para ensaios na instalação de cliente.

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8.1.3.1 Estes laboratórios devem dispor de procedimentos estabelecendo os mecanismos de cooperação adotados para a elaboração de planos e de procedimentos de amostragem, de comum acordo com os laboratórios contratados e com as demais partes interessadas. Devem dispor também de procedimentos para a elaboração dos contratos, que obrigatoriamente devem ser mantidos com os laboratórios contratados. 8.1.3.2 A acreditação desses laboratórios será suspensa se não demonstrarem, satisfatoriamente, o solicitado em 8.1.3.1 8.1.4 Laboratórios que se enquadrem em 8.1.2 e em 8.1.3 devem atender integralmente ao disposto nesses itens, além de descreverem de forma clara, detalhada e de fácil entendimento os serviços que realiza e os serviços que contrata. O laboratório somente será acreditado para as atividades que efetivamente realiza. 8.1.4.1 A acreditação desses laboratórios será suspensa se não demonstrarem, satisfatoriamente, o solicitado em 8.1.4. 9 APLICAÇÕES PARTICULARES DOS REQUISITOS DA ABNT NBR ISO IEC 17025 PARA LABORATÓRIOS QUE REALIZAM AMOSTRAGEM 9.1 Os laboratórios que realizam amostragem devem: 9.1.1 Executar seus ensaios baseados em um plano de amostragem e procedimento que atendam ao nível de qualidade adequada às especificações do cliente, incluindo as de natureza legal (requisito 4.1.2). São exemplos de especificações de natureza legal as Resoluções CONAMA 357, para águas superficiais (doces, salinas e salobras); CONAMA 357 e 397, para efluentes (esgoto sanitário, efluentes industriais por tipo de indústria); CONAMA 344, para sedimentos; CONAMA 396, para águas subterrâneas; e a Portaria MS 518, para águas de consumo humano. 9.1.2 Supervisionar as atividades de amostragem e de manuseio das amostras, e que estas sejam realizadas por pessoal treinado e qualificado (requisito 4.1.4g). 9.1.3 Estar disposto a cooperar com os seus clientes para esclarecer questões referentes aos serviços prestados e para monitorar o próprio desempenho em relação ao trabalho realizado, incluindo-se a atividade de amostragem (requisito 4.7.1). 9.1.4 Submeter as atividades de amostragem e manuseio de amostras às auditorias internas e à análise crítica pela direção (requisitos 4.14.1 e 4.15.1). 9.1.5 Possuir instalações permanentes e veículos apropriados à execução de todas as etapas dos ensaios e da amostragem que realizam (requisito 5.3.1). 9.1.6 Selecionar e utilizar métodos de ensaio normalizados, ou métodos não normalizados apropriadamente desenvolvidos e validados (requisitos 5.4.1 e 5.4.2). Devem também declarar no escopo a faixa e a exatidão dos ensaios, de forma a atender às necessidades do cliente. 9.1.7 Garantir a qualidade dos resultados considerando a contribuição da estimativa da incerteza de medição da amostragem (requisito 5.4.6.3). Nota: É recomendável que a estimativa de incerteza de medição siga o proposto no documento Measurement uncertainly arising from sampling. A guide to methods and approaches, da EURACHEM.

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9.1.8 Possuir equipamentos adequados à retirada das amostras, bem como transporte apropriado ao condicionamento e preservação das amostras (requisito 5.5.1). 9.1.9 Disponibilizar, sempre que solicitado pelo cliente, informações necessárias à interpretação dos resultados, tais como: Limite de Detecção, Limite de Quantificação e Limite de Quantificação da Amostra. Além desses, resultados de amostras de controle da qualidade nas instalações do cliente e no laboratório, como brancos, duplicatas e amostras fortificadas, incluindo os resultados de recuperação e desvio padrão relativo, para acesso, respectivamente, à exatidão e precisão; materiais de referência rastreáveis utilizados para estabelecer os fatores ou as curvas de calibração; materiais de referência utilizados para o controle da qualidade; e ainda a qualificação dos equipamentos principais e auxiliares, também podem ser solicitados e devem estar disponíveis. 10 POLÍTICA DE TRANSIÇÃO 10.1 Laboratórios acreditados para ensaios de águas, efluentes, solos e sedimentos até 31 de dezembro de 2009. 10.1.1 Os laboratórios devem encaminhar até 31 de dezembro de 2009 a relação de amostragens e de ensaios em instalação de clientes, realizados em associação às amostragens, discriminando os produtos (matrizes), os locais (rios, mar, canais, redes, ETEs, ETAs, indústrias, etc...) em que realiza, e o ensaio a que se refere, de acordo com as Resoluções e Portarias atendidas. 10.1.1.1 A avaliação da amostragem ou da retirada de amostras, e dos ensaios na instalação de clientes realizados em associação às amostragens, ocorrerá: a) na reavaliação subsequente; ou b) em avaliação extraordinária solicitada pelo laboratório. O custo dessa avaliação está definido na NIT-DICLA-011. 10.1.1.2 Os laboratórios que não apresentarem no prazo acima estabelecido a relação de amostragens e de ensaios na instalação de clientes, em associação às amostragens, terão seus escopos reduzidos, no caso que façam referência à realização da amostragem. 10.1.1.3 As atividades de amostragem ou de retirada de amostras, e de ensaios na instalação de clientes, somente serão inseridas no escopo de acreditação do laboratório depois da realização da avaliação e da tomada de decisão pela Cgcre/Inmetro com respeito a essa avaliação, relativa à atualização do escopo de acreditação. 10.1.2 Os laboratórios que atenderem ao prazo estabelecido em 10.1.1 devem encaminhar até 31 de dezembro de 2010 o procedimento da estimativa de incerteza total, incluindo a componente de amostragem para os diversos tipos de amostragem que realiza, e as memórias de cálculo das estimativas de incerteza total, considerando as componentes da amostragem. Nota: A não-conformidade referente à inexistência de procedimento sobre a estimativa de incerteza de medição constatada nas avaliações extraordinárias ou nas reavaliações realizadas até 31 de dezembro de 2010 deve ser registrada como “observação”. 10.1.2.1 Os laboratórios que não cumprirem o prazo acima estabelecido terão seus escopos reduzidos, com a retirada de serviços que façam referência à realização de amostragem. 10.1.2.2 Os laboratórios que receberem não-conformidade relativa ao conteúdo do procedimento encaminhado terão um prazo de 90 dias para a implementação de ações corretivas.

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10.2 Laboratórios em fase de concessão de acreditação ou extensão para ensaios de águas, efluentes, solos e sedimentos na data de emissão desta norma. 10.2.1 Para os laboratórios que forem avaliados após 31 de dezembro de 2009, aplicam-se todos os requisitos estabelecidos no item 9 desta norma, exceto com respeito à incerteza de medição, que será tratada conforme definido em 10.1.2. 10.2.2 Para os laboratórios que forem avaliados após 31 de dezembro de 2010, aplicam-se todos os requisitos estabelecidos no item 9 desta norma. 10.3 Solicitações de acreditação ou de extensão após a emissão desta norma. 10.3.1 Aplicam-se todos os requisitos estabelecidos no item 9 desta norma. 10.4 Os escopos devem ser elaborados de acordo com o estabelecido na NIT-DICLA-016. Modelos simplificados de escopos são apresentados em anexo a este documento. 11 PRAZO PARA APLICAÇÃO DESTE DOCUMENTO. Este documento passa a vigorar a partir da sua aprovação. 12 ANEXOS – Modelos simplificados de escopo para amostragem Anexo 1 - Amostragem do produto água para realização de ensaios químicos fora das instalações

permanentes. Anexo 2 - Amostragem do produto água para realização de ensaios biológicos.

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ANEXOS – Modelos simplificados de escopo para amostragem

Anexo 1 - Amostragem do produto água para realização de ensaios químicos fora das instalações permanentes.

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NIT-DICLA-057 REV. 00

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Anexo 2: Amostragem do produto água para realização de ensaios biológicos.