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7ª EDIÇÃO NORMA GLOBAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR

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7ª EDIÇÃO

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7ª EDIÇÃOBRITISH RETAIL CONSORTIUM (CONSÓRCIO BRITÂNICO DE VAREJO)  JANEIRO DE 2015

NORMA GLOBAL

SEGURANÇA ALIMENTAR

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RESPONSABILIDADEO BRC publica informações e expressa opiniões de boa-fé, mas não aceita responsabilidade por eventuais erros ou omissões em informações ou opiniões, inclusive informações ou opiniões contidas nesta publicação.

Embora o BRC tenha se esforçado para garantir que as informações desta publicação sejam exatas, ele não se responsabiliza por quaisquer danos (incluindo, entre outros, danos por prejuízo econômico absoluto, perda de negócios, perda de lucros ou deterioração do fundo de comércio ou de algum outro tipo, conforme o caso, sejam estes diretos, indiretos ou imprevistos) ou eventuais pedidos de indenização não previstos de qualquer natureza (independentemente da causa) decorrentes de contrato, ato ilícito (incluindo negligência ou violação do dever legal), falsidade ideológica, restituição ou de qualquer outro tipo, em relação a esta publicação ou qualquer informação nela contida, ou de qualquer ação ou decisão tomada como resultado da leitura desta publicação ou de qualquer uma dessas informações.

Todas as garantias, condições e outros termos implícitos por lei ou common law, na medida em que permitido por lei, são excluídos.

Nada exclui ou limita a responsabilidade do BRC por morte ou danos pessoais causados por negligência do BRC, fraude ou falsidade ideológica fraudulenta ou por qualquer assunto do qual seria ilegal excluir, ou tentar excluir, sua responsabilidade.

A Norma Global de Segurança Alimentar e os termos da isenção de responsabilidade acima referidos devem ser interpretados em conformidade com a lei inglesa e estarão sujeitos à jurisdição não exclusiva dos tribunais da Inglaterra.

DIREITOS AUTORAIS© British Retail Consortium 2015

Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser transmitida ou reproduzida em qualquer formato (inclusive fotocópias ou armazenamento em qualquer meio eletrônico) sem a autorização por escrito do detentor dos direitos autorais. O pedido de autorização deve ser dirigido ao Diretor Comercial de Normas Globais do British Retail Consortium (dados para contato abaixo). Devem ser dados os créditos completos do autor e da fonte.

O conteúdo desta publicação não pode ser reproduzido para fins de treinamento ou qualquer outra atividade comercial.

Nenhuma parte desta publicação pode ser transmitida ou reproduzida em qualquer formato (inclusive fotocópias ou armazenamento em qualquer meio eletrônico) sem a autorização por escrito do detentor dos direitos autorais.

Advertência: Qualquer ato não autorizado em relação a uma obra autoral pode resultar em ação civil por danos e processo penal.

Para mais informações sobre o BRC, contate:

British Retail Consortium (Consórcio Britânico de Varejo) Second Floor 21 Dartmouth Street London SW1H 9BP

Tel: +44 (0) 20 7854 8900 Fax: +44 (0) 20 7854 8901

E-mail: [email protected] Website: www.brcglobalstandards.com (site em inglês)

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Organização desta publicação 2

PARTE I SISTEMA DE GESTÃO DA SEGURANÇA ALIMENTARIntrodução 4O sistema de gestão da segurança alimentar 6

PARTE II REQUISITOSComo os requisitos estão definidos 111 Compromisso da diretoria 122 Plano de segurança alimentar - APPCC 143 Sistema de segurança alimentar e gestão de qualidade 194 Normas da unidade 275 Controle de produto 436 Controle de processo 487 Funcionários 51

PARTE III PROTOCOLO DE AUDITORIAIntrodução 571 Protocolo Geral - preparação para auditoria 592 Protocolo de auditoria com agendamento 633 Protocolo de auditoria sem agendamento: Opção 1 – auditoria completa sem agendamento 694 Protocolo de auditoria sem agendamento: Opção 2 – auditoria sem agendamento de duas etapas 735 Programa de Mercados Globais do BRC 796 Módulos voluntários 837 Protocolo Geral – após a auditoria 85

PARTE IV GESTÃO E GOVERNANÇA DO SISTEMARequisitos para organismos de certificação 90Governança técnica da Norma Global de Segurança Alimentar 90Obtenção de consistência – conformidade 92

ANEXOAnexo 1 Outras Normas Globais do BRC 96Anexo 2 Diretrizes sobre a definição de zonas de risco de produção 97Anexo 3 Processos equivalentes para atingir 70 ºC por 2 minutos 103Anexo 4 Multiple sites audit protocol 104Anexo 5 Qualificações, exigências de treinamento e experiência para auditores 107Anexo 6 Categorias de produto 109Anexo 7 Modelo de certificado 112Anexo 8 Exemplo de prova de correção de não conformidades e medida preventiva 113Anexo 9 Glossário 114Anexo 10 Agradecimentos 120

ÍNDICE

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Esta publicação apresenta os requisitos para auditoria e certificação de fabricantes de alimentos para fins de obtenção de certificação da Norma Global de Segurança Alimentar.

O documento é composto por:

PARTE ISISTEMA DE GESTÃO DA SEGURANÇA ALIMENTARFornece uma introdução e base para o desenvolvimento e os benefícios da Norma.

PARTE IIREQUISITOSDetalha os requisitos da Norma que a empresa deve cumprir para obter a certificação.

PARTE IIIPROTOCOLO DE AUDITORIAFornece informações sobre o processo de auditoria e as regras para a concessão de certificados. Detalha os diferentes programas de certificação disponíveis dentro da Norma e fornece informações sobre logotipos e o Diretório de Normas Globais do BRC.

PARTE IVGESTÃO E GOVERNANÇA DO SISTEMADescreve os sistemas de gestão e de governança em vigor para a Norma e para a gestão de organismos de certificação registrados para operar o sistema.

ANEXOSOs anexos fornecem outras informações úteis, inclusive os requisitos de competência do auditor, categorias de produtos e um glossário de termos.

ORGANIZAÇÃO DESTA PUBLICAÇÃO

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PARTE ISISTEMA DE GESTÃO DA SEGURANÇA ALIMENTAR

INTRODUÇÃOO que há de novo na 7ª Edição? 4

Escopo da Norma Global de Segurança Alimentar 5

Legislação de segurança alimentar 5

Benefícios da Norma Global de Segurança Alimentar 5

Processo de certificação 6

Data de entrada em vigor da 7ª Edição 6

Agradecimentos: um “obrigado” do BRC 6

SISTEMA DE GESTÃO DA SEGURANÇA ALIMENTARPrincípios da Norma Global de Segurança Alimentar 6

O que se espera da Norma Global de Segurança Alimentar 7

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INTRODUÇÃOBem-vindo à sétima edição da Norma Global de Segurança Alimentar Originalmente desenvolvida e publicada em 1998, desde então, a Norma tem sido atualizada a intervalos regulares para refletir o pensamento mais recente a respeito de segurança alimentar e, atualmente, já é usada no mundo todo. A Norma fornece uma base para os fabricantes de produtos alimentícios, a fim de ajudá-los na produção de produtos alimentícios seguros e de gerenciar a qualidade do produto para atender às exigências dos clientes. A certificação fornecida pela Norma é reconhecida por muitos varejistas, empresas de serviços de alimentação e fabricantes de todo o mundo ao avaliar as capacidades de seus fornecedores. Em resposta à demanda, a Norma Global de Segurança Alimentar foi traduzida para muitos idiomas com o intuito de facilitar sua implementação pelas empresas de produtos alimentícios de todo o mundo.

A Norma Global de Segurança Alimentar foi desenvolvida para especificar os critérios de segurança, qualidade e operação dos alimentos que devem ser colocados em prática por uma empresa de produção de produtos alimentícios, a fim de que ela cumpra as obrigações relativas à conformidade legal e à proteção do consumidor. O formato e o conteúdo da Norma permitem a avaliação das instalações, sistemas e procedimentos operacionais de uma empresa por um terceiro competente - o organismo de certificação - com base nos requisitos da norma.

O QUE HÁ DE NOVO NA 7ª EDIÇÃO? O desenvolvimento de 7ª Edição baseou-se em uma ampla consulta para compreender as necessidades das partes interessadas e em uma análise das questões emergentes no setor de alimentos. As informações foram desenvolvidas e examinadas por grupos de trabalho formados por partes interessadas do mundo inteiro, que representam fabricantes de alimentos, varejistas, empresas de serviços de alimentação, organismos de certificação e especialistas técnicos independentes.

O foco da atenção desta edição foi:

• continuar a garantir a consistência do processo de auditoria

• apresentar uma Norma com flexibilidade para incluir outros módulos voluntários para reduzir a carga de auditoria

• incentivar as unidades a implantarem sistemas para reduzir sua exposição a fraudes

• incentivar maior transparência e rastreabilidade na cadeia de abastecimento

• incentivar a adoção da Norma como meio de aumentar a segurança alimentar em pequenas unidades e instalações em que os processos ainda estejam em desenvolvimento.

As exigências da 7ª Edição da Norma são uma evolução de edições anteriores com ênfase constante em compromisso de gestão, programa de segurança alimentar com base em Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle/APPC e sistema de gestão de qualidade como apoio. O objetivo foi dirigir o foco da auditoria para a implementação de boas práticas de fabricação dentro das áreas de produção com maior ênfase nas áreas que tradicionalmente resultam em recalls e retiradas do mercado (por ex.: gestão de rotulagem e embalagem)

Programas voluntários de auditoria sem agendamentoHouve um grande aumento nas auditorias sem agendamento entre as especificações, e isso considerado um fator que proporciona maior confiança na implementação de uma cultura de segurança alimentar. As duas opções de auditorias sem agendamento desenvolvidas na 6ª Edição foram mantidas, embora a restrição a unidades de nota A e B tenha sido retirada, a fim de possibilitar a opção sem agendamento a todas as empresas. Os programas sem agendamento permanecem voluntários, mas conferem confiança adicional à certificação por parte dos clientes e geram vantagens comerciais quando as unidades obtêm AA+, a nota máxima do BRC.

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Programa de Mercados Globais do BRCÀ medida que a Norma de certificação do BRC continua a se desenvolver, é importante proporcionar oportunidades de reconhecimento e incentivo ao desenvolvimento de sistemas de segurança alimentar em pequenas unidades em que todas as exigências da Norma possam agregar menos valor e em empresas que ainda estão desenvolvendo sistemas de segurança alimentar. Aproveitamos a oportunidade para revisar o antigo Programa de Inscrição de modo a deixá-lo mais próximo do Programa de Mercados Globais da Iniciativa Global de Segurança Alimentar (GFSI, sigla em inglês). O novo sistema possibilitará, agora, auditorias e reconhecimentos de acordo com um conjunto de requisitos da Norma identificado como sendo de nível básico e outro conjunto de requisitos do nível intermediário.

Detalhes dos novos programas podem ser encontrados no protocolo de auditoria da Norma (consultar Parte III).

Módulos voluntários adicionaisA 7ª Edição foi desenvolvida para possibilitar a incorporação de mais módulos voluntários, nos quais as unidades podem se enquadrar para incluir na auditoria para atender a necessidades específicas do cliente ou do sistema. O BRC continuará a desenvolver esses módulos e a disponibilizá-los no website de acordo com as necessidades do mercado. Espera-se que essa flexibilidade permita que as unidades atendam às expectativas específicas ou regionais de clientes e que reduza o número de auditorias no local.

ESCOPO DA NORMA GLOBAL DE SEGURANÇA ALIMENTARA Norma Global de Segurança Alimentar estabelece os requisitos para a produção de produtos alimentícios processados e para a preparação de produtos primários fornecidos como produtos com a marca do varejista, produtos alimentícios com marca e alimento ou ingredientes para uso de empresas de serviços alimentícios, restaurantes e fabricantes de alimentos. A certificação se aplicará apenas a produtos que tenham sido fabricados ou preparados na unidade em que ocorre a auditoria e incluirá instalações de armazenamento que estejam sob o controle direto da gestão do local de produção.

A Norma não se aplicará a produtos alimentícios que não passem por nenhum processo na unidade auditada ou a atividades relacionadas à venda no atacado, importação, distribuição ou armazenamento fora do controle direto da empresa. O BRC desenvolveu um conjunto de Normas Globais que estabelecem os requisitos para uma ampla gama de atividades de produção, embalagem, armazenamento e distribuição de alimentos. O Anexo 1 fornece mais detalhes sobre os escopos das atuais Normas Globais e a relação entre elas.

LEGISLAÇÃO DE SEGURANÇA ALIMENTARO objetivo da Norma sempre foi auxiliar as unidades e seus clientes a cumprirem os requisitos legais de segurança alimentar. A legislação de segurança alimentar tem detalhes que variam de acordo com o país, mas em geral, exige que as empresas de produtos alimentícios:

• adotem uma abordagem de APPCC ou com base em risco para a gestão de segurança alimentar

• forneçam um ambiente de processamento que garanta a minimização dos riscos de contaminação

• garantam a presença de uma especificação detalhada que seja legítima e compatível com as normas de composição e segurança e com a boa prática de fabricação

• garantam que seus fornecedores sejam competentes para produzir o produto especificado, cumpram as exigências legais e operem sistemas apropriados de controle de processos

• façam visitas periódicas sempre que possível para verificar a competência de seus fornecedores ou recebam o resultado de alguma outra auditoria do sistema do fornecedor com essa finalidade

• estabeleçam e mantenham um programa de avaliação de risco para exame, testes ou análise da produção

• monitorem reclamações de clientes e tomem as medidas necessárias.

A Norma Global de Segurança Alimentar foi desenvolvida para auxiliar as empresas a cumprirem esses requisitos.

BENEFÍCIOS DA NORMA GLOBAL DE SEGURANÇA ALIMENTARA adoção da Norma traz vários benefícios para as empresas de alimentos. A Norma:

• é reconhecida internacionalmente e está em conformidade com a GFSI e fornece relatório e certificação que podem ser adotados por clientes em substituição às suas próprias auditorias, economizando tempo e dinheiro

• fornece norma e protocolo únicos que regem uma auditoria credenciada por terceiros organismos de certificação, permitindo uma avaliação independente e confiável dos sistemas de segurança alimentar e de qualidade de uma empresa

• permite que as empresas certificadas apareçam na parte disponível ao público do Diretório de Normas Globais do BRC, o que permite o reconhecimento de suas conquistas, e que usem um logotipo para fins comerciais

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• é abrangente em escopo e cobre as áreas de qualidade, legalidade e segurança de produto

• aborda parte dos requisitos legais do fabricante de alimentos e seus clientes

• permite que as empresas verifiquem se seus fornecedores estão adotando boas práticas de gestão de segurança alimentar

• fornece uma gama de opções de auditoria, inclusive programas de auditoria sem agendamento e com agendamento para atender às demandas dos clientes e possibilita que as empresas demonstrem conformidade por meio de um processo que melhor se adapte à operação e à condição de seus sistemas de segurança alimentar

• exige a concretização de ações corretivas de não conformidade com a Norma e a análise da causa para identificar controles preventivos antes da certificação, reduzindo, assim, a necessidade dos clientes de criarem relatórios de auditoria de acompanhamento.

PROCESSO DE CERTIFICAÇÃOA Norma Global de Segurança Alimentar é um sistema de certificação de processo e produto. Nesse sistema, empresas alimentícias são certificadas mediante a realização de uma auditoria satisfatória feita por um auditor de uma empresa independente - o organismo de certificação. O organismo de certificação, por sua vez, pode ser avaliado e julgado competente por um organismo internacional de credenciamento.

Para que uma empresa alimentícia receba um certificado válido sobre a conclusão de uma auditoria satisfatória, a organização deve selecionar um organismo de certificação aprovado pelo BRC. O BRC estabelece requisitos detalhados que um organismo de certificação deve cumprir para obter aprovação e opera um programa de conformidade abrangente para garantir que padrões elevados sejam mantidos.

DATA DE ENTRADA EM VIGOR DA 7ª EDIÇÃOEm relação a todas as revisões das Normas Globais, deve-se reconhecer que existe um período de transição entre a publicação e a conclusão da implementação. Essa transição permite o tempo necessário para o retreinamento de todos os auditores e permite que os fabricantes se preparem para a nova edição da Norma. Por isso, a certificação de acordo com a 7ª Edição começará em julho de 2015. Todos os certificados emitidos com base em auditorias realizadas antes de 1º de julho de 2015 serão de acordo com a 6ª Edição e serão válidos para o período especificado no certificado.

AGRADECIMENTOS: UM “OBRIGADO” DO BRCO BRC deseja agradecer a todos os especialistas do setor alimentar que contribuíram para a elaboração da 7ª Edição da Norma Global de Segurança Alimentar ou que fizeram comentários por meio do processo de consulta. Todos os que participaram dos grupos de trabalho estão relacionados no Anexo 10.

SISTEMA DE GESTÃO DA SEGURANÇA ALIMENTARPRINCÍPIOS DA NORMA GLOBAL DE SEGURANÇA ALIMENTARUma empresa de produtos alimentícios deve ter pleno conhecimento dos produtos produzidos, manufaturados e distribuídos, além de ter sistemas para identificação e controle de riscos à segurança alimentar. A Norma Global de Segurança Alimentar é baseada em dois principais componentes: compromisso da diretoria e um sistema baseado na APPCC (que fornece uma abordagem em etapas para a gestão de riscos à segurança alimentar).

Compromisso da diretoriaEm uma empresa de alimentos, a segurança alimentar deve ser considerada responsabilidade de todos e inclui atividades que passam por muitos departamentos, usando várias habilidades e níveis de especialidade em toda a organização. A gestão eficaz de segurança alimentar se estende além dos departamentos técnicos e deve envolver o compromisso de operações de produção, engenharia, gestão de distribuição, aquisição de matéria-prima, comentários de clientes e atividades de recursos humanos, como treinamento.

O ponto inicial de um plano eficaz de segurança alimentar é o compromisso da diretoria com o desenvolvimento de uma política abrangente para orientar as atividades que, coletivamente, garantam a segurança alimentar. A Norma Global de Segurança Alimentar atribui alta prioridade à prova clara do compromisso da diretoria.

Sistema baseado em APPCCA Norma Global de Segurança Alimentar requer o desenvolvimento de um plano de segurança alimentar com base em APPCC. O desenvolvimento do plano exige recursos de todos os departamentos envolvidos e deve ser apoiado pela diretoria.

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O QUE SE ESPERA DA NORMA GLOBAL DE SEGURANÇA ALIMENTARA Norma Global de Segurança Alimentar exige o desenvolvimento de um plano de segurança alimentar de acordo com a APPCC.

• Compromisso da diretoria Os recursos necessários para a demonstração de compromisso de atender aos requisitos da Norma são detalhados na Parte II, seção 1.

• Um plano de APPCC Fornece um foco sobre os significativos riscos de segurança alimentar do produto e do processo que exigem controle específico para garantir a segurança dos produtos ou linhas individuais de alimentos, conforme detalhado na Parte II, seção 2.

• Um sistema de gestão de qualidade Detalhes das políticas e procedimentos organizacionais e de gestão, que fornecem um quadro por meio do qual a organização atingirá os requisitos desta Norma, tal como consta na Parte II, seção 3.

• Programas de pré-requisitos Condições ambientais e operacionais básicas em uma empresa do setor alimentício, que são necessárias para a produção de produtos alimentícios seguros. Essas condições controlam os perigos em geral e abrangem boas práticas de fabricação e boas práticas de higiene e devem ser levadas em conta no estudo de APPCC.

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PARTE IIREQUISITOS

COMO OS REQUISITOS ESTÃO DEFINIDOSCódigo de cores de requisitos 11Requisitos fundamentais 11

1  COMPROMISSO DA DIRETORIA

1.1 Compromisso da diretoria e melhoria contínua 12

1.2 Organograma, responsabilidades e poderes da diretoria 13

2 PLANO DE SEGURANÇA ALIMENTAR - APPCC

2.1 A equipe de segurança alimentar de APPCC – Etapa 1 do Codex Alimentarius 14

2.2 Programas de pré-requisitos 142.3 Descrição do produto - Etapa 2 do

Codex Alimentarius 142.4 Identificação do uso pretendido -

Etapa 3 do Codex Alimentarius 152.5 Elaboração de um fluxograma -

Etapa 4 do Codex Alimentarius 152.6 Verificação do fluxograma -

Etapa 5 do Codex Alimentarius 15

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2.7 Lista de todos os riscos potenciais associados com cada etapa do processo, condução de uma análise de risco e consideração das medidas para controlar os riscos identificados – Etapa 6, Princípio 1 do Codex Alimentarius 15

2.8 Determinação dos pontos críticos de controle (PCC) – Etapa 7, Princípio 2 do Codex Alimentarius 16

2.9 Determinação dos limites críticos para cada PCC – Etapa 8, Princípio 3 do Codex Alimentarius 16

2.10 Criação de um sistema de monitoramento para cada PCC – Etapa 9, Princípio 4 do Codex Alimentarius 17

2.11 Definição de um plano de medida corretiva – Codex Alimentarius, Etapa 10, Princípio 5 17

2.12 Definição de procedimentos de verificação – Codex Alimentarius, Etapa 11, Princípio 6 17

2.13 Documentação e escrituração de APPCC – Codex Alimentarius, Etapa 12,Princípio 7 17

2.14 Revisão do plano de APPCC 18

3 SISTEMA DE SEGURANÇA ALIMENTAR E GESTÃO DE QUALIDADE

3.1 Manual de segurança alimentar e qualidade 19

3.2 Controle de documentação 193.3 Preenchimento e manutenção de

registros 193.4 Auditorias internas 203.5 Aprovação e monitoramento de

desempenho de fornecedor e matéria-prima 20

3.6 Especificações 233.7 Medidas corretivas e preventivas 233.8 Controle de produto em não

conformidade 243.9 Rastreabilidade 243.10 Tratamento de reclamações 253.11 Gerenciamento de incidentes,

retirada e recall de produto 253.12 Foco e comunicação com o cliente 26

4 NORMAS DA UNIDADE4.1 Normas externas 274.2 Segurança 274.3 Disposição, fluxo e segregação

de produto 284.4 Estrutura do edifício, manuseio de

matéria-prima, preparo, processamento, embalagem e áreas de armazenamento 29

4.5 Serviços públicos – água, gelo, ar e outros gases 30

4.6 Equipamento 304.7 Manutenção 314.8 Serviços públicos – água, gelo, ar e

outros gases 314.9 Controle de contaminação de

produto químico e físico Manuseio de matéria-prima, preparo, processamento, embalagem e áreas de armazenamento 33

4.10 Detecção de corpo estranho e equipamento para remoção 35

4.11 Limpeza e higiene 374.12 Lixo/descarte de lixo 394.13 Gestão de excedente de alimentos e

produtos para alimentação animal 394.14 Controle de pragas 404.15 Instalações para armazenamento 414.16 Expedição e transporte 42

5 CONTROLE DE PRODUTO5.1 Projeto/desenvolvimento de produto 435.2 Rotulagem do produto 435.3 Gerenciamento de alérgenos 445.4 Autenticidade do produto,

reclamações e cadeia de custódia 455.5 Embalagem do produto 465.6 Inspeção do produto e testes de

laboratório 465.7 Liberação do produto 47

6 CONTROLE DE PROCESSO

6.1 Controle de operações 486.2 Rotulagem e controle de embalagem 6.3 Quantidade - controle de peso, volume

e número 496.4 Calibração e controle de aparelhos de

medição e monitoramento 50

7 FUNCIONÁRIOS7.1 Treinamento - Manuseio de matéria-

prima, preparo, processamento, embalagem e áreas de armazenamento 51

7.2 Higiene pessoal: manuseio de matéria-prima, preparo, processamento, embalagem e áreas de armazenamento 52

7.3 Exame médico 527.4 Trajes protetores: Funcionários

e visitantes de áreas de produção 53

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COMO OS REQUISITOS ESTÃO DEFINIDOSToda seção principal ou subseção dos requisitos da Norma começa com uma declaração de intenções. A declaração define o resultado de conformidade que se pretende com os requisitos da seção. A declaração faz parte da auditoria e todas as empresas devem cumprir as declarações de intenção.

Abaixo das declarações de intenção nas tabelas estão requisitos mais específicos e detalhados (cláusulas) que, se aplicados de forma adequada, ajudarão a atingir o objetivo declarado do requisito. Todos os requisitos farão parte da auditoria e devem ser respeitados para que o certificado seja emitido.

CÓDIGO DE CORES DE REQUISITOSHá uma escolha de protocolos de auditoria disponíveis para a realização de auditorias e certificação de acordo com esta Norma. As auditorias podem ser realizadas em uma única visita (como uma auditoria sem agendamento ou com agendamento) ou as unidades podem optar pela auditoria dividida, em que a primeira parte da auditoria (parte 1) é sem agendamento e se concentra nas boas práticas de fabricação e, mais tarde, há uma auditoria programada e com agendamento (parte 2) que analisa principalmente registros e procedimentos.

Os requisitos de auditoria dentro da Norma estão codificados por cores, orientando, assim, quais requisitos serão abrangidos pelas auditorias de parte 1 e parte 2, conforme a opção escolhida. O código de cores também ajuda a identificar os requisitos que normalmente são auditados, como parte da avaliação das áreas de produção e das instalações ou que fazem parte dessa trilha de auditoria iniciada na fábrica.

Código de cores de requisitos

Requisitos avaliados na parte 1 - auditoria de boas práticas de fabricação

Requisitos avaliados na parte 2 - auditoria de registros, sistemas e documentação

Requisitos avaliados em ambas as partes 1 e 2

REQUISITOS FUNDAMENTAISDentro da Norma, determinados requisitos foram denominados requisitos “fundamentais”. Esses requisitos são marcados com a palavra “FUNDAMENTAL” e são seguidos do símbolo . Esses requisitos se referem a sistemas que são fundamentais para a criação e o funcionamento de uma operação eficaz de qualidade e segurança do alimento. Os requisitos considerados fundamentais são:

• Compromisso da diretoria e melhoria contínua (1.1)

• Plano de segurança alimentar - APPCC (2)

• Auditorias internas (3.4)

• Gestão de fornecedores de matérias-primas e de embalagens (3.5.1)

• Medidas corretivas e preventivas (3.7)

• Rastreabilidade (3.9)

• Disposição, fluxo e segregação de produto (4.3)

• Limpeza e higiene (4.11)

• Gerenciamento de alérgenos (5.3)

• Controle de operações (6.1)

• Rotulagem e controle de embalagem (6.2)

• Treinamento: manuseio de matéria-prima, preparo, processamento, embalagem e áreas de armazenamento (7.1).

O não cumprimento da declaração de intenções de um requisito fundamental (ou seja, uma não conformidade maior) leva a não certificação em uma auditoria inicial ou cancelamento da certificação em auditorias subsequentes. Isso exigirá uma nova auditoria completa para verificação de prova que possa comprovar a conformidade.

PARTE IIREQUISITOS

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1 COMPROMISSO DA DIRETORIA

1.1 COMPROMISSO DA DIRETORIA E MELHORIA CONTÍNUAFUNDAMENTOSA diretoria da empresa demonstrará seu total compromisso com a implementação dos requisitos da Norma Global de Segurança Alimentar e com os processos que facilitam a melhoria contínua da segurança de alimentos e da gestão de qualidade.

CLÁUSULA REQUISITOS

1.1.1 A empresa terá políticas documentadas que declarem a sua intenção de cumprir a obrigação de produzir produtos de maneira segura e lícita conforme a qualidade especificada e sua responsabilidade com seus clientes. Elas serão:

• assinadas pelo responsável geral pela unidade

• comunicadas a todos os funcionários.

1.1.2 A diretoria da empresa definirá objetivos claros para manter e melhorar a segurança, legalidade e qualidade dos produtos fabricados conforme a política de segurança e qualidade dos alimentos e esta Norma. Estes objetivos serão:

• documentados e incluirão metas ou medidas claras de sucesso

• claramente comunicados aos funcionários pertinentes

• monitorados e os resultados comunicados, no mínimo trimestralmente, à diretoria da unidade.

1.1.3 As reuniões de análise de gestão, que contam com a participação da diretoria, serão realizadas a intervalos planejados, ao menos uma vez por ano, para analisar o desempenho da unidade em relação à Norma e aos objetivos definidos em 1.1.2. O processo de análise compreenderá a avaliação de:

• planos de ação de revisão de gestões anteriores e prazos

• resultados de auditorias internas, externas e/ou independentes

• reclamações de clientes e resultados de comentários de clientes

• incidentes, medidas corretivas, resultados fora de especificação e materiais em não conformidade

• análise da gestão dos sistemas de APPCC, defesa e autenticidade dos alimentos

• requisitos de recursos.

Os registros de reunião serão documentados e usados para rever os objetivos. As decisões e ações acordadas no processo de análise serão efetivamente comunicadas aos funcionários apropriados, e as ações serão implementadas no prazo acordado.

1.1.4 A unidade terá um programa comprovado de reuniões para que a diretoria tome conhecimento de questões de segurança, legalidade e qualidade dos alimentos, ao menos uma vez por mês, e disponha sobre a resolução de problemas que exijam ação imediata.

1.1.5 A diretoria da empresa providenciará os recursos humanos e financeiros necessários para a produção segura de alimentos consoante os requisitos desta Norma.

1.1.6 A diretoria terá um sistema implantado para garantir que a unidade se mantenha informada e analise:

• desenvolvimentos científicos e técnicos

• códigos de prática do setor

• novos riscos para a autenticidade das matérias-primas

• toda a legislação relevante aplicável no país de onde provém a matéria-prima e a produção, quando conhecido, no país onde o produto será vendido.

1.1.7 A empresa terá um exemplar impresso original ou a versão eletrônica disponível da atual Norma e estará ciente de quaisquer alterações na Norma ou no protocolo que são publicadas no site do BRC.

1.1.8 Caso a empresa seja certificada pela Norma, ela providenciará para que as auditorias de recertificação com agendamento ocorram até a data de validade da auditoria que consta do certificado.

1.1.9 O mais alto executivo de operações ou o gerente de operações da unidade participará das reuniões de abertura e encerramento da auditoria de certificação da Norma Global de Segurança Alimentar. Os gerentes de departamento relevantes ou seus representantes estarão disponíveis, conforme necessário, durante o processo de auditoria.

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CLÁUSULA REQUISITOS

1.1.10 A diretoria da unidade fará com que as causas de não conformidade identificadas na auditoria anterior em relação à Norma sejam sanadas para impedir nova ocorrência.

1.2  ESTRUTURA ORGANIZACIONAL, RESPONSABILIDADES E PODERES DA DIRETORIA

A empresa terá um organograma e linhas de comunicação bem definidos para que haja gestão eficaz de segurança de produto, legalidade e qualidade.

CLÁUSULA REQUISITOS

1.2.1 A empresa terá um organograma que demonstre a estrutura administrativa da empresa. As responsabilidades pela gestão de atividades que garantam a segurança, legalidade e qualidade dos alimentos serão claramente alocadas e compreendidas pelos gerentes responsáveis. Deverá ficar claramente documentado a quem será delegada a responsabilidade na ausência do responsável.

1.2.2 A diretoria da empresa providenciará para que todos os funcionários estejam cientes de suas responsabilidades. Caso haja instruções de trabalho documentadas de atividades realizadas, os funcionários relevantes terão acesso a elas para demonstrar que o trabalho foi executado conforme as instruções.

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2 PLANO DE SEGURANÇA ALIMENTAR - APPCC

FUNDAMENTOSA empresa terá um plano de segurança totalmente implementado e um plano de segurança alimentar eficaz com base nos princípios de APPCC do Codex Alimentarius.

2.1 A EQUIPE DE SEGURANÇA ALIMENTAR - APPCCCLÁUSULA REQUISITOS

2.1.1 O plano de APPCC será elaborado e gerenciado por uma equipe multidisciplinar de segurança alimentar que inclua os responsáveis pelas operações de qualidade/técnicas, de produção, engenharia e outras funções relevantes.

O líder da equipe deverá ter um conhecimento profundo do sobre APPCC e terá de demonstrar competência e experiência.

Os membros da equipe deverão ter conhecimento específico de APPCC e conhecimento relevante de produto, processo e riscos associados.

Caso a unidade não tenha conhecimento interno apropriado, pode se servir de experiência externa, mas a gestão diária do sistema de segurança alimentar permanecerá sob a responsabilidade da empresa.

2.1.2 O escopo de cada plano de APPCC, inclusive os produtos e processos abrangidos, será definido.

2.2 PROGRAMAS DE PRÉ-REQUISITOSCLÁUSULA REQUISITOS

2.2.1 A empresa criará e manterá os programas ambientais e operacionais necessários para criar um ambiente adequado à produção de produtos alimentícios de maneira segura e lícita (programas de pré-requisitos). A título de orientação, os itens abaixo podem constar do programa, embora a lista não seja completa:

• limpeza e desinfecção

• controle de pragas

• programas de manutenção dos equipamentos e edifícios

• requisitos de higiene pessoal

• treinamento de pessoal

• compras

• providências de transporte

• processos para evitar a contaminação cruzada

• controle de alérgenos.

As medidas de controle e os procedimentos de monitoração dos programas de pré-requisitos devem ser claramente documentados e integrarão o desenvolvimento e as revisões do programa de APPCC.

2.3 DESCRIÇÃO DO PRODUTO - ETAPA 2 DO CODEX ALIMENTARIUSCLÁUSULA REQUISITOS

2.3.1 Será elaborada uma descrição completa de cada produto ou grupo de produtos com as informações relevantes sobre segurança alimentar. A título de orientação, os itens abaixo podem constar do programa, embora a lista não seja completa:

• composição (por exemplo, matérias-primas, ingredientes, alérgenos, receita)

• origem de ingredientes

• propriedades físicas ou químicas que impactam a segurança do alimento (por exemplo, pH, Aa)

• tratamento e processamento (por exemplo, cozimento, refrigeração)

• sistema de embalagem (por exemplo, atmosfera modificada, vácuo)

• condições de armazenamento e distribuição (por exemplo, resfriados, à temperatura ambiente)

• ter como alvo o prazo de validade previsto nas condições de armazenamento e uso.

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CLÁUSULA REQUISITOS

2.3.2 Todas as informações relevantes necessárias para conduzir a análise de risco serão coletadas, preservadas, documentadas e atualizadas. A empresa providenciará para que o plano de APPCC tenha por base fontes de informações abrangentes que sejam referenciadas e disponibilizadas mediante solicitação. A título de orientação, os itens abaixo podem constar do programa, embora a lista não seja completa:

• literatura científica mais recente

• riscos históricos e conhecidos associados a produtos alimentares específicos

• códigos de prática pertinentes

• diretrizes reconhecidas

• legislação de segurança alimentar relevante para a produção e venda de produtos

• requisitos do cliente.

2.4 IDENTIFICAÇÃO DO USO PRETENDIDO - ETAPA 3 DO CODEX ALIMENTARIUSCLÁUSULA REQUISITOS

2.4.1 O uso pretendido do produto pelo cliente e qualquer uso alternativo conhecido serão descritos, definindo os grupos de consumidores alvo, inclusive a adequação do produto aos grupos vulneráveis da população (por exemplo, bebês, idosos, portadores de alergia).

2.5 ELABORAÇÃO DE UM FLUXOGRAMA - ETAPA 4 DO CODEX ALIMENTARIUSCLÁUSULA REQUISITOS

2.5.1 Será elaborado um fluxograma para cada produto, categoria de produto ou processo. Ele definirá todos os aspectos da operação do processo de alimentos no escopo de APPCC, desde o recebimento da matéria-prima até o processamento, armazenamento e distribuição. A título de orientação, os itens abaixo podem constar do programa, embora a lista não seja completa:

• planta das instalações e disposição de equipamentos

• matérias-primas, inclusive a introdução de utilidades e outros materiais de contato (por exemplo, água, embalagens)

• sequência e interação de todas as etapas do processo

• processos terceirizados e trabalho subcontratado

• potencial de atraso do processo

• retrabalho e reciclagem

• segregação de área de baixo/alto risco e áreas de controle intensivo

• produtos acabados, produtos intermediários/semiprocessados, subprodutos e lixo.

2.6 VERIFICAÇÃO DO FLUXOGRAMA - ETAPA 5 DO CODEX ALIMENTARIUSCLÁUSULA REQUISITOS

2.6.1 A equipe de segurança de alimentos de APPCC verificará a precisão dos fluxogramas por meio de uma auditoria e contestação na unidade ao menos uma vez por ano. Variações diárias e sazonais serão consideradas e avaliadas. Devem ser mantidos registros de verificação de fluxograma.

2.7 LISTA DE TODOS OS RISCOS POTENCIAIS ASSOCIADOS A CADA ETAPA DO PROCESSO, CONDUÇÃO DE UMA ANÁLISE DE RISCO E CONSIDERAÇÃO DAS MEDIDAS PARA CONTROLAR OS RISCOS IDENTIFICADOS – ETAPA 6, PRINCÍPIO 1 DO CODEX ALIMENTARIUS

CLÁUSULA REQUISITOS

2.7.1 A equipe de segurança de alimentos de APPCC identificará e registrará todos os perigos potenciais que seriam de se esperar em cada etapa relativamente a produtos, processo e instalações. Isso incluirá perigos presentes em matérias-primas, aqueles introduzidos durante o processo ou que sobrevivem às etapas do processo e riscos de alérgenos (consulte a Cláusula 5.3). Serão também consideradas as etapas anteriores e posteriores na cadeia de processo.

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CLÁUSULA REQUISITOS

2.7.2 A equipe de segurança alimentar de APPCC conduzirá uma análise de perigo para identificar perigos que precisam ser impedidos, eliminados ou reduzidos a níveis aceitáveis. Serão consideradas:

• probabilidade de ocorrência de perigo

• gravidade dos efeitos sobre a segurança do consumidor

• vulnerabilidade das pessoas expostas

• sobrevivência e multiplicação de microrganismos de interesse específico para o produto

• presença ou produção de toxinas, produtos químicos ou corpos estranhos

• contaminação de matérias-primas, produto intermediário/semiprocessado ou produto acabado.

Caso a eliminação do perigo não seja viável, a justificativa para níveis aceitáveis do perigo no produto acabado será determinada e documentada.

2.7.3 A equipe de segurança de alimentos de APPCC considerará as medidas de controle necessárias para impedir ou eliminar um perigo à segurança alimentar ou reduzi-lo a um nível aceitável. Caso o controle seja alcançado através dos programas existentes de pré-requisito, isso será registrado e a adequação do programa de controle de perigo, validada. Será considerado o uso de mais de uma medida de controle.

2.8 DETERMINAÇÃO DOS PONTOS CRÍTICOS DE CONTROLE (PCC) – ETAPA 7, PRINCÍPIO 2 DO CODEX ALIMENTARIUS

CLÁUSULA REQUISITOS

2.8.1 Para cada perigo que exige controle, os pontos de controle serão analisados de modo a identificar os que são críticos. Isso requer uma abordagem lógica que pode ser facilitada pelo uso de uma árvore de decisão. Os pontos críticos de controle (PCC) serão os pontos de controle necessários para impedir ou eliminar uma ameaça à segurança do alimento ou reduzi-la a um nível aceitável. Se um perigo for identificado numa fase em que o controle é necessário para a segurança, mas o controle não existe, o produto ou processo será modificado naquela etapa ou em uma etapa anterior, para fornecer uma medida de controle.

2.9 DETERMINAÇÃO DOS LIMITES CRÍTICOS PARA CADA PCC – ETAPA 8, PRINCÍPIO 3 DO CODEX ALIMENTARIUS

CLÁUSULA REQUISITOS

2.9.1 Para cada PCC, serão definidos limites críticos para identificar claramente se o processo está ou não fora de controle. Os limites críticos serão:

• mensuráveis sempre que possível (por exemplo, tempo, temperatura, pH)

• amparados por orientação ou exemplos bem definidos em que as medidas sejam subjetivas (por exemplo, fotografias).

2.9.2 A equipe de segurança alimentar validará cada PCC. A prova documentada mostrará que as medidas de controle selecionadas e os limites críticos identificados são suficientes para controlar o perigo a um nível aceitável especificado.

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2.10 CRIAÇÃO DE UM SISTEMA DE MONITORAMENTO PARA CADA PCC – ETAPA 9, PRINCÍPIO 4 DO CODEX ALIMENTARIUS

CLÁUSULA REQUISITOS

2.10.1 Será criado um procedimento de monitoramento para cada PCC para verificar a conformidade com os limites críticos. O sistema de monitoramento deverá detectar perda de controle de PCCs e, quando possível, dar as informações a tempo para que seja tomada uma medida corretiva. A título de orientação, os itens a seguir serão considerados, embora a lista não seja completa:

• medição integrada à linha de produção

• medição fora da linha de produção

• medição contínua (por exemplo, termógrafos, medidores de pH, etc.).

se for usada medição descontínua, o sistema fará com que a amostra retirada seja representativa do lote de um produto.

2.10.2 Os registros relacionados ao monitoramento de cada PCC incluirão a data, a hora e o resultado da medição e serão assinados pelo responsável pelo monitoramento e verificados, se apropriado, por uma pessoa autorizada. Se os registros estiverem em formato eletrônico, deverá haver comprovação de que foram analisados e verificados.

2.11 DEFINIÇÃO DE UM PLANO DE MEDIDA CORRETIVA – CODEX ALIMENTARIUS, ETAPA 10, PRINCÍPIO 5

CLÁUSULA REQUISITOS

2.11.1 A equipe de segurança alimentar de APPCC especificará e documentará a medida corretiva tomada quando os resultados monitorados indicarem uma falha em cumprir um limite de controle ou quando os resultados monitorados indicarem uma tendência para a perda de controle. Isso incluirá a ação a ser tomada pelo pessoal indicado em relação a quaisquer produtos que tenham sido fabricados durante o período em que o processo estava fora de controle.

2.12 DEFINIÇÃO DE PROCEDIMENTOS DE VERIFICAÇÃO – CODEX ALIMENTARIUS, ETAPA 11, PRINCÍPIO 6

CLÁUSULA REQUISITOS

2.12.1 Serão criados procedimentos de verificação para verificar se o plano de APPCC, inclusive os controles gerenciados pelos programas de pré-requisitos, são eficazes. Exemplos de atividades de verificação:

• auditorias internas

• análise dos registros onde os limites aceitáveis foram ultrapassados

• análise de reclamações por parte de autoridades encarregadas da aplicação da lei ou de consumidores

• análise de casos de retirada de produto ou recall.

Os resultados da verificação serão registrados e comunicados à equipe de segurança alimentar de APPCC.

2.13 DOCUMENTAÇÃO E ESCRITURAÇÃO DE APPCC – CODEX ALIMENTARIUS, ETAPA 12, PRINCÍPIO 7

CLÁUSULA REQUISITOS

2.13.1 A documentação e a escrituração serão suficientes para que a unidade verifique a existência e a manutenção dos controles de APPCC, inclusive os controles gerenciados pelos programas essenciais.

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2.14 REVISÃO DO PLANO DE APPCCCLÁUSULA REQUISITOS

2.14.1 A equipe de segurança alimentar de APPCC reverá o plano de APPCC e os programas de pré-requisitos pelo menos uma vez por ano e antes de mudanças que possam afetar a segurança do produto. A título de orientação, os itens abaixo podem constar do programa, embora a lista não seja completa:

• alteração nas matérias-primas ou fornecedor de matérias-primas

• alteração de ingredientes/receita

• alteração nas condições de processamento, fluxo de processos ou equipamentos

• alteração na embalagem, armazenamento ou condições de distribuição

• alteração no uso do consumidor

• surgimento de um novo risco (por exemplo, adulteração de um ingrediente)

• após um recall

• novos desenvolvimentos da informação científica relacionados a ingredientes, processo ou produto.

As alterações necessárias resultantes da revisão serão incorporadas ao plano de APPCC e/ou a programas de pré-requisitos, totalmente documentadas e com validação registrada.

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3 SISTEMA DE SEGURANÇA ALIMENTAR E GESTÃO DE QUALIDADE

3.1 MANUAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E QUALIDADEOs processos e procedimentos da empresa para atender aos requisitos desta Norma serão documentados para serem aplicados de forma consistente, facilitar o treinamento e apoiar o devido cuidado na produção de um produto seguro.

CLÁUSULA REQUISITOS

3.1.1 Procedimentos, métodos e práticas de trabalho da unidade serão compilados na forma de um manual da qualidade impresso ou eletrônico.

3.1.2 O manual de segurança e qualidade de alimentos será implementado em sua totalidade e ficará imediatamente disponível aos funcionários relevantes.

3.1.3 Todos os procedimentos e instruções de trabalho serão claramente legíveis, sem ambiguidades, em linguagem adequada e suficientemente detalhados para permitir a sua correta aplicação por funcionários apropriados. Isso incluirá o uso de fotografias, diagramas ou outras instruções pictóricas quando a comunicação escrita não for suficiente (por exemplo, se houver problemas de alfabetização ou idioma estrangeiro).

3.2 CONTROLE DE DOCUMENTAÇÃOA empresa empregará um sistema de controle de documentos eficaz para garantir que apenas as versões corretas dos documentos, inclusive formulários de registro, estejam disponíveis e em uso.

CLÁUSULA REQUISITOS

3.2.1 A empresa terá um procedimento para gerenciar documentos que fazem parte da segurança alimentar e do sistema de qualidade. O procedimento compreenderá:

• uma lista de todos os documentos controlados indicando o número da edição mais recente

• o método para a identificação e autorização dos documentos controlados

• um registro do motivo de mudanças ou alterações de documentos

• o sistema para a substituição dos documentos existentes quando forem atualizados.

3.3 PREENCHIMENTO E MANUTENÇÃO DE REGISTROSA unidade manterá registros originais para demonstrar o controle eficaz da segurança, legalidade e qualidade do produto.

CLÁUSULA REQUISITOS

3.3.1 Os registros serão legíveis, mantidos em boas condições e acessíveis. Quaisquer alterações aos registros precisarão ser autorizadas, e a justificativa para a alteração será registrada. Se os registros forem em formato eletrônico, será feita cópia de segurança para evitar perdas.

3.3.2 Os registros serão mantidos por um período definido, considerando-se:

• quaisquer requisitos legais ou dos clientes

• o prazo de validade do produto.

Esse procedimento levará em conta, caso esteja especificado no rótulo, a possibilidade de prorrogação do prazo de validade pelo consumidor (por exemplo, por congelamento).

No mínimo, os registros serão preservados durante o período de validade do produto mais 12 meses.

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3.4 AUDITORIAS INTERNASFUNDAMENTOSA empresa deve ser capaz de demonstrar que verifica a aplicação efetiva do plano de segurança alimentar e da implementação dos requisitos da Norma Global de Segurança Alimentar.

CLÁUSULA REQUISITOS

3.4.1 Haverá um cronograma de auditorias internas ao longo do ano com um escopo que abranja a implementação do programa de APPCC, programas de pré-requisitos e procedimentos implementados para cumprir esta Norma. O escopo e a frequência das auditorias serão definidos conforme os riscos associados à atividade e ao desempenho na auditoria anterior; todas as atividades serão cobertas, no mínimo, uma vez por ano.

3.4.2 As auditorias internas serão realizadas por auditores competentes e devidamente treinados. Os auditores devem ser independentes (ou seja, não devem auditar o seu próprio trabalho).

3.4.3 O programa de auditoria interna será totalmente implementado. Os relatórios de auditoria interna identificarão a conformidade e a não conformidade, e os resultados serão comunicados aos funcionários responsáveis pela atividade auditada. Serão acordadas ações corretivas e o respectivo prazo de implementação, bem como a conclusão das ações verificadas.

3.4.4 Além do programa de auditoria interna haverá um programa de inspeções documentadas para garantir que o ambiente de fábrica e os equipamentos de processamento sejam mantidos em condições adequadas à produção de produtos alimentícios. Estas inspeções compreenderão:

• inspeções de higiene para avaliar o desempenho de limpeza e manutenção

• inspeções da fábrica para identificar os riscos que as instalações ou o equipamento representam para o produto.

A frequência dessas inspeções será de acordo com o risco, mas não será inferior a uma vez por mês nas áreas de produtos abertos.

3.5 APROVAÇÃO E MONITORAMENTO DE DESEMPENHO DE FORNECEDOR E MATÉRIA-PRIMA

3.5.1 GESTÃO DE FORNECEDORES DE MATÉRIAS-PRIMAS E DE EMBALAGENS

FUNDAMENTOSA empresa terá um sistema eficaz de aprovação e monitoramento de fornecedores para garantir que os riscos potenciais de matérias-primas (inclusive a embalagem) para a segurança, autenticidade, legalidade e qualidade do produto final sejam compreendidos e gerenciados.

CLÁUSULA REQUISITOS

3.5.1.1 A empresa conduzirá uma avaliação de risco documentada de cada matéria-prima ou grupo de matérias-primas para identificar riscos potenciais para a segurança, legalidade e qualidade do produto. A avaliação considerará o potencial de:

• contaminação por alérgenos

• riscos de corpo estranho

• contaminação microbiológica

• contaminação química

• substituição ou fraude (consultar seção 5.4.2).

Será considerada também a importância de uma matéria-prima para a qualidade do produto acabado.

A avaliação de risco formará a base para a aceitação de matéria-prima e procedimento de testes e para os processos adotados para aprovação e monitoramento de fornecedor. As avaliações de risco devem ser revistas, no mínimo, uma vez por ano.

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CLÁUSULA REQUISITOS

3.5.1.2 A empresa terá um procedimento documentado de aprovação e monitoramento contínuo de fornecedor para garantir que os fornecedores fabriquem os produtos em condições de higiene, gerenciem os riscos de maneira eficaz quanto à qualidade e segurança da matéria-prima e operem processos eficazes de rastreabilidade. O procedimento de aprovação e monitoramento basear-se-á nos itens abaixo ou em uma combinação deles:

• certificação (por exemplo, a Normas Globais do BRC ou outro sistema reconhecido pela GFSI)

• auditorias de fornecedores, com um escopo para incluir a segurança do produto, rastreabilidade, avaliação pela APPCC e boas práticas de fabricação, realizadas por um auditor de segurança do produto experiente e comprovadamente competente

ou, somente para fornecedores avaliados como de baixo risco, questionários de fornecedores.

Caso a aprovação se baseie em questionários, estes serão reenviados, no mínimo, a cada três anos, e os fornecedores devem comunicar à unidade as mudanças significativas nesse intervalo.

A unidade deve ter uma lista atualizada de fornecedores aprovados.

3.5.1.3 Caso as matérias-primas sejam adquiridas de agentes ou intermediários, a unidade conhecerá a identidade do último fabricante ou do embalador ou, para produtos de commodities a granel, o lugar de consolidação da matéria-prima.

Informação que permita a aprovação do fabricante, da empresa embaladora ou armazenadora, como na cláusula 3.5.1.2, deverá ser obtida com o agente/intermediário ou diretamente do fornecedor, a menos que o agente/intermediário seja certificado pela Norma Global do BRC para Agentes e Intermediários.

3.5.1.4 Os procedimentos definirão como as exceções aos processos de aprovação de fornecedor na cláusula 3.5.1.2 serão tratadas (por exemplo, caso os fornecedores de matérias-primas sejam indicados por um cliente) ou caso as informações para aprovação efetiva do fornecedor não estejam disponíveis (por exemplo, produtos de commodities agrícolas a granel) e em vez disso, são usados testes para verificar a qualidade e a segurança do produto.

Quando uma unidade produz produtos com a marca do cliente, as exceções relevantes serão identificadas para o cliente.

3.5.2 ACEITAÇÃO E PROCEDIMENTOS DE MONITORAMENTO DE MATÉRIA-PRIMA E EMBALAGEM

Os controles para aceitação de matérias-primas garantirão que as matérias-primas não comprometam a segurança, legalidade ou qualidade dos produtos e, quando apropriado, alegações de autenticidade.

CLÁUSULA REQUISITOS

3.5.2.1 A empresa terá um procedimento documentado de aceitação de matérias-primas e embalagem com base em avaliação de riscos (3.5.1), quando de seu recebimento. As matérias-primas, inclusive a aceitação de embalagem e sua liberação para uso basear-se-á em um dos itens abaixo ou em uma combinação deles:

• amostragem e testes de produtos

• inspeção visual no recebimento

• certificados de análise - específicos do lote

• certificados de conformidade.

Uma lista de matérias-primas, incluindo a embalagem, e as exigências a serem cumpridas para a aceitação estarão disponíveis. Os parâmetros para aceitação e frequência dos testes serão claramente definidos, implementados e examinados.

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3.5.3 GESTÃO DE PRESTADORES DE SERVIÇOS

A empresa será capaz de demonstrar que, em caso de serviços terceirizados, o serviço é apropriado e todos os riscos para a segurança dos alimentos foram avaliados para garantir a existência de controles apropriados.

CLÁUSULA REQUISITOS

3.5.3.1 Haverá um procedimento documentado para a aprovação e monitoramento de prestadores de serviços. Tais serviços são, conforme o caso:

• controle de pragas

• serviços de lavanderia

• limpeza terceirizada

• serviço e manutenção de equipamentos terceirizados

• transporte e distribuição

• armazenamento de ingredientes, embalagens ou produtos fora da unidade

• testes laboratoriais

• serviços de alimentação

• gestão de lixo.

3.5.3.2 Haverá contratos ou acordos formais com os prestadores de serviços que estipulem claramente as expectativas de serviços e garantam o saneamento do potencial de riscos à segurança de alimentos relacionados ao serviço.

3.5.4 GESTÃO DE PROCESSAMENTO E EMBALAGEM TERCEIRIZADOS

Caso alguma etapa do processo na fabricação ou embalagem de um produto, incluído no escopo da certificação, seja terceirizada ou realizada em outra unidade da empresa, ela será gerenciada para que não comprometa a segurança, legalidade ou qualidade do produto.

CLÁUSULA REQUISITOS

3.5.4.1 A empresa deverá provar que, se parte do processo de produção ou embalagem final é terceirizada e realizada fora da unidade, o proprietário da marca foi informado e, se necessário, a aprovação foi concedida.

3.5.4.2 A empresa garantirá que todos os subfornecedores sejam aprovados e monitorados por meio de:

• certificação pela Norma Global de Segurança Alimentar do BRC ou outro sistema reconhecido pela GFSI

• uma auditoria documentada da unidade com um escopo que inclua segurança do produto, rastreabilidade, avaliação de APPCC e boas práticas de fabricação por auditor experiente de segurança do produto e comprovadamente competente.

3.5.4.3 As operações de processamento ou embalagem terceirizadas:

• serão realizadas de acordo com os contratos celebrados que definem claramente as exigências de processamento e/ou de embalagem e especificação do produto

• manterão a rastreabilidade do produto.

3.5.4.4 A empresa criará procedimentos de inspeção e teste para produtos cuja parte do processamento ou embalagem seja terceirizada, inclusive teste visual, químico e/ou microbiológico, dependendo da avaliação de riscos.

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3.6 ESPECIFICAÇÕESHaverá especificações para matérias-primas, inclusive embalagem, produtos acabados e quaisquer produtos ou serviços que afetem a integridade do produto acabado.

CLÁUSULA REQUISITOS

3.6.1 As especificações de matérias-primas e embalagem serão adequadas e precisas e assegurarão a conformidade com os requisitos relevantes de segurança e legislação. As especificações incluirão os limites definidos para os atributos relevantes dos materiais que possam afetar a qualidade ou segurança dos produtos acabados (por exemplo, normas químicas, microbiológicas ou físicas).

3.6.2 Especificações atualizadas e precisas de todos os produtos acabados estarão disponíveis. Essas especificações incluirão dados essenciais para atender aos requisitos legais e do cliente e orientar o usuário no uso seguro do produto.

3.6.3 A empresa buscará acordo formal com as partes relevantes quanto às especificações. Caso não haja acordo formal quanto às especificações, a empresa deverá comprovar que tomou as providências para um acordo formal.

3.6.4 As especificações serão revistas sempre que houver alterações nos produtos (por exemplo, ingredientes, método de processamento) ou, no mínimo, a cada três anos. A data de revisão e a aprovação de quaisquer mudanças serão registradas.

3.7 MEDIDAS CORRETIVAS E PREVENTIVASFUNDAMENTOSA unidade deverá comprovar que usa as informações de falhas identificadas na segurança alimentar e no sistema de gestão de qualidade para promover as correções necessárias e evitar a recorrência.

CLÁUSULA REQUISITOS

3.7.1 A unidade documentará o procedimento para tratar e corrigir falhas na segurança alimentar e no sistema de qualidade.

3.7.2 Quando uma não conformidade colocar a segurança, legalidade ou qualidade dos produtos em risco, ela será investigada e registrada de modo a incluir:

• documentação clara da não conformidade

• avaliação das consequências por um indivíduo competente e devidamente autorizado

• ação para resolver o problema imediato

• prazo adequado para a correção

• pessoa responsável pela correção

• verificação da implementação eficaz da medida corretiva

• identificação da causa raiz da não conformidade e implementação de todas as medidas necessárias para evitar a reincidência.

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3.8 CONTROLE DE PRODUTO EM NÃO CONFORMIDADEA unidade fará com que qualquer produto fora de especificação seja gerenciado de forma eficaz para impedir a liberação não autorizada.

CLÁUSULA REQUISITOS

3.8.1 Haverá procedimentos documentados para gerenciar produtos em não conformidade. Estes procedimentos são:

• o requisito para que os funcionários identifiquem e comuniquem um produto potencialmente em não conformidade

• identificação clara de um produto em não conformidade (por exemplo, rotulagem direta ou uso de sistemas de TI)

• armazenamento seguro para impedir a liberação acidental (por exemplo, isolamento físico ou por computador)

• encaminhamento para o proprietário da marca, se necessário

• responsabilidades definidas para tomada de decisão quanto ao uso ou descarte de produtos apropriado ao problema (por exemplo, destruição, retrabalho, rebaixamento para um rótulo alternativo ou aceitação por concessão)

• registros da decisão sobre o uso ou o descarte do produto

• registros de destruição se o produto for destruído por razões de segurança alimentar.

3.9 RASTREABILIDADEFUNDAMENTOSA unidade deverá rastrear todos os lotes de matérias-primas do produto (inclusive embalagem), partindo do fornecedor e passando por todas as etapas de processamento e envio para os clientes e vice-versa.

CLÁUSULA REQUISITOS

3.9.1 A identificação das matérias-primas, inclusive primárias, e quaisquer outras ferramentas para embalagem e processamento, produtos intermediários/semiprocessados, materiais parcialmente usados, produtos acabados e materiais sob investigação será adequada para garantir a rastreabilidade.

3.9.2 A unidade testará o sistema de rastreabilidade em toda a linha de grupos de produto para garantir que a rastreabilidade possa ser determinada, da matéria-prima, inclusive embalagem, ao produto acabado e vice-versa, inclusive verificar quantidade/balanço de massa. Isto acontecerá com frequência predeterminada, no mínimo, anual, e os resultados serão retidos para inspeção. A rastreabilidade completa deve ser obtida em 4 horas.

3.9.3 A empresa providenciará para que seus fornecedores de matérias-primas tenham um sistema de rastreabilidade eficaz. Caso um fornecedor tenha sido aprovado com base em um questionário, em vez de certificação ou auditoria, a verificação do sistema de rastreabilidade do fornecedor será realizada na primeira aprovação e, depois, no mínimo a cada três anos. Isso pode ser obtido por meio de um teste de rastreabilidade. Quando uma matéria-prima é recebida diretamente de uma fazenda ou viveiro de peixes, não é obrigatória uma verificação mais aprofundada do sistema de rastreabilidade.

3.9.4 Se houver retrabalho ou operação de retrabalho, será mantida a rastreabilidade.

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3.10 TRATAMENTO DE RECLAMAÇÕESAs reclamações dos clientes serão tratadas de forma eficaz, e as informações serão utilizadas para reduzir os níveis de reclamação recorrente

CLÁUSULA REQUISITOS

3.10.1 Todas as reclamações serão registradas, investigadas e os resultados da investigação, bem como a causa raiz do problema, serão registrados, se a informação prestada for satisfatória. Os funcionários especialmente treinados tomarão medidas imediatas e eficazes adequadas à gravidade e à frequência dos problemas identificados.

3.10.2 Os dados das reclamações serão analisados quanto a tendências significativas. Se houver um aumento significativo de reclamações ou uma reclamação grave, será usada uma análise de causa raiz para implementar melhorias continuadas à segurança, legalidade e qualidade de produto e evitar sua reincidência. Esta análise será disponibilizada ao pessoal relevante.

3.11 GERENCIAMENTO DE INCIDENTES, RETIRADA E RECALL DE PRODUTOA empresa terá um plano e um sistema implantados para gerenciar incidentes de maneira eficaz e promover a efetiva retirada e recall de produtos, caso seja necessário.

CLÁUSULA REQUISITOS

3.11.1 A empresa terá procedimentos documentados criados para comunicar e gerenciar de maneira eficaz os potenciais incidentes e situações de emergência que afetem a segurança, legalidade e qualidade de produto do alimento. Entre os itens incluídos, está a consideração de planos de contingência para manter a segurança, qualidade e legalidade do produto. Os incidentes podem ser:

• interrupção dos serviços essenciais, como água, energia, transporte, processos de refrigeração, disponibilidade de pessoal e comunicações

• eventos, como incêndio, inundação ou desastre natural

• contaminação intencional ou sabotagem.

Caso os produtos expedidos pela unidade possam ser afetados por um incidente, deve-se considerar a necessidade de retirada ou recall dos produtos.

3.11.2 A empresa terá um procedimento documentado de retirada e recall de produto. O procedimento deve incluir, no mínimo:

• identificação de funcionários estratégicos que comporão a equipe de gestão de recall com responsabilidades claramente identificadas

• diretrizes para decidir se um produto deve ser recolhido ou retirado e os registros a serem mantidos

• uma lista atualizada dos principais contatos (inclusive dados de contato fora do expediente) ou referência à localização de uma lista (por exemplo, equipe de gestão de recall, serviços de emergência, fornecedores, clientes, organismo de certificação, autoridade reguladora)

• um plano para lidar com a prestação de informações a clientes, consumidores e autoridades reguladoras em tempo hábil

• dados de agências externas que fornecem aconselhamento e apoio quando necessário (por exemplo, laboratórios especializados, autoridade reguladora e conhecimento jurídico)

• um plano para lidar com a logística da rastreabilidade dos produtos, recuperação ou descarte do produto afetado e conciliação de estoque.

O procedimento deverá estar pronto para ser colocado em prática a qualquer momento.

3.11.3 Os procedimentos de recall e retirada de um produto serão testados, ao menos uma vez por ano, para garantir sua operação eficaz. Os resultados do teste serão mantidos e incluirão horários das atividades essenciais. Os resultados do teste e de qualquer recall serão usados para revisar o processo e implementar melhorias, se necessário.

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CLÁUSULA REQUISITOS

3.11.4 No caso de recall de um produto, o organismo de certificação que emitiu o certificado atual para a unidade em conformidade com esta Norma será informado no prazo de 3 dias úteis após a decisão de emitir um recall.

3.12 FOCO E COMUNICAÇÃO COM O CLIENTEA empresa assegurará que todas as políticas e necessidades específicas dos clientes sejam compreendidas, implementadas e claramente comunicadas aos funcionários relevantes e, quando apropriado, aos fornecedores adequados de matérias-primas, embalagens e serviços.

CLÁUSULA REQUISITOS

3.12.1 Caso uma empresa seja solicitada a cumprir requisitos específicos de clientes, códigos de práticas, métodos de trabalho, etc., tais requisitos serão levados ao conhecimento do pessoal relevante da unidade e implementados.

3.12.2 Processos eficazes estarão em vigor na unidade para comunicar os requisitos específicos do cliente aos fornecedores de matérias-primas e serviços, conforme aplicável.

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4 NORMAS DA UNIDADE

4.1 NORMAS EXTERNASA unidade de produção terá tamanho, localização e construção apropriados para reduzir o risco de contaminação e facilitar a produção de produtos acabados seguros e lícitos.

CLÁUSULA REQUISITOS

4.1.1 As atividades locais e o ambiente da unidade serão levados em conta, uma vez que podem ter impacto negativo na integridade do produto acabado, e serão tomadas medidas para impedir a contaminação. Se houver medidas para proteger a unidade (contra possíveis contaminantes, inundações, etc.), elas devem ser revistas quando houver qualquer modificação.

4.1.2 As áreas externas serão mantidas em boas condições. Se os edifícios forem rodeados por áreas gramadas ou plantadas, tais áreas receberão cuidados e manutenção regulares. As vias de tráfego externas sob o controle da unidade serão convenientemente aplainadas e mantidas em boas condições para evitar a contaminação do produto.

4.1.3 A estrutura do edifício passará por manutenção que minimize o potencial de contaminação de produto (por exemplo, a eliminação de locais de permanência de pássaros, vedação de fendas em tubos para impedir a entrada de pragas, água e outros contaminantes).

4.2 SEGURANÇAOs sistemas de segurança garantirão a proteção dos alimentos contra roubo ou contaminação intencional enquanto estiverem sob o controle da unidade.

CLÁUSULA REQUISITOS

4.2.1 A empresa realizará uma avaliação documentada das medidas de segurança e do potencial de risco aos produtos decorrente de qualquer tentativa deliberada de infligir contaminação ou dano. As áreas serão avaliadas quanto ao risco; as áreas sensíveis ou restritas serão definidas, claramente demarcadas, monitoradas e controladas. As medidas de segurança identificadas serão implementadas e revistas pelo menos uma vez por ano.

4.2.2 Haverá medidas em vigor para assegurar que apenas pessoas autorizadas tenham acesso à área de produção e armazenagem; o acesso à unidade por empregados, fornecedores e visitantes será controlado. Haverá um sistema para notificação de visitantes. Os funcionários receberão treinamento sobre procedimentos de segurança na unidade e serão incentivados a informar sobre visitantes não identificados ou desconhecidos.

4.2.3 Tanques de armazenamento, silos externos e qualquer tubulação de sucção com abertura externa serão vedados.

4.2.4 Quando exigido pela legislação, a unidade será registrada junto à autoridade competente ou por ela autorizada.

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4.3 DISPOSIÇÃO, FLUXO E SEGREGAÇÃO DE PRODUTOFUNDAMENTOSA disposição da fábrica, o fluxo de processos e o movimento de pessoal serão de forma a impedir o risco de contaminação de produto e a cumprir a legislação pertinente.

CLÁUSULA REQUISITOS

4.3.1 Haverá uma planta da unidade indicando áreas onde o produto está com diferentes níveis de risco de contaminação; ou seja:

• áreas de alto risco

• áreas de controle intensivo

• área de controle intensivo para produtos à temperatura ambiente

• áreas de baixo risco

• áreas de produtos fechados

• áreas sem produto.

Consulte o Anexo 2, para obter orientações sobre a definição das zonas de risco de produção.

Esse zoneamento será levado em consideração na determinação dos programas de pré-requisitos das áreas específicas da unidade.

4.3.2 As plantas da unidade definirão:

• pontos de acesso de pessoal

• pontos de acesso de matérias-primas (inclusive embalagem)

• rotas para circulação de pessoal

• rotas para circulação de matérias-primas

• rotas para a remoção de lixo

• vias para movimentação de retrabalho

• localização de quaisquer instalações de funcionários, inclusive vestiários, banheiros, refeitórios e áreas para fumantes

• fluxograma de produção.

4.3.3 Prestadores de serviço e visitantes, inclusive motoristas, serão informados de todos os procedimentos de acesso às instalações e dos requisitos das áreas que estão visitando, com especial referência aos perigos e possível contaminação do produto. Prestadores de serviço que trabalhem em áreas de processamento ou armazenamento de produto ficarão sob a supervisão de uma pessoa designada.

4.3.4 O movimento de pessoal, matérias-primas, embalagens, retrabalho e/ou lixo não comprometerá a segurança dos produtos. Deverá haver fluxo de processo, em conjunto com o uso de procedimentos comprovadamente eficazes, para minimizar o risco de contaminação de matérias-primas, produtos intermediários/semiprocessados, embalagens e produtos acabados.

4.3.5 Se áreas de alto risco integrarem a unidade de produção, deverá haver uma separação física entre essas áreas e outras partes da unidade. A segregação levará em conta o fluxo de produto, a natureza dos materiais (inclusive da embalagem), equipamentos, pessoal, lixo, corrente de ar, qualidade do ar e prestação serviços públicos (inclusive esgoto). A localização dos pontos de transferência não comprometerá a segregação entre as áreas de alto risco e outras áreas da fábrica. Haverá práticas para minimizar o risco de contaminação do produto (por exemplo, a desinfecção de materiais na entrada).

4.3.6 Se áreas de controle intensivo integrarem a unidade de produção, haverá uma separação física entre essas áreas e outras partes da unidade. A segregação levará em conta o fluxo de produto, a natureza dos materiais (inclusive da embalagem), equipamentos, pessoal, lixo, corrente de ar, qualidade do ar e prestação serviços públicos (inclusive esgoto). Na ausência de barreiras físicas, a unidade se submeterá a uma avaliação de risco documentada do potencial de contaminação cruzada, e deverá haver processos eficazes e validados em vigor para proteger os produtos de contaminação.

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CLÁUSULA REQUISITOS

4.3.7 Se forem necessárias áreas de controle intensivo para produtos à temperatura ambiente, deverá haver uma avaliação de risco documentada para determinar o risco de contaminação cruzada por patógenos. A avaliação de risco levará em conta a possíveis fontes de contaminação microbiológica e incluirá:

• matérias-primas e produtos

• fluxo de matérias-primas, embalagens, produtos, equipamentos, pessoal e lixo

• fluxo de ar e qualidade do ar

• serviços públicos (inclusive esgoto).

Deverá haver processos eficazes para proteger o produto final dessa contaminação. Esses processos podem incluir segregação, gestão do fluxo de processo ou outros controles.

4.3.8 As instalações fornecerão espaço de trabalho e armazenamento suficiente para permitir que todas as operações sejam realizadas corretamente em condições seguras de higiene.

4.3.9 Estruturas provisórias construídas durante a obra ou reforma, etc. serão projetadas e localizadas de forma a evitar refúgio de pragas e garantir a segurança e a qualidade dos produtos.

4.4 ESTRUTURA DO EDIFÍCIO, MANUSEIO DE MATÉRIA-PRIMA, PREPARO, PROCESSAMENTO, EMBALAGEM E ÁREAS DE ARMAZENAMENTO

As estruturas de fábrica, os edifícios e as instalações da unidade serão adequados à finalidade pretendida.

CLÁUSULA REQUISITOS

4.4.1 As paredes serão acabadas e mantidas de forma a impedir o acúmulo de sujeira, minimizar a condensação e proliferação de mofo e facilitar a limpeza.

4.4.2 Os pisos serão adequadamente resistentes ao desgaste para atender às demandas do processo e resistir a materiais e métodos de limpeza. Eles serão impermeáveis e mantidos em bom estado de conservação e limpeza.

4.4.3 A drenagem, se houver, será localizada, projetada e conservada para minimizar o risco de contaminação do produto e não comprometer a segurança do produto. O maquinário e a tubulação serão dispostos, sempre que possível, de modo a que as águas residuais do processo sejam drenadas diretamente. Se for usado um volume de água significativo, ou se não for viável o uso de tubulação direta, os pisos terão declives adequados para lidar com o fluxo de água ou efluente em direção à drenagem adequada.

4.4.4 Se a unidade tiver áreas de controle intensivo ou de alto risco, haverá um plano de drenagem para estas áreas que mostre a direção do fluxo e a localização de equipamentos de forma a impedir o refluxo de águas residuais. O fluxo de ralos não deve apresentar risco de contaminação da área de alto risco/controle intensivo.

4.4.5 Os tetos e as áreas suspensas devem ser construídos, acabados e conservados para prevenir o risco de contaminação de produto.

4.4.6 Se houver tetos suspensos ou áreas vazias nos telhados, haverá acesso adequado a esta área para facilitar a inspeção da atividade de pragas, salvo se a área for totalmente vedada.

4.4.7 Onde houver risco ao produto, as janelas e as claraboias, que são projetadas para fins de ventilação, serão adequadamente protegidas para impedir a entrada de pragas.

4.4.8 Se representarem um risco para o produto, janelas de vidro serão protegidas contra quebra.

4.4.9 As janelas serão mantidas em boas condições:

• Portas externas e rampas niveladoras serão bem fechadas ou reforçadas apropriadamente.

• Portas externas que dão acesso a áreas de produtos abertos não serão abertas durante períodos de produção, exceto em situações de emergência.

Se as portas externas que dão acesso a áreas de produtos fechados forem abertas, serão tomadas as devidas precauções para impedir a entrada de pragas.

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CLÁUSULA REQUISITOS

4.4.10 Haverá iluminação adequada e suficiente para a operação correta de processos, inspeção do produto e limpeza eficaz.

4.4.11 Se representarem risco ao produto, as lâmpadas e luminárias, inclusive as de mata-moscas elétricos, terão proteção apropriada. Se não houver a proteção completa, será providenciado um controle alternativo, como telas de arame ou procedimentos de monitoramento.

4.4.12 Haverá ventilação e extração adequadas em ambientes de processamento e armazenamento de produto para impedir a condensação ou o pó excessivo.

4.4.13 Áreas de alto risco terão trocas adequadas de ar filtrado. A especificação de filtro usado e a frequência de trocas de ar serão documentadas. Isso será feito com base em uma avaliação de riscos, considerando a fonte de ar e a exigência de manter uma pressão positiva do ar em relação às áreas circundantes.

4.5 SERVIÇOS PÚBLICOS – ÁGUA, GELO, AR E OUTROS GASESOs serviços públicos usados nas áreas de produção e armazéns serão monitorados para controlar efetivamente o risco da contaminação de produto.

CLÁUSULA REQUISITOS

4.5.1 Toda a água usada como matéria-prima na fabricação de alimentos processados, na preparação do produto, ou na limpeza de equipamento ou da fábrica será fornecida na quantidade suficiente, será potável no ponto de uso ou não apresentará risco de contaminação segundo a legislação aplicável. A qualidade microbiológica e química da água será analisada pelo menos uma vez por ano. Os pontos de amostragem e a frequência da análise terão por base o risco, considerando-se a fonte da água, as instalações de distribuição e de armazenamento locais, histórico anterior e uso de amostra.

4.5.2 Será disponibilizado um diagrama atualizado do sistema de distribuição de água na unidade, inclusive tanques de retenção, tratamento de água e reciclagem água conforme apropriado. O diagrama será utilizado como base para a amostragem de água e a gestão da qualidade da água.

4.5.3 Caso a legislação especificamente permita o uso de água que não seja potável para a limpeza inicial de produto (por exemplo, para o armazenamento/lavagem de peixe), a água deverá atender aos requisitos legais indicados para esta operação.

4.5.4 Ar, outros gases e vapor utilizado em contato direto com, ou como ingrediente em, os produtos serão monitorados para garantir que não representem um risco de contaminação. O ar comprimido utilizado diretamente em contato com o produto será filtrado.

4.6 EQUIPAMENTOTodo o equipamento de processamento de alimentos será adequado ao objetivo desejado e usado para minimizar o risco da contaminação do produto.

CLÁUSULA REQUISITOS

4.6.1 Todo equipamento será fabricado com materiais adequados. O projeto e a colocação do equipamento devem assegurar que a sua limpeza e manutenção possam ser feitas de maneira eficaz.

4.6.2 O equipamento que estiver em contato direto com o alimento será adequado para contato com alimentos e satisfará as exigências legais, quando aplicáveis.

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4.7 MANUTENÇÃOHaverá um programa de manutenção eficaz na operação da fábrica e equipamento para impedir a contaminação e reduzir o potencial de avarias.

CLÁUSULA REQUISITOS

4.7.1 Haverá um horário de manutenção planejado e documentado ou um sistema de monitoramento de condição que inclua toda a fábrica e o equipamento de processamento. As exigências de manutenção serão definidas na encomenda de novo equipamento.

4.7.2 Além de qualquer programa de manutenção planejado, onde haja risco de contaminação de produto por corpos estranhos que ocasionem dano ao equipamento, o equipamento será inspecionado em intervalos predeterminados, os resultados da inspeção serão documentados e medidas apropriadas serão implementadas.

4.7.3 No caso de serem realizados reparos provisórios, estes serão controlados para que a segurança ou a legalidade do produto não seja prejudicada. Estas medidas temporárias serão permanentemente reparadas conforme viável e no prazo definido.

4.7.4 A unidade providenciará para que a segurança ou a legalidade do produto não sejam prejudicadas durante as operações de limpeza e subsequente manutenção. Ao trabalho de manutenção seguir-se-á um procedimento documentado de higienização que registre a eliminação dos riscos de contaminação de produto encontrados no maquinário e no equipamento.

4.7.5 As atividades de manutenção em áreas de alto risco e de controle intensivo respeitarão os requisitos de segregação da área. Sempre que possível, ferramentas e equipamentos ficarão disponíveis para uso na área e nela serão mantidos.

4.7.6 Os materiais usados para manutenção do equipamento e da fábrica e que apresentarem um risco pelo contato direto ou indireto com a matéria-prima, produtos intermediários e acabados, como óleo lubrificante, serão de qualidade alimentar e de estado conhecido de alérgeno.

4.7.7 As oficinas de engenharia serão mantidas limpas e arrumadas e haverá controles para impedir transferência de aparas de engenharia para as áreas de produção e armazenamento.

4.8 INSTALAÇÕES PARA FUNCIONÁRIOSAs instalações para funcionários serão suficientes para acomodar o número necessário de funcionários e serão projetadas e operadas para minimizar o risco da contaminação de produto. As instalações serão mantidas em boas condições e limpas.

CLÁUSULA REQUISITOS

4.8.1 Vestiários designados devem ser fornecidos para todas as pessoas, sejam funcionários, visitantes ou fornecedores. Sua localização permitirá acesso direto à área de produção, embalagem ou armazéns sem necessidade de passar por uma área externa. Onde isso não for possível, haverá uma avaliação de riscos e serão implementados procedimentos adequados (por exemplo, instalações para limpeza de calçados).

4.8.2 Serão disponibilizadas instalações de armazenamento com tamanho suficiente para acomodar itens pessoais a todos os funcionários que trabalhem no manuseio de matéria-prima, preparo, processamento, embalagem e áreas de armazenamento.

4.8.3 As roupas de uso externo e outros itens pessoais serão guardados separadamente do uniforme de trabalho nos vestiários. Haverá instalações disponíveis para separar roupas limpas das sujas.

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CLÁUSULA REQUISITOS

4.8.4 Quando uma operação incluir área de alto risco, os funcionários entrarão por instalações especialmente designadas para troca de roupas antes da entrada na área de alto risco. As instalações de vestiário atenderão aos seguintes requisitos:

• Serão fornecidas instruções claras na ordem de troca de roupa protetora para impedir a contaminação da roupa limpa.

• A roupa protetora será visualmente diferente daquela usada em outras áreas e não será usada fora da área de risco.

• A lavagem das mãos durante o procedimento de troca de roupas será incluída para impedir a contaminação da roupa protetora limpa (ou seja, lavagem das mãos depois da colocação de proteção na cabeça e nos pés).

• Antes da entrada nas áreas de risco, haverá instalações para a lavagem a desinfecção das mãos

• Serão fornecidos calçados especiais para uso na área de alto risco, com um sistema eficaz de segregação de áreas para uso de calçados de alto risco ou de outro tipo (ou seja, um sistema de barreira ou de bancada). Em caráter de exceção, o uso de instalações para lavagem de botas é aceitável quando tais instalações comprovadamente proporcionam o controle efetivo de calçados para evitar a introdução de material patogênico em áreas de alto risco.

Haverá um programa de monitoramento ambiental para avaliar a eficácia dos controles de calçados.

4.8.5 Quando uma operação incluir área de controle intensivo, os funcionários entrarão por uma instalação cuja disposição garanta que as roupas protetoras não sejam contaminadas antes de entrar na área de controle intensivo. Essa instalação atenderá aos seguintes requisitos:

• Serão fornecidas instruções claras na ordem de troca de roupa protetora para impedir a contaminação da roupa limpa.

• Calçados fornecidos pela unidade não serão usados fora da fábrica.

• A roupa protetora será visualmente diferente daquela usada em áreas de risco mais baixo e não será usada fora da área de controle intensivo.

• A lavagem das mãos durante o procedimento de troca de roupas será incorporada para impedir a contaminação da roupa protetora limpa.

• Antes da entrada nas áreas de controle intensivo, haverá instalações para a lavagem a desinfecção das mãos.

Haverá um controle eficaz de calçados para impedir a introdução de patógenos em áreas de controle intensivo. Isso pode ser controlado por uma troca de calçados antes de entrar na área ou pelo uso de instalações de lavagem de botas controladas e gerenciadas.

Haverá um programa de monitoramento ambiental para avaliar a eficácia dos controles de calçados.

4.8.6 Haverá instalações para a lavagem das mãos no acesso às áreas de produção e em outros pontos apropriados dessas áreas. Essas instalações de lavagem das mãos terão, no mínimo:

• avisos solicitando a lavagem das mãos

• quantidade suficiente de água a uma temperatura adequada

• torneiras com operação automática

• sabão líquido

• toalhas descartáveis ou secadores a ar adequadamente projetados e localizados.

4.8.7 Os sanitários devem ser adequadamente separados e não devem dar diretamente nas áreas de produção ou de embalagem. Os sanitários terão instalações para lavagem das mãos com:

• pias com sabão e água a uma temperatura adequada

• instalações adequadas para secagem das mãos

• avisos solicitando a lavagem das mãos.

Se as instalações para lavagem das mãos estiverem dentro de sanitários e forem as únicas existentes antes de entrar novamente na área de produção, aplicar-se-ão os requisitos do item de 4.8.6 e haverá sinalização para direcionar as pessoas às instalações de lavagem das mãos antes de entrar na área de produção.

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CLÁUSULA REQUISITOS

4.8.8 Se a legislação nacional permitir o fumo, haverá áreas controladas para fumantes, isoladas das áreas de produção de modo que a fumaça não alcance os produtos e haverá dispositivos para extração da fumaça e condução para o exterior do edifício. Haverá esquemas adequados para o tratamento de lixo dos fumantes nas áreas permitidas, tanto dentro quanto fora das unidades. Não será permitido o uso de cigarros eletrônicos ou a sua entrada em áreas de produção e armazenamento.

4.8.9 Todos os alimentos trazidos às instalações de fabricação pelos funcionários serão devidamente armazenados de forma limpa e higiênica. Nenhum alimento deve ser levado às áreas de armazenamento, processamento ou produção. Se for permitido comer fora da unidade durante os intervalos, haverá áreas adequadas para esse fim com controle apropriado do lixo.

4.8.10 Se houver restaurante ou cantina na unidade, eles estarão sob controle adequado para impedir a contaminação de produtos (por exemplo, como fonte de envenenamento de alimento ou introdução de alérgeno na unidade).

4.9 CONTROLE DE CONTAMINAÇÃO DE PRODUTO QUÍMICO E FÍSICOMANUSEIO DE MATÉRIA-PRIMA, PREPARO, PROCESSAMENTO, EMBALAGEM E ÁREAS DE ARMAZENAMENTO

Haverá instalações e procedimentos adequados para controlar o risco de contaminação química ou física do produto.

4.9.1 CONTROLE QUÍMICO

CLÁUSULA REQUISITOS

4.9.1.1 Serão implementados processos para gerenciar o uso, armazenamento e manuseio de produtos químicos não alimentares para impedir a contaminação química. Os processos incluirão, no mínimo:

• uma lista aprovada de produtos químicos para compra

• disponibilidade de planilhas de dados de segurança e especificações

• confirmação de adequação para uso em um ambiente de processamento de alimentos

• ausência de produtos fortemente perfumados

• rotulagem e/ou identificação de recipientes de produtos químicos em todos os momentos

• área de armazenamento separada com acesso restrito ao pessoal autorizado

• uso somente por pessoal treinado.

4.9.1.2 Se houver necessidade de uso de materiais que formam odor ou gosto forte ou contaminadores, por exemplo, durante a construção, haverá procedimentos para evitar o risco de contaminação de produtos por odor ou gosto forte.

4.9.2 CONTROLE DE METAL

CLÁUSULA REQUISITOS

4.9.2.1 Haverá uma política documentada para o controle do uso de instrumentos de metal afiado, como facas, lâminas cortantes em equipamentos, agulhas e fios. Tal política incluirá um registro de inspeção de danos e a investigação de todos os itens perdidos. Não serão usadas facas com lâmina retrátil.

4.9.2.2 A compra de ingredientes e embalagens que usam grampos ou outro corpo estranho como parte dos materiais de embalagem deve ser evitada. Grampos, clipes de papel e agrafos, clipes e percevejos não serão usados em áreas de produtos abertos. Se houver grampos ou outros itens como materiais de embalagem ou fechamento, serão tomadas precauções apropriadas para minimizar o risco de contaminação do produto.

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4.9.3 VIDRO, PLÁSTICO FRÁGIL, CERÂMICA E MATERIAIS SIMILARES

CLÁUSULA REQUISITOS

4.9.3.1 Vidro ou outros materiais quebradiços serão excluídos ou protegidos contra quebra em áreas onde há manuseio de produtos abertos ou risco de contaminação de produto.

4.9.3.2 Haverá procedimentos documentados para o tratamento de vidro e outros materiais quebradiços (que não a embalagem do produto) onde houver manuseio de produtos abertos ou risco de contaminação de produto. Os procedimentos incluirão, no mínimo:

• uma lista de itens detalhando localização, número, tipo e condição

• verificações registradas da condição de itens, realizadas a uma frequência específica com base no nível de risco para o produto

• dados sobre a limpeza ou substituição de itens para minimizar o potencial de contaminação do produto.

4.9.3.3 Serão implementados procedimentos discriminando as ações em caso de quebra de vidro ou outros itens quebradiços considerando-se os seguintes itens:

• quarentena de produtos e área de produção que foram potencialmente afetados

• limpeza da área de produção

• inspeção da área de produção e autorização para continuar a produção

• troca da roupa de trabalho e inspeção de calçados

• especificação dos funcionários autorizados a realizar os itens acima

• registro de incidente de quebra.

4.9.4 PRODUTOS EMBALADOS EM VIDRO OU OUTROS RECIPIENTES FRÁGEIS

CLÁUSULA REQUISITOS

4.9.4.1 O armazenamento dos recipientes será separado do armazenamento de matérias-primas, produtos ou outras embalagens.

4.9.4.2 Haverá sistemas para administrar a quebra de recipientes entre o ponto de limpeza/inspeção do recipiente e seu fechamento. Os sistemas incluirão, no mínimo, instruções documentadas que garantam:

• a remoção e o descarte de produtos em risco nas proximidades de onde ocorreu a quebra; isto pode ser especificamente para equipamento ou áreas da linha de produção diferentes

• a limpeza eficaz de linha ou equipamento que possa ter sofrido contaminação por fragmentos do recipiente; a limpeza não deverá resultar em maior dispersão de fragmentos, por exemplo, pelo uso de água ou ar de alta pressão

• o uso de equipamento de limpeza especial, claramente identificado (por exemplo, com código de cores) para a remoção de recipientes quebrados; esse equipamento será mantido separado dos outros equipamentos de limpeza

• o uso de recipientes para resíduos especiais, com tampa acessível para a coleta de recipientes danificados e fragmentos

• uma inspeção documentada de equipamentos de produção realizada após a limpeza de uma quebra para confirmar que foram removidos quaisquer riscos de contaminação

• autorização para reiniciar a produção após a limpeza

• a área ao redor da linha livre de vidro quebrado.

4.9.4.3 Serão mantidos registros de todas as quebras de recipientes na linha. Se não ocorreram quebras durante um período de produção, isso também será registrado. Esse registro será analisado para identificar tendências e potenciais melhorias na linha ou recipientes.

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4.9.5 MADEIRA

CLÁUSULA REQUISITOS

4.9.5.1 Não deverá haver uso de madeira em áreas de produtos abertos, exceto quando for uma exigência do processo (por exemplo, maturação de produtos em madeira). Se o uso de madeira não puder ser evitado, a condição da madeira será continuamente monitorada para garantir que ela esteja em boas condições e livre de danos ou lascas que possam contaminar os produtos.

4.10 DETECÇÃO DE CORPO ESTRANHO E EQUIPAMENTO PARA REMOÇÃOO risco de contaminação do produto deve ser reduzido ou eliminado pelo uso eficaz do equipamento de remoção ou detecção de corpos estranhos.

4.10.1 DETECÇÃO DE CORPO ESTRANHO E EQUIPAMENTO PARA REMOÇÃO

CLÁUSULA REQUISITOS

4.10.1.1 Será realizada uma avaliação documentada associada ao estudo de APPCC em cada processo de produção para identificar o possível uso de equipamentos para detecção ou remoção de contaminação por corpo estranho. O equipamento a ser considerado pode conter:

• filtros

• peneiras

• detector de metais

• ímãs

• equipamento de classificação óptica

• equipamento de detecção por raio X

• outros equipamentos de separação física (por exemplo, separação por gravidade, tecnologia de leito fluidizado).

4.10.1.2 O tipo, a localização e a sensibilidade do método de detecção e/ou remoção serão especificados como parte do sistema de documentação da unidade. Serão aplicadas as melhores práticas do setor em relação à natureza do ingrediente, material, produto e/ou produto embalado. A localização de equipamento, ou qualquer outro fator que influencie a sensibilidade do equipamento, será validada e justificada.

4.10.1.3 A unidade providenciará para que a frequência dos testes de detecção de corpo estranho e/ou equipamento de remoção seja definida e leve em consideração:

• os requisitos específicos do cliente

• a capacidade da unidade de identificar, reter e impedir a liberação de materiais afetados, em caso de falha de equipamento.

4.10.1.4 Quando um corpo estranho for detectado ou removido pelo equipamento, a fonte do material não previsto será investigada. As informações sobre os materiais rejeitados serão usadas para identificar tendências e, quando possível, fomentar medida preventiva para reduzir a ocorrência de contaminação pelo material estranho.

4.10.2 FILTROS E PENEIRAS

CLÁUSULA REQUISITOS

4.10.2.1 Os filtros e as peneiras usados para o controle de corpo estranho serão de malhagem ou bitola especificada e concebida para proporcionar o máximo de proteção prática ao produto. O material retido ou removido pelo sistema será analisado e registrado para identificar os riscos de contaminação.

4.10.2.2 Os filtros e as peneiras passarão por inspeção ou testes regulares quanto a danos com uma frequência documentada com base em risco. Serão mantidos registros das verificações. Quando forem identificados filtros ou peneiras danificados, o fato será registrado, o potencial de contaminação de produtos será investigado, e a medida apropriada será tomada.

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4.10.3 DETECTORES DE METAIS E EQUIPAMENTOS DE RAIOS X

CLÁUSULA REQUISITOS

4.10.3.1 Haverá equipamento para detecção de metal exceto se a avaliação de riscos demonstrar que isso não melhora a proteção de produtos acabados contra contaminação por metal. Caso não sejam usados detectores de metal, a justificativa será documentada. A ausência de detectores de metais, normalmente, deve basear-se apenas no uso de um método de proteção alternativo mais eficaz (por exemplo, utilização de raios X, peneiras finas ou filtragem de produtos).

4.10.3.2 O detector de metais ou equipamento de raios X incluirá uma das seguintes opções:

• um dispositivo de rejeição automática para os sistemas em linha contínuos para desviar produtos contaminados do fluxo do produto ou para direcioná-los para uma unidade segura com acesso apenas a funcionários autorizados

• um sistema de parada com alarme se o produto não puder ser rejeitado automaticamente (como por exemplo, volumes muito grandes)

• detectores em linha que identificam a localização do contaminante serão operados para permitir o isolamento eficaz do produto afetado.

4.10.3.3 A unidade estabelecerá e implementará procedimentos documentados para operação e teste de equipamentos de detecção de metal ou equipamentos de raios X. O procedimento incluirá, no mínimo:

• responsabilidades pelos testes de equipamentos

• eficácia operacional e sensibilidade do equipamento e variações disso para determinados produtos

• métodos e frequência de verificação do detector

• registro dos resultados das verificações.

4.10.3.4 Os procedimentos de detecção de metal serão baseados nas melhores práticas que, no mínimo, incluirão:

• uso de peças de teste com uma esfera de metal de diâmetro conhecido selecionado com base no risco. marcação das peças de teste com tamanho e tipo de material de teste contido

• testes realizados usando peças de teste diferentes que contenham materiais ferrosos, aço inoxidável e metal tipicamente não ferroso, salvo se o produto estiver em um recipiente de alumínio

• teste para verificar o funcionamento dos mecanismos de detecção e de rejeição em condições normais de funcionamento

• verificações que testem a função de memória/configuração do detector de metal com pacotes sucessivos de teste em toda a unidade em velocidade operacional normal

• verificações quanto a falhas dos sistemas de segurança equipados com os sistemas de detecção e rejeição.

Além disso, se os detectores de metal forem incorporados em transportadores, a peça de teste passará o mais próximo possível do centro da abertura do detector de metal e, sempre que possível, isso será feito com a inserção da peça de teste em um pacote de alimentos de amostra claramente identificado que esteja sendo produzido no momento do teste.

Se forem usados detectores de metal em linha, a peça de teste será colocada no fluxo do produto sempre que possível e o tempo correto do sistema de rejeição para eliminar a contaminação identificada será avaliado.

4.10.3.5 A unidade criará e implementará procedimentos de medida corretiva e relatórios caso o procedimento de teste identifique alguma falha do detector de corpo estranho. A ação compreenderá uma combinação de isolamento, quarentena e reinspeção de todos os produtos desde o último teste realizado.

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4.10.4 ÍMÃS

CLÁUSULA REQUISITOS

4.10.4.1 O tipo, a localização e a força dos ímãs serão devidamente documentados. Haverá procedimentos documentados para verificações de inspeção, limpeza, testes de força e integridade. Serão mantidos registros de todos os exames.

4.10.5 EQUIPAMENTO DE CLASSIFICAÇÃO ÓPTICA

CLÁUSULA REQUISITOS

4.10.5.1 Cada unidade será verificada de acordo com as instruções ou recomendações do fabricante. As verificações serão documentadas.

4.10.6 CONTAINER LIMPEZA - FRASCOS DE VIDRO, LATAS E OUTROS RECIPIENTES RÍGIDOS

CLÁUSULA REQUISITOS

4.10.6.1 Com base na avaliação de risco, serão implementados procedimentos para minimizar a contaminação de corpo estranho com origem em recipiente de embalagem (por exemplo, frascos, latas e outros recipientes rígidos pré-formados). Tais procedimentos poderão incluir o uso de esteiras cobertas, inversão de recipiente e retirada de corpo estranho por meio de lavagem com jatos de água ou ar.

4.10.6.2 A eficácia do equipamento de limpeza de recipiente será verificada e registrada durante cada produção. Se o sistema incluir um sistema de rejeição de recipientes sujos ou danificados, a verificação incluirá um teste de detecção e de rejeição efetiva do recipiente de teste.

4.11 SERVIÇO DE LIMPEZA E HIGIENEFUNDAMENTOSHaverá um sistema de limpeza e higiene para que os padrões apropriados de higiene sejam sempre mantidos e para que o risco de contaminação do produto seja minimizado.

CLÁUSULA REQUISITOS

4.11.1 As instalações e equipamentos serão mantidos em boas condições de limpeza e higiene.

4.11.2 Haverá procedimentos documentados de limpeza do prédio, da fábrica e de todo o equipamento. Os procedimentos de limpeza de equipamentos de processamento, de superfícies de contato com alimentos e áreas de controle intensivo/alto risco incluirão, no mínimo:

• responsabilidade pela limpeza

• item/área a ser limpa

• frequência da limpeza

• método de limpeza, incluindo desmontagem de equipamentos para fins de limpeza, quando necessário

• produtos químicos de limpeza e suas concentrações

• materiais de limpeza a serem usados

• registros de limpeza e responsabilidade pela verificação.

A frequência e os métodos de limpeza serão baseados em risco.

Os procedimentos serão implementados para garantir que os padrões adequados de limpeza sejam alcançados.

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CLÁUSULA REQUISITOS

4.11.3 Serão definidos limites mínimos aceitáveis e inaceitáveis de desempenho em limpeza de superfícies de contato com alimento, equipamento de processamento e áreas de controle intensivo/alto risco. Esses limites serão baseados nos perigos potenciais (por exemplo, contaminação microbiológica, alérgeno, corpo estranho ou contaminação de produto para produto). Os limites aceitáveis de limpeza podem ser definidos por aparência visual, técnicas de ATP-bioluminescência (ver Glossário), teste microbiológico ou teste químico, conforme apropriado. Se os procedimentos de limpeza fizerem parte de um plano de pré-requisitos definido para controlar o risco de um perigo específico, os procedimentos de limpeza e desinfecção e sua frequência serão validados e serão mantidos registros. Os procedimentos incluirão o risco de resíduos de produtos químicos de limpeza em superfícies de contato com alimentos.

4.11.4 Serão disponibilizados recursos para a realização da limpeza. Se for necessário o desmonte de equipamento para limpeza ou a entrada em equipamento de grande porte para limpeza, isto será programado e, se necessário, planejado para períodos sem produção. Os funcionários da limpeza receberão treinamento apropriado ou apoio de engenharia se for necessário o acesso ao interior do equipamento para limpeza.

4.11.5 A limpeza do equipamento será inspecionada antes que ele seja liberado para produção. Os resultados das inspeções de limpeza, inclusive inspeção visual, analítica e microbiológica, serão registrados e usados para identificar tendências em desempenho de limpeza e incentivar melhorias onde necessárias.

4.11.6 Os equipamentos de limpeza serão:

• higienicamente projetados e adequados à finalidade

• devidamente identificados para o uso pretendido (por exemplo, código de cores ou rotulados)

• limpos e armazenados de forma higiênica, para evitar a contaminação.

Os equipamentos utilizados para a limpeza de áreas de controle intensivo e de alto risco serão visualmente diferentes e específicos para uso nessas áreas.

4.11.7 LIMPEZA NA UNIDADE (CIP, SIGLA EM INGLÊS)

CLÁUSULA REQUISITOS

4.11.7.1 Se usadas, as instalações para limpeza no local (CIP) serão monitoradas e mantidas para garantir a eficácia da operação.

4.11.7.2 Haverá uma planta do layout do sistema CIP com circuitos da tubulação de processo. Haverá um relatório de inspeção ou outra validação que indique que:

• os sistemas são projetados higienicamente, sem áreas mortas, interrupções limitadas dos fluxos e boa capacidade de drenagem do sistema.

• as bombas de retorno são operadas para que não haja acúmulo de soluções de CIP nos recipientes

• os pulverizadores giratórios são eficientes na limpeza de recipientes, pois cobrem toda a superfície, e que são inspecionados periodicamente quanto a obstruções

• o equipamento de CIP tem separação adequada das linhas ativas de produto (por exemplo, por meio do uso de válvulas de dois assentos, ligações de controle manual, lacunas na tubulação ou nas conexões liga-desliga com chaves de bloqueio) para impedir a contaminação cruzada ou proteger contra ela.

O sistema deve ser revalidado após alterações ou acréscimos ao equipamento de CIP. Será mantido um registro de alterações no sistema CIP.

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CLÁUSULA REQUISITOS

4.11.7.3 O equipamento de CIP será operado para a execução correta da limpeza:

• Os parâmetros do processo, tempo, concentrações de detergente, vazão e temperaturas serão definidos para que o perigo alvo (por exemplo, solo, alérgenos, microrganismos vegetativos, esporos) seja removido. Eles serão validados e os registros de validação serão mantidos.

• As concentrações de detergente serão inspecionadas regularmente.

• A verificação de processo será realizada por análise das águas de enxágue e/ou primeiro produto da linha quanto à presença de fluidos de limpeza ou por testes de ATP (técnicas de bioluminescência) no caso de alérgenos ou microrganismos, conforme apropriado.

• Os tanques de detergente serão mantidos cheios e haverá um registro de manutenção de quando forem drenados, limpos, enchidos e esvaziados. As soluções de pré-enxágue recuperadas serão monitoradas quanto ao acúmulo de sobras dos tanques de detergentes.

• Se houver filtros, eles serão limpos e inspecionados com frequência definida.

4.12 LIXO/DESCARTE DE LIXOO descarte de lixo será gerenciado conforme os requisitos legais e para evitar acúmulo, risco de contaminação e atração de pragas.

CLÁUSULA REQUISITOS

4.12.1 Se for necessário licença para descarte de lixo por categoria, ele será removido por empresas licenciadas e serão mantidos registros da remoção e disponibilizados para auditoria.

4.12.2 Os contêineres externos para lixo e o espaços que abrigam instalações para coleta de lixo serão gerenciados para minimizar o risco. Estes serão:

• claramente identificados

• projetados para facilidade de uso e limpeza eficaz

• mantidos em boa conservação para permitir a limpeza e, quando necessário, a desinfecção

• esvaziados com frequência adequada

• cobertos ou mantidos a portas fechadas, conforme apropriado.

4.12.3 Se produtos não seguros ou abaixo do padrão comercial forem transferidos para uma empresa terceirizada para fins de destruição ou descarte, essa empresa será especializada no descarte seguro de produto ou lixo e fornecerá os registros com a quantidade de lixo coletada para destruição ou descarte.

4.13 GESTÃO DE EXCEDENTE DE ALIMENTOS E PRODUTOS PARA ALIMENTAÇÃO ANIMAL

Haverá processos em vigor para garantir a segurança e a legalidade de subprodutos da atividade de processamento primário da unidade.

CLÁUSULA REQUISITOS

4.13.1 O excedente de produtos com a marca do cliente será descartado de acordo com os requisitos específicos do cliente. Os nomes de marcas de clientes serão removidos dos produtos excedentes embalados sob o controle da fábrica antes que o produto entre na cadeia de abastecimento, a menos que autorizado de outra forma pelo cliente.

4.13.2 No caso de produtos com marca de cliente que não atendam às especificações serem vendidos a funcionários ou repassados a instituições filantrópicas ou outras organizações, isso será feito com o consentimento prévio do proprietário da marca. Haverá processos para garantir que todos os produtos estejam aptos para consumo e atendam aos requisitos legais.

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CLÁUSULA REQUISITOS

4.13.3 Subprodutos e produtos excedentes/rebaixados destinados à alimentação animal serão separados do lixo e protegidos contra contaminação durante o armazenamento. Produtos para alimentação animal serão gerenciados de acordo com os requisitos legais aplicáveis.

4.14 CONTROLE DE PRAGASToda unidade terá um programa de controle eficaz de prevenção de pragas para minimizar o risco de infestação e haverá recursos disponíveis para responder rapidamente a eventuais problemas que possam ocorrer, para evitar riscos aos produtos.

CLÁUSULA REQUISITOS

4.14.1 Se for identificada atividade de pragas, ela não representará risco de contaminação para os produtos, matérias-primas ou embalagens.

A presença de qualquer infestação no local será identificada nos registros de controle de pragas e fará parte de um programa de manejo de pragas eficaz para eliminar ou controlar a infestação de tal forma que ela não represente risco para produtos, matérias-primas ou embalagens.

4.14.2 A unidade contratará os serviços de uma empresa competente de controle de pragas ou terá funcionários especialmente treinados para inspeção e tratamento regulares da unidade para impedir ou erradicar a infestação. A frequência das inspeções será determinada por avaliação de risco e será documentada. Se forem usados serviços de uma empresa especializada, o contrato de prestação de serviços será claramente definido e disporá sobre as atividades na unidade.

4.14.3 Se a empresa tiver seu próprio controle de pragas, deverá demonstrar efetivamente que:

• as operações de controle de pragas são realizadas por funcionários treinados e competentes, com conhecimento suficiente para selecionar os produtos químicos e métodos de prova adequados para controle de pragas e compreender as limitações de uso relevantes à biologia das pragas relacionadas à unidade

• o pessoal da empresa que realiza as atividades de controle de pragas cumpre todas as exigências legais de treinamento ou registro

• há recursos suficientes disponíveis para responder a qualquer problema de infestação

• há acesso imediato ao conhecimento técnico especializado quando necessário

• a legislação que rege o uso de produtos de controle de pragas é compreendida

• os pesticidas são armazenados em instalações específicas vedadas.

4.14.4 A documentação e os registros de controle de pragas serão mantidos atualizados. Tais registros e documentação incluirão, no mínimo:

• planta atualizada da unidade identificando os locais numerados de dispositivos para controle de pragas

• identificação de iscas e/ou dispositivos de monitoramento no local

• responsabilidades claramente definidas para a administração da unidade e para o contratado

• dados de produtos de controle de pragas utilizados, inclusive as instruções para seu uso eficaz e as medidas a serem tomadas em caso de emergência

• qualquer atividade observada de pragas

• dados de tratamentos realizados para controle de pragas.

4.14.5 As estações de iscas ou outros dispositivos de controle de roedores serão devidamente localizados para impedir risco de contaminação ao produto. Iscas tóxicas para roedores não serão utilizadas dentro das áreas de produção ou de armazenamento onde houver presença de produto aberto, exceto para o tratamento de uma infestação ativa. Quando forem utilizadas iscas tóxicas, elas deverão ser protegidas.

O desaparecimento de uma armadilha iscada será registrado, analisado e investigado.

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CLÁUSULA REQUISITOS

4.14.6 Os dispositivos mata-moscas e/ou armadilhas com feromônios serão localizados e colocados em uso da forma correta. Se houver perigo de expulsão de insetos de um dispositivo mata-moscas e de contaminação de produto, serão usados sistemas e equipamentos alternativos.

4.14.7 Em caso de infestação, ou evidência de atividade de pragas, serão tomadas medidas imediatas para identificar o produto em risco e minimizar o risco de contaminação do produto. Quaisquer produtos potencialmente afetados serão submetidos ao procedimento de produto não conforme.

4.14.8 Serão mantidos registros de inspeções de controle de pragas, prevenção de pragas, recomendações de higiene e medidas tomadas. A unidade será responsável por garantir que todas as recomendações relevantes feitas por um especialista contratado ou interno sejam implementadas em tempo hábil.

4.14.9 Será realizado um levantamento de controle de pragas detalhado e documentado, com frequência baseada em risco, normalmente trimestral, por um especialista em controle de pragas para analisar as medidas de controle de pragas na unidade. O levantamento:

• fará uma inspeção detalhada das instalações quanto à atividade de pragas

• analisará as medidas de controle de pragas em vigor e fará as recomendações para a mudança.

A duração do levantamento será suficiente para permitir o acesso a equipamento para inspeção se houver o risco de infestação de insetos em produto armazenado.

4.14.10 Os resultados das inspeções de controle de pragas serão regularmente avaliados e analisados quanto a tendências mas, no mínimo:

• em caso de infestação

• anualmente.

Os resultados incluirão uma análise dos dispositivos de armadilhas para identificar áreas problemáticas. A análise será usada como base para aprimorar os procedimentos de controle de pragas.

4.14.11 Os funcionários deverão compreender a sinalização de atividade de pragas e estar cientes da necessidade de comunicar qualquer evidência de atividade de pragas a um gerente designado.

4.15 INSTALAÇÕES PARA ARMAZENAMENTOTodas as instalações utilizadas para a armazenagem de matérias-primas, embalagens, produtos em processo e produtos acabados serão adequadas à sua finalidade.

CLÁUSULA REQUISITOS

4.15.1 Os procedimentos documentados para manter a segurança e a qualidade do produto durante o armazenamento serão desenvolvidos com base na avaliação de risco, compreendidos por pessoal competente e implementados da maneira apropriada. Devem incluir, conforme necessário:

• controle de transferência de produto resfriado e congelado entre áreas de temperatura controlada

• segregação de produtos, sempre que necessário para evitar a contaminação cruzada (física, microbiológica ou alérgenos) ou captação de odor e gosto fortes

• armazenamento de materiais longe do chão e de paredes

• requisitos específicos de manuseio ou empilhamento para evitar danos ao produto.

4.15.2 Quando apropriado, as embalagens serão armazenadas longe de outras matérias-primas e produtos acabados. Quaisquer materiais de embalagem usados em partes e que sejam apropriados para uso serão eficazmente protegidos de contaminação e claramente identificados para manter a rastreabilidade antes de serem devolvidos a uma área de armazenamento apropriada. Embalagens obsoletas serão armazenadas em uma área separada e haverá sistemas para evitar o uso acidental.

4.15.3 Se houver necessidade de controle de temperatura, a área de armazenamento manterá a temperatura do produto dentro do especificado e será operada de forma a garantir a manutenção das temperaturas especificadas. Em todas as instalações de armazenamento será instalado equipamento de registro de temperatura com alarmes sensíveis à temperatura ou haverá um sistema de inspeção de temperatura com registro manual, em geral, a cada 4 horas ou a intervalos que possibilitem intervenção antes que as temperaturas dos produtos excedam os limites definidos de segurança, legalidade ou qualidade dos produtos.

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CLÁUSULA REQUISITOS

4.15.4 Quando for necessário o armazenamento em atmosfera controlada, as condições de armazenamento serão especificadas e controladas de forma eficaz. Serão mantidos registros sobre as condições de armazenamento.

4.15.5 Se houver necessidade de armazenamento externo, os itens serão protegidos contra contaminação e deterioração. Os itens serão controlados quanto à adequação antes de serem introduzidos na fábrica.

4.15.6 A unidade facilitará a correta rotação de estoque de matérias-primas, produtos intermediários e produtos acabados em armazenamento e garantirá que os materiais sejam usados na ordem correta em relação à sua data de fabricação e no prazo prescrito de validade.

4.16 EXPEDIÇÃO E TRANSPORTEHaverá procedimentos para garantir que a gestão de expedição e dos veículos e contêineres usados para o transporte de produtos da unidade não represente um risco para a segurança ou a qualidade dos produtos.

CLÁUSULA REQUISITOS

4.16.1 Serão elaborados e implementados procedimentos documentados para manter a segurança e a qualidade do produto durante o carregamento e o transporte. Devem incluir, conforme necessário:

• controle de temperatura nas docas de carga

• uso de baias cobertas para carga ou descarga do veículo

• fixação das cargas em paletes para impedir o movimento durante o transporte

• inspeção de cargas antes da expedição.

4.16.2 Todos os veículos ou contêineres usados para a distribuição dos produtos serão inspecionados antes do carregamento para confirmar que sejam adequados à finalidade. Isso garantirá que eles estejam:

• em bom estado de limpeza

• livres de odores fortes que possam afetar os produtos

• em condições adequadas para evitar danos aos produtos durante o trânsito

• equipados para garantir os requisitos de temperatura.

Serão mantidos registros de todas as inspeções.

4.16.3 Se houver necessidade de controle de temperatura, o transporte será capaz de manter a temperatura dentro da especificação, tanto em carga máxima quanto mínima. Poderão ser usados dispositivos de registros de dados de temperatura que possam ser consultados para confirmar as condições de tempo/temperatura ou será usado um sistema para monitorar e registrar, a intervalos predeterminados, a correta operação do equipamento de refrigeração, e serão mantidos registros.

4.16.4 Haverá sistemas de manutenção e procedimentos de limpeza para todos os veículos e equipamentos usados para carga e descarga. Haverá registros das medidas tomadas.

4.16.5 A empresa terá procedimentos documentados para o transporte de produtos, que incluirão:

• quaisquer restrições sobre o uso de cargas mistas

• requisitos para a segurança dos produtos durante o transporte, especialmente quando os veículos estiverem estacionados sem nenhuma supervisão

• instruções claras no caso de avaria do veículo, acidente ou falha dos sistemas de refrigeração, que garantam que a segurança dos produtos seja avaliada; serão mantidos registros.

4.16.6 Caso a empresa use transportadora contratada, todos os requisitos especificados nesta seção serão claramente definidos no contrato e verificados ou a empresa contratada deverá ter certificação conforme a Norma Global para Armazenamento e Distribuição ou norma similar reconhecida internacionalmente.

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5 CONTROLE DE PRODUTO

5.1 PROJETO/DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOHaverá procedimentos de projeto e desenvolvimento de produtos para produtos ou processos novos e alterações no produto, processos de embalagem ou fabricação que garantam a produção segura e lícita dos produtos.

CLÁUSULA REQUISITOS

5.1.1 A empresa providenciará orientações claras sobre quaisquer restrições ao escopo de desenvolvimento de novos produtos para controlar a introdução de perigos que sejam inaceitáveis para a empresa ou clientes (por exemplo, a introdução de alérgenos, embalagem de vidro ou riscos microbiológicos).

5.1.2 Todos os novos produtos e alterações de formulação de produto, embalagem ou métodos de processamento serão formalmente aprovados pelo líder da equipe de APPCC ou membro autorizado da comissão de APPCC. Isto garantirá a avaliação dos perigos e a implementação dos controles adequados, identificados pelo sistema de APPCC. Essa aprovação será concedida antes da introdução dos produtos no ambiente de fabricação.

5.1.3 Serão realizados ensaios utilizando equipamentos de produção quando necessário para validar que a formulação e os processos de fabricação do produto podem produzir um produto seguro com a qualidade necessária.

5.1.4 Serão realizados ensaios de prazo de validade usando protocolos documentados que reflitam as condições presentes durante o armazenamento e manuseio. Os resultados serão registrados e mantidos e confirmarão a conformidade com os critérios microbiológicos, químicos e organolépticos relevantes. Se não for viável realizar ensaios antes da produção, por exemplo, para alguns produtos longa vida, será apresentada uma justificativa com base em documentação científica para o prazo de validade designado.

5.2 ROTULAGEM DO PRODUTOA rotulagem dos produtos cumprirá os requisitos legais adequados e conterá informações que permitam a manipulação, visualização, armazenamento e preparação do produto na cadeia de abastecimento de alimentos ou pelo cliente.

CLÁUSULA REQUISITOS

5.2.1 Todos os produtos serão rotulados para cumprir os requisitos legais do país a que seu uso se destina e incluirão informações de manuseio seguro, exibição, armazenamento, preparação e utilização do produto na cadeia de abastecimento alimentar ou pelo cliente. Haverá um processo para verificar se a rotulagem de ingredientes e alérgenos está correta com base na receita do produto e nas especificações de ingredientes.

5.2.2 Haverá processos eficazes para garantir que as informações de rotulagem sejam revisadas sempre que ocorrerem alterações:

• na receita do produto

• nas matérias-primas

• no fornecedor de matérias-primas

• no país de origem de matérias-primas

• na legislação.

5.2.3 Se o produto for concebido para atender a uma reivindicação de um grupo de consumidores (por exemplo, alegação nutricional, redução de açúcar), a empresa garantirá que a formulação e o processo de produção do produto sejam plenamente validados para atender a tal reivindicação.

5.2.4 Sempre que as informações do rótulo forem de responsabilidade de um cliente ou de um terceiro, a empresa fornecerá:

• informações para permitir que o rótulo seja elaborado com precisão

• informações sempre que ocorrer uma alteração que possa afetar as informações do rótulo.

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5.3 GERENCIAMENTO DE ALÉRGENOSFUNDAMENTOSA unidade empregará um sistema desenvolvido para o gerenciamento de materiais alergênicos que minimize o risco de contaminação dos produtos por alérgeno e que atenda aos requisitos legais de rotulagem do país de venda.

CLÁUSULA REQUISITOS

5.3.1 A unidade realizará uma avaliação de matérias-primas para estabelecer a presença e a probabilidade de contaminação por alérgenos (consulte o Glossário). Essa avaliação incluirá a análise de especificações de matérias-primas e, se necessário, a obtenção de informações adicionais de fornecedores, por exemplo através de questionários para compreender o estado alergênico da matéria-prima, de seus ingredientes e da fábrica em que é produzida.

5.3.2 A empresa identificará e fará uma lista dos materiais com alérgenos manuseados na unidade. A lista incluirá matérias-primas, ferramentas de processamento, produtos intermediários e acabados e quaisquer novos desenvolvimentos de ingredientes ou produtos.

5.3.3 Será realizada uma avaliação documentada de risco para identificar rotas de contaminação e estabelecer políticas e procedimentos documentados para lidar com matérias-primas, produtos intermediários e acabados a fim de impedir a contaminação cruzada. A avaliação compreenderá:

• consideração do estado físico do material alergênico (por exemplo, líquido, pó, particulados)

• identificação de potenciais pontos de contaminação cruzada durante o fluxo do processo

• avaliação do risco de contaminação cruzada por alérgeno em cada etapa do processo

• identificação de controles adequados para reduzir ou eliminar o risco de contaminação cruzada.

5.3.4 Serão criados procedimentos para garantir a gestão eficaz de materiais alergênicos a fim impedir a contaminação cruzada de produtos que não contenham o alérgeno. Os procedimentos incluirão, conforme apropriado:

• segregação física ou por tempo enquanto os materiais com alérgenos estiverem sendo armazenados, processados ou embalados

• uso de traje protetor separado ou adicional durante o manuseio dos materiais alergênicos

• uso de equipamento e utensílios identificados e específicos para processamento

• programação de produção para reduzir as mudanças entre os produtos que contenham um alérgeno e produtos que não contenham o alérgeno

• sistemas para restringir o movimento pelo ar de poeira contendo material alergênico

• manuseio de resíduos e controles de derramamento

• restrições dos alimentos introduzidos na unidade por funcionários, visitantes, fornecedores e para serviços de alimentação.

5.3.5 Se houver retrabalho ou operações de retrabalho, serão implementados procedimentos para garantir que o retrabalho contendo alérgenos não seja usado em produtos que ainda não contenham o alérgeno.

5.3.6 Quando a natureza do processo de produção tornar impossível impedir a contaminação cruzada por um alérgeno, o rótulo exibirá uma advertência. Tal advertência obedecerá a diretrizes nacionais ou códigos de boas práticas.

5.3.7 Se houver uma alegação referente à adequação do alimento a pessoas alérgicas ou que tenham intolerância a determinados alimentos, a empresa garantirá que o processo de produção seja plenamente validado para atender a tal alegação. Isso será documentado.

5.3.8 Serão criados procedimentos de limpeza de equipamento ou área para remover ou reduzir a níveis aceitáveis quaisquer possibilidades de contaminação cruzada por alérgenos. Os métodos de limpeza serão validados para garantir que sejam eficazes, e a eficácia do procedimento será rotineiramente verificada. Equipamentos de limpeza usados para limpar materiais alergênicos serão identificáveis e específicos para o uso com alérgenos, descartáveis ou limpos a contento após o uso.

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5.4 AUTENTICIDADE DO PRODUTO, ALEGAÇÕES E CADEIA DE CUSTÓDIAHaverá sistemas para minimizar o risco de aquisição de matérias-primas alimentares fraudulentas ou adulteradas e para garantir que todas as descrições e alegações dos produtos sejam lícitas, precisas e verificadas.

CLÁUSULA REQUISITOS

5.4.1 A empresa terá processos para acessar informações sobre ameaças históricas e em desenvolvimento para a cadeia de abastecimento, que podem representar um risco de adulteração ou substituição de matérias-primas. Tais informações podem vir de:

• associações comerciais

• fontes do governo

• centros de recursos privados.

5.4.2 Será realizada uma avaliação documentada da vulnerabilidade de todas as matérias-primas ou grupos de matérias-primas alimentares para avaliar o risco potencial de adulteração ou substituição. A avaliação levará em conta:

• comprovação histórica de substituição ou adulteração

• fatores econômicos que possam tornar a adulteração ou a substituição mais atraente

• facilidade de acesso a matérias-primas através da cadeia de abastecimento

• sofisticação de testes de rotina para identificar adulterantes

• natureza da matéria-prima.

A avaliação da vulnerabilidade será mantida sob análise para refletir alterações nas circunstâncias econômicas e inteligência de mercado que possam alterar o risco potencial. Ela deve ser formalmente revisada todo ano.

5.4.3 Quando houver matérias-primas identificadas como tendo risco específico de adulteração ou substituição, haverá processos de segurança e/ou testes para reduzir o risco.

5.4.4 Se os produtos forem rotulados e se houver alegações nas embalagens finais que dependam do estado de uma matéria-prima, incluindo:

• procedência ou origem específica

• alegações de linhagem/varietal

• estado garantido (por exemplo, GlobalGAP)

• estado de organismo geneticamente modificado (OGM)

• identidade preservada

• ingredientes de marca registrada com nome específico,

o estado de cada lote de matéria-prima será verificado.

A unidade manterá registro de compras, rastreabilidade do uso de matéria-prima e registros de embalagem do produto final para fundamentar as alegações. A empresa realizará testes documentados de balanço de massa a uma frequência que atenda aos requisitos específicos da norma ou pelo menos a cada seis meses na ausência de requisitos específicos da norma.

5.4.5 Se houver alegações sobre os métodos de produção (por exemplo, orgânico, Halal, Kosher), a unidade manterá a condição necessária de certificação para fazer tal alegação.

5.4.6 O fluxo do processo para a produção de produtos em que são feitas alegações será documentado, e potenciais áreas de contaminação ou perda de identidade serão identificadas. Serão estabelecidos controles adequados para garantir a integridade das alegações dos produtos.

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5.5 EMBALAGEM DE PRODUTOA embalagem do produto será apropriada ao uso pretendido e será armazenada em condições que impeçam a contaminação e minimizem a deterioração.

CLÁUSULA REQUISITOS

5.5.1 Ao comprar ou especificar a embalagem de contato com o alimento, o fornecedor dos materiais da embalagem será informado das características específicas do alimento (por exemplo, alto teor de gordura, pH ou condições de uso, como micro-ondas), que possam afetar a adequação de embalagens. Os certificados de conformidade ou outras provas estarão disponíveis para confirmar que a embalagem do produto mantém sua conformidade com a legislação referente à segurança de alimentos e que ela é adequada para o uso pretendido.

5.5.2 Os revestimentos de produto e sacos adquiridos pela empresa para uso em contato direto com os ingredientes ou produtos em fase de produção serão devidamente coloridos e resistentes à laceração para evitar a contaminação acidental.

5.6 INSPEÇÃO DO PRODUTO E TESTES DE LABORATÓRIOA empresa realizará ou subcontratará inspeção e análises fundamentais para confirmar a segurança, licitude e qualidade do produto utilizando procedimentos, instalações e padrões adequados.

5.6.1 INSPEÇÃO DO PRODUTO E TESTES

CLÁUSULA REQUISITOS

5.6.1.1 Haverá uma programação de testes abrangendo os produtos e o ambiente de processamento que pode incluir testes microbiológicos, físicos, químicos e organolépticos de acordo com o risco. Os métodos, a frequência e os limites especificados serão documentados.

5.6.1.2 Os resultados dos testes e inspeção serão registrados e analisados regulamente para identificar tendências. A importância dos resultados de laboratórios externos será compreendida e posta devidamente em prática. Ações apropriadas serão implementadas imediatamente para resolver resultados ou tendências insatisfatórios.

5.6.1.3 A unidade providenciará um sistema de permanente avaliação de prazo de validade. Tal sistema terá por base o risco e incluirá a análise sensorial, bem como os testes microbiológicos aplicáveis e os fatores químicos relevantes, como pH e Aa. Registros e resultados de testes de prazo de validade verificarão o prazo de validade indicado no produto.

5.6.2 TESTES DE LABORATÓRIO

CLÁUSULA REQUISITOS

5.6.2.1 Para os testes de patógeno será contratado um laboratório externo ou, se realizados internamente, a unidade de laboratório será totalmente separada do local de fabricação e terá procedimentos operacionais para impedir qualquer risco de contaminação do produto.

5.6.2.2 Se houver laboratórios de testes de rotina numa unidade de produção, eles serão localizados, projetados e operados de forma a eliminar potenciais riscos à segurança dos produtos. Os controles serão documentados, implementados e levarão em conta:

• projeto e operação de sistemas de drenagem e ventilação

• acesso e segurança das instalações

• movimentação de pessoal de laboratório

• disponibilidade de vestuário de proteção

• processos para a obtenção de amostras de produtos

• descarte de lixo de laboratório.

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CLÁUSULA REQUISITOS

5.6.2.3 Se a empresa realizar ou contratar análises imprescindíveis à segurança ou licitude do produto, o laboratório ou o laboratório contratado deverá ser credenciado por órgãos reconhecidos ou operado em conformidade com os requisitos e princípios da ISO/IEC 17025. Haverá justificativa documentada se não forem utilizados métodos credenciados.

5.6.2.4 Haverá procedimentos para garantir a confiabilidade dos resultados laboratoriais, além dos imprescindíveis à segurança e licitude especificados em 5.6.2.3. Os procedimentos incluirão:

• uso de métodos de ensaio reconhecidos, quando disponíveis

• procedimentos documentados de teste

• garantia de que os funcionários sejam adequadamente qualificados e/ou treinados e competentes para realizar a análise necessária

• uso de um sistema para verificar a precisão dos resultados dos testes (por exemplo, prova do anel ou teste de proficiência)

• uso de equipamento devidamente calibrado e mantido.

5.7 LIBERAÇÃO DO PRODUTOA unidade garantirá que o produto acabado não seja liberado até que todos os procedimentos acordados tenham sido seguidos.

CLÁUSULA REQUISITOS

5.7.1 Sempre que os produtos exigirem liberação positiva, haverá procedimentos para garantir que a liberação não ocorra até que todos os critérios de liberação tenham sido concluídos e a liberação, autorizada.

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6 CONTROLE DE PROCESSO

6.1 CONTROLE DE OPERAÇÕESFUNDAMENTOSA unidade utilizará procedimentos documentados e/ou instruções de trabalho que garantam a produção de produtos de forma consistentemente segura e lícita, com as características da qualidade desejada, em plena conformidade com o plano de segurança alimentar de APPCC.

CLÁUSULA REQUISITOS

6.1.1 Serão disponibilizadas especificações documentadas de processo e instruções de trabalho para os processos essenciais da produção de produtos para garantir a segurança, legalidade e qualidade de produto. As especificações apropriadas incluirão:

• receitas - inclusive a identificação de alérgenos

• instruções de mistura, velocidade, tempo

• configurações de processos de equipamento

• tempo e temperaturas de cozimento

• tempo e temperaturas de resfriamento

• instruções de rotulagem

• codificação e marcação de prazo de validade

• pontos críticos adicionais identificados no plano de APPCC.

As especificações de processo serão de acordo com a especificação acordada do produto acabado.

6.1.2 Será implementado monitoramento de processos, como temperatura, tempo, pressão e propriedades químicas, devidamente controlados e registrados para assegurar que o produto seja produzido dentro da especificação do processo necessário.

6.1.3 Em circunstâncias em que os parâmetros do processo sejam controlados por dispositivos de monitoramento em linha, tais dispositivos serão ligados a um sistema de alerta de falha que deverá ser testado rotineiramente.

6.1.4 Se ocorrer variação nas condições de processamento em equipamento fundamental para a segurança ou qualidade dos produtos, as características de processamento serão validadas a uma frequência baseada em risco e desempenho do equipamento (por exemplo, distribuição de calor em retortas, fornos e recipientes de processamento, distribuição de temperaturas em frigoríficos e armazenagem frigorífica).

6.1.5 No caso de falha do equipamento ou desvio do processo de especificação, haverá procedimentos para determinar o estado de segurança e qualidade do produto para definir a ação a ser tomada.

6.2 ROTULAGEM E CONTROLE DE EMBALAGEMFUNDAMENTOSOs controles de gerenciamento de atividades de rotulagem de produto garantirão que os produtos sejam corretamente rotulados e codificados.

CLÁUSULA REQUISITOS

6.2.1 Haverá um processo formal para a alocação de materiais de embalagem para linhas de embalagem e controle na área de embalagem para garantir que apenas as embalagens para uso imediato sejam disponibilizadas às máquinas.

Quando ocorrer codificação ou impressão de materiais de embalagem fora de linha, serão realizadas verificações para que apenas o material impresso corretamente esteja disponível nas máquinas de embalagem.

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CLÁUSULA REQUISITOS

6.2.2 Serão realizadas verificações documentadas da linha de produção antes do início da produção e após a troca de produto. Elas verificarão se as linhas foram devidamente limpas e estão prontas para produção. Serão realizadas verificações documentadas em caso de trocas de produtos para garantir que todos os produtos e embalagens da produção anterior tenham sido removidos da linha antes de passar para a próxima produção.

6.2.3 Haverá procedimentos documentados para garantir que os produtos sejam embalados na embalagem correta e rotulados corretamente. Os procedimentos incluem verificações:

• no início da embalagem

• durante a execução da embalagem

• ao mudar lotes de materiais de embalagem

• no final de cada ciclo de produção.

As verificações também incluirão a verificação de qualquer impressão realizada na fase de embalagem, incluindo, conforme o caso:

• código de data

• código de lote

• indicação de quantidade

• informações sobre preços

• código de barras

• país de origem.

6.2.4 Se for usado equipamento de visualização em linha para verificar os rótulos dos produtos e a impressão, haverá procedimentos para garantir que o sistema seja configurado corretamente e capaz de alertar ou rejeitar o produto quando as informações da embalagem estiverem fora de especificação.

6.3 QUANTIDADE - CONTROLE DE PESO, VOLUME E NÚMEROA empresa empregará um sistema de controle de quantidade que esteja em conformidade com as exigências legais do país onde o produto é vendido e outros códigos do setor industrial ou para atender a exigências específicas do cliente.

CLÁUSULA REQUISITOS

6.3.1 A frequência e a metodologia de verificação da quantidade cumprirão os requisitos da legislação que rege a verificação de quantidade e constarão de registros de inspeções.

6.3.2 Caso a quantidade de produto não seja regida por requisitos legais (por exemplo, quantidade a granel), o produto deverá estar em conformidade com as exigências do cliente e isso constará dos registros.

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6.4 CALIBRAÇÃO E CONTROLE DE APARELHOS DE MEDIÇÃO E MONITORAMENTO

A empresa deverá demonstrar que o equipamento de medição é suficientemente preciso e confiável de modo a conferir credibilidade aos resultados da medição.

CLÁUSULA REQUISITOS

6.4.1 A unidade identificará e controlará o equipamento de medição usado para monitorar pontos críticos de controle, segurança do produto e legalidade. Tais registros e documentação incluirão, no mínimo:

• uma lista documentada dos equipamentos e sua localização

• um código de identificação e data de validade de calibração

• prevenção de ajuste por pessoal não autorizado

• proteção contra danos, deterioração ou uso indevido.

6.4.2 Todos os dispositivos de medição identificados, inclusive equipamentos novos, serão verificados e ajustados quando necessário:

• a uma frequência predeterminada, com base na avaliação de risco

• por um método definido rastreável conforme norma de reconhecimento nacional ou internacional, sempre que possível.

Os resultados serão documentados. O equipamento será legível e de precisão adequada para as medições que deverá executar.

6.4.3 O equipamento de medição de referência será calibrado e rastreável conforme norma de reconhecimento nacional ou internacional e devem ser mantidos registros. A imprecisão da calibração será considerada quando o equipamento for utilizado para avaliar limites críticos.

6.4.4 Haverá procedimentos para registrar ações tomadas quando os aparelhos de medição e monitoramento não estiverem operando nos limites especificados. Quando a segurança ou legalidade dos produtos se baseia em equipamentos considerados imprecisos, serão tomadas medidas para que um produto em situação de risco não seja colocado à venda.

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7 FUNCIONÁRIOS

7.1 TREINAMENTO: MANUSEIO, PREPARO, PROCESSAMENTO, EMBALAGEM E ÁREAS DE ARMAZENAMENTO DE MATÉRIA-PRIMA

FUNDAMENTOSA empresa fará com que todos os funcionários que realizem trabalho que afete a segurança, licitude e qualidade de produto sejam comprovadamente competentes para realizar a atividade por meio de treinamento, experiência profissional ou qualificação.

CLÁUSULA REQUISITOS

7.1.1 Todo o pessoal relevante, inclusive temporário e terceirizado, será adequadamente treinado antes de iniciar o trabalho e supervisionado durante todo o período de trabalho.

7.1.2 Se a atividade compreender pontos críticos de controle, os funcionários receberão treinamento e avaliação de competência.

7.1.3 A empresa providenciará programas documentados que atendam às necessidades de treinamento dos funcionários relevantes. Esses programas incluirão, no mínimo:

• identificação das qualificações necessárias para funções específicas

• treinamento ou outra ação para que os funcionários tenham as qualificações necessárias

• análise da eficácia do treinamento

• realização de treinamento no idioma dos participantes.

7.1.4 Todo o pessoal relevante, inclusive engenheiros, pessoal fornecido por agências, pessoal temporário e contratado terá recebido treinamento geral sobre alérgenos e será treinado nos procedimentos de manuseio de alérgeno da unidade.

7.1.5 Serão mantidos registros de todos os treinamentos. Tais registros e documentação incluirão, no mínimo:

• nome do participante e confirmação de presença

• data e duração do treinamento

• título ou conteúdo do curso, conforme o caso

• instrutor do treinamento.Caso o treinamento seja realizado por agências em nome da empresa, serão disponibilizados os registros dos treinamentos.

7.1.6 A empresa analisará regularmente as qualificações do seu pessoal. Conforme o caso, ela oferecerá o treinamento necessário. Pode ser na forma de treinamento, cursos de reciclagem, coaching, mentoração ou experiência prática.

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7.2 HIGIENE PESSOAL: MANUSEIO, PREPARO, PROCESSAMENTO, EMBALAGEM E ÁREAS DE ARMAZENAMENTO DE MATÉRIA-PRIMA

Os padrões de higiene pessoal da empresa serão desenvolvidos para minimizar o risco de contaminação do produto pelos funcionários, serão adequados aos produtos produzidos, documentados e adotados por todos os funcionários, inclusive funcionários de agência, pessoal contratado e visitantes da unidade de produção.

CLÁUSULA REQUISITOS

7.2.1 Os requisitos para a higiene pessoal serão documentados e comunicados a todos os funcionários. Como requisitos mínimos, não será permitido:

• uso de relógios

• uso de joias, exceto aliança ou pulseira de casamento simples

• uso de piercings em partes expostas do corpo, como nariz, orelha, língua e sobrancelha.

• unhas longas das mãos, sujas e com esmalte

• uso de unhas postiças

• uso de perfume ou loção pós-barba em excesso.

A conformidade com estes requisitos será inspecionada regularmente.

7.2.2 A limpeza das mãos será feita à entrada das áreas de produção e com frequência apropriada à minimização do risco de contaminação do produto.

7.2.3 Todos os cortes e arranhões na pele exposta serão cobertos por um de curativo de cor diferente da cor do produto (de preferência azul) e com uma tira de metal detectável. Eles serão fornecidos e monitorados pela empresa. Quando apropriado, além do curativo, será usada uma luva.

7.2.4 Quando for usado detector de metal, será testada uma amostra de cada lote de curativos no equipamento e serão mantidos registros.

7.2.5 Haverá processos e instruções escritas para os funcionários, a fim de controlar o uso e armazenamento de remédios pessoais de modo a minimizar o risco de contaminação de produto.

7.3 EXAME MÉDICOA empresa providenciará para que os procedimentos garantam que os funcionários, funcionários de agência, terceirizados ou visitantes não sejam uma fonte de transmissão de doenças transmitidas por alimentos aos produtos.

CLÁUSULA REQUISITOS

7.3.1 A unidade informará os funcionários dos sintomas de infecção, doença ou enfermidade que possam impedir uma pessoa de trabalhar com alimento aberto. A empresa terá um procedimento que permita a notificação por funcionários, inclusive temporários, de qualquer infecção, doença ou enfermidade relevante com a qual tenham tido contato ou da qual sejam portadores.

7.3.2 Se houver risco à segurança do produto, os visitantes e contratados serão informados dos tipos de sintomas, infecções, doença ou enfermidade que impediriam uma pessoa de visitar áreas com alimento aberto. Quando permitido por lei, os visitantes são obrigados a responder a um questionário de saúde ou confirmar de alguma maneira que não estão apresentando nenhum sintoma que possa colocar em risco a segurança do produto, antes de entrar nas áreas de matéria-prima, preparação, transformação, embalagem e armazenamento.

7.3.3 Haverá procedimentos documentados para funcionários, contratados e visitantes com relação à ação a ser tomada se forem portadores de doença infecciosa ou se tiveram contato com ela. Será realizada consulta a um médico, se necessário.

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7.4 TRAJES PROTETORES: FUNCIONÁRIOS E VISITANTES DE ÁREAS DE PRODUÇÃO

Funcionários, contratados ou visitantes que trabalhem ou que entrem em zonas de produção usarão vestuário de proteção fornecido pela unidade.

CLÁUSULA REQUISITOS

7.4.1 A empresa documentará e comunicará a todos os funcionários (inclusive funcionários de agências ou temporários), contratados ou visitantes as regras referentes ao uso de trajes protetores em áreas específicas de trabalho. Isto incluirá diretrizes para uso de traje protetor fora do ambiente de produção (por exemplo, remoção antes da ida ao banheiro, uso da cantina e áreas para fumantes).

7.4.2 Os trajes protetores serão disponibilizados:

• em número suficiente para cada funcionário

• no modelo adequado para impedir a contaminação do produto (o requisito mínimo é não ter bolsos externos acima da cintura ou botões costurados)

• com proteção completa para a cabeça de modo a impedir a contaminação de produto

• com proteção para barba e bigode, se necessário, para evitar a contaminação de produto.

7.4.3 A lavagem do traje protetor será feita por uma lavanderia contratada ou por uma lavanderia interna usando critérios definidos e verificados para validar a eficácia do processo de lavagem. A lavagem de roupa deve ter procedimentos que assegurem:

• segregação adequada entre roupas sujas e limpas

• limpeza eficaz dos trajes protetores

• traje protetor para áreas de alto risco ou de controle intensivo comercialmente estéril após o processo de lavagem e secagem

• roupas limpas protegidas de contaminação até o uso (por exemplo, através do uso de capas ou sacos).

A lavagem de roupas de trabalho pelo funcionário é excepcional, mas aceitável se o traje protetor proteger o funcionário de produtos manuseados e se o traje for usado apenas em áreas de produto fechado ou de baixo risco.

7.4.4 Se o traje para áreas de controle intensivo ou de alto risco for fornecido por uma lavanderia contratada ou lavanderia interna, esta será auditada diretamente ou por terceiros. A frequência dessas auditorias deve ser baseada em risco.

7.4.5 O traje protetor será trocado a uma frequência adequada, com base no risco. Em áreas de alto risco e de controle intensivo, o traje será trocado no mínimo diariamente.

7.4.6 Se forem usadas luvas, elas serão substituídas regularmente. Quando apropriado, as luvas serão adequadas para uso com alimentos, do tipo descartável, de cor diferente (azul, sempre que possível), serão intactas e não abrigarão fibras soltas.

7.4.7 Se forem fornecidos itens de trajes protetores pessoais inadequados para lavagem (como cotas de malha metálica, luvas e aventais), estes serão limpos e esterilizados com frequência baseada em risco.

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PARTE IIIPROTOCOLO DE AUDITORIA

INTRODUÇÃO

1  PROTOCOLO GERAL - PREPARAÇÃO PARA AUDITORIA

1.1 Seleção de uma opção de auditoria 551.2 Autoavaliação de conformidade com a Norma 571.3 Seleção de um organismo de certificação 571.4 Acordos contratuais da empresa/

organismo de certificação 571.5 Taxa de registro 581.6 Escopo da auditoria 581.7 Seleção de auditores 59

2  PROTOCOLO DE AUDITORIA COM AGENDAMENTO

2.1 Planejamento de auditoria 592.2 Auditoria no local 602.3 Não conformidades e medida corretiva 612.4 Classificação da auditoria 622.5 Relatórios de auditoria 632.6 Certificação 642.7 Frequência contínua de auditoria e

recertificação 64

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6  MÓDULOS VOLUNTÁRIOS

6.1  Planejamento de auditoria 796.2  Não conformidades e medida

corretiva 796.3  Classificação da auditoria 806.4  Relatórios de auditoria 806.5  Certificação 816.6  Frequência contínua de auditoria

e recertificação 81

7  PROTOCOLO GERAL - APÓS A AUDITORIA

7.1  Comunicação com os organismos de certificação 81

7.2  Extensão de escopo 817.3  Retirada de certificação 827.4  Recursos 827.5  Vigilância de empresas certificadas 837.6  Logotipos do BRC 837.7  Diretório de Normas Globais do BRC 83

3  PROTOCOLO DE AUDITORIA SEM AGENDAMENTO OPÇÃO 1 - AUDITORIA COMPLETA SEM AGENDAMENTO

3.1 Planejamento de auditoria 653.2 Auditoria no local 673.3 Não conformidades e medida corretiva 683.4 Classificação da auditoria 683.5 Relatórios de auditoria 683.6 Certificação 683.7 Frequência contínua de auditoria e

recertificação 68

4  PROTOCOLO DE AUDITORIA SEM AGENDAMENTO: OPÇÃO 2 - AUDITORIA SEM AGENDAMENTO DE DUAS ETAPAS

4.1 Planejamento de auditoria 694.2 Auditoria no local 714.3 Não conformidades e medida corretiva 724.4 Classificação da auditoria 724.5 Relatórios de auditoria 724.6 Certificação 734.7 Frequência contínua de auditoria e recertificação 73

5  PROGRAMA DE MERCADOS GLOBAIS DO BRC

5.1  Planejamento de auditoria 755.2  Auditoria no local 765.3  Não conformidades e medida corretiva 775.4  Classificação da auditoria 785.5  Relatórios de auditoria 785.6  Reconhecimento de nível básico ou

intermediário 785.7  Frequência contínua de auditoria e

recertificação 78

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INTRODUÇÃOA Norma Global de Segurança Alimentar fornece às empresas uma série de opções para auditoria e certificação. Essa abordagem flexível é uma resposta à demanda do mercado e permite às empresas escolherem uma opção de auditoria que melhor se adapte às necessidades de seus clientes, às operações de fábrica e à maturidade de seus sistemas de segurança alimentar.

O protocolo geral de auditoria descreve os requisitos de auditoria e certificação, que são aplicáveis a todos os programas de auditoria. O protocolo deve ser lido e totalmente compreendido. O processo está resumido na Figura 1.

Cada uma das opções de auditoria tem suas próprias características particulares, que são descritas com detalhes nas seções 2 a 6 desta parte (Parte III). A Seção 7 define o processo de marketing e as oportunidades de marketing para todas as unidades após a certificação.

Foram feitos todos os esforços para assegurar que o conteúdo deste protocolo de auditoria fosse preciso no momento da publicação. No entanto, ele pode estar sujeito a pequenas alterações, que serão publicadas no site das Normas Globais do BRC (www.brcglobalstandards.com), caso ocorram.

A conformidade da empresa com os requisitos da Norma Global de Segurança Alimentar e sua adequação para a concessão e retenção contínua de certificação serão avaliadas por uma empresa de auditoria independente - o organismo de certificação. A certificação será classificada de acordo com a opção selecionada de auditoria e com o número e tipo de não conformidades, o que deve também influenciar a frequência das auditorias. Esta etapa descreve o processo a ser seguido por uma empresa que pretende a certificação.

PART IIIPROTOCOLO DE AUDITORIA

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FIGURA 1 PROTOCOLO DE AUDITORIA - COMO OBTER A CERTIFICAÇÃO

Aprendizado ●● Visite www.brcglobalstandards.com (site em inglês)●● Analise as diretrizes apropriadas

Auditoria no local

●● Reunião de abertura●● Inspeção das instalações de produção●● Análise de documentos●● Verificação de rastreabilidade●● Análise da inspeção das instalações de produção●● Análise final dos resultados pelo auditor●● Reunião de encerramento - análise dos resultados da auditoria e confirmação

de eventuais não conformidades

Não conformidades

e medida corretiva

●● Medida corretiva tomada para eventuais não conformidades identificadas no prazo de 28 dias ou revisita, dependendo do número e da natureza

●● Organismo de Certificação analisa provas em 14 dias●● Se as medidas corretivas forem consideradas satisfatórias, emissão de

certificado, relatório de auditoria e nota correspondente

Preparação

da Auditoria

●● Selecione uma opção de auditoria (com agendamento, sem agendamento, Mercados Globais)

●● Autoavaliação de conformidade com a Norma●● Seleção de um organismo de certificação●● Definir escopo da auditoria

Planejamento de auditoria

●● Confirme se as informações e o pessoal adequados estão disponíveis para a auditoria, mesmo no caso de auditoria sem agendamento

●● Forneça informações ao organismo de certificação para preparação da auditoria●● Defina a data de auditoria e calcule a duração com base no método de cálculo

da duração de auditoria

Pós-auditoria

●● Manutenção constante da Norma e melhoria contínua●● Obter detalhes de login para o Diretório de Normas Globais do BRC e

compartilhar relatório de auditoria com os clientes necessários●● Uso dos logotipos do BRC●● Comunicação constante com organismos de certificação●● Agendar data de reauditoria antes da data devida de reauditoria

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1 PROTOCOLO GERAL - PREPARAÇÃO PARA AUDITORIA

1.1 SELEÇÃO DE UMA OPÇÃO DE AUDITORIA

Há uma série de opções e processos disponíveis para que as empresas demonstrem seu compromisso com a Norma Global de Segurança Alimentar.

1.1.1 Programa de auditoria com agendamentoEste tipo de auditoria está disponível para empresas já certificadas e para empresas que estão buscando a certificação. A data de auditoria é acordada com o organismo de certificação antes da auditoria e todos os requisitos da Norma são auditados durante a visita de auditoria.

As empresas aprovadas recebem o certificado com notas AA, A, B, C ou D, conforme o número e o tipo de não conformidades identificadas.

Mais detalhes sobre o programa de auditoria com agendamento podem ser encontrados na Parte III, Seção 2.

1.1.2 Programa de auditoria sem agendamentoAs opções de auditoria sem agendamento estão disponíveis para todas as empresas, embora as empresas que ainda não são certificadas precisem saber que a auditoria não pode ocorrer mais de 1 ano depois da data do pedido. As opções de auditoria sem agendamento oferecem às empresas a oportunidade de demonstrar a maturidade de seus sistemas de qualidade, e as empresas que forem bem sucedidas obterão as notas AA+, A+, B+, C+ ou D+, conforme o tipo e o número de não conformidades identificadas na auditoria.

A realização de uma auditoria independente, sem agendamento, das instalações de produção, sistemas e procedimentos de acordo com esse sistema oferece aos clientes da empresa maior confiança na capacidade da empresa de manter os padrões com uniformidade. Isso pode influenciar a frequência das auditorias de clientes, quando realizadas, e outras medidas de desempenho aplicadas pelo cliente.

Há duas opções de auditorias sem agendamento, o que permite que as empresas decidam qual a mais adequada para suas necessidades comerciais; a classificação e os relatórios são os mesmos para ambas. Na opção 1, Toda a Norma é auditada em uma única visita de auditoria sem agendamento, com duração de 2 a 3 dias.

Na opção 2, a auditoria é dividida em duas visitas separadas, cada uma com a duração de 1 a 2 dias. A primeira visita, que é sem agendamento, audita predominantemente as boas práticas de fabricação, conforme destacadas pelo sistema de código de cores nos requisitos da Norma. A segunda parte da auditoria, que é planejada, avalia predominantemente os sistemas e registros documentados. Essa abordagem permite que as empresas coloquem gerentes apropriados para auxiliar a auditoria de documentação.

As opções 1 e 2 do processo de auditoria sem agendamento estão resumidas na Figura 2. Mais detalhes sobre o programa de auditoria sem agendamento podem ser encontrados na Parte III, Seções 3 e 4.

1.1.3 Programa de Mercados Globais do BRCEste programa de três etapas tem como modelo o programa de Mercados Globais do GFSI e é o mais adequado para as empresas que estão iniciando na Norma e cujos sistemas de segurança alimentar estão em processo de desenvolvimento,. O programa reconhece que muitas empresas precisam de um pouco de tempo para desenvolver os seus sistemas e sua cultura de segurança alimentar para atender a todos os requisitos da certificação do BRC.

O programa também se aplica a algumas empresas muito pequenas, especialmente quando nem todos os requisitos de certificação podem ser viáveis ou agregar valor ao negócio.

O programa permite que as empresas sejam auditadas em relação às necessidades específicas da Norma Global do BRC identificadas como requisitos de nível básico ou intermediário de segurança alimentar e obtenham o reconhecimento de nível básico ou intermediário antes da certificação completa. Isso permite que as empresas desenvolvam processos de gestão de segurança de forma progressiva e demonstrem seu compromisso aos clientes.

A inscrição no programa é realizada pelo organismo de certificação junto ao BRC em nome da empresa e permite o acesso a informações sobre as normas fornecidas pelo BRC. A auditoria no nível adequado é realizada em data acordada com o organismo de certificação, e a obtenção de um determinado nível é reconhecida no Diretório de Normas Globais do BRC.

Mais detalhes sobre o programa de Mercados Globais do BRC podem ser encontrados na Parte III, Seção 5.

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FIGURA 2 O PROCESSO DE AUDITORIA SEM AGENDAMENTO

Empresa decide aderir ao sistema de auditoria sem agendamento

Notificar organismo de certificação no prazo de três meses da data da última

auditoria do sistema escolhido

Sistema sem agendamento (opção 1)

Auditoria de 1ª parte sem agendamento (prática de boa produção apenas)

Normalmente ocorre seis a 10 meses após a data da última auditoria

Após auditorias de 1ª e 2ª partes

Relatório de auditoria e nota de certificado emitidos com base no número e tipo de não conformidades

Sistema sem agendamento (opção 2)

Ocorre auditoria completa sem agendamento

Três a 12 meses após a data da última auditoria Auditoria de 2ª parte com

agendamento (sistemas/documentação)

Intervalo de 28 dias 11 a 12 meses após a

data da última auditoria

Medida corretiva apresentada ou revisita no prazo de 28 dias

Medida corretiva apresentada no prazo de 28 dias. Verificada

em auditoria de 2ª parte

Nota AA+, A+, B+, C+, D+ ou não certificada

Nota AA+, A+, B+, C+, D+ ou não certificada

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1.2 AUTOAVALIAÇÃO DE CONFORMIDADE COM A NORMA

É essencial que a empresa seja avaliada em função da edição mais recente da norma, o que pode ser verificado no site de Normas Globais do BRC (www.brcglobalstandards.com).

A Norma será lida e entendida, e a empresa deve realizar uma autoavaliação preliminar com base na Norma como preparação para a auditoria. As áreas de não conformidades devem ser abordadas pela empresa.

Mais informações, orientação e treinamento para garantir a conformidade com a Norma, inclusive uma ferramenta de autoavaliação para download, estão disponíveis em www.brcglobalstandards.com. O BRC também tem uma gama completa de novas orientações e materiais de apoio disponíveis no site do BRC e por meio de assinatura do BRC Participate.

O organismo de certificação selecionado pode realizar uma pré-avaliação opcional no local como preparação para a auditoria e com o objetivo de fornecer orientação sobre o processo de certificação à empresa. Deve-se observar, no entanto, que, de acordo com as regras de certificação credenciada, o organismo de certificação, que mais tarde realizará a auditoria de certificação, está impedido de prestar assessoria durante a pré-avaliação.

Unidades de produção recentemente montadas ou “encomendadas” devem garantir que os sistemas e procedimentos em vigor estejam em conformidade antes da realização da auditoria inicial do BRC. Fica a critério da empresa agendar uma auditoria com um organismo de certificação; no entanto, é pouco provável que o cumprimento integral possa ser satisfatoriamente demonstrado em uma auditoria realizada menos de 3 meses após o início da operação. É provável que esta seja a situação, ainda que a empresa a ser certificada use sistemas de qualidade desenvolvidos por outras empresas certificadas do grupo.

1.3 SELEÇÃO DE UM ORGANISMO DE CERTIFICAÇÃO

As auditorias com base nas Normas Globais do BRC só são reconhecidas se forem realizadas por organismos de certificação reconhecidos e aprovados pelo BRC. O BRC não pode recomendar organismos específicos de certificação, mas tem um programa abrangente de medição de desempenho de organismos de certificação que conta com indicadores-chave de desempenho (KPIs), cujos resultados são convertidos em uma classificação de 5 estrelas e publicados com a lista de todos os organismos de certificação aprovados pelo BRC em www. brcdirectory.com(site em inglês)

1.4 ACORDOS CONTRATUAIS ENTRE A EMPRESA E ORGANISMO DE CERTIFICAÇÃO

Haverá um contrato entre a empresa e o organismo de certificação em conformidade com os requisitos da norma ISO/IEC 17065, detalhando o escopo da auditoria e os requisitos de relatórios. O contrato também conterá cláusulas que permitam a gestão eficaz do sistema pelo BRC e do credenciamento do organismo de certificação pelo seu organismo de credenciamento. Esses procedimentos são essenciais para assegurar a confiança na maneira como o sistema é administrado e como a consistência é obtida, o que beneficia todas as empresas. Especificamente, é condição específica da certificação do sistema que:

• Seja fornecida uma cópia do relatório de auditoria e certificados subsequentes ou resultado de auditoria ao BRC e que essa cópia possa ser enviada ao organismo de credenciamento no formato acordado para uso da Norma Global do BRC usada. Outros documentos relativos à auditoria serão colocados à disposição do BRC, mediante solicitação. Todos os documentos apresentados ao BRC serão cópias de documentos originais. Os documentos entregues ao BRC serão tratados como confidenciais.

• Os auditores possam ser acompanhados por outros profissionais para fins de treinamento, avaliação ou calibração. Essa atividade poderá incluir:

– treinamento de novos auditores pelo organismo de certificação – programas rotineiros de observação de auditorias de certificação – auditorias com acompanhamento por organismos de credenciamento – auditorias com acompanhamento pelo BRC

O BRC se reserva o direito de realizar a sua própria auditoria ou visita a uma empresa depois de certificada em resposta a queixas ou como parte da atividade rotineira de conformidade do BRC para garantir a integridade do sistema. Essas visitas podem ser agendadas ou não.

O BRC pode contatar a empresa diretamente em relação ao seu status de certificação ou para fins de comentários sobre o desempenho do organismo de certificação ou para investigação de problemas relatados.

Essa publicação define os requisitos para as empresas que desejam se candidatar a auditorias da Norma e para as empresas que receberam certificados. Os contratos celebrados entre o organismo de certificação e a empresa incluirão uma cláusula reconhecendo essas obrigações. Esse contrato será formulado pelo órgão de certificação.

O não cumprimento de qualquer uma dessas obrigações contratuais pode afetar o status de certificação da empresa.

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1.5 TAXA DE INSCRIÇÃO

O BRC exigirá uma taxa de inscrição a ser paga pela empresa e recolhida pelo organismo de certificação para cada auditoria realizada. O certificado e o relatório de auditoria não serão válidos até que a taxa de inscrição e os honorários de auditoria do organismo de certificação tenham sido recebidos, independentemente do resultado do processo de certificação.

1.6 ESCOPO DA AUDITORIA

1.6.1 Definição do escopo da auditoriaO escopo da auditoria - produtos produzidos e processos de fabricação - será acordado entre a unidade e o organismo de certificação antes da auditoria para garantir a alocação de auditores com a categoria correta e conhecimento do produto.

A auditoria incluirá todos os requisitos aplicáveis da Norma e todos os processos de produção realizados para os produtos incluídos no escopo na unidade que busca certificação.

O escopo da auditoria e quaisquer exclusões permitidas serão claramente definidos, tanto no relatório de auditoria como nos certificados emitidos. O texto do escopo será verificado pelo auditor durante a auditoria na empresa. O texto do escopo, dos grupos de produtos e, quando for o caso, o formato da embalagem, permitirão que um destinatário do relatório ou certificado identifique claramente se os produtos fornecidos foram incluídos no escopo. O texto incluirá uma descrição das atividades de processamento realizadas na unidade que se enquadram no escopo desta Norma, de modo a proporcionar mais clareza ao usuário do relatório ou certificado (por exemplo, o fatiamento e a embalagem de carnes cozidas).

1.6.2 Exclusões do escopoO cumprimento dos critérios de certificação baseia-se no compromisso claro da administração da empresa em adotar os princípios de melhores práticas descritos na Norma e no compromisso com o desenvolvimento de uma cultura de segurança alimentar dentro da empresa. Conclui-se, portanto, que a exclusão de produtos do escopo da certificação somente será permitida em caráter excepcional.

O logotipo do BRC só pode ser usado por empresas que não tenham exclusões.

A exclusão de produtos produzidos em uma unidade só será aceitável se:

• os produtos excluídos puderem ser claramente diferenciados dos produtos do escopo E

• os produtos forem produzidos em uma área fisicamente separada da fábrica.

Em caso de solicitação de exclusões, elas serão acordadas com o organismo de certificação antes da auditoria. As exclusões serão claramente indicadas no relatório de auditoria e no certificado, e a justificativa será registrada no relatório de auditoria.

A certificação de produtos deve incluir a auditoria de todo o processo, desde a matéria-prima até a expedição do produto final. Não é possível excluir partes do processo realizadas na empresa nem partes da Norma. Em caso de aceitação de exclusões, os auditores avaliarão todos os riscos apresentados pelas áreas ou produtos excluídos (por exemplo, riscos de a introdução de alérgenos ou de corpo estranho e podem ser apontadas não conformidades relacionadas à área excluída, caso isso represente um risco para os produtos incluídos no escopo da auditoria).

1.6.3 Avaliações de outros locais de produção e da sede da empresaO escopo da auditoria é específico de um local. Existem, no entanto, circunstâncias excepcionais em que as atividades são realizadas em mais de um local e que podem ser incluídas em um único relatório e certificado. Estas circunstâncias são:

• auditoria da sede para analisar procedimentos controlados pela sede

• auditoria de mais de um local quando um único processo de produção é realizado em dois locais.

Os requisitos detalhados de aceitação e gestão de tais circunstâncias no escopo do protocolo de auditoria são apresentados no Anexo 4.

1.6.4 Instalações de armazenamento - fora da empresaEmbora as instalações de armazenamento no mesmo local que a unidade de produção sejam sempre incluídas no escopo da auditoria, não é raro que as empresas também possuam instalações adicionais de armazenamento fora da empresa. Caso existam instalações adicionais de armazenamento gerenciadas pela empresa nas vizinhanças da unidade de produção (por exemplo, num raio de 50 km) elas serão identificadas no relatório de auditoria e auditadas como parte da auditoria do local ou especificamente excluídas.

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1.6.5 Módulos voluntários adicionaisAlém da Norma básica, o BRC desenvolverá uma série de módulos voluntários adicionais que só se aplicarão a determinados tipos de operação (por exemplo, empresas que comercializam mercadorias) ou poderão avaliar com maior profundidade uma determinada preocupação do mercado (por exemplo, defesa alimentar ou cadeia de custódia). Sempre que forem realizados, esses módulos voluntários serão listados no escopo do relatório e do certificado. Se um módulo voluntário que se aplica a uma empresa não for selecionado (por exemplo, bens de capital), ele será identificado como exclusão de modo a deixar isso claro para o leitor do relatório ou certificado.

Uma lista de módulos voluntários está disponível no site das Normas Globais do BRC (www.brcglobalstandards.com).

1.7 SELEÇÃO DE AUDITORES

É responsabilidade da empresa fornecer informações adequadas e precisas ao organismo de certificação, detalhando os produtos que fabrica e as tecnologias de processo que utiliza, para permitir que o organismo de certificação selecione uma equipe adequada de auditoria e com as habilidades necessárias. Os auditores devem ser qualificados para auditar a categoria de produtos em questão, conforme relação no Anexo 6.

O organismo de certificação, os auditores e empresa deverão estar cientes da necessidade de evitar conflitos de interesses quando destacar auditores para a visita à empresa. A empresa pode recusar os serviços de um auditor específico oferecido pelo organismo de certificação. Um mesmo auditor não pode realizar auditorias mais de três vezes consecutivas na mesma empresa.

Caso a auditoria não esteja sendo realizada por auditores na língua nativa do local, será providenciado um tradutor com conhecimento dos termos técnicos usados durante a auditoria.

2 PROTOCOLO DE AUDITORIA COM AGENDAMENTO2.1 PLANEJAMENTO DE AUDITORIA

2.1.1 Preparação da empresaPara as auditorias iniciais, a empresa agendará uma data mutuamente conveniente, levando em conta a quantidade de trabalho necessária para atender aos requisitos da Norma.

Há uma exigência sobre o local a ser preparado para a auditoria: disponibilizar a documentação adequada para avaliação dos auditores e pessoal adequado durante toda a auditoria no local.

A empresa assegurará que o programa de produção no momento da auditoria abranja produtos do escopo pretendido da certificação. Sempre que possível, a maior variedade desses produtos estará em produção para avaliação dos auditores. Quando a gama de produtos for grande ou diversificada, o auditor terá o poder de continuar a auditoria até que esteja suficientemente convencido de que o escopo de certificação foi avaliado. Se um processo de produção significativo for realizado apenas durante um período do ano diferente do da auditoria, será necessária uma auditoria independente para avaliar tal método de produção.

2.1.2 Informações a serem fornecidas ao organismo de certificação para preparação de auditoriaA empresa fornecerá ao organismo de certificação as informações básicas antes do dia da auditoria para que os auditores estejam totalmente preparados e para possibilitar que a auditoria seja concluída de forma eficiente. As informações serão solicitadas pelo organismo de certificação e poderão incluir, entre outras:

• um resumo dos pontos críticos de controle (PCC)

• o fluxograma de processo

• uma planta simples da unidade

• o organograma administrativo

• a lista de produtos ou grupos de produtos incluídos no escopo da auditoria

• padrões regulares de turno

• cronogramas de produção, para permitir que auditorias abranjam processos relevantes (por exemplo, fabricação noturna ou processos de fabricação que não sejam realizados todo dia)

• problemas recentes de qualidade, retiradas ou reclamações de clientes e outros dados de desempenho relevantes.

A empresa disponibilizará o relatório de auditoria e certificado do ano anterior para o organismo de certificação, quando este contrato for com um novo organismo de certificação.

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2.1.3 Duração da auditoriaAntes da auditoria, o organismo de certificação indicará sua duração aproximada. A duração normal de uma auditoria é de 2 a 3 dias (8 horas/dia) no local. Foi desenvolvido um método de cálculo para avaliar o tempo necessário à realização da auditoria de qualquer empresa de modo a garantir a uniformidade, e ele será usado para calcular a duração total da auditoria. Os detalhes completos estão disponíveis no website das Normas Globais do BRC(www.brcglobalstandards.com).

O cálculo da duração da auditoria é baseado em:

• número de empregados - empregados equivalentes a tempo integral por turno principal, incluindo os trabalhadores sazonais

• tamanho da unidade de produção - incluindo instalações de armazenamento no local

• número de estudos de APPCC incluídos no escopo - um estudo de APPCC corresponde a uma família de produtos com perigos e tecnologia de produção semelhantes para fins do cálculo.

Reconhece-se que outros fatores também podem influenciar o cálculo, mas são considerados menos importantes e, portanto, não influenciam a duração da auditoria em mais de 30% do tempo total calculado. Esses fatores incluem:

• complexidade do processo de fabricação

• número de linhas de produtos

• idade da unidade e o impacto sobre o fluxo de material

• intensidade da mão de obra dos processos

• dificuldades de comunicação (por exemplo, idioma)

• número de não conformidades registradas na auditoria anterior

• dificuldades encontradas durante a auditoria que requeiram uma investigação mais aprofundada

• qualidade de preparação da empresa (por exemplo, documentação, APPCC, sistemas de gestão de qualidade).

Se estiverem incluídas avaliações de instalações de armazenamento adicionais, locais ou sedes no processo de auditoria (ver Anexo 4), será alocado mais tempo além do indicado pelo cálculo de auditoria.

Caso a auditoria da Norma inclua módulos voluntários do BRC ou se pretenda a combinação com outras normas de auditoria, o tempo total de auditoria será prolongado da forma adequada. Detalhes das auditorias combinadas serão especificados no relatório de auditoria.

O cálculo da duração da auditoria determinará a quantidade de tempo prevista para a realização da auditoria na unidade. Será necessário tempo adicional para a análise de qualquer prova documental fornecida e para a conclusão do relatório final da auditoria.

Desvio do prazo calculado para a auditoria deverá ser justificado e especificado no relatório de auditoria.

2.2 AUDITORIA NO LOCAL

A auditoria no local consiste nestas sete etapas:

• Reunião de abertura - para confirmar o escopo e o processo de auditoria.

• Inspeção das instalações de produção - para analisar a implementação prática dos sistemas, incluindo a observação dos procedimentos de troca de produtos e entrevista de pessoal.

• Análise de documentos - revisão dos sistemas de APPCC e dos sistemas de gestão de qualidade documentados.

• Verificação de rastreabilidade - incluindo uma análise de todos os registros importantes da produção (por exemplo, o consumo de matéria-prima, registros de produção, verificações e especificações de produto acabado). Esta é uma auditoria vertical - como especificado no documento de orientação do BRC sobre técnicas de auditoria.

• Análise da inspeção das instalações de produção - para verificar e realizar outras verificações de documentação.

• Análise final dos resultados pelos auditores - preparação para a reunião de encerramento.

• Reunião de encerramento - para avaliar os resultados da auditoria com a empresa. (Observe que as não conformidades estão sujeitas à verificação independente posterior pela administração do organismo de certificação.)

A empresa dará plena assistência aos auditores durante todo o tempo. Espera-se que, nas reuniões de abertura e encerramento, os participantes em nome da empresa sejam membros da alta diretoria com autoridade competente para assegurar que a medida corretiva avance, caso tenham sido encontradas não conformidades. O gerente de operações de nível mais elevado presente no local por ocasião da auditoria ou um substituto indicado estará disponível na auditoria e participará das reuniões de abertura e encerramento.

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O processo de auditoria enfatiza a aplicação prática dos procedimentos de segurança alimentar e as boas práticas de fabricação em geral. Espera-se que aproximadamente 50% da auditoria sejam dedicados à produção e às instalações, entrevistas com empregados, observação de processos e análise da documentação nas áreas de produção com o pessoal relevante.

Durante a auditoria, serão feitas observações detalhadas em relação a conformidades e não conformidades da empresa com a norma, que serão utilizadas como base para o relatório de auditoria. Os auditores avaliarão a natureza e a gravidade de qualquer não conformidade e discutirão esse assunto com o gerente que os estiver acompanhando no momento.

Na reunião de encerramento, os auditores apresentarão suas conclusões e confirmarão todas as não conformidades identificadas durante a auditoria, mas não farão comentários sobre o resultado provável do processo de certificação. Serão fornecidas informações sobre o processo e os prazos para a empresa fornecer provas da medida corretiva aos auditores para encerrar não conformidades. Um resumo escrito das não conformidades discutidas na reunião de encerramento será documentado pelos auditores na reunião de encerramento ou no prazo de um dia útil após a conclusão da auditoria.

Na reunião de encerramento, os auditores apresentarão à empresa uma explicação do Diretório de Normas Globais do BRC, que permita o acesso seguro aos dados de auditoria tanto para o cliente como para os clientes que ele indicar, juntamente com os sistemas de comentários disponíveis para a comunicação com o organismo de certificação e com o BRC.

A decisão de concessão da certificação e da nota do certificado será determinada de forma independente pela gerência do organismo de certificação, após uma análise técnica do relatório de auditoria e o encerramento de não conformidades no prazo adequado. A empresa será informada da decisão de certificação após essa análise.

2.3 NÃO CONFORMIDADES E MEDIDA CORRETIVA

O nível de não conformidade atribuído por um auditor em relação a um requisito da Norma é uma decisão objetiva que diz respeito à gravidade e ao risco e é baseada em provas coletadas e em observações feitas durante a auditoria. Isso é verificado pelo gerenciamento do organismo de certificação

2.3.1 Não conformidadesExistem três níveis de não conformidade:

• Crítico Quando há uma falha crítica no cumprimento da segurança alimentar ou uma questão jurídica.

• Maior Quando há uma falha substancial no atendimento às exigências de uma “declaração de intenções” ou de alguma cláusula da Norma ou for identificada uma situação que, com base na prova objetiva disponível, levante dúvida significativa quanto à conformidade do produto que está sendo fornecido.

• Menor Quando uma cláusula não foi totalmente atendida, mas, com base em provas objetivas, a conformidade do produto não está em dúvida.

O objetivo da auditoria é proporcionar um verdadeiro reflexo do padrão operacional e do nível de conformidade com a Norma Global de Segurança Alimentar. Por conseguinte, deve-se considerar uma única não conformidade maior quando não conformidades menores com uma cláusula específica da Norma forem encontradas repetidas vezes. Não é permitido que um número significativo de não conformidades menores em relação uma cláusula seja registrado como uma única não conformidade menor. O organismo de certificação justificará um alto número (mais de 20) de não conformidades menores, quando não houver mais de uma não conformidade maior. Isso deve ser detalhado no relatório de auditoria.

2.3.2 Procedimentos para tratar não conformidades e medida corretivaApós a identificação de eventuais não conformidades durante a auditoria, a empresa deverá tomar medidas corretivas para resolver o problema imediato (correção), realizar uma análise da causa subjacente da não conformidade (causa raiz) e desenvolver um plano de medida preventiva para tratar a causa raiz e prevenir a reincidência.

O processo de “encerramento” de não conformidades depende do nível da não conformidade e do número de não conformidades identificadas.

Não conformidades críticas ou uma combinação de não conformidades, que resultam em não certificaçãoEm algumas circunstâncias, o número ou a gravidade das não conformidades encontradas na auditoria impede que a empresa seja certificada após a auditoria. Este será o caso quando:

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• for encontrada uma não conformidade crítica e/ou

• for encontrada uma não conformidade maior em relação à declaração de intenção de uma cláusula fundamental

• o número ou o tipo de não conformidades exceder os limites para a certificação, conforme Tabela 1.

A classificação de não conformidades será analisada pelo processo de certificação independente do organismo de certificação, o mais rapidamente possível após a auditoria. Caso a análise confirme que o certificado não pode ser concedido, a empresa será obrigada a realizar outra auditoria completa antes da avaliação para a certificação.

Devido à natureza e número de não conformidades, é improvável que essas não conformidades possam ser abordadas e que melhorias totalmente eficazes possam ser implementadas e estabelecidas no período de 28 dias - embora possa haver algumas exceções. Portanto, a reauditoria não ocorrerá antes de 28 dias a partir da data da auditoria.

Se isso ocorrer em uma empresa certificada, a certificação deverá ser retirada imediatamente.

É uma exigência de alguns clientes que eles sejam informados caso seus fornecedores tenham uma não conformidade crítica identificada ou deixem de obter a certificação. Em tais circunstâncias, a empresa comunicará imediatamente seus clientes, tornando-os plenamente cientes das circunstâncias. Informações sobre as ações corretivas a serem tomadas a fim de resolver as não conformidades também serão fornecidas aos clientes sempre que necessário.

Não conformidades maiores e menoresNenhum certificado será emitido até que haja comprovação de que as não conformidades maiores e menores foram corrigidas, de forma permanente ou por meio de uma solução temporária que seja aceitável para o organismo de certificação.

Para cada não conformidade encontrada, a empresa, além de realizar a medida corretiva imediata necessária, procederá a uma análise da causa subjacente (causa raiz) da não conformidade. A causa raiz será identificada e será fornecido um plano de ação para corrigir o problema, inclusive com prazo, ao organismo de certificação. A medida preventiva proposta será incluída no relatório de auditoria.

O encerramento de não conformidades pode ser obtido com a apresentação de provas objetivas ao organismo de certificação, como procedimentos atualizados, registros, fotografias ou notas fiscais do trabalho realizado, ou com outra visita do organismo de certificação ao local. O Anexo 8 traz um exemplo de provas de correção de não conformidade.

Caso o número e o nível de não conformidades identificadas na auditoria resultem em uma nota D ou D+, o encerramento das não conformidades será feito por meio de outra visita ao local para avaliar as medidas tomadas. Essa visita será no prazo de 28 dias a contar da auditoria caso o certificado venha a ser emitido.

Se não houver apresentação de prova satisfatória no prazo de 28 dias corridos após a auditoria, a certificação não será concedida. A empresa precisará de uma nova auditoria completa, a fim de ser considerada para a certificação.

As não conformidades da auditoria serão analisadas na próxima auditoria da empresa, quando será verificado o efetivo encerramento das não conformidades e da sua causa raiz. Se a correção tiver sido ineficaz, será acusada uma não conformidade em relação à cláusula 1.1.10.

O organismo de certificação analisará a prova objetiva das ações corretivas concluídas antes da concessão de um certificado.

2.4 CLASSIFICAÇÃO DA AUDITORIA

O objetivo do sistema de classificação da certificação é indicar ao usuário do relatório, o compromisso da empresa com a conformidade contínua e ditará a frequência de auditorias futuras. A nota depende do número e da gravidade das não conformidades identificadas no momento da auditoria. As não conformidades são verificadas pelo processo de análise técnica do gerenciamento do organismo de certificação Se a análise resultar em uma alteração no número e/ou na gravidade das não conformidades, a empresa será notificada.

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TABELA 1 RESUMO DOS CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO, AÇÃO NECESSÁRIA E FREQUÊNCIA DE AUDITORIA

NOTA COM AGENDAMENTO

NOTA SEM AGENDAMENTO

CRÍTICA MAIOR MENOR MEDIDA CORRETIVA FREQUÊNCIA DE AUDITORIA

AA AA + 5 ou menos Prova objetiva no prazo de 28 dias corridos

12 meses

A A+ 6 a 10 Prova objetiva no prazo de 28 dias corridos

12 meses

B B+ 11-16 Prova objetiva no prazo de 28 dias corridos

12 meses

B B+ 1 10 ou menos

Prova objetiva no prazo de 28 dias corridos

12 meses

C C+ 17 a 24 Prova objetiva no prazo de 28 dias corridos

6 meses

C C+ 1 11 a 16 Prova objetiva no prazo de 28 dias corridos

6 meses

C C+ 2 10 ou menos

Prova objetiva no prazo de 28 dias corridos

6 meses

D D+ 25 a 30 Revisita necessária no prazo de 28 dias corridos

6 meses

D D+ 1 17 a 24 Revisita necessária no prazo de 28 dias corridos

6 meses

D D+ 2 11 a 16 Revisita necessária no prazo de 28 dias corridos

6 meses

Não certificada 1 ou mais Certificado não concedido. Reauditoria necessária

Não certificada 31 ou mais Certificado não concedido. Reauditoria necessária

Não certificada 1 25 ou mais Certificado não concedido. Reauditoria necessária

Não certificada 2 17 ou mais Certificado não concedido. Reauditoria necessária

Não certificada 3 ou mais Certificado não concedido. Reauditoria necessária

Note-se que as células sombreadas indicam zero não conformidade.

2.5 RELATÓRIOS DE AUDITORIA

Após cada auditoria, será elaborado um relatório completo por escrito no formato acordado. O relatório será apresentado em inglês ou em outro idioma, dependendo das necessidades do usuário. Caso o relatório seja apresentado em um idioma diferente do inglês, as seções de resumo de auditoria serão também apresentadas em inglês, além do idioma do relatório.

O relatório de auditoria fornecerá à empresa e aos clientes ou potenciais clientes um perfil da empresa e um resumo preciso do seu desempenho com base nos requisitos da Norma.

O relatório de auditoria ajudará o leitor a se informar sobre:

• os controles de segurança dos alimentos em vigor e as melhorias desde a última auditoria

• os sistemas de “melhores práticas”, procedimentos, equipamentos ou fabricação em vigor

• as não conformidades, ações corretivas tomadas e planos para corrigir a causa raiz (ações preventivas).

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O relatório refletirá com precisão as conclusões do auditor durante a auditoria. Os relatórios serão elaborados e enviados para a empresa no prazo de 42 dias a contar da conclusão da auditoria completa.

O relatório de auditoria será enviado para o Diretório de Normas Globais do BRC em tempo hábil, independentemente da emissão de certificado. O proprietário do relatório de auditoria pode facultar o acesso ao relatório de auditoria a clientes ou outras partes no diretório.

O relatório de auditoria e a respectiva documentação, inclusive observações do auditor, serão armazenados de forma segura por um período de cinco anos pelo organismo de certificação.

2.6 CERTIFICAÇÃO

Após uma análise do relatório de auditoria e a apresentação de provas documentais relativas às não conformidades identificadas, a decisão de certificação será tomada pelo gerente de certificação independente designado. Se for emitido certificado, isso será feito pelo organismo de certificação no prazo de 42 dias corridos a contar da auditoria. O certificado será de acordo com o formato indicado no anexo 7. Os logotipos utilizados em certificados (por exemplo, logotipos do BRC e organismos de credenciamento) respeitarão as respectivas regras de uso.

O certificado detalhará:

• o escopo da auditoria e quaisquer exclusões aceitas do escopo

• a opção de auditoria escolhida (ou seja, com agendamento) ou se o certificado é uma reemissão de uma extensão de escopo

• o número de registro de seis dígitos do líder da auditoria.

A data de auditoria especificada no certificado será a data da auditoria relativa à concessão desse certificado, independentemente de visitas posteriores para verificar a medida corretiva decorrente da auditoria.

Embora o certificado seja emitido para a empresa, ele permanece propriedade do organismo de certificação, que controla sua posse, uso e exibição.

2.7 FREQUÊNCIA CONTÍNUA DE AUDITORIA E RECERTIFICAÇÃO

2.7.1 Agendamento de datas de reauditoriasO cronograma de auditoria em curso e a escolha do programa de auditoria serão acordados entre a empresa e o organismo de certificação. A frequência das auditorias com agendamento será de seis ou 12 meses e depende do desempenho da empresa em uma auditoria, conforme refletido na nota (ver Tabela 1).

A data da auditoria seguinte será calculada a partir da data da auditoria inicial, independentemente de novas visitas para verificar a medida corretiva decorrente da auditoria inicial, e não a partir da data de emissão do certificado.

A subsequente auditoria com agendamento será programada para ocorrer no período de 28 dias que antecede a data da próxima auditoria. Esse prazo será suficiente para a medida corretiva em caso de eventuais não conformidades terem sido encontradas, sem prejuízo da continuidade da certificação.

É responsabilidade da empresa manter a certificação. O fato de uma auditoria ser adiada para depois da data devida, salvo em circunstâncias justificáveis, resultará em uma não conformidade maior que será atribuída na próxima auditoria. As circunstâncias justificáveis serão documentadas no relatório de auditoria.

2.7.2 Vencimento do certificado - circunstâncias justificáveisHaverá casos em que o certificado não poderá ser renovado semestral ou anualmente devido à incapacidade do organismo de certificação de realizar uma auditoria. Essas circunstâncias justificáveis, que não resultam na atribuição de uma não conformidade maior (cláusula 1.1.8), podem incluir circunstâncias em que a empresa esteja:

• situada em um país específico ou em uma área de um determinado país, cuja visita não seja recomendada pelo governo e que não disponha de auditores locais qualificados

• situada em uma zona de exclusão legal que possa comprometer a segurança dos alimentos ou o bem-estar animal

• situada em uma área que tenha sofrido um desastre natural ou não natural, que impeça a empresa de produzir ou a visita do auditor

• situada em uma área afetada por condições que não permitam o acesso à empresa ou que tornem a passagem restrita (por exemplo, neve pesada)

• produzindo produtos sazonais e a produção seja adiada por atraso das estações do ano (por exemplo, devido ao clima ou disponibilidade de produto)

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Motivos de auditorias combinadas, falta de pessoal ou realização de obras de construção não justificam o adiamento da data da auditoria para uma data mais “aceitável” e deixar de fazer a auditoria na data devida.

O fato de as empresas não estarem em plena produção não constitui razão justificável para atrasar auditorias; no entanto, as auditorias devem ser realizadas quando houver produtos sendo produzidos.

Se a renovação do certificado for impedida devido a essas circunstâncias excepcionais, o cliente ainda poderá optar por produzir produtos naquela unidade durante um prazo acordado, uma vez que os clientes ainda podem demonstrar a conformidade legal por outros meios, como registros de avaliação de risco e reclamações, para mostrar que a empresa ainda é competente para continuar produzindo até que outra auditoria possa ser agendada.

2.7.3 Auditorias realizadas antes da data devidaA data das auditorias de renovação ocorre no prazo de 28 dias que antecedem o aniversário de seis ou 12 meses da auditoria inicial.

Em algumas circunstâncias, é possível realizar a auditoria antes das datas devidas, por exemplo, redefinir as datas de auditoria para permitir auditorias combinadas com outro sistema ou para incluir um produto produzido em uma estação diferente do ano. Quando uma data de auditoria é antecipada as seguintes regras se aplicam:

• O relatório de auditoria detalhará as razões da antecipação de uma auditoria.

• A data da próxima auditoria será “redefinida” para 12 meses (ou seis meses, dependendo da nota) a contar da data dessa auditoria.

• O certificado deve ser emitido com um prazo de validade de 12 meses (ou seis meses, dependendo da nota) + 42 dias a contar da “nova” data de auditoria.

2.7.4 Unidades de produção sazonalConsulte o glossário para ver a definição de “unidades de produção sazonal”.

Uma empresa que fique aberta 12 meses do ano pode processar produtos em diferentes estações do ano, mas não seria classificada como uma empresa de produção sazonal, uma vez que opera durante todo o ano. Se o escopo contiver produtos sazonais específicos, pode ser o caso de visitar a empresa mais de uma vez por ano.

Para as verdadeiras empresas de produção sazonal, pode haver circunstâncias em que a frequência das auditorias ultrapasse 12 meses. A data de auditoria no local será determinada pela safra do produto, que pode ser afetada pelo clima. As datas de validade do certificado, nessas circunstâncias, serão controladas pela data de auditoria real em vez da data de aniversário da auditoria inicial. A justificativa precisa ser incluída no relatório de auditoria.

3 PROTOCOLO DE AUDITORIA SEM AGENDAMENTO: OPÇÃO 1 - AUDITORIA COMPLETA SEM AGENDAMENTOEsta opção envolve uma única auditoria sem agendamento e abrange todos os requisitos da norma. A empresa não será avisada com antecedência da data da auditoria. A auditoria será sem agendamento e substituirá a auditoria programada normal. Embora a auditoria possa ocorrer em qualquer ocasião entre três e 12 meses da data devida da auditoria, normalmente será nos últimos quatro meses do ciclo de certificação.

3.1 PLANEJAMENTO DE AUDITORIA

3.1.1 Seleção do programa de opção 1 de auditoria sem agendamentoA empresa notificará seu organismo de certificação no prazo de 3 meses da data da última auditoria a respeito de sua intenção de entrar ou permanecer no programa de auditoria sem agendamento. Isso permite que a empresa tenha a oportunidade de selecionar um organismo de certificação alternativo, se necessário, ao mesmo tempo em que permite que a auditoria seja realizada em um momento da escolha do organismo de certificação.

3.1.2 Preparação da empresaA data real de auditoria não será fornecida pelo organismo de certificação e, portanto, é importante que a empresa esteja pronta para receber uma auditoria e facilitar o processo.

O sucesso em uma auditoria sem agendamento depende da capacidade da empresa de compartilhar informações e conhecimentos internamente, da disponibilidade de substitutos qualificados para suprir a ausência de determinado gerente e do compartilhamento de responsabilidade na equipe administrativa em relação à segurança alimentar e à conformidade com a Norma.

3.1.3 Informações a serem fornecidas ao organismo de certificação para preparação de auditoriaA empresa fornecerá ao organismo de certificação as informações básicas antes do dia da auditoria para que os auditores estejam totalmente preparados e para possibilitar que a auditoria seja concluída de forma eficiente. As informações serão solicitadas pelo organismo de certificação e poderão incluir, entre outras:

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• um resumo dos pontos críticos de controle (PCC)

• o fluxograma de processo

• uma planta simples da unidade

• o organograma administrativo

• a lista de produtos ou grupos de produtos incluídos no escopo da auditoria

• os padrões regulares de turno

• os cronogramas de produção, para permitir que auditorias abranjam processos relevantes (por exemplo, fabricação noturna ou processos de fabricação que não sejam realizados todo dia)

• os problemas recentes de qualidade, retiradas ou reclamações de clientes e outros dados de desempenho relevantes.

A empresa disponibilizará o relatório de auditoria e certificado do ano anterior para o organismo de certificação, quando este contrato for com um novo organismo de certificação.

Como a auditoria será sem agendamento, é provável que o organismo de certificação também exija informações adicionais para planejar a logística do processo de auditoria. Essas informações podem incluir:

• recomendação de hotéis locais

• instruções específicas para se chegar à empresa, requisitos para entrada na empresa, estacionamento

• lista de contatos para comunicar a chegada ao local

• disponibilidade de vestuário de proteção

• medidas de segurança específicas para acesso à empresa.

3.1.4 Indicação de dias de não auditoriaO programa da opção 1 sem agendamento permite que as empresas tenham a oportunidade de indicar 15 dias em que a empresa não estará disponível para auditoria. As datas devem ser fornecidas com pelo menos 4 semanas de antecedência, juntamente com a justificativa (por exemplo, uma visita planejada de cliente). O organismo de certificação pode contestar a razão, caso ela não pareça apropriada.

Os dias em que a fábrica não estiver funcionando (por exemplo, fins de semana, feriados, paralisações programadas devido a feriados locais ou manutenção) não estão incluídos nesses 15 dias. Esses dias de não produção serão comunicados ao organismo de certificação quando da opção pelo sistema sem agendamento.

Os organismos de certificação atuarão com autonomia no caso de emergências.

É uma condição do sistema sem agendamento que o auditor tenha acesso à empresa ao chegar para a auditoria. Se o acesso for negado, a empresa será responsável pelos custos do auditor e terá seu sistema de auditoria convertido para auditoria com agendamento. A critério do organismo de certificação, o certificado existente também poderá ser suspenso ou revogado.

3.1.5 Duração da auditoriaInformações suficientes serão fornecidas ao organismo de certificação ao selecionar essa opção para permitir a seleção de um auditor com as qualificações de categoria adequadas e para que haja tempo suficiente para a auditoria. A duração da auditoria será calculada pelo método de cálculo de auditoria do BRC, e a auditoria sem agendamento terá a mesma duração prevista de uma auditoria normal com agendamento.

A duração normal de uma auditoria é de 2 a 3 dias (8 horas/dia) no local. Foi desenvolvido um método de cálculo para avaliar o tempo necessário à realização da auditoria de qualquer empresa de modo a garantir a uniformidade, e ele será usado para calcular a duração total da auditoria. Os detalhes completos estão disponíveis no website das Normas Globais do BRC (www.brcglobalstandards.com).

O cálculo da duração da auditoria é baseado em:

• número de empregados - empregados equivalentes a tempo integral por turno principal, incluindo os trabalhadores sazonais

• tamanho da unidade de produção - incluindo instalações de armazenamento no local

• número de estudos de APPCC incluídos no escopo - um estudo de APPCC corresponde a uma família de produtos com perigos e tecnologia de produção semelhantes para fins de cálculo.

Reconhece-se que outros fatores também podem influenciar o cálculo, mas são considerados menos importantes e, portanto, não influenciam a duração da auditoria em mais de 30% do tempo total calculado. Esses fatores incluem:

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• complexidade do processo de fabricação

• número de linhas de produtos

• idade da empresa e impacto sobre o fluxo de material

• intensidade da mão de obra dos processos

• dificuldades de comunicação (por exemplo, idioma)

• número de não conformidades registradas na auditoria anterior

• dificuldades encontradas durante a auditoria que requeiram uma investigação mais aprofundada

• qualidade de preparação da empresa (por exemplo, documentação, APPCC, sistemas de gestão de qualidade).

Se estiverem incluídas avaliações de instalações de armazenamento adicionais, locais ou sedes no processo de auditoria (ver Anexo 4), será alocado mais tempo além do indicado pelo cálculo.

Caso a auditoria da Norma inclua módulos voluntários do BRC ou pretenda a combinação com outras normas de auditoria, o tempo total de auditoria será prolongado da forma adequada. Detalhes das auditorias combinadas serão especificados no relatório de auditoria.

O cálculo de duração da auditoria determinará a quantidade de tempo prevista para a realização da auditoria na unidade. Será necessário tempo adicional para a análise de qualquer prova documental fornecida e para a conclusão do relatório final da auditoria.

Desvios do prazo calculado para a auditoria deverão ser justificados e especificados no relatório de auditoria.

A duração prevista da auditoria será comunicada à empresa pelo organismo de certificação antes da auditoria.

3.2 AUDITORIA NO LOCAL

Empresas que optarem pelo sistema sem agendamento serão obrigadas a receber o auditor e a permitir que ele inicie a auditoria assim que chegar à empresa. O processo de auditoria seguirá os mesmos procedimentos descritos para uma auditoria com agendamento Haverá uma breve reunião de abertura, após a qual, ocorrerá a inspeção das instalações de produção, com início previsto para 30 minutos após a chegada do auditor na empresa.

A auditoria no local consiste nestas sete etapas:

• Reunião de abertura - para confirmar o escopo e o processo de auditoria.

• Inspeção das instalações de produção - para analisar a implementação prática dos sistemas, incluindo a observação dos procedimentos de troca de produtos e entrevista de pessoal.

• Análise de documentos - análise dos sistemas de APPCC e dos sistemas de gestão de qualidade documentados.

• Verificação de rastreabilidade - incluindo uma análise de todos os registros importantes da produção (por exemplo, o consumo de matéria-prima, registros de produção, verificações e especificações de produto acabado). Esta é uma auditoria vertical - como especificado no documento de orientação do BRC sobre técnicas de auditoria.

• Análise da inspeção das instalações de produção - para verificar e realizar outras verificações de documentação.

• Análise final dos resultados pelos auditores - preparação para a reunião de encerramento.

• Reunião de encerramento - para avaliar os resultados da auditoria com a empresa. (Observe que as não conformidades estão sujeitas à verificação independente posterior pela administração do organismo de certificação.)

A empresa dará plena assistência aos auditores durante todo o tempo. Espera-se que, nas reuniões de abertura e encerramento, os participantes em nome da empresa sejam membros da alta diretoria com autoridade competente para assegurar que a medida corretiva avance, caso tenham sido encontradas não conformidades. O gerente de operações de nível mais elevado ou um substituto indicado estará disponível na auditoria e participará das reuniões de abertura e encerramento.

O processo de auditoria enfatiza a aplicação prática dos procedimentos de segurança alimentar e as boas práticas de fabricação em geral. Espera-se que aproximadamente 50% da auditoria sejam dedicados à produção e às instalações, entrevistas com empregados, observação de processos e análise da documentação nas áreas de produção com o pessoal relevante.

Durante a auditoria, serão feitas observações detalhadas em relação a conformidades e não conformidades da empresa com a Norma, que serão utilizadas como base para o relatório de auditoria. Os auditores avaliarão a natureza e a gravidade de qualquer não conformidade e discutirão esse assunto com o gerente que os estiver acompanhando no momento.

Na reunião de encerramento, os auditores apresentarão suas conclusões e confirmarão todas as não conformidades identificadas durante a auditoria, mas não farão comentários sobre o resultado provável do processo de certificação. Serão

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fornecidas informações sobre o processo e os prazos para a empresa fornecer provas da medida corretiva aos auditores para encerrar não conformidades. Um resumo escrito das não conformidades discutidas na reunião de encerramento será documentado pelos auditores na reunião de encerramento ou no prazo de um dia útil após a conclusão da auditoria.

Na reunião de encerramento, os auditores apresentarão à empresa uma explicação do Diretório de Normas Globais do BRC, que permita o acesso seguro aos dados de auditoria tanto para o cliente como para os clientes que ele indicar, juntamente com os sistemas de comentários disponíveis para a comunicação com o organismo de certificação e com o BRC.

A decisão de concessão da certificação e da nota do certificado será determinada de forma independente pela gerência do organismo de certificação, após uma análise técnica do relatório de auditoria e o encerramento de não conformidades no prazo adequado. A empresa será informada da decisão de certificação após essa análise.

3.3 NÃO CONFORMIDADES E MEDIDA CORRETIVA

As não conformidades e as medidas corretivas são as mesmas do sistema de auditoria com agendamento (ver seção 2.3).

3.4 CLASSIFICAÇÃO DA AUDITORIA

O processo de classificação é o mesmo do sistema de auditoria com agendamento (ver seção 2.4). A nota atribuída depois da certificação será baseada no número e nível de não conformidades, conforme descrito na Tabela 1. Note-se que a nota será acrescida de um símbolo de adição (ou seja, AA+, A+, B+, C+ e D+).

3.5 RELATÓRIOS DE AUDITORIA

Os requisitos do relatório de auditoria são os mesmos do sistema de auditoria com agendamento (ver seção 2.5). No entanto, o relatório indicará “Opção 1 sem agendamento”.

3.6 CERTIFICAÇÃO

Os requisitos de certificação são os mesmos do sistema de auditoria com agendamento (ver seção 2.6). No entanto, o relatório indicará “Opção 1 sem agendamento”.

Este certificado substituirá o certificado existente. O certificado será emitido no prazo de 42 dias após a auditoria e terá um prazo de validade com base na data do vencimento do certificado anterior mais 12 meses, desde que a empresa permaneça no sistema de auditoria sem agendamento. Se a empresa decidir voltar para o programa de auditoria com agendamento, a data de validade do certificado será seis ou 12 meses após a data da auditoria sem agendamento.

Isso garante que, se a auditoria ocorrer antes do vencimento do certificado atual e a empresa permanecer no sistema sem agendamento, ela não seja prejudicada por um período de validade mais curto do certificado e pelo aumento da frequência das auditorias.

3.7 FREQUÊNCIA CONTÍNUA DE AUDITORIA E RECERTIFICAÇÃO

3.7.1 Agendamento de datas de reauditoriasA empresa pode escolher se deseja:

• permanecer no programa de opção 1 de auditoria sem agendamento

• passar para o programa de opção 2 de auditoria sem agendamento

• voltar ao programa de auditoria com agendamento.

Se a empresa desejar permanecer no programa de opção 1, a próxima auditoria será sem agendamento. A auditoria poderá ocorrer em qualquer ocasião no período de 3 meses após a data da última auditoria até 42 dias antes da data de vencimento do certificado; entretanto, isso se dará normalmente nos últimos quatro meses do ciclo de certificação. Esse prazo será suficiente para a aplicação da medida corretiva em caso de eventuais não conformidades terem sido encontradas, sem prejuízo da continuidade da certificação.

É responsabilidade do organismo de certificação garantir que a auditoria seja realizada dentro do período de certificação, e a cláusula de não conformidade da última auditoria (1.1.8) não se aplicará.

Se a empresa optar por passar para o programa da opção 2 sem agendamento, serão aplicadas as regras desse programa e a auditoria dos sistemas com agendamento ocorrerá no período de 28 dias a contar da data da auditoria inicial.

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Se a empresa desejar retirar-se do programa de auditoria sem agendamento, a próxima auditoria será programada para ocorrer no prazo de 28 dias que antecede o aniversário da data da última auditoria, inclusive; isso assegura que o tempo máximo entre auditorias não ultrapasse um ano.

3.7.2 Unidades de produção sazonalO programa sem agendamento da opção 1 pode ser aplicado a unidades de produção sazonal (ver o glossário para definição de “unidades de produção sazonal”). As regras a seguir, no entanto, se aplicarão:

• Esses dias de não produção serão comunicados ao organismo de certificação quando da opção pelo sistema sem agendamento.

• Nenhuma data poderá ser excluída durante a época de produção.

As datas de auditoria de algumas empresas que produzem produtos sazonais podem ocorrer no início da estação do produto, o que pode limitar as datas disponíveis para a realização das auditorias sem agendamento antes do fim do período de reauditoria. Portanto, no primeiro ano em que a empresa estiver no sistema da opção 1, o período de auditoria será ampliado para permitir que a auditoria sem agendamento seja realizada até seis meses após a data devida da auditoria. Não haverá penalidade para auditorias atrasadas.

A data de vencimento da auditoria subsequente e a data de vencimento do certificado (42 dias depois) serão de acordo com a data de encerramento da estação acordada entre a empresa e o organismo de certificação. Na prática, isto significará a emissão de um certificado com duração superior a um ano em algumas ocasiões.

Auditorias sem agendamento no ano 2 poderão, então, ocorrer em qualquer data durante a estação e cumprirão as regras normais de certificação.

4 PROTOCOLO DE AUDITORIA SEM AGENDAMENTO: OPÇÃO 2 - AUDITORIA DE DUAS ETAPAS SEM AGENDAMENTOO sistema de auditoria sem agendamento da opção 2 divide os requisitos de auditoria em duas auditorias separadas. A primeira auditoria se concentra predominantemente nas questões referentes às boas práticas de fabricação de produtos do setor e é realizada como uma auditoria sem agendamento. A segunda auditoria se concentra predominantemente na análise da documentação e dos registros e pode ser planejada para garantir que a equipe administrativa apropriada esteja disponível para disponibilizar e discutir os registros.

Os requisitos da Norma são codificados por cores para identificar os requisitos que serão auditados durante as diferentes visitas de auditoria.

A auditoria planejada de 2ª parte permite a combinação com outras auditorias planejadas de certificação, de modo a reduzir os custos de auditoria.

4.1 PLANEJAMENTO DE AUDITORIA

4.1.1 Seleção do programa de opção 2 de auditoria sem agendamentoA empresa notificará seu organismo de certificação no prazo de 3 meses da data da última auditoria a respeito de sua intenção de entrar ou permanecer no programa de auditoria sem agendamento. Isso permite que a empresa tenha a oportunidade de selecionar um organismo de certificação alternativo, se necessário, ao mesmo tempo em que permite que a auditoria seja realizada em um momento da escolha do organismo de certificação.

A auditoria de 1ª parte sem agendamento ocorrerá em qualquer ocasião entre os meses seis e 10 meses do ciclo de auditoria (ou seja, dois a seis meses antes da data devida da auditoria). Isso permite que as empresas corrijam eventuais não conformidades identificadas na auditoria para possibilitar que elas sejam analisadas na auditoria de 2ª parte.

A auditoria de 2ª parte, que analisa documentos e registros, será planejada para ocorrer no prazo de 28 dias que antecedem a data de aniversário da última auditoria, inclusive (ou seja, no mesmo intervalo de tempo da auditoria com agendamento). A empresa não será avisada com antecedência da data da auditoria.

4.1.2 Preparação da empresaO processo de auditoria para o sistema de opção 2 envolve duas visitas de auditoria independentes, e a preparação para cada uma pode ser ligeiramente diferente.

Auditoria de 1ª parte sem agendamentoA data real de auditoria sem agendamento de boas práticas de produção não será fornecida pelo organismo de certificação e, portanto, é importante que a empresa esteja pronta para receber uma auditoria e facilitar o processo.

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O sucesso em uma auditoria sem agendamento depende da capacidade da empresa de compartilhar informações e conhecimentos internamente, da disponibilidade de substitutos qualificados para suprir a ausência de determinado gerente e do compartilhamento de responsabilidade na equipe administrativa em relação à segurança alimentar e à conformidade com a Norma.

Auditoria de 2ª parte com agendamentoA segunda parte da auditoria é planejada e avalia predominantemente os sistemas e registros documentados. É importante que os gerentes ou substitutos relevantes estejam disponíveis para ajudar no fornecimento de informações necessárias para o sucesso da auditoria. A auditoria de 2ª parte também incluirá uma visita à fábrica e a análise das ações tomadas após a auditoria anterior de 1ª parte sem agendamento.

A empresa assegurará que o programa de produção no momento da auditoria abranja produtos do escopo pretendido da certificação. Sempre que possível, a maior variedade possível desses produtos estará em produção para avaliação dos auditores. Quando um tipo de produto ou método de processamento do produto não estiver em produção no momento da auditoria de 1ª parte sem agendamento, deverão ser feitos todos os esforços para garantir que ele esteja em produção na auditoria de 2ª parte.

Se um processo de produção significativo for realizado apenas durante um período do ano diferente do período da auditoria, será necessária uma auditoria independente para avaliar tal método de produção.

4.1.3 Informações a serem fornecidas ao organismo de certificação para preparação de auditoriaO processo é o mesmo da opção 1 de auditoria sem agendamento (ver seção 3.1.3).

4.1.4 Indicação de dias de não auditoriaO programa da opção 2 sem agendamento permite que as empresas tenham a oportunidade de indicar 10 dias em que a empresa não estará disponível para auditoria. As datas devem ser fornecidas com pelo menos quatro semanas de antecedência, juntamente com a justificativa (por exemplo, uma visita planejada de cliente). O organismo de certificação pode contestar a razão, caso ela não pareça apropriada.

Os dias em que a fábrica não estiver funcionando (por exemplo, fins de semana, feriados, paralisações programadas devido a feriados locais ou manutenção) não estarão incluídos nesses 10 dias. Esses dias de não produção serão comunicados ao organismo de certificação quando da opção pelo sistema sem agendamento.

Os organismos de certificação atuarão com autonomia no caso de emergências.

É uma condição do sistema sem agendamento que o auditor tenha acesso à empresa ao chegar para a auditoria. Se o acesso for negado, a empresa se responsabilizará pelos custos do auditor e terá seu sistema de auditoria convertido para auditoria com agendamento. A critério do organismo de certificação, o certificado existente também poderá ser suspenso ou revogado.

4.1.5 Duração da auditoriaInformações suficientes serão fornecidas ao organismo de certificação ao escolher essa opção para permitir a seleção de um auditor com as qualificações de categoria adequadas e para que haja tempo suficiente para a auditoria. A duração total da auditoria (ou seja, de 1ª e 2ª partes) será calculada pelo método de cálculo de auditoria do BRC, e a opção 2 de auditoria sem agendamento terá a mesma duração prevista de uma auditoria normal com agendamento. Na auditoria de 2ª parte, o tempo pode ser adaptado com base nas conclusões da auditoria de 1ª parte sem agendamento; por exemplo, um grande número de não conformidades com ações corretivas para avaliação após a auditoria de 1ª parte exigirá mais tempo.

A duração normal de uma auditoria é de 2 a 3 dias (8 horas/dia) no local com o tempo distribuído igualmente entre as auditorias de 1ª e 2ª partes. Foi desenvolvido um método de cálculo para avaliar o tempo necessário à realização da auditoria de empresas de modo a garantir a uniformidade, e ele será usado para calcular a duração total da auditoria. Os detalhes completos estão disponíveis no website das Normas Globais do BRC (www.brcglobalstandards.com).

O cálculo da duração da auditoria é baseado em:

• número de empregados - empregados equivalentes a tempo integral por turno principal, incluindo os trabalhadores sazonais

• tamanho da unidade de produção - incluindo instalações de armazenamento no local

• número de estudos de APPCC incluídos no escopo - um estudo de APPCC corresponde a uma família de produtos com perigos e tecnologia de produção semelhantes para fins de cálculo.

Reconhece-se que outros fatores também podem influenciar o cálculo, mas são considerados menos importantes e, portanto, não influenciam a duração da auditoria em mais de 30% do tempo total calculado. Esses fatores incluem:

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• complexidade do processo de fabricação

• número de linhas de produtos

• idade da empresa e impacto sobre o fluxo de material

• intensidade da mão de obra dos processos

• dificuldades de comunicação (por exemplo, idioma)

• número de não conformidades registradas na auditoria anterior ou auditoria de 1ª parte

• dificuldades encontradas durante a auditoria que requeiram uma investigação mais aprofundada

• qualidade de preparação da empresa (por exemplo, documentação, APPCC, sistemas de gestão de qualidade).

Se estiverem incluídas avaliações de instalações adicionais de armazenamento, locais ou sedes no processo de auditoria (ver Anexo 4), será alocado mais tempo além do indicado pelo cálculo.

Caso a auditoria inclua módulos voluntários do BRC ou pretenda a combinação com outras normas de auditoria, o tempo total de auditoria será prolongado da forma adequada. Módulos voluntários serão auditados, como parte da auditoria de 2ª parte e será alocado tempo adicional para esta parte da auditoria. Detalhes das auditorias combinadas serão especificados no relatório de auditoria.

O cálculo de duração da auditoria determinará a quantidade de tempo prevista para a realização da auditoria na unidade. Será necessário tempo adicional para a análise das provas documentais fornecidas e para a conclusão do relatório final da auditoria.

Desvios do prazo calculado para a auditoria deverão ser justificados e especificados no relatório de auditoria.

A duração prevista da auditoria será comunicada à empresa pelo organismo de certificação antes da auditoria.

4.2 AUDITORIAS NO LOCAL

4.2.1 Auditoria de 1ª parte sem agendamentoEmpresas que optarem pelo sistema sem agendamento serão obrigadas a receber o auditor e a permitir que ele inicie a auditoria assim que chegar à empresa. O processo de auditoria se concentrará nas instalações de produção e na documentação de apoio necessária à conclusão de uma determinada trilha de auditoria. Espera-se que após uma breve reunião de abertura, o auditor inicie a auditoria da unidade de produção 30 minutos após sua chegada à empresa.

A auditoria de 1ª parte sem agendamento se concentrará amplamente nas cláusulas identificadas com o seguinte código de cores da Norma:

Requisitos avaliados na 1ª parte - auditoria de boas práticas de fabricação

Requisitos avaliados em ambas as partes 1 e 2

A auditoria de 1ª parte sem agendamento consiste nas seguintes etapas:

• Reunião de abertura - para confirmar o escopo e o processo de auditoria.

• Inspeção das instalações de produção - para analisar a implementação prática dos sistemas, incluindo a observação dos procedimentos de transição de produtos e entrevista de pessoal.

• Será necessária uma análise da documentação para concluir a trilha de auditoria (por exemplo, registros de controle de pragas).

• Análise final dos resultados pelos auditores - preparação para a reunião de encerramento.

• Reunião de encerramento - para avaliar os resultados da auditoria com a empresa. (Observe que as não conformidades estão sujeitas à verificação independente posterior pela administração do organismo de certificação.)

4.2.2 Auditoria de 2ª parte com agendamentoA auditoria de 2ª parte com agendamento se concentrará amplamente nas cláusulas identificadas com o seguinte código de cores da Norma:

Requisitos avaliados na parte 2 - auditoria de registros, sistemas e documentação

Requisitos avaliados em ambas as partes 1 e 2

A auditoria de 1ª parte sem agendamento consiste nas seguintes etapas:

• Reunião de abertura - para confirmar o escopo e o processo de auditoria.

• Inspeção da instalação de produção - para analisar os padrões da fábrica e principalmente examinar as medidas corretivas tomadas em resposta a não conformidades identificadas durante a auditoria de 1ª parte.

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• Análise de documentos - análise dos sistemas de APPCC e dos sistemas de gestão de qualidade documentados

• Verificação de rastreabilidade - inclui uma análise de todos os registros importantes da produção (por exemplo, o consumo de matéria-prima, registros de produção, verificações e especificações de produto acabado). Esta é uma auditoria vertical - como especificado no documento de orientação do BRC sobre técnicas de auditoria.

• Análise final dos resultados pelos auditores - preparação para a reunião de encerramento.

• Reunião de encerramento - para avaliar os resultados da auditoria com a empresa. (Observe que as não conformidades estão sujeitas à verificação independente posterior pela administração do organismo de certificação.)

A empresa dará plena assistência aos auditores durante todo o tempo. Espera-se que, nas reuniões de abertura e encerramento, os participantes em nome da empresa sejam membros da alta diretoria com autoridade competente para assegurar que a medida corretiva avance, caso tenham sido encontradas não conformidades. O gerente de operações de nível mais elevado ou um substituto indicado estará disponível na auditoria e participará das reuniões de abertura e encerramento.

Durante ambas as partes da auditoria, serão feitas observações detalhadas em relação a conformidades e não conformidades da empresa com a Norma, que servirão de base para o relatório de auditoria. Os auditores avaliarão a natureza e a gravidade de qualquer não conformidade.

Nas reuniões de encerramento, os auditores apresentarão suas conclusões e confirmarão todas as não conformidades identificadas durante a auditoria, mas não farão comentários sobre o resultado provável do processo de certificação. Serão fornecidas informações sobre o processo e os prazos para a empresa fornecer provas da medida corretiva aos auditores, a fim de encerrar não conformidades Um resumo escrito das não conformidades discutidas na reunião de encerramento será documentado pelos auditores na reunião de encerramento ou no prazo de um dia útil após a conclusão da auditoria.

Na reunião de encerramento, os auditores apresentarão à empresa uma explicação do Diretório de Normas Globais do BRC, que permita o acesso seguro aos dados de auditoria tanto para o cliente como para os clientes que ele indicar, juntamente com os sistemas de comentários disponíveis para a comunicação com o organismo de certificação e com o BRC.

A decisão de concessão da certificação e da nota do certificado será determinada de forma independente pela gerência do organismo de certificação, após uma análise técnica do relatório de auditoria e o encerramento de não conformidades no prazo adequado. A empresa será informada da decisão de certificação após essa análise.

4.3 NÃO CONFORMIDADES E MEDIDA CORRETIVA

As não conformidades e as medidas corretivas são as mesmas do sistema de auditoria com agendamento (ver seção 2.3).

Provas das medidas tomadas para corrigir as não conformidades identificadas na auditoria de 1ª parte serão apresentadas ao organismo de certificação no prazo de 28 dias da auditoria de 1ª parte, e elas serão submetidas a novo exame na auditoria de 2ª parte.

Se uma não conformidade crítica e/ou o número e o nível de não conformidades identificadas na auditoria de 1ª parte resultar na impossibilidade de obter um certificado, o certificado existente da empresa será imediatamente retirado.

4.4 CLASSIFICAÇÃO DA AUDITORIA

O processo de classificação é o mesmo do sistema de auditoria com agendamento (ver seção 2.4).

A nota atribuída depois da certificação será baseada no número e nível das não conformidades, conforme descrito na Tabela 1. Note-se que a nota será acrescida de um símbolo de adição (ou seja, AA+, A+, B+, C+ e D+).

A nota atribuída é baseada na combinação de não conformidades identificadas nas auditorias de 1ª e 2ª partes. Embora as não conformidades identificadas na auditoria de 1ª parte devam ser corrigidas antes da auditoria de 2ª parte, elas serão incluídas no cálculo da nota.

4.5 RELATÓRIOS DE AUDITORIA

Os requisitos do relatório de auditoria são os mesmos do sistema de auditoria com agendamento (ver seção 2.5). No entanto, o relatório indicará “Opção 2 sem agendamento”.

O relatório de auditoria completo incluirá informações e não conformidades identificadas em ambas as auditorias, ou seja, de 1ª e 2ª partes. O relatório final não será apresentado até a conclusão da auditoria de 2ª parte.

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4.6 CERTIFICAÇÃO

Os requisitos de certificação são os mesmos do sistema de auditoria com agendamento (ver seção 2.6). No entanto, o relatório indicará “Opção 2 sem agendamento”.

Este certificado substituirá o certificado existente. O certificado será emitido no prazo de 42 dias após a auditoria de 2ª parte e terá um prazo de validade com base na data de vencimento do certificado anterior mais 12 meses, desde que a empresa permaneça no sistema de auditoria sem agendamento. Se a empresa decidir voltar para o programa de auditoria com agendamento, a data de validade do certificado será seis ou 12 meses dependendo da nota obtida.

4.7 FREQUÊNCIA CONTÍNUA DE AUDITORIA E RECERTIFICAÇÃO

4.7.1 Agendamento de datas de reauditoriasA empresa pode escolher se deseja:

• permanecer no programa de opção 2 de auditoria sem agendamento

• passar para o programa de opção 1 de auditoria com agendamento

• voltar ao programa de auditoria com agendamento.

Se a empresa desejar permanecer no programa de opção 2, as auditorias serão realizadas conforme indicado pelas regras de planejamento acima.

Se a empresa optar por passar para o programa da opção 1 sem agendamento, serão aplicadas as regras desse programa e a auditoria completa sem agendamento ocorrerá entre 3 e 12 meses após a data da auditoria inicial.

Se a empresa desejar retirar-se do programa de auditoria sem agendamento, a próxima auditoria será programada para ocorrer no prazo de 28 dias anteriores à data de vencimento da auditoria indicada no certificado.

É responsabilidade do organismo de certificação garantir que a auditoria de 1ª parte sem agendamento seja realizada dentro do período de auditoria. É responsabilidade do organismo de certificação garantir que a auditoria seja realizada dentro do período de certificação, e a cláusula de não conformidade da última auditoria (1.1.8) não se aplicará.

4.7.2 Unidades de produção sazonalO programa sem agendamento da opção 2 pode ser aplicado a unidades de produção sazonal (ver o glossário para definição de “unidades de produção sazonal”). As regras a seguir, no entanto, se aplicarão:

• As datas previstas de produção sazonal serão comunicadas ao organismo de certificação quando da opção pelo sistema sem agendamento.

• Nenhuma data poderá ser excluída durante a época de produção.

• Se for escolhido o sistema de opção 2, a auditoria de documentação e sistemas será realizada pela primeira vez em uma data pré-estabelecida pelo menos 28 dias antes do início previsto da estação do ano para permitir a conclusão de eventuais ações corretivas. A auditoria de 1ª parte de boas práticas de fabricação será realizada como uma auditoria sem agendamento durante a estação.

As datas de vencimento de auditoria de algumas empresas que produzem produtos sazonais podem ocorrer no início da estação do produto, o que pode limitar as datas disponíveis para a realização das auditorias sem agendamento antes do fim do período de reauditoria. Portanto, no primeiro ano em que a empresa estiver no sistema sem agendamento, o período de auditoria será ampliado para permitir que a auditoria sem agendamento seja realizada até seis meses após a data de vencimento da auditoria. Não haverá penalidade para auditorias atrasadas.

A data de vencimento da auditoria subsequente e a data de vencimento do certificado (42 dias depois) serão de acordo com a data de encerramento da estação acordada entre a empresa e o organismo de certificação. Na prática, isso significará a emissão de um certificado com duração superior a um ano em algumas ocasiões.

Auditorias sem agendamento no ano 2 poderão, então, ocorrer em qualquer data durante a estação e cumprirão as regras normais de certificação.

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FIGURA 3 PROGRAMA DE MERCADOS GLOBAIS DO BRC

A empresa decide aderir ao sistema de auditoria de Mercados Globais

do BRC

Registrar-se em um organismo de certificação aprovado pelo BRC e analisar os requisitos da Norma

disponíveis em www.brcglobalstandards.com(site em inglês)

Reauditoria devida 12 meses após a auditoria anterior ou mudança para uma auditoria com base em certificação anterior de nível intermediário ou completo se preparados

Relatório de auditoria e carta de reconhecimento emitidos para a empresa e informações carregadas no Diretório de Normas Globais do BRC

Auditoria realizada pelo organismo de certificação com base nos requisitos de

nível básico ou intermediário

Relatório de auditoria produzido incluindo análise de ações corretivas. Decisão tomada sobre reconhecimento no nível auditado

A ação corretiva apresentada no

prazo de 90 dias (28 dias para unidades

reconhecidas já existentes) para

qualquer não conformidade

identificada.

Preparação

Cópias da lista de verificação,

orientações e guias de informação

disponíveis no site BRC Participate

Realizar avaliação interna com base no nível escolhido (básico ou intermediário) e fazer melhorias para se preparar para

uma auditoria

Confirmar o nível de auditoria necessário e agendar data de auditoria com órgão de

certificação

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5 PROGRAMA DE MERCADOS GLOBAIS DO BRCO programa de Mercados Globais do BRC destina-se a empresas muito pequenas e para as quais a Norma completa pode não ser apropriada ou para empresas que estejam desenvolvendo seus sistemas de gestão de segurança alimentar.

O programa é baseado nos princípios do programa de Mercados Globais do GFSI. Foram identificados requisitos da Norma Global de Segurança Alimentar do BRC completa que formam os requisitos de auditoria nos níveis básicos e intermediários, antes da progressão para a certificação completa. Isso permite uma auditoria e o reconhecimento de conformidade nos dois níveis de certificação completa do BRC (ou seja, os níveis intermediários e básicos):

• Requisitos básicos - abrangem as necessidades mínimas da Norma do BRC para permitir a produção de alimentos seguros e lícitos.

• Requisitos intermediários - incorporam as necessidades básicas, mas incluem também sistemas mais robustos de segurança alimentar e gestão de qualidade de produto da Norma completa.

A orientação completa sobre o sistema juntamente com os detalhes dos requisitos de cada nível e as listas de verificação de auditoria apropriadas estão disponíveis no site das Normas Globais do BRC e no serviço de assinatura BRC Participate.

Auditorias do programa de Mercados Globais do BRC devem ser realizadas por organismos de certificação reconhecidos pelo BRC. Aplicam-se as regras do escopo e exclusões do escopo do protocolo geral (Parte III, seção 1.6). O programa de Mercados Globais do BRC está resumido na Figura 3.

5.1 PLANEJAMENTO DE AUDITORIA

5.1.1 Preparação da empresaTodas as auditorias do programa de Mercados Globais do BRC de nível básico e intermediário são com agendamento. A empresa acordará uma data mutuamente conveniente, levando em conta a quantidade de trabalho necessária para atender aos requisitos do nível básico ou intermediário.

Há uma exigência para a preparação da unidade a ser auditada: disponibilizar a documentação adequada para avaliação dos auditores e pessoal adequado durante toda a auditoria no local.

A empresa assegurará que o programa de produção, no momento da auditoria, abranja produtos do escopo que pretendem a certificação. Sempre que viável, a maior variedade possível desses produtos estará em produção para avaliação dos auditores. Quando a gama de produtos for grande ou diversificada, o auditor terá o poder de continuar a auditoria até que esteja suficientemente convencido de que o escopo de certificação foi avaliado. Se um processo de produção significativo for realizado apenas durante um período diferente do ano da auditoria, será necessária uma auditoria independente para avaliar tal método de produção.

5.1.2 Informações a serem fornecidas ao organismo de certificação para preparação de auditoriaA empresa fornecerá ao organismo de certificação as informações básicas antes do dia da auditoria para que os auditores estejam totalmente preparados e para possibilitar que a auditoria seja concluída de forma eficiente. As informações serão solicitadas pelo organismo de certificação e poderão incluir, entre outras:

• confirmação do nível de auditoria (ou seja, básico ou intermediário)

• resumo dos pontos críticos de controle (PCC)

• fluxograma simples ou descrição do processo

• planta simples da unidade

• principais contatos e cargos de gerência

• lista de produtos ou grupos de produtos incluídos no escopo da auditoria

• padrões regulares de turno

• cronogramas de produção, para permitir que as auditorias abranjam processos relevantes (por exemplo, fabricação noturna ou processos de fabricação que não sejam realizados todo dia)

• problemas recentes de qualidade, retiradas ou reclamações de clientes e outros dados de desempenho relevantes.

A empresa disponibilizará o relatório de auditoria e nível de reconhecimento do ano anterior para o organismo de certificação, quando este contrato for com um novo organismo de certificação.

5.1.3 Duração da auditoriaAntes da auditoria, o organismo de certificação indicará sua duração aproximada. A duração normal de uma auditoria é de 1 a 3 dias (8 horas/dia) no local. A auditoria de nível intermediário normalmente leva um dia e meio.

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O cálculo da duração da auditoria é baseado em:

• nível de auditoria solicitado - básico ou intermediário

• número de empregados - empregados equivalentes a tempo integral por turno principal, incluindo os trabalhadores sazonais

• tamanho da unidade de produção - incluindo instalações de armazenamento no local

• número de estudos de APPCC incluídos no escopo - um estudo de APPCC corresponde a uma família de produtos com perigos e tecnologia de produção semelhantes.

• complexidade do processo de fabricação

• número de linhas de produtos

• idade da empresa e impacto sobre o fluxo de material

• intensidade da mão de obra dos processos

• dificuldades de comunicação (por exemplo, idioma)

• número de não conformidades registradas em auditorias anteriores.

Se estiverem incluídas avaliações de instalações adicionais de armazenamento, locais ou sedes no processo de auditoria (ver Anexo 4), será alocado mais tempo além do indicado pelo cálculo.

O cálculo de duração da auditoria determinará a quantidade de tempo prevista para a realização da auditoria na unidade. Será necessário tempo adicional para a análise das provas documentais fornecidas e para a conclusão do relatório final da auditoria.

5.2 AUDITORIA NO LOCAL

A auditoria no local consiste nas seguintes etapas:

• Reunião de abertura - para confirmar o escopo e o processo de auditoria.

• Inspeção das instalações de produção - para analisar a implementação prática dos sistemas, incluindo a observação dos procedimentos de transição de produtos e entrevista de pessoal.

• Análise de documentos - análise dos sistemas de APPCC e dos sistemas de gestão de qualidade documentados

• Verificação de rastreabilidade.

• Análise da inspeção das instalações de produção - para verificar e realizar outras verificações de documentação.

• Análise final dos resultados pelos auditores - preparação para a reunião de encerramento.

• Reunião de encerramento - para avaliar os resultados da auditoria com a empresa. (Observe que as não conformidades estão sujeitas à verificação independente posterior pela administração do organismo de certificação.)

A empresa dará plena assistência aos auditores durante todo o tempo. Espera-se que, nas reuniões de abertura e encerramento, os participantes em nome da empresa sejam membros da alta diretoria com autoridade competente para assegurar que a medida corretiva avance, caso tenham sido encontradas não conformidades. O gerente de operações de nível mais elevado ou um substituto indicado estará disponível na auditoria e participará das reuniões de abertura e encerramento.

O processo de auditoria enfatiza a aplicação prática dos procedimentos de segurança alimentar e as boas práticas de fabricação em geral. Espera-se que aproximadamente 50% da auditoria sejam dedicados à produção e às instalações, entrevistas com empregados, observação de processos e análise da documentação nas áreas de produção com o pessoal relevante.

Durante a auditoria, serão feitas observações detalhadas em relação a conformidades e não conformidades da empresa com a Norma, que serão utilizadas como base para o relatório de auditoria. Os auditores avaliarão a natureza e a gravidade de qualquer não conformidade e discutirão esse assunto com o gerente que os estiver acompanhando no momento.

Nas reuniões de encerramento, os auditores apresentarão suas conclusões e confirmarão todas as não conformidades identificadas durante a auditoria. Serão fornecidas informações sobre o processo e os prazos para a empresa fornecer provas de aplicação da medida corretiva aos auditores, a fim de encerrar não conformidades Um resumo escrito das não conformidades discutidas na reunião de encerramento será documentado pelos auditores na reunião de encerramento ou no prazo de um dia útil após a conclusão da auditoria.

Na reunião de encerramento, os auditores apresentarão à empresa uma explicação do Diretório de Normas Globais do BRC, que permita o acesso seguro aos dados de auditoria tanto para o cliente como para os clientes que ele indicar, juntamente com os sistemas de comentários disponíveis para a comunicação com o organismo de certificação e com o BRC.

A decisão de concessão da certificação e da nota do certificado será determinada de forma independente pela gerência do organismo de certificação, após uma análise técnica do relatório de auditoria e o encerramento de não conformidades no prazo adequado. A empresa será informada da decisão de certificação após essa análise.

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5.3 NÃO CONFORMIDADES E MEDIDA CORRETIVA

Os níveis de não conformidades e as medidas corretivas são os mesmos do sistema completo de certificação.

5.3.1 Não conformidadesExistem três níveis de não conformidade:

• Crítico Quando há uma falha crítica no cumprimento da segurança alimentar ou uma questão jurídica.

• Maior Quando há uma falha substancial no atendimento às exigências de uma “declaração de intenções” ou de alguma cláusula da Norma ou for identificada uma situação que, com base na prova objetiva disponível, levante dúvida significativa quanto à conformidade do produto que está sendo fornecido.

• Menor Quando uma cláusula não foi totalmente atendida, mas, com base em provas objetivas, a conformidade do produto não está em dúvida.

O objetivo da auditoria é proporcionar um verdadeiro reflexo do padrão operacional e do nível de conformidade com a norma básica ou intermediária de Mercados Globais do BRC. Por conseguinte, deve-se considerar uma única não conformidade maior quando não conformidades menores com uma cláusula específica da Norma forem encontradas repetidas vezes. Não é permitido que um número significativo de não conformidades menores em relação uma cláusula seja registrado como uma única não conformidade menor.

5.3.2 Procedimentos para tratar não conformidades e medida corretivaApós a identificação de eventuais não conformidades durante a auditoria, a empresa deverá tomar medidas corretivas para resolver o problema imediato (correção). Também se recomenda enfaticamente que seja realizada uma análise da causa subjacente da não conformidade (causa raiz) para permitir que todas as ações preventivas a serem tomadas impeçam a reincidência.

O processo de “encerramento” de não conformidades depende do nível da não conformidade e do número de não conformidades identificadas.

Não conformidades críticasA classificação de não conformidades será analisada pelo organismo de certificação o mais rapidamente possível após a auditoria. Caso a análise confirme que a não conformidade é classificada como crítica, a empresa será obrigada a realizar outra auditoria completa antes da obtenção do nível básico ou intermediário.

Se isso ocorrer em uma empresa já certificada com reconhecimento de nível básico ou intermediário, a certificação deverá ser retirada imediatamente.

É uma exigência de alguns clientes que eles sejam informados caso seus fornecedores tenham uma não conformidade crítica identificada ou percam o reconhecimento de nível básico ou intermediário. Em tais circunstâncias, a empresa comunicará imediatamente seus clientes, tornando-os plenamente cientes das circunstâncias. Informações sobre as ações corretivas a serem tomadas a fim de resolver as não conformidades também serão fornecidas aos clientes sempre que necessário.

Não conformidades maiores e menoresNenhum reconhecimento de nível básico ou intermediário será emitido até que haja comprovação de que as não conformidades maiores e menores foram corrigidas, de forma permanente ou por meio de uma solução temporária que seja aceitável para o organismo de certificação.

O encerramento de não conformidades pode ser obtido com a apresentação de provas objetivas ao organismo de certificação, como procedimentos atualizados, registros, fotografias ou notas fiscais do trabalho realizado, ou com outra visita do organismo de certificação ao local.

Quando um grande número de não conformidades for identificado ou o tipo de problema identificado tornar muito difícil confirmar a conformidade somente através de provas documentais, o organismo de certificação terá de visitar a empresa para confirmar a correção.

Empresas que ainda não alcançaram nível básico terão prazo de até 90 dias após a data de auditoria para corrigir e apresentar provas de medida corretiva. Se as empresas já tiverem o nível básico ou intermediário, terão prazo de 28 dias corridos para a apresentação.

Se não houver apresentação de prova satisfatória da correção dentro do prazo, não será concedido o nível básico ou intermediário e haverá necessidade de outra auditoria para consideração da concessão de nível básico ou intermediário.

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5.4 CLASSIFICAÇÃO DA AUDITORIA

Não há nenhuma classificação das concessões de nível básico ou intermediário. Os números e tipo de não conformidade, no entanto, serão indicados no relatório de auditoria.

5.5 RELATÓRIOS DE AUDITORIA

Após cada auditoria, será elaborado um relatório completo por escrito no formato acordado. O relatório será apresentado em inglês ou em outro idioma, dependendo das necessidades do usuário. Caso o relatório seja apresentado em um idioma diferente do inglês, as seções de resumo de auditoria serão também apresentadas em inglês, além do idioma do relatório.

O relatório de auditoria fornecerá à empresa e aos clientes ou potenciais clientes um perfil da empresa e um resumo preciso do seu desempenho em relação aos requisitos apropriados do nível escolhido.

O relatório de auditoria ajudará o leitor a se informar sobre:

• os controles de segurança dos alimentos em vigor e as melhorias desde a última auditoria

• os sistemas de “melhores práticas”, procedimentos, equipamentos ou fabricação em vigor

• não conformidades e a medida corretiva tomada.

O relatório refletirá com precisão as conclusões do auditor durante a auditoria.

Os relatórios serão elaborados e enviados para a empresa no prazo de 42 dias corridos (104 dias para empresas que não tinham o nível básico antes) a contar da conclusão da auditoria completa.

O relatório de auditoria será enviado para o Diretório de Normas Globais do BRC em tempo hábil, independentemente da obtenção do nível básico ou intermediário. O proprietário do relatório de auditoria pode facultar o acesso ao relatório de auditoria a clientes ou outras partes no diretório.

O relatório de auditoria e a respectiva documentação, inclusive observações do auditor, serão armazenados de forma segura por um período de cinco anos pelo organismo de certificação.

5.6 RECONHECIMENTO DE NÍVEL BÁSICO OU INTERMEDIÁRIO

Após uma análise do relatório de auditoria e a apresentação de provas documentais relativas às não conformidades identificadas, será tomada uma decisão de reconhecimento de obtenção de nível básico ou intermediário. Observe que a obtenção de um nível não é certificação; a certificação só é obtida pela conformidade com a Norma Global do BRC completa.

Se o reconhecimento for concedido, ele será confirmado por escrito pelo organismo de certificação no prazo de 42 dias corridos a contar da auditoria (104 dias para empresas que não tinham reconhecimento anteriormente).

A carta de reconhecimento deverá incluir os seguintes detalhes:

• nome da empresa

• endereço da empresa auditada

• escopo da auditoria e exclusões do escopo permitidas

• data(s) da auditoria

• nível obtido (ou seja, nível básico ou intermediário do Mercados Globais do BRC)

• nome e endereço do organismo de certificação

• data de validade do reconhecimento (ou seja, 1 ano e 42 dias após a data de auditoria completa).

5.7 FREQUÊNCIA CONTÍNUA DE AUDITORIA E RECERTIFICAÇÃO

5.7.1 Agendamento de datas de reauditoriasPara manter o reconhecimento em nível básico ou intermediário a empresa será reauditada a cada 12 meses. A data da auditoria será calculada a partir da data da auditoria inicial, independentemente de novas visitas à empresa para verificar a medida corretiva decorrente da auditoria inicial.

A subsequente auditoria com agendamento será programada para ocorrer no período de 28 dias que antecede a data da próxima auditoria. Esse prazo será suficiente para a medida corretiva em caso de eventuais não conformidades terem sido encontradas, sem prejuízo à continuidade da certificação.

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O programa de Mercados Globais do BRC pretende incentivar a melhoria contínua e auxiliar as empresas no desenvolvimento de seus sistemas de segurança alimentar até o ponto em que elas possam obter a certificação completa. As empresas podem solicitar uma auditoria a qualquer momento para passar de nível básico para nível intermediário ou para a certificação completa.

6 MÓDULOS VOLUNTÁRIOSO objetivo da Norma é permitir o acréscimo de módulos voluntários à auditoria de rotina. Os módulos voluntários permitirão que as empresas demonstrem conformidade com conjuntos específicos de requisitos, a fim de atender às necessidades específicas do mercado ou do cliente.

Espera-se que os módulos sejam desenvolvidos e disponibilizados para uso durante a vigência desta edição da Norma. A lista dos módulos, os requisitos aplicáveis e quaisquer questões específicas do protocolo de um módulo estarão disponíveis no site de Normas Globais do BRC (www.brcglobalstandards.com) e no serviço de assinatura BRC Participate.

Os módulos voluntários podem ser adicionados a qualquer uma das opções de auditoria completa de certificação.

O protocolo geral dos módulos voluntários está abaixo.

6.1 PLANEJAMENTO DE AUDITORIA

6.1.1 Preparação da empresaO organismo de certificação será previamente notificado da auditoria que um módulo voluntário específico se destina a ser adicionado ao escopo da auditoria. Isso garante que uma quantidade de tempo suficiente possa ser agendada e que seja selecionado um auditor com as qualificações adequadas para o módulo adicional.

A empresa assegurará que o programa de produção, no momento da auditoria, abranja produtos do módulo voluntário a que ele se aplica.

6.1.2 Informações a serem fornecidas ao organismo de certificação para preparação de auditoriaA empresa fornecerá ao organismo de certificação as informações básicas adicionais antes do dia da auditoria para que os auditores estejam totalmente preparados e para possibilitar que a auditoria seja concluída de forma eficiente.

6.1.3 Duração da auditoriaPara que os módulos voluntários sejam incluídos no programa de auditoria, será necessário tempo adicional para a auditoria. O organismo de certificação indicará os requisitos previstos de tempo adicional no momento do planejamento da auditoria.

O tempo adicional real dependerá do módulo ou da combinação dos módulos escolhidos.

6.1.4 Auditoria no localA conformidade com os requisitos dos módulos voluntários escolhidos será avaliada como parte da auditoria em relação à exigência da Norma principal, e espera-se que ela seja integrada ao programa de auditoria, conforme adequado.

Durante a auditoria, serão feitas observações detalhadas relativas a conformidades e não conformidades com os requisitos do módulo adicional, que serão utilizadas como base para o relatório de auditoria. Os auditores avaliarão a natureza e a gravidade de eventuais não conformidades.

Na reunião de encerramento, os auditores apresentarão suas conclusões e confirmarão todas as não conformidades identificadas em relação ao módulo durante a auditoria. Um resumo escrito das não conformidades discutidas na reunião de encerramento será documentado pelos auditores na reunião de encerramento ou no prazo de um dia útil após a conclusão da auditoria.

A decisão de concessão da certificação para o modulo voluntário será determinada de forma independente pela gerência do organismo de certificação, após uma análise técnica do relatório de auditoria e o encerramento de não conformidades no prazo adequado. A empresa será informada da decisão de certificação após essa análise.

6.2 NÃO CONFORMIDADES E MEDIDA CORRETIVA

O nível de não conformidade atribuído por um auditor em relação a um requisito de um módulo voluntário é uma decisão objetiva que diz respeito à gravidade e ao risco e é baseada em provas coletadas e em observações feitas durante a auditoria. Isso é verificado pela gerência do organismo de certificação.

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6.2.1 Não conformidadesNão conformidades em relação aos requisitos de um módulo voluntário serão classificadas da mesma forma que as não conformidades identificadas em relação aos requisitos da Norma principal, a saber:

• Crítica Quando há uma falha crítica de conformidade com a segurança alimentar ou um problema jurídico no escopo do módulo.

• Maior Quando há uma falha substancial no atendimento às exigências de uma “declaração de intenções” ou de alguma cláusula do módulo ou for identificada uma situação que, com base na prova objetiva disponível, levante dúvida significativa quanto à conformidade do produto ou serviço em relação ao módulo.

• Menor Quando uma cláusula não foi totalmente atendida, mas, com base em provas objetivas, a conformidade do produto ou serviço em relação ao módulo está em dúvida.

6.2.2 Procedimentos para tratar não conformidades e medida corretivaApós a identificação de eventuais não conformidades em relação aos requisitos do módulo durante a auditoria, a empresa deverá tomar medidas corretivas para resolver o problema imediato (correção). O processo de “encerramento” de não conformidades depende do nível da não conformidade e do número de não conformidades identificadas.

Não conformidades críticasSe for identificada uma não conformidade crítica em relação a um requisito do módulo, a empresa não poderá ser certificada para este módulo, sem outra auditoria completa do módulo.

Se isso ocorrer em uma empresa que já detenha a certificação do módulo, a certificação do módulo deverá ser imediatamente retirada.

Alguns clientes exigem que sejam imediatamente informados caso seus fornecedores tenham uma não conformidade crítica identificada ou não consigam obter a certificação relativa a um módulo.

Observe que uma não conformidade crítica relativa a um requisito de um módulo voluntário não impede necessariamente a certificação em relação à Norma principal ou outros módulos voluntários.

Não conformidades maiores e menoresNenhum certificado será emitido até que haja comprovação de que as não conformidades maiores e menores foram corrigidas, de forma permanente ou por meio de uma solução temporária que seja aceitável para o organismo de certificação.

O encerramento de não conformidades pode ser obtido com a apresentação de provas objetivas ao organismo de certificação, como procedimentos atualizados, registros, fotografias ou notas fiscais do trabalho realizado, ou com outra visita do organismo de certificação ao local.

Se não houver apresentação de prova satisfatória no prazo de 28 dias corridos após a auditoria, a certificação relativa ao módulo não será concedida. A empresa precisará de uma nova auditoria completa, a fim de ser considerada para a certificação do módulo.

O organismo de certificação analisará a prova objetiva das ações corretivas concluídas antes da concessão de um certificado.

6.3 CLASSIFICAÇÃO DA AUDITORIA

Não haverá classificação dos módulos voluntários. Os módulos serão certificados ou não.

Eventuais não conformidades identificadas na avaliação de um módulo voluntário não serão levadas em conta no momento de decidir a nota da certificação relativa à Norma Global de Segurança Alimentar.

6.4 RELATÓRIOS DE AUDITORIA

Após toda auditoria, será elaborado um relatório completo por escrito no formato acordado para o módulo específico e ele integrará o relatório de auditoria da Norma Global de Segurança Alimentar na forma de adendo. O adendo ao relatório será apresentado em inglês ou em outro idioma, dependendo das necessidades do usuário. Caso o relatório seja apresentado em um idioma diferente do inglês, as seções aplicáveis de resumo de auditoria também serão sempre apresentadas em inglês.

O adendo ao relatório que abrange os requisitos do módulo voluntário será elaborado e enviado para a empresa no prazo de 42 dias a contar da conclusão da auditoria completa.

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O relatório de auditoria completa do BRC, juntamente com o adendo do módulo voluntário será carregado no Diretório de Normas Globais do BRC em tempo hábil, independentemente da emissão de certificado. O proprietário do relatório de auditoria pode facultar o acesso ao relatório de auditoria e seu adendo a clientes ou outras partes no diretório.

O relatório de auditoria e a respectiva documentação, inclusive observações do auditor, serão armazenados de forma segura por um período de cinco anos pelo organismo de certificação.

6.5 CERTIFICAÇÃO

Após uma análise do relatório de auditoria e a apresentação de provas documentais relativas às não conformidades identificadas, a decisão de certificação será tomada pelo gerente de certificação independente designado. Se a certificação for emitida, isso será incluído no certificado da Norma Global de Segurança Alimentar do BRC e emitido pelo organismo de certificação no prazo de 42 dias corridos a contar da auditoria.

Note-se que os módulos voluntários são certificados como adendo à Norma Global de Segurança Alimentar. Caso a certificação da Norma Global de Segurança Alimentar não seja obtida, a certificação do módulo não poderá ser concedida sem que os requisitos do módulo tenham sido cumpridos.

6.6 FREQUÊNCIA CONTÍNUA DE AUDITORIA E RECERTIFICAÇÃO

6.6.1 Agendamento de datas de reauditoriasSe a certificação para o módulo voluntário precisar ser mantida, o módulo será incluído em toda auditoria subsequente das Normas Globais de Segurança Alimentar. As regras de cronograma da próxima auditoria e a manutenção da certificação seguirão a opção de auditoria das Normas Globais de Segurança Alimentar (ou seja, opção com agendamento e sem agendamento ou opção 2 sem agendamento).

7 PROTOCOLO GERAL - PÓS-AUDITORIA7.1 COMUNICAÇÃO COM ORGANISMOS DE CERTIFICAÇÃO

No caso de alguma mudança de circunstância na empresa, que possa afetar a validade da certificação contínua, a empresa deverá notificar imediatamente o organismo de certificação. As mudanças podem incluir:

• procedimentos judiciais em relação à segurança ou legalidade dos produtos

• recall de produto

• danos significativos à empresa (por exemplo, desastres naturais, como inundações ou danos causados por incêndio)

• mudança de propriedade

• mudança significativa na operação ou escopo.

O organismo de certificação, por sua vez, fará o que for necessário para avaliar a situação e as implicações para a certificação e tomará as medidas adequadas.

As informações serão fornecidas ao organismo de certificação pela empresa mediante pedido, para que possa ser feita uma avaliação do efeito sobre a validade do certificado atual.

O organismo de certificação, conforme apropriado, poderá:

• confirmar a validade da certificação

• suspender a certificação até uma investigação mais aprofundada

• solicitar mais detalhes sobre as medidas corretivas tomadas pela empresa

• realizar uma visita ao local para verificar o controle de processos e confirmar a continuidade da certificação

• retirar a certificação

• emitir um novo certificado com os dados do novo proprietário.

Alterações do status de certificação de uma empresa serão registradas no Diretório de Normas Globais do BRC.

7.2 EXTENSÃO DE ESCOPO

Uma vez concedida a certificação, quaisquer produtos adicionais significativos fabricados ou processos realizados pela empresa, que precisem ser incluídos no escopo da certificação, deverão ser comunicados ao organismo de certificação. O organismo de certificação avaliará a importância dos novos produtos ou processos e decidirá se realizará uma visita ao local para examinar os aspectos da extensão necessária do escopo.

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Uma nova visita será necessária antes de conceder a extensão de escopo, nas seguintes circunstâncias:

• inclusão de instalações de produção não consideradas na auditoria inicial

• inclusão de uma nova tecnologia de processamento (por exemplo, enlatamento de produtos de baixa acidez, quando anteriormente apenas produtos de alta acidez estavam no escopo)

• inclusão de novos produtos, que introduzem um novo risco significativo às instalações (por exemplo, a adição de um produto à base de nozes em uma unidade anteriormente livre de alérgenos).

Uma revisita será menos provável se os novos produtos forem extensões das linhas já existentes produzidas no equipamento já existente.

Se for necessária uma extensão do escopo pouco antes do vencimento do certificado, pode ser mais apropriado realizar uma auditoria completa e emitir um novo certificado. Esta opção deve ser acordada entre o organismo de certificação e seu cliente antes da realização da extensão do escopo da auditoria.

Quando uma nova visita for considerada necessária, a duração dessa visita variará de acordo com os aspectos a serem analisados para a extensão necessária do escopo. A visita à empresa deve ser realizada com base nos mesmos princípios da auditoria original (ou seja, incluindo uma reunião de abertura, fiscalização da operação do processo, trilhas de documentação e reunião de encerramento). A nova visita deve ser agendada, independentemente de a empresa ser certificada pelo sistema com agendamento ou não.

As não conformidades identificadas devem ser documentadas e gerenciadas dentro do protocolo normal da Norma (ou seja, a empresa tem 28 dias para apresentar provas adequadas de encerramento e o organismo de certificação deve analisar as informações e confirmar a decisão de certificação da maneira normal). As não conformidades adicionais encontradas na visita à empresa não afetarão nem a nota de certificação nem a continuidade da certificação. No entanto, se forem observadas práticas que deem motivo ao organismo de certificação para duvidar da continuidade da certificação (por exemplo, identificação de uma não conformidade crítica), o organismo de certificação providenciará uma nova auditoria completa da empresa. Nessas circunstâncias, o certificado atual será retirado.

Um relatório da visita deve ser documentado, mas não deve ser no formato de um relatório de auditoria padrão do BRC. Deve ser dada uma breve explicação sobre a natureza da visita, juntamente com a indicação do que foi auditado e as conclusões. O relatório da visita deve documentar que controles estão em prática e confirmar sua eficácia. O relatório deve deixar claro os aspectos que foram examinados e os que foram excluídos.

O certificado atual da empresa será substituído por um novo certificado. O certificado deve usar a mesma data de validade, conforme detalhado no certificado original. A data da próxima auditoria completa, portanto, permanecerá a mesma e isso deverá ser esclarecido ao fornecedor pelo organismo de certificação quando determinar as visitas de extensão de escopo. A nota também permanecerá a mesma.

O certificado deve mencionar que se trata de uma extensão do escopo e indicar a data da visita.

7.3 RETIRADA DA CERTIFICAÇÃOO certificado pode ser retirado pelo organismo de certificação em uma série de circunstâncias em que a empresa tenha deixado de cumprir os requisitos do sistema de certificação do BRC e requisitos da ISO/ IEC 17065. Exemplos dessas circunstâncias:

• prova de que a empresa não cumpre mais os requisitos da Norma, levantando dúvida significativa da conformidade dos produtos produzidos

• não implementação de planos de ação corretivos adequados em prazos adequados

• prova de falsificação de registros.

7.4 RECURSOSA empresa tem o direito de recorrer da decisão de certificação feita pelo organismo de certificação, e qualquer recurso deve ser feito por escrito ao organismo de certificação no prazo de sete dias a contar do recebimento da decisão de certificação.

O organismo de certificação adotará um procedimento documentado para a apreciação e decisão dos recursos interpostos contra a decisão de certificação. Estes procedimentos de investigação independerão do auditor e do gerente de certificação. Procedimentos individuais de recursos documentados dos organismos de certificação serão disponibilizados à empresa mediante pedido. Os recursos serão decididos no prazo de 30 dias corridos a contar do dia do recebimento. A resposta completa por escrito será dada ao recurso após a conclusão de uma investigação completa e exaustiva.

No caso de o recurso não ser bem sucedido, o organismo de certificação terá o direito de cobrar os custos da condução do recurso.

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7.5 VIGILÂNCIA DE EMPRESAS CERTIFICADAS

Para as empresas certificadas, quando apropriado, o organismo de certificação ou o BRC pode realizar outras auditorias ou atividades de perguntas para validar a continuidade da certificação em qualquer ocasião. Essas visitas podem ser com ou sem agendamento e a auditoria pode ser integral ou parcial. A recusa do acesso à empresa pode afetar o status de certificação.

As não conformidades identificadas em uma visita devem ser corrigidas e encerradas dentro do protocolo normal (ou seja, no prazo de 28 dias após a visita) com análise e aceitação pelo organismo de certificação. Se não houver nenhuma intenção por parte da empresa de tomar medidas corretivas adequadas ou se as medidas corretivas forem consideradas impróprias, a certificação será retirada. A decisão final de suspender ou cancelar a certificação permanece com o organismo de certificação. Qualquer alteração no status de certificação será notificada ao BRC pelo organismo de certificação, e o status no Diretório de Normas Globais do BRC será devidamente alterado.

Caso a certificação seja retirada ou suspensa pelo organismo de certificação, a empresa deixará seus clientes, deixando-os plenamente cientes das circunstâncias relacionadas à retirada ou suspensão. Informações sobre as medidas corretivas a serem tomadas para resolver as não conformidades também serão fornecidas aos clientes sempre que necessário.

7.6 LOGOTIPOS DO BRC

A obtenção da certificação do BRC é algo de que se orgulhar. As empresas que obtêm a certificação e não têm exclusões do seu escopo estão qualificadas para usar o logotipo do BRC em materiais de escritório e outros materiais de marketing. Informações e condições relativas ao uso do logotipo do BRC estão disponíveis em www.brcglobalstandards.com

Se uma empresa não estiver mais certificada devido ao vencimento, retirada ou suspensão do certificado, ela não poderá mais usar o logotipo ou o certificado que comprova a certificação.

O logotipo do BRC não é uma marca de certificação do produto e não deve ser utilizado em produtos ou embalagens de produtos. Qualquer empresa que fizer mau uso da marca estará sujeita ao processo de denúncia/recurso do BRC (ver Parte IV) e corre o risco de suspensão ou a retirada de sua certificação.

O logotipo do BRC não pode ser usado por empresas que não incluam todos os produtos no escopo da auditoria.

7.7 DIRETÓRIO DE NORMAS GLOBAIS DO BRC

O Diretório de Normas Globais do BRC (www.brcdirectory.com) é o banco de dados de todas as auditorias realizadas com base na Norma Global do BRC, todos os organismos de certificação, todos os auditores e suas categorias de auditoria reconhecidas.

O diretório mantém cópias completas de todos os relatórios de auditoria em PDF somente para leitura. Isso inclui documentos de auditoria arquivados a partir de 2008.

Os organismos de certificação são responsáveis por manter o nome, o endereço, o conteúdo da auditoria e o status do certificado da empresa. Todos os organismos de certificação são avaliados e classificados pelo BRC com base na rapidez e na precisão com que atualizam dados de auditoria.

Os relatórios de auditoria só podem ser acessados após login seguro.

O diretório também tem um recurso de pesquisa de acesso público, que exibe apenas os dados de certificação. O diretório público disponibiliza apenas uma lista das atuais empresas certificadas, não aquelas cujo certificado venceu ou foi retirado.

As empresas que desejarem a exclusão da listagem pública devem contatar seu organismo de certificação.

7.7.1 Código da empresaToda empresa auditada recebe um número de referência exclusivo de sete dígitos, o código da empresa. Esse número pode ser usado para autenticar a validade de um certificado.

Quando uma empresa é auditada pela primeira vez, ela recebe um código da empresa que permanece inalterado, independentemente de subsequentes organismos de certificação ou status de auditoria.

Os códigos da empresa ficam no canto superior direito da primeira página do relatório de auditoria e no certificado correspondente.

Uma empresa certificada pode ser encontrada na listagem de empresas certificadas do diretório público, inserindo-se o código da empresa no campo de pesquisa “Site Code” ( “Código da Empresa”). Se nenhum resultado da pesquisa for encontrado, entre em contato com o BRC para confirmar a autenticidade da certificação.

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7.7.2 Compartilhamento de auditoriaO diretório permite que os proprietários de auditoria compartilhem seus relatórios de auditoria com os clientes, incluindo varejistas, fabricantes, fornecedores e outras especificações.

Quando ocorre compartilhamento de auditoria, os clientes podem acessar os documentos completos de auditorias atuais, passadas e futuras (assim que estiverem disponíveis), sem qualquer outra intermediação.

Um proprietário de auditoria pode cancelar o compartilhamento a qualquer momento. Todas as alterações de compartilhamento têm efeito imediato.

Documentos de auditoria compartilhada no diretório não podem ser editados ou alterados pelo proprietário de auditoria. Assim, as auditorias obtidas através do diretório podem ser consideradas completas e autenticadas.

7.7.3 E-mails de notificaçãoO diretório notifica os proprietários de auditoria e toda pessoa que tenha acesso compartilhado à auditoria, caso a certificação da empresa seja suspensa, revogada ou esteja vencida sem substituição.

As notificações serão via e-mail automático, que poderá ser desativado se não for necessário.

Para mais informações sobre o diretório ou compartilhamento de auditoria, entre em contato com a equipe de Atendimento do Diretório do BRC pelo e-mail [email protected].

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PARTE IVGESTÃO E GOVERNANÇA DO SISTEMA

REQUISITOS PARA ORGANISMOS DE CERTIFICAÇÃO

GOVERNANÇA TÉCNICA DA NORMA GLOBAL DE SEGURANÇA ALIMENTARConselho Consultivo Internacional 86

Comitê de Assessoria Técnica 88

Grupos de cooperação de organismos de certificação 88

OBTENÇÃO DE CONSISTÊNCIA – CONFORMIDADECalibração de auditores 89

Comentários 89

Reclamações 89

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PARTE IVGESTÃO E GOVERNANÇA DO SISTEMA

REQUISITOS PARA ORGANISMOS DE CERTIFICAÇÃOA Norma Global de Segurança Alimentar é um sistema de certificação de processo e produto. Nesse sistema, empresas alimentícias são certificadas mediante a realização de uma auditoria satisfatória feita por um auditor de uma empresa independente - o organismo de certificação. O organismo de certificação, por sua vez, pode ser avaliado e julgado competente por um organismo internacional de credenciamento.

O processo de certificação e credenciamento está descrito na Figura 4.

Para que uma empresa alimentícia receba um certificado válido com base na realização de uma auditoria satisfatória, a organização deve selecionar um organismo de certificação aprovado pelo BRC. O BRC estabelece requisitos detalhados que um organismo de certificação deve cumprir para obter aprovação.

Como requisito mínimo, o organismo de certificação deve ser credenciado, conforme a ISO/IEC 17065, por um organismo de credenciamento nacional filiado ao International Accreditation Forum (Fórum Internacional de Credenciamento) e reconhecido pelo BRC.

Mais detalhes estão disponíveis no documento “Requisitos para organizações que oferecem certificação com base nos critérios das Normas Globais do BRC”, disponibilizado pela BRC mediante pedido.

As empresas que buscam certificação pela Norma devem assegurar-se de que estejam usando um organismo de certificação autêntico aprovado pelo BRC. A lista de todos os organismos de certificação aprovados pelo BRC está disponível no Diretório de Normas Globais do BRC (www.brcdirectory.com).

O BRC reconhece que, em determinadas circunstâncias, como no caso de novos organismos de certificação que pretendem começar a auditar com base na Norma, o credenciamento pode não ter sido obtido ainda. Isso ocorre porque o processo de credenciamento em si requer que algumas auditorias tenham sido realizadas e, depois, essas auditorias serão analisadas como parte da auditoria de credenciamento do organismo de certificação. Como parte do processo de credenciamento, o organismo de certificação deve ser capaz de realizar auditorias, por isso, algumas auditorias não credenciadas serão realizadas. Isso será permitido quando a organização puder demonstrar:

• um pedido ativo de credenciamento pela norma ISO/IEC 17065 de um organismo nacional de credenciamento aprovado

• que o credenciamento será obtido dentro de 12 meses a contar da data do pedido e que a experiência e as qualificações dos auditores na categoria de produtos em causa sejam compatíveis com as especificadas pelo BRC

• que há um contrato em vigor com o BRC e que todos os outros requisitos estabelecidos foram cumpridos

• a aceitação dos relatórios de auditoria gerados por organismos de certificação aguardando credenciamento, respeitados os critérios acima, depende das especificações do indivíduo.

GOVERNANÇA TÉCNICA DA NORMA GLOBAL DE SEGURANÇA ALIMENTARA Norma e o respectivo sistema são gerenciados pelo BRC com governança e assessoria técnica prestada por uma série de grupos de partes interessadas (ver Figura 5), cada um deles trabalhando com base em um conjunto de termos de referência.

CONSELHOS CONSULTIVOS INTERNACIONAIS

O gerenciamento técnico e operação da Norma são regidos pelos Conselhos Consultivos Internacionais do BRC. Os conselhos são compostos por representantes técnicos de nível sênior de empresas internacionais de varejo e fabricação de alimentos na Europa, América e Ásia.

As funções dos conselhos consultivos são: fornecer aconselhamento estratégico sobre desenvolvimento e gerenciamento das Normas Globais do BRC e das atividades para garantir o gerenciamento eficaz dos organismos de certificação e do processo de auditoria.

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FIGURA 4 PROCESSO DE CREDENCIAMENTO DE ORGANISMOS DE CERTIFICAÇÃO

Fórum internacional de credenciamento

e fóruns regionais de

credenciamento

ISO/IEC 17011 Requisitos gerais

para organismos de credenciamento

Diretrizes do IAF sobre a aplicação da ISO/IEC 17065

ISO/IEC 17065

Requisitos para organismos de certificação que oferecem

certificação com base nos critérios das Normas Globais

do BRC

Website das Normas Globais do BRC

www.brcglobalstandards.com (site em inglês)

Diretório de Normas Globais do BRC

www.brcdirectory.com

Organismo de credenciamento

nacional

Organismo de certificação

Unidade Unidade Unidade

Documentaç ão de apoio

CREDENCIAMENTO

CERTIFICAÇÃO

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COMITÊ DE ASSESSORIA TÉCNICA

Toda Norma Global do BRC é apoiada por, pelo menos, um Comitê de Assessoria Técnica (CAT), que se reúne regularmente para discutir questões técnicas, operacionais e de interpretação relacionadas à Norma. O BRC fornece o secretariado técnico para esses grupos.

O CAT da Norma Global de Segurança Alimentar é composto por altos gerentes técnicos que representam os usuários da Norma e incluem representantes de varejistas, fabricantes de alimentos, associações comerciais de cada setor, organismos de certificação e especialistas técnicos independentes.

A Norma é revisada a cada três anos para avaliar a necessidade de atualização ou a elaboração de uma nova edição. Este trabalho é realizado pelo CAT, que se amplia com a finalidade de incluir outros conhecimentos disponíveis.

O CAT também analisa requisitos de competência do auditor, materiais de treinamento propostos e documentos técnicos complementares de apoio às Normas.

GRUPOS DE COOPERAÇÃO DE ORGANISMOS DE CERTIFICAÇÃO

O BRC incentiva e facilita reuniões dos organismos de certificação que participam do sistema (grupos de cooperação) para discutir questões resultantes da aplicação da Norma e discutir questões de interpretação. Esses grupos informam regularmente o BRC sobre questões operacionais, implementação e melhorias sugeridas. Representantes dos grupos de cooperação assistem às reuniões do CAT.

FIGURA 5 GOVERNANÇA DOS SISTEMAS DO BRC

OBTENÇÃO DE CONSISTÊNCIA – CONFORMIDADEA manutenção de um alto padrão uniforme de auditoria e certificação, bem como a capacidade das empresas certificadas de manter os padrões obtidos na auditoria, são essenciais para a confiança no sistema e para o valor da certificação. Por isso, o BRC dispõe de um programa ativo de conformidade para complementar o trabalho dos organismos de credenciamento e garantir a manutenção de padrões elevados.

O sistema BRC só pode ser certificado por organismos de certificação registrados e aprovados pelo BRC e credenciados por um organismo de credenciamento reconhecido pelo BRC. Todos os auditores que realizem auditorias com base na Norma devem atender aos requisitos de qualificações de auditor do BRC e devem ser registrados no BRC. Os requisitos de qualificações, treinamento e experiência para auditores que realizam auditorias com base na Norma Global do BRC de Segurança Alimentar estão detalhados no Anexo 5. Todas as auditorias realizadas com base na Norma serão carregadas no Diretório de Normas Globais do BRC, o que permite ao BRC supervisionar a atividade dos organismos de certificação e a oportunidade de analisar a qualidade dos relatórios produzidos.

Executivo do BRC

Conselho Consultivo Internacional

Comitê de Assessoria Técnica

Grupos de cooperação de organismos de certificação

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O SISTE

MA

Para apoiar a Norma, o BRC opera um programa de conformidade que analisa o desempenho dos organismos de certificação, analisa amostras da qualidade dos relatórios de auditoria, avalia os níveis de conhecimentos dos requisitos do sistema e investiga quaisquer problemas ou reclamações. Como parte desse programa, o BRC fornece comentários sobre o desempenho de cada organismo de certificação através de um programa de indicador-chave de desempenho (KPI).

Como parte do programa de conformidade, o BRC audita os escritórios de organismos de certificação e acompanha auditores em auditorias nas empresas para observar o desempenho dos auditores. O BRC também pode realizar visitas independentes a empresas certificadas para assegurar que os padrões de qualidade e segurança dos alimentos estejam sendo mantidos em linha com seu status de certificação e assegurar que a auditoria e o processo de relatório estejam de acordo com o padrão esperado.

CALIBRAÇÃO DE AUDITORES

Um componente essencial do sistema é a calibração dos auditores para assegurar conhecimento e aplicação dos requisitos consistentes. Todos os organismos de certificação são obrigados a ter processos para calibrar seus próprios auditores. Um elemento essencial do treinamento e da calibração dos auditores é o programa de auditoria testemunhada. Os auditores são observados durante uma auditoria e, depois, recebem comentários sobre seu desempenho na auditoria. A fim de assegurar a uniformidade entre os organismos de certificação e para fins de credenciamento, uma auditoria pode ser testemunhada por um representante do BRC ou por um auditor do organismo de certificação. Essas atividades dispõem de diretrizes que garantem que as empresas não sejam prejudicadas pela presença de dois auditores. Esse processo constitui parte essencial do sistema, e as empresas são obrigadas a permitir auditorias testemunhadas como parte das condições para a certificação.

COMENTÁRIOS

As empresas auditadas com base na Norma podem desejar enviar comentários sobre o desempenho do auditor ao organismo de certificação ou ao BRC. Esses comentários enviados ao BRC serão considerados sigilosos. Os comentários são uma contribuição valiosa para o programa do BRC de monitoramento de desempenho de organismos de certificação.

RECLAMAÇÕES

O BRC implementou um processo de reclamação formal, que está disponível para organizações envolvidas com as Normas Globais. Esta opção está disponível no site (www.brcglobalstandards.com).

Periodicamente, a não aplicação dos princípios e critérios das Normas Globais do BRC em empresas certificadas pode ser relatada ao BRC, por exemplo, por varejistas e empresas que realizam suas auditorias. Nesse caso, o BRC conduzirá uma investigação, conforme apropriado, e poderá realizar visitas, com ou sem agendamento, à empresa certificada.

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ANEXO

ANEXO 1Outras Normas Globais do BRC 96

ANEXO 2Diretrizes sobre a definição de zonas de risco de produção 97

ANEXO 3Processos equivalentes para atingir 70 ºC por 2 minutos 103

ANEXO 4Protocolo de auditoria de vários locais 104

ANEXO 5Qualificações, exigências de treinamento e experiência para auditores 107

ANEXO 6Categorias de produto 109

ANEXO 7Modelo de certificado 112

ANEXO 8Exemplo de prova de correção de não conformidades e medida preventiva 113

ANEXO 9Glossário 114

ANEXO 10Agradecimentos 120

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O BRC desenvolveu um conjunto de Normas Globais que estabelece os requisitos para a fabricação de alimentos e produtos de consumo, a embalagem usada para proteger os produtos e o armazenamento e distribuição desses produtos. As outras Normas do BRC complementam a Norma de Segurança Alimentar e fornecem um recurso para a auditoria e a certificação de fornecedores.

A Norma Global do BRC para Embalagens e Materiais de Embalagem é uma norma de auditoria que estabelece os requisitos para a fabricação de materiais de embalagem usados para alimentos e produtos ao consumidor. Empresas de produtos alimentícios e não alimentícios podem solicitar essa norma a seus fornecedores de embalagem.

A Norma Global do BRC para Armazenamento e Distribuição é uma norma de auditoria que estabelece os requisitos para armazenamento, distribuição, venda por atacado e serviços contratados para produtos alimentícios embalados e não embalados, materiais de embalagem e bens de consumo. A Norma não se aplica às instalações de armazenamento sob o controle direto da administração das instalações de produção, que são cobertas pela Norma de produção relevante (por exemplo, Norma Global de Segurança Alimentar do BRC).

A Norma Global do BRC para Produtos de Consumo é uma norma de auditoria aplicável à fabricação e montagem de produtos de consumo. Isso exclui especificamente produtos relacionados a alimentos, como suplementos vitamínicos, minerais e naturais, que se enquadram no escopo da Norma Global de Segurança Alimentar do BRC.

A Norma Global do BRC para Agentes e Corretores é uma norma de auditoria que permite às empresas serem auditadas e certificadas quando compram e vendem produtos ou prestam serviços a terceiros, mas não conseguem obter certificação conforme as normas de produção ou armazenamento e distribuição, porque não há produto presente a ser auditado.

ANEXO 1OUTRAS NORMAS GLOBAIS DO BRC

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A Norma identifica várias zonas de risco dentro das instalações de processamento e armazenamento, com níveis de higiene e segregação correspondentes para reduzir o potencial de contaminação do produto. As árvores de decisão (Figuras 6 e 7) fornecem um guia para a definição das zonas de risco. As zonas de risco são assim classificadas:

• alto risco (refrigerados e congelados)

• controle intensivo (refrigerados e congelados)

• controle intensivo para produtos à temperatura ambiente

• baixo risco

• áreas de produtos fechados (por exemplo, armazéns e depósitos)

• áreas sem produto (por exemplo, cantinas, lavanderias e escritórios).

Os controles de segurança alimentar operados nas áreas de fábrica serão apropriados ao produto. As expectativas de higiene da fábrica, acabamento de edifícios, equipamentos, roupas de proteção e higiene do pessoal devem refletir os riscos potenciais ao produto. A identificação de áreas de diferentes riscos ajuda a garantir que os controles apropriados de segurança alimentar estejam em vigor e a identificar necessidades de restringir o movimento de pessoal e de materiais entre as áreas.

ÁREA DE PRODUTO ABERTOSempre que houver ingredientes, produtos intermediários e produtos acabados não protegidos do ambiente de fábrica, haverá um risco potencial de contaminação por corpos estranhos, material alergênico ou microrganismos no ambiente.

A importância dos riscos de contaminação microbiológica dependerá da suscetibilidade do produto ao desenvolvimento ou à sobrevivência de agentes patogênicos, além das condições de armazenagem, da validade e do tratamento posterior esperado do produto na fábrica ou pelo consumidor.

Ao determinar as zonas, os riscos apresentados por patógenos recebem consideração especial. Deve-se reconhecer que alguns produtos assim considerados de baixo risco, no entanto, exigirão elevados padrões de controle microbiológico por causa do problema significativo representado pelo potencial de organismos de deterioração (por exemplo, leveduras em iogurte ou mofo no queijo duro).

ALTO RISCO (REFRIGERADOS E CONGELADOS)

Esta é uma área fisicamente segregada (ver abaixo) projetada com alto padrão de higiene em que as práticas relativas a pessoal, ingredientes, equipamentos, embalagens e ambiente visam minimizar o potencial da contaminação do produto por microrganismos patogênicos. Os produtos que necessitam de tratamento em uma área de alto risco devem atender a todos estes requisitos:

• Os produtos acabados requerem refrigeração ou congelamento durante o armazenamento para preservar a segurança alimentar.

• Todos os componentes passam por um1 processo de completo cozimento de no mínimo 70 °C durante 2 minutos ou equivalente (ver Anexo 3) antes de adentrar a área.

• Os produtos acabados são vulneráveis ao desenvolvimento de patógenos (por exemplo, espécies de Listeria) ou à sobrevivência de patógenos, que poderiam subsequentemente se desenvolver durante o armazenamento normal ou a utilização do produto (por exemplo, se um produto congelado for descongelado, mas não for consumido imediatamente).

• Os produtos acabados são prontos para consumo ou prontos para aquecer ou, com base no uso conhecido do consumidor, podem acabar sendo consumidos sem o cozimento adequado.

Exemplos de produtos considerados de alto risco incluem carne cozida fatiada e refeições pré-preparadas totalmente cozidas.

ANEXO 2DIRETRIZES SOBRE A DEFINIÇÃO DE ZONAS DE RISCO DE PRODUÇÃO

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FIGURA 6 ÁRVORE DE DECISÃO 1 DA ZONA DE PRODUÇÃO - PRODUTOS REFRIGERADOS E CONGELADOS

Sim

Não

Sim

Sim

Refrigerados ou congelados

Os produtos finais são armazenados à temperatura ambiente, resfriados ou

congelados?

Etapa 1

Alimentos à temperatura ambiente

Consulte a Árvore de Decisão 2 da Zona de Produção

Os produtos ou ingredientes dentro da área ficam expostos ao ambiente (ou seja, nem embalados nem totalmente fechados em

tanques ou tubulações, etc.)?

Etapa 2

Não

Áreas de produtos fechados - por exemplo, armazéns, líquidos canalizados (por exemplo, leite, suco de

frutas, vinho)

O produto favorece o desenvolvimento ou a sobrevivência de patógenos, que poderiam

subsequentemente se desenvolver durante o armazenamento ou o uso normal do produto a menos que seja refrigerado ou congelado?

Etapa 3

Não

Área de baixo risco - por exemplo, frutas e legumes

frescos, alimentos armazenados refrigerados ou congelados

apenas para prolongar a validade (por exemplo, frutas e legumes

congelados)

A área contém produtos que, com base em instruções de cozimento e uso conhecido do cliente*, são submetidos a cozimento

completo** antes do consumo?

Etapa 4

Sim

Área de baixo risco - por exemplo, carne crua, legumes (como batatas), refeições pré-preparadas que contenham

proteína bruta, pizzas congeladas, tortas congeladas

sem assar

Todos os produtos vulneráveis receberam, antes da entrada da área, um tratamento

térmico equivalente a 70 °C por 2 minutos?Etapa

5Não

Área de cuidado intensivo - por exemplo, saladas frescas pré-preparadas, sanduíches,

carnes curadas, salmão defumado a frio, sobremesas

lácteas com componentes não

cozidos, refeições preparadas com guarnições***, pizzas

refrigeradas

Área de alto risco - por exemplo, carnes cozidas, patê, homus, refeições preparadas sem guarnições, sobremesas lácteas com

componentes cozidos

* Se o produto for pronto para consumo ou pronto para aquecimento ou, com base no uso conhecido do consumidor, tiver probabilidade de ser consumido sem cozimento adequado, prossiga para a etapa 5.

** Tratamento térmico equivalente a 70 °C por 2 minutos

*** Cru ou sem pH/Aa estabilizado, portanto favorecerá o desenvolvimento de Listeria monocytogenes

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FIGURA 7 ÁRVORE DE DECISÃO 2 DA ZONA DE PRODUÇÃO - PRODUTOS À TEMPERATURA AMBIENTE

Sim

Sim

Não

Sim

Alimentos à temperatura ambiente

Os produtos finais são armazenados à temperatura ambiente, resfriados ou congelados?

Etapa 1

Refrigerados ou congelados

Consulte a Árvore de Decisão 1 da Zona de Produção

Os produtos ou ingredientes dentro da área ficam expostos ao ambiente (ou seja, nem embalados nem totalmente fechados em

tanques ou tubulações, etc.)?

Etapa 2

Não

Áreas de produtos fechados - por exemplo,

armazéns, líquidos canalizados (por exemplo, leite, suco de frutas, vinho)

A área contém produtos que, com base em instruções de cozimento e uso conhecido do cliente*, são submetidos a cozimento

completo** antes do consumo?

Etapa 3

Sim

Área de baixo risco - por exemplo, legumes e

verduras (como batatas), alimentos secos (como cereais, arroz, grãos)

Os patógenos vegetais (por exemplo, Salmonella) com o potencial de causar intoxicação alimentar sobreviverão e se desenvolverão durante o uso e armazenamento normais do produto? Ou a

natureza da matriz alimentar (por exemplo, alto teor de gordura) é tal que protege e permite que

um nível muito baixo de patógenos sobreviva e cause intoxicação?

Etapa 4

Não

Área de baixo risco - por exemplo, produtos

enlatados, sopas desidratadas, produtos

de panificação, biscoitos, batatas fritas, cereais de café

da manhã, farinha, ervas secas, açúcar, chá, café

As matérias-primas são uma fonte conhecida de contaminação por patógenos vegetais

(que poderiam posteriormente contaminar o produto acabado)? E o processo de fabricação da unidade inclui uma etapa do processo que

remove o patógeno (ou seja, uma etapa de eliminação de patógenos)?

Etapa 5

Não

Área de baixo risco - por exemplo, granola, o uso

de chocolate pré-fabricado em produtos de confeitaria (ou seja, sem cacau cru na

unidade), uso de amendoins torrados em produtos

processados (ou seja, sem amendoim cru na unidade)

Exemplos de processos que exigem área de controle intensivo para o processamento de alimentos à temperatura ambiente incluem a

fabricação de chocolate a partir de cacau bruto, produção de pasta de amendoim a partir de

amendoins crus, trigo com tratamento térmico.

* Se o produto acabado for do tipo pronto para consumo ou pronto para aquecimento ou, com base no uso conhecido do consumidor, tiver probabilidade de ser consumido sem cozimento adequado, prossiga para a etapa 4.

** Tratamento térmico equivalente a 70 °C por 2 minutos

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Deve-se observar que, quando o produto tem instruções de cozimento para o consumidor que equivale a um cozimento completo, o produto pode ser considerado de baixo risco. Nessas situações, a empresa deverá ter uma validação completa que o auditor possa consultar, demonstrando que as instruções de cozimento são apropriadas e que o produto atingirá a temperatura correta/tempo correto quando as instruções de cozimento forem seguidas.

O objetivo da segregação física é proporcionar uma área independente onde produtos descobertos (isto é, sem proteção) de alto risco sejam manipulados, após a etapa de eliminação microbiológica (por exemplo, tratamento térmico) até estarem completamente protegidos, em geral por meio de embalagem.

A barreira de segregação deve ser capaz de evitar o risco de contaminação cruzada:

• por patógenos que podem estar presentes em um ambiente de baixo risco ou em produtos ou ingredientes que não receberam um cozimento completo

• por todas as pessoas que se deslocam entre a área de alto risco e outras áreas, exceto em áreas designadas para troca de roupa

• pela movimentação de todos os equipamentos, utensílios ou materiais para a área de alto risco, exceto através de pontos de entrada com controle sanitário

• pela água ou outros líquidos sobre o chão, lavagem na área de alto risco

• por contaminantes do ar (por exemplo, partículas de poeira ou gotas de água).

A barreira ideal é uma parede inteira que separe a área de alto risco de outras áreas. Na avaliação da adequação da barreira de segregação, é necessária uma avaliação de risco documentada.

Espera-se que fábricas recém-construídas tenham a separação por parede inteira quando houver exigência de instalações de alto risco.

A segregação de tempo não é uma alternativa aceitável à segregação física para áreas de alto risco.

CONTROLE INTENSIVO (REFRIGERADOS E CONGELADOS)

Esta é uma área destinada a alto padrão em que práticas relativas a pessoal, ingredientes, equipamentos, embalagens e ambiente visam minimizar o potencial de contaminação do produto por microrganismos patogênicos. A segregação (ver abaixo) da área de controle intensivo e as providências de acesso à área devem minimizar o risco de contaminação do produto. Produtos que necessitam de tratamento em uma área de controle intensivo devem atender a todos estes requisitos:

• Os produtos acabados requerem refrigeração ou congelamento durante o armazenamento.

• Todos os componentes microbiologicamente suscetíveis devem passar por um processo para reduzir a contaminação microbiológica a níveis aceitáveis (normalmente, uma redução de 1 a 2 logs de microrganismos, como as espécies de Listeria) antes da entrada na área.

• Os produtos acabados são vulneráveis ao desenvolvimento ou à sobrevivência de patógenos, que poderiam subsequentemente se desenvolver durante o armazenamento normal ou a utilização do produto (por exemplo, se um produto congelado for descongelado, mas não for consumido imediatamente).

• Os produtos acabados estão prontos para consumo2 ou prontos para aquecer3 ou, com base no uso conhecido do consumidor, podem acabar sendo consumidos sem cozimento adequado.

Apesar de todos os ingredientes e produtos vulneráveis, antes da entrada na área de controle intensivo, terem sofrido um processo para reduzir bactérias patogênicas a um nível que os tornasse seguros para serem consumidos, organismos de deterioração estarão presentes e serão controlados pela temperatura e pela validade. Exemplos de produtos considerados de controle intensivo incluem sanduíches e saladas pré-preparadas.

Produtos produzidos em áreas de controle intensivo podem, por si só, apresentar riscos a outros produtos; por exemplo, o uso de produtos para salada, mesmo quando processados por lavagem em solução de cloro para reduzir a carga microbiana, ainda podem apresentar um maior risco, e isso precisa ser levado em conta no planejamento de sistemas de higiene e controles de produção dentro da área de controle intensivo.

É importante que a área de controle intensivo seja efetivamente protegida de recontaminação das zonas de baixo risco. Essa segregação é mais eficazmente alcançada por uma separação física total, por meio de paredes que separem a área de controle intensivo de outras áreas da fábrica.

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A barreira de segregação deve ser capaz de evitar o risco de contaminação cruzada:

• por patógenos que podem estar presentes em um ambiente de baixo risco ou em produtos ou ingredientes que não receberam um cozimento completo

• por todas as pessoas que se deslocam entre a área de controle intensivo e outras áreas, exceto em áreas designadas para troca de roupa

• pelo movimento de todos os equipamentos, utensílios ou materiais para a área de controle intensivo, exceto através de portas com controle sanitário

• pela água ou outros líquidos sobre o chão, lavagem na área de controle intensivo

• por contaminantes do ar (por exemplo, partículas de poeira ou gotas de água).

Na avaliação da adequação da barreira de segregação, é necessária uma avaliação de risco documentada. Controles alternativos podem ser aceitos quando todos os objetivos acima forem atendidos.

Espera-se que fábricas recém-construídas tenham a separação por parede inteira quando houver exigência de instalações de alto risco.

CONTROLE INTENSIVO PARA PRODUTOS À TEMPERATURA AMBIENTE

Esta é uma área projetada de acordo com alto padrão, em que as práticas relativas a pessoal, ingredientes, equipamentos, embalagens e ambiente visam minimizar o potencial de contaminação do produto por microrganismos patogênicos. Os produtos à temperatura ambiente tratados nessas áreas são vulneráveis, pois os patógenos sabidamente sobrevivem no produto (ou seja, esta área é diferente das áreas de baixo risco, pois os produtos manipulados em áreas de baixo risco, intrinsecamente ou por causa de sua concepção, não sustentam o desenvolvimento ou a sobrevivência de patógenos ou são concebidos para sofrer uma posterior etapa de eliminação microbiológica validada).

Produtos que necessitam de tratamento nesta área devem atender a todos estes requisitos:

• Matérias-primas são propensas à contaminação por patógenos vegetais (por exemplo, espécies de Salmonella).

• O processo de produção inclui uma etapa que elimina ou reduz os patógenos (por exemplo, uma etapa de eliminação microbiológica). (Se não houver nenhuma etapa eficaz, supõe-se que o eventual risco associado à matéria-prima seja controlado como parte da avaliação de risco de matéria-prima.)

• Os produtos acabados são armazenados à temperatura ambiente (isto é, superior a 5 °C).

• Os produtos acabados estão prontos para consumo2 ou prontos para aquecer3 ou, com base no uso conhecido do consumidor, podem acabar sendo consumidos sem cozimento adequado.

• Os produtos acabados são do tipo em que patógenos vegetais podem sobreviver e crescer em uso normal, e posteriormente causar intoxicação alimentar, ou são de uma natureza (por exemplo, alimentos gordurosos) que permite a ocorrência de intoxicação alimentar mesmo com um nível muito baixo de contaminação por patógenos.

Exemplos de processos que exigem área de controle intensivo para o processamento de alimentos à temperatura ambiente incluem a fabricação de chocolate a partir de cacau bruto, a produção de leite em pó a partir de leite líquido cru ou a produção de manteiga de amendoim a partir de amendoim cru.

Os produtos à temperatura ambiente que exigem área de controle intensivo não incluem os produtos cujo risco de contaminação por patógenos vegetais da matéria-prima seja controlado numa fase anterior da cadeia de abastecimento. Por exemplo, um fabricante de biscoitos que adquira chocolate pronto para a incorporação a um biscoito não seria considerado produto à temperatura ambiente que requer área de controle intensivo, uma vez que o risco está associado ao grão de cacau cru e ele foi controlado pelo fornecedor de chocolate. Espera-se, no entanto, que o fabricante, tenha processos de avaliação de risco de matéria-prima bruta para assegurar que a matéria-prima recebida atenda aos padrões apropriados.

A empresa precisará avaliar o nível de risco que esses produtos representam e introduzir controles adequados baseados no risco para minimizar o potencial de contaminação cruzada. Dependendo do produto, os controles podem ser semelhantes aos do alto risco ou controle intensivo. Os controles usados e a avaliação de risco que se mostrem apropriados devem ser documentados.

Deve-se observar que a Norma do BRC inclui apenas duas cláusulas relativas a requisitos específicos de áreas de controle intensivo para produtos à temperatura ambiente (cláusulas 4.3.1 e 4.3.7). As cláusulas que se referem a áreas de alto risco ou de controle intensivo (sem referência a produtos à temperatura ambiente) não se aplicam a áreas controle intensivo para produtos à temperatura ambiente.

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BAIXO RISCO

A importância para a saúde humana da contaminação microbiológica em áreas de baixo risco é reduzida porque os produtos:

• não favorecem o desenvolvimento de patógenos (intrinsecamente ou pelo projeto do produto) ou a sobrevivência de patógenos, que poderiam subsequentemente se desenvolver durante o armazenamento ou o uso normal do produto

• são projetados para sofrer uma etapa de eliminação microbiológica posterior que os tornará seguros para consumo.

As normas de higiene nessas áreas geralmente exigem maior ênfase na prevenção de corpo estranho e contaminação por alérgeno, mas mesmo assim, boas práticas de fabricação, incluindo bom fluxo de processo, ainda são esperadas.

Os produtos fabricados nesta área incluem o seguinte:

• Produtos que sempre requerem cozimento pelo consumidor antes do consumo (por exemplo, carne e peixe cru). Quando forem fornecidas instruções de cozimento aos consumidores, estas devem ser totalmente validadas.

• Produtos que são processados dentro do recipiente final (por exemplo, enlatados).

• Produtos impróprios para desenvolvimento/sobrevivência de patógenos que são armazenados e distribuídos como produtos à temperatura ambiente (por exemplo, conservas, produtos com pH controlado, como picles, alimentos com baixo Aa, como massas secas e produtos de confeitaria).

• Produtos prontos para consumo que são armazenados sob refrigeração ou congelados para que sua qualidade seja preservada, mas que tenham outros controles para impedir o desenvolvimento de patógenos (por exemplo, queijo duro).

• Matérias-primas ou produtos preparados e misturas antes de sofrerem uma etapa de eliminação microbiológica antes da transferência para áreas de alto risco ou de controle intensivo.

Exemplos de produtos considerados de baixo risco incluem carne crua, açúcar e farinha.

ÁREAS DE PRODUTOS FECHADOSÁrea da fábrica onde todos os produtos estão completamente fechados e, portanto, não são vulneráveis à contaminação ambiental (por exemplo, por corpos estranhos ou microrganismos). Essas áreas incluem áreas em que:

• o produto esteja completamente fechado dentro de embalagens (por exemplo, áreas de armazenamento de matérias-primas e de produto acabado e áreas de expedição)

• o produto esteja completamente fechado dentro do equipamento, protegido de contaminação física ou microbiológica do equipamento de produção durante a produção - o que pode incluir uma linha de transferência e equipamento totalmente fechado e também áreas em que o equipamento mantenha seu próprio ambiente para proteger o produto para proteger o produto (por exemplo, equipamento de enchimento asséptico).

Sempre que forem introduzidas linhas de produtos, por exemplo, para limpeza, manutenção ou amostragem, deve haver processos documentados para garantir que o potencial de contaminação seja minimizado e que a linha retorne ao padrão correto para manter o status de produto fechado.

ÁREAS SEM PRODUTOAs unidades de produção têm algumas áreas sem produto (ou seja, as partes da unidade para onde os produtos nunca são levados, como cantinas, escritórios ou lavanderias). Essas áreas muitas vezes operam com padrões diferentes dos exigidos em áreas de produção e armazenamento.

São necessários procedimentos para garantir que as atividades nessas áreas não possam resultar na contaminação posterior das áreas de produção (por exemplo, remoção de vestuário de proteção quando sair das áreas de produção, lavagem das mãos antes de entrar em áreas de produtos abertos, etc.).

ÁRVORES DE DECISÃO DA ÁREA DE PRODUÇÃOAs árvores de decisão apresentadas nas Figuras 6 e 7 fornecem um guia para a classificação das áreas de produção, mas não levam em conta as características específicas do produto (por exemplo, pH ou Aa) ou a vulnerabilidade de determinados produtos a patógenos ou deterioração que possam resultar em exceções. Uma avaliação detalhada dos riscos deve ser realizada sempre que necessário, para apoiar a decisão.

1 “Cozimento” é um processo térmico cuja finalidade é atingir uma redução de 6 logs de Listeria monocytogenes equivalente a 70 ºC durante 2 minutos. Processos alternativos de cozimento podem ser aceitos ou exigidos para atender a diretrizes nacionais reconhecidas e validadas por dados científicos. Observe que outros processos que atingem uma redução de 6 logs (por exemplo, irradiação, processos de alta pressão) devem ser considerados da mesma maneira que os processos de cozimento convencionais.

2 Alimento pronto para consumo é o alimento destinado pelo fabricante ao consumo humano direto sem a necessidade de cozimento ou outros processos para eliminar ou reduzir os microrganismos em questão a um nível aceitável.

3 Produtos alimentícios prontos para aquecer destinam-se ao consumo seguro sem a necessidade de cozimento completo; o aquecimento do produto se destina a torná-lo mais palatável e não constitui uma etapa de eliminação de micróbios.

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A Tabela 2 mostra os processos de cozimento equivalentes destinados a alcançar 70 ºC por 2 minutos que foram calculados utilizando-se o valor z de 7,5 ºC. Por exemplo, se o aquecimento for a 68 ºC, a Tabela 2 indica que um minuto de aquecimento a 68 ºC é equivalente a 0,541 minutos a 70 °C. Portanto, para obter o equivalente a 2 minutos a 70 ºC, seria necessário aquecer a 68 ºC durante 3,70 minutos (2 ÷ 0,541 = 3,70).

Essa tabela é reproduzida com permissão de Campden BRI Guideline 51 - Pasteurisation: A Food Industry Practical Guide (segunda edição, 2006). Serve apenas para fins ilustrativos. Os tempos equivalentes são dados em função do valor de z do organismo em questão, que no presente exemplo é dado como 7,5 ºC. Os valores de z podem variar de uma estirpe para outra e também pode mudar com a temperatura. Cópias do documento estão disponíveis na seção de publicações da Campden BRI (telefone: +44 (0) 1386 842048, e-mail: [email protected]).

TABELA 2 PROCESSOS EQUIVALENTES PARA ATINGIR 70 ºC POR 2 MINUTOSTEMPERATURA NO PONTO

DE AQUECIMENTO MAIS LENTO (°C)

TAXA LETAL (MIN.) (EQUIVALENTE A 1 MIN.

A 70 °C)

TEMPO NECESSÁRIO PARA A TEMPERATURA DE REFERÊNCIA ATINGIR

UM PROCESSO EQUIVALENTE (MIN.)60 0,046 43,48

61 0,063 31,74

62 0,086 23,26

63 0,116 17,24

64 0,158 12,66

65 0,215 9,30

66 0,293 6,83

67 0,398 5,02

68 0,541 3,70

69 0,735 2,72

70 1,00 2,00

71 1,36 1,47

72 1,85 1,08

73 2,51 0,80 (48 s)

74 3,41 0,60 (36 s)

75 4,64 0,43 (26 s)

76 6,31 0,32 (19 s)

77 8,58 0,23 (14 s)

78 11,66 0,17 (10 s)

79 15,85 0,13 (8 s)

80 21,54 0,09 (5 s)

ANEXO 3PROCESSOS EQUIVALENTES PARA ATINGIR 70 ºC POR 2 MINUTOS

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ESCOPO DE AUDITORIAO escopo de uma auditoria do BRC precisa ser acordado entre a unidade e o organismo de certificação antes da auditoria.

A auditoria, o relatório e o certificado serão específicos do “produto” e do “local” No entanto, em algumas circunstâncias, mais do que uma unidade poderá ser incluída no escopo de um único certificado. Isso será considerado excepcional, mas admissível desde que sejam obedecidas as regras a seguir.

As auditorias poderão abranger vários endereços de unidades se todas as seguintes regras se aplicarem:

• todas as unidades devem ser de propriedade da mesma organização

• todas as unidades devem ser operadas com os mesmos sistemas de gestão de qualidade documentados

• as unidades devem fabricar produtos que façam parte do mesmo processo de produção

• as unidades devem fornecer apenas para as outras unidades sem clientes adicionais

• a distância entre as unidades não deve ultrapassar os 50 km.

PLANEJAMENTO DE AUDITORIATodas as unidades devem ser visitadas, como parte do mesmo cronograma de auditoria (ou seja, no mesmo prazo).

O plano de auditoria do organismo de certificação deve indicar claramente os locais que serão auditados.

Deve ser claramente indicado no relatório e no certificado que a auditoria consistiu em visitas a mais de um endereço de unidade (por exemplo, manufatura de queijo em Cheddar Industrial Estate, Wensleydale, Yorkshire, e maturação em Camembert Road, Ripon).

AUDITORIAS DE ATIVIDADES QUANDO A SEDE ESTIVER EM LOCAL SEPARADONa realização de auditorias de unidades que fazem parte de um grupo de produção maior, não é incomum que alguns dos requisitos no escopo da Norma sejam atendidos por um escritório central ou sede. Normalmente, isso se aplica a atividades como compras, aprovação de fornecedor, desenvolvimento de produto, recall de produtos e, ocasionalmente, isso se estende a um sistema de gestão de qualidade partilhada do grupo - controle de documentos e procedimentos.

Todos os requisitos do escopo da Norma devem ser avaliados como satisfatórios, antes que um certificado possa ser emitido. Isto requer que todos os sistemas gerenciados de forma centralizada estejam incluídos no processo de auditoria; no entanto, existem processos alternativos para atingir este objetivo.

Existem duas abordagens para a auditoria dos requisitos que são gerenciados em um escritório central:

• Solicitação e avaliação de informações no local de fabricação como parte da auditoria do local - auditoria padrão.

• Realização de uma auditoria independente dos processos de gestão centralizada no local do escritório central/ grupo - auditoria em duas etapas.

ABORDAGEM 1 - SOLICITAÇÃO E AVALIAÇÃO DE INFORMAÇÕES NO LOCAL DE FABRICAÇÃO

Essa abordagem só é recomendada quando:

• uma comunicação satisfatória puder ser estabelecida com o escritório central (telefonemas ou videoconferências que permitam entrevista do pessoal relevante, fax ou e-mail que permitam a solicitação e o exame de documentos) e um esquema permitir a disponibilidade do pessoal relevante

• a quantidade e o tipo de informação puderem ser efetivamente analisados e contestados remotamente.

ANEXO 4PROTOCOLO DE AUDITORIA DE VÁRIOS LOCAIS

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Observação: se uma unidade optar pela avaliação de informações durante a auditoria na unidade de produção e ela não puder oferecer informações satisfatórias durante a auditoria, as exigências não atendidas serão registradas como não conformidades no relatório de auditoria da unidade.

RelatóriosO relatório de auditoria deixará claro quando uma exigência for gerenciada por um escritório central, juntamente com um comentário sobre como a empresa cumpre a exigência.

Não conformidadesNão conformidades de uma exigência operada de forma centralizada serão registradas no relatório de auditoria e incluídas no número de não conformidades que contribuem para a nota da unidade.

A medida corretiva será avaliada da mesma forma que as não conformidades encontradas na unidade de fabricação e deverá haver uma correção satisfatória antes da emissão de certificado para a unidade.

Auditorias subsequentes na unidade de fabricaçãoOs requisitos de sistemas centrais serão avaliados e serão fornecidas provas de conformidade toda auditoria de unidade de fabricação.

ABORDAGEM 2 - AUDITORIAS DE DUAS ETAPAS: SISTEMAS CENTRAIS E AUDITORIA SEPARADA DA UNIDADE DE FABRICAÇÃO

Essa abordagem é recomendada se a avaliação efetiva de requisitos da unidade de fabricação não for viável. Por exemplo, se:

• não for possível organização prática que permita a avaliação

• houver muitos requisitos gerenciados por uma central para serem analisados remotamente de forma eficaz.

Essa alternativa será oferecida à unidade que estiver sendo auditada e será realizada quando por ela solicitada.

Fase 1 - Auditoria de sistema centralA auditoria dos sistemas centrais será concluída antes da auditoria na unidade de fabricação.

A auditoria avaliará como o sistema central cumpre as exigências pertinentes da Norma e como isso se relaciona com a operação da unidade de fabricação.

Relatórios da auditoria de sistema centralO organismo de certificação poderá produzir um relatório de auditoria do sistema central para o benefício da empresa. No entanto, como esta auditoria incluirá apenas alguns dos requisitos da Norma do BRC:

• nenhuma nota poderá ser dada

• nenhum certificado poderá ser emitido

• o relatório deve ser em formato claramente diferente do relatório de auditoria completa do BRC.

O relatório do sistema central não será carregado no Diretório de Normas Globais do BRC, mas os resultados da auditoria do sistema central serão incorporados ao relatório final da auditoria de cada uma das unidades de fabricação relacionadas.

Registros de não conformidades identificadas na auditoria de sistema centralTodas as não conformidades identificadas na auditoria do escritório central serão registradas no relatório de auditoria da primeira unidade de fabricação auditada após auditoria dos sistemas centrais - independentemente de elas terem sido encerradas antes da auditoria ou não.

No entanto, apenas as não conformidades encontradas na auditoria do escritório central que não estiverem encerradas de modo a satisfazer o organismo de certificação, no momento da auditoria da unidade de fabricação, serão contabilizadas no cálculo da nota da unidade de fabricação.

As não conformidades identificadas na auditoria do escritório central que ainda estiverem em aberto por ocasião de outras auditorias de unidade de fabricação (segunda, terceira, etc.) serão incluídas naquele relatório de unidade de fabricação e serão incluídas no cálculo da nota da unidade.

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Encerramento de medidas corretivas de sistemas centraisAs medidas corretivas necessárias após a auditoria do escritório central serão avaliadas da mesma forma que as medidas corretivas na unidade de fabricação e deverá haver uma correção satisfatória antes da emissão de certificado para as unidades de fabricação. Isso pode ser comprovado por provas documentais ou por uma nova visita, conforme o caso.

Etapa 2 - Auditoria de unidade(s) de fabricaçãoAs informações da auditoria de escritório central (inclusive provas de medidas corretivas tomadas) serão disponibilizadas aos auditores das unidades de fabricação relacionadas pelo organismo de certificação.

O auditor verificará se os componentes dos sistemas centrais avaliados são os mesmos que operam na unidade de fabricação. O auditor verificará as medidas corretivas já tomadas após a auditoria de sistemas centrais.

Duração da auditoriaÉ possível reduzir a duração da auditoria da unidade de fabricação se forem levados em conta os sistemas já auditados em um escritório central.

Relatório de auditoria do BRCO relatório final da auditoria será aplicável à unidade de fabricação.

A auditoria do escritório central será comentada no Perfil de Empresa; por exemplo: “Foi realizada uma auditoria no escritório central, em ……………………………………… no dia ……………………………………… para avaliar requisitos apontados no relatório”.

Pessoal estratégico pode incluir os nomes dos funcionários estratégicos presentes na auditoria do escritório central.

O relatório de auditoria da(s) unidade(s) de fabricação incluirá informações sobre como a unidade e o sistema central cumprem os requisitos da Norma. O relatório indicará se o requisito é administrado por um escritório central e fornecerá uma explicação de como esse requisito é cumprido.

Medida corretivaOs 28 dias permitidos para provas de medidas corretivas a serem fornecidas começam a ser contados a partir da data da auditoria da unidade de fabricação.

É responsabilidade da unidade garantir que as medidas corretivas do escritório central sejam fornecidas ao organismo de certificação, a fim de permitir a certificação da unidade. Isso exigirá uma comunicação eficaz com o departamento de sistemas centrais.

Se as medidas corretivas de sistemas centrais forem aceitas antes da primeira auditoria da unidade de fabricação, isso será indicado no primeiro relatório de auditoria de unidade de fabricação e a data de aceitação da medida será indicada na seção “medida tomada” do relatório de não conformidade.

CertificadoO certificado, quando concedido, é emitido para a unidade de fabricação. A data de reauditoria da unidade de fabricação é baseada na nota obtida e será seis ou 12 meses a partir da data da auditoria inicial.

As auditorias de escritório central serão realizadas a cada 12 meses e ocorrerão antes do aniversário da auditoria da primeira unidade de fabricação.

Auditorias de outras unidades de fabricação ligadas ao sistema centralNormalmente, há várias fábricas ligadas a um sistema central. As informações do sistema central de auditoria anual serão usadas em toda auditoria subsequente de unidade de fabricação.

Não conformidades originalmente encontradas no escritório central e efetivamente corrigidas antes da auditoria daquela unidade de fabricação não serão registradas como não conformidades no relatório de auditoria da unidade. Não conformidades abertas no momento da auditoria da unidade de fabricação serão, contudo, incluídas no relatório dessa unidade e no cálculo para fins de classificação.

O BRC será contatado para aconselhamento antes da realização de programas de auditoria para providências mais complexas das unidades e dos sistemas centralizados.

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Abaixo são apresentados os requisitos mínimos para auditores realizarem auditorias da Norma Global de Segurança Alimentar do BRC.

FORMAÇÃOO auditor deverá ter licenciatura em biociência ou em uma disciplina relacionada a alimentos ou, no mínimo, ter concluído com êxito um curso de ensino superior em uma disciplina desse tipo.

EXPERIÊNCIA DE TRABALHOO auditor deverá ter no mínimo 5 anos de experiência após obter a qualificação no setor de alimentos. A experiência deve envolver funções de garantia de qualidade ou segurança dos alimentos na área de manufatura, varejo, inspeção ou fiscalização, e o auditor precisará demonstrar conhecimentos das categorias específicas do produto para o qual foi aprovado. A verificação da capacidade do auditor de realizar o trabalho em categorias específicas de produto é responsabilidade do organismo de certificação.

QUALIFICAÇÕESO auditor deverá ter:

• sido aprovado em um Curso de Avaliador-Líder de Sistema de Gestão registrado (exemplo, IRCA) ou no curso de Auditor Terceirizado ministrado por instrutor aprovado pelo BRC

• concluído um curso de treinamento em APPCC (comprovado por exame), com base nos princípios do Codex Alimentarius, com duração de pelo menos 2 dias, e ser capaz de demonstrar competência no conhecimento e aplicação dos princípios de APPCC. É essencial que o curso de APPCC seja reconhecido pelo setor (e suas partes interessadas) como adequado e relevante.

TREINAMENTO DE AUDITOROs auditores devem ter concluído com êxito um período de treinamento prático supervisionado (inclusive auditorias testemunhadas) com avaliação de 10 auditorias (no mínimo de 15 dias), envolvendo auditorias de segurança alimentar de terceiros com base nas Normas aprovadas pela Iniciativa Global de Segurança Alimentar (GFSI) ou ISO 22000 das quais pelo menos cinco auditorias devem ser com base na Norma Global de Segurança Alimentar.

Os organismos de certificação devem ser capazes de demonstrar que todo auditor tem formação e experiência adequadas para as categorias específicas nas quais eles são considerados competentes. A competência dos auditores será registrada, pelo menos no nível de cada categoria, conforme indicado no Anexo 6.

Os organismos de certificação devem estabelecer programas de treinamento para cada auditor, que incorporem:

• um curso de conhecimento da Norma Global de Segurança Alimentar ministrado por instrutor aprovado pelo BRC

• um período de treinamento inicial que abranja a segurança do produto, APPCC e programas de pré-requisitos e acesso a leis e regulamentos pertinentes

• um período de treinamento supervisionado para cobrir sistemas de gestão da qualidade, técnicas de auditoria e conhecimentos específicos de categoria

• avaliação de conhecimentos e competências de cada categoria

• prova documentada da conclusão satisfatória do programa de treinamento.

Todo programa de treinamento de auditor será gerido e aprovado por uma pessoa tecnicamente competente do organismo de certificação que possa demonstrar competência técnica nas categorias em que o treinamento é dado.

ANEXO 5QUALIFICAÇÕES, EXIGÊNCIAS DE TREINAMENTO E EXPERIÊNCIA PARA AUDITORES

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O organismo de certificação manterá os registros detalhados e completos do treinamento do indivíduo durante a vigência do contrato de trabalho, e os conservará por um período mínimo de cinco anos após sua demissão.

EXCEÇÕESSempre que um organismo de certificação empregar um auditor que não satisfaça plenamente os critérios específicos, mas que tenha sido avaliado como competente, haverá uma justificativa totalmente documentada para embasar o trabalho do auditor com a qual o BRC concorde.

RESPONSABILIDADE DO ORGANISMO DE CERTIFICAÇÃOÉ responsabilidade do organismo de certificação garantir a existência de processos para monitorar e manter a competência do auditor no nível exigido pela Norma.

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Os exemplos de produtos da Tabela 3 são dados como orientação apenas e não constituem uma lista completa. O BRC publicará exemplos atualizadas no seu site em www.brcglobalstandards.com

TABELA 3 CATEGORIAS DE PRODUTO

CAMPO DE AUDITORIA

Nº DE CATEGORIA

DESCRIÇÃO DA CATEGORIA

EXEMPLOS DE PRODUTO

CONDIÇÕES DE ARMAZENAMENTO

EXEMPLOS DE CONHECIMENTO DE TECNOLOGIA EXIGIDO DO AUDITOR

Matérias-primas de origem animal ou vegetal que exigem cozimento antes do consumo

1 Carne vermelha crua

Carne bovina/vitela, suína, ovina, carne de cervo, miúdos, outras carnes

Refrigerados, congelados Abate, corte primário e matadouro

Embalagem a vácuo

Embalagem em atmosfera modificada

2 Aves cruas Frango, peru, pato, ganso, codorna, caça de criação e selvagem

Ovos com casca

Refrigerados, congelados Abate e corte primário

Embalagem a vácuo

Embalagem em atmosfera modificada

3 Produtos crus preparados (cárneos e vegetarianos)

Bacon, embutidos de carne (por exemplo, salsichas), tortas de carne, refeições prontas para cozinhar, produtos à base de carne pré-preparados, pizzas, refeições pré-preparadas à base de legumes e verduras, refeições cozidas no vapor, batatas fritas semiprontas

Refrigerados, congelados Carnes no varejo, processamento e embalagem

Cura, embalagem a vácuo, embalagem em atmosfera modificada

4 Preparações e produtos à base de peixe cru

Peixe fresco, moluscos, crustáceos, produtos de peixe em pedaços (por exemplo, peixe empanado), peixe defumado a frio, produtos à base de peixe pré-preparados prontos para consumo (por exemplo, torta de peixe)

Refrigerados, congelados Impressionante, colheita

Embalagem a vácuo, embalagem em atmosfera modificada

Frutas, legumes e nozes

5 Frutas, legumes e nozes

Frutas, legumes, saladas, ervas, nozes (não torradas)

Frescos Lavagem, classificação

6 Frutas, legumes e nozes pré-preparados

Frutas, legumes e saladas pré-preparados/semiprocessados, incluindo saladas prontas para consumo, salpicão, legumes congelados

Refrigerados, congelados Fervura, congelamento

Princípios de controle intensivo

Tabela continua

ANEXO 6CATEGORIAS DE PRODUTO

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CAMPO DE AUDITORIA

Nº DE CATEGORIA

DESCRIÇÃO DA CATEGORIA

EXEMPLOS DE PRODUTO

CONDIÇÕES DE ARMAZENAMENTO

EXEMPLOS DE CONHECIMENTO DE TECNOLOGIA EXIGIDO DO AUDITOR

Alimentos processados e líquidos com pasteurização ou UHT como tratamento térmico ou tecnologia similar

7 Laticínios, ovos líquidos

Ovos líquidos, leite líquido/bebidas, creme, creme para chá e café, iogurtes, produtos à base de leite fermentado, queijo fresco/creme fresco, manteiga

Sorvete

Queijos - duros, brancos, maturados por mofo, não pasteurizados, processados, alimentos à base de queijo

Leites longa vida, produtos não lácteos (por exemplo, leite de soja), iogurtes à temperatura ambiente, cremes etc.

Sucos de frutas (incluem sucos espremidos na hora e pasteurizados, vitaminas)

Soro de leite em pó, ovos desidratados, leite em pó/fórmula de leite

Refrigerados, congelados, à temperatura ambiente

Tecnologia de laticínios - pasteurização, separação, fermentação

Princípios de alto risco

Alimentos processados, prontos para consumir ou aquecer

8 Produtos de carne/pescado cozido

Carnes cozidas (por exemplo, presunto, patê de carne, tortas quentes, tortas frias, moluscos (prontos para consumo), crustáceos (prontos para consumo), patê de peixe

Peixe defumado a quente, salmão pochê

Refrigerados, congelados Princípios de alto/baixo risco

Embalagens a vácuo

Tratamento térmico

9 Carne e peixe crus curados e/ou fermentados

Presunto de Parma, peixe defumado a frio, peixe curado (por exemplo, gravlax), carnes secas ao ar livre/salame, carnes fermentadas, peixe desidratado

Refrigerados Cura, fermentação, defumação

Princípios de alto/baixo risco

10 Refeições e sanduíches prontos, sobremesas prontas para comer

Refeições prontas, sanduíches, sopas, molhos, massas, quiches, flãs, guarnições, bolos recheados, pavês, sobremesas doces de alto risco montadas

Refrigerados, congelados Princípios de alto/baixo risco

TABELA 3 CATEGORIAS DE PRODUTO continuação

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CAMPO DE AUDITORIA

Nº DE CATEGORIA

DESCRIÇÃO DA CATEGORIA

EXEMPLOS DE PRODUTO

CONDIÇÕES DE ARMAZENAMENTO

EXEMPLOS DE CONHECIMENTO DE TECNOLOGIA EXIGIDO DO AUDITOR

Produtos estáveis à temperatura ambiente com pasteurização ou esterilização como tratamento térmico

11 Ácido de alto-baixo risco em latas/vidros

Produtos em conserva (por exemplo, feijão, sopas, refeições, frutas, atum). Produtos embalados em vidro (por exemplo, molhos, geleias, picles)

Ração para animais de estimação

À temperatura ambiente Enlatamento

Processamento térmico

UHT

Produtos estáveis à temperatura ambiente que não envolvem esterilização como tratamento térmico

12 Bebidas Refrigerantes, inclusive água aromatizada, bebidas isotônicas, concentrados, polpas, xaropes, minerais, água filtrada, gelo, bebidas à base de ervas, bebidas alimentícias

À temperatura ambiente Tratamento da água

Tratamento térmico

13 Bebidas alcoólicas e fermentadas

produtos fermentados

Cerveja, vinho, bebidas destiladas

Vinagres

Alcopops

À temperatura ambiente Destilação, fermentação, fortificação

14 Padaria Pães, massas, biscoitos, bolos, tortas, pão ralado

À temperatura ambiente, congelado

Assamento

15 Alimentos secos e ingredientes

Sopas, molhos, molhos de carne, temperos, caldos em cubos, ervas, condimentos, recheios, grãos, legumes, arroz, macarrão chinês, preparados à base de nozes, preparados à base de frutas, ração seca para animais de estimação, vitaminas, sal, aditivos, gelatina, frutas cristalizadas, bolos caseiros, xaropes, açúcar, chá, café solúvel e cremes para café

À temperatura ambiente Secagem, tratamento térmico

16 Confeitos Açúcar, chocolate, gomas e balas mastigáveis, outros doces

À temperatura ambiente Tratamento térmico

17 Cereais e lanches rápidos

Aveia, granola, cereais matinais, nozes torradas, batatas fritas, poppadoms

À temperatura ambiente Extrusão, tratamento térmico

18 Óleos e gorduras

Óleos de cozinha, margarina, banha, pastas, gordura vegetal, manteiga ghee

Molhos para salada, maionese, vinagretes

À temperatura ambiente Refinação, hidrogenação

TABELA 3 CATEGORIAS DE PRODUTO continuação

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ANEXO 7MODELO DE CERTIFICADO

Logotipo do

BRC

Logotipo do

organismo de

credenciamento

Nome e endereço completo do organismo de certificaçãoReferência de rastreabilidade do certificado

Este certificado é de propriedade de [nome do organismo de certificação]Para enviar comentários sobre a Norma Global do BRC ou sobre o processo de auditoria

diretamente ao BRC, entre em contato com [email protected] ou ligue para o atendimento do BRC: +44 (0)20 7717 5959.

Número do auditor NOME OU LOGOTIPO DO ORGANISMO DE CERTIFICAÇÃO

[Nome do organismo de certificação, número do organismo de certificação] certifica que, após ter realizado uma auditoria

Para o escopo de atividades:

Incluindo módulos voluntários de:

Exclusões de escopo:

Categorias de produto:

NOME DA EMPRESACÓDIGO DA UNIDADE

ENDEREÇO DA EMPRESA AUDITADA

Obteve nota:

Atende aos requisitos estabelecidos na

7ª EDIÇÃO DA NORMA GLOBAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR DO BRC:

JANEIRO DE 2015

Programa de auditoria: [opção 1 ou opção 2 com ou sem agendamento, reeditado após extensão de escopo]

Data(s) de auditoria: [incluir duas faixas de datas para a opção 2 sem agendamento. Se for extensão de escopo, incluir data da auditoria original e a data da visita]

Data de emissão do certificado:

Data devida de reauditoria: de a

Data de validade do certificado:

Autorizado por

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MAIOR

NºREF. DE REQUISITO

DADOS DE NÃO CONFORMIDADE CORREÇÃO

PLANO PROPOSTO DE MEDIDA PREVENTIVA:

PROVAS APRESENTADAS (DOCUMENTO/FOTOGRAFIA/VISITA/OUTRO)

AVALIADO POR E DATA

1 4.10.3.2 Os detectores de metal de ambas as fábricas de pães deixaram de rejeitar peças ferrosas e não ferrosas no teste (erro de sincronização)

Engenheiro foi chamado e ajustou a sincronização imediatamente

Método de teste alterado para incluir a rejeição de pacotes de teste

Funcionários treinados

Plano proposto de medida preventiva:

1) Retreinamento de funcionários quanto à importância da detecção de metais e seus requisitos. (Isso não é a mesma coisa que o treinamento de procedimento mencionado na correção)

2) Controles específicos em todos os detectores de metal incluídos na programação de auditoria interna

3) Análise de todos os itens do programa de auditoria interna para garantir que todos os sistemas e processo relevantes fossem incluídos

4) Fichas de procedimentos de detecção de metais e de registro atualizadas com a inclusão da aprovação de um gerente adequado (por exemplo, um gerente de linha ou de turno)

Procedimento de cópia e registro de treinamento

M. Oliver

26/07/2015

ANEXO 8EXEMPLO DE PROVA DE CORREÇÃO DE NÃO CONFORMIDADES E MEDIDA PREVENTIVA

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Adulteração Adição de um material não declarado a um alimento para ganho econômico.

Agente Empresa que facilita o comércio entre uma unidade ou empresa e seus fornecedores de matéria-prima ou embalagem ou seus clientes através da prestação de serviços, mas em nenhum momento detém ou assume a propriedade dos produtos.

Água potável Água segura para beber, livre de poluentes e de organismos prejudiciais e em conformidade com os requisitos legais do local.

Alérgeno Componente conhecido de alimentos que provoca reações fisiológicas devido a uma resposta imunológica (por exemplo, nozes e outros componentes identificados na legislação do país de produção ou venda).

Alimento processado Produto alimentício que foi submetido a enchimento asséptico; assamento, amassamento, mistura com líquidos, combinado, engarrafamento, empanamento, infusão, enlatamento, cobertura, cozimento, cura, corte, corte em cubos, destilação, desidratação, extrusão, fermentação, secagem por congelamento, congelamento, fritura, enchimento a quente, irradiação, microfiltragem, micro-ondas, moagem, mistura, embalagem em atmosfera modificada, acondicionamento em embalagem a vácuo, embalagem, pasteurização, conserva, torra, fatiamento, defumação, vaporização ou esterilização.

Alimento pronto para aquecimento

Alimento designado pelo fabricante como adequado para o consumo humano direto sem a necessidade de cozimento. O objetivo do aquecimento do produto é torná-lo mais palatável.

Alimento pronto para consumo

Alimento designado pelo fabricante como pronto para consumo humano direto sem a necessidade de cozimento completo.

Alimento pronto para cozimento

Alimento designado pelo fabricante como alimento que requer cozimento ou outro processamento eficaz para eliminar ou reduzir os microrganismos de interesse a um nível aceitável.

Amostra de produção retida

Produto ou componentes representativos retirados de uma série de produção e mantidos em segurança para referência futura.

Amostra de referência Produto ou componentes acordados para referência pelo fabricante para produção.

Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC)

Sistema que identifica, avalia e controla perigos que são significativos para a segurança alimentar.

Análise de risco Processo que consiste em três componentes: avaliação, gestão e comunicação de riscos.

Área de alto risco Área fisicamente segregada, projetada com alto padrão de higiene em que as práticas relativas a pessoal, ingredientes, equipamentos, embalagens e meio ambiente visam minimizar o potencial da contaminação do produto por microrganismos patogênicos.

Área de baixo risco Área em que a transformação ou manipulação de alimentos apresenta risco mínimo de contaminação do produto ou de proliferação de microrganismos ou em que o processamento ou preparação do produto pelo consumidor garantirá a segurança do produto.

Área de controle intensivo

Área do ambiente projetada com alto padrão em que as práticas relativas a pessoal, ingredientes, equipamentos, embalagens e meio ambiente visam minimizar o potencial de contaminação do produto por microrganismos patogênicos.

Área de produto aberto Área em que o produto é aberto ao ambiente (ou seja, não totalmente fechado em embalagens ou dentro de equipamentos/tubulações).

Área de produto fechado

Área da fábrica onde todos os produtos estão completamente fechados e, portanto, não estão vulneráveis à contaminação ambiental.

ANEXO 9GLOSSÁRIO

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Auditor Pessoa com a competência e as habilidades adequadas para realizar uma auditoria.

Auditoria Exame sistemático realizado por organismos certificados que mede o cumprimento de práticas de um sistema predeterminado, se o sistema está implementado de forma eficaz e se é adequado para atingir os objetivos.

Auditoria com agendamento

Auditoria em que a empresa agenda o dia da auditoria previamente com o organismo de certificação.

Auditoria inicial Auditoria do BRC em uma empresa/unidade que não está de posse de um certificado BRC válido. Essa pode ser a primeira auditoria em uma unidade ou uma auditoria posterior de uma empresa cuja certificação tenha vencido.

Auditoria interna Processo geral de auditoria, envolvendo toda a atividade da empresa. Conduzido pela empresa, ou em seu nome, para fins internos.

Auditoria sem agendamento

Auditoria realizada em uma data desconhecida pela empresa com antecedência.

Autenticidade Autenticidade alimentar é a garantia de que os alimentos ou as matérias-primas adquiridos e oferecidos para venda, são da natureza, substância e qualidade previstas.

Auxiliar no processamento

Qualquer substância não consumida como alimento por si só, intencionalmente utilizada na transformação de matérias-primas, alimentos ou seus ingredientes para atingir determinado objetivo tecnológico durante o tratamento ou o processamento, e que pode resultar na presença não intencional, mas tecnicamente inevitável, de resíduos da substância ou seus derivados no produto final - desde que esses resíduos não apresentem qualquer risco para a saúde e não tenham qualquer efeito tecnológico sobre o produto acabado.

Avaliação de risco Identificação, avaliação e estimativa dos níveis de risco envolvidos em um processo para definir um processo de controle apropriado.

Boas práticas de fabricação (BPF)

Procedimentos e práticas implementados que se baseiam em princípios de melhores práticas.

Boas práticas de higiene

Combinação de processos, mão de obra e/ou procedimentos de controle de serviços destinados a garantir que os produtos e/ou serviços alcancem níveis adequados de higiene, de forma consistente.

Calibração Conjunto de operações que estabelece, em condições específicas, a relação entre os valores de quantidades indicados por um instrumento ou sistema de medição ou valores representados por uma medição de material ou material de referência e os valores correspondentes realizados por normas.

Causa raiz Causa subjacente de um problema que, se tratada adequadamente, evitará a repetição do problema.

Certificação Procedimento pelo qual um organismo de certificação credenciado, com base em uma auditoria e avaliação da competência de uma empresa, fornece garantia por escrito de que tal empresa está em conformidade com os requisitos de uma norma.

Cláusula Exigência ou declaração de intenções que uma unidade deve cumprir, a fim de obter certificação.

Cliente Empresa ou pessoa a quem um serviço ou produto foi fornecido, como produto final ou como componente do produto acabado.

Comissão do Codex Alimentarius

Entidade responsável pelo estabelecimento de normas reconhecidas internacionalmente, códigos de prática e diretrizes, das quais a APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle) é uma das normas.

Competência Capacidade comprovada de aplicar habilidade, conhecimento e compreensão de uma tarefa ou assunto para alcançar os resultados pretendidos.

Conformidade Cumprimento dos requisitos regulamentares ou dos clientes em relação à segurança, legalidade e qualidade do produto.

Consumidor O usuário final do produto acabado, mercadoria ou serviço.

Consumidor final Consumidor final de um gênero alimentício, que não usará o alimento como parte de uma operação ou atividade comercial.

Contaminação Introdução ou ocorrência de um organismo, odor ou substância indesejada na embalagem, no alimento ou no ambiente do alimento. Contaminação inclui contaminação física, química, biológica e por alérgenos.

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Contratada ou fornecedora

Pessoa ou organização que presta serviços ou fornece materiais.

Controlar Gerenciar as condições de uma operação para manter a conformidade com os critérios estabelecidos e/ou o estado em que os procedimentos corretos estão sendo seguidos e os critérios estão sendo atendidos.

Controle de qualidade Verificação da quantidade do produto na embalagem. Pode ser relacionada a peso, volume, número de peças, tamanho, etc.

Controle intensivo de produtos à temperatura ambiente

Área para produtos à temperatura ambiente projetada com alto padrão em que as práticas relativas a pessoal, ingredientes, equipamentos, embalagens e meio ambiente visam minimizar o potencial de contaminação do produto por microrganismos patogênicos.

Correção Ação para eliminar a causa de uma não conformidade detectada.

Cozimento Processo térmico projetado para aquecer um alimento a um mínimo de 70 °C durante 2 minutos ou equivalente (ver Anexo 3). Processos alternativos de cozimento podem ser aceitos ou exigidos para atender a diretrizes nacionais reconhecidas e validadas por dados científicos.

Credenciamento Procedimento pelo qual um organismo autorizado reconhece formalmente a competência de um organismo de certificação para prestar serviços de certificação de acordo com uma Norma específica.

Credenciamento reconhecido de laboratório

Sistemas de credenciamento de laboratórios que têm aceitação nacional e internacional, concedidos por um organismo competente e reconhecidos por órgãos governamentais ou usuários da Norma (por exemplo, ISO/IEC 17025 ou equivalentes).

Cross-docking O material é descarregado e manipulado nas instalações de distribuição, porém não é armazenado. Essa área pode ser uma área em que os materiais de entrada são classificados, consolidados e armazenados temporariamente até que o embarque esteja concluído e o material esteja pronto para envio.

Defesa alimentar Procedimentos adotados para garantir a segurança das matérias-primas e dos produtos contra a contaminação intencional ou roubo.

Depósito satélite Unidade de armazenamento/distribuição que recebe produtos somente de outra unidade dentro da mesma empresa.

Descrição do trabalho Lista de responsabilidades de determinado cargo em uma empresa.

Despacho/expedição O ponto em que o produto deixa a unidade de produção ou deixa de ser responsabilidade da empresa.

Deve Significa a conformidade esperada ou desejada com o conteúdo da cláusula ou requisito.

Diagrama de fluxo Representação sistemática da sequência de etapas ou operações usadas na produção ou fabricação de um produto alimentar específico.

Diretoria Aqueles que têm responsabilidade operacional de alto nível/estratégica na empresa e a competência para autorizar os recursos financeiros ou humanos necessários à implementação da Norma.

Distribuição Transporte de mercadorias em qualquer tipo de contêiner (mercadorias em trânsito) por via rodoviária, ferroviária, aérea ou marítima.

Documento controlado Documento que é identificável e dos quais as revisões e retiradas de uso podem ser rastreadas. O documento é emitido a pessoas identificadas, e o recebimento do documento é registrado.

Embaladora Empresa que embala o produto final em embalagens de consumo.

Embalagem externa Embalagem que é visível quando o produto sai da unidade. Por exemplo, uma caixa de papelão pode ser considerada embalagem externa, mesmo quando envolta em filme transparente.

Embalagem primária Embalagem que constitui a unidade de venda, usada e descartada pelo consumidor (por exemplo, garrafa, tampa e rótulo).

Embalagem secundária Embalagem usada para agrupar e transportar unidades para venda para o ambiente de varejo (por exemplo, caixas de papelão ondulado).

Empresa Entidade com a posse legal da unidade que está sendo auditada segundo uma Norma Global do BRC.

Especificação Descrição explícita ou detalhada de um material, produto ou serviço.

Especificador Empresa ou pessoa que solicita o produto ou serviço.

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Estado garantido Produtos fabricados de acordo com um sistema reconhecido de certificação de produtos, cujo status precisa ser preservado em unidade de produção certificada pelo BRC (por exemplo, GlobalGAP, sigla em inglês de Boas Práticas Agrícolas Globais).

Fabricante Empresa que produz o produto a partir de matérias-primas e/ou componentes e embala o produto em unidades de varejo ou fornece o produto a granel para uma empresa de embalagem que embala o produto em unidades de varejo. Uma embaladora que embala o produto em unidades de varejo a partir de material fornecido a granel também pode ser classificado como “fabricante”.

Foco no cliente Abordagem estruturada para determinar e responder às necessidades de uma organização para a qual a empresa fornece produtos e que pode ser medida através da utilização de indicadores de desempenho.

Fornecedor Pessoa, empresa, sociedade ou outra entidade à qual é emitida uma ordem de compra para fornecimento.

Fraude alimentar Substituição, diluição ou adição fraudulenta e intencional feita a um produto ou matéria-prima ou deturpação do produto ou material, com a finalidade de obter lucro, aumentando o valor aparente do produto ou reduzindo seu custo de produção.

Funcionários estratégicos

Aqueles cujas atividades afetem a segurança, a legalidade e a qualidade do produto acabado.

Identidade preservada Produto que tem origem definida ou pureza característica definida, que precisa ser mantida em toda a cadeia alimentar (por exemplo, por meio de rastreabilidade e proteção contra a contaminação).

Importadora Empresa que facilita a circulação de produtos através de uma fronteira internacional. Normalmente, o primeiro destinatário dos produtos no país.

Incidente Evento ocorrido que pode resultar na produção ou fornecimento de produtos perigosos, ilícitos ou não conformes.

Indicadores de desempenho

Resumos de dados quantitativos que fornecem informações sobre o nível de conformidade em relação aos objetivos acordados (por exemplo, reclamações de clientes, incidentes de produtos, dados de laboratório).

Iniciativa Global de Segurança Alimentar (GFSI, sigla em inglês)

Dirigido pelo Fórum de Bens de Consumo, um projeto para harmonizar e servir de referência para normas internacionais de segurança alimentar (www.mygfsi.com) (site em inglês).

Instalações Edifício ou local físico de propriedade da empresa e auditado como parte de uma unidade.

Intermediário Empresa que adquire ou “assume a propriedade” de produtos para revender a outras empresas (por exemplo, fabricantes, varejistas e empresas de serviços de alimentação), mas não ao consumidor final.

Legalidade Em conformidade com a lei do local de produção e dos países a que o(s) produto(s) se destina(m) para venda.

Liberação positiva Garantia de que um produto ou material tem um padrão aceitável antes da liberação para uso.

Limpeza na unidade (CIP, sigla em inglês)

Processo de limpeza e desinfecção de equipamentos de processamento de alimentos na sua posição montada sem a necessidade de desmontagem e limpeza das peças individuais.

Lote Ver definição de “Lote”.

Manipulador de alimentos

Qualquer pessoa que manipule ou prepare alimentos, abertos (sem embalagem) ou embalados.

Marca de varejo Marca registrada, logotipo, direito autoral ou endereço de um varejista.

Matéria-prima Qualquer material de base ou material semiacabado usado pela empresa para a fabricação de um produto. A matéria-prima inclui material de embalagem.

Matérias-primas alimentares

Ingredientes alimentares, aditivos e auxiliares de processamento utilizados na fabricação de um produto.

Medida de controle Qualquer ação ou atividade que possa ser utilizada para prevenir ou eliminar um perigo para a segurança do produto, ou reduzi-lo a um nível aceitável.

Medida preventiva Medida para eliminar a causa fundamental e subjacente (causa raiz) de uma não conformidade detectada e prevenir a recorrência.

Mercadorias comercializadas

Mercadorias não fabricadas ou parcialmente processadas na unidade, mas compradas e vendidas.

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Monitoramento Sequência planejada de observações ou medidas de parâmetros definidos de controle para avaliar se os limites predefinidos estão sendo cumpridos.

Não conformidade Não cumprimento de uma exigência de segurança, legal ou de qualidade de um produto especificado ou de uma exigência de um sistema especificado.

Norma, a Norma Global de Segurança Alimentar 7ª Edição

Organismo de certificação

Prestador de serviços de certificação, credenciado por um órgão competente e cadastrado no BRC.

Organismo geneticamente modificado (OGM)

Organismo cujo material genético tenha sido modificado por meio das técnicas de modificação genética para que seu DNA contenha genes que normalmente não contém.

Perigo Agente de qualquer tipo com o potencial de causar danos (geralmente biológicos, químicos, físicos ou radiológicos).

Plano de amostragem Plano documentado que define o número de amostras a serem selecionadas, os critérios de aceitação ou rejeição e a confiança estatística do resultado.

Pode Indica uma exigência ou um texto que fornece orientação, mas que não é obrigatório para o cumprimento da Norma.

Pontos críticos de controle (PCC)

Etapa em que se pode aplicar controle e que é essencial para prevenir ou eliminar uma ameaça à segurança do alimento ou do produto ou reduzi-lo a um nível aceitável.

Pré-requisito Condições ambientais e operacionais básicas de uma empresa do setor alimentício, necessárias à produção de produtos alimentícios seguros. Essas condições controlam os riscos em geral e elas abrangem boas práticas de fabricação e boas práticas de higiene e devem ser levadas em conta no estudo de APPCC.

Procedência Origem ou fonte do alimento ou das matérias-primas.

Procedimento Método acordado de realizar uma atividade ou processo implementado e documentado na forma de instruções detalhadas ou descrição do processo (por exemplo, um fluxograma).

Produto de alto risco Produto ou alimento frio pronto para consumo/aquecimento em que há elevado risco de proliferação de microrganismos patogênicos.

Produto de controle intensivo

Produto que requer refrigeração ou congelamento durante o armazenamento, é vulnerável à proliferação de agentes patogênicos, sofreu um processo de redução da contaminação microbiológica a níveis seguros (normalmente 1 a 2 log de redução) e está pronto para ser consumido ou aquecido.

Produto de marca Produtos que ostentam o logotipo, direitos autorais ou endereço de uma empresa que não é varejista.

Produto primário preparado

Produto alimentício pré-embalado que foi submetido a processo de lavagem, corte, adequação de tamanho e qualidade.

Produtos com a marca do varejista

Produtos que exibem logotipo, direito autoral, endereço ou ingredientes de um varejista usados para fabricação nas instalações do varejista. Esses produtos são considerados juridicamente de responsabilidade do varejista.

Produtos pré-embalados

Produtos em embalagem final, destinada para venda ao consumidor.

Programa de Mercados Globais do BRC

Um esquema de reconhecimento e de auditoria voltado para unidades que são muito pequenas e para as quais a Norma completa pode não ser apropriada ou para empresas que estão desenvolvendo seus sistemas de gestão de segurança alimentar.

Programação Declaração tabulada que dá dados de ações e/ou datas.

Proprietário da marca Proprietário de um logotipo ou nome de marca que coloca o referido logotipo ou nome em produtos de varejo.

Qualidade Atendimento da especificação e expectativa do cliente.

Quando apropriado Em relação a um requisito da Norma, a empresa avaliará a necessidade do requisito e, quando aplicável, colocará em prática sistemas, processo, procedimentos ou equipamento para atender ao requisito. A empresa respeitará requisitos legais, normas de melhores práticas, boas práticas de fabricação e orientação do setor e quaisquer outras informações relativas à fabricação de produto seguro e lícito.

Quarentena Condição atribuída a qualquer material ou produto separado, enquanto se aguarda a confirmação da sua adequação para o uso pretendido ou para a venda.

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Rastreabilidade Capacidade de rastrear e acompanhar matérias-primas, componentes e produtos em todas as fases de recebimento, produção, processamento e distribuição para frente e para trás.

Recall de produto Qualquer medida destinada a fazer com que os clientes e consumidores finais devolvam um produto impróprio.

Requisito Declarações que constituem uma cláusula cujo cumprimento permitirá que as unidades sejam certificadas.

Requisito fundamental Exigência da norma que diz respeito a um sistema que deve ser bem estabelecido, continuamente mantido e monitorado pela empresa, pois a ausência ou a baixa adesão ao sistema terá graves repercussões sobre a integridade ou a segurança do produto fornecido.

Retirada do certificado Quando a certificação é revogada. A certificação só pode ser recuperada após a conclusão do processo completo de auditoria.

Retirada do produto Qualquer medida destinada a fazer com que os clientes, mas não os consumidores finais, devolvam produtos fora de especificação ou impróprios.

Risco Probabilidade de ocorrência de dano decorrente de um perigo.

Segurança alimentar Assegura que o alimento não causará dano ao consumidor quando preparado e/ou consumido de acordo com seu uso pretendido.

Segurança alimentar Procedimentos adotados para garantir a disponibilidade contínua de matérias-primas e produtos.

Serviços públicos Mercadorias ou serviços, como eletricidade ou água, que são fornecidos por um órgão público.

Suspensão Revogação da certificação por um período determinado, enquanto se aguardam medidas corretivas por parte da empresa.

Suspensão do certificado

Revogação da certificação por um período determinado, enquanto se aguardam medidas corretivas por parte da empresa.

Técnicas de bioluminescência de ATP

Teste rápido da limpeza de superfícies com base na quantidade de ATP (adenosina trifosfato) - substância utilizada na transferência de energia nas células e, portanto, presente no material biológico.

Tendência Padrão identificado de resultados.

Trabalho em andamento/trabalho em processo

Produtos parcialmente fabricados, intermediários ou materiais que aguardam a conclusão do processo de fabricação.

Unidade Unidade de uma empresa; a entidade que é auditada e que é objeto do relatório de auditoria e certificação.

Unidade de produção sazonal

Produto colhido e processado em um local que fica aberto especificamente durante o curto período da safra (normalmente 12 semanas ou menos), durante um ciclo de 12 meses.

Uso do verbo no futuro Significa uma exigência de cumprimento do conteúdo da cláusula.

Usuário Pessoa ou organização que solicita informações da empresa sobre certificação.

Validação Obtenção de provas através do fornecimento de prova objetiva de que um controle ou medida, se devidamente implementado, é capaz de produzir o resultado especificado.

Varejista Empresa que vende produtos ao público no varejo.

Veículo Qualquer dispositivo usado para o transporte de produto, que pode ser feito por rodovias, hidrovias ou vias aéreas. Os veículos podem ser motorizados (por exemplo, caminhão) ou não motorizados (por exemplo, contêiner ou a combinação caminhão/trem).

Verificação Aplicação de métodos, procedimentos, testes e outras avaliações, além de monitoramento, para determinar se um controle ou medida funcionou conforme o previsto.

Verificação de quantidade/balanço de massa

Conciliação da quantidade de matéria-prima recebida com a quantidade usada nos produtos acabados resultantes, levando-se em conta, ainda, os resíduos do processo e retrabalho.

Vestuário de proteção Roupas destinadas a proteger o produto de potencial contaminação pelo usuário.

Vestuário de trabalho Roupas fornecidas ou autorizadas pela empresa destinadas a proteger o produto da potencial contaminação pelo usuário.

Vestuário de trabalho Roupas fornecidas ou autorizadas pela empresa destinadas a proteger o produto da potencial contaminação pelo usuário.

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O BRC agradece aos membros dos grupos de trabalho e comitê gestor que ajudaram a desenvolver a 7ª Edição da Norma Global do BRC para Segurança Alimentar. Seus nomes estão em ordem alfabética abaixo.

Emma Adams Morrisons

Jon Adams Morrisons

Shanti Anant Kellogg’s

Richard Baldwin UKAS

Patrick Bele Bureau Veritas (Grupo de Cooperação de Língua Francesa)

Karen Betts Normas Globais do BRC

Alan Botham 2 Sisters Food Group

Kate Bown Asda

David Brackston Normas Globais do BRC

Alison Britton NSF Certification

Andy Brown Food and Drink Federation

Stefano Cardinali DNV GL (Grupo de Cooperação Italiano)

Ella Castro Whole Foods Market

Jeremy Chamberlain SGS UK Ltd (Grupo de Cooperação do RU)

Neil Checketts Sobeys

Almudena Hernandez Cimiano AENOR (Grupo de Colaboração Espanhol)

Andrew Clarke Maple Leaf Foods

Alison Britton Normas Globais do BRC

Su Dakin British Frozen Food Federation

Alain Dewael Starbucks

Siarl Dixon SAI Global Assurance Services

Andrew Donkin The Co-operative Group

Lori Ernst Food Safety Net Services

Barry Eschbach Land O’Lakes

Julia Ferrell Bay State Milling Company

John Figgins BRC Global Standards

Suzanne Finstad Tyson Foods, Inc.

Alison Friel Waitrose Ltd

Kaarin Goodburn Chilled Foods Association

Lindsay Hay PepsiCo

ANEXO 10AGRADECIMENTOS

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Michael Hayes Del Monte Corporation

Brandon Headlee ConAgra Foods

Daniel Herzog Gonnella Baking Co.

Steve Hessey Bakkavor

Nick Hodgson PepsiCo

Juliette Jahaj Sainsbury’s Supermarkets Ltd

Sherri Jenkins JBS

Rima Kapadi Target

Andrew Donkin Wyvern Food Solutions

Ron Kill Micron2 Ltd (Grupo de Cooperação do RU)

Daniel Kingdon Tesco PLC

Elizabeth Krushinskie Mountaire Farms

John Kukoly BRC Global Standards

Alec Kyriakides Sainsbury’s Supermarkets Ltd

Heidi Lammers Land O’Lakes

Richard Leathers Campden BRI

Ian Lewis The Co-operative Group

Kenny Lum Seafood Products Association

Steven Lyon Chick-Fil-A, Inc.

Darcy MacPhedran Sobeys

Carol von Malsen TÜV SÜD Management Service GmbH (Grupo de Cooperação Alemão)

Bruno Marberger Whole Foods Market

Joseph Martin ConAgra Foods

Shannon McCoy Maple Leaf Foods

Meghann McLeod Yum! Brands, Inc.

Margaret McPheat Greencore

Sara Mortimore Land O’Lakes

Rob Nugent Provision Trade Federation

Kim Onett Silliker, Inc.

Tom Owen BRC Global Standards

Sarah Oxendale Target Corporation

Robert Prevendar NSF

Alicia Pulings Gonnella Baking Co.

Joelle Ramon ConAgra Foods

Chris Rezendes Seafood Products Association

Lynette Ryan Tyson Foods, Inc.

Patrick Sanchez Newly Weds Foods

Tom Sandbach The Co-operative Group

Rich Simmons NSF

Carol Smith AIB International, Inc.

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Tim Smith Bimbo Bakeries USA

Geoff Spriegel Food Consulting International

Len Steed AIB International, Inc.

Helen Thornton The Co-operative Group

Bruce Tobias Wegmans Food Markets, Inc.

Maggie Tritt Del Monte Corporation

Jon Tugwell Fresh Produce Consortium

Trish Twohig Iceland Foods Ltd

Ron Vail AIB International, Inc.

Chris Walker Food and Drink Federation/Weetabix

Christopher Ward Booker Ltd

Garry Warhurst British Meat Processors Association

Jane Weitzel Wegmans Food Markets, Inc.

Sue Williams SAI Global Assurance Services (Grupo de Cooperação do RU)

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BRC Global Standards 21 Dartmouth Street London SW1H 9BP Tel: +44 (0)20 7854 8900 Fax: +44 (0)20 7854 8901 Email: [email protected]

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