nordeste síntese sub-regiões

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SUB-REGIÕES DO NORDESTE

Zona da Mata

• Está localizada na porção leste da Região Nordeste, abrangendo o litoral;

• Apresenta alto índice pluviométrico e altas temperaturas; • A combinação de calor e umidade proporcionaram a formação da

floresta Tropical, que deu origem ao nome Zona da Mata; • Esta floresta é muito densa com rica biodiversidade animal e vegetal; • Desde o período da colonização, a floresta tropical vem sendo muito

devastada; • Atualmente, a Zona da Mata é ocupada por extensas áreas de

lavouras de monoculturas, principalmente de cana-de-açúcar e cacau. • A zona da Mata é a sub-região mais importante economicamente da

Região Nordeste; • Ela abriga indústrias dos ramos:

- têxteis; - alimentícios; - agroindústrias (sobretudo usinas de cana-de-açúcar e álcool); - extrativas minerais – cobre, chumbo, tungstênio e cloreto de sódio (sal de cozinha); - exploração de petróleo

• Possui grande mercado consumidor; • Possui rede de transportes bem estruturada, o que facilita o

deslocamento das matérias-primas e dos produtos industrializados.

Sub-região Agreste

• Faixa de transição que se estende entre a Zona da Mata e o Sertão;

• A vegetação é a transição entre a Floresta Tropical (Zona da Mata) e a Caatinga

(Sertão);

• Nesta sub-região predominam pequenas e médias propriedades rurais policultoras e

de criação de gado;

• Boa parte da produção agropecuária do Agreste abastece a Zona da Mata;

• O Agreste não abriga capital de nenhum estado, porém, nela estão localizados

importantes centros regionais, tais como Campina Grande (PB), Caruaru e Garanhuns

(PE), Arapiraca (Alagoas) e Feira de Santana (BA).

• A cultura é muito rica e compõe forte atrativo turístico;

• Possui os maiores festivais juninos do mundo, com destaque para Campina Grande e

Caruaru;

Sub-região Sertão

• É a maior sub-região do Nordeste; • Compreende áreas de clima tropical semiárido com temperaturas elevadas

(média de 24 °C a 28 °C); • Apresenta duas estações bem definidas: uma seca e outra chuvosa; • As chuvas se concentram em apenas três ou quatro meses do ano;

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Em algumas áreas a pluviosidade atinge a média de 750 mm anuais, e em algumas áreas chove menos de 500 mm ao ano.

• Devido ao regime escasso de chuvas, o Sertão apresenta paisagens muito diferentes da Zona-da-Mata e do Agreste;

• Sua vegetação é resistente e adaptada à seca: - Para evitar a perda de umidade muitas plantas perdem as folhas; - Outras apresentam apenas espinhos; - Muitas espécies armazenam água nos caules ou raízes para utilizar no período

mais seco.

• A seca no sertão ocorre devido a dois fatores: - O regime das massas de ar; - Influência do relevo. - Entre os meses de outubro e março podem, ocasionalmente, ocorrer na porção

sul do Sertão chuvas provocadas pela ação das frentes frias que atingem o Sudeste.

- A ocorrência de chuvas nas demais áreas do Sertão acontece devido aos ventos alísios que sopram do hemisfério Norte. Quando são mais intensos, esses ventos provocam chuvas no Sertão entre os meses de março e maio.

- Na região Nordeste encontram-se o Planalto da Borborema e a Chapada Diamantina, que funcionam como um bloqueio dos ventos quentes e úmidos do leste.

- Ao se aproximar dessas elevações, o ar quente e úmido ascende e resfria, procando chuvas na porção leste dessas barreiras (no Agreste e Zona-da-Mata). Quando esses ventos chegam ao Sertão já estão com pouca umidade, o que dificulta as chuvas

- O sertão é abrangido pelo domínio da caatinga (que em tupi-guarani significa mata branca).

- Sua aparência esbranquiçada e sem folhas ocorre apenas nos períodos de estiagens, nos curtos períodos de chuva a aparência da caatinga se modifica.

- A fauna também é diversificada, com várias espécies de mamíferos, aves, répteis e anfíbios.

- A hidrografia do sertão é caracterizada pelo regime de chuvas do semi-árido; - Vários rios são temporários (secam durante as grandes estiagens) da mesma

forma que enchem rapidamente na época das chuvas; - Existe grande número de açudes para armazenar água; - Um importante rio perene (que não seca) é o São Francisco

Economia

- Baseia-se na agricultura e na pecuária, que sofrem diretamente os impactos das condições climáticas, sobretudo nas estiagens. Pecuária

- Praticada de forma extensiva em grandes latifúndios; - Também praticada em pequenas propriedades com rebanho pouco numeroso; - Destaque para a criação de caprinos, que são mais resistentes ao clima

semiárido; - O Nordeste possui o maior rebanho caprino do país, com cerca de 10 milhões.

Agricultura

• É desenvolvida a agricultura de subsistência, basicamente nas pequenas propriedades rurais, com técnicas tradicionais;

• Áreas mais úmidas, como encostas das serras e vales fluviais são favoráveis à agricultura;

• Nessas áreas cultiva-se: milho, feijão, arroz e mandioca.

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Nas lavouras comerciais destaca-se o algodão e a soja irrigada (no oeste da Bahia), principalmente para atender ao mercado externo. Fruticultura

• É favorecida pela irrigação; • Já se produz uva, melão, manga, maracujá, goiaba, entre outras; • A fruticultura desponta como um dos setores mais promissores da região

Nordeste, e tem gerado milhares de emprego, beneficiando muitas famílias. Escassez de água

• A escassez prejudica principalmente os pequenos agricultores, que possuem poucos recursos;

• Os grandes agricultores possuem renda o suficiente para pagar os gastos com irrigação.

• Para amenizar os efeitos da seca o sertanejo conta com poços artesianos e açudes.

• As longas estiagens provocam prejuízos aos pequenos agricultores que, para manterem o sustento de suas famílias migram para outras áreas.

• Essa situação foi retratada pelo pintor brasileiro Cândido Portinari. Transposição do Rio São Francisco

• Desde a época do Império, o Brasil procura minimizar os efeitos da seca no Sertão. Em 1847, Dom Pedro II se dispôs até a vender as jóias da coroa para levar água do Rio São Francisco para a região;

• No século XX a transposição foi cogitada mais três vezes: em 1980, 1990 e 2000.

• Obra do Governo Federal iniciou as obras em julho de 2007. Sub- região Meio-Norte

• Área de transição entre o clima semiárido de Sertão e o clima equatorial da floresta Amazônica;

• O clima vai se tornando mais úmido do Sertão em direção ao oeste, e a caatinga cede lugar a outros tipos de vegetação:

• Primeiramente o cerrado, depois a mata dos cocais (que se caracteriza como uma vegetação de transição) e, por fim, a floresta Amazônica.

• O cerrado ocupa áreas do Maranhão e do Piauí e vem sendo intensamente transformado pela agropecuária;

• A Mata dos Cocais é a vegetação típica do Meio Norte, onde predominam as palmeiras do babaçu e carnaúba;

• O extremo oeste do Meio-Norte apresenta características de clima equatorial, como as da região Norte.

• As temperaturas elevadas e o alto índice de pluviosidade (cerca de 2000 mm) são garantidos pela presença da floresta Amazônica, que libera muita umidade. Economia A renda é gerada de diversas formas: Na Mata dos Cocais:

• Atividade extrativa vegetal; • Criação extensiva de gado • Nas margens dos principais rios, onde os solos são mais úmidos, desenvolve-

se o cultivo de arroz de várzea, principalmente no Maranhão, que é um dos maiores produtores do país;

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• Nas áreas mais secas é cultivado mandioca, milho e algodão; • A soja foi introduzida por migrantes, principalmente gaúchos, que utilizam alta

tecnologia. • O Complexo Portuário e Industrial de São Luís, que congrega os portos de

Itaqui e da Madeira, têm colaborado para impulsionar o crescimento dessa sub-região.

• O Porto de Itaqui é fundamental para as exportações agrícolas; • No Porto da Madeira é embarcado todo o minério de ferro, cobre e manganês

extraído na Serra dos Carajás, no Pará.