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INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI

FACULDADES IDEAU

A IMPORTÂNCIA DA PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL NAS ESCOLAS URBANAS MUNICIPAIS

ARAUJO, Daiane Paula Baptista¹[email protected]

VIEIRA, Loriane Fauth¹[email protected]

FRANCIESKI, Taline Paula¹[email protected]

FLORES, Vanessa Silva¹[email protected]

VICENZI, Carla Luísa²[email protected]

SOARES, Angela Mara Berlando²[email protected], Lisiane Borges da²

[email protected], Gisele Maria Tonin da²

[email protected]

¹ Discentes do Curso de Pedagogia, Nível II 2016/2 - Faculdade IDEAU – Getúlio Vargas/RS.² Docentes do Curso de Pedagogia, Nível II 2016/2 - Faculdade IDEAU – Getúlio Vargas/RS.

RESUMO: O objetivo deste estudo foi analisar como o desenvolvimento psicomotor é trabalhado nas escolas urbanas municipais através de observação e entrevista realizada com professores de séries iniciais, bem como a importância da estimulação da motricidade nas crianças, relacionando com o conteúdo trabalhado em sala de aula e com os resultados encontrados através de revisão bibliográfica em artigos científicos nos sites Scielo e Google Acadêmico com as seguintes palavras chaves: desenvolvimento psicomotor, crianças, series iniciais, escritos na língua portuguesa. Os resultados obtidos confirmam a importância do desenvolvimento psicomotor para o bom desempenho das crianças em suas atividades e relacionamentos, e também a importância do planejamento de atividades que estimulem esse desenvolvimento, o empenho e esforço dos professores para perceberem a necessidades dos alunos com dificuldades psicomotoras, e o trabalho em equipe nas escolas para sanar essas dificuldades.

Palavras-chave: Desenvolvimento psicomotor, crianças, séries iniciais.

ABSTRACT: The aim of this study was to analyze how the psychomotor development is worked in municipal urban schools through observation and interview with the initial series, of teachers as well as the importance of stimulation of motor skills in children, relating to the content worked in the classroom and the results based on a review of scientific papers in the Scielo and Google Scholar sites with the following key words: psychomotor development, children, initial series, written in Portuguese. The results confirm the importance of psychomotor development to the performance of children in their activities and relationships, and also the importance of planning activities that encourage this development, the commitment and effort of teachers to realize the needs

__________________________________________________________________________________________Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático – Getúlio Vargas – RS – Brasil 1


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students with psychomotor difficulties, and teamwork in schools to address these difficulties. Keywords: Development psychomotor, children, initial series.

1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Esse artigo tem o objetivo de analisar como o desenvolvimento psicomotor é

trabalhado nas escolas urbanas municipais, bem como a importância da estimulação da

motricidade nas crianças das series iniciais, relacionando com os conteúdos trabalhados em

sala de aula e também com os resultados encontrados através de pesquisa bibliográfica.

O desenvolvimento humano vai além do desenvolvimento físico, temos a necessidade

de desenvolver várias aptidões ao longo de nossas vidas e muitas delas devem ser estimuladas

desde a primeira infância, como caminhar, falar, manusear objetos, e até mesmo a se

relacionar com outras pessoas. O desenvolvimento psicomotor é um grande aliado para um

bom desempenho dessas aptidões, devendo ser estimulado inicialmente pela família e

continuar a ser trabalhado posteriormente na escola. Por isso o ambiente em que a criança

vive tem grande influência em seu desenvolvimento. “O desenvolvimento humano é

influenciado por uma série de fatores, dentre os quais encontram-se entrelaçados aspectos

cognitivos, afetivos, motores e psicossociais [...]” (NETO et al.,2007, p.46).

Atualmente com os avanços tecnológicos as crianças estão deixando de brincar e estão

se tornando cada vez mais individualistas, pois passam horas em frente a computadores,

televisores, tablets e celulares, outro fator importante é que as famílias estão diminuindo o

número de filhos e muitos casais optam por terem um único filho, o que contribui para um

comportamento individualista, pois a criança não tendo com quem brincar tem mais

dificuldade de socialização. Os pais por sua vez tem dificuldade de dispor tempo para brincar

com os filhos, e o entretenimento tecnológico acaba sendo cômodo para todos. E isso pode

comprometer o desenvolvimento psicomotor das crianças, pois o brincar faz com que as

crianças usem a imaginação, socializem com os outros, melhorando a expressão oral e

corporal. “As experiências e brincadeiras corporais assumem um papel fundamental no

desenvolvimento infantil, pois enfatizam a valorização do corpo na constituição do sujeito e

da aprendizagem [...]” (PEREIRA; CALSA, 2009, P. 1601).

Os resultados desse estudo são importantes para um entendimento aprofundado da

importância do desenvolvimento psicomotor, bem como a importância de se diagnosticar

quando a criança está tendo alguma dificuldade de aprendizagem ou de socialização, para __________________________________________________________________________________________

Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático – Getúlio Vargas – RS – Brasil 2


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assim buscar através de atividades que estimulem o desenvolvimento psicomotor, auxiliando

assim no progresso cognitivo da criança.

2 DESENVOLVIMENTO

Foi realizada uma pesquisa bibliográfica em artigos nos sites Scielo, Google

Acadêmico, escritos na língua portuguesa no período de 1987 à 2016, utilizando as palavras

chave: Desenvolvimento, psicomotor, crianças, series iniciais. Os artigos encontrados foram

lidos, debatidos e relacionados com os conteúdos vistos em sala de aula. Também foi

realizada uma entrevista em escolas urbanas municipais nos municípios de Erebango, Sertão

e Campinas do Sul, a escolha dos municípios foi referente a facilidade de acesso

das autoras por residirem nos mesmos. O questionário foi composto por cinco questões

relacionadas ao entendimento dos professores das series iniciais em relação a

psicomotricidade. Foi feito também uma observação nas escolas, para uma análise das

práticas realizadas pelos professores visando o desenvolvimento psicomotor das crianças.

2.1 Desenvolvendo Diferentes Linguagens Através Da Expressão Do Corpo

Na antiguidade as crianças eram vistas como um adulto em miniatura, a educação era

rígida não respeitando as diferenças entre crianças e adultos, mas com a evolução elas

passaram a serem vistas como um ser em desenvolvimento o que fez necessário a mudança de

paradigmas em relação à educação. Hoje a educação infantil é repleta por crianças de 0-3 anos

em creche, 4-5 anos na pré-escola. Com esta visão da criança em um todo e respeitando sua

individualidade, ela é inserida em contexto escolar, conteúdos e metodologias diferenciadas,

naquilo que a criança mais gosta de fazer brincar. As brincadeiras que levam a criança a

expressar emoções, sentimentos, pensamentos desejos e necessidades são fundamentais nesta

fase de desenvolvimento infantil, a psicomotricidade torna-se um instrumento de grande

auxilio (DAOLIO, 1995). Todas as fases do desenvolvimento da criança devem ser

respeitadas, sendo que elas precisam de estímulos e um determinado tempo para adquirirem

suas aptidões, esses estímulos devem iniciar no meio familiar com brincadeiras, atenção e

afeto, nenhuma fase deve ser negligenciada pois pode prejudicar o desenvolvimento da

criança.



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A psicomotricidade teve seu início para dar respostas às dificuldades e problemas

baseados nos aspectos motor e cognitivo após anos sofreu influencias, com essas evoluções

aconteceram várias mudanças na visão do corpo. O trabalho voltado para a psicomotricidade

sofreu grandes alterações, a primeira tinha objetivo superar o dualismo cartesiano (espirito e

corpo), até então o trabalho realizado era de educação motora. Hoje podemos dividir a

psicomotricidade em duas vertentes, a funcional e a vivencial, o trabalho funcional pode ser

dividido em 8 fundamentos que mediante a utilização do aspecto lúdico, são preciso para o

desenvolvimento infantil são: esquema corporal, lateralidade, organização, espaço-temporal,

tonicidade e equilíbrio, capacidades perceptivas, coordenação motora global, coordenação

motora fina, motora global, coordenação viso motora (SILVA,2010).

A educação infantil é importante para o desenvolvimento global da criança e os

aspectos que envolvem a psicomotricidade que compreende a educação como algo a mais

amplo do que a simples transmissão de conhecimentos. A psicomotricidade contribui de

maneira expressiva para a formação e estrutura do esquema corporal desenvolvendo o tônus

muscular e a lateralidade (SILVA,2010)

Tônus muscular: os músculos são sustentação distribuídas em torno dos ossos que se

contraem no momento que há um encurtamento do comprimento de alguma parte do corpo. A

lateralidade é a facilidade que o indivíduo possui de usar preferencialmente mais um lado do

corpo do que o outro em três níveis: mãos, olhos e pés. Isso quer dizer que existe um

predomínio motor, uma dominância de um dos lados, tem como objetivo principal incentivar

a pratica do movimento em todas as etapas da vida da criança. Além de brincar a criança se

relaciona com o mundo em que vivem, a criança organiza o seu mundo a partir do seu próprio

corpo (SILVA, 2010). As brincadeiras lúdicas são de extrema importância no auxílio do

desenvolvimento psicomotor das crianças, a partir do ato de brincar elas desenvolvem a

imaginação, socializam-se com maior facilidade, adquirem uma melhor expressão corporal e

oral.

2.1.1 O Papel Da Psicomotricidade

Nos vocabulários de Alves (2007) a psicomotricidade encontra-se nos menores gestos

e em todas as tarefas que desenvolvem a motricidade da criança tendo em vista o

conhecimento e o domínio de seu próprio corpo. É sugerido nos estudos de Vygotsky tarefas

que tenham significado para a vida do aluno associados a jogos, a vivencia de uma linguagem __________________________________________________________________________________________



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e ao trabalho desejado. Através da psicomotricidade, qualquer que seja a circunstância

psíquica de física da criança a evolução é alcançada. De forma lenta ou rápida conquistas são

adquiridas. Nas crianças especiais, o psicomotricista necessitará abordar os aspectos

principais do desenvolvimento psicomotor, pois de acordo com a faixa etária será capaz de

detectar variações normais e patológicas. A partir daí ele terá possibilidades de estimular a

criança. A inteligência de Piaget ´o mecanismo de adaptações do organismo a uma situação nova e como tal implica a construção contínua de novas estruturas. Essa adaptação refere-se ao mundo exterior, como toda a adaptação biológica. Desta forma, os indivíduos se desenvolvem intelectualmente a partir de exercícios e estímulos oferecidos pelo meio que os cercam. O que vale também dizer que a inteligência humana pode ser exercitada, buscando um aperfeiçoamento de potencialidades (ALVES, Fátima, P.180, 2007).

Psicomotricidade é uma ciência que tem a finalidade o estudo da relação entre o

pensamento e a ação, incluindo a emoção atende todas as áreas que trabalham com o corpo e

com a mente do homem, é indispensável que educadores e pais conheçam estruturas cerebrais

como ferramenta de aprendizagem. A educação psicomotora, tendo como suporte o

movimento, permite trabalhar dois grupos de funções indispensáveis da formação de

ajustamento, por meio dos movimentos respiratórios, musculares e visuais, e as funções

gnósticas (ALVES,2007).

Na escola requer-se que uma criança adapte-se às determinações impostas e que tenha

controle sobre si mesma, muitos comportamentos resulta da nossa vontade e outros aparecem

automaticamente. Pode classificar os movimentos em três grupos: voluntário, reflexo e

automático.

Movimento voluntário, depende da nossa vontade. Nessa ação prevê que houve um

pensamento, um desejo uma finalidade do movimento.

Movimento reflexo, é independente de nossa vontade o movimento reflexo e

normalmente só depois de efetuado é que tomamos conhecimento dele. Exemplo: uma luz

forte sobre os olhos causa uma resposta imediata de contração pupilar.

Movimento automático, depende normalmente da aprendizagem e experiências de

cada movimento automático. A aquisição de automatismo é importante porque oferece formas

de adaptações ao meio em que vivemos, pois não necessita muito trabalho mental.

2.1.2 A Importância Da Psicomotricidade



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A psicomotricidade pode ser estabelecida como a ciência que analisa o ser

humano através de seus movimentos, seu estudo está ligado a três princípios: o movimento, o

intelecto e o afeto. No século XIX surgiu os estudos sobre a psicomotricidade. Em 1990 o

termo psicomotricidade foi utilizado pela primeira vez para nomear uma doença: debilidade

motora. Até então os médicos nomeavam o processo como sistema “anatômico-cênico”

que associava os indícios do paciente com possíveis lesões focais, essa técnica já não

podia esclarecer alguns sintomas anormais. Foi então que apareceu o termo

“psicomotricidade” em 1870 pela precisão de descobrir uma área que explique

certos sintomas clínicos (OLIVEIRA,2013).

Para um entendimento mais sensato sobre a psicomotricidade, temos de primeiro

conhecer o desenvolvimento motor de cada ser. A motricidade é todo o retorno

motor gerado pelo nosso corpo, cada pessoa tem suas características sendo

ela modificada pelo ambiente vivido, pela cultura que foi passada, pelos costumes e até pela

intervenção de outras pessoas (NOBRE, 2009). O desenvolvimento motor da criança deve

ser experimentado de uma forma compatível com sua idade, com o tempo incluindo desafios

para promover novos movimentos, mas tudo de acordo com sua idade, sem

extrapolar suas habilidades. O ambiente e as relações afetivas influenciam no seu

desenvolvimento psicomotor, cabe aos pais possibilita a criança meios que estimulam a

psicomotricidade, como brincadeiras, contação de história, liberdade para correr, pular, rolar e

ter contato com outras crianças.

Existe um seguimento normal no crescimento, o desenvolvimento e aprendizagem

motora, isto mostra que as crianças devem ser orientadas de acordo com essas

características, visto que, só assim, as suas reais necessidades e expectativas serão alcançadas.

Dessa forma a educação física no âmbito escolar só irá atender as necessidades fisiológicas do

desenvolvimento motor, quando, tiver um entendimento das etapas em que as crianças

percorrem no desenvolvimento e na aprendizagem (DOALIO,1995). Cabe ao professor buscar

atividades que vão ao encontro das necessidades do desenvolvimento psicomotor de cada

faixa etária. E não é simplesmente a realização de atividades para o preenchimento de carga

horaria, mas visando uma contribuição ao desenvolvimento das crianças.

Uma boa estrutura da educação psicomotora é a base fundamental para o processo de

aprendizagem da criança. O desenvolvimento aumenta de uma forma



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progressiva, geralmente, quando a criança apresenta dificuldade na aprendizagem, tem como

principal motivo alguma deficiência no desenvolvimento psicomotor (ROCHAEL, 2009).

Existem fatores que influenciam esse atraso na evolução do desenvolvimento. A obesidade é

um deles a limitação da criança a espaço físico diferentes, e a falta de exploração do próprio

corpo, a falta de aptidão física entre outros (BERLEZE, 2007). A comodidade de encontrar a

diversão em jogos digitais ou assistindo desenhos na televisão está fazendo com que as

crianças percam o interesse em brincadeiras que exijam esforço físico juntamente com uma

má alimentação desencadeia em crianças ociosas e obesas, fatores que prejudicam o

desenvolvimento psicomotor.

No decorrer do último século a importância da melhoria na aptidão física e do

desenvolvimento, estão interligados, quando evoluída a aptidão logo percebemos melhorias

na capacidade funcional motora (agilidade, força, velocidade, flexibilidade e potência

aeróbica) assim ajudando nas realizações de outras tarefas. (SOUZA 2012, FONSECA 2008,

BERLEZE 2007). A escola nas series iniciais do ensino fundamental, tem uma

função de grande valor, pois influencia diretamente no desenvolvimento do aluno, podendo

ajudar na melhoria da aptidão física, e do desenvolvimento psicomotor utilizando jogos

lúdicos, brincadeiras que estimulam o lado cognitivo, motor e sócio afetivo da criança

(FONSECA, 2008).

O avanço de cada indivíduo é influenciado por uma série de fatores no meio as quais

se encontram entrelaçados os aspectos cognitivos, afetivos, motores e psicossociais, definindo

como um processo continuo que acontece durante a vida toda, demostrando uma sequência

ontogenética semelhante, sendo caracterizado apenas pela velocidade de progressão o

crescimento infantil retrata uma das etapas mais importante na vida do ser. Na segunda

infância e idade escolar há um acréscimo nas habilidades física e motora, quando a criança

manifesta consciência de si e do mundo exterior começa alcançar sua independência e uma

adaptação maior no âmbito social, adquirindo rapidamente progressos na aprendizagem

(NETO, 2005).

Um bom controle motor, permite à criança construir as noções básicas para seu

desenvolvimento intelectual, o locomover-se é de grande valor biológico, psicológico, social e

cultural, pois é através do desempenho que todos interagem com o meio

ambiente, familiarizando-se com os outros aprendendo sobre si e sobre seus limites

adquirindo capacidades e solucionar problemas. A didática motora tem como influencia o



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desenvolvimento de crianças com bloqueio escolares que apresentam uma falha na leitura,

escrita, calculo e também para socializar-se com os colegas. Já o atraso no

desenvolvimento neuropsicomotor destaca problemas na fala, problemas de

conduta, alterações neurológicas, mentais e sensoriais (NETO, 2005). O papel do professor

deve ter um olhar atento para os alunos que apresentam dificuldades buscando de acordo com

a necessidade de cada um, atividades que possam proporcionar ao aluno um maior

desenvolvimento psicomotor.

2.2. Psicomotricidade Nos Anos Iniciais Do Ensino Fundamental

O ser humano comunica-se através da linguagem verbal, mas também através de

gestos, olhares, movimentos, emoções e forma de andar, a criança já se faz entender por

gestos desde o primeiro dia de vida e até no início da linguagem verbal. Quando o bebe sente

fome ou dor ele torce seu corpo o que permite a sua mãe perceber seu desconforto. Por meio

do movimento do tônus, a criança fala através do seu corpo. Essas “mensagens corporais”

acompanham o ser humano por toda a sua vida, fazendo-se necessária desde cedo a utilização

ampla do movimento. (FONSECA, 1998). Em um estudo recente, Fonseca (1998) ressaltou a

necessidade de se abordar o significado do motivo como comportamento, numa relação

consciente e inteligível entre a ação do indivíduo e a situação circunstancial.

A escola de educação infantil sofreu transformações influenciadas pela situação

histórica do homem e do papel social da criança. Desde o início dos tempos, há relatos de

preocupação de como deve ser a educação de crianças, principalmente as pequenas. Durante

os primeiros 4 meses de vida, o bebe deve sim receber estímulos, como se a consciência

cognitiva tivesse aprendendo com o inconsciente, nesses meses em que os processos cerebrais

estão se formando o bebe precisa do maior número possível de estímulos, também deve passar

por diversas experiências, contribuindo para novas aprendizagens. Na primeira infância a

criança ainda não tem os neurônios ligados na rede, porem possuem esta habilidade.

Conforme os estímulos começam a acontecer inicia-se a formação da primeira rede. Esses

estímulos podem acontecer primeiramente com o choro da criança, primeiros sons e com o

passar do tempo vai desenvolvendo mais habilidades (FONSECA, 1998). Um bom

planejamento das atividades é fundamental para que haja eficiência no trabalho proposto nas



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series iniciais, visando principalmente que os alunos consigam realizar as atividades com

sucesso.

2.2.1 Psicomotricidade Nas Séries Iniciais

Ao decorrer do desenvolvimento, a criança pode manifestar atrasos motores que em

consequência, podem influenciar no seu processo de aprendizado. Assim destaca-se a

necessidade de uma avaliação especifica para descobrir precocemente alguns atrasos em

busca de uma tentativa de impedir ou amenizar possíveis agravos associados. O

desenvolvimento infantil é definido por importantes transformações, retratado em aquisições

cognitivas e habilidades motoras. Essas etapas diferenciadas no desenvolvimento humano, são

caracterizadas por um agrupamento de necessidades e interesses onde garantem uma

coerência. De acordo com a idade da criança cada uma interage da forma mais adequadas com

as outras (GALVÃO, 2000). Cada criança características especificas porém quando se

percebe que a criança se comporta de maneira muito diferente das demais de sua faixa etária,

é importante busca entender o que esta prejudicando seu desenvolvimento para conseguir

assim buscar meios em que possa ser revertido a situação.

A motricidade possibilita ao ser um enfrentamento com meio em que vive, para a

criança a evolução constante das capacidades motoras significa a conquista da sua autonomia

e a possibilidade de se adaptar a fator sociais, as fases motoras e psíquicas influenciam

mutuamente de modo imediato, demonstrando sempre modalidades comportamentais motoras

como mímica ou por meio de expressões corporal. Cada etapa do desenvolvimento é marcado

por características que certifica a maturidade necessária a aquela idade cronológica.

(FLEHMING,2005).

Além disso, os movimentos delicados melhoram nos parâmetros que os

desenvolvimentos grosseiros e também em outras habilidades tendo como a melhoria do

controle sobre o lápis, refinamento da sensibilidade sinestésica e dissociação dos movimentos.

Porém, nem sempre essa evolução segue essa sucessão continua. A criança pode expressar

alterações motoras, que em consequência, podem dominar seu desempenho cognitivo,



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desenvolvendo dificuldades na aprendizagem (BUENO,1998). O déficit de atenção tem sido

um diagnóstico frequente nas escolas, sem uma fundamentação mais profunda, a dificuldade

na aprendizagem pode estar relacionada à deficiências no desenvolvimento psicomotor, sendo

assim muito importante que o professor busque o auxílio de outros profissionais quando

percebe que a criança realmente não atingiu os resultados satisfatórios.

2.2.2 Criando o Ambiente Da Criança

A psicomotricidade tem o propósito de lidar com o cidadão com toda a sua história de

vida: social, política, e econômica. Trabalha da mesma forma com o afeto e o desafeto do

corpo, evolui seu aspecto comunicativo, dando-lhe a chance de domina-lo, reservar sua

energia, de pensar seus gestos, com interesse de trabalhar a estética, melhorar seu equilíbrio.

Psicomotricidade é o corpo em movimento, considerando o ser em sua totalidade, inclui

outras diversas áreas: educacionais, pedagógicas e da saúde por ter o homem como objeto de

estudo. Psicomotricidade é corpo, ação e emoção, o corpo está sempre em constante

movimento (ALVES, 2007).

O exercício físico estimula a respiração, a circulação, ofertando ao corpo total

desenvolvimento. O avanço mental, coligado ao motor conseguirá levar a criança à

exploração do mundo externo, saindo de si e iniciando o conhecimento do mundo por seu

intermédio de experiências. O desenvolvimento é crescente tanto no aspecto físico quanto no

intelectual e afetivo, tudo depende de influencias. As etapas do desenvolvimento são comuns

a todas as crianças, mas a diferença de ambiente familiar e meio social em que vivem vão

decidir o seu comportamento. Dessa maneira percebemos crianças com a mesma idade, mas

com atitudes e comportamentos distintos o que vem provando que cada criança é única e deve

ser respeitada (ALVES, 2007). Tão importante quanto uma boa alimentação, o carinho, a

atenção e estímulos fazem grande diferença no desenvolvimento psicomotor da criança. Uma

relação de afeto, aliada a momentos de interação através de brincadeiras podem fazer muita

diferença na personalidade da criança.

Os primeiros anos de vida são essenciais para o desenvolvimento psicomotor infantil,

é necessário estar atentos para que nenhuma perturbação passe despercebidas e que seja

tratada a tempo, de modo que a capacidade da criança não seja afetada e prejudique a

aprendizagem da leitura e da escrita. Um ambiente favorável é importante para que haja uma

maturação normal da criança. Por essa razão é fundamental que os pais sejam orientados e



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compreendam a sua importância como primeiros educadores, a partir do nascimento até por

volta dos cinco ou seis anos, os teóricos da educação psicomotora concluíram que, a união

entre mãe e filho, pai e filho, aluno e professor servirá de alicerce para o crescimento social

afetivo e motor da criança e irá contribuir na aprendizagem futura. Nesta sequência é

oportuno mostrar as fases de desenvolvimento da criança (ALVES, 2007).

Fase oral: 0-18 meses, a criança é totalmente dependente do sujeito que cuida ou não

da mãe que satisfaz sua fome, sua sede, que defende e ajuda na hora do perigo. Porque tocar o

bebe? O toque é uma emissão de amor, fortalece o laço e contribui para o desenvolvimento do

bebe, os toques e as massagens tornam os bebes mais dóceis e imune as doenças,

desenvolve o potencial motor, role, arraste seu filho no chão, beije, abrace, deixe ele descobrir

o espaço, esta é a fase do olhar, mexer, imaginar (ALVES, 2007).

Fase anal 18 meses a três anos, a criança começa a experimentar a sua vontade, uma

vez que já olha o mundo de pé, nessa fase a maturação orgânica dará condições a criança

descobrir, o que lhe dará mais tarde, autonomia de pensamento e movimento. A coordenação

motora ampla e fina se elabora. É a fase do mexa-se, é fundamental muito espaço para dançar,

andar, pular, cantar e riscar parede. É a fase da imitação das pessoas com quem convive e

também é a hora de dar limites (ALVES, 2007).

Fase fálica quatro a seis anos, é a fase lúdica, a criança apresenta uma energia infinita,

demonstra por meio de tarefas motoras como pular, correr, subir, descer, já compreende que

está preparado de fazer e imaginar o que é capaz de fazer futuramente. Parece que está em

todos os lugares, quer participar de tudo quer saber de tudo, brinca sozinha ou com pouca

presença de outras crianças. É a fase do tocar, encontrar, conviver, a criança toca seu corpo e

o corpo do outro, descobre no outro semelhanças e as diferenças, percebe seu próprio corpo

por intermédio do outro e inicia a conhecer a sua constituição. Constata que além dela há

outros indivíduos e objetos constituem a história de sua vida, é o início da sua aceitação e do

outro, da socialização e da convivência, aprende a dividir e partilhar as brincadeiras e de

reconhecer que o mundo é de todos, a escola é de todos que a professora é de todos (ALVES,

2007).

Nessa idade já faz parte da turma da educação infantil a fantasia deve ser trabalhada

para que se torne uma pessoa criativa, como nossas crianças chegam a escola? A maior parte

convivem com adultos, pela correria do dia a dia, quase não tem tempo para elas.

Normalmente vivem em apartamento ou em casas onde os quintas foram substituídos por



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áreas cimentadas, enquanto deveriam subir em árvores, pular amarelinha, brincar de boneca,

jogar bola para desenvolver a sua capacidade criadora passam a maior parte do tempo em

frente à televisão (ALVES, 2007).

Brincar favorece a autoestima da criança e a sua interação com o mundo que a rodeia.

As brincadeiras são utensílios que desafiam a criança facilitando suas descobertas e a clareza

de que o mundo está cheio de possibilidades e momentos para a expansão da vida.Sempre que a criança brinca ela cria um cenário imaginário, em outros momentos ela passa a se afastar do mundo imaginário e faz novas combinações e regras. É no brinquedo que a criança aprende agir um espaço mental que depende de motivação internas. (Vygostsky,1998. P. 178).

O brinquedo cria na criança uma zona de desenvolvimento proximal, que é por ele

definida como a distância entre o nível de desenvolvimento real, que se costuma determinar

através da solução independente de problemas, e o nível de desenvolvimento potencial,

determinado através da solução de problemas sob a orientação de um adulto ou em

colaboração com companheiros mais capazes.

É, portanto, na fase pré-escolar que o brinquedo torna-se a atividade principal da

criança, a qual se caracteriza como uma atividade do qual motivo está no próprio processo e

não no resultado da ação. A atividade da criança não visa a um resultado de modo de

satisfação nas suas reais necessidades. Na verdade, o motivo que conduz conteúdo do

processo real da atividade. Para atingirmos o desenvolvimento da criança, é necessário levar em consideração as necessidades dela e os incentivos que são capaz para colocá-las em ação. A sua evolução está ligada a uma mudança nas motivações e incentivos, por exemplo: aquilo que é de interesse para um bebê não o é para uma criança um pouco maior. (Vygostsky,1998. P. 178).

A criança se satisfaz com algumas necessidades no brinquedo, mas essas necessidades

vão aumentando conforme o decorrer do desenvolvimento. Assim, como as necessidades das

crianças vão mudando, é fundamental conhecê-las para compreender a individualidade do

brinquedo como uma forma de atividade.Entra em cena a imaginação, a qual é um processo psicológico novo para a criança. A imaginação surge originalmente da ação. Assim, podemos inverter a velha frase que afirma que o brincar da criança é a imaginação em ação. A condição imaginária de qualquer brincar está insinuado de normas de comportamento. Dessa forma, é possível concluir que não existe brinquedo sem regras, mesmo que não sejam as regras estabelecidas. (Vygostsky,1998. P. 178).

2.2.3 A Importância Da Educação Física Na Educação Infantil



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Na educação infantil, a educação física utilizado jogos e brincadeiras como um dos

mais fortes recursos para sustentar o desenvolvimento das crianças, seja no domínio motor,

afetivo ou cognitivo com o objetivo de proporcionar um estilo de vida ativo e saudável,

levando a uma qualidade de vida satisfatória. O desenvolvimento humano frisa o estudo

cientifico de como os seres se modificam mas também permanecem iguais, desde a

fecundação até a morte. As transformações são mais obvias na infância, porém,

decorre durante a vida toda, sendo que as razões que influenciam no desenvolvimento são

tanto internos (hereditários) quanto externos (ambientais). (PAPALIA e OLDS, 2000).

Essa evolução física envolve alterações que ocorrem no corpo, no cérebro, na

capacidade sensorial e nas habilidades motoras. O desenvolvimento cognitivo refere-se as

modificações que acontecem na capacidade mental, como a aprendizagem, a memória, o

raciocínio, o pensamento e a linguagem. O desenvolvimento psicossocial é referente com a

capacidade para interagir com o meio através das relações sociais, que proporciona a

formação de personalidade e a aquisição de características próprias (PAPALIA e OLDS,

2000). A infância é determinada por concentrar as aprendizagens a o restante do desenvolvimento humano, pois é essa etapa da vida que a criança forma a base motora para a realização de movimentos mais complexos futuramente. Neste momento é importante que a criança tenha um bom acompanhamento no seu desenvolvimento físico, cognitivo e psicossocial. (GALLARDO, 2003, P.9).As mudanças que ocorrem na infância são lerdas do que outras que venham ocorrer futuramente. Estes autores afirmam que dos três aos seis anos as crianças vivem a segunda infância, período que correspondem aos anos pré-escolares. Nesta fase, a aparência das crianças mudam, suas habilidades motoras e mentais florescem e sua personalidade torna-se mais complexa. A medida com que os músculos adquirem um controle mais adequado, as crianças passam a atender mais suas necessidades pessoais, como a higiene, o vestir-se sozinho, obtendo assim, uma competência e uma independência maior. (PAPALIA E OLDS, 2000, P.3).

Esta capacidade de mover-se cada vez de forma mais autônoma está relacionada a

vários outros fatores, como a maturação neurológica, que permite movimentos mais claros,

o crescimento corporal que nota-se visivelmente além de permitir uma possiblidade de

dominar o corpo, facilitando o movimento e a disponibilidade para realizar atividades motoras

(PÉREZ,1994). O período pré-escolar é o mais importante para a formação do ser, é quando

ela constrói os principais instrumentos interiores, primeiro de modo inconsciente e depois de

consciência para se relacionar com a chamada realidade exterior (CURTISS,1988). O início

da vida escolar tira a criança de sua zona de conforto ela passa a viver novas experiências,



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conhecer novos sujeitos iniciando relações de amizades, muitas vezes enfrentam dificuldades

como conviver com as diferenças e dividir o que é seu como materiais e brinquedos.

A aprendizagem e o desenvolvimento estão ligados desde que a criança tem seu

primeiro contato com o mundo, ao interagir com o meio físico social o indivíduo passa a se

desenvolver de forma mais abrangente e eficiente. Além disso é por meio de observação,

imitação e experimentação sobre as atividades recebidas de pessoas mais experientes que a

criança começa a vivenciar diversas experiências físicas e culturais passa assim

desenvolvendo um conhecimento a respeito do mundo que a cerca (BONAMIGO et al,

1982).

O desenvolvimento de uma criança é o resultado da interação do seu corpo com os

objetos do seu meio, com as pessoas que convive e com o mundo aonde estabelece relações

afetivas e emocionais, o corpo portanto é a sua maneira de ser. É através dele que ela

estabelece contato com o ambiente, e compreende o outro (LE BOULCH,1987). Através de

novas experiências de novas aprendizagens a criança constrói seu esquema corporal e amplia

seu repertório psicomotor, adquirindo autonomia e segurança (OLIVEIRA, 1997).

A cada idade o movimento apresentam características significativas e determinados

comportamentos motores tem uma função importante para o desenvolvimento da criança.

Cada alcance influencia tanto no domínio mental como no motor, através da experiência e da

troca com o meio (FONSECA, 1988). A escola tem um papel muito importante como

colaboradora para as aprendizagens, estimulando o desenvolvimento global da criança através

do trabalho em torno de desafios, fazendo com que ela explore, crie e desenvolva suas

habilidades com o objetivo de expandir seu potencial (CURTISS, 1988).

O progresso do ser se dá a partir da união entre a motricidade, a emoção e o

pensamento. Percebe-se que a escola tem um papel fundamental no aprendizado e

consequentemente no desenvolvimento dos indivíduos, desde que proporcione situações

desafiadoras para seus alunos. A interferência de outras pessoas é fundamental para o

crescimento da criança, qualquer processo de ensino sendo eficiente deve levar em conta o

nível de avanço real do ser humano e avaliar seu nível de potencial adequado a sua faixa

etária. (BONAMIGO et al, 1982).

A evolução infantil obedece uma sequência motora, cognitiva e psicossocial que

ocorrerá de forma mais lenta ou mais acelerada, de acordo com os estímulos recebidos, a

criança entre um ano e meio e dois anos de idade agem sem refletir, a partir dessa fase, ela já



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adquire duas funções importantes: o andar e a linguagem, permitindo uma maior participação

na sua relação com o meio onde vive. A ação da criança sobre esse meio estimulará suas

atividades mental. A partir daí, ela adquire uma consciência maior sobre sob sua própria

pessoa iniciando a formação da sua auto – imagem. Em seguida inicia sua vida social começa

a formar pequenos grupos e surge uma troca constante de amizade na escola (BONAMIGO et

al, 1982).

Neste sentido, observa-se que em cada fase do desenvolvimento infantil tem suas

próprias características. Para que a criança possa ter um bom sucesso na vida escolar é

necessário que durante a infância, no período psicomotor e estruturação da imagem

corporal, sejam realizados trabalhos proporcionando situações que que se possa ter toda a

confiança em seu corpo e suas potencialidades. Atualmente existem dois eixos pelos quais a

psicomotricidade avança, onde se diferenciam pelos objetivos e as intervenções pedagógicas:

a psicomotricidade funcional e a psicomotricidade relacional. A psicomotricidade funcional é

aquela que tem como referência o perfil da criança, onde é avaliado a partir de testes

padronizados e utiliza-se de métodos diretivos, não deixando espaço para a exteriorização da

expressão corporal. Já a psicomotricidade relacional diz respeito a uma abordagem que se

sustenta na ação de brincar (NEGRINE, 2002).

O ponto fundamental da psicomotricidade funcional para a relacional é da utilização

dos brinquedos, do ato de brincar, da liberdade de explorar os objetos e da liberdade de

expressão. O intelecto se constrói a partir da atividade física, as funções motoras não devem

ser separadas do desenvolvimento intelectual nem da afetividade. Para isso que ler e escrever

deve ser processado adequadamente o domínio das atividades também está relacionado. O

desenvolvimento psicomotor caracteriza-se pela maturação que integra o movimento, o ritmo,

a construção espacial e o reconhecimento dos objetos, das posições (BUENO, 1998).

O prosseguimento psicomotor é de suma importância na prevenção de problemas de

aprendizagem e na reeducação do tônus, da postura, da direcionalidade, da lateralidade e do

ritmo. Nesses aspecto, as atividades proporcionam uma vivencia com espontaneidade

corporal, criando um clima afetivo entre professores e alunos, afastando os preconceitos que

influenciam negativamente as relações. Neste sentido a psicomotricidade é um meio de ajudar

a criança a superar todas as dificuldades e prevenir possíveis inadaptações, procurando

proporcionar um bom desempenho escolar (LE BOULCH, 1982).



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A criança percebe seu corpo através de todos os sentidos como a audição, visão,

lateralidade, coordenação, a comunicação e a orientação espacial, as técnicas psicomotoras

auxiliam na organização da imagem corporal. A atividade motora lúdica é fonte de prazer

é através dela que a criança poderá manifestar quais são suas habilidades e suas dificuldades

(CHAZAUD, 1976). Uma criança que o esquema corporal é mal formado não coordena bem

os movimentos, suas habilidades manuais se tornam limitadas, vestir-se sozinho, despir-se, se

torna mais difícil a leitura perde a harmonia o gesto vem após a palavra e o ritmo da leitura

não é mantido ou é paralisado no meio de uma palavra (LE BOULCH, 1982).

A lateralidade corporal se refere ao espaço interno indivíduo, capacitando-o a utilizar um lado do corpo com maior desembaraço, percebendo que este possui dois lados e que um é ais utilizado que o outro. Embora a criança quando bebe, utilize indiferentemente os dois lados do corpo e as duas metades, é com a maturação do organismo que ela vai estabelecendo sua preferência por um dos lados. Por influência de ambiente social a criança pode ser levada a utilizar mais de um dos lados, é durante o crescimento e a aquisição de experiências dentro do ambiente social que se define a dominância da lateralidade nas crianças de forma natural. Quando a lateralidade está mal definida é comum ocorrer problemas na orientação espacial, dificuldade na discriminação e na diferenciação entre seu lado dominante e o outro lado. (NEGRINE, 1987, P. 2)

Para que esses conceitos sejam desenvolvidos no aprendiz, o meio tem que ser

desafiador, exigente para poder sempre estimular o intelecto e a ação motora da pessoa, não

basta apenas oferecer estímulos para que se desenvolva normalmente, a eficácia da

estimulação depende também do contexto afetivo em que esse estimulo se insere e essa ação

está diretamente ligada ao relacionamento entre o estimulador e a criança. Portanto, o papel

da escola no âmbito educacional deve ser o sistematizar esses estímulos, envolvendo-os em

um clima afetivo que serve para transmitir valores, atitudes e conhecimentos que visam o

desenvolvimento integral do ser humano (BONAMIGO et al, 1982).

ANÁLISES DAS PRÁTICAS Os professores das escolas urbanas municipais entendem a psicomotricidade como uma

base essencial ao desenvolvimento integral da criança, pois oportuniza condições de

desenvolvimento de suas capacidades básicas: desenvolvimento motor, afetivo e psicológico.

Através da psicomotricidade a criança toma consciência de seu corpo por meio de

movimentos onde é possível observar as crianças que vem das escolinhas e as que entram

diretamente ao ensino fundamental sem ter nenhum estimulo para o desenvolvimento

psicomotor.__________________________________________________________________________________________



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É de fundamental importância o planejamento e desenvolvimento de atividades que

envolvem elementos básicos da psicomotricidade como: esquema corporal, lateralidade,

orientação espacial e temporal, expressão oral, freio inibitório, com atividades lúdicas,

música, artes plásticas, jogos e dramatização.

Quando se observa que um aluno apresenta dificuldades relacionadas ao

desenvolvimento psicomotor, são planejadas e propostas atividades buscando superar as

mesmas, sendo importante a realização de um trabalho em equipe por professoras, direção e

família. Através de observações e diálogos buscando identificar as causas da dificuldade e as

possibilidades de avanços. E quando necessário encaminha-se o aluno para profissionais

especializados como fonoaudióloga, neurologista ou uma avaliação pela equipe de sala de

recursos de instituições especializadas.

Observou-se que a psicomotricidade tem uma grande importância na vida da criança

que contribui para a formação integral nos aspectos físico, cognitivo e afetivo proporcionando

o divertir-se, o criar, o interpretar, o conhecimento de si e do outro, o relacionar-se com o

mundo servindo como um alicerce na construção de sua caminhada, proporcionando

aquisição de habilidades que facilitará na aprendizagem.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conclui-se que o desenvolvimento psicomotor é a base principal na infância para um

bom desempenho das atividades físicas cognitivas e também influencia nas relações afetivas e

sociais das crianças, sendo muito importante o planejamento e a aplicação de atividades

lúdicas nas escolas servindo como um estimulo para esse desenvolvimento.

O desenvolvimento motor da criança é caracterizado por uma aquisição de habilidades

motoras, que possibilita a ter um domínio do seu corpo em diferentes posturas como o: andar,

saltar, correr, pular, manipular objetos e instrumentos diversos. Essas habilidades são

adquiridas para a condução de atividades diárias tanto em casa quanto na escola, como

também servem como propósitos lúdicos que é bem caracterizado na infância.

Conforme a criança vem recebendo estímulos ela vai se desenvolvendo, crescendo se

aperfeiçoando com suas habilidades motoras, tendo mais facilidade de expressão oral

e corporal, se socializa com mais facilidade, o que é de fundamental importância para a

aprendizagem e a vivência na escola e na sociedade.



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Observou-se o quanto é importante que as escolas e professores estejam preparados

para trabalhar com crianças que apresentam dificuldades motoras, de relacionamentos e

cognitivas, nesses casos um bom planejamento e o trabalho em equipe fazem a diferença no

desenvolvimento psicomotor das crianças. A ludicidade também se mostra uma grande aliada

para esse desenvolvimento possibilitando o aluno desenvolver a sua criatividade como

atividades prazerosas que lhe proporcionaram a possibilidade de se relacionar com o outro.

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