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INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI FACULDADES IDEAU ESTADO PUNITIVO E CARÊNCIA EDUCACIONAL, FATORES DETERMINANTES PARA O CAOS DO SISTEMA PENITENCIÁRIO. BERTELLA, Vinicius Bertotti¹ * CUNHA, Kethelyn Olga Rossoni¹ PAGNUSSAT, Renan Carlos¹ SIELSKI, Bruna Thaize¹ ZAPPANI, Alexandro 1 ALMEIDA, Alvenir Antonio de 2 BARAZETTI, Patrícia Carla² BRIANCINI, Valkiria² HAMEL, Eduardo Henrique² WEIPPERT, Rosangela Marcia² WENTZ, Gustavo² RESUMO: O objetivo deste projeto é de uma maneira complexa tomar conhecimento do sistema carcerário do Brasil. Abordando as diferentes formas de punições que eram encontradas em suas fases históricas, pesquisando em suas mais diversas bibliografias, alem de contato com a realidade especificamente do Presídio Estadual de Getulio Vargas/RS, o qual foi o objeto de pesquisa de campo analisando suas características, necessidades e carências. Agregando ao processo de coleta de informações realizou-se uma entrevista com um questionário, voltado a apresentar dados sobre o conhecimento dos cidadãos, e os fatores que influenciam a maneira que cada indivíduo pensa em relação aos apenados, bem como olhar da população não só de uma maneira superficial, mas sim mais ampla, procurando entender o porquê do abandono e da falta de relevância que a instituição prisional causa na população. Constatou-se a divergência de informações que chegam as pessoas, por se tratar de um fator excluso do cotidiano das maiorias, ocasionando pouca importância do público geral que não recorda que no mesmo estabelecimento além de seres humanos que cumprem suas penas há pessoas que cumprem sua função social e pública. Dentre os mais diversos fatores, como o perfil psicológico dos detentos e a incumbência do Estado influenciaram para chegar ao atual sistema, o qual está defasado, 1 Discentes do Curso de Direito, Nível II 2017/1- Faculdade IDEAU – Getúlio Vargas/RS. 2 Docentes do Curso de Direito, Nível II 2017/1 - Faculdade IDEAU – Getúlio Vargas/RS. *E-mail para contato: [email protected] ___________________________________________________________________________ _______________ Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático – Getúlio Vargas – RS – Brasil 1

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INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI

FACULDADES IDEAU

ESTADO PUNITIVO E CARÊNCIA EDUCACIONAL,

FATORES DETERMINANTES PARA O CAOS DO SISTEMA PENITENCIÁRIO.

BERTELLA, Vinicius Bertotti¹*

CUNHA, Kethelyn Olga Rossoni¹PAGNUSSAT, Renan Carlos¹

SIELSKI, Bruna Thaize¹ZAPPANI, Alexandro1

ALMEIDA, Alvenir Antonio de2

BARAZETTI, Patrícia Carla²BRIANCINI, Valkiria²

HAMEL, Eduardo Henrique²WEIPPERT, Rosangela Marcia²

WENTZ, Gustavo²

RESUMO: O objetivo deste projeto é de uma maneira complexa tomar conhecimento do sistema carcerário do Brasil. Abordando as diferentes formas de punições que eram encontradas em suas fases históricas, pesquisando em suas mais diversas bibliografias, alem de contato com a realidade especificamente do Presídio Estadual de Getulio Vargas/RS, o qual foi o objeto de pesquisa de campo analisando suas características, necessidades e carências. Agregando ao processo de coleta de informações realizou-se uma entrevista com um questionário, voltado a apresentar dados sobre o conhecimento dos cidadãos, e os fatores que influenciam a maneira que cada indivíduo pensa em relação aos apenados, bem como olhar da população não só de uma maneira superficial, mas sim mais ampla, procurando entender o porquê do abandono e da falta de relevância que a instituição prisional causa na população. Constatou-se a divergência de informações que chegam as pessoas, por se tratar de um fator excluso do cotidiano das maiorias, ocasionando pouca importância do público geral que não recorda que no mesmo estabelecimento além de seres humanos que cumprem suas penas há pessoas que cumprem sua função social e pública. Dentre os mais diversos fatores, como o perfil psicológico dos detentos e a incumbência do Estado influenciaram para chegar ao atual sistema, o qual está defasado, voluntariamente influenciando na economia do país e na evolução da sociedade como um todo.

Palavras-chave: Presídio, Ressocialização, Punir, Sociedade, Estado.

ABSTRACT: The objective of this project is a complex way to learn about the Brazilian prison system. Addressing the different forms of punishment that were found in its historical phases, searching in its most diverse bibliographies, besides contact with the reality specifically of the State Prison of Getulio Vargas / RS, which was the object of field research analyzing its characteristics, needs and needs. Adding to the information gathering process, an interview was conducted with a questionnaire, aimed at presenting data about citizens' knowledge, and factors influencing the way each individual thinks about the grieving, as well as looking at the population not only from a superficial but broader way, trying to understand the reason for the abandonment and lack of relevance that the prison institution causes in the population. It was verified the divergence of information that the people arrive, because it is a factor excluded from the daily life of the majorities, causing little importance of the general public that does not remember that in the same establishment besides human beings who fulfill their sentences there are people who fulfill their social and public function. Among the most diverse factors, such as the psychological profile of detainees and the incumbency of the state, have influenced to reach the current system, which is out of date, voluntarily influencing the economy of the country and the evolution of society as a whole.

1 Discentes do Curso de Direito, Nível II 2017/1- Faculdade IDEAU – Getúlio Vargas/RS.2 Docentes do Curso de Direito, Nível II 2017/1 - Faculdade IDEAU – Getúlio Vargas/RS.*E-mail para contato: [email protected]

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FACULDADES IDEAU

Keywords: Prison, Resocialization, Punish, Constitution, Society, State.

1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

A abordagem do assunto descrito neste estudo, respaldado por pesquisas bibliográficas

fundamentais para o tema, além da pesquisa de campo proporcionada na visita feita ao

Presídio Estadual de Getulio Vargas/RS vem com intuito de estreitar as relações de

conhecimentotratando de uma maneira complexa o sistema carcerário brasileiro desde seus

primórdios até os dias atuais. A maneira que a evolução da humanidade aperfeiçoou as

pessoas, e traz consigo o ônus que reflete nas atitudes e maneiras comportamentais de uma

sociedade em constantemutação, esta, porém, por vezes não estando preparada para lidar com

situações do próprio cotidiano. O sistema capitalista que se manifesta na maioria das

sociedades acaba por acirrar a concorrência que por si só deveria ser saudável, mas em

diversos fatores interfere diretamente na convivência social pacífica.

Incluindo este instinto capitalista somado ao autoritarismo, se apresenta o estado, o

detentor de todos os poderes como o único e indiscutível responsável pelas atitudes dos

grupos de pessoas que constituem a sociedade, sendo fálio no gerenciamento de suas

obrigações, faz com que a população se torne desinformada e sem qualquer capacidade de

discernimento tornando-se refém de sua própria nação. O artigo retrata a falta de amparo aos

órgãos competentes na manutenção do que deveria ser uma válvula de escape às pessoas que

cometeram delitos e paga com sua privação de liberdade, o descrédito de seus colaboradores

para com seus superiores, o abandono das pessoas com olhar de desinteresse e repulsão pelo

próprio local que abriga estes que lá estão.

Ao longo do texto cita-se a possibilidades de por vezes transferir as atribuições e

responsabilidades do sistema carcerário para os órgãos privados que talvez mudem o

panorama da situação na medida em que envolve a dignidade da pessoa humana, podendo

assim cumprir o que reza a Carta Maior e que de fato não é posto em prática. O objetivo do

texto e expressar fatores determinantes para o colapso do sistema prisional, os quais poucos

chegam ao conhecimento das pessoas da forma correta, bem como mostrar ao público geral

que por vezes os fatos e relatos são interpretados de maneira totalmente equivocada e

provocando uma desconfiança que já é inerente do ser humano comum tomando proporções

muito maiores quando se trata de um delinqüente em cárcere.

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2 DESENVOLVIMENTO

Fatores determinantes marcam o desenvolvimento e evolução de uma sociedade, à

medida que o Estado é autoritarista e soberano diante de toda a população acaba por ser

deficitário nos principais requisitos que por serem básicos tornan-se imprescindíveis para o

alicerce sadio na formação do caráter das pessoas. Com a má conduta da administração e de

seus componentes é notória as características adversas refletindo nas atitudes que resultam na

situação caótica que se encontra o sistema prisional brasileiro.

2.1 O Capitalismo na Influência Social

 A prisão tem como papel desmembrar os problemas sociais sendo que a mesma é uma

“nova gestão da miséria”. Também é valido ressaltar que através da evolução o capitalismo

estimula as lutas para garantir e saciar as necessidades, ganhando firmeza à questão das

desigualdades social no cenário político, a qual forma um conjunto de medidas e instituições

que tem por finalidade o bem estar social. (LAURELL, 2009; apud, SANTOS; SOUZA,

2013, p.25)

Pode-se observar que durante a evolução da sociedade, as fases históricas tiveram

grande influência para ocasionar na atual crise prisional brasileira. Cada uma delas

proporcionava formas de punições diferentes (MEINERZ; PEDROSO, 2015, p.3). No período

da Antiguidade e na Antiguidade Moderna, a prisão tinha como objetivo do indivíduo

aguardar seu destino e de garantir que a sentença fosse cumprida. As celas eram

caracterizadas por terem odores fortes e pelas condições imundas em que se encontravam.

Quando o acusado era condenado, os castigos eram cruéis ou até mesmo a morte (MEINERZ;

PEDROSO, 2015, p.3-4).

Idade Média foi caracterizada por um direito ordálico, ou seja, associavam a comprovação da maldade do indivíduo por Deus tê-lo abandonado. Faziam crer, os executados, que se não fossem salvos no momento do suplício era porque Deus os havia renegado. E, para tanto, essa era prova suficiente de sua maldade, visto que se fosse um bom homem, nada lhe causariam aqueles suplícios (BITENCOURT, 1993, p.11).

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Foucault entendia que “Quando um sujeito cometia um crime ele afrontava toda a

sociedade, não apenas a vítima da sua conduta. Para tanto ele se tornava inimigo de todos,

devendo ser punido com a finalidade de retribuir à sociedade o sofrimento que sua ação

causou”. Nessa época a tortura era utilizada como forma de conseguir confissão do acusado

(FOUCAULT, 2011, p.38). Deve-se lembrar de que, mesmo diante de um violador da norma,

trata-se de um ser humano, com direitos fundamentais pré-estabelecidos, que provavelmente o

Estado pode privá-lo de sua cidadania, porém isso não significa que pode tirar o direito de

condição humana, de sua qualidade de portador de todos os direitos que assistem um ser

humano pelo simples fato de sê-lo (ZAFFARONI, 2008, p. 19).

             Da mesma forma ao analisarmos a população penitenciária, reparou-se seu perfil e

percebeu-se que, esta é uma população pobre e que está abaixo do padrão, ou seja, que não se

encaixa no padrão “meritocrático”. Nesse sentido fica difícil pensar na idéia de

ressocialização sem interferir no meio social, pois a população que predomina o sistema

carcerário não se enquadra nesse perfil “meritocrático”, sendo que a cidadania e os direitos

humanos foram negados. (SANTOS; SOUSA, 2013, p. 25-26)

Em vista disso, pode-se dizer que tudo é resultado do modo de produção capitalista, o

qual transformou as relações sociais e gerou o antagonismo “rivalidade” de classes, surgindo

o aumento das desigualdades e das enfermidades sociais sendo que as mesmas são frutos de

uma superestrutura combinada à infraestrutura que constituem o sistema social, e não

simplesmente de um indivíduo de modo exclusivo (SANTOS; SOUZA, 2013, p.

26).  Compreende-se que a penalidade de certa forma seria uma maneira de administrar as

condutas ilegais, de riscar limites de tolerância, de dar terreno a alguns, de fazer pressão sobre

outros, de excluir uma parte, de tornar útil outra, de neutralizar estes, de tirar proveito

daqueles. Enfim, a penalidade não manifestaria as condutas ilegais, apenas modificava sua

“economia” geral (FOUCAULT, 2009, apud, SANTOS; SOUZA, 2013, p. 27).

O sistema prisional brasileiro tem a ideia de ressocialização dos detentos como forma

de reinserção ao convívio social, mas diante disso há algo a se pensar na ideia de

ressocialização, pois o apenado está sobre ordens rígidas e opressoras que acabam com suas

individualidades, organizam os mesmos de forma cruel, obedecendo á normatização e

negando sua independência transformando o apenado em um objeto não em um sujeito

transformador (ativo) de sua realidade (BARATTA, apud, SANTOS; SOUZA, 2013, p. 7).

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FACULDADES IDEAU

O trabalho realizado nas prisões do País foi estabelecido pelo Estado Imperial

Brasileiro, objetivando a mudança no conceito de prisão, que vinha com o intuito de melhorar

a moralidade dos apenados, pois naquela época o trabalho diminuía a punição dos presos,

onde se acreditava que, somente através da disciplina e do trabalho seria possível ressocializar

os delinquentes (JULIÃO, 2012, p. 4).

                       Diante da situação atual, os principais problemas encontrados para a idéia de

ressocialização dos presos nos sistemas penitenciário são: superlotação, agressões, torturas e

impunidade dos acusados dessas práticas, insuficiência de programas de trabalho, como

também, a má administração, o uso de regime fechado mesmo quando há penas alternativas e,

a falta de infraestrutura (JULIÃO, 2012, p. 4). No entanto é possível afirmar que o trabalho e

o estudo apresentam um papel significativo na reinserção social dos apenados, diminuindo sua

reincidência, portanto, é válido ressaltar que, quem tem vontade para se reinserir tem mais

aptidão a estudar e trabalhar, logo, os efeitos da educação são inferiores ao do trabalho como

forma de reinserção social para a política de execução penal, pois apresenta dados menos

significativos (JULIÃO, 2012, p. 11).

De fato é preciso e necessário punir aquele que transgride a lei, mas a realidade vivida

atualmente é absolutamente diferente por decorrência das varias influências sofridas, sejam

elas, pelo Estado e pela sociedade, logo, a responsabilidade civil e penal se pratica de forma

automática. A obrigação de punir é sem dúvida uma ocorrência natural da vida em sociedade,

podendo acarretar em punições do mesmo, dependendo do caso, o individuo cumpre regime

fechado, aberto ou semi-aberto a sua pena, nas quais são estabelecidas de acordo com o

Código Penal e executadas pela Lei de Execuções Penais (LEP).

Segundo Camargo (2013), em seu trabalho Realidade do Sistema Prisional diz,

“Sabemos que o sistema carcerário no Brasil está falido. A precariedade e as condições

subumanas que os detentos vivem hoje são de muita violência. Os presídios se tornaram

depósitos humanos [...]”. Por consequência afetando diretamente na dignidade da pessoa

humana pelo fato de sobrevivência e o modo a serem tratados, e possivelmente não tendo os

objetivos alcançados em termos de ressocialização.

Segundo Assis (2007), as garantias legais previstas durante a execução da pena, assim

como os direitos humanos do preso, estão previstos em diversos estatutos legais, no campo

legislativo, o estatudo executivo-penal é tido como um dos mais avançados e democráticos

existentes, que se baseia na idéia de que a execução da pena privativa de liberdade deve ter

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por base o principio da humanidade, e qualquer punição desnecessária será contrária ao

principio da legalidade. Mas na prática constantemente é violado os direitos do individuo,

ocorrendo a total inobservância das garantias legais previstas na execução das penas

privativas de liberdade.

Quando o individuo passa à tutela do Estado ele perde seu direito de liberdade, e

também todos os direitos fundamentais, passando a sofrer os mais variados tipos de castigos,

que acarretam a degradação de sua personalidade e a perda de sua dignidade, prejudicando

consideravelmente as suas chances de retorno útil à sociedade. Dentre estes atos estão os

espancamentos, abusos sexuais e extorsões, os quais, comuns pelos presos que não estão mais

“criminalizados” dentro da prisão, esses mesmos exercem domínio sobre os condenados

primários e os mais fracos também, pois é um local onde predominam a “lei do mais forte”,

“lei do silencio”(ASSIS, 2007, p. 74-78). Diante de um cenário de calamidade, a previdência

social ampara os apenados que são segurados do sistema previdenciário concedendo aos

dependentes do mesmo o beneficio do auxilio reclusão conforme o art 201, IV da

Constituição Federal, in verbis:

Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) (Vide Emenda Constitucional nº 20, de 1998). IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998).

Para que se possa poder fazer o gozo desse direito, é necessário que o último salário

recebido pelo segurado esteja dentro do limite previsto pela legislação. Caso o último salário

do segurado esteja acima deste valor, não há direito ao benefício, sabendo que é necessário

que o mesmo deva possuir qualidade de segurado na data da prisão, estar recluso em regime

fechado ou semiaberto, desde que, a execução da pena seja em colônia agrícola, industrial ou

similar (ROQUE, 2015).

Em relação aos dependentes é necessário que a cônjuge ou companheira comprove

casamento ou união estável na data em que o segurado foi preso. Para filho, pessoa a ele

equiparada ou irmão, desde que comprove a dependência, de ambos os sexos e possuir menos

de 21 anos de idade, salvo se for inválido ou com deficiência. A documentação sendo tão

importante quão ao procedimento em si, sabendo que é preciso da declaração expedida pela

autoridade carcerária, informando a data da prisão e o regime carcerário do segurado recluso, __________________________________________________________________________________________

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documento de identificação do requerente. O documento deve ser válido, oficial, legível e

com foto, documento de identificação do segurado recluso. Após os procedimentos terem sido

todos feitos o beneficio tem validade tem duração variável conforme a idade e o tipo de

beneficiário. Além disso, caso o segurado seja posto em liberdade, fuja da prisão ou passe a

cumprir pena em regime aberto, o benefício é encerrado (ROQUE, 2015).

Se a declaração carcerária apresentada no requerimento do benefício permitir a

identificação plena do segurado recluso, não é necessária a apresentação dos documentos de

identificação do recluso. Entretanto, se for necessário o acerto de dados cadastrais do recluso,

se faz necessária a apresentação do documento de identificação (ROQUE, 2015).

A cada três mês deverá ser apresentada nova declaração de cárcere, emitida pela

unidade prisional. Equipara-se à condição de recolhido à prisão a situação do segurado com

idade entre 16 e 18 anos que tenha sido internado em estabelecimento educacional ou

congênere, sob custódia do Juizado de Infância e da Juventude. O Auxílio-reclusão será

devido a contar da data do efetivo recolhimento do segurado à prisão, se requerido até 90 dias

depois desta, ou da data do requerimento, se posterior, em caso de morte do segurado na

cadeia, o Auxílio-reclusão é convertido para pensão, lembrando que a cota do Auxílio-

reclusão será dividida em partes iguais a todos os dependentes habilitados (ROQUE, 2015).

Em suma, o auxílio reclusão tem como finalidade, contribuir com a volta pacífica e em

comunhão com a sociedade do detento que no qual se cumpriu sua pena. Sabe-se que é uma

parcela significativamente baixa de detentos que contribuíram com o INSS, e que faz uso do

auxílio reclusão.

2.2 Impácto Econômico Social do Sistema Prisional

Embora seja um assunto que possa ficar a margem da sociedade o sistem prisional

brasileiro é influenciado e influencia na economia do país, por mais remota ou invisível para

uns, a situção tem de ser abordada, sobre tudo uma avaliação do estado que se encontra o

sistema carcerário do Brasil apresentando dados sobre o sistema econômico que concentra em

umas das maiores populações mundial de encarcerados.

Dependendo da forma de execução da pena, em seus regimes, a Lei de Execuções

Penais (LEP)- Lei 7.210/1984 prevê estabelecimentos destinados a cada uma das espécies.

Composto por penitenciárias, indústrias ou similares, casas de albergamo ou colônias penais,

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a Constituição Federal de 1988 em seu Art. 5º inciso XLVIII prevê que a pena será cumprida

em estabelecimentos distintos de acordo com o delito, a idade e o sexo do apenado. Portanto o

Estado deve providenciar o local adequado ao cumprimento da pena sob os regimes citados,

pois o ideal de cárcere único abrangeria todos os tipos de criminosos, no entanto os modernos

sistemas penitenciários requerem uma diversidade de estabeecimentos possibilitando a

classificação ds presos e auxiliando na rebilitação dos mesmos (BRITO, 2008, p.21).

Na perspectiva de melhora das condições deste sistema, surge à possibilidade de

privatização de presídios, esta idéia encontra seu antecedente mais remoto no inicio das

civilizações quando os primitivos mantinham seus inimigos trancados em cavernas sob os

cuidados da própria tribo, já nos moldes semelhantes do mundo contemporâneo em meados

de 1700 defendia-se a entrega da administração dos presídios a particulares os quais poderiam

usá-los como fábricas, tanto que fosse mediante contrato podendo assim os administradores

auferir lucros. Mesmo naquela época atentava-se para eventuais abusos que poderiam

comprometer a condição de vida dos apenados, assim podia-se manter também uma vigilância

sobre o administrador do complexo penitenciário (CORDEIRO, 2014, p.43).

Além de auxiliar na recuperção dos seres humanos encarcerados, o modelo de pena

adotado também refletia na compensação do estado que além de dispensar a custódia dos

apenados tinha uma economia significativa aos cofres públicos por inexistência de gastos

desnecessários como simplesmente construções caras. Esta idéia de privatização dos presídios

surge em meio um sistema penitenciário falido onde a pena de prisão éforma de sanção

aplicada na maioria dos crimes, a mesma, porém em declínio e marcada por uma exessiva

crueldade que leva a completa perda do ser humano preso naquelas condições,

impossibilitando a reabilitação do mesmo para viver em sociedade (CORDEIRO, 2014, p.45).

Comprovada a incapacidade do estado em administrar este sistema, são notórios os aumentos

dos índices de criminalidade, incluindo a corrupção de agentes e poiciais formando desta

forma um verdadeiro estado paralelo ao nosso, surgindo com mais ênfase a discussão de

terceirização do sistema carcerário (CORDEIRO, 2014, p.46).

Para simples análise, a população carcerária do Brasil chega a mais de 711 mil presos,

dados apresentados pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) levando em conta também os

mais de 147 mil que estão cumprindo prisão domiciliar, nesse levantamento inédito

consultaram juízes responsáveis pelo monitoramento do sistema carcerário em 26 estados e

Distrito Federal. Com as novas estatísticas, o Brasil passa a ter a terceira maior população

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carcerária do mundo, ultrapassando a Rússia que tem pouco mai de 678 mil detentos. O novo

número também muda o déficit atual de vagas que é de 206 mil para 354 mil, além disso, se

for somado o número de mandados de prisão em aberto, de acordo com o Banco Nacional de

Mandados de Prisão, que são de 373 mil, a nossa população carcerária saltaria para 1.089

milhões de pessoas (CNJ).

Voltados ao tentar encontrar a raiz dos problemas que geram os delitos, surge a

discussão do sistema educacional como um dos fundamentais, por influírem diretamente na

formação do caráter das pessoas. O estado sem condições de proporcionar um ensino de

qualidade, praticamente “lava as mãos” em ralação ao tema quando permite que as

instituições particulares façam do sistema educacional um nicho de marcado econômico

exorbitantemete lucrativo, assim, além de selecionar os freqüentadores pela sua capacidade de

renda, deixa para trás o objetivo principal que e a educação fundamental (CORDEIRO, 2014,

p. 47).

Segundo a Ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Carmen Lúcia, no Brasil um

preso custa R$2,4 mil por mês, enquanto um estudante R$ 2,2 mil por ano, ou seja, treze

vezes mais. A Ministra ressaltou urgência nas mudanças estruturantes exigindo união dos

poderes executivos, dentre estes dados levantados pode-se afirmar que no Brasil uma pessoa

morre a cada nove minutos violentamente, em cinco anos registramos mais mortes que a gerra

na Síria (CNJ). No entanto, o receio daqueles que se mostram contra aprivatização dos

presídios é principalmente na ânsia de as empresas privadas auferirem lucros sobre o ser

humano preso e torná-lo um homem-objeto (CORDEIRO, 2014, p.50).

2.3 Natureza dos Delitos e Perfil dos Detentos

Ao que diz respeito aos atos antissociais, a psicologia necessita investigar todos os

fenômenos ligados ao comportamento do indivíduo que transgride a lei, tornando necessária a

verificação sobre o que levou o indivíduo a cometer o ato, em quais circunstâncias ele

cometeu o crime e seu histórico para que se possa realizar uma elaboração de planos de

intervenção (MATTOS, 2011, p. 13).É fundamental o papel do psicólogo dentro do sistema

carcerrário, dos quais, um deles é a identificação das questões de um perfil criminoso, seu

trabalho é marcado também pelos esforços de programar ações de atenção à saúde meltal do

preso, medidas e ações que possam contribuir no processo de reeducação e ressocialização

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dos mesmos, bem como orientações promoções em relação á saúde da pessoa detenta e de

suas famílias (MATTOS, 2011, p. 5-6).

É comum deparar-se com pessoas que cumprem pena com diagnósticos de pedofilia,

transtornos psicóticos dentre muitos outros, como também pessoas que cometem crimes pela

forma em que vivem vindas de um histórico da sociedade, e, a partir desses contextos,

analisar a história do indivíduo para chegar a uma conclusão que se relaciona ao ato

criminoso, o qual passa pelos seus aspectos psicológicos, biológicos e sociais (MATTOS,

2011, p. 12). Estudos realizadosdemonstram qual é o perfil dos apenados brasileiros, e, vários

fatores contribuem para a formação de um criminoso, muitas são as questões que precisam ser

compreendidas ao que dizem respeito ao perfil do presidiário brasileiro. Através de dados

sobre o sistema prisional, pôde-se diagnosticar o perfil do presidiário, as quais estão

diretamente relacionadas à idade, escolaridade, cor, e principalmente, aos efeitos sociais.

Segundo pesquisas, os jovens são os que têm destaque na problemática da violência,

assumem também a maior taxa de homicídios cometidos. “De toda a população prisional

brasileira em 2010, 58% encontravam-se na faixa de 18 a 29 anos. É um quadro complexo

que se delineia com a inserção precoce nas penitenciárias e contribui para uma ‘carreira

criminosa’”. Índices destacam também “[...] a reincidência que é de 80%, ou seja, os jovens

cometem os crimes e quando saem ainda jovens, voltam a cometê-los, tornando um ciclo

vicioso [...]” (MONTEIRO; CARDOSO, 2013, p. 10). Em relação aos crimes, o sistema

prisional abriga o maior número de pessoas que se enquadram nos crimes contra patrimônio,

“[...] de todos esses crimes, 83,5% foram de roubo e furto e apenas 6,1% latrocínio (roubo

seguido de morte)”. Os crimes de homicídio e tráfico internacional de drogas, sendo os mais

graves atingem percentuais baixos em relação a outros. Os crimes ligados contra a fé pública

ou contra a administração pública, relacionados á qualificação e maior tempo no planejamento

e execução, os percentuais são de apenas 1% (MONTEIRO; CARDOSO, 2013, p. 11).

Não se pode falar em diminuição da violência enquanto não houver um investimento

adequado na saúde, educação e nos princípios morais básicos para o regimento de uma

sociedade civilizada. (PACI, 2015, p. 31). A classe social em que os encarcerados pertencem,

na sua maioria, é de classe baixa, pobre, e o fator que desencadeia é a falta de incentivo das

políticas governamentais, no âmbito de oferecer alternativas de trabalho, um dos principais

aspectos da crescente criminalidade. Outro fator desencadeante e que tem o percentual maior

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na criminalidade são os chamados excluídos da sociedade, que buscam pela criminalidade por

não terem oportunidade e chances em meio a atual sociedade (SÁ, 2012, p. 3).

Sabe-se o quão é importante à educação na vida do ser humano, pois sem essa

assistência é ainda maior a disposição para que os crimes sejam cometidos. O Brasil com uma

massa de pessoas de baixa escolaridade resulta na falta de pessoas qualificadas para o

mercado de trabalho, ou seja, a maioria das pessoas de baixa renda traça um perfil também de

desqualificação no mercado de trabalho.

[...] segundo registros de alguns pesquisadores, 70% do contingente carcerário sequer completaram o Ensino Fundamental e 10,5% da população encarcerada é de analfabetos. Percebe-se, então, a importância da educação para a vida do ser humano, e que sem essa assistência é maior ainda a suscetibilidade para que crimes sejam cometidos (SÁ, 2012, p. 3).

Portanto, somados a todos os outros fatores do atual contexto social, tal como a crise

de emprego, a falta de condições sociais, observa-se um crescimento da violência e a

ineficiência do sistema carcerário.

3Metodologia

Para este trabalho, foi proposta uma pesquisa aos acadêmicos com a intenção de

apresentar o sistema prisional através de diagnósticos do Presídio Estadual de Getúlio

Vargas/RS, no qual o objetivo é unir conhecimentos teóricos e práticos, para a realização de

diagnósticos de suas instalações físicas, realidade financeira e do perfil de seus agentes e

apenados.O processo de análise dos dados apresentados aqui está embasado em uma pesquisa

qualitativa, quanto a sua abordagem, exploratória quanto aos seus fins, e, quanto aos meios de

pesquisa, como, uma pesquisa bibliográfica e de campo.

Para os dados bibliográficos relatados no desenvolvimento deste trabalho, foram

realizadas pesquisas de diversas obras através de livros e artigos. A pesquisa de campo foi

efetuada com dados coletados sobre o pensamento da sociedade, tem sido entrevistadas 70

pessoas entre 17 e 64 anos com o intuito de realizar uma discussão sobre o olhar da sociedade

em relação ao presidio e os detentos do Presidio Estadual de Getúlio Vargas/RS, o

instrumento utilizado para a coleta de informações foi através de um questionário elaborado

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pelos professores do curso de Direito nível II e aplicado pelos alunos, os quais elaboraram

gráficos sobre os dados coletados.

Na busca incessante do conhecimento e ampliação da visão, saindo do senso comum e

entrando na realidade, os integrantes do grupo realizaram uma visita ao Presidio Estadual de

Getúlio Vargas/RS no dia 5 de outubro de 2017, na qual, pode-se ter contato com os agentes e

os detentos e ver a operação funcional real de um presidio.

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS

Para compreender melhor e saber o que a sociedade pensa em relação ao presídio,

dando continuidade ao estudo, foi realizada uma pesquis aplicando um questionário no

período de 11 á 18 de setembro de 2017 a 70 pessoas, entre 17 a 64 anos de idade, das quais

pertencem aos municípios de Erechim/RS, Erebango/RS, Viadutos/RS, Barão de Cotegipe/RS

e Getúlio Vrgas/RS, dentre elas, 14% possuem ensino fundamental, 58% ensino médio e 28%

ensino superior. A seguir, apresentan-se os gráficos, os quais fundamentam e descrevem com

mais clareza sobre a pesquisa realizada.

4.1 Percepção da população em relação ao sistema prisional.

0%10%20%30%40%50%60%

Castigo

Ressocial-ização

Sim

Não

Favorável a educação nos presídios0%5%

10%15%20%25%30%35%40% Sim

Não

Até ensino Médio

Educação superior

Gráfico: 1 Gráfico: 2Fonte: Bertella, Cunha, Pagnussat, Sielski, Fonte: Bertella, Cunha, Pagnussat, Sielski, Zappani, 2017. Zappani 2017.

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Opinião da sociedade em qual a função da pena e se os detentos saem

da prisão com condutas melhores.Questionados se são favoráveis a

educação compulsória dos presídios.

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É a favor ou contra a PEC0%

20%40%60%80%

100%Favor

ContraIndiferente

Qual o sentimento em ralação aos dete...0%

10%20%30%40%50%60%

Raiva

Nojo

Tristeza

Repulsa

Paz

Gráfico: 3 Gráfico: 4Fonte: Bertella, Cunha, Pagnussat, Sielski, Fonte: Bertella, Cunha, Pagnussat, Sielski,Zappani, 2017. Zappani, 2017.

Favorável a penas0%5%

10%15%20%25%30%35%40% Perpétua

Trabalhos forçados

Morte

Mutilação

Nenhuma

Gastos públicos X Retorno dos se...0%

10%20%30%40%50%60%70%

Ótimo

Bom

Regu-lar

Ruim

Gráfico: 5Gráfico: 6Fonte: Bertella, Cunha, Pagnussat, Sielski, Fonte: Bertella, Cunha, Pagnussat, Sielski, Zappani, 2017. Zappani, 2017.

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Questionados se são a favor ou contra a PEC 171/93, que propõe a redução

da maioridade penal, nos casos de crimes hediondos.

Qual o sentimento da sociedade em relação aos

detentos de Getúlio Vargas.

Os gastos públicos X retorno dos serviços em relação ao sistema

prisional.

Questionados sobre a que pena são favoráveis.

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Ressocislização está ligada a

atividade profissional

Contrataria um ex-detento

0%

20%

40%

60%Sim

Não

Indiferente

Sim, mas seria criterioso na escolha

Todos apenados tem dire-

ito ao benefício

Valor do auxílio

É pago a cada um dos filhos

0%20%40%60%80%

100%Sim

Não

Té um SM

Entre um e dois SM

Acima de três SM

Gráfico: 7 Gráfico: 8Fonte: Bertella, Cunha, Pagnussat, Sielski, Fonte: Bertella, Cunha, Pagnussat, Sielski, Zappani, 2017. Zappani, 2017.

Já esteve em um presídio

Merece ser tratados como

qualquer cidadão

0%10%20%30%40%50%60%70%80%

Sim

não

Não me sinto confortável em opinar

Sim Não Não sei informar

0%10%20%30%40%50%60%70%80%

possui parente ou amigo apenado

Gráfico: 9Gráfico: 10Fonte: Bertella, Cunha, Pagnussat, Sielski, Fonte: Bertella, Cunha, Pagnussat, Sielski, Zappani, 2017. Zappani, 2017.

4.2Relatório dos dados coletados

Conforme o gráfico 1, em relação à função da pena, observa-se que suas respostas

foram relativamente diferentes, dentre eles 46% dos entrevistados acham que a função da

pena serve para castigar, apenas de um modo de ver individual certamente, demonstrando que

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Questionados se todos os apenado tem direito ao beneficio auxílio

reclusão, qual o valor eles recebem e se é pago a cada um dos filhos.

Resposta dos entrevistados se acreditam que a ressocialização esta ligada a atividade

profissional e se os mesmos contratariam um ex-detento.

Os entrevistados possuem algum parente ou amigo apenado.

Porcentagem para saber se a sociedade já esteve em um presidio, e, se acham que o apenado deve ser tratado como qualquer

cidadão.

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quem transgride as leis deve ser castigado, punido, mas essa não seria somente a sua função,

pois como podemos melhorar a conduta de uma pessoa apenas punindo-a? A mesma deve ser

acompanhada, psicologicamente amparada suprindo suas carências e novamente disciplinada

para voltar à sociedade ressocializada, esta tese é o que pensam 54% dos entrevistados

achando que realmente essa é a função da pena. Fala-se muito em ressocialização, mas nas

condições vividas atualmente de maneira alguma fazem com que um apenado se ressocialize,

do mesmo modo ainda no gráfico 1, 56% dos entrevistados tem plena noção de que na prisão

não ocorre esta mudança de caráter, vendo que o delinquente sai do presídio ainda mais

qualificado para os delitos.

Indagados também sobre a educação compulsória em presídios, e se os entrevistados

estariam a favor ou não, a maior parte dos entrevistados conforme o gráfico 2 demonstrou

estar a favor da educação em presídios, contando com educação em nível de ensino médio. A

outra parte, que seriam a minoria, dizem ser contra os detentos terem acesso á educação. Esse

ensino se fosse aplicado nas penitenciárias certamente seria o ponto mais elevado quando se

fala em ressocialização. Outro fator a se pensar na questão de mudança da conduta de um

indivíduo, conforme o gráfico 3, se fala sobre a redução da maioridade penal para crimes

hediondos. Dos entrevistados 90% demonstram ser a favor da PEC 171/93, verifica-se que

este sim deve ser punido pelos crimes cometidos, mas vale lembrar que se um jovem entrar

para uma prisão nas condições em que se encontra o sistema carcerário, esse sujeito apenas

entrará para o aperfeiçoamento dos delitos, pois se sabe que o mesmo não irá evoluir em

melhora, tornando-se reincidente.

Questionados pelo o que sentem em relação aos apenados a sua maioria relata que

sente tristeza e repulsa, posteriormente comparadas as respostas que representam os gráficos 4

e 5 percebe-se que a sociedade entra em conflito de opiniões sem mesmo perceber, pois, a sua

maioria ao mesmo tempo em que sentem tristeza e repulsa pelos apenados requerem que a

pena seja através de trabalhos diários obrigatórios e uns, ao extremo, aprovando a pena de

morte. No que se refere o gráfico 6, sobre gastos feitos pelo Estado na ânsia de manter sob

custódia este detento e tentar devolve-lo a sociedade recuperado, grande parte dos

entrevistados acredita que são inválidos, os mesmos, porém não abdicam da razão, pois um

detento custa muito para o Estado não havendo contrapartida, com certeza o trabalho interno

seria uma das formas válidas para contribuir com este fator, que além de desenvolver uma

profissão, podiam-se auferir lucros diminuindo o custo da permanência do detento

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preparando-o para o momento de sua inserção novamente na sociedade. Levantada esta

hipótese, é imprescindível que a população também faça parte deste processo, afinal é ela que

vai receber e inserir este ser humano na sociedade, ora, não é o que dizem os números da

pesquisa, pois mesmo sendo qualificadas muitas pessoas tem preconceito em contratar um ex-

detento, conforme o levantamento apontado pelo gráfico 7, 20% respondeu que sim

contratariam, 58% contratariam, mas seriam criteriosos na escolha de um ex-detento e 22%

que não. Mesmo a maioria achando que sim sendo criterioso, no final muitos acabam por não

selecionar o ex-apenado.

Quando perguntados sobre o benefício do auxilio reclusão como mostra o gráfico 8,

84%, ou seja, a maioria dos entrevistados demonstrou que nem todos os detentos possuem o

direto a recebê-lo, lembrando que para gozar do benefício, o indivíduo que recebe

obrigatoriamente teria de ser um trabalhador contribuinte do (Instituto Nacional do Seguro

Social) INSS, atendendo os requisitos para recebê-lo, o qual se soma entre o valor de dois

salários mínimos. Os entrevistados até então acreditam que o valor do benefício seria de até

um salário mínimo o qual, seria distribuído individualmente para cada filho do detendo, o que

não é verídico, portanto, para fins de esclarecimento, o valor acima mencionado, é pago à

família, sendo dividido entre os membros da mesma.

Percebe-se então e conforme o gráfico 9, 74% das pessoas possui o menor

conhecimento de como funciona um sistema carcerário, sua administração estrutura e de

como os apenados vivem, talvez este seja um dos motivos por pensar e julgar

prematuramente, lembrando que alem dos detentos, existe pessoas que exercem suas

atividades civis e publicas no local e que mesmos os apenados terem infringido as leis, são

pessoas, seres humanos que ao mínimo merecem ser tratadas de forma digna ao serem

punidas de uma forma em que os mesmos retornem a sociedade com condutas melhores. A

de se pressupor que o olhar frio e punitivo da sociedade se dá por esta falta de conhecimento e

pelos altos índices de pessoas que não possuem entes apenados como aponta o gráfico 10 que

é de 74%.

4.1 Relatório de visita do Presídio Estadual de Getúlio Vargas-RS

No dia cinco de outubro de dois mil e dezessete, pela parte da tarde, os alunos de

Direito da Faculdade Ideau, acompanhados do coordenador do curso, se deslocaram ao

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Presídio Estadual de Getulio Vargas para uma visita técnica com o intuito de apanhar

conhecimento do complexo prisional visando à formulação do trabalho cientifico a ser

desenvolvido. Esta visita organizada pela IDEAU proporcionou aos acadêmicos o acesso total

às dependências do complexo, propositado ao horário do banho de sol dos apenados assim

podendo acessar as celas. Analisando diversos fatores que envolvem o sistema carcerário,

perceberam-se fatores importantes que em conjunto acarretam no sistema desprovido e

deficitário como é. Dentre eles a superlotação, acaba por se tornar o principal dos fatores alem

de falta de recursos financeiros que influenciam diretamente na infra-instrutora total do

complexo.

Quando se fala em infra-instrutora, relaciona-se diretamente do mais simples amparo

da própria conservação do prédio, dependências para alimentação ou processo das mesmas,

salas de triagem e melhor organização dos apenados, locais adequados para realização de

tarefas ocupacionais que propiciariam aos detentos desenvolvimento de alguma profissão ou

simplesmente aumentar o grau educacional, até os salários de seus colaboradores, cujos

padecem pela falta de efetivo alem de o mais absurdo dos detalhes, a falta de algemas, que

impedem ate mesmo a condução de apenados para procedimentos fora do presídio. Diante

disso, alguns apenados do regime fechado têm a possibilidade de trabalhar no próprio

presidio, desenvolvendo funções como cozinheiro, pedreiro, cultivo de hortaliças e

futuramente operadores na sala de costura que está em fase de acabamento.

Quanto à área externa, cuja responsabilidade da vigilância atualmente é da brigada

Militar do Estado, e possui apenas um servidor segurança da única guarita ativa, facilitando a

entrada de objetos lançados ao pátio, tendo em vista que o lado mais próximo possui uma rua

de pouca circulação. Pode-se observar a quantidade considerável que esta desocupada, e por

falta de recursos financeiros do Estado na busca de alguma empresa privada para parceria,

está totalmente improdutiva. Dados atualizados no dia 30/10/2017, o presídio possui 200

detentos, destes 57 são do regime semi-aberto, deste total entorno de 27% dos detentos são

beneficiários do auxilio reclusão, mas o fator mais alarmante dentre estes dados é que a

capacidade do complexo prisionalem condições nomais de espaço é de 60 presos. No dia da

visita, o responsável pelo complexo e disciplina relatou que desde 2013 que não era efetuada

uma revista geral, pois o Estado não estava concedendo a permissão para que se pudesse

executá-la. A degradação do prédio e de suas dependências está visível em praticamente todos

os ambientes para abrigar esse número de apenados, assim comprometendo a integridade

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física, moral e psicológica não só dos apenados, mas também dos servidores. Outro fator que

chama atenção na visita realizada é a dignidade da pessoa humana, que está ali para ser

devolvia a sociedade após o delito e com condições de ressocialização, mas por precariedade

do sistema, sair da cadeia e continuar fora dela se torna uma tarefa quase impossível de ser

cumprida, embora o trabalho e educação sejam algumas das chaves da ressocialização bem

sucedida, pelas pesquisas realizadas recentemente menos de 20% do apenados trabalham e

8,6% estudam.

Com estes fatos e índices pouco divulgados a população em geral, fazem com que a

mesma tenha um sentimento de repulsão ao sistema prisional, fazendo entender que ali é

apenas um depósito de marginais que devem pagar pelos seus atos e não proporcionar

crescimento intelectual ou profissional proporcionando a inclusão novamente na cociedade.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após informações contundentes de uma pesquisa bibliográfica de diversos autores,

informações de órgãos públicosresponsáveis pelas penitenciarias, diversas matérias que

compõe o Direito e a visita técnica da realidade dos fatos, chegamos a um denominador

comum, a influência do Estado e carência educacional das pessoas determina os caminhos da

sua sociedade. À medida que a evolução das pessoas tomou no decorrer dos séculos e o

despreparo com que se administra o tema principal debatido e pesquisado neste artigo, o

sistema prisional, faz com que seja sim considerado o lugar mais tenebroso, obscuro e

totalmente esquecido pela própria sociedade que marginalizou seus componentes.

Com o passar dos anos e após mudarem as formas de execução das penas para os

delitos eliminando a decapitação e morte, no intuito de valorizar o detento e crente em sua

ressocialização impondo penas mais brandaso Estado tomou pra si a custódia e

responsabilidade total de amparo do sistema carcerário, cujo está expresso na Constituição e

que em raros pontos se assemelha o desejado. Os problemas que ocorrem na sociedade e

deviam ser resolvidos na sociedade e pela sociedade,devolve a responsabilidade dos

acontecidos ao que administra e toma para si a obrigação de resolvê-los.

Todavia, é nítido o despreparo do poder público na custódia de seus detentos, a

desilusão de seus colaboradores tanto com honorários quanto a total falta de estrutura de

trabalho, a tamanha ignorância da população quando informações, que além de não serem

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passadas com clareza não há interesse em adquiri-la, fazem os que lá estão submetidos ao

cárcere para pagar uma pena pelo delito cometido a saírem verdadeiros rebeldes, aumentando

em muito os índices de reincidência.

Entretanto, é através deste olhar critico e paralelo a tudo que nos cerca que podemos

sim analizar com critérios diferenciados aos demais, sobresaíndo-se os outros nas atitudes,

que por mínimas e involuntárias que sejam geram conseqüências drásticas no futuro, no

exemplo claro, o descaso com o sistema penitenciário brasileiro, em tese, somente educação

poderá alterar este panorama.

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