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Ci d a d e s
10 ATRIBUNA VITÓRIA, ES, DOMINGO, 02 DE FEVEREIRO DE 2014
DOUTOR [email protected]
O sentido da traição - III
O que você pensa sobre a traição? Por que trair alguémque se ama? Isso é uma doença, é algo patológico ouse trata tão somente de algo da ordem do cultural: a
cultura da traição?
Uma coisa é certa: ninguém traisimplesmente por trair. O sujeitoque trai porta sim um traço doen-tio. Ele carrega, no seu íntimo,uma necessidade imperiosa deviver uma vida paralela. Portanto,isso não deve ser reduzido a umsimples fato cultural como apre-goam os sexólogos reducionistas.
A minha suposição é que o su-jeito que trai é alguém muito in-seguro. Inseguro desi! O ato da traiçãonão é propriedadeprivada da relaçãoamorosa. Isso se dátambém nas amiza-des, no ato da pala-vra, no compromis-so com o outro. Mas,nas relações amoro-sas, a coisa é mais vi-sível e efervescente.
Na traição, o que há é um ver-dadeiro medo de amar, do sujeitose entregar, de poder carregar,dentro de si, o amor, o carinho e orespeito, tudo aquilo que o objetoda sua paixão lhe oferece.
Aquele ou aquela que trai é le-vado a fazê-lo porque é impulsio-nado, comandado por situaçõestraumáticas, dores de uma possí-vel não aceitação. Há, nos basti-dores de um traidor, uma criançadesprotegida de amor. Ele carre-ga um sofrimento desconhecidodesde sua tenra infância.
Quando o ato da traição nãopode faltar, torna-se uma doençaque é da ordem do vício: uma es-pécie cocaína!
Mas é na traição que melhor
encontramos a constatação denão existe lobo sem cordeiro. Há,no jogo da traição, uma participa-ção do cônjuge. Isso fortalece oálibi da traição: o homem tem oprazer de se enganar, de perma-necer repetindo que trai a suamulher porque ela não gosta desexo. Será? Quase sempre o ho-mem traidor veste sua mulhercom a fantasia que ele carrega de
uma mãe santa. Porisso mesmo, o gozosexual somente serápermitido com ou-tras mulheres, asque ele conta como“va d i a s ”.
A cabeça dos ob-sessivos tem umadificuldade enormede preservar um mí-nimo de aproxima-
ção do sexo e do amor: sexo emcasa só para ter filhos e marcarponto!
O fundamental, e é isso o quedeve ser levado em conta numrelacionamento, é que a traição éuma maneira de sinalizar aquiloque não anda bem, mas, ao mes-mo tempo, veicula um pedido dea p rox i m a ç ã o.
Numa traição o sujeito deixarastros. Veremos, na próxima co-luna, como a rede social prestaum grande serviço no que dizrespeito à traição. O sujeito, ali, seentrega de bandeja. Marcas inde-l éve i s !
JOSÉ NAZAR é psiquiatrae psicanalista.
Na traição,o que há é
um verdadeiromedo de
amar
MULHERES PODEROSAS
Perita criminal ajuda adescobrir assassinosAntes de entrar para aPolícia Civil, FernandaSilveira tinha medode revólver. Hoje, elaanalisa armas queforam usadas em crimes
Thainná Karina
Quem diria que uma estu-dante de Farmácia poderiase tornar uma perita crimi-
nal. Ela, pelo menos, nunca pen-sou. Antes de entrar para a PolíciaCivil, Fernanda Silveira tinha me-do de arma. Hoje, ajuda a desco-brir assassinos no Estado.
Com apenas 32 anos, ela já atuahá sete como perita criminal espe-cial na seção de balística. Seu traba-lho é fazer a análise da arma suspei-ta de um crime e verificar se esta foia usada para efetuar os disparos.
“Todos os homicídios com armade fogo no Estado passam pormim. O trabalho é feito com ummicroscópio e os resultados po-dem sair ou não de forma rápida.Varia de dia a até semanas”, expli-
cou Fernanda.Segundo ela, seu trabalho de-
pende de investigação. “Depo isque a polícia encontra a arma, aencaminha para o laboratório e asanálises começam a ser feitas. Orevólver 38 é o mais usado para as-sassinatos. Mas ainda é grande apresença de armas caseiras.”
Fernanda disse ainda que muitaspessoas acham que perito criminalé só aquele que vai até o local docrime para coletar os vestígios,mas há também os que, a exemplodela, atuam na área científica.
“A atuação do perito criminalnão se resume apenas a ir ao localdo crime. O que trabalha na seçãobalística fica no laboratório fazen-do pesquisas e coletas para desco-brir se o projétil disparado foi ounão da arma encontrada. Às vezes,dá negativo, mas cerca de 80% ép o s i t i vo ”, informou Fernanda.
Ela contou que 74 peritos crimi-nais atuam para atender todo o Es-tado. Na seção de balística, são ape-nas oito, número considerado pe-queno por ela para atender umademanda grande no Estado.
“Sou presidente da Associaçãodos Peritos Criminais no Espírito
Santo. Vejo que a valorização aoprofissional aqui no Estado é baixatanto no quantitativo como no sa-lário, que é o menor do Brasil. Es-tamos distantes do penúltimo lu-gar com uma diferença de mais deR$ 1 mil”, destacou.
Fernanda afirmou que, apesardisso, tem amor pela profissão queexerce e vai continuar lutando pe-los direitos da classe.
“Quando entrei para a polícia,não tinha nem ideia de que eu fos-se gostar tanto. Me identifiqueimuito. É um trabalho delicado,que requer muita atenção aos mí-nimos detalhes.”
RODRIGO GAVINI/AT
FERNANDA SILVEIRA tem 32 anos e há sete atua como perita criminal especial na seção de balística da Polícia Civil
ACERVO PESSOAL
FERNANDA : trabalho de análiseFez i n h a
LOTO M A N I A
LOTERIA FEDERAL
QUINA
M EG A-S E N A
TIMEMANIA
Concurso 1423
05 - 06 - 09 - 12 - 1723 - 24 - 27 - 30 - 3640 - 46 - 61 - 66 - 7779 - 81 - 89 - 90 - 94
Concurso 4837
1º PRÊMIO - 8 2 .74 6 – 2º PRÊMIO - 1 2 . 2 743º PRÊMIO - 3 5 . 9 76 – 4º PRÊMIO - 02.5485º PRÊMIO - 03 . 4 8 4
Concurso 3406
23 - 37 - 41 - 44 - 80
Concurso 1570
15 - 18 - 24 - 42 - 46 - 56
Concurso 533
04 - 10 - 35 - 36 - 54 - 55 - 56
Foragido da Justiça émorto em Cariacica
O jovem Leandro Quintino, de27 anos, foi assassinado no inícioda tarde de ontem no bairro DelPorto, em Cariacica. Quintino ti-nha diversas passagens pela polí-cia e era foragido da Justiça.
As informações são do delegadoMarcelo Cavalcanti, que estava deplantão na Divisão de Homicídiose Proteção à Pessoa (DHPP) nomomento do crime.
Segundo Cavalcanti, o crime não
teve testemunhas. “Chegando aolocal, os moradores da região dis-seram não ter visto ou ouvido na-da. Ainda não sabemos a motiva-ção do crime, mas acreditamosque ele esteja ligado ao controle davenda de drogas na região”, infor-mou o delegado.
Leandro Quintino foi encontra-do com sete tiros e encaminhadopara o Departamento Médico Le-gal, onde passou por autópsia.
Doadores de sanguefazem “ro l e z i n h o”
O Hemocentro do Estado re-cebeu uma campanha diferenteno dia de ontem. Membros deuma rede social organizaram um“r o l e z i n h o” no Hemoes. O objeti-vo era doar grande quantidadede sangue.
A equipe do Hemoes, normal-mente preparada para receber180 pessoas, se organizou paraatender 400 doadores, maspouco mais de 40 foram. Aindaassim, a campanha foi avaliadacomo positiva.