no primeiro dia nesta ediÇÃo linha de denúncias da igae...2020/01/22  · tralidade do zango 5,...

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QUA22JAN www.jornaldeangola.co.ao Quarta-feira 22 de Janeiro de 2020 Director: VÍCTOR SILVA Director-Adjunto: CAETANO JÚNIOR Ano 44 N.º 15877 Kz 45,00 PUBLICIDADE NESTA EDIÇÃO ADRIANO MIXINGE Por um pedaço de pão OPINIÃO 7 DEVIDO AO EFEITO NOCIVO Ambiente prepara legislação para a retirada do saco de plástico ECONOMIA 10 PETRÓLEO E GÁS Sonair dispõe de novos meios ÚLTIMA32 CÔTE D’VOIRE Bispos preocupados com o clima de medo antes das eleições MUNDO 13 CUNENE Falta de dinheiro dificulta execução de projectos REGIÕES 23 BASQUETEBOL Walter Costa substitui Paulo Macedo no 1º de Agosto DESPORTO 31 “IMPEACHEMENT” Republicanos acusados de preparar julgamento fraudulento MUNDO 13 RELIGIÃO Igreja Universal pode encerrar actividades no país SOCIEDADE 26 NO PRIMEIRO DIA Linha de denúncias da IGAE recebe cerca de 700 chamadas A Inspecção Geral da Administração do Estado (IGAE) abriu uma linha de chamada grátis que responde pelo número 119, para denúncia da má actuação dos agentes públicos. De acordo com o inspector- geral, Eduardo Semente, o novo call center, conectado 24 horas por dia, vai dinamizar e tornar as acções do Executivo e agentes cada vez mais escrutinadas. O responsável explicou que o novo serviço tem uma valência que permite, automa- ticamente, fazer o reencaminhamento da chamada para o 111. Segundo uma fonte, no primeiro dia a nova linha de denúncias registou 681 chamadas. POLÍTICA 2 129 mil pensionistas não usam cartão multicaixa CAMPANHA NACIONAL DE SENSIBILIZAÇÃO SOCIEDADE 27 PAULO MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO JOSÉ COLA | EDIÇÕES NOVEMBRO MARIA AUGUSTA | EDIÇÕES NOVEMBRO VERA DAVES Sérgio dos Santos é o novo ministro da Economia e Planeamento Executivo pretende mudar o paradigma O Presidente da República, João Lourenço, nomeou ontem Sérgio de Sousa dos Santos no cargo de ministro da Economia e Planea- mento, em substituição de Manuel Neto da Costa. POLÍTICA 2 A ministra das Finanças, Vera Daves, manifestou em Davos (Suíça), o inte- resse do Executivo em mudar o actual paradigma económico, dominado pelo petróleo, e reforçar a aposta em outros sectores com fortes potencialidades. Esta posição foi manifestada ontem durante um encon- tro promovido pelo con- glomerado financeiro internacional DowJones / Wall Street Journal. ÚLTIMA 32 HABITAÇÕES NA CENTRALIDADE DO ZANGO 5 SORTEIO PARA O MUNDIAL DECRETO DO PR Palancas cruzam caminho dos faraós Os Palancas Negras vão disputar a segunda fase da zona africana de apura- mento para o Mun- dial de 2022, a realizar no Qatar, inseridos no Grupo F, ao lado das similares do Egipto, candidata a ocupar o primeiro lugar, Líbia e Gabão. O sorteio foi realizado ontem, na cidade do Cairo, Egipto. DESPORTO 31 Venda começa na segunda-feira O processo de venda livre de habitações na Cen- tralidade do Zango 5, em Luanda, começa na segunda-feira. De acordo com o secretário de Estado da Habitação, Joaquim Silvestre, os inte- ressados devem inscrever-se através do endereço electrónico www.imocandidaturas.co.ao. Lançado ontem, em conferência de imprensa, pelo Ministério do Ordenamento do Território e Habitação, o Portal estará disponível a partir das zero horas de segunda-feira. O acesso às novas casas obedecerá a três modalidades: arrendamento, pronto paga- mento e renda resolúvel. ECONOMIA 11 Zona Verde em risco de ser engolida pelas ravinas DESTAQUE 4 | 5 DISTRITO DE CABOLOMBO

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Page 1: NO PRIMEIRO DIA NESTA EDIÇÃO Linha de denúncias da IGAE...2020/01/22  · tralidade do Zango 5, em Luanda, começa na segunda-feira. De acordo com o secretário de Estado da Habitação,

QUA22JAN

www.jornaldeangola.co.ao

Quarta-feira22 de Janeiro de 2020

Director: VÍCTOR SILVADirector-Adjunto: CAETANO JÚNIOR

Ano 44 • N.º 15877

Kz 45,00

PUBLICIDADE

N E S T A E D I Ç Ã O

ADRIANO MIXINGEPor um pedaço de pão

OPINIÃO • 7

DEVIDO AO EFEITO NOCIVO

Ambiente preparalegislação para a retirada

do saco de plásticoECONOMIA • 10

PETRÓLEO E GÁSSonair dispõe

de novos meiosÚLTIMA• 32

CÔTE D’VOIREBispos preocupadoscom o clima de medo

antes das eleiçõesMUNDO • 13

CUNENEFalta de dinheiro dificulta

execução de projectosREGIÕES • 23

BASQUETEBOL

Walter Costa substituiPaulo Macedo

no 1º de AgostoDESPORTO • 31

“IMPEACHEMENT”Republicanos acusados de preparar julgamento

fraudulentoMUNDO • 13

RELIGIÃOIgreja Universal pode encerrar

actividades no paísSOCIEDADE • 26

NO PRIMEIRO DIA

Linha de denúncias da IGAErecebe cerca de 700 chamadasA Inspecção Geral da Administração doEstado (IGAE) abriu uma linha de chamadagrátis que responde pelo número 119, paradenúncia da má actuação dos agentespúblicos. De acordo com o inspector-

geral, Eduardo Semente, o novo callcenter, conectado 24 horas por dia, vaidinamizar e tornar as acções do Executivoe agentes cada vez mais escrutinadas. Oresponsável explicou que o novo serviço

tem uma valência que permite, automa-ticamente, fazer o reencaminhamento dachamada para o 111. Segundo uma fonte,no primeiro dia a nova linha de denúnciasregistou 681 chamadas. POLÍTICA • 2

129 mil pensionistas não usam cartão multicaixa CAMPANHA NACIONAL DE SENSIBILIZAÇÃO

SOCIEDADE • 27

PAULO MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO

JOSÉ COLA | EDIÇÕES NOVEMBRO

MARIA AUGUSTA | EDIÇÕES NOVEMBRO

VERA DAVES

Sérgio dos Santosé o novo ministroda Economia e Planeamento

Executivopretendemudar o paradigma

O Presidente da República, JoãoLourenço, nomeou ontem Sérgiode Sousa dos Santos no cargo deministro da Economia e Planea-mento, em substituição deManuel Neto da Costa. POLÍTICA • 2

A ministra das Finanças,Vera Daves, manifestouem Davos (Suíça), o inte-resse do Executivo emmudar o actual paradigmaeconómico, dominado pelopetróleo, e reforçar a apostaem outros sectores comfortes potencialidades. Estaposição foi manifestadaontem durante um encon-tro promovido pelo con-glomerado financeirointernacional DowJones /Wall Street Journal. ÚLTIMA •32

HABITAÇÕES NA CENTRALIDADE DO ZANGO 5

SORTEIO PARA O MUNDIAL DECRETO DO PR

Palancas cruzamcaminho dos faraósOs Palancas Negrasvão d i sputar asegunda fase da zonaafricana de apura-mento para o Mun-dial de 2022, a realizarno Qatar, inseridosno Grupo F, ao lado

das similares doEgipto, candidata aocupar o primeirolugar, Líbia e Gabão.O sorteio foi realizadoontem, na cidade doCairo, Egipto.

DESPORTO • 31

Venda começa na segunda-feiraO processo de venda livre de habitações na Cen-tralidade do Zango 5, em Luanda, começa nasegunda-feira. De acordo com o secretário deEstado da Habitação, Joaquim Silvestre, os inte-ressados devem inscrever-se através do endereçoelectrónico www.imocandidaturas.co.ao. Lançado

ontem, em conferência de imprensa, pelo Ministériodo Ordenamento do Território e Habitação, oPortal estará disponível a partir das zero horasde segunda-feira. O acesso às novas casas obedeceráa três modalidades: arrendamento, pronto paga-mento e renda resolúvel. ECONOMIA • 11

Zona Verdeem risco deser engolidapelas ravinasDESTAQUE • 4 | 5

DISTRITO DE CABOLOMBO

Page 2: NO PRIMEIRO DIA NESTA EDIÇÃO Linha de denúncias da IGAE...2020/01/22  · tralidade do Zango 5, em Luanda, começa na segunda-feira. De acordo com o secretário de Estado da Habitação,

FORÇA AÉREA NACIONAL

Sampaio Júnior | Catumbela

O ministroda Defesa Nacio-nal, Salviano de Jesus Sequeira“Kianda”, exortou os mem-bros da Força Aérea Nacional(FAN) a continuarem firmesna observância dos valorescomo o patriotismo, a disci-plina, lealdade, honra, inte-gridade e coragem.

Numa mensagem de feli-citações por ocasião do 44ºaniversário da FAN, assina-lado ontem, Salviano de JesusSequeira acrescentou queaqueles são os pressupostosque conduzem à edificaçãode um espírito de corpo fun-damental para a coesão epara o reforço das respon-sabilidades intrínsecas eindispensáveis ao cumpri-mento da sua nobre missãode defesa e preservação doespaço aéreo nacional.

Segundo o ministro, acomemoração da efemérideacontece numa altura em

que a FAN regista um visíveldesenvolvimento nos múl-tiplos aspectos, à luz do pro-cesso de reestruturação dasForças Armadas Angolanas(FAA). Tal desenvolvimento,disse, tem a ver com o incre-mento do aparato técnicocom a aquisição de novasaeronaves de transporte, dereconhecimento e de com-bate, a modernização dossistemas de radares e de tele-comunicações, a formaçãoe o aperfeiçoamento dos qua-dros e especialistas dentroe fora do país, o que, na suaóptica, contribuirá para ele-var o nível de organização ecapacidade operacionaldaquele ramo das FAA.

Novos técnicos superioresA Academia da Força Aérea,no município da Catumbela,em Benguela, encerrou,ontem, o primeiro curso delicenciatura em ciênciasaeronáuticas. No total, foram

formados 19 técnicos supe-riores nas especialidades deDefesas anti-aérea, Comandotáctico e Administração.

O comandante da ForçaAérea Nacional, generalAltino Carlos dos Santos,defendeu uma melhor apostano conhecimento, para quetodo o sistema operacionaldeste ramo das FAA seja dinâ-mico. O general disse contarcom os recém-formados naAcademia da Catumbela,para um funcionamento maiseficaz da FAN.

“Queremos contar comestes licenciados para ser-virem de sustento para ocrescimento e desenvolvi-mento da Força Aérea”, afir-mou Altino dos Santos.

O chefe do Estado-Maiordas FAA, general EgídioSousa e Santos, reconheceuque a FAN tem sabido cum-prir com zelo as diversasmissões de Estado, no apoioàs populações.

Militares exortados ao patriótismo

Edna Dala

A Inspecção Geralda Admi-nistração do Estado (IGAE)registou, entre Agosto eDezembro do ano passado,112 casos de mau atendi-mento público, 69 de cor-rupção, 38 de extorsão e 12crimes de peculato, númerosque podem ser aumentadoscom a apresentação, ontem,em Luanda, do primeiro ser-viço de chamadas grátis paraa denúncia de actos ilícitose reclamações dos cidadãos.

A informação foi avançadapelo inspector-geral adjuntoda IGAE, Eduardo Semente,depois da apresentação doserviço que responde pelonúmero telefónico 119. Todosos casos atrás referidos, disse,resultaram em 29 detenções.

Eduardo Semente disse queo novo call center, que sóontem atendeu 681 chamadas,dinamiza e torna as acções doExecutivo e dos seus agentescada vez mais escrutinadas.O responsável explicou queo novo serviço de chamadastem uma valência que permite,automaticamente, fazer oreencaminhamento da cha-mada para o 111.

Esclareceu que a IGAE saiudo serviço de duas linhas paraum serviço de 16 linhas mul-tidimensionais. O anteriorserviço, explicou EduardoSemente, não permitia o reen-caminhamento das chamadas

e, além disso, implicava custosaos usuários.

O ministro das Teleco-municações e Tecnologiasde Informação, José Carvalhoda Rocha, disse que o Minis-tério está a apoiar a IGAE naimplementação do call cen-ter, modernizando-o, demodo a que a interacção comos cidadãos seja maior.

O serviço vai servir a IGAEe os cidadãos e permitir umainteracção permanente que

essa instituição precisa de tercom a população, disse JoséCarvalho da Rocha. A sin-cronização com outros ser-viços, acrescentou, vaitorná-los céleres, pois nalgunscasos precisará de respostaspoliciais que deverão ser cru-zadas com o Serviço de Inves-tigação Criminal (SIC).

Por sua vez, o ministro doInterior, Eugénio Laborinho,sublinhou que o novo sistemamodernizado do call center

da IGAE vai garantir umnúmero maior de denúnciase qualidade no tratamentodas mesmas, face à tecno-logia investida.

Eugénio Laborinho, quediscursava na abertura de umapalestra alusiva ao 28º aniver-sário da IGAE, assinalado nodia 17 deste mês, disse que oCentro Integrado de SegurançaPública poderá trabalhar emconexão com o call center,acedendo directamente e

dando tratamento às denúnciasque suscitarem a intervençãoimediata dos órgãos policiais.

O ministro Eugénio Labo-rinho lembrou que é tarefaprimordial da InspecçãoGeral do Estado combateros males que ainda enfer-mam os processos de gestãoe administração dos órgãose serviços públicos.

O combate à corrupção,disse, é uma tarefa ingenteque deve engajar a sociedadeangolana no seu todo. Porém,defendeu que os órgãos doEstado com competênciasespecíficas para o efeitodevem posicionar-se nalinha da frente e empregartodos os esforços possíveispara se debelar outros malesque enfermam a adminis-tração pública em geral.

Combate à extorsão No discurso de encerramentoda palestra, o inspector-geralda Administração do Estado,Sebastião Nguza, defendeua erradicação do mau aten-dimento e a extorsão fre-quente reveladas pelasinstituições quando são soli-citados pelos cidadãos.

Como exemplo de mauatendimento nas instituiçõesdo Estado, Sebastião Ngunzaapontou o pagamento parao registo de um recém-nas-cido, nas conservatórias,bem como os actos médicosnos hospitais públicos.

CRIMES E RECLAMAÇÕES

DOMBELE BERNARDO | EDIÇÕES NOVEMBRO

Ministro do Interior (ao centro) garantiu que o novo sistema vai permitir mais denúncias

IGAE apresenta uma nova linha de chamadas grátis para denúnciasO novo call center, conectado 24 horas por dia, torna as acções do Executivo e dos seus agentes cada vezmais escrutinadas. O anterior serviço não fazia o reencaminhamento de chamadas e tinha mais custos

COMUNICAÇÃO SOCIAL

Matias da Costae Mário de Carvalho | Cuito

A reestruturação e moder-nização, a formação contínuade quadros e a reforma ins-titucional ajustada ao pacotelegislativo são os três eixospara desenvolver os órgãosda comunicação social nacio-nais, avançou ontem, noCuito, o ministro do sector,Nuno Caldas Albino.

O ministro, que falavadurante um encontro como governador da provínciado Bié, Pereira Alfredo, eprofissionais da comunica-ção social, apontou ainda aextensão do sinal da RádioNacional de Angola e da Tele-visão Pública lá onde houverpopulação, como outraaposta do Ministério daComunicação Social.

“O plano de reestrutura-ção e modernização inscreve

Ministro aponta eixos estratégicos do sector

a extensão do sinal da RádioNacional em todos os muni-cípios e a fluidez dos títulosda Edições Novembro EP”,disse Nuno Albino, quedefendeu a instalação deinternet de banda larganaqueles dois órgãos decomunicação social.

Ainda neste plano, oministro considerou que osórgãos estão desprovidos deequipamentos para transmitircom eficácia a informaçãoem todo o território nacional.“Precisamos de modernizar,preparar os quadros para seadequarem ao programa queo sector se propõe”, disse.

No campo da formação oministro falou da recuperaçãoda Escola de Formação deJornalistas do Huambo, que,uma vez concluída, será umamais valia na formação e aper-feiçoamento dos profissionaisda comunicação social.

2 POLÍTICA Quarta-feira22 de Janeiro de 2020

O Secretariado do BureauPolítico do MPLA recomen-dou, ontem, em Luanda, oincremento de medidaseconómicas e financeiras,com o objectivo de se debe-lar a crise que assola o paíse proporcionar o bem-estaràs populações.

O facto consta do comu-nicado da I reunião extraor-dinária do órgão, orientadapelo presidente do MPLA,João Lourenço, cuja agendaanalisou a situação política,económica e social do país,entre outros assuntos.

Na reunião, o órgão exe-cutivo do partido no poderencorajou a continuação docombate à corrupção, àimpunidade e ao nepotismo.

O Secretariado do BPabordou, também, questõesda vida interna, exortandoo povo angolano a se mantermobilizado em torno da lide-rança do Presidente JoãoLourenço, para que Angolavença os desafios do presentee do futuro.

MPLA

BP recomendaincremento de medidaseconómicas

O Presidente da República,João Lourenço, exonerouontem, por decretos, ManuelNeto da Costa, Sérgio de SousaMendes dos Santos e Vigílioda Ressurreição AdrianoTyova dos cargos de ministroda Economia e Planeamento,secretário de Estado para aEconomia e de governadorda província do Cunene.

De acordo com uma notada Casa Civil, noutros decre-tos, o Presidente da Repúblicanomeou Sérgio de SousaMendes dos Santos paraministro da Economia e Pla-neamento e Sérgio LeonardoVaz para governador da pro-víncia do Cunene.

Ainda ontem, o Presidenteda República e Titular doPoder Executivo exonerouAbrahão Pio dos SantosGourgel do cargo de presi-dente do Conselho de Admi-n i s t ração do Banco deDesenvolvimento Angolano(BDA), tendo sido substituídopor Henda Essanju Inglês.

DECRETO DO PR

Sérgio dosSantos novoministro da Economia

MARIA AUGUSTA | EDIÇÕES NOVEMBRO

Sérgio dos Santos substituiManuel Neto da Costa

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3Quarta-feira22 de Janeiro de 2020

Garrido Fragoso

A postura e os princípios aserem observados pelosdeputados no quadro dastransmissões em directo dassessões da Assembleia Nacio-nal, a partir da próximaquinta-feira, foram, ontem,realçadas durante a reuniãodos líderes dos grupos quecompõem o Parlamento.

O encontro, de cerca deuma hora, decorreu na sededo Parlamento e foi orientadopelo presidente da Assem-bleia Nacional, Fernando daPiedade Dias dos Santos.

Manuel da Cruz Neto,representante do grupo par-lamentar do MPLA, saudou aabertura da transmissão emdirecto das plenárias do Par-lamento, salientando que amedida vai permitir aos cida-dãos escrutinar melhor a acti-vidade dos seus representantesna Casa das Leis, escolhendoas melhores opções.

O deputado lembrou,entretanto, que “o Regimentoda Assembleia Nacionaldefine bem a forma comoos deputados devem com-portar-se, quer no Parla-mento, quer na interacçãocom a sociedade”. Manuelda Cruz Neto disse que oMPLA sempre desejou queas transmissões em directodas plenárias fossem umfacto real, para garantir oaprofundamento da demo-cracia. “É sempre didácticoas pessoas concentrarem-se naquilo que os deputadosdizem”, referiu.

Durante as sessões osdeputados devem falar a ver-dade e transmitir “mensa-gens claras”, que estejam deacordo com os princípios quenorteiam a sua vida, referiuManuel da Cruz Neto, defen-dendo que os parlamentaresdevem ser responsabilizadospelas suas atitudes. O líderdo grupo parlamentar da

UNITA, Liberty Chiyaka, lem-brou que o Estado Democrá-tico de Direito garante aocidadão direito à informação,salientando que o seu partidosempre assumiu a batalhapela efectivação dos direitosde cidadania.

“Não satisfazia estarmosno Parlamento sem que osangolanos tivessem uma ideiareal daquilo que fazemos”,afirmou o deputado, refe-rindo-se à transmissão emdirecto dos debates na Assem-bleia Nacional. Liberty Chiyakadisse esperar pela evoluçãopara uma fase em que aAssembleia Nacional disponhade canal próprio para trans-missão em directo dos debates,na especialidade.

Com as transmissões dasplenárias em directo, o par-lamentar disse que a UNITAvai poder passar de formaclara a mensagem e a visãoque defende de uma Angolareconciliada, desenvolvida,livre do medo, da pobrezae da corrupção.

“Sem as transmissões emdirecto, estávamos muitocondicionados àquilo que éo papel das edições feitas anível dos órgãos de comu-nicação social”, referiu.

Alexandre Sebast iãoAndré, líder da bancada daCASA-CE, apelou para o pro-fissionalismo dos jornalistas,sobretudo no sentido desaberem gerir as imagens naAssembleia Nacional.

Para Benedito Daniel, doPRS, o início da transmissãoem directo das sessões par-lamentares “é uma porta quese abre para que tudo o quese discuta no Parlamentochegue à casa dos cidadãos”.

Lucas Ngonda, da FNLA,também saudou a medida,salientando que a mesmaconstitui um grande ganhoa favor da democracia nopaís. “As actuações dos depu-tados que representam ointeresse geral, no Parla-mento, devem ser acompa-nhadas pelo povo que oselegeu”, defendeu.

SESSÕES DA ASSEMBLEIA NACIONAL

DOMBELE BERNARDO | EDIÇÕES NOVEMBRO

Presidente da Assembleia Nacional orientou reunião

Parlamento acerta detalhespara transmissões em directoA UNITA diz que vai poder passar de forma clara a mensagem que defende de uma Angola reconciliada, desenvolvida

POLÍTICA

Bernardino Manje e Edna Dala

A directora dos DireitosHumanos do Ministério daJustiça e dos Direitos Huma-nos, Luísa Buta, consideraque o recente relatório mun-dial da Human Rights Watch(HRW) sobre os direitoshumanos traz “algumasincertezas ou informaçõeserradas” sobre Angola.

De acordo com o relatório,divulgado no dia 14 destemês, em Nova Iorque, Angolaregistou alguns progressosno respeito aos direitos àliberdade de expressão e reu-nião pacífica e permitiu arealização de vários protestose marchas em todo o país,mas a repressão a manifes-tantes e detenções de acti-vistas, ainda que por poucotempo, continuam.

“Apesar de alguns pro-gressos no respeito aos direitosà liberdade de expressão ereunião pacífica, a Políciaangolana intimidou e prendeuarbitrariamente activistas pororganizarem protestos”, lê-se no documento.

O relatório refere aindaque, “entre 28 de Janeiro e 1de Fevereiro de 2019, a Políciaprendeu 63 activistas pró-independência de Cabindaantes de um protesto anun-ciado para comemorar o ani-versário da assinatura doTratado de Simulambuco, quedeu ao enclave o estatuto deprotectorado da antiga potên-cia colonial de Portugal”.

Em Setembro, continua aHRW, “a Polícia prendeu 23pessoas na cidade do Luenadurante um protesto pacíficocontra a administração dogovernador da província deMoxico, antes da visita doPresidente João Lourenço”e, em Maio, “a Polícia prendeuo activista Hitler “Samus-suku” Tshivonde, por 72horas, sem acusação ouacesso a um advogado”, tendosido informado de que estavasob investigação por supos-tamente “insultar o Presi-dente” num vídeo que haviacolocado nas redes sociais.

Solicitada pelo Jornal deAngolapara reagir ao relatórioda WRH, a directora nacionaldos Direitos Humanos doMinistério da Justiça e dosDireitos Humanos enviou uma

nota em que escreve que nodocumento da organizaçãonão-governamental consta-tam-se “algumas incertezasou informações erradas”, semespecificar que informaçõesestão erradas. Luísa Buta reco-menda a HRW que, nas suaspesquisas, “confirme as infor-mações com as fontes oficiais”.

A responsável aconselha,igualmente, a cada instituiçãoresponsável pelas áreas men-cionadas a elaborar um planode seguimento sobre as situa-ções preocupantes consta-tadas, para apurar os factos,dar o devido tratamento,caso seja necessário. “E se,de facto, constatarem algumainformação errada, contactara HRW para o esclarecimentodos factos”, orientou.

Luísa Buta sublinhou que,no âmbito dos direitos huma-nos, Angola mantém diálogospermanentes com os EstadosUnidos da América, UniãoEurope i a e o Re ino daNoruega, o que, em seuentender, pode ser consi-derado como um “exemplode boas práticas em matériade cooperação bilateral”.

No âmbito da cooperaçãointernacional com os prin-cipais organismos de direitoshumanos, realçou Luísa Buta,igualmente, o facto de Angolaser membro do Conselho deDireitos Humanos para operíodo 2018-2020, tendoratificado, recentemente, trêstratados internacionais deDireitos Humanos e três noquadro do Direito Interna-cional Humanitário.

Em 2019, lembrou LuísaButa, o país defendeu os rela-tórios periódicos sobre aimplementação do PactoInternacional dos DireitosCivis e Políticos, e a Convençãopara a Eliminação de Todasas Formas de Discriminaçãocontra a Mulher, participou,também, do Diálogo Interac-tivo do III Ciclo de AvaliaçãoPeriódica Universal (UPR).

“Angola tem cumpridocom todos os compromissosa nível internacional e regio-nal e não tem nenhum rela-tório em atraso”, afirmouLuísa Buta, reconhecendo,entretanto, que ainda hámuitos desafios pela frenteem matéria de DireitosHumanos no país.

EDIÇÕES NOVEMBRO

Luísa Buta, directora nacional dos Direitos Humanos

DIRECTORA DOS DIREITOS HUMANOS

Relatório da Human Rightstem informações erradas

CASO 500 MILHÕES

Julgamentocontinuano SupremoA Câmara Criminal do Tri-bunal Supremo retoma hojea fase de produção de provana audiência de discussão ejulgamento do “Caso 500milhões do BNA” com a audi-ção de Marta Barroso Paixãoe Silva e de Ana Marcolinona qualidade de declarantes.

Na base do processo estáuma alegada transferênciailegal de 500 milhões dedólares do Banco Nacionalde Angola para uma contaem Londres (Inglaterra).

A transferência era umaespécie de pagamento avan-çado para uma empresa criadapelos arguidos, a fim de montaruma operação de financia-mento para Angola, no valorde 30 mil milhões de dólares.

O plano assentava na cons-tituição de um suposto fundode investimento estratégicoe na utilização da empresaMais Financial Services comoinstrumento de actuação.

Ontem, foi ouvido comodeclarante Emerson Kanda,a data dos factos subdirectordo Departamento de Gestãode Reservas do banco central.O referido declarante foi inter-rogado pelos juízes conse-lheiros, pelo Ministério Públicoe pelos advogados dos réus.

Os réus São réus no processo JoséFilomeno “Zenu” dos Santose Jorge Gaudens Pontes Sebas-tião, pronunciados pelos cri-mes de burla por defraudação,branqueamento de capitaise tráfico de influência, e Antó-nio Samalia Bule Manuel eValter Filipe Duarte da Silvapelos crimes de burla pordefraudação, branqueamentode capitais e peculato.

Antes do início, o advogadodo réu Valter Filipe requereuque o juiz pedisse a retiradada sala de Cristina de Ceita,actualmente assistente deacusação da parte do BNA,pelo facto de ter sido ouvidacomo declarante na fase dainstrução preparatória, alémdo facto de poder ser arroladacomo declarante e ser aindafuncionária do banco central.Nessa condição, ela poderiatransmitir informações einfluenciar os depoimentosdos declarantes que são fun-cionários do BNA.

Sérgio Raimundo requereutambém que o tribunal auto-rizasse o arguido Valter Filipea justificar, pessoalmente, asrazões da sua ausência naaudiência anterior.

Estiveram presentes todosos réus e os mandatários judi-ciais, nomeadamente os advo-gados Adriano Supuleta,Sérgio Raimundo, BangulaQuemba e o defensor oficiosoAntónio Gentil Simão.Aaudiência foi interrompidaàs 13:50 minutos pelo juiz dacausa, João da Cruz Pitra,estando agendada nova sessãopara as 9h30 de hoje, dandocontinuidade à produção daprova com a audição dasdeclarantes Marta BarrosoPaixão e Silva e Ana Marcolino.

Santos Vilola

INVESTIGAÇÃO “LUANDA LEAKS”

Garrido Fragoso

Deputados da oposiçãodefenderam ontem que ainvestigação “Luanda Leaks”deve estender-se a outrasentidades angolanas quesupostamente delapidaramos cofres do Estado.

O presidente do grupoparlamentar da UNITAdefendeu que a investigaçãonão se deve limitar a apenasuma pessoa. “O estado actualdas coisas envolve muitagente. O combate à corrupçãonão deve ser feito de formaselectiva, mas com abran-

gência e isto impõe mudan-ças políticas profundas”,disse Liberty Chiyaka.

A UNITA, frisou, está “bas-tante indignada” pelo factode o caso “Luanda Leaks”,que aponta casos de corrup-ção envolvendo a filha do ex-Presidente da República, tersido despoletado a partir doexterior do país, quando asinstituições do país, parti-cularmente a ProcuradoriaGeral da República, dispõemde “bastantes dados” para ofazer no país.

“A única coisa que fere anossa dignidade é saber que

Oposição quer extensãodo caso a outras pessoas

um caso como este é despo-letado a partir do exterior,quando as nossas própriasinstituições, particularmentea PGR, dispõem de dados bas-tantes para ter despoletado ocaso no país”, afirmou.

O líder da bancada daCASA-CE, Alexandre Sebas-tião André, disse que o casoIsabel dos Santos é apenasa ponta do iceberg. Para ele,“devem ser também respon-sabilizados todos os cidadãosque s e apodera ram dodinheiro do povo”.

O político responsabilizouo ex-Presidente da Repú-blica, José Eduardo dos San-tos, pelos actos de corrupçãoque envolvem os filhos. “Oex-PR expôs em demasia osfilhos nos vários negóciospúblicos, aliado ao excessode zelo quanto à protecçãodos mesmos”, afirmou.

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César Esteves

Zona Verde 3, no DistritoUrbano de Cabolombo, muni-cípio de Belas. Um bairromodelo em termo de auto-construção dirigida. Ruas lar-gas, com casas, cuja belezaarquitectónica é de encheros olhos, mas peca por faltade asfalto, saneamento básico,água corrente e electricidadeda rede pública. Há ainda faltade hospitais públicos, escolase recintos de lazer. Arquitectada em 2003, mas

de lá para cá, a Zona Verdevai decaindo aos pedaços,por conta das ravinas que vãoprogredindo. 70 por centodos 49 quilómetros quadrados

de extensão territorial estãoafectados pelos buracos. Boa parte das ruas foram

engolidas por água parada elama à mistura, em conse-quência das últimas enxur-radas que caiu sobre Luanda. Devido a essa situação, que

se torna mais grave quandochove, muitas ruas encon-tram-se, neste momento,intransitáveis, situação quetem dificultado a normal cir-culação de viaturas na área.Em 2017, a zona beneficiou

de um trabalho de terrapla-nagem profunda, que permitiuo melhoramento de algumasruas, mas, de lá para cá, nuncamais houve uma intervençãoainda que seja paliativa.

A administradora do DistritoUrbano do Cabolombo, CecíliaLaureano, esclarece que otrabalho de terraplanagemfoi feito, na altura, peloGoverno Provincial de Luandae não pela administração dis-trital. “As máquinas utilizadasda empreitada também nãosão nossas”.Cecília Laureano apontou

as ravinas como um dos pro-blemas que mais afligem oseu território. “Elas impe-dem-nos de realizar algumasvisitas de campo”, frisou.

Água e energiaCriado com base na Lei18/16-17 de Outubro, lei danova divisão politica admi-

nistrava, o Distrito Urbanodo Cabolombo enfrentaainda problemas de forne-cimento de energia eléctricae de água potável.As famílias aí residentes

dependem, na sua maioria,apenas de água das cisternas.O projecto do precioso líquidoapenas abrangeu um númeroinsignificante da população. Os camiõe s c i s te rna

cobram, por tanque de água12 mil litros, 21 mil Kwanzas,conta a moradora IsildaDomingo, que considera umgasto exagerado, porque, nal-guns casos, compra-se olíquido duas vezes por mês,o que torna difícil para quemtem de desembolsar outros

valores para pagar propinas,transporte, hospital, etc, etc.“Não é fácil morar neste

bairro, tudo é caro. Água édos piores problemas e éimportante que o governotenha em atenção es teaspecto. Não podemos con-tinuar a viver assim, comose não fizéssemos parte destacomunidade”. Quem corrobora é João

António, nome feticio, mora-dor do bairro há dez anos.Diz que é difícil viver de cis-ternas, sem que se saiba deonde veio a água. “Vivemosporque há um Deus que nosama, porque, de resto, esta-ríamos todos mortos”.João Manuel receia da água

cisterna, porque muitos abas-tecem os camiões em locaisimpróprio para o consumohumano, mas não tem outraalternativa senão optar emconsumir o líquido. Tal como os demais habi-

tantes da zona Verde 3,Miguel Joaquim não temdúvida que a água é um dosgrandes problemas, aliadoa energia da rede pública,dois componentes essenciaispa ra a s comun idade s .“Vamos continuar a viverassim até quando?”. Perante lamúria da comu-

nidade, a administradorainformou que está em curso,na zona, um projecto de dis-tribuição de água, denomi-nado CD Cabolombo”, quevai permitir a chegada dolíquido ao distrito. “Já estáa 50 por cento avançado. Agarantia é que ainda esteano ficará conc lu ído” ,garantiu a responsável.Este projecto, prosseguiu,

vai beneficiar 338 mil famíliasnão só do distrito do Cabo-lombo, como os dos vizinhosVila Verde, Ramiros e Morrodos Veados.Em relação ao forneci-

mento de energia eléctricaem apenas alguns bairrosdo distrito do Cabolombo,a administradora garantiuque as áreas que não foramcontempladas vão beneficiardo serviço na segunda fasedo projecto ligações domi-ciliares, que deve arrancara qualquer momento.

DelinquênciaA delinquência é outro pro-blema que muito aflige osmoradores daquele distrito.

DISTRITO DE CABOLOMBO

Zona Verde 3 com falta de quase tudo e em risco

de ser engolida pelas ravinas

4 DESTAQUE Quarta-feira22 de Janeiro de 2020

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As famílias aí residentes dependem, na sua maioria, apenas de água das cisternas. O projecto do precioso líquido apenas abrangeu um pedaço insignificante da população. “Não é fácil morar neste bairro, tudo é caro. Água é dos piores problemas e é importante que o governo tenha em atenção este aspecto. Não podemos continuar a viver assim,

como se não fizéssemos parte desta comunidade”.

Page 5: NO PRIMEIRO DIA NESTA EDIÇÃO Linha de denúncias da IGAE...2020/01/22  · tralidade do Zango 5, em Luanda, começa na segunda-feira. De acordo com o secretário de Estado da Habitação,

As famílias do DistritoUrbano do Cabolombo, quenão foram abrangidas naprimeira fase do projectodas ligações domiciliares,financiado pela linha de cré-dito da China, vão ser con-templados na fase posterior,garantiu, ontem, em Luanda,o técnico da Empresa Nacio-nal de Distribuição de Energia(ENDE) Pedro Francisco.

Em declarações ao Jornalde Angola, o engenheiroelectromecânico informouque a segunda fase do pro-jecto está dependente deum novo financiamento téc-nico da ENDE e faz parte doprograma de electrificaçãoe ligações domiciliares daprovíncia de Luanda.

Pedro Francisco disse que,no âmbito da primeira fasedo projecto das ligações domi-ciliares, o Distrito Urbano doCabolombo foi contempladocom 34 PT, que beneficiaramcerca de 13 mil famílias.

O técnico esclareceu queo projecto não abrangeumais famílias porque a fatiadestinada ao município deBelas não permitiu e lembrou

que a circunscrição foi con-templada com 106 PT, quepermitiram à ligação domi-ciliar de 32 mil famílias.

"É programa do Governofazer chegar a energia atodas as famílias de Luanda",frisou, para acrescentar queo distrito do Cabolombo sódispunha de oito PT, mas,com a chegada do projecto

de ligações domiciliares, rece-beu mais 34, uma subestaçãoe redes de média tensão.

Com isso, explicou, o distritopassou a contar com um activoque vai permitir dar sequênciaao processo de electrificaçãode mais casas, sem dependerdo arranque da segunda fasedo projecto das ligações domi-ciliares. O projecto de elec-

trificação e ligações domici-liares, de acordo com PedroFrancisco, foi consignado em2016 e ficou orçado em 675milhões de dólares.

Foi concebido para a cons-trução de novas subestaçõese mini PT com potênciasdiferenciadas, que permitiucerca de 300 mil ligaçõesna província de Luanda.

Outro problema que muitoaflige aquela circunscrição deLuanda é a escassez de escolaspúblicas. Com uma populaçãoestimada em 42. 930 mil habi-tantes, o distrito, com seis bairros,só dispõe de duas escolas públicas:uma no bairro Sossego e outrano Luquembo. A administradoradistrital admitiu tratar-se de umasituação que prejudica o distrito.

A Zona Verde 3, que é o maiorbairro do distrito, não temnenhuma escola pública. CecíliaLaureano anunciou a construção

de uma escola pública nessa loca-lidade, cujas obras devem arrancar,provavelmente, este ano.

Distrito UrbanoO Distrito Urbano do Cabolombocompreende algumas áreas ante-riormente pertencentes à comunado Benfica. Está constituído porseis bairros, nomeadamenteZona Verde 3 (o maior de todos),Luquembo, Sossego, Camama2, Tanque Seco e Canhanga. Foicriado no âmbito da nova divisãopolítica e administrativa.

Quarta-feira22 de Janeiro de 2020 5DESTAQUE

Falta de escolapública

Alguns falaram à nossa repor-tagem, na condição de ano-nimato, e contaram que asprincipais vítimas dos melian-tes são os motoqueiros.“Eles também entram nas

casas", frisou um dos mora-dores. Os motoqueiros,segundo um morador, nãocirculam muito de noite,porque os meliantes ficamnas esquinas para receberas motorizadas.Os moradores disseram

ainda que o índice de delin-quência no distrito, com des-taque para o bairro ZonaVerde 3, tende a aumentarnos últimos dias, porque háfraca iluminação em algumasruas e muitos terrenos aban-donados, que servem deesconderijo dos marginais. Cecília Laureano reco-

nhece que houve momentosque a situação estava insus-tentável, mas disse que nosdias de hoje o índice de cri-minalidade no distrito já nãoé tão preocupante. Para combater a onda de

delinquência no distrito, aadministração, em colabo-ração com a Polícia Nacional,tem realizado encontros deauscultação sobre segurançapública, aos sábados, comos moradores, no sentidode se resolver o problema.A administradora explica

que com este esforço com-plementar , o n íve l dedelinquência baixou con-sideravelmente, o que fazcom que a p opu l a çãoganhe confiança no tra-balho que está a ser desen-volvido para atenuar aonda de criminalidade. Em relação à pouca ilu-

minação em algumas ruasdo distrito, a administradoradisse tratar-se de uma tarefaque ultrapassa as suas com-

petências. Esclareceu que aresponsabilidade para colo-car postos de iluminaçãonas ruas é do Governo Pro-vincial de Luanda. “O que temos feito é sen-

sibilizar as famílias a colocaremlâmpadas fora de casa, paradesincentivar a delinquência”,realçou. Sobre os terrenosabandonados no distrito,muito dos quais servem deesconderijo dos marginais,Cecília Laureano disse quetêm notificado os seus donos,no sentido de darem algumautilidade aos espaços.O chefe do posto policial

da Zona Verde 3, que com-preende o Distrito Urbanode Cabolombo, inspector-chefe Luís Catete, disse quese comparado com o passado,o ambiente que se vive hojeé de muita calmia.Entretanto, reconheceu

a falta de iluminação públicaem muitos bairros, bemcomo vias de difícil acesso,que cond ic ionam, emalguns casos, a realizaçãode certas operações na zona.“Também sofremos com asravinas”, realçou.

SANTOS PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO

Os moradoresdisseram ainda que

o índice dedelinquência nodistrito, com

destaque para obairro Zona Verde 3,tende a aumentarnos últimos dias,porque há fracailuminação emalgumas ruas emuitos terrenosabandonados, que

servem deesconderijo dos

marginais

Segunda fase da ligação domiciliar está dependente de novo financiamento

DR

MARIA AUGUSTA | EDIÇÕES NOVEMBRO

MARIA AUGUSTA | EDIÇÕES NOVEMBRO MARIA AUGUSTA | EDIÇÕES NOVEMBRO

Luís Catete, chefe do posto policial da Zona Verde 3 Cecília Laureano administradora do distrito de Cabolombo

Por falta de escolas públicas, as crianças estudam em colégios

O lixo tem sido também um dos problemas para a comunidade, uma vez que a recolha não é feita em tempo oportuno

Page 6: NO PRIMEIRO DIA NESTA EDIÇÃO Linha de denúncias da IGAE...2020/01/22  · tralidade do Zango 5, em Luanda, começa na segunda-feira. De acordo com o secretário de Estado da Habitação,

6 OPINIÃO Quarta-feira 22 de Janeiro de 2020

.CONTREIRAS PIPA | EDIÇÕES NOVEMBRO

O caso, reportado na segunda-feira pelo Jornal de Angola, de 30 crianças oriundasde várias províncias e abandonadas num estaleiro afecto a empresas chinesas, podeser apenas a “ponta do Iceberg” de um grande problema enfrentado pelas famíliase com elevadas repercussões nas vidas dos mais pequenos. É do domínio público ofacto de existirem adolescentes em número elevado que se encontram a trabalharem empresas, algumas delas chinesas, além daquelas que se encontram a laborarem fazendas, todas elas em condições que as autoridades precisam de escrutinar.

Além da idade, legalmente não permitida para trabalhar e sem autorizaçãoexpressa dos encarregados, ainda assim muitas empresas e pessoas singularespersistem na prática do emprego de mão de obra infantil e, na maior parte das vezes,em condições de escravidão. É preciso que se crie uma equipa multissectorial,envolvendo Ministérios e demais instituições, para apurar a condição e situação deadolescentes que se encontram a trabalhar em empresas e fazendas um pouco portodo o país. E mais importante, é preciso que as instituições do Estado, as famílias e,obviamente, as empresas que, à revelia, recrutam crianças e adolescentes, secertifiquem de que a deslocação de menores de um ponto ao outro do país não estáa ser feita de forma ilegal.

A livre circulação de pessoas e bens em todo o país não pode servir para, igualmente,promover-se uma espécie de recrutamento ou mesmo tráfico de mão de obra infantilali onde o grau de vulnerabilidade das famílias atiça aquela má prática. Não se podepermitir que uma determinada pessoa circule com um número de crianças de umponto de país para o outro, sem que faça prova do grau de parentesco ou da autorizaçãodos progenitores e tutores dos menores.

As famílias não estão proibidas de movimentarem as crianças, mas, obviamente,que ninguém espera que as famílias sejam surpreendidas com informações, segundoas quais os filhos estão abandonados em estaleiros ou fazendas.

A segurança das pessoas, sobretudo de menores, deve ser garantida pelas famíliase pelo Estado através de um conjunto de instituições políticas, judiciais, policiais eaté tradicionais, que não podem ficar impávidas enquanto dezenas de crianças sãomovimentadas de um ponto do país para o outro aparentemente com o consentimentodas famílias para, alegadamente, irem trabalhar. As autoridades provinciais, municipais,as entidades tradicionais, sobas e seculos devem ser as primeiras, nas comunidades,a prevenir situações em que as famílias sejam aliciadas a “dispensar” os filhos paraa tutela de terceiros. É verdade que as condições em que algumas famílias seencontram, relativamente aos indicadores sociais e económicos, acaba por fomentarum conjunto de factores que propiciam estas situações. Atendendo ao grau de vul-nerabilidade em que se encontram muitas famílias, não se pode esperar que osagregados familiares intervenham, somente eles, para travar este fenómeno.

É preciso que as autoridades intervenham e, como convirá a muitos, não nosvenham dizer que a pobreza justifica que as famílias "dispensem" os filhos, muitasvezes retirados a troco de valores, de compromissos ou promessas nem sempresatisfeitas. Não podemos continuar a dar-nos ao luxo de nos confrontarmos comfactos como o sucedido no Sequele, em Luanda, em que 30 crianças foram dadascomo abandonadas num estaleiro de empresas chinesas.

EDITORIAL

C A R T A S D O S L E I T O R E S

IMAGEM DO DIA

A maka das crianças abandonadas

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOVíctor Silva (presidente)

ADMINISTRADORES EXECUTIVOSCaetano Pedro da Conceição Júnior

José Alberto DomingosRui André Marques Upalavela

Luena Kassonde Ross Guinapo

ADMINISTRADORES NÃO EXECUTIVOSFilomeno Jorge Manaças

Mateus Francisco João dos Santos Júnior

DIRECTOR: Víctor Silva

DIRECTOR-ADJUNTO: Caetano Júnior

DIRECTOR EXECUTIVO: Guilhermino Alberto

EDITOR EXECUTIVO: Diogo Paixão

SUB-EDITOR EXECUTIVO: Cândido Bessa

GRANDE REPÓRTER: Luísa Rogério

EDITORIAS: POLÍTICA:

Santos Vilola (editor-chefe), Fonseca Bengui (subeditor) e Bernardino Manje (subeditor)

Adelina Inácio, João Dias, Edna Dala, Garrido Fragoso e Gabriel Bunga

OPINIÃO: Ambrósio Clemente (editor-chefe), Faustino Henrique (subeditor)

SOCIEDADE: Nhuca Júnior (editor),

Alberto Pegado (editor), José Meireles (editor),

Rodrigues Cambala, André da Costa, Kilssia Ferreira, Manuela Gomes,Augusto Cuteta, Alexa Sonhi, César André, César Esteves, Edivaldo Cristóvão,

Carla Bumba e Mazarino da CunhaREGIÕES:

Sérgio Chivaca (editor-chefe), Béu Pombal (subeditor),

Filipe EduardoECONOMIA:

Cristóvão Neto (editor-chefe),Armando Estrela (subeditor),

Ana Paulo, Kátia Ramos, Madalena José, Natacha Roberto e Victorino JoaquimMUNDO:

Bernardino Fançony (editor-chefe), António Canepa

DESPORTO: Amândio Clemente (editor-chefe),

Anaximandro Magalhães (subeditor), António Cristóvão, Armindo Pereira, Teresa Luís, Vivaldo Eduardo,

António de Brito e Honorato SilvaCULTURA:

António Bequengue (editor-chefe), Adriano Melo (subeditor), Francisco Pedro (subeditor), Amilda dos Santos, Manuel Albano,

Mário Cohen e Roque SilvaGENTE E FIM-DE-SEMANA: António Cruz (editor-chefe),

Isaquiel Cori (editor)Edna Cauxeiro (subeditora),

Ferraz Neto (subeditor) e Pereira Dinis

EDIÇÕES ESPECIAIS: Adalberto Ceita, André dos Anjos, Domingos dos Santos,

Leonel Kassana e Yara Simão

FOTOGRAFIA: Kindala Manuel (editor-chefe),

José Cola (editor),Dombele Bernardo, Domingos Cadência, Eduardo Pedro, João Gomes,

Maria Augusta, Miqueias Machangongo, Mota Ambrósio, Paulo Mulaza, KindalaManuel, Santos Pedro, Agostinho Narciso, Vigas da Purificação, Contreira Pipas

CORRESPONDENTES PROVINCIAIS: Adão Diogo (Lunda-Sul),

Alberto Coelho (Cabinda), João Mavinga (Zaire),

Vladimir Prata (Namibe), Esídoro Natalício (Cuanza-Norte),

Luís Pedro (Cuanza-Sul), Noé Jamba (Bengo),

Francisco Curinhingana (Malanje) Fernando Cunha (Huambo),

João Constantino (Bié),José Chaves (Andulo),

Jaime Azulay (Benguela), Jesus Silva (Lobito),

Estanislau Costa (Huíla), Joaquim Aguiar (Lunda-Norte),

Silvino Paulo (Uíge), Lourenço Manuel (Cuando Cubango),

Quinito Kanhamei (Cunene), Samuel António (Moxico),

PAGINAÇÃO E ARTE: Salvador Escórcio (Editor), Soares Neto, Eugénia Victor, Augusta Lucéu, Tomás Cruz,

Noé Pungue, Evaristo Sacupalica, João Augusto, Josefa Abreu, Maria Messele, AlbertoBumba, Inês Quingando, Margarida Zilungo, Maria da Silva, António Saldanha,

Henrique Faztudo, António Quipuna, Raúl Geremias, Ana Paula Dias , Isabel Fragão,Manuel Cassinda, Francisco da Silva, Rui Jacinto, Bruno Bernardo, Luquemba Pedro

CARTOON E ILUSTRAÇÃO:Armando Pululo e Casemiro Pedro

COPY DESK: Rui Ramos, Arlindo Soares e Esperança Vieira Dias

O Jornal de Angola utiliza os serviços da ANGOP, AFP, Reuters, EFE e Prensa Latina

PUBLICIDADE: (+244) 937 550 262

(+244) 949 770 006 e-mail: [email protected]

O transporte de animal abatido, para a eventual comercialização, em condiçõesquestionáveis do ponto de vista das medidas sanitárias e da segurança alimentar

PROPRIEDADEEdições Novembro, E.P.

SEDE: Rua Rainha Ginga, 12-26

Caixa Postal 1312 - LuandaRedacção: 222 020 174

Telefone geral (PBX): 222 333 344Fax: 222 336 073

Telegramas: Proangola

Crianças feiticeirasHá algumas semanas, foi publi-cado ma notícia que dava contade um estudo segundo o qual ti-nham sido lançadas 100 criançasvivas ao rio, acusadas de feiticeiras,em algumas províncias de Angola.Ao que tudo indica, o estudo gerouas mais variadas reacções e atécerto sentido choque junto de al-gumas instituições como deu aconhecer o Jornal de Angola. Oque me leva a escrever estas mo-destas linhas tem a ver com aresponsabilidade e honestidadede quem realiza um estudo e comprofundo impacto como o alega-damente realizado. Acho que aspessoas, quando alegam ser es-tudiosas ou investigadoras, devemter um pouco mais de responsa-bilidade, quando se propõem es-tudar determinados fenómenossociais. E muito mais quando de-cidem publicar o estudo ou a in-formação sobre o estudo num jor-nal de referência como o Jornalde Angola. Diz-se em comuni-cação que quando o receptor com-preende mal a culpa é, regra geral,de quem comunica, facto queleva a dizer que se o "estudioso"foi mal compreendido é porquetransmitiu mal o fruto dos seusestudos. Em todo o caso, fica aexperiência para prevenir casosfuturos em que estudos feitos,muitas vezes de forma comple-tamente questionável, sejam le-

vados ao conhecimento públicosem a observância de algumasregras básicas. Quanto ao fenómeno das crian-ças feiticeiras, acho que as ins-tituições do Estado deviam fazermais para evitar que as famílias“fazem o que quiserem” com osmais pequenos, inclusive aten-tando contra a vida e contra aintegridade física dos mesmos.A vida dos seres humanos deveser preservada a qualquer custo,sobretudo quando se trata demenores que devem encontrarsempre a protecção do Estado.Se as famílias não se aguentamcom as crianças por qualquermotivo, nunca se devem esquecerque as instituições do Estado es-tarão sempre de mãos abertaspara receber os mais novos. Sepor causa da crença familiar, fi-losófica, religiosa ou outra qual-quer, não devem ser levadas a"sacrificar" a vida dos petizessob pena do Estado intervir sem-pre em defesa da vida das crian-ças. Para terminar, gostaria dedeixar uma palavra de encora-jamento às instituições do Estado

para não hesitarem na hora deactuar em defesa do bem maisprecioso que todos temos e que,com a devida excepção paraquem a dá, ninguém tem o direitode a retirar. HORVANDA CARVALHOVila do Gamek

Macongos da IsabelA palavra “makongo”, em Kim-bundu, significa dívidas ou pro-blemas, e foi escolhida para abriresta modesta carta para abordaras makas em que a empresáriaIsabel dos Santos está metida. Aempreendedora está a empreen-der, passe a expressão, realmenteuma fuga para frente, na medidaem que em vez de recuar, cola-borar com as instituições ango-lanas e regressar ao país, parecemais interessada em fazer umaguerra contra Angola. Ora diz que tudo quanto conse-guiu não teve participação ne-nhuma de dinheiros públicos, oque não é verdade, ora diz que oque chama de campanha contrasi está a ser “orquestrada” peloEstado angolano, o que tambémnão é verdade. E quanto mais saia público, mais se afunda. Comoangolano aconselho a compa-triota a reduzir os makongos queestá a criar para si mesma.ALDAIR GOMESSão Paulo

ESCREVA-NOS Cartas recebidas na

Rua Rainha Ginga, 12-26 Caixa Postal 1312 - Luanda

ou por e-mail:

[email protected]

Page 7: NO PRIMEIRO DIA NESTA EDIÇÃO Linha de denúncias da IGAE...2020/01/22  · tralidade do Zango 5, em Luanda, começa na segunda-feira. De acordo com o secretário de Estado da Habitação,

“A fracahabilidade

académica temalimentado na juventude o gosto pelodinheiro, pelaboa vida e pelobem-estar semfazer nenhumesforço físico e

mental”AD. Belmiro

Chissengueti,Sacerdote católico e bispo de Cabinda

“Precisamosde ter emAngola umverdadeiro

Estado de Direito.Consideramos que o Estado de Direito é oelemento

essencial paraque hajaconfiança dos agentes na sociedade

em que estamosinseridos”

Manuel NunesJúnior,

Ministro de Estado daCoordenação Económica

“Olhem ao redor do mundo hoje

e verão,rapidamente, que o ReinoUnido não éapenas

o parceiro óbvio de escolha,

também somos o parceiro de

hoje, de amanhãe das próximas

décadas” Boris Johnson ,

Primeiro-ministro da Inglaterra

“Doravante, não pode existir

a desculpa de que sou novo ou nova na

função, pois asinstituições que

passam a dirigir sempre

existiram e possuem

instrumentos que delimitam

as suasatribuições ecompetências”

Filipe Nyusi, Chefe do Estadomoçambicano

7Quarta-feira 22 de Janeiro de 2020OPINIÃO

Sorrateiramente como um bicho com um tique nervoso girandoo pescoço de um lado para o outro, com três passos curtos, eleaproximou-se da mesa ao lado, com a cara trancada esticou tantoos braços como pôs firme os pómulos e apertou o maxilar,agarrando a travessa de plástico como se com aquele gesto todoseu esforço seria recompensado.

Com cara de quem tem nojo e aparente desprezo, não semantes voltar a girar de novo o pescoço à volta, agarrou bem o ta-buleiro com os seus dois braços franzinos, levantou-o e tirou-ode um lado para o outro, o que lhe permitiu afastá-lo do bordoda mesa e do seu corpo.

Já sentado, ele olhou para o que restara no prato: os ossos defrango grelhado, o resto de arroz branco e feijão preto, a garrafacom um pouco de água, os talheres cruzados e um pedaço depão como se quisesse descobrir quem deixara ali o seu rasto, oque podiam significar os indícios de uma vida que ele desconhecia.

Não estávamos muito distantes uns dos outros. Sentados a al-moçarem ou a conversarem num restaurante pré-pago, de umdos grandes supermercados da cidade havia muita gente. Umas

pessoas entravam e outrassaíam. A música de fundoe o cheiro da comida fume-gante que vinha das cubasjuntava-se ao cheiro daspessoas, no fervor da con-versa entre comensais nasmesas ao lado fazendo oambiente fervilhar.

Ele parecia nem estar aíou, como um dos meus ami-gos gosta de dizer, já estavaem modo de voo. Mas, elenão era um telefone: no seuventre tremido as lombrigasremexiam-se inquietas, en-quanto eu, entre uma e ou-tra garfada, sem que ele seapercebesse, voltava a olhá-lo vendo-o mover-se comose fosse um rato.

De repente, ele ficou quie-to e sem pestanejar: lenta-mente esticou o braço e co-meçou a tocar os dedos so-bre a bandeja como sobreaquela superfície lisa esti-vessem as teclas de um pia-no. Tentava manter a digni-

dade, dissimulando o nervosismo, ouvindo o toque dos dedos de-baixo da música de fundo que vinha dos altifalantes do supermercado.

Para quem gosta de estar atento e quando chega aos lugaresobserva o que se passa e quem está à volta, a lentidão daquelehomem adulto tão magro que fazia-lhe parecer-se a um adolescente,esforçando-se por carregar o corpo e a vida chamou-me logo aatenção. Estava ali sentado como quem, naquela confusão toda,se evadia. Eu continuei atento a ele, sem deixar de conversar.

Antes de dar-me conta de que ele era vesgo, pareceu-me veruma expressão absorta do rosto dele: com um gesto lesto, depoisde poisar a travessa e ter ficado uns minutos a tocá-la com osdedos das suas mãos uma melodia sem sentido, ele agarrou asobra de um pedaço de pão com a mão esquerda.

Num instante e como um caracol, a mão fechou-se para escondero que carregava, sem saber ou sem se importar se alguém tinhavisto a manobra: uma segunda oportunidade era dada àquele pe-daço de pão. Era isso e a fome, que de certeza tinha, o que nofundo consolava aquele homem feito rato.

Já com o pedaço de pão na mão, soltou o braço que ficou pen-durado ao longo do seu corpo em pé. A mão fechada sem rudezaevitava apertar a massa de trigo para conservar a ilusão de queo pedaço não era tão pequeno: talvez assim saciasse mais.

Ele levantou-se e deu meia volta sentando-se na outra mesa,um pouco mais afastada, tendo, de repente, ficado novamentesentado simulando ser uma estátua: só os seus olhos moviam-sede um lado para o outro pela sala inteira como um mamíferoroedor tentando identificar possíveis perigos. Depois, levou amão à boca e começou calmamente a comer o seu pedaço depão, que bem merecia.

Só não os vê quem não quer: todos os dias e a todas as horascentenas, se não mesmo milhares de pessoas, - crianças, adoles-centes e adultos, homens ou mulheres -, nas praças, nos subúrbios,à volta ou dentro dos centros comerciais e nas grandes cidadespululam por um pedaço de pão: animais famintos que a humani-dade decidiu ignorar.

Adriano Mixinge Filipe Zau | *

NA ALVA DAS IDEIAS

C I T A Ç Õ E S

Por um pedaço de pãoDesde a proclamação das independências emÁfrica, maioritariamente alcançadas após a décadade 60, que cabe aos Estados, através de uma edu-cação para o desenvolvimento, criar a nação deum só povo, entendida esta como uma configu-ração política e intelectual no seio de diversidadesculturais, religiosas e de opinião. Com projectoseducativos se inculca, no es-pírito das gerações mais jovense também nas mais idosas,um sentido amplo de educa-ção, com consciência nacio-nalista, onde cada cidadão,com sentido de identidade, al-teridade e ecumenismo, sejacapaz de aceitar o “Outro”, di-ferente de si próprio, mas iguala si próprio em direitos, deve-res e aspirações.

Do ponto de vista episte-mológico, Benedict Andersondefine a nação como uma co-munidade imaginada, já quenão é possível conhecer, en-contrar ou sequer ouvir falarda maioria dos compatriotas.Contudo, na mente de cadaum, deve permanecer viva aimagem de comunhão entretodos os seus membros.

Havendo necessidade de seultrapassar as consequênciasnefastas da Conferência de Ber-lim (1884-1885) como as guerrascivis e sendo o multiculturalis-mo uma realidade sociológicaem África, urge apostar em pro-gramas de educação intercul-tural, como estratégia políticae pedagógica para edificaçãode um sentido de pátria ideo-lógica. Como em África os Es-tados precederam às nações eos Estados sem as nações so-çobram, cabe, então, a cada Estado africano, atarefa da edificação da sua nação, como identidadepolítica, acima de qualquer outro sentido de pertença.

O primado da paz, da unidade nacional, dosdireitos humanos, da justiça social e do Estado dedireito democrático não se cumprem, sem que osentido de empatia seja inculcado em cada cidadãoafricano. Nos dias de hoje, já não são as diferenças,por mínimas que sejam, que separam as pessoase as impedem de chegar ao desenvolvimento sus-tentado e ao bem-estar social.

Na maioria das vezes é a intolerância das pró-prias pessoas, que se recusam a respeitar e aaceitar essas diferenças. No contexto da filosofiapopular bantu existe o seguinte provérbio: “A uniãono rebanho obriga o leão a ir dormir com fome”.

Como África é rica em matérias-primas, os in-teresses das antigas potências coloniais que antesestiveram por detrás da Conferência de Berlim(1884-1885), são os mesmos que imperam hoje,no actual contexto de “teologia do mercado”.

Mudou apenas o modo de actuação e o discursode uma nova roupagem neocolonial. Em todo omundo e no interior das antigas e novas sociedades,não é racional que a crescente e humilhante si-tuação de fome, pobreza extrema e insegurança,continue a ser considerada, para uns, como umafatalidade e, para uma cada vez mais pequena mi-noria, uma mera predestinação ou golpe de sorte,para a acumulação obscena da riqueza.

Há uma “sagesse” africana a resgatar, para quese processe o desenvolvimento sustentado, assenteem bases pragmáticas, filosóficas e científicas,de acordo com o modo como os africanos, a partirdos seus próprios olhos em África, devem ver oMundo, África e os seus próprios países. Duranteséculos a fio, a experiência africana demonstraque grande parte das decisões, que surgiram forade África, para o desenvolvimento do continente,

apresentam-se bem mais manipuladoras do queedificadoras. Assim sendo, urge priorizar, com con-fiança e espírito nacionalista, a concertação iden-titária das nossas próprias de ideias, para que Áfricadeixe de estar perpetuamente tutelada e se torneobreira da sua própria história.

Apesar das realidades culturais e experiênciaspolíticas pré-coloniais serembastante diferentes, os paísesafricanos usam o mesmo mo-delo de construção identitáriados Estados-Nação, herdadona sequência da RevoluçãoFrancesa (1789-1799) e ensi-nado na Europa e para os paí-ses europeus, no início do sé-culo XIX. Estamos pois perantea dura realidade dos efeitosdo Estado-Nação em África,cujo paradigma de naciona-lismo imposto a África, foi igualao da Europa.

Académicos africanos de re-nome, como o guineense Car-los Lopes, ex-adjunto de KofiAnnan na ONU e actualmenteprofessor na “Nelson MandelaSchool of Public Governance”,na Cidade do Cabo, consideraum erro o modo como Áfricatenta aplicar e consolidar oseu modelo democrático, quan-do deveria lutar pela “africa-nização da democracia”. Nasua opinião, “a democracianão é consentânea com a nos-sa forma de agir e de pensar”,pelo que é “necessário africa-nizar a democracia e não de-mocratizar África”.

Carlos Lopes fundamentaesta sua tese em três aspectosdo actual contexto de demo-cracia ocidental: surgiu na Eu-

ropa, não em África e, como todos os processosque não nasceram dentro de casa, têm de seadaptar para poderem servir em casa nova; Áfricaé um continente marcado por uma cultura comu-nitária e não individualista, enquanto a democracianasceu muito ligada ao individualismo, daí que,muitas vezes, se questione, que alternativa demo-crática poderá existir, que seja mais amiga da es-trutura clânica, tribal ou familiar; a terceira questãodecorre de a democracia ter nascido muito ligadaao capitalismo, há portanto necessidade de sesaber, que mecanismo pode África desenvolver,que seja alternativo a este capitalismo liberal.

* Ph. D em Ciências da Educaçãoe Mestre em Relações Interculturais

NA ESQUINA DO TEMPO

O primado da paz, da unidade nacional,

dos direitos humanos, da justiça social

e do Estado de direitodemocrático não se cumprem, sem

que o sentido de empatiaseja inculcado

em cada cidadãoafricano. Nos dias

de hoje, já não são as diferenças,

por mínimas que sejam, que separam

as pessoas e as impedem de chegar

ao desenvolvimentosustentado e

ao bem-estar social

Só não os vê quem nãoquer ver: todos os dias e a todas as horascentenas se não mesmomilhares de pessoas, -crianças, adolescentes e adultos, homens ou mulheres-, naspraças, nos subúrbios, à volta ou dentro doscentros comerciais e nas grandes cidadespululam por um pedaçode pão

África e a nova filosofia de construção do seu próprio futuro

DR

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8 Quarta-feira22 de Janeiro de 2020

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ADJUDICAÇÃO DAS CONCESSÕES DA LICITAÇÃO 2019

A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis, nos termos do Decreto n.º 86/18, de 02 de Abril, e em cumprimento do Cronogramade Licitação 2019 pré-definido vem, por este meio, comunicar os resultados do concurso do Processo de Licitação das Bacias do Namibee de Benguela, que resultou na seguinte composição dos Grupos Empreiteiros dos blocos abaixo:

*No acto das negociações, a Concessionária Nacional e as empresas adjudicadas deverão encontrar meios que conduzam à identificaçãode empresas interessadas, para a conclusão da constituição dos Grupos Empreiteiros.

Em breve será comunicada a data e local de início do processo negocial para cada bloco.

GABINETE DE COMUNICAÇÃO DA AGÊNCIA NACIONAL DE PETRÓLEO GÁS E BIOCOMBUSTÍVEIS, EM LUANDA.

BLOCO 27

Empresa Participação (%)

Sonangol (Operador) 35,00

Livre* 65,00

BLOCO 28

Empresa Participação (%)

ENI (Operador) 60,00

Sonangol (Carry) 20,00

Livre* 20,00

BLOCO 29

Empresa Participação (%)

TOTAL (operador) 46,00

Equinor 24,50

Sonangol (Carry) 20,00

BP 9,50

(500.0086)

REPÚBLICA DE ANGOLAMINISTÉRIO DA DEFESA NACIONAL

Recenseamento Militar 2020Se é Angolano do sexo masculino, nascido no ano de 2002,faça já o seu Registo Militar na Administração Municipal ouComunal da sua área de residência.

Se reside no Estrangeiro, dirija-se ao Posto Consular.

O Recenseamento Militar constitui uma obrigação do cida-dão para com a Pátria.

DE 6 DE JANEIROA 29 DE FEVEREIRO 2020

“RECENSEAMENTO MILITAR”

MINISTÉRIO DA DEFESA NACIONAL

(700.126)

(500.0077)

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9Quarta-feira22 de Janeiro de 2020

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(500.0079)

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Victorino Joaquim

O Ministério do Ambiente,através da Agência Nacionalde Resíduos (ANR), está apreparar legislação para a reti-rada do uso de saco plásticono mercado nacional.De acordo com o presi-

dente o Conselho de Admi-nistração da agência, MonteiroLumbo, desde o ano passadoque se começou a prepararuma legislação para inibir,gradualmente, o uso de sacoplástico, devido o efeitonocivo à natureza e ao pró-prio homem.Nos termos da legislação,

já concluída e prestes a serentregue ao Grupo Técnicodo Conselho de Ministros paraapreciação, determina-seque a aquisição de saco plás-tico passará a ser medianteo pagamento de uma taxa,cujo valor ainda não está defi-nido. A medida contraria oque, muitas vezes, acontece,principalmente nos grandessupermercados, onde ossacos plásticos são disponi-bilizados gratuitamente.Monteiro Lumbo informou

que ao nível do país, a pro-dução diária de sacos plásticos,por reciclagem atingiram, noperíodo de 2014 e 2017, os 12milhões, fruto do empenhode três fábricas, sedeadas emLuanda e na Huíla.Por meio do pagamento

da taxa, acrescenta, a ideiaprincipal é reduzir, gra-dualmente, o uso do sacoplástico, para num futuropróximo, atingir-se a erra-dicação total deste produtono mercado nacional.Por outro lado, a legislação

resulta também do facto deAngola ter assumido, em

Tóquio, no Japão, o compro-misso de liderar “o combate”de uso de sacos plásticos aonível da região.A iniciativa do Ministério

do Ambiente foi antecedidada realização de váriosencontros, que serviram paraesclarecer e auscultar osagentes económicos sobre aerradicação do saco plástico.

Produtoresfavoráveis à iniciativaOuvido pelo Jornal de Angola,o responsável de manutençãode máquinas da empresaInduplastic, Edson Dongoxi,mostrou-se a favor da imple-mentação da Lei, sublinhandoque a mesma já é uma rea-lidade em vários países,incluindo africanos, como éo caso do Rwanda. Contudo, chama a atenção

das autoridades sobre umeventual impacto negativo quea lei possa trazer à sociedade.Um dos aspectos nega-

tivos apontados por EdsonDongoxi tem a ver com odesemprego de pessoasenvolvidas no negócio, umavez que a redução ou reti-rada de uma determinadalinha de produção significa

perda de receitas finan-ce i ra s e, consequente-mente, leva a redução dopessoal , fundamental-mente, os que participamdesta produção.“Contudo, tudo vai depen-

der do preço que cada con-sumidor deverá pagar por cadasaco de plástico, de acordocom a lei”, disse.Por outro lado, o técnico

de máquinas e manutenção,entende que com tal medida,as empresas de cartonagemtêm a oportunidade de seguiruma nova linha de produçãoe fazer crescer as suas empre-sas com a produção de sacosde papel.Já o técnico auxiliar de

planeamento e controlo deprodução da mesma empresa,Leandro Cordeiro, consideroude “boa” a iniciativa do Minis-tério do Ambiente, maslamentou o facto de a inicia-tiva estar a ser tratada “nestemomento difícil da nossaeconomia, onde existem mui-tas carências.Desta forma, em seu enten-

der, ter-se-á de fazer umgrande esforço no sentido deinvestir-se em novos negóciosem substituição da produçãode sacos plásticos e, assim,manter as empresas desseramo a funcionar, além de evi-tar-se o desemprego de maisjovens e chefes de família.

Consequências do usode sacos plásticosA utilização de sacos plásticospode causar impacto na bio-diversidade e em aspectosrelacionados com os micro-plásticos (pequenas partículasde plástico – entre um a cincomilímetros). Num primeirocaso, tem resultado na morte

de animais, como tartarugas,aves, crustáceos e peixes.Os animais confundem

os sacos com alimentos e aoingerirem acabam por morrersufocados ou com problemasno estômago, segundoexplica o ambientalista Vla-dimir Russo.O especialista ambiental

acrescenta também que, poreste motivo, há milhares decasos de mortes de animaispor asfixia e deformações,impedindo o seu cresci-mento natural.Ainda de acordo com Vla-

dimir Russo, estudos feitosindicam que estes podem alte-rar a composição de certaspartes dos oceanos, impac-tando sobre ecossistemas,espécies e, consequente-mente, os seres humanos quese alimentam destas espécies. Disse também que as dis-

funções hormonais, imu-nológicas, neurológicas ereprodutivas têm sido as pato-logias mais frequentes queafectam os humanos, e issoé resultante da ingestão invo-luntária de microplásticos.Para substituir o saco plás-

tico, em função da sua erra-dicação, o ambientalistasugere a utilização de sacosde papel, que são frequen-temente usados em váriospaíses, por estes serem bio-degradáveis e o seu impactono ambiente é menor quandocomparado com os plásticos.No entanto, o ambien-

talista recomenda que o sacoseja feito de papel recicladoe não do derrube de árvores.Uma outra solução avançadaé do uso de sacos de panoou de plástico mais resis-tentes que pode ser reuti-lizado frequentemente.

DEFESA DO AMBIENTE NA ÓPTICA DO UTILIZADOR

Saco plástico forado mercado nacional

A produção diária de sacos plásticos por reciclagem, ao nível do país, atingiuno período de 2014 e 2017 os 12 milhões, fruto do empenho de três fábricas,

sedeadas em Luanda e na Huíla

10 ECONOMIA Quarta-feira22 de Janeiro de 2020

| EDIÇÕES NOVEMBRO

O Banco Nacional de Angola(BNA) fez saber, através deum comunicado divulgado,há dias, na página de Internet,que vai realizar no dia 30 deJaneiro a 1ª conferência daedição 2020 do Ciclo Anualde Conferências.O evento tem o objectivo

contínuo de promover deba-tes sobre temas financeirose económicos relevantes,com vista a implementarmedidas que visem estimulara economia nacional.Quanto à conferência

sobre a “Avaliação dos Ser-viços da Banca na Ópticados Utilizadores”, o bancocentral diz que surge danecessidade de uma abor-dagem mais aprofundadasobre a questão da quali-dade dos serviços prestadospelos operadores da bancacomercial aos clientes,visando garantir o reforçoda transparência e equidadedas relações contratuais, bemcomo a protecção dos inte-resses económicos dos con-

sumidores das instituiçõespor si supervisionadas.Vão ser abordados tópicos

como as “Práticas e instru-mentos de regulação da con-duta financeira” e “A qualidadeda informação prestada noâmbito da relação bancária”.As apresentações estão acargo de representantes doBNA, CMC, ARSEG e prelec-tores internacionais dos ban-cos centrais de Moçambiquee Zimbabue.Em 2019, ao longo de 10

edições, foram abordadostemas como “Financiamentoao Sector Privado”, “Comér-cio Internacional ao abrigode Cartas de Crédito”, “Sus-tentabilidade das ReservasInternacionais”, “A imple-mentação do IVA no SectorBancário”, “Inclusão Finan-ceira”, “Preparação da Ava-liação Mútua do Sistema dePrevenção e Combate aoBC/FT/FP de Angola” e“Governação Corporativa noSector Bancário”, entre outrostemas relevantes.

DR

BNA avalia serviços da banca

Para substituir o saco plástico,

em função da sua erradicação,

o ambientalistasugere a utilizaçãode sacos de papel,

que sãofrequentemente

usados em váriospaíses

REMESSAS

Os quenianos que vivemno exterior do seu paísenviaram um valor de doismil milhões e 800 milhõesde dólares americanos aoseu país em 2019, soube aPanapress de fonte oficialem Nairobi.Segundo o Banco Central

do Quénia, esta remessarepresenta um aumento de3,7 por cento em relaçãoàs de 2018, quando foramenviados dois mil milhõese 60 milhões de dólaresnorte-americanos.A agência informa que

grande parte das transfe-rências veio de quenianosresidentes nos Estados Uni-dos, ou seja a metade dototal, enquanto outros 50

por cento foi transferido,em Dezembro último, porresidentes noutras partesda América do Norte ,Europa e no resto do mundo,disse o Banco.As remessas para o Qué-

nia tornaram-se numaprincipal fonte de divisas,com o turismo, chá, café eexportações hortícolas aocuparem o segundo, ter-ceiro, quarto e quinto luga-res, respectivamente.No caso angolano, não

são conhecidos dados deremessas de angolanos queresidem no exterior para onosso país.Geralmente,quando abordado o tema,este refere-se aos portuguesesque enviam de e para Angola.

Quenianos enviaram 2,8 milmilhões de dólares em 2019

A utilização de sacos plásticos, sobretudo pelos supermercados, vai ser desincentivada com a cobrança de taxas mais altas

Banco central abre este mês o Ciclo Anual de Conferências

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11ECONOMIA

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Quarta-feira22 de Janeiro de 2020

O investidor angolano JoséCarlos de Castro Paiva, daimobiliária Solar Tambaú,diz serem “completamentefalsas” as informaçõessegundo as quais a empre-sária Isabel dos Santos tenhaparticipação ou negócioscom a firma de que é inves-tidor maioritário.“Tal insinuação, uma fla-

grante inverdade, serve paraprovar que muito do que éescrito é totalmente falso eem conjunto com outrosdetalhes publicados colocadúvida sobre o motivo ver-dadeiro da publicação destamatéria”, disse.No centro da polémica,

está uma eventual ligaçãocorporativa e administrativaentre a Solar Tambaú e oResort Mussulo By Mantra.José Carlos de Castro Paiva

disse ao Jornal de Angolaque a única ligação entre asentidades está no facto de oempresário ser proprietáriode três do total de 102 (centoe dois) bangalôs do referidoempreendimento turístico.De acordo com o empre-

sário, a Solar Tambaú é uminvestimento de que é sóciomaioritário ao passo que oResort Mussulo By Mantrafoi construído por um grupode 60 investidores angolanosque, em busca de negócios,viu na ausência de um resortde padrão internacional naParaíba uma “boa” oportu-nidade de investimento.Para os promotores do

empreendimento, os inves-tidores e parceiros podemficar, absolutamente, tran-

quilos quanto à lisura destee certos de que as infor-mações solicitadas pelasautoridades brasileirasforam prestadas com todaa clareza necessária.Dizem ainda, por outro

lado, que todo o investimentoestrangeiro realizado no SolarTambaú entrou no Brasilatravés do sistema bancárionacional, devidamente jus-tificado e fiscalizado, respei-tando as regras bancáriasbrasileiras impostas pelo bancocentral e que estão entre asmais rígidas do mundo.

Golpe no MussuloO primeiro e único resort daParaíba, inaugurado em2009, viu-se obrigado aencerrar a sua actividade em2019. O empreendimentofoi vítima de golpe financeiropraticado nos anos anteriorespor parte de pessoas que ogeriam, tendo resultado aténa prisão dos envolvidos eabertura de uma acção penalcontra os criminosos, movidapelos investidores.Após o encerramento das

actividades do Mussulo, istoem Novembro do ano pas-sado, conforme apurou estediário, ocorreu o furto dedocumentos e de equipa-mentos de todos os bangalôs,que se acredita tenha sidoincentivado por alguns ex-funcionários e que está sendoobjecto de inquérito policial.De acordo com os dados

obtidos, o encerramento dasactividades do Resort Mus-sulo causou a perda de 150postos de trabalho.

José Paiva nega ligação com Isabel dos Santos

CONTREIRAS PIPA | EDIÇÕES NOVEMBRO

SOLAR TAMBAÚ VENDA DE HABITAÇÕES NA CENTRALIDADE

Inscrições para o Zango 5começam na segunda-feira

Victorino Joaquim

O processo de venda livrede habitações na Centralidadedo Zango 5, em Luanda,começa a partir da próximasegunda-feira, através doende re ço e l e c t rón i cowww.imocandidaturas.co.ao.Lançado ontem, em con-

ferência de imprensa, peloMinistério do Ordenamentodo Território e Habitação, oPortal deverá estar disponívelaos interessados a partir daszero horas de segunda-feira.O secretário de Estado para

a Habitação, Joaquim Silves-tre, fez saber que a decisãode apenas iniciar-se na pró-xima semana visou daroportunidades aos interes-sados de prepararem-semelhor e nesse intervaloentre a apresentação (ontem,e o arranque tratarem desteou daquele documento,como são os casos das decla-rações de serviço ou o Bilhetede Identidade.“Os interessados deverão

apresentar as suas candida-turas, através do portal, bas-tando, para o efeito, indicarpor meio de um formulárioo tipo de habitação e anexaros principais documentos,nomeadamente, o Bilhetede Identidade e declaraçãode serviço com o salário des-criminado”, disse.Ainda de acordo com

Joaquim Silvestre, o acessoàs novas habitações obe-decerá, essencialmente,três modalidades: arren-damento, pronto pagamentoe renda resolúvel.Estão disponíveis dois

mil 390 moradias, das setemil 964 construídas peloGoverno angolano, sendo134 vivendas T3 isoladas paraarrendamento urbano, 146vivendas T3 isoladas pararenda resolúvel e 40 para

pronto pagamento, perfa-zendo um total de 320.Já para vivendas T3 gemi-

nadas, estão disponíveis 302para arrendamento urbano,150 para renda resolúvel,perfazendo um total de 452.Enquanto que para os apar-tamentos, estão mil 503 paraarrendamento urbano e 115para renda resolúvel, umtotal de mil e 618.Para as três modalidades

(pronto pagamento, rendaresolúvel e renda urbana), ospreços vão, desde os oitomilhões e 300 mil kwanzas aos11 milhões e 620 mil kwanzas.A prestação mensal a ser

paga em 30 anos, para habi-tações em renda resolúvelvai dos 34 mil e 832 a 48 mil765 kwanzas. Nesta moda-l i dade , o s c and ida to sdevem possuir, como salá-rio mínimo 87 mil e 080aos 121 mil e 913 kwanzas.Para renda urbana, a

mensalidade vai desde os14 mil e 253 a 15 mil 506kwanzas, o salário mínimodeverá ser de 35 mil 633 aos38 mil 765 kwanzas.Para pagamento dos imó-

veis os candidatos podemagregar o rendimento fami-liar. O rendimento familiaré constituído pelo somatóriodos rendimentos do candi-dato e do seu cônjuge. Mas,explicou, cada casal, ape-nas um dos cônjuges temdireito a candidatar-se,caso nunca nenhum dosdois tenham beneficiadode nenhuma habitação.

Critérios de elegibilidadeSão considerados como ele-gíveis, os trabalhadores porconta própria ou por contade outrem, reformados epensionistas que reúnam ascondições, nomeadamente,ter nacionalidade angolanae mais de 18 anos de idade,ser trabalhador e procedera descontos para a SegurançaSocial, não ter antes com-prado nem arrendada casaao Estado.Igualmente, deve ter salá-

rio ou rendimentos pessoaisou familiares (cônjuges)suficiente para o pagamentodas prestações devidas pelacompra ou arrendamentoda habitação, receber salá-

rio, rendimento pessoalou familiar (cônjuges) porvia bancária. Todas as con-dições contrárias a estassão considerados factoresde exclusão.Serão comercializadas

às pessoas singulares 30por cento do total globaldas habitações.O contrato Promessa de

compra e venda sob rendaresolúvel será da respon-sabil idade do Fundo deFomento Habitacional (FFH).O contrato de arrendamentoe o contrato de promessa decompra e venda (prontopagamento), serão da res-ponsabilidade do InstitutoNacional da Habitação (INH).

Secretário de Estado para a Habitação, Joaquim Silvestre,falou à imprensa sobre a aquisição de residências no Zango 5

(500.0100)

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António Canepa

A investidura, no passadodia 15, na Praça da Indepen-dência, em Maputo, para umsegundo mandato do Presi-dente de Moçambique, FilipeNyusi, abriu uma nova erana sociedade moçambicana,segundo revelações de muitoscidadãos interpelados peloJornal de Angola naquele país.

O grande optimismo dosmoçambicanos resulta deem parte o Presidente FilipeNyusi, que cumpre o segundomandato de cinco anos degovernação, depois da vitórianas eleições de 15 de Outu-bro, ter anunciado medidasque reforçam ou corrigemas tomadas no primeiro ciclo.

Entre as medidas muitoaplaudidas pelos cidadãosestá a paz efectiva e definitivaque o Presidente disse ser aprioridade número um doseu Governo por considerarque está a constituir umentrave para os compromis-sos de desenvolvimento dopaís, e a criar instabilidadenas zonas rurais.

Na região Centro e Nortevive-se um clima de insatis-fação e medo causado por ata-ques de grupos armados quequase diariamente saqueiam,queimam e atacam viaturasnas principais vias que ligamo Sul e o Norte, assim comoas que ligam o país aos paísesvizinhos da região.

O medo que se instalouno seio das populaçõesdaquela região já causou amorte de dezenas de pessoase o deslocamento de milharesà procura de melhores con-dições de segurança.

A situação preocupa asautoridades que, para estenovo ciclo governativo,tomaram como prioridadea instauração da paz em todoo território nacional, atravésde um diálogo permanentee profundo com as partesenvolvidas, depois da assi-natura, em Agosto, do acordode paz, pelo Presidente FilipeNyusi e o líder da Renamo,Ossufo Momade, o terceiroem 25 anos, e consideradohistórico, depois de váriosoutros, rubricados pelo fale-cido líder do mesmo partido,Afonso Dhlakama, com oGoverno moçambicano.

Por outro, o PresidenteNyusi elegeu a luta contra acorrupção e impunidadecomo uma frente no combateque vai ser levado a cabo aolongo dos próximos cincoanos, por considerar um malque trava a economia e osavanços de melhoria do nívelde vida dos moçambicanos.

Pela primeira vez, o tematornou-se tão prioritário querecebeu o apoio da sociedade,que há muito vê os seusanseios postergados.

Assim, o Governo e omaior partido da oposiçãoterão de explorar, nessemandato do Presidente FilipeNyusi, as diferentes viaspara restabelecer a confiançae a paz que, como sublinhou,no discurso de investidura,tudo será feito, ainda quelhe custe a vida.

A instabilidade militar noCentro e Norte do país está aser levada a cabo por dissi-dentes do maior partido daoposição, que contestam a

liderança de Ossufo Momadena Renamo.

A auto-proclamada JuntaMilitar liderada por MarianoNhongo não reconhece osacordos assinados até hojee continuam entrincheiradonas matas da Serra de Goron-gosa, prometendo levar opaís à guerra de grandesproporções caso o Governonão reveja a sua posição emrelação aos combatentesdaquele partido.

Com a ass inatura doacordo, em Agosto, as partespreviam o fim das hostili-dades militares no país. Emduas oportunidades chega-ram a acordos definitivos,em Roma (1992), e Maputo(2014), que não conseguiramacabar com o conflito civil,por isso, as populações exi-gem do actual Governo e doPresidente Filipe Nyusi medi-das concretas e acabar comas ameaças proferidas pelaJunta Militar e o fim dos ata-ques armados.

No país está em cursoo mega projecto de explo-ração das reservas de gásnatural, que a médio prazopoderá tornar Moçambi-que num dos maiores pro-dutores e exportador degás natural liquefeito.

Mas, este e outros projec-tos de grande dimensãopoderão ser inviabilizadoscaso continue a situação deameaça de guerra naquelaregião do Norte e desenco-rajar os investidores que pre-tendem entrar no mercadointerno e da região.

Por outro lado, a situaçãode guerra poderá retardar osobjectivos anunciados peloGoverno, da criação de maisempregos para os jovens eo prosseguimento do cicloda industrialização do país.

O novo Governo lide-rado pelo Presidente Nyusiquer apostar, ainda nestesanos, na implementaçãoda primeira unidade deprodução de gás de cozi-nha para assegurar a redu-ção da importação pelomenos na ordem de ses-senta por cento, segundoo Chefe de Estado.

O Presidente Nyusi pro-meteu tudo fazer neste novomandato para que o paísdeixe de registar os proble-mas de conflito e que a pazseja um facto. Para isso, disseque o Governo vai continuara preservar as conquistasalcançadas para o estabele-cimento de uma paz efectivae duradoura. Vai por isso,ser uma prioridade absoluta,estimulando um diálogoaberto com as partes envol-vidas no conflito.

Filipe Nyusi lembrou, nomesmo acto, que as nego-ciações de paz assinadas como falecido presidente daRenamo, Afonso Dlhakama,permitiram dar um passopara a pacificação e estabi-lidade política, mas esta pazprecisa de ser concretizada,não obstante os aconteci-mentos que se vivem no Cen-tro e Norte do país.

Da mesma forma, disseser também uma das grandesapostas do Governo, nos pró-ximos cinco anos, o combateà corrupção em todas as suasvertentes e a exigência deintegridade, ética e deonto-logia profissional aos fun-

cionários e agentes do Estadopara consolidar a cultura detransparência, prestação decontas e responsabilizaçãoa todos os níveis da Admi-nistração da coisa pública.

Neste capítulo, realçouque “não haverá trégua nanossa luta contra este mal.Não haverá pequenos egrandes corruptos, tocáveise intocáveis”.

Reacções popularesApós o discurso, muitospopulares ouvidos pelo Jornalde Angola consideraramhaver muita expectativa àvolta do novo Governo deFilipe Nyusi, tendo a paz, oemprego, a agricultura e osector da economia apon-tados como, prioridades parao povo moçambicano, alémda melhoria dos serviços dasaúde e educação.

Custódio António, fun-cionário público, disse nãose justificar que décadasdepois da independência opaís continue a registar climade medo, causado por umgrupo de pessoas que sópensa nele e não no povo.

“O Governo devia pro-curar outras medidas maisfortes para acabar com a ins-tabilidade que se vive noCentro e Norte do país. Se osacordos assinados não estãoa surtir o efeito pretendido,então acho que deve-seencontrar outras maneirasaté que o país chegue a umapaz total e definitiva”, disseem tom de desabafo.

“Nós só queremos que aspessoas possam circular nor-malmente em qualquer partedo país, sem ter medo de

andar, porque o que se passahoje lá no Norte ou Centro ésituação de guerra e isso sóvai atrasar mais o país”, real-çou, por sua vez, CustódioManhinga, um jovem mecâ-nico, que reside em Maputo,mas oriundo de uma dasregiões de Cabo Delgado.

Joana Madalena, médica,que deu uma boleia de carroaos repórteres do Jornal deAngola, considerou que opaís não pode continuar aviver mais em clima deinsegurança e ameaças deguerra “porque nesta con-fusão nós é que perdemos,o povo, o país é que perdeporque não consegue sedesenvolver e muitos dosprojectos de desenvolvi-mento não poderão ser exe-cutados, além mesmo deperdas de vidas humanas,a destruição de infra-estru-turas e de tudo o que já con-quistamos em termo dedesenvolvimento”.

A localização geográficado país faz com que se olhetambém para um conflitocom ramificações externas,sobretudo com o surgi-mento do extremismo islâ-mico no país que podeagudizar a s i tuação desegurança no Norte. Daí aenorme expectativa a voltado novo Governo e do Pre-sidente reconduzido quedurante os primeiros cincoanos procurou primar sem-pre pelo diálogo para con-seguir a paz.

E, ao que tudo indica, vaicontinuar a via mais certapara se calarem definitiva-mente as armas no Norte eCentro do país.

12 Quarta-feira22 de Janeiro de 2020ÁFRICA

O Governo moçambicanotem, ainda, para este man-dato, a modernização dasinfra-estruturas económicas,com especial atenção paraa agricultura, com o objectivode dar passos decisivos rumoà auto-suficiência alimentare vai continuar a desenvolvera cooperação com os paísesvizinhos, africanos e deoutras regiões do mundocom vista a fortalecer a ami-zade conquistada.

O Chefe de Estado moçam-bicano , que cumpre os próxi-mos cinco anos na Presidência,foi reeleito à primeira volta em15 de Outubro com 73 por centodos votos, numa votação con-testada pela oposição quealegou fraude no processo.

Filipe Nyusi foi candidatoda Frente de Libertação deMoçambique (Frelimo), par-tido no poder desde a inde-pendência. Em segundolugar ficou Ossufo Momade,candidato da ResistênciaNacional Moçambicana(Renamo), principal partidoda oposição, com 21,88 porcento, e em terceiro DavizSimango, líder do Movi-mento Democrát ico deMoçambique (MDM), com4,38 por cento.

Mário Albino, candidatopela Acção de MovimentoUnido para Salvação Inte-gral (AMUSI), obteve 0,73por cento.

A abstenção foi de 49,26por cento, com o número de

votan te s a a s cende r a6.679.008, de um total de13.162.321 inscritos.

Para este mandato, FilipeNyusi vê reforçado os resul-tados de há cinco anos. Naaltura, quando se candidatoupara suceder a Armando Gue-buza, Nyusi teve 57,03 porcento dos votos e o principalopositor, Afonso Dhlakama,antigo líder da Renamo (fale-cido em Maio de 2018), reco-lheu 36,61 por cento, cabendo6,36 por cento dos votos aDaviz Simango, do MDM.

Nyusi e a Frelimo vence-ram com maioria absolutanas três eleições em todosos círculos eleitorais - 11 nopaís, mais dois no estrangeiro(África e Resto do Mundo),por isso no Parlamento tema maioria com mais de doisterços dos assentos com 184dos 250 deputados, ou seja,73,6 por cento dos lugares,restando 60 (24 por centopara a Renamo e seis assentos(2,4 por cento) para o Movi-mento Democrát ico deMoçambique (MDM).

Nesta legislatura a Fre-limo conta com mais 40deputados do que há cincoanos. A RENAMO perdeu 29e o MDM 11.

No sistema moçambicanoa maioria de dois terços éimportante para aprovar alte-rações à Constituição, eleiçãodo provedor de Justiça eoutras acções penais contrao Presidente da República.

Aposta na modernização

DR

Nova era abre esperançapara os moçambicanos

MOÇAMBIQUE

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13Quarta-feira22 de Janeiro de 2020

Os eleitospelo Partido Demo-crata acusam os homólogosrepublicanos de estarem apreparar um “julgamentofraudulento”, no processopara a destituição do Presi-dente dos EUA, DonaldTrump, que se iniciou ontemno Congresso.

Donald Trump começou,ontem, a ser julgado politi-camente , num caso de“impeachment” em que éacusado de abuso de podere obstrução ao Congresso,mas os democratas consi-deram que a maioria repu-blicana no Senado está asubverter as regras de umprocesso que deveria sertransparente.

"Eles estão a diminuir aduração do julgamento", paraque as sessões de audiências"se prolonguem noite dentro",quando "os americanos já nãoestão a assistir", disse o repre-sentante Adam Schiff, um dossete procuradores democratasencarregados de fazer a acu-sação contra Trump.

O líder da maioria repu-blicana no Senado, MitchMcConnell, apresentou asregras para o julgamento, queobrigam a que as alegaçõesiniciais dos 100 senadoressejam feitas num período dedois dias e com a duraçãomáxima de 24 horas.

Este procedimento obri-gará a que cada um dos doisdias iniciais do julgamentopolítico do Presidente tenhasessões de 12 horas, ini-ciando-se os trabalhos às13h00 locais e prolongando-se até ao início da madrugadado dia seguinte.

“Estas regras não são feitaspara um julgamento justo.São regras para um julga-mento fraudulento”, lamen-tou Adam Schiff.

De acordo com o regula-mento proposto pelos repu-blicanos, após as sessões dealegações iniciais, haverá16 horas para perguntas edebate, o que os democratastambém consideram insu-ficiente, acusando Trumpde pretender ter um julga-mento rápido, que evitedanos na imagem pessoal,em ano de campanha elei-toral onde se recandidatapara um segundo mandato.

Os bispos católicos da CôteD´Ivoire manifestaram-se,ontem, “preocupados” coma situação sociopolítica e o“clima de medo” instaladono país antes das eleiçõespresidências de Outubro de2020, noticiou a Lusa.

“Um clima de medo e ter-ror está gradualmente a ins-talar-se no nosso país”,escrevem os bispos, que ape-lam para que “as próximaseleições sejam transparen-tes, credíveis e pacíficas”e para que “todos aceitemos resultados como expres-são da vontade da maioriados ivoirienses”.

Nesse sentido, exortam opoder executivo a garantir “atotal independência das ins-tituições, incluindo da Comis-são Eleitoral Independente”.

“Como qualquer com-petição, as eleições precisamde um árbitro. Se o árbitroé jogador, o fim da compe-tição já é conhecido”, apon-tam. Os bispos assinalamque “questão da indepen-

dência das estruturas quetêm de arbitrar estes con-cursos eleitorais aindadivide e cristaliza tensões”,numa referência às críticasda oposição à nova Comis-são Eleitoral.

Os bispos manifestam-se, por isso, preocupadoscom a “situação sociopolíticaque prevalece na vésperadas eleições gerais no país”.

Numa alusão aos motinsque abalaram o país em 2017e aos confrontos interétnicosque deixaram 16 pessoasmortas em Maio de 2019,os representantes da IgrejaCatólica sublinharam anecessidade de “evitar umaoutra guerra”.

“Estes conflitos têm mos-trado como os coraçõesainda não estão em paz eque tudo pode explodir aqualquer momento. Sobre-tudo com armas, o que revelaque o processo de desarma-mento da crise pós-eleitoralnão chegou ao fim”, apon-tam os bispos.

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Soldados franceses reforçam o contingente “barkhane”

procurador Schiff acusa ossenadores republicanos

“IMpeACHMeNT” eLeIÇÕeS NA CÔTe D’IVOIRe

Republicanosacusados deprepararem “julgamentofraudulento”

Bispos preocupadoscom “clima de medo”

O Governo do Sudão anunciou, ontem, areabertura do espaço aéreo após ter neu-tralizado, na véspera, uma revolta no interiordas Forças de Segurança, que levou ao encer-ramento do aeroporto da capital e causadopelo menos dois mortos.

Em conferência de imprensa, citada pelaBBC, o general Abdel-Fattah Burhan, líderdo Conselho de Transição do Sudão, anunciouque a “vida retomou a normalidade” apóshoras de tensão entre as Forças Armadas eelementos dos serviços de informações.

A agitação em torno destes aconteci-mentos paralisou várias zonas da capital,Cartum, e nas redes sociais circularamvários vídeos a mostrar uma larga mobi-lização das Forças de Segurança e trocasde tiros com os elementos revoltosos, bemcomo vários disparos para o ar.

As Forças Armadas “não permitirãoqualquer golpe”, disse Burhan, acrescen-tando que é uma “vergonha que as armastenham sido levantadas na cara do povo”.O motim foi reprimido com “perdas míni-mas”, assegurou, também, o Chefe deEstado Maior das Forças Armadas, MohamedOthman al-Hussein.

Duas pessoas morreram e outras quatro,incluindo dois oficiais, ficaram feridas nosconfrontos. Em declarações aos jornalistas,o Sindicato dos Médicos do Sudão relatouque um pai e dois filhos foram mortos quandoum projéctil de artilharia atingiu a casa nossubúrbios de Cartum.

Depois de tentar persuadir os oficiaisamotinados a entregarem as armas, os mili-tares invadiram e retomaram o Quartel-General de uma das agências de informaçõesdo país “usando a menor quantidade deforça possível”, disse Al-Hussein.

O Primeiro-Ministro sudanês, AbdallahHamdok, descreveu o motim como uma“discordância” com o objectivo de “impedira transição do país para a construção deuma democracia sólida”.

O Governo sudanês de transição decidiu,há meses, restringir as competências doServiço Nacional de Informações e Segurança(NISS) apenas às funções de informação,libertando-o do braço de segurança e, nestecontexto, desmantelar o denominado Comitéde Operações da agência.

Aos cerca de 13 mil homens que inte-

gravam a subestrutura, o Governo ofereceua possibilidade de integrarem o Exército,as Forças de Reacção Rápida ou a Polícia.A maioria dos funcionários optou pelademissão com indemnização.

O temido Serviço de Informações e Segu-rança foi acusado de protagonizar a repressãodurante o reinado de Al-Bashir e, em par-ticular, durante os protestos contra o ex-Presidente, que, ao fim de quatro meses,foi forçado a abandonar o comando dosdestinos do país pelo próprio Exército.

Responsabilidades antigasUma das principais reivindicações dos mani-festantes e das forças políticas da oposiçãono Sudão foi, precisamente, o desmante-lamento daquela força de segurança e o jul-gamento dos responsáveis pela repressão,que se saldou por centenas de mortes duranteos protestos que decorreram entre Dezembrode 2018 e Junho de 2019.

Na terça-feira à noite, o actual chefedos serviços de informações, MohamedHamdan Daglo, acusou o antigo dirigentedo NISS Salah Gosh, uma figura proeminentedo Governo de Al-Bashir, de estar pordetrás deste acto de “rebelião”, em quevários membros da instituição manifes-taram o descontentamento contra areforma, disparando armas em vários pon-tos de Cartum, incluindo no interior dasduas instalações tomadas de assalto estamadrugada. Gosh demitiu-se dois diasdepois da destituição de Al-Bashir e o seuparadeiro é desconhecido.

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General Abdel-fattah burhan anunciou neutralização de uma revolta nas forças Armadas

AeROpORTO De CARTuN fOI ReAbeRTO

Forças de segurança ensaiamtentativa de golpe de Estado

CONTRA JIHADISTAS

A ministra da Defesa francesa,Florence Parly, anunciou,ontem, em Bamako, novasoperações militares no Mali,Burkina Faso e Níger, ondea França e os aliados pre-tendem concentrar esforçoscontra as insurgências jiha-distas na região.

“Vamos desenvolver novasoperações nas próximassemanas, nesta área muitoespecial”, afirmou a gover-nante aos jornalistas, citadapela agência France-Press,depois de uma reunião como Presidente maliano, IbrahimBoubacar Keïta, os homólogosde Portugal, João Gomes Cra-vinho, Suécia e Estónia. Aministra da Defesa de Françanão especificou os detalhessobre as operações militaresque vão ser realizadas.

Florence Parly visitou aregião para implementar asconclusões da reunião dePau, no Sudoeste de França,que decorreu uma semanaantes entre o Presidente fran-cês, Emmanuel Macron, eos membros do G5 Sahel

(Mali, Níger, Burkina Faso,Chade e Mauritânia) que tevecomo tema a escalada daviolência. Em Pau, os seispresidentes concordaramem concentrar os esforçosmilitares na região das trêsfronteiras – Mali, Níger eBurkina Faso – onde se con-centraram grande parte dosataques mortais perpetradospor rebeldes nos últimosmeses. Macron e o G5 Saheltambém designaram o EstadoIslâmico no Grande Saharacomo inimigo prioritário.

De acordo com a ONU,mais de quatro mil pessoasforam mortas em ataquesrebeldes em 2019 em BurkinaFaso, Mali e Níger. O númerode pessoas des locadasaumentou 10 vezes, aproxi-mando-se de um milhão.Os extremistas aumentaramos ataques mortais contra asForças Armadas nos últimosmeses. Esta escalada estáassociada à violência inter-comunitária e criminosa,alimentada pela proliferaçãodo tráfico.

França anuncia novas acçõesmilitares na região do Sahel

Elementos ligados às Forças de Segurança do Sudão, deacordo com o Governo, ensaiaram uma tentativa de revoltaarmada forçando o encerramento do aeroporto de Cartum

Agitação no seio das ForçasArmadas provocou a paralisação

de várias zonas da capital,Cartum, e nas redes sociais

circularam vídeos a mostrar umalarga mobilização de forças desegurança e trocas de tiros comelementos revoltosos, bem comovários disparos para o ar. “As

Forças Armadas não permitirãoqualquer golpe”, advertiu o

general Abdel-Fattah Burhan,líder do Conselho de Transição

MUNDO

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Page 14: NO PRIMEIRO DIA NESTA EDIÇÃO Linha de denúncias da IGAE...2020/01/22  · tralidade do Zango 5, em Luanda, começa na segunda-feira. De acordo com o secretário de Estado da Habitação,

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RECRUTAMENTOTécnico Supervisor AVAC/HVAC

A empresa Fertilis Agro-Indústria Lda., com sede em Luanda, pretende contratar parao seu quadro de pessoal um Técnico Supervisor AVAC/HVAC.- Descrição CargoTécnico Supervisor AVAC/HVAC.- IndústriaUnidade industrial que se dedica ao tratamento, embalamento e distribuição de águade mesa engarrafada.- Número de vagas- Nacionalidade Angolana- Competência linguística : Português / Inglês – Fluente- Experiência mínima: 20 Anos de experiência comprovada

- Descrição da funçãoManuseamento de Gases Fluorados com efeito de estufa em equipamentos fixos derefrigeração, e bomba de calor.Manutenção das linhas de enchimento e equipamentos, prever, organizar, dirigir econtrolar as operações na fábrica, garantir os níveis de produção em função do pro-grama de actividades e da política organizacional;Manter ferramentas, máquinas e equipamentos utilizados na manutenção conserva-das e mantidas de forma adequada;Reportar quaisquer ocorrências, dano ou extravio de ferramentas, máquinas e equi-pamentos informando ao seu superior hierárquico sobre quaisquer anomalias e asnecessidades de intervenção;

Oferecemos: Remuneração compatível com a função Interessados enviar candidatura, para:[email protected]@fertilis.co.ao

(836)

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15Quarta-feira22 de Janeiro de 2020

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ANÚNCIO DE CONCURSO PÚBLICO PARA EMPRESAS

A Eni Angola Exploration BV., sucursal da Eni SpA, empresa italiana que opera em Angola na área de Exploração, Desenvolvimento eProdução de Produtos Petrolíferos, vem, por este meio, anunciar a realização de um concurso público com o objectivo de seleccionar em-presas qualificadas para a prestação e fornecimento de bens e serviços conforme a tabela abaixo indicada:

REF.ª DO SERVIÇO DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS REFERÊNCIA DO CONCURSO

WP 24 Concurso Público para “Aquisição Sísmica Terrestre 2D em Angola” 024-PRO-EOI-15/06-19

As empresas interessadas em participar no referido concurso deverão pronunciar-se dentro de um prazo de 7 dias úteis a partir da datade publicação do presente anúncio, enviando a sua candidatura para o seguinte endereço electrónico: [email protected]

A candidatura deverá reunir os seguintes requisitos mínimos:• Nome da Empresa;• Objecto social;• Endereço postal (incluindo NIF);• Carta de apresentação da Empresa com a descrição dos serviços, dos profissionais juntamente com os respectivos CVs e política de HSE;• Evidência com descrição detalhada dos 2 últimos Contratos (relacionados com os bens e serviços do objecto do concurso) executadosao longo dos últimos 5 anos dentro ou fora de Angola;• Demonstrar que a equipe já realizou uma aquisição sísmica terrestre 2D com uma extensão mínima de 500 km nos últimos 3 anos e/oude 1000 km nos últimos 5 anos dentro ou fora de Angola; • Demonstrar de ter realizado LVL e Up Holes;• Email e contacto telefónico da Empresa e do responsável a ser contactado.

Eni Angola Exploration BVEdifício Downtown Center, Rua Joaquim Figueiredo, n.º 19, 7.º / 12.º AndaresCaixa Postal 1289, Luanda, Angolaeni.com

(500.0092)

(500.0094)

Africa Investment International Limited

(Em liquidação voluntária)

Nº da Empresa (1636956)

De acordo com a Secção 204, subsecção (1) (b) da BVI Business CompaniesAct, 2004, é dado aviso que a Empresa está em liquidação voluntária. A liquidaçãovoluntária começou no dia 10 de Janeiro de 2020. O liquidatário é Rexella Hodgedo Centro de Serviços Corporativos de Vistra, Wickhams Cay II, Road Town, Tor-tola, VG1110, Ilhas Virgens Britânicas.

10 de Janeiro de 2020

(Assinatura) Rexella Hodge

Liquidatário Voluntário

Africa Investment International Limited

(In Voluntary Liquidation)

Company No. (1636956)

Notice is hereby given pursuant to Section 204, subsection (1)(b) of the BVI Bu-siness Companies Act, 2004 that the Company is in voluntary liquidation. The vo-luntary liquidation commenced on 10th January, 2020. The liquidator is RexellaHodge of Vistra Corporate Services Centre, Wickhams Cay II, Road Town, Tortola,VG1110, British Virgin Islands.

Dated 10 th January, 2020

(Sgd.) Rexella Hodge

Voluntary Liquidator(876)

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16 Quarta-feira22 de Janeiro de 2020

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(900.001)

(860)

ANÚNCIO DE VAGA

People in Need (PIN), uma organização não-governamental e não lucrativa, Checa, com escritórionas províncias do Bié, Huambo, Huíla, Luanda e Uíge, pretende recrutar (1) um profissional paratrabalhar na seguinte na Área ou Departamento de Finanças:

GERENTE DE FINANÇAS:

Duração: 16 meses (com possibilidade de extensão)Data de início: Janeiro de 2020 / de acordo com a disponibilidadeLocalização: Angola, com sede no Kuito (Bié) ou Lubango (Huíla), com possibilidade de visitas decampo

Responsabilidades principais:• Responsabilidade pela economia geral do programa do país (preparação do orçamento operacionale sua actualização regular, orçamento adequado, fluxo de caixa e monitoramento de eficiência decustos, risco de taxa de câmbio).• Garantir que as práticas contábeis, procedimentos e processos financeiros de PIN estejam em vigor.• Supervisão da conformidade dos processos e documentação com as medidas legais e administra-tivas locais, com os regulamentos dos doadores e as regras internas do PIN.• Responsabilidade por relatórios financeiros e de projectos aos doadores e sede.• Responsabilidade geral por dados contábeis precisos, pontuais e completos.

Requisitos:• Bacharel em contabilidade, finanças ou disciplina relacionada.• Mestrado em área relevante é desejável.• Experiência mínima de três anos de trabalho em uma equipe financeira.• Experiência prévia no uso de software de gerenciamento contábil e financeiro é preferível.• É necessária pelo menos 1 ano de experiência em um ambiente de desenvolvimento internacional.• Nível avançado de Inglês essencial e escrito e falado;• Capacidade de falar português ou espanhol é uma vantagem.

Ofertas de PIN:• Possibilidade de trabalhar em uma ONG internacional bem estabelecida e reconhecida localmente• Reembolso de despesas de viagem, com viagens ao país de residência uma vez a cada 6 mesesde trabalho• Reembolso de custos de vistos e vacinas• Assistência médica e consulta psicológica disponíveis on-line• Seguro médico de viagem• Acomodação em uma pousada compartilhada fornecida• 25 dias de férias pagas anualmente

Os/As candidatos/as interessados/as devem enviar o seu CV ao e-mail para: [email protected](Checa) e para [email protected] (Angola) mencionando no assunto do e-mail o posto ou departa-mento a que se candidatam, até ao dia 29 de Fevereiro de 2020. (878)

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17Quarta-feira22 de Janeiro de 2020

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(500.0088)

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18 Quarta-feira22 de Janeiro de 2020NECROLOGIA

SERVIÇO NECROLÓGICO: DIAS ÚTEIS DAS 9H ÀS 18H, SÁBADOS, DOMINGOS E FERIADOS DAS 8H ÀS 14H

FALECEU

A família Venâncio, filhos, irmãos, primos,sobrinhos, netos e demais familiares cum-prem o doloroso dever de comunicar o fa-lecimento do seu ente querido, JOÃO DACOSTA VENÂNCIO (Man Venas/Tio Veli-nho), ocorrido dia 20/1/20, por doença. Oóbito decorre no Bairro Hoji-ya-Henda,Rua Ribeira da Janela, junto à Paróquia deSanto António. O funeral realizar-se-á emdata a anunciar oportunamente. (892)

JOÃO DA COSTA VENÂNCIO(Man Venas/Tio Velinho)

FALECEU

Isabel de Sousa (Santa), Arsénio de Sousa“Soares”, Domingos de Sousa (ausente),Conceição de Sousa “Fata”(irmãos) e de-mais familiares cumprem o dolorosodever de comunicar o falecimento de seuente querido, SIMÃO MANUEL DESOUSA, ocorrido dia 18/1/2020, pordoença. O funeral realiza-se amanhã,23/1/2020, no cemitério de Sant´Ana,pelas 10h00. (832)

SIMÃO MANUEL DE SOUSA

MISSA

As famílias Martins, Pessoa e Pascoalcomunicam que será rezada Missa do30º Dia, em memória de sua queridaJOAQUINA ANTÓNIO PASCOAL (TiaJoaquina), sábado, 25/1/2020, às 18h30,na Paróquia de São Paulo. Que a suaalma descanse em paz, junto do Senhor.Desde já, agradecem a todos quantos sedignarem em acompanhar e assistir estepiedoso acto. (820a)

JOAQUINA ANTÓNIOPASCOAL (Tia Joaquina)

FALECEU

A família Aleixo Fernandes, Alice Godinho,esposa, filhos e irmãos cumprem o dolorosodever de comunicar o falecimento de seuente querido JOSÉ ALEIXO FERNANDES,ocorrido dia 20/01/2020, por doença. Óbitodecorre na sua residência no Bairro SãoPaulo, Rua: Travessa Comandante Bula. Ofuneral realiza-se amanhã, dia 23/1/2020,no cemitério do Alto das Cruzes, às 10h00.

(862)

JOSÉ ALEIXO FERNANDES

FALECEU

Pedro Agostinho, Esperança Agostinho, ManuelAgostinho, Maria da Conceição Luciano, José P.Quinhama, Emília Quinhama, Regina Quinhama,Nóe Quinhama, Paulo Quinhama (filhos), Henri-queta Caetano, Madalena Caetano, Mateus Cae-tano (irmãos), netos, bisnetos, genros e norascomunicam o falecimento de MARIA MANUELCAETANO, ocorrido dia 17/1/2020. O funeral rea-liza-se hoje, 22/1/20, no cemitério de Camama,às 10h00. (811)

MARIA MANUEL CAETANO

FALECEU

Hélder, Hermenegildo, Herceu, Jesse,Yola e Marisa (filhos) cumprem o dolo-roso dever de comunicar o falecimentode seu pai, SAMUEL GUERRA LAU-REANO, ocorrido no dia 15/1/2020, emLisboa, por doença. O funeral realiza-sehoje, 22 de Janeiro de 2020, no cemité-rio do Alto das Cruzes, pelas 10 horas.

(802)

SAMUEL GUERRA LAUREANO

FALECEU

Anabela de Oliveira Monteiro (esposa), Luizinho, Filó, Mariana,Mumu, Mina, Bela, Rui, Tucho, Yuri (filhos), irmãs, primos, so-brinhos, netos, genros e demais familiares comunicam o faleci-mento do seu ente querido, SIMÃO MANUEL DE SOUSA, ocorridono dia 18/1/2020, por doença. O velório terá lugar no Velório doGoverno Provincial de Luanda, pelas 19h00, hoje, dia 22/1/2020.O funeral realiza-se amanhã, Quinta-feira, 23/1/2020, no cemi-tério de Sant'Ana, às 10h00. (828)

SIMÃO MANUEL DE SOUSA

CONDOLÊNCIAS

Foi com profunda dor e consternação que, o Conselho de Admi-nistração da Enditrade e o colectivo de trabalhadores tomaramconhecimento do passamento físico do Sr. MÁRIO AUGUSTOCANDA, funcionário reformado desta instituição. Nesta hora dedor e luto, a Enditrade inclina-se perante a sua memória e en-derça à família enlutada os sentimentos de pesar. (803)

MÁRIO AUGUSTO CANDA

MISSA

As famílias da Lomba, Gomes Barros, Martins Torres, Furtado,Cabral, Oliveira, Mendes Varela, Semedo, Sequeira e Moniz co-municam que a Missa do 7.º Dia em memória da sua queridaANTÓNIA GRACINDA DA SILVA BARROS, é rezada amanhã,dia 23/1/2020, na Igreja Nossa Senhora Rainha do Mundo, às17h30 em Cabinda. Agradecem a todos que se dignarem em as-sistir a este piedoso acto. Repousa em paz na Glória de Deus,nossa amada Guerreira. (884)

ANTÓNIA GRACINDA DA SILVA BARROS

MISSA

Rosalina Faceira, Mito Saraiva, Tanito Saraiva, Nhora Saraiva, FilipeInglês, Tony Saraiva, Mirna Saraiva, Mali Saraiva (filhos), Dina eDulce Sepúlveda (irmãs), Alfredo Saraiva e Graça Leite (cunha-dos), primos(as), sobrinhos(as), netos(as), bisnetos(as), genros enoras comunicam aos restantes familiares, amigos e demais co-nhecidos que a Missa do 30.º Dia da sua querida, MARIA JÚLIASEPÚLVEDA VAZ SARAIVA é rezada hoje, Quarta-feira, dia22/1/2020, às 18h30, na Paróquia São Carlos Lwanga, sita na Rua12, Casa n.º 1296, Urbanização Nova Vida, em Luanda.

(768)

MARIA JÚLIA SEPÚLVEDA VAZ SARAIVA

AGRADECIMENTO

A família de ALBERTO DE JESUS FERREIRA ANTÓNIO DE SOUSA(Beto Jimmy) serve-se do presente para agradecer ao Conselhode Administração da Rádio Nacional de Angola, aos demais Ór-gaõs de Comunicação Social, à família Vieira Dias, à Caixa de Pre-vidência dos Trabalhadores Tributários, à família Fuma, aoscolegas e amigos e a todos os que, directa ou indirectamente, sesolidarizam com o seu infausto desaparecimento, ocorrido no dia10/01/2020. Paz eterna à sua alma.

(871)

ALBERTO DE JESUS FERREIRA ANTÓNIO DE SOUSA (Man Beto)

FALECEU

Nasnahara Kerlan, Lukénia Kelan, Isamara Kelan e Nawame Ker-lan (filhos), Paz e Kerlan (irmãos), cunhados, sobrinhos e de-mais familiares comunicam o falecimento de MELQUÍADES PAZDE KERLAN (Bito), ocorrido dia 18/1/2020. O funeral realiza-sehoje, 22/1/2020, às 11h00, antecedido de Missa de corpo pre-sente, na Igreja São Francisco Xavier, Rua 12, Mártires do Kifan-gondo, às 9h00. (841)

MELQUÍADES PAZ DE KERLAN(Bito)

MISSA

A família de CAROLINA AUGUSTA RO-DRIGUES GONÇALVES BAIONA comu-nica que será rezada a Missa do 5º Ano,em sua memória, amanhã, quinta-feira,dia 23/1/2020, na Igreja da Nossa Se-nhora do Carmo, às 18h30.

(858)

CAROLINA AUGUSTA RODRIGUESGONÇALVES BAIONA

RECORDAÇÃO

A família Bumba recorda a memória doseu ente querido JEREMIAS BUMBA, fa-lecido no dia 18 de Janeiro de 2020, pordoença, na Clínica Girassol. Nesta horade dor e luto, deseja que a sua alma des-canse em paz. (794)

JEREMIAS BUMBA

FALECEU

A família e amigos cumprem o dolorosodever de comunicar o falecimento doseu ente querido DOMINGOS JOÃOFERNANDES, ocorrido dia 19/1/2020,por doença. O funeral realiza-se hoje,22/1/2020, no cemitério do Benfica, às10h00. (864)

DOMINGOS JOÃOFERNANDES

RECORDAÇÃO

João Mateus, Pedro e Conceição Manuel(pais), William Mateus, Jandira Mateus(irmãos), amigos e familiares recordamesta data com nostalgia, e rezam paraque a sua alma descanse em paz.

(872)

DOUGLAS MATEUS MANUELPEDRO

FALECEU

O Comando do Regimento Aéreo de He-licóptero tomou conhecimento do pas-samento físico do senhor COSTAALBERTONip: 10364492, Capitão, ocor-rido no dia 18/1/2020, por doença. O fu-neral realiza-se hoje, dia 22/1/2020, nocemitério do Benfica.

(845)

COSTA ALBERTO

CONDOLÊNCIAS

Sua Excia. o Sr. Governador, o Conselhode Administração e o colectivo de traba-lhadores do Banco Nacional de Angolacumprem o doloroso dever de participaro falecimento da trabalhadora refor-mada desta instituição, MARIA LUÍSANICOLAU DA SILVA SIMÃO, ocorridono dia 17/01/2020. Nesta hora de luto ede dor apresentam à família enlutada assuas sentidas condolências. (984)

MARIA LUÍSA NICOLAU DASILVA SIMÃO

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19Quarta-feira22 de Janeiro de 2020

MISSA

A família Torres de Carvalho e Botelhode Vasconcelos comunicam que serárezada Missa do 7º dia, da nossa queridamãe, tia, avó, SÉRVIA CELESTE BOTELHODE VASCONCELOS, amanhã, quinta-feira, dia 23 de Janeiro de 2020, na Igrejados Remédios, situada na zona baixa dacidade de Luanda, bairro Coqueiros, às18 horas. (500.0099)

SÉRVIA CELESTE BOTELHODE VASCONCELOS

RECORDAÇÃO

Foi num dia como hoje, 22/01/, que farias35 anos, mas o destino quis que não esti-vesses hoje aqui connosco, porém ficamas saudades e orgulho pelos momentosque vivemos juntos. Recordam-te osteus pais: Deolindo Katata e HenriquetaKatata, irmãos, demais familiares eamigos. Que a tua alma descanse empaz. (897)

BONIFÁCIO ULUNDO KATATA

FALECEU

Luzia Afonso Quizembe, Ricardo Afonso Quizembe,Emervil Afonso Quizembe, Gerson Afonso Qui-zembe, Marinela Geovânia Afonso Quizembe(irmãos), Délia da Silva Quizembe, AlexandreRafael da Silva Quizembe (filhos) comunicam ofalecimento de seu ente querido, SEBASTIÃOAFONSO QUIZEMBE, ocorrido dia 19/1/2020, porintoxicação aguda. O funeral realiza-se hoje,quarta-feira, dia 22/1/2020, pelas 10h00, nocemitério de Benfica. (896)

SEBASTIÃO AFONSOQUIZEMBE

MISSA

A família Saraiva de Carvalho comunicaque é rezada Missa do 1º Ano em memóriado seu ente querido JOÃO GILBERTODE CARVALHO (Gigi), hoje, quarta-feira,dia 22/01/2020, às 18h30, na Igreja deSão Joaquim (Praia do Bispo).

(500.0100)

JOÃO GILBERTO DECARVALHO (Gigi)

AGRADECIMENTO

As famílias Van-Dúnem, Ferreira Santos, VieiraDias e Santos Torres agradecem a todos osque se juntaram a si na dor e os acompanharamnestes dias, levando o seu CARLOS ALBERTOPEREIRA DOS SANTOS VAN-DÚNEM , até àsua última morada. As famílias aproveitampara informar que será rezada a Missa de 7ºDia, em memória do seu parente, hoje, quarta-feira, dia 22/01/2020, na Igreja da SagradaFamília, pelas 18h30. (500.0098)

CARLOS ALBERTO PEREIRADOS SANTOS VAN-DÚNEM

MISSA

Nelson Jorge Van-Dúnem, João CarlosVan-Dúnem, Rui Óscar Van-Dúnem, eSónia Katiana Van-Dúnem Cordeiroinformam que será rezada Missa de 7ºDia, em memória de seu pai, CARLOSALBERTO PEREIRA DOS SANTOSVAN-DÚNEM, hoje, dia 22 de Janeiro de 2020,quarta-feira, na Igreja da Sagrada Família,pelas 18h30. (500.0098a)

CARLOS ALBERTO PEREIRADOS SANTOS VAN-DÚNEM

FALECEU

A família Paím cumpre o doloroso deverde comunicar o falecimento da sua que-rida, ESPERANÇA HÉLIA PAÍM PINTO,ocorrido dia 20/1/2020, por doença. Ofuneral realizar-se-á em data a anunciaroportunamente. (890a)

ESPERANÇA HÉLIAPAÍM PINTO

FALECEU

José Paím e Josefa Paím (pais), filhos,neta, irmãos, tios, primos, sobrinhos,amigos e demais familiares cumprem odoloroso dever de comunicar o falecimentoda sua querida, ESPERANÇA HÉLIA PAÍMPINTO, ocorrido dia 20/1/2020, pordoença. O funeral realizar-se-á em dataa anunciar oportunamente.

(890)

ESPERANÇA HÉLIAPAÍM PINTO

CONDOLÊNCIAS

A Rádio Difusão Nacional de Angola “RNA” vive momento de profunda consternação pelo passamentofísico do jornalista, MANUEL JOAQUIM GALANTE, trabalhador destacado na Rádio 5 da EmissoraRegional do Lobito, Província de Benguela. A voz do colega e amigo da RNA calou-se para sempreno passado domingo, dia 19 do corrente mês. O jornalista desportivo, Manuel Galante, nasceu aos10 de Maio de 1965, na província de Luanda. Ingressou na RNA a 28 de Fevereiro do ano 2000, efez parte do quadro de trabalhadores dos Estúdios Centrais em Luanda. No dia 13 de Agosto do ano2009, por conveniência de serviço, foi transferido para a Rádio Regional do Lobito, até à alturadeste nefasto acontecimento. O seu funeral terá lugar no próximo dia 23 do corrente mês, quinta-feira, às 11h00, partindo do préstito do “Velório da Polícia Nacional” para o cemitério de Sant´Ana. O Conselho de Administração, em nome do colectivo de trabalhadores da RNA apresenta àfamília do seu dedicado profissional, MANUEL JOAQUIM GALANTE, o seu sentimento de pesar.Paz à sua alma! (900.002)

MANUEL JOAQUIM GALANTE(Nelo)

RECORDAÇÃO

Estimado Heriberto, completarias hoje 29 anos de idade, mas quis o destino que estadata fosse celebrada sem a tua presença. Partiste de forma rápida e prematura, deixandodentro de nós um vazio que nos tem causado imensa dor e sofrimento. Não tem sidofácil retomarmos o ciclo da vida sem a tua presença, mas prometemos-te reunir forçaspara reconstituir os nossos corações destroçados, aceitando com resignação a dor e asaudade causadas pela tua ausência. Que Deus todo Poderoso te guarde em paz eilumine as nossas vidas, para que possamos enobrecer o teu legado. Te felicitam nestadata, os teus pais, irmãos, filho e demais familiares e amigos. Eterna saudadeHERIBERTO.

(856)

HERIBERTO DUARTE BENDE GOMES

FALECEU

Os familiares deMANUEL JOAQUIM GALANTE (Nelo), esposa, irmãos, filhos, sobrinhos,primos, netos e cunhados cumprem o doloroso dever de comunicar o seu falecimento,ocorrido no dia 19 de Janeiro de 2020, em Luanda, por doença. O funeral realiza-sequinta-feira, dia 23 de Janeiro de 2020, no cemitério de Sant´Ana, às 11h00, saindo opréstito do Velório da Polícia Nacional, junto à Tourada, onde decorrerá a Missa decorpo presente e a cerimónia de apresentação de condolências. Que a sua alma descanseem paz (870)

MANUEL JOAQUIM GALANTE(Nelo)

RECORDAÇÃO

Querido Mano, estaríamos juntos no Natal a comemorar mais uma Quadra Festiva.Hoje, vivemos profundamente tristes, por te ter perdido de forma prematura. Erasum pai caloroso, um grande mano, engraçado, sábio e bom para a família, que tantosente a tua falta. Mano, pai! Sentimos um vazio em nossas vidas. Ninguém o podesubstituir, nem mesmo o tempo será capaz de o fazer . Dos familiares, profundassaudades, por hoje, dia 22 de Janeiro de 2020, completar um mês, desde aquele fatídicoe inesquecível dia . Recordam-te todos os teus familiares, com profunda tristeza.

(833)

RAMOS SIMÕES NAPOLEÃO DA COSTA

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SERVIÇO NECROLÓGICO: DIAS ÚTEIS DAS 9H ÀS 18H, SÁBADOS, DOMINGOS E FERIADOS DAS 8H ÀS 14H

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20 Quarta-feira22 de Janeiro de 2020

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(700.0041)

ANÚNCIO

No âmbito das campanhas de vacinação da Pólio, em curso em Angola, a Organi-zação Mundial da Saúde (OMS) procura uma empresa com, pelo menos, 05 anosde experiência, para fazer a monitoria e avaliação das mesmas. Os serviços deverãoser prestados em todos os municípios de todas as províncias faseadamente. Agra-decemos que contactem o escritório da OMS, sito no Condomínio Rosalinda, Edifícioda ONU, Estrada Direita da Samba, 9.º andar, Futungo de Belas (Morro Bento),Luanda-Angola, para a obtenção dos termos de referência a partir de segunda-feira,20 de Janeiro de 2020, às 09h00, até quarta-feira, 22 de Janeiro de 2020, às16h30. Para qualquer esclarecimento adicional, poderão contactar o n.º 925034675ou o email: [email protected].

(727)

REPÚBLICA DE ANGOLAMINISTÉRIO DA JUSTIÇA E DOS DIREITOS HUMANOS

10.ª CONSERVATÓRIA DO REGISTO CIVIL

EDITALOctaviano Justino Macuva, Conservador desta Conservatória do Registo Civil de Luanda.

FAZ SABER QUE, nesta Conservatória, corre seus termos um processo de Aquisição de Nacionalidade Angolanapor Casamento, em que é requerente, Zuleika de Paula Santana Nicolau, casada, de 55 anos de idade, naturalde Giâna-Go, República Federativa do Brasil, filha de José Calazans Santana e de Erovides Morais Santana, titulardo cartão de residência n.º 0025909T01, emitido aos 16 de Abril de 2019, pelos Serviços de Emigração e Fronteira.

Pelo que, nos termos do artigo 20.º n.º 1 do regulamento da Lei da Nacionalidade, Decreto Presidencial 152/17, de4 de Julho, poderá deduzir no prazo de Quinze dias, perante esta Conservatória a oposição que julgarem existir, noprazo acima citado a contar da data da afixação deste edital.

E, para constar, mandou-se passar o presente edital, que será afixado por oito dias nos lugares designados por lei.

10.ª Conservatória do Registo Civil de Luanda, aos 17 de Dezembro de 2019.

O ConservadorOctaviano Justino Macuva (873)

REPÚBLICA DE ANGOLAGOVERNO PROVINCIAL DE LUANDA

ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL DE VIANA

EDITAL N.º 20/2019Tendo, a empresa Sá Machado Imobiliária, Lda., requerido uma parcela de terra comuma área total de 30.207,00 m2, localizada no Bairro Vila Flor, Distrito Urbano do Vila Flor,Município de Viana, com as seguintes confrontações:

Norte: Com terreno particular.Sul: Com terreno particular.Este: Com rua projectada.Oeste: Com rua projectada.Com coordenada geográfica: Pcentral: 8.° 59'39.93"S e 13.°21'11.32"E

São, por este meio, convocadas todas as pessoas, singulares ou colectivas, que se julga-rem com direito sobre o mesmo terreno a virem comprová-lo junto da Direcção Municipalde Infra-Estruturas, Ordenamento do Território e Habitação desta Administração Mu-nicipal, no prazo de 30 dias a contar da data da publicação deste Edital.

ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL DE VIANA, EM LUANDA, 23 DE OUTUBRO DE 2019.

O ADMINISTRADOR MUNICIPALFERNANDO EDUARDO MANUEL

(846)

PROCURA-SE Gestor Financeiro, com formação acadé-mica e experiência profissional de, pelomenos, 5 anos nessa área. Empresa: Tutian-gol - Importação e Exportação, Lda.

Contacto: 923542710(880)

AVISO

VIMOS POR ESTE MEIO INFORMAR A TODOS OSÓRGÃOS ESTATAIS E PRIVADOS QUE, EM VIR-TUDE DE A EMPRESA GÁS NATURAL WESTÁFRICA, S.A. ENCERRAR O SEU ESCRITÓRIO DEREPRESENTAÇÃO, SITO NA AVENIDA LENINE, N.º58, 8.º ANDAR, (EDIFÍCIO AAA), DEVE, NO PRAZODE TRINTA (30) DIAS, A CONTAR DA DATA DA PU-BLICAÇÃO DO PRESENTE AVISO, COMUNICAR AOBANCO NACIONAL DE ANGOLA - DEPARTAMENTODE CONTROLO CAMBIAL, POSSÍVEIS DÍVIDAS DOREFERIDO ESCRITÓRIO.

LUANDA, AOS 21 DE JANEIRO DE 2020.

(500.0097)

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21Quarta-feira22 de Janeiro de 2020

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(500.0055)

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22 Quarta-feira22 de Janeiro de 2020

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REGIÃO ACADÉMICA IIIUNIVERSIDADE 11 DE NOVEMBRO

REITORIADIRECÇÃO DOS SERVIÇOS DE RECURSOS HUMANOS

AVISO DE ABERTURA DE CONCURSO PARA INGRESSO

REGIÃO ACADÉMICA IIIUNIVERSIDADE 11 DE NOVEMBRO

REITORIADIRECÇÃO DOS SERVIÇOS DE RECURSOS HUMANOS

AVISO DE ABERTURA DE CONCURSO DE ACESSO

1. De acordo com o Despacho Presidencial n.º 314/16, de 29 de Novembro, conjugado com o Despa-cho n.º 06/GR.UON/2020, de 13 de Janeiro, do Magnífico Reitor da Universidade 11 de Novembro, éaberto concurso público documental para Ingresso/Admissão, no prazo de 20 dias úteis a contarda data da publicação do presente aviso nos órgãos de comunicação social e através da publicaçãono Jornal de Angola, para provimento de (4) vagas, nas categorias de Assistente Estagiário (2) eTéc-nico de 3.ª Classe (2), na Escola Superior Politécnico do Zaire desta Universidade, entre os indivíduoshabilitados com o grau de Licenciatura e Bacharelato.

2. O Júri é composto por 5 elementos, sendo:

Presidente: João Mateus Marciano, Professor Associado;Vice-Presidente: Zolana Kiasango Avelino, Professora Auxiliar;Vogal: André Vela Ngaba, Professor Auxiliar;Vogal: Jerónimo Pio Aida, Professor Auxiliar;Vogal: Mpezo Mavambo, Professor Auxiliar

3. O ingresso ao concurso é solicitado ao Magnífico Reitor da Universidade 11 de Novembro, pormeio de requerimento com assinatura legível e instruído com os seguintes documentos:a) Cópia do Bilhete de Identidade;b) Documento de habilitações literárias (reconhecimento de estudos pelo INAAREES/UAN para can-didato(a)s que estudaram no estrangeiro ou homologação de estudos feitas em IES públicas/ privadasangolanas);c) Documento de regularização do serviço militar obrigatório (exclusivo para cidadãos do género mas-culino); d) Atestado médico (caso seja apurado);e) Certificado de registo criminal (caso seja apurado);f) Curriculum vitae acompanhado com os documentos comprovativos;

4. Na fase de admissão a concurso, os candidatos devem declarar nos requerimentos, sob compro-misso de honra, a situação precisa em que se encontram relativamente a cada um dos requisitosgerais ou especiais, nos termos do artigo n.º 12 do Decreto Presidencial n.º 102/11, de 23 de Maio.

No acto de entrega do requerimento de admissão ao concurso, deve ser acompanhado da documen-tação comprovativa das habilitações literárias, será obrigatoriamente exibido o bilhete de identidade e

o documento comprovativo de ter satisfeito as obrigações militares.

5. A avaliação documental versará sobre a avaliação curricular.

6. As listas definitivas do(a)s candidato(a)s serão afixadas na Escola Superior Politécnico do Zaire-desta Universidade e na Reitoria da mesma Universidade.

7. Este concurso é aberto para prover os lugares vagos existentes na Escola Superior Politécnicodo Zaire da Universidade 11 de Novembro e terá a remuneração do vencimento base do índice dacarreira em que concorrem respectivamente, e as seguintes condições de trabalho: bom ambientede trabalho, oportunidade de fazer carreira, realização profissional, etc.

8. O requerimento pedindo a admissão ao concurso deve dar entrada na Escola Superior Politécnicodo Zaire da Universidade 11 de Novembro ou na Direcção dos Serviços de Recursos Humanosda mesma Universidade, em Cabinda, até ao último dia do prazo fixado, sem o qual não será con-siderado.

9. O(A) candidato(a) que já é funcionário(a) público(a), para efeitos de promoção ou acesso, perderáa sua antiguidade, caso seja admitido(a) nas respectivas categorias em concurso.

10. As prioridades para o provimento das vagas da carreira docente destinam-se aos candidatos quetenham frequentado o curso de ciências afins à distinta Unidade Orgânica da Universidade 11 de No-vembro, com grau de Licenciado (a) e média final do curso igual ou superior a 14 valores.

11. A prioridade para o provimento das vagas no regime geral vai para o(a)s candidato(a)s que tenhammaior experiência comprovada, maior frequência de cursos profissionais comprovados, maior tempode serviço com avaliação de desempenho positiva e melhoria do nível académico para aqueles quejá sejam funcionários públicos com residência habitual na Província do Zaire.

Cabinda, aos 13 de Janeiro de 2020.

O DIRECTOR Mateus Baza Quango Panzo

1. De acordo com o Despacho Presidencial n.º 314/16, de 29 de Novembro, conjugadocom o Despacho n.º 07/GR.UON/2020, de 13 de Janeiro do Magnífico Reitor da Universi-dade 11 de Novembro, é aberto concurso público documental para Acesso pelo prazo de10 dias a contar da data da publicação do presente aviso nos órgãos de comunicação sociale através da publicação no Jornal de Angola, para provimento de (4) vagas, nas categoriasde Motorista de Pesados de 1.ª Classe (2) e Auxiliar de 1.ª Classe (2), na Escola SuperiorPolitécnico do Zaire desta Universidade, entre os indivíduos habilitados com 1.º Ciclodo Ensino Secundário e Carta de Condução de Automóveis Pesados.

2. O Júri é composto por 3 elementos, sendo:

Presidente: Kamavuako Kubuka, Estagiário de Investigação;Vice-Presidente: Vânia Paula Agostinho, Técnica Média de 3.ª Classe;Vogal: Patrick Pedro Lourenço, Tesoureiro de 2.ª Classe.

3. O ingresso a concurso é solicitado ao Magnífico Reitor da Universidade 11 de No-vembro, por meio de requerimento com assinatura legível e instruído com os seguintesdocumentos:a) Cópia do Bilhete de Identidade actualizada;b) Documento de habilitações literárias;c) Curriculum vitae;d) Avaliação de desempenho de acordo com a legislação em vigor;e) Despacho de nomeação da categoria até a data do concurso;f) Declaração de efectividade na função pública (n.º de agente/categoria e anos deserviço), caso haja omissão será criminalmente responsabilizado (a) quem possuirdupla efectividade e não a declarar antecipadamente.

4. Na fase de admissão ao concurso, os candidatos devem declarar nos requerimentos,sob compromisso de honra, a situação precisa em que se encontram relativamente a cadaum dos requisitos gerais ou especiais, nos termos do artigo 12.º do Decreto Presidencialn.º 102/11, de 23 de Maio.

5. No acto de entrega do requerimento de admissão ao concurso, deve ser acompanhadoda documentação comprovativa das habilitações literárias, será obrigatoriamente exibido obilhete de identidade e o documento comprovativo de ter satisfeito as obrigações militares.

6. A avaliação documental versará sobre a avaliação curricular.

7. As listas definitivas do (a)s candidato (a)s serão afixadas na Escola Superior Politécnicodo Zaire desta Universidade e na Reitoria da mesma Universidade.

8. Este concurso é aberto para prover os lugares vagos existentes na Escola SuperiorPolitécnico do Zaire da Universidade 11 de Novembro e terá a remuneração do venci-mento base do índice da carreira em que concorrem respectivamente, e as seguintes con-dições de trabalho: bom ambiente de trabalho, oportunidade de fazer carreira,realização profissional, etc.

9. O requerimento pedindo a admissão ao concurso deve dar entrada na Escola SuperiorPolitécnico do Zaire da Universidade 11 de Novembro ou na Direcção dos Serviçosde Recursos Humanos da mesma Universidade, em Cabinda, até ao último dia do prazofixado, sem o qual não será considerado.

10. O concurso é válido por um período que vai de 12 meses, contados a partir da data dapublicação da lista de classificação final.

11. A prioridade para o provimento das vagas no regime geral vai para o (a)s candidato(a)s que tenham maior experiência comprovada, com mais tempo de serviço, com avaliaçãode desempenho positiva e melhoria do nível académico.

Cabinda, aos 13 de Janeiro de 2020.

O DIRECTOR Mateus Baza Quango Panzo

(849)

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Page 23: NO PRIMEIRO DIA NESTA EDIÇÃO Linha de denúncias da IGAE...2020/01/22  · tralidade do Zango 5, em Luanda, começa na segunda-feira. De acordo com o secretário de Estado da Habitação,

SERVIÇOS BÁSICOS

O novo sistema de captaçãoe distribuição de água potá-vel, com capacidade parabombear 46 mil metroscúbicos por dia, entra emfuncionamento este ano,num esforço das autoridadesque visa melhorar a quali-dade de vida dos mais de800 mil habitantes da cidadedo Huambo, capital da pro-víncia com o mesmo nome.O facto foi dado a conhe-

cer ontem, à Angop, pelopresidente do Conselho deAdministração da empresalocal de Águas e Sanea-mento, Adolfo Elias Gomes,salientando que perto de 95por cento, dos 600 quiló-metros previstos na condutade água, a partir do caudaldo rio Cunhoñgamua, jáestão concluídos.O gestor lembrou que o

actual sistema de captação apartir do caudal do rio Culi-manhala revela-se incapazde satisfazer a demanda, comuma baixa na distribuição naordem dos 50 por cento, emconsequência das inundações,uma situação que deverá serultrapassada tão logo sejamconcluídos os trabalhos donovo sistema de água.Segundo Adolfo Elias

Gomes, decorrem, nestemomento, os primeiros testesdos equipamentos concluídosem 90 por cento e em finaisdeste mês está previsto oarranque dos testes finais dosistema de captação, com umbombeamento de dois milmetros cúbicos de água porhora, contra os actuais 1.300.Informou terem já sido

concluídos quatro centros dedistribuição de água, na zonado Quartel-General da RegiãoMilitar Centro, no bairro SantoAntónio, nas imediações da

escola Deolinda Rodrigues,assim como nas zonas doBelém e do bairro São João,todas elas nos arredores dacidade do Huambo.Referiu que o projecto,

constituído por dois lotes,e s t á ava l i a d o em 1 6 3milhões 640 mil e 443 dóla-res norte-americanos,sendo 1.072.000.00 para olote, que consiste na cons-trução do novo sistema decaptação, tratamento, trans-missão e reservatório.Para o lote 2, foram exe-

cutadas as obras de construçãode três centros de distribuição,reservatórios, com cinco milmetros cúbicos de capacidadee uma estação elevatória.Ainda no quadro do lote

2, disse que foi construídoum reservatório elevado a 15metros, com 500 metros cúbi-cos, 315 quilómetros de redede distribuição e 21 mil liga-ções domiciliares.Actualmente, de acordo

com o responsável, são con-troladas 33 mil ligações domi-ciliares na cidade do Huambo,prevendo-se, com a conclu-são dos trabalhos de reestru-turação da rede antiga,financiados pela linha de cré-dito da China e do BancoMundial, elevar este númeropara 90 mil, incluindo aszonas industriais.Acrescentou que a insti-

tuição que dirige está a bene-ficiar, de forma faseada, de26 milhões 109 mil e 159 dóla-res do Banco Mundial (BM),para o financiamento adicio-nal do projecto de construçãode 195 quilómetros da redede distribuição de água. Ofinanciamento destina-se,também, à instalação de 41mil novas ligações domici-liares, na cidade do Huambo.

Distribuição de águareforçada no Huambo

Quarta-feira22 de Janeiro de 2020REGIÕES

Adelaide Mualimisi | Ondjiva

A falta de verbasestá a con-dicionar a conclusão do pro-jecto de loteamento para aauto-construção dirigida deresidências, equipamentossociais e zonas de lazer, nosba i r ro s Onahumba I I ,Omwongo I e Omwongo II,arredores de Ondjiva, muni-cípio do Cuanhama, noCunene, disse o administradormunicipal adjunto para a áreaTécnica, Infra-estruturas eServiços Comunitários.Edson Soares referiu que

o projecto de Onahumba II,por exemplo, está paralisadohá quatro anos, por falta dedinheiro, e prevê 601 lotespara a construção de resi-dências sociais, equipamen-tos e áreas de lazer.Segundo o administrador

adjunto, no ano passadoestava prevista a materiali-zação do referido plano, masnão foi possível devido àfalta de cabimentação deverbas, a partir do Orça-mento Geral do Estado, paraa execução de projectos vira-dos para os municípios.Edson Soares acrescentou

que contribuíram tambémpara a não execução do pro-grama as acções de emer-gência de combate à seca, apartir do mês de Fevereirodo ano passado. Justificouque foi dada prioridade àsacções viradas para o abas-tecimento de água às popu-lações, com a reabilitaçãode furos, aquisição de reser-vatórios, assim como ajudaalimentar aos sinistrados. Anunciou que para este

ano estão previstos três planosde loteamento das reservasfundiárias, que culminarãocom a distribuição dos lotesaos beneficiários, no âmbitodo Programa Integrado deIntervenção nos Municípios(PIIM). Fez saber tambémque, além de Onahumba III,

a cidade de Ondjiva contacom as reservas fundiáriasdas localidades OmwuongoII e III, loteadas entre 2014e 2015, faltando infra-estru-

turas de abastecimento deágua e electricidade, pro-jectos que aguardam por dis-ponibilidade financeira paraa sua execução.

CONSTRUÇÃO DIRIGIDA NO CUNENEFOTO CEDIDA

Muitas obras de infra-estruturas de impacto social estão paradas por falta de financiamento

Falta de dinheiro “trava” projectosLoteamento de reservas fundiárias para a auto-construçãodirigida de residências e áreas sociais está paralisado há anos

Mais de noventa professo-res do ensino primário eprimeiro ciclo de ensinosecundário, oriundos dos14 municípios da provínciade Malanje, participam desdesegunda-feira num semi-nário de capacitação de for-madores municipais, comvista ao aprimoramento deconhecimentos, tendo emvista o arranque do novoano lectivo.De acordo com a chefe do

Departamento do Ensino Geral,Aignes Aires, a formação surgena base de uma orientaçãoexpressa pelo Ministério daEducação, destinada à for-mação de jovens adultos, comidades a partir dos 15 anos. Para a chefe do Departa-

mento do Ensino Geral, AignesAires, a formação, que decorreaté sexta-feira próxima, estáa gerar expectativa no seio dosdocentes. Os participantesvão abordar o sistema de ava-liação para adultos, bastantediferente do sistema normale regular, bem como demons-trar as evidências das expe-riências acumuladas a níveldos módulos 1,2 e 3.Joaquim Muzombo, pro-

fessor do município do Qui-rima, disse esperar por maisacções de formação, paracontribuir para uma boa qua-lidade de ensino.

Eduardo Cunha|Malanje

EDUARDO CUNHA | EDIÇÕES NOVEMBRO

Objectivo das autoridadesé melhorar a aprendizagem

MALANJE

Ensino de adultostema de seminário

OFERTA DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Samuel António | Luena

O Hospital Municipal deCamanongue, na provínciado Mox ico , benefic iousegunda-feira de dois auto-carros para apoiar a trans-portação de funcionários quetrabalham na unidade hos-pitalar, que dista 52 quiló-metros da cidade do Luena.No acto da entrega, o

governador GonçalvesMuandumba destacou ocumprimento da promessaassumida pelo Presidenteda República, aquando dasua visita de trabalho, efec-tuada em Setembro de 2019,à província do Moxico. Gonçalves Muandumba

lembrou que o Chefe deEstado havia sido informadosobre as dificuldades que opessoal técnico encontraria,caso o hospital não tivesseum meio de transporte parafacilitar as deslocações.

O governador afirmou quea falta de residências paraalbergar todos os técnicos,obriga alguns funcionáriosdo hospital a viver na cidadedo Luena e exortou a direcçãoa usar de forma correcta osmeios disponíveis. “Estes autocarros vieram

apenas para apoiar os fun-cionários do hospital quevivem fora desta localidade,não estão aqui para cumpriroutros serviços, é apenaspara facilitar a deslocaçãodos técnicos, no sentido demelhorarem o atendimentoaos pacientes”, sublinhou ogovernador do Moxico. Gonçalves Muandumba

exigiu às autoridades admi-nistrativas do município aprimarem pela organizaçãoe rigor na utilização dos meios,porque “é com esta disciplinaque se pode prestar melhorassistência à população”. Ogovernador disse que o

Hospital de Camanonguerecebe dois autocarros

município de Camanongueestá de parabéns, pois o Pre-sidente da República visitouvários hospitais a nível dopaís, mas nenhum delesbeneficiou de meios detransporte, para apoiar osfuncionários. “É uma ini-ciativa ímpar, que só acon-teceu aqui no Camanongue",referiu Gonçalves Muan-dumba, que insistiu nadefesa da conservação, parao bem dos funcionários e dapopulação em geral. O director do Hospital

Municipal de Camanongue,Leonel Sacavumbi, visivel-mente satisfeito, disse queo gesto do Presidente daRepública tem grande sig-nificado e vai minimizaralgumas das dificuldadesque o hospital enfrenta. A administradora muni-

cipal de Camanongue, Filo-mena Chipoia, disse que oPresidente João Lourenço feza sua parte e cabe à direcçãodo Hospital de Camanonguehonrar o seu compromisso,no sentido de não contrariaros esforços do Executivo,que tem feito tudo para man-ter as promessas, mesmonos momentos difíceis queo país vive.

23

MUNICÍPIO DO CUANHAMA

Elautério Silipuleni | Ondjiva

Um total de 2.986 profes-sores e directores de escolasdo ensino primário, dasZonas de Influência Peda-gógica (ZIP), no municípiodo Cuanhama, província doCunene, participam desdeontem até ao próximo dia31 de Janeiro, num semi-nário de capacitação e actua-lização de conhecimentos,para consolidar as compe-tências pedagógicas.O seminário, promovido

pelo Ministério da Educação,no âmbito do projecto deformação e apoio pedagó-gico contínuo dos profes-sores e gestores escolaresdo ensino primário, decorreem simultâneo em todas ascomunas do município doCuanhama.Ao fazer a abertura do

seminário, a administradoraadjunta do Cuanhama, Cris-tiana Namemunu, disse quea finalidade do seminário émelhorar a qualidade doensino, assim como muniros professores e directoresde escolas de novas meto-dologias pedagógicas, paraelevarem as suas compe-tências profissionais.Segundo a administra-

dora adjunta do Cuanhama,a realização do semináriode refrescamento marca

sempre o início de mais umaetapa de organização doprocesso docente educativo,onde o professor é a figuramais importante, por serresponsável pela formaçãodo cidadão.“O bom professor precisa

de estar ciente de que é seupapel ajudar e formar,assumindo o compromissocom os seus educandos,contribuindo para o sucessoe a realização dos objectivosa alcançar no processo deensino e aprendizagem”,sublinhou.Cristiana Namemunu

disse que a melhoria daqualidade da educação devepartir do ensino primário,nível em que ao professoré exigida uma actuação pro-fissional, para se garantiruma formação à altura domundo moderno. Todo odocente, avançou a res-ponsável, deve saber ensi-nar com profissionalismoe rigor, para que o paísganhe quadros devida-mente formados e que cor-respondam às exigênciasdo mundo actual.Cristiana Namemunu

defendeu que, para o país tero ensino desejável, é precisoque o docente saiba aplicar,na prática, o que é orientadono processo de ensino, emtodos os níveis educativos.

Gestores de escolas em acção formativa

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24 Quarta-feira22 de Janeiro de 2020

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Page 25: NO PRIMEIRO DIA NESTA EDIÇÃO Linha de denúncias da IGAE...2020/01/22  · tralidade do Zango 5, em Luanda, começa na segunda-feira. De acordo com o secretário de Estado da Habitação,

25Quarta-feira22 de Janeiro de 2020

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Page 26: NO PRIMEIRO DIA NESTA EDIÇÃO Linha de denúncias da IGAE...2020/01/22  · tralidade do Zango 5, em Luanda, começa na segunda-feira. De acordo com o secretário de Estado da Habitação,

Os vencedoresda 10.ª ediçãodo concurso de redacção dasescolas secundárias daComunidade de Desenvol-vimento da África Austral(SADC) receberam ontem,em Luanda, os respectivosprémios, numa cerimóniaorientada pela ministra daEducação, Ana Paula Elias.O primeiro classificado,

Quitumba Manuel Zinho, daprovíncia do Cuanza- Sul,recebeu 500 dólares, umcomputador e uma impres-sora, o segundo, AdilsonAntón io Muhongo , doCuanza-Norte embolsou 300dólares, um computador euma impressora.A terceira classificada,

Josefina Rita Calei (Ben-guela), recebeu 200 dólares,um computador e umaimpressora. Os três vence-dores receberam tambémum diploma. Segundo o júrido prémio António Viriato,o país ficou em sétimo lugarno concurso regional com oconcorrente da província doCuanza-Norte, estudante daescola Eiffel, posição queespera ser melhorada naspróximas edições.Em 2010, Angola ocupou

a 2.ª posição no concurso.Ao intervir no acto, a

ministra da Educação, AnaPaula Elias, disse que se vaicorrigir o que está mal na

reforma educativa, para queos alunos do ensino secun-dário possuam conheci-mentos que permi tamombrear com os pares deoutros países.Salientou que o ensino da

Língua Inglesa será imple-mentado, a partir do ensinoprimário para permitir queos estudantes angolanostenham o seu domínio e quena fase do concurso consigamrealizar os seus trabalhos,pois várias matérias são pes-quisadas em Inglês.Esta edição do concurso

teve como lema “Como osprogramas da juventudepodem contribuir para odesenvolvimento socioeco-nómico da região da SADC”e contou com a participaçãode oito das 18 províncias dopaís, com 27 redacções.Na sua mensagem, os

vencedores agradeceram oesforço dos professores noacompanhamento dos tra-balhos e do apoio dos pais eencarregados de educaçãodurante a fase do concurso.O concurso de redacção

das escolas secundárias daSADC é uma competiçãoregional dos estudantes dasescolas dos países-membros,com a finalidade de lhes pro-porcionar novas oportuni-dades no aprofundamentodos conhecimentos.

SADC premeia finalistasdo concurso de redacção

26 SOCIEDADE Quarta-feira22 de Janeiro de 2020

CASO SE PROVEM ACUSAÇÕES DE BISPOS DÉCIMA SEGUNDA EDIÇÃO

O director do InstitutoNacional para os AssuntosReligiosos (INAR), Fran-cisco Castro Maria, admitiuho je ( terça- fe i ra ) , emLuanda, a possibilidade dese encerrarem as activida-des da Igreja Universal doReino de Deus em Angola(IURD), caso se provem asacusações feitas por bispos,pastores e obreiros e queconstam em cartas enviadasaos órgãos policiais. A informação foi avançada

à imprensa, após uma reu-nião da comissão intermi-nisterial para o acompanha-mento do exercício da acti-vidade religiosa, de crençae de culto, que abordou asituação da IURD e o processode reconhecimento das con-fissões religiosas.A 28 de Novembro, um

grupo de 300 bispos e pas-tores angolanos anuncioua ruptura com o bispo EdirMacedo (líder da igreja),por alegadas práticas dou-trinais contrárias à religião,como a exigência da práticade vasectomia, castraçãoquímica, além da evasãode divisas para o exteriordo país.Em resposta, a direcção

da Igreja Universal declarouque se trata de uma “rede dementiras arquitectadas porex-pastores desvinculadosda instituição por desviomoral, de condutas e até porpráticas criminosas, com oúnico objectivo de terem a

sua ganância saciada”.Apesar de o Ministério da

Cultura não ter “tomadoainda nenhuma medida”,adiantou, perante a este“escândalo”, em caso deconfirmação das acusações,a lei 12/19 de 14 de Maio, daLiberdade de Religião, noseu artigo 48, estipula a sus-pensão, revogação do reco-nhecimento e extinção daseita, em caso de necessidadede se aplicar a última medida,em função da gravidade dosactos criminais.Nesse momento o INAR

tem estabelecido contactoscom as partes (a angolana ea brasileira), para o resta-

belecimento da paz na IURD.

Fase de instruçãoEm termos criminais, o pro-cesso encontra-se em fasede instrução preparatóriae sob segredo de justiça,devendo ser encaminhadopara julgamento tão logotermine, segundo disse odirector do Gabinete deComunicação Institucionale Imprensa do Ministériodo Interior, Waldemar José.Reforçou que das acu-

sações feitas e que constamnas cartas que os bispos,pastores e obreiros envia-ram aos órgãos policiais,“há matérias suficientes

para se despoletar um pro-cesso-crime por se tratarde crimes públicos”.Relativamente ao pro-

cesso de reconhecimentodas confissões religiosas,o director do INAR informouque das 1.800 não reconhe-cidas, 97 apresentaram pro-cessos de legalização, quedevem ser avaliados nospróximos dias.Diferente da antiga lei

que atribuía poderes aoMinistério da Justiça para alegalização das confissõesreligiosas, o novo diplomatransferiu essa prorrogativaao Ministério da Cultura,através do INAR.

Depois das denúncias apresentadas, os bispos da IURD realizaram uma manifestação

IURD poderá encerraractividades em AngolaEm Novembro, um grupo de pastores angolanos anunciou a ruptura com obispo Edir Macedo, por alegadas práticas doutrinais contrárias à religião

Estácio Camassete | Huambo

Cerca de 200 formadoresdas Zonas de InfluênciasPedagógicas (ZIP), do pólotrês, que compreende as pro-víncias do Bié, Cuanza-Sul,Cuando Cubango e Huambo,começaram ontem, nestacidade, a serem capacitadosna segunda etapa do novociclo de formação contínuade formadores do Projectode Aprendizagem para Todos(PAT), promovido peloMinistério da Educação, queterá a duração de treze dias. O director do Gabinete

Provincial da Educação doHuambo considerou que o“PAT” assume como umdesafio constitucional deuma nação moderna, porestar ligado ao compromissode garantir o acesso à edu-cação universal e de quali-dade a todas as pessoas, quesão a riqueza fundamentaldo arquivo mais importante

e decisivo para o desenvol-vimento sustentável dospovos. Celestino Tchikelapediu, na ocasião, aos repre-sentantes das provínciasmais empenho para a sal-vaguarda os objectivos dodesenvolvimento sustentávelda agenda 2030, expressospara garantir a qualidade dosserviços de educação e equi-dade no ensino. “O Estado angolano con-

sidera que o desenvolvimentodo país é e será sempre oresultado de um investimentopermanente na educaçãoformal e a sua materializa-ção exige formação e supe-ração dos professores”, disseo responsável. O PAT, disse, é um veículo

de reinvenção contínua dafigura do professor, ao pro-porcionar-lhe oportunidadepara aprender e a realizarcom êxitos, o processo deensino e aprendizagem àsnovas gerações.

HUAMBO

“Aprendizagem para Todos”capacita 200 professores

As autoridades chinesasanunciaram que no domingoidentificaram mais 17 pessoasinfectadas no centro do paíscom uma pneumonia viral,que causou duas vítimasmortais e colocou outros paí-ses em alerta.O número de infectados

com o vírus ultrapassa pro-vavelmente o milhar de casose é muito superior àqueleavançado pelas autoridadeslocais, segundo investiga-dores britânicos. Num artigo publicado na

sexta-feira, cientistas de umcentro de pesquisa centrode pesquisa do Imperial Col-lege de Londres apontavamque o número de pessoasinfectadas na cidade chinesaprovavelmente deverá sermuito superior.Investigadores do Centro

de Análise Global de DoençasInfecciosas, que aconselhainstituições como a Orga-nização Mundial de Saúde

(OMS), estimam que “umtotal de 1723 casos” emWuhan apresentavam sin-tomas da doença desde 12de Janeiro.O alerta de disseminação

do vírus foi dado na semanapassada pela OMS, depoisde os primeiros casos detec-tados fora da China teremsido conhecidos, na Tailândiae no Japão, com os trêspacientes a terem visitadoWuhan recentemente.Em resposta a estas infor-

mações, os Estados Unidosanunciaram, na sexta-feira,que vão monitorizar os pas-sageiros dos voos provenien-tes de Wuhan para nosaeroportos em Los Angeles,São Francisco e Nova Iorque.Este é um período de maiorcirculação de cidadãos de epara a China por causa dascelebrações do Ano NovoChinês, no próximo dia 25.Wuhan é dado como o

foco da infecção.

INVESTIGAÇÃO

OMS alerta para circulaçãode pneumonia viral na China

PERISCÓPIOTrapalhadas evitáveisLuciano Rocha

Os passeiosde Luanda, salvoraríssimas excepções, queconfirmam a regra, são estrei-tos e, não raro, ainda “ema-grecem” pelos taipais que osocupam e viaturas estacio-nadas onde não podemperante a conivência dosalcunhados “reguladores detrânsito”.

A situação provocada portaipais, carros e motos esta-cionadas em locais proibidos,tal como pelos disfarçadosde “reguladores”, que nãopassam de “trapalhões detrânsito”, são “convite crimi-noso” à segurança de peões,entre os quais crianças, defi-cientes, mulheres grávidas,tudo porque Luanda continuaa ser terra de “assobiadorespara o lado”, mangonheiros,indiferentes ao bem-estar dapopulação e do país. Exagero?As mortes eventualmentecausadas por aquelas cir-cunstâncias não afectam,

além das famílias, o desen-volvimento nacional? E asvítimas não mortais que vêemdiminuídas capacidades físi-cas? E as camas dos hospitaisque ocupam e deviam estarlivres para pessoas com doen-ças mais difíceis de evitar?Tudo isto é mais uma prova,entre tantas, que a impuni-dade permanece à solta nacapital do país e no resto daprovíncia que lhe dá o nome.Algumas das perguntas maisfeitas pelo cidadão comumsão “por que é que quempode e deve não toma medi-das”? A quem interessa amáxima de “quanto pior,melhor”?

As perguntas, e não todas,estão feitas. Haja alguém,com poder para tal, que dêrespostas. Mas com acçõessérias, que se vejam à vistadesarmadas, sem anúnciosde intenções, com poses evozes estudadas para micro-fones, câmara fotográficas ede televisão.

Os três estudantes angolanos receberam prémios ontem

DOMBELE BERNARDO | EDIÇÕES NOVEMBRO

DR

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27Quarta-feira22 de Janeiro de 2020

A Clínica Sagrada Esperançadesmentiu, ontem, em Luanda,a informação posta a circularna comunicação social,segundo a qual a unidade sani-tária estaria a comercializarmedicamentos diversos coma data de validade vencida.

O Instituto Nacional deDefesa do Consumidor (INA-DEC), anunciou que tantona Clínica Sagrada Esperança,em Luanda, bem como assuas filiais na Lunda-Sul,Huíla e Benguela tinhamarmazenados 53.995 unida-des de medicamentos comas datas vencidas.

O director da área de Exten-são e Parcerias da ClínicaSagrada Esperança, JorgeDupret, disse ao Jornal deAngolaque a informação nãocorresponde à verdade.

Jorge Dupret explicou queem Novembro de 2019, umpaciente necessitava de medi-camentos e a técnica de far-mácia informou que paracompletar a medicação pres-crita, havia alguns lotes quecaducavam no final do mêsde Novembro e outros em2021. Segundo o responsável,a técnica orientou o pacientepara tomar primeiro a medi-cação que caducava já no finalde Novembro, “porque aindaestava dentro do prazo”, edepois os demais fármacosque venciam em 2020.

“Para nosso espanto, opaciente apareceu na Clínica,no dia 13 de Janeiro, a recla-mar a presença de medica-mentos caducados. Fez queixaà direcção e depois de apuradaa situação trocamos a medi-cação”, frisou Jorge Dupret.

Apesar da troca de medi-camentos, o paciente foi aoINADEC e técnicos daquelainstituição dirigiram-se àunidade hospitalar, paraaveriguar a situação, tendoconstatado a existência emarmazém de medicamentoscaducados, “mas que não estãoe nem devem ser vendidospor ser um acto criminoso”.

De acordo com Jorge Dupret,os medicamentos caducadosaguardam por destruição,através de regras hospita-lares apropriadas.

O inspector-geral daSaúde, Miguel de Oliveira,disse que o Ministério daSaudade tem conhecimentoda situação, tendo ouvido aspartes, nomeadamente oINADEC, o paciente e ClínicaSagrada Esperança, estandoa decorrer um processo quesegue os trâmites legais.

Segundo o Miguel de Oli-veira, caso se constate quea Clínica Sagrada Esperançaagiu de má fé, ser-lhe-á apli-cada uma multa, segundo odecreto-lei que rege o mer-cado hospitalar.

Se no período que vendeua medicação, a mesma játinha vencido, a Inspecçãode Saúde vai sancionar a Clí-nica Sagrada Esperança eesta deve instaurar um pro-cesso disciplinar à funcio-nária que atendeu o paciente.

Alexa Sonhi

TECNOLOGIAMEDICAMENTOS

SOCIEDADE

Manuela Gomes

A 5ª edição do concursonacional de jogos digitais, ater lugar em Maio próximo,será lançada amanhã, emLuanda, no Centro CulturalBrasil-Angola (CCBA).

O concurso a realizar-sede 20 a 22 de Maio, é umdesafio proposto a qualquerpessoa (singular ou colec-tiva), que desenvolva umaideia, ou protótipo de jogocom capacidade técnica,entretenimento, inovação,originalidade, viabilidadetécnica e financeira, entreoutros aspectos.

“Estão autorizados a par-ticipar neste concurso, jogosainda não lançados comer-cialmente ou que ainda nãotenham sido apresentadosem outras competições. Oscandidatos têm três meses(Fevereiro, Março e Abril)para a criação de jogos”,refere a nota.

Numa parceria com oCCBA, a 5.ª edição do con-curso visa estimular a cria-tividade e desenvolvimentode jogos digitais por meioda identificação, selecção emotivação de talentos paraa promoção da cultura cien-tífica nacional, através datransferência de tecnologiae empreendedorismo debase tecnológica.

Os candidatos poderãodesenvolver os jogos em dife-rentes dispositivos electró-nicos nos sistemas operativos

Android, IOS, Windows eoutros, que abordem ques-tões relacionadas com osmodelos educacionais,inserção da ciência, tec-nologia, diversão e inova-ção no desenvolvimentoda sociedade.

Os vencedores da com-petição terão oportunidadede participar em concursosnacionais e internacionaiscomo a Feira do Inventor/Criador Angolano, ImagineCup, Talentos Tecnológicose outros eventos que decor-ram em Angola.

Os jogos serão avaliadospor um grupo de especialistasnacionais e estrangeiros, for-mados na área de jogos eempreendedorismo.

As inscrições que tiveraminício no dia 14 de Janeiro eencerram dia 9 de Maio de2020, podendo ainda seremfeitas a partir do endereçohttp:// cncjdangola.ga/.

A divulgação dos vence-dores acontecerá no dia 22,do referido mês.

O evento está enqua-drado nos programas de“Identificação, Selecção eMotivação de Talentos”,"Promoção da Cultura Cien-tífica e da Transferência deTecnologia e Empreende-dorismo de Base Tecnoló-gica”, “Estratégia Nacionalde Ciência Tecnologia e Ino-vação”, alinhado com aPolítica Nacional de CiênciaTecnologia e Inovação doGoverno de Angola.

5ª edição do concurso dejogos é lançado amanhã

Clínica refuta denúnciado INADEC

Por lapso, o Jornal de Angolaassociou, na sua edição deontem, página 27, a exis-tência de fármacos expi-rados na Clínica SagradaEsperança a material gas-tável hospitalar de marcaNeoject e Neoguard, quefazem parte da famíliade produtos da NeomedicAngola.

Na verdade , a fo toestampada não tem nada

a ver com os fármacosexpirados detectados peloInst i tuto Nacional deDefesa do Consumidor(INADEC) na referida clí-nica. Pelo lapso, o Jornal deAngola pede aos fornece-dores do material gastávelhospitalar da referidamarca e aos leitores des-culpas pelos transtornosque a inserção da fototenha causado.

Materiais gastáveis não estão expirados

NEOJECT E NEOGUARDCONTREIRAS PIPA | EDIÇÕES NOVEMBRO

Ana Paulo

Um total de 129 mil pensio-nistas inscritos a nível doINSS e da Caixa Social dasForças Armadas Angolanas(FAA), não fazem o uso docartão multicaixa disponi-bilizado pelo Banco de Pou-pança e Crédito (BPC),preferindo a presença embalcões, o que tem resultadoem grandes enchentes.

Ao intervir na abertura dacampanha de sensibilizaçãovisando à utilização daquelatecnologia, aberta ontem,em Luanda e em simultâneono Bié, o presidente do Con-selho de Administração doBPC, António André Lopes,apelou a importância do usode cartão multicaixa, poroferecer vários benefícios,com particularidade nosmovimentos bancários, semnecessidade de ida aos ATM,em qualquer parte do mundo.

A nível nacional, o BPCcontrola actualmente 392agências, e segundo AntónioLopes, além de evitar assaltose manter a segurança docidadão, o cartão multicaixaoferece fortes benéficos,como pagamentos de contaspor via do telemóvel.

A partir do telemóvel, outente pode levantar dinheirosem cartão, sobretudo, emconsulta de saldo, paga-mentos de vários serviços,compras, recargas de tele-fone, energia eléctrica,água, entre outros serviçosque dispensam a presençado cliente no balcão deum banco.

Por outro lado, existetambém o serviço multi-caixa expresso, que veiopara facilitar a demanda emagências, revelou o gestormáximo do BPC.

A campanha, cuja segundafase vai abranger outrasregiões do país, decorre em

parcer ia com a Pol íc iaNacional e o Instituto Nacio-nal de Segurança Social(INSS), visa diminuir asenchentes nas diversasagências bancárias e mantera segurança dos utentesdurante as movimentaçõesnas caixas de pagamentoautomático, instaladas emvárias províncias do país.

Furto e clonagem O director do Gabinete deComunicação Institucionale Imprensa do ComandoProvincial de Luanda da Polí-cia Nacional, Hermenegildode Brito, disse que a corpo-ração tem registado várioscasos de clonagem de cartõesmulticaixa, tendo sido jádetidos alguns cidadãos queestão sob investigação.

Hermenegildo de Britoconsidera a actual situaçãopreocupante, por se tratarde segurança pública, naqual requer a intervençãodas forças policiais para frearo volume de casos.

“É importante que os pen-sionistas tenham maior cautelano uso de cartões multicaixa,sobretudo, em zonas escuras,isoladas e no seio familiar,onde correm maior risco dealguém descobrir o códigoPIN”, aconselhou o oficial daPolícia Nacional.

O intendente Hermene-gildo de Brito garantiu que

a Polícia Nacional está a fazeresforços no sentido de dimi-nuir os crimes à saída de ban-cos, bem como a clonagensde cartões multicaixa porparte de alguns meliantes.

O pensionista AltinoNgola, disse que tem feito ouso do cartão multicaixa, masa julgar pelo que tem acon-tecido com alguns familiarestambém aposentados, vítimasde furtos do referido docu-mento por parte dos filhos enetos, que levantam mon-tantes avultados sem o con-sentimento dos mesmos, temoptado por ir pessoalmentea uma agência bancária.

“Guardo o meu códigonum local, sem os meusfamiliares saberem”, garantiuo mais velho Ngola.

Rede multicaixaImplementado em 2004 pelaEmpresa Interbancária deServiços (EMIS), principalresponsável do subsistemae sistema de pagamentos nopaís, o BPC detém 17 por centoda rede de caixas automáticase cerca de um milhão de car-tões multicaixa emitidos.

António André Lopesgarantiu que a instituiçãoque dirige tem como grandedesafio e responsabilidade,desenvolver acções do génerono sentido de trazer para osistema automático todos osseus clientes.

Segundo António AndréLopes, há uma série de ser-viços disponíveis por inter-médio da rede multicaixa querecomendam a todos os clien-tes bancários utilizarem o car-tão para facilitar o fluxo depessoas e bens nos bancos.

“O sistema multicaixa éuma realidade do país, sendoque a EMIS efectua actual-mente cerca de 500 milhõesde transacções por ano e sãomovimentados cerca de seismil milhões de kwanzas”,adiantou o PCA do BPC.

CAMPANHA NACIONAL DE SENSIBILIZAÇÃO

DOMBELE BERNARDO | EDIÇÕES NOVEMBRO

PCA do BPC, António Lopes, explicou ontem aos pensionistas as vantagens do multicaixa

129 mil pensionistasignoram o multicaixaBPC e Polícia Nacional estão a sensibilizar os pensionistas do INSS e das FAA sobre a importância do cartão multicaixa

O PCA do BPCapelou a

importância do usode cartão

multicaixa, poroferecer váriosbenefícios, com

particularidade nosmovimentos

bancários, semnecessidade de ida

aos ATM

Page 28: NO PRIMEIRO DIA NESTA EDIÇÃO Linha de denúncias da IGAE...2020/01/22  · tralidade do Zango 5, em Luanda, começa na segunda-feira. De acordo com o secretário de Estado da Habitação,

REPÚBLICA DE ANGOLAMINISTÉRIO DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E HABITAÇÃO

INSTITUTO GEOGRÁFICO E CADASTRAL DE ANGOLA DEPARTAMENTO PROVINCIAL DO BENGO

EDITAL N.º 05/020Tendo, a senhora BEATRIZ JACINTO ANTÓNIO DE SOUSA,requerido uma parcela de terra de (3 HA) TRÊS HECTARES,onde vai desenvolve a actividade académica, localizado na zonado Panguila, Comuna da Barra do Dande, Município do Dande,Província do Bengo.

A parcela em causa tem as seguintes confrontações: a NORTE:com uma picada de acesso; a SUL: com picada de acesso, aESTE: com terreno de terceiro, a OESTE: com terreno de terceiro. São, por este meio, convocados todas pessoas singulares ou co-letivas, que se julgarem com direito sobre o mesmo terreno avirem comprová-lo neste Departamento do Instituto Geográficoe Cadastral de Angola, no prazo de 30 dias a contar da data dapublicação deste Edital.

DEPARTAMENTO PROVINCIAL DO INSTITUTO GEOGRÁ-FICO E CADASTRAL DE ANGOLA DO BENGO, em Caxito,aos 7 de Janeiro de 2020.

O CHEFE DO DEPARTAMENTOEng.º ELIAS FRANCISCO DA SILVA« ASSISTENTE DE INVESTIGAÇÃO»

28 Quarta-feira22 de Janeiro de 2020

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REPÚBLICA DE ANGOLAMINISTÉRIO DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E HABITAÇÃO

INSTITUTO GEOGRÁFICO E CADASTRAL DE ANGOLA DEPARTAMENTO PROVINCIAL DO BENGO

EDITAL N.º 04/020Tendo, a senhora JÚLIA NAHINGA, requerido uma parcela deterra de (21HA) VINTE E UM HECTARES, onde desenvolve aactividade agrícola, localizado na zona do Muzondo, Comuna daBarra do Dande, Município do Dande, Província do Bengo.

A parcela em causa tem as seguintes confrontações: a NORTE:com uma picada de acesso; a SUL: com terreno de terceiro, aESTE: com picada de acesso, a OESTE: com terreno de terceiro. São, por este meio, convocados todas pessoas singulares ou co-lectivas, que se julgarem com direito sobre o mesmo terreno avirem comprová-lo neste Departamento do Instituto Geográficoe Cadastral de Angola, no prazo de 30 dias a contar da data dapublicação deste Edital.

DEPARTAMENTO PROVINCIAL DO INSTITUTO GEOGRÁ-FICO E CADASTRAL DE ANGOLA DO BENGO, em Caxito, aos7 de Janeiro de 2020.

O CHEFE DO DEPARTAMENTOEng.º ELIAS FRANCISCO DA SILVA« ASSISTENTE DE INVESTIGAÇÃO»

(745) (745a)

(245

)

REPÚBLICA DE ANGOLAMINISTÉRIO DO ORDENAMENTO D O TERRITÓRIO E HABITAÇÃO

INSTITUTO GEOGRÁFICO E CADASTRAL DE ANGOLA DEPARTAMENTO PROVINCIAL DO BENGO

EDITAL N.º 06/020Tendo, a empresa ERISTAR ENTERPRISE, Lda, requeridoumaparcela de terra de (17,5ha) DEZASSETE VÍRGULA CINCOHECTARES, onde desenvolve a actividade de exploração agrí-cola, localizado na zona do Úcua, Comuna das Mabubas, Muni-cípio do Dande, Província do Bengo.

A parcela em causa tem as seguintes confrontações: a NORTE:com terreno de terceiro; a SUL: com terreno de terceiro, a ESTE:com terreno de terceiro, a OESTE: com terreno de terceiro.

São, por este meio, convocados todas pessoas singulares ou co-letivas, que se julgarem com direito sobre o mesmo terreno avirem comprová-lo neste Departamento do Instituto Geográfico eCadastral de Angola, no prazo de 30 dias a contar da data da pu-blicação deste Edital.

DEPARTAMENTO PROVINCIAL DO INSTITUTO GEOGRÁFICOE CADASTRAL DE ANGOLA DO BENGO, em Caxito, aos7 de Janeiro de 2020.

O CHEFE DO DEPARTAMENTOEng.º ELIAS FRANCISCO DA SILVA« ASSISTENTE DE INVESTIGAÇÃO»

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Page 29: NO PRIMEIRO DIA NESTA EDIÇÃO Linha de denúncias da IGAE...2020/01/22  · tralidade do Zango 5, em Luanda, começa na segunda-feira. De acordo com o secretário de Estado da Habitação,

29Quarta-feira22 de Janeiro de 2020CULTURA

Direcção da instituição aposta em programas de acção mais virados para a protecção da classe

Manuel Albano

O reforço dos programas de valorizaçãodas artes, a nível nacional e internacional,são os desafios para este ano da direcçãoda União dos Artistas Plásticos Angolanos(UNAP), afirmou, ontem, em Luanda, osecretário-geral da instituição.Tomás Ana Etona garantiu que recuperar

o prestígio e tornar a UNAP numa insti-tuição de renome, capaz de defender osinteresses da classe são objectivos quecontinuam a fazer parte das prioridadesda direcção.O responsável da UNAP destacou, ainda,

a intenção de melhorar permanentementea condição social dos associados.A UNAP, destacou, só poderá alcançar

novos horizontes com uma aposta fortena diversificação dos produtos artísticos,melhoria das condições infra-estruturais,formação de quadros capazes de gerarrendimentos dignos aos associados. “Osmembros precisam de continuar apostarna formação contínua, para melhorar aqualidade dos seus trabalhos”.Três anos depois de ter sido reeleito

secretário-geral da UNAP, para o quadriénio2017-2021, Etona mostra-se optimista empoder ver maior participação da antigageração, no sentido de trocar experiênciacom a nova geração dos artistas plásticos.“É importante que exista uma maior apro-ximação entre os membros fundadores ea nova geração de artistas, de forma quetodos possam contribuir com ideias namelhoria dos programas de acção em vigor”.

O conflito de interesses entre algunsmembros, disse, tem criado constran-gimentos na implementação e materia-lização de projectos ligados às artes,facto que tem merecido uma atençãoespecial da direcção da UNAP. “Queremos membros que nos ajudem

com ideias construtivas e não apenasdispostos a aproveitarem-se dos erroscometidos pela direcção para tirar proveitosem actos nada abonatórios à unidade daclasse”, esclareceu.Referiu que com pouco mais de 400

membros inscritos, a UNAP pretende darnovo dinamismo aos programas de acçãopara procurar mais que haja espaços dedebates entre os membros, tornando ainstituição um espaço aberto para o diálogo,assente na gestão participativa.Apesar dos altos e baixos, Etona con-

sidera o trabalho em equipa a formamais consensual para se ultrapassaremos principais desafios da instituição,um dos quais é sair da apatia em que ainstituição está.Quanto à situação financeira da ins-

tituição, o secretário-geral da UNAP disseque os poucos recursos existentes têmservido, basicamente, para a resoluçãode problemas internos e pagamento desalários a funcionários.Os esforços do Executivo na criação

de políticas de incentivo ao investimentoe a participação mais activa dos empre-sários, disse, deve continuar a ter semprecomo foco a materialização da protecçãodos direitos de autor.

ANIVERSÁRIO DA CIDADE DE LUANDA

Matadi Makola

O grupo de rebita Novatosda Ilha actua, amanhã, às17h00, no Centro CulturalBrasil-Angola (CCBA), numaorganização da ComissãoAdministrativa de Luanda.A performance do histórico

grupo da cultura axiluanda,enquadra-se nas festividadesdo 444º aniversário da cidadede Luanda, a ser celebradono sábado. Segundo Horácio dá Mes-

quita, presidente executivodo grupo, a rebita deve serlevada em grande consideraçãopor se tratar de um produtocultural típico, que ao longode mais de meio século aindamantém as características.“Temos o mesmo cancioneiro,tanto que muito dos registosmusicais já foram utilizadosem temas de semba. Infeliz-mente, a rebita está quase emextinção, porque ninguémnos contrata”, lamentou.Para a presente edição do

Entrudo de Luanda, Horáciodá Mesquita avançou que oUnião Giza do Rangel vaihomenagear os Novatos daIlha. “É por essa razão quenos organizamos bem paraensaiarmos a canção com aqual vamos dançar na nossa

homenagem. Foi um gestobonito da parte desta agre-miação carnavalesca, que selembrou de nós”, disse. Pelo papel inestimável na

cultura de Luanda e impor-tância dentro da panorâmicacultural de todo o país, o Nova-tos da Ilha é detentor do Pre-mio Nacional de Cultura eArtes de 2015, na categoriade dança, pelo “trabalho degrande relevância que desen-volve, tendo, ao longo de déca-das, não só preservado comointroduzido inovações nassuas coreografias, emboranão desconfigure a estrutura

UNAP busca soluções para recuperar prestígio

NOVOS DESAFIOSPAULINO DAMIÃO | EDIÇÕES NOVEMBRO | ARQUIVO

BAÍA DE LUANDA

Festival “Kaluanda Fest” reúne talentos nacionaisMário Cohen

“Kaluanda Fest” é o títulode um festival multidisci-plinar que está a ser reali-zado, na capital, para saudaros 444 anos da cidade deLuanda, que se celebramno sábado.Entre as principais atrac-

ções artísticas do festival,está o espectáculo da BandaMovimento, às 18h00, naBaía de Luanda, afirmou opromotor da iniciativa,Josemar Afonso.A banda Movimento, per-

tencente à Rádio Nacionalde Angola (RNA), é consti-tuída por Chico Madne eNino Gomes (teclados),Teddy Nsingui (viola solo),Quintino (guitarra ritmo),Mias Galheta (baixo), RomãoTeixeira (bateria), CorreiaMiguel (percussão), Massoxi(voz e dikanza), Mister Kim(vocalista principal), BethTavira e Dorgan Nogueira“Gigi” (coros) e Bigodinho(suporte técnico). Fundadaa 2 de Março de 1999, numainiciativa do MovimentoEspontâneo, a banda já foidistinguida em actividadesculturais, pelo contributodado à música angolana.Amanhã a programação

tem como destaque a reali-zação de concertos musicais,denominados “Pocke tShow”, a ter lugar no Taylor’sBar, na Baixa de Luanda,pelas 19h00, com partici-pação de Cirius Vibez, Antó-nio Paciência e Bona Ska. Osgrupos de teatro Amor a Arte

e Ketua-Nzambi, que actuamsexta-feira, às 19h00 e às20h30, no Palácio de Ferro,em Luanda, têm sido as prin-cipais atracções do festivalno domínio da dramaturgia,tendo, ainda, ontem, reali-zado duas actuações noespaço Elinga Teatro. A partir de sábado, até

domingo, a organizaçãorealiza um passeio históricoe “abre as portas” à feiraKaluanda na Ba ía , das10h00 às 22h00, com zonasinfantis, de restauração,venda de livros, oficinasde dança e artes plásticas,assim como um ciclo decinema ao ar livre.Além dos espectáculos

de teatro e música estão,também, a ser desenvolvi-das outras actividades, liga-das a gastronomia, com aparticipação de diversosrestaurantes da cidade capi-tal, com pratos típicos devárias regiões do país ,denominada “KaluandaFood & Taste”.No âmbito das celebra-

ções dos 444 anos da cidadede Luanda, a produtora Paidos K realizou, na sexta-feira e no sábado, na Mar-ginal da Praia do Bispo, o“Fest Show - Cidade deLuanda”, com actuação de20 cantores, com realce paraEva Rap Diva, Mona Nicastro,Papa Swegg, Diclas One, PaiDiesel, Flor de Raiz, NelmaFélix, Fábio Dance, SamaraPanamera, Puto Dino, K2Fofoca, Abiude, Edmilson,Mami Táxi e Puca Py.

Executantes da rebita chamam a atenção para a protecção da dança

JOÃO GOMES | EDIÇÕES NOVEMBRO

“Atlântico: Angolae SãoTomé e Príncipe Con-temporâneo” é o títulode uma mostra colectivade 11 artistas angolanose um santomense a serinaugurada, hoje, às18h00, na galeria de arte“Circle Art”, em Nairobi,Quénia, ficando patenteaté 21 de Fevereiro.Para Dominick Maia

Tanner, curador da mos-tra, este convite da gale-ria de arte “Circle Art”é um bom exemplo “danecessidade de unir asdivisões “dentro do con-tinente, criar diálogoentre artistas, públicos,académicos e críticos deÁfrica e Ocidental, e“intensificar a narrativa‘Sul-Sul’”. A primeira exposição

da “Circle Art” para2020 é uma combina-ção de mestres e artistasemergentes que vivemem Angola e na diás-p o ra . “ E s t e t e rmoAtlântico foi escolhidopropositadamente paramostrar uma exposiçãode , cuja inspiração,mesmo que vivam nadiáspora, é Angola eSão Tomé e Príncipe”. Dominick Maia Tan-

ner referiu que emboraa guerra civil, de 27anos, em Angola tenhaterminado em 2002, asociedade sofre, ainda,influências do conflito.

Artistasexpõem no Quénia

“CIRCLE ART”

Novatos da Ilha actuam amanhã de base do grupo”, apontouo então presidente do júri,António Fonseca.A importância do grupo

voltou a ser distinguida, noano passado, quando arebita foi elevada, no mêsde Abril, a património cul-tural imaterial nacional,pelo Ministério da Cultura.Fundado há mais de 50 anosna Ilha de Luanda, o grupoNovatos da Ilha tem apos-tado na preservação e divul-gação da dança rebita. Aolongo deste tempo, maisde seis gerações já passarampela rebita.

UNIVERSIDADE LUIJI A’NKONDE

Cultura assina acordo de cooperaçãoO Ministério da Cultura e aUniversidade Luiji A’nkondeassinaram ontem, em Luanda,um protocolo de cooperação,para assegurar a realizaçãode actividades e iniciativasdestinadas à identificação,conservação, valorização edivulgação do patrimóniohistórico e cultural.O protocolo, assinado pelo

Reitor da Universidade LuijiA’Nkonde, Carlos Yoba, e adirectora do Instituto Nacionaldo Património Cultural, CecíliaGourgel, tem validade de qua-tro anos e assenta nas áreasde formação, em particularos estudos e investigações

sobre o património históricoda Lunda-Norte. O docu-mento prevê, ainda, a par-ticipação de académicos,nos vários estudos sobre opatrimónio histórico local,assim como na promoçãode acções para a candidaturados “Sonas”, conhecimentoe prática matemáticas, feitosna areia, ao PatrimónioImaterial da Unesco.O desenvolvimento de

programas de colaboraçãocultural, científica e técnica,com maior incidência nopatrimónio da região, cons-tam do protocolo, que inclui,ainda, o fornecimento da

documentação e materiaisnecessários para a salva-guarda dos referidos bens.As partes acordaram, tam-bém, disponibilizar o acessoaos arquivos para consultade documentação, prestarassessoria técnica nas áreasespecializadas da ULAN eao Instituto Nacional doPatrimónio Cultural, deforma a garantir a qualidadeda investigação. O protocolo prevê ainda

a adopção de medidas pre-ventivas para conservar oPatrimónio Histórico Cul-tural e acções de formaçãoa nível nacional.

Page 30: NO PRIMEIRO DIA NESTA EDIÇÃO Linha de denúncias da IGAE...2020/01/22  · tralidade do Zango 5, em Luanda, começa na segunda-feira. De acordo com o secretário de Estado da Habitação,

30 DESPORTO Quarta-feira22 de Janeiro de 2020

Amândio Clemente | Radès

A Selecção Nacional séniormascu l ina de andebo ldefronta, hoje, às 16h00, noPavilhão do Complexo Olím-pico de Radès, a similar doEgipto, na disputa do pri-meiro lugar do Grupo I dafase do título da 24ª ediçãodo Campeonato Africano dasNações, que decorre, na capi-tal tunisina, Tunis, até ao dia26 do corrente.Apesar de as duas selec-

ções já terem garantido aqualificação para as meias-finais, com quatro pontoscada uma, antevê-se um jogorenhido, já que em causaestá a liderança da série, quecoloca teoricamente umadversário menos compe-tente, na disputa por umavaga na final.Para os Guerreiros, bas-

tante motivados e com von-tade de mostrar que os Faraósestão ao mesmo nível, seráum jogo de alto grau de difi-culdade que pretendemsuperar, pois, nos confrontosnesta competição têm saídosempre em desvantagem.Mas, a rapaziada, liderada

por Nelson Catito quer ter-minar com o ciclo de derrotasfrente aos egípcios, depois de

Amândio Clemente | Radès

O desafioentre Tunísia e Argé-lia é aguardado com enormeexpectativa, e o Pavilhão doComplexo Olímpico poderegistar hoje a presença deum grande número de espec-tadores, dada a envolvênciaque rodeia o encontro.Marcado para as 18h00,

o desafio promete ser degrande nível pela excelentequalidade dos contendores,apesar de o favoritismo recairpara os anfitriões, que aliamo virtuosismo dos jogadoresao empurrão vindo das ban-cadas para vencer o jogo,que garante a primazia nogrupo e evita o confrontocom o primeiro da outrasérie, nas meias-finais.Os dois conjuntos vão

jogar sabendo quem venceuo outro grupo, pelo que seadivinha um desafio muitotáctico, com as equipas aprocurarem explorar os errosde ambas. A jogar em casa,

a Tunísia é obrigada a assumiras despesas e a arriscar mais,o que pode ser aproveitadopela Argélia para desferir con-tra-ataques letais, e com issoenervar o opositor, levandoágua para o seu moinho.A selecção anfitriã tem

sido implacável com osadversários não lhes dandoveleidades. Mas, os argelinosentram em campo com alição preparada para con-trariar os tunisinos.No outro jogo da série,

Marrocos vai enfrentar, às14h00, certamente dificul-dades para suplantar a aguer-rida formação cabo-verdiana,equipa sensação, que fez aestreia na competição mastem dado luta e surpreendidopela positiva quem acom-panha o desenrolar da prova.Os marroquinos são apon-

tados como favoritos pelamaior experiência nestaslides, mas vão ter de utilizartodos os argumentos paravergar a formação lusófona.

terem conseguido quebrar oenguiço na terceira final contraeles nos Jogos Africanos,proeza que pretendem repetiragora nesta competição, ondeambicionam quebrar a bar-reira do terceiro lugar. Aliás, o discurso dos joga-

dores aponta a conquista dotítulo continental como ameta a atingir nesta ediçãoda prova, o que passa porvencer todos os adversários.Por seu turno, o Egipto,

com a entrada de alguns joga-dores mais experientes nestaprova, contrariamente aosque levou para os Jogos Afri-canos, também tem comometa alcançar o lugar maisalto do pódio, para recon-quistar o ceptro perdido paraa Tunísia, na edição passadadisputada no Gabão, em 2018. No último confronto no

africano das nações, a Selec-ção Nacional perdeu, por25-29, para o Egipto, emdesafio da fase preliminardo Grupo B, jogado a 21 deJaneiro de 2018.Para chegarem a esta fase

da competição, as duas selec-ções somaram quatro vitórias.O “sete” nacional bateu aNigéria, 30-24, a Líbia, 20-19, e o Gabão, 31-26, na fasepreliminar e derrotou a RDC,30-25, na primeira jornada

do Grupo I da fase de disputado troféu. Angola marcou atéaqui 111 golos e consentiu 94.O Egipto ganhou a Guiné

Conacri, 39-22, Quénia, 44-19, e a RDC, 28-19, na pri-meira etapa. Na segundaetapa venceu o Gabão, 36-17. Marcou 147 e sofreu 77.Os números dão teorica-

mente favoritismo ao con-j un to do Mag reb , ma sconforme afirmou o presi-dente da Federação Angolanada modalidade, Pedro Godi-nho, para o combinadonacional daqui para frente“seja o que Deus quiser”. Os Guerreiros consideram

que as estatísticas não ven-cem jogos, pelo que prome-tem lutar e contrariar aspretensões dos faraós, paraevitarem o confronto comos donos da casa nas semi-finais. Aliás, a mesma pre-tensão do adversário.Deklerk Sibo, o rosto que

tem dado a cara nas confe-rências de imprensa, tem rea-firmado a determinação dogrupo em superar a barreirado terceiro lugar “queremoschegar à fase de decisão elevar a taça para casa”. “Estamos focados na con-

quista do título e conseguir avaga nos Jogos Olímpicos deTóquio”, sublinha o jogador.

VIGAS DA PURIFICAÇÃO | EDIÇÕES NOVEMBRO

Duelo magrebino é aguardado com enorme expectativa

CAMPEONATO DAS NAÇÕES DE ANDEBOL MASCULINO DESPIQUE PELA LIDERANÇA

SOLIDARIEDADE

Tunísia e Argélia aquecemnoite friorenta em Radès

VIGAS DA PURIFICAÇÃO | EDIÇÕES NOVEMBRO

Repetir a proeza dos Jogos Africanos em que conquistaram a medalha de ouro é o objectivo

Guerreiros querem quebrarenguiço frente aos Faraós

Silva Cacuti

A Associação Angolana deTreinadores de Andebol(AATA) reúne-se, nos pró-ximos dias, para analisar etomar uma posição sobre ojá designado “Caso FilipeCruz” , em função dos últimoscontornos, anunciou EdgarNeto, presidente de direcção.“Fruto de tudo que se está

a passar, achámos por bemdeixar terminar os campeo-natos nacionais de juniores,porque alguns dos nossosmembros estiveram envol-vidos. Portanto, agora pode-mos reunir para analisar oassunto e emitir um comu-nicado”, anunciou.O líder dos treinadores

angolanos não avançou adata da reunião, por estardependente da confirmaçãoda maioria dos treinadores.Em recentes pronun-

ciamentos, Pedro Godinho,presidente da federaçãoangolana e vice-presidenteda confederação africanaaventou a possibilidade

da i n s tau ração de uminquérito, por parte doConselho de Disciplinadaquela confederação. Godinho é visado por

Filipe Cruz, como autor dachamada telefónica queinviabilizou a sua contrataçãopela federação congolesa deandebol. O responsável disseque qualquer que seja a posi-ção da AATA vai basear-senos estatutos.Em finais de Novembro,

Filipe Cruz anunciou a saídado comando técnico daSelecção Nacional séniormasculina,ao mesmo tempoque deu a conhecer o interesseda República Democráticado Congo em contratá-lo,visando o CAN, prova quedecorre na Tunísia. Dias depois o treinador

veio anunciar o desenlace,por a lguém a par t i r deLuanda ter feito um alegadotelefonema para a Confe-deração Africana de Andebol(CAHB), o que levou a estru-tura continental a interferirno processo.

Associação de treinadoresanalisa caso de Filipe Cruz

Catito e pupilos ambicionam terminar no primeiro lugar do Grupo I e colocar fim ao ciclo de desaires com o Egipto

República Democrática doCongo e Gabão abrem o diade competição, às 12h00, noPavilhão de Radès, para adecisão do terceiro lugar doGrupo, depois das derrotasde segunda-feira, 30-25 e 63-17, frente a Angola e Egipto,respectivamente.

Uma partida que se antevêequilibrada, onde o vencedorpode ser encontrado nos deta-lhes. Os treinadores dos doisconjuntos queixaram-se docansaço dos jogos seguidos,

embora os congoleses tenhamfeito menos uma partida, porterem ganho por falta de com-parência ao Quénia, na jornadainaugural da fase preliminarda competição.

Ambas ocuparam o segundolugar das respectivas séries eperseguem a melhoria da clas-sificação. As duas equipas têmos guarda-redes como os prin-cipais esteios, particularmenteo da selecção gabonesa que,além de defender bem, tambémparticipa nas acções ofensivas,

com excelentes assistênciaspara golo, como aconteceu numconfronto com os angolanos.

A formação congolesa dispõetambém de duas boas opçõespara a baliza, assim como ummeia distância desequilibrador,Kawola Kiangebeni, capaz defazer a diferença.

Este é um desafio de desfechoimprevisível, dada a qualidadeequiparada dos contendores.A equipa que cometer o menornúmero de erros vai certamentevencer a partida.

RDC e Gabão procuram escapar da cauda

AmanhãANGOLA - Egipto

Tunísia - Argélia

Gabão - RDC

Cabo Verde - Marrocos

xxxxxxxx

Quénia - Nigéria / 12 h00

C.Marfim - Congo / 14 h00

Líbia-Guiné / 16 h 00

Camarões-Zâmbia / 18 h00

Jogos de HojeRDC-Gabão /12 h 00

Marrocos - Cabo Verde /14 h00

Angola-Egipto/16 h00

Tunísia-Argélia/18 h00

Calendário

Resultados da últimaronda

ANGOLA - RDC (30-25)

Egipto - Gabão (28-19)

Cabo Verde -Argélia ( 23-25)

Tunísia - Marrocos (31-24)

No pavilhãode Hamametdisputam-se os jogos dasclassificativas do oitavoao 16º lugares e hoje o car-taz inscreve os jogos Qué-nia -Nigéria, às 12h00,Costa do Marfim - Congo,14h00, Líbia - Guiné,16h00, e Camarões - Zâm-bia, às 18h00.Na segunda-feira dis-

putou-se a jornada inau-gural. O Quénia perdeufrente à Líbia, por 26-27,numa partida pautadapelo equilíbrio do prin-cípio ao fim. Ao intervalo,o Quénia vencia por 12-10, mas os líbios deram avolta ao resultado na pontafinal do encontro.A Costa do Marfim não

teve dificuldades para batera Zâmbia, por 39-24,quando ao intervalo já ven-cia por 20-14, ao passoque a Guiné Conacri der-rotou a Nigéria, por 30-24, com 16-1 ao intervalo.Equilibrado foi igualmenteo jogo Camarões - Congo,com triunfo dos congolesesde Brazzaville, por 25-24. Ao intervalo, o marca-

dor registava 12-11, a favordos camaroneses.

Equipascomeçama discutirhoje melhoresposições

Classificativas

Page 31: NO PRIMEIRO DIA NESTA EDIÇÃO Linha de denúncias da IGAE...2020/01/22  · tralidade do Zango 5, em Luanda, começa na segunda-feira. De acordo com o secretário de Estado da Habitação,

31Quarta-feira22 de Janeiro de 2020DESPORTO

A Selecção Nacional SéniorMasculina de futsal defrontao Maculusso, hoje às 17h00,no Pavilhão Anexo I da Cida-dela, em Luanda, no âmbitoda preparação para a disputado Campeonato Africanodas Nações (CAN), a ter lugarde 28 de Janeiro a 7 de Feve-reiro, nas cidades de Casa-blanca e Laâyoune, Reinode Marrocos.O seleccionador Ben-

vindo Inácio deve aprovei-tar o desafio para observara condição física dos joga-dores, bem como anotaralguns aspectos negativosdo grupo, a serem corrigidosno treino de amanhã, nomesmo recinto. Na sexta-feira, após o

sétimo e último desafio amis-toso, diante de um misto deLuanda, o treinador vai divul-gar os 14 atletas que estarãona fase final do CAN.A equipa nacional está

desde segunda-feira à noiteem regime de concentração,numa unidade hoteleira nobairro Morro Bento.

Ontem o grupo cumpriuum t r e i n o d i n âm i c o ,dominado pelo ensaio demovimentos defensivos eofensivos. Benvindo Ináciointerrompeu várias vezesa sessão, para corrigir oposicionamento e acçõesdos atletas.Nesta fase da preparação

tem sido privilegiada a rea-lização de exercícios combola, para melhorar a efi-cácia dos avançados e osdetalhes defensivos.A Selecção Nacional viaja

na madrugada de domingopara o palco do Africano. Aseguir à chegada, cumpreum treino ligeiro destinadoà recuperação dos atletas.A estreia na competição

acontece no dia 29, às 21h30,diante de Moçambique(cumpre estágio em Portugal)na Arena Hizam Hall.Antes da partida, a Selec-

ção Nacional efectua umtreino, para o acerto de situa-ções de jogo. Benvindo Inácio está a

trabalhar com os atletasChico, Neblu, Gomito, Leo,Man Tó, Dabino, Mano Sele,Kaluanda, Nuno, Jó Marrés,Nuno, Bebucho, Nono, Dias,Prado e Fábio Fernandes.O guarda-redes Neblu,

recuperado de paludismo,regressou à preparação naúltima sexta-feira.

António Cristóvão

CAN DE FUTSAL

Selecção Nacionaltesta na Cidadela com o Maculusso

M. MACHANGONGO | EDIÇÕES NOVEMBRO

Antigo adjunto assume agora a função de principal

PREPARAÇÃO PARA A CHAMPIONS

António de Brito

O plantel do 1º de Agosto,tetracampeão angolano, rea-liza hoje, às 16h00, o últimotreino no Estádio França“Ndalu”, antes do embarqueamanhã, para a cidade deNdola, Zâmbia, onde defrontano sábado, o Zesco United,em jogo referente à quintajornada do Grupo A da Ligados Clubes Campeões Afri-canos de futebol.No derradeiro ensaio, a

seguir à preparação física dosjogadores, o técnico DraganJovic dedica atenção especialaos trabalhos tácticos.Antes de finalizar a sessão,

Dragan Jovic reparte o grupopara realizar um jogo treinoem campo reduzido. O objec-tivo é observar a movimen-tação dos atletas e corrigiro posicionamento destes.Ainda hoje, Jovic escolhe os20 jogadores.Para a viagem à Zâmbia,

o técnico volta a estar privadode Zito Luvumbo e YazidAtouba, ambos lesionados.O internacional angolanocontraiu lesão no “dérbi” dedomingo frente ao ProgressoSambizanga. Este é o quinto

jogo da Liga dos Campeões,que Zito Luvumbo falha. Nos dois primeiros desa-

fios, Luvumbo representavaa Selecção Nacional Sub-17,no Mundial do Brasil. Nasduas últimas partidas, recu-perava de uma entorse notornozelo esquerdo. O joga-dor camaronês falha o quartoencontro, depois da estreiano Cairo diante do Zamalekdo Egipto.Apesar das contrariedades

na equipa, a formação militartreina com enorme entu-siasmo, uma vez que perse-gue à primeira vitória nacompetição, de modo a aban-donar o último lugar da série.O comandante e detentor

do título do Girabola viajaamanhã, para a Zâmbia, nomáximo da força, com umadelegação composta por 40elementos, entre jogadores,treinadores, pessoal de apoio,dirigentes, jornalistas e oficialda Federação Angolana deFutebol (FAF). Na sessão de ontem, Dra-

gan Jovic privilegiou o trabalhofísico e técnico com bola,sendo que os titulares frenteà formação sambila fizeramapenas corridas ligeiras.

Rubro e negros fazemúltimo treino em Luanda

BASQUETEBOL

Juscelino da Silva

A direcção do 1º de Agosto,liderada por Carlos Hendrick,anunciou ontem a entradado técnico Walter Costa, emsubstituição de Paulo Macedo,afastado do comando técnicoda equipa de basquetebolsénior masculina, por mausresultados, apurou ontem oJornal de Angola de fonte doclube militar.Walter Costa, que até então

ocupava o cargo de treinadordos cadetes feminino chegaà equipa principal de bas-quetebol dos militares do RioSeco, para uma missão quese adivinha espinhosa. O novotécnico vai trabalhar com osadjuntos de Paulo Macedo,nomeadamente AníbalMoreira, Miguel Lutonda eJean Jacques da Conceição.Para demissão do técnico,

contribuiu o último desaireaverbado pela equipa frente

ao “arqui-rival” Petro deLuanda, em que perderamem pleno Pavilhão VictorinoCunha, por 72-77. Antes, osrubro e negros haviam per-dido por onze pontos de dife-rença frente ao Interclube.Os resultados adversos e

a pressão da massa associa-tiva sobre a direcção do ClubeCentral das Forças ArmadasAngolanas tiveram forteinfluência na tomada dedecisão da direcção, apesardo vínculo contratual dePaulo Macedo expirar apenasem 2022.Refira-se que Macedo

rendeu o espanhol RicardCasas, igualmente afastadopor maus resultados. Noregresso à equipa principalagostina, o treinador ajudoua conquistar cinco títulosem sete possíveis, sendo aúltima edição da Liga dosClubes Campeões Africanoso momento mais alto.

Walter Costa substituiMacedo no 1º de Agosto

Honorato Silva

A Selecção Nacionalde Hon-ras de futebol vai disputar asegunda fase da zona africanade apuramento para o Mun-dial de 2022, a ter lugar noQatar, inserida no Grupo F,ao lado das similares doEgipto, candidata a ocuparo primeiro lugar, Líbia eGabão, ditou o sorteio rea-lizado ontem à noite, nacidade do Cairo.Colocados no Pote 4,

reservado aos países com apior classificação entre asselecções habilitadas para areferida etapa de qualifica-ção, os Palancas Negras vãodiscutir, a partir de Outubro,durante exactamente umano, o direito de marcar pre-sença na última barreira.Comandada pelo portu-

guês Pedro Gonçalves, pro-movido dos Sub-17 aosseniores, a equipa nacional,que deixou pelo caminhoa congénere da Gâmbia,está na corrida como umadas menos competitivas,a julgar pelo posiciona-mento nos “ranking” afri-cano e mundial.O Egipto, anfitrião da

última Taça das Nações, eli-minado nos oitavos-de-finalpela África do Sul, tem amaior força competitiva entreos quatro países que com-põem a série. MohamedSalah, estrela do sensacionalLiverpool da Inglaterra, é aprincipal referência dosFaraós, apostados em corrigiro enguiço registado na festado futebol continental.A selecção do Gabão surge

como segunda força, comrelativo ascendente sobre aLíbia, país assolado pela ins-tabilidade política e militar,

que obriga a equipa a com-petir em terreno neutro. Ape-nas a democracia, traçocaracterizador do “desportorei” , fértil em protagonizarsurpresas, acende uma réstiade esperança para os Palan-cas Negras.No Grupo A, a Argélia,

campeã africana, é candidataa assumir a primazia na dis-puta com o Burkina Faso,Níger e Djibouti. As Raposasdo Deserto, lideradas emcampo pelo cerebral RiyadMahez, do Manchester City,tem mais argumentos na dis-cussão do passe.Em fase de reestruturação,

a Tunísia é a principal forçano Grupo B, ao lado da Zâm-bia, Mauritânia e GuinéEquatorial. Pouco afirmativasno CAN, as Águias de Cartagopossuem argumentos parachamarem a si a qualificação,numa série em que, à partida,terão a concorrência dos Chi-polopolo zambianos.A Nigér ia é o “car ro

chefe” do Grupo C, integradopelo lusófono Cabo Verde,República Centro Africanae Libéria. As Super Águiassão, por força do posicio-namento classificativo, favo-ritas ao primeiro lugar, comoposição dos Tubarões Azuiscabo-verdianos.

Choque de colossosO Grupo D reserva um cho-que de gigantes, por juntarCamarões e Costa do Mar-fim, concorrentes maiscapazes na comparação comMoçambique e Malawi. OsLeões Indomáveis têm emagenda dois jogos equili-brados frente aos Elefantes,que procuram regressar aostempos áureos, como potên-cia no continente.

Mali, Uganda, Quénia eRuanda criam um quadrode equilíbrio no Grupo E,enquanto no G o despiquedirecto opõe o Ghana à Áfricado Sul, com o Zimbabwe ea Etiópia a completar a série.Estrelas Negras e BafanaBafana estão alguns furosacima dos adversários.O Senegal de Sadio Mané,

vice-campeão africano, temvoz de comando no GrupoH, que integra ainda Congo,Namíbia e Togo, países quevão procurar contrariar ofavoritismo. Marrocos, Guiné,Guiné Bissau e Sudão for-mam o Grupo I, onde osLeões do Atlas e o Sily Nacio-nal são os mais capazes.A fechar, o Congo Demo-

crático destaca-se no GrupoJ, no qual terá a companhiado Benin, Madagáscar e Tan-zânia. Os malgaxes, um dosdestaques do CAN do Egipto,prometem continuar a sur-preender a elite africana,com futebol apelativo.A segunda fase apura os

vencedores dos dez grupos,para um emparceiramento,por sorteio, com vista a deci-são, em eliminatória directaa duas mãos, dos ocupantesdos cinco lugares reservadosà África. No Mundial de 2018,na Rússia, Senegal, Nigéria,Egipto, Marrocos e Tunísiarepresentaram o continente.Os países com o maior

número de jogadores a evo-luir na Europa têm dominadoa corrida à prova mundial,pela maior rodagem com-petitiva adquirida nos cam-peonatos e nos principaistorneios de clubes. Raras sãoas vezes que selecções com-postas por futebolistas queactuam em África conse-guem a qualificação.

CORRIDA AO MUNDIAL DO QATAR

M. MACHANGONGO | EDIÇÕES NOVEMBRO

Grupo às ordens de Pedro Gonçalves começa a jogar a fase de apuramento em Outubro

Angola disputa passeno grupo do Egipto Sorteio realizado ontem pela Confederação Africana

de Futebol ditou a presença do combinado nacional na Série F

AGOSTINHO NARCISO | EDIÇÕES NOVEMBRO

Page 32: NO PRIMEIRO DIA NESTA EDIÇÃO Linha de denúncias da IGAE...2020/01/22  · tralidade do Zango 5, em Luanda, começa na segunda-feira. De acordo com o secretário de Estado da Habitação,

QUA22JAN

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A L T O

B A I X O

EducaçãoFormação de professores

MundoJornalistas assassinados

Infelizmente, ainda se assiste,pelo mundo, assassinatos deprofissionais cuja missão é, so-mente, relatar os acontecimen-tos. O último relatório da UNES-CO indica, por exemplo, que sóno ano passado, foram assas-sinados 56 jornalistas. Apesarde o número ser inferior aos99 registados no ano anterior,o quadro não deixa de ser som-brio. O mais preocupante, se-gundo o documento, é que avida do jornalista não está ape-nas ameaçada em cenários deguerra, mas também quandoinvestigam políticas locais, cor-rupção e crime. Uma triste rea-lidade em pleno século XXI.

Informações avançadas pelo Mi-nistério da Educação dão contaque 30 mil professores do ensinoprimário estão a receber formaçãopara melhorar o desempenhono Ano Lectivo que está às portas.Uma estratégia a todos os níveislouvável, porque, sendo o ensinoprimário a base da educação, éimportante que o formador estejadevidamente preparado paratransmitir, adequadamente, osconhecimentos que vão moldaro futuro cidadão. Está mais doque visto que muitos problemaséticos e morais vividos pelas so-ciedades estão relacionados coma deficiente formação dos alunosna base. Isto muito por culpa dafalta de preparação dos profes-sores. Desta vez, a formação recaipara Língua Portuguesa e Mate-mática. Como para crescer é pre-ciso aliar-se aos mais desenvol-vidos na matéria, a formação éministrada por formadores doMagistério Primário com apoioda Fundação Calouste Gulbein-keian de Setúbal, de Portugal.

A companhia de aviaçãoSonair inaugurou ontem,em Luanda, um novo Han-gar para apoiar as operaçõesde voos de suporte daindústria de petróleo e gás.A infra-estrurtura

deverá ser operada pordois helicópteros de marcaAugusta AW 139 e AW189.O objectivo é conferir maior

mobilidade dos respectivostécnicos e meios logísticosàs companhias petrolíferasnacionais e estrangeiras.Segundo o presidente daComissão Executiva daSonair, Rúben Costa, ainauguração dos serviços“representa o início de umanova etapa para a compa-nhia”, deixando para trás

as operações de voos decarreira para se dedicar aoseu “core business”, queé a exclusividade para ope-rações de suporte à indústriade petróleo e do gás.Informou que com a

aquisição das duas moder-nas aeronaves de hélicerotativa vai diminuir-se oscustos operacionais porparte da empresa, “umavez que o desgaste de partedos meios com que operavaimplicava altos custos na

manutenção e demais pre-cauções inerentes ao seubom funcionamento”.As aeronaves, com

capacidade de transportepara 12 e 16 passageiros,vão trabalhar no modelocontratual “leasing”, ouseja, prestação de serviçode aluguer por um períodode 12 meses, com tripu-lação composta por téc-nicos e pilotos italianos eangolanos.

Helder Jeremias

PETRÓLEO E GÁS

A ministra das Finanças,Vera Daves de Sousa, temdestacado, em Davos(Suíça), em diferentes pai-néis da 50ª edição doFórum Económico Mun-dial, a dinamização dopapel do sector privado epromoção do Programa dePrivatizações (PROPRIV),sublinhando a “vontadeeconómica acima derazões financeiras”.A participar no Fórum

Económico Mundial, aministra está a apresentara nova agenda económicado Governo angolano,liderado pelo PresidenteJoão Lourenço. Ontem, num encontro

promovido pelo conglo-merado financeiro inter-nacional DowJones / WallStreet Journal, Vera Davesmanifestou o interesse doExecutivo em mudar oactual paradigma econó-mico, dominado pelopetróleo, e reforçar a apostaem outros sectores comfortes potencialidades.“Pretendemos reduzir aburocracia e todas as bar-reiras que nos permitam

Novos meios para a Sonair

DR

DR

Privatizações são janelapara investimento externo

Ministra das Finanças destacou o plano de privatizações e a dinamização do sector privado

Ministro de Estado Manuel Nunes Júnior em Londres

Dois acordos na área dosPetróleos foram assinadosem Londres, à margem daCimeira de InvestimentoReino Unido-África, quedecorreu segunda-feira,testemunhados pelo minis-tro de Estado da Coorde-nação Económica, ManuelNunes Júnior. Foram signatários a

Agência Nacional de Petró-leo, Gás e Biocombustíveis(ANPG) e a petrolífera bri-tânica BP. O primeiro, paraaquisição de direitos deexploração do Bloco 18/15no offshore angolano, defineo processo e os termos geraispara a posterior celebraçãode um contrato de serviçoscom risco entre a ANPG eos parceiros do grupoempreiteiro do Bloco 18, jáem produção, e operadopela BP e que tem comoparceiros a Sonangol Pes-quisa e Produção e a Sonan-gol Sinopec International.“Este é um Acordo de

Princípios que nos permitirávoltar a ter um contrato e aconsequente actividade deprospecção numa área combastante potencial petrolíferoe onde já temos algumasdescobertas de óleo”, atestouo Presidente do Conselho

de Administração da ANPG,Paulino Jerónimo, acres-centando que “a BP, naqualidade de actual ope-rador do Bloco 18, está alta-mente engajada, o queaumenta a convicção devirmos a ter um programade trabalho ambicioso.”O Presidente Regional

da BP Angola, StephenWillis, afirmou que a ope-radora “está entusiasmadacom a oportunidade detestar uma nova área nooffshore angolano”. O segundo acordo fir-

mado entre a ANPG e a BPdiz respeito ao processo dedesminagem em Angola,no âmbito das acções deresponsabilidade social.Dá sequência a um memo-rando de entendimentoassinado com a ONG TheHaloTrust, visando o reforçodo trabalho de desminagemna província de Benguelaaté 2025. Os novos acordosestabelecem o aumento dofinanciamento para USD6,1 milhões, partilhadosentre fundos próprios e dosBlocos 18 e 31. O ministro dos Recursos

Minerais e Petróleos, Dia-mamtino de Azevedo, tes-temunhou a cerimónia.

O Ministério da Saúde doBrasil confirmou ontemum caso de febre hemor-rágica, doença que não eraregistada naquele país hámais de 20 anos. Segundo um comunicado

do Ministério da Saúde bra-sileiro, entre o início dos sin-tomas e a morte, o pacientepassou por três diferenteshospitais, sendo o último odas Clínicas da Faculdadede Medicina da Universidadede São Paulo. Não houvehistórico de viagem inter-

nacional. Durante o aten-dimento ao paciente infec-tado, foram realizadosexames para identificaçãode doenças, como febre-amarela, hepatites virais,leptospirose, dengue e zika,mas os resultados foramnegativos. Foram, então,realizados exames comple-mentares, no Laboratóriode Técnicas Especiais doHospital Albert Einstein, queidentificou o arena-vírus,causador da febre hemor-rágica brasileira.

melhorar o ambiente denegócios”, disse a minis-tra, destacando o conviteao sector privado em áreascomo o agro-negócios,turismo, serviços finan-ceiros e industrialização. A ministra das Finanças

falou ainda sobre as medi-das em curso no quadro daconsolidação fiscal e osdesafios que se colocamem matéria de políticasmacroeconómicas. Vera Daves de Sousa des-

tacou a introdução do IVA,medida que visa potenciara receita tributária nãopetrolífera e outras rela-cionadas com a reduçãoda despesa pública, comdestaque para a introduçãodos mecanismos de con-tratação pública. “Estamos a começar

também uma nova era detransparência e maior dis-ponibilização de informa-ção por parte dos orga-nismos ligados ao sectorfinanceiro”, afirmou aministra que destacou, tam-bém, a relevância do poderjudicial e dos organismosde inspecção no combate

à corrupção em Angola.Em Davos, a ministra das

Finanças participa, igual-mente, em sessões plenáriasdo Fórum Económico Mun-dial. Na agenda, consta aparticipação em painéiscomo “Governança daMoeda Digital”, “ Futurodos Mercados Financei-ros”, “Enfrentando osDesafios Gémeos deÁfrica”, entre outros.Vera Daves de Sousa

tem previstos encontroscom representantes doVTB Capital, Norfund,Fundação Bill e MelindaGates, Conselheiro Eco-nómico da Chancelleralemã, entre outros.Destaque ainda para os

encontros com os seushomólogos da Suíça eNigéria. A ministra dasFinanças faz-se acompa-nhar, nas sessões, pelaembaixadora de Angolana Confederação Suíça,Cecília do Rosário, do adidode Imprensa de Angolaem Genebra, António Nas-cimento, e do segundosecretário da Embaixada,Alberto Guimarães.

EM LONDRES

ANPG e a BP acordamexploração do bloco 18

O PRIMEIRO EM MAIS DE 20 ANOS

Brasil confirma caso de febre hemorrágica

VERA DAVES NO FÓRUM ECONÓMICO MUNDIAL