no nível alfabético

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  No nível alfabético, a criança escreve uma l etra para cada fonema, representand o-o de forma adequada, o que não significa, necessariamente, acerto ortográfico. É importante reconhecer que o aluno, ao escrever segundo a hipótese que construiu esta elaborando teorias inteligentes e interessantes sobre o funcionamento da língua. CARACTERISTICAS: *Compreende a função social da escrita: comunicação *Conhece o valor sonoro de todas ou quase todas as letras; *Compreende que cada letra corresponde aos menores valores sonoros da silaba *Procura adequar a escrita à fala * Faz leitura com ou sem imagem *Inicia preocupação com as questões ortográficas *Separa as palavras quando escreve frases *Produz textos de forma convencional CONFLITOS VIVIDOS PELA CRIANCA NESSA ETAPA *Por que escrevemos de uma forma e falamos de outra? *Como distinguir letras, silabas e frases? * Como aprender as convenções da língua escrita? Avanços *preocupações com as questões ortográficas e textuais (paragrafo e  pontuação) *Usar letra cursiva

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 No nível alfabético, a criança escreve uma letra para cada fonema,representando-o de forma adequada, o que não significa, necessariamente,acerto ortográfico.

É importante reconhecer que o aluno, ao escrever segundo a hipótese que

construiu esta elaborando teorias inteligentes e interessantes sobre ofuncionamento da língua.

CARACTERISTICAS:

*Compreende a função social da escrita: comunicação

*Conhece o valor sonoro de todas ou quase todas as letras;

*Compreende que cada letra corresponde aos menores valores sonoros dasilaba

*Procura adequar a escrita à fala

* Faz leitura com ou sem imagem

*Inicia preocupação com as questões ortográficas

*Separa as palavras quando escreve frases

*Produz textos de forma convencional

CONFLITOS VIVIDOS PELA CRIANCA NESSA ETAPA

*Por que escrevemos de uma forma e falamos de outra?

*Como distinguir letras, silabas e frases?

* Como aprender as convenções da língua escrita?

Avanços

*preocupações com as questões ortográficas e textuais (paragrafo e pontuação)

*Usar letra cursiva

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ATIVIDADES FAVORAVEIS

*Letra - Palavra - Texto

*Reconhecimento das formas e dos sons das letras isoladas

*Atividades de junção das letras para formar palavras

*Jogo com regras e/ou competições alternadas

*Atividades individuais

*Lista de verificação com palavras novas

* Listas de palavras escolhidas do contexto vivido recentemente pelas crianças

*Ditado para o professor: O aluno dita uma palavra, o professor escreve noquadro e o aluno transcreve no caderno

*Listas de palavras guias: com grafias que se equivalem.

*A analise do numero de silabas é feita oralmente. Trabalha-se muito o somdos pedaços, para se chegar ao som das letras

* jogos diversos: bingo de letras e palavras; forca; caca palavras; cruzadinhas;

e atividades de escrita

Nível silábico-alfabético 

A criança ensaia diversas soluções de compromisso sem conseguir absorver as perturbações que surgem e o abandono da hipótese silábica torna-senecessário. Apenas buscando uma divisão que vá além da sílaba, isto é,

 procedendo a uma divisão da sílaba em sons menores, é possível à criança

superar o conflito.Porém, isso não acontece de imediato. Durante este período ocorrem grandesoscilações entre escrita silábica e alfabética, dando lugar a leituras e escritasque geralmente começam silabicamente e terminam alfabeticamente.As principais características dessa fase de transição entre o silábico e oalfabético são:

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y  A criança pode acrescentar mais letras em uma palavra para representar o som de uma sílaba;

y  Pode ou não usar o valor sonoro convencional;y  Começa a fazer sílabas completas nas palavras com mais freqüência

quando estas palavras estão em um contexto;y  Começa a fazer a relação grafema/fonema;

Ainda não descobriu a relação existente entre consoante e vogal, ou seja, quea vogal muda o som da consoante; 

y  Em relação à leitura, é uma fase de grande conflito para a criança que pode ainda ler globalmente.

Nível alfabético 

A escrita alfabética constitui o final desta evolução. Ao chegar a este nível acriança já compreendeu que cada um dos caracteres da escrita corresponde avalores sonoros menores que a sílaba, e realiza sistematicamente uma análisesonora dos fonemas das palavras que vai escrever.Descobre que não basta uma letra por sílaba e que também não se podeestabelecer nenhuma regularidade duplicando a quantidade de letras por sílaba(já que há sílabas que se escrevem com uma, duas, três ou mais letras).Tudo isso, não significa que todas as dificuldades tenham sido superadas, poisa partir desse momento, a criança terá de se haver com as questõesortográficas (pelo lado qualitativo), uma vez que a identidade de som nãogarante a identidade de letras, nem a identidade de letra, a de som.A criança finalmente já percebe a estrutura e o funcionamento do sistema deescrita porque apropriou-se desse conhecimento através de sua re-construção.

QUANDO INICIA O PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO? 

É possível afirmar que o processo de alfabetização inicia quando ainda somos bebês, quando escutamos uma cantiga, quando ouvimos a voz carinhosadaqueles que nos afagam, quando manuseamos um livro, quando, finalmente,começamos a ver o mundo a fazer interpretações do espaço e das pessoas ao

nosso redor. Não é nenhum problema dar início a alfabetização formal ainda na educaçãoinfantil, basta que este processo seja privilegiado através do lúdico e deatividades coerentes a cada faixa etária. Atividades mimeografadas ouxerocadas para pintar ou colar sem nenhuma outra finalidade, trabalhar letrassoltas e desconexas, com a intenção de ler só por ler, contribuem pouco ounada para este processo. A criança nesta fase, ainda é um ser inseguro edelicado e seu mundo é egocêntrico e fantasioso. As particularidades desse

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desenvolvimento devem ser respeitadas e não devemos querer que esteaprendizado aconteça antes que ele realmente seja possível. Isso, não significaque a criança não deva ter contato com o mundo da escrita e da leitura, até

 pelo contrário, deve-se propiciar a criança o maior acesso possível a livros,revistas e jornais, possibilitando o manuseio destes diferentes tipos de

materiais.

CORRIGIR OU ACEITAR ± O ERRO NO PROCESSO DEALFABETIZAÇÃO? 

Uma das maiores dúvidas quando se fala em alfabetização, é sobre o papel doerro neste processo. O que fazer? Como lidar com tentativas frustradas deescritas? Corrigir ou aceitar?Partindo do princípio de que o erro é um processo de construção, que acriança só erra porque busca o acerto, devemos ter em mente que ele é fator 

fundamental no processo de aprendizado. Se a criança copia por copiar,cometerá erros referentes à falta de atenção, por não identificar uma ou outraletra, mas quando o erro é fruto da construção espontânea, onde mais do quecodificar ou decodificar um símbolo, é o entendimento e a expressão de umaidéia o que se busca, o erro acontecerá com mais freqüência. Devemos, então,observar em primeiro plano, o nível de aquisição da escrita em que a criançase encontra, pois cada nível possui suas particularidades e erros comuns a estaetapa.A correção é importante, cada vez que a criança repete o erro, pois oconsiderando como a opção certa, estamos permitindo que a realização deste

exercício motor, reforce a escrita incorreta no processo mental. Logo, énatural a criança reproduzir na escrita espontânea, aquilo que escuta quandofala (Kasa para casa), no entanto, reforçar este modelo, não contribuirá para aescrita correta. A melhor alternativa, seja em qual for a etapa em que a criançase encontra, é criar um conflito, para que ela elabore novas hipóteses para aescrita da mesma palavra.

 Na escrita espontânea, a criança por si, se dá conta de que há um erro, comisso, busca frequentemente o auxílio do educador para mostrar o que escreveu.Quando damos um elogio para um erro, além de reforçar a escrita incorreta,corremos o risco de cair no descrédito, pois a criança se dá conta que não é

 preciso escrever da forma correta e, logo, deixará de buscar o auxílio do

educador.Há várias formas de fazer uma intervenção, seja com questionamentos ouapenas mostrando a criança como se escreve. Ter em sala alfabeto móvel eoutras formas de visualização deste recurso, favorece a observação e acomparação da produção espontânea, com a forma correta de escrever. . Por isso, nesta fase de alfabetização, os exercícios que favorecem noçõestopológicas, desenvolvem a motricidade e a lateralidade, colaboram tanto paraa escrita correta de palavras.

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Conclui-se então, que observando uma criança vemos que ela aprende aengatinhar, a andar, a correr por si mesma, nunca por meio de lições verbaisdos adultos, mas muito através da necessidade e da imitação. A vida dacriança é uma sucessão de experiências de aprendizagem adquirida por elamesma, quando tem a oportunidade de interação. Ao chegar à escola, ela traz

consigo infinitas experiências e conhecimentos acumulados, conquistados por meio de exploração visual, auditiva, jogos, brincadeiras, conversas, passeios,contatos, brinquedos, que influenciarão no processo de aprendizagem.

 No processo de aprendizagem da leitura e da escrta, a criança defronta-se comum mundo cheio de atrações (letras, palavras, frases, textos) e se engajaráneste mundo muito mais facilmente se puder participar integralmente dele e seo processo for transformado num grande ato lúdico (participativo, inteligente,

 prazeroso), em oposição ao ato técnico (estático, repetitivo, mecânico) muito próprio das escolas. Portanto, podemos perceber a necessidade de serelacionar o processo de alfabetização com o lúdico, na forma de jogos e

 brincadeiras, que despertam o interesse e arrebatam a atenção das crianças,

tornando este processo recheado de significado.