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Oração para todos os dias Espírito Santo! Divino Espírito da luz e do amor. Consagro-te a minha inteligência, meu coração e minha vontade, tudo quanto sou, para o tempo e a eternidade. Que minha inteligência sempre atenda às tuas celestes inspirações e aos ensinamentos da Santa Igreja Católica, cujo guia infalível és Tu. Arda sempre meu coração de amor a Deus e ao próximo, e minha vontade concorde sempre com a vontade divina, de modo que minha vida se torne perfeita imitação da vida e das virtudes de Nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo, a quem, com o Pai e o Espírito Santo, sejam dadas honra e glória. Amém. Roteiro de re- flexão 1º Dia Sexta, 11 de maio EU TE PEÇO, ESPÍRITO SANTO: ILUMINA-ME! REFLITA: Na Bíblia, a Luz é um dos atributos mais frequentes de Deus. Curiosamente, aquele que se tornou o “príncipe das trevas” era o portador da luz, Lúcifer. Podemos entender me- lhor o que aconteceu com este “prín- cipe da luz” ou, como diz o profeta Ezequiel, um “querubim ungido para proteger” (Ez 28, 14), quando ouvi- mos as palavras de Jesus: “O olho é a luz do corpo. Se teu olho é são, todo o teu corpo será iluminado. Se teu olho estiver em mau estado, todo o teu corpo estará nas trevas. Se a luz que está em ti são tre- vas, quão espessas deverão ser as trevas!” Pe. Sérgio Luiz e Silva, C.SS.R. No Cenaculo 2018 Novena de Pentecostes ´

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Oração para todos os diasEspírito Santo!Divino Espírito da luz e do amor.Consagro-te a minha inteligência, meu coração e minha vontade, tudo quanto sou, para o tempo e a eternidade.Que minha inteligência sempre atenda às tuas celestes inspirações e aos ensinamentos da Santa Igreja Católica, cujo guia infalível és Tu.Arda sempre meu coração de amor a Deus e ao próximo, e minha vontade concorde sempre com a vontade divina, de modo que minha vida se torne perfeita imitação da vida e das virtudes de Nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo, a quem, com o Pai e o Espírito Santo, sejam dadas honra e glória. Amém.

Roteiro de re-flexão

1º Dia sexta, 11 de maio

EU TE PEÇO, ESPÍRITO SANTO: ILUMINA-ME!

RefLitA: Na Bíblia, a Luz é um dos atributos mais frequentes de Deus. Curiosamente, aquele que se tornou o “príncipe das trevas” era o portador da luz, Lúcifer. Podemos entender me-lhor o que aconteceu com este “prín-cipe da luz” ou, como diz o profeta Ezequiel, um “querubim ungido para proteger” (Ez 28, 14), quando ouvi-mos as palavras de Jesus: “O olho é a luz do corpo. Se teu olho é são, todo o teu corpo será iluminado. Se teu olho estiver em mau estado, todo o teu corpo estará nas trevas. Se a luz que está em ti são tre-vas, quão espessas deverão ser as trevas!”

Pe. Sérgio Luiz e Silva, C.SS.R.

No Cenaculo2018

novena de Pentecostes

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(Mt 6, 22-23). Olho em mau estado... Lúcifer só conseguia olhar para si mes-mo. Tornou-se cego por não suportar a Luz.

Olhos incapazes de ver, cegos que não querem enxergar, percepção embo-tada, visão turva, coração que não conse-gue perceber... Ninguém está isento dis-to. Ter olhos para ver o melhor do outro, para ter direção na vida, para olhar além dos obstáculos, para perceber a presença de Deus nas circunstâncias diárias; eiva-dos de esperança, ainda que tudo esteja escuro. Estes são os olhos que devemos pedir ao Espírito Santo. Esta é a súplica que, continuamente, precisa sair de nos-so coração: ilumina-me, Espírito Santo, pois “sem vós, Espírito Divino, cegos, só po-demos errar.”

RefRão:A nós descei Divina Luz (2x)Em nossas almas acendeio amor, o amor de Jesuso amor, o amor de Jesus!

MEDitE: João 9, 1-14

REzE:D. Ilumina meus olhos, Espírito Santo, para que eu possa ver além das aparên-cias meus irmãos e todas as realidades, como Tu mesmo as vês.todos: Não sejam meus olhos obscu-recidos pelo egoísmo e pelo orgulho, pela falta de fé e dureza de coração, por negligência ou ignorância. Vem, Espírito Santo, luz verdadeira.

D. Ilumina meus olhos, mas ilumina também meu coração para que eu possa discernir a Vontade do Pai.todos: Ilumina meu coração, mas ilumina também minha mente, para que eu pense no amor que mereces, junto do Pai e do Filho.

D. Ilumina minha mente, mas ilumina também meus caminhos, para que eu não venha a tropeçar, por não enxergar direito.todos: Ilumina meus caminhos, mas ilumina também minhas decisões, para que elas não me levem para longe de Ti.

D. Ilumina meus caminhos, mas ilumi-na também meus projetos para que em tudo prosperem, se for para o meu bem, o bem do meu próximo e a salvação de minha alma.todos: Vem, Espírito Santo, e ilumi-na-me. Amém.

PratiquE: A Bíblia traz alguns casos da cura de cegos. São histórias profundamente tocantes e fortes. Na sua oração pessoal, reze, hoje, com um pouco de água, tanto melhor se for água benta. Passe-a em seus olhos, massageie lentamente. Peça ao Espíri-to Santo que toque, cure e ilumine os olhos de seu coração. Peça, também, por sua visão física.

PEnsE: “A minha alma arde e queima com a tua chama incandescente

e pura; ó Espírito Santo, consome-a no teu divino amor”.

Santa Elisabete da Trindade.

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2º Dia sábado, 12 de maio

EU TE PEÇO, ESPÍRITO SANTO: RESTAU� -ME!

RefLitA: Uma obra de arte, ao per-manecer tão só na mente do artista, não se faz comunicação. Você já ima-ginou se a humanidade desconhecesse milhares de milhões de obras de arte em todo o espectro de criação, como pintura, escultura, arquitetura, música, fi losofi a etc? Seríamos mais pobres, in-fi nitamente mais miseráveis em nossa humanidade. Todavia, no momento em que eles manifestaram sua criativi-dade, aí mesmo, iniciou-se um proces-so de possível desgaste, especialmente aquelas peças de cunho material. É preciso, pois, restaurar. E o restaurador trabalha para que aquele bem possa retornar, ao mais próximo possível, de suas características originais.

Raul Carvalho, um paulistano que há 21 anos ressuscita obras de arte de artistas famosos e ilustres desconhe-cidos, assim fala do papel do restau-rador: “Um bom restaurador é aquele não só capaz de consertar o que o tempo deteriorou, mas também alguém hábil o bastante para agir de forma preventiva, evitando ou amenizando a degradação”.

Você consegue aplicar estas pa-lavras ao Espírito Santo? O pecado

fere a obra de arte que Deus, à sua imagem e semelhança, fez. O que o Espírito Santo quer realizar em nós é uma obra de restauração que nos leve não a um determinado ponto de nos-sa história, mas ao que Deus pensou a respeito de cada um de nós, ao plano maravilhoso que Ele tem para cada um. Ele também vai nos auxiliar a evi-tarmos o que possa nos degradar. É nesta direção que Santo Afonso de Li-gório escreveu: “Deus me aceita como sou, para que eu seja como Ele quer”. Não importa se você está “em cacos”. Não importa o quanto a vida o tenha machucado ou o que você tenha feito a si mesmo. O Espírito Santo, Amor contínuo e pleno no meio de nós, quer – com a nossa ajuda, certamen-te – cuidar do nosso interior. Então, una-se a esta obra do Espírito e peça a Ele: Espírito Santo, restaura-me!

RefRão: Renova-me, senhor Jesus, já não quero ser igual.Renova-me, senhor Jesus, põe em mim teu coração.Porque tudo que há dentro de mim precisa ser mudado, senhor.Porque tudo que há dentro do meu coração, precisa mais de ti.

Medite: Eclesiástico 11, 21-30

Reze:D. Restaura-me, Espírito Santo, à ima-gem do Criador, pois cada vez que me

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afasto, vou perdendo aqueles sinais que o Pai imprimiu – por tua mediação – em mim.todos: Por isso, doce amigo, Tu que me conheces melhor do que eu conhe-ço a mim mesmo, ajuda-me a voltar ao primeiro amor.

D. Acho-me, por diversos motivos, em trapos, quebrado e ferido por tantas coi-sas. Muitas delas são de minha respon-sabilidade.todos: Age, pois, tirando o excesso de mim mesmo e me devolvendo a uma identidade mais profunda.

D. Espírito Santo, eu espero em Ti.todos: Age, pois, em mim. Vem, Es-pírito Santo. Amém.

Pra tique: Observe o que está ao seu redor e você perceberá que as obras de arte não se encontram ape-nas nos museus. Uma boa música, por exemplo, é uma obra de arte totalmen-te acessível a você. Cultive sua sensi-bilidade. Veja, no entanto, que muitas destas obras de arte estão comprome-tidas por motivos diversos. Que esta consciência seja uma metáfora para ajudar você a pedir uma obra de res-tauração em sua vida.

Pense: “Vem, Espírito Santo. Venha a unidade do Pai e do bem-querer do

Verbo. Tu, Espírito da Verdade, és o prê-mio dos santos, o refr igério dos corações, a luz das trevas, a riqueza dos pobres, o

tesouro dos que amam, a saciedade dos famintos, o alívio dos peregrinos; Tu és, enfi m, Aquele que contém

em si todos os tesouros. Vem, Tu que, descendo em Maria, realizaste a

encarnação do Verbo, e realiza em nós, pela graça, o que nela

realizaste pela graça e pela natureza”. Santa Maria Madalena de Pazzi

3º Dia Domingo, 13 de maio

EU TE PEÇO, ESPÍRITO SANTO: LEVANTA-ME!

RefLitA: A cada verbo que vamos meditando, a sugestão que dou é que você deixe que o próprio verbo fale a você ou, melhor, fale de você. Assim, ao pedir ao Espírito Santo que o levante, o que lhe vem à mente e ao coração? Re-cobrar o ânimo, recuperar a saúde, sair da depressão, tomar as rédeas da vida nas próprias mãos, sair de uma situa-ção de pecado, lançar fora a tristeza, a prostração? Pode ser algo semelhante a isso ou algo totalmente diferente. Não importa. Esta é a súplica que sai do seu coração. De uma coisa tenho certeza: toda vez que alguém realmente se le-vanta, algo começa a acontecer. Perceba o que eu disse: ... algo começa a acon-tecer, pois é o início de um processo de cura, de transformação.

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No relato da cura do paralítico ( João 5, 1-18), Jesus diz a ele: “... Le-vanta-te, toma o teu leito e anda” ( Jo 5, 8). O que equivaleria a dizer: Levanta--te... pare de justificar o estado em que você se encontra, o seu lugar não é o chão, pare de olhar a vida desde a sarje-ta; Toma o teu leito... carregue o que até então carregava você, leve o que levava você, administre o que antes domina-va você, torne-se herói na história em que você era a vítima; Anda... saia des-se lugar de paralisia, não faça da der-rota e da amargura suas vizinhas, siga para um lugar onde, de indigente, você passe a ser um dadivoso; de derrotado, você passe a ser vitorioso; de miserá-vel, você se torne misericordioso.

Este é o movimento que o Espírito Santo quer promover em nosso inte-rior. Seja, pois, este pedido, a comuni-cação da força renovadora do Espírito em sua vida.

RefRão:Espírito, Espírito santo, transforma-me, quero renascer! (2x)

Medite: Atos 3, 1-11

Reze:D. Ó Espírito Santo, olho para mim e penso: que pontos em minha vida estão paralisados?todos: De que situações internas ou externas eu preciso me levantar?

D. Qual a indigência que habita em mim, mesmo tendo tudo que necessito?todos: Onde minha vida parou ou segue tão lentamente que me dá a impressão de que está tudo parado?

D. Do que desisti ou nunca, suficiente-mente, insisti?todos: Levanta-me! Ajuda-me a er-guer-me!

D. Providencia braços que me auxiliem a colocar-me de pé.todos: Coloca em movimento o que está estagnado dentro de mim e ao meu redor.

D. Leva-me da miséria à misericórdia, da frustração à superação, do medo à ousadia, da morte à vida.todos: Quero me levantar e quero ajudar a erguerem-se aqueles que a vida derrubou, fruto da indiferença ou da maldade de outrem. Vem, Es-pírito Santo e levanta-me. Amém.

Pratique: Você pode ajudar al-guém a erguer-se de sua indigência? Uma visita ou até mesmo alguma aju-da material. Lembre-se: ninguém é tão pobre que não possa doar alguma coisa; ninguém é tão rico que não pre-cise de algo. Em relação a você, qual medida pode tomar para colocar-se de pé e fazer a vida seguir?

Pense: “A pobreza, a fome, as doen-ças, a opressão, não são uma fatalidade

e não podem representar situações

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permanentes. Com confi ança na força do Evangelho, podemos contribuir para

mudar as coisas ou, ao menos, melhorá--las. Podemos reafi rmar a dignidade

de quantos aguardam um sinal do nosso amor, proteger e

construir juntos a nossa casa comum”. Papa Francisco

4º Dia segunda, 14 de maio

EU TE PEÇO, ESPÍRITO SANTO: CONVERTE-ME!

RefLitA: O Espírito Santo move o nosso coração para buscar a Deus. É a Luz em nossa consciência, apontando o caminho de volta à Casa do Pai. Pode-se dizer que toda pessoa que busca a Deus com sinceridade de alma, está voltando ao Pai, mesmo que nunca o tenha, an-teriormente, buscado, pois todos nós viemos de Deus e para Ele retornamos. Pode-se, entretanto, perder-se no cami-nho, desviando-se em muitas direções, mas todas elas com um mesmo destino: a perdição, como alertou Jesus: “Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso o caminho que conduzem à per-dição e numerosos são os que por aí entram. Estreita, porém, é a porta e apertado o ca-minho da vida e raros são os que o encon-tram” (Mt 7, 13-14). O Espírito Santo vem, então, nos tocar, como que dizen-

do: Ei, volta. A Casa do Pai é a sua casa e ali você encontra abundância de vida!

O livro dos Atos dos Apóstolos nos traz, em rápidas, mas inspiradoras pa-lavras, o relato da conversão de Lídia e como o Espírito Santo usou o teste-munho de Paulo para falar ao coração dela: “Uma mulher, chamada Lídia, da cidade dos tiatirenos, vendedora de púr-pura, temente a Deus, nos escutava. O Se-nhor abriu-lhe o coração, para atender às coisas que Paulo dizia. Foi batizada jun-tamente com a sua família e fez-nos este pedido: Se julgais que tenho fé no Senhor, entrai em minha casa e fi cai comigo. E obrigou-nos a isso” (At 16, 14-15). A obra que o Espírito Santo realizou na vida de Lídia estendeu-se a toda famí-lia, que também se abriu à fé e foi bati-zada. Lembre-se: quanto mais você for aberto ao Espírito Santo, mais Ele agi-rá em você e através de você, especial-mente na obra mais fundamental a ser realizada em nossa vida: a conversão.

RefRão:Ó Pai, dá-me um novo coração e renova teu Espírito em mim (2x)não me deixes ir para longe de ti. Conserva teu Espírito em mim.Restaura em mim o amor à salvaçãoE renova teu Espírito em mim.

Medite: Lucas 15, 11-32

Reze:D. Espírito Santo, és Tu que convences o

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mundo a respeito do pecado, da justiça e do juízo.todos: Quebra em mim todo e qual-quer orgulho que me feche numa au-tossufi ciência espiritual, como se eu me bastasse e pudesse, por mim mes-mo, me salvar.

D. Com o salmista, também eu confesso:todos: “Ó meu Deus, criai em mim um coração puro, e renovai-me o es-pírito de fi rmeza.

D. De vossa face não me rejeiteis, e nem me priveis de vosso santo Espírito.todos: Restituí-me a alegria da sal-vação, e sustentai-me com uma von-tade generosa.

D. Então aos maus ensinarei vossos ca-minhos, e voltarão a vós os pecadores.todos: Deus, ó Deus, meu salvador, livrai-me da pena desse sangue derra-mado, e a vossa misericórdia a minha língua exaltará” (Sl 51).

D. Peço-te que me convertas não só do mal para o bem, mas, ainda, do me-nos para o mais, do fechamento para a abertura, do orgulho para a humildade, do eu para o outro.todos: Converte-me, Espírito Santo. Amém.

Pra tique: Faça um apurado exa-me de consciência e peça ao Espíri-to Santo que o leve profundamente à conversão. Talvez fosse apropriada uma confi ssão, se for o caso. Reze tam-bém o Salmo 31(32) em sua Bíblia.

Pense: “Peçamos ao Espírito Santo, fogo de amor que arde na Igreja e dentro de nós, embora muitas vezes o cubramos

com a cinza das nossas culpas: Espíri-to de Deus, Senhor que estais no meu

coração e no coração da Igreja, Vós que fazeis avançar a Igreja, moldando-a na diversidade, vinde! Precisamos de Vós, como de água, para viver: continuai a

descer sobre nós e ensinai-nos a unidade, renovai os nossos corações e ensinai-nos a amar como Vós nos amais, a perdoar

como Vós nos perdoais. Amém”. Papa Francisco

5º Dia terça, 15 de maio

EU TE PEÇO, ESPÍRITO SANTO: PACIFICA-ME!

RefLitA: Um dos frutos do Ressus-citado para os seus discípulos é a Paz. “Estando eles com as portas fechadas no lugar onde se achavam, por medo dos judeus...” ( Jo 20, 19). O coração tem uma “porta central” de acesso chamada liberdade, pela qual damos acesso ou não ao nosso íntimo: “... se você abrir eu entrarei” (Ap 3, 20). Tem, ainda, muitas outras portas que dão acesso às áreas diversas do nosso ser. Uma ou outra pode estar fechada por experiências de medo, decepção, frustração, mágoa, fe-rida, maltrato, resistência, orgulho etc.

“Jesus veio e pôs-se no meio deles...”

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( Jo 20, 19). A boa notícia, entre tantas coisas que fecham as portas em nosso coração, é que Jesus tem o poder de ul-trapassá-las e Ele faz isso por amor. Se este é o seu caso, pode ter certeza que você não sucumbirá trancado, atrás de uma destas portas, agrilhoado nesta infinidade de algemas psicoespirituais.

O Mestre pode ali se fazer presente, portando um dom libertador: “Disse--lhes Ele: ‘a paz esteja convosco!’ E disse novamente: “a paz esteja convosco” ( Jo 20, 19.21). E mais uma vez, oito dias depois, agora com a presença de Tomé, Ele volta a dizer “a paz esteja convosco” ( Jo 20, 26). Ele quer dar a paz, quer pacificar o interior de cada um.

Você, certamente, já ouviu falar de um bom projeto, mas nem sempre implantado da forma correta, desen-volvido no Rio de Janeiro, as UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora). Os meliantes de diversos naipes não iriam ceder tão facilmente. Resultado: conflitos e mais conflitos e uma certa falência do modelo. Cito este exem-plo para dizer que existem “meliantes” (resistências) em nós que não deixa-rão por menos: farão guerra em nosso interior para nos manter da mesma forma. É, pois, fundamental abraçar, cultivar e defender essa paz.

Não deixe que, por pouca coisa, ela seja roubada de você. Pode ter certeza: o Espírito Santo estará junto a você para ser o seu Defensor. Ele realizará essa paz! Por conseguinte, não fique esperando que o Senhor atravesse

as paredes e portas para comunicar a você a paz e todas as bênçãos que Ele traz. Abra, agora mesmo, seu coração à ação pacificadora do Espírito Santo.

RefRão:A paz esteja convosco (3x)A paz de Cristo, Cristo, Cristo,nossa paz!

Medite: Efésios 2, 11-22

Reze:D. Espírito Santo, a paz é um dos frutos que trazes com tua presença em nosso interior. Há áreas de conflito que nem eu mesmo sei, mas Tu sabes.todos: Tu, que conheces e sondas o profundo de meu coração, leva a paz do Senhor Jesus a estas instâncias re-motas.

D. Rompe todo tipo de algema que por-ventura possa estar em mim, impedin-do-me de viver mais livre e aberto, dian-te do Plano de Vida que o Pai tem para mim. Cumpre em mim a promessa que o Senhor fez: todos: “Deixo-vos a paz, dou-vos a mi-nha paz. Não vo-la dou como o mundo a dá. Não se perturbe o vosso coração, nem se atemorize!” (Jo 14, 27).

D. Eu recebo desta paz em todas as áreas de minha vida. Como teu servo, Francisco de Assis, também eu quero me comprometer:todos: Senhor, fazei-me instrumen-to de vossa paz.

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Onde houver ódio, que eu leve o amor.Onde houver ofensa, que eu leve o perdão.Onde houver discórdia, que eu leve a união.Onde houver dúvida, que eu leve a fé.Onde houver erro, que eu leve a ver-dade.Onde houver desespero, que eu leve a esperança.Onde houver tristeza, que eu leve a alegria.Onde houver trevas, que eu leve a luz.

D. Ó Mestre, fazei que eu procure maisConsolar, que ser consolado;compreender, que ser compreendido;amar, que ser amado.todos: Pois é dando que se recebe,é perdoando que se é perdoado,e é morrendo que se vive para a vida eterna.Amém.

Pra tique: Alimente pensamentos de paz. “Conspire” (inspire junto) pela paz no mundo e nos ambientes onde você convive. Tenha um olhar, palavras, atitudes que promovam a paz no seu cotidiano. Reze pela paz no mundo.

Pense: “Ó Espírito Divino, Espírito de paz e alegria, que fortifi cais meu co-ração sedento, derramas nele a fonte de

vida e do amor divino e o tornas intrépi-do para a luta...”

Santa Faustina

6º Dia quarta, 16 de maio

EU TE PEÇO, ESPÍRITO SANTO: ALEG� -ME!

RefLitA: Um dos pilares do Pontifi -cado do Papa Francisco é o anúncio da Alegria. A primeira Exortação Apostó-lica por ele escrita foi a Evangelii Gau-dium (A alegria do Evangelho), datada de 24 de novembro de 2013; a mais recente, é a Gaudete et Exsultate (Ale-grai-vos e exultai), “sobre a chamada à santidade no mundo atual”, datada de 19 de março de 2018. Tomo alguns trechos da primeira e da última, para estimular você a lê-las:

“A Alegria do Evangelho enche o cora-ção e a vida inteira daqueles que se encon-tram com Jesus. Quantos se deixam salvar por Ele são libertados do pecado, da tris-teza, do vazio interior, do isolamento. Há cristãos que parecem ter escolhido viver uma Quaresma sem Páscoa. Reconheço, porém, que a alegria não se vive da mesma maneira em todas as etapas e circunstâncias da vida, por vezes muito duras. Adapta-se e transforma-se, mas sempre permanece pelo menos como um feixe de luz que nasce da certeza pessoal de, não obstante o contrário, sermos infi nitamente amados. Compreen-do as pessoas que se vergam à tristeza por causa das graves difi culdades que têm de suportar, mas aos poucos é preciso permitir

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que a alegria da fé comece a despertar, como uma secreta mas firme confiança, mesmo no meio das piores angústias: ‘A paz foi des-terrada da minha alma, já nem sei o que é a felicidade (...). Isto, porém, guardo no meu coração; por isso, mantenho a esperança. É que a misericórdia do Senhor não acaba, não se esgota a sua compaixão. Cada ma-nhã ela se renova; é grande a tua fidelidade. (...) Bom é esperar em silêncio a salvação do Senhor’ (Lm 3, 17.21-23.26).

A alegria do Evangelho, que enche a vida da comunidade dos discípulos, é uma alegria missionária. Experimen-tam-na os setenta e dois discípulos, que voltam da missão cheios de alegria (Lc 10, 17). Vive-a Jesus, que exulta de ale-gria no Espírito Santo e louva o Pai, por-que a sua revelação chega aos pobres e aos pequeninos (Lc 10, 21). Sentem-na, cheios de admiração, os primeiros que se convertem no Pentecostes, ao ouvir ‘cada um na sua própria língua’ (At 2, 6) a pregação dos Apóstolos. Esta alegria é um sinal de que o Evangelho foi anuncia-do e está frutificando.

O santo é capaz de viver com alegria e sentido de humor. Sem perder o realismo, ilumina os outros com um espírito positi-vo e rico de esperança. Ser cristão é ‘alegria no Espírito Santo’ (Rm 14, 17), porque, ‘do amor de caridade, segue-se necessaria-mente a alegria. Pois quem ama sempre se alegra na união com o amado. (...) Daí que a consequência da caridade seja a alegria’ (S. Tomás de Aquino). Recebemos a bele-za da sua Palavra e abraçamo-la ‘em plena

tribulação, com a alegria do Espírito Santo’ (1Ts 1, 6). Se deixarmos que o Senhor nos arranque da nossa concha e mude a nossa vida, então poderemos realizar o que pedia São Paulo: ‘Alegrai-vos sempre no Senhor! De novo o digo: alegrai-vos!’ (Fp 4, 4).

É este tipo de alegria que o Senhor quer dar a você. Nossas alegrias podem ser ex-tremamente passageiras, mas quando a alegria do Senhor está em nós, pela ação do Espírito Santo, então, mesmo nas tribula-ções, teremos a suave alegria do Senhor em nossa alma, gerando uma profunda paz.

RefRão:A alegria está no coração de quem já conhece Jesus.A verdadeira paz só tem aquele que já conhece a Jesus.O sentimento mais preciosoque vem de nosso senhorÉ o amor que só tem quem já conhece a Jesus.

Medite: Filipenses 4, 1-13

Reze:D. Ó Espírito Santo, quando ages em nós, nos enchemos de alegria, pois tes-temunhas ao nosso espírito que somos profunda e eternamente amados.todos: Um amor imarcescível, pere-ne, jorrante, contínuo, sempre reno-vado.

D. Vem, ó Alegria dos Céus, tocar nosso coração para dele tirar todo abatimento e toda tristeza que consomem e deterioram.

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todos: Vem, ó Júbilo inefável, remo-ver de nossas memórias as marcas de traumas e decepções que banham os olhos, não com lágrimas redentoras, mas com aquelas cheias de amargor.D. Vem, ó Tesouro de delícias, fazer-nos experimentar nas pequenas e suaves alegrias do cotidiano o gozo eterno do Paraíso.todos: Espírito Santo, dá-nos esta alegria, como fr uto de tua presença em nós. Alegra-nos; alegra-me, Espí-rito Santo. Amém.

Pra tique: Faça uma pequena lista – quem sabe por escrito – das alegrias que você já teve na sua vida e das pe-quenas alegrias no seu dia a dia. Agra-deça pela alegria que é saber-se amado e cuidado por Deus.

Pense: “A criatura atormenta; o Espírito de Deus gera alegria.”

São João da Cruz

7º Dia quinta, 17 de maio

EU TE PEÇO, ESPÍRITO SANTO: AMORIZA-ME!

RefLitA: Criados pelo Amor, no Amor e para o Amor, o ser humano feriu o Amor, excluiu-se da presença do Amor. Quando se sai da presença do amor, as águas secam, o deserto se

avizinha, a terra nega seus frutos, pois, afastando-se da Fonte da Vida, tomam lugar a agrura, a dor, a morte. A terra dos homens já não é a terra de Deus. E quando a terra dos homens já não é a terra de Deus, a vida dos homens já não é a vida de Deus. “... maldita seja a terra por tua causa. Tirarás dela com trabalhos penosos o teu sustento todos os dias de tua vida. Ela te produzirá espi-nhos e abrolhos, e tu comerás a erva da terra. Comerás o teu pão com o suor do teu rosto, até que voltes à terra de que fos-te tirado; por que és pó e em pó te há de tornar” (Gn 3, 17b-19).

Se, pelo menos os espinhos e abro-lhos estivessem somente na terra... Mas, não: começaram a brotar e cres-cer também nos corações. Com tantos espinhos, espinhamo-nos; com tantas feridas, ferimos; com tantos desertos, desertifi camos. O “Éden” da comu-nhão (jardim que simboliza o lugar de pujança onde o homem e a mulher fo-ram criados) das criaturas com o Cria-dor – pelos elos do amor – foi quebra-do. O caminho para a Árvore da Vida foi fechado e, diante dela, foram colo-cados querubins armados (Gn 3, 24).

Até que veio Aquele que desde sem-pre e para sempre amou e chamou os homens a viver em Aliança, não obstante toda recusa e dureza. Mas Ele veio e, sen-do O Caminho, abriu-nos o caminho, mostrando-nos que a Árvore da Cruz é a verdadeira Árvore da Vida e que dela recebemos o fruto que dá vida eterna.

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Mas os espinhos ainda permane-cem ali no coração humano, até que chegue a plenitude dos tempos. São espinhos muito concretos e causam dores, também muito concretas, ainda que sejam, muitas vezes, inomináveis. É preciso, pois, amorizar. E amorizar é criar pontes, é aproximar, é superar a distância, é arrancar os espinhos, é un-tar com o fruto da oliveira, é perfumar com nardo puro, é curar as feridas, é deixar o Amor amar.

Veja o que diz a alma do poeta:Amorizar é falar como se beijasse,É olhar como se tudo entendesse.Crer no amor, como se possível fosse.É substituir o ressentimento pela prece. Tempos duros e difíceis essesEm que vivem a nos bater na face.Amorizar é falar como se beijasse,É olhar como se tudo entendesse.

Sei que, se agimos assim, mais pareceProva de fraqueza ou renomada cafonice.Quem vive no ódio, a paz não merece.Só o amor doado não feneceAmorizar é falar como se beijasse. - por José Luiz de Sousa Santos

O Espírito Santo é a poesia amoro-sa de Deus em nossas vidas. É a pro-va de que o amor não fenece, além de tudo que endurece. Eis a dádiva para o discípulo, para aquele que, sendo ama-do, se deixa amar e, deixando-se amar, ama do jeito do seu Senhor. Num co-ração assim, a dor não prevalece; só o amor amadurece.

RefRão:Há amor em mim. Há amor em ti.Há amor em nós. Eu digo que sim.Mesmo se não te amaram,se com amor não te olharam,O Pai sempre te amou e ama.

Medite: 1João 4, 7-21

Reze:D. Ó Espírito Santo, amor entre o Pai e o Filho. Ó bálsamo derramado sobre nossas feridas.todos: Ó acalento, confortando-nos em nossas dores.

D. Ó brisa vespertina, suavizando os ardores diurnos.todos: Ó branda luminosidade, pra-teando as noites mais escuras.

D. Vem, ó Espírito Santo, passear nas ruas, por vezes desertas, de minhas memórias; entrar nos porões de meu inconsciente; lançar luz nos recônditos escuros de minha alma.todos: Sim, vem amorizar minhas relações, minhas reações.

D. Cada vez que firo, eu sei, é porque es-tou ferido. E quanto mais firo, mais me firo. E quanto mais me firo, mais morro no amor.todos: Por isso vem, Espírito Santo, e amoriza-me. Amém. Pratique: Você consegue perce-ber em você algum ponto concreto que precisa ser amorizado? Há alguma

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lembrança do passado ou mesmo no seu presente que precisa desta força amorosa? Entregue ao Espírito Santo.

Pense: “Ó fogo devorador, Espírito de amor, ‘vinde a mim’ para que se opere em minha alma como que uma encarna-

ção do Verbo: que eu seja para Ele uma humanidade de acréscimo na qual Ele

renove todo o seu mistério. E Vós, ó Pai, inclinai-vos sobre vossa pequena e pobre

criatura, ‘cobri-a com vossa sombra’, vendo nela só o Bem-Amado no qual pu-

seste toda a vossa complacência.” Santa Elizabete da Trindade

8º Dia sexta, 18 de maio

EU TE PEÇO, ESPÍRITO SANTO: GUIA-ME!

RefLitA: Os caminhos nem sem-pre são claros. Não é apenas questão de escolher o bom caminho ou mau caminho, mas de escolher o melhor, o mais apropriado. Esta invocação ao Es-pírito coloca-nos diante da súplica e da abertura a um dos mais fundamentais dons do Espírito Santo em nossa vida: o dom do discernimento.

Vincent Th errien, assim escreve so-bre este dom: “Enquanto dom, o discer-nimento é graça recebida gratuitamente e na ação de graças, embora possamos nos predispor a estas graças infusas,

principalmente pela assiduidade à ora-ção passiva e ao abandono. Na medida em que é uma arte ou uma habilidade, o discernimento se adquire pelo conheci-mento e também pela prática, isto é, pela atenção e pelo treinamento sob a direção de um bom diretor... O discernimento nos faz ver o que é bom para nós do ponto de vista de Deus, do seu plano para nós.”

Podemos comparar esta súplica que fazemos ao Espírito Santo para que nos guie, como um motorista di-rigindo por uma estrada, ora conhe-cida ora desconhecida. Por vezes, um acidente acontece, mais facilmente, num trecho conhecido, pois a distra-ção, ou mesmo o descuido, rouba a atenção da pessoa, que supostamente está acostumada àquele caminho, ao passo que, num trecho novo, a atenção fi ca redobrada. Nem sempre, também, os acidentes ocorrem com motoristas inexperientes, mas com aqueles que parecem ter longa experiência e que, por isso mesmo, fi cam menos focados.

Na vida espiritual, não basta ter uma “larga experiência” com Jesus e com as coisas da alma (se é que isso exista) para seguir por um caminho seguro de crescimento e santidade. Por negligência ou autossufi ciência, a pessoa se desvia, pois deixa de vigiar: “Portanto, quem pensa estar de pé veja que não caia” (1Cor 10, 12), adverte o apóstolo Paulo.

Ser guiado pelo Espírito, pois, nos ajuda a estabelecer e seguir critérios

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nas decisões, grandes ou pequenas, que tomamos praticamente todo dia: “... tudo o que é verdadeiro, tudo o que é nobre, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, tudo o que é virtuoso e lou-vável, eis o que deve ocupar vossos pensa-mentos” (Fp 4, 8). Aí estão alguns cri-térios de discernimento que a Palavra nos aponta.

RefRão:Mostra-me, senhor, os teus caminhos,Faz que em teus passos possa encontrar. (2x)Porque eu estou cansado dos meus caminhosE os teus eu vou seguir.

Medite: Salmo 24(25)

Reze:D. Espírito Santo, Luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, adora-do com o Pai e o Filho, digno de toda honra, glória e majestade.todos: Deus-Vigor, Deus-Amor, Deus-em-mim, Espírito Santo.

D. Do caminho de onde eu vim, purifi-ca-me.todos: No caminho onde estou, ilu-mina-me.

D. No caminho para onde vou, guia-me.todos: Das armadilhas do cami-nho, preserva-me.

D. Das quedas no caminho, levanta-me.todos: Dos perigos no caminho, pro-tege-me.

D. Nas curvas no caminho, adestra-me.todos: Nas depressões do caminho, estabiliza-me.

D. Nas noites escuras, vem ser o farol.todos: Em tudo vem ser meu guia, meu condutor.D. Preciso do discernimento para acer-tar o caminho.todos: Preciso de sabedoria para aceitar o caminho.

D. Preciso de fortaleza para seguir no caminho.todos: Preciso de Jesus, O Caminho. Vem, Espírito Santo, e guia-me. Amém.

Pratique: Você precisa tomar algu-ma decisão em sua vida? Peça a luz do Espírito Santo. Lembre-se que uma das formas pelas quais o Espírito Santo nos guia é através de um conselheiro ou di-retor espiritual. Não hesite em procurar orientação, quando se fizer necessário.

Pense: “Com efeito é à própria Igreja que foi confiado o dom de Deus. É nela

que foi depositada a comunhão com Cristo, isto é, o Espírito Santo, penhor da incorruptibilidade, confirmação da nossa fé e medida da nossa ascensão para Deus.

Pois lá onde está a Igreja, ali está tam-bém o Espírito de Deus; e lá onde está o

Espírito de Deus, ali está a Igreja e toda a graça.” Santo Irineu

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9º Dia sábado, 19 de maio

EU TE PEÇO, ESPÍRITO SANTO: INTEG� -ME!

RefLitA: O anseio mais profundo do ser humano é pela felicidade. Se por um lado mora em nós esse desejo, há a experiência concreta de que somos seres partidos e quão difícil é, por ve-zes, harmonizar as tantas experiências e impressões que estão em nós. Se-guimos, então, pela vida, nem sempre conseguindo conjugar estes contrários que nos habitam.

A canção Vivo, de Lenine e Carlos Rennó, expressa bem esta realidade:Precário, provisório, perecível;Falível, transitório, transitivo;Efêmero, fugaz e passageiroEis aqui um vivo, eis aqui um vivo!Impuro, imperfeito, impermanente;Incerto, incompleto, inconstante;Instável, variável, defectivoEis aqui um vivo, eis aqui...E apesar...O vivo afi rma fi rme afi rmativoO que mais vale a pena é estar vivo!Não feito, não perfeito, não completo;Não satisfeito nunca, não contente;Não acabado, não defi nitivoEis aqui um vivo, eis-me aqui.

O Eis-me aqui da humanidade, ex-presso pelo poeta, é o que se apresen-

ta em nós, quando dizemos a Deus: Eis-me aqui. O homem (mulher) de fé, não é algo diferente das possíveis contradições que vivemos nessa mis-tura de incertezas, impurezas, instabi-lidades tão próprias ao nosso eu. Mas, então, o que esperar?

Primeiro, correspondência. Pois diante do chamado que é feito, há a possibilidade de recusa. O Espírito diz: Vem como estás (como canta uma outra canção que muito gosto), com toda esta gama de fraquezas.

Segundo, abertura. Para aprender, para evoluir, para compor um novo ar-ranjo existencial. Você já deve ter ou-vido falar de Ikebana, ou kado, que são, geralmente, arranjos fl orais para serem utilizados como oferta religiosa, para decorar altares, e são montados com fl ores, folhas, galhos, frutos e plantas secas. Nosso arranjo existencial é um pouco assim. Esta é a oferta do nosso eu que o Espírito quer suscitar.

A integração não é o ajuntar de uma série de fl ores iguais e viçosas, mas a composição de contrastes. Cada ele-mento, olhado separadamente, pode despertar impressões diversas. Diante de um galho seco, por exemplo, pode--se ter a reação imediata de jogá-lo fora, mas ele terá seu lugar no Ikebana. Nada em nós é tratado pelo Espírito Santo como lixo, não obstante ter-mos lixo dentro de nós. Mas até o lixo precisa ser descartado corretamente e, sabe-se, que há muito potencial de

EU TE PEÇO, ESPÍRITO SANTO:

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reciclagem num monte de coisas que se trata de qualquer forma. O Espíri-to Santo é profundamente respeitoso, mesmo diante das cinzas, galhos secos e lixo que possamos ter em nós. No entanto, Ele virá para nos auxiliar a dar a cada um destes elementos o destino que precisa ter.

RefRão:Espírito santo de Deus inunda meu ser, inunda meu ser.quero sentir o amor do meu senhor, do meu senhor.Pra poder perdoar o meu irmão, abrir o coração, viver o amor.Pra sentir a paz interior, sobre o mal ser vencedor, alegrar-me em ti.inunda meu ser! Ah, inunda meu ser! (2x)

Medite: 1Tessalonicenses 5, 12-24

Reze: D. Espírito das profundezas, das abissais regiões da misericórdia do Eterno, Tu es-quadrinhas todas as coisas e nada há de criado que não conheças e não estabele-ças invisíveis e imperscrutáveis conexões que só na eternidade conheceremos.todos: Conjuga em mim, com teus laços amorosos, as tramas de minha história, que, por muitos motivos, es-tão soltas ou emaranhadas.

D. Não consigo, por mim mesmo, de-sembaraçar tanta coisa.

todos: Preciso de ti, desta qualidade de simplicidade que desata as com-plicações que atordoam.

D. Dá-me aceitação de mim mesmo.todos: “Concede-me a serenidade necessária para aceitar as coisas que não posso modificar. Coragem para modificar aquelas que posso e sabe-doria para conhecer a diferença entre elas.

D. Vivendo um dia de cada vez, desfru-tando um momento de cada vez. Acei-tando que as dificuldades constituem o caminho à paz. Aceitando, como Ele aceitou este mundo tal como é, e não como eu queria que fosse.todos: Confiando que Ele acertará tudo, contanto que eu me entregue à Sua vontade, para que eu seja razoa-velmente feliz nesta vida e, suprema-mente, feliz com Ele eternamente na próxima”. Integra-me, Espírito San-to. Amém.

Pratique: Se houver como, faça um simples – bem simples – arranjo de flores, usando até mesmo um pequeno galho seco. Componha-o com algo verde (talvez uma flor). Contemplan-do o quadro, pense e reze sobre a har-monização dos contrários em sua vida.

Pense: “O Verbo Filho de Deus, juntamente com o Pai e o Espírito Santo,

está essencialmente e realmente escondido no íntimo de cada ser.”

São João da Cruz

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PentecostesDomingo, 20 de maio

EU TE PEÇO, ESPÍRITO SANTO: ENVIA-ME!

RefLitA: Nossa jornada nos trouxe até aqui. Pentecostes é a desenbocadu-ra das águas pascais. Dali, elas se espa-lham para toda a humanidade, através do mandato conferido por Jesus à sua Igreja: “Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-as a observar tudo o que vos prescrevi. Eis que estou convosco todos os dias, até o fi m do mundo” (Mt 28, 19-20). Não há como cumprir este mandato de Jesus sem a ação do Espírito Santo: “... mas descerá sobre vós o Espírito Santo e vos dará força; e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e Samaria e até os confi ns do mundo” (At 1, 8).

Pentecostes é graça para nós hoje. Como a Páscoa não é somente a me-mória de um acontecimento histórico situado no passado, assim também é Pentecostes. Nós – cada um de nós – precisamos do Espírito Santo; a Igreja necessita de um novo e constante Pen-tecostes; o mundo precisa desta graça. Veja o que diz o Papa Francisco:

“O mundo tem necessidade de homens e mulheres que não estejam fechados, mas

repletos de Espírito Santo. Para além de falta de liberdade, o fechamento ao Espíri-to Santo é também pecado. Há muitas ma-neiras de fechar-se ao Espírito Santo: no egoísmo do próprio benefício, no legalismo rígido – como a atitude dos doutores da lei que Jesus chama de hipócritas –, na falta de memória daquilo que Jesus ensinou, no viver a existência cristã não como serviço mas como interesse pessoal, e assim por diante. O mundo necessita da coragem, da esperança, da fé e da perseverança dos discípulos de Cristo. O mundo precisa dos fr utos do Espírito Santo: ‘amor, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fi -delidade, mansidão, autodomínio’ (Gl 5, 22). O dom do Espírito Santo foi concedi-do em abundância à Igreja e a cada um de nós, para podermos viver com fé genuína e caridade operosa, para podermos espa-lhar as sementes da reconciliação e da paz. Fortalecidos pelo Espírito e seus múltiplos dons, tornamo-nos capazes de lutar, sem abdicações, contra o pecado e a corrupção e dedicar-nos, com paciente perseverança, às obras da justiça e da paz”.

RefRão: Celebre com mais sole-nidade este dia. Participe, é claro, da Santa Missa. Mas faça algo mais em honra do Espirito Santo. Ele mesmo inspirará você.

Medite: Atos 2, 1-13

Reze:D. Aqui estou, Pai Santo, neste dia de

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graça. Os fr utos amadureceram. Che-gou a hora. É agora.todos: Ao Cenáculo eu fui convida-do, ao Cenáculo me dirigi.

D. Trabalhaste em meu interior. Que-brantaste meu coração com tua graça. Renovaste meu ânimo. Confi rmaste mi-nha fé.todos: Em comunhão com todos os fi éis que constituem o Corpo de Cris-to, a Santa Igreja, eu oro: derrama, por meio do Senhor Jesus, o teu Espí-rito sobre toda a humanidade e reno-va a face da terra.D. Que um novo Pentecostes tome conta de minha vida e de nossa comunidade. Que os corações se dobrem em humilde confi ssão do seu pecado e torrentes de restauração sarem as almas feridas e os corpos enfermos.todos: Todos os dons, carismas e fr utos que necessitamos para sermos instrumentos de cura, libertação e salvação, venham a nós.

D. Pela poderosa intercessão da Santís-sima Virgem Maria, Nossa Senhora do Cenáculo, realiza esta obra entre nós.todos: Vem, Espírito Divino. Vem, Fogo do Alto. Vem, Divinal Unção.

D. Vem, sopro de vida. Vem, fr escor na aragem. Vem, sublime graça. Vem, Amor do Pai e do Filho.todos: Vem, agora! Vem, agora! Vem, agora! Sobre mim, sobre nós, sobre todos nós! Amém.

Pra tique: Participe da Santa Missa. Quem sabe, de uma Tarde de Louvor ou Vigília. Santifi que seu Pen-tecostes. Louve, adore, bendiga o Espí-rito Santo, junto com o Pai e o Filho.

Pense: “O Pentecostes recorda aos cristãos a presença contínua do Espírito Santo sobre a terra. Portanto esta sole-nidade não é só a comemoração de um

acontecimento realizado nos tempos pas-sados, mas é a garantia de uma contínua

realidade sempre viva entre nós, isto é, a presença do Espírito Santo: dado que

Ele está entre nós não menos do que esteve no Cenáculo no dia de Pente-costes, embora inacessível aos nossos

sentidos. O Salvador assegura-nos esta presença e permanência.”

Beata Elena Guerra