nº 563 • domingo,19 de julho de 2009 consideracoes acerca ... · de escala no volume...

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Responsabilidade Técnica Criação Publicitária Apoio Mais artigos e informações no site www.redegestao.com.br N º 5 6 3 D O M I N G O , 1 9 d e j u l h o d e 2 0 0 9 www.redegestao.com.br ANOS Luiz Carlos Bernhoeft Jr., sócio-diretor da Bernhoeft Contadores empresa integrante da Rede Gestão. www.redegestao.com.br A C O L U NA DA Consideracoes acerca do “Novo Refis” Entrevista com Luiz Carlos Bernhoeft Jr., sócio-diretor da Bernhoeft Contadores. O Governo editou mais um programa especial de parcelamento de débitos para as empresas brasileiras — o quarto, em menos de dez anos. Já apelidado de Refis 4, o parcelamento instituído pela Lei nº 11.941, de 27 de maio de 2009, traz várias vantagens para as empresas que desejam acertar suas contas com o Governo. “Mas, como não veio acompanhado de uma Reforma Tributária que finalmente promova uma justiça fiscal, esse Refis dificilmente será o último”, pondera o consultor tributário Luiz Carlos Bernhoeft Jr., sócio-diretor da Bernhoeft Contadores, empresa integrante da Rede Gestão. Nessa entrevista, ele fala mais sobre o assunto. Por que você acredita que este não é o último parcelamento em condições especiais a ser lançado pela Receita Federal do Brasil? Estou certo de que, em um futuro próximo, outros parcelamentos semelhantes aparecerão, pois o problema central não foi resolvido. As empresas estão sujeitas a uma carga tributária excessiva, que, mesmo em meio à crise, não para de bater recordes. O último parcelamento especial só acontecerá quando precedido por uma Reforma Fiscal séria, que realinhe não somente o montante da carga tributária, mas também, e principalmente, a forma como os tributos são cobrados. Permanecendo como está, a própria regra vigente irá fazer com que diversos contribuintes, por mais bem intencionados que sejam, se vejam inadimplentes com o Fisco no médio prazo. Nesse caso, a sua dica seria para que as empresas aguardassem por uma nova oportunidade? Cada caso é um caso. Existem empresas que passaram por transformações importantes — ganho de escala no volume comercializado, revisão profunda de custos, melhoria consistente do mercado, etc. — e hoje trabalham em condições bem melhores do que em um passado recente. Para essas, é bem provável que a oportunidade seja interessante. Já outras continuam vivendo as mesmas ou até maiores dificuldades do que nos tempos em que foram obrigadas a deixar de recolher os tributos. Para essas, a precaução deve ser bem maior. Por que o Governo está oferecendo tantas vantagens às empresas devedoras com a edição do Refis 4? Na minha opinião, existem três fatores preponderantes: a) Necessidade de caixa — facilitando o pagamento, o Governo tem um impacto imediato nas suas contas, e, se isso é bom em qualquer período, é muito mais importante ainda em um momento de crise; b) despreocupação com a justiça fiscal — da mesma forma que o Governo não tem a preocupação de direcionar a carga tributária de maneira a criar um ambiente de justiça fiscal (prova maior disso é a enorme carga tributária para os gêneros de primeira necessidade), adota-se o mesmo conceito para a regularização dos débitos fiscais, destaco que, criando facilidades como essas, o Governo está desestimulando os bons pagadores a seguirem adimplentes no futuro; c) por fim, creio que existe uma certa “crise de consciência” — "As dívidas são bonitas nos moços de 25 anos; mais tarde, ninguém as perdoa." Honoré de Balzac, 1799–1850, escritor francês. CONECT@DO Quando Atualizar˚o Site? Uma dúvida muito comum entre os profissionais responsáveis pelo site corporativo das empresas é com que frequência o conteúdo deve ser atualizado. Semanal ou quinzenalmente? Uma vez por mês ou por semestre? Não existe uma resposta-padrão para essa questão. A periodicidade da atualização vai depender do perfil do site e da empresa. Alguns, mais institucionais, podem precisar apenas de uma revisão semestral ou passar um ano sem alterações e permanecerem atualizados. Outros, entretanto, precisam de atualização frequente, semanal ou quinzenalmente. É o caso dos sites que mantêm uma área de notícias sobre a empresa ou o mercado, por exemplo. Seja qual for o caso, o mais importante é definir a periodicidade mais adequada para a atualização do conteúdo e segui-la à risca. Lembrando que a atualização frequente mantém o site “vivo”, atraindo um maior fluxo de visitantes para a página. Fonte: Newsletter do Relazione (www.cartello.com.br) O PROFISSIONAL EM FOCO Avaliação de Desempenho A avaliação de desempenho, quando bem conduzida, é um ótimo mecanismo para apontar o que pode ser melhorado no profissional. Acontece que, na prática, alguns problemas têm surgido. A pouca sintonia entre as notas e os comentários talvez seja o maior deles. Muitas vezes, nas questões fechadas, as notas são boas; mas, nas abertas, em que o avaliador se sente mais livre para fazer seus comentários, surgem críticas que contradizem a boa avaliação das notas. Assim, parece haver mesmo um receio de reprovação e retaliação. Portanto, na hora de avaliar, é necessário consciência: as notas precisam traduzir a realidade. Além disso, para os profissionais de RH, responsáveis pela análise dessas avaliações, é fundamental uma atenção especial às questões abertas: elas costumam ser mais livres de receios! Fonte: Minuto Ágilis (www.agilis.com.br) o Governo sabe que a carga é excessiva e se vale desse expediente para tentar aliviar a vida do contribuinte. Quais os principais motivos para as empresas aderirem ao Refis 4? Esse parcelamento é muito atrativo para as empresas que têm débitos federais. Ele permite um novo reparcelamento das dívidas com a Receita Federal, incluindo o INSS, inclusive para débitos já incluídos nos programas especiais anteriores — Refis, Paex e Paes. Alcança até mesmo o contribuinte que já tenha sido excluído desses programas. Quais as principais vantagens desse novo parcelamento? A empresa tem até 180 meses, ou quinze anos, para quitar suas dívidas, com uma redução significativa das multas, dos juros e dos encargos. Outra vantagem importante é que o Refis 4 permite a inclusão de débitos inscritos em Dívida Ativa, inclusive débitos já em fase de execução fiscal. Além disso, permite ainda que o pagamento ou o parcelamento da dívida fiscal correspondente a juros ou multa de mora/ofício possam ser liquidados com a utilização de prejuízo fiscal (25%) e base de cálculo negativa da contribuição social sobre o lucro líquido (9%), desde que próprios. Até quando as empresas podem aderir? A adesão pode ocorrer até 30 de novembro de 2009. Lembrando que podem ser parceladas as dívidas vencidas até 30 de novembro de 2008. VOCE SABIA? A Dança Patenteada de Michael Jackson Michael Jackson também foi um inventor. E protegeu sua invenção. Lembram o passo de dança em que ele se curvava para frente em um inexplicável grau de inclinação e depois voltava à posição normal? Esse passo, originalmente apresentado no clipe da música Smooth Criminal, foi objeto de uma patente depositada no banco oficial dos Estados Unidos, o United States Patent and Trademark Office (USPTO), em 29 de junho de 1992. A patente protegia seu grande invento: o sapato. Criado com um reforçado couro ao redor do tornozelo, o calçado tinha a plataforma do calcanhar vazada e presa a uma base em formato de V que encaixava exatamente em estacas em formato de pirulito parafusadas e espalhadas pelo palco, criando, assim, uma impressão de que seu centro de gravidade foi alterado, inclinando seu corpo em um ângulo agudo, ou seja, quase 45 graus. A proteção decorrente dessa patente deu a Michael a possibilidade de obter recursos e realizar negócios, recebendo royalties pela utilização do calçado. Fonte: Newsletter Escobar Advocacia (www.escobaradvocacia.com.br)

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ResponsabilidadeTécnica

Criação PublicitáriaApoio

Mais artigos e informações no site www.redegestao.com.br

N º 5 6 3 • D O M I N G O , 1 9 d e j u l h o d e 2 0 0 9

w w w . r e d e g e s t a o . c o m . b r

A N O S

Luiz Carlos Bernhoeft Jr.,sócio-diretor da Bernhoeft

Contadores empresaintegrante da Rede Gestão.

www.redegestao.com.br

A C O L U N A D A

Consideracoes acerca do “Novo Refis”Entrevista com Luiz Carlos Bernhoeft Jr., sócio-diretor da Bernhoeft Contadores.

O Governo editou mais umprograma especial de parcelamentode débitos para as empresasbrasileiras — o quarto, em menosde dez anos. Já apelidado de Refis4, o parcelamento instituído pela Leinº 11.941, de 27 de maio de 2009,traz várias vantagens para asempresas que desejam acertar suascontas com o Governo. “Mas, comonão veio acompanhado de umaReforma Tributária que finalmentepromova uma justiça fiscal, esse Refisdificilmente será o último”, ponderao consultor tributário Luiz CarlosBernhoeft Jr., sócio-diretor daBernhoeft Contadores, empresaintegrante da Rede Gestão. Nessaentrevista, ele fala mais sobre oassunto.

Por que você acredita que estenão é o último parcelamento emcondições especiais a ser lançadopela Receita Federal do Brasil?

Estou certo de que, em um futuropróximo, outros parcelamentossemelhantes aparecerão, pois oproblema central não foi resolvido.As empresas estão sujeitas a umacarga tributária excessiva, que,mesmo em meio à crise, não parade bater recordes. O últimoparcelamento especial só aconteceráquando precedido por uma ReformaFiscal séria, que realinhe nãosomente o montante da cargatributária, mas também, eprincipalmente, a forma como ostributos são cobrados. Permanecendocomo está, a própria regra vigenteirá fazer com que diversoscontribuintes, por mais bemintencionados que sejam, se vejaminadimplentes com o Fisco no médioprazo.

Nesse caso, a sua dica seria paraque as empresas aguardassem poruma nova oportunidade?

Cada caso é um caso. Existemempresas que passaram portransformações importantes — ganhode escala no volume comercializado,revisão profunda de custos, melhoriaconsistente do mercado, etc. — ehoje trabalham em condições bemmelhores do que em um passadorecente. Para essas, é bem provávelque a oportunidade seja interessante.Já outras continuam vivendo asmesmas ou até maiores dificuldadesdo que nos tempos em que foramobrigadas a deixar de recolher ostributos. Para essas, a precaução deveser bem maior.

Por que o Governo estáoferecendo tantas vantagens àsempresas devedoras com a ediçãodo Refis 4?

Na minha opinião, existem trêsfatores preponderantes: a)Necessidade de caixa — facilitandoo pagamento, o Governo tem umimpacto imediato nas suas contas,e, se isso é bom em qualquer período,é muito mais importante ainda emum momento de crise; b)despreocupação com a justiça fiscal— da mesma forma que o Governonão tem a preocupação de direcionara carga tributária de maneira a criarum ambiente de justiça fiscal (provamaior disso é a enorme cargatributária para os gêneros de primeiranecessidade), adota-se o mesmoconceito para a regularização dosdébitos fiscais, destaco que, criandofacilidades como essas, o Governoestá desestimulando os bonspagadores a seguirem adimplentesno futuro; c) por fim, creio que existeuma certa “crise de consciência” —

"As dívidas sãobonitas nos

moços de 25anos; mais

tarde, ninguémas perdoa."

Honoré de Balzac,1799–1850, escritor

francês.

CONECT@DOQuando Atualizar o Site?

Uma dúvida muito comum entre os profissionaisresponsáveis pelo site corporativo das empresas é comque frequência o conteúdo deve ser atualizado. Semanalou quinzenalmente? Uma vez por mês ou por semestre?Não existe uma resposta-padrão para essa questão. Aperiodicidade da atualização vai depender do perfildo site e da empresa. Alguns, mais institucionais, podemprecisar apenas de uma revisão semestral ou passarum ano sem alterações e permanecerem atualizados.Outros, entretanto, precisam de atualização frequente,semanal ou quinzenalmente. É o caso dos sites quemantêm uma área de notícias sobre a empresa ou omercado, por exemplo. Seja qual for o caso, o maisimportante é definir a periodicidade mais adequadapara a atualização do conteúdo e segui-la à risca.Lembrando que a atualização frequente mantém o site“vivo”, atraindo um maior fluxo de visitantes para apágina.

Fonte: Newsletter do Relazione(www.cartello.com.br)

O PROFISSIONAL EM FOCOAvaliação de Desempenho

A avaliação de desempenho, quando bem conduzida,é um ótimo mecanismo para apontar o que pode sermelhorado no profissional. Acontece que, na prática,alguns problemas têm surgido. A pouca sintonia entre asnotas e os comentários talvez seja o maior deles. Muitasvezes, nas questões fechadas, as notas são boas; mas, nasabertas, em que o avaliador se sente mais livre para fazerseus comentários, surgem críticas que contradizem a boaavaliação das notas. Assim, parece haver mesmo umreceio de reprovação e retaliação. Portanto, na hora deavaliar, é necessário consciência: as notas precisam traduzira realidade. Além disso, para os profissionais de RH,responsáveis pela análise dessas avaliações, é fundamentaluma atenção especial às questões abertas: elas costumamser mais livres de receios!

Fonte: Minuto Ágilis(www.agilis.com.br)

o Governo sabe que a carga éexcessiva e se vale desse expedientepara tentar aliviar a vida docontribuinte.

Quais os principais motivos paraas empresas aderirem ao Refis 4?

Esse parcelamento é muitoatrativo para as empresas que têmdébitos federais. Ele permite um novoreparcelamento das dívidas com aReceita Federal, incluindo o INSS,inclusive para débitos já incluídosnos programas especiais anteriores— Refis, Paex e Paes. Alcança atémesmo o contribuinte que já tenhasido excluído desses programas.

Quais as principais vantagensdesse novo parcelamento?

A empresa tem até 180 meses,ou quinze anos, para quitar suasdívidas, com uma reduçãosignificativa das multas, dos juros edos encargos. Outra vantagemimportante é que o Refis 4 permitea inclusão de débitos inscritos emDívida Ativa, inclusive débitos já emfase de execução fiscal. Além disso,permite ainda que o pagamento ouo parcelamento da dívida fiscalcorrespondente a juros ou multa demora/ofício possam ser liquidadoscom a utilização de prejuízo fiscal(25%) e base de cálculo negativa dacontribuição social sobre o lucrolíquido (9%), desde que próprios.

Até quando as empresas podemaderir?

A adesão pode ocorrer até 30de novembro de 2009. Lembrandoque podem ser parceladas as dívidasvencidas até 30 de novembro de2008.

VOCE SABIA?A Dança Patenteada de Michael Jackson

Michael Jackson também foi um inventor. Eprotegeu sua invenção. Lembram o passo de dançaem que ele se curvava para frente em um inexplicávelgrau de inclinação e depois voltava à posição normal?Esse passo, originalmente apresentado no clipe damúsica Smooth Criminal, foi objeto de uma patentedepositada no banco oficial dos Estados Unidos, oUnited States Patent and Trademark Office (USPTO),em 29 de junho de 1992. A patente protegia seu grandeinvento: o sapato. Criado com um reforçado couro aoredor do tornozelo, o calçado tinha a plataforma docalcanhar vazada e presa a uma base em formato deV que encaixava exatamente em estacas em formatode pirulito parafusadas e espalhadas pelo palco, criando,assim, uma impressão de que seu centro de gravidadefoi alterado, inclinando seu corpo em um ângulo agudo,ou seja, quase 45 graus. A proteção decorrente dessapatente deu a Michael a possibilidade de obter recursose realizar negócios, recebendo royalties pela utilizaçãodo calçado.

Fonte: Newsletter Escobar Advocacia(www.escobaradvocacia.com.br)