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КВІТЕНЬ 2018 N.o 520 (3952) ABRIL 2018 BOLETIM INFORMATIVO DA SOCIEDADE UCRANIANA DO BRASIL Інформативний бюлетень Українського Товариства Бразилії Al. Augusto Stellfeld, 795 - CEP 80410-140 Curitiba - Paraná - Brasil - Fone/Fax: (41) 3224-5597 - e-mail: [email protected] BARVINOK, Há 30 Anos representou a Comunidade Ucraniana do Brasil na América do Norte O Folclore Ucraniano Barvinok, antigo Grupo Folclórico Ucraniano de Curitiba-GFUC, em seu início, claro, como todos os outros grupos folclóricos, tinha suas precariedades. Porém sempre foi caracterizado pela garra, determinação e amor às tradições ucranianas de seus componentes que as receberam de seus antepassados, imigrantes ucranianos. Um dia, uma de suas apresentações foi assistida por algumas autoridades ucranianas radicadas no Canadá que estavam em visita ao Brasil. Eles ficaram admirados com a beleza da apresentação e com o nível técnico de seus componentes. Inesperadamente, estas autoridades fizeram um convite verbal para que o Barvinok realizasse uma tournê pelo Canadá e Estados Unidos. De início houve uma certa dúvida quanto a este convite, se seria real ou apenas “conversa fiada”. Mas em algumas semanas chegou o convite oficial. Houve, obviamente, muita negociação, pois se tratava de um grande acontecimento. O Barvinok faria uma turnê pela América do Norte, representando a comunidade ucraniana do Brasil no ano em que a seria comemorado o Milênio da Cristianização na Ucrânia. Assim que muitos detalhes foram acordados, um coreógrafo canadense e uma auxiliar foram designados para ministrar algumas aulas técnicas com o objetivo de melhorar e aprimorar o nível técnico dos dançarinos. Começou então a correria: contratar professor de canto, músicos para orquestra, melhorar os trajes, preparar alguns solistas, aulas de ucraniano etc., etc. Foram dezoito meses de muito trabalho, preparação e dedicação, sendo que a parte mais difícil foi selecionar 47 componentes dentre todos os componente do Barvinok. Foi muito árdua esta escolha. E esta seleção ficou sob responsabilidade de uma comissão formada por diretores do Barvinok e da União Agrícola Instrutiva, atual Sociedade Ucraniana do Brasil. Estava indo tudo muito bem, até chegar a hora do embarque, os nervos começaram a aflorar pela responsabilidade que estava sendo assumida, mas havia confiança na equipe de diretores e componentes. E lá foi o Barvinok, com a cara e a coragem, mas com muita motivação e expectativa, embarcar no dia 02 de março de 1988 para o Canadá, primeiramente. Muito bonitos em seus uniformes azul e amarelo, os componentes do Barvinok desembarcaram em Toronto com nove graus negativos e foram recebidos calorosamente pela comissão envolvida no evento. De imediato, foram levados para uma organização onde receberam agasalhos para suportar o rigoroso frio, afinal era inverno no Hemisfério Norte. A seguir, começou a visitação em bancos e organizações ucranianas. Em cada lugar visitado havia uma recepção com discursos, lanches e presentes. Foi muito, muito cansativo, mas muito prazeroso. As apresentações foram quase que diárias e assim, de cidade em cidade, quase todas as noites após as apresentações, o Barvinok era recepcionado em “banquetes”, o que foi muito importante, pois novas amizades aí foram iniciadas e as comunidades ucranianas canadense e americana puderam conhecer, além da comunidade ucraniana no Brasil, um pouco da nossa história. As apresentações foram de um sucesso inesperado com teatros lotados. Como a notícia se espalhou, de que aquele grupo folclórico do Brasil realmente sabia o que estava fazendo, houve incidentes com pessoas revoltadas porque não conseguiram ingressos. Cada apresentação trazia aos componentes mais confiança e felicidade pelo bom desempenho. E ao final de cada apresentação, muitos eram os elogios, flores e até presentes. E assim foram 23 dias de apresentações e viagens por 5 cidades no Canadá e 9 nos Estados Unidos. Mas nem tudo foram flores, alguns sérios incidentes aconteceram, o que deixou o grupo todo deveras preocupado mas, com a união daquele grupo e Graças ao Bom Deus, tudo foi superado. No retorno ao Brasil, estes componentes chegaram com sentimento de dever cumprido, com muita alegria nos corações mas já sentindo saudades de tantas e tantas pessoas que os acolheram. Chegando em Curitiba, a comunidade, nossa comunidade, aguardava com muito carinho, saudades e com BOAS VINDAS. Estou relatando estes fatos como se tivessem ocorrido há pouco tempo, mas já fazem TRINTA ANOS. A amizade que se criou entre nós é de uma beleza ímpar e somente quem viveu estas emoções pode avaliar o quanto isto foi e ainda é importante na vida de cada um. Que Deus nos abençoe! Que esta amizade possa perdurar por muito e muito tempo e que outras gerações possam ter esta mesma oportunidade que tivemos Um beijo com muito carinho, Jeroslau Volochtchuk Presidente do BARVINOK à época da viagem, em 1988

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КВІТЕНЬ 2018N.o 520 (3952) ABRIL 2018BOLETIM INFORMATIVO DA SOCIEDADE UCRANIANA DO BRASIL

Інформативний бюлетень Українського Товариства БразиліїAl. Augusto Stellfeld, 795 - CEP 80410-140 Curitiba - Paraná - Brasil - Fone/Fax: (41) 3224-5597 - e-mail: [email protected]

BARVINOK, Há 30 Anos representou a Comunidade Ucraniana do

Brasil na América do Norte

O Folclore Ucraniano Barvinok, antigo Grupo Folclórico Ucraniano de Curitiba-GFUC, em seu início, claro, como todos os outros grupos folclóricos, tinha suas precariedades. Porém sempre foi caracterizado pela garra, determinação e amor às tradições ucranianas de seus componentes que as receberam de seus antepassados, imigrantes ucranianos. Um dia, uma de suas apresentações foi assistida por algumas autoridades ucranianas radicadas no Canadá que estavam em visita ao Brasil. Eles ficaram admirados com a beleza da apresentação e com o nível técnico de seus componentes. Inesperadamente, estas autoridades fizeram um convite verbal para que o Barvinok realizasse uma tournê pelo Canadá e Estados Unidos. De início houve uma certa dúvida quanto a este convite, se seria real ou apenas “conversa fiada”. Mas em algumas semanas chegou o convite oficial. Houve, obviamente, muita negociação, pois se tratava de um grande acontecimento. O Barvinok faria uma turnê pela América do Norte, representando a comunidade ucraniana do Brasil no ano em que a seria comemorado o Milênio da Cristianização na Ucrânia. Assim que muitos detalhes foram acordados, um coreógrafo canadense e uma auxiliar foram designados para ministrar algumas aulas técnicas com o objetivo de melhorar e aprimorar o nível técnico dos dançarinos. Começou então a correria: contratar professor de canto, músicos para orquestra, melhorar os trajes, preparar alguns solistas, aulas de ucraniano etc., etc. Foram dezoito meses de muito trabalho, preparação e dedicação, sendo que a parte mais difícil foi selecionar 47 componentes dentre todos os componente do Barvinok. Foi muito árdua esta escolha. E esta seleção ficou sob responsabilidade de uma comissão formada por diretores do Barvinok e da União Agrícola Instrutiva, atual Sociedade Ucraniana do Brasil. Estava indo tudo muito bem, até chegar a hora do embarque, os nervos começaram a aflorar pela responsabilidade que estava sendo assumida, mas havia confiança na equipe de diretores e componentes. E lá foi o Barvinok, com a cara e a coragem, mas com muita motivação e expectativa, embarcar no dia 02 de março de 1988 para o Canadá, primeiramente. Muito bonitos em seus uniformes azul e amarelo, os componentes do Barvinok desembarcaram em

Toronto com nove graus negativos e foram recebidos calorosamente pela comissão envolvida no evento. De imediato, foram levados para uma organização onde receberam agasalhos para suportar o rigoroso frio, afinal era inverno no Hemisfério Norte. A seguir, começou a visitação em bancos e organizações ucranianas. Em cada lugar visitado havia uma recepção com discursos, lanches e presentes. Foi muito, muito cansativo, mas muito prazeroso. As apresentações foram quase que diárias e assim, de cidade em cidade, quase todas as noites após as apresentações, o Barvinok era recepcionado em “banquetes”, o que foi muito importante, pois novas amizades aí foram iniciadas e as comunidades ucranianas canadense e americana puderam conhecer, além da comunidade ucraniana no Brasil, um pouco da nossa história. As apresentações foram de um sucesso inesperado com teatros lotados. Como a notícia se espalhou, de que aquele grupo folclórico do Brasil realmente sabia o que estava fazendo, houve incidentes com pessoas revoltadas porque não conseguiram ingressos. Cada apresentação trazia aos componentes mais confiança e felicidade pelo bom desempenho. E ao final de cada apresentação, muitos eram os elogios, flores e até presentes. E assim foram 23 dias de apresentações e viagens por 5 cidades no Canadá e 9 nos Estados Unidos. Mas nem tudo foram flores, alguns sérios incidentes aconteceram, o que deixou o grupo todo deveras preocupado mas, com a união daquele grupo e Graças ao Bom Deus, tudo foi superado. No retorno ao Brasil, estes componentes chegaram com sentimento de dever cumprido, com muita alegria nos corações mas já sentindo saudades de tantas e tantas pessoas que os acolheram. Chegando em Curitiba, a comunidade, nossa comunidade, aguardava com muito carinho, saudades e com BOAS VINDAS. Estou relatando estes fatos como se tivessem ocorrido há pouco tempo, mas já fazem TRINTA ANOS. A amizade que se criou entre nós é de uma beleza ímpar e somente quem viveu estas emoções pode avaliar o quanto isto foi e ainda é importante na vida de cada um. Que Deus nos abençoe! Que esta amizade possa perdurar por muito e muito tempo e que outras gerações possam ter esta mesma oportunidade que tivemos

Um beijo com muito carinho,

Jeroslau VolochtchukPresidente do BARVINOK à época da viagem, em 1988

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História Honesta:

Como o Kremlin falsifica a história de Kyivan Rus

para minar o estado ucraniano

Os passageiros embarcam em um trem na estação de metrô Zoloti Vorota em Kiev em 28 de abril de 2017, ao lado de um

mosaico que descreve Kyivan Rus: Grande Príncipe Volodymr - o Grande. O mosaico é feito no antigo estilo Kyivan Rus, que

por sua vez lembra a arte viking. Quando o presidente russo, Vladimir Putin, visitou Versailles e realizou uma conferência de imprensa conjunta com o presidente francês, Emmanuel Macron, em 29 de maio/2017, ele estava ansioso para enfatizar os laços históricos profundos entre as duas nações. Putin tinha ido à França para o lançamento de uma exposição que celebrava os 300 anos da visita do czar russo Pedro - o Grande, à França, e também estava lá para ouvir o recém-eleito Macron. Mas se o astuto e experiente Putin esperava que ele pudesse admirar o jovem presidente francês, ele ficou desapontado. Foi o líder russo que parecia desajeitado e desconfortável quando Macron, de pé ao seu lado na conferência de imprensa após as negociações, disse que a mídia de propaganda do Kremlin, RT e Sputnik, havia divulgado informações falsas durante a eleição presidencial francesa de 2017.

Reivindicando Anna

No entanto, um comentário feito por Putin na conferência de imprensa irritou outras penas diplomáticas. Para ilustrar os laços profundos entre a Rússia e a França, Putin aludiu a um número ainda mais antigo da história do que Pedro - o Grande. “O iluminado público francês conhece a russa Anna, rainha da França. A filha mais nova do

nosso grande rei, Yaroslav - o Sábio, era a esposa de Henrique I (da França) ... ” Putin disse em russo.

Putin estava se referindo a Anna de Kyiv, que na verdade se casara com Henri I da França em 1051 para se tornar rainha da França, e que era filha de um dos maiores príncipes do Kyivan Rus, Yaroslav - o Sábio.

Mas, usando o adjetivo “russo” para descrever Anna e descrevendo Yaroslav - o Sábio, como “nosso grande príncipe”, Putin dizia que Anna era russa e que o rei Kyivar Rus, Yaroslav - o Sábio, era um príncipe russo. A Ucrânia respondeu rapidamente, embora não com uma nota diplomática, mas um tweet de sua conta oficial no Twitter. O tweet incluía uma foto com uma breve biografia de Anna de Kiev e uma foto da floresta de bétulas sob o texto “1051: Enquanto isso, em Moscou…” A implicação era que a Rússia não podia reivindicar Anna de Kiev como russa porque a Rússia não existia nela.

Sequestro de Volodymyr

Esta não foi a primeira vez que a Rússia reivindicou a realeza de Kyivan Rus. Putin em 4 de novembro de 2016 revelou em frente ao Kremlin uma estátua gigante do Kyivan Rus Prince Volodymyr, - o Grande (Vladimir, em transliteração russa), o pai de Yaroslav - o Sábio. Volodymyr, um santo cristão ortodoxo, introduziu o cristianismo em Kyiv Rus em 988. A figura do Volodymyr de Moscou tem 12,2 metros de altura, e a altura total do monumento, desde a base do pedestal até o topo da cruz, levada pelo príncipe, é de 17 metros. Em contraste, a figura no monumento a Volodymyr - o Grande, em Kiev, tem apenas 4,4 metros de altura, embora o monumento inteiro, incluindo a coluna de 16 metros, seja mais alto, a 20,2 metros. Mas o monumento era controverso não apenas por causa de seu tamanho: não há ligações diretas entre Moscou e o príncipe, já que Moscou ainda não existia quando ele estava vivo. Em vez disso, erigir uma enorme estátua do príncipe Kyivan Rus no coração de Moscou, com vista para o Kremlin, foi uma declaração política, segundo Alexei Venediktov, editor-chefe da emissora de rádio Ekho Moskvy. "É óbvio que esta não é uma decisão estética ou cultural, mas política", escreveu Venediktov,

N.Ed.: O Jornal Ucraniano Kyiv Post começa a “Honest History”, com esta primeira de uma série de histórias que visam desbancar mitos sobre a história ucraniana que são usados por propagandistas. A série é apoiada pelo Black Sea Trust, um projeto do German Marshall Fund dos Estados Unidos. As opiniões expressas não representam necessariamente as do Black Sea Trust, do German Marshall Fund ou de seus parceiros.

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conforme reportado em um artigo no jornal britânico The Guardian ("Por que uma estátua gigante de Volodymyr está provocando protestos públicos em Moscou"). , Por Shaun Walker, 11 de junho de 2015. “É uma mensagem para a capital ucraniana dizer: 'St. Vladimir é nosso, não seu ”, escreveu Venediktov. A mensagem é consistente com a narrativa de propaganda que o Kremlin manteve desde que anexou a Crimeia e lançou sua guerra à Ucrânia no Donbass em 2014 - o povo da Ucrânia e da Rússia são "um só povo" (frase que Putin usou muitas vezes) e assim, a Ucrânia não é realmente um Estado independente e soberano, mas uma província indisciplinada que perdeu temporariamente o controle direto de Moscou. O Kremlin usou essa mensagem de propaganda junto com outros para justificar sua ocupação da península da Criméia, na Ucrânia, e seu apoio às forças que a procuravam contra o exército ucraniano no Donbass.

Rurik e seus irmãos Sineus e Truvor chegam a Ladoga. Pintura do artista russo Apollinary Vasnetsov (1856-1933). Rurik, um viking, foi o fundador da dinastia que governou Kyivan Rus.

(Vasculets Apollinary)

De quem é a história?

Mas o que são os fatos? Quem tem a maior reivindicação para Anna, Yaroslav - o Sábio e Volodymyr - o Grande: Ucrânia ou Rússia? E ucranianos e russos podem realmente ser considerados as mesmas pessoas? A resposta curta é: não! No seu auge, em meados do século XI, o Kyiv Rus era o maior estado da Europa e, devido ao controle das principais rotas comerciais, um dos mais ricos. De acordo com a Crônica Primária da Rússia, o estado foi fundado em 882, quando o príncipe Oleg, cunhado de Rurik, fundador da dinastia real de Kyivan Rus, conquistou Kiev e transformou-a em sua capital: Rus. Kiev era naquela época habitada por eslavos que prestavam homenagem aos khazares, uma confederação de tribos principalmente turcas que

dominavam a terra das estepes no que hoje é o leste da Ucrânia, leste e sul da Rússia, os caucuses (pequeno grupo de pessoas em um partido político ou organização que têm muita influência, ou que têm interesses semelhantes.N.E.) e partes da Ásia Central até o Mar de Aral no leste. Sob Oleg, os vários estados russos se uniram em uma única unidade política que se estendia do Mar Báltico, Lago Ladoga e Lago Onega, no norte, até a ponta da Crimeia (embora não toda a península) no sul. O que é hoje o sul e o leste da Ucrânia, embora parcialmente povoado por eslavos, não era, em sua maioria, parte de Kyiv Rus, mas estava sob controle inconstante e cambiante de várias tribos e invasores do leste. Após o reinado de Yaroslav - o Sábio, a partir de 1054, Kyiv Rus sofreu uma gradual desintegração devido a disputas entre os governantes dos seus vários principados constituintes sobre a sucessão do título de “Grande Príncipe de Kiev”. Kyivan Rus foi finalmente condenado pela invasão dos mongóis do leste em 1237-1240. O estado separou-se em principados Rus separados que pagavam tributos aos invasores durante séculos vindouros.

Estados sucessores

Depois de um longo período de dominação pelos mongóis e seus sucessores turcos, a “Horda de Ouro”, o controle da área que tinha sido de Kyivan Rus foi no início da divisão do século XVI entre dois grandes estados. O Grão-Ducado da Lituânia controlava a maior parte do que hoje é a Ucrânia e a Bielorrússia (além do sudeste da Ucrânia e Crimeia, sob o canato da Criméia), enquanto o Grão-Ducado de Moscóvia ocupava o que é hoje a parte nordeste da Rússia européia moderna. No entanto, os grão-duques de Moscóvia reivindicavam todas as terras do antigo Kyivan Rus, vendo-se como sucessores diretos daquele antigo estado. Sob o estado sucessor de Muscovy - o Tsardom da Rússia - a área sob o controle de Moscou cresceu imensamente, estendendo-se pela Sibéria até o Extremo Oriente. No entanto, ainda não controlava diretamente a maior parte das terras que um dia seriam hoje a Ucrânia, ou a “cidade mãe da Rússia” - Kiev. Isso ainda estava sob controle polonês-lituano. Um levante contra o controle polonês no leste da Ucrânia sob o comando do ucraniano Hetman Bogdan Khmelnytsky em meados do século XVII levou as terras a leste do rio Dnipro e a cidade de Kiev a se tornarem autônomas sob o cossaco Zaporizhian Sich, ao preço do juramento de fidelida de Khmelnytsky ao czar russo. O sul da Ucrânia, de suas fronteiras ocidentais modernas a leste, permaneceu sob o controle do Império Otomano.

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Depois que a Comunidade Polaco-Lituana perdeu uma guerra contra o Tzarismo da Rússia em 1667, o resto do leste da Ucrânia, incluindo Kiev, foi cedido à Rússia pela Polônia. Depois que o Império Russo foi proclamado em 1721 sob Pedro - o Grande, Moscou continuou a expandir seu controle para o oeste e para o sul, derrotando a Comunidade Polonesa-Lituana, e no final do século XIX conquistando o controle da maior parte do que é hoje a Ucrânia moderna. . Após uma breve luta pela independência, quando o Império Russo terminou em 1917, a Ucrânia (além de suas regiões do extremo oeste) foi efetivamente absorvida pela Rússia em 1922, sob a União Soviética, como a República Socialista Soviética Ucraniana. A Ucrânia moderna assumiu sua forma atual após a anexação soviética da Ucrânia ocidental em 1939 e a concessão da Criméia à Ucrânia em 1954 pelo líder soviético Nikita Khrushchev. Estas foram as fronteiras assumidas pela Ucrânia quando se tornou independente após o colapso da União Soviética em 1991.

Uma mulher passa por um memorial a Anna em Kiev em 1 de junho de 2017. Em uma coletiva de imprensa na França alguns dias antes, o presidente russo Vladimir Putin se

referiu à princesa como “Anna Russa”, provocando uma disputa diplomática online com a Ucrânia.

Quem eram os rus?

É claro que o estado russo que emergiu das cinzas da União Soviética, a Federação Russa,

é um sucessor político direto do Grão-Ducado da Moscóvia. Mas, devido à destruição e fragmentação de Kiev pela invasão mongol, não se pode dizer que a Rússia moderna seja o sucessor direto de Kyivan Rus, e suas pretensões de ser o herdeiro direto das terras e da história de Kyivan Rus são espúrias. No entanto, o mesmo poderia ser dito para o Estado ucraniano moderno, que atualmente cobre uma área que foi ocupada por tribos, povos, nações, estados e impérios ao longo dos milênios, dos quais os Kyiv Rus não foram de forma alguma os primeiros. Há outra reviravolta na história: Oleg, o fundador de Kyivan Rus, era filho de Rurik, que geralmente se acredita ter sido um varangiano - o que hoje chamamos de viking. Os Rus, dos quais os países Bielorrússia e Rússia derivam seus nomes, parecem ter sido um povo escandinavo que adotou a cultura e a língua eslava após assumir o controle político da região. Embora isso seja contestado por estudiosos russos, um caso semelhante pode ser visto na Europa Ocidental, onde os vikings se estabeleceram no norte da França e adotaram a língua e a cultura francesas enquanto dominavam os habitantes locais; eles eram os normandos, ou noruegueses - vikings. Um de seus líderes, Guilherme - o Conquistador, invadiu a Inglaterra em 1066 para trazer uma nobreza de língua francesa ao poder. Assim, a narrativa de propaganda de Putin obscurece a história complexa e incerta da região, que entrelaça as famílias, estados e impérios eslavos, escandinavos, khazar, turcos e mongóis, além de influências imperiais otomanas, lituanas, polonesas, suecas e russas na região. Terras que séculos antes eram o lar de Yaroslav - o Sábio e sua filha Anna. A alegação de Putin de que eles ou Volodymyr - o Grande, são intrinsecamente russos, não faz mais sentido do que afirmar que os reis normandos da Inglaterra são intrinsecamente britânicos - é uma reivindicação politicamente conveniente, não historicamente precisa, do tipo frequentemente usado por reis do passado, imperadores e ditadores para justificar reivindicações a terras que não são suas. Na próxima edição, a parte 2 da série que foi publicada em 6 de abril de 2018: História Honesta: “Onde, porque os ucranianos falam a língua russa e como o Kremlin a usa para alimentar o conflito na Ucrânia?”

(fonte: KYIV POST - UKRAINE’S GLOBAL VOICE / https://www.kyivpost.com/ukraine-politics/honest-history-episode-1-kremlin-uses-history-kyivan-rus-distort-past-undermine-ukrainian-statehood.html)

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Recuperando à força ou abandonando o Donbass:

os especialistas apontam quatro cenários para os desenvolvimentos do

leste da Ucrânia

Segundo especialistas, a situação atual sendo preservada até 2020, seria o cenário mais sustentável.

Nem guerra nem paz, retorno por meios pacíficos, retornar pela força e o abandono dos territórios ocupados - estas são as principais opções para os desenvolvimentos do Donbass para os próximos anos. Especialistas do Instituto Ucraniano para o Futuro (UIF) vêm estudando a questão desde o começo do ano, tentando avaliar a probabilidade de cada um dos cenários, informou o semanário “Novoe Vremya.” Ao mesmo tempo, os analistas da UIF consideram o status quo atual no Donbass, ou seja, o cenário de "nem guerra nem paz", o mais provável e mais sustentável. Enquanto isso, a maioria dos ucranianos, a julgar por uma pesquisa do final de março da GFK Ucrânia, não consegue captar a essência da lei recentemente adotada sobre a reintegração dos territórios ocupados, e tampouco acredita que seja possível devolver o Donbas por tais meios. Ao mesmo tempo, todos os entrevistados gostariam que o conflito fosse resolvido pacificamente. Cenário Nº 1: Nem guerra nem paz! Probabilidade: 75% Segundo os especialistas, este é o cenário mais sustentável: a preservação da situação atual até 2020, ou seja, até que o novo presidente e o parlamento sejam eleitos na Ucrânia. Sob esse curso de acontecimentos, a elite política ucraniana relutará em tomar medidas drásticas que possam violar o status quo existente. Nenhum plano claro e concreto para o retorno da região emergirá, assim os riscos de algumas falhas inesperadas aumentarão. A Rússia pode empregar ativamente provocações na linha de frente como uma ferramenta

para responder a qualquer aumento de pressão por parte de Kiev ou instituições internacionais. Os confrontos são possíveis como forma de o Kremlin alertar o Ocidente, a OTAN e outras organizações contra o envolvimento no conflito, mesmo em caso de agravamento. Especialistas também acreditam que a divisão na sociedade será cada vez maior no contexto de um número crescente de veteranos de guerra. Cenário Nº 2: Retorno por meios pacíficos Probabilidade: 18% Muito provavelmente, tal desenvolvimento seguirá imediatamente o cenário anterior, sempre que for concluído. O retorno pacífico é possível de duas maneiras: um "cavalo de Tróia" e uma "missão de manutenção da paz". O "cavalo de Tróia" significa, na verdade, a implementação da versão russa dos acordos de Minsk. Neste caso, os territórios atualmente ocupados estarão sob a jurisdição formal da Ucrânia. Muitos militantes receberão anistia. Eleições locais serão realizadas na região onde as forças pró-russas vencerão. Como resultado, um equilíbrio estável será quebrado na política ucraniana, à medida que os partidos políticos orientados para a Rússia receberão mais apoio. Portanto, Donbass ganhará um status especial e autonomia com a capacidade de influenciar Kiev, enquanto o último será limitado em seu impacto sobre as "repúblicas". Segundo os especialistas, a "missão de manutenção da paz" é uma opção mais realista: a introdução na região de um contingente limitado de forças de paz estrangeiras sob mandato internacional. No entanto, há grandes chances de que os "capacetes azuis" sejam posicionados na linha de frente com as repúblicas autoproclamadas, e não na fronteira Ucrânia-Rússia. Neste caso, a Ucrânia não terá acesso total à parte ocupada, pelo que a situação se desenvolverá de acordo com o cenário da Transnístria. Cenário Nº 3: Donbas não-ucranianos: o abandono da Ucrânia de seus territórios orientais e sua anexação direta pela Rússia Probabilidade: 5% Este é o cenário mais doloroso para a autoconsciência da nação. Pode se tornar uma realidade se um candidato pró-russo vencer a eleição presidencial - por exemplo, alguém do antigo Partido das Regiões. Outra opção é se a vitória for selada por um político declarando a necessidade de um diálogo com Vladimir Putin. O reconhecimento oficial do Donbass não-ucraniano criará uma coalizão dentro do país contra o iniciador de tais ações. O descontentamento em massa causará protestos e comícios, já que a guerra que durou

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quatro anos afetou muitas camadas da população. Militares, voluntários e ativistas se reunirão contra as autoridades. A situação no país se tornará perigosa. A única vantagem é que as autoridades serão forçadas a agir de forma muito concreta. Cenário Nº 4: Retorno do Donbass por meios militares Probabilidade: 2% Este é o cenário menos provável, embora o exército ucraniano atual seja plenamente capaz de ações militares em grande escala. Se as autoridades decidirem devolver os territórios ocupados à força, a ofensiva terá lugar ao longo de toda a linha de demarcação, ou seja, cerca de 500 km da linha da frente. Dado o grande número de militantes implantados nos territórios ocupados, (de acordo com várias estimativas, é uma força de 30.000 a 50.000 homens), o grupamento das Forças Armadas da Ucrânia não deverá ser inferior a 100.000 tropas (isto é, quase igual a todas as unidades de infantaria disponíveis hoje). A ofensiva principal deve ser focada em duas ou três direções, onde os comandantes empregarão uma grande parte da infantaria com o apoio das unidades blindadas. A última força deve empregar pelo menos 1.500-2.000 veículos blindados.(Read more on UNIAN: https://www.unian.info/war/10087073-regaining-

by-force-or-abandoning-donbas-experts-name-four-scenarios-for-east-ukraine-developments.html?utm_source=unian&utm_medium=related_

news&utm_campaign=related_news_in_post / REUTERS)

ONU: “Quatro anos de conflito na Ucrânia deixam 4,4 milhões de pessoas

em terrível situação humanitária”

Infraestrutura civil crítica é gravemente afetada, pois os acordos de cessar-fogo são consistentemente desconsiderados.

O coordenador humanitário residente na Ucrânia, Neal Walker, informou na sexta-feira(13) os Estados Membros e Organizações Internacionais sobre a terrível situação humanitária enfrentada por 4,4 milhões de pessoas afetadas por conflitos no leste da Ucrânia. "Após quatro anos de conflito, 3,4 milhões

de pessoas na Ucrânia estão lutando para lidar com o impacto da crise humanitária e precisam urgentemente de assistência e proteção humanitária", informou a Organização das Nações Unidas (ONU) na Ucrânia . Todos os dias, o conflito armado no leste da Ucrânia obriga milhões de civis a fazer escolhas impossíveis, quer comam, tomem remédios ou seus filhos vão para a escola. Infraestrutura civil é gravemente afetada, pois os acordos de cessar-fogo são consistentemente desconsiderados. Houve, em média, 40.000 violações por mês no ano passado. Durante seu briefing, Walker disse que, "somente esta semana, cinco pessoas que trabalhavam com tratamento de água foram mortos enquanto tentavam manter a infra-estrutura de água ao longo da" linha de contato . Hoje, o abastecimento de água a mais de 345.000 civis está em risco, pois mais de 130 incidentes afetaram a infra-estrutura já crítica da água no país”. Mais de 600.000 pessoas, incluindo 100.000 crianças, suportam o peso dos contínuos confrontos armados ao longo da linha de contato de 457 km. Todos os meses, mais de 1 milhão de pessoas são forçadas a atravessar a "terra de ninguém" através de postos de controle, muitas para simplesmente acessar serviços humanitários e sociais básicos. Mais de 2.500 homens, mulheres e crianças civis foram mortos e mais de 9.000 feridos, desde que as hostilidades começaram há quatro anos. O risco de explosivos no leste da Ucrânia está afetando 1,9 milhão de pessoas, incluindo cerca de 200.000 crianças. O uso de minas terrestres em áreas urbanas, terras agrícolas e postos de controle é uma preocupação constante. "Na semana passada, minas terrestres mataram uma família de quatro pessoas no leste da Ucrânia. Em 2017, mais de 235 civis foram mortos ou feridos por minas terrestres e outros explosivos remanescentes de guerra", disse Walker. A comunidade humanitária está comprometida em atender às necessidades de todas as pessoas afetadas por conflitos na Ucrânia. Em dezembro de 2017, as agências humanitárias lançaram um apelo altamente prioritário de US$ 187 milhões para alcançar mais de 2,3 milhões de pessoas mais vulneráveis da Ucrânia com serviços de assistência e proteção. Até agora, esse apelo continua em grande parte sem financiamento. Nas suas observações finais, o Sr. Walker disse: "Hoje, exorto os Estados-Membros a solidarizarem-se com as pessoas afetadas pelo conflito na Ucrânia e ajudarem a resolver urgentemente esta lacuna de financiamento de 97%. Eu continuo a apelar às partes para o conflito para tomar todas as medidas necessárias para garantir que o direito internacional humanitário seja respeitado - civis e infra-estrutura

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Lutando para acreditar: Igreja Ortodoxa Ucraniana sob pressão na Crimeia

Tony WesolowskyCrimea Desk, Serviço Ucraniano da RFE / RL

Pessoas orando por ocasião do 26º aniversário da independência da Ucrânia, na Catedral de Volodymyr

e Olha em Simferopol. Quando a Rússia assumiu o controle da Crimeia em 2014, suas forças tomaram o controle de importantes locais militares e governamentais na península ucraniana. Eles também atacaram outra instituição - o ramo da Igreja Ortodoxa Ucraniana que está centrada em Kiev e não em Moscou. As forças russas atacaram as igrejas, saqueando algumas, enquanto chamavam seus líderes de "nazistas" e "rozkolniki", ou "aqueles que se separaram", uma referência à divisão da igreja com a Igreja Ortodoxa Ucraniana - Patriarcado de Moscou. Hoje, os líderes da Igreja Ortodoxa Ucraniana - Patriarcado Kyivan (UOC-KP), como é formalmente conhecido, dizem que as autoridades na Crimeia estão perseguindo o que resta de sua igreja, levando-os à beira do esquecimento. "As autoridades de ocupação russas fizeram de tudo para que a atmosfera religiosa na península fosse semelhante à deles [na Rússia], isto é, leal e controlável", disse o arcebispo Yevstratiy (Zorya), porta-voz oficial da Igreja, em uma entrevista recente. O arcebispo Klyment, chefe da Igreja Ortodoxa Ucraniana sob o Patriarcado de Kiev na Crimeia, disse que oito igrejas e quatro padres eram tudo o que restou de sua igreja na península do Mar Negro. Somente aqueles que demonstram fidelidade a Moscou desfrutam da liberdade religiosa na Crimeia, de acordo com um importante grupo de direitos humanos da Ucrânia.

Outros falam de uma campanha mais ampla.

De acordo com o monitor da democracia americana Freedom House, a perseguição à igreja é apenas um elemento da repressão do Kremlin na Crimeia em relação à Ucrânia , enquanto a Human Rights Watch diz que as autoridades russas na Crimeia criaram um clima de medo e repressão. Para muitos ucranianos, é apenas uma batalha na guerra do Kremlin contra uma Ucrânia independente e acontece quando o presidente Petro Poroshenko tenta institucionalizar a ruptura da Igreja Ortodoxa Ucraniana com Moscou. "A Ucrânia está mais perto do que nunca de estabelecer sua própria igreja local autocéfala", disse Poroshenko em 17 de abril durante uma reunião com líderes do partido ucraniano.

Favorecimento da leal igreja de Moscou

A Igreja Ortodoxa Ucraniana do Patriarcado de Moscou é oferecida toda e qualquer ajuda pelas autoridades locais de facto, de acordo com o Arcebispo Yevstratiy. "Seus padres foram honrados por seu papel na anexação da península", acrescenta. Os novos líderes da Crimeia criaram barreiras burocráticas para filtrar organizações religiosas suspeitas de deslealdade. Após a anexação em 2014, eles exigiram que todas as organizações religiosas e comunidades na Crimeia registrassem novamente a lei russa, incluindo a exigência de acrescentar em documentos oficiais que a Crimeia é parte da Rússia , de acordo com o Kharkiv Human Rights Protection Group (KHPG). "Nossa igreja não reconheceu a Crimeia como Rússia. Nós nos recusamos a registrar de acordo com a legislação deles", explica o Arcebispo Yevstratiy, acrescentando que isso legitimaria efetivamente a ocupação da Rússia. Sacerdotes da igreja rejeitaram a cidadania russa, levando muitos a fugir para outras partes da Ucrânia. Tudo isso torna impossível para a igreja pagar pelas cobranças comuns, com isso sendo usado para permitir o confisco da propriedade , de acordo com a KHPG.

O porta-voz do UOC-KP, Arcebispo Yevstratiy (Zorya)

civil devem ser protegidos.A única solução para a crise no leste da Ucrânia é a paz.”

REUTERS/ (Read more on UNIAN: https://www.unian.info/war/10089629-un-four-years-of-conflict-in-ukraine-leave-4-4-mln-

people-in-dire-humanitarian-situation.html)

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Igrejas Remanescentes

O arcebispo Klyment diz que há três casos contra a igreja agora em curso na Crimeia. "Um sobre uma igreja em Sevastopol; outro contra uma igreja na aldeia de Perevalne; o terceiro sobre a legalidade das ações dos oficiais de justiça, que em 31 de agosto de [2017] , cometeram assalto à administração da diocese, ", explica, referindo-se a uma ação policial na Catedral de Volodymyr e Olha, a principal catedral em Simferopol. No início daquele dia fatídico, homens armados, alguns mascarados, agindo sob ordens das autoridades russas que controlam a Crimeia, invadiram a catedral em uma tentativa de tomar o controle, ferindo o arcebispo Klyment em uma briga quando ele tentou bloqueá-los. Eles carregavam ícones, cruzes, tapetes e outros objetos de valor. A ação veio depois que os tribunais instalados da Rússia na Criméia decidiram, em janeiro de 2017, que a igreja teve que desocupar o primeiro andar da catedral e pagar uma multa de US $ 16 mil por não se registrar novamente nas novas autoridades.

Símbolo da identidade ucraniana

O arcebispo Yevstratiy diz que a igreja está sendo alvo das autoridades instaladas no Kremlin porque é um símbolo da identidade ucraniana. "O Patriarcado Kyivan - não é apenas uma comunidade religiosa, mas um baluarte da comunidade ucraniana. É por essa razão que o UOC-KP é um espinho do lado do Kremlin, que está tentando de todas as maneiras possíveis limitar e nos expulsar da Crimeia ", explica ele. A Freedom House diz que "qualquer coisa associada à Ucrânia" é "agora um tabu" na Crimeia ocupada. "A língua ucraniana, as igrejas ucranianas ortodoxas e católicas, os partidos políticos ucranianos, a mídia ucraniana e praticamente qualquer coisa associada à Ucrânia são agora um tabu na Crimeia ocupada, tornando impossível aos moradores desfrutar de uma vida social, cultural e política livre." ", disse em um relatório de 2017 . "A identidade ucraniana não é apenas suprimida, mas uma russa está sendo apoiada em um esforço de longo alcance para russificar a península", conclui a Freedom House. A Human Rights Watch diz que as autoridades russas "reduziram severamente as proteções aos direitos humanos e criaram um clima de medo e repressão na Crimeia". "O espaço para a liberdade de expressão, liberdade de associação e mídia na Crimeia encolheu drasticamente, e a maioria dos ativistas e meios de comunicação pró-Ucrânia foram forçados a sair. Sob o direito internacional, a Rússia como potência de ocupação é responsável pelo surgimento de

abusos de direitos humanos na Crimeia ", diz Yulia Gorbunova, pesquisadora da divisão de Europa e Ásia Central da Human Rights Watch.

Em 31 de agosto de 2017, homens armados, alguns mascarados, invadiram a principal catedral em Simferopol.

Onde está o arcebispo de Moscou?

O Metropolitan Lazar, do Patriarcado de Moscou, na Crimeia, absteve-se, em grande parte, de comentar a anexação, ou o conflito Ucrânia-Rússia, explica o Arcebispo Yevstratiy. Mas Lazar foi elogiado mais de uma vez pelas autoridades do Kremlin instaladas na península, continua ele, acrescentando que o Metropolitan Lazar participou de eventos oficiais na Crimeia. Além disso, Lazar é livre para viajar ao resto da Ucrânia para conhecer metropolitanos de todo o país. Após a anexação da península, as dioceses da Criméia do Patriarcado não se tornaram formalmente o "território canônico" da Igreja Ortodoxa Russa e permaneceram sob a Metrópole de Kiev. A tomada da Criméia, bem como a revolta Euromaidan, antes que ela tenha ampliado uma ruptura religiosa que surgiu pela primeira vez durante o colapso da União Soviética, quando o Primata Filaret rompeu com a Igreja Ortodoxa Russa. Ele argumentou que uma Ucrânia independente merecia uma igreja nacional verdadeiramente independente de Moscou. Durante os protestos de 2014 que levaram à derrubada do presidente pró-Moscou, Viktor Yanukovych, o clero do Patriarcado de Kiev abençoou os manifestantes antigovernamentais e ajudou a construir barricadas. O Patriarcado de Moscou permaneceu acima da briga, rezando pela reconciliação e pedindo o diálogo. No entanto, a divisão entre a filial de Moscou e Kyiv da Igreja Ortodoxa Ucraniana nunca recebeu a bênção da comunidade ortodoxa internacional. Em meio ao conflito em curso com Moscou, Poroshenko está dando um novo empurrão para que Bartolomeu I, o chefe do Conselho Pan-Ortodoxo, reconheça o Patriarcado como a única e oficial igreja ortodoxa da Ucrânia. "Eu, como presidente, decidi pedir ao patriarca ecumênico, sua Santidade

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[Bartolomeu] para conceder os 'tomos' de uma igreja autocéfala ucraniana independente, mais precisamente local", disse Poroshenko em uma reunião com líderes de partidos parlamentares em 17 de abril.

O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, encontra-se com o patriarca ecumênico Bartolomeu I

em Istambul no dia 9 de abril.

De volta à Crimeia, apesar das muitas dificuldades atuais, o Arcebispo Yevstratiy e outros membros da Igreja permanecem desafiadores e surpreendentemente otimistas. "Acreditamos que cada dia nos aproxima da época em que Simferopol, Sevastopol e outras cidades da Crimeia poderão rezar em ucraniano".

N.Ed.:Este artigo foi alterado para remover a referência a "separatistas apoiados pela Rússia" na aquisição da região da Crimeia na Ucrânia.Escrito por Tony Wesolowsky baseado em material da Crimea Desk da RFE / RL

(fonte: https://www.rferl.org/a/ukraine-russia-struggling-to-believe-ukrainian-orthodox-church-in-crimea-struggles-to-survive/29175307.

html)

de Novo-Oleksandrivka. Os soldados postados na aldeia de Novozvanivka ficaram sob o fogo de lançadores de granadas e metralhadoras pesadas, enquanto aqueles na aldeia de Novoselivka foram atacados com o uso de uma arma anti-aérea e armas de pequeno porte. O centro de imprensa da sede de operações militares da Ucrânia relatou no Facebook na manhã de terça-feira(10). No setor de Donetsk, as forças de ocupação russas usaram morteiros de 120mm para bombardear as posições ucranianas perto da aldeia de Vodiane, enquanto as posições perto da mina de carvão de Butivka ficaram sob fogo de morteiros de 82mm. "Os militantes também abriram fogo com lançadores de granadas, metralhadoras pesadas e armas pequenas para atacar os soldados defensores da cidade de Avdiyivka, Butivka, as aldeias de Verkhniotoretske, Vodiane, Hnutove, Kamianka e Talakivka. Além disso, posições ucranianas fortificadas perto da cidade de Maryinka, e as aldeias de Pavlopil e Lebedynske foram atacadas por metralhadoras pesadas, bem como por armas pequenas perto das aldeias de Nevelske, Pavlopil, Lebedynske e Pyshchevyk e atiradores perto das cidades de Krasnohorivka e Maryinka" ,relatório diz o relatório.

(Read more on UNIAN: https://www.unian.info/war/10092230-escalation-in-donbas-44-enemy-attacks-on-ukraine-5-wia-s-in-last-day.

html) / REUTERS

Departamento de Estado dos EUA divulga relatório sobre direitos

humanos na Crimeia ilegalmente anexada

As atividades das autoridades russas no território ocupado da Criméia ucraniana estão associadas a violações significativas dos direitos humanos na península, incluindo desaparecimentos, tortura, restrições à liberdade de expressão, mídia e reunião, bem como a violação de outros direitos e liberdades. Isto foi afirmado no Relatório sobre as Práticas de Direitos Humanos/2017 divulgado pelo Departamento de Estado dos EUA na sexta-feira(20). "As autoridades russas mantiveram o controle sobre as forças militares e de segurança russas implantadas na Crimeia. Os serviços de segurança russos continuaram a consolidar o controle sobre a Crimeia e restringir os direitos humanos", diz o

Escalada em Donbas: 44 ataques inimigos à Ucrânia

Militares inimigos usaram armas proibidas nos setores de Donetsk e Luhansk.

Foto do Ministério da Defesa da Ucrânia As forças militares da Rússia atacaram as posições do exército ucraniano em Donbass 44 vezes nas últimas 24 horas, com cinco soldados ucranianos relatados como feridos em ação. "No setor de Luhansk, os ocupantes dispararam morteiros de 120 e 82mm e lançadores de granadas em posições fortificadas perto da aldeia de Troyitske. O inimigo também usou morteiros de 82mm perto da cidade de Popasna e três vezes perto da vila

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documento. Ao mesmo tempo, o relatório recorda que as autoridades de ocupação impuseram e aplicaram desproporcionalmente as leis repressivas da Federação Russa no território ucraniano da Crimeia. O documento chama a atenção para "violações significativas dos direitos humanos" na Crimeia, incluindo desaparecimentos; tortura, incluindo encarceramento psiquiátrico punitivo; condições severas de prisão, incluindo a remoção de prisioneiros para a Rússia; prisão e detenção arbitrária; uma completa falta de independência judicial; prisioneiros politicos; interferência com privacidade; severas restrições à liberdade de expressão e à mídia, incluindo fechamento de lojas e violência contra jornalistas; restrições na internet, incluindo o bloqueio de sites; supressão grosseira e generalizada da liberdade de reunião; restrição severa da liberdade de associação, incluindo a proibição da Criméia Tatar Mejlis; restrições onerosas à liberdade de circulação; restrições à participação no processo político; corrupção galopante sistêmica; Este é o 43º relatório do Departamento de Estado dos EUA sobre Atividades de Direitos Humanos, que é publicado anualmente.

(fonte: https://www.ukrinform.net/rubric-polytics/2446369-us-department-of-state-releases-report-on-human-rights-in-illegally-

annexed-crimea.html)

A lista de derrotas russas apenas começou...

A Rússia prometeu proteger a Síria de lançamentos de mísseis dos Estados Unidos e seus aliados. A promessa era não só de abater mísseis, mas também de atingir navios e aeronaves, declarou o Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas russas Geral Gerasimov (para não mencionar o embaixador russo no Líbano). Rússia mentiu. Americanos, britânicos e franceses atingiram a Síria com 105 foguetes em 14 de abril. Não importa o que os americanos fizeram com as concessões russas. para a Síria, os Russos trataram de "salvar a pele". Em geral, para evitar uma colisão direta com a Rússia, os Estados Unidos e a França fizeram um certo "acordo" com o Kremlin. Isto é óbvio como o fato de que da Rússia tinha um

“contrato” que foi, obviamente, não cumprido. Ele não era, por assim dizer, mutuamente benéfico. No entanto, na política, curiosamente, todas essas coisas não são superficiais, elas são praticáveis, se é que se pode dizer. Eles serão esquecidos mais cedo ou mais tarde, mas sempre haverá o fato de que a Rússia prometeu proteger o aliado e não o fez. Ou seja, a Rússia - neste caso particular, perdeu, e isso é algo da qual não há dúvida. Resta estimar o tamanho, o preço e as consequências subsequentes da derrota russa. Aqui temos um campo infinito por razões geopolíticas, imaginações, versões, previsões e assim por diante. Todos os dias, a energia nuclear do mundo é considerada. Tais casos na história mundial podem ser listados nos dedos de uma mão (por exemplo, Vietnã ou Afeganistão). Nós deveríamos aceitar que um monstro como a Rússia terá uma queda longa e dolorosa. Infelizmente, a versão do rápido desenvolvimento de eventos, no sentido de uma colisão direta em larga escala entre os exércitos dos Estados Unidos e da Rússia, é a pior coisa que pode acontecer. Não é sobre quem vence em tal colisão (já sabemos agora que o poder da máquina militar russa é claramente inferior ao da americana). O fato de que, é muito provável que se use armas nucleares, e nem sequer pode-se sonhar com as conseqüências disso. Consequentemente, não há realmente nenhuma escolha, apenas a gradual derrota russa. Domar o agressor é atitude que permanece. Ele que tem um desejo quase incontrolável de pressionar o "botão vermelho". O Ocidente tem uma estratégia clara e unificada para esse caminho em direção à Rússia? Aparentemente, dizer que há um plano "claro e unido" seria um exagero. Por quatro anos, desde que a Rússia cometeu uma agressão militar aberta contra a Ucrânia e desde que surgiram as primeiras sanções anti-russas do Ocidente, vimos repetidamente algumas inconsistências e indiferenças do Ocidente. A política conciliadora ainda está longe. Ninguém no Ocidente quer usar armas nucleares ou nem mesmo convencionais. Especialmente quando se trata de longe do Ocidente como a Síria ou mesmo a Ucrânia. No entanto, não há dúvida de que a situação está mudando: a estratégia em geral já está delineada, sua formação já se tornou irreversível. O comportamento agressivo do Kremlin, mesmo em um Ocidente pacífico, não deixa escolha. Então a lista de derrotas russas só começa ...

Yuri Sandul , Kiev(fonte: https://www.ukrinform.ua/rubric-polytics/2442877-perelik-

rosijskih-porazok-v-sirii-ta-ukraini-tilki-pocinaetsa.html)

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O Presidente Ucraniano presta homenagem às vítimas de Chornobyl

Cerimônias em todo o país foram realizadas para comemorar o evento.

Foto de Ukrinform-UATV Os eventos que comemoram 32 anos desde o pior acidente nuclear do mundo estão sendo realizados em toda a Ucrânia. Presidente Petro Poroshenko honrou a memória das vítimas e os heróis da tragédia em um discurso que marca o trágico aniversário. 3,2 milhões de pessoas foram afetadas pela radiação - 1 milhão delas crianças. Suas consequências ainda podem ser sentidas até hoje. “32 anos se passaram desde 26 de abril de 1986, mas as conseqüências dessa terrível tragédia continuam sendo uma marca sombria na história. Hoje, temos que lembrar milhares e milhares de liquidadores que salvaram o mundo. Estes eram bombeiros, médicos, militares e agentes de segurança. Estes eram funcionários da usina, trabalhadores da construção civil, motoristas e muitos, muitos outros. A formação e o desenvolvimento da Ucrânia independente estão intrinsecamente ligados à história de combater as consequências do desastre de Chornobyl. Com as histórias de pessoas que lutaram pessoalmente e arriscaram suas vidas para parar esta catástrofe ”, disse o chefe do estado Petro Poroshenko.

Mais de três décadas após a explosão doreator Chornobyl, as pessoas ainda se lembram

das conseqüências terríveis de um evento que marcou a história

Foto de Ukrinform-UATV

A Nuclear Power Plant (NPP), agora condenada e inoperável, está localizada a poucas horas da capital ucraniana, Kiev, não muito longe da linha de fronteira sul da Bielorrússia. A catástrofe e suas conseqüências permanecem nas mentes das pessoas ao redor do mundo, mas ainda mais nas memórias dos locais, que lembram como os socorristas foram levados para hospitais com sintomas de radiação até hoje incuráveis. 28 dos primeiros socorristas morreram em poucos meses apenas após a explosão. Muitos dos que intervieram no local para limpar a área após a explosão morreram de câncer durante os primeiros 10 anos. O desastre nuclear de Chornobyl é um dos dois incidentes nucleares do mundo classificados como nível sete - o nível mais alto - na International Nuclear Event Scale. A nuvem nuclear que se seguiu à explosão viajou por toda a Europa e foi responsabilizada por alguns especialistas por um aumento do câncer entre os europeus.

(fonte: https://eng.uatv.ua/world-commemorates-32nd-anniversary-chornobyl-disaster/)

Khreshchatyk: “Neo-Barroco” ucraniano contra o

“Art Nouveau” stalinista

Arquitetos ucranianos propõem incluir Kreschatyk como Patrimônio Mundial da UNESCO. E porque não? Khreshchatyk não é apenas uma rua, mas o coração da capital ucraniana. Antigo, mas ainda vivo - quente e trêmulo. E para qualquer Kyiv, claro, é o melhor do mundo. Essa interessante combinação de história, relevo, estilos arquitetônicos e paisagens ainda precisa ser pesquisada. Infelizmente, nem todos os contemporâneos entendem isso. Assim, a fim de preservá-lo, os arquitetos ucranianos prepararam um projeto para incluir a Khreschatyk Street na lista do Patrimônio Mundial da UNESCO. A iniciadora do projeto foi a vice-presidente da União Nacional de Arquitetos da Ucrânia, Olena Oliynyk, com quem a Ukrinform se comunicou. Ela me contou como Khreshchatyk é tão especial e por que merece o status mundial de um monumento de arquitetura. Ela diz que as chances

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de recebê-lo são consideráveis. (nas palavras da Sra. Oliynyk).

Concorrência de uma rua

O moderno conjunto arquitetônico de Khreshchatyk tem cerca de 70 anos. Em comparação com outros objetos na Ucrânia, incluídos no patrimônio da UNESCO, que tem várias centenas ou mesmo milhares de anos, é o mais novo. Sobre o que ele é tão especial? É de conhecimento geral que o Patrimônio Mundial da UNESCO não inclui os melhores ou mais antigos objetos, mas os mais originais. Nesse sentido, Khreshchatyk, juntamente com objetos similares de outros países, afirma ser chamado de nomeação transnacional, que incluirá quatro ruas principais das capitais da Europa Oriental e Central. Isto é Marshalkovskaya em Varsóvia, Tver em Moscou, Lenin Street em Minsk e Karl Marx em Berlim. Todas essas ruas formam um conjunto arquitetônico que possui as características do modernismo expressivo e possui uma certa ideologia dos tempos do socialismo.

Em geral, o interesse pela arquitetura do século 20 está aumentando no mundo. Aliás, numa carta anterior a UNESCO incluiu também o conjunto de edifícios Kharkov Derzhprom como um modernismo objeto separado e construtivismo. No entanto, vamos voltar para Khreshchatyk. Num contexto de outros indicados que tem importante característica distinta - um forte componente nacional do ensemble (conjunto). A arquitetura “Downtown” nitidamente traçada em linhas e formas do barroco ucraniano - multi-cornijas falantes de suspensão, azulejos estampados com motivos ornamentais que se assemelham a uma série de rítmica plakhta Poltava, e organização espacial - apresenta uma arquitetura antiga. Isso enfatiza sua peculiaridade. O que os autores de Khreshchatyk esconderam em suas fachadas? Os autores de Khreshchatyk, que escolheram um estilo tão incomum para aquela época, eram verdadeiros patriotas. Foi um protesto oculto e uma manifestação de identidade nacional. E tornou-se

uma espécie de método e símbolo da unificação da Ucrânia ocidental e oriental, mesmo nas fachadas e imagens arquitetônicas da rua principal da capital. Mas as pessoas sentiram isso.

De certa forma, isso foi uma façanha de arquitetos contemporâneos, porque não havia indícios de "da montanha" que Khreshchatyk tivesse algumas características nacionais mais distintas. Assim, foi necessário disfarçar este design com outros elementos da decoração. Fachadas de Khreschatyk poderiam ser totalmente implementadas somente após o 50º ano, quando na época o arquiteto-chefe de Kiev e o chefe desta obra, Alexander Vlasov, foram transferidos para o cargo de Arquiteto-Chefe de Moscou. Depois disso, outros arquitetos de Kiev - Anatoly Dobrovolsky, Alexander Malinovsky e Boris Prymak - começaram a projetar a rua principal de Kiev. Na verdade, Khreshchatyk também é único porque é o primeiro e único objeto arquitetônico da Europa, cuja competição foi proclamada antes do fim da Segunda Guerra Mundial. O desenho da competição durou do 44º ao 48º ano e ocorreu em três rodadas. E o prédio da rua, que começou em 1949, durou 6 anos. O único projeto que ainda estava em características do projeto ucraniano barroco foi o de Vladimir Zabolotny. Todos os outros estavam no espírito da arquitetura de Stálin. Mas o grupo já em curso de autores conseguiram completar as suas características marcantes dos elementos ucranianos barroco, modernismo arquitetônico ucraniano e até mesmo pintar Boychuk (arte ucraniana em 10-30 anos do século XX., O nome vem de Michael Boychuk, que propôs uma nova teoria da Arte ucraniana baseada em princípios nacionais - Ed.). E tudo isso pode ser traçado em mosaicos, baixos-relevos e esculturas. A propósito, outra diferença interessante entre Khreshchatyk e outros conjuntos é a preservação e restauração cuidadosa de casas que não foram completamente destruídas pelos bolcheviques, deixando a cidade em setembro-novembro de 1941. Algumas dessas casas foram preservadas,

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embora não houvesse instruções para mantê-las no futuro. Ou seja, eles poderiam ser limpos e em um espaço vazio para construir um "belo" conjunto stalinista, como foi feito, por exemplo, em Minsk. Lá, tudo foi limpo e construiu uma nova arquitetura em formas neoclássicas. Mas em Khreshchatyk tudo foi cuidadosamente preservado e restaurado.

Ainda mais - a nova arquitetura foi "inscrita" no antigo, como pode ser visto no lado real de Khreschatyk, onde existem edifícios administrativos. As casas guardadas, de certa forma definiram a escala neoclássica, e às moradias acrescentou-se "notas" neobarrocas. Por exemplo, na interseção da rua Proreznaya com Khreshchatyk e um quarto da interseção com a rua Pushkin. Ou seja, Khreshchatyk é um ambiente completamente harmonioso, mas muito diversificado. "Ala" da UNESCO como proteção contra construções ilegais:

O principal objetivo da inclusão de Khreshchatyk no patrimônio mundial é, na verdade, sua proteção, preservação, restauração e manutenção do desenvolvimento sustentável. A rua agora tem um problema com cerâmica de fachada. O fato é que, em sua criação, foi usado um único revestimento de argila branca eslava. Naquela época, foram criadas capacidades especiais para a sua produção - uma fábrica em Slavyansk (região de Donetsk), que agora produz produtos um pouco diferentes. Há mais de 10 anos, no Instituto Metropolitano de Pesquisa de Design Experimental, havia um forno, no qual era possível queimar

amostras de cerâmica de até um metro de diâmetro. Infelizmente, este forno foi destruído. E para a restauração de fachadas, é necessário restaurar constantemente amostras perdidas. Além disso, a inclusão de “Downtown” para “Heritage Site” inclui uma moratória sobre toda a construção e aquisição de terras, bem como uma zona tampão. Monumentos conhecidos de importância local, que é agora a principal rua da capital, tem como responsáveis por cuidar , as autoridades locais e do Ministério da Cultura. Mas tão ineficazes se fazem - já vimos, quando um incêndio em junho do ano passado, queimou o edifício histórico Central deli - o primeiro hotel "Cane", onde ao mesmo tempo viveu Mikhail Vrubel, Paul Skoropadskyi, Panas Saksagansky e outras pessoas famosas o passado. Levantamento de Downtown para classificar locais de importância mundial, certamente, facilita o processo de conservação. Claro, isso é um problema para o Estado, mas aumenta a sua credibilidade e prestígio na atração mundial e turístico.

por Julia Gorban, Kiev(fonte: https://www.ukrinform.ua/rubric-kyiv/2417978-bitva-za-hresatik-

ukrainske-neobaroko-proti-stalinskogo-modernu.html)

Farto do Vale do Silício, milionário americano inicia empresa de

tecnologia na UcrâniaO milionário da tecnologia

americana John Kim mostra em todo o escritório que aluga no

parque de inovação Unit.City em Kiev.

Foto de Kostyantyn ChernichkinPor Denys Krasnikov

No Vale do Silício, nos Estados Unidos, Kim fundou e depois vendeu com sucesso duas empresas de tecnologia por milhões de dólares. Com uma idéia para estabelecer sua nova startup de tecnologia, a empresa de e-mail marketing JetBridge, Kim foi para a Ucrânia. Kim tem trabalhado no setor de tecnologia da informação durante a maior parte de sua vida. Muito bem, se alguém conta que ganha milhões de dólares como objetivo de administrar uma empresa de tecnologia. Ele e outros três co-fundadores venderam seu desenvolvedor de software de call center baseado em nuvem Five9 por US $ 1,4 bilhão. Na Ucrânia, Kim já percebeu, que quando as pessoas se reúnem para jantar, raramente conversam. Além disso, aqueles que cercam Kim em Kiev agora não são apenas pessoas de TI, ele tem amigos que são professores, eletricistas e mecânicos. Então, depois de uma vida agitada de 60

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crescer para 10 pessoas até o final de 2018. “Se um engenheiro médio na Ucrânia fosse tão bom quanto um engenheiro médio nos EUA, toda empresa do Vale do Silício estaria aqui. Mas eles não são, e há uma razão para isso ”, disse ele. "Mas com o tempo certo investido em ensiná-los, eles serão tão bons." Por isso, Kim e Spiegelmock decidiram contratar jovens ucranianos e treiná-los nos caminhos do Vale do Silício. O treinamento não é apenas para ensinar habilidades técnicas, é sobre como pensar sobre um produto e sobre ética no trabalho. Outro teste que ele usa para escolher as pessoas para sua equipe: ele oferece salários médios, mas oferece uma oportunidade de obter uma participação em sua empresa em um ano. “Porque quando as pessoas estão apenas procurando ganhar mais dinheiro, elas não são as melhores pessoas. Elas não se aplicam ”, disse ele. "Eu quero as pessoas que podem revolucionar a economia de TI na Ucrânia", acrescentou. John Kim acredita que a fuga de cérebros é "o maior desafio da Ucrânia". Kim diz que os ucranianos deveriam parar de pensar negativamente sobre seu próprio país e ficar aqui, pois apenas pessoas jovens e inteligentes podem desenvolver a economia local. Ucrânia é mais segura que EUA e Polônia "Meu Deus! Não há guerra lá?” É a reação mais comum que Kim recebe de pessoas nos Estados Unidos, quando ele disse que ia montar um escritório na Ucrânia; os pais pedem a ele que seja extremamente cuidadoso toda vez que ele for para Kiev. Mas, na realidade, Kim se sente muito mais segura na Ucrânia do que nos Estados Unidos. "A Ucrânia é retratada como um lugar muito perigoso nos EUA, mas a verdade é que nós, americanos, esquecemos que temos psicopatas matando crianças vinte a trinta vezes mais com fuzis automáticos", disse ele. "Os ucranianos são muito respeitosos com os estrangeiros", disse ele. Sua startup anterior tinha um pequeno escritório na Polônia. Ele gostava do país e do povo, mas ao sair, Kim experimentou muito racismo. “Eu tinha sido chamado Jackie Chan por bêbados poloneses muitas vezes. Os ucranianos, por sua vez, são diferentes - a cultura ucraniana é extremamente tolerante, segundo o americano. "Você sabe quantos problemas eu tive na Ucrânia porque sou coreano-americano?", Kim perguntou. "Zero!" Por que melhoraria? "Muitos jovens acreditam que a Ucrânia não pode melhorar, então devem ir a Londres, Nova York ou até Varsóvia", disse Kim. "Se eles tiverem uma

horas de trabalho nos Estados Unidos, o americano aproveita a vida na Ucrânia mais calma, e ele tem certeza de que sua experiência pode ajudar sua indústria de tecnologia. Da terceirização de TI à criação de startups

A mudança para a Ucrânia foi acidental para Kim. Os pais de seu sócio, Mischa Spiegelmock, mudaram-se para os Estados Unidos da cidade de Odesa, no sul da Ucrânia. Com raízes ucranianas, Spiegelmock sugeriu a criação de um escritório de sua nova empresa de e-mail marketing, JetBridge, não em San Francisco, mas na Ucrânia. Então eles fizeram. Vários meses na Ucrânia foram suficientes para Kim conhecer muito sobre o país, tanto do lado comercial quanto cultural. A Ucrânia é rica em empresas de terceirização de software, como notou, mas não há muita inovação na maioria das empresas de terceirização sediadas na Ucrânia. Eles ensinam os funcionários a codificar na linguagem de programação Java, “a linguagem digital da classe servidora de engenheiros”, disse ele, acrescentando que poucos jovens programadores agora aprendem Java no Vale do Silício. No entanto, a Ucrânia precisou dar o primeiro passo, de acordo com ele. A terceirização ensinou muitos jovens talentos a trabalhar em TI, e é hora de seguir em frente e correr o risco de fundar suas próprias startups de tecnologia. Kim aclama as empresas de tecnologia ucranianas “padrão mundial” Readdle, Preply, Grammarly e Petcube. E ele tem certeza de que haverá mais programadores ucranianos começando a deixar empresas terceirizadas como EPAM e Ciklum, e com pouco financiamento de risco, comendo alimentos baratos, vivendo com três colegas de quarto, arriscando tudo, para criar startups. "É o começo de uma boa tendência", disse ele, descrevendo como está animado por viver e trabalhar na Ucrânia hoje.

O americano John Kim fala com o Kyiv Post. O empresário diz que os

universitários ucranianos são brilhantes, mas eles ainda exigem

muito conhecimento no desenvolvimento de

produtos e como lançar sua ideia para os

investidores para trabalhar com sucesso na indústria

de tecnologia. Contratação de ucranianos Para sua nova firma de tecnologia, Kim contrata três ucranianos e, apesar de “gostar de manter seu negócio pequeno” depois de vender o Five9, que emprega 600 funcionários, ele planeja

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oportunidade, eles sentem que precisam aproveitar ao máximo o que podem hoje". “O cenário de startups começou a decolar de maneira significativa na Ucrânia. E quão negativo é o do seu próprio país pensar que quando um estrangeiro vem aqui para abrir um escritório - ignorar todas as coisas boas que estão acontecendo” - disse ele. Essa mentalidade é o que Kim chama de uma profecia auto-realizável: "Se você não acha que vai melhorar, por que melhoraria?" Ucrânia precisa de educação

Apenas se livrar do pensamento negativo não é suficiente, no entanto. O milagre econômico da Coréia do Sul é um exemplo que ele gostaria que a Ucrânia seguisse, e isso significa que a Ucrânia precisa prestar mais atenção ao seu sistema educacional. "Por exemplo: os coreanos não são mais inteligentes que os ucranianos", continuou ele. "Na verdade, algumas das pessoas mais inteligentes que conheci no mundo estão aqui." Ele vê que as universidades de Kiev, em Lviv, formam muitos estudantes brilhantes, mas precisam de mais conhecimento sobre desenvolvimento de produtos, ética, cultura de trabalho e como dar ideias aos investidores. “Quando estrangeiros chegam à Ucrânia, não perdemos 20 pontos de QI. Eu sei que não somos daqui, mas isso não significa que saímos do aeroporto de Boryspil e agora somos estúpidos ”, disse Kim. Apesar de todas as desvantagens e em contraste com muitos ucranianos de pensamento negativo, Kim acredita no futuro do país, pois as pessoas daqui são “incrivelmente inteligentes”, elas só precisam trabalhar isso.

(fonte: KYIV POST - UKRAINE’S GLOBAL VOICE / https://www.kyivpost.com/technology/fed-silicon-valley-us-millionaire-starts-tech-

company-ukraine.html)

З а рхіву: об'єднання України і З а рхіву: об’єднання України і

наступ більшовиків (1919)

З нагоди свого столітнього ювілею Укрінформ започаткував проект «100 років – 100 новин» У ювілейному проекті «100 років – 100

новин» ви зможете прочитати найголовніші новини Агентства всіх цих років, знайдені в старих зшивках газет та в архівах. Проголошення Акту Злуки

23 січня. Київ. УТА. «Вчора, в день річниці проголошення четвертого Універсалу У.Н.Р., котрим проголошено самостійність України, на Софійській прощі, відбулась друга національна урочистість – проголошення прилучення Західньої Української Народньої Республіки до Великої Східної України»... Довідково: 22 січня 1918 року Універсалом Центральної Ради було проголошено незалежність Української Народної Республіки. Роком пізніше, 22 січня 1919 року, у Києві на Софійській площі був проголошений Універсал Директорії Української Народної Республіки, так званий Акт Злуки про об'єднання українських земель в єдину Україну. У тексті документу зокрема говорилося: «Однині во едино зливаються століттям одірвані одна від одної частини єдиної України – Західно-Украінська Народня Республіка (Галичина, Буковина, і Угорська Україна) і Наддніпрянська Велика Україна».

Молебень на Софійській площі в Києві з нагоди проголошення Акту возз’єднання УНР та ЗУНР. В центрі – Головний отаман Армії УНР Симон Петлюра, Голова Директорії УНР Володимир Винниченко. 22 січня 1919 року. Фото: tsdkffa.archives.gov.ua Молебень на Софійській площі в Києві з нагоди проголошення Акту возз’єднання УНР та ЗУНР. В центрі – Головний отаман Армії УНР Симон Петлюра, Голова Директорії УНР Володимир Винниченко. 22 січня 1919 року. Фото: tsdkffa.archives.gov.uaОднак об'єднання України відбулось суто символічно: вже через кілька тижнів після проголошення Акту злуки більшовики захопили Київ, пізніше поляки окупували Східну Галичину, а Чехо-Словаччина – Закарпаття. Переклад українською мовою святого письма 26 січня. Київ. УТА. «Ученим комітетом Міністерства культів ухвалено і доручено головному

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комітету порушити в належному порядку питання про асигнування окремого кредиту на організацію видання українським текстом книжок св. письма і перекладу на українську мову псалтира».

Ілюстрована Біблія, видана українською мовою у Відні. Фото: Укрінформ

Довідково: 1 січня 1919 року Директорія своїм «Законом про вищий уряд Української Автокефальної Православної Соборної Церкви» проголосила автокефалію православної церкви в Україні. В одному з пунктів цього документу зазначено: «Українська Автокефальна Церква з її Синодом і духовною ієрархією ні в якій залежності від Всеросійського Патріярхату не стоїть». Тож питання перекладу Святого письма на українську мову було досить нагальним. Більшовики в Чернігові 31 січня. Київ. УТА. «Большовики в Чернигові. Делегат, який приїхав з Чернигова на Трудовий Конгрес переказує, що місто попсовано гарматною стріляниною. Після вступу большовицьких загонів до Чернигова розпочався терор, причому большовиками забито багато місцевих громадян. Зруйновано також губерніяльну «Просвіту». Військо большовицьке - все російське, але чомусь вони називають, наприклад, один полк «1-й укр. совітський полк». Селянство до большовиків становиться вороже».

Відправлення призваних солдаті з Шостки до Чернігівського комуністичного полку РСЧА, липень 1919. Фото: tsdkffa.archives.gov.ua

Як відомо, історія другого пришестя більшовиків в Україну почалась ще влітку 1918 року. Тоді в Таращанському та Звенигородському повітах спалахнуло повстання проти влади гетьмана Скоропадського, інспіроване двома українськими партіями: соціал-демократами та есерами. Повстання було придушене частинами німецької армії та гетьманської державної варти. Лідери соціалістів почали шукати контактів із

московськими більшовиками. 13 листопада 1918 року в Києві таємно було обрано Директорію, яка мала очолити заколот проти гетьмана Скоропадського. А перед тим, 11 листопада, Раднарком червоної Росії постановив у десятиденний термін розпочати наступ «на підтримку робочих та селян України, що повстали проти гетьмана». Після повалення Скоропадського, уряд Директорії стикнувся з тим, що на зміну австрійсько-німецьким окупантам в Україну увійшли війська більшовицької Росії. Вже після падіння Харкова Директорія таки надіслала Москві ноту протесту. На що отримала відповідь, мовляв, ніяких військ радянської Росії на теренах України немає, а воєнні дії відбуваються між арміями УНР та українського радянського уряду. Війну Росії Директорія оголосила тільки 16 січня. На той момент вже були втрачені Харків та Чернігів. А, захопивши 5 лютого 1919 року Київ, більшовики до кінця травня встановили Радянську владу на більшій частині території України. Мобілізація у Києві 26 червня. Київ. УТА. «Большовицьке радіо. Ага! Перелякались! В зв'язку з наступом петлюрівських військ Народ. Ком. Внутр. Справ видав наказ, усім виконкомам «проявлять решительную твердую власть» по питанню поголовної мобілізації». (Цю новину співробітники УТА «перехопили» в ефірі більшовицького радіо і прокоментували).

Більшовицьке військо, зима 1919 року. Фото: tsdkffa.archives.gov.ua

Довідково: На початок літа 1919 року більшість територій України ( в тому числі й Київ) була захоплена більшовицькими військами. У липні армії УНР і ЗУНР об'єднались і почали наступ на Київ. Разом з тим на Київ йшла російська білогвардійська армія генерала Денікіна. «Штаб-квартира» УТА на той час знаходилася в Кам`янці-Подільському. Ситуація «в Денікінщині» 6 вересня. Кам'янець. УТА. «Втікачі, котрі прибули з Киіва до Кам'янця передають слідуюче:

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в останні дні панування більшовиків ослабло... Ситуація завдяки большовицькій пресі була надзвичайно неясна. Невідомо було, яке військо, яка влада першою вступить до Киіва: чи українці, чи денікінці, чи поляки. Більшість населення бажала бачити українське військо й українську владу...» 23 вересня. Козятин. УТА. «...Дуже нахабно поводяться росіяне переважно чорно сотенні кола. На інтелігенцію, котра балакає на вулицях по украінськи звертають увагу, затримують і провіряють документи, всіх пан отців українських парахвій, хто не виїхав з Киіва заарештували за українофільство. Почались труси й арешти окремих українських діячів. Всі інституції закриті і невідомо коли почнуть працювати. Всім, хто працював в урядових інституціях при гетьмані, Директорії або світський владі кажуть власть імущі немає місця і не може бути на руской земле. В потягах теж боязно балакати по українськи». Довідково: 30 серпня 1919 року українським військам вдалося оволодіти Києвом. Однак, вже наступного дня під тиском нового ворога – російської армії Денікіна, українці залишити столицю. Ці події більш відомі під назвою «Київська катастрофа». Після цього українські війська потрапили в так званий «трикутник смерті» й змушені були вести бої з трьома силами, кожна з яких їх переважала - більшовики, білогвардійці та поляки. Вже в середині жовтня почався контрнаступ червоних. 12 грудня вони захопили Харків, а 16 грудня – Київ.

Перша шпальта друкованого видання Українського Телеграфного Агентства, вересень 1919 року. Фото: Укрінформ

Визнання Українського Товариства Червоного Хреста 3 жовтня 1919 року. Кам'янець. УТА. «Львівська «Вперед» доносить з Відня, що з днем 1-го вересня офіціяльно визнано Український Червоний Хрест». Довідково: Міжнародний рух Червоного Хреста і Червоного Півмісяця виник у Швейцарії в середині ХІХ ст. 5 травня 1919 року, після закінчення Першої світової війни, в Парижі

зібралися представники Національних товариств Червоного Хреста союзних держав – Великобританії, Франції, Італії, Японії і США для створення Ліги товариств Червоного Хреста. В Україні Товариство Червоного Хреста виникло 18 квітня 1918 року як незалежне гуманітарне товариство Української Народної Республіки....(Далі буде)

Хроніка попередніх років: 1918 рік.(fonte: https://www.ukrinform.ua/rubric-society/2422904-z-arhivu-

obednanna-ukraini-i-nastup-bilsovikiv-1919.html)

BARVINOK em Abril

DIA 1º - Em comemoração aos 325 anos de Curitiba, 10 apresentações por todas as regionais! 15 pares e meio , de diversas etnias, mostraram a Ciranda de Todos os Povos , e as etnias se uniram. Nos tornamos uma família que pôde levar à toda população um pouco de alegria, história, tradição e cultura! A Ucrânia também se fez presente com o casal do Grupo Folclórico Ucraniano Poltava, que com orgulho,representou os dois grupos folclóricos ucranianos de Curitiba. Uma proposta maravilhosa da atual gestão da Prefeitura de Curitiba. O Barvinok agradece ao Prefeito de Curitiba, Sr Rafael Greca .

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Também no dia 1º de Abril, o BARVINOK esteve em Prudentópolis, a convite da Irmandade dos Cossacos para que mais um ano estivéssemos juntos num evento tão importe: a Páscoa Ucraniana!

DIA 08 - Barvinok representando a comunidade ucraniana em mais um evento que comemora os 325 anos da linda cidade de Curitiba juntamente a outras etnias que deram forma à esta cidade que tão bem nos acolhe.

DIA 21 - Na noite deste dia, o Folclore Ucraniano Barvinok teve o prazer de se apresentar no restaurante Madalosso, em Santa Felicidade, para participantes do congresso de Logosofia. Agradecemos o convite!

DIAS 21 e 22 - A Sociedade Ucraniana do Brasil, através de seu Departamento Cultural e do Folclore Ucraniano Barvinok, representou a comunidade ucraniana no Programa “Curta Curitiba” no Memorial Ucraniano, no qual passaram não só curitibanos, mas também turistas de diversos estados brasileiros

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e de países como Nova Zelândia, Índia e Alemanha. O objetivo do Instituto Municipal de Turismo foi de oferecer informações acerca da comunidade ucraniana, prestadas pela guia turística Nanci Abreu e por Pedro Lucas Bilonicki.

SOLANGE M. MELNYK ORESTEN

DELEGAÇÃO DA PROVÍNCIA DE DNIPRÓ NA UCRÂNIA VISITOU O BRASIL ENTRE OS DIAS

15 E 26 DE ABRIL.

Uma delegação composta de representantes políticos e dos setores econômico e educacional visitou o Brasil entre os dias 15 e 26 de Abril, liderados pelo Sr. Prygonov Hlib Oleksandrovych Presidente do Conselho Regional de Dnipró, o Cônsul Honorário do Brasil em Dnipró Oleg Vasilenko, os Deputados Victor Romaniuk Presidente da Comissão Brasil Ucrânia e Taras Kremin Presidente da Comissão de Ciência e tecnologia. A Delegação participou primeiro na cidade do Rio de Janeiro e depois em São Paulo das feiras de educação e de contatos econômicos. Em Curitiba acompanhados pelo Embaixador

da Ucrânia Rotyslav Tronenko, do Presidente da Representação Central Ucraniano Brasileira Vitório Sorotiuk e do Cônsul Honorário da Ucrânia no Paraná Mariano Czaikowski, tiveram encontro na Federação da Agricultura do Paraná – FAEP, na Federação de Industrias do Paraná – FIEP e uma reunião do setor educacional da Ucrânia com as Universidades UNICENTRO e PUC/PR na sede

da Sociedade Ucraniana do Brasil – SUBRAS, organizada pela Representação Central da Ucrânia no Brasil, onde foi tratado o intercâmbio educacional nas Universidades, a Comunidade Ucraniana e as Universidades Ucranianas.

No dia 24, parte da delegação foi recebida pela Governadora Cida Borghetti e à noite foi realizada cerimônia religiosa na Igreja Ortodoxa Ucraniana em Curitiba. Entre os presentes os Arcebispos Jeremias Ferens do Brasil e Simeon de Dnipró.

VITÓRIO SOROTIUK

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ANUNCIANTES

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A Redação do “O LAVRADOR” agradece ao Sr. JOÃO PELEPEK pela doação a este Jornal ........................................ R$ 200,00