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PUBLICAÇÃO BIMESTRAL DA CÂMARA DE DIRIGENTES LOJISTAS/POA Nº 11 - ABRIL/MAIO DE 2009 mercado RS página16 entrevista página 3 especial página 13

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PUBLICAÇÃO BIMESTRAL DA CÂMARA DE DIRIGENTES LOJISTAS/POA

Nº 11 - ABRIL/MAIO DE 2009

mercado RSpágina16

entrevistapágina 3

especialpágina 13

O BRASILSALVA O BRASIL?

entrevista

CDL em Revista 3

Em uma ampla pesquisa,

desenvolvida pela MCM

Consultores, da qual Ana

Cláudia Fava é autora, o

mercado interno é

apontado como a base de

sustentação da economia

do Brasil neste ano.

Acrise financeira mundial trouxe diversas

inseguranças para a economia. Em um

efeito dominó, a baixa na produção

industrial resulta no desemprego, afetando o bolso

de milhares de famílias brasileiras. Como

consequência, o varejo também enfrenta

dificuldades. Mas há uma saída: o mercado interno.

Como forma de tentar amenizar perdas e

tranquilizar o comércio, diversos estudos foram

realizados com o objetivo de apresentar soluções

para a economia brasileira em 2009. Um deles foi

elaborado pela PhD em Economia Ana Cláudia

Fava, da MCM Consultores, que apontou os consu-

midores brasileiros como a base de sustentação da

economia do país neste ano.

Nesta entrevista para a CDL em Revista, a

especialista em modelagem estatística e projeções

econométricas dá dicas sobre como superar a crise

mantendo as vendas e a fidelidade dos clientes,

além das diferenças entre o mercado varejista

gaúcho e o restante do país. “A manutenção do

crédito e do emprego e, portanto, da renda familiar,

serão os fatores fundamentais para o desempenho

do varejo em 2009”, enfatiza a consultora.

A

4 CDL em Revista

CDL em Revista - Como o varejo pode manter o

crescimento (ou manter as vendas como estão),

apesar da crise?

Ana Cláudia - O consumo em 2009 apresentará uma

desaceleração, com alguns setores crescendo a taxas

menores que em 2008 e outros apresentando retração.

Os setores de bens duráveis e semiduráveis serão os

mais afetados, devido a sua dependência de crédito e à

natureza cíclica do seu consumo, gerando um

investimento nos períodos prósperos cujo consumo é

suavizado no tempo, inclusive em momentos de crise.

Esse é o caso do setor automotivo, que, mesmo

a p r e s e n t a n d o u m a

melhora de desempenho

devido à política de

redução do Imposto

s o b r e P r o d u t o s

Industrializados (IPI),

a p r e s e n t a r á u m a

redução de consumo em

relação a 2008.

CDL em Revista - De que

forma o mercado interno

poderá sustentar o

mercado b ras i le i ro

durante 2009?

Ana Cláudia - Com a

crise americana e o

contágio dos outros países, houve uma retração da

demanda externa. Isso tem refletido nas exportações

brasileiras. Estimamos que a retração, em 2009, da

demanda externa, será de 0.8%, enquanto a demanda

interna terá uma retração de 0.2% no mesmo período.

Desde 2007, vínhamos observando uma pressão na

demanda, resultante do aumento do consumo que

refletia nas indústrias utilizando o máximo da sua

capacidade instalada e que criava uma pressão

inflacionária. Desse modo, a manutenção do nível de

consumo doméstico após a crise americana é, sim, um

sinal positivo. Além do mais, há um aumento de renda da

classe C que ainda não foi atingida pela crise e que vem

segurando o consumo doméstico.

CDL em Revista - E como está a região Sul?

Ana Cláudia - O que acontece, na verdade, é que o Sul foi a

região que apresentou o menor desempenho do varejo no

pós-crise. Porém, esta região ainda apresentou

crescimento do comércio varejista de 4% no quarto

trimestre de 2008, segundo dados do IBGE, enquanto que

no mês de janeiro de 2009 replicou o desempenho do

mesmo período em 2008. Estabilidade em tempos de

crise não é um sinal ruim.

CDL em Revista - Em quais pontos o mercado varejista

gaúcho diferencia-se das demais regiões brasileiras?

Ana Cláudia - Nossas

projeções de consumo

são afetadas pela renda

das famílias e pelo

nível de desemprego.

Segundo a Pesquisa

Mensal do Emprego

( P M E ) d o I n s t i t u to

Brasileiro de Geografia e

Estatística (IBGE), o Rio

Grande do Sul tem

apresentado o menor

nível de desemprego

e n t r e o s e s t a d o s

brasileiros (um total de

6% frente à taxa de

desemprego brasileira

de 8.5%, em fevereiro de 2009, por exemplo). Além do

mais, nos dois primeiros meses de 2009 houve uma

melhora de 10% no rendimento médio real dos gaúchos

(PME - IBGE) em comparação ao mesmo período de 2008,

acima do nível nacional (8%). Se essa tendência de

emprego e renda se mantiver, o varejo gaúcho terá boas

chances em 2009, em comparação ao resto do país.

CDL em Revista - O que vale mais a pena hoje: investir na

segmentação ou atender ao maior número possível de

perfis de consumidores?

Ana Cláudia - Para quem já é especializado em um

segmento, não vale a pena mudar. Mas se especializar em

um instante de insegurança como este não é a melhor

“O SUL APRESENTOU O MENOR

DESEMPENHO DO VAREJO NO PÓS-

CRISE. PORÉM, ESTA REGIÃO AINDA

APRESENTOU CRESCIMENTO DO

COMÉRCIO VAREJISTA DE 4% NO

QUARTO TRIMESTRE DE 2008,

SEGUNDO DADOS DO IBGE.”

entrevista

CDL em Revista 5

estratégia. Com o aumento da incerteza na economia,

vale ainda mais o ditado que diz para não pôr todos os

ovos na mesma cesta.

CDL em Revista - Quais dicas você daria para os

comerciantes não desanimarem com a desaceleração

da economia?

Ana Cláudia - O comerciante brasileiro tem experiência

em lidar com situações econômicas adversas.

A economia como um todo foi pega de surpresa com o

agravamento da crise no final do ano passado.

Os consumidores, assim como os comerciantes, se

retraíram diante de tanta incerteza. Segundo a pesquisa

de sondagem de expectativas do consumidor da

Fundação Getúlio Vargas (FGV), o índice de confiança do

consumidor caiu 15%, no quarto trimestre de 2008, se

comparado ao quarto trimestre de 2007; e 17% no

primeiro trimestre de 2009, se comparado ao mesmo

período do ano anterior. No entanto, a intenção de compra

de bens duráveis apresentou um crescimento de 6% em

março, em comparação a fevereiro. Por outro lado, os

comerciantes e indústrias já aprenderam a trabalhar no

patamar pós-crise, como podemos notar pelo

esgotamento dos estoques e retomada de

produção que observamos no início desse ano.

CDL em Revista - Qual a importância de estar

atento às necessidades do cliente?

Ana Cláudia - Saber quem são seus clientes e

quais produtos não podem faltar é

fundamental nesse momento de crise. Deixar

faltar nas prateleiras itens e marcas pode

significar perda de consumidor. Insatisfeitos,

eles vão procurar o concorrente.

CDL em Revista - Com a crise, os lojistas

também passam a comprar menos e a reduzir

estoques. De que forma isso pode ser feito

sem deixar que falte algum item necessário

ao consumidor final?

Ana Cláudia - O ajuste de estoque observado,

desde o final de 2008, é um processo natural

para quem foi pego de surpresa, e muitos foram pegos

de surpresa pela crise. O comerciante tem que

aprender qual é o novo nível de demanda para poder

operar eficientemente sem perder clientes devido à

falta de produtos.

520000

470000

420000

370000

320000

I/97

I/98

I/99

I/00

I/01

I/02

I/03

I/04

I/05

I/06

I/07

I/08

I/09

Fonte: IBGE, Projeções MCM em azul.

Fonte: IBGE (2008), Anfavea, Projeções MCM para 2009.

EVOLUÇÃO DO CONSUMO INTERNO

2008 224,990,750 11.92% 1.78%

2009 221,436,665 -3.55% 2.04%

2008 27,859,008 15.06% -2.82%

2009 28,401,375 3.21% -1.22%

2008 36,552,910 13.33% 3.98%

2009 43,591,127 12.15% 6.34%

2008 47,972,296 4.84% 4.91%

2009 49,680,834 -0.97% 4.58%

2008 114,133,532 9.33% 0.56%

2009 113,833,859 -1.60% 1.36%

2008 130,670,705 5.27% 5.90%

2009 143,554,318 5.32% 4.31%

2008 1,451,160,020 9.13% 5.90%

2009 1,585,763,796 4.76% 4.31%

Combustíveis e

lubrificantes

Varejo Total

Comércio de veículos,

peças e motocicletas

Eletrodomésticos e

outros equipamentos

de uso pessoal e

doméstico

Produtos

farmacêuticos,

médicos, ortopédicos,

odontológicos e

veterinários

Hipermercados e

Supermercados

Setor

Tecidos, artigos de

armarinho, vestuário

e calçados

Ano Receita nominal (Milhares

de Reais Correntes)

Variação Anual Acumulada

(Volume de Vendas)

Inflação Anual

DESEMPENHO DO VAREJO

6 CDL em Revista

expediente

índice

CDL EM REVISTA - ABRIL/MAIO DE 2009

10

7

CDL

PREPARE-SE

12 TERMÔMETRO

13 ESPECIAL

16 MERCADO RS

20

21

NOVAS ASSOCIADAS

CURSOS

10

13

A CDL em Revista é uma publicação bimestral daCâmara de Dirigentes Lojistas de Porto AlegreRua Senhor dos Passos, nº 235 - CentroCoordenação: Marketing CDL

Projeto e Execução:Uffizi Consultoria em ComunicaçãoFone: (51) 3330.6636www.uffizi.com.br

Diretor executivo: Almir Freitas (MTb/RS 5.412)Edição de Arte: Vânia MöllerEdição: João MenoniSubedição: Betina BarrerasRedação: Betina Barreras, Luisa Kalil, Melissa Danda e Sinara Silva

Conselho Editorial: Vilson Noer, Ricardo Guimarães,Ilce de Moraes, Almir Freitas e João Menoni

Mande suas sugestões para

[email protected]

18 NOTAS

16

editorial

Em tempos de (re)alinhamento

da economia global, no qual

há muitas previsões, mas

poucas certezas, retomamos nossa

publicação CDL em Revista como

forma de garantir mais um canal de

comunicação entre a Câmara de

Dirigentes Lojistas de Porto Alegre e

seus associados. A CDL em Revista é

mais um instrumento – entre nossas

diversas iniciativas – que busca a

constante atualização e qualificação dos empresários

do varejo. Acreditamos que, por meio dessa busca

contínua, seja em nível de gestão e mercado, seja com

inovações, estaremos prontos para enfrentar as

consequências de instabilidades financeiras, tenham elas

a proporção que tiverem.

Foi acreditando e trabalhando para isso que

comemoramos, apesar dos prognósticos não muito

favoráveis, crescimento em diversos segmentos do varejo

no primeiro trimestre deste ano no País. E, no que depender

das ações da CDL, muitos outros avanços serão festejados.

Cumprindo seu papel, nossa revista traz, nesta edição,

uma série de dicas que podem colaborar para o sucesso na

batalha cotidiana dos empreendedores do comércio, classe

fundamental para o desenvolvimento das comunidades.

Na editoria Prepare-se, por exemplo, o Dia das Mães é

apresentado como uma excelente oportunidade de

fidelização de clientes. Mais do que nunca, hoje, não

podemos perder oportunidades. Em Cursos, o lojista tem

uma agenda com opções de capacitação para gestores e

colaboradores, pensadas justamente para atender

demandas da classe. Em Dicas Práticas, você tem

orientações e conselhos de um especialista sobre como

reduzir a inadimplência.

Na página Termômetro, trazemos o comportamento

da economia no último período, e algumas projeções. Em

nosso Especial, os avanços do Centro Histórico sob o

experiente olhar do empresário Mário Sada, fundador da

Antiga Casa X. Além das páginas em que nosso principal

personagem é o associado, o leitor é apresentado às mais

novas integrantes da CDL na Novas Associadas. Para

finalizar: não perca as fotos que registram o dia a dia dos

lojistas, na seção Vitrine.

Boa leitura,

Vilson Noer

Presidente da CDL de Porto Alegre

7

CUMPRINDOSEU PAPEL

8

22

DICAS PRÁTICAS

VITRINE

E

Odia das Mães é considerado uma das melhores datas

de vendas para o varejo, além de representar uma boa

época para os negócios, pode ser um excelente

momento para se investir na fidelização de clientes. Aproveitar

o movimento extra e planejar estratégias voltadas ao público

consumidor possivelmente contribuirá com o movimento.

Ações simples, como preços diferenciados, vitrinas decoradas

e atendimento especial, fazem a diferença.

“A exposição e o mix de produtos, a iluminação, ações

promocionais, embalagens e atendimento. Esses aspectos

devem estar alinhados ao público-alvo”, aconselha a

consultora empresarial Gilca Bellaguarda. Além disso, é

importante lembrar que no período passam pelas lojas

vários públicos que podem retornar para compras em

outros momentos.

Para Gilca, o Dia das Mães merece atenção especial. Ela

aponta que o primeiro aspecto a ser analisado pela empresa é

estudar o que foi feito em anos anteriores e o que já foi

elaborado pela concorrência. Depois disso, é a hora de analisar

o perfil dos clientes da loja. “Pode ser que o comprador seja o

filho, a filha, o esposo. Portanto, em algumas operações, o perfil

do cliente muda nesta data”, alerta.

O segundo aspecto é o planejamento para “vestir a loja”,

ou seja, torná-la atrativa ao público-alvo. O terceiro e último

fator é ser criativo. “Faça coisas diferentes, evite repetições”,

prepare-se DIA DAS MÃES

BOA OPORTUNIDADE PARA CONQUISTAR CLIENTES

Atendimento e serviço agregado são ferramentas para garantir a fidelização do consumidor. E para quem está começando sua trajetória?A resposta é inovar.

recomenda. Se o foco no cliente e a busca pelo diferencial são

fundamentais, o primeiro passo é conhecer a própria loja,

lembra a consultora.

“Temos que conhecer o nosso negócio, ou seja, as

necessidades do público que desejamos atingir, e ter

capacidade de atender sua demanda, um ambiente físico

adequado, pessoal treinado, envolvido, comprometido e com

atitude de fazer o melhor de forma percebida”, avalia o

especialista em Gestão de Relacionamento com o Cliente,

José Eduardo Buchabqui.

O consultor afirma que incorporar a cultura orientada

para o cliente é um grande diferencial competitivo. A

conquista se dá por meio de momentos nos quais o

consumidor tem contato com a empresa, confirmando uma

imagem diferenciada. “À medida que uma loja vai crescendo,

a direção se distancia do cliente final. No entanto, a empresa

é o reflexo da liderança maior, e, se desejamos fidelizar, o

exemplo tem que vir de cima”, acrescenta.

Para os lojistas de pequeno e médio portes, Buchabqui

recomenda investir na capacitação. “Além disso, manter o

contato com o cliente, com o pós-venda, é fundamental”,

alerta. Ele cita ainda a especialização, o atendimento e o

serviço agregado como ferramentas para garantir a

manutenção do consumidor. E para quem está começando

sua trajetória? “Inovar”, sentencia.

CDL em Revista 7

O

Stad

ium

8 CDL em Revista

dicas práticas

Inadimplência é uma questão importante e que preocupa os

lojistas. Estratégias de vendas como juros baixos e

pagamento em longo prazo podem acelerar os negócios,

mas, ao mesmo tempo, atraem o risco do não-pagamento. Em

tempos difíceis, a dica “economizar” vale para todos. Para quem

compra, é melhor não se arriscar em produtos de valores altos e

prazos muito esticados. Para quem vende, estabelecer

diferentes formas de pagamento pode contribuir para não

estagnar o movimento da loja.

De acordo com o Instituto de Economia Gastão Vidigal da

Associação Comercial de São Paulo (ACSP), a taxa de

inadimplência líquida do primeiro trimestre de 2009 subiu em

relação ao mesmo período do ano passado. Apenas em março,

a taxa passou de 7,6% em 2008 para 9,2% em 2009. Em Porto

Alegre, dados do SPC indicam pequeno aumento (0,40%) em

fevereiro (11,60%), na comparação com janeiro (11,20%).

Segundo o gestor da Unidade de Negócios de Informações

para Gestão de Crédito do SPC Porto Alegre, Luiz Carlos Rossetto,

o crescimento da inadimplência nos últimos meses foi esperado

devido à crise. No entanto, as expectativas para o segundo

semestre são positivas. “Com a possível baixa dos juros, as

condição econômicas tornar-se-ão mais favoráveis”, prevê.

Para o professor da Faculdade de Informática e

Administração Paulista (Fiap), Marcos Crivelaro, avaliar

corretamente o cliente na hora de conceder o financiamento é

uma medida prática e segura para minimizar os riscos da

inadimplência. “Investir em recursos tecnológicos e convênios

com órgãos de consulta, como o SPC, ajudam a garantir a boa

compra”, diz. Para o especialista, classes de renda familiar mais

baixa estão mais suscetíveis ao não-pagamento, devido ao alto

risco de mudanças na rotina. “O chefe de família pode, por

INADIMPLÊNCIA

COMO FUGIR DESSE PERIGO E AINDA FIDELIZAR CLIENTES

exemplo, perder o emprego antes de terminar o pagamento

de um determinado produto. Com a renda menor, as

prioridades serão outras, e ficará difícil aceitar os juros altos

das parcelas”, analisa Crivelaro.

O consultor dá dicas para quem quer fugir do risco da

inadimplência e continuar com as boas vendas:

oferecer algum tipo de reconhecimento ao bom pagador,

como juros mais baixos, contribui para a fidelização dos

clientes;

fazer uma avaliação correta, ou até mesmo negar o

financiamento em alguns casos, pode ajudar o lojista a

evitar o risco de inadimplência;

se o cliente tem um bom histórico de fidelidade, a

confiança é mútua;

diminuir o número de parcelas não é a solução: restringir

apenas afugenta o cliente, pois o valor fica pesado;

cheques de terceiros e clientes desconhecidos aumentam

a insegurança relativa ao pagamento;

o boleto é uma boa opção, mas é apenas uma forma

de comprovar a compra, pois tem o código de barras e valor

discriminado;

use a tecnologia a serviço da segurança e agilidade da

compra: lojas informatizadas e convênios com órgãos

reguladores contribuem para a segurança do negócio.

E, lembre-se: uma inadimplência pontual pode pegar o

lojista de surpresa, e levar empresas de pequeno ou médio

porte a grandes problemas.

Oferecer algum tipo de reconhecimento

ao bom pagador, como juros mais baixos, contribui para a

fidelização dos clientes.

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I

Palestrantes

Adir Ribeiro Abordagens:- Vantagens e riscos

- Perspectivas de mercado- Franquia x Negócio independente- Passo-a-passo da franquia

Data: 19/05/2009 Horário: das 12h às 14h

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Re

aliz

açã

o

Ap

oio

|

Sócio-diretor do Grupo ChertoEducação Corporativa

Professor de MBA em Franquias e Varejo nas principais universidades de SP.

Rafael EstevezEspecialista em Direito Civil, sCaliendo, Estevez & D´Avila Advogados Associados

ócio da

Abordagem:- Aspectos contratuais à formataçãodo plano de Franchising

10 CDL em Revista

OLiquida Porto Alegre – uma das maiores promoções de

vendas do País, realizado pela CDL da Capital, de 9 de

fevereiro a 8 de março – além de estimular os negócios

no varejo, também reconheceu as contribuições que auxiliaram

na divulgação da iniciativa. No último dia 18 de março, a entidade

realizou, na unidade do Sicredi, na Zona Norte (Av. Assis Brasil,

nº 6332), a cerimônia de entrega dos prêmios nas categorias

instituição social – entidades que desenvolvem trabalhos com

foco no desenvolvimento comunitário ou educacional –, vitrine,

vendedor e jornalismo (impresso, rádio e TV).

Realizado em conjunto com a ONG Parceiros Voluntários, o

Prêmio Liquida Social, em sua segunda edição, destacou o

Instituto de Assistência e Proteção à Infância – IAPI, em razão de

suas oficinas sócio-educativas. A escolha foi feita por voto

popular, por meio do site oficial do Liquida Porto Alegre, durante o

período da promoção. Cerca de 300 instituições se inscreveram.

Os vencedores foram premiados com valores em dinheiro: primeiro

colocado, R$ 5 mil; segundo, R$ 3 mil; e terceiro, R$ 2 mil.

A Vitrine Mais Promocional, cujo foco são lojas que apostaram

na decoração para “se jogar” no Liquida, foi para a Otello (Rua dos

Andradas), em Loja de Rua; e para a Trópico Surf Shop Iguatemi, em

Loja de Shopping. Os vencedores receberam troféu e certificado.

Um dos prêmios mais concorridos do Liquida Porto Alegre, o

de Melhor Vendedor, foi conquistado por Sheila de Souza Portes, de

O Boticário (Rua Dr. Flores, nº 237), que recebeu de presente um

notebook da Philden. A loja também ficou com o terceiro lugar, com

a vendedora Anama Rosa Fetter. Taís Marques, da Joalheria e

Óptica Ajax (Rua dos Andradas, nº 1538), foi a segunda colocada.

Ao todo, mais de 320 colaboradores se inscreveram para o

prêmio de Melhor Vendedor. O processo de avaliação foi dividido

em três etapas: a primeira foi marcada pela análise das fichas de

inscrição e da pontuação dos candidatos. Os 20 primeiros

colocados passaram para a segunda etapa, que consistiu na

aplicação da ferramenta Cliente Oculto e uma entrevista com

uma psicológica. Dessa forma, foram selecionados dez finalistas,

que passaram pela avaliação de uma comissão julgadora.

A última distinção da noite foi a entrega do 10º Prêmio de

Jornalismo do Liquida Porto Alegre, promovido pela Câmara dos

Dirigentes Lojistas, em parceira com a Associação Rio-grandense

de Imprensa e com o patrocinador master da promoção, o

Sicredi. O concurso reconheceu os profissionais da imprensa que

produziram matérias sobre a promoção. Foram premiados os três

primeiros colocados em veículo impresso, televisão e rádio.

CDL

RECONHECIMENTO

LIQUIDA PORTO

PRÊMIO LIQUIDA SOCIAL1º lugar – Instituto de Assistência e Proteção à Infância

– IAPI / Oficinas sócio-educativas

2º lugar – Associação de Cegos do Rio Grande do Sul

(Acergs) / Audioteca e Audiodescrição na Acergs

3º lugar – Fundação Pensamento Digital /

A informática como ferramenta para o ingresso

no mercado de trabalho

PRÊMIO VITRINE MAIS

PROMOCIONALCategoria Loja de Rua – Otello (Rua dos Andradas)

Categoria Loja de Shopping – Trópico Surf Shop

Iguatemi

PRÊMIO MELHOR VENDEDOR1º lugar – Sheila de Souza Portes, O Boticário (Rua Dr.

Flores, nº 237)

2º lugar – Taís Marques, Joalheria e Óptica Ajax (Rua

dos Andradas, nº 1538)

3º lugar – Anama Rosa Fetter, O Boticário

(Rua Dr. Flores, nº 237)

PRÊMIO DE JORNALISMOCategoria Impresso

1º lugar – Eugenio Bortolon, do Correio do Povo

2º lugar – Cristine Pires, do Jornal do Comércio

3º lugar – Dionara Melo, Alexandre De Santi e João

Guedes, de Zero Hora

Categoria Rádio

1º lugar – Fernanda Coiro e Bruno Bertuzzi,

da Rádio Guaíba

2º lugar – Jackson Lagoas, da Rádio Guaíba

3º lugar – Nathalia Fruet, da Band News

Categoria Televisão

1º lugar – Charlene Horn / Ediene Ferigollo,

do SBT

2º lugar – Daniela Pinto / Charlene Horn,

do SBT

3º lugar – Fernanda Farias, da TV Band

CDL ENTREGA

O

CDL em Revista 11

1º Lugar Jornalismo - RádioFernanda Coiro e Bruno Bertuzzi

1º Lugar Jornalismo - TelevisãoVilson Noer, Edilene Ferigollo e Gilmar Minuzzi

1º Lugar - Melhor vendedoraSheila de Souza Portes recebendo prêmio de Denis Pesa da Philden

Promotores animam noite de premiação do Liquida Mascote da campanhaPúblico aguarda anúncio dos vencedores

Vitrine mais Promocional - Loja de ShoppingTrópico Surf ShopGustavo Schifino, Liane Schifino e Carmen Flores

1º Lugar Liquida Social - Instituto de Assistência e Proteção àInfância - IAPISílvio Dadia Sampaio e Gilmar Minuzzi

1º lugar Jornalismo - Impresso Vilson Noer, Eugenio Bortolon e Gilmar Minuzzi

PRÊMIOS DOALEGRE 2009

Foto

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12 CDL em Revista

termômetro CONJUNTURAPERSPECTIVAS DO VAREJO GAÚCHO PARA O TERCEIRO E QUARTO

1TRIMESTRES DE 2009

Nos últimos meses, a crise financeira mundial está em

evidência. Mas o que fez essa crise ser tão abrupta

para nossa atividade? O que prevemos sob esse

cenário? A crise chegou ao País, e consequentemente, ao

nosso Estado, através da falta de confiança e do excesso de

incerteza causados no mercado internacional e do

desaquecimento/recessão das economias externas. No primeiro

trimestre de 2009, a produção industrial caiu 20% e as

exportações, 24% (e as exportações representam algo como

15% do PIB brasileiro). Além disso, o mercado interno

desacelerou seu crescimento, mas não parou: no acumulado

de outubro a janeiro, o comércio cresceu 5% em relação ao

mesmo período do ano anterior. Logo, a queda da produção não

se justifica apenas pelo desaquecimento externo e interno.

Como podemos observar no gráfico, a confiança do

industrial caiu ao menor patamar da série, fazendo a

indústria reduzir sua atividade. Na expectativa de perda dos

postos de trabalho e diminuição da renda, os consumidores

também ficaram assustados e preferiram reduzir seu

dispêndio com bens.

No setor varejista, no Estado, as dificuldades chegaram

no último trimestre de 2008, quando a crise econômica

cortou a euforia do setor. No primeiro trimestre deste ano,

tivemos desempenhos assimétricos, com alguns setores

surpreendendo e outros sofrendo com a falta de confiança do

consumidor, com a falta de crédito ou renda.

Já para segundo trimestre, a expectativa é de um leve

arrefecimento em relação ao primeiro trimestre, devido à

redução da atividade industrial. Todavia, devido aos esforços

governamentais, como a queda da taxa de juros e os pacotes 2 3fiscais . No mês de março os mercados de crédito e de

4trabalho já apresentaram sinais de melhora . Assim, os

efeitos da crise serão minimizados, fazendo do Dia das Mães

uma boa data de vendas para o comércio. A nossa previsão é

que o resultado do volume de vendas varejista fique

ligeiramente abaixo a 2008, porém acima do patamar de

2007, mesmo sob os cenários mais drásticos.

Já o setor de eletrodomésticos, impulsionado pelo

benefício fiscal, deverá crescer no mês de maio cerca de 9%

em termos reais e sem efeitos sazonais. Esse resultado, que

levará ao maior patamar de volume de vendas da história do

ramo, será conquistado através de uma forte demanda

reprimida desde dezembro, somada com o ganho de renda

adquiridos nos últimos anos e a contínua redução das classes

“E” e “D” na sociedade rio-grandense.

Olhando um pouco adiante, podemos vislumbrar um

cenário mais estável e com boas tendências. A volatilidade no

mercado financeiro está baixa há mais de 60 dias, indicando

que os ativos estão começando a receber novos preços após

a forte redução no nível de alavancagem nos mercados

externos. A medida que o mercado financeiro se estabiliza, a

confiança de todos os agentes começam a aumentar.

Esperamos que até o último trimestre, o índice de confiança

da FGV alcance os 102 pontos, causando 1,2% no volume de

vendas reais. Além disso, temos a taxa de juros, que é o

grande determinante do comércio, caindo a patamares 5históricos . Assim, o volume de vendas reais deve crescer 1%

em relação ao segundo trimestre e no quarto trimestre deve

crescer 2% em relação anterior, fazendo com que tenhamos

um ano superior ao ano de 2007.

Olhando um pouco adiante, podemos vislumbrar

um cenário mais estável e com boas tendências.

Índice de Confiança do Consumidor e do Industrial x produção industrial no Brasil

Fonte: FGVDADOS e IBGE - Elaboração: AE/CDLPOA

POR PEDRO LUTZ, ECONOMISTA CDL POA

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Produção Industrial

IC Consumidor

IC Industrial

1 Dados disponíveis até 27 de abril de 2009.2 Redução do IPI para veículos, materiais de construção e eletrodomésticos. 3 Ainda não temos os dados oficiais de março. 4 O mercado de trabalho apresentou aumento na taxa de desemprego, de 6%, em fevereiro para 6,4% em março. Entretanto, a causao foi a redução da população economicamente ativa, tendo, portanto, aumento nos postos de trabalho no geral. Além disso, no mercado formal industrial tivemos redução no número de postos de trabalho perdidos indicando estabilização desse mercado. Nos próximos meses, esperamos que a indústria no mercado formal fique no mesmo patamar de emprego que março, fazendo com que serviços e mercado informal tragam o mercado para cima. 5 Esperamos que a taxa SELIC feche o ano a 9,25%.

CDL em Revista 13

especial

Opoeta das coisas simples, Mário Quintana (1906 –

1994), tratou de perpetuar, com extrema maestria,

seus sentimentos (e de muitos outros) sobre a Capital

gaúcha: “Sinto uma dor infinita das ruas de Porto Alegre onde

jamais passarei...”. A relação da cidade com seus moradores

e visitantes sempre foi de muita cordialidade e proximidade.

Parece que se conhecem há muito tempo.

Nesse contexto, o Centro de Porto Alegre tem

experimentado, especialmente nos últimos 60 anos, uma

grande transformação, seja em sua arquitetura, seja em seu

contexto social e econômico. O varejo, nesse aspecto, sempre

foi a mola que impulsionou o desenvolvimento do bairro, hoje

denominado, justamente, de Centro Histórico de Porto Alegre.

Na década de 1940, por exemplo, a região ganhava

prédios gigantescos em suas ruas e avenidas, como o Guaspari,

no início da Avenida Borges de Medeiros. Era cada vez maior o

número de veículos em circulação, o que transformava o Centro

em uma grande área onde a vida econômica e social acontecia.

Na época, um descendente de libaneses, vindo de São Paulo,

instalou-se na então Rua de Bragança, atual Rua Marechal

Floriano, com a sua Antiga Casa X. Os olhos de Mário Salomão

Sada, sócio-fundador da empresa, observadores do tempo e

das mudanças ocorridas na região, se enchem de alegria ao

recordar a história e, ao ver que, hoje, o bairro é alvo de

inúmeras iniciativas de revitalização.

O Centro contava com 36 lojas de tecidos, sendo 12 na

Rua da Praia. Mário Sada vinha de uma família dedicada ao

comércio. Nascido em 1914, em Brodowski – interior paulista

– aos 17 anos, já na cidade de São Paulo, teve o primeiro

contato com o comércio, auxiliando o pai em uma loja de

calçados. Logo depois se aventurou sozinho no universo dos

negócios. Aportou na Capital gaúcha, fugindo dos efeitos da

recessão de 1929, que refletiram no país com alguns anos de

atraso. Apoiado por um irmão, leiloeiro oficial do Rio Grande

do Sul, resolveu recomeçar.

Provando que o pendor aos negócios e ao marketing

corria em suas veias, inaugurou a loja já com o nome Antiga

Casa X, uma vez que, no local, funcionara uma alfaiataria

chamada Casa X. A estratégia foi pensada para que seus

clientes tivessem uma boa referência sobre o novo negócio.

O CENTRO (RE)VIVE

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Estacionamento da Praça XV

O

CDL em Revista 13

especial

Na década de 1940, sob a administração de José

Loureiro da Silva, a cidade vivia anos de ampliação da

malha viária da cidade. São abertas na cidade grandes

avenidas, como a Farrapos, a Borges de Medeiros e a Salgado

Filho. Outras são pavimentadas, como a Azenha e a João

Pessoa. Em maio de 1941, ocorreu a maior enchente que já

atingiu a Capital. O Centro da cidade ficou debaixo d'água e os

barcos se tornaram o principal meio de transporte de Porto

Alegre. A precipitação somou 791 milímetros e deixou 70 mil

flagelados – o equivalente a um quarto da população da

cidade – sem energia elétrica e sem água potável. As águas

do Guaíba alcançaram 4,75 metros, uma marca recorde.

Porém, Sada, mais uma vez, demonstrou ter um olhar

empreendedor. “Para os negócios foi bom. Comprei barato os

estoques das lojas da Rua Voluntários da Pátria, que foram

muito atingidas, e revendi como saldos da enchente”, lembra.

A clientela da Antiga Casa

X era formada basicamente por

al fa iates e famí l ias que

buscavam tecidos nobres.

“Vendíamos principalmente

casimira, seda e linho”, revela o

empresário que, aos 94 anos,

ainda é o diretor presidente da

empresa, que hoje conta com

duas filiais (Av. Assis Brasil e Av.

Cristóvão Colombo).

Nas décadas de 50 e 60, a

elegância marcava o Centro,

assim como as linhas do bonde, que passavam em frente à

loja – a Carris chegou a possuir 229 carros: 130 norte-

americanos, 89 ingleses e 10 belgas, transformando Porto

Alegre na cidade com o maior acervo de bondes antigos em

operação no mundo. “Na época, os jovens costumavam vestir

suas roupas de domingo para observar as meninas, em um

Centro cheio de vitalidade”, relembra. Apesar de ter

A GRANDE ENCHENTE

OLHOS NO FUTURO

Antiga Casa X - década de 1940

Mário Sada

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ora

es

vivenciado muitas transformações, nestes 70 anos na

Capital, Sada as entende e diz que elas fazem parte da

modernidade. Entretanto, ele ressalta que a violência, hoje, é

um fator que o preocupa, especialmente como comerciante.

A Antiga Casa X acompanhou a moda, os costumes e o

desenvolvimento de um Centro em permanente

transformação, desde a chegada dos bondes, os passeios e

os cafés na Rua da Praia, até a inauguração do Trensurb e a

revitalização da região.

Se a modernização trouxe boas e más consequências

para o Centro, a administração municipal da Capital, por meio

do Programa Viva o Centro – resultado de uma série de

parcerias, que envolvem desde o Governo Federal, através do

Ministério das Cidades, até empresas privadas –, tem

desenvolvido um amplo programa de revitalização da área

central de Porto Alegre. O empenho visa a melhoria de

espaços e de prédios públicos e privados.

Além de valorizar uma região histórica da cidade, a

iniciativa está beneficiando mais de 3 mil estabelecimentos

varejistas instalados na região. São 50 projetos, com ações

de curto, médio e longo prazos. Para o prefeito da Capital José

Fogaça, revitalizar o Centro Histórico, apoiar o comércio

tradicional, criar atrações que levem a população a

frequentar essa área nobre da cidade são ações que, além de

valorizar a região, promovem o desenvolvimento da Capital.

Mais de 20 vias do entorno passaram por uma

revitalização asfáltica e outras foram abertas à circulação de

veículos, facilitando o acesso ao Centro. Entre elas, as

avenidas Borges de Medeiros e Mauá, além das ruas Doutor

Flores e Salgado Filho. As ruas Vigário José Inácio, Marechal

Floriano e José Montaury tiveram tráfego liberado com a

remoção dos comerciantes e a inauguração do Centro

Popular de Compras, considerado um dos projetos mais

importantes do programa de revitalização. Espaços públicos,

como a escadaria da Rua 24 de Maio, as praças Conde de

Porto Alegre, Revolução Farroupilha, da Alfândega e da Matriz

foram, ou estão sendo, reurbanizadas.

No último mês de março, novas parcerias garantiram o

andamento do programa. O tradicional prédio do Chalé da

Praça XV, próximo ao Marco Zero da cidade, retomará seu

brilho com a instalação de um restaurante sob a

responsabilidade do grupo Variettá. A iniciativa viabiliza a

restauração do patrimônio tombado e a completa

modernização das instalações do conjunto. Serão

construídos um novo salão com cafeteria e deques externos; o

terraço e o segundo piso serão liberados para uso exclusivo

de mesas. “Significa a renovação e requalificação do Chalé,

que tem uma história muito bonita e é um ícone da cidade”,

destaca o prefeito. Fogaça considerou o empreendimento

como parte de uma série de melhorias que a prefeitura irá

promover, resgatando o conjunto constituído pela Praça XV, o

Largo Glênio Peres e entorno. Com investimentos de R$ 1,8

milhão, o projeto está em fase de licitação. As obras para o

14 CDL em Revista

CENTRO POPULAR DE COMPRAS

PATRIMÔNIO HISTÓRICO

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espaço, que devem durar quatro meses,

preveem melhorias na pavimentação,

iluminação, mobiliário urbano e paisagismo,

incluindo as ruas Marechal Floriano e José

Montaury. “Estamos empreendendo várias

melhorias no entorno urbano para integrá-lo

ao Largo Glênio Peres. A cidade está

construindo a recuperação de seu Centro

Histórico e queremos que essa revitalização

não seja só física, mas que tenha a

reintegração das pessoas”, afirma Fogaça.

Até 2010, a Catedral e a Cúria

Metropolitana, que foram tombadas pelo

patrimônio histórico do município também em março,

deverão ser reformadas. O projeto prevê a implantação do

Museu de Arte Sacra do Rio Grande do Sul e do Acervo

Histórico da Arquidiocese e a restauração do entorno da

Cúria, com melhorias na fachada e na parte interna, que

abrigará um acervo de documentos como registros de

nascimentos, óbitos, casamentos e batismos, além de livros

oficiais de governos do passado.

Para o arcebispo de Porto Alegre, Dom Dadeus Grings, o

tombamento representa o reconhecimento público da

importância da Catedral e da Cúria. “Estamos no Centro

Histórico de Porto Alegre, que é a alma da cidade. Esses

prédios têm valor arquitetônico, cultural e artístico

inestimáveis”, avalia.

A inauguração do Centro Popular de Compras, mais

conhecido como Camelódromo, devolveu aos porto-alegrenses

a Praça XV de Novembro, um dos espaços mais tradicionais da

cidade. Os camelôs têm novo endereço. A estrutura do novo

centro comercial tem 8 mil m², resultado de um investimento de

R$ 25 milhões, da empresa concessionária Verdicon. Além dos

boxes para comercialização de produtos, o espaço conta com

elevadores, escadas rolantes, farmácia e restaurantes.

“As consequências do CPC são ainda maiores que o próprio

complexo, pois conseguimos que o Centro voltasse a ser

atrativo para novos investimentos, incrementando o comércio

de rua, que é tradição neste ponto da cidade”,

relata o titular da Secretaria Municipal da

Produção, Indústria e Comércio (Smic),

Idenir Cecchim. Para os empresários que

já possuíam instalações no Centro, a

sensação é de uma nova descoberta. “Com

a saída dos camelôs, ganhamos maior

visualização, em especial na loja da Rua dos

Andradas. Notamos muita diferença nas

vendas, que felizmente aumentaram”,

afirma o proprietário das lojas Rabusch,

Alcides Debus.

A prefeitura já tem planos para as

ruas Marechal Floriano e José Montaury,

que foram liberadas para a circulação.

Segundo o titular da Secretaria Municipal de Planejamento,

Márcio Bins Ely, as duas ruas serão abertas ao trânsito,

formando um "L", que parte da Voluntários da Pátria, segue

pela Marechal Floriano e dobra na José Montaury até a

Avenida Borges de Medeiros. “O objetivo é incentivar a

circulação de pessoas em um espaço recuperado, agradável

e seguro”, afirma. O projeto prevê o aumento da calçada

da Marechal Floriano para 6 metros, a renovação do

pavimento das calçadas e do leito das ruas e o rebaixamento

da calçada da Praça XV.

O Programa Monumenta, vinculado ao Ministério da

Cultura, promove a restauração e recuperação dos bens

tombados e edificações, além de atividades de capacitação

de mão-de-obra especializada em restauro, formação de

agentes locais de cultura e turismo, promoção de atividades

econômicas e programas educativos. Implementadas nas

cidades a partir da assinatura de convênios, no caso de Porto

Alegre as ações do Monumenta têm abrangido a restauração

de igrejas e outros prédios.

Desde 2002, o programa, que atua em 26 cidades

brasileiras, tem resgatado parte da história do Centro de

Porto Alegre, restaurando prédios e reurbanizando espaços

públicos. O Clube do Comércio, o Memorial do Rio Grande

do Sul, a Biblioteca Pública, a Pinacoteca do Rio Grande do

Sul e a Igreja das Dores fazem parte do programa.

Centro Popular de Compras

Ricard

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tricher/PM

PA

Praça XV e José Montaury estão livres para trânsito e pedestres CDL em Revista 15

16 CDL em Revista

mercado RS

Quinta maior cidade do Estado em população, o município concentra mais de uma dezena de instituições de ensino técnico e superior.

Cidade universitária. Essa é uma das melhores formas

para definir Santa Maria, município localizado no Centro

do Estado, a 286 km de Porto Alegre, e sede de uma das

maiores instituições federais de ensino do Interior do Rio

Grande do Sul, a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

Com uma população estimada em mais de 270 mil

habitantes (IBGE/2007), o município é conhecido por ser um

centro de saber e de formação profissional, com mão-de-obra

qualificada e baixa taxa de analfabetismo (4,96%, de acordo

com dados de 2000 da Fundação de Economia e Estatística –

FEE). Essa qualificação é resultado das inúmeras instituições

de ensino em todos os níveis como, por exemplo, sete

faculdades e universidades particulares, uma escola técnica

nas áreas agrícola e industrial, e duas escolas de

aprendizagem industrial.

Quinta maior cidade do Estado em população, a décima

quarta em arrecadação de ICMS em 2008 e eleita nona

melhor em qualidade de vida (ONU, PNUD/2000) do RS,

Santa Maria tem vocação econômica voltada para a

prestação de serviços, em grande parte devido a sua

localização em relação aos demais municípios do Rio Grande

do Sul. Destaque para as áreas comercial, educacional,

médico-hospitalar, rodoviário e militar policial. O município

possui ainda uma política de atração de investimentos,

regulamentada por meio da Lei Complementar 037/06, a

chamada Empreende Santa Maria. A legislação estabelece

normas e procedimentos para a concessão de incentivos

municipais que contribuem para o desenvolvimento

econômico da cidade, seja com renúncia fiscal de impostos e

taxas municipais, seja com incentivos econômicos, como

apoio na infraestrutura (serviços de terraplanagem,

topografia, entre outros), concessão de áreas para instalação

em regime de comodato, e auxílio em locação de área física.

Um importante foco de desenvolvimento do município é

o Distrito Industrial de Santa Maria (DISM), localizado na Zona

Oeste da cidade, no bairro Agro-Industrial. Fundado em 14 de

janeiro de 1974, o complexo polissetorial ocupa uma área

total de 329 hectares, onde se encontram instaladas,

atualmente, 21 empresas, distribuídas entre os setores

alimentício, construção civil, elétrico e serviços - posto de

combustível, metalurgia, fábrica de móveis, de produtos

químicos e de reciclagem. Como resultado, o DISM gera cerca

de 865 empregos diretos e 1,9 mil indiretos.

A principal característica do comércio de Santa Maria

são as empresas familiares. Um exemplo é a rede de calçados

Eny, fundada em 1924 pelo experiente viajante Luiz Andrade,

e que completa 85 anos, em 2009. Adquirida por Salvador

Isaia em 1940, a marca atualmente é administrada pela

família do empresário. Com oito lojas em Santa Maria, a rede

possui uma filial em Santa Cruz e outra em Cachoeirinha,

além de três em Porto Alegre.

AS LIÇÕES AS LIÇÕES

COMÉRCIO SE DESTACA

Centro

Foto

s: João V

ilnei

C

CDL em Revista 17

“O público consumidor santa-mariense é formado basicamente por

pessoas oriundas de instituições públicas, Exército e Aeronáutica,

universidades, entre outras”, afirma Fabrise Müller, responsável pelo

marketing da Eny Calçados. Ela lembra que o grande número de

consumidores jovens – uma das características do mercado local – faz

com que o comércio não hesite em fazer uso de estratégias de marketing,

como ações de concessão de crédito e promoções de preço para

conquistar o cliente.

De acordo com dados da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de

Santa Maria, o município conta com cerca de 7 mil empreendimentos,

sendo 60% voltados ao comércio e 40% na área de serviços, alimentação

e indústria. “A vinda de grandes redes varejistas à cidade marcou uma

mudança de hábitos de ambas as partes, para consumidores e para

lojistas locais”, afirma o presidente da CDL local Ademir José da Costa.

De acordo com o dirigente, os clientes acostumaram-se à oferta

diversificada de produtos, enquanto os empreendedores locais

passaram a detectar novas demandas do mercado e se agilizaram para

acompanhar as exigências do público consumidor. “O crediário próprio já

fazia parte da rotina do comércio local, que passou a buscar cada vez

mais a fidelização de sua clientela por meio de outros diferenciais, como

o atendimento personalizado, melhorias no ponto-de-venda e

disponibilização de serviços aos clientes”, explica Costa.

A CDL de Santa Maria completa 45 anos de atuação em 28 de

agosto deste ano e tem como planos, para 2009, o engajamento no

Projeto Regional de Turismo Receptivo – uma alternativa de circulação de

renda e geração de emprego para o comércio local –, além da realização

do projeto Café com Ideias, uma troca de experiências e palestras

focadas nos comerciários, entre outras metas.

Uma das metas da entidade, conforme Costa, é buscar

permanentemente o aprimoramento do setor. “A parceria com

entidades empresariais do município também é desenvolvida pela CDL

como forma de buscar alternativas para agendas comuns, como a

erradicação do comércio informal e liberação do espaço público,

melhoria das estradas da região, ampliação da segurança, entre outras

bandeiras, sempre primando pelo desenvolvimento do comércio santa-

mariense”, ressalta o presidente.

DE SANTA MARIA

Theatro Treze de Maio

Vila Belga

CatedralChafariz Praça Saldanha Marinho

O mês de abril trouxe de volta o Brique Lindóia. Sempre aos

domingos, o brique já conta com 15 feirantes de produtos de

artesanato, e a previsão é chegar até o final do primeiro semestre do

ano com 80 vendedores cadastrados, marca alcançada em edições

anteriores da iniciativa. O Lindóia Shopping possui mix de 84 lojas.

notas

18 CDL em Revista

FÓRUM SPC/RS ABORDA O COMÉRCIO NA PRÁTICA

BRIQUEDE VOLTA

TALENTOS DO VAREJO

A CDL Porto Alegre promoveu, dia 6 de abril, a

segunda edição do Fórum SPC/RS, encontro realizado

pela entidade para reunir os SPCs de todo o Estado.

O tema “O comércio na prática: técnicas e ferramentas

para o dia a dia de quem vive o varejo” abordou questões

jurídicas, desdobramentos econômicos e atualizações

tecnológicas. Estatísticas do SPC e cadastro positivo

integraram a programação da manhã.

Na parte da tarde, o Cartão Plex foi o tema de

Alexandre Damas, gerente do Projeto Cartão Plex da

FCDL-RS. A advogada e consultora, Cristiane Paulsen,

trouxe esclarecimentos sobre questões jurídicas de

cheque pré-datado, cartões de crédito e novas decisões do

STJ. A responsável pela Gestão de Pessoas, Qualidade e

Capacitação da CDL Porto Alegre, Tatiana Zaffari, falou sobre

o projeto Talentos do Varejo, para o Dia das Mães.

As atividades encerraram com o case de sustentabilidade

das entidades, apresentado por Abraão Flanzboym e Ubaldo

Pompeu, do Rio de Janeiro. Cerca de 140 pessoas, provenientes

No de abril ocorreu mais uma do projeto

Talentos do Varejo. O objetivo do programa capacitar e

encaminhar profissionais para o mercado de trabalho, suprindo

a demanda do . Foram mais de

200 pessoas interessadas no projeto e 50 selecionadas para

participarem do workshop de

do

CDL Emprego, para entrevistas de emprego.

Em 2008, na edição de Natal, o Talentos do Varejo

capacitou 150 pessoas. Destas, 48% conseguiram uma

recolocação no mercado de trabalho.

mês edição

é

comércio para o Dia da Mães

capacitação. Ao longo do mês de

maio, esses profissionais serão encaminhados, através

de diversas cidades do RS, compareceram ao evento. De acordo

com o diretor executivo da CDL Porto Alegre, Ricardo Guimarães,

o plano é realizar quatro eventos anuais. “A quantidade de

inovação dos produtos do SPC exige que estejamos

constantemente nos reciclando e aperfeiçoando”. Novos

encontros estão previstos ao longo do ano. Reserve na agenda:

25 de maio, 24 de agosto e 16 novembro.

CDL capacita para o mercado

Fórum deve ter mais três edições

Há sempre um lado bom em tudo, dizem os otimistas. Com a

turbulência na economia global não poderia ser diferente. Um

levantamento inédito realizado pela Shopping Brasil revela que a

variação média entre o menor e o maior preço dos 50

eletrodomésticos mais anunciados em todo o Brasil, entre agosto de

2008 e março deste ano, indica uma queda acentuada dos preços.

Um bom exemplo são as televisões de LCD acima de 37”. No

mesmo período, o preço do produto ficou R$ 1 mil mais barato.

Técnicos da empresa avaliam que o processo de negociação entre

lojistas e indústria, de todos os segmentos, estão a cada dia mais

intensos, com redução de mix para produtos de alto giro.

OLHAROTIMISTA

Inovação foi o tema da edição de abril do tradicional Almoço

do Varejo, promovido pela CDL Porto Alegre. O evento reuniu, dia

28, no Hotel Plaza São Rafael, na Capital, empresários e

dirigentes do setor para ouvir o consultor em gestão e estratégia

Clemente Nobrega, presidente da Clemente Nobrega

Desenvolvimento Empresarial, do Rio de Janeiro. O especialista

tratou sobre “Como inovar em tempos de crise – Inovação é

dinheiro novo”. Nobrega desmistificou o processo de inovação no

varejo e deixou claro que, mais do que ideias geniais, é preciso

identificar os problemas e as prioridades de cada negócio. De

acordo com ele, o dinheiro novo, tradução de uma real inovação

na empresa, vem do domínio de três competências: mercado,

processos eficientes e pessoas. “Cada administrador precisa

identificar em que fase está a sua estrutura e investir, a partir daí,

recursos e esforços”, afirmou.

CDL em Revista 19

ALMOÇODO VAREJO

PRÊMIO TALENTO UNIVERSITÁRIOPARA O DESENVOLVIMENTO DO VAREJO

A trajetória da CDL Porto Alegre ficará marcada, a partir

deste ano, pelo estímulo aos universitários. A entidade

promove a primeira edição do Prêmio Talento

Universitário - Para o Desenvolvimento do Varejo,

que busca fomentar a produção acadêmica de

ideias relevantes para a expansão, inovação e

competitividade do varejo, em diversas áreas, visando o

desenvolvimento do setor. O objetivo é incentivar os

alunos que estão terminando a faculdade a escreverem

seus trabalhos sobre o desenvolvimento do varejo, e a

recém formados, sem distinção de curso, que tenham

produção acadêmica voltada ao desenvolvimento do setor

varejista nos anos de 2007, 2008 e 2009.

No mês de abril, a Escola Superior de Propaganda e

Marketing (ESPM) de Porto Alegre recebeu o diretor executivo

da CDL POA, Ricardo Guimarães, para apresentar o projeto

Depois do lançamento na Abrin 2009, principal feira do

segmento de brinquedos realizada em São Paulo, a Xalingo

(www.xalingo.com.br) está comercializando os cinco primeiros

jogos da coleção Deaf Toys, uma inovadora linha de jogos para

surdos, uma população de cinco milhões de pessoas no Brasil.

Os lançamentos incluem um alfatório (alfabeto histórico), o

memorego (jogo de memória), corpo humano (um ilustrado

tabuleiro do corpo humano); bingobeto (que no lugar dos

números utiliza as letras do alfabeto da Libras); e domiletra, um

dominó de animais em extinção.

A turbulência internacional não deve afetar os planos de

expansão da rede Quero-Quero (www.quero-quero.com.br) para

2009. Os projetos iniciais, e que estão mantidos, incluem a

abertura de 25 pontos de venda neste ano no Rio Grande do Sul e

Santa Catarina. Com 42 anos de atuação no mercado, a empresa

transferiu recentemente sua sede administrativa de Santo Cristo

para a Grande Porto Alegre, em Cachoeirinha.

NOVOSBRINQUEDOS

EXPANSÃOCONFIRMADA

Encontro falou de inovação

aos alunos. Até julho, quando abrem as inscrições, devem

ocorrer outras apresentações nas universidades da Capital.

As áreas de abrangência do Talento Universitário são:

Consumidor, Sustentabilidade, Gestão do Varejo e Inovação

no Varejo. Os prêmios são uma bolsa de estudos, notebooks e

smartphones. O período de inscrição é de 1º de julho a 29 de

agosto de 2009. Informações no site da CDL POA

(www.cdlpoa.com.br) ou [email protected].

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novas associadas

20 CDL em Revista

FLORENSE

A fábrica de móveis Florense, sediada em Flores da Cunha, na Serra gaúcha,

tem mais de 90 lojas em todo o mundo. Duas em Porto Alegre, na Avenida

Goethe e no bairro Bela Vista. Para a proprietária da franquia da Avenida

Goethe, Leila Castellan, o diferencial da Florense é a qualidade aliada ao design.

“As pessoas buscam na mobília, além do conforto, um estilo adequado ao seu

modo de vida”, afirma. Leila conta

que, em 2009, o foco da empresa

será o ensino, com o lançamento da

Universidade Corporativa Florense

(UCF), em que todas as lojas do país

receberão aulas através do ensino a

distância. “O objetivo é qualificar as

equipes, fortalecendo as bases por

meio da melhoria contínua”, ressalta.

TROPICAL COSMÉTICOS

A Tropical Cosméticos é a representante oficial da Cazo no RS. A loja, instalada

no Centro da Capital, conta com a administração de Luiz Francesquetto.

A marca oferece linhas de hidratantes, gel pós-barba, sabonetes, águas

perfumadas, esfoliantes, cremes para as mãos, além de uma completa linha de

maquiagem. Mas o carro-chefe da empresa são as colônias, inspiradas em

famosas grifes de perfumes.

De acordo com o departamento comercial da Cazo, a marca pretende investir

no seu plano de expansão para, ainda em 2009, realizar a abertura de novas

lojas e quiosques. “Nosso objetivo é inovar e crescer, sempre. Queremos, a

partir do segundo semestre deste ano, aproximar nosso contato com o

público”, projeta Francesquetto.

SAIA JUSTA

Quando o assunto é moda, a proprietária

da loja Saia Justa, Adriana Andersen,

não hesita: “Não vendemos apenas

roupas, mas sim a ideia de como usá-

las”. Localizada, desde 2003, no bairro

Boa Vista, a loja oferece, além da

confecção feminina, opções em

bijuterias, bolsas e calçados. “A nossa

cliente tem estilo, é exigente e quer

atendimento personalizado”, descreve.

Por isso, Adriana planeja realizar

palestras sobre tendências, ministradas

na própria loja. A marca oferece uma

newsletter semanal e deve colocar no ar

o site www.saiajusta-ideia.com. A Saia

Justa e está preparando um método de

visitas direcionadas, em que a equipe da

loja visita a casa da cliente, com um

material especial produzido pela marca.

COMPANHIA DIGITAL

Na era digital, estar bem equipado é

essencial para cumprir a rotina com

praticidade. A Companhia Digital

tem o produto certo para cada cliente

entre notebooks, câmeras, telefones,

entre outros. “O bom atendimento aliado

à dedicação e ao conhecimento

garantem ao consumidor produtos

de qualidade”, afirma o proprietário

Marcelo Cardoso, que inaugurou a

loja do bairro Floresta, em 2008.

O empresário afirma que o diferencial

da marca começa pela harmonia

entre colaboradores, o que resulta

no melhor atendimento. Segundo

Cardoso, preços baixos garantem

boas vendas. Mas simpatia e firmeza

no produto que se vende também

ajudam a fidelizar a marca.

FERRO E FOGO

Lareiras, salamandras, móveis

combinando madeira de demolição e

ferro, lustres, objetos de decoração

nacionais e importados, réplicas de

gradis antigos. Esses são alguns dos

produtos oferecidos pela Ferro e Fogo,

localizada no bairro Tristeza. De

acordo com o proprietário, Ricardo

Cardoso, o desafio da loja é “ser uma

empresa lucrativa e estimulante para

trabalhar, sem perder o artesanal, a

valorização da ferramenta 'mão' e da

criação”. Segundo Cardoso, a Ferro e

Fogo destaca-se pelo design próprio e

pelo estilo de decoração e arquitetura.

LF SAPATOS

Após obter, em um ano, crescimento

de 500% nas vendas pela internet, a

LF Calçados abriu sua primeira loja, no

bairro Auxiliadora. Agora, além dos 1,3

mil modelos expostos no site

www.lfsapatos.com.br, mais de 300

itens compõem o estoque da loja.

Porém, o diferencial é a chance de

criar o seu próprio sapato. A marca

trabalha exclusivamente com couro, e

o cliente pode escolher as cores, os

tipos de couro e saltos para um

mesmo modelo, além de encontrar

numerações especiais. “A LF também

faz ajustes nos produtos conforme

solicitação por encomenda”, explica o

diretor executivo da marca, Luiz

Fernando Gomes. Em 2009, a

empresa pretende lançar um site

exclusivo para lojistas e revendedores;

a lém de cr iar uma f i l ia l em

Florianópolis, que já conta com

trabalho de atendimento ao cliente.

BEM-VINDAS

CASSOL CENTER LAR CAPACITAÇÃO ANTES, DURANTE E DEPOIS

cursos

CURSOSCDL MAIO

PORTUGUÊS: CONHECENDO E APLICANDO AS NOVAS

REGRAS

Data: 11 a 14 de maio de 2009

Horário: 19h15min às 22h15min

Competência: Conhecer e utilizar de forma adequada a

nova grafia da Língua Portuguesa.

Rita de Lourdes Bernardes Justino – Docente de Língua

Portuguesa e Literatura, com experiência em treinamento e

desenvolvimento de pessoas em empresas.

CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

Data: 18 a 21 de maio de 2009

Horário: 19h15min às 22h15min

Competência: Conhecer os principais aspectos do CDC, caracte-

rizando o setor e eventuais interpretações jurisprudenciais.

Andrew Carvalho – Especialista em Gestão Pública,

graduando em Administração com experiência em rotinas

administrativas e atuação em órgãos públicos.

RELACIONAMENTO INTERPESSOAL: CHEFIA E LIDERANÇA

Data: 18 a 21 de maio de 2009

Horário: 19h15min às 22h15min

Competência: Reconhecer as habilidades necessárias para o

desempenho gerencial de alto nível no comando de uma

equipe, por meio do autoconhecimento e da adequação de seu

relacionamento junto aos colaboradores, descobrindo os

melhores métodos para a obtenção dos resultados objetivados.

Karen Suertegaray Fontana – Psicóloga Clínica e

Organizacional, consultora de empresas.

VENDEDOR EMPREENDEDOR

Data: 11 a 14 de maio de 2009

Horário: das 19h15min as 22h15min

Competência: Planejar e realizar atividades de vendas, visando o desenvolvimento de habilidades para atuação na área comercial.

Felipe Di Marco: Administrador e especialista em Marketing

GESTÃO DE COMPRAS

Data: 25 a 28 de maio de 2009

Horário: das 19h15min as 22h15min

Competência: Gerir as atividades relativas às rotinas de compras, entendendo a sua importância para a lucratividade da organização.

Andrew Carvalho: Especialista em Gestão Pública, graduando em administração com experiência em rotinas administrativas e atuação em órgãos públicos.

TÉCNICAS DE VENDAS NO VAREJO

Data: 25 a 28 de maio

Horário: das 19h15min as 22h15min

Competência: Identificar atitudes de conquista e fidelização de clientes, potencializando os ganhos através de técnicas eficazes de vendas e de atendimento a clientes.

Ronaldo Liota: Graduado em Logística Empresarial e especialista em Gestão de Vendas.

ou www.cdlpoa.com.br

Investir constantemente em aprimoramento e qualificação é a cultura da Cassol Center Lar, rede especializada em produtos para construção, do alicerce ao acabamento. A empresa, que

inaugura sua loja em Porto Alegre neste mês de maio, já está investindo em seus colaboradores. Mais de 100 pessoas participaram de diferentes cursos oferecidos pela CDL Capacitação – departamento voltado ao aperfeiçoamento e atualização de suas associadas e demais interessados.

“Realizamos treinamentos junto à CDL, como, por exemplo, Profissional Motivado para Cultura de Alto Desempenho; Como Prevenir Fraude no Varejo; e Relacionamento Interpessoal, Chefia e Liderança”, relata a gerente administrativa da rede, Alicia Vieira. “Estamos ansiosos para a inauguração

da loja para colocarmos em prática todos os ensinamentos obtidos”, complementa.

Com pontos-de-venda em Santa Catarina e no Paraná, a Cassol busca, por meio dos serviços oferecidos pelas Câmaras de Dirigentes Lojistas de cada estado, manter-se sempre competitiva no mercado. “Temos uma parceria sólida com a CDL nas cidades onde estamos presentes, não seria diferente no Rio Grande do Sul”, diz Alicia. Além de investir em um amplo mix de produtos, a marca aposta na satisfação do cliente no momento da compra.

“A Cassol acredita que, para um atendimento de qualidade é necessário ter pessoas qualificadas; apostamos nos colaboradores como diferencial em um mercado tão cheio de comodities como o que vem se apresentando”, afirma a gerente.

I N F O R M A Ç Õ E S : ( 5 1 ) 3 2 1 6 - 8 0 8 0

CDL em Revista 21

I

vitrine

MOMENTOS DO VAREJO

22 CDL em Revista

O bairro Medianeira tem excelente loja de material de construção: a Cimafer, que oferece mais de 20 mil itens.

A Marivan Magazine e Surf Shop, no Sarandi, está em permanente atualização.

No coração do Menino Deus, o Armazém das Artes, é referência em tecidos, artigos para bordar, crochê, tricô e costura.

A D’talhe, no Passo D’Areia, tem o calçado que a mulher deseja: confortável, elegante e atual.

A Expoente Turismo, no Moinhos de Vento, conta com atendimento especializado.

A Joalheria e Ótica Cruzeiro, presente no Shopping Iguatemi, aposta em produtos de qualidade para fidelizar clientes.

A Patchwork está sempre perto de suas clientes. A loja do BarraShoppingSul é um bom exemplo.

A matriz da San Marino, maior concessionária Fiat do Sul do País, fica no bairro Jardim do Salso.

Tabajara, no Centro, reúne moda e estilo para a mulher moderna.

Drogarias Drogadil oferece, no bairro Floresta, variedade em medicamentos e perfumaria.

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