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A Band fechou um acordo com a plataforma de streaming DAZN para su- blicenciar os direitos de transmissão do Campeonato Francês na tempo- rada 2019/2020. O contrato garante à emissora a exibição de um jogo por rodada e mantém a estratégia do DAZN de buscar parceiros na TV aberta. Ao divulgar o acordo, a emissora paulistana não deu detalhes de como a parceria vai funcionar. Com a RedeTV!, com quem o DAZN dividiu no começo do ano os direitos da Copa Sul-Americana, a plataforma de streaming fornecia não apenas os direitos de transmissão, mas também realizava toda a cobertura da partida, numa estratégia para que a marca da empresa se tornasse mais conhecida. Depois que o DAZN foi lançado, porém, a RedeTV! passou a exibir o torneio em reprise apenas. O BOLETIM DO MARKETING ESPORTIVO DO POR REDAÇÃO Band fecha com DAZN e transmitirá Francês 1 NÚMERO DO DIA EDIÇÃO 1287 - SEGUNDA-FEIRA, 15 / JULHO / 2019 de libras perdem os clubes ingleses em valor de patrocínio por pirataria do sinal de transmissão dos jogos, segundo estudo da consultoria Muso 1 mi O FE R E C I M E N T O

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Page 1: NÚMERO DO DIA 1 do sinal de transmissão dos jogos, segundo ... · Não tem como competir em preço e oferta de conteúdo. Para realmente ter sucesso, o streaming esportivo precisará

A Band fechou um acordo com a plataforma de streaming DAZN para su-blicenciar os direitos de transmissão do Campeonato Francês na tempo-rada 2019/2020. O contrato garante à emissora a exibição de um jogo

por rodada e mantém a estratégia do DAZN de buscar parceiros na TV aberta.Ao divulgar o acordo, a emissora paulistana não deu detalhes de como a parceria

vai funcionar. Com a RedeTV!, com quem o DAZN dividiu no começo do ano os direitos da Copa Sul-Americana, a plataforma de streaming fornecia não apenas os direitos de transmissão, mas também realizava toda a cobertura da partida, numa estratégia para que a marca da empresa se tornasse mais conhecida. Depois que o DAZN foi lançado, porém, a RedeTV! passou a exibir o torneio em reprise apenas.

O B O L E T I M D O M A R K E T I N G E S P O R T I V O

DO

POR REDAÇÃO

Band fecha com DAZN e transmitirá Francês

1

N Ú M E R O D O D I A EDIÇÃO 1287 - SEGUNDA-FEIRA, 15 / JULHO / 2019

de libras perdem os clubes ingleses em valor de patrocínio por pirataria do sinal de transmissão dos jogos, segundo estudo da consultoria Muso1mi

O

F E R E C I M E NT

O

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O negócio é uma extensão do acordo que as próprias empresas haviam firmado no mês de junho, em que o DAZN cedeu os direitos de transmissão da Série C do Campeonato Brasileiro para a Band retransmitir nas regiões norte e nordeste.

Agora, no Francês, a Band deve optar por colocar mais jogos do Paris Saint-Ger-main na transmissão. Mesmo sem a certeza de permanência de Neymar, o time é o mais conhecido e desejado no mercado brasileiro atualmente.

Com o acerto, a Band também dá mais um passo em nova estratégia de voltar a ser o “Canal do Esporte”, como era reconhecida nas décadas de 80 e 90. O canal exibiu recentemente as finais da NBA, tem transmitido o Brasilierão Feminino, é a emissora do NBB Caixa e, agora, começa a olhar os campeonatos europeus de futebol. A Band mantém negociações com a ESPN para contar também com os di-reitos de transmissão da Premier League, primeira divisão do Campeonato Inglês.

“A parceria com o DAZN faz parte do projeto da Band de ter uma grade espor-tiva bem competitiva, atendendo uma demanda do público por uma programação com muito esporte", havia declarado José Emílio Ambrósio, diretor de esportes da Band, ao assinar com o DAZN para transmissão da Série C do Brasileiro.

Para a plataforma de streaming, ter a Band como parceira ajuda a divulgar mais a existência da empresa enquanto não há muitos direitos disponíveis. A ideia é que, com a Band mostrando apenas um jogo por rodada do Francês, o grande público tenha interesse em assinar o serviço de R$ 37,90 por mês para ver o restante do torneio. Até agora, com a Sul-Americana, muitos torcedores têm assinado apenas o primeiro mês gratuito para ver o jogo e cancelam a assinatura depois disso.

I M A G E M D A S E M A N A

DJOKOVIC BATE FEDERER E FATURA £ 2,5

MILHÕES

O sérvio Novak Djokovic bateu o

suíço Roger Federer e ganhou o torneio de Wimbledon na tarde de domingo. Com a vitória, ele

levou £ 2,5 milhões de premiação.

Agora, o sérvio, que é o líder do ranking, soma US$ 134,68

milhões em prêmios

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O P I N I Ã O

OTT precisa se livrar de peso do ao vivo

O acordo entre Band e DAZN é mais um episódio na dura batalha que as plataformas de streaming vão precisar travar para ganhar mercado e se tornarem lucrativas no longo prazo. E o maior desafio para isso será

as plataformas de OTT reduzirem o peso do "ao vivo" em sua oferta de conteúdo.A maior diferença do modelo de sucesso do Netflix para o que acontece no es-

porte é que o grande fator de ruptura da plataforma de séries e filmes foi levar para o consumidor o poder de escolha do horário de consumo do conteúdo. Até então, estávamos engessados pelas grades de programação dos canais de TV por assinatura.

Com o esporte, porém, isso não acontece. O grande barato do esporte é exata-mente o fato de que não há poder de escolha sobre o consumo. É o "ao vivo" que vale. Nós queremos consumir aquela competição no tempo real, independentemente do

veículo que esteja transmitindo o evento.E aí é que entra o grande ponto de

discussão sobre o futuro do streaming. As TVs lineares já estão há anos investindo pesado na compra do evento esportivo exatamente por saber que é ele quem asse-gura maior base de assinantes e audiência.

Já o streaming precisa entrar nesse embate pelos direitos de transmissão e, ainda, se for o caso de uma plataforma nova, precisa convencer o assinante de que seu serviço vale a pena. Foi isso que deu ao

DAZN força na Alemanha. A compra dos direitos da Champions League foi funda-mental para assegurar a popularização da plataforma e o sucesso financeiro.

Só que, passados três anos desse movimento, as gigantes de mídia acordaram para a realidade de um torcedor que não quer ter o poder de escolha do horário de assistir a um jogo, mas sim o poder de assistir na plataforma que melhor lhe convier esse jogo.

E, aí, a disputa muda completamente de figura. As TVs não vivem apenas do streaming. Com isso, podem colocar qualquer precificação de sua plataforma e ainda ofertar bem mais conteúdo. A ESPN+ foi ao ar nos EUA a US$ 4,99, metade do valor cobrado pelo DAZN. Não tem como competir em preço e oferta de conteúdo.

Para realmente ter sucesso, o streaming esportivo precisará sair do ao vivo e mi-grar para uma plataforma completa de serviços ao consumidor. Produzir conteúdo, porém, dá muito mais trabalho e gasta muito mais dinheiro do que só fazer um jogo. Do contrário, as empresas de mídia apenas entrarão também com todo o seu conteú-do a um preço mais baixo para o fã, voltando a ter controle sobre o negócio.

Netflix deu ao consumidor o poder de

decidir o horário de ver um conteúdo,

algo que não vai acontecer no esporte

POR ERICH BETING

diretor executivo da Máquina do Esporte

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NBB aumenta para 16 times e põe fim

a rebaixamento

A Williams anunciou a amplia-ção do contrato de patrocínio com a Rokit Phones, startup de teleco-municações até o fim de 2023.

“Eu patrocinei a equipe para por minha marca lá fora, e a minha marca ficou grande o tempo todo, em todo o mundo. É ainda melhor do que eu esperava", disse o presi-dente da Rokit, Jonathan Kendrick.

“A Rokit se juntou à equipe num momento desafiador e isso significa muito para nós”, disse a vice-dire-tora da escuderia, Claire Williams.

A William faz uma temporada ruim na Fórmula. Atualmente é a 10ª colocada no ranking de con-strutores e ainda não pontuou nas nove corridas realizadas em 2019.

W I L L I A M S FA Z N O V O A C O R D O C O M A R O K I T AT É 2 0 2 3

O Canal OFF fechou um acordo com a Cerveza Patagonia para exibir

um programa sobre a região argen-tina. A série "Patagônia: o próximo

passo" retrata uma viagem de dez dias do atleta Diogo Guerreiro e do fotó-

grafo Brian Baldrati por Bariloche. " Realizamos uma imersão com a

Cerveza Patagonia para entender as semelhanças com o Canal OFF e

chegamos ao conceito de aventureiros e exploradores”, diz Patricia Pieranti, gerente de marketing do Canal OFF.

CANAL OFF FAZ ACORDO COM

CERVEJA E CRIA PROGRAMA DA

PATAGÔNIA

POR REDAÇÃO

O basquete brasileiro se aproxima ainda mais do modelo americano. No último sábado, os dirigentes da Liga Nacional de Basquete aprovaram o regulamento da próxima tempora-da do NBB Caixa, que começa em outubro. Agora, 16 times e não mais 14 disputarão o campeonato, que também deixa-rá de terá rebaixamento, como ocorre nos Estados Unidos.

Quatro times são novidades este ano: a Unifacisa (PB), campeã da Liga Ouro 2019, e o Pato Branco (PR), que com-prou a licença para entrar no NBB. O São Paulo entrará no lugar do Joinville, enquanto o Renata/Rio Claro ocupa a vaga de Macaé. O Vasco desistiu de disputar o campeonato, que assim terá pela primeira vez o recorde de 16 participantes.

Outra mudança é o fim do rebaixamento. Essa decisão fe-cha ainda mais o grupo que disputa o NBB. Até este ano, a liga organizava a Liga Ouro, que servia como forma de pro-mover o clube campeão para o torneio principal, desde que o time apresentasse condições financeiras de estar no NBB.

A partir do ano que vem, porém, o torneio será substituído pelo Campeonato Brasileiro Adulto, organizado pela Con-federação Brasileira de Basquete. O campeão do Brasileiro poderá pleitear uma vaga no NBB, mas sua entrada só será possível se ela for aprovada pela administração da liga.

Com as mudanças, o NBB terá pela primeira vez seis unida-des federativas representadas: Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo e Distrito Federal. O nú-mero é recorde na história do torneio que existe desde 2009.

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POR ERICH BETING

Flamengo e Fluminense são os dois novos clubes a estamparem em suas camisas marcas do segmento de apostas. Nesta segunda-feira, diante do Ceará, o Fluminense ostentará a marca KB88, da Kashbet, na camisa. Com

isso, metade dos clubes da Série A do Campeonato Brasileiro já possuem acordo com marcas ligadas ao segmento de apostas, que foram liberadas no final do ano passado mas que ainda não possuem regulamentação para atuarem no Brasil.

Até agora, a Casa de Apostas é quem tem mais times. Bahia, Botafogo, Cruzeiro e Santos usam a marca da empresa em seus uniformes. A NetBet é outra que tem mais de um clube, com acordos com Fortaleza e Vasco. Já o Corinthians detém ne-gócio com a Majorsports, enquanto o Atlético-MG tem contrato com a 188Bet. O Flamengo usará a marca da Sportsbet.io, mas o contrato ainda não foi oficializado. Segundo o UOL, o vínculo é até junho de 2020 e terá um valor fixo e outro variável.

O avanço das marcas de apostas no futebol acontece desde janeiro, quando o Fortaleza anunciou a NetBet como parceira. No final do ano passado, o então pre-sidente Michel Temer aprovou a lei que permite a volta dos jogos de azar no país, mas a regulamentação para o funcionamento dessas empresas ainda não foi feita.

Enquanto isso, as marcas de apostas não podem abrir uma figura jurídica no Brasil. O acordo que os clubes fazem, assim, é sempre com um intermediário que representa essa empresa. O Fluminense, por exemplo, anunciará a KB88.com, site que ainda não está em funcionamento no Brasil à espera da regulamentação. A marca é a única entre todos os patrocinadores de clubes até agora que não permi-tem a pessoas no território nacional a utilizarem sua plataforma.

Com Fla e Flu, apostas já têm 50% da Série A

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POR ERICH BETING