nÃo Às reformas de temer! diretas jÁ! · o que este governo tem feito é atacar os pontos es -...
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Dentro do Congresso Nacional, aliados de Temer obstruem a PEC que permite que a população eleja um novo governo. Marcha com 200 mil trabalhadores foi atacada pela Polícia Militar do Distrito Federal
Sindicato Químicos Unificados
jornal do
UNIFICADOS nº 118 maio/junho de 2017
www.quimicosunificados.com.br
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OCUPAMOS BRASÍLIA!
ENTREVISTA: Médica e pesquisadora da Fundacentro, Maria Maeno, explica quais serão os impactos das reformas de Temer na saúde dos trabalhadores
TRABALHADORES APROVAM DIREÇÃO DO UNIFICADOS EM OSASCO COM 98% DOS VOTOS
GREVE DE 9 DIAS TRAZ CONQUISTAS NA AMANCO
NÃO ÀS REFORMAS DE TEMER!
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Futebol: Campeonato de Osasco começa dia 11/06. Em Campinas, torneio tem disputas acirradas
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DIRETAS JÁ!
No Chile população protesta conta sistema de Previdência privada
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Dirigentes sindicais comemoram o encerramento da eleição, que também referendou o Unificados por mais três anos em Campinas
EDITORIAL2Nº 118
MAIO/JUNHO-2017 UNIFICADOSjornal do
jornal do UNIFICADOS é uma publicação dos sindicatos Quími-cos, Plásticos, Abrasivos, Farmacêuticos e Similares. Telefones: Campinas (19) 3735.4900; Hortolândia (19) 3887.0852; Paulínia (19) 3874.1911; Sumaré (19) 3873.2517; Valinhos (19) 3871-1278;Osasco (11) 3608.5411; Barueri (11) 4198.1387, fone/fax: (11) 4198.7896; Cajamar (11) 4447.4172; Cotia: (11)4703.6972 e (11)4703.5906 (fax). E-mail: Campinas: [email protected] ; Osasco: [email protected]; Página na internet: www.quimicosunificados.com.br Impressão: Jornal de Jundiaí. Tiragem: 24 mil exemplares.
EXPEDIENTE
Diretas já!Nossa luta prioritária
neste momento é retomar a
democracia em nosso País.
Queremos a saída imediata
de Temer e eleições diretas
para a escolha de um novo
governo, porque sabemos
que a eleição indireta, em
que o Congresso escolhe
quem irá governar, servirá
para manter a agenda de
ataques brutais a direitos
sociais e trabalhistas.
Quando falamos em
retomar a democracia, es-
tamos nos referindo ao
golpe dado contra a classe
trabalhadora, em abril do
ano passado, e que de-
nunciamos desde sempre.
Temer chegou ao poder
para impor mudanças vol-
tadas à acumulação de
lucros do capital e, em um
curto período de tempo,
conseguiu aprovar medidas
extremamente impopulares
e prejudiciais à população
mais pobre.
O que este governo tem
feito é atacar os pontos es-
senciais da Constituição de
1988, como o artigo 6º que
define como direitos sociais
a educação, saúde, alimen-
tação, trabalho, moradia,
transporte, o lazer, a segu-
rança, a previdência social,
a proteção à maternidade
e à infância, a assistência
aos desamparados.
Nenhum brasileiro vo-
tou para que os investi-
mentos em serviços públi-
cos ficassem congelados
por 20 anos, como deter-
minou Temer ao conseguir
a aprovação da Proposta
de Emenda à Constituição
(PEC) 55 pelo Congresso
Nacional. Ao contrário, a
maior parte da popula-
ção brasileira necessita
de transporte, educação
e saúde públicas, e rei-
vindica a qualidade dos
mesmos.
Agora, a agenda do
capital cobra a aprova-
ção das reformas que
querem acabar com o
direito à aposentadoria
dos brasi leiros e des-
truir as leis trabalhistas.
Estamos diante de um
governo i legít imo, que
defende os interesses de
uma minoria, e que agora
usa a repressão policial,
as Forças Armadas, para
reprimir a luta milhões
de brasileiros. O sangue
derramado em Brasília
era de trabalhadores/as.
Nossa indignação cresce
a cada dia da permanên-
cia deste governo e destas
reformas. Vamos à luta
por Diretas Já e contra as
reformas! Rumo a uma
nova greve geral, ainda
maior!
DE CAMPINAS A OSASCO: SOMOS UNIFICADOS!
Pelos próximos três anos (2017-2020) as Re-gionais Campinas e Osas-co do sindicato Químicos Unificados seguirão na luta unificada iniciada há 15 anos. A categoria partici-pou em peso das eleições para referendar a continui-dade da atual linha política do sindicato.
Com expressiva vota-ção, a atual direção do sindicato de Osasco foi reconduzida 10 e 12 de maio. Dos 3176 votos, 3109 foram destinados à Chapa 1, ou seja, 98% da categoria aprova a atuação dos companheiros que já integram a direção do sin-dicato que teve renovação de 25% de seus membros, com 49% de mulheres. Foram registrados 63 em branco e 04 nulos.
Somos Unificados!
Dos 7.778 votantes das duas regionais (Campinas e Osasco), 7.325 votaram na Chapa 1, ou seja, 94% da categoria aprova a atu-ação sindical que combina a defesa dos interesses da categoria com as lutas dos movimentos populares na construção do socialismo.
O Sindicato Químicos Unificados se mantém in-dependente em relação a governos e patrões, forta-lecido pela própria catego-ria que sustenta a estrutura sindical voltada à luta, à formação e ao lazer de ma-neira unificada, envolvendo os/as trabalhadores/as
químicos e farmacêuticos de Campinas, Osasco e regiões. A eleição em Cam-pinas foi realizada entre os dias 27 e 28 de março. Dos 4.602 votos, 4.216 foram destinados à Chapa 1, ou seja, 91,61%. Foram registrados 269 votos em branco e 117 nulos.
Momento em que o resultado da eleição de Osasco é anunciado: 98% de aprovação prova reconhecimento do trabalho que vem sendo realizado
JCV é condenada em 1ª instância por demissão ilegal
Uma ação movida pelo sindicato resultou na con-denação, em 1ª instância, da JCV Indústria e Comér-cio Ltda, de Hortolândia. A empresa havia alegado abandono de emprego por parte de uma trabalha-dora, o que justificaria a demissão por justa causa. No entanto, o sindicato apresentou provas de que
não houve abandono. Na realidade, a trabalhadora havia sido vítima de um aci-dente de trabalho, ocorrido no trajeto até a fábrica em 2011, torando-a portadora de deficiência física.
Após o fim do perío-do de licença médica, em 2015, a JCV mudou a jornada da trabalhadora para o período noturno,
expondo-a a riscos uma vez que o horário de saída da trabalhadora passou a ser às 22h40 e, para pegar sua condução de retorno, ela deveria se deslocar até um ponto localizado em um bairro perigoso, com alto índice de assaltos. Como a condenação foi em 1ª ins-tância, ainda cabe recurso por parte da empresa.
VISITE O SITE DO UNIFICADOS: www.quimicosunificados.com.br
UNIFICADOS LUTAS DO DIA A DIA 3Nº 118MAIO/JUNHO-2017
jornal do
Dias parados serão 100% abonados e cesta básica será paga a todos/as da produção
Trabalhadores em assembleia decidiram pela aprovação do acordo firmado no TRT
da Regional CAMPINAS
Disposição, unidade e organização são as palavras que resumem a luta dos/as trabalhadores/as da Aman-co/Mexichem do Brasil, em Sumaré. Após nove dias de greve, e três audiências de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho da 15ª região, a empresa apre-sentou uma proposta com avanços e que foi aprovada pelos/as trabalhadores/as dos três turnos.
Entre as conquistas está o pagamento da cesta básica a todos/as que trabalham no setor de produção. An-tes, apenas quem cumpria
porta da fábrica de Su-maré ficou lotada de Po-liciais Militares e Guardas Municipais. O Unificados denunciou à imprensa e ao Ministério Público do Trabalho esta prática an-tissindical que prejudicou a população de Sumaré, pois guardas e policiais deveriam estar cuidando da segurança pública e patrimonial da cidade e não constrangendo tra-balhadores.
Se hoje, empresas usam e abusam do aparato do Estado para desarticular a luta dos/as trabalhado-res, imagine como ficará a situação, caso a reforma trabalhista que prega livre negociação entre trabalha-dores e patrões. A Amanco pertence à multinacional mexicana Mexichem maior produtora de resinas de PVC na América Latina, teve um lucro líquido de R$ 2,7 bilhões em 2016. A fábrica em Sumaré produz tubos e conexões e conta com cerca de 500 traba-lhadores. É uma das sete unidades da multinacional no Brasil.
Merial/Boehringer: luta continua para avançar nas conquistas
Após a conquista do reajuste integral na últi-ma campanha salarial, a mobilização dos/as tra-balhadores/as da Merial continua por melhoria dos benefícios e contra o assédio moral que ainda existente dentro da em-presa e já foi denunciado ao Ministério Público do Trabalho.
A Merial pertence à farmacêutica alemã Bo-ehringer Ingelheim – com-panhia que opera global-mente com 145 afiliadas e mais de 47.500 traba-lhadores. No site da mul-
tinacional, a Boehringer defende que “o equilíbrio entre trabalho e vida pri-vada é fundamental para o bem-estar dos funcioná-rios e é, portanto, fator--chave para o sucesso global da organização”. Agora, falta aplicar na prática esta receita às unidades da Merial em Campinas e Paulínia.
Há tempos a reivindi-cação dos/as companhei-ros/as é pelo pagamen-to de uma cesta tíquete. Na fábrica da Boehringer em Itapecerica da Serra, por exemplo, os/as com-
panheiros/as recebem o benefício no valor de R$ 300, com percentuais de desconto em função da faixa salarial.
A exemplo da conquis-ta na campanha salarial, e de outra obtidas anterior-mente como a gratificação dos brigadistas, 180 dias de licença maternidade, PPR e entre outros, será necessário organizar pa-ralisações para pressio-nar a empresa a atender esta reivindicação antiga dos/as companheiros, ainda quando a empresa pertencia a Sanofi.
GREVE DE NOVE DIAS traz conquistas na Mexichem/Amanco
ferenciada receberão um abono de R$500.
Lutar não é crime!
Vale destacar que os/as trabalhadores/as em
greve enfrentaram as tentativas de intimidação e criminalização de uma luta justa, por melhores condições de trabalho na Mexichem/Amanco. A
Foram necessárias três audiências para chegar nos itens conquistados
Trabalhador é reintegrado na Rehau
Um trabalhador da Rehau, em Cotia, enfren-tava problemas de saúde e, por esse motivo, foi injusta-mente demitido pela empre-sa, em março de 2017.
A Rehau é uma multina-cional com sede na Suíça e com unidades de produção em vários países do mundo. Aqui no Brasil, a empresa tem 11 unidades em dife-rentes estados e, apesar da muito falada crise, tem previsão de crescimento/expansão de 10% em 2017. No próprio site, a empresa afirma contar com mais de 17.000 funcionários, que
jornada diferenciada tinha direito a este benefício. O valor foi reajustado em 16,6% passando de R$ 198 para R$ 231 e nos próximos dois anos, em novembro de 2017 e novembro 2018, será reajustada pelo índice defi-nido na campanha salarial. A empresa também pagará em uma única parcela o va-lor de R$ 1.030 no dia 31/05 referente ao Programa de Participação nos Resultados (PPR) de 2016. O acordo firmado no TRT estabelece que sindicato e empresa devem negociar em 15 dias uma acordo de PPR para 2017.
Outra conquista impor-tante é que a empresa abonará 100% dos dias parados e também garan-tirá estabilidade de 90 dias aos trabalhadores.
Em relação ao plano médico, a coparticipação será adotada a partir da 4ª consulta. Para gestan-tes, pessoas com doenças crônicas e crianças com até um ano de idade não haverá coparticipação.
Os/as trabalhadores que cumprem jornada di-
contribuem para o cresci-mento e o sucesso do gru-po. O que a empresa não diz é que esse crescimento é feito em cima de injustiças, como demitir um trabalha-dor doente e com estabili-dade por ser da CIPA.
O sindicato entrou com uma ação jurídica e o tra-balhador foi reintegrado no mês de maio. Neste mesmo mês, ele se candi-datou à eleição de repre-sentantes dos trabalha-dores na CIPA (Comissão interna de Prevenção de Acidentes) e foi eleito com expressiva votação.
Cavalaria atacou os manifestantes. Várias pessoas ficaram gravemente feridas após a ação truculenta da Polícia Militar do Distrito Federal
NACIONAL4 Nº 118MAIO/JUNHO-2017 UNIFICADOS
jornal do
200 mil ocuparam Brasília para retomar a democracia e defender direitos ameaçadosdo Unificados
No dia 24 de maio, mais de 200 mil trabalhadores ocuparam Brasília para exi-gir a retomada da democra-cia e anulação das medidas que destroem direitos como a aposentadoria e ao em-prego decente adotadas du-rante o mandato de Temer. Os Químicos Unificados participaram desta gigante e histórica manifestação organizada pelas centrais sindicais, entre elas a Inter-sindical Central da Classe Trabalhadora, e as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo que reúnem diver-sos lutadores como os/as companheiros/as do Mo-
que dificultará ainda mais a concessão do auxílio-do-ença, da aposentadoria por invalidez e do salário-mater-nidade no caso de o segu-rado perder essa condição junto ao Regime Geral da Previdência Social (RGPS) e retomá-la posteriormente. A proposta aumenta o período de carência para a conces-são de tais benefícios.
Temer compra apoios
Temer comprou os par-lamentares com cargos e recursos de emendas para que votassem a favor do fim do seu direito à apo-sentadoria. Uma prática inaceitável e que deveria ser investigada e punida.
PELO FIM DO ESTADO DE EXCEÇÃO!Estamos em um estado
de exceção. A resposta do golpista Michel Temer junto com o presidente da Câma-ra Rodrigo Maia (DEM-RJ) foi acionar o Exército e Polícia Militar para reprimir a manifestação legítima do povo, promovendo um mas-sacre. Temer havia decre-tado o uso do Exército nas ruas até o dia 31 de maio e o que vimos em Brasília no dia 24 de maio foram cenas de guerra, de perseguição a manifestantes que nada mais faziam do que exercer o seu direito de livre mani-festação.
A Polícia Militar usou armas letais, como com-provam vídeos divulgados na Internet. O aposentado Carlos Geovani Cirilo foi baleado na região da boca e estava internado em estado grave no Hospital de Base de Brasília até o fechamen-to desta edição.
Várias pessoas tiveram ferimentos graves. A polícia atirou contra os manifestan-tes bombas com alto poder
Unificados estava na marcha junto com a delegação da Intersindical Central da Classe Trabalhadora lutando em defesa do direito à aposentadoria e das leis trabalhistas que Temer quer destruir
Pressão total por DIRETAS JÁ e CONTRA AS REFORMAS!
destrutivo de explosão, que chegaram a decepar dedos de companheiros/as que tentaram se defender.
Bombas de gás lacrimo-gêneo foram lançadas dos helicópteros que sobrevo-avam a região das 14h às 17h30 causando dispersão e intoxicação das pessoas. Policiais feriram lutadores com armas “não letais”, mas que cegam e deixam cicatrizes.
A mídia, que defende os interesses dos patrões, dos poderosos que querem impor os retrocessos à classe trabalhadora, tratou
Você pagou, trabalhou anos e anos mas...
NÃO CONSEGUIRÁ SE APOSENTAR! Pela reforma não haverá mais a possibilidade de aposentar-se pelo tempo de contribuição. É uma injustiça contra boa parte da população que entrou muito jovem no merca-do de trabalho. Homens só poderão se aposentar após 65 anos e mulheres após 62 anos.
Para ter direito à aposentadoria...
NÃO PODERÁ NUN-CA FICAR SEM EM-PREGO! Como se não bastasse a idade mínima para dificultar seu acesso à aposentadoria, você terá que ter contribuído por no mínimo 25 anos seguidos, sem nenhuma interrup-ção – o que é impossível. Segundo pesquisa reali-zada pela Plataforma de Políticas Sociais, 79% das pessoas no Brasil que
vimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e do Movimento dos Traba-lhadores Sem Teto (MTST), entre outros.
Foi um dia tenso em Brasília tanto dentro como fora do Congresso Nacio-nal. A marcha foi reprimida de maneira truculenta. Enquanto isso, deputados aliados de Temer faziam o jogo sujo de obstruir a tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para que sejam re-alizadas eleições diretas para a população escolher um novo governo.
Na madrugada, deputa-dos conseguiram aprovar a Medida Provisória 767/17
Sem a imensa resis-tência em todo o Brasil, e na greve geral, provavel-mente a reforma já teria sido sancionada tal qual com o foi apresentada pelo golpista Michel Temer.
Precisamos intensificar a pressão organizando novas greves, passeatas e mobilizações contra o desmonte da Previdência. Entenda o que ocorrerá se você não lutar agora:
de reduzir a gigantesca manifestação a atos de vandalismo e depredação. Porém, circulam pela In-ternet vídeos que mostram que a própria polícia infiltra pessoas para depredarem e causarem a confusão para poderem justificar que “a manifestação saiu do controle”. Vândalos são os deputados e senadores que estão coniventes com Temer e suas reformas. Vândalos são aqueles que não aceitam a democracia, a voz de milhões que gritam por Diretas Já e contra as reformas do capital.
aposentaram por idade contribuíram por menos de 24 anos. Ou seja: não conseguiram se aposentar pelas novas regras.
Se conseguir sua sonhada aposentadoria, prepare-se...
O VALOR SERÁ ME-NOR! Com a mudança o valor da sua aposen-tadoria poderá ser 30% menor do que pelas re-gras atuais. Isso porque o governo quer usar 70% da média das maiores contribuições. Atual-mente utiliza-se 80% da média.
E se quiser receber teto...
MORRERÁ TRA-BALHANDO! Pois terá que ter contribuído por 40 anos seguidos. Você acredita que isso será possível no Brasil? A média de contribuição em outros países no mundo é de 35 anos.
UNIFICADOS RESISTÊNCIA 5Nº 118MAIO/JUNHO-2017
jornal do
do Unificados
Deputados aprovaram o projeto de lei proposto por Temer que me-xerá em 200 pontos das leis que hoje garantem saúde, segurança, estabilidade e a função social das empresas. Agora ele está no Se-nado como PLC 38 (projeto de lei complementar). O senador Ricardo Ferraço (PSDB) havia suspendido o calendário de tramitação da pro-posta, mas já voltou atrás e tem pressa para aprová-la. Nossa luta é pela derrubada total desta reforma trabalhista proposta por um presi-dente sem legitimidade que quer instituir no Brasil emprego precário, temporário e sem direitos. Que esta reforma e a da Previdência sejam retiradas do Congresso Nacional. Aqui reunimos alguns dos absurdos que ameaçam o emprego decente no Brasil:
Proposta de Temer para destruir as leis trabalhistas está no Senado
TRABALHO INTERMITENTE
Com a “reforma”, emprego com férias, 13º salário, horas de descanso remuneradas, entre outros itens, deixarão de existir. Haverá apenas trabalho tempo-rário em que você só receberá pelas horas trabalhadas. Isso re-presenta menos direitos, salários menores e condições precárias.
NEGOCIADO SOBRE O LEGISLADO
Hoje, a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) serve como parâmetro mínimo de direitos ao trabalhador. Nenhuma empresa pode oferecer condições inferio-res a ela. Atualmente, acordos podem garantir condições melho-res, mas nunca piores que a CLT. O que a “reforma” fará é des-truir esse parâmetro mínimo, ao permitir que os acordos tenham validade mesmo quando retirarem direitos. Você acha isso justo?
LIVRE NEGOCIAÇÃOA proposta é que os traba-
lhadores que têm instrução de nível superior e recebam salário acima de R$ 5.531,31 não se-jam mais incluídos nos acordos coletivos e mantenham acordos
JORNADAS SEM LIMITE
Hoje, as jornadas de trabalho são limitadas da 8h/dia, 44h/semanais e 220h mensais. Com a “reforma” este limite deixará de existir e você poderá ter que cumprir 12horas/dia se assim o patrão determinar.
FIM DA REMUNERAÇÃO POR DESLOCAMENTO
Se você trabalha em local distante de difícil acesso, as horas de deslocamento. Com a “reforma” isso não mais ocor-rerá.
FIM DA HOMOLOGAÇÃO NOS SINDICATOS
Quando você é demitido, é o sindicato que realiza sua homo-logação e confere se todas as verbas rescisórias foram pagas, se está tudo correto. Com a re-forma, a homologação passará a ser feita na própria empresa.
ELEIÇÃO DE REPRESENTANTES
individuais com as empresas. É o que a “reforma” chama de “livre negociação”, porém essa negociação não é livre porque não há igualdade entre patrões e trabalhadores. Sabendo que existem muitas pessoas desem-pregadas buscando uma vaga, você irá discordar do dono da empresa em uma “livre nego-ciação”? Não demorará muito para que os patrões quererem mexer novamente nas leis para isso valer para todos/as.
REDUÇÃO DO INTERVALO DE ALIMENTAÇÃO
Hoje, a CLT determina que o intervalo de repouso e alimenta-ção deve ter no mínimo 1h. Com a “reforma” poderá ser reduzido a 30 minutos.
PARCELAMENTO DE FÉRIAS
Nossa legislação determina que as férias devem ser usu-fruídas em 30 dias corridos. Em casos de exceção, podem ser divididas em duas, porém nunca em período inferior a 10 dias. Com a “reforma” poderão ser parceladas em até três vezes, com pagamento proporcional.
Com a reforma, o patrão po-derá indicar o representante de sua confiança , um pelego, que irá negociar em nome dos traba-lhadores. Já pensou como seria?
JUSTIÇA NUNCA MAIS
A “reforma” colocará mais bu-rocracias para o trabalhador que tentar se defender acionando a Justiça. Quem não tiver dinheiro, não conseguirá mover processo, pois os trabalhadores terão que pagar por tudo, inclusive pela perícia. Hoje, se você não tem recurso financeiro, tem acesso à justiça gratuita. Além disso, as mudanças facilitam a prescrição. Ou seja se a empresa enrolar ao máximo, poderá extinguir os processos.
GESTANTES EM PERIGO
Outro absurdo da “reforma“é permitir que mulheres gestantes ou que estão em fase de amamen-tação continuem trabalhando em locais insalubres, caso apresente atestado médico. A exemplo do que ocorreu no crime Shell/ Basf, existem médicos que atendem pedidos de empresas e colocam o lucro acima da vida.
VAMOS DERRUBAR AREFORMA TRABALHISTA
6 UNIFICADOSjornal doINTERNACIONAL
Nº 118MAIO/JUNHO-2017
Sistema privado, que é péssimo para a população, foi implantado na ditadura
do Unificados
No Chile, os/as traba-lhadores estão em luta pela mudança no sistema previ-denciário. Manifestações têm arrastado multidões às ruas exigindo o fim do sistema privado criado e implantado durante a ditadura (1981). Somente agora, quando as primeiras pessoas estão se aposen-tando por ele, ficou escan-carado que este sistema é um verdadeiro desastre.
São muitos os casos de
pensões miseráveis, meno-res que o salário mínimo chi-leno. A maioria recebe como pensão o equivalente a 30% do valor de seu salário. Isso ocorre porque o sistema foi criado exclusivamente para gerar lucro para as empre-sas. O Chile abandonou o sistema que garantia segu-ridade social para adotar um modelo de negócio no qual uma série de empresas passaram a administrar os fundos de pensão dos chile-nos (AFP – administradoras de fundos de pensão). Na época, a gigante maioria daqueles que já tinham con-tribuído com a Previdência decidiram permanecer no sistema público. Àqueles que recém ingressaram no mercado de trabalho, não havia outra possibilidade a não ser a AFP.
“As empresas utilizam diversas artimanhas vi-sando jogar o preço da pensão individual para
baixo. Entre elas, está uma manobra cruel, de dividir o total acumulado nos anos de contribuição pelos meses que o cliente viveria até os 120 anos. Nenhum chileno pode durar tanto tempo. A ex-pectativa de vida do país é mais ou menos cinquenta anos menos que isso, mas com essa justificativa eles conseguem jogar o custo mensal dessa pensão para um valor que não esbarra com a margem de lucro
Não é só o Brasil em GREVE GERAL!
Trabalhadores/as de vários países estão enfren-tando governos contra a retirada de direitos sociais e trabalhistas, como ocor-reu no Brasil no dia 28/04. Nos últimos meses, Guiana Francesa e Argentina re-gistraram greves que têm a mesma causa: um sistema econômico em crise, que manipula governos para empobrecer e explorar a grande maioria da popula-ção e enriquecer aqueles que fazem parte dos 1% dos mais ricos do mundo.
Na Europa, o ataque aos direitos trabalhistas e à Previdência chegou antes, comprovando que a crise é o alimento do sistema capitalista para impor cada vez mais ex-ploração. A única saída é a união de trabalhadores em
cesa em março para que o governo francês invista no desenvolvimento das cidades do território, em especial em infraestrutu-ras como água, energia elétrica, serviços de saúde e educação. Após a parali-sação, o governo da França e os grevistas assinaram um acordo em torno de um “plano de emergência” de um total de € 1,1 bilhão em investimentos nos pró-
ximos dez anos para aten-der às reivindicações da população local. O governo francês se comprometeu também a analisar o pedido de outros € 2 bilhões em investimentos.
FRANÇA
Franceses realizaram em 2016 protestos inten-sos contra uma reforma trabalhista que impôs mu-danças como a negociação
direta entre empresários e trabalhadores, assim como Temer quer implantar no Brasil. Essa mudança foi considerada um imenso recuo social na França. Por lá a reforma manteve a du-ração legal do trabalho em 35 horas semanais. Porém, em períodos excepcionais, os franceses podem ser obrigados a trabalhar até 60 horas por semana, con-tra 48 horas anteriormente.
ESPANHA
A reforma trabalhista espanhola foi aprovada em fevereiro de 2012, durante a segunda recessão de uma longa crise que o país tenta superar há mais de 10 anos. Na época, traba-lhadores espanhóis reali-zaram duas greves gerais.
Cinco anos depois da reforma, dados comprovam que o que aumentou foram os empregos precários, com redução generalizada dos salários, o que agravou a desigualdade social no País.
Chilenos protestam contra previdência privada e lutam por um modelo público e solidário
todo o mundo rumo à uma mudança radical no modelo econômico atual.
ARGENTINA
No início de abril, uma greve geral paralisou o país com a adesão dos trabalha-dores do transporte públi-co. Professores, trabalha-dores da indústria, saúde e bancos cruzaram os braços contra a política econômica adotada pelo presidente Maurício Macri que gover-na para os empresários. A população perdeu o poder aquisitivo com uma inflação que chegou na casa dos 40% em 2016. A pobreza atinge 32% na gestão do presidente neoliberal.
GUIANA FRANCESA
Uma greve geral foi realizada na Guiana Fran-
Greve Geral na Argentina foi realizada no início de abril com a participação de milhares de trabalhadores/as
Chilenos querem mudança naPrevidência
público que seja protegido de intervenções estatais. Além disso, o movimento também quer que a consti-tuição chilena contenha um artigo garantindo o direito à seguridade social – aqui vale lembrar que a cons-tituição vigente no Chile ainda é a de 1980, imposta pela ditadura de Pinochet, mas que deve ser substi-tuída em breve, a partir do processo constitucional iniciado pela presidenta Michelle Bachelet.
do negócio”, explica Luis Messina, um dos porta--vozes do movimento No + AFP e ex-gerente de uma das empresas admi-nistradoras (AFP Futuro). Ele renunciou ao trabalho para denunciar o sistema, contando com a experiên-cia de quem já viu como ele funciona por dentro.
O movimento defende o fim do sistema de AFP´s e a recriação de um sis-tema público solidário, administrado por um ente
UNIFICADOS LAZERNº 118MAIO/JUNHO-2017
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Ao todo 16 times participam desta edição. Em Campinas, campeonato segue disputado!
do Unificados
No dia 11 de junho será dada a largada para o 4° Torneio de Futebol da Re-gional Osasco. A primeira partida acontece entre os times formados por tra-balhadores das empresas Marilu X Biovet, às 9h. Na sequência, teremos as disputas entre Henkel X Rhotoplás, Flint X Wacker e Mebrasi X Palash.
Os jogos acontecerão
edição, com disputas acir-radas. Até o fechamento desta edição, o time Lubrizol estava na primeira coloca-ção pelo Grupo A. Já no Grubo B, o time formado por trabalhadores da Mexichem do Brasil liderava a tabela de classificação. Você pode acompanhar a atualização e os próximos jogos pela In-ternet no endereço: http://migre.me/wFGPU
Futebol e política
Para o Unificados, além da confraternização entre companheiros de trabalho e familiares, o futebol é um importante momento de aproximação para cons-truir lutas conjuntas. Se no gramado há disputa pelo gol, fora dele todos jogam no mesmo time contra a exploração dos patrões das indústrias químicas e
farmacêuticas. Para nós, futebol é
política não são motivo de discussão. Pelo contrário, são uma excelente combi-nação entre a luta política e o lazer – essenciais à classe trabalhadora. Não fique de fora dessa! Esco-lha seu time e compareça ao Cefol Osasco para participar da torcida. Sin-dicatos somos todos nós!
Time formado pelos trabalhadores da Henkel foi o campeão do torneio passado. Time está novamente na disputa.
Torneio de futebol da regional Osasco começa dia 11 de junho
Documentários para refletir e lutar por um mundo melhor
Assistir a documen-tários é uma boa forma de aprender a enxergar o mundo, os fatos que nos rodeiam, a partir de uma visão diferente, proposta pelo autor de cada filme. Em tempos de tantos escândalos no Brasil envolvendo empresas e o poder público, o documentá-rio Capitalismo: uma história de amor pode ajudar você a entender o que está por trás de muitos problemas so-ciais enfrentados pela população de todo o mundo.
Lançado em 2009, o documentário revela o im-pacto desastroso que o domínio das corporações
têm na vida cotidiana dos norte-americanos e, por-tanto, também no resto do mundo.
Dirigido e escrito por Michael Moore, o filme
aborda a crise financeira global de 2007–2009, na transição do gover-no de George W. Bush para Barack Obama e no pacote de estímulo à economia sancionado por Obama.
Moore nos leva para as casas de pessoas co-muns cujas vidas foram interrompidas, enquanto buscam explicações em Washington - sede dos poderes executivo, le-gislativo e judiciário dos Estados Unidos - e em outros lugares.
O documentário Ca-pitalismo: uma história de amor pode ser assistido pela Internet neste link: https://youtu.be/Fa-MRSjiL4IE.
todo domingo, no Cefol Osasco. Nessa 4ª edição, teremos 16 times partici-pando, todos compostos por sócios do sindicato e trabalhadores do ramo químico. Os três melhores colocados receberão tro-féus ao final da disputa.
Em Campinas
Já o campeonato de Campinas está em sua 9ª
Campeonato de futebol do Unificados integra trabalhadores de diferentes fábricas químicas e farmacêuticas
Cineclube em CampinasPara quem mora em Campinas, uma outra oportunidade para assistir documentários é no Cine Resista! – um cine-clube que será lançado no próximo dia 10 de junho a partir das 17h30 com o filme “As Filhas da Chiquita” (2006), dirigido por Priscilla Brasil. Este documentário traz como tema a Festa da Chiquita, o mais tradicional encontro LGBT da Amazônia que ocorre no mesmo dia que a bicentenária procissão do Círio de Nazaré – maior romaria católica do Brasil e uma das maiores do mundo, em Belém do Pará. A escolha deste filme dialoga com o mês em que se come-mora o Dia do Orgulho LGBT, que é celebrado no dia 28 de junho. “Selecionaremos documentários brasileiros que abordem questões econômicas, sociais, culturais, históricas, políticas e etnográficas. As exibições serão seguidas de um bate papo com a presença de um convidado de acordo com a temática do filme.”, explica Fernanda Viana – uma das organizadoras do Cine Resista!
O Cine Resista! é realizado na Rua Hilário Magro Júnior, 97 - Bosque, Campinas. A entrada é gratuita.
UNIFICADOSENTREVISTA8 jornal do
UNIFICADOSjornal do
Nº 118MAIO/JUNHO-2017
-doença (acidentários ou não) ou diminuindo o valor dos benefícios. Exemplos disso, o aumento da idade para aposentadoria por tempo de contribuição e a equivalência para homens e mulheres, desconsi-deração do tempo de contribuição anterior nos casos de refiliação para efeitos de carência, inclu-ído o salário-maternidade (carência de 10 meses), fim das aposentadorias especiais das categorias que ainda as têm, como professores, agricultores familiares, policiais civis e federais e bombeiros. Muitos trabalhadores ja-mais receberão a apo-sentadoria integral, mui-tos adoecidos não terão acesso aos benefícios por doença incapacitante e,
os valores serão menores. O SUS e a assistência social serão os depositá-rios desses trabalhadores adoecidos.
Unificados | E em relação aos acidentes e doenças relacionadas ao trabalho?
Dra. Maria Maeno - A vigilância e a fiscalização por parte do Estado já vêm diminuindo e a previ-são é a de que serão cada vez mais feitas por meio de auditorias de docu-mentos produzidos pelas empresas. O advento da inclusão das informações relativas à segurança e saúde do trabalhador no eSocial deverá consolidar a prática de auditoria de documentos, que nem de longe representam a real
situação das condições de trabalho das empresas. Sintetizando, o cenário de dificuldades atuais deverá se acentuar. Corre-se o risco de termos idosos e pessoas com deficiên-cia dependentes de suas famílias ou de caridade, como há 100 anos atrás, de grandes contingentes de trabalhadores adoecidos e excluídos do mercado de trabalho e dependentes da assistência social, com grandes prejuízos para as famílias brasileiras.
Unificados | Na sua opinião, o que essas propostas de reforma revelam sobre o atual governo brasileiro?
Dra. Maria Maeno - As propostas da PEC 287 refletem, em síntese, um modo de conceber um país e uma sociedade. Elas aprofundam a de-sigualdade e iniquidade socioeconômica, diminuem a cobertura do Estado aos momentos de necessidade dos trabalhadores (ma-ternidade, velhice, doen-ça). Há um prejuízo dos direitos fundamentais dos trabalhadores, entre os quais o direito à saúde e à dignidade.
Unificados | A reforma trabalhista proposta por Temer altera o regime de jornadas de trabalho. Quais são os impactos em relação ao atual quadro das LER/DORTs?
Dra. Maria Maeno - A reforma trabalhista em discussão representa o aumento da precarização do trabalho, processo no qual ganha destaque a terceirização e a preva-lência do negociado sobre o legislado. Nesse contex-to, todos os direitos con-quistados estão sob ame-aça, se não formalmente, na prática: férias, décimo--terceiro, limite de jorna-da diária, pausas durante a jornada, demissões, etc. Aos trabalhadores que se mantêm trabalhando, restam a intensificação do trabalho, aumento do rit-mo de trabalho, aumento de exigência de produtivi-dade, aumento das metas, etc. Assim, nos processos de trabalho que exigem a execução de movimentos repetitivos e manutenção de posturas por tempo prolongado, a tendência é o aumento das LER/Dort. Porém, com a precariza-ção do trabalho, há um
aumento de rotatividade e do presenteismo, isto é: pessoas doentes, que continuarão a trabalhar até que o quadro se agra-ve e se torne tão crônico que seja insuportável con-tinuar. Isso dificulta mais ainda o processo de reco-nhecimento das doenças relacionadas ao trabalho, e particularmente das LER/Dort. Assim, há uma grande possibilidade de termos de fato um au-mento dos adoecimentos e as estatísticas não re-gistrarem esse aumento. Sem contar o provável aumento da informalidade que deverá falsear mais ainda as estatísticas na-cionais, já que as do INSS representam a parcela segurada.
Unificados | Quais as con-sequências que a reforma da Previdência trará?
Dra. Maria Maeno - Em síntese, a reforma da Previdência proposta tem como eixo a dimi-nuição de custos, seja retardando o acesso a aposentadoria, seja di-ficultando o acesso aos benefícios como salário--maternidade e auxílios-
Dra. Maria Maeno
afirma que trabalhadores
adoecerão mais e ficarão desprotegidos
com as reformas de
Temer
O acompanhamento cons-tante da realidade no chão de fábrica e a prevenção são as armas do sindicato contra ambientes insalubres. Desde a década de 1990, as LER/Dort ganharam des-taque por atingir muitos trabalhadores dos setores industriais, já conhecidos por suas condições inadequadas de trabalho, mas também os setores do comércio e dos serviços. Conversamos com a Médica e pesquisadora da Fundacentro, Dra. Maria Maeno, sobre o impacto das reformas trabalhista e previ-denciária na saúde dos/as trabalhadores.
COMBINAÇÃO LETAL: reformas da Previdência e Trabalhista
do Unificados
Uma das prioridades do Unificados é a luta em de-
fesa de postos de trabalho saudáveis, livres de con-taminação, assédio moral, das Lesões por Esforço
Repetitivo (LER/DORT), entre outros problemas que afetam diretamente a saúde dos/as trabalhadores/as.
Dra. Maria Maeno é médica e pesquisadora da Fundacentro