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Ministério Público do Estado de Goiás MP-GO Secretário Auxiliar (Senador Canedo). MA013-19

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Ministério Público do Estado de Goiás

MP-GOSecretário Auxiliar (Senador Canedo).

MA013-19

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conhece algum caso de “pirataria” de nossos materiais, denuncie pelo [email protected].

www.novaconcursos.com.br

[email protected]

OBRA

MP GO

SECRETÁRIO AUXILIAR (SENADOR CANEDO)

N. 01

AUTORESPortuguês - Profª Zenaide Auxiliadora Pachegas Branco

Matemática - Profº Bruno Chieregatti e Joao de Sá BrasilHistória do Brasil - Profª Ana Maria B. Quiqueto

Geografi a - Profª Leticia VelosoInformática Básica - Profº Ovidio Lopes da Cruz Netto

Legislação Aplicada ao Ministério Público do Estado de Goiás - Profª Natasha Melo

PRODUÇÃO EDITORIAL/REVISÃOElaine CristinaÉrica DuarteLeando FilhoKarina Fávaro

DIAGRAMAÇÃOElaine Cristina

Thais Regis Danna Silva

CAPAJoel Ferreira dos Santos

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SUMÁRIO

LÍNGUA PORTUGUESA

Compreensão e interpretação de textos ....................................................................................................................................................... 86Ortografia oficial ...................................................................................................................................................................................................... 01Acentuação gráfica ................................................................................................................................................................................................. 04Emprego das classes de palavras ........................................................................................................................................................................ 22Pontuação .................................................................................................................................................................................................................. 72Concordância nominal e verbal .......................................................................................................................................................................... 08Regência nominal e verbal ................................................................................................................................................................................... 14Significação das palavras ...................................................................................................................................................................................... 90

MATEMÁTICA

Fundamentos de matemática.......................................................................................................................................................................... 01Conjuntos numéricos: números naturais e racionais (formas decimal e fracionária). Operações. Fatoração e números primos: divisibilidade, máximo divisor comum e mínimo múltiplo comum................................................................................... 01Razões e proporções: regras de três simples e compostas................................................................................................................... 27Sistemas de medidas........................................................................................................................................................................................... 22Sistema Monetário Nacional............................................................................................................................................................................ 38Percentagem........................................................................................................................................................................................................... 32Juros simples e compostos............................................................................................................................................................................... 35Divisão proporcional........................................................................................................................................................................................... 27Equações de 1.º grau........................................................................................................................................................................................... 40Volumes.................................................................................................................................................................................................................... 43

HISTÓRIA DO BRASIL

Migração e imigração.Revolução de 1817 e a Independência. Mudanças socioeconômicas, crise política e fim da monarquia. O Imperador e a Constituição de 1824: fundamentos jurídicos e políticos da monarquia ................................. 01Primeira República: coronelismo e federalismo ......................................................................................................................................... 06Revolução de 1930. A Era Vargas: autoritarismo, estado e nação ......................................................................................................... 07Repressão e resistência política: implantação da ditadura militar no Brasil ..................................................................................... 12Democracia e cidadania no Brasil atual: A Constituição de 1988 e os avanços da cidadania nela expressos ........................... 14

GEOGRAFIA

Mapa: conceito e atributos. Mapas de base e mapas temáticos. A cartografia da formação territorial do Brasil ........ 01A federação brasileira: organização política e administrativa ........................................................................................................... 09As regiões do IBGE, os complexos regionais e a região concentrada .......................................................................................... 17Paisagem: o tempo da natureza, os objetos naturais, o tempo histórico, os objetos sociais e a leitura de paisagens 21Escalas da Geografia: As paisagens captadas pelos satélites. Extensão e desigualdades. Memória e paisagens. As paisagens da Terra ............................................................................................................................................................................................. 23

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SUMÁRIO

A Rosa dos Ventos: pontos cardeais e pontos colaterais. Os sistemas naturais: História da Terra. Formação de minerais e rochas. Ciclos naturais .............................................................................................................................................................. 24As atividades econômicas e o espaço geográfico. Os setores da economia e as cadeias produtivas ............................... 25A agropecuária e os circuitos do agronegócio ....................................................................................................................................... 26A sociedade de consumo ................................................................................................................................................................................ 27A produção do espaço geográfico global: Globalização e regionalização. Os blocos econômicos supranacionais. As doutrinas do poderio dos Estados Unidos. Geografia das populações: Demografia e fragmentação. As migrações internacionais ...................................................................................................................................................................................................... 28

INFORMÁTICA BÁSICA

Sistemas Operacionais: Windows XP, 7 e 8 .................................................................................................................................................. 01Conceitos, serviços e tecnologias relacionadas a internet e a correio eletrônico ......................................................................... 10Suítes Microsoft Office e BrOffice (OpenOffice) ....................................................................................................................................... 26Noções relativas a softwares livres .................................................................................................................................................................. 53Noções de hardware e de software para o ambiente de microinformática .................................................................................... 57

LEGISLAÇÃO APLICADA AO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS

O Ministério Público na Constituição Federal de 1988 (art. 127 a 129) ............................................................................................. 01Lei Complementar Estadual nº 25, de 06 de julho de 1998: Da autonomia do Ministério Público. Da organização do Ministério Público. Dos órgãos de Administração Superior do Ministério Público. Do Procurador-Geral de Justiça: escolha, nomeação, posse e atribuições administrativas. Do Colégio de Procuradores de Justiça: composição e atribuições. Do Conselho Superior do Ministério Público: escolha, composição e atribuições. Do Corregedor Geral do Ministério Público: escolha e atribuições. Dos órgãos de Administração do Ministério Público. As Procuradorias de Justiça e as Promotorias de Justiça. O Coordenador de Promotorias de Justiça. Funções dos órgãos de execução do Ministério Público (Procurador-Geral de Justiça, Colégio de Procuradores de Justiça, Conselho Superior do Mi-nistério Público, Procuradores de Justiça e Promotores de Justiça). Dos órgãos auxiliares do Ministério Público. Dos Centros de Apoio Operacional. Escola Superior do Ministério Público. Dos Subprocuradores-Gerais de Justiça. Do Gabinete e da Assessoria do Procurador-Geral de Justiça .................................................................................................................... 02Estatuto dos Servidores Civis do Estado de Goiás (Lei Estadual nº 10.460/1988). . Dos deveres (art. 294), das trans-gressões disciplinares (art. 303 e 304), das responsabilidades (art. 305 a 310) e das penalidades (art. 311 a 322) ........ 10Plano de Carreira dos Servidores do Ministério Público do Estado de Goiás (Lei Estadual nº 14.810, de 1º de julho de 2004) ........................................................................................................................................................................................................................... 12

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LÍNGUA PORTUGUESA

ÍNDICE

Ortografi a. .................................................................................................................................................................................................................................01Acentuação gráfi ca. ...............................................................................................................................................................................................................04Flexão nominal e verbal. ......................................................................................................................................................................................................06Pronomes: emprego, formas de tratamento e colocação. .....................................................................................................................................22Emprego de tempos, modos e aspectos verbais. ......................................................................................................................................................22Vozes do verbo. .......................................................................................................................................................................................................................22Classes de palavras: substantivo, adjetivo, artigo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição, conjunção: emprego e sentido que imprimem às relações que estabelecem. .............................................................................................................................................22Concordância nominal e verbal. .......................................................................................................................................................................................08Regência nominal e verbal. .................................................................................................................................................................................................14Ocorrência de crase. ..............................................................................................................................................................................................................19Sintaxe: coordenação e subordinação ............................................................................................................................................................................63Pontuação. .................................................................................................................................................................................................................................72Redação (confronto e reconhecimento de frases corretas e incorretas). ........................................................................................................75Compreensão de texto. ........................................................................................................................................................................................................86Signifi cação das Palavras .....................................................................................................................................................................................................90

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ORTOGRAFIA

Ortografi a

A ortografi a é a parte da Fonologia que trata da corre-ta grafi a das palavras. É ela quem ordena qual som devem ter as letras do alfabeto. Os vocábulos de uma língua são grafados segundo acordos ortográfi cos.

A maneira mais simples, prática e objetiva de apren-der ortografi a é realizar muitos exercícios, ver as palavras, familiarizando-se com elas. O conhecimento das regras é necessário, mas não basta, pois há inúmeras exceções e, em alguns casos, há necessidade de conhecimento de etimologia (origem da palavra).

1. Regras ortográfi cas

A) O fonema SSão escritas com S e não C/Ç Palavras substantivadas derivadas de verbos com

radicais em nd, rg, rt, pel, corr e sent: pretender - pretensão / expandir - expansão / ascender - as-censão / inverter - inversão / aspergir - aspersão / submergir - submersão / divertir - diversão / impelir - impulsivo / compelir - compulsório / repelir - repul-sa / recorrer - recurso / discorrer - discurso / sentir - sensível / consentir – consensual.

São escritos com SS e não C e Ç Nomes derivados dos verbos cujos radicais termi-

nem em gred, ced, prim ou com verbos termina-dos por tir ou - meter: agredir - agressivo / impri-mir - impressão / admitir - admissão / ceder - cessão / exceder - excesso / percutir - percussão / regredir - regressão / oprimir - opressão / comprometer - com-promisso / submeter – submissão.

Quando o prefi xo termina com vogal que se junta com a palavra iniciada por “s”. Exemplos: a + simé-trico - assimétrico / re + surgir – ressurgir.

No pretérito imperfeito simples do subjuntivo. Exemplos: fi casse, falasse.

São escritos com C ou Ç e não S e SS Vocábulos de origem árabe: cetim, açucena, açúcar. Vocábulos de origem tupi, africana ou exótica: cipó,

Juçara, caçula, cachaça, cacique. Sufi xos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça,

uçu, uço: barcaça, ricaço, aguçar, empalidecer, car-niça, caniço, esperança, carapuça, dentuço.

Nomes derivados do verbo ter: abster - abstenção / deter - detenção / ater - atenção / reter – retenção.

Após ditongos: foice, coice, traição. Palavras derivadas de outras terminadas em -te,

to(r): marte - marciano / infrator - infração / absor-to – absorção.

B) O fonema zSão escritos com S e não Z Sufi xos: ês, esa, esia, e isa, quando o radical é

substantivo, ou em gentílicos e títulos nobiliárqui-cos: freguês, freguesa, freguesia, poetisa, baronesa, princesa.

Sufi xos gregos: ase, ese, ise e ose: catequese, me-tamorfose.

Formas verbais pôr e querer: pôs, pus, quisera, quis, quiseste.

Nomes derivados de verbos com radicais termi-nados em “d”: aludir - alusão / decidir - decisão / empreender - empresa / difundir – difusão.

Diminutivos cujos radicais terminam com “s”: Luís - Luisinho / Rosa - Rosinha / lápis – lapisinho.

Após ditongos: coisa, pausa, pouso, causa. Verbos derivados de nomes cujo radical termina

com “s”: anális(e) + ar - analisar / pesquis(a) + ar – pesquisar.

São escritos com Z e não S Sufi xos “ez” e “eza” das palavras derivadas de

adjetivo: macio - maciez / rico – riqueza / belo – beleza.

Sufi xos “izar” (desde que o radical da palavra de ori-gem não termine com s): fi nal - fi nalizar / concreto – concretizar.

Consoante de ligação se o radical não terminar com “s”: pé + inho - pezinho / café + al - cafezal

Exceção: lápis + inho – lapisinho.

C) O fonema jSão escritas com G e não J Palavras de origem grega ou árabe: tigela, girafa,

gesso. Estrangeirismo, cuja letra G é originária: sargento,

gim. Terminações: agem, igem, ugem, ege, oge (com

poucas exceções): imagem, vertigem, penugem, bege, foge.

Exceção: pajem.

Terminações: ágio, égio, ígio, ógio, ugio: sortilégio, litígio, relógio, refúgio.

Verbos terminados em ger/gir: emergir, eleger, fu-gir, mugir.

Depois da letra “r” com poucas exceções: emergir, surgir.

Depois da letra “a”, desde que não seja radical ter-minado com j: ágil, agente.

São escritas com J e não G Palavras de origem latinas: jeito, majestade, hoje. Palavras de origem árabe, africana ou exótica:

jiboia, manjerona. Palavras terminadas com aje: ultraje.

D) O fonema chSão escritas com X e não CH Palavras de origem tupi, africana ou exótica: aba-

caxi, xucro. Palavras de origem inglesa e espanhola: xampu,

lagartixa. Depois de ditongo: frouxo, feixe. Depois de “en”: enxurrada, enxada, enxoval.Exceção: quando a palavra de origem não derive de

outra iniciada com ch - Cheio - (enchente)

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São escritas com CH e não X Palavras de origem estrangeira: chave, chumbo,

chassi, mochila, espadachim, chope, sanduíche, sal-sicha.

E) As letras “e” e “i” Ditongos nasais são escritos com “e”: mãe, põem.

Com “i”, só o ditongo interno cãibra. Verbos que apresentam infi nitivo em -oar, -uar

são escritos com “e”: caçoe, perdoe, tumultue. Es-crevemos com “i”, os verbos com infi nitivo em -air, -oer e -uir: trai, dói, possui, contribui.

FIQUE ATENTO!Há palavras que mudam de sentido quan-do substituímos a grafi a “e” pela grafi a “i”: área (superfície), ária (melodia) / delatar (denunciar), dilatar (expandir) / emergir (vir à tona), imergir (mergulhar) / peão (de estância, que anda a pé), pião (brinquedo).

Se o dicionário ainda deixar dúvida quanto à ortografi a de uma palavra, há a possibili-dade de consultar o Vocabulário Ortográfi -co da Língua Portuguesa (VOLP), elaborado pela Academia Brasileira de Letras. É uma obra de referência até mesmo para a criação de dicionários, pois traz a grafi a atualizada das palavras (sem o signifi cado). Na Internet, o endereço é www.academia.org.br.

#FicaDica

2. Informações importantes

Formas variantes são as que admitem grafi as ou pro-núncias diferentes para palavras com a mesma signifi ca-ção: aluguel/aluguer, assobiar/assoviar, catorze/quatorze, dependurar/pendurar, fl echa/frecha, germe/gérmen, in-farto/enfarte, louro/loiro, percentagem/porcentagem, re-lampejar/relampear/relampar/relampadar.

Os símbolos das unidades de medida são escritos sem ponto, com letra minúscula e sem “s” para indicar plural, sem espaço entre o algarismo e o símbolo: 2kg, 20km, 120km/h.

Exceção para litro (L): 2 L, 150 L.

Na indicação de horas, minutos e segundos, não deve haver espaço entre o algarismo e o símbolo: 14h, 22h30min, 14h23’34’’(= quatorze horas, vinte e três mi-nutos e trinta e quatro segundos).

O símbolo do real antecede o número sem espaço: R$1.000,00. No cifrão deve ser utilizada apenas uma bar-ra vertical ($).

ALGUNS USOS ORTOGRÁFICOS ESPECIAIS

1. Por que / por quê / porquê / porque

POR QUE (separado e sem acento)

É usado em:1. interrogações diretas (longe do ponto de interro-

gação) = Por que você não veio ontem?2. interrogações indiretas, nas quais o “que” equivale

a “qual razão” ou “qual motivo” = Perguntei-lhe por que faltara à aula ontem.

3. equivalências a “pelo(a) qual” / “pelos(as) quais” = Ignoro o motivo por que ele se demitiu.

POR QUÊ (separado e com acento)

Usos:1. como pronome interrogativo, quando colocado no

fi m da frase (perto do ponto de interrogação) = Você faltou. Por quê?

2. quando isolado, em uma frase interrogativa = Por quê?

PORQUE (uma só palavra, sem acento gráfi co)

Usos:1. como conjunção coordenativa explicativa (equivale

a “pois”, “porquanto”), precedida de pausa na escri-ta (pode ser vírgula, ponto-e-vírgula e até ponto fi nal) = Compre agora, porque há poucas peças.

2. como conjunção subordinativa causal, substituível por “pela causa”, “razão de que” = Você perdeu por-que se antecipou.

PORQUÊ (uma só palavra, com acento gráfi co)

Usos:1. como substantivo, com o sentido de “causa”, “ra-

zão” ou “motivo”, admitindo pluralização (porquês). Ge-ralmente é precedido por artigo = Não sei o porquê da discussão. É uma pessoa cheia de porquês.

2. ONDE / AONDE

Onde = empregado com verbos que não expressam a ideia de movimento = Onde você está?

Aonde = equivale a “para onde”. É usado com verbos que expressam movimento = Aonde você vai?

3. MAU / MAL

Mau = é um adjetivo, antônimo de “bom”. Usa-se como qualifi cação = O mau tempo passou. / Ele é um mau elemento.

Mal = pode ser usado como1. conjunção temporal, equivalente a “assim que”,

“logo que”, “quando” = Mal se levantou, já saiu.2. advérbio de modo (antônimo de “bem”) = Você foi

mal na prova?

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3. substantivo, podendo estar precedido de artigo ou pronome = Há males que vêm pra bem! / O mal não compensa.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASSACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa

Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Ce-

reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São Paulo: Saraiva, 2010.

Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.

CAMPEDELLI, Samira Yousseff . Português – Literatura, Produção de Textos & Gramática. Volume único / Samira Yousseff , Jésus Barbosa Souza. – 3.ª edição – São Paulo: Saraiva, 2002.

SITEhttp://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/or-

tografi a

4. Hífen

O hífen é um sinal diacrítico (que distingue) usado para ligar os elementos de palavras compostas (como ex-presi-dente, por exemplo) e para unir pronomes átonos a verbos (ofereceram-me; vê-lo-ei). Serve igualmente para fazer a translineação de palavras, isto é, no fi m de uma linha, se-parar uma palavra em duas partes (ca-/sa; compa-/nheiro).

A) Uso do hífen que continua depois da Reforma

Ortográfi ca:

1. Em palavras compostas por justaposição que for-mam uma unidade semântica, ou seja, nos termos que se unem para formam um novo signifi cado: tio-avô, porto-alegrense, luso-brasileiro, tenente-co-ronel, segunda-feira, conta-gotas, guarda-chuva, ar-co-íris, primeiro-ministro, azul-escuro.

2. Em palavras compostas por espécies botânicas e zoológicas: couve-fl or, bem-te-vi, bem-me-quer, abó-bora-menina, erva-doce, feijão-verde.

3. Nos compostos com elementos além, aquém, re-cém e sem: além-mar, recém-nascido, sem-número, recém-casado.

4. No geral, as locuções não possuem hífen, mas algumas exceções continuam por já estarem consagradas pelo uso: cor-de-rosa, arco-da-velha, mais-que-perfeito, pé--de-meia, água-de-colônia, queima-roupa, deus-dará.

5. Nos encadeamentos de vocábulos, como: ponte Rio--Niterói, percurso Lisboa-Coimbra-Porto e nas com-binações históricas ou ocasionais: Áustria-Hungria, Angola-Brasil, etc.

6. Nas formações com os prefi xos hiper-, inter- e su-per- quando associados com outro termo que é ini-ciado por “r”: hiper-resistente, inter-racial, super-ra-cional, etc.

7. Nas formações com os prefi xos ex-, vice-: ex-diretor, ex-presidente, vice-governador, vice-prefeito.

8. Nas formações com os prefi xos pós-, pré- e pró-: pré--natal, pré-escolar, pró-europeu, pós-graduação, etc.

9. Na ênclise e mesóclise: amá-lo, deixá-lo, dá-se, abra-ça-o, lança-o e amá-lo-ei, falar-lhe-ei, etc.

10. Nas formações em que o prefi xo tem como segun-do termo uma palavra iniciada por “h”: sub-hepático, geo-história, neo-helênico, extra-humano, semi-hos-pitalar, super-homem.

11. Nas formações em que o prefi xo ou pseudoprefi xo termina com a mesma vogal do segundo elemento: micro-ondas, eletro-ótica, semi-interno, auto-obser-vação, etc.

O hífen é suprimido quando para formar outros termos: reaver, inábil, desumano, lobisomem, reabilitar.

Lembrete da Zê!Ao separar palavras na translineação (mu-dança de linha), caso a última palavra a ser escrita seja formada por hífen, repita-o na próxima linha. Exemplo: escreverei anti-in-fl amatório e, ao fi nal, coube apenas “anti-”. Na próxima linha escreverei: “-infl amatório” (hífen em ambas as linhas). Devido à diagra-mação, pode ser que a repetição do hífen na translineação não ocorra em meus conteú-dos, mas saiba que a regra é esta!

#FicaDica

B) Não se emprega o hífen:1. Nas formações em que o prefi xo ou falso prefi xo ter-

mina em vogal e o segundo termo inicia-se em “r” ou “s”. Nesse caso, passa-se a duplicar estas consoantes: antirreligioso, contrarregra, infrassom, microssistema, minissaia, microrradiografi a, etc.

2. Nas constituições em que o prefi xo ou pseudopre-fi xo termina em vogal e o segundo termo inicia-se com vogal diferente: antiaéreo, extraescolar, coedu-cação, autoestrada, autoaprendizagem, hidroelétrico, plurianual, autoescola, infraestrutura, etc.

3. Nas formações, em geral, que contêm os prefi xos “dês” e “in” e o segundo elemento perdeu o “h” ini-cial: desumano, inábil, desabilitar, etc.

4. Nas formações com o prefi xo “co”, mesmo quando o segundo elemento começar com “o”: cooperação, coobrigação, coordenar, coocupante, coautor, coedi-ção, coexistir, etc.

5. Em certas palavras que, com o uso, adquiriram noção de composição: pontapé, girassol, paraquedas, para-quedista, etc.

6. Em alguns compostos com o advérbio “bem”: benfei-to, benquerer, benquerido, etc.

Os prefi xos pós, pré e pró, em suas formas correspon-dentes átonas, aglutinam-se com o elemento seguinte, não havendo hífen: pospor, predeterminar, predeterminado, pressuposto, propor.

Escreveremos com hífen: anti-horário, anti-infeccioso, auto-observação, contra-ataque, semi-interno, sobre-huma-no, super-realista, alto-mar.

Escreveremos sem hífen: pôr do sol, antirreforma, an-tisséptico, antissocial, contrarreforma, minirrestaurante, ul-trassom, antiaderente, anteprojeto, anticaspa, antivírus, au-toajuda, autoelogio, autoestima, radiotáxi.

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICASACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa

Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.

SITEhttp://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/

ortografi a

EXERCÍCIOS COMENTADOS

1. (Polícia Federal – Escrivão de Polícia Federal – Ces-pe – 2013 – adaptada)

A fi m de solucionar o litígio, atos sucessivos e concatena-dos são praticados pelo escrivão. Entre eles, estão os atos de comunicação, os quais são indispensáveis para que os sujeitos do processo tomem conhecimento dos atos acontecidos no correr do procedimento e se habilitem a exercer os direitos que lhes cabem e a suportar os ônus que a lei lhes impõe.

Disponível em: <http://jus.com.br> (com adaptações).

No que se refere ao texto acima, julgue os itens seguin-tes.Não haveria prejuízo para a correção gramatical do texto nem para seu sentido caso o trecho “A fi m de solucionar o litígio” fosse substituído por Afi m de dar solução à de-manda e o trecho “tomem conhecimento dos atos acon-tecidos no correr do procedimento” fosse, por sua vez, substituído por conheçam os atos havidos no transcurso do acontecimento.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Resposta: Errado. “A fi m” tem o sentido de “com a intenção de”; já “afi m”, “semelhança, afi nidade”. Se a primeira substituição fosse feita, o trecho estaria in-correto gramatical e coerentemente. Portanto, nem há a necessidade de avaliar a segunda substituição.

ACENTUAÇÃO GRÁFICA.

Acentuação.

Quanto à acentuação, observamos que algumas pa-lavras têm acento gráfi co e outras não; na pronúncia, ora se dá maior intensidade sonora a uma sílaba, ora a outra. Por isso, vamos às regras!

1. Regras básicas

A acentuação tônica está relacionada à intensida-de com que são pronunciadas as sílabas das palavras. Aquela que se dá de forma mais acentuada, conceitua-se como sílaba tônica. As demais, como são pronunciadas com menos intensidade, são denominadas de átonas.

De acordo com a tonicidade, as palavras são classifi -cadas como:

Oxítonas – São aquelas cuja sílaba tônica recai sobre a última sílaba: café – coração – Belém – atum – caju – papel

Paroxítonas – a sílaba tônica recai na penúltima síla-ba: útil – tórax – táxi – leque – sapato – passível

Proparoxítonas - a sílaba tônica está na antepenúlti-ma sílaba: lâmpada – câmara – tímpano – médico – ônibus

Há vocábulos que possuem uma sílaba somente: são os chamados monossílabos. Estes são acentuados quando tônicos e terminados em “a”, “e” ou “o”: vá – fé – pó - ré.

2 Os acentos

A) acento agudo (´) – Colocado sobre as letras “a” e “i”, “u” e “e” do grupo “em” - indica que estas letras representam as vogais tônicas de palavras como pá, caí, público. Sobre as letras “e” e “o” indica, além da tonicida-de, timbre aberto: herói – céu (ditongos abertos).

B) acento circunfl exo – (^) Colocado sobre as letras “a”, “e” e “o” indica, além da tonicidade, timbre fechado: tâmara – Atlântico – pêsames – supôs.

C) acento grave – (`) Indica a fusão da preposição “a” com artigos e pronomes: à – às – àquelas – àqueles

D) trema (¨) – De acordo com a nova regra, foi total-mente abolido das palavras. Há uma exceção: é utilizado em palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros: mülleriano (de Müller)

E) til – (~) Indica que as letras “a” e “o” representam vogais nasais: oração – melão – órgão – ímã

2.1 Regras fundamentais

A) Palavras oxítonas: acentuam-se todas as oxítonas terminadas em: “a”, “e”, “o”, “em”, seguidas ou não do plu-ral(s): Pará – café(s) – cipó(s) – Belém.

Esta regra também é aplicada aos seguintes casos:Monossílabos tônicos terminados em “a”, “e”, “o”, se-

guidos ou não de “s”: pá – pé – dó – há Formas verbais terminadas em “a”, “e”, “o” tônicos,

seguidas de lo, la, los, las: respeitá-lo, recebê-lo, compô-lo

B) Paroxítonas: acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em:

i, is: táxi – lápis – júri us, um, uns: vírus – álbuns – fórum l, n, r, x, ps: automóvel – elétron - cadáver – tórax –

fórceps ã, ãs, ão, ãos: ímã – ímãs – órfão – órgãos ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou

não de “s”: água – pônei – mágoa – memória

Memorize a palavra LINURXÃO. Repare que esta palavra apresenta as terminações das paroxítonas que são acentuadas: L, I N, U (aqui inclua UM = fórum), R, X, Ã, ÃO. Assim fi cará mais fácil a memorização!

#FicaDica

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MATEMÁTICA

ÍNDICE

Fundamentos de matemática...................................................................................................................................................................................... 01Conjuntos numéricos: números naturais e racionais (formas decimal e fracionária). Operações. Fatoração e números primos: divisibilidade, máximo divisor comum e mínimo múltiplo comum............................................................................................. 01Razões e proporções: regras de três simples e compostas............................................................................................................................... 27Sistemas de medidas....................................................................................................................................................................................................... 22Sistema Monetário Nacional........................................................................................................................................................................................ 38Percentagem...................................................................................................................................................................................................................... 32Juros simples e compostos........................................................................................................................................................................................... 35Divisão proporcional....................................................................................................................................................................................................... 27Equações de 1.º grau....................................................................................................................................................................................................... 40Volumes................................................................................................................................................................................................................................ 43

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FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA. CONJUNTOS NUMÉRICOS: NÚMEROS

NATURAIS E RACIONAIS (FORMAS DECIMAL E FRACIONÁRIA). OPERAÇÕES.

FATORAÇÃO E NÚMEROS PRIMOS: DIVISIBILIDADE, MÁXIMO DIVISOR

COMUM E MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM.

Números Naturais e suas operações fundamentais

1. Defi nição de Números Naturais

Os números naturais como o próprio nome diz, são os números que naturalmente aprendemos, quando es-tamos iniciando nossa alfabetização. Nesta fase da vida, não estamos preocupados com o sinal de um número, mas sim em encontrar um sistema de contagem para quantifi carmos as coisas. Assim, os números naturais são sempre positivos e começando por zero e acrescentando sempre uma unidade, obtemos os seguintes elementos:

ℕ = 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, … .

Sabendo como se constrói os números naturais, po-demos agora defi nir algumas relações importantes en-tre eles:

a) Todo número natural dado tem um sucessor (nú-mero que está imediatamente à frente do número dado na seqüência numérica). Seja m um núme-ro natural qualquer, temos que seu sucessor será sempre defi nido como m+1. Para fi car claro, se-guem alguns exemplos:

Ex: O sucessor de 0 é 1.Ex: O sucessor de 1 é 2.Ex: O sucessor de 19 é 20.

b) Se um número natural é sucessor de outro, en-tão os dois números que estão imediatamente ao lado do outro são considerados como consecuti-vos. Vejam os exemplos:

Ex: 1 e 2 são números consecutivos.Ex: 5 e 6 são números consecutivos.Ex: 50 e 51 são números consecutivos.

c) Vários números formam uma coleção de números naturais consecutivos se o segundo for sucessor do primeiro, o terceiro for sucessor do segundo, o quarto for sucessor do terceiro e assim sucessiva-mente. Observe os exemplos a seguir:

Ex: 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7 são consecutivos.Ex: 5, 6 e 7 são consecutivos.Ex: 50, 51, 52 e 53 são consecutivos.

d) Analogamente a defi nição de sucessor, podemos defi nir o número que vem imediatamente antes ao número analisado. Este número será defi ni-do como antecessor. Seja m um número natural

qualquer, temos que seu antecessor será sempre defi nido como m-1. Para fi car claro, seguem al-guns exemplos:

Ex: O antecessor de 2 é 1.Ex: O antecessor de 56 é 55.Ex: O antecessor de 10 é 9.

FIQUE ATENTO!O único número natural que não possui ante-cessor é o 0 (zero) !

1.1. Operações com Números Naturais

Agora que conhecemos os números naturais e temos um sistema numérico, vamos iniciar o aprendizado das operações matemáticas que podemos fazer com eles. Muito provavelmente, vocês devem ter ouvido falar das quatro operações fundamentais da matemática: Adição, Subtração, Multiplicação e Divisão. Vamos iniciar nossos estudos com elas:

Adição: A primeira operação fundamental da Arit-mética tem por fi nalidade reunir em um só número, to-das as unidades de dois ou mais números. Antes de sur-gir os algarismos indo-arábicos, as adições podiam ser realizadas por meio de tábuas de calcular, com o auxílio de pedras ou por meio de ábacos. Esse método é o mais simples para se aprender o conceito de adição, veja a fi gura a seguir:

Observando a historinha, veja que as unidades (pe-dras) foram reunidas após o passeio no quintal. Essa reu-nião das pedras é defi nida como adição. Simbolicamen-te, a adição é representada pelo símbolo “+” e assim a historinha fi ca da seguinte forma:

3𝑇𝑖𝑛ℎ𝑎 𝑒𝑚 𝑐𝑎𝑠𝑎 + 2

𝑃𝑒𝑔𝑢𝑒𝑖 𝑛𝑜 𝑞𝑢𝑖𝑛𝑡𝑎𝑙 = 5𝑅𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜

Como toda operação matemática, a adição possui al-gumas propriedades, que serão apresentadas a seguir:

a) Fechamento: A adição no conjunto dos números naturais é fechada, pois a soma de dois números naturais será sempre um número natural.

b) Associativa: A adição no conjunto dos números naturais é associativa, pois na adição de três ou mais parcelas de números naturais quaisquer é

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possível associar as parcelas de quaisquer modos, ou seja, com três números naturais, somando o primeiro com o segundo e ao resultado obtido somarmos um terceiro, obteremos um resultado que é igual à soma do primeiro com a soma do segundo e o terceiro. Apresentando isso sob a forma de números, sejam A,B e C, três números naturais, temos que:

𝐴 + 𝐵 + 𝐶 = 𝐴 + (𝐵 + 𝐶)

c) Elemento neutro: Esta propriedade caracteriza-se pela existência de número que ao participar da operação de adição, não altera o resultado fi nal. Este número será o 0 (zero). Seja A, um número natural qualquer, temos que:

𝐴 + 0 = 𝐴

d) Comutativa: No conjunto dos números naturais, a adição é comutativa, pois a ordem das parcelas não altera a soma, ou seja, somando a primeira parcela com a segunda parcela, teremos o mesmo resultado que se somando a segunda parcela com a primeira parcela. Sejam dois números naturais A e B, temos que:

𝐴+ 𝐵 = 𝐵 + 𝐴

Subtração: É a operação contrária da adição. Ao invés de reunirmos as unidades de dois números naturais, vamos retirar uma quantidade de um número. Voltando novamente ao exemplo das pedras:

Observando a historinha, veja que as unidades (pedras) que eu tinha foram separadas. Essa separação das pedras é defi nida como subtração. Simbolicamente, a subtração é representada pelo símbolo “-” e assim a historinha fi ca da seguinte forma:

5𝑇𝑖𝑛ℎ𝑎 𝑒𝑚 𝑐𝑎𝑠𝑎 −

3𝑃𝑟𝑒𝑠𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑜 𝑎𝑚𝑖𝑔𝑜 = 2

𝑅𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜

A subtração de números naturais também possui suas propriedades, defi nidas a seguir:

a) Não fechada: A subtração de números naturais não é fechada, pois há um caso onde a subtração de dois núme-ros naturais não resulta em um número natural. Sejam dois números naturais A,B onde A < B, temos que:

A − B < 0Como os números naturais são positivos, A-B não é um número natural, portanto a subtração não é fechada.

b) Não Associativa: A subtração de números naturais também não é associativa, uma vez que a ordem de resolução é importante, devemos sempre subtrair o maior do menor. Quando isto não ocorrer, o resultado não será um número natural.

c) Elemento neutro: No caso do elemento neutro, a propriedade irá funcionar se o zero for o termo a ser subtraído do número. Se a operação for inversa, o elemento neutro não vale para os números naturais:

d) Não comutativa: Vale a mesma explicação para a subtração de números naturais não ser associativa. Como a ordem de resolução importa, não podemos trocar os números de posição

Multiplicação: É a operação que tem por fi nalidade adicionar o primeiro número denominado multiplicando ou parcela, tantas vezes quantas são as unidades do segundo número denominadas multiplicador. Veja o exemplo:

Ex: Se eu economizar toda semana R$ 6,00, ao fi nal de 5 semanas, quanto eu terei guardado?

Pensando primeiramente em soma, basta eu somar todas as economias semanais:

6 + 6 + 6 + 6 + 6 = 30

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Quando um mesmo número é somado por ele mesmo repetidas vezes, defi nimos essa operação como multiplica-ção. O símbolo que indica a multiplicação é o “x” e assim a operação fi ca da seguinte forma:

6 + 6 + 6 + 6 + 6𝑆𝑜𝑚𝑎𝑠 𝑟𝑒𝑝𝑒𝑡𝑖𝑑𝑎𝑠 = 6 𝑥 5

𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑚𝑢𝑙𝑡𝑖𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑑𝑜 𝑝𝑒𝑙𝑎𝑠 𝑟𝑒𝑝𝑒𝑡𝑖çõ𝑒𝑠 = 30

A multiplicação também possui propriedades, que são apresentadas a seguir:

a) Fechamento: A multiplicação é fechada no conjunto dos números naturais, pois realizando o produto de dois ou mais números naturais, o resultado será um número natural.

b) Associativa: Na multiplicação, podemos associar três ou mais fatores de modos diferentes, pois se multiplicar-mos o primeiro fator com o segundo e depois multiplicarmos por um terceiro número natural, teremos o mesmo resultado que multiplicar o terceiro pelo produto do primeiro pelo segundo. Sejam os números naturais m,n e p, temos que:

𝑚 𝑥 𝑛 𝑥 𝑝 = 𝑚 𝑥 (𝑛 𝑥 𝑝)

c) Elemento Neutro: No conjunto dos números naturais também existe um elemento neutro para a multiplicação mas ele não será o zero, pois se não repetirmos a multiplicação nenhuma vez, o resultado será 0. Assim, o ele-mento neutro da multiplicação será o número 1. Qualquer que seja o número natural n, tem-se que:

𝑛 𝑥 1 = 𝑛

d) Comutativa: Quando multiplicamos dois números naturais quaisquer, a ordem dos fatores não altera o produto, ou seja, multiplicando o primeiro elemento pelo segundo elemento teremos o mesmo resultado que multiplican-do o segundo elemento pelo primeiro elemento. Sejam os números naturais m e n, temos que:

𝑚 𝑥 𝑛 = 𝑛 𝑥 𝑚

e) Prioridade sobre a adição e subtração: Quando se depararem com expressões onde temos diferentes opera-ções matemática, temos que observar a ordem de resolução das mesmas. Observe o exemplo a seguir:

Ex: 2 + 4 𝑥 3

Se resolvermos a soma primeiro e depois a multiplicação, chegamos em 18. Se resolvermos a multiplicação primeiro e depois a soma, chegamos em 14. Qual a resposta certa?A multiplicação tem prioridade sobre a adição, portanto deve ser resolvida primeiro e assim a resposta correta é 14.

FIQUE ATENTO!Caso haja parênteses na soma, ela tem prioridade sobre a multiplicação. Utilizando o exemplo, temos que: . (2 + 4)𝐱3 = 6 𝐱 3 = 18Nesse caso, realiza-se a soma primeiro, pois ela está dentro dos parênteses

f) Propriedade Distributiva: Uma outra forma de resolver o exemplo anterior quando se a soma está entre parênteses é com a propriedade distributiva. Multiplicando um número natural pela soma de dois números naturais, é o mesmo que multiplicar o fator, por cada uma das parcelas e a seguir adicionar os resultados ob-tidos. Veja o exemplo:

2 + 4 x 3 = 2x3 + 4x3 = 6 + 12 = 18

Veja que a multiplicação foi distribuída para os dois números do parênteses e o resultado foi o mesmo que do item anterior.

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Divisão: Dados dois números naturais, às vezes necessitamos saber quantas vezes o segundo está contido no pri-meiro. O primeiro número é denominado dividendo e o outro número é o divisor. O resultado da divisão é chamado de quociente. Nem sempre teremos a quantidade exata de vezes que o divisor caberá no dividendo, podendo sobrar algum valor. A esse valor, iremos dar o nome de resto. Vamos novamente ao exemplo das pedras:

No caso em particular, conseguimos dividir as 8 pedras para 4 amigos, fi cando cada um deles como 2 unidades e não restando pedras. Quando a divisão não possui resto, ela é defi nida como divisão exata. Caso contrário, se ocorrer resto na divisão, como por exemplo, se ao invés de 4 fossem 3 amigos:

Nessa divisão, cada amigo seguiu com suas duas pedras, porém restaram duas que não puderam ser distribuídas, pois teríamos amigos com quantidades diferentes de pedras. Nesse caso, tivermos a divisão de 8 pedras por 3 amigos, resultando em um quociente de 2 e um resto também 2. Assim, defi nimos que essa divisão não é exata.

Devido a esse fato, a divisão de números naturais não é fechada, uma vez que nem todas as divisões são exatas. Também não será associativa e nem comutativa, já que a ordem de resolução importa. As únicas propriedades válidas na divisão são o elemento neutro (que segue sendo 1, desde que ele seja o divisor) e a propriedade distributiva.

FIQUE ATENTO!A divisão tem a mesma ordem de prioridade de resolução que a multiplicação, assim ambas podem ser resolvidas na ordem que aparecem.

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HISTÓRIA DO BRASIL

ÍNDICE

Migração e imigração.Revolução de 1817 e a Independência. Mudanças socioeconômicas, crise política e fi m da monarquia. O Imperador e a Constituição de 1824: fundamentos jurídicos e políticos da monarquia ..................................... 01Primeira República: coronelismo e federalismo ................................................................................................................................................ 06Revolução de 1930. A Era Vargas: autoritarismo, estado e nação ............................................................................................................... 07Repressão e resistência política: implantação da ditadura militar no Brasil ........................................................................................... 12Democracia e cidadania no Brasil atual: A Constituição de 1988 e os avanços da cidadania nela expressos ........................... 14

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MIGRAÇÃO E IMIGRAÇÃO.

A imigração no Brasil teve início em 1530 com a che-gada dos colonos portugueses, que vieram para cá com o objetivo de dar início ao plantio de cana-de-açúcar. Du-rante todo período colonial e monárquico, a imigração portuguesa foi a mais expressiva.

- Nas primeiras décadas do século XIX, imigrantes de outros países, principalmente europeus, vieram para o Brasil em busca de melhores oportunidades de trabalho. Compravam terras e começam a plantar para sobreviver e também vender em pequenas quantidades. Aqueles que tinham profi ssões (artesãos, sapateiros, alfaiates, etc.) na terra natal abriam pequenos negócios por aqui.

- No começo da década de 1820, muitos imigrantes suíços se estabeleceram na cidade de Nova Friburgo (es-tado do Rio de Janeiro). Neste mesmo período os ale-mães começaram a chegar à Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Estes imigrantes passaram a trabalhar em ativida-des ligadas à agricultura e pecuária.

- Já os italianos, que vieram em grande quantidade para o Brasil, foram para a cidade de São Paulo trabalhar no comércio ou na indústria. Outro caminho tomado por eles foi o interior do estado de São Paulo, para trabalha-rem na lavoura de café que estava começando a ganhar fôlego em meados do século XIX.

- Já os japoneses começaram a chegar ao Brasil em 1908. Grande parte destes imigrantes foi trabalhar na la-voura de café do interior paulista, assim como os italianos. Por que estes imigrantes vieram para o Brasil?

- No século XIX, o Brasil era visto na Europa e na Ásia (principalmente Japão) como um país de muitas oportu-nidades. Pessoas que passavam por difi culdades econô-micas enxergaram uma ótima chance de prosperarem no Brasil.

- Vale lembrar também que, após a abolição da escra-vatura no Brasil (1888), muitos fazendeiros não quiseram empregar e pagar salários aos ex-escravos, preferindo assim o imigrante europeu como mão-de-obra. Neste contexto, o governo brasileiro incentivou e chegou a criar campanhas para trazer imigrantes europeus para o Brasil.

- Muitos imigrantes também vieram para cá, fugindo do perigo provocado pelas duas grandes guerras mun-diais que atingiram o continente europeu.

Curiosidades:- Em 2008, completou 100 anos da imigração japone-

sa no Brasil, com isso, ocorreram diversas comemorações no país.

- Principais países de origem dos imigrantes que vie-ram para o Brasil: Portugal, Itália, Alemanha, Japão, Espa-nha, Suíça, China, Coréia do Sul, Polônia, Ucrânia, França, Líbano, Israel, Bolívia e Paraguai.

REFERÊNCIAhttp://www.historiadobrasil.net/imigracao/

WREVOLUÇÃO DE 1817 E A INDEPENDÊNCIA. MUDANÇAS SOCIOECONÔMICAS, CRISE POLÍTICA E FIM DA MONARQUIA. O IMPE-RADOR E A CONSTITUIÇÃO DE 1824: FUN-DAMENTOS JURÍDICOS E POLÍTICOS DA MONARQUIA.

Brasil Colônia

1. O escamboAo se lançarem às Grandes Navegações, os portugue-

ses iniciam seu projeto colonial e com as caravelas de Pedro Álvares Cabral chegam à região do atual estado da Bahia, em 1500. Os trinta primeiros anos foram de relati-vo desinteresse português pela terra, pois não acharam de pronto o que mais lhes interessava: ouro e prata. O primeiro contato dos portugueses com os nativos se deu com os povos da raiz tupi (tamoios, guaranis, tupiniquins, tabajaras), pois eles viviam no litoral. Estes povos eram amistosos e tiveram um primeiro contato de afetuosida-de e curiosidade com os navegadores. Estabeleceu-se o escambo, prática que consiste na troca de objetos, não na compra e venda. Primeiro trocavam-se alimentos, utensí-lios de vestuário, entre outras coisas. A prática do escam-bo irá se aprofundar quando os portugueses percebem que de dentro da madeira de uma das árvores nativas sai um pigmento vermelho que poderia ser usado para o tingimento de tecidos - daqui surge o nome de Brasil. Ao longo dos anos, o interesse de Portugal e de outras nações europeias só aumenta no chamado Novo Mun-do. A opressão e genocídio de contingentes enormes de indígenas caminhou no mesmo sentido do aumento de interesse dos europeus sobre as riquezas daqui.

A partir de 1530, começa-se a estabelecer uma nova relação portuguesa com sua colônia americana. O co-mércio com o Oriente se difi culta, as tentativas de ocu-pação territorial do Brasil por estrangeiros começam a aumentar, então Portugal vê-se obrigado a investir e pro-teger melhor a região. A primeira medida neste sentido é a criação das capitanias hereditárias - enormes porções de terra doadas a um donatário, que passaria a produzir e defender a terra, podendo também transferi-la a seu fi lho. Contudo, este sistema se mostra pouco efi ciente. O governo português passa a um processo mais centrali-zador com a implantação de um governo-geral e institui, em 1581, Salvador como a primeira capital do Brasil.

2. PlantationDiferente do que ocorreu nas colônias espanholas da

América, no Brasil a escolha foi pelo uso de mão de obra escrava africana (em sua maioria dos povos jejes, nagôs, bantos, hauçás e malês) e não de mão de obra indígena nativa. As razões internas foram a resistência indígena por meio de guerras, recusa ao trabalho e muitas mor-tes por doenças europeias (sarampo, varíola, gripe); e as razões externas foram a enorme lucratividade de execu-tar o tráfi co de escravos e também os africanos serem

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exímios agricultores e terem contato com técnicas de cultivo da cana-de-açúcar, a primeira mercadoria a ser explorada intensivamente na colônia brasileira.

Como apontado no parágrafo acima, a cana-de-açú-car será o primeiro gênero explorado de maneira mais sistemática na colônia, detidamente na região da capi-tania de Pernambuco. O centro político e econômico se forma nesta região. Importantes eventos históricos do século XVII ocorreram lá, como a formação do Quilombo dos Palmares e a Invasão Holandesa. A produção de cana seguirá o modelo de plantation: grandes propriedades produzindo um tipo exclusivo de gênero comercial com mão de obra escrava e voltado à exportação.

Ao longo dos anos, uma estrutura básica passa a for-mar a colônia: a dicotomia entre Casa-Grande e Senzala. Na Casa-Grande vivia o senhor de engenho e seus fami-liares. Na Senzala, os escravos e as escravas. Pelo relativo isolamento entre os engenhos em uma colônia de pro-porções continentais, o senhor de engenho encarnava a lei e a ordem em sua propriedade. A população escravi-zada atuava na produção agrícola e nos cuidados com a moradia dos senhores.

3. Pacto ColonialPortugal fi rmou o Pacto Colonial - medida exclusivista

sobre a exploração e comércio colonial. Ou seja, a co-lônia só poderia comercializar com a própria metrópole portuguesa. Ao longo dos séculos XVI e início do XVII, o Brasil se tornou o maior produtor mundial de açúcar. Este açúcar saía da colônia pelas mãos portuguesas que o comercializariam com os holandeses - responsáveis por boas rotas comerciais no interior da Europa, além do refi no fi nal. Foi um período de grande lucratividade. Porém, se encerrou a partir do momento em que a Es-panha anexa Portugal entre 1580 e 1640, por direitos de sucessão real. A relação entre Espanha e Holanda é mar-cada por muitos confl itos. Os holandeses, então, partem para a produção de açúcar em suas colônias nas Antilhas, ilhas na América Central. Com um conhecimento técni-co-produtivo mais avançado que o existente no Brasil e em uma região mais próxima à Europa, a produção açu-careira holandesa dá um golpe na produção açucareira brasileira, que perde parte signifi cativa de sua potência econômica . Mesmo após a emancipação portuguesa em 1640, a situação não se reverteu. O fi m do século XVII foi decadente na colônia.

4. Ciclo do OuroEm fi ns do século XVII, grupos de bandeirantes, ho-

mens responsáveis por buscar novas riquezas no interior do Brasil, descobrem ouro na região do atual estado de Minas Gerais. A notícia rapidamente se espalha e durante todo o século XVIII, a colônia se modifi ca radicalmen-te. De uma população estimada em 300 mil pessoas em 1700, chegou em 1800 a mais de 3 milhões. Milhares de pessoas migravam para o Brasil, sobretudo portugueses, em busca do ouro na região das Minas. Vilas e cidades se formam, fomentando o comércio. A velha estrutura Ca-sa-Grande e Senzala continua existindo, mas novas for-mas ganham destaque. Não só de senhores e escravos se constituia a sociedade - homens livres, em trabalhos artesãos e de comércio, surgem.

O centro político-econômico do Brasil se desloca para a região centro-sul. Em 1763, substitui-se a capital da colônia de Salvador para o Rio de Janeiro. Portugal queria fi car mais próximo à fonte do ouro, porque queria ganhar mais com as taxações. A todo ouro extraído da terra, era devido ⅕ para os portugueses. Quem extraísse 1 kg de ouro, deveria deixar 200g com a administração portuguesa. Havia muito contrabando e, a partir de 1770, a produção de ouro começa a despencar. De tanto se extrair, já quase não se achava ouro. Portugal aumenta o controle e passa até mesmo a invadir as casas em bus-ca de ouro escondido. Os desmandos da metrópole não passaram em branco.

5. Revoltas coloniaisDurante o período colonial, aconteceram diversas re-

voltas. Elas podem ser classifi cadas em dois tipos: nativis-tas, aquelas que buscavam lutar contra alguma medida específi ca da metrópole portuguesa; e as separatistas - estas, mais do que lutar contra uma medida específi ca da metrópole, queriam a emancipação da colônia em relação aos portugueses. Dentre as revoltas nativistas, podemos destacar a Revolta de Beckman, em 1684, em São Luís do Maranhão; a Guerra dos Mascates, em 1654, em Pernambuco; a Guerra dos Emboabas, em 1704, nas Minas Gerais; e a Revolta de Vila Rica, em 1720. Sobre esta última: ela ocorreu justamente porque as autori-dades locais se rebelaram contra as altas cargas de im-postos estabelecidos pela Coroa. Em relação às revoltas separatistas, podemos destacar a Inconfi dência Mineira, ocorrida em 1789; a Inconfi dência Baiana, em 1798; e a Revolução Pernambucana, em 1817. Ambas desejavam a emancipação colonial.

6. Monarcas no BrasilA dinâmica política na Europa em fi ns do século XVIII

e início do XIX afetou diretamente o Brasil. Após a Re-volução Francesa, Napoleão Bonaparte dá um golpe de estado e assume o poder na França. Ele, a partir de en-tão, buscou uma política expansionista em vistas a tornar seu país o mais forte do globo. Essa posição entrava em choque com a preponderância inglesa. Napoleão expan-de seu controle pelo continente europeu, mas ao tentar enfrentar os ingleses, sofre uma dura derrota marítima. Ciente de que não conseguiria derrotá-los pelo mar, o francês busca uma outra solução: a criação de um blo-queio continental contra a Inglaterra, que impedia os países sob domínio e infl uência francesa a comercializar com os ingleses.

Portugal tinha uma relação econômica de dependên-cia com os ingleses. Por isso, tinha uma política externa dúbia - mantinha as relações comerciais com os ingle-ses, ao mesmo tempo em que não negava as investidas francesas. Até que em fi ns de 1807, franceses se aliam a espanhóis e invadem Portugal. A Coroa portuguesa, com mais de 15 mil pessoas, entre nobres e funcionários, foge para o Brasil, sob proteção inglesa. No começo de 1808 chegam ao Brasil e se fi xam na capital, Rio de Janeiro.

A primeira medida de impacto tomada por D. João, príncipe-regente português, é dar fi m ao Pacto Colonial através do decreto de “abertura dos portos às nações amigas”. Na prática, tal medida benefi ciava exclusiva-

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mente aos ingleses, que passariam a comercializar seus produtos diretamente com o Brasil. Como garantia de ampliar ainda mais seu predomínio econômico, Inglater-ra impõe à Portugal a assinatura de novos tratados que garantiriam privilégios àquele país: produtos ingleses pa-gariam taxa de 15% de importação para ingressarem no Brasil, enquanto os produtos portugueses pagariam 16% e os dos demais países, 24%.

Alçada à posição de capital do império português, a cidade do Rio de Janeiro passou por importantes trans-formações. Criou-se a Casa da Moeda e o Banco do Bra-sil, o Jardim Botânico, escolas de medicina, Imprensa Real, Teatro Real. Em 1815, o Brasil deixa defi nitivamente de ser colônia e é elevado à categoria de Reino Unido de Portugal e Algarves.

Também em 1815, Napoleão é fi nalmente derrotado. Já não havia mais razões para a família real portuguesa se manter no Brasil. Contudo, se mantém. Portugal começa a viver uma agitação social, amparado nos ideais ilumi-nistas. Em 1820, irrompe a Revolução Liberal do Porto, que exige a volta imediata de D. João. Em 1821, receoso de ser destronado, Dom João retorna a Portugal e deixa seu fi lho, Dom Pedro, como príncipe-regente do Brasil. Os portugueses membros da Revolução ambicionavam que o Brasil voltasse a ser colônia, fato que não interes-sava à elite agrária brasileira. Em 1822, após pressões e ameaças de ataque das tropas portuguesas, Dom Pedro declara a independência do Brasil.

O Brasil se torna independente após expulsar tropas portuguesas resistentes no território. A independência do Brasil vem pelas mãos de um português, amparado na elite agrária nacional. A estrutura agrária exportado-ra, assentada na mão de obra escrava se mantém. Assim como se mantém a relação de dependência com a In-glaterra.

IndependênciaApós a Independência, era necessário formar o que

seria o Estado Nacional brasileiro e buscar o reconheci-mento da nova nação pela comunidade internacional. O primeiro país a reconhecer a independência do Brasil foi os Estados Unidos, em 1824. Estes queriam evitar tenta-tivas de recolonização da América e concomitantemente formar uma zona de infl uência na região. No ano seguin-te foi a vez do reconhecimento português, após negocia-ções desenvolvidas pela Inglaterra. A mesma Inglaterra emprestou 2 milhões de libras esterlinas ao Brasil para pagar o ressarcimento exigido por Portugal. Depois de Portugal reconhecer ofi cialmente o Brasil como uma na-ção soberana, a Inglaterra também o fez, seguida de ou-tros países europeus e americanos.

A Inglaterra manteve sua infl uência, inclusive man-tendo a baixa taxa de importação de seus produtos. Além disso, o Brasil se tornava cada vez mais dependente da economia inglesa - sucessivos empréstimos eram feitos para contrabalançar a balança comercial defi citária. A função do Brasil no mercado internacional era de simples exportador de produtos primários.

Em 1823, formou-se uma Assembleia Constituinte para escrever a primeira constituição do Brasil. Ela foi formada por 90 deputados, todos da aristocracia - eram juristas, membros da Igreja e grandes proprietários de

terra. Um dos primeiros projetos propostos colocava o Imperador sob controle do parlamento, à maneira ingle-sa, e instituia o voto censitário - para poder votar ou ser votado seria necessário um mínimo de renda, um míni-mo que excluía a maioria da população da vida política. Não aceitando a possibilidade de ver seu poder limitado pelo parlamento, D. Pedro, pelo uso da força, dissolve a Assembleia Constituinte.

Junto a outros dez nomes de sua confi ança, D. Pedro redige o texto da Constituição que seria promulgada em 1824. Nesta, divide o poder em quatro partes: o poder executivo (Imperador e ministros de Estado - executores das leis), o poder legislativo (Câmara dos Deputados e Senado - criadores das leis), o poder judiciário (juízes e tribunais - fi scalizadores da lei e julgadores dos trans-gressores) e o poder moderador (poder que se situava acima de todos os outros e era de uso exclusivo do Impe-rador). Também implementou o voto censitário, instituiu a religião católica como ofi cial, porém subordinada ao Estado e dividiu o país em províncias - cada província teria um presidente nomeado pelo Imperador. Na prá-tica, era uma constituição com elementos absolutistas e liberais.

A atitude autoritária do Imperador em dissolver a As-sembleia Constituinte e impor uma Constituição na qual o poder se concentrava em suas mãos, revoltou parte da população. No nordeste aconteceu a principal revolta. Após nomear um presidente da província de Pernam-buco a contragosto dos locais, organizou-se um movi-mento separatista que contou com o apoio também das províncias do Rio Grande do Norte, Ceará e Paraíba. For-mou-se a Confederação do Equador, que carregava esse nome pela posição geográfi ca das províncias próximas à linha do Equador. O movimento foi duramente reprimido e derrotado.

A situação econômica do país só piorava. Os crescen-tes empréstimos e o consequente aumento da dívida, a queda nas exportações nacionais, e o ingresso em duas guerras - a Cisplatina, movimento de emancipação uru-guaia em relação ao Império brasileiro, e a de Sucessão do trono português, aumentavam o descontentamen-to entre os cidadãos. O caráter autoritário do Impera-dor, inclusive assassinando Líbero Badaró, jornalista de prestígio e um de seus mais ferrenhos críticos, colocou a própria elite agrária em estado de alerta. Passou-se a correr a ideia de que D. Pedro era antibrasileiro e queria transformar novamente o Brasil em colônia. Em abril de 1831, D. Pedro abdica do trono em favor de seu fi lho, então com cinco anos, embarca para Portugal e assume o trono português após enfrentar seu próprio irmão. Como o fi lho ainda não podia assumir por conta da lei da maio-ridade, institui-se o Período Regencial.

Período RegencialO Período Regencial (1831 - 1840) foi um período

de enorme tensão social. Logo após a abdicação de D. Pedro, a Assembleia Geral instituiu uma Regência Trina Provisória para assumir as funções até então exercidas pelo imperador. Ela durou apenas dois meses - de abril a junho de 1831. Logo após, deputados e senadores elege-ram uma Regência Trina Permanente (1831 - 1835). Das principais medidas desta Regência, podemos destacar: 1)

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a formação da Guarda Nacional, milícia, de caráter mu-nicipal, criada para combater os levantes populares. O comando de cada Guarda fi cava sob responsabilidade de um “coronel”, geralmente o grande fazendeiro local; 2) aprovação do Código de Processo Criminal, responsável pela autoridade policial e judiciária em alçada municipal, o que fortalecia a aristocracia fundiária. Essas medidas, junto à aprovação do Ato Adicional de 1834, que de-cretava, entre outras coisas, o fi m do Poder Moderador, enquanto durasse a Regência, tinham caráter descentra-lizador.

No período regencial, os indivíduos de posses di-vidiam-se em três grupos: a) o grupo restaurador, que defendia a volta de D. Pedro I ao Brasil e era composto, majoritariamente por comerciantes portugueses, funcio-nários públicos de alto escalão e militares conservadores; b) o grupo liberal moderado, formado por membros da aristocracia rural, que era contra a volta do ex-impera-dor, mas desejava um governo centralizado, reivindica-va a unidade nacional e a ordem vigente - monarquia e escravidão; c) o grupo liberal exaltado, composto por proprietários rurais, classe média urbana e exército, de-fendia a descentralização política e maior autonomia às províncias.

Durante a Regência Una do padre Diogo A. Feijó (1835 - 1837), o grupo moderado se dividiu em dois: o grupo dos progressistas, formado por elementos da clas-se média urbana e de proprietários rurais do Sudeste e do Sul, que daria origem ao Partido Liberal, favoráveis à manutenção do projeto de descentralização; e o grupo dos regressistas, composto pela elite agrária, comercian-tes e burocratas, que originaria o Partido Conservador, eram defensores da centralização política. Partido Libe-ral e Partido Conservador se tornaram as duas grandes forças políticas do período. Porém, cabe destacar, ne-nhum deles questionava a estrutura econômica brasileira - agrária e escravista.

SE LIGA!As revoltas populares eram intensas no novo país. Esta era a principal preocupação das elites no período regencial. Se durante o governo de D. Pedro as elites desejavam maior descentralização para não deixar o poder nas mãos da alta burocracia do Es-tado, formado à época sobretudo por por-tugueses, agora, a centralização parecia o melhor caminho, pois um Estado forte e uno teria maiores condições de conter as revoltas.

Quatro rebeliões merecem destaque: 1) a Cabanagem (1835 - 1840), no Pará, formada pela população ribeiri-nha que habitava cabanas e vivia em condições miserá-veis; 2) a Sabinada (1837 - 1838), na Bahia, composta por elementos da classe média urbana e setores populares; 3) a Balaiada (1838 - 1841), no Maranhão, dirigida pela população pobre e escravizada; e 4) a Revolução Farrou-pilha (1835 - 1845), no Rio Grande do Sul, liderada por fa-zendeiros locais. Em comum, ocorreram longe do centro político do país. As três primeiras concentravam motivos

mais desesperadores, como a miséria, enquanto a última tinha um caráter mais à favor dos interesses da elite agrá-ria, ainda que contasse com apoio popular.

Feijó, incapaz de controlar as revoltas e muito pres-sionado, renuncia ao cargo. Vem ao poder a Regência Una de Araújo Lima, conservador. Ele traz de volta ao poder central os órgãos da polícia e da justiça e reprime brutalmente as revoltas. Milhares de mortes sustentam a coesão nacional. Só no Pará, aproximadamente 20% da população, cerca de 30 mil pessoas, foi morta.

Em 1840, os liberais, desejosos de voltar ao poder, promovem uma campanha para que D. Pedro II, então com 14 anos, assuma o trono. A justifi cativa é de que ele seria capaz de dar fi m às revoltas regionais e sustentaria a unidade nacional. A campanha é vitoriosa e, em julho do mesmo ano, D. Pedro II é coroado Imperador. Este evento fi cou conhecido como o Golpe da Maioridade.

Segundo ReinadoPoliticamente, o Segundo Reinado pode ser dividido

em três períodos: 1) a consolidação oligárquica (1840 - 1850); 2) a conciliação oligárquica (1850 - 1870); a crise (1870 - 1889). No primeiro período, o da consolidação oligárquica, Dom Pedro II formou ora ministérios liberais, ora conservadores. Buscou continuamente acalmar a si-tuação interna do país. Em 1847, institui o parlamentaris-mo. Mas, ao contrário do modelo clássico, aqui o parla-mento era subordinado ao Executivo, processo que fi cou conhecido como parlamentarismo às avessas.

No século XIX, década por década, o Brasil começa a elevar sua produção de café. Em princípio, as plantações se concentravam na Baixada Fluminense, estendendo-se depois pelo Vale do Ribeira, região que liga o Rio de Ja-neiro a São Paulo. A produção cresceu tanto que se tor-nou o principal produto de exportação nacional, a frente do açúcar, do cacau, da borracha. Ao mesmo tempo, o Brasil passava por mudanças em seu modelo produtivo. Em 1850, após anos de pressão inglesa, o Brasil institui a lei Eusébio de Queirós, sob pressão inglesa, interessada na ampliação de trabalhadores assalariados e, portanto, consumidores. Esta lei proibia o tráfi co internacional de escravos, ou seja, os escravistas brasileiros já não podiam mais comprar sua principal mão de obra. Imigrantes eu-ropeus começam a vir para o Brasil ora para substituir a mão de obra escrava, ora para complementar a mão de obra que faltava nas plantações de café.

Vive-se um período de tranquilidade social, sem a instabilidade que caracterizou o período regencial, no período de conciliação oligárquica (1850 - 1870). Porém, já no fi m deste período, de 1864 a 1870, o Brasil se en-volveu em uma guerra de grandes proporções. Brasil, Argentina e Uruguai, apoiados pela Inglaterra, entraram em confl ito com o Paraguai, que buscava ampliar seus territórios. Após destruir o Paraguai e sua população, os três países saem vencedores da guerra. Porém, economi-camente foi péssimo para o Brasil, pois precisou tomar diversos empréstimos dos ingleses.

Ao mesmo tempo, surgia, liderado pelos modernos cafeicultores paulistas, distantes das oligarquias coloniais do açúcar, o Partido da República. Produtores de grande parte da riqueza nacional viam-se excluídos da participa-ção política, burocrática e centralizada no Rio de Janeiro.

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GEOGRAFIA

ÍNDICE

Mapa: conceito e atributos. Mapas de base e mapas temáticos. A cartografi a da formação territorial do Brasil ................. 01A federação brasileira: organização política e administrativa ..................................................................................................................... 09As regiões do IBGE, os complexos regionais e a região concentrada ..................................................................................................... 17Paisagem: o tempo da natureza, os objetos naturais, o tempo histórico, os objetos sociais e a leitura de paisagens ........ 21Escalas da Geografi a: As paisagens captadas pelos satélites. Extensão e desigualdades. Memória e paisagens. As paisagens da Terra ....................................................................................................................................................................................................... 23A Rosa dos Ventos: pontos cardeais e pontos colaterais. Os sistemas naturais: História da Terra. Formação de minerais e rochas. Ciclos naturais ................................................................................................................................................................................................ 24As atividades econômicas e o espaço geográfi co. Os setores da economia e as cadeias produtivas ....................................... 25A agropecuária e os circuitos do agronegócio ................................................................................................................................................. 26A sociedade de consumo .......................................................................................................................................................................................... 27A produção do espaço geográfi co global: Globalização e regionalização. Os blocos econômicos supranacionais. As doutrinas do poderio dos Estados Unidos. Geografi a das populações: Demografi a e fragmentação. As migrações internacionais ................................................................................................................................................................................................................ 28

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MAPA: CONCEITO E ATRIBUTOS. MAPAS DE BASE E MAPAS TEMÁTICOS. A CARTOGRA-FIA DA FORMAÇÃO TERRITORIAL DO BRA-SIL.

A LINGUAGEM DOS MAPAS

A linguagem cartográfi ca moderna integra o campo das linguagens visuais, ou seja, utiliza símbolos, sinais gráfi cos e faz uso próprio das cores. Uma vez conhecidos seus principais elementos (título, legenda e toponímia – nome do lugar), um mapa poderá ser lido e entendido por qualquer pessoa, isto é, a linguagem cartográfi ca é universal.

O mapa pode ser defi nido como uma representação plana, simplifi cada e convencional da superfície terrestre, em sua totalidade ou em partes dela. Muitos mapas fo-ram produzidos para atender a interesses, como os dos Estados nacionais ou do poder econômico.

Observe o mapa a seguir

Funções e elementos dos mapas

Entre as principais funções dos mapas estão as de orientação e localização de pontos na superfície terres-tre. Eles podem retratar a distribuição de fenômenos geográfi cos diversos: áreas naturais, fl uxos de mercado-rias, crescimento da população, avanço do desmatamen-to, entre outros.

É possível citar outras funções, tais como relacionar fenômenos, conhecer limites entre países, auxiliar na construção de obras públicas e na preservação ambien-tal. Há também mapas ligados à representação do poder, seja de países, seja de grupos econômicos.

O importante é que, para cada tipo de evento, deve--se utilizar uma determinada forma de representação. De acordo com suas características, os fenômenos podem ser anotados na forma de ponto, linha ou área. Assim, um mapa de rodovias é constituído basicamente de linhas de diversas cores, que indicam o traçado e a condição de cada estrada, isto é, se ela é, por exemplo, asfaltada ou de terra, ou se são rodovias principais ou estradas se-cundárias.

Em alguns mapas, as cidades aparecem representa-das por pontos, indicando sua localização. Em outros ca-sos, elas estão representadas por círculos de diferentes tamanhos para indicar, entre outros fatores, quantidade de população em cada área urbana. As cores ou hachu-ras (traços verticais, horizontais ou diagonais) servem, em geral, para identifi car áreas como a de um determinado cultivo ou a vegetação de uma região. Portanto, para re-presentar cada fenômeno, devem-se escolher símbolos ou cores correspondentes.

Projeção cartográfi ca

Os mapas são construídos segundo uma projeção cartográfi ca. Cada projeção busca resolver o problema de representar a superfície curva da Terra no plano, uma vez que os mapas são feitos em folha de papel ou em tela de computador.

Nenhuma projeção reproduz perfeitamente no plano a superfície curva; sempre haverá alguma distorção na forma, nas distâncias ou nos tamanhos e nas proporções das áreas representadas. Para representar o globo ter-restre, foram desenvolvidas diversas projeções cartográ-fi cas.

Para fazer a transposição da superfície curva para a plana (que é a do mapa), os cartógrafos desenvolveram técnicas de projeção da esfera terrestre. Essas projeções foram feitas sobre um cilindro, um cone ou diretamente no plano.

Deve-se observar que não existem projeções carto-gráfi cas livres de deformações. Mercator foi um impor-tante cartógrafo do século XVI. Ele nasceu no território que hoje é a Bélgica e, em 1569, publicou um mapa--múndi em 18 folhas, que fi cou conhecido como proje-ção de Mercator.

Seu mapa-múndi, que é uma projeção cilíndrica, popularizou-se, pois foi a primeira representação do mundo feita depois que os europeus ampliaram seus conhecimentos sobre os continentes africano, asiático e americano. A projeção de Mercator apresenta distorções no tamanho das terras emersas, como no caso da Groen-lândia, que, apesar de ser menor que a América do Sul, aparece bem maior nessa projeção.

Mercator sabia que haveria distorções desse tipo, pois ele considerou os meridianos como retas paralelas, e não como linhas curvas que se encontram nos polos.

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Mas manteve ângulos e formas, mesmo quando as au-mentava, criando um mapa adequado a navegações ma-rítimas.

Os mapas podem ter projeções equivalentes (não al-teram as áreas), conformes (não alteram formas e ângu-los, como a de Mercator) ou equidistantes (representam os comprimentos de modo uniforme).

Coordenadas geográfi cas

As coordenadas geográfi cas são um importante ele-mento presente nos mapas. São as linhas imaginárias que, em mapas e globos terrestres, resultam dos cru-zamentos entre os paralelos, no sentido leste-oeste, e os meridianos, no sentido norte-sul. Esses cruzamen-tos auxiliam na orientação e permitem a localização de qualquer ponto na superfície terrestre com precisão, por meio das latitudes e das longitudes.

O município de São Paulo, por exemplo, localiza-se nas coordenadas geográfi cas: 23o 32’51” S (lê-se latitude sul) e 46o 38’10” O (lê-se longitude oeste).

Paralelo Círculo completo que cruza os meridianos em ângulos retos. O círculo máximo é o da Linha do Equador (0°) (veja mapa a seguir). Latitude Distância medida em graus da Linha do Equador a um ponto qualquer para o norte ou para o sul. Longitude Distância medida em graus do Meridiano de Greenwich a um ponto qualquer para leste ou para oeste.

#FicaDica

Sistemas de coordenadas são encontrados também nos guias de ruas das cidades ou no sistema GPS (Siste-ma de Posicionamento Global, em português), existente em aparelhos instalados em alguns veículos, em telefo-nes celulares e tablets.

Em deslocamentos pelas cidades, guias e GPS são muito efi cientes para localizar pontos e defi nir trajetos.

Sistemas de orientação nos mapas

Os mapas, de modo geral, trazem uma rosa dos ven-tos com as direções cardeais ou colaterais, por exemplo, ou uma seta indicando a direção norte. Isso serve para dispor a orientação no mapa e situar qualquer ponto em relação a outro.

Nomes de lugares e fontes dos mapas

Observe também que nos mapas há nomes. São nomes próprios de municípios, países, serras, oceanos, mares, continentes etc. Esse elemento recebe o nome de toponímia, palavra de origem grega (topos = lugar + ónoma = nome). É importante lembrar que o mapa também tem autoria, pois é produzido por alguém ou alguma instituição.

Assim, é sempre conveniente observar a fonte e a auto-ria do mapa, bem como a data de sua publicação, informa-ções normalmente anotadas na parte inferior dos mapas.

A escala cartográfi ca

A escala cartográfi ca pode ser registrada com núme-ros (1:5.000; 1:450.000.000 etc.) ou na forma gráfi ca (uma barra horizontal com medidas aproximadas em metros

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ou quilômetros). Ela se refere à relação de proporção en-tre o espaço e sua representação no mapa e mantém a relação entre a medida de um objeto ou lugar represen-tado no papel e sua medida real.

Defi ne, portanto, o grau de redução da superfície para que possa ser representada na folha do mapa ou na tela do computador. Mapas com escalas grandes têm um grau menor de redução da realidade. Neles, podem-se observar mais detalhes do lugar representado. É o caso das plantas, como aquelas utilizadas na construção de casas.

Em mapas com escalas pequenas há uma grande re-dução da superfície. Por isso, não é possível verifi car os detalhes dos lugares representados (veja mapa ao lado). Em compensação, neles pode-se ter uma grande área re-presentada, como acontece nos mapas-múndi.

Além das escalas grandes e das escalas pequenas, existem também escalas cartográfi cas intermediárias, por exemplo, entre 1:50.000 e 1:100.000. Essas escalas são utilizadas, em geral, para fazer o que na linguagem cartográfi ca é chamado de carta. Um exemplo são as cartas topográfi cas do IBGE, que representam elementos naturais, como rios e elevações do terreno (chamadas de curvas de nível, indicam as variações de altitude), e ele-mentos humanos, como estradas, fazendas, cidade-sede de um município etc.

Vale lembrar também que escala cartográfi ca não é o mesmo que escala geográfi ca. Ambas estão presentes nos estudos de Geografi a. Como você viu, a escala car-tográfi ca implica uma relação de proporção e medidas entre a realidade e a sua representação.

A escala geográfi ca, por sua vez, refere-se à abran-gência espacial dos fenômenos em diferentes situações: o deslocamento das pessoas de casa para o trabalho em um município é um evento de escala geográfi ca local; já os fl uxos fi nanceiros ou de bens realizados no mercado mundial são situações que envolvem a escala geográfi ca planetária ou global.

AS VARIÁVEIS VISUAIS E A REPRESENTAÇÃO CAR-TOGRÁFICA

Você viu no Tema 1 que as informações podem ser implantadas nos mapas pelo uso de pontos, linhas e áreas. Para cada um desses três tipos de representação são escolhidos e utilizados determinados símbolos ou formas gráfi cas. Isso envolve as chamadas variáveis vi-suais dos mapas. Elas orientam o olhar e são essenciais para realizar a leitura.

A seguir, serão apresentados alguns exemplos. Uma das variáveis visuais é a forma dos símbolos ou dos si-nais escolhidos para uma representação qualquer. Por exemplo, as cidades podem ser representadas com pon-tos (pequenos círculos, geralmente na cor preta) em um mapa de escala pequena (como o mapa-múndi). Em ou-tras situações, determinados locais que possuem certas qualidades ganham pontos em forma de símbolos, como o desenho de um avião (para aeroportos) ou de um navio (para portos).

Isso ajuda a identifi car e a separar objetos que são diferentes (porto, aeroporto, fábrica etc.). Há também formas para representar fenômenos implantados em li-nhas. Assim, em um mapa de redes de transportes, por

convenção, as linhas contínuas pintadas de vermelho são usadas para mostrar o traçado das rodovias, e as linhas pretas com traços perpendiculares, para mostrar as fer-rovias. Ou, no caso da representação de áreas, cores ou hachuras são utilizadas para separar áreas distintas.

O quadro a seguir mostra modos de implantar infor-mações nas representações cartográfi cas

Outra importante variável visual é a cor, que salta à vista no primeiro instante. Há mapas com áreas (como os países) pintadas de cores diferentes. O que isso quer di-zer? Nesse caso, as cores também são usadas para sepa-rar elementos. Em mapas de divisão política, elas indicam o contorno e a área dos países, delimitando claramente seus territórios.

A cor pode ser usada ainda com base na variável va-lor, que expressa a intensidade do fenômeno. Em mapas que contêm apenas tons da mesma cor (como os mapas de população que utilizam diferentes tons de verde), o tom mais escuro indica maior intensidade do fenômeno; por oposição, o tom mais claro é usado em áreas em que o fenômeno é menos intenso.

Outra variável visual é o tamanho. Em um mesmo mapa, pode haver círculos ou retângulos de diferentes tamanhos que se referem ao mesmo fenômeno, tal como a quantidade de população urbana. Os círculos maiores representam os núcleos mais populosos e os menores, os menos populosos.

A fi gura a seguir mostra algumas variáveis visuais.

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Por que é importante conhecer as variáveis visuais? Por-que elas são essenciais na leitura e na interpretação de ma-pas dos tipos: qualitativos, quantitativos, ordenados e dinâ-micos. É o que será visto a seguir.

Mapas qualitativos

O mapa apresentado na atividade anterior é do tipo qualitativo. Em geral, o mapa qualitativo procura mostrar não só a existência e a localização de fenômenos, mas também sua diversidade interna. Assim, o fenômeno es-tudado é o mesmo: as línguas ofi ciais de países da África.

Mas as cores ressaltam as diferenças e a diversidade: a cor azul indica países que têm o inglês como língua ofi cial; a marrom, a língua francesa; a laranja, a língua portuguesa; e a amarela, a língua árabe. Observe que esse mapa traz também hachuras, que são os traçados diagonais ou horizontais. É um recurso que usa as mes-mas cores para mostrar combinações do fenômeno – no caso, países com pelo menos duas línguas ofi ciais.

Há, ainda, os pequenos círculos, que assinalam paí-ses com uma ou mais línguas locais. Outros mapas qua-litativos bem conhecidos são os de vegetação, relevo ou divisão política. Da mesma forma, mapas de recursos minerais, em que cada minério é representado por um símbolo gráfi co. Uma consulta a atlas geográfi cos pode ajudar a confi rmar essas informações.

Assim, os mapas qualitativos destacam a existência, a localização e a diversidade de fenômenos. Cores, símbo-los e outros sinais são usados, nesses casos, para identi-fi car e diferenciar os elementos no mapa.

Mapas quantitativos

Toda vez que um mapa apresenta o mesmo símbolo com tamanhos diferentes, é possível, de imediato, rela-cionar isso à representação de diferentes quantidades. Essa é a característica essencial dos mapas quantitativos. Assim, há sempre um símbolo gráfi co (círculo, quadrado etc.) ou pictórico (desenhos ou ícones de armas nuclea-res, exércitos, dinheiro, navios etc.) que, disposto em di-ferentes tamanhos, indica quantidades diversas.

Os dados quantitativos também podem ser combina-dos com outras formas de representação de fenômenos, como será apresentado mais adiante. Existem outros mapas quantitativos, como os de pontos de contagem. Um exemplo é o dos mapas de densidade demográfi ca (habitantes por km2 ). Neles, são assinaladas diferentes quantidades de pontinhos em porções da superfície, in-dicando áreas de grande concentração de pessoas (com maior quantidade de pontos) ou aquelas de baixo po-voamento (com menor quantidade de pontos).

Mapas ordenados

Por que ordenado? Porque, pela disposição das co-res, ele estabelece uma determinada ordem quanto ao fenômeno representado. Um elemento muito importan-te é o resultado visual que esse mapa apresenta.

Ele utiliza tons da mesma cor (no caso, o azul) para representar um mesmo fenômeno (taxas de fecundida-de). Então, quanto mais escuro o tom de azul, maior é o número de fi lhos por mulher; portanto, maior é a inten-

sidade do fenômeno. Inversamente, quanto mais claro o tom de azul, menos intenso é o fenômeno. Neste caso, o número de fi lhos por mulher é menor.

Desse modo, é possível perceber, em largas faixas do planeta, países com baixa taxa de fecundidade, como o Japão, a China, a Rússia, a Austrália, o Canadá e boa par-te da Europa, e países com taxa de fecundidade elevada, como o Afeganistão, o Iêmen e os da África central.

Mapas dinâmicos ou de movimento

A grande migração transatlântica, fi nal do séc. XIX – início do séc. XX. Esse é um ótimo exemplo de mapa dinâmico, que representa fl uxos ou movimentos no es-paço associados, entre outros fatores, à circulação de pessoas, bens, serviços ou informações. Para represen-tá-los, é comum o uso de setas de diferentes larguras, da origem ao destino.

As larguras diferentes referem-se ao item quanti-dade; portanto, nessas representações gráfi cas, combi-nam-se diversos dados quantitativos. Outros mapas di-nâmicos ou de movimento mostram também a evolução temporal de um dado fenômeno, utilizando um jogo ou uma coleção de mapas da mesma superfície em períodos distintos.

Temas comuns nesse tipo de mapa são os da evo-lução do desmatamento, da urbanização ou dos níveis de concentração demográfi ca. Nem sempre os mapas trazem todos os elementos estruturais. Dependendo do que está representado, a ideia é que eles não fi quem car-regados com muitas informações, pois isso pode difi cul-tar a análise. Assim, alguns mapas desta Unidade dispen-saram coordenadas geográfi cas ou nomes de lugares.

Anamorfoses

Existem, ainda, outros mapas que trazem olhares distintos. Entre eles estão as anamorfoses. O nome ana-morfose signifi ca “disforme” ou “fora da forma”. Também denominadas cartogramas, as anamorfoses distorcem propositalmente o fundo do mapa para evidenciar um fenômeno. Assim, as anamorfoses mudam as formas e as proporções das áreas representadas, de acordo com a relação entre superfícies e quantidades.

Portanto, representações como essa rompem com as heranças da cartografi a que “naturalizam” os mapas.

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INFORMÁTICA BÁSICA

ÍNDICE

Sistemas Operacionais: Windows XP, 7 e 8 .............................................................................................................................................................. 01Conceitos, serviços e tecnologias relacionadas a internet e a correio eletrônico .................................................................................... 10Suítes Microsoft Offi ce e BrOffi ce (OpenOffi ce) ................................................................................................................................................... 26Noções relativas a softwares livres ............................................................................................................................................................................. 53Noções de hardware e de software para o ambiente de microinformática ............................................................................................... 57

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SISTEMAS OPERACIONAIS: WINDOWS XP, 7 E 8.

WINDOWS XP

O Windows XP foi lançado em 2001 e ele era um sis-tema operacional bastante completo e confi ável, por isso pode-se dizer que ele foi uma versão muito bem suce-dida, importante mencionar que o encerramento do seu suporte foi em abril de 2014.

Figura 8: Tela de login do Windows XP

Figura 9: Desktop do Windows XP

Ele foi sucessor de uma versão considerada fracassa-da que foi o Windows Me (Millennium Edition), lançado em 2000, e é considerado por muitos o principal respon-sável em recuperar a confi ança dos clientes Microsoft. Seu lançamento foi dia 25 de outubro de 2001 e chamou a atenção por trazer uma nova interface gráfi ca e elimi-nar os problemas de estabilidade encontrados no ME.

A interface gráfi ca do Windows XP fi cou conhecida por ser muito mais intuitiva e agradável, afi nal as janelas cinzas, e barras quadradas foram substituídas por uma

interface colorida, com padrão azul, e botões mais arre-dondados e visíveis. Outra grande novidade foi o botão iniciar, que fi cou maior, com mais atalhos e possibilida-des de fi xar programas, mudança essa que permaneceu até o Windows 7.

Outros aspectos visuais trazidos pelo Windows XP, foram as novas camadas e efeitos para o desktop, além de apresentar um papel de parede padrão que viria a se tornar icônico. Os usuários poderiam ainda travar a barra de tarefas e evitar que houvesse mudanças das confi gu-rações no espaço.

O XP foi apresentado ainda em diferentes edições, além de estar disponível em 32 e 64 bits. A versão Home Edition era voltada para o uso doméstico e trazia ferra-mentas mais simples para o usuário comum. Já a edição Professional tinha como público empresas e usuários com conhecimentos avançados. Houve ainda uma ver-são Media Center Edition, mas esta nunca foi colocada à venda e era entregue somente sob encomenda.

Em relação as funcionalidades, o grande destaque foi o suporte a dispositivos Plug and Play, famoso plugar e usar que acabou com etapas burocráticas de instalação, não exigindo que o computador fosse desligado ao re-mover um dispositivo externo, como um pendrive.

Outra novidade na funcionalidade foi a tecnologia ClearType, que facilitava a visualização de textos em tela LCD, novidades na época. Além disso, ele melhorou o consumo de energia para a utilização em dispositivos móveis como notebook e tablets, e incluiu a possibilida-de de inicializar a máquina mais rapidamente e hibernar.

Além disso, passou a dar suporte às redes Wireless e DSL, melhorando a alternância entre contas de usuá-rios, permitindo que o indivíduo acesse outra conta sem fechar seus programas abertos. Além disso, introduziu a funcionalidade de assistência remota, o que possibilitou que pessoas conectadas à Internet pudessem assumir o controle da máquina para realizar suporte técnico ou au-xiliar uma tarefa.

Quanto as atualizações e até mesmo o encerramento do suporte, pode-se dizer que o XP teve três grandes atualizações, que fi caram conhecidas como Service Packs. O primeiro foi lançado no dia 9 de setembro de 2002, adicionando o suporte ao formato USB 2.0 e a possibili-dade de defi nir padrões de programas. O SP2 chegou em 6 de agosto de 2004 com foco na segurança do sistema. Já o SP3 foi distribuído em 6 de maio de 2008 com corre-ções de segurança e melhoras no desempenho.

No dia 8 de abril de 2014, a Microsoft encerrou o su-porte ao Windows XP SP3, não oferecendo mais atualiza-ções ou correções de segurança para o sistema.

Comparando o Windows XP com o Windows 7

EstabilidadeO Windows 7 é muito mais estável do que o Windows

XP, e isso acontece por diversos motivos. Inicialmente ele foi desenvolvido para dar maior proteção à memória, iso-lando-a de problemas externos. Exemplo clássico: você instala um novo driver de placa de vídeo, e ele trava pois tem um bug. Enquanto o Windows XP trava por completo

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(ou o computador é reiniciado), o Windows 7 se recupera normalmente do travamento utilizando um driver padrão de vídeo, e isso não afeta os demais programas abertos.

O Windows 7 vem com o Monitor de Confi abilidade. Ele monitora constantemente o computador, salvando informações importantes quando há alguma falha de aplicativo ou do Windows, e com isso o usuário tem um panorama geral que permite concluir que aplicativo ou driver está causando problemas. Isso é possível pois ele monitora a data de instalação de drivers e programas, execução de aplicativos, updates do Windows, travamen-to de programas, e tudo mais que possa afetar a estabili-dade do sistema operacional - e com isso é fácil concluir quando um novo programa ou driver está causando pro-blemas no sistema operacional. O Monitor de Confi abi-lidade também tem a opção de verifi car soluções para todos os problemas listados.

Além disso, o Windows 7 também vem com a opção de restauração de sistema e drivers, permitindo que você retorne a um status ou driver anterior ao atual caso este apresente algum problema.

Por fi m, o NTFS (tipo de partição) do Windows 7 é mais completo e avançado do que o do Windows XP, pois é o mesmo utilizado no Windows Server 2008. Quando ocorre algum problema em disco ou na partição do Windows XP, por exemplo, o sistema operacional ten-ta corrigi-lo (às vezes durante horas) via chkdsk no pró-ximo boot. O NTFS do Windows 7, por outro lado, utiliza o self-healing (auto-correção) e o problema é reparado imediatamente sem que o usuário sequer saiba disso. Além disso, ele permite corrigir problemas em arquivos de sistema (como o Win32k.sys) - algo que o Windows XP não consegue. Neste item Windows 7 x Windows XP, o Windows 7 ganha.

UsabilidadeO Windows 7 facilita o dia-a-dia das pessoas com no-

vidades que tornam as tarefas mais rápidas e efi cientes. Entre elas estão:

- Central de Contas do Usuário (UAC) que protege o usuário sem incomodá-lo

- Pesquisa integrada ao sistema operacional- Bibliotecas, que organizam os arquivos e facilitam o

seu uso em rede local- Aero Snap, que ao arrastar uma janela para a late-

ral da tela, esta é automaticamente expandida e ocupa metade da tela (ou tela cheia se for arrastada para cima)

- Aero Peek, que torna as janelas transparentes para você visualizar ou acessar rapidamente o desktop

- Aero Shake, que ao chacoalhar uma janela faz com que todas as demais sejam automaticamente minimiza-das

Essas melhorias na usabilidade não devem ser des-consideradas ou vistas como “frescura”, pois elas podem economizar dezenas de horas de trabalho por ano! Mais uma vantagem para o Windows 7 na comparação Win-dows 7 x Windows XP.

SegurançaHá um mundo de diferença entra a segurança do

Windows XP e a do Windows 7. Embora algumas pes-soas achem que basta instalar um navegador atual para

se manter seguro na web, nada mais ilusório: estes mes-mos navegadores não conseguem proteger o usuário se eles estão sendo executados em um sistema operacional com capacidade de proteção limitada. O navegador não impede ataques remotos nem ataques que utilizam vul-nerabilidades existentes no sistema operacional.

Além disso, vulnerabilidades no Windows 7 são mui-to menos perigosas do que a mesma vulnerabilidade no Windows XP, pois o Windows 7 tem diversas proteções adicionais que diminuem o poder de ação dos malwares. Entre elas estão ASLR, PatchGuard, UAC, PMIE e outras tecnologias que bloqueiam e impedem ataques externos por vias desconhecidas. Além disso, o antivírus gratuito da Microsoft (MSE – Microsoft Security Essentials) pode ser utilizado por qualquer pessoa que tenha Windows Original, protegendo-a contra malwares.

Hardware e performanceAtualmente muitos computadores e notebooks vêm

com 4GB de memória RAM ou mais - e o Windows XP não aproveita isso.

Tanto o Windows XP quanto o Windows 7 “enxergam” até 4GB RAM nas suas versões 32-bits - mas ao contrário do XP, o Windows 7 tem versões 64-bits perfeitamente utilizáveis, isto é, o mercado lançou programas e perifé-ricos que funcionam perfeitamente no Windows 7, mas não para o Windows XP.

Embora exista uma versão 64-bits do Windows XP, praticamente ninguém a usa pois não há drivers para pe-riféricos nem programas que aproveitam o seu potencial.

E um detalhe que poucos sabem é que o limite de 4GB de memória se aplica à soma da memória RAM + memória da placa de vídeo + memória dos periféricos PCI + ACPI + tudo mais que esteja instalado no compu-tador que utilize memória (exceto pendrive, disco rígido e cartões de memória, obviamente).

Isso signifi ca que se você utiliza uma poderosa pla-ca de vídeo de 2GB de memória (algo relativamente co-mum) no Windows XP, este acessará menos de 2GB de memória RAM independentemente da quantidade de memória RAM instalada no computador. E quanto me-nos memória RAM, menos performance o computador terá. A solução é utilizar um sistema operacional comple-to de 64-bits como o Windows 7.

Custo BenefícioO Windows XP foi inaugurado em 2001, ou seja, para

hardwares equivalentes da época, os requisitos mínimos do Windows XP são inferiores até mesmo aos smart-phones mais simples de hoje em dia: Pentium 233 MHz, 64MB RAM e 1,5GB de espaço em disco! É preciso dizer mais?

O Windows 7 funciona muito bem até mesmo em hardware limitado, como netbooks com 1GB RAM e pro-cessador de 1GHz, além de estar preparado para utilizar todo potencial das tecnologias atuais: processadores multi-core, muita memória RAM, discos SSD, drive de Blu-Ray, USB 3.0, placas de vídeo caseiras que processam 3 trilhões de cálculos por segundo (quatro placas dessas trabalhando juntas superam o total de cálculos por se-gundo do supercomputador mais rápido do planeta de

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2001 - e ele tinha 8.192 processadores!), e tecnologias que utilizamos atualmente e que seriam consideradas coi-sas de fi cção científi ca quando o Windows XP foi criado.

Na prática não existem motivos razoáveis para um computador utilizar o Windows XP ao invés do Windows 7.

Windows

O Windows assim como tudo que envolve a informá-tica passa por uma atualização constante, os concursos públicos em seus editais acabam variando em suas ver-sões, por isso vamos abordar de uma maneira geral tanto as versões do Windows quanto do Linux.

O Windows é um Sistema Operacional, ou seja, é um software, um programa de computador desenvolvido por programadores através de códigos de programação. Os Sistemas Operacionais, assim como os demais softwares, são considerados como a parte lógica do computador, uma parte não palpável, desenvolvida para ser utilizada apenas quando o computador está em funcionamento. O Sistema Operacional (SO) é um programa especial, pois é o primeiro a ser instalado na máquina.

Quando montamos um computador e o ligamos pela primeira vez, em sua tela serão mostradas apenas algu-mas rotinas presentes nos chipsets da máquina. Para uti-lizarmos todos os recursos do computador, com toda a qualidade das placas de som, vídeo, rede, acessarmos a Internet e usufruirmos de toda a potencialidade do hard-ware, temos que instalar o SO.

Após sua instalação é possível confi gurar as placas para que alcancem seu melhor desempenho e instalar os demais programas, como os softwares aplicativos e utilitários.

O SO gerencia o uso do hardware pelo software e ge-rencia os demais programas.

A diferença entre os Sistemas Operacionais de 32 bits e 64 bits está na forma em que o processador do com-putador trabalha as informações. O Sistema Operacional de 32 bits tem que ser instalado em um computador que tenha o processador de 32 bits, assim como o de 64 bits tem que ser instalado em um computador de 64 bits.

Os Sistemas Operacionais de 64 bits do Windows, segundo o site ofi cial da Microsoft, podem utilizar mais memória que as versões de 32 bits do Windows. “Isso ajuda a reduzir o tempo despendido na permuta de pro-cessos para dentro e para fora da memória, pelo arma-zenamento de um número maior desses processos na memória de acesso aleatório (RAM) em vez de fazê-lo no disco rígido. Por outro lado, isso pode aumentar o desempenho geral do programa”.

Windows 7

Para saber se o Windows é de 32 ou 64 bits, basta:1. Clicar no botão Iniciar , clicar com o botão direito

em computador e clique em Propriedades.2. Em sistema, é possível exibir o tipo de sistema.

“Para instalar uma versão de 64 bits do Windows 7, você precisará de um processador capaz de executar uma versão de 64 bits do Windows. Os benefícios de um

sistema operacional de 64 bits fi cam mais claros quan-do você tem uma grande quantidade de RAM (memória de acesso aleatório) no computador, normalmente 4 GB ou mais. Nesses casos, como um sistema operacional de 64 bits pode processar grandes quantidades de memó-ria com mais efi cácia do que um de 32 bits, o sistema de 64 bits poderá responder melhor ao executar vários programas ao mesmo tempo e alternar entre eles com frequência”.

Uma maneira prática de usar o Windows 7 (Win 7) é reinstalá-lo sobre um SO já utilizado na máquina. Nesse caso, é possível instalar:

- Sobre o Windows XP;- Uma versão Win 7 32 bits, sobre Windows Vista

(Win Vista), também 32 bits;- Win 7 de 64 bits, sobre Win Vista, 32 bits;- Win 7 de 32 bits, sobre Win Vista, 64 bits;- Win 7 de 64 bits, sobre Win Vista, 64 bits;- Win 7 em um computador e formatar o HD durante

a insta- lação;- Win 7 em um computador sem SO;

Antes de iniciar a instalação, devemos verifi car qual tipo de instalação será feita, encontrar e ter em mãos a chave do produto, que é um código que será solicitado durante a instalação.

Vamos adotar a opção de instalação com formatação de disco rígido, segundo o site ofi cial da Microsoft Cor-poration:

- Ligue o seu computador, de forma que o Windows seja inicializado normalmente, insira do disco de instalação do Windows 7 ou a unidade fl ash USB e desligue o seu computador.

- Reinicie o computador.- Pressione qualquer tecla, quando solicitado a fazer

isso, e siga as instruções exibidas.- Na página de Instalação Windows, insira seu idioma

ou outras preferências e clique em avançar.- Se a página de Instalação Windows não aparecer

e o programa não solicitar que você pressione al-guma tecla, talvez seja necessário alterar algumas confi gurações do sistema. Para obter mais infor-mações sobre como fazer isso, consulte. Inicie o seu computador usando um disco de instalação do Windows 7 ou um pen drive USB.

- Na página Leia os termos de licença, se você aceitar os termos de licença, clique em aceito os termos de licença e em avançar.

- Na página que tipo de instalação você deseja? cli-que em Personalizada.

- Na página onde deseja instalar Windows? clique em opções da unidade (avançada).

- Clique na partição que você quiser alterar, clique na opção de formatação desejada e siga as instruções.

- Quando a formatação terminar, clique em avançar.- Siga as instruções para concluir a instalação do

Windows 7, inclusive a nomenclatura do compu-tador e a confi guração de uma conta do usuário inicial.

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Conceitos de organização e de gerenciamento de in-formações; arquivos, pastas e programas.

Pastas – são estruturas digitais criadas para organizar arquivos, ícones ou outras pastas.

Arquivos – são registros digitais criados e salvos por meio de programas aplicativos. Por exemplo, quando abrimos o Microsoft Word, digitamos uma carta e a sal-vamos no computador, estamos criando um arquivo.

Ícones – são imagens representativas associadas a programas, arquivos, pastas ou atalhos.

Atalhos – são ícones que indicam um caminho mais curto para abrir um programa ou até mesmo um arquivo.

1. Criação de pastas (diretórios)

Figura 64: Criação de pastas

Clicando com o botão direito do mouse em um espaço vazio da área de trabalho ou outro apropriado, podemos encontrar a opção pasta.Clicando nesta opção com o botão esquerdo do mouse, temos então uma forma prática de criar uma pasta.

#FicaDica

Figura 65: Criamos aqui uma pasta chamada “Trabalho”.

Figura 66: Tela da pasta criada

Clicamos duas vezes na pasta “Trabalho” para abrí-la e agora criaremos mais duas pastas dentro dela:

Para criarmos as outras duas pastas, basta repetir o procedimento: botão direito, Novo, Pasta.

2. Área de trabalho:

Figura 67: Área de Trabalho

A fi gura acima mostra a primeira tela que vemos quando o Windows 7 é iniciado. A ela damos o nome de área de trabalho, pois a ideia original é que ela sir-va como uma prancheta, onde abriremos nossos livros e documentos para dar início ou continuidade ao trabalho.

Em especial, na área de trabalho, encontramos a barra de tarefas, que traz uma série de particularidades, como:

Figura 68: Barra de tarefas

1) Botão Iniciar: é por ele que entramos em contato com todos os outros programas instalados, pro-gramas que fazem parte do sistema operacional e ambientes de confi guração e trabalho. Com um clique nesse botão, abrimos uma lista, chamada Menu Iniciar, que contém opções que nos per-mitem ver os programas mais acessados, todos os outros programas instalados e os recursos do próprio Windows. Ele funciona como uma via de acesso para todas as opções disponíveis no com-putador.

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LEGISLAÇÃO APLICADA AO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS

ÍNDICE

O Ministério Público na Constituição Federal de 1988 (art. 127 a 129) .................................................................................................. 01Lei Complementar Estadual nº 25, de 06 de julho de 1998: Da autonomia do Ministério Público. Da organização do Ministério Público. Dos órgãos de Administração Superior do Ministério Público. Do Procurador-Geral de Justiça: esco-lha, nomeação, posse e atribuições administrativas. Do Colégio de Procuradores de Justiça: composição e atribuições. Do Conselho Superior do Ministério Público: escolha, composição e atribuições. Do Corregedor Geral do Ministério Público: escolha e atribuições. Dos órgãos de Administração do Ministério Público. As Procuradorias de Justiça e as Promotorias de Justiça. O Coordenador de Promotorias de Justiça. Funções dos órgãos de execução do Ministério Público (Procurador-Geral de Justiça, Colégio de Procuradores de Justiça, Conselho Superior do Ministério Público, Procuradores de Justiça e Promotores de Justiça). Dos órgãos auxiliares do Ministério Público. Dos Centros de Apoio Operacional. Escola Superior do Ministério Público. Dos Subprocuradores-Gerais de Justiça. Do Gabinete e da Assesso-ria do Procurador-Geral de Justiça ...................................................................................................................................................................... 02Estatuto dos Servidores Civis do Estado de Goiás (Lei Estadual nº 10.460/1988). . Dos deveres (art. 294), das transgres-sões disciplinares (art. 303 e 304), das responsabilidades (art. 305 a 310) e das penalidades (art. 311 a 322) ..................... 10Plano de Carreira dos Servidores do Ministério Público do Estado de Goiás (Lei Estadual nº 14.810, de 1º de julho de 2004) ................................................................................................................................................................................................................................. 12

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O MINISTÉRIO PÚBLICO NA CONSTITUI-ÇÃO FEDERAL DE 1988 (ART. 127 A 129).

O Ministério Público é uma instituição permanente e essencial à função jurisdicional do Estado, sendo dever dele defender a ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.

O Ministério Púb lico tem autonomia funcional e administrativa, podendo propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares, provendo-os por concurso público de provas ou de provas e títulos, a política remuneratória e os planos de carreira; a lei disporá sobre sua organização e funcionamento.

FIQUE ATENTO!O Ministério Público e laborará sua proposta orçamentária dentro dos limites estabeleci-dos na lei de diretrizes orçamentárias.Os princípios institucionais do Ministério Pú-blico a unidade, a indivisibilidade e a inde-pendência funcional.

O Ministério Público deve enviar a proposta orçamentária dentro do prazo, caso não o faça, o Poder Executivo considerará, para fi ns de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária vigente.

Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá h aver a realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais.

Faz parte do Ministério Público:I - o Ministério Público da União, que compreende:a) o Ministério Público Fe deral;b) o Ministério Público do Trabalho;c) o Minis tério Público Militar;d) o Ministé rio Público do Distrito Federal e Terri tórios;II - os Ministérios Público s dos Estados.O Ministério Público da União tem por chefe o

P rocurador-Geral da República, nomeado pelo P residente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução.

Os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito Federal e Territórios formarão lista tríplice de n tre integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, para escolha de seu Procurador-Geral, que será nomeado pelo Chefe do Poder Executivo, para mandato de dois anos, permitida uma recondução.

Leis complementares da União e dos Estados, estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de cada M inistério Público, observadas, relativamente a seus membros.

Garantias: a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não

podendo perder o cargo senão por sentença judicial transitada em j ulgado;

b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiado competente do Ministério Púb lico, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada ampla defesa;

c) irredutibilidade de subsídio, Vedaçõesa) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto,

honorários, percentagens ou cus tas processuais;b) exercer a advocacia;c) pa rticipar de sociedade comercial, na forma da lei;d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer

outr a função pública, salvo uma de magistério;e) exercer atividade político-partid ária; f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou

contribuições de pessoas físicas, ent idades públicas ou privadas, ressalvadas as exce ções previstas em lei.

Funções institucionais do Ministério Públicoa) promover, privativamente, a ação penal pública, na

forma da lei;b) zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos

e dos serviços de relevância púb lica aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia;

c) promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos;

d) promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fi ns de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição;

e) defender judicial mente os direitos e interesses das populações indígenas, DENTRE OUTROS.

As funções do Ministério Público só podem ser exercidas por integrantes da carreira, qu e deverão residir na comarca da respectiva lotação, salvo autorização do chefe da instituição.

O ingresso na carreira do Ministério Público será feito mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em sua realização, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e observando-se, nas nomeações, a ordem de classifi cação.

EXERCÍCIO COMENTADO

1. (MPE – ASSESSOR – MPE – 2015) Assinale a alternati-va que apresenta uma afi rmação INCORRETA.

a) Ao Ministério Público é assegurada autonomia fun-cional, administrativa e fi na nceira.

b) O Procurador-Geral de Justiça do Estado tem iniciativa de leis, podendo propor, ao Poder Legislativo, a cria-ção e extinção dos cargos de seus serviços auxiliares.

c) Anualmente, o Ministério Público elaborará a sua pro-posta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.

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d) As funções do Ministério Público só podem ser exercidas por integrantes da carreira.e) Os membros do Ministério Público deverão residir na comarca da respectiva lotação, salvo autorização do Correge-

dor-Geral do Ministério Público.

Resposta: Letra ETodas as assertivas estão corretas, sendo que, somente a “e” esta errada, conforme art. 129, §2º. “Os membros do Ministério Público deverão residir na comarca da respectiva lotação, salvo autorização do Corregedor-Geral do Mi-nistério Público”.

LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL Nº 25, DE 06 DE JULHO DE 1998: DA AUTONOMIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO. DA ORGANIZAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO. DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO. DO PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA: ESCOLHA, NOMEAÇÃO, POSSE E ATRIBUIÇÕES ADMINISTRATIVAS. DO CO-LÉGIO DE PROCURADORES DE JUSTIÇA: COMPOSIÇÃO E ATRIBUIÇÕES. DO CONSELHO SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO: ESCOLHA, COMPOSIÇÃO E ATRIBUIÇÕES. DO COR-REGEDOR GERAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO: ESCOLHA E ATRIBUIÇÕES. DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO. AS PROCURADORIAS DE JUSTIÇA E AS PROMOTORIAS DE JUSTIÇA. O COORDENADOR DE PROMOTORIAS DE JUSTIÇA. FUN-ÇÕES DOS ÓRGÃOS DE EXECUÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO (PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA, COLÉGIO DE PROCURADORES DE JUSTIÇA, CONSELHO SUPERIOR DO MINIS-TÉRIO PÚBLICO, PROCURADORES DE JUSTIÇA E PROMOTORES DE JUSTIÇA). DOS ÓR-GÃOS AUXILIARES DO MINISTÉRIO PÚBLICO. DOS CENTROS DE APOIO OPERACIONAL. ESCOLA SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO. DOS SUBPROCURADORES-GERAIS DE JUSTIÇA. DO GABINETE E DA ASSESSORIA DO PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA.

2. Lei Complementar Estadual nº 25, de 06 de julho de 1998:

2.1. Da autonomia do Ministério Público. Ao Ministério Público, é assegurada autonomia funcional, administrativa e fi nanceira, cabendo-lhe, especialmente:

praticar atos próprios de gestão, praticar atos e decidir sobre a situação funcional e administrativa do pessoal, ativo e inativo, da carreira e dos serviços auxiliares, organizados em quadros próprios, elaborar suas folhas de pagamento e expedir os competentes demonstrativos, adquirir bens e contratar serviços, efetuando a respectiva contabilização, propor ao Poder Legislativo a criação e a extinção de seus, prover os cargos iniciais da carreira e dos serviços auxiliares.

Ainda assim, é competência do MP:a) prover, por remoção, promoção e demais formas de provimento derivado, as Promotorias e Procuradorias de

Justiça;b) editar atos de aposentadoria, exoneração e outros que importem em vacância de cargos de carreira e de serviços

auxiliares, bem como os de disponibilidade de membros do Ministério Público e de seus servidores;c) organizar suas secretarias e os serviços auxiliares dos órgãos de administração;d) compor os seus órgãos de administração;e) elaborar seus regimentos internos;f) exercer outras competências decorrentes de sua autonomia.As decisões do Ministério Público fundadas em sua autonomia, têm efi cácia plena e executoriedade imediata,

ressalvada a competência constitucional dos Poderes Judiciário e Legislativo.Os órgãos do Ministério Público têm asseguradas instalações privativas nos edifícios onde exerçam suas funções,

especialmente nos tribunais e nos fóruns, cabendo-lhes a respectiva administração.O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes

orçamentárias, encaminhando-a, por intermédio do Procurador-Geral de Justiça, diretamente ao Governador do Estado, que a submeterá ao Poder Legislativo.

Os recursos correspondentes às suas dotações orçamentárias próprias e globais, compreendidos os créditos suplementares e especiais, ser-lhe-ão entregues até o dia vinte de cada mês, sem vinculação a qualquer tipo de despesa.

A omissão no encaminhamento da proposta orçamentária ou a sua inobservância confi guram atos atentatórios ao livre exercício do Ministério Público para todos os fi ns.

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A fi scalização contábil, fi nanceira, orçamen-tária, operacional e patrimonial do Ministério Público, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação de dotações e re-cursos próprios e renúncia de receitas, será exercida pelo Poder Legislativo, mediante controle externo e pelo sistema de contro-le interno efetivado pelas superintendências administrativa, de fi nanças, de planejamen-to e coordenação, além de auditoria interna, mediante comissão integrada por servidores efetivos do quadro da carreira da instituição.

#FicaDica

2.2. Da organização do Ministério Público. O Ministério Público compreende: órgãos de

administração superior, órgãos de administração, órgãos de execução e os órgãos auxiliares.

Os órgãos da Administração Superior do Ministério Público, são: a Procuradoria Geral de Justiça, o Colégio de Procuradores de Justiça, o Conselho Superior do Ministério Público e a Corregedoria Geral do Ministério Público.

São órgãos de Administração do Ministério Público: as Procuradorias de Justiça e as Promotorias de Justiça.

Os órgãos de execução do Ministério Público são: o Procurador-Geral de Justiça, o Colégio de Procuradores de Justiça, o Conselho Superior do Ministério Público, os Procuradores de Justiça e os Promotores de Justiça.

São órgãos auxiliares do Ministério Público: os Centros de Apoio Operacional, a Comissão de Concurso, a Escola Superior do Ministério Público, os Órgãos de Apoio Técnico, Administrativo e de Assessoramento, os Estagiários.

2.3. Dos órgãos de Administração Superior do Ministério Público.

A Procuradoria Geral de Justiça é o órgão de direção superior do Ministério Público, que funciona em sede própria e é chefi ada pelo Procurador-Geral de Justiça.

O Procurador-Geral da Justiça é nomeado pelo Governador do Estado dentre os integrantes vitalícios e em atividade na carreira, indicados em lista tríplice, elaborada na forma desta Lei, para mandato de 2 (dois) anos, permitida uma recondução, observado o mesmo procedimento.

A eleição para formação da lista tríplice é realizada no último dia útil do mês que anteceder o término do mandato e será feita mediante voto plurinominal e secreto de todos os integrantes em atividade na carreira.

FIQUE ATENTO!Será defeso o voto postal e o voto por pro-curação.

2.3.1. Do Procurador-Geral de Justiça: escolha, nomeação, posse e atribuições administrativas.

O Colégio de Procuradores de Justiça baixará normas regulamentadoras do processo eleitoral no prazo de 50 (cinquenta) dias antes da data prevista para a eleição.

A Comissão Eleitoral será composta por 3 (três) membros escolhidos pelo Colégio de Procuradores de Justiça, excluídos os que estiverem concorrendo à eleição, e será presidida pelo membro mais antigo no cargo de Procurador de Justiça, competindo-lhe a direção do processo eleitoral desde a inscrição dos candidatos até a apuração dos sufrágios e proclamação do resultado.

Quando a votação encerrar, a Comissão Eleitoral irá apurar os votos e resolverá os dissídios ocorrentes, dissolvendo-se após a elaboração da ata da eleição e a remessa, logo após o encerramento da apuração, da lista tríplice ao Procurador-Geral de Justiça.

Serão considerados incluídos na lista tríplice os 3 (três) candidatos mais votados, e, em caso de empate, será incluído o mais antigo na carreira, o de maior tempo de serviço público prestado ao Estado de Goiás e, por fi m, o mais idoso, sucessivamente.

O Procurador-Geral de Justiça encaminhará a lista tríplice, até o dia útil seguinte ao que a receber, ao Governador do Estado, cumprindo a este exercer, no prazo de 15 (quinze) dias, o seu direito de escolha.

Se o Chefe do Poder Executivo não efetivar a nomeação do Procurador-Geral de Justiça, nos 15 (quinze) dias que se seguirem ao do recebimento da lista tríplice, será investido automaticamente no cargo o membro do Ministério Público mais votado para exercício do mandato.

O Procurador-Geral de Justiça tomará posse e entrará em exercício em sessão pública e solene, devendo o procurador fazer declaração pública de bens no ato da posse e no término do mandato.

São inelegíveis para o cargo de Procurador-Geral de Justiça os membros do Ministério Público que:

I - se encontrem afastados do exercício das funções, na forma prevista nos artigos 124 e 125 desta lei, nos 6 (seis) meses anteriores à data da eleição;

II - forem condenados por crimes dolosos ou ato de improbidade administrativa, com decisão transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;

III - estejam cumprindo sanção aplicada em processo administrativo disciplinar;

IV - estiverem inscritos ou integrarem as listas a que se referem os artigos 94, caput, e 104, parágrafo único, inciso II, da Constituição Federal, e artigo 43 da Constituição Estadual;

V - à data da eleição não apresentarem declaração de regularidade dos serviços afetos a seu cargo.

Qualquer membro do Ministério Público poderá representar à Comissão Eleitoral acerca das causas de inelegibilidade, cabendo dessa decisão recurso ao Colégio de Procuradores de Justiça, no prazo de 5 (cinco) dias.

Em seus impedimentos o Procurador-Geral de Justiça será substituído pelo Procurador de Justiça mais antigo no cargo, em exercício.

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Caso passe 120 (cento e vinte) dias de afastamento, será declarada a vacância do cargo de Procurador-Geral. Se ocorrer a vacância do cargo de Procurador-Geral de Justiça, será realizada, no máximo, em 90 (noventa) dias, nova eleição para o preenchimento do cargo.

O substituto do cargo de Procurador-Geral de Justiça será exercido pelo Subprocurador-Geral para Assuntos Jurídico-Institucionais e Subprocurador-Geral para Assuntos Administrativo e, na falta ou ausência destes, pelo Procurador de Justiça mais antigo no cargo, em exercício.

Compete ao Procurador-Geral de Justiça:I - exercer a chefi a do Ministério Público,

representando-o judicial e extrajudicialmente;II - integrar, como membro nato, e presidir o Colégio

de Procuradores de Justiça, o Conselho Superior do Ministério Público e a Comissão de Concurso;

III - elaborar e submeter ao Colégio de Procuradores de Justiça as propostas de criação e extinção de cargos da carreira, dos serviços auxiliares e de orçamento anual;

IV - encaminhar ao Poder Legislativo os projetos de lei de iniciativa do Ministério Público;

V - propor ao Poder Legislativo a fi xação, a revisão, o reajuste e a recomposição dos vencimentos dos membros do Ministério Público e de seus servidores, determinando as implantações decorrentes do sistema remuneratório;

VI - praticar atos e decidir questões relativas à administração geral e execução orçamentária do Ministério Público;

VII - prover os cargos iniciais da carreira e dos serviços auxiliares, bem como as vagas por remoção, promoção, convocação e demais formas de provimento derivado, nas hipóteses desta Lei;

VIII - editar atos de aposentadoria, exoneração e outros que importem em vacância de cargos da carreira ou dos serviços auxiliares e atos de disponibilidade de membros do Ministério Público e de seus servidores;

IX - editar atos e decidir, na forma da lei, sobre as implementações decorrentes do sistema remuneratório, bem como sobre a situação funcional e administrativa do pessoal ativo e inativo da carreira e dos serviços auxiliares;

X - exercer as demais competências concernentes à administração fi nanceira, orçamentária, patrimonial e de pessoal, DENTRE OUTRAS.

2.3.2. Do Colégio de Procuradores de Justiça: composição e atribuições.

O Colégio de Procuradores de Justiça é um órgão de administração superior do Ministério Público e presidido pelo Procurador-Geral de Justiça, sendo integrado por todos os Procuradores de Justiça.

O Colégio de Procuradores deverá reunir-se mensalmente, em sessão ordinária, ou por convocação extraordinária do Procurador-Geral de Justiça, ou por proposta de 1/3 (um terço) de seus integrantes, na forma do regimento interno.

Compete ao Colégio de Procuradores de Justiça:I - opinar, por solicitação do Procurador-Geral de

Justiça ou de 1/3 (um terço) de seus integrantes, sobre matéria relativa à autonomia do Ministério Público, bem como sobre outras de interesse institucional;

II - dar posse ao Procurador-Geral de Justiça;III – aprovar o Plano Estratégico Institucional e os

Planos Gerais de Atuação, nos termos regimentais; IV - propor ao Procurador-Geral de Justiça o

encaminhamento de projeto de lei para a criação de cargos e serviços auxiliares, modifi cações na Lei Orgânica e providências relacionadas ao desempenho das funções institucionais;

V - aprovar a proposta orçamentária anual do Ministério Público, bem como os projetos de criação, modifi cação e extinção de cargos e serviços auxiliares;

VI - propor, na forma da Subseção III, ao Poder Legislativo, a destituição do Procurador-Geral de Justiça, pelo voto de 2/3 (dois terços) de seus membros e por iniciativa da maioria absoluta de seus integrantes;

VII - conferir posse e exercício, na segunda quinzena do mês de dezembro, aos membros do Conselho Superior do Ministério Público;

VIII - autorizar, por maioria absoluta de seus integrantes, que o Procurador-Geral de Justiça ajuíze ação civil de decretação de perda do cargo de membro do Ministério Público;

IX - convocar reunião extraordinária, mediante requerimento de 1/3 (um terço) dos seus integrantes, na forma do regimento interno;

X - decidir, em grau de recurso, acerca das causas de inelegibilidade para escolha de membro de órgão colegiado do Ministério Público, Procurador-Geral de Justiça e Corregedor-Geral do Ministério Público;

XI - elaborar seu regimento interno;XII - eleger, dar posse e exercício ao Corregedor-

Geral do Ministério Público, DENTRE OUTROS.

2.3.3. Do Conselho Superior do Ministério Público: escolha, composição e atribuições.

O Conselho Superior do Ministério Público é órgão da administração superior do Ministério Público, o qual deve zelar pela observância de seus princípios institucionais.

O Conselho Superior é composto pelo Procurador-Geral de Justiça, que o presidirá, pelo Corregedor-Geral do Ministério Público, e por 5 (cinco) Procuradores de Justiça eleitos, três pelos Promotores de Justiça em exercício e dois pelo Colégio de Procuradores de Justiça, para mandato de 1 (um) ano, vedada a reeleição, observado o procedimento desta Lei.

A eleição dos membros do Conselho Superior do Ministério Público será realizada em escrutínio, secreto e plurinominal, na primeira quinzena do mês de dezembro, obedecidos os seguintes preceitos:

a) publicação de edital no Diário Ofi cial do Estado, com antecedência mínima de 50 (cinquenta) dias do pleito, fi xando a data e o horário da votação e a relação dos elegíveis;

b) proibição do voto por mandatário ou por portador, permitido o voto por via postal em cédula encaminhada às Promotorias de Justiça do interior;

c) apuração pública, logo após o encerramento da votação, por comissão de 3 (três) componentes, todos da entrância mais elevada, designados pelo Procurador-Geral de Justiça e sob sua presidência, com a proclamação imediata dos eleitos;