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Analista JUDICIÁRIO ÁREA ADMINISTRATIVA Direitos das Pessoas com Deficiência; Legislação e Ética no Serviço Público; Noções de Direito Constitucional; Noções de Direito do Trabalho; Noções de Direito Administrativo; Administração Pública; Noções de Orçamento Público. LEGISLAÇÃO C O M P I L A D A WWW.NEAFCONCURSOS.COM.BR

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Page 1: New LEGISLAÇÃO - NEAF Concursos Públicos · 2018. 5. 23. · ta de Legislação e Ética no Serviço Público e em Noções de Direito Administrativo. Por questões didáticas,

Analista JUDICIÁRIOÁ R E A A D M I N I S T R AT I VA

• Direitos das Pessoas com Defi ciência;• Legislação e Ética no Serviço Público;• Noções de Direito Constitucional;• Noções de Direito do Trabalho;• Noções de Direito Administrativo;• Administração Pública;• Noções de Orçamento Público.

L E G I S L A Ç Ã OC O M P I L A D A

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S U M Á R I O1. NOÇÕES SOBRE DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA ......................................................... 1

RESOLUÇÃO Nº 230 DE 22/06/2016 ....................................................................................................................................... 1LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015 ................................................................................................................................. 1LEI Nº 11.126, DE 27 DE JUNHO DE 2005 ............................................................................................................................17CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 .................................................................................18LEI Nº 10.098, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2000 ....................................................................................................................20LEI Nº 10.048, DE 8 DE NOVEMBRO DE 2000......................................................................................................................22DECRETO Nº 5.296 DE 2 DE DEZEMBRO DE 2004 .............................................................................................................23LEI Nº 8.899, DE 29 DE JUNHO DE 1994 ..............................................................................................................................32DECRETO Nº 3.691, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2000 ..........................................................................................................32LEI Nº 8.160, DE 8 DE JANEIRO DE 1991 .............................................................................................................................32LEI Nº 7.853, DE 24 DE OUTUBRO DE 1989 .........................................................................................................................33DECRETO Nº 3.298, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1999 ..........................................................................................................35

2. LEGISLAÇÃO E ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO ..................................................................................... 43LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 .......................................................................................................................43LEI Nº 8.429, DE 2 DE JUNHO DE 1992 ................................................................................................................................61

3. NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL ............................................................................................... 63CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 .................................................................................63

4. NOÇÕES DE DIREITO DO TRABALHO ...................................................................................................... 934.1. DOS PRINCÍPIOS E FONTES DO DIREITO DO TRABALHO .........................................................................................934.2. HIERARQUIA DAS FONTES DO DIREITO DO TRABALHO ...........................................................................................994.3. DIREITOS CONSTITUCIONAIS DOS TRABALHADORES (ART. 7º DA CF/1988) .......................................................1004.4. DA RELAÇÃO DE TRABALHO E DA RELAÇÃO DE EMPREGO: CARACTERÍSTICAS E DIFERENCIAÇÃO ............1014.5. SUJEITOS DO CONTRATO DE TRABALHO STRICTO SENSU: EMPREGADO E EMPREGADOR: CONCEITO E CA-RACTERIZAÇÃO ...................................................................................................................................................................1024.6. DO GRUPO ECONÔMICO E SUAS IMPLICAÇÕES NO CONTRATO DE TRABALHO; DA SUCESSÃO DE EMPREGA-DORES; DA RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA ..................................................................................................................1044.7. TERCEIRIZAÇÃO E FLEXIBILIZAÇÃO..........................................................................................................................1044.8. DO CONTRATO INDIVIDUAL DE TRABALHO: CONCEITO, CLASSIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS ....................1074.9. DA ALTERAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO: PRINCÍPIO INFORMADOR; ALTERAÇÃO UNILATERAL E BILATE-RAL; O JUS VARIANDI..........................................................................................................................................................1094.10. DA SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO: CARACTERIZAÇÃO E DISTINÇÃO; HIPÓTE-SES DE SUSPENSÃO E DE INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO ................................................................ 1124.11. HIPÓTESES DE RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO .................................................................................. 1144.12. DO AVISO PRÉVIO: PRAZO E EFEITOS NO CONTRATO DE TRABALHO ............................................................... 1194.13. DA DURAÇÃO DO TRABALHO; DA JORNADA DE TRABALHO; DOS PERÍODOS DE DESCANSO; DO INTERVALO PARA REPOUSO E ALIMENTAÇÃO; DO DESCANSO SEMANAL REMUNERADO; DO TRABALHO NOTURNO E DO TRA-BALHO EXTRAORDINÁRIO .................................................................................................................................................1204.14. DO SALÁRIO-MÍNIMO: IRREDUTIBILIDADE E GARANTIA .......................................................................................1264.15. DAS FÉRIAS: DO DIREITO A FÉRIAS E DA SUA DURAÇÃO; PERÍODO CONCESSIVO E PERÍODO AQUISITIVO DE FÉRIAS; DA REMUNERAÇÃO E DO ABONO DE FÉRIAS ..................................................................................................1284.16. DO SALÁRIO E DA REMUNERAÇÃO: CONCEITO E DISTINÇÕES; COMPOSIÇÃO DO SALÁRIO; MODALIDADES DE SALÁRIO; FORMAS E MEIOS DE PAGAMENTO DO SALÁRIO; ADICIONAIS SALARIAIS; 13º SALÁRIO .......................131

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4.17. DA PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA: CONCEITO, CARACTERÍSTICAS, DISTINÇÃO E PRAZOS ...........................1384.18. FGTS ............................................................................................................................................................................1414.19. DA SEGURANÇA E MEDICINA NO TRABALHO: DAS ATIVIDADES PERIGOSAS OU INSALUBRES .....................1484.20. DA PROTEÇÃO AO TRABALHO DO MENOR .............................................................................................................1504.21. ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE .......................................................................................................1534.22. DA PROTEÇÃO AO TRABALHO DA MULHER: DA ESTABILIDADE DA GESTANTE; DA LICENÇA-MATERNIDADE .....1544.23. DO DIREITO COLETIVO DO TRABALHO: ORGANIZAÇÃO SINDICAL .....................................................................1564.24. LIBERDADE SINDICAL (CONVENÇÃO 87 DA OIT); CONCEITO DE CATEGORIA E CATEGORIA DIFERENCIADA; DAS CONVENÇÕES E ACORDOS COLETIVOS DE TRABALHO.......................................................................................1704.25. DAS COMISSÕES DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA ..........................................................................................................1754.26. DA REPRESENTAÇÃO DOS EMPREGADOS.............................................................................................................1764.27. DA RENÚNCIA E TRANSAÇÃO ...................................................................................................................................177

5. NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO .............................................................................................. 181LEI Nº 8.429, DE 2 DE JUNHO DE 1992 ..............................................................................................................................181LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993 ...........................................................................................................................187LEI Nº 10.520, DE 17 DE JULHO DE 2002 ...........................................................................................................................207DECRETO Nº 5.450, DE 31 DE MAIO DE 2005 ...................................................................................................................209DECRETO Nº 7.892, DE 23 DE JANEIRO DE 2013 .............................................................................................................214LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 ....................................................................................................................217LEI Nº 9.784, DE 29 DE JANEIRO DE 1999 .........................................................................................................................218

6. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ....................................................................................................................... 223DECRETO Nº 9.094, DE 17 DE JULHO DE 2017 .................................................................................................................223RESOLUÇÃO Nº 49 DE 18/12/2007 .....................................................................................................................................225DECRETO-LEI Nº 200, DE 25 DE FEVEREIRO DE 1967 ....................................................................................................225INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA GESTÃO PÚBLICA................................................................................................240MODELO DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO PÚBLICA ...........................................................................................................261

7. NOÇÕES DE ORÇAMENTO PÚBLICO ...................................................................................................... 271ORÇAMENTO NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL ....................................................................................................................271LEI Nº 4.320, DE 17 DE MARÇO DE 1964 ...........................................................................................................................276LEI COMPLEMENTAR Nº 101, DE 4 DE MAIO DE 2000 .....................................................................................................281

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1NEAF CONCURSOS - Av. São Luís, 86 - 2º Andar - São Paulo/SP - Tel.: (11) 3129-4356

www.neafconcursos.com.brA reprodução não autorizada deste material sujeita o infrator às penas previstas em Lei

RESOLUÇÃO Nº 230 DE 22/06/2016Orienta a adequação das atividades dos órgãos do Poder Judi-ciário e de seus serviços auxiliares às determinações exaradas pela Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo e pela Lei Brasi-leira de Inclusão da Pessoa com Deficiência por meio – entre outras medidas – da convolação em resolução a Recomenda-ção CNJ 27, de 16/12/2009, bem como da instituição de Co-missões Permanentes de Acessibilidade e Inclusão.

(...)CAPÍTULO III

DAS DISPOSIÇÕES RELACIONADAS AOS SERVIDORES COM DEFICIÊNCIA

SEÇÃO IIIDA INCLUSÃO DE PESSOA COM DEFICIÊNCIA NO SERVI-

ÇO PÚBLICOArt. 19. Os editais de concursos públicos para ingresso nos quadros do Poder Judiciário e de seus serviços auxiliares de-verão prever, nos objetos de avaliação, disciplina que abarque os direitos das pessoas com deficiência.

FONTE:http://www.cnj.jus.br/busca-atos-adm?documento=3141

LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência).

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

LIVRO IPARTE GERAL

TÍTULO IDISPOSIÇÕES PRELIMINARES

CAPÍTULO IDISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º É instituída a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), destinada a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania.

Parágrafo único. Esta Lei tem como base a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Pro-tocolo Facultativo, ratificados pelo Congresso Nacional por meio do Decreto Legislativo no 186, de 9 de julho de 2008, em conformidade com o procedimento previsto no § 3º do art. 5º da Constituição da República Federativa do Brasil, em vigor para o Brasil, no plano jurídico externo, desde 31 de agosto de 2008, e promulgados pelo Decreto no 6.949, de 25 de agosto de 2009, data de início de sua vigência no plano interno.

Art. 2º Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.

§ 1º A avaliação da deficiência, quando necessária, será biopsicossocial, realizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar e considerará:

I - os impedimentos nas funções e nas estruturas do corpo;

II - os fatores socioambientais, psicológicos e pessoais;

III - a limitação no desempenho de atividades; e

IV - a restrição de participação.

§ 2º O Poder Executivo criará instrumentos para avaliação da deficiência.

Art. 3º Para fins de aplicação desta Lei, consideram-se:

I - acessibilidade: possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, de espaços, mobiliá-rios, equipamentos urbanos, edificações, transportes, infor-mação e comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias, bem como de outros serviços e instalações abertos ao público, de uso público ou privados de uso coletivo, tanto na zona ur-bana como na rural, por pessoa com deficiência ou com mobi-lidade reduzida;

II - desenho universal: concepção de produtos, ambientes, programas e serviços a serem usados por todas as pessoas, sem necessidade de adaptação ou de projeto específico, in-cluindo os recursos de tecnologia assistiva;

III - tecnologia assistiva ou ajuda técnica: produtos, equi-pamentos, dispositivos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivem promover a funcionalidade, relacionada à atividade e à participação da pessoa com defi-ciência ou com mobilidade reduzida, visando à sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social;

IV - barreiras: qualquer entrave, obstáculo, atitude ou compor-tamento que limite ou impeça a participação social da pessoa, bem como o gozo, a fruição e o exercício de seus direitos à acessibilidade, à liberdade de movimento e de expressão, à comunicação, ao acesso à informação, à compreensão, à cir-culação com segurança, entre outros, classificadas em:

a) barreiras urbanísticas: as existentes nas vias e nos espaços públicos e privados abertos ao público ou de uso coletivo;

b) barreiras arquitetônicas: as existentes nos edifícios públicos e privados;

c) barreiras nos transportes: as existentes nos sistemas e meios de transportes;

d) barreiras nas comunicações e na informação: qualquer en-trave, obstáculo, atitude ou comportamento que dificulte ou im-possibilite a expressão ou o recebimento de mensagens e de informações por intermédio de sistemas de comunicação e de tecnologia da informação;

e) barreiras atitudinais: atitudes ou comportamentos que im-peçam ou prejudiquem a participação social da pessoa com deficiência em igualdade de condições e oportunidades com as demais pessoas;

f) barreiras tecnológicas: as que dificultam ou impedem o aces-so da pessoa com deficiência às tecnologias;

V - comunicação: forma de interação dos cidadãos que abran-ge, entre outras opções, as línguas, inclusive a Língua Brasi-leira de Sinais (Libras), a visualização de textos, o Braille, o sistema de sinalização ou de comunicação tátil, os caracteres ampliados, os dispositivos multimídia, assim como a linguagem simples, escrita e oral, os sistemas auditivos e os meios de voz digitalizados e os modos, meios e formatos aumentativos e alternativos de comunicação, incluindo as tecnologias da in-formação e das comunicações;

VI - adaptações razoáveis: adaptações, modificações e ajus-tes necessários e adequados que não acarretem ônus despro-porcional e indevido, quando requeridos em cada caso, a fim

1. NOÇÕES SOBRE DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

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LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990

Observação: a Lei nº 8.112/90 foi cobrada no capítulo que tra-ta de Legislação e Ética no Serviço Público e em Noções de Direito Administrativo.Por questões didáticas, unificamos os assuntos e disponibiliza-mos apenas neste capítulo.

Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais.

TÍTULO ICAPÍTULO ÚNICO

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARESArt. 1º Esta Lei institui o Regime Jurídico dos Servidores Pú-blicos Civis da União, das autarquias, inclusive as em regime especial, e das fundações públicas federais.Art. 2º Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa legalmente investida em cargo público.Art. 3º Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor.Parágrafo único. Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros, são criados por lei, com denominação própria e vencimento pago pelos cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão.Art. 4º É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os casos previstos em lei.

TÍTULO IIDO PROVIMENTO, VACÂNCIA, REMOÇÃO, REDISTRIBUI-

ÇÃO E SUBSTITUIÇÃOCAPÍTULO I

DO PROVIMENTOSEÇÃO I

DISPOSIÇÕES GERAISArt. 5º São requisitos básicos para investidura em cargo público:I - a nacionalidade brasileira;II - o gozo dos direitos políticos;III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais;IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;V - a idade mínima de dezoito anos;VI - aptidão física e mental.§ 1º As atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros requisitos estabelecidos em lei.§ 2º Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no concurso.§ 3º As universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica federais poderão prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos desta Lei. Art. 6º O provimento dos cargos públicos far-se-á mediante ato da autoridade competente de cada Poder.Art. 7º A investidura em cargo público ocorrerá com a posse.Art. 8º São formas de provimento de cargo público:I - nomeação;II - promoção;III - (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

IV - (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)V - readaptação;VI - reversão;VII - aproveitamento;VIII - reintegração;IX - recondução.

SEÇÃO IIDA NOMEAÇÃO

Art. 9º A nomeação far-se-á:I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de provimento efetivo ou de carreira;II - em comissão, inclusive na condição de interino, para cargos de confiança vagos. Parágrafo único. O servidor ocupante de cargo em comissão ou de natureza especial poderá ser nomeado para ter exercí-cio, interinamente, em outro cargo de confiança, sem prejuízo das atribuições do que atualmente ocupa, hipótese em que de-verá optar pela remuneração de um deles durante o período da interinidade. Art. 10. A nomeação para cargo de carreira ou cargo isolado de provimento efetivo depende de prévia habilitação em concurso público de provas ou de provas e títulos, obedecidos a ordem de classificação e o prazo de sua validade.Parágrafo único. Os demais requisitos para o ingresso e o desenvolvimento do servidor na carreira, mediante promoção, serão estabelecidos pela lei que fixar as diretrizes do sistema de carreira na Administração Pública Federal e seus regula-mentos.

SEÇÃO IIIDO CONCURSO PÚBLICO

Art. 11. O concurso será de provas ou de provas e títulos, podendo ser realizado em duas etapas, conforme dispuserem a lei e o regulamento do respectivo plano de carreira, condicionada a inscrição do candidato ao pagamento do valor fixado no edital, quando indispensável ao seu custeio, e ressalvadas as hipóteses de isenção nele expressamente previstas. Art. 12. O concurso público terá validade de até 2 (dois) anos, podendo ser prorrogado uma única vez, por igual período.§ 1º O prazo de validade do concurso e as condições de sua realização serão fixados em edital, que será publicado no Diário Oficial da União e em jornal diário de grande circulação.§ 2º Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade não expirado.

SEÇÃO IVDA POSSE E DO EXERCÍCIO

Art. 13. A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no qual deverão constar as atribuições, os deveres, as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que não poderão ser alterados unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofício previstos em lei.§ 1º A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da publicação do ato de provimento. § 2º Em se tratando de servidor, que esteja na data de publicação do ato de provimento, em licença prevista nos incisos I, III e V do art. 81, ou afastado nas hipóteses dos incisos I, IV, VI, VIII, alíneas «a», «b», «d», «e» e «f», IX e X do art. 102, o prazo será contado do término do impedimento. § 3º A posse poderá dar-se mediante procuração específica.§ 4º Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por nomeação.

2. LEGISLAÇÃO E ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO

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CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988

PREÂMBULONós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assem-bleia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrá-tico, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desen-volvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, funda-da na harmonia social e comprometida, na ordem interna e in-ternacional, com a solução pacífica das controvérsias, promul-gamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.

TÍTULO I DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fun-damentos:I - a soberania;II - a cidadania;III - a dignidade da pessoa humana;IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;V - o pluralismo político.Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Fe-derativa do Brasil:I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;II - garantir o desenvolvimento nacional;III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desi-gualdades sociais e regionais;IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discrimi-nação.Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas re-lações internacionais pelos seguintes princípios:I - independência nacional;II - prevalência dos direitos humanos;III - autodeterminação dos povos;IV - não-intervenção;V - igualdade entre os Estados;VI - defesa da paz;VII - solução pacífica dos conflitos;VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;IX - cooperação entre os povos para o progresso da humani-dade;X - concessão de asilo político.Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.

TÍTULO II DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

CAPÍTULO I DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qual-quer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estran-geiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desu-mano ou degradante;IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem; VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias; VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assis-tência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva; VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, cien-tífica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela poden-do penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial; XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunica-ções telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal; XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer; XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguar-dado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profis-sional;XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convoca-da para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, veda-da a de caráter paramilitar;

3. NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL

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NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL

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XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalha-dor de baixa renda nos termos da lei;XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diá-rias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou con-venção coletiva de trabalho;XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva;XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos do-mingos;XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no míni-mo, em cinquenta por cento à do normal;XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salá-rio, com a duração de cento e vinte dias;XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei;XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei;XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei;XXIV - aposentadoria;XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-es-colas;XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do em-pregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho;XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de fun-ções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência;XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos;XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos;XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso.Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalha-dores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento das obriga-ções tributárias, principais e acessórias, decorrentes da rela-ção de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência social.

TABELA COMPARATIVA DOS DIREITOS DOS TRABALHA-DORES URBANOS E RURAIS QUE SÃO ESTENDIDOS AOS DOMÉSTICOS E AOS SERVIDORES PÚBLICOS

TRAB.URBANOS E RURAIS

TRAB.DOMÉSTICOS

(Art. 7º, parágrafo único)

SERVIDORESOcupantes de cargo público (Art. 39 § 3º)

V - Piso salarial pro-porcional à extensão e à complexidade do trabalho;XI - Participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da re-muneração, e, excep-cionalmente, partici-pação na gestão da empresa, conforme definido em LEI;XIV - Jornada de 6 HORAS para o traba-lho realizado em tur-nos ininterruptos de revezamento, SALVO negociação coletiva;XXIII - Adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigo-sas, na forma da LEI;XXVII - Proteção em face da automação, na forma da LEI;XXIX - Ação, quanto aos créditos resultan-tes das relações de trabalho, com prazo prescricional de 5 ANOS para os tra-balhadores urbanos e rurais, ATÉ o limite de 2 ANOS após a extinção do contrato de trabalho;XXXII - Proibição de distinção entre traba-lho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais res-pectivos;XXXIV - IGUALDA-DE de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o tra-balhador avulso.I - Relação de empre-go protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de LEI COMPLEMENTAR, que preverá indeniza-ção compensatória, dentre outros direitos;

I - Relação de empre-go protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de LEI COMPLEMENTAR, que preverá indeniza-ção compensatória, dentre outros direitos;

II - Seguro-desem-prego, em caso de desemprego involun-tário;

II - Seguro-desem-prego, em caso de desemprego involun-tário;

III - Fundo de garantia do tempo de serviço;

III - Fundo de garantia do tempo de serviço;

VI - Irredutibilidade do salário, SALVO o disposto em conven-ção ou acordo cole-tivo;

VI - Irredutibilidade do salário, SALVO o disposto em conven-ção ou acordo cole-tivo;

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4.1. DOS PRINCÍPIOS E FONTES DO DIREITO DO TRABALHO

Separamos a legislação, as súmulas e as orientações jurispru-denciais pertinentes aos princípios e fontes do direito do traba-lho para que você possa consulta-las sempre que necessário no decorrer dos seus estudos.

FONTES DO DIREITO DO TRABALHO

DECRETO-LEI N.º 5.452, DE 1º DE MAIO DE 1943CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO

Art. 1º Esta Consolidação estatui as normas que regulam as relações individuais e coletivas de trabalho, nela previstas.Art. 2º Considera-se empregador a empresa, individual ou co-letiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admi-te, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.§ 1º Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras institui-ções sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados.§ 2º Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a di-reção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obriga-ções decorrentes da relação de emprego.§ 3º Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo necessárias, para a configuração do grupo, a demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas dele integran-tes.Art. 3º Considera-se empregado toda pessoa física que pres-tar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a de-pendência deste e mediante salário.Parágrafo único. Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual.Art. 4º Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado esteja à disposição do empregador, aguar-dando ou executando ordens, salvo disposição especial ex-pressamente consignada.(...)Art. 8º As autoridades administrativas e a Justiça do Traba-lho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por equi-dade e outros princípios e normas gerais de direito, principal-mente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público.Parágrafo único. O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho, naquilo em que não for incompatível com os princípios fundamentais deste.§ 1º O direito comum será fonte subsidiária do direito do tra-balho.§ 2º Súmulas e outros enunciados de jurisprudência editados pelo Tribunal Superior do Trabalho e pelos Tribunais Regionais do Trabalho não poderão restringir direitos legalmente previstos nem criar obrigações que não estejam previstas em lei.

§ 3º No exame de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, a Justiça do Trabalho analisará exclusivamente a conformidade dos elementos essenciais do negócio jurídico, respeitado o disposto no art. 104 da Lei nº 10.406, de 10 de ja-neiro de 2002 (Código Civil), e balizará sua atuação pelo prin-cípio da intervenção mínima na autonomia da vontade coletiva. (...)Art. 373-A. Ressalvadas as disposições legais destinadas a corrigir as distorções que afetam o acesso da mulher ao mer-cado de trabalho e certas especificidades estabelecidas nos acordos trabalhistas, é vedado: I - publicar ou fazer publicar anúncio de emprego no qual haja referência ao sexo, à idade, à cor ou situação familiar, salvo quando a natureza da atividade a ser exercida, pública e noto-riamente, assim o exigir;II - recusar emprego, promoção ou motivar a dispensa do tra-balho em razão de sexo, idade, cor, situação familiar ou estado de gravidez, salvo quando a natureza da atividade seja notória e publicamente incompatível; III - considerar o sexo, a idade, a cor ou situação familiar como variável determinante para fins de remuneração, formação pro-fissional e oportunidades de ascensão profissional; IV - exigir atestado ou exame, de qualquer natureza, para com-provação de esterilidade ou gravidez, na admissão ou perma-nência no emprego; V - impedir o acesso ou adotar critérios subjetivos para deferi-mento de inscrição ou aprovação em concursos, em empresas privadas, em razão de sexo, idade, cor, situação familiar ou estado de gravidez; VI - proceder o empregador ou preposto a revistas íntimas nas empregadas ou funcionárias. Parágrafo único. O disposto neste artigo não obsta a adoção de medidas temporárias que visem ao estabelecimento das políticas de igualdade entre homens e mulheres, em particular as que se destinam a corrigir as distorções que afetam a forma-ção profissional, o acesso ao emprego e as condições gerais de trabalho da mulher. (...)Art. 460. Na falta de estipulação do salário ou não havendo prova sobre a importância ajustada, o empregado terá direito a perceber salário igual ao daquela que, na mesma empresa, fi-zer serviço equivalente ou do que for habitualmente pago para serviço semelhante.(...)Art. 468 Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamen-te, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia.§ 2º É licita a transferência quando ocorrer extinção do estabe-lecimento em que trabalhar o empregado.(...)Art. 611. Convenção Coletiva de Trabalho é o acordo de ca-ráter normativo, pelo qual dois ou mais Sindicatos represen-tativos de categorias econômicas e profissionais estipulam condições de trabalho aplicáveis, no âmbito das respectivas representações, às relações individuais de trabalho. § 1º É facultado aos Sindicatos representativos de categorias profissionais celebrar Acordos Coletivos com uma ou mais em-presas da correspondente categoria econômica, que estipulem condições de trabalho, aplicáveis no âmbito da empresa ou das acordantes respectivas relações de trabalho.

4. NOÇÕES DE DIREITO DO TRABALHO

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4.3. DIREITOS CONSTITUCIONAIS DOS TRA-BALHADORES (ART. 7º DA CF/1988)

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;III - fundo de garantia do tempo de serviço;IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, ca-paz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajus-tes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo ve-dada sua vinculação para qualquer fim;V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;XI – participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalha-dor de baixa renda nos termos da lei;XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diá-rias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou con-venção coletiva de trabalho;XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva;XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos do-mingos;XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no míni-mo, em cinquenta por cento à do normal;XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salá-rio, com a duração de cento e vinte dias;XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei;XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei;XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei;XXIV - aposentadoria;XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-es-colas;XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;

XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do em-pregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho;XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de fun-ções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência;XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos;XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos;XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso.Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalha-dores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento das obriga-ções tributárias, principais e acessórias, decorrentes da rela-ção de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência social.

FONTE:http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm

SÚMULAS DA JURISPRUDÊNCIA UNIFORME DO TRIBU-NAL SUPERIOR DO TRABALHO

SÚMULA Nº 51 DO TSTNORMA REGULAMENTAR. VANTAGENS E OPÇÃO PELO NOVO REGULAMENTO. ART. 468 DA CLT (incorpora-da a Orientação Jurisprudencial nº 163 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005I - As cláusulas regulamentares, que revoguem ou alterem vantagens deferidas anteriormente, só atingirão os trabalhado-res admitidos após a revogação ou alteração do regulamento. (ex-Súmula nº 51 - RA 41/1973, DJ 14.06.1973)II - Havendo a coexistência de dois regulamentos da empresa, a opção do empregado por um deles tem efeito jurídico de re-núncia às regras do sistema do outro. (ex-OJ nº 163 da SBDI-1 - inserida em 26.03.1999)

SÚMULA Nº 344 DO TSTSALÁRIO-FAMÍLIA. TRABALHADOR RURAL (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003O salário-família é devido aos trabalhadores rurais somente após a vigência da Lei nº 8.213, de 24.07.1991.

SÚMULA Nº 437 DO TSTINTERVALO INTRAJORNADA PARA REPOUSO E ALIMENTAÇÃO. APLICAÇÃO DO ART. 71 DA CLT (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 307, 342, 354, 380 e 381 da SBDI-1) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012I - Após a edição da Lei nº 8.923/94, a não-concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para

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LEI Nº 8.429, DE 2 DE JUNHO DE 1992

Dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, car-go, emprego ou função na administração pública direta, indire-ta ou fundacional e dá outras providências.

CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1° Os atos de improbidade praticados por qualquer agen-te público, servidor ou não, contra a administração direta, in-direta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou con-corra com mais de cinquenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta lei.Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades des-ta lei os atos de improbidade praticados contra o patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público bem como daquelas para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de cinquenta por cento do patrimônio ou da re-ceita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres pú-blicos.Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem re-muneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no ar-tigo anterior.Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou con-corra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.Art. 4° Os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são obrigados a velar pela estrita observância dos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade no trato dos assuntos que lhe são afetos.Art. 5° Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou culposa, do agente ou de terceiro, dar-se-á o integral ressarcimento do dano.Art. 6° No caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente público ou terceiro beneficiário os bens ou valores acrescidos ao seu patrimônio.Art. 7° Quando o ato de improbidade causar lesão ao patri-mônio público ou ensejar enriquecimento ilícito, caberá a au-toridade administrativa responsável pelo inquérito representar ao Ministério Público, para a indisponibilidade dos bens do in-diciado.Parágrafo único. A indisponibilidade a que se refere o caput deste artigo recairá sobre bens que assegurem o integral res-sarcimento do dano, ou sobre o acréscimo patrimonial resul-tante do enriquecimento ilícito.Art. 8° O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às comina-ções desta lei até o limite do valor da herança.

CAPÍTULO II DOS ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

SEÇÃO I DOS ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA QUE IM-

PORTAM ENRIQUECIMENTO ILÍCITOArt. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de vantagem patrimo-nial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1° desta lei, e notadamente:I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra vantagem econômica, direta ou in-direta, a título de comissão, percentagem, gratificação ou pre-sente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público;II - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para faci-litar a aquisição, permuta ou locação de bem móvel ou imóvel, ou a contratação de serviços pelas entidades referidas no art. 1° por preço superior ao valor de mercado;III - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para fa-cilitar a alienação, permuta ou locação de bem público ou o fornecimento de serviço por ente estatal por preço inferior ao valor de mercado;IV - utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou material de qualquer natureza, de proprieda-de ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o trabalho de servidores públicos, empregados ou terceiros contratados por essas entidades;V - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para tolerar a exploração ou a prática de jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfico, de contrabando, de usura ou de qualquer outra atividade ilícita, ou aceitar promessa de tal vantagem;VI - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para fazer declaração falsa sobre medição ou ava-liação em obras públicas ou qualquer outro serviço, ou sobre quantidade, peso, medida, qualidade ou característica de mer-cadorias ou bens fornecidos a qualquer das entidades mencio-nadas no art. 1º desta lei;VII - adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo, emprego ou função pública, bens de qualquer natureza cujo valor seja desproporcional à evolução do patrimônio ou à renda do agente público;VIII - aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de con-sultoria ou assessoramento para pessoa física ou jurídica que tenha interesse suscetível de ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público, durante a atividade;IX - perceber vantagem econômica para intermediar a libera-ção ou aplicação de verba pública de qualquer natureza;X - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamente, para omitir ato de ofício, providência ou de-claração a que esteja obrigado;XI - incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1° desta lei;XII - usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1° desta lei.

5. NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO

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CAPÍTULO III DAS PENAS

Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato:I - na hipótese do art. 9°, perda dos bens ou valores acresci-dos ilicitamente ao patrimônio, ressarcimento integral do dano, quando houver, perda da função pública, suspensão dos direi-tos políticos de oito a dez anos, pagamento de multa civil de até três vezes o valor do acréscimo patrimonial e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incen-tivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritá-rio, pelo prazo de dez anos;II - na hipótese do art. 10, ressarcimento integral do dano, per-da dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstância, perda da função pública, sus-pensão dos direitos políticos de cinco a oito anos, pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incen-tivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritá-rio, pelo prazo de cinco anos;III - na hipótese do art. 11, ressarcimento integral do dano, se houver, perda da função pública, suspensão dos direitos políti-cos de três a cinco anos, pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da remuneração percebida pelo agente e proibi-ção de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majo-ritário, pelo prazo de três anos.IV - na hipótese prevista no art. 10-A, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de 5 (cinco) a 8 (oito) anos e multa civil de até 3 (três) vezes o valor do benefício financeiro ou tributário concedido.Parágrafo único. Na fixação das penas previstas nesta lei o juiz levará em conta a extensão do dano causado, assim como o proveito patrimonial obtido pelo agente.

CAPÍTULO IV DA DECLARAÇÃO DE BENS

Art. 13. A posse e o exercício de agente público ficam con-dicionados à apresentação de declaração dos bens e valores que compõem o seu patrimônio privado, a fim de ser arquivada no serviço de pessoal competente. § 1° A declaração compreenderá imóveis, móveis, semoven-tes, dinheiro, títulos, ações, e qualquer outra espécie de bens e valores patrimoniais, localizado no País ou no exterior, e, quan-do for o caso, abrangerá os bens e valores patrimoniais do cônjuge ou companheiro, dos filhos e de outras pessoas que vivam sob a dependência econômica do declarante, excluídos apenas os objetos e utensílios de uso doméstico.§ 2º A declaração de bens será anualmente atualizada e na data em que o agente público deixar o exercício do mandato, cargo, emprego ou função.§ 3º Será punido com a pena de demissão, a bem do serviço público, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, o agente pú-blico que se recusar a prestar declaração dos bens, dentro do prazo determinado, ou que a prestar falsa.§ 4º O declarante, a seu critério, poderá entregar cópia da de-claração anual de bens apresentada à Delegacia da Receita Federal na conformidade da legislação do Imposto sobre a Renda e proventos de qualquer natureza, com as necessárias atualizações, para suprir a exigência contida no caput e no § 2° deste artigo.

CAPÍTULO V DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO E DO PROCESSO

JUDICIALArt. 14. Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa competente para que seja instaurada investiga-ção destinada a apurar a prática de ato de improbidade.§ 1º A representação, que será escrita ou reduzida a termo e assinada, conterá a qualificação do representante, as informa-ções sobre o fato e sua autoria e a indicação das provas de que tenha conhecimento.§ 2º A autoridade administrativa rejeitará a representação, em despacho fundamentado, se esta não contiver as formalidades estabelecidas no § 1º deste artigo. A rejeição não impede a re-presentação ao Ministério Público, nos termos do art. 22 desta lei.

Dos Atos de Improbidade Admi-nistrativa Decorrentes de Con-

cessão ou Aplicação Indevida de Benefício Financeiro ou

Tributário

Dos Atos De Improbidade Administrativa Que Importam

Enriquecimento Ilícito

Dos Atos De Improbidade Administrativa Que Causam

Prejuízo Ao Erário

Dos Atos De Improbidade Administrativa Que

Atentam Contra Os Princípios Da Administração Pública

T E L AIV - na hipótese prevista no art. 10-A, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de

5 a 8 ANOS e

(Mesma pena do L)

I - na hipótese do art. 9°, perda dos bens ou valores acresci-dos ilicitamente ao patrimônio, ressarcimento integral do dano, quando houver, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de

8 a 10 ANOS,

II - na hipótese do art. 10, ressar-cimento integral do dano, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se con-correr esta circunstância, perda da função pública, suspensão dos di-reitos políticos de

5 a 8 ANOS,

III - na hipótese do art. 11, ressar-cimento integral do dano, se hou-ver, perda da função pública, sus-pensão dos direitos políticos de

3 a 5 ANOS,

Multa civil de ATÉ 3 VEZES o valor do BENEFÍCIO financeiro ou tributário concedido.

Pagamento de multa civil de ATÉ 3 VEZES o valor do ACRÉSCI-MO patrimonial

Pagamento de multa civil de ATÉ 2 VEZES o valor do DANO

Pagamento de multa civil de ATÉ 100 VEZES o valor da REMU-NERAÇÃO percebida pelo agente

E proibição de contratar com o Poder Público ou receber be-nefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamen-te, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário pelo prazo de

10 ANOS;

E proibição de contratar com o Po-der Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário pelo prazo de

5 ANOS;

E proibição de contratar com o Po-der Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário pelo prazo de

3 ANOS.

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LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993 Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências.

Prezado aluno (a),Devido à complexidade da Lei nº 8.666/93 e com a finalidade de proporcionar um material direcionado, o professor respon-sável pela organização desta disciplina tomou a liberdade de organizar os artigos obedecendo aos tópicos cobrados no edi-tal do concurso para o Tribunal Regional do Trabalho.

FINALIDADES

Art. 3o A licitação destina-se a garantir a observância do prin-cípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvi-mento nacional sustentável e será processada e julgada em es-trita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento con-vocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.

PRINCÍPIOS

Art. 1o Esta Lei estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei, além dos órgãos da administração direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.Art. 2º As obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações, concessões, permissões e locações da Adminis-tração Pública, quando contratadas com terceiros, serão ne-cessariamente precedidas de licitação, ressalvadas as hipóte-ses previstas nesta Lei. Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-se contrato todo e qualquer ajuste entre órgãos ou entidades da Adminis-tração Pública e particulares, em que haja um acordo de vonta-des para a formação de vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a denominação utilizada.Art. 3o A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos:

1. Da legalidade;2. Da impessoalidade;3. Da moralidade;4. Da igualdade;5. Da publicidade;6. Da probidade administrativa;7. Da vinculação ao instrumento convocatório;8. Do julgamento objetivo; e9. Dos que lhes são correlatos.

§ 1o É vedado aos agentes públicos:I - admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação, cláusulas ou condições que comprometam, restrinjam ou frus-trem o seu caráter competitivo, inclusive nos casos de socie-dades cooperativas, e estabeleçam preferências ou distinções em razão da naturalidade, da sede ou domicílio dos licitantes ou de qualquer outra circunstância impertinente ou irrelevante para o específico objeto do contrato, ressalvado o disposto nos §§ 5o a 12 deste artigo e no art. 3o da Lei no 8.248, de 23 de outubro de 1991;

II - estabelecer tratamento diferenciado de natureza comercial, legal, trabalhista, previdenciária ou qualquer outra, entre em-presas brasileiras e estrangeiras, inclusive no que se refere a moeda, modalidade e local de pagamentos, mesmo quando envolvidos financiamentos de agências internacionais, res-salvado o disposto no parágrafo seguinte e no art. 3o da Lei no 8.248, de 23 de outubro de 1991.§ 2o Em igualdade de condições, como critério de desempa-te, será assegurada preferência, sucessivamente, aos bens e serviços:I - (Revogado pela Lei nº 12.349, de 2010)II - produzidos no País;III - produzidos ou prestados por empresas brasileiras.IV - produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvimento de tecnologia no País. V - produzidos ou prestados por empresas que comprovem cumprimento de reserva de cargos prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência Social e que atendam às regras de acessibilidade previstas na legislação.

Art. 45, § 2º No caso de empate entre duas ou mais propos-tas, e após obedecido o disposto no § 2º do art. 3º desta Lei, a classificação se fará, obrigatoriamente, por sorteio, em ato público, para o qual todos os licitantes serão convocados, vedado qualquer outro processo.

§ 3o A licitação não será sigilosa, sendo públicos e acessíveis ao público os atos de seu procedimento, salvo quanto ao con-teúdo das propostas, até a respectiva abertura.§ 4º (Vetado). § 5o Nos processos de licitação, poderá ser estabelecida mar-gem de preferência para:I - produtos manufaturados e para serviços nacionais que aten-dam a normas técnicas brasileiras; eII - bens e serviços produzidos ou prestados por empresas que comprovem cumprimento de reserva de cargos prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdên-cia Social e que atendam às regras de acessibilidade previstas na legislação.§ 6o A margem de preferência de que trata o § 5o será estabelecida com base em estudos revistos periodicamente, em prazo não superior a 5 anos, que levem em consideração: I - geração de emprego e renda;II - efeito na arrecadação de tributos federais, estaduais e mu-nicipais;III - desenvolvimento e inovação tecnológica realizados no País; IV - custo adicional dos produtos e serviços; eV - em suas revisões, análise retrospectiva de resultados. § 7o Para os produtos manufaturados e serviços nacionais re-sultantes de desenvolvimento e inovação tecnológica realiza-dos no País, poderá ser estabelecido margem de preferência adicional àquela prevista no § 5o. § 8o As margens de preferência por produto, serviço, grupo de produtos ou grupo de serviços, a que se referem os §§ 5o e 7o, serão definidas pelo Poder Executivo federal, não podendo a soma delas ultrapassar o montante de 25% sobre o preço dos produtos manufaturados e serviços estrangeiros. § 9o As disposições contidas nos §§ 5o e 7o deste artigo não se aplicam aos bens e aos serviços cuja capacidade de produção ou prestação no País seja inferior: I - à quantidade a ser adquirida ou contratada; ouII - ao quantitativo fixado com fundamento no § 7o do art. 23 desta Lei, quando for o caso. § 10. A margem de preferência a que se refere o § 5o pode-rá ser estendida, total ou parcialmente, aos bens e serviços originários dos Estados Partes do Mercado Comum do Sul – Mercosul.§ 11. Os editais de licitação para a contratação de bens, serviços e obras poderão, mediante prévia justificativa da autoridade competente, exigir que o contratado promova, em

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técnica» ou «técnica e preço»;III - 15 DIAS para a tomada de preços, nos casos não especifi-cados na alínea “b” do inciso anterior, ou leilão; IV - 5 DIAS ÚTEIS para convite.

MODALIDADES PRAZOConcurso. 45 DIASConcorrência, quando o contrato a ser celebrado contemplar o regime de em-preitada integral.

45 DIAS

Concorrência, quando a licitação for do tipo “melhor técnica”. 45 DIAS

Concorrência, quando a licitação for do tipo “técnica e preço”. 45 DIAS

Concorrência, demais hipóteses. 30 DIASTomada de preços, quando a licitação for do tipo “melhor técnica”. 30 DIAS

Tomada de preços, quando a licitação for do tipo “técnica e preço”. 30 DIAS

Tomada de Preços, demais hipóteses. 15 DIASLeilão. 15 DIASConvite. 05 DIAS ÚTEIS

§ 3o Os prazos estabelecidos no parágrafo anterior serão con-tados a partir da última publicação do edital resumido ou da expedição do convite, ou ainda da efetiva disponibilidade do edital ou do convite e respectivos anexos, prevalecendo a data que ocorrer mais tarde. § 4o Qualquer modificação no edital exige divulgação pela mesma forma que se deu o texto original, reabrindo-se o prazo inicialmente estabelecido, exceto quando, inquestionavelmen-te, a alteração não afetar a formulação das propostas.Art. 22. São MODALIDADES de licitação:I - concorrência;II - tomada de preços;III - convite;IV - concurso;V - leilão.

Modalidades previstas na Lei nº 8.666/93

Modalidades previstas FORA da Lei nº 8.666/93

Concorrência; Pregão – Lei nº 10.520/02;Tomada de Preços; Pregão – Decreto nº 5.450/05;Convite; Consulta – Lei nº 9.472/97.Concurso;

Leilão.

§ 1o CONCORRÊNCIA é a modalidade de licitação entre quais-quer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exi-gidos no edital para execução de seu objeto.§ 2o TOMADA DE PREÇOS é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o 3º dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a ne-cessária qualificação.§ 9o Na hipótese do § 2o deste artigo, a administração somente poderá exigir do licitante não cadastrado os documentos pre-vistos nos arts. 27 a 31, que comprovem habilitação compatí-vel com o objeto da licitação, nos termos do edital.§ 3o CONVITE é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, esco-lhidos e convidados em número mínimo de 3 pela unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastra-dos na correspondente especialidade que manifestarem seu

interesse com antecedência de até 24 horas da apresentação das propostas.§ 6o Na hipótese do § 3o deste artigo, existindo na praça mais de 3 possíveis interessados, a cada novo convite, realizado para objeto idêntico ou assemelhado, é obrigatório o convite a, no mínimo, mais um interessado, enquanto existirem cadastra-dos não convidados nas últimas licitações. § 7o Quando, por limitações do mercado ou manifesto desinteresse dos convidados, for impossível a obtenção do número mínimo de licitantes exigidos no § 3o deste artigo, essas circunstâncias deverão ser devidamente justificadas no processo, sob pena de repetição do convite.§ 4o CONCURSO é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou ar-tístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de 45 dias.§ 5o LEILÃO é a modalidade de licitação entre quaisquer in-teressados para a venda de bens móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou pe-nhorados, ou para a alienação de bens imóveis prevista no art. 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação. § 8o É vedada a criação de outras modalidades de licitação ou a combinação das referidas neste artigo.Art. 23. As modalidades de licitação a que se referem os incisos I a III do artigo anterior serão determinadas em função dos seguintes limites, tendo em vista o valor estimado da con-tratação:I - para obras e serviços de engenharia:a) convite - até R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais); b) tomada de preços - até R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais); c) concorrência: acima de R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais);

ENGENHARIAMODALIDADES VALOR

Concorrência Acima de R$ 1.500.000,00Tomada de Preços ATÉ R$ 1.500.000,00Convite ATÉ R$ 150.000,00

II - para compras e serviços não referidos no inciso anterior: a) convite - até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais); b) tomada de preços - até R$ 650.000,00 (seiscentos e cinquenta mil reais); c) concorrência - acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinquenta mil reais).

COMPRAS E SERVIÇOSMODALIDADES VALOR

Concorrência Acima de R$ 650.000,00Tomada de Preços ATÉ R$ 650.000,00Convite ATÉ R$ 80.000,00

§ 1o As obras, serviços e compras efetuadas pela Administração serão divididas em tantas parcelas quantas se comprovarem técnica e economicamente viáveis, procedendo-se à licitação com vistas ao melhor aproveitamento dos recursos disponíveis no mercado e à ampliação da competitividade sem perda da economia de escala. § 2o Na execução de obras e serviços e nas compras de bens, parceladas nos termos do parágrafo anterior, a cada etapa ou conjunto de etapas da obra, serviço ou compra, há de corresponder licitação distinta, preservada a modalidade pertinente para a execução do objeto em licitação.§ 3o A concorrência é a modalidade de licitação cabível, qual-

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6. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

DECRETO Nº 9.094, DE 17 DE JULHO DE 2017Dispõe sobre a simplificação do atendimento prestado aos usuários dos serviços públicos, ratifica a dispensa do reconhe-cimento de firma e da autenticação em documentos produzi-dos no País e institui a Carta de Serviços ao Usuário.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, caput, inciso VI, alínea “a”, da Constituição,DECRETA:

Art. 1º Os órgãos e as entidades do Poder Executivo federal observarão as seguintes diretrizes nas relações entre si e com os usuários dos serviços públicos:I - presunção de boa-fé;II - compartilhamento de informações, nos termos da lei;III - atuação integrada e sistêmica na expedição de atestados, certidões e documentos comprobatórios de regularidade;IV - racionalização de métodos e procedimentos de controle;V - eliminação de formalidades e exigências cujo custo econô-mico ou social seja superior ao risco envolvido;VI - aplicação de soluções tecnológicas que visem a simplificar processos e procedimentos de atendimento aos usuários dos serviços públicos e a propiciar melhores condições para o com-partilhamento das informações;VII - utilização de linguagem clara, que evite o uso de siglas, jargões e estrangeirismos; eVIII - articulação com os Estados, o Distrito Federal, os Muni-cípios e os outros Poderes para a integração, racionalização, disponibilização e simplificação de serviços públicos.Parágrafo único. Usuários dos serviços públicos são as pes-soas físicas e jurídicas, de direito público ou privado, direta-mente atendidas por serviço público.

CAPÍTULO IDA RACIONALIZAÇÃO DE EXIGÊNCIAS E DA TROCA DE

INFORMAÇÕESArt. 2º Salvo disposição legal em contrário, os órgãos e as entidades do Poder Executivo federal que necessitarem de documentos comprobatórios da regularidade da situação de usuários dos serviços públicos, de atestados, de certidões ou de outros documentos comprobatórios que constem em base de dados oficial da administração pública federal deverão ob-tê-los diretamente do órgão ou da entidade responsável pela base de dados, nos termos do Decreto nº 8.789, de 29 de ju-nho de 2016, e não poderão exigi-los dos usuários dos servi-ços públicos.Art. 3º Na hipótese dos documentos a que se refere o art. 2º conterem informações sigilosas sobre os usuários dos serviços públicos, o fornecimento pelo órgão ou pela entidade responsá-vel pela base de dados oficial fica condicionado à autorização expressa do usuário, exceto nas situações previstas em lei.Parágrafo único. Quando não for possível a obtenção dos do-cumentos a que a que se refere o art. 2º diretamente do órgão ou da entidade responsável pela base de dados oficial, a com-provação necessária poderá ser feita por meio de declaração escrita e assinada pelo usuário dos serviços públicos, que, na hipótese de declaração falsa, ficará sujeito às sanções admi-nistrativas, civis e penais aplicáveis.Art. 4º Os órgãos e as entidades responsáveis por bases de dados oficiais da administração pública federal prestarão orientações aos órgãos e às entidades públicos interessados para o acesso às informações constantes das bases de dados, observadas as disposições legais aplicáveis.Art. 5º No atendimento aos usuários dos serviços públicos, os órgãos e as entidades do Poder Executivo federal observarão as seguintes práticas:

I - gratuidade dos atos necessários ao exercício da cidadania, nos termos da Lei nº 9.265, de 12 de fevereiro de 1996;II - padronização de procedimentos referentes à utilização de formulários, guias e outros documentos congêneres; eIII - vedação de recusa de recebimento de requerimentos pelos serviços de protocolo, exceto quando o órgão ou a entidade for manifestamente incompetente. § 1º Na hipótese referida no inciso III do caput, os serviços de protocolo deverão prover as informações e as orientações necessárias para que o interessado possa dar andamento ao requerimento. § 2º Após a protocolização de requerimento, caso o agente público verifique que o órgão ou a entidade do Poder Executivo federal é incompetente para o exame ou a decisão da matéria, deverá providenciar a remessa imediata do requerimento ao órgão ou à entidade do Poder Executivo federal competente. § 3º Quando a remessa referida no § 2º não for possível, o in-teressado deverá ser comunicado imediatamente do fato para adoção das providências necessárias.Art. 6º As exigências necessárias para o requerimento serão feitas desde logo e de uma só vez ao interessado, justificando--se exigência posterior apenas em caso de dúvida superveniente.Art. 7º Não será exigida prova de fato já comprovado pela apresentação de documento ou informação válida.Art. 8º Para complementar informações ou solicitar esclareci-mentos, a comunicação entre o órgão ou a entidade do Poder Executivo federal e o interessado poderá ser feita por qualquer meio, preferencialmente eletrônico.Art. 9º Exceto se existir dúvida fundada quanto à autentici-dade ou previsão legal, fica dispensado o reconhecimento de firma e a autenticação de cópia dos documentos expedidos no País e destinados a fazer prova junto a órgãos e entidades do Poder Executivo federal.Art. 10. A apresentação de documentos por usuários dos ser-viços públicos poderá ser feita por meio de cópia autenticada, dispensada nova conferência com o documento original. § 1º A autenticação de cópia de documentos poderá ser feita, por meio de cotejo da cópia com o documento original, pelo servidor público a quem o documento deva ser apresentado. § 2º Constatada, a qualquer tempo, a falsificação de firma ou de cópia de documento público ou particular, o órgão ou a en-tidade do Poder Executivo federal considerará não satisfeita a exigência documental respectiva e, no prazo de até cinco dias, dará conhecimento do fato à autoridade competente para ado-ção das providências administrativas, civis e penais cabíveis.

CAPÍTULO IIDA CARTA DE SERVIÇOS AO USUÁRIO

Art. 11. Os órgãos e as entidades do Poder Executivo federal que prestam atendimento aos usuários dos serviços públicos, direta ou indiretamente, deverão elaborar e divulgar Carta de Serviços ao Usuário, no âmbito de sua esfera de competência.§ 1º A Carta de Serviços ao Usuário tem por objetivo informar aos usuários dos serviços prestados pelo órgão ou pela enti-dade do Poder Executivo federal as formas de acesso a esses serviços e os compromissos e padrões de qualidade do aten-dimento ao público.§ 2º Da Carta de Serviços ao Usuário, deverão constar infor-mações claras e precisas sobre cada um dos serviços presta-dos, especialmente as relativas:I - ao serviço oferecido;II - aos requisitos e aos documentos necessários para acessar o serviço;III - às etapas para processamento do serviço;IV - ao prazo para a prestação do serviço;V - à forma de prestação do serviço;VI - à forma de comunicação com o solicitante do serviço; eVII - aos locais e às formas de acessar o serviço.

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3. Modelo de Excelência em Gestão Pública – MEGPO Modelo de Excelência da Gestão Pública é a representação do sistema constituído de oito partes integradas (Critérios) e interatuantes que orientam a adoção de práticas de excelência em gestão com a finalidade de levar as organizações públicas brasileiras a padrões elevados de desempenho e qualidade em gestão.

Figura 1 - Representação Gráfica do MEGP

Modelo acima representa o sistema de gestão de excelência e reproduz para o órgão/entidade público o Ciclo do P.D.C.A., método científico de gestão da qualidade preconizado por Edwards Deming que indica a necessidade de que a organização, no processo de controle da qualidade, realize as etapas de: i) Planejar (Plan); ii) Fazer (Do); iii) Checar ou Verificar (Check); e iv) Agir (Act). Este ciclo está representado pelos quatro blocos que, juntos, representam os oito critérios do Modelo.

BLOCO 1Planejamento

É constituído das quatro primeiras partes do Modelo: 1. Gover-nança, 2. Estratégia e planos, 3. Cidadão-usuário, 4. Interesse público e Cidadania. Essas partes movem a organização e lhe dão direcionalidade estratégica.

BLOCO 2Execução

É constituído das partes:6. Pessoas; e7. Processos.

Esses dois elementos representam o centro prático da ação organizacional e transformam finalidade e objetivos em resul-tados.

BLOCO 3

ResultadosRepresenta o controle, pois apenas pelos resultados produzi-dos pela organização é possível analisar a qualidade do siste-ma de gestão e o nível de desempenho.

Informação e conhecimentoRepresenta a inteligência da organização. Este bloco dá ao órgão/entidade capacidade de corrigir, melhorar ou inovar suas práticas de gestão e consequentemente seu desempenho. A adoção do Modelo Referencial da Gestão possibilita o desen-volvimento eficaz e eficiente da ação estatal e não representa obstáculo à consecução dos seus objetivos. Por isso, quando se fala em gestão de excelência baseada nesse Modelo, fala--se necessariamente de:•Mecanismos próprios de gestão de resultados e de controle

social;•Compartilhamento de responsabilidades entre as três esfe-

ras de governo;•Adoção de práticas representativas e participativas.

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6.4.1 Descrição das Práticas de Gestão:Descreve-se uma prática de gestão respondendo objetivamen-te à pergunta “como a organização executa esta ou aquela ação de gestão?”.Prática de Gestão (O que faz) - Significado da palavra COMO.Padrões de trabalho - Relacionar as principais regras/diretri-zes organizacionais que orientam a prática.Grau de disseminação - Citar as áreas, processos, produtos e/ou partes interessadas em que as práticas estão implemen-tadas.Continuidade - Identificar início da utilização (desde quando) e com que periodicidade ocorre.Integração - Descrever a coerência com as estratégias e ob-jetivos; inter-relação com as outras práticas de gestão, quando apropriado; e cooperação entre as áreas e demais partes inte-ressadas pertinentes.Métodos utilizados para o controle - Descrever de maneira sucinta os métodos utilizados para verificação do cumprimento dos padrões de trabalho.Exemplo do relato de uma prática de gestãoAs Reuniões do Comitê Gestor (Práticas de Gestão) têm como foco principal o acompanhamento e a aprovação de ações de melhoria relacionadas à análise crítica do desempenho, as atas destas reuniões são padronizadas com registro das ações e prazos (Padrões de Trabalho).Ocorrem mensalmente desde 2013 (Continuidade) e reúnem o colegiado formado pela Alta Administração e a Assessoria de Gestão estratégica.O acompanhamento das ações é realizado pela Assessoria da Qualidade e as pendências são incluídas nas pautas de reu-niões posteriores (Controle) todos os assuntos e decisões to-madas neste evento são repassados para as demais gerências técnicas e administrativas por meio eletrônico no dia seguinte à reunião quando são pactuadas ações integradas (Dissemina-ção e Integração) quando necessário.

6.5. Pontuação dos Critérios 1 a 7 - Processos GerenciaisA análise das assertivas dos Critérios 1 a 7 é realizada a partir da aplicação de uma escala de pontuação de zero a 100% (0%, 20%, 40%, 60%, 80% e 100%), conforme as Tabela IV e V. A escala está construída sob a premissa de que cada assertiva é avaliada pelo grau em que os requisitos das práticas existentes atendem ao conjunto de fatores a seguir relacionados:•Enfoque - Refere-se ao grau em que as práticas de gestão

da organização apresentam:Adequação: Atendimento aos requisitos do critério, incluin-

do os métodos de controle, de forma apropriada ao perfil da organização.

Pro atividade: Capacidade de se antecipar aos fatos, a fim de prevenir a ocorrência de situações potencialmente indese-jáveis e aumentar a confiança e a previsibilidade das práticas.

•Aplicação - Refere-se ao grau em que as práticas de gestão da organização apresentam:

Disseminação: Implementação, horizontal e verticalmente, pelas áreas, processos, produtos e/ou partes interessadas, conforme pertinente ao critério, considerando-se o perfil da organização.

Continuidade: Utilização periódica e ininterrupta das práti-cas de gestão considerando pelo menos, um ciclo completo realizado.

•Aprendizado - Refere-se ao grau em que as práticas de gestão da organização apresentam:

Refinamento: Aperfeiçoamentos decorrentes do processo de melhorias, o que inclui eventuais inovações, tanto incre-mentais quanto de ruptura, demonstrando que as práticas têm sido avaliadas e melhoradas nos últimos anos;

•Integração - Refere-se ao grau em que as práticas de ges-tão da organização apresentam:

Coerência: Relação harmônica com as estratégias e objeti-vos da organização, demonstrando que as práticas têm coe-rência com a estratégia e princípios da administração pública.

Inter-relacionamento: Implementação de modo comple-mentar com outras práticas de gestão da organização, onde apropriado.

Cooperação: Colaboração entre as áreas da organização e entre a organização e suas partes interessadas, quando pertinentes na implementação das práticas de gestão.

Figura 3 – Diagrama de Gestão das Práticas

CICLO

DE

AP

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ANEXO I – MATRIZ GUT E BÁSICO

a.1) Matriz GUTEssa ferramenta poderá auxiliar na tarefa de definir prioridades quando há várias atividades a serem executadasEssa matriz tem esse nome pelo fato de levar em considera-ção:Gravidade: impacto do problema sobre as coisas, pessoas, re-sultados, processos ou organizações e efeitos que surgirão em longo prazo, caso o problema não seja resolvido.Urgência: relação com o tempo disponível ou necessário para resolver o problema.Tendência: potencial de crescimento do problema, avaliação da tendência de crescimento, redução ou desaparecimento do problema.De posse das Oportunidades de Melhorias (OM) detectadas na descrição das práticas de gestão relativas a cada Critério do Modelo de Excelência em Gestão Pública, inicia-se a etapa de elaboração do Plano de Melhoria da Gestão (PMG).É importante ressaltar que a ordem de priorização não determina necessariamente quais oportunidades de melhoria serão transformadas em metas no Plano. Os planejadores deverão estabelecer um ponto de corte, cuidando para não definirem

um Plano de Melhoria com muitas metas. É bom lembrar que a organização tem suas metas finalísticas e precisa compartilhar a melhoria da gestão com vistas ao aumento da capacidade de desempenho.Cabe ressaltar algumas recomendações no momento da prio-rização das oportunidades de melhoria:Resistir à vontade de considerar todas as oportunidades de

melhoria como prioritárias.Priorizar, pelo menos, uma importância, não se deixar sedu-

zir pelas urgências.Identificar objetivamente o principal critério de priorização a

ser utilizado.A melhoria da qualidade dos serviços disponibilizados aos ci-dadãos deve levar em consideração a eficiência da ação pú-blica com ênfase na capacidade de fazer o máximo com os recursos disponíveis.As atividades finalísticas da organização são preferenciais como estratégia de atingir mais rapidamente o cidadão usuário.As ferramentas auxiliam, mas não substituem a percepção da organização sobre si mesma.

Tabela XIII - Demonstrativo da Pontuação da Autoavaliação

Organização:Cidade/UF:Vinculação:Poder:Esfera:Natureza Jurídica:CICLO*:

PONTUAÇÃO GERALCRITÉRIO MÁXIMA MEGP OBTIDA/VALIDADA (%)

Critério 1 – Governança 22 18,33 69,66Critério 2 - Estratégia e Planos 22 13,34 60,63Critério 3 - Cidadão-usuário 22 15,03 68,30Critério 4 - Interesse Público e Cidadania 22 11,30 51,36Critério 5 - Informação e Conhecimento 22 20,61 93,69Critério 6 - Pessoas 22 22,00 100,00Critério 7 - Processos 22 22,00 100,00Critério 8 - Resultados 96 76,00 79,17

TOTAL 250 198,60 79,44NÍVEL DE GESTÃO

N° POSIÇÃO PONTUAÇÃO ESTÁGIO DA ORGANIZAÇÃO

PRÁTICAS DESTACADASDescrição da Prática Critério Alínea

1)2)3)4)5)6)

*Período que foi avaliado.

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ORÇAMENTO NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988

TÍTULO IV

DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERESCAPÍTULO I

DO PODER LEGISLATIVOSEÇÃO IX

DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇA-MENTÁRIA

Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, ope-racional e patrimonial da União e das entidades da administra-ção direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, econo-micidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle ex-terno, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, ge-rencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pe-los quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária. Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento;II - julgar as contas dos administradores e demais responsá-veis por dinheiros, bens e valores públicos da administração di-reta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provi-mento em comissão, bem como a das concessões de aposen-tadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias poste-riores que não alterem o fundamento legal do ato concessório;IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão técnica ou de inquérito, ins-peções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamen-tária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais enti-dades referidas no inciso II;V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma direta ou indi-reta, nos termos do tratado constitutivo;VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros ins-trumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Mu-nicípio;VII - prestar as informações solicitadas pelo Congresso Na-cional, por qualquer de suas Casas, ou por qualquer das res-pectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas;

VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de des-pesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário;IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as provi-dências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade;X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal;XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados.§ 1º No caso de contrato, o ato de sustação será adotado dire-tamente pelo Congresso Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis.§ 2º Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias, não efetivar as medidas previstas no parágra-fo anterior, o Tribunal decidirá a respeito.§ 3º As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débi-to ou multa terão eficácia de título executivo.§ 4º O Tribunal encaminhará ao Congresso Nacional, trimestral e anualmente, relatório de suas atividades.Art. 72. A Comissão mista permanente a que se refere o art. 166, §1º, diante de indícios de despesas não autorizadas, ain-da que sob a forma de investimentos não programados ou de subsídios não aprovados, poderá solicitar à autoridade gover-namental responsável que, no prazo de cinco dias, preste os esclarecimentos necessários.§ 1º Não prestados os esclarecimentos, ou considerados estes insuficientes, a Comissão solicitará ao Tribunal pronunciamento conclusivo sobre a matéria, no prazo de trinta dias.§ 2º Entendendo o Tribunal irregular a despesa, a Comissão, se julgar que o gasto possa causar dano irreparável ou grave lesão à economia pública, proporá ao Congresso Nacional sua sustação.Art. 73. O Tribunal de Contas da União, integrado por nove Ministros, tem sede no Distrito Federal, quadro próprio de pes-soal e jurisdição em todo o território nacional, exercendo, no que couber, as atribuições previstas no art. 96.§ 1º Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão nomea-dos dentre brasileiros que satisfaçam os seguintes requisitos:I - mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade;II - idoneidade moral e reputação ilibada;III - notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração pública;IV - mais de dez Anos de exercício de função ou de efetiva ati-vidade profissional que exija os conhecimentos mencionados no inciso anterior.§ 2º Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão esco-lhidos:I - um terço pelo Presidente da República, com aprovação do Senado Federal, sendo dois alternadamente dentre auditores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal, indicados em lista tríplice pelo Tribunal, segundo os critérios de antigui-dade e merecimento;II - dois Terços pelo Congresso Nacional.§ 3° Os Ministros do Tribunal de Contas da União terão as mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos Ministros do Superior Tribunal de Justiça, apli-cando-se-lhes, quanto à aposentadoria e pensão, as normas constantes do art. 40.

7. NOÇÕES DE ORÇAMENTO PÚBLICO

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I - balanço orçamentário, que especificará, por categoria econômica, as:

a) receitas por fonte, informando as realizadas e a realizar, bem como a previsão atualizada;b) despesas por grupo de natureza, discriminando a dota-ção para o exercício, a despesa liquidada e o saldo;II - demonstrativos da execução das:a) receitas, por categoria econômica e fonte, especificando a previsão inicial, a previsão atualizada para o exercício, a receita realizada no bimestre, a realizada no exercício e a previsão a realizar;b) despesas, por categoria econômica e grupo de natureza da despesa, discriminando dotação inicial, dotação para o exercício, despesas empenhada e liquidada, no bimestre e no exercício;c) despesas, por função e subfunção.

§ 4º Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição serão elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional.§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.§ 6º O projeto de lei orçamentária será acompanhado de de-monstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despe-sas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia.§ 7º Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, com-patibilizados com o plano plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional.

PPA LDO LOADiretrizes MetasObjetivos Prioridades

MetasCompreende: Compreende: Compreende:

1. Despesas deCapital;

1. Despesas deCapital;

1. Orçamento fiscal;Função: Reduzir as de-sigualdades inter-regio-nais.

2. Programas de du-ração continuada.

2. Orientará a elabo-ração da LOA;

2. Orçamento de inves-timento das empresas;Função: Reduzir as de-sigualdades inter-regio-nais.

3. Alterações na le-gislação tributária;

3. Orçamento da segu-ridade social.

4. Política de apli-cação das agências financeiras oficiais de fomento.

Art. 167. São vedados:VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal e da seguridade social para suprir necessida-de ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos, inclusive dos mencionados no art. 165, § 5º;

§ 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplemen-tares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.§ 9º Cabe à lei complementar:I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de dire-trizes orçamentárias e da lei orçamentária anual;II - estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta bem como condições para a ins-tituição e funcionamento de fundos.III - dispor sobre critérios para a execução equitativa, além de procedimentos que serão adotados quando houver impedi-mentos legais e técnicos, cumprimento de restos a pagar e limitação das programações de caráter obrigatório, para a rea-lização do disposto no § 11 do art. 166.

ADCT, Art. 35, § 2º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º, I e II, serão obedecidas as se-guintes normas:I - o projeto do PLANO PLURIANUAL, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do mandato presidencial subse-quente, será encaminhado até quatro meses antes do encerra-mento do primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa;II - o projeto de LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS será en-caminhado até oito meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa;III - o projeto de LEI ORÇAMENTÁRIA da União será encaminha-do até quatro meses antes do encerramento do exercício finan-ceiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa.

Lei nº 4.320/64Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil.

PRAZOS E VIGÊNCIAPPA LDO LOA

Vigência ATÉ o final do 1º EX.

FINANCEIRO do mandato presiden-cial subsequente,

Vigência superior a 1 ano.

Vigência de 1 ano.

Será encaminha-do ATÉ 4 meses antes do encerra-

mento do1º EXERCÍCIO FINANCEIRO.

(ATÉ 31/08)

Será encaminha-do ATÉ 8 meses e meio antes do encerramento do exercício finan-

ceiro.(ATÉ 15/04)

Será encaminha-do ATÉ 4 meses antes do encerra-mento do exercí-

cio financeiro.(ATÉ 31/08)

E devolvido para sanção ATÉ o

encerramento da sessão legislativa

(22/12);

E devolvido para sanção ATÉ o

encerramento do 1º PERÍODO da

sessão legislativa (17/07);

E devolvido para sanção ATÉ o

encerramento da sessão legislativa

(22/12).

Lei 4.320/64Art. 32. Se não receber a proposta orçamentária no prazo fixado nas Constituições ou nas Leis Orgânicas dos Municí-pios, o Poder Legislativo considerará como proposta a Lei de Orçamento vigente.

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