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O comércio varejista da Região Metropolitana do Recife iniciou o segundo semestre do ano com bons resultados. Na comparação com 2010, as vendas e a mão de obra empregada aumentaram cerca de 5,5%, em julho e no acumulado anual, o que não deixa dúvida quanto à boa performance nesses primeiros sete meses. No entanto, há sinais claros de que o crescimento está desacelerando. Em julho o comércio em geral cresceu 3,44% na comparação com junho, mas em três dos cinco segmentos acompanhados pela Fecomércio-PE, houve retração nas vendas. Além do mais, o emprego parou de crescer e apresentou um recuo que, apesar de pequeno, deve ser lido como uma indicação de que os empresários estão revendo suas expectativas de desempenho para o segundo semestre. Os segmentos de Bens de Consumo Semiduráveis, os Não Duráveis e o Comércio Automotivo apresentaram queda em relação a junho. No entanto, esse decrescimento foi compensado pelo excelente desempenho de Materiais de Construção e Bens de Consumo Duráveis, cujo faturamento cresceu 15,54% e 11,09%, respectivamente. Estes dois segmentos também contribuíram decisivamente para o aumento da massa salarial e além de haver aumentado a contratação de mão de obra, embora que pouco, sendo os únicos que não apresentaram diminuição. Deve ser registrado que os segmentos com bons resultados estão diretamente ligados aos desempenho recente da construção civil, como é o caso de Materiais de Construção, ou indiretamente, tal como os Bens de Consumo Duráveis, cujo crescimento em julho foi puxado pelo ramo de lojas de utilidades domésticas. Outra indicação da influência positiva do mercado imobiliário é o fato de que todos os ramos acompanhados pela Fecomércio- PE, o melhor desempenho acumulado no ano são os 23,24% de móveis e decorações. A certeza de que, para conter a inflação, o Banco Central não hesitará em usar a política monetária ortodoxa de aumento da taxa de juros Selic consolidou as expectativas de que a inflação em 2011 estará abaixo, embora não muito, do limite superior da meta do ano, que é 6,5%. Por sua vez, o saldo atual e os resultados esperados dos investimentos estrangeiros diretos são bons o bastante para quase cobrir o déficit esperado de US$ 58 bilhões nas contas correntes, sem contar o bom desempenho da balança comercial, que deverá fechar o ano com superávit superior a 22 bilhões de Dólares. A dívida líquida do setor público deverá continuar abaixo de 40% do PIB, que pode crescer cerca de 4% este ano. Todos esses dados parecem garantir um ano relativamente tranquilo para a economia nacional, a despeito da sua corrente desaceleração. Infelizmente há uma componente internacional de grande imponderabilidade, de modo que o desempenho da economia, e consequentemente do varejo, estará fortemente atrelado ao que vier acontecer nas economias dos Estados Unidos e União Europeia e suas conseqüências sobre os países emergentes, especialmente a China. Todavia, em meio a um ambiente marcado por forte grau de incertezas, mantemos nossa previsão de crescimento de 5,5% do varejo da RMR em 2011, condicionada ao comportamento da economia internacional no curto prazo. PESQUISA CONJUNTURAL DO COMÉRCIO RELATÓRIO MENSAL DA PESQUISA CONJUNTURAL DO COMÉRCIO VAREJISTA DA RMR, ANO X - Nº 110 JULHO/2011 CENTRO DE PESQUISA PROGNÓSTICO Pontos a destacar

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O comércio varejista da Região Metropolitana do Recife iniciou o segundo

semestre do ano com bons resultados. Na comparação com 2010, as

vendas e a mão de obra empregada aumentaram cerca de 5,5%, em julho e

no acumulado anual, o que não deixa dúvida quanto à boa performance

nesses primeiros sete meses.

No entanto, há sinais claros de que o crescimento está desacelerando. Em

julho o comércio em geral cresceu 3,44% na comparação com junho, mas

em três dos cinco segmentos acompanhados pela Fecomércio-PE, houve

retração nas vendas. Além do mais, o emprego parou de crescer e

apresentou um recuo que, apesar de pequeno, deve ser lido como uma

indicação de que os empresários estão revendo suas expectativas de

desempenho para o segundo semestre.

Os segmentos de Bens de Consumo Semiduráveis, os Não Duráveis e o

Comércio Automotivo apresentaram queda em relação a junho. No entanto,

esse decrescimento foi compensado pelo excelente desempenho de

Materiais de Construção e Bens de Consumo Duráveis, cujo faturamento

cresceu 15,54% e 11,09%, respectivamente. Estes dois segmentos também

contribuíram decisivamente para o aumento da massa salarial e além de

haver aumentado a contratação de mão de obra, embora que pouco, sendo

os únicos que não apresentaram diminuição.

Deve ser registrado que os segmentos com bons resultados estão

diretamente ligados aos desempenho recente da construção civil, como é o

caso de Materiais de Construção, ou indiretamente, tal como os Bens de

Consumo Duráveis, cujo crescimento em julho foi puxado pelo ramo de lojas

de utilidades domésticas. Outra indicação da influência positiva do mercado

imobiliário é o fato de que todos os ramos acompanhados pela Fecomércio-

PE, o melhor desempenho acumulado no ano são os 23,24% de móveis e

decorações.

A certeza de que, para conter a inflação, o Banco Central

não hesitará em usar a política monetária ortodoxa de

aumento da taxa de juros Selic consolidou as expectativas

de que a inflação em 2011 estará abaixo, embora não

muito, do limite superior da meta do ano, que é 6,5%.

Por sua vez, o saldo atual e os resultados esperados dos

investimentos estrangeiros diretos são bons o bastante

para quase cobrir o déficit esperado de US$ 58 bilhões

nas contas correntes, sem contar o bom desempenho da

balança comercial, que deverá fechar o ano com superávit

superior a 22 bilhões de Dólares.

A dívida líquida do setor público deverá continuar abaixo

de 40% do PIB, que pode crescer cerca de 4% este ano.

Todos esses dados parecem garantir um ano

relativamente tranquilo para a economia nacional, a

despeito da sua corrente desaceleração. Infelizmente há

uma componente internacional de grande

imponderabilidade, de modo que o desempenho da

economia, e consequentemente do varejo, estará

fortemente atrelado ao que vier acontecer nas economias

dos Estados Unidos e União Europeia e suas

conseqüências sobre os países emergentes,

especialmente a China.

Todavia, em meio a um ambiente marcado por forte grau

de incertezas, mantemos nossa previsão de crescimento

de 5,5% do varejo da RMR em 2011, condicionada ao

comportamento da economia internacional no curto

prazo.

PESQUISA CONJUNTURAL

DO COMÉRCIORELATÓRIO MENSAL DA PESQUISA CONJUNTURAL DO COMÉRCIO VAREJISTA DA RMR, ANO X - Nº 110

JU

LHO

/201

1

CENTRO DE

P E S Q U I S A

PROGNÓSTICOPontos a destacar

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Variação percentual entre o mês atual e o mês anterior

RELATÓRIO MENSAL DA PESQUISA CONJUNTURAL DO COMÉRCIO VAREJISTA DA RMR, ANO X - Nº 110 - JULHO/2011

Jul10 Ago10 Set10 Out10 Nov10 Dez10 Jan11 Fev11 Mar11 Abr11 Mai11 Jun11 Jul11Jun10 Jul10 Ago10 Set10 Out10 Nov10 Dez10 Jan11 Fev11 Mar11 Abr11 Mai11 Jun11

-30,00

5,65

2,49 3,44

5,09

0,79

7,08

-0,54

0,67

6,97

10,24

-13,42

-2,17-3,62

DADOS MENSAIS, ANUAIS E ACUMULADOS

COMÉRCIO EM GERAL

COMÉRCIO EM GERAL (Exc. Conces.)

BENS DE CONSUMO DURÁVEIS

Móveis e Decorações

Lojas de Utilidades Domésticas

Cine-foto-som e Óticas

Informática

BENS DE CONSUMO SEMIDURÁVEIS

Vestuário / Tecidos

Calçados

Livrarias e Papelarias

BENS DE CONSUMO NÃO DURÁVEIS

Supermercados

Farmácias e Perfumarias

Combustíveis

COMÉRCIO AUTOMOTIVO

Concessionárias de Veículos

Autopeças e Acessórios

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

3,44

5,82

11,09

4,08

20,88

6,22

5,63

-1,99

4,21

-10,68

4,75

-0,38

1,26

0,07

-1,57

-3,51

-4,02

0,88

15,54

DISCRIMINAÇÃOFATURAMENTO REAL MASSA SALARIAL NÍVEL DE EMPREGO

jul/2011jun/2011

jul/2011jun/2011

jul/2011jun/2011

5,48

5,39

6,86

-4,36

-0,03

2,98

5,75

2,58

2,32

-8,92

4,72

6,60

13,83

8,04

17,61

16,50

0,17

0,94

5,78

5,64

5,44

5,93

5,82

6,42

11,30

-0,77

4,26

8,21

-6,16

3,42

6,50

6,29

8,26

5,04

8,41

23,24

11,11

-0,85

jul/2011jul/2010

jul/2011jul/2010

jul/2011jul/2010

jan-jul/2011jan-jul/2010

jan-jul/2011jan-jul/2010

jan-jul/2011jan-jul/2010

3,05

3,48

4,91

3,53

12,93

2,45

-0,12

2,62

2,85

1,30

5,94

-2,83

-5,79

0,65

-1,35

1,77

-1,22

9,73

7,65

8,42

9,14

6,45

8,16

9,95

-3,82

9,64

6,27

-0,84

13,41

17,98

6,98

4,23

3,51

10,81

3,52

1,43

8,92

14,62

8,99

9,47

5,35

8,43

8,51

-2,95

7,22

5,65

3,51

9,55

3,88

7,75

2,86

3,66

14,05

3,15

4,41

-0,03

18,20

-0,24

-0,15

0,87

0,60

2,39

-0,76

0,31

-0,59

-0,11

-1,75

0,47

-1,05

-0,96

-0,15

-1,43

-0,71

-1,60

0,48

0,30

5,22

5,27

4,48

1,14

6,01

1,03

7,26

2,95

-3,22

12,46

6,28

4,35

2,41

-3,01

9,04

6,09

4,44

8,32

8,05

5,76

5,35

4,17

4,35

3,82

4,50

4,26

4,40

0,59

11,83

2,72

4,42

0,54

0,65

9,66

8,78

12,40

4,11

7,80

Em julho de 2011, o comércio da

RMR registrou crescimento de

3,44%, nas vendas reais em cotejo

com o mês anterior. Sem a influência

do setor automotivo, o índice se situa

em um patamar de 5,82%. Por trás

deste resultado destacam-se os

grupos Bens de Consumo Duráveis

(11,09%) e Materiais de Construção

(15,54%). Cabe salientar que julho é

um mês caracterizado pelas férias

escolares, o que leva à ida de uma

grande proporção da população para

outros locais.

Além do mais, o período não possui

data comemorativa que possa gerar

um impulso considerável nas vendas.

Por outro lado, deve-se levar em

conta que o crescimento do mercado

formal de trabalho, ainda que menos

intenso do que em 2010, o aumento

do rendimento real médio e as

tradicionais promoções contribuíram

para que o comércio celebrasse

resultados positivos no mês.

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Variação percentual do mês atual em relação a igual mês do ano anterior

RELATÓRIO MENSAL DA PESQUISA CONJUNTURAL DO COMÉRCIO VAREJISTA DA RMR, ANO X - Nº 110 - JULHO/2011

Jul10 Ago10 Set10 Out10 Nov10 Dez10 Jan11 Fev11 Mar11 Abr11 Mai11 Jun11 Jul11Jul09 Ago09 Set09 Out09 Nov09 Dez09 Jan10 Fev10 Mar10 Abr10 Mai10 Jun10 Jul10

0,00

3,00

6,00

9,00

12,00

15,00

18,00

21,00

20,00

14,21

Jul10 Ago10 Set10 Out10 Nov10 Dez10 Jan11 Fev11 Mar11 Abr11 Mai11 Jun11 Jul11Jul09 Ago09 Set09 Out09 Nov09 Dez09 Jan10 Fev10 Mar10 Abr10 Mai10 Jun10 Jul10

Jul10 Ago10 Set10 Out10 Nov10 Dez10 Jan11 Fev11 Mar11 Abr11 Mai11 Jun11 Jul11Jul09 Ago09 Set09 Out09 Nov09 Dez09 Jan10 Fev10 Mar10 Abr10 Mai10 Jun10 Jul10

0,00

4,89 4,91

12,64

-2,00

2,00

4,00

6,00

8,00

8,62

7,26 7,56

14,18

6,17

5,22

6,22 6,52

5,69

16,03

13,43

5,21

9,80

13,46

4,75

13,40

10,51

3,553,43

11,48

19,07

17,59

5,62

3,744,19

8,59 8,50

5,48

11,83

5,27

10,73 10,71

8,42

10,37

Em julho de 2011, o faturamento real

do varejo metropolitano acusou

crescimento de 5,48% frente ao

mesmo mês de 2010, justificado pelo

crescimento positivo de muitos

ramos e embasado ainda pela

dinâmica do consumo interno. Dos

cinco segmentos pesquisados três

tiveram desempenho acima da média

do comércio em geral: Comércio

Automotivo 6,60%, Bens Duráveis

6,86% e Materiais de Construção

8,04%.

Mesmo considerando estar havendo

uma redução no ritmo de

crescimento, quando os resultados de

junho apontaram uma alta de

11,83%, deve-se levar em

consideração que nesse mês se

completam quatro resultados

consecutivos de taxas positivas,

conforme o gráfico do faturamento.

-3,17

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RELATÓRIO MENSAL DA PESQUISA CONJUNTURAL DO COMÉRCIO VAREJISTA DA RMR, ANO X - Nº 110 - JULHO/2011

PARTICIPAÇÃO RELATIVA NO FATURAMENTO REAL (%) - JULHO / 2011

Bens Duráveis

Materiais de Construção

Comércio Automotivo

Bens Semiduráveis

Bens Não Dur veisá

26,07%

25,18%

10,81%

25,90%

12,05%

Variação acumulada no mês em relação ao mesmo período do ano anterior

VARIAÇÃO ACUMULADA DO FATURAMENTO REAL (%)

2010 2011

Jan/Jan

11,80

8,5910,05

6,65

3,98 4,005,31 5,64

Jan/Fev Jan/Mar Jan/Abr Jan/Mai Jan/Jun Jan/Jul Jan/Ago Jan/Set Jan/NovJan/Out Jan/Dez

16,72 16,9215,76 15,60 15,42 14,83

18,30 18,08

15,17 14,7715,47

No acumulado dos primeiros sete meses de 2011,

o indicador global do comércio contabilizou

expansão real de 5,64% sobre igual período do

ano passado. Sem a influência das vendas das

revendedoras de veículos o índice se sitou no

patamar de 5,44%, evidenciando o peso do grupo

na composição do indicador total. Todos os

demais segmentos monitorados apresentaram

crescimento, com destaque para o Comércio de

Bens Duráveis (8,41%). Esse índice reflete os

resultados positivos, sobretudo de móveis e

decorações (23,24%) e lojas de utilidades

domésticas (11,11%). Trata-se de ramos com forte

correlação com o crescimento dinâmico da indústria

da construção civil, de modo específico o mercado

imobiliário da RMR.

Os impactos positivos do varejo se fizeram sentir na

geração de postos de trabalho e no crescimento da

massa salarial. Para os próximos meses, a

expectativa é de um crescimento moderado devido à

forte base comparativa.

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Na atualidade, os estudos de conjuntura econômica ocupam lugar de relevo nas atividades pública e privada. Os fenômenos econômicos estão em contínua mutação, sendo por isso temerário planejar ações de curto prazo quando se conhecem apenas os parâmetros estruturais.

A análise da conjuntura do Comércio é especialmente impor-tante, porque dentre as atividades econômicas é das mais dependentes de fenômenos de curto prazo. Em decorrência de seu conhecimento, serve como balizamento não só para as empresas, pois têm condições de avaliarem suas posições em relação ao desempenho médio onde estão inseridas, como também para o governo central, que pode melhor direcionar as políticas públicas.

Desde 2001 a Federação do Comércio do Estado de Pernambuco -FECOMÉRCIO/PE- integra uma rede nacional de acompanhamento da conjuntura comercial, liderada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) e a partir de 2002 passou a divulgar mensalmente a análise do desempenho do Comércio Varejista da Região Metropolitana do Recife, por meio da Pesquisa Conjuntural. A Pesquisa tem em seu escopo três variáveis principais: Faturamento Real, Nível de Salário e Número de Empregados.

O acompanhamento que é feito permite às empresas avaliarem seu desempenho em relação aos padrões estadual e nacional, favorecendo o delineamento de tendências, abrindo espaço, quando necessário, para uma intervenção rápida capaz de reverter uma direção não pretendida ou reforçar resultados julgados desejáveis.

Ressalta-se que as informações conjunturais além de se constituírem em importante instrumento para a tomada de decisões de curto prazo, também podem ser úteis para o processo decisório e estratégico. A acumulação dessas informa-ções permite a formação de painéis que ajudam a identificar movimentos recorrentes, tais como sazonalidades, ciclos de negócios e outros, cuja identificação proporcionam uma melhor programação econômico-financeira.

A experiência da FECOMÉRCIO/PE tem demonstrado que existe em Pernambuco uma grande demanda de informações sobre o desempenho do Comércio Varejista, constituindo-se motivo de satisfação a grande receptividade que a Pesquisa Conjuntural vem tendo não só por parte dos empresários, mas de institutos de pesquisa, dos meios de comunicação e da comunidade em geral.

Aos Empresários do Comércio Varejista da RMR

A Federação do Comércio do Estado de

Pernambuco, por meio do Instituto Oscar Amorim

de Desenvolvimento Econômico e Social, apresenta

mais uma vez à sociedade em geral os resultados

da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista da

Região Metropolitana do Recife. Com mais essa

prestação de serviço, a Fecomércio/PE acredita

estar cumprindo o seu papel representativo,

levando aos empresários, informações consistentes

de desempenho do Comércio. Embasadas em um

sério sistema de coleta de dados e rigoroso

tratamento estatístico, permitem uma correta

tomada de decisões tanto em relação a novos

investimentos, quanto na definição de estratégias

para fazer frente a um mercado tão competitivo.

Fazendo parte do Índice Nacional idealizado pela

Confederação Nacional do Comércio (CNC) desde

2002 junto com outras Federações, a Região

Metropolitana do Recife vem se destacando por ser

a primeira a divulgar os seus resultados, o que

para nós é motivo de orgulho, por servirmos de

comparação para o restante do País. Mas tudo isso

só é possível porque temos uma Equipe de Trabalho

competente e comprometida com o ideal de luta e

clareza nos resultados apresentados.

Confiando em um Brasil mais produtivo,

esperamos, com esse trabalho estar contribuindo

para a Sociedade no desenvolvimento e na

manutenção de um instrumento científico apurado,

de análise da realidade do Comércio.

Josias Silva de Albuquerque

Presidente do Sistema Fecomércio/Senac/Sesc-PE

RELATÓRIO MENSAL DA PESQUISA CONJUNTURAL DO COMÉRCIO VAREJISTA DA RMR, ANO X - Nº 109 - JUNHO/2011

APRESENTAÇÃO DO TRABALHO

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METODOLOGIA

Área geográfica da pesquisa

A Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista da Região Metropolitana do Recife - PCCV é uma pesquisa de natureza exploratória-descritiva realizada mensalmente pela FECOMÉRCIO/PE, como parte de um levantamento de nível nacional coordenado pela Confederação Nacional do Comércio (CNC). Entende-se como Comércio Varejista a atividade comercial regularmente estabelecida, com um ou mais empre-gados registrados (ou não) por estabelecimento e com mais de 51% das vendas destinadas a consumidores finais, sendo estes pessoas físicas.

Os dados primários que dão origem a Pesquisa são obtidos através de questionários padrão preenchidos mensalmente pelas empresas e coletados pela FECOMÉRCIO-PE por meios eletrônicos. A participação dessas empresas se deu através do processo de amostragem estratificada aleatória, que usou como variável de estratificação o Faturamento anual, formando assim a amostra da Pesquisa que passa a ser chamada de "Painel de Informantes".

É através do painel que se faz o acompanhamento Conjuntural do Comércio por meio da produção de índices mensais de desempenho analisando as seguintes variáveis: Faturamento Real, Folha de Salários e Número de Empregados. Por Faturamento Real entende-se a receita mensal bruta da empresa decorrente da venda de mercadorias, incluindo impostos e taxas incidentes sobre o faturamento tais como: IPI, ICMS, COFINS e outros, excluindo-se as receitas financeiras e não operacionais. A Folha de Pagamentos corresponde ao total de rendimentos mensais pagos aos empregados, incluindo o salário fixo, gratificações, comissões, férias, participações nos lucros e outras, sem dedução das contribuições da previdência e impostos. O Número de Empregados registra o total de pessoas em atividade na empresa e por ela diretamente remunerados, sejam formais ou informais. Para fazer o deflacionamento dos dados mensais da Pesquisa é utilizado o Índice de Preço ao Consumidor Amplo - IPCA, calculado mensalmente pelo IBGE.

Do ponto de vista espacial, todas as análi-ses se referem à área Met ropol i t ana do Rec i fe , nas seguin tes c idades :

• Abreu e Lima• Cabo de Santo Agostinho• Camaragibe• Igarassu• Jaboatão dos Guararapes• Moreno• Olinda• Paulista• Recife• São Lourenço da Mata

COMÉRCIO EM GERAL

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

Bens De Consumo Duráveis• Móveis e Decorações• Utilidades Domésticas• Cine-foto-som e Óticas

• Informática

Bens De Consumo Semiduráveis• Vestuário• Tecidos

• Livrarias e Papelarias• Calçados

Bens De Consumo Não Duráveis• Supermercados• Combustíveis

• Farmácias e Perfumarias

Comércio Automotivo• Concessionárias de Veículos

• Autopeças e Acessórios

O acompanhamento das três variáveis da Pesquisa Conjuntural (Faturamento Real, Folha de Pagamentos e Número de Empregados) é feito por meio de três categorias de análise: i) mês atual em relação ao mês anterior; ii) mês atual em relação a igual mês do ano anterior; iii) acumulado ao longo dos meses no ano, em relação ao acumulado nos mesmos meses do ano anterior.

Cada categoria analisada possui quatro níveis de agregação: i) o mais amplo inclui todo Comércio Varejista da RMR; ii) Comércio em Geral, sem a presença das concessionárias de veículos; iii) Grandes Segmentos; iv) Ramos.

Comparações de análise e o nível de agregação dos dados

PESQUISA CONJUNTURAL DO COMÉRCIO

FECOMÉRCIO-PE

Rua do Sossego, 264, Cep: 50050-540 Boa Vista, Recife, PernambucoTel.: (81)3231.5393 / 3221.6226 Fax: (81) 3423.3024

Presidente - Josias Silva de Albuquerque

RELATÓRIO MENSAL DA PESQUISA CONJUNTURAL DO COMÉRCIO VAREJISTA DA RMR

RELATÓRIO MENSAL DA PESQUISA CONJUNTURAL DO COMÉRCIO VAREJISTA DA RMR, ANO X - Nº 110 - JULHO/2011

INSTITUTO EMPRESÁRIO OSCAR AMORIM DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL

Centro de PesquisaSupervisão - Lailze SantosCoordenação - Urbano da NóbregaConsultores AD HOC - José Fernandes de Menezes e Luiz KehrlePesquisadoras: Adriana Mendes e Marcos André

Tiragem: 500 Exemplares / Projeto Gráfico: André Marinho

E-mail: [email protected] ou [email protected]