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AJES - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA CURSO: PSICOPEDAGOGIA E EDUCAÇÃO INFANTIL LINGUAGEM NÃO VERBAL NA EDUCAÇÃO INFANTIL: GESTUALIDADE E AÇÕES QUE FAZEM SENTIDO NA INFÂNCIA Darlen Karina Gomes Rosa Orientador: Prof. Ilso Fernandes do Carmo

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AJES - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA

CURSO: PSICOPEDAGOGIA E EDUCAÇÃO INFANTIL

LINGUAGEM NÃO VERBAL NA EDUCAÇÃO INFANTIL: GESTUALIDADE E

AÇÕES QUE FAZEM SENTIDO NA INFÂNCIA

Darlen Karina Gomes Rosa

Orientador: Prof. Ilso Fernandes do Carmo

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PRIMAVERA DO LESTE/2012

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AJES - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA

CURSO: PSICOPEDAGOGIA E EDUCAÇÃO INFANTIL

LINGUAGEM NÃO VERBAL NA EDUCAÇÃO INFANTIL: GESTUALIDADE E

AÇÕES QUE FAZEM SENTIDO NA INFÂNCIA

Darlen Karina Gomes Rosa

Orientador: Prof. Ilso Fernandes do Carmo

“Trabalho apresentado como exigência parcial para a obtenção do título de Especialização em Psicopedagogia e Educação Infantil.”

PRIMAVERA DO LESTE/2012

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho primeiramente a Deus e a toda a minha família e amigos.

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AGRADECIMENTO

Agradeço à Jane Catarina Rosa exemplo de mãe, o apoio que me fizeram chegar a este momento

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RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo apresentar a linguagem não-verbal e

suas nuances dentro da Educação Infantil e por esse motivo surgiu da necessidade

de compreender como se processa a linguagem não verbal na prática e sua

importância para a aprendizagem, sendo assim será apresentado informações sobre

as ações de como esta linguagem se configura dentro da sala de aula. Como

metodologia para a construção do mesmo se utilizou de estudos científicos e

pesquisas embasadas em teóricos renomados fato que possibilitou compreensão e

interpretação do tema. Sendo assim pode-se obter grandes resultados como o de

compreender o desenvolvimento dessa linguagem dentro da sala de aula, podendo

atender as expectativas que se pretendia alcançar como a compreensão da

importância dessa linguagem para a promoção da integração, socialização,

comunicação entre outros. Como resultado este trabalho será apresentado no

Seminário da pós-graduação em Psicopedagogia e Educação Infantil, que se

consistirá na socialização e vivências de atividades em torno do seu processo de

estudo, qualificação e orientação, resultantes do longo processo de

acompanhamento e orientação aos acadêmicos do curso de pós-graduação em

psicopedagogia e Educação Infantil.

Palavras chave: 1 Pensamento 2 Linguagem Não Verbal 3 Linguagem Corporal

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SUMÁRIO

CONSIDERAÇÕES INICIAIS.....................................................................................06

1 GESTUALIDADE E SENTIDOS NA INFÂNCIA......................................................12

1.1 A IMPORTÃNCIA DA LINGUAGEM NÃO-VERBAL NA EDUCAÇÃO

INFANTIL....................................................................................................................17

1.2 A LINGUAGEM NÂO-VERBAL COMO FONTE DE INTERAÇAO.......................19

2 A LINGUAGEM NÂO-VERBAL DESPERTA PARA O BRINCAR...........................24

CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................29

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................31

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CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Para a realização desse trabalho será feito um estudo profundo acerca do

tema levando em consideração a sua importância para a construção desse

conhecimento, assim como serão feitos estudos teóricos científicos tomando por

base conhecimentos relativos ao tema por assim compreender que o mesmo tráz

consigo uma grande contribuição para o uso da linguagem dentro da Educação

Infantil.

Necessariamente não irei a campo, nem utilizarei de entrevistas, pois o

objetivo é compreender o que representa essa linguagem na Educação Infantil,

tendo como objetivo examinar as concepções e as ações do uso da linguagem não-

verbal em especial a gestualidade e as ações que fazem sentido para a criança a fim

de compreender o seu verdadeiro papel para a formação do discente.

Este trabalho será baseado em estudos e em percepções acerca de como

essa linguagem se decodifica dentro da sala de aula que se configura por meio da

prática pedagógica do professor. A linguagem não-verbal se caracteriza como sendo

o tipo de linguagem que não utiliza do vocábulo, assim o uso das palavras não se

fazem necessárias para que haja uma comunicação.

Apoiado pelas concepções do modelo dialético de conhecimento de

Immanuel Kant (1724-1804), apud BORGES (2009), que apresenta o ensinar e

aprender como processos de conhecimento, sustentado pelas bases

epistemológicas de origem biológica construcionista ou interacionista bases estas

que apresentam a capacidade cognitiva do indivíduo como produto de trocas

biopsicofisiológicas que o sujeito realiza com o meio físico, social e cultural. Busca-

se retratar como esta vista a linguagem-não verbal dentro da educação infantil pelos

professores.

Na concepção dialética de educação, os dois processos devem caminhar

juntos para que aja uma interação entre educador e educando e assim uma

construção do conhecimento. A escola deve ser vista como um espaço de

construção de conhecimentos, e não como um espaço pronto.

Segundo BORGES (2009, p.71)

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A concepção dialética de Educação concebe o papel do professor e do aluno como complementar um ao outro, porque ensinar e aprender, para essa concepção, é significar e (re) significar conhecimentos e valores vivenciados, dia a dia, pelos alunos, e trabalhados, diuturnamente, pelo professor, como conteúdo de ensino.

Sendo assim, a concepção dialética de educação, analisa esses dois

processos como diferentes, mas que são complementares, ou seja, um necessita do

outro no processo educativo.

Diante da enorme capacidade de interação da criança a comunicação se faz

presente através dos gestos, expressões corporais, faciais e por meio da

interpretação e de outros meios de comunicação como: placas, objetos, cores, e

signos visuais em que se caracterizam como elemento não-verbal.

Nesse sentido o tema escolhido para a elaboração desse trabalho foi

“Linguagem não verbal na educação Infantil: Gestualidade e Ações que fazem

sentidos na Infância” por se configurar como um dos mais significativos meios de

comunicação que a criança faz com o mundo exterior, sendo a forma de

comunicação mais enraizada no nosso passado biológica o que facilita a interação

do ser com o meio.

A linguagem não-verbal se configura, como um significativo meio de

comunicação. É a forma de comunicação mais enraizada no nosso passado

biológico, sendo também a mais primária que, muitas vezes, faz com que ela

contradiga o que está sendo dito por palavras.

Não somente o tema foi escolhido por se acreditar na sua importância para o

desenvolvimento da criança, mas também por compreender e acreditar que o

mesmo se aproxima da realidade vivida das crianças no seu dia a dia, o que

possibilita uma maior interação da criança com a família e a escola, o que nos

remete a uma questão muito pertinente e que nos leva a reflexão, em que consiste a

linguagem não-verbal na Educação Infantil.

É necessário salientar que para desenvolver a linguagem não verbal, na

infância, é preciso criar e explorar um repertório de gestos com intenção

comunicativa, ampliar a consciência da utilização do espaço, assim como explorar

as relações das crianças, umas com as outras, explorando o próprio corpo e

interagindo através de gestos.

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Fonte:www.google.com.br Fonte:www.google.com.br

Fonte:www.google.com.br Fonte:www.google.com.br

No campo educacional muito se fala em interação fator importante para que

a linguagem não- verbal se apresente explendorosamente. É impossível falar das

características desta linguagem sem deixar de buscar no processo interacional

meios para que ela se concretize. Para forçar essa idéia buscamos conceitos de

NEDER e POSSARI com o intuito de ajudar melhor nessa compreensão.

É bom relembrar que interagirmos através de nosso corpo. Interagir é uma necessidade básica, tão importante quanto respirar andar. A interação garante - nos a sobrevivência individual e coletiva, e a sobrevivência sociocultural, de cujas redes participamos para viver e alterar a realidade (...).

Assim, interagir, no nosso corpo, é atuar sobre a sensibilidade de alguém, tentando convence-lo do que queremos. Para isto movemos nosso corpo, intencionalmente, toda vê que queremos compartilhar emoções, transmitir ordens, partilhar conceitos. (2008: p.37).

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Note que NEDER e POSSARI atribuem à interação como responsável pelas

nossas atitudes corporais, físicas e emocionais

A maneira de cumprimentar, movimentar olhos e bocas, é comum nas

nossas relações, ao darmos à mão e apertamos efusivamente a mão da outra

pessoa, estamos transmitindo confiança, cordialidade, franqueza. Existem muitas

outras formas de nos expressarmos como ao contrair a boca, apertando um lábio

contra o outro, morder a ponta do lápis, dar tapinhas nas pernas cadenciadamente,

esticar o pescoço para arrumar o colarinho demonstram que algumas vezes

expressamos necessariamente para interagir.

Diante do exposto em OLIVEIRA (2001), apud LOPES, MARTINS e

CHAPARRO (2010, p.24) destaca: “o movimento é um suporte que ajuda a criança

adquirir o conhecimento do mundo que a rodeia através de seu corpo, de suas

percepções e sensações.”

Pois, através do corpo que não é constituído apenas de matéria, e sim um

corpo uno, composto de alma e espírito em extrema ligação, que se constitui a

interação, movimento e vida que se transforma em alegria.

Salientamos que a produção dos movimentos não é cobrada perfeição e sim

a participação de todos, onde a professora de forma sutil coloca todos para

participarem da atividade proposta, discute regras com os mesmos e participa da

atividade procurando adequar o equilíbrio emocional de cada um, conflitos que

possam surgir, incentivando-os a desenvolverem suas habilidades físicas e

emocionais, além de propiciar o espaço para que os mesmos comuniquem-se e

expressem suas idéias.

Estudos baseados na perspectiva histórico-cultural têm apontado que é por

meio da linguagem não verbal, que alcançamos melhores resultados na fase de

desenvolvimento e da aprendizagem.

Há uma necessidade de apresentar alternativas para a prática diferenciada

de atividades de linguagem não verbal, corporais e de movimento humano, no qual

se percebe, a importância das aulas de brincadeiras dirigidas como uma ampliação

na interação das crianças com o mundo. É por isso que este enfoque é tão solicitado

na fase escolar, como condição de beneficiar os trabalhos do educador em sala de

aula.

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Experiências motoras que se iniciam na infância são de fundamental

importância para o desenvolvimento cognitivo, principal meio pelo qual a criança

explora, relaciona-se e controla seu meio ambiente. O movimento se relaciona com

o desenvolvimento cognitivo, no sentido de que a integração das sensações

provenientes de movimentos resulta na percepção e toda aprendizagem simbólica

posterior depende da organização destas percepções em forma de estruturas

cognitivas.

Compactuando com, FONSECA, apud LOPES, MARTINS e CHAPARRO

(2010, p.48), que argumenta: “a inteligência verbal ou reflexiva repousa numa

inteligência sensório-motora ou prática, que por seu lado se apóia nos hábitos e

associações adquiridas para as recombinar.” Através dos movimentos sensório-

motor a criança interage com o meio exterior, elaborando assim sua função

simbólica que gera a linguagem, portanto não devemos queimar etapas no

desenvolvimento da criança, respeitando o lado cognitivo e motor.

Sendo assim, os nossos gestos, olhares e sorrisos podem ser identificados

como significados que aguçam o nosso desenvolvimento e a compreensão da

linguagem não verbal, buscamos explicar na concepção dialética de Educação, o

movimento, as transformações e as interações entre as coisas, nada é isolado,

todas as situaçoês se interligam, ou seja, através da linguagem não verbal, podemos

interagir com a linguagem verbal.

O educador deve propiciar a exploração da curiosidade infantil, incentivando

o desenvolvimento da criatividade, das diferentes formas de linguagem, do senso

crítico e de progressiva autonomia. Como também ser ativo, criativo e interessado

em ajudá-las a crescerem e serem felizes, fazendo das atividades lúdicas na

Educação Infantil excelente instrumentos facilitadores do ensino-aprendizagem.

A sala de aula é um local propício para a construção do que queremos para

nossos educandos, possibilitando que os mesmos possam ser participativos no meio

em que estão inseridos. Esse trabalho não deve ser uma obrigação para os

educadores, nem para os educandos, mas realizado pelos dois processos de

ensinar e aprender.

Resumidamente em cada capitulo será trabalhado sub-temas referentes a

linguagem não verbal em que se irá retratar esse processo gestual na infância, a

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importância desta linguagem na infância transpondo seus reflexos para o

desenvolvimento da criança, apresentando a sua grandeza como fonte de

comunicação e interação e por fim será retratado a linguagem como fonte importante

do brincar.

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1. GESTUALIDADE E SENTIDOS NA INFÂNCIA

Linguagem não-verbal, ao contrário da verbal, não se utiliza do vocábulo,

das palavras para se comunicar. O objetivo, neste caso, segundo FONSECA (2009),

apud LOPES, MARTINS e CHAPARRO (2010, p.49), não é de expor verbalmente o

que se quer dizer ou o que se está pensando, mas se utilizar de outros meios

comunicativos, como: placas, figuras, gestos, objetos, cores, ou seja, dos signos

visuais, os quais são elementos não verbais da comunicação para interagir com o

outro.

Fonte:www.google.com.br Fonte:www.google.com.br

A comunicação não-verbal, segundo FONSECA (2009), apud LOPES,

MARTINS e CHAPARRO (2010, p.19) é fundamental nas relações pessoais e

educacionais. Pode ser feita de várias maneiras, entretanto, só existe realmente

entendimento quando a mensagem é recebida com o mesmo sentido com o qual ela

foi transmitida. A comunicação não se configura somente pela linguagem verbal, ela

é feita em grande parte pela linguagem não-verbal. O importante é que uma esteja

em concordância com a outra, de forma que a comunicação seja um processo

completo e coerente. Contudo, os seres humanos, em sua complexidade, muitas

vezes transmitem sem perceber uma mensagem verbal diferente da mensagem

corporal, o que poderá dificultar a compreensão da sua mensagem. O nosso corpo

fala todo tempo, nas expressões do rosto, olhares, gestos, posturas, tom e ritmo da

voz. Por isso, é importante que entendamos a linguagem não-verbal.

A linguagem não-verbal, segundo FONSECA, apud LOPES; MARTINS e

CHAPARRO (2010, p. 33), se expressa como uma das maiores fontes de

comunicação da criança com o mundo exterior, sendo necessário mencionar que

para desenvolver esta linguagem na infância se faz necessário criar e explorar um

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repertório muito rico de gestos que tenha como fim maior atingir e despertar a

comunicação na criança.

Os movimentos devem ser organizados e integrados, em função das

experiências vividas pelo sujeito cuja ação é resultante de sua individualidade, sua

linguagem e sua socialização.

É importante ressaltar, segundo FONSECA (2009), apud LOPES, MARTINS

e CHAPARRO (2010, p.49), que não devemos tomar as fases e idades como

momentos definitivos e inflexíveis, pois, o mesmo é um sistema dinâmico que se

integra ao ambiente comportamental, variam de um indivíduo para outro e de

experiências vividas, por isso a importância de atividades que agucem o individuo

para que corpo e mente tornem-se um só.

Vitor da Fonseca (2009, p.178), apud LOPES, MARTINS e CHAPARRO

(2010: p. 86), argumenta:

O ser humano evolui não uniformemente, mas em constantes oposições e identificações com o ambiente. Nos sinais que encontra na sua evolução, e aos quais, ao dar-lhes significado, os renova, rejeita ou integra, o homem estabelece as relações com o meio.

Os conteúdos desenvolvidos através das brincadeiras dirigidas realizadas

em sala de aula propiciaram o desenvolvimento da livre expressão dos alunos, bem

como estavam adequados aos níveis de desenvolvimento das crianças e sua faixa

etária 05 anos.

O movimento, segundo FONSECA, apud LOPES, MARTINS e CHAPARRO

(2010, p.14), permite à criança explorar o mundo exterior através de experiências

concretas sobre as quais são construídas as noções básicas para o

desenvolvimento intelectual.

Ao se trabalhar na educação, o profissional tem que entender que a criança

é um ser humano e que seus limites devem ser obedecidos e observados a todo o

momento por isso é importante destacarmos alguns conceitos característicos na

educação, principalmente infantil por ser uma fase dos descobrimentos.

Primeiramente começaremos pela compreensão da linguagem, observando

o que é mais relevante neste contexto. A linguagem é a comunicação, através dela

nos relacionamos socialmente e culturalmente. Ela pode ser verbal ou não-verbal,

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assim POSSARI ; NEDER e SOUZA expressam quando afirmam da seguinte

maneira:

a linguagem, numa concepção semiótica, pode ser conceituada como todas as formas (signos): olhares, gestos, expressões faciais, cores, luzes, ruídos imagens fixas (desenhos, pinturas, fotos), imagens em movimento (filmes), língua falada, língua escrita, de que o ser humano se utiliza para interagir. (2008: p.21).

O processo de interação da criança ocorre de forma espontânea e tranqüila,

assim ela diariamente vai aprendendo a gostar da escola e vai aprendendo a

conviver com as regras que regem a instituição, por que tem que haver ordem para

que se possa desenvolver um trabalho satisfatório já familiarizando a criança para as

próprias regras que as seguiram á vida toda presente na sociedade.

É no desenvolver deste trabalho e no entendimento da rotina que se

constroem uma linguagem onde todos a aceitam conseguindo assim se socializar

para o bem de todos e da instituição. Neste momento de interação o profissional

deve ficar atento para que a criança entenda e interprete da melhor forma possível

este novo mundo social a que ela se vê obrigado” para que esta interpretação não

se dê de forma equivocada provocando distúrbios e traumas que se refletiram na

vida toda da criança.

Depois da linguagem, segundo POSSARI; NEDER e SOUZA (2008), temos

a língua que é um sistema de normas produzido socialmente, ela só existe, todavia,

quando relacionada com a consciência subjetiva, isto é com a consciência do

individuo que participa da coletividade.

É importante mencionarmos os signos como sendo, segundo FONSECA,

apud LOPES, MARTINS e CHAPARRO (2010, p.10), aquilo que representa para

alguém, além dele mesmo é que só pode ser pensado como atividade social por que

é produzido coletivamente no processo da interlocução entre indivíduos de uma

mesma sociedade ou grupo social. Os signos que dão sustentabilidade a linguagem

verbal. Não podemos deixar de citar, a cultura como sendo um dos fatores mais

relevantes no processo de interação. Categoricamente cultura é uma multiplicidade,

que vai sendo construída a partir das representações sociais dos homens como

forma de categorizar o mundo.

Damos um flex. Bach nessas categorizações por estarem intimamente

ligadas ao processo de construção do conhecimento. Quando se é educador muito

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se depara com crianças que sofrem alguma diferença cultural, alguma deficiência de

linguagem, de socialização, porém que pode ser identificado. Havendo esta

observação a equipe institucional poderá atuar com mais sucesso na atividade

desenvolvida em conjunto com esta criança em sala trazendo ela para uma inserção

levando a uma adaptação.

Uma vez este trabalho sendo desenvolvido estará dando andamento ao

processo de construção do conhecimento, todavia é pura ilusão o educador acreditar

que trabalhando todos estes aspectos o trabalho está sendo concluído, pelo

contrário está apenas começando. A criança e um ser em extremo potencial

incansavelmente ela quer saber mais e mais o que torna o desenvolvimento do

trabalho em grandes descobertas.

É importante observarmos o quanto é importante a linguagem não-verbal

nesse processo, por meio dela o educador terá grandes chances de ajudar a criança

através das formas de comunicação e significação.

A linguagem é de extrema importância por ser o meio norteador e a chave

para abrir a porta, esta porta seria as fronteiras que separam o professor e o aluno.

É por meio dela que chegamos a uma interação; característica importante ao se

desenvolver qualquer trabalho, sem ela não é possível haver comunicação por isso

a necessidade de mencioná-la.

No campo da educação infantil os primeiros níveis de alfabetização podem

ser identificados, o que leva muitos educadores a concepções distorcidas. Nesse

momento temos que ter em mente que ninguém é igual a ninguém, e assim e o nível

de compreensão, para uns ele pode acontecer mais rápido e espontaneamente,

porém para outras crianças ele pode se manifestar mais tarde, o que não é motivo

para classificar ninguém mais ou menos inteligente.

As crianças têm, simultaneamente, a capacidade de fazer articular todas as

formas de linguagem para interagir, para brincar, para construir significados.

Aprende-se a linguagem não verbal na interação com os outros, de acordo com a

cultura em que estamos inseridos.

O trabalho da educação psicomotora com as crianças, segundo FONSECA,

apud LOPES, MARTINS e CHAPARRO (2010, p.15), deve prever a formação de

base indispensável em seu desenvolvimento motor, afetivo e psicológico, dando

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oportunidade para que por meio de jogos, de atividades lúdicas, se conscientize

sobre seu corpo.

Na educação infantil a priori deve ser a de ajudar a criança a ter uma

percepção adequada de si mesma, compreendendo suas possibilidades e limitações

reais, auxiliando-a a se expressar corporalmente conquistando novas competências

motoras.

Os gestos, expressões corporais, faciais, coloração da pele, o brilho nos

olhos percebido em algumas situações, tudo isso dentro de um contexto, pode ser

entendido como forma de comunicação, tanto a percepção de uma mensagem não

verbal, quanto à reação da mesma podem ser conscientes ou inconscientes.

Segundo RECTOR e TRINTA, apud NEDER e POSSARI (2008, p.25)

O homem é um ser em movimento e, ao mover-se, põe em funcionamento formas de expressão completas e complexas que são, de resto, compartilhadas, a exemplo das formas de língua. Portanto, ao exprimir-se com seu corpo, ele faz de maneira tão clara, que não há mais como desdizer-se ou voltar atrás.

Segundo NEDER e POSSARI (2008), as formas de expressar-se pelo corpo

pode ser por gestos, pelo olhar, pelo sorriso, etc. É pelo corpo que dizemos se

estamos felizes, tristes, também se gostamos de alguma coisa ou não. As autoras

citam que somos essencialmente seres que se fazem compreender e compreendem

para muito além do que falamos ou escrevemos e no nosso corpo gestos, olhares,

sorrisos, significam.

Para se estabelecer comunicação segundo NEDER e POSSARI (2008), tem

de ocorrer um conjunto de elementos constituídos por um emissor, que produz e

emite uma determinada mensagem, dirigida a um receptor. Mas para que a

comunicação se processe efetivamente entre estes dois elementos, deve a

mensagem ser realmente recebida e decodificada pelo receptor, por isso é

necessário que ambos estejam dentro do mesmo contexto.

A comunicação segundo NEDER e POSSARI (2008), consiste exatamente

em que ela seja assertiva, e por mais clara que esta possa ser, sempre vai envolver

subjetividade, pois este processo consiste em relações humanas, na qual tem como

decodificador desta percepção os órgãos sensoriais: a visão, o tato, o paladar, o

olfato e audição. As informações são recebidas e decodificadas, influenciadas pelas

percepções individuais, do ambiente e das próprias sensações. Portanto, na

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linguagem não-verbal esta comunicação sensorial é predominante, como meio de

aceitar ou rejeitar a mensagem.

A comunicação segundo NEDER e POSSARI (2008), está diretamente

ligada à atitude que se tem ao passar a mensagem e também ao recebê-la.

Lembrando-se que a conformidade entre a linguagem verbal e não-verbal estão

incentivam a tomar uma atitude, se percebo através da linguagem do corpo, que o

que o outro fala, principalmente a liderança, está desconectado de suas ações e do

reflexo do corpo do emissor, com certeza haverá ruídos, e conseqüentemente o não

atingimento do propósito ou um atraso na execução do mesmo.

1.1 A IMPORTÃNCIA DA LINGUAGEM NÃO VERBAL NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Os avanços na Educação Infantil, segundo BORGES (2009), ganham

grandes destaques no século XXI, após as grandes reformas no campo da

Educação e através de planos de ações direcionados pelos governos que

impulsionaram a Educação no Brasil, contudo a Educação Infantil se aflora como

vertente de ensino no final do século XXI, impulsionada pelas reformas no ensino.

Esse novo olhar surge trazendo em torno de si um novo modelo de se compreender

e de trabalhar a Educação Infantil.

A linguagem nao-verbal segundo FONSECA, apud LOPES, MARTINS e

CHAPARRO (2010, p. 43), desperta a criança para o brincar que é o primeiro

experimentar do mundo, que a criança tem, pois através do brincar desenvolvem-se

capacidades importantes como memória, a atenção, a imitação, a imaginação, ou

seja, o brincar não é uma perda de tempo, nem mesmo um desperdício, pois muito

pelo contrario, o brincar vai muito além, pois envolve um conjunto de fatores que

ajudam no desenvolvimento da linguagem, moral, emocional, afetivo e físico,

Esta linguagem é tão importante que, mesmo entre países de idiomas

diferentes, entre povos com culturas diferentes, segundo FONSECA, apud LOPES,

MARTINS e CHAPARRO (2010, p. 22), há uma compreensão da mensagem através

da expressão não verbal: um sorriso é sempre um sorriso, o choro é sempre choro, a

arrogância é sempre arrogância, o nervosismo passado através de gestos como

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suor nas mãos, atitudes tensas, e assim por diante passam a mensagem, não

importa se estamos de um lado do mundo ou do outro.

A linguagem segundo FONSECA, apud LOPES, MARTINS e CHAPARRO

(2010, p. 21), é um dos meios de comunicação mais presente na vida humana, ela

se caracteriza como forma de expressão e de comunicação mais enraizada nas

culturas, contudo ela não é somente um conjunto de palavras escritas ou faladas,

mas também de gestos e imagens.

A linguagem não-verbal e uma das características da linguagem esta não se

utiliza de vocábulos, das palavras para se comunicar, o objetivo, neste caso não e

de expor verbalmente o que se que dizer ou o que se estar pensando, mas de se

fazer uso de outros meios para se comunicar como: placas, objetos, cores, e signos

visuais em que se caracterizam como elemento não-verbal. Assim NEDER e

POSSARI ao dizer.

Somos essencialmente seres que se fazem compreender (produzem textos) e compreendem (lêem textos), para muito alem do que falamos ou escrevemos. Nosso corpo significa e, portanto, gestos, olhares, sorrisos, significam. Estes últimos são considerados signos códigos, pois, numa mesma cultura(teia de significados), nos repartimos seus sentidos. Esses textos podem ser do corpo, de nos mesmos, num processo de interlocução com outros, ou de textos como desenhos, pinturas,ou textos de mídias, como gibi, filmes, vídeos, que trazem historias infantis, novelas propagandas. (NEDER & POSSARI, 2008: p. 29).

Além de buscar através das idéias de NEDER e POSSARI expostas no

trecho a cima, podemos para exemplificar esta idéia mencionar os sentimentos as

emoções, as sensações como sendo ações responsáveis pelo nosso humor que se

expressa por meio de gestos, de expressões faciais e corporais.

Fonte:www.google.com.br

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Na verdade os nossos sentimentos sejam eles alegres ou tristes nos

revelam para o meio e este os interpreta verdadeiramente como estamos. A

linguagem não-verbal faz parte das nossas vidas muito mais do que pensamos ser,

ela e o tudo que somos e seremos, não somente para sermos seres humanos, mas

para sermos bons amigos, pai mãe, professora, e sermos tudo.

Somos, segundo NEDER e POSSARI (2008), seres essencialmente que se

fazem compreender e compreendem muito além do que imaginamos, mas para que

a comunicação se processe efetivamente é preciso de dois elementos, em que deva

a mensagem ao ser recebida serem decodificada pelo receptor. Esse despertar

necessariamente deva ser motivado pelo educador em sala, em que o mesmo

proporcione a criança momento de curiosidade infantil, incentivando o

desenvolvimento e a criatividade.

A linguagem, segundo NEDER e POSSARI (2008), uma das principais

fontes na formação do mundo cultural, pois é ela q-ue nos permite transcender a

nossa experiência. No momento em que damos nome a qualquer objeto da

natureza, nós o individuamos, o diferenciamos do resto que o cerca; ele passa a

existir para a nossa consciência. Com esse simples ato de nomear, distanciamo-nos

da inteligência concreta animal, limitada ao aqui e agora, e entramos no mundo do

simbólico. O nome é símbolo dos objetos que existem no mundo natural e das

entidades abstratas que só têm existência no nosso pensamento (por exemplo,

ações, estados ou qualidades como tristeza, beleza, liberdade).

1.2 A LINGUAGEM NÂO-VERBAL COMO FONTE DE INTERAÇÂO

Compreende-se que a linguagem é uma atividade de interação social, ou

seja, segundo NEDER e POSSARI (2008), é uma manifestação de competência

comunicativa, definida como capacidade de manter a interação social mediante a

produção e o entendimento de textos que funcionam comunicativamente. Essa

linguagem possibilita ao homem representar a realidade física e social e, desde o

momento em que é aprendida, conserva um vínculo muito estreito com o

pensamento. Possibilita não só a representação e regulação do pensamento e da

ação, próprios e alheios, mas também comunicar idéias, pensamentos e intenções

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de diversas naturezas e, desse modo, influenciar o outro e estabelecer relações

interpessoais, anteriormente, inexistentes.

As atividades motoras, segundo BORGES (2009), desenvolvem na vida da

criança um papel importantíssimo, em muitas das suas primeiras iniciativas

intelectuais. Enquanto explora o mundo que a rodeia com todos os órgãos de

sentido, ela percebe também os meios com os quais fará grande parte de seus

contatos sociais. A educação psicomotora na idade escolar deve ser antes de tudo

uma experiência ativa, onde a criança se confronta com o meio.

Experiências motoras que se iniciam na infância são, segundo NEDER e

POSSARI (2008), de fundamental importância para o desenvolvimento cognitivo,

principal meio pelo qual a criança explora, relaciona e controla seu meio ambiente. O

movimento se relaciona com o desenvolvimento cognitivo, no sentido de que a

integração das sensações provenientes de movimentos resulta na percepção e toda

aprendizagem simbólica posterior depende da organização destas percepções em

forma de estruturas cognitivas.

Por meio da exploração motora, segundo BORGES (2009), a criança

desenvolve consciência do mundo que a cerca, e de si própria. O controle motor

possibilita à criança experiências concretas, que servirão como base para a

construção de noções básicas para o seu desenvolvimento intelectual.

Com argumentos do teórico, PIAGET, apud FONSECA, (1983, p. 26), apud

LOPES, MARTINS e CHAPARRO (2010, p. 48): “a inteligência verbal ou reflexiva

repousa numa inteligência sensório-motora ou prática, que por seu lado se apóia

nos hábitos e associações adquiridas para recombiná-las.”

Ao brincar, a criança passa a ter condição de explorar e refletir sobre a

realidade e a cultura na qual está inserida, podendo assim interiorizar,começando

assim a se questionar sobre as regras e papeis sociais. Brincar proporciona o

desenvolvimento, a criança aprende a conhecer fazer, convívio, e, sobretudo,

aprende a ser. O Educador deve trabalhar a brincadeira como um instrumento

norteador das atividades didáticas pedagógicas, propiciando descobertas através

dos gestos corporais. A brincadeira foi trabalhada no momento da imitação e criação

da gestualidade pelas crianças. Além disso trabalhamos com o não verbal e com a

Linguagem Corporal.

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Os conteúdos desenvolvidos através das Brincadeiras Dirigidas em sala de

aula propiciam o desenvolvimento da livre expressão dos alunos, bem como estão

adequados aos níveis de desenvolvimento das crianças e sua faixa etária 05 anos.

O trabalho da educação psicomotora com as crianças, segundo BORGES

(2009), deve prever a formação de base indispensável em seu desenvolvimento

motor, afetivo e psicológico, dando oportunidade para que por meio de jogos, de

atividades lúdicas, se conscientize sobre seu corpo.

Na educação infantil, segundo BORGES (2009), a prioridade deve ser a de

ajudar a criança a ter uma percepção adequada de si mesma, compreendendo suas

possibilidades e limitações reais, auxiliando-a a se expressar corporalmente

conquistando novas competências motoras.

Os educadores devem buscar o desenvolvimento de rotinas significativas

com a linguagem, propiciando práticas dialógicas constantes com as crianças.

Quanto mais estímulos para o diálogo, para comunicação, mais haverá contribuição

para o desenvolvimento da linguagem e, em conseqüência, do desenvolvimento

psicomotor.

Nessa fase, é importantíssima a interlocução com as crianças. É o momento

de aumentar suas potencialidades de interação com o ambiente, com o outro seu

interlocutor. É uma fase importante para início dos relatos, dos contos, das cantigas

de roda, das pequenas trovas.

FONSECA (2009, p.178), apud LOPES, MARTINS e CHAPARRO (2010: p.

86), argumenta:

O ser humano evolui não uniformemente, mas em constantes oposições e identificações com o ambiente. Nos sinais que encontra na sua evolução, e aos quais, ao dar-lhes significado, os renova, rejeita ou integra, o homem estabelece as relações com o meio.

Nas atividades realizadas em sala de aula o Educador deve ajudar a criança

a ter uma percepção adequada de si mesma, compreendendo suas possibilidades e

limitações reais, auxiliando-a a se expressar corporalmente conquistando novas

competências motoras. A condição da aprendizagem está intimamente ligada à

possibilidade da ação e ao prazer da conquista dela.

As atividades lúdicas têm capacidade sobre a criança de gerar

desenvolvimento de várias habilidades, proporcionando a criança divertimento,

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prazer, convívio, estímulo intelectual, desenvolvimento harmonioso, autocontrole, e

auto-realização. O educador deve propiciar a exploração da curiosidade infantil,

incentivando o desenvolvimento da criatividade, das diferentes formas de linguagem,

do senso crítico e de progressiva autonomia. Como também ser ativo quanto às

crianças, criativo e interessado em ajudá-las a crescerem e serem felizes, fazendo

das atividades lúdicas na Educação Infantil excelentes instrumentos facilitadores do

ensino-aprendizagem.

São caminhos que contribuem para o bem-estar e entretenimento das

crianças, garantindo-lhes uma agradável estadia na creche ou escola.

A condição da aprendizagem motora está, segundo CHAPARRO (2010),

intimamente ligada à possibilidade da ação e ao prazer da conquista dela. Se os

pais não dão essa liberdade necessária à experimentação, a criança poderá, mais

tarde, apresentar limitações psicomotora intransponíveis pelo fato de ter sido

impossibilitada de vivenciar o desequilíbrio, cair e aprender como buscar soluções

para este desequilíbrio.

Todavia, a imaginação e a criatividade são outras importantes características

humanas desenvolvidas através das atividades psicomotoras. Pois é nelas que

aprendemos a dar liberdade à mente. Desde muito cedo as crianças aprendem a

diferenciar as situações “sérias” das lúdicas e aprendem que nestas últimas têm

maior liberdade para imaginar e criar.

Relembrando que a linguagem não verbal, desenvolvida através do lúdico, é

um direito fundamental de todas as crianças no mundo inteiro. Cada criança deve

estar em condições de aproveitar as oportunidades educativas voltadas para

satisfazer suas necessidades básicas de aprendizagem. A escola deve oferecer

oportunidades para a construção do conhecimento através da descoberta e da

invenção, elementos estes indispensáveis para a participação ativa da criança no

seu meio, construindo normas de organização, respeito, compreensão, assim

proporcionar que a mesma aprenda a viver em grupo respeitando o espaço do

próximo, desenvolvendo o físico, o emocional, cognitivo e social.

VYGOSTSKY (1988), apud MOREIRA e ANDRADE (2008: p. 67) destaca:

Para o autor, a importância da brincadeira para o desenvolvimento se pauta no fato de ela favorecer a mudança na relação da criança com os objetos,

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uma vez que, ao brincar com os objetos, deixam de determinar de modo diretivo a brincadeira.

diretivo a brincadeira.

O termo desenvolvimento psicomotor, segundo VYGOSTSKY (1988), apud

MOREIRA e ANDRADE (2008), é empregado para se referir a aquisição de novos

conhecimentos ou habilidades que a criança possa vir a apresentar durante o seu

processo de desenvolvimento e aprendizagem. A linguagem não verbal condiciona a

criança a brincar e a fazer algo que anteriormente não fazia e agora se faz. Aguça o

desenvolvimento.

Linguagem não verbal é, por excelência, segundo VYGOSTSKY (1988),

apud MOREIRA e ANDRADE (2008), integradora, há sempre um caráter de

novidade, o que é fundamental para despertar o interesse da criança, e à medida

que brinca ela vai se conhecendo melhor, construindo interiormente o seu mundo. É

um dos meios mais propícios à construção do conhecimento. Para exercê-la a

criança utiliza seu equipamento sensório-motor, pois o corpo é acionado e o

pensamento também, e enquanto é desafiada a desenvolver habilidades operatórias

que envolvam a identificação, observação, comparação, análise, síntese e

generalização, ela vai conhecendo suas possibilidades e desenvolvendo cada vez

mais a autoconfiança.

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2. A LINGUAGEM NÂO-VERBAL DESPERTA PARA O BRINCAR

Através da linguagem não verbal, a brincadeira, segundo Fonseca (2010),

passa a ser uma atividade da natureza humana presente em todas as fases da vida.

Ela representa uma ferramenta, ou um recurso para o nosso desenvolvimento. Em

ambientes coletivos, a criança aprende e desenvolve muitas coisas, como por

exemplo: orientação e organização espacial; adequação de movimentos apropriados

à situação; habilidades necessárias para o manuseio de diferentes objetos;

representação de imagens e conteúdos relacionados a situações já vividas ou

presenciadas, memória, projeção e planejamento sobre ações seqüenciais,

diferentes linguagens, negociação de suas idéias e interesses junto às outras

crianças envolvidas na brincadeira, compreensão das intenções dessas crianças,

soluções para os conflitos que ocorrem nessas interações, regras de conduta social

presentes em sua cultura, elaboração de emoções e sentimentos.

Ao assumir diferentes papéis ou posições, segundo Fonseca (2010),a

linguagem não verbal exercita o “ser” de diferentes formas, o que contribui para a

construção da sua identidade, desenvolve seu jeito próprio de agir sobre o mundo,

permite que ela sinta como é se colocar no lugar do outro e que faça escolhas de

reação perante as situações que vivem dentro e, depois, fora da brincadeira. Com

isso tudo, a brincadeira amplia a sua visão do mundo e de si mesma com

experiências que podem ser levadas para o resto da vida. Quem não tem memória

de brincadeiras vividas em sua pauta de infância? Só quem não teve oportunidade

de brincar.

É importante o dialogo e a interação entre aluno e professor e de outros

envolvidos no processo de ensino aprendizagem, sendo a instituição escolar parte

da sociedade e a aprendizagem partindo da interação da criança na interação com o

meio social, torna-se importante, segundo Fonseca (2010), ressaltar a importância

que o mundo sociocultural tem na aprendizagem da mesma, contribuindo para as

construções de aprendizagem daquela criança, o psicopedagogo nos ajuda a

entender a ação do aluno, quando o professor não sente prazer e não se sente

seguro com seu processo de ensino aprendizagem, dificilmente os alunos

contribuirão seus conhecimentos de forma tranqüila e sem problemas.

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Compactuamos com FONSECA, apud CHAPARRO et. al (2010 p.48) que

argumenta: “a inteligência verbal ou reflexiva repousa numa inteligência sensório-

motora ou prática, que por seu lado se apóia nos hábitos e associações adquiridas

para as recombinar.” Através dos movimentos sensório-motor a criança interage com

o meio exterior, elaborando assim sua função simbólica que gera a linguagem,

portanto não devemos queimar etapas no desenvolvimento da criança, respeitando

o lado cognitivo e motor.

Como a criança de hoje nasce num mundo virtual, segundo Fonseca

(2010),isso requer da escola uma aproximação pedagógica dos avanços

tecnológicos, dando espaços ao recurso digital, a projeto de pesquisa, desde a

educação infantil, aproveitando etapa de curiosidade da criança que quer saber o

porquê de tudo. É importante que na Educação Infantil as atividades sejam

planejadas e combinadas a partir de uma rotina. Saber o que vai acontecer numa

seqüência diminui a ansiedade da criança em relação ao desconhecido.Esses

diferentes espaços auxiliam na estruturação psíquica e mental da criança. Além

disso, reforçam o espaço simbólico, ou seja, aquela atividade acontece sempre

naquele lugar é fundamental que os materiais, jogos que foram utilizados/

espalhados, sejam devolvidos ao local de origem. O esvaziar e não guardar reforça

a dispersão interna.

A criança, ao ingressar na escola, possui um conhecimento prévio. Este

tendo um significado afetivo em relação ao que será construído posteriormente pela

criança. É necessário, segundo Fonseca (2010),que a escola compreenda esses

significados para organizar suas intervenções pedagógicas de forma a contribuir

com o processo de aprendizagem do sujeito.

Por meio da participação da criança, segundo Vygostsky (2008),se

compreende que através do desenvolvimento da linguagem não verbal ela interage

com o meio em que está inserida, buscando dessa forma o envolvimento sócio-

cultural. Assim, elas se fazem presentes na realidade cotidiana, realizando troca de

informações, conceitos e emoções, ou seja, pela produção dos textos não verbais

elas comunicam intenções, sentimentos e desejos.

É impossível falar das características desta linguagem sem deixar de levar

em consideração o processo interacional, meios para que ela se concretize. Assim,

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subsidiamos em NEDER e POSSARI (2008: p.37) com o intuito de ajudar nessa

compreensão.

É bom relembrar que interagirmos através de nosso corpo. Interagir é uma necessidade básica, tão importante quanto, respirar e andar. A interação garante-nos a sobrevivência individual e coletiva, e a sobrevivência sociocultural, de cujas redes participamos para viver e alterar a realidade (...).

Assim, interagir, no nosso corpo, é atuar sobre a sensibilidade de alguém, tentando convencê-lo do que queremos. Para isto movemos nosso corpo, intencionalmente, toda vez que queremos compartilhar emoções, transmitir ordens, partilhar conceitos.

Nesse sentido, compreende-se que a criança é um ensaio que se move,

tendo como carência a necessidade de ser ouvida, percebida e principalmente

aprovada. É o ouvinte que nos faz melhor; é ele que, mesmo silenciosamente,

alimenta a nossa necessidade e qualidade de comunicação. Se a criança é impedida

de falar, o corpo apresenta-se como um grito silencioso, lançado diante de todas as

barreiras, todos os obstáculos que a ele se opõem, sendo esta resposta corporal a

maior busca do relaxamento. Ressalta-se que as crianças aprendem o mundo por

meio do corpo, dando grande importância a suas sensações e emoções sendo

necessário para elas, o movimento. É a representação natural das atitudes e ações

do Homem, revelando os sentimentos e percepções que o indivíduo experimenta

num momento. Por sua espontaneidade e difícil controle, é vista como verdadeira,

exprimindo intenções que na maioria das vezes, não se deseja ou se pode exprimir.

Nesse sentido a linguagem não-verbal é carregada de mensagens e

significações, podemos dizer que ela é um dos veículos centrais na transmissão das

ideologias, cria uma imagem de algo, ao mesmo passo é produto social e histórico.

Tendo como base as concepções de VYGOTSKY (1991; 2000), que trata a respeito

da formação de uma psicologia historicamente fundada. VYGOTSKY ao defender tal

concepção, instituiu a teoria Histórico-Cultural, instaurando na psicologia

contemporânea, de modo direto e indireto, um conjunto de novos problemas de

investigação que deram maior importância para a educação das crianças de 0 a 6

anos e também sua socialização, a fim de melhorar a compreensão da primeira

infância e os fatores que pudessem contribuir para o seu desenvolvimento.

No processo de socialização, segundo Borges (2009), que a criança constrói

sua identidade, pois o espaço da educação infantil possibilita as interações entre as

crianças e os adultos e a convivência com as diferentes culturas presentes na

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sociedade. No entanto, dependendo de como é tratada a diferença, ela poderá

contribuir para o reconhecimento do outro e para a constatação das diferenças como

algo a ser valorizado.

Na perspectiva de uma educação que privilegia a infância como tempo de

vivência de construção sócio-histórica e a criança com direito de vivenciá-la em sua

plenitude, a formação de profissionais capacitados para atender a essas demandas

é imprescindível. Nesse novo cenário em que se configura a infância, o educar

segundo o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RECNEI, 1998).

Educar significa, por tanto, propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança e ao acesso, pelas crianças, aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural. (In: MOREIRA e ANDRADE, 2009: p.58).

E o cuidar na instituição de Educação Infantil, compreende essa dimensão

como parte integrante da educação, de valorizar e ajudar o outro a se desenvolver

como ser humano. Envolve os cuidados relacionais e os cuidados com os aspectos

biológicos do corpo. (RCNEI, 2008, apud NEDER; LORENSINI & ALONSO, 2007:

p.33).

Portanto a instituição de Educação Infantil é concebida como local

complementar ao cuidado que a família dedica á criança. A relação estabelecida

entre esta instituição e a família deve ser de parceria e, portanto, de

complementaridade no que se refere ao cuidado e a educação da criança. A medida

que o cuidar e o educar são dimensões indissociáveis e essenciais ao

desenvolvimento da criança, é necessário haver um trabalho de forma organizada e

planejada dos espaços e tempos que favoreçam os processos de desenvolvimento e

aprendizagem infantil, considerando a criança em foco. (MOREIRA e ANDRADE,

2008).

É necessário compreender o que ocorre nos primeiros anos de vida da

criança, para se propor um processo pedagógico. É necessário conjugar esforços

em políticas públicas, que implicam vários fatores: políticas de integração da

Educação Infantil ao sistema educacional, formação e profissionalização dos

profissionais da Educação Infantil, propostas pedagógicas e ações educativas e

criação de espaços e recursos materiais próprios para a Educação Infantil. Assim

como as crianças de 0 a 6 anos de idade são sujeitos que exigem direitos, os

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profissionais que trabalham com a Educação Infantil também são sujeitos de direitos

e, portanto, com direito a formação de qualidade a partir da implantação de políticas

públicas de valorização do magistério, direito a boa remuneração e condições de

trabalho. (COVEZI, 2008).

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O conteúdo deste trabalho será exposto por meio do Seminário Temático da

pós-graduação em psicopedagogia e educação infantil, que traz como tema a

“linguagem não verbal na educação infantil: gestualidade e ações que fazem

sentidos na infância”, que se consistirá de estudo, qualificação e orientação

construídas no cotidiano do seu trabalho objetivando mostrar experiências

significativas, resultantes do longo processo de acompanhamento e orientação.

Desde muito cedo a criança se utiliza da linguagem oral para se comunicar,

quer seja no meio da família como também em creches ou instituições de educação

infantil. Nessa interação com outras crianças e também com seus professores que a

criança enriquece seu repertório de

É importante para o profissional das creches ter, presente (compreender)

que a conversa, o afeto, a comunicação com gestos, brincadeiras, sorrisos são

fontes indispensáveis para aquisição da linguagem pelas crianças.

Segundo POSSARI e NEDER,

Ao interagirmos, mantemos, com os outros, intercâmbio de idéias emoções e sentimentos. Pelos textos não verbais, comunicamos intenções, sentimentos e desejos. Esses textos não são expressões automáticas, são signos aprendidos para serem usados como índices, sinais, ou convencionados como símbolos. (2008, p.39).

Os adultos devem buscar o desenvolvimento de rotinas significativas com a

linguagem, propiciando práticas dialógicas constantes com as crianças.

Quanto mais estímulos para o diálogo, para comunicação, mais haverá contribuição

para o desenvolvimento da linguagem e, em conseqüência, do desenvolvimento

psicomotor.

Nessa fase a interlocução com as crianças é o momento de aumentar suas

potencialidades de interação com o ambiente e com o outro seu interlocutor. É uma

fase importante para início dos relatos, dos contos, das cantigas de roda, das

pequenas trovas.

Este trabalho deu a oportunidade de estar, efetivamente, conhecendo a

fundo o tema em que se pode compreender que as atividade lúdicas têm capacidade

sobre a criança de gerar desenvolvimento de várias habilidades, proporcionando a

criança divertimento, prazer, convívio, estímulo intelectual, desenvolvimento

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harmonioso, autocontrole, e auto-realização. A educação começa no meio familiar,

mas se concretiza na escola, onde a mesma deve facilitar a aprendizagem,

utilizando-se de atividades lúdicas que criem um ambiente favorável para o processo

de aquisição da linguagem.

Somos seres humanos, porém sujeito que não é livre para dizer o que quer,

mas é levado, sem que tenha consciência disso a ocupar seu lugar em determinada

formação social e enunciar o que lhe é possível a partir do lugar que ocupa. A sua

fala revela mais do que o pensamento do falante, revela, também, o seu nível

cultural, a sua posição social, a sua capacidade de adaptação a certas situações,

sua timidez, enfim, a sua forma de ser e ver o mundo.

Tendo a compreensão da importância da linguagem não-verbal foi possível

evidenciar que esta linguagem é uma forma complexa de interação interpessoal, da

qual temos pouca consciência, ocorrendo por vezes, à margem do nosso controle.

Tem como função expressar sentimentos, emoções, reações e transmitir

mensagens. Manifesta-se de forma natural, intuitiva e continuamente, mas é

influenciada pelo contexto e pelas diferentes culturas.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BORGES, Ana Maria Barreto. Práticas educativas: Filosofia I - o conhecimento e suas relações. Cuiabá: EdUFMT, 2009. COVEZI, Marinete. Sociologia II: reflexões sociológicas sobre a educação. Cuiabá: Ed.UFMT/UAB, 2008. LOPES, Tomires Campos; MARTINS Neusa Maria Carraro e CHAPARRO Nilzalina Silva. Múltiplas linguagens: linguagens corporais e movimento humano I. Cuiabá: EdUFMT, 2010.. MOREIRA, Ana Rosa Picanço e ANDRADE, Daniela Barros da Silva. Psicologia III: questões do cotidiano educacional. Cuiabá: Ed.UFMT/UAB, 2008. NEDER, Maria Lucia Cavalli; POSSARI Lucia Helena Vendrúsculo; SOUZA Regina Marques de. Múltiplas linguagens: pensamento e linguagem II. Cuiabá: EdUFMT, 2008. NEDER, Maria Lucia Cavalli, LORENSINI, Sandra Regina Geiss e ALONSO, Kátia Morosov. Licenciatura em pedagogia–UFMT/NEAD - ênfase em educação infantil. Cuiabá: EdUFMT, 2007. NEDER, Maria Lucia Cavalli; POSSARI Lucia Helena Vendrúsculo. Múltiplas Linguagens: Pensamento e Linguagem III: - Cuiabá: EdUFMT, 2008.. SEWO, Miriam Toshiko; RIBEIRO, Rosa Lúcia Rocha. Pedagogia da Infancia II: educação desenvolvimento e crescimento da criança. Cuiabá: EdUFMT/UAB, 2009. VYGOTSKY, Lev. Pensamento e linguagem. Trad.Luiz de Camargo. São Paulo. Martins Fonte, 1991. (Coleção Psicologia e Pedagogia). VYGOTSKY, Lev. Psicologia concreta do homem. Trad. Alexandra Marenitch. Educação & Sociedade, Cuiabá: EdUFMT/UAB, 2009. ano XXI, n. 71, p. 23-44, jul. 2000.