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Relatório de Gestão - Ano 2015 Região de Diversidades

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Região de Diversidades

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Índice CONVOCATÓRIA .................................................................................................................................................. 4

MENSAGEM DO PRESIDENTE .......................................................................................................................... 6

ACONTECIMENTOS RELEVANTES ................................................................................................................. 8

ENQUADRAMENTO MACRO-ECONOMICO ................................................................................................ 13

MERCADOS FINANCEIROS ............................................................................................................................. 21

EVOLUÇÃO RECENTE E PERSPECTIVAS DO CRÉDITO AGRÍCOLA .................................................. 25

EVOLUÇÃO DA ACTIVIDADE DA CAIXA .................................................................................................... 32

PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS .......................................................................................... 40

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ................................................................................................................ 42

ESTRUTURA E PRÁTICA DE GOVERNO ...................................................................................................... 49

NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS .......................................................................... 57

PARECER DO ÓRGÃO DE FISCALIZAÇÃO ............................................................................................... 106

CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS ......................................................................................................... 108

AGRADECIMENTOS ........................................................................................................................................ 111

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Convocatória

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CONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA

Nos termos do nº 2 do artigo 22º e dos artigos 23º e 24º dos estatutos da Caixa de Crédito Agrícola

Mútuo Beira Douro, C.R.L., matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Lamego com o

numero de matricula e de Identificação Fiscal Único nº 500955859, com o capital social realizado

de €15.290.045 (quinze milhões, duzentos e noventa mil e quarenta e cinco euros) (variável),

convoco todos os Associados no pleno gozo dos seus direitos, a reunirem-se em Assembleia Geral

Ordinária no dia quinze de Março de 2016, pelas 15 horas nas instalações da sede da Instituição,

sita na Avenida Cinco de Outubro, numero setenta e três, Cidade de Lamego, para discutir e votar

as matérias da seguinte ordem e trabalhos.

ORDEM DE TRABALHOS

1. Discussão e votação do Relatório de Gestão e das Contas da Caixa Agrícola relativo ao

exercício de 2015 e do relatório anual do Conselho Fiscal.

2. Deliberação sobre a Proposta de Aplicação de Resultados.

3. Apreciação geral sobre a Administração e Fiscalização da Caixa Agrícola.

4. Apresentação e apreciação do relatório com os resultados da avaliação anual das políticas de

remuneração praticadas na Caixa Agrícola.

5. Designação do Revisor Oficial de Contas efectivo e suplente para o triénio 2016/2018.

Se, à hora marcada, não se encontrar presente mais de metade dos Associados, a Assembleia Geral reunirá, em segunda convocatória,

uma hora depois, com qualquer número.

Os textos integrais encontram-se à disposição para consulta dos associados na sede da CCAM Beira Douro, CRL, oito dias antes da

Assembleia Geral.

Nota: Não será admitido nesta Assembleia Geral o voto por correspondência, nem o voto por representação, por força do disposto no

nº 1 do Artigo 42º e do nº 1 do Artigo 43º do Novo Código Cooperativo, aprovado pela Lei nº 119/2015, de 31 de Agosto, que entrou

em vigor no passado dia 30 de Setembro.

Lamego, vinte e dois de Fevereiro de 2016

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Mensagem do Presidente

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Apesar do crescimento, modernização das instalações e diversificação das suas áreas de actividade, mantemo-nos fieis às nossas origens bem como à nossa maneira de atuar, uma vez que a proximidade constituiu um precioso instrumento para o crescimento do Crédito Agrícola na Região.

A mensagem que pretendo transmitir a todos quantos acompanham a nossa Instituição, é de confiança, embora saibamos que factores externos, consubstanciados na crise económica e financeira, que atinge o País e o Mundo, podem condicionar a mesma.

O crescimento do conjunto dos indicadores de gestão é evidente, constituindo motivo de satisfação de todas as entidades que se relacionam com a CCAM, como tambem de todos os nossos clientes e associados, pretendendo esta CCAM manter-se competitiva nos anos vindouros.

Encerramos o ano transacto, com um aumento de 2,75%, atingindo um activo líquido de €134.314.556,12, bem como o Rácio de Solvabilidade (Tier I) que ascendeu a 25,01%, claramente acima do nível mínimo que as instituições financeiras, são obrigadas a atingir o que permite que a nossa Caixa, continue a consolidar-se de uma forma sustentável.

Nas condições actuais do mercado bancário, continuamos a enfrentar uma forte concorrência, especialmente no que se refere aos depósitos, através da oferta de remunerações mais elevadas que o bom senso dita, o que nos obriga a alguma perda da rentabilidade.

Relativamente ao crédito a clientes o mesmo fixou-se em €63.489.919,12, sendo o peso do crédito à habitação de 40%.

Mantivemos o enfoque na recuperação do crédito vencido, fruto das dificuldades que o País atravessa, nomeadamente, (a crise que continua a verificar-se no sector da Construção Civil, em que muitos empresários do sector, têm sido decretados Insolventes), atingimos um rácio de crédito vencido liquido de 3,50%, que nos obrigou a um provisionamento acima do normal, contudo o aumento da margem financeira e da margem complementar; por um lado fruto da gestão conservadora na atribuição de taxas de remuneração dos depósitos, e por outro, da actualização do preçário de comissões e serviços e do comissionamento recebido por parte do cross – seling practicado pela Caixa – CA Vida, CA Seguros, Leasing e Fundos, num total de €1.299.192,36, conseguimos atingir um resultado liquído de €536.528,20, valor este, que nos permite aumentar a nossa situação líquida e por inerência os Fundos Próprios.

Estes aspectos positivos dão-nos algum conforto e entusiasmo, uma vez que confrontado com valores dos anos anteriores, vejo a enorme evolução que tivemos, e vislumbro um futuro com novas soluções, que nos permitam prosseguir no caminho certo.

Perante esta situação e, face às expectativas criadas, sentimo-nos compensados pelo esforço desenvolvido por esta equipa, constituída pelo Conselho de Administração e Colaboradores que, em muitos casos, superaram as metas a que nos tínhamos proposto, contribuindo desta forma para o engrandecimento da nossa Caixa, consolidando-se na area Geográfica que está adstrita.

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Acontecimentos Relevantes

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Mantivemos a parceria com a CONFAGRI, dando aos nossos clientes e associados a possibilidade de resolver no mesmo espaço, as soluções relacionadas com o sector primário; subsídios agrícolas, projectos de investimento e o respectivo parcelário.

No aspecto sociocultural, contribuímos com patrocínios para o fomento do desporto no seio da juventude, bem como atribuímos donativos a todas as Corporações de Bombeiros e Associações da nossa área geográfica de influencia.

Continuamos a apostar na formação dos nossos colaboradores, uma vez que, sem eles seria impossivel atingir as metas traçadas. Foram realizados workshops, formações diversas, direcionadas para o conceito de cross-selling, conhecimento das caracteristicas dos produtos oferecidos, desenvolvimento das ferramentas informáticas e a realização de reuniões trimestrais com os nossos colaboradores, com o objectivo de juntos, podermos discutir e rever os objetivos delineados para a Caixa, dotando-a de um grupo de trabalho interventivo e pró-activo.

Consolidamos o programa comercial e de incentivos proposto pela Caixa Central, que assenta na comercialização de produtos direcionados a segmentos alvo, bem como na intermediação de produtos e serviços geradores de comissões.

Definimos procedimentos de melhoria do sistema de controlo interno e de compliance, face às exigências de regulamentação e de supervisão da Caixa Central e do Banco de Portugal.

Efectuamos o acompanhamento da carteira de crédito, nomeadamente sob os processos executivos/insolvências e as análises de risco exaustivas na negociação de dividas.

Identificamos os grupos e entidades de risco e, efetuamos as reavaliações do crédito hipotecário, conforme estabelecido no Aviso 3/95 do BdP.

Gerimos e efectuamos a manutenção dos imóveis obtidos em recuperação de créditos, celebrando o protocolo de divulgação com a CA Imóveis, empresa da Caixa Central, e pela requalificação/manutenção dos imóveis recebidos em recuperação de crédito.

Actualizamos os Templates de uso Interno em vigor na CCAM, permitindo que a informação circule dentro e fora da Instituição, com o mesmo formato.

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Outros Factos Relevantes do SICAM

Nos últimos 3 anos a marca CA assumiu um papel relevante junto dos consumidores, pois conseguiu demonstrar os valores e as iniciativas que esta instituição desenvolve junto da sociedade. O reconhecimento perante os portugueses tem sido evidente, e ficou patente nos resultados obtidos não só pelo estudo promovido pela Aximage em 2014, que revelou que o Crédito Agrícola é o segundo banco em quem os portugueses mais confiam, mas também pelo prémio de 5 Estrelas recebido em 2015 e que classificou o Crédito Agrícola na categoria do “Atendimento ao Cliente” como a instituição mais bem classificada.

O Crédito Agrícola tem participado e desenvolvido acções de promoção junto de empresas, donde se destacam:

• O ciclo de seminários sobre o tema empreendedorismo, enquadrado na 2ª edição do “Prémio Empreendedorismo e Inovação”, acentuando o posicionamento de grupo financeiro que aposta e reconhece o tecido empresarial português;

• O workshop “Cooperar para Exportar” dirigido a empresários e produtores do sector hortofrutícola;

• A homenagem às 193 empresas clientes CA (mais 105 empresas face ao ano anterior) com o estatuto de PME Líder e PME Excelência em 2014, realizada pelo segundo ano consecutivo, num evento que sublinha o contributo das Empresas, Clientes do Grupo, para a competitividade e crescimento da economia portuguesa;

• O concurso de Vinhos do Crédito Agrícola, que decorreu pelo segundo ano consecutivo, realizado juntamente com a Associação dos Escanções de Portugal, destinado a Produtores e Cooperativas de todas as regiões vitivinícolas do país. As cerimónias de entrega de prémios decorreram na FIL, em Lisboa, no “Portugal Agro” e na “Alimentaria & Horexpo Lisboa 2015”;

• A associação à Academia do Centro de Frutologia Compal, pela 4ª vez consecutiva, tendo, em 2015, sido desenvolvida uma acção de formação e apoio à instalação frutícola destinada a empreendedores agrícolas que se pretendem instalar, aumentar ou reconverter a sua exploração agrícola.

Quanto ao reconhecimento público em 2015, o Crédito Agrícola foi galardoado com seis distinções em diversas áreas: banca, seguros e fundos de investimento. O Banco foi considerado, pela revista britânica The Banker, no seu estudo “Top 1000 World Banks”, o terceiro mais sólido a operar em Portugal e o primeiro de capitais exclusivamente nacionais.

A CA Seguros, a seguradora não vida do Grupo Crédito Agrícola, foi eleita, pela quinta vez, a Melhor Seguradora Não Vida do seu segmento. Esta distinção resulta de um estudo realizado pela revista EXAME, em parceria com a Deloitte e com a Informa D&B.

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O Fundo de Investimento Mobiliário Aberto de Obrigações CA Rendimento, gerido pela Crédito Agrícola Gest – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. (CA Gest), foi distinguido com o prémio “Gestão Nacional de Organismos de Investimento Colectivo”, na categoria “Fundos de Obrigações de Taxa Indexada”.

Em 2015, o serviço Balcão 24 terminou com 249 balcões em funcionamento, o que representa um crescimento de 6% face a 2014 (236 balcões). É ainda de salientar a evolução semestral do volume de transacções realizadas no serviço Balcão 24, que registou um crescimento de 6% face a igual período de 2014.

No ano 2015, registou-se um aumento do parque de ATM do Crédito Agrícola de 2,2%, passando de 1.465 máquinas em 2014 para 1.497 em 2015, contrariando a tendência de decréscimo verificada no mercado (-2,1% face a 2014) e permitindo um reforço da quota de mercado em 0,5 p.p. O número de transacções em ATM do Crédito Agrícola subiu 3% em 2015.

A instalação de terminais de pagamento automático (TPA) continuou a registar uma evolução positiva, verificando-se um aumento do número de equipamentos (+10,5% face a 2014) e do número de transacções efectuadas (+24,5% face a 2014). O serviço Rede CA & Companhia continua a consolidar a sua posição, tendo apresentado em 2015 um crescimento de 33,5%, estando instalado em 49% dos terminais de pagamento automático do Crédito Agrícola.

Durante o ano de 2015 verificou-se um aumento da carteira global de cartões de pagamento, sendo que a carteira de cartões de pagamento a débito cresceu 10,4% e a carteira de cartões de pagamento a crédito aumentou 2,6%. Esta evolução originou um crescimento da quota de mercado do Crédito Agrícola de 0,7 p.p. nos cartões de débito e 0,4 p.p. nos cartões de crédito. À semelhança do crescimento da carteira de cartões, o ano 2015 evidenciou igualmente um aumento do número de transacções com cartões (+8,1%), assim como, um aumento do volume de transacções em valor (+6,3%).

No âmbito da estratégia de estabelecimento de parcerias com entidades do segmento institucional, o Crédito Agrícola celebrou um protocolo de parceria com a Associação Portuguesa de Imprensa no final de 2015, aproveitando igualmente para assinar um protocolo comercial que permite aos colaboradores dos 400 órgãos de comunicação social associados aceder à oferta do Crédito Agrícola em condições favoráveis.

Ainda ao nível da assessoria de imprensa, foram realizadas diversas acções juntos dos meios de comunicação social, de âmbito nacional e regional, bem como a realização de entrevistas individuais concedidas pelo Presidente do CAE da Caixa Central em diversos meios de comunicação.

Quanto ao nível de comunicação externa foram realizadas 2 novas macro-campanhas:

• “Planos você já tem, só precisa do Banco certo”, que teve por objectivo promover as soluções de crédito pessoal disponibilizadas pelo CA; e

• “CA Destino”, que desafiou os jovens a poupar de modo a habilitarem-se a ganhar passagens áreas duplas para a Europa.

O Crédito Agrícola começou a sua pegada nas redes sociais da melhor forma, iniciando a sua presença no Facebook, Instagram e Youtube, com o objectivo de aproximar o Grupo ao target

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mais jovem e ao público dos centros urbanos. De referir que o Banco terminou o ano com mais de 55.000 seguidores na sua página oficial de Facebook.

Em 2015 registaram-se 19.192.755 visitas ao site institucional do Grupo Crédito Agrícola (+28% face a 2014), o que representa uma média de 1.599.396 visitas/mês realizadas por 5.499.609 visitantes únicos.

Em 2009, o Crédito Agrícola integrou no seu Plano de Meios de Comunicação, o patrocínio a um programa televisivo inovador, denominado “1 Minuto de Economia”. Tratando-se de um programa sobre a actualidade financeira com um formato diferenciador transmitido diariamente no canal SIC, permitido impactar mais de 1.300.000 telespectadores, alavancando assim a notoriedade da marca CA.

Em 2015 o Grupo Crédito Agrícola manteve a sua política de continuidade estratégica de patrocínios a alguns desportistas, modalidades e eventos, como:

• Teresa Almeida, Campeã do Mundo de Bodyboard em 2014;

• Mário Patrão, Campeão Nacional de TT e da classe “Maratona” no Rali Dakar 2016, em motociclismo;

• João Ruivo, Vice-Campeão Nacional de Rali na Categoria I;

• Alcobaça Club de Ciclismo, com destaque para o Ciclista Pedro Lopes por ter alcançado o título de Campeão Nacional de Contra-relógio, na categoria de cadetes;

• 33ª Volta ao Alentejo em Bicicleta;

• Entre outros eventos e atletas.

A longo do ano o Crédito Agrícola marcou presença em diversas feiras e eventos, entre as quais, o Salão Imobiliário de Portugal (SIL), Salão Internacional do Sector Alimentar e Bebidas (SISAB), PORTUGAL AGRO, Fruit Logistica e Fruit Attraction e Festa dos Santos Populares em Paris.

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Enquadramento Macro-Economico

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1. Economia Internacional

Segundo as mais recentes previsões do Fundo Monetário Internacional referidas no update do World Economic Outlook de Janeiro de 2016, a economia mundial registou um crescimento de 3,1% em 2015, representando uma desaceleração do crescimento face a 2014 que foi de 3,3%. Relativamente às maiores economias mundiais, avançadas e emergentes, estas registaram evoluções distintas.

Entre os factores que contribuíram para esta diferenciação encontram-se a continuação de políticas monetárias acomodatícias e de uma política orçamental menos restritiva nos países desenvolvidos, assim como os desequilíbrios macroeconómicos e a instabilidade política em algumas economias exportadoras de matérias-primas, sendo de destacar os casos do Brasil e da Rússia com maior decréscimo das respectivas economias. Na China, a reorientação da política económica para um modelo mais baseado no mercado interno conduziu a uma diminuição gradual do respectivo crescimento económico, com impacto na procura mundial de matérias-primas, sendo, deste modo, ultrapassada pela Índia, que registou uma aceleração em 2015.

Por outro lado, as flutuações do preço do petróleo contribuíram também para um decréscimo acentuado nos preços das matérias-primas.

Na zona Euro, a actividade foi caracterizada pela continuação da recuperação económica, apesar do quadro de incerteza quanto à situação financeira da Grécia. Esta evolução favorável deveu-se à evolução do preço das matérias-primas e à política monetária do Banco Central Europeu, além da implementação do programa de compra de ativos financeiros pelo BCE (Expanded Asset Purchase Programme).

Fonte: World Economic Outlook, Outubro 2015, com update em Janeiro 2016

Fonte: World Economic Outlook, Outubro 2015, com update em Janeiro 2016

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Na Zona Euro estima-se que o PIB cresça 1,5% em 2015, devido essencialmente ao impacto da depreciação do euro (que ocorre desde meados de 2014), à manutenção de taxas de juro baixas (fomentada pelo programa alargado de compra de activos), aos efeitos favoráveis do nível do rendimento, resultantes dos preços mais baixos dos produtos energéticos (especialmente do petróleo) e às políticas de quantitative easing aplicadas pelo BCE. A maioria dos membros da U.E. acompanhou esta tendência de crescimento.

Em relação ao mercado laboral, verificou-se uma redução generalizada da taxa de desemprego na Zona Euro. O desemprego prosseguiu uma trajectória de recuperação ao longo dos últimos dois anos, sendo que em 2015 registou o valor de 11% (-0,6 p.p. face a 2014). Esta melhoria é explicada por factores como o impacto favorável da moderação salarial, pelas recentes reformas do mercado de trabalho, pela retoma económica e pelos recentes incentivos orçamentais. Ainda assim, é de salientar que os elevados valores de 2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%).

De forma a combater a pressão deflaccionista, foram anunciadas várias medidas por parte do BCE, em 22 de Janeiro de 2015, de entre as quais: (i) o lançamento de um programa alargado de compra de activos, com compras mensais no valor de 60 mil milhões de euros até ao final de Setembro de 2016, ou até o Conselho do BCE considerar que se verifica um ajustamento sustentado da trajectória de inflação, compatível com o seu objectivo de obter taxas de inflação abaixo mas próximo de 2% no médio prazo; e (ii) a alteração da taxa de juro das restantes seis operações de refinanciamento de prazo alargado direccionadas (ORPA). Desta forma, a taxa de juro aplicável às futuras ORPA direccionadas será igual à taxa de juro das operações principais de refinanciamento (OPR) do Eurosistema prevalecente na data em que cada ORPA direccionada é conduzida, anulando assim o diferencial (spread) de 10 p.b. acima da taxa de juro das OPR aplicado nas duas primeiras ORPA direccionadas.

Mais recentemente, a 3 de Setembro de 2015, o Conselho do BCE decidiu que a taxa de juro aplicável às (i) operações principais de refinanciamento, (ii) facilidade permanente de cedência de liquidez e (iii) facilidade permanente de depósito permanecerão inalteradas em 0,05%, 0,30% e -0,20%, respectivamente.

Fonte: World Economic Outlook, Outubro 2015, com update em

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2. Economia Nacional

Após um crescimento de 0,9% em 2014, a economia portuguesa apresentou maior dinamismo que justifica a perspectiva de crescimento de 1,6% em 2015, o que reflecte um crescimento ligeiramente superior ao verificado na média da Zona Euro.

Para a aceleração da actividade em 2015 contribuiu, em maior grau, a evolução das exportações portuguesas, que aumentaram 5,3% e que beneficiaram, em grande medida, da evolução da

Indicadores macroeconómicos (2013-2015)

2013 2014 2015E

Procura Externa tav 1,3 4,6 3,9

EUR/USD Taxa de Câmbio tav 3,1 0,1 -6,4

Preço do Petróleo (euros) tav -4,1 -9,5 -29,7

Produto Interno Bruto tav -1,4 0,9 1,6

Consumo Privado tav -1,7 2,1 2,7

Consumo Público tav -1,8 -0,7 0,1

Formação Bruta de Capital Fixo tav -6,6 2,3 4,8

Exportações tav 6,1 3,4 5,3

Importações tav 2,8 6,2 7,3

Índice Harmonizado de Preços no Consumidor tav 0,4 0,7 0,6

Taxa de Poupança (%) vma 4,5 6,9 7,0

Empregabilidade (sector privado) tav n.d. 2,3 0,8

Taxa de Desemprego % 16,2 13,9 11,8

Remunerações por Trabalhador (sector privado) tav n.d. -1,3 0,0

Balança Corrente e de Capital (%PIB) tav 2,6 2,1 2,4

Balança de Bens e Serviços (%PIB) tav 1,7 1,1 1,6

Taxa de referência do BCE (média) % 0,37 0,16 0,05

Euribor 3 meses (média) % 0,29 0,21 0,00

Yield das OT Alemãs 10 anos (média) % 1,93 0,54 0,53

Yield das OT Portuguesas 10 anos (média) % 6,13 2,69 2,41

Fonte: Banco de Portugal (Dezembro 2015) e Banco Central Europeu (Dezembro 2015)

tav: Taxa anual de variação; vma: variação média anual

Fonte: Banco de Portugal – Boletim Económico Dezembro 2015

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procura externa dirigida à economia portuguesa. Este dinamismo esteve associado à recuperação económica de alguns dos principais parceiros comerciais da Zona Euro, em particular Espanha, França e Itália. As exportações para países fora da Zona Euro beneficiaram da depreciação do euro e do crescimento da procura externa oriunda de alguns parceiros comerciais relevantes, em particular o Reino Unido e os EUA.

O crescimento do consumo privado (2,7% em termos homólogos, o que compara com o crescimento de 2,1% registado em 2014) esteve associado a uma melhoria das perspectivas quanto à evolução do rendimento permanente das famílias, conjugada com um quadro de condições monetárias e financeiras favoráveis.

A taxa de desemprego cifrou-se em 11,8% em 2015, ficando 2,1 p.p. abaixo do verificado em 2014, num contexto de diminuição da população activa. Não obstante esta diminuição, a percentagem de desempregados continua historicamente elevada, agravada pela existência de um elevado nível de desemprego de longa duração.

O défice orçamental deverá atingir os 4,2% do PIB em 2015, devido, em grande medida, à resolução do Banif ocorrida no final do ano findo. Estima-se que o impacto desta medida nas contas públicas venha a ser de 2.255 milhões de euros (1.766 milhões de euros numa injecção de capital no banco e 489 milhões de euros na transferência para o Fundo de Resolução), fazendo aumentar o défice em 1,2 p.p. do PIB, sendo que, excluindo este impacto, o défice orçamental seria de 3% em 2015.

O valor de 4,2% encontra-se acima do previsto no Orçamento de Estado de 2015 para o conjunto do ano (2,7%), mas traduz uma melhoria homóloga de 0,3 p.p. decorrente de um aumento da receita superior ao da despesa.

Mercado Bancário Nacional

O ano de 2015 revelou-se um ano de alguma turbulência no sistema bancário Português, com a venda do Banif e a permanência de indefinição quanto ao destino do Novo Banco.

A aquisição do Banif pelo Banco Santander Totta foi finalizada a 20 de Dezembro de 2015, pelo valor de €150 milhões. É de referir que, ainda em 2013, o Banif foi recapitalizado pelo Estado

Fonte: Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, Portugal: The

Way Forward (Janeiro 2016)

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Relatório de Gestão – 2015

18/112

português no montante de €1.100 milhões, sendo que o plano de recapitalização incluía, adicionalmente, um aumento de capital por investidores privados de €450 milhões, o qual foi concluído em Junho de 2014. O Banif revelou não ter capacidade para reembolsar a totalidade do montante, acabando este por vencer em Dezembro de 2014. Com a venda do banco, a generalidade da actividade do Banif foi transferida para o Banco Santander Totta, tendo-se criado um regime de excepção para os activos problemáticos (transferência para um veículo de gestão de activos específico). Os clientes do Banif foram transferidos para o Banco Santander Totta e as respectivas agências foram alvo de renovação de imagem.

Relativamente ao Novo Banco, a situação desta instituição continua instável, sobretudo devido à indecisão do processo de privatização e à decisão do Banco de Portugal, tomada a 29 de Dezembro de 2015, de transferir a dívida sénior de institucionais do Novo Banco para o Banco Espírito Santo (BES). Em 15 de Janeiro de 2016, o Banco de Portugal relançou o processo de venda da participação do fundo de resolução do Novo Banco, em linha com o acordado entre as autoridades nacionais e a Comissão Europeia.

Evolução do mercado nacional de depósitos (Dezembro 2011 – Dezembro 2015)

Segundo a informação mais recente disponibilizada pelo Banco de Portugal (Dezembro 2015), o volume de depósitos aumentou 3,1% em Dezembro de 2015 face ao mesmo período de 2014. Para esse crescimento contribuíram a evolução positiva de 3,8% dos depósitos de particulares (+2,3 p.p. que em 2014) e um crescimento menos acentuado nos depósitos de empresas de 0,2% (-2,8 p.p. que em 2014).

Depósitos de particulares

Depósitos totais de clientes

Fonte: Banco de Portugal Variações homólogas YoY (12 meses)

162 156 159 163 168

3,9%

-3,8%

2,3% 2,4% 3,1%

0

100

200

300

400

500

600

700

2011 2012 2013 2014 2015

Volume de depósitos Variação homóloga

Depósitos de empresas

129 129 131 133 138

10,1%

0,1% 1,5% 1,5%3,8%

2011 2012 2013 2014 2015

33 27 29 30 30

-14,7% -19,0%

6,3% 3,0% 0,2%

2011 2012 2013 2014 2015

+

Valores em mil milhões euros

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Relatório de Gestão – 2015

19/112

Evolução do mercado nacional de crédito (Dezembro 2011 – Dezembro 2015)

Ao invés, o crédito bruto total registou decréscimo homólogo de 4,2% em Dezembro de 2015. A quebra foi mais significativa no crédito a empresas (-5,0%) do que no crédito a particulares (-3,6%), ambos em termos homólogos.

De acordo com a informação divulgada pelo Banco de Portugal, entre 2014 e 2015, o crédito total reduziu 4,2% com uma quebra percentual mais expressiva (de dois dígitos) no segmento das empresas nas regiões autónomas e nos distritos de Viseu, Vila Real e Faro. Em Lisboa, o crédito a empresas caiu 2,6 mil milhões de euros, o que explica mais de 60% da quebra registada no país.

Crédito a particularesCrédito bruto total

265 249 236 210 201

-2,8%

-5,9% -5,3%

-7,9%

-4,2%

2011 2012 2013 2014 2015

Volume de crédito Variação homóloga

Crédito a empresas

150 142 136 124 119

-2,3%-4,9% -4,5%

-8,8%

-3,6%

2011 2012 2013 2014 2015

115 107 100 86 82

-3,5%-7,2% -6,3%

-13,9%

-5,0%

2011 2012 2013 2014 2015

+

Fonte: Banco de Portugal Variações homólogas YoY (12 meses)

Valores em mil milhões euros

Valores em milhares de euros

Evolução do crédito total por região - Dez.2014/Dez.2015

Particulares Empresas Total Particulares Empresas Total

Aveiro 5.825 2.985 8.810 4,4% -4,3% -3,9% -4,2%

Beja 1.323 445 1.768 0,9% -4,4% -9,9% -5,9%

Braga 6.477 3.805 10.282 5,1% -3,2% 1,1% -1,7%

Bragança 924 238 1.162 0,6% -4,6% -2,1% -4,1%

Castelo Branco 1.492 410 1.902 0,9% -4,7% -4,2% -4,6%

Coimbra 3.975 1.276 5.251 2,6% -3,6% -2,0% -3,2%

Évora 1.748 708 2.456 1,2% -0,8% -4,3% -1,8%

Faro 5.004 1.722 6.726 3,3% 0,0% -10,9% -3,0%

Guarda 905 287 1.192 0,6% -3,8% -2,0% -3,4%

Leiria 4.309 2.528 6.837 3,4% -3,3% -2,8% -3,1%

Lisboa 43.432 45.766 89.198 44,4% -3,3% -5,5% -4,4%

Portalegre 903 329 1.232 0,6% -4,7% 1,9% -3,1%

Porto 17.694 12.765 30.459 15,2% -4,7% -1,6% -3,4%

Santarém 4.179 1.513 5.692 2,8% -1,0% 0,4% -0,7%

Setúbal 9.618 2.104 11.722 5,8% -2,9% 4,7% -1,6%

Viana do Castelo 1.697 644 2.341 1,2% -5,6% -0,5% -4,2%

Vila Real 1.371 332 1.703 0,8% -6,5% -12,9% -7,8%

Viseu 2.576 1.020 3.596 1,8% -3,0% -23,0% -9,6%

Reg. Autónoma Açores 2.728 1.161 3.889 1,9% -5,4% -14,6% -8,4%

Reg. Autónoma Madeira 3.046 1.552 4.598 2,3% -8,9% -25,6% -15,3%

Total 119.226 81.590 200.816 100% -3,6% -5,0% -4,2%

Var. 2014/2015Crédito Peso

total %

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Relatório de Gestão – 2015

20/112

Analisando detalhadamente o crédito a particulares, verifica-se que o decréscimo deveu-se essencialmente à diminuição do crédito à habitação (-3,9% em 2015 face ao período homólogo) que representa 82% do total do crédito a particulares. Relativamente ao crédito vencido de clientes particulares, esse situou-se nos 4,2%, agravado, principalmente, pelo crédito a outros fins que, ainda assim, tem vindo a perder peso no agregado de crédito.

No caso do crédito a empresas, o decréscimo de 5,0% deveu-se principalmente à redução do crédito a empresas do sector da construção, indústrias extractivas e saúde e apoio social. Apenas nos sectores da agricultura e pescas e dos transportes e armazenagem foi possível verificar um aumento do crédito concedido (5,3% e 7,0%, respectivamente).

Relativamente ao crédito vencido a empresas, este situou-se nos 15,4%, sendo que os sectores com maior incumprimento continuam a ser a construção, as actividades imobiliárias e o comércio, que mantêm elevada representatividade no total do crédito a empresas.

Evolução do mercado de crédito a particulares por tipologia - Dez.2014/Dez.2105

Tipologia Volume de crédito (M€) Var. homóloga % Peso total % Crédito vencido %

Habitação 97.706 -3,9% 82,0% 2,5%

Consumo 12.183 0,7% 10,2% 9,4%

Outros fins 9.337 -5,9% 7,8% 14,7%

Total 119.226 -3,6% 100% 4,2%

Fonte: Banco de Portugal

Actividade económicaVar. Dez.

2014/2015Total Crédito Peso %

% Crédito

Vencido

Agricultura e Pescas 5,3% 2.185 2,7% 4,4%

Indústrias Transformadoras -1,8% 12.881 15,8% 10,3%

Saúde e Apoio Social -7,0% 1.288 1,6% 5,4%

Comércio -0,3% 12.238 15,0% 16,1%

Construção -14,1% 12.870 15,8% 33,4%

Actividades Imobiliárias -4,9% 11.234 13,8% 23,7%

Alojamento e Restauração -5,3% 4.446 5,4% 10,9%

Transporte e Armazenagem 7,0% 7.221 8,9% 6,7%

Energia -0,2% 2.517 3,1% 0,6%

Indústrias Extractivas -13,6% 254 0,3% 13,0%

Água e Saneamento -6,5% 1.548 1,9% 2,6%

Outros -10,1% 12.909 15,8% 8,6%

Total -5,0% 81.591 100% 15,4%

Fonte: PIN Mercado

Evolução do mercado de crédito a empresas por CAE - Dez.2014/Dez.2015

Valores em milhões de euros

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Relatório de Gestão – 2015

21/112

Mercados Financeiros

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Relatório de Gestão – 2015

22/112

No ano de 2015 a atenção dos investidores esteve centrada, fundamentalmente, na actividade dos Bancos Centrais, na situação de incerteza quanto à evolução da Grécia, no progresso das economias emergentes e na cotação das commodities. Em Portugal, o ano ficou marcado pelas eleições legislativas, pela incerteza em relação à formação do novo Governo, pelas perdas geradas com a queda do Banco Espírito Santo, e, por fim, pela resolução do Banif com a alienação da sua actividade e abertura do processo de investigação sobre o auxílio estatal concedido em 2013.

Na Europa, o 1º semestre de 2015 ficou marcado pelo anúncio do início do programa de Quantitative Easing por parte do BCE, programa criado com o propósito de aumentar os níveis de inflação na Zona Euro, e pelo processo negocial tenso entre a Grécia e a Troika (BCE, CE e FMI) quanto à aplicação de reformas na economia, o que conduziu a um aumento da incerteza entre os investidores e, consequentemente, a um aumento da volatilidade nos mercados accionistas e de dívida pública.

Na China, no final do 1º trimestre, o People Bank of China (PBOC), por forma a dinamizar a economia, cortou as taxas de juro e baixou as taxas de remuneração dos depósitos em 0,25 p.p.

O 2º trimestre iniciou-se com a decisão por parte da Reserva Federal Americana em manter a política monetária inalterada, conservando o intervalo objectivo das taxas dos “fed funds” em 0% – 0,25%.

Do lado da Zona Euro, o trimestre ficou marcado pela passagem da taxa Euribor a 3 meses para terr

No mercado accionista começou também a verificar-se a queda do mercado chinês, com o índice Shanghai Composite a desvalorizar 11% só no mês de Junho. Este crash ocorreu após uma corrida às acções, com os chineses a recorrerem a crédito para colocarem na bolsa. Como tal, o Banco Central chinês reduziu por duas vezes (uma em Maio e outra em Junho) a taxa de juro de referência e a taxa de depósitos em 0,25 p.p..

No 3º trimestre assistiu-se a uma grande volatilidade no mercado accionista. Como as desvalorizações registadas pelas acções chinesas indiciavam que as medidas de Pequim não estavam a aliviar os receios dos investidores, o regulador chinês e o PBOC avançaram com medidas expansionistas adicionais, principalmente (i) a proibição de venda de acções por investidores com posições qualificadas, (ii) a desvalorização do “yuan” em 1,9% e (iii) a redução das taxas de juro e de depósito em 0,25 p.p. Estas medidas alertaram os investidores para o abrandamento da segunda maior economia do mundo contagiando os índices europeus e norte-americanos e também as commodities.

Reunião Fed

Abrandono negociações

Referendoe controlo de capitais

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

jan

eir

o 1

5

fev

ere

iro

15

ma

rço

15

ab

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5

ma

io 1

5

jun

ho

15

julh

o 1

5

ag

ost

o 1

5

sete

mb

ro 1

5

ou

tub

ro 1

5

no

ve

mb

ro 1

5

de

zem

bro

15

Mercados de dívidaMercados de dívidaMercados de dívidaMercados de dívida

Alemanha 10 Y Portugal 10 Y Espanha 10 Y Itália 10 Y EUA 10 Y

80%

90%

100%

110%

120%

130%

140%

150%

160%

jan

eir

o 1

5

feve

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15

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5

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15

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5

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5

no

vem

bro

15

dez

emb

ro 1

5

Mercados acionistasMercados acionistasMercados acionistasMercados acionistas

Índice de Xangai PSI 20 SP500 STOXX 50

Black

MondayEscândalo

VW

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Relatório de Gestão – 2015

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Em termos de política monetária, tanto o BCE como a Reserva Federal mantiveram as suas políticas inalteradas nas reuniões de Setembro.

No 4º trimestre, a atenção dos investidores esteve centrada nas decisões dos Bancos Centrais, na evolução das commodities e nas eleições realizadas na região ibérica.

Na Zona Euro, o BCE tomou medidas adicionais na sua reunião de Dezembro, em particular: (i) corte da taxa de juro dos depósitos em 10 p.b. para -0,30%, mantendo a taxa de juro de referência e a taxa de cedência de liquidez inalteradas; (ii) alargamento do programa de compra de activos até, pelo menos, Março de 2017 (iiI) reinvestimento dos juros obtidos com os activos comprados e (iv) inclusão da dívida dos governos regionais e das administrações locais no âmbito das aquisições de dívida do BCE.

Por sua vez, nos EUA, a Reserva Federal subiu a taxa de juro de referência pela primeira vez desde 2006, passando o intervalo de variação da taxa dos fed funds a estar entre 0,25%-0,50%, justificada com a melhoria significativa das condições do mercado de trabalho (taxa de desemprego foi de 5% em Dezembro) e a estimativa de subida da inflação no médio prazo.

Na China, o Banco Central cortou as taxas de juro dos empréstimos à banca e a taxa de juro dos depósitos dos bancos no Banco Central, tendo ainda sido diminuídos os requisitos de reservas de capital dos bancos em 50 p.b. e injectados 150 mil milhões de “yuan” na economia com o objectivo de elevar o nível de liquidez da banca chinesa.

O ano em análise fica também marcado por uma certa instabilidade política em função da dispersão de votos pelos vários partidos nas eleições de Portugal e Espanha, criando incerteza no processo de formação de Governo nesses países.

No mercado das commodities, o destaque vai claramente para o petróleo, cuja cotação desvalorizou cerca de 18% no 4º trimestre e 31% ao longo de 2015, graças ao excesso de oferta existente no mercado e ao aumento dos conflitos entre os países produtores. Em relação aos produtos agrícolas, a queda foi de cerca de 2,4% no último trimestre e de 12% no ano.

A evolução do preço das matérias-primas teve também um impacto directo nos níveis de inflação dos principais países, a saber: (i) nos EUA a taxa YoY foi de 0,5% no mês de Novembro, enquanto que a taxa core1 foi de 1,4%; e (ii) na Zona Euro, segundo o Eurostat, a taxa YoY foi de 0,1% em

1 Taxa que exclui bens energéticos e alimentares.

0

10000

20000

30000

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jane

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5

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Produção total de petróleoProdução total de petróleoProdução total de petróleoProdução total de petróleo

OPEC Não OPEC

0,9

0,95

1

1,05

1,1

1,15

1,2

1,25

1,3

20

30

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US

D

Cotação do Brent e WTICotação do Brent e WTICotação do Brent e WTICotação do Brent e WTI

EUR/USD Brent Crude (WTI)

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Relatório de Gestão – 2015

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Dezembro, o mesmo valor registado em Outubro e a taxa de inflação core mensal caiu inesperadamente 0,2 p.b. para 0,9%.

Em termos cambiais, no 4º trimestre, assistiu-se a uma apreciação de 2,8% do USD face ao EUR, com o EUR/USD a fechar o ano nos 1,086. No acumulado do ano, o EUR perdeu 10,2% face ao USD.

Principais focos em 2016

A evolução das economias emergentes constitui o grande foco de análise em 2016. Para além da desaceleração da economia chinesa, a situação nestes países encontra-se ainda penalizada pelo início da subida das taxas de juro nos EUA, pela depreciação ocorrida nas respectivas moedas, e pela acentuada queda dos preços das matérias-primas. Um enfraquecimento mais acentuado do que o esperado da procura interna na China poderá afectar a confiança nos mercados financeiros e, dessa forma, comprometer as perspectivas de muitas outras economias, tanto emergentes como avançadas. A evolução dos mercados estará assim dependente da resposta dos Bancos Centrais à situação na China, bem como à forma de conciliar este tema com a tentativa de chegar a níveis de inflação de 2%.

Factores como os conflitos no Médio Oriente, actos terroristas e a consequente variação do preço do petróleo serão também fundamentais para a evolução dos mercados no ano de 2016.

Em Portugal, a execução orçamental e a decisão da DBRS, única agência que coloca o rating de Portugal no nível investment grade e como tal possibilitando a aquisição de dívida pública por parte do Banco Central Europeu, assumem carácter decisivo quanto à situação política e económico-financeira do país em 2016.

Principais Riscos e Incertezas para 2016

O ano de 2016 será mais um ano marcado pela regulamentação e diversas exigências impostas ao sector financeiro, tanto para a banca europeia, através do Banco Central Europeu (BCE), como para a banca nacional por intermédio do Banco de Portugal (BdP).

No início de 2016, o Banco Central Europeu divulgou as cinco prioridades em matéria de supervisão das instituições financeiras europeias, que se centrarão (i) no risco associado ao modelo de negócio e à rendibilidade, (ii) no risco de crédito, (iii) na adequação dos fundos próprios, (iv) na governação do risco e qualidade de dados e (v) nos novos requisitos de liquidez, sendo certo que serão realizadas diversas iniciativas de supervisão para cada uma das prioridades elencadas e, em alguns casos, a implementação de algumas medidas estender-se-á por mais de um ano, exigindo dedicação e orçamento acrescidos.

Para além dos dois reguladores acima mencionados, as instituições de crédito e as sociedades financeiras estão também abrangidas pela regulamentação emitida pelas autoridades reguladoras do mercado de capitais e das actividades de investimento (e.g. ESMA2, CMVM), estando neste âmbito abrangidas por novos requisitos e regulamentos, em implementação nacional e em consulta, o que naturalmente inclui o Grupo Crédito Agrícola.

2 European Securities and Markets Authority

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Relatório de Gestão – 2015

25/112

Evolução Recente e Perspectivas do

Crédito Agrícola

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Relatório de Gestão – 2015

26/112

Resultado e Balanço

Análise Financeira do SICAM (Negócio Bancário do Grupo CA)

Em milhares de euros

Abs. %

Activo

Aplicações em Inst. de Crédito e disp. 501.641 421.057 -80.584 -16,1%

Crédito a Clientes (líquido) 7.309.837 7.555.871 246.034 3,4%

Crédito a Clientes (bruto) 8.147.238 8.429.644 282.406 3,5%

Imparidades 837.401 873.773 36.372 4,3%

Aplicações em Títulos (líquido) 4.277.583 3.748.388 -529.195 -12,4%

Activos Não Correntes Detidos para Venda 429.010 445.441 16.431 3,8%

Outros Activos 748.529 885.955 137.426 18,4%

Total Activo 13.266.600 13.056.712 -209.888 -1,6%

Passivo + Capital

Recursos de bancos centrais e OIC's 1.116.382 625.817 -490.565 -43,9%

Recursos de Clientes 10.620.337 10.969.821 349.485 3,3%

Outros Passivos Subordinados 142.534 120.409 -22.125 -15,5%

Outros Passivos 219.011 168.118 -50.893 -23,2%

Total Passivo 12.098.264 11.884.166 -214.098 -1,8%

Capitais Próprios 1.168.335 1.172.546 4.211 0,4%

Total do Capital Próprio + Passivo 13.266.600 13.056.712 -209.887 -1,6%

Balanço

2014 2015Variação

Demonstração de Resultados

Em milhares de euros

Abs. %

Juros e rendimentos similares 457.014 400.181 -56.833 -12,4%

Juros e encargos similares 208.789 155.052 -53.737 -25,7%

Margem Financeira 248.225 245.129 -3.096 -1,2%

Comissões líquidas 128.522 130.193 1.671 1,3%

Resultado de operações financeiras 171.767 101.989 -69.778 -40,6%

Outros resultados de exploração 5.864 25.445 19.581 333,9%

Produto Bancário 554.378 502.756 -51.622 -9,3%

Custos de estrutura 300.475 300.838 363 0,1%

Custos de pessoal 164.986 166.516 1.529 0,9%

Gastos gerais administrativos 121.298 121.152 -146 -0,1%

Amortizações 14.190 13.170 -1.021 -7,2%

Provisões e imparidades 200.507 126.675 -73.832 -36,8%

Resultado antes de impostos 53.397 75.244 21.847 40,9%

Impostos, após correc. e diferidos 28.891 18.757 -10.134 -35,1%

Resultado Líquido 24.505 56.487 31.982 131%

2014 2015Variação

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Relatório de Gestão – 2015

27/112

Após 3 anos de depressão económica em Portugal, entre 2011 e 2013, o ano de 2015 veio confirmar a fase de recuperação e crescimento iniciada em 2014, sendo que em 2015 o crescimento do PIB foi de 1,6%. Para 2016 e 2017, o Banco de Portugal prevê um crescimento de 1,7% e 1,8% respectivamente.

Apesar do aumento em 2015 da procura interna, assistiu-se a uma redução do nível de alavancagem das famílias e das empresas não financeiras e consequente redução do crédito em 4,2%, sendo nas famílias de -3,6% e nas empresas de -5,0%.

O Crédito Agrícola apresentou no final de Dezembro um aumento do resultado líquido em 2015 do negócio bancário (SICAM) de 32 milhões de euros face a 2014 (56,5 milhões de euros vs. 24,5 milhões de euros), para o qual contribuiu o aumento do crédito bruto em 3,5%.

Apesar do resultado líquido do SICAM ser significativamente superior ao do ano anterior, o produto bancário registou, em sentido inverso, uma quebra de 9,3%. Esta quebra resulta sobretudo de uma redução significativa dos resultados de activos financeiros disponíveis para venda, justificado pela redução das mais-valias, que em 2014 alcançaram 169,1 milhões de euros e em 2015 somente 99,3 milhões de euros, o que representa um decréscimo de 41%. Este efeito foi parcialmente compensado através do aumento dos outros resultados de exploração em 334%, em resultado da alienação da participação financeira das Caixas Associadas no capital da CA Vida e da CA Seguros, no âmbito da constituição de uma holding seguradora (CA SeP), operação que resultou no registo de uma mais-valia de 19,8 milhões de euros que será anulada em termos consolidados nas contas do Grupo.

41,3

1,5

24,5

56,5

2012 2013 2014 2015

Evolução do Resultado líquido

(em milhões de euros)

Valores em milhões de euros

Evolução do Resultado Líquido Acumulado mar-15 jun-15 set-15 dez-15

Caixas Associadas 9 18 28 50

Caixa Central 13 1 2 5

SICAM (Consolidado) 22 20 31 57

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A margem financeira do SICAM sofreu uma quebra de 1,2%, passando de 248 milhões de euros em 2014 para 245 milhões de euros em 2015. Esta quebra resulta essencialmente:

i. Do efeito preço negativo da redução de spreads na concessão / renovação de crédito a empresas;

ii. Do efeito volume resultante do acréscimo de depósitos de clientes, não compensada pela redução das taxas de remuneração dos novos depósitos e das renovações;

iii. Da pressão sobre as margens resultantes das reduzidas taxas indexantes do crédito (Euribor), em particular, no que se refere ao crédito com maturidades longas; e

iv. Da redução dos proveitos com juros da carteira de títulos. É ainda de realçar que a Caixa Central manteve em 2015 um esforço de remuneração dos recursos das Caixas Associadas acima dos níveis praticados no mercado, sacrificando a sua margem financeira. Contudo, as remunerações têm vindo a reduzir, convergindo para taxas semelhantes às praticadas no mercado.

De qualquer forma é inevitável que este processo de convergência com o mercado se mantenha em 2016, o que implicará desafios acrescidos de rentabilidade para as Caixas Associadas.

Globalmente, mesmo com a descida da margem financeira em 1,2% e do produto bancário em 9,3%, o resultado líquido aumentou 131%, passando de 24,5 milhões de euros, para 56,5 milhões de euros, resultante fundamentalmente de dois factores: (i) da mais-valia criada com a venda das

Produto Bancário - SICAM Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2013 2014 2015 Δ Abs. Δ %

Margem Financeira 251 248 245 -3 -1,2%

Comissões l íquidas 132 129 130 2 1,3%

Resultado de operações financeiras* 79 171 99 -72 -42,0%

Outros resultados de exploração 12 7 29 21 304,4%

Margem Complementar 222 306 258 -49 -15,9%

Produto Bancário 473 554 503 -52 -9,3%

*excluindo o efeito dos resultados de reavaliação cambial e de instrumentos de capital

2,51% 2,46% 2,39% 2,32% 2,26%2,13% 2,04%

1,89% 1,78%1,66%

1,53%1,40%

1,25%

0,18% 0,17% 0,13% 0,11% 0,09% 0,06% 0,05% 0,05% 0,05% 0,04% 0,03% 0,01% -0,05%

0,08% 0,08% 0,06% 0,04% 0,02% -0,01% -0,01% -0,01% -0,02% -0,03% -0,04% -0,07% -0,12%

dez-14 jan-15 fev-15 mar-15 abr-15 mai-15 jun-15 jul-15 ago-15 set-15 out-15 nov-15 dez-15

Taxas médias de remuneração dos depósitos das CCAM na Caixa Central

Taxa média das aplicações das CCAM na Caixa Central Euribor 6 meses Euribor 3 meses

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acções da CA vida e CA seguros à nova holding e (ii) da redução de 200,5 milhões de euros para 126,7 milhões de euros (-36,8%) das provisões e imparidades do exercício.

Quanto aos custos de estrutura verificou-se um ligeiro aumento de 0,1% (363 mil euros). Este agravamento justifica-se pelo aumento dos custos com o pessoal em 1,5 milhões de euros (+0,9%). Esta subida contudo foi atenuada com uma quebra ligeira nos gastos gerais administrativos (-0,1%), fruto das negociações centralizadas de contratos e da estratégia de contenção dos custos já iniciada no ano anterior e pela redução das amortizações em 7,2%.

Nas contas provisórias de 2015, é possível verificar que foram constituídas provisões e imparidades líquidas no valor de 127 milhões de euros, o que representa uma redução de 73 milhões de euros face a 2014. Em relação ao rácio de cobertura do crédito vencido registou-se um aumento, passando de 124,7% em 2014 para 130,8% em 2015, prosseguindo o Crédito Agrícola com uma gestão sã e prudente no que respeita a esta matéria.

Relativamente à estrutura de balanço, registou-se uma redução de 1,6% no activo total do SICAM que passou de 13.267 milhões de euros em 2014 para 13.057 milhões de euros em 2015. Em 2015

Valores em milhões de euros

Margem

Financeira

Comissões

Líquidas

Res. Op.

Financeiras

Margem

Complementar

Produto

Bancário

Caixas Associadas 263 109 1 32 404

Caixa Central -18 22 98 116 100

SICAM (Consolidado) 245 130 99 258 503

Evolução dos Custos de Estrutura - SICAM Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2013 2014 2015 Δ Abs. Δ %

Custos de Estrutura 302 300 301 0,4 0,1%

Custos de Pessoal 164 165 167 1,5 0,9%

Gastos Gerais Administativos 124 121 121 -0,1 -0,1%

Amortizações 15 14 13 -1,0 -7,2%

Provisões/Imparidades do Exercício Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2013 2014 2015 Δ Abs. Δ %

Correcção de valor em crédito de cl ientes 106 160 101 -59 -37%

Imparidade de outros activos 44 40 26 -14 -36%

Total de provisões e imparidades do exercício 150 200 127 -73 -37%

Total de provisões e imparidades acumuladas 707 837 874 36 4%

Rácio de cobertura do crédito vencido 107,5% 124,7% 130,8% 6,1 p.p. -

Evolução da carteira de crédito Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2013 2014 2015 Δ Abs. Δ %

Crédito total sobre cl ientes 8.199 8.147 8.430 282 3,5%

Crédito e juros vencidos 658 672 668 -4 -0,5%

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apesar do aumento do crédito a clientes de 3,5% (282 milhões de euros), este não foi suficiente para compensar a redução no valor das aplicações em títulos de 12,4% (-529 milhões de euros face a 2014).

O crédito a clientes consolidado aumentou 3,5% com o crédito a empresas a subir 8,9% e o crédito a particulares a reduzir 2,6% face a 2014. Em termos líquidos, o crédito aumentou 3,4%, o que representa um aumento de 246 milhões de euros, que inclui um reforço de imparidade de 36,4 milhões de euros (4,3%).

O passivo total do SICAM reduziu cerca de 214 milhões de euros, muito por conta do reembolso ao Banco Central Europeu (491 milhões de euros), enquanto o capital próprio registou um aumento de 4 milhões de euros.

É importante mencionar a evolução ligeira do rácio de transformação que, em 2015 face a 2014, alcançou um crescimento de 0,1 p.p. que se traduziu num aumento de 68,8% para 68,9%. Este nível do rácio de transformação é justificado pelo facto do montante dos recursos de clientes ser significativamente superior ao valor do crédito a clientes, mantendo o Crédito Agrícola num nível de transformação dos depósitos bastante abaixo do praticado pela restante banca em Portugal.

13.748

12.969

13.267

13.057

2012 2013 2014 2015

Evolução do Activo Líquido

(em milhões de euros)

Crédito a clientes Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2013 2014 2015 Δ Abs. Δ %

Crédito bruto 8.199 8.147 8.430 282 3,5%

Imparidades 707 837 874 36 4,3%

Crédito l íquido 7.492 7.310 7.556 246 3,4%

Valores em milhões de euros

Activo PassivoCapitais

Próprios

Caixas Associadas 12.664 11.444 1.219

Caixa Central 6.020 5.765 255

SICAM (Consolidado) 13.057 11.884 1.173

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31/112

7.492 7.310 7.556

10.234 10.620 10.970

73,2%

68,8% 68,9%

60%

65%

70%

75%

80%

85%

90%

0

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

2013 2014 2015

Evolução do Crédito e Recursos de Clientes

(em milhões de euros)

Crédito a Clientes Recursos de Clientes Rácio de Transformação

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2013 2014 2015 Δ Abs. Δ %

Crédito a Clientes 7.492 7.310 7.556 246 3,4%

Recursos de Clientes 10.234 10.620 10.970 349 3,3%

Rácio de Transformação 73,2% 68,8% 68,9% 0,1 p.b. -

Evolução do crédito e recursos de clientes

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Relatório de Gestão – 2015

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Evolução da Actividade da Caixa

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CCAM Beira Douro, CRL

As Contas referentes ao exercicio de 2015 foram preparadas em conformidade com as Normas Internacionais de Contabilidade Ajustadas (NCA), que estão em vigor desde 1 de Janeiro de 2007.

Actividade da Instituição

Depósitos e Outros Recursos

Os depósitos captados de clientes fixaram-se em €110.716.866,62 valor este que diminuiu €898.613,33 em relação ao ano transacto, representando uma diminuição de 0,81%.

TOTAL DA CARTEIRA DE DEPÓSITOS

Em termos de estrutura, a carteira dos Depósitos à Ordem representa 24% dos Depósitos Totais.

Este indicador dá-nos uma ideia da exposição da CCAM ao risco de liquidez, passivo imediatamente exigível, sendo também um Rácio que tem ligação estreita com os resultados, porquanto está associado à relevância dos recursos de mais baixo custo.

0

20.000.000

40.000.000

60.000.000

80.000.000

100.000.000

120.000.000

2011 2012 2013 2014 2015

Dep. Ordem

Dep. Prazo/Poupanças

Total Recursos

24%

76%

Estrutura dos Depósitos

Depósitos a Ordem

Depósitos a Prazo

2011 2012 2013 2014 2015

Dep. Ordem €20.383.512,44 €21.694.991,34 €22.630.177,36 €23.646.811,55 €26.981.643,68

Dep. Prazo/Poupanças €81.585.503,40 €81.994.539,65 €84.169.378,63 €87.968.668,40 €83.735.222,94

TOTAL €101.969.015,84€103.689.530,99€106.799.555,99€111.615.479,95€110.716.866,62

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Agências 2014 2015 Variação Absoluta Lamego 35.228.062,33 € 33.344.071,19 € -1.883.991,14 € Resende 17.628.044,83 € 17.831.249,75 € 203.204,92 € Cambres 8.854.428,26 € 8.297.416,78 € -557.011,48 € Britiande 2.713.019,44 € 2.590.037,82 € -122.981,62 € Tarouca 22.142.195,69 € 23.425.015,80 € 1.282.820,11 € Castro Daire 17.035.574,44 € 16.911.718,07 € -123.856.37 € Mões 5.947.896,69 € 6.178.207,47 € 230.310,78 € Parada de Ester 2.066.258,27 € 2.139.149,74 € 72.891,47 €

TOTAL €111.615.479,65 €110.716.866,62 -898.613,33 €

Aplicações

Crédito Concedido

O Crédito total atingiu o montante de €69.263.411,87 registando um aumento de 4,14% em relação ao ano anterior, constando ainda o investimento de três milhões de euros em Papel Comercial da Galp Energia.

CRÉDITO TOTAL

2011 2012 2013 2014 2015

Crédito Total €65.576.975,06 €65.325.032,12 €66.283.590,39 €66.510.667,55 €69.263.411,87

No que diz respeito ao crédito habitação este representa 44% da carteira do crédito total.

A capacidade de resposta, tanto ao nível da análise da operação, respectiva avaliação e organização do processo, têm sido factores críticos de sucesso em relação à concorrência, daí o nosso grande volume de crédito nesta área.

2.000.00010.000.00018.000.00026.000.00034.000.00042.000.00050.000.00058.000.00066.000.00074.000.000

2011 2012 2013 2014 2015

5%

44%51%

Contas Correntes

C. Habitação

Outros Créditos

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Crédito Total por Agência

Agências 2014 2015 Variação Absoluta Lamego 28.845.756,62 € 31.322.889,56 € 2.477.132,94 € Resende 9.145.767,15 € 9.190.672,70 € 44.905,55 € Cambres 3.165.057,78 € 3.183.058,47 € 18.000,69 € Britiande 638.184,55 € 623.207,88 € -14.976,67 € Compra de Papel Comercial 3.000.000,00 € 3.000.000,00 € 0,00 € Tarouca 11.587.384,50 € 11.782.669,49 € 195.284,99 € Castro Daire 8.790.276,16 € 8.846.998,69 € 56.722,53 € Mões 553.061,87 € 463.960,53 € -89.101,34 € Parada de Ester 785.178,92 € 849.954,55 € 64.775,63 €

TOTAL €66.510.667,55 €69.263.411,87 €2.752.744,32

Crédito Vencido

O Crédito e juros vencidos atingiu o valor de €6.896.021,99, consequência das dificuldades económicas que o País atravessa.

Por força de aspectos prudenciais e segundo o Aviso nº 3/2005, de 21 de Fevereiro do ano de dois mil e cinco, a CCAM tem constituído €5.804.151,78 de provisões para crédito de cobrança duvidosa e para crédito vencido.

Outras Aplicações

O total de depósitos a prazo na Caixa Central é de €54.796.752.53, mais 2,13% que no ano de 2014.

Disponibilidades em Bancos Centrais e Disponibilidades em outras Instituições de Crédito € 1.297.919,04 mais 77,15% que em 2014.

Provisões

Provisões do Exercício

Por força do aviso 3/95, a CCAM registou um provisionamento líquido para créditos de cobrança duvidosa e credito vencido de €1.077.671,23.

Provisões do Exercício (Valores Líquidos)

Provisões para crédito de cobrança duvidosa €577.236,77 Provisões para crédito vencido €500.434,46 Total €1.077.671,23 Outras 0 Provisões para riscos gerais de crédito €7.296,37 Imparidade para outros activos liquida de reversões e recuperações €13.700

TOTAL €1.098.667,60

Em termos das provisões totais liquidas constituidas no exercicio de 2015, assistiu-se a uma diminuição de €8.033,24, face ao período homólogo.

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Provisões Acumuladas

2014 2015 Provisões para crédito de cobrança duvidosa €537.770,14 €1.115.006,91 Provisões para crédito vencido €4.198.686.83 €4.689.144,87 Total de Provisões para crédito cobrança duvidosa e para crédito vencido €4.736.456,97 €5.804.151,78

Provisões para riscos gerais de crédito €476.510,54 €483.806,91 Imparidade para outros activos financeiros €6.736,50 €6.736,50 Imparidade para activos não correntes detidos para venda €309.755,54 €309.755,54

Em termos das provisões acumuladas para créditos de cobrança duvidosa e crédito vencido, assistiu-se a um aumento de 22,54% face ao período homólogo.

Participações

A Instituição tem as seguintes participações financeiras:

Caixa Central €2.734.200,00 Fenacam €44,92 CA Informática €16.242,45 CA Seguros €25,00 CA Vida €66,54 CA Seguros e Pensões SGPS €173.049,40 Imparidade – CA Informática (€6.736,50)

TOTAL €2.916.891,81

Recursos Humanos/Produtividade/Formação

O número de funcionários que exerceram funções executivas na Caixa durante o ano de 2015 foi de vinte e seis pessoas, tendo sido admitidos dois colaboradores.

O Activo Liquido/Funcionário situou-se nos €5.596.440 muito acima dos €3.000.000 recomendados para o SICAM.

No ano de 2015 reforçaram-se as acções de formação externas e internas, com especial enfoque nas acções formativas da nova Plataforma Comercial.

Imobilizado/Instalações/Equipamentos/Segurança

Os saldos liquido da rubrica Activos não Correntes Detidos para Venda diminuiu para o montante de €5.463.325,02, fruto das vendas que temos conseguido realizar.

O saldo do Imobilizado Líquido atingiu €3.440.826,49, menos €61.182,36, devido essencialmente às amortizações realizadas durante o ano.

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37/112

2011 2012 2013 2014 2015

Imobilizado €3.748.233,46 €3.644.429,60 €3.590.658,80 €3.502.008,85 €3.440.826,49

Todas as Agências encontram-se equipadas com sistema de vigilância interior e exterior. Ao mesmo tempo tem sido dedicada especial atenção quanto a um conjunto de alertas, para cujo cumprimento, os colaboradores continuam a ser prevenidos, visando as normas de segurança física e comportamental.

Movimento Associativo

O número de sócios no inicio do ano correspondia a três mil setecentos e dezanove, sendo o saldo durante o ano de dois mil e quinze entre novas admissões, falecidos e exonerados, num total de seis sócios, perfazendo no final do ano o total de três mil setecentos e treze sócios.

Cross - Selling

A actividade seguradora evoluiu favoravelmente, com principal incidência nos Seguros do ramo Vida.

No ramo Vida registou - se uma diminuição de 5,04% em relação ao ano de 2014, tendo atingido o montante de €3.303.480 de prémios cobrados.

Os prémios comerciais emitidos (não colheitas) nos Seguros de ramos Reais atingiram o montante de €911.734, registando-se um aumento de 10,26%, em relação ao ano de 2014.

A locação financeira (Leasing) ascende – em 31 de Dezembro a €519.580, continuando a ser um produto de aposta por parte da CCAM.

Resultados do Exercício

Os resultados obtidos neste exercício são demonstrativos da estratégia de crescimento implementado, atingido essencialmente pelo crecimento da Margem Financeira, Complementar e pela recuperação de Crédito Abatido ao Activo.

A conjugação dos elementos atrás referidos permitiu encerrar o exercício 2015 com o resultado líquido de €536.528,20.

3.000.000

4.000.000

2011 2012 2013 2014 2015

IMOBILIZADO LÍQUIDO

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Relatório de Gestão – 2015

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Indicadores/Rácios

Rácios Normativo Caixa Central

Rácio Orientação 2014 2015 Variação período

homologo Crédito Vencido Líquido/Crédito Total Líquido ≤ 3% 2,12% 3,50 % 65,09 %

Crédito Vencido Bruto há + 90 dias/Crédito Total

≤ 5% 8,01 % 9,75 % 21,72 %

Rácio de Eficiência < 60% 57,28 % 54,74 % -4,43 % Produtividade:

> €3.000.000 5.941.571€ 5.596.440 € -5,81 % Activo Líquido/Nº Empregados Produto Bancário/Nº Empregados > € 110.000 186.429€ 171.772 € -7,86 % Comissões Líquidas/Produto Bancário > 20% 26,13% 28,87 % 10,49 % Garantias obtidas para o crédito concedido Reais > 65% 85,77% 85,14 % -0,74 % Rácio de Transformação < 85% 59,59% 62,56 % 4,98 %

Fonte: DFOA Online

Indicadores de Estrutura unidade: €uro

Rubrica 2014 2015 Variação período

homologo Disponibilidades e Aplicações 55.061.777 € 56.881.739 € 3,31 % Crédito a Clientes (Bruto) 66.581.342 € 69.294.071 € 4,07 % Provisões/Imparidades Acumuladas p/ Crédito 4.736.456 € 5.804.152 € 22,54 % Crédito a Clientes (Líquido) 61.844.885 € 63.489.919 € 2,66 % Total Crédito Vencido 5.498.052 € 6.896.022 € 25,43 % Provisões/Imparidades Acumuladas p/ Crédito Vencido

4.198.686 € 4.689.145 € 11,68 %

Crédito Vencido + 90 Dias 5.325.325 € 6.755.560 € 26,86 % Grau de Cobertura do C.V. por Provisões 76,37 % 68,00 % -10,96 % Crédito Vencido + 90 Dias / Total Crédito Vencido 96,86 % 97,96 % 1,14 % Activos Não Correntes Detidos p/ Venda (Bruto) 5.966.510 € 5.773.081 € -3,24 % Provisões e Imparidades Acum. 309.755 € 309.756 € 0,00 % Activos Não Correntes Detidos p/ Venda (Liq.) 5.656.754 € 5.463.325 € -3,42 % Total Activo Líquido 130.714.571 € 134.314.556 € 2,75% Recursos de Clientes e Outros Empréstimos 112.427.965 € 111.197.536 € -1,09 % Outros Passivos Subordinados 516.515 € 756.987 € 46,56 % Situação Liquida 16.217.344 € 16.733.749 € 3,18 %

Fonte: DFOA Online

2011 2012 2013 2014 2015

Resultado Antes de Imposto €812.193,79 €1.424.903.39 €2.272.174,94 €645.574,29 €767.273,90

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Indicadores de Rendibilidade

Rácio 2014 2015 Ren Méd.

Caixas Agrícolas

Rent. Mg Financeira = Mg. Financeira / Activo Líquido 1,77 % 1,95 % 2,16 %

Rent. Mg Complementar = Mg. Complementar / Activo Líquido 0,82 % 0,90 % 0,89 %

Rent. Produto Bancário = Prod. Bancário / Activo Líquido Médio 3,15 % 3,12 % 3,32 %

Custos com Pessoal / Activo Líquido 0,77 % 0,76 % 1,02 %

F.S.Terceiros / Activo Líquido 0,81 % 0,74 % 0,82 %

Rent. do Activo = Res. Exercício / Activo Líquido Médio (ROA) 0,28 % 0,41 % 0,41 %

Fonte: DFOA Online

Actividade Comercial (Recursos)

Indicador 2014 2015 Variação período

homologo Recursos de Clientes e Outros Empréstimos 112.427.965 € 111.197.536 € -1,09 % Títulos de Investimento emitidos pela CCAM 516.515 € 756.987 € 46,56 % Fundos de Investimento Mobiliário CA Gest 2.290.445 € 3.650.899 € 59,40 % Fundos de Investimento Imobiliário CA Património Crescente (Square Asset Management)

835.747 € 1.786.467 € 113,76 %

Seguros de Capitalização CA Vida 13.187.788 € 14.597.294 € 10,69 % TOTAL 129.258.461 € 131.989.182 € 2,11 %

Fonte: DFOA Online

Verificou-se a evolução de diversos indicadores, resultante essencialmente do enquadramento económico em que esta Caixa está inserida.

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Proposta de Aplicação de Resultados

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O Conselho de Administração da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo Beira Douro, C.R.L., propõe, que o Resultado Líquido positivo apurado no exercício de 2015, no montante de €536.528,20 e Resultados Transitados no valor €-19.285,00, sejam distribuídos da seguinte forma:

Reserva Legal 107.305,64Reserva Educação e Formação Cooperativa 500,00Reserva para Mutualismo 500,00Reserva Especial 408.937,56Resultados Transitados 19.285,00Total da distribuição 536.528,20

Que da Reserva Especial seja transferido para Capital Social o valor de €407.980,00, que representam 81.596 títulos de capital os quais são atribuídos à Caixa, que seja transferido €8.000,00 para a Reserva para remuneração de títulos de capital em exercícios seguintes e que o valor de €6.350,00 seja distribuído sob a forma de dividendos para remunerar o capital detido pelos sócios com 100 títulos ou mais de capital, à razão de 1,00%.

Assim, se estas propostas merecerem a aprovação da Assembleia, o total de Capital da Caixa passará a ter os seguintes saldos:

Capital Social 15.698.025,00Reserva Legal 949.188,18Reserva para Mutualismo 31.764,06Reserva Educação e Formação Cooperativa 52.206,72Reserva Especial 3.693,32Reserva p/remu. de titulos de capital em exerc. Seguintes 8.000,00Reservas Estátutárias 0,00Resultados Transitados 0,00Total de Capital 16.742.877,28

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42/112

Demonstrações Financeiras

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31 de Dezembro de 2015 e 31 de Dezembro de 201431-dez-14

Rubrica

Notas

Valor antes de provisões,

imparidade e amortizações

Provisões, imparidade e amortizações

Valor líquido Valor líquido

ActivoCaixa e disponibilidades em Bancos Centrais 5 787.068 787.068 672.586Disponibilidades em outras Instituições de Crédito 6 1.297.919 1.297.919 732.650Activos financeiros detidos para negociação 7

Outros activos financeiros ao justo valor através resultados 8Activos financeiros disponíveis para venda 9 167 167Aplicações em Instituições de Crédito 10 54.796.753 54.796.753 53.656.542Crédito a Clientes 11 69.294.071 -5.804.152 63.489.919 61.844.885Investimentos detidos até à maturidade 12Activos com acordo de recompra 13Derivados de cobertura 14

Activos não correntes detidos para venda 15 5.773.081 -309.756 5.463.325 5.656.755Propriedades de investimento 16

Outros activos tangíveis 17 5.439.734 -1.998.908 3.440.826 3.502.009Activos intangíveis 18

Investimentos em filiais, associadas e empreend.conjuntos 19 2.923.628 -6.737 2.916.892 2.779.804Activos por impostos correntes 20Activos por impostos diferidos 20 1.071.657 1.071.657 912.723Outros activos 21 1.050.029 1.050.029 956.618

Total do Activo 142.434.108 -8.119.552 134.314.556 130.714.572

Passivo 31-dez-14 Recursos de bancos centrais 22 Passivos financeiros detidos para negociação 23 Outros passivos financeiros ao justo valor através resultados 24 Recursos de outras instituições de crédito 25 4.387.690 4.387.690 366.877 Recursos de clientes e outros empréstimos 26 111.197.536 111.197.536 112.427.965 Responsabilidades representadas por títulos 27 Passivos financeiros associados a activos transferidos 28

Derivados de cobertura 14 Passivos não correntes detidos para venda 29 Provisões 30 483.807 483.807 476.511 Passivos por impostos correntes 20 169.023 169.023 Passivos por impostos diferidos 20

Instrumentos representativos de capital 31 Outros passivos subordinados 32 756.987 756.987 516.515 Outros passivos 33 585.765 585.765 709.359

Total de Passivo 117.580.807 117.580.807 114.497.227Capital Capital (social) 35 15.290.045 15.290.045 14.984.280 Prémios de emissão 35 0 0 Outros instrumentos de capital 36 0 0 Acções próprias 36 0 0 Reservas de reavaliação 36 -15.478 -15.478 34.299 Outras reservas e resultados transitados 36 922.654 922.654 839.892 Resultado do exercicio 36 536.528 536.528 358.874 Dividendos antecipados

Total de Capital 16.733.749 16.733.749 16.217.345

Total do Passivo + Capital 134.314.556 134.314.556 130.714.572

O Responsável pela Contabilidade

António Júlio Amaro Nóbrega

As Notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações

Alcino Dias FerreiraJosé Pinto

Agostinho Matias Pereira

31-dez-15

Balanço

José Manuel Almeida RibeiroO Conselho de Administração

31-dez-15Montantes expresssos em euros

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Demonstração dos resultados31 de Dezembro 2015 e 31 de Dezembro 2014 Montantes expresssos em eurosRubrica Notas 31-dez-15 31-dez-14Juros e rendimentos similares 37 3.673.392 4.100.898Juros e encargos similares 38 1.098.773 1.795.532

Margem financeira 2.574.618 2.305.366Rendimentos de instrumentos de capital 39 1.611 1.609Rendimentos de serviços e comissões 40 1.299.192 1.176.343Encargos com serviços e comissões 41 108.994 104.490Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados 42 0 0Resultados de activos financeiros disponíveis para venda 43 0 0Resultados de reavaliação cambial 44 6.572 9.307Resultados de alienação de outros activos 45 (9.086) 8.763Outros resultados de exploração 46 358.626 704.558

Produto bancário 4.122.538 4.101.456Custos com pessoal 47 1.171.370 1.180.771Gastos gerais administrativos 48 988.970 1.057.156Amortizações do exercício 17 e 18 96.257 111.254Provisões líquidas de reposições e anulações 30 7.296 (18.294,85)Correcções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (líquidas de reposições e anulações) 30 1.077.671 1.156.358Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações 30 0 (30.752,35)Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações 30 13.700 (610)

Resultado antes de impostos 767.274 645.574Impostos sobre o rendimento

correntes 20 (389.680,12) (409.340,57)diferidos 20 158.934 122.640

Resultado líquido do exercício 536.528 358.874do qual: Resultado Líquido após impostos de operações descontinuadas 0 0

O Responsável pela Contabilidade

António Júlio Amaro Nóbrega

Agostinho Matias Pereira

José Manuel Almeida RibeiroAlcino Dias Ferreira

José Pinto

O Conselho de Administração

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Demonstração do rendimento integral31 de Dezembro de 2015 e 31 de Dezembro de 2014 Montantes expresssos em euros

Rubrica Notas 31-dez-15 31-dez-14

Resultado líquido do exercício 536.528 358.874

Outro rendimento integralFundo de Pensões - Desvios Actuariais 50 0 0Alteração da tábua de mortalidade 50 -1.303 -1.303Alteração dos pressupostos financeiros 50 0 -6.518Encargos com saúde SAMS 50 -17.982 -17.982Excesso de cobertura em PCSB 50 0 1.648

Outros 0 0

-19.285 -24.156Rendimento integral reconhecido no exercício 517.243 334.718

O Responsável pela Contabilidade O Conselho de Administração

António Júlio Amaro NóbregaJosé Pinto

Agostinho Matias Pereira

José Manuel Almeida RibeiroAlcino Dias Ferreira

As Notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações

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DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA 31-12-2015 31-12-2014 Fluxos de caixa das actividades operacionais Recebimento de juros e comissões 4.972.584 5.852.661 Pagamento de juros e comissões (1.207.768) (1.882.936) Pagamentos ao pessoal e fornecedores (2.160.340) (2.288.163) Contribuições para o fundo de pensões - (11.187) (Pagamento) / recebimento de imposto sobre o rendimento (230.746) (161.796) Outros recebimentos / (pagamentos) relativos à actividade operacional 365.197 77.632 Resultados oper. antes das alterações nos activos operacionais 1.738.928 1.586.211

(Aumentos) / diminuições de activos operacionais: Activos financeiros detidos para negociação e outros activos ao JV - - Activos disponíveis para venda 167 - Aplicações em instituições de crédito 1.140.211 767.823 Crédito a clientes 2.722.705 282.842 Investimentos detidos até à maturidade - - Derivados de cobertura - - Activos não correntes detidos para venda (170.644) (1.478.126) Outros activos 252.346 (29.320) 3.944.785 (456.781)

Aumentos / (diminuições) de passivos operacionais: Passivos financeiros detidos para negociação e derivados de cobertura - - Recursos de outras instituições de crédito 4.020.813 (6.346.450) Recursos de clientes e outros empréstimos (1.230.430) 4.764.821 Outros passivos 45.429 - 2.835.812 (1.581.629)

Caixa líquida das actividades operacionais 629.955 (452.199)

Fluxos de caixa de actividades de investimento Variação de activos tangíveis e intangíveis 35.074 22.481 Recebimento de dividendos (1.611) 1.609 Variação de partes de capital em empresas filiais e associadas 137.088 - Caixa líquida das actividades de investimento 170.551 24.090

Fluxos de caixa das actividades de financiamento Aumento de capital 305.765 Diminuição de capital - (12.265) Pagamento de dividendos - (12.765) Variação de passivos subordinados 240.471 (12.210) Reservas (325.889) Caixa líquida das actividades de financiamento 220.348 (37.240)

Aumento / (diminuição) de caixa e seus equivalentes 679.751 (465.379) Caixa e seus equivalentes no início do exercício 1.405.236 1.870.615 Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 2.084.987 1.405.236

O Responsável pela Contabilidade Conselho de Administração

José Manuel Almeida Ribeiro António Júlio Amaro Nóbrega Alcino Dias Ferreira

José Pinto Agostinho Matias Pereira

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47/112

Demonstração de alterações no capital próprio31 de Dezembro de 2015 e 31 de Dezembro de 2014

Prémios Reservas de Outras Resultados Resultado doCapital de emissão reavaliação reservas transitados Total exercício Total

Saldos em 31 de Dezembro de 2013 12.699.385 - - 1.543.054 (17.967) 1.525.087 1.640.396 15.864.868

Aplicação do resultado do exercício de 2013: - - - Distribuição de dividendos - - - - - (12.545) (12.545)Transferência para resultados trânsitados (3.466) (3.466)

Aumento de capital 2.288.900 - - (679.007) - (679.007) (1.293.350) 316.543 Reembolso de capital (4.005) - - - - - - (4.005)Outros - - - - 17.967 17.967 (334.501) (316.534)Resultado líquido do exercício de 2014 - - 37.765 - (24.155) (24.155) 358.874 372.484

Saldos em 31 de Dezembro de 2014 14.984.280 - 34.299 864.047 (24.155) 839.892 358.875 16.217.345

Aplicação do resultado do exercício de 2015: - -

Distribuição de dividendos - - - - - - (6.327) (6.327)

Transferência para resultados trânsitados - - (49.777) - - - (24.231) (74.008)

Aumento de capital 250.425 - - - (250.425) -

Reembolso de capital (7.160) - - - - - - (7.160)

Outros 62.500 - 77.892 77.892 (77.892) 62.500

Resultado Líquido a 31de Dezembro de 2015 - - 4.870 4.870 536.528 372.484

Saldos em 31 de Dezembro de 2015 15.290.045 - (15.478) 941.939 (19.285) 922.654 536.528 16.733.749

Outras Reservas e resultados transitadosMontantes expresssos em euros

O Responsável pela Contabilidade Conselho de Administração

António Júlio Amaro Nóbrega José Manuel Almeida Ribeiro

Alcino Dias Ferreira

José Pinto

Agostinho Matias Pereira

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Relatório de Gestão – 2015

48/112

O Responsável pela Contabilidade Conselho de Administração

António Júlio Amaro Nóbre ga José Manuel Almeida Ribeiro

Alcino Dias Ferreira

José Pinto

Agostinho Matias Pereira

Passivos Subordinados 31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2015 Valor Data de juro em Número de nominal vencimento vigor em Data de Saldo em

Reembolsos

Saldo em

Descrição obrigações/títulos Moeda unitário dos juros 31/12/2015 vencimento 31/12/2014 Emissões 31/12/2015 Empréstimo do FGCAM Euro 0 0 0 Tit. Investimento Lamego e Castro Daire 1.032 Euro 500 15-12-2015 515 15-06-2015 516.515 516.515 0 Tit. Investimento Beira Douro 1.513 Euro 500 15-12-2020 487 15-12-2020 0 756.500 756.987 516.560 756.987

31 de Dezembro de 2013 e 31 de Dezembro de 2014 Valor Data de juro em Número de nominal Vencimento vigor em Data de Saldo em

Reembolsos

Saldo em

Descrição obrigações/títulos Moeda unitário dos juros 31/12/2014 vencimento 31/12/2013 Emissões 31/12/2014 0 0 Empréstimo do FGCAM - Euro - Tit.Investimento Lamego e Castro Daire 1.032 Euro 500 15-12-2014 515 15-06-2015 516.560 516.515 516.560 516.515

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Estrutura e Prática de Governo

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1. Estrutura de Governo Societário

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Beira Douro, CRL adopta o modelo de governação vulgarmente conhecido como “latino reforçado”, constituído pelo Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas.

Os membros dos órgãos sociais e da Mesa da Assembleia Geral são eleitos pela Assembleia Geral, para um mandato de três anos.

2. Organograma Geral da Caixa de Crédito Agrícola

3. Assembleia Geral

A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice-Presidente e um Secretário.

3.1. Composição da Mesa da Assembleia Geral

Presidente: Mário Joaquim Oliveira Correia

Vice-Presidente: João Manuel Alves Oliveira

Secretário: António Santos Gomes Bica

3.2.Competência da Assembleia Geral

A Assembleia Geral delibera sobre todos os assuntos para os quais a Lei e os Estatutos lhe atribuam competências, competindo-lhe, em especial:

� Eleger, suspender e destituir os titulares dos cargos sociais, incluindo os seus Presidentes;

� Votar a proposta de plano de actividades e de orçamento da Caixa Agrícola para o exercício seguinte;

� Votar o relatório, o balanço e as contas do exercício anterior;

� Aprovar a fusão, a cisão e a dissolução da Caixa Agrícola;

� Aprovar a associação e a exoneração da Caixa Agrícola da CAIXA CENTRAL e de organismos cooperativos de grau superior;

Assembleia Geral

Conselho de Administração Conselho Fiscal ROC

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� Fixar a remuneração dos titulares dos órgãos sociais da Caixa Agrícola;

� Decidir do exercício do direito de acção cível ou penal contra o revisor oficial de contas, administradores, gerentes, outros mandatários ou membros do Conselho Fiscal e da Mesa da Assembleia Geral;

� Decidir da alteração dos Estatutos.

4. Conselho de Administração

O Conselho de Administração é composto por um número ímpar de membros efectivos, no mínimo de três e de um suplente.

Actualmente o Conselho de Administração é composto por cinco membros.

4.1. Composição do Conselho de Administração

Presidente Executivo: José Manuel Almeida Ribeiro

Secretário: Alcino Dias Ferreira

Vogal: José Pinto

Vogal: Agostinho Matias Pereira

Vogal: Carlos Moura Guedes

Suplente: António Porfírio Teixeira da Silva

4.2. Competências do Conselho de Administração

As competências do Conselho de Administração decorrem da Lei, competindo-lhe, em especial e de acordo com os Estatutos:

� Administrar e representar a Caixa Agrícola;

� Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, uma proposta de plano de actividades e de orçamento para o exercício seguinte;

� Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, o relatório e as contas relativos ao exercício anterior;

� Adoptar as medidas necessárias à garantia da solvabilidade e liquidez da Caixa Agrícola;

� Decidir das operações de crédito da Caixa Agrícola.

� Fiscalizar a aplicação dos capitais mutuados;

� Promover a cobrança coerciva dos créditos da Caixa Agrícola, vencidos e não pagos;

� Organizar, dirigir e disciplinar os serviços.

4.3. Reuniões do Conselho de Administração

O Conselho de Administração reúne, pelo menos, uma vez por semana, tendo realizado um total de cinquenta e cinco reuniões em 2015.

4.4. Distribuição de Pelouros pelos Membros do Conselho de Administração

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O Conselho de Administração deliberou a distribuição de pelouros entre os seus membros da seguinte forma:

Presidente Executivo: José Manuel Almeida Ribeiro

Secretário: Alcino Dias Ferreira

Tesoureiro: José Pinto

Vogal: Agostinho Matias Pereira

Vogal: Carlos Moura Guedes

5. Órgãos de Fiscalização

A fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola compete a um Conselho Fiscal e a um Revisor Oficial de Contas ou uma Sociedade de Revisores Oficiais de Contas.

As competências dos órgãos de fiscalização são as que decorrem da lei, competindo, ainda, ao Conselho Fiscal, de acordo com os Estatutos, emitir parecer sobre a proposta de plano de actividade e de orçamento.

5.1. Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal é composto por três membros efectivos e, pelo menos, um suplente.

5.1.1. Composição do Conselho Fiscal

Presidente: Adriano Monteiro Cardoso

Vogal: Fausto José Guedes Montenegro

Vogal: Jose João Oliveira Santos

Suplente: Joaquim Nunes de Castro

Suplente: Manuel Marques Pereira

5.1.2. Reuniões do Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal reúne, por regra, uma vez por trimestre, tendo realizado, em 2015, um total de sete reuniões.

5.2. Revisor Oficial de Contas

O mandato do Revisor Oficial de Contas é de 2013 a 2015, encontrando-se designados para o cargo:

Efectivo: Santos Carvalho & Associados, SROC, SA representada por António Augusto Carvalho.

Suplente: André Miguel Andrade e Silva Junqueira Mendonça.

6. Política de Remuneração da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo Beira Douro, CRL

6.1 Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização

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Em 31 de Março de 2015 a Assembleia Geral Ordinária da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo Beira Douro, CRL apreciou e aprovou a Declaração sobre Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da Instituição, em cumprimento do disposto no art. 2º, nº 1, da Lei nº 28/2009, de 19 de Junho.

Nos termos e para os efeitos do nº 4 do art. 16º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, reproduz-se na presente sede a referida Declaração, nos exactos termos em que foi aprovada pelos Associados da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo.

“DECLARAÇÃO SOBRE POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DE MEMBROS DE ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E DE FISCALIZAÇÃO

DECLARAÇÃO DE POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO BEIRA DOURO, CRL

Nos termos da Lei n.º 28/2009, de 19 de Junho, e do Aviso n.º 10/2011 do Banco de Portugal, vem o Conselho de Administração da CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO BEIRA DOURO, CRL submeter à aprovação da Assembleia Geral a sua declaração sobre a política de remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA para o ano de 2015.

Propõe-se que a política de remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA para o ano de 2015 siga os seguintes princípios orientadores:

1. PRINCÍPIOS GERAIS

Em cumprimento das disposições legais e regulamentares aplicáveis, a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo Beira Douro, CRL foi definida e elaborada de modo a reflectir adequada e proporcionalmente a dimensão, a organização interna e a natureza da Instituição, o âmbito e a complexidade da actividade por si desenvolvida, a natureza e a magnitude dos riscos assumidos e a assumir e o grau de centralização e delegação de poderes estabelecido no seio da mesma Instituição.

A Política de Remuneração reflecte, em particular, a natureza jurídica de cooperativa da Instituição e a dela decorrente ausência de fins lucrativos, a imposição de restrições de natureza geográfica à actuação da dita Instituição e também o carácter acessório e complementar de outras actividades económicas de que se reveste, na maioria dos casos, o exercício de funções nos seus Órgãos de Administração e de Fiscalização, factores que determinam que a tais funções correspondam muitas vezes remunerações de valor senão simbólico, pelo menos inferior ao da média dos Colaboradores da Instituição, sendo por conseguinte tais remunerações insusceptíveis de qualquer comparação com as que são auferidas no resto do Sector Bancário.

Nesta perspectiva, para além de se terem que considerar inaplicáveis à Caixa de Crédito Agrícola Mútuo Beira Douro, CRL todas as disposições da Lei nº 28/2009, do Decreto-Lei nº 104/2007 e do Aviso nº 10/2011 que pressuponham que as entidades às mesmas sujeitas revestem a natureza jurídica de sociedades anónimas, houve que ponderar a aplicação de muitas das demais normas, sempre por referência ao princípio da proporcionalidade ínsito no corpo do Ponto 24 do Anexo ao Decreto-Lei nº 104/2007 e no art. 3º, nº 1, do Aviso nº 10/2011.

2. CONSIDERAÇÕES GERAIS

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Nos termos e para os efeitos do nº 1 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, declara-se que:

a) A Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização é definida pela Assembleia Geral, sem a intervenção de quaisquer consultores externos, cabendo à mesma revê-la periodicamente, pelo menos uma vez por ano;

b) A descrição da componente variável da remuneração, incluindo os elementos que a compõem, quando exista, consta das secções seguintes da presente Declaração; vistas a natureza e dimensões da Instituição, o valor das remunerações pagas aos Membros dos respectivos Órgãos de Administração e de Fiscalização e o

facto de, não sendo a Instituição uma sociedade anónima, é-lhe impossível pagar qualquer remuneração sob a forma de acções ou de opções;

c) A Política de Remuneração é propícia ao alinhamento dos interesses dos Membros do Órgão de Administração com os interesses de longo prazo da Instituição e é igualmente consentânea com o desincentivo de uma assunção excessiva de riscos, na medida em que preconiza a atribuição de uma remuneração de valor moderado, compatível com as tradições e com a natureza específica do Crédito Agrícola, e que, sem prejuízo da atribuição de remuneração acrescida aos Administradores executivos, tem em atenção o carácter economicamente acessório e complementar de outras actividades económicas de que se reveste habitualmente o exercício de funções nos Órgãos de Administração e de Fiscalização;

d) Sempre em consonância com a natureza cooperativa da Instituição e com o princípio cooperativo da gestão democrática, o desempenho do Órgão de Administração é em primeira linha avaliado pelos Associados em sede de Assembleia Geral, maxime em sede de eleições para os Órgãos Sociais, não podendo estes manter-se em funções contra a vontade expressa dos Associados, bem como pelo Órgão de Fiscalização, no exercício das suas competências legais e estatutárias, reflectindo tal avaliação não só o desempenho económico da Instituição, mas também outros critérios directamente relacionados com a sobredita natureza cooperativa, incluindo a qualidade da relação estabelecida entre Administração e Cooperadores e da informação prestada aos membros sobre o andamento dos negócios sociais.

3. REMUNERAÇÃO DO CONSELHO FISCAL

A remuneração dos Membros do Conselho Fiscal, tendo em consideração a natureza da composição desse Órgão Social, consiste em auferir por cada reunião uma senha de presença, até ao valor correspondente a quarenta por cento do ordenado mínimo nacional, aprovado pelo Orçamento do Estado, e até ao máximo de seis presenças por ano.

4. REMUNERAÇÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

4.a) – REMUNERAÇÃO PARA OS MEMBROS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO EXECUTIVO:

Remuneração fixa:

Aos titulares efectivos que por exercerem tais funções, são obrigados nos termos da legislação em vigor a suspenderem o seu contrato de trabalho com a Caixa de Crédito Agrícola Mutuo Beira Douro, CRL, beneficiarem da remuneração pelo exercício da função estatutária equivalente ao valor da retribuição liquida que os mesmos receberiam enquanto trabalhadores da Instituição,

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com referência à data em que foram eleitos, calculada na base dos catorze meses, correspondente ao nível dezoito do ACT, duas horas de isenção de horário, diuturnidades a que tiver direito, valor compensatório e subsidio de alimentação, acrescido de um complemento de valor igual ao referido nível.

Remuneração variável:

O Banco de Portugal define que a remuneração dos Administradores que exerçam funções executivas deve integrar uma componente variável, cuja determinação dependa de uma avaliação de desempenho realizada pelos órgãos competentes da instituição, de acordo com critérios mensuráveis pré-determinados, que considere, para alem do desempenho individual, o real crescimento da Instituição, propondo-se assim que aos Administradores Executivos, em conjunto, e de acordo com a avaliação de desempenho global, o pagamento de um montante único pago a titulo de prémio de desempenho.

Nos termos e para os efeitos do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, mais se declara que:

a) O órgão competente para a avaliação do desempenho individual do Administrador Executivo é o Conselho de Administração não Executivo;

b) A Instituição não celebrou com os Membros do seu Órgão de Administração qualquer contrato que lhes confira direito a compensações ou indemnizações em caso de destituição, incluindo pagamentos relacionados com a duração de um período de pré-aviso ou cláusula de não concorrência, pelo que o direito a tais compensações ou indemnizações se rege exclusivamente pelas normas legais aplicáveis, sendo desnecessários os instrumentos jurídicos a que alude o art. 10º do Aviso nº 10/2011;

c) Os Membros do Órgão de Administração da Instituição não auferem quaisquer remunerações pagas por sociedades em relação de domínio ou de grupo com a Instituição;

d) Não vigoram na Instituição quaisquer regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada;

e) Inexistem outros benefícios não pecuniários relevantes que possam ser considerados como remuneração;

f) Os Membros do Órgão de Administração não utilizam quaisquer seguros de remuneração ou responsabilidade, ou quaisquer outros mecanismos de cobertura de risco tendentes a atenuar os efeitos de alinhamento pelo risco inerentes às suas modalidades de remuneração.

4.b) - REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES NÃO EXECUTIVOS

A remuneração dos Membros não executivos do Conselho de Administração consiste em exclusivamente numa componente fixa, com as seguintes características:

Auferem uma senha de presença, até ao valor correspondente a quarenta por cento do ordenado mínimo nacional, aprovado pelo Orçamento do Estado, até ao máximo de cinco presenças por mês.

5. REVISOR OFICIAL DE CONTAS

A remuneração do Revisor Oficial de Contas é estabelecida com base nas práticas de mercado e definida no âmbito de contrato de prestação de serviços de revisão de contas.”

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Leia-se o ponto 52 das notas anexas às Demonstrações Financeiras relativo às remunerações do Órgão de Administração e Fiscalização, no exercício de 2015.

6.2 Política de Remuneração dos Colaboradores

Dando cumprimento ao disposto no nº 3 do artigo 16º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, é prestada a seguinte informação, atinente à política de remuneração de colaboradores:

6.2.1. Os colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011 auferem uma remuneração fixa paga 14 vezes por ano, de acordo com as condições dispostas no ACT do Crédito Agrícola.

6.2.2. Também se atribui uma ou duas horas de Isenção de horário de trabalho às funções cujo nível de responsabilidade e exigência de disponibilidade assim o justifique.

6.2.3. Atento ao disposto no nº 3 do artigo 17º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, em 2015 os colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do mesmo Aviso auferiram as remunerações conforme quadro do ponto 52 das notas anexas às Demonstrações Financeiras.

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Notas Anexas às Demonstrações Financeiras

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1 Nota introdutória

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo Beira Douro, C.R.L. (adiante designada por Caixa ou CCAM Beira Douro) é uma instituição de crédito constituída em 01 de Outubro de 1953 sob a forma de Cooperativa de Responsabilidade Limitada. Constitui objecto da Caixa a concessão de crédito e a prática dos demais actos inerentes à actividade bancária, nos termos previstos na legislação aplicável.

A Caixa forma parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) o qual é formado pela Caixa Central – Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L. e pelas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas. Compete à Caixa Central assegurar a orientação, fiscalização e representação das entidades que fazem parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo.

Em 31 de Dezembro de 2015, a Caixa opera através da sua sede, situada na Avenida 5 de Outubro, n.º 73, na cidade de Lamego e através de uma rede de oito balcões situados nos concelhos de Castro Daire, Lamego, Resende e Tarouca.

No decurso de 2009 o Regime Jurídico do Crédito Agrícola Mútuo e das Cooperativas de Crédito Agrícola Mútuo foi alterado através do Decreto-Lei 142/2009, o qual visou, entre outros, adaptar o modelo de governação das Caixas de Crédito Agrícola às estruturas previstas no Código das Sociedades Comerciais, sem prejuízo das competências da Assembleia Geral que caracterizam o modelo cooperativo, ao mesmo tempo que autoriza um alargamento da respectiva base de associados. Adicionalmente e no que respeita à fiscalização das contas, as caixas agrícolas associadas ao Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo passaram também a ser obrigadas à certificação legal das suas contas e à contratação de um revisor oficial de contas.

As demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2015 foram aprovadas pelo Conselho de Administração no dia 24 de Fevereiro de 2016 e encontram-se pendentes de aprovação pelos correspondentes Órgãos Sociais. No entanto, o Conselho de Administração, entende que estas demonstrações financeiras virão a ser aprovadas sem alterações.

2 Bases de apresentação, comparabilidade da informação e principais políticas contabilísticas

2.1 Bases de apresentação das contas

As demonstrações financeiras da Caixa foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, atentas ao regime do acréscimo, da consistência da apresentação, da materialidade e da não compensação (excepto quando permitida), com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), nos termos do Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro e das Instruções nº 23/2004 e nº 9/2005, do Banco de Portugal, na sequência da competência que lhe é conferida pelo n.º 3 do Artigo 115 do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 298/92 de 31 de Dezembro.

As NCA correspondem genericamente às Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS), conforme adoptadas pela União Europeia, de acordo com o Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, transposto para o ordenamento nacional pelo Decreto-Lei nº 35/2005, de 17 de Fevereiro e pelo Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro, do Banco de Portugal, excepto no que se refere a:

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i) Valorimetria do crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (Crédito e contas a receber) – os créditos são registados pelo valor nominal, não podendo ser reclassificados para outras categorias e, como tal, registados pelo justo valor. Os proveitos são reconhecidos segundo a regra pro rata temporis, quando se tratem de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês, nomeadamente juros e comissões;

ii) Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos activos classificados como crédito e contas a receber deverão ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, de acordo com o método referido na alínea anterior;

iii) Provisionamento do crédito e contas a receber – mantém-se o anterior regime, sendo definidos níveis mínimos de provisionamento de acordo com o disposto no Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, com as alterações introduzidas pelo Aviso do Banco de Portugal nº 8/03, de 30 de Junho e pelo Aviso do Banco de Portugal nº 3/2005, de 21 de Fevereiro. Este regime abrange ainda as responsabilidades representadas por aceites, garantias e outros instrumentos de natureza análoga;

iv) Os activos tangíveis são obrigatoriamente mantidos ao custo de aquisição, não sendo deste modo possível o seu registo pelo justo valor, conforme permitido pelo IAS 16 – Activos fixos tangíveis. Como excepção, é permitido o registo de reavaliações extraordinárias, legalmente autorizadas, caso em que as mais-valias resultantes são registadas em “Reservas de reavaliação”.

v) Foi permitido um período de diferimento do impacto contabilístico decorrente da transição para os critérios da Norma IAS 19 – Benefícios de Empregados, dos custos e responsabilidades assumidos relativamente a pensões, custos com saúde e outros benefícios a que os colaboradores da Caixa Agrícola têm direito após o período activo de trabalho.

De acordo com os Avisos do Banco de Portugal nº 4/2005 de 21 de Fevereiro e nº 12/2005 de 30 de Dezembro, o reconhecimento em resultados transitados do impacto apurado com referência a 1 de Janeiro de 2007, decorrente da transição para os IAS/IFRS pode ser atingido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes até 31 de Dezembro de 2011,com excepção da parte referente ao impacto da alteração da tábua de mortalidade e às responsabilidades relativas a cuidados médicos pós-emprego, para a qual esse plano de amortização pode ir até 31 de Dezembro de 2014.

Durante o ano de 2008, o Banco de Portugal emitiu um novo aviso (Aviso nº7/2008, de 14 de Outubro de 2008), no qual permite diferir os impactos da transição acima identificados, por um período adicional de três anos face ao período estipulado inicialmente.

Foi decisão da Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo prolongar o diferimento dos impactos de transição tal como permitido no aviso n.º7/2008, de 14 de Outubro de 2008.

A Caixa Agrícola adoptou a Norma IFRS 7 – Instrumentos Financeiros: Divulgações, a qual se tornou efectiva para os períodos de relato com início em 1 de Janeiro de 2007 ou após. O Impacto da adopção da Norma IFRS 7 consistiu nas divulgações fornecidas ao nível dos instrumentos

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financeiros utilizados e da gestão do capital (Nota 51). Adicionalmente, foi tida em consideração a versão actualizada da IAS 1 – Apresentação de Demonstrações financeiras.

2.2 Comparabilidade da informação

As demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de Dezembro de 2015 são integralmente comparáveis com as do exercício anterior.

2.3 Resumo das principais políticas contabilísticas

As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações financeiras foram as seguintes:

2.3.1 Especialização dos exercícios

As perdas e ganhos são registadas no exercício a que respeitam, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento, de acordo com o princípio contabilístico da especialização dos exercícios.

2.3.2 Saldos e transacções em moeda estrangeira

As contas da Caixa Agrícola são preparadas em Euros, sendo esta a sua moeda funcional, ou seja, a divisa utilizada no ambiente económico em que a Instituição opera.

As transacções em moeda estrangeira são registadas com base nas taxas de câmbio indicativas na data da transacção. Em cada data de balanço, os activos e passivos monetários denominados em moeda estrangeira são convertidos para euros com base na taxa de câmbio em vigor. Os activos não monetários que sejam valorizados ao justo valor são convertidos com base na taxa de câmbio em vigor na data da última valorização. Os activos não monetários registados pelo seu custo histórico permanecem registados ao câmbio original.

As diferenças de câmbio apuradas na conversão cambial são reflectidas em resultados do exercício, com excepção das originadas por instrumentos financeiros não monetários, tal como acções, classificados como disponíveis para venda, que são registadas numa rubrica específica de capital próprio até à sua alienação.

2.3.3 Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

As empresas filiais são entidades nas quais a Caixa exerce controlo sobre a gestão das mesmas. As empresas associadas são entidades nas quais a Caixa exerce influência significativa, mas não detém o controlo. Como influência significativa entende-se uma participação financeira (directa ou indirecta) superior a 20% ou o poder de participar nas decisões sobre as políticas financeiras e operacionais da entidade mas sem existir controlo nem controlo conjunto sobre a mesma.

As empresas filiais e associadas são valorizadas ao custo de aquisição, sendo objecto de análises de perdas por imparidade. As participações em empresas filiais e associadas em moeda estrangeira (activos não monetários valorizados ao custo histórico) são convertidas à taxa de câmbio histórica da data da transacção, conforme previsto no IAS 21.

Os dividendos são registados como proveitos no exercício em que é decidida a sua distribuição.

2.3.4 Crédito e outros valores a receber

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Conforme descrito na Nota 2.1 i) estes activos encontram-se registados ao valor nominal, de acordo com o Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal.

A componente de juros, incluindo a referente a eventuais prémios/descontos, é objecto de relevação contabilística autónoma nas respectivas contas de resultados. Os proveitos são reconhecidos quando obtidos e distribuídos por períodos mensais, segundo o método da taxa efectiva, quando se trate de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês. Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos activos incluídos nesta categoria devem ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, segundo o método da taxa efectiva.

Posteriormente, o crédito e outros valores a receber são submetidos à constituição de provisões, nos termos descritos abaixo. De acordo com as normas do Banco de Portugal, os juros sobre crédito vencido há mais de 90 dias que não estejam cobertos por garantias reais, são reconhecidos como proveitos apenas quando recebidos.

2.3.5 Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis

As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas em rubricas extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros proveitos registados em resultados ao longo da vida das operações.

2.3.6 Provisões para crédito e juros vencidos, créditos de cobrança duvidosa, risco país e riscos gerais de crédito

O recente entendimento do Banco de Portugal, sobre as alíneas e) e f) do n.º 2 do Aviso n.º 1/2005, indica a necessidade de serem constituídas provisões para crédito nas contas individuais, acima do quadro mínimo regulamentar, de forma a que o valor dos ativos reflita, a todo o tempo, o seu valor realizável, sempre que as provisões constituídas sejam, no seu todo, inferiores ao valor total que resulta das imparidades da carteira de crédito a clientes, isto é, sempre que o total das imparidades apurada para uma data de referência se apresenta com um valor superior à globalidade das provisões (regulamentares e extraordinárias) devidamente constituídas nas contas individuais.

De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, de 30 de Junho (com as alterações introduzidas subsequentemente, nomeadamente pelo Aviso nº 3/2005, de 21 de Fevereiro), e outras disposições emitidas pelo Banco de Portugal, são constituídas as seguintes provisões para riscos de crédito:

i) Provisão para crédito e juros vencidos

Destina-se a fazer face aos riscos de realização de créditos concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros. As percentagens provisionadas do crédito e juros vencidos dependem do tipo de garantias existentes e são função crescente do período decorrido desde a data de incumprimento, de acordo com a tabela definida no ponto 4 do 3º parágrafo do Aviso 3/95, do Banco de Portugal.

ii) Provisão para créditos de cobrança duvidosa

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Destina-se à cobertura dos riscos de realização do capital vincendo relativo a créditos concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros, ou que estejam afectos a clientes que tenham outras responsabilidades vencidas. Nos termos do Aviso nº 3/95, são considerados créditos de cobrança duvidosa, os seguintes:

• As prestações vincendas de uma mesma operação de crédito em que se verifique, relativamente às respectivas prestações em mora de capital e juros, pelo menos uma das seguintes condições:

� Excederem 25% do capital em dívida, acrescido de juros;

� Estarem em incumprimento há mais de:

− seis meses, nas operações com prazo inferior a cinco anos;

− doze meses, nas operações com prazo igual ou superior a cinco anos mas inferior a dez anos;

− vinte e quatro meses, nas operações com prazo igual ou superior a dez anos.

Os créditos nestas condições são considerados vencidos apenas para efeitos da constituição de provisões, sendo provisionados com base nas taxas aplicáveis ao crédito vencido dessas operações.

• Os créditos vincendos sobre um mesmo cliente se, de acordo com a classificação acima definida, o crédito e juros vencidos de todas as operações relativas a esse cliente excederem 25% do crédito total, acrescido de juros. Os créditos nestas condições são provisionados com base em metade das taxas aplicáveis aos créditos vencidos.

Os créditos com prestações vencidas são denunciados nos termos definidos no manual de crédito aprovado, sendo nesse momento considerada vencida toda a dívida.

Periodicamente, a Caixa Agrícola abate ao activo os créditos considerados incobráveis por utilização das provisões constituídas. Em caso de eventual recuperação dos referidos créditos, esta é reconhecida em resultados, na rubrica “Outros resultados de exploração”.

iii) Provisão para risco país

Quando existente, destina-se a fazer face aos problemas de realização dos activos financeiros e extrapatrimoniais sobre residentes de países considerados de risco pelo Banco de Portugal, qualquer que seja o instrumento utilizado ou a natureza da contraparte, com excepção:

• Dos domiciliados em sucursal estabelecida nesse país, expressos e pagáveis na moeda desse país, na medida em que estejam cobertos por recursos denominados nessa moeda;

• Das participações financeiras;

• Das operações com sucursais de instituições de crédito de um país considerado de risco, desde que estabelecidas em Estados membros da União

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Europeia;

• Dos que se encontrem garantidos por entidades indicadas no número 1 do artigo 15º do Aviso nº 3/95, desde que a garantia abranja o risco de transferência;

• Das operações de financiamento de comércio externo de curto prazo, que cumpram as condições definidas pelo Banco de Portugal.

As necessidades de provisões são determinadas por aplicação das percentagens fixadas em Instruções e Cartas Circulares do Banco de Portugal, que classificam os países e territórios segundo grupos de risco.

iv) Provisão para riscos gerais de crédito

Encontra-se registada no passivo, na rubrica "Provisões", e destina-se a fazer face a riscos de cobrança do crédito concedido e garantias e avales prestados.

Esta provisão é calculada por aplicação das seguintes percentagens genéricas à totalidade do crédito não vencido, incluindo as garantias e avales:

• 1,5% no que se refere ao crédito ao consumo e às operações de crédito a particulares, cuja finalidade não possa ser determinada;

• 0,5% relativamente ao crédito garantido por hipoteca sobre imóvel, ou operações de locação financeira imobiliária, em ambos os casos quando o imóvel se destine a habitação do mutuário;

• 1% no que se refere ao restante crédito concedido.

Nos exercícios de 2001 e 2002 foram aceites como custo fiscal 50% dos reforços da provisão para riscos gerais de crédito. A partir de 1 de Janeiro de 2003 os reforços desta provisão deixaram de ser aceites fiscalmente como custo.

2.3.7 Outros activos e passivos financeiros

Os outros activos e passivos financeiros são reconhecidos e valorizados de acordo com os IAS 32 e IAS 39, sendo registados na data de contratação pelo justo valor.

i) Activos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados, passivos financeiros detidos para negociação

Os activos financeiros detidos para negociação incluem títulos de rendimento variável transaccionados em mercados activos, adquiridos com o objectivo de venda ou recompra no curto prazo, bem como derivados. Os derivados de negociação com valor líquido a receber (justo valor positivo) são incluídos na rubrica Activos financeiros detidos para negociação. Os derivados de negociação com valor líquido a pagar (justo valor negativo), são incluídos na rubrica Passivos financeiros detidos para negociação.

Os activos financeiros ao justo valor através de resultados incluem os títulos de rendimento fixo transaccionados em mercados activos que a Caixa optou por registar e avaliar ao justo valor através de resultados.

Os activos e passivos financeiros detidos para negociação e os activos financeiros ao justo valor através de resultados são reconhecidos inicialmente ao justo valor. Os ganhos e perdas

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decorrentes da valorização subsequente ao justo valor são reconhecidos em resultados.

Os juros inerentes aos activos financeiros e as diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e reconhecidos em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

Os dividendos são reconhecidos quando atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição.

O justo valor dos activos financeiros detidos para negociação e transaccionados em mercados activos é o seu “bid-price” ou a cotação de fecho à data do balanço. Se um preço de mercado não estiver disponível, o justo valor do instrumento é estimado com base em técnicas de valorização, que incluem modelos de avaliação de preços ou técnicas de “discounted cash-flows”.

Quando são utilizadas técnicas de “discounted cash-flows”, os fluxos financeiros futuros são estimados de acordo com as expectativas da gestão e a taxa de desconto utilizada corresponde à taxa de mercado para instrumentos financeiros com características semelhantes. Nos modelos de avaliação de preços, os dados utilizados correspondem a informações sobre preços de mercado.

O justo valor dos derivados que não são transaccionados em bolsa é estimado com base no montante que seria recebido ou pago para liquidar o contrato na data em análise, considerando as condições de mercado vigentes bem como a qualidade creditícia das contrapartes.

ii) Activos financeiros disponíveis para venda

Os activos financeiros disponíveis para venda incluem instrumentos de capital e dívida, que não sejam classificados como activos financeiros detidos para negociação, ao justo valor através de resultados ou como investimentos a deter até à maturidade ou como crédito ou como empréstimos e contas a receber.

Os activos financeiros disponíveis para venda são registados ao justo valor, com excepção de instrumentos de capital e de divida não cotados num mercado activo e cujo justo valor não possa ser mensurado com fiabilidade, os quais permanecem registados ao custo. Os ganhos e perdas relativos à variação subsequente do justo valor são reflectidos em rubrica específica do capital próprio “reserva de justo valor” até à sua venda (ou até ao reconhecimento de perdas por imparidade), momento em que são transferidos para resultados. Os ganhos ou perdas cambiais de activos monetários são reconhecidas directamente em resultados do período.

Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

Os rendimentos de títulos de rendimento variável são reconhecidos em resultados na data em que são atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição.

iii) Investimentos a deter até à maturidade

Os investimentos a deter até à maturidade são investimentos que têm um rendimento fixo, com taxa de juro conhecida no momento da emissão e data de reembolso determinada, sendo do

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interesse da Caixa mantê-los até ao seu reembolso.

Os investimentos financeiros a deter até à maturidade são registados ao custo de aquisição. Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

iv) Empréstimos e contas a receber

De acordo com a restrição estabelecida pelo Aviso nº 1/2005, nesta rubrica são registados apenas os valores a receber de outras instituições de crédito.

São activos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados num mercado activo e não incluídos em qualquer uma das restantes categorias de activos financeiros.

No reconhecimento inicial estes activos são valorizados pelo justo valor, deduzido de eventuais comissões incluídas na taxa efectiva, e acrescido de todos os custos incrementais directamente atribuíveis à transacção. Subsequentemente, estes activos são reconhecidos em balanço ao custo amortizado, deduzido de perdas por imparidade e provisões para risco país.

Os juros são reconhecidos com base no método da taxa efectiva, que permite calcular o custo amortizado e repartir os juros ao longo do período das operações. A taxa efectiva é aquela que, sendo utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros estimados associados ao instrumento financeiro na data do reconhecimento inicial.

v) Operações de venda com acordo de recompra

Os títulos vendidos com acordo de recompra são mantidos na carteira onde estavam originalmente registados. Os fundos recebidos são registados, na data de liquidação, em conta própria do passivo, sendo periodificados os respectivos juros.

vi) Outros passivos financeiros

Os outros passivos financeiros, essencialmente recursos de instituições de crédito, depósitos de clientes e dívida emitida, são inicialmente valorizados ao justo valor, que corresponde à contraprestação recebida líquida dos custos de transacção e são posteriormente valorizados ao custo amortizado.

Conforme previsto no Decreto-Lei n.º 182/87, de 21 de Abril, foi criado o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo, cujo funcionamento foi regulamentado pelo Decreto-Lei 345/98, de 9 de Novembro. Este último visou reconverter o Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo, por forma, a que o mesmo tivesse por objecto (i) garantir o reembolso de depósitos constituídos na Caixa Central e nas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas e (ii) promover e realizar acções que visem assegurar a solvabilidade e liquidez das referidas instituições, com vista à defesa do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM).

Em 2015, a Caixa não possuía empréstimos subordinados concedidos pelo Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo.

vii) Imparidade em activos financeiros

A Caixa efectua análises periódicas de imparidade aos activos financeiros com excepção de crédito a clientes e outros valores a receber, conforme referido no ponto 2.3.4..

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Quando existe evidência de imparidade num activo ou grupo de activos financeiros, as perdas por imparidade registam-se por contrapartida de resultados.

Para títulos cotados, considera-se que existe evidência de imparidade numa situação de desvalorização continuada ou de valor significativo na cotação dos títulos. Para títulos não cotados, é considerado evidência de imparidade a existência de impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do activo financeiro, desde que possa ser estimado com razoabilidade.

Caso num período subsequente se registe uma diminuição no montante das perdas por imparidade atribuída a um evento, o valor previamente reconhecido é revertido através de ajustamento à conta de perdas por imparidade. O montante da reversão é reconhecido directamente na demonstração de resultados.

No caso de activos financeiros disponíveis para venda, em caso de evidência objectiva de imparidade, resultante de diminuição significativa e prolongada do justo valor do título ou de dificuldades financeiras do emitente, a perda acumulada na reserva de reavaliação de justo valor é removida do capital próprio e reconhecida nos resultados. As perdas por imparidade registadas em títulos de rendimento fixo podem ser revertidas através de resultados, caso se verifique uma alteração positiva no justo valor do título resultante de um evento ocorrido após a determinação da imparidade. As perdas por imparidade relativas a títulos de rendimento variável não podem ser revertidas, pelo que eventuais mais valias potenciais originadas após o reconhecimento de perdas por imparidade são reflectidas na reserva de justo valor. Quanto a títulos de rendimento variável para os quais tenha sido registada imparidade, posteriores variações negativas no justo valor são sempre reconhecidas em resultados.

No caso de activos financeiros disponíveis para venda com evidência de imparidade, a perda potencial acumulada em reservas é transferida para resultados.

2.3.8 Derivados e contabilidade de cobertura

Os instrumentos financeiros derivados são registados pelo seu justo valor na data da sua contratação. Adicionalmente, são reflectidos em rubricas extrapatrimoniais pelo respectivo valor nominal. Subsequentemente, os instrumentos financeiros derivados são mensurados pelo respectivo justo valor. O justo valor é apurado:

• Com base em cotações obtidas em mercados activos (por exemplo, no que respeita a futuros transaccionados em mercados organizados);

• Com base em modelos que incorporam técnicas de valorização aceites no mercado, incluindo cash-flows descontados e modelos de valorização de opções.

i) Derivados embutidos

Os instrumentos financeiros derivados embutidos noutros instrumentos financeiros são destacados do contrato de base e tratados como derivados autónomos no âmbito da Norma IAS 39, sempre que:

• As características económicas e os riscos do derivado embutido não estejam intimamente relacionados com o contrato de base, conforme definido na Norma IAS 39; e

• A totalidade do instrumento financeiro combinado não esteja registada ao justo

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valor, com as variações no justo valor reflectidas em resultados.

ii) Derivados de cobertura

Tratam-se de derivados contratados com o objectivo de cobertura da exposição a um determinado risco inerente à actividade da Caixa. A classificação como derivados de cobertura e a utilização do conceito de contabilidade de cobertura, conforme abaixo descrito, está sujeita ao cumprimento das regras definidas na Norma IAS 39.

Para todas as relações de cobertura, a Caixa prepara no início da operação documentação formal, que inclui os seguintes aspectos:

• Objectivos de gestão de risco e estratégia associada à realização da operação de cobertura, de acordo com as políticas de cobertura de risco definidas;

• Descrição do(s) risco(s) coberto(s);

• Identificação e descrição dos instrumentos financeiros cobertos e de cobertura;

• Método de avaliação da eficácia de cobertura e periodicidade da sua realização.

Mensalmente, são efectuados e documentados testes de eficácia das coberturas através da comparação da variação no justo valor do instrumento de cobertura e do elemento coberto (na parcela atribuível ao risco coberto). De forma a possibilitar a utilização de contabilidade de cobertura de acordo com a Norma IAS 39, esta relação deverá situar-se num intervalo entre 80% e 125%. Adicionalmente, são efectuados testes de eficácia prospectivos, de forma a demonstrar a expectativa da eficácia futura da cobertura.

Os derivados de cobertura são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados mensalmente reconhecidos em proveitos e custos do exercício. Caso se demonstre que a cobertura é eficaz, a Caixa reflecte igualmente no resultado do exercício a variação no justo valor do elemento coberto atribuível ao risco coberto. O impacto destas valorizações é reflectido em rubricas de “Resultados em activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados”. No caso de derivados que tenham associada uma componente de juros (como por exemplo, swaps de taxa de juro) a periodificação de juros relativa ao período em curso e os fluxos liquidados são reflectidos em “Juros e rendimentos similares” e “Juros e encargos similares”, da demonstração de resultados.

As reavaliações positivas e negativas de derivados de cobertura são registadas no activo e passivo, respectivamente, em rubricas específicas. As valorizações dos elementos cobertos são reflectidas nas rubricas onde se encontram registados esses activos e passivos.

iii) Derivados de negociação

São considerados derivados de negociação todos os instrumentos financeiros derivados que não estejam associados a relações de cobertura eficazes de acordo com a Norma IAS 39, incluindo:

• Derivados contratados para cobertura de risco em activos ou passivos registados ao justo valor através de resultados, tornando assim desnecessária a utilização de contabilidade de cobertura;

• Derivados contratados para cobertura de risco que não constituem coberturas eficazes ao abrigo da Norma IAS 39;

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• Derivados contratados com o objectivo de “trading”.

Os derivados de negociação são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados diariamente reconhecidos em proveitos e custos do exercício, nas rubricas de “Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados”. As reavaliações positivas e negativas são registadas nas rubricas “Activos financeiros ao justo valor através de resultados” e “Passivos financeiros ao justo valor através de resultados”, respectivamente.

2.3.9 Propriedades de investimento

Correspondem a imóveis detidos pela Caixa com o objectivo de obtenção de rendimentos através do arrendamento e/ou da sua valorização.

As propriedades de investimento são registadas ao justo valor, determinado anualmente com base em avaliações de peritos. As variações no justo valor são reflectidas em resultados e os imóveis não são sujeitos a amortizações.

2.3.10 Outros activos tangíveis

Os activos tangíveis utilizados pela Caixa para o desenvolvimento da sua actividade são contabilisticamente relevados pelo custo de aquisição (incluindo custos directamente atribuíveis) deduzido das amortizações acumuladas.

A depreciação dos activos tangíveis é registada numa base sistemática ao longo do período de vida útil estimado do bem:

Anos de

vida útil estimada

Imóveis de serviço próprio 50

Despesas em edifícios arrendados 10

Equipamento informático e de escritório 3 a 10

Mobiliário e instalações interiores 6 a 10

Viaturas 4

As despesas de investimento em obras não passíveis de recuperação, realizadas em edifícios que não sejam propriedade da Caixa, são amortizadas em prazo compatível com o da sua utilidade esperada ou do contrato de arrendamento.

Conforme previsto no IFRS 1, os activos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2006 foram registados pelo valor contabilístico na data de transição para os IAS/IFRS, que corresponde ao custo ajustado por reavaliações efectuadas nos termos da lei, decorrentes da evolução de índices gerais de preços. Uma parcela correspondente a 40% do aumento das amortizações que resultam dessas reavaliações não é aceite como custo para efeitos fiscais, sendo registados os correspondentes impostos diferidos passivos.

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Periodicamente e na eventual existência de indicadores de imparidades, são efectuadas avaliações com vista a concluir sobre a recuperabilidade do valor de balanço dos imóveis.

2.3.11 Activos intangíveis

Esta rubrica compreende essencialmente custos com a aquisição, desenvolvimento ou preparação para uso de software utilizado no desenvolvimento das actividades da Caixa. Os activos intangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas.

As amortizações são registadas como custos do exercício numa base sistemática ao longo da vida útil estimada dos activos, a qual corresponde a um período de 3 anos.

2.3.12 Activos não correntes disponíveis para venda

Os activos não correntes, ou grupos de activos e passivos a alienar são classificados como detidos para venda sempre que seja expectável que o seu valor de balanço venha a ser recuperado através da venda, e não do seu uso continuado. Para que um activo (ou grupo de activos e passivos) seja classificado nesta rubrica é assegurado o cumprimento dos seguintes requisitos:

• A probabilidade de ocorrência da venda é elevada;

• O activo está disponível para venda imediata no seu estado actual;

• Deverá existir a expectativa de que a venda se venha a concretizar até um ano após a classificação do activo nesta rubrica.

A Caixa Agrícola regista nesta rubrica os imóveis, equipamentos e outros bens recebidos em dação para pagamento de operações de crédito vencido, sendo registados pelo valor acordado no contrato de dação/arrematação, o qual corresponde ao menor dos valores da dívida existente ou da avaliação do bem, na data da dação/arrematação. Os imóveis são objecto de avaliações periódicas que dão lugar ao registo de perdas por imparidade sempre que o valor decorrente dessas avaliações (líquido de custos de venda) seja inferior ao valor por que se encontram contabilizados. Estes activos são registados nesta rubrica a partir do momento da celebração do contrato promessa de dação ou da arrematação.

Pela venda dos bens recuperados procede-se ao seu abate do activo, sendo os ganhos ou perdas registados na rubrica “Resultados de alienação de outros activos” (Nota 45). A Caixa Agrícola não reconhece mais-valias potenciais nestes activos.

2.3.13 Provisões

Esta rubrica do passivo poderá incluir as provisões constituídas para fazer face a, riscos fiscais, processos judiciais e outros a riscos específicos decorrentes da actividade da Caixa, de acordo com o IAS 37 (Nota 30).

2.3.14 Benefícios de empregados

A Caixa subscreveu o Acordo Colectivo de Trabalho Vertical (ACTV) para o sector bancário pelo que os seus empregados ou as suas famílias têm direito a pensões de reforma, invalidez e sobrevivência. No entanto, uma vez que os empregados estão inscritos na Segurança Social, as responsabilidades da Caixa com pensões relativamente aos seus colaboradores consistem no pagamento de complementos face aos níveis previstos no ACTV.

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Para cobertura das suas responsabilidades a Caixa integra o Fundo de Pensões do Grupo Crédito Agrícola, o qual se destina a financiar os complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez e pensões de viuvez e orfandade efectuadas pela Segurança Social. Estes complementos são calculados, por referência ao ACTV, de acordo com (i) a pensão garantida à idade presumível de reforma, (ii) com o coeficiente entre o número de anos de serviço prestados até à data do cálculo e (iii) o número total de anos de serviço à data de reforma.

Este Fundo, cujos benefícios a atribuir pelo Plano de Pensões são os definidos no Acordo Colectivo de Trabalho Vertical do Crédito Agrícola Mútuo, assume, assim, a natureza de um Fundo solidário.

De acordo com os estatutos da Caixa, os membros dos seus Órgãos Sociais não são abrangidos pelos benefícios descritos, com excepção dos Administradores Executivos, a quem por força da suspençsão do seu contrato de trabalho, são assegurados todos os direitos que usufruíam enquanto trabalhadores desta Instituição.

Para o cálculo das pensões do ACTV, o tempo de serviço assumido foi calculado a partir das seguintes datas:

• Para as diuturnidades futuras e respectiva evolução automática na carreira, considerou-se a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades;

• Para o cálculo das percentagens do anexo V na atribuição das pensões, assumiu-se a data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões.

Para a repartição das responsabilidades por serviços passados a cargo do Fundo de Pensões do Crédito Agrícola, admitiu-se o seguinte:

• Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é posterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo dos tempos de serviço passado e total;

• Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é anterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo do tempo de serviço passado.

Para o tempo de serviço total, a data a considerar é a utilizada no cálculo do nível e diuturnidades, uma vez que esta corresponde à da admissão na Banca.

Os métodos de cálculo utilizados foram o do “Projected Unit Credit” para a reforma por velhice e sobrevivência diferida e o dos Prémios Únicos Sucessivos para a reforma por invalidez e sobrevivência imediata.

O cálculo da pensão de sobrevivência aplicou-se somente aos participantes efectivamente casados, admitindo-se como idade do cônjuge a do participante diminuída ou acrescida de três anos, consoante este seja do sexo masculino ou feminino. O cálculo deste benefício encontra-se em função do nível de remuneração do participante, de acordo com o Anexo VI do ACTV.

A Caixa regista anualmente como custo a contribuição para o Fundo de Pensões que é estimada pela Crédito Agrícola Vida para cada entidade contribuinte em função do número de trabalhadores inscrito.

O Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005 determina a obrigatoriedade de financiamento integral pelos fundos de pensões das responsabilidades por pensões em pagamento e de um nível mínimo

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de financiamento de 95% das responsabilidades com serviços passados de pessoal no activo. No entanto, estabelece um período transitório entre 5 e 7 anos relativamente à cobertura do aumento de responsabilidades decorrente da adopção da IAS 19 - Benefícios de Empregados.

Durante o ano de 2008, o Banco de Portugal emitiu o Aviso nº 7/2008, de 14 de Outubro, o qual permitiu diferir os impactos da transição acima identificados, por um período adicional de três anos face ao período estipulado inicialmente. Foi decisão da Caixa Agrícola prolongar o diferimento dos impactos de transição tal como permitido no Aviso acima referido.

Os benefícios pós-emprego dos colaboradores incluem ainda os cuidados médicos (SAMS), os quais foram calculados com base nos mesmos pressupostos que as responsabilidades com complementos de pensões.

A revisão de 2011 à IAS 19, que foi aplicada em 2013, veio introduzir alterações na contabilização dos planos de benefício definido, especialmente no que respeita ao reconhecimento dos ganhos e perdas actuariais decorrentes de diferenças observadas entre os pressupostos utilizados na determinação de responsabilidades e do rendimento esperado dos activos que se lhe encontram afectos e os valores efectivamente verificados, assim como os resultantes de alterações de pressupostos actuariais ocorridos no exercício.

Salienta-se que, antes desta revisão, tais desvios actuariais e financeiros eram diferidos numa rubrica de activo ou passivo, até ao limite de 10% do valor actual da obrigação de benefícios definidos ou do justo valor de quaisquer activos do plano à data de balanço (ou quando aplicável das provisões constituídas), dos dois o maior (método do corredor). Os desvios actuariais e financeiros que excediam o corredor, eram reconhecidos por contrapartida de resultados do exercício no decorrer do período de tempo médio até à idade normal de reforma dos colaboradores abrangidos pelo plano.

Na sequência desta revisão, foi eliminado o “método do corredor” e os desvios actuariais e financeiros passaram a ser integralmente registados por contrapartida de capital próprio. Esta alteração na forma de reconhecimento dos ganhos e perdas actuariais, veio assim eliminar a opção de diferimento do reconhecimento das variações ocorridas nos activos do fundo e nas responsabilidades com planos de benefício definido.

2.3.15 Prémios de antiguidade

Nos termos do ACTV, a Caixa Agrícola assumiu o compromisso de atribuir aos colaboradores no activo que completem quinze, vinte e cinco e trinta anos de bom e efectivo serviço, um prémio de antiguidade de valor igual a um, dois ou três meses da sua retribuição mensal efectiva (no ano da atribuição), respectivamente.

A Caixa determina o valor actual dos benefícios com prémios de antiguidade através de cálculos actuariais pelo método “Projected Unit Credit”. Os pressupostos actuariais (financeiros e demográficos) têm por base expectativas para o crescimento dos salários e baseiam-se em tábuas de mortalidade utilizadas para o apuramento das responsabilidades com pensões. A taxa de desconto é igualmente determinada com base em taxas de mercado de obrigações de empresas de rating elevado e prazo semelhante ao da liquidação das responsabilidades.

2.3.16 Impostos sobre os lucros

A Caixa é tributada individualmente e está sujeita ao regime fiscal consignado no Código do

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Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (Código do IRC). A partir de 1 de Janeiro de 2012, a CCAM passou a estar sujeita ao Regime estabelecido ao CIRC, não beneficiando de qualquer taxa reduzida de imposto.

O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos correntes e os impostos diferidos.

O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual difere do resultado contabilístico devido a ajustamentos ao lucro tributável resultantes de custos ou proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos.

Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar / pagar em períodos futuros resultante de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o valor de balanço dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizada na determinação do lucro tributável.

Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças temporárias tributáveis, enquanto que os impostos diferidos activos só são registados até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças tributárias dedutíveis ou prejuízos fiscais. No entanto, não são registados impostos diferidos nas seguintes situações:

• Diferenças temporárias originadas no reconhecimento inicial de activos e passivos em transacções que não afectem o resultado contabilístico ou o lucro tributável;

• Diferenças tributárias dedutíveis resultantes de lucros não distribuídos por empresas filiais e associadas, na medida em que a Caixa tenha a possibilidade de controlar a sua reversão e seja provável que a mesma não venha a ocorrer num futuro previsível.

A principal situação que origina diferenças temporárias ao nível da Caixa Agrícola corresponde a provisões não aceites para efeitos fiscais.

Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, que correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço.

Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são reflectidos nos resultados do exercício, excepto nos casos em que as transacções que os originaram tenham sido reflectidas noutras rubricas de capital próprio (por exemplo, no caso da reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda). Nestes casos, o correspondente imposto é igualmente reflectido por contrapartida de capital próprio, não afectando o resultado do exercício.

2.3.17 Locação financeira

Os activos em regime de locação financeira são registados no balanço como crédito concedido, sendo este reembolsado através das amortizações de capital constantes do plano financeiro dos contratos. Os juros incluídos nas rendas são registados como proveitos financeiros.

2.3.18 Locação Operacional

Os pagamentos efectuados à luz dos contratos de locação operacional são registados em custos nos períodos a que dizem respeito.

2.3.19 Caixa e seus equivalentes

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Para efeitos da preparação da demonstração dos fluxos de caixa, a Caixa Agrícola considera como “Caixa e seus equivalentes” o total das rubricas “Caixa e disponibilidades em bancos centrais” e “Disponibilidades em outras instituições de crédito”.

2.3.20 Comissões

As comissões relativas a operações de crédito e outros instrumentos financeiros, nomeadamente, comissões cobradas ou pagas na origem das operações, são reconhecidas ao longo do período das operações pelo método da taxa efectiva em “Juros e rendimentos similares” e “Juros e encargos similares”.

As comissões por serviços prestados são normalmente reconhecidas como proveito ao longo do período de prestação do serviço ou de uma só vez, se corresponderem a uma compensação pela execução de actos únicos.

2.3.21 Principais estimativas e incertezas associadas à aplicação das políticas contabilísticas

A preparação das demonstrações financeiras requer a elaboração de estimativas e a adopção de pressupostos pela gestão, que podem afectar o valor dos activos e passivos, réditos e custos, assim como de passivos contingentes divulgados. As estimativas com maior impacto nas demonstrações financeiras da Caixa Agrícola incluem as abaixo apresentadas.

i) Benefícios a empregados

As responsabilidades com complemento de pensões de reforma e sobrevivência são estimadas utilizando pressupostos actuariais e financeiros, nomeadamente, no que se refere à mortalidade, crescimento dos salários e das pensões e taxas de juro de longo prazo. Neste sentido, os valores reais podem diferir das estimativas efectuadas.

ii) Determinação de impostos sobre lucros

Os impostos sobre os lucros (correntes e diferidos) são determinados pela Caixa Agrícola com base nas regras definidas pelo enquadramento fiscal em vigor. No entanto, em algumas situações a legislação fiscal pode não ser suficientemente clara e objectiva e originar a existência de diferentes interpretações. Nestes casos, os valores registados resultam do melhor entendimento dos órgãos responsáveis da Caixa Agrícola sobre o correcto enquadramento das suas operações, o qual é no entanto susceptível de ser questionado por parte das Autoridades Fiscais.

iii) Determinação das provisões para crédito

A determinação da provisão para crédito concedido a clientes resulta de uma avaliação específica efectuada pela Caixa Agrícola com base no conhecimento da realidade dos clientes e nas garantias associadas às operações em questão.

iv) Avaliação dos colaterais nas operações de crédito

As avaliações dos colaterais de operações de crédito, nomeadamente, hipotecas de imóveis, foram efectuadas com o pressuposto da manutenção de todas as condições de mercado imobiliário, durante o período de vida das operações, tendo correspondido à melhor estimativa do justo valor dos referidos colaterais na data da concessão do crédito.

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3 Introdução das normas de contabilidade ajustadas

A aplicação das Normas de Contabilidade Ajustadas nas demonstrações financeiras originou um impacto global negativo nos capitais próprios da Caixa em 1 de Janeiro de 2007 no montante de 422.705 euros, em relação ao valor apresentado nas últimas demonstrações financeiras preparadas de acordo com o PCSB.

Tal como referido na nota 2.3.14 os impactos decorrentes da adopção da IAS 19, Benefícios dos Empregados foram diferidos através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes até 31 de Dezembro de 2011, com excepção da parte referente ao impacto da alteração da tábua de mortalidade e às responsabilidades relativas a cuidados médicos pós-emprego, para a qual esse plano de amortização pode ir até 31 de Dezembro de 2013.

Durante o ano de 2008, o Banco de Portugal emitiu um novo aviso (Aviso nº7/2008, de 14 de Outubro de 2008), no qual permite diferir os impactos da transição acima identificados, por um período adicional de três anos face ao período estipulado inicialmente.

4 Relato por segmentos

No presente exercício de doze meses findo em 31 de Dezembro de 2015, a segmentação dos resultados da Caixa Agrícola por linhas de negócio corresponde na sua totalidade à banca comercial e de retalho, a qual é desenvolvida unicamente em Portugal. Desta forma, não é divulgada informação por segmentos.

5 Caixa e disponibilidades em bancos centrais

Esta rubrica tem a seguinte composição:

CaixaMoedas nacionais 673.885 570.361Moedas estrangeiras 113.183 102.225

787.068 672.586

31-dez-15 31-dez-14

De acordo com o Regulamento nº 2818/98, de 1 de Dezembro, emitido pelo Banco Central Europeu, a partir de 1 de Janeiro de 1999 as instituições de crédito estabelecidas nos Estados-Membros participantes estão sujeitas à constituição de reservas mínimas em contas junto dos Bancos Centrais Nacionais participantes. A base de incidência compreende todos os depósitos em bancos centrais e em instituições financeiras e monetárias que se situem fora da zona Euro e todos os depósitos de clientes inferiores a dois anos. A esta base é aplicado um coeficiente de 2% e abatido um montante de 100.000 Euros. As reservas mínimas exigidas são remuneradas à média das taxas das operações principais de refinanciamento do Sistema Europeu de Bancos Centrais.

Esta função é assumida pela Caixa Central como intermediária da CCAM, não tendo esta Caixa de Crédito conta junto do Banco de Portugal.

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As CCAM que integram o SICAM não estão obrigadas a este regime, uma vez que constituem entregas anuais ao Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo (FGCAM), ao abrigo do art.º 9º do Decreto-Lei n.º 345/98.

Nos termos do n.º 1 do Artigo 2º do Decreto-Lei 345/98, de 9 de Novembro, o fundo tem por objecto garantir o reembolso de depósitos constituídos na Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo e nas Caixas Agrícolas Mútuo suas associadas, bem como promover e realizar as acções que considere necessárias para assegurar a solvabilidade e liquidez das referidas instituições, com vista à defesa do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo.

Para além das contribuições iniciais para o Fundo, as CCAM entregarão ao Fundo uma contribuição anual, a fixar por aviso do Banco de Portugal, ouvida a comissão directiva do Fundo. O valor da contribuição anual da Caixa Central e das Caixas de Crédito Agrícola Mútuo será determinado em função do valor médio dos saldos mensais dos depósitos do ano anterior que, para o efeito, forem elegíveis. O pagamento da contribuição anual será efectuado em duas prestações, a primeira das quais durante o mês de Abril e a segunda durante o mês de Outubro do ano a que respeitem.

Nos termos da instrução n.º 26/2011, a taxa contributiva de base para o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo será fixada anualmente em instrução do Banco de Portugal, tendo em atenção a situação financeira do Fundo, e até ao máximo de 0,25%.

Por outro lado, a taxa contributiva de cada instituição participante é calculada em função do seu rácio de solvabilidade observado no ano anterior, de acordo com os escalões determinado se aviso.

Nestes termos, o Banco de Portugal, ouvida a Comissão Directiva do Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo, estabelece, para efeitos de determinação da taxa contributiva de cada instituição participante, que a taxa contributiva de base para vigorar no ano de 2015 é fixada em 0,015%.

Adicionalmente os Avisos 7/2012 e 10/2012, prevêem novas formulas de cálculo para as contribuições a realizar em 2015, as quais passam a ser influenciadas pelo Rácio Core Tire 1 das CCAM’s.

A base de incidência compreende o valor dos saldos médios mensais dos depósitos do ano anterior. A esta base é aplicado um coeficiente determinado anualmente pelo Banco de Portugal, que tem como referência o valor do rácio de cobertura do FGCAM do ano anterior, que corresponde ao rácio entre os Depósitos em Instituições de Crédito e os Depósitos garantidos pelo FGCAM.

6 Disponibilidades em outras instituições de crédito

Esta rubrica tem a seguinte composição:

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31-dez-15 31-dez-14Disponibilidades em Instituições de Crédito no País:

Depósitos à ordem 1.177.922 576.461Cheques a cobrar 119.862 156.112Outras disponibilidades 0 0

1.297.784 732.574Juros a Receber 135 76

1.297.919 732.650

7 Activos financeiros detidos para negociação

Não existem operações desta natureza.

8 Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados

Não existem operações desta natureza.

9 Activos financeiros disponíveis para venda

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-dez-15 31-dez-14

Activos financeiros disponíveis para venda

Títulos - Valorizados ao justo valor 167 0

0 0

167 0

10 Aplicações em instituições de crédito

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-dez-15 31-dez-14

Aplicações em Instituições de Crédito no País:

Em outras instituições de crédito:

Depósitos a prazo - CCCAM 54.220.000 53.303.003

DP-Aplicação Direitos adicionais de Crédito - CCCAM 0 0

54.220.000 53.303.003

Juros a receber 576.753 353.539

54.796.753 53.656.542

Em 31 de Dezembro de 2015 e 31 de Dezembro de 2014, os prazos residuais das aplicações em instituições de crédito apresentavam a seguinte estrutura:

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31-dez-15 31-dez-14

Até Três Meses 2.500.000 42.645.797Entre três meses e um ano 37.150.000 7.807.206

Entre um ano e três anos 14.570.000 2.850.000

54.220.000 53.303.003

Juros a receber 576.732 353.539

54.796.732 53.656.542

O valor registado nesta rubrica respeita unicamente a aplicações na Caixa Central, e em 31 de Dezembro de 2015 apresenta uma taxa de remuneração média de 1,39%.

11 Crédito a clientes

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-15 31-dez-14Crédito interno

Empresas e administrações públicasDesconto 25.000 13.000Empréstimos 14.019.761 14.250.150Crédito Em conta corrente 2.838.500 1.606.500Descobertos em depósitos à ordem 4.543 48.405Outros créditos 5.310 6.796

ParticularesHabitação - residentes 30.063.939 29.068.708Habitação - não residentes 0 32.119Consumo

Cartão crédito 210.727 183.748Outros Créditos ao consumo 2.164.501 1.792.033

Outros créditos ao consumo-c/desconto 0 0Outras finalidades

Desconto 6.000 6.500Empréstimos 9.217.458 10.406.085Créditos em conta corrente 732.071 573.827Descobertos em depósitos à ordem 27.791 24.743Operações de locação financeira 51.789

Outros Créditos e Valores a Receber (titulados)

Papel Comercial a desconto-Empresas residentes 3.000.000 3.000.000

62.367.390 61.012.615

Juros a receber 257.663 273.953Receitas com rendimento diferido -227.004 -203.278

Total crédito não vencido 62.398.049 61.083.289Crédito e juros vencidos

Crédito vencido 6.821.010 5.399.271Juros vencidos 75.012 98.782

Total crédito e juros vencidos 6.896.022 5.498.053

69.294.071 66.581.342Provisões

Para crédito e juros vencidos -4.689.145 -4.198.687Para crédito de cobrança duvidosa -1.115.007 -537.770

Total provisões -5.804.152 -4.736.457

63.489.919 61.844.885

Para fazer face aos riscos de realização do crédito concedido, a Caixa dispõe em 31 de Dezembro de 2015 e 31 de Dezembro de 2014 de uma provisão para riscos gerais de crédito no montante de € 483.807 e € 476.511 respectivamente, registada na rubrica “Provisões” do passivo (Nota 30).

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Em 31 de Dezembro de 2015 e 31 de Dezembro de 2014, o prazo residual dos créditos a clientes apresenta a seguinte estrutura:

31-dez-15 31-dez-14

Até três meses 6.708.025 6.287.839Entre três meses e um ano 2.941.832 3.418.781Entre um ano e cinco anos 6.189.701 5.170.776Mais de cinco anos 46.416.871 46.072.673Indeterminada 7.037.643 5.631.272

69.294.071 66.581.342

12 Investimentos detidos até à maturidade

Não existem operações desta natureza.

13 Activos com acordo de recompra

Não existem operações desta natureza.

14 Derivados de cobertura

Não existem operações desta natureza.

15 Activos não correntes detidos para venda

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-dez-15 31-dez-14Activos não correntes detidos para venda:

Imóveis 5.773.081 5.966.511

5.773.081 5.966.511Imparidade:

Imóveis -309.756 -309.756

5.463.325 5.656.755

O movimento desta rubrica durante o exercício de 2015 e em 31 de Dezembro de 2014 pode ser apresentado da seguinte forma:

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Relatório de Gestão – 2015

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Valor Utilizações Dotações Reposições Valor Valor bruto Imparidade Aquisições Alienações de imparidade de imparidade de imparidade bruto Imparidade líquido

Activos não correntesdetidos para venda

Imóveis 5.950.511 -309.756 260.053 453.483 0 0 0 5.757.081 -309.756 5.447.325Equipamento 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Outros 16.000 0 0 0 0 0 0 16.000 0 16.000

5.966.511 -309.756 260.053 453.483 0 0 0 5.773.081 -309.756 5.463.325

Valor Utilizações Dotações Reposições Valor Valor bruto Imparidade Aquisições Alienações de imparidade de imparidade de imparidade bruto Imparidade líquido

Activos não correntesdetidos para venda

Imóveis 4.485.285 -296.666 1.822.586 357.360 610 -13.700 0 5.950.511 -309.756 5.640.755Equipamento 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Outros 0 0 16.000 0 0 0 0 16.000 0 16.000

4.485.285 -296.666 1.838.586 357.360 610 -13.700 0 5.966.511 -309.756 5.656.755

31-12-2014 31-12-2015

31-12-2013 31-12-2014

16 Propriedades de investimento

Não existem operações desta natureza.

17 Outros activos tangíveis

O movimento ocorrido nas rubricas de “Outros activos tangíveis” durante os exercícios de 2015 e 2014 foi o seguinte:

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31-12-2015Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transf. do exercício Imparidade Regul. e abates líquidoImóveis: De serviço próprio:

Terrenos 506.655 0 0 4.648 0 0 0 0 0 511.303Edificios 3.574.482 -831.473 0 25.353 0 -71.930 0 0 0 2.696.431Grandes Reparações 113.372 -36.845 0 0 0 -6.463 0 0 0 70.064

Obras im. arrendados 181.146 -78.515 0 0 0 -2.509 0 0 0 100.123

4.375.655 -946.833 0 30.000 0 -80.901 0 0 0 3.377.921Equipamento: Mobiliário e material 242.221 -238.971 0 0 0 -735 0 0 0 2.515 Máquinas e ferramentas 166.339 -164.931 0 2.986 0 -753 0 0 0 3.640 Equipamento informático 56.574 -45.283 0 0 0 -5.940 0 0 0 5.351 Instalações interiores 109.148 -103.621 0 0 0 -2.809 0 0 0 2.717 Material de transporte 115.112 -82.612 0 0 0 0 0 0 0 32.500 Equipamento de segurança 202.352 -197.697 0 0 0 -1.932 0 0 0 2.723 Outro equipamento 131.985 -125.015 0 2.089 0 -3.185 0 2.311 -2.311 5.873

1.023.731 -958.130 0 5.074 0 -15.356 0 2.311 -2.311 55.320Outros activos tangíveis:Imóveis em curso 7.585 0 0 0 0 0 0 0 0 7.585

5.406.972 -1.904.963 0 35.074 0 -96.257 0 2.311 -2.311 3.440.827

31-12-2014Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transf. do exercício Imparidade Regul. e abates líquidoImóveis: De serviço próprio:

Terrenos 506.655 0 0 0 0 0 0 0 0 506.655Edificios 3.574.482 -759.881 0 0 0 -71.592 0 0 0 2.743.008Grandes Reparações 113.372 -30.382 0 0 0 -6.463 0 0 0 76.527

Obras im. arrendados 181.146 -76.006 0 0 0 -2.509 0 0 0 102.631

4.375.655 -866.270 0 0 0 -80.563 0 0 0 3.428.822Equipamento: Mobiliário e material 242.221 -237.566 0 0 0 -1.404 0 0 0 3.250 Máquinas e ferramentas 168.812 -167.622 0 544 0 -326 0 3.017 -3.017 1.408 Equipamento informático 56.574 -39.072 0 0 0 -6.211 0 0 0 11.291 Instalações interiores 108.178 -100.177 0 970 0 -3.444 0 0 0 5.527 Material de transporte 115.112 -82.612 0 0 0 0 0 0 0 32.500 Equipamento de segurança 202.352 -195.050 0 0 0 -2.647 0 0 0 4.655 Outro equipamento 118.481 -108.357 0 13.505 0 -16.658 0 0 0 6.970

1.011.729 -930.456 0 15.018 0 -30.691 0 3.017 -3.017 65.601Outros activos tangíveis:Imóveis em curso 0 0 0 7.585 0 0 0 0 0 7.585

5.387.384 -1.796.726 0 22.604 0 -111.254 0 3.017 -3.017 3.502.008,

31-12-2014

31-12-2013

18 Activos intangíveis

Não existem valores desta natureza.

19 Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

Em 31 de Dezembro de 2015 e 31 de Dezembro de 2014, a rubrica “investimentos em filiais” tem a seguinte composição:

Participação Valor de Valor deefectiva (%) balanço balanço

Empresa Sector de actividade Sede 31-dez-15 31-dez-15 31-dez-14

CCCAM Instituição de Crédito Lisboa 0,90% 2.734.200 2.734.200CA Informática Serv. Informática Lisboa 0,14% 9.506 9.506CA Seguros Seguros Lisboa 0,00% 25 75CA Vida Seguros Lisboa 0,00% 67 35.978Fenacam Federação do CAM Lisboa 0,01% 45 45CA Seg.e Pens. Seguros e Pensões Lisboa 0,14% 173.049 0

2.916.892 2.779.804

Os dados financeiros mais recentes e significativos retirados das demonstrações financeiras destas empresas podem ser resumidos da seguinte forma:

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Data Activo Situação ResultadoEmpresa Referência líquido líquida líquido

Caixa Central Crédito Agrícola Mútuo 31-12-2015 6.019.592.808 254.722.411 4.961.464Crédito Agrícola Informática S.A. 31-12-2015 18.573.279 7.017.874 395.900Crédito Agrícola Seguros S.A. 31-12-2015 205.881.675 48.941.187 9.811.298Crédito Agrícola Vida S.A. 31-12-2015 1.880.125.527 80.826.673 6.717.282Crédito Agrícola Seguros & Pensões SGPS 31-12-2015 127.688.794 127.688.079 -186Fenacam 31-12-2015 7.269.121 4.917.483 -346.093

Os valores das empresas são provisórios, não foram ainda auditados.

20 Imposto sobre o rendimento

Os saldos de activos e passivos por impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2015 e 31 de Dezembro de 2014 eram os seguintes:

31-dez-15 31-dez-14Activos por impostos diferidos

Por diferenças temporárias 1.071.657 912.723Por prejuízos fiscais reportáveis 0 0

1.071.657 912.723Activos por impostos correntes

Imposto sobre o rendimento a recuperar 0 0

0 0Passivos por impostos correntes

Imposto sobre o rendimento a pagar 169.023 184.204

169.023 184.204

1.240.680 1.096.927

Em 31 de Dezembro de 2015 e em 31 de Dezembro de 2014, os activos por impostos diferidos foram calculados à taxa de 22,50% de acordo com as taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço.

A Empresa encontra-se sujeita a Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (“IRC”), à taxa de 21%, nos termos do artigo 87º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas.

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo Beira Douro, CRL., é membro de um Agrupamento Complementar de Empresas (Crédito Agrícola Serviços – Centro de Serviços Partilhados, ACE). De acordo com o regime aplicável, o ACE não apura colecta, sendo o correspondente resultado fiscal imputado aos seus membros. Deste modo, os investimentos elegíveis realizados pelo ACE podem ser deduzidos à colecta apurada pelos respectivos membros.

No entanto, na presente data ainda não é possível quantificar o benefício fiscal respeitante ao investimento efectuado pelo ACE, pelo facto de se encontrar pendente de resposta um pedido de informação vinculativa apresentado à Autoridade Tributária, pelo próprio ACE, sobre o modo de apuramento do benefício nesta situação específica de investimentos elegíveis realizados por um ACE.

Os gastos com impostos sobre lucros registados em resultados, bem como a carga fiscal, medida pela relação entre a dotação para impostos sobre lucros e o lucro do exercício antes de impostos,

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são apresentados como se segue:

31-dez-15 31-dez-14

Impostos correntes 389.680 393.311

Insuficiência de estimativa para impostos 0 16.030

Excesso de estimativa para impostos 0 0

Total Impostos correntes 389.680 409.341

Impostos diferidos

Registo e reversão de diferenças temporárias -158.934 -122.640

Prejuízos fiscais reportáveis 0 0

-158.934 -122.640

Total de impostos do exercício reconhecidos em resultados 230.746 286.701

Lucro antes de impostos 767.274 645.574

Carga fiscal 30,07% 44,41%

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos. Deste modo, as declarações fiscais da Caixa relativas aos anos de 2012 a 2015 poderão vir ainda a ser sujeitas a revisão e a matéria colectável a eventuais correcções.

Contudo, na opinião do Conselho de Administração da Caixa, não é previsível que ocorram correcções com impacto significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2015.

A CCAM Beira Douro à data de 31 de Dezembro de 2015 tem a situação regularizada perante Segurança Social e a Autoridade Tributária.

21 Outros activos

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-dez-15 31-dez-14Outros activos Sector Público Administrativo 343.950 259.883 Bonificações a receber 3.525 13.740 Outros devedores diversos 318.478 314.131 Comissões a receber-Imobilização 848 1.296

666.801 589.051Despesas com encargo diferido

Fundo de Pensões 19.286 38.571Seguros 8.175 7.621Sams 0 0Outras 5.643 5.695

33.104 51.887Valores a regularizar

Outras 350.124 315.680

350.124 315.680

1.050.029 956.618

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22 Recursos de bancos centrais

Não existem operações desta natureza.

23 Passivos financeiros detidos para negociação

Não existem operações desta natureza.

24 Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados

Não existem operações desta natureza.

25 Recursos de outras instituições de crédito

31-dez-15 31-dez-14

Caixa Central 0 0DP-Depósitos TLTRO-CCCAM 4.387.262 366.843Juros a pagar 428 35

4.387.690 366.877

DP-Depósitos TLTRO-CCCAM é um plafond, calculado com base na carteira de crédito, com origem na linha do BCE designada TLTRO, que permite às Caixas Agrícolas usufruir de um “funding” de 0,20% e possibilita ao Crédito Agrícola promover no mercado spreads que podem atingir 1,85%. O plafond tem como limite 7% da carteira de crédito concedido a Sociedades Não Financeiras do sector privado e a particulares, com exclusão do crédito à habitação, tendo como segmento-alvo as Micro, Pequenas e Médias Empresas. As operações TLTRO têm vencimento em Setembro de 2018.

26 Recursos de clientes e outros empréstimos

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-15 31-dez-14Depósitos

À ordem 26.981.644 23.646.812A prazo 61.598.625 68.197.042De poupança 22.136.598 19.771.626

Outros recursos de clientesCheques e ordens a pagar 495 522Outros 1.500 2.083Juros a pagar 478.674 809.880

111.197.536 112.427.965

Em 31 de Dezembro de 2015 e em 31 de Dezembro de 2014, os prazos residuais dos recursos de clientes e outros empréstimos, apresentavam a seguinte estrutura:

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31-dez-15 31-dez-14Até três meses 52.935.772 52.117.645Entre três meses e um ano 42.537.468 40.379.718Entre um ano e três anos 14.654.511 18.837.012Entre três e cinco anos 147.768 194.448Mais de cinco anos 443.343 89.242

110.718.862 111.618.065

A taxa média de remuneração destes passivos em 31 de Dezembro de 2015 é de 0,71%.

27 Responsabilidades representadas por títulos

Não existem operações desta natureza.

28 Passivos financeiros associados a activos transferidos

Não existem operações desta natureza.

29 Passivos não correntes detidos para venda

Não existem operações desta natureza.

30 Provisões e imparidade

O movimento ocorrido nas provisões e na imparidade da Caixa durante os exercício de 2015 e 2014, foi o seguinte:

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Saldos em Reposições e Saldos em31-12-2014 Reforços anulações Utilizações Transf. 31-12-2015

Provisões para créditos sobre _clientes e aplicações em _instituições de crédito:Créditos de cobrança duvidosa 537.771 955.199 -377.962 0 0 1.115.008Crédito e juros vencidos 4.198.687 2.093.453 -1.593.019 -9.977 0 4.689.144

4.736.458 3.048.652 -1.970.981 -9.977 0 5.804.152Provisões:Riscos gerais de crédito 476.511 170.304 -163.008 0 0 483.807

476.511 170.304 -163.008 0 0 483.807Imparidade

Imparidade de outros activos financeiros 6.737 0 0 0 0 6.737

Activos não correntes detidos para venda 309.756 13.700 -13.700 0 0 309.756

316.493 13.700 -13.700 0 0 316.493

5.529.462 3.232.656 -2.147.688 -9.977 0 6.604.452

Saldos em Reposições e Saldos em31-12-2013 Reforços anulações Utilizações Transf. 31-12-2014

Provisões para créditos sobre _clientes e aplicações em _instituições de crédito:Créditos de cobrança duvidosa 20.390 645.183 -127.802 0 0 537.771Crédito e juros vencidos 3.592.679 2.657.141 -2.048.916 -2.217 0 4.198.687

3.613.069 3.302.324 -2.176.718 -2.217 0 4.736.458

Provisões:Riscos gerais de crédito 494.805 148.984 -167.278 0 0 476.511

494.805 148.984 -167.278 0 0 476.511Imparidade

Imparidade de outros activos financeiros 6.737 0 0 0 0 6.737- Imparidade de outros activos:

Activos não correntes detidos para venda 296.666 13.700 -610 0 0 309.756

Outros activos tangíveis 0 0 0 0 0 0Outros activos 0 0 0 0 0 0

303.403 13.700 -610 0 0 316.493

4.411.277 3.465.008 -2.344.606 -2.217 0 5.529.462

31 Instrumentos representativos de capital

Não existem operações desta natureza.

32 Outros passivos subordinados

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-15 31-dez-14

Empréstimos subordinados:Titulos Emitidos 756.500 516.000 Juros e Outros Passivos Subordinados 487 515

756.987 516.515

(ver Mapa de Passivos Subordinados nas Demonstrações Financeiras)

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33 Outros passivos

Esta rubrica tem a seguinte composição: 31-dez-15 31-dez-14

Credores e outros recursosRecursos-conta cativa 43.955 17.955Conta pré-pago - Cartão Befree e Refeição 8.775 6.075Sector Público Administrativo

Retenção de impostos na fonte 55.931 64.142Contribuições para a Segurança Social 20.217 19.363Imposto sobre o Valor Acrescentado 0 0

Cobranças por conta de terceiros 1.422 1.332Contribuições para outros sistemas de saúde 3.748 3.607Credores diversos

Contribuições a entregar – Fundo de Pensões 0 0Credores p/fornecimento de bens 32.605 36.274Outros credores 19.831 2.871

Encargos a pagar

Por gastos com pessoalProvisão para férias e subsídio de férias 147.448 150.621Prémio de antiguidade 117.191 114.440Outros

Receitas com rendimento diferidoComissões sobre garantias prestadas 8.988 9.338Outras 203.277

Valores a regularizarOutras operações a regularizar 88.427 47.710Responsabiliades c/Pensões e outros benefícios 37.228 32.355

585.765 709.359

34 Passivos contingentes e compromissos

Os passivos contingentes e compromissos associados à actividade bancária encontram-se registados em rubricas extrapatrimoniais e apresentam o seguinte detalhe:

31-dez-15 31-dez-14

Garantias prestadas e outros passivos eventuaisGarantias e avales prestados 1.692.458 1.882.092Direitos adicionais de crédito 0 0

Compromissos perante terceirosCompromissos irrevogáveis 2.910.837 6.016.393Compromissos revogáveis 4.900.837 3.115.508

Por subscrição de títulos 0 3.000.000

Responsabilidades por prestação de serviçosDepósito e guarda de valores 33.341 10.740

9.537.473 14.024.733

35 Capital e prémios de emissão

O capital da Caixa Agrícola é variável, sendo dividido e representado por títulos de capital nominativos com um valor unitário de 5 Euros.

Em 31 de Dezembro de 2015 e 31 de Dezembro de 2014, o capital da Caixa Agrícola ascende a

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€ 15.290.045 e €14.984.280, respectivamente, sendo a estrutura accionista de capital a seguinte:

31-dez-15 31-dez-14

N.º de Valor N.º de ValorTítulos Títulos % Títulos Títulos %

Títulos de CapitalTítulos Próprios 2.883.220 14.416.100 94,28% 2.827.781 14.138.905 94,36%Títulos de Associados 174.789 873.945 5,72% 169.075 845.375 5,64%

3.058.009 15.290.045 1 2.996.856 14.984.280 1

Decomposição por tipo de título de capital subscrito à data de 31 de Dezembro de 2015:

Capital Ordinário

Capital Extraordinário

Capital Incorp. Reservas Total Geral

Total sem Capital Extraordinário

Total títulos: 174.789 0 2.883.220 3.058.009 3.058.009Valor: 873.945 0 14.416.100 15.290.045 15.290.045

Total CA Beira Douro: 2 0 2.877.879 2.877.881 2.877.881Valor: 10 0 14.389.395 14.389.405 14.389.405

Total sócios: 174.787 0 5.341 180.128 180.128Valor: 873.935 0 26.705 900.640 900.640

Nos termos do Decreto-Lei nº 142/2009, de 16 de Junho (Regime Jurídico do Crédito Agrícola Mútuo e das Cooperativas de Crédito Agrícola Mútuo), o capital da Caixa Agrícola só pode ser reduzido por amortização dos títulos de capital nos casos de:

• Redução da participação do Associado;

• Exoneração do Associado;

• Exclusão do Associado;

• Falecimento de um Associado desde que os seus sucessores não queiram ou não possam associar-se.

A redução da participação do Associado só é permitida até ao limite mínimo estabelecido nos estatutos ou deliberado em Assembleia-geral.

A exoneração do Associado ou a redução da sua participação só se tornam eficazes no termo do exercício, dependendo da verificação das seguintes condições:

• O pedido ter sido apresentado por escrito até 31 de Outubro de cada ano;

• Terem decorrido pelo menos três anos desde a realização dos títulos de capital;

• O reembolso não implicar a redução do capital social para valor inferior ao capital mínimo previsto nos estatutos nem implicar o incumprimento ou o agravamento de incumprimento de quaisquer relações ou limites prudenciais fixados por lei ou pelo

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Banco de Portugal em relação à Caixa Agrícola.

Os títulos de capital são reembolsados ao seu valor nominal, e as participações dos associados, em termos individuais, são inferiores a 20%, não havendo assim qualquer sócio que detenha uma participação igual ou superior a vinte pontos percentuais, conforme n.º 2 do artigo 102.º do RGICSF.

Nos termos da Portaria nº 408/99, de 4 de Junho, publicada no Diário da República – I Série B, nº129, os prémios de emissão não podem ser utilizados para a atribuição de dividendos nem para a aquisição de acções próprias.

36 Reservas, resultados transitados, outros instrumentos de capital e lucro do exercício

Em 31 de Dezembro de 2015 e 31 de Dezembro de 2014, as rubricas de reservas e resultados transitados têm a seguinte composição:

31-dez-15 31-dez-14

Reservas de reavaliaçãoFundo de Pensões - Ganhos e perdas actuariais -15.478 34.299

(15.478) 34.299Outros instrumentos de capital

Reserva legal 841.883 770.108Outras reservas 100.057 93.939Resultados transitados -19.285 -24.155

922.654 839.892

Lucro do exercício 536.528 358.874

1.443.704 1.233.065

Em conformidade com o disposto no Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, alterado pelo Decreto-Lei nº 201/2002, de 26 de Setembro, a Caixa constitui um fundo de reserva até à concorrência do capital ou do somatório das reservas livres constituídas e dos resultados transitados, se superior. Para tal, é anualmente transferida para esta reserva uma fracção não inferior a 20% do resultado líquido do exercício, até perfazer o referido montante.

Esta reserva só pode ser utilizada para a cobertura de prejuízos acumulados ou para aumentar o capital.

37 Juros e rendimentos similares

Esta rubrica tem a seguinte composição:

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31-dez-15 31-dez-14Juros de disponibilidades em outras instituições de crédito

Disponibilidades sobre instituições de crédito no país 4.518 1.436Juros de aplicações em instituições de crédito

Aplicações em instituições de crédito no país 992.929 1.478.328Juros de crédito a clientes

Crédito não representado por valores mobiliáriosEmpresas e administrações públicas

Desconto e outros créditos titulados por efeitos 1.223 2.525

Empréstimos 706.670 749.275

Créditos em conta corrente 107.949 87.594

Descobertos em depósitos à ordem 8.887 14.013

Outros créditos 36 0Particulares

Habitação 651.650 680.204

ConsumoOutros créditos 226.864 224.015

Outras finalidadesDesconto e outros créditos titulados por efeitos 1.380 2.076

Empréstimos 513.191 585.991

Créditos em conta corrente 40.669 40.487

Descobertos em depósitos à ordem 11.610 9.633

Crédito ao exterior 2.006 624

Outros créditos 348 69

Juros e rendimentos similares outros activos 0 0Juros Crédito Vencido

Juros Crédito Vencido 307.402 121.602

Juros de activos titularizados não desreconhecidosCrédito a clientes - titularizado

Crédito interno 96.061 103.025

3.673.392 4.100.898

38 Juros e encargos similares

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-15 31-dez-14Juros de recursos de outras instituições de crédito

No país 6.357 175Juros de recursos de clientes e outros empréstimos 1.081.364 1.783.148Juros de passivos subordinados 11.022 12.210Outros juros e encargos similares 31 0

1.098.773 1.795.532

39 Rendimentos de instrumentos de capital

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-15 31-dez-14Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

No paísInvestimentos em filiais 1.611 1.609

Juros de passivos financeiros de negociação

1.611 1.609

40 Rendimentos de serviços e comissões

Esta rubrica tem a seguinte composição:

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31-dez-15 31-dez-14Por garantias prestadas

Garantias e avales 40.568 38.939

40.568 38.939Por compromissos assumidos perante terceiros

Compromissos irrevogáveisLinhas de crédito irrevogáveis 79.674 76.275

79.674 76.275Por serviços prestados

Depósito e guarda de valores - 49 Cobrança de valores 1.440 1.330Transferência de valores 12.117 11.833 Gestão de cartões 305 390 Anuidades 56.295 52.428 Operações de crédito

Outras operações de crédito 240.714 236.696 Outros serviços prestados 552.730 449.213

863.601 751.939

Outras comissões recebidas 315.349 309.190

1.299.192 1.176.343

41 Encargos com serviços e comissões

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-15 31-dez-14Por garantias recebidas 0 120Por compromissos assumidos por terceiros 0 0Por serviços bancários prestados por terceiros 108.994 104.370 Outras comissões pagas:

Outros 0 0Outras comissões pagas 0 0

108.994 104.490

42 Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados

Não existem operações desta natureza.

43 Resultados de activos financeiros disponíveis para venda

Não existem operações desta natureza.

44 Resultados de reavaliação cambial

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-15 31-dez-14

Operações cambiais à vista 6.572 9.3076.572 9.307

45 Resultados de alienação de outros activos

Esta rubrica tem a seguinte composição:

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Relatório de Gestão – 2015

91/112

31-dez-15 31-dez-14Resultados em activos não financeiros

Activos não correntes detidos para venda -9.086 8.640Activos tangívies 0 123

-9.086 8.763

46 Outros resultados de exploração

Estas rubricas têm a seguinte composição:

31-dez-15 31-dez-14Outros rendimentos de exploração

Reembolso de despesas 1.699 196

Recuperação de créditos, juros e despesasRecuperação de créditos incobráveis 164.609 512.136

Recuperação de juros e despesas de crédito vencido 198.588 290.797

Rendimentos da prestação de serviços diversos 54.214 54.197

Outros 155.115 51.279

574.224 908.605Outros encargos de exploração

Quotizações e donativos -14.981 -12.319

Contribuições para o Fundo de Garantia do CAM -12.616 -43.133

Contribuições para o Fundo de Resolução -8.360 -2.182

Outros encargos e gastos operacionais -94.201 -104.368

-130.158 -162.001Outros ImpostosImpostos Indirectos -66.200 -24.460

Impostos Directos -19.241 -17.585

-85.441 -42.045

358.626 704.558

47 Custos com pessoal

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-15 31-dez-14Salários e vencimentos

Órgão de Gestão e Fiscalização 149.791 168.343

Empregados 769.966 761.638

919.757 929.981Encargos sociais obrigatórios

Fundo de pensões 3.826 11.351

Encargos relativos a remuneraçõesSegurança social 185.280 180.329

SAMS 42.551 40.487

Outros encargos sociais obrigatóriosOutros 12.248 13.723

243.905 245.890Encargos sociais facultativos

Outros encargos sociais facultativosOutros 7.708 4.900

7.708 4.900

1.171.370 1.180.771

O número médio de colaboradores, incluindo Administradores não executivos da Caixa em 31 de

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Relatório de Gestão – 2015

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Dezembro de 2015 e em 2014 apresenta a seguinte composição:

31-dez-15 31-dez-14

Administração 5 5 Chefias e gerência 1 2 Quadros técnicos 2 1 Administrativos 21 19 Outros 1 1

30 28

48 Gastos gerais administrativos

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-15 31-dez-14Com fornecimentos:

Água energia e combustíveis 63.049 54.667

Material de consumo corrente 30.775 20.737

Publicações 695 60

Material de higiene e limpeza 633 307

Outros fornecimentos de terceiros - 1.681

95.152 77.451Com serviços:

Rendas e alugueres 12.314 45.035

Comunicações 103.269 79.259

Deslocações, estadas e representação 11.252 19.631

Publicidade e edição de publicações 34.919 49.260

Conservação e reparação 27.632 25.865

Transportes 4.811 4.103

Formação de pessoal 3.899 2.847

Seguros 22.635 28.122

Serviços especializados:Avenças e honorários 85.541 131.483

Judiciais contencioso e notariado 83.041 83.951

Informática 321.870 329.195

Segurança e vigilância 2.498 3.168

Limpeza 29.980 27.823

Informações 0 0Bancos de dados 3.016 2.704

Outros serviços especializados:Consultores e auditores externos 12.049 13.314

Tratamento de valores 956 710

Avaliadores externos 20.140 25.149

SIBS Multibanco 39.394 38.476

Outros serviços de terceiros 74.603 69.611

893.819 979.705

988.970 1.057.156

49 Entidades relacionadas

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Relatório de Gestão – 2015

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Para além das empresas coligadas e associadas (Nota 19), a Caixa consolida com as Caixas de Crédito Agrícola Mútuo associadas, como outras empresas do Grupo.

Em 31 de Dezembro de 2015 e 31 de Dezembro de 2014, as demonstrações financeiras da Caixa incluem os seguintes saldos e transacções com entidades relacionadas:

Coligadas

Outras empresas do

Grupo Total Coligadas

Outras empresas do

Grupo TotalActivos:Disponibilidades em outras instituições de crédito 0 1.297.919 1.297.919 0 732.574 732.574

Activos financeiros detidos para negociação 0 0 0 0 0 0

Activos financeiros disponíveis para venda 0 0 0 0 0 0

Aplicações em instituições de crédito 0 54.796.753 54.796.753 0 53.303.003 53.303.003

Crédito a clientes 0 0 0 0 0 0

Outros activos 450.344 2.735.413 3.185.757 222.759 2.734.200 2.956.959

Passivos:Passivos financeiros detidos para negociação 0 0 0 0 0 0

Recursos de outras instituições de crédito 0 4.387.689 4.387.689 0 366.843 366.843

Recursos de clientes e outros empréstimos 0 0 0 0 0 0

Responsabilidades representadas por títulos 0 0 0 0 0 0

Passivos subordinados 0 0 0 0 0 0

Outros passivos 16.680 7.500 24.180 20.716 2.432 23.147

Custos:Juros e encargos similares 0 6.357 6.357 0 175 175Encargos com serviços e comissões 0 53.636 53.636 0 48.369 48.369

Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados 0 0 0 0 0 0

Gastos gerais administrativos 528.901 13.636 542.537 520.978 8.860 529.838

Proveitos:Juros e rendimentos similares 0 997.447 997.447 0 1.479.765 1.479.765

Rendimentos de instrumentos de capital 1.611 0 1.611 1.609 0 1.609

Rendimentos de serviços e comissões 408.047 15.923 423.969 315.640 10.576 326.216

Outros resultados de exploração 137.262 426 137.688 0 0 0

Extrapatrimoniais:Garantias prestadas e outros passivos eventuais: 0 0 0 0 0 0

Garantias recebidas 0 0 0 0 0 0

Compromissos perante terceiros 0 0 0 0 0 0

Operações cambiais e instrumentos derivados 0 0 0 0 0 0

31-dez-15 31-dez-14

As transacções com entidades relacionadas são efectuadas, por regra, com base nos valores de mercado nas respectivas datas.

50 Pensões de reforma

Apuramento do impacto de adopção das NCA a 1/01/2007

Decorrente da introdução das Normas Internacionais de Contabilidade e no que diz respeito à “IAS 19 – Benefícios dos empregados”, foi registado em 1 de Janeiro de 2007 o valor dos ajustamentos de transição referentes a 31 de Dezembro de 2006.

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Relatório de Gestão – 2015

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Em 1 de Janeiro de 2007, o valor das responsabilidades com complementos de pensões de reforma, prémio de antiguidade e SAMS e respectivas coberturas, em NCA’s foram as seguintes:

1-01-2007

Fundo de pensões

A.1. Responsabilidades PCSB 81.269

A.2. Impacto da transição para IAS 19: 70.716

A.2.1. Tábua de mortalidade 13.680

A.2.2. Pressupostos financeiros 57.036

A.3. Responsabilidades IAS 19 (A.1. + A.2.) 151.985

A.4. Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2006 95.688

A. Insuficiência de cobertura pelo Fundo de Pensões (A.3. – A.4.) 56.297

1-01-2007

Encargos com saúde (SAMS):

B.1. Com trabalhadores no activo e ex-trabalhadores 140.601

B.2. Com licenças sem vencimento 0

B.3. Com pré-reformados 0

B.4. Com pensões em pagamento 48.214

B. Total 188.815

1-01-2007

Prémio de antiguidade:

C.1. Com trabalhadores no activo e ex-trabalhadores 102.702

C.2. Com licenças sem vencimento 0

C. Total 102.702

De acordo com o Aviso nº 12/2005, de 30 de Dezembro, o acréscimo de responsabilidades decorrente da alteração da tábua de mortalidade em data posterior a 1 de Janeiro de 2005 pode ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2013 (7 anos). De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005, de 21 de Fevereiro, o aumento de responsabilidades com o Fundo de Pensões, decorrente da introdução da IAS 19 deverá ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2011 (5 anos). Adicionalmente, de acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005, de 21 de Fevereiro, as responsabilidades com o SAMS, decorrente da introdução da IAS 19 deverá ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2013 (7 anos). Durante o ano de 2008, o Banco de Portugal emitiu um novo aviso (Aviso nº 7/2008, de 14 de Outubro de 2008), no qual permite diferir os impactos da transição acima identificados, por um período adicional de três anos face ao período estipulado inicialmente. Foi decisão da CCAM de BEIRA DOURO prolongar o diferimento dos impactos de transição tal como permitido no Aviso nº 7/2008, de 14 de Outubro de 2008. Assim, em 31-12-2007 o valor por reconhecer em resultados transitados, que deriva dos impactos da adopção do IAS 19, e o número de anos pelos quais agora serão reconhecidos em resultados transitados, é como segue:

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Relatório de Gestão – 2015

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31-12-2007 Nº anos a

diferir

Data limite de

diferimento

A.2.1.2007 Alteração da tábua de mortalidade 11.725 9 anos 2016

A.2.2.2007 Alteração dos pressupostos

financeiros 45.629

7 anos 2014

A.2.3.2007 Excesso de cobertura em PCSB 11.536 7 anos 2014

B.2007 Encargos com saúde (SAMS) 161.842 9 anos 2016

Reconhecimento anual nos resultados transitados:

31-12-2015

A.2.1.2015 Alteração da tábua de mortalidade 1.303

B.2015 Encargos com saúde (SAMS) 17.982

2015 TOTAL 19.285

TOTAL = A.2.1.2015 + B.2015

Registo do impacto do movimento do Fundo de Pensões e do custo com o SAMS e Prémios de antiguidade a 31/12/2015 Os pressupostos actuariais e financeiros utilizados no cálculo das responsabilidades da CCAM de BEIRA DOURO com referência a 31 de Dezembro de 2015 e de 2014 foram os seguintes:

31/12/2015 31/12/2014

Pressupostos demográficos

Tábua de mortalidade TV – 88/90 TV – 88/90

Tábua de invalidez EVK 80 EVK 80

Idade normal de reforma (**) (**)

Método de financiamento atuarial “Projected Unit

Credit”

“Projected Unit

Credit”

Pressupostos financeiros:

Taxa de desconto (*) (*)

Taxa de crescimento dos salários e outros benefícios 1,40% 1,40%

Taxa de crescimento das pensões 1,00% 1,00%

Taxa de revalorização de salários para a Segurança Social:

- de acordo com nº2 Artº 27 do Decreto Lei 187/2007 1,40% 1,40%

- de acordo com nº1 Artº 27 do Decreto Lei 187/2007 1,40% 1,40%

(*) Taxa de desconto diferente para diferentes grupos da população:

Trabalhadores no activo e Licenças com idade actuarial < 55 anos : 2,70% 3,25%

Trabalhadores no activo e Licenças com idade actuarial >=55 anos : 2,30% 2,75%

Pré-reformados, reformados e pensionistas : 2,00% 2,25%

(**) De acordo com o Decreto-lei nº167-E/2013

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Relatório de Gestão – 2015

96/112

Em 31 de Dezembro de 2015, o valor das responsabilidades por serviços passados com o pagamento de complementos de reforma e sobrevivência e encargos com cuidados médicos de saúde pós-emprego (SAMS), com trabalhadores no activo, licenças sem vencimento, pré-reformados e pensões em pagamento, são as seguintes:

31-12-2015

F.2015 Valor actual das Responsabilidades por serviços passados 505,554

F.1 Com trabalhadores no activo e ex-trabalhadores 306,860

F.2 Com licenças sem vencimento 0

F.3 Com pré-reformados 114,679

F.4 Com pensões em pagamento 84,015

O acréscimo anual de responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência referente à CCAM de BEIRA

DOURO é o que a seguir se apresenta:

G.1 + Custo do serviço corrente 12.643

G.3 + Custo dos juros Líquido “Net Interest” 390

G.4.Ano +/- (Ganhos) e Perdas actuariais 44.469

G.4.1.Ano Relativos a diferenças entre os pressupostos e os valores

realizados 564

G.4.2.Ano Relativos a alterações verificadas nos pressupostos e nas

condições dos planos 43.904

G.5 + Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas

antecipadas 0

G.6 = Acréscimo anual de responsabilidades 57.502

O movimento ocorrido na quota-parte do fundo de pensões referente à CCAM de BEIRA DOURO foi o seguinte:

A.4.2014 (+) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2014 455.329

H.1 (+) Contribuições efectuadas 40.952

H.1.1 Pela CCAM de BEIRA DOURO 31.745

H.1.2 Pelos empregados 9.207

H.2 (+) Capitais recebidos de seguro 0

H.3 (+) Rendimento dos activos do Fundo de Pensões (liquido) 1.778

H.4 (-) Prémios de seguro pagos 11.756

H.9 (+) Participação de resultados no seguro 6.448

H.5 (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões 11.330

H.5.1 Por reformas antecipadas 0

H.5.2 Outros 11.330

H.6 (-) SAMS pago pelo fundo de pensões 4.386

H.7.2014 (=) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2015 477.035

H.8. Variação do valor da quota-parte do fundo de pensões em 2015

(H.7.2014 – A.4.2014) 21.706

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Relatório de Gestão – 2015

97/112

O movimento ocorrido durante o exercício de 2015 relativo ao valor actual das responsabilidades por serviços passados foi o seguinte:

F.2014 (+) Responsabilidades Totais em 31 de Dezembro de 2014 461.990

G.1 (+) Custo do serviço corrente 12.643

G.1.1 Custo do serviço corrente da Entidade 3.436

H.1.2 Contribuições para o Fundo efectuadas pelos empregados 9.207

G.2 (+) Custo dos juros 13.015

G.4.1 (+/-) (Ganhos) e perdas actuariais nas responsabilidades 33.622

G.5 (+) Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas

antecipadas 0

H.5 (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões 11.330

H.5.1 Por reformas antecipadas 0

H.5.2 Outros 11.330

H.6 (-) SAMS pago pelo fundo de pensões 4.386

F.2015 (=) Responsabilidades totais em 31-12-2015 505.554

K. Variação nas responsabilidades em 2014 (F.2014 – F.2014) 43.564

O nível de cobertura das responsabilidades em 31 de Dezembro de 2015, de acordo com o Aviso 12/2001 do Banco de Portugal, era o seguinte:

F.2015 Valor actual das responsabilidades com serviços passados 505.554

I.1 Valor por amortizar em 31 Dezembro de 2015 (Aviso 7/2008) 18.718

I.2 Responsabilidades por serviços passados (Aviso 12/2001) 472.157

I.3 Nível de cobertura (Aviso 12/2001) (%) 101

A cobertura do nível mínimo de solvência do Instituto de Seguros de Portugal em 31 de Dezembro de 2015, era o seguinte:

I.4 Responsabilidades por serviços passados (ISP) 299.733

I.5 Nível de cobertura (ISP) (%) 159

Com a implementação em 1 de Janeiro de 2013 das alterações decorrentes da IAS 19 Revisto, os desvios actuariais por amortizar apurados à data de 31 de Dezembro de 2012, foram transferidos para uma rubrica do rendimento integral “reservas de reavaliação”. No exercício de 2014, o valor dos desvios actuariais existentes e o movimento ocorrido no exercício no “rendimento integral”, foi o seguinte:

RI.2014 Desvios actuariais por amortizar em 31-12-2014 34.299

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Relatório de Gestão – 2015

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RI.ano Desvios actuariais gerados em 2015 – Ganhos e

perdas actuariais -49.777

RI.2015 Desvios actuariais por amortizar em 31-12-2015 -15.478

Prémios de antiguidade: A evolução do valor das responsabilidades por serviços passados, com prémios de antiguidade futuros, com trabalhadores no activo e licenças sem vencimento, foi a seguinte:

Prémio de Antiguidade 31-12-2014

N.1.2014 Com trabalhadores no activo 104.440

N.2.2014 Com licenças sem vencimento 0

N.2014 Total 104.440

Prémio de Antiguidade 31-12-2015

N.1.2015 Com trabalhadores no activo 117.191

N.2.2015 Com licenças sem vencimento 0

N.2015 Total 117.191

Prémio de Antiguidade Variação

O.1. Com trabalhadores no activo 12.751

O.2. Com licenças sem vencimento 0

O. Total 12.751

51 Divulgações relativas a instrumentos financeiros

51.1 Risco de Mercado

O risco de mercado reflecte perdas eventuais resultantes de uma alteração adversa do valor de mercado de um instrumento financeiro como consequência da variação, nomeadamente, de taxas de juro, taxas de câmbio, preços de acções, preços de mercadorias, spread de crédito ou outras variáveis equivalentes.

Em 31 de Dezembro de 2015, tal como em 31 de Dezembro de 2014, o risco de mercado é reduzido dado o tipo de instrumentos financeiros em que a Caixa Agrícola investiu.

51.2 Risco Cambial

O risco cambial surge como consequência de variações nas taxas de câmbio das moedas, sempre que existem “posições abertas” nessas mesmas moedas.

Em 31 de Dezembro de 2015, as posições em moeda estrangeira são pouco relevantes.

51.3 Risco de Taxa de Juro

A Caixa Agrícola incorre em risco de taxa de juro sempre que, no desenvolvimento da sua actividade, contrata operações com fluxos financeiros futuros cujo valor presente é sensível a variações das taxas de juro.

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Relatório de Gestão – 2015

99/112

O risco de taxa de juro agregado suportado deriva de diversos factores, nomeadamente:

• Diferentes prazos de vencimento ou revisão das taxas dos activos, passivos e elementos extrapatrimoniais (risco de repricing);

• Alterações da inclinação da curva de taxas de juro (risco de curva);

• Variações assimétricas das diversas curvas de mercado que afectam as distintas massas patrimoniais e extrapatrimoniais (risco de base); e

• Existência de opções explícitas ou implícitas em muitos produtos bancários (risco de opção).

A política de gestão do risco de taxa de juro é definida e monitorizada centralmente pelo Comité de Activos e Passivos (ALCO).

A avaliação deste risco é efectuada mensalmente pela Caixa Central, para a totalidade dos saldos das diversas Caixas Associadas sendo a sua exposição a este tipo de risco efectuada com recurso a uma metodologia baseada no agrupamento dos diversos activos e passivos sensíveis em intervalos temporais de acordo com as respectivas datas de revisão de taxa. Para cada intervalo são calculados os cash flows activos e passivos apurando-se o correspondente gap sensível ao risco de taxa de juro. Procede-se então à avaliação do impacto dos gaps mencionados sobre a evolução da margem financeira e sobre o valor económico da entidade em diversos cenários de evolução das taxas de juro.

A relação risco/rentabilidade encontra-se enquadrada por limites definidos e monitorizados mensalmente pelo ALCO ao nível da exposição da margem financeira e do valor económico a variações adversas das taxas de juro.

Este risco mede o impacto de uma variação das taxas de juro, positiva ou negativa, sobre os referidos indicadores em função da exposição líquida nos diversos intervalos temporais.

51.4 Risco de Liquidez

O risco de liquidez está associado à potencial incapacidade da Caixa Agrícola financiar o seu activo satisfazendo nas datas contratadas todas as responsabilidades exigíveis.

A política de gestão da liquidez é definida e monitorizada pelo Comité de Activos e Passivos (ALCO) da Caixa Central, estando a sua gestão diária cometida ao Departamento Financeiro da Caixa Agrícola.

Para avaliar a exposição global a este tipo de risco, no curto, médio e longo prazos, são elaborados relatórios que permitem não só identificar os mismatch negativos, como avaliar a cobertura dinâmica dos mesmos. É também realizado um acompanhamento por parte da Caixa Agrícola dos rácios de liquidez de um ponto de vista prudencial, calculados segundo as regras exigidas pelo Banco de Portugal.

Refira-se que em matéria de liquidez, o Grupo Crédito Agrícola prossegue uma política conservadora que se traduz num rácio de transformação em cada uma das suas unidades claramente abaixo da média do rácio de transformação do sistema financeiro nacional.

Os recursos excedentários da Caixa Agrícola são canalizados para a Caixa Central, onde são centralmente aplicados em activos de elevada qualidade creditícia e liquidez, nomeadamente,

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Relatório de Gestão – 2015

100/112

obrigações de dívida pública de países da Zona Euro e aplicações de prazo curto sobre Instituições de Crédito de referência, nacionais ou internacionais.

Numa óptica de prevenção e de gestão de contingência de risco de liquidez são especialmente tidos em conta e acompanhados os seguintes aspectos:

• Controle e contenção de eventuais concentrações de recursos comerciais que, tendendo a desenvolver-se, pudessem vir a concorrer para uma maior permeabilidade da carteira diminuindo a sua estabilidade e permanência. São efectuadas regularmente simulações de impactos ao abrigo de hipóteses conservadoras sobre a estabilidade dos recursos de retalho e sem consideração do concurso de fontes de financiamento adicionais;

• Embora sem dependência de tais fontes de financiamento complementares atendendo à posição estrutural de tesouraria do Grupo Crédito Agrícola, manutenção de linhas de financiamento junto de Instituições de Crédito nacionais e internacionais, regularmente testadas;

• Lançamento regular de produtos de passivo que concorram para a manutenção dos padrões de permanência dos recursos projectados.

O “gap” negativo até 3 meses reflecte o elevado montante de depósitos à ordem de clientes os quais foram classificados de acordo com o seu prazo residual contratual, tal como exigido pelas IAS, mas que na prática apresentam características de passivos estruturais.

51.5 Risco de Crédito

A eficiência e a rendibilidade de uma instituição financeira dependem objectivamente de um rigoroso controlo dos riscos, no que assenta também a sua solidez financeira.Neste sentido, o Grupo Crédito Agrícola continuou a dar elevada prioridade ao projecto de “Transformação da Função Risco”, desenvolvido à luz das melhores práticas organizacionais neste domínio e enquadrado no cumprimento dos requisitos regulamentares de Basileia II. A coordenação deste projecto encontra-se cometida ao Gabinete de Riscos da Caixa Central que centraliza, na sua unidade de estrutura, as competências e as funções de coordenação em matéria de análise e controlo integrado de riscos, articulando a actividade desenvolvida com a dos demais departamentos especializados.

O risco de crédito está associado à possibilidade de incumprimento efectivo e/ou à degradação da qualidade da contraparte em operações de crédito, constituindo o risco mais relevante da actividade de qualquer instituição financeira. O programa de “Transformação da Função Risco” é constituído, em matéria de avaliação da exposição a este risco, por diversas iniciativas de diferente disciplinaridade e amplitude, mas formando um todo coerente entre si.

51.6 Justo valor de activos e passivos financeiros

As principais considerações sobre o justo valor dos activos e passivos financeiros são as seguintes:

• Relativamente aos saldos à vista, considerou-se que o valor de balanço corresponde ao justo valor;

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• O justo valor dos restantes instrumentos foi determinado pela Caixa Central com base em modelos de fluxos de caixa descontados, tendo em consideração as condições contratuais das operações e utilizando taxas de juro apropriadas face ao tipo de instrumento, incluindo:

o Taxas de juro praticadas nas operações intra-grupo realizadas ao abrigo do Regime Jurídico do Crédito Agrícola, designadamente aplicações efectuadas junto da Caixa Central;

o Taxa de juro praticadas nas operações concedidas pela Caixa Agrícola para tipos de créditos comparáveis; e

o Taxas de juro de referência para emissão de produtos para colocação no retalho.

51.7 Exposição máxima ao risco de crédito

Em 31 de Dezembro de 2015, a exposição máxima ao risco de crédito por tipo de instrumento financeiro, excluindo os títulos em carteira, pode ser resumida como segue:

31-dez-15

Patrimoniais:

Crédito a clientes 69.294.071Aplicações em instituições de crédito 54.796.753Disponibilidades em outras instituições de 1.297.919

125.388.742Extrapatrimoniais:

Garantias prestadas 1.692.458Direitos adicionais de crédito 0Compromissos irrevogáveis 2.910.837Outros activos 1.295.329Total 5.898.624

131.287.366

51.8 Risco Operacional

O risco operacional traduz-se, genericamente, na eventualidade de perdas originadas por falhas na prossecução de procedimentos internos, pelos comportamentos das pessoas ou dos sistemas informáticos, ou ainda por eventos externos à organização. Para a gestão do risco operacional encontra-se implementado um sistema que visa assegurar a uniformização, sistematização e recorrência das actividades de identificação, monitorização, controlo e mitigação desses riscos.

51.9 Risco de Compliance

Apesar de haver um Departamento próprio de Compliance, o Conselho de Administração é responsável pela supervisão da gestão do risco de Compliance, sendo a Caixa Central responsável pela divulgação das suas políticas pelas Caixas Associadas.

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52 FUNDOS PRÓPRIOS E RÁCIOS PRUDENCIAIS

No âmbito da Implementação de Basileia 3, foi aprovado um conjunto único de requisitos prudenciais no contexto Europeu, com efeitos a partir de Janeiro de 2014, materializados nas regras CRD IV / CRR, Regulamento (U.E.) nº 575/2013. A CCR mandatou a Autoridade Bancária Europeia (EBA) para propor normas técnicas de implementação relativas a definições e requisitos de reporte, nomeadamente o COMMON REPORTING (COREP). O COREP emite dados que permitem monitorizar os Requisitos de Capital, os Grandes Riscos, as Perdas em Empréstimos Caucionados por Imoveis, o cumprimento de Rácios de Alavancagem e a cobertura das necessidades por Activos Líquidos e o Financiamento Estável. Atendendo que se trata de informação sobre Requisitos de Capital, o cálculo dos Fundos Próprios, Requisitos de Fundos Próprios e Rácios de Solvabilidade, os valores e a sua forma cálculo sofreram profundas alterações, não sendo hoje comparáveis, com os montantes apresentados no final de 2013.

FUNDOS PRÓPRIOS E RÁCIO DE SOLVABILIDADEEm euros 2015

Fundos Próprios totais 17.077.776Common equity tier 1* 16.143.185Tier 1* 16.143.185Tier 2 934.591

Posição em risco de activos e equivalentes 136.046.881

Requisitos de fundos próprios 64.546.905Crédito 55.346.956Operacional 9.199.950CVA 0

Rácios de solvabilidade (a)Common equity tier 1* 25,01%Tier 1 * 25,01%Tier 2 1,45%Total* 26,45%

* Incorporando o resultado líquido do exercício.

(a) Até Dezembro 2013 os rácios são calculado de acordo com a Instrução nº 23/2007, após o que são aplicadas as regras CRD IV / CRR, Regulamento (U.E.) nº 575/2013.

53 Lei 28/2009 – Divulgação da política de remuneração dos Órgãos Sociais e colaboradores

A política de remunerações em vigor para os membros dos Órgãos Sociais e colaboradores da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo BEIRA DOURO, C.R.L. no exercício de 2015 foi a seguinte:

Conselho Fiscal:

A remuneração dos Membros do Conselho Fiscal, tendo em consideração a natureza da composição desse Órgão Social, é atribuída em senhas de presença, pelo montante estabelecido na proposta aprovada na Assembleia-geral, em cada reunião que participem.

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Conselho de Administração

A remuneração dos Membros do Conselho de Administração, tendo em consideração a natureza da composição desse Órgão Social, é atribuída em senhas de presença, pelo montante estabelecido na proposta aprovada na Assembleia-geral, em cada reunião que participem, com excepção do Presidente do Conselho de Administração, que para além das senhas de presença, também aufere um vencimento e demais regalias em conformidade com o nível dezoito do ACTV.

Conselho Executivo

À excepção do Presidente do Conselho Executivo, o qual acumula com a presidência do Conselho de Administração, o vogal aufere um vencimento e demais regalias em conformidade com o nível quinze do ACTV.

Auditoria Interna

É composta por um só colaborador que aufere um vencimento e demais regalias em conformidade com o nível nove do ACTV.

Revisor Oficial de Contas

A remuneração do Revisor Oficial de Contas é estabelecida com base nas práticas de mercado e definida no âmbito de contrato de prestação de serviços de revisão de contas.

Em 31 de Dezembro de 2015, o detalhe das remunerações auferidas aos membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização apresenta-se de seguida:

Fixa Variável TotalConselho de Administração

Presidente 121.079 0 121.079Secretário 9.312 0 9.312Tesoureiro 10.088 0 10.088Vogal 9.312 0 9.312

149.791 0 149.791

Conselho Executivo

Vogal 60.473 0 60.473

60.473 0 60.473

Auditoria Interna

Auditor 27.356 0 27.356

27.356 0 27.356Revisor Oficial de Contas

Santos Carvalho & Associados, S.A. 11.070 0 11.07011.070 0 11.070

248.691 0 248.691

Remuneração

Ao longo do ano de 2015 foram contratado dois colaboradores e não houve diferimentos nem reduções nas remunerações, não foram contratados novos órgãos de administração e fiscalização e não houve qualquer cessação.

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A Caixa não tem instituido qualquer órgão para realizar a avaliação do desempenho individual dos seus colaboradores. Apenas existe a àrea de actividade bancária.

54 Prestação de serviços de mediação de seguros ou de resseguros

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) de Beira Douro está inscrita na Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, com o estatuto de Mediador de Seguros Ligado, de acordo com o artigo 8º, alínea a), subalínea i), do Decreto-Lei nº 144/2006, de 31 de Julho, desenvolvendo a actividade de intermediação em exclusividade com as Seguradoras do Grupo Crédito Agrícola, designadamente, a Crédito Agrícola Seguros – Companhia de Seguros de Ramos Reais, SA (CA Seguros), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para todos os Ramos Não Vida e com a Crédito Agrícola Vida – Companhia de Seguros, SA (CA Vida), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para o Ramo Vida e Fundos de Pensões. No âmbito dos serviços de mediação de seguros a CCAM efectua a venda de contratos de seguros e de adesões a Fundos de Pensões, presta apoio pós-venda aos segurados e participa no encaminhamento das participações de sinistros que sejam entregues nos Balcões da CCAM. Como contrapartida dos serviços de mediação de seguros prestados às referidas seguradoras, a CCAM recebe remunerações pela mediação de seguros e pela colocação de adesões em Fundos de Pensões as quais estão definidas em Protocolo estabelecido entre a CCAM e as referidas Seguradoras. As remunerações de mediação de seguros são reconhecidas como um rendimento na Demonstração de Resultados, na rubrica de Rendimentos de Serviços e Comissões. Os valores de remunerações a pagar pelas Seguradoras, à data de 31 de Dezembro de cada ano, estão reconhecidas como um activo no Balanço, na rubrica de Outros Activos. À data de emissão das presentes demonstrações financeiras, as remunerações de mediação que estavam por pagar em 31 de Dezembro de 2015, encontram-se já integralmente pagas pelas referidas Seguradoras. O quadro seguinte evidencia o valor total das remunerações de mediação de seguros auferidas pela CCAM nos últimos 3 anos (valores em euros):

Origem Seguradora

2013 2014 2015 % por Origem

2015 Ramos Não Vida CA

Seguros 130.001,78 155.492,00 231.644,13 56,2%

Ramo Vida CA Vida 131.997,13 157.902,09 177.291,12 43,0% Fundos de Pensões

CA Vida 1.876,16 2.246,08 3.597,67 0,9%

Total 263.875,07 315.640,17 412.532,92 100,0%

A CCAM não efectua a cobrança de prémios por conta das seguradoras, nem efectua a movimentação de quaisquer tipos de fundos relativos a contratos de seguros. Desta forma, não há qualquer outro activo, passivo, rendimento ou gasto a reportar, relativo à actividade de mediação de seguros exercida pela CCAM.

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55 Eventos subsequentes

Até à data da aprovação de contas não foram identificados quaisquer eventos subsequentes que ponham em causa as demonstrações financeiras a 31 de Dezembro de 2015.

Responsável pela Contabilidade

Conselho de Administração

António Júlio Amaro Nóbrega José Manuel Almeida Ribeiro

Alcino Dias Ferreira

José Pinto

Agostinho Matias Pereira

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Parecer do Órgão de Fiscalização

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Conselho Fiscal

Excelentíssimos Consócios

Pelo Conselho de Administração desta Caixa foi-nos apresentado o Relatório, Contas e Balanço do Exercício do ano findo, o qual depois de ter sido devidamente estudado e analisado por este Conselho Fiscal nos mereceu por unanimidade o seguinte:

Que sejam aprovados o Relatório e Contas do exercício de 2015, Inventários, Balanço, e Proposta de Distribuição dos Resultados do Exercício dado que refletem com rigor o trabalho desenvolvido pelo Conselho de Administração, felicitando a todos pelos resultados obtidos.

Que seja aprovado um voto de louvor aos elementos do Conselho de Administração e funcionários.

Lamego, 03 de Março de 2016

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Certificação Legal de Contas

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Agradecimentos

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Um agradecimento especial às seguintes entidades pela disponibilidade que sempre manifestaram para dialogar e colaborar connosco ao longo deste exercício:

- Caixa Central, FENACAM, CA Seguros, CA Vida, CONFAGRI, CA Serviços, CA Informática, e outras Empresas do Grupo;

- A todos os Serviços Públicos dos Concelhos de Lamego, Resende, Tarouca e Castro Daire, pelo espiríto de cooperação sempre evidenciados;

- Banco de Portugal, Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo;

- IFAP e INGA.

- Párocos e Presidentes das Juntas de Freguesia;

- Serviços do Ministério da Agricultura;

Um agradecimento especial aos membros do Conselho Fiscal e da Mesa da Assembleia Geral pela forma construtiva e leal como sempre estiveram dispostos a colaborar.

Ao nosso Revisor Oficial de Contas, Santos Carvalho & Associados, SROC, e seus colaboradores, que nos acompanharam ao longo ano.

Agradecimentos são também devidos aos funcionários da CCAM, pela colaboração oferecida, o seu esforço e empenho pessoal.

Expressamos também o nosso agradecimento aos nossos Associados e Clientes, que continuam a preferir os nossos serviços.

Finalmente um voto de pesar pelos, colaboradores, associados e clientes falecidos.

Conscientes que cumprimos com fidelidade e empenho as funções para que fomos nomeados, resta apresentar a todos os sócios e clientes da instituição, os nossos melhores cumprimentos.

Lamego, 24 de Fevereiro de 2016

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Lamego - Resende - Cambres

Britiande

Tarouca - Castro Daire - Mões

Parada de Ester