neurofisiologia
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Autor: Nelson Pascarelli Filho - Edição e Layout do Texto: Janaína Corrêa Martino Bernaola - Curso As Contribuições das Neurociências para a Pedagogia - GPEC EDUCAÇÃO EADTRANSCRIPT
Professor Nelson Pascarelli Filho | GPEC – Educação a Distância
MÓDULO 1 NEUROFISIOLOGIA
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MÓDULO 1 – NEUROCIÊNCIAS
3º TEXTO BASE
HISTÓRIA DA NEUROFISIOLOGIA NO BRASIL
Por Cesar Timo-Iaria
A história da fisiologia do sistema nervoso em qualquer país confunde-se
com a história da própria Fisiologia, a disciplina da Biologia que estuda o
funcionamento dos seres vivos, segundo a acertada mas pouco conhecida e ainda
menos acatada definição de Jean Fernel, enunciada no século XVI. Essa
vinculação resulta do fascínio que o sistema nervoso sempre exerceu sobre
cientistas e leigos, a ponto de que todos os fisiologistas do passado se hajam
interessado pela neurofisiologia, ao menos em alguma etapa de sua vida
profissional.
Já no século V a. C. Alkmaeon, discípulo de Pythagoras na região da Magna
Grécia que é hoje a Calábria italiana, descobriu o nervo óptico e chegou ao
avançado conceito de que o sistema nervoso, particularmente o encéfalo, é a sede
das sensações e da atividade mental.
Quase à mesma época, outro grande grego, Hipócrates, fundador da
medicina objetiva, exarava conceito semelhante ao afirmar que "é no encéfalo
(enkephalon), e somente no encéfalo, que nascem nossos prazeres, alegrias, os
risos e as graças, assim como as tristezas, dores, angústias e o pranto.
É por ele que pensamos, vemos, ouvimos e distinguimos o feio do belo, o
mau do bom, o agradável do desagradável. É o mesmo encéfalo que nos torna
loucos ou delirantes, que nos inspira pavor e o medo, seja à noite ou de dia, que
nos traz o sono e o engano indesejável, a ansiedade inútil, a distração e os atos
contrários aos hábitos, defeitos que dele vêm quando se torna enfermo".
É admirável a conceituação de Hipócrates, que 25 séculos atrás atribuía ao
sistema nervoso a gênese da mente em todas as suas formas normais, mas
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também em suas manifestações psiquiátricas. Enquanto Hipócrates, que vivia na
modesta porção insular da Magna Grécia que era a ilha de Cos, escapava aos
críticos da objetividade, Alkmaeon, que habitava um dos principais núcleos da
cultura grega continental, era acerbamente criticado, sobretudo pelo influente
Parmênides, que não acreditava que os sentidos, a observação e a
experimentação pudessem revelar os segredos da mente. Esse retrogrado conceito
é ainda muito poderoso em nossos tempos. Alkmaeon chegou a ser vítima de
perseguição política por suas idéias avançadas.
Outro motivo pelo qual a história da neurofisiologia se confunde com a
história da Fisiologia é que toda e qualquer função do organismo animal, dos
invertebrados à espécie vertebrada mais evoluída (por enquanto), o Homo sapiens,
é gerada, regulada ou pelo menos modulada pelo sistema nervoso.
Os estudiosos dos sistemas cardiovascular, respiratório, digestivo,
imunológico, endócrino e renal sempre tiveram de investigar sua regulação nervosa
para compreendê-los, tornando difícil delimitar corretamente a extensão das
pesquisas primariamente relativas ao sistema nervoso. De fato, essa delimitação é
totalmente arbitrária.
Em endocrinologia, por exemplo, quem não pesquisa em bioquímica dos
processos endócrinos pesquisa em sua regulação pelo sistema nervoso. No
domínio da fisiologia cardiovascular as pesquisas mais revolucionárias também se
relacionam com a bioquímica dos fatores humorais ou com os mecanismos neurais
de regulação.
A imunologia básica igualmente ocupa-se em nossos tempos sobretudo de
seus mecanismos moleculares ou de sua regulação nervosa.
Quanto mais se estuda a fisiologia nervosa cada vez menos se pode
dissociar o estudo anatômico (sobretudo hodológico) da abordagem funcional do
sistema nervoso. Para acolher essa interdisciplinaridade, criou-se há alguns anos o
dispensável nome de Neurociência, com o fito de englobar o estudo da estrutura e
de todas as funções, normais ou patológicas, do sistema nervoso (imagine-se o
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que pensariam de alguém que denominasse o estudo do sistema cardiovascular de
cardiovasculociência e o estudo do sistema digestivo de esôfagogastronterociência
ou, pior, de digestociência...).
Entretanto, em franca colisão com fortes sentimentos de delimitação de
território e até mesmo de desconhecimento real do que sejam funções neurais,
esse conceito de Neurociência deteriorou e continuaram praticamente as mesmas
anteriores divisões irracionais, agrupadas agora em dois campos, Neurociência e
Comportamento, artefato espúrio, como se os comportamentos fossem
independentes do sistema nervoso, que revive o velho conceito da dualidade alma-
matéria.
No Brasil, o estudo experimental e sistemático da Fisiologia começou, sem
dúvida, com os irmãos Álvaro e Miguel Ozório de Almeida, no Rio de Janeiro, os
quais também iniciaram (principalmente Miguel Ozorio) as pesquisas em
neurofisiologia. Membros de uma família de alto gabarito cultural, os dois irmãos
montaram um autêntico Instituto de Fisiologia em uma casa, na qual inventaram a
Fisiologia brasileira. Muito interessado no estudo do metabolismo, Álvaro Ozório
criou uma escola nesse campo, que culminou com seu discípulo Paulo Enéas
Galvão, que foi para o Instituto Biológico de São Paulo e tornou-se o segundo
professor de Fisiologia da recém-criada Escola Paulista de Medicina, substituindo
outro de seus discípulos cariocas, Thales Martins (que em parceria com Ribeiro do
Valle ajudou a fundar a neuroendocrinologia).
Nas décadas de 1930 e 1940 houve maciça emigração de cientistas
cariocas para São Paulo, levados pela criação do Instituto Biológico, onde Maurício
Rocha e Silva, da mesma leva de expatriados, "inventou" os peptídeos, embora
alguns já fossem conhecidos antes dele.
Galvão tornou-se fisiologista internacionalmente conhecido por seus
clássicos estudos do metabolismo em climas quentes, que confirmaram e
estenderam os conceitos enunciados em meados do século XIX pelo médico
alemão Robert Meyer, conceitos esses fundamentais para a descoberta do
metabolismo e para a criação da Termodinâmica.
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Miguel Ozório de Almeida, entretanto, pesquisou a vida toda em fisiologia e
fisiopatologia do sistema nervoso.
No ano de 1944 ele, que, diga-se de passagem, era exímio pianista e
literato, publicou um erudito livro sobre os processos de inibição e facilitação no
sistema nervoso central e periférico (L'Inhibition et la facilitation dans le système
nerveux central et périphérique).
Miguel Ozório sentia particular atração pelos mecanismos das epilepsias,
tendo realizado extensos estudos em epilepsia experimental, nos quais envolveu
Haiti Moussatché, que pesquisou nesse campo durante quase toda a sua vida.
Vários fisiologistas dedicados ao estudo do sistema nervoso se diferenciaram nos
anos 30 e 40, direta ou indiretamente sob influência de Miguel Ozório, destacando-
se, além de Moussatché, Mario Ulysses Vianna Dias, Tito Cavalcanti e Carlos
Chagas Filho.
Aristides Azevedo Pacheco Leão tornou-se o mais célebre neurofisiologista
brasileiro por ter descoberto a depressão alastrante em 1944, quando se doutorou
na Harvard Medical School. Esse ainda enigmático fenômeno vem sendo desde
então estudado ininterruptamente por pesquisadores brasileiros, europeus,
americanos e japoneses, pela possibilidade de estar implicado na interrupção de
crises epilépticas ou mesmo em funções normais. Leão, de tradicional família do
Rio de Janeiro, veio em 1932 estudar Medicina na Faculdade de Medicina de São
Paulo (ainda não parte da Universidade de São Paulo, que seria criada apenas em
1934). Tendo adoecido, talvez devido ao inóspito clima da cidade, que naqueles
tempos era muito fria e incomodamente úmida no inverno e caracterizava-se pela
chuva e por onipresente garoa durante mais de metade do ano, Leão retornou ao
Rio de Janeiro e anos mais tarde foi doutorar-se nos Estados Unidos. Após sua
volta ao Brasil, Leão juntou-se a Carlos Chagas no recém-criado Instituto de
Biofísica e agregou numerosos discípulos, dentre os quais se salientou Hiss
Martins Ferreira, que continua pesquisando em depressão alastrante. Martins
Ferreira descobriu a depressão alastrante na retina de aves, criando um modelo
hoje usado em todo o mundo.
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Carlos Chagas Filho, cujo pai, Carlos Chagas, realizou extraordinária obra
em Medicina ao descobrir a moléstia que leva seu nome, fundou o Instituto de
Biofísica em 1941 como parte da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e foi
pioneiro no estudo dos mecanismos de transmissão química, usando como modelo
a eletroplaca de peixes elétricos.
Ao criar o Instituto de Biofísica, Chagas Filho cercou-se de alguns cientistas
ilustres, entre os quais os já citados Aristides Azevedo Pacheco Leão e Hiss
Martins Ferreira de início. Durante uma temporada que passou no Instituto de
Biofísica logo após a segunda guerra mundial Rita Levi-Montalcini fez experimentos
cruciais para a descoberta do primeiro fator de crescimento neural.
No final da década de 1950 dois eminentes fisiologistas sairam das fileiras
de alunos da Faculdade Nacional de Medicina e juntaram-se a Carlos Chagas
Filho: Eduardo Oswaldo-Cruz Filho e Carlos Eduardo Guinle da Rocha-Miranda.
Os descendentes acadêmicos de Oswaldo-Cruz e de Rocha-Miranda
constituem hoje multidão. Além de hábeis eletrofisiologistas, esses dois
importantes cientistas iniciaram no Brasil a neuroanatomia hodológica, dedicando-
se, sobretudo, ao estudo dos sistemas visual e olfativo do gambá e de macacos.
São muitos os descendentes científicos de Oswaldo-Cruz e Rocha-Miranda no
próprio Instituto de Biofísica UFRJ e outros espalhados pelo Brasil, inclusive um
forte grupo especializado em fisiologia visual em Belém, Pará, e um grupo no
Departamento de Fisiologia e Biofísica da USP em São Paulo que realiza
pesquisas em neuroanatomia hodológica, iniciado com Sarah Shammah Lagnado,
treinada que foi no Instituto de Biofísica. Rocha-Miranda foi o primeiro biólogo
brasileiro a utilizar computação eletrônica em suas pesquisas no Brasil. Seu Digital
tornou-se disputadíssimo quando ainda era o único computador do país em uma
instituição dedicada ao estudo da Biologia.
Outro grande pioneiro da neurofisiologia no Brasil foi, sem dúvida, Miguel
Rolando Covian, que em 1955 veio da Argentina para dirigir o então Departamento
de Fisiologia e Biofísica da Faculdade de Medicina que a Universidade de São
Paulo instalara em Ribeirão Preto em 1952 e lá criou uma escola com ramificações
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por todo o Brasil. Covian, discípulo do grande Houssay, tinha forte cultura em
Fisiologia, navegando bem em fisiologia endócrina, cardiovascular e nervosa.
Oriundo de importante laboratório de fisiologia endócrina, Covian foi,
independentemente de Thales Martins e Ribeiro do Valle, um dos criadores da
neuroendocrinologia.
Seu principal herdeiro é José Antunes-Rodrigues, atual presidente da
Sociedade Brasileira de Fisiologia e um dos grandes nomes da
neuroendocrinologia moderna, que também muito ajudou a criar. Os discípulos de
Antunes-Rodrigues se espalham por várias universidades brasileiras, sendo de se
notar o da Faculdade de Odontologia da UNESP em Araraquara SP e o da
Universidade Federal da Bahia.
Eu também sou descendente de Covian, que foi meu mestre em
eletrofisiologia. Mais de uma dezena de minha centena de discípulos são ou foram
professores titulares, dos quais 2 nos Estados Unidos, 1 na Alemanha e 1 na Itália.
Devo destacar dentre esses titulares Luiz Roberto Giorgetti Britto, que também fez
escola, com discípulos na Universidade de São Paulo e em outros Estados do
Brasil, e Armando Freitas da Rocha, que pontificou na UNICAMP, onde se tornou
um grande experto em matemática aplicada à Biologia.
Nos Estados do Norte e Nordeste a Neurofisiologia conta com bons
laboratórios em Belém do Pará e em Salvador, o primeiro com raízes no Instituto
de Biofísica, o segundo em Ribeirão Preto, de onde também se originou o grupo de
Luiz Carlos Schenberg, que hoje pontifica em Vitória, Espírito Santo, descendente
de Frederico Guilherme Graeff, importante líder de pesquisas sobre
comportamentos defensivos.
Em Minas Gerais a Neurofisiologia teve desenvolvimento modesto mas há
que destacar ex-alunas de Covian que pesquisam em neuroendocrinologia e
Fernando Pimentel, que estuda comportamentos. No Paraná há um grupo em
Curitiba, criado por Chang Yong-Chang, outro em Londrina e outro, ainda
incipiente, em Maringá. Em Santa Catarina os grupos ativos descendem de José
Marino Neto, por sua vez descendente de Juarez Aranha Ricardo, da USP.
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No Rio Grande do Sul destaca-se o Centro de Memória, no qual o grupo de
pesquisadores criado por Ivan Izquierdo é, sem dúvida, um dos mais importantes
do mundo na atualidade, e o grupo de neuroanatomia do Instituto de Ciências
Básicas da Saúde, ambos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Os campos da Neurobiologia em que os brasileiros trabalham são múltiplos.
Destaco dentre eles:
a) os estudos de fisiologia e hodologia do sistema visual, realizados no Instituto de
Biofísica do Rio de Janeiro, em Belém do Pará e no Instituto de Ciências
Biomédicas USP; deve-se destacar, no Instituto de Psicologia da Universidade de
São Paulo, a pesquisa feita por Dora Fix Ventura e seus colegas, que há muitos
anos vêm estudando várias características do sistema visual, sobretudo os
sensores visuais, campo em que seu grupo se destaca internacionalmente;
b) memória e aprendizado, realizados no Laboratório de estudos de memória da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, na Universidade Federal de Minas
Gerais, no Departamento de Fisiologia da Universidade Federal de São Paulo, no
Departamento de Fisiologia do Instituto de Biociências USP, no Departamento de
Fisiologia da UNICAMP e no Instituto de Psicologia USP;
c) comportamentos defensivos na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de
Ribeirão Preto e no Departamento de Fisiologia da Universidade Federal do
Espírito Santo;
d) fisiologia do sono no Departamento de Psicobiologia da Universidade Federal de
São Paulo, em nosso Laboratório na Faculdade de Medicina e no Instituto do
Coração, da USP;
e) fisiologia da atividade mental no Instituto de Biofísica UFRJ, no Centro de
Neurociências e Comportamento e em nosso Laboratório na Faculdade de
Medicina, ambos da USP e no Departamento de Psiquiatria da Faculdade de
Medicina USP.
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f) regulação do sistema cardiovascular: Instituto do Coração USP, onde avultam as
pesquisas sobre um modelo de hipertensão neurogênica criado por Eduardo
Moacyr Krieger (o mais antigo a pesquisar sistematicamente em fisiologia
cardiovascular no país) e sobre os mecanismos do choque hemorrágico e sua
recuperação por administração de solução hipertônica; Departamento de Fisiologia
da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto USP; Departamento de Fisiologia da
Universidade Federal de São Paulo; Departamento de Fisiologia da UFRGS;
Departamento de Fisiologia da Universidade Federal de Minas Gerais;
Departamento de Fisiologia e Biofísica do Instituto de Ciências Biomédicas USP;
Departamento de Fisiologia e Biofísica do Centro de Ciências Fisiológicas
Universidade Federal do Espírito Santo; Instituto de Biofísica UFRJ;
g) regulação do sistema endócrino, comportamento alimentar e de ingestão de
água: Departamentos de Fisiologia e de Clínica Médica da Faculdade de Medicina
de Ribeirão Preto USP, em linha de pesquisa criada por Miguel Rolando Covian e
elevada ao cume no panorama nacional por José Antunes-Rodrigues e seus
discípulos; Departamento de Bioquímica da Faculdade de Medicina de Ribeirão
Preto USP, em linha de pesquisa criada por Renato Helios Migliorini e continuado
por seus vários discípulos locais e em Maringá; Departamento de Fisiologia e
Biofísica do Instituto de Ciências Biomédicas USP, criado por Naomi Shinomiya
Hell e hoje continuado por seus vários discípulos; Departamento de Fisiologia
UFRGS; Departamento de Ciências Fisiológicas da Universidade Estadual de
Londrina Paraná; Departamento de Fisiologia da Universidade Estadual de
Maringá, Paraná; Departamento de Fisiologia da Universidade Federal de Minas
Gerais; Departamento de Bio-regulação da Universidade Federal da Bahia;
Departamento de Fisiologia da Universidade Federal de São Paulo; Departamento
de Fisiologia da Faculdade de Odontologia UNESP Araraquara; Laboratório de
Neurocirurgia Funcional (nosso laboratório) e Departamento de Clínica Médica da
Faculdade de Medicina USP; Instituto de Biofísica UFRJ.
h) a neurofarmacologia é um campo muito desenvolvido nas Universidades
Federais da Bahia, do Espírito Santo, de Minas Gerais, do Rio de Janeiro, de Santa
Catarina, do Rio Grande do Sul e de São Paulo, assim como na Universidade do
Estado do Rio de Janeiro, nas Universidades Estaduais de Londrina e de Maringá
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(PR), no Instituto de Biociências USP, no Instituto de Ciências Biomédicas USP, no
Instituto de Biologia da UNICAMP e no Instituto de Biociências da UNESP (SP).
Uma análise da evolução da fisiologia no Brasil a que procedemos para o CNPq há
alguns anos revelou que os campos da Fisiologia que mais cresceram no país, em
termos de produção científica e de pós-graduados, foram a Neurofisiologia e a
Endocrinologia, seguidas da Fisiologia Cardiovascular.
Tal crescimento ocorre de forma exponencial, como bem se nota nos
congressos anuais da FESBE. A influência da FAPESP nesse rápido crescimento
tem sido de inestimável valor no Estado de São Paulo.
Não há dúvida de que se as várias outras fundações de amparo à pesquisa
que existem no Brasil financiarem a pesquisa como dispõem as leis que as criaram
e se criarem empregos para absorver os milhares de egressos da pós-graduação,
o progresso será ainda mais rápido, tornando ainda mais patente a contribuição
dos cientistas e pesquisadores brasileiros para o conhecimento em um campo em
que desde as primeiras décadas se colocam entre os melhores.
Fonte: http://www.sbnec.org.br