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Reunião Mensal da USE RP Setembro de 2012 Nesta Edição Ano XXVI - Nº 320 Setembro de 2012 | R$ 2,00 | www.userp.org.br Convocação/Convite: companheiros membros do Conselho Deliberativo, Representantes e Trabalhadores das Casas Espíritas, diretores da Comissão Executiva e Diretores de Departamentos. 15 de setembro de 2012 Sábado – 15 às 17h30min Sociedade Beneficente Milton Matos Rua Pará, 1603 – Ipiranga Ribeirão Preto - SP Convidamos, solicitamos e encarecemos a presença. O livro espírita em Ribeirão Preto Atividades da USE Página 2 Noticias da USE Notícias do Movimento Página 3 Consciência: Síntese entre conhecer e discernir Refletindo sobre a “Paciência de Jó” Página 4 Construções no plano espiritual Os direitos humanos e a dignidade humana Página 5 Diversidade dos Carismas A melhor religião Página 6 Entrevista: Wagner Gomes da Paixão Artigo: Deus Página 7 Página Infantil Página 8 Ela pensou nos outros A cada um segundo as suas obras Página 9 Lugares Assombrados Temas para escala de Expositores da USE -2012 Poesia Página 10 Lei de igualdade Página 11

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Reunião Mensal da USE RPSetembro de 2012

Nesta Edição

Ano XXVI - Nº 320 Setembro de 2012 | R$ 2,00 | www.userp.org.br

Convocação/Convite: companheiros

membros do Conselho Deliberativo,

Representantes e Trabalhadores das

Casas Espíritas, diretores da

Comissão Executiva e Diretores

de Departamentos.

15 de setembro de 2012

Sábado – 15 às 17h30min

Sociedade Beneficente Milton Matos

Rua Pará, 1603 – Ipiranga

Ribeirão Preto - SP

Convidamos, solicitamos

e encarecemos a presença.

�O livro espírita em Ribeirão Preto�Atividades da USE

Página 2

�Noticias da USE�Notícias do Movimento

Página 3

�Consciência: Síntese entre conhecer e discernir�Refletindo sobre a “Paciência de Jó”

Página 4

�Construções no plano espiritual�Os direitos humanos e a dignidade humana

Página 5

�Diversidade dos Carismas�A melhor religião

Página 6

�Entrevista: Wagner Gomes da Paixão�Artigo: Deus

Página 7

�Página InfantilPágina 8

�Ela pensou nos outros�A cada um segundo as suas obras

Página 9

�Lugares Assombrados�Temas para escala de Expositores da USE -2012�Poesia

Página 10

�Lei de igualdadePágina 11

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2 VERDADE E LUZ Setembro de 2012JORNAL ESPÍRITA MENSAL

Expediente Mensagem da Comissão Executiva

O

Diskardec(16) 3630-3232Uma palavra amiga”

Órgão de Divulgação do Movimento

Espírita de Ribeirão Preto e região.

Editado pelo Departamento de Comunicações

da USE - União das Sociedades Espíritas

Intermunicipal de Ribeirão Preto

(Orgão da USE - União das Sociedades

Espíritas do Estado de São Paulo).

CNPJ-MF 54.171.038/0001-56.

Registro Civil de Pessoas Jurídicas

(do jornal) n.º 32.007.

Diretor Editorial: Jorge Jossi Wagner

Jornalista Responsável: Jair Grellet Filho

Mtb - 9896

Conselho Editorial e Consultivo

Comissão Executiva da USE RP

Diagramação: Ney Tosca

Impressão: Fullgraphics

Assinatura anual: R$ 30,00

Exemplar avulso: R$ 2,00

Valores deverão ser remetidos em nome da USE In-

termunicipal de Ribeirão Preto.

Só serão publicadas matérias que estiverem de

acordo com a orientação doutrinária do Jornal. Os

originais dos artigos não publicados não serão de-

volvidos aos seus autores.

Correspondência para este jornal deve ser enviada

para Caixa Postal n.° 827 - CEP: 14001-970

Rib. Preto - SP - Telefone: (16) 3610-1120

e-mails: [email protected]

[email protected]

Diretoria Executiva da USE – 2012/2015

Presidente: José Antônio Luiz Balieiro

1º. Vice Presidente: Oscar Costa

2ª. Vice Presidente: Ednir da Silva Malvestio

Secretário Geral: Mário Gonçalves Filho

1ª. Secretária: Roseli Aparecida Severim Camacho

2º. Secretário: Kenned Marques Cardoso

Tesoureiro Geral: Geraldo Valadares

1º. Tesoureiro: Antônio Luís Bizarro Pacciulio

2ª. Tesoureira: Ivanir Fernandes Passos

Diretor de Patrimônio: Guido Desindé Filho

SUGESTÕES E COMENTÁ[email protected]

Pioneiro na

venda de livros

espíritas em

praça pública

em Ribeirão

Preto,

Sebastião

Martins de

Moura

trabalho de divulgação por inter-médio do livro, seguindo a orien-tação de Jesus para não se colocara candeia sob o alqueire, visa po-

sicionar a luz dos princípios espíritas em lo-cal, de onde possa iluminar a todos. O livroespírita promove a paz, traz esperança, am-para, consola, instrui, esclarece, ensina e,sobretudo alça a mente humana para umanova perspectiva de vida.

No próximo dia 27 iniciará a 39a Feira doLivro Espírita de Ribeirão Preto - FLERP. A feiranasceu 1974, na Praça XV de Novembro.Melhor lugar não haveria, senão ali no cen-tro da cidade, em sua praça principal.

Nestes 39 anos, muitas mãos se uniramprol deste trabalho de divulgação do Espiri-tismo. A FLERP é fruto do ideal de um grupode jovens entusiastas e empreendedores.Poderíamos citar-lhes os nomes e tambémdaqueles que os apoiaram na primeira hora.Mas, queremos neste editorial lembrar eprestar uma justa homenagem a um com-panheiro que, entre as várias tarefas que re-alizou no movimento espírita ribeirãopreta-no, dedicou-se com energia e entusiasmo aoserviço da divulgação, tendo uma importan-te participação na história da FLERP.

É impossível falar do livro espírita em Ri-beirão Preto sem falar de Sebastião Martinsde Moura, o “Tiãozinho da Banca” ou aindao “Tiãozinho da Betânia” como também eraconhecido.

Ele nasceu no dia 18 de janeiro de 1930,na cidade de Batatais, e desencarnou, emRibeirão Preto, no dia 05 de março de 2007.Contou em entrevista a este jornal, em feve-reiro de 1988, que 1956 residia nos fundosdo Centro Espírita Batuíra, e que foi neste

O livro espírita em Ribeirão Pretoano que iniciou a venda de livros. Nesta épo-ca ia pessoalmente ao Rio de Janeiro buscaros livros na Federação Espírita Brasileira.Como também era diretor do Sanatório Es-pírita Vicente de Paulo, vendia os livros nasduas sociedades em que trabalhava. Outrosdiretores do Sanatório ficaram sabendo queem Santos havia uma banca de livros espíri-tas, e motivados com a ideia conseguirampermissão da Prefeitura Municipal de Ribei-rão Preto para instalarem uma banca na Pra-ça Carlos Gomes. Assim, em 3 de outubrode 1959 foi inaugurada a Banca do Livro Es-pírita, naquela praça. No ano seguinte, comoBanca estava deficitária economicamente, adiretoria do Sanatório desvinculou-a de suaadministração. Como também a União Mu-nicipal Espírita não aceitou assumir a sua ad-ministração, o companheiro Sebastião foi in-dicado, pelas duas entidades, para assumir otrabalho. Foi o que ele fez. Sebastião frisa nareferida entrevista, que já trabalhava e man-tinha sua casa, como encadernador na Ave-nida Saudade, 106, onde também mantevepor alguns anos a Livraria Espírita Nosso Lar.

Em 1974, quando se planejava a 1ª Feirado Livro Espírita de Ribeirão Preto, muitoscompanheiros, inclusive ele, estavam preo-cupados se as vendas na banca seriam dire-tamente afetadas, ocasionando talvez até oseu fechamento. Mas, passando por cimadesta inquietação, o próprio Sebastião for-neceu os livros para a realização da 1ª FLERP.E, o que se viu, foi justamente o contrário: ointeresse pelos livros espíritas cresceu, e apósa Feira a procura pela Banca aumentou.

Em 1988, Sebastião transferiu a adminis-tração da Banca para a UNIME, hoje USE In-termunicipal Ribeirão Preto. Passados alguns

anos, criou uma livraria no Centro Comerci-al da Rodoviária, sob a Administração dasCasas de Betânia, sociedade pela qual traba-lhou até o seu desencarne. A livraria da ro-doviária foi fechada por inviabilidade finan-ceira. Mas, o amor pelo livro tornou a falarmais alto... Mais alguns anos, e o idealistaSebastião criou a Banca do Livro Espírita 18de Abril, desta vez na Praça das Bandeirasou praça da catedral.

Assim, Ribeirão conta hoje com duas ban-cas no centro da cidade, abertas ao públicodiariamente: a “Verdade e Luz”, administra-da pela USE, que no próximo mês completa-rá 53 anos, e a Banca “18 de Abril”, geridapelas Casas de Betânia. Pela iniciativa deoutros companheiros, a cidade também con-ta com a Livraria Espírita Guillon Ribeiro, naAvenida Castelo Branco 2466, e com a LojaEspírita no Novo Shopping, além de muitaslivrarias internas, mantidas por várias Socie-dades.

A Feira do Livro é uma realização da fa-mília espírita. São necessários cerca de 150voluntários para o atendimento do públicoem seus 11 dias de funcionamento (de 27/09a 07/10). Convidamos a todos a darem a suaparcela de contribuição, trabalhando na 39ªFLERP, e também divulgando este importan-te evento.

Mário Gonçalves

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Setembro de 2012 VERDADE E LUZ 3JORNAL ESPÍRITA MENSAL

Notícias da USE

eunião do Conselho Delibera-tivo da USE Intermunicipal deRibeirão Preto ocorreu no dia18 de agosto de 2012.

Partimos em uma caravana solidá-ria, saindo da Unificação Kardecista ás14 horas e 15 minutos, rumo ao Planal-to Verde. Logo que chegamos, vimosaquela Casa de um azul tão forte, a seimpor de uma maneira tão simples esutil, emanando fluidos por toda aque-la região que circunda “A CASA DOSHUMILDES”, que pelo próprio nome jános mostra o trabalho de amor, e soli-dariedade, que é feito pelos participan-

Aconteceu na reunião da USEtes.

Que alegria para nós da Diretoria daUSE assim como dos demais departa-mentos e representantes de Casas Ade-sas, estarmos aqui para tomarmos re-soluções, á respeito do Movimento Es-pírita, e conhecermos melhor esta Casaque nos recebe.

Temos pela frente trabalhos impor-tantes como a 39º Feira do Livro Espíri-ta, 10º FEIRAMOR, projetos dos depar-tamentos de Mediunidade, Família e,Mocidade.

Nosso irmão Julio César TeixeiraPresidente do Centro Espírita Batuíra,

fez a apresentação de sua Casa, commuita emoção, narrando o início da-quela instituição.

Tivemos a presença de uma estu-dante de Enfermagem da USP, agrupan-do dados para um trabalho de mestra-do intitulado “A RELAÇÃO ENTRE A DORE A RELIGIÃO”, diz que pretende sensi-bilizar profissionais da área para estetema.

A Presidente da CASA DOS HUMIL-DES, Silvia R. Pereira, falou da dificul-dade que encontrou para enfrentar otrabalho de direção da Casa, e hojemuito feliz por receber amigos tão que-

ridos.Sr. Adriano, fez a prece final ento-

ando uma canção que muito nos emo-cionou. Logo após ficamos nos delici-ando com um café, muito generoso queos confrades nos ofereceram, e apreci-ando o final da tarde na companhia deamigos que confortam nossos coraçõescom palavras de bom animo e esperan-ça.

Nossa gratidão A CASA DOS HUMIL-DES pela recepção fraterna.

ROSELI AP. SEVERIM [email protected]

R

Lançamentos eautógrafos na 39ª FLERP

61ª Semana Espírita de Santo AndréDE 21 A 28 DE OUTUBRO 2012

LOCAL: PARQUE REGIONAL PREFEITO CELSO DANIELAV. D. Pedro II, 940 – Bairro Jardim

TEMA CENTRAL: NA ERA DA TRANSIÇÃO: TRABALHO,SOLIDARIEDADE; TOLERÂNCIA

Realização: U.S.E. Municipal de Santo AndréInformações: 4451 2773 e 4971 6392 –

2ª;4ª e 6ª das 14h00 as 17h00INGRESSO: 1 KG. DE ALIMENTO NÃO PERECÍVEL

DIAS

21 E 22DE SETEMBRO

Local:Igaraçu PalaceHotelIgaraçu doTietê – SPRua IrmãosPérico, 50Perto daeclusa deBarra Bonita

(14)3644 1272

Aniversáriodo CentroEspíritaSanto

AgostinhoA presidente do C. E.

Santo Agostinho Juraci de

Souza Stabile convida to-

dos os espiritas de Ribeirão

e Região para o 69º aniver-

sário de fundação. Haverá

uma palestra comemorati-

va onde se contará a histó-

ria deste querido centro es-

pirita que fica na rua João

Ramalho nº 1224 nos Cam-

pos Elisios. A comemora-

ção será no dia 7 de setem-

bro às 20 horas.

Notícias do Movimento

Roberto QuaresmaN e s t a

obra o au-tor narraaconteci-mentos docotidiano ea visão es-pírita so-

bre os mesmos.

Anésio JottaNos Rios

da Babilôniaé um roman-ce de épocacom duasn a r ra t i va senvolventes,cheio de de-talhes interessantes e pitores-cos, onde o personagem princi-pal rememora duas existências.

www.igaracupalacehotel.com.br

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4 VERDADE E LUZ Setembro de 2012JORNAL ESPÍRITA MENSAL

Educação Espírita

conquista da consciência, naEscola, caminhará ao lado daaquisição do conhecimento,do discernimento para a

ação, de forma que cada aluno des-cubra o que fazer, quando e como re-alizá-lo. Ao mesmo tempo, essa ex-periência levará ao autodescobrimen-to (Vianna de Carvalho, Atualidade

do Pensamento Espírita ¹, p. 105). É perceptível que a sociedade –

através da escola, principalmente –tem buscado, nos últimos séculos, odesenvolvimento intelectual e tecno-lógico. Kardec afirmara, no século XIX,no Livro dos Espíritos ², p. 785: “Háduas espécies de progresso, que umaa outra se prestam mútuo apoio, masque, no entanto, não marcham ladoa lado: o progresso intelectual e oprogresso moral. Entre os povos ci-

vilizados, o primeiro tem recebido,

no correr deste século, todos os in-

centivos. Por isso mesmo atingiu umgrau a que ainda não chegara antesda época atual.”

Da mesma forma que todos sevoltaram para tal progresso, pareceque agora as questões mais ligadasà moral estão vindo à tona. Não sópelos movimentos religiosos, mas aprópria civilização é impelida a isso.O avanço intelectual leva à percep-ção da necessidade de um avançonos aspectos morais. Kardec já pre-vira isso, quando formulara a ques-tão 780, no Livro dos Espíritos²: “Oprogresso moral acompanha sempreo progresso intelectual? Decorredeste, mas nem sempre o segue ime-diatamente.” E Kardec continua (p.780 a) “Como pode o progresso in-telectual conduzir ao progresso mo-ral? - Fazendo compreensíveis o beme o mal. O homem, desde então,pode escolher. O desenvolvimentodo livre-arbítrio acompanha o da in-teligência e aumenta a responsabili-dade dos atos.”

Isso nos indica que a busca do de-senvolvimento moral nos remete devolta a nós mesmos. Enquanto esta-mos aprendendo sobre o mundo, vol-tamos nossa atenção para o exterior,aprendemos a construir por exemplo,vacinas, foguetes, métodos de ensi-

que esse tema do velho testa-mento tem a ver com sermosfiéis em nossas crenças semperdermos o uso da razão? O

tema acima tem tudo a ver com o queensina o Espiritismo, confirmando a féraciocinada que a Doutrina Espíritaaceita. Por fé raciocinada, entenderque a fé não deve colidir com a razão.A fé deve ser compreensível, de acor-do com a razão, porém sabendo que afé vai até onde a razão não vai. A razãonos guia até certo ponto; Daí para fren-te, se a razão não podeir, a fé, no sentido desintonia com os pode-res superiores, nosconduz. Estudando o li-vro de Jó, no Velho Tes-tamento, vemos tratar-se mais de um questi-onamento e um estu-do sobre o porquê dosofrimento, como con-ciliar as aflições huma-nas com os atributosde Deus. Jó era umhomem de bem, temia(amava) a Deus, res-peitava suas leis, e é testado em suacrença. Perde todos os seus bens, per-de a saúde, chega a um ponto de mui-to sofrimento, inclusive sofrendo a in-compreensão de familiares, enfim ex-perimenta momentos de testemunho.A princípio demonstra estoicismo, féfortalecida, mas acaba também fraque-jando. Duvida da justiça e da bondadedivinas, demonstrando o que se passacom a quase totalidade dos seres hu-manos ao experimentarem tantas difi-culdades. Recebe a visita de amigos quetentam consolá-lo e orientá-lo, e no fi-nal Jó acaba compreendendo tudo, re-concilia com Deus, recupera seus bense a família. O Espiritismo, à luz dos en-sinos de Jesus, nos ensina que sofremospara evoluir. As aflições podem ser co-lheita de má semeadura do passado, epodem ser experiências, lições de quenecessitamos para desenvolver em nóso potencial que Deus nos deu, em ger-me, para ser desabrochado. As fasesde crises, de testemunhos aferem nos-so aproveitamento das lições, e, duran-te as aflições podemos ser aprovados,ou não, dependendo, do nosso desem-penho. Se o Pai nos criasse sábios ebons, já desenvolvidos, ou se tudo fos-se fácil no caminho evolutivo, não terí-

amos mérito, não nos auto realizaría-mos. Sobre a paciência, vale lembrar aquestão 254, de o Consolador (Emanu-el/Chico Xavier): “A verdadeira paciên-cia é sempre uma exteriorização daalma que realizou muito amor em simesmo, para dá-lo a outrem, na exem-plificação”. O paciente considera as cri-aturas como irmãos, em quaisquer cir-cunstâncias e procura esclarecer a in-compreensão quando torna necessá-rio. É a chamada tolerância esclarecidaque vem com a iluminação espiritual.

Não conseguimos auxiliar o próximocom eficiência se ainda não edificamoso bem em nosso íntimo. Portanto, apaciência vem com a maturidade dosenso moral, ou, com outras palavras,com a evolução do Espírito. E como con-seguir isto? Emanuel esclarece: “... paraque nos edifiquemos nessa claridadedivina, faz-se mister educar a vontade,curando enfermidades psíquicas secu-lares que nos acompanham através dasvidas sucessivas, quais sejam:- as deabandonar o esforço próprio – de ado-tarmos a indiferença – e de nos quei-xarmos das forças exteriores, quandoo mal reside em nós mesmos. Para le-varmos a efeito uma edificação tão su-blime, precisamos começar pela disci-plina de nós mesmos e pela continên-cia de nossos impulsos, considerandoa liberdade do mundo interior, de ondeo homem deve dominar as correntes desua vida. O adágio popular consideraque “o hábito faz a segunda natureza”e nós devemos aprender que a disci-plina precede a espontaneidade, den-tro da qual pode a alma atingir, maisfacilmente, o desiderato da sua reden-ção”

José Argemiro da Silveira

Artigo Doutrinário

Consciência: Síntese entreconhecer e discernir

Refletindo sobre a“Paciência de Jó”

A Ono ou fórmulas matemáticas que nosauxiliam a entender o mundo e suasleis naturais. Mas quando se trata deescolher o que fazer com tais desco-bertas, nos deparamos conosco mes-mo, com nossos valores e nossos ví-cios e virtudes.

Isto nos remete ao papel da Edu-cação. Até então, a grosso modo pri-vilegiou-se o intelecto, mas é chega-do o momento de ampliar tal concep-ção.

Vianna de Carvalho (1874-1926),que muito lutou, no Brasil, pela cria-ção de escolas de moral cristã paracrianças nas Casas Espíritas, em seulivro Atualidade do Pensamento Es-pírita ¹ psicografado por Divaldo Fran-co, diz que “a educação deve ser umaforma de direcionamento para o au-todescobrimento, essa inevitável vi-agem interior, graças à qual o educan-do descobre as possibilidades que lheestão ao alcance, como também oque realmente deseja da vida, evitan-do emaranhar-se pelas conquistasexteriores que não lhe satisfazem aplena realização. (...) A consciência é

uma perfeita síntese entre conhecer

e discernir (p. 105)”. Somente ampli-ando essa compreensão do que nosmove, podemos avaliar e julgar nos-sas próprias ações no mundo.

Assim, o que se percebe é que oconhecimento (que segundo o dicio-nário Aurélio seria como apropriaçãodo objeto pelo pensamento, comodefinição, como percepção clara doobjeto) é parte de um processo de de-senvolvimento do Espírito. A consci-

ência seria aquela outra parte quenos faz conhecer a nós próprios narelação com esse mundo. Quem querque lide com a Educação, em seus di-ferentes níveis, não pode mais igno-rar isso.

Referências Bibliográficas:

1. Vianna de Carvalho, psicografa-do por Divaldo Franco, Atualidade

do Pensamento Espírita. Salvador:LEAL, 2002.2. Allan Kardec, O Livro dos Espíri-

tos.

Marlene F. C. Gonçalves

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Setembro de 2012 VERDADE E LUZ 5JORNAL ESPÍRITA MENSAL

Artigo

mundo espiritual é compos-to de matéria fluídica, comuma organização diferenteda que conhecemos aqui

como encarnados. Os espíritos fazempassar a matéria, vamos chamá-la dequintessenciada, pelas transforma-ções que desejam. Precisamos ter emmente que a “matéria” se apresentade modo diverso de acordo com omundo a qual faz parte. No plano emque vivemos, a Terra, planeta de pro-vas em expiações, ela é densa, entãotudo que nela há é de conformaçãotambém densa

Em planos superiores, as constru-ções: prédios, lagos, flores, vestes, se-res, enfim, tudo se torna mais etéreo. Nos livros de André Luiz, como noclássico “Nosso Lar”, ele descreve, deacordo com as suas limitações ainda“terrenas”, as construções do orbe es-

ão há dignidade humana sema afirmação dos direitos hu-manos, mas somente com osdireitos humanos não se al-

cança a dignidade humana. A relaçãoentre direitos humanos e dignidadehumana é dialética. Para que todos osseres humanos sejam plenamente tra-tados e constituídos como tais, os di-reitos humanos têm de ser afirmadose inseridos em um contexto social mui-to distinto daquele em que hoje sãocultivados.

A sociedade mundial foi forjada parao capitalismo a partir dos escombrosdas velhas formas de exploração, comoa feudal e a escravista. Tais exploraçõespré-capitalistas são marcadas pela bru-talidade da força, do mando direto, docontraste entre aquele que só mandae aquele que só obedece.

O capitalismo rompe com o velhoquadro, em favor de outro tipo de ex-ploração. Se a forma de imposição pré-capitalista era pessoal, bruta e violen-ta, a nova procede de modo distinto.Quanto mais avançadas se tornam asrelações capitalistas, mais elas deixamde depender da pessoalidade do man-do. Os sujeitos passam a ser “atomiza-dos”, despersonalizados. Para que to-dos possam ser explorados, como cor-pos e inteligências que vendem seu tra-balho, todos são sujeitos de direito, in-

piritual. E as descreve na sua levezade formas e funcionalidades, na be-leza de suas linhas e falam tambémde instrumentos, máquinas que des-conhecemos aqui na Terra. Nosso Lar,por exemplo, trata-se de uma colô-nia habitada por indivíduos já adap-tados ao plano espiritual, em condi-ções de trabalho na esfera do bem, afavor dos mais desafortunados.

No entanto, existem, igualmente,lugares organizados e comandadospor espíritos endurecidos, como ou-tra cidade descrita pelo mesmo au-tor em sua obra “Libertação”, que éparte integrante do império das inte-ligências perversas e atrasadas. Apre-senta essa cidade ruas sinistras, ca-sarios decadentes, natureza maltra-tada, ambiente sufocante, pois é ha-bitada por espíritos cuja desarmoniainterna encontra-se refletida em seu

Artigo da AJE

Os direitos humanos e a dignidade humanadistintamente. A exploração capitalis-ta, assim, erige uma nova instância so-cial como seu fundamento de repres-são: o direito estatal.

Se todos forem sujeitos de direito,todos podem transacionar no merca-do, comprando e vendendo mercado-rias e possibilitando a exploração dotrabalho por meio do contrato assala-riado. O capitalismo desloca a violên-cia das mãos de cada senhor para asditas mãos impessoais do Estado. Aigualdade formal entre os sujeitos dedireito que são constituídos como ob-jeto da exploração do trabalho pelocapital e a atuação do Estado nos limi-tes da força prevista juridicamente, demodo impessoal, passam a ser o hori-zonte máximo da dignidade humanano capitalismo.

O escravismo e o feudalismo vivemsem direito. O capitalismo vive do direi-to que garante a exploração. A manuten-ção do aparato estatal – direito público –, a garantia do direito privado – igualda-de formal, liberdade contratual e propri-edade privada – e a repressão da insur-gência contra tal exploração – direito pe-nal – são seus limites mínimos. E, em talquadro que pode variar do mínimo aomáximo, os direitos humanos são justa-mente a variante máxima da dignidadehumana dentro dessa exploração.

O capitalismo é uma forma de ex-

ploração indireta, cujo poder de domi-nação e exploração se verifica tanto nocapital do burguês quanto no Estado.Os direitos humanos são a lógica me-nos torpe de tal exploração. Mas há umvínculo indissolúvel entre a exploraçãocapitalista e o direito. Justamente porisso há um limite estrutural para a dig-nidade humana a partir dos direitoshumanos, limite que é dado pela pró-pria estrutura do capitalismo.

A separação entre a esfera jurídico-política e a social, e, em específico, dostrabalhadores, faz com que os direitoshumanos sejam um garantidor da re-produção capitalista. Há ganhos de de-mocratização e pluralização social den-tro de tal quadro, mas, ainda assim, elemantém o poderio econômico de al-guns em face da maioria.

No capitalismo cada qual vota como mesmo peso formal dos demais, etodos são iguais perante a lei. Mas ogrande capital determina as eleições,as opções políticas e os desejos dos elei-tores e dos eleitos. O sujeito de direitoé constituído pelas estruturas capitalis-tas, e, por causa disso, ele aprende a sebastar nos pequenos desejos. A digni-dade humana, que hoje é objeto deluta, é formal e mínima.

O menor e mais desprezível pequenodesejo é o do mundo sem direitos huma-nos. O maior pequeno desejo do sujeito

sob o capitalismo é o de direitos huma-nos. Mas a superação do capitalismo é apossibilidade dos homens se afirmaremlivremente, sem as diferenças econômi-cas e sociais que ainda tornam os sereshumanos presos a uma hierarquia declasse entre o capital e o trabalho.

É porque alguém deseja profunda-mente os direitos humanos que devedesejar com fervor a plena dignidadehumana. Quem deseja a igualdade nãopode dela gostar apenas no que tangeao seu aspecto formal-jurídico. É pre-ciso gostar de sonhar que, em algumdia, os seres humanos terão condiçõeseconômicas, sociais e culturais simila-res. O capitalismo não comporta a ple-na dignidade humana. A dignidade, queos direitos humanos exprimem e bus-cam consolidar, é maior do que o pró-prio horizonte jurídico dos direitos hu-manos. Fomos bárbaros; hoje somosformalmente civilizados; amanhã, nummundo fraterno e socialista, seremosplenamente humanidade.

Alysson Leandro Mascaro

*Texto originalmente publicado naRevista MPD Dialógico, do Movimentodo Ministério Público Democrático.Ano V, nº 21, p. 20.

(http://www.mpd.org.br/img/user-files/image/Dialogico_21.pdf)

Construções no plano espiritualaspecto exterior.

Felizmente, seus moradores nãoestão, diga-se de passagem, desam-parados e não lhes faltam os chama-dos superiores tentando sempre au-xiliá-los em seu despertar.

Então, afinal de contas, o que sãoessas construções estranhas? E o quesão as bonitas construções? Nadamais nada menos que efeitos fluídi-cos do nosso pensamento, “manipu-lado” como se fossem as nossas mãostrabalhando. O pensamento é tudoEm qualquer parte, aqui como no pla-no espiritual, nossa mente é um cen-tro energético de atração e repulsão.Somos força inteligente. Através daenergia mental, provocamos efeitos,para o bem ou para o mal.A vontadeé a palavra chave, imprimimos dire-ção a ela, em conformidade com nos-so interior, com a nossa escolha ínti-

ma. A verdade é que podemos cons-truir ou destruir. Tudo depende como que ou quem afinizamos, é uma res-ponsabilidade de cada um de nós.

É por isso que existem diferentesconstruções no mundo espiritual, al-gumas como dissemos acima, comleveza de formas e funcionalidade,com beleza em suas linhas ou, então,por outro lado, construções estra-nhas, cidades com ruas sinistras, am-biente sufocante, casarios decaden-tes, que lembram o Umbral, tal qualdescritos na obra “Libertação”, o qualrecomendamos aos leitores. Encon-tramo-nos no ambiente em que nosafinizamos. Cabe a cada um de nóslutar para conquistar a liberdade e seesforçar o máximo para se conhecere se transformar.

Fabiano e Sandra Possebon

N

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6 VERDADE E LUZ Setembro de 2012JORNAL ESPÍRITA MENSAL

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Literatura Espírita

ermínio c. Miranda tem uma forma pe-culiar de escrever: carismático, sutilcom espírito pragmático, observador ecom eventual toque de humor, sem des-

caracterizar seu trabalho, que pauta pela cla-reza, pesquisa e nobreza doutri-nária.

O livro que apresentamos aosleitores, Diversidade dos Caris-mas - Teoria e Prática da Mediu-nidade, procura mostrar o traba-lho a partir de três tomos distin-tos: o primeiro destinado a do-cumentar problemas básicosque o médium enfrenta ou cos-tuma enfrentar; o segundo estu-da mais atentamente aspectosparticulares do animismo e oterceiro a análise da mediunida-de. Concordamos com o autorque não há como negar que omaior interessado no estudo damediunidade deverá ser o próprio médium; aobra, porém, é destinada principalmente àque-les que veem desabrochar a sua mediunidade,como para um estudo efetivo de como conduzi-la a serviço do próximo e do bem; ainda, às Ca-sas Espíritas para o preparo dos aspirantes aostrabalhos mediúnicos. Ressalta que diretrizesinsipientes por parte de terceiros, com orienta-ções equivocadas, muitas vezes colocam o mé-dium em conflito e desequilíbrio, podendo com-prometer a faculdade que desponta. O autor com-plementa que mediunidade não é doença, nemindício de desajuste mental ou emocional- é umaafinação especial de sensibilidade. É um instru-mento de trabalho para servir e não para ser ser-vido sendo importante a humildade, responsabi-lidade e compromisso, sem promoções pessoais.É ainda, uma faculdade normal do ser humano; ésó deixá-la seguir o seu rumo, dentro do ritmoque lhe é própria. Não é privilégio concedido aalguns e negado a outros. O autor, em oportuno,indica o estudo das obras deixadas pelo MestreAllan Kardec, para evitar dogmatismos nos con-ceitos e interpretações, entre elas O livro dos Es-píritos, O Livro dos Médiuns e complementa como Evangelho segundo o Espiritismo, verdadeiromanancial das leis morais.

O autor complementa que mediunidade nãoé doença, nem indício de desajuste mental ouemocional- é uma afinação especial de sensibi-lidade. É um instrumento de trabalho para ser-vir e não para ser servido sendo importante ahumildade, responsabilidade e compromisso,sem promoções pessoais. É ainda, uma facul-

A melhorreligião

stabelecer critérios competitivos, faz par-

te da natureza humana em todos os as-

pectos da vida, sempre comparamos nos-

sa vida e as situações que ela envolve com

as das demais pessoas. Acostuma-se dizer que po-

lítica e religião não são passíveis de discussão, en-

tretanto deixar de apresentar nossa opinião sobre

os assuntos a nossa volta é tarefa quase impossí-

vel.

No processo de estruturação de “O Livro dos

Espíritos”, Allan Kardec perguntou aos espíritos na

questão de número 842, qual seria a melhor reli-

gião. Na íntegra a questão foi formulada da seguin-

te maneira: - “Por que indícios se poderá reconhe-

cer, entre todas as doutrinas que alimentam a pre-

tensão de ser a expressão única da verdade, a que

tem o direito de se apresentar como tal?”

A resposta é inundada de profundo bom senso:

- “Será aquela que mais homens de bem e me-

nos hipócritas fizer, isto é, pela prática da lei de

amor na sua maior pureza e na sua mais ampla

aplicação. Esse é o sinal por que reconhecereis que

uma doutrina é boa, visto que toda doutrina que

tiver por efeito semear a desunião e estabelecer

uma linha de separação entre os filhos de Deus,

não pode deixar de ser falsa e perniciosa.”

Analisar a questão acima nos evidencia uma

fonte inesgotável de reflexões a serem feitas, afi-

nal, seria natural que cada segmento religioso de-

fendesse o caminho por ele proposto como sendo

“o melhor”, mas a natureza elevada e universalis-

ta oferecida pelos espíritos à Allan Kardec, apre-

senta uma visão dilatada, sem defender esta ou

aquela filosofia religiosa. Simplesmente esclarece

que a melhor religião, a mais verdadeira, é a que

fizer “mais homens de bem”.

Desta forma, pouco importa a que religião per-

tencemos, o mais importante é possuir um com-

portamento de religiosidade, norteado por um ca-

ráter sólido e bases éticas depositadas nas própri-

as ações.

Nossas atitudes, nossos comportamentos mos-

tram quem verdadeiramente somos, todo o resto

forma apenas o cenário onde a vida se desenrola,

visando o crescimento moral e espiritual da cria-

tura humana.

Em boa definição é indiferente o rótulo utiliza-

do para nossa apresentação na vida social, apenas

o bem que fazemos e a nobreza que imprimimos

em nossos atos, são capazes de dizer se a religião

que abraçamos é a melhor, pois isso só pode ser

medido quando ela nos faz melhor.

Por meio desse bom senso universal, é que o

Espiritismo contribui para o desenvolvimento da

consciência do homem e como consequência, au-

xilia a construção de um mundo melhor.

Roosevelt A. Tiagowww.roosevelt.net.br

dade normal do ser humano; é só deixá-la se-guir o seu rumo, dentro do ritmo que lhe é pró-pria. Não é privilégio concedido a alguns e ne-gado a outros. O autor, em oportuno, indica oestudo das obras deixadas pelo Mestre Allan

Kardec, para evitar dogmatis-mos nos conceitos e interpreta-ções, entre elas O livro dos Es-píritos, O Livro dos Médiuns ecomplementa com o Evangelhosegundo o Espiritismo, verda-deiro manancial das leis morais.

Hermínio traz o case de Re-gina, personagem com identida-de preservada, que está inseri-da em vários capítulos da obra,sendo estudada por meio dosseus depoimentos, a eclosãodos fenômenos mediúnicos ma-nifestada desde a infância, pe-ríodo em que se busca o enten-dimento para essa faculdade vi-

sando remontar o passado para entendimentode situações do cotidiano. Regina vive em duasrealidades: presente e pretérito com experiên-cias em plena vigília, sem transe, desdobramen-to, sonho ou sono, em uma realidade paralela.Possuía memória remota e assombrosa, espíri-to lúcido e dotado de consciência das cenas quese desenrolavam ao seu redor, sem saber comoconduzi-las e administrá-las.

Os capítulos ainda trazem informações dos fe-nômenos de efeitos físicos, aura, psicofonia, a dis-ciplina, responsabilidade e disponibilidade do mé-dium em ação, ressaltando que é fundamental oequilíbrio e serenidade na prática mediúnica, eque o exercício simultâneo de inúmeras faculda-des no mesmo indivíduo é uma desvantagem, nãoum traço a ser estimulado. Ele poderá ser eficien-te identificando a melhor faculdade a ser investi-da para servir.

O autor conclui, baseado nos depoimentos deRegina, na pesquisa de outros autores e na pró-pria experiência vivida na Doutrina Espírita, queo doar-se às atividades assistenciais paralelas,seria de vital importância para que a caridade es-piritual, que se procura exercer, seja implemen-tada pela caridade material. Deixa ainda para aná-lise dos leitores várias histórias para reflexão dointercâmbio com os habitantes da dimensão es-piritual nimbadas de amor fraterno. É um livrobem elaborado e profundo que indicamos paraleitura e estudos.

Maria Abadia Matheus de Sá[email protected]

Artigo

E

Diversidade dos CarismasTeoria e Prática da Mediunidade

Hermínio C. Miranda - Editora 03 de outubro

Há diversidade de carismas, mas o espírito é o mesmo. Paulo (I Cor 12,4)

H

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Setembro de 2012 VERDADE E LUZ 7JORNAL ESPÍRITA MENSAL

A N D R É B O R D I N Ipsicólogo e psicoterapeuta

CRP 06/75018

[email protected]

Av. Cel. Fernando Ferreira Leite, 182

salas 2 e 7 - Jardim Flórida

(atrás da FAAP entre a

Av. Independência e Av. Caramuru)

CEP 14026-020 - Ribeirão Preto-SP

(16) 3911-7278 e (16) 9123-4231 (recado)

1 - COMO VENCER AS ATRAÇÕES DE-SEQUILIBRADAS OFERECIDAS PELA SO-CIEDADE ATUAL E ENSINAR AS LIÇÕESCRISTÃS?Todo o trabalho de superação das “ten-tações” passa por uma mecânica evo-lutiva que pode se dar por “saturação”,quando a criatura faz o que quer, atéquando quer e se lança, por inteiro, aoclima eleito (por exemplo: uso de dro-ga). Nesses casos, a questão pode ul-trapassar uma existência (o indivíduodesencarna, continua o vício no Aléme passa a sofrer tanto que se decide amudar de rumo). A outra via de reno-vação se dá pelo uso consciente daVONTADE. Para tanto, a pessoa devebuscar conhecimentos superiores (averdade liberta e orienta sempre!). Re-novando padrões, conhecimentos, oindivíduo passa a sintonizar pessoas esituações de outro nível, com outraspropostas e se ela persevera, terminasubstituindo o vício, a infelicidade, aescravização a sistemas de vida poroutros valores mais arejados e conso-ladores. Tudo é exercício, na base dedisciplina e perseverança. Ainda que apessoa “caia” novamente, deve se le-vantar, se dando nova chance de sermelhor.2 - A ESPIRITUALIDADE SUPERIOR PRE-OCUPA-SE COM A RÁPIDA DEGRADA-ÇÃO DOS COSTUMES MORAIS NESTEINICIO DE SÉCULO XXI?O Plano Superior não age e nem reagepor emoções precipitadas e na base dejulgamentos externos como nós. Sãoequilibrados, possuem visão profunda,dominam os temas da evolução e doprogresso. Para eles, os Superiores, a“degradação” que o mundo e as socie-dades sofrem nesta Transição funcionapor “quimismo” moral, alterando pa-drões, pois o mal se torna vulgar e su-perlativo, saturando os corações quepassam a buscar alternativa no bem,mesmo com sacrifício. Eles guardamcerteza na vitória da Luz, pois o mal étransitório e ao mesmo tempo instru-mento de educação ou reeducação das

oube a Jesus nos apresentarDeus, como Pai Bondoso e Cri-ador de todas as coisas. Atéentão, conhecíamos Deus

como um ser poderoso e enérgico, quenão perdoava falhas ou deslealdades.Deus era temido, causava medo e tinhaatributos que correspondiam aos nos-sos, como a raiva, a intolerância, a vin-gança e o desejo de impor sofrimentoseternos.

Desde então vamos percorrendo osnossos caminhos neste planeta abenço-ado, ora agradecendo, ora reclamandode Deus. Essa situação ambígua, causa-da pela nossa imperfeição moral nosimpede de reconhecermos em Deus oPai Amantíssimo apresentado por Jesus.

Fomos criados por Deus, inteligên-cia suprema e causa primária de todasas coisas, conforme lemos na primeiraresposta do Livro dos Espíritos. Estaverdade, que facilmente aceitamos emrazão de sermos seres inteligentes, de-veria nos fazer mais agradecidos ao cri-ador.

Ocorre que somos ainda teimosos,indisciplinados e ingratos. Quando es-tamos atravessando um período de cal-maria em nossa vida creditamos a nósmesmos a responsabilidade disso. Oque é correto, afinal, somos nós queescolhemos o caminho que percorre-mos.

Porém, quando as tribulações co-meçam a aparecer, causando dissabo-res e sofrimentos, buscamos um culpa-do e quase sempre nos lembramos decreditar a Deus essa situação.

Jesus, nosso guia e modelo, duran-te o tempo em que permaneceu junto

almas. Só o Bem é eterno, porque filhodo Amor de Deus que se reflete em to-das as criaturas.3 - MUITAS NOVELAS NA PRINCIPALEMISSORA DE TELEVISÃO DO BRASILTÊM APRESENTADO A TEMÁTICA ESPI-RITUALISTA E MUITAS VEZES CONCEI-TOS ESPÍRITAS. ISSO TRARÁ CONSEGU-ÊNCIAS POSITIVAS PARA A SOCIEDADEBRASILEIRA?Conforme a obra da Codificação ensi-na, quando a Terra alcançasse um pa-tamar de “maturidade” moral, os te-mas espiritualistas ganhariam terrenoe interessariam as pessoas já cansadasdos modelos materialistas e utilitários,gerando violência e insegurança. É oque ocorre e ninguém poderá obstaressa marcha de evolução e progresso. 4 - A DIVULGAÇÃO DO ESPIRITISMONA EUROPA TEM TRAZIDO QUE TIPODE RESULTADOS.Toda sementeira é válida e os benefíci-os que o Espiritismo sério, com Jesus eKardec, espalham, através de trabalha-dores encarnados e desencarnados,atingem vagarosa mas consistentemen-te corações de brasileiros e de nativos,de modo que observamos uma singelapreparação para o futuro, quando con-taremos com o apoio e o testemunhomais vigoroso das novas gerações maisespiritualizadas.5 - BEZERRA DE MENEZES E A UNIFI-CAÇÃO, EMMANUEL E OS ENSINA-MENTOS CRISTÃOS. OS ESPÍRITOS DEORDEM SUPERIOR TÊM ÁREAS DEPREFERENCIA NA AJUDA AOS ESPIRI-TOS IMPERFEITOS?Cada entidade espiritual já emancipa-da moralmente tem sua história e seuscompromissos de amor com a Huma-nidade. Formam uma plêiade, ou seja,um conjunto harmônico, em que nomee identidade particular já não os inte-ressa, pois se apóiam e se conjugamcom harmonia e sempre com o objeti-vo de elevar moralmente a Família Hu-mana. São os executores da Vontade deJesus, que por sua vez executa a Vonta-de do Pai.

aos apóstolos exaltou a necessidade deagradecermos a Deus por tudo aquiloque a vida nos proporciona. Ensinouque o Criador oferece oportunidades eesperança para todos os seus filhos.

Os missionários que propagaram aslições de amor trazidas por Jesus tam-bém agradeciam sempre ao Criadorpela oportunidade do trabalho, pela ri-queza da terra e pelos benefícios quetrás ao coração vivenciar o que Jesusensinou.

Se não fossemos tão arrogantes enos despíssemos do “homem velho”,como ensinou Paulo de Tarso, podería-mos enxergar as belezas que a vida cri-ada por Deus nos oferece.

Temos mais uma vez a chance deuma reencarnação para aprendermosa aparar arestas buscar o equilíbrio e areconciliação.

Assim, Deus oferece novamente umcorpo físico e um lar com as medidasde nossas necessidades para que reco-mecemos o caminho para o entendi-mento.

As lutas serão sempre árduas pornossa imprevidência comportamental,mas teremos novas oportunidades emrazão da justiça e do amor de Deus paraconosco.

Se ainda é muito difícil para a maio-ria de nós amarmos a Deus sobre to-das as coisas, como exemplificou Jesus,que possamos nos esforçar e enxergaras benesses que o Criador nos tem pro-porcionado em todos os momentos denossa vida.

Jorge Jossi [email protected]

Entrevista do mês Artigo Doutrinário

Wagner Gomes da Paixão

C

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8 VERDADE E LUZ Setembro de 2012JORNAL ESPÍRITA MENSAL

* A.E. MEIMEIRua Guarujá, 261 - Jardim Paulista - Rib.PretoSábados - 16 às 17hs*ASSOCIAÇÃO ESPÍRITA SEARA DE AMORRua Antonio Gual, 311 – Sumarezinho – Rib.PretoSábados – Infantil das 8h30 às 11hsAdolescentes das 15h30 às 17hsMocidade das 17h30 às 18h30* C.E. AMOR E CARIDADERua Aurora, 274 - Vila Tibério - Rib.PretoSábados – das 16h00 às 18h00* C.E. APÓSTOLO PEDRORua Jorge Velho, 59 - Vila Amélia - Rib.PretoSábados - 9h30 às 10h30* C.E.BATUÍRARua Rodrigues Alves, 588 - Vila Tibério - Rib.PretoDomingos - 8h30 às 10hsSábados - 17 às 18hs* C.E. CAMINHOS DO AMORRua Francisco Bassotelli, 276Quintino Facci II - Rib.PretoSábados – das 14h30 às 15h30* C.E. EURÍPEDES BARSANULFO(Unificação Kardecista)Rua Mariana Junqueira, 504 - Centro - Rib.PretoDomingos - 8h30 às 10hsEvangelização - 10h15 às 12hs* C.E. PAI JACOB DOS SANTOSRua Barão de Mauá, 188 - Vila Virginia - Rib.PretoDomingos - 8h45 às 10hs* C.E. SEAREIROS DE JESUSAv. José Luiz Pavanelli, 437Avelino Palma - Rib.PretoDomingos - 9 às 10hs

* G.E. AMOR, CARIDADE E AÇÃORua Eloi Petean, 308 - Jardim Procópio - Rib.PretoDomingos - 8h30 às 10hs* G.E. UNIÃO FRATERNAPraça 4, nº 65 - Jd. Botânico - Rib.PretoSábados - 14 às 16hsFaixa Etária - 03 a 20 anos*GRUPO ESPÍRITA UNIÃO FRATERNAPraça Antonino Carosella, nº65 – Jd. Botânico - Rib.PretoSábados - 16:30 às 18hsFaixa Etária – 03 a 15 anos* GRUPO DA FRATERNIDADE LUIZ GALVÃO CÉSARRua Padre Manoel Bernardes, 1036Vila Virginia - Rib.PretoSábados - 16 às 17h30Fone: 3637-3032* S.E. ALLAN KARDECRua Monte Alverne, 667 - Vila Tibério - Rib.PretoSábados - 17 às 18h30* S.E. CÁRITASRua Osório Ferreira, 244 – Cast. Branco Novo – Rib. PretoQuartas – 20 às 21hs.* S.E. CASA DA ESPERANÇAAvenida dos Andradas, 1255Pq.Rib.Preto - Rib.PretoSábados - 15 às 17hsFaixa Etária - 03 a 17 anos* S.E. CASA DOS HUMILDESRua Vitório Paschoalin, 497 - Jd. FlorestanFernandes – Rib.PretoSábados - 15 às 16hs

* S.E. DONZELA DE ORLEANSRua: Paraná, 1153 – Ipiranga – Ribeirão PretoDomingos - 8h30 às 10hs.* S.E. FONTE VIVARua Sacadura Cabral, 832 - C. Elíseos - Rib.PretoQuartas – 20 às 21hs* S.E. JOANNA DE ÂNGELISRua Nilo Peçanha, 77 - Jd. Mosteiro - Rib.PretoDomingos – 8h45 às 10h30Faixa Etária – 03 a 18 anos* S.E. MARIANO DO NASCIMENTORua: Marechal Mascarenhas de Moraes, 901Lagoinha – Rib.PretoEvangelização da Família – Pais e Filhos de 02 a 20 anos(Infantil – Juventude e Mocidade)Aos sábados – 17h00 às 18h00* S.E. NOSSO LARRua Medeiros de Albuquerque, 904Vila Virginia - Rib.PretoDomingos - 8h45 às 10hs* S.E.PEQUENINOS DE JESUSTrav.São Roque, 108 - Campos Elíseos - Rib.PretoSextas - 20 às 21hsMesmo horário das palestras para os pais.* SANATÓRIO ESPÍRITA VICENTE DE PAULORua Pará, 1280 - Ipiranga - Rib.PretoDomingos –8 às 9hs* S.E.UNIÃO E CARIDADERua Marcondes Salgado, 223 - Centro - Rib.PretoTerças - 20 às 21hs* S.BENEF. MILTON MATTOSRua Pará, 1603 - Ipiranga - Rib.PretoDomingos - 9hsNúcleo IIRua Américo Batista, 1824 - Ipiranga - Rib.PretoSábados - 15hs

EVANGELIZAÇÃO INFANTIL

A lista está aumentando, mas ainda faltam os horários de sua Evangelização.Ligue ou envie para a Banca do Livro Espírita. Estamos aguardando!

Página Infantil

Mensagens de orientação e reflexão

“ Evangelização Espírita Infanto-

juvenil é toda a atividade voltada ao

estudo da Doutrina Espírita e à vi-

vência do Evangelho de Jesus junto

à criança e ao jovem.

Na Instituição Espírita, a ativida-

de de Evangelização abrange as au-

las de evangelização espírita, mo-

mento especial de convivência,

aprendizado, reflexão, compartilha-

mento de experiências e construção

de vínculos de amizade e de frater-

nidade entre as crianças e os jovens

frequentadores.

A ação evangelizadora envolve,

ainda, pais e familiares, convidando-

os a participarem de grupos ou reu-

niões voltados ao estudo de temas

relacionados à vida em família, fun-

damentados à luz da Doutrina Espí-

rita.

“ [...] à Evangelização Espírita In-

fanto-juvenil cabe a indeclinável ta-

refa educacional de preparar os fu-

turos cidadãos desde cedo, habili-

tando-os com as sublimes ferramen-

tas do conhecimento e do amor para

o desempenho dos compromissos LITERATURA ESPÍRITASugestão para toda a Família e Educadores:

TÍTULO: Paulo e Estevão para Jovens LeitoresAUTOR: Adeilson SallesEDITORA: FEBCONTEÚDO: Uma história que ficará escrita em seu coração. O tempo

vai passar e não irá apagar as emoções que estas páginasvão revelar para você.Uma história para ser lida em família. Jovens e adultos.Pais e filhos; É uma joia literária, que atravessa o portaldos séculos, conhecendo dois personagens da históriada humanidade : Paulo e Estevão.

EVANGELIZAÇÃO ESPÍRITA

Por que e para quem?

CONVITECURSO PERMANENTE

para a

EVANGELIZAÇÃO ESPÍRITALocal: Centro Espírita Joana de Angelis

Rua: Nilo Peçanha, 77Jardim Mosteiro – Ribeirão Preto

Horário: 20 HorasTodas as segundas SEXTAS-FEIRAS

de cada mês.

CONVITE ESPECIALDOMINGO

FELIZ39ª FLERP

DIA 30 DE SETEMBRO DE 201209 horas da manhã.

Agendem esta data ; Promo-

vam caravanas com os pais e

evangelizandos para um encontro

divertido e cultural na Feira do Li-

vro Espírita.

Com a sua presença teremos

uma bela manhã.

Músicas , Histórias , Pinturas ,

Brincadeiras, e Confraternização

Surpresa.

que lhes cumprirá atender, edifican-

do a nova sociedade do amanhã.”

QUEM É A CRIANÇA?

“[...] a criança e o jovem evange-

lizados agora são, indubitavelmen-

te, aqueles cidadãos do mundo,

conscientes e alertados, conduzidos

para construir, por seus esforços pró-

prios, os verdadeiros caminhos da

felicidade na Terra.”

Guillon Ribeiro

A criança é um Espírito reencar-

nado, dotado de habilidades desen-

volvidas ao longo de suas múltiplas

existências, bem como de necessi-

dades em fase de aperfeiçoamento.

A Evangelização no período da in-

fância representa ação relevante e

imperiosa. ...

Considerando a criança com ser

histórico – herdeiro de experiências

pretéritas – e eterno, em constante

processo de aprimoramento, o tem-

po presente mostra-se favorável ao

correto investimento na alma infan-

til, fortalecendo-a para a jornada re-

encarnatória e apontando roteiros

seguros pautados na vivência do

amor. Nesse sentido, Amélia Rodri-

gues alerta-nos que “ evangelizar é

trazer Cristo de volta ao solo infan-

til como benção de alta magnitu-

de”, convidando a todos para uma

ação condizente e coerente com a

mensagem cristã. “

DOBRADURA: Com a chegada da Primavera, vamos comemorar aprendendo afazer FLORES , utilizando de 8 a 16 quadrados de papel colorido, medindo 8 x8cm.

ATIVIDADES PARA CRIANÇAS

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Setembro de 2012 VERDADE E LUZ 9JORNAL ESPÍRITA MENSAL

Artigos

esse pronunciamento, Jesussintetiza toda justiça Divina(Mateus 16, 27). Tão importan-te sua compreensão que é re-

petido por mais quatro vezes ao longodo Novo Testamento (Romanos 2, 6; 2Timóteo 4, 14; Apocalipse 2, 23; 20, 12e 20, 13). Kardec nos ensina que cadaum sofre as consequências diretas enaturais de suas faltas; que o sofrimen-to cessa com o arrependimento e a re-paração. (A Gênese, Cap. 1, 32) Muitosconhecem os ensinamentos do Evange-lho, mas poucos são os dispostos a apli-car estes ensinamentos na vida diária.Devido aos grandes esforços para do-mar as más tendências, poucos se pro-põem a esta tarefa. Por isso, que mui-tos são os chamados, mas poucos osescolhidos. Não adianta desmentir comatos, o que dizemos com os lábios. As-sim, a lei da reencarnação se torna umanecessidade, para que cada um recebaconforme suas obras, segundo a justi-ça divina. Castigo? Não, apenas conse-quências diretas e naturais de nossasobras. Como todas as Leis Divinas seencadeiam, a Lei da Reencarnação, nospossibilita a reparação através doaprendizado pela repetição. Para queas Leis Divinas não ficassem desconhe-cidas e cumprissem os seus objetivosde dar um sentido à existência e orien-tar o Espírito em sua caminhada, Deusescreveu as suas Leis na consciência dos

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Uma nova opção para a vida do idoso

seres humanos. Assim, quando o sertem interesse em saber se está no bomou no mau caminho, se sua decisão écorreta ou não, e se suas obras são boasou não, basta ouvir a sua consciência.Não é outro o motivo que leva a pes-soa corrupta, injusta, violenta, hipócri-ta, a tentar anestesiar a consciênciausando drogas diversas, embriagando-se para aplacar o clamor que vem dasua intimidade. Para ouvir a consciên-cia é necessário que ela possa manifes-tar-se livremente, sem as pressões doorgulho, do egoísmo, da vaidade ou daprepotência, que obscurecem a com-preensão da existência e mantêm o serna cegueira moral. Numa única frase,Jesus sintetizou o que precisamos sa-ber para conquistar a nossa felicidade.Porque se as consequências dos nossosatos são diretas e naturais, podemospromover, desde agora, consequênciasfelizes para logo mais. Ouvindo a pró-pria consciência, que é onde se encon-tra esse código divino. Se hoje sofremosas consequências naturais de atos me-nos felizes já praticados, basta agir comuma conduta ético-moral condizentecom o resultado que desejamos obterlogo mais. O espiritismo vem multipli-car o número de chamados e, pela féque proporciona, multiplicará tambémo número dos escolhidos.

Anésio Jotta

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Ela pensou nos outrosim, a preocupação primeirafoi com as outras pessoas, an-tes de si. Usou o próprio tem-po, os próprios talentos e ha-

bilidades, o emprego das próprias for-ças, sua inteligência e os recursos dis-poníveis para dedicar-se às intençõesgenerosas que alimentavam seu cora-ção, em benefício de outras pessoas.

Uma intenção verdadeiramentepura, sem interesse pessoal, moveusuas ações. Desprovida de bens ma-teriais, consolou-se diante da impos-sibilidade de fazer tudo quanto gos-taria. Mas a satisfação que sentiu po-dendo auxiliar garantiu-lhe ímpar fe-licidade. Na verdade, limitou-se ao al-cance de suas possibilidades, que nãoeram poucas. Sim, porque movidapelo desejo de ser útil, encontrou milmaneiras de ser ou estar presente,pois que as procurou e verdadeira-mente encontrou. Afinal compreen-deu com facilidade que não há nin-guém que não possa ser útil de algu-ma forma, de prestar um serviço, dedar um conselho ou uma consolação,de oferecer um recurso, seja com seutempo, seu trabalho, até mesmo otempo de seu repouso ou usando suasforças e inteligência.

É interessante porque quantos denós não nos lamentamos de nada po-der fazer porque nos faltam recursos.Mas quando se fala em algo fazer, issonão envolve necessariamente recursosmateriais. Como ela, podemos perce-ber que há os recursos do tempo, dainteligência, das habilidades, de pro-vidências simples que muitas vezesnão envolvem dinheiro.

Muitas vezes a simples disposição,a boa vontade, o bom ânimo e mes-mo o bom humor são capazes de re-mover obstáculos imensos, antes con-siderados intransponíveis.

Ela faz a diferença, porque pensaantes nos outros.

Afinal ela é paciente, é doce e ben-fazeja. Também não é invejosa, não te-

merária e nem precipitada. Não se en-che de orgulho e também não é des-denhosa. E mais surpreendente: nãoprocura seus próprios interesses, nãose melindra e não se irrita com nada,pois que simplesmente compreende.Também não suspeita mal, não se ale-gra com a injustiça, mas se alegra coma verdade, tudo suporta, tudo crê,tudo espera, tudo sofre.

Sim, o leitor já descobriu. Até Re-nato Russo foi inspirado por ela e com-pôs bonita música que lhe destaca asvirtudes.

Ela, sim, somente ela, a caridade.Ela, aquela que extrapola a esmola ese estende principalmente nos relaci-onamentos, sempre pensa no bemestar alheio, tudo faz para que os ou-tros se sintam bem, ainda que com opróprio sacrifício. É que a verdadeiracaridade pensa nos outros antes depensar em si. Jesus bem a retratou noÓbolo da Viúva e Paulo de Tarso a es-tampou dizendo que se não tivermoscaridade, nada seremos, ainda quetudo tenhamos.

Somente quando percebermos obem que ela pode distribuir seremosmais felizes. Afinal, não é nossa posi-ção social, nem tampouco nosso títu-lo, nome, idade, sexo, patrimônio, car-go ou religião que nos garante sereni-dade e paz, mas sim a caridade quecolocarmos nos pensamentos e nasações de cada dia. É ela que garante obem estar individual e coletivo e igual-mente traz a tranqüilidade e a pazpara a vida em sociedade. Ela é capazde remover as misérias sociais, apro-ximar pessoas, desenvolver o amor efinalmente aproximar-nos uns dosoutros por meio da tolerância e da fra-ternidade, valores tão esquecidos nosdias atuais.

Usemo-la sem medo. Não há qual-quer contraindicação, nem efeitos co-laterais ou custos financeiros.

Orson Peter Carrara

S

A cada um segundoas suas obras

N

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10 VERDADE E LUZ Setembro de 2012JORNAL ESPÍRITA MENSAL

Temas para escala deExpositores da USE -2012

Tema CentralAs leis morais

(Terceiro Livro de “O Livro dosEspíritos” – Análise de atualidades)

Janeiro

A lei Divina ou NaturalFevereiro

Lei de AdoraçãoMarço

Lei do TrabalhoAbril

Lei da ReproduçãoMaio

Lei de ConservaçãoJunho

Lei de DestruiçãoJulho

Lei de SociedadeAgosto

Lei de ProgressoSetembro

Lei de IgualdadeOutubro

Lei de LiberdadeNovembro

Lei de Justiça, Amor e CaridadeDezembro

Perfeição Moral – Jesus

Poesia

Espiritismo e Ciência

Dentre os fenômenos popular-mente chamados de “sobre-naturais”, sem dúvida algu-ma, os mais conhecidos são

aqueles que ocorrem em lugares er-mos e isolados, que, por essa razão,são denominados “lugares assombra-dos”. Os mais comuns são apariçõesde Espíritos, movimentação e destrui-ção de móveis, arremesso de objetos,sons (pancadas no assoalho ou na pa-rede, passos, vozes, etc.) e luzes.

Por serem fenômenos que cha-mam muito a atenção do público edespertam o imaginário popular,quando ocorrem em algum lugar, sãofartamente explorados pela mídia te-levisiva, que se limita a mostrar os fa-tos e, algumas vezes apresenta expli-cações que não convencem porquenão tocam a razão. De outras vezes,são fornecidas explicações em que sãoconsideradas apenas as leis da física,sem levar-se em consideração a açãode inteligências extracorpóreas (Espí-ritos) na condução dos fenômenos, oque torna essas explicações limitadase pouco convincentes também.

Esses fenômenos foram fartamen-te estudados por Allan Kardec, que oschamou de Manifestações Físicas Es-

pontâneas, porque ocorrem sem a in-tervenção da vontade ou mesmo con-tra a vontade de quem os presencia.

O primeiro cuidado que se deve teré o de constatar se os fenômenos nãosão fraudados por homens inescrupu-losos com o intuito de chamar a aten-ção da mídia ou de provocar o terrorem algumas pessoas. Se, uma vez ave-riguado, ficar comprovado que não re-sultam da ação do homem, deve-seconsiderar a possibilidade da ação dosEspíritos.

Assim como entre nós os encarna-dos, os homens sérios não se prestamàs zombarias e às brincadeiras chulas,também os Espíritos igualmente séri-os não se prestam a esses fenômenos

Para as lutas do viverPara as lutas do viver

Vou te dar uma receita:

Comece sempre com o Amor

Eis a fórmula perfeita!

Também use a humildade

Que tem no seu coração

Sem esquecer-se da caridade

Nem tão pouco da oração!

Confie sempre em Jesus

Nem pense em desanimar

Ele será sempre a luz

Presente no seu lutar!

Para as lutas do viver

Cultive a paz e a união

Sem jamais esquecer

Que prá tudo há solução!

Léia Conceição Aparecida Pantoni

grosseiros. Segundo Kardec, eles resul-tam da ação de Espíritos mais levia-nos do que maus, que se divertemcom o medo que causam nas pessoase com as pesquisas inúteis que empre-endemos em busca das causas e dassoluções para esses problemas. Deoutras vezes, pode se tratar de Espíri-tos que querem dar um aviso qualquerou pedir alguma coisa para si mesmo,como preces ou o cumprimento depromessas que não tiveram tempo decumprir ou, ainda, pedir a reparaçãode alguma má ação que praticaramenquanto vivos. No primeiro caso, tra-ta-se de uma obsessão, que merecetratamento adequado, pautado nosensinamentos espíritas. No segundocaso, uma vez satisfeitos os seus de-sejos, deixam de incomodar e partemem definitivo.

Sendo assim, não há porque temeresses fenômenos. A presença dessesEspíritos pode ser importuna e desa-gradável, mas não perigosa, pois nãohá nada que possam fazer além de tra-quinices.

Aqueles que são vítimas de tais fe-nômenos tão incômodos podem bus-car ajuda nas Casas Espíritas que, cer-tamente, poderão prestar-lhes orien-tações racionais e seguras, além deacolhimento fraterno e tratamentofluidoterápico oportuno. Por outrolado, nas Reuniões Mediúnicas de De-sobsessão, os trabalhadores espíritasbuscarão conhecer as causas que mo-tivaram os Espíritos a essas ações im-portunas, recebendo-os fraternalmen-te como irmãos em desequilíbrio eorientando-os a um destino melhor.

Um fato curioso desvendado porKardec e pouco considerado pelas pes-soas é que qualquer fenômeno deefeito físico, mesmo os espontâneoscomo os citados acima, requerem adoação de fluido animalizado própriode quem está encarnado. Para que osfenômenos ocorram, o Espírito preci-

sará combinar os seus fluidos com ofluido animalizado que desprende emabundância de médiuns naturais, as-sim chamados por Kardec porque pro-duzem o fluido animalizado e doam-no involuntariamente, ou seja, possu-em a aptidão especial para a produ-ção desses fenômenos sem que sedeem conta de sua participação e semo desejarem.

Quando as manifestações físicas

espontâneas ocorrem em um lugarhabitado, é porque certamente ali seencontra presente um médium na-

tural. Os Espíritos relataram a Kar-dec que, quando essas manifesta-ções ocorrem em lugares desabita-dos ou abandonados, eles buscam ofluido animalizado em alguém dis-tante. Dada a essa dificuldade, po-demos compreender porque embo-ra estejamos constantemente rode-ados por Espíritos, eles não possamproduzir esses fenômenos a todoinstante.

Muitas pessoas devem se pergun-tar por que sendo esses fenômenostão evidentes e objetivos, não pode-ria Deus deles se utilizar com mais fre-quência para tentar convencer os maisincrédulos? Deixemos a resposta como Espírito São Luís: “Os ateus e os ma-terialistas não são a todo instante tes-temunhas dos efeitos do poder deDeus e do pensamento? Isso não im-pede que neguem Deus e a alma... Senão se converteram pelas maravilhasda criação, também não se converte-rão, ainda quando os Espíritos lhesaparecessem do modo mais inequívo-co... Felizes os que creem sem ter vis-to, disse Jesus, porque esses não du-vidam do poder de Deus”.

*Para maiores esclarecimentos: O

Livro dos Médiuns – Allan Kardec

Márcia [email protected]

Banca do Livro Espírita“18 de Abril”

Localizada na Praça da Catedral.Sempre com os últimos lançamentos

(16) 3236.5719Ribeirão Preto

Lugares Assombrados*

(16) 8159-5333

[email protected]

OBESIDADE INFANTIL

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Setembro de 2012 VERDADE E LUZ 11JORNAL ESPÍRITA MENSAL

Tema do mês

Lei de igualdadeassando de mão em mão en-

tre pessoas, uma pedra de

gelo, uma vela acesa, um per-

fume ou uma agulha, o que

isso tem a ver com a Lei de Igualdade?

Significa que todos têm as mesmas sen-

sações de frio, calor, cheiro, dor. Somos

iguais na essência, não obstante o sexo,

cor, raça, etc.

Todos os homens estão submetidos

às mesmas leis da Natureza. Todos nas-

cem igualmente fracos, acham-se sujei-

tos às mesmas dores e o corpo do rico

se destrói como o do pobre. Deus a

nenhum homem concedeu superiori-

dade natural, nem pelo nascimento,

nem pela morte: todos, aos seus olhos,

são iguais. Deus criou iguais todos os

Espíritos, mas cada um destes vive há

mais ou menos tempo, e, conseguinte-

mente, tem feito maior ou menor soma

de aquisições. A diferença entre eles

está na diversidade dos graus da expe-

riência alcançada e da vontade com que

obram a vontade que é o livre-arbítrio.

Daí o se aperfeiçoarem uns mais rapi-

damente do que outro o que lhes dá

aptidões diversas. Necessária é a vari-

edade das aptidões, a fim de que cada

um possa concorrer para a execução

dos desígnios da Providência, no limite

do desenvolvimento de suas forças fí-

sicas e intelectuais. O que um não faz,

fá-lo-á outro. Assim é que cada qual

tem seu papel útil a desempenhar. De-

mais, sendo solidários entre si todos os

mundos, necessário se torna que os

habitantes dos mundos superiores,

que, na sua maioria, foram criados an-

tes do vosso, venham habitá-lo, para

vos dar o exemplo.

Murilo Rodrigues Alves

21 anos de tradição

P

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Vem aí a

10º FEIRAMORSerá realizada pelo 10º seguido a FEIRAMOR

entre os dias 10 e 11 de Novembro de 2012, na

Escola Municipal Dom Luiz do Amaral Mousinho.

As reuniões de preparação são realizadas no últi-

mo sábado de cada mês às 16 horas no Sanatório

Espírita Vicente de Paula, Rua Pará nº 1280, no

Ipiranga. Convidamos todas as Sociedades