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Nepotismo cruzado: CNJ manda TJPE demitir comissionados
O Conselho Nacional de Justiça deu um prazo de dez dias para o Tribunal de Justiça de Pernambuco demitir alguns servidores comissionados oriundos da Assembléia Legislativa do Estado. A decisão foi tomada na sessão plenária realizada pelo Conselho, no último dia 29 de maio, em Brasília (DF). A Associação dos Magistrados do Estado de Pernambuco (AMEPE) denunciou ao CNJ, ano passado, por meio do Procedimento de Controle Administrativo 579, a existência de casos de nepotismo cruzado entre o Tribunal de Justiça de Pernambuco e a Assembléia Legislativa do Estado. Foram identificados cinco servidores exonerados do Tribunal, em respeito à Resolução n.º 7 do CNJ (combate ao nepotismo) e que tomaram posse na Assembléia Legislativa. Ao mesmo tempo, cinco outros servidores da Assembléia, também exonerados, tomaram posse no Tribunal. O JUDICATURA traz todos os detalhes. Pág. 04 e 05
Cargos comissionados dos juizados do TJPE deveriam ser preenchidos por concursados,
segundo decisão do CNJ
Outra irregularidade denunciada pela AMEPE no PCA 579 e reconhecida pelo CNJ foi que os cargos de conciliador, secretário e secretário-adjunto dos juizados, bem como os cargos de agente de transporte e segurança, todos do Poder Judiciário de Pernambuco, hoje tidos pela legislação estadual como comissionados, não são de direção, chefia ou assessoramento, não tendo, assim, a natureza jurídica de cargo em comissão. Por isso, os cargos deveriam ser preenchidos por concursados, em respeito ao previsto no art. 37, II e V, da Constituição Federal. O número de cargos ocupados irregularmente pela via do provimento em comissão representa quase 60% do quadro de pessoal comissionado do TJPE. Pág. 04
Inscrições para Congresso superam expectativas
O número de inscritos para o III Congresso Estadual dos Magistrados superou as expectativas dos organizadores. O JUDICATURA traz, nesta edição, os nomes dos palestrantes convidados para participar do Congresso, que acontece no período de 15 a 18 de novembro, em Muro Alto (Ipojuca). A partir deste mês, o tema do Congresso “Transparência e Democratização da Gestão do Poder Judiciário” será explorado em várias reportagens especiais. A primeira delas abordará a importância de ser estabelecido um planejamento estratégico para garantir a qualidade da prestação jurisdicional. Pág. 06 a 09
Presidente:Dr. Airton Mozart Valadares Vieira Pires
1º Vice-Presidente:Dr. Laiete Jatobá Neto2º Vice-Presidente
Dr. Emanuel Bonfim Carneiro Amaral FilhoSecretária Geral
Dra. Maria das Graças Serafim CostaSecretário Geral-Adjunto
Dr. Andréa Epaminondas Tenório de BritoDiretor de Finanças e Patrimônio
Dr. Edvaldo José PalmeiraDiretor de Finanças e Patrimônio-Adjunto
Dr. Fernando Menezes Silva
CONSELHO FISCALDr. Antônio Medeiros de Souza
Dr. Cícero Bittencourt de MagalhãesDr. Inês Maria de Albuquerque Alves
Dr. Fernanda Moura de CarvalhoDr. João Alberto Magalhães de Siqueira
Diretoria Cultural:Dr. Carlos Magno Cysneiros Sampaio – Diretor
Juíza Cristina Reina Montenegro de Albuquerque – Diretora-Adjunta
Diretoria de Esportes:Dr. Arnóbio Amorim Araújo Júnior – Diretor
Dr. José Valdmir de Oliveira Chaves – Diretor-AdjuntoDiretoria Jurídica:
Dr. Eudes dos Prazeres França – DiretorDr. José Marcelon Luiz e Silva – Diretor-Adjunto
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Diretoria Social:Dr. Clicério Bezerra e Silva – Diretor
Dra. Andréa Duarte Gomes – Diretora-AdjuntaDiretoria CAMPE:
Dr. Danilo Galvão Martiniano LinsDr. Luiz Gustavo Mendonça Araújo
Dr. Paulo Henrique Martins Machado
Judicatura é uma publicação da Associação dos Magistrados de Pernambuco - AMEPE
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Produção:G&M ComunicaçãoJornalistas Responsáveis:Giovana Mesquita DRT/PE – 2138 / Guida Vanderlei DRT/PE – 2914 / Mariana Dantas DRT/PE - 3614
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Os artigos assinados refletem, exclusivamente, a opinião dos seus autores.
Mozart Valadares Pires* O movimento associativo, através da
atuação das entidades classistas dos juí-zes, liderado pela Associação dos Ma-gistrados Brasileiros (AMB), vivencia um momento de efetiva ação em prol do Poder Judiciário e do Estado Democráti-co de Direito. A preocupação quase que restrita em propiciar lazer e reivindicar melhorias salariais em favor dos seus fi-liados deixou de figurar como prioridade principal das associações.
A participação ativa nas discussões
dos grandes temas nacionais e o compro-misso com um país menos desigual e corrupto fez com que os líderes clas-sistas eliminassem a pauta que tratava quase que única, e exclusivamente, dos interesses pes-soais e das práticas corporativas, que na maioria das ve-zes iam de encon-tro aos anseios da sociedade. A AMB vem atuando de forma decisiva para tornar o Judiciário um poder mais ético e transparente, objetivo almejado pela grande maioria dos juízes e juízas do nosso País.
Para que não fiquemos somente no
discurso, podemos elencar algumas vi-tórias alcançadas através da luta associa-tiva, como, por exemplo, a extinção da nefasta prática do nepotismo em alguns tribunais, que transformava o espaço pú-blico em propriedade privada, e o voto aberto e fundamentado nas promoções por merecimento dos magistrados, pro-cesso que busca eliminar “critérios” de subserviência, parentesco e amizade que, infelizmente, predominaram por longo período na maioria dos tribunais. Além disso, podemos citar também a manuten-ção, até o presente momento, da aposen-tadoria compulsória aos 70 anos de idade, proporcionando uma salutar oxigenação do Poder e impedindo que alguns poucos se perpetuem nos tribunais, utilizando o espaço público para cuidar de interesses particulares em detrimento dos interesses republicanos.
Judiciário se renova Também não podemos esquecer o
ajuizamento de Ação Direta de Inconsti-tucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal, culminando com a revogação de uma resolução editada pelo Conselho Nacional de Justiça, que colocava as jus-tiças Federal e do Trabalho em patamar superior ao Poder Judiciário Estadual, cujo julgamento constituiu uma verdadei-ra declaração da importância da Justiça Comum para o aperfeiçoamento da demo-cracia brasileira. A eleição de metade dos componentes da corte especial dos tribu-nais pelos respectivos plenos, iniciando um necessário e tão esperado processo de democracia interna no Judiciário, também
é um exemplo de vitória alcançada através da luta as-sociativa.
A denominada
Operação Furação, recentemente de-sencadeada pela Polícia Federal, que resultou na pri-são de advogados, procuradores e ma-gistrados, dentre outros, somente foi exitosa em razão
da atuação do próprio Poder Judiciário, pois foi o ministro Cezar Peluso, magistrado de carreira, que emprestou todo o suporte ju-rídico para que as investigações chegassem aos acusados.
Foi através das decisões judiciais profe-
ridas pelo ministro que os acusados foram detidos, tiveram o sigilo telefônico violado e o bloqueio de seus bens, numa demonstra-ção de que a imensa maioria da magistratura brasileira não compactua com aqueles que se utilizam do cargo para praticar condutas ilícitas. Diante desse lamentável episódio, que atingiu parcela ínfima da magistratura, a nossa entidade nacional de classe – a AMB – não silenciou, exigindo publicamente uma apuração rigorosa das acusações e a punição exemplar para os que forem encontrados em culpa. Esse é o Judiciário que todos quere-mos: transparente, ético e democrático.
* Mozart Valadares é juiz, presidente da Asso-ciação dos Magistrados do Estado de Pernambuco (AMEPE) e vice-presidente da Associação dos Magis-trados Brasileiros (AMB).
“A AMB vem atuando de forma
decisiva para tornar o Judiciário um
poder mais ético e transparente”
� - Informativo da Associação de Magistrados de Pernambuco - Ano XVIII - Abril/Maio/Junho - 2007
Artigo
Por unanimidade, as entidades parti-cipantes do Fórum Brasil Democrático e Transparente decidiram manifestar-se contra a proposta de aumento da idade para a aposentadoria compulsória de juízes e desembargadores (70 para 75 anos). Um documento fundamentando a posição do Fórum será enviado à Câma-ra Federal, com o objetivo de estimular a discussão do tema. A decisão foi toma-da no último dia 03 de abril, durante a segunda reunião do Fórum, realizada no auditório da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), no Derby. Além da aposenta-doria compulsória, os membros do Fó-rum também debateram outros assuntos, entre eles o processo de escolha dos ad-vogados membros do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e a redução da maiori-dade penal.
“Vamos elaborar também documen-tos para mostrar a posição do Fórum sobre estes dois temas. Somos contra a redução da maioridade penal. Também
Fórum Brasil Democrático discute aposentadoria compulsória
defendemos a participação da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) no processo de escolha dos seus represen-tantes do TRE”, afirmou o presidente da AMEPE, Mozart Valadares Pires. Du-rante a reunião, os membros do Fórum decidiram ainda promover, por meio da realização de seminários, o debate sobre questões de grande interesse da socieda-de, como o funcionamento do sistema penitenciário, o tráfico de drogas e a violência contra a mulher.
Fórum - Lançado no último dia 6 de fevereiro, por meio de uma inicia-tiva conjunta entre a Associação dos Magistrados do Estado de Pernambuco (AMEPE) e Ordem dos Advogados do Brasil, Seção Pernambuco (OAB-PE), o Fórum tem o objetivo de promover o aperfeiçoamento, a democratização e a transparência das instituições que com-põem o sistema de segurança e justiça no Estado. A iniciativa já conta com a participação de várias entidades, entre
elas a Associação Juízes para a Demo-cracia (AJD); Associação dos Procura-dores do Recife; Associação do Minis-tério Público de Pernambuco, Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj); Associação do Tribunal de Contas; Delegados pela Cidadania; diretórios acadêmicos de Di-reito, entre outras.
Coordenadorias regionais da AMEPErealizam diversas atividades
A atual administração da Associação dos Magistrados do Estado de Pernam-buco (AMEPE) implantou coordenarias regionais em cinco cidades do Estado com o objetivo de levar as ações da As-sociação para mais perto do magistrado que exerce suas atividades no interior. Petrolina, Afogados da Ingazeira, Pes-queira, Garanhuns e Caruaru são as se-des das coordenadorias, e os juízes Mar-cos Franco Bacelar, Ana Marques Veras, Nehemias de Moura Tenório, José Car-los Vasconcelos Filho e José Fernando Santos de Sousa são o elo entre a AME-PE e os magistrados dessas regiões.
A implantação das coordenarias já tem dado resultados interessantes. Se-gundo o juiz Marcos Bacelar, de Pe-trolina, uma das conquistas que pode ser elencada é a extensão do plano de saúde Unimed para todo o interior. Ele também cita a realização do III Encontro dos Juízes do Sertão, que aconteceu no final do ano passado e que, com o apoio da AMEPE, vai fazer parte do calendá-rio anual de atividades dos juízes que
atuam no Sertão do Estado. Ele também lembra a realização do Encontro Interes-tadual, que reuniu magistrados da Bahia e de Pernambuco na discussão de temas de interesse da categoria, realizado no último mês de março.
Já o magistrado José Carlos Vascon-celos Filho, de Garanhuns, afirma que os associados da região participam de encontros mensais, no Fórum de Gara-nhuns, para discutir dificuldades, no-vidades do Judiciário e levantar suges-tões para a Diretoria da AMEPE. Outro
exemplo de avanços na relação entre a Diretoria da AMEPE e os associados do interior vem da Coordenadoria de Pes-queira. Segundo o magistrado Nehemias de Moura Tenório, no último dia 19 de abril, os associados da região se reuni-ram no Hotel Estação Cruzeiro para dis-cutir a Lei Maria da Penha. O encontro foi encerrado com jantar de confraterni-zação e com o show dos repentistas João Paraibano e Diomedes Mariano.
O coordenador de Pesqueira informa que novo encontro já foi marcado, para este mês de junho, quando serão discu-tidos os Aspectos Práticos das Reformas no Código de Processo Civil, como o Cumprimento de Sentença e as recentes reformas do Processo de Execução.
As ações das coordenarias estão sendo regulamentadas pela Diretoria da AMEPE, inclusive quanto à necessida-de da elaboração de orçamento anual de cada coordenadoria e prestação de contas, ambos a serem aprovados pela Diretoria.
Juiz Mozart Valadares, presidente da AMEPE
Magistrados reunidos em Gravatá em Dez/2006
Informativo da Associação de Magistrados de Pernambuco - Ano XVIII - Abril/Maio/Junho - 2007 - �
A decisão foi tomada na sessão ple-nária realizada pelo Conselho, no último dia 29 de maio, em Brasília (DF). A Asso-ciação dos Magistrados do Estado de Per-nambuco (AMEPE) denunciou ao CNJ, ano passado, por meio do Procedimento de Controle Administrativo 579, a existên-cia de casos de nepotismo cruzado entre o Tribunal de Justiça de Pernambuco e a Assembléia Legislativa do Estado. Foram identificados cinco servidores exonerados do Tribunal, em respeito à Resolução n.º 7 do CNJ (combate ao nepotismo) e que tomaram posse na Assembléia Legislativa. Ao mesmo tempo, cinco outros servidores da Assembléia, também exonerados, to-maram posse no Tribunal.
No voto, o conselheiro Douglas Rodri-gues, relator do processo, descreve a situação
CNJ determina que TJPE demita comissionados
Nepotismo Cruzado:
O Conselho Nacional de Justiça deu um prazo de dez dias para o Tribunal deJustiça de Pernambuco exonerar alguns servidores comissionados
oriundos da Assembléia Legislativa do Estado
Outra irregularidade denunciada pela AMEPE no PCA 579 e reconhecida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) foi que os cargos de conciliador, secretário e secretário-adjunto dos juizados, bem como os cargos de agente de transporte e segurança, todos do Poder Judiciário de Pernambuco, hoje tidos pela legislação estadual como comissionados, não são de direção, chefia ou assessoramento, não tendo, assim, a natureza jurídica de cargo em comissão, e, por isso, deveriam ser pre-enchidos por concursados, em respeito ao previsto no art. 37, II e V, da Constituição Federal.
Diante disso, o plenário do CNJ deci-diu enviar cópia do processo para o pro-curador Geral da República, Antônio Fer-nando de Souza, para que o mesmo possa, se assim entender devido, argüir perante o Supremo Tribunal Federal a inconstitu-cionalidade dos artigos de leis estaduais que tratam os mencionados cargos como
como uma “troca de favores” caracterizada por nomeações recíprocas. “As nomeações recíprocas de parentes de agentes vincula-dos aos órgãos de Poderes distintos denotam
ofensa aos princípios da impessoalidade, le-galidade, eficiência e moralidade administra-tivas”, diz o conselheiro Douglas Rodrigues no voto. O conselheiro ainda deixa clara a solicitação de informações feita ao TJPE. Ele relata que “solicitação de informações foi di-rigida ao presidente do tribunal requerido, o qual, no entanto, não as prestou na forma como solicitadas”.
Rodrigues ainda relata que enquanto órgão central do sistema de controle admi-nistrativo do Poder Judiciário não está o CNJ legitimado a realizar o controle da le-galidade de atos administrativos praticados por entidades e órgãos pertencentes a outros segmentos do poder público, não podendo, portanto, determinar a demissão dos casos de nepotismo cruzado lotados no Legislativo de Pernambuco.
de provimento em comissão. Segundo a AMEPE, nove leis estaduais permitiram o “apadrinhamento de amigos e a prática de nepotismo” ao desvirtuarem a natureza jurídica dos cargos de conciliador, secre-tário, secretário-adjunto e agente de trans-porte e segurança. Ao todo, são 201 cargos dos juizados e 56 de agente de transporte e segurança ocupados irregularmente, o que poderia gerar a contratação, via concurso público, de 257 profissionais, o que possi-bilitaria igualdade na concorrência, além de um serviço mais estável e rápido nos juizados.
O número de cargos ocupados irregu-larmente pela via do provimento em co-missão é significativo, pois representa qua-se 60% do quadro de pessoal comissionado do Tribunal de Justiça de Pernambuco, que alcança o total de 429 cargos.
Para o presidente da AMEPE, juiz Mo-zart Valadares Pires, a decisão é uma vitó-
ria da sociedade, na medida em que foram restaurados os princípios da administração pública. “A maior vitória é a transforma-ção dos cargos em efetivos, possibilitando o acesso do cidadão ao serviço público, in-dependente do parentesco”, declarou.
A Associação propôs uma Emenda ao projeto do novo Código de Organização Judiciária de Pernambuco, para a transfor-mação dos multicitados cargos em efeti-vos, mas o TJPE não acolheu a sugestão. A AMEPE, no entanto, está tentando rediscu-tir a matéria via Emenda Parlamentar, inde-pendentemente da ação judicial que venha a ser promovida pelo Procurador Geral da República contra as leis em vigor.
A íntegra da decisão do CNJ pode ser acessada no site do Conselho (www.cnj.gov.br), link acompanhamento processual, PCA 579. O site da AMEPE (www.amepe.com.br), no link INSTITUCIONAL, CNJ, também oferece a decisão na íntegra.
Mais de 250 cargos comissionados não respeitam a Constituição
Conselheiros reunidos em sessão plenária
Foto
: CN
J
� - Informativo da Associação de Magistrados de Pernambuco - Ano XVIII - Abril/Maio/Junho - 2007
1. Em 21 de fevereiro de 2006, o ser-vidor Walter Gonçalves Coelho foi exo-nerado, no Poder Judiciário, do cargo em comissão de Secretário-Adjunto de Juizado (Ato 500/06, fl. 48 do apenso n.º 01), sendo nomeado, no Poder Legislati-vo, para o cargo em comissão de Assessor Especial (Ato 668, folha 52 do apenso n.º 01), no dia 07 de março. Neste mesmo dia, a servidora Giovana Maria Goes Uchoa Calvalcanti Barbosa foi exonerada, no Po-der Legislativo, do cargo em comissão de Assessor Especial (Ato 668, folha 52 do apenso n.º 01) , já tendo sido nomeada, no Poder Judiciário, para o cargo em comis-são de Secretário-Adjunto de Juizado (Ato 755, folha 50 do apenso n.º 01), desde o dia 04 de março.
2. Também em 21 de fevereiro de 2006, o servidor Raniere Brayner Castro Range1 foi exonerado, no Poder Judiciá-rio, do cargo em comissão de Escrivão da Corregedoria (Ato 490, folha 48 do apenso n.º 01, sendo nomeado, no Poder Legislati-vo, para o cargo em comissão de Assessor Técnico de Comissão (Ato 679, fl. 53 do apenso n.º 01), no dia 10 de março. Neste mesmo dia, o servidor Sergio Corrêa de Araújo foi exonerado, no Poder Leqisla-
Confira os atos de nomeação que caracterizam o nepotismo cruzado
tivo, do cargo em comissão de Assessor Técnico de comissão (Ato 679, folha. 53 do apenso n.º 01), tendo sido nomeado, no Poder Judiciário, para um cargo em comis-são (Ato 887, não juntado aos autos pelo requerente).
3. Igualmente em 21 de fevereiro de 2006, a servidora Rossana Santana de Lima foi exonerada, no Poder Judiciário, do cargo em comissão de Secretario de Desembargador (Ato 538/06, folha 48 do apenso n.º 01) , sendo nomeada, no Poder Legislativo, para o cargo em comissão de Assessor Especial (Ato 680, fl. 56 do apenso n.º 01), no dia 14 de março. Neste mesmo dia, a servidora Maria das Graças da Costa Figueiroa foi exonerada, no Po-der Legislativo, do cargo em comissão de Assessor Técnico de Comissão (Ato 680, folha 56 do apenso n.º 01), já tendo sido nomeada, no Poder Judiciário, para o car-go em comissão de Secretário de Desem-bargador (Ato 885/06, f l. 55 do apenso n.º 01), desde o dia 11 de março.
4. Do mesmo modo, em 21 de feverei-ro de 2006, a servidora Maria Renata Reis Lins foi exonerada, no Poder Judiciário, do cargo em comissão de Secretário-Ad-
junto de Juizado (Ato 510, fl. 48 do apenso n.º 01), sendo nomeada, no Poder Legisla-tivo, para o cargo em comissão de Asses-sor Especial (Ato 683, folha. 57 do apenso n.º 01) , no dia 15 de março. Neste mesmo dia, a servidora Venice de Cristo Leal foi exonerada, no Poder Legislativo, do cargo em comissão de Assessor Especial (Ato 683, fl. 57 do apenso n.º 01) , já tendo sido nomeada, pelo Poder Judiciário, para o cargo em comissão de Secretário-Adjunto de Juizado (Ato 853/06, f olha 54 do apen-so n.º 01), desde o dia 10 de março.
5. Ainda em 21 de fevereiro de 2006, o servidor Roberto Guerra Lopes foi exo-nerado, no Poder Judiciário, do cargo em comissão de Conciliador (Ato 514, folha 48 do apenso n.º 01), sendo nomeado, no Poder Legislativo, para o cargo em comis-são de Chefe de Gabinete (Ato 686/06, fl. 58 do apenso n.º 01), no dia 17 de mar-ço. Neste mesmo dia, o servidor Mosar de Me1o Barbosa Filho foi exonerado, no Poder Legislativo, do cargo em comissão de Chefe de Gabinete (Ato 685, folha. 58 do apenso n.º 01 ) , sendo nomeado, no Po-der Judiciário, para o cargo em comissão de Conciliador (Ato 1051/06, folha. 59 do apenso n.º 01) , no dia 18 de março.
Informativo da Associação de Magistrados de Pernambuco - Ano XVIII - Abril/Maio/Junho - 2007 - �
Promoção pessoal em Diário Oficial é ilegal“A publicidade dos atos, programas,
obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, in-formativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou serviços públi-cos” – isso é o que prevê a Constituição Federal, em seu art. 37, § 1º. Para com-bater o uso indevido do Diário Oficial do Judiciário, o Conselho Nacional de Jus-tiça vai recomendar aos tribunais do país que se abstenham de veicular matérias que não tenham caráter oficial, reforçan-do o que já prevê a Constituição.
A decisão foi tomada em sessão ofi-cial do CNJ, a partir de Procedimento de Controle Administrativo proposto pelo conselheiro Eduardo Lorenzoni (PCA 340), tendo como relator o conselheiro Cláudio Godoy. Lorenzoni questionou
a legalidade do modelo do Diário Oficial da Justiça do Estado de Pernambuco, que abre espaço, nas primeiras páginas, para matérias que ofendem, segundo ele, aos princípios da moralidade e impessoalida-de administrativa. Lorenzoni afirma que a representação formulada por ele tende a coibir a prática que verificou ocorrer no Diário Oficial do Judiciário de Pernambu-co de veicular no Diário Oficial publica-ção de matéria estranha à sua finalidade, “com contornos de promoção pessoal de magistrados”.
“O Diário Oficial, por natureza e voca-ção, serve apenas e tão-somente à comu-nicação de atos oficiais. Não é um notici-ário, que se preste à manifestação inclu-sive de opiniões, por meio de entrevistas, ilustradas por fotografias, como se fosse um periódico comum”, atesta o relator em sua decisão. Segundo o presidente da
Associação dos Magistrados do Estado de Pernambuco (AMEPE), juiz Mozart Valadares Pires, a Associação concorda com a decisão do Conselho. “O TJPE estava utilizando o Diário Oficial para fins pessoais”, declara. Para o diretor de Finanças e Patrimônio da AMEPE, juiz Edvaldo Palmeira, o Diário Oficial de Pernambuco passou a ser utilizado também para informativos de entidades privadas e até como coluna social. “O espaço pago pelo Poder Público só pode ser utilizado para veicular matérias de interesse público”, afirma.
O plenário do CNJ aprovou a decisão por unanimidade. Os conselheiros tam-bém resolveram oficiar à comissão do CNJ que elabora o Código de Ética da Magistratura, sugerindo que seja estuda-da a inclusão, no documento, de eventual regulamentação sobre o assunto.
Planejamento e Poder JudiciárioOs temas planejamento, orçamento e transparência do Poder Judiciário estarão presentes na maioria
das discussões do III Congresso dos Magistrados de Pernambuco, que acontece no próximo mês de novembro. Com o objetivo de contribuir com o enriquecimento do debate, o JUDICATURA apresentará,
nesta e nas próximas edições, reportagens especiais sobre esses três temas, que afetam diretamente a qualidade da atividade judicante. A primeira reportagem abordará a importância de estabelecer-se um
planejamento estratégico para garantir a qualidade da prestação jurisdicional.
A falta de planejamento e visão de futuro que permeou durante décadas nos tribunais de justiça está refletindo na qualidade dos serviços prestados hoje pelo Poder. A atual estrutura da Justiça não consegue suprir a demanda da so-ciedade. E a solução para o problema não está apenas no aumento do número de varas e servidores públicos. A medi-da poderia contribuir para amenizar o problema, mas não iria resolvê-lo. Em primeiro lugar, o orçamento do Judiciário não suportaria por muito tempo o aumento constante de sua estrutura e quadro de funcionários. Além disso, embora seja considera-do insuficiente, a estrutura do Judiciário cresceu nos últimos anos e, mesmo assim, não houve avanços significativos em relação ao atendimento à população.
Em Pernambuco, por exemplo, o Tribunal de Justiça, que em 1992 contava com 15 desembargadores, hoje possui 39. A estrutura do Judiciário do Estado é formada ainda por cerca de 470 juízes em ativida-de, 148 comarcas, 355 varas, 34 juizados especiais, cerca de 3,5 mil servidores, e um orça-mento de, aproximadamente, R$ 18,8 milhões – de acordo com o balanço orçamentário do exercício de 2006 divulga-do pela Diretoria Financeira do TJPE. Devido à falta de planejamento estratégico, a complexa estrutura do Judiciário pernambucano cresceu à revelia da demanda da popu-lação e também dos próprios magistra-dos. Em uma das questões da pesquisa institucional promovida pela AMEPE no ano de 2006, 75% dos magistrados responderam que nunca foram consul-tados pela administração do Tribunal de Justiça quanto às necessidades de suas unidades de trabalho. Apenas 15% afir-maram que já foram consultados e 10%
não responderam. A pesquisa contou com a participação de 230 juízes.
Mudanças implantadas sem plane-jamento pelos tribunais acarretam em problemas “macros” para o Judiciário. Quando as serventias judiciais foram oficializadas, por exemplo, a função de gerenciar as unidades de trabalho foi re-passada para os juízes. Entretanto, não foi implantado nenhum programa de ca-
pacitação para os magistrados, que antes lidavam apenas com questões ligadas ao Direito. Essa é só uma amostra de como a ausência de gestão estratégica pode afetar, diretamente, a qualidade dos ser-viços prestados pela Justiça.
Falta de dados - Além de não dia-logar com a sociedade e a magistratura sobre a Administração do Poder Judi-ciário, o TJPE também não fornece as informações necessárias para uma aná-lise mais aprofundada sobre o funcio-
namento da Justiça em Pernambuco. O presidente do TJPE, inclusive, mandou arquivar os requerimentos da AMEPE referentes ao fornecimento de informa-ções referentes a estrutura do Poder Ju-diciário e à sua execução orçamentária, que visava subsidiar a realização do III Congresso Estadual de Magistrados (Pá-gina 1 do Diario Oficial do Estado de 8 de junho de 2007). No último dia 30 de maio, o projeto Oficina de Segurança e
Justiça, coordenado pela Fun-dação Joaquim Nabuco (Fun-daj), promoveu reunião para debater o relatório da demanda jurisdicional referente ao ano de 2006, divulgado pelo TJPE. O encontro ocorreu na sede da Fundaj, no bairro do Derby, e contou com a participação dos pesquisadores Ronidalva Melo, Alexandre Zarias, Flávio Cire-no, do procurador da Prefeitura do Recife, Humberto Vieira, e do procurador do Ministério Público, Francisco Sales.
“O relatório apresentado pelo Tribunal traz informações sobre a demanda, detalhando a distribuição dos processos, mas não apresenta dados sobre o número de processos julgados. Por meio do documento, não temos como avaliar a produti-vidade”, afirmou a pesquisa-dora Ronidalva Melo. Segundo o sociólogo Alexandre Zarias, “as informações fornecidas pela Justiça não são dados es-
tatísticos, e sim acompanhamentos de processos. Não foi estabelecida nenhu-ma metodologia para a aferição destes dados”. Outra critica apontada no debate está relacionada com a falta de informa-ção sobre os Juizados Especiais Cíveis. O número de processos distribuídos para as varas cíveis reduziu nos últimos anos, já a demanda dos juizados especiais vem aumentando. Entretanto, o documento não informa sobre o volume de proces-sos recebidos pelos juizados.
Fachada do Palácio da Justiça, sede do TJPE
� - Informativo da Associação de Magistrados de Pernambuco - Ano XVIII - Abril/Maio/Junho - 2007
O crescimento da estrutura do Judi-ciário Estadual (novas varas, comarcas e juizados especiais) não foi propor-cional ao crescimento do número de servidores. “Além dos servidores que se aposentaram ou faleceram, muitos pediram exoneração, resultando em um déficit de aproximadamente 40% do quadro funcional. Não temos como re-manejar o que já está em déficit. Para atender à solicitação de uma determina-da unidade, preciso sensibilizar o gestor de outra unidade a “emprestar” o fun-cionário, isso desagrada o gestor e para o servidor nem sempre é uma mudança satisfatória”, explica a titular da Direto-ria de Recursos Humanos do TJPE, Va-léria Pragana. Segundo ela, as 485 no-vas vagas que serão preenchidas pelos aprovados no último concurso ajudarão a amenizar o problema, mas não cobri-rão totalmente a demanda. “Precisamos da aprovação do novo COJ (Código de Organização Judiciária), que já foi for-mulado e enviado para a Assembléia e do novo PCCV”. O COJ atual, que é uma resolução de 1970 e está defasado quanto às demandas jurisdicionais, não prevê número de servidores por vara ou comarca.
Para sanar a falta de servidores, se-ria necessária a contratação do dobro de cargos vagos. Atualmente, o TJPE conta com aproximadamente 3 mil servidores efetivos em seu quadro. “Não podemos corrigir a deficiência de imediato, mas, com o novo COJ, o PCCV e a imple-mentação do planejamento existente no TJPE no que tange a desenvolvimento humano, creio que encontraremos a so-lução”, explica Valéria Pragana.
Capacitação - Além da carência de servidores nas diversas unidades juris-dicionais, outro problema é a falta de capacitação plena do seu quadro. “A maior parte das secretarias não dispõe de recursos humanos suficientes e nem preparados para essa atividade”, explica o diretor Cultural da AMEPE, juiz Car-los Magno. Ele também destaca que o juiz exerce o papel de gestor e, por isso, também necessita de capacitação. “Nós magistrados não temos formação geren-cial. Gerenciar sua unidade de trabalho é uma tarefa que se impõe ao magistrado
desde a oficialização das serven-tias judiciais, é uma incumbên-cia que precisa ser estimulada e desenvolvida”.
A opinião de Magno é com-
partilhada por grande parte dos juízes pernambucanos. De acor-do com a pesquisa institucional promovida pela AMEPE, 77% dos magistrados gostariam de participar de cursos de capa-citação gerencial. A titular da DRH do TJPE, Valéria Pragana, também confirma o interesse do magistrado em participar de cur-sos, ressaltando que a DRH vem desenvolvendo novos projetos neste sentido. “Felizmente, os magistrados estão cônscios da necessidade de aprimorar o seu papel de gestor e líder. A distân-cia entre o juiz e os servidores está diminuindo e o conceito de trabalho em equipe vem ganhando força, embo-ra ainda tenhamos que vencer algumas resistências. O juiz é o líder, o gestor, e não existe liderança sem equipe. Tam-bém precisamos levar em conta que há
uma necessidade urgente de melhorar a comunicação e otimizar os procedimen-tos e rotinas para que possamos cumprir a responsabilidade social que está im-plícita na nossa missão institucional”, disse a diretora.
Ela explica que o TJPE oferecerá no segundo semestre o MBA de Gestão e Liderança com a UFPE para juízes e
gestores. A DRH também prevê, para o próximo semestre, a realização de ofici-nas e seminários de reciclagem. Outra iniciativa, segundo Valéria Pragana, faz parte do projeto piloto “Aprendizagem em Ação”, desenvolvido com êxito em uma comarca do interior do Estado e, atualmente, em andamento em varas da Capital. O projeto busca solucionar os entraves e conflitos peculiares de cada unidade de trabalho. Dois facilitadores de aprendizagem da DRH em parceria com o gestor da unidade desenvolvem com a equipe uma forma de buscar so-luções e compartilhar o conhecimento. Por exemplo, depois de ouvir o ma-gistrado titular da unidade e todos os envolvidos, elabora-se um diagnóstico e se discutem as soluções e encaminha-mentos. Durante três meses o trabalho da unidade é acompanhado permanen-temente. Depois é feita a monitoração mais espaçada. “Procuramos escutar todos. Não impomos regras, e sim
contribuímos para otimizar o trabalho em equipe. Acreditamos que o conheci-mento existe, o que falta é um trabalho de consultoria, de coach junto ao grupo. O TJPE já tem um grupo de consulto-res internos formado por magistrados e servidores. O projeto está dando certo e pretendemos ampliá-lo. Temos muita coisa a fazer, mas já caminhamos mui-to”, disse.
Falta planejamento no Tribunal de Justiça de Pernambuco
Além da carência de servidores nas diversas unidades
jurisdicionais, outro problema é a falta de capacitação plena do
seu quadro
Juiz Carlos Magno, diretor Cultural da AMEPE
Informativo da Associação de Magistrados de Pernambuco - Ano XVIII - Abril/Maio/Junho - 2007 - �
Além de promover capacitações e suprir a demanda de servidores nas uni-dades de trabalho, é necessário reavaliar os critérios de movimentação de juízes titulares e substitutos, atividade execu-tada pela Secretaria Judiciária do TJPE. “Na comarca do Recife, temos aproxi-madamente o mesmo número de juízes substitutos e titulares. Não existe crité-rio para a alocação desses magistrados substitutos; boa parte deles é movida a cada 30 dias, sem vinculação entre sua especialização e a vara para a qual é designado. Temos, por exemplo, magis-trados com elevada especialização em direito público que foi designado para responder pelo juizado de execuções cíveis; temos caso de magistrado com especialização em Direito Civil , que é designado para atuar na área criminal, e vice-versa. A simples movimentação mensal do magistrado, além de configu-rar grave violação ao princípio do juiz natural, prejudica a sua produtividade”, explica o diretor cultural da AMEPE, juiz Carlos Magno.
Magno também afirma que, por não conhecerem bem a vara para qual foram designados, os magistrados que se mo-vimentam a cada 30 dias “não estabele-cem laços de rotina burocrática com a secretaria da vara e têm a sensação de estarem ocupando a casa de outro, evi-tado empreender ritmo e procedimentos próprios”. Outro ponto que contribui para a morosidade da prestação de ser-viço jurisdicional, principalmente para a população mais pobre, é a disparidade entre o número de processos distribuídos nas varas que possuem assistência judi-ciária e nas demais unidades. “No Recife existem 12 varas da família, sendo seis delas destinadas ao atendimento dos que não podem pagar as custas do processo e os honorários do advogado. Cada uma dessas varas recebe, em média, 100 pro-cessos por mês. As outras recebem em média 30 processos no mesmo período. Isso significa que o processo do pobre tende a demorar três vezes mais do que o do rico”, explica Carlos Magno.
Pesquisadora da Fundaj nas áreas de Direitos Humanos, Violência e Cri-minalidade, Prisão, Segurança Pública e Defesa Social, a socióloga e Ronidalva
Falta de critérios contribui para morosidade da Justiça
Melo tem plena noção das dificuldades enfrentadas pelas pessoas de baixa ren-da que necessitam da Justiça. “A alta demanda das varas destinadas ao aten-dimento dos beneficiários da justiça gratuita reflete diretamente na questão
da morosidade e do acesso à justiça. En-tre as Varas Cíveis o problema é ainda maior. Existem 34 Varas Cíveis no Re-cife. Desse total, a população carente só
dispõe de quatro varas e ainda necessita das Defensorias Públicas, que também não conseguem atender à demanda”, afirma Ronidalva.
Mapa – O mau planejamento em re-lação à movimentação de magistrados não atinge apenas as Varas da Região Metropolitana, mas também do interior do Estado. No Mapa do Sistema de Se-gurança e Justiça, que a AMEPE está disponibilizando em seu site institucio-nal (www.amepe.com.br), é possível identificar a carência de magistrados em algumas comarcas mais distantes da capital, em comparação com outras unidades jurisdicionais mais próximas do Recife. A comarca de Camocim de São Félix, por exemplo, localizada a 113,7 km de distância do Recife, possui apenas uma vara e 929 processos, mas conta com três juízes. Já o município de Cabrobó (Sertão do São Francisco) possui 3.545 processos e apenas um juiz. Ao visitar o Mapa no site da As-sociação, o magistrado também poderá conferir a disparidade entre os números de processos distribuídos nas Varas de Família que prestam assistência judici-ária e nas que não possuem isenção de taxas processuais.
Cidadãos buscam alternativas para fugir da morosidade da Justiça
A principal vítima da falta de Planejamento no Judiciário é o cidadão. Mas, felizmente, a sociedade civil organizada deixou de encarar a morosidade da Justiça com conformismo, passando a cobrar mais agilidade do Poder, além de procurar outros caminhos para resolver os seus conflitos. Um exemplo desta reação é o trabalho desenvolvido pela ONG Grupo Mulher Maravilha, que desde 2006 vem promovendo a capacitação de “promotoras legais populares”. “Durante o curso, as mulheres recebem informações sobre o funcionamento da Justiça. Elas também repassam os seus conhecimentos para outras mulheres e procuram acompanhar o andamento dos processos”, explica a diretora da ONG, Maria de Lourdes Araújo.
Para a pesquisadora da Fundaj, Ronidalva Melo, a criação das promotoras le-gais “é uma indicação de que o Poder Judiciário não dá conta dos conflitos sociais. Parte destes conflitos são resolvidos numa outra instância, que é a da comunidade. É nesse sentido que o papel do Grupo Mulher Maravilha é importante, por que prepara as pessoas para resolver os conflitos e só levá-los para os Tribunais quando precisam de um aval da lei e da Justiça. A comunidade chama para si a orientação para a resolução dos conflitos”.
“A movimentação mensal do
magistrado, além de configurar grave
violação ao princípio do juiz natural, prejudica a sua produtividade”
� - Informativo da Associação de Magistrados de Pernambuco - Ano XVIII - Abril/Maio/Junho - 2007
Duzentos e vinte e três magistrados fizeram sua inscrição, até o último dia 4 de abril, para o III Congresso Estadual de Magistrados, que a Associação dos Magistrados do Estado de Pernambuco (AMEPE) promove no período de 15 a 18 de novembro, em Muro Alto, muni-cípio de Ipojuca. Além da boa média de inscritos, ainda há uma lista de espera de magistrados que desejam participar do evento. Nas duas sedes administra-tivas da Associação (Imperador e Joana Bezerra) estão disponíveis as fichas de inscrição para a lista de espera.
Número de inscritos supera expectativasIII Congresso Estadual de Magistrados
Com o tema “Transpa-rência e Democratização da Ges-
tão do Poder Judiciário”, o congresso levantará a discussão sobre a importân-cia da transparência, democratização e boa administração, com a identificação das reais necessidades do Poder, para o oferecimento de uma melhor prestação jurisdicional à população. De acordo com a programação prévia do evento, no primeiro dia do congresso, 15 de no-vembro, será debatido o tema Democra-tização da Gestão do Poder Judiciário. O ex-secretário do Planejamento do Es-tado de Pernambuco, Cláudio Marinho, e o conselheiro Nacional de Justiça, Jo-aquim Falcão, foram convidados para falar sobre o assunto.
Na sexta-feira (16), o juiz federal da 3ª Região, César Sabbag, e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, participam do painel De-mocratização do Orçamento do Poder Judiciário. Na manhã do sábado (17), acontece a reunião de interiorização da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB). À noite, o tema em debate será Transparência da Gestão e do Orçamen-to do Poder Judiciário, com o técnico do Tribunal de Contas de Pernambuco e membro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico, Cláudio Ferreira, e o deputado federal e membro da Comissão do Orçamento da Câmara Federal, Paulo Rubem Santiago.
Lazer - A comissão organizadora do congresso também está definindo as apresentações culturais e a programação esportiva do evento, que será realizada nos hotéis Summerville e Marulhos, am-bos em Muro Alto.
Enquete: Resolução 202/2006 do TJPE
No último mês de março, a AMEPE questionou os associados, através de enquete publicada no seu site oficial, se a Resolução n.º 202/2006, do TJPE, apresenta os requisitos de objetivida-de e impessoalidade necessários no processo de promoção e remoção de magistrados. Dos 38 votantes, 71% acham que a Resolução não atende aos requisitos necessários. Vinte e oito por cento responderam que sim.
Enquete: Patrocínio de entidades
Já entre os últimos dias 02 e 23 de maio, a AMEPE publicou em seu site enquete para conhecer a opinião dos magistrados sobre o recebimento de patrocínio pela entidade. No total, 52 juízes participaram da pesquisa. Cruzando os dados obtidos em cada resposta (havia alternativas que abrangiam até três op-ções), pode-se concluir que para 72% dos ma-gistrados a AMEPE deve receber patrocínio de instituições públicas. Cinqüenta e oito (57%) dos magistrados concordam que a AMEPE pode receber patrocínio de entidades priva-das conveniadas com a Associação, e 33% de qualquer entidade privada. Já 23% dos juízes acham que a Associação não deve receber ne-nhum tipo de patrocínio.
Encontro Regional
A Associação já está organizando o próximo en-contro regional com os associados. O evento será realizado no período de 17 a 19 de agosto, no Hotel Casa Grande, em Gravatá (Agreste do Estado), e vai reunir os associados das matas Sul e Norte.
Pedidos no CNJ
A AMEPE mantém, no seu site institucional, um link com o acompanhamento atualizado dos pedidos de providências feitos pela Associação ao CNJ. Além do acompanhamento processual, também é possível verificar o teor da petição inicial e das decisões na íntegra. Para acessar os documentos, o associado deve entrar no site da AMEPE (www.amepe.com.br), clicar no link Institucional e, em seguida, em CNJ.
Título
O juiz Hailton Gonçalves da Silva recebeu, no últi-mo dia 26 de maio, o título de cidadão da cidade de Cachoeirinha (Agreste do Estado). A concessão do título foi votada na sessão da Câmara Municipal local, realizada no último dia 02 de maio. O magis-trado foi homenageado pelos relevantes serviços prestados ao município, onde exerceu suas ativida-des de 02/06/2003 até 10/04/2007. Os vereadores ressaltaram, ainda, a participação do magistrado no desenvolvimento do município e a sua constante co-laboração nos eventos de interesse da comunidade.
Homenagem
No último dia 11 de junho, a juíza Dilza Christine Lundgren de Barros recebeu a Medalha Pernam-bucana do Mérito Policial Militar, durante sole-nidade de comemoração de 182 anos da Polícia Militar de Pernambuco, realizada no Geraldão. A homenagem é pelos relevantes serviços prestados à corporação, ministrando capacitação para 2.500 profissionais da PM sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente.
Pensionista
Em maio passado, o IV Congresso das Pensionistas dos Magistrados, evento realizado no Rio de Janei-ro, teve como representante de Pernambuco a pensionista Ma-ria José de Melo Rodrigues. A pen-
sionista fala da importância de estar associada. “Além de ser uma forma das viúvas se integrarem, é importante estar associada a AMEPE pelas lutas que a Associação vem travando. Sempre que posso participo dos eventos realizados pela AMEPE”, des-tacou Maria José de Melo Rodrigues.
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Social / Institucional
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No último dia 22 de maio, o Con-selho Nacional de Justiça (CNJ) julgou Pedido de Providências requerido pelos juízes pernambucanos Antônio Carlos Alves da Silva e Agenor Ferreira de Lima Filho sobre a invalidade de votos atribuídos a magistrado que, no proces-so de formação de lista tríplice, no jul-gamento de edital para promoção por
CNJ diz que quinto móvel é incabívelmerecimento, não integrava no momen-to de abertura da vaga ou da criação do cargo a ser ocupado, a quinta parte dos juízes mais antigos.
Para o então conselheiro Paulo Sch-midt, relator do PP nº 853 (com a mu-dança de conselheiros quem assumiu o processo foi Antônio Umberto de Sou-
za Júnior), não podem ser considerados válidos os votos atribuídos a magistrado que, embora integrasse a quinta parte mais antiga no momento da votação, es-tava fora desse rol no momento da aber-tura da vaga ou da criação do cargo a ser provido. A decisão, que foi tomada por unanimidade pelo CNJ, afirma a ilegali-dade do chamado quinto móvel.
Promoção por merecimento:
Panorama Nacional
Exercício de magistério por magistrados
Foi aprovada a resolução de n.º 34, que regu-lamenta o exercício do magistério por magis-trados. De acordo com o documento expedido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o exer-cício da docência por magistrados pressupõe a compatibilidade entre os horários em que ele desenvolve o seu expediente forense e os horá-rios para a atividade acadêmica, que devem ser comprovados perante o tribunal. Além disso, a resolução n.º 34 também veda o desempenho de cargo ou função administrativa ou técnica em estabelecimento de ensino. Prevê, ainda, que, caso seja verificada a presença de preju-ízo para a prestação jurisdicional em razão do exercício de atividades docentes, o tribunal de-terminará ao magistrado que adote imediata-mente as medidas necessárias para regularizar a situação. Se não houver regularização, pode ser instaurado um procedimento administrati-vo disciplinar. Todos os tribunais, inclusive os superiores, deverão informar ao Conselho, no início de cada ano judiciário, a relação nomi-nal de magistrados que exercem a docência, com a indicação da instituição de ensino, das disciplinas, dos horários das aulas que serão ministradas e das cargas horárias. Fonte: CNJ
Processo administrativo
Atendendo à solicitação dos magistrados que enfrentam processos administrativos discipli-nares, a Associação dos Magistrados Brasilei-ros (AMB) encomendou um parecer aos ad-vogados da entidade para analisar o quorum a ser observado em processos administrativos disciplinares. De acordo com o parecer, o quo-rum necessário é o da maioria absoluta, tanto para a instauração quanto no julgamento final desses processos. Isso porque a decisão de instaurar o processo administrativo tem natu-reza disciplinar, pois pode levar, inclusive, ao
afastamento do magistrado de suas atividades, e todas as decisões disciplinares, por sua vez, de-vem observar o quorum da maioria absoluta dos membros do Tribunal ou da Corte Especial onde o processo é instaurado, nos termos do que de-termina a Constituição Federal. Recentemente, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) procurou regulamentar a tramitação dos processos admi-nistrativos disciplinares, com a edição da Resolu-ção n.° 30, de 07/03/07. Agora, a AMB pretende cobrar do CNJ fiscalização para que a Resolução seja efetivamente cumprida pelos tribunais. Fonte: AMB
Nome de pessoas vivas em prédios do Judiciário é proibido
O plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu expedir ofício a todos os tribunais do país proibindo a colocação de nomes de pessoas vi-vas nos tribunais e em qualquer prédio do Poder Judiciário. Além disso, o CNJ também fixou prazo de 60 dias para que os nomes existentes sejam retirados. A ação foi proposta pelo Ministério Pú-blico Federal, requerente em dois procedimentos de controle administrativo sobre o tema - de números 263 e 344. O relator dos processos foi o conselheiro Eduardo Lorenzoni. Segundo o re-lator, a colocação de nomes de pessoas vivas em tribunais pode gerar situações constrangedoras ou favorecer um magistrado. Fonte: CNJ
Remoções e permutas de magistrados
Foi aprovada pelo Conselho Nacional de Justiça a edição da resolução n.º 32, que dispõe sobre as remoções a pedido e permutas de magistrados de igual entrância. De acordo com o texto, as permutas e remoções a pedido de magistrados da mesma entrância devem ser apreciadas pe-los tribunais em sessões públicas, com votações
nominais, abertas e fundamentadas. Além disso, a resolução determina que, até que seja editado o Estatuto da Magistratura, os critérios para essas permutas e remoções serão esta-belecidos em leis de organização judiciária, atos normativos ou regimentos internos dos tribunais, do Conselho Superior da Justiça do Trabalho e do Conselho da Justiça Federal. A resolução 32 define ainda que os tribunais que não dispuserem de normas para remoções a pedido e permutas, que editem atos normati-vos específicos para esse fim no prazo de 120 dias. E até que sejam editadas essas normas, a antiguidade será adotada como critério único para as remoções a pedido e permuta de ma-gistrados, guardado o interesse público. Fonte: CNJ
Acesso para pessoas com deficiência
Os tribunais de todo o país terão que fazer es-tudos com relação à acessibilidade de pessoas com deficiência ou dificuldade de mobilidade a suas sedes e a todas as suas comarcas e fóruns. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu expedir ofício aos tribunais para que as infor-mações sejam levantadas em até 120 dias e os resultados enviados ao Conselho. Além disso, os tribunais também deverão, a partir dos estudos, fazer previsões orçamentárias para a instalação de rampas de acesso, balcões mais baixos e banheiros adaptados, entre outras providências. No caso de reformas ou cons-truções de novas sedes, todos os requisitos de acessibilidade deverão ser cumpridos, para que pessoas com dificuldade de locomoção tenham total acesso à Justiça, como já prevê a Constituição. A decisão do Conselho será enviada também - a título de ciência - para o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e ao Conselho Nacional dos Deficientes (Conad). Fonte: CNJ
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Cursos oferecidos pela FBV, com 20% de desconto:
Curso Superior de Curta Duração – Seqüencial:- Espaço Executivo I – Boa Viagem: Gestão de Marketing no Varejo;- Espaço Executivo III – Derby: Gestão de Negócios, Gestão de Marketing, Gestão de Pessoas ;- Campus III – Paço Alfândega: Gestão de Varejo de Moda.
Graduação:- Direito, Administração, Economia, Ciências Contábeis, Engenharia de Produção, Publicidade e Propaganda, Hotelaria (ênfase em gastronomia), Educação Física, Ciência da Computação, Design de Moda, Design de Interior.
Pós-graduação lato-sensu:- Direito Judiciário e Magistratura do Trabalho; Direito e Processo do Trabalho; Direito Processual Civil; Contabilidade, Controladoria e Finanças; Gestão Estratégica do Varejo; Gestão de Pessoas; Marketing de Serviços e Logística; Engenharia de Software; Projeto de Interior (ênfase em ambientação); Gestão e Políticas Públicas; MBA em Moda e MBA em Gestão de Marcas.
Curso oferecido com desconto de 30%:
Curso Superior de Curta Duração – Seqüencial:- Espaço Executivo II – Boa Vista: Gestão de Negócios, Gestão de Marketing, Gestão Hospitalar, Gestão de Pessoas, Gestão Financeira e Logística.
AMEPE firma convênios comFaculdade Boa Viagem e Prodieta
Com o objetivo de garantir des-contos para magistrados em serviços oferecidos por empresas privadas, As-sociação dos Magistrados do Estado de Pernambuco (AMEPE) firmou, no último mês de maio, dois novos con-vênios. Uma das parcerias, realizada com a Faculdade Boa Viagem (FBV), irá beneficiar os magistrados e seus de-pendentes interessados em fazer cursos de pós-graduação. Com o convênio, os magistrados terão 20% de desconto nas mensalidades dos cursos Seqüências, de Graduação, de Pós-graduação lato-sen-su e de Curta Duração (confira os cursos na tabela abaixo).
A parceria também estabelece des-conto de 10% nas mensalidades do curso de Pós-graduação stricto-sensu em Mes-trado Profissional em Gestão Empre-sarial (MPGE) e, ainda, abatimento de 30% nos cursos seqüenciais oferecidos no período da manhã, no Espaço Execu-tivo II, na Boa Vista. Vale destacar que o direito ao desconto também contempla cônjuges e filhos dos associados e só é valido para os pagamentos efetuados até a data de vencimento estabelecida pela Faculdade.
Prodieta – O outro convênio firma-do pela Associação dos Magistrados no
mês de maio foi com a empresa Prodieta, que oferece uma variedade de pratos de baixa caloria, entre carnes, aves, peixes e crustáceos. Elaborados por nutricio-nistas, os pratos podem ser adquiridos em porções individuais, em quantida-de ideal para quem deseja perder peso. Apresentando a carteira de associado da AMEPE, o juiz terá 20% de desconto sobre o preço do produto – fretes e op-cionais não estão inclusos no desconto. Para conhecer melhor os serviços ofere-cidos pela Prodieta, basta acessar o site www.prodieta.com.br.
A Associação dos Magistrados do Es-tado de Pernambuco (AMEPE) iniciou, no mês de maio, a reforma da sede social da entidade, localizada no bairro de Candeias (Jaboatão dos Guararapes). Estão sendo realizadas obras de manutenção em oito apartamentos, nos armários da cozinha e em diversos móveis. Também estão sen-do trocados colchões, travesseiros, len-çóis, fronhas, capas para colchões e para travesseiros. A Associação também está adquirindo novos ar-condicionados, guar-da-roupas, cômodas, armários para cozi-nha, além de novos utensílios. Ao todo, o investimento deve chegar a R$ 35 mil.
AMEPE reforma sedes de Candeias e GravatáJá a reforma na sede campestre
(foto), localizada no município de Gravatá (Agreste do Estado), começa no mês de agosto, após o Circuito do Frio. No local, será realizada a aplica-ção de lambris nos apartamentos (que ainda não possuem) e revisão nos que já possuem, reforma do bar, limpeza das caixas d´agua e revisão e reforma das tubulações de água e esgoto, além da revitalização do mobiliário e da área externa do privê. Ao todo, será inves-tido cerca de R$ 70 mil. O objetivo da AMEPE com as reformas é oferecer ao associado sedes de qualidade.
O talento bateu na porta do paraibano Sérgio José Vieira Lopes logo cedo. Aos 38 anos, juiz desde os 24, ele arranja tem-po para se dedicar a uma paixão: compo-sição musical. Exercendo a jurisdição no Juizado Especial Cível de Casa Amarela, o magistrado já tem cerca de 50 compo-sições, entre frevos e forrós. “A poesia começou a fazer parte da minha vida na adolescência. Depois evoluiu para a com-posição de músicas”, conta. O magistrado é, inclusive, o autor do hino do bloco car-navalesco “Casou por quê?”, criado pelo desembargador Roberto Ferreira Lins. O bloco desfila nas ruas de Casa Forte, um domingo antes do Carnaval. “Dr. Rober-to me pediu para eu compor o hino este ano. Quem gravou a minha música foi a cantora Nena Queiroga”.
Sérgio conta que a inspiração vem de artistas da terra, fundamentais para nossa música, como Geraldo Azevedo, Alceu Valença e Flávio José. O magistrado, que afirma também ter se inspirado no ami-go e juiz Pedro Odilon, está gravando
Sérgio Vieira Lopes: Juiz e CompositorPAIXÃO TOTAL Nas ladeiras de OlindaPela primeira vez te viDesde entãoNunca mais te esqueciEra pra ser passageiroMero amor de carnavalMas me invadiu por inteiroFoi paixão total Foi paixão totalFoi muita emoçãoE é real não é ilusãoTua beleza me conquistouPor isso fiz Este frevo de amor Pras ladeiras de Olinda Eu sei eu vou voltarPara de novo te encontrarAí vou ser bem feliz Para sempre carnavalMuito amor muita alegriaUma paixão total
todas as composições em MP3. “Com-punha, mas não gravava. Então comecei a gravar tudo no MP3, para não perder a melodia”, conta Sérgio, que, apesar do talento de compor, afirma que não tem conhecimento de música, nem toca ins-trumento algum. “Estou esperando meus amigos gravarem minhas composições. O juiz Francisco Galindo já me prome-teu gravar”, afirma, bem humorado.
O JUDICATURA aproveita e mostra para o leitor uma composição do magis-trado:
Muito arrasta-pé, comidas típicas do período junino e alegria. Foi assim o Arraiá: AMEPE na Roça, que a Associação dos Magistrados do Estado de Pernambuco (AMEPE) promoveu, no último dia 16 de junho, na Personnalité recepções. As atrações artísticas foram a cantora Nádia Maia e o Trio Macambira - legítimas atrações de forró pé-de-serra que animaram a grande festa junina dos
magistrados pernambucanos.
Arraiá AMEPE na Roça é um sucesso
Magistrados e familiares caem no forró ao som de Nádia Maia e Trio Macambira
Funcionários da AMEPE contribuíram para o sucesso da festa
Nádia Maia e banda animaram o arrasta-pé
Informativo da Associação de Magistrados de Pernambuco - Ano XVIII - Abril/Maio/Junho - 2007 - 1�
Nos últimos dias 20, 21 e 22 de abril, a AMEPE realizou, na sede social de Candeias (Jaboatão dos Guararapes), o Torneio de Futebol Desembargador Ivonaldo Miranda. O evento esportivo contou com a participação das equipes de magistrados de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte e serviu como seletiva para os campeonatos nacionais de futebol. A equipe de Pernambuco foi a campeã na categoria máster (acima de 38 anos), conquistando o título depois de golear o time da Paraíba (5x0) e o do Rio Grande do Norte (4x0). Com o resultado, os pernambucanos garantiram uma vaga no XIV Campeonato Nacional de Futebol Máster, que acontece de 4 a 7 de outubro, em Porto Alegre/RS.
Os pernambucanos também ficaram com os troféus de melhor goleiro, título conquistado pelo juiz Evanildo Araújo, e de artilheiro do campeonato, troféu re-cebido pelo diretor de Esportes da AME-
AMEPE vai participar do XIV Campeonato Nacional de Futebol Máster
PE, juiz Arnóbio Araújo, que fez quatro gols. Já na categoria livre (até 38 anos), o grande campeão foi o time da Paraíba, que ficou com vaga garantida para partici-par do XV Campeonato Nacio-nal de Futebol de Magistrados, que será realizado entre os dias 5 e 8 de dezembro, no Rio Grande do Norte. O time do Estado sede do evento também vai participar da competição.
A grande festa de premiação ocorreu no dia 22 de abril, com almo-ço comemorativo na sede de Candeias e show do grupo Agravo de Instrumento. Cerca de 200 pessoas participaram da festa, entre elas, o homenageado do Tor-neio, desembargador Ivonaldo Miranda, que recebeu das mãos do vice-presiden-te da AMEPE, juiz Laiete Jatobá Neto, uma placa de homenagem por toda a
sua participação na vida da Associação, em especial nas atividades esportivas. A Associação homenageou ainda o presi-dente da Federação Pernambucana de Futebol, Carlos Alberto Oliveira, pelo apóio dado para a realização dos diver-sos eventos de futebol. O Torneio tam-bém contou com o apoio do Tribunal de Justiça de Pernambuco e da Associação dos Magistrados Brasileiros.
Pelo terceiro ano consecutivo, Recife sediou o Campeonato Nor-te/Nordeste de Tênis de Magistra-dos, em sua 8ª edição neste ano de 2007, que aconteceu entre os dias 28 e 30 de abril, no Squash Tennis Center, em Boa Viagem. O campe-onato contou com a participação de magistrados de Pernambuco, Sergi-pe, Alagoas e Paraíba. Na categoria principal individual (A), o juiz per-nambucano André Guimarães mos-trou porque é considerado o melhor jogador da região, mantendo sua invencibilidade em torneios regio-nais. Ele sagrou-se campeão sem perder um único set durante o cam-peonato. Na grande final, derrotou o magistrado Meales, da Paraíba, por 2x0.
Na categoria B, o paraibano Bar-tolomeu derrotou na final o pernam-bucano Leonardo Asfora, conquis-tando o bicampeonato na competi-ção. Já na categoria duplas, a grande final foi disputada entre Marco Auré-
AgendaII Torneio de Tiro Esportivo de Ma-gistradosLocal: Caxangá Golf Country ClubData: 25 de agosto Inscrições até 17 de agosto
Recife sedia Campeonato Norte/Nordestede Tênis de Magistrados
lio (PE) / Meales (PB) e André Gui-marães (PE) / Luís Gustavo (PE). A dupla Marco Aurélio/Meales levou a melhor, conquistando o bicampeona-to. A festa de premiação ocorreu no Restaurante Boi Preto. O evento teve apoio financeiro da AMB.
Esportes
Magistrados comemoram conquistas
Campeonato aconteceu no Squash Tennis Center e reuniu vários magistrados
Você sabia?1) Que os principais exames para detecção precoce do câncer de próstata são o toque retal e a dosagem do PSA? E que a elevação deste pode ser de natureza benigna?
2) Que 90% dos casos de calvície masculina são de causas genéticas ou hereditárias? E somente 10% de causa hormonal, anemia ou doença adquirida? E que existe a calvície femi-nina, normalmente de causa adquirida?
3) Que a principal causa da ressaca é a desi-dratação provocada pelo álcool que é um po-tente diurético? E que um dos tratamentos é ingerir bastante água?
4) Que um dos tratamentos preventivos da TPM (Tensão Pré-mestrual) é diminuir a in-gestão de sal e de gordura animal e aumentar a ingestão das gorduras “boas” contidas nos óleos de linhaça, semente de girassol e gerge-lim, abacate, óleo de prímula, entre outros?
5) Que perder ou ganhar peso, exageradamen-te, sem qualquer modificação de cardápio, so-nolência excessiva, tremores de extremidade, nervosismo pode ser um problema da tiróide?
6) Que gripe e resfriado são doenças diferen-tes? Coriza, tosse e falta de ar são sintomas do resfriado. Já febre, dor de garganta e até diar-réia são sintomas da gripe. Como atingem o corpo todo o risco de complicação da gripe é maior?
7) Que a utilização do cartão Unimed no Re-cife e Região Metropolitana, aonde há uma ampla rede credenciada da CAMPE, importa em co-participação pelo associado em 30% do valor da fatura?
8) Que a CAMPE promoveu Campanha de Vacinação contra gripe aos seus funcionários, atendendo a sua Política de Promoção a Saúde e Prevenção à doença?
CAMPE submete contas à auditoria independente
A Caixa de Assistência dos Ma-gistrados de Pernambuco (CAMPE) enviou, no último dia 17 de abril, à Agência Nacional de Saúde (ANS), o relatório elaborado por uma auditoria externa que analisou as suas contas referentes ao exercício de 2006. Para realizar os trabalhos, dando cumpri-mento a uma determinação da Lei n.º 9.656/98, a CAMPE contratou a em-presa CANNIZZARO & Contadores Associados, que examinou as opera-ções, registros, livros sociais, livros
fiscais e contábeis e os controles inter-nos da entidade.
Segundo as conclusões do auditor, a CAMPE vem atendendo todas as normas e procedimentos de contabilidade de cará-ter geral e, ainda, os específicos das ope-radoras de planos de saúde, além de estar cumprindo rigorosamente as instruções emanadas da ANS. O Diretor da CAMPE, Juiz Danilo Martiniano Lins, informa que o relatório da auditoria independente está a disposição de todos os associados.
Os diretores da Caixa de Assistência dos Magistrados do Estado de Pernam-buco (CAMPE), Danilo Martiniano, Paulo Machado e Gustavo Araújo, além do advogado da entidade, Frederico Gui-lherme Rodrigues de Lima, participaram nos dias 24 e 25 de abril, em Brasília, a convite do Grupo de Empresas de Au-togestão em Saúde (GREMES), do VI Fórum Jurídico da União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde (UNIDAS).
No encontro, foram discutidos os
processos administrativos na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS),
Diretoria da CAMPE participa de encontro em Brasília
projetos de lei, que tramitam no Congres-so Nacional, além de legislações como a Lei nº 9656/1998, que regulamenta planos de saúde e seguros de assistência privados; e a resolução 137/2006, que regula os planos de auto-gestão.
Foram discutidos no encontro, ainda,
os seguintes temas: o papel do Judiciário na regulamentação do setor de saúde; o impacto econômico das ações judiciais nas operadoras de plano de saúde; a me-diação assistida e decisões controversas do Poder Judiciário no âmbito da saúde suplementar e o reflexo das decisões no equilíbrio dos contratos.
HOMENAGEMA Caixa de Assistência dos Magistrados do Estado de
Pernambuco (CAMPE) vem prestar uma homenagem ao Grupo de Empresas de Auto-Gestão em Saúde (GRE-MES) em seus 25 anos de prestação relevante de serviços na área de autogestão.
Diretoria da CAMPE
1� - Informativo da Associação de Magistrados de Pernambuco - Ano XVIII - Abril/Maio/Junho - 2007
Caixa de Assistênciados Magistrados de Pernambuco
Diretoria Diretor – Juiz Danilo Galvão Martiniano LinsDiretores adjuntos – Juízes Gustavo Mendonça Araújo e Paulo Henrique Martins Machado
Rua Comendador Bento Aguiar, 250Madalena - RecifeCEP 50750-390Fone/Fax: 81 3227-7681
Expediente:
Cumprindo determinação da Agên-cia Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a CAMPE implanta no final de maio, o padrão de Troca de Informação em Saúde Suplementar (TISS). Definida pela Resolução Normativa n.º 114, essa padronização promoverá melhorias no atendimento aos beneficiários de planos de saúde, devido à redução do número de erros e da maior agilidade nas tran-sações entre operadoras e prestadores de serviços.
As vantagens do compartilhamento
eletrônico das informações em saúde são: aprimoramento da comunicação en-
Diretoria sempre de prontidão
Para garantir sempre a melhor
prestação de serviço aos nossos as-sociados, colocamos a disposição os nossos telefones:
PABX CAMPE – 3227.7681
Gerente AdministrativaAndréa da Cunha - 9632.0477
DiretorDanilo Martiniano - 9977.9156
Médico AuditorJozildo Souza - 9661.0567
Despesas CAMPE – Maiores gastos no
mês
1. Real Hospital Portugues de Benefi-cência - R$ 27.850,20;2. Hospital Residência - R$ 27.841,47;3. Multihemo S/C Ltda - R$ 19.978,94;4. Lab Inst de Análises Clin Paulo Loureiro - R$ 11.517,52;5. Hospital Especial - R$ 9.465,83;6. Lab Marcelo Magalhaes - R$ 9.041,70;7. Maximagem - Diagnóstico por Imagem - R$ 8.646,99;8. Hospital Esperança Ltda. - R$ 7.292,10;9. Coopeclin – Cooperativa de Clíni-cos - R$ 7.203,83;10. Multimagem - R$ 5.551,85.
CAMPE entrega novas carteiras
Aplicações na conta capital da JURISCOOPE rendem 56%
Os valores depositados pela CAMPE junto a JURISCOOPE, na denominada “conta capital”, apresentam um rendimento de 56% no ano de 2006, importando num acréscimo, entre distribuição de sobras e juros, da ordem de R$ 11.096,05.
Além da conta capital, as demais aplicações financeiras man-tidas na JURISCOOPE tiveram rendimento médio líquido anual de 13,64%, demonstrando de forma inequívoca as vantagens de a CAMPE manter-se vinculada à referida Cooperativa.
A CAMPE enviou a nova carteira de identificação para os usuários do plano de saúde, junto com a carteira da Uni-med para atendimento nacional, que se vence em junho. A nova carteira da CAMPE vem com mudanças. Foi retira-da a foto do magistrado, já que a carteira só é válida com apresentação do docu-mento de identidade, e incluídos as datas de aniversário do usuário, de adesão ao plano e de validade do documento.
As carteiras, tanto dos juízes, quanto
de seus dependentes, foram encaminha-
das para os associados. Mas a CAMPE adverte que se até o final de junho o ma-gistrado não tiver recebido, deverá entrar em contato, com urgência, com Andréa da Cunha ou Camila Feitosa, no setor de gerenciamento da entidade. As atuais carteiras da CAMPE têm validade até 31 de dezembro de 2008. Esta primeira via é gratuita, entretanto, os usuários que solicitarem a segunda via do documento, em caso de perda, extravio ou inutiliza-ção, terão que pagar uma taxa de R$ 5, uma vez que o Banco do Brasil deixou de subsidiar a confecção das carteiras.
Troca de informaçãoem saúde suplementar
tre os atores do setor; redução do uso de papel, agilizando o acesso do beneficiá-rio aos serviços de saúde; facilidade de obtenção de informações para estudos epidemiológicos e definição de políticas em saúde; redução de custos administra-tivos, melhoria da qualidade e da segu-rança da atenção à saúde, com o melhor compartilhamento das informações so-bre os pacientes; melhor gerenciamento de doenças agudas e crônicas; e acesso imediato às informações do prontuá-rio, tanto pelo beneficiário, quanto pelo prestador de serviço.
Com informações da ANS
“Armadilhas” das consultas de emergência
Jozildo Souza*
Já se foi o tempo em que tínhamos a figura do médico de família, isto é, aquele profissional que visitava o pa-ciente em sua residência, quando da enfermidade deste, por uma necessi-dade emergencial ou pela impossibili-dade de deslocamento até o consultó-rio. Estas visitas, não raro, se davam após o horário do consultório, ocor-rendo às vezes de madrugada, quan-do o profissional estava “desocupa-do” de suas atividades regulares. Os mais antigos conheceram e os mais novos já ouviram falar daquela visita que começava com uma bacia para se lavar as mãos e terminava com o caprichado lanchinho do doutor. Este profissional era o responsável pela saúde de toda a família, desde os menores até os da terceira idade, os quais, naqueles tempos, eram ca-rinhosamente chamados de vôzinhos e vózinhas, posto que esta nomencla-tura de “terceira idade” é coisa dos novos tempos.
Lá se vão pelo menos 50 anos, quando por conta da evolução dos tempos, onde o médico não mais tinha tempo para aquela visita, o trânsito fi-cou complicado, o número de afazeres do profissional médico, por necessida-de de sobrevivência ou de manutenção do seu status, exageradamente aumen-tou, surgiram os famosos pronto-so-corros, principalmente os pediátricos. Que maravilha nos parecia, poder con-sultar um médico a qualquer hora do dia ou da noite, sem que tivéssemos nossa rotina alterada (trabalho, afaze-res domésticos, etc), já que os pacien-tes também se tornaram vítimas desta “modernidade”, onde não temos mais tempo pra quase nada que não seja obrigação.
Tudo parecia perfeito, quando vis-to apenas por esse lado, mas o proble-
ma foi a distorção deste tipo de servi-ço, pois o que, em princípio, seria para atender as situações de emergência, tornou-se a rotina para um sem núme-ro de pacientes, que inocentemente só enxergam a praticidade do fato. No entanto, sem que percebamos, esta-mos sim caindo em uma armadilha perigosa, pois vejamos que na práti-ca aguardamos horas intermináveis
para sermos atendidos, quase sempre somos atendidos por um profissional diferente do anterior (quando do re-torno), as consultas são estritamente dirigidas para aquele sinal ou sinto-ma do momento, o profissional não conhece tua história pregressa, tão importante na formulação de um bom diagnóstico.
Quase sempre, pra “resolver” o teu problema, vai te solicitar tantos exa-mes quanto achares que precisas, exa-mes estes que não terás como apre-sentá-los a este profissional, posto que o plantão já mudou quando voltares. Muitas vezes também vai te prescrever (receitar) aquele antibiótico, que como aqueles exames poderiam não ser pres-critos. Está o médico errado? Não ne-cessariamente, mas como precisas de
uma solução rápida e “prática”, então vamos resolver o problema.
Claro que nem sempre o quadro é tão sombrio quanto o descrito, porém, infelizmente, quase sempre acontece, então, o que seria “prático”, nos trou-xe ao final perda de tempo, exposição ao ambiente hospitalar (visto que a grande maioria das emergências são localizadas dentro de hospitais), gas-to desnecessário com medicamentos (pra não falarmos na criação da resis-tência bacteriana, pelo uso indevido daquele antibiótico), exposição des-necessária às radiações (raio-X, to-mografias, etc), entre outros prejuízos indiretos.
É fato que os tempos daquele mé-dico de família não voltam mais, pelas mais diversas razões, porém podemos nos proteger destas coisas da moder-nidade dos tempos, de maneiras sim-ples, como: escolher e consultar sem-pre um profissional da confiança, evi-tar os pronto-socorros para consultas eletivas, buscar aqueles quando em situações de real emergência (aciden-tes, convulsões, falta de ar, febre altís-sima, vômitos incoercíveis e quando o seu médico não puder ser localizado), comunicar de imediato ao médico as-sistente sobre o atendimento ocorrido na emergência para que ele oriente a continuação do tratamento, nunca pro-curar fazer tratamentos completos nas emergências.
Entendam que não se trata de uma apologia à volta do médico de família, nem tampouco de uma cruzada contra os pronto-socorros. Ao contrário, re-conhecemos a necessidade e a impor-tância dos mesmos, no entanto é im-portante que se entenda que pronto-so-corro é ótimo para as URGÊNCIAS.
* Jozildo Souza é médico auditor da CAMPE
“É fato que os tempos daquele
médico de família não voltam mais, porém podemos
nos proteger destas coisas da
modernidade dos tempos”
CAMPE
Artigo