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CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC LORENA ANDRADE DE CARVALHO ALENCAR NEOPLASIAS EM CÃES E GATOS IDOSOS E A IMPORTÂNCIA DO ACOMPANHAMENTO MÉDICO GERIÁTRICO: revisão de literatura MACEIÓ - AL 2019/01

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC

LORENA ANDRADE DE CARVALHO ALENCAR

NEOPLASIAS EM CÃES E GATOS IDOSOS E A

IMPORTÂNCIA DO ACOMPANHAMENTO MÉDICO

GERIÁTRICO: revisão de literatura

MACEIÓ - AL

2019/01

LORENA ANDRADE DE CARVALHO ALENCAR

NEOPLASIAS EM CÃES E GATOS IDOSOS E A

IMPORTÂNCIA DO ACOMPANHAMENTO MÉDICO

GERIÁTRICO: revisão de literatura

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como

requisito final, para conclusão do curso de Medicina

Veterinária do Centro Universitário Cesmac, sob

orientação do professor Me. Roberto Rômulo Ferreira

da Silva.

MACEIÓ – AL 2019/01

A368n Alencar, Lorena Andrade de Carvalho

Neoplasias em cães e gatos idosos e a importância do

acompanhamento médico geriátrico: revisão de literatura /

Lorena Andrade de Carvalho Alencar. —- Marechal

Deodoro:2019.

23 f.

TCC (Graduação em Medicina Veterinária) - Centro

Universitário CESMAC, Marechal Deodoro - AL. 2019

Orientador: Roberto Rômulo Ferreira da Silva

1. Carcinogênese. 2. Oncologia.

3. Geriatria veterinária.

I. Silva, Roberto Rômulo Ferreira da. II. Título.

CDU:619:616

REDE DE BIBLIOTECAS CESMAC

SETOR DE TRATAMENTO TÉCNICO

Bibliotecário: Evandro Santos Cavalcante – CRB/4 1700

LORENA ANDRADE DE CARVALHO ALENCAR

NEOPLASIAS EM CÃES E GATOS IDOSOS E A

IMPORTÂNCIA DO ACOMPANHAMENTO MÉDICO

GERIÁTRICO: revisão de literatura

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como

requisito final, para conclusão do curso de Medicina

Veterinária do Centro Universitário Cesmac, sob

orientação do professor Me. Roberto Rômulo Ferreira

da Silva.

.

APROVADO EM: ___/___/_____

___________________________________________ Professor Me. Roberto Rômulo Ferreira da Silva

BANCA EXAMINADORA

PROFA. MA. GIOVANA PATRÍCIA DE OLIVEIRA E SOUZA ANDERLINI

PROFA. MA. MARIA VILMA ROCHA ANDRADE CRUZ

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, pois cheguei aqui graças à Sua vontade.

Agradeço aos meus pais por terem me proporcionado os meios de que precisava

para realizar o sonho de cursar Medicina Veterinária, pelos conselhos, pelos

incentivos, pela paciência e pela confiança. Agradeço ao meu marido por ter estado

sempre ao meu lado, me ajudando em tudo o que podia, tendo paciência nos

momentos de estresse e me fazendo café nas longas madrugadas de estudo.

Agradeço aos meus professores, que compartilharam seu conhecimento comigo e

me forneceram com tanto carinho o material necessário para a construção da minha

formação acadêmica. Agradeço ao meu orientador, pelos valiosos conselhos

durante a elaboração deste trabalho e pela paciência e esforço durante a correção

do mesmo. Agradeço aos meus amigos por todo o companheirismo durante esta

jornada, que se mostrou muito mais divertida por causa deles. Por fim, agradeço aos

meus queridos cãezinhos, que já se foram deste mundo, mas que me inspiraram a

cursar Medicina Veterinária e me ajudaram a descobrir minha verdadeira vocação.

NEOPLASIAS EM CÃES E GATOS IDOSOS E A IMPORTÂNCIA DO

ACOMPANHAMENTO MÉDICO GERIÁTRICO NEOPLASMS IN ELDERLY DOGS AND CATS AND THE IMPORTANCE OF

GERIATRIC MEDICAL MONITORING

Lorena Andrade de Carvalho Alencar

Graduanda do Curso de Medicina Veterinária [email protected]

Roberto Rômulo Ferreira da Silva Me. Ciência Veterinária

[email protected]

RESUMO O envelhecimento é a redução progressiva das reservas orgânicas, da capacidade de regeneração, da adaptabilidade a estresses ambientais e da competência imunológica. O animal geriátrico é mais propenso a desenvolver doenças infecciosas e neoplásicas, devido a maior ocorrência de alterações genéticas em seu genoma em vista das inúmeras divisões celulares realizadas. Nos idosos, o mecanismo enzimático responsável pela reparação de danos genéticos já se encontra muito debilitado; suas células apresentam certa dificuldade em combater os radicais livres e, durante toda a sua vida, foram mais expostos a fatores carcinogênicos. Nesses pacientes, a presença de doenças crônicas concomitantes mascarara os sinais clínicos apresentados na doença neoplásica, sendo frequentemente atribuídos ao envelhecimento. Além disso, alguns tutores optam por não investir em tratamentos devido ao receio de que qualquer procedimento realizado em um animal idoso seria apenas prolongamento do sofrimento. No entanto, o tratamento antineoplásico é possível desde que respeitadas as limitações inerentes aos animais senis. E, não sendo viável o tratamento, os cuidados paliativos e o procedimento de eutanásia se mostram eficazes no alívio do sofrimento. Nesse contexto, o acompanhamento geriátrico demonstra-se imprescindível para a detecção precoce das neoplasias, possibilitando um tratamento mais eficaz e um prognóstico mais positivo. Desta forma, esta revisão de literatura objetivou compilar informações pertinentes acerca dos pacientes caninos e felinos idosos acometidos por alterações neoplásicas e destacar a importância da clínica geriátrica para esses animais.

PALAVRAS-CHAVE: Carcinogênese. Oncologia. Geriatria Veterinária.

ABSTRACT

Aging is the progressive reduction of organic reserves, regeneration capacity, adaptability to environmental stresses and immunological competence. The geriatric animal is more prone to develop infectious and neoplastic diseases, due to the greater occurrence of genetic alterations in its genome in view of the numerous cellular divisions realized. In the elderly, the enzymatic mechanism responsible for the repair of genetic damage is already very weak; their cells have some difficulty in combating free radicals and, throughout their lives, have been more exposed to carcinogenic factors. In these patients, the presence of concomitant chronic diseases would mask the clinical signs presented in the neoplastic disease, being frequently attributed to aging. In addition, some tutors choose not to invest in treatments because of the fear that any procedure performed on an elderly animal would only prolong the suffering. However, antineoplastic treatment is possible provided that the limitations inherent to senile animals are respected. And, since treatment is not viable, palliative care and the euthanasia procedure are effective in relieving suffering. In this context, geriatric follow-up is essential for the early detection of neoplasms, enabling a more effective treatment and a more positive prognosis. Thus, this literature review aimed to compile pertinent information about the canine and feline elderly patients affected by neoplastic alterations and to emphasize the importance of the geriatric clinic for these animals.

KEYWORDS: Carcinogenesis. Oncology. Veterinary Geriatrics.

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO……………………………………………………………………………..7 2 METODOLOGIA.......................................................................................................8 3 REVISÃO DE LITERATURA....................................................................................8 3.1 O envelhecimento.................................................................................................8 3.2 A oncogênese na senilidade.............................................................................10 3.3 Neoplasias em animais idosos.........................................................................11 3.4 O tratamento do paciente idoso........................................................................13 3.4.1 O tratamento quimioterápico.............................................................................14 3.4.2 O tratamento radioterápico................................................................................15 3.4.3 Eletroquimioterapia e terapia fotodinâmica.......................................................16 3.4.4 Tratamento cirúrgico..........................................................................................16 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................20 REFERÊNCIAS..........................................................................................................21

7

1 INTRODUÇÃO

Neoplasia é a formação de novos tecidos resultante de uma série de

alterações genéticas e epigenéticas, herdadas ou adquiridas; que podem ser

consequência de processos endógenos ou de exposição a fatores ambientais como

substâncias químicas, radiações ionizantes e vírus oncogênicos (HORTA; LAVALLE,

2013).

A idade é um fator que favorece o desenvolvimento de câncer nos animais.

Ainda que algumas neoplasias malignas possam acometer cães e gatos jovens, é no

paciente geriátrico que a incidência dessas patologias se eleva (KITCHELL, 1999;

MORAES, 2013).

Segundo De Nardi (2002), essa maior incidência de neoplasias em pacientes

geriátricos se deve à crescente longevidade observada nos animais de companhia.

Fatores como nutrição balanceada, vacinações regulares que permitem a prevenção

mais precoce de doenças infectocontagiosas, métodos diagnósticos mais precisos e

protocolos terapêuticos mais específicos e eficazes contribuem para esse aumento

da longevidade de cães e gatos.

Dessa forma, diante do diagnóstico de doença neoplásica em um animal

idoso, deve-se avaliar a viabilidade do tratamento antineoplásico, que está mais

relacionada com o número de afecções médicas preexistentes, do que com a idade

propriamente dita. Sendo assim, a escolha do tratamento deverá levar em conta a

presença de outras enfermidades limitadoras da vida, o estado de desempenho do

paciente, atitudes e expectativas do proprietário e disponibilidade financeira e de

equipamentos (KITCHELL, 1999).

Em vista disso, é de suma importância compreender a necessidade de um

acompanhamento geriátrico periódico para prevenir e combater enfermidades

comuns da fase senil como as neoplasias, proporcionando um envelhecimento

saudável e um final de vida digno para os animais. Com esse pensamento,

objetivou-se a elaboração de um trabalho acadêmico que compilasse informações

pertinentes acerca dos pacientes caninos e felinos idosos acometidos por alterações

neoplásicas destacando a importância da clínica geriátrica para esses animais.

8

2 METODOLOGIA

Este artigo consiste em uma revisão de literatura realizada no período de

junho de 2018 a outubro de 2018; baseada em consultas a livros disponíveis na

biblioteca do Centro Universitário Cesmac (campus Marechal Deodoro), bem como a

artigos, teses e monografias disponibilizadas publicamente na internet por meio das

bases de dados SciELO (Scientific Eletronic Library Online) e Google Acadêmico.

Não foi considerado o período de publicação das literaturas aqui citadas. As

palavras-chave utilizadas foram: carcinogênese, oncologia e geriatria veterinária.

3 REVISÃO DE LITERATURA

3.1 O Envelhecimento

O conhecimento das principais alterações fisiológicas que os animais de

companhia apresentam durante a fase geriátrica tornou-se indispensável para que o

médico veterinário seja capaz de oferecer o melhor manejo e a melhor abordagem

possíveis a esses pacientes (FERNANDES, 2013).

Na velhice, ocorre a redução progressiva das reservas orgânicas, da

capacidade de regeneração e da adaptabilidade do indivíduo a estresses

ambientais. O paciente idoso é submetido a uma perda do teor de colágeno, com o

consequente enrugamento da pele; a um aumento da fragilidade dos tecidos; à

perda da tonicidade muscular; à deterioração das células nervosas; ao

espessamento do cristalino, entre outros efeitos (FIGUEIREDO, 2005).

Com a redução gradual das funções fisiológicas, o sistema imune já não

demonstra mais a mesma competência e o animal geriátrico fica mais propenso a

desenvolver doenças infecciosas e neoplásicas (FREITAS, 2006). Como resultado, o

paciente apresenta uma recuperação mais lenta e suas chances de sobrevivência a

estresses físicos se reduz (KITCHELL, 1999).

O envelhecimento provoca alterações progressivas e irreversíveis nos

sistemas orgânicos senis e esses animais raramente apresentam apenas uma

doença, mas uma combinação de múltiplas doenças, as quais o médico veterinário

9

deve identificar e tratar, a fim de garantir um envelhecimento mais saudável para o

seu paciente (MORAES, 2013).

Apesar de a velhice aparentar ser uma fase árdua, repleta de problemas de

saúde, não se pode rotulá-la como doença propriamente dita, mas como uma fase

natural da vida. Os animais não devem ser categorizados levianamente como velhos

baseando-se meramente na idade numérica, pois não há como saber exatamente

quando um animal se torna idoso já que cada indivíduo apresenta variações. Há

animais jovens que apresentam doenças características da fase senil, ao mesmo

tempo em que há animais idosos que exibem a saúde e disposição de jovens

(FIGUEIREDO, 2005).

A classificação dos animais de companhia em jovens ou idosos com base

apenas na idade é falha e apresenta muitas variações. Em geral, cães de raças

grandes e gigantes são considerados geriátricos aos cinco anos de idade, enquanto

que os de raças pequenas ou médias seriam idosos ao atingir os sete anos

(FERNANDES, 2013). Já os gatos, semelhante aos cães de raças pequenas e

médias, podem ser considerados geriátricos a partir dos sete anos (FREITAS, 2006).

Figueiredo (2005) menciona a fórmula sugerida por Georgia Extension

Veterinary Newsletter, segundo a qual, os primeiros seis meses caninos

equivaleriam aos dez primeiros anos humanos. Os oito meses caninos seriam o

início da adolescência humana, aos 13 anos. Dez meses caninos seriam 14 anos

humanos, 12 meses caninos corresponderiam aos 15 anos humanos e 18 meses

caninos, a 20 anos humanos. A partir daí, cada ano canino equivaleria a quatro anos

humanos e, dessa forma, um cão seria considerado idoso aos 12 anos, quando

alcançaria 64 anos de um humano.

Outras fontes consideram que cães pequenos atingem a faixa geriátrica a

partir dos onze anos e meio de idade, possuindo uma expectativa de vida maior;

enquanto que os cães maiores atingem essa faixa um pouco antes, a partir dos sete

anos e meio, de acordo com o peso corporal. Isso demonstra a relatividade da

categorização etária dos animais de companhia e a necessidade em se avaliar

individualmente cada animal (MOREIRA, 2018).

Em vista disso, a geriatria veterinária vem ganhando cada vez mais

importância, pois o número de pacientes geriátricos vem crescendo muito nos

10

últimos anos. Esse aumento da longevidade está relacionado a fatores como a

melhor nutrição oferecida, tratamento clínico mais generalizado e profilaxia mais

rigorosa das doenças; graças a uma maior preocupação dos tutores com a saúde de

seus animais (FIGUEIREDO, 2005).

3.2 A Oncogênese na Senilidade

Os animais de companhia estão ganhando cada vez mais longevidade. Esse

aumento da longevidade se dá em decorrência das dietas balanceadas e

cuidadosamente calculadas para prover a melhor nutrição, da prevenção cada vez

mais eficaz de doenças infectocontagiosas através da vacinação, dos métodos

diagnósticos cada vez mais rápidos e precisos e dos protocolos terapêuticos cada

vez mais específicos. Ainda assim, ao mesmo tempo em que a longevidade cresce,

cresce também a propensão ao desenvolvimento de variados problemas de saúde,

em especial das afecções neoplásicas (DE NARDI, 2002).

De acordo com Dias et al. (2013), a maior causa de morte ou de realização de

eutanásia nos animais é a doença neoplásica. Ocorre, na maioria dos casos, em

animais de idade média a avançada e geralmente são notadas pelos proprietários

quando se encontram em um estágio clínico avançado. Os tipos mais observados

são as neoplasias que acometem as glândulas mamárias, os órgãos genitais, a pele

e a cavidade oral.

A maior frequência destas afecções em animais geriátricos pode estar

relacionada ao fato de que seu genoma sofreu mais alterações genéticas ao longo

dos anos, pois suas células já realizaram inúmeras divisões celulares; o que é

propício ao surgimento de neoplasias. Outros fatores predisponentes também

podem ser citados, incluindo um deficiente mecanismo enzimático de reparação de

danos genéticos, a dificuldade das células velhas em combater os radicais livres e a

maior exposição a fatores carcinogênicos endógenos e exógenos (ASSUMPÇÃO,

2010).

Em vista disso, pode-se inferir que as doenças neoplásicas são um problema

predominantemente geriátrico, pois, embora possam se desenvolver em qualquer

idade, sua incidência aumenta consideravelmente em pacientes idosos (KITCHELL,

1999). Essas afecções estão entre as causas mais frequentes de morte em cães no

11

Brasil, sendo consideravelmente mais incidentes na população geriátrica.

Anualmente, milhares de cães são diagnosticados com variados tipos de neoplasias,

e por isso, a oncologia se tornou uma área de suma importância na clínica de

pequenos animais (MARTINS, 2011).

3.3 Neoplasias em Animais Idosos

De acordo com Horta e Lavalle (2013), neoplasias são formações de novos

tecidos decorrentes de alterações genéticas ou epigenéticas, que podem ser

herdadas ou adquiridas e que podem advir da exposição a fatores ambientais tais

como substâncias químicas, radiações ionizantes ou vírus oncogênicos. Esses

novos tecidos são formados por um crescimento atípico e pela proliferação

descontrolada das células, fazendo com que os mesmos se desenvolvam mais

rapidamente que outros tecidos normais subjacentes de forma descoordenada e

persistente (MARTINS, 2011).

Segundo Figueiredo (2005), tumefações anormais persistentes, feridas que

nunca cicatrizam, emagrecimento, perda de apetite, sangramentos ou corrimentos

por orifícios do corpo, presença de odor nauseabundo, dificuldade em alimentar-se

ou de deglutição, claudicação ou enrijecimento de membros, dificuldade respiratória,

dificuldades para exercitar-se e disfunções urinárias e intestinais são os sinais mais

comuns da presença de neoplasia. Os processos neoplásicos devem ser sempre

considerados no estabelecimento do diagnóstico diferencial em casos de animais

idosos que apresentem sinais inespecíficos como perda de peso, polidipsia, poliúria

ou pirexia.

Dependendo das suas características de crescimento e comportamento, as

neoplasias podem ser classificadas como benignas ou malignas. Fatores como raça

e sexo geralmente não são associados com a frequência de malignidade, mas pode-

se dizer que a mesma aumenta à medida que aumenta a idade do animal

(MARTINS, 2011). Segundo Costa Jr. (2016), a média de idade dos animais com

neoplasias de caráter maligno é de nove anos e meio, contra oito anos e meio de

animais com tumores de caráter benigno.

As neoplasias malignas, também conhecidas como cânceres, são invasivas e

de crescimento destrutivo. Têm bordas pouco definidas e suas células podem

dispersar-se através de tecidos normais adjacentes, destruindo-os e causando

12

ulcerações. Possuem a capacidade de realizar metástase pelas vias linfática,

hematógena ou por dispersão transcelômica. Já as neoplasias benignas possuem

crescimento lento e expansivo, não causam metástase, são bem delimitados

podendo encapsular; têm capacidade de afetar tecidos adjacentes por pressão e

deformidade anatômica, causando necrose e comprimindo estruturas vitais como o

cérebro (MARTINS, 2011).

A origem das neoplasias pode ser ectodérmica, quando derivam da epiderme

e de seus anexos; ou mesodérmica, quando derivam de elementos estruturais da

derme como tecido adiposo, tecido fibroso, músculo, vasos sanguíneos e de células

hematopoiéticas da derme, como histiócitos, linfócitos, mastócitos e plasmócitos.

Podem também pertencer às chamadas neoplasias melanocíticas, que são

formadas por células de origem neuroectodérmica (BASTOS et al, 2017).

A etiologia das doenças neoplásicas se divide em fatores exógenos como

radiações ionizantes, carcinógenos químicos (pesticidas, herbicidas e inseticidas),

luz solar e traumatismos; e fatores endógenos como infecções crônicas, viroses,

implantes metálicos e distúrbios hormonais e genéticos (DIAS et al., 2013).

O câncer se desenvolve em um organismo através de três processos. A

iniciação, na qual um agente carcinogênico chamado de oncoiniciador atua sobre as

células normais provocando alterações em alguns de seus genes. A promoção, na

qual aquelas células geneticamente modificadas sofrem os efeitos de agentes

oncopromotores. Nessa etapa a célula é transformada em célula maligna e, muitas

vezes, a suspensão da influência do agente oncopromotor interrompe o processo.

Mas, se houver uma exposição continuada, chega-se à etapa da progressão, na

qual as células afetadas se multiplicam descontroladamente e a neoplasia instalada

evolui até que os primeiros sinais clínicos do câncer comecem a se manifestar

(MARTINS, 2011).

Silva (2004) divide a carcinogênese em quatro estágios: iniciação, promoção,

progressão e conversão. Nesta última etapa, as células alteradas tornam-se

malignas, perdendo a sua coesão, adquirindo autonomia para proliferação e obtendo

mobilidade com a qual se tornam invasivas.

O crescimento tumoral se deve à competição entre as células cancerígenas e

as células normais do organismo por nutrientes. Segundo a biologia celular

13

heterotípica, os tumores devem ser observados como tecidos complexos nos quais

as células neoplásicas mutantes associam-se às células normais que se tornam

colaboradoras do processo tumoral (MARTINS, 2011).

Com relação aos tipos de neoplasias, os tumores cutâneos têm oferecido uma

grande demanda na oncologia veterinária, pelo motivo de que seus sinais clínicos

são facilmente visualizados pelos tutores (RODRIGUES, 2017). Neoplasias de pele

e tecidos moles são bastante comuns nos cães. Além do tumor de mama, que

apresenta grande incidência nas fêmeas caninas; o mastocitoma, o tumor de células

escamosas, adenoma perianal e lipoma também são comuns no Brasil (MARTINS,

2011).

O Carcinoma de Células Escamosas (CCE), uma neoplasia de caráter

maligno, tem maior frequência nos animais idosos com uma média de 12 anos de

idade (MORETTO, 2013). Segundo Martins (2011), cães com idades entre oito e

nove anos frequentemente desenvolvem osteossarcoma e 65% dos acometidos por

mastocitomas se encontram na fase geriátrica. Moretto (2013), afirma que

neoplasias de glândulas sebáceas representam de 6,8% a 7,9% dos tumores de

pele em cães com idades entre nove e treze anos.

3.4 O Tratamento do Paciente Idoso

O tratamento das neoplasias em animais idosos é dificultado por alguns

fatores. O primeiro deles é o fato de que os sinais produzidos pelo crescimento

neoplásico são variados e bastante inespecíficos, o que dificulta o diagnóstico

precoce, complicando, consequentemente, o sucesso do tratamento (KITCHELL,

1999). A presença de doenças crônicas concomitantes também é um fator negativo,

pois costumam mascarar os sinais clínicos na doença neoplásica, sendo

frequentemente atribuídos ao envelhecimento. Além disso, mesmo diante de um

diagnóstico de câncer, alguns tutores acabam não investindo em possíveis

tratamentos devido a uma atitude fatalista, de que, nesta idade, qualquer medida

apenas prolongaria o sofrimento (FIGUEIREDO, 2005).

Para a instituição do tratamento, o primeiro passo é o reconhecimento da

etiologia neoplásica, identificando-se o tipo de tumor, definindo sua extensão e

avaliando a condição geral do paciente. A viabilidade do tratamento antineoplásico

do paciente idoso se relacionará com a influência das doenças concomitantes na

14

expectativa de vida do animal e com a tolerância que o mesmo demonstrará diante

da terapia utilizada (KITCHELL, 1999).

3.5 Tratamento Quimioterápico

A quimioterapia é o tratamento de escolha quando se trata de doença

neoplásica sistêmica ou metastática. Seu objetivo é prolongar a expectativa de vida

do paciente, evitar recidivas locais, prevenir o surgimento de metástases e extinguir

células neoplásicas que ainda possam restar após a excisão cirúrgica de um tumor

(MORETTO, 2013).

No tratamento quimioterápico, existem diferentes drogas antineoplásicas que

agem por mecanismos distintos. As drogas não específicas da fase do ciclo celular

eliminam, em qualquer fase do ciclo com exceção da fase G0, apenas células que

estão em plena divisão. Exemplos desses medicamentos são os agentes alquilantes

como ciclofosfamida, clorambucil e cisplatina. Existem também as drogas que

eliminam apenas células tumorais em determinada fase do ciclo celular. Exemplos

desses medicamentos são a maioria dos antimetabólitos como azatioprina e

cistosina-arabinosídeo; e a maioria dos alcaloides vegetais, como sulfato de

vincristina e a vimblastina. Também se podem citar as drogas não específicas do

ciclo celular, que destroem células tumorais em qualquer fase do ciclo, estando em

divisão ou em repouso. As drogas mielossupressoras e as nitrosuréias como

iomustina e semustina são exemplos, mas não são comumente usadas (MARTINS,

2011).

Células da medula óssea e do epitélio de folículos pilosos são alvo dos

quimioterápicos. Por isso, pacientes em tratamento quimioterápico costumam ter

certa perda de pelos e seu sistema imune fica debilitado. Os efeitos colaterais são

uma desvantagem deste tipo de tratamento. Vômito, diarreia, anorexia, letargia,

infecções em decorrência da mielossupressão; são alguns efeitos da toxicose. Os

pacientes felinos se mostram mais susceptíveis a ter problemas no trato

gastrointestinal como consequência do tratamento (MORETTO, 2013).

A quimioterapia combinada com associação de três ou mais medicamentos

resulta na remissão mais prolongada do tumor e na progressão do tempo de vida do

paciente; quando comparada com o uso de um único quimioterápico. A

mielossupressão decorrente resulta em leucopenia e maior susceptibilidade a

15

infecções. Para pacientes idosos, a adoção de doses mais baixas dos

medicamentos com diferentes modos de ação evita o risco de toxicidade

(FIGUEIREDO, 2005).

O tratamento quimioterápico pode demonstrar-se seguro e eficaz para

animais em fase geriátrica, ainda que existam alterações não muito conhecidas na

farmacocinética e no metabolismo das drogas nestes pacientes. Dessa forma,

apesar de haver certo receio em se instituir quimioterapia agressiva nos pacientes

idosos pela preocupação com a toxicidade, o tratamento é possível se observadas

todas as peculiaridades inerentes à fase senil e que o veterinário responsável tenha

um bom conhecimento e familiaridade com o procedimento, a fim de adaptar as

doses e prever os efeitos colaterais (KITCHELL, 1999). Uma vez que os organismos

idosos possuem reservas fisiológicas mais escassas, a possibilidade de toxicidade

aos antineoplásicos é grande; devendo-se dar preferência a tratamentos mais

conservativos no caso destes animais (MOREIRA, 2018).

Os agentes quimioterápicos possuem um índice terapêutico baixo, ou seja,

para se obter a resposta desejada do fármaco no combate à doença, é necessária

uma dose perigosamente próxima a uma resposta tóxica indesejada (KITCHELL,

1999). Pacientes idosos que portam doenças renais, cardiológicas ou insuficiência

hepática devem receber atenção redobrada. Sendo o fígado um metabolizador de

drogas, uma sobrecarga medicamentosa durante o tratamento quimioterápico seria

fatal. Dessa forma, utilizar fármacos com uma boa flexibilidade de dosagens é uma

boa estratégia para não deixar de investir no tratamento destes animais (BECKER,

2010).

3.6 Tratamento Radioterápico

A radioterapia é indicada para neoplasias malignas. É um método não

invasivo e pode ser utilizado como tratamento único ou como medida paliativa,

quando não há possibilidade de cirurgia. Consegue-se aumentar o tempo de

sobrevida do animal sem prejudicar a estética do mesmo; o que é muito apreciado

pelos tutores. No entanto, é um tratamento ainda pouco utilizado na medicina

veterinária por ter um custo elevado e pela constante indisponibilidade dos

equipamentos necessários (MORETTO, 2013).

16

Este tratamento utiliza a radiação ionizante advinda de fontes naturais como

Césio e Cobalto e visa principalmente, eliminar as células neoplásicas de forma mais

específica; evitando ao máximo atingir as células normais circunvizinhas (MORETO,

2013). Em se tratando de animais idosos, é tão efetivo quanto em animais jovens, no

entanto, apresenta 10 a 15% mais efeitos adversos nos tecidos normais dos idosos.

Os efeitos colaterais não são mais graves nos idosos, mas a diferença é que estes

animais são menos capazes de suportar e compensar as disfunções temporárias

que a radiação causa no organismo. Além disso, animais submetidos à radioterapia

necessitam ser anestesiados brevemente e isso pode ser um problema em

pacientes geriátricos (KITCHELL, 1999).

3.7 Eletroquimioterapia e Terapia Fotodinâmica (FTD)

A eletroquimioterapia é um tipo de quimioterapia potencializada pela

eletroporação da membrana plasmática da célula através de pulsos elétricos. Pode

ser utilizada como tratamento único ou combinada no combate a tumores

superficiais como carcinoma de células espinhosas, melanomas orais e

mastocitomas (MOREIRA, 2018).

Já a terapia fotodinâmica é uma modalidade de terapia antineoplásica na qual

as células tumorais são induzidas à citotoxicidade por meio de uma fonte de luz.

Para tanto, são necessários um agente fotossensibilizador, uma fonte de luz com

comprimento de onda adequado e oxigênio molecular. A FTD pode ser repetida sem

que haja desenvolvimento de resistência, pode ser combinada a outras modalidades

de terapia e, comparando-se à cirurgia, produz o mínimo de desfiguramento, já que

a destruição tecidual é seletiva. Sua principal desvantagem é que acarreta

fotossensibilização. Edema facial, eritema e necrose secundária no local de

aplicação podem ocorrer, mas regridem. A necessidade de anestesia geral durante a

aplicação e o uso de bandagens e colar elisabetano para evitar que o animal se

machuque são alguns inconvenientes deste tipo de tratamento (MORETTO, 2013).

3.8 Tratamento cirúrgico

O tratamento cirúrgico é mais indicado para neoplasias benignas, onde não

há o risco de desenvolvimento de metástase. Para neoplasias malignas, no entanto,

é necessária uma avaliação do tipo de tumor, da extensão do mesmo, da existência

de metástase e das condições do animal. No caso de tumores localmente

17

confinados, as taxas de cura são boas quando removidos cirurgicamente; no

entanto, deve haver um planejamento cirúrgico adequado, principalmente em se

tratando de pacientes geriátricos, que são menos tolerantes a sucessivas cirurgias

subcurativas (KITCHELL, 1999).

Para o caso de carcinoma de células escamosas, por exemplo, a cirurgia é o

tratamento inicial. Mas em se tratando de grandes massas tumorais ou

profundamente invasivas, não removíveis cirurgicamente, opta-se pela radioterapia.

Dessa forma, há diversas modalidades de tratamento, mas a escolha depende não

apenas do estadiamento do tumor, como também da aceitação do tutor, seja em

relação aos gastos financeiros ou aos efeitos colaterais, como possíveis mudanças

estéticas (MORETTO, 2013).

A cirurgia também pode se configurar como medida paliativa promovendo

alívio da dor, melhoria das funções vitais, controle dos sinais clínicos e mesmo um

possível prolongamento da vida. É indicada em casos de extensos tumores

ulcerados cuja remoção cirúrgica ajudaria a melhorar a dor e reduzir riscos de

infecção local ou sistêmica. Não havendo a possibilidade de cura, não existindo

outra modalidade útil menos invasiva e tendo-se a certeza de que será efetiva na

melhora dos sinais clínicos, a cirurgia paliativa é uma boa estratégia. Como

exemplos, temos a amputação de membro em caso de osteossarcoma apendicular e

a esplenectomia quando se está diante de um caso de ruptura de

hemangiossarcoma esplênico (GARCIA et al, 2009).

3.9 Atenção especial ao paciente geriátrico

Apesar de a oncologia veterinária ter evoluído bastante nos últimos anos,

sabe-se que mais ou menos a metade dos pacientes com câncer acabará falecendo

e que a maioria necessitará receber medidas de controle da dor e dos sinais clínicos

(MOREIRA, 2018).

O animal acometido por doença oncológica sofre com variadas disfunções

concomitantes denominadas síndromes paraneoplásicas, que são alterações

acarretadas pela presença do tumor e que prejudicam a condição do paciente

influenciando no sucesso de qualquer que seja o tratamento instituído (GARCIA et

al, 2009). Muitas vezes, os pacientes oncológicos já possuem um sistema imune

comprometido pela presença de doenças crônicas, principalmente os mais idosos; o

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que, somado aos efeitos paraneoplásicos, aumenta a incidência de complicações

infecciosas (MOREIRA, 2018).

Segundo Assumpção (2010), os sintomas decorrentes da doença neoplásica

são consequência do crescimento do tumor, que acaba comprometendo a função do

órgão afetado; ou da pressão que a massa tumoral exerce sobre as estruturas

vizinhas. No entanto, muitas vezes o que leva o tutor a encaminhar seu animal ao

veterinário são justamente os sinais das síndromes paraneoplásicas como

hipercalcemia, hipoglicemia, anemia, caquexia, problemas de coagulação, etc., os

quais se apresentam como riscos reais à sobrevivência do animal.

Em vista disso, a área de cuidados paliativos visa oferecer todo o alívio

possível para os pacientes oncológicos tratando os sintomas paraneoplásicos,

principalmente a dor, cujo tratamento é sempre um desafio na medicina veterinária

devido à dificuldade de sua avaliação. Para tanto, faz-se uso de métodos

farmacológicos com anti-inflamatórios não esteroidais (caprofeno e piroxicam) e

opióides (morfina, oximorfina, fentanil, buprenorfina e butorfanol) no tratamento de

dores reduzidas e intensas respectivamente; ou métodos não farmacológicos como

acunpultura e fisioterapia, que ajudam a reduzir as doses necessárias dos fármacos

quando a eles associados, reduzindo também os efeitos colaterais indesejados

(GARCIA et al, 2009).

A inapetência, hiporexia e anorexia são comuns em animais enfermos e

acabam agravando a enfermidade primária (OLIVEIRA; PALHARES; VEADO, 2008).

No caso de pacientes oncológicos, estes podem apresentar perda de apetite devido

à toxicidade de alguns tratamentos antineoplásicos e, como consequência, há

redução das defesas imunológicas. Um quadro muito preocupante em um animal já

debilitado por uma doença neoplásica e mais preocupante ainda quando se trata de

um paciente idoso, o que torna vital a instituição de um suporte nutricional (GARCIA

et al, 2009).

Para causar o mínimo de estresse ou trauma ao paciente, deve-se iniciar o

suporte nutricional através de métodos de estimulação do apetite, evoluindo, quando

necessário, para técnicas de nutrição enteral ou parenteral (OLIVEIRA; PALHARES;

VEADO, 2008). Pode-se oferecer uma dieta altamente palatável, que pode ser

servida aquecida ou não, em um local confortável. Ou fazer uso de benzodiazepinas

como o diazepam (0,05 a 0,15 mg/Kg IV; 0,05 a 0,4 mg/Kg PO) para estimular o

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apetite do animal, principalmente nos felinos. Muitas vezes, tratando-se as náuseas

decorrentes das neoplasias ou do tratamento, consegue-se melhorar o apetite. Em

caso de náuseas graves ou êmese, pode ser administrado odansetrone (0,4 a 0,5

mg/Kg IV). O importante é garantir uma boa nutrição ao animal, para que seu

organismo tenha os recursos necessários para enfrentar as adversidades da doença

neoplásica e do tratamento instituído (GARCIA et al, 2009 ).

No entanto, há vezes em que a doença já se encontra em um estágio tão

avançado, que não existe mais meio de cura, nem possibilidade de qualidade de

vida. O que resta nesses casos é a eutanásia, uma opção que deve ser

cuidadosamente considerada. Sendo uma opção na medicina veterinária, sabe-se

que a proporção de pacientes oncológicos que recebem tratamento diminui

conforme a idade avança (KITCHELL, 1999). A eutanásia é uma forma de garantir

alívio ao sofrimento daqueles animais cujo tratamento não mais consegue trazer

benefícios. Cabe ao médico veterinário assegurar o diagnóstico e informar

cuidadosamente os tutores para que os mesmos possam tomar a melhor decisão

(FIGUEIREDO, 2005).

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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

As doenças neoplásicas são típicas da fase geriátrica na qual os animais

naturalmente apresentam inúmeras disfunções adquiridas ao longo da vida. Essas

disfunções fragilizam a saúde do animal e o transformam em um paciente

oncológico que, em alguns casos, pode ser submetido à eutanásia.

No entanto, vale ressaltar que, mesmo diante de um diagnóstico de neoplasia

em um animal idoso, o tratamento é sim possível; desde que as condições gerais do

animal sejam avaliadas, que haja a disponibilidade do tratamento, a vontade e o

aporte financeiro por parte do tutor.

O acompanhamento médico geriátrico dos animais de companhia demonstra-

se imprescindível na prevenção das neoplasias e na detecção precoce das mesmas,

a fim de instaurar um tratamento eficaz e melhorar assim o prognóstico, ou ao

menos aliviar os sinais das síndromes paraneoplásicas que invariavelmente se

manifestarão.

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REFERÊNCIAS

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