necessidadesespeciais tÊmgarantidavaga diferente é · dia de ação de graças em desenhos...

11
Dia de Ação de Graças em desenhos PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS TÊM GARANTIDA VAGA EM ESCOLAS E AJUDAM A MUDAR A REALIDADE DE PROFESSORES E ALUNOS QUARTA-FEIRA, 7 DE DEZEMBRO DE 2011 legal Quando o diferente é INTEGRAÇÃO Alexandro Bartiniski (ao centro), 21 anos, tem limitações físicas devido a uma paralisia cerebral, mas, com a ajuda da escola e amigos, vai se formar no ensino médio no final de dezembro Páginas 4 e 5 Páginas 6 e 7 SIRLI FREITAS

Upload: others

Post on 10-Sep-2020

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: NECESSIDADESESPECIAIS TÊMGARANTIDAVAGA diferente é · Dia de Ação de Graças em desenhos PORTADORESDE NECESSIDADESESPECIAIS TÊMGARANTIDAVAGA EMESCOLASEAJUDAMA MUDARAREALIDADEDE

Dia de Açãode Graças emdesenhos

PORTADORES DENECESSIDADES ESPECIAISTÊM GARANTIDA VAGAEM ESCOLAS E AJUDAM AMUDAR A REALIDADE DEPROFESSORES E ALUNOS

QUARTA-FEIRA, 7 DE DEZEMBRO DE 2011

legalQuando odiferente é

INTEGRAÇÃO Alexandro Bartiniski (ao centro), 21 anos, tem limitações físicas devido a uma paralisia cerebral, mas, com a ajuda da escola e amigos, vai se formar no ensino médio no final de dezembro

Páginas 4 e 5

Páginas 6 e 7

SIR

LIFREIT AS

Page 2: NECESSIDADESESPECIAIS TÊMGARANTIDAVAGA diferente é · Dia de Ação de Graças em desenhos PORTADORESDE NECESSIDADESESPECIAIS TÊMGARANTIDAVAGA EMESCOLASEAJUDAMA MUDARAREALIDADEDE

PALOMA HAMMES*

Toda pessoa tem em suasmãos o poder de fazerde sua vida o que maisquer.Pode fazer de suavida uma vida feliz sementalizar sempre pen-

samentos bons e alegres.Portanto,precisamos ter pensamentos ale-gres e otimistas,que tudo ocorrerábem,conforme queremos.

Cada pessoa constrói sua vidaatravés do pensamento,se a pessoaquer muito alguma coisa e pensamuito nisso,ela acaba conseguindo.Então para vencer na vida e seruma pessoa saudável devemossempre mentalizar nossos obje-tivos e muita saúde será o quereceberemos.Para ter felicidade,mentalizamos felicidade.Para tersaúde,mentalizamos saúde.Paraconseguir o cargo desejado deve-seter no pensamento a certeza de queé capaz e consegue o que quer.

Basta ter um pensamento firme,e repetir várias vezes que somos ca-pazes.Assim,você conseguirá tudoo que quiser.Mas nada vem degraça,para receber algo do mundo,deve-se dar algo ao mundo.Se vocêajudar alguém,será ajudado.Masse não ajudar ninguém,ninguém oajudará.Para ser feliz,deve-se ten-tar fazer os outros felizes também.

Se existe em uma casa uma únicapessoa pessimista e mal humorada,isso irá interferir na vida de todosque convivem com ela.Deve-se seralegre não apenas para o própriobem,mas para que as pessoas aoredor se sintam felizes também.

Às vezes as pessoas pensam quepor ter problemas podem andarpor aí carrancudas,mas isso só fazmais mal,pois atrai mais proble-mas.E faz mal também a quemestá por perto.Os pensamentos,além de modificarem acontecimen-tos, influenciam também na circu-lação sanguínea,pois pensamentosbons ativam a circulação sanguíneae a digestão, isso ajuda na saliva-ção e produção de suco gástrico,tornando a digestão melhor.

O mundo é um espelho dosnossos pensamentos,pensamentosbons atraem coisas boas.Precisa-mos ter a mente alegre.Mesmo queesteja passando por dificuldadesdeve sempre ter a fisionomia alegre,pois o desânimo atrai acontecimen-tos desagradáveis.

Para conseguir ser feliz você nãoprecisa fazer as outras pessoas sesentirem mal,pois somos todosiguais,então tente ver sempre olado bom das pessoas.Fazer elasse sentirem bem e felizes com elasmesmas,assim você receberá issodelas e será mais feliz e satisfeito

consigo mesmo. Se você fizer carafeia para as pessoas receberá issodelas; agora se sorrir para todosreceberá sorrisos de todos.

Além disso, deve-se agradecersempre às pessoas por tudo, mes-mo que elas não sejam como vocêqueria que fossem.

Ler bons livros é ótimo paraadquirir conhecimento para a vida.Mas é preciso escolher livros quefalem de assuntos alegres e ensi-nem boas coisas.Um livro custamenos do que roupas e sapatos eensina muitas coisas, lhe deixandomais bonito por dentro.

É bom lembrar sempre que cadapasso que você dá o coloca maispróximo do seu objetivo.Não desa-nime por estar apenas no começo,pois todos que venceram um diaestiveram apenas no começo.Sevocê sempre parar para analisar ascoisas e olhar o lado negativo,vocêjamais alcançará o que quer.

A lição mais importante queaprendi com a leitura do livro Guiapara uma vida feliz é que devemoster bons pensamentos,pois pen-sando em coisas boas acontecemcoisas boas.“A força do pensamen-to pode mudar tudo o que quiser-mos e nos fazer mais felizes.”

* Aluna do 3° ano matutino daE.E.B. Walter Probst, de Aurora

Editorial

Desde 1989,todas as escolasbrasileiras são obrigadasa aceitar matrículas de

alunos portadores de necessida-des especiais.E a recusa destedireito se transformou em crime.Em Santa Catarina,cerca de 5 milalunos com deficiência, transtor-nos globais do desenvolvimento ealtas habilidades estão matricula-dos na rede estadual.

Nesta edição,mostramoscasos de três estudantes que seintegraram perfeitamente aoambiente escolar e estão tendoprogressos importantes no seudesenvolvimento.E mais que isso:são exemplo de força de vontadepara os professores e colegas desala e fizeram muita gente reverseus próprios conceitos.

Outra reportagem destaedição mostra como o trabalhovoluntário nas escolas tem sidoimportante para a melhoria daqualidade do ensino no Estado.Além de exemplos de pessoas quededicam parte do seu tempo aatividades escolares,mostramosque os projetos desenvolvidos emescolas de Santa Catarina têmse destacado pelo país e vencidoprêmios concorridos.

Guia para uma vida feliz

Você lembra?

27 DE DEZEMBRO DE 2011

Diretor de Operações: Walter Bier Hoechner

Coordenadora do programa: Vanessa Esteves

Editora do caderno: Viviane Araújo

Textos: Maurício Frighetto

Diagramação: Fabiano Peres e Keli Cumerlato

Comunique-se com o DC na Sala de Aula

Rua Desembargador Pedro Silva, 2958, Bairro Itaguaçu

- Florianópolis - SC - CEP: 88080-701

Telefone: (48) 3216-3444

Fax: (48) 3216-3355

E-mail: [email protected]

Envie projetos/produções para publicação

no caderno DC na Sala de Aula

Critérios para envio de produções dos alunos

das escolas estaduais às Gerências Regionais de

Educação (Gereds):

✔ Enviar em folha A4

✔ Identificar o trabalho no verso

✔ Devem constar nome completo, idade, série,

escola e município (letra legível)

✔ O professor deverá enviar, juntamente com as

produções dos alunos, um resumo do objetivo do

trabalho desenvolvido

✔ As produções devem ser enviadas dentro do

prazo estabelecido pelas Gereds

Critérios para envio de artigos de profissionais

de educação para publicação:

✔ Devem ser encaminhados com, no máximo,

2 mil caracteres.

✔ Fontes Times New Roman ou Arial, tamanho 12

Participe você também!

Escolas, divulguem seus eventos no nosso mural.

Esse espaço foi criado especialmente para vocês.

A edição anterior do DC na Sala de Aula mostrou escolasda rede pública catarinense que têm projetos que visamestimular o gosto da leitura nos estudantes. As iniciativasvão desde competições, até medidas simples, como tornara biblioteca um cantinho aconchegante para se passar umbom tempo na companhia de um livro.

Iniciativas de inclusãoescolar são premiadas

Estão abertas até 31 de dezembro asinscrições para o II Prêmio ExperiênciasEducacionais Inclusivas. O objetivo é va-lorizar experiências inovadoras de inclusãoescolar de estudantes com deficiência,com transtornos globais do desenvolvimen-to e com altas habilidades/superdotação.Serão premiadas experiências das escolaspúblicas e das secretarias de educação,além de textos produzidos por estudantes.Informações: peei.mec.gov.br.

Medicina é o maisdisputado na UFSC

O curso de medicina é o mais procuradodo vestibular 2012 da Universidade Federalde Santa Catarina (UFSC). Há uma vagapara cada 49,61 inscritos. Em seguida vêmos cursos de Arquitetura (16,25), Engenha-ria Civil (14,39), Direito (13,17) e Engenha-ria Química (12). O número de inscritoschegou a 30.388, quase 15% a menos doque no vestibular anterior. O concurso ofe-rece 5.991 vagas para 85 cursos e habilita-ções nos campi de Florianópolis, Joinville,Curitibanos e Araranguá.

Projeto da Capitalganha concurso

O Projeto Casa da Criança, da Orga-nização Casa da Criança do Morro daPenitenciária, de Florianópolis, foi o vence-dor nacional de médio porte do 9º PrêmioItaú-Unicef. O projeto atende 163 criançase adolescentes que recebem apoio peda-gógico e realizam oficinas de artesanato,esporte e lazer, como aulas de squash, xa-drez, capoeira e dança, além de frequentarcursos de informática. A organização, que jáhavia recebido R$ 20 mil na etapa regional,recebeu mais R$ 80 mil.

Prêmio Embraco deEcologia em Joinville

A empresa Embraco promoveu a 19ªedição do Prêmio Embraco de Ecologia,programa de educação ambiental dirigidoà rede de ensino de Joinville. O tema desteano foi: ideias brotam movidas por energia.Acredite nelas e construa um projeto efi-ciente. Os 52 projetos inscritos foram ana-lisados pela comissão julgadora, formadapor especialistas em educação ambiental.Confira os ganhadores:

ENSINO INFANTILCEI Alegria de ViverCEI MiosótisCEI Sonho de Criança

ENSINO FUNDAMENTALEEB Georg KellerEM Hermann MüllerEEB Plácido Olímpio da Silveira

ENSINO FUNDAMENTALEM Elizabeth Von DreifussEEB João Rocha

Artigo

Esta edição é a quinta e última deste ano.Agradecemos a participação de todos os

professores,alunos e profissionais da área deEducação que nos ajudaram na produção doscadernos.Já estamos planejando as edições doano que vem,e os trabalhos e projetos da sua

escola podem ser destaque.Veja os critérios depublicação no quadro ao lado e participe.

Programa Jornal e Educação

O caderno DC na Sala de Aulaé uma das iniciativas do ProgramaJornal e Educação do Diário Cata-rinense, que trabalha a democra-tização da informação e ofereceoportunidade a estudantes de todosos níveis sociais de desenvolveremo pensamento crítico e a cidadaniaativa. Desde 2005, o programa temtrabalhado na formação de alunos,ajudando-os a refletir sobre a impor-tância de conhecer, interpretar e tra-balhar as mídias em sala de aula.

Para isso, um número determina-do de exemplares da edição diáriado jornal é enviado para cada esco-la conveniada, além das edições docaderno DC na Sala de Aula. É feitotambém acompanhamento pedagó-gico para auxiliar os alunos e pro-fessores a utilizar o jornal em salade aula, bem como incentivá-los nasproduções com o mesmo.

Notícias

Confira mais concursos e notícias sobreeducação no www.dcnasaladeaula.com.br

Page 3: NECESSIDADESESPECIAIS TÊMGARANTIDAVAGA diferente é · Dia de Ação de Graças em desenhos PORTADORESDE NECESSIDADESESPECIAIS TÊMGARANTIDAVAGA EMESCOLASEAJUDAMA MUDARAREALIDADEDE

Dois barcos piratas,em busca do mesmo tesouro,encontram-se em pleno oceano,a caminho deuma ilha perdida.Tal ilha (acreditava-se) era reple-ta de magia,ambição desses navegadores.É quaseimpossível distinguir os barcos,senão pelas suasbandeiras: a azul é do barco de Roll e a vermelha é

o barco de Dom.Os dois capitães já se conheciam,eram amigosde infância,então cumprimentaram-se animadamente,semrivalidade.Depois de um“Tudo bem?”e um“Ah,sim,ótimo”eafins,o verdadeiro diálogo começou:

– É,então,que tesouro você está procurando? – indaga Dom.– Pois é,meu amigo,sabe que me casei com uma jovem escri-

tora,não é mesmo? Ela me disse que ouviu falar de mágica poraqui,uma pena,aquela da qual usamos para escrever...é...bem,o que não fazemos pelas mulheres?

Com uma expressão pouco comum,Dom comenta:– Ah,mas não diga! Pois eu venho em busca desse mesmo

tesouro.Minha irmã ficou encantada ao ouvir os boatos.Logo em seguida,Rool fala:– Hum,verdade? Mas,meu amigo,só há um exemplar disso

por aí,será meu!– Ficaria feliz em saber como você faria tal façanha – debo-

chou Dom.– Simples,meu caro,muito simples.E com ambos os navios já ancorados na praia,Rool segurou

firme uma das cordas que controla a vela de seu barco e saltoupara o barco de Dom,sacou a espada e disse:

– Veja bem,que é simples: vou me livrar de você – isso tudonuma calma suspeita.

Entre gemidos e gritos,seguiu-se a batalha (acompanhadatambém de uma tola discussão).

Acirrada,a luta foi até a terra firme,onde ambos os capitãesofegaram e caíram exaustos na praia.

– Dom,vamos esquecer essa bobagem de mágica e voltarpara casa,está bem? – falou Rool,pelejando para se levantar.

– Vamos,tudo isso já foi aventura suficiente.E então,espantando nossos protagonistas,surge um forte

tremor de terra, formando uma fenda na areia da praia,queengoliu Dom e Rool.De repente,eles se encontram em umacaverna escura e úmida,não fazendo ideia de onde estavam.

–Ah,minha cabeça!Acho que rachou ao meio – disse Rool.– Por acaso você não sabe onde estamos,sabe Rool?– Não faço a mínima ideia,mas....veja só! Aquilo não é um

feixe de luz?E a esperança de escapar dali renasceu nas entranhas em

ambos os aventureiros.Foram eles até o misterioso feixe de luz.O que era aquilo?

Ah,uma porta.Gigante,se lhe interessa saber.E empurrando aimensidão de madeira,eles avistaram algo inesperado; diversosinstrumentos de escrita: canetas, lápis,papéis e inúmeras penas;só com um detalhe: gigantes! Qual pena,entre tantas outras,elesdevem pegar?

– Dom,olhe só,uma escada para a praia.Posso até ouvir omar! Vamos.Corra!

Mas Dom não correu,olhou frustrado para Rool,e lhe res-pondeu dizendo:

– Não,não,de jeito nenhum! Foi você mesmo que bateu acabeça quando caiu! Esse é o local mágico!

– Mas Rool,nós queremos uma pena – enfatizou.– Então,qual pegar? E outra: como levá-la para navios?– Esqueça detalhes Dom! Veja onde estamos! Senão aqui,

onde acharemos o tesouro?E começaram a caminhar em busca do tesouro,olhando

perplexos para a sala,após Rool concordar,claro!Em meio à busca,um baque surdo os fez pular e se dar conta

do que não viram: ao lado da porta uma sequência de gerin-gonças começou a dançar,e quando parou,eles observaram umbastão grande, forte e de madeira empurrar uma estante dentreoutras imensas e de lá começar algo como o efeito dominó,efolhas começaram a voar formando um mar de letras e papel,

quando Dom deu um grito de dor.– O que foi Dom?– Algo bateu na minha cabeça.Veja só,é de um tamanho

normal – falou Dom,tateando em volta de si– Ei,Rool,acho que é uma pena!– Então pegue-a e corra que tudo vai desabar!Em meio à confusão de papel,onde muito pouca coisa se

enxergava,Dom agarra a suposta pena e corre seguindo Rool,até chegar ao mar, tendo certeza de que estava longe do local,deonde,pouco antes,a fenda surgira!

– Conseguiu pegar a pena? – perguntou Rool esperançoso.– É...mais ou menos – respondeu Dom,cauteloso,pois Rool é

cabeça quente.– Mais ou menos como? Pegou ou não?– Peguei só que não é uma pena...é um pincel.– O quê? Não,não pode ser!– Pois é,Rool...minha irmã falou de algo mágico,não disse se

era uma pena.– Hum...é,o velho que me contou era um tanto desdentado...

minha esposa entende o que lhe interessa e...ah! -suspirou Rool,desapontado,dando uns socos no ar.

Dom largou o pincel na beira da praia e falou:– Já chega disso, tudo bem?E os dois começaram a andar até seus barcos ancorados.Mas,

como no final de toda história,esta ainda não acabou.Comum golpe certeiro,Rool derruba Dom e volta correndo atrás dopincel.Com Dom logo atrás,eles lutam pelo pincel,um puxandode cada lado exclamando:

– Não é uma pena...mas é mágico! – esse foi Rool.– Não é uma pena...mas é meu! – esse outro foi Dom.E não percebendo,eles foram até o local onde o buraco se

abrira antes.De novo,o forte tremor de terra.De novo,a fendaenorme.E eles,gritando,em meio a bagunça de papel:

– Será que um dia acaba? – fizeram coro.Vão demorar para descobrir.

7 DE DEZEMBRO DE 2011 3

RAQUEL SANTOS, DA 6a SÉRIE DA EEB SILVA JARDIM, PRODUZ REDAÇÃO QUE É UMA VERDADEIRA AVENTURA

Mar de letras e papelA professora deLíngua Portuguesa daEscola de EducaçãoBásica Silva Jardim,de Alfredo Wagner,Ana Paula KretzerDolagnelo, propôspara os estudantes da6a série um trabalhode produção textual.Foram apresentadostrês temas diferentes,sendo que um delesdeveria ter comosituação inicial oseguinte texto:“Dois barcos piratasse encontravam emalto mar em busca deum tesouro perdido.”A aluna Raquel IungSantos, de 11 anos,se destacou porsua criatividade ecoerência na produçãodo texto. Confira aredação de Raquel:

RENATONASCIM

ENTO

Page 4: NECESSIDADESESPECIAIS TÊMGARANTIDAVAGA diferente é · Dia de Ação de Graças em desenhos PORTADORESDE NECESSIDADESESPECIAIS TÊMGARANTIDAVAGA EMESCOLASEAJUDAMA MUDARAREALIDADEDE

4 7 DE DEZEMBRO DE 2011

ESTUDANTESDE IRINEÓPOLISAPRENDEM SOBREDATA MARCANTE DACULTURA AMERICANA

Uma simples aula de inglês setransformou num projetoque mistura aprendizado,cidadania e solidariedade.Ainiciativa foi da professoraLourdes Cristina Paras-

tchuk,da Escola de Educação Básica Ho-rácio Nunes,de Irineópolis,no PlanaltoNorte.O projeto Dia de Ação de Graçascomeça com a apresentação da históriaem inglês,para posterior tradução.Nasequência,os estudantes reproduzirama história em desenhos.Aproveitandoo lema de caridade do Dia de Ação deGraças, foi lançada uma campanha paraarrecadação de alimentos e materiaisde higiene e limpeza,que foram doadospara o Lar dos Idosos Sant’Ana.Nodia da entrega,os alunos realizaramatividades de lazer com os idosos.– É uma atividade que leva toda a comu-nidade à reflexão da prática do agradeci-mento a Deus pelas bênçãos que recebe– diz a professora.

Projeto Dia de Ação de Graças

ALINE MAIER,PAMELAKARVAT

WILLIAM M., THERRY M., GUILHERME G. E GUILHERME FELIPE F.

LUCAS DENK,DANIEL DENK,

DJEMERSONSENN RAIMUNDO

EMILLY MONTOSKI, KAYANE BAGGENTOSS, CELIO IORK FILHO

Page 5: NECESSIDADESESPECIAIS TÊMGARANTIDAVAGA diferente é · Dia de Ação de Graças em desenhos PORTADORESDE NECESSIDADESESPECIAIS TÊMGARANTIDAVAGA EMESCOLASEAJUDAMA MUDARAREALIDADEDE

57 DE DEZEMBRO DE 2011

JAINE APARECIDA VIEIRA, RONI MARCOS REICHARDT FLAVIANE MASSANEIRO, ANGELA ROCHA, KARIN NIGRI ROGER REICHARDT E LUIZ FERNANDO KLODZINSKI

DAIANE PREISLER, DAIANE REICHARDTISIDORO SUSKI, RONI ROBERTO ZAPOTOCZNY, FERNANDA DE MELLO

Page 6: NECESSIDADESESPECIAIS TÊMGARANTIDAVAGA diferente é · Dia de Ação de Graças em desenhos PORTADORESDE NECESSIDADESESPECIAIS TÊMGARANTIDAVAGA EMESCOLASEAJUDAMA MUDARAREALIDADEDE

PORTADORES DE DEFICIÊNCIA TÊM GARANTIDA VAGA NAS ESCOLAS, ONDE FAZEM TODA A DIFERENÇAMAURÍCIO FRIGHETTO

O desafio da inclusão escolar dealunos com necessidades especiais étão grande quanto a recompensa doaprendizado. Dados do Censo de 2010mostram que o Brasil tem quase ummilhão de matrículas de estudantescom algum tipo de deficiência, seja fí-sica ou mental. É caridade? Claro quenão – é um direito.

Nem sempre foi assim.An-tigamente,a educação deestudantes com deficiênciasera feita de forma segregada.Mas a visão sobre o assuntofoi mudando,até que,no

Brasil,em 1989, foi aprovada a lei 7.853,queobrigou todas as escolas a aceitar matrículasde alunos com com deficiência.E a recusadeste direito se transformou em crime.

Em 2001,81 mil estudantes com defici-ências estavam matriculados nas diversasredes de ensino do país.Segundo o Censo2010,realizado pelo Instituto Brasileiro deGeografia e Estatística (IBGE),o númeropassou para 928 mil.O mesmo estudorevela outro dado importante: 45 milhões debrasileiros disseram ter algum tipo de defi-ciência,ou seja,quase 24% da população.

Em Santa Catarina,5 mil alunos comdeficiência, transtornos globais do desenvol-vimento e altas habilidades estão matricula-dos na rede estadual.

A Fundação Catarinense de EducaçãoEspecial (FCEE) é a responsável pela políticada inclusão escolar no Estado.Ela tambémtem a função de disseminar o conhecimen-to, fazer pesquisa,buscar informações etrabalhar com alta tecnologia.

– Toda criança,entre 4 e 17 anos, tem queestar matriculada no ensino regular.Masainda há casos de crianças com deficiên-cias que não estão nas escolas,seja porquea família não a matriculou,seja porque aescola não está preparada.Alguns muni-cípios,por exemplo,não têm transporteadequado – disse a presidente da fundação,Rose Bartucheski.

Para Rose,a inclusão só acontece deverdade se a escola tiver disposição de fazerparte ativamente deste processo.

– Temos a inclusão física,com a acessibi-lidade,e a atitudinal.A física é importante; aatitudinal é fundamental.É a escola querer,estar preparada para receber este aluno.Mas estão ocorrendo melhorias.Há cincoanos,uma criança se apavorava ao ver umdeficiente.Hoje,é visto como algo normal.

Se necessário,o estudante pode ter umsegundo professor.É o caso dos surdos,queprecisam de um docente da Língua Brasilei-ra de Sinais (Libras).

Como é um direito,quem precisa, já sabeo que fazer: reivindicar.

[email protected]

Presença especial

Alfabetização em braile e integração total

67 DE DEZEMBRO DE 2011

CriciúmaMARCELO BECKER

Mateus Felipe Fernandes dos Santos,de seteanos,é um dos 80 alunos portadores de neces-sidades especiais que estudam na Escola de En-sino Fundamental São Cristóvão,de Criciúma.E apesar da deficiência visual,ele tem planosdesafiadores para o futuro: quer ser policial etambém pastor evangélico.

O garoto nunca conseguiu enxergar desdeque nasceu,problema que surgiu quando amãe teve rubéola na gravidez.Mas ele tem umadisposição e independência impressionantes.

Vai para a escola na van disponibilizadapela prefeitura que o pega em frente de casa,e acompanha os amigos em quase todas asatividades escolares.

No início do ano,quando chegou à escola,Mateus era irrequieto e um tanto teimoso.Masem pouco tempo,se adaptou ao local,colegase professores e se destaca por umas tiradasinusitadas sobre vários assuntos.

– Na aula de informática quando estamosouvido música eu gosto é do pagode – contao garoto que vive com a mãe, avós maternose mais dois irmãos.

Mateus sempre precisa da ajuda dos profes-

sores e dos colegas para a maioria das ativida-des escolares que são propostas.

Ele ainda está sendo alfabetizado em braile e,apesar de não poder jogar futebol,demonstramuito interesse pelo esporte.

– Torço para o Santos,é o melhor time queexiste no Brasil – afirma.

A diretora Dione Teixeira explica que Mateusé um dos alunos de necessidades especiaismais queridos da escola:

– Ele é realmente muito esperto e todas ascrianças gostam muito dele.

[email protected]

O que é educação especial?Ela integra o sistema educacional regular e de-

manda procedimentos e recursos específicos quevisam ao ensino, prevenção, reabilitação e profis-sionalização da pessoa com deficiência, condutastípicas e altas habilidades. São aqueles estudantesdiagnosticados com deficiência, condutas típicas ealtas habilidades. Veja os detalhes:

DEFICIÊNCIASA pessoa com deficiência é aquela que apresen-

ta restrição física, mental ou sensorial, de naturezapermanente ou transitória, que limita o desempe-nho de uma ou mais atividades da vida diária. Po-dem ser:

Auditiva: é a perda parcial ou total, congênitaou adquirida, da capacidade de compreender a falaatravés do ouvido. Pode ser leve/moderada ou se-vera/profunda.

Visual: é a redução ou perda total da capacida-de de ver com o melhor olho. Se divide em cegueira(perda total ou o resíduo mínimo de visão que levaa pessoa a necessitar do Sistema Braille como meiode leitura e escrita) e baixa visão ou visão subnormal,que é o comprometimento do funcionamento visualde ambos os olhos, mantendo um resíduo visual.

Física: é a alteração completa ou parcial de umou mais segmentos do corpo humano, acarretandoo comprometimento da função física, apresentan-do-se sob a forma de paraplegia, paresia, monople-gia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia,triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia, ampu-tação ou a ausência de membros, paralisia cerebral,nanismo, membros com deformidade congênita ouadquirida.

Múltipla: é associação de duas ou mais defici-ências primárias, sejam elas na área mental, visual,auditiva ou física.

Mental: se caracteriza por comprometimen-to cognitivo relacionado com o intelecto teórico(capacidade para utilização das formas lógicas depensamento conceitual) que também pode se ma-nifestar no intelecto prático (capacidade para resol-ver problemas de ordem prática de modo racional)que ocorre no período de desenvolvimento, ou seja,até os 18 anos de idade.

CONDUTAS TÍPICASPessoa com condutas típicas é aquela que apre-

senta manifestações típicas dos seguintes quadros,de maneira isolada ou combinada:

Transtorno hipercinético ou do déficit deatenção por hiperatividade/impulsividade: secaracteriza pela combinação de comportamentohiperativo com desatenção marcante;

Transtornos invasivos do desenvolvimen-to: se caracterizam por anormalidades qualitativasem interações sociais recíprocas e em padrões decomunicação e, por um repertório de interesses eatividades restrito, estereotipado e repetitivo.

ALTAS HABILIDADESA pessoa com altas habilidades é aquela que

apresenta notável desempenho e elevada poten-cialidade em qualquer dos seguintes aspectos, iso-lados ou combinados: capacidade intelectual geral;aptidão acadêmica específica; pensamento criativoou produtivo; capacidade de liderança; talento es-pecial para artes e capacidade psicomotora.

Fonte: Resolução número 112 do Conselho Estadual deEducação de Santa Catarina.

Se derem uma prova para o estudantecom deficiência e ela não foradaptada, é um direito dele não fazer.

Regina Martiniere, professora

77 DE DEZEMBRO DE 2011

CHA

RLES

GU

ERR

A

ChapecóDARCI DEBONA

As limitações físicas por causa de paralisia cerebral não impediramque o estudanteAlexandro Bartiniski,21 anos,fosse em busca dosseus sonhos.Ele já tem formatura do Ensino Médio marcada para odia 29 de dezembro e prestou recentemente a prova do Exame Na-cional do Ensino Médio (Enem).Seu objetivo é conquistar uma vaganum curso superior em Sistemas de Informação.

Tudo graças a seu esforço,apoio da família e também ao trabalho rea-lizado na Escola Estadual de Educação Básica Tancredo Neves,de Chape-có.Alexandro é um dos 16 alunos com necessidades especiais atendidosno Serviço deAtendimento Educacional Especializado (Saede).

A professora Marli Ecker conta que esse serviço é muito importantepara promover a inclusão dos alunos.Durante três horas por semana,ela trabalha formas de melhorar a comunicação,já queAlexandro temdificuldades de falar e ser compreendido.A escrita em papel,computa-dor e até via mensagens de celular são as alternativas.O computador éuma das paixões do aluno.

– Quero desenvolver programas que facilitem o uso por pessoascom necessidades especiais – afirmaAlexandro.

Ele conta que o trabalho no Saede melhorou muito sua vida:– Ninguém queria fazer trabalho junto – explica.Agora,tem o apoio de vários colegas de classe,comoAna Caroline

Maivald e Patrícia Olszeski.– É uma experiência bem legal – afirma Patrícia.Alexandro também já melhorou o controle da saliva mas,quan-

do isso não ocorre,já é considerado normal pegar a toalhinha paraenxugar o rosto.Também trabalhou o fortalecimento muscular e estáaté treinando corrida para disputar os Parajasc no ano que vem.Outramodalidade que está treinando é o xadrez.Ele até pega transportecoletivo sozinho,só não consegue carregar mochila nessa situação.Amãe,Ivanete Bartiniski,está orgulhosa.

– Ele está mais calmo e mais feliz – diz.A diretora Nilse Naue afirma que os alunos estão aprendendo a ver

“o diferente como não sendo diferente”.Para as assessora de direçãoDeliseAgostini Memlak,o trabalho na escola ajuda a incluir na socie-dade pessoas que antes eram excluídas.

[email protected]

PERGUNTAS E RESPOSTASComo ter certeza que o aluno com deficiência está apto a fre-

quentar a escola tradicional?Aos olhos da lei, essa questão não existe, pois todos têm esse direito. Só

em alguns casos é necessária uma autorização dos profissionais de saúde queatendem essa criança. É dever do Estado oferecer ainda uma pessoa para aju-dar a cuidar desse aluno e todos os equipamentos específicos necessários.

As turmas que têm alunos com deficiência devem ser menores?Sim, pois grupos pequenos (com ou sem alunos de inclusão) favore-

cem a aprendizagem. Em classes numerosas, os professores encontram

mais dificuldade para flexibilizar as atividades e perceber as necessidadese habilidades de cada um durante as aulas.

Quem tem deficiência aprende mesmo?Sem dúvida. Sempre há avanços, seja qual for a deficiência. Sur-

dos e cegos, por exemplo, podem desenvolver a linguagem e o pen-samento conceitual. Crianças com deficiência mental podem ter maisdificuldade para se alfabetizar, mas adquirem a postura de estudante,conhecendo e incorporando regras sociais e desenvolvendo habilida-des como a oralidade e o reconhecimento de sinas gráficos.

Alunos com deficiência podem atrapalhar de alguma maneria a

Alexandro quer ajudarquem é igual a ele

CriciúmaMARCELO BECKER

Gustavo Farias Medeiros,13 anos,é deficiente visual.Para estudar,conta com auxílio de um notebook com programa de voz especial,deuma professora especializada no contraturno das aulas que frequentae,principalmente,dos colegas.

– É tranquilo estudar.Só tenho dificuldades com desenho – conta.Mas a sua realidade já foi bem mais difícil.Gustavo está no 70 ano

da Escola Nereu Ramos,em Santo Amaro da Imperatriz.Vai às aulasà tarde.Mas,na segunda-feira pela manhã,tem uma atenção especialcom a professora Regina Prim de La Martiniere,31 anos no magisté-rio e desde 1989 trabalhando com educação especial.

– Me tornei professora do Serviço de Atendimento Educacional Es-pecializado por necessidade.Atendo a nove alunos, tanto cegos comosurdos.Entrei para implementar o serviço.Foi um desafio.

No começo teve que ir atrás de estudantes.Ajudou a alfabetizar alu-nos com 16 e 17 anos que não imaginavam estudar.Teve uma vez quelevou dois alunos cegos para uma sala de aula para mostrar que elessabiam ler e escrever.Mas,de repente,a professora sumiu.

– Encontrei ela escondida,aos prantos.Era uma boa professora,masacabou ficando nervosa – lembrou.

O DC na Sala de Aula acompanhou uma parte da aula dela comGustavo.Ele ia fazer uma prova de matemática à tarde,mas,na parte damanhã,a professora precisou transcrever o conteúdo para o braile.

– Se derem uma prova para o estudante com deficiência e ela nãofor adaptada é um direito dele não fazer.O Gustavo,por exemplo,já senegou a fazer uma prova.E fez certo.É um direito dele.

[email protected]

Atenção individual eapoio da tecnologia

qualidade do ensino e o ritmo de aprendizado da turma?Não, muito pelo contrário. Hoje, sabe-se que todos aprendem de for-

ma diferente e que uma atenção individual do professor a determinadoestudante não prejudica o grupo. Daí a necessidade de atender às ne-cessidades de todos, contemplar as diversas habilidades e não valorizar ahomogeneidade e a competição entre os estudantes.

Como lidar com uma possível resistência dos pais quanto àpresença de alunos com deficiência na escola?

O argumento mais forte é o da lei, que prevê a matrícula de todos osalunos com deficiência em escolas regulares. Outro caminho aconselhá-vel é apresentar a nova concepção educacional que fundamenta e ex-

plica a inclusão como um processo de mão dupla, em que todos, comdeficiência ou não, aprendem pela interação e diversidade.

Uma criança com deficiência não vai à escola. O que fazer?Alertar a família de que a matrícula é obrigatória.

Há diferença entre a sala de apoio pedagógico e a de recursos?A primeira é destinada a qualquer aluno que precise de reforço no ensi-

no. A outra, exclusivamente para quem tem deficiência, algum transtornoglobal de desenvolvimento ou altas habilidades.

Fonte: Revista Gestão Escolar

MA

RCEL OBECK

ER

Aos sete anos,Mateus Felipe

está sendoalfabetizado

SI RLIFR

EITAS

Page 7: NECESSIDADESESPECIAIS TÊMGARANTIDAVAGA diferente é · Dia de Ação de Graças em desenhos PORTADORESDE NECESSIDADESESPECIAIS TÊMGARANTIDAVAGA EMESCOLASEAJUDAMA MUDARAREALIDADEDE

8 7 DE DEZEMBRO DE 2011

NA SEMANA ESTADUAL DA CULTURA DA PAZ, VÁRIAS ESCOLAS DO ESTADO, COMO A EEB SILVA JARDIME A EEB WALTER PROBST, APROVEITARAM PARA EXPLORAR O TEMA EM TRABALHOS COM OS ALUNOS

De cinco a 12 de outubro, diversasescolas do Estado aproveitarama Semana Estadual da Culturada Paz para realizar trabalhos econscientização e reflexão. Nestasduas páginas, reproduzimos

desenhos de alunos de duas instituições.Na página oito, estão trabalhos dos alunos

da Escola de Educação Básica Walter Probst,de Aurora. Foram promovidos debates emsala de aula dentro da disciplina de EnsinoReligioso, com o slogan: Haja paz na Terra acomeçar por mim. Foram produzidos textos eo desenho de uma bandeira, que representa-ria a bandeira da Paz da escola.

A professora de Ensino Religioso responsávelpelo projeto,Ana Deolisa,conta que os resulta-dos foram bastante positivos:

– Pode-se perceber a vontade e a criativida-de,a união de grupo,durante e após a reflexãoe confecção das bandeiras,como também orespeito e valorização do trabalho do outro.

Na página nove,estão os desenhos de alunosda Escola de Educação Básica Silva Jardim,deAlfredo Wagner.A instituição estimulou nosalunos a reflexão e sensibilização para umacultura de Paz,visando a substituir a cultura daviolência.O trabalho encorajou o pensamentocrítico,baseando-se em valores como dignida-de, igualdade,respeito e tolerância com o outro.

Semana para refletir sobre a paz

TARUANA KREUSCH, 13 anos, 8a série SABRINA KALANE SILVA, 14 anos, 8a série

LEONARDO DA SILVA CENSI, 12 anos, 6a série ALINE GÜINTER, 12 anos, 6a série

LUCAS DE MEDEIROS, 13 anos, 7a série MARQUES FARRAPO, 14 anos, 7a série

THALIA STAINICKE, 14 anos, 8a série PABLINE GUTJAHR, 14 anos, 8a série

RENATAEMANOELASTÜPP, 11anos, 6a série

MATEUSGUESSER, 12anos, 6a série

Page 8: NECESSIDADESESPECIAIS TÊMGARANTIDAVAGA diferente é · Dia de Ação de Graças em desenhos PORTADORESDE NECESSIDADESESPECIAIS TÊMGARANTIDAVAGA EMESCOLASEAJUDAMA MUDARAREALIDADEDE

97 DE DEZEMBRO DE 2011

JESSICA BERGER, 12 anos, 5a série

JOÃO VICTOR MEDEIROS, 10 anos, 5a sérieMARCELO SCHEITZ, 11 anos, 5a série

ANDRÉ LUIZ MARTINS HIELESHEIM 10 anos, 5a série

KAUAN VIEIRA PAVANATTI, 5o ano LUANE KAROLINE, 10 anos, 5a série

Page 9: NECESSIDADESESPECIAIS TÊMGARANTIDAVAGA diferente é · Dia de Ação de Graças em desenhos PORTADORESDE NECESSIDADESESPECIAIS TÊMGARANTIDAVAGA EMESCOLASEAJUDAMA MUDARAREALIDADEDE

10 7 DE DEZEMBRO DE 2011

Sem ganhar nada,muitas pessoas sãocapazes de dedicarhoras por dia,às vezesmais de um dia,emuma tarefa.São os vo-

luntários.Eles podem trabalhar naeducação,na saúde,na segurançaou em qualquer outra instituição.São movidos por uma vontadede ajudar.Aliás,ganham muitascoisas: pode ser carinho, gratidão e,também,reconhecimento.

Reconhecimento é o que faz oPrêmio Exemplo Voluntário (PEV),que chegou a 7ª edição na semanapassada. Da comunidade escolar,foram premiadas cinco pessoas.

Uma delas é o professor de por-tuguês Fernando Ricardo Kuszko-vski, 35 anos, que dá aulas na Es-cola de Ensino Médio DeputadoNagib Zattar, em Joinville (veja,nesta página, os outros vencedo-res). Só que, nos sábados, das 14hàs 18h, ele vira voluntário.

– Temos, há três anos, uma com-panhia de dança, a Luna Gitana. Éuma coisa que gosto e a comuni-dade é muito receptiva a este tipode projeto. Aos sábados, os alunosficavam muito ociosos, sem ter oque fazer.O projeto ajudou muito osalunos. Eles também melhoram no

● Cesar Luis TheisEEF Osní Medeiros RégisSão José do Cedro

● Estelamaris Vicente FerrariEscola de Educação Básica MunicipalMadre LeontinaIbicaré

● Fernando Ricardo KuszkovskiEEM Deputado Nagib ZattarJoinville

Os vencedores

Um trabalho de educaçãoambiental, com o objetivode revitalizar um rio, fez aEscola de Educação BásicaProfessora Elza Mancelosde Moura, de Guarujá doSul, ganhar o 11º PrêmioEscola Voluntária de 2011.O projeto Rio das Flores,Rio da Vida concorreu com474 instituições escolaresde vários estados do país.

O concurso é promovido pelaRádio Bandeirantes e pela Fun-dação Itaú Social, com o objeti-vo de incentivar e promover ovoluntariado entre os alunos.

Em 2010, a escola do Extre-mo-oeste catarinense, a 735quilômetros de Florianópolis,ficou na segunda colocação.Neste ano, ganhou ao disputarcom trabalhos de 474 escolas,do Rio Grande do Sul, Santa Ca-tarina, Paraná, São Paulo, Rio deJaneiro, Bahia, Minas Gerais e oDistrito Federal. O Projeto Riodas Flores, Rio da Vida é desen-volvido há mais de quatro anos.É um trabalho de educação am-biental, com o objetivo maior derevitalizar o Rio das Flores.

Em 2011, o projeto inovou e

incluiu diversas ações como aprodução de mudas de árvoresnativas no viveiro da escola,recomposição da mata, pro-dução de sacolas retornáveiscom a parceria de costureirase malharias de Guarujá do Sul,com distribuição às famílias, efortalecimento do grupo de vo-luntariado.

A integração da teoria às prá-ticas sociais ganhou força com aprodução do sabão de óleo usa-do, brinquedos a partir de reci-cláveis e produção de sacolas detecido de guarda-chuva. Temascomo sustentabilidade são tra-balhados em sala de aula, des-pertando o consumo consciente,seleção, reciclagem e reaprovei-tamento dos resíduos.

Para a Diretora da Escola,Adriani Kaiber Straub, a con-quista do prêmio é a realizaçãode um grande sonho e motivode orgulho para a comunidadeescolar. O projeto é mais divul-gado e motiva a escola.Os recur-sos do prêmio serão investidosna implementação do projeto.

– Momentos assim fazem va-ler a pena todo esforço e fazemvaler a pena trabalhar na Edu-cação – afirma.

Projeto ambiental éeleito o melhor do país

Voluntários, ajudaque faz a diferençaPROFISSIONAIS DE VÁRIAS ÁREAS ATUAM EM ESCOLAS DE SC

● Luiz Augusto FernettaniEscola de Ensino Básico ProfessorJosé Rodrigues LopesGaropaba

● Neide de Fatima B.Cabral VargeniakEscola Básica MunicipalDr. HercílioMalinowskySão Bento do Sul

estudo – reflete o professor.São cerca de 35 alunos que fazem

parte da companhia. Na quinta, nomesmo dia da premiação, eles con-quistaram o segundo e a terceiracolocação no Festival de Dança Es-colar de Joinville.

– Temos o projeto há três anose foi o primeiro reconhecimento.Pensei que só íamos ganhar umcertificado. Fiquei muito feliz. Naverdade, a companhia toda ficoumuito feliz – disse.

O prêmio é instituído e promo-vido pela Fundação Mauricio Si-rotsky Sobrinho, Instituto Voluntá-rios em Ação (IVA), Serviço Social

do Comércio (Sesc/SC), União Na-cional dos Dirigentes Municipaisde Educação de SC (Undime/SC)e Secretaria Estadual de Educaçãode Santa Catarina.

O objetivo é identificar, selecio-nar, reconhecer, valorizar e premiarpessoas que desenvolvem açõesvoluntárias. Mostra, assim, a impor-tância da participação da sociedadecivil na resolução dos problemas donosso país.

O Premio Exemplo Voluntário2011 recebeu 70 indicações, sendo15 voluntários atuantes em escolaspúblicas e 55 em Organizações semfins lucrativos de Santa Catarina.

RECONHECIMENTO Prêmio Exemplo Voluntário elegeu cinco cases de atuação de destaque no Estado

EMOÇÃO Professores e alunos sobem ao palco para receber troféu

MÃO NA MASSA Estudantes ajudam na recuperação ambiental de rio

DIV

ULG

AÇÃ

OD

IVU

LGA

ÇÃO

FERN

AN

DO

SALA

ZAR

,ESPECIAL

Page 10: NECESSIDADESESPECIAIS TÊMGARANTIDAVAGA diferente é · Dia de Ação de Graças em desenhos PORTADORESDE NECESSIDADESESPECIAIS TÊMGARANTIDAVAGA EMESCOLASEAJUDAMA MUDARAREALIDADEDE

117 DE DEZEMBRO DE 2011

No ano seguinte à aposenta-doria, a professora Jucemar MaraHoffmann, 57 anos, descansou.Mas sentiu que precisava fazeralguma coisa. Hoje, é voluntáriana Escola Avelino Müller, em Bi-guaçu,onde dá aulas de reforços.

– Sentia que minha missãonão tinha terminado. Comecei otrabalho voluntário e iniciei umanota etapa na minha vida.

A professora de 1º ao 4º anojá havia lecionado na escola Ave-lino Müller, mas se aposentouem outra instituição. Depois dedescansar um ano, uma outraprofessora sugeriu que ela fizessetrabalho voluntário. Embora fos-se uma responsabilidade a mais,começou a dar aulas de reforço.

Jucemar trabalha com alunos

Nova missão da aposentada

Em 2006,Jeferson Floripo Mar-tins, 18 anos, se tornou aluno decaratê na Escola Irineu Bornhau-sen,no Estreito,em Florianópolis.Hoje,é professor – e voluntário.

– Sinto que estou incentivandooutas pessoas – reflete Jefferson.

Toda terça e quinta-feira, ogaroto vai dar aulas de caratê na

escola. Gosta de trabalhar comos mais velhos, com mais de 12anos. Mas ainda não se sente se-guro com os menores. Diz quenão tem tanta paciência.

– É um pouco estressante, elesnão ouvem direito, mas já estoupegando o jeito – diz.

Morador do Jardim Atlântico,

nas proximidades do colégio, Je-ferson sente orgulho quando pas-sa pelos seus alunos e é chamadode Sensei,professor em japonês.

– Gosto muito, fico muito feliz.Meus amigos dizem: que moral.

O professor, diz pegar pesadocom os alunos. O objetivo é con-quistar vitórias em competições.

O sensei do Bairro Estreito

CHA

RLES

GU

ERR

A

Professora aposenta-da Esmelda Maria Papis,

71 anos, passou o ano de2010 em casa. Sentava, le-

vantava, tentava escrevere não se sentia confortável.

Então se tornou voluntáriaem uma escola, e as coisamudaram.

– Alguns reclama de baru-lho de criança. Pra mim issoé música – reflete.

Esmelda é uma espécie de se-cretária da Escola Nossa SenhoraConceição, em São José. Faz xerox,ajuda nas matrículas e atende apais e alunos.

A professora começou a dar aulaspara filhos de leprosos. Também játrabalhou com alunos surdos e comtodas as turmas que uma escolapode ter. Vereadores, professores,pais de alunos, um monde de gentefoi educado por ela.

Na sua vida, um dos momen-tos mais importantes aconteceuquando tinha 66 anos e se formou

em Pedagogia.– Subi a rampa da Univali cho-

rando – conta.Talvez pelo forte envolvimento

com a educação tenha sido difícilficar em casa. Mas outro fator a aju-dou se tornar voluntária.

Seu neto, de sete anos, com defi-ciência intelectual, foi matriculadona escola. Então, além de levar ogaroto até lá, fica ajudando no quepode a escola.

– Ela é muito importante. Estásempre aqui, olha as crianças, aten-de aos pais. Quando alguma crian-ças chora, ela está aqui – conta adiretora Silvani de Souza.

Esmelda é voluntária em todas astardes e nas terças e quintas-feirasde manhã. Sente-se bem. Para umaex-secretária da escola que recla-mava de depressão, falou.

– Tem que fazer como eu. Vempara trabalhar na escola.

Além de tudo isso, dona Esmeldaé uma poetiza.“Porque seu que medoando. Eu muito amei!”, terminaum dos seus poemas.

Paixão que levaa fazer o bemJEFERSON, JUCEMAR E ESMELDA SÃO EXEMPLOSDE PESSOAS QUE DOAM SEU TEMPO PARA ENSINAR

Ex-professora,poeta e voluntária

DEDICAÇÃO Aos 71 anos, Esmelda ajuda na secretaria escolar

Quer ser voluntário?

Amigos da EscolaSe você tem interesse em ser voluntário em umaescola, uma das dicas é procurar o Amigos da Escola.O primeiro passo é entrar no site www.amigosdaes-cola.com.br. Então clique no link “como participar”,à esquerda na tela. No alto, clique em “busca de esco-las”. Procure uma escola que fica perto da sua casa.Clique nela e confira o endereço e o telefone. O últimopasso é entrar em contato com a escola para saberno que você pode ajudar.

Instituto Voluntários em AçãoOutra opção é procurar oInstituto Voluntários em Ação(IVA). Basta entra no site www.voluntariosemacao.org.br eclicar em Participe, na parte decima do portal. Primeiro vocêfará um cadastro. Depois, vaiprocurar as oportunidades devoluntariado.

DISCIPLINA Jeferson Martins (D), de 18 anos, dá aulas de caratê duas vezes por semana em escola da Capital

do 2º e do 3º ano. Vai até a escolanas terças e quintas-feiras, tanto demanhã como à tarde.Trabalha comos alunos no contraturno.

– Dou aulas de reforço, alfabe-tização, passo algumas leituras.O trabalho é voltado para aqueles

alunos que precisam de uma ajuda.São de cinco a 10 alunos por turno.Alguns até reclamam, dizem queescreveram demais de manhã, porexemplo. Então passo leituras e osfaço escrever no quadro. Eles ado-ram escrever no quadro – conta.

REFORÇO Jucemar dá aulas de reforço e ajuda a melhorar notas

FER

NA

ND

OSA

LAZA

R,E

SPEC

IAL

BETINA

HU

MER

ES/ESPECIA

L

Page 11: NECESSIDADESESPECIAIS TÊMGARANTIDAVAGA diferente é · Dia de Ação de Graças em desenhos PORTADORESDE NECESSIDADESESPECIAIS TÊMGARANTIDAVAGA EMESCOLASEAJUDAMA MUDARAREALIDADEDE

12 7 DE DEZEMBRO DE 2011

AS FÉRIAS ESTÃO AÍ. QUE TAL TROCAR O COMPUTADOR E A TV POR BRINCADEIRAS DO TEMPO DOS PAIS?

Antigas e divertidasÉ

hora de se programar para curtir ao máximo otempo livre das férias.Que tal deixar de lado com-putador,videogame e televisão e aproveitar a rua,as quadras esportivas,os espaços abertos juntocom amigos,vizinhos ou primos? Para te ajudar,oDC na Sala de Aula escolheu algumas brincadeiras

antigas e populares,que fizeram muita gente se divertir.E vocêtambém pode.As dicas são do portal Nova Escola,da Editoraabril.Na dúvida,consulte seus pais e parentes mais velhos.Com certeza eles vão saber te ensinar e,quem sabe,até caiamtambém na brincadeira?

AMARELINHA

COM É: jogo que treina equilíbriocorporal e pontariaIDADE: a partir de 7 anosLOCAL: PátioMATERIAL: giz ou fita adesiva,pedra ou bolinha de papelPARTICIPANTES: um ou mais.COMO BRINCAR: desenha-se um diagrama no chão. Acriança começa atirando a pedra no número 1. Semcolocar o pé nessa casa, ela atravessa o diagramaora pulando com os dois pés, quando tiver uma casaao lado da outra, ora com um só. Quando chega àfigura oval onde está escrito inferno, faz o percursode volta e apanha a pedra, também sem pisar nacasa marcada. Em seguida, ela repete o mesmoprocedimento em todas as casas. A criança não podepisar ou jogar a pedra na risca nem atirá-la fora dodiagrama. Se isso acontecer, ela perde a vez. Vencequem completar o percurso primeiro

QUEIMADA

COMO É: é preciso se safar das boladas eser bom de mira para acertar o adversárioIDADE: a partir de 7 anosLOCAL: pátio ou quadra de voleibolMATERIAL: bolaPARTICIPANTES: no mínimo quatroCOMO BRINCAR: o grupo é dividido em duasequipes, cada uma com o seu campo.O objetivo é acertar com a bola umparticipante do time adversário e eliminá-lo.Se a criança conseguir pegar a bola, tem odireito de atirá-la em um jogador da outraequipe. Ganha o time que eliminar todos osparticipantes da equipe concorrente

CORRIDA DE SACO

COMO É: ganha quem chegar mais rápidoIDADE: a partir de 7 anosLOCAL: pátio ou área livre com cerca de 20 metrosMATERIAL: sacos de farinha ou de batatasPARTICIPANTES: no mínimo quatroCOMO BRINCAR: a turma é dividida em equipes. Oprimeiro corredor de cada equipe “veste” o saco e osegura com as mãos na altura da cintura. Ao sinal departida, ele sai pulando até a marcação oposta e volta,também pulando. Em seguida, tira o saco e o entregaao segundo participante. O jogo prossegue assimaté que todos os integrantes de uma das equipescompletem o percurso e vençam a competição

CABRA-CEGA

O QUE É: uma criança tem os olhosvendados e precisa tocar as outrasque tentam fugirIDADE: a partir de 6 anosLOCAL: pátio pequeno e livre deobjetos para evitar acidentesMATERIAL: uma venda para os olhosPARTICIPANTES: no mínimo trêsCOMO BRINCAR: a criança tem os olhosvendados. Os colegas formam umcírculo ao redor dela, começam umdiálogo com a cabra: “Cabra-cega deonde vieste?” / “Do moinho de vento.”/ “Que trouxeste?” / “Fubá e melado.”/ “Dá-nos um pouquinho?” / “Não.”/ “Então afasta-te.” As crianças daroda se espalham pelo pátio. Quandoa cabra consegue tocar um dosfugitivos, tira a venda e elege outropara ficar em seu lugar

ESTÁTUA

O QUE É: fazer micagens e até cócegasem quem vira estátua. Vence quemficar imóvel mesmo com tamanhaprovocaçãoIDADE: a partir de 4 anosLOCAL: pátioPARTICIPANTES: no mínimo trêsCOMO BRINCAR: uma criança é eleita o líder. As demaisandam livremente pelo pátio até que ela diga: “1, 2, 3,estátua!” Nesse momento, elas param no lugar fazendouma pose totalmente imóvel. O líder escolhe um colega efaz de tudo para que ele se mexa. Só não vale empurrar.Quem resistir às caretas e cócegas ficando imóvel édeclarado o vencedor e assume a posição de líder

RENA

TONA

SCIM

ENTO