˝ndice - página do ipdj, i.p. · do olimpismo moderno surgiu o movimento olímpico, dirigido pelo...

83
˝ndice PRINC˝PIOS FUNDAMENTAIS ............................................................................ 5 O Movimento Olmpico ....................................................................................... 7 1. Autoridade suprema ................................................................................... 7 2. Funªo do CIO ........................................................................................... 7 3. Pertena ao Movimento Olmpico .............................................................. 8 4. Reconhecimento do CIO ............................................................................ 9 5. Patrocnio do CIO..................................................................................... 10 6. Consultas peridicas com as FI e com os CON ....................................... 10 7. Congresso Olmpico ................................................................................. 10 8. Solidariedade Olmpica* ........................................................................... 11 9. Jogos Olmpicos ....................................................................................... 12 10. Olimpada ............................................................................................... 12 11. Direitos sobre os Jogos Olmpicos ......................................................... 13 12. Smbolo Olmpico*.................................................................................. 13 13. Bandeira Olmpica* ................................................................................ 13 14. Lema olmpico* ...................................................................................... 13 15. Emblema olmpico* ................................................................................ 14 16. Hino olmpico* ........................................................................................ 14 17. Direitos sobre o smbolo, a bandeira, o lema e o hino olmpicos* .......... 14 18. Chama olmpica e tocha olmpica .......................................................... 18 O ComitØ Olmpico Internacional (CIO) ........................................................... 19 19. Estatuto jurdico ..................................................................................... 19 20. Membros ................................................................................................ 19 5. Lista de membros.................................................................................. 23 1. Eligibilidade ........................................................................................... 23 21. Organizaªo ........................................................................................... 27 22. Sessıes ................................................................................................. 28 23. Comissªo executiva ............................................................................... 28 24. Presidente .............................................................................................. 31 25. Comissªo de tica do CIO - Medidas e sanıes ................................... 31 26. Procedimentos ....................................................................................... 34 27. Idiomas................................................................................................... 36 28. Recursos do CIO.................................................................................... 36 As Federaıes Internacionais(FI) .................................................................... 37 29. Reconhecimento das FI ......................................................................... 37 30. Funªo da FI .......................................................................................... 37 Os ComitØs Olmpicos Nacionais(CON) .......................................................... 39 31. Missªo e funªo dos CON* .................................................................... 39 32. Composiªo dos CON* .......................................................................... 41 33. As federaıes nacionais ........................................................................ 44 34. Pas e nome de um CON ....................................................................... 45 35. Bandeira, emblema e hino ..................................................................... 45 CARTA OL˝MPICA 1

Upload: vanmien

Post on 10-Jan-2019

217 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

Índice

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS ............................................................................ 5

O Movimento Olímpico ....................................................................................... 7

1. Autoridade suprema................................................................................... 7 2. Função do CIO........................................................................................... 7 3. Pertença ao Movimento Olímpico .............................................................. 8 4. Reconhecimento do CIO ............................................................................ 9 5. Patrocínio do CIO..................................................................................... 10 6. Consultas periódicas com as FI e com os CON....................................... 10 7. Congresso Olímpico................................................................................. 10 8. Solidariedade Olímpica*........................................................................... 11 9. Jogos Olímpicos....................................................................................... 12 10. Olimpíada............................................................................................... 12 11. Direitos sobre os Jogos Olímpicos......................................................... 13 12. Símbolo Olímpico*.................................................................................. 13 13. Bandeira Olímpica* ................................................................................ 13 14. Lema olímpico* ...................................................................................... 13 15. Emblema olímpico* ................................................................................ 14 16. Hino olímpico* ........................................................................................ 14 17. Direitos sobre o símbolo, a bandeira, o lema e o hino olímpicos*.......... 14 18. Chama olímpica e tocha olímpica .......................................................... 18

O Comité Olímpico Internacional (CIO) ........................................................... 19

19. Estatuto jurídico ..................................................................................... 19 20. Membros ................................................................................................ 19 5. Lista de membros.................................................................................. 23 1. Eligibilidade........................................................................................... 23 21. Organização........................................................................................... 27 22. Sessões ................................................................................................. 28 23. Comissão executiva ............................................................................... 28 24. Presidente .............................................................................................. 31 25. Comissão de Ética do CIO - Medidas e sanções ................................... 31 26. Procedimentos ....................................................................................... 34 27. Idiomas................................................................................................... 36 28. Recursos do CIO.................................................................................... 36

As Federações Internacionais(FI) .................................................................... 37

29. Reconhecimento das FI ......................................................................... 37 30. Função da FI .......................................................................................... 37

Os Comités Olímpicos Nacionais(CON).......................................................... 39

31. Missão e função dos CON* .................................................................... 39 32. Composição dos CON* .......................................................................... 41 33. As federações nacionais ........................................................................ 44 34. País e nome de um CON ....................................................................... 45 35. Bandeira, emblema e hino ..................................................................... 45

CARTA OLÍMPICA 1

Page 2: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

Os Jogos Olímpicos.......................................................................................... 46

I. ORGANIZAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DOS JOGOS OLÍMPICOS ........................................46 36. Celebração dos Jogos Olímpicos........................................................... 46 37. Eleição da cidade anfitriã ....................................................................... 46 38. Sede dos Jogos Olímpicos..................................................................... 48 39. Comité Organizador ............................................................................... 48 40. Responsabilidades ................................................................................. 49 41. Coordenação entre os CON e o COJO*................................................. 50 42. Vila Olímpica*......................................................................................... 52 43. Locais e instalações para as FI que regem os desportos incluídos no programa dos Jogos Olímpicos.................................................................... 53 44. Programa cultural*.................................................................................. 53

II. PARTICIPAÇÃO NOS JOGOS OLÍMPICOS..........................................................................54 45. Código de admissão* ............................................................................. 54 46. Nacionalidade dos competidores* .......................................................... 54 47. Limite de idade....................................................................................... 56 48. Código Anti-dopagem do Movimento Olímpico ...................................... 56 49. Inscrições*.............................................................................................. 56 50. Infracções à Carta Olímpica................................................................... 59

III. PROGRAMA DOS JOGOS OLÍMPICOS ..............................................................................60 51. Desportos Olímpicos .............................................................................. 60 52. Programa desportivo e admissão de desportos, disciplinas e provas.... 61 53. Programa dos Jogos Olímpicos ............................................................. 64 54. Provas classificativas organizadas pelas FI ........................................... 64 55. Provas pré-olímpicas organizadas pelo COJO ...................................... 64 56. Participação nos Jogos Olímpicos* ........................................................ 65 57. Disposições técnicas* ............................................................................ 65 58. Campo de jovens ................................................................................... 69 59. Cobertura informativa dos Jogos Olímpicos* ......................................... 69 60. Publicações* .......................................................................................... 70 61. Propaganda e publicidade* .................................................................... 71 62. Composições musicais* ......................................................................... 73 63. Publicidade comercial do COJO antes dos Jogos Olímpicos................. 74

IV. PROTOCOLO........................................................................................................................75 64. Convites*................................................................................................ 75 65. Cartão de identidade olímpica................................................................ 75 66. Direitos associados ao cartão de indentidade olímpica e acreditação ... 76 67. Utilização da bandeira olímpica.............................................................. 76 68. Utilização da chama olímpica................................................................. 77 69. Cerimónias de abertura e de encerramento* ......................................... 77 70. Cerimónia dos vencedores, medalhas e diplomas*................................ 80 71. Quadro de honra .................................................................................... 82 72. Protocolo ................................................................................................ 82 73. Programa das cerimónias ...................................................................... 83

CARTA OLÍMPICA 2

Page 3: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

74. Arbitragem.............................................................................................. 83

CARTA OLÍMPICA 3

Page 4: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

As modificações adoptadas desde a última edição da Carta Olímpica (em vigor a partir de 11 de Setembro de 2000) e ratificadas pela 112ª sessão do Comité Olímpico Internacional realizada em Moscovo, em 14 de Julho de 2001 são as seguintes:

- Parágrafo 2 do texto de aplicação da norma 46 (Eligibilidade) - Parágrafo 5.2 do texto de aplicação da norma 49 (Inscrições) - Parágrafo 2 da norma 7; parágrafos 3.7, 3.8, 4 e 5 da norma 20;

para´grafo 2.1.1. da norma 25; parágrafo 5 do texto de aplicação da norma 60 e parágrafo 2 da norma 72 (Presidente honorário vitalício)

Nota: Na presente Carta Olímpica, deve entender-se que o emprego do género masculino com referência a toda a pessoa física (por exemplo, em substantivos como membro, dirigente, chefe de missão, participante, assistente, atleta, juiz, árbitro, jurado, agregado, candidato e em pronomes como ele ou eles) abarca também implicitamente o género feminino. Também a expressão «pessoal oficial» é empregue para designar todas as pessoas investidas de alguma função oficial.

CARTA OLÍMPICA 4

Page 5: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS 1. O Olimpismo moderno foi concebido por Pierre de Coubertin, a cuja iniciativa

se reuniu em Junho de 1894 o Congresso Atlético Internacional de Paris. Em 23 de Junho de 1894, constitui-se o Comité Internacional Olímpico (CIO). Em Agosto de 1994, celebrou-se em Paris o XII Congresso Olímpico, Congresso Olímpico do Centenário, denominado Congresso da Unidade.

2. O Olimpismo é uma filosofia de vida que exalta e combina num conjunto

harmonioso as qualidades do corpo, a vontade e o espírito. Aliando o desporto com a cultura e a educação, o Olimpismo propõe-se criar um estilo de vida baseado na alegria do esforço, no valor educativo do bom exemplo e respeito pelos princípios éticos fundamentais universais.

3. O objectivo do Olimpismo é pôr sempre o desporto ao serviço do

desenvolvimento harmonioso do homem, com o fim de favorecer o estabelecimento de uma sociedade pacífica e comprometida com a manutenção da dignidade humana. Para este fim, o Movimento Olímpico leva a cabo, autonomamente ou em cooperação com outros organismos e dentro das suas possibilidades, acções em favor da paz.

4. Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO

organizações, atletas e outras pessoas que aceitam guiar-se pelas disposições da Carta Olímpica. O critério de participação no Movimento Olímpico é o reconhecimento do CIO. A organização e a gestão do desporto devem ser controladas pelos organismos desportivos independentes reconhecidos como tal.

6. O Movimento Olímpico tem por objectivo contribuir para a construção de um

mundo melhor e mais pacífico, educando a juventude através do desporto praticado sem discriminações de nenhuma classe e dentro do espírito olímpico, que exige compreensão mútua, espírito de amizade, solidariedade e jogo limpo.

7. A actividade do Movimento Olímpico, simbolizada por cinco anéis

entrelaçados, é universal e permanente. Abarca os cinco continentes e alcança o seu ponto culminante na reunião dos atletas do mundo no grande festival do desporto que são os Jogos Olímpicos.

CARTA OLÍMPICA 5

Page 6: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

8. A prática do desporto é um direito humano. Toda a pessoa deve ter a

possibilidade de praticar desporto segundo as suas necessidades. 9. A Carta Olímpica é o código que resume os princípios fundamentais, as

Normas e os textos de aplicação adoptados pelo CIO. Rege a organização e o funcionamento do Movimento Olímpico e fixa as condições para a celebração dos Jogos Olímpicos.

CARTA OLÍMPICA 6

Page 7: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

CAPÍTULO 1

O Movimento Olímpico

1. Autoridade suprema 1. O CIO é a autoridade suprema do Movimento Olímpico. 2. Toda a pessoa ou organização que em qualquer qualidade pertença ao

Movimento Olímpico estará submetida às disposições da Carta Olímpica e deverá acatar as decisões do CIO.

2. Função do CIO A função do CIO consiste em dirigir a difusão do Olimpismo de acordo com as disposições da Carta Olímpica. Para esse efeito, o CIO: 1. Fomentará a coordenação, a organização e o desenvolvimento do desporto

e das competições desportivas e, de acordo com as instituições desportivas internacionais e nacionais, assegurará a promoção e aplicação das medidas tendentes a reforçar a unidade do Movimento Olímpico;

2. Colaborará com as organizações e autoridades públicas ou privadas

competentes, com o fim de pôr o desporto ao serviço da humanidade; 3. Assegurará a celebração periódica dos Jogos Olímpicos; 4. Participará nas acções em favor da paz, actuará para proteger os direitos

dos membros do Movimento Olímpico e actuará contra toda a forma de discriminação que afecte o Movimento Olímpico;

5. Estimulará, por todos os meios apropriados, a promoção desportiva das

mulheres a todos os níveis e em todas as estruturas e, especialmente, nos órgãos directivos das organizações desportivas nacionais e internacionais, com vista à aplicação estrita do princípio da igualdade entre sexos;

6. Apoiará e fomentará a difusão da ética desportiva; 7. Dedicará esforços a zelar pela manutenção do espírito do jogo limpo no

desporto e pela erradicação da violência;

CARTA OLÍMPICA 7

Page 8: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

8. Dirigirá a luta contra a dopagem no desporto e participará na luta

internacional contra o uso de drogas; 9. Tomará medidas para evitar que a saúde dos atletas corra perigo; 10. Opor-se-á a toda a utilização abusiva política e comercial do desporto e dos

atletas; 11. Incitará as organizações desportivas e as autoridades públicas a que façam

tudo o que puderem em favor do futuro social e profissional dos atletas; 12. Estimulará o desenvolvimento do desporto para todos, que constitui uma das

bases do desporto de alto nível, o qual, por sua vez, contribui para o desenvolvimento do desporto para todos;

13. Zelará para que os Jogos Olímpicos se desenrolem em condições que

revelem uma atitude responsável perante os problemas do meio ambiente e estimulará o Movimento Olímpico para que se preocupe com estes problemas, tenha em conta esta preocupação em todas as suas actividades e sensibilize todas as pessoas relacionadas com o Movimento Olímpico sobre a importância de um desenvolvimento duradouro;

14. Apoiará a Academia Olímpica Internacional (AOI); 15. Apoiará outras instituições cujo objectivo seja a educação olímpica.

3. Pertença ao Movimento Olímpico 1. Além do CIO, o Movimento Olímpico compreende as Federações

Internacionais (FI), os Comités Olímpicos Nacionais (CON), os Comités Organizadores dos Jogos Olímpicos (COJO), as associações nacionais, os clubes e as pessoas que fazem parte deles, especialmente os atletas, cujos interesses constituem um objectivo fundamental da sua acção, assim como os juízes/árbitros, os treinadores e demais pessoal técnico do desporto. Compreende também outras organizações e instituições reconhecidas pelo CIO.

2. Toda a forma de discriminação contra um país ou uma pessoa, seja por

motivos raciais, religiosos, políticos, de sexo ou de outro tipo, é incompatível com a pertença ao Movimento Olímpico.

3. Para se poder pertencer ao Movimento Olímpico é necessário respeitar os

princípios éticos fundamentais.

CARTA OLÍMPICA 8

Page 9: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

4. Reconhecimento do CIO 1. Com o fim de promover o Movimento Olímpico no mundo, o CIO pode

reconhecer e outorgar a qualidade de CON às organizações cuja actividade esteja relacionada com a sua função. Sempre que seja possível, estas organizações terão personalidade jurídica no seu país, deverão estabelecer-se de acordo com a Carta Olímpica e os seus estatutos deverão contar com a aprovação do CIO.

2. O CIO pode outorgar o seu reconhecimento às associações continentais e

mundiais dos CON. Por exemplo, às seguintes: − Associação de Comités Olímpicos Nacionais (ACON); − Associação de Comités Olímpicos Nacionais de África (ACOA); − Conselho Olímpico da Ásia (OCA); − Organização Desportiva Pan-americana (ODEPA); − Comités Olímpicos Europeus (COE); − Comités Olímpicos Nacionais da Oceânia (CONO);

Desde que os estatutos destas associações sejam conformes à Carta Olímpica e tenham sido aprovados pelo CIO.

3. O CIO pode reconhecer as FI segundo as condições estabelecidas na

Norma 29. Pode igualmente reconhecer associações de FI, como, por exemplo, as seguintes:

− Associação de Federações Olímpicas Internacionais de Desportos de Verão

(AFOIDV); − Associação de Federações Olímpicas Internacionais de Desportos de

Inverno (AFIDI); − Associação de Federações Desportivas Internacionais Reconhecidas pelo

CIO (AFDIR); − Associação Geral de Federações Desportivas Internacionais (AGFDI). 4. O reconhecimento das associações de FI ou de CON não afecta em nada o

direito de cada FI e de cada CON a tratar directamente com o CIO e vice-versa.

CARTA OLÍMPICA 9

Page 10: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

5. O CIO pode reconhecer organizações não governamentais relacionadas

com o desporto que funcionem a nível internacional e cujos estatutos e actividades sejam conformes à Carta Olímpica.

6. O CIO pode retirar o reconhecimento à FI, aos CON ou outras associações e

organizações com efeitos imediatos.

5. Patrocínio do CIO 1. O CIO pode outorgar o seu patrocínio, nos termos e condições que

considere oportunos, a competições internacionais multidesportivas regionais, continentais ou mundiais, sempre que tenham lugar dentro do mais escrupuloso respeito pela Carta Olímpica e estejam organizadas sob controlo de um CON ou de uma associação de CON reconhecidos pelo CIO e com a assistência das FI interessadas, conforme os seus regulamentos técnicos.

2. A Comissão executiva do CIO pode outorgar o patrocínio do CIO a outras

manifestações, sempre que sejam de acordo com os objectivos do Movimento Olímpico.

6. Consultas periódicas com as FI e com os CON A Comissão executiva organizará reuniões periódicas com as FI e com os CON, pelo menos uma vez em cada dois anos. Estas reuniões serão presididas pelo Presidente do CIO, que estabelecerá os procedimentos e a ordem do dia depois de consultar as partes interessadas.

7. Congresso Olímpico 1. O CIO deve organizar um Congresso Olímpico, que se celebrará em

princípio em cada oito anos e será convocado pelo seu Presidente após a oportuna decisão do CIO, em lugar e data fixados pelo CIO. O Presidente do CIO presidirá ao Congresso e estabelecerá os seus procedimentos. O Congresso Olímpico terá carácter consultivo.

2. O Congresso Olímpico estará composto pelos membros, Presidente

honorário vitalício, membros honorários e membros de honra do CIO, pelos delegados representantes da FI, os CON e as organizações reconhecidas pelo CIO. Compreenderá igualmente os atletas e as personalidades

CARTA OLÍMPICA 10

Page 11: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

convidadas pelo CIO a título pessoal ou em nome da organização que representam.

3. A Comissão executiva do CIO fixará a ordem do dia do Congresso Olímpico

depois de consultar as FI e os CON.

8. Solidariedade Olímpica* 1. A Solidariedade Olímpica tem por objecto organizar a ajuda aos CON

reconhecidos pelo CIO, especialmente aos mais necessitados. Esta ajuda será traduzida em programas elaborados conjuntamente pelo CIO e os CON, com a assistência técnica, quando seja necessário, das FI.

2. O conjunto destes programas será administrado pela Comissão para a

Solidariedade Olímpica, presidida pelo Presidente do CIO.

TEXTO DE APLICAÇÃO DA NORMA 8 Os programas estabelecidos pela Solidariedade Olímpica têm os seguintes objectivos: 1. Fomentar os princípios fundamentais do Movimento Olímpico; 2. Desenvolver os conhecimentos técnicos e desportivos dos atletas e

treinadores; 3. Melhorar, mediante bolsas, o nível técnico de atletas e treinadores; 4. Formar administradores de desporto; 5. Colaborar com as diferentes comissões do CIO, assim como com as

organizações e entidades que prossigam os mesmos objectivos, em particular os da educação olímpica e a promoção do desporto;

6. Criar em caso de necessidade infra-estruturas desportivas simples,

funcionais e acessíveis, em cooperação com organismos nacionais ou internacionais;

7. Apoiar a organização de competições a nível nacional, regional e continental

organizadas ou patrocinadas pelos CON; 8. Estimular programas conjuntos de cooperação bilateral ou multilateral entre

os CON;

CARTA OLÍMPICA 11

Page 12: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

9. Estimular programas conjuntos de cooperação bilateral ou multilateral entre

os CON; 10. Influenciar os governos e organizações internacionais para que incluam o

desporto nos seus programas de ajuda para o desenvolvimento.

9. Jogos Olímpicos 1. Os Jogos Olímpicos são competições entre atletas, em provas individuais e

por equipas e não entre países. Congregam atletas designados para este efeito pelos seus respectivos CON, cujas inscrições tenham sido aceites pelo CIO e que compitam sob a direcção técnica das correspondentes FI.

2. A competência em última instância sobre qualquer questão relacionada com

os Jogos Olímpicos corresponde ao CIO. 3. Os Jogos Olímpicos são compostos pelos Jogos da Olimpíada e pelos Jogos

Olímpicos de Inverno. Tanto uns como outros celebram-se cada quatro anos, com as ressalvas abaixo expressas no parágrafo 4.

4. Os primeiros Jogos Olímpicos de Inverno celebraram-se em 1924. A partir

de então, são numerados seguindo a ordem da sua celebração, sendo os XVII Jogos Olímpicos de Inverno os correspondentes a 1994. Consideram-se desportos de Inverno os praticados sobre a neve e o gelo.

10. Olimpíada 1. O termo «Olimpíada» designa um período de quatro anos consecutivos. A

Olimpíada começa com a abertura de uma edição dos Jogos da Olimpíada e finaliza com a abertura da edição seguinte.

2. Em caso de não haver celebração dos Jogos de uma Olimpíada, esta

começará quatro anos depois do começo da Olimpíada precedente. 3. As Olimpíadas contam-se a partir dos primeiros Jogos Olímpicos (Jogos da

Olimpíada) da era moderna, celebrados em Atenas em 1896.

CARTA OLÍMPICA 12

Page 13: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

11. Direitos sobre os Jogos Olímpicos Os Jogos Olímpicos são propriedade exclusiva do CIO, que possui todos os direitos relacionados com eles, especialmente, e sem restrições, os relativos à sua organização, exploração, difusão, registo, representação, reprodução, acesso e disseminação sob qualquer forma e por quaisquer meios ou mecanismos, existentes na actualidade ou que sejam desenvolvidos no futuro. O CIO determinará as condições de acesso e as condições de utilização de dados relativos aos Jogos Olímpicos e às competições e prestações desportivas dos Jogos Olímpicos. Todos os lucros provenientes da celebração dos Jogos Olímpicos serão aplicados no desenvolvimento do Movimento Olímpico e do desporto.

12. Símbolo Olímpico* 1. O símbolo Olímpico é composto unicamente pelos cinco anéis olímpicos, em

uma ou várias cores. 2. As cinco cores dos anéis são obrigatoriamente o azul, o amarelo, o preto, o

verde e o vermelho. Os anéis estão entrelaçados da esquerda para a direita. Os anéis azul, preto e vermelho estão situados em cima e os anéis amarelo e verde estão situados em baixo. O conjunto forma aproximadamente um trapézio regular, cuja base menor é a inferior, segundo o modelo oficial que se conserva na sede do CIO, parcialmente reproduzido em baixo.

3. O símbolo olímpico representa a união dos cinco continentes e o encontro

dos atletas do mundo inteiro nos Jogos Olímpicos.

13. Bandeira Olímpica* A bandeira olímpica consta de fundo branco sem orla e do símbolo olímpico, nas suas cinco cores, situado ao centro. O seu desenho e proporções devem coincidir com os da bandeira apresentada por Pierre de Coubertin ao Congresso de Paris de 1914.

14. Lema olímpico* O lema olímpico, «Citius, Altius, Fortius», expressa a mensagem que o CIO dirige a todos os membros do Movimento Olímpico, convidando-os a superarem-se em conformidade com o espírito olímpico.

CARTA OLÍMPICA 13

Page 14: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

15. Emblema olímpico* 1. Um emblema olímpico é um desenho integrado que associa os anéis

olímpicos com outro elemento distintivo. 2. O desenho de todo o emblema olímpico será submetido à Comissão

executiva do CIO para aprovação. Esta aprovação deverá ser prévia a todo o uso do mencionado emblema.

16. Hino olímpico* O hino olímpico é o aprovado pelo CIO na 55.ª Sessão, em 1958, em Tóquio, cuja partitura está depositada na sede do CIO.

17. Direitos sobre o símbolo, a bandeira, o lema e o hino olímpicos* Todos os direitos sobre o símbolo, a bandeira, o lema e o hino olímpicos pertencem exclusivamente ao CIO.

TEXTO DE APLICAÇÃO DAS NORMAS 12, 13, 14, 15, 16 E 17 1.

1.1. O CIO pode tomar todas as medidas oportunas para obter a protecção jurídica, tanto no plano nacional como no internacional, do símbolo, da bandeira, do lema e do hino olímpicos.

1.2. Quando normativo jurídico nacional ou a inscrição no registo de marcas

atribuam a um CON a propriedade do símbolo olímpico, esse CON só poderá exercer os direitos que daí derivem em conformidade com as instruções formuladas pela Comissão executiva do CIO.

2. Cada CON é responsável perante o CIO por fazer respeitar no seu país as

Normas 12, 13, 14, 15, 16 e 17 e o seu texto de aplicação e tomará as medidas oportunas para impedir toda a utilização do símbolo, da bandeira, do lema e do hino olímpicos que seja contrária a estas Normas e ao seu texto de aplicação. Tentará também obter protecção jurídica, em benefício do CIO, dos termos «Olímpico» e «Olimpíada».

3. Um CON poderá a todo o momento requerer a assistência do CIO para obter

a protecção jurídica prevista para além do símbolo, da bandeira, do lema e do hino olímpicos, assim como para resolver todos os diferendos com terceiros que possam surgir neste sentido.

CARTA OLÍMPICA 14

Page 15: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

4. Os CON só poderão utilizar o símbolo, a bandeira, o lema e o hino olímpicos

no exercício das suas actividades não lucrativas, sempre que este uso contribua para o desenvolvimento do Movimento Olímpico e não atente contra a sua dignidade, e a condição de que os CON em questão tenham obtido a aprovação prévia da Comissão executiva do CIO.

5. O CIO favorecerá, em colaboração com os CON dos países respectivos, a

utilização do símbolo olímpico nos selos dos correios emitidos de acordo com o CIO pelas autoridades nacionais competentes; para isso, pode autorizar a utilização do símbolo olímpico nas condições que fixe a Comissão executiva do CIO.

6. O CIO pode criar um ou vários emblemas olímpicos que poderá utilizar à

discrição. 7.

7.1. Um emblema olímpico pode ser criado por um CON ou um COJO. 7.2. A Comissão executiva do CIO pode aprovar o desenho de um

emblema olímpico sempre que considere que não há risco de confusão entre o dito emblema e o símbolo olímpico ou outros emblemas olímpicos.

7.3. A superfície abarcada pelo símbolo olímpico incorporado num emblema

olímpico não será superior a um terço da área total deste emblema. Além disso, o símbolo olímpico incorporado num emblema olímpico deve figurar na sua totalidade e não será modificado de nenhuma forma.

7.4. Sem prejuízo do que antecede, o emblema olímpico de um CON deve

satisfazer as seguintes condições:

7.4.1. O emblema estará desenhado de forma tal que permita uma identificação inequívoca com o país do CON em questão;

7.4.2. O elemento distintivo do emblema não se limitará unicamente

ao nome - ou abreviatura do nome - do país do CON em questão;

7.4.3. O elemento distintivo do emblema não fará referência aos

Jogos Olímpicos nem a uma data ou uma manifestação concreta que possa fixar-lhe um limite temporal;

7.4.4. O elemento distintivo do emblema não conterá lemas,

designações ou outras expressões genéricas que possam criar a impressão de um carácter universal ou internacional.

CARTA OLÍMPICA 15

Page 16: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

7.5. Além das disposições contidas nos parágrafos 7.1, 7.2 e 7.3, acima, o

emblema olímpico de um COJO deve satisfazer as seguintes condições:

7.5.1. O emblema olímpico estará desenhado de tal forma que

permita uma identificação inequívoca com os Jogos Olímpicos organizados pelos COJO em questão;

7.5.2. O elemento distintivo do elemento não se limitará unicamente

ao nome - ou abreviatura do nome - do país do COJO em questão;

7.5.3. O elemento distintivo do emblema não conterá lemas,

designações ou outras expressões genéricas que possam criar a impressão de um carácter universal ou internacional.

7.6. Todo o emblema olímpico aprovado pela Comissão executiva do CIO

antes da entrada em vigor das presentes disposições conservará a sua validade.

7.7. Em todos os casos e sempre que seja possível, o emblema olímpico do

CON deve ser susceptível de inscrição no registo (ou seja, de protecção jurídica) em favor do CON do seu país. O CON procederá a este registo dentro dos seis meses posteriores à aprovação do emblema por parte da Comissão executiva do CIO e apresentará perante o CIO as provas do mencionado registo. A aprovação de emblemas olímpicos por parte da Comissão executiva do CIO poderá ser retirada se os CON em questão não tomarem as medidas possíveis para proteger o emblema olímpico e para informar o CIO acerca da dita protecção. Do mesmo modo, os COJO devem proteger o seu emblema olímpico da maneira acima descrita, tanto no seu país como nos outros países, tal como seja decidido no decurso das consultas com a Comissão executiva do CIO. Nenhuma protecção jurídica obtida pelos CON ou pelo COJO poderá ser invocada contra o CIO.

8. A utilização do símbolo, da bandeira da chama, do lema e do hino olímpico

com fins publicitários, comerciais ou lucrativos, de qualquer índole, estará estritamente reservada ao CIO.

9. A utilização de um emblema olímpico com fins publicitários, comerciais ou

lucrativos, de qualquer índole, deve satisfazer as condições fixadas pelos parágrafos 10 e 11, mais abaixo.

10. Todo o CON ou COJO que deseje utilizar o seu emblema olímpico com fins

publicitários, comerciais ou lucrativos, seja directamente ou através de terceiros, deve respeitar o presente Texto de aplicação e fazê-lo respeitar pelos terceiros em questão.

CARTA OLÍMPICA 16

Page 17: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

11. Todos os contratos ou acordos, compreendidos os firmados por um COJO,

estarão firmados e aprovados pelo CON correspondente e reger-se-ão pelos seguintes princípios:

11.1. A utilização do emblema olímpico de um CON só será válida dentro

do território do país do CON em questão; o mencionado emblema, assim como qualquer outro símbolo, emblema, marca ou designação de um CON referente ao Olimpismo, não poderá utilizar-se com fins publicitários, comerciais ou lucrativos, qualquer que seja a sua índole, no país de outro CON sem o consentimento prévio deste último;

11.2. do mesmo modo, o emblema olímpico de um COJO, assim como

qualquer outro símbolo, emblema, marca ou designação de um COJO referente ao Olimpismo, não poderá utilizar-se com fins publicitários, comerciais ou lucrativos, qualquer que seja a sua índole, no país de um CON sem o consentimento prévio por escrito deste último.

11.3. em todos os casos, a duração da vigência de todo o contrato

celebrado por um COJO não se prolongará para além de 31 de Dezembro do ano dos Jogos Olímpicos em questão;

11.4. a utilização de um emblema olímpico deve contribuir para o

desenvolvimento do Movimento Olímpico e não atentará contra a sua dignidade; é proibido qualquer tipo de associação entre um emblema olímpico e produtos e serviços, se é incompatível com os princípios fundamentais da Carta Olímpica e a função do CIO estipulada pela mesma.

11.5. A solicitação do CIO, todo o CON ou COJO apresentará uma cópia de

todos os contratos de que seja parte. 12. O símbolo olímpico e os emblemas olímpicos do CIO podem ser explorados

pelo CIO ou por pessoa autorizada por esta organização no país de um CON, sempre que se satisfaçam, respectivamente, as seguintes condições:

12.1. Para todos os contratos de patrocínio («sponsorship»), de

fornecimento e para toda a iniciativa comercial distinta das mencionadas no parágrafo 12.2, mais abaixo, a condição é que esta exploração não cause prejuízos graves aos interesses do CON em questão e que a decisão seja tomada pela Comissão executiva do CIO depois de consultar o mencionado CON, que receberá parte do produto líquido procedente da dita exploração.

12.2. Para todos os contratos de licenciamento, a condição é que o COM

receberá metade de todas as receitas líquidas de tal exploração, depois de deduzidas todas as taxas e custos de investimento

CARTA OLÍMPICA 17

Page 18: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

relacionados. O COM será informado com antecedência da realização de tais contratos.

À sua exclusiva descrição, o CIO pode utilizar os teledifusores dos Jogos Olímpicos que utilizem o símbolo olímpico e os emblemas olímpicos do CIO e dos COJO para promover as retransmissões televisionadas dos Jogos Olímpicos. As disposições dos parágrafos 12.1 e 12.2 deste texto de aplicação não afectam esta autorização.

18. Chama olímpica e tocha olímpica 1. A chama olímpica é a chama que acende em Olímpia, sob a autoridade do

CIO. 2. Uma tocha olímpica é toda a tocha em que arde a chama olímpica. 3. O CIO possui todos os direitos, qualquer que seja a sua índole, relacionados

com a utilização da chama e a tocha olímpicas.

CARTA OLÍMPICA 18

Page 19: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

CAPÍTULO 2

O Comité Olímpico Internacional (CIO)

19. Estatuto jurídico 1. O CIO é uma organização internacional não governamental sem fins

lucrativos, constituída como associação dotada de personalidade jurídica, reconhecida por decreto do Conselho Federal.

2. O seu domicílio social é em Lausana, Suíça. 3. A missão do CIO consiste em dirigir o Movimento Olímpico conforme as

disposições da Carta Olímpica. 4. As decisões do CIO, baseadas nas disposições da Carta Olímpica, são

definitivas. Todas as dúvidas relacionadas com a sua aplicação ou interpretação só podem ser resolvidas pela Comissão executiva do CIO e, em certos casos, pela mediação do Tribunal de Arbitragem Desportivo (TAD).

20. Membros 1. Composição do CIO � Recrutamento, eleição, admissão e estatuto dos

membros do CIO

1.1. Os membros do CIO são sempre pessoas físicas. O CIO inclui atletas activos e presidentes ou altos responsáveis das FI e dos COM. O número total dos membros do CIO não pode exceder 115, de acordo com as disposições transitórias do parágrafo 2.8 do texto de plaicação da presente norma.

1.2. O CIO escolhe e designa os seus membros de entre as personalidades

que julga qualificadas, de acordo com o texto de aplicação da presente norma.

1.3. O CIO admite os novos membros numa cerimónia durante a qual

concordam em cumprir as suas obrigações fazendo o seguinte juramento:

CARTA OLÍMPICA 19

Page 20: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

«Havendo sido distinguido(a) com a honra de formar parte do CIO e representá-lo no meu país�, e plenamente consciente das responsabilidades que esta distinção implica, comprometo-me a servir o Movimento Olímpico com todas as minhas faculdades, a respeitar e fazer respeitar todas as disposições da Carta Olímpica e as decisões do CIO, que considerarei inapeláveis, a permanecer insensível a toda a influência política ou comercial, assim como a qualquer consideração de raça ou religião, e a defender em toda a circunstância os interesses do CIO e do Movimento Olímpico.»

1.4. Os membros do CIO são seus representantes. 1.5. Os membros do CIO não podem aceitar de Governos, organizações ou

ou outras pessoas singulares ou colectivas, qualquer mandato que possa interferir com a sua liberdade de acção e voto.

1.6. Os membros do CIO não são pessoalmente responsáveis pelas dívidas

e obrigações do CIO. 2. Obrigações

Cada um dos membros do CIO tem as seguintes obrigações:

2.1. Participar nas sessões do CIO; 2.2. Participar no trabalho das comissões do CIO para as quais tenha sido

designado; 2.3. Contribuir para o desenvolvimento do Movimento Olímpico; 2.4. Acompanhar localmente a aplicação dos programas do CIO, incluindo

os da Solidariedade Olímpica; 2.5. Informar o Presidente do CIO, pelo menos uma vez por ano, sobre o

desenvolvimento do Movimento Olímpico e as suas necessidades; 2.6. Informar em tempo útil o Presidente do CIO sobre todos os

acontecimentos susceptíveis de comprometer a aplicação da Carta Olímpica ou de afectar de qualquer outra maneira o Movimento Olímpico;

2.7. Agir de acordo, em todas as circunstâncias, com o Código de Ética

enunciado na norma 25;

2.8. Executar outras tarefas que lhe sejam atribuídas pelo Presidente do CIO, incluída, em caso de necessidade, a representação do CIO em qualquer outro país, território ou organização.

CARTA OLÍMPICA 20

Page 21: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

3. Cessação do mandato

3.1. Qualquer membro do CIO pode retirar-se em qualquer momento, apresentando por escrito a sua demissão ao Presidente do CIO. Antes de aceitar esta demissão, a Comissão executiva do CIO pode convocar o membro demissionário para ouvir as suas razões.

3.2. Um membro do CIO deixará de o ser sem necessidade de quaisquer

outras formalidades, se não for reeleito de acordo com o disposto no parágrafo 2.6 do texto de aplicação da presente norma.

3.3. Qualquer membro do CIO cessará o seu mandato, no máximo, até ao

fim do ano civil em que complete 70 anos de idade, de acordo com as disposições transitórias constantes do parágrafo 2.8 do texto de aplicação da presente norma.

3.4. A perda de qualidade de membro ocorrerá quando:

3.4.1. Qualquer membro do CIO que tenha sido eleito na sequência de

uma candidatura como atleta activo, de acordo com o disposto no parágrafo 2.2.2 do texto de aplicação da presente norma, com efeitos imediatos, já que deixa de ser membro da Comissão de Atletas do CIO.

3.4.2. Qualquer membro do CIO eleito na sequência de uma candidatura associada a uma função no seio de uma das organizações citadas nos parágrafos 2.2.2 e 2.2.3 do texto de aplicação da presente norma, com efeitos imediatos, já que deixa de exercer tais funções.

3.5. Qualquer membro do CIO que tenha sido eleito como resultado de uma

candidatura proposta no âmbito do parágrafo 2.2.4 do texto de aplicação da presente norma, deve demitir-se se deixar de ter o seu domicílio ou o seu centro de interesses no país associado ao seu nome na lista de membros citada no parágrafo 5 da presente norma. Nesses casos, a perda do mandato será decidida numa Sessão do CIO.

3.6. Considera-se que um membro dom CIO se demitiu e, portanto, perdeu

o seu mandato, caso não tenha apresentado motivo de força maior para faltar às Sessões do CIO ou deixar de ter um papel activo no trabalho do CIO por um período de dois anos. Nesses casos, a perda do mandato é decidida numa Sessão CIO.

3.7. Qualquer membro do CIO, Presidente honorário vitalício, membro

honorário ou membro de honra pode ser expulso por decisão de uma Sessão do CIO se tiver traído o seu juramento ou se a Sessão considerar que esse membro negligenciou ou prejudicou

CARTA OLÍMPICA 21

Page 22: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

intencionalmente os interesses do CIO ou agiu de forma indigna em relação ao CIO.

3.8. As decisões de exclusão de um membro, Presidente honorário vitalício,

membro honorário ou membro de honra do CIO serão tomadas por maioria de dois terços dos membros presentes na Sessão, sob proposta da Comissão executiva do CIO. O membro em questão poderá apresentar o seu caso e comparecer pessoalmente para estes efeitos perante a Sessão do CIO.

Até que a Sessão do CIO tenha decidido sobre uma proposta de exclusão, a Comissão Executiva do CIO pode, provisoriamente, privar o membro de parte ou da totalidade dos seus direitos, prerrogativas e funções associadas à sua condição de membro. Nenhum membro, Presidente honorário vitalício, membro honorário ou membro de honra que tenha sido expulso do CIO pode ser membro de um COM, uma associação de COM ou um COJO. Em nenhuma circunstância pode voltar a ser membro, Presidente honorário vitalício, membro honorário ou membro de honra do CIO.

4. Presidente honorário vitalício � membros honorários � membros de honra

4.1 Sob proposta da Comissão Executiva do CIO, o CIO pode eleger para Presidente honorário vitalício qualquer membro que tenha prestado serviços excepcionais nas funções de Presidente do CIO. O Presidente honorário vitalício é convidado para assistir aos Jogos Olímpicos, Congressos Olímpicos, Sessões do CIO e reuniões da Comissão Executiva do CIO, tendo sempre reservado para si um lugar ao lado do Presidente do CIO. O Presidente honorário vitalício tem o direito de oferecer conselhos. O Presidente honorário vitalício não tem direito de voto.

4.2 Qualquer membro do CIO que se tenha retirado tendo prestado serviços

excepcionais durante pelo menos 10 anos pode, sob proposta da Comissão Executiva do CIO, ser eleito como membro honorário. Os membros honorários são convidados para assistir aos Jogos Olímpicos, Congressos Olímpicos e Sessões do CIO, tendo um lugar reservado; podem prestar aconselhamento quando solicitado pelo Presidente do CIO. Os membros honorários não têm direito a voto.

4.3 Sob proposta da Comissão Executiva, o CIO pode eleger para membros de

honra personalidades eminentes externas ao CIO que tenham prestado serviços excepcionais. Os membros de honra não têm direito de voto. São convidados para assistir aos Jogos Olímpicos e Congressos Olímpicos, tendo para o efeito lugares reservados. O Presidente do CIO pode convidá-los para assistir a outros eventos ou reuniões do CIO.

CARTA OLÍMPICA 22

Page 23: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

5. Lista de membros

A Comissão Executiva do CIO mantém uma lista actualizada dos membros do CIO, incluindo o Presidente honorário vitalício, membros honorários e membros de honra. Se um membro for eleito como resultado de uma candidatura como atleta activo, de acordo com o disposto no parágrafo 2.2.1 do texto de aplicação da presente norma, ou se essa candidatura estiver associada a uma função no seio de uma das organizações citadas nos parágrafos 2.2.2 e 2.2.3 do já referido texto de aplicação, a lista mencionará esse facto.

TEXTO DE APLICAÇÃO DA NORMA 20

1. Eligibilidade

1.1 Qualquer pessoa singular com 18 ou mais anos de idade é elegível para membro do CIO desde que: a sua candidatura seja submetida de acordo com o disposto no parágrafo 2.1 abaixo; reúna as condições enunciadas no parágrafo 2.1; a sua candidatura seja examinada pela Comissão de Nomeações; e a sua eleição seja proposta à Sessão pela comissão Executiva do CIO.

1.2 Os membros do CIO são eleitos em conformidade com o disposto no presente texto de aplicação por um período de 8 anos. Podem ser reeleitos, de acordo com o disposto no parágrafo 3.3 da norma 20.

2. Procedimentos para a eleição de membros do CIO

2.1 Apresentação de candidaturas para a eleição de membros do CIO

As seguintes pessoas e organizações podem submeter uma ou mais candidaturas para as eleições de membros do CIO: - Membros do CIO: Cada membro tem direito a apresentar uma ou mais

candidaturas para as eleições de membros do CIO. - Comissão de Atletas do CIO: A Comissão de Atletas do CIO tem direito

a apresentar uma ou mais candidaturas para as eleições de membros do CIO.

- Federações Internacionais de desportos olímpicos: A Associação de Federações Olímpicas Internacionais de Desportos de Verão (AFOIDV), A Associação de Federações Olímpicas Internacionais de Inverno (AFIDI) e todas as Federações Internacionais membros das Associações supracitadas têm direito a submeter uma ou mias candidaturas para as eleições de membros do CIO.

- Comités Olímpicos Nacionais: A Associação de Comités Olímpicos Nacionais(ACON), A Associação de Comités Olímpicos Nacionais de África (ACOA), os Comités Olímpicos Europeus (COE), O Conselho Olímpico da Ásia (COA), A Organização Pan-Americana do Desporto (OPAD) e os Comités Olímpicos Nacionais da Oceania (CONO), têm

CARTA OLÍMPICA 23

Page 24: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

direito a submeter uma ou mais candidaturas para as eleições de membros do CIO.

Para que possam ser admitidas, as candidaturas devem ser apresentadas por escrito ao Presidente do CIO. Adicionalmente, devem sempre preencher as condições enunciadas no parágrafo 2.2 abaixo.

2.2 Condições que as candidaturas devem preencher

Todas as pessoas e organizações referidas no parágrafo 2.1 acima que submetam uma ou mais candidaturas para as eleições de membros do CIO, de acordo com o disposto nos parágrafos 2.2.1, 2.2.2 ou 2.2.3 abaixo, devem indicar claramente, para cada candidatura, se o candidato está a ser proposto como atleta activo, de acordo com o disposto no parágrafo 2.2.1 abaixo, ou se a candidatura está relacionada com alguma função que o candidato exerça no seio de uma das organizações citadas nos parágrafos 2.2.2 ou 2.2.3 abaixo.

2.2.1 Se o candidato for proposto como atleta activo na acepção que é referida no parágrafo 1.1 da norma 20, deve ser membro da Comissão de Atletas do CIO. Esse atleta-membro deve ter sido nomeado ou eleito para a Comissão de Atletas do CIO até à edição dos Jogos da olimpíada ou dos Jogos Olímpicos de Inverno seguinte àquela em que o atleta participou pela última vez.

Quando a Comissão de Atletas do CIO submeter uma ou mais candidaturas, deve assegurar a equidade entre os desporto de Inverno e de Verão. O número total de membros eleitos como resultado de tais candidaturas não pode nunca exceder, num dado momento, o número de 15.

2.2.2 Se a candidatura estiver associada a uma função no seio de uma FI

ou associação de FI, o candidato deve ocupar o lugar de Presidente de uma FI, AFOIDV ou AFIDI, ou ser um alto dirigente ou executivo no seio dessas organizações. O número total de pessoas eleitas como resultado de tais candidaturas não pode, em nenhum momento, ser superior a 15.

2.2.3 Se a candidatura proposta estiver associada a uma função no seio de um COM ou a uma associação mundial ou continental de COM, o candidato deve ser Presidente de um COM, da ACON, ACOA, CEO, COA, OPAD ou CONO, ou um alto dirigente ou executivo no seio dessas organizações. Só pode ser eleito um membro por país com base nessas candidaturas. O número total de membros eleitos como resultado destas candidaturas não pode nunca ser superior a 15.

2.2.4 Qualquer outra candidatura deve corresponder a uma personalidade que tenha domicílio ou o seu centro de interesses no país da sua nacionalidade e onde exista um COM reconhecido pelo CIO. Só pode

CARTA OLÍMPICA 24

Page 25: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

ser eleito um membro por país com base nestas candidaturas. O número total de membros assim eleitos não pode em nenhum momento ser superior a 70.

2.3 Comissão de Nomeações

2.3.1 A Comissão de Nomeações é composta por sete membros, sendo

três deles escolhidos pela Comissão de Ética do CIO, três pela Sessão do CIO e um pela Comissão de Atletas do CIO. Os membros da Comissão de Nomeações são eleitos por quatro anos; podem ser reeleitos.

2.3.2 A tarefa da Comissão de Nomeações é examinar cada uma das candidaturas, de acordo com o disposto no parágrafo 2.4.2 abaixo e elaborar, para a Comissão Executiva do CIO, um relatório escrito sobre cada uma delas.

2.3.3 A Comissão de nomeações organiza-se internamente; nomeia um presidente e um secretário; este último pode ser escolhido fora dos membros da Comissão.

2.4 Apreciação das candidaturas pela Comissão de Nomeações

2.4.1 Logo que recebe uma candidatura, o Presidente do CIO encaminha-a

para o Presidente da Comissão de Nomeações, que ordena imediatamente a abertura do processo. Salvo circunstâncias excepcionais, todos os processos devem ser recebidos pelo Presidente da Comissão de Nomeações até três meses antes da realização da Sessão do CIO e processado em tempo útil para que a Comissão Executiva possa apresentar uma proposta na supracitada Sessão.

2.4.2 Depois de receber uma candidatura enviada pelo Presidente do CIO, o Presidente da Comissão de Nomeações deve informar imediatamente os seus colegas de Comissão e conferenciar com eles; A Comissão de Nomeações recolherá todas as informações pertinentes sobre o candidato, em especial aquelas que se referem à sua situação profissional e material, e sobre a sua carreira desportiva; a Comissão pode solicitar ao candidato o fornecimento de referências dadas por personalidades que possam fornecer informações pertinentes; a Comissão pode convidar o candidato para uma entrevista.

2.4.3 A Comissão verificará a origem de todas as candidaturas e, se necessário, a situação do candidato como atleta activo ou relativa à função a que a candidatura está associada.

2.4.4 Quando a Comissão de Nomeações tiver obtido todos as informações necessárias, elabora um relatório escrito para a Comissão Executiva no qual explicita as razões pelas quais acha que o candidato possui, ou não, as qualidades necessárias para a eleição como membro do CIO. Para além disso, se o candidato for um atleta activo no quadro

CARTA OLÍMPICA 25

Page 26: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

do disposto no parágrafo 2.2.1 acima, ou se o candidato desempenhar uma função no seio de uma das organizações citadas nos parágrafos 2.2.2 e 2.2.3 acima, a Comissão de Nomeações indica esse facto no relatório.

2.5 Procedimentos da Comissão Executiva do CIO

2.5.1 A Comissão Executiva do CIO é o único órgão com competência para

propor uma candidatura à Sessão. 2.5.2 Na reunião que realiza após ter recebido um relatório da Comissão de

Nomeações e de ter analisado o seu conteúdo, decidirá sobre se propõe ou não o candidato para eleição como membro do CIO. A Comissão Executiva pode pedir para ouvir o candidato, se achar necessário. Quando elabora uma proposta para eleição, a Comissão Executiva submete à Sessão, o mais tardar até 30 dias antes do dia de início dos trabalhos, uma proposta escrita à qual é anexo o relatório da Comissão de Nomeações. A Comissão Executiva menciona a origem de cada uma das candidaturas e, nos casos em que se aplica, se o candidato é um atleta activo, de acordo com o parágrafo 2.2.1 acima, ou se a candidatura está associada a uma função no seio de uma das organizações citadas nos parágrafos 2.2.2 e 2.2.3 acima. A Comissão Executiva pode propor várias candidaturas para a eleição de um único membro.

2.5.3 O procedimento para a análise das candidaturas propostas para atletas activos, de acordo com o disposto no parágrafo 2.2.1 acima, pode ser acelerada e, nalguns casos, podem ser alterados os prazos previstos nos parágrafos 2.4.1 e 2.5.2, se tal for necessário para permitir a eleição de membros do CIO, que sejam atletas recém-eleitos pela Comissão de Atletas do CIO.

2.6 Procedimentos da Sessão do CIO

2.6.1 Apenas a Sessão do CIO tem competência para eleger os membros

do CIO. 2.6.2 As candidaturas às eleições propostas pela Comissão Executiva são

submetidas a votação na Sessão, por voto secreto; as decisões são tomadas por maioria.

2.6.3 O Presidente da Comissão de Nomeações pode comunicar à Sessão a opinião da Comissão.

2.7 Procedimento de reeleição

O procedimento para a reeleição de membros do CIO, elegíveis para o efeito, por um período de oito anos, desenrola-se de acordo com o disposto nos parágrafos 2.4, 2.5 e 2.6 acima; esse procedimento pode ser acelerado e simplificado.

CARTA OLÍMPICA 26

Page 27: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

2.8 Disposições transitórias

Os direitos adquiridos pelos membros do CIO cuja eleição tenha ocorrido antes da data da abertura da 110ª Sessão do CIO (11 de Dezembro de 1999) mantêm-se como abaixo se indica:

2.8.1 Todos os membros do CIO cuja eleição tenha ocorrido antes da data da abertura da 110ª Sessão do CIO (11 de Dezembro de 1999) cessam o seu mandato no final do ano civil em que completarem 80 anos de idade, a não ser que tenham sido eleitos antes de 1966. Se um membro atingir esta idade durante o seu mandato como Presidente, Vice-Presidente ou membro da Comissão Executiva, o mandato cessa no final da próxima Sessão do CIO.

2.8.2 Adicionalmente, os membros do CIO cuja eleição tenha ocorrido antes da data da abertura da 110ª Sessão do CIO (11 de Dezembro de 1999) que não tenham atingido a idade limite de acordo com o disposto no parágrafo 2.8.1 acima, serão sujeitos a reeleição pela Sessão do CIO, um terço em 2007, um terço em 2008 e um terço em 2009, de acordo com as condições expressas no parágrafo 2.6 do presente texto de aplicação. Os lotes serão sorteados durante a 111ª Sessão do CIO para decidir em que ano cada um desses membros é sujeito à reeleição.

2.8.3 Por ocasião dos Jogos da Olimpíada de 2000, oito atletas serão eleitos para a Comissão de Atletas do CIO. Os quatro membros eleitos com o maior número de votos serão eleitos por um período de oito anos e os quatro restantes por um período de quatro anos.

2.8.4 Por ocasião do Jogos Olímpicos de Inverno em 2002, serão eleitos quatro atletas para a Comissão de Atletas do CIO. Os dois membros eleitos com o maior número de votos serão eleitos por um período de oito anos e os dois restantes por um período de quatro anos.

2.8.5 Os membros da Comissão de Atletas eleitos como membros do CIO por ocasião da 110ª Sessão, cessarão o seu mandato imediatamente a seguir à Cerimónia de encerramento dos Jogos da Olimpíada ou dos Jogos Olímpicos de Inverno quatro anos depois de terem sido eleitos como membros da Comissão de Atletas do CIO.

2.8.6 O disposto nos parágrafos 2.1, 2.3, 2.4, 2.5.2 e 2.6.2 acima aplica-se à eleição de atletas activos a partir de 01 de Janeiro de 2000.

2.8.7 Até 31 de Dezembro de 2003, o número total de membros pode ir até 130.

21. Organização Os órgãos do CIO são: 1. A Sessão;

CARTA OLÍMPICA 27

Page 28: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

2. A Comissão executiva; 3. O Presidente. 4. Em caso de dúvidas quanto à determinação das competências de quaisquer

órgãos do CIO, a expressão «CIO» empregada sem mais precisões nem complementos deve entender-se como referida à Sessão, com a salvaguarda das delegações de atribuições que possam interferir em favor da Comissão executiva.

22. Sessões 1. A assembleia plenária dos membros do CIO, denominada Sessão, reúne-se

pelo menos uma vez por ano. As sessões extraordinárias são convocadas por iniciativa do Presidente ou por solicitação escrita de pelo menos um terço dos membros.

2. O lugar de celebração de uma Sessão será fixado pelo CIO e o das Sessões

extraordinárias pelo Presidente. As convocatórias para as Sessões ou para as Sessões extraordinárias serão enviadas pelo Presidente com pelo menos um mês de antecedência da reunião, levando juntamente a ordem do dia.

3. A organização da Sessão, incluindo todos os seus aspectos financeiros,

estará regida pelo «Guia para a Organização das Sessões» e pelos outros comunicados emitidos para este efeito pela Comissão executiva do CIO.

4. A Sessão é o órgão supremo do CIO. Adopta, modifica e interpreta a Carta

Olímpica. As suas decisões são definitivas. A proposta da Comissão executiva do CIO elege os membros do CIO.

5. A Sessão pode delegar atribuições à Comissão executiva.

23. Comissão executiva 1. Composição

A Comissão executiva é composta pelo Presidente, quatro vice-presidentes e outros dez membros. A escolha desses membros refletirá a composição da Sessão. Em todas as eleições, a Sessão assegurar-se-á que o princípio acima mencionado é respeitado.

2. Eleição

CARTA OLÍMPICA 28

Page 29: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

Todos os membros da Comissão executiva serão eleitos pela Sessão, mediante voto secreto, por maioria simples de votantes.

3. Duração dos mandatos

3.1. A duração do mandato do Presidente fica fixada pela Norma 24, mais abaixo. A duração do mandato dos vice-presidentes e dos outros dez membros da Comissão executiva será de quatro anos.

3.2. Os membros da Comissão Executiva iniciam os seus mandatos no final

da Sessão em que tenham sido eleitos; no entanto, desde o momento da eleição, podem assistir, a título consultivo, às reuniões da Comissão executiva; os seus mandatos finalizam no termo da última Sessão ordinária celebrada no decurso do ano da sua expiração.

4. Renovação dos mandatos

4.1. As condições de renovação do mandato do Presidente são fixadas pela Norma 24, mais abaixo.

4.2. Um vice-presidente só pode ser reeleito para o mesmo cargo depois de

um intervalo mínimo de quatro anos. Além disso, um vice-presidente não poderá ser eleito como membro da Comissão executiva durante o ano em que expire o seu mandato, salvo para o cargo de Presidente.

4.3. Um membro da Comissão executiva, à excepção do Presidente e dos

quatro vice-presidentes, não poderá ser reeleito no seio desta comissão durante o ano em que expire o seu mandato, salvo para o cargo de Presidente.

5. Vacatura

5.1. O caso de vacatura da Presidência é tratado na Norma 24, mais abaixo.

5.2. Se uma vice-presidência ficar vaga, o CIO elegerá um novo vice-presidente no decurso na Sessão seguinte. O novo vice-presidente mantém o mandato daquele a quem substitui. Será então imediatamente reelegível para qualquer cargo da Comissão executiva.

5.3. Em caso da vacatura de outro posto no seio da Comissão executiva, o

CIO elegerá um novo membro da mesma na sua próxima Sessão. Este novo membro termina o mandato daquele a quem substitui. Será então imediatamente reelegível para qualquer cargo da Comissão executiva.

CARTA OLÍMPICA 29

Page 30: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

6. Atribuições e funções

A Comissão executiva gere os assuntos do CIO e, em particular, desempenha as seguintes funções:

6.1. Zelar pelo respeito à Carta Olímpica; 6.2. Assumir a responsabilidade suprema pela administração do CIO; 6.3. Aprovar a organização interna do CIO, o seu organigrama e todos os

regulamentos internos relativos à sua organização; 6.4. Responsabilizar-se pela gestão das finanças do CIO e preparar um

relatório anual; 6.5. Apresentar à Sessão um relatório anual sobre todas as propostas de

modificação de uma Norma ou texto de aplicação; 6.6. Apresentar à Sessão do CIO o nome das pessoas cuja eleição como

membros do CIO recomende;

6.7. Supervisiona os procedimentos para a recepção e selecção de candidaturas à organização de Jogos Olímpicos;

6.8. Cria e atribui as distinções honorárias do CIO; 6.9. Elabora a ordem de trabalhos das Sessões do CIO; 6.10. Sob proposta do Presidente, nomeia e demite o director-geral e o

secretário-geral. O Presidente decidirá sobre tudo o referente à sua promoção, sanções e emolumentos;

6.11. Conservar os arquivos do CIO; 6.12. Formular, da maneira que considere apropriada (códigos,

regulamentos, normas, directrizes, guias e instruções), todas as disposições necessárias para a aplicação da Carta Olímpica e a organização dos Jogos Olímpicos;

6.13. Levar a cabo quaisquer outras tarefas que sejam atribuídas pela

Sessão.

A Comissão executiva reúne-se por convocatória do Presidente, por iniciativa deste último ou por solicitação da maioria dos seus membros.

CARTA OLÍMPICA 30

Page 31: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

24. Presidente 1. O CIO elege de entre os seus membros um Presidente, mediante voto

secreto, para um período de oito anos, renovável uma vez por quatro anos. As candidaturas devem ser apresentadas três meses antes da data da abertura da Sessão em que as eleições ocorram.

2. Salvo no caso previsto no parágrafo 3, mais abaixo, o Presidente será eleito

pela Sessão reunida no decurso do segundo ano da Olimpíada. 3. Se o Presidente se encontrar incapacitado para cumprir com as obrigações

do seu cargo, o mais antigo dos vice-presidentes substituí-lo-á até à eleição de um novo Presidente, que terá lugar durante a Sessão seguinte do CIO. Este novo Presidente finalizará então o mandato do Presidente substituído. Em continuação, será reelegível, conforme a primeira frase do parágrafo 1, mais acima.

4. O Presidente preside a todas as actividades do CIO e representa-o de forma

permanente. 5. O Presidente constituirá comissões permanentes ou ad hoc, assim como

grupos de trabalho, cada vez que o considere necessário; fixará a sua missão e designará os seus membros; decidirá igualmente acerca da dissolução destas comissões e grupos de trabalho, quando julgue que tenham cumprido com a sua incumbência. Nenhuma reunião de uma comissão ou grupo de trabalho poderá celebrar-se sem o acordo prévio do Presidente do CIO. O Presidente será membro de direito de todas as comissões e de todos os grupos de trabalho e ocupará o lugar de honra quando assista a uma das suas reuniões.

6. Será constituída uma comissão de atletas cuja maioria estará formada por

atletas eleitos por atletas participantes nos Jogos Olímpicos. A eleição celebra-se por motivo dos Jogos da Olimpíada e dos Jogos Olímpicos de Inverno, de acordo com um regulamento estabelecido pela Comissão executiva do CIO, em consulta com a comissão de atletas, e será comunicada às FI e aos CON um ano antes da edição dos Jogos Olímpicos em que a referida eleição venha a ter lugar.

25. Comissão de Ética do CIO - Medidas e sanções 1. A Comissão de Ética do CIO está encarregue de desenvolver e actualizar

um conjunto de princípios éticos, incluindo um Código de Ética, baseado nos valores e princípios que a Carta Olímpica encerra. Adicionalmente, analisa as reclamações relacionadas com o desrespeito desses princípios éticos,

CARTA OLÍMPICA 31

Page 32: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

incluindo incumprimentos do Código de Ética, propondo as sanções necessárias à Comissão Executiva.

2. As medidas e sanções que podem ser aplicadas pela Sessão ou a Comissão

Executiva são as seguintes:

2.1 No âmbito do Movimento Olímpico:

2.1.1 Relativamente aos membros do CIO, Presidente Honorário vitalício, membros honorários e mebros de honra:

a) Reprimenda, exarada pela Comissão Executiva;

b) Suspensão, por um determinado período, proferida pela

Comissão Executiva. A suspensão pode ser extensiva a parte ou à totalidade dos direitos, prerrogativas e funções derivadas da qualidade de membro da pessoa em causa.

Podem ser aplicadas sanções aos membros do CIO, Presidente Honorário vitalício, membros honorários e membros de honra que, pela sua conduta, prejudiquem os interesses do CIO. As medidas e sanções acima mencionadas podem ser acumuladas. Por decisão da Comissão Executiva, o membro, Presidente honorário vitalício, membro honorário ou membro de honra em causa podem, na sequência do procedimento disciplinar, ser privadas de parte ou da totalidade dos seus direitos, prerrogativas e funções associadas à sua condição de membro. A expulsão de um membro do CIO, Presidente Honorário vitalício, membro honorário ou membro de honra rege-se pelas normas 20.3.7 e 20.3.8

2.1.2 Relativamente às FI:

a) retirada do programa dos Jogos Olímpicos: − de um desporto (Sessão) − de uma disciplina (Comissão executiva) ou − de uma prova (Comissão executiva).

b) Perda de reconhecimento (Sessão);

CARTA OLÍMPICA 32

Page 33: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

2.1.3 Relativamente às associações de FI:

− Perda de reconhecimento (Sessão)

2.1.4 Relativamente aos CON:

a) retirada do direito a inscrever participantes nos Jogos

Olímpicos (Comissão executiva); b) suspensão (Comissão executiva); nesta circunstância, a

Comissão executiva determinará em cada caso as consequências para o CON em questão e os seus atletas;

c) Perda provisória ou permanente do reconhecimento (Sessão); em caso de perda permanente do reconhecimento, o CON perderá todos os direitos que lhe tenham sido outorgados conforme a Carta Olímpica;

d) Perda do direito de organizar uma Sessão ou um Congresso Olímpico (Sessão);

2.1.5 Relativamente às associações de CON:

- retirada do reconhecimento (Sessão);

1.1.4. Relativamente a uma determinada cidade, um COJO ou um

CON: - retirada do direito a organizar os Jogos Olímpicos (Sessão).

2.2 No âmbito dos Jogos Olímpicos:

2.2.1 Em relação aos participantes individuais ou por equipas: não

admissão nos Jogos, a título provisório ou permanente, ou exclusão dos Jogos; em caso de exclusão, todas as medalhas ou diplomas obtidos serão restituídos ao CIO (Comissão executiva);

2.2.2 Em relação com o pessoal oficial, dirigentes e outros membros de qualquer delegação, assim como com os árbitros e juizes: não admissão nos Jogos Olímpicos a título provisório ou permanente ou exclusão dos Jogos (Comissão executiva);

2.2.3 Em relação com qualquer outra pessoa acreditada: Perda da acreditação (Comissão executiva);

2.2.4 Nenhuma decisão tomada no âmbito dos Jogos Olímpicos pode ser contestada durante um período de três anos a partir do dia da Cerimónia de encerramento desses Jogos.

3. Antes de aplicar uma medida ou sanção, o órgão competente do CIO poderá

enviar uma advertência.

CARTA OLÍMPICA 33

Page 34: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

4. Qualquer indivíduo, equipa ou outra pessoa física ou jurídica tem direito a

ser ouvido pelo órgão do CIO com competências para aplicar contra si uma medida ou sanção. O direito a ser ouvido, no sentido desta disposição, compreende o direito a estar ao corrente de todos os encargos formulados e o direito a comparecer pessoalmente ou a apresentar uma defesa por escrito.

5. Qualquer medida ou sanção decidida pela Sessão ou a Comissão executiva

do CIO será notificada por escrito à parte interessada. 6. Toda a medida ou sanção entrará em vigor imediatamente, a menos que o

órgão competente decida o contrário.

26. Procedimentos 1. Procedimento ordinário

1.1. O Presidente ou, na sua ausência, o vice-presidente presente mais antigo no cargo presidirá às Sessões e reuniões da Comissão executiva. Na ausência do Presidente e dos vice-presidentes, esta função passará para o membro mais antigo da Comissão executiva.

1.2. O quorum exigido para uma Sessão será a metade mais um do número

total de membros do CIO. O quórum exigido para uma reunião da Comissão executiva será de oito membros.

1.3. As decisões serão tomadas por maioria simples de votos expressos;

não obstante, será exigida uma maioria de dois terços de membros do CIO presentes na Sessão (estando composta esta maioria ao menos por trinta membros) para qualquer modificação dos Princípios fundamentais e das Normas. As Normas e os textos de aplicação modificados entrarão em vigor imediatamente, a menos que a Sessão decida o contrário. Um tema que não figure na ordem do dia de uma Sessão poderá ser tratado, se assim for solicitado por um terço dos membros ou se o presidente da reunião der a sua autorização.

1.4. Cada membro dispõe de um voto. As abstenções e os votos em branco

ou nulos não serão tidos em conta para o cálculo da maioria exigida. Não se aceitará o voto por procuração. O voto será secreto se assim o decidir o presidente da reunião ou se assim o solicitar uma quarta parte, pelo menos, dos membros presentes. Em caso de empate, a decisão corresponderá ao presidente da reunião.

1.5. As disposições dos parágrafos 1.3 e 1.4, mais acima, são aplicáveis às

eleições, quer se trate da eleição de pessoas ou de cidades anfitriãs.

CARTA OLÍMPICA 34

Page 35: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

Não obstante, quando restem (ou só haja) dois candidatos, o candidato que obtenha o maior número de votos será declarado eleito.

1.6. Um membro do CIO deverá abster-se de tomar parte numa votação

nas seguintes circunstâncias:

a) Quando a votação for relativa à escolha de uma cidade anfitriã dos Jogos Olímpicos, e uma das cidades candidatas seja do país do membro em causa;

b) Quando a votação for relativa à selecção de um local para a realização de um Sessão ou qualquer outra reunião ou evento, e para cuja organização, seja candidata uma cidade ou qualquer outra instituição do país do membro em causa;

c) Quando a votação for relativa à eleição para membro do CIO de um candidato do mesmo país que o membro em causa;

d) Quando a votação for relativa à eleição, para qualquer cargo dentro da Comissão Executiva ou outro qualquer órgão, de um candidato do mesmo país que o membro em causa;

e) Quando a votação for relativa a qualquer outro assunto ao país do membro em causa ou ao COM respectivo.

1.7. O Presidente do CIO estabelecerá os regulamentos para todas as

eleições. 1.8. Qualquer assunto relativo aos procedimentos relacionado com as

reuniões do CIO que não esteja contemplado na Carta Olímpica será resolvido pelo presidente da reunião.

1.9. O presidente da reunião será quem declara o encerramento da Sessão.

2. Procedimentos de urgência

2.1. Em caso de urgência, o Presidente ou a Comissão executiva poderão submeter uma resolução a votação por correspondência dos membros do CIO, fixando-lhes um prazo para se pronunciarem. Se o total das respostas por escrito recebidas nesse prazo não for inferior à metade mais um do número total dos membros e se o número de respostas recebidas a favor da resolução proposta alcançar a maioria exigida, a resolução será adoptada. O resultado deverá comunicar-se imediatamente por escrito aos membros do CIO. Para o cálculo da maioria exigida, se surgir qualquer dúvida quanto à validade formal - em especial em razão do atraso do correio ou de outras circunstâncias particulares - ou material de uma ou várias respostas, o Presidente decidirá em última instância se essas respostas são válidas e se serão tidas em conta ou não.

CARTA OLÍMPICA 35

Page 36: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

2.2. O Presidente do CIO poderá actuar ou tomar uma decisão quando as

circunstâncias não permitam que a Sessão ou a Comissão executiva o façam. Tais acções ou decisões deverão submeter-se à ratificação do órgão competente.

2.3. As resoluções, decisões ou acções adoptadas em aplicação do

presente procedimento de urgência não versarão nunca sobre modificações da Carta Olímpica.

27. Idiomas 1. Os idiomas oficiais do CIO são o francês e o inglês. 2. Em todas as Sessões do CIO será também oferecida a tradução simultânea

em alemão, espanhol, russo e árabe. 3. Em caso de discrepância entre os textos francês e inglês da Carta Olímpica

ou de qualquer outro documento do CIO, o texto francês prevalecerá, salvo disposição expressa em contrário por escrito.

28. Recursos do CIO 1. O CIO pode aceitar donativos e legados e procurar quaisquer outros

recursos que lhe permitam cumprir a sua missão. Receberá os ingressos procedentes da exploração de direitos, compreendidos os direitos de televisão, assim como da celebração dos Jogos Olímpicos.

2. O CIO poderá conceder parte dos ingressos procedentes da exploração de

direitos de televisão às FI, ao CON, incluída a Solidariedade Olímpica e os COJO.

CARTA OLÍMPICA 36

Page 37: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

CAPÍTULO 3

As Federações Internacionais(FI)

29. Reconhecimento das FI Com o fim de promover o Movimento Olímpico, o CIO poderá reconhecer em qualidade de FI organizações internacionais não governamentais que administrem um ou vários desportos no plano mundial e que abarquem organizações directoras destes desportos no plano nacional. O reconhecimento das FI recentemente reconhecidas pelo CIO será provisório durante um período de dois anos ou de qualquer outro período de tempo fixado pela Comissão executiva do CIO. Transcorrido esse período, o reconhecimento cessará automaticamente se não for recebida confirmação escrita do CIO. No que respeita à função das FI no seio do Movimento Olímpico, os seus estatutos, práticas e actividades devem ser conformes à Carta Olímpica. Com esta ressalva, cada FI conservará a sua independência e a sua autonomia na administração do seu desporto.

30. Função da FI 1. A função das FI consiste em:

1.1. estabelecer, de acordo com o espírito olímpico, as regras relativas à prática dos seus respectivos desportos e zelar pela sua aplicação;

1.2. assegurar o desenvolvimento do seu desporto em todo o mundo; 1.3. contribuir para a realização dos objectivos fixados na Carta Olímpica,

especialmente através da difusão do Olimpismo e da educação olímpica;

1.4. estabelecer critérios de admissão para as competições dos Jogos

Olímpicos, em conformidade com a Carta Olímpica, e submetê-los à aprovação do CIO;

1.5. assumir a responsabilidade do controlo e da direcção técnicos dos

seus desportos nos Jogos Olímpicos e nas manifestações patrocinadas pelo CIO;

CARTA OLÍMPICA 37

Page 38: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

1.6. proporcionar assistência técnica para pôr em prática o programa da

Solidariedade Olímpica. 2. Além disso, as FI poderão:

2.1. formular propostas ao CIO no que respeita à Carta Olímpica e ao Movimento Olímpico em geral, incluídos a organização e o desenvolvimento dos Jogos Olímpicos.

2.2. expressar a sua opinião sobre as candidaturas para a organização dos

Jogos Olímpicos, em especial sobre os meios técnicos das cidades candidatas.

2.3. colaborar na preparação dos Congressos Olímpicos; 2.4. participar, a solicitação do CIO, nas actividades das comissões do CIO.

CARTA OLÍMPICA 38

Page 39: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

CAPÍTULO 4

Os Comités Olímpicos Nacionais(CON)

31. Missão e função dos CON* 1. A missão dos CON consiste em fomentar e proteger o Movimento Olímpico

nos seus respectivos países, em conformidade com a Carta Olímpica. 2. Os CON:

2.1. Difundirão os princípios fundamentais do Olimpismo no plano nacional, no marco da actividade desportiva, e contribuirão, entre outras coisas, para a divulgação do Olimpismo nos programas de ensinamento de educação física e desporto nas instituições dedicadas à educação olímpica. Fomentarão sobretudo a criação e as actividades das Academias Olímpicas Nacionais, de museus olímpicos e de programas culturais relacionados com o Movimento Olímpico;

2.2. Zelarão pelo respeito à Carta Olímpica nos seus respectivos países; 2.3. Favorecerão o desenvolvimento do desporto de alto nível, assim como

do desporto para todos; 2.4. Colaborarão na preparação de dirigentes desportivos, sobretudo

através da organização de cursos e velarão para que estes cursos contribuam para a divulgação dos princípios fundamentais do Olimpismo;

2.5. Assumirão o compromisso de se oporem activamente a toda a forma

de discriminação e de violência no desporto; 2.6. Lutarão contra o uso de substâncias e procedimentos proibidos pelo

CIO ou pelas FI, intervindo perante as autoridades competentes do seu país para que todos os controlos médicos possam efectuar-se nas melhores condições.

3. Os CON têm competências exclusivas para a representação dos seus

respectivos países nos Jogos Olímpicos e nas competições multidesportivas regionais, continentais ou mundiais patrocinadas pelo CIO.

CARTA OLÍMPICA 39

Page 40: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

4. Os CON têm o direito de designar a cidade que se possa apresentar como

candidata para a organização dos Jogos Olímpicos nos seus respectivos países.

5. Os CON devem procurar manter relações harmoniosas e de cooperação

com os organismos governamentais correspondentes; devem ainda contribuir eficazmente para a organização de programas destinados à promoção do desporto a todos os níveis. Tendo em conta que o desporto contribui para a educação, saúde, economia e ordem social, é de toda a conveniência que os CON beneficiem do apoio dos poderes públicos para a realização dos seus objectivos. Contudo, os CON devem manter incólume a sua autonomia e resistir a todas as pressões, incluindo as de ordem política, religiosa ou económica, que possam impedi-los de actuar em conformidade com a Carta Olímpica.

6. Os CON têm direito a:

6.1. Formular propostas ao CIO no que se refere à Carta Olímpica e ao Movimento Olímpico em geral, incluídos a organização e o desenvolvimento dos Jogos Olímpicos;

6.2. Expressar a sua opinião sobre as candidaturas para a organização dos

Jogos Olímpicos; 6.3. Colaborar na preparação dos Congressos Olímpicos; 6.4. Participar, a pedido do CIO, nas actividades das comissões do CIO.

7. O CIO assistirá aos CON no cumprimento da sua missão através de

diversos serviços e da Solidariedade Olímpica. 8. Para cumprir a sua missão, os CON podem colaborar com organismos

governamentais ou privados, mas nunca poderão associar-se a uma actividade que esteja em contradição com a Carta Olímpica.

9. Além das medidas e sanções previstas em caso de transgressão da Carta

Olímpica, o CIO poderá, depois de tê-lo ouvido, suspender um CON ou retirar-lhe o reconhecimento:

9.1. Se a actividade do CON em questão estiver obstruída pelas

disposições legais vigentes no país correspondente ou por actos de outras entidades, desportivas ou não, desse país;

9.2. se a formação ou a expressão da vontade das federações nacionais ou

de outras entidades membros do CON em questão ou representadas no seu seio se virem obstruídas pelas disposições legais ou

CARTA OLÍMPICA 40

Page 41: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

regulamentais vigentes no país correspondente ou pelos actos de outras entidades, desportivas ou não, desse país.

32. Composição dos CON* 1. Seja qual for a sua composição, os CON deverão incluir:

1.1. Os membros do CIO do seu país, no caso de existirem, os quais serão membros de direito do órgão executivo do CON e terão direito a voto tanto nas assembleias gerais como no seio do órgão executivo. Adicionalmente os membros do CIO eleitos de acordo com o disposto no parágrafo 2.2.4 do texto de aplicação da norma 20 são membros extraordinários do órgão executivo do COM, tendo direito a voto;

1.2. Todas as federações nacionais filiadas nas FI que regem as

modalidades incluídas no programa dos Jogos Olímpicos ou os representantes que elas designem (com um mínimo de cinco federações nacionais desta classe). Terá de fazer-se a prova de que as federações nacionais desenvolvem uma actividade desportiva real e específica nos seus países e no plano internacional, organizando e participando em competições e fomentando programas de treino para atletas. Um CON não poderá reconhecer mais do que uma federação nacional por cada modalidade regida por uma das mencionadas FI: Além disso, estas federações nacionais ou os representantes escolhidos por elas deverão constituir a maioria dos votantes do CON e do seu órgão executivo;

1.3. Atletas no activo ou ex-atletas que tenham participado nos Jogos

Olímpicos; contudo, estes últimos deverão ter cessado a actividade, no máximo, no final da terceira Olimpíada depois dos últimos Jogos Olímpicos em que tenham participado.

2. Os CON poderão ter entre os seus membros:

2.1. Federações nacionais filiadas nas FI reconhecidas pelo CIO e cujas modalidades não figurem no programa dos Jogos Olímpicos;

2.2. Grupos multidesportivos e outras organizações com vocação

desportiva ou os seus representantes, assim como pessoas que possuam a nacionalidade do país correspondente e sejam capazes de reforçar a eficácia do CON ou tenham prestado serviços distinguidos à causa do desporto e do Olimpismo.

3. Em temas relacionados com os Jogos Olímpicos, só se considerarão os

votos emitidos pelo órgão executivo do CON e pelas federações nacionais

CARTA OLÍMPICA 41

Page 42: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

filiadas nas FI que regem as modalidades incluídas no programa dos Jogos Olímpicos.

4. Os governos ou outras autoridades públicas não designarão nenhum dos

membros do CON. Não obstante, um CON pode decidir, à sua discrição, a eleição como membros de representantes dessas autoridades.

5. Para existir e poder ser denominado como tal, todo o CON terá de contar

com o reconhecimento prévio do CIO. Este reconhecimento só pode outorgar-se a uma organização cuja jurisdição coincida com os limites do país em que esteja estabelecida e tenha fixado a sua sede.

TEXTO DE APLICAÇÃO DAS NORMAS 31 E 32 1.

1.1. Para ser reconhecido pelo CIO, um CON candidato deve satisfazer todas as condições estabelecidas na Norma 32. Assim, o CON candidato submeterá à consideração do CIO dois exemplares dos seus estatutos em língua francesa ou inglesa. O CON candidato deverá obter de cada FI em que estejam filiadas as federações nacionais membros desse CON candidato uma declaração que certifique perante o CIO que a federação nacional em questão é membro de pleno direito da FI correspondente.

1.2. Cada CON candidato cujos estatutos tenham sido aprovados pelo CIO

enviar-lhe-á uma cópia desses estatutos, acompanhada de uma solicitação de reconhecimento e de uma lista dos membros do seu órgão executivo. Os três documentos serão certificados como cópias autenticadas pelo presidente e pelo secretário-geral do CON candidato.

2. Os estatutos de cada CON devem estar de acordo com a Carta Olímpica e

expressá-lo explicitamente. No caso de dúvidas quanto ao alcance ou interpretação dos estatutos de um CON, ou se houver contradições entre esses estatutos e a Carta Olímpica, esta última prevalecerá.

3. Toda a modificação posterior aos estatutos aprovados na sua forma original

pelo CIO será igualmente comunicada a este último, com uma solicitação de aprovação. Enviar-se-ão ao CIO cópias das actas das reuniões em curso, durante as quais se proceda à eleição ou à substituição dos membros. Todos estes documentos estarão certificados como cópias autenticadas pelo presidente e pelo secretário-geral do CON.

4. A assembleia geral de um CON deve reunir-se pelo menos uma vez por ano.

CARTA OLÍMPICA 42

Page 43: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

5. Os membros do órgão executivo de um CON devem ser renovados pelo

menos de quatro em quatro anos, no decorrer de uma reunião da assembleia geral de cuja ordem do dia fará parte esta renovação.

6. Os membros de um CON, com excepção dos que se dediquem à

administração de um desporto, não receberão salário nem gratificação de espécie alguma pelo desempenho das suas funções. Não obstante, poderão ser reembolsados pelos gastos em transporte, aposento e outros gastos justificados impostos pelo exercício das suas funções.

7. Os CON que percam o reconhecimento do CIO a título provisório ou

permanente perderão automaticamente todos os direitos que lhe haviam sido concedidos pelo CIO em especial:

7.1. Utilizar a denominação �Comité Olímpico Nacional�; 7.2. Utilizar os emblemas olímpicos; 7.3. Beneficiar da acção da Solidariedade Olímpica; 7.4. Participar em actividades dirigidas ou patrocinadas pelo CIO (incluindo

jogos regionais); 7.5. Enviar competidores, pessoal oficial ou outro pessoal de equipa aos

Jogos Olímpicos; 7.6. Pertencer a qualquer associação de CON.

8. Os CON desempenharão as seguintes tarefas:

8.1. constituir, organizar e dirigir as suas respectivas delegações nos Jogos Olímpicos e nas competições multidesportivas regionais, continentais ou mundiais patrocinadas pelo CIO. Decidir a inscrição dos atletas propostos pelas respectivas federações nacionais. Esta selecção não só deverá basear-se nas actuações desportivas de um atleta, senão igualmente na sua aptidão para servir de exemplo à juventude desportiva do seu país. Os CON devem assegurar-se de que as inscrições propostas pelas federações nacionais sejam conformes em todos os aspectos com a Carta Olímpica.

8.2. Encarregar-se do equipamento, transporte e alojamento dos membros

das sua delegações. Contratar para as delegações um seguro apropriado que cubra os riscos de falecimento, invalidez, doença, gastos médicos e farmacêuticos e responsabilidade civil contra terceiros. Serão responsáveis pelo comportamento dos membros das suas delegações.

CARTA OLÍMPICA 43

Page 44: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

8.3. São os únicos com permissão, com carácter único e exclusivo, para

determinar a roupa e uniformes que usarão, assim como o material que utilizarão os membros da sua delegação durante os Jogos Olímpicos e das competições desportivas e todos os actos relacionados com os mesmos.

Esta faculdade exclusiva não afectará o material desportivo utilizado pelos atletas da sua delegação nas competições desportivas propriamente ditas. No que se refere a este texto de aplicação, entende-se como material especializado aquele que o CON em questão considere que influi na actuação do atleta, devido às suas características técnicas particulares. Toda a publicidade relativa ao material especializado deve ser submetida à aprovação do CON, se contiver qualquer referência expressa ou implícita aos Jogos Olímpicos.

9. Recomenda-se aos CON:

9.1. Organizar periodicamente (se possível, todos os anos) um Dia Olímpico ou uma Semana Olímpica, destinados a fomentar o Movimento Olímpico;

9.2. Englobar nas suas actividades o fomento da cultura e das artes no

âmbito do desporto e do Olimpismo; 9.3. Participar nos programas da Solidariedade Olímpica; 9.4. Angariar fontes de financiamento que lhes permitam manter a

autonomia em todos os aspectos. A recolha de fundos deverá realizar-se, contudo, em conformidade com a Carta Olímpica e de maneira que não fiquem comprometidas a dignidade e a independência do CON interessado.

33. As federações nacionais Para ser reconhecida por um CON e aceite como membro desse CON, uma federação nacional deve desenvolver uma actividade desportiva real e específica, estar filiada numa FI reconhecida pelo CIO e desenvolver as suas actividades em conformidade com a Carta Olímpica e com os regulamentos da sua FI.

CARTA OLÍMPICA 44

Page 45: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

34. País e nome de um CON 1. Na Carta Olímpica, a expressão �país� significa um Estado independente

reconhecido pela comunidade internacional. 2. A denominação de um CON deve corresponder aos limites territoriais e à

tradição do seu país e deve ser aprovada pelo CIO.

35. Bandeira, emblema e hino A bandeira, o emblema e o hino adoptados por um CON para serem utilizados em relação com as suas actividades, incluindo os Jogos Olímpicos, devem ser aprovados pela Comissão executiva do CIO.

CARTA OLÍMPICA 45

Page 46: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

CAPÍTULO 5

Os Jogos Olímpicos

I. ORGANIZAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DOS JOGOS OLÍMPICOS

36. Celebração dos Jogos Olímpicos 1. Os Jogos da Olimpíada têm lugar no decorrer do primeiro ano da Olimpíada

que celebram. 2. A partir de 1994, ano dos XVII Jogos Olímpicos de Inverno, estes celebram-

se no decorrer do segundo ano civil depois daquele em que começou uma Olimpíada.

3. A honra de celebrar os Jogos Olímpicos será concedida pelo CIO a uma

cidade, designada como cidade anfitriã dos Jogos Olímpicos. 4. A época do ano em que está prevista a celebração dos Jogos Olímpicos

pelas cidades candidatas será submetida à aprovação da Comissão executiva do CIO, antes da eleição da cidade anfitriã.

5. A não celebração dos Jogos Olímpicos no ano em que isso era suposto

acontecer implica o cancelamento dos direitos da cidade anfitriã.

TEXTO DE APLICAÇÃO DA NORMA 36

A duração das competições dos Jogos da Olimpíada e dos Jogos Olímpicos de Inverno não superará os dezasseis dias. Se não estiver prevista nenhuma competição para os domingos ou feriados, a duração dos Jogos Olímpicos poderá prolongar-se, dependendo da aprovação da Comissão executiva do CIO.

37. Eleição da cidade anfitriã 1. A eleição de toda a cidade anfitriã é prerrogativa exclusiva do CIO. 2. Só uma cidade cuja candidatura tenha sido aprovada pelo CON do seu país

poderá apresentar-se como candidata para a organização dos Jogos Olímpicos. A solicitação para organizar os Jogos Olímpicos deve ser apresentada perante o CIO pela autoridade oficial da cidade em questão, com a aprovação do CON. A autoridade oficial da cidade e o CON correspondente devem garantir que os Jogos Olímpicos se celebrem de

CARTA OLÍMPICA 46

Page 47: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

acordo com o CIO e segundo as condições por ele impostas. Em caso de várias cidades de um mesmo país sejam candidatas para a organização dos mesmos Jogos Olímpicos, corresponderá ao CON decidir qual delas será proposta para a eleição.

3. As cidades cujas candidaturas tenham sido aprovadas pelos seus COM

estão sujeitas às regras previstas no texto de aplicação da presente norma. 4. Não se confiará a organização dos Jogos Olímpicos a uma cidade se esta

não apresentar perante o CIO um documento passado pelo governo do país em questão, no qual o citado governo garante ao CIO que o país respeitará a Carta Olímpica.

5. Toda a cidade que apresente a sua candidatura para a organização dos

Jogos Olímpicos deve comprometer-se por escrito a respeitar as condições prescritas para as cidades candidatas, estabelecidas pela Comissão executiva do CIO, assim como as normas técnicas prescritas pelas FI de cada desporto incluído no programa dos Jogos Olímpicos. Por outra parte, a Comissão executiva do CIO fixará o procedimento que deverão seguir as cidades candidatas.

6. Toda a cidade candidata deve oferecer garantias financeiras que a

Comissão executiva do CIO julgue satisfatórias. Tais garantias podem emanar da própria cidade, de entidades públicas locais, regionais ou nacionais, do Estado ou de terceiros. O CIO dará a conhecer, pelo menos seis meses antes do começo da Sessão do CIO que decida a atribuição dos Jogos Olímpicos em questão, a natureza, a forma e o conteúdo das garantias exigidas.

7. A eleição da cidade anfitriã terá lugar num país onde não haja nenhuma

cidade candidata aos Jogos Olímpicos em questão, uma vez considerada devidamente a informação da comissão de avaliação das cidades candidatas. Salvo em circunstâncias excepcionais, esta eleição efectuar-se-á sete anos antes do ano da celebração dos Jogos Olímpicos.

8. O CIO formalizará com a cidade anfitriã e com o CON do seu país um

contrato escrito que estipulará em detalhe as obrigações das partes. Este contrato assinar-se-á imediatamente depois da eleição da cidade anfitriã.

TEXTO DE APLICAÇÃO DA NORMA 37 O Presidente do CIO designará duas comissões de avaliação das cidades candidatas. Estas comissões serão compostas, entre outros: − para os Jogos da Olimpíada, por três membros representantes das FI, três

membros representantes dos CON, quatro membros do CIO, um membro

CARTA OLÍMPICA 47

Page 48: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

proposto pela Comissão de Atletas, um membro representante do Comité Internacional ParaOlímpico, assim como especialistas cuja assessoria possa ser útil.

− Para os Jogos Olímpicos de Inverno, por dois membros representantes das

FI, dois membros representantes dos CON, três membros do CIO, um membro proposto pela comissão de atletas, um membro representante do CIP, assim como especialistas cuja assessoria possa ser útil.

O presidente de cada comissão de avaliação das cidades candidatas será um dos membros do CIO. Estas comissões devem estudar as candidaturas de todas as cidades candidatas, inspeccionar os sítios da competição e apresentar ao CIO uma informação escrita sobre todas as candidaturas, no prazo máximo de dois meses antes do início da Sessão durante a qual se procederá à eleição da cidade anfitriã dos Jogos Olímpicos. Nenhum membro das ditas comissões poderá ser cidadão de um país que conte com uma cidade candidata à organização dos Jogos Olímpicos em questão.

38. Sede dos Jogos Olímpicos 1. Todas as modalidades devem desenvolver-se na cidade anfitriã dos Jogos

Olímpicos, salvo no caso desta obter do CIO a autorização para organizar algumas provas noutras cidades ou sítios de competição situados no mesmo país. O pedido neste sentido deve apresentar-se por escrito ao CIO antes da visita da comissão de investigação das cidades candidatas. As cerimónias de abertura e encerramento terão lugar na cidade anfitriã.

2. Para os Jogos Olímpicos de Inverno, quando por razões geográficas ou

topográficas seja impossível organizar determinadas provas ou disciplinas de uma modalidade no país ou cidade anfitriã, o CIO poderá, a título excepcional, autorizar o seu desenvolvimento num país limítrofe.

3. O CON, o COJO e a cidade anfitriã farão tudo o que estiver ao seu alcance

para que nenhuma outra reunião ou manifestação importante, nacional ou internacional, tenha lugar na cidade anfitriã, nos seus arredores ou noutros sítios de competição, durante os Jogos Olímpicos ou durante a semana imediatamente anterior ou posterior, sem o consentimento da Comissão executiva do CIO.

39. Comité Organizador 1. A organização dos Jogos Olímpicos será confiada pelo CIO ao CON do país

da cidade anfitriã, assim como à própria cidade anfitriã. O CON criará para

CARTA OLÍMPICA 48

Page 49: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

estes efeitos um Comité Organizador (COJO), que desde o momento da sua constituição estará em comunicação directa com o CIO, do qual receberá as instruções.

2. O COJO está dotado de personalidade jurídica. 3. O órgão executivo do COJO deve ser composto por: − O ou os membros do CIO no país; − O presidente e o secretário-geral do CON; − Pelo menos, um membro representante da cidade anfitriã e designado por

ela.

O órgão executivo poderá ainda incluir representantes das autoridades públicas, assim como outras personalidades.

4. Desde a sua constituição até ao momento da sua dissolução, o COJO está

obrigado a desenvolver todas as actividades em conformidade com a Carta Olímpica, com o contrato estipulado entre o CIO, o CON e a cidade anfitriã e com as instruções da Comissão executiva do CIO.

5. Em caso de transgressão das normas prescritas ou do não cumprimento dos

compromissos assumidos, o CIO terá direito a retirar - em qualquer momento e com efeitos imediatos - a organização dos Jogos Olímpicos à cidade anfitriã, ao COJO e ao CON, sem prejuízo de eventuais reparações pelos danos causados ao CIO.

40. Responsabilidades O CON, o COJO e a cidade anfitriã são conjunta e solidariamente responsáveis por todos os compromissos contraídos individual ou colectivamente em relação à organização e desenvolvimento dos Jogos Olímpicos, salvo no que se refere à responsabilidade financeira da organização e desenvolvimento dos mencionados Jogos, que será assumida conjunta e totalmente pela cidade anfitriã e o COJO, sem prejuízo das responsabilidades assumidas por terceiras partes, em particular as que possam derivar da garantia oferecida conforme a Norma 37, parágrafo 6. O CIO não terá neste sentido responsabilidade financeira alguma.

CARTA OLÍMPICA 49

Page 50: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

41. Coordenação entre os CON e o COJO* 1. Agregados

1.1. Com o fim de facilitar a cooperação entre o COJO e os CON, cada CON poderá designar um agregado, mediante prévia consulta com o COJO.

1.2. O agregado servirá de intermediário entre o COJO e o seu CON e

manterá contactos permanentes com estes dois comités, para contribuir na resolução de problemas de transporte, alojamento ou outros.

1.3. Durante o período dos Jogos Olímpicos, o agregado deverá estar

acreditado como membro da delegação do seu CON, fora da quota atribuída. O agregado poderá ser de uma nacionalidade diferente da do país anfitrião.

2. Chefes de missão

2.1. Durante o período dos Jogos Olímpicos, os competidores, o pessoal oficial e o outro pessoal da equipa de cada CON estarão sob a responsabilidade de um chefe de missão, designado pelo seu CON respectivo e cuja tarefa - independentemente de qualquer outra função que lhe seja atribuída pelo seu CON - consistirá em servir de ligação com o CIO, as FI e o COJO.

2.2. O chefe de missão residirá na vila olímpica e terá acesso às

instalações médicas, de entretenimento e às de competição, assim com aos centros dos meios de comunicação e ao hotel da família olímpica.

3. Comissão de coordenação

3.1. Com o fim de melhorar a organização dos Jogos Olímpicos e a cooperação entre o CIO, o COJO, as FI e os CON, o Presidente do CIO estabelecerá uma comissão de coordenação o mais breve possível, depois da designação da cidade sede dos Jogos Olímpicos encarregada de dirigir as relações de trabalho entre todos eles. Esta comissão, que incluirá representantes do CIO, das FI, dos COM e dos atletas, supervisionará o trabalho do COJO, examinará todos os expedientes importantes relacionados com a organização dos Jogos Olímpicos, prestará ajuda ao COJO, fará de ligação entre o COJO, por um lado, e o CIO, as FI e os CON, por outro, limará as arestas que poderão surgir entre as partes e exercerá qualquer outra incumbência que lhe delegue a Comissão executiva.

CARTA OLÍMPICA 50

Page 51: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

3.2. Se a comissão de coordenação considerar que é incapaz de resolver

alguma questão ou que alguma das partes se nega a aceitar alguma das suas decisões, informará a Comissão executiva do CIO, que tomará a decisão definitiva.

3.3. Durante os Jogos Olímpicos, as competências da comissão de

coordenação serão exercidas pela Comissão executiva do CIO e o presidente da comissão de coordenação poderá ser convidado a assistir às reuniões diárias de coordenação com o COJO.

TEXTO DE APLICAÇÃO DA NORMA 41

A missão da comissão de coordenação será: 1. Assegurar-se de que todas as FI e os CON estejam plenamente informados,

através do COJO e, chegado o acontecimento, através da comissão de coordenação por sua própria iniciativa, de todo o sucesso relacionado com os Jogos Olímpicos.

2. Assegurar-se de que a Comissão executiva do CIO esteja plenamente

informada das opiniões expressas pelo COJO, as FI e os CON sobre temas relacionados com os Jogos Olímpicos.

3. Analisar, mediante prévia consulta com a Comissão executiva do CIO e com

o COJO, os âmbitos em que seja possível estabelecer uma cooperação positiva entre os CON, especialmente no que se refere ao transporte aéreo de carga e passageiros, à procura de alojamento para o pessoal oficial adicional e aos procedimentos de concessão de bilhetes às FI e aos CON e as agências de viagens designadas.

4. Sugerir ao COJO e fixar com este prévia aprovação da Comissão executiva

do CIO:

4.1. As disposições para o alojamento e as instalações na Vila olímpica, assim como sobre os lugares de competição e treino;

4.2. Os gastos de participação, de alojamento e dos serviços que deverá

facilitar o COJO; 4.3. As modalidades para o transporte e alojamento dos competidores e do

pessoal oficial, assim como outros temas relacionados, em seu entender com o bem-estar dos competidores e do pessoal oficial e as suas aptidões para exercer as funções requeridas durante os Jogos Olímpicos;

CARTA OLÍMPICA 51

Page 52: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

5. Inspeccionar as instalações de competição, treino e outras, e elaborar uma

informação à Comissão executiva do CIO sobre todos os temas que não tenha podido resolver.

6. Assegurar-se que o COJO receba a tempo as opiniões dos chefes de

missão. 7. Mediante prévia aprovação da Comissão executiva do CIO, criar grupos de

trabalho especializados ou nomear peritos que examinem aspectos concretos da organização dos Jogos Olímpicos e façam sugestões à Comissão executiva sobre possíveis melhorias.

8. Efectuar, depois dos Jogos Olímpicos, uma análise da organização destes e

elaborar neste sentido uma informação para a Comissão executiva do CIO.

42. Vila Olímpica* 1. Com o fim de reunir num mesmo lugar os competidores, o pessoal oficial e o

resto do pessoal das equipas, o COJO deve instalar uma vila olímpica disponível, pelo menos, duas semanas antes da cerimónia de abertura até, pelo menos, três dias depois da cerimónia de encerramento, no caso dos Jogos da Olimpíada. No caso dos Jogos Olímpicos de Inverno, a vila olímpica deve estar disponível, pelo menos, oito dias antes da cerimónia de abertura e até, pelo menos, três dias depois da cerimónia de encerramento. A vila olímpica deve satisfazer as exigências estipuladas no �Guia da Vila Olímpica� elaborado pela Comissão executiva.

2. As quotas para delegados e outro pessoal a acomodar na vila Olímpica

estão inscritas no �Guia de Inscrição para as Competições Desportivas e para Acreditação�, aprovado pela comissão Executiva do CIO.

TEXTO DE APLICAÇÃO DA NORMA 42

1. No caso em que o CIO autorize ao COJO celebrar provas em qualquer lugar fora da cidade anfitriã, a Comissão executiva do CIO poderá exigir ao COJO que facilite alojamento, serviços e instalações como os descritos no �Guia da Vila Olímpica�.

2. O COJO suportará todos os gastos de permanência (alojamento e comida)

dos competidores, do pessoal oficial e outro pessoal das equipas residentes na vila olímpica e em todos os lugares de alojamento, tal como se especifica mais acima, assim como os seus gastos de transporte local.

CARTA OLÍMPICA 52

Page 53: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

43. Locais e instalações para as FI que regem os desportos incluídos no programa dos Jogos Olímpicos

Por ocasião dos Jogos Olímpicos, o COJO deverá oferecer, à sua custa, às FI que regem os desportos incluídos no programa dos Jogos os locais e as instalações necessários para o tratamento de temas de índole técnica. Além disso, o COJO oferecerá às FI, quando assim o solicitem, sempre que paguem e que contem com a aprovação da Comissão executiva do CIO, as instalações administrativas, técnicas e de alojamento que lhes permitam celebrar na cidade anfitriã dos Jogos Olímpicos os seus congressos ou outras reuniões.

44. Programa cultural* 1. O COJO deve organizar um programa de manifestações culturais que

deverá contar com a aprovação prévia da Comissão executiva do CIO. 2. Este programa deve servir para fomentar as relações harmoniosas, a

compreensão mútua e a amizade entre os participantes e as outras pessoas que assistam aos Jogos Olímpicos.

TEXTO DE APLICAÇÃO DA NORMA 44 1. O programa cultural deve abarcar:

1.1. Manifestações culturais organizadas na vila olímpica, que simbolizem a universalidade da cultura humana;

1.2. Outras manifestações com o mesmo fim, que se desenvolvam

principalmente na cidade anfitriã, para as quais se reservarão gratuitamente certo número de locais destinados aos participantes acreditados pelo CIO.

2. O programa cultural deve cobrir, pelo menos, todo o período em que

permaneça aberta a vila olímpica.

CARTA OLÍMPICA 53

Page 54: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

II. PARTICIPAÇÃO NOS JOGOS OLÍMPICOS

45. Código de admissão* Para ser admitido como participante nos Jogos Olímpicos, um competidor deve respeitar a Carta Olímpica e os regulamentos da FI correspondente, tal como foram aprovados pelo CIO, e ser inscrito pelo seu CON. Deve em concreto: − Respeitar o espírito de desportivismo e da não violência e comportar-se em

conformidade no campo de jogo; − Abster-se de utilizar substâncias e procedimentos proibidos pelos

regulamentos do CIO, das FI ou dos CON; − respeitar o Código anti-dopagem do movimento olímpico e cumpri-lo em

todos os aspectos.

TEXTO DE APLICAÇÃO DA NORMA 45 1. Cada FI fixará os critérios de admissão próprios da sua modalidade, em

conformidade com a Carta Olímpica. Estes critérios deverão ser submetidos à Comissão executiva do CIO para sua aprovação.

2. A aplicação dos critérios de admissão corresponde às FI, às suas

federações nacionais filiadas e aos CON, no âmbito das suas respectivas competências.

3. Salvo autorização da comissão executiva do CIO, nenhum competidor nos

Jogos Olímpicos permitirá que a sua pessoa, nome, imagem ou actuações desportivas sejam exploradas com fins publicitários durante os Jogos Olímpicos.

4. A inscrição ou a participação de um competidor nos Jogos Olímpicos não

poderá estar condicionada por nenhuma contrapartida financeira.

46. Nacionalidade dos competidores* 1. Todo o competidor nos Jogos Olímpicos deve ter a nacionalidade do país do

CON que o inscreve.

CARTA OLÍMPICA 54

Page 55: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

2. Todo o litígio relativo à determinação do país que um competidor pode

representar nos Jogos Olímpicos será julgado pela Comissão executiva do CIO.

TEXTO DE APLICAÇÃO DA NORMA 46

1. Todo o competidor que possua simultaneamente a nacionalidade de dois ou mais países poderá representar um deles, segundo a sua escolha. Contudo, depois de ter representado um país nos Jogos Olímpicos, nos jogos continentais ou regionais ou nos campeonatos mundiais ou regionais reconhecidos pela FI competente, não poderá representar outro país, a menos que satisfaça as condições previstas no parágrafo 2, aplicáveis às pessoas que tenham mudado de nacionalidade ou adquirido outra nova.

2. Um competidor que tenha representado um país nos Jogos Olímpicos, nos

jogos continentais ou regionais ou em campeonatos mundiais ou regionais reconhecidos pela FI competente e que tenha mudado de nacionalidade ou adquirido outra nova não poderá participar nos Jogos Olímpicos para representar o seu novo país antes de terem decorrido três anos a partir da data dessa mudança ou dessa aquisição. Este período poderá ser reduzido ou inclusivamente suprimido com o acordo dos CON e as FI interessadas e a aprovação da Comissão executiva do CIO.

3. Se um território associado, uma província ou departamento do ultramar, um

país ou uma colónia adquirirem a independência ou se um país for incorporado a outro causando uma alteração de fronteiras, ou se um novo CON for reconhecido pelo CIO, todo o competidor poderá representar o país a que pertence ou a que pertencia. Contudo, se assim preferir ou escolher, poderá representar o seu país ou ser inscrito nos Jogos Olímpicos pelo novo CON, no caso de existir. Esta escolha só poderá fazer-se uma vez.

4. Nos restantes casos não tratados expressamente no presente texto de

aplicação, especialmente naqueles em que o competidor tenha a possibilidade de representar um país do qual não seja oriundo ou de escolher o país que prefere representar, a Comissão executiva do CIO poderá tomar todas as decisões de índole geral ou individual e, concretamente, formular exigências particulares relativas à nacionalidade, à cidadania, ao domicílio ou residência dos competidores, incluindo a duração dos prazos de espera.

CARTA OLÍMPICA 55

Page 56: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

47. Limite de idade Para os competidores nos Jogos Olímpicos não poderá haver outro limite de idade além dos estipulados nos regulamentos de competição das FI, por razões de saúde.

48. Código Anti-dopagem do Movimento Olímpico 1. O código anti-dopagem do Movimento Olímpico é obrigatório para todo o

Movimento Olímpico. Este Código, entre outras coisas, proíbe a dopagem, estabelece as classes de substâncias e métodos proibidos, inclui a lista de laboratórios acreditados, impõe aos competidores a obrigação de submeterem-se a controlos e exames médicos e prever as sanções aplicáveis em caso de violação deste Código.

2. Comissão médica

2.1 O Presidente do CIO designará uma comissão médica cuja missão implicará as seguintes obrigações:

2.1.1 Implementar o Código anti-dopagem do Movimento Olímpico, de

acordo com as instruções da Comissão Executiva do CIO; e

2.1.2 Elaborar linhas de orientação relativas aos cuidados médicos e de saúde aos atletas.

2.2 Os membros da comissão médica não desempenharão funções médicas

de nenhuma espécie para a delegação de nenhum CON nos Jogos Olímpicos nem participarão nas deliberações relativas a uma infracção do Código médico do CIO por parte dos membros da sua respectiva delegação nacional.

49. Inscrições* 1. Apenas os CON reconhecidos pelo CIO poderão inscrever competidores nos

Jogos Olímpicos. O direito de aceitar definitivamente as inscrições corresponde à Comissão executiva do CIO.

2. Um CON só exercerá esta atribuição com base nas recomendações de

inscrição formuladas pelas federações nacionais. Se o CON as aprovar, transmitirá estas inscrições ao COJO, que terá a obrigação de acusar a sua recepção. Os CON deverão investigar a validade das inscrições propostas pelas federações nacionais e assegurar-se de que nenhum candidato tenha

CARTA OLÍMPICA 56

Page 57: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

sido recusado por motivos raciais, religiosos ou políticos ou como consequência de alguma outra forma de discriminação.

3. Os CON só enviarão aos Jogos Olímpicos competidores convenientemente

preparados para a competição internacional de alto nível. Por intermédio da sua FI, uma federação nacional poderá apelar perante a Comissão executiva do CIO contra uma decisão tomada por um CON em relação às inscrições.

TEXTO DE APLICAÇÃO DA NORMA 49 1. Os procedimentos e prazos de inscrição dos concorrentes nas competições

desportivas nos Jogos Olímpicos figuram no �Guia de Inscrição para as Competições Desportivas e para Acreditação�, estabelecido pela Comissão executiva do CIO.

2. Todas as inscrições serão impressas num formulário especial aprovado pela

Comissão executiva do CIO e serão enviadas no número de cópias determinado pelo COJO.

3. A participação nos Jogos Olímpicos implica para todo o competidor o

compromisso de respeitar todas as disposições contidas na Carta Olímpica e os regulamentos da FI que rege o seu desporto. Todo o competidor estará devidamente qualificado pela FI correspondente. O CON que inscreve um competidor assegura sob sua responsabilidade que esse competidor tem plena consciência do seu compromisso de respeitar a Carta Olímpica e o Código anti-dopagem do Movimento Olímpico.

4. No caso de não existir nenhuma federação nacional para determinado

desporto num país onde haja um CON reconhecido, este último poderá inscrever individualmente competidores dessa modalidade nos Jogos Olímpicos, sob reserva de aprovação da Comissão executiva do CIO e da FI que rege a modalidade em questão.

5.

5.1. O formulário de inscrição deverá conter o texto das condições de admissão e a seguinte declaração, assinada pelo atleta: �Consciente de que, como atleta nos Jogos Olímpicos, participo numa manifestação de repercussão internacional e histórica permanente, e em consideração a ter sido admitido nos mesmos, aceito ser filmado televisivamente, fotografado, identificado ou gravado por qualquer outro meio durante os Jogos Olímpicos, nas condições e para os fins autorizados actualmente e no futuro pelo Comité Internacional Olímpico (�CIO�) em relação à promoção dos Jogos Olímpicos e ao Movimento Olímpico. Aceito ainda respeitar a Carta Olímpica actualmente em vigor e, muito especialmente, as disposições da mesma referentes à admissão nos Jogos Olímpicos (Norma 45 e seu texto de aplicação), ao Código

CARTA OLÍMPICA 57

Page 58: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

médico do CIO (Norma 48), aos meios informativos (Norma 59 e seu texto de aplicação) e à marca do fabricante permitida na roupa e material utilizados nos Jogos Olímpicos (parágrafo 1 do texto de aplicação da Norma 61), assim como à arbitragem do Tribunal de Arbitragem Desportivo (Norma 74). As normas e disposições correspondentes foram-me comunicadas pelo meu Comité Olímpico Nacional e/ou pela minha Federação Desportiva Nacional.�

5.2. O CON deverá igualmente assinar este formulário para confirmar e

garantir que todas as normas pertinentes foram levadas ao conhecimento do competidor e que o COM foi autorizado pela Federação Desportiva Nacional competente para assinar a inscrição em seu nome.

5.3. O formulário de inscrição deve incluir o texto das condições de

admissão e a seguinte declaração assinada pelos treinadores, instrutores e membros do pessoal oficial: �Consciente de que, como treinador/instrutor/membro do pessoal oficial nos Jogos Olímpicos, participo numa manifestação de repercussão internacional e histórica permanente e em consideração a ter sido admitido nos mesmos, aceito ser filmado televisivamente, fotografado, identificado ou gravado por qualquer outro meio durante os Jogos Olímpicos, nas condições e para os fins autorizados actualmente e no futuro pelo Comité Internacional Olímpico (�CIO�) em relação à promoção dos Jogos Olímpicos e ao Movimento Olímpico. Aceito ainda respeitar a Carta Olímpica actualmente em vigor e, muito especialmente, as disposições da mesma referentes à admissão nos Jogos Olímpicos (Norma 45 e seu texto de aplicação), ao código médico do CIO (Norma 48), aos meios informativos (Norma 59 e seu texto de aplicação) e à marca do fabricante permitida na roupa e material utilizados nos Jogos Olímpicos (parágrafo 1 do texto de aplicação da Norma 61), assim como à arbitragem do Tribunal de Arbitragem Desportivo (Norma 74). As normas e disposições correspondentes foram-me comunicadas pelo meu Comité Olímpico Nacional e/ou pela minha Federação Desportiva Nacional.�

6. Nenhuma inscrição será válida se as disposições acima mencionadas não

forem cumpridas. 7. A desistência de uma delegação, equipa ou indivíduo que tenha uma inscrição

válida, sem o consentimento da Comissão Executiva, é considerada, de facto, uma infracção à Carta Olímpica e é sujeito a acção disciplinar.

8. Na ausência de decisão em contrário tomada pela Comissão Executiva e

expressa no contrato com a cidade anfitriã, o número de atletas que competem na Olimpíada será sempre limitado a 10.000 (dez mil) e o número de delegados e representantes oficias a 5.000 (cinco mil).

CARTA OLÍMPICA 58

Page 59: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

50. Infracções à Carta Olímpica A Comissão executiva do CIO poderá retirar a acreditação a qualquer pessoa que infrinja a Carta Olímpica. Além disso, o atleta ou a equipa infractora serão desclassificados e perderão os benefícios de todas as classificações obtidas. toda a medalha que tenha ganho e todo o diploma que lhe tenha sido entregue a este título, ser-lhe-ão retirados.

CARTA OLÍMPICA 59

Page 60: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

III. PROGRAMA DOS JOGOS OLÍMPICOS

51. Desportos Olímpicos As desportos regidos pelas seguintes FI são considerados desportos olímpicos: 1. Jogos da Olimpíada − Associação Internacional de Associações de Atletismo (IAAF); − Federação Internacional de Remo (FISA); − Federação Internacional de Badminton (IBF); − Associação Internacional de Beisebol (IBA); − Federação Internacional de Basquetebol (FIBA); − Associação Internacional de Boxe Amador (AIBA); − Federação Internacional de Canoagem (FIC); − União Ciclista Internacional (UCI); − Federação Equestre Internacional (FEI); − Federação Internacional de Esgrima (FIE); − Federação Internacional de Futebol Associação (FIFA); − Federação Internacional de Ginástica (FIG); − Federação Internacional de Halterofilia (IWF); − Federação Internacional de Andebol (IHF); − Federação Internacional de Hóquei (FIH); − Federação Internacional de Judo (IJF); − Federação Internacional de Lutas Associadas (FILA); − Federação Internacional de Natação (FINA);

CARTA OLÍMPICA 60

Page 61: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

− União Internacional de Pentatlo Moderno (UIPM); − Federação Internacional de Softbol (ISF); − Federação Internacional de Taekwondo (WTF); − Federação Internacional de Ténis (FIT); − Federação Internacional de Ténis de Mesa (ITTF); − Federação Internacional de Tiro (UIT); − Federação Internacional de Tiro com Arco (FITA); − União Internacional de Triatlo (ITU); − Federação Internacional de Voleibol (FIVB); − União Internacional de Vela (ISAF). 2. Jogos Olímpicos de Inverno − União Internacional de Biatlo (IBU); − Federação Internacional de Bobsleigh e Tobogganing (FIBT); − Federação Internacional de Curling (WCF); − Federação Internacional de Hóquei sobre Gelo (IIHF); − Federação Internacional de Trenó de Carreiras (FIL); − União Internacional de Patinagem (ISU); − Federação Internacional de Esqui (FIS).

52. Programa desportivo e admissão de desportos, disciplinas e provas O CIO estabelece o programa dos Jogos Olímpicos, que apenas compreenderá modalidades olímpicas. 1. Desportos olímpicos incluídos no programa dos Jogos Olímpicos

CARTA OLÍMPICA 61

Page 62: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

1.1. Para ser incluído no programa dos Jogos Olímpicos, um desporto

olímpico deve satisfazer os seguintes critérios:

1.1.1. Apenas as modalidades amplamente praticadas num mínimo de setenta e cinco países e quatro continentes por homens e num mínimo de quarenta países e três continentes por mulheres poderão ser inscritas no programa dos Jogos Olímpicos;

1.1.2. Apenas as modalidades amplamente praticadas num mínimo

de vinte e cinco países e três continentes poderão ser inscritas no programa dos Jogos Olímpicos de Inverno;

1.1.3. Apenas os desportos que apliquem o Código anti-dopagem do

Movimento Olímpico e, em especial, realizem testes fora-de-competição, de acordo com as regras da Agência Mundial Anti-Dopagem (WADA), serão incluídos no programa dos Jogos Olímpicos.

1.1.4. As modalidades serão admitidas no programa dos Jogos

Olímpicos pelo menos sete anos antes dos Jogos Olímpicos em questão, para os quais não se autorizará nenhuma modificação posterior.

2. Disciplinas

2.1. Uma disciplina é uma especialidade de um desporto olímpico constituída por uma ou mais provas e deve ter um nível internacional reconhecido para ser inscrita no programa dos Jogos Olímpicos.

2.2. Os critérios de admissão das disciplinas serão os mesmos que os

exigidos para a admissão dos desportos olímpicos. 2.3. A admissão de uma disciplina terá lugar sete anos antes dos Jogos

olímpicos em questão, para os quais não se autorizará nenhuma modificação posterior.

3. Provas

3.1. Uma prova é uma competição dentro de um desporto olímpico ou dentro de uma das suas disciplinas, tem por resultado uma classificação e determina a entrega de medalhas e diplomas.

3.2. Para serem incluídas no programa dos Jogos Olímpicos, as provas

devem ter um nível internacional reconhecido, tanto no aspecto numérico como geográfico, e terem figurado pelo menos duas vezes em campeonatos mundiais ou continentais.

CARTA OLÍMPICA 62

Page 63: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

3.3. Apenas as provas praticadas num mínimo de cinquenta países e três

continentes por homens e num mínimo de trinta e cinco países e três continentes por mulheres poderão ser inscritas no programa dos Jogos Olímpicos.

3.4. As provas serão admitidas quatro anos antes dos Jogos Olímpicos

específicos, para os quais não se autorizará nenhuma modificação posterior.

4. Critérios de inclusão de desportos, disciplinas e provas

4.1. Para ser incluído no programa dos Jogos Olímpicos, todo o desporto, disciplina ou prova deve satisfazer as condições prescritas na presente Norma.

4.2. Os desportos, disciplinas ou provas em que as actuações dependam

essencialmente de algum meio de propulsão mecânica não serão aceites.

4.3. A menos que o CIO decida o contrário, uma só prova não pode dar

lugar simultaneamente a uma classificação individual e por equipas. 4.4. Os desportos, disciplinas ou provas incluídos no programa dos Jogos

Olímpicos que não satisfaçam os critérios da presente Norma podem ser mantidos em certos casos excepcionais, em nome da tradição olímpica, por decisão do CIO.

5. Notificação de participação das FI nos Jogos Olímpicos

As FI que regem os desportos incluídos no programa dos Jogos Olímpicos deverão confirmar ao CIO a sua participação nos respectivos Jogos Olímpicos até ao momento em que se celebre a Sessão do CIO onde será eleita a cidade anfitriã desses Jogos.

6. Inscrição excepcional de uma disciplina ou prova

A título excepcional e contando com o acordo prévio da FI interessada e do COJO, o CIO poderá revogar os prazos fixados nos parágrafos 2 e 3, mais acima, para incluir no programa dos Jogos Olímpicos de uma Olimpíada específica uma disciplina ou prova.

7. Competências relativas à admissão de um desporto, disciplina ou prova

A admissão ou exclusão de um desporto é da competência da Sessão do CIO; a admissão de uma disciplina ou de uma prova é da competência da Comissão executiva do CIO.

CARTA OLÍMPICA 63

Page 64: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

53. Programa dos Jogos Olímpicos 1. O programa dos Jogos Olímpicos da Olimpíada compreenderá pelo menos

quinze desportos olímpicos. Não será fixado nenhum mínimo para o programa dos Jogos Olímpicos de Inverno.

2. Depois de cada celebração de uns Jogos Olímpicos, o CIO procederá à

revisão do programa dos mesmos. 3. No decorrer de cada revisão, os critérios de admissão de desportos,

disciplinas ou provas poderão ser modificados e os órgãos competentes do CIO poderão decidir a admissão ou exclusão de desportos, disciplinas ou provas.

54. Provas classificativas organizadas pelas FI 1. Para certos desportos, as FI poderão organizar provas classificativas ou

determinar de alguma outra maneira a designação de um número limitado de competidores para os Jogos Olímpicos, particularmente no que respeita às equipas, nos desportos por equipas.

2. As normas que regem a designação e as provas classificativas estarão

sujeitas às disposições da Carta Olímpica na medida em que o disponha a Comissão executiva do CIO. A fórmula de classificação deverá submeter-se para sua aprovação à Comissão executiva do CIO. Os CON serão informados pelo CIO de todos os assuntos relacionados com as provas classificativas organizadas pelas FI.

3. As normas 59, 69 e 70 não são aplicáveis às provas classificativas.

55. Provas pré-olímpicas organizadas pelo COJO 1. Segundo uma fórmula submetida para sua aprovação, a Comissão executiva

do CIO, o COJO, após consultar as FI, poderá organizar provas pré-olímpicas com o fim de comprovar o funcionamento das instalações destinadas a serem utilizadas durante os Jogos Olímpicos.

2. Para cada desporto, as provas pré-olímpicas terão lugar sob o controlo

técnico da FI competente. 3. As provas pré-olímpicas estarão sujeitas às disposições da Carta Olímpica,

na medida em que o disponha a Comissão executiva do CIO.

CARTA OLÍMPICA 64

Page 65: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

56. Participação nos Jogos Olímpicos* O número de inscrições será fixado pela Comissão executiva do CIO, consultando previamente as FI competentes dois anos antes dos Jogos Olímpicos.

TEXTO DE APLICAÇÃO DA NORMA 56

1. O número de inscrições nas provas individuais não ultrapassará o valor previsto para os campeonatos do mundo e em nenhum caso será superior a três inscrições por país.

2. Para os desportos por equipas, tanto na categoria masculina como na

feminina, o número de equipas não será superior a doze nem inferior a oito, salvo decisão em contrário da Comissão executiva do CIO.

3. Com o fim de conseguir uma distribuição equitativa do número de suplentes

em certos desportos, tanto individuais como por equipas, e tendo em atenção que noutros desportos se autoriza apenas uma inscrição por prova e por país, sem nenhum suplente, a Comissão executiva do CIO poderá aumentar ou reduzir o número de suplentes, consultando previamente as FI interessadas.

57. Disposições técnicas* 1. Para todas as disposições técnicas dos Jogos Olímpicos, incluindo o horário,

o COJO deverá consultar as FI competentes e zelará para que os diversos desportos olímpicos recebam um tratamento equitativo.

2. A decisão definitiva sobre o calendário e o horário das provas compete à

Comissão executiva do CIO. O desenvolvimento de todas as provas de cada desporto ficará sob a responsabilidade directa da FI interessada, consultando previamente o COJO.

3. Cada FI será responsável pelo controlo e direcção técnica do seu desporto;

todos os lugares de competição e de treino, assim como todos os equipamentos, respeitarão as suas normas.

4. Pelo menos três anos antes da abertura dos Jogos Olímpicos, as FI

informarão o CIO e os CON, consultando previamente com o COJO, sobre as instalações técnicas, o material desportivo e o equipamento que se utilizará durante os Jogos Olímpicos.

CARTA OLÍMPICA 65

Page 66: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

5. O pessoal oficial técnico necessário (árbitros, juízes, cronometristas,

inspectores, etc.) e um jurado de recursos serão designados por cada FI para o seu desporto, dentro dos limites do número total fixado pela Comissão executiva do CIO por recomendação da FI interessada. As pessoas assim designadas desempenharão o seu trabalho segundo as instruções da sua FI, que estará em contacto com o COJO.

6. Nenhum membro do pessoal oficial que tenha participado numa decisão

poderá fazer parte de um jurado encarregado de conciliar os litígios que dessa decisão poderão derivar.

7. As conclusões dos jurados serão comunicadas o mais breve possível à

Comissão executiva do CIO. 8. Os jurados conciliarão todas as questões técnicas relacionadas com os seus

respectivos desportos, e as suas decisões, incluídas as eventuais sanções, serão inapeláveis, sem prejuízo das medidas e sanções suplementares, cuja aplicação poderá decidir a Comissão executiva ou a Sessão do CIO.

9. O COJO deverá proporcionar alojamento num lugar diferente da vila

olímpica a todo o pessoal oficial técnico designado pelas FI. O pessoal oficial técnico e os membros dos jurados não poderão alojar-se na vila olímpica. Não farão parte das delegações dos CON e apenas serão responsáveis perante as suas respectivas FI.

TEXTO DE APLICAÇÃO DA NORMA 57 1. Disposições técnicas relacionadas com as FI nos Jogos Olímpicos

As FI terão os seguintes direitos e obrigações:

1.1. Estabelecer as normas técnicas para os seus desportos, disciplinas e provas, incluídos, mas não exclusivamente, os critérios para determinar os resultados, as especificações técnicas de equipamento, infra-estruturas e instalações, as regras sobre movimentos técnicos, exercícios ou partidas, as regras sobre desclassificação técnica e as regras sobre a arbitragem e cronometragem.

1.2. Estabelecer resultados definitivos e a classificação das competições

olímpicas. 1.3. Sem desprezar a autoridade do CIO, exercer o direito de jurisdição

técnica sobre os lugares de competição e de treino dos respectivos desportos durante as competições e os treinos nos Jogos Olímpicos.

CARTA OLÍMPICA 66

Page 67: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

1.4. Seleccionar os juízes, árbitros e pessoal técnico oficial do país anfitrião

e do estrangeiro dentro dos limites do número total estabelecido pela Comissão executiva do CIO, proposta pela FI interessada. Os gastos de alojamento, transporte e uniformes dos juízes, árbitros e pessoal técnico oficial de países diferentes do país anfitrião serão por conta do COJO

1.5. Em coordenação com o COJO, enviar dois representantes durante a

preparação das instalações do seu desporto, com o fim de verificar o cumprimento da sua regra e controlar as condições de alojamento, alimentação e transporte previstas para o pessoal oficial técnico e os juízes.

1.5.1. Dois delegados de cada FI ficarão instalados na cidade anfitriã

pelo menos cinco dias antes do início da primeira prova do seu desporto, com o fim de tomar todas as disposições necessárias relacionadas com as inscrições.

1.5.2. Os gastos razoáveis destes delegados durante este período e

até final dos Jogos Olímpicos (incluindo as viagens de avião em primeira classe, se a distância for superior a 2.500 Kilómetros, ou em classe turística, se a distância for inferior a 2.500 Kilómetros, alojamento e pensão completa) serão suportados pelo COJO.

1.5.3. No caso excepcional em que, por razões técnicas, seja

necessária a presença de delegados ou a organização de visitas suplementares, o COJO fará os preparativos adequados depois de informar o CIO. Em caso de desacordo, a Comissão executiva do CIO conciliará a questão.

1.6. Zelar para que todos os competidores cumpram as disposições das

Normas 59 e 61 da Carta Olímpica. 1.7. Sob a autoridade do CIO e dos CON, impor a aplicação das Normas do

CIO relacionadas com a admissão de participantes antes dos Jogos Olímpicos (eliminatórias) e durante os Jogos Olímpicos.

1.8. Preparar e rever os �questionários técnicos� destinados às cidades

candidatas. 2. Disposições técnicas que requerem a aprovação das FI e do COJO antes de

serem submetidas para aprovação à Comissão executiva do CIO:

2.1. Horário quotidiano do programa de um desporto nos Jogos Olímpicos.

CARTA OLÍMPICA 67

Page 68: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

2.2. Itinerários das provas que se realizem fora das instalações olímpicas

(por exemplo, vela, maratona, marcha, ciclismo em estrada e provas equestres).

2.3. Necessidades de instalações para o treino antes dos Jogos Olímpicos

e durante a sua celebração. 2.4. Equipamento técnico para os lugares de competição e treino que não

apareça definido nem mencionado nos regulamentos técnicos das FI. 2.5. Instalações técnicas para determinação dos resultados. 2.6. Uniformes do pessoal oficial das FI (tais como juízes e árbitros)

necessário durante os Jogos Olímpicos. 3. Propostas das FI que requeiram a aprovação da Comissão executiva do

CIO:

3.1. Estabelecimento do programa dos Jogos Olímpicos nos seus respectivos desportos, incluída a incorporação ou a supressão de provas, conforme as Normas, critérios e condições estabelecidos pelo CIO.

3.2. Estabelecimento do número de competidores por prova e por país,

assim como o número de equipas participantes nos Jogos Olímpicos 3.3. Estabelecimento, três anos antes dos Jogos Olímpicos, do sistema de

eliminatórias para a classificação. 3.4. Estabelecimento do sistema de agrupamento e selecção dos atletas

para as eliminatórias de classificação (ou de equipas em grupos eliminatórios) para os Jogos olímpicos.

3.5. Estabelecimento do número de suplentes nos desportos e provas

individuais e por equipas. 3.6. Estabelecimento do número e do processo de selecção dos

competidores para a aplicação dos controlos antidoping. 3.7. Estabelecimento da lista de competidoras a quem a FI correspondente

tenha mandado certificados de sexo por ocasião de campeonatos mundiais ou continentais, que sejam válidos para os Jogos Olímpicos, além dos certificados enviados pelo CIO durante os Jogos Olímpicos anteriores.

CARTA OLÍMPICA 68

Page 69: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

3.8. Envio de mais de dois delegados técnicos para supervisionar os

preparativos dos Jogos Olímpicos ou organização de visitas suplementares, além das previstas pela Carta Olímpica.

3.9. Produção pela parte das FI de qualquer tipo de gravações visuais ou

audiovisuais das competições olímpicas, sendo proibida toda a utilização comercial das mesmas.

58. Campo de jovens Com autorização da Comissão executiva do CIO, o COJO pode organizar, sob a sua responsabilidade, um Campo de jovens internacional durante os Jogos Olímpicos.

59. Cobertura informativa dos Jogos Olímpicos* 1. Um dos objectivos do Movimento Olímpico deverá ser a cobertura dos Jogos

Olímpicos por parte dos meios de comunicação, propagando os princípios do Olimpismo.

2. Com o fim de assegurar a informação mais completa através dos diferentes

meios de comunicação e a maior audiência possível para os Jogos Olímpicos, a Comissão executiva do CIO decidirá todas as disposições necessárias, as quais serão aplicadas pelo CIO.

3. Todas as questões relacionadas com os meios de informação nos Jogos

Olímpicos, incluindo a concessão e a retirada dos cartões de identidade olímpica e dos cartões de acreditação, serão da exclusiva competência da Comissão executiva do CIO.

TEXTO DE APLICAÇÃO DA NORMA 59

1. A comissão executiva do CIO elaborará um documento intitulado �Guia para a comunicação social�.

2. O �Guia para a comunicação social� fará parte integrante do contrato

assinado pelo CIO, o CON e a cidade anfitriã, quando lhe for atribuída a organização dos Jogos Olímpicos.

3. Todas as pessoas que dêem informação sobre os Jogos Olímpicos terão

uma acreditação, segundo as condições estabelecidas no �Guia para a comunicação social�. Os pedidos de acreditação deverão ser apresentados ao CIO pelos CON, nos prazos fixados, à excepção das televisões

CARTA OLÍMPICA 69

Page 70: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

contratadas e das agências internacionais reconhecidas, cujos pedidos se apresentarão directamente ao CIO.

4. A acreditação garantirá o acesso às provas olímpicas. Se houver

necessidade de serem impostas restrições, o CIO fará tudo o que estiver ao seu alcance para satisfazer os pedidos dos meios de informação acreditados.

5. Durante o decorrer dos Jogos Olímpicos, um atleta, um treinador, um

membro do pessoal oficial, um agregado de imprensa ou qualquer outro participante acreditado não poderá em caso algum estar acreditado, exercer como jornalista ou estar vinculado de qualquer maneira aos meios de informação.

60. Publicações* O COJO imprimirá e distribuirá a seu cargo as publicações que o CIO considere necessárias.

TEXTO DE APLICAÇÃO DA NORMA 60 1. Para cada desporto, o COJO enviará ao CIO, às FI competentes e a todos

os CON um folheto explicativo que contenha o programa geral e as disposições previstas, em francês, em inglês e na língua do país anfitrião, pelo menos um ano antes da inauguração dos Jogos Olímpicos.

2. O COJO distribuirá um folheto médico, segundo as instruções da Comissão

executiva do CIO, pelo menos seis meses antes dos Jogos Olímpicos de Inverno e um ano antes dos Jogos da Olimpíada.

3.

3.1. Todos os documentos (convites, listas de inscrições, entradas, programas, etc.) impressos por ocasião dos Jogos Olímpicos, assim como as insígnias produzidas, deverão mencionar o número da Olimpíada e o nome da cidade onde se celebra.

3.2. No caso dos Jogos Olímpicos de Inverno, indicar-se-á o nome da

cidade e o número correspondente aos Jogos. 4. O COJO editará para o CIO uma informação oficial completa da celebração

dos Jogos Olímpicos, pelo menos em francês e em inglês, durante os dois anos seguintes ao encerramento dos Jogos Olímpicos.

CARTA OLÍMPICA 70

Page 71: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

5. A comissão executiva do CIO determinará os assuntos que deva mencionar

a informação oficial do COJO. Um exemplar desta informação será enviado gratuitamente a cada membro e a cada membro honorário do CIO, assim como a cada FI e a cada CON participante. Serão enviados ainda 100 exemplares ao secretariado do CIO.

6. As provas de todos os documentos e de todas as publicações mencionadas

no presente texto de aplicação serão submetidas previamente à Comissão executiva do CIO para sua aprovação.

61. Propaganda e publicidade* 1. Não será autorizada nenhuma demonstração ou propaganda política,

religiosa ou racial nas instalações olímpicas. Não será autorizada nenhuma forma de publicidade no interior ou exterior dos estádios nem noutros lugares de competição considerados como parte das instalações olímpicas. Não se admitirão instalações comerciais nem painéis publicitários nos estádios nem noutros terrenos desportivos.

2. A Comissão executiva do CIO será a única autoridade competente para

determinar os princípios e as condições em virtude das quais poderá autorizar alguma forma de publicidade.

TEXTO DE APLICAÇÃO DA NORMA 61 1. Nenhuma forma de publicidade nem de propaganda comercial ou de outro

tipo poderá aparecer nas pessoas, na roupa desportiva, nos acessórios ou, em geral, sobre qualquer peça de roupa ou artigo de equipamento levado ou utilizado pelos atletas ou outros participantes dos Jogos Olímpicos, à excepção da marca - definida no parágrafo 8, mais abaixo - do fabricante da peça de vestir ou do artigo em questão, com a condição de que não se destaque de maneira ostensiva com fins publicitários.

1.1. A marca do fabricante não deverá figurar mais de uma vez em cada

peça de vestir ou artigo de equipamento. 1.2. Equipamento: toda a marca do fabricante que ocupe mais de 10% da

superfície total do equipamento exposto durante a competição será considerada ostensiva. Em caso algum, nenhuma marca do fabricante poderá ultrapassar 60cm2.

CARTA OLÍMPICA 71

Page 72: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

1.3. Acessórios para a cabeça (por exemplo, chapéus, gorros, óculos de sol

e outros) e luvas: toda a marca do fabricante cujo tamanho ultrapasse 6cm2 será considerada ostensiva.

1.4. Roupa (por exemplo, camisolas, calções, sandálias, calças de

desporto): toda a marca do fabricante cujo tamanho ultrapasse 12cm2 será considerada ostensiva.

1.5. Calçado: Admite-se o desenho distintivo normal do fabricante. O nome

e/ou o logotipo do fabricante podem figurar sempre e quando o seu tamanho não ultrapasse 6cm2, seja como elemento distintivo normal ou independente deste.

1.6. No caso de disposições especiais decididas por uma Federação

Desportiva Internacional, a Comissão executiva do CIO poderá permitir excepções às directrizes acima mencionadas.

Toda a violação das disposições desta cláusula implicará a desclassificação ou retirada da acreditação do interessado. As decisões da Comissão executiva do CIO nesta matéria serão inapeláveis. Nas costas dos competidores não poderá ser exibida nenhuma forma de publicidade e deverão levar o emblema olímpico do COJO.

2. Para serem válidos, todos os contratos do COJO que contenham algum

elemento publicitário, incluindo o direito ou licença de uso do emblema ou da mascote dos Jogos Olímpicos, deverão respeitar a Carta Olímpica e as instruções emanadas da Comissão executiva do CIO. O mesmo se aplicará aos contratos relacionados com os aparelhos de cronometragem e aos painéis de resultados, assim como à sobreimpressão de todo o sinal de identificação nos programas de televisão. As violações do presente regulamento ficarão sob a autoridade da Comissão executiva do CIO.

3. A mascote criada para os Jogos Olímpicos será considerada um emblema

olímpico, cujo desenho será apresentado pelo COJO à Comissão executiva do CIO para aprovação. A mascote não poderá ser utilizada com fins comerciais no país de um CON sem a prévia autorização por escrito do mencionado CON.

4. O COJO obterá a protecção do emblema e da mascote dos Jogos Olímpicos

em benefício do CIO, tanto no plano nacional como internacional. Contudo, o COJO, e, após a dissolução deste, o CON do país anfitrião, poderá explorar este emblema e esta mascote, bem como as outras marcas, desenhos, insígnias, cartazes, objectos e documentos relacionados com os Jogos Olímpicos, durante a sua preparação e desenvolvimento e durante um período que terminará, como máximo, ao fim do ano civil em que tenham tido lugar os Jogos Olímpicos. A partir do fim deste período, todos os direitos

CARTA OLÍMPICA 72

Page 73: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

sobre o emblema, a mascote e outras marcas, desenhos, insígnias, cartazes, objectos e documentos, ou relacionados com eles, passarão a ser propriedade exclusiva do CIO. No caso de ser necessário, o COJO, o CON ou ambos actuarão como administradores (a título fiduciário) para exclusivo benefício do CIO.

5. As disposições deste texto de aplicação aplicar-se-ão igualmente, mutatis

mutandis, a todos os contratos estipulados pelo comité organizador de uma Sessão do CIO ou de um Congresso Olímpico.

6. Os uniformes dos competidores e de toda a pessoa que desempenhe uma

função oficial poderão levar a bandeira ou o emblema olímpico do seu CON ou, com o consentimento do COJO, o emblema olímpico do COJO. O pessoal oficial das FI poderá levar o uniforme e o emblema da sua federação.

7. Em todos os aparelhos, instalações e outros equipamentos técnicos que não

sejam levados nem utilizados pelos atletas ou por outros participantes dos Jogos Olímpicos, incluindo os aparelhos de cronometrar e os painéis de resultados, a identificação não poderá ultrapassar em caso algum a décima parte da altura do aparelho, da instalação ou do equipamento em questão e em caso algum poderá ter mais de 10cm de altura.

8. O termo �marca� refere-se à identificação de um nome, de uma designação,

de uma marca, de um logotipo ou de qualquer outro signo distintivo do fabricante do artigo, que não apareça mais de uma vez por artigo.

62. Composições musicais* O CIO será titular dos direitos de autor sobre todas as composições musicais no que se refere especialmente aos Jogos Olímpicos. O COJO e o CON interessados zelarão para que este procedimento se desenvolva com inteira satisfação do CIO.

CARTA OLÍMPICA 73

Page 74: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

TEXTO DE APLICAÇÃO DA NORMA 62

A Comissão executiva do CIO poderá conceder todos os direitos de exploração sobre composições musicais ao COJO, e ao CON do país anfitrião, por um período de quatro anos contados desde o encerramento dos Jogos Olímpicos, contra o pagamento de uma taxa proporcional ao valor bruto das entradas que essa exploração produza. A Comissão executiva do CIO autorizará o COJO a utilizar o hino olímpico, a título não exclusivo, durante o período dos Jogos olímpicos, isentando-o do pagamento de regalias.

63. Publicidade comercial do COJO antes dos Jogos Olímpicos A menos que a Comissão executiva do CIO decida outra coisa, todo o COJO se assegurará de que, até ao início de um período de dois anos antes da inauguração dos Jogos Olímpicos de que é responsável, todas as pessoas físicas ou jurídicas com as quais tenha fechado contratos se abstenham de qualquer forma de publicidade em relação aos mencionados Jogos Olímpicos.

CARTA OLÍMPICA 74

Page 75: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

IV. PROTOCOLO

64. Convites* Os convites para participar nos Jogos Olímpicos devem ser enviados pelo CIO um ano antes da cerimónia de abertura. Serão enviados a todos os CON reconhecidos.

TEXTO DE APLICAÇÃO DA NORMA 64 1. Os convites para participar nos Jogos Olímpicos serão redigidos nos

seguintes termos: �O Comité Internacional Olímpico tem a honra de convidá-lo a participar nos Jogos da....Olimpíada (ou nos Jogos Olímpicos de Inverno) que se celebrarão em ........do ......ao ......�

2. Todos os convites serão enviados simultaneamente por correio certificado e

por avião ou mediante um serviço de mensageiros especiais. Os CON responderão por escrito ao convite. As respostas devem ser recebidas pelo CIO dentro dum prazo de quatro meses a partir do envio do convite.

3. A recepção de cada convite para participar nos Jogos Olímpicos deverá ser

confirmada por escrito ao CIO pelo CON no momento em que se produza. 4. No máximo de dois meses antes da cerimónia de abertura dos Jogos

Olímpicos, cada CON comunicará por escrito ao COJO o número aproximado dos membros da sua delegação.

65. Cartão de identidade olímpica 1. O cartão de identidade é um documento que confere ao seu titular o direito

de participar nos Jogos Olímpicos. 2. O cartão de identidade olímpica estabelece a identidade do seu titular e,

juntamente com o passaporte ou outro documento oficial de viagem, constitui o documento que permite ao titular passar a fronteira do país da cidade organizadora dos Jogos Olímpicos. Permite-lhe ainda permanecer nesse país e exercer ali a sua função olímpica durante toda a duração dos Jogos Olímpicos e por um período não superior ao que começa um mês antes e termina um mês depois dos Jogos Olímpicos.

3. O cartão de identidade olímpica será enviado pelo CIO às pessoas

destinadas a serem acreditadas. A Comissão executiva do CIO poderá

CARTA OLÍMPICA 75

Page 76: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

delegar total ou parcialmente esta competência no COJO que, neste caso, deverá expedir o cartão de identidade olímpica a todas as pessoas designadas pelo CIO.

4. As informações relativas ao cartão de identidade olímpica, incluindo

características, procedimentos e prazos, constam no �Guia de Inscrição para as Competições Desportivas e para a Acreditação�, estabelecido pela Comissão executiva do CIO.

66. Direitos associados ao cartão de indentidade olímpica e acreditação O cartão de acreditação confere, no grau necessário e em cada caso e tal como nele se indica, acesso às instalações e às manifestações que o CIO tenha posto sob a responsabilidade do COJO. O CIO determinará as pessoas que tenham direito a ele e fixará as condições para a sua concessão e as modalidades de envio. O COJO será o encarregado de proporcioná-lo a quem tenha o direito de possuí-lo.

67. Utilização da bandeira olímpica 1. Uma bandeira olímpica de grandes dimensões deverá ondular, desde o

começo até ao final dos Jogos Olímpicos, num mastro erguido num lugar bem visível do estádio principal, onde será içada durante a cerimónia de abertura e arriada durante a cerimónia de encerramento dos Jogos Olímpicos.

2. A vila olímpica, assim como os lugares de competição e de treino e todos os

restantes lugares que estejam sob a responsabilidade do COJO, deverão estar decorados com grande abundância de bandeiras olímpicas.

3. As bandeiras olímpicas ondularão em grande número junto às outras

bandeiras na cidade anfitriã.

CARTA OLÍMPICA 76

Page 77: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

68. Utilização da chama olímpica 1. O COJO será responsável pela condução da chama olímpica ao estádio

olímpico. As manifestações que derem lugar à passagem da chama olímpica ou à sua chegada ao destino, sob os auspícios do CON competente, deverão respeitar o protocolo olímpico. A Comissão executiva do CIO aprovará todos os preparativos relevantes relacionados com a chama olímpica.

2. A chama olímpica deverá situar-se numa posição elevada, claramente visível

desde o interior do estádio principal e, quando a arquitectura o permita, igualmente visível desde o exterior do estádio.

69. Cerimónias de abertura e de encerramento* 1. As cerimónias de abertura e de encerramento deverão celebrar-se conforme

o protocolo fixado pelo CIO. Deverão reflectir e ilustrar os princípios humanistas do Olimpismo e contribuir para a sua propagação.

2. A cerimónia de abertura será celebrada, como máximo, um dia antes do

início das competições dos Jogos da Olimpíada e dos Jogos Olímpicos de Inverno. A cerimónia de encerramento celebrar-se-á no último dia das competições dos Jogos da Olimpíada e dos Jogos Olímpicos de Inverno.

3. O programa detalhado destas cerimónias será proposto pelo COJO e será

submetido para sua aprovação à Comissão executiva do CIO.

TEXTO DE APLICAÇÃO DA NORMA 69

1. Cerimónia de abertura

1.1. Os Jogos Olímpicos serão declarados abertos pelo chefe de Estado do país anfitrião.

1.2. O chefe de Estado será recebido à entrada do estádio pelo Presidente do CIO e pelo presidente do COJO. Os dois presidentes conduzirão o chefe de Estado ao camarote na tribuna de honra.

1.3. Imediatamente após, começará o desfile dos participantes. Cada

delegação, em uniforme oficial, desfilará precedida por um cartaz com o seu nome e bandeira, levada por um membro da delegação. As bandeiras das delegações participantes, tal como os cartazes, serão fornecidas pelo COJO e terão todos as mesmas dimensões. Os portadores dos cartazes serão designados pelo COJO.

CARTA OLÍMPICA 77

Page 78: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

1.4. Nenhum participante no desfile terá direito a introduzir no estádio

bandeiras, estandartes, câmaras, acessórios ou outros objectos visíveis que não façam parte do uniforme oficial.

1.5. As delegações desfilarão por ordem alfabética da língua do país

anfitrião, com excepção da Grécia, que abrirá o desfile, e a do país anfitrião que o fechará. Apenas poderão fazer parte do desfile os atletas participantes nos Jogos Olímpicos que tenham direito a alojar-se na vila olímpica, encabeçados por um máximo de seis membros do pessoal oficial por delegação.

1.6. As delegações saudarão o chefe de Estado e o Presidente do CIO ao

passarem diante do seu camarote. Depois de desfilar no estádio, cada delegação será instalada nos locais que lhe tenham sido reservados para assistir à cerimónia, com excepção dos portadores das bandeiras, que permanecerão no terreno de jogo.

1.7. O Presidente do CIO, acompanhado do presidente do COJO, dirigir-

se-á até ao estrado situado no terreno de jogo frente à tribuna de honra. O presidente do COJO fará um discurso com uma duração máxima de três minutos e juntará as seguintes palavras: �Tenho a honra de pedir a ............., Presidente do Comité Internacional Olímpico, que tome a palavra.�

1.8. O Presidente do CIO fará então um discurso, no qual fará referência a

Pierre de Coubertin, e juntará o seguinte: �Tenho a honra de convidar .�.�...(chefe de Estado) a declarar abertos os Jogos da .��....Olimpíada da era moderna (ou os ..���..Jogos de Inverno).�

1.9. O chefe de Estado declarará inaugurados os Jogos dizendo: �Declaro

abertos os Jogos Olímpicos de ..............(nome da cidade) que celebram a ................Olimpíada da era moderna (ou os ..................Jogos Olímpicos de Inverno).�

1.10. Ao soarem os acordes do hino olímpico, será introduzida no estádio a bandeira olímpica desdobrada horizontalmente e será içada no mastro situado no terreno de jogo.

1.11. A tocha olímpica será trazida para o estádio por corredores que se

tenham revezado uns aos outros. O último corredor dará uma volta completa à pista antes de acender a chama olímpica, que arderá ininterruptamente até ao encerramento dos Jogos Olímpicos. Uma vez acesa a chama olímpica, proceder-se-á a uma largada simbólica de pombos.

1.12. Os porta-bandeiras de todas as delegações situar-se-ão em

semicírculo em volta do estrado, ao qual subirá um competidor do país anfitrião. Segurando na mão esquerda um pedaço da bandeira olímpica e levantando a mão direita, o competidor fará o seguinte

CARTA OLÍMPICA 78

Page 79: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

juramento solene: �Em nome de todos os competidores, prometo que participaremos nestes Jogos Olímpicos respeitando e cumprindo os seus regulamentos, com autêntico espírito desportivo, para maior glória do desporto e honra de nossas equipas�.

1.13. Em seguida, um juiz do país anfitrião subirá ao estrado e, da mesma

forma, prestará o seguinte juramento: �Em nome de todos os juizes e membros do pessoal oficial, prometo que desempenharemos as nossas funções durante os Jogos Olímpicos com a mais estreita imparcialidade, respeitando e cumprindo os seus regulamentos com autêntico espírito desportivo�.

1.14. Interpretar-se-á ou soará então o hino nacional do país anfitrião e os

porta bandeiras dirigir-se-ão aos lugares que lhes tenham sido reservados para assistir ao programa artístico.

1.15. No caso de o CIO autorizar uma cerimónia de abertura noutro recinto

olímpico, a Comissão executiva do CIO determinará o protocolo, mediante proposta do COJO.

2. Cerimónia de encerramento

2.1. A cerimónia de encerramento deverá celebrar-se no estádio, no final das provas. Os participantes nos Jogos Olímpicos com direito a alojarem-se na vila olímpica ocuparão os locais que lhes tenham sido reservados nas tribunas. Os porta-bandeiras das delegações participantes e os portadores de cartazes entrarão em fila no terreno de jogo, pela mesma ordem e ocupando as mesmas posições que durante a cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos. De seguida desfilarão os atletas sem distinção de nacionalidades.

2.2. Os porta-bandeiras situar-se-ão em semicírculo atrás do estrado. 2.3. O presidente do CIO e o presidente do COJO subirão ao estrado. Aos

acordes do hino nacional grego, içar-se-á a bandeira helénica à direita do mastro central utilizado para as bandeiras dos vencedores. De seguida içar-se-á a bandeira do país anfitrião no mastro central, ao mesmo tempo que entoam os acordes do seu hino nacional. Finalmente, içar-se-á no mastro da esquerda a bandeira do país anfitrião dos seguintes Jogos Olímpicos ao som do seu hino nacional.

2.4. O alcaide da cidade anfitriã juntar-se-á ao presidente do CIO sobre o

estrado e entregar-lhe-á a bandeira olímpica. O presidente do CIO, por sua vez, entregá-la-á ao alcaide da cidade anfitriã dos seguintes Jogos Olímpicos. Esta bandeira deverá ficar exposta no edifício municipal principal desta última cidade.

2.5. Depois do discurso do presidente do COJO, o presidente do CIO fará o

discurso de encerramento dos Jogos Olímpicos, que terminará com a seguinte conclusão: �Declaro encerrados os Jogos da

CARTA OLÍMPICA 79

Page 80: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

..............Olimpíada (ou os ...........Jogos Olímpicos de Inverno) e, seguindo a tradição, convido a juventude do mundo a reunir-se dentro de quatro anos em ..........(no caso da cidade ainda não ter sido designada, o nome da cidade será substituído pelas seguintes palavras: �o lugar que será designado�), para celebrar connosco os Jogos da ........Olimpíada (ou os............Jogos Olímpicos de Inverno).�

2.6. Ouvir-se-á uma fanfarra, apagar-se-á a chama olímpica, arriar-se-á

lentamente do mastro a bandeira olímpica, que, desdobrada horizontalmente, será retirada do terreno de jogo, seguida dos porta-bandeiras. Entoar-se-á então a canção de despedida.

70. Cerimónia dos vencedores, medalhas e diplomas* As cerimónias dos vencedores deverão desenvolver-se conforme o protocolo fixado pelo CIO. As medalhas e os diplomas serão apresentados pelo COJO para distribuição do CIO a quem pertencerem.

TEXTO DA APLICAÇÃO DA NORMA 70

1. Cerimónia dos vencedores

1.1. As medalhas serão entregues durante os Jogos Olímpicos pelo presidente do CIO (ou por um membro que ele designe), acompanhado pelo presidente da FI interessada (ou por um seu substituto). A entrega terá lugar, se possível, imediatamente depois da competição e no mesmo sítio e desenvolver-se-á da seguinte maneira: os competidores classificados em primeiro, segundo e terceiro lugar, vestidos com o uniforme oficial ou roupa desportiva, ocuparão os seus postos sobre um pódio em frente à tribuna de honra; o vencedor ocupará um sítio ligeiramente mais elevado do que o segundo classificado, situado à sua direita, e do terceiro, situado à sua esquerda. Os seus nomes, assim como os dos outros ganhadores de diploma, serão anunciados. A bandeira da delegação do vencedor será içada no mastro central e as dos segundo e terceiro classificados nos dois mastros vizinhos, à direita e à esquerda, respectivamente, do mastro central, de frente para o terreno de jogo. Enquanto entoam os acordes do hino (abreviado) da delegação do vencedor, os galardoados voltar-se-ão para olhar as bandeiras.

2. Medalhas e diplomas

2.1. Nas provas individuais, o primeiro prémio consistirá numa medalha de prata dourada e um diploma, o segundo será uma medalha de prata e um diploma e o terceiro uma medalha de bronze e um diploma. As

CARTA OLÍMPICA 80

Page 81: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

medalhas terão inscrito o desporto e a prova de que se trata e estarão unidas a uma corrente ou fita desmontável, de maneira a poderem pendurar-se do pescoço de quem as receba. Os competidores classificados em quarto, quinto, sexto, sétimo e oitavo lugar receberão diplomas, mas não terão direito a medalha. Em caso de igualdade absoluta entre vários competidores para o primeiro, segundo ou terceiro lugar, cada um terá direito a uma medalha e a um diploma.

2.2. As medalhas terão como mínimo um diâmetro de 60mm e uma

espessura de 3mm. A prata de lei das medalhas correspondentes aos primeiro e segundo lugar será, pelo menos, de 925-1000, e a medalha do primeiro lugar será dourada com um mínimo de 6 gramas de ouro fino.

2.3. Os desenhos de todas as medalhas e de todos os diplomas serão

apresentados pelo COJO perante a Comissão executiva do CIO, para obter a sua aprovação prévia por escrito.

2.4. Nos desportos por equipas e nas provas por equipas de outros desportos, todos os membros da equipa vencedora que tenham participado pelo menos numa jogada ou numa competição durante os Jogos Olímpicos terão direito a uma medalha de prata dourada e a um diploma, os da segunda equipa terão direito a uma medalha de prata e a um diploma e os da terceira equipa terão direito a uma medalha de bronze e a um diploma. Os outros membros das equipas classificadas no quarto, quinto, sexto, sétimo e oitavo lugar receberão um diploma cada um.

2.5. Todos os competidores, todos os membros do pessoal oficial ou outro

pessoal da equipa, os membros do CIO e, se estiveram presentes nos Jogos Olímpicos, os presidentes e os secretários- gerais das FI reconhecidas pelo CIO e os dos CON, assim como os juízes, árbitros, cronometristas, inspectores, etc. que participem nos Jogos Olímpicos por designação oficial das FI interessadas, segundo as normas fixadas pelo CIO, receberão uma medalha e um diploma comemorativos.

2.6. As medalhas e os diplomas entregues por ocasião dos Jogos

Olímpicos de Inverno deverão ser diferentes dos empregues para os Jogos da Olimpíada.

2.7. Não serão entregues medalhas nem diplomas comemorativos aos

membros de uma delegação que se retire dos Jogos Olímpicos. 2.8. Não se distribuirão nos Jogos Olímpicos prémios nem recompensas

que não sejam os acima descritos. 2.9. Se um competidor olímpico for desclassificado, a(s) sua(s) medalha(s)

e diploma(s) serão devolvidos ao CIO.

CARTA OLÍMPICA 81

Page 82: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

2.10. O COJO tomará medidas para que os direitos de autor de todos os

desenhadores das mencionadas medalhas nesta Norma sejam concedidos de forma válida ao CIO, que será reconhecido automaticamente como titular destes direitos. Se a legislação nacional impuser a necessidade de consignar por escrito esta concessão, o COJO será responsável pela redacção de tal documento e de o apresentar para assinatura ao CIO, que será a partir de então o único titular dos mencionados direitos.

2.11. No final dos Jogos Olímpicos, o COJO remeterá ao CIO os moldes de

todas as medalhas, assim como os diplomas e as medalhas que não tenham sido entregues. O COJO prestará contas ao CIO de todas as medalhas e de todas as provas que foram cunhadas.

3. Insígnias comemorativas

Todo o atleta com direito a uma medalha receberá uma insígnia comemorativa, nos termos fixados pela Comissão executiva do CIO.

71. Quadro de honra 1. O CIO não estabelecerá nenhuma classificação geral por países. O COJO

elaborará e enviará ao CIO um quadro de honra com o nome dos ganhadores de medalhas e diplomas em cada prova.

2. Os nomes dos ganhadores de medalhas de cada prova ficarão inscritos de

forma permanente e visível no estádio principal. 3. Todos os atletas que tenham participado nos Jogos Olímpicos receberão do

CIO uma insígnia comemorativa.

72. Protocolo 1. Desde o princípio até ao final dos Jogos Olímpicos, o CIO será a única

autoridade competente para estabelecer o protocolo aplicável em todos os lugares que estejam sob a responsabilidade do COJO.

2. Em todas as cerimónias e manifestações, durante os Jogos Olímpicos, a

precedência corresponderá aos membros e aos membros honorários do CIO, por ordem de antiguidade, com o Presidente e os vice-presidentes à cabeça, seguidos dos membros do COJO, os presidentes das FI e os presidentes dos CON.

CARTA OLÍMPICA 82

Page 83: ˝ndice - Página do IPDJ, I.P. · Do Olimpismo moderno surgiu o Movimento Olímpico, dirigido pelo CIO. 5. O Movimento Olímpico agrupa sob a autoridade suprema do CIO organizaçıes,

CARTA OLÍMPICA 83

73. Programa das cerimónias 1. Os detalhes de todos os programas e de todas as cerimónias submeter-se-

ão para aprovação à Comissão executiva do CIO, pelo menos seis meses antes dos Jogos Olímpicos.

2. Os detalhes dos programas culturais ser-lhe-ão comunicados ao mesmo

tempo.

74. Arbitragem Qualquer diferença surgida com os Jogos Olímpicos ou em relação aos mesmos será submetida exclusivamente ao Tribunal de Arbitragem Desportivo, conforme o Código de arbitragem em matéria desportiva.

Comité Olímpico de Portugal

Fevereiro de 2003