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ABNT NBR 14653 Avaliao de Bens: A concretizao do
projeto de normas avaliatrias brasileiras 1998 - 2010
Resumo
Exposio de aspectos relativos elaborao e os principais conceitos
contemplados nos diversos textos que compem a ABNT NBR 14653 Avaliao de
Bens, destacando tambm a estrutura da norma; os mtodos avaliatrios
considerados; algumas especificidades mais importantes, em particular no caso dos
Imveis Urbanos; e ainda o que foi designado especificao das avaliaes, que vem
a ser um conceito que estabelece a qualificao dos trabalhos em conformidade com
os graus de fundamentao e de preciso.
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ABNT NBR 14653 Avaliao de Bens: A concretizao do
projeto de normas avaliatrias brasileiras 1998 - 2010
1. Introduo
Em maro de 2009 foi concludo o primeiro ciclo da elaborao da
norma brasileira ABNT NBR 14653 Avaliao de Bens. Um longo processo iniciado em
junho de 1998 atingia sua meta ao publicar a stima e ltima parte da norma.
Paralelamente, havia j cerca de dois anos, estava em andamento a reviso da Parte
2, dedicada aos imveis urbanos, que ter seu texto final revisto publicado at o final
de 2010.
Esse ambicioso projeto foi inicialmente promovido por trs grandes
contratantes de servios de avaliaes: Caixa Econmica Federal1; Banco do Brasil2 e
Petrobras3, e pela maior entidade regional representativa dos avaliadores: Instituto
Brasileiro de Avaliaes e Percias de Engenharia de So Paulo IBAPE/SP4.
A Comisso de Estudos, constituda por cerca de 30 profissionais
experientes residentes em diversos Estados da Federao, ao longo desses 12 anos
reuniu-se em vrias cidades e se dedicou misso motivada, fundamentalmente, pela
grande paixo que seus integrantes tm pela matria.
2. O Sistema de Normalizao no Brasil
No Brasil, o respeito s prescries estabelecidas em normas tcnicas,
1 Caixa Econmica Federal: banco de fomento tem capital 100% estatal e o maior agente definanciamento do imobilirio brasileiro.
2 Banco de capital misto com aes em bolsa, entre outras caractersticas, destaca-se como o maiorfinanciador da atividade rural.
3 Petrleo Brasileiro S/A Petrobras a maior empresa brasileira (8. maior empresa de Petrleo e 15.maior empresa do mundo), tem capital misto com aes em bolsa, e grande consumidora de trabalhosavaliatrios para fins de desapropriao, servido ou aquisio.
4 IBAPE/SP congregando avaliadores no Estado de So Paulo a maior entidade regional filiada aoIBAPE Entidade Federativa Nacional.
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alm do aspecto de natureza tica5, tambm uma obrigao legal desde 11 de
maro de 1991, data em que entrou em vigor o Cdigo de Defesa do Consumidor,
cujo artigo 39 estabelece:
vedado ao fornecedorde produtos ouserviosdentre outras
prticas abusivas:
VIII Colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou
servio em desacordo com as normas expedidas pelos rgos oficiais
competentes ou, se normas especficas no existirem, pela Associao Brasileira
de Normas Tcnicas6 ou outra entidade credenciada pelo Conselho Nacional de
Metrologia, Normalizao e Qualidade Industrial CONMETRO.
Essa condio se alinha ao entendimento global de que normas
tcnicas so imprescindveis ao bom funcionamento dos mercados, e, associadas
regulamentao legal, constituem um dos sustentculos das polticas de qualidade.
Em boa parte dos pases a regulamentao (da atividade profissional)
emana do Estado e, portanto, resulta de um ato de autoridade, j a normalizao ,
usualmente, produto de um trabalho misto e, portanto, ato da sociedade.
No Brasil normalizao definida como a atividade que visa
elaborao de padres, atravs de consenso entre produtores, consumidores e
entidades governamentais (neutros).
A ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas o FrumNacional de Normalizao e os projetos elaborados pelas Comisses de Estudo
circulam entre associados da ABNT e demais interessados. Qualquer cidado
brasileiro pode votar.
5 Engenheiros e Arquitetos observam ao Cdigo de tica Profissional que determina que: dever doprofissional adequar sua forma de expresso tcnica s necessidades do cliente e s normas vigentes
aplicveis.6 ABNT
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3. A evoluo
Os primeiros trabalhos normativos foram organizados na dcada de
1950 por organismos pblicos e entidades privadas dedicadas matria Avaliao.
O primeiro anteprojeto de norma da ABNT foi elaborado em 1957,
sucedendo-se outros documentos que visavam responder crescente importncia do
tema, particularmente aps uma grande exploso de obras pblicas nas grandes
cidades que implicaram em um grande nmero de desapropriaes.
Antes do projeto ABNT NBR 14653 Avaliao de Bens, vigoravam como
referncia os seguintes textos normativos:
NB 502 Avaliao de Imveis Urbanos: Publicada em 1977, foi
fortemente influenciada pelas inovaes do I Congresso
Brasileiro. (Foi patrocinada pelo BNH7 e revisada em 1989 como
NBR 5676).
NBR 8799 1985 Avaliao de Imveis Rurais
NBR 8951 1985 Avaliao de GlebasUrbanizveis
NBR 8976 1985 Avaliao de Unidades Padronizadas
NBR 8977 1985 Avaliao de MquinasEquipamentos e
Complexos Industriais
4. A Norma
A rigor trata-se um conjunto de normas composto pelas seguintes
partes:
14.653-1 Procedimentos Gerais
14.653-2 Imveis Urbanos
14.653-3 Imveis Rurais
7 Banco Nacional da Habitao, organismo extinto em 1986, teve suas funes assumidas pela CaixaEconmica federal
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14.653-4 Empreendimentos
14.653-5 Mquinas, Equipamentos, Instalaes e BensIndustriais
14.653-6 Recursos Naturais e Ambientais
14.653-7 Patrimnios Histricos
4.1 Parte 1 Procedimentos Gerais
Tem a funo de guia, indicando procedimentos gerais para as demais
partes, fixando diretrizes quanto:
a) Classificao da sua natureza
b) Instituio de terminologia, definies, smbolos e abreviaturas
c) Descrio das atividades bsicas
d) Definio da metodologia bsica
e) Especificao das avaliaes
f) Requisitos bsicos de laudos e pareceres tcnicos de avaliao
Sumrio:
Prefcio
1. Objetivo
2. Referncias normativas
3. Definies
4. Smbolos e abreviaturas
5. Classificao dos bens, seus frutos e direitos6. Procedimentos de excelncia
7. Atividades bsicas
8. Metodologia aplicvel
9. Especificao das avaliaes
10. Apresentao do laudo de avaliao
Anexo: Referncias Bibliogrficas
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A estrutura acima, com pequenas variaes e ajustes especficos, se
repete nas partes subsequentes. Dentre os tpicos relacionados podem se
destacados:
Atividades bsicas
Aspecto fundamental na elaborao dos trabalhos, o roteiro de
atividades bsicas a serem cumpridas tambm adotado, com as respectivas
especificidades, nas demais partes da norma. As etapas previstas so:
Requisio de documentao
Conhecimento da documentao
Vistoria do bem avaliando
Coleta de dados:
o Aspectos quantitativos
o Aspectos qualitativos
o Situao mercadolgica
Escolha da metodologia: A metodologia escolhida deve ser
compatvel com a natureza do bem avaliando, a finalidade da
avaliao e os dados de mercado disponveis. Para a
identificao do valor de mercado, sempre que possvel preferir
o mtodo comparativo de dados de mercado.
Tratamento dos dados
Conhecimento da documentao
Identificao do valor de mercado
o Valor de mercado do bem: A identificao do valor de
mercado deve ser efetuada segundo a metodologia que
melhor se aplique ao mercado de insero do bem e a
partir do tratamento de dados de mercado, permitindo-se:
a) Arredondar o resultado de sua avaliao, desde que o
ajuste final no varie mais de 1 % do valor estimado.
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b) Indicar a faixa de variao de preos do mercado
admitida como tolervel em relao ao valor final, desde
que indicada a probabilidade associada.
o Diagnstico do mercado: O engenheiro de avaliaes,
conforme a finalidade da avaliao, deve analisar o
mercado onde se situa o bem8 avaliando de forma a
indicar, no laudo, a liquidez deste bem e, tanto quanto
possvel, relatar a estrutura, a conduta e o desempenho
do mercado.
Metodologia aplicvel
A exemplo do tpico anterior nas partes 2 a 7 da norma a metodologia
aplicvel tem abordagens especficas de acordo com natureza do bem. A regra geral
:
Mtodos para identificar o valor de um bem de seus frutos e
direitos:
o Mtodo Comparativo Direto de Dados de Mercado:
Identifica o valor de mercado do bem por meio de
tratamento tcnico dos atributos dos elementos
comparveis constituintes da amostra.
o Mtodo Involutivo: Identifica o valor de mercado do bem,
alicerado no seu aproveitamento eficiente, baseado emmodelo de estudo de viabilidade tcnico-econmica,
mediante hipottico empreendimento compatvel com as
caractersticas do bem e com as condies do mercado
no qual est inserido, considerando-se cenrios viveis
para execuo e comercializao do produto.
8 Segundo o regramento normativo brasileiro o termo deve implica em ser obrigatrio.
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o Mtodo Evolutivo: Identifica o valor do bem pelo
somatrio das parcelas componentes do mesmo. Caso a
finalidade seja a identificao do valor de mercado, deve
ser considerado o Fator de Comercializao,
preferencialmente medido em comparao no mercado.
o Mtodo da Capitalizao da Renda:Identifica o valor dobem, com base na capitalizao presente da sua renda
lquida prevista, considerando-se cenrios viveis.
Mtodos para identificar o custo de um bem:
o Mtodo Comparativo Direto de Custo: Identifica o custode um bem por meio de tratamento tcnico dos atributos
dos elementos comparveis, constituintes da amostra.
o Mtodo da Quantificao de Custo: Identifica o custo do
bem ou de suas partes por meio de oramentos
sintticos ou analticos a partir de quantidades de
servios e respectivos custos diretos e indiretos.
Mtodos para identificar indicadores de viabilidade da utilizao
econmica de um empreendimento: Os procedimentos
avaliatrios usuais para determinar indicadores de viabilidade da
utilizao econmica de um empreendimento so baseados no
seu fluxo de caixa projetado, a partir do qual so determinados
indicadores de deciso baseados no valor presente lquido,
taxas internas de retorno, tempos de retorno dentre outros.
Especificao das avaliaes
O conceito de especificao est apoiado no propsito de se
estabelecer uma gradao qualitativa dos trabalhos avaliatrios em funo do nvel de
fundamentao e de preciso obtidos pelo avaliador.
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Este requisito tem relao direta com o prazo demandado; com os
recursos despendidos, bem como com a disponibilidade de dados de mercado e da
natureza do tratamento a ser empregado.
A fundamentao est relacionada com o aprofundamento do trabalho
avaliatrio e a preciso ser estabelecida quando for possvel medir o grau de certeza
e o nvel de erro tolervel numa avaliao.
4.2 Parte 2 Imveis urbanos
Imveis urbanos constituem os bens que demandam o maior nmero de
trabalhos avaliatrios no Brasil. Sua importncia, a toda evidncia, dispensa maiores
consideraes, pois ainda nos dias que correm em vrias partes do mundo ainda so
experimentados e observados os efeitos na economia decorrentes da crise imobiliria
de 2007/2008.
Por essa razo foi o texto que exigiu o maior tempo de dedicao pela
Comisso de Estudos e tambm aquele cujas discusses envolveram um maior
nmero de aspectos polmicos. O presente trabalho vai evidenciar os trs pontos mais
palpitantes e que esto atrelados aplicao do Mtodo Comparativo Direto de Dados
de Mercado, cuja sequncia a ser observada :
Planejamento da pesquisa: No planejamento de uma pesquisa, o
que se pretende a composio de uma amostra representativa
de dados de mercado de imveis com caractersticas, tanto
quanto possvel, semelhantes s do avaliando, usando-se toda a
evidncia disponvel. Esta etapa que envolve estrutura eestratgia da pesquisa deve iniciar-se pela caracterizao e
delimitao do mercado em anlise, com o auxlio de teorias e
conceitos existentes ou hipteses advindas de experincias
adquiridas pelo avaliador sobre a formao do valor.
Identificao das variveis do modelo:
o
Varivel dependente
o Variveis independentes:
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Levantamento de dados de mercado:
O tpico seguinte, tratamento de dados, foi o que apresentou maior
dificuldade para que se chegasse a uma posio consensual, tanto na primeira verso
(2004) quanto na atual proposta, em razo de um grande debate entre os profissionais
que defendem a supremacia do tratamento cientfico e aqueles que tm preferncia
pelo tratamento por fatores.
Ao final, foi submetida consulta pblica a seguinte proposta:
Tratamento de dados:
o Tratamento por fatores:
O tratamento por fatores aplicvel a uma amostra
composta por dados de mercado com as caractersticas
mais prximas possveis do imvel avaliando.
Os fatores devem ser calculados por metodologia
cientfica, conforme 8.2.1.4.3, justificados do ponto de
vista terico e prtico, com a incluso de validao,
quando pertinente. Devem caracterizar claramente sua
validade temporal e abrangncia regional e ser revisados
no prazo mximo de quatro anos ou em prazo inferior,
sempre que for necessrio. Podem ser:
a) calculados e divulgados, juntamente com os estudos
que lhe deram origem, pelas entidades tcnicasregionais reconhecidas, conceituadas em 3.20, bem
como por universidades ou entidades pblicas com
registro no sistema CONFEA/CREA, desde que os
estudos sejam de autoria de profissionais de
engenharia ou arquitetura;
b) deduzidos ou referendados pelo prprio engenheiro de
avaliaes, com a utilizao de metodologia cientfica,
conforme 8.2.1.4.3, desde que a metodologia e os
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clculos que lhes deram origem sejam anexados ao
Laudo de Avaliao.
No caso de utilizao de tratamento por fatores, deve serobservado o Anexo B9.
o Tratamento cientfico:
Quaisquer que sejam os modelos utilizados para inferir o
comportamento do mercado e formao de valores, seus
pressupostos devem ser devidamente explicitados etestados. Quando necessrio, devem ser intentadas
medidas corretivas, com repercusso na classificao
dos graus de fundamentao e preciso.
Outras ferramentas analticas para a induo do
comportamento do mercado, consideradas de interesse
pelo engenheiro de avaliaes, tais como regresso
espacial, anlise envoltria de dados e redes neurais
artificiais, podem ser aplicadas, desde que devidamente
justificadas do ponto de vista terico e prtico, com a
incluso de validao, quando pertinente.
Os Anexos C, D e E apresentam de forma resumida as
caractersticas e fundamentos bsicos dessas
ferramentas analticas, em carter informativo, visando
sua difuso para o desenvolvimento tcnico da
engenharia de avaliaes.
No caso de utilizao de regresso lienar, deve ser
observado o Anexo A.
9 Esta parte da norma tem dois anexos normativos que estabelecem procedimentos especficos para otratamento dos dados. H proposta de incluso de mais trs anexos informativos.
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Outro conceito digno de ser evidenciado o de campo de arbtrio que
pela proposta atual passa a ter mais destaque e assim se define:
Campo de Arbtrio:
o O campo de arbtrio definido em 3.8 da ABNT NBR
14653-1:2001 o intervalo com amplitude de mais ou
menos 15%, em torno da estimativa pontual de tendncia
central utilizada na avaliao.
o O campo de arbtrio pode ser utilizado quando variveis
relevantes para a avaliao do imvel no tiverem sido
contempladas no modelo, por escassez de dados de
mercado, por inexistncia de fatores de homogeneizao
aplicveis ou porque essas variveis no se
apresentaram estatisticamente significantes em modelos
de regresso, desde que o intervalo de mais ou menos
15 % seja suficiente para absorver as influncias no
consideradas.
o O campo de arbtrio no se confunde com o intervalo de
confiana de 80 % calculado para definir o grau de
preciso da estimativa.
O terceiro ponto a ser ressaltado a j mencionada especificao das
avaliaes. Conceitualmente esse requisito foi assim definido:
Especificao das avaliaes:
o A especificao de uma avaliao est relacionada tanto
com o empenho do engenheiro de avaliaes, como com
o mercado e as informaes que possam ser dele
extradas. O estabelecimento inicial pelo contratante do
grau de fundamentao desejado tem por objetivo a
determinao do empenho no trabalho avaliatrio, mas
no representa garantia de alcance de graus elevados de
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fundamentao. Quanto ao grau de preciso, este
depende exclusivamente das caractersticas do mercado
e da amostra coletada e, por isso, no passvel de
fixaoa priori.
o Todos os trabalhos elaborados de acordo com as
prescries desta Norma sero denominados Laudos de
Avaliao. O grau de fundamentao atingido deve ser
explicitado no corpo do laudo. Nos casos em que o grau
mnimo I no for atingido, devem ser indicados e
justificados os itens das Tabelas de especificao que
no puderam ser atendidos e os procedimentos utilizados
na identificao do valor.
o Os laudos de uso restrito, conforme 10.3 da ABNT NBR
14653-1:2001, podem ser dispensados de especificao,
em comum acordo entre as partes.
Tabela 1 Grau de fundamentao no caso de utilizao de modelos de regressolinear
Item Descrio
Grau
III II I
1Caracterizao do
imvel avaliando
Completa quanto a todas as
variveis analisadas
Completa quanto s variveis
utilizadas no modeloAdoo de situao paradigma
2
Quantidade
mnima de dadosde mercado,efetivamente
utilizados
6 (k + 1), onde k o nmero
de variveis independentes
4 (k + 1), onde k o nmero de
variveis independentes
3 (k + 1), onde k o nmero de
variveis independentes
3Identificao dos
dados de mercado
Apresentao de
informaes relativas a
todos os dados e variveis
analisados na modelagem,
com foto e caractersticas
conferidas pelo autor do
laudo
Apresentao de informaes
relativas a todos os dados e
variveis analisados na
modelagem
Apresentao de informaes
relativas aos dados e variveis
efetivamente utilizados no
modelo
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4 Extrapolao No admitida
Admitida para apenas umavarivel, desde que:a) as medidas das caractersticas
do imvel avaliando nosejam superiores a 100 % dolimite amostral superior, neminferiores metade do limiteamostral inferior
b) o valor estimado noultrapasse 15 % do valorcalculado no limite dafronteira amostral, para areferida varivel, em mdulo
Admitida, desde que:a) as medidas das
caractersticas do imvelavaliando no sejamsuperiores a100 % do limite amostralsuperior, nem inferiores metade do limite amostralinferior
b) o valor estimado noultrapasse 20 % do valorcalculado no limite dafronteira amostral, para asreferidas variveis, depersi e simultaneamente, e em
mdulo
5
Nvel designificncia (somatrio dovalor das duascaudas) mximopara a rejeio dahiptese nula decada regressor(teste bicaudal)
10 % 20 % 30 %
6
Nvel designificnciamximo admitidopara a rejeio dahiptese nula domodelo atravs doteste F deSnedecor
1 % 5 % 10 %
Para atingir o grau III, so obrigatrias:
a) Apresentao do laudo na modalidade completa;
b) Apresentao da anlise do modelo, com a verificao da coerncia da
variao das variveis em relao ao mercado, bem como suas
elasticidades no ponto de estimao.
c) Identificao completa dos endereos dos dados de mercado, bem
como das fontes de informao;
d) Adoo da estimativa pontual de tendncia central.
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permitido ao engenheiro de avaliaes fazer ajustes prvios nos atributos
dos dados de mercado, sem prejuzo do grau de fundamentao, desde que
devidamente justificados, em casos semelhantes aos seguintes:
a) Converso de valores a prazo em valores vista, com taxas de
desconto praticadas no mercado na data de referncia da avaliao;
b) Converso de valores para a moeda nacional na data de referncia da
avaliao;
c) Converso de reas reais de construo em reas equivalentes, desdeque com base em coeficientes publicados (por exemplo, os da NBR
12721) ou inferidos no mercado;
d) Incorporao de luvas ao aluguel, com a considerao do prazo
remanescente do contrato e taxas de desconto praticadas no mercado
financeiro.
permitida a utilizao de tratamento prvio dos preos observados, limitado a
um nico fator de homogeneizao, desde que fundamentado conforme
8.2.1.4.2, sem prejuzo dos ajustes citados em 9.2.1.2 (exemplo: aplicao do
fator de fonte para a transformao de preos de oferta para as condies de
transao).
Recomenda-se a no extrapolao de variveis-chave no contempladas no
modelo, especialmente quando o campo de arbtrio no for suficiente para as
compensaes necessrias na estimativa de valor.
O engenheiro de avaliaes deve analisar o modelo, com a verificao da
coerncia da variao das variveis em relao ao mercado, bem como suas
elasticidades no ponto de estimao.
o Para fins de enquadramento global do laudo em graus de
fundamentao, devem ser considerados os seguintes critrios:
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a) Na Tabela 1, identificam-se trs campos (graus III, II e I) e sete
itens;
b) O atendimento a cada exigncia do grau I ter um ponto; do grau
II, dois pontos; e do grau III, trs pontos;
c) O enquadramento global do laudo quanto fundamentao deve
considerar a soma de pontos obtidos para o conjunto de itens,
atendendo Tabela 2.
No caso de amostras homogneas, ser adotada a Tabela 1, com as seguintes
particularidades:
a) Sero admitidos os itens 3 e 5 apenas no Grau III, de forma a
ficar caracterizada a homogeneidade;
b) Ser atribudo o Grau III para os itens 6 e 7, por ser nulo o
modelo de regresso.
Tabela 2 Enquadramento do laudo segundo seu grau de fundamentao no caso deutilizao de modelos de regresso linear
Graus III II I
Pontos mnimos 16 10 6
Itens obrigatrios2, 4, 5 e 6 no grauIII e os demais nomnimo no grau II
2, 4, 5 e 6 no mnimono grau II e os demais
no mnimo no grau I
Todos, no mnimono grau I
Tabela 3 Grau de fundamentao no caso de utilizao do tratamento por fatores
Item DescrioGrau
III II I
1
Caracterizao do
imvelavaliando
Completa quanto a todos os fatoresanalisados
Completa quanto aos fatoresutilizados no tratamento
Adoo de situaoparadigma
2
Quantidademnima dedados demercado,efetivamente
12 5 3
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utilizados
3Identificaodos dados de
mercado
Apresentao de informaesrelativas a todas as caractersticasdos dados analisadas, com foto ecaractersticas conferidas peloautor do laudo
Apresentao de informaesrelativas a todas as caractersticasdos dados analisadas
Apresentao deinformaes relativas atodas as caractersticasdos dadoscorrespondentes aos
fatores utilizados
4
Intervaloadmissvelde ajuste
para oconjunto de
fatores
0,80 a 1,25 0,50 a 2,00 0,40 a 2,50 a
a No caso de utilizao de menos de cinco dados de mercado, o intervalo admissvel de ajuste de 0,80 a 1,25, pois desejvel que,com um nmero menor de dados de mercado, a amostra seja menos heterognea.
Para atingir o Grau III so obrigatrias:
Apresentao do laudo na modalidade completa;
Identificao completa dos endereos dos dados de mercado, bem como dasfontes de informao;
Adoo da estimativa pontual de tendncia central.
Para fins de enquadramento global do laudo em graus de fundamentao,
devem ser considerados os seguintes critrios:
a) Na Tabela 3, identificam-se trs campos (graus III, II e I) e cinco itens;
b) O atendimento a cada exigncia do Grau I ter 1 ponto; do Grau II, 2 pontos; e
do Grau III, 3 pontos;
c) O enquadramento global do laudo deve considerar a soma de pontos obtidos
para o conjunto de itens, atendendo Tabela 4.
Para o atendimento Tabela 4, observar as Sees de 9.1 a 9.2.
Tabela 4 Enquadramento do laudo segundo seu grau de fundamentao no caso deutilizao de tratamento por fatores
Graus III II I
Pontos mnimos 13 8 5
Itens obrigatrios
Itens 2, 4 e 5 nograu III, com os
demais no mnimono grau II
Itens 2, 4 e 5 nomnimo no grau II e
os demais nomnimo no grau I
Todos, no mnimo
no grau I
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Grau de preciso conforme a Tabela 5.
Tabela 5 Grau de preciso da estimativa de valor nos casos de utilizao de modelosde regresso linear ou do tratamento por fatores
DescrioGrau
III II IAmplitude do intervalo de confiana de 80 % em
torno do valor central da estimativa 30 %30 % - 50 % > 50 %
Para fins de especificao geral do laudo de avaliao, nos casos de utilizao
de regresso linear ou do tratamento por fatores, podero ser adotados os
critrios da Tabela 6, que combinam os resultados obtidos nas Tabelas de
fundamentao e preciso.
Tabela 6 Grau de especificao geral avaliao pelo mtodo comparativo direto dedados de mercado (modelos de regresso linear e tratamento por fatores)
Grau de preciso
I II III
Grau defundamentao
I I I II
II II II II
III II III III
Estes conceitos so previstos para todos os demais mtodos
contemplados na norma com as adaptaes pertinentes.
4.3 Demais partes
As demais partes da norma esto formatadas segundo as linhas
mestras e conceituais acima expostas com alguns acrscimos ou supresses
coerentes com as respectivas naturezas.