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Copyright © 1995, ABNT–Associação Brasileira de Normas Técnicas Printed in Brazil/ Impresso no Brasil Todos os direitos reservados ABNT-Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR 13536 NOV 1995 Máquinas injetoras para plástico e elastômeros - Requisitos técnicos de segurança para o projeto, construção e utilização Sede: Rio de Janeiro Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar CEP 20003-900 - Caixa Postal 1680 Rio de Janeiro - RJ Tel.: PABX (021) 210 -3122 Telex: (021) 34333 ABNT - BR Endereço Telegráfico: NORMATÉCNICA Palavras-chave: Máquina injetora. Segurança. Plástico. Elastômero 10 páginas Origem: Projeto 04:016.01-010/1995 CB-04 - Comitê Brasileiro de Máquinas e Equipamentos Mecânicos CE-04:016.01 - Comissão de Estudo de Máquinas Injetoras de Plástico NBR 13536 - Injection molding machines for plastics and rubber - Technical safety requirements for design, construction and use Descriptors: Injection molding machines. Safety Esta Norma foi baseada nas EN 201/1985 e ANSI/SPI B151.1/1972 Válida a partir de 29.12.1995 Sumário Prefácio Introdução 1 Objetivo 2 Referências normativas 3 Definições 4 Riscos e principais áreas de perigo 5 Requisitos gerais para equipamento elétrico 6 Proteções 7 Sistemas de segurança para proteções móveis 8 Proteções para a área do molde 9 Proteções para a unidade de fechamento fora da área do molde 10 Proteções para a área do bico 11 Área da abertura de alimentação 12 Área dos extratores de machos e peças 13 Abertura da descarga de peças 14 Partes quentes da máquina 15 Medidas de segurança adicionais para máqui- nas de grande porte 16 Precauções adicionais de segurança 17 Energia armazenada em acumuladores 18 Parada de emergência 19 Dados de identificação da máquina injetora 20 Informações técnicas de segurança 21 Sinalização de segurança 22 Utilização de máquinas injetoras Prefácio A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasi- leiras, cujo cujo conteúdo é de responsabilidade dos Co- mitês Brasileiros (CB) e dos Organismos de Normalização Setorial (ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros). Os projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos CB e ONS, circulam para Votação Nacional entre os associados da ABNT e demais interessados. Usaram-se como texto de referência para este trabalho as normas EN-201 - 1985 “Technical safety requirements for the design and construction of injection molding machines for plastics and rubber” e ANSI/SPI B151.1 - 1972 “Horizontal injection molding machines - Safety requirements for manufacture, care and use”. Introdução O homem não está apto, por si só, em seu meio de traba- lho, a se proteger sem dispositivos de segurança. Nas máquinas e nas construções mecânicas devem se inte- grar, portanto, os dispositivos de segurança. Falhas técnicas ou de organização, bem como procedi- mentos incorretos, são, como a prática mostra, as prin- cipais causas de acidentes. Máquinas ou dispositivos mecânicos, que não são dota- dos de dispositivos forçados de segurança, cedo ou tarde levam a acidentes.

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Copyright © 1995,ABNT–Associação Brasileirade Normas TécnicasPrinted in Brazil/Impresso no BrasilTodos os direitos reservados

ABNT-AssociaçãoBrasileira deNormas Técnicas

NBR 13536 NOV 1995

Máquinas injetoras para plástico eelastômeros - Requisitos técnicos desegurança para o projeto, construção eutilização

Sede:Rio de JaneiroAv. Treze de Maio, 13 - 28º andarCEP 20003-900 - Caixa Postal 1680Rio de Janeiro - RJTel.: PABX (021) 210 -3122Telex: (021) 34333 ABNT - BREndereço Telegráfico:NORMATÉCNICA

Palavras-chave: Máquina injetora. Segurança. Plástico.Elastômero

10 páginas

Origem: Projeto 04:016.01-010/1995CB-04 - Comitê Brasileiro de Máquinas e Equipamentos MecânicosCE-04:016.01 - Comissão de Estudo de Máquinas Injetoras de PlásticoNBR 13536 - Injection molding machines for plastics and rubber - Technicalsafety requirements for design, construction and useDescriptors: Injection molding machines. SafetyEsta Norma foi baseada nas EN 201/1985 e ANSI/SPI B151.1/1972Válida a partir de 29.12.1995

SumárioPrefácioIntrodução 1 Objetivo 2 Referências normativas 3 Definições 4 Riscos e principais áreas de perigo 5 Requisitos gerais para equipamento elétrico 6 Proteções 7 Sistemas de segurança para proteções móveis 8 Proteções para a área do molde 9 Proteções para a unidade de fechamento fora da área

do molde10Proteções para a área do bico11 Área da abertura de alimentação12 Área dos extratores de machos e peças13 Abertura da descarga de peças14 Partes quentes da máquina15Medidas de segurança adicionais para máqui-

nas de grande porte16 Precauções adicionais de segurança17Energia armazenada em acumuladores18 Parada de emergência19 Dados de identificação da máquina injetora20 Informações técnicas de segurança21 Sinalização de segurança22 Utilização de máquinas injetoras

Prefácio

A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - éo Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasi-leiras, cujo cujo conteúdo é de responsabilidade dos Co-

mitês Brasileiros (CB) e dos Organismos de NormalizaçãoSetorial (ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo(CE), formadas por representantes dos setores envolvidos,delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros(universidades, laboratórios e outros).

Os projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbitodos CB e ONS, circulam para Votação Nacional entre osassociados da ABNT e demais interessados.

Usaram-se como texto de referência para este trabalhoas normas EN-201 - 1985 “Technical safety requirementsfor the design and construction of injection moldingmachines for plastics and rubber” e ANSI/SPI B151.1 -1972 “Horizontal injection molding machines - Safetyrequirements for manufacture, care and use”.

Introdução

O homem não está apto, por si só, em seu meio de traba-lho, a se proteger sem dispositivos de segurança. Nasmáquinas e nas construções mecânicas devem se inte-grar, portanto, os dispositivos de segurança.

Falhas técnicas ou de organização, bem como procedi-mentos incorretos, são, como a prática mostra, as prin-cipais causas de acidentes.

Máquinas ou dispositivos mecânicos, que não são dota-dos de dispositivos forçados de segurança, cedo ou tardelevam a acidentes.

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2 NBR 13536/1995

Esta Norma foi preparada no sentido de padronizar osdispositivos de segurança aplicados nas máquinas in-jetoras de plástico, visando uma drástica redução no riscode acidentes para o usuário deste equipamento.

1 Objetivo

Esta Norma fixa os requisitos para projeto, construção eutilização de máquinas injetoras para plástico(termoplásticos e termofixos) e elastômeros.

As seguintes máquinas estão excluídas:

- máquinas em que a força de fechamento é pro-vida apenas pela força física do operador;

- máquinas de injeção por reação (RIM).

Requisitos técnicos de segurança para o projeto e cons-trução de equipamentos periféricos para máquinas inje-toras não são previstos nesta Norma.

2 Referências normativas

As normas relacionadas a seguir contêm disposições que,ao serem citadas neste texto, constituem prescrições paraesta Norma Brasileira. As edições indicadas estavam emvigor no momento desta publicação. Como toda normaestá sujeita a revisão, recomenda-se àqueles que reali-zam acordos com base nesta que verifiquem a conveniên-cia de se usarem as edições mais recentes das normascitadas a seguir. A ABNT possui a informação das NormasBrasileiras em vigor em um dado momento.

NBR 5410/1990 - Instalações elétricas de baixatensão - Procedimento

ANSI Z35.1/1972 - Specifications for accidentpreventions signs

ISO 3864/1984 - Safety colours and safety signs

EN 294/1992 - Safety of machinery: Safety distanciesto prevent danger zones being reached

EN 349/1993 - Safety of machinery: Minimum gapsto avoid crushing of the human body

EN 418/1991 - Safety of machinery: Emergency stopequipment - functional aspects - principles for design

3 Definições

Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintesdefinições.

3.1 máquina injetora: Máquina utilizada para a fabricaçãodescontínua de produtos moldados, pela injeção dematerial plastificado no molde, que contém uma ou maiscavidades, em que o produto é formado. Consiste, essen-cialmente, na unidade de fechamento, unidade de injeção,sistemas de acionamento e controle.

NOTA - Esses produtos podem ser moldados em termoplásti-cos, termofixos ou elastômeros.

3.2 unidade de fechamento: Unidade que compreendeo mecanismo de fechamento, placas fixas e móvel e azona definida como área do molde.

3.3 área do molde: Zona compreendida entre as placas,onde o molde é montado.

3.4 mecanismo de fechamento: Mecanismo fixado à pla-ca móvel, para movê-la e aplicar a força de fechamento.

3.5 unidade de injeção: Unidade responsável pela plas-tificação e injeção do material no molde, através do bico.

3.6 circuito de controle: Circuito que gera os sinais decomando necessários para o controle de operação damáquina.

3.7 circuito de potência: Circuito que fornece a energiapara operação da máquina.

3.8 sensor de posição: Dispositivo que detecta a posiçãode uma parte móvel e produz um sinal que é usado noscircuitos de controle ou potência.

3.9 distância de segurança: Distância mínima neces-sária para impedir o acesso à zona de perigo (verEN 294).

3.10 movimento de risco: Movimentos de partes da má-quina que podem causar danos físicos.

3.11 segurança mecânica: Dispositivo que, quando acio-nado pela abertura de uma proteção, impede mecanica-mente o movimento de fechamento da máquina injetora.

3.12 segurança mecânica auto-regulável: Segurançamecânica que, independente da posição da placa móvel,ao abrir a proteção que a comanda, deve atuar interrom-pendo o movimento desta placa sem necessidade dequalquer regulagem, isto é, sem regulagem a cada trocade molde. Do instante da abertura da proteção até a efetivaatuação da segurança, pode haver um deslocamento daplaca móvel, de amplitude máxima igual ao passo da segu-rança mecânica auto-regulável.

3.13 empregador: Qualquer pessoa que contrata ou éresponsável por pessoal relacionado com a operação demáquinas injetoras.

3.14 ação mecânica positiva: Ação onde um componentemecânico móvel inevitavelmente move outro componentesimultaneamente, por contato direto ou através de ele-mentos rígidos; estes componentes são ditos como co-nectados no modo positivo ou positivamente. O mesmose aplica a um componente que impede qualquer movi-mento de outro, simplesmente em razão de sua presença.Por outro lado, onde o movimento de um componentemecânico permite que outro se mova livremente (pelagravidade, por força de mola, etc.), não há uma ação me-cânica positiva do primeiro sobre o segundo componente.

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5 Requisitos gerais para equipamento elétrico

As prescrições da NBR 5410 devem ser observadas.

6 Proteções

O acesso a pontos de risco e o espirramento de materialplastificado devem ser impedidos por:

a) proteções fixas;

b) proteções móveis com um sistema de supervisão;

c) proteções móveis com dois sistemas de supervisão;

d) proteções móveis com dois sistemas de supervisãoe acionamento de segurança mecânica.

6.1 Proteções fixas

Proteção fixa é aquela firmemente presa à máquina inje-tora e que só pode ser removida com o auxílio de ferra-mentas. Nenhum sistema de supervisão é necessário.

4 Riscos e principais áreas de perigo

Cuidados adequados devem ser tomados no projeto ena construção de máquinas injetoras, de forma que pes-soas trabalhando na máquina ou em seus arredores nãosejam expostas a riscos, em particular por:

- movimento de partes da unidade de fechamento;

- movimento da unidade de injeção;

- outras partes cisalhantes ou perfurantes;

- correntes elétricas;

- partes quentes da máquina ou materiais mol-dáveis quentes;

- ruídos gerados pelas partes dinâmicas da má-quina;

- fumos resultantes da queima de materiais pro-cessados.

As principais áreas de perigo são mostradas nas figuras1 e 2.

1 - Área do molde

2 - Área da unidade de injeção (movimento do bico)

3 - Área do mecanismo de fechamento

4 - Área da alimentação de material

5 - Área dos extratores de machos e peças (se existentes)

6 - Área das resistências de aquecimento

7 - Área da descarga de peças

Figura 1 - Máquina injetora horizontal

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6.2 Proteções móveis

Uma proteção móvel deve ser considerada “fechada”quando impedir acesso a movimentos de risco, na áreapor ela protegida (para distâncias de segurança, verEN 294). Uma proteção móvel deve ser considerada“aberta” quando não impedir acesso a movimentos derisco. Quando uma proteção móvel estiver “aberta”, movi-mentos de risco devem ser impedidos pela provisão deum ou mais sistemas de supervisão. Proteções móveisdevem ser preferencialmente deslizantes ou basculantese não podem ser removidas sem o uso de ferramentas.

6.2.1 Proteções móveis com um sistema de supervisão

Uma proteção móvel com um sistema de supervisão deveser intertravada de acordo com os requisitos de 7.2.

6.2.2 Proteções móveis com dois sistemas de supervisão

Uma proteção móvel com dois sistemas de supervisãodeve ser intertravada independentemente no circuito decontrole e no circuito de potência, e ser monitorada(ver 7.3).

6.2.3 Proteções móveis com dois sistemas de supervisão eacionamento de segurança mecânica

Uma proteção móvel com dois sistemas de supervisão eacionamento de segurança mecânica deve cumprir osrequisitos de 6.2.2 e também acionar uma segurança me-cânica (ver 7.4).

6.3 Projeto de proteções

O projeto de proteções deve levar em consideração asdistâncias de segurança (ver EN 294) e os espaços míni-mos permitidos para acesso (ver EN 349). Uma proteçãonão pode ser causadora de danos físicos conseqüentesde seu movimento por gravidade ou por seu acionamentomecânico. Pontos de cisalhamento ou perfuração podemsurgir entre uma proteção de operação mecânica e outraspartes da máquina. Nestes casos, sistemas de segurançadevem ser previstos (por exemplo: barra de contato), coma função de parar o movimento da proteção imediata-mente ou reverter seu movimento de fechamento. A rever-são desse movimento de fechamento não deve criar umnovo risco. O projeto e o material empregado em umaproteção devem levar em consideração as solicitaçõesprevistas, como, por exemplo, propriedades mecânicas,corrosão, resistência ao calor, etc. Proteções móveis de-vem ser seguramente guiadas, tendo posições finais es-táveis e bem definidas. São permitidas interligações me-cânicas entre proteções móveis, para atingir os requisitosde 6.2.1, 6.2.2 ou 6.2.3.

6.4 Disposição de proteções

Localização típica de proteções é mostrada na figura 3,utilizando-se o exemplo de uma máquina horizontal. Osnúmeros indicados estão de acordo com a numeraçãodas seções e subseções desta Norma.

1 - Área do molde

2 - Área da unidade de injeção (movimento do bico)

3 - Área do mecanismo de fechamento

4 - Área da alimentação de material

5 - Área dos extratores de peças e machos (se existentes)

6 - Área das resistências de aquecimento

Figura 2 - Máquina injetora vertical

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e deve interromper positivamente o sinal de controle parainício do movimento de risco. O movimento de risco nãopode ser diretamente iniciado pelo retorno da proteção àsua posição “fechada”.

7.2.2 Com dois sensores de posição

O primeiro sensor de posição deve cumprir os requisitosde 7.2.1. Quando a proteção estiver “fechada”, o segundosensor de posição deve:

- estar acionado pela proteção;

- ter contatos fechados ou situação equivalente;

- autorizar o sinal de controle para início do mo-vimento de risco.

Quando a proteção estiver “aberta”, o segundo sensor deposição não deve estar acionado e deve interromper osinal de controle para início do movimento de risco. Omovimento de risco não pode ser diretamente iniciadopelo retorno da proteção à sua posição fechada.

7.3 Sistemas de segurança para proteções móveis comdois sistemas de supervisão, de acordo com 6.2.2

Um exemplo do princípio de sistemas de segurança, deacordo com esta seção, é mostrado na figura 4. Os núme-ros estão de acordo com a numeração das seções destaNorma.

7 Sistemas de segurança para proteções móveis

7.1 Requisitos gerais

Não deve ser possível burlar o sistema de segurança deproteções móveis sem a utilização de ferramentas. Qual-quer interrupção no fornecimento de energia, para o sen-sor de posição ou para o circuito de controle, deve causara imediata interrupção do sinal de controle do movimentode risco e impedir o início de um movimento de risco pos-terior.

7.2 Sistemas de segurança para proteções móveis comum sistema de supervisão, de acordo com 6.2.1

7.2.1 Com um sensor de posição

Quando a proteção estiver “fechada”, o sensor de posiçãodeve:

- não estar acionado;

- ter contatos fechados ou equivalente;

- autorizar o sinal de controle para início do movi-mento de risco.

Quando a proteção estiver “aberta”, o sensor de posiçãodeve ser positiva e diretamente acionado pela proteção

Figura 3 - Disposição típica de proteções para uma máquina injetora horizontal

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7.3.1 Dispositivos de segurança atuando no circuito decontrole

Os dispositivos de segurança devem incluir dois sensoresde posição, funcionando de acordo com 7.2.2. O funcio-namento correto dos dois sensores de posição deve sermonitorado ao menos uma vez, a cada ciclo de movimentoda proteção, de forma que uma eventual falha de um dosdois sensores seja automaticamente reconhecida e o iní-cio de qualquer movimento de risco posterior seja impe-dido.

7.3.2 Dispositivos de segurança atuando no circuito depotência

Os dispositivos de segurança devem incluir um dispositivoadicional, que interrompa o circuito de potência do mo-vimento de risco quando a proteção estiver “aberta”. Paraum circuito de potência pneumático ou hidráulico, o dispo-sitivo de interrupção adicional é, por exemplo, uma válvu-

la. Essa válvula, ou um dispositivo auxiliar que a comanda,deve ser positivamente acionada pela proteção, quandoesta estiver “aberta”. Para um circuito de potência pneumá-tico, as linhas de alimentação para os dois lados do ci-lindro devem ser interrompidas, para assegurar uma rá-pida paralisação do movimento de risco, quando a prote-ção estiver “aberta”. Para um circuito de potência elétrico,o dispositivo de interrupção adicional que desconecta oacionamento em todos os pólos é, por exemplo, um con-tator. Este dispositivo é geralmente comandado por umsensor de posição, que deve ser positiva e diretamenteacionado pela proteção, quando esta estiver “aberta”. Ofuncionamento correto do dispositivo adicional ou seuefeito no circuito de potência deve ser monitorado aomenos uma vez, para cada ciclo de movimento da prote-ção, de forma que uma falha do dispositivo adicional sejaautomaticamente reconhecida e o início de qualquer mo-vimento de risco posterior seja impedido. A exigênciadeste item deve ser atendida a partir de 30/06/96.

Figura 4 - Exemplo de um sistema de segurança conforme 7.3

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7.4 Sistemas de segurança para proteções móveis comdois sistemas de supervisão e acionamento desegurança mecânica, de acordo com 6.2.3

Uma proteção com dois sistemas de supervisão e aciona-mento de segurança mecânica, além dos sistemas defini-dos em 7.3, deve acionar um terceiro dispositivo (segu-rança mecânica) que impeça mecanicamente o movi-mento de fechamento da placa móvel, quando esta pro-teção estiver aberta. A segurança mecânica deve ser auto-regulável.

8 Proteções para a área do molde

Proteções devem ser previstas para impedir acesso aosmovimentos de risco da unidade de fechamento. Quandoestiverem abertas, além dos movimentos de risco da pró-pria unidade de fechamento, devem ser impedidos todosos movimentos associados à pressurização de materialplastificado.

8.1 Proteções para os lados onde o ciclo pode sercomandado

Proteções móveis com dois sistemas de supervisão eacionamento de segurança mecânica, de acordo com6.2.3, devem ser previstas para qualquer lado da máquinaonde o ciclo possa ser comandado. O reciclo de circuitode controle somente deve ser possível desses lados.

8.2 Proteções para o lado onde o ciclo não pode sercomandado

Proteções móveis com dois sistemas de supervisão, deacordo com 6.2.2, devem ser previstas para a área domolde, no lado onde o ciclo não pode ser comandado.

8.3 Proteções superiores

Uma proteção superior deve ser prevista para máquinasque têm movimento das placas em um eixo horizontal,onde as proteções frontal e traseira não atendam àsdistâncias de segurança (ver EN 294). Onde se usaremproteções superiores móveis independentes, estasdevem estar de acordo com 8.2.

8.4 Proteções fixas adicionais

Para impedir acesso à área do molde, proteções fixas, deacordo com 6.1, devem ser previstas para complementarproteções móveis, se necessário (ver figura 3).

9 Proteções para a unidade de fechamento fora daárea do molde

Proteções móveis, de acordo com 6.2, com dois sensoresde posição, conforme 7.2.2, devem ser previstas para im-pedir acesso aos movimentos de risco da unidade de fe-chamento fora da área do molde, como, por exemplo,mecanismos de fechamento e extração, etc. Onde o aces-so for necessário apenas para reparos ou manutençãoda máquina, proteções fixas, de acordo com 6.1, são per-mitidas. Onde o movimento de abertura da placa móvelfor possível, quando a proteção da área do molde estiver“aberta” o acesso aos pontos de cisalhamento ou de per-furação, posteriores à placa móvel, deve ser impedido.

10 Proteções para a área do bico

Proteções móveis, de acordo com 6.2, com um sensor deposição, conforme 7.2.1, devem ser previstas. Em todasas posições da unidade de injeção, excluindo as posiçõesde manutenção, quando as proteções estiverem “abertas”,todos os movimentos associados à pressurização de ma-terial plastificado devem ser impedidos, como, por exem-plo:

- rotação da rosca plastificadora;

- avanço da rosca ou descarga do cilindro plasti-ficador;

- avanço da unidade de injeção.

O projeto das proteções deve levar em consideração asposições extremas do bico e os riscos de espirramentode material plastificado, excluindo-se as posições de ma-nutenção. Em quaisquer posições para manutenção daunidade de injeção fora da proteção, a descarga do ma-terial plastificado apenas deve ser possível a uma velo-cidade reduzida e através de controle manual.

11 Área da abertura de alimentação

A área da abertura de alimentação deve ser projetada detal forma que seja impedido o acesso aos pontos de cisa-lhamento ou perfuração (para distâncias de segurança,ver EN 294).

12 Área dos extratores de machos e peças

O acesso aos pontos de cisalhamento ou perfuração, re-sultantes dos movimentos dos extratores, deve ser impe-dido. O circuito de controle dos movimentos dos extratoresde machos e peças deve ser projetado de forma que per-mita apenas seus movimentos quando as proteções daárea do molde estiverem “fechadas”. Podem-se admitir,porém, movimentos dos extratores de machos e peças,com as proteções “abertas” através de chaves bloqueá-veis (ver 22.7).

13 Abertura da descarga de peças

O acesso a qualquer movimento de risco pela aberturada descarga de peças deve ser impedido no seu projetoou pela adoção de coberturas. No projeto da abertura dedescarga de peças, devem-se levar em consideração asdistâncias de segurança, quando o braço todo do opera-dor, ou parte dele, se estender em direção ao movimentode risco mais próximo (ver EN 294). Dessa forma, o pontode rotação do movimento do braço do operador é determi-nado pelo contorno construtivo da abertura de descarga,como, por exemplo, a aresta superior da abertura de des-carga ou estruturas salientes nessa área. Quando foremprevistas coberturas, estas devem ser fixas, de acordocom 6.1, ou móveis, conforme 6.2, com um sensor de po-sição, de acordo com 7.2.1.

14 Partes quentes da máquina

Para impedir queimaduras resultantes do contato não in-tencional em partes quentes da máquina, devem ser pre-vistas coberturas fixas, de acordo com 6.1, ou isolação

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16 Precauções adicionais de segurança

16.1 Êmbolo e haste do pistão (unidade de fechamento)

Onde a ruptura ou fratura do êmbolo ou da haste do pistãopossa causar um movimento de risco, seu projeto e fabri-cação devem levar isso em consideração.

16.2 Efeito da gravidade

Se o efeito da gravidade em partes da máquina pudercausar um movimento de risco, a prevenção deste deveser considerada. Estes métodos de prevenção podemser, por exemplo, restrições mecânicas ou hidráulicas.Para máquinas com movimento de fechamento vertical,onde a gravidade puder causar o movimento de fecha-mento e ao menos uma dimensão da placa for maior que800 mm ou o curso máximo maior que 500 mm, esse mo-vimento de risco deve ser impedido por restrição mecâ-nica. O dispositivo deve atuar tão logo seja aberta a pro-teção.

16.3 Equipamento auxiliar

O uso de equipamento auxiliar para manuseio ou acessoà máquina injetora, como, por exemplo, esteiras trans-portadoras, talhas, plataformas de operação e dispositivosde retirada de peças, não deve reduzir o nível de segu-rança estabelecido por esta Norma.

17 Energia armazenada em acumuladores

A operação de um sistema de intertravamento que in-terrompe o ciclo e desliga o acionamento principal de ummovimento de risco deve bloquear automaticamentequalquer acumulador de energia conectado ao movi-mento de risco. O acionamento de um botão de emer-gência ou o desligamento da máquina pela chave geraldeve automaticamente bloquear e iniciar a descarga dequalquer acumulador de energia conectado a movimentosde risco. No caso de acumuladores de energia que ser-vem a mais de uma máquina, apenas seu bloqueio deveser necessário.

18 Parada de emergência

As prescrições da EN 418 devem ser obedecidas.

19 Dados de identificação da máquina injetora

A toda máquina injetora deve ser fixada uma placa comidentificação permanente, legível e de fácil localização.Essa placa deve conter, ao menos, as seguintes infor-mações:

- nome e endereço do fabricante e fornecedor;

- referência do modelo;

- ano de fabricação;

- número de série da máquina;

- valores de conexão e trabalho da energia hidráu-lica ou pneumática;

- características elétricas;

- massa líquida.

térmica para as partes da unidade de injeção em que atemperatura de trabalho exceda 80°C. Em complemento,uma etiqueta deve ser fixada, indicando a alta tempera-tura.

NOTA - O uso de amianto como isolante térmico deve ser evitado.Caso contrário, devem ser observados os regulamentos espe-cíficos.

15 Medidas de segurança adicionais paramáquinas de grande porte

Em máquinas de grande porte, o acesso de todo o corpoà área do molde representa um risco adicional, já que asmáquinas podem ser operadas com pessoas dentro daárea do molde. Dessa forma, devem ser previstos disposi-tivos adicionais de segurança em todas as máquinasonde:

- a distância horizontal ou vertical entre os tirantesdo fechamento for maior que 1,2 m ;

- a distância horizontal ou vertical equivalente, quelimita o acesso à área do molde, for maior que1,2 m, se não existirem tirantes;

- uma pessoa consiga permanecer entre a proteçãoda área do molde e a área de movimento derisco.

Os dispositivos devem ser previstos nas proteções detodos os lados da máquina em que o ciclo possa ser ini-ciado. Esses dispositivos de segurança adicionais, como,por exemplo, travas mecânicas, devem agir em cada mo-vimento de abertura da proteção e devem impedir o retor-no da proteção à posição “fechada”. Deve ser necessárioreativar separadamente esses dispositivos de segurança,antes que se possa iniciar outro ciclo. A posição na qualos dispositivos de segurança são reativados deve permitiruma clara visualização da área do molde com a utilizaçãode meios auxiliares de visão, se necessário. O corretofuncionamento desses dispositivos adicionais deve sermonitorado por sensores de posição, ao menos uma vezpara cada ciclo de movimento da proteção, de forma queuma falha no dispositivo adicional de segurança, ou seussensores de posição, seja automaticamente reconhecidae impedido o início de qualquer movimento de fechamentodo molde. Em todas as proteções de acionamento auto-mático em que esses dispositivos estejam fixados, o movi-mento de fechamento da proteção deve ser comandadopor um botão pulsador, posicionado em local que permitaclara visualização da área do molde. Onde for possível oposicionamento de uma pessoa dentro da área do molde,dispositivos adicionais, como, por exemplo, plataformasde segurança sensitivas ou barreiras de luz sensitiva,devem ser previstos. Quando esses dispositivosadicionais forem acionados, o circuito de controle domovimento de fechamento da placa deve ser interrompidoe, no caso de proteções de acionamento automático, ocircuito de controle do movimento de fechamento daproteção deve ser interrompido. Ao menos um botão deemergência deve ser previsto, em posição acessível, emcada lado do molde, dentro da área do molde.

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20 Informações técnicas de segurança

O fabricante da máquina deve fornecer as informaçõessobre os princípios de operação, a freqüência de inspeçãoe o ensaio de funcionamento dos dispositivos de segu-rança. Isto deve incluir informações sobre a manutençãoe reparo dos dispositivos de segurança. O fabricante damáquina deve também informar sobre o uso de dispo-sitivos de segurança associados à colocação, retirada eajuste de moldes.

21 Sinalização de segurança

As placas de sinalização devem obedecer às ANSI Z35.1e ISO 3864, quanto ao teor, cor, formato e dimensões.

21.1 Texto e localização da sinalização de segurança

Devem, pelo menos, ser fixadas à máquina injetora asplacas de sinalização indicadas na figura 5, contendo otexto definido. A figura 5 também sugere a sua localização.

22 Utilização de máquinas injetoras

22.1 Segurança da máquina injetora

O empregador não deve operar ou permitir a operaçãode uma máquina injetora, se esta não estiver respeitandoas especificações desta Norma. É responsabilidade doempregador o estabelecimento e o cumprimento de pro-gramas periódicos e regulares de inspeção e manutençãona máquina injetora, seguindo as determinações do ma-nual técnico do fabricante, para garantir condições segu-ras de operação. O histórico dessas inspeções deve serregistrado e mantido na empresa.

22.2 Treinamento

O empregador deve manter seu pessoal treinado e ins-truído a respeito dos métodos e dispositivos de segurançadas máquinas injetoras. Antes de liberar um novo opera-dor para o trabalho ou qualquer operação prevista nestaNorma, este deve ter recebido o treinamento adequado.O empregador deve assegurar-se de que a supervisão éadequada, para que os procedimentos de operação esegurança sejam seguidos.

22.3 Área de trabalho

O empregador deve prever espaço livre entre as máqui-nas, de modo que os movimentos de um operador nãointerfiram no trabalho do outro. Áreas adequadas paralimpeza das máquinas, peças produzidas e sucata devemser previstas. Todo o piso ao redor da máquina injetoradeve ser mantido em boas condições, limpo e, na medidado possível, seco.

22.4 Área da descarga de peças

Quando da utilização de equipamentos auxiliares, como,por exemplo, manipuladores, esteiras, etc., se a área dedescarga de peças oferecer risco, o empregador deveprovidenciar proteções adequadas.

22.5 Equipamentos auxiliares

É responsabilidade do empregador assegurar que o usode equipamentos auxiliares, para manuseio ou acesso àmáquina injetora, como, por exemplo, alimentadores,transportadores, dispositivos de retirada de peças, robôsou assemelhados, não reduza os níveis de segurançaestabelecidos por esta Norma.

Figura 5 - Texto e localização da sinalização de segurança

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22.6 Equipamentos de proteção pessoal

Quando da troca de material plástico, remoção de materialsolidificado no molde ou bico e na purga do cilindro plasti-ficador, as pessoas devem usar protetores faciais, luvase roupas protetoras contra queimaduras.

22.7 Proteção de extratores de machos e peças

Nas máquinas dotadas de chaves bloqueáveis, conformedefinido na seção 12, é de responsabilidade do emprega-dor que operadores sejam autorizados a usar essas cha-ves somente após o empregador assegurar-se de que ospontos de esmagamento ou cisalhamento criados pelosmovimentos dos extratores estejam protegidos.