nbr 12217 - projetos de reservatório de distribuição de Água para abastecimento público
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Projeto de reservatrio de distribuiode gua para abastecimento pblico
NBR 12217JUL 1994
Palavras-chave: Reservatrio para gua. Abastecimento de gua.Rede de gua
Origem: Projeto 02:009.30-007/1993CB-02 - Comit Brasileiro de Construo CivilCE-02:009.30 - Comisso de Estudo de Sistema de Abastecimento de guaNBR 12217 - Project of water distribution reservoir for public supply of water -ProcedureDescriptors: Water reservoir. Water supply. Water networkEsta Norma substitui a NB-593/1977Vlida a partir de 29.08.1994
Procedimento
4 pginas
1 ObjetivoEsta Norma fixa as condies exigveis na elaborao deprojeto de reservatrio de distribuio de gua para abas-tecimento pblico.
2 Documentos complementares
Na aplicao desta Norma necessrio consultar:
NBR 12211 - Estudos de concepo de sistemas p-blicos de abastecimento de gua - Procedimento
NBR 12214 - Projeto de sistema de bombeamento degua para abastecimento pblico - Procedimento
3 Definies
Para os efeitos desta Norma so adotadas as definiesde 3.1 a 3.8.
3.1 Reservatrio de distribuio
Elemento do sistema de abastecimento de gua desti-nado a regularizar as variaes entre as vazes de aduoe de distribuio e condicionar as presses na rede dedistribuio.
3.2 Reservatrio elevado
Reservatrio cuja funo principal condicionar as pres-ses nas reas de cotas topogrficas mais altas que nopodem ser abastecidas pelo reservatrio principal.
3.3 Reservatrio de montante
Reservatrio que sempre fornece gua rede de dis-tribuio.
3.4 Reservatrio de jusante (ou de sobra)
Reservatrio que pode fornecer ou receber gua da redede distribuio.
3.5 Volume til
Volume compreendido entre os nveis mximo e mnimo,para atender s variaes dirias de consumo.
3.6 Nvel mximo
Maior nvel que pode ser atingido em condies normaisde operao.
3.7 Nvel mnimo
Correspondente lmina necessria para evitar vrtices,cavitao e arrasto de sedimentos do fundo do reserva-trio.
3.8 Reservao total
Soma dos volumes teis de todos os reservatrios, quepode ser referida a uma nica zona de presso ou a todoo sistema de distribuio.
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4 Condies gerais
4.1 Desenvolvimento do projeto
4.1.1 Elementos necessrios
So os seguintes:
a) estudo de concepo do sistema de abasteci-mento elaborado conforme NBR 12211;
b) definio das etapas de implantao;
c) cotas dos nveis de gua, mximo e mnimo;
d) elementos topogrficos e sondagens da rea.
4.1.2 Atividades necessrias
So as seguintes:
a) locao das unidades;
b) definio da forma e do material do reservatrio;
c) dimensionamento do reservatrio e de suas cana-lizaes de entrada, sada, descarga e extravaso;
d) definio de equipamentos, rgos acessrios einstrumentao;
e) elaborao dos projetos de:
- arquitetura, urbanizao e sistema virio;
- fundaes e superestrutura;
- eletricidade;
- instrumentao;
- drenagem pluvial, gua potvel, guas servidas eoutros;
f) elaborao dos seguintes documentos:
- especificaes de servios, materiais e equipa-mentos;
- memorial descritivo e justificativo;
- listas de materiais e equipamentos;
- oramento;
- manual de operao.
5 Condies especficas
5.1 Volume til
5.1.1 A cada zona de presso deve corresponder um vo-lume til, previsto em um ou mais reservatrios interliga-dos.
5.1.1.1 O volume til correspondente a uma zona de pres-
so pode estar total ou parcialmente includo em reser-vatrio de outra zona quando:
a) esta soluo for a mais econmica para o sistemade distribuio;
b) as obras mnimas necessrias de uma etapa de im-plantao da rede de distribuio forem compa-tveis com essa condio de funcionamento tem-porrio.
5.1.2 O volume necessrio para atender s variaes deconsumo deve ser avaliado a partir de dados de consumodirio e do regime previsto de alimentao do reservat-rio, aplicando-se o fator 1,2 ao volume assim calculado,para levar em conta incertezas dos dados utilizados.
5.1.2.1 Os dados de consumo dirio podem se referir comunidade em estudo ou comunidade com ca-ractersticas semelhantes de desenvolvimento scio-econmico, hbitos e clima.
5.1.3 Inexistindo dados confiveis para a avaliao dovolume til conforme 5.1.2, deve-se proceder a estudotcnico-econmico especfico que justifique o valoradotado.
5.1.4 O volume til do reservatrio elevado deve ser fi-xado, considerando a compatibilizao das variaes deconsumo com o sistema de recalque, visando a minimizaros custos de investimento e de operao.
5.1.4.1 O restante do volume til necessrio zona depresso abastecida pelo reservatrio elevado pode estarincludo no volume til do reservatrio principal da zonade presso imediatamente inferior.
5.1.4.2 A estao elevatria de transferncia de gua parao reservatrio elevado deve observar a NBR 12214.
5.2 Forma
A forma do reservatrio deve proporcionar mxima eco-nomia global em fundao, estrutura, utilizao de readisponvel, equipamentos de operao e interligao dasunidades.
5.3 Material
O material de estrutura do reservatrio deve ser escolhidoaps estudo tcnico e econmico que leve em conside-rao as condies de fundao, a disponibilidade domaterial na regio e a agressividade da gua a armazenare a do ar atmosfrico.
5.4 Implantao
5.4.1 O fundo do reservatrio deve ficar acima do nvel degua mximo do lenol fretico e da cota de inundaomxima.
5.4.2 O nvel de gua do lenol fretico pode ser rebaixa-do mediante drenagem e descarga por gravidade, em lo-cal onde o nvel de gua no supere a cota do rebaixa-mento. A drenagem deve circundar o fundo do reserva-trio a uma distncia que garanta a estabilidade da estru-tura e previna riscos de contaminao.
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5.5 Drenagem subestrutural
5.5.1 Sob o fundo do reservatrio, construdo de materialfissurvel, deve ser previsto sistema de drenagem subes-trutural, para eventuais vazamentos.
5.5.2 O sistema drenante deve descarregar em caixas decoleta visitveis.
5.6 Reservao total
A reservao total de cada zona de presso, excluda ados reservatrios elevados, deve, preferencialmente, sersubdividida em, pelo menos, duas unidades indepen-dentes ou cmaras, mantendo sempre as mesmas con-dies hidrulicas na alimentao da rede de distribuio.
5.7 Medio e controle
5.7.1 Deve existir estrutura de medio e controle de va-zo na entrada e/ou na sada do reservatrio.
5.7.2 A estrutura de medio e controle deve ser protegi-da contra eventuais efeitos danosos de cavitao.
5.8 Entrada de gua
5.8.1 No dimensionamento da canalizao de entrada decada unidade deve ser considerado o acrscimo de va-zo decorrente do isolamento de uma delas.
5.8.2 A velocidade de gua na canalizao de entradano deve exceder o dobro da velocidade na adutora quealimenta o reservatrio.
5.8.3 A entrada de gua deve ser dotada de sistema defechamento por vlvula, comporta ou adufa, manobradapor dispositivo situado na parte externa do reservatrio.
5.8.4 Deve ser verificado o impacto decorrente da quedada gua no fundo do reservatrio vazio.
5.8.5 No caso de entrada afogada em reservatrio demontante, a canalizao de entrada deve ser dotada dedispositivo destinado a impedir o retorno da gua.
5.9 Sada de gua
5.9.1 A velocidade da gua na canalizao de sada nodeve execeder uma vez e meia a velocidade na tubulaoda rede principal imediatamente a jusante.
5.9.2 A sada de gua deve ser dotada de sistema defechamento por vlvula, comporta ou adufa, manobradapor dispositivo situado na parte externa do reservatrio.
5.9.3 A jusante do sistema de fechamento, deve ser pre-visto dispositivo destinado a permitir a entrada de ar nacanalizao.
5.9.4 A sada de gua deve impedir a formao de vrticee a entrada de ar na canalizao.
5.9.5 A sada de gua deve ser protegida por crivo ou gra-de com abertura mxima de 50 mm e com rea de pas-sagem pelo menos 50% maior que a da seo de sada.
5.10 Extravasor
5.10.1 O extravasor deve ser dimensionado para vazomxima capaz de alimentar o reservatrio, em condiesnormais ou excepcionais de operao.
5.10.2 A gua de extravaso deve ser coletada por um tu-bo vertical que descarregue livremente em uma caixa, eda encaminhada por conduto livre a um corpo receptoradequado.
5.10.3 A folga mnima entre a cobertura do reservatrio eo nvel mximo atingido pela gua em extravaso de0,30 m.
5.10.4 Deve ser previsto dispositivo limitador ou contro-lador do nvel mximo, para evitar a perda de gua peloextravasor.
5.11 Descarga de fundo
Deve ser prevista descarga de fundo, situada abaixo donvel mnimo, com dimetro no menor que 0,15 m.
5.12 Cobertura
5.12.1 A cobertura do reservatrio deve proporcionar es-coamento natural das guas pluviais e impedir a entradade gua, animais e corpos estranhos.
5.12.2 A cobertura pode ser utilizada para outros fins,desde que no comprometa a estrutura do reservatrioe a qualidade da gua.
5.13 Inspeo
5.13.1 Cada cmara de reservao deve ter, pelo menos,uma abertura de inspeo, com dimenso mnima de0,60 m, fechada com tampa inteiria, dotada de disposi-tivo de travamento.
5.13.2 A abertura de inspeo deve ficar junto a uma pa-rede, de preferncia na mesma vertical da rea dos equi-pamentos internos do reservatrio.
5.13.3 As bordas da abertura de inspeo devem estar pe-lo menos 0,10 m acima da superfcie da cobertura.
5.14 Ventilao
5.14.1 O reservatrio deve possuir ventilao para entradae sada de ar, feita por dutos protegidos com tela e comcobertura que impea a entrada de gua de chuva e limi-te a entrada de poeira.
5.14.2 A vazo de ar para dimensionamento deve ser igual mxima vazo de sada de gua do reservatrio.
5.15 Geral
5.15.1 O reservatrio deve ser dotado de dispositivo in-dicador do nvel de gua.
5.15.2 reas rebaixadas no interior do reservatrio, comprofundidade superior a 1,00 m, devem ser protegidaspor grade de material prova de corroso, com aberturasmenores que 0,01 m2.
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5.15.3 Os dispositivos de fechamento das canalizaesdo reservatrio devem permitir reparo ou remoo semcortar ou destruir parte das instalaes.
5.15.4 O fundo e as paredes do reservatrio devem ser im-permeveis.
5.16 Segurana
5.16.1 Os locais de trabalho no devem ter pisos com sa-lincias ou depresses que possam causar acidentes du-rante a circulao de pessoas, ou movimentao de ma-teriais e equipamentos.
5.16.2 Os pisos, escadas e passadios que ofeream con-dies de escorregamento devem ser de material anti-derrapante ou executados por processo com resultadossemelhantes.
5.16.3 As escadas externas e internas ao reservatrio de-vem ser fixadas no topo, na base e, no mximo, a cadalance de 3,00 m. As escadas com altura superior a 6,00 mdevem ser providas de guarda-corpo, desde 2,00 m aci-ma do piso at 1,00 m acima do ltimo degrau, complataformas intermedirias para cada lance de 5,00 m.
5.16.4 As escadas devem ter degraus de espaamento
mximo uniforme de 0,30 m e espao livre, atrs da es-cada, no inferior a 0,18 m.
5.16.5 As escadas instaladas internamente devem serverticais, apoiadas no fundo, presas cobertura junto auma abertura de inspeo e construdas de material re-sistente corroso.
5.16.6 Os reservatrios elevados devem ter escada deacesso cobertura protegida por guarda-corpo.
5.16.6.1 Do ponto de chegada da escada na cobertura ata abertura de inspeo, deve ser previsto guarda-corpoque limite a rea de trnsito permitido, sem a utilizao dedispositivos especiais de segurana pessoal.
5.16.6.2 No incio da escada, deve ser previsto meio deimpedir a subida de pessoas no autorizadas.
5.16.6.3 Deve ser prevista escada interna permanente noreservatrio elevado.
5.16.7 No topo do reservatrio elevado, devem ser pre-vistos pra-raios e luz de sinalizao de obstculo ele-vado, conforme padres do Ministrio da Aeronutica.
5.16.8 As canalizaes de entrada e de sada e a estrutu-ra de controle devem ser protegidas, impedindo o acessode pessoas no autorizadas.
licenca: Cpia no autorizada