nbr 11778 - aparelhos sanitarios de material plastic
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ABNT-AssociaçãoBrasileira deNormas Técnicas
SET./1990
Aparelhos sanitários de materialplástico
EB-2064
Palavras-chave: Aparelho sanitário. Material plástico 6 páginas
SUMÁRIO1 Objetivo2 Documentos complementares3 Definições4 Condições gerais5 Condições específicas6 Inspeção7 Aceitação e rejeição
1 Objetivo
1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis para recebimentoe aceitação de aparelhos sanitários destinados ao uso do-méstico, fabricados em material plástico.
1.2 Esta Norma abrange os seguintes aparelhos sanitários:
a) banheiras;
b) boxes;
c) cubas para pias;
d) lavatórios;
e) pias de cozinha;
f) tanques.
2 Documentos complementares
Na aplicação desta Norma é necessário consultar:
MB-3262 - Aparelhos sanitários de material plástico -
Verificação das características físicas, químicas e deacabamento - Método de ensaio
MB-3263 - Aparelhos sanitários de material plástico -Verificação das características mecânicas - Métodode ensaio
PB-1493 - Pia monolítica de material plástico - Di-mensões - Padronização
PB-1494 - Cuba de material plástico para pia - Di-mensões - Padronização
3 Definições
Para os efeitos desta Norma são adotadas as definiçõesde 3.1 a 3.16.
3.1 Aparelho sanitário
Aparelho ligado à instalação predial de esgoto sanitário,destinado ao uso da água para fins higiênicos ou a receberdejetos e águas servidas.
3.2 Áreas descascadas
Qualquer área onde o substrato fica exposto por ter ocor-rido descascamento do material de acabamento.
3.3 Banheira
Aparelho sanitário destinado a banho de imersão ou dechuveiro.
Origem: Projeto 2:09.52-001/89CB-2 - Comitê Brasileiro de Construção CivilCE-2:09.52 - Comissão de Estudo de Aparelhos Sanitários de Material PlásticoEB-2064 - Plastic plumbing fixtures - Specification
Especificação
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3.4 Bolhas
Oclusões existentes junto à superfície do material quepodem fraturar quando pressionadas.
3.5 Boxe
Aparelho sanitário destinado a banho de chuveiro.
3.6 Crateras pequenas
Pequenas aberturas superficiais com profundidade e lar-gura inferiores a 0,4 mm.
3.7 Cuba para pia
Parte da pia onde são executadas as operações de lava-gem, enxaguadura e que permite armazenamento ou es-coamento de água pela operação da válvula instalada nofundo. A cuba pode ser isolada, constituída de cuba únicaou dupla a ser solidarizada posteriormente ao tampo, ouformar com este pia monolítica.
3.8 Fissura
Fenda detectável a olho nu.
3.9 Irregularidades de moldagem
Qualquer distorção visível relativa ao processo de mol-dagem tais como depressões, ondulações, formação deabóbodas ou cúpulas ou marcas de retração.
3.10 Lavatório
Aparelho sanitário destinado principalmente à lavagemdas mãos e do rosto e a outras práticas higiênicas pessoais.
3.11 Material plástico
Materiais que contêm como constituinte principal uma oumais substâncias poliméricas. São sólidos em seu estadoacabado e em algum estágio de seu processamento sãomoldáveis. Além do polímero, os plásticos, faculta-tivamente, contêm outras substâncias como cargas, es-tabilizadores, plastificantes, lubrificantes, pigmentos, etc.
3.12 Orifício da válvula
Orifício existente no aparelho sanitário destinado à insta-lação da válvula de esgotamento e controle do nível deágua no aparelho.
3.13 Partícula de material estranho
Partícula não prevista na constituição normal do materiale que produz irregularidades na superfície.
3.14 Pia de cozinha
Aparelho sanitário destinado a lavar, enxaguar e escorrerlouças, panelas, talheres e outros utensílios similares, bemcomo alimentos. Eventualmente serve como plano de tra-balho para preparação de alimentos. É constituída por
tampo e uma ou mais cubas e dita monolítica, quando otampo e a cuba ou cubas formam uma única peça domesmo material.
3.15 Porosidade superficial
Porosidade existente na superfície e que não se estendeao substrato.
3.16 Tanque
Aparelho sanitário destinado basicamente à lavagem deroupa.
4 Condições gerais
4.1 Materiais
Os aparelhos sanitários objeto desta Norma são fabrica-dos com resina polimérica, à qual pode ou não ser adicio-nada carga mineral pulverizada ou material fibroso paraobtenção de resistência adequada, com inclusão ou nãode pigmentos para obtenção de efeitos estéticos. Facul-tativamente são adicionadas outras substâncias comoestabilizadores, lubrificantes, etc., necessárias ao proces-so de fabricação do componente.
4.2 Acabamento superficial
O acabamento das superfícies destinadas ao manuseio, àexecução de serviços e ao uso em geral, e os das superfí-cies obrigatoriamente visíveis do aparelho, quando ins-talado, deve ser uniforme, não poroso e não absorvente.
4.3 Facilidade de limpeza
Não devem existir cantos e quinas vivas. É recomendávelque o raio de arredondamento seja, no mínimo, de 3 mm.
4.4 Escoamento superficial
4.4.1 O aparelho, corretamente instalado de acordo com asinstruções do fabricante, deve permitir o escoamento daágua por gravidade para a válvula de esgotamento, ga-rantindo a não formação de poças.
4.4.2 O orifício para instalação da válvula de esgotamentodeve conter, ao seu redor, rebaixo que permita a acomo-dação da aba da válvula.
4.5 Dimensões
As dimensões dos aparelhos sanitários devem estar con-forme as respectivas padronizações. No caso das pias ecubas para pias, tais padronizações são a PB-1493 ePB-1494, respectivamente.
4.6 Marcação
4.6.1 Os aparelhos devem apresentar marcação indelévelcontendo o nome ou marca do fabricante, o modelo e asdimensões principais. A marca e o modelo devem seracessíveis após a instalação do aparelho.
4.6.2 As instruções do fabricante relativas à instalação e aouso devem acompanhar o aparelho.
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5 Condições específicas
5.1 Características de acabamento
5.1.1 Defeitos superficiais
Nas superfícies acabadas e visíveis dos aparelhos sanitá-rios, quando instalados segundo as instruções do fabrican-te, o tipo, número e tamanho dos defeitos devem obede-cer aos valores constantes da Tabela 1, para pias, lava-
tórios, cubas para pias e tanques, e da Tabela 2, parabanheiras e boxes.
5.1.2 Porosidade subsuperficial
A superfíc ie acabada dos apare lhos san itá rios, após sercondic ionada conform e M B-3262, não deve apresentar sub-superfic ia lm ente orifíc ios com d iâm etro m aior que 1 ,6 m m ,m as pode apresentar no m áxim o quatro orifíc ios com d iâ-m etro m aior que 0 ,5 m m por reg ião de 100 cm 2 de área.
Tabela 1 - Defeitos admissíveis nas superfícies visíveis de pias, cubas para pias, lavatórios e tanques
Número máximo de defeitosNúmero máximo permitidos por aparelhode defeitos
Tipo Tamanho permitidos em Na conca- Nas superfícies(mm) qualquer área vidade horizontais acima
de 75 mm de (cubas, etc.) da concavidadediâmetro (tampo, etc.)
Fissura - 0 0 0
Área descascada - 0 0 0
Bolha - 0 0 0
Porosidade superficial - 0 0 0
Irregularidade de moldagem - 1 4 1/900 (A)
Cratera pequena < 0,4 4 8 2/900 (A)
Cratera e
partícula de material de 0,4
estranho de tamanho a 0,8
pequeno
Partícula de material
estranho de tamanho de 0,8
médio a 1,6 2 4 1/900 (A)
Partícula de material
estranho de tamanho
grande > 1,6 0 0 0
(A) Corresponde ao número máximo de defeitos segundo qualquer região delimitada na superfície do aparelho cuja área seja de 900 cm2.
2 4 1/900 (A)
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Tabela 2 - Defeitos admissíveis nas superfícies visíveis de banheiras e boxes
(1) O termo “qualificações” se refere à dificuldade de remoção de uma determinada mancha conforme o exposto no método de en-saio (MB-3262).
Número máximo de defeitosNúmero máximo permitidos por aparelhode defeitos
Tipo Tamanho permitidos em Na concavidade Nas paredes(mm) qualquer área abaixo da borda externas de
de 75 mm de da banheira ou fechamentodiâmetro soleira do boxe
Fissura - 0 0 0
Área descascada - 0 0 0
Bolha - 0 0 0
Porosidade superficial - 0 0 0
Irregularidade de moldagem - 1 8 16
Cratera pequena < 0,4 8 16 48
Cratera e
partícula de material
estranho de tamanho de 0,4
pequeno a 0,8 4 8 24
Partícula de material
estranho de tamanho de 0,8
médio a 1,6 2 4 12
Partícula de material
estranho de tamanho
grande > 1,6 0 0 0
5.2 Características físicas e químicas
5.2.1 Resistência à ação da radiação solar
A superfície acabada do aparelho não deve apresentar al-teração de cor, com grau de contraste maior que o 4 na es-cala cinza, quando exposta ao envelhecimento sob vidro,em estação de envelhecimento natural. O tempo de expo-sição é determinado pela escala azul, a qual é exposta jun-to com o aparelho, até que o número 5 desta escala tenhadescorado com grau de contraste igual ao 4 da escalacinza.
5.2.2 Resistência a manchas
A soma das qualificações(1) dada às manchas provocadaspela aplicação de produtos domésticos à superfície doaparelho sanitário não deve ser superior a 50.
5.2.3 Resistência a agentes agressivos
A superfície acabada dos aparelhos sanitários não deveser afetada por produtos domésticos agressivos, admitin-do-se, no entanto, alterações superficiais que sejam re-movíveis por abrasão com lixa d’água número 600.
5.2.4 Resistência à água quente
5.2.4.1 A superfície acabada dos aparelhos sanitários,quando posta em contato com água em ebulição, no casode pias de cozinha e cubas para pias, e com água a(66 ± 2)°C, no caso dos demais aparelhos, durante um pe-ríodo de (100 ± 0,5) h, não deve apresentar fissuras,lascamentos, formação de bolha, enrugamentos ou des-locamentos da superfície acabada.
5.2.4.2 A superfície acabada dos aparelhos sanitários,
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quando submetida a 500 ciclos de choque hidrotérmico,não deve apresentar fissuras ou outro dano.
5.2.5 Resistência à ignição, incandescência e manchamentopor cigarro
A superfície acabada dos aparelhos sanitários não devesofrer ignição, incandescência progressiva ou manchamen-to não removíveis após 25 ciclos de abrasão com lixa d’á-gua número 400, quando submetida a contato com cigar-ro aceso durante (120 ± 2)s.
5.3 Características mecânicas
5.3.1 Resistência a momento
Os aparelhos sanitários de material plástico, instaladossegundo instruções do fabricante, não devem apresentarfissuras, rachaduras, descascamentos ou qualquer outrotipo de dano, quando a válvula de esgotamento instaladafor submetida a momento de 65 N.m, no caso de lavatório,pia e cuba para pia, ou 130 N.m, no caso de banheira, boxee tanque.
5.3.2 Resistência a impacto de corpo duro
5.3.2.1 A p ia , a cuba para p ia , o lavatório e o tanque, ins-ta la d o s s e g u n d o in s tru ç õ e s d o fa b r ic a n te , n ã o d e v e ma p re s e n ta r f is s u ra s , ra c h a d u ra s , d e s c a s c a m e n to s o uqualquer outro tipo de dano, quando sua superfíc ie aca-bada for subm etida a im pactos de 1 ,1 J provocados poresfera de aço.
5.3.2.2 A banheira e o boxe, instalados segundo instruçõesdo fabricante, não devem apresentar fissuras, rachaduras,descascamentos ou qualquer outro tipo de dano, quandoa superfície do fundo dos aparelhos for submetida aimpactos de 2,0 J, provocados por esfera de aço, e quan-do a superfície das bordas e soleira for submetida a im-pactos de 1,3 J com a mesma esfera.
5.3.2.3 A cuba para pia, instalada no tampo segundo as ins-truções do fabricante, não deve apresentar mossa comprofundidade superior a 2 mm, nem lascamento cujamaior dimensão horizontal exceda 2 mm, quando sub-metida a impacto de corpo pontiagudo.
5.3.3 Resistência e deflexão a cargas
5.3.3.1 A pia, a cuba para pia, o lavatório e o tanque,instalados segundo instruções do fabricante, não devemapresentar fissuras ou rachaduras e deflexão residualsuperior a 0,25 mm, quando submetidos a carga de 1,4 kNaplicada sobre área circular de 20 cm de diâmetro.
5.3.3.2 A banheira e o boxe, instalados segundo instruçõesdo fabricante, não devem apresentar fissuras ou rachadurase deflexão residual superior a 0,20 mm, quando submetidosa carga de 1,4 kN aplicada sobre área circular de 7,5 cmde diâmetro no fundo e na borda e soleira dos aparelhos.
5.3.3.3 A banheira, instalada segundo instruções do fa-bricante, não deve apresentar em suas paredes verticaisinternas deflexão superior a 3,2 mm, quando submetida acarga de 45 N aplicada com bastão de ponta arredon-
dada. Também não deve ocorrer fissuras e rachaduras aoredor do ponto de aplicação da carga.
5.3.3.4 A pia e o lavatório não devem apresentar rompimento,rachadura, fissura ou deformação residual, quando suaseção transversal média for submetida a carga de 1,4 kN.
5.3.3.5 O tanque, instalado segundo as instruções do fabri-cante, não deve apresentar quebra, fissura, descascamen-to ou qualquer outro dano, quando o ponto médio de suaborda anterior for submetido a uma carga de 1,4 kN.
6 Inspeção
6.1 Verificação de tipo
Para qualquer aparelho sanitário de material plástico a ve-rificação deve ser feita segundo o procedimento descritode 6.1.1 a 6.1.4.
6.1.1 Número de aparelhos necessários
De cada modelo é necessário um exemplar para verifica-ção das características mecânicas e de acabamento. Decada cor é necessário um outro exemplar ou uma placaplana, com aproximadamente 50 cm x 100 cm, preparadapelo mesmo processo e materiais que o aparelho sanitá-rio, para verificação das características físicas e químicas.
6.1.2 Verificação das condições gerais
As condições fixadas no Capítulo 4 devem ser verificadasnos dois exemplares. As dimensões dos aparelhos devemobservar a padronização correspondente.
6.1.3 Verificação das condições específicas
As condições fixadas no Capítulo 5 devem ser verificadasnos dois exemplares.
6.1.3.1 A verificação das características descritas em 5.1 e5.2 deve ser feita segundo a MB-3262.
6.1.3.2 A verificação das características descritas em 5.3deve ser feita segundo a MB-3263.
6.1.4 Documento técnico
À verificação efetuada deve corresponder um documentotécnico contendo os resultados encontrados e uma des-crição completa dos aparelhos, podendo-se utilizar dese-nhos e fotografias.
6.2 Recebimento em obra
6.2.1 O comprador pode solicitar previamente ao fabrican-te documento técnico que comprove estar o tipo de apa-relho sanitário em conformidade com esta Norma. O docu-mento técnico deve apresentar todos os resultados obti-dos a partir da verificação segundo 6.1.
6.2.2 O comprador pode inspecionar todos os exemplaresentregues pelo fabricante no que diz respeito à identidadeentre estes e o tipo declarado, às características de aca-bamento dos aparelhos e às demais condições fixadas nacompra.
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7 Aceitação e rejeição
7.1 Aceitação do lote
O comprador deve aceitar uma partida de aparelhossanitários se o documento técnico citado em 6.2.1comprovar a conformidade do tipo e se a inspeção referi-da em 6.2.2 não encontrar qualquer exemplar diferentedo tipo.
7.2 Rejeição do lote
7.2.1 O comprador pode rejeitar uma partida de aparelhossanitários se não for apresentado o documento técnicoreferido em 6.2.1.
7.2.2 O comprador pode rejeitar total ou parcialmente umapartida de aparelhos sanitários se na inspeção referida em6.2.2 for encontrado pelo menos um exemplar diferente dotipo.