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José Rabaça Gaspar Recolha e Organização NATAL na ESCOLA RECOLHA de CANÇÕES, poemas, textos... DE NATAL 28/11/1986 - 28/11/1996 1996/97

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José Rabaça Gaspar Recolha e Organização

NATAL na ESCOLA

RECOLHA de CANÇÕES, poemas, textos...

DE NATAL

28/11/1986 - 28/11/1996

1996/97

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José Rabaça Gaspar Recolha e Organização

NATAL na ESCOLA

RECOLHA de CANÇÕES, poemas, textos...

DE NATAL

28/11/1986 - 28/11/1996 1996/97

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FICHA TÉCNICA título NATAL NA ESCOLA - Recolhas de can-

ções, Poemas... proposta de animação Comissão do DECÉNIO - 1996/97

organização para GAT - CONTRA MISÉRIAS, ANOS e TURMAS

pesquisa e arranjo JRGaspar e FBorges local Escola Secundária João de Barros -

CORROIOS data Outubro de 1996

composição, maquetagem e 1ª impressão

Repografia da Escola Secundária João de Bar-ros, Corroios

PDF Corroios, 2008 DEZ

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PLANO DO TRABALHO de NATAL na ESCOLA

Ficha técnica 4 Plano de trabalho e índice 5

lista de CANÇÕES CANÇÕES TRADICIONAIS DE NATAL 9

Título Lín-gua

Origem/ Autor/ Fonte Pg.

Entrai, Pastores, entrai

Port. Popular/Alentejo CPP, MGiacometti, CL, Lx.,1981, 44 aCPP, LGraça, PEA, MMrt. 1974, 102 EtB, I vol., JLD, 2ª ed. ENP, Lx. 1944, 165

10

José embala o Menino

Port. Pop/ Monsanto BB aCPP, LGraça, PEA, MMrt. 1974, 53

12

Ó meu menino Jesus

Port. Pop/Portalegre BB EtB, I vol., JLD, 2ª ed. ENP, Lx. 1944, 157 13

O Menino está dormindo

Port. CANTAR - Caderno policp.Guarda, 4ª ed. 1960, 156. 13

Alegres cantam os sinos

Port. CANTAR - Caderno policp.Guarda, 4ª ed. 1960, 160. 13

Eu hei-de dar ao Menino Natal d’Elvas /Arre burriquito / Olhei para o Céu...

Port. Pop. G. Cartaxo, Évora, AAlt.

CPP, MGiacometti, CL, Lx.,1981, 42 CANTAR - Caderno policopiado Guarda, 4ª ed. 1960, 142

14 15

Olé, Rapazes Pimpões

Port. Pop. Figueira da Foz aCPP, LGraça, PEA, MMrt. 1974, 100

16

Oh, BENTO AIROSO

Port. Pop. Paradela Tr.M aCPP, LGraça, PEA, MMrt. 1974, 101

17

Ó meu menino... Port. Pop. Minho Vamos Cantar..., MTino, Ped., s/d, 106

18

Bem pudera Deus nascer

Port. Pop.TrM. Vamos Cantar..., MTino, Ped., s/d, 106

18

Ai, ó Meu Menino Jesus

Port. Pop. Beiras Vamos Cantar..., MTino, Ped., s/d, 107

19

Ó meu Menino Jesus

Port. Pop. Alentejo Vamos Cantar..., MTino, Ped., s/d, 107

19

Assim que nas-ceu...

Port. adapt. de estr. CANTAR - Caderno policp. Guarda, 4ª ed. 1960, 190 e 196. 20

Oh! Vinde todos à porfia....

Port. popular registo antigo 20

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Canções de NATAL em Língua estrangeira, a maior parte com tradução ou adapta-ção em Português

21

Glória in excélsis Déo

Latim Gregoriano LIBER USUALIS, S. Sedis ASRCT, Parisis, Tornaci, Romae, 1950, 402

22

Hódie Chrístus nátus est

Latim Gregoriano LIBER USUALIS, S. Sedis ASRCT, Parisis, Tornaci, Romae, 1950, 402

22

Adeste Fidelis... Latim D. João IV 23 Stille Nacht! Silent night! Voici Noël Noite Feliz... Noite de Paz

Alemão Inglês Francês Port.

Tx. J. Mohr (1792-1848) Weise: F. Gruber (1787 - 1863)

DAS GROSSE WEIHNACHTS BUCH, IN-TERPRESS VERLAG, HAM-BURG

24

The little Drummer Boy O pequeno Tambor

Inglês Port.

??? adpt. MTRGaspar

?? 25

White Christmas Natal Branco A Merry Christmas A todos um Bom Natal

Berlim ? ?

in CD MOVIEPLAY, Natal, 1995

26

Jingle Bells... É Natal, É Natal... Toca o Sino pequenino

Inglês Pierpont ?

Canções em Inglês do Longman Group Ltd. 1. pbl. 1979 e 6. impr. 1986, nº 63

27

God rest you merry, Gentlemen

Inglês Traditional Canções em Inglês do Longman Group Ltd. 1. pbl. 1979 e 6. impr. 1986, nº 63

28

Título Lín-gua

Origem/ Autor/

Fonte Pg.

Oh Tannenbaum Christmas Tree Mon Beau Sapin Ó meu Pinheiro de Natal

Ale-mão Inglês Fran-cês Port.

Tx. E. Anschütz (1780-1861) u. J.A. Zarnack (1777-1827) Weise: Westfalen um 1800

DAS GROSSE WEIHNACHTS BUCH, INTERPRESS VERLAG, HAMBURG

29

(Schlaf’, mein Kindchen) Lullaby / Berceuse Canção de Embalar... Noite linda de Natal

WAMozart (1756-1791)

Caderno Musical - Beja??? 30

(Lullaby Berceuse) Lullaby little man Já nasceu em Belém

JBrahms (1833-1897)

Caderno Musical - Beja??? 30

Rudolf, the Red-Nose Reindeer

31

Un Flambeau 31 The First Noel 31 Sleigh Ride / Santa Claus is coming to

32

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7

Town Alle Jhare Tx. W. Hey

(1790-1854) Weise: F. Silcher (1789 -1860)

DAS GROSSE WEIHNACHTS BUCH, INTERPRESS VERLAG, HAMBURG

33

Morgen kommt der Weihnachtsmann

Tx. H. von Fallersleben (1798-1874); Wolksweise (trad.)

DAS GROSSE WEIHNACHTS BUCH, INTERPRESS VERLAG, HAMBURG

34

O du fröhliche Tx. J. Falk 81768-1826) Weise Sizil. Wolkslied.

DAS GROSSE WEIHNACHTS BUCH, INTERPRESS VERLAG, HAMBURG

35

Kling, Glöckchen... Tx u. Weise: B. Widmann

DAS GROSSE WEIHNACHTS BUCH, INTERPRESS VERLAG, HAMBURG

36

Vom Himmel hoch, komm ich her

Text und Melodie von Martin Lu-ther

DAS GROSSE BUCH UNSERER BELIEBTESTEN VOLKSLIEDER, Falken Verlag, Niedernhausen, 1983, p. 176

37

NOËL, NOËL JE CHANTE PETIT JÉSUS

Fr. Musique et Paroles: Aida Bruno Coelho

38

Les Jouets de Noël Fr. 39 Père Noël, Père Noël Le Père Noël

Fr. 40

Janeiras e Reis 41 Título Lín-

gua Origem/ Autor/

Fonte Pg.

‘Inda agora aqui cheguei Mal pus o pé nesta esca-da...

CANTAR - Caderno policp. Guarda, 4ª ed. 1960, 162

42

‘Inda agora aqui cheguei Já começo a cantar...

CANTAR - Caderno policp. Guarda, 4ª ed. 1960, 154 42

Em Belém à meia noite...

CANTAR - Caderno policp. Guarda, 4ª ed. 1960, 152

42

REIS: Viva lá minha senhora

CANTAR - Caderno policp. Guarda, 4ª ed. 1960

42

Janeiras lindas janeiras

CANTAR - Caderno policp. Guarda, 4ª ed. 1960, 169 43

Boas noites, Boas noites (Naquela relvi-nha...)

Vale de Lobo, BB

EtB, I vol., JLD, 2ª ed. ENP, Lx. 1944, 159

44

Viva lá... (Naquela relvi-nha...)

Valezim, Sazes, BA

Alegrias Populares, JPPerei-ra, ed. autor 1967 (Cancio-neiro da BA), 21

45

Esta noite é de Janeiras

Mértola, Beja Alt.

CPP, MGiacometti, CL, Lx.,1981, 46

46

Esta Noite é de Serpa Cancioneiro de Serpa, M. 46

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8

Janeiras Rita O. Pinto Cortez, Ed. CMSerpa, Nov. 1994, 366

Quem são n’os Três Cavalheiros

Serpa Cancioneiro de Serpa, M. Rita O. Pinto Cortez, Ed. CMSerpa, Nov. 1994, 368

47

Quais foram os três Cavalheiros

CPP, MGiacometti, CL, Lx.,1981, 55

47

Partiram’nos três Reis Magos

Cabanas, Alenquer

CPP, MGiacometti, CL, Lx.,1981, 54

48

Siglas ASRCT Apostolicae et Sacrorum Rituum Congregationis Typographi aCPP A CANÇÃO POPULAR PORTUGUESA de Fernando Lopes Graça CL CIRCULO DE LEITORES CPP CANCIONEIRO POPULAR PORTUGUÊS de Michel Giacometti CsPP CANTARES DO POVO PORTUGUÊS de Rodney Gallop, 1940 ENP EMPRESA NACIONAL DE PUBLICIDADE e depois TORRES & Cta LIVRARIA FERIN EtB ETNOGRAFIA DA BEIRA de Jaime Lopes Dias IAC INSTITUTO DE ALTA CULTURA JLD Dr. Jaime Lopes Dias MMrt Mem Martins PEA PUBLICAÇÕES EUROPA AMÉRICA Ped. PORTO EDITORA S.Sedis ASRCT

S. Sedis Apostolicae et Sacrorum Rituum Congregationis Typographi

lista de POEMAS 49

Título Autor Obra Pg.

À Encarnação do Ver-bo Eterno soneto CXXXVII

Luís de Camões Obras Completas, Lello & Irmão, Por-to, 1970, 72

50

A Cristo Nosso Senhor no Presépio soneto CXXXVIII

Luís de Camões Obras Completas, Lello & Irmão, Por-to, 1970, 73

50

Natal... Fernando Pessoa Obras Completas 51 É dia de Natal Fernando Pessoa Obras Completas 51 Num meio dia de fim de Primavera

Alberto Caeiro Guardador de Reba-nhos, VIII

52

Natal, e não Dezembro David M. Ferreira As Lições do Fogo 57 Natal Sidónio Muralha poemas 57 Dia de Natal António Gedeão Máquina de Fogo 58 Balada da Neve Augusto Gil Luar de Janeiro 60 A Palavra mais Bela Adolfo Simões Mül-

ler 60

Presentinho de Natal Matilde Rosa Araújo O Livro de Tila 61 Dia de Ano Bom Eugénio de Castro Cravos de Papel 61 História Antiga Miguel Torga Diário I 62 Presépio Espínola de Men-

donça Gerânios 63

Canto de Natal Manuel Bandeira 63

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O Menino Brincando Augusto Gil Alba Plena 64 Natal Sidónio Muralha Poemas 65 Natal Manuel Sérgio 65 Romance do Menino - Deus

Romance Popular 66

Outros textos escolhidos e/ou escritos por professores e alunos

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Do Natal se fez amor com cânticos à mistura; nasceu Cristo, o Redentor, filho da virgem mais pura.

in medalha alusiva ao NATAL 94 Escultura de Alves André, Poema de Baltazar

Emissão - MEDALPRATA

CANÇÕES TRADICIONAIS DE NATAL

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in Cancioneiro Popular Português de M. Giacometti (colb. F.L. Graça) Círculo de Leitores, Lisboa, 1981, p. 44

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ENTRAI, PASTORES, ENTRAI...

(Popular com letras de várias regiões)

Entrai, pastores, entrai, Por este portal a dentro; Vinde adorar o Menino,

No seu santo nascimento.

Entrai, pastores, entrai, Por este portal sagrado; Vinde adorar o Menino,

Numas palhinhas deitado.

Pastorinhos do deserto Todos correm para o ver; Trazem um e mil presentes,

Para o Menino comer.

Ó meu Menino Jesus, Convosco é que eu estou bem;

Nada deste mundo quero, Nada me parece bem.

Ó meu Menino Jesus,

Ó meu Menino tão belo, Só vós quisestes nascer Na noite de caramelo!

Alegrem-se os céus e a terra,

Cantemos com alegria, Já nasceu o Deus Menino Filho da Virgem Maria.

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in A Canção Popular Portuguesa, Fernando Lopes Graça, Publicações Europa América, Mem Martins, 1974, p. 53

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JOSÉ EMBALA O MENINO (Canção de embalar e Natal, Mon-santo - BB) José embala o Menino Que a mãezinha logo vem Foi lavar os teus paninhos à fontinha de Belém Ó Ó, ó ó, Ó Ó ... Vai-te embora passarinho Das agulhas do pinheiro Deixa dormir o Menino Um soninho por inteiro. Vai-te embora passarinho Da beirinha do telhado Deixa dormir o Menino Um soninho descansado. Vai-te embora passarinho, Deixa a baga do loureiro, Deixa dormir o Menino, Que está no sono primeiro.

O MENINO ESTÁ DORMINDO O Menino está dormindo Nas palhinhas deitadinho (despidi-nho). Os Anjos lhe estão cantando: “Por amor tão pobrezinho!” O Menino está dormindo Nos braços de S. José. Os Anjos lhe estão cantando: “Gloria tibi, Domine!” O Menino está dormindo Nos braços da Virgem pura. Os Anjos lhe estão cantando: “Hossana, lá na altura!” O Menino está dormindo Um sono de amor (muito) profun-do. Os Anjos lhe estão cantando: “Viva o Salvador do Mundo!”

ALEGRES CANTAM OS SINOS Alegres cantam os sinos Nesta noite de Natal Em que Jesus veio ao Mundo Para nos livrar do Mal. Vinde, pastores correi a Belém, Ver, na lapinha, Jesus, nosso Bem. Vinde adorar o Menino Vinde todos a Belém. Glória a Deus nas Alturas, Estão Anjos a cantar; Vinde adorar o Menino Que nasceu p’ra nos salvar. Ó meu Menino Jesus, Nascidinho na pobreza, Tomai posse da minha alma Que é toda a minha riqueza.

Ó MEU MENINO JESUS (Beira Baixa in Etnografia da Beira,

I vol., Jaime Lopes Dias, Empresa Nacional de Publicidade,

2ªed., Lisboa, 1944, 157.

Ó meu Menino Jesus! Alegrem-se os céus e a terra, Ó meu Menino tão belo! Cantemos com alegria, Logo vieste a nascer Que já nasceu o Menino Na noite do caramelo. Filho da Virgem Maria Ó meu Menino Jesus! Todos os filhos dos ricos Convosco é que eu ‘stou bem! Dormem em lençóis (leito) doirado/s Nada deste mundo quero, Só vós, meu Menino Jesus, Nada me parece bem. Numas palhinhas deitado. Entrai, pastores, entrai Todos os filhos dos ricos Por esse portal sagrado, Têm belos travesseiros, Vinde a adorar o Menino Só vós, meu Menino Jesus, Numas palhinhas deitado. Preso a esse madeiro. Entrai ,pastores , entrai De quem são as camisinhas Por esses portais adentro, Que a Senhora está a lavar? Vinde a adorar o Menino São do Menino Jesus No seu santo Nascimento. Qu’inda está por baptizar.

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in Cancioneiro Popular Português de M. Giacometti (colb. F.L. Graça) Círculo de Leitores, Lisboa, 1981, p.42

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EU HEI-DE DAR AO MENINO Eu hei-de dar ao Menino uma fita, uma fita pr’ó chapéu Também Ele nos há-de dar um lugar, um lugarzinho no Céu. Não façam bulha ao Deus Menino, não o acordeis, que está dormindo, que está dormindo; em de O brindar com algum mimo, dêem-lhe leite, que é pequenino, que é pequenino. Outras letras Eu hei-de dar ao Menino Cinco pedras preciosas: Cada pedra, cinco quinas Cada quina, cinco rosas. No seio da Virgem Maria Encarnou a Divina Graça, Entrou e saiu por Ela, Como o sol pela vidraça.

(outras variantes, conhecidas como: NATAL D’ELVAS) Eu hei-de dar ao Menino Uma fitinha p’ró chapéu. Também Ele me há-de dar Um lugarzinho no céu. Ai, o Menino que nasceu Da Virgem cheia de graça Entrou e saiu por ela Como o sol pela vidraça. Ai, Três palavras disse a Virgem, Ai, quando nasceu o Menino: Ai, vinde cá meu anjo loiro, (d’Oiro) Meu Sacramento Divino! Esta calçadinha Vai dar a Belém, Vai fazer a paz Com quem anda a mal... Com quem anda a mal, Anda agora a bem... Esta calçadinha Vai dar a Belém. Arre burriquito Vamos a Belém, A ver o Menino Que a Senhora tem, Que a Senhora tem, Que a Senhora adora, Arre burriquito, Vamo-nos embora. Olhei para o Céu Estava estrelado, Vi o Deus Menino Em palhas deitado, Em palhas deitado Em palhas ‘stendido (‘squecido)

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20

Filho duma Rosa, Dum Cravo nascido.

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21

in A Canção Popular Portuguesa, Fernando Lopes Graça, Publicações Europa América, Mem Martins, 1974, p.100

OLÉ RAPAZES PIMPÕES 1

Olé, rapazes pimpões, Cantemos à desgarrada, Para alegrar o Menino, Mai’la sua Mãe sagrada.

2

Mai’la sua Mãe sagrada, Acabastes de cantar;

Lembraste bem, ó rapaz, Atrás não hei-de ficar.

3

Atrás não hei-de ficar, Não, decerto, a ninguém,

Faria triste figura Junto à lapa de Belém.

4

Junto à lapa de Belém Grande alegria tivemos, Vamos p’rós nossos casais Gabar-nos do que fizemos.

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22

in A Canção Popular Portuguesa, Fernando Lopes Graça, Publicações Europa América, Mem Martins, 1974, p.101

OH, BENTO AIROSO 1

Oh, bento airoso, Mistério Divino, Encontrei a Maria À beira do rio,

(E) Lavando os cueiros Do bendito Filho.

2

Maria lavava, S. José estendia, O Menino chorava, C’o frio que fazia.

3

Calai, meu Menino, Calai, meu amor,

(É) que as vossas verdades Me matam com dor.

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23

in Vamos Cantar!..., Manuel Tino, Porto Editora, Porto, s/d, p. 106.

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24

in Vamos Cantar!..., Manuel Tino, Porto Editora, Porto, s/d, p. 107.

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25

ASSIM QUE NASCEU...

Assim que nasceu, Jesus acampou E à luz das estrelas Uma voz soou: UÁÁ ÁÁ UÁÁ ÁÁ... Maria a senhora Seu filho embalou E à luz das estrelas Uma voz soou: UÁÁ ÁÁ UÁÁ ÁÁ...

OH! VINDE TODOS À PORFIA CANTAR UM HINO DE LOUVOR HINO DE PAZ E DE ALEGRIA (HARMONIA) QUE OS ANJOS CANTAM AO SENHOR:

Les Anges dans nos campagnes Ont entonné l’hymne des Cieux Et l’écho de nos montagnes Redit ce crit mélodieu:

GLÓRIA IN EXCÉLSIS DEO GLÓRIA IN EXCÉLSIS DEO

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26

CANÇÕES TRADICIONAIS DE NATAL

em língua estrangeira muitas delas com tradução ou adap-

tações em português

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27

Benedictus Dominus…

GLÓRIA IN EXCÉLSIS DEO... (In Liber Usalis - Matinas de Natal) in Liber UsualisS. Sedis, ASRTC, PARISIS, TOMACI, ROMAE, 1950, 402.

Glória in excélsis Deo, et in terra, pax homínibus bónae voluntatis, Alleluia, Alleluia! in Liber UsualisS. Sedis, ASRTC, PARISIS, TOMACI, ROMAE, 1950, 413.

Hodie Chrístus nátus est: hódie Salvátor appáruit: hódie in térra cánunt Angeli, laetántur Archángeli: hódie exsúltant jústi, dicéntes: GLÓRIA IN EXCÉLSIS DÉO, ALLELÚIA

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28

ADESTE, FIDELES (atribuída a D. João IV)

Adeste, fideles, laeti triunfantes

venite, venite in Bethelem. Natum videte

regem angelorum. Venite adoremus

Dominum.

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29

in DAS GROSSE WEIHNACHTS BUCH, INTERPRESS VERLAG, HAMBURG, ,p

SILENT NIGHT Silent night, holy night! All is calm, all is bright, Round you Virgin Mother and Child. Holy Infant, so tender and mild, Sleep in heavenly peace, Sleep in heavenly peace. Silent night, holy night! Shepherds first saw the light, Heard resounding clear and long, Far and near, the angel song: Christ the Saviour is here, Christ the Saviour is here.

STILLE NACHT (Text: J. Mohr (1792-1848) Weise: F. Gruber (1787 -

1863)

Stille Nacht! Heilige Nacht! Hirten erst Kind gemacht Durch den Engel. Halleluya Tont eslaut von fern und nach: Christ der Retter ist da! Christ der Retter ist da! Stille Nacht! Heilige Nacht! Gottes Sohn, o wie lacht Lieb aus deinem götlichen Mund, Da uns schlägt die rettende Stund, Christ, in deiner Geburt! Christ, in deiner Geburt!

NOITE FELIZ Noite feliz, Noite feliz! O Senhor, Deus de Amor, Pobrezinho nasceu em Belém, Eis na lapa Jesus nosso bem! Dorme em paz, ó Jesus! Dorme em paz, ó Jesus! Noite feliz, Noite Feliz! Ó Jesus, Deus de luz, Quão amável é teu coração Que quiseste nascer nosso irmão E a nós todos salvar! E a nós todos salvar! Noite de Paz, noite de Amor, Tudo dorme em redor, Entre os astro que espargem a luz, Indicando o Menino Jesus, Brilha a Estrela da Paz. Brilha a Estrela da Paz.

NOITE DE PAZ Noite de Paz, Noite de Luz Em Belém, nasceu Jesus Cantam os Anjos canções de louvor Cantam pastores um hino de Amor Brilha a Estrela da Paz. VOICI NOËL Voici Noël! Oh, douce nuit! L’étoile est lá, qui nous conduit. Allons, donc, tous avec les Mages Porter à Jesus nos hommages, Car l’Enfant nous est né, Le Fils nous est donné. Oh! Douce nuit! Oh! Douce nuit! Tout s’endort à minhuit Mais dans le ciel sans voile a paru une étoile Pour guider les bergers Jusqu’à l’Enfant qui est né.

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THE LITTLE DRUMMER BOY O PEQUENO TAMBOR

em inglês: ??? em português, trad/adapt. de Teresa Rabaça

Come, they told me, poropompom O caminho que leva a Belém our new-born King to see, poro-

popompom Chega a um vale que a neve cobriu

our finest gifts we bring, poro-popompom

Os pastorinhos querem ver o seu Rei

to lay before the King, poropopom-pom

Levam presentes e o Menino sorriu

ropopompom, ropopompom Ra ca ta plan, Ra ca ta plan

So to honour Him, poropopompom Já nasceu num portal de Belém

when we come Menino Deus Baby Jesus, poropopompom Eu queria deixar a Teus pés

I am a poor boy too, poropopompom Algum presente que Te agra-de, Senhor,

I have no gift to bring, poropopom-pom

Mas tu bem sabes que eu sou pobre também

that's fit to give a King, poropopom-pom

Não tenho mais do que este velho tambor

ropopompom, ropopompom Ra ca ta.plan, Ra ca ta plan Shall I play for Him, poropopompom Para Te honrar, junto ao por-

tal tocarei on my drum. Com meu tambor.

May nodded, poropopompom À entrada, envergonhado, parei

the ox and lamb kept time, poro-popompom

Vi S. José embalando o meu Senhor

I played my drum for Him, poro-popompom

A Virgem Mãe acenou-me, eu avancei

I played my best for Him, poro-popompom

Toquei alegre um lindo canto de Amor:

ropopompom, ropopompom Ra ca ta plan, Ra ca ta plan

Then He smiled to me, poropompom Quando Deus me viu tocar

para Ele poropompom Sorriu também poropompom Sorriu-me a mim

me and my drum E ao meu tambor.

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WHITE CHRISTMAS (Berlim) I'm dreaming of a white Christ-mas just like the ones I used to know where the tree tops glisten and children listen to hear sleigh bells in the snow. I'm dreaming of a white Christ-mas with every Christmas cards I write may your days be merry and bright and may all your Christmas be white.

NATAL BRANCO Natal, branco e sempre igual Natal, que minha aldeia faz lem-brar, Um pinheiro a vergar, de neve a brilhar Natal, branco e sempre igual.

NATAL DE BOAS FESTAS Natal, que magia tens Natal, que minha infância faz lem-brar Um pinheiro a vergar, de neve a brilhar, Natal, branco e sempre igual Vem duma ermida além A voz dum novo sino a repicar E há mais fé e há mais esperança em nós E há mais paz e alegria em cada lar. É NATAL!!! É NATAL!!! (Letra in CD “As mais bonitas canções de Natal” Movieplay, Natal 95)

Eu sonho com um Bom Natal Branco de neve onde ela houver Mas que seja um dia em que a ale-gria Nos dê a prenda de Viver. Eu sonho com um Bom Natal Com Boas Festas a dizer Que esse dia sem Mal, vai ser um Natal P’ra não mais ‘squecer.

A MERRY CHRISTMAS We wish you a Merry Christmas We wish you a Merry Christmas We wish you a Merry Christmas And a Happy New Year. Good tidings to you Wherever you are Good tidings for Christmas And happy New Year. Good tidings we bring To you and your Kind We whish you a Merry Christmas And a happy New Year.

A TODOS UM BOM NATAL A todos um Bom Natal A todos um Bom Natal A todos um Bom Natal E Feliz Ano Novo.

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in Canções em Inglês do LONGMAN GROUP Ltd., First published 1979, sixth 1986., p.63

JINGLE BELLS Dashing through the snow in a one-horse open sleigh, o'er the fields we go, laughing all the way; bells on bob-tail ring, making spirits bright, what fun it is to ride and sing, this sleighing song tonight! Jingle bells! jingle bells! jingle all the way! oh! what fun it is to ride in a one-horse open sleigh!

TOCA SINO (in “MOVIEPLAY” Natal 95) Pe’lo caminho eu vou Caminho de brincar O sino tocou O Natal ‘stá a chegar O galo cantou ‘Stá quase a amanhecer Vou depressa vou Que não há tempo a perder. Toca o sino pequenino E toda a gente a ouvir Ai que bom, ir p’lo caminho Com gente a sorrir. Dias a sonhar C’o a manhã que vai nascer E a hora de dar-me Esta prenda de Te ver P’lo caminho eu vou C’o sino a tocar O tempo voou E eu ‘stou quase a chegar. Vou com mais de cem Tão depressa quis andar Que escorreguei Numa curva de luar Mas não te perdi No caminho de brincar E cheguei aqui Mesmo a tempo de cantar.

É NATAL, É NATAL O sol tem mais luz O dia rompeu Já nasceu Jesus Que veio do céu. Cantamos um hino Cheios de alegria Glória ao Deus Menino E à Virgem Maria. É Natal, É Natal Haja Paz e Amor É Natal, é Natal Nasceu o Senhor! É Natal, é Natal Noite santa e fria É Natal, é Natal Noite de Alegria! É Natal, é Natal Sininhos de luz, É Natal, é Natal Já nasceu Jesus. Toca o sino, pequenino, Sino de Belém Já nasceu o Deus Menino Para nosso Bem! Paz na Terra, pede o sino Alegre, a cantar, Abençoa, Deus Menino Este nosso lar.

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in Canções em Inglês do LONGMAN GROUP Ltd., First published 1979, sixth 1986., p.61

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OH TANNENBAUM! in DAS GROSSE WEIHNACHTS BUCH, INTERPRESS VERLAG, HAMBURG, , p

OH TANNENBAUM! (Text: E. Anschütz (1780 - 1861) und J. A. Zarnack (1777

- 1827) Weise: Westfalen um 1800)

Oh Tannenbaum! Oh Tannenbaum! Wie grün (treu) sind deine Blätter! Du grünst nicht nur zur Sommerzeit, Nein, auch im Winter, wenn es schneit... Oh Tannenbaum! Oh Tannenbaum! Wie grün sind deine Blätter!

CHRISTMAS TREE Oh, Christmas tree, Oh, Christ-mas tree, How lovely are your branche! In Summer sun, or Winter snow, A dress of green, you always show. Oh, Christmas tree, Oh, Christ-mas tree, How lovely are your branche!

MON BEAU SAPIN Mon beau sapin, roi des forêts, Que j’aime ta verdure! Quand, par l’hiver, bois et guérets Sont dépouillés de leurs attraits, Mon beau sapin, roi des forêts, Tu gardes ta parure! Mon beau sapin, roi des forêts, Que j’aime ta parure! Si j’ai grandi, je peux rêver Aux beau Noëls de mon passé. Mon doux sapin, roi des forêts, Que j’aime ta verdure! Mon doux sapin, rempli de joies Je garde ton image: Tout scintillant dans ton éclat Tu es symbole et tu es roi Mon doux sapin tu chanteras Pour tous les enfants sages. Mon beau sapin, roi des forêts, Autour de toi, la ronde! Chante Noël, la liberté, Chante l’amour, la joie d’aimer. Tous les Noëls, reviens fêter La douce nuit du monde.

PINHEIRO DE NATAL (In “Movieplay” Natal 95) O meu Pinheiro de Natal Todo enfeitado de luz Celebra em jeito de abraço O Nascimento de Jesus O meu Pinheiro de Natal Todo enfeitado de luz. O meu Pinheiro de Natal Tem uma estrela a brilhar Tem um Menino a sorrir E tem um Anjo a cantar O meu Pinheiro de Natal Tem uma Estrela a brilhar. O meu Pinheiro de Natal Todo enfeitado de cor Celebra em jeito de abraço O Nascimento por Amor O meu Pinheiro de Natal Todo enfeitado de cor. PINHEIRO VERDE Pinheiro verde de Natal Teu verde é esperança de Viver! Com neve fria ou sol de Verão Tu és esperança de viver... Pinheiro verde de Natal Teu verde é esperança de Viver!

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(SCHLAF’, MEIN KINDCHEN, SCHLAF’ EIN!) Wolfgang Amadeus Mozart - 1756 - 1791

CANÇÃO DE EMBALAR Dorme depressa, meu bem, No teu bercinho tão lindo, Que as rosinhas também, No jardim estão dormindo... As estrelinhas do céu No mar se vão reflectir, E a lua, que já nasceu, Seu caminho vai seguir... ...E eu Te quero ver dormir... Dormem as ervas do monte E as pedras do caminho... Dormem as águas da fonte E as velas do moinho... O sol já se foi deitar, Os passarinhos também... ... Está tudo a descansar, E já não brinca ninguém... ... Nanar, Nanar, tu vais meu bem!

NOITE LINDA DE NATAL Noite linda de Natal, Em que até a natureza Veste seu manto real, Tecido com tal beleza! Céu polvilhado de luz, Anunciando nos vem: Natal de Amor que seduz e mil mistérios contém... ... Jesus Nasceu lá, em Belém... Na gruta silenciosa De tão estrema pobreza... ... Qual tela maravilhosa, Palco de tanta grandeza! Um milagre se produz: e Maria, Virgem Mãe, No seu filho nos traduz O amor que o mundo tem... ... Jesus Nasceu lá, em Belém...

LULLABY BERCEUSE Johannes Brahms, 1833 - 1897 Lullaby little man you ‘re a child of adventure, Put your dragons out of sight, Mommie’s watching you tonight. Now that you had your fun, And the day is all done, All the battles are won, Little man, little son. Lullaby and good night, Little girl off to dreamland, As you journey a star, Daddy’s watching from afar. When the shines a new And the stars bid adieu, Harry back ingenue Daddy’s waiting for you.

JÁ NASCEU EM BELÉM Já nasceu em Belém O Menino Jesus. Que candura Ele tem, Que a todos seduz. Há canções pelo ar, Num murmúrio de amor, Corações a cantar, Louvam Deus Salvador. Lá no céu, a brilhar Uma estrela com luz, Vai os Magos guiar Até junto a Jesus.

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Rudolf, The Red-Nose Reindeer Rudolf the red-nose reindeer Had a very shiny nose And if you ever saw it You would even say it glows like a light bulb All of the other reindeer Used to laugh and call him names like Pinocchio Then one foggy Christmas Eve Santa come to say Oh, Oh, Oh, Rudolf with your nose so bright Won’t you guide my sled tonight Then all reindeer loved him As they shouted out with glee yupee! Rudolf the red-nose reindeer, You’ll go down in history.

UN FLAMBEAU Un flambeau, Jeannette, Isabelle, Un flambeau, courons au berceau... C’est Jésus, bonnes gens du hameau... Le Christ est né, Marie ap-pelle... Ha! Ha! Ha! Que la Mère est belle! Ha! Ha! Ha! Que l’enfant est beau... C’est un tort, qund l’enfant sommeille, C’est un tort de crier si fort... Taisez vous, l’un et l’autre, d’aberd, Au moindre brut, Jésus s’eveiille... Chut! Chut! Chut! il dort à merveille... Chut! Chut! Chut! Voyez comme il dort...

The First Noel The first Noel The Angel did say Was to certain poor shepherds in filds as they lay; In fields where they Lay keepeing their sheep, On a cold Winter night That was so deep Noel, Noel, Noel, Born is the King of Israel!

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SLEIGH RIDE / SANTA CLAUS IS COMING TO TOWN

Just see those sleigh bells dingle and ring ting-a-ling-aling- too, Come on it’s lovely weather for a slegh-ride together with you. Outside the snow is falling and friends are calling you, Come on it’s lovely weather for a sleigh-ride togeher with you. Our cheeks are nice and rosy and comfy and cosy are we, We’re snuggled up together like birds of feather would be. Let’s take the road before us and sing a chorus or two, Come on it’s lovely weather for a slegh-ride together whit you. You better watch out, you better not cry, Better not pout, I’m telling you why, Santa Claus is coming to town. He’s making a list and checking it twice Gonna find out who’s naughty and nice, Santa Claus is coming to town. OH! You’d better watch out, you’d better not cry, Better not pout, I’m telling you why, Santa Claus is coming to Town!

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ALLE JHARE in DAS GROSSE WEIHNACHTS BUCH, INTERPRESS VERLAG, HAMBURG, , p

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MORGEN KOMMT DER WEIHNACHTS MANN in DAS GROSSE WEIHNACHTS BUCH, INTERPRESS VERLAG, HAMBURG, , p

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O DU FRÖLICHE... in DAS GROSSE WEIHNACHTS BUCH, INTERPRESS VERLAG, HAMBURG, , p

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KLING, GLÖCKCHEN... in DAS GROSSE WEIHNACHTS BUCH, INTERPRESS VERLAG, HAMBURG, , p

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VOM HIMMEL HOCH, DA KOMM ICH HER in DAS GROSSE BUCH UNSERER BELIEBTESTEN VOLKSLIEDER, FALKEN VERLAG, NIEDERNHAUSEN,1983, p.176

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PETIT JÉSUS Musique et Paroles: Aida Bruno Coelho.

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LES JOUETS DE NOËL

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PÈRE NOËL, PÈRE NOËL e LE PÈRE NOËL

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JANEIRAS

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‘INDA AGORA AQUI CHEGUEI (Janeiras) (Cantar, cad. policopiado, Guarda, 4ª ed., 1960, 162) Inda agora aqui cheguei Mal pus o pé na escada Logo o meu coração disse: Aqui mora gente honrada. Ó irmãos na caridade Notícias vos trago eu Às doze horas da noite, O Deus Menino nasceu. Nasceu numas tristes palhas Como nasce o cordeirinho; Por causa dos meus pecados Foi preso ao madeirinho. Viva lá senhor ..... Casaquinha de veludo, Meta a mão no seu bolsinho Deite p’ra cá um escudo. De quem é a bengalinha Que está além no bengaleiro? É do senhor ..... Que é um lindo cavalheiro. Vamos dar a despedida Que a cereja deu ao ramo; Fiquem-se com Deus, senhores, Adeus, até outro ano.

‘INDA AGORA AQUI CHEGUEI... (Janeiras) (Cantar, cad. policopiado, Guarda, 4ª ed., 1960, 154)

‘Inda agora aqui cheguei Já começo a cantar ‘Inda não pedi licença Não sei se ma querem dar. Coro Pastores, Pastores, Vinde todos a Belém Adorar o Deus Menino, Que Nossa Senhora tem. Não venho aqui por boleta Que este ano muita houve, Venho cá pelo chouriço P’ra ‘nha mãe fazer com couve. Levante-se lá, senhora, Desse seu lindo banquinho, Venha o prato das filhoses E um bom garrafão de vinho. Levante-se lá, senhora Dessa cadeira de prata, Venha-nos dar as Janeiras, Que está um frio que mata

EM BELÉM (Janeiras) (Cantar, cad. policopiado, Guarda, 4ª ed., 1960, 152) Em Belém, à meia noite, Noite de tanta alegria; Já nasceu o Deus Menino, Filho da Virgem Maria.

Pastores, Pastores, Vinde todos a Belém Adorar o Deus Menino, Que Nossa Senhora tem.

Viva lá, senhora .... Raminho de amendoeira, ‘Inda neste mundo anda Já no céu tem a cadeira. Viva lá, o menino... Que lá está juntinho à brasa; Venha-nos dar as Janeiras Que é o morgado da casa. Viva lá, senhor.... Raminho de salsa crua, Quando vai para a igreja alumia toda a rua. A todos que aí estão Ao redor dessa fogueira, Santa paz lhes desejamos ‘Té à hora derradeira.

REIS in ALEGRIAS POPULARES, vol. II, Jaime Pinto Pereira, Ed. autor, 1967, p. 22 - Vila Verde - Tourais.

Viva lá, minha senhora, Casaquinho de veludo; Quando mete a mão ao bolso, Tem dinheiro para tudo.

Boas Festas, Boas Festas, Vos dizemos neste dia; Venham-nos dar as Janeiras, Com prazer e alegria.

Viva lá, minha senhora, No seu livrinho a ler; Quando vai para a janela, Parece o sol a nascer. Viva lá, minha senhora, Linda estrela do norte; Que Deus a deixe criar, Para uma boa sorte. Levante-se lá, minha senhora, Desse banco de cortiça; Venha-nos dar as Janeiras, Ou de carne, ou de chouriça.

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JANEIRAS, LINDAS JANEIRAS (Janeiras) (Cantar, cad. policopiado, Guarda, 4ª ed., 1960, 169) Letra J. Geraldes, Música: M. Fernandes

Vinde pastores depressa, Que já nasceu o Menino, Já se cumpriu a promessa, Vamos a tocar o sino.

Janeiras,, lindas Janeiras, Janeiras da minha aldeia Sois quais estrelas fagueiras, Nas noites de lua cheia

Janeiras, lindas Janeiras Senhores, vimos cantar, Boas Festas e alegrias Vos queremos desejar. Sopram os ventos da serra, Caem estrelas do céus, Alegre-se toda a terra, Nasceu o Menino Deus. Senhores, não demoreis, Que é muito frio o luar; Vinde-nos dar as Janeiras, Que temos de caminhar. Levantai-vos da lareira E vinde depressa ver a grandiosa fogueira Que o Menino há-de aquecer. Ó Janeiras de (Nome da terra...) Como vós não há igual Dais consoada aos pobres Nestas noites de Natal. A mensagem de Natal A todos dê luz e amor Oxalá por toda a vida Vos guie com seu fulgor. Boas noites, meus senhores, Até para o ano que vem; Alegria e paz em Deus E na Virgem sua Mãe.

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BOAS NOITES, BOAS NOITES... (Naquela relvinha...) Recolha de várias com base na de Vale de Lobo, BB. - EtB, I vol., JLD, 2ª ed. ENP, Lx. 1944, 159

Boas noites, boas noites, Boas noites de alegria, Que lhas manda o Rei da Glória, Filho da Virgem Maria.

Naquela relvinha, C’o vento gelou, A mãe de Jesus Tão pura ficou. Dominus excelsis Deo, Que já é nascido O que nove meses Andou escondido.

De quem será (é) o chapeuzinho Qu’além ‘stá despindurado? É do senhor (menino) (...) Que Deus o faça um cravo. De quem será (é) o vestidinho Cosido com seda branca? É da senhora (menina) (...) Que Deus a faça uma santa. De quem será (é) o pentem d’oiro Que se achou no alvoredo? É da senhora (menina) (...) Que lhe caiu do cabelo. De quem seriam (eram) as ligui-nhas Que se acharam entre as ervas? Eram da senhora (menina) (...) Que lhe caíram das pernas. De quem seriam (eram) as boti-nhas Que se acharam (estavam) no sapateiro? Eram do senhor (menino) (...) Que as pagou c’o seu dinheiro. Levante-se lá, senhora Do seu banco de cortiça, Venha-nos dar as Janeiras: Ou morcela ou chouriça. Levante-se lá, senhora Desse seu rico banquinho, Venha-nos dar as Janeiras Em louvor do Deus Menino.

Levante-se lá, senhora, Desse seu rico assento, Venha-nos dar as Janeiras Em louvor do Nascimento. Levante-se lá, senhora, Desse seu banco de prata, Venha-nos dar as Janeiras Que está um frio que rapa (mata). (se demoram a dar as Janeiras...) Levante-se lá, senhora Dessa cadeirinha torta, Venha-nos dar as Janeiras Se não (fazemos-lhe) à porta. (Se dão as Janeiras, cantam a des-pedida) Despedida, despedida, Despedida quero dar, Os senhores desta casa Bem nos podem desculpar. (Se não dão as Janeiras) Esta casa não é alta, Tem apenas um andar, Estes barbas de farelo Nada têm p’ra nos dar. Esta casa é bem alta, Forradinha de papel, O senhor que nela mora É um grande furriel. Esta casa é bem alta, Forradinha a papelão, O senhor que nela mora É um (grande forretão) grandessís-simo ladrão. (Trelinca a martelo Torna a trelincar Estes barbas de chibo Não têm que nos dar.) (Quando vão comer as Janeiras) Naquela relvinha, Naquela lameira, Detrás da fontinha Se come a Janeira. Gloria in excelsis Deo, Que já é nascido O que nove meses Andou escondido.

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in ALEGRIAS POPULARES, vol. II, Jaime Pinto Pereira, Ed. autor, 1967, p.21

Viva lá, minha senhora, Raminho de salsa crua; Quando vai para a Igre-ja, Alumia toda a rua Viva lá, minha senhora, A sua cara é o sol; Prendada de diamantes Com serafins ao redol. Estas casas são bem altas, Têm varandas de vidro; Vivam nela muitos anos, A senhora e seu marido. Não venho cá por bolota, Que este ano muita hou-ve; Venho cá por o chouriço P’ra minha mãe cozer com couve

CORO

Naquela relvi-nha, Que o vento gelou; A Mãe de

Jesus, Tão pura ficou. Agarra, agarra Peixi-nhos no mar; Adora, adora

Jesus no altar.

De quem é aquela caneta Forradinha de veludo? - É do menino Ai, que anda no estudo. De quem é aquela cami-sa, Que além está no lava-doiro? - É d... ........., Que ela tem raminhos d’oiro. Venho dar a despedida, Por cima de toda a luz; Gente nobre desta casa, Viva sempre com Jesus. Viva lá, senhor prior, Raminho de serpão; Quando vai para a igreja, Os anjos lhe dão a mão.

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in CANCIONEIRO POPULAR PORTUGUÊS, Michel Giacometti, e FLGraça, Círculo de Leito-res, 1981, p.46 (Canto de peditório - Mértola, Beja, 1970)

in CANCIONEIRO DE SERPA, M. Rita Ortigão P. Cortez, Ed. CMSerpa, 1994, 366/7.

JANEIRAS Esta noite é de Janeiras E dum grande merecimento, Por ser a noite primeira Em que Deus passou tormento. Os tormentos que passou, Eu lhes digo a verdade: O seu sangue derramou P’ra salvar a sociedade. UM RAMINHO, DOIS RAMINHOS UM RAMINHO DE SALSA CRUA, AO PÉ DA TUA CAMA NASCE O SOL E PÕE-SE A LUA DAQUI D’ONDE EU ‘STOU BEM VEJO UM CANIVETE A BAILAR, PARA CORTAR A CHOURIÇA QUE A SENHORA ME HÁ-DE DAR.

AS JANEIRAS Esta noite é de Janeiras, é de grande mer’cimento. Por ser a noite primeira em que Deus passou tormen-to. Os tormentos que passou de Sua livre vontade, o Seu Sangue derramou pra salvar a Cristandade. O Seu Sangue derramou, Seu Sangue derramaria pra salvar a Cristandade, São Pedro, Santa Maria! Ao fim de séculos passados, foram ver a sepultura. Acharam ossos mirrados, o sinal da criatura! Esta noite de Ano Novo é de tão alto valor. Deus lhe dê muita saúde e pão ao Sr. Doutor! Viva o Sr. Dr. Carlos que vela p’los pobrezinhos Deus lhe dê muita saúde pra criar os seus filhinhos!

Esta casa está juncada com junquilhos da ribeira. Viva o dono desta casa, mais a sua companheira!

Esta casa está juncada com ramos de erva cidreira. Deus lhe dê muita saúde, e à sua família inteira!

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AOS REIS

in CANCIONEIRO DE SERPA, M. Rita Ortigão P. Cortez, Ed. CMSerpa, 1994, 368/9.

in CANCIONEIRO POPULAR PORTUGUÊS, Michel Giacometti, e FLGraça, Círculo de Leitores, 1981, p.55. Barbacena / Elvas, Portalegre, 1970.

QUEM SÃ ‘NOS TRÊS CAVALHEI-ROS - Quem sã’nos três cavalheiros que fazem, que fazem sombra no mar? - Sã’nos três do Oriente, que a Jesus, que a Jesus vêm buscar! Não perguntam por pousada, nem onde, nem onde ir pernoitar. Só precuram’no Deus Menino, aonde, aonde O irão achar? Foram-no achar em Roma, revesti-, revestido no altar, com seis mil almas de roda, todas pa-, todas para comungar! Missa Nova quer dizer, Missa No-, Missa nova quer cantar. São João ajuda à Missa, São Pedro, São Pedro muda o missal!

QUAIS FORAM OS TRÊS CAVALHEI-ROS Solo:

- Quais foram os três cavalheiros Ai, que fizeram, que fizeram sombra no mare? (bis / coro)

- Foram’nos três d’Oriente, Ai, que Jesus que Jesus foram achamare. (bis / coro) Desgarrada:

Ai, casa nobre e gente honrada, (e) viva da casa o patrão! Aí, Aí! Ai a sua alma era guiada (e) pró reino di a salvação. Aí, Aí. Solo Não procuram por pousada, Ai, nem aonde, Nem aonde o irão achare. (bis / coro)

Procuram por Jesus Cristo, Ai, aonde, aonde o irão achare. (bis / coro) Desgarrada:

Ai, onde estão primos, irmãos, (e) onde esta toda a parenteira? Aí, Aí! Ai, eu canto com devoção, (e) cantaria a noite inteira. Aí, Aí!

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in CANCIONEIRO POPULAR PORTUGUÊS, Michel Giacometti, e FLGraça, Círculo de Leitores, 1981, p. 54. Cabanas de Torres / Alenquer, Lisboa, 1971

PARTIRAM’NOS TRÊS REIS MAGNOS

(E) partiram’nos três Reis Mag-nos (e) da parte do Oriente (e) visitaram Deus nascido, Filho de a Virgem omnipotente. (E) guiados pel’uma estrela, os três Reis partiram pr’a costa, (e) visitaram Deus-Menino (e) quem no Céu, a terra adora. (E) embarcaram numa nau, (e) sem purder tempo nem hora. (E) isto com quem Deus nãove-ga, (e) do mar o vento lhe assopra. (E) gaveiro que atrepa à gaiva, (e) lá le respondeu de a proa, (e) que já se avista Bolém, (e) já se vê Lisboa toda. O nosso rei se vestiu de gala (e) mais a sua gente toda.

Quando chegaram ao palácio aonde estava o nosso rei, (e) logo le perguntaram se estavam longe de Belém. O nosso rei por ser tão bom (e) foi o próprio que les disse (e) que fossem sempre anda-do, (e) que o seu caminho seguisse. (E) logo ali le ofereceram (e) oiro, incenso e mirra, (e) nem ouro como o mortal, nem incenso como o divino. Demos louvores à Senhora, (e) demos graças ao Menino. (E) Boas-Festas vimos dari (e) à vinda dos Santos Reis, (e) também vós tereis cuida-do (e) de arranjar o que nos deis.

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POEMAS de NATAL

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DOIS SONETOS DE CAMÕES À Encarnação do Verbo Eterno

soneto CXXXVII, in OBRAS DE LUÍS de CAMÕES, Lello & Irmão Ed., Porto, 1970, p. 72

Desce do céu imenso Deus para encarnar na Virgem soberana. Porque desce o divino a cousa humana? Para subir o humano a ser divino. Pois como vem tão pobre e tão menino, Rendendo-se ao poder de mão tirana? Porque vem receber morte inumana Pera pagar de Adão o desatino. É possível que os dois o fruito comem Que de quem lhes deu tanto foi vedado? Sim, porque o próprio ser de deuses tomem. E por esta razão foi humanado? Sim, porque foi com causa decretado, Se quis o homem ser Deus, que Deus fosse homem.

A Cristo Nosso Senhor no Presépio

soneto CXXXVIII, in OBRAS DE LUÍS de CAMÕES, Lello & Irmão Ed., Porto, 1970, p. 73

Dos céus à Terra desce a mor Beleza, Une-se à nossa carne e a faz nobre; E, sendo a humanidade dantes pobre, Hoje subida fica à mor riqueza Busca o Senhor mais rico a mor pobreza; Que, como ao mundo o seu amor descobre, De palhas vis o corpo tenro cobre, E por elas o mesmo céu despreza. Como? Deus em pobreza à terra desce? O que é mais pobre tanto lhe contenta, Que este somente rico lhe parece. Pobreza este Presépio representa;

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Mas tanto por ser pobre já merece, Que quanto mais o é, mais lhe contenta.

NATAL... Fernando Pessoa

Natal... Na província neva. Nos lares aconchegados, Um sentimento conserva Os sentimentos passados. Coração oposto ao mundo, Como a família é verdade! Meu pensamento é profundo, ‘Stou só e sonho saudade. E como é branca de graça A paisagem que não sei, Vista detrás da vidraça Do lar que nunca terei!

É DIA DE NATAL Chove. É dia de Natal. Lá para o Norte é melhor: Há a neve que faz mal, E o frio que ainda é pior. E toda a gente é contente Porque é dia de o ficar. Chove no Natal presente. Antes isso que nevar. Pois apesar de ser esse O Natal da convenção, Quando o corpo me arrefece Tenho o frio e Natal não. Deixo sentir a quem quadra E o Natal a quem o fez, Pois se escrevo ainda outra quadra Fico gelado dos pés.

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NUM MEIO DIA DE FIM DE PRIMAVERA... (Alberto Caeiro, poema VIII de O Guardador de Rebanhos)

Num meio - dia de fim de Primavera Tive um sonho como uma fotografia. Vi Jesus Cristo descer à terra. Veio pela encosta de um monte Tornado outra vez menino, A correr e a rolar-se pela erva E a arrancar flores para as deitar fora E a rir de modo a ouvir-se de longe. Tinha fugido do céu. Era nosso demais para fingir De segunda pessoa da Trindade. No céu era tudo falso, tudo em desacordo Com flores e árvores e pedras. No céu tinha que estar sempre sério E de vez em quando de se tornar outra vez homem E subir para a cruz, e estar sempre a morrer Com uma coroa toda à roda de espinhos E os pés espetados por um prego com cabeça, E até com um trapo à roda da cintura Como os pretos nas ilustrações. Nem sequer o deixavam ter pai e mãe Como as outras crianças. O seu pai era duas pessoas - Um velho chamado José, que era carpinteiro, E que não era pai dele; E o outro pai era uma pomba estúpida, A única pomba feia do mundo Porque não era do mundo nem era pomba. E a sua mãe não tinha amado antes de o ter. Não era mulher: era uma mala Em que ele tinha vindo do céu. E queriam que ele, que só nascera da mãe, E nunca tivera pai para amar com respeito, Pregasse a bondade e a justiça! Um dia em que Deus estava a dormir E o Espírito Santo andava a voar,

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Ele foi à caixa dos milagres e roubou três. Com o primeiro fez que ninguém soubesse que ele tinha fugido. Com o segundo criou-se eternamente humano e menino. Com o terceiro criou um Cristo eternamente na cruz E deixou-o pregado na cruz que há no céu E serve de modelo às outras. Depois fugiu para o Sol E desceu pelo primeiro raio que apanhou. Hoje vive na minha aldeia comigo. É uma criança bonita de riso e natural. Limpa o nariz ao braço direito Chapinha nas poças de água, Colhe as flores e gosta delas e esquece-as. Atira pedras aos burros, Rouba a fruta dos pomares E foge a chorar e a gritar dos cães. E, porque sabe que elas não gostam E que toda a gente acha graça, Corre atrás das raparigas Que vão em ranchos pelas estradas Com as bilhas às cabeças E levanta-lhes as saias. A mim ensinou-me tudo. Ensinou-me a olhar para as coisas. Aponta-me todas as coisas que há nas flores. Mostra-me como as pedras são engraçadas Quando a gente as tem na mão E olha devagar para elas. Diz-me muito mal de Deus. Diz que ele é um velho estúpido e doente, Sempre a escarrar no chão E a dizer indecências. A Virgem Maria leva as tardes da eternidade a fazer meia E o Espírito Santo coça-se com o bico E empoleira-se nas cadeiras e suja-as. Tudo no céu é estúpido como a Igreja Católica. Diz-me que Deus não percebe nada

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Das coisas que criou - “Se é que ele as criou, do que duvido.” - “Ele diz, por exemplo, que os seres cantam a sua glória, Mas os seres não cantam nada. Se cantassem seriam cantores. Os seres existem e mais nada, E por isso se chamam seres.” E depois, cansado de dizer mal de Deus, O Menino Jesus adormece nos meus braços E levo-o ao colo para casa. ........................................................................ Ele mora comigo na minha casa a meio do outeiro. Ele é a Eterna Criança, o deus que faltava. Ele é o humano que é natural, Ele é o divino que sorri e que brinca. E por isso é que eu sei com toda a certeza Que ele é o Menino Jesus verdadeiro. E a criança tão humana que é divina É esta minha quotidiana vida de poeta, E é porque ele anda sempre comigo que eu sou poeta sempre. E que o meu mínimo olhar Me enche de sensação, E o mais pequeno som, seja do que for, Parece falar comigo. A Criança Nova que habita onde vivo Dá-me uma mão a mim E a outra a tudo que existe E assim vamos os três pelo caminho que houver, Saltando e cantando e rindo E gozando o nosso segredo comum Que é o de saber por toda a parte Que não há mistério no mundo E que tudo vale a pena. A Criança Eterna acompanha-me sempre.

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A direcção do meu olhar é o seu dedo apontado. O meu ouvido atento alegremente a todos os sons São as cócegas que ele me faz, brincando, nas orelhas. Damo-nos tão bem um com o outro Na companhia de tudo Que nunca pensamos um no outro, Mas vivemos juntos e dois Com um acordo íntimo Como a mão direita e a esquerda. Ao anoitecer brincamos as cinco pedrinhas No degrau da porta de casa, Graves como convém a um deus e a um poeta, E como se cada pedra Fosse todo um universo E fosse por isso um grande perigo para ela Deixá-la cair no chão. Depois eu conto-lhe histórias das coisas só dos homens E ele sorri, porque tudo é incrível. Ri dos reis e dos que não são reis, E tem pena de ouvir falar das guerras, E dos comércios e dos navios Que ficam fumo no ar dos altos mares. Porque ele sabe que tudo isso falta àquela verdade Que uma flor tem ao florescer E que anda com a luz do Sol A variar os montes e os vales E a fazer doer aos olhos dos muros caiados. Depois ele adormece e eu deito-o. Levo-o ao colo para dentro de casa E deito-o, despindo-o lentamente E como seguindo um ritual muito limpo E todo materno até ele estar nu. Ele dorme dentro da minha alma E às vezes acorda de noite E brinca com os meus sonhos. Vira uns de pernas para o ar,

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Põe uns em cima dos outros E bate as palmas sozinho Sorrindo para o meu sono. ...................................................................... Quando eu morrer, filhinho, Seja eu a criança, o mais pequeno. Pega-me tu ao colo E leva-me para dentro da tua casa. Despe o meu ser cansado e humano E deita-me na tua cama. E conta-me histórias, caso eu acorde, Para eu tornar a adormecer. É dá-me sonhos teus para eu brincar Até que nasça qualquer dia Que tu sabes qual é. ........................................................................ Esta é a história do meu Menino Jesus. Por que razão que se perceba Não há-de ser ela mais verdadeira Que tudo quanto os filósofos pensam E tudo quanto as religiões ensinam?

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Natal, e não Dezembro David Mourão Ferreira in As Lições do Fogo Entremos, apressados friorentos, numa gruta, no bojo de um navio, num presépio, num prédio, num presídio, no prédio que amanhã for demolido... Entremos, inseguros, mas entremos. Entremos, e depressa, em qualquer sítio, porque esta noite chama-se Dezembro, porque sofremos, porque temos frio. Entremos, dois a dois: somos duzentos, duzentos mil, doze milhões de nada. Procuremos o rastro de uma casa, a cave, a gruta, o sulco de uma nave... Entremos, despojados, mas entremos. Das mãos dadas talvez o fogo nasça, talvez seja Natal e não Dezembro, talvez universal a consoada.

NATAL Sidónio Muralha Poemas Hoje é dia de Natal. O jornal fala dos pobres em letras grandes e pretas, traz versos e historietas e desenhos bonitinhos, e traz retratos também dos bodos, bodos e bodos, em casa de gente bem. Hoje é dia de Natal. - Mas quando será de todos?

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DIA DE NATAL António Gedeão (Rómulo de Carvalho) Máquina de Fogo (1961),

in Poesias Completas, 2ª ed. 1965 Hoje é dia de ser bom. É dia de passar a mão pelo rosto das crianças, de falar e de ouvir com mavioso tom, de abraçar toda a gente e de oferecer lembranças.

É dia de pensar nos outros - coitadinhos - nos que padecem, de lhe darmos coragem para poderem continuar a aceitar a sua miséria, de perdoar aos nossos inimigos, mesmo os que não merecem, de meditar sobre a nossa existência, tão efémera e tão séria. Comove tanto a fraternidade universal. É só abrir o rádio e logo um coro de anjos, como se de anjos fosse, numa toada doce, de violas e banjos, entoa gravemente um hino ao Criador. E mal se extinguem os clamores plangentes, a voz do locutor anuncia o melhor dos detergentes.

De novo a melopeia inunda a Terra e o Céu e as vozes crescem num fervor patético. (Vosso Excelência verificou a hora exacta em que o Menino Jesus nas-ceu? Não seja estúpido! Compre imediatamente um relógio de pulso antimag-nético.)

Torna-se difícil caminhar nas preciosas ruas. Toda a gente se acotovela, se multiplica em gestos, esfuziante. Todos participam nas alegrias dos outros como se fossem suas e fazem adeuses enluvados aos bons amigos que passam mais distante. Nas lojas, na luxúria das montras e dos escaparates, com subtis requintes de bom gosto e de engenhosa dinâmica, cintilam, sobre o intenso fluxo de milhares de quilovates, as belas coisas inúteis de plástico, de metal, de vidro e de cerâmica.

Os olhos acorrem, num alvoroço liquefeito, ao chamamento voluptuoso dos brilhos e das cores. É como se tudo aquilo nos dissesse directamente respeito, como se o Céu olhasse para nós e nos cobrisse de bênçãos e favores. A Oratória de Bach embruxa a atmosfera do arruamento. Adivinha-se uma roupagem diáfana a desembrulhar-se no ar. E a gente, mesmo sem querer, entra num estabelecimento e compra - louvado seja o Senhor! - o que nunca tinha pensado comprar.

Mas a maior felicidade é a da gente pequena. Naquela véspera santa a sua comoção é tanta, tanta, tanta,

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que nem dorme serena.

Cada menino abre um olhinho na noite incerta para ver se a aurora já está desperta. De manhãzinha salta da cama, corre à cozinha mesmo em pijama.

Ah!!!!!!!!!!!

Na branda macieza da matutina luz aguarda-o a surpresa do Menino Jesus.

Jesus, o doce Jesus, o mesmo que nasceu na manjedoura, veio pôr no sapatinho de Pedrinho uma metralhadora. Que alegria reinou naquela casa todo o santo dia! O Pedrinho, estrategicamente escondido atrás das portas, fuzilava tudo com devastadoras rajadas e obrigava as criadas a caírem no chão como se fossem mortas: tá-tá-tá-tá-tá-tá- tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá. Já está! E fazias erguer para de novo matá-las. E até mesmo a mamã e o sisudo papá fingiam que caíam crivados de balas.

Dia de Confraternização Universal, Dia de Amor, de Paz, de Felicidade, de sonhos e Venturas. É dia de Natal. Paz na Terra aos Homens de Boa Vontade. Glória a Deus nas alturas.

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BALADA DA NEVE (Augusto Gil, Luar de Janeiro) Batem leve, levemente, Como quem chama por mim... Será chuva? Será gente? Gente não é certamente, E a chuva não bate assim... É talvez a ventania... Mas há pouco, há poucochi-nho, Nem uma agulha bulia Na quieta melancolia Dos pinheiros do caminho... Quem bate assim levemente, Com tão estranha leveza, Que mal se ouve, mal se sen-te? Não é chuva, nem é gente, Nem é vento com certeza. Fui ver. A neve caía Do azul-cinzento do céu, Branca e leve, branca e fria... Há quanto tempo a não via! E que saudades, Deus meu! Olho-a através da vidraça. Pôs tudo da cor do linho. Passa gente, e, quando pas-sa, Os passos imprime e traça Na brancura do caminho... Fico olhando esses sinais Da pobre gente que avança, E noto, por entre os mais, Os traços miniaturais Duns pezitos de criança...

E, descalcinhos, doridos, A neve deixa inda vê-los, Primeiro bem definidos, Depois em sulcos compridos, Porque não podia erguê-los... Que quem já é pecador Sofra tormentos, enfim!... Mas as crianças, Senhor, Porque lhes dais tanta dor? Porque padecem assim? E uma infinita tristeza, Uma funda turbação, Entre em mim, fica em mim pre-sa... Cai neve na natureza E cai no meu coração.

A PALAVRA MAIS BELA Adolfo Simões Müller Fui ver ao dicionário dos sinónimos A palavra mais bela, sem igual, Perfeita como a nave dos Jerónimos E o dicionário disse-me: NATAL.

Perguntei aos poetas que releio Gabbriela, Régio, Göthe, Poe, Quental, Lorca, Olegário... E a resposta veio: Christmas… Nöel… Natividade… NATAL.

Interroguei o firmamento todo Cobra, formiga, pássaro, chacal! O aço em chispas, o pipe-line, o lodo! E a voz das coisas respondeu: NATAL!

Pedi ao vento e trouxe-me dispersos Riscos de luz, fragmentos de papel Cânticos, sinos, lágrimas e versos Um N, um A, um T, um A, um L...

Perguntei a mim próprio e fiquei mudo Qual a mais bela das palavras, qual? Para que perguntar, se tudo, tudo, Diz: NATAL, diz NATAL, diz NATAL!

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PRESENTINHO DE NATAL de Matilde Rosa Araújo, O livro de Tila

Eu queria ter um cestinho cheio de flores Para tecer um xaile de muita cor, muito lindo! E um retalhinho do Céu Para fazer um vestido azul tão lindo! E mais sete estrelas das mais brilhantes Para armar um chapeuzinho de luz! E mais ainda dois quartinhos de lua Que chegassem para uns sapatos de saltos muito altos... E tudo isto, depois, Eu dava a minha Mãe, Neste dia de Natal: O xailezinho de muita cor, Os sapatinhos de saltos muito altos... Minha Mãe! minha Mãe! E hoje é dia de Natal E só posso dizer: Minha Mãe! minha Mãe!

DIA DE ANO BOM de Eugénio de Castro, Cravos de Papel Hoje, dia d’Ano Bom, Foi o jantar melhorado: Canja d’oiro, cabidela E um rico leitão assado. Não contente de o assar bem, A cozinheira briosa Pôs na boca do leitão Uma linda e grande rosa. Além dessas vitualhas, Outras mais o olhar divisa: Mexilhões frescos d’Aveiro E um paio, róseo, de Nisa;

Sobremesas são às dúzias, Na mesa, ao pé da floreira: Manjar branco, ovos de fio, E uma “barriga-de-freira”. De fato novo, os pequenos Riem bem e melhor comem: O Martin, que é o mais novinho, A comer parece um homem! Na braseira, sob a cinza, Dormem brasas resplen-dentes:

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Fazem-se alegres saúdes Aos amigos e aos parentes.

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HISTÓRIA ANTIGA de Miguel Torga, Diário I

Era uma vez, lá na Judeia, um rei. Feio bicho, de resto: Um cara de burro sem cabresto E duas grandes tranças. A gente olhava, reparava, e via Que naquela figura não havia Olhos de quem gosta de crianças. E, na verdade, assim acontecia. Porque um dia, O malvado, Só por ter o poder de quem é rei, Por não ter coração, Sem mais nem menos, Mandou matar quantos eram pequenos Na cidades e aldeias da Nação. Mas, Por acaso ou milagre, aconteceu Que, num burrinho pela areia fora, Fugiu, Daquelas mãos de sangue um pequenito Que o vivo sol da vida acarinhou; E bastou Esse palmo de sonho Para encher este mundo de alegria; Para crescer, se Deus; E meter no inferno o tal das tranças, Só porque ele não gostava de crianças.

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PRESÉPIO de Espínola de Mendonça, Gerânios Dos teus vários brinquedos de criança, muitos dos quais te dava o Deus-Menino, há um que mais perdura na lembrança: - o presépio que armaste em pequenino. A igreja de cartão que tu fizeste, onde um par de bonecos se casou! E o desgosto profundo que tiveste, quando o padre de barro se quebrou. Um galo empoleirado sobre um sino, de bico muito aberto, de contente, cantava anunciando que o Menino sobre palhas nascera, humildemente. Mais além era um rancho que folgava, com guitarras, pandeiros e violas, tendo à frente uma preta que dançava, brandindo com salero as castanholas. E lavadeiras, frescas e formosas, entoavam canções ao desafio; e, arregaçando as saias vaporosas, lavavam debruçadas sobre o rio. Junto à fonte, sorrindo em seus afagos namorados juravam seus amores. E, descendo a colina, os três Reis-Magos caminhavam à frente duns pastores.

Ao pé da gruta, onde Jesus dormia, um soldado de chumbo, prazenteiro, com a sua espingarda o protegia de qualquer inimigo traiçoeiro. Eram estes bonecos tentadores que te encantavam num ingénuo afã, entre velas brilhantes, de mil cores, que se apagavam só com a manhã. Foi como se apagou a minha luz, lançando sobre mim um negro véu, naquela madrugada em que Jesus te arrebatou consigo para o Céu. Bonecos de expressões entristecidas, tendes segredos que só eu desvendo. E há vozes no ar gritando, indefinidas, que dizem coisas que só eu entendo. E destas rosas de papel, agora, que o tempo as desbotou sem piedade, o mais vivo perfume se evapora: - é o vivo perfume da saudade.

CONTO DE NATAL, Manuel Bandeira O nosso menino Nasceu em Belém. Nasceu tão-somente Para querer bem. Nasceu sobre as palhas O nosso Menino. Mas a mãe sabia Que ele era divino.

Vem para sofrer A morte na cruz, O nosso menino. Seu nome é Jesus. Por nós ele aceita O humano destino. Louvemos a glória de Jesus Menino.

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O MENINO BRINCANDO, Augusto Gil, Alba Plena Ó meu Jesus adorado, Fecha os teus olhos divinos Num soninho descansado; Que a não sermos tu e eu Toda a gente do povoado, Desde os velhos aos meninos, Há muito que adormeceu. E o Menino Jesus não se dor-mia... Dorme, dorme, dorme agora (Cantava a Virgem Maria) Que mal assomou a aurora, Sentei-me junto ao tear E por todo o dia fora, Até que já se não via, Não deixei de trabalhar! E o Menino Jesus não se dor-mia... Tornava Nossa Senhora, Numa voz mais consumida: Dorme, dorme, dorme agora E que eu descanse também, Porque mesmo adormecida Vela sempre, a toda a hora, No meu peito, o amor de mãe. E o Menino Jesus não se dor-mia... Numa voz mais fatigada, Tornava a Virgem Maria: Dorme pombinha nevada, Dorme, dorme, dorme bem... Vê que está quase apagada

A frouxa luz da bugia, Do pouco azeite que tem. E o Menino Jesus não se dor-mia... Rogava Nossa Senhora: Modera a tua alegria... Não deites a roupa fora Do teu leito pequenino... Não rias mais. Dorme agora E brincarás todo o dia... Dorme, dorme, meu menino. E o Menino Jesus não se dor-mia... Mais triste, mais abatida, Pediu a Virgem Maria: Tem pena da minha vida, Que se a quero é para ti... Vida aflita e dolorida! Só por ti a viveria Tão longe de onde nasci!... E o Menino Jesus não se dor-mia... E a voz da Virgem volveu: Repara no meu olhar, Vê como ele entristeceu... Dorme, dorme, dorme bem, Ó alvo lírio do céu! Olha que estou a chorar, - Tem pena da tua mãe! Nosso Senhor, então, ador-meceu...

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NATAL, Sidónio Muralha, Poemas Hoje é dia de Natal. O jornal fala dos pobres, em letras grandes e pre-tas, traz versos e historietas e desenhos bonitinhos, e traz retratos também dos bodos, bodos e bodos, em casa de gente bem. Hoje é dia de Natal. Mas quando será para todos?

NATAL, Manuel Sérgio Enquanto a chuva Escorrer da minha vidraça E furar o telhado Daquele farrapo de homem que além passa Enquanto o pão Não entrar com a justiça Lado a lado Mão a mão Nem Jesus vem Andar pelos caminhos onde os outros vão Um dia Quando for Natal (E já não for Dezembro) E o mundo for o espaço Onde cabe Um só abraço Então Jesus virá E será À flor de tudo O redentor Universal (Quando o Homem quiser Será Natal)

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ROMANCE DO MENINO - DEUS - Romance Popular

Um pastor, vindo de longe à nossa porta bateu: trouxe recado que diz: “O Deus - Menino nasceu”. Este recado tivemos já meia noite seria. - Estrela do céu lá vamos dar parabéns a Maria. - Mas que havemos de levar a um Deus que tanto tem? - Ainda que muito tenha, Sempre gosta que lhe dêem. - Eu lhe levo um cordeirinho, o melhor que eu encontrei. - E eu levo um requeijão, o melhor que eu requeijei. - Pois também eu aqui levo fofinhos p’ra lhe oferecer, bons merendeiros de leite, favos de mel p’ra comer. - Vamos ter com mais pastores, não se percam no caminho, vamos todos, e depressa, adorar o Deus - Menino. - Vinde também, pastorinhos, vinde, correi a Belém, vinde visitar Maria, que divino filho tem. Esta noite é santa noite, inda mesmo assim tão fria; vamos todos a Belém visitar Jesus, Maria. - Ai, que formoso Menino, ai, que tanta graça tem! Ai que tanto se parece Com sua Senhora Mãe!

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lista de TEXTOS para sugestões de outras LEITURAS Título Autor Obra

Ego sum pastor bonus... (Latim)

Evangelho de S. João

Biblia vulgata Novo Método de Latim, AABorregana, Lisboa Editora, 1995, 219

Francês Inglês Alemão Bíblia, Mt. I, 1-25 e 2, 1-18

São Mateus Novo Testamento

Bíblia, Lc. I, 5-80 e II, 1-21

São Lucas Novo Testamento

Morte e Vida Severina João Cabral de Melo e Neto

Auto de Natal Pernambu-cano

A Ceia de Natal Júlio Dinis Morgadinha dos Cana-viais

O Desarmar o Presépio Júlio Dinis Serões da Província Natal Nortenho Guilherme Fel-

gueiras Mensário

A Confusão das Portas (lenda da Beira Baixa)

rec. Jaime Lopes Dias

Etnografia da Beira, I vol., 2ª ed., Empresa Nacional de Publicida-de, Lx. 1944.

Um Milagre (O suave Milagre)

Eça de Queirós Contos, Resomnia Edi-tores, Braga, 427

Um conto de Natal Charles Dickens O Natal de Jesus José Maria Gaspar in Almanaque de Santo

António, 1952, pp. 275

A Menina dos Fósforos Hans Christien ANDERSEN

CONTOS IMORTAIS, Publicações Europa América, 1944, pp. 86s.

A Lenda da Rosa do Natal

Selma LAGERLÖF O Livro das Lendas, Ed. Livros do Brasil, Lx, s/d., pp. 111s.

O Poço dos Três Reis Magos

Selma LAGERLÖF Histórias Maravilhosas, Editorial Minerva, Lx. 1952, pp. 29s.

As Crianças de Belém Selma LAGERLÖF Hiistórias Maravilhosas, Editorial Minerva, Lx. 1952, pp. 43s

A Fuga para o Egipto Selma LAGERLÖF Hiistórias Maravilhosas, Editorial Minerva, Lx. 1952, pp. 71s

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trabalho acabado de escrever e realizar em WinWord C� 486-66

por @ JORAGA e FBorges Corroios 1996/97

JORAGA

em viagem...em viagem...em viagem...em viagem...

Edição especial com revisão e aprovação da COMISSÃO DO DECÉNIO, para celebrar o 10º ANIVERSÁRIO da ESCOLA SECUNDÁRIA JOÃO DE BARROS, que iniciou as suas activi-dades em 28 de Novembro de 1986, e pretende celebrar este ANIVERSÁRIO ao longo de todo o ANO LECTIVO 1996/97.

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